participativa

Anuncio
Arte y conciencia
participativa
ff Jose Alejandro Sanchez Vigil
La ciencia sustenta nuestra convencion de mundo en tanto sociedad
amplia, y la fe, que tradicionalmente se depositaba en la Iglesia y
su liturgia, la hemos confiado ahora a la palabra cienfifica: si lo dice el astronomo, entonces es verdad.
Jose Alejandro Sanchez Vigil es licenciado en Pintura por
La Esmeralda v maestro en Literatura Mexicana por la uv.
Fue becado para estudiar pintura en el Instituto de Artes
de Si'irikov en Moscii. Ganador del primer lugar en la
C ionvocatoria de Publication de Textos Breves Uustrados
del 1\7 Comite Regional
de la C O N A I M K X / U M - S C X ) , Villahermosa, Tabasco.
Pero si esa aptitud es en algun sentido realmente un
"arte", es posible piles que la "ecologia interna de las ideas"
sea un sinonimo bastante exacto de aquello que tambien
podria llamarse sensibilidad estetica
GREGORY BATESON
LA CONCIENCIA PARTICIPATIVA COMO BASE DE UNA
NUEVA VISION HOLISTICA
M
orris B e r m a n m a n t i e n e u n a f u e r t e crftica a
la c u l t u r a o c c i d e n t a l m o d e r n a y c o n t e m p o r a nea en su libro El reencantamiento del mundo,
a u n q u e la i n t e n t i o n final n o sea d e t r a c t a r sino p r o p o n e r u n a r e e s t r u c t u r a c i o n p r o f u n d a . Es u n a revision
de lo q u e l l a m a conciencia participativa, e x p e r i e n c i a d e
m u n d o ya p r e s e n t e e n t r e n o s o t r o s a n t e s del Siglo d e
las Luces, c o m p a r t i d a p o r m u c h a s c u l t u r a s en distintas p a r t e s del p l a n e t a , q u e se m a n t i e n e p u j a n t e en el
s u s t r a t o d e n u e s t r o ser i n d i v i d u a l y colectivo a p e s a r
d e los i n n u m e r a b l e s i n t e n t o s p o r m a n t e n e r l a a raya.
La p o s t u r a d e B e r m a n n o implica n e c e s a r i a m e n t e u n
exotismo o u n p r e m o d e r n i s m o ingenuo.
P u e d e decirse q u e la fe irrestricta e n el tipo d e
ciencia q u e b a a d o p t a d o el a m b i t o oficial d e la academia, a p r o x i m a d a m e n t e d e s d e m e d i a d o s del siglo X V I I ,
h a sido el u n i c o m o d e l o p r a c t i c a d o q u e h a p u e s t o al
b o r d e d e la d e s t r u c t i o n a la p r o p i a s o c i e d a d q u e lo
instituyo. La ciencia s u s t e n t a n u e s t r a c o n v e n c i o n d e
m u n d o e n t a n t o s o c i e d a d a m p l i a , y la fe, q u e tradicion a l m e n t e se d e p o s i t a b a e n la Iglesia y su liturgia, la hem o s c o n f i a d o a h o r a a la p a l a b r a cientffica: si lo dice el
a s t r o n o m o , e n t o n c e s es v e r d a d : el lo m i r o con sus lentes gigantescos; lo q u e p r e s c r i b e el m e d i c o eso h a g o :
el es el q u e c o n o c e s o b r e mis dolencias. En c u a n t o a la
n u e v a p o s t u r a holfstica, B e r m a n m i s m o avisa s o b r e los
posibles peligros en los q u e p u e d e d e r i v a r la p u e s t a en
p r a c t i c a d e sus s u g e r e n c i a s d e s d e el m o m e n t o en q u e
m u e s t r a la d i s t i n c i o n e n t r e c o n o c i m i e n t o a n a l o g i c o y
c o n o c i m i e n t o digital:
El c o n o c i m i e n t o digital se h a c e e v i d e n t e " p u n t e a n do" el c o n o c i m i e n t o a n a l o g i c o ; este u l t i m o a p e n a s
si es d e p e n d i e n t e del p r i m e r o p a r a su existencia.
El c o n o c i m i e n t o a n a l o g i c o es invasor, vasto; es el
f u n d a m e n t o d e la p e r c e p t i o n y la c o g n i t i o n . En
la c u l t u r a p r e m o d e r n a , lo digital ( c u a n d o existfa)
era el i n s t r u m e n t o d e lo a n a l o g o . D e s p u e s d e la
R e v o l u t i o n Cientffica, lo a n a l o g o se convirtio e n
el i n s t r u m e n t o d e lo digital, o f u e r e p r i m i d o p o r
este u l t i m o c o m p l e t a m e n t e , en la m e d i d a q u e tal
r e p r e s i o n e r a posible (p. 249).
P o d e m o s f r a s e a r la idea a p a r t i r d e la d i s t i n c i o n de
estos dos m o d o s d e c o n o c i m i e n t o d e la s i g u i e n t e man e r a : en t a n t o u n m o d e l o digital sea i m p u e s t o s o b r e
el d e v e n i r d e lo a n a l o g i c o ( i m p o n e r el d i s c u r s o de
la r a z o n al c u r s o d e la vida), las f u e r z a s represivas se
m a n t e n d r a n vigentes y la c o m p r e n s i o n , la c o m u n i o n y
la e x p r e s i o n libres p e r m a n e c e r a n c o m o v i r t u d e s pen-
Leonardo Rodriguez: Autorretrntos
dientes; sin embargo, su latencia seguira e s p e r a n d o
en el r e s g u a r d o de nuestra naturaleza mas p r i m a r i a .
El r e f r a n que dice "Una imagen vale mas que mil
palabras" pareciera h a b e r sido inventado p a r a acomp a n a r la explication, espada de doble filo que u n pintor p o d r f a blandir p a r a justificar la primacia de su
arte, y sin embargo, si volteamos la sintaxis a "Una palabra vale mas que mil imagenes" descubrimos que el
poeta h a r i a lo suyo. La p a r a d o j a nos da luz: en ambas
oraciones el p r i m e r t e r m i n o se establece como analogico mientras que el s e g u n d o resulta digital: c u a n d o
la palabra o r d i n a r i a se t r a n s f o r m a en palabra poetica
tambien alii e n c o n t r a m o s el conocimiento analogico.
O t r o r e f r a n q u e viene al caso es: "Obras son amores y
no buenas razones". En nuestras conductas cognoscitivas se aprecia u n a s e p a r a t i o n del m u n d o y del flujo
de la vida. A diferencia de culturas n o occidentales,
buena p a r t e de n u e s t r a praxis n o participa en los procesos vitales, q u e d a n d o reducida al automatismo de lo
fisiologico, lo involuntario inconsciente, asi como a la
expresion artistica y las artesanias.
C o m o ha q u e d a d o dicho, su acercamiento es critico y p o r eso tantos aspectos negativos parecieran
extremistas o unilaterales. Q u e d a claro que el foco
de su atencion es la ciencia como la e n t e n d e m o s act u a l m e n t e y toda su injerencia en la vida diaria. Aqui
presento u n pasaje que concentra b u e n a p a r t e de sus
insistencias:
El p r o b l e m a es q u e en la actualidad toda esta
constelacion de factores - l a m a n i p u l a t i o n tecnologica del ambiente, la acumulacion de capital
basada en ella, nociones de la salvation secular
q u e se n u t n a n m u t u a m e n t e - a p a r e n t e m e n t e ya
h a e x t i n g u i d o sus posibilidades. En particular el
p a r a d i g m a cientifico m o d e r n o h a llegado a ser
tan dificil de m a n t e n e r a fines del siglo XX como
lo f u e sostener el p a r a d i g m a religioso en el siglo
XVII. El colapso del capitalismo, la d i s f u n c i o n generalizada de las instituciones, la repulsion que
p r o d u c e la expoliacion ecologica, la incapacidad
creciente de la vision cientffica del m u n d o p a r a
explicar cosas que r e a l m e n t e i m p o r t a n , la perdida de interes en el trabajo, y el alza estadistica
de la depresion, la angustia y la psicosis son todos
partes de u n todo (p. 22).
Es cierto que asi q u e d a r i a n f u e r a m u c h a s consideraciones positivas; Occidente n o es u n i c a m e n t e eso.
B e r m a n esta consciente de ello y mas alia de q u e la
critica nos lleve a la anulacion d e lo conseguido, lo
q u e obliga es remontar. Pienso e n p r i m e r a instancia
en las valiosas aportaciones d e la literatura y el arte
de nuestra c u l t u r a m o d e r n a , incluyendo p o r supuesto
sus potencialidades cognitivas y que el propio autor
reconoce de m a n e r a i n t e r m i t e n t e e implicita a lo largo d e su libro, p a r t i c u l a r m e n t e hacia el final del capitulo "Eros Recobrado":
La Edad Media e n t e r a n o p r o d u j o u n escultor
como Miguel Angel, u n p i n t o r c o m o R e m b r a n d t ,
u n d r a m a t u r g o c o m o Shakespeare o u n cientifico
como Galileo; y en meros t e r m i n o s d e volumen
de creatividad, la c o m p a r a c i o n resulta a u n mas
dramatica. Sin embargo, el p u n t o crucial segun
[Robert] Bly es q u e la "maravillosa l u m i n o s i d a d "
la d e c l a r a t i o n del fin del a r t e , h a b r a q u e e n c o n t r a r
el j u s t o l u g a r d e las a r t e s y los artistas, c o m p a r t i r la
e m o t i o n s e n t i d a d e d a r n o s c u e n t a q u e ese j u s t o lugar
se halla t a n cerca y t a n d i s p u e s t o a ser o c u p a d o c o m o
esos angeles d e W i n W e n d e r s cuyo aliento p e r c i b i m o s
d e vez en c u a n d o p o r e n c i m a del h o m b r o .
Carlos Apango: Werehorse
ha llegado a sus lfmites. Se h a c o n v e r t i d o en u n
r e s p l a n d o r hostil, en u n a b o l a d e f u e g o q u e m a n t e
que, c o m o lo i n t e n t o sugerir Dalf, incluso d e r r i t e
los relojes en u n a r i d o paisaje desertico (p. 186).
De c u a l q u i e r m a n e r a , lo q u e conviene a p a r t i r del cam i n o r e c o r r i d o j u n t o con B e r m a n es p o n e r el d e d o
en la llaga p a r a q u e aquellos otros aspectos, los favorables, 110 d e s a p a r e z c a n p a r a s i e m p r e j a m a s , y el m u n d o sea r e e n c a n t a d o . Asi, el c a m b i o d e conciencia q u e
p r o p o n e c o m p r e n d e u n a vision hoh'stica participativa
y u n a m e t a f f s i c a f u t u r a d e c a n t a d a s p r i n c i p a l m e n t e en
sus aspectos intelectivos d e las ideas q u e G r e g o r y Bateson e x p u s o en t r a b a j o s c o m o Pasos hacia una ecologia
de la mente y Mentey espiritu, e n t r e otros.
REVISITACION A LA PALABRA ARTE
En las p r o p u e s t a s d e la n u e v a biologfa, la biosemiotica,
el p e n s a m i e n t o c o m p l e j o , la t r a n s d i s c i p l i n a r i e d a d y la
t e o r f a d e sistemas, se p r e s e n t a n con a s i d u i d a d ejemplos c o m o c o m p e n s a c i o n e s poieticas q u e m a n t i e n e n el
fragil e q u i l i b r i o e n t r e n u e s t r a pulsion cognitiva-creativa y la inercia d e las m a n e r a s dictadas. La vision q u e
se o f r e c e f r e n t e a la escision a r t e / c i e n c i a se inclina
p o r la r e c o n c i l i a t i o n ; los lfmites p e r i m e t r a l e s e n t r e
disciplinas, vocaciones y c u a l q u i e r o t r a tipificacion d e
p r o c e d e r e s cognitivos p i e r d e n su rigidez c e n t e n a r i a .
La t a r e a v i s l u m b r a d a t i e n e q u e ver al m i s m o t i e m p o
con t r a n s f o r m a r , c o n s e r v a r y h a c e r n o s p r e s e n t e s con
n u e s t r o s actos c a r g a d o s de inventiva y creatividad.
Por m u c h o t i e m p o el a r t e se tuvo c o m o u n a d i m e n sion s e p a r a d a del i n d i v i d u o cotidiano. Tal c o n c e p t i o n
sol fa ser r e f o r z a d a t a n t o p o r artistas e h i s t o r i a d o r e s
c o m o p o r la a s u n c i o n acrftica d e los "laicos". A h o r a ,
A r t h u r C. D a n t o h a b l a del a r t e poshistorico y G e o r g e
Steiner p r o p o n e la era d e la pospalabra. D e s p u e s d e
Se oye d e c i r q u e d e b e m o s h a c e r a u n l a d o el term i n o arte p o r su c a r g a elitistay a u t o s u f i c i e n t e , a d e m a s
d e la c e r c a n f a con tekhne, q u e lo r e d u c e . Hay q u i e n e s
p r e f i e r e n r e c o b r a r la a c e p c i o n d e la poiesis g r i e g a q u e
a b a r c a a la vida d e u n a m a n e r a m a s a m p l i a . E n Platon,
p o r cierto, a m b o s son t e r m i n o s q u e a n d a n z u m b a n d o
j u n t o s a l r e d e d o r d e la m i s m a flor. Esta es u n a d e las
r a z o n e s q u e m e m u e v e n a p r e g u n t a r si el cuestionam i e n t o a la p a l a b r a n o es m a s b i e n el c u e s t i o n a m i e n t o
a las c o s t u m b r e s .
EL RAPTO COMO MANERA DE CONOCER
E n t r e o t r a s cosas, la m i r a d a d e B e r m a n e n su libro se
dirige a la d i f e r e n c i a c i o n h a b i t u a l q u e se h a c e e n t r e
dos m a n e r a s distintas d e conocer, u n a d e ellas validad a c o m o p r i m o r d i a l p a r a a c c e d e r a la v e r d a d :
El c o n o c e r algo es subdividirlo, c u a n t i f i c a r l o , y
r e c o m b i n a r l o ; es p r e g u n t a r s e "como" y j a m a s enr e d a r s e e n la c o m p l i c a d a m a r a n a del " p o r que".
C o n o c e r algo es, s o b r e t o d o , d i s t a n c i a r s e d e ello,
c o m o lo i n d i c a r a Galileo; convertirlo en u n a abst r a c t i o n . El p o e t a p u e d e t o r n a r s e d e s m e d i d a m e n t e efusivo a c e r c a d e u n h a z rojo q u e c r u z a el
cielo a m e d i d a q u e el sol se va p o n i e n d o , p e r o el
cientffico n o es e n g a n a d o t a n facil m e n t e : el sabe
q u e sus e m o c i o n e s n o le p u e d e n e n s e n a r n a d a
substancial. El h a z r o j o es u n n u m e r o , y esa es la
esencia del a s u n t o (p. 45).
Aquf e n c o n t r a m o s o p o s i c i o n e s q u e d o m i n a n en la vision mecanicista y racional d e n u e s t r a c u l t u r a : la m a n e ra, la i n d u s t r i a f r e n t e a los motivos, las i n t e n c i o n e s ; es
decir, p o r u n l a d o p r e g u n t a r s e c o m o r e s p i r a u n a r b o l
y p o r el o t r o p o r q u e lo h a c e ; el p o e t a f r e n t e al ffsico,
con lo q u e d a m o s p o r s e n t a d o q u e u n m i s m o individ u o n o p u e d e o n o d e b e p a r t i c i p a r d e a m b o s impulsos, o al m e n o s n o t o m a r s e l o m u y en serio; p o r u n lado
d i s t a n c i a c i o n y a b s t r a c t i o n , lo q u e o f r e c e c l a r i d a d v
certeza, y p o r el o t r o e f u s i o n y e m o t i o n o, lo q u e es lo
m i s m o , e n g a n o , ilusion, c o n o c i m i e n t o s e c u n d a r i o .
Esta s e p a r a t i o n t i e n e c o m o rafz la idea, quizas la
practica, d e estar h a b l a n d o d e dos tipos distintos d e
c o n o c i m i e n t o : u n o con p r e d o m i n i o d e la r a z o n y la
logica, y o t r o el d e la i n t u i t i o n , la e m o t i o n y el sent i m i e n t o . Es u n a s i t u a t i o n q u e se a c o m o d a b a s t a n t e
bien con la vision del c e r e b r o b i h e m i s f e r i c o muy dif u n d i d a a c t u a l m e n t e , p e r o tal d u a l i d a d n o es p a r a
n a d a algo nuevo. P o d e m o s e n c o n t r a r en la Atenas clasica a u n c o n o c i d o sofista p l a t i c a n d o con u n r a p s o d a
victorioso acerca d e la i m p o r t a n c i a de ser c o n o c e d o r
d e u n cierto oficio o m a t e r i a y lo q u e es capaz d e saber
alguien c o m o u n p o e t a , u n c o r i b a n t e , u n a b a c a n t e ;
Platon m a r c a distancia e n t r e la i n s p i r a c i o n y la ciencia
y dice p o r b o c a d e Socrates e n "Ion o d e la Poesia":
S e m e j a n t e s a los c o r i b a n t e s , q u e n o d a n z a n sino
c u a n d o e s t a n f u e r a d e si mismos, los p o e t a s n o estan con la s a n g r e f r f a c u a n d o c o m p o n e n sus pre-
tiosas odas, sino que desde el momento en que
t o m a n el t o n o d e la a r m o n f a y el r i t m o , e n t r a n
en f u r o r y se ven a r r a s t r a d o s p o r u n e n t u s i a s m o
igual al d e las bacantes, q u e e n sus m o v i m i e n t o s y
e m b r i a g u e z sacan d e los rios leche y miel, y cesan
d e sacarlas en el m o m e n t o e n q u e cesa su delirio
(.Didlogos, 98).
A p a r t i r d e la inspiracion q u e la m u s a i n f u n d e a m o d o
d e c a m p o m a g n e t i c o s o b r e los p o e t a s , los r a p s o d a s
q u e los c a n t a n y el p u b l i c o q u e los escucha, el conocim i e n t o d e la poesia y las m a t e r i a s q u e t r a t a n o d e p e n d e n del "arte" q u e a d m i n i s t r a la r a z o n del individuo,
s u s p e n d i d a a causa del a r r e b a t o . Q u i e n c o n o c e , domin a u n oficio p o r p r o p i o m e r i t o y b u e n juicio. T a m b i e n
p a r e c e c o m o si e s t u v i e r a m o s h a b l a n d o d e u n a s u n t o
d e status o j e r a r q u i a social. M i e n t r a s B e r m a n se enc u e n t r a t r a t a n d o el caso d e Galileo y los p r o b l e m a s
q u e le a c a r r e a r o n sus d e s c u b r i m i e n t o s , r e c u e r d a m u y
a p r o p o s i t o la distincion social e n t r e el e s t u d i o s o y el
a r t e s a n o d e aquellos a n o s :
En el c o n t e x t o d e la e p o c a , el uso d e u n dispositivo
d e s a r r o l l a d o p o r a r t e s a n o s [el telescopio] p a r a resolver u n a controversia cientifica (sin m e n c i o n a r
lo teologico), e r a c o n s i d e r a d o , e s p e c i a l m e n t e en
Italia, u n a i n c o m p r e n s i b l e mezcla d e categorias.
Estas dos actividades, la b u s q u e d a d e la v e r d a d
y la f a b r i c a t i o n d e bienes, e r a n c o m p l e t a m e n t e
distintas, p a r t i c u l a r m e n t e e n t e r m i n o s d e la clase
social r e l a c i o n a d a con c a d a u n a d e ellas. El a r g u m e n t o de Bacon p a r a u n a relacion e n t r e oficio y
c o g n i t i o n a u n h a b i a g a n a d o p o c o t e r r e n o incluso
en I n g l a t e r r a , pais que, c o m p a r a d o con Italia, habia s u f r i d o u n a e n o r m e aceleracion en la p r o d u c tion i n d u s t r i a l (p. 57).
Los artistas, ya d e s d e los i n i t i o s del R e n a c i m i e n t o hacia el siglo XV, se h a b i a n o c u p a d o en r e c l a m a r u n sitio
c o m o " b u s c a d o r e s d e la verdad". En la e s t r u c t u r a del
c o n o c i m i e n t o del c o r p u s p e d a g o g i c o del clero m e d i e -
Leonardo Rodriguez: Transatlantic!)
val, los g r u p o s d e saberes i n c l u i d o s e n t r e las siete a r t e s
liberales, el Trivium y el Cuadrivium, d e n u e s t r a s con o c i d a s "bellas artes" s o l a m e n t e i n c l u i a n a la musica.
Las p a l a b r a s q u e usa L e o n a r d o d a Vinci p a r a d a r s e su
l u g a r al t o m a r el c a l a m o e n l u g a r del pincel d a n clara
c u e n t a d e esta discusion:
Bien se que, p o r no seryo literato, a a l g u n f a t u o le parecera razonable c o n d e n a r m e , a l e g a n d o que no soy
h o m b r e de letras. jGentes estultas!; n o saben estos
que yo p o d r i a responderles diciendo, c o m o Mario a
los patricios romanos: "Los que se h a n ataviado con
las fatigas ajenas, n o m e quieren conceder las nu'as".
Diran que, careciendo yo d e letras, n o p o d r e expresar con acierto aquello de lo q u e deseo tratar. (No
saben acaso que mis asuntos mas h a n de ser tratados
por la experiencia que p o r las palabras? ( L e o n a r d o
d a Vinci: Tratado depintura, 94).
Asi, t a n t o las a r t e s m e c a n i c a s c o m o el e s t a d o a l t e r a d o
del r a p t o n o se c o n s i d e r a b a n c i r c u n s t a n c i a s i d o n e a s
p a r a la p r o d u c t i o n d e c o n o c i m i e n t o . B e r m a n rescata
las v i r t u d e s d e estos p r o c e d i m i e n t o s y a f i r m a q u e
La n a t u r a l e z a a l t a m e n t e repetitiva y m e d i t a t i v a d e
las o p e r a c i o n e s a l q u f m i c a s , q u e i n d u c i a n estados
alterados de conciencia m e d i a n t e u n a prolongad a focalizacion d e la a t e n c i o n , se vio m u l t i p l i c a d a
e n cientos d e tecnicas a r t e s a n a l e s m e d i e v a l e s tales c o m o el t r a b a j o e n vidrios c o l o r e a d o s , hilados,
caligrafia, t r a b a j o e n m e t a l y la i l u m i n a c i o n d e
m a n u s c r i t o s (p. 73).
Dichos e s t a d o s son m a n e r a s d e vivir esa u n i d a d con
el m u n d o q u e solicita El reencantamiento y q u e t o m a
foi m a en la p e r d i d a d e la n o t i o n del t i e m p o c r o n o m e t r i c o , e n u n a especie d e " c l a r i f i c a t i o n " d e los p e n s a m i e n t o s o " a p a c i g u a m i e n t o " del flujo m e n t a l y en
"^EKWONDO
-
• HAWAU?
BAiLE-feSALOH.AEROBlC'S
I ronardo Rodriguez: La estMica
la s e n s a c i o n d e t e n e r la m e n t e t a m b i e n a f u e r a , m a s
alia d e la piel.
C o m o lo h e m o s observado, la tradicion alqufmica valorada y a p r e c i a d a p o r B e r m a n e n t a n t o ciencia
p r e m o d e r n a , ya h a b f a e n c o n t r a d o d e s d e la e p o c a medieval la n n i d a d latente en la oposicion. El "como" y
el "por q u e " e n t r e v e r a n sus esferas. Socrates n o tenia
la i n t e n c i o n d e d e s p r e c i a r el c a m i n o d e la inspiracion
c o m o m o d o de c o n o c i m i e n t o al p o n e r e n evidencia "la
poca ciencia" d e Ion; m a s bien p o n e en su lugar las
razones q u e ostenta su a m i g o r a p s o d a p a r a vanagloriarse: la conclusion del dialogo a b r e la posibilidad de
c o n s i d e r a r q u e el c o n o c i m i e n t o de Ion es p a r t e de o t r o
c o n o c i m i e n t o . Se dice q u e Platon d e s t e r r o a los artistas y a los p o e t a s de su Estado ideal; en contraste, hay
pasajes q u e n o son acordes con esa vision: e n el discurso q u e Diotima p r o d i g o a Socrates, dice la e x t r a n j e r a :
poesfa c o n t e m p o r a n e a s , e s p e c i a l m e n t e d e s d e el movim i e n t o surrealista:
E r a la ciencia d e la m a t e r i a , el i n t e n t o d e revelar
los secretos d e la n a t u r a l e z a ; u n a serie d e proced i m i e n t o s e m p l e a d o s en la m i n e r f a , en los teriidos
d e telas, en la m a n u f a c t u r a d e vidrios y e n la prep a r a t i o n d e m e d i c i n a s ; y, s i m u l t a n e a m e n t e , u n
t i p o d e yoga, u n a ciencia d e la t r a n s f o r m a t i o n psfquica [el a r t e c o m o c a m i n o d e a u t o c o n o c i m i e n t o ,
u n a d e sus t a n t a s v i r t u d e s ] . D e b i d o a q u e la m a t e ria posefa conciencia, la h a b i l i d a d p a r a t r a n s f o r m a r la p r i m e r a a u t o m a t i c a m e n t e significaba q u e
u n o e r a habil p a r a t r a b a j a r con la u l t i m a - u n a
t r a d i c i o n q u e solo p e r d u r a h a s t a el d f a d e hoy e n
a r e a s tales c o m o el a r t e , la poesfa o la a r t e s a n f a ,
en d o n d e t e n d e m o s ( c o r r e c t a o i n c o r r e c t a m e n t e )
a c o n s i d e r a r la h a b i l i d a d p a r a c r e a r cosas d e g r a n
belleza c o m o u n r e f l e j o d e la p e r s o n a l i d a d del
c r e a d o r (p. 91).
La idea d e la a l q u i m i a c o m o ciencia d e la n a t u r a l e za y ciencia a u t o c o g n i t i v a c u e n t a e n t r e sus r e c u r s o s
i n d a g a d o r e s a la c o n c i e n c i a participativa r e l i g a d o r a .
M e t a f o r i c a m e n t e , q u i e n se c u e c e e n la m a r m i t a o se
destila e n los m a t r a c e s , q u i e n se t r a n s f o r m a e n o r o
o d e p u r a su sustancia m e d i a n t e los p r o c e s o s d e comb u s t i o n , f u n d i c i o n , filtros y e v a p o r a c i o n e s es el p r o p i o
sujeto p r a c t i c a n t e .
ALQUIMIA CONTEMPORANEA
Abrigamos la confianza de que el publico en general
se halla ahora a d e c u a d a m e n t e i n f o r m a d o acerca de
la sencilla pero ardua proyeccion del artista, desde
la calida h u m e d a d de la gestacion genealogica has-
P e r o los q u e son f e c u n d o s con relacion al espfr i t u . . . Aquf D i o t i m a , i n t e r r u m p i e n d o s e , a n a d i o :
p o r q u e los hay q u e son m a s f e c u n d o s d e e s p f r i t u
q u e d e c u e r p o p a r a las cosas q u e al e s p f r i t u t o c a
producir.
q u e es lo q u e toca al espfritu p r o d u cir? La s a b i d u r f a y d e m a s v i r t u d e s q u e h a n n a c i d o
d e los p o e t a s y d e t o d o s los artistas d o t a d o s del
g e n i o d e invencion (Didlogos, 376).
ta el m a r e a n t e p u n t o de congelacion del oleo sobre
el lienzo en u n a morfologfa bien establecida que va
desde las vicisitudes de innumerables combinaciones
de gnodes de color zoologico hasta la orquestacion
ambivalente de psiclogramas e x t r a n a m e n t e sincronizados y habilmente entreverados con esparavanes
comprimidos en tabletas de malignidad concentrada solo para explotar aquf y alia con la perversidad
silenciosa de sirns cero en un gesto incalculable de
Se h a b r a n o t a d o q u e en el s e n o d e la c u l t u r a m e d i e val h a b f a al m e n o s dos p o s t u r a s : la clerical y la alqufmica. A reserva d e c o n s i d e r a r t a m b i e n la i n a g o t a b l e
s a b i d u r f a d e la veta p o p u l a r y c o s m o g o n i c a q u e Mijafl
Bajtfn nos h a c e r e c o r d a r con justicia, lo q u e interesa valorar es la actitud participativa del a l q u i m i s t a , la
c o n j u n c i o n cientffico-artesano, cuya p r e s e n c i a Morris
B e r m a n la e n c u e n t r a en las a r t e s a n f a s , e n el a r t e y la
asombro en suspenso.
LEONORA CARRINGTON
Al i d e n t i f i c a r la situacion d e crisis t e r m i n a l actual con
el p a r a d i g m a c u a n t i t a t i v o del p r o g r e s o , B e r m a n nos
h a c e ver la o p o r t u n i d a d d e r e s c a t a r n u e s t r a c u l t u r a
r e e n c o n t r a n d o el t e s o r o q u e se h a m a n t e n i d o cobijad o a p e s a r d e la psicosis f i n a n c i e r a , la i n c o n t i n e n c i a
poli'tica y la d e p r e d a t i o n ecologica. Si hay algtin lugar
social en el cual todavia c o m p a r t i m o s la experiencia
de la conciencia participativa, esa relacion directa,
sentimiento oceanico de pertenencia, es en el arte. El
artista de hoy y de siempre, igual que el alquimista
medieval, se tiene a si mismo como objeto y sujeto de
conocimiento y el c a m i n o que h a decidido t o m a r es el
de la libre expansion de su ser. Morris B e r m a n en El
reencantamiento del mundo, al igual que Basarab Nicolescu en el Manifiesto de la transdisciplinariedad, elogian las
h e r r a m i e n t a s utilizadas p o r los artistas surrealistas asi
como las intenciones de sus procesos creativos. Mario
De Micheli resalta la biisqueda doble de libertarl individual y social en este g r u p o vanguardista. En el Primer
manifiesto surrealista A n d r e Breton asienta lo siguiente:
U n i c a m e n t e la p a l a b r a libertad tiene el p o d e r de
exaltarme. Me parece j u s t o y b u e n o m a n t e n e r
i n d e f i n i d a m e n t e este viejo f a n a t i s m o h u m a n o .
Sin d u d a alguna, se basa en mi u n i c a aspiration
legitima. Pese a tantas y tantas desgracias como
h e m o s h e r e d a d o , es preciso reconocer que se nos
h a legado u n a libertad espiritual suma. A nosotros
c o r r e s p o n d e utilizarla sabiamente (De Micheli,
Vanguardias artisticas del siglo XX, p. 278).
Me parece o p o r t u n o a q u i m a r c a r conexiones con
las cosmovisiones mesoamericanas. El t e r m i n o Toltecayoll, aquel legado q u e nos c o m p e t e conservar (Miguel Leon-Portilla, Toltecdyotl). habia del tolteca como
aquel que se ha labrado u n rostro, u n corazon: in ixtli,
in yollotl. Las palabras tolteca y artista se p u e d e n t o m a r
como sinonimos si es q u e el artista m a n t i e n e su oficio
en todo m o m e n t o , lugar y circunstancia, n o i m p o r t a
que este c o n t a n d o atomos, gestionando u n apoyo financiero, cultivando flores o b a r r i e n d o la cocina. Los
totonacas de hoy en dia reconocen el valor de m o s t r a r
el verdadero brillo de las cosas; p a r a ellos, ser totonaca y vivii la vida de todos los dias como artista es lo
mismo. B e r m a n dice:
car Wilde que intento insertar en mi discurso desde el
inicio: en la p r i m e r a parte del dialogo llamado "El critico artista", Gilberto lanza esta afirmacion, impelido
p o r las insistentes dubitaciones de su amigo Ernesto:
jPero si la critica es t a m b i e n u n arte! Y de igual
m o d o que la creacion artistica implica el f u n c i o n a m i e n t o de la facultad critica, sin la cual no
p o d r i a decirse que existe, asi t a m b i e n la critica
es r e a l m e n t e c r e a d o r a en el mas alto sentido de
la palabra. La critica es, en efecto, c r e a d o r a e
independiente.
A h i esta, pues, u n a h e r m o s a propuesta: e n lugar de
seguir e n g r o s a n d o el inabarcable m a r e m a g n u m de
lo que Gregory Bateson llama "nociones explicativas"
(Bateson, Pasos hacia una ecologia de la mente), o lo que
George Steiner d e n o m i n a "El ostracismo del chismor r e o de altura" (Steiner, Presencias reales), los criticos y
los investigadores p u d i e r a n hacerse pares de quienes
gozan la maestria del arte p o r oficio.
BIBLIOGRAFIA
B e r m a n , Morris (Rally Bendersky y Francisco Huneeus, trads.). El reencantamiento del mundo. C u a t r o
Vientos, Chile, 7 a ed., 2001 (The Reenchantment of
the World, Cornell University Press, Ithaca, 1981).
Da Vinci, L e o n a r d o . Tratado depintura. R a m o n Llaca,
Mexico, 1996.
Platon (Francisco Larroyo, prelim.). Dialogos. "Sepan cuantos..." n u m . 13, P o r r u a , Mexico, 1989
(1962).
Dado que la alquimia [...] representa u n m a p a
del inconsciente, p o r q u e a p a r e n t e m e n t e corresp o n d e a u n substrato psfquico transhistorico, ella
a u n esta con nosotros, t a n t o privada como piiblicamente, y es d u d o s o que la razon dialectica pued a llegar a ser c o m p l e t a m e n t e extirpada (p. 94).
Lo que hace la diferencia es d a r n o s cuenta.
El arte propone, a traves de su experiencia como
f o r m a de conocimiento y f o r m a de vida, el involucramiento comprometido del sujeto investigador, pues n o
hay diferencia entre lo que se esta conociendo y quien
conoce. Esto me acerca, finalmente, a u n pasaje de Os-
Leonardo Rodriguez: El jardtn de las delicias
Descargar