m Roque Nieto Peña LOS POEMAS DE PALENCIA Con una c«rta de J U A N J O S E D O M E N C H I N A EDICIONES INTERNACIONALES MEXICO, D . F . 19 5 1 L O S P O E M A S DE F A L E N C I A V i ñ e t a de Jaime L á z a r o Roque Nieto Peña LOS POEMAS DE PALENCIA Con una carta de J U A N J O S E D O M E N C H I N A EDICIONES INTERNACIONALES MEXICO, D. F. 19 5 1 Copyright 1 9 61 Roque Nieto P e ñ a EDITADO EN LA CIUDAD D E MEXICO. — 1951. A M I M A D R E OBRAS DEL MISMO AUTOR Versos del camino. P r ó l o g o de L u i s Lloreas Torres. Primera e d i c i ó n . San Juan de Puerto R i c o , Enero 1943. A l b u m de la V i c t o r i a . Dibujos de M a n o lo Pascual. C i u d a d T r u j i l l o , R e p ú b l i c a D o m i n i c a n a , Noviembre 1943. Versos del camino. Segunda e d i c i ó n . C i u dad T r u j i l l o , R e p ú b l i c a D o m i n i c a n a , Enero 1946. Versos del camino. Tercera xico, D . F., Enero 1949. edición. M é - E s p a ñ a es asi; tipos, paisajes y monumentos. Dibujos de B a r t o l í . M é x i c o , D . F . , N o viembre 1949. Los poemas de Falencia. P r ó l o g o de Juan José Domenchina. M é x i c o , D . F., Febrero 1951. E STA edición no tiene más objeto que el de expresar el acendrado amor a la tierra natal de quien, físicamente alejado de ella, la sueña con remota voz acongojada. Es un canto a su paisaje y una glosa espiritual de puras emociones entra ñables, cultivadas fervorosamente a través del tiempo y la distancia. Devotamente la ofrendo como símbolo de inquebrantable fidelidad al terruño añorado. R. N . P. Tú me levantas, tierra de Castilla, en la rugosa palma de tu mano, al cielo que te enciende y te refresca al cielo, tu amo. M I G U E L D E UNAMÜMO UNA CARTA DE JUAN JOSÉ DOMENCHINA Sr. D . Roque N i e t o P e ñ a . M E honra usted m u c h o , c o m p a ñ e r o y compatriota, al pedirme un p r ó l o g o para su libro Los poemas de Falencia. Pero yo declino tan exquisita d i s t i n c i ó n . A u n que m i oficio es el de "arquitecto de palabras", j a m á s e d i f i q u é con ellas ( n i m á s n i menos que m i e n t r a ñ a b l e e inseparable "Gerardo R i v e r a " , crítico exigente y desapacible) ninguno de esos atrios o p ó r t i c o s , en rigor aparentes, por los que se introduce al lector en la obra de un escritor m á s o menos joven. Y no es que crea que t a l g é nero de arcos sólo sirven para empecer el 15 acceso a l l i b r o , que tiene su entrada natu- r a l , y a l que, salvo e x c e p c i ó n , no hay por q u é anteponerle una a ñ a d i d u r a retardado- ra. N o . Es que mis aptitudes no se compadecen esas con el g r á c i l improvisadas equilibrio que construcciones. exigen Si un " p ó r t i c o " se asienta con excesiva solidez se nos antoja un mazacote. S i peca de liviano, puede desmoronarse y angostar la entrada. D e j é m o n o s , pues, de zaguanes críticos, que han de ser obra de alarifes especializados, y tratemos de lo que a usted y a m i nos importa. Veo en sus Poemas de Falencia que también usted siente soledad de E s p a ñ a . ¡ S o l e dad de E s p a ñ a ! N i n g u n o de los vocablos a l uso — a ñ o r a n z a , nostalgia, m o r r i ñ a — , que ahora, se emplean en s u s t i t u c i ó n del t é r m i n o soledad, me parece tan expresivo como éste. En f i n , ya sabemos que los s i n ó n i m o s . , . no existen. A l hombre soledoso' se le ve m á s en vilo que a l n o s t á l g i c o . Porque una cosa es acordarse m e l a n c ó l i c a m e n t e de la tierra 16 nativa, y otra no poder sobrellevar el ext r a ñ a m i e n t o . Y quien padece soledad de Esp a ñ a no puede sufrirlo, aunque tenga, como usted y como yo, la suerte de asentarse en suelo mexicano. ¡Atroz soledad de E s p a ñ a la del que vegete en tierra extranjera! En con Los poemas de Falencia vive usted, eficacia retrospectiva, esto es, con re- t r o a c t i v i d a d , su existir palentino, y resucita lo pasado. Se advierte una mizca de é n fasis leonés en la sobriedad castellana de esas evocaciones. Es lógico. Usted es palentino — y en su terruño coexisten L e ó n y Castilla— y a d e m á s escribe unas loas y unos madrigales en honor de " l a p a t r i a chica". Su soneto " I n v e n t a r i o c o r d i a l " es una bellísima enumeración de nombres de lugar. A u n q u e profano en t o p o n i m i a , soy m u y sensible a esa e u f ó n i c a — y casi p u r a — enunciación de palabras e n t r a ñ a b l e s : la P e r n í a , la V a l d a v i a , V i l l a r r a m i e l , A l a r , H e r r e r a , O r h ó , Barruelo, Guardo, el Cerrato, 17 Cervera, A g u i l a r de Campoo, Pisuerga, C a r r i ó n , N a va, Torquemada, Magaz, Amusco, V i l l a m u riel. D u e ñ a s . . . Nuestro don Miguel de U n a m u n o se hubiera sentido feliz paladeando tan sabrosas y castizas expresiones. ¡Se siente tan en lo hondo a E s p a ñ a p r o n u n ciando regaladamente estos nombres! Por ú l t i m o , usted se dice, con evidente modestia, aficionado a la p o e s í a . Pero no confunda usted los t é r m i n o s v o c a c i ó n y afición. E l hecho de que la vida no le consienta un trato m á s asiduo con su v o c a c i ó n ent r a ñ a b l e no quiere decir que a usted le disminuya la liviana, cia tibia y c ó m o d a tenden- del aficionado. L o que i m p o r t a es el sacrificio. Claro es que t a m b i é n cuenta -—y m u c h o — la asiduidad. Pero conste que no hay poetas profesionales. Los hay, sí, consuetudinarios, si se adopta esta palabra t a l y como se usa en teología. Entonces podemos decir que hay algunos poetas que can cuotidianamente y por costumbre. 18 pe- N o p e r m i t a usted que le arrastre la facil i d a d , n i tolere las aproximaciones a la belleza. H a y que decir exactamente No basta con las cosas. expresar, a nuestro modo y manera, esto es, bien o m a l , lo que sentimos. E l trabajo y la conciencia nos p e r m i ten siempre — y la labor es a r d u a — com- pletar hasta donde la cosa es posible nuestra " m e d i a palabra". Suyo cordialmente JUAN JOSÉ DOMENCHINA 19 PORTICO EL RAMO DEL OLIVO A D o n C é s a r Gusano R o d r í g u e z •| E S D E este Continente de abundancia, E n tierras generosas y felices, — P o l i c r o m o esplendor, sutil fragancia— Reclamo el horizonte de m i infancia. E l seco pegujal de mis r a í c e s . ¿ D e q u é sirve que i n u n d e n mis sentidos Con sus deslumbramientos tropicales Estos bellos paisajes florecidos. Si voy con mis recuerdos doloridos Rezumando l a angustia de mis mates? R e v i v i r yo quisiera m i pasado. N o cual brasa fulgente y encendida. Sino como rescoldo sosegado; Y ver en el hogar ambicionado Cicatrizada, al f i n , l a vieja herida. 23 i O h , vieja, herida de mis mocedades, T a n p r ó d i g a s en lances y aventuras, Que hiciste mis quimeras realidades; H o n t a n a r de nostalgias y ansiedades, Mensajeras de canas prematuras! Y o quisiera g r i t a r t e mis deseos T o r t u r a d o s de inciertas esperanzas, A t r a v é s de derrotas y trofeos. De fugaces y ardientes devaneos E n el raudo tropel de mis andanzas. Que al retornar a su solar nativo E l peregrino lírico e inquieto. L l e v a r á en su b o r d ó n evocativo E l s i m b ó l i c o ramo del olivo, Engarzado en los versos de u n soneto. 24 S O N E T O S OFRENDA A Pedro B. A l a r i o . N A ofrenda de glosas y emociones Moduladas con l í r i c a sordina, Q u i e r o , m i dulce t i e r r a palentina, Osado trovador, darte en canciones. Siento dentro de m í tus vibraciones. A u n conservo grabada en l a r e t i n a L a ingenua transparencia cristalina D e t u cielo de h e r á l d i c o s halcones. Prisionera en el r í o de mis venas Vas conmigo doquiera que yo vaya, Y , aunque lejos de t i , yo estoy contigo. ¡ M i castillo i n t e r i o r de altas almenas, Inexpugnable y m í s t i c a atalaya. Plaza fuerte cerrada al enemigo! 27 "LA BIEN PLANTADA" L a torre de San Miguel quiere ser novia del río y asomándose a mirarle, tiembla de amor y de frío. F . VIGHI. g A R B O y perfil de moza castellana; " Enhiesta flecha de granito a r d i e n t e ; F i l t r o para l a l u n a refulgente, Amorosa J u l i e t a en t u ventana. Cortejada del sol en l a m a ñ a n a , Por l a noche el C a r r i ó n besa t u frente E n su espejo de p l a t a transparente, Cuando en él te reflejas soberana. Bien p l a n t a d a te dicen, y lo eres; Desvelada de anhelos celestiales. Armoniosa en t u guardia, siempre alerta. G a l l a r d a t o r r e , m i r a d o r de Ceres Que te d a su g u i r n a l d a de frutales Desde el verde p r o d i g i o de l a huerta. 29 INVENTARIO CORDIAL A Fernando G o n z á l e z B a r ó n Ü S l a P e r n í a p r ó d i g a en ganados, L a V a l d a v i a en arroyos cangrejeros, Curte V i l l a r r a m i e l famosos cueros, T i e n e n A l a r y H e r r e r a sus hilados; O r b ó , Barruelo y G u a r d o los veneros De rebeldes carbones soterrados. E l Cerrato barbechos calcinados Y Cervera sus prados lisonjeros. Galletas A g u i l a r , dulces frutales D a n Pisuerga y C a r r i ó n en sus riberas. L a fértil Nava cereales finos; T o r q u e m a d a y M a gaz tiernos lechales, Amusco sus palomas mensajeras, V i l i a m u r i e l y D u e ñ a s ricos vinos. 28 . A JORGE MANRIQUE A D o n Severino R o d r í g u e z Salcedo 'T' E u n g i ó l a gloria en plena p r i m a v e r a ; N i V i l l e n a en U c l é s l o g r ó vencerte, Y si G a r c i - M u ñ o z t r u n c ó t u suerte. E n c e n d i ó para t i t r i u n f a l hoguera. Si del Renacimiento m a ñ a n e r a A l o n d r a fué t u v i d a , con t u muerte Por servir a Isabel, t u brazo fuerte E n a r b o l ó l e g í t i m a bandera. Peregrino de líricos caudales. Camino de l a m a r c o r r i ó t u r í o , —Fecundo mensajero de t u paso—, D e j á n d o n o s en Coplas inmortales, E l eco de t u egregio s e ñ o r í o , Espejo precursor de Garcilaso. 30 A DON IÑIGO LÓPEZ DE MENDOZA MARQUÉS DE SANTILLANA A Leoncio D o n c e l Ruiz S T E nuestro M a r q u é s , bardo y guerrero, S e ñ e r a lanza y p l u m a precursora, D e l parnaso e s p a ñ o l naciente aurora, D e l orbe medioeval postrer l u c e r o ; Este ingeniQso y bravo caballero, — A c e r o vencedor, l i r a sonora—, Es como el broche de oro que decora L a estrofa t e r m i n a l del Romancero. ¡ I n m o r t a l c a r r i o n é s , llenas l a H i s t o r i a Con t u procer figura legendaria De lo que fué t u siglo — a m o r y guerra—! ¡ Y q u é radiante surge t u m e m o r i a E n l a m í s t i c a voz de l a plegaria Que eleva hasta t u cielo nuestra t i e r r a ! 31 VISIÓN DE LA PUEBLA A José M a r í a F e r n á n d e z Nieto | A Z O R Q U E R O S , herreros, cardadores; V i e j a estampa de honrada a r t e s a n í a . E l bregar de cordial m o n o t o n í a De los tradicionales tejedores. Desde el alba poblada de rumores, E n febril laborar transcurre el d í a , Y es la Puebla, t r a j í n y a l g a r a b í a . U n p r o d i g i o de luz y de colores. E n t r e u n dulce t a ñ i d o de campanas L a tarde m e l a n c ó l i c a agoniza E n el lento c r e p ú s c u l o a m a r i l l o ; Y hay revoloteo de ventanas Cuando se oye l a m ú s i c a castiza Que desgrana, c h i l l ó n , u n organillo. 32 CASTILLOS DE FALENCIA A D o n Rafael N a v a r r o f ALERAS de Castilla, señoriales Reliquias de l a H i s t o r i a y la A v e n t u r a , V i g i l a n d o la paz de l a l l a n u r a Por encima del m a r de los trigales. Fragor de acero y son de madrigales A la luz de u n a l u n a casta y p u r a , Que acaricia con m í s t i c a t e r n u r a Las llagas de estos cíclopes feudales. ¡ Castillos de M o n z ó n , Fuentes, B e l m e n t e . . . R o m á n t i c a visión en m i horizonte D e A g u i l a r de C a m p o o ; viejas almenas Comuneras, de A m p u d i a ! ; Barbacanas E n ruinas hoy, que ayer estaban llenas De gloriosas banderas castellanas! 33 G L O S A S AL CIMBALILLO DE LA CATEDRAL A V a l e n t í n Bleye J i m é n e z * C_I ^ ^ ^ ^ t i e m p o h a p a s a d o . . . y sin i embargo Q u é cerca vive todo en m i recuerdo! C i m b a l i l l o c o r d i a l de m i Falencia, I s ó c r o n o g u a r d i á n de mis desvelos. P u n t u a l amigo de las horas idas. Testigo de los p l á c i d o s momentos En que — c u a n d o era n i ñ o — a d o r m e c í a s Las sobremesas de m i hogar contento. M e t á l i c o suspiro de las tardes Con delicioso r i t m o s o ñ o l i e n t o ; D i a p a s ó n de liturgias cotidianas. Sonoro p a l p i t a r de alegre acento. ¡ C u á n t o t i e m p o h a p a s a d o . . . y sin embargo C ó m o siento el l l a m a d o de tus ecos! 37 E n m i peregrinar i n t e r m i n a b l e Por lugares lejanos y diversos. Como u n leve r u m o r de caracola T u sonido, perenne c o m p a ñ e r o . Es el numen que inspira mis nostalgias E n u n grato f l u i r del pensamiento. Y nunca te has callado en mis o í d o s , A t u dulce l a t i r por siempre abiertos. ¡ C u á n t o tiempo ha pasado. • • y sin embargo C ó m o vibra en m i ser t u campaneo! 38 MAÑANA DE DOMINGO A L u i s M a r t i n Gromaz 4 | G U S T I N A S C a n ó n i g a s , misa d o m i n i c a l . Desde el viejo cuartel ya viene desfilando, Radiante azul y plata Talavera, dejando U n reguero de olor acre y fuerte, a zptal. H a y chiquillos y viejas de s u e ñ o i n t e r m i t e n t e ; Hiere un rayo de sol el a m p l i o ventana^ Desgarra los o í d o s recio c l a r í n m a r c i a l , Y sale el R e g i m i e n t o acompasadamente. D o m i n g o . Primavera. U n sol de m e d i o d í a . A l a calle M a y o r acaricia sonriente. O p t i m i s t a y j o v i a l se saluda l a gente: — A d i ó s , D o n Salustiano; ¿ c ó m o e s t á , Don García? —¿Os gusta el a u t o m ó v i l que compró Sebastián? — M u y buenas, D o n G e n a r o ; ¿ v e r d a d que hoy es u n d í a 39 Como para i r al M o n t e ? — N o es tiempo t o d a v í a . . . — ¡ Q u é bonitos sombreros traen hoy las de Cebrián! Y entre tantos paseos y t a n t a a l g a r a b í a , E n el A y u n t a m i e n t o las dos sonando e s t á n Y l a calle M a y o r se ha quedado v a c í a . ¡ Provincianos recuerdos, cuando m i j u v e n t u d Entusiasta t e j í a m i l sueños de i l u s i ó n . . . Apacible remanso de inefable q u i e t u d . Que ahora sois u n oasis para m i c o r a z ó n ! 40 ROGATIVA Y ROMERÍA DE SANTO TORIBIO A Eusterio B . A l a r i o . N claro sol de a b r i l , esta m a ñ a n a Retoza en el sembrado; — T r i g a l e s de esmeralda y amapolas de í grana—. Las virtudes del Santo que m u r i ó lapidado L a c i u d a d conmemora De manera l i t ú r g i c a y sonora. E n este t i b i o y luminoso d í a V a n Concejo y C a b i l d o entre maceros, E l t u m u l t o de la c h i q u i l l e r í a Y una gran m u c h e d u m b r e de romeros. E n u n r i t o s i m b ó l i c o y sencillo, Echan los Concejales Desde u n alto b a l c ó n pan y quesillo A l a inquieta bandada de zagales. 41 Y arriba, en l a colina, Con m í s t i c a dulzura, J e s ú s les da su b e n d i c i ó n d i v i n a Desde l a m o n o l í t i c a escultura. ¡ Primavera t r i u n f a n t e , con l a p o l i c r o m í a De las viejas estampas castellanas! E n m e d i o de l a tarde bulle l a r o m e r í a De rústicos pregones; ¡ avellanas! ¡ B a r q u i l l o s ! ¡ c a r a c o l e s ! Y a l l á , en u n carromato, E l locuaz p a r a m i l l o chispeante Y el clásico ojogallo del Cerrato Alegran el semblante. Espesa polvareda y empellones; L a l á m p a r a votiva arde en l a e r m i t a Y en medio de u n estruendo de canciones V i e j a polka l a Banda resucita. E n l a noche, u n lucero Le hace g u i ñ o s al Cerro del O t e r o . 42 PAISAJE PALENTINO ¡Chopos del camino blanco, álamos (de la ribera, espuma de la montaña ante la azul lejanía, sol del día, claro día! ¡Hermosa tierra de España! A. MACHADO. A G I T A las choperas ^*- U n estremecimiento de palomas, U n bullicioso vuelo de pardales. Y a las barcas panzudas y trigueras Q u e vienen de V i ñ a l t a , traen aromas D e l e ñ a s comunales, D e bermejos ladrillos D e impolutas harinas ensacadas.. . Y entre el cordial concierto de los grillos, — S i r g a d o r a esforzada— U n a m u í a cansina Acepta, entre p a t r i o t a y resignada. Suplir a l a prosaica gasolina. 43 B O C E T O S ELEGÍA Y E P I T A F I O AL " C H I C H A N " A Pedro H o r n i l l o s M a r t í n e z U N P asers ó que en l a inconsciencia toda su v i d a , Pregonando con clásica indolencia —Silueta desgarbada y d e s v a í d a — E l D i a r i o y E l D í a de Falencia. T a l fué el C h i c h á n famoso, A m b i g u o libador, en v i d r i o y barro Catador silencioso; V o z opaca de c r ó n i c o catarro Y e q u í v o c o m i r a r de cegatoso. Con su p i n t a p a r d i l l a De ríase la gente. E l H e r a l d o o E l N o r t e de Castilla O f r e c í a con gesto indiferente Sin q u i t a r de sus labios l a colilla. 47 E r a n sus ideales Los cangrejos y el vino de Cigales. •—¡ Huyamos de los goces materiales!— L e s o r p r e n d i ó la muerte Sin haberse quejado de su suerte. — ¡ E r a l o que se l l a m a u n alma f u e r t e ! — Filósofo sin par. N u n c a de nada se llegó a enterar. — ¡ C u i d a d o que su boda d i ó que hablar !- 48 "MANOLO EL GITANO" A Carlos Gusano H e r r e r o . | ~ | O S burlones r e l á m p a g o s los ojos. E l verbo fácil de zahori gitano Instancia p e d i g ü e ñ a cada m a n o Y las u ñ a s i g u a l que diez gorgojos. C e t r i n a faz, torcidos los hinojos. Boina en i n v i e r n o , j i p i en el verano. E n cada pie u n a especie de aeroplano Y el andar de cangrejo entre rastrojos. E i t ó r a x c a p i c ú a entre jorobas. Alcaloide de ingenio y p i c a r d í a . C ó n s u l de l a zalema; Cuasimodo De gallofa, salero por arrobas. T a l fué este f a r a ó n de A l e j a n d r í a , M a n o l o el chepa dicho por apodo. 49 P O E M A (A M I ESPOSA F I N A L JOSEFINA) CANTO A M I TIERRA ¡San Antolín, feriante y ganadero, un milagro de encinas comuneras y la visión del Cristo del Otero! A. CAMIN. W A mis ojos cansados * D e tanto deslumbrante colorido. A n h e l a n l a besana de grises azulados Con sus lentos c r e p ú s c u l o s dorados. Como u n p á j a r o herido E n dulce y m e l a n c ó l i c a a g o n í a , M i c o r a z ó n suspende su l a t i d o ; Y en t u grata a ñ o r a n z a Amada tierra m í a , Ilusionada b r o t a m i esperanza. Entreveo en el verde de los mares E l dorado m i l a g r o de l a espiga Dispara m i nostalgia a tus lugares U n surtidor de s u e ñ o s ; M i lealtad obliga 53 L a visión de tus fieles encinares, T e aprisiona el a f á n de mis e n s u e ñ o s Con líricas cadenas, Y apaciguan tus voces familiares E l río impetuoso que corre p o r mis venas. T u mapa idealizado es l a bandera Q u e flamea en m i a r d i d o pensamiento. Recuerda emocionada m i ilusión viajera L a endecha d o l o r i d a Que en los á l a m o s pulsa el eco de t u v i e n t o . L a c a n c i ó n de tus ríos de p l a t a estremecida. E l b r i l l o clamoroso de t u cielo, T u s callejas r o m á n t i c a s en s o m b r a . . . Y sólo h a l l a consuelo M i pobre c o r a z ó n cuando te nombra. Cual rosa en el desierto de sutiles aromas. T e i m a g i n a m i mente desvelada de amores. H e poblado, en mis s u e ñ o s , de torcaces palomas, Y pardos r u i s e ñ o r e s T u s p á r a m o s y lomas. E n l a r ú s t i c a paz de tus alcores Y o puse u n hontanar de madrigales, Y he llevado afanoso lujuriantes verdores A tus pueblos sencillos y frugales Y al amado t e r r u ñ o cansado de dar flores. 54 ¡ M i Falencia! T a l es el armonioso L a t i r del c o r a z ó n cuando te canta, E l r í t m i c o y gozoso Resonar cadencioso D e t u recia e u f o n í a en m i garganta. Donde vaya m i paso allí e s t a r á t u h u e l l a : N o tengo otro homenaje que ofrecerte; Mas, si llego a l g ú n d í a a merecerte, Y por m i r a r t e en ella. T u nombre he de engarzar en la m á s alta estrella. 55 I N D I C E UNA CARTA CHINA DE JUAN JOSÉ DOMEN13 P Ó R T I C O E l r a m o del olivo S O N E T O S Ofrenda I n v e n t a r i o cordial L a Bien Plantada A Jorge M a n r i q u e A D o n I ñ i g o L ó p e z de de Santillana V i s i ó n de la Puebla Castillos de Falencia 23 27 28 29 30 Mendoza, Marqués 31 32 33 G L O S A S A l cimbalillo de la Catedral M a ñ a n a de domingo R o g a t i v a y r o m e r í a de Santo T o r i b i o . . . . Paisaje palentino 37 39 41 43 B O C E T O S E l e g í a y epitafio al C h i c h á n M a n o l o el gitano 47 49 P O E M A F I N A L Canto a m i t i e r r a 53 E S T E L I B R O SE TERMINO DE IMPRIMIR E L DIA 26 D E F E B R E R O D E 1951, E N LOS T A L L E R E S D E "EDITORIAL LATINA", S. A., REPUBLICA D E E L SALVADOR No. 56, DE LA CIUDAD DE MEXICO. ESTA EDICION ES U N OBSEQUIO DEL AUTOR