498 RESEÑAS NRFH, LV Este estudio y e d i c i ó n de los tres estados d e l texto de Mocedades de Rodrigo, preparado p o r L e o n a r d o Funes con la c o l a b o r a c i ó n de Felipe Tenenbaum, es u n trabajo valioso que nos recuerda a todos la insoslayable presencia de la filología; y n o solamente de u n a filología de corchete y signo d i a c r í t i c o , vistosos p e r o i n ú t i l e s las m á s veces, sino de u n a filología viva que se respira, nos nutre y se transforma, mediante las ideas de u n investigador i n t e l i g e n t e y cabal, y de u n a e d i c i ó n m o d é l i c a que, lejos de r e h u i r la complejidad, la busca y, c o m o t o d o l o que vale la pena, la devuelve bajo los afeites de la sencillez. ALEJANDRO H I G A S H I Universidad A u t ó n o m a Metropolitana- Iztapalapa F R A N C I S C O R I C O , El texto del Quijote. Preliminares a una ecdótica del Siglo de Oro. C e n t r o para la E d i c i ó n de los Clásicos E s p a ñ o l e s - D e s t i n o , Valladolid-Barcelona, 2005; 566 p p . Francisco Rico (FR e n l o sucesivo), que n o necesita p r e s e n t a c i ó n n i se considera cervantista, ha d i r i g i d o desde 1998 varias ediciones d e l Quijote aceptadas c o m o las m á s de fiar e n texto y notas. Dejando a u n lado las escolares, pocas h a b r á que n o pretendan haber h e c h o l o mism o . Las de FR, si e n su a n o t a c i ó n rebasan con creces l o que u n lector c u l t o puede asimilar de u n a sentada, en el texto presentan sus mayores novedades, p o r i n c r e í b l e que parezca. De a h í el t í t u l o d e l presente v o l u m e n , que e x p o n e los logros de u n a e c d ó t i c a de nueva a p l i c a c i ó n e n la l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a , hasta d o n d e se nos alcanza: la b i b l i o g r a f í a textual. E l l i b r o , de alguna manera, revela los caminos p o r d o n d e se l l e g ó al t e x t o de la e d i c i ó n , j u n t o c o n muchas consideraciones de o r d e n t e ó r i c o fundadas e n u n a b i b l i o g r a f í a a m p l i a y precisa. Nuestra lectura parte, pues, de u n d e s l u m b r a m i e n t o , y se l i m i t a r á a u n a desc r i p c i ó n Q u e d e para otros hacer la c r í t i c a de detalle. L a i n t r o d u c c i ó n recuerda l o sucedido en los estudios shakespearianos forjados "en el taller de las ediciones de Shakespeare y para p o n e r s e a su servicio. N a d a m á s dispar que la suerte d e l Quijote" ( p p . 18-19). L a r a z ó n es el a x i o m a de que las impresiones de 1604 y 1615 representan fielmente la v o l u n t a d de su autor. Desde R u d o l f Schevill a V i c e n t e Gaos, R o b e r t Flores, F l o r e n c i o Sevilla y T h o m a s L a t h r o p , las principes (o sus facsímiles) se c o n v i e r t e n así e n fetiche, y los editores i n t e n t a n j u s t i f i c a r cuantos descuidos, erratas e i n c o n secuencias - i n c l u i d a s las n u m é r i c a s - aparecen e n ellas, pasando p o r alto l a especial g é n e s i s d e l l i b r o i m p r e s o e n tiempos de Cervantes e i n c l i n á n d o s e p o r l a p r i m e r a p a r t e d e l d i l e m a : conservar o corregir NRFH, LV RESEÑAS 499 ( p . 2 2 ) ' . FR r e c u e r d a que tal a c t i t u d c o m e n z ó ya e n el siglo x v m con la r e p r o d u c c i ó n de la entonces considerada p r i m e r a del Ingenioso hidalgo, es decir, la segunda de Cuesta (1605), y se a c a b ó de afirmar c o n el invento de la "foto-tipografía", que puso e n manos de los cervantistas los f a c s í m i l e s de las principesca, e n t r e 1871 y 1879. E n esa historia hay algunas excepciones, cuyos m é r i t o s se precisan: Bowle en p r i m e r lugar, y luego Hartzenbusch: Frente a quienes sostienen que Cervantes n o i n t e r v i n o e n la i m p r e s i ó n de sus libros, Rico demuestra "sin sombra de d u d a que al autor se d e b e n los cambios m á s i m p o r tantes que el Ingenioso hidalgo c o n o c i ó e n l a secunda y e n la tercera e d i c i ó n m a d r i l e ñ a s " (p. 36) Buena parte de estos hechos la c o n o c í a el lector del Quijote desde la e d i c i ó n de 1998, p o r q u e allí FR se encarga de hacer la "Historia del texto". A q u í a ñ a d e numerosos ejemplos de gazapos que es posible desvelar y sanear sin apelar a argucias n i perspectivismos d e l escritor: u n o de ellos, el a p e l l i d o de d o n Q u i j o t e , Wrado e n la princeps, r e c i b i r á m á s a t e n c i ó n e n el a p é n d i c e A detectarlos ayudan, c o n t r a lo que p r o p u g n a la t e o r í a neolachmanniana, las ediciones antiguas, sobre t o d o las d e l siglo x v n . Y a corregirlos, la emendatio ope ingenii, que para FR contiene la emendatio ope codicum (p. 26), tarea e n la que ya destacan las eds. de Bruselas, 1607, y M a d r i d , 1637, entre otras. E n pocas palabras, "el c o n o c i m i e n t o para si es d e l caso proceder ote mgenii se adquiere o e codicum, situando cada variante en el marco cabal de cada testimonio y cada testimonio en el m a r c o de toda la t r a d i c i ó n de la obra" (p. 5 2 ) . P C o m o e p í g r a f e de su p r i m e r c a p í t u l o FR conserva, casi i d é n t i ca, la frase c o n que u n b e n e m é r i t o cervantista, A g u s t í n G o n z á l e z de A m e z ú a , t i t u l ó u n discurso de l e c t u r a a ú n h o y provechosa: Cómo se hacía un libro en nuestro siglo de oro. T a m p o c o l o expuesto a q u í es totalm e n t e nuevo; el p r o p i o autor h a b í a d i r i g i d o u n v o l u m e n colectivo que trata varios de sus puntos, y d o n d e se resume e n f o r m a a p o d í c t i c a la r a z ó n de ser de estos trabajos: "La i n d a g a c i ó n de la hechura tipográfica del l i b r o antiguo, tan decisivamente c o n d i c i o n a d a p o r la composición p o r formas, n o es u n ejercicio útil solo para el historiador de la i m p r e n t a , n i menos u n a mera curiosidad e r u d i t a (aunque e n ocasiones se quede a h í ) , sino requisito esencial, c o n copiosas implicaciones literarias y l i n g ü í s t i c a s , para el establecimiento de u n texto crítico"?. De tal i n d a g a c i ó n derivan hechos curiosos y de gran trascendencia, que FR e x a m i n a e n su d e b i d o o r d e n . E l p r i m e r o es que el i m p r e 1 Con formulación a ú n más tajante: "Donde la ecdótica exige un «Quietecomo parte, y fuera de ella no hay salvación" (p. 305). FR, "Crítica textual y transmisión impresa (para la edición de La Celestina)", en FR (dir.), Imprenta y crítica textual en el siglo de oro, CECE, Valladolid, 2000, p. 224. 2 500 RESEÑAS NRFH, LV sor antiguo "no p o d í a conservar en metal m á s que unas pocas p á g i nas y sólo durante unas pocas horas", las p á g i n a s correspondientes a las formas que se c o m p o n í a n mientras otras se estampaban, aunque fueran de distintos libros; FR c o m p a r a a u n mecanismo de r e l o j e r í a la s i n c r o n i z a c i ó n de tareas en u n a i m p r e n t a antigua a fin de hacerla rentable (p. 378). E l c o r r e c t o r general, a pesar de su n o m b r e , n o cor r e g í a o apenas c o r r e g í a los impresos sino que se l i m i t a b a a verificar que se c o r r e s p o n d í a n c o n el original aprobado. U n original que, tamb i é n contra el h a b i t u a l sentido del t é r m i n o en e c d ó t i c a y a diferencia del borrador, n o solía ser de p u ñ o y letra de su autor ( p o r eso FR l o p o n e en cursiva), sino u n a p ó g r a f o , o b r a de amanuense, e n el que i m p o r t a b a la leg b i l i d a d , pues d e b í a " i r al Consejo de Castilla, pasar a los encargados de las aprobaciones y ser r u b r i c a d o folio a f o l i o p o r el escribano de C á m a r a " (p. 6 0 ) . Pero en la i m p r e n t a era tanto o m á s necesaria la regularidad de la letra, que p e r m i t í a la esencial o p e r a c i ó n de contar l o eme h a b í a de corresponder a cada plana impresa. Y este a p ó g r a f o era el que los autores revisaban y a veces alteraban, n o sin p e l i g r o para la e x a c t i t u d d e l r e c u e n t o . Consecuencia l ó g i c a es que "el a u t ó g r a f o está m a t e r i a l m e n t e m á s lejos del original que el original d e l i m p r e s o " (p. 5 6 ) . FR habla de u n centenar de manuscritos o r i ginales d e l s i d o de o r o conservados oue c o n sus marcas de a u t o r escribano e i m p r e s o r acreditan l o d i c h o . El amanuense interviene, pues, forzosamente, p e r o mete baza a veces de otra manera, n o s ó l o p o r q u e tiene sus propios criterios ortográficos y va deprisa, sino p o r q u e cobra p o r p á g i n a s . El autor al revisar la copia que s e r v i r á de original h a c í a la ú n i c a c o r r e c c i ó n total que era posible. Luego el original se contaba, y entraba en p o d e r del corrector de i m p r e n t a , "uno de los m á x i m o s protagonistas del proceso" (p. 75), ya que de él d e p e n d í a n las normas ortográficas y la s o l u c i ó n de las dudas que surgieran, así c o m o la r e v i s i ó n de las probas. D e l c o r r e c t o r el original pasaba a los cajistas, quienes c o m p o n í a n las planas que luego se i m p o n í a n en la rama para estampar la forma. E l trabajo por formas, c o m o p r u e b a n numerosos testimonios, v e n í a e x i g i d o p o r la escasez de tipos e i n c i d e e n la fidelidad d e l texto m i s m o . "Del b o r r a d o r a la censura", c a p í t u l o 2, vuelve al Quijote para trazar el i t i n e r a r i o de la o b r a hasta la a p r o b a c i ó n oficial. D e s p u é s de demostrar, con buenos argumentos, que Cervantes n o e n t r e g ó a la i m p r e n t a su p r o p i o borrador, n i tampoco hizo de amanuense, n o queda o t r o r e m e d i o que postular la existencia de esa copia, responsable de a n o m a l í a s que n o resulta fácil d i r i m i r si se deben o n o a la revisión del autor. FR da preciosos ejemplos derivados de que Cervantes h i c i e r a m u y similares la y m e r a y la zeta, l o que p r o d u j o la c o n f u s i ó n d e l escriba y la errata del impreso. Otras derivan de alteraciones hechas en el borrador, u n a vez copiado y recuperado, luego trasladadas c o n m á s o menos t i n o p e r o sin d u d a c o n prisas al originalya aprobado, aunque NRFH, LV 501 RESEÑAS fuera s a l t á n d o s e la l e g a l i d a d . E n t r e ellas e s t á n e p í g r a f e s e r r ó n e o s , "inesperadas desapariciones y reapariciones del r u c i o de Sancho, paisajes que v a r í a n de repente, cenas que se sirven dos veces..." (p. 129), t o d o cuanto se h a solido a t r i b u i r a "descuido d e l impresor", s e g ú n la frase c o n que el p r o p i o Cervantes trata de zanjar las incongruencias que a t a ñ e n al b u r r o . A ellas d e d i c a r á FR o t r o c a p í t u l o l l e n o de pormenores sabrosos. A h o r a se sirve de u n ejemplo t o m a d o del Ingenioso caballero (es decir, la segunda parte de 1615) , d o n d e se m e n c i o n a "la sentencia pasada de la bolsa" antes de que Sancho la p r o n u n c i e ( I I , 45). "La c u e s t i ó n se aclara si la c o n t e m p l a m o s c o n la perspectiva de u n o r i g i n a l e n que los a ñ a d i d o s e n t r a n p r o m i n e n t e m e n t e a m o d o de a p é n d i c e s finales" (p. 138), desde los cuales distintas llamadas i n d i c a r í a n el lugar d o n d e h a b í a de insertarse cada u n o , o p e r a c i ó n e n la que era m u y fácil cometer u n desliz. Caso diferente se da en I , 19, cuando alguien, que Cervantes n o precisa, advierte a d o n Quijote que queda descomulgado p o r haber agredido al b a c h i l l e r Alonso L ó p e z , n a t u r a l de Alcobendas y o r d e n a d o de menores, que ya se h a b í a marchado en el f. 83v y ahora se vuelve a m a r c h a r e n el 84, descuido cor r e g i d o e n la ed. de 1605 c o n n o m u c h a f o r t u n a . L a i n t e r v e n c i ó n d e l censor que FR conjetura e x p l i c a r í a la inconsecuencia e incluso la p r e c i s i ó n d e l canon invocado e n el pasaje, y n o s e r á la ú n i c a . El cap. 3, "Por Juan de la Cuesta", comienza aclarando que el célebre impresor, regente en la i m p r e n t a de Pedro M a d r i g a l y h o m ó n i m o de otros del oficio, estaba h u i d o de M a d r i d en 1607, a pesar de l o cual la i m p r e n t a retuvo su n o m b r e ; y que algunos cuadernos d e l Ingenioso hidalgo se estamparon en la I m p r e n t a Real, aparte los que i m p r i m i ó Luis S á n c h e z en Valladolid c o n la tasa de varios ejemplares. Recuerda l u e g o que e d i t o r e i m p r e s o r disfrutaban de u n a l i b e r t a d de a c c i ó n e n cuanto al texto que hoy s o r p r e n d e r í a , p o r l o que e n lugar del representativo de la v o l u n t a d del a u t o r parece m á s p r u d e n t e hablar de texto autorizado: ejemplo de él s e r í a la dedicatoria del p r i m e r Quijote, improvisada, s e g ú n FR, p o r el l i b r e r o Francisco de Robles, para q u i e n Cervantes h a b r í a redactado otras n o firmadas. 3 Era exclusiva i n c u m b e n c i a d e l i m p r e s o r la o r t o g r a f í a y la puntuac i ó n : "con la salvedad de tres o cuatro caprichosos c o m o Fernando de H e r r e r a , n i n g ú n creador de a n t a ñ o q u e r r í a ver publicadas sus obras c o n la o r t o g r a f í a de sus borradores" (p. 1 5 6 ) . Los ejemplos espiga4 3 En u n momento dado, FR aclara que Cuesta "no estaba casado con una hija, sino con la viuda del hijo de la R o d r í g u e z de Rivalde", viuda a su vez de Pedro Madrigal y propietaria del taller (p. 385, nota). 4 Aún más claro en nota a la . 357: "Salvo para cuatro excéntricos como Mateo Alemán o el maestro Correas, la ortografía (y no hablemos del capítulo de la puntuación) era entonces cosa propia de los tipógrafos, a ellos se la confiaban los autores y ellos fueron quienes consiguieron la relativa normalización vigente antes de la Real Academia Española". P 502 RESEÑAS NRFH, LV dos en u n l i b r o impreso p o r Cuesta en 1601 muestran a las claras la metamorfosis a que se s o m e t i ó el o r i g i n a l conservado, e n favor de u n sistema, n o estricto, pero sí m á s m o d e r n o y coherente que el de los autores . Cervantes, de q u i e n se conocen bastantes a u t ó g r a f o s , n o sólo vacila en la ortografía, sino t a m b i é n en la f o n é t i c a de a l o n a s palabras, y o m i t e p o r entero la p u n t u a c i ó n , incluidos los puntos aparte. N o es la p r i m e r a vez que FR se refiere a "la i n f l e x i ó n constitutivamente oral del estilo" cervantino, que p o d r í a haber animado a los impresores a intervenir, y ha supuesto problemas de s o l u c i ó n arriesgada entonces y ahora*. C o n los acentos pasa o t r o tanto: c o m o curiosidad, FR s e ñ a l a que t o d o el Quijote "está e n m a r c a d o p o r dos tildes mendosas": libró p o r libro en u n a d é c i m a p r e l i m i n a r , y está p o r esta en el c a p í t u l o final. Otros muchos casos h a n de achacarse a mala i n t e r p r e t a c i ó n o a empastelamiento. 5 El resto del c a p í t u l o se consagra a la c o m p o s i c i ó n p o r formas, materia en la que FR se ve obligado a rectificar buena parte de las conclusiones a que h a b í a llegado Robert Flores, q u i e n afirma que parte de El ingenioso hidalgo se compuso p o r p á g i n a s FR alega ejemplos de l í n e a s m u v abiertas, i. e., c o n letras m u y espaciadas, en la plana final de determinadas caras de pliego, l o que evidencia retoques en el engarce entre esa plana y la siguiente. Otras c o n demasiado texto resultan apretadas y llenas de tildes de a b r e v i a c i ó n . Cuando la cuenta d e l originales a ú n menos certera, n o hay m á s r e m e d i o que pasar l í n e a s de u n a plana a otra, o incluso p o n e r distinto n ú m e r o de l í n e a s en u n a plana que en las contiguas, pecado de lesa e s t é t i c a tipográfica. Si el l i b r o se hubiera compuesto p o r p á g i n a s , nada de esto t e n d r í a lugar, p e r o tanto el Qmjote como los d e m á s libros e n cuarto conjugado se c o m p o n í a n por formas. "Creer o t r a cosa s e r í a tan i n g e n u o y equivocado c o m o pensar que los planos de u n a p e l í c u l a se r u e d a n p o r el o r d e n e n que los ve el e s p e c t a d o r . r e s u m e FR c o n símil adecuado (p. 183). Pero h a b í a a ú n casos e x t r e m o s en los que se usaban esos "medios feos y n o p e r m i t i d o s " de que habla el i m p r e s o r A l o n s o V í c t o r de Paredes en 1680 y que n o son otros que a ñ a d i r o q u i t a r palabras o frases (p. 186). E l Quijote n o se vio l i b r e de la plaga, a u n q u e n o se pueda i r m á s allá de la sospecha en ciertos s i n ó n i m o s y adjetivos prescindibles o sintagmas inusuales e s t r a t é g i c a m e n t e colocados. A l g o de eso o c u r r i ó al c o m p o n e r El ingenioso hidalgo de 1605, sobre u n original ya impreso en 1604, y cuya cuenta sería fácil de n o haberse intercalado lardones extensos que a veces i m p i d i e r o n r e p r o d u c i r l o a p l a n a ren- * "Una orden dada al comenzar el trabajo o habitualmente observada en el taller bastaba para que los componedores uniformaran todo el volumen en u n determinado sentido" (p. 171). Cf. FR, "Pidió las llaves a la sobrina del aposento", en el volumen colectivo Guanajuato en la geografía del Quijote, Guanajuato, 1999, pp. 369-377. 6 xai'/i. LV 503 RESEÑAS g l ó n . Tales manipulaciones del texto, a ú n m á s frecuentes en la ed. de 1608, que tiene dos líneas m á s p o r p á g i n a , p o d r í a n pasar p o r variantes de autor cuando n o son m á s que i n t r o m i s i o n e s de la i m p r e n t a . "Si c o n tal desenvoltura p r o c e d i e r o n en 1605 y 1608 frente a u n impreso d i á f a n o , ¿ q u é n o h a r í a n en 1604 los mismos empleados de Cuesta con u n original manuscrito lleno de parches y cicatrices? Hay que temerlo, sin p o s i b i l i d a d de saberlo", concluye FR (p. 202). Los " M á r g e n e s d e l error", e p í g r a f e d e l cuarto c a p í t u l o , vuelven sobre la e n o r m e cantidad de erratas que afean el Quijote. Sólo las de su p r i m e r a parte " p o d r í a n ilustrar todas y cada u n a de las c a t e g o r í a s d e l Manuel de critique verbale de L o u i s Havet" (p. 209), y la p r e m u r a n o basta para explicarlas, p o r q u e n o la h u b o en la segunda ¿ a r t e y el resultado es a ú n p e o r . C o m o las correcciones e n prensa se h a c í a n sobre la marcha, los libros de la é p o c a presentan estadios diferentes e n ejemplares de la misma e d i c i ó n , p e r o las infidelidades al o r i g i n a l preocupaban bastante menos a los impresores que las a n o m a l í a s tipográficas en las que estaba e n j u e g o su prestigio (p. 214). FR, llevando la contraria u n a vez m á s a R. Flores, demuestra que la Tabla se c o m p u so n o sobre el original, sino sobre hojas aparte dispuestas a recibir la fol i a c i ó n , u n a vez impreso el grueso d e l l i b r o . Así, la errata que ostenta el e p í g r a f e del cap. 26 del Ingenioso hidalgo, algo distinto del que figura e n el texto, p e r m i t e desvelar u n zeugma luego desechado E n otras ocasiones la lectura de la Tabla es la buena. Las discrepancias (en nueve de los 52 c a p í t u l o s ) son objeto de u n a pesquisa semipoliciaca que p e r m i t e entrever la forma de trabajar, n o ya de los impresores, sino del m i s m o Cervantes; p o r ejemplo, la batalla de los cueros anunciada e n el e p í g r a f e d e l cap. 36, pero transferida al 35 p o r d e c i s i ó n de ú l t i m a h o r a : "Cervantes, pues, en u n o m á s de sus descuidos, n o h a b r í a tocado e n l o sustancial los viejos e p í g r a f e s ya inadecuados" (p. 231). Otros casos n o son tales descuidos, sino meros percances e n la t r a n s m i s i ó n del Ouiiotev n o constituyen " u n p u n t o a n e c d ó t i c o sino u n p r o b l e m a e c d ó t i c o " (p. 236) que es necesario resolver e n la e d i c i ó n . Si u n a fid e l i d a d m e c á n i c a lleva a r e p r o d u c i r cada e p í g r a f e c o m o aparece e n t e x t o v tabla m i r a n d o con l u n a se n u e d e sospechar d ó n d e v p o r q u é razones se p r o d u j o la i n n o v a c i ó n . 7 8 C o m o antes se h a d i c h o , el c a p í t u l o 5 versa sobre " E l asno de Sancho", u n p r o b l e m a que ha h e c h o verter m u c h a tinta, y en el que 7 Algunos añadidos de la ed. de 1608 en I , 19, los analiza FR en su opúsculo En torno al error. Copistas, tipógrafos, filologías, CECE, Madrid, 2004, pp. 35-39. 8 Se nos ocurre, con todas las reservas, que p o d r í a haberse escapado aun en la edición moderna un p e q u e ñ o error por duplografía. En I I , 26 viendo el retablo de maese Pedro, don Quijote exclama: "No le sigáis n i persigáis; si no, conmigo sois en la batalla" (f. l O l v ) . Aunque existen precedentes de la última oración con artículo a comienzos del siglo x v i , Cervantes la usa otras veces sin él, lo que hace mejor sentido: "conmigo sois en batalla" ( I , 4, f. 14v, y I I , 58, f. 224v). 504 RESEÑAS NRFH, LV FR cree que se debe proceder en sentido inverso al de la vieja e s t e m á tica: desde la princeps d e l Ingenioso hidalgo a la ed. de 1608, ú l t i m a e n recoger la i n t e r v e n c i ó n del autor para resolver el desaguisado. E n la ed. de 1604 (aunque fechada en 1605), a fin de I , 25, y sin que medie e x p l i c a c i ó n alguna, Sancho se encuentra sin su asno, p o r l o que h a de llevar la embajada a D u l c i n e a m o n t a d o en Rocinante. E l j u m e n t o vuelve a aparecer e n I , 46, sin que tampoco se haya aclarado la causa. E n la segunda e d i c i ó n de Cuesta, asimismo fechada en 1605, u n extenso pasaje i n t e r p o l a d o e n el cap. 23 justifica la p é r d i d a del r u c i o , y o t r o en el 30 cuenta c ó m o Sancho l o recupera: "De a h í el estupendo f e n ó m e n o : e n 1605, le b i r l a n el j u m e n t o e n el c a p í t u l o X X I I I , pero todavía sigue m o n t á n d o l o al p r i n c i p i o del X X V y sólo d e s p u é s l o llora p o r p e r d i d o " (p. 2 4 9 ) . Por esta a n o m a l í a de segundo grado, desde que la a u t é n t i c a fue identificada p o r Mayans, Bowle y Salvá, se t e n d i ó a considerar p r i m e r o genuinas las interpolaciones, pero ajeno el hecho de su i n s e r c i ó n ; m á s tarde, t o d o ello ajeno al autor. Para FR, su autenticidad es i n d u d a b l e . L o apoya en p r i m e r lugar el cotejo de sus estilemas significativos c o n obras c o e t á n e a s , c o m o el Guzmán de Alfarachey el Quijote a p ó c r i f o , a m é n de obras posteriores d e l p r o p i o Cervantes, entre ellas el Ingenioso caballero. FR acepta los presupuestos de Stagg s e g ú n los cuales Cervantes e n p r i n c i p i o h a b r í a narrado la p é r d i d a y r e c u p e r a c i ó n del rucio- luego, "al reestructurar la novela c o n modificaciones y desplazamientos de texto d e c i d i ó s u p r i m i r el relato de sus peripecias, p e r o los reajustes que la d e c i s i ó n c o n l l e v a r í a n o f u e r o n suficientes para b o r r a r las discordantes huellas del j u m e n to" (p 265) E l p r i m e r pasaje se embute e n lugar equivocado, suprim i e n d o y sustituyendo segmentos: en ellos se da el como c o n valor de cuando v el cual p o r al cual h a b i t u a l m e n t e considerado anacolutou n o y o t r o son rasgos cervantinos que p u e d e n considerarse "marca de fábrica". L a ed. de 1605 "rectifica a la p r i m e r a c o n acierto e n u n a D r o D o r c i ó n h a r t o mavor oue cualauiera de las Dosteriores la rectifica a ella" (p 273) de f o r m a que viene a ser u n a " e d i c i ó n corregida y aumentada'"' (p. 272), y muchas de sus mejoras h a n de achacarse a u n a revisión c u i d a d o s a p o r parte d e l corrector de i m p r e n t a . Pero los aña¬ didos se d e b e n 3. Cervantes, que entonces vivía e n V a l í a d o l i d , desde d o n d e h u b o de enviarlos M a d r i d , c o n indicaciones sobre el lugar de su i n s e r c i ó n , y algunos pliegos del l i b r o en los que h a b í a hecho oca. sionales retoques FR eiemnlifica varios nue no es nosible achacar sino al autor ^ t a r S o ^ S b » ^608 R o b l e s E m p r e n d e la tercera e d i E S S v^ e n Madrid v siempre e n tratos c o n Robles c ^ r u p o n ^ q u e p a m S a r l o < r a ¡SS - S 1608 está eídasXcenaWá^^To^^Z que c o i n d d e c o n NRFH, LV 505 RESEÑAS al asno para evitar las incongruencias, la tercera de Cuesta i n t r o d u c e p e q u e ñ a s frases que h a b l a n de c ó m o Sancho lleva sobre sí los aparejos. L o que n o hace la tercera es transferir la i n s e r c i ó n e r r ó n e a al cap. 25, que es d o n d e d e b e r í a estar. Cervantes, pues, en ese caso (y tal vez e n el d e l rosario que d o n Quijote c o m p o n e e n Sierra M o r e n a ) , se hace eco de censuras de lectores escrupulosos y trata de r e m e d i a r l o m a l que b i e n . A ñ o s d e s p u é s e n El ingenioso caballero alude a ello e n e l d i á l o g o d e l cap. 4, d o n d e Sancho t e r m i n a p o r decir que "el h i s t o r i a d o r se e n g a ñ ó , o ya s e r í a descuido d e l impresor". E l acento ha solido ponerse en la segunda parte de la frase, pero la p r i m e r a admite la responsabilidad del autor. De ello trata FR en su cap. 6, titulado "Las huellas del rucio: cuestiones de p r i n c i p i o " . Pasa luego a plantear u n a c u e s t i ó n t e ó r i c a de indudable actualidad: si es cierto que la obra, c o m o e l romance oral, vive en sus variantes y e n su r e l a c i ó n c o n los lectores ¿ d ó n d e está El ingenioso hidalgo? ¿ E n c u á l de los cuatro estadios que revelan las andanzas del b u r r o ? Y de los tres impresos, ¿cuál es el a p r o p i a d o para servir de p r i m e r a parte de El ingenioso caballero} " N i n g u n a o p e r a c i ó n e d i t o r i a l es i n o c e n t e , todas e s t á n guiadas a priori p o r unas t e o r í a s textuales o las e n t r a ñ a n aposteriori. E l q u i d e s t á en saberlo o n o , y sobre todo, en los tiempos que c o r r e n , e n declararlo o n o " (p. 3 1 7 ) . L a tendencia hoy es a hablar d e l texto p l u r a l o h i p e r t e x t o , algo m u c h o m á s a m p l i o que la variorum editio, y que sólo la i n f o r m á t i c a p e r m i t e abordar. E n el extremo c o n t r a r i o e s t a r í a el clear text, "prueba de fuego de la e c d ó t i c a " (p. 324): al establecer el d e l p r i m e r Quijote, sea cual sea la r e d a c c i ó n que se elija, "no queda o t r o r e m e d i o que asumir todas las variantes propias de u n a sola e d i c i ó n " (p 326) Pero el p r o p i o FR matiza esto d i s t i n g u i e n d o c a t e g o r í a s entre las variantes que i n f l u y e n o n o e n el curso de la a c c i ó n , l o que i m p i d e aceptar u n "texto de base" c o m o a c o n s e j a r í a u n a postura b é d i e r i s t a Tal t i p o de c r í t i c a p e r m i t e asentar entre otros ejemplos que los arrieros gallegos de los caps l S y l T a p a ^ recen c o m o yanJLses e n los e p í g r a f e ! de los caps 10 y 15 ya e n 1604 lo que revela u n l t e m p r a n a corrección de a u t o r Otras variantes cabe discutir si se d e b e n a v o l u n t a d de o r t o d o x i a p o r parte de Cervantes. 9 Hasta a q u í El texto del Quijote. L o que sigue es u n a p é n d i c e c o n seis excursos, publicados previamente, í n d i c e s y b i b l i o g r a f í a . E l p r i m e r o es u n a extensa r e s e ñ a de The compositors ofthe first and second Madrid editions of'Don Quixote" Partí, de Robert Flores, a q u i e n se le reconoce el m é r i t o de haber abierto u n c a m i n o , y p o c o m á s . Su presupuesto 9 FR llega a conjeturar que el mismo título de la obra no sólo es problemático cuando ambas partes se r e ú n e n en volumen, sino que el sintagma ingenioso caballero, 506 RESEÑAS NRFH, LV de que la p r i m e r a m i t a d d e l p r i m e r Quijote se compuso p o r p á g i n a s , preparando cada cuaderno u n t i p ó g r a f o , s e g ú n FR, carece de base. Su e m p e ñ o de restaurar la o r t o g r a f í a cervantina sin consultar los a u t ó grafos, sino sólo c o n las principes a la vista, es considerado "quijotesco: grande, h e r o i c o , p e r o i m p o s i b l e , t e ó r i c a y p r á c t i c a m e n t e " (p. 364), ya que atribuye al autor l o que corresponde p r i m e r o al amanuense y d e s p u é s al corrector de i m p r e n t a , cuya i n t e r v e n c i ó n en la g r a f í a resultante de t o d o texto era decisiva'». E n resumen, "los materiales que Flores alega hablan a m e n u d o en sentido clamorosamente opuesto al que nos asegura él" (p. 347). Sus posteriores trabajos sobre la segunda parte tampoco parecen dar en el blanco, v menos el dedicado al apellido de d o n Quijote, d o n d e casi hace entrar a u n o de los cajistas en la ó r b i t a del ú l t i m o A m é r i c o Castro. El excurso segundo t a m b i é n contradice o t r a h i p ó t e s i s de Flores. Este d e s c u b r i ó que los dos p r i m e r o s cuadernos se c o m p u s i e r o n dos veces, y l o atribuye a que Robles, sobre la marcha, d e c i d i ó i n c r e m e n tar la tirada. Para FR, el e r r o r fue de los impresores de Cuesta que, acostumbrados a los tirajes n o r m a l e s de m i l o m i l cien ejemplares, n o t u v i e r o n en cuenta que Robles h a b í a encargado m á s , y se quedar o n cortos en los p r i m e r o s pliegos. C o n el d o c u m e n t o d o n d e Robles acredita deber al monasterio d e l Paular 3750 reales p o r 300 resmas de papel, puede averiguarse que la tirada de la segunda e d i c i ó n fue de unos 1 750 ejemplares, "trato reservado a los best-sellers» (p. 3 9 6 ) . j u n t o c o n otras cuentas, que p u e d e n ajustarse bastante m i r a n d o libros c o e t á n e o s , el presupuesto d e l Ingenioso hidalgo, s e g ú n JbK, se acerca a los ocho m i l reales-una vez vendidos todos los ejemplares, las ganancias del e d i t o r l l e g a r í a n al 70 p o r ciento, digamos unos 14000 reales, de los cuales t o c a r í a n a Cervantes " u n porcentaje en t o r n o al diez, n i siquiera h o y d e s d e ñ a b l e " (p. 3 9 8 ) . El tercer excurso se ocupa del p r i m e r pliego de El ingenioso hidalgo, que en varios ejemplares ostenta u n a tasa impresa p o r Luis S á n c h e z e n V a l l a d o l i d , s e g ú n J a i m e M o l í . FR i n t e r p r e t a que Cuesta d e j ó en b l a n c o el f o l i o 2 recto d e l c u a d e r n o f e n espera de r e c i b i r la Tasa. Cierto n ú m e r o de capillas e n ese estadio viajaron a Valladolid, d o n d e estaba la corte, v allí S á n c h e z i n s e r t ó la tasa en su sitio y el Quijote pudo 1 0 Si a cualquier lector se le ocurren ejemplos que añadir a los alegados por FR, hay alguno que nos da la tarea hecha: así H E N R Y K Z I O M E K , que no destaca como editor, ofrece un "Index o f the words which differ i n spelling i n the autograph from those from the printed editions" de La nueva victoria deD. Gonzalo de Córdova, de Lope de Vega (New York, 1962, pp. 2 0 - 3 8 ) . La lista comprende unas 8 0 0 palabras con todo tipo de variantes. Por ellas vemos que Lope escribía boy por voy, ciege por ciegue, juespedes (si el editor no se confunde con la hache longo) por huéspedes, onbre por hombre, ygeras por Mgueras, etc., y las dos ediciones antiguas, de 1 6 3 7 (La Vega del Parnaso) y 1 6 4 1 (Parte 24), hacen poco caso de sus grafemas, que sería imposible reconstruir a partir de ellas. NRFH, L V 507 RESEÑAS comenzar a circular. D e s p u é s de volver sobre la h i p ó t e s i s s e g ú n la cual la d e d i c a t o r i a de El ingenioso hidalgo, taracea de textos de H e r r e r a y Francisco de M e d i n a , n o pertenece a Cervantes, el excurso se cierra con u n a " P o é t i c a de la antífrasis" que pone en solfa la manera de razonar de algunos cervantistas, e m p e ñ a d o s en defender l o i n d e f e n d i b l e con los argumentos m á s peregrinos. Ya hemos mencionado antes las dudas que puede razonablemente suscitar el t í t u l o del Quijote, de l o que se ocupa el excurso 4 . Para FR n o hay d u d a de que, t e n i e n d o e n cuenta los documentos que figuran a su frente, el p r ó l o g o y otros elementos, entre ellos las ú l t i m a s palabras de Cervantes en la segunda parte, el l i b r o de 1604, e n la i n t e n c i ó n de su autor, se titulaba El ingenioso hidalgo de la Mancha, "conciso y elegante e n d e c a s í l a b o " (p. 4 4 4 ) , y el de 1615, Segunda parte de don Quijote de la Mancha. Los d e m á s t é r m i n o s son injerencias ajenas ya que "las portadas eran justamente el t e r r i t o r i o d o n d e m á s d e s p ó t i c a m e n t e reinaban t i p ó g r a f o s y editores (libreros, en el lenguaje y la realidad del Siglo de O r o ) " (p. 439). N o obstante, dada la r e p e t i c i ó n de t í t u l o s en las distintas ediciones, h a b r á que pensar que se trata de textos, u n a vez m á s , autorizados, al menos los de la p r i m e r a parte. o "Quexanaylas conjeturas v e r i s í m i l e s " son el c o n t e n i d o del excurso 5 . Sostiene FR que la i n c e r t i d u m b r e en el a p e l l i d o de d o n Quijote n o es "sino u n eco j o c o s o de los p r o b l e m a s y las soluciones usuales en el m é t o d o de los humanistas" (p. 4 5 0 ) . E l Quexana de la princeps se e n m i e n d a en Q u i x a n a ya e n la segunda y tercera de Cuesta, en las de Valencia y Bruselas. N o sólo eso: en los cuadernos de signatura A rehechos en la segunda e m i s i ó n de la princeps se corrige t a m b i é n , y e s t á p r o b a d o que la segunda e d i c i ó n n o deriva de ella, sino de la que presenta la errata, a pesar de l o cual n o d u d a e n corregir. L o m i s m o sucede con el t é r m i n o verosímil de las dos primeras, que Cervantes usa siempre en su f o r m a e t i m o l ó g i c a : verisímil. o E l sexto y ú l t i m o excurso, " A pie de imprentas. P á g i n a s y noticias de Cervantes viejo", se c e n t r a e n algo ya a p u n t a d o antes: c ó m o la d e d i c a t o r i a de El ingenioso hidalgo n o p u e d e ser o b r a de Cervantes, sino de cualquier paniaguado de Robles, mientras que de otras cuat r o firmadas p o r este, dos presentan tales rasgos cervantinos que es m á s sensato atribuirlas al autor d e l Quijote que n o suponer que q u i e n las escribiera o p t ó p o r i m i t a r l o : la del Prado espiritual de J u a n Basilio Sanctoro al obispo de Valladolid ( M a d r i d , J u a n de la Cuesta, 1607), y la de las Obras de L u d o v i c o Blosio a Nuestra S e ñ o r a de A t o c h a (ibid., 1619). L a fecha de este ú l t i m o es tres a ñ o s p o s t e r i o r a la m u e r t e de Cervantes, p e r o FR ha e n c o n t r a d o que la dedicatoria, p r á c t i c a m e n t e i g u a l , figura ya en la e d i c i ó n q u e e n V a l l a d o l i d h i z o l u á n de Rueda en 1613 d e p e n d i e n t e de o t r a p e r d i d a , impresa a costa de Robles e n 1611. FR deja para o t r a o c a s i ó n demostrar que t a m b i é n Cervantes i n tervino en las Obras de Diego de M e n d o z a ( M a d r i d , Juan de la Cuesta, 508 RESEÑAS NRFH, L V 1610), n o sólo c o n u n soneto e n c o m i á s t i c o , sino tal vez c o n el m i s m o p r ó l o g o al lector, y t e r m i n a su excurso p r o p o n i e n d o que el l i b r o que d o n Q u i j o t e v i o i m p r i m i r e n Barcelona j u n t o c o n su p r o p i a historia a p ó c r i f a , y cuyo t í t u l o era Luz del alma, n o es o t r o que las Obras de Blosio, a las que s e r í a aficionado el piadoso Cervantes s e s e n t ó n . Francisco V i n d e l d e m o s t r ó que el Quijote de Avellaneda se e s t a m p ó , n o en Tarragona, c o m o reza la portada, sino en Barcelona, en el taller de S e b a s t i á n de Cormellas, d e l que el mismo a ñ o 1614 salieron tamb i é n las Obras de Blosio. Es difícil r e s u m i r u n l i b r o t a n l l e n o de ciencia s ó l i d a , m é t o d o i m p e c a b l e y b u e n estilo. S e g ú n d i j i m o s al c o m i e n z o , el final de la p e l í c u l a l o c o n o c í a el lector del Quijote en cualquiera de las ediciones dirigidas p o r FR. A h o r a hemos asistido, p o r conservar el símil, a la historia de su rodaje, al trabajoso y minucioso proceso que llevó a aquella c o n c l u s i ó n . Toda u n a l e c c i ó n de r i g o r y de esfuerzo, que n o deja nada desatendido, y que de minucias e n apariencia insignificantes extrae datos ciertos y conjeturas "verisímiles" siempre al servicio d e l texto y de su autor. De paso, t a m b i é n u n a "visita de imprentas", que, guiada p o r FR, nos p e r m i t e asomarnos al taller de J u a n de la Cuesta e n las primeras d é c a d a s d e l siglo X V I I y asistir al parto del Quijote. A N T O N I O CARREIRA El Colegio de México A N T O N I O R U B I A L G A R C Í A , Profetisas y solitarios. Espacios y mensajes de una religión dirigida por ermitaños y beatas laicos en las ciudades de Nueva España. UNAM-F.C.E., M é x i c o , 2006; 258 p p . Todo b u e n l i b r o cambia las ideas del lector: le entretiene, hace cavilar, le e n s e ñ a , convence y, a veces, hasta logra c o n m o v e r l o . Éstas son sólo unas de las muchas c a r a c t e r í s t i c a s del i l u m i n a d o r escrito que nos ocupa: cuando u n o se adentra en el m u n d o v i r r e i n a l que c o n f o r m a este texto e n sus m á s de doscientas p á g i n a s , p l e t ó r i c a s de i n f o r m a c i ó n , se encuentra c o n u n m u n d o organizado, b i e n estructurado, e n el que se c o m b i n a n el análisis y la i n v e s t i g a c i ó n de fuentes originales. A l pasar de las hojas el lector queda i r r e m e d i a b l e m e n t e atrapado en este apasionante y e s c í a r e c e d o r estudio que muestra de m a n e r a p a l m a r i a las dotes d i d á c t i c a s y de i n v e s t i g a c i ó n seria y rigurosa de su autor; es e n d e n t é que debe haberle llevado bastantes a ñ o s transcribir, anotar, recopilar, estudiar y o r d e n a r la d o c u m e n t a c i ó n que incluye para ofrecernos generosamente el p r o d u c t o del difícil trabajo que i m p l i c a el desbrozamiento de textos pensamientos, actos y c o m p o r t a m i e n t o s pertenecientes a la vida c o t i d i a n a de la é p o c a novohispana.