D I O N I S O EN MÉXICO O CÓMO LEYERON NUESTROS CLÁSICOS A LOS CLÁSICOS GRIEGOS Susana QUINTANILLA Departamento de Investigaciones Educativas del Centro de Investigación y de Estudios Avanzados del Instituto Politécnico Nacional DIONISO L A NOCHE DEL 25 DE DICIEMBRE DE 1908 u n g r u p o de escritores y aspirantes a filósofos se d i o cita e n u n a majestuosa casa de la colonia Santa María la R i b e r a , al p o n i e n t e del Paseo de la Reforma de la c i u d a d de México, para realizar una celebración sin precedentes en la historia de la cultura mexicana. L a mansión era de Agustín Reyes, "joven rico y espléndido". E n ella t o d o atraía y encantaba: " e l salón o r i e n t a l , l l e n o de colgaduras y divanes, d o n d e la luz solar apenas se escurría y la noche se i l u m i n a b a c o n faroles colocados e n c o m b i n a ciones perfectas [...] el a m p l i o salón de recibo, c o n su artística p r o l i j i d a d ; el c o m e d o r , c o n su vajilla napoleónica; los tapices franceses; los b i o m b o s nipones; el sillón de sor Juan a Inés de la Cruz". Ya e n ocasiones previas esta residencia había sido a l u m b r a d a para recibir a "hombres distinguidos e n diversos órdenes". E n j u l i o de 1907 ahí se celebró u n a fiesta en h o n o r d e l poeta c o l o m b i a n o J u l i o Flórez. Cada 1 F e c h a de r e c e p c i ó n : 7 d e m a r z o de 2 0 0 1 F e c h a d e aceptación: 6 d e n o v i e m b r e d e 2 0 0 1 1 P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p p . 1 4 1 y 1 5 6 . HMex, L I : 3, 2002 619 SUSANA Q U I N T A N I L L A 620 u n o de los invitados se llevó c o m o r e c u e r d o u n a tarjeta c o n el retrato del bardo, d i b u j a d o p o r Germán Gedovius, y u n soneto en facsímil dedicado al anfitrión. Mientras que al festejo ofrecido a J u l i o Flórez a c u d i e r o n muchos comensales de distintos rangos y edades, en la fiesta o c u r r i d a la Navidad de 1908 el contingente era más r e d u cido y h o m o g é n e o : n i n g u n o de los huéspedes rebasaba los t r e i n t a años; todos se c o n o c í a n desde hacía t i e m p o y comenzaban a destacar e n el a m b i e n t e c u l t u r a l de la c i u d a d de México. Además d e l anfitrión y de su sobrino Alfonso Reyes, ahí estaban Pedro Henríquez Ureña, A n t o n i o Caso y Rubén Valenti. L o más factible es que n o fueran los únicos presentes: Ricardo G ó m e z R ó b e l o , Jesús T . Acevedo y J u l i o T o r r i b i e n p u d i e r o n haber sido convidados. L a tertulia n o fue n i u n acto c o m ú n para curar la resaca de la N o c h e b u e n a n i u n r i t u a l casero c o n m o t i v o navideño. E l propósito que c o n v o c ó a quienes a c u d i e r o n al convite era festejar el n a c i m i e n t o de D i o n i s o , dios griego de la e m briaguez divina y d e l a m o r más e n c e n d i d o . E n el m u n d o clásico la ambrosía e n su h o n o r ocurría durante los días previos al solsticio d e l i n v i e r n o , fin de u n ciclo estacional y anticipo de otro. Su naturaleza estaba representada en la vid; su culto invitaba al consumo de v i n o y al frenesí. Es la deid a d d e l arrebato, la que arranca a los mortales d e l o r d e n y los usos de la vida o r d i n a r i a para convertirlos en seres delirantes que danzan e n montañas salvajes y solitarias. Por algo se le asocia con la i m a g e n de la m u j e r que huye del ámb i t o doméstico y de las labores de A t e n e a para sumarse, desgreñada, a las filas de los posesos. 2 3 E l homenaje a D i o n i s o , realizado e n la c i u d a d de México, se inspiró en la versión que los h o m b r e s del siglo X I X h i c i e r o n del culto griego a los dioses. Según esta interpretación, de niño, Dioniso fue a l i m e n t a d o p o r ninfas que al paso de los años recorrerían los bosques con el dios trasíorinado en h o m b r e . Eran las Ménades, musas de las artes que destruían los lugares e n los que danzaban. Su trastorno y fiere2 3 P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 0 7 . WALTER, 1 9 9 7 . DIONISO EN MÉXICO 621 za eran especiales: provenían de la d e m e n c i a divina y se les asociaba c o n las fuerzas generadoras de la creación, palabra clave para e n t e n d e r p o r qué este dios fue el favorito de escritores, artistas plásticos, músicos y filósofos de diferentes tiempos y confines. E n el curso d e l siglo X I X el f e n ó m e n o d e lo dionisiaco se extendió p o r t o d a E u r o p a y engalanó la obsesión de la literatura decadentista p o r la m u e r t e , la carn e y la belleza. Los invitados al banquete l l e g a r o n a la casa de Agustín Reyes al anochecer, dispuestos a vivir u n a experiencia anóm a l a e irrepetible. Pedro Henríquez Ureña abrió la función c o n la lectura de u n esbozo de tragedia antigua inspirado e n Frínico. E l autor se c o n c e d i ó las libertades de redactar su texto e n prosa y de crear u n desenlace t r i u n f a l , ajeno al c o n f l i c t o trágico: la d e r r o t a d e l h o m b r e e n la lucha contra l a fuerza superior d e l destino. N o f u e r o n éstas las únicas l i cencias que se tomó, ya que la t r a m a de la o b r a fue poco atenta al m i t o o r i g i n a l de Dioniso y reproducía las versiones q u e de él h i c i e r a n algunos autores europeos de finales d e l siglo X I X . L a versión impresa de lo leído p o r Pedro Henríquez Ureña apareció e n la Revista Moderna de México semanas después d e l evento, de m o d o que su autor tuvo t i e m p o suficiente p a r a c o r r e g i r el o r i g i n a l . A u n así, el texto p u b l i c a d o p e r m i te adentrarse e n la atmósfera d e l m o m e n t o y d e l escenario p a r a los que fue escrito. D i o n i s o , h i j o de la m o r t a l Sémele y d e l dios Zeus, aparece l l e n o de aromas, p o r t a n d o mieles y c u b i e r t o de ramas de v i d , c o n e l propósito de anunciar su p r ó x i m o r e i n a d o y p e d i r que Tebas, patria de su madre m u e r t a , se prepare para r e n d i r l e culto. Antes de partir al 4 5 6 PRAZ, 1999. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1989, p. 1 4 1 . E n u n a carta f e c h a d a el 18 de ener o d e 1909, P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a le c o m e n t ó a A l f o n s o Reyes q u e E m i l i o V a l e n z u e l a n o había q u e r i d o d i v u l g a r e n l a Revista Moderna de México l a reseña d e esta c e l e b r a c i ó n ; e n c a m b i o , a c e p t ó p u b l i c a r l a tragedia l e í d a p o r P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a y e l p o e m a d e A l f o n s o Reyes. E l p r i m e r o atribuyó l a n e g a t i v a de E m i l i o V a l e n z u e l a a q u e éste n o había sido i n v i t a d o a l a fiesta. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1986, p . 123. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1909. 4 5 6 SUSANA Q U I N T A N I L L A 622 m o n t e Nisa, d o n d e le espera el maestro Sileno, advierte que a su regreso él elevará a los mortales p o r sobre el d o l o r a la vida plena y los guiará a los bosques poblados de espíritus amables. E l "coro" responde: Te cantaré siempre, me uniré a tus cortejos, y me poseerá tu delirio, dios de mil nombres, dios de mil coronas. A Dionisos los himnos exaltados, las antorchas fulgurantes. ¡lo Pean, lo Pean! A Dionisos los sacrificios ardientes, las danzas vertiginosas. ¡Evohé, Evohé! 7 I m a g i n o que estas palabras f u e r o n repetidas en voz alta p o r los presentes antes de que entrecruzaran copas rebosantes de v i n o para festinar la actuación de Pedro Henríquez Ureña. Tras el b r i n d i s el poeta Alfonso Reyes leyó "Coro de faunos e n e l bosque", p o e m a redactado e n la c i u dad de México el 24 de d i c i e m b r e de 1908 y d i f u n d i d o , c o n o t r o n o m b r e , e n la Revista Moderna de México? Aparecería de nuevo en letras de i m p r e n t a e n 1922, e n el p o e m a r i o Huellas. Su título f o r m ó parte d e l índice de "Poemas o m i tidos" del t o m o Obra poética, fechado e n 1952. Fue extraído de esta lista e i n c l u i d o e n el apéndice "Poesías p e r d o n a das" de Constancia poética, v o l u m e n X de las Obras Completas editadas p o r el escritor. Reproduzco la tercera estrofa de esta última impresión: La canción de la flauta oíd, hombres, escuchad la canción sin lira a la cual Dioniso, dios de la vid y dios de la llama delira. Elevad u n canto acordado con el latir del corazón; vuestras plantas gocen el tibio prado, y el ansia vital brote en canción. 9 7 8 9 P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 0 9 , p . 2 6 9 REYES, 1 9 0 9 . REYES, 1 9 5 9 , p . 4 8 3 . DIONISO EN MÉXICO 623 El o r d e n que se siguió en la lectura de los textos fue premeditado. Pedro Henríquez Ureña era reconocido c o m o el Sócrates d e l elenco y se asumía c o m o el único preceptor de Alfonso Reyes, el más j o v e n de sus discípulos. A m b o s tenían c o m o i n t e r l o c u t o r principal al filósofo y predicador A n t o n i o Caso, q u i e n terció la ceremonia c o n u n discurso del que n o q u e d ó rastro alguno. T a m p o c o hay posibilidad de reconst r u i r lo d i c h o p o r Rubén Valenti, al que se le c o n c e d i ó el h o n o r de cerrar el p r i m e r acto del evento. Después de su intervención d e b e n haber venido la c o m i l o n a y el retozo. Los DIÁLOGOS L a historia de lo o c u r r i d o aquella noche comienza u n a mañana de principios de marzo de 1906. E n u n o de sus asiduos paseos dominicales p o r la avenida San Francisco y Plateros el estudiante de preparatoria Alfonso Reyes se encontró con u n colaborador de u n a revistajuvenil que iba a lanzarse p o r esos días. El lo invitó a visitar a los poetas que a esa h o r a se reunían e n el despacho 32 de u n edificio de seis pisos recién construid o e n el n ú m e r o 88 de la avenida Cinco de M a y o . A l poco t i e m p o , A l f o n s o Reyes se sumó a la lista de redactores de la revista e n ciernes, finalmente bautizada c o n el n o m b r e de Savia Moderna. E n u n a de las reuniones c o n o c i ó a A n t o n i o 10 11 REYES, 1990, p p . 152-153. Savia Moderna, revista m e n s u a l de arte, c o m e n z ó a c i r c u l a r e n m a r z o d e 1906. Se había pensado e n b a u t i z a r l a c o n e l n o m b r e de Savia Nueva, p e r o finalmente se o p t ó p o r emparentaría c o n l a Revista Modernayñit llam a d a Savia Moderna. N a c i ó bajo el m e c e n a z g o y l a d i r e c c i ó n d e A l f o n s o C r a v i o t o , q u i e n invirtió p a r t e de su h e r e n c i a e n esta empresa. E n sus páginas c o l a b o r a r o n , e n t r e otros, los poetas Rafael L ó p e z , M a n u e l de l a P a r r a , R o b e r t o A r g u e l l e s Bringas, N e m e s i o García N a r a n j o , L u i s Castillo L e d ó n , E d u a r d o C o l í n , R o d o l f o Ñervo, E m i l i o V a l e n z u e l a , A l f o n s o Reyes y R i c a r d o G ó m e z R ó b e l o ; el aspirante a filósofo A n t o n i o Caso; los p i n t o r e s G o n z a l o A r g u e l l e s Bringas, D i e g o Rivera, R o b e r t o M o n t e n e g r o , G e r a r d o M u r i l l o , Á n g e l Zárraga y Francisco de l a T o r r e ; los d r a m a t u r g o s M a r c e l i n o Dávalos y José J u a n G a m b o a y e l a r q u i t e c t o Jesús T . A c e v e d o . D e l a m p l i o e l e n c o q u e c o l a b o r ó e n ella se f u e f o r m a n d o e l n ú c l e o q u e e n 1909 daría v i d a a l A t e n e o de la J u v e n t u d . Véase MONTERDE, 1963, p p . 113-115 y 1 0 ]1 SUSANA Q U I N T A N I L L A 624 Caso, e l filósofo de este g r u p o , a q u i e n unos meses antes había visto saludar el advenimiento de Justo Sierra c o m o ministro de Instrucción Pública. "Inolvidable aquella su presencia magnética; inolvidable su e m o c i ó n , siempre corregida e n la geometría de u n pensamiento seguro; inolvidables su habla que ya acariciaba o ya mordía las palabras, su cara fuerte y persuasiva, su cabellera negra y revuelta, sus ojos tremendos que — a veces— parecían fascinados en la contemplación de las ideas p u r a s " . Días antes de que concluyera el mes de mayo de 1906, u n escritor n a c i d o e n Santo D o m i n g o y que recientemente había llegado a la capital de la República M e x i c a n a para trabajar e n E l Imparcialvisitó p o r vez p r i m e r a el local de Savia Moderna. A l m o m e n t o de e n t r a r a este i n m u e b l e , Pedro Henríquez Ureña tenía 21 años, d o m i n a b a el inglés, sabía francés e italiano, daba la impresión de haberlo leído t o d o y poseía férrea disciplina p e r s o n a l . L a fama de h o m b r e serio y e r u d i t o había p r e c e d i d o a su presencia física e n la c i u dad de México, de m o d o que la sola recitación de u n verso le valió el aplauso de sus congéneres mexicanos. A l cabo de dos semanas c o n o c í a ya a los principales artífices de la j u v e n t u d literaria, a los que describió así: 12 13 Rafael López, Manuel de la Parra y Roberto Arguelles Bringas, tres poetas que me parecieron desde luego los más originales; Alfonso Reyes, hijo del ex-ministro de la Guerra y candidato á la Presidencia, General Bernardo Reyes; tenía entonces diecisiete años y llamó la atención en el círculo juvenil su Oración pastoral) Ricardo Gómez Róbelo, quien me rebeló, el primero, a cuanto alcanzaba la ilustración de algunos jóvenes mexicanos, pues me habló, con familiaridad perfecta, de los griegos, de Goethe, de Ruskin, de Osear Wilde, de Whistler, de los pintores impresionistas, de la música alemana, de Schopenhauer...; Antonio Caso, á quien oí un discurso en la velada del centenario de Stuart Mili, discurso que me reveló una extensa LÓPEZ, 1 9 7 0 , p p . 2 0 5 - 2 0 7 . A c e r c a de l a c o m p o s i c i ó n geográfica, social y p r o fesional d e este g r u p o , consúltese QUINTANILLA, 1 9 9 9 , p p . 1 4 9 - 1 6 0 . REYES, 1 9 9 7 , p . 1 6 1 . MARTÍNEZ, 1 9 8 6 , p . 1 1 . 1 2 1 3 DIONISO EN MÉXICO 625 cultura filosófica y una manera oratoria incorrecta todavía, pero prometedora; el joven dramaturgo José J. Gamboa; los poetas Nemesio García Naranjo, Luis Castillo Ledón, Eduardo Colín, Jesús Villlalpando; y otros jóvenes que rondaban por las redacciones de Revista moderna y Savia moderna con aficiones más o menos intelectuales: Rodolfo Ñervo, hermano de Amado; Benigno Valenzuela, Fernando Galván. 14 D u r a n t e su corta vida, de marzo a j u l i o de 1906, Savia Moderna fue lugar para el e n c u e n t r o de u n a generación todavía sin rostro p r o p i o , así c o m o taller para el aprendizaje d e l oficio. Fue también u n filtro para la decantación de la amistad. D e l a m p l i o elenco que colaboró e n sus páginas se iría f o r m a n d o u n círculo que se ensanchaba para acomodar nuevos reclutas y se encogía en función de las exclusiones. E r a u n círculo e n el sentido estricto d e l término: hombres sentados a l r e d e d o r de u n a mesa e n sitios y m o m e n t o s determinados. Así ocurrió al comenzar el verano de 1906, cuando Pedro Henríquez Ureña organizó u n a fiesta de c u m pleaños e n el restaurante "Sylvain". H u b o al menos dos eventos más: el p r i m e r o , en h o n o r de Rafael López, p o r la poesía que recitó frente a Porfirio Díaz e n la magna celebración d e l aniversario del fallecimiento de B e n i t o Juárez; el segundo, para celebrar la publicación de En el camino, p o e m a r i o de Ricardo G ó m e z R ó b e l o . C o n grandes festej o s y triunfos pequeños, los jóvenes comenzarían a crear y residir sus p r o p i o s espacios y leyendas. M u e r t a Savia Moderna la tertulia se trasladó a la casa de solteros que compartían los hermanos Henríquez Ureña y los Castillo L e d ó n e n la séptima calle de Soto, c o l o n i a Guer r e r o . Cada d o m i n g o acudían a esta vivienda q u i n c e o veinte escritores, varios pintores y músicos y otras amistades con el fin de c o m e n t a r temas literarios y asuntos d e l d í a . E n 15 16 17 18 P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1989, p. 127. Sobre los m o t i v o s q u e d e f i n i e r o n l a d i s o l u c i ó n d e Savia véase ZAID, 1997, p p . 82-83. La Patria ( I j u l . 1 9 0 6 ) , p . 2. P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1989, p. 128. M . HENRÍQUEZ UREÑA, 1987, p . 26. 1 4 1 0 16 1 7 1 8 o Moderna 626 SUSANA Q U I N T A N I L L A u n a de estas reuniones fue redactado y discutido el m a n i fiesto mediante el cual l a j u v e n t u d intelectual llamó a defender la h e r e n c i a de M a n u e l Gutiérrez Nájera y n o p e r m i t i r que su h o n o r fuera mancillado c o n la publicación de la segunda Revista Azul También allí f u e r o n definidos los detalles para realizar la manifestación pública que coloc ó a los jóvenes e n las páginas de los periódicos y les p r o p o r c i o n ó el gusto de sentirse, aunque sólo fuera p o r u n a tarde, los únicos herederos de los m o d e r n i s t a s . L a protesta literaria llevada a cabo e n la primavera de 1907 fue el p r i m e r o de u n a sucesión de éxitos que p r o m e tían u n mañana dichoso a la nueva generación. Después de ella vendría la p r i m e r a serie de pláticas organizada p o r la Sociedad de Conferencias y Conciertos e n el Salón Blanco del Casino de Santa María, e n el número 1 de la cuarta calle de las Flores. D u r a n t e los meses de mayo a agosto de 1907, a p a r t i r de las 7:30 de la noche de cada miércoles, este r e c i n t o fue el p u n t o de reunión de gente de todos los rumbos, jóvenes e n su mayoría, que llenaba la sillería para escuchar y a p l a u d i r u n número de música selecta, u n a conferencia sobre temas filosóficos o literarios y u n a lectura a viva voz de poesías inéditas. A l c o n c l u i r la función, conferencistas, poetas, organizadores y ejecutantes se dirigían al centro de la c i u d a d para c o n c l u i r la j o r n a d a e n alguno de los restaurantes de m o d a . 19 20 Además de organizar conferencias, los jóvenes realizab a n tés. L a cita era a las cinco de la tarde y se p r o l o n g a b a hasta la noche entre música y recitaciones de versos propios y ajenos. Después venía la h o r a del champán. Las copas se entrecruzaban para b r i n d a r p o r las victorias de los asistentes. Los reveses se r u m i a b a n e n secreto. Véase P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p p . 1 3 2 - 1 3 3 y 1 9 6 0 , p p . 2 2 7 - 2 3 1 . E l e s t u d i o más c o m p l e t o d e este t r a n c e e n l a v i d a i n t e l e c t u a l d e M é x i c o es e l de CURIEL, 1 9 9 6 . L a S o c i e d a d d e C o n f e r e n c i a s y C o n c i e r t o s n a c i ó e n m a y o de 1 9 0 7 , p o r i n i c i a t i v a de Jesús T . A c e v e d o . E l p r i m e r c i c l o d e pláticas se llevó a cab o d e l 2 9 d e m a y o al 1 4 d e agosto. E l p r o g r a m a y los c o m e n t a r i o s p u e d e n consultarse e n ElDiario ( 2 8 y 3 1 mayo) ( 4 y 2 7 j u n . ) ( 5 , 9 y 1 3 j u l . y 6 1 9 2 0 ago. 1907). DIONISO EN MÉXICO 627 "Conferencias y tés", así bautizó Pedro Henríquez Ureña u n a crónica, elaborada e n f o r m a de carta, que fue c o n c l u i da el p r i m e r o de j u l i o de 1907 y que sería p u b l i c a d a e n u n periódico de Santo D o m i n g o el 25 de agosto del m i s m o año. E n ella, el autor reseña los avances d e l p r i m e r ciclo de pláticas organizado p o r la Sociedad de Conferencias y C o n ciertos, las fiestas "de artistas" en los restaurantes de m o d a y los ágapes e n h o n o r de escritores extranjeros de paso p o r la capital d e l país. N i esta actividad n i esta alegría p r o m e t e n decaer, afirmaba Pedro Henríquez Ureña al término d e l texto: " E l éxito da nuevos entusiasmos; la j u v e n t u d está dom i n a n d o ya la atención pública y quiere, e n l o porvenir, adueñarse de t o d o " . E n el intervalo entre la m a n u f a c t u r a y la publicación de esta advertencia, Pedro Henríquez Ureña fue despedido de E l Diario? T u v o que aceptar u n despreciable y m a l r e t r i b u i d o e m p l e o e n la compañía de seguros " L a Mexicana", abandonar la casona de la calle de Soto y hacer u n recorte de su séquito de amistades, que según él fue p o c o atento a su situación. Encontró consuelo a su i n f o r t u n i o e n la devoción de Alfonso Reyes y A n t o n i o Caso, con quienes compartiría "días a l c i ó n e o s " dedicados al cultivo de la amistad, la lectura, las disquisiciones filosóficas y la experimentación l i teraria. E n el curso de estas horas, irrepetibles p o r su i n t e n sidad y belleza, el símbolo de D i o n i s o v i n o a México para bendecir el viaje de la nueva generación intelectual hacia la c u l t u r a clásica. 21 2 23 24 L a lectura de los clásicos fue el p u n t o de partida del recor r i d o . Por lo menos cuatro de los integrantes de la Sociedad de Conferencias, A n t o n i o Caso, Ricardo G ó m e z R ó b e l o , A l P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1907. P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a había a b a n d o n a d o E l Imparcial p a r a irse a trabajar a E l Diario, d e d o n d e f u e d e s p e d i d o a m e d i a d o s d e j u l i o de 1907. Véase ROGGIANO, 1989, p p . 6 0 - 6 1 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1989, p p . 135-136. Así intituló P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a su p r i m e r a c o l a b o r a c i ó n e n l a Revista Moderna de México, q u e p u b l i c a d a e n e n e r o de 1908 y r e p r o d u c i d a c o m o p r ó l o g o a Horas de estudio, q u e a su vez f u e i n t e g r a d o a Obra crítica, P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p p . 49-50. 2 1 2 2 2 3 2 4 628 SUSANA Q U I N T A N I L L A fonso Reyes yjesús T . Acevedo, eran lectores asiduos de los griegos. N i n g u n o de ellos había r e c i b i d o educación clásica n i d o m i n a b a el griego o el latín. Crecieron al t i e m p o que los clásicos perdían su primacía, hasta entonces indiscutible, en la educación. Las reformas educativas liberales y positivistas d i e r o n p r i o r i d a d a las ciencias físicas e i n t r o d u j e r o n en los planes de estudio disciplinas c o m o la psicología, las ciencias políticas y la sociología, que deshancaron de su t r o no a las humanidades. Asimismo, se daba mayor importancia a la enseñanza de las lenguas modernas, francés e inglés, que a las " m u e r t a s " . L o que n o supusieron los r e f o r m a d o res era que el d o m i n i o de estos idiomas, y al través de ellos el acceso a la literatura europea y estadounidense de la é p o ca, acercaría a las nuevas generaciones c o n la antigüedad. Escritores, músicos, pintores y filósofos del siglo X I X habían buscado e n Grecia la inspiración para su o b r a y el significado para su vida. A l leer, ver y escuchar l o "más nuevo" de la c u l t u r a europea e hispanoamericana, los lectores mexicanos a b r i e r o n el u m b r a l de su sensibilidad. N o f u e r o n los p r i m e r o s e n realizar esta vuelta al pasado: años antes, algunos de los poetas modernistas de México y América habían buscado refugio en el Parnaso con el fin de afirmar la belleza de los ideales estéticos y latinos e n oposición al materialism o de su é p o c a . E n respuesta a los estragos de este m o v i 25 26 E n el S e g u n d o Congreso de Instrucción, llevado a cabo e n 1892, Just o Sierra a r g u m e n t ó e n favor de la supresión de l a enseñanza d e l latín e n la Escuela N a c i o n a l P r e p a r a t o r i a , p o r c o n s i d e r a r q u e n o había necesidad a p r e m i a n t e de a p r e n d e r l o y p o r q u e resultaba i m p o s i b l e o b l i g a r a los a l u m nos a volver el r o s t r o al pasado " c u a n d o se tiene l a c o n v i c c i ó n de q u e aquella enseñanza n o p u e d e sernos útil e n e l p o r v e n i r " . D i e z años más tarde, el n u e v o p r o g r a m a de la institución suprimió la m a t e r i a de latín y extendió los cursos de inglés a c u a t r o años. E l Imparcial se congratuló p o r este c a m b i o , pues respondía al o b j e t o de l a e d u c a c i ó n m o d e r n a : l a adaptación d e l a l u m n o a los p r o b l e m a s de l a vida. E l Imparcial (4 ene. 1902). 26 p i n o m b r e d e u n a m o n t a ñ a d e G r e c i a alejada d e las c i u dades y e n l a q u e s u p u e s t a m e n t e h a b i t a n las Musas, diosas de l a poesía y p r o t e c t o r a s d e t o d o a q u e l l o q u e está p o r e n c i m a d e las p r e o c u p a c i o n e s m a t e r i a l e s . Es también e l n o m b r e q u e d i o u n g r u p o d e poetas franceses a la revista e n l a q u e , e n t r e 1866-1876, p u b l i c a r o n sus obras. E n a d e l a n t e , l a p a l a b r a p a r n a s i a n o f u e u t i l i z a d a p a r a l l a m a r a l m o v i m i e n t o q u e afir2 5 a r n a s o e s e DIONISO EN MÉXICO 629 m i e n t o sobre la salud física y la higiene m e n t a l de sus c o n temporáneos, el poeta, o r a d o r , maestro y d i p u t a d o Jesús U r u e t a había d i f u n d i d o e n la Escuela Nacional Preparator i a el valor estético y cívico de la obra de H o m e r o , que fue considerada p o r el sentimiento barroco y neoclásico c o m o esencial para i n s t r u i r al h o m b r e civil e n las artes de la guer r a y del o r d e n doméstico. E n el verano de 1907, Pedro Henríquez Ureña, q u i e n hasta entonces leía literatura antigua p o r deber, sin saborearla, se unió a la exploración iniciada p o r sus amigos. Solicitó a su padre que le enviara de E u r o p a u n a colección de obras clásicas fundamentales y algunas de crítica. Recibió el paquete, que contenía u n v o l u m e n p u b l i c a d o en Inglaterra en j u n i o de 1895. Su título era Greek Studies: A Series of Essays y con otros textos de Walter Pater, crítico, novelista, historiador d e l arte y ensayista inglés, era referencia obligada entre los escritores de O x f o r d , Osear W i l d e a la cabeza. 27 2 8 29 30 m a b a la belleza de los ideales estéticos griegos y latinos e n o p o s i c i ó n a los ideales "materialistas" d e l siglo x i x . Véase HIGHET, 1996. D e a c u e r d o c o n M a x Heníquez Ureña, el m o d e r n i s m o hispanoamericano recibió d e l p a r n a s i s m o francés e l a n h e l o de p e r f e c c i ó n de la f o r m a y l a i d e a d e l artist a c o m o u n ser especial, a l e j a d o d e los h o r r o r e s d e la v i d a m a t e r i a l . M . HENRÍQUEZ UREÑA, 1978. Desde p r i n c i p i o s d e l siglo x x a l g u n o s p r o t a g o n i s t a s de l a v i d a i n t e l e c t u a l m e x i c a n a , J u s t o Sierra, V i c t o r i a n o Salado Alvarez y José J u a n T a b l a d a e n t r e ellos, habían v e n i d o m a n i f e s t a n d o su p r e o c u p a c i ó n p o r los estragos d e l m o d e r n i s m o , d e l a l i t e r a t u r a " d e c a d e n t i s t a " francesa y d e l a v i d a b o h e m i a e n l a s a l u d y l a o b r a d e los artistas. A p r i n c i p i o s d e s e p t i e m b r e d e 1903, Jesús U r u e t a c o n c l u y ó l a clase d e lecturas literarias, o b l i g a t o r i a p a r a todos los a l u m n o s de los cursos d e l i t e r a t u r a u n i v e r s a l y p a t r i a d e la Escuela N a c i o n a l P r e p a r a t o r i a , c o n La Riada. P o s t e r i o r m e n t e , d i o dos c o n f e r e n c i a s más sobre e l t e m a . E l d o c t o r francés G a r n a u l t , j e f e d e l a F a c u l t a d de Ciencias de B u r d e o s y de l a Soc i e d a d Francesa p a r a e l A v a n c e d e los Estudios Griegos, escribió u n art í c u l o elogioso d e las pláticas i m p a r t i d a s p o r Jesús U r u e t a e h i z o votos p a r a q u e la l e v a d u r a d e l h e l e n i s m o f e c u n d a r a e n la pasta sólida de l a c u l t u r a m e x i c a n a . E n respuesta a tal cortesía, Jesús U r u e t a invitó a G a r n a u l t p a r a que v i n i e r a a M é x i c o a i m p a r t i r u n a serie de c o n f e r e n c i a s c o n p r o yecciones l u m i n o s a s d e m o n u m e n t o s , r u i n a s , t i p o s y c u a d r o s . DÍAZ Y DE OVANDO, 1972, p p . 238-240. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1989, p p . 140-141. W a l t e r Pater n a c i ó e n L o n d r e s e n 1834. D u r a n t e su p r i m e r a están2 7 2 8 2 9 3 0 630 SUSANA Q U I N T A N I L L A Q u e esta antología postuma de Walter Pater saliera a la luz al t i e m p o que Osear W i l d e era procesado p o r "indecencia grave" es u n dato que n o pasaría inadvertido a los lectores mexicanos. E n adelante, Pedro Henríquez Ureña sumaría a su i n ventario de citas bibliográficas Ensayos griegos, de Walter Pater, que tradujo al español para ser p u b l i c a d o en f o r m a de c u a d e r n o p o r entregas para los lectores de la Revista Moderna de México? Walter Pater se convirtió e n autor de culto e n el i n t e r i o r d e l p e q u e ñ o universo creado alrededor de la figura tutelar d e l escritor d o m i n i c a n o . U n o y o t r o f u e r o n m o t i v o de diatribas p o r parte de José J u a n Tablada, q u i e n 31 2 cia e n O x f o r d leyó a los clásicos griegos, i n f l u i d o p o r e l también h e l e n i s ta J o h n R u s k i n . E n 1876, tres años después de su p r i m e r a publicación, The Renaissance, f u e c a r i c a t u r i z a d o c o m o u n d e c a d e n t e , " M r . Rose", e n la sátira The New Republic, de W . H . M a l l o c k . E n 1893 regresó a vivir a O x f o r d , d o n d e moriría e n 1894. Se le recordaría más p o r su i n f l u e n c i a sob r e Osear W i l d e y otros escritores d e l c í r c u l o d e O x f o r d q u e p o r sus i n t e r p r e t a c i o n e s d e l m u n d o clásico. S i n e m b a r g o , su i n f l u j o aún p e r d u r a e n t r e los a m a n t e s de l o g r i e g o . Véase ISER, 1987. P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a c o n o c í a l a o b r a de Osear W i l d e desde 1903, ya q u e e n sus Ensayos Críticos, p u b l i c a d o e n L a H a b a n a e n 1905, i n cluyó u n t e x t o acerca de este a u t o r , q u e n o les e r a a j e n o a los lectores m e x i c a n o s . E n 1906 f u e p u b l i c a d o e n Savia Moderna f r a g m e n t o s de "Crist o " , t r a d u c i d o s p o r R i c a r d o G ó m e z R ó b e l o . Seis años más t a r d e , e n 1 9 1 1 , J u l i o T o r r i y u n t a l Benítez f u e r o n a l d e s p a c h o q u e tenía A l f o n s o Reyes e n l a Escuela d e A l t o s Estudios p a r a avisarle q u e e n l a librería T h e Aztec estaban v e n d i e n d o p o r 45.00 pesos l a o b r a c o m p l e t a de Osear W i l d e , q u i n c e lujosos t o m o s e n e d i c i ó n l i m i t a d a de 1 0 0 0 e j e m p l a r e s p u b l i c a d o s e n 1909 e n N u e v a Y o r k . A l f o n s o Reyes h i z o d e i n m e d i a t o l a "preciosa a d q u i s i c i ó n " y le c o m u n i c ó a P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a , entonces e n L a H a b a n a , q u e p o d í a quedarse c o n e l Earnest d e su p r o p i e d a d q u e se había l l e v a d o . A v u e l t a de c o r r e o , P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a le c o m e n t ó q u e estaba l e y e n d o e n Uranisme et unisexualité, p u b l i c a d o e n la Bibliothéque de Criminologie, l a descripción d e l p r o c e s o q u e había d e r i v a d o e n e l encarcel a m i e n t o y e l d e s p r e s t i g i o de Osear W i l d e . E l a u t o r de este ensayo, M a r c A n d r é R a f f a l o v i c h , había h e c h o u n a clasificación "lógica y científica" de l a s e x u a l i d a d y sostenía l a tesis q u e es i m p o s i b l e fijar los límites e n t r e l a h e t e r o s e x u a l i d a d y l a h o m o s e x u a l i d a d . N o a d m i r a b a a Osear W i l d e , p e r o creía q u e éste n o e r a u n vicioso. REYES, 1986, p p . 152-153 y 163-164. 3 1 L a p u b l i c a c i ó n de este c u a d e r n o se inició e n o c t u b r e de 1908, seg ú n l o a n u n c i a d o p o r l a r e d a c c i ó n d e l a Revista Moderna de México. P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a c o m e n z ó a t r a d u c i r l o meses antes. 3 2 DIONISO EN MÉXICO 631 malició la existencia de aberraciones íntimas en la m o d a griega recién i m p o r t a d a a México: Fue la amistad en nuestro grupo literario una gran escuela, y nuestras charlas instructivas y luminosas. Comentábamos mutuas lecturas, discutíamos problemas, aclarábamos incertidumbres y el reconocimiento de cada quien y la simpatía por afinidades generales fueron lazos de nuestra vinculación. jPero jamás nos solemnizábamos y pobre del erudito que acudiendo a nuestras reuniones no acertara a realzar su sapiencia con las formas joviales, el sprit fulgurante y el persifiage de buen tono que prevalecía en nuestras reuniones! Quienes entonces sabían más, Valenzuela y Balbino Dávalos, nunca intentaron poner cátedra, pues por estética pura eran como el acaudalado gentleman que jamás pregona su r i queza, aunque en el momento propicio sepa usarla generosamente... ¡Luego habrían de llegar aquellos trashumantes rastacueros de las letras que se tallaban diamantes para la corbata con el fondo del tintero de Menéndez y Pelayo, que predicaron la estricta imitación de Walter Pater olvidando sus aberraciones íntimas y que procedentes de oscuras regiones antillanas y contiguas a los dominios del general Manigato y del Duque de la Mermelada, intentaron catequizar espiritualmente a la patria de Netzahualcóyotl, de Sor Juana Inés y de Ramón López Velarde! Nosotros catamos y reverenciamos el mérito de los mayores con fervor y entusiasmo hoy desconocidos, pero nunca aceptamos tutelas bastardas n i advenedizos magisterios. 33 C o n el nosotros J o s é J u a n Tablada se refiere al grupo que p o b l ó las residencias de Jesús V a l e n z u e l a , p r i m e r o en C h i malistac y luego e n T l a l p a n , y que más tarde, ya enriquecido c o n nuevos convidados, paladearía licores y manjares d u r a n te las comidas organizadas p o r el d o c t o r A u r e l i a n o U r r u t i a 34 TABLADA, 1 9 9 3 , p. 5 7 . Jesús V a l e n z u e l a f u e p a t r o n o y c o d i r e c t o r , c o n A m a d o Ñervo, de l a Revista Moderna, así c o m o anfitrión d e los escritores y políticos q u e c i r c u l a b a n e n t o r n o a esta p u b l i c a c i ó n . E x i s t e n múltiples t e s t i m o n i o s de su p e r s o n a l i d a d y d e las t e r t u l i a s q u e o r g a n i z a b a . Véanse TABLADA, 1 9 3 7 y CAMPOS, 1 9 9 6 . 3 3 3 4 SUSANA Q U I N T A N I L L A 632 en el terreno de su f u t u r o hospital U r r u t i a , en Coyoacán. E l "trashumante rastacueros" es, sin lugar a dudas, Pedro H e n ríquez Ureña, q u i e n tenía la rara costumbre de reclutar talentos donde quiera que estuvieran y la aún más extraña vol u n t a d de c o n t r o l a r l o s . Ejercía u n a influencia socrática sobre los demás. Enseñaba a oír, a ver, a pensar, suscitando interrogantes acerca de todo cuanto sucedía a su alrededor. Supo procurarse afectos entre los más jóvenes de los escritores mexicanos, que veían e n él la seriedad de la carrera literaria y la aspiración a u n saber de p r i m e r a m a n o . L a lectura de los clásicos y de sus intérpretes afectó los temas y los estilos literarios de la cofradía e influyó en la definición de las vocaciones, los caracteres y la conducta de sus integrantes. E l arquitecto Jesús T . Acevedo propuso organizar u n a serie de conferencias sobre temas griegos, lo que d i o ocasión de reunirse c o n frecuencia para leer y discutir textos previamente seleccionados. Pedro Henríquez Ureña hizo u n a bibliografía extensa sobre Grecia y se d i o a la tarea de a d q u i r i r los libros, ya fuera e n México o solicitándolos a E u r o p a y Estados U n i d o s . Así completó su colección de autores griegos y aumentó la de latinos. Los anaqueles de su biblioteca exhibían los éxitos de las pesquisas. E n p r i m e ra fila, después de Platón y W a l t e r Pater, estaban las traducciones en español, francés, inglés o italiano de las fuentes originales: los poemas homéricos y hesiódicos; la versión i n glesa de Gilbert M u r r a y de las tragedias griegas, y los poetas bucólicos. A su lado estaban las monografías que orientab a n la lectura y la interpretación de estos textos: los estudios acerca de mitos y ritos de Jene H a r r i s o n ; Historia de la literatura griega, de O t f r i e d Müller; Los pensadores griegos, de T h e o d o r Gomperz; la Historia de la filosofía europea, de A l f r e d W e b e r . Más tarde, las obras completas de J o h a n Goethe ocuparían u n lugar central. 35 36 37 38 3 5 3 6 37 SABORIT, 1 9 9 2 . REYES, 1 9 9 7 , p p . 1 4 5 - 1 4 6 . TORRJ, 1 9 6 4 , p p . 1 7 0 - 1 7 4 . P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p . 1 4 0 . A c e r c a d e l e n t u s i a s m o p o r G r e c i a e n E u r o p a y Estados U n i d o s d u r a n t e e l siglo x i x y las secuelas de la t r a d i 3 8 DIONISO EN MÉXICO 633 E l ciclo de conferencias sugerido p o r Jesús T . Acevedo y planeado a detalle p o r Pedro Henríquez Ureña n u n c a se llevó a c a b o . Quienes debían participar e n él i n c u m p l i e r o n el c o m p r o m i s o ; preferían i r a las corridas de toros o pasear p o r e l centro de la c i u d a d de México a consagrar su t i e m p o al estudio. N o obstante, q u e d ó la vivencia de u n a velada m e m o r a b l e : 39 Una vez nos citamos para releer en común el Banquete, de Platón. Eramos cinco o seis esa noche; nos turnábamos en la lectura, cambiándose el lector para el discurso de cada convidado diferente; y cada quién la seguía ansioso, no con el deseo de apresurar la llegada de Alcibíades, como los estudiantes de que habla Aulo Gelio, sino con la esperanza de que le tocaran en suerte las milagrosas palabras de Diótima Mantinea [... ] La lectura acaso duró tres horas; nunca hubo mayor olvido del mundo de la calle, por más que ocurría en u n taller de arquitecto, inmediato a la más populosa avenida de la ciudad. 40 Era el taller de Jesús T . Acevedo, cuyas ventanas daban a u n a de las aceras de la calle de Plateros. Además del anfitrión y la tríada constituida p o r A n t o n i o Caso, Alfonso Reyes y Pedro Henríquez Ureña, lo más p r o b a b l e es que también estuvieran Ricardo G ó m e z R ó b e l o y Rubén Valent i . C u a n d o c e r r a r o n el l i b r o ya amanecía. Sólo entonces se d i e r o n c u e n t a de que había l l o v i d o t o d a la n o c h e . 41 c i ó n clásica e n l a l i t e r a t u r a de l a é p o c a véase e l s e g u n d o t o m o d e l i n s u p e r a b l e e s t u d i o d e HIGHET, 1996. E n u n a carta c o n fecha d e l 3 1 de e n e r o d e 1908, P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a le i n f o r m ó a A l f o n s o Reyes q u e " N o s o t r o s " habían [... ] "organizad o u n p r o g r a m a de c u a r e n t a lecturas, q u e c o m p r e n d í a n d o c e cantos, seis tragedias, dos comedias, nueve diálogos, H e s i o d o , h i m n o s , odas, idilios y elegías y otras cosas más, c o n sus c o r r e s p o n d i e n t e s c o m e n t a r i o s (Müller, M u r r a y , O u v r é , Pater, Bréal, R u s k i n , e t c . ) " . T a m b i é n le i n d i c ó q u e n o e m p r e n d i e r a l a l e c t u r a íntegra de Platón, s i n o s ó l o los diálogos escogidos: La república, Las leyes, Fedro, Fedón, E l simposio, Protágoras, Gorgias, Parménides, Timeo, Teetetoy Critia. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1986, p p . 74-75. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p . 598. REYES, 1956, p. 445. 3 9 4 0 4 1 634 SUSANA Q U I N T A N I L L A De este g r u p o de lectores, Pedro Henríquez Ureña y A l fonso Reyes eran los más afines entre sí. Los dos eran hijos de personalidades públicas, habían t e n i d o infancia d e p e n diente de los avatares políticos de sus padres y u n a educación p o r encima de la n o r m a . A l m o m e n t o de conocerse, las coincidencias entre u n o y o t r o a u m e n t a r o n : i b a n a los mismos sitios, veían los mismos rostros. Pero n i n g u n a c o n tingencia puede crear u n a f a m i l i a r i d a d t a n estrecha c o m o la lectura de los mismos libros. L a útil y estimable " B i b l i o t e ca Económica Filosófica", publicada p o r A n t o n i o Zozaya allá p o r los comienzos d e l siglo, hizo accesible a los estudiantes la filosofía de todos los tiempos y países. A mediados de 1907, Alfonso Reyes leía e n las asambleas de la Sociedad de A l u m n o s de la Escuela N a c i o n a l Preparatoria u n o de estos librillos manuales: Diálogos de Platón. A unas cuadras de distancia, Pedro Henríquez Ureña leía otra edición d e l m i s m o texto. 4 2 43 DÍAS ALCIÓNEOS Pedro Henríquez Ureña ya se consideraba h o m b r e de letras; incluso tenía obra " i m p o r t a n t e " publicada. El bachiller A l f o n so Reyes apenas entreveía la posibilidad de ser escritor. Desde niño, el d o m i n i c a n o exhalaba madurez y sabiduría; t o d o e n él era ánimo de ser m a y o r . E n cambio, Alfonso Reyes disfrutaba su situación de benjamín. N o podían ser c o n f u n d i dos. Pedro Henríquez Ureña era espigado y sólido, sin exceso alguno de v o l u m e n y p i e l atezada. También de estatura corta, el o r o n d o y áureo Alfonso Reyes tendía hacia la g o r d u r a y la flacidez. L o raso de su cabellera anunciaba p r o n t a calvicie. L a mata ensortijada e i n d o m a b l e que cubría la cabeza de Pedro Henríquez Ureña parecía i n m o r t a l . 44 Los m e j o r e s relatos sobre l a p a r e n t e l a y l a i n f a n c i a de A l f o n s o Reyes s o n los escritos p o r él m i s m o y r e c o p i l a d o s e n REYES, 1 9 9 0 . REYES, 1 9 9 7 . M . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 7 , p p . 9 - 2 4 . 4 2 4 3 4 4 DIONISO EN MÉXICO 635 Entre ellos se p r o d u j o u n a desarmonía perfecta, con pautas y ritmos propios e inteligibles para los demás. Alfonso Reyes aprovechó las fiestas patrias de septiembre de 1907 para c o n t e m p l a r los atardeceres de Chápala. Llevaba consigo u n cuaderno "íntimo" de Pedro Henríquez Ureña, q u i e n a su vez trabajaba en u n a disertación sobre la o b r a inédita de A l fonso Reyes. E l d o m i n i c a n o se afanó e n revisar los manuscritos de su p u p i l o , pero Platón consumía b u e n a parte de sus ocios. Platón y la musa lírica, ya que envió a Chápala u n breve soneto inspirado e n Gabriel d A n n u n z i o , o t r o amante de Grecia. Alfonso Reyes agradeció el detalle, p e r o l o que le u r gía era saber el veredicto sobre sus faenas literarias. L a últim a carta que enviara de Jalisco a la c i u d a d de México t e r m i naba con las preguntas siguientes: "¿Qué se m e espera? ¿Qué fallo malauguras? ¿Cuál será t u sentencia? ¿Cuál t u consejo? Créeme que estoy ansioso de leer esa crítica". 45 46 L a expectativa concluiría días después, c o n la entrega, m a n o a m a n o , de u n texto bautizado c o n el n o m b r e de Genius Platonis y que fue publicado c o m p l e t o e n Santo D o m i n g o y sólo su p r i m e r a parte e n M é x i c o . Esta comienza c o n la caracterización d e l espíritu platónico según Walter Pater y prosigue c o n el e n j u i c i a m i e n t o , que n o análisis, de Osear W i l d e y Gabriel d ' A r m u n z i o , dos artistas que según Pedro Henríquez Ureña n o habían " [... ] l o g r a d o realizar l a evolución, acaso más significativa e n l o m o r a l que e n lo p u r a m e n t e intelectual, d e l filósofo ateniense". L a segund a parte, inédita e n México hasta q u e j ó s e E m i l i o Pacheco la publicara e n la Revista de la Universidad^ inició c o n el res47 48 A l f o n s o Reyes le p u s o a este soneto l a f e c h a 1911 e n l u g a r de 1907 y l a incluyó e n REYES, 1948, p p . 14-15. REYES, 1986, p. 49. A l f o n s o Reyes g u a r d ó esta "disertación platónica" e n u n a de las carpetas de su a r c h i v o p e r s o n a l q u e contenían las cartas d e P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a . A su vez, éste e n t r e g ó l a p r i m e r a p a r t e d e l t e x t o a u n p e r i ó d i c o de Guadalajara, l o p u b l i c ó íntegro e n Santo D o m i n g o y p o r último i n c o r p o r ó las p r i m e r a s páginas a Horas de estudio, c o l e c c i ó n d e ensayos p u b l i c a d a e n 1910 e i n c l u i d a e n P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p p . 154-157. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p . 155. P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1980. 4 5 4 6 4 7 4 8 4 9 636 SUSANA Q U I N T A N I L L A cate d e l credo evangélico de José E n r i q u e R o d ó , para luego descubrir t e m p e r a m e n t o platónico e n u n nuevo poeta m e xicano, Alfonso Reyes, e n cuya obra j u v e n i l , Pedro H e n ríquez Ureña e n c u e n t r a tanto "la naturaleza d e l amante que d e r r a m a emociones eróticas" c o m o los p r i m e r o s síntomas de la "templanza académica". Tras el d i c t a m e n , v i e n e n los consejos: El poeta adolescente [...] posee su principal virtud en su temperamento de amante, cuya explosión primaveral, de amanecer lírico, va templándose con la serenidad del estudio. La educación estética levantada a tan hermoso grado por el cultivo de la poesía arcaica necesita completarse con el fecundo ejercicio del ensayo, del estudio crítico. Entonces el hombre de escuela que existe en este platónico se convertirá en el verdadero humanista. 50 Pedro Henríquez Ureña y Alfonso Reyes buscaron la complicidad de A n t o n i o Caso, q u i e n era más avezado que sus condiscípulos e n los temas filosóficos y en el arte de la retórica. Desde 1906 él había manifestado su interés p o r la filosofía, e n especial p o r la o b r a de pensadores y místicos que habían sido desterrados de la enseñanza superior. Sus c o m pañeros veían e n él rasgos parecidos a los d e l j o v e n Antístenes " [ . . . ] n o ciertamente p o r q u e se le asomara el o r g u l l o a través de los agujeros d e l m a n t o , c o m o al discípulo de Sócrates, sino p o r q u e consideraba el pensar c o m o la más sup r e m a de las v o l u p t u o s i d a d e s " . Era u n a persona cortés y ceremoniosa, atenta a las cuestiones de la razón y a los requerimientos de la fe. E n j u l i o de 1906 había p u b l i c a d o u n texto raro tanto e n la f o r m a c o m o en el c o n t e n i d o . Después de r e p r o d u c i r algunas consignas de P l o t i n o , "apóstol pagano", y de p r e g o n a r el valor de la meditación solitaria y ascética, A n t o n i o Caso c o n v o c ó a su generación para que filtrara las fuerzas naturales p o r el tamiz del espíritu y las resolviera e n ideas. E l m u n d o natural, c o r r u p t i b l e y c o r p ó r e o , 51 52 5 0 5 1 5 2 P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 0 , p . 1 2 . LÓPEZ, 1 9 7 0 , p . 2 0 7 . REYES, 1 9 9 7 . DIONISO EN MÉXICO 637 tenía que diluirse e n " [...] l o único verdaderamente i n material, i n c o r p ó r e o , i n c o r r u p t i b l e : el p e n s a m i e n t o " . Juntos, los tres amigos realizaron marchas forzadas para acercarse a la q u i m e r a del humanista, según la descripción q u e de él hiciera M a r c e l i n o Menéndez y Pelayo: "el h o m b r e que t o m a las letras clásicas c o m o e d u c a c i ó n humana, c o m o base y f u n d a m e n t o de cultura, c o m o luz y deleite d e l espíritu". E n su vagabundeo p o r los pasajes de la literatur a griega b o r d e a r o n los márgenes de u n lago i m a g i n a r i o , el lago A l c i o n i o , así descrito p o r Roberto Calasso: 53 54 El agua era firme como el metal. Alrededor, cañas y hierbas palustres se doblaban al viento, en silencio [...] Nadie podía imaginar algo más tranquilo que aquella superficie compacta. Pero el pequeño espejo del agua no tenía fondo. Quien se atreviera a nadar allí sería absorbido hacia abajo, sin fin. 55 Cuenta la leyenda que Dioniso se zambulló e n esas aguas p a r a alcanzar el Hades. L a palabra alcióneo inventada p o r Pedro Henríquez U r e ña para sintetizar la placidez de esos días singulares tiene su o r i g e n más r e m o t o e n el m i t o de Alcíone, hija d e l Guardián de los Vientos, y Ceice, h i j o d e l L u c e r o d e l Alba. L a felicid a d que h a l l a r o n e n m u t u a compañía fue la causa de su tragedia. E n u n m o m e n t o de gozo intenso, Alcíone se llamó a sí misma H e r a y n o m b r ó Zeus a su m a r i d o . E n r e p r i m e n da p o r tal atrevimiento, los Olímpicos desencadenaron u n a t o r m e n t a sobre el barco e n el que Ceice viajaba hacia u n CASO, 1 9 0 6 a, p . 3 1 1 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p. 4 9 . CALASSO, 1 9 9 9 , p. 1 9 5 . D e l enlace d e C a d m o y H a r m o n í a , r e a l i z a d o e n la c i u d a d de Tebas c o n la presencia de los O l í m p i c o s , nacerían c u a t r o hijas: A u t ó n o e , I n o , Agave y Sémele. Esta última f u e p o s e í d a y v i c t i m a d a p o r Zeus, q u e d e s c e n d i ó a l a t i e r r a e n f o r m a d e rayo. D i o n i s o f u e p r o d u c t o de este a r r e b a t o d i v i n o . C u a n d o c r e c i ó , e l dios f u e e n busca d e l r e i n o subterráneo p a r a d e v o l v e r a l a l u z a su m a d r e . A las orillas d e l lago A l c i o n i o , D i o n i s o se e n c o n t r ó a P r o s i m n o y le p r e g u n t ó el c a m i n o d e l H a d e s . P r o s i m n o d i j o q u e se l o mostraría si D i o n i s o se d e j a b a h a c e r el a m o r c o m o u n a m u j e r . D i o n i s o l o p r o m e t i ó , p e r o aplazó e l c u m p l i m i e n t o de su p r o m e s a p a r a c u a n d o regresara d e l H a d e s . Después se sum e r g i ó e n el lago. 5 3 5 4 5 5 SUSANA Q U I N T A N I L L A 638 oráculo. E l ánima de su esposo m u e r t o se le apareció a A l cíone, que se había quedado e n Traquis. Ella entendió el mensaje d i v i n o y, c o n d u c i d a p o r la culpa y la desesperación, se arrojó al mar. Algún dios compasivo los transformó a ambos e n martín pescadores, también conocidos c o m o pájaros alciones. Desde entonces, cada i n v i e r n o la h e m b r a construye u n n i d o compacto c o n las espinas de la ortiga de mar, vela e n él los restos de su macho y después los arroja a las corrientes. U n a vez c o n c l u i d o el r i t u a l m o r t u o r i o , Alcíone p o n e sus huevos y los empolla. Ello o c u r r e e n los días del Alción, o sea los siete que preceden al solsticio invernal y los siete que le siguen, mientras Eolo p r o h i b e a sus vientos que agiten las aguas. Antes de zarpar, los navegantes del Mediterráneo extrem a b a n sus oraciones a la diosa Alcíone para que los ayudara a sortear los arrecifes y las tormentas. Pero Alfonso Reyes, A n t o n i o Caso y Pedro Henríquez Ureña n i eran navieros n i requerían, p o r el m o m e n t o , salvaguardia alguna. Su aventura era otra, terrestre y literaria. Para ampararla a d o p t a r o n el valor de u n a expresión puesta al día p o r Gab r i e l d ' A n n u n z i o , e x p e r t o e n "elegir aquella palabra que p o r su situación e n la frase, p o r su s o n o r i d a d , p o r la vibración que les c o m u n i c a a las palabras vecinas y también p o r su m i s m o aspecto ortográfico, expresa todas las cualidades d e l objeto r e p r e s e n t a d o " . Gabriel d ' A n n u n z i o bautizó con el n o m b r e de Alcione a u n o de sus más célebres libros. E l p o e m a reúne diversos motivos (los centauros, los niños flautistas, las criaturas espléndidas c o m o nuevos mitos, las labores de siembra y de cosecha, el pesar p o r la m u e r t e d e l verano, los p r i m e r o s i n dicios d e l o t o ñ o y de su estación sucesora) e n u n solo ciclo lírico y bajo u n a m b i e n t e único, c o n c o r d a n c i a sublime de los astros, los seres vivos y las cosas inanimadas. Para hacer56 57 L a l e y e n d a d e l n i d o d e l alción o martín p e s c a d o r se r e f i e r e al n a c i m i e n t o d e l n u e v o Rey Sagrado, después de q u e l a r e i n a , l a D i o s a L u n a , h a c o n d u c i d o e l cadáver d e l Rey V i e j o a u n a isla s e p u l c r a l . GRAVES, 1 9 9 6 , 5 6 pp. 209-212. 5 7 PRAZ, 1 9 9 9 , p . 8 4 9 . DIONISO EN MÉXICO 639 l o , se inspiró e n u n tratado de agricultura escrito p o r u n a n ciano diestro e n t o d o l o relacionado c o n la labranza. E l poeta escardó las palabras d e l agricultor y encontró e n u n a de ellas, alcione, la gracia de generar imágenes y p o e m a s . Vista a través d e l prisma de sus últimos descubrimientos, el m i t o de A l c i o n e y el p o e m a inspirado e n él le revelaron a Pedro Henríquez Ureña estados de ánimo acordes c o n las experiencias que estaba viviendo y las sensaciones que éstas le producían. Quizá p o r ello eligió el título "Días alcióneos" para n o m b r a r su p r i m e r a colaboración e n la Revista Moderna de México, que fue dedicada a A n t o n i o Caso y A l fonso Reyes, e n ese o r d e n . Este título sería ligeramente a l terado p o r Octavio Paz para referirse a otros m o m e n t o s invernales de paz y concentración singulares: 58 5 9 La calma de los últimos días del año [la gente salió de la ciudad o se encerró en sus casas para celebrar en la intimidad los ritos de pasaje] me ha dado u n respiro y ocasión de poner u n poco de orden, ya que no en m i cabeza, al menos en mis papeles. Han sido días alciónicos, como decía Henríquez Ureña. 60 L a magnificencia d e l ambiente y la suprema armonía e n tre las personas agilizaron la m a r c h a de los tres amigos hacia el m u n d o clásico. Antes que m o l d e a r su carácter o d e f i n i r su destino, las lecturas que realizaron les d i e r o n la posibilidad de convertir los actos individuales e n e x p e r i e n cias genéricas. Los p r i m e r o s t i e n e n t i e m p o y espacio, son mortales y fastidiosos, r e p i t e n la torpeza de l o c o t i d i a n o . N a d a hay de p r o d i g i o s o e n que algunos lectores se encuent r e n m u t u a m e n t e , c o m p a r t a n penas y alegrías, lecturas e ideales, y se complazcan c o n el recuento d i a r i o de su amistad. L a magia comienza c u a n d o estos actos e n g e n d r a n u n cosmos p r o p i o , el cosmos de la lectura. Y n o p o r q u e según u n a añeja máxima e l m u n d o sea u n l i b r o abierto ante nuestros ojos, sino p o r q u e el l i b r o —"extensión de la m e m o r i a y 5 8 5 9 6 0 PRAZ, 1 9 9 9 , p p . 899-918. P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p p . 4 9 - 5 0 . PAZ, 1 9 9 9 , p . 3 0 3 . 640 SUSANA QUINTANILJLA de la imaginación del h o m b r e " , según Jorge Luis Borges— tiene e l d o n de crear universos c o n metáforas c o m o astros y miles de referencias cruzadas entre sí. E n el p r i n c i p i o de todo ello estuvieron los escritores griegos, que en el México de principios del siglo X X fueron leídos tardíamente respecto a la media de la época, sin maestros vivos que guiaran el estudio y combinados c o n libros de actualidad. Si, según se afirma, cada generación se define a sí mism a p o r sus formas de leer a los clásicos, ésta se caracterizó p o r la ausencia de métodos establecidos, llámense academia, tradición o filología, para acercarse i n t e r i o r m e n t e a la antigüedad y sentir lo que ella era para el h o m b r e m o d e r n o . L a pasión sustituyó a la impericia y donde faltó conocimiento h u b o intuición. Detrás de este montaje estaban las metáforas y el ejemplo de Federico Nietzsche, q u i e n murió e n 1900 convencido de que era la reencarnación de D i o n i s o . E l e n c u e n t r o , p l e n o y entrañable, de n u e s t r o s p r o t a gonistas c o n la c u l t u r a clásica figura entre los m o m e n t o s estelares de la vida intelectual en México. N u n c a se podrá r e c o n s t r u i r c o n exactitud, m u c h o menos interpretar, los detalles, los matices y las honduras d e l diálogo que sostuvier o n c o n los t e x t o s . M e j o r así, ya que e n la literatura, c o m o e n el a m o r , el misterio i m p o r t a . Sabemos l o trascendental: que c o m p a r t i e r o n u n a p r o f u n d a admiración p o r "el milag r o griego". Ello los puso al r i t m o de su t i e m p o , pues el pensamiento y la sensibilidad de la é p o c a obtuvo su fuerza esencial de u n a reflexión sobre el h e l e n i s m o . Pero la simbiosis entre el poeta (Alfonso Reyes), el filósofo ( A n t o n i o Caso) y el crítico (Pedro Henríquez Ureña) fue i n t e r r u m p i da p o r la intromisión del general B e r n a r d o Reyes, m i l i t a r y g o b e r n a n t e , q u i e n llamó a su h i j o a la casa familiar, en la c i u d a d de M o n t e r r e y . 61 62 63 64 65 BORGES, 1996, p . 165. CHARTIER, 1999. CHAMBERLAIN, 1996. DARNTON, 1987, advierte q u e n o p o d e m o s m i r a r sobre los h o m b r o s d e n u e s t r o s antepasados n i i n t e r r o g a r l o s acerca d e l o q u e sentían o ideab a n al leer. STEINER, 2000. 6 1 6 2 6 3 6 4 6 5 DIONISO EN MÉXICO 641 E L IMPULSO LÍRICO A l f o n s o Reyes aprovechó las vacaciones e n su tierra natal para hacer lo contrario de lo que le había aconsejado su preceptor. Criticó la "perra costumbre" de p o n e r notas eruditas e n todo cuanto se escribía; desperdició talento y oportunidades con compañías y e n ocupaciones poco recomendables. Pese a ello mejoró su latín y dedicó dos días y m e d i o a la lect u r a de E l origen de la tragedia, escrito e n 1872. Hojeó u n a y o t r a vez este l i b r o t o m a n d o nota de sus contenidos centrales c o n las intenciones de c o m p r e n d e r la genealogía elaborada p o r Federico Nietzsche y redactar u n ensayo sobre ella. L o p r i m e r o , entender cuánto decía u n texto, era algo connatur a l e n Alfonso Reyes. L o segundo, escribir prosa erudita, le había sido solicitado p o r Pedro Henríquez Ureña, cuyas peticiones eran exigencias. Pero e n vez de c u m p l i r la tarea que se le había encomendado, Alfonso Reyes resolvió, p o r vez p r i m e r a , hablar de lo que n o entendía o, c o m o él dijo que decían sus amigos, "hacer crítica". Cometió u n a ligereza más: fecundar su m e n t e c o n las ideas de E l origen de la tragedia. E l t e m a del placer dionisíaco, el de la embriaguez y la locura, y su opuesto, el de la ilusión apolínea, fue el que más atrajo su interés. Quería que sus amigos más íntimos, que eran parte de él mismo, fueran felices c o n alegría sencilla y descuidada, a u n q u e le pesara a Federico Nietzsche. C o n t r a su costumbre, Pedro Henríquez Ureña obvió las bravatas de su discípulo y rehuyó la o p o r t u n i d a d de darle varapalos. U n a explicación posible es que, al igual que muchos de sus contemporáneos, Pedro Henríquez Ureña pensara que Federico Nietzsche ya había p e r d i d o la razón cuando estaba escribiendo sus libros, y que darles i m p o r t a n c i a era sínt o m a de locura. Pese a este probable prejuicio, en el ensayo "Nietzsche y el pragmatismo ( N o t a al v u e l o ) " , publicado e n mayo de 1908, Pedro Henríquez Ureña reconoce que el filósofo alemán provocó la agitación intelectual de finales del siglo X I X y principios d e l X X . Tras este r e c o n o c i m i e n t o , re66 6 7 6 6 6 7 REYES, 1986, p p . 50-65 y 90-103. P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1908. SUSANA Q U I N T A N I L L A 642 p r o d u c e u n a serie de aforismos que demuestran las coincidencias entre el pensamiento de W i l l i a m James y las sentencias de Federico Nietzsche. Este i m p r e s o f u e e l f r u t o i n a u g u r a l de u n a cadena de casualidades y de actos intencionados. E n j u l i o de 1906, R i cardo G ó m e z Róbelo realizó u n a reseña de Ensayos críticos, p r i m e r l i b r o de Pedro Henríquez Ureña, e n la que criticó la fe e n el progreso y en la ilustración que exhalaba el texto y citó a Federico Nietzsche para f u n d a m e n t a r esta o p i n i ó n . Más tarde, Ricardo G ó m e z R ó b e l o conversaría c o n Pedro Henríquez Ureña acerca de las limitaciones del positivismo. Acicateado p o r la erudición y la elocuencia de su crítico, Pedro Henríquez Ureña buscó e n revistas y libros de España, Estados U n i d o s , Francia e Italia reacciones en c o n t r a y e n favor de la i n f l u e n c i a de Federico Nietzsche e n la literatura, la música y las costumbres de la época. Abrió la p r i m e r a de sus colaboraciones en Savia Moderna c o n el resultado de esta pesquisa: Federico Nietzsche había t e n i d o la gracia de revelar la existencia y la m o n t a de tendencias trágicas en la creación, p e r o estas mismas fuerzas lo s u m i e r o n e n las tinieblas de la l o c u r a . Poco t i e m p o después, d u r a n t e u n a discusión en la que también participaba A n t o n i o Caso, Pedro Henríquez U r e ña escuchó e n voz de Rubén V a l e n t i , lector de publicaciones italianas, los nombres de filósofos europeos que habían estremecido la confianza e n la razón y el progreso. L a argumentación de Rubén V a l e n t i c o n t r a la ciencia fue tan enérgica que al día siguiente A n t o n i o Caso y Pedro Henríquez Ureña i n i c i a r o n la búsqueda de libros sobre el antiintelectualismo y el pragmatismo. E l auge de estas tendencias en el m u n d o de habla hispana hizo que la tarea resultara fácil. C o m p r a r o n las obras de los autores que habían escuchado y de m u c h o s más de los i n c l u i d o s e n la biblioteca A l e a n y 68 69 70 71 Tales f r a g m e n t o s f u e r o n sacados de u n a e d i c i ó n e n inglés de La gaya ciencia, p u b l i c a d o e n alemán e n 1 8 8 2 . GÓMEZ RÓBELO, 1 9 0 6 . P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 0 6 . P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , pp. 1 4 1 - 1 4 2 . 6 8 6 9 7 0 7 1 DIONISO EN MÉXICO 643 e n el catálogo de obras en venta de la librería de la V i u d a d e Charles B o u r e t . A n t o n i o Caso ya poseía u n a estantería b i e n surtida de filosofía; Pedro Henríquez Ureña formó la p r o p i a y compartió con su i n t e r l o c u t o r las novedades encontradas. A m b o s se empeñaron en i n c l u i r a Alfonso Reyes e n los misterios que ante ellos se abrían. Pedro Henríquez Ureña n o menospreciaba el valor de la o b r a de Federico Nietzsche, a u n q u e sí recelaba de los efectos devastadores de su pensamiento sobre la emotividad de los lectores. Por el c o n t r a r i o , Alfonso Reyes, q u i e n presum í a de n o haber e n t e n d i d o el f u n d a m e n t o metafísico de tal filosofía, toleró que las ficciones del "gran destructor" fecundizaran e n su alma y que sus palabras le hablaran del cuerpo, d e la alegría, de la v i r i l i d a d , d e l s u f r i m i e n t o y d e l i m p u l s o v i t a l del ser, concepto similar al de " i m p u l s o lírico" acuñad o p o r A l f o n s o Reyes. N u n c a d i o vestidura f o r m a l a esta c o n j e t u r a sobre la energía ascendente de la v i d a , m u y p r o p i a de D i o n i s o . Sin embargo, h u b o u n m o m e n t o de su existencia e n el que permitió que el aliento vital, el d e l deseo y e l i n s t i n t o , l o gobernara. E l l o o c u r r i ó a l c o m e n z a r e l difícil a ñ o de 1908, e n las semanas posteriores a la lectura de E l origen de la tragedia. A l fonso Reyes quería u n f u t u r o distinto al que se le ofrecía: est u d i a r derecho, conseguir e m p l e o e n la burocracia y seguir siendo el h i j o despistado d e l general B e r n a r d o Reyes. Depositó sus ilusiones e n u n viaje a Nueva Y o r k que, b i e n lo sabía él, n u n c a llegaría a realizar. Pero la ilusión d e l é x o d o le servía para m e n g u a r el mayor de sus padecimientos, sentir la lejanía de sus compañeros de espíritu y la c u l p a p o r traic i o n a r la m e m o r i a de l o vivido c o n ellos. Su mayor m i e d o era convertirse e n u n burgués, e n u n espíritu sin n i n g u n a fuerza, n i para el b i e n n i para el m a l , n i para l o hermoso n i p a r a lo feo. Temía que su débil v o l u n t a d se d e r r u m b a r a y 72 73 BOURET, 1909. E n r e a l i d a d , P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a f u e q u i e n insistió e n la exist e n c i a de esta teoría y m e n c i o n ó h a b e r l a d i s c u t i d o i n n u m e r a b l e s veces c o n A l f o n s o Reyes. Véase P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p p . 298-299. 7 2 7 3 644 SUSANA Q U I N T A N I L L A n o tuviera valor de enfrentar l a m e d i o c r i d a d del ambiente, la a u t o r i d a d de su padre y las dificultades de la escritura. Pedro Henríquez Ureña sufría sus propios tormentos. E n el curso de los últimos meses había p e r d i d o " [ . . . ] toda o p i nión decisiva, toda solución completa, toda ley de las cosas y de los hombres [...] Había llegado al escepticismo y descuidado la fe en la h u m a n i d a d " . Su situación personal era desesperante, enfermando su vista e n u n local alumbrado eléctricamente de día y sin esperanzas de conseguir algo m e j o r que su empleo en u n a compañía de seguros. De nada le había val i d o conformarse c o n ser u n dilettante h o n r a d o en lugar de u n auténtico literato. T e n e r u n p r o b l e m a de vida n o resuelto hacía imposible el estudio y martirizaba su cuerpo. T o d o le venía de adentro. Los dioses n o le p r o c u r a b a n la paz. E n opinión de Alfonso Reyes, la carta e n la que Pedro H e n ríquez Ureña le confesó sus pesares era la m e j o r de las epístolas que había recibido e n su vida. N o la comentó p o r escrito p o r q u e p r o n t o tendría la dicha de hacerlo en vivo. Había decidido cancelar su odisea en el extranjero e i r a la ciudad de México para estudiarj u n t o s — é l y Pedro Henríquez Ureña— e n la Escuela Nacional de J u r i s p r u d e n c i a . Esa era u n a posibilidad. L a otra, era que los dos "hicieran sus bultos" y se f u e r a n a Nueva Y o r k . Este fue el deseo y el ruego de A l f o n so Reyes, pero sobre él privó la i m p e r t u r b a b i l i d a d de Pedro Henríquez Ureña. N o se podía dejar todo al garete en aras de u n i m p u l s o irracional, p o r más potente que fuera éste. 74 75 76 ARIEL A l f o n s o Reyes trajo a la c i u d a d de México su convicción, cad a día más resistente, de ser escritor. Consiguió u n cuarto de trabajo en la azotea de u n a casa que entonces corresponP. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 6 , p p . 1 1 0 - 1 1 5 . 75 p papeles e n o r d e n p a r a i n s c r i b i r s e , n i t i e m p o p a r a 7 4 o r n o t e n e r s u s asistir a clases, P e d r o H e n r í q u e z aplazaría hasta 1 9 1 0 su decisión de estud i a r leyes. A l f o n s o Reyes se i n c o r p o r ó a l a Escuela N a c i o n a l d e J u r i s p r u dencia en 1908. 7 6 REYES,1986, p p . 115-116. DIONISO EN MÉXICO 645 día al n ú m e r o 1 de la avenida Isabel la Católica. A través de las ventanas se veían los remates de las torres de la Catedral, e n f o r m a de enormes campanas, y se d o m i n a b a el panoram a céntrico del valle de México. C u a n d o Alfonso Reyes n o quería estar solo, colgaba u n aviso de cartón e n la barandil l a que circunscribía el hueco cuadrado del p a t i o . L a l l u via, t a n descortés, lo visitaba todos los días. Las tardes de d o m i n g o eran las más solitarias. Para entonces, Alfonso Reyes ya vivía "en plena literatura". Estaba entregado al estudio de los griegos bajo la supervisión de Pedro Henríquez Ureña y la serena compañía de Walter Pater. T a n t o él como sus amigos asimilaban los acontecimientos y las lecturas más recientes de su existencia para imaginar u n m o d e l o a seguir. L a experiencia les había mostrado la i m p o r t a n c i a de la intuición mística, d e l delirio. Pero "la vida superior n o debía ser el p e r p e t u o éxtasis o la l o c u r a profética, sino que había de alcanzarse p o r la sofrosine. Dionisos inspiraría verdades supremas en ocasiones, pero A p o l o debía gobernar los actos c o t i d i a n o s " . Baco, las Ménades y las Bacantes, Sileno, los faunos y Sémele son seres de la oscuridad y d e l d e l i r i o , de la embriaguez y el desenfreno, más propios de los poetas y pintores "decadentistas", c o m o se les llamaba a los sobrevivientes del m o d e r n i s m o , que de los literatos, políticos y filósofos de la generación que los sucedió. Los p r i m e ros, vivieron la c i u d a d de México de finales de siglo como si se tratara de u n a Tebas m o d e r n a . L a segunda, tenía puesta su m i r a d a e n el agora de Atenas e intentaba e m u l a r la seren i d a d de la Hélade. L a Grecia e n la que creía estaba viva, se esforzaba p o r alcanzar lo que le era p r o p i o , inventaba utopías y quería dar realidad, mediante el estudio, el e j e m p l o y la acción, al sueño de perfección. Más aún: algunos de los m i e m 77 18 79 REYES, 1 9 8 3 , p p . 1 2 8 - 1 2 9 . " E n t r e los griegos l a p r u d e n c i a se c o n c e n t r a b a e n l a phronesis, p e r o a d e m á s a n d a b a dispersa e n otras dos categorías: el a u t o d o m i n i o (sophrosyné) y l a astucia, p r u d e n c i a o i n t e l i g e n c i a , q u e es l a característica de Ulises. E l a u t o d o m i n i o t i e n e dos aspectos: u n o p ú b l i c o ('ser o b e d i e n t e a sus g o b e r n a n t e s ' ) y o t r o p r i v a d o ( ' h a c e r o b e d e c e r los a p e t i t o s ' ) " . CASTA7 7 7 8 ÑÓN, 2 0 0 0 , p . 7 9 126. P . HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p . 6 0 0 . 646 bros de la nueva generación barruntaron que en ellos mismos se hallaban los gérmenes de tal perfección. Este modelo debía m u c h o al renacimiento clásico alemán, q u e encauzó la excursión de l a j u v e n t u d m e x i c a n a p o r la c u l t u r a griega. Pero el i n f l u j o de los pensadores y poetas alemanes, a la larga definitivo, era m e n o r que el de José Enrique R o d ó , u n ignoto profesor de literatura e n la Universidad de Montevideo, q u i e n revivió u n a dicotomía de inspiración clásica y ambiente i n d i a n o : A r i e l y Calibán. Ambos personajes de La tempestad están al servicio de Próspero, el Duque de M i lán que fue despojado p o r su h e r m a n o . A r i e l es u n elfo, el genio del aire que posee poderes mágicos que crecen a m e d i d a que sirve a u n a causa j u s t a y combate l o que detesta, la m e n t i r a , la inconsistencia y la infidelidad. Es capaz de suscitar espejismos y hacerse invisible. Reina sobre los elementos, desencadena lluvia, viento y fuego a su voluntad. Cuando es perceptible, adquiere formas encantadoras y produce l u m i nosidad. E n cambio, Calibán ( n o m b r e que es u n anagrama de la palabra caníbal) tiene figura h u m a n a , deforme y simiesca. Es h i j o de u n a b r u j a desterrada de A r g e l p o r sus fechorías. Gracias a las enseñanzas de Próspero aprendió a hablar, pero n u n c a p r o n u n c i a para los otros palabras amables. Pese a sus i n n u m e r a b l e s defectos, su amo n o puede prescindir de él: enciende el fuego, p r o c u r a la leña y r i n de servicios provechosos. A lo largo del siglo X I X , A r i e l representó la parte noble, grácil y alada del espíritu. J o h a n Goethe le concedió la h o n ra de d i r i g i r el "Coro de Espíritus" que abre la segunda parte de Fausto, obra terminada e n el estío de 1 8 3 1 . Veinte años después, e n 1851, el astrónomo W i l l i a m Lassell bautizó c o n el n o m b r e de A r i e l a la más luminosa l u n a de U r a n o . A l paso de los años, el antípoda de A r i e l , el horrísono Calibán, se convirtió e n u n personaje m a l i g n o , asociado a la 80 81 82 SHAKESPEARE, 1998. Para crear este p e r s o n a j e , Shakespeare se inspiró e n e l capítulo sob r e los caníbales d e los Ensayos de M o n t a i g n e , t r a d u c i d o al inglés p o r G i o v a n n i F l o r o y p u b l i c a d o e n 1603, o c h o años antes de q u e La tempestad f u e r a puesta e n escena, pues p a r a eso f u e escrita. GOETHE, 1 9 9 1 . 8 0 8 1 8 2 DIONISO EN MÉXICO 647 estupidez, el materialismo y la barbarie. L a l u c h a entre a m bos, a veces representados c o m o dos fragmentos inseparables de u n t o d o , inspiró a literatos de diversas latitudes y épocas. N o siempre triunfaba el b i e n . Siete años después de la C o m u n a de París, Ernesto Renán publicó Calibán, continuación de La tempestad, drama filosófico e n el que Próspero es d e r r o t a d o p o r su antiguo sirviente y A r i e l desaparece. Según este autor, Atenas estaba oculta d e n t r o del h o m b r e m o d e r n o y el m u n d o sólo se salvaría cuando retornara al Partenón y r o m p i e r a sus vínculos c o n la barbarie. E n 1900, fecha señalada, José E n r i q u e R o d ó escribió u n "sermón laico", n i novela n i ensayo, dedicado a la j u v e n t u d de América. L a o b r a se parecía a los diálogos de Ernesto Renán, p e r o n o era u n c o l o q u i o , sino u n m o n ó l o g o . Próspero, maestro venerable así llamado e n h o n o r al personaje de La tempestad, se despide de sus discípulos e n u n a sala de estudio e n la que destaca u n bronce de A r i e l e n el instante en que se eleva hacia el aire, su e l e m e n t o n a t u r a l . H a b l a a los jóvenes intelectuales de América L a t i n a sobre el desar r o l l o de la personalidad, el valor de la fe e n el p o r v e n i r y la i m p o r t a n c i a de la alegría. E x h o r t a a la j u v e n t u d intelectual a buscar la armonía de sus facultades y a perseverar e n la búsqueda de la belleza. Asimismo, advierte los peligros de emular la experiencia de Estados U n i d o s , "encarnación d e l verbo u t i l i t a r i o " , analiza los méritos y los defectos de la civilización estadounidense y e x h o r t a a o p o n e r a la " n o r d o manía" u n c a m i n o espiritual p r o p i o . Pedro Henríquez Ureña leyó Afielen Santo D o m i n g o d u rante 1900, que fue e l año decisivo e n la formación de su gusto l i t e r a r i o . L a lectura ocurrió e n la casa de las hermanas Feltz, especie de Salón G o n c o u r t e n la República D o m i nicana, c u a n d o e l padre de Pedro Henríquez Ureña era m i n i s t r o de Relaciones Exteriores y se creía que la era de los tiranos incultos había acabado. Arielles hizo gustar a es83 84 85 Para e l caso d e A m é r i c a L a t i n a véase FERNÁNDEZ, 1 9 7 4 . L o más f a c t i b l e es q u e los lectores m e x i c a n o s d e p r i n c i p i o s d e l siglo x x l e y e r a n l a e d i c i ó n francesa p u b l i c a d a e n París e n 1878. RODÓ, 1 9 6 6 . 8 3 8 4 8 5 648 SUSANA Q U I N T A N I L L A tos lectores el nuevo estilo castellano, mientras que la lectura, ahora en español, de W i l l i a m Shakespeare y la iniciación en la poesía de Gabriel D ' A n n u n z i o , leída en francés, les advertía sobre la p e r d u r a b i l i d a d de los clásicos. Pero el desc u b r i m i e n t o capital de ese año fue el teatro de I b s e n . Desde entonces Pedro Henríquez Ureña fue u n o de los más devotos admiradores de José E n r i q u e R o d ó , a q u i e n le pidió permiso para p u b l i c a r e n C u b a el Ariel, " o b r a destinada a m a n t e n e r de u n a generación los ojos fijos e n el grande i d e a l " . U n a vez instalado e n la c i u d a d de México, Pedro Henríquez Ureña procuraría que el credo de José Enrique R o d ó circulara en t e r r i t o r i o m e x i c a n o . E n diciembre de 1907, A n t o n i o Caso, Jesús T . Acevedo, Alfonso Cravioto, Rafael López, Rubén V a l e n t i , Ricardo Gómez R ó b e l o y los hermanos Henríquez Ureña, firmaron u n a carta dirigida al general Bernardo Reyes, solicitándole que costeara la publicación de Ariel. Alfonso Reyes vigiló la edición, que estuvo lista el 14 de mayo de 1908 c o n u n a nota al frente en la que Pedro H e n ríquez Ureña, advertía que si b i e n Ariel n o ofrecía "la única n i la más perfecta enseñanza que a l a j u v e n t u d conviene", nadie podía negar n i la v i r t u d esencial de su doctrina n i el estímulo y la persuasión de su prédica. E l l i b r o fue i n c l u i d o como lectura obligatoria en la Escuela Nacional Preparatoria, cuyo director, P o r f i r i o Parra, o r d e n ó u n a nueva edición. A 86 87 88 89 90 91 P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p p . 5 9 - 6 0 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p. 2 8 . GARCÍA, 1 9 9 2 , p p . 1 1 9 - 1 3 2 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p. 1 4 4 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 0 8 . E l 1 9 de m a r z o d e 1 9 0 9 El Imparcial i n f o r m ó q u e c o n m o t i v o de l a e d i c i ó n q u e l a d i r e c c i ó n d e l a Escuela N a c i o n a l P r e p a r a t o r i a m a n d ó h a cer d e l Ariel se había p r o d u c i d o u n i n t e r c a m b i o e p i s t o l a r e n t r e P o r f i r i o Parra, d i r e c t o r d e l e s t a b l e c i m i e n t o m e x i c a n o , y " e l d i s t i n g u i d o l i t e r a t o y filósofo u r u g u a y o d o n José E n r i q u e R o d ó " . E n la p r i m e r a carta, P o r f i r i o Parra e s b o z ó e l p l a n d e l a e d u c a c i ó n basado e n las ciencias y alabó l a benéfica i n f l u e n c i a d e Ariel en l a j u v e n t u d estudiosa. E n su respuesta, José E n r i q u e R o d ó manifestó su a d m i r a c i ó n h a c i a M é x i c o , al q u e creía l l a m a d o a r e p r e s e n t a r u n g r a n p a p e l e n e l p r o g r e s o d e las naciones latinas. El Imparcial ( 1 9 m a r . 1 9 0 9 ) . 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 DIONISO EN MÉXICO 649 su vez, el m i n i s t r o Justo Sierra pidió al poeta y f u n c i o n a r i o Luis G. U r b i n a que leyera e n voz alta algunos fragmentos d e l libro durante u n a ceremonia estudiantil realizada en el Salón de Actos d e l edificio de San I l d e f o n s o . Pedro Henríquez Ureña n o compartía la visión, e n su opinión esquemática y cargada de prejuicios, de José E n r i que R o d ó respecto a la c u l t u r a estadounidense. T a m p o c o estaba de acuerdo c o n su i m a g e n , "salida de la p i n t u r a col o r de rosa de Ernesto Renán", de la Grecia antigua. L a lectura de pensadores m o d e r n o s le sugirieron p u n t o s de vista " m u y nuevos e n América" y más acordes con los tiempos que corrían: "la Grecia pesimista de Schopenhauer y Nietzsche, la serenísima de Walter Pater, la irónica y cumplidísim a de Osear W i l d e " . Pese a estas discrepancias, Pedro Henríquez Ureña hizo más de lo que nadie había h e c h o p o r la causa arielista. Quiso llevar la palabra a la acción y personificar a Próspero, el maestro de la j u v e n t u d l a t i n o americana. Supuso que la c i u d a d de México era el sitio p r e destinado para ello; confió e n los agüeros felices de sus dos primaveras iniciales e n tierra mexicana y e n la b u e n a estrel l a de " E l n a c i m i e n t o de Dionisos", que en su m o m e n t o fue elogiada p o r José E n r i q u e R o d ó : 92 93 9 4 [... ] es lo más hermoso que ha salido de la pluma de usted [...], y es una de las cosas más bellas de la nueva literatura hispanoamericana. El hondo y personal sentido del mito encarna en una noble belleza de estirpe muy superior a la que deslumhra los ojos del vulgo literario. Si usted escribe dos o tres cosas más de ese género y las reúne en u n tomo, honrará su propio nombre y merecerá el agradecimiento de cuantos aman, en América, la cultura y el arte. 95 GARCÍA, 1 9 9 2 , p. 1 3 0 . P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a había v i v i d o e n N u e v a Y o r k , d e e n e r o d e 1 9 0 1 a m a r z o d e 1 9 0 4 . Sobre su estadía e n esa c i u d a d , véase P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p p . 7 7 - 9 9 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p . 1 2 5 . RODÓ, 1 9 6 6 , p . 1 3 6 3 . 9 2 9 3 9 4 9 5 650 SUSANA Q U I N T A N I L L A Es probable que Pedro Henríquez Ureña, q u i e n desde su infancia había leído a Shakespeare, advirtiera paralelismos entre él m i s m o y Próspero. Cuando este culto gobernante fue víctima de la deslealtad de su h e r m a n o A n t o n i o y de la perfidia d e l rey de Ñapóles, se refugió c o n su hija, la hermosa y casta M i r a n d a , e n u n a isla remota. Ahí tuvo t i e m p o y paz para c o n c l u i r los estudios que iniciara e n Milán y que l o habían alejado de los asuntos de gobierno. Se hizo servir p o r A r i e l y Calibán, bajo la promesa de que u n a vez que él recuperara su ducado y se vengara de sus verdugos ambos serían liberados. Pedro Henríquez Ureña nació e n u n a isla semejante a la de La tempestad. Descendía de u n a familia de ilustres políticos e intelectuales cuyo propósito de reinar c o n sabiduría y b o n dad fue frustrado p o r la avaricia d e l i m p e r i o estadounidense y sus aliados caribeños, los tiranos calibanes. Condenado al exilio, cultivó saber y experiencia e n espera del m o m e n t o p r o p i c i o para realizar su destino. Por lo p r o n t o , su situación en México cambiaba e n f o r m a favorable. El proyecto, p o r varios meses e n suspenso, de realizar p o r encargo del m i n i s t r o Justo Sierra u n a antología de la literatura mexicana durante el p r i m e r siglo de vida i n d e p e n d i e n t e se concretó gracias a las gestiones de Luis G. U r b i n a . El salario era magro, pero las tareas y la compañía compensaban tal desdicha. 96 97 98 E s t i m u l a d o s p o r h a b e r visto e n escena los d r a m a s de Shakespeare, los n i ñ o s P e d r o y M a x H e n r í q u e z U r e ñ a f u e r o n a u n a librería d e Santo D o m i n g o c o n e l p r o p ó s i t o de c o m p r a r las obras c o m p l e t a s de este a u t o r . E l e n c a r g a d o d e l c o m e r c i o se n e g ó a venderles los textos, a r g u m e n t a n d o q u e aún n o p o d í a n e n t e n d e r l o s . A l a m a ñ a n a siguiente, el p a d r e d e los m e n o r e s adquirió p a r a ellos e l p r e c i a d o tesoro. E l d o c t o r H e n r í q u e z y l a p o e t i s a Salomé U r e ñ a f u e r o n m i e m b r o s de " L a S o c i e d a d d e A m i g o s d e l País", asociación creada p o r E u g e n i o M a ría de H o s t o s c o n el p r o p ó s i t o de f o r m a r d i r i g e n t e s p a r a l a f u t u r a p a t r i a q u e habría d e levantarse sobre las r u i n a s dejadas tras dos siglos de o r f a n d a d . L a n o s t a l g i a p o r e l a n t i g u o e s p l e n d o r de Santo D o m i n g o , e l i d e a l d e u n a g r a n c o n f e d e r a c i ó n q u e a g r u p a r a a las naciones d e l C a r i b e , l a l u c h a c o n t r a l a intervención e s t a d o u n i d e n s e e n los asuntos i n t e r n o s y u n t í m i d o d e m o c r a t i s m o o r i e n t a r o n l a a c t i v i d a d de esta asociación e n l a p o lítica y l a c u l t u r a . REVUELTAS, 1985. MARTÍNEZ, 1985, p. x i x . 9 6 9 7 9 8 DIONISO EN MÉXICO 651 Además de participar e n la antología del Centenario, Pedro Henríquez Ureña redobló sus afanes para f o r m a r la cofradía, pequeña y selecta, de su academia. L a tarea i m plicaba buscar, seleccionar y adiestrar reclutas y relegar a quienes n o tuvieran las cualidades necesarias. Varios de sus antiguos camaradas y protectores f u e r o n excluidos c o n base en j u i c i o s sumarios que d e s h o n r a n más al j u e z que a las víctimas." Serían sustituidos p o r nuevos reclutas, J u l i o T o r r i , Carlos Díaz D u f f o h i j o , Martín Luis Guzmán, Isidro Fabela y M a r i a n o Silva y Aceves, más afines tanto al t e m p l e aristocrático del g r u p o c o m o a los empeños pedagógicos de Pedro Henríquez Ureña. Más tarde se les arrimaría, sin agruparse d e l t o d o , José Vasconcelos, c o n mayor edad, sapiencia y carácter que los d e m á s . Pedro Henríquez Ureña aún n o había desarrollado d e l t o d o su teoría de la o b r a intelectual c o m o p r o d u c t o de u n p e q u e ñ o g r u p o que vive e n alta tensión, que se ve todos los días p o r horas y trabaja e n t o d o a c t i v a m e n t e . Sin embargo, su naturaleza afable, su vocación magisterial y sus i n t e reses particulares h i c i e r o n que desde sus p r i m e r o s días e n México buscara el trato íntimo c o n los demás. "Vivía entre sus discípulos [es necesario confesarlo] en u n m u n d o de pasión". N o era varón de muchas palabras, aunque sí de veredictos y de e j e m p l o . Pertenecía al género de maestros que, según Jorge Luis Borges, n o sólo exponían la ley, sino que eran la l e y . J u l i o T o r r i recordaría que estar i n c l u i d o e n u n a de sus temidas "listas" y haber o b t e n i d o su aprobación era c o m o tener la celebridad e n el bolsillo. H a cía comentarios incisivos, n o siempre inteligentes n i justos, 100 101 102 103 P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 9 , p p . 1 5 9 - 2 1 0 . José Vasconcelos f u e c o n d i s c í p u l o d e A n t o n i o Caso e n la Escuela N a c i o n a l de J u r i s p r u d e n c i a . A l c o n c l u i r sus estudios de a b o g a d o partió a San L u i s Potosí p a r a d e s e m p e ñ a r u n p u e s t o b u r o c r á t i c o . C u a n d o volvió a l a c i u d a d de M é x i c o , p o c o antes d e q u e c o n c l u y e r a 1 9 0 8 , r e a n u d ó su a m i s t a d c o n A n t o n i o Caso, q u i e n l o i n t r o d u j o a l círculo de amigos. VASCONCELOS, 1 9 8 3 , p p . 2 6 7 - 2 6 9 . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 6 , p p . 3 4 4 - 3 4 5 . TORRI, 1 9 6 4 , p . 1 7 3 . BORGES, 1 9 8 1 , p . VIL 9 9 1 0 0 1 0 1 1 0 2 1 0 3 SUSANA Q U I N T A N I L L A 652 acerca de t o d o y de todos. E n lo peor de sí m i s m o , lanzaba golpes bajos que percutían e n las canchas literarias de la capital del país. "Cerca de sí n o había sino devotos y m a l dicientes". El selecto g r u p o c o n d u c i d o p o r Pedro Henríquez Ureña se reunía al menos dos veces p o r semana e n la biblioteca de la casa de A n t o n i o Caso para leer, comentar y discutir textos propios y ajenos. U n e n o r m e busto de J o h a n Goethe, habilitado c o m o p e r c h e r o de sombreros y gabanes, presidía las conversaciones. E n el f o n d o , u n reloj iba d a n d o las horas; cuando i m p o r t u n a b a demasiado se le hacía callar. A n t o n i o Caso oía y comentaba todo, c o m o si ésta fuera la última o p o r t u n i d a d de escuchar y deliberar l o d i c h o . A l f o n so Reyes esparcía signos de madurez, que e n aquel e n t o n ces confundía c o n la santidad y la disciplina. Quería para sí el ideal d e l [...] "varón absoluto que dé, c o m o Zeus, p r e n da de su v o l u n t a d c o n el m o v i m i e n t o solo, y levísimo, de su cabeza, y atraiga todas las miradas, c o m o u n fuego súbito en m i t a d de la n o c h e " . Por esa época Alfonso Reyes era llamado E u f o r i ó n , p o r q u e " [ . . . ] c o m o el h i j o de "Fausto y la Belleza clásica, era apto y enérgico e n t o d o n o b l e ejercicio d e l a l m a " . 104 105 106 107 L a lista de los l i b r o s q u e se leían y de los temas que se debatían e n aquellas reuniones asombra p o r su tamaño y d i v e r s i d a d . Sin embargo, el propósito siempre fue el mismo: prepararse c o n fines a ejercer "sutil i n f l u j o espiritual" e n la 108 TORRI, 1 9 6 4 , p. 1 7 3 . REYES, 1 9 5 6 , p . 1 2 0 . 106 £ j n a c i m i e n t o de E u f o r i ó n , personaje de Fausto II, es u n suceso f u n d a m e n t a l e n l a l i t e r a t u r a i n s p i r a d a e n los clásicos. Mefistófeles, el dem o n i o a m i g o de Fausto, enseña a éste l a m a n e r a d e evocar a H e l e n a de T r o y a . E l l o hace así, p e r o H e l e n a se esfuma y Fausto p i e r d e el s e n t i d o . Más t a r d e ella busca l a a y u d a d e Fausto p a r a q u e i m p i d a q u e M e n e l a o , su esposo, l a s a c r i f i q u e . Fausto r e t o r n a a h o r a a guisa d e u n n o b l e m e d i e v a l e n u n castillo g ó t i c o ; salva a H e l e n a y l a c o n v i e r t e e n su a m a n t e . T i e n e n u n h i j o , E u f o r i ó n , c o n f u e r z a y a g i l i d a d s o b r e h u m a n a s q u e le p e r m i t e n r o b a r t o d o s los a t r i b u t o s d e los dioses. E l n i ñ o p e r s i g u e a l a Belleza hasta caer m u e r t o . H e l e n a h u y e p o r última vez. 104 1 0 5 1 0 7 1 0 8 VASCONCELOS, 1 9 8 3 , p . 1 3 1 . QUINTANILLA, 1 9 9 3 . DIONISO EN MÉXICO 653 reconstrucción p o r venir. Además de dones naturales y disposición para el estudio, tal preparación exigía disciplina i n terior y voluntad. El "impulso lírico", concepto acuñado y def e n d i d o p o r Alfonso Reyes, debía llamar a la razón para que condujera a término feliz la creación i n t e l e c t u a l . El cincel de Pedro Henríquez Ureña era implacable c o n las formas y los materiales diferentes a sus modos y caprichos. A veces, las tertulias se extendían hasta el alba. Cuand o alguien daba p o r c o n c l u i d o el asunto a debate, u o t r o hacía ademán de despedida, Pedro Henríquez Ureña i m p o n í a su o r d e n . Parecía c o m o si para él " n o existieran el t i e m p o y el espacio, sólo la causa". E n aras de ella todo sacrificio era válido; t o d a crítica era útil; t o d o enojo era c o m prensible. A diferencia d e l Pedro escritor, diáfano y generoso, "Pedro el h o m b r e era insondable, inesperado, vertiginoso y genial; y c o m o su o r i g i n a l i d a d y su despojo de atavíos y m i r a m i e n t o s inútiles llegaban fácilmente a extrem o s temerarios, también se le p u d o llamar, c o m o al filósof o de antaño, 'el Sócrates f u r i o s o ' " . 109 110 E L BANQUETE E l solsticio de i n v i e r n o de 1908 se acercaba y c o n él venía el r e c u e r d o de los días alcióneos vividos e n el ciclo invernal a n t e r i o r . Los jóvenes que e n la fusión de sus ánimas se sint i e r o n tocados p o r los dioses y p r o m e t i e r o n , c o m o Sócrates y sus discípulos ante la e m i n e n c i a d e l fin, transmitir de u n a generación a otra la leyenda de A l c i o n e , c o n v i n i e r o n e n realizar u n festejo de a n i v e r s a r i o . Presumo que la idea de aprovechar el supuesto n a c i m i e n t o de D i o n i s o para organizar u n a íntima fiesta literaria fue de Pedro Henríquez U r e ña, q u i e n regateó c o n A l f o n s o Reyes la lista de los invitados y el p r o g r a m a a desarrollar. " ' P o r encontrarse Grecia e n 111 P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1 9 8 1 , p p . 298-299. REYES, 1997, p . 146. P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a c e r r ó e l p e q u e ñ o ensayo "Días alcióneos" c o n unas palabras a t r i b u i d a s a Sócrates p o r e l c o m e d i a n t e Aristófanes. 1 0 9 1 1 0 1 1 1 654 SUSANA Q U I N T A N I L L A p o d e r de los turcos' [según explicaba la invitación], se busc ó el refugio de u n salón a la turca que les brindó Agustín Reyes, soltero r u m b o s o " . L a intención de los organizadores era "desentrañar la c o n t i n u i d a d pagana que corre del m i t o antiguo al cristiano". Pero sus modelos inmediatos n o provenían de la l i turgia católica, sino de los banquetes privados que, según la versión de Platón, realizaban Sócrates y sus discípulos e n la polis de Atenas. E l escenario, la h o r a y la dinámica tienen escasa relación c o n la liturgia cristiana y se asemejan al Banquete supuestamente o c u r r i d o 416 años antes de Cristo en la residencia de Agatón, a las orillas de Atenas. Sócrates y sus seguidores pertenecían a la secta del dios D i o n i s o , que presidía los festines de ideas, palabras y enseñanzas e n los que los aprendices, cada u n o de ellos en u n sitio y c o n u n a f u n ción d e t e r m i n a d o s , se adentraban e n los misterios de la retórica, la filosofía, la erótica, el a m o r , la política y la r e l i gión. E l privilegio de c o n c u r r i r a estos convites se les concedía sólo a unos cuantos, los más selectos. Los invitados a la mansión de Agustín Reyes se r e u n i e r o n al caer el sol, dispuestos a festejar toda la noche m a n t e n i e n do a raya al sueño y al silencio. A l igual que e n el Banquete, lo sustancial d e l c o l o q u i o ocurrió e n la oscuridad, que tal y c o m o l o conjuró Platón i m p r e g n a los espacios de las fuerzas dionisiacas d e l v i n o y la sexualidad. E l escenario era u n salón lujoso, decorado al estilo o r i e n t a l , e n el que las f r o n teras luminosas entre el día y la n o c h e se diluían p o r la acción de faroles planeados para tal fin. Ahí, Pedro Henríquez Ureña, A l f o n s o Reyes, A n t o n i o Caso y Rubén V a l e n t i representaron u n guión previamente establecido. L a a p e r t u r a estuvo a cargo de Pedro Henríquez Ureña, el p r i m e r o d e l g r u p o e n reconocer la valía d e l sistema trági112 1 1 3 114 REYES, 1 9 8 3 , p. 1 3 0 . REYES, 1 9 8 3 . Para e l análisis d e l Banquete seguí al p i e d e l a l e t r a la p r o p u e s t a d e STEINER, 1 9 9 7 , p p . 5 2 1 - 5 6 6 . L a autobiografía de este a u t o r m e f u e i m p r e s c i n d i b l e p a r a e n t e n d e r e l efecto e n las personas d e l a l e c t u r a t e m p r a n a d e los clásicos. STEINER, 1 9 9 8 . 1 1 2 1 1 3 1 1 4 DIONISO EN MÉXICO 655 co ateniense para describir la condición psíquica, social e histórica d e l h o m b r e m o d e r n o . E l captó algo esencial en el espíritu de su época: que la tragedia era el m e d i o i d ó n e o para expresar el malestar y la caída d e l h o m b r e e n las sociedades modernas. Pero su interpretación d e l n a c i m i e n t o de D i o n i s o n o era del t o d o desdichada n i desalentadora; p o r el c o n t r a r i o , reiteraba la visión de D i o n i s o c o m o u n a deid a d libertadora, asociada c o n "el eterno f e m e n i n o " , la f e r t i l i d a d de la tierra, los rituales de iniciación y el éxtasis de ciertos m o m e n t o s . Dioniso tiene el d o n de p e r m i t i r n o s a los h u m a n o s dejar de ser lo que u n o es p o r u n corto p e r i o d o . E l v i n o c o n el que se lo asocia y sus efectos liberadores c o n t r i b u y e n a esta liberación. L o más factible es que e n su actuación Pedro Henríquez se ciñera al manuscrito. De o c u r r i r así, la lectura n o debió h a b e r sido fastuosa. Pedro Henríquez Ureña sentía i n c o m o d i d a d p o r su tipo físico, seña irrevocable de " p e r t e n e n cia a pueblos y raza considerados extraños e i n f e r i o r e s " , y n o lograba domeñar el sonsonete caribeño d e l que la p r e n sa se había b u r l a d o meses atrás. Además, su afán p o r o c u l tar al "joven neurasténico" que había e n él le impedía leer e n voz alta y c o n soltura palabras cargadas de e m o c i ó n . Tras e x h i b i r , mediante el e j e m p l o , la supremacía de la tragedia e n prosa sobre los otros géneros, y p o r lo tanto, d e l prosista e r u d i t o sobre cualquier o t r o literato, Pedro Henríquez Ureña cedió la voz al poeta Alfonso Reyes, q u i e n p o r " e l e s p l e n d o r de su l i n a j e , el p o d e r de su e l o c u e n c i a y l a belleza de su p e r s o n a " , puede ser c o m p a r a d o c o n el estudiante Alcibíades. A l igual que el favorito de Sócrates, A l 115 1 1 6 117 E n u n a carta escrita e n M é x i c o el 13 d e m a r z o d e 1908 y d i r i g i d a a A l f o n s o Reyes, P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a se refirió e n estos términos a l a desventaja d e su aspecto físico e n Estados U n i d o s . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1986, p. 1 1 1 . U6 £ 1 9 i 4 P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a le c o m u n i c ó a A l f o n s o Reyes q u e había l l e g a d o a l a c o n c l u s i ó n de q u e e n él coexistían dos seres superpuestos: " u n j o v e n de q u i n c e años, o diez y o c h o , neurasténico, i r r i t a b l e , p e s i m i s t a d e sí p r o p i o [...] u n h o m b r e d e t r e i n t a años, q u e se d a c u e n t a d e sus éxitos h u m a n o s " . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1986, p . 432. PLUTARCO, 1993, p p . 165-186. 1 1 5 N 1 1 7 ? 656 SUSANA Q U I N T A N I L L A fonso Reyes n o carecía de nada: apostura, bienes, educación, talento y relaciones. Desde su infancia estuvo habituad o a oír hablar de política a personas competentes y fue testigo i n d i r e c t o de trances decisivos e n la vida de México. Su p a d r e , el general B e r n a r d o Reyes, n o tuvo el p o d e r n i los dones de Pericles, t u t o r de Alcibíades y de Atenas, aunque sí las cualidades del estratega, la generosidad d e l mecenas y la curiosidad del filósofo. Cuánta razón tenía el p e r u a n o F e r n a n d o García Calderón al llamar al h i j o u n "efebo m e x i c a n o " y al padre u n " g o b e r n a d o r ateniense de u n estado m e x i c a n o " . E n l a fecha supuesta del Banquete, Alcibíades ya estaba volcado e n la acción y la conquista de la g l o r i a . A l c o n c l u i r 1908, Alfonso Reyes, 19 años cumplidos, había renunciado a participar e n las gestas públicas. E n enero de 1907, durante la fiesta d e l p r i m e r aniversario de la Sociedad de A l u m n o s de la Escuela Nacional Preparatoria —asociación que él había creado u n año antes—, experimentó el arrebato de la o r a t o r i a y los goces del a p l a u s o . Los consejos d e l doctor P o r f i r i o Parra, q u i e n le sugirió que pusiera rienda a su natur a l a n d a r , y el freno de Pedro Henríquez Ureña lo convenc i e r o n de la f u t i l i d a d de los actos ornamentales. E n adelante, Alfonso Reyes, que era u n o r a d o r nato y llevaba "en la masa de la sangre unos hondos y rugidores atavismos de raza de combatientes", evitó este tipo de eventos. C o m o todo b u e n helenista, reconocía el valor intrínseco de la participación e n la vida pública, que según los autores griegos era sup e r i o r a los placeres privados de la familia, de los amigos y de la profesión, y debía ser el centro de la existencia de las personas y de la convivencia entre ellas. Sin embargo, desconfiaba de las cualidades pedagógicas de los foros porfirianos y de los efectos que podía tener e n la educación de los jóvenes participar e n las ceremonias que allí se celebraban. 118 119 120 121 122 1 1 8 1 1 9 1 2 0 1 2 1 1 2 2 C i t a d o p o r GLANTZ, 1999, p . 13. ROMILLY, 1996. REYES, 1955, p p . 313-319. REYES, 1990a. REYES, 1 9 9 1 , p. 135. DIONISO EN MÉXICO 657 El p o e m a escrito y leído p o r Alfonso Reyes fue i n t i t u l a d o p r i m e r o " C o r o de faunos" y después, e n la versión impresa, " C o r o de sátiros". Estos seres, en parte h u m a n o s y en parte animales, situados e n la inestable escala entre l o bestial y l o divino, t i e n e n el d o n del encantamiento. U n o de ellos, Sileno, sedujo c o n las melodías de su flauta al niño Dioniso. E n el Banquete, Alcibíades recurrió a la i m a g e n del sátiro Sileno para describir la naturaleza, el carácter y el p o d e r de Sócrates y r e m e m o r a r , c o n la sinceridad p r o p i a de la e m briaguez, las maravillas y las desdichas de su a m o r p o r él. H a y párrafos de su intervención que podrían haber sido suscritos e n 1908 p o r Alfonso Reyes. Otros l o g r a n reseñar c o n exactitud ciertos pasajes de su relación adolescente c o n Pedro Henríquez Ureña. Reproduzco u n o de ellos: 123 Por una parte me consideraba despreciado; por otra, admiraba su carácter, su templanza, su fuerza de alma, y me parecía imposible encontrar un hombre que fuese igual a él en sabiduría y en dominarse a sí mismo, de manera que no podía ni enfadarme con él n i pasarme sin verle, si bien veía que no tenía ningún medio de ganarle. 124 D u r a n t e la fiesta para celebrar a D i o n i s o n o se tocó, al menos e n f o r m a directa, el tema d e l Simposio de la erótica. Sin embargo, el acto de convivir, esto es vivir c o n y entre otros, i m p l i c a u n a intención amorosa, más a u n cuando hay c o m i d a , libación y textos de p o r m e d i o y c u a n d o éstos son ofrecidos al dios d e l a m o r p r o f a n o y de la creación. E n la convivencia llevada a cabo e n la c o l o n i a Santa María la R i bera, ambos asuntos, a m o r y creación, sirvieron para evocar los días alcióneos transcurridos e n compañía y conjurar, e n alianza c o n los dioses, la llegada de otros m o m e n t o s plenos p o r venir. E l c o n j u r o fracasaría n o p o r falta de v o l u n t a d de los asistentes, sino p o r q u e la f o r t u n a así l o quiso. Dioniso es P e d r o H e n r í q u e z Ureña, q u i e n se e n c a r g ó d e a p r e s u r a r a A l f o n s o Reyes p a r a q u e e n t r e g a r a d e ya e l p o e m a , sugirió e l c a m b i o d e f a u n o s a sátiros, "pues f a u n o es u n t é r m i n o r o m a n o a m b i g u o q u e abarca sátiros y p a n i d a s " . P. HENRÍQUEZ UREÑA, 1986, p. 118. PLATÓN, 1969, p. 383. 1 2 3 1 2 4 658 SUSANA Q U I N T A N I L L A u n dios dicotómico y juguetón: p o r u n lado representa la fuerza del arte y de la amistad; p o r el o t r o conduce a la dem e n c i a y la destrucción. Puede i n c l i n a r la balanza hacia u n o u o t r o p o l o , siempre c o n la misma fuerza. E n 1909, fecha cabalística e n la historia de México, el péndulo se orientaría hacia el sentido opuesto al deseado p o r los j ó venes devotos de los clásicos griegos que e n octubre de ese año f u n d a r o n el A t e n e o de la J u v e n t u d . REFERENCIAS ARISTÓFANES 1996 "Las aves", e n Las once comedias. M é x i c o : Porrúa. BORGES, J o r g e L u i s 1981 " P r ó l o g o " , e n P. HENRÍQUEZ UREÑA, p p . vii-x. 1996 " E l l i b r o " , e n Obras Completas. B a r c e l o n a : E m e c é , t . iv, p p . 165-172. BOURET, v i u d a de C h a r l e s 1909 Catálogo de las obras de surtido de la librería de la viuda de Charles Bouret. M é x i c o : Librería d e l a v i u d a de Charles Bouret. BURGOS, E l v i r a 1993 Dioniso en la filosofía del joven Nietzsche. Zaragoza: U n i v e r s i d a d de Zaragoza. CALASSO, R o b e r t o 1999 Las bodas de Cadmo y Harmonía. B a r c e l o n a : A n a g r a m a . CAMPOS, R u b é n M . 1996 El bar. La vida literaria de México en 1900. M é x i c o : C o o r d i n a c i ó n de H u m a n i d a d e s , U n i v e r s i d a d N a c i o nal A u t ó n o m a de México. CASO, A n t o n i o 1906 1906a 1939 " E l s i l e n c i o " , e n Savia Moderna, 1 ( m a r . ) , p p . 45-48. " L a tesis a d m i r a b l e d e P l o t i n o " , e n Savia Moderna, ( j u l . ) , p p . 309-311. " K a n t e n A r g e n t i n a y e n M é x i c o " , e n El (I7feb.). 5 Universal DIONISO EN MÉXICO 659 CASTAÑÓN, A d o l f o 2000 Por el país de Montaigne. M é x i c o : Paidós. CHAMBERLAIN, Lesley 1996 Nietzsche en Turín. B a r c e l o n a : Gedisa. CHARTIER, R o g e r 1999 Cultura escrita, literatura e historia. Conversaciones con Roger Chartier. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a . CURIEL, F e r n a n d o 1996 Tarda necrofilia. Itinerario de la segunda Revista A z u l . M é x i c o : C e n t r o de Estudios L i t e r a r i o s d e l I n s t i t u t o de Investigaciones Filológicas. U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o . DARNTON, R o b e r t 1987 La gran matanza de gatos y otros episodios en la historia de la cultura francesa. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó mica. 1990 The Kiss of Lamourette. L o n d r e s : Faber a n d Faber. DÍAZ Y DE OVANDO, C i e r n e n t i n a 1972 La Escuela Nacional Preparatoria. Los afanes y los días. M é x i c o : I n s t i t u t o de Investigaciones Estéticas, U n i v e r sidad N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o , 1.1. FERNÁNDEZ, R o b e r t o 1974 Calibán: apuntes sobre la cultura en nuestra América. M é xico: Diógenes. GARCÍA, A l f o n s o 1992 E l Ateneo de México (1906-1914). Orígenes de la cultura mexicana contemporánea. Sevilla: C o n s e j o S u p e r i o r de Investigaciones Científicas-Escuela de Estudios H i s p a no Mexicanos. GLANTZ, M a r g o 1999 " A p u n t e s sobre l a obsesión helénica de A l f o n s o Reyes", e n Columba, s . / n . ( d i c ) , p p . 11-14. GOETHE, J o h a n 1991 Obras Completas. M a d r i d : A g u i l a r . GRAVES, R o b e r t 1996 Los mitos griegos. M a d r i d : A l i a n z a . 660 SUSANA Q U I N T A N I L L A GÓMEZ RÓBELO, R i c a r d o 1906 "Ensayos críticos, p o r P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a " , e n Savia Moderna, 4 ( j u n . ) , p p . 313-315. HENRÍQUEZ UREÑA, M a x 1978 Breve historia del modernismo. M é x i c o : F o n d o de C u l t u ra E c o n ó m i c a . 1987 " H e r m a n o y m a e s t r o : ( r e c u e r d o s de i n f a n c i a y j u v e n t u d ) " , e n P. HENRÍQUEZ UREÑA, p p . 9-33. HENRÍQUEZ UREÑA, P e d r o 1906 " L a i n f l u e n c i a d e N i e t s z c h e " , e n Savia Moderna, 5 ( j u l . ) , p p . 340-343. 1907 " C o n f e r e n c i a s y tés", e n Cuna de América (25 ago.) 1908 " N o t a d e l a e d i c i ó n m e x i c a n a " , e n RODÓ. 1909 " E l n a c i m i e n t o d e D i o n i s o s . Esbozo trágico a la m a n e r a a n t i g u a " , e n Revista Moderna de México, s . / n . ( e n e . ) , p p . 176-180. 1980 "Genius Platonis " e n Revista de la Universidad ( o c t - n o v . ) , p p . 9-12. 1981 Obra crítica. M é x i c o : F o n d o d e C u l t u r a E c o n ó m i c a . 1986 Alfonso Reyes/Pedro Henríquez Ureña: correspondencia (1907-1914). M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a . 1987 Universidad y educación. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de México-Instituto Politécnico N a c i o n a l . 1989 Memorias-Diario. de Letras. de México Buenos Aires: Academia A r g e n t i n a HIGHET, G i l b e r t 1996 La tradición clásica. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a , t . II. ISER, W o l f a n g 1987 The Aesthetic Moment. C a m b r i d g e : C a m b r i d g e U n i v e r sity Press. L A CAPRA, D o m i n i c k 1986 Rethinking Intellectual History: Texts, Contexts, I t h a c a y L o n d r e s : C o r n e l l U n i v e r s i t y Press. Language. LÓPEZ, Rafael 1970 Crónicas escogidas. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a Económica. DIONISO EN MÉXICO 661 MARTÍNEZ, José L u i s 1985 " I n t r o d u c c i ó n " , e n SIERRA, URBINA, HENRÍQUEZ UREÑA y RANGEL, p p . XI-XXVIH. 1986 " I n t r o d u c c i ó n " , e n REYES y HENRÍQUEZ UREÑA, p p . 9-39. MONTERDE, Francisco 1963 "Savia M o d e r n a , M u l t i c o l o r , N o s o t r o s , M é x i c o M o d e r n o . L a N a v e , E l M a e s t r o , L a Falange, Ulises, E l L i b r o y el P u e b l o , A n t e n a , etc.", e n Las revistas literarias de México. M é x i c o : I n s t i t u t o N a c i o n a l d e Bellas A r t e s , p p . 111-145. PAZ, Octavio 1999 Memorias y palabras. Cartas a Pere Gimferrer B a r c e l o n a : Seix B a r r a l . 1969 Diálogos. M é x i c o : Porrúa. 1993 Vidas paralelas. M é x i c o : Porrúa. (1966-1997). PLATÓN PLUTARCO PRAZ, M a r i o 1999 L a carne, la m u e r t e y el diablo en la literatura romántica. B a r c e l o n a : E l A c a n t i l a d o . QUINTANILLA, Susana 1993 " L o s l i b r o s d e l A t e n e o " , e n Historias, p p . 89-107. 29 ( o c t . - m a r . ) , 1999 " E l A t e n e o d e la J u v e n t u d : i t i n e r a r i o de u n a g e n e r a c i ó n i n t e l e c t u a l " , e n REMEDÍ ( c o o r d . ) , p p . 149-195. REMEDÍ, E d u a r d o ( c o o r d . ) 1999 Encuentros de investigación educativa. M é x i c o : Plaza y Valdés-Departamento d e Investigaciones Educativas d e l C e n t r o d e Investigaciones y d e Estudios Avanzados d e l I n s t i t u t o P o l i t é c n i c o N a c i o n a l . REVUELTAS, A n d r e a 1985 " H e n r í q u e z U r e ñ a , o d i s e o a m e r i c a n o " , e n Los sitarios, 16, p p . 5-8. Univer- REYES, A l f o n s o 1909 " C o r o de sátiros e n e l b o s q u e " , e n Revista Moderna México, s . / n . ( e n e . ) , p p . 310-311. de 662 SUSANA Q U I N T A N I L L A 1955 " A l o c u c i ó n . E n e l aniversario de l a Sociedad d e A l u m nos d e l a Escuela N a c i o n a l P r e p a r a t o r i a " , e n Obras Completas, 1.1, p p . 313-319. 1956 " N o t a s sobre Jesús T . A c e v e d o " , e n Obras Completas, t. iv, p p . 444-445. 1959 Constancia poética en Obras Completas, t . x. 1983 " E l revés d e u n párrafo", e n Obras Completas, t. xiv, p p . 127-134. 1986 Alfonso Reyes/Pedro Henríquez Ureña: Correspondencia (1907-1914). M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a . 1990 " H i s t o r i a d o c u m e n t a l d e m i s l i b r o s " , e n Obras Completas, t . xxiv, p p . 149-346. 1990a " P o r f i r i o P a r r a " , e n Obras Completas, t . xxrv, p p . 594595. 1991 Medias palabras. Correspondencia de Alfonso Reyes y Martín Luis Guzmán: 1913-1959. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a cional A u t ó n o m a de México. 1995 " D e l d i a r i o de u n j o v e n d e s c o n o c i d o " , e n Obras Completas, t . m, p p . 207-215. 1997 Recoge el día. Antología Nacional. Temática. M é x i c o : E l C o l e g i o RODÓ, José E n r i q u e 1908 Ariel. N u e v o L e ó n : T a l l e r e s L o z a n o . 1966 Obras Completas. M a d r i d : A g u i l a r . ROGGIANO, A l f r e d o 1989 Pedro Henríquez Ureña en México. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o . ROMILLY, J a c q u e l i n e 1996 Alcibíades. B a r c e l o n a : Seix B a r r a l . SABORIT, A n t o n i o 1992 " E l m o d e r n i s m o y los espacios i n t e r i o r e s " , e n rias, 27 ( o c t . - m a r . ) , p p . 155-163. Histo- SIERRA, J u s t o , L u i s G. URBINA, P e d r o HENRÍQUEZ UREÑA y Nicolás RANGEL 1985 Antología del Centenario (1800-1821). M é x i c o : Secretaría d e E d u c a c i ó n Pública. DIONISO EN MÉXICO 663 SHAKESPEARE, W i l l i a m 1998 " L a tempestad", e n Teatro. M é x i c o : Porrúa, p p . 187-229. STEINER, G e o r g e 1997 Pasión intacta. B o g o t á : N o r m a . 1998 Errata, 2000 Antígonas. La travesía de un mito universal por la historia de Occidente. B a r c e l o n a : Gedisa. el examen de una vida. M a d r i d : Siruela. TABLADA, José J u a n 1937 La feria de la vida. M é x i c o : Botas. 1993 Las sombras largas. M é x i c o : C o n s e j o N a c i o n a l p a r a l a C u l t u r a y las A r t e s . TORRI, J u l i o 1964 Tres libros. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a . VASCONCELOS, José 1983 WALTER, O t t o 1997 Ulises criollo. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a . Dioniso: mito y culto. M a d r i d : Siruela. ZAID, G a b r i e l 1997 Tres poetas católicos. M é x i c o : O c é a n o .