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UNIVERSIDAD AUTONOMA METROPOLITANA,I~IIADIZTAPALAPA
/DIVISION
DE CIENCIAS SOCIALES Y HUMANIDADES
DEPARTWBETO DE ANTROPOLOGIA SOCIAL
'k\c. p ~ r Q o P O c o ~50='4L
m
/
AL'
FLOR MAS BONITA DE LA MAQUILADORA:
HISTORIAS DE VIDA DE LA MUJER OBRERA
EN TIJUANA, BAJA CALIFORNIA
TESIS QUE PARA ACREDITAR LAS ASIGNATTJRAS "INVESTIGACION
DE CAKPO" Y "SEYINARIO DE INVESTIGACION" PRESENTA
AORMA
VICTORIA [IGLESIAS PRIETO
A B R I L , 1983.
-
Director del Comité de Investigación: Mtro Ricardo Falomir
Lectores del Comité de Investigación: Dr. Andrés Fbbregas y
Lic. Raúl Nieto.
h
TODO LO QUE USTED SIEMPRE QUISO SABER
-
SOBRE LAS MAQUILADORAS Y NUNCA SE ATRE
VIO A PREGUNTARLO POR TEMOR A UNA RESPUESTA TEORICA, ACADEMICA Y LLENA DE
CUADROS ESTADISTICOS.
A Norma y iloberto,
A Juan y L u c i a
Siglos de desventaja económica, política y social, abuelas, madres e hijas que nacen, viven y mueren confinadas a las cuatro paredes de su casa; mujeres sujetas al mandato de
sus padres, esposos e incluso de sus
hijos; la realidad de una educación
truncada de trabajo con salarios inferiores a los de los hombres; vidas
enteras impregnadas de una realidad
en que las tradiciones y leyendas,
los libros de texto, el bombardeo -multifacético de los medios de comunicacidn consignan una inferioridad
a la mujer--ingeniada para conformar
una visión que cónduce a la inseguri
dad o al menosprecio--: todo esto
tiene su costo.
I
Margaret Randall
Agradecimientos
En las diversas etapas de este trabajo estuvieron involucradas un sinnúmero de personas a quienes les estoy profull
damente agradecida.
En primer término quisiera darles las
-
gracias a las mujeres obreras que me brindaron su amistad y
su tiempo tan valioso para que yo pudiera realizar mi investigacibn; con Gabriela estoy en deuda por haber tenido con-+fianza en el trabajo y por haberme abierto sus puertas en el
empeño de que conociera en profundidad la vida de la mujer
obrera.
A Patricia González y Jorge Carrillo les debo agradecer
su apoyo incondicional y desinteresado.
A Ricardo Falomir,
director de esta tesis, por el interés que manifesto desde
los inicios y primeras interrogantes del trabajo.
Al Dr.
Jorge A. Bustamante por su entusiasmo, apoyo económico y
-
con
-
tinuo alentamiento para finalizar este ensayo.
Las críticas y valiosos comentarios de Elena Bilbao y
-
Mónica Lavln fueron fundamentales para el ordenamiento, redacción y análisis de los datos. A Rad1 Nieto, Andr6s Fdbregas;
-
Patricia Ferndndez Kelly y Gustavo del Castillo por sus oportu
nas consideraciones les estoy muy agradecida. Asimismo, al Sin
dicato Independiente Solidev Mexicana por su compañerismo y
atencibn. A Edith Torrescano por su paciencia y empeño en la mecanog:xafl-adel manuscrito. Y en general a todo el personal del Centro de
Estudios Fronterizos del Norte de México les agradezco su
--
apoyo moral.
Finalmente quisiera
ma Prieto de
reconocer mi gratitud a la Sra. Nor
-
Iglesias y al Sr. Roberto Iglesias Hernández
--
por su confianza, entusiasmo, amor y apoyo econdmico que han
tenido para conmigo, su hija.
A
Juan Martfnez, Lucia Sisnie
-
ga y Jorge Salazar por su interés en el trabajo, su paciencia
y apoyo moral.
INDICE
.
INTRODUCCION.
-HAY
l
QUE SACAR LOS PEDIDOS.
(Proceso de trabajo)
-LOS
CAMPOS DE TRABAJO.
(Condiciones de tarbajo)
MUJERES SOMOS MAS m S P O N S A B L E S .
(La u t i l i z a c i d n de mano de obra femenina)
.
'1
26
.
-LAS
42.
-JOVENES ,BONITAS Y BARATAS.
55.
- Q U I E N SOY, DE DONDE VENGO Y A DONDE VOY.
(Origen y procedencia migratoria)
71.
(Caracterlsticas de l a mano de obra)
-LA FLOR MAS BONITA DE LA MAQUILADORA
(Mecanismo s de control)
-SOLIDEV
,UNA
-MAQUILADORA EN LUCHA
(Movimiento obrero)
CONCLUSXONES.
APENDICE METODOLOGICO.
BIBLIOGRAFIA.
118.
131.
151.
4 -
.
PROLOGO.
E l tema de e s t a i n v e s t i g a c i d n s u r g i d e n una c i r c u n s t a n c i a
muy p a r t i c u l a r .
S e p l a n t e 6 a f i n a l e s de 1 9 7 9 hacer una i n v e s t i -
g a c i d n sobre l o s m o v i m i e n t o s obreros q u e se h a b í a n _ _ dado e n Ciu-
L
dad J u b r e z ,
Chihuahua, desde e l e s t a b l e c i m i e n t o d e l a s p l a n t a s
m a q u i l a d o r a s . Este proyecto, p r e s e n t a d o por Rafael A l a r c d n y por
m f , era p a r t e de un proyecto más amplio llevado a cabo por un
grupo de maestros y alumnos d e l a U n i v e r s i d a d Autdnoma Metropolit a n a , u n i d a d I z t a p a l a p a -proyecto q u e f u e d i r i g i d o por e l D r . G i l
b e r t o Ldpez y Rivas y l a D r a . A l i c i a C a s t e l l a n o s -
.
La i n v e s t i g a c i d n sobre los m o v i m i e n t o s obreros e n l a s maqui
-
ladoras de Ciudad Judrez n o f u e r e a l i z a d a como t a l , dado q u e ,
t r i S t e m e n t e y rompiendo c o n n u e s t r a idea ortodoxa de1"deber ser"
obrero, nos dimos c u e n t a q u e n o se hab€an dado m o v i m i e n t o s labo-
r a l e s relevantes e n estas i n d u s t r i a s de Ciudad J u á r e z
c
. La
pre-
g u n t a e n t o n c e s a r e s p o n d e r f u e ¿por q u é n o se han dado movimien-
t o s obreros e n estas m a q u i l a d o r a s ? .
T r a t a n d o de c o n t e s t a r e s t a
p r e g u n t a hicimos una i n v e s t i g a c i d n t i t u l a d a :
"Las
y los mecanismos de c o n t r o l p o l € t i c o - i d e o l 6 g i c o n .
-
maquiladoras
En e s t e t r a -
b a j o mostramos una serie d e mecanismos d e a l i e n a c i d n ideados por
los empresarios o por l a c l a s e e n e l poder en g e n e r a l q u e b u s c a n
o c u l t a r i d e o l 6 g i c a m e n t e e l sistema de e x p l o t a c i ó n .
A p a r t i r de e s t a i n v e s t i g a c i b n n o s dimos. c u e n t a q u e
has ca-
/
racterísticas de l a mano de obralempleada e n e s t a s empresas s o n
un factor f u n d a m e n t a l para e n t e n d e r e l fendmeno de l a c a s i n u l a
o r g a n i z a c i d n obrera
i Es
h e c h o , como veremos a l o l a r g o de e s t e
trabajo, de emplear preferenbemenhe
mujeres jdvenes (entre 1 6 y
25 años), migrantes, con nula o poca experiencia laboral y b a j a
escolaridad es básico para explicar l a poca
conciencia sindi-
c a l y l a no egistencia de movimiento reivindicativo en esta población trabajadora.
Creo de v i t a l importancia para empezar a dar
respuesta a
l a pasividad sindical e l conocimiento d e l fenómeno de l a incorporación de l a mujer a este t i p o de trabajo productivo y l a s implicaciones que ha tenido en sus vidas, tanto a n i v e l económico,
p o l í t i c o , s o c i a l como cultural.
Este t r a b a j o intenta mostrar y analizar lo que s i g n i f i c a y
lo que es s e r obrera en una maquiladora fronteriza, con todas l a s
contradicciones en l a s que se vive.
Quisiera aclarar que e s t e trabajo corresponde a un momento,
esto es, dadas l a s nuevas carackhriSticas ecan6micas d e l pals
a s í corn l a c l a r a expansidn de l a industria maquiladora en l a
frontera, se abre una nueva etapa donde parte de l a s caracterfst i c a s aqui señaladas posiblemente esten sufriendo modificaciones
.
Este taabajo pretende recoger hechos y datos que corresponden a un periodo d e aproximadamente 1 0 años culminando con l a
devaluacidn d e l mes de febrero de 1 9 8 2 , en l a que e l t i p o de cam_
bio t i e n e una variacidn de 27 a 3 8 pesos por un d o l a r .
INTRODUCCION
o
La intencibn de este trabajo e s , como s e d i j o antes, mostrar
y analizar, utilizando diez h i s t o r i a s de caso, l a vida de l a muj e r obrera de l a s maquiladoras, centrando l a atencidn en l a s peg
cepciones que tienen e l l a s sobre este hecho,y l o s cambios que
se han dado en sus vidas a p a r t i r de su incorporacidn a este tipo de vida productiva.
La concepcidn y conocimiento que l a s trabajadoras tengan de
l a vida l a b o r a l , son elementos claves para entender e l proceso de
toma de conciencia y l a existencia o ausencia de movimiento obre
ro.
Con l a llegada de l a s maquiladoras a l a zona fronteriza nor
t e de nuestro país, a mediados de l a década de l o s sesentas, se
abre e l mercado laboral a l a fuerza de t r a b a j o femenina: a muler e s a quienes no se l e s había permitido con anterioridad incorporarse a l a vida productiva, a aquellas que su vida s o c i a l se
circunscribía a l a s labores domésticas donde f a c i l i t a b a n l a reproduccibn de l a mano de obra masculina.
La joven experiencia de l a mujer en l a vida productiva, l a s
características de l a mano de obra empleada y l a s diversas polst i c a s y maniobras de l a s industrias maquiladoras son algunos de
l o s factores que han limitado l a organizacidn obrera.
Para e l entendimiento de l a actual situacidn de l a mujer
como trabajadora es necesario conocer su contexto y r o l famil i a r : l a s caracterSsticas de su lugar de origen y su proceso
I1
migratorio; s u vida l a b o r a l , f a m i l i a r y s o c i a l y l a s perspectivas
de vida que sostiene. Hacer un estudio a través de h i s t o r i a s de
vida permite obtener informacidn diacrdnica y sincrónica -referida a s í a mas de un momento y un tiempo- y conocer con mayor det a l l e l a problemática s o c i a l que aqui nos ocupa.
Con e l porposito de s i t u a r a l l e c t o r , s e expondrá primero
l a manera en que se r e a l i z d e l t r a b a j o y como e s t á estructurado
e s t e ensayo, l a s variables analizadas en cada uno de los capítulos y algunos aspectos metodológicos. En segundo término s e har d un breve a n á l i s i s de l o que e s l a industria maquiladora.
1.E l t r a b a j o e s t á dividido en s i e t e capítulos que pretender
presentar de l a manera menos fragmentada posible un fendmeno global tanto de l a industria maquiladora como del proceso d e vida
de cada trabajadora. A l recabar l a información, utilizando l a
observación participante y l a s h i s t o r i a s de vida como herramient a metodol6gica se hizo posible obtener información emotiva y
directa. Aunque es posible t r a t a r de analizar l a información escogiendo una s e r i e de v a r i a b l e s que sirvan como guTa a l a redacc i d n , se p k e f i r i d manejar l a informacidn de t a l forms que no se
perdiera l a 16gica de pensamiento de l a s mujeres entrevistadas.
Por l o t a n t o , cada capltuño presentará sus propias variables y
s u propia l b g i c a , y s e analizaran a h í sólo los aspectos d s re-
levantes para los propósitos d e l presente ensayo.
I11
E l c a p í t u l o primero "Hay que sacar l o s pedidos
(proceso
de t r a b a j o ] pretende mostrar l a enajenacidn a l a que están
sometidas l a s mujeres obreras en l o s procesos productivos de
l a s i n d u s t r i a s maquiladoras. Muestra ccmo e l trabajo tiende a dejar de
s e r creador y l i m i t a e l d e s a r r o l l o i n t e l e c t u a l de cualquier s e r
humano, hombre o mujer.
E l siguiente capítulo enfrenta a l l e c -
t o r a l a s condiciones de t r a b a j o , l o s peligros que e n c i e r r a , e n
muchas ocasiones, e l desempeño de l a s labores y l a poca atenci6n
que s e t i e n e para l a prevención de accidentes
d e enfermedades a corto o largo plazo.
90
y
Señala
contagio
$0
inh&a=
que s i g n i f i c a el anteponer l a producción a l a salud de l a s
trabajadoras y condiciones laborales en general.
Asimismo, re-
f l e j a l a estructura j e r á r q u i c a que e x i s t e e n l a divisidn del t r a bajo y como se pretende a través de é s t o , optimizar y hacer
más e f i c i e n t e l a producci6n.
En l a s h i s t o r i a s de vida d e l capiftulo t e r c e r o se observa c l a -
ramente e l porqu6 e s t a s empresas maquiladoras han optado como
p o l l t i c a e l emplear mano de obra femenina,tanto en l a f r a n j a
fronteriza d e l norte de México como e n general
países donde existe e s t e t i p o de industrias.
en todos los
A s u vez, e n
e s t e apartado queda manifiesta l a problemática e s p e c f f i c a d e l a
mujer cuando se incorpora a l mercado de trabajo.
El capftulo
siguiente "Jóvenes, bonitas y baratas" presenta l a s c a r a c t e r í s t i c a s de l a mano d e obra e n l a s plantas maquiladoras y l a s vent a j a s que obtienen é s t a s a i c e ñ i r s e a s u p o l í t i c a de empleo.
IV
'
E l quinto capítulo t r a n s c r i b e una s e r i e d e r e l a t o s espon-
táneos sobre e l lugar de origen de algunas de l a s obreras de l a s
maquiladoras, sus vivencias durante e l proceso migratorio y l o s
cambios, ventajas y desventajas que ven en e l t r a b a j o e n l a maquiladora.
Es por e s t a razón que e l capítulo s e llama "Quién
soy, de dónde vengo y a dónde voy".
A continuaci6n, e l siguiente capítulo "La f l o r más bonita
d e l a maquiladora" señala el sinnúmero de mecanismos de control
p o l i t i c o i d e o l ~ g i c o sdiseñados por l a s empresas para elevar a l
máximo l a producción y para e v i t a r o , en s u defecto r e t a r d a r , e l
I
e f e c t o de concientización de l a s obreras y e v i t a r una lucha
por mejorar l a s condiciones generales d e t r a b a j o y s a l a r i o s .
E l Gltimo capltulo "Solidev,
una maquiladora en lucha" es
l a experiencia vivida por una de l a s integrantes del único s i n dicato independiente que e x i s t e en todas las maquiladoras f r m t w i z a
deMQxico; e s e l r e l a t o de un movimiento obrero que t i e n e gran
significado dentro d e l a s luchas de l o s trabajadores f r o n t e r i z o s
Finalmente se presentan l a s conclusiones en l a s cuales se hace
una revisidn de l o s f a c t o r e s más relevantes para e l a n á l i s i s y
ubicación de l a m u j e r obrera y de l a industria maquiladora en
Tijuana.
En e l apéndice se presentan l a s t e c n i c a s de acopio
de información t a l e s como cuestionario, cédula de e n t r e v i s t a ,
guión temático de h i s t o r i a d e vida, e t c .
Las a l t e r n a t i v a s metodológicas para hacer un t r a b a j o de i n -
!
V
vestigacidn sobre l a s trabajadoras de l a s maquiladoras, sobre
e l n i v e l de l a formación de l a c l a s e son fundamentalmente dos:
hacer un estudio e s t a d í s t i c o con todas l a s implicaciones numQr i c a s necesarias para que sea confiable, donde s e analicen a l gunas de l a s v a r i a b l e s , e s t o e s , un estudio amplio basado en e l
muestreo; o b i e n un estudio de caso donde s e seleccione un espac i o geográfico limitado y donde intervengan algunos elementos es
tadlsticoscque s e analicen conforme a l a situación planteada. En
e s t e caso se selecciond l a segunda a l t e r n a t i v a tratada en forma
de h i s t o r i a s de vida.
La ciudad f r o n t e r i z a seleccionada para r e a l i z a r l a i n v e s t i gación f u e Tijuana B.C..
Se e E i g i 6 e s t a ciudad por varias razones:
por s e r una de l a s primeras en donde se establecid l a industria
maquiladora; por que en e l l a e x i s t e una variedad muy completa de
e s t a s i n d u s t r i a s ; por ser una d e l a s ciudades con mayor número de
maquiladoras y por ser l a ciudad más cosmopolita de l a f r o n t e r a ,
e l l a se n u t r e de migrantes de todas partes d e . l a República.
Dado que e s t a investigación buscaba hacer un estudio antropoldgico basado en h i s t o r i a s o r a l e s de l a s obreras de l a s maquiladoras mostrando l a s situaciones r e a l e s de vidas de t r a b a j o , fam i l i a r y s o c i a l con s u s implíc6tas visiones d e l mundo,la p r i n c i pal herramienta de t r a b a j o f u e l a h i s t o r i a de vida, porque e s t a
nos permite conseguir informacidn longitudinal que es necesaria
para hacer una comparación entre e l presente y e l pasado de l a s
vidas de l a s trabajadoras.
VI
-
La selección d e l o s informantes, aquellas mujeres a l a s q u e
s e l e s hizo l a s h i s t o r i a s d e vida, se r e a l i z ó a p a r t i r de un cuestionario. E s t e no sólo s i r v i ó para detectar los casos interesant e s sino para buscar generalidades de e s t e núcleo obrero y como
un primer enfrentamiento con l a problemática de l a mujer t r a b a j a -
dora. Los cuestionarios s e levantaron a l azar, e s d e c i r , cualquier
obrera de l a maquiladora que estuviera de acuerdo en que s e l e h i cieran l a s preguntas. Se levantaron 50 cuestionarios de 6 6 pregunt a s cada uno; l a mayoría de l a s trabajadoras entrevistadas fueron
trabajadoras d e
varios datos
l a rama e l c t r b n i c a . Estos cuestionarios arrojaron
divididos en: datos generales (edad, estado c i v i l ,
escolaridad, n h e r o de h i j o s , e t c . ) ; origen y procedencia migrator i a (lugar de nacimiento, edad a l a q h e migrb, causas de é s t a , e t c . ) ;
h i s t o r i a ocupacional; c a r a c t e r í s t i c a s , condiciones de t r a b a j o y cg
nocimiento que t i e n e de l a maquiladora donde trabaja;composición
familiar; distribución d e l sueldo; actividades e x t r a l a b o r a l e s ; perspectivas d e vida.
Los cuestionorios fueron realizados entre febrero y marzo de
1982 y tomaba entre 1 5 y 2 0 minutos r e a l i z a r l o s . Preferentemente
los cuestionarios s e levahtaban a l a s horas de s a l i d a d e l a s obre-
r a s dada l a imposibilidad de e n t r a r a l a s plantas a r e a l i z a r l o s
adentro. Una vez conclufda e s t a etapa de investigación s e procedió a seleccionar a l a s obreras que por s u s c a r a c t e r í s t i c a s f u e ran representativas de un grupo d e l s e c t o r femenino d e l a c l a s e
obrera. Para l a seleccidn de e s t o s casos se busc6 que los d i s t i n t o s sectores socioecon6micos de l a poblacidn femenina que trabajan
en e s t a s industrias estuvieran representados.
I
I
!
I
i
I
I
D e n t r o de l a i n d u s t r i a m a q u i l a d o r a hay d i s t i n t o s p a t r o n e s
de c o n t r a t a c i b n , dependiendo de l a rama y l a i m p o r t a n c i a de l a
firma.
En l a i n d u s t r i a e l e c t r ó n i c a o f r e c e n t r a b a j o s p r e f e r e n t e -
mente a m u j e r e s s o l t e r a s , e n t r e l o s 16 y 25 años, m i g r a n t e s pero
c o n más de s e i s meses d e v i v i r e n T i j u a n a , q u e n o se e n c u e n t r e n
e s t u d i a n d o . En e s t a rama no es muy i m p o r t a n t e s i l a s o l i c i t a n t e
t i e n e o no e x p e r i e n c i a e n e s t e t i p o de t r a b a j o p u e s l a capacitac i d n es muy r á p i d a , , - c u e s t i o n de horas o , u n o o dos d í a s . En l a i n d u s t r i a t e x t i l o f r e c e n t r a b a j o a a q u e l l a s m u j e r e s
c o n e x p e r i e n c i a y r a p i d e z e n este t i p o d e a c t i v i d a d . Las m u j e r e s
q u e t r a b a j a n c o n más p r e s i c i d n y r a p i d e z s o n
aqueiblilac!
que t i e -
n e n varios a ñ o s t r a b a j a n d o f r e n t e a l a máquina de coser, a q u e l l a s
q u e ya t i e n e n e x p e r i e n c i a por
l o q u e es
común q u e e n e s t a
fa-
b r i c a s t r a b a j e n m u j e r e s más g r a n d e s q u e l a s q u e t r a b a j a n e n l a s
p l a n t a s e l e c t r ó n i c a s . La mayorfa de l a s obreras d e l a s maquilado-
ras t e x t i l e s t i e n e n h i j o s , muchas de e l l a s s o n e l ú n i c o s o s t é n
económico d e s u casa
,
l o c u a l l a s hace ser más d e p e n d i e n t e s d e l
trabajo.
En l a s h i s t o r i a s de v i d a e s t a n c o n s i d e r a d a s a q u e l l a s m u j e r e s
q u e e n t r a r o n muy j ó v e n e s a e s t e t i p o de v i d a p r o d u c t i v a y que'se
Esta m u j e r e s t i e n e n d i s t i n t a s p e r c e p c j d n
han hecho v i e j a s a h f
".
d e l o que
es l a m a q u i l a d o r a ; s u i n t e r p r e t a c i d n de l o s h e c h s s es
muy d i s t i n t a a l a s q u e t i e n e n l a s j ó v e n e s .
E s t o s d i e z casos q u e aqull se p r e s e n t a n e j e m p l i f i c a n l A s d i f e -
r e n c i a s y g e n e r a l i d a d e s d e este n ú c l e o obrero. Las v a r i a b l e s q u e
se tomaron e n c u e n t a e n l a s e l e c c i d n de los casos s o n p r i n c i p a l m e n -
t e : edad; astado c i v i l ; número de h i j o s ; o r i g e n , p r o c e d e n c i a y c a u -
I
I
I
VI11
sac por l a s que migraron (en caso de ser migrantes); importancia
d e l a contribución de s u s a l a r i o a l ingreso f a m i l i a r ; rama en l a
que trabaja.
1. Amelia, madre s o l t e r a de 3 0 años con 4 h i j o s que migrd
a Tijuana en busca de un empleo.
E l l a es e l único sostén de
l a casa y t r a b a j a en industria e l e c t r á n i c a .
2 . Obdulia, joven de 1 7 años, recién casada y con un h i j o .
E l l a nacib,.en Tijuana, y s u s a l a r i o e s fundamental para los
gastos de l a casa aún cuan& cuenta con un marido que aporta una
cantidad f i j a cada mes.
3 . Marfa C r i s t i n a , una J ~ v e nde 18 años que vino a Tijuana
d e s d e muy c h i c a junto con s u f a m i l i a en busca de mejores condi-
ciones de t r a b a j o .
Trabaja hace un año e n l a industria t e x t i l
y e s t a ha sido s u única experiencia laboral.
E l dinero que gana
es fundamentalmente para s u s gastos.
. -
4 . Angela, una señora de 4 2 años con 4 h i j o s , que a l ser
abandonada viene a Tijuana a t r a b a j a r en l a s maquiladoras.
Tra-
b a j a desde hace 1 3 años en l a misma maquiladora e l e c t r ó n i c a .
E l l a es e l único sostén económico de s u casa.
5 , Gabriela, q u i e n es una m u j e r d e 2 6 años, migrante, que
IX
t i e n e aproximadamente ocho años de e s t a r trabajando en l a misma
maquiladora.
E l l a t i e n e experiencia en l a vida s i n d i c a l y ha
participado en varias luchas.
E l l a vive s o l a y además de man-
tenerse t i e n e que mandar una parte de s u s a l a r i o a sus familiares.
6 . Martha, una muchacha h i j a de familia de 1 6 años,' nacida
en Tijuana y que e s t á a punto de entrar a t r a b a j a r a una maquiladora
.
7 . Concha,una señora casada migrante de 35 años que tuvo
que d e j a r hace t r e s años e l t r a b a j o en l a maquiladora porque
no tenla q u i e n l e cuidara a s u s h i j o s .
No e r a e l único sosten
económico de s u c a s a , s i n embargo s u entrada de dinero e r a muy
importante para l o s gastos de s u hogar.
8. Elena, una mujer d e 25 años, casada, migrante y con h i j o s
que por perfodos muy largos abandona e l t r a b a j o de l a maquila
pero que despues d e un tiempo regresa a t r a b a j a r en e s e t i p o d e
empresa.
Su sueldo e s considerado meramente como una ayuda
para l o s gastos d e l hogar.
9 . María Luisa, una señora de 3 0 años, casada migrante con
una experiencia de 12 años en 8 maquiladoras d i s t i n t a s y que s u
sueldo se ha v i s t o solamente como ayuda a los gastos de l a casa.
X
10. Alma, una señora casada que migró ya muy grande con toda
l a familia para i r s e a t r a b a j a r a l o s Estados Unidos.
Ella
t r a b a j a e n una maquiladora t e x t i l en Tijuana y t r a b a j ó varios años
como indocumentada e n una planta t e x t i l
en los Estados Unidos.
Su esposo e s subempleado; a s í que e l sueldo de e s t a mujer e s
básico para l a economía de s u hogar.
Las h i s t o r i a s de vida s e hicieron a traves de grabaciones.
Se u t i l i z ó una gufa d e e n t r e v i s t a en donde s e hacían preguntas
abiertas o s e sugerían temas para que e l informante tuviera l a
l i b e r t a d de r e l a t a r todo aquello que l e 'viniera a l a cabeza'
sobre e s e aspecto.
E l uso de l a grabadora se hizo tomando en cuenta que produce
c i e r t a i n h i b i c i ó n por l o que s e tomaron precauuones t a l e s como
manejo d i s c r e t o , r e s t a r l e todo t__
i p o de importancia frente a e l l a
y dándole una explicación exacta sobre e l uso de l o grabado.
Tomando e n consideración que e s t e aparato no r e g i s t r a imágenes
siempre estuve pendiente de traducir los e f e c t o s visuales y obte-
-
ner l a explicación de l o narrado por e l entrevistado.
Tambi6n
s e registraba en la l i b r e t a de campo un detallado informe sobre
e l contexto y el lugar donde se realizaba l a e n t r e v i s t a , e s decir
documentar l a s circunstancias en l a s que e s t a narración fue
realizada.
Fueron tomadas thmbi'en una s e r i e de f o t o g r a f í a s
y que junto con los varios c a s s e t t e s grabados forman e l archivo
que permite r e s c a t a r en forma permanente los testimonios d e e s t a s
mujeres.
XI
Para e f e c t o s de enriquecer l a información, fue rescatada y
analizada l a experiencia que tuve como obrera durante un mes en
l a maquiladora e l e c t r d n i c a (Comunicaciones Banda Grande) en f e brero de 1980, e n Ciudad Juárez.
Esta Observación
Participante
-
me permitió tener una visidn más acercada a l a realidad de l o
que s i g n i f i c a ser obrera de una industria maquiladora.
Aún
cuando e s t a experiencia s e r e a l i z ó en o t r a ciudad q u e no e r a l a
seleccionada para este estudio y a dos años de d i f e r e n c i a ,
creo que e s válido e l procedimiento dado que l a s condiciones
de t r a b a j o y la organizacidn d e l a s empresas maquiladoras en
l o que se r e f i e r e a l a producción,relaciones d e t r a b a j o y u t i lizacidn d e l a mano de obra femenina tienen un a l t o grado de
s i m i l i t u d a pesar de que l a s realidades f r o n t e r i z a s entre C i u -
dad Judrez y Tijuana d i f i e r e n .
Para conocer y empaparme b i e n de l a problemática tanto d e
l a maquila, l a frontera, l a s operaciones d e ensamble a nivel mund i a l , como de l a problemática e s p e c í f i c a de l a mujer e s neces a r i o hacer una constante investigacidn documental.
-
Fue d e v i t a l importancia para l a investigación hacer entrevistas dirigidas
a personas claves dentro de l a problemática
de l a industria maquiladora como gerentes, l f d e r e s s i n d i c a l e s ,
encargados o f i c i a l e s de l a p o l í t i c a de e s t a industria e n l a región, supervisores y académicos e s p e c i a l i s t a s .
XI1
U n hecho que s e pudo observar durante l a investigación e s l a
f a l t a d e comunicacidn y contacto entre l o s investigadores y académicos d e d i s t i n t a s i n s t i t u c i o n e s y los o t r o s sectores de l a
población {obreras de las maquiladoras en este caso). Las obreras están
acostumbradas a que cuando un investigador s e acerca a e l l o s es
con e l propósito de obtener información muy d i r e c t a e inmediat a como es l a informaci6n que s e puede obtener de un cuestionario,
Así que l a s trabajadoras ~ 6 1 0contestan
si o no sabien-
do que l o más probable e s que no vuelvan a saber de los investigadores n i de los resultados de los cuestionarios.
Este t i p o
d e investigación no siempre a r r o j a los resultados y datos o b j e t i
vas pues e l trabajador no s i e n t e ningún compromiso.
mante l o s i e n t e muy ajeno a s u s i n t e r e s e s .
E l infor-
En e l momento en
q u e e l investigador quiere profundizar más y constatar un mayor
número d e datos s e enfrenta con algunos problemas como:
el
trabajador e s t á poco acostumbrado a que alguien con honestidad
se i n t e r e s e por s u problemática y que s i n p r e j u i c i o s conviva con
él.
AdehSs por o t r o lado, c a s i todos l o s d i f e r e n t e s tipos d e
organizaciones obreras tienen p a r t i c i p a n t e s e x t e r i o r e s , que
velan por los i n t e r e s e s grupales,- evitando que penetren hrsonas o
i n s t i t u c i o n e s ajenas a su programa de t r a b a j o .
Por l o tanto
e l problema a l que s e enfrenta e l investigador se manifiesta
con c a r a c t e r z s t i c a s eimtivas y p o l í t i c a s .
A u n q u e aparentemen
-
t e para e l investigador sean muy precisas l a s razones de s u
e s t a n c i a en- los grupos, siempre se origina e n e l l o s susceptihi
lidades e i n t r i g a s que limitan y hacen mas d i f í c i l la labor del
investigador.
XI11
También es importante considerar que e l informante, en e s t e
.
caso mujeres obreras s u j e t a s a l a doble jornada, cuentan con
múltiples actividades, t a n t o en l a f á b r i c a como en e l hogar
que deja poco tiempo disponible para dedicarse a o t r a s tareas.
El
investigador t i e n e que planear s u acopio de información en
Por ejemplo, gran parte de é s t a investg
función de e s t e hecho.
gacidn se recogid a l mism tiempo que l a s obreras estaban en
los establecimientos públicos de lavadoras autdrmticas, o mient r a s atendían a s u s h i j o s , cocinaban, comían, s e transportaban
de un lugar a o t r o , e t c ,
Dado q u e l a investisacidn que s e r e a l i z d requería más de
una e n t r e v i s t a y un cuestionario, se hizo necesario p a r t i c i p a r
e n l a cotidianidad de l a trabajadora, ya que sólo de é s t a mane
ra surgían datos o elenentos r i c o s para l a investigación.
Con
l a s h i s t o r i a s de vida se lograron obtener datos no previstos en e l
plan @i,c$al; s b eqbq;rgo
VOS
Gdtrab-ajOi
is.e
Xequtere tener c l a r o cuales sQn los objeti
-
c i e r t o grado d e f l e x i b i l i d a d con e l tiempo y
un amplio respeto
y paciencia a l propio d e s a r r o l l o d e l i n f o r
mante,
Cuando hablamos de tener c l a r o l o s o b j e t i v o s d e l t r a b a j o
me r e f i e r o a una cuestión metodológica, quiero d e c i r , r e s c a
-
t a r y no p e r d e r d e v i s t a aquellos elementos propios o s i g n i fi
cativos a l a investigación, se intent6 i n t e r p r e t a r solamente
aquellos datos que corraboran o niegan l a s h i p ó t e s i s , y darles
d i s t i n t o s tratamientos a los otros elententos que s i n d e j a r d e
ser importantes cobran un valor secundario.
XIV
Este t r a b a j o tuvo v a r i a s e t a p a s y es e l p r o d u c t o d e un año y
medio d e i n v e s t i g a c i ó n c o n t i n u a . Desde O c t u b r e d e 1 9 8 1 se e l a
bard en México e l p r o y e c t o d e i n v e s t i g a c i d n y se recolectó
e l m a t e r i a l b i b l i o g r á f i c o r e f e r e n t e a l tema. Asimismo se p l a n
-
t e a r o n y p u l i e r o n l a s p r i n c i p a l e s h i p ó t e s i s que se i b a n a ver i f i c a r . L a e x p e r i e n c i a d e i n v e s t i g a c i ó n p r e v i a en C i d a d Jus
-
r e z , Chihuahua f u e d e g r a n u t i l i d a d , fué l a g r a n e x p e r i e n c i a
que d e s p e r t ó e n m í e l i n t e r é s p o r este fenómeno. En a q u e l ent o n c e s se r e a l i z a r o n l a s p r i v e r a s e n t r e v i s t a s c o n o b r e r a s ,
con g e r e n t e s y s u p e r v i s o r e s d e l a s m a q u i l a d o r a s , con p e r s o n a s
d e l C e n t r o de O r i e n t a c i ó n d e l a mujer O b r e r a (C.O.M.O.),
con
f u n c i o n a r i o s p ú b l i c o s , m u n i c i p a l e s y e s t a t a l e s , con d i r e c t i v o s
d e l a A s o c i a c i ó n d e M a q u i l a d o r a s , con i n v e s t i g a d o r e s que ha
--
b l a n 6 e s t a b a n t r a b a j a n d o sobre estos c u e s t i o n a r i o s y demás
personas i n v o l u c r a d a s en e s t a p r o b l e m á t i c a .
S i n embargo l a ex-
p e r i e n c i a más r i c a f u é e l haber t r a b a j a d o como o b r e r a d u r a n t e
un mes en una i m p o r t a n t e m a q u i l a d o r a e l e c t r 6 n i c a d e Ciudad Judrez.
D e e n e r o a j u n i o d e 1982 se h i z o e l t r a b a j o de campo e n
T i j u a n a , B.C.,
cias.
días
de arduo
t r a b a j o y ricos e n e x p e r i e n -
L a mayoría d e l tiempo se dedicó -a hacer l a s h i s t o r i a s
d e v i d a y a l e v a n t a r los c u e s f i o r i a r i o s .
A l mismo t i e m p o se
r e v i z a b a m a t e r i a l b i b l i o g r á f i c o y h e m e r o g r á f i c o y se i b a
sificando toda l a información.
cla
-
Se h i c i e r o n v a r i a s e n t r e v i s t a s
sobre todo e n l a s mañanas, a otro p e r s o n a l que l a b o r a o e s t á
de alguna forma r e l a c i o n a d o con l a i n d u s t r i a maquiladora.
Se c o n v i v i d c o n un g r a n número d e m u j e r e s o b r e r a s , f r e c u e n
-
t é l u g a r e s de r e c r e a c i ó n corm parques, r e s t a u r a n t e s , b a r e s , l u g a r e s de b a i l e y c e n t r o s c o m e r c i a l e s .
manas a c o n v i v i r
doras.
"mañana,
S e d e d i c a r o n v a r i a s se-
t a r d e y noche",
con v a r i a s t r a b a j a
-
Tuve l a o p o r t u n i d a d de f u n g i r como r e p o r t e r a sobre los
problemas l a b o r a l e s en l a ú l t i m a e t a p a d e l t r a b a j o d e campo.
E n t r e j u l i o de 1982 y febrero 1 9 8 3 se ? : r a n s c r i b i e r o n l a s
5 6 h o r a s de h i s t o r i a s de v i d a g r a b a d a s en c a s s e t t e s , se p r o c e
s6 l a i n f o r m a c i ó n de l o s c u e s t i o n a r i o s y se s i g u i 6 r e c o l e c t a ndo m a t e r i a l b i b l i o g r á f i c o y h e m r o g r á f ico.
Se
redactaron
l a s d i e z h i s t o r i a s de v i d a p o r s e p a r a d o y se h i c i e r o n l o s f n
d i c e s t e n t a t i v o s de t e s i s .
S e mantuvo una d i s c u s i ó n c o n otros
i n v e s t i g a d o r e s en todo e s t e l a p s o .
F i n a l m n t e se h i z o e l and
-
l i s i s y se r e d a c t a r o n l o s d i s t i n t o s c a p l l t u l o s .
Desde s e p t i e m b r e de 1982 h a s t a l a f e c h a h e t e n i d o l a
o p o r t u n i d a d d e t r s i b a j a r como i n v e s t i g a d o r a en e l C e n t r o de
EstdiOS
F r o n t e r i z o s d e l Norte de N é x i c o , en T i j u a n a , B. C..
Este t r a b a j o me ha b r i n d a d o g r a n e x p e r i e n c i a y l a p o s i b i l i d a d
de p a r t i c i p a r e n l o s p r o c e s o s s o c i a l e s de l a s m a q u i l a d o r a s y
en g e n e r a l de l a f r o n t e r a .
El p a r t i c i p a r , a i mismo t i e m p o que
se a n a l i z a b a y se r e d a c t a b a e l t r a b a j o , en una i n v e s t i g a c i 6 n
sobre
"El
p r o c e s o salud-enfermezad
l a d o r a s en T i j u a n a , B.C."
c n l a s o b r e r a s de l a s maqui
-
re d i 6 l a p o s i b i l i d a d d e seguir de
c e r c a y p a r t i c i p a r d e l a p r o b l e m á t i c a de l a maquiladora.
En marzo de 1 9 8 3 se termind de r e d a c t a r y d e m e c a n o g r a f i a r
e l t r a b a j o que a h o r a p r e s e n t o .
XVI
11.-
Por i n d u s t r i a
maquiladora v a m s a entender a q u e l l a s plan
-
t a s m a n u f a c t u r e r a s e s t a b l e c i d a s en México:
que sean f i l i a l e s de empresas e s t a d o u n i d e n s e s o
plantas contratadas ya sea d e c a p i t a l nacional
o extranjero;
que se dediquen a l ensamble d e componentes y/o
p r o c e s a m i e n t o d e m a t e r i a s primas, ya s e a d e
productos intermediarios o f i n a l e s ;
que l a c a s i t o t a l i d a d de m a t e r i a s primas y/o
componentes sean importados d e l o s E s t a d o s
Unidos y de nuevo r e e x p o r t a d o s a este p a í s ,
una v e z t e r m i n a d o e l p r o c e s o de maquila y ;
que u t i l i c e n l a b o r i n t e n s i v a d e t r a b a j o . "
1/
-
L a e n t r a d a o f i c i a l d e l a s p l a n t a s m a q u i l a d o r a s en territorio mexicano se i n i c i 6 a p a r t i r d e l Programa de I n d u s t r i a l-i
z a c i ó n de l a F r o n t e r a e n 1 9 6 5 .
Desde e s a fecha,
empresas ex
-
t r a n j e r a s d e d i c a d a s a l ensamble, acabado y p r o c e s a m i e n t o de
n a t e r i a s primas y b i e n e s i n t e r m e d i o s , han -:trasladado
sus p l a n
-
t a s d e E s t a d o s Unidos h a c l a l a s p r i n c i p a l e s c i u d a d e s de l a f r o n
t e r a n o r t e de M é x i c o con e l o b j e t i v o d e r e d u c i r costos d e p r o ducción a t r a v é s de l a u t i l i z a c i ó n de mano de o b r a b a r a t a .
E l e s t a b l e c i m i e n t o de p l a n t a s m a q u i l a d o r a s e n MGxico for-
ma p a r t e de una t e n d e n c i a r e c i e n t e d e l c a p i t a l i s m mundial que
L
se i n i c i ó e n l a década d e l o s años s e s e n t a s y que han l l e v a d o
a l a r e l o c a l i z a c i ó n g e o g r á f i c a de procesos productivos e n pa5
-
1.-
Jorge C a r r i l l o y A l b e r t o Herndndez,
"La mujer o b r e r a
E l c a s o de Ciudad J u á r e z "
en l a i n d u s t r i a maquiladora.
Tesis p r o f e s i o n a l .
U n i v e r s i d a d N a c i o n a l Autbnoma de
México.
México.
XVII
ses
subdesarrollados.
E s t a t e n d e n c i a l l e v ó a que e n 1975 m i
l e s d e f á b r i c a s que a n t e s e s t a b a n en p a € s e s a l t a m e n t e i n d u s t r i alizados
t r a s l a d a r a n sus o p e r a c i o n e s b o t a 1
o parcialmente
a n o menos de 3 9 p a € s e s subdesarro1,lados e n América L a t i n a ,
;Isia, A f r i c a y e l Caribe.
A l o l a r g o de q u i n c e aiios de o p e r a c i o n e s en México l a s
p l a n t a s m a q u i l a d o r a s de e x p o r t a c i ó n han mantenido a l t a s t a s a s
de crecimiento;la
i n s t a l a c i ó n de nuevas p l a n t a s . y l a amplia-
c i ó n de l a s y a e x i s t e n t e s ha dado l u g a r
que a p r i n c i p i o s de
1982 h u b i e r a n 6 0 0 i n d u s t r i a s que e,npleaban a 122,799 personas.
E l programa d e i n d u s t r i a l i z a c i ó n
fronteriza,
establecido
en itiayo de 1965, t e n í a como o b j e t i v o s o l u c i o n a r de manera t r a ns i t o r i a e l deseripleo c r e c i e n t e y e x p l o s i v o d e l a f r o n t e r a n o r t e
de M é x i c o
que se h a b l a v i s t o a g r a v a d o p o r l a t e r m i n a c i ó n d e l
programa d e b r a c e r o s .
S i n embargo e l creer que é s t e programa
v i n o a s o l u c i o n a r l o s problemas d e desempleo e s t a l e j o s de ser
cierto.
AI% cuando se g e n e r ó un número c o n s i d e r a b l e de empleos
y desle 1972 se han mantenido a l t a s t a s a s de c r e c i m i e n t o
en l o que se r e f i e r e a empleos c r e a d o s ,
estos han d i d o d a d o s
a mujeres j ó v e n e s , s o l t e r a s y s i n e x p e r i e n c i a l a b o r a l . : sec-
-
tor que nunca habra p a r t i c i p a d o e n l a v i d a p r o d u c t i v a .
Al
emplear a e s t e sector se e x t i e n d e l a p o b l a c i ó n económicamente
a c t i v a por l o c u a l se a m p l i a también l a o f e r t a de t r a b a j o ; l a
misma d i n á m i c a de l a m a q u i l a d o r a incrementa l a p o b l a c i ó n a l
a t r a e r m i g r a n t e s a e s t a s i n d u s t r i a s , fenómeno que e l e v a e l
mlnimo de d e s e q l e a d o s .
1
XVIII
Entendemos que e l t r a e r p l a n t a s m a q u i l a d o r a s a l a f r o n t e
r a n o r t e no t e n f a como p r i n c i p a l p r o p ó s i t o d i s m i n u i r e l p r o b l e
ma d e l desempleo, s i n o reducir l o s costos d e producción
.
La
f u e r z a d e t r a b a j o s e l e c c i o n a d a e n t o n c e s , f u e a q u g l l a que se en
c o n t r a b a en abundancia y a l e j a d a d e l a e s f e r a económicamente
p r o d u c t i v a : L a s mujeres j ó v e n e s r e p r e s e n t a r o n a l i g u a l q u e e n
e l s i g l o X I X e l gran h a l l a z g o p a r a e l c a p i t a l ,
Para 1 9 7 9 cer
-
c a de un m i l l ó n de mujeres en los p a í s e s s u b d e s a r r o l l a d o s t r a bajaban e n l a s o p e r a c i o n e s de ensamble para l a e x p o r t a c i ó n
,
es d e c i r , l a m i t a d d e l t o t a l de m u j e r e s t r a b a j a n d o en l a i n 6 u s
t r i a manufacturera.-
Por su p a r t e ,
en M é x i c o e l 8 0 p o r cien_
t o aproximadamente de l a f u e r z a de t r a b a j o t o t a l empleada en
l a i n d u s t r i a maquiladora son mujeres.-3 /
D e manera s i n g u l a r ,
en 10s P a r s e s s u b d e s a r r o l l a d o s se e n c u e n t r a ; u n a ?nano de o b r a
femenina e n abundancia, más b a r a t a que l a masculina y con a t ri
butos s o c i a l e s que p e r m i t e n ejercer sobre e l l a un mayor coh-
trol.
E l c a s o de l a a l t a r o t a c i ó n en e l t r a b a j o es s i g n i f i c a -
tivo de l o anteriormente dicho.
Para e l c a s o de M é x i c o , a l
i g u a l que otros estudios r e a l i z a d o s en o t r a s p a r t e s , l o s pro&
d i o s de d u r a c i ó n e n e l empleo son d e t r e s años; a h en indu.st r i a s modernas de t e c n o l o g í a avanzada y predominantemente feme
n i n a s , se ha v i s t o
que l o s p e r l o d o s d e d u r a c i ó n han sido de
c u a t r o y c i n c o años.
2.-
3.
Ibidem.
-
S e c r e t a r l a de Programación y Presupuesto.
“Estadísticas
Sobre l a I n d u s t r i a Maquiladora de E x p o r t a c i ó n ” , 1 9 8 0 .
-
!
XIX
I
L a s ramas p r o d u c t i v a s que e s t a n en l a vanguardsa en cuan
a
to
a v a n c e s t e c n o l b g i c o s , han s i d o l a i n d u s t r i a e l é c t r i c a
y electr6nica,
seguida por l a i n d u s t r i a t e x t i l .
Así, e l ensam
-
ble, p r o c e s a m i e n t o o f a b r i c a c i ó n de a p a r a t o s e l é c t r i c o s o elec
-
t r a n i c o s , d e s d e r e l o j e s d i g i t a l e s y televisores h a s t a s i s t e m a s
g u i a d o s de, m i s i l e s , j u g u e t e s , ropa, c a l z a d o , p a r t e s de automó-
v i l e s , etc.,
es l l e v a d o a c a b o por f i l i a l e s d e g r a n d e s corpo-
r a c i o n e s en d i v e r s a s p a r t e s d e l mundo.
E l c a p i t a l i n v e r t i d o d e l a s p l a n t a s m a q u i l a d o r a s es r e l a
t i v a m e n t e b a j o e n comparacidn con e l de l a s p l a n t a s e s t a b l e c i d a s en l o s p a l s e s d e o r i g e n , dado que e s t á o r i e n t a d o c a s i exc l u s i v a m e n t e a l a u t i l i z a c i d n i n t e n s i v a d e l a mano de o b r a .
Algunos e j e m p l o s pueden c o n f i r m a r e s t e hecho.
Mientras e l ca
p i t a 1 f i j o en l a s m a q u i l a d o r a s e n México para 1 9 7 4 , e r a d e
8 4 0 d ó l a r e s de i n v e r s i 6 n p o r t r a b a j a d o r , en Corea d e l S u r
e r a l a n i t a d d e l c o e f i c i e n t e e n i n d u s t r i a s para e l mercado
i n t e r n o , en Taiwdn e r a d e 1 , 5 0 0 d 6 l a r e s p o r t r a b a j a d o r , mient r a s q u e en E s t a d o s Unidos e r a c o n s i d e r a b l e m e n t e s u p e r i o r a
e s t a s c i f r a s . -4 /
E s t a s e n p r e s a s t r a n s n a c i o n a l e s se ven b e n e f i c i a d a s a l poder
reducir l o s costos de sus p r o d u c t o s y e x p a n d i r sus mercados.
Pa
-
r a e l g o b i e r n o y l a i n i c i a t i v a p r i v a d a l o c a l , l a i n s t a i a c i b n de
4.
-
Raúl T r a j t a n b e r g " T r a n s n a c i o n a l e s y Fuerza de T r a b a j o
en l a P e r i f e r i a .
Tendencias Recientes a l a I n t e r n a c io
nalizaci6n."
I n s t i t u t o L a t i n o a m e r i c a n o de Estudios
T r a n s n a c i o n a l e s , I L E T , No. 2, M e x i c o , D.F., 1 9 7 8 .
e s t a s p l a n t a s , l e s r e s o l v i ó momentánea y p a r c i a l m e n t e e l problema
d e l d e s e m p l e o , a s í que ambos se encargaron d e c r e a r una i n f r a e s -
t r u c t u r a f í s i c a , econdmica y en comunicaciones que f u e r a a t r a c t i v a
a l c a p i t a l extranjero.
L u g a r e s como T i j u a n a s o n e l p a r a í s o de
e s t a s empresas t r a n s n a c i o n a l e s p u e s t o que se encuentran en l o que
se denomina Zona L i b r e , s e p a r a d a s de l a economía d e l p a í s , d o t a d a s d e un r é g i m e n de e x c e p c i ó n donde se l e s g a r a n t i z a l a e x c e n s i ó n
d e impuestos, c e r c a n a s a los
E s t a d o s Unidos; con v e n t a j a s en co-
municacidn; b a j o costo d e t r a n s p o r t a c i ó n ;
con parques i n d u s t r i a -
l e s ; v i a b i l i d a d en e l f i n a n c i a m i e n t o l o c a l ; c o n insumos b a r a t o s ,
b a j o costo de l a i n f r a e s t r u c t u r a b á s i c a p a s u f u n c i o n a m i e n t o como
e l e c t r i c i d a d , t e l é f o n o , mantenimiento, mano de o b r a b a r a t a ;
sala-
r i o s b a j o s ; p r o d u c t i v i d a d a l t a ; mínimo a d i e s t r a m i e n t o r e q u e r i d o p o r
l a a c t i v i d a d productiva de los trabajadores; f a c i l i d a d
aduanera;
f a l t a de r e g u l a c i o n e s s o b r e c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o , s e g u r i d a d i n e
d u s t r i a l y c o n t a m i n a c i ó n d e l a m b i e n t e , y l a f a c i l i d a d d e n o r e s pt a r s i q u i e r a l a L e y F e d e r a l d e l T r a b a j o ; y además de u?a e s t a b-i
l i d a d p o l l t i c a y un c o n t r o l l a b o r a l a s € como l a d e b i l i d a d o i n e x i s t e n c i a de s i n d i c a t o s .
LOS
t r a b a j o s que se generan en l a i n d u s t r i a maquiladora,
son t r a b a j o s s i n c a l i f i c a c i h , son t a r e a s s i m p l e s , monótonas
y rutinarias.
Este t i p o d e t r a b a j o que c a r a c t e r i z a l a s o p e r a
-
cienes d e ensamble a n i v e l mundial p e r m i t e d e s a r r o l l a r l a des
-
t r e z a d e l traba-jador,
l o s g r a d o s de i n t e n s i d a d e n e l t r a b a j o
y e l c o n t r o l de l a p r o d u c c i ó n .
Cabe a c l a r a r que aunque e l
t r a b a j o e s simple, p r e s e n t a c i e r t o g r a d o de m i n u c i o s i d a d y de-
XXI
licadeza.
~l emplear e n f o r n a predominante f u e r z a de t r a b a j o
femenina ha s i d o una t e n d e n c i a d e l a s m a q u i l a d o r a s desde que
se i n i c i a r o n .
S e han c a r a c t e r i z a d o e s e n c i a l m e n t e p o r e l ein-
p l e o de g r a n
número de mujeres, señalando y argumentando que
p o s e e n unas c a r a c t e r l s t i c a s
"inherentes"
a l a m u j e r como
delicadeza, d o c i l i d a d y paciencia.
E s t a s M u j e r e s o b r e r a s , como todas aquellas
que t r a b a j a ,
son
v í c t i m a s no sólo d e l a e x p l o t a c i ó n s i n o también d e l a opresibn
.
Son e x p l o t a d a s en t a n t o que t r a b a j a d o r a s , como c u a l q u i e r
hombre obrero y o p r i m i d a s como mujeres.
I' l a
e x p l o t a c i ó n t i e n e que ver c o n l a r e a l i d a d económica de l a s r e l a c i o n e s c a p i t a l i s t a s d e c l a s e p a r a
hombres y mujeres, m i e n t r a s que l a o p r e s i b n se re
f i e r e a l a s m u j e r e s y a l a s m i n o r í a s d e f i n i d a d dentro d e l a s r e l a c i o n e s p a t r i a a r c a l e s , r a c i a l e s y c a p i 11
t a l i s t a s . L a e x p l o t a c i ó n es l o que l e s sucede a loso b r e r o s hombres y mujeres e n l a f u e r z a d e t r a b a j o ; l a
o p r e s i b n de l a mujer se debe a su e x p l o t a c i ó n como
t r a b a j a d o r a a s a l a r i a d a y también p r o c e d e d e a q u e l l a s
r e l a c i o n e s que d e t e r m i n a n s u e x i s t e n c i a d e n t r o d e l a
j e r a r q u í a p a t r i a r c a l s e x u a l : en t a n t o que madre t r a b a j a d o r a d o m é s t i c a y consumidora. L a o p r e s i ó n r a c i a l
l a s i t ú a d e n t r o de l a d i v i s i ó n r a c i s t a de l a socielidad a l l a d o d e su e x p l o t a c i ó n y o p r e s i ó n sexual. La
o p r e s i ó n i n c l u y e a l a e x p l o t a c i ó n p e r o r e f l e j a una
r e a l i d a d más c o m p l e j a . E l poder-o su i n v e r s a : l a
o p r e s i 6 n - d e r i v a d e l s e x o , l a r a z a y l a c l a s e , y es
t o se m a n i f i e s t a a t r a v g s de l a s d i m e n s i o n e s m a t e r i a
l e s como d e l a s demensiones i d e o l ó g i c a s d e l p a t r i a r cado, e l r a c i s m o y e l c a p i t a l i s m o . L a o p r e s i ó n r e f l e
j a l a s r e l a c i o n e s j e f a r q u i c a s d e l a d i v i s i d n sexualy r a c i a l d e l t r a b a j o y d e l a s o c i e d a d . 5/.
-
Si queremos e n t e n d e r e l p r o c e s o de toma d e c o n c i e n c i a d e
-/
5
Einsenstein, Z i l l a h .
op. c i t . p.34
XXII
l a m u j e r t r a b a j a d o r a tenemos que t e n e r c l a r o que e n e s t a socie
dad, no sdlo l a c l a s e s i n o también e l s e x o d e t e r m i n a l a c o n c f m -
-
y é s t a t i e n e i m p l i c a c i o n e s en e l p o t e n c i a l r e v o l u c i o n a
ci.a'
rio.
Las r e l a c i o n e s p a t r i a r c a l e s inhiben e l d e s a r r o l l o d e l a esen i
c i a humana. L a c o n c e p c i ó n de l a v i d a , m i e n t r a s no se superen
l a s r e l a c i o n e s p a t r i a r c a l e s , es muy d i s t i n t a s e n t r e hombre y
nujer.
"Las r e l a c i o n e s s o c i a l e s que d e t e r m i n a n e l p o t e n c i a l
p a r a l a c o n c i e n c i a r e v o l u c i o n a r i a d e l a mujer son mucho mas
complej as.
.
.'I
6/
-
La d i v i s i ó n sexual d e l t r a b a j o y l a sociedad determina
l a a c t i v i d a d d e l a g e n t e , sus p r o p ó s i t o s , d e s e o s y sueños de
acuerdo c o n su sex.0
b i o l b g i c o , e s t á e n l a base d e l p a t r i a r c a
do (una toma d e poder h i s t e i r i c a , por p a r t e d e l o s hombres so-
bre l a s m u j e r e s ) y d e l c a p i t a l i s m : "
d i v i d e a l o s hombres y a
'
l a s m u j e r e s y l o s c o l o c a e n sus r e s p e c t i v o s p a p e l e s s e x u a l e s
j e r a r q u i z a d o s además d e e s t r u c t u r a r sus d e b e r e s en r e l a c i d n
con e l d o m i n i o e s p e c í f i c o d e l a f a m i l i a y d e n t r o d e l a economía".
. -7/
,
.
Cuando l a m u j e r i n g r e s a en l a f u e r z a d e t r a b a j o , l a do
b l e j o r n a d a se h a c e más o b v i a . Además, como d i c e Z i l l a h
E i n s e n s t e i n , e l mantener a l a s m u j e r e s como un g u e t o d e n t r o
?e l a . f i i e r z a d e t r a b a j o
6.-.7
.-
Ibidem
Ibidem
mantiene
a l mismo
-
XXIII
tiempo un s i s t e m a d e c o n t r o l j e r á r q u i c o sobre e s t a s , t a n t o
s e x u a l como económico, l o que d e j a i n t a c t a l a j e r a r q u í a s e x u a l
de l a sociedad.
L a s m u j e r e s que l a b o r a n
dentro de l a fuerza d e t r a b a j o
a s a l a r i a d a s abarcan a c t i v i d a d e s d e p r o d u c c i ó n , r e p r o d u c c i d n y
cosumo. E s t a s además d e su t r a b a j o t i e n e n que desempeñar l a s
t a r e a s d e l hogar. Toda su v i d a e s t r a b a j o .
C o n v i e n e t e n e r c l a r a l a p r o b l e m á t i c a d e mujer , e x p r e s a d a en
este caso e s p e c í f i c o (obreras de l a s maquiladoras),
p a r a com-
prender l o s r o d e o s n e c e s a r i o s p a r a que l a c o n c i e n c i a d e l a
p a r t i c u l a r o p r e s i d n y e x p l o t a c i ó n se forme claramente.
L a e x p e r i e n c i a d e t r a b a j o s o c i a l amplla bruscamente e l ho.r i z o n t e femenino l i m i t a d o h a s t a e n t o n c e s a l o s i n s o l u b l e s problemas f a m i l i a r e s . La e x p e r i e n c i a d e t r a b a j o s o c i a l da l a o p o r t u
n i d a d d e que l a c o n d i c i d n f e m e n i n a no a p a r e z c a como "una cons e c u e n c i a i n e v i t a b l e d e una o r g a n i z a c i d n s o c i a l i n h m a n a , que
trasforma a l o s h m h r e s
en máquinas d e p r o d u c i r y a ( l a s muje-
res) "en r e p a r a d o r a s " d e e s a s máquinas. A l e n t r a r e n l a producc i ó n s o c i a l c a p i t a l i s t a , l a s mujeres descrubieron quienes eran
l o s r e s p o n s a b l e s , a gqe i n t e r e s e s s e r v í a r a e l m e n t e s u e s c l a v i t u d
8/
d o m é s t i c a . E s una l e c c i d n que no p o d í a n o l v i d a r " -
8.-
B r o y e l l e , C l a d i e . L a mitad d e l c i e l o . E l movimiento d e
l i b e r a c i d n de l a mujer china.Ed.
S. X X I ,
2a e d . México.
p.78.
1
¡HAY QUE SACAR LOS PEDIDOS!
(Proceso de trabajo)
--
Pues f í j e n s e muchachas que pedimos su cooperación, tene
-
mos que sacar un pedido y vamos a tener varios turnos.
No hay
manera de sacar l a producción más que cambiando a algunas de us
tedes a otros turnos.
Ustedes que son l a s que llevan más tiempo
con nosotros tienen que r e p a r t i r s e con l a s nuevas para acelarar
e l trabajo y sacar e l pedido.
Molesta Angela me comentaba
- h o tiene que poner sus condi
-
cienes a los j e f e s porque unas tenemos h i j o s y otras tienen que
atender a sus maridos.
¡Cada quién tiene sus cosas:.
Además,
lo que pasa es que habemos muchas antiguas en l a f á b r i c a y quie
ren que ya nos salgamos; se aferran l o s j e f e s diciendo que tene
mes que t r a b a j a r en otros turnos porque no puede ser de otro mo
-
do.
-Hace una pausa, buscando l a s palabras.
rEsto no es nuevo!
.
En una ocasión nos forzaron a varias de
nosotrasa t r a b a j a r durante cinco meses en e l turno de l a noche.
Por f i n un d í a pudimos hablar con e l gerente y nos volvi6 a po-
ner en nuestro turno.
YO f u í la que hable:. -Recordaba con una
-
sonrisa en l a cara, y despues de varios movimientos bruscos en e l
s i l l d n s e acomodó para seguir contando
E l gerente, se*
.
d i c e , no sabla que éramos l a s antiguas
l a s que estábamos en e l turno de l a noche.
E l era un americano
muy agradable que nos d i j o que s i teníams contrato de planta en
determinado turno no nos podían cambiar a otro turno.
2
Ibamos unas 20
D i a r i o íbamos a t r a t a r de hablar con él.
o 3 0 muchachas y yo l a s encabezaba.
Aunque no
IW
se expresar'muy
bien, todas decían que fuera yo l a que hablara: me echaron por de
l a n t e y tuve que hablar con 61. E l portero siempre nos decía que
e l gerente no estaba, que había salido
...ipuras
mentiras!
.
Fuimos ocho d í a s segui'do y por f i n me metí a l a fuerza y hablé
con e l gerente justo cuando i b a bajando de su o f i c i n a para i r s e a
su casa'tiei. otro lac".
;Ah señor, queremos hablar con usted,
todas estas muchachas estamos en e l turno de l a noche y nosotras
desde hace años trabajamos aquí pero en l a mañana.
-- A ver Angelita, trazgame a l a señora Socorro.- l e contestó.
-- Esta señora es l a j e f a de toda l a planta. Nada más de
pensar que tenía que t r a e r l a con e l americano me asustaba.
En e l
camino pensé que me iban a correr: que no era p o s i b l e qtie yo, una
operadora, l e d i j e r a a l a j e f a que viniera conmigo porque e l geren
t e l a quería ver.
Pensé en que me podían correr, pero también p-
sé en que s i me corrían me darían toda m i
quilizaba.
"feria".
Eso me tran-
Cuando llegamos a l estacionamiento donde estaban l a s
demás muchachas y e l gerente, Socorro se puso muy nerviosa y muy
colorada
--
.
;Estas muchachas son antiguas y tienen su turno y t ú me
l a s tienes de 1 0 de l a noche a 6 de l a mañana:
hiciste
eso?.
.
¿Por qué
¿No sabes t ú que tienen planta con un horario deter
-
minado, que no se pueden cambiar a s í como a s í a otro turno?, ¿Cómo
l e s haces esto a l a s muchachas que trabajan desde hace tanto tiem
PO
con nosotros?
- l e d i j o con voz muy enérgica e l gerente a Soco
-
4
3
r r o y continuó-
¡Desde mañana tienen ustedes t r e i n t a su turno
norma1,se l o s prometo:
--
Efectivamente
.
-comentó Angelita después de un suspiro-
gracias a Dios que nos cambiaron porque era mortal t r a b a j a r de no
the y l l e g a r en l a mañana a hacer de desayunar y arreglar l a casa
y t r a t a r dedormirun r a t o con ese ruideral comdn del d í a .
Angela e s t á agradecida con e l patrón,
La imagen del bueno,
En
del humana, e s t á asociada a l a personalidad d e l americano.
v a r i a s ocasiones me ha comentado que debería de cambiar a todos
l o s supervisores mexicanos por americanos, que esta idea e s compar
t i d a por muchas en l a f á b r i c a porque opinan que l o s mexicanos son
unos déspotas que no valen nada.
Coinciden en pensar que l o s ame
ricanos son más responsables, más considerados y sobre todo apre
cian y consideran a l a mujer,
-- Nunca
hemos tenido supervisores americanos pero s e que son
mejores porque l o s que han ido a La f á b r i c a , l o s ingenieros o l o s
coordinadores, son personas
"muy suaves".
// Eh una ocasidn l a s mu-
chachas l e hicieron l a propuesta a l gerente de cambiar l o s supervi
sores (mexicanos por americanos),
so de ser americano
" e l sonrió sintiéndose o r g g l l o
-
"a ver que podemos hacer contestó".
Y nunca
s e hizo nada.
Es evidente que no hay ningún interés por parte de l a empresa
en cambiar supervisores.
Hay que mantener l a reputación de
"americano considerado"
y un supervisor
ser considerado,
pocas veces puede
además es muy a l t o e l s a l a r i o en dólares que
se l e pagaría a un supervisor estadounidense.
Por o t r a parte,
para c[ué dar p i e a que l o s trabajadores entiendan que no e s un
problema de nacionalidades sino una cuestibn propia de l a organización del t r a b a j o .
Angela es una mujer muy activa, mientras habla se mueve de
un lado a o t r o .
Parece que sus años de t r a b a j o en l a maquiladora,
ensamblando cassettes, han dejado huella en su ritmo de vida.
-- Normalmente me
levanto a l a s 5 de l a mañana, me a r r e g l o ,
tiendo m i cama, me desayuno un café 6 un licuado y me voy junto
con o t r a s s e i s compañeras en e l carro de Margarita.
E l l a nos co-
bra l a gasolina y un poquito más por e l s e r v i c i o .
Apenas llegamos checamos t a r j e t a .
cada quién t i e n e que l l e v a r .
Y nos ponemos l a bata que
Linpiamos l a s máquinas y nos cubri-
mos con p l á s t i c o l a s piernas porque hace mucho f r i o .
E l techo es
de lámina y tenemos que l l e v a r abrigo y sweater porque en tiempos
de f r í o no s e puede aguantar.
mo un horno-
En tiempos de c a l a r aquello es co-
En l a f á b r i c a he tenido dos puestos d i s t i n t o s .
El
primero fue ensamblar l o s cassettes, ponerles todo adentro de l a
cajita.
A nosotras nos dan l a s partes y l a c a j i t a de cassette.
Uno está sentada frente a l a máquina, se abre e l cassette y se
separa cada cara, después con un f i e r r i t o chiquito se encajan unos
c l a v i t o s en cada base; junto tenemos un rollo grande de c i n t a de
una base que g i r a y que se mueve con dos botones. Se j a l a l a
cinta y se enreda.
Esos vienen a ser l o s r o l l i t o s que tienen
adentro de l o s casettes, l a c i n t a en donde s e graba.
pueden ser de 3 0 , 4 0 , 4 5 , 6 0 , 9 0 y 110 minutose s m y rápido, cuestión de segundos.
Los r o l l o s
Enrredar l a cinta
Cuando ya se ha enrredado,
l a máquina s e para, en ese tiempo uno ya debe de haber preparado
5
e l cassette que l l e v a
y algodón.
"tin",
"roles",
"negativos",
nplacas",
E l tiempo en que l a máquina enrreda l a cinta va-rla
según e l t i p o de cassette, s i es de 3 0 minutos, no dura nada y no
se alcanza a preparar e l cassette, de 6 0 minutos en adelante s i se
alcanzan a preparar, pero todos se tienen que hacer muy rápido,
como d i j e , e s cuestidn de segundos.
'pucha'
Cuando se para l a máquina se
un b o t h y se corta l a cinta, mientra se quita e l r o l l i t o ,
se pone a hacer otro r o l l i t o y l o ensamblamos inmediatamente; se
c i e r r a e l cassette y l o pone en l a caja de salida y se vuelve a
preparar o t r o cassette en unos cinco segundos.
Yo hacía todo e l
cassette y l o fba empacando en cajas de 100, bien .acomodaditos por
c
que como todavía no están pegados o atornillados se pueden desha
ter
.
Hay una surtidora por l í n e a , y todas l a s que hacen este tra-
bajo en l a fábrica son mujeres, ésta recoge cada c a j a l l e n a para
pasarla a l a prensa para que varias muchachas l e peguen o l e s pon
gan l o s t o r n i l l o s .
A cada c a j a se l e pone una nota con su ndmero
y con eso se sabe quién l o s hizo, y s i sale alguno malo l o retachan
y l o tenemos que volver hacer,
¡ E l trabajo es muy mondtono!
Yo
hacía más de 800 cassettes d i a r i o s , aunque variaba e l ndmero según
l a medida d e l cassette.
Angelita t r a b a j a diez horas d i a r i a s excepto l o s viernes que
se r e t i r a facinada dos horas antes, cumpliena as5 sus 48 horas
de trabajo.
E s común que e l l a haga más de 800 cassettes d i a r i o s ,
pero suponiendo que solo h i c i e r a esos, nos impresionamos a l ver
6
que logra hacer todos esos movimientos necesarios para hacer un
cassette en solo un minuto con veinte segundos,
lido,
6
-
Movimientos
Aquellos movimientos de p r e s t i d i g i t a c i ó n qm s e asemejan
a l o s de un mago y que nos hacen pensar en aquella conocida f r a s e
de que l a s manos son mds rápidas que l a v i s t a .
-Algunos
cassettes llevan grasa y esos se tardan más porque
con e l mismo f i e r r i t o hay que ponerles M poquito de grasa.
continua Angela-.
-
También depende d e l grado d e l cassette, es de-
c i r , de l a calidad.
En unos, l a cinta tiene que ser b r i l l o s a por
un lado y opaca por e l otro lado; s i l a cinta e s t á doblada o tant i t o rayada no puede pasar y entonces uno s e tarda más.
Hay otras
cintas menos delicadas y esas son mds f á c i l e s y podemos hacer muchísimos más cassettes.
Eh ocasiones nos llegaban a pedir 1 0 0 0
cassettes de l o s f i n o s y l o s sacábamos y ganábamos más dinero,
pero ahora no es l o mismo porque desde l a primera devaluación en
1 9 7 6 empezamos a ganar en p l a t a
*
y además ahora ya estamos cansadas.
D u r e 7 años ensamblando cassettes, y estuve haciendo horas,
d í a s y años l o mismo.
Me cansé tanto que pedf m i cambio.
Estaba
tan cansada que sentfa que me revantaban l o s pulmones, A veces
llegaba llorando a m i casa del dolor, Fuí con un mgdico particul a r y me d i j o que estaba muy cansada, que s i seguía trabajando en
l o mismo me iban a reventar l o s pulmones.
Eh e l Seguro Social no
me hacían caso, decían que no tenía nada, no me hicieron nada,
*
En pesos mexicanos.
!
7
n i siquiera se preocuparon de sacarme r a d i o g r a f l a s .
Ya no podía ensamblar cassettes, c a s i no hacía nada y me da
ba pena porque yo era una de l a s mds rápidas, era l a que más pro
duda.
Cada d í a hacía menos, as1 que hablé con mi supervisora y
me d i j o que e l l a no podía hacer nada, que hablara con e l j e f e de
producción,
Me d i j o que i b a a hacer todo lo posible por cambiar
-
me, que s i e l j e f e de empaque aceptaba y tenfa lugar me cambiaría.
Lo a r r e g l b todo y a l d í a siguiente me cambiaron a empaque.
entonces sigo a h í .
Desde
Yo estaba muy contenta del cambio porque en
e s t e trabajo, como era nuevo, tenía menos tiempo de pensar en ot r a s cosas que no fuera e l trabajo.
pensar cosas malas y buenas,
Ensamblando casettes podía
s i no me hablaban mis compañeras pen
-
saba en mi v i d a , en mis h i j a s y en muchas cosas y . . . ~ d a r l e vueltas a l mism asunto no e s bueno!
.
A veces pensaba en m
i vida de
a t r á s y me angustiaba mcho de no tener a todos mis h i j o s .
Eh
ocasiones pensaba, o más bien soñaba, en que o j a l á yo pudiera dar
l e s l o mejor a mis h i j o s , en ganar más y tener más para mis h i j o s .
Para A n g e l i t a pensar en e l pasado e s un martirio, l a invade
constantemente l a n o s t a l g i a de sus h i j o s que no estan con e l l a y
-
l a angustia de l a soledad.
frecuentemente l a golpeaba.
Se cas6 muy joven con un hombre que
Después de varias separaciones tomó
l a decisión de i r s e fuera de Comala, Colima con sus t r e s h i j o s .
E l d í a que se i b a su esposo l a sorprendib y l e quit6 a sus dos
h i j o s , l o s mds chicos s i n d e j á r s e l o s ver por muchos años.
t6 a m i h i j a que tan s o l o tenía diez meses”.
“Me qui-
Se fue a Tepic con
8
su h i j a l a más grande y después, en busca de mejores oportunidades
de t r a b a j o , se vino a TiJuana a t r a b a j a r en l a mqquiladora.
--
En l o s buenos tiempos de l a f á b r i c a estábams 1 , 6 0 0 muje
r e s haciendo cassettes y había gran competencia entre nosotras, no
nos queríamos d e j a r de l a s demás.
Comíamos en 1 0 minutos, en l u -
gar de 5 0 , para hacer más cassettes que l a s compañeras.
Yo tenía
muy buen record, nos llevaron a comer v a r i a s veces como premio a
l a s de m i l í n e a ,
cansada.
En ese entonces no me d o l í a nada, no me sentía
A l principio ganaba $ 18.99 ddlares por semana, des-
pués $ 2 6 . 5 0 ,
luego $ 3 6 . 0 0 y $ 5 6 . 0 0 ddlares y después de l a deva
-
luacidn empezamos a ganar en pesos,
Todos nos enojamos mcho por-
que preferíamos ganar en ddlares, pero e l l o s decían que ya no l e s
convenía,
Yo siempre he cooperado con l o s j e f e s y l o s gerentes de l a
f á b r i c a , siempre hacía horas extras y producía mucho; ahora ya no
puedo y no me pueden o b l i g a r .
Y aunque me pidan horas extras ya
no l a s hago, ya no puedo, me siento cansada,
Necesito e l dinero
de l a s horas extras pero necesito más m i salud.
departamento de empaque.
do,
Ahora estoy en e l
Yo empaco e l cassette que ya va etiqueta
-
l o empaco según como l o pida e l c l i e n t e .
E l que hace e l pedi
-
do manda desde e l grano de p l á s t i c o con e l qiut se va a t r a b a j a r .
Mandan l a mezcla, l a etiqueta, l a bolsa s i lo quieren en bolsa o
l a c a j i t a s i lo quieren
“engomado”.
También mandan e l papel con
e l que forran l a s c a j i t a s del cassette- Sale l i s t o para venderse.
I
9
Actualmente mi t r a b a j o consiste en poner e l carten que lieva l a c a j i t a en donde va e l cassette.
Esa c a j i t a donde se anotan
l o s nombres de l a s canciones que l l e v a e l cassette.
Pongo miles
Hago 95 y hasta 100 cajas de 2 6 0
y miles de cartoncitos d i a r i o .
cassettes.
O sea
, pongo
entre 2 5 , 0 0 0 y 2 6 , 0 0 0 cartoncitos d i a r i o s .
aburro, me enfado y reniego.
re ayuia l a
"okis"
Me doy mis vueltas a l baño.
y l a supervisora.
ron en un t r a b a j o qLy3 no hago yo.
las cajitas.
Me
A veces
Ayer por ejemplo, me pusie
-
Me pusieron a poner cassettes en
Ese trabajo no l o se hacer yo como es debido.
La
supervisora me puso ahí porque no me quise cambiar unos días a l
turno de l a noche.
De castigo me pusoa hacer este trabajo.
No ten-d
cp práctica a s i que t r a b a j o muy lento,aunque ala: máquina se l e puede controlar l a velocidad, y yo paraba l a máquina porque no me daba abasto.
La supervisora sabía que no i b a a s a l i r l a producción
a ese ritmo, y ese pedido urgía.
r a muy
'carrilluda'
*
Entonces me pusieron a una seño
-
y e l l a prendía l a máquina cada vez que
yo l a apagaba, además ponía una velocidad más rápida, tenía que
trabajar a s u r i t m o porque e s trabajo en equipo.
E l l a me di6 mucha
c a r r i l l a , pero Dios es grande, aprieta pero no ahoga
da l a producci6n...ihicimos
e l primer d í a !
.
.
86 cajas de-260 cassettes:
Me d i j o l a supervisora,
Sacamos to-
... leso
en
¿no que no podías?.
I S i , l e d i j e , pero preghtame como estoy, ya no aguanto l a espal-
da, parece que me va a reventar.. .!
A e l l o s l o que l e s irrporta e s sacar e l pedido, ayer v a r i a s
muchachas se tuvieron que quedar a trabajar de 4 de l a tarde a 2
*
-
Una persona que trabaja muy rápido.
'10
de l a mañana. Afortunadamente en 4 d í a s voy a volver a m i máqui-
ma a poner cartones<-a tias c a j i t a s .
E l trabajo puede parecer f á c i l , sobre todo s i
la
.rabajando.
uno ve a Ange
Los movimientos son exactos y coordinados; no hay
ninguna confusidn en e l orden de l a s operaciones.
Esa rapidez y
precisibn asombra y hacen suponer a l observador que l a operación
es s e n c i l l a y descansada.
Basta t r a t a r de hacerlo con l a misma
rapidez con l a que t r a b a j a Angelita para comprender que l a a c t i v i dad e s mnbtona, minuciosa y agotadora.
moderno
,
a cesado de ser creador.
"El trabajo, único Dios
E l trabajo sin f i n , i n f i n i t o ,
*
corresponde a l a vida s i n finalidad de l a sociedad moderna".
---
Tengo que t r a b a j a r rápido aunque sude y me duela l a espalda:
s i no l o hago rápido, no saco e l estandar y me pongo muy nerviosa.
En varias ocasiones he tenido ganas de g r i t a r y dejar todo, de empezar otro t r a b a j o y no seguir haciendo l o mismo: pero a mis 4 2
años es muy d i f í c i l conseguir o t r o trabajos AqUi en Tijuana hay
pocas oportunidades para l a s mujeres, sobre todo s i sólo estudia-
mos l a primaria y corns v i e j a s . En l a s f á b r i c a s y en l a s tiendas
prefieren muchachas jovencitas, y más en l a s tiendas, ah€ escogen
puras bonitas y bien vestidas.
Podría t r a b a j a r en casa pero es muy duro y pagan muy poco,
as€ que segui&
haciendo cassettes y controlando mis nervios para
mantener m í puesto.
*laberinto
p.184.
de l a soledad. Ed. F.C.E.
Mgxico,1982
11
Efectivamente Angela se considera v i e j a para este t i p o
de trabajo, efectivamente tiene pocas oportunidades de trabaj o y ésto l a ha obligado a mantenerse callada y trabajando
aún cuando en e l fondo l o que quiere es g r i t a r y abandonarlo
todo
p
.
Casi ninguna de l a s tareas que ha realizado Angela y que
realizan l a s demás mujeres que trabajan en l a maquiladora implican un d e s a r r o l l o de l a capacidad intelectual y creativa;
basta seguir un proceso repetitivo como e l de Charles Chaplin
en
tiempos modernos"; apretar una,cien y m i l veces un ti-
JI
po especial de tuerca.
Este t i p o de actividad limita l a creatividad y por l o
m i d es poco valorada, sin embargo l a obrera sigue siendo
un ser humano potencialmente creativ6 y esto es l o que permit e que abn con l a monotonía d e l trabajo logre hacer inovaciones tecnol6gicas. En este tipo de trabajos l a mujer se convierte en un -ser disciplinado".
Sistematizando su vida en base
a horarios muy e s t r i c t o s . Horarios de entrada, horarios de
salida, de comida, de descanso. Se tienen que adaptar a un
sistema de vida y a l a reglamentación de una empresa. Esto,
por supuesto, no es exclusivo de l a maquiladora, esto sucede
con todos l o s obreros e incluso burócratas y es considerado
un funcionamiento necesario y requerido por cualquier t i p o de
empresa. Estos trabajos repetitivos y monótonos que se r e a l i zan en l a s maquiladoras con realizados prkncipalmente por mujeres, y van desde v e s t i r mñecas, pegar cuellos de camisas,
12
contar cupones, ensamblar juguetes, hasta preparar substancias quimfcas y soldar s o t i s f icadas piezas electrónicas o
-- Escucha - Me
d i j o Elena, una muchacha risueña de 2 4
años- todos l o s trabajos en l a s fábricas son bien enfadosos,
y t e lo digo yo que tengo mis buenas experiencias. La mayorSa
de l a s muchachas trabajamos por necesidad, unas cuantas por
s a l i r s e de su casa yganar su dinerito para sus oosas, pero d u b
alguna io h g a por diversión o porque i e facine e l trabajo i no mujer,
eso solo en p e l í c u l a s : .
Oíme bien, en una ocasión estuve traba
-
jando en una fábrica donde hacíamos muñecas de trapo con cabeza
de p l á s t i c o ,
Las muñecas tenían l a cabeza de aquella cerdita tan
famosa de l a t e l e v i s i ó n .
d a n l a s muñecas.
Era una f á b r i c a nueva donde sólo se ha-
Yo tenía que v e s t i r a l a s cerditas que iban pa
-
sando en una banda e l e c t r i c a que caminaba bien rápido; tenía que
bajar l a muñeca, v e s t i r l a y volverla a subir a l a máquina.
No me
acuerdo e l número de muñecas que vestSa d i a r i o pero puedo asegurar
que eran miles, tantas que en varias ocasiones soñaba que me atacaban -y me mataban.
HabLa que ponerles su roponcito desde e l c u e l l o hasta abajo
y abrocharle dos botones bien chiquitos, por c i e r t o , estas muñecas
dicen adiós y lloran.
Nunca tuvimos un estandar f i j o tensan que s a l i r todas l a s mu
ñecas que a e l j e f e s e l e ocurrieran-
Todas l a s muchachas estdba
-
mos paradas en una especie de cSrculo y l a banda daba vueltas; unas
agarrábamos l a s muñecas para v e s t i r l a s , l a s otras l e s hacían otras
cosas.
El t r a b a j o era tan rápido que bien seguido se nos amntona-
ban, y cuando esto sucedia enseguida llegaba e l supervisor a rega-
13
*ñarnos y nos poníanios
más nerviosas.
Este trabajo no me gustaba,
i .
me dolían mucho l a s manos y d i a r i o se nie despellejaban par l a r a pdez con l a que trabajaba.
Me dolían tanto l a s manos que cuando
l l e g a b a a mi casa no podía.hacer e l
'quehacer', no podía n i cam-
biar a m i hijo.
Un día ya no aguanté y l e d i j e a m i supervisor que ya no
i b a a t r a b a j a r , que ya no aguantaba l a s manos.
"no ves que a tus compañe
espérate hasta l a hora de l a s a l i d a ,
r a s se l e s va a amontonar".
No, me d i j o ,
!No l e hace! - l e contesté-
De cual
-
quier manera t r a t é de seguir trabajando pero i b a muy lenta porque
me dolían mucho l a s manos, ya no l a s aguantaba.
v i e j o ' y me d i j o
-¿por qué t i e n e tantas muñecas acumuladas?-
que no puedo t r a b a j a r , l e contesté
Es l o que voy a hacer.
e
.
Pues renuncie
Es
-ne d i j o -
Nada más l o estaba esperando a usted para
presentarle m i renuncia.
fuí.
En eso l l e g b ' e l
Enojada l e dejé ahí l a s muñecas y ne
No aguanté más que un mes.
n e n a ha pasado por cinco d i s t i n t a s maquiladoras y , siempre
ha renunciado porque l o s t r a b a j o s l e parecen muy cansados y l e
dañan l a salud.
Es muy activa y critica, todo e l d í a se mueve y
discute, e s un manojo de
nervios.
Por e l contrario Angela e s
cautelosay-tranquila, mantiene l a esperanza de que algún d í a se
va a casar con un hombre adulto que l a saque d e l t r a b a j o y se pue
da dedicar a sus cuatro h i j o s y a su casa.
Elena asegura que ha
podido abandonar su t r a b a j o porque
t i e n e un esposo t a x i s t a que puede mantenerlos s i n que e l l a trabaj e pero Angela en cambio, no puede plantearse d e j a r l a maquiladora
14
porque desde hace 14 años que l a abandonó su esposo.
Desde esos
años ha trabajado para mantener a sus-hijos y sacarlos adelante.
Cuando se habla de sacar a sus h i j o s adelante se r e f i e r e a darles
buena alimentación y una educación para que no tengan que ser
obreros como e l l a .
E l caso de Gabriela e s muy d i s t i n t o a l o s dos anteriores,
e l l a es una joven soltera de 25 años.
f á b r i c a por á g i l y trabajadora.
Se ha caracterizado en su
E l l a , a l igual que Elena y Angela
son migrantes y se vinieron a Tijuana en busca de empleo.
Gabriela
recuerda sus años dedicados aitrabajar en varios puestos dentro de
l a misma f á b r i c a .
-- A
l o s t r e s días de estar en Tijuana una amiga me l l e v 6 a
buscar t r a b a j o .
En l a primera f á b r i c a donde l l e g u é estaban bus-
cando trabajadoras a s i que enseguida me dieron l a solicitud.
Me
acuerdo que s a l i ó e l gerente de su o f i c i n a y ne preguntó que de
ddnde venía y también q w cuál era m i edad.
Yo l e d i j e l a verdad,
l e d i j e que tensa quince años recidn cumplidos y que acababa de l l e
gar de Acaponeta
tiempos-.
-comenta Gabriela contenta de recordar aquellos
Me d i j o que
r[cj
i b a a aceptar aih cuando estaba muy chi
-
E l me llend l a solicitud y me d i j o que mandara
cq para t r a b a j a r .
pedir m i c e r t i f i c a d o de primaria y m i acta de nacimiento a m i pueblo.
En v a r i a s ocasiones me d i j o que s i alguién preguntaba m i
edad yo tenía que d e c i r l e s que tenía 16 años, porque s i no i b a
a tener problemas
.
Estaba muy nerviosa, tenía miedo de no poder hacer l o que
e l l o s me iban a pedir.
Me llevd con l a .supervisora y e l l a me ense-
15
50 10 que i b a
hacer.
Era una f á b r i c a electrdnica donde hacíamos
partes para aviones y muchos aparatos muy complicados.
Eramos coI -
mo 3 0 0 trabajadores pero solo trabajaban 12 hombres.
bajando en e l departamento de
"Prueba f i n a l "
de r e c t i f i c a c i o n e s
y me tocaba probar unas unidades llamadas diodos.
probar e l v o l t a j e y c l a s i f i c a r l o s .
ve cerca de t r e s años.
Empecé tra-
Les tenía que
Haciendo e s t e trabajo estu
-
Despues nie mandaron a l departamento de
t o r n i l l o s donde tenía que marcarlos, se@n e l tamaño y e l tipo
de t r a b a j o que se r e a l i z a r a .
En v a r i a s ocasiones me tocaba también hacer l o s t r e s tipos
de t o r n i l l o s que l a f á b r i c a producía, l o s t o r n i l l o s los hacfamos
por molde y cada modelo necesitaba d i s t i n t a soldadura.
Para esas
fechas yo ya sabfa hacer c a s i todos l o s trabajos de cada puesto
porque seguido nos cambiaban para que aprendiéramos a hacer todo,
por s i e l d í a de mañana f a l t a b a alguna de l a s muchachas.
Fue una
l a r g a temporada en que un d í a hacíamos cinco o s e i s trabajos d i s tintos.
Eh esos d í a s no me aburría porque todo e r a nuevo.
puds, me pasaron a ensamble de r e c t i f i c a c i o n e s .
Des-
Ahí tenía qve
montar l a unidad y pasarla a l horno para que se soldara.
Este
trabajo se hace por banda pero afortunadamente corre muy despaci
to, c a s i no nos desesperdbams porque trabajábamos a un ritmo
-
tranquilo.
Ahf dure un año y s i e t e meses.
de químicas.
Después me pasaron a l cuarto
En e s t e departamento tenía que hacer revolturas de
ácidos y era muy peligroso porque no teníamos todo e l material de
seguridad.
Trabajaba con varios ácidos como e l n í t r i c o , s u l f ú r i -
co, h i d r o f l d r i c o , hidroclbrico, acético también trabajamos con
I
16
t r i c l o r o e t i l e n o , acetona, n i k e l , fre6n y otros.
r
Respiraba
vapo-
r e s de esos ácidos por muchas horas y como en ocasiones l o s extrac
tores no servían me mareaba mucho.
En una ocasión me tuvieron que
incapacitar por cuatro meses porque estaba toda impregnada de
l o s químicos. Me hicieron varios lavados en e l Seguro y me
,. dijeron
que ya no podía t r a b a j a r con e l l o s .
e l estomago. y
l a cabeza me
dolía
Me ardía mucho
mchísim.
Cuando volví
a l trabajo entr'e de nuevo a l cuarto de l a s químicas y sentí que
me iba a desmayar y me
v o l v í a sentir enferma, por eso pedí m i
cambio a otro departamento.
Hastia l a fecha e l cuarto no tiene
buenos extractores y pocos d í a s sirven, no se como siguen traba
jando varias muchachas ahf, pues no han mjorado l a s condiciones
y l a s medidas de protección, segurameiite e l l a s van a padecer l o
que yo padecí.
Ese trabajo con ácidos es muy delicado y peligro
-
so pues s i no se hacen bien l a s mezclas l o s químicos pueden e#plotar.
Todo se tiene que hacer con r e l o j y con medidas.
A pe-
sar de que e s muy riesgoso y de que necesita estar capacitada pa
-
r a hacer
ese trabajo, pagan l o m i s m o que en cualquier puesto y
n i siquiera reconocen l o importante de ese trabajo.
En una oca
-
sidn hubo una explosibn y se quemaron dos compañeros. Afortunadamente l e s quitaron l a ropa enseguida y los lavaron, y por eso no
se vemaron mucho, s i l e s hubiera caido, aunque sea una gota, a
l o s ojos se hubieran quedado ciegos.
Una de l a s medidas de pro
-
.
tección que teníamos eran l a s mascarillas, pero muy poco tiempo
l a s usábamos porque nos acaloraban bastante
muy encerrado
.
PUES
e l cuarto e s t á
17
Con e l cambio entré entonces a l departamento de empaque.
Yo tenfa que poner una marca a cada producto, l e ponfa l a fecha
Haciendo eso duré solamente un año porque e r a
y una numeración.
muy aburrido y muy cansado.
para no equivocarse.
Se tenía que estar bien concentrado
S i yo me equivocaba tenía que poner a t r a
bajar como a s i e f e personas para reparar e l error.
Estas perso-
nas tenían queborrar l a placa antes de que se secara y volverla a
numerar
.
Después entre como
con microscopio.
raeeánica a l departamento donde se solda
Pude l l e g a r a s e r l o porque propusieron l o s geren
-
t e s de l a f á b r i c a preparar a v a r i a s personas para mecánicos.
Nos
inscribimos unas 23 personas, seguimos los cursos, practicamos y
solamente a t r e s nos dieron e l puesto.
Aquellos que hicimos mejor
l a prueba y qde tenfarnos buen carácter como para ser mecánico.
l o s t r e s mecánicos yo soy l a bnica mujer.
f á b r i c a checo l a t a r j e t a y
De
Ahora cuando l l e g o a l a
r
e pongo l a bata, después voy a a b r i r
l a s l l a v e s de l a s máquinas, l a s l l a v e s de nitrógeno y l a del agua.
Prendo l a s máquinas y e l a i r e acondicionado.
Es muy importante checar que estén abiertas l a s l l a w s del
agua y del nitrógeno porque s i empiezan a tEabajar l a s máquinas y
l a s l l a v e s están cerradas se queman.
y me pongo a t r a b a j a r .
descompuestas.
Después checo mi herramienta
Arreglo todas aquellas máquinas qrre estén
Eh ocasiones cuando no he podido canponer una cosa,
l a t r a t o de inventar y s i no l e pido ayuda a otro t6cnico y ahf
nos quebramos l a cabeza parava: como l a s componemos,
i31 ocasiones me siento tan cansada de pensar cómo comDonerla
i
18
que me tengo que s a l i r a tomar a i r e para volver a entrar a pensar.
E l trabajo nunca e s monótono pero tiene peligro porque me puedo
quedar pegada a una máquina s i no nie acuerdo de desconectarla antes de empezar a *oomponerla,
S i se me olvida me puedo hasta morir,
Cuando t r a b a j o no puedo pensar más qu= en e l trabajo, me ten_
go que concentrar, pero cuando no estoy componiendo ninguna mdqui
na estoy más tranquila y pmdo pensar en otras cosas.
Entre l o s mismos mocdnicos hay competencias, pero c a s i siem
pre nos ayuiamos.
Las herramientas con l a s que trabajamos son
bien v i e j a s , no es herramienta nueva, son l a s que sobran de otros
dkpartamentos.
Eh ocasiones no tenems toda l a herramienta que se
necesita y tenemos que i r a o t r o departamento a pedir algo prestado o de plano agarrarlo de otro lado para po'&er t r a b a j a r .
hemos conseguido l a herramienta,
todo l o que tenemos en l a
Así
Cada mes hacemos inventario de
'fábrica.
E l t r a b a j o no es aburrido porque siempre se hacen cosas nue-
vas y corno sea uno aprende constantemente, s i n embargo para ser
mecánico se necesita un carácter especial porque tratamos directa
mente con muchas personas; tienes que darte a respetar sino se l a
pasan vacilándote.
Por ejemplo, l a s otras trabajadoras t e dicen
que su mdquina está descompuesta y l a verdad es que e s t á bien y
l o que quieren es parar de t r a b a j a r un r a t o .
Trato con muchas per
-
sonas, somos como 6 0 en e l departamento y solamente son 6 hombres.
Para m i es más f á c i l t r a b a j a r con hombres que con mujeres, porque
con mujeres hay más p l e i t o s y discusiones.
M i puesto en l a f á b ri
ca me a creado alqunos problemas porque como yo no tengo supervi-
I
sor, no tengo quién me d i r i j a o quién me mande, me tienen envidia.
Parece que uno no puede tener todo en l a vida, ahora gano más y
e l trabajo es interesante pero me he ganado l a envidia de muchas
persona s.
Gabriela, goza de una posición especial
bajadoras de su planta.
l a s tra
-
entre
E l trabajo que d e s a r r o l l a es múcho me-
nos enajenante que l a mayoría de l o s que se realizan en l a s maqui
ladoras y mejor pagado,
Pero pocas son l a s que tienen esa posi-
b i l i d a d y no se ven perseguidas por l a angustia d e l estandar, l a s
llamadas de atencidn del supervisor y e l aburrimiento por l a mohotonfa.
Las p o l í t i c a s de empleo de personal varian de fábrica
a f á b r i c a y también dependiendo del departamento del que se trate.
En l a misma planta donde Gabriela trabaja son pocas l a s que
pasaron por tantos puestos distintos. úes interesa capacitar a
unas cuantas hraba7jadoras y.que sepan rea$izar todas l a s ope-racioRes por s i en alguna ocasidn tienen que remplazar a una empleada
-
que f a l t e ,
Pensando en que l a producción es l o más importante
,
se bus-
caron formas de elevarla; l a u t i i i z a c i d n del estandar e s una excelente manera de hacerlo.
E l estandar e s , supuestamente, e l t o t a l
de operaciones que un obrero puede hacer por hora.
Este estandar
e s l a manera legalizada de explotar más a l trabajador debido aque
-Y
F&=al
del Trabajo.no permi* la extensión de l a jornada l a -
boral, n i l a reduccidn del s a l a r i o .
20
Los estandars vienen a e x i g i r e l máximo de productividad .de
l o s trabajadores.
Eh muchas de l a s plantas maquiladora hay un de
-
partamento de Ingeniería Industrial donde técnicos en tiempos y
movimientos estudian y determinan un estandar para cada banda
y para cada tarea.
I
Hay una diferencia esencial entre e l estandar exigido en l a
empresa en Estados Unidos, donde es considerado como meta a alcan
zar; mientras que en México e l estandar e s e l mínimo indispensab l e que todo obrero debe r e a l i z a r .
En Ingeniería Industrial existen fundamentalmnte dos métodos
\
diseñados para determinar e l Standar de produccidn.
E l M.T.N
(Movement T h e Measurement)
para obtener un estandar con un operador
'normal',
y WORK FACTOR
.
Un d t o d o diseñado
'normal'
en un tiempo
que está diseñado en base a incentivos.
Los incentivos se u t i l i z a n con e l f i n de que e l trabajador rinda
a l máximo.
Existe tambien un método menos sofisticado que e s e l
de 'Cronómetro '
.
Los dos primeros son l o s más exactos y disminuyen en gran me
dida e l porcentaje de error en l a realización d e l a tarea por par
t e de l a s obreras.
Estos métodos estan avalados por l a enorrrrt can
tidad de tiempo en investigación tecnológica que se l e s ha dedicado, utilizando principalmente complicadas técnicas de filmación
con c h a r a s equipadas con motores de velocidad regulable.
E l téc
-
nice que a p l i c a cualquiera de estos métodos no tiene que poseer
conocimientos en l a técnica de filmación n i hacer uso de ésta; pa-
21
ra e l efecto basta con consultar l a s tablas ya establecidas para
cada método, y , cuando más, en e l caso de usar
factor
.
MTM
una cinta para medir distancias pequeñas.
o
Work
De cada
me-
todo existe una s e r i e de t a b l a s que contienen diversas c l a s i f i c a ciones de l o s movimientos de l o s brazos, antebrazos, manos, dedos,
e , inclusive, de l a s piernas y los pies; tomando además en consi
deración e l objetivo de cada movimiento, s i se trata de tocar un
objeto, levantarlo, colocarlo, ejercer presión en él; tiene efec
t o también e l que sea necesario f i j a r l a v i s t a o e l peso del o b j e
t o que se manipula.
Cada uno de l o s mvimientos, con estas consi
-
\
deraciones hechas, tiene f i j a d o un lapso determinado que e s lo que
tarda en efectuarse; aunque cada uno de estos movimientos tiene su
propia unidad de tiempo, expresados en segundos que son iguales
los tiempos que otorgan a cada movimiento.
’
Abn con todos l o s estudios realizados en muchas maquiladoras
no se l l e v a ningún0 de estos métodos.
Los estandars son arbitra-
riamente impuestos de acuerdo a l a s necesidades de producción.
Es
-
tos también son usados como forma para incrementar l a competencia
entre l a s mismas trabajadoras.
La exigencia del estandar a s í como e l afán de l a s obreras por
-
ahorrarse tiempo o e l hecho de ser obligadas, forza a que traten dc
encontrar l a manera de hacer más operaciones en menos tiempo, es
decir, logran hacer innovaciones tecnológicas, l a s cuales no son
pagadas y n i siquiera reconocidas, s i n embargo son generalizadas
por l a empresa.
i
22
--
O
S i no es por l a forma en que nosotras inventamos para pro
-
ducir no s a l d r í a l a produccidn que nos exigen, en una ocasi8n
-comenta Gabriela-
se s a l i d d e l trabajo una compañera y me o b l i g a
ron a hacer, además de mi t r a b a j o , e l que e l l a hacía, yo s i lo hu
-
biers podido hacer y s í no, hubiera buscado l a forma, pero no lo
hice porque no me l o pagaban.
Con un poco de nostalgia y o r g u l l o me comenta Alma, una
señora Oaxaqueña de 4 2 años que acaba de d e j a r e l t r a b a j o de l a
maquiladora, y que se ha caracterizado por luchadora e interesa
da en organizarse.
\
-
Me s a l í del t r a b a j o porque estaba aburrida y cansada.
Ningu
-
na mujer en l a maquila reclama sus derechos, n i aquí n i en e l otro
lado y por eso l o s patrones prefieren contratar mujeres.
Yo estuve trabajando s e i s años en una maquiladora t e x t i l y
ahí d e j e parte de mis riñones y mis o j o s .
Nunca gane un sueldo
f i j o , pues nos pagaban por pieza o a d e s t a j o como también l e l l a man.
En esta maquiladora trabajamos m y d i s t i n t o a como trabajan
en otras t e x t i l e s .
Nosotras hacíamos todo e l t r a b a j o completo,
nos daban una muestra y todas teníamos que sacar e l vestido c a s i
terminado.
coserr
E l l o s nos lo daban cortado y nosotras lo teníamos que
No como en l a mayoría de l a s maquiladoras t e x t i l e s que se
hace e l t r a b a j o seccionado, e s d e c i r , una l e cose, una pega e l
c u e l l o , l a o t r a l a manga, y a s í .
A cada r a t o nos cambian e l mo-
delo porque v a r í a l a moda y l a temporada.
mos a l modelo y nos lo cambian:
.
?Apenas nos acostumbra
-
23
Los vestidos qLie hacemos son preciosos y son para mujeres
muy
"catrinas",
json carísimos!
Eos enden en l a s mejores
tiendas de Estados Unidos y cuestan como 2 0 0 o 3 0 0 ddlares y a n o sotras qu4
-se levanta mordiéndose l o s l a b i o s enojada-
m s 45 pesos por cada vestido
gana-
Pasamos senta
-
C i i n c r e í b l e , no!?.
das a la*mbquina 1 0 horas d i a r i a s para hacer r i c o a un señor que
n i siquiera conocemos.
Y l o peor del caso es que seguimos a s í ,
algunas s i n sacar e l mínimo, s i n quejarnos, anestesiadas, viendo
pasar l o s meses, l o s años sentadas siempre frente a l a máquina de
coser, siempre con l o s gestos habituales esperando e l toque del
l.l$mbre para s a l i r y tomar e l almuerzo a l a s =:O0
y después en
espera de que den l a s cinco para que l a jornada en l a f á b r i c a t e r
mine.
Liberacidn provicional, de nuevo a l t r a b a j o ,
Nos olvidamos
de l a s razones de nuestra presencia en ese lugar, conformSndoEos
por sacar algo de dine&
para sobrevivir.
Acostumbrarse, uno se
acostumbra a todo 6 por l o menos aparentemente.
Dejarse l l e v a r
por l a música, o combinando e l l a t i d o constante d e l corazdn con e l
sonido de l a máquina, luchando contra l a f a t i g a y e l dolor'de e s p al
da.
Pero por más enajenada que estuviera, l l e g 6 un momento que no
l o soporté y renuncié sabiendo q u e n o me i b a a alcanzar con e l d i nero que gana m i esposo y con e l que nos da m i h i j a l a más grande.
Sabía que me l a s i b a a ver negras, pero nunca c r e í que tanto, nadie nos esperábamos estas dos devaluaciones, l a de febrero y l a Cae
agosto de 1 9 8 2 .
Ahora esta todo carlsimo y tengo que moverme para
conseguir o t r o t r a b a j o pues cada d í a l a cosa se pone peor.
Lo bue
-
no e s que en l a s maquiladoras de costura no quieren solamente muje
24
res muy j o v e n c i t a s , como en l a s e l e c t r 6 n i c a s .
A
los j e f e s l e s i n -
t e r e s a que sepdmos coser muy b i e n y y o t e n g o mucha e x p e r i e n c i a , pues
e s todo l o q u e he hecho en m i v i d a .
¿Algún d í a s e r 6 d e otro modo?,
sueño con e s a p o s i b i l i d a d .
Alma, E l e n a y G a b r i e l a se dan cuenta que es muy b a j o e l
sueldo que r e c i b e n en comparación con e l d e s g a s t e f í s i c o que
o
i m p l i c a e l t r a b a j o . D e manera s e n c i l l a han p l a n t e a d o l a s r a z n e s p o r l a s c u a l e s l a s empresas maquiladoras e s t á n en M é x i c o
y en otros p a í s e s s u b d e s a r r o l l a d o s . En estos p a í s e s l o s s a l a r i o s son más b a j o s y cuenta con un a l t o número d e p e r s o n a s n e
\
c e s i ’ t a d a s y d i s p u e s t a s a ser mano d e o b r a b a r a t a .
t a r s i q u i e r a l a L e y F e d e r a l d e l T r a b a j o ; y además d e una e s t a
b i l i d a d p o l f t i c a y un c o n t r o l l a b o r a l a s í como l a d e b i l i d a d o
inexistencia de sindicatos.
P a r a t o d a s l a s t r a b a j a d o r a s es muy o b v i a l a d i s p a r i d a d
e n t r e l o s costos r e a l e s d e l o s p r o d u c t o s y l o s precios a l o s
que son v e n d i d o s ,
-
Es e v i d e n t e que l a s g a n a n c i a s d e l c a p i t a l i s t a son muy a l .
t a s y que e s a s g a n a n c i a s se d e r i v a n , fundamentalmente, d e l t r a
b a j o que r e a l i z a n en l a s p l a n t a s y que no les es renunerado.
En este punto t e n d r í a m o s q u e r e f l e x i o n a r , porque aunque
todos los t r a b a j o s que se r e a l i z a n son d i s t i n t o s , todos e l l o s
t i e n e n i n f i n i d a d de t r a b a j o s i n d i v i d u a l e s , una v a r i e d a d d e a c
t i v i d a d e s , y procesos t e c n i c o s muy d i f e r e n t e s . En e l p r o c e s o
t é c n i c o se u t i l i z a n instrumentos, máquinas y t S c n i c a s de p r o
-
25
duccibn, es decir, m e d i o s d e t r a b a j o para l a produccidn d e b i e
n e s m a t e r i a l e s cow televisores, c a l c u l a d o r a s ,
j u g u e t e s o ro
-
pa. Objetos que s a t i s f a c e n n e c e s i d a d e s . Este p r o c e s o t é c n i c o
puede ser muy c o m p l e j o o muy simple, puede ser l l e v a d o a c a b o
g r a c i a s a una máquina m a j e s t u o s a o con un s i m p l e desarmador,
y v a r S a según e l p u e s t o d e t r a b a j o y d e f á b r i c a a f á b r i c a .
¿Pero que t i e n e Z e común todos los p r o c e s o s de t r a b a j o ? , Todos
I
estos t r a b a j o s c r e a n p l u s v a l í a ( t r a b a j o no remunerado)
que que
-
da en manos d e l p a t r ó n y que c o n s t i t u y e su ganancia. M e d i a n t e
este p r o c e s o s o c i a l se v a l o r i z a e l c a p i t a l . Este e s e l punto
\
c e n t r a l y común d e t o d a s las f á b r i c a s .
La m a y o r í a d e l a s t r a b a j a d o r a s ,
como n o s l o d e j a ver Alma
a s o c i a n l a s g a n a n c i a s d e l p a t r ó n unicamente a l a d i s p a r i d a d en
-
t r e l o que es pagado por un producto y e l precio a l que es ven
d i d o e n un almacén. L a ganancia es e n t e n d i d a solo este p l a n o
s i n a s o c i a r l a g a n a n c i a a l t r a b a j o que no l e es remunerado.
i
26
LOS CAMPOS DE TRABAJO
(Condiciones de t r a b a j o )
L a s p l a n t a s maquiladoras e n c i e r r a n una serie de secretos
d i f í c i l e s de observar a primera v i s t a .
L a s f á b r i c a s desde i a
c a l l e t i e n e n un a i r e i n o f e n s i v o .
Esos e d i f i c i o s b a j o s y vie-
jos se confunden c o n e l p a i s a j e .
Basta e n t r a r p a r a que c u a t r o
c o s a s i n e v i t a b l e m e n t e llamen l a a t e n c i ó n e i n v i t e n a l a re
-
f l e x i d n sobre l o s daños que causan a l a salud d e l a s t r a b a j a d oras.
C a l a e l olor
"picante"
que producen los p r o d u c t o s q u r
micos y l a s o l d a d u r a quemada, e l r u i d o d e l a s máquinas que se
\
mezclan i n f e r n a l m e n t e con l a mdsica que cada ana pone en su r a
d i o o que pone l a empresa para e l e v a r l a p r o d u c c i ó n ; e l humo,
los v a p o r e s y l a s p e l u s a s que v u e l v e n g r i s e l ambiente y aque
l l a mancha v e r d e , a z u l o a m a r i l l a d e b a t a s que v i s t e n t o d a s l a s
t r a b a j a d o r a s para proteger y no contaminar e l m a t e r i a l de t r a bajo.
-- T e n í a
mucho miedo d e e n t r a r a t r a b a j a r en una m a q u i l a
-
d o r a , p r e f e r S a c o n s e g u i r t r a b a j o en una c a s a .
Pensaba que l a s
p l a n t a s se podían quemar f á c i l m e n t e porque e s t á n l l e n a s de c a
-
bles, máquinas y o t r a s c o s a s , s i n embargo, d e c i d í e n t r a r a una
maquiladora porque n e c e s i t a b a d i n e r o .
-Me comentaba Elena.
En un p r i n c i p i o , cuando l l e g u é a T i j u a n a , l a s muchachas
que c o n o c í m e hablaban de l a s maquiladoras y
e n t r a r a a t r a b a j a r con e l l a s .
IIE
i n s i s t í a n que
¡Aquí t e pagan cada senana y
27
t e dan Seguro S o c i a l , no es como e l t r a b a j o doméstico!
cían.
'
, me
de
-
Nunca- había entrado a unafábrica pero t e n í a idea de c o
m eran porque había v i s t o algunas e n e l cine y en l a t e l e v i s i 6 1 1
La idea que yo t e n í a de l a s maquiladoras no era muy d i s t i n
t a a l a realidad.
Cuando e n t r é , me d i cuenta de que e l l o c a l
e
era muy v i e j o , era como una bodega que habfa arreglado y con t tho de lámina
una f r i e g a :
;Ah, como sueño con e l techo de lámina!
, aquí
.
¡Es
e n Tijuana e l clima es muy extremoso a s i qcie
en invierno es helado y en c a l o r un infierno.
La planta no t i e n e ninguna ventana,
por todos lados pared.
\
A s í que l a iluminacidn e s a r t i f i c i a l a l
igual que l a ventilacibn.
j a r con seguridad.
me l o explico.
No e x i s t e s u f i c i e n t e l u z para traba
-
¿Qué l e s cuesta poner más lbnparas?., No
En l a f á b r i c a donde t r a b a j a mi hermana tienen
todo b i e n iluminado y . b i e n limpiecito.
que t i e n e
-agregó Gabriela- e s
un ambiente b i e n
"suave".
E s una f á b r i c a nueva
Qué daríamos nosotras
por t e n e r un l u g a r de t r a b a j o bonito y limpio.
S i uno t i e n e
que t r a b a j a r pws que sea e n l a s m j o r e s condiciones.
Desgra-
ciadamente l a mayoría de l a s f á b r i c a s estan como l a muestra,
trabajando en pésimas condiciones.
nua Gabriela-
Ahí
donde t r a b a j o
-
-conti-
s o l o hay un e x t r a c t o r para todo e l departamento,
I
ahí
trabajamos sesenta personas.
E l ambiente se s i e n t e muy
pesado por l a mala v e n t i l a c i 6 n y e l a i r e e s t a cargado de gases
d e arsénico y de o t r o s que no se como se llaman porque los cono
-
cemos por c l a v e s de colores.
28
Dentro de l a s empresas maquiladoras hay d i f e r e n c i a s en
cuanto a l a i n f r a e s t r u c t u r a y a l a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o en
l a s que se l a b o r a ,
E x i s t e n desde l a s enormes p l a n t a s , l i m p i a s
y con gran ndmero de empleados, h a s t a a q u e l l a s que se asemejan
a l o s t a l l e r e s a r t e s a n a l e s de l a Edad Media en donde se t r a b aj a e n pésimas c o n d i c i o n e s .
Eh e s a s c o n d i c i o n e s en l a s c u a l e s t r a b a j a n c i e n t o s de muleres en T i j u a n a , c o n o c í .a Marfa L u i s a , aquel.la señora de 25 años
q u e e s t a b a deseosa de p l a t i c a r sus e x p e r i e n c i a s .
Con su mirada me s i g u i ó desde que e n t r e a l a f á b r i c a .
A
l a hora d e l segundo d e s c a n s o , cuando s a l i d a comprar su comida
\
a l c a r r i t o d e Don Juan, l e comente que n e c e s i t a b a c o n o c e r más
s o b r e su t r a b a j o , e l l a m e o l a m i e n t r a s d i s f r u t a b a de l a l u z d e l
d í a , d e sus b u r r i t o s de f r i j o l e s y d e su coca c o l a .
Después
de c i n c o minutos de p l a t i c a r me d i 6 l a d i r e c c i 6 n . d e su c a s a pa
-
r a que f u e r a y ahS h a b l a r con mas c o n f i a n z a y s i n p r i s a
-Lo
que t e puedo c o n t a r t e l o d i r í a c u a l q u i e r a d e t o d a s l a s que t r a
bajamos e n e s t a s i n d u s t r i a s , p e r o yo h e t r a b a j a d o e n c i n c o p l a n
t a s d i s t i n t a s a s i q E t e n g o m i l c o s a s i n t e r e s a n t e s qul comentarHablaba e n t r e bocado y bocado y l e temblaban un poco l a s manos.
Apenas son6 e l timbre, apagó s u m i t a d de c i g a r r o que l e quedaba, l o guardo en l a b o l s a de su b a t a y v o l v i d a l a f á b r i c a .
--¡Te
l a tarde!
e s p e r o e l l u n e s en l a c a s a después de l a s 6 : O O de
comentó a n t e s de c o n t i n u a r con su t r a b a j o ,
M a r í a L u i s a t i e n e que s o l d a r unas 1000 r e s i t e n c i a s d i a r i a s ,
u t i l i z a , como alguna de sus compañeras, unos g u a n t e s para pro
-
t e g e r s e d e l a s quiemaduras.
-- Ahora,
después d e dos años de e s t a r soldando, h e apren
-
d i d o a t r a b a j a r con los g u a n t e s que nos dd a l empresa.
L a ma-
yorSa n o l o s u t i l i z a n porque son muy e s t o r b o s o s y si se los p~
nen no sacan e l e s t a d a E que nos piden.
Y o se que aún con guan
-
t e s nos quemanos p e r o despugs de ver como quedan de n e g r o s los
guantes con una semana d e uso h e tkecidido u t i l i z a r l o s .
P r e f i e-
ro tardarme más aunque me regañen, que acabarme l a s manos en
unos años.
S i mis manos se echan a p e r d e r s o y como un cero a
l a i z q u i e r d a y y a no s e r v i r l a para nada.
-
N i s i q u i e r a para que
darme e n m i c a s a .
\
Lo mismo l e s pasa a l o s ojos d e a q u e l l a s p o b r e s que t r a -
bajan soldando en microscopio.
con mala i l u i i i n a c i b n .
Todo e l d í a f o r z a n d o l a v i s t a
Esas muchachas a l o s d o s años s i n reme
-
d i o t i e n e n que usar l e n t e s .
Siempre se e s t a n q E j a n d o porque
l e s arden los ojos con l a l u z d e l dila y c a s i d i a r i o l e s d u e l e
la cabeza; ade-16~
se les lrhlanan y tienen &lor en los ojos y arpiezan a
t e n e r v i s i 6 n b o r r o s a . La p e o r d e s v e n t a j a d e t r a b a j a r ’ e n l a s
maquiladoras es t o d o e l daño a l a salud que nos producen.
En
l a s f á b r i c a s se t r a b a j a con á c i d o s y s o l v e n t e s ( á c i d o n f t r i c o ,
sulf&ico, h i d r o f l u b r í c o , c r d m i c o , h i d r o c l d r i c o , a l c o h ó l metí-
lico, hexano, x i l e n o , metil-étil,
acetona, f r e d n , t r i c l o r o e t a
-
no, t r i c l o r o e t i l e n o , a l c o h d l , i s o p r o p f l i c o , t o l u e n o m e t i l e n o c l o r a d o y otros), se manejan c o s a s c a l i e n t e s y muchas t r a b a j a n
f r e n t e a l m i c r o s c o p i o h o r a s y horas.
Eh l a s m a q u i l a d o r a s de c o s t u r a tambign t i e n e n problemas,
seguido t i e n e n i r r i t a c i d n e n l a g a r g a n t a , t o s y muchas son as-
.
m á t i c a s por l a p e l u s a
ta,
¡ S e imagina!
pulmones?.
.
Le queda l a cabeza g r i s como de v i e j i
S i a s z t i e n e l a cabeza
¿cómo t e n d r á l o s
Por l a p o s t u r a a n t e l a máquina, e n poco t i e m p o n o
aguantan e l dolor de e s p a l d a y de l o s r i ñ o n e s .
La m a y o r í a d e l a s trabajadorac
e s t á n e x p u e s t a s a una serie
de riesgos y enfermedades q e p o r l a misma o r g a n i z a c i d n d e l t r a
-
b a j o parecen i n e v i t a b l e s
.
Podemos h a b l a r d e l r u i d o , d e l de s p r e n
-
d i m i e n t o de p a r t í c u l a s d e l a s f i b r a s t e x t i l e s , de g a s e s y vapo-
res de s u s t a n c i a s químicas a l t a m n t e t d x i c a s , de contaminantes
\
diversos por e l uso de v a r i a d o s instrumentos ( s o l d a d u r a s ) ,
etc.
E s t a s c u e s t i o n e s l i g a d a s a los g r a d o s y formas de e x p o s i c i d n puede d e t e r m i n a r e l menor o mayor riesgo de a c c i d e n t e s de
t r a b a j o y de e n f e r m d a d e s . L a s t . r a b a j a d o r a s e s t a n
expuestos
tarnbisn, s i atendemos a l a i n t e n s i d a d y p r o d u c t i v i d a d d e l t r ab a j o , a s i t u a c i o n e s de stress y de f a t i g a que p o c a s veces son
o
r e c o n o c i d a s por los e m p r e s a r i o s corn r e s u l t a d o d e l a s c o n d i c i n e s de t r a b a j o .
L a s trabajadoras que se
\ ~ p
nr e s i o n a d a s
p r los
t a n o d i a d o s e s t a n d a r o que t r a b a j a n en banda y l í n e a son en l a s
que r e c a e con mayor f u e r z a este t i p o de a g o t a m i e n t o f í s i c o .
Los síntomas que p r e s e n t a n l a s t r a b a j a d o r a s de l a s maquilai
d o r a s son muy v a r i a d o s y dependen d e l t i p o de t r a b a j o que r e a l -
ce y a l a sustancia y r m b - a l
que e s t a expuesta.
Pero es muy co
-
mbn e n c o n t r a r que p r e s e n t a n mareos, dolores d e cabeza, cansan-
cio, e s t o r n u d o s
, tos;
i n f l a m a c i ó n , dolor e i r r i t a c i d n en los
3 1
ojos;yesqdad,
i r r i t a c i ó n y comezon y
f a l t a de a i r e a l r e s p i r a r ;
irritabilidad,
"brotes"
en l a p i e l ;
i r r e g u l a r i d a d en e l c i c l o m e n s t r u a l ,
insomnio y otros.
--
Una compañera d e t r a b a j o tuvo un h i j o con un tumor en e l
cerebro.
E l l a n o es l a ú n i c a que ha t e n i d o problemas con su h i -
jo.
V a r i a s compañeras d e l a s que han t r a b a j a d o con á c i d o s han
t e n i d o h i j o s con a l g ú n problema.
Hemos t r a t a d o de i n v e s t i g a r
s i e l t r a b a j o fue l a causa d e esto p e r o n a d i e nos hace caso.
Todos nos d i c e n que nunca l o vamos a poder saber.
Aunque no
haya pruebas n o s o t r o s s a b e m s que es por e l t i p o de s u s t a n c i a s
con l a s que t r a b a j a m o s y eso nos asusta mucho.
\
H e l e f d o e n los
p e r i ó d i c o s que estos t r a b a j o s t r a e n problemas e n l a sangre en e l
sistema n e r v i o s a , enfermedades en e l hígado, a l e r g í a s , e s t e r i li
dad, c á n c e r y d e f e c t o s en n i ñ o s r e c i é n nacido.
- c o n t i n ú a Elena-
--
;No Elena!
P o r eso d i g o
yo no q u i e r o t r a b a j a r en maquiladora.
,
e l problema n o es solo t u y o , es d e t o d a s .
Todas estamos en p o s i b i l i d a d d e enfermarnos d e t o d o eso que d i
j i s t e y t o d a s tenemos p o s i b i l i d a d e s d e t e n e r un a c c i d e n t e p e r o
tenemos que u n i r n o s para q u e j a r n o s
-le c o n t e s t 6 G a b r i e l a -
b e m s e x i g i r p o r l o menos mejores medidas d e seguridad.
De
-
Hay
que e x i g i r e x t i n g u i d o r e s , b a t a s , p i n z a s , l e n t e s , m a s c a r i l l a s ,
guantes, e x t r a c t o r e s y d e buena c a l i d a d , porque y a ves l o que
n o s contaba l a Lupe.
A e l l a l e dan guantes p e r o apenas los me
-
t e a l t r i c l o r o e t i l e n o y se l e rompen y se hacen como c h i c l e .
N o s o t r a s n e c e s i t a m o s t r a b a j a r , n e c e s i t m s ese m i s e r a b l e sue1
do.
¿Entonces?,
Hay que e x i g i r l o , e n l u g a r d e s a l i r c o r r i e n
-
32
Hay que e x i g i r también que q u i t e n los e s t a n d r s porqtie e l
do.
h a c e r l o s t r a b a j o s con t a n t a p r i s a nada más o c a s i o n a a c c i d e n -
tes
.
Los a c c i d e n t e s e s t á n a l a orden d e l d í a .
A Mercedes, una
compañera que s o l d a b a y t o c a b a e l agua para l a v a r s e l a s manos
a n t e s d e comer, se l e s a l t 6 un hueso d e l a mano.
son
l e l a s t i m a b a t a n t o que l a operaron.
"reumas",
P a r e c e que
Ahora e s t a
A o t r a de l a s compañeras d e l departamento se l e
incapacitada.
h i z o un c o a g u l o en e l ojo, a l p a r e c e r p o r e l humo d e l a s o l d adura y a e l l a ya van v a r i a s veces que l a operan.
Hubo también
un muchacho que se corto un dedo con una d e l a s máquinas.
A
\
d i a r i o hay quemadas con las s o l d a d u r a s y l a mayoría se quejan
d e l d o l o r d e e s p a l d a , s o b r e t o d o para a q u e l l a s que apenas empie
zan.
Esa es l a p e o r época!
.
Los p r i m e r o s d í a s d u e l e n y arden
.las manos y no se aguanta e l cuerpo, con e l t i e n p o uno se va
acostumbrando
--
.
Oye G a b r i e l a ,
l e aclare Angelita.
En l a f á b r i c a donde
t r a b a j o hemos a l e g a d o para que n o s paguen más y para que mejo
r e n l a s medidas d e s e g u r i d a d p e r o como n o estamos u n i d a s n i nos
hacen c a s o .
Hemos p e d i d o s i n d i c a t o p e r o l o Cuiico que h e m s con
-
s e g u i d o es que n o s den más
"carrilla".
*
Hay un r e g l a m e n t o e n l a f á b r i c a por eso ~ 6 1 0tenemos c i n c o
minutos p a r a i r a l baño.
Este r e g l a m e n t o l o p u s i e r o n hace poco.
Hace muchos años nos daban l a l i b e r t a d que queríamos, s i e m p r e
*
P r e s i o n a r p a r a que t r a b a j e n más a p r i s a .
33
y cuando n o s o t r a s fuéramos r e s p o n s a b l e s en e l t r a b a j o .
Corn
l a mayorSta somos a n t i g u a s y e s t a m s acostumbradas a t e n e r
e s a l i b e r t a d , c o n t o d o y e l r e g l a m e n t o n o s paramos cada vez
que l o n e c e s i t e m o s y e l t i e m p o que requéramos.
Somos responsa
-
b l e s con n u e s t r o t r a b a j o p o r eso nos podemos l e v a n t a r 3 o 4 ve
-
ces a l baño y n a d i e nos llama l a a t e n c i ó n .
Lo podemos h a c e r p o r
que l l e v a m o s un buen record, una buena p r o d u c c i ó n .
N a d i e debe comer d e n t r o d e l a f á b r i c a , aunque muchas s i l o
hacemos p o r q u e n o s
"llega"
E s imposible que n o n o s
e l hambre.
dé, entramos a l a s s i e t e de l a mañana y s a l i m o s a l a s 5:30 de l a
.
Para l l e g a r temprano me
tarde
(aunque n o vamos l o s sábados)
'tengo
que l e v a n t a r a l a s c i n c o y a e s a s h o r a s n o dan ganas de co
-
mer nada.
l a 1p.m.
A l a s 9:30 n o s dan q u i n c e minutos para desayunar y a
nos dan t r e i n t a minutos para comer.
Siempre n o s da
hambre e n t r e un d e s c a n s o y otro, a s s que metemos c m i d a a l a f d
brica.
Corn qu.ién dice de contrabando.
Los g e r e n t e s , corm en l a mayorza de l a s f á b r i c a s , son muy
exigentes,
si l l e g a m o s t a r d e n o s regañan y nos descuentan.
l o hacemos 3 veces nos descansan o n o s c o r r e n .
Si
No nos d e j a n ha-
b l a r con l a s compañeras, apenas nos ven p B a t i c a n d o van a
l l a m ar
nos l a a t e n c i ó n , s i nos pescan f u e r a de n u e s t r o p u e s t o n o s
"ponen p i n t a s " .
E x i s t e una e s p e c i e de miedo y odio a ser regañada.
Cuando
e s t a n c e r c a l o s s u p e r v i s o r e s todo e l mundo cambia más o menos de
p o s i c i b n , aparentando e s t a r c o n c e n t r a d a s t o t a l m e n t e en e l t r a b a
jo; e n ese momento se interrumpen bruscamente l a s c o n v e r s a c i o n e s
34
-
y sólo s e oye e l alarido d e lasmaquinas,
S i s e l e llama a una
trabajadora a l a o f i c i n a o s i l a supervisora l e hace señas de
que quiere a r r e g l a r un asunto con e l l a , o s i l a encuentran c r u
-
zando por e l p a t i o a l a hora de t r a b a j o siempre s e enconge un
poco e l corazón.
E s bien sabido como d i c e Robert Linhar que e n
l a mayoría de l a s f á b r i c a s e x i s t e una sociedad abiertamente POl i c i a l , a l borde de l a ilegalidad s i se t e
'pesca'
a unos me-
t r o s de t u puesto o e n un corredor s i n un papel debidamente f i rmado por un
superior o con cualquier f a l l a en l a produccibn.
m e s despedible en e l a c t o por cualquier confusión, c a s t i g a b l e
por un r e t r a s o de segundos o una palabra inpaciente a una j e f a
\
de l í n e a y con o t r a s dl cosas suspendidas en l a cabeza que uno
s e i m g i n a que existen a h í , pero que ciertamente no s e olividan:
j e f a s d e lSnea, supervisores, gerentes,
y t u t t i quanti.
Toda e s a tención y f a t i g a para ganar e l s a l a f i o mínimo.
Ese s a l a r i o r e a l d e los trabajadores que decrece cada año e n s u
capacidad de compra.
Las constantes devaluaciones, l a s fluctua-
cienes d e l t i p o de cambio, l a i n f l a c i ó n , entre o t r o s f a c t o r e s ,
disminuyen e l poder adquisitivo de l o s trabajadores e n general y
hacen más competitivo a Mexico a l r e d u c i r e l costo de los s a l a r i o s en e l intercambio de las monedas.
-
E l s a l a r i o que p e r c i b e n
no aumenta según e l perxodo de antiguedad, n i tampoco por l a c a
l i f i c a c i b n adquirida.
La única manera de ganar más es cubriendo
v a r i a s horas e x t r a s , horas de doble desgaste.
-- Eh
l a f á b r i c a donde t r a b a j o actualmente gano $ 2 , 5 4 8 . 0 0
i
Después de largas horas de trabajo laborioso y agotador, la mujer obrera se alimenta raquiticamente
en los insalubres puestos de comida ambulantes por
otra de las tantas prestaciones inexistentes.
-
35
a l a semana y hago exactamente l o que hacía e n l a planta anterior
-aclaró María Luisa-.
En l a anterior t e n í a contrato de
planta y nunca me habían suspendido.
Un día me despidieron, l a
verdad es que yo ya no estaba agusto, me empezaban a p e d i r mucho
t r a b a j o , a exigirme mucho más que a l a s demás y me quería s a l i r ,
pero pensé, s i m e voy a s a l i r y tengo tanto tiempo aquí, pues
que me d e n un poco de dinero.
En esos d í a s t e n í a que i r a ver
a m i mamá a Durango y ped€ tres d í a s de permiso, a s í que me f u í
e l v i e r n e s e n l a noche para aprovechar e l f f n de semana y e s t a r
más tiempo por a l l á .
me f u í muy tranquila.
Me dieron t r e s días de permiso a s f que y 0
Cuando regrese me dijeron que me t e n í a que
\
i r porque estaba despedida, que t e n í a t r e s f a l t a s seguidas i n j u s
tificadas.
Yo efectivamente tensa ganas de que me corrieran pero e s o
fue una arbitrariedad porque e l l o s
1llt3
habían dado e l permiso
¿Qué t a l s i yo fuera una de e s a s muchachas s o l t e r a s
y que son e l único sostén de l a casa?
y con h i j o s
¡ P u g s nos moriríamos de
hambre m i s h i j o s y yo, por e s a s i n j u s t i c i a s : .
f u í a l a única que corrieron, nos corrieron a 7 mujeres,
y ~ 6 1 0una amiga y yo reclamamos nuestra indemnizaci6n.
o t r a s n i se metieron a pelear porque decían que s e
Las
metían o
que s i echaban p l e i t o no entraban a tirabajar a ninguna o t r a
fábrica.
Y e s t o no e s c i e r t o . .
bueno, e n p a r t e tienen razdn,
porque en unas maquiladoras son muy exigentes y p i d e n cartas de
recomendacidn y s i uno s a l e de p l e i t o , pues no s e l a dan.
La verdad e s q E muchas no actuamos como se debe porque no
36
conocemos nuestros derechos y l e tenemos miedo a l o s dueños.
Por eso nos pueden p i s a r y n i quién diga nada.
No m e atrevo a culpar a l a s muchachas que no luchan, a s i
era yo a l p r i n c i p i o , uno s e d e j a de muchas cosas por no perder
su t r a b a j o , pero ya tantos años en l a maquiladora me han enseña
do a no dejarme, y ya l e d i c p , con todo y e l p l e i t o que metí,
gané m i indemnizacidn y ahora, desde hace s e i s meses, t r a b a j o
en otra maquiladora y sigo soldando partes para computadoras,
Esto de t r a b a j a r en f á b r i c a t i e n e sus ventajas y sus desventa
-
jas,
uno t r a b a j a y gana s u dinero y s e puede v i v i r m j o r que
en e l rancho aún cuando l a cosa cada vez s e pone peor.
S i yo
\
m hubiera .,quedado en e l rancho
AO
hubiera podido t r a b a j a r ; m i
único t r a b a j o , s e r f a en m i casa y también m i h i j o no podría hacer
l a secundaria n i seguir estudiando porque a l l á solohay primaria.
Yo creo que mejoré en m i vida a l venirme a Tijuana,
S i n embar-
go, hay que d e c i r que en l a s maquiladoras s e r e c i b e M sueldo,
UL
sueldo que nos s i r v e mucho, dinero que conseguimos a costa
del desgaste f í s i c o .
Este t r a b a j o perjudica mucha l a salud, a
veces con daños incurables.
AcmS en Tiiuana l a cosa cada dfa s e pone peor; con l a deva
-
-
luación l a gente que vivimos en l a frontera nos l a vemos negras
para s a l i r adelante,
e s t a x i s t a y hace
Por ejemplo, m i esposo desde hace unos años
unos d í a s l e subieron l a renta d e l t a x i ,
dueño se l o s renta e n d b l a r e s , asi
qcie
desde
El
e l d í a de l a devalua
-
c i e n paga e l doble de renta en pesos y a s í es todo, l a s r e n t a s ,
l a ropa y muchas cosas.
Todo en dblares,
Esto e s m a i n j u s t i c i a
37
porque estamos e n México y l o que ganamos todos l o s mexicanos es
e n pesos.
Todo ha subido y no nos quejamos n i nos organizamos.
Antes l o s indios e n México s e quejaban y no l e s hacían e s t o por
que sabían que aunque fuera con palos luchaban contra l a i n j u s t-i
c i a y no se dejaban, pero ahora estamos como dormidos.
u
Hasta pueblos más pobres qw nosotros como Nicaragua han l chado y han ganado y s i n embargo, pocos somos los que nos organi
zamos aquí en México.
--
Es que nos tienen atrapados por e l c u e l l o
con un tono f u e r t e , reflejando s u gran enojo-
-aclaró Alma
En cuantas maqui
-
ladoras no l e s dicen los empresarios a l a s muchachas que no ha\
gan huelga porque los qul salen perdiendo son los trabgjadores,
en cuantas maquiladoras no l e s dicen que tienen que cooperar por
que es l a f u e n t e de t r a b a j o de muchas personas.
ve como Conciliación y Arbi-aje
muchachas.
"mitoteras",
e s t á por l a empresa y no l e i m -
Además a l a s que alegamos siempre nos
portan los trabajadores.
han dicho
Lulgo, luego s e
revoltosad' y nos
6%
"barrían"
l a s demás
Así, nunca podrá haber unión.
Dentro de l a maquila e x i s t e mucha represión y p o r . e s o muchas
-de l a s muchachas no q u i e r e n o i r , n i hablar
de huelgas.
Con e l
simple hecho de d e c i r que con a l s o no e s t a s de acuerdo t e empie
san a v i g i l a r y a v i g i l a r .
pero son muy miedosas.
se imacrina,
-
Uno t r a t a de a y d a r a s u s compañeras
E l l a s mismas d i c e n que son muv pendejas,
j S i e l l a s mismas t i e n e n ese concepto, pues como l a s
van a r e s p e t a r e n e l trabajo!
.
Les d i g o que l o aue Pasa es
aue henos sido t r a t a d a s como menos toda l a vida, pero que si nos
38
l o proponemos podemos s a l i r adelante,
Apenas yo hable con unas
de l a s muchachas y e l j e f e , para pronto, se enteró.
t o l e s va y l e s pregunta que qué les he contado.
trate
de
A cada r a
-
Lo hito que
organizar e r a unos c í r c u l o s de estudio para l a s mujeres
que no habían terminado n i siquiera l a primaria.
El
n i v e l de
conocii'iiento d e l a s obreras es muy b a j o , no saben sumar n i con
calculadora y a s f no podemos s a l i r adelante.
Esas coinpañeras quz no quieren luchar bajan l a moral.
ayudan a conseguir nada.
No
Las están pisoteando,,pagando un sue1
-
do miserable que no alcanza para nada y nunca protestan.
Una
vez nos estábamos organizando, e r a un btien momento para p e d i r un
\
aumento de sueldo y r e j o r e s prestaciones y todas s e hecharon para
atras.
Con muy indiferentes a cualquier cosa.
l í t i c a es algo a s f como e l t e r r o r .
l a s va a comer,
da.
Creen que l a po-
Parece que e l sindicato se
No quieren ganar nada,
n o recapacitan 'para na
-
La mujer está tapada, no quiere luchar, y apenas uno l e s ha
I
bla de organizarse y l a acusan de r o j i l l a i
Ya ve que o t r a s mu-
jeres s e l a pasan criticando a l a s qul q u i e r e n d e f e n d e r l o s i n t e
reses d e l trabajador.
Las mismas contadoras l e s pagan sueldo de
operadoras y todas e l l a s defienden los i n t e r e s e s de la enpresa.
Parece que l o s dueños les lavan el cerebro.
Cuantas muchachas, quizá sea l a mayoría, y quisiera equivocarne, piensan que l a s maquiladoras no t i e n e n ninguna desventaja,
que e l t r a b a j o e s t á muy b i e n .
Cuántas no estan demasiado agrade
-
cidas de tener una oportunidad d e t r a b a j o y no ver l a s malas con
diciones y los abusos de los patrones,
Yo no niego que son una
39
oportunidad de t r a b a j o .
Yo no quiero qm las fSbncas se vayan a
a otra parte porque esto no resólverfa nada, a i contr'ario, se pondría todo más grave, pero para e l l o s nosotras también soms una oportu
-
nidad.
Trabajamos muy rápido y l a mayoría no s e queja.
Por
l o menos deberían de mejorar l a s condiciones de t r a b a j o y l a s
Que gasten unos de los muchos dólares
medidas de protección,
que l e s hacemos ganar ,
La Industria maquiladora de exportaci6n en l a f r a n j a
fronteriza del norte de México t i e n e c a r a c t e r í t i c a s especff i cas que l a s diferencia del r e s t o de l a industria manufacturer a en México. E s t a s c a r a c t e r z s t i c a s se r e f i e r e n principalmen\
t e a l uso de mano de obra intensiva,para operaciones de ensam
b l e fuera d e l p a í s de origen del c a p i t a l ; r e c i e n t e modalidad
del proceso de internacionalizacidn del c a p i t a l .
La fragmentación del proceso de t r a b a j o permití6 que l a s
actividades e s p e c í f i c a s fueran simples y pudieran desempeñar
-
se con rapidez y presición por trabajadores s i n c a l i f i c a c i ó n
y experiencia laboral.
to
fue
lo que permitió que se p d i e r a
seleccionar fuerza de t r a b a j o que antes se encontraba alejada
de l a e s f e r a económica productiva:
-
Las
mujeres.
E s t a s mujeres representan mano de obra en abundancia,
mbs barata que l a masculina y con "atributos s o c i a l e s que per-
miten e j e r c e r sobre e l l a un mayor control"
.
*
En e s t a s empresas e x i s t e una a l t a rotación en e l t r a b a j o ;
e l promedio de duracidn e s de t r e s años.
La fragmentación de proceso productivo y e l uso i n t e n s i -
*
Jqrge c a r r i l l o y Albero Hdez. op c i t . 1 9 8 2
~
40
vo de mano de o b r a , se traduce en una c a k a c t e s f s t i c a singular
del proceso productivo
en todas l a s maquiladoras. E s t a s con-
diciones de t r a b a j o inciden en e l proceso sald-enfermedad de
l o s trabajadores; condiciones de t r a b a j o que, como s e d i j o an
' t e s , se ven determinadas por e l fen6meno de l a i n t e r n a c i o n a li
zación de l a producción y l a divisidn internacional del traba
jo.
Con e l i n t e r é s de a g i l i z a r l a producción s e t i e n e una e s tructura en l a organización del t r a b a j o .
En l a s plantas maquiladoras e x i s t e una notoria y constan-
'te
supervisión a s í como reglamentos internos en donde se d i c
-
tan l a s cuotas de producción, rechazos y amnestaciones, l a s
suspensiones, e l t r a b a j o en l i n e a , l o s descansos y unas s o t i s ficadas t e c n i c a s de r e l a c i o n e s hunanas como organización d e
competencias, b a i l e s , comidas y paseos, e n t r e otras.
Basta ver l a s plantas maquiladoras para darse cuenta que
e l c a p i t a l invertido e s relativamente b a j o , sobre todo s i l o
comparamos con e l c a p i t a l invertido en l a s plantas en l o s l u gares de orfgen. E n l a s maquiladoras establecidas en México e l
c a p i t a l e s t á orientado c a s i exclusivamente e l a u t i l i z a c i ó n de
mano de obra.
La i n e s t a b i l i d a d e inseguridad d e l t r a b j o , l a reducción
absoluta y r e l a t i v a d e l s a l a r i o , l a escasa o nula posibilidad
de mejoramiento l a b o r a l , e l sometimiento a cargas y ritmos de
t r a b a j o pesado, e l desempeño de t a r e a s manuales y r u t i n a r i a s
41
(que por s u a l t o grado d e e s p e c i a l i z a c i ó n r e s u l t a n monótonas y
tediosas)
, las
c o n d i c i o n e s i n a d e c u a d a s de s e g u r i d a d y o r g a n i z a
c i ó n e n e l t r a b a j o (que dan l u g a r a una serie d e enfermedades
y s c c i d e n t e s e n e l t r a b a j o ) , c o n s t i t u y e n a l g u n o s ejemplos d e
l a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o e n que se desarrolla l a a c t i v i d a d
l a b o r a l d e miles d e m u j e r e s e n l a s maquiladoras.
Jorge C a r r i l l o y Mdnica Jasis."La sal& y l a m u j e r obrera en
l a s p l a n t a s m a q u i l a d o r a s . E l caso de T i j u a n a , " P o n e n c i a pre. a&nttada para la Reuni8n Anual d e A n t r o p o l o g í a Aplicada. 1 7 1 9 de Marzo de 1 9 8 2 . San D i e g o C a l i f o r n i a , p.23'
*
1
*
.
4
.
Largas horas sentadas, forzando la v i s t a y con pocas po-
sibilidades de desarrollo creativo y de movilidad social.
.....
I
42
LAS MUJERES S O M S ANAS I;iESPONSABLES
(La u t i l i z a c i ó n d e mano de o b r a femenina)
El t r a b a j o e n l a s m a q u i l a d o r a s i m p l i c a una d e s t r e z a manual
para l a c u a l h i s t ó r i c a m e n t e ha s i d o a d i e s t r a d a l a mujer y que se
supone que su s ó l a c o n d i c i ó n femenina l e c o n f i e r e .
L a j u s t i f i c a-
c i ó n d e l empleo de mujeres en l a i n d u s t r i a maquiladora p a r t e de
p r i n c i p i o s i d e o l b g i c o s , d e una c o n c e p c i 6 n a c e r c a d e l a n a t u r a l e
z a d e l a m u j e r , de sus c o n d i c i o n e s b i o l ó g i c a s , p s í q u i c a s y en
consecuencia s o c i a l e s , dando por hecho l a i n f e r i o r i d a d d e l a mujer en e l desempeño d e a c t i v i d a d e s i n t e l e c t u a l e s y p o l f t i c a s y
en su v o c a c i d n p a r a asumir t a r e a s t e d i o s a s y r e p e t i t i v a s .
No es c a s u a l i d a d q u e e n l a s 128 m a q u i l a d o r a s que se e n c o n t r a
*
ban en T i j u a n a en febrero d e 1 9 8 2
n a l obrero ocupado sean m u j e r e s .
l a s maquiladoras
e l 67.5 por c i e n t o d e l p e r s o
Este fenómeno se da e n t o d a s
y es un h e c h o que ha c a r a c t e r i z a d o a l a nueva
d i v i s i ó n Internacional del trabajo.
E l contratar mujeres t i e n e
un objetivo c o n c r e t o que A m e l i a y Alma n o s l a d e j a n ver c l a r m n-
t e en su t e s t i m n i o , s i n embarqo l o s e m p r e s a r i o s manejan e l mis
mo argumento que v e l a l a r e a l i d a d .
"Las m u j e r e s t i e n e n unas
c u a l i d a d e s n a t u r a l e s que l a s hacen e x c e l e n t e s para estos p u e s t o s ,
sus manos d e l i c a d a s l e s p e m i t e n t e n e r d e l i c a d e z a y p r e c i s i ó n ,
además e l t r a b a j o r e p e t i t i v o
*
es m'ls f a c i l r n e n t e s o b r e l l e v a d o
S e c r e t a r í a de Programación y Presupuesto. " E s t a d í s t i c a s
sobre l a i n d u s t r i a m a q u i l a d o r a " .
México, Febrero de 1 9 8 2 .
43
por l a p s i c o l o g í a femenina.
E s t e t i p o d e a f i r m a c i o n e s r e f l e j a n l a i d e o l o g í a que se
maneja p o r p a r t e d e l a empresa que i n t e n t a convencer a l a s t r a
b a j a d o r a s y a l a p o b l a c i ó n en g e n e r a l , de que s e l e s c o n t r a t a
por sus c a r a c t e r í s t i c a s f P s i c a s , negando e l que é s t a p o l í t i c a
se deba a su e s c a s a p o l i t i z a c i d n y a l a s v e n t a j a s e n t é r m i n o s
p r o d u c t i v o s y p o l í t i c o s que esto c o n l l e v a .
I n d d a b l e m n t e que l a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s de l a mujer
no pueden ser l a e x p l i c a c i ó n t o t a l d e l fenbmeno. E x i s t e una r e al i d a d b i o l d g i c a como t e n e r mano c h i c a - r a s g o
manufacturas-pero
ú t i l para a l g u n a s
a e s t a r e a l i d a d se l e a dado un uso i d e o l b g i -
co. E l hecho s o c i a l e s que l a s m u j e r e s g e n e r a l m e n t e t i e n e n b a j a
e s c o l a r i d a d y nula e x p e r i e n c i a l a b o r a l -
l o c u a l no l e s p e r m i t e
tener marcos d e r e f e r e n c i a s o b r e los derechos laborales-.
Las
p l a n t a s m a q u i l a d o r a s p o r s u misma c o n s t i t u c i S n r e q u i e r e n d e más
t r a b a j o s vivo que muerto, más f u e r z a d e t r a b a j o que medios de
produccidn.
D e ah€ que se r e q u i e r a e v i t a r a t o d a c o s t a c o n f l i c -
tos l a b o r a l e s que e s t r o p e a r f a n e l proceso d e v a l o r a c i ó n d e l a
mercancía.
L a u t i l i z a c i 6 n d e mano d e o b r a femenina se v’e como
una g a r a n t f a en t é r m i n o s p r o d u c t i v o s .
--
e
El t r a b a j o e n l a s maquiladoras es pesado p e r o n o se n e c-
s i t a f u e r z a , más b i e n es un t r a b a j o f á c i l que r’apidamente se
aprende a hacer.
Es t r a b a j o f á c i l como para mujeres.
Nosotras
tenemos más s e r i e d a d en e l t r a b a j o , somos más r e s p o n s a b l e s y p o r
eso es que en l a s maquiladoras q u i e r e n solarriente mujeres.
En
44
o c a s i o n e s han puesto hombres e n esos t r a b a j o s p e r o n o han p o d i d o
deseinpef!arlo porque s o n muy pesados y sus manos s o n muy t o s c a s
-m F l a t i c a A n g e l a c o n p l e n a s e g u r i d a d , y v o l v i é n d o s e a l f r e g a d ero continu6,
N o podemos n e g a r q u e c o n t r a t a n mujeres en l a s f d -
bricas porque t r a b a j a m o s con más r e s p o n s a b i l i d a d y p o r q u e hace-
La mujer e s más a c t i v a y l o s
mos más p r o d u c t o s que los hombres.
hombres son más l e n t o s .
Muchos d i c e n que n o s c o n t r a t o n porque
nos pueden c c m t r o l a r más que a un hombre p e r o no creo que s e a
cierto, a l o mejor a n t e s s i e r a v z r l a d , pero a h o r a . n o se d e j a n .
L a s nuevas, e s t a s muchachitas t a n j o v e n c i t a s que e n t r a n cada d f a ,
a l e g a n más que muchas d e n o s o t r a s , n o se d e j a n de nada.
iEstan
#
Yo ne a c u e r d o que cuando e n t r e a t r a b a j a r me t a r d e
nás vivas!.
c a s i . t r e s años p a r a poderme r e l a c i o n a r , y o sólo me d e d i c a b a a
m i trabajo y
apenaba mucho de no cumplir m i c u o t a o d e que me
llamaran l a a t e n c i ó n .
Nunca m e i b a con l a s demás muchachas y
muchachos a p a s e a r d e s p u é s d e l t r a b a j o .
cambio a h o r a , l a s
muchachas enseguida se s i e n t e n como e n s u c a s a .
Entran l o s je-
f e s y no l e s i m p o r t a , n i t i e n e n c u i d a d o de ver s i e s t á n b i e n s e n
tadas y trabajando rápido.
e l jefe n o s ponfamos como
En cambio, n o s o t r a s cuando e n t r a b a
-" s e d i t a s " .
l a d o e x p e r i e n c i a y y a n o se d e j a n .
Y o creo que se ha acumu-
Ahora e n t r a n a m a f á b r i c a y
apenas l e s llaman l a a t e n c i ó n y l e s d e j a n b o t a d o e l t r a b a j o ,
enseguida se van a o t r a f á b r i c a .
Aunque d i c e n que e s d i f í c i l c o n
-
s e g u i r t r a b a j o , yo creo que para l a s j o v e n c i t a s d e 16 a 2 2 años
es f á c i l ,
S e cambian t a n t o de f á b r i c a q u e siempre hay c a r t e l e s
y anuncios donde s o l i c i t a n p e r s o n a l femenino
t a con una s o n r i s a - .
- c o n c l u y e Angel i-
45
--
L a s m u j e r e s s o m s E n o s p r o b l e m d t i c a s que l o s hombres,
somos mds r e s p o n s a b l e s , n o s p e s a p e r d e r e l t r a b a j o , e n cambio a
e l l o s l e s iinporta p o c o
-me d i c e A m l i a mostrando un t o n o d e s p e c-
t i v o , r e c o r d a n d o que su p a r e j a g a s t a l a mayoría d e l tiempo e n l a
c a l l e s i n trabajarS i un d z a e s t a n crudos, p u e s con l a mano e n l a c i n t u r a d e -
jan & i r a t r a b a j a r .
N o s o t r a s n o somos t a n v i c i o s a s y las que
l o son, n o f a l t a n t d n f a c i l m e n t e , aunque s e a c r u d a s van a t r a b a-
jar.
nos
-
Algunas compañeras d i c e n que c o n t r a t a n n u j e r e s porque so"curiositas"
y b i e n hechas.
Puede ser.
Los s u p e r v i s o r e s
n o s comentan que p r e f i e r e n m u j e r e s porque somos d e l i c a d a s y paS i n p a c i e n c i a y t r a n q u i l i d a d n o se puede h a c e r e l t r a-
cientes.
b a j o , n o s d i c e n a d i a r i o p a r a que n o n o s desesperemos y c o n t i n u e
m s haci'endo l o mismo de siempre.
¿Qué e s p í r i t u , qué cuerpo puede a c e p t a r s i n m v i m i e n t o de
r e b e l i ó n e l ritmo a n i q u i l a d o r , a n t i n a t u r a l d e l t r a b a j o mondtono
d e una cadena o d e una banda?.
Sdlo l a s p o c a s a l t e r n a t i v a s de
t r a b a j o y un c o n s t a n t e y efectivo
h a c e r esto
--
'soportable'
" l a v a d o de cerebro'
pueden
.
En l a s m a q u i l a d o r a s c o n t r a t a n mujeres porque los hom-
bres l e s d a r í a n m'as problemas.
-murmura A l m a .
Después de un
s i l e n c i o c l a v a r e p e n t i n a m e n t e los ojos e n una f o t o d e cuando
e r a una j o v e n c i t a y c o n t i n u a d i c i e n d o : f á c i l e s de nianejar.
L a s mujeres somos más
Los jefes apenas nos p l a t i c a n sus penas
46
en l a p r o d u c c i ó n y n o s o t r a s como t o n t a s t r a b a j a m o s d e f e n d i e n d o sus g a n a n c i a s m i e n t r a s que uno se muere de haribre.
pueden romper e l c o r a z ó n c o n c u a l q u i e r c o s a ,
Nos
"miren rnuchachas
que e l t r a b a j o e s t á amontonado e n Los A n g e l e s porque n o hay
v e n t a , estamos h a c i e n d o t o d o l o p o s i b l e para q u e s a l g a n l o s ves
t i d o s y no se queden s i n t r a b a j o , p e r o ustedes n o s t i e n e n que
ayudar.
¿Cbm q u i e r e n ustedes que se l e s suba e l sueldo?
Y
c l a r o t o d a s n o s dejamos y como n o tenemos f u e r z a porque estamos
t o d a s d i v i d i d a s y s i n s i n d i c a t o hacen l o que q u i e r e n .
siei;pre ponen su prete,.to
bre
¡que se va a d e j a r !
Ellos
y calman l a c o s a ; e n c a m b i o e l hom-
,
6 1 es más a g r e s i v o .
E l l o s se jun-
tan y s i no l e s dan- l o que q u i e r e n pues l e s d e j a n e l t r a b a j o y
eso no l e s c o n v i e n e a los e m p r e s a r i d s .
Eh e s a s c o n d i c i o n e s l o s
p a t r o n e s t i e n e n que ceder.
Por eso se j a l a n a t r a b a j a r a c u a l q u i e r muchachita j o v e n ,
110s l a s entrenan y l e s pGgan, s i b i e n l e s v a ,
e l salario mPni-
m. Los dueños l o saben b i e n , no c o n t r a t a n hombres porque l a s
maquiladoras n o s e r í a n t a n p r o d u c t i v a s .
Cuando y a e s t a b a
t r a b a j a n d o en l a m a q u i l a d o r a n o s juntd
-
barns v a r i a s compañeras para p l a t i c a r sobre e l t r a b a j o , c6mo
l o debxan de p a g a r , c6no n o s d e b í a n de t r a t a r .
Esas reuniones
l a s hacíamos e n un R e s t a u r a n t e m i e n t r a s nos tomábamos un c a f é .
N o s o t r a s sabemos que somos más r e s p o n s a b l e s y que en p a r t e
por eso nos p r e f i e r e n los dueños d e l a s f á b r i c a s .
Huchas d e las
que t r a b a j a n e n l a s m a q u i l a d o r a s son madres s o l t e r a s o abandona
das.
E l l a s no pueden t a n f á c i l m e n t e d e j a r e l t r a b a j o , e s t a es
47
una v e n t a j a para los p a t r o n e s p o r q u e l a s muchachas t i e n e n que
inantener a sus h i j o s .
Líuchas, l a g r a n m a y o r l a , s6l0 eStudiamos
l a p r i m a r i a y por eso tenemos que t r a b a j a r e n l o q u e s a l g a , n o
I
nos Fodemos d a r e l l l i j o 2e eLcocer un t r a b a j o .
Muchas n o estu-
d i a r o n , no porque n o t u v i e r a n p o s i b i l i d a d e s , s i n o porqlie t o d a d a e x i s t e ese pensamiento en l a mujer mexicana de que para que
estudiamos s i n o s vamos a c a s a r y nos van a mantener.
veces oirms que d i c e n l a s muchachas
quiero descansar"
Cuantas
"ya me v o y a c a s a r porque
y a l a s p o b r e s l e s va p e o r porque t i e n e n
más t r a b a j o , e l de su c a s a y e l d e l a f á b r i c a .
Yo creo que rnuchos de l o s hombres se casan c o n e l l a s p o r
que l a s ven q u e son t r a b a j a d o r a s , p o r q u e pueden ayudar econbnicamente a l a c a s a y a que t i e n e n un t r a b a j o .
bien
*'amolada'.
La m u j e r e s t á
El v a r o n t i e n e que p e p a r a r s e mucho más, l a
m u j e r t a n b i e n debe p e p a r a r s e p o r q u e a veces l e t o c a una suerte
que n o es rnuy buena y t i e n e que s a l i r a d e l a n t e s o l a .
Corta l a
m a y o r í a de l a s m u j e r e s no estamos p r e p a r a d a s , t e n e m s que t r a b a j a r e n l a b o r e s muy duras.
Y o no estoy ahr porque l o haya es
-
c o g i d o , a m i n o ne g u s t a e l t r a b a j o de o b r e r a .
oportunidad que tuve.
Fue l a ú n i c a
Una manera d e e v i t a r c o n f l i c t o s es c o n t r a t a n d o m u j e r e s j 6
venes.
T r a d i c i o n a l m n t e l a m u j e r e n M é x i c o n o t i e n e una e x p e -
r i e n c i a l a b o r a l c o n s i s t e n t e y debido a su s o m e t i m i e n t o e n l a
s o c i e d a d , cuando se c o n v i e r t e e n p r o l e t a r i a , se reproducen e n
su t r a b a j o l a s r e l a c i o n e s d e dominacidn: Esposo-Esposa,
padre-
40
H i j a , hemano-hemana
en l a s r e l a c i o n e s patrbn-obrera.
Eso l a
hace más v u l n e r a b l e a a d o p t a r c i e r t a s a c t i t u d e s d e d o c i l i d a d y
obediencia,
La mujer ha v i v i d o h i s t ó r i c a m e n t e e n una s i t u a c i d n
de i n f e r i o r i d a d .
En l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a e l hombre ha e j e r
cid0 poder sobre l a mujer d e n t r o y f u e r a d e l n ú c l e o f a m i l i a r
e s t a b l e c i e n d o r e l a c i o n e s d e s u b o r d i n a c i ó n económica y s e x u a l
.
E x i s t e también una c o n c e p c i d n i d e o l ó g i c a , que se d e r i v a d e l pro
ceso h i s t 6 r i c o . ü i c e r c a de l a m u j e r y l o s d i f e r e n t e s r o l e s y
"cualidades"
de que es dueña, que, por susuesto c o n d i c i o n a n
su c a p a c i d a d o a p t i t u d e s para c i e r t o s t i p o s d e t r a b a j o .
La
mujer e n n u e s t r a s o c i e d a d b a j o l o s p r e c e p t o s c u l t u r a l m e n t e h e
redados
"suele"
o
"deberlla"
ser:
sumisa, d e l i c a d a , p a c i e n
-
t e , abnegada, r e s i g n a d a , m i n u c i o s a , d e p e n d i e n t e , etc,
mente a q u e l l a s c a r a c t e r í s t i c a s que se " n e c e s i t a n "
,
precisa
-
para e l t r a -
b a j o en l a m a q u i l a d o r a .
Todos estos v a l o r e s que son a s i g n a d o s a l a m u j e r , y t r a n s
m i t i d o s en l a e s c u e l a ,
. *l
f a m i l i a y s o c i e d a d en g e n e r a l se ven re-
f l e j a d o s en a c t i t u d e s y conductas que se aprovechan en l a s maquil a d o r a s para o p a a t i z a r l a producci6n.
-- Nunca
p e n s 6 en t r a b a j a r en una
fábrica,
siempre crex
que m i v i d a s e r f a e s t a r e n m i c a s a ; q u i z á por eso nunca me i n t e
res6 e s t u d i a r .
So l o q u e q u e r í a e r a casarme p a r a p o d e r e s t a r
todo el d í a e n m i c a s a h a c i e n d o m i
"quehacer".-
Comenta Obdu
-
l i a con v o z muy b a j a m i e n t r a s busca UT objeto que d a r l e a su h i
jo de 7 meses p a r a que d e j e de l l o r a r .
O b d u i i a es una muchacha
casada de 1 7 a ñ o s , de l a s pocas t r a b a j a d o r a s n a c i d a s en T i j u a n a .
49
-
--
~ - ~ Q
e=d ;zsz
czzr
ncí;=
15c a s a , a t o d a s l a s mujeres nos t o c a b a ayu3ar a m i
quehaceres de l a casa.
Los hombres no t e n í a n que ha
-
7 ; S s que e s t u d i a r o t r a b a j a r l o s más grandes.
~_ . d e s d e que e s t o y c a s a d a , t e n g o que t r a b a j a r e n l a f6
-e-=
-,ita
--T
-53nde
- S z a r g a r m e de
-,-~i,7n3s
m i h i j o y de l a casa.
no es g r a n d e , p e r o y o n o se porqué siempre , s e e n
-
3,1CiG IC t e n g o que andar l i m p i a n d o .
E-e-’r.25
Como ves e l c u a r t o
z l mes d e r e n t a .
For e s t e c u a r t o pagamos
Compartimos e l ú n i c o baño c o n otros
12 c u a r t o s , y n o s llevamos b i e n c o n los v e c i n o s .
Los t r a s t e s
l o s tenemos que l a v a r en los l a v a d e r o s para r o p a que tenemos
a f u e r a , porque d e n t r o d e l c u a r t o n o hay agua.
L a r o p a l a t e n de
mos en e l l o t e b a l d f o de j u n t o .
Me t e n g o que l e v a n t a r a l a s c i n c o d e l a mañana para l l e v a r
l e e l n i ñ o a m i hermana.
Se l o l l e v o t a n teniprano que m i herma
-
n a e s t á dormida, meto a l n i ñ o a l a cama y ah€ se queda h a s t a
l a s 7.30 que se l e v a n t a a h a c e r e l quehacer.
A l a s c i n c o que s a l g o voy c o r r i e n d o p o r m i n i ñ o , l u e g o v o y
a comprar a l g o p a r a d a r l e d e comer, como ves t e n g o que g u a r d a r
una p a r t e d e m i s u e l d o
para poder c o m p r a r l e l e c h e a l n i ñ o , y p a
r a comprar a l g u n a s v e r d u r i t a s p a r a c o m e r l a s g u i s a d a s con f r i j o
l e s y t o r t i l l a s , y c a s i nunca me a l c a n z a paracomprar c a r n e .
i4e
my a l a casa a cocinar, a a r r e g l a r l a , a cuidar a m i h i j o y a
d a r l e de comer a M a r t f n , m i marido.
bre.
E l p o b r e v i e n e muerto de ham
-
Después l a v o l o s t r a s t e s , M a r t í n se s a l e a p l a t i c a r c o n l o s
de l a cuadra y como a l a s 1 0 n o s dormirnos.
LOS sábados l a v o t o d a l a Dopa y recojo b i e n l a c a s a .
Mar-
t z n t r a b a j a l o s sábados en l a mañana, a s í que l l e g a h a s t a medio
d í a y se va con sus amigos a l c i n e o a b a i l a r .
n i ñ o a c a s a de una d e mis hermanas.
Y o me voy con e l
E -l domingo me my con m i
maiiá y M a r t l n se v u e l v e a i r con sus amigos.
Pocas veces s a l i -
mos j u n t o s porque n o hay donde d e j a r a l n i ñ o , pero a y e r ne l o
c u i d d m i mamd y nos f u i m o s l o s d o s a
bailar.
Es muy comt5-n que
t o d a s l a s muchachas de l a f á b r i c a s a l g a n a b a i l a r l o s f i n e s de
Semana a l
"Rió R i t a "
.
Yo nunca v o y con e l l a s porque M a r t í n
I
1
51
no me da
S a l i e n d o a b a i l a r uno p i e n s a menos en e l
"chance".
t r a b a j o de l a f á b r i c a y e l de l a c a s a .
La t a r e a d e l
'quehacer'
a l i g u a l que l a s d e l a f á b r i c a
o
son r e p e t i t i v a s e i n t e r m i n a b l e s y no i m p l i c a n tampoco un d e s a r r -
110 de l a c a p a c i d a d i n t e l e c t u a l y c r e a t i v a .
E l t r a b a j o en l a
c a s a , es una d o b l e j o r n a d a de t r a b a j o que l e s t o c a r e a l i z a r a
l a s mujeres; p a r a e l l a s hay que g u a r d a r un poco de e n e r g í a antes d e s a l i r d e l a f á b r i c a , ES es a l g o que se t i e n e que h a c e r ,
aunque no sea v a l o r a d o e n t é r m i n o s m n e t a r i o s y a veces, n i s i quiera socialmente
. Es
obvio
.
m e n t a Selm J m s
eil
su 1 i b r o - p el trabajo e n
l a maquiladora o e n c u a l q u i e r o t r a i n d u s t r i a n o h a c e l a f a e n a
c a s e r a más a t r a c t i v a , n i l i b e r a de l a r e s p o n s a b i l i d a d d e l t r a b a
j o doméstico.
Es obvio también que l a i d e a d e p a s a r s e l a v i d a
haciendo c o n e x i o n e s e l é c t r i c a s , ensamblando s o l d a n d o o c o s i e n d o
resulta insoportable.
La mayoría d e l a s t r a b a j a d o r a s rechazan de v a r i a s f o r m a s
e s t a s dos cosas, luchan contra e l l a s .
No c a b e duda que l a s lu
-
chas, a n i v e l i n d i v i d u a l o colectivo, s u r g i e r o n d i r e c t a m e n t e de
su cheque d e pago y a m q u e se d e t e s t a e l t i p o y l a s c o n d i c i o n e s
d e t r a b a j o , f u e e s t a l a p r i m e r a o p o r t u n i d a d d e t e n e r una e x p e r i e n
-
c i a s o c i a l i n d e p e n d i e n t e , de madurar su v i s i 6 n l i m i t a d a d e l mundo que t e n í a n e n su l u g a r de o r i g e n
s a l i r d e l a i s l a m i e n t o d e l h o g a r , etc.
( p a r a l a s m i g r a n t e s ) , de
I
52
--
Cuando me pongo a p e n s a r e n l a s v e n t a j a s y d e s v e n t a -
j a s d e l t r a b a j o me d o y cuenta que son más l a s d e s v e n t a j a s .
Nos pagan muy mal, n o s hacen daño a l a s a l u d , es a b u r r i d o y p e
sado, n o tenemos ninguna s e g u r i d a d en e l t r a b a j o , estamos t a n t o
tiempo m e t i d a s en l a f á b r i c a que no podemos h a c e r o t r a s c o a a s ,
d e s c u i d a m o s a l o s h i j o s y l a c a s a , n o s t e n e m s que l e v a n t a r muy
,
temprano, me l a p a s o todo e l d l a d e mal humor y enfadada y no
nos toman en c u e n t a en l a s d e c i s i o n e s .
gar
- c o n c l u y e Alma-
S i n embargo n o puedo n e
que he c o n o c i d o a muchas p e r s o n a s y h e
a p r e n d i d o a e x i g i r , a darme c u e n t a de l a p r o b l e m á t i c a de l a s mu-
jeres y d e t o d a s l a s p e r s o n a s que t r a b a j a m o s .
H e aprendido a
q e debems l u c h a c j u n t a s .
En este s e n t i d o e l t r a b a j a r e n c u a l q u i e r i n d u s t r i a muestra
un a s p e c t o p o s i t i v a .
En l a f á b r i c a se c r e a n l a s c o n d i c i o n e s pa
-
r a su p r o p i a d e s t r u c c i 6 n .
r
E s t a a c t i v i d a d p o s i b i l i t a , como a f i -
ma M a r g a r i t a d e Leonardo, e l e n t e n d e r q u e l a s i t u a c i ó n p a r t i c u l a r q u e se vive n o es p r o d u c t o d e l a mala s u e r t e , d e l a p o b r e z a ,
d e l núiiero de h i j o s o d e l m a r i d o b o r r a c h o , s i n o que estos f e n 6
menos n o son s i n o e l r e s u l t a d o de un todo s o c i a l más amplio.
La p a r t i c i p a c í ó n de l a mujer e n l a v i d a p r o d u c t i v a l a hace más
s e n s i b l e a l a problemática s o c i a l .
P a r a muchas o b r e r a s d e l a s m a q u i l a d o r a s qce son m i g r a n t e s
y/o,
madres s o l t e r a s , este t r a b a j o s i g n i f i c a l a
económica,
"independencia"
N o o b s t a n t e , é s t a se pago c o n l a d e p e n d e n c i a t o t a l
a l cheque de p a w y a q u e
e l s a l a r i o d e l a o b r e r a es e l único
iiJr*
-rp.
53
sost6n
econ6mico d e l a c a s a .
La mayorla d e l a s m i g r a n t e s han
expresado que e l h a b e r v e n i d o a . T i j u a ? a y t r a b a j a r e n l a maquil a d o r a ha sido una v e n t a j a dado que e s t a n l i b r e s d e l p a d r e , de
l a madre,del e s p o s o 6 d e l hermano.
A p a r t i r d e que l a m u j e r t r a b a j a f u e r a d e l h o g a r c o n e l con
-
s e c u e n t e s e n t i m i e n t o d e i n d e p e n d e n c i a ha o b t e n i d o un p o d e r sobre
l a s d e c i s i o n e s que se toman en l a c a s a .
A l ayudar a mantener e l
hogar, en t é r m i n o s econ6micos y f í s i c o s , se t i e n e más d e r e c h o a
d e c i d i r n o s610 en que e s l o que s e va a h a c e r con e l d i n e r o de
l a f a m i l i a , s i n o que ha l o g r a d o a p a r t i r d e su esfuerzo, t e n e r
más p a r t i c i p a c i ó n e n o t r a s c u e s t i o n e s que surgen en l a f a m i l i a y
que h a s t a e n t o n c e s h a b í a d e c i d i d o siempre e l m a r i d o 6 j e f e d e f a
milia.
En o t r a s p a l a b r a s
,a
p a r t i r d e que l a mujer p a r t i c i p a en
l a v i d a p r o d u c t i v a se m o d i f i c a n l o s p a t r o n e s d e comportamiento.
S e m o d i f i c a , de alguna manera, l a e s t r u c t u r a f a m i l i a r pero s i n
e s t a r por ello menos e x p l o t a d a u o p r i m i d a .
4
54
Por otro lado, l a stplicaci6n de UI argumento
psico-biológico
con c o n t e n i d o i d e o l ó g i c o ha t e n i d o , en p a r t e , l o s r e s u l t a d o s
perados p o r l o s e m p r e s a r i o s .
es
E l 70 por c i e n t o d e l a s e n t r e v i s -
f
-
I
l a d o r a s p r e f i e r e n mujeres? c o n t e s t a r o n con a f i r m a c i o n e s r e l a t i
I
v a s a que l a s p r e f e r 5 a n por r a z o n e s p s i c o - s o c i a l e s cow:
l
t a d a s a l h a c e r l e s l a pregunta:¿Porqué crees que en l a s maqui
I
m s más d e l i c a d a s y minuciosas",
responsables y rápidas".
'I
somos muy b i e n h e c h e c i t a s ,
E l 1 4 p o r c i e n t o argumentaron que se
d e b l a fundamentalmente a r a z o n e s
políticas:
t a n más y s i e m p r e n o s quedamos c a l l a d a s , "
mos n u e s t r o s d e r e c h o s " .
So-
"porque nos e x p l o
"porque nunca exigi-
Un 1 2 p o r c i e n t o d e l a s e n t r e v i s t a d a s
c r e í a n q u e se d e b l a t a n t o a r a z o n e s p s i c o - b i l ó g i c a s
cow p o l iti
cas. "Producimos más que l o s hombres y mejor h e c h o y n o s pueden
dominar más f a c i l m e n t e " .
Un 4 p o r c i e n t o no s u p i e r o n porque p r e -
f e r í a n mujeres.
Las a f i r m a c i o n e s hechas por l o s e m p r e s a r i o s , y
c r e l d a s por
un buen n t h e r o d e t r a b a j a d o r a s , que se r e f i e r e n p r i n c i p a l m e n t e
a l a s diferencias psico-biol6gicas
p o r sexo, ayudan a l e v a n t a r
y mantener una e s t r u c t u r a d e o p r e s i ó n s o s t e n i d a e n una f a l s a
conciencia.
S i n embargo l a r e a l i d a d c o n t r a r i a y c o n f l i c t u a l , y
la e x p e r i e n c i a d e t o d a s y cada una d e l a s o b r e r a s van negando,
d í a con d í a , l a i d e a d e l a mujer sumisa y p a c i e n t e . La f a l s a
c o n c i e n c i a p a r e c e que se empieza a derrumbar. Unos d e l o s prime-
ros i n d i c i o s d e este fenómeno es l a p r e s e n c i a de l a s c o n t a r d i c c i o n e s que a p a r e c e n en l a s o b r e r a s . Es ese e s t a r agmAdecida d e
t e n e r t r a b a j o , por un l a d o , y e s a q u e j a c o n s t a n t e de l a s pesimas
c o n d i c i o n e s de t r a b a j o a das que se e n f r e n t a n a d i a r i o .
I
I
55
JOVE-JES,
BONITAS,
Y BARATAS
( C a r a c t e r í s t i c a s de l a mano de o b r a )
La u t i l i z a c i 6 n de un sector d e m u j e r e s j 6 v e n e s e n l a i n d u s t r i a m a q u i l a d o r a con una c o m p o s i c i ó n socioecon6mica especl.
f i c a , ha conformado e l c o n t i n e n t e obrero,
Sui-géneris;
y 62
t a s c a r a c t e r í s t i c a s d e t e r m i n a n t e s corn a f i r m a n J o r g e C a r r i l l o
y Alberto Herndndez, n o responden e x c l u s i v a m e n t e a l a p o l í t i c a
de emplear a l o s t r a b a j a d o r e s d s p r o d u c t i v o s ,
s i n o en última
i n s t a n c i a , a los t r a b a j a d o r e s con una e s c a s a e x p e r i e n c i a l a b o
r a l , y que puedan ser d e s p l a z a d o s s i n c r e a r problemas l a b o r a l e s serios.
Entonces, que m j o r que c o n t r a t a r m u j e r e s j ó v e n e s
que secjuranente por su c o n d i c i ó n de mujer y por su c o r t a edad
n o c u e n t e n con una e x p e r i e n c i a l a b o r a l c o n s i s t e n t e que l e s per
m i t a haber acumulado e x p e r i e n c i a .
causales.
E s t a s c a r a c t e r í s t i c a s n o son
Son e l r e s u l t a d o d e una c u i d a d o s a s e l e c c i ó n p o r p ar
t e d e l a s empresas para o b t e n e r un c o n t r o l e f e c t i v o y un mayor
g r a d o d e e x p l o t a c i ó n d e sus e m p l e a d o s .
Una c a r a c t e r í s t i c a s o b r e s a l i e n t e ,
además de que l a mayo-
r f a son m u j e r e s , es que e l 6 8 por c i e n t o de l a s 50 o b r e r a s ent r e v i s t a d a s en T i j u a n a en 1982 t e n í a n e n t r e 16 y 25 años, d a t o
muy s i g n i f i c a t i v a s i l o comparamos c o n e l 6 1 . 1 por c i e n t o obte
n i d o por Mdnica C l a i r e Gambrill e n 1977.
Cuando uno o b s e r v a l a e s c e n a de l a s a l i d a de l a s t r a b a j a
d o r a s de l a s f á b r i c a s r e c u e r d a a q u e l l a s h o r a s de s a l i d a d e l a s
s e c u n d a r i a s o d e l a s p r e p a r a t o r i a s femeninas.
Aquellas sonri-
-
--.-,I-
--
56
sas resultado d e l timbre d e s a l i d a , de aquella señal de l i b e r a
Algunos muchachos l a s e s p e r a n , o t r a s c o r r e n a tomar e l
ción:
camión o l a c a m i o n e t a que e s p e r a n p o r e l l a s p a r a s e g u i r una r E
ta fija.
Sobresalen
l o s p a n t a l o n e s de r r i r z c l i l l a y l a s b l u s a s de
colores b r i l l a n t e s , muchas de e l l a s no parecen h a b e r cumplido
una j o r a n d a
l a b o r a l de 1 0 y 8 horas.
Su c a r a ha s i d o b i e n
m a q u i l l a d a a n t e s de s a l i r d e l a f á b r i c a , sobre todo s i es
vier-
n e s y se van a i r un g r u p o d e amigas a b a i l a r o a tomar una
copa
.
-- msduefios
d e l a s f a b r i c a s m a q u i l a d o r a s no s o n nada t o n
-
tos, l o s condenados q u i e r e n s o l a m e n t e muchachitas b i e n j ó v e n e s .
Quieren muchachas m n o r e s d e 1 9 años y d i c e n que e n muchas emp r e s a s cuando l a s muchachas cuinplen l o s 2 0 años buscan l a forma
de c o r r e r l a s
-hace
e l C o m e n t a r i o E l e n a un poco i r r i t a d a e n una
r e u n i ó n para d i s c u t i r sobre problems e n l a s maquiladoras-.
Lo ú n i c o bueno d e l supervisor que tenemos a h o r a , es que e l
n o se f i j a en l a edad.
para e l t r a b a j o .
Lo hito que e x i g e es que seamos buenas
E l a g a r r a d e todo p a r e j o
r a s s o l t a r o n l a r i s a , una r i s a
que t i e n e ese comentario-.
- l a s demás compañe-
de denuncia a l doble s e n t i d o
H u b o un tiempo
-continub Elena,
despugs de una r e s p i e r a c i ó n profunda para calmar su r i s a en l a f á b r i c a n o q u e r í a n g o r d i t a s .
qire
D e c í a n que l a s g o r d a s n o
t e n f a n e l misino r e n d i m i e n t o e n e l c a l o r , q u i é n s a b e s i s e a
cierto.
E l l o s q u e r f a n muchachas
"curiositas"
y qu3 se v i s -
57
t i e r a n b i e n , s i i b a s mal a r r e g l a d a n o t e daban t r a b a j o .
--
Qué bueno que cambiaron e s a p o l í t i c a
t a t una s e ñ o r a g o r d a de 3 0 años-
s i n o ninguna de n o s o t r a s
hubiéramos p o d i d o c o n s e g u i r t r a b a j o a h í
-- Xe
a c u e r d o que cuando b
l e preguntaba a a l g h otro j e f e
raban de a r r i b a a a b a j o .
entrabas, s i no, no
Elena-
-se v u e l v e a reír-.
a e n t r a r , e l jefe d e p e r s o n a l
"¿que t e p a r e c e ? " ,
y nos mi-
a e l l o s l e p a r e c í a s b o n i t a pues
-en un t o n o fuerte y ya m o l e s t a c o n c l u y ó
i N i que fuéramos a b a i l a r , íbamos a e s t a r j o d i d a s t r a-
.
bajando!
--
Sj
-comentó M a r g a ri
L a s m a q u i l a d o r a s n o s han dado t r a b a j o a muchas mucha-
chas que l o necesitarnos y s i n o f u e r a p o r e s t a c l a s e d e empresas,
n o se e n qu'!
a muchas.
podríamos t r a b a j a r .
Y o creo
-me d i c e C r i s t i n a c o n su t o n o j u v e n i l d e
quién a p e n a s t i e n e 1 8 añosa q u í en T i j u a n a hay menos
--
E s t a s f á b r i c a s n o s dan t r a b a j o
que d e s d e que se e s t a b l e c i e r o n
'vagas'.
Ehtrk a t r a b a j a r cuando t e n í a 16 años.
un d í a a c a b a b a de
M e acuerdo que
n a c e r m i h i j o , y l e pedí permiso a mi m a r i -
do y me fuí c o n otra amiga a c o n s e g u i r t r a b a j o .
Llegamos a una
f á b r i c a nos h i c i e r o n unas pn,uebas y a mi me d i e r o n e l t r a b a j o
pero a e l l a no,
Yo e s t a b a muy n e r v i o s a
-comentaba 0bdul.i.a-
era a l g o n u e v o p a r a m i p o r q u e nunca a n t e s h a b f a t r a b a j a d o .
i
L a c o n t r a t a c i d n de m u j e r e s j ó v e n e s n o ha a y d a d e a d i s m-
n u i r e l p r o b l e n a d e l desempleo, n o ha ayudado a q u e d e c r e z c a
I
58
e l e x c e d e n t e de mano de o b r a como muchos e m p r e s a r i o s han e x p r esado, por e l c o n t r a r i o , e s t a r e s e r v a de mano de o b r a crece da
da d€a d e b i d o , desde luego, a l crecimiento d e m o g r á f i c o , p e r o
también a l a i n m i g r a c i ó n de mujeres a t r a c d a s p o r l a i n d u s t r i a maq u i l a d o r a , a l a c o r t a v i d a l a b o r a l que t i e n e n l a s t r a b a j a d o r a s
y a l o s cambios en l a p r o d u c c i h a l i n t e r i o r d e l a p l a n t a .
E s t a a b m d a n c i a de mano d e o b r a s i n empleo p o s i b i l i t a l a
s e l e c c i ó n de un sector e s p e c í f i c o d e t r a b a j a d o r a s que o p t i m i c e
l a producción.
Con e l p r o p ó s i t o de e n t e n d e r e l p r o c e s o de s e l e c c i d n de p e r
s o n a l , s o l i c i t é d i r e c t a m e n t e empleo en p a i n d u s t r i a maquiladora
en Ciudad Juárez.
F u f a l a empresa donde e s t a b a n s o l i c i t a n d o
p e r s o n a l y p e d i una s o l i c i t u d .
Ahí me preguntaban d a t o s p e r s o -
n a l e s como m i nombre y e l de mis p a d r e s , a c t i v i d a d d e mis p a d r e s ,
m i h i s t o r i a . l a b o r a l , g r a d o e s c o l a r , l u g a r y f e c h a de n a c i m i e n t o
y r a z o n e s p o r l a s c u a l e s s o l i c i t a b a e l t r a b a j o , e n t r e otros.
L a oficina era'chica,
d e l personal,
l l e n a de diplomas d e l l i c e n c i a d o j e f e
h a b í a también diplomas y trofeos o t o r g a d o s a l a
a p r e s a , f o t o s donde a p a r e c i á n v a r i a s muchachas de l a maquiladora con los e m p r e s a r i o s y g e r e n t e s d e t e n i e n d o e n t r e t o d o s un
trofeo.
E l l a s con a l e g r e s u n i f o r m e s d e p o r t i v o s y e l l o s m s -
trando una gran s o n r i s a .
Había una s e c r e t a r i a e n l a entrada de l a o f i c i n a que n o s
t r a t a b a como n i ñ i t a s a rr& y a l a s o t r a s o b r e r a s s o l i c i t a n t e s
d e l evpleo.
corn
E l l a se r e f e r í a a n o s o t r a s con e x p r e s i o n e s t a l e s
"nenitas",
"mi r e i n a " ,
'#que se t e ofrece c h i q u i t a " ,
59
Cuando h a b l a l l e n a d o l a s o l i c i t u d y l a h a b f a e n t r e g a d o me
pasaron a Una e n t r e v i s t a c o n l a p s i c ó l o g a d e l a p l a n t a .
Ella
s i me hablaba p o r m i noinbre p e r o seguí s i n t i e n d o un t r a t o e s p e
c i a l , un t r a t o d i r i g i d o a a q u e l l a p e r s o n a que no e s r e s p o n s a b l e .
En l a e n t r e v i s t a me p r e g u n t ó que d e d6nde e r a , cómo h a b l a
j
l l e g a d o a l a c i u d a d , que por sli-;én m e h a b l a e n t e r a d o d e l t r a b aj o , que c o n q u i e n v i v í a , m i g r a d o d e e s c o l a r i d a d y otros d a t o s
generales.
Me corrent6 que me n o t a b a d i f e r e n t e a l a s demás t r a
b a j a d o r a s , y que q u i z á eso ne t r a j e r a problemas a l p r i n c i p i o .
"Son buenas, d e s p u s s t e van a t r a t a r b i e n , se d i c e n muchas cos a s de l a s muchachas de l a s que t r a b a j a n en é s t a s f á b r i c a s , p e
ro eso no es v e r d a d , l a mala fama l a han hecho unas c u a n t a s y
p o r e l l a s han t e n i d o que pagar t o d a s " .
Con su c o m e n t a r i o , indudablemente que l a p s i c 6 l o g a se re
f e r f a a l a l t o g r a d o de madres s o l t e r a s y a t o d a e s a serie de
c o m e n t a r i o s v a l o r a t i v o s y n e g a t i v o s que l a s mismas e x p r e s a s han
fomentado para d e n i g r a r l a f i g u r a de l a mujer t r a b a j a d o r a y aumentar e l g r a d o de c o m p e t i t i v i d a d e n t r e l a s mujeres.
No o b s t a n
-
t e l a p s i c ó l o g a e x p o n e t o d a una argumcptacidn d i s t i n t a :
l a c ul
t u r a n o r t e a m e r i c a n a que n o s l l e g a a t r a v é s d e l c i n e y l a t e l e v i s i d n han a f e c t a d o f u e r t e m e n t e l a m r a l de l a s mochachas y es
t o es muy d i s t i n t o a como se da e n o t r a s r e g i o n e s n o f r o n t e r i z a s
de n u e s t r o palis,
E s t a s muchachas
-m a c l a r e -
por l a f a l t a d e
e d u c a c i ó n adoptan a l g u n a s c o s t u m b r e s e x t r a n j e r a s que v e n e n l a s
p e l í c u l a s p e r o s i n tomr e n c u e n t a t o d a s l a s p r e c a u c i o n e s d e bi
d a s y s i n t e n e r c o n c i e n c i a v e r d a d e r a d e l o que se h a c e .
Estas
60
muchachas i n f l . u e n c i a d a s por e s a s c o s a s ,
muchacho y a h í se q u d a n a dormir.
se van una noche c o n un
Es enorme e l n h r o d e mu-
chachas que t e n i e n d o r e l a c i o n e s s e x u a l e s f r e c u e n t e m e n t e no q u i e
r e n tomar a n t i c o n c e p t i v o s .
Tu s a b í a s
-r;e preguntaba-
que en
é s t a c i u d a d ha h a b i d o un aumento en e l í n d i c e de d i v o r c i o s .
Ca
-
da d í a son más l a s madres s o l t e r a s y l a g r a n mayoría t i e n e n que
t r a b a j a r en l a s m a q u i l a d o r a s para mantener a sus h i j o s . Adem6s
l a cirdad e s G creciendo mpidamnte a causa de l a m i g r a c i b n .
Sus p a l a b r a s y su t o n o d e v o z i n t e n t a b a n ser muy c o n v i n D e t r á s d e todo eso me +taba d i c i e n d o que n o f u e r a a t e
-
cente.
ner h i j o s .
R e c o r d é en 'ese momento unas l í n e a s de O c t a v i o P a z
que dice. "Los métodos de p r o d u c c i d n e n masa se a p l i c a n también
a l a moral, e l a r t e y los sentimientos.
"*
Cuando t e r m i n ó l a e n t r e v i s t a s a l í de l a o f i c i n a de l a p s i c 6 l o g a y me quede e n l a s a l a d e l a e n t r a d a e s p e r a n d o a que me
d i e r a n 61 examén d e c o n o c i m i e n t o s que t e n d f a que resolver: e n
e l v e n I a n suinas, r e s t a s , m u l t i p l i c a c i o n e s , y d i v i s i o n e s , quebrados, series d e números, s i n ó n i m s y problemas de j u e g o s de
palabras
.
Más t a r d e tuve l a segunda e n t r e v i s t a c o n un s u p e r v i s o r d e
aproximadamente 25 años.
E l e s t u d i 6 l a initad d e l a c a r r e r a d e
i n g e n i e r í a en e l i n s t i t u t o P o l i t é c n i c o N a c i o n a l y l a t e r m i n e
en el T e c n o l d g i c o d e Ciudad J u á r e z .
-
¿Hasta q u e año e s t u d i a s t e ?
H a s t a tercero de s e c u n d a r i a
n o h a b l a r de mds.
*
op.cit.
-le c o n t e s t é tratando de
61
I
-
¿ T i e n e s e x p e r i e n c i a soldando? -me p r e g u n t e co
d é s p o t a , m i e n t r a s caminaba p o r l a o f i c i n a .
No, p e r o creo q u e p o d r í a aprender.
-
VanUs a ver
-ne d i j o - ,
Se a c e r c ó a un e s t a n t e y s a c ó una t a b l a de 30 cm. d e l a r g o
s
c o n unas b a r r a s c o l o c a d a s en h i l e r a , me d i 6 unas t a p a s d e p l d t i c 0 que e n t r a b a n justamente en l a s b a r r a s y que c a s i l a s cu-
b r í a n por completo.
A l dármelas me d i j o que p u s i e r a l a s t a p a s
l o más r á p i d o que p u d i e r a , que l a s q u i t a r a y que l a s v o l v i e r a
a poner m i e n t r a s é l
me tomaba
e l tiempo c o n un cron6nietro.
Estaba un p o c o n e r v i o s a , me t e n l a
que c o n c e n t r a r y h a c e r l o r d
p i d o m i e n t r a s é l me hablaSa, s i q u e r í a c o n s e g u i r e l t r a b a j o .
A l c o n c l u i r e s t a prueba y s i n más e x p l i c a c i d n me empez6
a p l a t i c a r de l o que se h a c í a en su s e c c i b n :
cablevisibn.
S i n decirme que t a l l o h a b l a hecho, me d e s p i d i ó
y s a l í de l a o f i c i n a .
exbnen médico,
transistores de
Una media hora d e s p u é s me h i c i e r o n e l
M i e n t r a s e s p e r a b a que me h i c i e r a n e l exbnen
p l a t i q u d con una s e ñ o r a de unos 3 0 años q u i é n t e n l a b r o n q u i t i s
y l e hablan dado permiso de que f a l t a r a p e r o s i n goce se sue1
do.
E l argumento d e l a empresa e r a que l a b r o n q u i t i s no e r a
enferinedad p r o f e s i o n a l ,
n i a c c i d e n t e de t r a b a j o .
E l l a me
d e c í a , que aún cuando n o e s t a b a d e l todo b i e n , y a q u e r € a empe
z a r a t r a b a j a r , n o t a n t o por e l d i n e r o , s i n o p o r q u e n o l e g us
taba q a e d a r s e e n su c a s a :
sus n i ñ o s daban mucha
"guerra".
A1 e n t r a r c o n e l médico m e p r e g u n t ó c u á l e r a n l a s e n f e r -
medades que yo y mis p a d r e s padec€anos o h u b i é r a n o s p a d e c i d o
En seguida m e p r e g u n t 5 que s i e r a
"señorita",
si t e n € a r e l a-
c i o n e s s e x u a l e s f r e c u e n t e s , cudndJ h a b í a s i d o m i ú l t i m a menst r u a c i b n , q u e s i e r a r e g u l a r , que s i t e n l a cólicos, etc.,
Me r e v i s ó l a b o c a , me tomo l a p r e s i b n , me o y 6 e l c o r a z ó n y me
t o c d e l abdomen para a s e g u r a r s e que n o e s t u v i e r a embarazada.
C a l l : d e l exámen m é d i c o y después d e v a r i o s m i n u t o s me
d i j o l a s e c r e t a r i a q u e me habían a c e p t a d o , que
me p r e s e n t a r a
a l d l a s i g u i e n t e para f i r x a r m i c o n t r a t o y para que me d i j e r a n
c u a l e s e r a n l a s r e g l a s de l a f á b r i c a .
M e p i d i e r o n que l l e v a r a
m i a c t a de n a c i m i e n t o y mi c e r t i f i c a d o d e p r i m a r i a .
A l d i a s i g u i e n t e n o s presentamos s e i s m u j e r e s j ó v e n e s
e n t r e 1 6 y 23 años y un muchacho.
Nos m e t i e r o n a un l u g a r l l e n o
de c a s i l l e r o s donde l'hs t r a b a j a d o r a s d e j a n sus p e r t e n e n c i a s
m i e n t r a s t r a b a j a n y e l mismo s u p e r v i s o r q u e n o s h a b l a e n t r e v i s
tad0 n o s l e y 6 r a p i d í s i m o e l r e g l a m e n t o .
que no entendimos nada.
Lo h i z o t a n r á p i d o
E r a obvio q u e l a l e c t u r a t a n a p r i s a
e r a i n t e n c i o n a l , no q u e r í a n que supiéramos
bíamos de comportarnos.
do d i j o
N a d i e se a t r e v i d a p r e g u n t a r nada cuan
-
"¿Alguna duda?".
Y o tampoco c o n t e s t 6 , d e j e
s a s s a l i e r a n como d e b í a n - d e s a l i r .
e l pr6ximo l u n e s a l a s 5 : 4 0 a.m.
6:OO
de l a mañana.
muy b i e n como d e -
Evidentemente
que l a s co
-
Nos t e n f a m o s q u e p r e s e n t a r
p a r a empezar a t r a b a j a r a l a s
n o t o d a s l a s m u j e r e s que
desean i n g r e s a r a t r a b a j a r a una m a q u i l a d o r a e s t a n S u j e t a s a
e s t e mism p r o c e d i m i e n t o , esto depende, un t a n t o , d e l g r a d o de
s o f i s t i c a c i ó n e importancia
t a d e que se t r a t e .
( t e c n o l o g í a y c a p i t a l ) de l a p l a n
-
E n t r e más s e n c i l l o s son l o s procesos, l o s
r e q u i s i t o s de t r a b a j o y los e x h e n e s s o n menos c o m p l i c a d o s .
63
En é s t a serie de e n t r e v i s t a s l a empresa s e l e c c i o n a a l
p e r s o n a l que más l e convenga.
P a r a l o s e m p r e s a r i o s es muy impor-
t a n t e que no e s t e n embarazadas y p o r e l l o hacen e l e x h e n n é di
co y preguntan todo a q u e l l o r e l a c i o n a d o con su v i d a s e x u a l .
p s i c ó l o g a t i e n e s u p r o p i o modo d e i n v e s t i g a r ,
l a amiga en l a que puedes c o n f i a r .
un ambiente d e c o n f i a n z a .
La
se p r e s e n t a como
P l a t i c a y comenta c r e a n d o
Para l a empresa hay dos c u e s t i o n e s
fundamentales que l e i n t e r e s a n .
L a productividad y l a calidad.
En e s t e s e n t i d o a q u e l l a mujer embarazada n o v a a p r o d u c i r l o
mimo que una que n o l o e s t á .
Ia embarazada i m p l i c a un g a s t o
e x t r a , porque h a y que i n d e m n i z a r l a t r e s mses y además d e l di
nero que pagan, l a mano de o b r a n o e s t a produciendo d u r a n t e
e s a temporada y
" e l t i e m p o es d i n e r o " .
S i n ei;ibargo, aun con t o d a s e s t a s c o n d i c i o n e s que e x i g e n
,
para e n t r a r , aún cuando l a p o l l t i c a d e e m p l e o se o r i e n t a h a c i a
l a ocupación de m u j e r e s s o l t e r a s p o r c o n s i d e r a r l a s
rrenos
pro-
b a b l e s de quedar embarazadas, l a c o m p o s i c i ó n v a s u f r i e n d o madi
f i c a c i o n e s con e l t i e m p o d e permanencia d e l t r a b a j a d o r .
No hay
que o l v i d a r que e l inayor p o r c e n t a j e de m a t r i m o n i o s s e r e a l i z a n
e n t r e l o s 1 6 y 25 años, e d a d e s que t i e n e n l a mayorSa de l a s
trabajadoras.
Tambi6n hay que tomar en c u e n t a e l g r a n nGmero
d e inadres s o l t e r a s que e x i s t e n t r a b 4 j a n d o e n l a m a q u i l a .
--
La mayoría d e l a s muchachas que t r a b a j a n e n l a f á b r i c a
tienen hijos
-coinenta M a r í a C r i s t i n a -
E l d í a de l a s madres
t o d a s l a s madres tenSan una f l o r que l e s p u s i e r o n l o s jefes.
64
4
Pues l a m a y o r í a t e n í a l a f l o r e c i t a , b i e n p o c a s no somos mamás
y eso que t o d a s soms muy j 6 v e n e s
.
Muchas n o s quedamos sor-
p r e n d i d a s porque n o s o t r a s creíainos que muchas no eran mamás.
De l a s 350 que t r a b a j a m o s y o c a l c u l o que 3 0 0 son mamás.
Yo
creo que ahora es más f á c i l t e n e r h i j o s porque uno gana su d i
Muchas t i e n e n l o s
n e r o , y eso nos hace s e n t i r n o s más l i b r e s .
h i j o s porque l o s q u i e r e n t e n e r , o t r a s porque n o se
cuidaron,
Muchas l o s t i e n e n porque e l Seguro S o c i a l l e s pagua una
T e da una p a r t e a n t e s de que t e ' a l i v i e s ' y
"feria"
o t r a p a r t e después.
Pero t e dan b a s t a n t e d i n e r o inds de 2 0 m i l pesos.
E l Seguro se
l o c o b r a a l a f á b r i c a , por eso no l e c o n v i e n e a l a f á b r i c a que
tengamos h i j o s ,
¿ p o r qué crees que cuando entramos l o p r i m e r o
que n o s hacen es e l ex'amen médico?
mos embarazadas,
doctor.
,
pues p a r a ver q u e n o este
-
A a l g u n a s n o s e s t a n mandando de nuevo con e l
El médico n o s pregunta muchas c o s a s , n o s hacen unas
historias clfnicas.
Exámenes d e l coraz6n, de l a v i s t a , de l a
p r e s i b n , y n o s preguntan s i tenemos d i a b e t e s .
E l l o s pagan e l
d í a que f a l t a n o s a l t r a b a j o por i r a l m 6 d i c o y cada d í a mandan
t r e s a d i s t i n t a hora, y a con l a c i t a hecha,
E l g e r e n t e llama
y dice que y a vamos p a r a que n o s r e c i b a y cuando terminamos e l
d o c t o r l l a m a a l a f á b r i c a para d e c i r q u e y a venimos, Así q E
nos t i e n e n b i e n c h e c a d i t a s , p o r q u e e l l o s e s t a n pagando e s a s ho
ras.
Un d € a una compañera n o l l e g a b a y l a r e g a ñ a r o n porque se
wed6 p l a t i c a n d o ,
Los g e r e n t e s hacen e l c o r a j e de l a v i d a
cuando uno e s t á embarazada.
En l a f ' a b r i c a h a y muchas enibaraza-
.
das, en t o d a s p a r t e s hay panzonas
Muchas t i e n e n h i j o s por
65
puro n e g o c i o , solo para que en
de l a i n c a p a c i d a d .
ese momento l e s den e l d i n e r o
Hay una muchacha e n l a f á b r i c a que t i e n e
más de c i n c o h i j o s y t o d a v l a se s i g u e embarazando.
Algunas d e j a n e n c a r g a d o s a sus h i j o s con c u a l q u i e r perso
na para poder v e n i r a t r a b a j a r .
Todas l a s que e s t á n a h € t i e -
nen que pagar p o r q u e se l o s cuiden.
Y eso s a l e mucho más c a r o
a l a l a r g a d e l o que e l Seguro S o c i a l l e s da cuando e s t a n emba
razadas.
Otra c a r a c t e r í s t i c a de l a s t r a b a j a d o r a s
r a s es su g r a d o de e s c o l a r i d a d .
mDs
de l a s m a q u i l a d o
C a s i t o d a s de l a s que t r a b a j a
estudiamos l a p r i m a r i a p u e s es un r e q u i s i t o que n o s p i d e n .
Corn n o estudiamos más que eso, n o s dan l o s peores t r a b a j o s .
Una persona que haya e s t u d i a d o n o a c e p t a r í a e s t e t i p o d e t r a bajo
-comenta A l m a - .
El c e r t i f i c a d o de p r i n a r i a , es a c t u a l m e n t e , un r e q u i s i t o
i n d i s p e n s a b l e para poder e n t r a r a t r a b a j a r a una p l a n t a maqui
i
l a d o r a ; de e s t a manera se puede a p r o v e c h a r un n i v e l d e c a l i fc a c i d n y de e s t u d i o s i n costo a l g u n o p a r a l a f á b r i c a , además
l a o b r e r a n e c e s i t a un mxnimo-de c o n o c i m i e n t o para e s t a r preparada p a r a el t i p o de t r a b a j o que se r e q u i e r e .
Es i m p o r t a n t e
h a c e r n o t a que es p r e c i s a m e n t e en la e s c u e l a p r i m a r i a donde
t r a d i c i o n a l m e n t e se maneja l a imagen d e l m a e s t r o como a u t o r i dad, como d q u e l que d a órdenes i r r e f u t a b l e s .
E l alumno debe
ser p a c i e n t e , o b e d i e n t e y no c u e s t i o n a r nada de i o que se l e
.
66
enseña.
Se enseña a o b e d e c e r .
Este c o n d i c i o n a m i e n t o e s a p r o
-
vechado y r e f o r z a d o en l a f á b r i c a , b a s t a ver l a r e l a c i ó n de l o s
j e f e s con l a s o b r e r a s .
Es e l reflejo de l a v i d a en l a escuela
y en e l hogar.
D e acuerdo con l a s t r a b a j a d o r a s e n t r e v i s t a d a s , un 8 por
cineto d e l t o t a l t e n í a n e s t u d i o s i n c o m p l e t o s d e p r i m a r i a o n o
habían a s i s t i d o a l a e s c u e l a . E l 64 por c i e n t o h a b f a n cursado
solarpente l a p r i m a r i a . Un 12 por c i e n t o y un 8 por c i e n t o hab í a n cursado l a s e c u n d a r i a i n c o m p l e t a y completa r e s p e c t i v a m e n t e .
Un seis p o r c i e n t o cle l a p o b l a c i 6 n e n t r e v i s t a d a t e n l a e s t i i d i o s
incompletos de p r e p a r a t o r i a .
Un 28 p o r c i e n t o d e l a s mujeres e n t r e v i s t a d a s -curiosamente
t o d a s e s t a s con estudios d e p r i m a r i a - habían tomado otros cursos
por mbs d e tres meses; e n t r e l o s cursos e s t a b a n : c o s t u r a ,
corte y
c o n f e c c i b n , comercio, t a q u i - m e c a n o g r a f í a , b e l l e z a e i n g l e s .
La mayorla d e e s t o s o u r s o s han d e s a r r o l l a d o l a s h a b i l i d a d e s
manuales de l a s mujeres. S e pueden c o n s i d e r a r cursos d e c a l i f i c a c i b n que se han aprovechado en l a s m a q u i l a d o r a s s i n costo alguno.
La mayoría d e l a mujeres que l l e v a r o n estos cursos c r e e n que n.o
ha t e n i d o ningún s e n t i d o . L a mayoriEa n i s i q u i e r a l o p u s i e r o n en
su s o l i c i t u d d e t r a b a j o por n o h a b e r l o c o n s i d e r a d o i m p o r t a n t e .
En e l l a s , corn en l a m a y o r í a d e l a s t r a b a j a d o r a s hay una
d i s p o s i c i ó n a l a m o v i l i d a d , son m'as " v e r s b t i l e s " que un hombre
por c o n s i d e r a r s e p e r s o n a s s i n c a l i f i c a c i b n :
estan dispuestas y
67
pueden, además d e pegar c i r c u i t o s o s o l d a r r e s i s t e n c i a s ,
el café,
visor
0
servir
t r a p e a r l a f á b r i c a . a s i corn p e g a r l e un bot6n a l supera e l jefe., h a c e r todo a q u e l l o que b i e n l o a p r e n d i e r o n e n -
l a escuela
0
en una academia,
0
en e l h o g a r .
L a f a m i l i a es e s e n c i a l m e n t e e l c e n t r o d e l a p r o d u c c i 6 n so
c i a l ; es tambien un c e n t r o d e c o n d i c i o n a m i e n t o , d e consumo y d e
reserva d e trabajo.
Es
un c e n t r o p r o d u c t i v o dado que produce
y r e p r o d u c e a l ser huvano, a l
ne como f u n c i ó n
"trabajador mismo";
también t i e
c r e a r hombres y m u j e r e s q u e se adapten a l c i s -
terna, d i s c i p l i n á n d o l o s p a r a desempeñar p a p e l e s s e x u a l e s d e f i ni
d o s s o c i a l m e n t e de acuerdo a un s i s t e m a d e v a l o r e s o i d e o l o g í a
que p e r t e n e c e n , a l a c l a s e en e l poder.
L a i d e o l o g í a d i c t a que
d e n t r o d e l a e s t r u c t u r a f a m i l i a r , l a v i d a de l a m u j e r d e b e g i r a r e n t a r n o a sus h i j o s y a su m a r i d o , a i s l á n d o l a d e l resto
d e l mundo e n sus c u a t r o p a r e d e s .
Por eso es t a n común o i r d e l a s t r a b a j a d o r a s :
"siempre
m e d i j e r o n e n m i c a s a y en l a e s c u e l a que m i v i d a s e r í a e s t a r
m e t i d a en m i - c a s a ,
cuidando d e mis h i j o s , a t e n d i e n d o a m i ma
-
r i d o y haciendo m i quehacer".
Es f á c i l d i s t i n g u i r como l a f a m i l i a , como un mecanismo
socializante,
f i j a y mantiene l a imagen de l a mujer sumisa,
o b e d i e n t e y hogareña.
En l a e s c u e l a t a m b i é n se a d q u i e r e n , r e a f i r m a n y perpetúan
r o l e s que d e t e r m i n a r á n l a a c t i t u d y l a p a r t i c i p a c i ó n de l a ;nujer e n l a s o c i e d a d mediante l a a d q u i s i c i ó n y t r a n s m i s i ó n de
conocirtuentos , h a b i l i d a d e s , a c t i t u d e s y v a l o r e s c o n s e c u e n t e s
I
68
a l sistema.
Hay que e n t e n d e r a l a e d u c a c i d n formal como un proceso con
c i e n t e de enseñanza y a p r e n d i z a j e , c o n t r o l a d o , c o r r e g i b l e y repetible.
En e s t e proceso se p e r p e t ú a n o solo una imagen t r a di
s
c i o n a l de l a mujer s i n o que e n g e n e r a l e s un v e h í c u l o d e t r a n m i s i 6 n de todos y cada uno d e los v a l o r e s que hay e n l a actual i d a d , q u e c a r a c t e r i z a n a una s o c i e d a d q u e camina a t r o p e l l a d a xiente h a c l a e l consbno y que d e s a r r o l l a l o s v a l o r e s más i n h e r e n
tes a l c a p i t a l i s m o :
c o m p e t e n c i a , i n d i v i d u a l i s m o , egoísmo, a f á n
de lucro, a r r i b i s m , etc.,
Estos v a l o r e s son r e f o r z a d o s d e n t r o d e l a s p l a n t a s maqui-
l a d o r a s j u n t o con una s e r i e de mecanismos de c o n t r o l d i r i g i d o s
y r e a l i z a d o s e n b a s e a todos esos roles f e m e n i n o s que l a socie-
dad en su c o n j u n t o ha impuesto.
Un f a c t o r que ha s i d o a p r o v e c h a d o por l a empresa y que cuen
-
t a mucho d e n t r o d e l a s e l e c c i ó n de p e r s o n a l es l a e x p e r i e n c i a l a
boral,
P a r a e l 52 por c i e n t o de l a s e n t r e v i s t a d a s ( d a t o que n o
es de n i n g u n a manera r e p r e s e n t a t i n d e l a r e a l i d a d pero que n o s
puede d a r una i d e a d e l fenbmeno)
primera e x p e r i e n c i a l a b o r a l .
l a m a q u i l a d o r a r e p r e s e n t a b a su
E l 48 por c i e n t o r e s t a n t e y a ha-
b í a t e n i d o una e x p e r i e n c i a p r e v i a .
feria p r i n c i p a l m e n t e a l s e r v i c i o
en t i e n d a s pequeñas.
L a e x p e r i e n c i a p r e v i a se re
*
doméstico
-
y a ser empleados
Solamente un 12 por c i e n t o d e l t o t a l de
t r a b a j a d o r a s e n t r e v i s t a d a s h a b r a t r a b a j a d o a n t e s e n otro sec-
*
T r a b a j o que l o c l a s i f i c a m o s como l o h a c e Mdnica C l a i r e G a m b r i l l como "sub-empleo de servicios" q u e se c a r a c t e r i
zan por p r e s t a r servicios p e r s o n a a e s 8 i n e s t a b l e s , n o c i a
s i f i c a d o s y de p o c a r e m - m e r a c i ó n .
69
tor i n d u s t r i a l
( f á b r i c a s d e d u l c e s , g a l l e t a s y empacadoras
principalmente)
.
E s t a poca e x p e r i e n c i a l a b o r a l e s uno d e l o s f a c t o r e s p o r
los cuales
l a s t r a b a j a d o r a s a c e p t a n e s t a s pésimas c o n d i c i o n e s
de trabajo.
No e x i s t e n e n e l l a s marcos d e r e f e r e n c i a y es d i -
f i c l l h a b l a r o h a c e r un a n á l i s i s concienzudo d e 1a.conciencia d e
c l a s e en o b r e r a s que n o han t e n i d o o p o r t u n i d a d d e acumular su
f i c i e n t e e x p e r i e n c i a como para que se de una o r g a n i z a c i ó n a n -i
veles más a m p l i o s .
Son p o c a s l a s o b r e r a s que se r e s i s t e n a
p r o d u c i r en e s a s c o n d i c i o n e s ; s o n E n o s aún l a s
t a n en lucha.
que se l e v a n
-
Se dan unas c u a n t a s p l á t i c a s e n l o s comedores o
e n l a c a l l e a l a hora de l a s a l i d a pero p o c a s veces pasan de
ser una q u e j a e n t r e e l l a s mismas.
Estas diiscuciones
c a s i n f o r a a l e s s o n un respiro, un s i g n o d e v i d a .
y p l á ti
Un e s p l r i t u
l a t e n t e de l u c h a q u e e n un f u t u r o podrá s a l i r f n t e g r o y feroz.
La problem'atica común se diluye e n una i n f i n i d a d d e s i t u a
cienes i n d i v i d u a l e s h a c i e n d o d i f f c i l un p u n t o d e a p o y o s ó l i d o
para i n i c i a r l a l u c h a .
Dos s e n t i m i e n t o s opuestos v i v e n en c a s i t o d a s l a s t r a b a jadoras.
Comentan l a g r a n o p o r t u n i d a d que s i g n i f i c ó e n s u v i
da e l e n t r a r a t r a b a j a r e n l a m a q u i l a d o r a , e l ganar su d i n e r o
y t e n e r asegurado un s e r v i c i o médico.
E l compararlo con sus
e x p e r i e n c i a s p a s a d a s y comprender que ha sido un a v a n c e e n l a
e s c a l a s o c i a l , c i e r t o s e n t i m i e n t o de a g r a d e c i m i e n t o a l p a t r ó n
y a l a f d b r i c a por h a b e r l a s empleado.
Por otro l a d o l a des-
g r a c i a de e s t a r t a n t a s h o r a s m e t i d a s e n l a f á b r i c a h a c i e n d o
-
una y miL veces l o mismo, con c a n s a n c i o , d o l o r y a b u r r i m i e n t o .
Todas e l l a s han i n v e n t a d o s o l u c i o n e s i n d i v i d u a l e s , c a s a r -
se, r e g r e s a r a l p u e b l o , cambiar d e f á b r i c a .
que p i e n s a n en u n i r s e y luchar.
Son a h p o c a s l a s
!
I
CoIdiciones laborales injustas y casa habitación
paup&ima
son e l A, B, C, de l a m-jer obrera en
las magiladoras.
71
QUIEN SOY, DE DONDE VENGO Y A DONDE VOY
(
Origen y procedencia migratoria
)
El 6 8 por ciento de las obreras entrevistadas son
migrantes, estas trabajadoras vienen principalmente de otros
lugares dentro de Baja California y de otros estados como Jalisco, Durango, Sinaloa, Michoacán, Sonora, Nayarit, Guanajua
to.
Un 72.9 por ciento de ellas vinieron con su familia
en busca de mejores condiciones de vida.
Algunas de ellas se
vinieron después de que el padre se habla pasado a los Estados
Unidos y había juntado suficiente dinero para traerse a toda
la familia.
Otras, junto con toda la familia, buscando un
trabajo digno que les diera para vivir.
Algunas comentaron
que se vinieron con sus madres que fueron abandonadas o quedaron viudas y.les hablan contado que aquí en Tijuana era más
fácil conseguir trabajo.
"NOS venimos para que mi mamá nos
pudiera sacar adelante".
El 27 por ciento se vinieron solas en busca de tra,
bajo, atraídas por las maquiladoras "aquellas industrias que
ofrecían trabajo a mujeres como nosotras".
"vine de vacaciones y me quede'porque
Varias plantearon
me gusto y aquí podla
conseguir trabajoii.
"El caso de Maria Luisa"
Nací en la sierra de Durango, ah€ estuve hasta los
72
Mi papá trabajaba la tierra, mi mamá se dedicaba a
11 años.
la casa y nosotros le ayudábamos con los animales: las vacas,
los chivos, los borregos, los marranos y las gallinas.
de ésto lo vendlamos y parte nos lo quedábamos nosotros.
padre era ejidatario.
Parte
Mi
No me acuerdo que tanto de tierra tenla
pero sembraba malz, frijol y papa.
Lo que produclamos era pa-
ra nosotros, aunque segun como se levantara, si mirábamos que
era mucho, pues se vendla una parte, si miraba que poco, pues
no vendla.
En mi pueblo no habla buena comunicaci6n.
no llega el correo, ni hay luz, ni nada.
Se llama el pueblo
de Matatitos pero lo llaman tambien Rancho Nuevo.
Estado de Durango.
Todavía
Está en el
Nosotros éramos bien pobres, a veces se
daba mucho maíz, pero a veces no se daba nada.
Nada mas había
la casa de nosotros y otras dos casas más, pero bien retiradas.
El
pueblo está m6s o menos cerca, se hace como una hora cami-
nando.
Ahí
había carreras de caballos, corridas de toros y
también jineteaban- En el pueblo si hay gente, pero en el
rancho casi no hay nadie, todavla está solo por ahí.
-
En la familia éramos ocho:
mis papás y mi abuelito.
cinco hijas mujeres y
Nosotras le ayuddbamos a mi papá
como si fuéramos hombres, y el mayor tiempo nos la pasábamos
ayudando.
4O.
ba.
Las dos más grandes de mis hermanas fueron hasta
año de primaria, yo casi no fu€ a la escuela, no me gustaEstaba muy retirada y en otro pueblo por esto tenlamos
que caminar todos los dlas, en la mañana temprano y en la tar-
73
de otra vez.
como una hora.
De ida hacíamos unos 4 5 minutos y de regreso
De ida era bajada y estaba fdcil pero de re-
greso era pura subida iy uyi yo me cansaba mucho. Días iba y
días no iba.
En mi casa mi hermana la mayor, molla, mi hermana y
yo subíamos el agua le ayudábamos a mi abuelito en el corral,
papá casi no estaba en la casa.
E 1 era de l a defensa del pue-
blo y casi siempre andaba de prisa.
y no volvla.
Siempre salla de la casa
Yo digo que le gustaba andar de vago.
vivla con nosotros y nibs bien él
se
El abuelo
encargaba de la tierra por-
que como mi papá, cuando yo tenla como unos 6 años, murió, nos
quedamos con mi abuelito.
Mi hermana la mayor le lleva dos
años a la hermana que le sigue, y la que sigue de ml, me lleva cinco años, porque se murió un hermano entre ella y yo.
Después murió mi abuelito y a mi me afectó mucho
porque mi mamá pens6 en volverse a casar.
Mientras vivid mi
abuelito nunco lo pens6 o por lo menos no lo dijo, pero apenas
muri6 se volvió a casar.
En ese entonces mi mamá tenla 35 años.
Cuando ella nos dijo que se iba a volver a casar, yo ya no
quise vivir ah€.
Se present6 una oportunidad, pues una de mis
-
hermanas se habla venido para acá a Tijuana y se estuvo como
una año con unos compadres de m i mamá que en esa ocasi6n la
fueron a :lievar al pueblo.
Le preguntaron si sabla de alguien
que se quisiera venir y yo les dijo que estaba dispuesta.
En
mi casa mi mamá me dijo que si yo me querla venir que me viniera.
Ella jamás me dijo que no: no nos quitaba que fuéramos a
I
I
74
donde q u i s i é r a m o s .
Y o t e n l a d o c e años y me i b a a e s t a r en ca-
sa d e l o s v i e j i t o s y a t e n i d a a l o que e l l o s me d i e r a n .
Ellos
s e h i c i e r o n r e s p o n s a b l e s d e m í , d e darme l o que e l l o s p u d i e r a n
darme
.
Estaba b i e n c o n t e n t a , q u e r f a v e n i r a c o n o c e r , aún
cuando m i hermana l a que l l e g ó me d e c f a :
t e va a p e s a r ,
;t e v a a p e s a r ; .
"NO t e v a y a s , porque
M e c o n t a b a que e l l a l a h a b f a
pasado muy mal y me i n s i s t í a en que no f u e r a , p e r o y o l e d i j e ,
"no l e hace, aunque me p e s e y me r e q u e t e p e s e y o me v o y " ,
tonces l o s viejitos m e "leyeron l a c a r t i l l a " ,
En-
me d i j e r o n que
no me l a i b a a p a s a r l l o r a n d o y molestando y y o l e s d i j e q u e
no me i b a a r e g r e s a r p r o n t o y e n t o n c e s me t r a j e r o n .
Nos ve-
nimos l o s dos v i e j i t o s y yo en camidn a M a z a t l á n y d e ah€ a
T i j u a n a en t r e n .
'
Yo no s a b l a nada d e T i j u a n a .
No c o n o c í a ninguna
ciudad, nunca h a b f a s a l i d o d e l p u e b l o y d e l rancho,
i y e l pue-
As€ que f u e t o d a una e x p e r i e n c i a i r
b l o no e r a muy grande:.
a Mazatlán y tomar e l t r e n .
Me p a r e c f a todo muy b o n i t o .
L l e g u é a T i j u a n a y no p o d l a d e c i r muchas p a l a b r a s .
No p o d f a d e c i r ' a l f o m b r a ' ,
,
n i 'linolium'
n i 'peri6dico, n i
s i q u i e r a s a b í a que e x i s t l a .
Una s o b r i n a de l a s e ñ o r a m e d e c f a
";así
no s e dice; se d i c e así:'
l a b r a s correctamente,
sa-.
e l l a me enseñb a decir l a s pa-
Contaba M a r f a L u i s a c o n una g r a n sonri-
M e llamaba mucho l a a t e n c i ó n - l a t e l e v i s i ó n , porque nunca
l a habÍa visto.
S i h a b l a i d o a l c i n e porque i b a a l p u e b l o un
señor que pasaba c i n e .
Sólo h a b l a mirado l a s p e l i b l a s y ya,
75
p e r o nunca me h a b l a imaginado que un a p a r a t i t o , a s i c h i q u i t o ,
l o p r e n d i e r a s y s a l i e r a n a h í hablando y t o d o .
cho l a t e l e v i s i ó n ,
Me g u s t a b a mu-
; y a ve que e n t r e t i e n e mucho;.
Los v i e j i t o s me p u s i e r o n e n l a e s c u e l a .
Ellos tenían
unas c a s i t a s que r e n t a b a n y d e e s a s r e n t a s v i v í a n , también d e
l o que l e s mandaban sus dos n i e t o s .
Con e l l o s t r a b a j é d e l o s
d o c e a l o s trece años.
Yo h a c í a t o d o e l quehacer d e l a c a s a ,
planchaba, l i m p i a b a .
a s í que y o h a c l a todo.
;todo; ,lavaba,
L a s e ñ o r a y a no p o d l a h a c e r c a s i nada,
También m e llamó l a a t e n c i ó n l a l a v a -
d o r a y a l a hora de l a v a r me a h o r r a b a mucho t r a b a j o .
también q u i e n t e n l a que comprar l a s c o s a s .
Yo e r a
Ellos me enseñaron
a irme a l a t i e n d a .
Una enfermera d e l a que m e h i c e amiga e n e l h o s p i t a l cuando me o p e r a r o n hace y a tiempo y que t o d a v í a v i s i t o ,
m e d i j o que su hermano me p o d í a a r r e g l a r e l p a s a p o r t e .
d i j e que no t e n l a a c t a de n a c i m i e n t o ,
Yo l e
~ 6 1 0t e n í a un comproban-
t e d e l r e g i s t r o , m i a c t a e s t a b a en un p u e b l o más l e j o s d e m i
r a n c h o , pues d e l p u e b l o mandaban l o s d a t o s a T a y o l t i t a .
Ella
me d i j o - q u e su hermano t e n l a buenas p a l a n c a s y q u e me l o p o d í a
a r r e g l a r con e l puro comprobante d e l registro.
Y a s í fue,
f u f con e l l a y s u hermano me l l e v 6 a l a l í n e a y m e d i e r o n l a
forma 1 3 con los mexicanos y y a l u e g o f u í con l o s americanos
p a r a que me d i e r a n e l p a s a p o r t e y m e l o d i e r o n .
p a s a p o r t e p a r a irme a t r a b a j a r a l otro l a d o .
Yo q u e r í a e l
Entonces yo te-
n l a 1 4 años y e l v i e j i t o con e l que v i v l a y a h a b í a muerto.
I .
I
76
S e qued6 l a v i e j i t a s o l a y y o m e f u í a t r a b a j a r a l otro l a d o
con una c o n o c i d a d e l a e n f e r m e r a que me ayudó a s a c a r e l pasaporte.
En l a c a s a donde t r a b a j a b a h a c f a t o d o e l quehacer.
A h í v i v í a un m a t r i m o n i o c o n sus t r e s h i j o s , yo h a c f a l a l i m -
p i e z a y l a s e ñ o r a h a c i a l a comida.
T r a b a j é con e l l o s unos
s e i s meses y después me regrese a Rancho Nuevo a ver a m i mamá.
P a r a e n t o n c e s y a t e n í a 1 5 años.
M e e s t u v e 1 5 días e n e l
rancho y me t r a j e a T i j u a n a a m i hermana l a g r a n d e , l a que y a
h a b l a v e n i d o p a r a acá.
A e l l a l a h a b l a abandonado e l m a r i d o ,
t e n í a una h i j a de dos meses, que también se v i n o c o n n o s o t r a s .
Fuimos a c a s a de l a v i e j i t a , y d e j é a h í a m i hermana y a su h i j a y y o me f u f a l otro l a d o .
Entonces e l l a l e
ayudaba a l i m p i a r l a c a s a y a acompañarla.
Yo a l l á e n e l otro
l a d o busqué un t r a b a j o en donde me pagaran más y d e s d e e l otro
l a d o l e s mandaba d i n e r o .
A l año y medio v i n o l a h i j a d e l a
v i e j i t a y se llev6 a m i hermana otra v e z p a r a e l Rancho Nuevo,
yo d e c i d f también acompañarlas a l rancho.
M i mamá s e g u f a v i -
M e quedé unos q u i n c e d í a s ah€.
v i e n d o con m i p a d r a s t r o .
E l y yo no n o s querfamos.
yo l l e g a b a a l r a n c h o 61 se i b a de l a casa.
Cuando
No l o q u e r f a por-
que yo t e n l a una hermana que h a b í a n a c i d o enferma, siempre se
andaba cayendo p o r q u e no e s t a b a e n sus c i n c o s e n t i d o s , pero
no era a g r e s i v a ; é l s i e m p r e l a m a l t r a t a b a .
La mandaba a h a c e r
a l g o y como e l l a n o l o h a c í a p r o n t o é l l a m a l t r a t a b a mucho,
a s í que yo l e d e c í a s u s v e r d a d e s y m i mamá se e n o j a b a conmigo.
Por eso nunca e s t a b a mucho tiempo a l l á .
Ellos tenfan cinco .
h i j o s más, a s i que l a c a s a s i e m p r e e s t a b a l l e n a de g e n t e .
77
Luego m e v o l v í a l otro l a d o y conseguf otro t r a b a j o , p o r medio d e amistades que y o t e n f a a l l á .
Mis amigos me
daban un t e l é f o n o donde n e c e s i t a b a n a a l g u i e n que l e s ayudar a y y o l e s hablaba y me daban t r a b a j o .
Además, l a señora
con l a que t r a b a j é p r i m e r o d e l otro l a d o me d e c í a ; "Ahora
que v u e l v a s t e voy a c o n s e g u i r otro t r a b a j o en donde t e paguen más".
E l l a también me recomendaba con o t r a s señoras.
A s í e s t u v e t r a b a j a n d o y cuando t e n f a 1 8 años me r e g r e s é p e r o
una de l a s veces que f u l p a r a e l r a n c h o me r o b a r o n m i b o l s a ,
con todo y m i p a s a p o r t e .
Entonces m e v i n e a T i j u a n a y l o re-
p o r t 6 y me d i e r o n s e i s m e s e s .
Yo no me q u e r í a e s t a r a q u í ,
Una señora me pas6
se me h a c í a mejor e s t a r a l otro l a d o .
s i n p a s a p o r t e , me pas6.como su h i j a .
s e i s meses.
A l l á me e s t u v e unos
E l t r a b a j o d e c a s a e r a mucho, t e n l a que h a c e r
t o d o e l quehacer, y a veces l a v a r .
E r a pesado p e r o l a g e n t e
me t r a t a b a b i e n , ganaba en d ó l a r e s y t o d o l o h a c í a a m i ritmo.
M e v i n e p a r a e l l a d o mexicano y ya no q u i s e r e g r e -
s a r a l otro l a d o .
Ya no e s t a b a f á c i l porque n o t e n í a p a s a p o r t e y eso
que n o e r a n t a n estrictos como ahora.
A n t e s uno con pasapor-
t e se i b a h a s t a Los A n g e l e s y n a d i e l o m o l e s t a b a y ahora s í .
Hay que l l e v a r p e r m i s o p a r a p a s a r más a116 d e San Diego y en
t o d o s l a d o s l o andan a uno molestando.
Me quedé en T i j u a n a
y ya t e n r a t i e m p o de c o n o c e r a m i e s p o s o , q u e e n ese t i e m p o
e r a m i novio.
Nos conocimos e n l a C o l o n i a Independencia,
cada v e z que yo v e n í a a T i j u a n a n o s mirábamos.
y
78
A q u í e n T i j u a n a e s t a b a t r a b a j a n d o en l a c a s a de
Después me f u l a v i v i r c o n una mu-
l a nuera d e l a v i e j i t a ,
chacha que h a c l a t i e m p o se h a b l a v e n i d o de Rancho Nuevo a
t r a b a j a r también e n c a s a ,
E l l a me d i j o que me f u e r a a v i v i r
a su c a s a , y a s í l o h i c e .
Como n e c e s i t a b a d i n e r o me metí a
t r a b a j a r a una m a q u i l a d o r a .
Le p l a t i q u é a m i n o v i o que q u e r í a e n t r a r a t r a b a -
j a r en una f á b r i c a y me d i j o q u e f u e r a c o n su t í o , que 61
e r a a d m i n i s t r a d o r d e una m a q u i l a d o r a .
F u i c o n 61 y me d i 6
una recomendación y m e d i j o q u e l a l l e v a r a a l a o f i c i n a p a r a
que me d i e r a n t r a b a j o .
Y me l o dieron.
En l a m a q u i l a d o r a
no me h i c i e r o n ninguna p r u e b a , sólo llené m i s o l i c i t u d .
Nun-
c a supe que e r a l o que hacíamos e n l a f á b r i c a , nunca me i n ’
teresó i n v e s t i g a r como l o h a g o ahora.
Cuando y o t r a b a j a b a
a l otro l a d o no s a b í a que e x i s t í a n l a s maquiladoras.
Las
muchachas que h a b l a n t r a b a j a d o c o n l a v i e j i t a y a t r a b a j a b a n
en f á b r i c a ,
cuando yo l e s d i j e que m e i b a a t r a b a j a r a l otro
l a d o me d i j e r o n ;
do p e r s o n a l ,
“Quédate,
aquf en l a f á b r i c a e s t a n s o l i c i t a n -
“ p o r qué no v a s ? Y f u í pero no s a b í a que e s l o
que
- se h a c í a ah€.
Desde e l p r i n c i p i o m e l l e v é b i e n con mis compañeros
d e l a f á b r i c a , p o r q u e l o q u e yo q u e r f a e r a t r a b a j a r .
E l tra-
b a j o e r a d i s t i n t o , t r a b a j a n d o en c a s a uno e s t a b a s610 y t r a bajando a m i ritmo, y e n l a f a b r i c a e r a mucha g e n t e y todo se
t e n l a que h a c e r r á p i d o .
En esos t i e m p o s me pagaban 19.00 dó-
l a r e s a l a semana, p o r q u e a n t e s pagaban e n d b l a r e s .
Cuando
79
e n t r é a t r a b a j a r a l a f á b r i c a s a b f a que ese t r a b a j o i b a a
ser p o r un tiempo, p o r q u e me .decían que ya t e n i e n d o comprob a n t e d e t r a b a j o e r a más f á c i l s a c a r e l p a s a p o r t e .
Y si,
c o n s e g u l el p a s a p o r t e p o r l o s comprobantes d e t r a b a j o .
Ya no me f u f a l otro l a d o porque me c a s 6 y me f u l
a v i v i r a una c a s i t a muy c e r c a de l a f á b r i c a donde t r a b a j a b a .
M i esposo era g e r e n t e d e un supermercado y con l o q u e 61 gana-
ba nos alcanzaba p a r a v i v i r .
Yo no d e j e de t r a b a j a r ,
se me
h a c í a i m p o r t a n t e t r a b a j a r en l a f á b r i c a poque a s í . s e g u l a ayudando a m i mamá.
Siempre l e mandé d i n e r o y l e s i g o mandando.
Cuando y a e s t a b a casada me t r a j e a una d e mis hermanas.
M i hermana me ayudaba con l a c a s a m i e n t r a s y o m e i b a
a l a fábrica.
E n ese t r a b a j o duré como un año y meses p o r
que s a l l embarazada a l p o c o t i e m p o d e que e n t r é , l u e g o me
d i e r o n l a i n c a p a c i d a d y a l p o c o tiempo 'cuando v o l v l c e r r d l a
f á b r i c a porque hubo una h u e l g a d e l a s demás muchachas.
que cerró p o r l a h u e l g a .
Dicen
S e f u e r o n e n t o n c e s l o s dueños, eso
f u é en 1970. Yo no p a r t i c i p é en l a h u e l g a , no me l l a m a b a l a
a t e n c i ó n , porque l o s a d m i n i s t r a d o r e s t e n l a n más f á b r i c a s y
nos decían:
"si no se meten e n l a h u e l g a , l o s podemos acomo-
d a r en o t r a f á b r i c a " .
que l a huelga:
-
A m i me i n t e r e s a b a más t e n e r t r a b a j o
y como a l o s dos meses que cerró l a f b b r i c a ,
nos acomodaron e n o t r a .
Nos acomodaron porque estos adminis-
t r a d o r e s agarran 5 6 6 empresas y e l l o s l a s a d m i n i s t r a n aunque cada una s e a de d i s t i n t o dueño.
La f á b r i c a cuando cerró t e n f a como 400 t r a b a j a d o r e s
80
en d o s d e p a r t a m e n t o s y sólo unos 1 0 0 e s t a b a n en l a h u e l g a .
Los que no estábamos e n h u e l g a €bamos todos l o s d l a s a l a s
nuevas o f i c i n a s d e l o s a d m i n i s t r a d o r e s y n o s daban p a r a e l
camión.
.
M i e n t r a s q u e l o s otros e s t a b a n p e l i a n d o , n o s o t r o s
n o s lbamos a r e p o r t a r a l a o f i c i n a .
Los a d m i n i s t r a d o r e s n o s
d e c í a n que e s t a b a p o r i n a u g u r a r s e una f á b r i c a y que l u e g o nos
i b a n a acomodar.
A m i n o m e a f e c t a b a mucho quedarme s i n t r a b a j o p o r -
que m i e s p o s o daba e l d i n e r o p a r a l a casa.
Duré s i n t r a b a j a r
como dos meses y cuando se a b r i ó l a nueva f á b r i c a , m e l l a m a r o n
para trabajar.
Como e n e s a f á b r i c a se h a d a una s o l d a d u r a
muy f i n a , t e n í a s o l a m e n t e g e n t e con e x p e r i e n c i a en s o l d a d u r a .
L o s . d e l a f á b r i c a n o s e n s e ñ a r o n a s o l d a r y nos daban e s t u d i o s
sobre soldadura; e l l o s mismos n o s daban diplomas.
A l o s tres años d e e s t a r ah€ c e r r a r o n l a f á b r i c a ,
porque d e c l a n q u e n o les conven€a.
N a d i e reclamó y se f u e r o n
l o s a d m i n i s t r a d o r e s n o s f u e r o n acomodando c o n e l tiempo e n
otras f á b r i c a s .
Esto es r a r o , pues a l a m a y o r l a de l a s t r a -
b a j a d o r a s d e l a s m a q u i l a s no l a s acomodan e n o t r a s f d b r i c a s .
A m í me acomodaron en o t r a- e l e c t r ó n i c a .
En l a f á b r i c a l o s s u p e r v i s o r e s e r a n m u j e r e s y n o s
llevábamos b i e n , a veces e r a n mandonas p e r o yo siempre me
llevé b i e n .
A
l a g e n t e que no se p o r t a b a b i e n l e l l a m a b a n
l a a t e n c i ó n p e r o a m í no m e g u s t a b a que m e l l a m a r a n l a a t e n c i 6 n a s í que siempre c u m p l l a con m i t r a b a j o .
A l o s dos años
de que yo t r a b a j a b a akill, l a f á b r i c a se l a l l e v a r o n más a116
81
de M e x i c a l i y me acomodaron en o t r a f á b r i c a donde duré 7
años t r a b a j a n d o h a c i e n d o l o mismo.
Desde que m e v i n e c o n o c í muchas cosas nuevas y a
mucha g e n t e .
Gano m i d i n e r o y puedo ayudar a m i e s p o s o .
Cada v e z que p i e n s o en m i pasado me d o y cuenta que cambié
mucho desde que me v i n e a T i j u a n a .
Como hemos o b s e r v a d o ,
e l t r a b a j o es una n e c e s i d a d
p a r a cada una de l a s mujeres que l a b o r a n e n l a i n d u s t r i a maquiladora.
L a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o e s t á n muy p o r d e b a j o
d e l a s más mfnimas g a r a n t f a s d e s a l u b r i d a d , p r e v e n c i ó n d e
a c c i d e n t e s y s e g u r i d a d en e l empleo.
La i n s e g u r i d a d e n l a
permanencia en e l t r a b a j o , t i e n e c o n s e c u e n c i a s muy g r a v e s
en e l comportamiento s o c i a l d e l a s o b r e r a s ;
es d e c i r , ésto
ha o r i l l a d o a que los i n t e r e s e s i n d i v i d u a l e s d e l a o b r e r a
pesen más que a q u e l l o s que r e q u e r i r € a n d e una c o n c i e n c i a d e
t r a b a j a d o r a y d e miembro d e una c l a s e o b r e r a , e l que M a r f a
L u i s a p r e f i e r a no p a r t i c i p a r e n l a h u e l g a muestra c l a r a m e n t e
como l a d i f í c i l s i t u a c i ó n s o c i a l y l a b o r a l que vive l a m u j e r
obrera d e l a maquila,
l i m i t a su p r o p i a p a r t i c i p a c i ó n en e l
movimiento h u e l g u l s t i c o , q u i z á s podríamos d e c i r que M a r l a
Luisa fu6 e l t f p i c o "esquirol"
de l a c l a s e o b r e r a .
No obs-
t a n t e , c o n s i d e r ó que l a a c t i t u d d e M a r l a L u i s a debe d e ser
v i s t a desde l a p e r s p e c t i v a d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s que e x i s t e n
d e n t r o de una misma c l a s e , c o n t r a d i c c i o n e s que pueden deberse a l a h e t e r o g e n e i d a d de l a masa o b r e r a , a m a n i p u l a c i o n e s
i d e o l ó g i c a s de l a empresa y c l a s e e n e l p o d e r , a l a c a s i n u l a
f o r m a c i ó n o b r e r a , etc.
m i e n c i a obrera va madurando poco a poco conforme
las h%ticias son más palpables.
82
" E l caso de A n g e i i t a "
Quizá p a r e z c a que e x a g e r o p e r o cuando e n t r é a l a
maquiladora me d i 6 una f e l i c i d a d muy g r a n d e , como d e que me
habla superado.
m i vida.
Fue e l momento en que me o y ó Dios y cambio
Me pude o l v i d a r d e l o de a t r á s .
Ese pedazo d e m i
v i d a f u e t a n d i f l c i l , t a n d i f í c i l que en una o c a s i ó n 'me l e
puse a un coche'
y e n o t r a o c a s i ó n me tomé muchas p a s t i l l a s ;
i o que q u e r í a e r a morirme.
Yo n a c í en Comala en 1 9 3 9 .
Comala e r a un pueblo
pequeño, y v i v í p o c o t i e m p o a h í porque d e s d e muy c h i c a m e
f u l a v i v i r con m i hermana a l a ciudad d e Colima.
E l l a v i-
v l a en Colima p o r q u e se h a b í a casado con uno d e a l l á , que se
d e d i c a b a . a c u r t i r p i e l e s y desde l o s 7 años me quedé c o n
ellos a vivir definitivamente.
E l e r a a g r i c u l t o r p e r o no e r a n sus t i e r r a s .
Yo ju-
gaba en los á r b o l e s y l e ayudaba a m i papá a sembrar e l f r i -
jol y e l maíz; también sembrábamos h o r t a l i z a s : rábanos, c h i l e s y todo eso.
Cuidaba a los p u e r c o s y a l a s g a l l i n a s p o r -
que a m i mamá l e g u s t a b a mucho t e n e r animales.
Nosotros éramos 8 hermanos
y yo e r a l a más c h i c a ,
a t o d o s mis hermanos les gustaban l a s v a c a s y e l campo menos
a mí.
Yo e s t u d i é e n C o l i m a h a s t a e l 6'
año.
Cuando l l e g a b a
d e l a e s c u e l a ayudaba a m i hermana a i r p o r los mandados, a
a c a r r e a r agua, p o r q u e e n ese e n t o n c e s no h a b l a t u b e r í a s .
T e n f a que a c a r r e a r e l agua e n una c u b e t a , l a s l l a v e s e s t a b a n
en l a s esquinas.
83
Con m i hermana y m i cuñado estuve de l o s s i e t e
años a los c a t o r c e , p e r o cada f i n d e semana me i b a con mis
papás.
A h í me d i v e r t f a mucho montando a c a b a l l o o c o r t a n d o
l o s p e p i n o s y l o s elotes.
M e gustaba i r l o s f i n e s d e semana
p e r o no me gustaba v i v i r a h í , e r a b o n i t o en p l a n d e d e s c a n s o
y de " c h i r o t e a r " .
*
M i hermana t i e n e una h i j a a l a que l e l l e v o s e i s
meses a s € que l a s dos eramos ' b i e n , c u a t a s '
hermano nos lbamos a l rancho.
d e r e d i l a s p e r o tapado.
y j u n t o con su
Ibamos en un camión g r a n d e ,
Salfamos a l a s tres d e l a t a r d e l o s
viernes d e s p u e s i t o de s a l i r d e l a e s c u e l a y hacíamos tres
h o r a s d e camino p o r q u e e r a p o r b r e c h a , cuando d e j ó e l rancho
m i papá f u e a d m i n i s t r a d o r de una f a m i l i a muy r i c a d e Colima,
l o s Cárdenas que t e n l a n un m o l i n o a l a s a f u e r a s d e Colima,
aunque ahora ha quedado d e n t r o d e l a ciudad.
E l m o l i n o e r a como una hacienda moderna, a h í mol€an
malz y a r r o z ; y también e r a como bodega porque almacenaban
mucho malz y a r r o z .
Mi cuñado l e propuso este t r a b a j o a m i
papá y l o a c e p t d p o r q u e 61 f u e muy e s t u d i o s o .
Mi p a d r e an-
duvo e n l a s g u e r r a s , f u e c r i s t e r o p e r o cuando se h i c i e r o n
l a s p a c e s t u v o que s a l i r d e l p u e b l o , c e r c a de G u a d a l a j a r a
donde h a b l a n a c i d o .
Cuando p a s d l o d e l a g u e r r a mis p a d r e s y a t e n € a n
t r e s h i j o s y l e d i j e r o n a m i papá que e l g o b i e r n o i b a a aca-
b a r con t o d o s l o s c r i s t e r o s que quedaban con v i d a y m i mamá
se mortific6 t a n t o que l e d i j o "ivdmonos a Comala m i h i j o t t i .
. . - - . -_ . . _.
*
Jugar
_ _ . . . . . . _ _ . _ . . . . . .
84
Cuando m i p a p á n o s p l a t i c a b a t o d o esto h a s t a nos
dormla.
Nos e n c a n t a b a que p l a t i c a r a , e r a como un c u e n t o .
-se emociona A n g e l a y continúa-.
general'
M i papá n o s d e c í a q u e ' e l
r e p a r t i ó muchas c o s a s e n t r e su g e n t e .
pasaba l i s t a y a cada uno l e daba su p a r t e .
E l ayudante
A m i padre le
d i e r o n tres c a r g a s de d i n e r o , como 50 c a b a l l o s y mulas y
c e r c a d e 200 c a b e z a s d e ganado.
Todo eso l o h a b l a n sacado
d e l a s f a m i l i a s a l a s que saquearon.
do ' d e l g e n e r a l ' ,
M i p a d r e e r a e l segun-
e r a como su guardaespalda.
E l nos decía
que se l e h a c l a muy p e n o s o r e c i b i r c o s a s que no h a b í a ganado
con su sudor; p a r a é l e r a muy d u r o p o r q u e siempre f u é muy
catblico.
M i p a d r e r e g a l 6 l a s reses y l o s c a b a l l o s ,
también
l a s c a r g a s de d i n e r o , ~ 6 1 0se quedó c o n un p o c o q u e e n ese
e n t o n c e s v a l l a mucho.
d e d e adobe.
pasillo.
En Comala compraron una c a s a muy gran-
L a c a s a t e n l a muchos c u a r t o s c o c i n a y un g r a n
A h í p u s o una t i e n d a d e a b a r r o t e s y a s í f u e r o n su-
b i e n d o y subiendo.
P r o s p e r 6 mucho,aunque
sacaba mandado por semanas o cada mes.
fiaba.
La g e n t e
L e d e b l a n mucho d i -
n e r o y 61 l l e v a b a una l i b r e t a l l e n a d e nombres y números d e
l a gente a l a que l e f i a b a .
porque e r a astuto...
L l e v a b a un c o n t r o l muy bueno
jnada se l e i b a , t o d o l o apuntaba;.
M i padre s i g u i 6 e n Comala h a s t a que l e o f r e c i e r o n e l t r a b a j o
en Colima con l o s Cárdenas.
V e n d i ó todo, l a c a s a y l a t i e n d a y se f u é como adm i n i s t r a d o r d e l m o l i n o q u e t e n f a muchísimos empleados.
Mis
hermanos también t r a b a j a r o n a h l , e l l o s e r a n l o s q u e ordeña-
85
ban l a s vacas.
Ahf
Uno d e mis hermanos murid a h í a los 1 9 años.
e n Colima m i papá t e n f a t o d o .
L e s d i e r o n h a s t a c a s a , pe-
ro él t r a b a j a b a mucho y h a c í a más m i l l o n a r i o s a l o s Cárdenas.
Trabajaba con l a c a b e z a , se cansaba mucho y l e pagaban muy
poquito.
M i madre y mis hermanas t r a b a j a b a n en l a c a s a y
pocas v e c e s v e í a n a m i papá.
E l señor S a l v a d o r Cárdenas murid y sus h i j o s que-
r í a n que m i padre s i g u i e r a t r a b a j a n d o en e l m o l i n o p e r o m i
p a d r e y a no q u i s o porque t r a b a j a b a d í a y noche.
H a b l e con
mis hermanos y d i j e r o n que e l l o s también se s a l í a n .
r o n e n t o n c e s a un rancho a Comala.
S e fue-
En ese rancho no l e s pa-
gaban, p e r o m i p a d r e a p a r e c í a como dueño, t e n l a v a c a s , caba-
llos y t r a b a j a b a l a t i e r r a .
P o d f a n v e n d e r l o que sacaban.
Aunque t e n f a n todo yo p r e f e r í a v i v i r con m i hermana.
Cuando i b a a l a p r i m a r i a yo q u e r z a ser m a e s t r a y
creo s i h u b i e r a p o d i d o serlo porque siempre me gust6 e s t u diar.
Desgraciadamente m i madre murid y ya no pude seguir
estudiando.
A n t e s d e que m i madre m u r i e r a , m i p a d r e y a no t r a bajaba, e r a m i madre q u i e n l o h a c í a . - V e n d l a r o p a y yo l a
acompañaba cada v e z que p o d l a .
E l l a compraba cortes, rebo-
sos y mandado en Colima y l o s v e n d í a e n e l rancho.
A ella
l e pagaban con huevo, como 1 0 0 o 200 huevos cada p e r s o n a ,
a l f i n a l d e l d f a c o n los 600 u 800 huevos nos Ibamos en camión a C o l h a a v e n d e r l o s .
e l chaperón que l a cuidaba.
E l l a e r a c o m e r c i a n t e y yo e r a
86
T e n f a 11 años cuando murió m i madre, m i p a d r e y a est a b a g r a n d e y v i v f a c o n mis hermanos, e l l o s t e n í a n t i e r r a s pe-
ro se f u e todo e n a t e n d e r a m i madre.
Mis hermanos no q u i s i e r o n que m i pap6 t r a b a j a r a e n
Colima p o r q u e además d e e s t a r g r a n d e , él e r a d e l campo y no
p o d í a ser a l b a ñ i l .
Estábamos b i e n amolados y endrogados p e r o
m i papá n o s d i j o " y o me voy a l rancho, no puedo e s t a r a q u í ,
ustedes d e c i d e n s i se v i e n e n conmigo o se quedan".
Yo d e c i d f
quedarme porque, a m i n o me g u s t a b a e l rancho y nienos s i n m i
mamá.
M i hermana l a s o l t e r a también se que&,
y mis hermanos
se p r e p a r a r o n como a l b a ñ i l e s p a r a t r a b a j a r c o n m i cuñado e n
Colima
.
M i p a d r e se f u e solo a l rancho p e r o s o l a m e n t e d u r ó
tres meses y se r e g r e s b .
nos.
En Colima l o m a n t u v i e r o n mis herma-
Yo l i m p i a b a y l a v a b a l a r o p a .
I b a a l r í o que e s t á como
a media h o r a d e camino c a r g a n d o e l canastón.
Ahí me e s t a b a
d e 6:30 de l a mañana h a s t a l a s 7 d e l a noche l a v a n d o .
Iba
cada tercer d f a .
M i hermana se f u e a t r a b a j a r y me
-
d e mis hermanos y d e m i papá.
tuve que e n c a r g a r
Les echaba l a s t o r t i l l a s ,
les
h a c f a la comida, l e s l a v a b a y l i m p i a b a t o d a l a c a s a .
A los 14 a ñ o s y a t e n í a n o v i o .
E l t e n í a 26 años y
me t e n i a mucha p a c i e n c i a p e r o p r o n t o t e r m i n é c o n 61 y entonces m e h i c e n o v i a d e l papá de m i s hijos.
c a s e con 61 cuando t e n € a yo 2 0 años.
me f u l a v i v i r con una señora.
E l e r a chofer y m e
Cuando yo t e n í a 1 5 años
E l l a h a b l d c o n m i papá y m e
87
d i j o que s i me p r e s t a b a p a r a que l a acompañara y l e ayudara,
m i p a d r e l e d i j o que s i y me f u i c o n e l l a .
E l l a me v e s t í a y
me daba d e comer y y o l e h a c i a e l quehacer.
Cuando y o t e n f a 1 6 años ya q u e r f a s a l i r m e , estuve
con e l l a año y medio p e r o cuando no me aguant6, porque e n vez
d e i r a l r o s a r i o me i b a con e l n o v i o , me e n t r e g ó con m i papá.
A l o s 1 8 a ñ o s me f u i a t r a b a j a r a l a c a s a d e una
señora en e l C e n t r o d e Colima.
con m i papá.
Los señores f u e r o n a h a b l a r
D u r e a h í v a r i o s meses.
En l a misma c a s a t r a b a -
j a b a m i hermana, e l l a h a c l a l o s t r a b a j o s más p e s a d o s y yo c u i daba a l o s tres n i ñ o s .
M e pagaban 75 p e s o s y t o d o e r a p a r a m i
p o r q u e mis hermanos mantenían a m i padre.
hermana y y o nos íbamos c o n m i papá.
Yo no q u e r f a ser l a no-
v i a d e l papá d e mis h i j o s porque tomaba.
J
p a r a v a r i a s p a r t e s , y no m e c o n v e n í a .
Cada ocho d í a s m i
T r a í a camión y s a l í a
Terminaba con 61 y me
h a c í a d e n o v i o s d e más p o s i c i á n , p e r o cada rato volvla y l o s
c a c h e t e a b a y no rrie d e j a b a .
Un d í a me f u l con él y deje m i
t r a b a j o y a l tercer d í a n o s casamos.
Después d e un tiempo
t u v e a m i p r i m e r a h i j a p e r o d i s c u t í a m o s mucho, s e g u i d o l l e g a ba b o r r a c h o , yo no p o d í a p l a t i c a r l e esto a n a d i e de m i f a m i l i a
porque me l o echaban e n c a r a , e l l o s n o e s t a b a n d e acuerdo con
m i matrimonio.
A l o s d o s meses de que n a c i ó m i h i j a me f u i con m i
p a d r e porque m i m a r i d o m e q u i s o p e g a r .
p a d r e y con é l m e e s t u v e 8 meses.
Le p e d í perdón a m i
Despues m i p a d r e h a b l ó con
el c u r a d e l a i g l e s i a yme r e g r e s a r o n con m i marido.
Estuvi-
88
mos b i e n un t i e m p o y e n c a r g u é a m i h i j o .
Tuve que aguantar
a m i marido e irme c o n 61 a un rancho donde l e d i e r o n t r a b a j o .
Me f u i c o n l a n i ñ a y e s p e r a n d o a l n i ñ o ,
s6l0 d u r é unos meses
allá y me r e g r e s é a t e n e r a m i h i j o .
A l año y m e d i o n a c i ó m i t e r c e r a h i j a y f u e cuando
t u v e e l problema más g r a v e c o n m i marido.
me f u i d e f i n i t i v a m e n t e .
M e g o l p e 6 mucho y
Le e s c r i b í a una prima que t e n l a 20
años d e no v e r l a , y m e f u i a v i v i r a Tepic con e l l a .
Me f u i
solamente c o n m i hija l a g r a n d e p o r q u e a l o s otros d o s me l o s
quito'mi
da.
e s p o s o , m i p o b r e h i j a apenas t e n í a 10 meses d e n a c i -
Estuve t r a b a j a n d o c o n m i prima s i e m p r e ,
g r a n d e d e no t e n e r a mis h i j o s .
pes y ah€ me r e s t a b l e c í .
con e l dolor t a n
M i prima me c u r d d e l o s g o l -
Le dábamos d e comer a 5 i n g e n i e r o s .
Como yo l e ayudaba pudimos d a r l e s de comer a más p e r s o n a s .
veces atend€amos h a s t a 20.
A
E l t r a b a j o e r a p e s a d o p o r q u e no
~ 6 1 0e r a d a r d e comer s i n o también l a v a r l e s y p l a n c h a r l e s y e n
o c a s i o n e s l i m p i a r l e s sus c a s a s .
Después de v i v i r un t i e m p o c o n m i p r i m a , me empe26
a cargar e l trabajo.
En un p r i n c i p i o l a r e l a c i ó n c o n e l l a e r a
bunna p e r o s e g u i d o m e " h a c i a mal l u g a r " .
Aunque y o l e ayudaba
y l e daba todo l o que ganaba, cuando e s t a b a d e g e n i o me h a d a
l a v i d a muy dura y m e c o s t a b a l á g r i m a s .
E n t r e l a s p e r s o n a s a l a s que daba de comer h a b l a un
i n g e n i e r o d e F e r r o c a r r i l e s N a c i o n a l e s con e l que t e n f a buena
r e l a c i ó n y e r a muy r e s p e t u o s o .
s e g u f a hablando "de usted".
Nos conocimos t r e s años y m e
A los tres años t u v e una h i j a con
89
Cuando l e c o n t é a l i n g e n i e r o que e s t a b a e s p e r a n d o
un n i ñ o me p l a t i c d muchas c o s a s .
E n t r e e l l a s , que t e n f a una
amante p e r o que s i me q u e r í a c a s a r e irme a su c a s a , nada me
faltarla
.
Cuando l e comenté a m i prima l o que e l i n g e n i e r o
me p r o p o n í a me dijo--
s i t e q u i e r e s i r , vete c o n todo y t u
h i j a , y o puedo e n c o n t r a r o t r a g e n t e que me ayude.
jPi6nsaloi.
I
M i h i j a n o q u e r f a a l i n g e n i e r o y no se i b a a i r c o n
é l , p r e f e r f a quedarse con su t l a .
Todo e s t a b a muy d i f í c i l ,
s i me i b a con él me quedaba s i n ninguno d e mis h i j o s .
yo no me d e c i d l a ,
Como
s e g u í c o n m i p r i m a p e r o cada d f a se me no-
t a b a más l a panza y m e daba mucha pena.
Afortunadamente m i
prima f u e cambiando y cada d í a me t r a t a b a mejor.
Trabajaba
d u r o e n esos d l a s , más q u e nunca, p a r a que m i p r i m a n o m e echar a nada en cara.
Los i n g e n i e r o s c a d a d í a l l e v a b a n a más compañeros
y me l a s t e n f a que a r r e g l a r p a r a d a r l e s de comer a más, h a s t a
eso que yo t a n t e a b a b i e n , p o r q u e nunca me sobraba comida.
Ya cuando se me n o t a b a más l a panza e l i n g e n i e r o m e
-ayudaba, p e r o y o nunca l e p e d í a nada, me daba pena y t e n l a
p e n d i e n t e d e q u e se f u e r a n a e n t e r a r a l l á e n C o l i m a m i f a m i l i a
jme
daba mucha p e n a j .
LOS
otros i n g e n i e r o s a l o s que l e s daba de comer
e s t a b a n encantados,
t o d o s ellos.
"j
que s e a n i ñ a
, que
sea niña i
, declan
E s t a s p e r s o n a s no q u e r í a n a l otro i n g e n i e r o ;
no
porque e s t u v i e r a esperando un h i j o de 61, s i n o p o r q u e e r a muy
90
s e c o y muy f r í o .
En t o d o s esos años que t e n í a n d e comer j u n t o s
solo se d e c l a n 'buenas t a r d e s ' .
c
M i e n t r a s estuve embarazada sólo f u i d o s veces a l d o -
tor, porque m i prima me l l e v a b a , no porque me s i n t i e r a mal.
E l doctor me d i 6 . v i t a m i n a s pues e s t a b a mal comida y cansada
de t a n t o trabajo.
,Además dormla e n e l suelo con m i h i j a , m i
c u e r p o y m i e s p a l d a cargaban todo ese f r í o .
Dos meses a n t e s de que n a c i e r a m i h i j a , e l i n g e n i e ro me l l e v 6 a G u a d a l a j a r a a comprar d u r a n t e todo e l d í a l a s
c o s a s que e l bebé i b a a n e c e s i t a r .
y h a s t a una canasta;
Le compre z a p a t i t o s , r o p a
todo de l o mejor.
Yo creo que me mandé
p o r q u e compré mucho.
El d l a que n a c i ó m i h i j a 61 no e s t a b a a h í ; un comp a d r e le a v i s 6 y e s a misma t a r d e se regresó para T e p i c y me
f u e a ver.
E l me h a b l a dado d i n e r o 3 d í a s a n t e s p a r a p a g a r
todo.
L a amante d e l i n g e n i e r o n o p o d f a t e n e r h i j o s y quer l a que l e d i e r a a m i h i j a , m e l a q u e r l a comprar.
P o r supues-
to que l e d i j e que no p e r o me quedé muy asustada d e que me l a
quisiera quitar.
-
Pocos d í a s después d e que n a c i ó m i h i j a c o n o c í a una
comadre d e m i prima; e s t a s e ñ o r a v i v l a e n E s t a d o s Unidos, y
me d e c f a que s i m e q u e r l a i r a t r a b a j a r con e l l a a E s t a d o s
Unidos.
L a señora se llamaba E e r t h a y m e d e c f a que e l l a me
pasaba a l o t r o l a d o .
Le comenté a m i prima que yo s i me animaba p e r o te-
4
91
n I a que c o n s e g u i r d i n e r o .
E l mismo d í a que l a S r a ,
Bertha se
i b a l l e g ó uno d e l o s i n g e n i e r o s y me pagó $500.00 p e s o s .
Era
#
un d í a q u i n c e y c a s i t o d o s me pagaron y a l c a n c e a j u n t a r unos
$2,000.00
pesos.
Y ese mismo d í a , otro i n g e n i e r o , a l que a p r e c i o mu-
chísimo, me p r o p u s o que s i me casaba con é l , que 61 se quedaba con todos mis h i j o s .
Le d i j e que no, aunque q u e r l a mucho
a mis h i j a s , l e s d e c l a "mis h i j a s " y l e s l l e v a b a z a p a t o s y
ropa cada quincena.
A s i d e buenos e r a n t o d o s l o s i n g e n i e r o s ,
todos l e
d e c í a n a l a más c h i c a " m i h i j a " y t o d o s l e compraban c o s a s ,
a s i que p a r e c í a que t e n l a muchos papás.
Cuando a t o d o s e l l o s l e s c o n t é que me i b a a T i j u a n a
ya cuando me h a b í a n pagado, a l e g a r o n e i n s i s t í a n que no me
p o d l a ir;"iNo
trosi","Aquí
'£,laca',
u s t e d no se va, u s t e d e s d e t o d o s noso-
l a queremos y s i n u s t e d ¿ q u i é n nos v a a a t e n d e r
tan b i e n como Ud.?",
" s i q u i e r e l e damos más d i n e r o , p e r o no
se vaya".
Con t o d o y todo l o que me d i j e r o n l o s i n g e n i e r o s , m i
deseo d e ganar más en l a v i d a , d e t e n e r a l g o que ofrecerles a
-
mis h i j o s m e f o r z ó a irme con doña B e r t h a y d e j a r a mis h i j a s
con m i prima.
L a d e c i s i ó n me costó t r a b a j o pues t e n i a que de-
j a r a m i h i j a r e c i é n nacida.
Me f u i e n t o n c e s con l a Sra.
Bertha.
Nos f u i m o s e n
camión h a s t a M e x i c a l i , m e acuerdo muy b i e n q u e s a l i m o s a l a s
c i n c o de l a mañana y que no comí nada e n todo e l camino.
92
Tenía hambre y me s e n t í a mal, t e n í a mucha l e c h e y l o s p e c h o s
me d o l í a n ; e s t a b a hinchada y con f i e b r e .
Me v i n e s i n s a b e r nada d e a donde i b a a l l e g a r .
Cuando llegamos a l a e s t a c i á n de M e x i c a l i me d i j o l a s e ñ o r a
que e l l a ya s e i b a a l otro l a d o que l u e g o me p a s a r a c o n los
polleros.
D i j o que e l l a me c o n s e g u í a un coyote que me p a s a r a
y me d i 6 su d i r e c c i ó n y su t e l é f o n o .
L a Sra. B e r t h a se f u e a
comprar su b o l e t o y yo me quedé l l o r e y l l o r e sentada e n l a
estación.
M e s e n t í a engañada y preocupada pues no l l e v a b a
nada d e ' f e r i a ' ,
no tra2.a más que l o que l l e v a b a p u e s t o .
En eso p a s 6 una s e ñ o r a b i e n ' c a t r i n a '
muy j o v e n c i t a ; me p r e g u n t ó que qué me pasaba---
que se v e í a
;Ay s e ñ o r i t a
e s t o y muy t r i s t e ; , y l e c o n t é l o que me pasaba.
P r i m e r o aga-
rr6 e l p e r i ó d i c o y h a b l ó a v a r i o s t e l é f o n o s donde q u e r f a n una
persona que t r a b a j a r a e n su c a s a p e r o ya en t o d o s h a b í a n conseguido.
M e d i j o que f u e r a a ver a su cuñada en T i j u a n a , que
e l l a seguramente me p o d i a ayudar.
M e apuntó l a d i r e c c i ó n y
e l t e l é f o n o en una s e r v i l l e t a y me d i 6 q u i n i e n t o s p e s o s p a r a
que ahí m i s m o tomara e l camidn p a r a T i j u a n a y a116 tomara un
t a x i a l a casa.
--No l e d i g a s a l a señora que te t r a e que t e
d f d i n e r o porque c a p a z que t e i o q u i t a ; :
me d i j o .
Y o no p a r e
de d a r l e l a s g r a c i a s .
Cuando v o l v i ó l a Sra. B e r t h a me p r e g u n t d que q u i é n
e r a esa señora y que q u e r í a ; l e d i j e q u e m e h a b í a dado l a d i r e c c i d n de su cuñada y que s i q u e r f a i r p a r a e l otro l a d o que
-
93
se f u e r a , que y o me i b a p a r a T i j u a n a .
Le
c o n t e que l a s e ñ o r a
con l a que me h a b í a v i s t o hablando y o y a l a c o n o c í a .
La s e ñ o r a Bertha c o p i 6 l a d i r e c c i ó n en otro p a p e l y e s a misma noche s a l i m o s para T i j u a n a . Llegamos a l a s 6 d e l a mañana y
tomamos un t a x i para l a casa. Y o me b a j é y l a s e ñ o r a no e s p e r 6
s i q u i e r a a que me a b r i e r a n l a p u e r t a , s e f u e e n s e g u i d a .
Cuando me a b r i e r o n s a l i d una s e ñ o r a y l e d i j e que me mandaba
su cuñada y que me ñ a b í a dado ese p a p e l . E l l a no t e n l a t r a b a j o . , ]
a
para ofrecerme p e r o e s t a b a d i s p u e s t a a ayudarme. Me pas6 a su c ,
sa y l e c o n t é m i h i s t o r i a y nos pusimos a l l o r a r l a s tres;
señora M a n u e l i t a ,
su h i j a y yo
la
.
V e n l a t o d a c o c h i n a porque se me h a b í a escurrido l a l e c h e , t o
da sudada porque e r a j u l i o y h a c í a mucho c a l o r , además t e n l a f i e bre y hambre. ,Me d i e r o n un c u a r t o y me d i j e r o n que m e bañara,
:.+¡
%
l u e g o me d i e r o n de c e n a r . M e s a c a r o n l a leche con una p e r a y me
s e n t f mejor. M e dormí y
a l d í a s i g u i e n t e empecé a buscar t r a b a -
j o ; no c o n s e g u í a y m i e n t r a s t a n t o e s t a s p e r s o n a s , con l a s que
v i v f a , me daban d i n e r o p a r a que l e s mandara a mis h i j o s .
M e p r e s e n t a r o n a una s e ñ o r a y me f u f a t r a b a j a r de s i r v i e n t a
a una c a s a en M e x i c a l i . A l o s t r e s meses volvf a T i j u a n a y metí
m i s o l i c i t i i d a una m a q u i l a d o r a que se l l a m a A u d i o Magnetics.Me
I
recomendd l a s u p e r v i s o r a que e r a amiga de l a h i j a de M a n u e l i t a ;
sdlo m e p i d i e r o n m i a c t a de n a c i m i e n t o y m i c e r t i f i c a d o de primar i a que ;nandépedir a Colima.
Todos a l i a e n Colima se asombraron
de que e s t u v i e r a en T i j u a
na. E n t r e a t r a b a j a r a l a m a q u i l a d o r a p e r o sólo p o r tres meses
p o r que me s u s p e n d i e r o n , no t e n f a m a t e r i a l p a r a que s t g u i e r a m o s
n
94
P a r a poder e n t r a r a e s a maquiladora tuve q u e i r
trabajando.
con un
n e s d i a r i o a ver como se t r a b a j a b a , esos d l a s no ne
l o s pagaron.
Manuelita-,
Yo madrugaba c o n l a s muohachas,
- l a s h i j a s de
pues e s t a b a d i s p u e s t a a pararme a l a s c u a t r o de
l a mañana con t a l d e c o n s e g u i r e l t r a b a j o .
A h l a p r e n d í , me
l l a m d e l g e r e n t e y p r o b e e n c u a n t o t i e m p o armaba un c a s s e t t e .
Eh dos minutos a m 6 t r e s c a s s e t t e s .
bfa
practicado.
medida:
.
Lo pude h a c e r p u e s y o ha
Por eso pude e n t r a r ;
iluego, l u e g o d € l a
Entr’e en n o v i e a b r e de 1 9 7 0 y en e n e r o d e 1971 m e
desocuparon.
Me d i e r o n un p a p e l donde d e c l a que n o se me d e s p e
d l a definitivamente,
s i n o por una temporada a f a l t a d e m a t e r i a
prima; quedaron en volverme a l l a m a r e n d o s o tres meses.
A los t r e s meses f u í a p e d i r t r a b a j o e n l a misma f á b r i c a ,
corn SI
n e c e s i t a b a n p e r s o n a l , me quedé a t r a b a j a r ese mismo a l a .
Me d i e r o n m i r . e i n g r e s o y desde e s a f e c h a h a s t a ahora ( 1 9 8 2 )
trabajando ahf
sigo
.
A l p r i n c i p i o t e n P a mucho miedo d e q u e v o l v i e r a n a r e c o r t a r
p e r s o n a l y como y o e r a de l a s más nuevas, me i b a n a s a c a r , pero
afortunadamente n o f u e a s Z porque t e n g o doce años y no me han
suspendido.
A l año d e e s t a r t r a b a j a n d o me d i e r o n un c o n t r a t o d e p l a n t a
y d e c i d f poner m i c u a r t i t o y y a no d a r l e más m o l e s t i a s a Manue-
lita;
En e l c u a r t i t o y a t e n l a e s t u f a , m i r e f r i g e r a d o r y 2 camas
de segunda a s € que f u f por mis h i j a s .
cuando t e n f a v a c a c i o n e s e n l a p r i m a r i a .
S610 m e t r a j e a l a g r a n d e
A los p o c o s ii?%as de
e s t a r conmigo e n T i j u a n a l a n i ñ a n o q u e r í a comer, n o q u e r í a
95
h a c e r nada.
E l doctor d i j o que l e f a l t a b a su hermana y que s i
no l a t r a í a , l a n i ñ a se ibi! a morir.
Vo&ví a p e d i r p e r m i s o a m i
jefe y f u í por l a nifia más c h i c a , pero m i prima n o me l a q u e r í a
d a r ; d e c € a que e r a d e e l l a y que l a h a b l a mantenido.
t a l e d e c í a a m i prima:
jXan-6 d i l e a
M i niñi-
e s a señora que se v a y a !
Como siempre habra v i v i d o con e l l a a m i n o me q u e r í a .
.
Me vine
a T i j u a n a por l o s recibos y los g i r o s para c o m p r o b a r l e que y o
siempre h a b l a mantenido a mis h i j a s .
E d i 6 por f i n a l a niña
q u i é n n o par6 de l l o r a r e n t o d o e l camino, l a g e n t e pensaba que
y o me l a h a b l a robado.
L l e g a n d o a T i j u a n a se d e s h i d r a t d y l a
tuve dos d í a s e n e l h o s p i t a l .
'
Yo s e g u í t r a b a j a n d o y m i n i ñ a
l a más grande se encargaba d e su hermana.
La señora M a n u e l i t a me ayud6 mucho y h e cambiado mucho m i
vida.
A q u í t e n g o t e c h o , comida y d i n e r o p a r a poder vestirme,
a n t e s no t e n í a nada.
Esto ha s i d o un a v a n c e p a r a m i v i d a , so-
bre todo en l a p a r t e econdmica.
Ya cuando me d i j o e l G e r e n t e
que t e n í a e l c o n t r a t o d e p l a n t a m e s e n t f segura y c o n t e n t a .
Para A n g e l a , como p a r a muchas que v i e n e n de z o n a s no i n d u s t r i a l e s e l t r a b a j o e n l a m a q u i l a d o r a s i g n i f i c ó una a s c e n s o
en l a e s c a l a s o c i a l .
E l l a n o h u b i e r a podido t e n e r una c a s a ,
lavadora y toda una serie de b i e n e s
m a t e r i a l e s que l a f r o n t e r a
p e r m i t e t e n e r e n é s t a s zonas, l a s t r a b a j a d o r a s p o d í a n a d q u i r i r
d i f e r e n t e s a r t í c u l o s , t a n t o n u e v o s como de segundo uso (seminuevos) a precios más b a j o s e n r e l a c i d n a o t r a s zonas de Méxi
co.
E s t e cambio en e l modo de v i d a ,
a q u e l l a s que migran de z o n a s r u r a l e s .
t o d a v í a e s mas notorio e n
96
A n g e l a e s t á muy a g r a d e c i d a , d e que s s l e n u b i e r a p r e s e n t a d o
e s t a o p o r t u n i d a d de t r a b a j o , h e c h o - q u e e l p a t r ó n c o n o c e y a p r o
vecha para c u i d a r l a a l t a p r o d u c c i ó n y e f i c i e n c i a para e l t r a b a j o p o r l o que,Angela se ha c a r a c t e r i z a d o .
meras p a l a b r a s d e A n g e l a cuando n o s ,uerita
do entré a
lri
Xecordeinos l a s p ri
L e su v i d a
'I..
. cuan-
m a q u i l a d o r a me d i o una f e l i c i d a d muy grande como
d e que me h a b í a superado,
cambió m i v i d a . .
Fue e l moií,ento e n que me o y 6 Dios y
.'I
L a v i d a de A n g e l a e n l a m a q u i l a , a l i g u a l
que l a d e l a ma
-
y o r í a d e l a s t r a b a j a d o r a s de e s t a i n d u s t r i a , t i e n e c o n d i c i o n e s
d e p r i v i l e g i o respecto a s u v i d a pasada.
E s t a s p l a n t a s han re
-
p r e s e n t a d o l a o p o r t u n i d a d de a d q u i r i r c i e r t o s t a t u s s o c i a l que
l e d á e l t e n e r a c c e s o a p r o d u c t o s de consuma.
P a r t e de l a se
-
guridad se l a ha dado un s a l a r i o e s t a b l e que d e p e r m i t e un g r adoma% a l t o de m o v i l i d a d a i q u e t e n l a a n t e s de e m p l e a r s e e n ésta
fábrica
.
-- M i
v i d a es o t r a , t e n g o mi c a s a y m i s c o s a s que poco a
poco h e comprado.
d a s de segunda.
C a s i todo l e h e comprado en abonos o e n t i e n
H e t r a b a j a d o v a r i o s años en l a m a q u i l a d o r a y
siempre ha ambicionado irme a t r a b a j a r a l otro l a d o , e n c o n t r a r
me un buen t r a b a j o y también, p o r que n o casarme a l l á c o n un
buen hombre.
Y o creo que l o puedo l o g r a r p o r q u e me han s a l i d o
v a r i a s o p o r t u n i d a d e s de buenos hombres.
t a d e s de americanos por c a r t a .
ricano
H e t e n i d o v a r i a s a m is
Y o e s t a b a en un c l u b norteame
-
y ese c l u b me mandaba un b o l e t f n con d i r e c c i o n e s de per
-
97
sonas que q u i e r e n c o n o c e r mexicanas.
Chula. V i s t a .
E s e l Club L a t i n o de
A h i se c o n s i g u e n d i r e c c i o n e s de hombres solos.
A l o s que y o l e s escrib€ me c o n t e s t a r o n .
Uno e r a un A l e
mbn que v i v í a en Nueva York que q u e r í a v e n i r s e a c a s a r conmigo
I
I
Nos e s c r i b i m o s duraqte 6 meses y l a s c a r t a s eran muy c o m p l e t a s .
A la
"mora"
h o r a cuando d e c i d i d v e n i r , y o y a no q u i s e .
El era
viudo t e n l a una h i j a de s e i s años y t r a b a j a b a e n e l consulado
Alembn en Nueva York.
Yo creo que una p a r e j a me s o l u c i o n a r l a muchos problemas.
Además es muy i m p o r t a n t e l a v i d a e n f a m i l i a ; l a p a r e j a y los
hijos.
A n i m e g u s t a mucho t r a b a j a r en l a c a s a , a h € s o y f e l i z .
i
Ahora estoy muy c o n t e n t a porque d e s d e h a c e s i e t e meses v n i e r o n mis dos h i j o s que me f a l t a b a n , l o s qus me h a b í a q u i t a d o
su padre.
M i h i j o , e l hombre, t i e n e 1 9 años y l a n i ñ a 17.
La
niña se queda conmigo y e l muchacho se f u e a t r a b a j a r con sus
. t i o s a l otro l a d o .
8
Estos n i ñ o s me odiaban,
tra ml,
su p a d r e l o s e n v e n e n o d e o d i o c o n
-
Les decSa que yo e r a p r o s t i t u t a y h a s t a h a c e s i e t e me
-
ses se d e s m i n t i e r o n , y a h o r a p i e n s a n que su p a d r e fue muy malo,
que n o merece ser s u p a d r e , n i me merece.
~e s i e n t o muy c o n t e n t a d e t e n e r c e r c a a mis h i j o s , d e ver
-
los contentos a ellos también
.
L a mas grande y a se c a s 6 c o n
un inuchacho muy bueno, s o n una p a r e j a muy b o n i t a y d e n t r o de
poco voy a ser a b u e l a .
M i h i j a l a de 16 a ñ o s ,
r a , una e l e c t r b n i c a .
e s t á t r a b a j a n d o e n o t r a m a q u i l a do
Y o h u b i e r a preferido q u e s i g u i e r a e s t u -
I
I
98
diando, p e r o , o t r a b a j a , o e s t u d i a , l a s dos c o s a s no l a s puede
E s t a n i ñ a me preocupa, n o quiero que p a d e z c a l o que yo,
hacer.
m q u i e r o que s u f r a , n o q u i e r o que se r e p i t a l a h i s t o r i a .
I
1
I
"El
c a s o de O b d u l i a "
!
/
La s i t u a c i d n economica en mi c a s a nunca f u e buena, p e r o m i
paps siempre estuvo d i s p u e s t o a pagarnos t o d o l o que e n l a escuela nos p i d i e r a n ,
diar,
...j
Muchos d e m i s hermanos n o q u i s i r m s e s t u -
c o n t r a b a j o s terminamos e l tercer año:
.
T o d o s somos h i j o s de l a misma mamá, p e r o n o
d e l mismo papá porque m i mamá se c a s 6 dos veces.
Con c i n c o d e
mis hermanos c a s i no m l l e v o p o r q u e v i v e n d e l otro l a d o y c a s i
nunca e s t u v i e r o n c o n n o s o t r o s .
LOS que vivimos a q u f , n o s lie
-
vamos b i e n y sienpre n o s hems ayudado.
L a mds g r a n d e , d e l o s
que vivimos d e este l a d o , t i e n e 22 años, e s t á casada y t r a b a j a
en su c a s a .
Después sigue mi hermano que t i e n e 2 0 a ñ o s y t r a -
b a j a componiendo c a j a s de v e l o c i d a d e s para t r a i l e r s .
na, l a que s i g u e de m í ,
M i herma
-
t i e n e 1 6 a ñ o s y también e s t á c a s a d a ,
- e l l a es l a que m e c u i d a a
m
i h i j o mientras y o trabajo.
Y o t e n g o 1 7 a ñ o s y m i h i j o t i e n e un año t r e s meses.
An-
tes de que me c a s a r a , mis hermanas y yo, n o s l a p a s á b a m s l i m
piando l a c a s a que t e n í a 3 c u a r t o s y l a v a n d o r o p a d e todos mis
hermanos.
Mis hermanos n o t e n í a n que h a c e r nada de l a c a s a ,
aún cuando n o t r a b a j a r a n .
i
i!
I
~
i
En mi f a m i l i a fuimos doce hermanos, uno de e l l o s m r i b c a
s i r e c i é n nacido,
i
I
i
I
II
!
I
1
I
I
I
I
I
II
!
I
99
Todos l o s hermanos,
los que vivimos en T i j u a n a , n a c i m o s
a q u í y no hernos i d o nunca a l otro l a d o , y o no c o n o z c o n i s i quiera
a Rosarito 6 Tecate,
Mis papás s o n de N a y a r i t y se
v i n i e r o n para a c á en busca d e t r a b a j o .
En un p r i n c i p i o m i pa
-
pd t r a b a j d como c a r g a d o r e n un m r c a d o , ahora e s t a x i s t a y l e
va mucho mejor.
M e g u s t a r í a mucho c o n o c e r l a t i e r r a d e mis
padres, s i t u v i e r a un poco d e d i n e r o me' i r í a a v i s i t a r a a l g u
nos p a r i e n t e s que m i s papás d e j a r o n p o r a l l á , n o l o s c o n o z c o ,
pero s i l e s a v i s o que voy para a l l á , y o creo que me r e c i b i r f a n
Desde que y o me a c u e r d o e n T i j u a n a hay m a q u i l a d o r a s .
que a h í dan buenos t r a b a j o s .
jando en casa.
Creo
Ahf se puede g a n a r más que t r a b a
-
La c o s a e s t á dura porque s i uno n o e s t u d i ó n o
puede ;rids que t r a b a j a r e n c a s a .
A n t e s , aún s i n haber t e r m i n a d o
l a p r i m a r i a , podíamos e n t r a r a t r a b a j a r a l a s f á b r i c a s porque
n o pedían t a n t o s r e q u i s i t o s . , .
'
j c a d a d í a son más e x i g e n t e s !
Y o t r a b a j o e n una m a q u i l a d o r a desde hace o c h o meses.
,
Pu-
de e n t r a r p o r q u e a n t e s n o hab4a l i c e n c i a d o , como hay ahora.
Podzanos e n t r a r a t r a b a j a r s i n t e n e r e l c e r t i f i c a d o d e p r i m a r i a
sólo nos h a c í a n un exdmen de t r e s h o r a s para ver que t a n r á p i das éramos t r a b a j a n d o ,
Ahora e l l i c e n c i a d o l o s pone a resol-
ver unas c u e n t a s y l e s p i d e su c e r t i f i c a d o .
jar
2
Yo entré; a t r a b a
-
l a f á b r i c a y a c a s a d a porque v e í a que l a s o t r a s muchachas
ganaban su d i n e r o ,
se compraban sus c o s a s y h a d a n l o que que
-
r í a n , yo q u e r í a ser como e l l a s .
A n t e s d e casarme ha h a b l a t r a b a j a d o ; e n a q u e l e n t o n c e s ,
t e n í a trece años y e n t r é de s i r v i e n t a
a una c a s a ,
Ahí
traba
-
100
j é 5 E s e s ; ne a c u e r d o que me pagaban 500 p e s o s semanales,
El
t r a b a j o me g u s t a b a porque me l l e v a b a b i e n c o n l a muchacha dueAdemás de h a c e r l a c a s a , t e n f a que c u i d a r l e a
iía de l a c a s a ,
sus dos n i ñ o s , eso e r a l o más pesado.
n e r l e s mucha p a c i e n c i a .
A los n i ñ o s hay que te-
En esos d l a s n~ d i e r o n g a n a s de vDlver
a e n t r a r a l a e s c u e l a , tenifa ganas de a p r e n d e r ,
Entré' a l a es
-
c u e l a p e r o a l a s dos seclanas m tuve que s a l i r , n o l o aguanté
ino nací para estudiar!
metí a t r a b a j a r ,
tas.
.
T o d a v í a t e n f a trece a ñ o s cuando me
j u n t o con m i hermana, a una f á b r i c a de g a l l e
,5610 d u r é dos semanas pues m e c o r r i e r o n porque e s t a b a muy
c h i c a , n o t e n í a e d a d para t r a b a j a r e n f á b r i c a .
A l principio
no s a b í a n m i edad, pero cuando se e n t e n a r o n me q u i t a r o n e l t r a
b a j o , p e r o m i hermana s i g u i ó t r a b a j a n d o
.
Enpacbbamos g a l l e t a s
y l e s p o n f a n o s l a e t i q u e t a a l a c a j a . Nos pagaban muy p o c o y l a
i
mitad se l a t e n f a m o s que d a r a m i mamá, y l a o t r a m i t a d d e l d --
n e r o n o s l a gastábamos e n r o p a .
C a s i t o d a s l a s muchachas que
e
t r a b a j d b a m s n o s gsastábanos e l d i n e r o e n r o p a , c a s i ninguna t rifamos h i j o s que e d u c a r y mantener.
E l t r a b a j o e n l a f á b r i c a me g u s t 6 , pensaba e n c o n o c e r más
g e n t e y ganar m i dinero.
Como me s a l í d e l t r a b a j o volví a me-
terme a l a e s c u e l a , pero fuí a l a d e l S e g u r o S o c i a l .
RM co-
n o c í a X a r t f n y me f u Í con 61 . . . f apenas i b a y o a cumplir 14
años!
.
En
mi c a s a se e n o j a r o n mucho.
Ya n o q u e r í a n volver
a verme, M a r t í n t r a b a j a b a en un l a v a d o de c a r r o s y viv€a oon
unos amigos.
amigos.
Cuando me f u í c o n 61 t u v e q u e v i v i r c o n sus
Cuando p a s 6 algún tiempo, e n m i c a s a se empezaron a
101
I
preocupar mucho p o r m í , v i n o un d í a l a mamá d e M a r t f n y me d i j o
que f u e r a con mis p a d r e s , que h a b l a r a c o n e l l o s .
H a b l e c o n mi
mamá, me perdonó y v o l v í a v i s i t a r l o s .
En una o c a s i ó n , un amigo n o s d i j o que s i nos p a s d b a m s a l
otro lado c o n s e g u i r í a m o s r e j o r e s t r a b a j o s y un d í a s n o s c r u z a rms con 61.
Me acuerdo q u e cruzamos de n o c h e y corrimos muchos
k i l ó m e t r o s p e r o ese m i s m o d í a n o s a g a r r ó l a ' m i g r a e n e l
me acuerdo que me d i 6 mucho miedo.
"bus"
Nos p i d i e r o n n u e s t r o s p a p e
l e s y corm n o t r a í a m o s , n o s b a j a r o n y nos l l e v a r o n a e n c e r r a r
A mi me s a c a r o n a l a una d e l a mañana y a l
a unos c u a r t i t o s .
p o b r e de Ivíartln h a s t a l a s 6,
En una camioneta n o s d e j a r o n e n
l a l í n e a juiito c o n o t r a s e ñ o r a que también l a h a b í a n a g a r r a d o .
Con e l l a me quede t o d a l a n o c h e
s o l t a r a n a i.íartín
e n e l c e n t r o e s p e r a n d o que
.
Nunca hemos i n t e n t a d o c r u z a r d e nuevo. A l año de e s t a r )untos s a l í embarazada d e l n i ñ o y f u e cuando n o s casamos para que
me d i e r a n e l Seguro S o c i a l .
En e s a é p o c a n o s i b a muy m a l , l a
v i d a e r a más dura q u e de costumbre.
A veces no comlamos nada
en t o d o e l d f a porque e r a tiempo de l l u v i a s y n a d i e l l e v a b a s u
c a r r o a lavar.
rros que l a v a r a .
a
N r t í n n o t e n í a un s u e l d o , ganaba según l o s c Un d í a , l l e v á b a m s dos d í a s de n o comer y f u i
mes con mi inamd p a r a que n o s d i e r a d e comer.
l e l a v ó todo e l p a t i o . .
mes en e l s e l o .
M a r t f n a cambio
Tampoco t e n í a m o s donde dormir.
Dormfa
-
Por e l c u a r t i t o donde estbbamos v i v i e n d o te-
níamos que pagar 500 pesos d e r e n t a .
Con e l timpo n o s ha ido
mejor, a h o r a MartZn t r a b a j a como empleado de l i m p i e z a e n una
102
o f i c i n a y nunca n o s f a l t a l a comida.
Nos cambiamos a v i v i r
a este c u a r t o que e s t á m%s d e c e n t e que l o s a n t e r i o r e s .
Como
sea ya tenemos cama y e s t u f a donde c o c i n a r .
A cada r a t o me p r e g u n t o h a s t a cuando s e g u i r é t r a b a j a n d o
en l a maquila y creo q u c v o y a e s t a r a h l todo e l t i e m p o que
pueda,
i h a s t a que ne c o r r a n :
.
Todas queremos s e g u i r t r a b a j a n
-
do a h í , ya t o d a s n o s acostumbramos a g a n a r n u e s t r o s c e n t a v o s .
Todas tenemos e l m i e d o de que n o s vayan a correr por c u a l q u i e r
cosa.
yb-
- 0 b d u l i a se quedó* c a l l a d a , pens6 unos segundos y conclu-
.
O j a l a que m i h i j o s a l g a bueno para l o s e s t u d i o s y s e a doc-
tor,
E l apenas t i e n e 1 año s e i s meses y 10,voy a ayudar p a r a
que pueda e s t u d i a r mucho,
Ser doctor ha d e ser muy b o n i t o y
ade?Ss es m j o r t r a b a j a r por su c u e n t a que e s t a r t o d o e l d í a
obedeciendo a un jefe.
" E l c a s o de X a r l a C r i s t i n a "
I
Yo n a c í e n G u a d a l a j a r a en e l año 59.
En e s a s é p o c a s mi
ina~áse d e d i c a b a a a t e n d e r su c a s a y mi papá e r a p e r i o d i s t a ,
Cuando y o t e n f a a p e n a s 5-meses nos venimos a v i v i r a B a j a California.
Nos v e n i m o s por que según d e c í a n a q u í e s t a b a mejor.
E f e c t i v a m e n t e a n o s o t r o s n o s f u e b i e n , a h o r a m i papá es impre
-
sor; es e l dueño de l a imprenta.
30 en Ehsenada.
Eh un p r i n c i p i o e r a un emplea
-
E l se fui3 p r i m e r o p a r a a l l á y l u e g o nos l l e v 6
a n o s o t r o s y a m i mamá.
En o c a s i o n e s e s c r i b í a a r t € c u l o s p a r a
103
un p e r i a d i c o p e r o n o e s t a b a c o n t e n t o porque n o ganaba s u f i ciente a s € q u e se fue p a r a e l otro l a d o
levantando m a q u i n a r i a pesada.
.
A l l á durd 4 6 5 años
M i e n t r a s t a n t o n o s o t r o s nos que-
da;aos v i v i e n d o en Ensenada en c a s a p r o p i a .
M i papá se e n f a d d
d e t r a b a j a r d e l otro l a d o y se regres6 a Ensenada a t r a b a j a r .
D e v u e l t a se e n f a d ó d e l t r a b a j o y se v i n o p a r a T i j u a n a .
Corm
e r a muy pesado i r y v e n i r d i a r i o de Ensenada a T i j u a n a pues
nos t r a j o .
V e n d i e r o n l a c a s a de Ensenada y rentarnos una a q u í .
Nosotros soms 9 hermanos y m i s papas.
P o r eso mi papá
t e n I a que b u s c a r l e a l t r a b a j o p a r a mantenernos a t o d o s .
l a hermana más grande..
yo e s t a b a muy a g u s t o .
E s t u d i é l a p r i m a r i a e n Ensenada y ahS
Y o no me q u e r í a v e n i r p a r a a c á , me acuer-
do que cuando n o s venimos l l o r é mucho.
1 3 años.
Y o soy
M e v i n e cuando t e n I a
Aqu'i en T i j u a n a y a no quise e s t u 3 l a r .
Ya n o e s t u d i é
l a s e c w d a r i a y no porque n o me l a p u e d i e r a n p a g a r s i n o p o r flo
j a , no
pie
gustaba.
M i s hermanos más c h i c o s si han e s t u d i a d o ,
unos s i g u e n e s t u d i a n d o otros e s t d n t r a b a j a n d o .
Nosotros n o s l l e v a m o s b i e n .
M i hermana que sigue de m i ,
t r a b a j a con m i papá e n l a imprenta.
madre s o l t e r a .
vecerla.
E l l a t i e n e una @ j a .
Es
Despues sigue m i hermano que t r a b a j a e n una cer
-
Después s i g u e otro hermano que t a m b i é n t r a b a j a en l a
imprenta c o n mi papá.
Despues s i g u e Blanca que t i e n e 2 8 años,
también t r a b a j a c o n m i p a p s pero e l l a es casada.
Después s i -
guen otros 4 hermanos que n o t r a b a j a n porque e s t á n muy chicos,
ellos estudian l a primaria.
En mi c a s a a l a s
mujeres nos t o c a ayudar si mi mamá l o
'
104
necesita.
P e r o ahora que l l e g o d e l t r a b a j o me l l e g o a s e n t a r
porque ya e n l a t a r d e n o hay 'quehacer'.
Yo t r a b a j o desde hace
4 años y a n t e s l e ayudaba a m i papá e n l a imprenta.
me g u s t a b a t r a b a j a r ah€.
A mi hermano que también
A m i no
trabajaba
ah€, m i papá l o c o n s i d e r a más; a n o s o t r a s no nos daba nada d e
d i n e r o , ~ 6 1 0a 61.
As€ que y o p e n s é e n s a l i r m e , y a no aguanta-
ba t r a b a j a r a h í , t r a b a j a b a mucho y no ganaba nada, y eso q e y o
era s e c r e t a r i a .
Yo nunca s a l g a a d i v e r t i r m e ,
l a casa.
s i e m p r e e s t a b a encerrada en
No porque n o me dieran. p e r m i s o sino,porque
taba e s t a r encerrada.
s
a m i me g u -
No me g u s t a b a s a l i r porque sieriipre h e
s i d o muy t 5 m i d a ; h a s t a ahora que estoy t r a b a j a n d o h e cambiado
mucho, e n m i modo d e pensar y en mis a c t i t u d e s ,
n i n o v i o y llego a mi c a s a como a l a s nCLE!ve,
En e l c e n t r o cami
-
105
guardo d i n e r o p a r a l o s camiones, p a r a mis comidas y p a r a l o que
se pueda ofrecer
’
.
“ E l caso de m a ’ ’
Y o e s t u d i é h a s t a 60. d e p r i m a r i a y m i papá h i z o e l s a c r i
f i c i o de comprarme una máquina d e coser y e s t u d i e año y medio.
No t e n g o t f t u l o y o a p r e n d l v i e n d o a unas s e ñ o r i t a s que sabIan
coser muy b i e n .
a s s aprendí.
V i e n d o como c o r t a b a n , cómo pegaban e l cuello,
Era una c a s a p a r t i c u l a r , n o e r a e s c u e l a o a c a de
mis, nada d e e s a s cosas.
Despues d e j e ’ d e e s t u d i a r p o r q u e me
tuve que c a s a r y y a n o s e g u í .
En mi c a s a con l o p o q u i t o que
h a b l a a p r e n d i d o , l e h a c l a r o p a a mis h i j o s .
Yo n a c í
e n e l Estado de Oaxaca, e n un p u e b l o muy c e r c a de
Guerrero que se llama Cacahuatepec.
hay mucha v e g e t a c i 6 n ,
E l p u e b l o es muy b o n i t o ,
t i e n e una t e m p e r a t u r a muy a g r a d a b l e , n o
como a q u í que cuando h a c e f r i o h a c e mucho f r f o , y e n tiempo d e
c a l o r hace mucho c a l o r .
Y o crecí ah€ e n Cacahuatepec, a h í me
c a s é y hace 1 0 a ñ o s que me v i n e a T i j u a n a , y o t e n í a 32 años.
Viendo yo que n o me a l c a n z a b a e l d i n e r o l e e s c r i b l a una cuaña
da que v i v í a a q u í y que v i a j a b a en Navidad a v i s i t a r n o s a l l á ,
y que desde h a c e tiempo n o s andaba rogando que n o s v i n i é r a m o s
para acá, que q u i z á a q u í h i c i é r a m o s v i d a .
Pero e s a v e z yo m e e n c a p r i c h e y l e d i j e
#
ca había q u e r i d o .
;pues yo me voy!
P e r o mi esposo nun
-
,
a s í que s i t u n o t e v a s y o m e voy; me v o y
por que ya me c a n s e y me voy con todos mis h i j o s p a r a n o d e j a r
t e camorra n i que d i g a s que t e voy a d e j a r amarrado, n i nada d e
106
Me los l l e v o a todos, s i t u me q u i e r e s s e g u i r vámonos y
esto.
s i n o , pues quedate a l e v a n t a r l a c o s e c h a , pues t e n í a su siembra,
l a s vendes y con ese d i n e r o t e v a s s i q u i e r e s i r t e !
.
E l se
d e d i c a b a a l a t i e r r a , t e n f a su p a r c e l i t a que h a b í a comprado,
e r a pequeña y ah€ sembraba f r i j o l , m a l z .
Lo que sacábamos aF:-
nas y a l c a n z a b a p a r a comer, ahif no se producria mucho, l a t i e r r a
e s t á t a n penca, e s t á l a v a d a , e s t á d e s g a s t a d a ;
nims.
Entonces n o s ve-
Yo ya e s t a b a d e s e s p e r a d l s i m a en e l p u e b l o pues yo v e í a
que t r a b a j a b a h a r t o y no me p r o d u c f a , n o me r e n d í a , apenas p a r a
i r l a pasando y mal comidos mis h i j o s .
Tenlamos 7 n i ñ o s y n o s o t r o s 2 , n u e v e , y t o d o s nos venimos.
M i e s p o s o no estudió mas que 20. año de p r i m a r i a ,
d a , s a b e escribir, s a b e f i r m a r s u nombre,
b a j a r e n l a s o b r a s , es a l b a ñ i l .
a ñ o s y es enfermera.
el n o s a b e na
-
Aquf se d e d i c a a t r a-
M i h i j a l a ma?%grande t i e n e 22
E l l a e s t u d i 6 d o s años d e s e c u n d a r i a e n
México con un hermano de m i e s p o s o .
Pero e s c r i b í a que l e f a l t a
ba d i n e r o , que a veces n o t e n l a n i para sus l i b r o s , cuadernos
gue n e c e s i t a b a , a veces l e mandabamos d i n e r o n o s o t r o s , pero n o
siempre.
L a h i j a que s i g u e t i e n e 20 años ; e l l a e s t u d i a en el
CONALEP para t é c n i c o
DUGS de s e c u n d a r i a
trónica,
años,
Y
e n p r o d u c t i v i d a d , eso se e s t u d i a d e c t a m b i é n t r a b a i a e n una m a a u i l a d o r a elec-
DesDués sime e l mayor de l o s hombres a-
t i e n e 18
él e s t á t e m i n a n d o l a s e c u n d a r i a , 'el a h o r i t a se f u e a
l a v a r c a r r o s , a p e 2 6 a y e r , se l e v a n t ó muy temprano y s e f u e
¿ a
ver como l e v á ? .
107
Tengo otro h i j o d e 1 6 años que e s t á enpezando l a secund a r i a y después s i g u e Abad q u e t i e n e 14 años y e s t u d i a 40.
de
p r i m a r i a , l e s i g u e su hermano d e 1 2 años y l a niña de 1 0 años
y l o s dos van a 3 0 . d e p r i m a r i a y p o r ú l t i m o e s t á e l c h i c o que
tiene 6 años y e s t á t e m i n a n d o e l K i n d e r .
Y o empecé a t r a b a j a r ya cuando e s t d b a m s aquí., l o primero
que h i c e fue t r a b a j a r en una c a s a .
ba 15 d ó l a r e s que e r a mucho.
s a i l de esa
D e ésto hace 1 0 años y gana
-
Alcanzaban l o s 15
dólares
.
Me
c a s a a l o s 2 E s e s porqué l l e g ó m i cufiada y nos di
j o q m n o s fueramos a l otro l a d o y nos fuimos.
años, y en esos 2 años n i e s p o s o t r a b a j ó solo m
A
h
€
estuvimos 2
o 4 meses y
muy a l f i n a l , pero con ese d i n e r o que s a c ó nos regresamos, n o s
fuímos n o s o t r o s y me l l e v é a 5 h i j o s .
Nosotros vivimos en Long
Beach que e s l a p a r t e E s t e d e Los Angeles.
. q u i l a y duré como 8 meses.
pequeña como d e 1 0 personas.
A l l á t r a b a j é en ma-
Era una inaquiladora de c o s t u r a muy
Y a h í ganaba como 35 d ó l a r e s , cuan
-
do b i e n me i b a ganaba 4 0 d ó l a r e s .
Los dueños e r a n cubanos, e r a n
buenos p e r o pagaban muy mal e l t r a b a j o .
Nos pagaban p o r p i e z a
A e l l o s l e s c o n v e n í a que t r a b a j á r a m o s g e n t e s i n p a p e l e s a s í no
pagaban l o que t e n f a n que pagar.
n i vacaciones,
lo
ni nada.
N o n o s daban nada, n i seguro,
Así que me c a m b i é a o t r a .
Ese t r a b a j o
c o n s i g u i e r o n m i s s o b r i n o s pues e l l o s saben muy b i e n e l i n -
glés.
M e l l e v a r o n , hablaron con e l g e r e n t e y d i j e r o n que me
i b a n a poner a prueba una cenana, q u e s i pasaba
me quede',
pues hice e l e s t a n d a r q u e m e pedfan.
riie
quedaba y
E s t a maquilado-
1 08
r a e s t a b a más grande t e n í a como 6 0 empleadas.
A h í re pagaban
8 0 d ó l a r e s y con ese d i n e r o me a l c a n z a b a para s a l i r n o s de c a s a
de m i cuñada y pagar l a r e n t a , porque d i c e n que e l muerto y e l
arrimado a l o s 3 d í a s a p e s t a .
A s í que n o s t u v i m o s que s a l i r .
Ah€ e n e s a maquiladora d u r é año y E d i o y l a m a y o r í a $ramas mujeres mexicanas y tampoco n o s daban s e g u r o , n o n o s daban
En l a m a y o r í a de l a s r ' á b r i c a s de a l l á coin0 e n l a s maqui
nada.
l a s de T i j u a n a n o ocupan hombres solamente.
Cudndo e s t d b a m s a l l á m i cunada l o g r ó meter a mis h i j o s a
una e s c u e l a .
Y tomaban c l a s e s e n i n g l é s y y a más
daban a g a r r a n d o .
menos l e an
-
y l e cost6 mucho t r a -
s e c u n d a r i a solo porque s a c 6 e l ler. l u g a r e n mate
Paso'a
bajo.
A h l m i h i j a e n t r ó a 60.
r)
m d t i c a s de t o d a l a e s c u e l a .
no se l o s v a l i e r o n .
A l l á pagaba
Cuándo volvimos aquS esos 2 años
s6l0 l e s s i r v i ó p a r a aprender i n g l é s . .
150 d e l a r e s
bargo me a l c a n z a b a .
de r e n t a .
E r a mucho y s i n em-
.
Yo pagaba todo, l u z , r e n t a , comida, agua
y t o d a v í a l e mandaba d i n e r o a mi h i j o que se habSa quedado en
TiJuana e s t u d i a n d o .
padre
E l se quedd con una t í a ,
l a hermana d e su
.
Como y o me l a pasaba t r a b a j a n d o todo e l d í a e n e l otro l a
d o no me daba c u e n t a de l o s p r o b l e m a s que t i e n e n l o s j ó v e n e s
de v i v i r e n l o s E s t a d o s Unidos.
Ciomo m i esposo s e quedaba to-
do e l d í a en l a c a s a e l v e f a t o d o y se q u e j a b a , i n s i s t í a a cada
momento d i c i e n d o que e l n o q u e r í a v i v i r a l l í .
d e c í a que
$1
n o s debíamos d e
El cienpre me
r e g r e s a r a Tijuana.
Cuando 61
me c o n t a b a todo eso y o m e m o r t i f i c a b a pero pensaba que nunca i b a
109
a poCter ganar t a n t o d i n e r o como- a l l á , en T i j u a n a pagan menos. Perm no n o s podlamos r e g r e s a r p o m p n o t e n í a m o s d i n e r o ahorrado
y para p o d e r n o s r e g r e s a r n e c e s i t b b a m s d i n e r o p o r l o menos para
l o s p a s a j e s d e t o d o s d e regreso.
b l e c i d a a l l á y ganaba buena
a p u r d p o r venirme.
l a senana.
Y como además y a e s t a b a e s t a
'lana'
pues r e a l m e n t e nunca me
En o c a s i o n e s l l e g a b a a g a n a r 115 d d l a r e s a
M e a l c a n z a b a n para t o d o , c l a r o que todo e r a más ba
-
r a t o que ahora.
Mis h i j o s r e s i n t i e r o n a l i r s e a v i v i r p a r a a l l á , t e n I a n que
h a b l a r o t r a l e n g u a y l a s costumbres son muy d i s t i n t a s , pero p o r
hacerle c a s o
hambre.
a m i cuñada,
1;y3
los traje.
E l l a p a s ó a l o s n i ñ o s en e l c a r r o como s u s h i j o s y no
-
sotros n o s curzamos por e l alambre.
.
Nos venimos por e l
Y por poquito nos agarra
l a m i g r a y n o s hecha f u e r a .
n o s page e l t r a s l a d o y e l s e r v i c i o p a r a que n o s
M i ciñada
cruzaran, t a m b i é n nos aquantb un buen r a t o en su c a s a .
Ella
n o s ayudd mucho.
En una o c a s i ó n cuando s a l f a d e l t r a b a j o me a g a r r ó l a inmigración.
M i cuñada e s t a b a pensando que m i h i j a más p e q u e ñ i t a
podfa ser e l c o n t a c t o p a r a c o n s e g u i r l a r e s i d e n c i a .
26 a l l á y por = d i o
L a bauti-
d e esos p a p e l e s n o s hubiéramos quedado a l l á ,
F r o yo no s a b r a i n g l é s . ,
t o d o e l dZa t r a b a j a b a y p a r a a r r e g l a r
esos p a p e l e s n e c e s i t a uno moverse y andar de un l a d o p a r a otro,
porque e s como e n M é x i c o n o s cargan de un l a d o p a r a otro.
La v e r d a d
es que a l l á hay muchas comodidades, y l a s c a s a s
I
110
de r e n t a son x&s b o n i t a s y 6 s g r a n d e s .
e r a n unas camas que n o s habían r e g a l a d o .
I;o
Ú n i c o que teníamos
Cuando conseguimos e l
d i n e r o para r e g r e s a m o s a T i j u a n a n o s venimos y estuvimos l o s
p r i m e r o s 8 d í a s e n c a s a de o t r a hermana de m i m a r i d o y l u e g o r e n
tamos un c u a r t i t o para todos.
M i esposo se f u e p a r a e l S u r ,
pg
r a a r r e g l a r l a v e n t a d e una c a s a que t e n í a por a l l á e n Oaxaca
y yo conseguí t r a b a j o ,
d e r l a casa.
ra
, pero
EL d i l a t d como t r e s meses y no pudo ven-
E l trabajo l o c o n s e g u í en una maquiladora d e costu
-
y o y a e s t a b a embarazada y como n o ne h i c i e r o n exd-
iilen médico porque e s t a b a n n e c e s i t a n d o p e r s o n a l y como v i e r o n que
y o c o c l a muy b i e n me a c p e t a r o n .
Hace s e i s años q u e e n t r e a t r a
-
b a j a r y en esos dSas t a n í a corn 36 años.
Ah€ t r a b a j é s e i s años.
Aquí e s t á l l e n o de g e n t e d e l Sur, porque se q u i e r e n p a s a r
para e l otro l a d o p o r q u e a l l á se gana e n d d l a r e s , pero n o es e l
l e ó n como l o p i n t a n prcp e s verdad q u e se gana en
p e r o también se g a s t a e n d 6 l a r e s as€ q=
delares
,
e s l a misma c o s a .
A q u í si r i n d e e l d 6 l a r pero a l l á n o p o r q u e todo e s muy c a r o .
Lo
.único bueno d e l otro Lado son l a s c o m d i d a d e s .
Si conparo l o s t r a b a j o s de a l l á y de a q u l le diré que v i e
n e s i e n d o l o mismo.
AquX g a n o mepos que d e l otro l a d o pero l a
r e n t a a q u í e s más b a j a , a h o r i t a v e n g o pagando 7 0 0 pesos m n s u a
-
l e s por e s t e c u a r t i t o .
L a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o e r a n mejor d e l otro l a d o , p e r o
n o mucho.
en
Allá t e n í a m o s a i r e a c o n d i c i o n a d o y c a l e f a c c i ó n pero
l a f á b r i c a en México n o hay nada de eso, l o ú n i o o que hacen
por n o s o t r o s es
p o n e r n o s un v e n t i l a d o r e n tiempo de c a l o r pa
I
c
111
r a que n o n o s asemos, p e r o en f r f o uno t i e n e que i r muy a b ri
gada s i n o se c o n g e l a .
Taiibién .nos p u s i e r o n unos h o r n i t o s pa
-
r a que c a l e n t e m o s n u e s t r a comida.
Y o creo que ha cambiado m i v i d a d e s d e que t r a b a j o en l a
maquiladora.
N o l o puedo n e g a r porque me mataba t r a b a j a n d o
para p a s a r l a , e n cambio a q u í hago l o mismo y s i q u i e r a mis h i j o s
r
coinen más o menos b i e n , est'an a l i m e n t a d o s y han t e n i d o l a o p otunidad de e s t u d i a r .
A l l á nunca tomábaiios l e c h e y mucho menos
c a r n e , l a m a y o r í a d e l a s veces porque n o t e n l a m o s s u f i c i e n t e
d i n e r o , p e r o e n o c a s i o n e s aunque t u v i é r a m o s d i n e r o nb c o n s e g uí
aios l o s a l i m e n t o s .
comida.
A l l á donde v i v í a n o l l e g a n muchas c o s a s de
A l l á también es d i f í c i l conseg.Gir un médico y s i se
enfermaba uno d e l o s c h a m c o s me l a s v e l a n e g r a s para c u r ar
lo,
Y o creo que n o sólo ha cambiado s i n o que puedo decir q u e
mejorb,
S i me dió r e s u l t a d o e l haberme v e n i d o a c a , aún c o n l o s
s a c r i f i c i o s que hemos pasado.
E s t o y s e g u r a q u e si nos h u b i é r a
mos quedado en e l p u e b l o mis h i j o s no h u b i e r a n e s t u l i a d o .
P or
que e l sueldo d e a l l á n o da p a r a más.
Uno d e l o s h e c h o s que c a r a c t e r i z a n a Alma, a A n g e l a , a
Marfa L u i s a y a miles más, e s su l u g a r de o r i g e n .
E l l a s pro-
v i e n e n d e un a m b i e n t e t a n d i s t i n t o , t a n r e d u c i d o e n c u a n t o a
los
" s i g n o s de m o d e r n i z a c i ó n " ,
que a l e n f r e n t a r s e a e s t a
ciu3ad d e j a h u e l l a en s u v i d a y en s u s a c t i t u d e s .
I>os
r e d u ci
d o s medios de t r a n s p o r t e y medios d e comunicación de muchos
lugares de donde pmvienen no les permite a sus pobladores tener l a capci-
112
d&
d e d e s p l a z d e n t o , n i bienes de consh-o,
deros; los servicios
tanto duraderos m no dura-
y l a i n f r a e s t r u c t u r a en esos l u g a r e s s o n
muy l i m i t a d o s , s i l o s comparamos c o n l o que p r e s e n t a una c i u d a d
como T i juana
.
Actualmente se mueven e n una c i u d a d t a n c o s m o p o l i t a , t e n i e n
do a c c e s o a l u n a v a r i e d a d d e p r o d u c t o s de d i f e r e n t e s p a í s e s ,
se
e n f r e n t a n a p l a t i c a r y cambiar o p i n i o n e s con p e r s o n a s de o t r a s
se r e l a c i o n a n i n c l u s o c o n p e r s o n a s e x t r a n j e r a s , cono
regiones,
n o r t e a m o r i c a n o s , j a p o n e s e s , á r a b e s , etc.
y conocer l o s alrededores.
, aprenden
Se m o v i l i z a n ,
a
tra-sladarse
conocen un g r a n e s p a
cia y unas. c o n d i c i o n e s d e v i d a que nunca se h a b í a n e s p e r a d o .
No hay que o l v i d a r que T i j u a n a se e n c u e n t r a ubicada a unos
c u a n t o s minutos d e l e s t a d o d e C a l i f o r n i a ,
de l a Unión Arrvtricana.
tencia capitalista;
el
país
sems t a n
con
Y que E s t a d o s Unidos e s l a p r i m e r a po-
presentado
acceso
s610 en
uno d e l o s más ricos
y
ante
nuestros
posibilidades a
ojos
"todo".
Pen-
l o s cambios t a n r a d i c a l e s que se han dado
en l a s t E a b a j a d o r a s ' d e - - - ' l a s
m a q u i l a d o r a s e n e l p l a n o e9n6niOo
e x p l i c a n A n g e l a , M a r í a Luisa
E l r a s l o e x p r e s a n tan urbanamente como "haberse"
sa
-
y c u l t u r a l que tan r i c a m e n t e n o s
y Alma.
corn
cado l a l o t e r í a "
corn
''un golpe
de buena suerte".
I
113
S i revisamos l a s h i s t o r i a s d e v i d a podremos
ver como p a r a
l a m a y o r l z d e l a s m i g r a n t e s , e l haber v e n i d o a T i j u a n a y e n t r a r
a t r a b a j a r a una m a q u i l a d o r a , ha p r o d u c i d o cambios e n l a compos i c i ó n d e l g r u p o dom'estico -recordemos e l c a s o d e A n g e l i t a - ,
cambios también en l a d i v i s í d n d e l a s l a b o r e s , e n l o s p a t r o n e s
cúiturales,etc.
Esto se hace m5s e v i d e n t e cuando se t r a t a d e m i -
..grantes d e zonas r u r a l e s a z o n a s urbanas.
La v i d a d e e s t a s mujeres en su l u g a r d e o r i g e n t e n l a un f u -
turo muy c l a r o . Había que p r e p a r a r s e b i e n para c a s a r s e y seruna
'buena'
e s p o s a . Sus a c t i v i d a d e s e n e l p u e b l o se c i r c u s c r i b í a n a
l a s t a r e a s d e l h o g a r ; h a b l a que t e n e r t o d o l i s t o p a r a a t e n d e r a
l o s varones cuando estos l l e g a r a n d e l t r a b a j o . S u t a r e a e r a prepar a r l o s para que p u d i e r a n r e g r e s a r a l t r a b a j o e l d f a s i g u i e n t e .
En l o o c o m e n t a r i o s d e M a r f a L u i s a podemos ver como a e l l a
y a, sus hermanas l e s t o c a b a ayudar al su madre en l a s t a r e a s d e l
hogar: moler e l m a í z , a c c a r r e a r e l agua y c u i d a r e l c o r r a l . L a s
t a r e a s d e A n g e l a no e r a n muy d i s t i n t a s , a e l l a l e t o c a b a c u i d a r
l o s puercos y l a s g a l l i n a s , ayudar a v e n d e r l o s huevos y a c a r e a r
e l agua. E r a m y c l a r o p a r a t o d a s e l l a s que nunca se i b a n a p o d e r
l i b e r a r de l a e s c l a v i t u d dom"estica, n i d e l a m a t e r n i d a d f o r z a d a ,
n i d e l a d e p e n d e n c i a econ6mica respecto a l m a r i d o y menos aun
-
l o g r a r t e n e r d e r e c h o s p o l í t i c o s . No había nada que e s p e r a r , no
habSa otro modo d e c o n c e v i r e l mundo más que v i v i e n d o en e s t a
clara opresión.
E l v e n i r a t r a b a j a r a bas m a q u i l a d o r a s a b r e una nueva pers-
pectiva:
l a ' i n d e p e n d e n c i a económica'.
Para e l c a p i t a l es r e n t a -
b l e l a u t i l i z a c i d n de m u j e r e s e n este t i p o d e i n d u s t r i a s , pero
114
l e es
n e c e s a r i o e i n d i s p e n s a b l e que e s t a s mujeres aseguren su
f unc i 6 n dom'e st i c a
.
E l h e c h o de t r a b a j a r en l a i n d u s t r i a m a q u i l a d o r a ' q u i e b r a '
en c i e r t a medida su i d e a d e l f u t u r o ,
marcado d e s t i n o .
su sqyesta v o c a c i ó n y su
S e vuelve menos e s t r e c h a s u r e d d e m o v i m i e n t o
y sus a c t o s c o t i d i a n o s en un p r i n c i p i o se ven e n r i q u e c i d o s . L a
mjer que e n t r a a l a v i d a p r o d u c t i v a se e n f r e n t a a c i n c o r e l a -
c i o n e s s o c r i a l e s componentes d e l a o p r e s i ó n : e l t r a b a j o s o c i a l ,
e l t r a b a j o doméstico, l o s h i j o s ,
l a f a m i l i a y l a sexualidad.*
E l t r a b a j o s o c i a l es una nueva e x p e r i e n c i a p a r a l a m a y o r í a
d e l a s t r a b a j a d o r a s d e l a s m a q u i l a d o r a s , p u e s t o que p a r a e l 52
por c i e n t o d e l a s e n t r e v i s t a d a s e l t r a b a j o en e s t a s empresas
r e p r e s e n t a s u p r i m e r a e x p e r i e n c i a l a b o r a l , Este t r a b a j o s o c i a l
d d d a o p o r t u n i d a d de r e c o n o c e r q u e t i e n e n i n t e r e s e s comunes tan-
to como c l a s e y como m u j e r e s . Esto e s fundamental para d e t e r m i nar e l "¿quil'en soy?".
Por otro l a d o ; e f e c t i v a m e n t e e l hecho d e h a b e r *idos t r a -
b a j a r a T i j u a n a , como d i e c A n g e l i t a y Alma, a b r i o l a p o s i b i l i dad de que sus h i j o s e s t u d i a r a n otros e s t i d i o s a d m b s d e l a p r i maria.En muchos c a s o s , q u i z a en l a m a y o r í a , l o s h i j o s e h i j a s d e
l a s o b r e r a s de l a s m a q u i l a d o r a s n o s o n o van a ser obreros de
e s t a s i n d u s t r i a s , aun cuando p a r a l a madre el l a b o r a r en l a s maqui3adoras se
*
convirtió
en
un
trabajo
de '"categoría"
B r o y e l l e , C l a u d i e , L a M t a d d e l c i e l o . E l m o v i m i e n t o de l i b e r a c i ó n de l a s m u j e r e s e n China.
S - X X I . 2a ed. MGx.
1979.
115
que v i o l e n t a m e n t e l a s i n t e g r a a un mundo d i f e r e n t e ; para e l l a s ,
ahora r e s u l t a poco a t r a c t i v o regresar a s u l u g a r de o r i g e n .
A
pesar de q u e l a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o son i n f r a h u n a n a s y
d i g n i f i c a n poco a l t r a k j a d o r , l a p o s i b i l i d a d d e c o n t a r con un
i n g r e s o q u e l e s permita c u b r i r s u s n e c e s i d a d e s mínimas es un
f a c t o r muy i m p o r t a n t e y q u e t i e n e g r a n r e l e v a n c i a e n c u a l q u i e r
proceso de toma d e d e c i s i ó n q u e p r e t e n d a regresar a l a obrera
a su l u g a r de o r f g e n .
L a h i s t o r i a t a n d i v e r s i f i c a d a de cada una d e e l l a s , l o s
g r a n d e s cambios e n su v i d a , y l a s c o n d i c i o n e s mismas d e l l u g a r
donde ahora v i v e n d e t e r m i n a n una a c t i t u d f r e n t e a su c o n d i c i ó n
obrera; esto e s , no e x i s t e una h i s t o r i a obrera, n i un compromi
-
so como trabajadora q u e l e permita i n t e r a c t u a r como l o h a r í a
a q u e l l a p e r s o n a que n a c e e n un s e n o obrero y todas sus c o n d i -7
cienes han sido esta n a t u r a l e z a :
h a b l a n d o un poco a l e s t i l o
d e Simone d e B e a u v o i r diremos q u e estas m u j e r e s no n a c e n obre-
ras s i n o l l e g a n a s e r l o , por lo' que para
l l a s , s u carácter
como trabajadoras e n l a s p l a n t a s m a q u i l a d o r a s
es
e n t e n d i d o co-
-
mo a l g o meramente t r a n s i t o r i o . Muchas t r a b a j a d o r a s de l a s m a
q u i l a d o r a s p i e n s a n q u e a s í como p u d i e r o n cambiar "a una mejor
vida",
t a l v e z , como dice A n g e l i t a , pueden c o n t r a e r n u p c i a s
con un ciudadano
d e l o s Estados Unidos y poder v i v i r a l l á go
-
zando de tosas l a s comodidades.
Angelita con su comentario deja v e r a q u e l l a concepcidn
i d e a l i z a d a de lo que s o n l o s Estados Unidos. S i recapacitamos
observaremos q u e l a s c o n d i c i o n e s laborales en Estados Unidos
I
I
!
1
116
d e j a n mucho que d e s e a r s i c o n s i d e r a m o s que es e l p a í s c a p i t a
l i s t a más a l t a m e n t e i n d u s t r i a l i z a d o .
-
Los t r a b a j a d o r e s no g o z a n
d e p r e s t a c i o n e s t a l e s corn r e p a r t o d e u t i l i d a d e s , seguro medico, a g u i n a l d o , etc.
, Además,
l a mntratación de
mano d e o b r a t i e n e
una serie d e s u t i l e z a s que n u l i f i c a n l o s d e r e c h o s l a b o r a l e s ;
por e j e m p l o , a un t r a b a j a d o r se l e puede cambiar d e l a b o r e s s i n
r e s p e t a r e l m o n t o de s a l a r i o y c a t e g o r i a b a j o l a c u a l f u é c o n t r a
t a d o , se l e puede c o n t r a t a r por medio tiempo p e r o s i se l e e m
-
p l e a p o r 4 9 por c i e n t o en v e z d e l 50 por c i e n t o d e l t i e m p o no
está o b l i g a d a a c o n c e d e r l e a l b r a b a j a d o r l a prima v a c a c i o n a l y
e l d e r e c h o a a u s e n t a r se por enfermedad.
Las r e l a c i o n e s obrero/patronales
en l a s maqui.ladoras son
aún más r a a u l t i c a s que l a s q u e v i v e n l o s t r a b a j a d o r e s d e l vecino p a l s d e l n o r t e . Aún cuando l e s a l m e n t e l o s t r a b a j a d o r e s mexicanos e s t á n más p r o t e s i d o s , l a r e a l i d a d mostrada en l o s dos
i
prlmeros c a p í t u l o s n o s muestran q u e no e x i s t e n mecanismos de v g i l a n c i a p a r a que l a l e y s e a cump1ida;asl como tampoco e x i s t e
una o r g a n i z a c i ó n f u e r t e de l a s t r a b a j a d o r a s q u e e x i j a q u e e s t a s
l e y e s sean a c a t a d a s
E s t a s m u j e r e s , aun cuando e n c o n t r a q o s c a s o s d e mujeres que
l l e v a n muchos años t r a b a j a n d o e n una misma p l a n t a , t i e n e n g e n e r a l mente una v i d a l a b o r a l muy c o r t a - , Con l a e x p e r i e n c i a d e
haber
s i d o i n d e p e n d i e n t e s economicamente v a n a e n c o n t r a r d i f i c u l t a d e s
117
Para
aceptar
e l tener que d e j a r e l t r a b a j o s o c i a l ,
¿Que pasa con esas mujeres q u e por daños f í s i c o s , por l a
Pérdida de destreza en l a s actividades manuales o por presiones
familiares s e ven obligadas a d e j a r s u s t r a b a j o s ? , ¿qué ha pasado
con esas miles de manos desplazadas, con esas mujeres desempleadas que algGn d í a vieron e n l a s maauiladoras l a k i c a a l t e r n a t i v a
incorporarse a l mundo productivo?. E s t a s son m a s d e l a s pregunt a s que aún estan por responderse.
118
L A FLOR HAS BONITA DE LA PIAQUILA
( M e c a n i s m s de c o n t r o l )
E x i s t e una v a r i e d a d d e a c t i v i d a d e s r e c r e a , i v a s
y d e p o r -i
v a s ( f i e s t a s , b a i l e s , c e n a s , r i f a s , c o n c u r s o s d e b e l l e z a , a c ti
v i d a d e s d e p o r t i v a s , d í a s de campo, p a s e o s , y t o d o t i p o de concurrencias)
que se r e a l i z a n en c i e r t a s m a q u i l a d o r a s . D i s t r a e n
l a a t e n c i ó n d e l a s t r a b a j a d o r a s , y ocupan g r a n p a r t e de su tiem
po l i b r e , e v i t a n d o , e n alguna medida, que r e l e x i o n e n sobre su
s i t u a c i ó n de t r a b a j a d o r a e x p l o t a d a , y d e m u j e r e s o p r i m i d a s , m i ni
mizando e l c a r á c t e r a n t a g ó n i c o d e l a s r e l a c i o n e s e n t r e o b r e r o y
patrón.
Cabe a c l a r a r q u e n o se i n t e n t a p l a n t e a r que l a s a c t i vi
dades r e c r e a t i v a s y d e p o r t i v a s c a e n
ST mismas
negativas.
Sin
embargo,hay que r e c o r d a r que e s t a s a c t i v i d a d e s (sanas p o r natus
r a l e z a ) s o n u t i l i z a d a s p a r a un o b j e t i w i d e o l d g i c o p r e c i s o : d i -
traer, retardar y e v i t a r l a r e f l e x i ó n , e v i t a r cualquier actitud
que ponga e n p e l i g r o l a t a n a l t a p r o d u c t i v i d a d q u e se t i e n e .
Los
c o n c u r s o s de b e l l e z a , j u s t i f i c a d o por l o s e m p r e s a r i o s cow una
actividad
"recreativa",
busca l a a l t a p r o d u c t i v i d a d : busca tam
b i é n , a l i g u a l que t o d a s l a s a c t i v i d a d e s e x t r a l a b o r a l e s o r g a n i zadas por l a empresa, h a c e r s e n t i r a l a o b r e r a que se e s t á profuiidamente preocupado por s u b i e n e s t a r f z s i c o como e m o c i o n a l .
D e t r á s d e este tipo de e v e n t o s subyace l a i n t e n s i ó n de r e a f i r m a r
l a u t i l i z a c i ó n de l a m j e r por
pasividad.
SU
d u l m a , sumición, a f e c t i v i d a d ,
119
~l E.icisentism es un problema que ha Preocupado mucho a los
e m p r e s a r i z s Pues se m n e e n Pelisro l a P r o d u c t i v i d a d .
no se p u e 3 e d e b e r a dos r a z o n e s fundamentales:
como una r e s p u e s t a o b r e r a
, una
y c t e fenóme-
hay que e n t e n d e r l o
manera d e d e c i r n o a l a s a r b i t r a -
r i e d a d e s y a l a s malas c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o .
Es u n a f a c t i t u d d e
t i p o c o n t e s t a t a r i o . P o r otro l a d o l o podemos e n t e n d e r como una
r e s p u e s t z a l a monotonfa y a l o a b u r r i d o que puede r e s u l t a r e l t r a bajo
.
La
empresa
busca
entonces i n c e n t i v o s
como premios
en d i n e r c o en o b j e t o s m a t e r i a l e s , prestig5o v r e c o n o c h e i n t o
colectivc a
las p e r s o n a s que no f a l t a n , n i l l e g a n t a r d e , c o n
e l p r o p o z i t o d e r e d u c i r e l ausentismo.
E s t e tipo de estfmulos se ha implementado t a m b i é n para au
-
e n t a r La p r o d u c c i b n ; e n v a r i a s f a b r i c a s es común ver una espe
-
c i e de t a b l a s de p o s i c i o n e s c o l g a d a s
a l i n t e r i o r de l a s plantas
donde a p a r e c e n l o s nombres d e l a s t r a b a j a d o r a s más p r o d u c t i v a s
de l a semana.
Es también común ver, t a n t o en los p e r i d d i c o s mu
-
r a l e s de l a s f á b r i c a s corn e n l o s b o l e t i n e s i n f o r m a t i v o s , c h i s t e s g r d f i c o s a l u d i e n d o a l g r a v e problema d e l desempleo, con e l
f i n d e h a c e r s e n t i r a l a o b r e r a que es todo un p r i v i l e g i o e s t a r
t r a b a j a n d o y f o r z a r s u l e a l t a d y compromiso c o n l a empresa.Este
e5 m e j e m p l o d e l a v i o l e n c i a s i n M l i c a que se dd en l a s ma
-
qui1 ador a s :
I
120
--
Eh una o c a s i 6 n , h a c e como c i n c o años, una muchacha de l a
f á b r i c a concur so p a r a
"Reina de l a m a q u i l a d o r a " .
Participaron
muchachas de c a s i t o d a s l a s f á b r i c a s y creo que e s a f i e s t a l a
organizó
e l gobernador.
-
En cada f d b r i c a e s c o g i e r o n a su r e p r e
s e n t a n t e , y l o que importaba e r a l a b e l l e z a .
-- A
nosotras
La
más
bonita
-comentó Martha, una j o v e n de 1 8 años que
además de t r a b a j a r e s t u d i a l a secundaria-,
t o d o s l o s años nos
hacen p a s e o s a Ensenada y l o s dueños n o s pagan t o d o .
Cada q u i n
-
ce d í a s hacen c a r n e s asadas que paga e l g e r e n t e , n o s o r g a n i z a n
también campeonatos d e v o l l e y b a l l y Basket b a l l y v a r i a s de l a s
muchachas c o m p i t e n c o n t r a o t r a s f á b r i c a s .
Yo e n t r é < a e s t a f b -
b r i c z porque L e t y m? c o n t a b a que l a t r a t a b a n muy b i e n y que ade_
mds l a s a y - d a n a que puedan s e g u i r e s t u d i a n d o .
bajar a l a fdbrica
-me d i c e Martha con orgullo-
Al e n t r a r a t r a
n o s dan c l a s e s
1
121
y estudios sobre e l t r a b a j o que vamos-a r e a l i z a r , nosrrhacen prue
bas para ver s i entendimos y t o d o ese t i e m p o d e p r e p a r a c i d n n o s
l o pagan.
Además n o s dan como premio una determinada c a n t i d a d
d e d i n e r o cada mes según l a a n t i g u e d a d , p e r o solo s i no t e n e n o s
r e t a r d o s , n i f a l t a s , n i permisos,
-concluyó Maria Luisa.
Todas l a s que t r a b a j a m o s en e s t a f á b r i c a soms b i e n j o v e nc i t a s y l o s s u p e r v i s o r e s se preocupan p o r n o s o t r a s como s i f u e
r a n nuestros padres.
mucha enoci6n-
-comenta l a s o b r i n a de Marca L u i s a c o n
Seguido n o s andan apurando para que n o l l e g u e m o s
t a r d e a l a e s c u e l a , porque l a mayorfa d e l t r a b a j o n o s vamos a
l a esculla.
--
Seguido v a e l supervisor y me c o q u e t e a y
IIE
dice
eres l a mejor t r a b a j a d o r a , por eso eres mi c o n s e n t i d a " .
menta X a r t h a con un tono t r a n q u i l o -
"tu
-co
-
Al r a t o t o d a s e s t a n celo-
s a s porque me t r a t a mejor a m i que a e l l a s , t o d a s me d e j a n d e
hablar.
Después d e unos d l a s l e dice l o mismo a o t r a y t o d a s
se v u e l v e n a p o n e r c e l o s a s .
S i e n p r e estamos c o m p i t i e n d o por
ser l a mejor y l a c o n s e n t i d a .
Cada d í a v a n más a r r e g l a d a s to-
d a s l a s muchachas, y apenas reclamamos por a l g o que n o n o s g u s
t a y nos d i c e n l o s jefes:
" d i s c u t i r n o es de mujeres, s i se
e n o j a n se ven f e a s y y a n o l a s vamos a querer".
I22
L a s i t u a c i ó n a l a que se e n f r e n t a l a mujer es también cont r a d i c t o r i a en l a c u e s t i d n s e x u a l .
P o r un l a d o se l e s e x i g e ser o b j e t o s s e x u a l e s para c u i d a r
su p u e s t o y su t r a b a j o . Como l e s d i c e n muchos j e f e s "Usen su
sexto sentido",
t i e n e n que g u s t a r l e y c o m p e t i r por e l s u p e r v i
sor, es una manera d e sobrevivir en e l ambiente p r o d u c t i v o .
embargo, l a s e x u a l i d a d femenina es r e p r i m i d a ,
-
Sin
sólo se c o n s i d e r a
con l a f i n a l i d a d d e p r o c r e a r .
S i l a r e p r e s i ó n sexual,
como d i c e Wilhelm R e i c h , l e es
iall c a p i t a l porque se t r a n s f o r m a por s u b l h a c i b n en c a p a c i
~
-
dad en t r a b a j o , dado que l a s e x u a l i d a d femenina e s t á t o t a l m e n t e
r e p r i m i d a esto e x p l i c a r í a s u c a p a c i d a d , i n c o n c e b i b l e en un hombre, d e asumir simultáneamente t o d a s l a s r e s p o n s a b i l i d a d e s pro-
p i a s d e su sexo en e l modelo d e s o c i e d a d p a t r i a r c a 1 , y a l mismo
tiempo ser e f i c i e n t e en un l u g a r d e t r a b a j o . *
Jb
él.
no me llevo bien con e l j e f e ,
-dice Angela- n i h a b l o con
Algunas s i se l l e v a n , n o le t i e n e n respeto.
t i e n e n amantes a h í .
Muchos j e f e s
~ i ' j-e f e de p l a n t a , e l que a u t o r i z a l o s p er
misos para i r a l Seguro S o c i a l t i e n e una amante d e n t r o d e l a
fábrica,
aunque es casado y t i e n e dos h i j a s .
Todo e l mundo l o
sabe, porque además ha t e n i d o amores c o n o t r a 8 d e l a s muchachas.
Como este c a s o hay m i l e s e n l a s f á b r i c a s .
Hay abusos de l o s j e f e s con l a s muchachas.
Un jefe que t u
-
vimos t e n í a una amante que t r a b a j a b a conmigo haciendo c a s s e t t e s
*
Sau V i c t o r i a . Un d i c c i o n a r i o Ideoldgico f e m i n i s t a .
B a r c e l o n a , 1981. P. 190
Ed. I c a r i a
123
y ahora n o t r a b a j a , v i v e con 6 1 y t i e n e tres h i j o s .
A p a r t e de
e l l a , él t i e n e o t r a s c h a v a l a s d e a h í mismo y con e l l a s también
tiene hijos.
Todas e s a s c h a v a l a s son j o v e n c i t a s y s o l t e r a s ,
h i j a s de f a m i l i a a l a s que les lavo'
' e l coco'.
Ese jefe que
tuvinos e r a una p e r s o n a muy l é p e r a y mañosa, y o nunca l e d f n i
.
j e r a una p e r s o n a d e l o p e o r :
los buenos d l a s ,
Es comGn que
l o s j e f e s i n v i t e n a l a s muchachas a c e n a r , a s a l i r p o r a h í y
l a s t o n t a s a c e p t a n p a r a ver q u e ganan; o que n o l a s cambien de
t u r n o , o que n o l a s c o r r a n , o que suban de s u p e r v i s o r a s .
S i es c i e r t o
-coment6 Martha-
e n l a f á b r i c a donde t r a b a
-
jo, e l g e r e n t e t e n í a sus c o n s e n t i d a s , a l p r i n c i p i o e r a s6l0 una
después e r a n As., Todas l o s a b l a m s porque l o veíamos.
Eso se da mucho en l a s f á b r i c a s ,
e r a una o p e r a d o r a .
de de l a mujer.
E l l a a l r a t o f u e supervisora.
solo c o n o c í de dos
8
Ella
p e r o depen
-
C a s o s como ese
pero d i c e n que es muy f r e c u e n t e .
En esos momentos me a c o r d é de un c o m e n t a r i o muy i n t e r e s a n-
t e que me h a b í a hecho una t r a b a j a d o r a de una m a q u i l a d o r a e n
Ciudad Judrez.
"Todas creemos que una manera de d e j a r d e t r a b a
j a r es casándonos,
-
sobke todo con a l g u i e n que t e n g a un buen pues
-
to como un s u p e r v i s o r .
Pero estoy muy preocupada porque hay muy
p o q u i t o s honbres y yo creo que n o van a a l c a n z a r " .
En v a r i a s
o c a s i o n e s ella j u n t o c o n v a r i a s compañeras hablan o r g a n i z a d o una
r i f a p a r a s a l i r c o n un muchacho.
Su t a r e a c o n s i s t i ó en conse-
,
124
I
g u i r un muchacho q u e e s t u v i e r a d i s p u e s t o a que f u e r a
Se v e n d í a 5 0 n h e r o s , b o l e t o s d e $100.00
e s t a b a 2 4 h o r a s c o n e l muchacho.
"rifado"
p e s o s y l a que ganaba
E l d i n e r o que se juntaba se
u t i l i z a b a para que l a t r i u n f a d o r a l e pagara t o d o s l o s g a s t o s a l
muchacho.
La comida, l a e n t r a d a a l a d i c o t e q u e , l a cena, l a s
bebidas, etc
.
E l ir a bailar,
a l c i n e , a c e n a r o a tomar l a copa c o n l a s
compafieras l o s v i e r n e s y l o s sábados son a c t i v i d a d e s muy frecuentes entre bas t r a b a j a d o r a s que son más j b v e n e s y que t i e n e n
menos r e s p o n s a b i l i d a d e s económicas.
Para i r a estos l u g a r e s se
ponen ropa muy a l a moda y en l a c u a l g a s t a n gran p o r c e n t a j e de
su s a l a r i o .
E x i s t e n muchas m n e r a s d e h a c e r que l a s o b r e r a s
compren una i n f i n i d a d de productos.
--
Para i r a t r a b a j a r n o vamos muy a r r e g l a d a s como l a s
más j o v e n c i t a s de o t r a s f á b r i c a s
-me comenta Angela-.
En don
I
de t r a b a j o muchas l l e v a n f a l d a s o vestidos porque s u r e l i g i d n
se los e x i g e , o t r a s p r e f e r i r n o s i r e n p a n t a l o n e s .
Muchas g a s -
t a n d i n e r o en r o p a , yo -n o puedo; c a s i no me a l c a n z a .
nas f á b r i c a s t i e n e n crédito en D o r i a n s
*
.
En a l g u -
Cuando uno l l e v a s e i s
E s e s en e s a f á b r i c a l e consiguen e l crédito,
A h í compran l o
que' q u i e r e n , siempre y cuando n o p a s e de 100 d ó l a r e s , y sdlo
t i e n e n que f i r m a r .
Luego l e s van descontando de su sueldo o d e l
cheque d e l a f á b r i c a .
*
Lo malo es que l e s descuentan cada vez
La cadena de t i e n d a s de r o p a más i m p o r t a n t e de B a j a C a l i fornia.
~
Y W
125
que se l e s dd l a gana.
A l g u n a s q u i e r e n que l e s d e s c u e n t e n más
seguido para s a l i r más p r o n t o de l a deuda y a s í s e g u i r sacando.
A una amiga que s a c o m e r c a n c l a desde n a v i d a d l l e v a c u a t r o meses
y no l e han c o b r a d o , y corn se l o descuentan e n d b l a r e s , c o n l a
Ahora e s t á a 47 pe
-
d e v a l u a c i ó n v a a t e n e r q u e pagar e l d o b l e .
sos y a n t e s e s t a b a a 26,
s610 que s e h i c i e r o n los t o n t o s los de
l a t i e n d a p a r a ganar más.
Muchas veces venden a f u e r a de l a s f á b r i c a s y también aden
-
tro aunque e s t a p r o h i b i d o .
Habfa una muchacha, compañera d e
t r a b a j o de l a f á b r i c a q u e e n t r a b a con s u b o l s a l l e n a de v e s t i dos y su monten d e c a j a s de z a p a t o s y l a s muchachas empezaban
a p r o b a r s e todo l o que l l e v a b a e n l o s baños.
Como muchas d e j a
ban de t r a b a j a r por a n d a r s e m i d i e n d o l a s c o s a s , un t i e m p o a los
supervisores les d i 6 por r e v i s a r t o d a s l a s b o l s a s : p e r o con to-
do y todo de vez en cuando se l e s c u e l a m a que vende b l u s a s .
A l a s a l i d a t a m b i é n van de m u e b l e r í a s y venden a c r ' e d i t o ,
pero a s í l o s p r e c i o s suben mucho.
muebles e n l a panel.
Llevan catálogos
algunos
También abundan e n t o d a s l a s f á b r i c a s v e n
-
dedoras de productos 'Avon' y de's tandhome:
-
Q
hacer una l u c h i t a para s a c a r mas
'feria'.
pues t o d a s queremos
A s í que s a l i m o s b i e n
v e n d i d a s de l a f á b r i c a , y a cuando n o s pagan l o debemos todo.
También son muy comunes l a s s e ñ o r a s que t r a e n e n c a r g o s d e l
otro l a d o , comida g e n e r a l m e n t e .
Cuando una y a l a s c o n o c e l e e n
-
c a r g a , s i n o , para d a r s e a c o n o c e r andan o f r e c i e n d o y a s í s e ha-
I
I
1
1
12 6
cen d e - s u s c l i e n t a s .
Esto es una ayuda para e l l a s , y a s e a que
t r a b a j e n en otro l a d o o se d e d i q u e n ~ 6 1 0a eso.
A n t e s de l a d e
v a l u a c i ó n esto c o n v e n í a mucho' p e r o ahora n o c o n v i e n e c a s i para
.
nada, sólo para l a leche que aunque y a no es más b a r a t a que a q u í ,
s i es rrejor y también e l pan de c a j a .
L a s o b r e r a s además d e e s t a r e x p u e s t a s a todos l o s mecanis
-
m s de a l i n e a c i ó n implementados a l i n t e r i o r d e l a elnpresa, son
objeto también, como t o d a l a p o b l a c i ó n , d e un bombardeo d e v a l o
res emitidos por l a c l a s e en e l poder; estos v a l o r e s son t r a n s
m i t i d o s p r i n c i p a l m e n t e a t r a v é s de los medios m s i v a s de comuni
c a c i ó n t a n t o n a c i o n a l e s como n o r t e a m e r i c a n o s .
Los medios m a s i v o s de c o m u n i c a c i ó n no ~ 6 1 0t r a n s m i t e n men
-
s a j e s v e r b a l e s , . s i n o también imagnes de a c c i o n e s , c o n d u c t a s y
objetos.
La t e l e v i s i ó n por ejemplo t r a n s m i t e modelos c o r p o r a -
.
l e s , a c t i t u d e s , gestos, modelos d e b e l l e z a f í s i c a , formas pres
t i g i a d a s para
i m i t a r , etc.,
Estos p r o d u c t o s c u l t u r a l e s son d i f u n d i d 3s de manera masiva
g r a c i a s a una serie de a v a n c e s t e c n o l ó g i c o s que e s t a n en manos
de una m i n o r í a , que es p a r t e o se
las c l a s e s dominantes.
encuentran
a l o s servicios de
E s t a m i n o r f a toma l a s d e c i s i o n e s d e l con
t e n i d o d e l mensaje y por medio de e l l o s se d i f u n d e n h á b i t o s , cos
tumbres, o p i n i o n e s , modelos de i d e n t i f i c a c i b n , -cbdigos c u l t u r a -
les e ideológicos; es decir, se t r a n s m i t e n p r o d u c t o s c u l t u r a l e s
cuya f i n a l i d a d es l a r e p r o d u c c i ó n d e l s i s t e m a s o c i a l en su conjunto.
'
12 7
Todos e s t o s mensajes nacionales y norteamericanos q E les
llegan a l a s trabajadoras han influldo en s u s costumbres y t r a
diciones, creándoles y reforzándoles, d í a con dSa, nuevos patron e s de consumo.
Un gran número de l a s trabajadoras s e visten y
maquillan siguiendo l a moda establecida por los medios masivos
d e comunicación, gastando un elevado porcentaje de s u s a l a r i o
en ésto.
U n amplio sector de l a poblaci6n g a s t a una buena parte de
su s a l a r i o en ropa, a r t l c u l o s de b e l l e z a , y en general a r t í c u
los suntuarios, l o c u a l , a muchas, l a s hace suponer que están
i
nenos explotadas y oprimidas, e s t o l a s ha hecho s e n t i r p a r t í cp e s de l a sociedad moderna, disfrutando de las f a c i l i d a d e s
entre e l l a s del c r é d i t o .
Dos de cada c i n c o obreras entrevistadas tienen que pagar
deudas e n mueblerías, tiendas de ropa y l o t e s de autom'oviles.
"Apenas r
e dan e l dinero y tengo que entregarlo completo a
l o s de l a mueblerfa.
Tuve que comprar unas l i t e r a s para m i s
h i j o s pero l a hita forma de hacerlo e s endrogbndome.
que yo me acuerdo tengo deudas con medio mundo".
Desde
-comenta
Anielia-.
Dentro de l a s maquiladoras existen toda e s t a serie de m e c a n i s m s de control que h m s observado y que s i n duda s e encuentran situados en e l plano ideol6gico.
La e x i s t e n c i a de bo
l e t i n e s i n f o r m a t i v o s e l a b o r a d o s por a l g u n a s empresas , expresan
e l manejo i d e o l ó g i c o que se h a c e p a r a e v i t a r l a c o n c i e n c i a obre
-
r a t e l f i n d e l o s b o l e t i n e s es d i f u n d i r v a l o r e s opuestos a l o s
de l a c l a s e t r a b a j a d o r a t r a t a n d o d e o c u l t a r
ideológicaniente
e l s i s t e r i a d e e x p l o t a c i d n basado e n l a d i v i s i ó n d e l t r a b a j o ,
e l régiinen de s a l a r i o s , e t c .
... Compartimos
e l misnm t r a b a j o , e l misino horar i o . TeneAms mucho en comh: luchamos p o r mejores
c o n d i c i o n e s d e v i d a p a r a n u e s t r o s seres q u e r i d o s
y m e d i a n t e e l t r a b a j o queremos a l c a n z a r p a r a e l l o s
todo l o bueno que e n n u e s t r a i n f a n c i a recibimos o
b i e n que n o recibirnos.
O t r a razdn p a r a e s t i m a r t e s i n c e r a m e n t e es que
dependenas uno d e l otro.
E l ser t u j e f e n o s i g n i f i
c a o t r a c o s a s i n o un poco de r e s p o n s a b i l i d a d sobres i t ú l o haces b i e n , m i respon
l o que t ú h a c e s
s a b i l i d a d e s t a r á cumplida; s i l o h a c e s mal ambos
f a l l a r e m o s y y o me v e r 6 o b l i g a d o , p r e c i s a d o a pon e r remedio".
(1
Soy t u superior pero t a m b i é n t u amigo .'I
I1
T e estima t u jefe".*
11
...
...
...
..
Todo esto e s t á inmerso en e l p r o y e c t o de h a c e r s e n t i r a l t r a b a j o r que e5 p a r t e i m p o r t a n t e de l a empresa y q u e t i e n e responsab i l i d a d d i r e c t a e n e l progreso d e l a misma. Cosa q u e es c i e r t a ,
s i n obreros no
hay p r o d u c c i ó n ; s i n embargo,el
i n t e r ' e s es e l d e
h a c e r creer a l t r a b a j a d o r que l a empresa e s t a preocupada por e l
b i e n e s t a r d e l obrero cuando en r e a l i d a d l o q u e i m p o r t a es l a producción:
*
"Todos somos una g r a n f a m i l i a , unámonos e n s e g u r i d a d , orB o l e t h I n f o r m a t i v o d e E l e c t r o c o m p o n e n t e s üe México,
S. A - , "Canta d e l jefe".
No. 186. Ciudad Jubrez, 1 9 7 9
129
den y
limpieza"*
L a s e g u r i d a d , o r d e n y l i m p i e z a son fundamentales p a r a l a
7
á g i l y p r e c i s a p r o d u c c i ó n ;no son cuestiones que se p l a n t e n por
e l i n t e r é s d e mantener sanos a l o s t r a b a j a d o r e s . Por o t r o l a d o ,
aunque " e l ser una g r a n f a m i l i a " busca mantener una supuesta a r monía e n t r e l o s t r a b a j a d o r e s ,
se fomenta a l mismo tiempo e l sen-
t i m i e n t o d e competencia. A t r a v é s d e l a competencia se busca elev a r l a p r o d u c c i ó n ; además,
l a competencia e n t r e l o s t r a b a j a d o r e s
t i e n e r e p e r c u s i o n e s i d e o l ó g i c a s muy i m p o r t a n t e s pues con e l a f a n
de s o b r e s a l i r y a s í l o g r a r c i e t o t i p o d e r e i v i n d i c a c i o n e s s a l a -
r i a l e s o e s t a b i l i d a d en e l empleo, l o s t r a b a j a d o r e s t i e n d e n a
d i v i d i r s e e n t r e e l l o s mismos. E s t a d i v i s i ó n e n t r e l a misma c l a s e
t r a b a j a d o r a es buscada también p o r l a empresa
forma, l a i d e a d e o r g a n i z a r s e se atenúa
At%
ya que d e esta
.
cuando se busca mantener una supuesta armonía e n t r e
los t r a b a j a d o r e s , se foinenta a l mismo t i e m p o e l s e n t i m i e n t o de
competencia.
A t r a v é s de l a c o m p e t e n c i a , en l a p e s p e c t i v a d e
l a empresa, es que se eleva
trabajadores
los
Además
la
competencia
entre
t i e n e re p e r c u s i o n e s i d e o l ó g i c a s
r
muy i m p o r t a n t e s pues con e l a f á n de s o b r e s a l i r y z s f l o g r a r c i e -
t o t i p o de r e i n v i d i c a c i o n e s s a l a r i a l e s o e s t a b i l i d a d en e l em-
*
Letrero d e n t r o d e l a p l a n t a E l e c t r o c o m p o n e n t e s de M&xicO,
S. k., Citidad J u á r e z , 1 9 8 0
130
El.et,,
Rat-
trabajadores tienden a dividirse entre ellos mismos.
C í i v i s i 6 n entre la misma c l a s e trabajadora es buscada tam-
por l a empresa ya que de é s t a forma, l a idea de organizar
'@
' e dtenda,
-
'
ias mujeres son l a mayoría de las obreras en l a maqui-
la, sin embargo, su rol dentro de l a sociedad poco ha
cambiado.
Aún es quien, aunque se t r a t e de huelgas,
tiene a su cargo l a preparación de alimentos y cargos
de poca responsabilidad en l a organización de l a huelga misma.
131
SOLIDEV, LNA MAQUILADORA EN LUCHA
(Movimiento Obrero)
L a formaci6n d e l s i n d i c a t o y l a s l u c h a s d e l a s t r a b a j a d o r a s
d e l a empresa m a q u i l a d o r a S o l i d e v Mexicana, S. A.
,
es una expe-
r i e n c i a que se d e b e tomar en c u e n t a e n e l a n á l i s i s d e l m o v i m i e n t o
o b r e r o en empresas t r a n s n a c i o n a l e s .
E s una v i v e n c i a que m u e s t r a
como l o s c o n f l i c t o s l a b o r a l e s en este t i p o de empresas toman,necesariamente,
un c a r á c t e r i n t e r n a c i o n a l .
Solidev M e x i c a n a , S . A.,
t r o n Devices I n c .
es una empresa s u b s i d i a r i a de S o l i -
E s t a f i r m a se e s t a b l e c i ó e n México e n 1 9 6 9 y
se d e d i c a a l a p r o d u c c i d n de s e m i c o n d u c t o r e s p a r a e l Pentágono, y
el Departamento d e E s t a d o , l a I n t e r n a t i o n a l T e l e p h o n e and Telegraph y l a Honeywell..
no s6l0 en
L a empresa S o l i t r o n Devices t i e n e p l a n t a s
México s i n o también en los E s t a d o s U n i d o s ( R i v i e r a
Beach, F l o r i d a y San D i e y o , C a l i f o r n i a ) ,
La i m p o r t a n c i a de l o s p m d u c t o s
en A l e a a n i a e I n g l a t e r r a .
que f a b r i c a n y l a magnitud
de l o c o n t r a t o s que han t e n i d o , h i z o que en 1974 l a pBanta r e q u i -
r i e r a d e 1,500 t r a b a j a d o r e s .
Con e l t i e m p o ha d i s m i n u i d o e l nú-
mero d e empleados, y en o c t u b r e de 1982, solamente quedaban 290
t r a b a j a d o r e s aproximadamente.
E l p e r f o d o c o n mayor número de des
-
p i d o s fue o r i g i n a d o , e n t r e otros motivos, por l a c r i s i s econdmica
d u r a n t e el p e r í o d o d e 1974-75 en l o s Estados Unidos.
Solidev a d q u i r i d i m p o r t a n c i a en a g o s t o d e 1 9 7 9 , f e c h a e n l a
q u e l o g r a r o n f o r m a r el s i n d i c a t o ú n i c o en t o d a s l a s m a q u i l a d o r a s
d e l p a í s por s u c a r á c t e r i n d e p e n d i e n t e . -A
p a r t i r de l a f o r m a c i ó n
d e l s i n d i c a t o , l o s t r a b a j a d o r e s han c o n s e g u i d o mejores p r e s t a c i o n e s ,
132
mayores s a l a r i o s , l a semana l a b o r a l d e 40 h o r a s con pago de 5 6 ,
un t r a t o más i g u a l i t a r i o e n t r e p a t r o n e s y t r a b a j a d o r e s , y l a se
g u r i d a d e n e l empleo.
E s t a s m e j o r a s han p r o v o c a d o q u e e l C e n t r o
P a t r o n a l los c o n s i d e r e un mal e j e m p l o para l o s demás t r a b a j a d o -
res de l a zona.
Después de t o d a una h i s t o r i a de l u c h a que l l e
v a r o n a c a b o los t r a b a j a d o r e s d e e s t a p l a n t a , r e c i b i e r o n como
r e s p u e s t a , t a n t o d e l g o b i e r n o d e l E s t a d o como d e l a i n i c i a t i v a
p r i v a d a n o r t e a m e r i c a n a , e l cierre d e f i n i t i v o de l a empresa.
Y
a? f i n a l d e l camino p e l e a r o n por t r e s meses para l o g r a r c o n s e g u i r
solo una p a r t e de l a i n d e m n i z a c i ó n
que por l e y t i e n e n d e r e c h o
t o d o s l o s t r a b a j a d o r e s e n México.
Este es e l r e l a t o de G a b r i e l a y su p a r t i c i p a c i ó n e n l a f o r -
mación y d e s a r r o l l o d e l S i n d i c a t o S o l i d e v .
E s l a narración de
l o que G a b r i e l a ha v i v i d o , como l o ha v i v i d o y que ha a p r e n d i d o
de e s t a experiencia.
Con l o c u a l n o pretendemos. r e a l i z a r un
a n á l i s i s histórico d e l S i n d i c a t o , s i n o l a t r a n s f o r m a c i d n p o l í t i c a s o c i a l que ha s u f r i d o uno d e sus i n t e g r a n t e s .
--
"La p r i m e r a vez que n o s organizamos f u e porque se j u n t a r o n
d o s problemas que n o s preocuparon mucho.
Uno d e e l l o s empe26 por
que c o r r i e r o n a unos compañeros s u p e r v i s o r e s .
Ellos e r a n buenos
t r a b a j a d o r e s , buenos e l e m n t o s , y a p e s a r de que nos t r a t a b a n a
l a s operadoras con l a
"punta d e l p i e "
pues s i e m p r e d e f e n d í a n
l o s i n t e r e s e s d e los dueños, n o s p a r e c i ó una i n j u s t i c i a q u e los
corrieran.
Nosostros l o s d e f e n d i m o s porque -¡te
imaginas!
mero l o s i b a n a correr a e l l o s y luego a n o s o t r o s .
-
p ri
S i a ellos
I
133
les h a c í a n eso, c o n t o d o y que e r a n s u p e r v i s o r e s , que' n o s h a r í a n
a nosotras,
E l g e r e n t e solo l e s q u e r í a d a r e l s a l a r i o de s u se-
mana t r a b a j a d a y l a semana d e f o n d o , que no pagan cuando uno emI
p i e z a a t r a b a j a r , s i n i m p o r t a r l e c u a n t o tiempo l l e v a b a n en l a
f 6 b r i c a trabajando.
A uno d e l o s s u p e r v i s o r e s l e d i j e r o n que ha
-
I
I
1
í
!i
b l a echado a p e r d e r un m a t e r i a l y que eso c o s t a b a como 15 m i l
d 6 l a r e s , c o s a que n o e r a c i e r t a , e r a un p r e t e x t o para correrlo.
Esos problemas nos empezaron a i n q u i e t a r a t o d o s .
No podíamos
p e r m i t i r que pasaran e s a s cosas,porque n o s i b a n a a p l a s t a r .
Em-
p e z a m s a preocuparnos; ¿qué podemos hacer?, n o s preguntábamos
todos.
Pensamos en h a c e r un p a r o p a r a que l e s d i e r a n por l o me-
nos una i n d e m n i z a c i 6 n ,
N o teníamos que d e j a r que l o s c o r r i e r a n
de buenas a p r i m e r a s .
Aún cuando y a l o s hablan
"recortado"
,
los ' c o r r i d o s '
si-
g u i e r o n entrando como t r e s d í a s más h a s t a que l o s de l a administ r a c i 6 n los sacaron a empujones d e l a p l a n t a .
78.
Todo eso fu6 en e l
E l g e r e n t e nos d i j o que s i seguíamos en ese p l a n nos i b a n a
sacar a t o d o s .
Todos h i c i m o s e l p a r o menos tres compañeros que
Los compañeros que ya habían s a l i d o estábamos de
no aceptaron.
acuerdo en h a c e r l a h u e l g a , e r a l a k i c a manera de p r o t e s t a r p o r
l o s ' c o r r i d o s ' , y l o b i c o que e x i g í a m o s e r a que l e s d i e r a n su
indemización
.
En esos d í a s nos habíamos e n t e r a d o d e un problema muy g r a v e .
E l g e r e n t e de l a f á b r i c a se h a c í a pasar por médico, cada v e z que
l l e g a b a una muchacha a p e d i r t r a b a j o l e s d e c í a a l a s s e c r e t a r i a s
que l a s pasaran c o n él p a r a h a c e r l e s un e x h e n médio.
E l no te-
I
¡
134
n l a ningún d e r e c h o d e h a k e r l o p o r q u e n o e r a m é d i c o , y además
como g e r e n t e , él d e b í a de p e d i r s6l0 e l número d e empleadas que
n e c e s i t a r a , y l a d e c i s i ó n de escoger a l a s muchachas d e b f a de
h a c e r l a e l encargado
bajo.
d e l p e r s o n a l a p a r t i r d e un examen de t r a-
D i c e n que en l u g a r d e h a c e r l e s una prueba d e m a t e m á t i c a s ,
d e sumas y r e s t a s , l e s d e c í a que se a c o s t a r a n p a r a r e v i s a r l a s por
que 61 e r a doctor.
ba.
E l l a s se t e n f a n que q u i t a r l a r o p a y l a s t o c a
En o c a s i o n e s d e c í a n que l e s daba de b e b e r y que l e s p o n f a a l
go en l a b e b i d a para d r o g a r l a s y que se durmieran p a r a p o d e r l a s
v i o l a r s i n que g r i t a r a n .
N o s o t r a s l a s que t r a b a j á b a m o s a h í a l
p r i n c i p i o no nos enteramos d e nada, pues e l p r e f e r í a h a c e r l o con
l a s que r e c i é n l l e g a b a n , porque n o t e n l a n modo d e q u e j a r s e o ten f a n menos e x p e r i e n c i a y muchas n o d e c í a n nada por l a pena y necesidad d e trabajar.
L a s pobres eran de 1 6 o 1 7 años.
chachas s i n m a l i c i a .
E l l a s por i n g e n u a s empezaron a c o n t a r l o
q u e pasaba, y por eso n o s empezamos a d a r c u e n t a .
Eran mu-
1
E s t o nos d i 6
mucho c o r a j e y d e c i d i m o s l a n z a r n o s a l a l u c h a pues e r a una muest r a d e que e l l o s nos p i s a b a n , nos lastimaban, n o s h u m i l l a b a n , y
!
i
I
!
no nos podíamos quedar a s f .
I
I
A l d í a s i g u i e n t e d e s p u é s del p a r o , h a b l a r o n c o n n o s o t r o s ,
pues e l g e r e n t e y su g e n t e y a h a b l a n escuchado l o s rumores de que
n o s íbamos a a t r e v e r a h a c e r l a huelga.
Nos d i j e r o n v a r i a s veces
que no n o s portáramos a s í p o r q u e íbamos a t e n e r muchos problemas.
Que nos íbamos a
sas.
quedar e n l a c a l l e .
Nos d i j e r o n muchísimas co-
Como a l o s t r e s d í a s d e s p u e s , h i c i e r o n d u r a n t e h o r a s d e t r a
bajo una r e u n i ó n c o n todo e l p e r s o n a l .
Los dueños muy e n o j a d o s
i
!
I
i
!
1
I
1
i
I
I
I
I
'
135
e n l a j u n t a nos a d v i r t i e r o n que era l o que nos p o d í a p a s a r s i
hacíamos l a h u e l g a .
t a y que no
N o s amenazaron de que Sban a c e r r a r l a p l a n
-
íbamos a conseguir t r a b a j o e n otra f á b r i c a , q u e e l l o s
se encargaban de eso; p e r o que s i no hacíamos h u e l g a podríamos
E l j e f e no paro*de t r a t a r de l a -
c o n t i n u a r con n u e s t r o t r a b a j o .
v a r n o s e l cerebro d e que n o
hiciéramos l a huelga.
Un compañero
en e l que muchas de n o s o t r a s c o n f l a b a m o s , nos h a b l ó y nos d i j o
l o que e r a h a c e r una h u e l g a .
Nos a d v i r t i 6 que l o pensáramos b i e n
porque i r n o s a l a h u e l g a n o e r a c u a l q u i e r c o s a .
Nos d e c í a que
una h u e l g a i m p l i c a mucho t r a b a j o y s a c r i f i c i o .
E l dueño n o s v o l -
vi6 a h a b l a r como media hora a n t e s d e que e s t a l l a r a l a huelga.
Nunca n o s h a b í a d i r i g i d o l a p a l a b r a , e r a un t i p o muy d é s p o t a , pe-
ro ese d í a s a l u d d a t o d o mundo,
cles!
.
ihasta lleg6 ofreciéndonos chi-
En cambio l o s obras d í a s , s i nos veía p a r a d a s , l u e g o l u e
go pegaba d e g r i t o s .
Ese d í a l l e g ó d i c i e n d o que q u e r í a t e n e r una
r e u n i ó n con n o s o t r o s d e n t r o d e l a empresa p a r a p o d e r h a b l a r sobre
l a huelga.
Nos volvió a a d v e r t i r que n o h i c i é r a w s l a h u e l g a por
-
que íbamos a s a l i r p e r d i e n d o y que l u e g o n o íbamos a c o n s e g u i r
t r a b a j o e n o t r a m a q u i l a d o r a porque nos íbamos a c r e a r fama de
huelguistas.
N u e s t r o compañero, e l que d e s p u é s nos d i r i g i ó , l e
d i j o que e r a i n e v i t a b l e porque 61 n o h a b l a a c c e d i d o a l a s p e t i c i o n e s que l e habíamos hecho.
E l jefe muy e n o j a d o n o s d i j o que
s i l o queríamos h a c e r , que l o h i c i é r a m o s , pero q u e 61 i b a a l u c h a r h a s t a c o n l a s uñas.
D e c i d i m o s irnos a l a h u e l g a y p a r a t o d a s n o s o t r a s f u e a l g o
n o v e d o s o y duro.
M e p a r e c i ó a t r a c t i v o e l primero, e l segundo y
,
136
h a s t a e l tercer d l a , pero luego l a g e n t e se empezó a cansar.
me s e n t € muy mal d e andar boteando.
se me h a c í a muy penoso
M e daba"cosa
b o t e a r porque
andar p i d i e n d o . d i n e r o e n l a c a l l e .
me h a c í a muy d i f í c i l andar v e n d i e n d o comida.
d e todo.
b
Yo
Se
yo e n l a huelga h i c e
F u í a b o t e a r , h i c e comida, ayudaba e n t o d o l o que se
podfa, i b a a v e n d e r comida y cuidaba l o s n i ñ o s d e l a s compañeras
que t e n í a n h i j o s .
También me quedaba en l a s g u a r d i a s nocturnas
para c u i d a r l a p l a n t a .
Todo e s t a b a muy b i e n o r g a n i z a d o , unos hacíamos unas c o s a s
m i e n t r a s o t r a s compañeras t r a b a j a b a n en o t r a s c o s a s también muy
importantes
.
La h u e l g a me e n s e ñ d muchas c o s a s
-continua
G a b r i e l a emocio-
R e c o n o z c o que en un p r i n c i p i o me daba v e r g u e n z a e s t a r en
nada-.
l a h u e l g a , pero d e s p u é s rre d € c u e n t a que e r a a l g o muy d i g n o ,
.
Que
estábamos luchando por a l g o justo y q w n o t e n í a q u e t e n e r pena.
Nunca me negué a e s t a r en l a h u e l g a pero me s e n t í a mal d e h a c e r
tantas cosas.
Cuando b o t e á b a m s, vendíamos s o d a s o comida, muchas p e r s o n a s
n o s ayuaaban y n o s daban más v a l o r , n o s decPan que s i g u i é r a m o s a delante.
Otros nos d e c í a n :
"ya pbngdnse a t r a b a j a r " .
"locos y f l o j o s "
;Pero y a ves!
y nos g r i t a b a n
, esas
son personas d e
d i n e r o , p e r s o n a s que t i e n e n n e g o c i o s , y a has que n o l e s c o n v i e n e
que hagamos h u e l g a , en cambio l a g e n t e t r a b a j a d o r a , como n o s o t r o s ,
no dice eso, e l l o s siempre n o s apoyan.
A los t r e s d l a s nos empezamos a desanimar,
problema n o se i b a a resolver,
Eso cre€amos.
p a r e c í a que e l
Ai p r i n c i p i o t o d a s
creímos que e r a j u e g o , pero a l tercer d f a nos dimos c u e n t a que
137
e r a a l g o muy s e r i o y que cada d í a se p o n í a más d i f í c i l l a cosa.
Pasamos a s í c a s i como un mes y medio en l a h u e l g a .
¡Pero a f o r t u n a
-
damente s a l i m o s a d e l a n t e ! .
Como l a mayoría d e l a s que estábamos en l a h u e l g a éramos muhubo v a r i o s problemas con sus f a m i l i a s y con sus c o n o c i d o s
jeres
Una d e l a s muchachas que t r a b a j a b a con n o s o t r o s t i e n e s e i s
hijos.
mamá.
Con e l l a sólo v i v e n dos, l o s otros c u a t r o e s t á n con su
E l l a f u e una d e l a s personas que t r a b a j ó b a s t a n t e en l a
huelga p e r o a l a v e z ten4a un g r a v e problema porque no t e n í a
q u i é n l e c u i d a r a a l o s niños.
O t r a d e l a s c o s a s que se l e j u n t ó
es que l a c a s e r a l a q u i s o correr e l departamento donde v i v í a cuan_
do se e n t e r 6 que e s t a b a p a r t i c i p a n d o en l a huelga.
Y o creo que
d e b i ó de ser amiga d e l e m p r e s a r i o ,
s i no como t e e x p l i c a s que t e
corran d e t u c a s a p o r h u e l g u i s t a .
;Pues l a sacaron con t o d o y sus
cosas:
todos.
.
Expuso su problema e n e l s i n d i c a t o y l a ayudamos e n t r e
Una compañera l e ofreció su c a s a para que se f u e r a a v i -
v i r j u n t o c o n sus h i j o s .
Entre todos logramos ayudarla.
muy b i e n o r g a n i z a d o l a h u e l g a .
Estuvo
D e l d i n e r o que juntamos l e dábamos
a las p e r s o n a s d e l a f á b r i c a que más l o n e c e s i t a r a n .
Hubo unos que
n e c e s i t a b a n mas porque pagaban r e n t a , p a r a comprar m e d i c i n a s , etc.
Cuando f u e l a primera h u e l g a mis hermanos no e s t a b a n a q u í , v i v i e ndo conmigo, a s 5 que y o n e c e s i t a b a p o c o d i n e r o para mantenerme.
E l hecho d e que muchas d e l a s compañeras que p a r t i c i p a r o n en
l a huelga f u e r a n madres, c u c i t 6 muchos problemas, ya s e a porque
sus esposos no l a s d e j a r a n i r 6 porque t e n í a n que i r a t r a b a j a r
a otra f á b r i c a , o i n c l u s i v e hubo a l g u n o s que buscaron
143
t a e l mes d e febrero \ d e este año.
Cuando s e l l e g ó e l p l a z o de que
l a empresa nos d i e r a ese 5 por c i e n t o n o s pusimos en p l á t i c a con
ella,
pero
como
el
g o b i e r n o h a b l a a u t o r i z a d o un aumento
g e n e r a l d e s a l a r i o s mínimos y p r o f e s i o n a l e s d e l 33 por c i e n t o en
e n e r o de e s t e año, n o s o t r o s l e hicimos ver a l a empresa que e l 20
por c i e n t o que habfamos l o g r a d o en a g o s t o y e l 5 por c i e n t o que
n o s fban a d a r a p a r t i r d e febrero e r a menor q u e e l aumento que
había dado o f i c i a l m e n t e e l g o b i e r n o e n e n e r o .
Ehtonces n o s o t r o s
l e planteamos que n o f u e r a un 5 por c i e n t o s i n o que f u e r a un au-
mento de a l r e d e d o r d e l 15 o 2 0 por c i e n t o , estuvimos en p l á t i c a
c o n l a empresa y a c e p t d n u e s t r a p e t i c i b n , l a empresa d e t e r m i n ó
aumentarnos en febrero, e n p r i n c i p i o un 20 por c i e n t o a l o s compa
.- .
ñ e r o s que t u v i e r a n s a l a r i o s más b a j o s , y a s € h a s t a un 15 por
c i e n t o h a c i a a b a j o a l o s q u e t u v i e r a n s a l a r i o s más a l t o s ; cuando
ya habíamos l l e g a d o a e s a d e t e r m i n a c i ó n se v i e n e o t r a d e v a l u a c i b n ,
e n t o n c e s n o s o t r o s a l v e n i r s e l a d e v a l u a c i b n l e exigimos a l a empre
sa e l aumento d e l 3 0 por c i e n t o que fue l a d i s p o s i c i ó n de l a s aut o r i d a d e s f e d e r a l e s pero l a empresa se negó a d a r n o s ,
Nos d i j o que como y a n o s h a b f a dado,
-
h a s t a l l e g a r a l 3 0 por C i e n t o ,
s610 p o d f a c o m p l e t a r l o
Entonces d e f i n i t i v a m e n t e e l s i n -
d i c a t o n o estuvo de a c u e r d o con eso, porque ese 30 por c i e n t o se
d i 6 d e b i d o a l a d e v a l u a c i ó n y d e b i d o a l a b a j a d e l pdder a d q u i s i -
tivo d e l s a l a r i o ,
corn
l a empresa neg6
nuestra p e t i c i b q nos
vimos o b l i g a d o s a e m p l a z a r l a a h u e l g a , y además e s t a b a e l despido de l o s 50 compañeros.
Aprovechamos t a m b i é n n u e s t r o p l i e g o pe
-
t i t o r i o de h u e l g a para e x i g i r e l c u m p l i m i e n t o de varias c l a ú s u l a s
d e l c o n t r a t o colectivo que h a b í a n v e n i d o violando.,
L a s empresas d e c í a n que l o s 49 d e s p e d i d o s no e r a n c a u s a n t e d e
huelga porque habían s i d o d e s p e d i d o s a n t e s d e l emplazamiento d e
huelga.
E l l o s l o que q u e r l a e r a a c a b a r c o n nosotros e i n v e n t a r o n
W a s las fixmas posibles p a r a que nos d i v i d i e r a m o s o n o s d e s i n t e g r b r a -
mos. Cuando n o s o t r o s p r e s e n t a m s e l emplazamiento d e h u e l g a , 4 9 de
l o s 50 t o d a v í a n o e s t a b a n d e s p e d i d o s , pero, e l emplazamiento fui5
e l martes 1 3 d e a b r i l .
Además,como no íbamos a e x i g i r aumento d e s u e l d o s a b i e n d o
. q u e l a v e n t a de los B r o d u c t o s que -eSaboramos se h a c e en d ó l a r e s
y para e l l o s esto ha s i d o e l g r a n n e g o c i o p o r q u e l o s s a l a r i o s ,
que es e l p r i n c i p a l g a s t o p a r a e l l o s , l o hacen en p e s o s .
E f e c t i v a m e n t e , como comenta G a b r i e l a , l a s empresas e x t r a n g e r a s se vieron ampliamente b e n e f i c i a d a s c o n l a d e v a l u a c i ó n d e nuest r a moneda. A n t e s d e l a d e v a l u a c i 6 n S o l i d e v Mexicana p a r e c e que
pagaba a l r e d e d o r d e 22,000 d o l a r e s en su nómina; a p a r t i r d e l a
d e v a l u a c i 6 n d e f e b r e r o d e 1982
se encontraban pagando unicamente
12,000 d o l a r e s . A s l que l a d e v a l u a c i b n l e s ha t r a í d o g a n a n c i a s de
10,000 dolares semanarios,
además de sus impuestos, e l servicio de
agua, y l a e l e c t r i c i d a d que se pagan e n moneda n a c i o n a 1 , a s i como
otros servicios que se pagan d e l a misma manera;mientras que l o s
i n g r e s o s d e e s t a s empresas son e n d ó l a r e s ,
P o r eso e s que se d i c e
que l a d e v a l u a c i b n l ' f u e para e s t a s empresas e l g r a n n e g o c i o .
.
145
--Nosotros
nos vimos muy a f e c t a d o s p o r l a d e v a l u a c i ó n m i e n t r a s
4
k q u i en T i j u a n a y en t o d a l a
que p a r a e l l o s fue e l g r a n n e g o c i o .
f r o n t e r a , tenemos que comprar muchos
e s t á n marcados en d ó l a r e s .
productos americanos que
A r t í c u l o s de primera n e c e s i d a d .
Así
que c o n l a s d e v a l u a c i o n e s n o s h e m s v i s t o gravemente a f e c t a d o s ,
cada vez compramos menos p r o d u c t o s con e l mism d i n e r o , cada v e z
s o m s más p o b r e s l o s p o b r e s y más r i c o s los ricos.
Durante l a h u e l g a e l g e r e n t e t r a t o de d i v i d i r a l o s d e l s i n d i c a t o o f r e c i é n d o l e s d i n e r o y mejores s a l a r i o s c o n l a c o n d i c i ó n
A l o s d i e z d í a s d e haber i n i -
de que se s a l i e r a n d e l s i n d i c a t o .
c i a d o l a h u e l g a , l a Junta de C o n c i l i a c i d n y A r b i t r a j e nos l a declaró inexistente.
Todos nos tuvimos que p r e s e n t a r a t r a b a j a r y estábamos b i e n
desmoralizados.
Pensamos e n volver a emplazar a h u e l g a p e r o te-
n l a m s que p e n s a r l o muy b i e n porque s i no l a v o l v í a n a d e c l a r a r
i n e x i s t e n t e y s e r í a un duro g o l p e para todos n o s o t r o s .
~1g e r e n t e con ésto se s i n t i ó c o n mas poder Y n o s t r a t a b a
muy mal, t a n mal como cuando n o t e n f a m o s s i n d i c a t o .
Cada vez
es más despots con n o s o t r o s y se n i e g a a d i s c u t i r y a n e g o c i a r
las v i o l a c i o n e s a l c o n t r a t o colectivo de t r a b a j o .
Todos estamos preocupados pero se-mimos pensando e n que es
l o más c o n v e n i e n t e p a r a s a l i r a d e l a n t e y l o g r a r que por l o menos
i n d e m i c e n a n u e s t r o s compañeros
I
71prp)
146
La s i t u a c i ó n p a r e c í a e s t a r b i e n y l a s n e g o c i a c i o n e s mejorando. Más o menos e n t r e septiembre y o c t u b r e ( d e 1 9 8 2 ) empieza
e l p a t r ó n a s a c a r a l g u n a s másquinas de l a f’abrica.
?&I
esos d í a s
d i 6 l a c a s u a l i d a d que se i n c e n d i o l a p l a n t a , p e r o c u r i o s a m e n t e
sólo se quem6 e l a r c h i v o a d m i n i s t r a t i v o . En esos meses se d e s c u i d6 mucho l a l i m p i e z a d e l a empresa y p a r e c l a una bodega v i e j a .
A
t o d o s nos d i 6 ” m y m a l a e s p i n a ” que e l g e r e n t e no se p r e o c u p a r a
p o r l a p l a n t a como siempre l o h a b l a hecho. Nos empezamos a sospechar que q u e r í a n c e r r a r l a f ’ a b r i c a , a s € que decidimos montar
g u a r d i a s en l a s t a r d e s y e n l a s noches p a r a v i g i l a r que no se
l l e v a r a n más m’aquinas.
En noviembre a p r o v e c h a r o n que l a g u a r d i a n o e s t a b a p a r a
llevarse l a s msquinas d e l departamento d e V i n s o n , que s o n l a s
m”ac v a l i o s a s .
-
S e g u r o que n o s e s t a b a n v i g i l a n d o d e s d e hace tiempo
porque apenas se d e s c u i d a r o n l o s compañeros, y los hombres d e l
g e r e n t e sacaron l a s m’aquinas.
T o d o s crelms que ya n o n o s i b a n a d e j a r e n t r a r p o r q u e no
íbamos a t e n e r c o n que t r a b a g a r .
S i n embargo n o s d e j a r o n e n t r a r
s i n problemas y seguimos checando t a r j e t a , pero c a s i no hacíamos
nada a d e n t r o p o r q u e no t e n í a m o s con que t r a b a j a r .
Con todo y to-
-do n o s s i g u i e r o n pagando.
En esos d í a s e n que c a s i no t r a b a j b b a m s f u e un reportero
-seguramente c o n t r a t a d o por l a empresa- y e s c r i b i d un a r t z c u l o
donde d e c í a que n o t r a b a j a m o s .
Sac6 fotos de l a gente s i n h a c e r
nada. Toda e s a i n f o r m a c i ó n l a u t i l i &
en n u e s t r a c o n t r a s a b i e n d o
147
-
que n o s o t r o s no t r a b a j á b a m o s porque l a empresa no querña que
trabajáramos. Q u e r í a h a c e r creer a l a s personas de T i j u a n a que
éramos unos f l o j o s y que sdlo queríamos h a c e r l í o s y que e s t á bamos metidos e n p a r t i d o s de i z q u i e r d a .
Despugs d e unos d í a s , j u s t o cuando nos i b a n a pagar l a semana y e l a g u i n a l d o , no n o s d e j a r o n e n t r a r a l a f á b r i c a , l a e s t a ban cuidando unos ' g u a r d i a s '
d e l patr6n.
'
Los d e l a empresa n o s d i j e r o n que i b a n a a b r i r l a f á b r i c a
s i renunciaba n u e s t r o a s e s o r . E l c u a l n o s ayudd y l u c h d c o n noso-
t r o s desde l a f o r m a c i ó n d e l s i n d i c a t o . E l siempre f u e h o n e s t o y
democrático
.
Los g e r e n t e s d e c í a n que h a b í a i n f i l t r a c i ó n d e l PSüH e n l a
v i d a s i n d i c a l y que n u e s t r o a s e s o r e r a una m a l a i n f l u e n c i a y que
teníamos que q u i t a r l o s i queríamos mantener l a f u e n t e d e t r a b a j o .
Hicimos una j u n t a y e l miedo a perder e l t r a b a j o for26 a
que l a mayorfa d e l o s compañeros v o t a r a n por que se r e t i r a r a e l
asesor.
Fue g r a c i a s a n u e s t r o a s e s o r que logramos t a n t a s c o s a s en
e l s i n d i c a t o , todos l o a p r e c i a m o s y c o n f i a m o s en 61, p e r o e l miedo nos h i z o que muchos compañeros c r e y e r a n que su s a l i d a e r a l o
mejor.
-
Los p a t r o n e s n o s d i j e r o n que n u e s t r o a s e s o r d e b í a d e ser
de l a FROOI-CROC
-
y que n o s r e g i s t r b r a m s e n e s a c e n t r a l .
Corn
-
queríamos s o l u c i o n a r e l c o n f l i c t o n o s registramos y desput5s l a
CROC n o s recomendó que todo e l p e r s o n a l n o s a f i l i á r a m o s dl WU
d i c i e n d o que s i l o hacíamos de e s a forma c o n v e n c e r í a m o s a l o s
i n v e r s i o n i s t a s e n E s t a d o s U n i d o s de a b r i r nuevamente.
148
c6m e s p o s i b l e que n o s d i j e r a n que n o s a f i l i á r a m o s a l PRi
cuando n o s
habían
dicho-
unos d l a s a n t e s que sacáramos
a i a s e s o r para e v i t a r i n f i l t r a c i o n e s p o l í t i c a s ,
E l p r i m e r o d e febero d e este año c e r r a r o n d e f i n i t i v a m e n t e
l a f ' a b r i c a . Nos tomaron e l p e l o y l a medida, T o d o s estábamos desm o r a l i z a d o s , S e hablan unido e l Gobierno d e l E s t a d o , l o s p a t r o n e s
americanos y e l g e r e n t e mexicano, p a r a a c a b a r con n o s o t r o s .
ron todas l a s "trancas"
Hicie-
p o s i b l e s para acabar con e l sindicato.
Estuvimos p r e s i o n a n d o a C o n c i l i a c i ó n y A r b i t r a j e p a r a que
n o s indemnizaran y despu'es d e
e s t a r d í a y noche luchando nos =
-
d i e r o n sdlo e l 70 por c i e n t o d e l o que n o s c o r r e s p o n d í a . Esto
fie un logro pues l a empresa se h a b l a a f e r r a d o a n o p a g a r n o s naüds.
Hicimos una especie d e f i e s t a p a r a j u n t a r n o s t o d o s y p l a t i c a r d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a y p a r a d e s p e d i r n o s d e l o s que se i b a n
para e l otro l a d o a t r a b a j a r . T o d o s n o s s e n t i m o s b i e n t r i s t e s .
-
Tantos a ñ o s luchando y t r a b a j a n d o j u n t o s ; t o d a m i v i d a m e t i d a
a h f p a r a que un p e n d e j o l a c i e r r e i
. Todos
t e n í a m o s un nUdo que
se t e hace cuando t i e n e s c o r a j e y t r i s t e z a . S i n embargo hay a l go y e s i e m p r e n o s v a a mantener e n a l t o . T o d o s aprendimos y
-
n o s h i c i m o s p e r s o n a s c o n c i e n t e s . Ninguno d e l o s que e s t u v i m o s
e n e l s i n d i c a t o somos e l mismo d e a n t e s , a h o r a sabemos l u c h a r
y e x i g i r l o que n o s c o r r e s p o n d e ,
¡Ahora a ver donde t r a b a j a m o s ; .
Gabriela. a c t u a l m e n t e se e n c u e n t r a t r a b a j a n d o e n Los Ange-
les, C a l i f o r n i a . L a e x p e r i e n c i a que v i v i d en e l S i n d i c a t o S o l i dev nos i n v i t a a r e f l e x i o n a r sobre l a s p o s i b i l i d a d e s y l i m i t a -
\
1 49
--
c i o n e s d e l s i n d i c a l i s m o i n d e p e n d i e n t e e n México. Cabe seña-
l a r que a p e s a r d e que e s t e s i n d i c a t o f u e e l ú n i c o en su g é n e r o
en t o d a l a i n d u s t r i a m a q u i l a d o r a ; e x i s t e n s i t u a c i o n e s s i m i l a r e s
en todo e l p a í s ,
sólo que en d i f e r e n t e s ramas d e t r a b a j o .
En T i j u a n a l a t a s a d e s i n d i c a l i z a c i d n es m y b a j a :
5 por-
c i e n t o e n 1 9 7 9 . E x i s t e una s i t u a c i ó n d e c o n t r o l l a b o r a l y retroce-
so en las demandas d e l o s t r a b a j a d o r e s ;
-
c o n s t a n t e s despidos y
amenazas ( e x i s t e n c i a s de l i s t a s n e g r a s ) y e n l a c o n f o r m a c i ó n d e
todo un a p a r a t o o r g a n i z a d o que v a desde e l j e f e d e l í n e a , e l su-
pervisor y e l g e r e n t e , pasando por t o d a s l a s i n s t a n c i a s l a b o r a l e s
y l o s medios de comunicaci6n, e s t a s i t u a c i ó n a l l e v a d o a un
ciente
CQEL-
d e s c o n t e n t o d e l o s t r a b a j a d o r e s respecto a l o s s i n d i c a t o s ,
t a n t o o f i c i a l e s como i n d e p e f i d i e h t e s * .
Sin emabargo l a e s t r a t e g i a d e l s i n d i c a l i s m o i n d e p e n d i e n t e
est6 p r e s e n t e en l a s m a q u i l a d o r a s , pero l a m a y o r í a d e sus i n t e n tos no han t e n i d o buenos r e s u l t a d o s . L a s ú n i c a s e x p e r i e n c i a s que
l o g r ac.r o n c o n s o l i d a r s e f u e r o n l a s de C M S C E N T e n Z a c a t e c a c y l a
d e SOLIDEV MEXICANA en T i j u a n a .
**
A c t u a l m e n t e e s t a s dos ú n i c a s e x p e r i e n c i a han t e r m i n a d o d e
manera muy s i m i i a r .
Por l o que r e s p e c t a a l S i n d i c a t o S o l i d e v , es i m p o r t a n t e se-
ñ a l a r que aún cuando e l mayor p o r c e n t a j e de'obreros
en e s t a
-
p l a n t a l o c o n s t i t u f a n m u j e r e s , sólo un número pequeño d e e l l a s
p a r t i c i p a b a n en e l comité e j e c u t i v o y un m í n i n o p o r c e n t a j e en l a
política general.
f
**
Earrill& Jorge, "Cierre de p l a n t a s . L a c o n s e r v a c i ó n d e l emempleo l o p r i o r i r a t i o ? e n C r í t i c a P o l í t i c a , O c t . México,1982.
Ibidem,
150
Pocas f u e r o n l a s r e i v i n d i c a c i o n e s y demandas p r o p i a s de l a
mujer, con f r e c u e n c i a se o l v i d ó que l a s mujeres, con t o d a su
p r o b l e m d t i c a e s p e c f f i c a , t i e n e n n e c e s i d a d e s c o n c r e t a s que no
siempre c o i n c i d e n con l a s demandas t r a d i c i o n a l e s
.
S i n o se toma
en cuenta e s t a problemCitica ningún t i p o de o r g a n i z a c i ó n d e n t r o
d e l a s m a q u i l a d o r a s t e n d r á r e s u l t a d o s exitosos.
C u a l q u i e r p o l ,-f
tics y l í n e a o r g a n i z a t i v a que e x c l u y a Q n o tome en cuenta l o s i n
-
tereses y n e c e s i d a d e s de l a mayor p a r t e de sus i n t e g r a n t e s s e r á
inoperante.
Habrá e n t o n c e s que h a c e r demandas e s p e c í f i c a s por-
que l a s o c i e d a d además de e s t a r d i v i d i d a e n c l a s e s , l o e s t a tam
bi’en en s e x o s ,
-.
En t 6 r m i n o s g e n e r a l e s l a e x p e r i e n c i a a d q u i r i d a p o r l o s d i f e r e n t e s t r a b a j a d o r e s d e S o l o d e v t i e n e mucha i m p o r t a n c i a ya que a pesar de haberlos d e j a d o s i n empleo
-después de muchas l u c h a s d e s g a s t a n t e s -
han a p r e n d i d o mucho s o b r e l a o r g a n i z a c i ó n y el modo de e n f r e n t a r a los patrones,
Ahora estos t r a b a j a d o r e s pueden t r a n s m i t i r s u
e x p e r i e n c i a a otros en e l m e d i o donde se e s t a n d e s a r r o l l a n d o y
despertar e l i n t e r &
e i n q u i e t u d p o r l a o r g a n i z a c i d n como ú n i c a
v í a de enfrentar a l c a p i t a l .
151
CONCLUSIONES
Indudablemente que las historias de vida muestran un sin
número de elementos que merecerian un análisis cuidadoso por
su importancia para un estudio de la clase obrera.
Los rela-
tos de vida que se han presentado demuestran los pormenores a
los que se enfrentan, día con dia, las mujeres al haber sido
incorporadas a la vida productiva.
Lo primero que merece una atención en especial es el he-
cho de la fragmentación de los procesos productivos que le im
piden a cualquier obrera llegar a tener un conocimiento de la
totalidad del proceso mismo.
En otras palabras, independiente
-
mente de que una obrera permanezca en una planta maquiladora
por un lapso largo, ella nunca tendrá la oportunidad de adquirir el conocimiento y la.cualificación como mano de obra.
Por
ello, siempre será una mano de obra barata y con poca califica
ciÓn; sus posibilidades de ascenso en el tabulador de salarios
1
y categorias es casi totalmente imposible; su experiencia lab0
-
ral, en caso de abandonar o ser despedida y buscar otro empleo,
no es una carta de presentación buena, puesto que su trabajo
fue tan especializado que dificilmente, y a pesar de la habilidad obtenida, encuentre otro igual.
La misma especialización
del trabajo a la cual es sometida la mujer obrera nulifica en
gran medida, la creatividad y deshumaniza al trabajador al mis
mo tiempo que lo subyuga, oprime y enfrasca en un torbellino
152
eterno del trabajo sin fin.
Aunado a ésto, la obrera enfrenta cotidianamente la ines
tabilidad e inseguridad en el trabajo, la reducción absoluta
y relativa de su salario, el sometimiento a cargas y ritmos de
trabajo pesado como son el cumplir con cierto estandar de producción, el desempeño de tareas manuales y rutinarias que re/
sultan enajenantes por su propia monotonia, las condiciones
-
inadecuadas de seguridad y prevención de enfermedades y reglamentos absurdos para el trabajador que lo limitan hasta para ir al baño.
La abundancia de mano de obra en la frontera tijuanense
ha sido un factor decisivo para que las empresas maquiladoras
refinen cada dla su política de empleo.
De esta forma, los re
-
quisitos que deben de llenar las mujeres son cada vez mas nume
rosos: tienen que ser bonitas, jovenes, con certificado de pri
maria y demostrar una residencia permanente en Tijuana entre
otros muchos mSs.
Sin embargo, dependiendo de la rama de actividad de la in
dustria maquiladora que se trate, se puede encontrar variaciones en la estructura ocupacional típica;
asi hay empresas que
ofrecen emplea a mujeres mayores de 30 años, jefas de familia,
madres, solteras o casadas y sin haber concluido sus estudios
de primaria.
Estas mujeres por su situación social tienen ma-
yor responsabilidad econdmica y por lo tanto, mayor dependencia hacia el salario: estas condicionantes presionan a la mu-
153
jer obrera a que soporte cualquier tipo de condiciones laborales y a que dificilmente ptirticipen en un eventual.movimiento
reivindicativo de las obreras.
No obstante estas variaciones en la estructura ocupacio-
nal, el problema de la inestabilidad en el empleo persiste pre
cisamente por la tendencia de las empresas maquiladoras a sustituir a su mano de obra continuamente.
Esta política es tan
tenaz que el promedio de vida laboral de una mujer en la maqui
ladora
no excede
los cinco años.
Este hecho conlleva a una
gran elasticidad en el mercad; de trabajo al incorporar reguiarmente a nuevos elementos y eliminar a otros.
La eiastici-
dad conduce, asimismo, a un constante incremento en la tasa de
desempleo.
La industria maquiladora desplaza a las mujeres ma
-
yores de 25
-
30 años generalmente, y las sustituye por una PO
-
blacidn de mujeres jovenes de quienes se espera un mayor rendi
miento en el trabajo.
Esta rotación de trabajadoras se ha dado
gracias a la vasta reserva de fuerza de trabajo y al empeño de
las industrias maquiladoras en conformar un eje'rcito de reserva de mano de obra que puede ser utilizado o deshechado de
acuerdo a los intereses y necesidades de estas industrias.
Con el propósito de mantener el ejército de reserva, como
se ha observado en las historias de vida, las empresas maquila
- /
doras diseñan e implementan una serie de mecanismos y controles pol€tico-ideológicos que reafirman sus propias políticas
154
i
de empleo.
La mujer obrera en la maquiladora está convencida de haber sido contratada por sus habilidades, de la misma forma en
que sabe, perfectamente bien, que será reemplazada en un corto
plazo..
Las,relaciones obrera/patrdn, por otra parte, se encuentran envueltas en velos misteriosos y en donde el patrdn es un
dictador benévolo que puede incluso, jugar con ellas sexualmen
te.
La mujer obrera es asi concebida por el patrdn no unica-
mente como dócil, hábil, cuidadosa y paciente, sino también co
mo un objeto sexual.
conciente
A
pesar de ésto, la mujer obrera ha hecho
este rol que se le ha querido asignar, y en la
-
mayoria de l o s casos no conciente a ello aún cuando, este de
por
medio su trabajo el cual, usualmente, vino a buscar desde
tierras lejanas.
Finalmente, es necesario resaltar el carácter mundial que
con las industrias maquiladoras adquieren los procesos productivos y las dificultades que ésto entraña para la lucha obrera.
La presencia de las trabajadoras en las mesas de negociaciones,
cuando ésto llega a ocurrir, se diluye
al estar los procesos de
toma de decisones centralizados en las plantas matrices de estas plantas maquiladoras y , al tener Sstas, una autoridad discrecional limitada para el cambio de pollticas.
La lucha
--
obrera bajo estas condiciones se dificulta y su influencia, en
155
e l corto p l a z o ,
se ve mermada a l n o t e n e r en sus manos t o d a s
l a s e t a p a s de produccibn; esto es que de p a r a r s e l a s a o l i i v i d a d e s p r o d u c t i v a s se ponga en ''jaque"
a l a i n d u s t r i a . No obstan-
t e , l a i n t e r n a c í o n a l i z a c i b n de l o s p r o c e s o s p r o d u c t i v o s , d e l
c a p h t a l y de l a d i v i s i b n d e l t r a b a j o f u e r z a n a un mayor g r a d o
de c o n c i e n t i z a c i ó n p o l l t i c a d e l a c l a s e o b r e r a y a e x i g i r , co-
mo r e q u i s i t o i n d i s p e n s a b l e d e l a lucha o b r e r a , un cambio estruc
t u r a l d e l sistema econ6mico y p r o d u c t i v o e n s u t o t a l i d a d .
L a s mujeres d e l a s m a q u i l p Z o r a s comc p a r t e ?e uric c l a s e Sabordinada ocupan, t o d a v í a , un
e s p a c i o r e d u c i d o de autonomía e n e l
t r i p l e n i v e l de l a c o n c i e n c i a , o r g a n i z a c i ó n y m o v i l i z a c i ó n .
Sin
embargo, empiezan a s o c i a l i z a r sus problemas e s p e c l f i c o s como
miembros de una c l a s e y como m u j e r e s y a d e s c u b r i r que no e s t a n
cobas. D e manera f o r m a l e i n f o r m a l se empiezan a r e u n i r p a r a d i s -
c u t i r l a e x p l o t a c i b n d e l a que son objetos en l a s f á b r i c a s , d e l o s
daños comunes a l a salud de l a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o
, asi
como
de l a dominación q u e sufre por p a r t e d e l s u p e r v i s o r , d e l g e r e n t e ,
d e su marido y sus h i j o s .
Han encontrado e n t r e e l l a s mismas f o r m a s o r e d e s d e apoyo-que
muestra c i r t a o r g a n i z a c i ó n - p a r a matenerse en e l t r a b a j o . E n c o n t r a ms v a r i o s c a s o s d e mujeres que se j u n t a n para p a g a r l e e l mismo
sueldo que g a n a r í a e n una f á b r i c a a una-de sus compañeras mient r a s e s t a c u i d a l o s hijos de a q u e l l a s que a p o r t a n d i n e r o p a r a
c o m p l e t a r su s u e l d o
.. E s t a
e s una forma d e o r g a n i z a c i ó n que mues-
t r a l a p r o b l e m á t i c a e s p e c í f i c a de l a mujer.
Gran p a r t e de l a s l i m i t a c i o n e s que p r e s e n t a n l a s mujeres e n
cuanto n i v e l e s más amplios de o r g a n i z a c i ó n y m o v i l i z a c i ó n
156
Gran p a r t e de l a s l i m i t a c i o n e s que p r e s e n t a n l a s m u j e r e s e n
c u a n t o a n i v e l e s más amplios d e o r g a n i z a c i 6 n y m o v i l i z a c i ó n e s t a n
muy v i n c u l a d o s a eses c o n j u n t o de c o n t r a d i c c i o n e s que v i v e n y
se d e s a r r o l l a n e n cada una de l a s m u j e r e s obreras de l a s maqui-
ladoras
.
Por un lado e s t a n agradecidas y se s i e n t e n e n deuda c o n l a
empresa p o r haberles dado t r a b a j o :
"Quiz6 p a r e z c a que exagero,
pero cuando e n t r é a t r a b a j a r a l a m a q u i l a d o r a m r d i 6 una f e l i c i d a d
muy g r a n d e , como q u e m e h a b í a superado. Fue e l momento e n q u e n i o s
me e s c u c h o y cambi6 m i v i d a , M e pude o l v i d a r d e l o de a t r á s .
pero a l mismo tiempo,
esta
.
.I'
trabajadora n o s dice: " e n las
m a q u i l a d o r a s n o s e x p l o t a n mucho, todo e l s a n t o d í a n o s t i e n e n
t r a b a j a n d o t a n rápido como una maquina -y s i n ninguna p r o t e c c i ó n .
Las c o n d i c i o n e s son t a n malas que s e g u i d o n o s enfermamos y e n
c u a n t o ya no l e s servimos n o s c o r r e n c o n l a mano e n l a c i n t u r a .
...no
tenemos n i n g u n a g a r a n t í a , "
Esta e s l a g r a n c o n t a r d i c c i d n que perméa todos los ejemplos
a q u i e x p u e s t o s y que r e p r e s e n t a n a una buen sector d e l a p o b l a c i ó n
trabajadora de e s t a s i n d u s t r i a s m a q u i l a d o r a s .
APENDICE METODOLOGICO.
CEDULA DE HISTORIA LABORAL
1.
Nombre de l a empresa e n l a q u e p r e s t a s e r v i c i o :
2.
Domicilio d e l a empresa:
3.
A c t i v i d a d de l a empresa:
4.
Antigüedad de l a empresa:
5.
Nombre y l o c a l i z a c i 6 n de l a casa m a t r i z :
6.
Edad
9.
No.
e
7 . Sexo
S.
de h i j o s
10.
Edo. C i v i l
¿Dónde d e j a a sus h i j o s m i e n t r a s
trabaja ?
11. S i s u s h i j o s n o v i v e n c o n u d . ,
¿con q u i é n v i v e n ?
12.
¿A q u é edad t u v o a s u primer h i j o ?
13.
¿Hasta q u é grado c u r s o ?
14. ¿Ha tomado o t r o s c u r s o s o c l a s e s ?
15. ¿Cuánto tiempo?
16.
¿Por q u é d e j ó de e s t u d i a r ?
17. Lugar de n a c i m i e n t o : Estado
Pueblo
Ciudad
Rancho
-
18. ¿Cuánto tiempo h a vivido e n T i j u a n a ?
19.
¿9n ddnde creció?: E s t a d o
Pueblo
20. ¿Por qué v i n o a T i j u a n a ?
Rancho
Ciudad
21..
¿Con quien(es) se vino a Tijuana?
PARENTESCO
EDAD
22.
¿A
,
I
I
SEXO
OCUPACION. NIV.ESCOLAR
LUGAR
TRABAJO
L
I
qu6 edad comenzó a trabajar? (Hist.Ocupaciona1 de las migrantes)
¿DONDE?
¿DE QUE EDAD A QUE EDAD?
1
SALARIO
¿POR QUE SE SEPARO?
I
23.
Otros lugares donde haya residido por más de 6 meses.
24.
Ya en Tijuana, ¿Dónde y cuándo empezd a trabajar?
OCUPACION
LUGAR ,SAZARIO DURACION
1
ACT.PPAL.
25.
¿Cuánto tiempo piensa continuar trabajando?
26.
¿Cómo supo del empleo en las maquiladoras?
27.
¿A qué se dedica su papá?
LUGAR DE TRABAJO:
OCUPACION:
¿POR QUE CAMBIO?
I
28. ¿Su mamá? OCUPACION:
LUGAR DE TRABAJO :
29. ¿Su esposo o pareja?
LUGAR DE TRABAJO :
30. ¿Su(s) hijo(s)?
LUGAR DE TRABAJO:
OCUPACION:
OCUPACION: OCUPACION:
LUGAR DE TRABAJO:
31.
¿Cuánto tiempo lleva trabajando en la empresa (actual)?
32.
No. de trabajadores que laboran en esa maquiladora
33.
¿Cuántos hombres?
34.
¿Cuántas mujeres?
35,
Descripción del trabajo que realiza en la maquiladora
36.
Producción diaria (Standard)
37.
¿Cuánto gana por semana?
38.
¿Tiene
planta?
39. ¿La empresa donde trabaja está sindicalizada?
40 ,
¿Qué requisitos le pidieron para entrar a trabajar?
41.
¿Ha estado enferma o sufrido un accidente a causa del trabajo?
42.
Descripción del accidente:
43.
Tiempo de Incapacidad:
¿De qu8 tipo de prestaciones goza?
44,
,
I
¿Quiénes de los que viven con Ud. aportan dinero a la casa?
47.
¿CUANTO ?
¿CUANTO?
48.
¿Cómo distribuye Ud. su sueldo?
TRANSPORTE :
COMIDAS (FABRICA):
AHORRO/PRESTAMO PERSONAL:
CUANTO MANDA A SU CASA (si es migrante):
,
CUANTO DA A SU MAMA:
MANDADO :
49,
¿Cuánto gasta en lo siguiente?:
RENTA :
AGUA:
MUEBLES :
EDUC. NINOS:
DIVERSIONES :
-
LUZ :
GAS :
ROPA :
COMIDA:
SERVICIOS MEDICOS:
PASAJES O GASOLINA:
habitualmente después de su trabajo?
50.
i ~ u éhace
51.
¿Quién se encarga de hacer el aseo de la casa?
52.
¿Quién cocina?
¿Quién barre y sacude?
¿Quién va al mandado?
53.
¿Cuáles de las siguientes cosas tiene su casa?
¿Quién lava los trastos?
¿Quién lava la ropa?
BAN0 :
RADIO:
TELEFONO:
DRENAJE :
TOCADISCOS:
AGUA CALIENTE:
TELEVISION:
54.
¿Tiene Ud. automóvil propio?
55.
¿Participa en algún grupo u organización?
56.
¿Cuál es la función de este grupo?
57.
¿Qué piensa de las maquiladoras?
58.
¿Por qué cree Ud. que en las maquiladoras prefieren mujeres para
trabajar?
59.
¿Se reúne con sus compañeras(os) de la maquiladora fuera de las
horas de trabajo?
...
. . .
- ¿Para
qué
60.
¿Ha cambiado su vida desde que trabaja en la maquiladora?
61.
¿Cuáles son las ventajas y cuáles las desventajas de trabajar en
la maquiladora?
62.
¿En qué le gustaría trabajar dentro de 5 años?
63.
¿Cree que lo puede conseguir?
64.
¿En'qu& le gustaría que trabajaran sus hijos?
65.
¿Cómo se divierte los fines de semana?
66.
¿Cómo se divertía antes de entrar a trabajar en la maquiladora?
67.
Si tuviera dinero en este momento, ¿qué le gustaría hacer?
68.
¿En qué colonia vive?
OBSERVACIONES:
NOMBRE DE LA ENTREVISTADA:
DIRECCION:
GUION TEMATICO D E H I S T O R I A DE V I D A
-
-
-
Lugar de procedencia.
F e c h de nacimiento,
Actividad de l o s padres cuando Ego nació.
Situación económica de l a familia,
Características s o c i a l e s , económicas y culturales del lugar de origen.
Contexto familiar,
Número de miembros de l a familia.
Relación de l o s miembros de l a familia,
Tradiciones familiares.
Muertes y anécdotas familiares.
- E l papel de l a mujer en l a casa.
Perspectivas de vida, t a n t o de l o s miembros de l a f a m i l i a como de Ego.
Tipo de t r a b a j o y actividades que desempeñaba en su casa y en e l pueblo.
ciudad o rancho.
Conocimiento de l a vida en l a frontera.
Conocimiento! d e l a s maquiladoras.
-
Incorporación a l primer t r a b a j o . ( S i su primer t r a b a j o fue fuera d e l lugar de
origen, comenzar, en este caso, por l a migración)
.
Migración
causas de l a migración.
Razones por l a s que d e c i d i ó venir a Tijuana.
Dificultades del translado
imagen del lugar a donde i b a a l l e g a r .
perspectivas y sensaciones de l a migración.
Historia laboral antes de s e r obrera en l a s plantas maquiladoras.
Historia laboral dentro de l a s plantas maquiladoras.
Descripción d e l t r a b j o dentro de l a s maquiladoras,
Descripción de l o s d i s t i n t o s puestos de t r a b a j o dentro de l a s plantas
maquiladoras.
Por qué medio y cómo se enteró d e l t r a k a j o en l a s maquiladoras,
Que opinaba de l a s maquiladoras (antes de entrar a t r a k a j a r en e l l a s ) .
Lugar donde aprendió l a s actividades que en su t r a b a j o desempeña.
Tipo de contratación. (Firmas de contrato 1.
Requisitos que l e pidieron para entrar a t r a b a j a r en l a s maquiladoras,
Adaptación a l t r a b a j o .
Adaptación y problemas con l o s compañeros de t r a b a j o ,
Problemas que s e presentaron a l ingreso, (Superación de l o s problemas,
sensacíones) ,
Pensaba que e l t r a b a j o s e r í a pasajero?
P e n s a b a que s u vida i b a a cambiar a l entrar a t r a b a j a r a
l a s maquiladoras?
Qué v e n t a j a s y desventajas tuvo en su vida e l h a h r entrado
a trabajar a l a maquiladora.
Información sobre l a fuente de t r a b a j o .
Conocimiento d e l proceso de trabajo.
Conocimiento de l o que l a empresa produce.
Conocimiento d e l organigrama.
Conocimiento del mercado.
Materias primas e insumos ( l u g a r de procedencia, v o l h e n , etc.)
Importancia d e l establecimiento en r e l a c i ó n a o t r a s empresas (competencia),
.
-
-
-
patrón, dueño o p r o p i e t a r i o .
Niveles gerenciales
“sociales”,
P a r t i c i p a c i ó n y promoción d e a c t i v i d a d e s n o p r o d u c t i v a s ,
deportivas y recreativas,
Proceso d e t r a b j o .
C a l c u l a r l a jornada d e t r a Jornada d e t r a b a j o d i a r i a , semanal y mensual.
i a j o en h o r a s e f e c t i v a s a l a semana.
Horarios de t r a b a j o , h o r a r i o s d e comidas.
Sanciones,
Causas
T u n o s ( t r a b a j o s nocturnos y jornadas e x t r a o r d i n a r i a s , h o r a s e x t r a s .
rendimiento, remuneración problemas, f r e c u e n c i a s y v a r i a c i o n e s d e h o r a r i o por:
Departamentos.
V a r i a c i o n e s en l a i n t e n s i d a d d e l t r a b a j o .
Nuevas administraciones y/o o r g a n i z a c i ó n d e l t r a b a j o .
Rutina l a b o r a l d i a r i a .
Transporte hogar-trabajo-hogar.
Medios u t i l i z a d o s .
Duración.
Costo. ’
Sanciones por l l e g a r tarde.
P r e l i m i n a r e s de t r a b a j o ; (chechar, cambio de r o p a , preparar máquina, revisar
herramienta o t r a b a j o acumulado d e l d í a a n t e r i o r . )
Descripción d e l t r a b a j o .
por f r a c c i o n e s y t a r e a s r e a l i z a d a s .
E s t a b i l i d a d y v a r i a c i o n e s de e s t a s .
Por r e s p o n s a b i l i d a d e s y o b l i g a c i o n e s .
D e quién se r e c i b e que, y en que estado, qué se l e hace con l a ayuda d e qué o
quién (máquinas herramientas), a quién se l e e n t r e g a para que se l e haga qué.
D i f i c u l t a d e s y problemas en l a jornada d e t r a b a j o . (Soluciones). Nonotonfa,
r i e s g o s , cansancio, agotamiento, t e d i o , etc.
Pensamientos durante l a jornada. A c t i t u d e s .
E x i s t e n c i a de otros t r a b a j a d o r e s que r e a l i z a n l a misma operación ,
Competencia por e l t r a b a j o .
Estandard d e producción. Aumentos, disminución. T r a b a j o por banda, l í n e a o
i n d i v i d u a l . Determinación d e l nÚmero d e p i e z a s que se r e a l i z a n en e l d í a .
Maquinaria y t e c n o l o g í a .
Herramientas y máquinas u t i l i z a d a s en l a unidad p r o d u c t i v a .
Herramientas y máquinas u t i l i z a d a s en e l departamento,
Herramientas y máquinas u t i l i z a d a s por e l t r a l i a j a d o r .
Uso de bandas transportadoras, r i e l e s u otro instrumento p a r a a c e l e r a r e l
trabajo ,
Máquinas desechadas.
Causas e v o l u c i ó n t e c n o l ó g i c a .
Qui&, cuándo y dónde se dá. Mantenimiento, l i m p i e z a y / o r e p a r a c i ó n a l a s
quinas. Cómo se transmite ese conocimiento
Quién r e a l i z a e l t r a b a j o . Sexo,
calificación,
Propiedad de l a s herramientas de t r a b a j o .
Percepción sobre l a e v o l u c i ó n t é c n i c a y su r e p e r c u s i ó n en e l t r a h j o .
i n v e n t o s de l o s traliajadores.
Relaciones de l o s t r a b a j a d o r e s d e l a maquila.
T i p o d e r e l a c i o n e s d e las o b r e r a s con e l l a s mismas.
T i p o de r e l a c i o n e s d e l a s o b r e r a s con sus s u p e r i o r e s .
T i p o de r e l a c i o n e s d e l a s o h r e r a s con s u s compañeros hombres.
T i p o de r e l a c i ó n d e l a s o b r e r a s con sus s u p e r i o r e s hombres.
V i d a f u e r a d e l a maquila.
A c t i v i d a d e s r e a l i z a d a s a n t e s o después d e l t r a h j o d e l a maquila.
Descripción de l a doble jornada de t r a b a j o .
Horas d e t r a b a j o en e l hogar.
Actividades r e c r e a t i v a s
T i p o de diver siÓn, g a s t o s d e d i v e r siÓn
D i s t r i b u c i ó n d e l sueldo.
Organización de l o s t r a b a j a d o r e s .
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Programa d e i n d u s t r i a l i z a c i ó n f r o n t e r i z a .
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Proarama
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"'Maquiladoras y t r a n s n a c i o n a l e s ,I' Cuader
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L a c u e s t i ó n femenina y l a l u c h a c o n t r a e l
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