EL PERRO DEL HORTELANO, COMEDIA PALATINA 0. C o m o ocurre con tanta comedia de L o p e , hasta hace pocos años El perro del hortelano carecía de estudios pormenorizados, siquiera superficiales, que satisficieran al estudioso. E n cambio, en los ú l t i m o s años, a partir de la segunda edición ampliada de E u gène K o h l e r 1 , se han i d o sucediendo distintos enfoques que han enriquecido notablemente nuestra c o m p r e n s i ó n de l a comedia. H o y vuelvo a ella como homenaje a R a i m u n d o L i d a , a su excepcional conciencia intelectual y p r o b i d a d crítica que l o han llevado a analizar con p r o f u n d i d a d y sin alardes los temas de su especialidad. Su ejemplo h a sido incentivo en l a b ú s q u e d a de u n a visión coherente y totalizadora de la obra como sistema semiótico, valioso en sí mismo, cuyas riquezas y verdadero sentido nos h a n sido revelados por el a m p l i o panorama que los críticos que se han ocupado de l a comedia en los ú l t i m o s años nos h a n ayudado a discernir. V a y a t a m b i é n a ellos m i a g r a d e c i m i e n t o 2 . 01. Dejando a u n lado el que ya K o h l e r l a h a b í a elegido entre tantas otras comedias del F é n i x para u n a edición anotada en 1934 (cf. ed. cit., p. i i i . . cette comedie q u i compte p a r m i les plus belles de L o p e " ) , y sin tomar en consideración menciones aisladas y referencias ocasionales, resulta u n p u n t o de partida significativo de u n a actitud crítica que casi p o d r í a m o s juzgar generacional, l a valoración negativa, injusta e incomprensiva de F. H . H a y e s 3 , que 1 Eugène Kohler, introduction, des Paris, variantes 1934. et Texte des notes, établi d'après l'original, par..Nouvelle P a r i s , 1951. F a c u l t é des L e t t r e s de l ' U n i v e r s i t é de S t r a s b o u r g (Textes 2 Véanse Royston los estudios O . Jones, Bruce citados a continuación W . Wardropper, Margaret W i l s o n , y naturalmente, de R. avec édition D. F. d'Étude, 4). Pring-Mill, J a c k W . Sage, A . D a v i d l a " I n t r o d u c c i ó n " de l a e d . c i t . de ( 1 9 5 1 ) . N o h e p o d i d o c o n s u l t a r e l art. de A . G Ó M E Z G A L Á N e n Arb, une critique, 54 Kossoff, Kohler (1963), 77- 80. 3 FRANCIS H A Y E S , de O r o d r a m a : 318. "The use of proverbs L o p e de V e g a " , HR, 6 as titles a n d m o t i v e s i n the ( 1 9 3 8 ) , 305-323, e s p e c i a l m e n t e p p . Siglo 315- 340 NRFH, FRIDA WEBER DE KURLAT XXIV comienza a ser superada, según creo, en 1961, en la "Introducc i ó n " de R . P r i n g - M i l l a l a traducción inglesa de cinco comedias 4 . L a i m p o r t a n c i a n o reside solamente en las páginas de ese i l u m i nador estudio de conjunto sino en el hecho de u n i r nuestra comed i a al g r u p o de Peribdñez, El caballero de Olmedo, Fuenteovejuna y El castigo sin venganza, l o que es ya u n cambio significativo y hasta u n a c o m p e n s a c i ó n para obra tan injustamente maltratada. E n este m i s m o p r ó l o g o otro hecho es relevante de la necesidad de estudio y análisis que se dejaba sentir: en l a "Selected b i b l i o g r a p h y " agregada sólo figura para P E R R 5 l a citada edición de K o h l e r . 01.1. E n materia específicamente crítica debemos a l a prof. PringM i l l haber llamado la atención sobre el tratamiento de la caracterización de los personajes del que L o p e era capaz, que emerge en esta obra " w i t h its explotation of psychology i n the interest of a c t i o n " . N o hay profundo análisis de caracteres (como corresponde a l a comedia del Siglo de O r o , obra sobre todo de a c c i ó n ) , y el interés p r i m a r i o reside en "seeing h o w many baffling changes of direction c o u l d be succesfully imposed o n the rush of the action by her changes [los de Diana] of m o o d " . Otros dos aspectos nos ha e n s e ñ a d o a ver P r i n g - M i l l : el sentido de la falsa anagnórisis, en relación con l a h o n r a como sentimiento social, y l a importancia de T r i s t á n , el gracioso de l a comedia, como tal y en l a estructura total de l a obra. 02. E n 1965, nuestro recordado amigo Royston O . J o n e s 6 se preguntaba en q u é consistía l a gracia, para el p ú b l i c o de entonces, de esa p r o d u c c i ó n frivola. Nos interesa su punto de vista, ante todo, el situarse en la p r o p i a época de p r o d u c c i ó n de l a obra, para i n t r o d u c i r , t e n i é n d o l o en cuenta, el de l a aceptada a r m o n í a del universo y l a sociedad, así como l a existencia de u n a subversión de ese orden. Este concepto de " s u b v e r s i ó n " es importante para l a c o m p r e n s i ó n de l a obra, y va m á s profundamente de l o que Lope 4 D. de Vega Pring-Mill, (Five plays), New York, tr. b y J i l l 1961. Como Booty; ha W . W A R D R O P P E R , " . . . c r i t i c i s m o f the comedia existent" 14, ("Comic de tan de capa V e g a ' s El atinadamente y espada perro del 1 9 6 7 , 1 0 1 - 1 1 1 , especialmente p. 1 0 3 ) . E l l o explica que definidos Ficción a illusion: Lope ed. w i t h a n i n t r o d . by R . señalado en el llamado y comedia PERR, sobre en todo dando la impresión que se deleitaba dronazgos 5 Para el en teatro f r i v o l o de Siglo (Madrid, relación de q u e en de el r e p r e s e n t a c i o n e s de por ejemplo 1967), desenlace, KRQ, criterios pp. ALAN patrañas, SOONS, 62-64, considera "reaccionaria", "pobre", de súbitas un público fortunas y pa- inesperados..." abreviar u t i l i z o e n los casos e n q u e siglas de de Lope 3 ts., M a d r i d , de Vega, R O Y S T O N O . J O N E S , "El (1964), con Lope: hortelano", n o existan " e l p o e t a h a d e s c e n d i d o a l n i v e l de r e p e t i d a m e n t e las 6 Oro BRUCE is almost n o n - 135-142. CARLOS perro FERNÁNDEZ una comedia GÓMEZ, de Vocabulario Lope se cita completo 1971. del hortelano y l a v i s i ó n de L o p e " , FU, 10 NRFH, XXIV " E L PERRO DEL H O R T E L A N O " 341 pensaba Jones en aquella memorable c o m u n i c a c i ó n al 2? Congreso de l a A . I . H . , y que presentaba sólo como apuntes para reflexiones m á s pormenorizadas. 03. Sobre todo dos trabajos de l a b i b l i o g r a f í a posterior marcan caminos m u y divergentes, q u e a los historiadores y críticos de la comedia deben llevar a repetida m e d i t a c i ó n . 03.1. P o r una parte, l a consideración de l a comedia de L o p e c o m o expresión de una actitud n o conformista, crítica —muy consciente y sutilmente crítica— de ciertos valores aceptados por la sociedad, con la que L o p e en l o profundo disentiría, aunque sin llegar a ser u n verdadero censor de los vicios y maneras de actuar de las clases altas, sus miembros y sus costumbres 7 , y en consecuencia, existiría una desvalorización de las condiciones morales de los protagonistas. 03.2. E l segundo camino de la crítica reciente, es el que B r u c e W . W a r d r o p p e r (art. cit.) ha ahondado, sistematizado y rectificado (en el sentido m a r í t i m o de rectificación del rumbo) respecto d e l esbozado por R o y Jones: l a comedia (la m a l llamada "comedia f r i v o l a " ) demuestra que la v i d a h u m a n a es u n a ilusión y para e l l o se da u n notable juego de r e a l i d a d e ilusionismo del que el p r o b l e m a del honor es sólo u n a p e q u e ñ a parte. 04. C r e o que de a q u í debemos p a r t i r para u n examen de P E R R , agregando ciertos aspectos que a y u d a r á n a ordenar y organizar los varios y aparentemente contradictorios desarrollos de comedias que rozan situaciones en parte semejantes. 04.1. L a comedia es, básicamente, teatro no-aristotélico, o sea presentación de "casos" en los que el autor n o se siente partícipe, sino que presenta como tales, como "casos" 8 . 04.2. E n consecuencia, en l o posible, salvo por su mero valor a n e c d ó t i c o o utilización externa, abandonar las referencias m á s o menos explícitas, m á s o menos rebuscadas, a l a propia v i d a o exper i e n c i a i n d i v i d u a l del autor. 04.3. L a necesidad de atenerse a l a c r o n o l o g í a habitual, con sus posibles errores y susceptible de modificaciones, pero metodol ó g i c a m e n t e imprescindible para analizar situaciones parecidas que se r e p i t e n en obras separadas por largos intervalos de tiempo. 04.4. T e n e r presente l a existencia de sub-géneros que determ i n a n distintos enfoques y en nuestro caso especial, el hecho de 7 P o r m e n o r i z a d a m e n t e , e n D a v i d A . Kossoff, " I n t r o d u c c i ó n " a su r e c i e n t e e d i c i ó n , M a d r i d , 1 9 7 0 (Clás. Castalia, 2 5 ) , p p . 3 8 - 4 0 ; cf., t a m b i é n M A R G A R E T W I L S O N , " T w o themes i n El perro del hortelano", HR, 4 0 ( 1 9 7 2 ) , especial- mente pp. 271-272. 8 C I R Y L A . J O N E S , " B r e c h t y e l d r a m a d e l S i g l o de O r o e n E s p a ñ a " , Seo3 (1967), 39-54. NRFH, FRIDA WEBER DE KURLAT 342 XXIV que P E R R es u n a "comedia p a l a t i n a " 9 . Sobre ello volveremos al terminar nuestro análisis. 04.5. L a existencia de u n a morfología de l a comedia, q u e convierte a ésta en u n a criatura de arte de condiciones que le son propias y que determinan en buena medida ciertos aspectos de l a marcha de l a acción a través de repeticiones y variaciones 1 0 . 1. E n cuanto a l a fecha, P E R R h a b r í a sido escrita entre 1613 y 1615, según piensan M o r l e y - B r u e r t o n 1 1 basados en l a versificación, y creo que efectivamente hay que pensar que hacia esa época L o p e estuvo en contacto con manuales d e l perfecto secretario cuyo aprecio y conocimiento se pone de manifiesto en Servir a señor discreto (en adelante SERS 1 2 ) poco anterior o poco posterior a P E R R . Existe en l a p r o d u c c i ó n de L o p e u n ciclo de "comedias de secretario" al que pertenecerían nuestra comedia, l a antes citada y varias otras en las que L o p e , c o n tónicas m u y diferentes, manifestó su aprecio por u n menester cortesano d e l que él mismo participó buena parte de su v i d a y c o n diferentes señores. E n SERS, comedia española de costumbres c o n t e m p o r á n e a s , d o n Pedro, u n hidalgo que ha despilfarrado su p e q u e ñ a herencia, como secretario del conde de P a l m a y c o n l a ayuda generosa de éste consigue casarse con L e o n o r , h i j a de u n r i c o mercader que ha hecho su fortuna en Indias. N o se mezcla el problema estamental, ocupa el primer plano l a oposición riqueza / pobreza. Otras comedias del ciclo son La vengadora de las mujeres ( V E N G ) , Las burlas veras ( B U V E ) , El secretario de sí mismo (SEC) , s i n duda anterior a P E R R p o r el tratamiento d e l personaje femenino en p r i m e r término, aunque quizá no tan anterior como suponen M o r l e y - B r u e r t o n 1 3 . 9 R e m i t o a m i p o n e n c i a l e í d a e n e l 5? C o n g r e s o d e l a A . I . H . (Bordeaux, 1 9 7 4 ) , " H a c i a u n a s i s t e m a t i z a c i ó n de l o s t i p o s de c o m e d i a d e L o p e de V e g a " . 1 0 C f . m i a r t . " H a c i a u n a m o r f o l o g í a de l a c o m e d i a d e c o s t u m b r e s cont e m p o r á n e a s " , Revista del Profesorado, B u e n o s A i r e s , 1 ( 1 9 7 5 ) , 35-67. 1 1 S . G R I S W O L D M O R L E Y y C O U R T N E Y B R U E R T O N , Cronología de las comedias de Lope de Vega, M a d r i d , 1968. p p . 374-375: " C o m e d i a s a u t é n t i c a s s i n f e c h a " ; cf. t a m b i é n e l " P r ó l o g o " a l a e d . de AcadN, t. 13 ( M a d r i d , 1 9 3 0 ) , p . x i v ; E . K o h l e r , e d . c i t . ( 1 9 5 1 ) , p p . x l i i - x l i v , se a p o y a e n M o r l e y - B r u e r t o n , p e r o s e ñ a l a sobre t o d o "aspectos e s t i l í s t i c o s " q u e r e v e l a n l a r e c i e n t e l e c t u r a de las Soledades; D . A . Kossoff, e d . c i t . , " I n t r o d u c c i ó n " , p . 24 y n o t a 25. 1 2 V é a s e l a " I n t r o d u c c i ó n ' a m i e d i c i ó n de esta c o m e d i a , M a d r i d , 1975, Clás. Castalia. A u n q u e sea e l e m e n t o d e escasa i m p o r t a n c i a h a y q u e agregar q u e M a r c e l a , c u a n d o cree q u e sus a m o r e s c o n T e o d o r o s o n aceptados p o r D i a n a e x c l a m a : " ¡ O h , b i e n h a y a ! ( ¡ a m é n m i l veces!) / q u i e n sirve a s e ñ o r discreto". 1 3 M O R L E Y - B R U E R T O N , op. cit., l a s i t ú a n e n t r e las " C o m e d i a s a u t é n t i c a s f e c h a b l e s " y p o r l a v e r s i f i c a c i ó n c o r r e s p o n d e r í a a 1599-1606. S i b i e n n o aparece e n l a p r i m e r a l i s t a d e El peregrino en su patria, las a l u s i o n e s a M i c a e l a de L u j a n ( L u c i n d a ) a l f i n a l d e l A c t o I h a c e n p e n s a r e n u n t é r m i n o ante quem de 1613: cf. A . C A S T R O , " A l u s i o n e s a M i c a e l a de L u j a n e n las o b r a s d e L o p e de NRFH, XXIV "EL 343 PERRO DEL HORTELANO" 2. E n t r e el grupo de comedias que a través de sus secuencias asociadas constituyen u n haz en torno a P E R R , q u i z á en ciertos aspectos es B U V E la que mejor destaca los valores artísticos de aquella genial y extraña creación: las otras son las comedias de r u t i n a , P E R R es l a obra de arte excepcional. Veamos cuáles son los fundamentos de tal apreciación. 2.1. P E R R sorprende por su acción y situaciones que alteran las convenciones m á s normales de l a comedia: u n a condesa se casa con su secretario, que p r i m e r o h a b í a tenido amores con u n a criada de palacio y a l que se fragua u n a g e n e a l o g í a para posibilitar el casam i e n t o con l a dama noble. 2.2. Existe en l a producción de L o p e cierto n ú m e r o de piezas teatrales cuya macrosecuencia l i b r e g i r a en torno del amor entre seres socialmente desiguales, y naturalmente, se dan varias posibilidades o "casos", sin excluir el drama, pero dentro del vasto conj u n t o de su p r o d u c c i ó n los casamientos entre desiguales son "bastante poco frecuentes" 1 4 . J . W . Sage (art. cit.) h a r e u n i d o en torno a P E R R u n haz de comedias que ofrecen similitudes y que retomamos respecto de los puntos que estamos analizando a f i n de establecer ciertos principios de o r d e n a c i ó n en l a p r o d u c c i ó n del Fénix. 2.2.1. E n p r i m e r t é r m i n o h a b r í a que establecer el t i p o de desigualdad que puede i m p l i c a r o l a oposición n o b l e / v i l l a n o , o una g r a d a c i ó n de mayor a menor nobleza, unidas a veces a condición V e g a " , RFE, 5 ( 1 9 1 8 ) , 256-292, e s p e c i a l m e n t e p . 278, " p o s t e r i o r a 1 6 0 4 . . . " E x i s t e n relaciones entre P E R R y SEC, ambas comedias palatinas, p r i n c i p a l m e n t e en e l t i p o de l a h e r o í n a , m u c h o m á s r i c a p s i c o l ó g i c a m e n t e D i a n a q u e L a u r a , así c o m o las h a y c o n otras c o m e d i a s de m á s l e j a n o p a r e n t e s c o , e n t o r n o a l t e m a de c a s a m i e n t o s desiguales; cf. e l art. de J . W . S A G E , " T h e c o n t e x t o f c o m e d y : L o p e de V e g a ' s El perro del hortelano a n d related plays", HEMW, 247-266. D e todos m o d o s l a f e c h a de 1613 p a r a P E R R a p a r e c e a s e g u r a d a p o r otras a l u s i o n e s e x t e r n a s (cf. D . A . Kossoff, loe. cit.), t o d o l o c u a l l l e v a i n d i r e c t a m e n t e a q u i t a r i m p o r t a n c i a a l a p o s i b l e i n f l u e n c i a d e El vergonzoso en palacio de T i r s o sobre n u e s t r a c o m e d i a , p u n t o de v i s t a sobre e l q u e se h a e x t e n d i d o M a r g a r e t W i l s o n (cf. art. c i t . ) . P o r o t r a p a r t e e n H E R F , c o m e d i a t a r d í a ( M O R L E Y - B R U E R T O N , 1625-1632, p r o b a b l e m e n t e 1630-1632), R i c a r d o , p r í n c i p e de P o l o n i a , se hace p a s a r p o r s u secretario, L a u r o , q u e d á n d o s e así e n F r a n c i a p a r a c o n q u i s t a r l a m a n o de l a d u q u e s a E s t e l a d e L o r e n a . A u n q u e se p r e s e n t a a L a u r o c o m o p r i m o de R i c a r d o , se p l a n t e a l a d e s i g u a l d a d e n t r e é s t e y l a d u q u e s a . T a m b i é n e n B U V E , R u g e r o , c o n d e de B a r c e l o n a , a c t ú a c o m o secretario, de i n c ó g n i t o , a l s e r v i c i o de l a p r i n c e s a de Ñapóles. 1 4 J A C K H . P A R K E R y A R T H U R M . F O X , Lope de Vega studies, Toronto, 1964, p . 100, r e s u m e n e n esos t é r m i n o s las c o n c l u s i o n e s de l a tesis i n é d i t a de C h a r les G o r d o n R e i d , p r e s e n t a d a a l a U n i v e r s i d a d d e V i r g i n i a e n 1941, r e s u l t a d o d e l a o b s e r v a c i ó n de casi 400 obras. P e r o t a l c o n c l u s i ó n r e s u l t a a p r e s u r a d a , t a n t o si se t i e n e n e n c u e n t a las c o m e d i a s m e n c i o n a d a s c o m o situaciones, a l u siones, p a r l a m e n t o s , etc., d e m u c h a s otras q u e n o es e l caso m e n c i o n a r (cf. las r e f l e x i o n e s d e l a p r o t a g o n i s t a de H E R F , Comedias. BAE, t. 2, p . 357a. 344 FRIDA WEBER DE NRFH, KURLAT XXIV de servicio, l o cual supone u n a segunda oposición l a de riqueza / pobreza, o t a m b i é n mayor / m e n o r riqueza 1 5 . A s í , en P E R R se da c o m o obvia l a p o s i b i l i d a d d e l casamiento de T e o d o r o a q u i e n D i a n a , l a protagonista, califica de " h o m b r e h u m i l d e " (v. 1622) 1 6 , con Marcela, criada de l a c á m a r a de D i a n a , pero a l a que, sabemos, ésta le tiene " l a o b l i g a c i ó n q u e t ú sabes / y n o poco parentesco" (vs. 316-318). 2.2.2. L a segunda p u n t u a l i z a c i ó n que debe establecerse en las comedias de amores entre desiguales consiste en separar las de verdadera desigualdad y las de desigualdad aparente. 2.2.21. E n materia de amor o pasión entre miembros de distintos estamentos existe u n b u e n n ú m e r o de comedias, sobre todo palatinas, en las q u e u n noble señor, muchas veces casado, es arrastrado por u n a pasión incontrolable y atrepella toda barrera m o r a l , enamorado de u n a dama de c o n d i c i ó n inferior, aunque p o r l o general es persona de l a corte: cualesquiera sean las variantes en los términos de las situaciones, siempre es amor entre desiguales. Por l o general, el enamorado de c o n d i c i ó n superior —en estos casos el hombre— acaba por retirarse, dejando el paso a u n r i v a l d e l m i s m o estamento que l a dama y a l que ésta se sentía i n c l i n a d a casi siempre desde antes de desatarse l a pasión d e l noble señor: El amor bre desatinado de bien (1597), El (1599-1606), El lacayo molino, fingido (1599-1603), El a n t e r i o r a 1604; El homdesdén vengado, estrenada e n 1617; La mayor victoria, 1615-1624, probablemente, 1620-1622; El hijo de los leones (1620-1622); El saber puede dañar (1620-1625) ; Más pueden celos que amor (hacia 1627). E l amor entre desiguales, trunco o c o n otras derivaciones aparece t a m b i é n en algunas comedias ambientadas e n el pasado histórico de E s p a ñ a : Servir con mala estrella (probablemente 16041606); La niña de plata (probablemente 1610-1612), etc. E n obra muy temprana, El hijo venturoso, 1588-1595, u n i n t r i n c a d o haz de motivos, en los que se mezclan desigualdad social e i n f e r i o r i d a d de riqueza provoca u n a situación e n l a q u e ocupa e l p r i m e r lugar la venganza, o sea motivos e n los que L o p e debe m u c h o a l teatro inmediatamente anterior (Cueva, Virués, etc.), c o n u n a tendencia a cierto tremendismo d r a m á t i c o q u e luego desaparecerá. E l l o vuelve a aparecer, pero m á s t a r d í a m e n t e en otros contextos como ocurre en El premio de la hermosura (1609-1620), en l a que l a acción se desarrolla partiendo de l a desesperación de C a r d i l o r o p o r C l o 1 5 A . D O M Í N G U E Z O R T I Z , La sociedad española en el siglo xvii, t. 1, M a d r i d , 1964, " I n t r o d u c c i ó n " , e s p e c i a l m e n t e p p . 40 ss.y s e ñ a l a p a r a esta é p o c a l a exist e n c i a d e u n a s o c i e d a d m á s b i e n e s t a m e n t a l q u e clasista, a u n q u e y a s i n l a r i g i d e z m e d i e v a l , p e r o a m b o s aspectos e s t á n c o n t a m i n a d o s . 1 6 T o d a s las r e f e r e n c i a s a P E R R se h a c e n d e a c u e r d o c o n l a e d i c i ó n c i t a d a d e D a v i d A . Kossoff. NRFH, XXIV " E L PERRO DEL HORTELANO" 345 rinarda, que m u r i ó por n o casarse con el emperador que se enam o r ó de ella por su retrato. 2.2.22. E l tipo de comedias en que existe desigualdad aparente entre enamorados es quizá el m á s numeroso, e l m á s o b v i o y permite agrupar varias de las comedias en que se da con otras históricas o de costumbres c o n t e m p o r á n e a s (Las bizarrías de Belisa; c£. también supra, nota 13). E n muchas de ellas, como se ha observado tradicionalmente, actitudes, sentimientos, reacciones, o la presión de las situaciones de l a acción acaban por revelar la verdadera nobleza o la antigua nobleza de u n o de los miembros de l a pareja, l o que r e d u n d a en que la verdad profunda triunfe sobre l a realidad aparente, con l o que de hecho quedan fuera de nuestro interés específico. S i n embargo, en otros aspectos, se asocian a P E R R . De las tomadas en cuenta en el a r t í c u l o citado de Sage, nos interesan a q u í , por ejemplo, SEC 1 7 , B U V E , El silencio agradecido (SIL) , La vengadora de las mujeres, en las que L o p e se mueve entre secuencias asociadas bastante frecuentes en este t i p o de comedias y las del apartado previo: traiciones (fingidas o verdaderas), u s u r p a c i ó n del poder, luchas armadas en las que a veces figura la " m u j e r v a r o n i l " , al comienzo de l a acción despreciadora d e l amor 1 S . 2.2.221. Sólo nos detendremos en las que m á s se acercan a P E R R . E n SEC aparece l a m u j e r esquiva frente a los hombres y que pese a su sólida (pero r i d i c u l a ) f u n d a m e n t a c i ó n teórica de oposición al sexo masculino se enamora luego de su secretario, que en realidad pertenece a la m i s m a condición noble. H a y t a m b i é n a q u í una precisa valoración de las funciones del secretario, y la preocupación ligada al h o n o r p r o p i o de su condición, manifestada explícitamente al aparecer en ella u n sentimiento amoroso hacia u n hombre de c o n d i c i ó n inferior. E n B U V E , C e l i a , princesa v i u d a de u n a corte italiana, cuyo nuevo casamiento se procura por razón de estado, se muestra reacia a aceptar a varios nobles pretendientes, pero por entretenimiento y en u n juego de burlas se enamora de su secretario Rugero, que, luego se descubre, es p r í n c i p e de C a t a l u ñ a y por l a muerte de su hermano h e r e d a r á el ducado de Barcelona, con l o cual desaparece l a desigualdad aparente. Las situaciones asociadas en relación con comedias de capa y espada (un caballero atacado por varios y defendido por u n desconocido 1 9 ) y con comedias palatinas 1 7 T a m b i é n c o m e d i a p a l a t i n a , e n r e d a d í s i m a , q u e c o m o l a s i g u i e n t e tiene m á s de u n a s e c u e n c i a asociada c o m ú n c o n P E R R , l o q u e j u s t i f i c a su i n c l u s i ó n e n e l m e n c i o n a d o e s t u d i o de Sage. 1 8 E s l a " m u j e r e s q u i v a " ; cf. M E L V E E N A M C K E N D R I K , Wornan and society in the Spanish drama of the Golden Age, C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 1974, e s p e c i a l m e n t e P a r t e I I , c a p . 5. 1 9 Ed. cit. de SERS, " I n t r o d u c c i ó n " , p, 38 y vs. 1865 ss. # 346 NRFH, FRIDA WEBER DE KURLAT XXIY (amores del secretario con u n a dama de l a princesa, celos entre éstas, etc.), así como el m o v i m i e n t o psicológico de aceptaciónrechazo del amor de u n hombre de c o n d i c i ó n inferior (aquí aparente) nos acercan a P E R R . Quizá B U V E sea u n a comedia tardía 2 0 en l a que L o p e reelaboró secuencias asociadas, m á s perfectamente equilibradas en la acción y estructura de P E R R . S i n embargo su valor como relacionante p a r a d i g m á t i c o en el conjunto de su prod u c c i ó n es m u y grande, puesto que en ambas se da, con gran claridad de delincación, l a herencia del cuento maravilloso, que cada una de estas comedias ha trasmutado con u n sesgo distinto y particular. H a y , por ejemplo, el caso de B U V E , donde l a princesa rechaza nobles casamientos y se decide por el héroe, el cual ha realizado ciertas funciones propias del cuento maravilloso: a) alejamiento de su patria; b) lleva a cabo l o que otros son incapaces de c u m p l i r (divertir su melancolía, luego enamorar a la princesa); c) e l l o es u n a prueba de sus condiciones excepcionales; d) vuelve a a d q u i r i r l a condición que le c o r r e s p o n d í a por su nacimiento, se reconoce su carácter de héroe; e) existen falsos héroes que le disputan l a obtención del premio merecido, en este caso l a mano de l a princesa; f) el héroe se casa y obtiene con l a princesa el t r o n o 2 1 . P e r o si por estos aspectos B U V E se acerca al cuento maravilloso tradicional, hay en ella u n detalle final que muestra l a inclinación de L o p e , tan abiertamente manifiesta en P E R R , a romper el molde del cuento y llegar a través de las funciones transformadas de éste a l a esencia de l a comedia con su a l t í s i m a e insoslayable dosis de o r i g i n a l i d a d . E n B U V E , como u n a a d h e s i ó n a esa r u p t u r a , aunque m í n i m a de los moldes convencionales d e l g é n e r o , los pretendientes rechazados por C e l i a , Felisardo y el duque de Calabria, se niegan a formar pareja con las damas nobles del séquito de l a princesa, Serafina y F l o r a , r o m p i e n d o al m i s m o tiempo l a atmósfera de cuento maravilloso y l a convención de l a comedia. 2.3. A l g u n o s de los caracteres femeninos y de las circunstancias externas de estas comedias se dan t a m b i é n en los pocos casos en que el amor entre los protagonistas surge a pesar de l a pertenencia efectiva a estratos sociales diferentes. 2.3.1. Entre ellas, algunas i n c l u y e n situaciones posteriores a u n casamiento ya realizado. 2.3.11. Quizá el ejemplo m á s notable esté representado por El mayordomo 2 0 de la MORLEY-BRUERTON, autenticidad", 1620-1626 duquesa op. cit., de p. Amalfi (MADA) , 4 2 7 , "Comedias (probablemente de en dudosa la o que la incierta 1623-1626). 2 1 V L A D I M I R P R O P P , Morphologie du conté, P a r í s , 1 9 6 5 , especialmente cap. 3 , " F o n c t i o n s des p e r s o n n a g e s " , p p . 3 5 ss. P a r a los c a m b i o s q u e m a r c a n l a dist a n c i a d e l c u e n t o a l a c o m e d i a , cf. t a m b i é n id,, Las raíces históricas del cuento, C a r a c a s - M a d r i d , 1 9 7 4 , cap. 9 . NRFH, XXIV " E L PERRO DEL HORTELANO" 347 situación deriva a u n a tragedia, tal como ocurre en l a " n o v e l l a " italiana que l a originó, carácter trágico al que L o p e se a v i n o a pesar de su natural repugnancia por ese tipo de obras. L o d i c h o i n d i c a ya las diferencias esenciales y profundas de M A D A y P E R R , y sin embargo se rastrean esbozos de secuencias asociadas comunes. 1) Existe u n a a t r i b u c i ó n , a q u í falsa, en P E R R real y m u y avanzada, de r e l a c i ó n amorosa entre e l m i e m b r o de condición social infer i o r de l a pareja desigual y u n a tercera persona que es su i g u a l : en P E R R , amores de T e o d o r o y M a r c e l a ; en M A D A , Octavio de U r b i n o , r i v a l celoso de A n t o n i o , el mayordomo, imagina amores entre éste y L i b i a , l a doncella confidente de l a duquesa, y en los dos casos l a relación, o verdadera o falsa, es factor estructural decisivo en el desarrollo de l a acción. 2) G e m i n a c i ó n de pretendientes a l a m a n o de l a protagonista, u n o aceptado ( A n t o n i o , T e o d o r o ) , opuestos a u n o rechazado en M A D A , Octavio de U r b i n o ; dos, Federico y R i c a r do, ambos nobles, en. P E R R , si b i e n en otros aspectos las secuencias asociadas "enamorado aceptado / enamorado (s) rechazado (s) pertenecen a distintas variedades 2 2 . 3) T a m b i é n l a traición es c o m ú n a las dos comedias, si b i e n aparece con colores m u y distintos, destacándose en P E R R l a nota de farsa al servicio del ilusionismo. 4) ha diferencia q u i z á m á s notable está representada por el carácter de los protagonistas, puesto que l a duquesa de A m a l f i se entrega sin vacilaciones a u n amor que la invade (recuerda m á s b i e n a Casandra de El castigo sin venganza que a D i a n a de PERR) , aunque e l l o no le q u i t e l a capacidad de razonar sobre l a desigualdad de l a persona amada y sobre el honor, o m á s bien, deshonor, i m p l í c i t o en el casamiento que va a realizar, y se decide a tomar l a i n i c i a t i v a en l a e x p r e s i ó n de sus sentimientos con u n a claridad de decisión, i n d i c i o de profundidad, que l a aleja totalmente de D i a n a 2 3 . 2.3.12. A pesar de algunos momentos con ribetes d r a m á t i c o s , Arminda celosa24 ofrece notas de " d i v e r t i m e n t o " . C o m o en M A D A , 2 2 C f . art. cit. e n n o t a 10, e s p e c i a l m e n t e p p . 51 ss. 23 V é a s e Obras de Lope de Vega, BAE, t. 32, A c t o I, p p . 2Slb, 290a, 2 9 8 « . 2 4 M O R L E Y - B R U E R T O N , op. cit., p . 422, s i t ú a n A R M e n t r e las " C o m e d i a s de d u d o s a o i n c i e r t a a u t e n t i c i d a d " , y, de ser suya, c o r r e s p o n d e r í a a l p e r í o d o 16131615. A u n q u e e l n o m b r e aparece e n l a s e g u n d a l i s t a de El peregrino, Cotarelo, e n e l " P r ó l o g o " a l a e d i c i ó n d e AcadN, t. 1, p . x i v , p i e n s a q u e t a l c o m o nos h a l l e g a d o " p a r e c e h a b e r s i d o a b r e v i a d a " . C r e o q u e n o h a y d u d a a l respecto. E l r e f u n d i d o r s e g u i r í a e l e s q u e m a de l a v e r s i f i c a c i ó n lopesca (cf. M o r l e y B r u e r t o n ) y c o n s e r v ó los sonetos, q u e v u e l v e n a h a l l a r s e e n otras c o m e d i a s d e l F é n i x , y q u i z á , hasta s i n a l t e r a c i o n e s a l g u n o s trozos líricos, c o m o l a i m p r e c a c i ó n d e A n t o n i o a l A m o r (ed. c i t . , p . 695a) y " S o l e d a d e s q u e n a c i e n t e s . . . " (ibid., p . 7 0 2 a ) , p e r o las a b r e v i a c i o n e s s o n v a r i a s y n o t o r i a s . P o r ejemp l o , e l m o t i v o de los celos o c u p a r í a m a y o r espacio e n l a v e r s i ó n o r i g i n a l , t e n i é n d o s e presente q u e si h a y rasgos e s t i l í s t i c o s m u y t í p i c o s de ciertas comed i a s d e L o p e y s i m i l i t u d e s sugestivas, e n c o n j u n t o l a v e r s i ó n q u e nos h a l l e g a d o n o p u e d e ser l a c o m e d i a q u e s a l i ó de sus m a n o s . 348 FRIDA WEBER DE KURLAT NRFH, XXIV el m a t r i m o n i o ya ha sido consumado, y aunque el m a r i d o de la reina A r m i n d a , el duque A n t o n i o , se casó por interés, acaba por respetar y amar a su mujer, y hace a u n lado los devaneos que d i e r o n lugar al título de la comedia. T a m b i é n a q u í es visible la p r e o c u p a c i ó n de L o p e por los planteos suscitados por los matrimonios de niveles sociales distintos, como l o prueba l a reacción del duque, a q u i e n por su condición natural correspondería el título de " s e ñ o r í a " , en tanto que el casamiento l o ha elevado al de "alteza", y cuando A r m i n d a , enojada por su conducta l o trata de "señ o r í a " , ello basta para ponerlo sobre aviso acerca de l a seriedad de los acontecimientos, al par que l o desespera l a humillación que tal cambio i m p l i c a como descenso social. 1) C o n respecto a P E R R se da u n a situación simétricamente opuesta, pues el duque A n t o n i o , ya casado, ama a l a dama de la reina, en tanto que T e o d o r o a b a n d o n a r á el amor de Marcela, su igual, por l a p o s i b i l i d a d que entrevé de ser amado por l a condesa de Belflor. 2) Celos de u n a m u j e r de condición social superior por otra inferior, pero igual a l a del galán cuyo amor está en disputa. 3) Intrigas y maquinaciones para separar definitivamente a q u i e n se interpone en los amores de la dama noble. 4) E n el reparto hay t a m b i é n u n T e o d o r o , secretario, cargo y n o m b r e que nos acercan a las que hemos llamado "comedias de s e c r e t a r i o " 2 5 . 5) E l secretario T e o d o r o n o es protagonista del amor entre desiguales, pero es el prometido de Florela, dama de l a r e i n a ; a ésta se le quiere hacer creer que su esposo está enamorado de F l o r e l a , para distraer su atención d e l verdadero objeto de sus pensamientos. 6) Se trata siempre de comedias palatinas. 2.3.2. L a pertenencia efectiva de los enamorados a dos estratos sociales o económicos diferentes, insinuada en muchas comedias o leve, se manifiesta en su m á x i m a a m p l i t u d en P E R R con el decidido triunfo del amor a pesar d e l obstáculo, realmente casi insalvable, de l a diferencia de clase o estamento. Paralelismo y oposición respecto de P E R R , es decir, m u j e r de condición social inferior a la del hombre, se da como secuencia asociada pero importante para la macrosecuencia libre, en El villano en su rincón, comedia en la que O t ó n , mariscal de Francia, se casa con Lisarda, l a h i j a de J u a n Labrador. H a c i a el final del A c t o I se proclama ya l a noble fuerza 2 5 E l d i á l o g o e n t r e T e o d o r o y l a r e i n a A r m i n d a se d e s v í a a las notas h a b i t u a l e s de l a a p r e c i a c i ó n d e L o p e p o r los secretarios: Teodoro: ¿Tu secret a r i o n o h e s i d o / d i e z a ñ o s ? ¿ Q u é d e s l e a l t a d / conoces de m i v e r d a d ? / Arminda: N o sé, q u e p i e r d o e l s e n t i d o . / V e o q u e eres m i p r i v a n z a , / T e o d o r o , sé tu v i r t u d ; / f u e r a e x t r a ñ a i n g r a t i t u d / a m i a m o r y c o n f i a n z a , etc. O t r o secretario, s e c u n d a r i o e n l a t r a m a , aparece e n M A D A : L o p e l o presenta c o n m e n o s s i m p a t í a q u e otras veces, m o v i é n d o s e e n u n m e d i o d e celos y traiciones, p e r o f i n a l m e n t e a c a b a su p a r t i c i p a c i ó n c o n u n a n o t a n o c o n d e n a t o r i a . NRFH, XXIV "EL 349 PERRO DEL HORTELANO" igualadora del amor: "Soy mariscal, soy O t ó n , / de la c á m a r a del R e y ; / pero nos iguala amor 2 6 . P e r o a q u í es la intervención del R e y l a que allanará el camino, h a b i é n d o s e creado u n contexto especialísimo de relaciones entre distintos estamentos de l a que ese casamiento es corolario. 3. Las circunstancias son m u y distintas en la comedia que ahora nos ocupa. E l eje de su significación hay que buscarlo no en la r u p t u r a de las leyes tácitas —tanto las que rigen l a sociedad en que se sustenta como las convencionales del género en sí— o en la s u p r e s i ó n ocasional de dichas l e y e s 2 7 , sino en su inversión, que es u n a forma de acentuación o é n f a s i s 2 8 , y creo que ello es posible porque, como en el caso de El villano en su rincón, se trata de u n a comedia palatina, no española, y n o p o d r í a plantearse o resolverse de l a misma manera en u n a comedia de costumbres contemporáneas, burguesa o de capa y espada localizada con precisión espacial y temporal en el m u n d o que circundaba a Lope, en el que él y su a u d i t o r i o tenían diaria p a r t i c i p a c i ó n . 3.1. E l p r i n c i p i o de l a inversión constituye u n elemento estructuralmente significativo en esta comedia porque se dan dos tipos de inversiones: a) inversiones que resultan de la c o m p a r a c i ó n de esta comedia con otras a través de secuencias asociadas 2 9 , que a q u í se manifiestan como de signo negativo (o si se quiere, con carácter de oposición) respecto de otras secuencias que consideramos habituales, o sea, inversiones p a r a d i g m á t i c a s , b) Secuencias que ofrecen dentro de la comedia misma l a p o s i b i l i d a d de señalar su presencia con carácter inverso, o sea de t i p o sintagmático. Éstas, sobre todo, representan una forma exterior acorde con el m o v i m i e n t o pendular d e l actuar de los protagonistas, cuyos propios análisis psicológicos, así como los de los personajes que los rodean, referidos a la E d . J . de E n t r a m b a s a g u a s , B a r c e l o n a , 1961, p . 84, vs. 904-906. T é n g a n s e presentes las o b s e r v a c i o n e s de R O Y O . J O N E S (art. c i t . ) . E n c u a n t o a l c o n c e p t o de c o n v e n c i o n a l i d a d de l a c o m e d i a , e l t r a b a j o ya c l á s i c o d e A L E X A N D E R A . P A R K E R , The approach to the Spanish drama of the Goíden Age, L o n d o n , 1957 (trad. e s p a ñ o l a e n CI, 3 , 1969, 8 5 - 1 0 9 ) , q u e r e n o v ó los e s t u d i o s sobre l a c o m e d i a d e l S i g l o de O r o . S u r e v i s i ó n y d i s c u s i ó n e r a n de e s p e r a r ; e l c o n c e p t o p u e d e m a t i z a r s e , e n r i q u e c e r s e , p e r o es u n l o g r o sustanc i a l e i n s o s l a y a b l e e n ese c a m p o . 2 6 2 7 2 8 V é a s e art. cit., n o t a 10, p p . 56 s. L a i n v e r s i ó n de secuencias, t i p o s y s i t u a c i o n e s q u e n o se a c o m o d a b a n a l p a t r ó n h a b i t u a l a t r a í a n a l p ú b l i c o , porq u e c o m o h a d i c h o M E L V E E N A M C K E N D R I C K (op. cit., p . 3 2 3 ) a l referirse a la "mujer varonil" . . she s h a r e d the a p p e a l t h a t the c o m p l e x , the u n u s u a l , the c o n t r a d i c t o r y possessed f o r the s e v e n t e e n t h c e n t u r y " . 2 9 P a r a l a t e r m i n o l o g í a cf. e l art. c i t . de consignada. la nota 10 y l a b i b l i o g r a f í a allí 350 NRFH, FRIDA W E B E R DE K U R L A T XXIV situación básica de la comedia, constituyen buena parte de su valiosa materia o r i g i n a l , a tal p u n t o que son las actitudes psicológicas de l a protagonista las que ofrecen e l tema que el título de l a comedia pone de relieve. 3,1.1. A l iniciarse l a acción, T e o d o r o , secretario de l a condesa de B e l f l o r 3 0 , provoca u n a situación de tensa i n q u i e t u d , porque su intento de tener u n a cita n o c t u r n a c o n Marcela, criada de l a " c á m a r a " de D i a n a , revela l a presencia de u n hombre e n el palacio, hecho atentatorio al honor de ésta. Se trata de una secuencia asociada, pero nos conduce a l n ú c l e o privativo de esta comedia, l o que llamo macrosecuencia libre, constituida ya c o n secuencias libres, ya asociadas y a su vez éstas c o n funciones asociadas de t i p o bien conocido y frecuente, pero e l conjunto adquiere u n valor original y único. 3.1.11. P o d r í a m o s considerar secuencias y / o funciones asociadas fundamentales las actuaciones derivadas de l a c o n d i c i ó n de la protagonista que de acuerdo con u n p a t r ó n b i e n conocido se muestra insensible a l amor (su nombre, D i a n a , es pues, significativo) y guarda parentesco c o n u n a a m p l i a gama de heroínas tan diferentes como las protagonistas de Los arroyo, La portuguesa y dicha melindres del forastero de Belisa, o La viuda Al pasar del valenciana, o de comedias palatinas como L a hermosa fea, La vengadora de las mujeres, etc., etc., bastante m á s numerosas que las arriba citadas, sin que ello i m p l i q u e i d e n t i d a d de situaciones n i las mismas fuerzas en l a a c c i ó n 3 1 . P e r o como en los otros casos de protagonistas similares, otra secuencia o función asociada es e l comentario y / o las consecuencias de tal comportamiento. E n P E R R d a lugar a los comentarios de los servidores y a las escenas en que el m a r q u é s R i cardo, pretendiente desairado, debe retirarse, sin que encuentre eco en D i a n a su r e n d i m i n t o amoroso expresado en altos t é r m i n o s poéticos (vs. 721 ss.) ; e l otro pretendiente recibe las mismas negativas, y hay luego alternativas de aceptación y rechazo, q u e siguen e l mov i m i e n t o pendular en torno al amor de D i a n a por T e o d o r o , que ya señalamos. 3.1.12. E n el d i á l o g o o e n apartes se suceden observaciones de la protagonista en torno a l mantenimiento de su h o n o r y decoro 3 0 S o n v a r i a s las c o m e d i a s a m b i e n t a d a s f u e r a de E s p a ñ a , sobre t o d o palatinas, q u e L o p e s i t ú a e n u n i n d e t e r m i n a d o Belflor ( ¿ F r a n c i a ? ¿ I t a l i a ? ) , semejantes p o r su a m b i e n t a c i ó n a las q u e o c u r r e n e n Ñapóles, F e r r a r a o U r b i n o . Sabemos q u e u n a de las r e s i d e n c i a s d e c a m p o d e l o s d u q u e s d e F e r r a r a , desde E r c o l e d ' E s t é , p o r l o m e n o s , estaba e n B e l f i o r e , n o m b r e q u e L o p e p u d o h a b e r r e c o g i d o e n sus lecturas i t a l i a n a s , y a sea de " n o v e l l e " , y a d e h i s t o r i a , sobre todo e n t o r n o a los B o r g i a y L u c r e c i a especialmente. 3 1 E T I E N N E S O U R I A U , Les grands problèmes de l'esthétique théâtrale, Paris, 1960. . * NRFH, XXIV " E L PERRO DEL HORTELANO" 351 (por ejemplo, " C o n más templanza me siento / sabiendo que n o es por m í " ; " . . . N o puedo dejar de ser / q u i e n soy, como ves que debo / a m i generoso nombre. . . " 3 2 ) , etc., que constituyen una función asociada corriente; sin embargo, b i e n pronto, a medida que el amor se va apoderando de ella irresistiblemente y los celos le sirven de acicate, acabará por hacer a u n lado tales sentimientos y se m a n i f e s t a r á abiertamente, inversión que n o escapa al comentario del p r o p i o T e o d o r o (vs. 841 ss.) : ¿Quién pensó jamás de mujer tan noble y cuerda este arrojarse tan presto a dar su amor a entender? 3.1.121. A q u e l elevado sentido del honor y el decoro, parte de la secuencia asociada, j u n t o con el amor de T e o d o r o y M a r c e l a constituyen la "fuerza temática i n i c i a l " . A partir de ella, de modo m u y o r i g i n a l y con el r á p i d o r i t m o de L o p e , surge l a "fuerza de o p o s i c i ó n " , que se cifra en el cambio de actitud de D i a n a ante el amor y ante T e o d o r o , marcando la iniciación de la macrosecuencia libre, en la que se manifiestan sucesivamente otras inversiones que determinan la especial calidad de esta comedia. 3.1.13. E l final de la secuencia es u n soneto de valor estructural m u y complejo, verdadero n ú c l e o o visagra que abre el camino a la acción futura, en la que se ejercerá l a fuerza de oposición, revelándose así el momento de l a e v o l u c i ó n psicológica de l a protagonista a t r a í d a por T e o d o r o (gracia, belleza, e n t e n d i m i e n t o ) , tironeada entre l a concepción del amor como fuerza avasalladora y las leyes del decoro de su c o n d i c i ó n de condesa de B e l flor. Su razonamiento es l ó g i c a m e n t e impecable y se manifiesta a partir del segundo cuarteto: el honor debe mantenerla alejada de T e o doro, pero sabe que en ella s u r g i r á l a envidia. U n a solución satisfactoria se enuncia como mera p o s i b i l i d a d en el ú l t i m o terceto (vs. 336-338) : ''Porque quisiera yo que por l o menos / T e o d o r o fuera m á s para igualarnos / o yo, para igualarle, fuera menos". Quedan planteados los motivos de la acción pendular, tanto en este razonamiento que revela su sentir como en las relaciones m u tuas de M a r c e l a , D i a n a y T e o d o r o , acciones y reacciones que llegando por f i n a u n amago de solución —alejamiento de T e o d o r o a España— se p r o l o n g a r á n hasta el A c t o I I I . E n los versos citados, como en otros similares a lo largo de l a c o m e d i a 3 3 , se ha reconocido el menoscabo í n t i m o que i m p l i c a el acatamiento de la ley social, y l o que se plantea en términos lógi32 E d . cit., vs. 239-240, 303-304, r e s p e c t i v a m e n t e . V s . 588-593, 1086-1089, 1626-1627, 2128-2130, etc. 352 FRIDA WEBER DE KURLAT NRFH, XXIV eos, dentro de u n a abstracción, se irá concretando en u n a posible realidad diferente en l a m e d i d a en que el amor de D i a n a crezca y sea correspondida por T e o d o r o . 4 . E n oposición al h a b i t u a l soneto soliloquio, l a marcha de la acción aparece pautada por u n segundo soneto, l e í d o como "cuestión de amor", que D i a n a plantea a T e o d o r o , u r g i d a por l a necesidad de manifestar de a l g ú n modo, indirecto, sus propios sentimientos. Este nuevo soneto escrito en nombre de u n a amiga enamorada de h o m b r e h u m i l d e desarrolla u n a inversión, que resulta privativa de esta comedia y opuesta a l o habitual, puesto que frente a l a repetida dependencia de los celos respecto d e l amor, se enuncia que: " Y p r i m e r o que amar estar celosa / es invención de amor maravillosa / y que por imposible se ha tenido 3 4 " . H a y pues, en l a inversión paradigmática, una renovación de la función amordácelos que enunciada en el soneto se desarrolla en l a escena siguiente (vs. 565 ss.), y tanto el desarrollo del tema como la insistencia no pueden menos de a d q u i r i r u n valor semiótico que trasciende a su i m p o r t a n c i a argumental: esa relación con3 4 L a m e n c i ó n de los celos c o m o i n g r e d i e n t e i n e x c u s a b l e d e l a m o r es frec u e n t í s i m a e n L o p e . P u e d e considerarse e n m u c h o s casos, c o m o l o q u e M . A . P E Y T O N ( " L o p e de V e g a a n d h i s styles", RR, 48, 1957, 161-184) h a d e n o m i n a d o " c l i c h é - a p h o r i s m " , si b i e n l a f ó r m u l a h a b i t u a l es ' l o s celos s o n h i j o s d e l a m o r " (o " n a c e n d e l a m o r " , l o d e s f i g u r a n , l o a c o m p a ñ a n , e t c . ) . A . G . D E A M E Z Ú A ( " L o p e de V e g a e n sus cartas", i n t r o d . a l Epistolario de Lope de Vega Carpió, M a d r i d , 3 ts., 1935-1943, t. 2, p p . 580 ss., 632 ss.), s e ñ a l a su i m p o r t a n c i a e n l a d r a m a t u r g i a de L o p e , su r i q u e z a v e r b a l y f r a s e o l ó g i c a , su l a r g a t r a d i c i ó n c l á s i c a , p e r o s i e m p r e e s t a b l e c i é n d o s e u n a r e l a c i ó n de d e p e n d e n c i a o p o s t e r i o r i d a d d e los celos c o n respecto a l a m o r . E . S. M o r b y e n su e d i c i ó n de La Dorotea ( M a d r i d , 1958) e n l a n o t a 22, A c t o I I I , l o caracteriza c o m o " t ó p i c o , p e r o c o n interesantes r e s o n a n c i a s p e r s o n a l e s " y recoge e j e m p l o s tanto d e l aforismo cliché h a b i t u a l como de algunas expresiones e n la l í n e a d e P E R R . R e s p e c t o d e l a f o r i s m o h a b i t u a l los e j e m p l o s s o n a b u n d a n t í s i m o s y a los r e u n i d o s p o r M o r b y se p u e d e n agregar otros de casi todas sus obras. M á s n o s i n t e r e s a n los q u e e n c u e n t r a n su d e s a r r o l l o a m p l i f i c a d o e n P E R R : LOS locos de Valencia (cit. p o r M O R B Y , p . 210) : " ¡ O h celo, q u e e l a m o r creces! / ¿ Q u i é n te l l a m ó h i j o de a m o r ? / S u p a d r e d i r á m e j o r , / q u e le e n g e n d r a s m u c h a s veces"; v é a s e t a m b i é n las notas 194 y 195, a l A c t o I I I , p a r a l a i d e n t i f i c a c i ó n d e celos y a m o r . E n c a m b i o e n La boba para los otros y discreta para sí (Comedias..., BAE, t. 2, p p . 524 ss.): " E a , q u e y a sale a m o r / p o r d o n d e e n t r a r o n los c e l o s " ( A c t o I I I , p . 5366) y t a m b i é n e n T i r s o La venganza de Tomar (ed. A . K . G . P a t e r s o n , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 1 9 6 9 ) , A c t o I , vs. 422 ss.: " E n t r a d , celos crueles, / s e r v i d de r u d i m e n t o s / c o n q u e m i a m o r c o m i e n c e " . L a i n v e r s i ó n d i a l é c t i c a , p o r m e n o r i z a d a y m a t i z a d a d e l a f o r i s m o enc u e n t r a su d e s a r r o l l o m á x i m o e n P E R R . R e c o r d e m o s q u e e x i s t e n dos m a n u s c r i t o s t a r d í o s d e l s i g l o x v n de n u e s t r a c o m e d i a q u e t i e n e n p o r t í t u l o Amar por ver amar (cf. E . K o h l e r , e d . cit., p . v ) . NRFH, XXIV " E L PERRO DEL HORTELANO" 353 traria a l a habitual supone u n a inversión (a p r o p ó s i t o insistimos en l a palabra y la subrayamos) que corresponde tanto a l a que i m p l i c a que sea D i a n a q u i e n toma l a i n i c i a t i v a en l a conquista a m o r o s a 3 5 , como, sobre todo, en que la dama reemplaza a l a criada en el a m o r del g a l á n (secuencia libre) y en que desciende de su condición noble a ofrecer ese amor a u n casi criado —o sea, actuará en oposición a las leyes d e l decoro, tantas veces a l u d i d o en la comedia. Y debemos insistir en que n o se trata de u n a r u p t u r a de l a convención de la comedia (como p o d r í a ser, por ejemplo, la introducción de tipos dramáticos inesperados, el uso de u n a lengua realista, u n a temática diferente en las secuencias o funciones de catálisis, etc.). 4.1. L o s dos tipos de inversiones p a r a d i g m á t i c a s , sintagmáticas (en relación con otras comedias, en relación con el desarrollo mism o de l a comedia) se dan a veces estrechamente unidos. 4.1.1. A l h u i r el g a l á n descubierto, para ocultar su identidad deja a oscuras el ambiente, función asociada típica del drama del honor. A q u í lo sabemos por Fabio, gentilhombre de Octavio, mayordomo de D i a n a que cuenta c ó m o a q u é l : . . a l a l á m p a r a tiró / y el sombrero la m a t ó " (vs. 54-55) s e . 4.1.2. Ese sombrero con el que se m a t ó l a luz ha sido encontrado: es u n o de pocas plumas, y D i a n a h a b í a creído verlo ricamente adornado (v. 8 1 ) , así como entrevio al g a l á n que desapareció con capa labrada de oro. U n a vez encontrado, el sombrero " n o puede ser p e o r " (v. 108), a tal p u n t o que D i a n a insiste en las calidades del que h a b í a visto: "Pues las plumas que v i yo, / y tantas que a u n era exceso, / ¿en esto se resolvieron?" E l aparente juego de realidad e ilusionismo, ingrediente en general de l a comed i a española, encuentra su explicación en l a inversión que supone la propiedad del sombrero hallado, b i e n lejos de l a d i g n i d a d del caballero que el sentimiento del h o n o r de D i a n a t e m í a hubiera i r r u m p i d o en su casa, pues el encontrado pertenecía a T r i s t á n , el criado de T e o d o r o . F a b i o explica: Como en l a lámpara dio sin duda se las quemó y como estopas ardieron, ícaro, ¿al sol no subía, y abrasándose las plumas cayó en las blancas espumas 3 5 C f . art. c i t . e n n o t a 10, p p . 56 s. e n este caso l a i n v e r s i ó n e s t á e x t e r n a m e n t e j u s t i f i c a d a y r e s u l t a o b v i a p o r l a r e l a c i ó n de p o d e r q u e ejerce l a prot a g o n i s t a f e m e n i n a respecto d e l h o m b r e . 3 6 A l g u n a s de las m u c h a s q u e p o d r í a n r e c o r d a r s e : El mayor imposible; M o r e t o , El parecido en la corte; C a l d e r ó n , El pintor de su deshonra, etc. 354 FRIDA WEBER DE KURLAT NRFH, XXIV del mar? Pues esto sería. E l sol l a lámpara fue, ícaro el sombrero; y luego las plumas deshizo el fuego, y en la escalera le hallé 3 7 . 4.1.3. U n i d a a la inversión sombrero de caballero / sombrero pobre, propia de la comedia, y a l a situación d r a m á t i c a seria / situación burlesca del matar l a luz, se da l a referencia m e t a f ó r i c a al m i t o de ícaro, a q u í a l u d i d o en forma burlesca, luego enunciado por T e o d o r o en d i á l o g o trascendente con D i a n a , al discutir el soneto que ella ha sometido a su j u i c i o y el que ahora él le ha entregado (vs. 757 ss.) : detrás de l a c o m p a r a c i ó n m i t o l ó g i c a (vs. 819-825) se esconde el temor, vestido de referencia al mito. L a oposición presente en el á n i m o del lector u oyente, enriquece la referencia que se prolonga luego en otras alusiones que ya no parten de los nombres mismos, en las que el sol adquiere excepcional r i queza de valores. ¿Estos eran que tuve? los intentos ¡.Oh s o l , las alas c o n q u e abrasadme subí (pues vuestro rayo las m a l a t r e v i d a s deshace plumas) a l a belleza de u n ángel! La 8 7 utilización burlesca de las 3 8 fábulas mitológicas c i ó n de h é r o e s de t o d o t i e m p o c o n c o n n o t a c i o n e s (como l a m e r a c o r r e s p o n d e a l B a r r o c o , y a l p e r í o d o de auge d e l c u l t e r a n i s m o : C o s s í o , Fábulas mitológicas en España, men- burlescas o p o c o prestigiosas) J O S É M A R Í A DE M a d r i d , 1 9 5 2 , e s p e c i a l m e n t e caps. 1 9 y 2 5 . R e s p e c t o a l uso d e l m i t o de í c a r o , v é a s e J . G . F U C I L L A , " E t a p a s e n e l desa r r o l l o d e l m i t o de í c a r o e n e l R e n a c i m i e n t o y e n e l S i g l o de O r o " , Hf, n ú r n . 8 , 1-34, e s p e c i a l m e n t e p p . como "fundamento del 2 7 , 3 3 , 3 4 , q u i e n considera de l a t r a m a " , q u e " m o v i ó a e m p l e a r l o 1960, al mito en PERR a otros d r a m a t u r g o s S i g l o de O r o , c o m o T i r s o y C a l d e r ó n " , p e r o n o se d e t i e n e e n los aspectos q u e h a c e n a su i n t e g r a c i ó n e n e l sistema s e m i ó t i c o de l a c o m e d i a . J . W . S A G E , art. cit., p p . 2 4 7 s., prefiere recordar al comienzo de su estudio el m i t o H i m e n e o e n r e l a c i ó n c o n PERR. J O H N H . T U R N E R e n su reciente n o t a y un mito permite Lope, c l á s i c o " (NRFH, situar con nueva 23,¡1974, 88-100, p r e c i s i ó n e l uso a l rastrear c a r a c t e r í s t i c a s s i m i l a r e s especialmente d e l m i t o de de su empleo pp. de "Góngora 93-94) nos í c a r o en el teatro en Góngora, de Herrera, H u r t a d o de M e n d o z a , etc. I n t e r e s a sobre t o d o , e l r o m a n c e de a q u é l , " M i n g u i l l a la siempre bella...", irónica, como í c a r o como el factor aspecto e n of the Todo "lírica" el que Spanish ello en ha los contribuye diversos insistido comedia", allí se señala del también planos a de mito como i r aclarando significación BRUCE W . WARDROPPER FIEMW, n o e x p l o r a d o s a l a c r í t i c a de 3 8 que referencia a s p i r a c i o n e s amorosas m á s cortesanas, l a i m a g e n l a de q u i e n se atreve a a m a r a d a m a b r i l l a n t e y p e l i g r o s a sol m i s m o . del y e l uso s í m b o l o de la P a r a e l v a l o r s i m b ó l i c o de 339-356), abriendo la de de como importancia la comedia, ("The implicit craft nuevos caminos aún "comedia". sol=Diana, cf. S A G E , art. cit. E n cuanto a NRFH, XXIV "EL PERRO DEL HORTELANO" 355 5. E l tercer soneto del A c t o I (la r é p l i c a exigida a T e o d o r o por D i a n a al que ella h a b í a t r a í d o ) , de construcción complejamente barroca, i n i c i a u n a secuencia en l a que el secretario, queriendo complacer a su ama, va c i ñ e n d o su razonamiento a dos aspectos principales: a) el amor d e b í a existir antes de conocer l a otra relación amorosa que dice haberlo provocado (o sea l a n e g a c i ó n de la inversión previa y u n a forma dialéctica de encarar u n tema de casuística amorosa que atraería a su auditorio) ; b} no se atreve a darse por enterado de ser objeto de amor inmerecido, o sea una nueva inversión de los términos del soneto, al pasar de u n a situación entre terceros al p r o p i o problema de los interlocutores. D i a n a a d m i r a l a forma en que ha sabido guardar el decoro y le dice, e x p l í c i t a m e n t e , "que n o ofende u n d e s i g u a l / a m a n d o " 3 9 y le permite, si es que quiere, que l a sirva y confíe. L o a n ó m a l o de l a situación será manifestado por T e o d o r o , que sólo puede interpretarlo adecuadamente como u n a burla, hecha porque conoce su amor por M a r c e l a . Estructuralmente, la secuencia t e r m i n a con el m o n ó l o g o de la d u d a de T e o d o r o . 5.1. U n a nueva secuencia corresponde al m o v i m i e n t o pendular señalado: u n d i á l o g o con M a r c e l a que se caracterizará por l a inseg u r i d a d o retroceso de T e o d o r o respecto de los sentimientos de D i a n a , a l a luz de las noticias de la promesa de casarlos que Marcela le comunica, y que representa u n a secuencia paralela de la siguiente, en l a que D i a n a al sorprenderlos alborozados por l a noticia del posible casamiento, experimenta u n a p r o f u n d i z a c i ó n de sus sentimientos c e l o s ^ a m o r , que la llevan a separar nuevamente a l a pareja. 5.1.1. H a y pues u n segundo elemento estructural que emana de l a naturaleza í n t i m a de los personajes en las situaciones que se van dando: es el m o v i m i e n t o pendular que d e t e r m i n a r á l a marcha de la acción al c o m p á s de los sentimientos de D i a n a , las presiones los usos d e l m i t o , L o p e era capaz de u n a a m p l i a g a m a desde l a a p l i c a c i ó n b u r l e s c a s e ñ a l a d a h a s t a l a i n t e n s i d a d t r á g i c a , c o m o o c u r r e e n M A D A (ed. cit., p . 2 8 3 a ) , e n l a q u e l a a l u s i ó n h e c h a p o r A n t o n i o , e l m a y o r d o m o , es e p í t o m e de su t r á g i c o d e s t i n o : " D e s i g u a l e s p r e n d a s m í a s , / p u e s a l s o l os a t r e v é i s , / b i e n es q u e t e n g á i s e l pago, / y q u e l a t i e r r a se e c l i p s e ; / o j o s q u e m i r a r osastes / sus rayos inaccesibles, / í c a r o s de m i deseo, / c o n alas de p l u m a s viles / c a e d d e l c i e l o sereno / d o n d e s i n fuerza subistes / a l m a r de m i justo l l a n t o / e n q u e l a esperanza e x p i r e . / ¡Ay, p r e n d a s m í a s h u m i l d e s , / fuego merece q u i e n a l v i e n t o s i g u e ! " . 3 9 L a i m p o r t a n c i a d e l c a s a m i e n t o e n t r e iguales, y e l r e c h a z o e n t r e desiguales c o m o m u e s t r a de d e s h o n o r y f a l t a de d e c o r o , se p a t e n t i z a e n t o d a l a c o m e d i a : cf. vs. 1084-1087, 1122-1123, 1616 ss., 1719, 2128-2130, 2268-2271, 25392543 (este ú l t i m o , p s i c o l ó g i c a m e n t e , t e x t o c l a v e ) , 2545-2547, 2623 ss., 26412643, 2652 ss., 2698-2699, 3165-3167, 3194-3196, etc. 356 FRIDA WEBER DE K U R L A T NRFH, XXIV socio-estamentales que experimenta y l a imagen que ha q u e r i d o dar de sí misma. T o d o ello entra en u n m o v i m i e n t o de vacilación entre la aceptación del amor que la va invadiendo y conquistando; los celos por la relación M a r c e l a - T e o d o r o ; su dignidad, h o n o r y decoro de condesa de Belflor. Esa l u c h a í n t i m a de la protagonista, su oscilación psicológica, constituyen en buena medida la m é d u l a de la macrosecuencia l i b r e de esta comedia. Y , con ello, u n a nueva inversión de la convención de la comedia, de tipo p a r a d i g m á t i c o : l a importancia no de los hechos sino de sus motivaciones. Y cuando finalmente ocurren hechos significativos en el desarrollo de l a acción t a m b i é n se d a r á n convencionalmente invertidos: falsa amenaza de muerte para T e o d o r o y luego para T r i s t á n ; falsa anagnórisis. 5.2. Entre discreteos frivolos, amenazas veladas, denigración de cualidades de Marcela, arrancadas confesiones de intimidades y cobardes negativas, la condesa r e i n i c i a u n d i á l o g o m á s directo, volviendo al punto de partida de los amores con T e o d o r o p i d i é n d o l e consejo para la supuesta amiga enamorada de hombre h u m i l d e (vs. 1121 ss.); pero u n a acción concluyente cierra l a secuencia: caerse, pedirle l a mano, l i b r e , no envuelta como de viejo escudero, aconsejándole luego que mantenga secreta la caída " s i levantarte deseas". 5.2.1. O t r a vez inversión p a r a d i g m á t i c a y sintagmática a la vez. M i e n t r a s l a convención pide que el caballero en señal de acatamiento, de respeto o de amor se a r r o d i l l e ante la dama, es a q u í la dama la que está a los pies, y l a riqueza semiótica de toda l a secuencia y su importancia en relación con el tema tiene valor p r e m o n i t o r i o y resumidor de l a ascención del m á s bajo por l a fuerza igualadora del amor. Efectivamente, en el A c t o III, al pedirle las manos D i a n a , T e o d o r o , ahora supuesto h i j o del conde L u d o vico, contesta: " A g o r a esos pies adoro / y sois m á s señora m í a " . Esa oposición "dama a los pies del caballero" / "caballero a los pies de la dama", con el ascenso social y de los afectos que i m p l i c a , constituye como el encuadre exterior del tema expresado por el título de l a comedia (cf. supra, 3.1 4 0 ) . 5.3. L a estructura del acto es de u n a a r m o n í a perfecta, pautada por cuatro sonetos: dos, que son juegos de ingenio compuestos fuera de la escena y leídos y comentados en ella, y cuya apariencia cubre el planteo de l a situación de los protagonistas, enmarcados por otros dos: el p r i m e r o que define la situación i n i c i a l de l a protagonista femenina y el que cierra el acto con l a línea de conducta a l a que las acciones precedentes han llevado a T e o d o r o . E n torno a ellos se eslabonan las diversas secuencias, enriquecidas y realzadas por su integración en el juego pendular y las inversiones, y por la 4 0 P a r a los c o n c e p t o s de acción y teína, cf. A . A . P A R K E R , art. cit. e n n o t a 27. NRFH, XXIV " E L PERRO DEL HORTELANO" 357 utilización de u n juego traslaticio y simbólico que permite i r revelando el á n i m o enamorado de D i a n a , mantener el decoro y retirarse sin desmedro si así le conviene, colocando a T e o d o r o en l a o b l i g a c i ó n de comportarse de l a m i s m a manera. A pesar del juego de vaivén de los sentimientos de D i a n a , T e o d o r o llega a una decis i ó n : seguir el camino que D i a n a le señala, dejando el amor de Marcela 4 1 . 5.4. L a presencia y disposición de esos cuatro sonetos d e l A c t o I nos sitúan ante u n aspecto que no creo se haya utilizado en toda su validez en relación con la caracterización de l a comedia: es el n ú m e r o e importancia de los sonetos de P E R R . S e g ú n M O R L E Y - B R U E R T O N (op. cit., pp. 1 4 4 ss.). es la comedia que presenta mayor n ú m e r o de sonetos, nueve, siguiéndole con ocho Los comendadores de Córdoba y El galán escarmentado, y luego ya varias obras con siete. E l n ú m e r o se debe a que dos de ellos se u t i l i z a n para el planteo de l a " c u e s t i ó n de a m o r " y su respuesta, que permite que bajo u n a apariencia fingida l a condesa discurra con T e o d o r o sobre l a situación en que ambos se encuentran; y los otros siete (que p o r sí solos t a m b i é n constituirían u n n ú m e r o excepcional, pues sólo 4 comedias con siete sonetos i n d i c a n los cuadros de Morley-Bruerton) corresponden a u n a comedia en l a que hasta b i e n avanzado su desarrollo, la acción planteada en el p r i m e r acto oscila pendularmente con u n m í n i m o avance factual, con escasos incidentes externos significativos: son pues, en esencia soliloquios emotivos que p e r m i t e n a los protagonistas el análisis de sus estados de á n i m o en determinados momentos de l a a c c i ó n 4 2 . 5 . 4 . 1 . Es posible, como sugiere Orozco Díaz siguiendo la pauta de análisis realizados para el teatro de Shakespeare 4 3 , que el soliloq u i o (y en consecuencia el soneto) representara para el p ú b l i c o 4 1 A u n q u e n o es n u e s t r o o b j e t i v o p r i m a r i o e l e s t u d i o d e los caracteres y las i m p l i c a c i o n e s m o r a l e s de las acciones d e los protagonistas, es i m p o s i b l e r e f e r i r s e a l a f o r m a de l a c o m e d i a o m i t i e n d o c o n t e n i d o s , q u e e n este caso n o s l l e v a n a los dos campos. O sea q u e , de a l g u n a m a n e r a , q u e d a d e m o s t r a d a l a c l á s i c a u n i d a d de f o n d o y f o r m a —con c u a l q u i e r n o m b r e q u e se los designe— de l a o b r a de arte. P o r o t r a p a r t e , tales aspectos h a n s i d o s e ñ a l a d o s desde d i s t i n t o s á n g u l o s p o r los c r í t i c o s recientes de l a o b r a , a los q u e nos r e m i t i m o s . 4 2 C f . D I E G O M A R Í N , USO y función de la versificación dramática en Lope de Vega, V a l e n c i a , 1 9 6 2 ( E s t u d i o s de Hf, 2 ) , p p . 5 0 ss.; D . A . Kossoff, " I n t r o d u c c i ó n " a l a e d . cit., p . 2 8 . E n c u a n t o a l a f o r m a , O T T O J Ó R D E R , Die Formen des Sonnetts bei Lope de Vega, T ü b i n g e n , 1 9 3 6 , 3 7 2 p p . (ZRPh, B e i h . , 8 6 ) y W . L . F I C H T E R , " R e c e n t research o n L o p e de Vega's s o n n e t s " , HR, 6 ( 1 9 3 8 ) , 21-34, especialmente p. 2 3 . Respecto d e l significado p r o f u n d o d e l o s sonetos e n r e l a c i ó n c o n l a a c c i ó n d e las c o m e d i a s e n q u e e s t á n insertos, P . N . D U N N , " S o m e use o f sonnets i n the plays o f L o p e de V e g a " , RHS, 34 (1957), 212-222. 43 E M I L I O O R O Z C O D Í A Z , El teatro y la teatralidad del barroco. Ensayo introducción al tema, B a r c e l o n a , 1 9 6 9 , e s p e c i a l m e n t e p p . 4 2 , 5 2 , 6 2 ss. de 358 FRIDA WEBER DE KURLAT NRFH, XXIV u n a "perturbadora sensación de i r r e a l i d a d " , pero seguramente era en l a época u n a forma de m á x i m a concentración d r a m á t i c a comunicada al auditorio. E n cambio B . W . W a r d r o p p e r (cf. supra, nota 4) lo considera uno de los aspectos m á s evidentes de l a artificialidad de la comedia, así como rechaza l a v e r o s i m i l i t u d del desenlace fraguado y el estilo introvertido. Y o creo que responden al tipo de obra en la que las reflexiones y los análisis introspectivos son esenciales dentro de la macrosecuencia l i b r e . 5.5. Así como los cuatro primeros sonetos enmarcan magistralmente l a estructura del p r i m e r acto, l a calidad poética de algunos, en el total de l a obra, nos muestran de parte del autor una elaboración que condice con l a marcha de la obra misma. P o r ejemplo, el ú l t i m o soneto del A c t o I (del tipo A de la clasificación de J ó r d e r ) , con sus rimas ricas y variadas corresponde a l a fluidez del tema en manos de L o p e y l o mismo que el octavo (dicho t a m b i é n por T e o d o r o ) analizado estilísticamente en torno al uso de "poner tierra en m e d i o " , " e n t e r r a r " y s i n ó n i m o s refleja el estado a n í m i c o de q u i e n l o dice ante la p o s i b i l i d a d de u n a separación dolorosa, y da inesperada h o n d u r a a u n a situación y personajes tantas veces calificados de " f r i v o l o s " . O sea, u n aspecto m á s en el que una forma poética precisa adquiere t a m b i é n valor relevante en su sentido p r o p i o y en el sistema semiótico que contribuye a precisar. 6. V o l v i e n d o a las fuerzas de la acción hay, como hemos visto (cf. 3.1.121), dos fuerzas temáticas iniciales que concurren al planteo de la comedia: los amores de T e o d o r o y M a r c e l a opuestos a l a indiferencia amorosa de D i a n a . Surge r á p i d a m e n t e l a fuerza de oposición —amor de D i a n a por Teodoro— y ya en el p r i m e r acto su carácter de personaje actuante central, conferirá a la fuerza de representación del valor de l o que se propone, u n a línea decisiva en l a marcha de la acción. 6.1. N o podemos dejar de insistir, desde este otro punto de vista, el de las fuerzas en acción, en la oscilación pendular que manifiesta la protagonista entre las fuerzas representadas por su amor a T e o d o r o y su concepto del decoro que l a aleja del amor y el mat r i m o n i o con hombre de condición desigual a l a suya. T a l lucha se revela en sucesivas esperanzas dadas a T e o d o r o en términos ya velados, ya claros ( t a m b i é n en esto vacilación menor que parecería eco de l a esencial), alternadas con momentos en los que predomina su p r e o c u p a c i ó n por l a honra, mientras en u n segundo plano se va borrando progresivamente su o r i g i n a l esquivez —resuelta ésta ya en forma m á s d e f i n i t i v a y terminante. P o r ejemplo, al mediar la comedia, D i a n a se propone conseguir aborrecer en lugar de amar y l o dice con toda firmeza (vs. 1634-39) : NRFH, " E L PERRO DEL HORTELANO" XXIV Diana: Amanda: Diana: 359 Quien quiere puede, si quiere, como quiso, aborrecer. Esto es lo mejor: yo quiero no querer. ¿Podrás? Podré que si cuando quise amé, no amar en queriendo espero 4 4 . Pero al mostrarse fría con T e o d o r o y acercarse, en consecuencia, éste nuevamente a Marcela, l a resolución se borra, y en cuanto T e o d o r o se a n i m a a decirle que l a ama ella i n i c i a u n a h á b i l retirada. 6.2. T a l m o v i m i e n t o pendular n o puede prolongarse indefinidamente; puede variar, enriquecerse en sus matices, pero los hechos y sus motivaciones, primero revestidos de s í m b o l o s e inseguros para los propios personajes, van a d q u i r i e n d o seguridad y se expresan v i vamente. M a r c e l a , con toda clarividencia, sintetiza la actuación de T e o d o r o frente a ella y en relación con D i a n a (vs. 2069-71) : " C u a n do te quiere me dejas, / cuando te deja me quieres. / ¿Quién ha de tener paciencia?" L u e g o es el p r o p i o T e o d o r o q u i e n se enfrenta directamente c o n D i a n a , que l o rechaza, pero t a m b i é n quiere verlo alejado de M a r c e l a . Es el momento en que l a p r o f u n d i d a d de sus celos (de acuerdo con la casuística aceptada) y de su amor se manifiesta patente: enuncia hasta l a p o s i b i l i d a d de matarlo (v. 2219), pero en cambio l o abofetea. E l hecho, ya n o u n razonamiento, adquiere u n valor estructural m u y significativo porque, de acuerdo con el m o v i m i e n t o pendular, d e t e r m i n a r á u n a reacción acorde con su significación intrínseca. 6.2.1. E l bofetón r e c i b i d o tiene ecos de distinto alcance: la m e n c i ó n de l a sangre, como e x p r e s i ó n de l a v i o l e n c i a de l a pasión de D i a n a , que se repite en los comentarios de quienes l a rodean, y por parte de ella misma l a necesidad de " b o r r a r " el bofetón dado al h o m b r e que ama cada vez m á s , cuyo amor valora cada vez m á s intensamente. 6.2.11. P e r o l a violencia de D i a n a resulta m á s lógica como corolario de u n a secuencia anterior, en l a que los valores resultan de u n a inversión de las que hemos l l a m a d o sintagmáticas. E n oposición a los sonetos de l a cuestión de amor del A c t o I, ahora, en momento de enojo, de duda, de desesperación ante u n amor ya 4 4 L a c o n d i c i ó n d e l t i p o de m u j e r q u e D i a n a r e p r e s e n t a e n l a c o m e d i a lopesca es r e c o n o c i d a m e n t e v o l u n t a r i o s a p a r a q u e r e r o r e c h a z a r . E n B U V E F a b i o c o m e n t a r e s p e c t o de C e l i a : . . q u e h a y m u j e r e s q u e a b o r r e c e n / su m i s m o deseo, y l l e g a n / a n o q u e r e r l o q u e q u i e r e n " (Aca'dN, t. 10, p . 6 8 7 ) ; y e l l a m i s m a e x p l i c a a R u g e r o (ibid., p. 6 8 6 a ) : " . . . q u i e r o q u e seas, R u g e r o , / a q u i e n q u i e r a ; p o r q u e q u i e r o / q u e , h a b i e n d o de ser c r i a d o , / sea e l q u e es m á s c o n p c i d o / y e s t á m á s cerca d e m í " . 360 FRIDA WEBER DE KURLAT NRFH, XXIV casi abiertamente confesado y que se teme no sea adecuadamente correspondido, la condesa de Belflor hace traer recado de escribir y dicta a su secretario u n a carta en l a que sin menciones directas (sólo " m u j e r p r i n c i p a l " , " h o m b r e h u m i l d e " , "hablar con otra") le echa en cara su necedad. L a inversión consiste en que h a n desaparecido los supuestos terceros que se d e b a t í a n en u n problema paralelo al propio, y éste se plantea directamente entre los interesados. H a desaparecido l a forma poética noble y prestigiosa, el soneto, remplazado por u n a prosa sin adornos que va directamente a los términos de la situación en ese momento del desarrollo de la comedia. 6.2.2. Se a g r e g a r á n secuencias asociadas incidentales. E n p r i m e r t é r m i n o l a intervención de los dos nobles enamorados de D i a n a , intervención que r e s u l t a r á factualmente negativa, pero que realza la cuarta fuerza, l a que se ejerce a través de l a a c t u a c i ó n de T r i s t á n , el criado-gracioso de T e o d o r o . P o r obra de estos representantes de la cuarta f u e r z a 4 5 se i n s i n ú a n soluciones de diverso carácter. 6 . 2 . 2 1 . Siguiendo u n t i p o de secuencia frecuente en la comedia de capa y espada y en l a palatina, los enamorados rechazados alquil a n u n m a t ó n que les p e r m i t i r á deshacerse d e l r i v a l favorecido. P e r o a q u í ello conlleva u n a n o t a de f a r s a 4 6 , pues los nobles R i cardo y Federico encargan de e l l o a T r i s t á n , que se sirve de l a tosca estratagema para sacarles d i n e r o y al mismo tiempo proteger a su a m o 4 7 . 4 5 N o se t r a t a de l a d i v i s i ó n de los p e r s o n a j e s p o r sus p l a n o s de i m p o r t a n c i a . E v i d e n t e m e n t e e l p r i m e r o l o c o n s t i t u y e n D i a n a , T e o d o r o ; e l segundo, los q u e respecto de a m b o s c o n s t i t u i r í a n las p a r e j a s s o c i a l m e n t e aceptables, y a sean e n a m o r a d o s o p r e t e n d i e n t e s , M a r c e l a , R i c a r d o , F e d e r i c o ; e n e l t e r c e r o se s i t ú a n los c o n f i d e n t e s y s é q u i t o , e s p e c i a l m e n t e T r i s t á n y F a b i o , p u e s los d e m á s s ó l o c o m p l e t a n las s i t u a c i o n e s y escenas, c o n v a l o r c i r c u n s t a n c i a l y n o t r a s c e n d e n t e . L a d i s t r i b u c i ó n d e fuerzas de l a a c c i ó n q u e s e ñ a l a m o s r o m p e d i c h o s p l a n o s y r e a g r u p a d i n á m i c a m e n t e u n n ú c l e o de personajes q u e L o p e h a e l a b o r a d o t a n t o e n sus respectivos n i v e l e s socio-culturales c o m o e n relación con la acción. 4 6 Y a p u e d e considerarse c o m o u n a p r i m e r a f u n c i ó n q u e p a r t i c i p a d e l t o n o farcesco, e l e p i s o d i o d e l s o m b r e r o e n c o n t r a d o q u e n o c o i n c i d í a c o n e l visto o s u p u e s t o p o r D i a n a (cf. supra, § 4 . 1 . 2 . ) . 4 7 L a i n v e r s i ó n d e l m o t i v o t r a d i c i o n a l se hace p a t e n t e e n q u e T r i s t á n aparece, a l ser e l e g i d o c o m o m a t a d o r de T e o d o r o , e n u n a escena c o n otros c r i a d o s c u y o aspecto e n g a ñ a a l m a r q u é s R i c a r d o , p e r o e n t r a n e n u n a t a b e r n a y a l h a b l a r de ellos T r i s t á n usa los n o m b r e s de los r u f i a n e s f a n f a r r o n e s d e l a t r a d i c i ó n celestinesca: M a s t r a n z o , R o m p e - M u r o s , M a n o de H i e r r o , A r f u z , E s p a n t a - D i a b l o s , c o n u n e v i d e n t e d e j o de b u r l a y e x a g e r a c i ó n q u e c o n s t i t u y e n p a r t e d e l grotesco de l a s i t u a c i ó n , y h a b l a n u t i l i z a n d o l a f r a s e o l o g í a corresp o n d i e n t e . A q u í l o q u e c a r a c t e r i z a a l falso b r a v o es e l d i s i m u l o , q u e u t i l i z a , n o p a r a m a t a r a T e o d o r o s i n o p a r a s a l v a r su v i d a (cf. vs. 2428 ss.). NRFH, XXIV " E L PERRO DEL HORTELANO" 361 7. E n medio de las circunstancias externas y el desarrollo psicológico señalado, T e o d o r o sólo ve l a solución en su alejamiento a E s p a ñ a , con l o que t e r m i n a r á su historia de amor tanto respecto de D i a n a como de M a r c e l a . S ó l o l a fuerza arbitral resolverá las situaciones planteadas y ella se ejercerá a través de T r i s t á n que ha llegado a conocer l a historia del conde L u d o v i c o (veinte años atrás los turcos le r o b a r o n u n h i j o l l a m a d o t a m b i é n Teodoro) y se hace pasar por mercader g r i e g o 4 8 para anunciar al padre l a vuelta del desaparecido, hoy h u m i l d e secretario de l a condesa de Belflor. E l conde L u d o v i c o recibe alborozado l a feliz noticia, toda Ñ a p ó l e s —incluidos los nobles pretendientes de Diana— se hacen eco de ella, y l a falsa anagnórisis, o sea l a inversión de otra secuencia asociada extremadamente vulgar en l a novelística y el teatro, permitirá a l a condesa casarse c o n su secretario. P o d r í a m o s decir que estamos ante una anagnórisis negativa, como era t a m b i é n de valor negativo l a contratación de los servicios del falso bravo fanfarrón, c o n l a diferencia de que si ésta es u n a secuencia de orden secundario dentro de los niveles de posible análisis de contenidos de la comedia, a q u é l l a pertenece a l n i v e l básico, constituye parte de la macrosecuencia l i b r e y en torno a ella se forma la fuerza arbitral que lleva al desenlace. 7.1. Es importante indicar que ante u n a situación como l a que se ha señalado, L o p e p u d o haber seguido el c a m i n o novelesco t r i l l a d o y convencional de dicha secuencia asociada, el que hiciera c o i n c i d i r a T e o d o r o secretario con T e o d o r o desaparecido, h i j o del conde, con l o que l a comedia h u b i e r a entrado de l l e n o en el grupo de a q u é l l a s en que l a desigualdad de los enamorados es sólo aparente. P e r o eligió e l c a m i n o o r i g i n a l descrito, u n a p u r a invención que se cree de puertas afuera —otra vez inversión de l o aceptado convencionalmente— pero a l a que el objeto mismo de l a falsificación n o se presta. Esta circunstancia constituye parte importantísima de l a macrosecuencia l i b r e , y T e o d o r o deja (vs. 3287 ss.) m u y en claro su carácter a l a condesa: 48 p o r e j e m p l o e n La boba para los otros y discreta para sí (loe. cit.), comed i a a u t é n t i c a , p r o b a b l e m e n t e m á s t a r d í a q u e P E R R , t a m b i é n p a l a t i n a y de a m b i e n t a c i ó n i t a l i a n a , h a y u n a falsa e m b a j a d a t u r c a c o n visos a l t a m e n t e b u r lescos, p e r o q u e e n m e d i o de s i t u a c i o n e s m u y d i s t i n t a s c u m p l e e l o b j e t o p a r a e l q u e se h a b í a p r e s e n t a d o . T a m b i é n t i e n e n é x i t o los disfraces de O c t a v i o y M a c a r r ó n e n Dineros son calidad, r i d í c u l o s esguazaros e m b a j a d o r e s d e l V a i b o d a d e T r a n s i l v a n i a , a l d i s t r a e r l a a t e n c i ó n de l a u s u r p a d o r a d e l t r o n o m i e n t r a s se r e ú n e n las tropas q u e p e r m i t i r á n a l a l e g í t i m a h e r e d e r a r e c o b r a r e l r e i n o . O t r a s f u n c i o n e s t i e n e e l disfraz e n c o m e d i a s p a l a t i n a s c o m o El amor desatinado, o e n l a a t r i b u i d a a L o p e s i n m u c h o f u n d a m e n t o , El esclavo de Venecia y amante de su hermana. 362 NRFH, FRIDA WEBER DE KURLAT XXIV que soy hijo de la tierra y no he conocido padre más que mi ingenio, mis letras y m i pluma, el conde cree que lo soy; y aunque pudiera ser tu marido y tener tanta dicha y tal grandeza, m i nobleza natural que te engañe no me deja, porque soy naturalmente hombre que verdad profesa 4 9 . Y se propone continuar en l a línea de conducta por él propuesta antes, l a de marcharse a E s p a ñ a 5 0 , dada la i m p o s i b i l i d a d de u n i r sus desigualdades. Pero D i a n a no está dispuesta a tal sacrificio, l o califica a l a vez de necio y de discreto (v. 3302) y se casará con él (vs. 3307 ss.): pues he hallado a tu bajeza el color que yo quería, que el gusto no está en grandezas, sino en ajustarse al alma aquello que se desea. L a verdad pertenece sólo a l a pareja de enamorados y a T r i s t á n que con su v i d a garantizará el secreto de l a " i n v e n c i ó n " que ha hecho posible el casamiento entre desiguales. D e n t r o de esta situación, moralmente condenable por su utilización parcial de l a mentira —en verdad cínica mezcla de verdad y mentira— se crea u n elemento o r i g i n a l de ilusionismo, dentro de u n a función asociada que nos vuelve al á m b i t o propio de l a comedia palatina: el derecho de muerte cruelmente ejercido, pero sólo como amenaza, que ocurre t a m b i é n en otras comedias del m i s m o tipo en que su cump l i m i e n t o no se lleva a cabo por otro t i p o de circunstancias, como en El saber puede dañar, La hermosa fea, El silencio agradecido, 4 9 A pesar de l a c o n d u c t a de T e o d o r o c o n M a r c e l a y de q u e su a t r a c c i ó n h a c i a D i a n a e m p e z ó e n u n a m o r a l i m e n t a d o p o r e l i n t e r é s , n o creo q u e h a y a e n L o p e u n a a c t i t u d c r í t i c a de censor, n i q u e estos versos e s t u v i e r a n destinados a e n c o n t r a r u n eco i r ó n i c o e n e l p ú b l i c o . Se t r a t a de u n o m á s de los errores q u e L o p e c o l o c a b a j o e l s i g n o a f o r í s t i c o de " q u e los yerros p o r amores / d i g n o s s o n de p e r d o n a r " . 5 0 L a i n t r o d u c c i ó n de u n p e r s o n a j e e s p a ñ o l , e l e l o g i o de las c u a l i d a d e s de los e s p a ñ o l e s , a l g u n a s r e f e r e n c i a s a é s t o s , o l a i n t r o d u c c i ó n i n d i r e c t a de E s p a ñ a es u n a f u n c i ó n a s o c i a d a q u e se d a e n p r á c t i c a m e n t e todas las comed i a s p a l a t i n a s : cf. M A D A ; SEC, e s p e c i a l m e n t e 3 0 8 6 , 3 1 7 « ; La vengadora de las mujeres, El saber puede dañar, etc., etc. F R A N C I S C . H A Y E S , Lope de Vega, N e w Y o r k , 1967, p . 85, s e ñ a l a los e l o g i o s de los e s p a ñ o l e s puestos e n b o c a de e x t r a n j e r o s e n las c o m e d i a s Los españoles en Flandes y La cortesía en España. NRFH, " E L PERRO DEL HORTELANO" XXIV 363 etcétera. V o l v i e n d o a la " i n v e n c i ó n " , ésta ha sido el n ú c l e o de l a fuerza arbitral y D i a n a l a ha aceptado para dar c u m p l i m i e n t o a su deseo y dejar de ser " e l perro del h o r t e l a n o " 5 1 . 8. Para finalizar, situaciones, expresiones del honor y preocup a c i ó n por el decoro en torno al amor de l a condesa de Belflor por su secretario y la posibilidad de casarse con él por l a invención de u n a farcesca genealogía se explican por tratarse de una comedia palatina, situada en Ñ a p ó l e s . Si b i e n es cierto que Ñ a p ó l e s , históricamente g u a r d ó estrecha relación con la P e n í n s u l a , al acercarse el desenlace, L o p e apoya la l e j a n í a r e m i t i é n d o s e a Grecia, disfraces turcos, nombres absurdos y grotescos, todo ello exotismo de rel u m b r ó n , superficial y jocoso, que sin embargo tiene u n objeto m á s profundo: posibilitar l a solución que el autor da a este "caso". N o se trata de que L o p e esté a favor o en contra de los matrimonios entre desiguales en cierta época de su producción, n i que se haya i n c l i n a d o en este caso por ser T e o d o r o , como él mismo, secretario de casa noble (aunque su tipo de "secretariado" fuera de índole m u y diferente) : lo que preside la macrosecuencia libre de esta comedia es tal por tratarse, hemos de insistir u n a vez más, de u n a comedia palatina que aleja l o que ocurre del hic et mine del autor y su p ú b l i c o . Volvemos entonces a la i m p o r t a n t í s i m a afirmación de B . W . W a r d r o p p e r sobre el i l u s i o n i s m o como ingrediente del barroco que el p ú b l i c o buscaba en este tipo de obras, y l a necesidad de tener presente en el análisis l a existencia de subgéneros en la comedia, pues si b i e n en muchos aspectos psicológicos los personajes reaccionarían como españoles c o n t e m p o r á n e o s , l a morfología de u n a comedia, así como las convenciones del género, p e r m i t í a n secuencias, situaciones y fuerzas arbitrales que enfrentaban al p ú b l i c o con matices éticos y soluciones que c o r r e s p o n d e r í a n , o p o d í a n corresponder a u n m u n d o diferente del que encontraba al volver a su realidad cotidiana. FRIDA W E B E R DE Universidad N a c i o n a l de Buenos KURLAT Aires. 5 1 P a r a e l s e n t i d o d e l t í t u l o de l a c o m e d i a , y su r e l a c i ó n c o n aspectos d e l t e m a — o s c i l a c i ó n p s i c o l ó g i c a de D i a n a e n u n l a r g o p e r í o d o de l a c o m e d i a e n q u e n o se h a d e c i d i d o p o r T e o d o r o n i le d e j a p r o s e g u i r sus a m o r e s c o n M a r c e l a — cf. art. cit. e n n o t a 10, y l a b i b l i o g r a f í a a l l í i n d i c a d a , así c o m o l a " I n t r o d u c c i ó n " a l a e d . de Amar, servir y esperar, Clás. Castalia (en prensa) y las e d i c i o n e s citadas de P E R R q u e d e b e m o s a E . K o h l e r y A . D a v i d Kossoff.