la unión europea como un estado comunitario. una perspectiva

LA U N I Ó N EUROPEA COMO U N ESTADO
COMUNITARIO. UNA PERSPECTIVA JURÍDICA
GABRIELA QUINTANILLA
MENDOZA
INTRODUCCIÓN
F O R M A D E O R G A N I Z A C I Ó N D E L A C O N V I V E N C I A P O L Í T I C A que
llamamos
Es-
tado, c o n c e p t u a l i z a d o p r i m e r o c o m o E s t a d o m o d e r n o y p o s t e r i o r m e n t e
c o m o E s t a d o c o n s t i t u c i o n a l , h a i d o e v o l u c i o n a n d o c o n e l paso de los a ñ o s ,
p a r t i c u l a r m e n t e a p a r t i r de l a c r e a c i ó n de l a C o m u n i d a d E c o n ó m i c a E u r o p e a ( C E E ) e n 1957 y de los a c o n t e c i m i e n t o s e c o n ó m i c o - p o l í t i c o s acaecidos
desde l a d é c a d a de los setenta: l a crisis p e t r o l e r a , e l d e s p l o m e d e l b l o q u e
socialista y l a e m e r g e n c i a d e l n e o l i b e r a l i s m o . Estos sucesos, que m o d i f i c a r o n e l m a p a p o l í t i c o existente, h a n d a d o l u g a r a l a i m p e r i o s a n e c e s i d a d de
pensar en la reconceptualización del Estado.
L a C E E fue establecida c o m o u n a o r g a n i z a c i ó n s u p r a n a c i o n a l , a través
de tratados e c o n ó m i c o - c o m e r c i a l e s q u e p e r m i t i e r o n activar la e c o n o m í a y
p r o m o v e r l a s e g u r i d a d . S u i n s t i t u c i ó n , sobre l a base de l a l i b r e c i r c u l a c i ó n
de m e r c a n c í a s , servicios, capital y personas, facilitó l a e l i m i n a c i ó n de los
i m p u e s t o s a d u a n a l e s y l a i m p l a n t a c i ó n de p o l í t i c a s de i n t e r c a m b i o y comerciales c o m u n e s .
Estos tratados e c o n ó m i c o - c o m e r c i a l e s i m p l i c a r o n u n c a m b i o sustancial
e n la c o n f o r m a c i ó n de los estados, al r o m p e r s e u n o de los p r i n c i p i o s fundamentales de l a s o b e r a n í a c o m o u n t o d o , es d e c i r , a l c e d e r los estados m i e m bros parte de é s t a a l a C E E p a r a l a p r o t e c c i ó n de los intereses c o m u n e s .
E n e l c o r t o p l a z o , l a C E E e v o l u c i o n ó ; se e s t a b l e c i e r o n instituciones estructurales q u e h a n p e r m i t i d o , p o r u n l a d o , o t o r g a r certeza y, p o r otro - a l
garantizar l a salvaguarda de los d e r e c h o s h u m a n o s y f u n d a m e n t a l e s de los
estados m i e m b r o s - , asegurar l a c o o r d i n a c i ó n de l a p o l í t i c a e x t e r i o r y l a
c r e a c i ó n de u n m e r c a d o c o m ú n .
Estos c a m b i o s p o s i b i l i t a r o n e n t o n c e s a g r e g a r a los e l e m e n t o s j u r í d i c o s
y e c o n ó m i c o s existentes e n l a C o m u n i d a d E u r o p e a - c o m o se d e n o m i n ó
e n l a d é c a d a de los s e t e n t a - otros de c a r á c t e r p o l í t i c o y social que l a fortalecieron.
Foro Internacional 179, XLV, 2005 (1), 115-135
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E n esa m i s m a d é c a d a , los c a m b i o s p o l í t i c o s y sociales que se exper i m e n t a r o n e n e l m u n d o afectaron a l a C o m u n i d a d E u r o p e a ; de a h í l a
i m p o r t a n c i a de fortalecer e l m e r c a d o e u r o p e o y, a l modificarse e l m a p a
p o l í t i c o , d e c o n s i d e r a r e l c r e c i m i e n t o y l a f o r m a de ayudar a los nuevos
países emergentes e n el marco d e l m u n d o occidental.
L a crisis e c o n ó m i c a se s u p e r ó m e d i a n t e e l p l a n p a r a l a c r e a c i ó n d e u n
f o n d o d e c o o p e r a c i ó n m o n e t a r i a e u r o p e a , m i s m o q u e s e n t ó las bases p a r a
e l p o s t e r i o r establecimiento d e l a U n i ó n E c o n ó m i c a y M o n e t a r i a .
P o r o t r o l a d o , l a c a í d a d e l m u r o de B e r l í n , l a u n i f i c a c i ó n a l e m a n a y
p o s t e r i o r m e n t e e l d e s m e m b r a m i e n t o d e l a U n i ó n d e R e p ú b l i c a s Socialistas S o v i é t i c a s c a m b i a r o n e l p a n o r a m a d e l a CEE, a l e m e r g e r nuevos estados
q u e necesitaban estabilidad social, e c o n ó m i c a y p o l í t i c a . Esta s i t u a c i ó n , q u e
i m p l i c ó a s u vez e l deseo d e r e u n i r E u r o p a d e l Este y E u r o p a O c c i d e n t a l ,
p r o p i c i ó q u e , e n e n c u e n t r o s i n t e r g u b e r n a m e n t a l e s , se analizaran las formas d e a p o y o a estas nuevas entidades.
T r e s a ñ o s d e s p u é s , m e d i a n t e e l T r a t a d o d e M a a s t r i c h t , se sustituyó l a
d e n o m i n a c i ó n de C o m u n i d a d E u r o p e a p o r l a d e U n i ó n E u r o p e a (UE). " E l
T r a t a d o d e l a U n i ó n E u r o p e a , q u e e n t r ó e n v i g o r e l I o de n o v i e m b r e d e
1993, fija a los estados m i e m b r o s u n p r o g r a m a a m b i c i o s o : [la] u n i ó n m o n e t a r i a d e a q u í a 1999, nuevas p o l í t i c a s c o m u n e s , c i u d a d a n í a e u r o p e a ,
p o l í t i c a e x t e r i o r y de s e g u r i d a d c o m ú n , y s e g u r i d a d i n t e r i o r . " 1
Este p r o c e s o c o n t i n u o d e i n t e g r a c i ó n y e v o l u c i ó n p r o p o r c i o n ó a l a UE
e l e m e n t o s p a r a pensar e n l a c r e a c i ó n d e u n o r d e n a m i e n t o f u n d a m e n t a l
q u e sustentara su existencia j u r í d i c o - p o l í t i c a .
C o m o resultado de e l l o , se o b t u v o u n tratado c o n s t i t u c i o n a l q u e , d e
a p r o b a r s e , p e r m i t i r á l a c o n s o l i d a c i ó n de l a UE, a d e m á s de d o t a r l a d e elem e n t o s p a r a erigirse c o m o u n a n u e v a f o r m a d e E s t a d o : u n Estado c o m u n i tario, c o n las c a r a c t e r í s t i c a s d e u n E s t a d o f e d e r a l p e r o t a m b i é n d e u n a
o r g a n i z a c i ó n s u p r a n a c i o n a l , q u e se i n t e g r a p o r e s t a d o s - n a c i ó n soberanos.
E l E s t a d o c o m u n i t a r i o es u n a f o r m a d e E s t a d o sui generis que n o se e n c u e n t r a e n l a t e o r í a d e l E s t a d o o q u e haya s i d o p e n s a d o h i s t ó r i c a m e n t e ,
p e r o q u e h o y es u n a r e a l i d a d .
CAUSAS D ELA TRANSFORMACIÓN DEL ESTADO
L a crisis p e t r o l e r a de 1973 d e s e n c a d e n ó u n a e n o r m e c a n t i d a d d e desequil i b r i o s c o m e r c i a l e s y financieros q u e d i e r o n l u g a r n o s ó l o a l e n d e u d a m i e n 1
Pascal Fontaine, "Documentación europea. Lecciones sobre Europa", España [26-032004], http://europa.eu.int/comm/publications/booklets/eu_glance/12/txt_es.htm#10
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to de m u c h o s p a í s e s , sino t a m b i é n al e s t a n c a m i e n t o e c o n ó m i c o d e l desar r o l l o m u n d i a l , c u a n d o los precios d e l p e t r ó l e o se d i s p a r a r o n de f o r m a
exagerada.
L o s a c o n t e c i m i e n t o s p o l í t i c o s que m á s r e p e r c u t i e r o n e n e l p r e c i o d e l
c r u d o f u e r o n l a g u e r r a d e l Y o m K i p u r y l a c a í d a d e l S h a de I r á n . R e s p e c t o
de l a p r i m e r a , m i e n t r a s las s u p e r p o t e n c i a s l l e g a b a n a u n a c u e r d o p a r a l a
paz, los p a í s e s de l a O r g a n i z a c i ó n de P a í s e s E x p o r t a d o r e s de P e t r ó l e o
(OPEP) u t i l i z a r o n c o m o m e d i o de p r e s i ó n , p a r a q u e é s t a se alcanzara, l a
m o d i f i c a c i ó n d e l p r e c i o d e l b a r r i l de p e t r ó l e o - c a s i se d u p l i c ó - , l a reducc i ó n de l a p r o d u c c i ó n de c r u d o entre 15 y 2 5 % y l a r e t e n c i ó n d e l e n v í o de
p e t r ó l e o a los p a í s e s q u e estaban a p o y a n d o a Israel. T r e s meses d e s p u é s , e l
p r e c i o d e l b a r r i l e r a c u a t r o veces m a y o r y, p a r a 1979, su costo se h a b í a
multiplicado por once.
Las c o n s e c u e n c i a s se o b s e r v a r o n c u a n d o l a e c o n o m í a de los p a í s e s se
v i o afectada p o r e l i n c r e m e n t o i n f l a c i o n a r i o ; e l p r o d u c t o i n t e r n o b r u t o
fue negativo e n l a m a y o r í a de ellos y e l d e c r e c i m i e n t o de l a p r o d u c c i ó n i n dustrial y e l d e s e m p l e o r e s u l t a r o n i n m i n e n t e s .
E n c u a n t o a l a s e g u n d a , e l e x i l i o d e l S h a de I r á n y l a r e v o l u c i ó n islámic a que d e j ó a l aya tola J o m e i n i a cargo d e l p a í s c o l a p s o l a p r o d u c c i ó n y dist r i b u c i ó n de p e t r ó l e o y p o r tanto e l costo d e l m i s m o .
P a r a r e s p o n d e r a esta crisis y a l a p r o b l e m á t i c a creciente, los p a í s e s
r e a l i z a r o n diferentes acciones hasta q u e , e n e l T r a t a d o de l a R o n d a de
U r u g u a y , c e l e b r a d o e n 1993, se r a t i f i c a r o n los a c u e r d o s referidos a u n a red u c c i ó n i m p o r t a n t e de los aranceles a d u a n e r o s y b a r r e r a s comerciales, con o c i d o s c o m o G e n e r a l A g r e e m e n t o n Tariffs a n d T r a d e (GATT) e n l a
W o r l d T r a d e O r g a n i z a t i o n (WTO),* cuya finalidad fue l o g r a r que las relaciones c o m e r c i a l e s y e c o n ó m i c a s p e r m i t i e s e n a l c a n z a r niveles de v i d a m á s
altos, q u e se i n c r e m e n t a r a e l e m p l e o c o n u n i n g r e s o r e a l y que se obtuvier a el a c r e c e n t a m i e n t o de l a p r o d u c c i ó n y d e l i n t e r c a m b i o de p r o d u c t o s .
A p r i n c i p i o s de l a d é c a d a de los n o v e n t a , c o m o c o n s e c u e n c i a de las
necesidades insatisfechas y d e l l i m i t a d o c a m p o de i n v e r s i ó n e n u n m u n d o
capitalista d e t e r i o r a d o , o c u r r i ó l a c a í d a d e l m u r o de B e r l í n y tras ello l a
u n i f i c a c i ó n a l e m a n a , m á s l a d e s i n t e g r a c i ó n d e l b l o q u e soviético, sucesos
que m a r c a r o n e l t r i u n f o de l a d e m o c r a c i a y e l m e r c a d o c o m o m e c a n i s m o s
de c o o r d i n a c i ó n y a p o y o entre los p a í s e s .
L a i m p l a n t a c i ó n de l a perestroika e n 1989, c o m o u n a f o r m a de l o g r a r el
uso m á s a p r o p i a d o de los m e d i o s e c o n ó m i c o s de l a URSS, a través de l a elim i n a c i ó n d e u n a b u r o c r a c i a ineficaz y de l a p a r t i c i p a c i ó n de l a s o c i e d a d
* G A T T , Acuerdo General sobre Aranceles Aduaneros y Comercio;
Mundial de Comercio.
WTO,
Organización
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p a r a activar l a e c o n o m í a , fue e l p r i n c i p i o d e l fin d e l b l o q u e socialista y l a
apertura hacia Occidente.
E n m u y p o c o t i e m p o , l a perestroika d e s e m b o c ó e n u n a r e f o r m a p o l í t i c a
q u e se d e n o m i n ó glásnost, c o n s i d e r a d a s u c o m p l e m e n t o , y q u e se p u e d e
definir c o m o u n a actitud de buena voluntad gubernamental para lograr l a
t r a n s p a r e n c i a y u n debate abierto q u e p e r m i t i e r a c a m b i a r l a s i t u a c i ó n ,
c u a n d o las decisiones p o l í t i c a s i m p o r t a n t e s e r a n tomadas p o r los f u n c i o n a r i o s d e l P o l i t b u r ó . E l m o m e n t o decisivo, q u e a m p l i ó c o n s i d e r a b l e m e n t e
e l c o n t e n i d o d e l a glásnost, fue l a c a t á s t r o f e n u c l e a r de C h e r n o b i l , p o r q u e
a c e l e r ó l a l i b e r a l i z a c i ó n d e los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n , l o q u e a su vez facilitó l a c o n f r o n t a c i ó n p o l í t i c a .
A p a r t i r d e entonces, los c a m b i o s e n l a URSS, tanto e n s u r é g i m e n i n t e r n o c o m o h a c i a e l e x t e r i o r , se s u c e d i e r o n e n cascada, d e tal m a n e r a q u e
se c r e ó u n a f o r m a de g o b i e r n o p a r l a m e n t a r i o p a r t i c u l a r , y e l p a í s e m p e z ó
a participar e n la e c o n o m í a de mercado occidental.
L a e m e r g e n c i a d e l n e o l i b e r a l i s m o s u m i n i s t r ó e l e m e n t o s p a r a alcanzar
u n d e s a r r o l l o m u n d i a l m á s estable. E r a l ó g i c o p e n s a r q u e n o todos los p a í ses estaban p r e p a r a d o s p a r a i n t e g r a r l o a su modus vivendi, c o m o h a sucedid o c o n otras p o l í t i c a s , c o m o e l new deal, d e s p u é s d e l crash d e 1929; s i n
e m b a r g o , fue u n m o v i m i e n t o q u e d i o l u g a r a u n a nueva d i n á m i c a e c o n ó m i c a . " E l objetivo f u n d a m e n t a l d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a , s e g ú n las o r i e n t a c i o n e s neoliberales, es p r o p i c i a r e l f u n c i o n a m i e n t o flexible d e l m e r c a d o
e l i m i n a n d o todos los o b s t á c u l o s q u e se levantan a l a l i b r e c o m p e t e n c i a . " 2
E l n e o l i b e r a l i s m o r e a l i z ó u n a c r í t i c a a l E s t a d o de bienestar q u e , a partir d e l a crisis p e t r o l e r a , h a b í a p e r d i d o s u f u n c i o n a l i d a d . Se caracteriza,
a q u é l l a , p o r e l e s t a b l e c i m i e n t o d e u n a serie d e l i n c a m i e n t o s q u e e l i m i n a n
l a p a r t i c i p a c i ó n y e l c o n t r o l d e l m e r c a d o p o r parte d e l Estado, a s í c o m o
p o r l a defensa d e l m e r c a d o c o m o f o r m a ú n i c a p a r a r e g u l a r l a e c o n o m í a .
D e l a m a n o d e l n e o l i b e r a l i s m o e m e r g i ó l a g l o b a l i z a c i ó n , p r o c e s o tend i e n t e a r e d u c i r las fronteras e c o n ó m i c a s , t e c n o l ó g i c a s y sociales, y a facilitar
la l i b r e c i r c u l a c i ó n de m e r c a n c í a s c o m o parte f u n d a m e n t a l d e l desarrollo de
los p a í s e s . L a g l o b a l i z a c i ó n c o n v i r t i ó e l m u n d o e n u n espacio d o n d e "mercad o d e capitales, p r o d u c t o s y servicios, g e r e n c i a y t é c n i c a s d e f a b r i c a c i ó n se
t o r n a n globales p o r naturaleza. Resultado: las empresas v e n q u e d e b e n c o m p e t i r cada vez m á s a través d e l m u n d o e n t e r o e n e l global marketplace"?
2
Jesús A. Bejarano, "¿Qué es el neoliberalismo? Su significado en la historia de las ideas
y en la economía", Bogotá, Banco de la República, Biblioteca Luis Angel Arango, y Biblioteca
Virtual, Colombia [20-07-2004],
http://w\\n\7.banrep.gov.co/blaavirtual/credencial/9102.htm
3
Armand Mattelart, "Utopía y realidades del vínculo global. Para una crítica del
tecnoglobalismo", Revista Diálogos de la Comunicación,
núm. 50, 1997, p. 12.
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D e a c u e r d o c o n S c h o l t e , l a g l o b a l i z a c i ó n p u e d e ser d i v i d i d a e n varias
á r e a s s e g ú n l a r e a l i d a d a l a q u e se refiera. Así es p o s i b l e h a b l a r de l a global i z a c i ó n i n t e r n a c i o n a l , l a relativa al c r e c i m i e n t o de las transacciones y l a
i n t e r r e l a c i ó n de los p a í s e s ; de l a g l o b a l i z a c i ó n c o m o l i b e r a c i ó n , q u e es u n
p r o c e s o p a r a r e m o v e r las l i m i t a c i o n e s impuestas al l i b r e c o m e r c i o entre
los p a í s e s , c o n l a i d e a de crear u n a e c o n o m í a m u n d i a l a b i e r t a y sin fronteras; de l a g l o b a l i z a c i ó n c o m o u n i v e r s a l i z a c i ó n , que es u n p r o c e s o de disp e r s i ó n de objetivos y e x p e r i e n c i a s dirigidas a l a gente de t o d o e l m u n d o ;
de la g l o b a l i z a c i ó n c o m o o c c i d e n t a l i z a c i ó n , e n d o n d e estructuras sociales
m o d e r n a s , c o m o el c a p i t a l i s m o , i n d u s t r i a l i s m o , r a c i o n a l i s m o o e l urbanism o se d i s e m i n a n p o r e l m u n d o d e s t r u y e n d o las culturas preexistentes y l a
libre d e t e r m i n a c i ó n .
Sin e m b a r g o , estas á r e a s h a n existido siempre de m a n e r a i n d e p e n d i e n te, p o r l o q u e , p a r a h a b l a r realmente de g l o b a l i z a c i ó n , se d e b e c o n s i d e r a r los
f e n ó m e n o s de c o n e x i ó n transplanetaria y s u p r a t e r r i t o r i a l que se e s t á n presentando e n l a sociedad actual y que p e r m i t e n a las personas ser m á s capaces
-física, legal, c u l t u r a l y p s i c o l ó g i c a m e n t e - p a r a tratar entre s í . 4
L a g l o b a l i z a c i ó n n o s ó l o a f e c t ó l a esfera e c o n ó m i c a s i n o otros m u c h o s
aspectos que c o n f o r m a n u n n u e v o o r d e n m u n d i a l , al m o d i f i c a r s e los p a r á metros sociales, culturales, laborales y p o l í t i c o s ; l a p a u t a esencial fue d a d a
p o r la e c o n o m í a .
L a g l o b a l i z a c i ó n , a su vez, p r o v o c ó que e l E s t a d o territorialista que
e m e r g i ó d e l pacto social, c o m o u n a o r g a n i z a c i ó n t e n d i e n t e a r e g u l a r las
actividades sociales p a r a alcanzar el b i e n c o m ú n , s u f r i e r a u n a transformac i ó n que se h a i n t e n s i f i c a d o c o n el s u r g i m i e n t o de las o r g a n i z a c i o n e s n o
gubernamentales.
N o m e n o s i m p o r t a n t e h a sido l a f r a g m e n t a c i ó n social. L a e m e r g e n c i a
de grupos (locales-nacionales-regionales-supranacionales),
resultado de l a
g l o b a l i z a c i ó n , tiene p o r fin n o s ó l o rescatar l a i d e n t i d a d , sino t a m b i é n lograr la i n t e g r a c i ó n de é s t a a los m e r c a d o s i n t e r n a c i o n a l e s . L o s i n d i v i d u o s se
o r g a n i z a r o n e n sus localidades a través de grupos c o m u n a l e s p a r a satisfacer
sus necesidades, g r u p o s q u e , e n e l c o r t o p l a z o , s e n t a r o n las bases de u n a
nueva p a r t i c i p a c i ó n c i u d a d a n a r e t o m a d a p o r los g o b i e r n o s p a r a i m p u l s a r
la d e m o c r a c i a , c o m o i n s t r u m e n t o p o l í t i c o que l e g i t i m a r a su a c t u a c i ó n .
4
"People Become More Able -Physically, Legally, Culturally, and Psychologically- to
Engage with Each Other in 'One World'": Jan Sholte, "Globalization. An Introduction", cit.
por Leslie Pal y Tatyana Teplova, "Domain Games: Global Governance of the Internet", en
Lynn Oliver y Larry Sanders, E-Government Reconsidered: Renewal of Governance for the Knowledge
Age, University of Regina, Canadian Plains Research Center, 2004 [11-08-2004],
www.carleton.ca/spa/Publication/Pal%20Teplova%20chapter%203.pdf
120
GABRIELA
QUINTANILLA
FI XLV-l
Es importante destacar que la globalización forma parte de la globalidad. Esta última implica:
[L] a existencia de una sociedad mundial que comprende la totalidad de relaciones sociales que no están bajo control de los estados nacionales, con características de pluralidad, de diferencias y no integración. U n a sociedad sin centro, sin
gobierno mundial, con elementos diferenciados[...], no es una supersociedad
que contiene a todas las nacionales, sino un ente complejo, caracterizado por la
multiplicidad, la multidimensionalidad y la falta de integrabilidad, cuyas partes y
procesos interactúan en permanente comunicación. [...] la globalización es u n
proceso que tiene lugar dentro del contexto de la globalidad, donde interactúan
los estados con actores trans, sub e internacionales en procura de sus respectivos
objetivos políticos, militares, económicos, sociales, ecológicos y culturales, generando múltiples redes de relaciones y espacios sociales. 5
La crisis petrolera afectó por igual a los países de la Comunidad Europea, al poner fin al periodo de crecimiento económico que prevaleció durante casi 20 años, y propiciar el desempleo, la inflación y la crisis de
sectores industriales, factores que determinaron el cambio fundamental
de la economía y el desarrollo de la Comunidad. 6
El Consejo Europeo -órgano de la Comunidad Europea- propuso un
plan para la creación de un fondo de cooperación monetaria. Este plan
dio la pauta para los trabajos que permitirían una década después el establecimiento de la Unión Económica y Monetaria.
Asimismo, la Comunidad Europea diseñó una política en materia
energética común, a través de la cual se desasoció el crecimiento económico y el consumo energético.
Algunos países de la Asociación Europea de Libre Comercio ( A E L C )
decidieron formar parte de la Comunidad Europea y por primera vez se
amplió el número de estados miembros, al integrarse Dinamarca, Irlanda
y el Reino Unido mediante tratados de adhesión.
La creación del Sistema Monetario Europeo, que entró en vigor a
principios de 1979, contribuyó a la estabilización de las relaciones cambia5
Carlos Moneta, " L a dimensión cultural de la globalización: una perspectiva desde los
estados-nación", en Daniel Mato et al. (coords.), América Latina, en tiempos de globalización. II,
Cultura y transformaciones sociales, pp. 177; Apud Migdalia Pineda, "Globalización, tecnologías
de la información y diversidad cultural: homogenización vs. diferencias", Revista Latina de
Comunicación Social, L a Laguna (Tenerife), a ñ o 5, núm. 51, junio-septiembre de 2002 [6-082004], http://www.ull.es/publicaciones/latina/2002junio5105migdalia.htm
6
Juan Carlos O c a ñ a , " L a U n i ó n Europea: el proceso de integración y la ciudadanía
europea. E l Tratado de R o m a y la evolución de la CEE (1957-1986)", M a d r i d [28-03-2004],
http://clio.rediris.es/udidactica/traroma.htm
ENE-MAR 2005
L A UNIÓN EUROPEA COMO U N ESTADO
COMUNITARIO
121
rías, y c o n este sistema se p r e t e n d i ó usar e n todos los p a í s e s u n a m o n e d a
ú n i c a d e n o m i n a d a " e c u " , p e r o l a C o m u n i d a d E u r o p e a t o d a v í a n o se e n contraba preparada para ello.
P a r a m e d i a d o s de l a d é c a d a de los o c h e n t a , l a i n t e g r a c i ó n e u r o p e a fue
p e n s a d a de m a n e r a diferente: se e m p e z a r o n a desarrollar políticas c o m u n e s 7
p a r a a t e n d e r u n a m p l i o r a n g o de aspectos: a g r i c u l t u r a , pesca, c u l t u r a , e d u c a c i ó n , m e d i o a m b i e n t e , e n e r g í a , transporte, c o m b a t e a l a d i s c r i m i n a c i ó n ,
s e g u r i d a d , c o n s u m o , c o m p e t e n c i a y p o l í t i c a social, entre otros, t e n d i e n t e s
a l f o r t a l e c i m i e n t o de l a o r g a n i z a c i ó n c o m u n i t a r i a .
I g u a l m e n t e , e n u n a r e u n i ó n c u m b r e llevada a cabo e n P a r í s , se a u t o r i z ó l a c e l e b r a c i ó n de e l e c c i o n e s directas al P a r l a m e n t o E u r o p e o , y se acord ó crear e l F o n d o E u r o p e o de D e s a r r o l l o R e g i o n a l , a s í c o m o l a U n i ó n
E c o n ó m i c a y M o n e t a r i a . D e esta m a n e r a , l a C o m u n i d a d E u r o p e a se e m p e z ó a c o m p o n e r p o r e l e m e n t o s diferentes de los c o r r e s p o n d i e n t e s a l a
e c o n o m í a de m e r c a d o .
C o n e l d e s p l o m e d e l b l o q u e socialista, l a C o m u n i d a d E u r o p e a e x p e r i m e n t ó u n a n u e v a m o d i f i c a c i ó n , a l e m p e z a r a idearse l a f o r m a de i n t e g r a r
E u r o p a d e l Este y E u r o p a O c c i d e n t a l ; a d e m á s , e n r e u n i o n e s i n t e r g u b e r n a m e n t a l e s , se a n a l i z a r o n las m e d i d a s de apoyo q u e se p r o c u r a r í a a estas
entidades.
L a g l o b a l i z a c i ó n es u n f e n ó m e n o de g r a n i m p o r t a n c i a p a r a e n t e n d e r
e l c a m b i o e n l a c o n c e p t u a l i z a c i ó n d e l Estado. E l E s t a d o r í g i d o q u e preval e c i ó d u r a n t e 30 a ñ o s e s t á e v o l u c i o n a n d o h a c i a formas m á s flexibles de org a n i z a c i ó n , q u e establecen u n a a s o c i a c i ó n entre los diversos niveles de
p o d e r : supraestatales, r e g i o n a l e s y locales, d e n t r o d e l m a r c o d e l m e r c a d o
i n t e r n a c i o n a l , e n e l q u e las fronteras s o n superadas p o r las r e l a c i o n e s de
intercambio económico.
D e m á s e s t á s e ñ a l a r q u e estos c a m b i o s h a n sido a m p l i a m e n t e criticados
p o r los analistas, d a d a l a c o m p l e j i d a d que representa pensar e n u n a n u e v a
f o r m a de Estado. Y a se h a b í a destacado q u e n o todos los estados e n t r a r o n a l
m i s m o t i e m p o e n e l n e o l i b e r a l i s m o y p o r tanto e n l a g l o b a l i z a c i ó n , t a m p o c o
r e a c c i o n a r o n de l a m i s m a m a n e r a ante estos f e n ó m e n o s . S i n e m b a r g o , todos
los estados h a n t e n i d o q u e alinearse a las p o l í t i c a s de c a m b i o .
Esta a f i r m a c i ó n h a c e i n d i s p e n s a b l e pensar e n e l p r o c e s o h i s t ó r i c o y e n
l a l ó g i c a . E n t o d o t i e m p o , los seres h u m a n o s h a n s e g u i d o e l c o m p o r t a m i e n t o de las m a y o r í a s p a r a n o q u e d a r f u e r a d e l t o d o e n a c c i ó n y de las
sinergias q u e e l l o i m p l i c a .
7
La política común implica principios uniformes y normas conjuntas aplicables a todos
los estados miembros de la CEE, con el objeto de lograr la unión y ayuda mutua con respecto
a algún problema internacional.
122
GABRIELA
QUINTANILLA
FI
XLV-1
Esta e v o l u c i ó n d e l E s t a d o c o n d u c e a p r e g u n t a r s e hasta d ó n d e s e r á posible que los actuales estados p i e r d a n o m o d i f i q u e n su s o b e r a n í a y d e n l u gar a u n a n u e v a f o r m a q u e e m e r j a c o m o resultado d e l a i n t e g r a c i ó n y q u e
p u e d e d e n o m i n a r s e E s t a d o c o m u n i t a r i o , e l c u a l va a r e q u e r i r n o s ó l o de l a
a d o p c i ó n d e l a d e m o c r a c i a c o m o f o r m a de g o b i e r n o , s i n o de m o d i f i c a r todas las a t r i b u c i o n e s , c o m p e t e n c i a s e i n s t i t u c i o n e s , c o n f o r m e a los c a m b i o s
globales m u n d i a l e s , m o d i f i c a n d o a l a vez e l m a r c o j u r í d i c o q u e l o r e c o n o z c a y facilite su c o n s o l i d a c i ó n .
H o y se p u e d e a f i r m a r que l a g l o b a l i z a c i ó n h a d a d o o r i g e n a l a e m e r g e n cia d e l E s t a d o s u p r a n a c i o n a l , e n e l c u a l se presenta de f o r m a taxativa l a trasf r o n t e r i z a c i ó n y p o r tanto e l i n t e r c a m b i o de bienes, servicios, capital, tecnol o g í a e i n d i v i d u o s q u e se e x t i e n d e p o r t o d o e l m u n d o , entre los diferentes
p a í s e s , d á n d o s e u n a m a y o r a p e r t u r a y u n m a y o r c o n t a c t o entre é s t o s .
A h o r a b i e n , l a i n t e g r a c i ó n d e los p a í s e s , q u e d a paso a l a c o n s t r u c c i ó n
d e á m b i t o s de p o d e r supraestatales, es e l i n s t r u m e n t o j u r í d i c o - p o l í t i c o q u e
e m p i e z a a c o n f o r m a r a este n u e v o sistema estatal, e l c u a l , si b i e n se v a
creando alrededor de l a e c o n o m í a , busca la f o r m a de integrar la política,
la sociedad y la cultura.
Esta e v o l u c i ó n n o h a sido i n s t a n t á n e a , se h a l l e v a d o casi 50 a ñ o s , p e r o
¿ c u á n t o t i e m p o t a r d ó e n c o n f o r m a r s e e l E s t a d o m o d e r n o ? N o p u e d e desecharse f á c i l m e n t e e l c a m b i o g l o b a l q u e se v i e n e d a n d o ; a l m e n o s e n E u r o p a , éste se e n c u e n t r a bastante avanzado.
U N A NUEVA FORMA DE ESTADO
P a r a p l a n t e a r esta n u e v a f o r m a d e l Estado, p r i m e r o d e b e definirse l o que se
e n t i e n d e p o r Estado. M u c h o s autores h a n e x p l i c a d o s u o r i g e n y c o n f o r m a c i ó n , p o r tanto, s o n t a m b i é n m u c h a s las d e f i n i c i o n e s y c o n t e n i d o s d e l mism o , d e p e n d i e n d o de l a clase de estudio de que se trate; e n este caso, n o se i n tenta r e p e t i r n a d a de l o ya d i c h o , s i m p l e m e n t e se e x p r e s a q u e e l Estado es l a
o r g a n i z a c i ó n d e l a s o c i e d a d bajo u n o r d e n a m i e n t o j u r í d i c o que es s u fund a m e n t o y d e l c u a l se d e s p r e n d e r á su s o b e r a n í a , su estructura, su f o r m a d e
g o b i e r n o y su sistema l e g a l , es d e c i r , l a C o n s t i t u c i ó n . " [ U ] n a e s t r u c t u r a c i ó n
realizada p o r l a a c c i ó n h u m a n a d e l espacio g e o g r á f i c o : l a z o n a de ejercicio
d e u n p o d e r p o l í t i c o [... ] es l a v o l u n t a d e x p r e s a d a p o r u n g r u p o social [...],
l a que c r e a las c o n d i c i o n e s p a r a l a i n s t a u r a c i ó n d e esta f o r m a de organización social".8
8
Roland Ricci, "Les enjeux du droit constitutionnel contemporain", Reveu de l 'actualité
juridique française. Chroniques de Droit Constitutionnel, abril de 2001 [28-03-2004],
http://www.rajf.org/article.php3?id_article=62
ENE-MAR 2005
LA UNIÓN EUROPEA COMO UN ESTADO COMUNITARIO
123
A través d e l Estado l a s o c i e d a d a c e p t a l a existencia d e p o d e r e s e instit u c i o n e s q u e r i g e n su c o m p o r t a m i e n t o . E n u n Estado existen e l e m e n t o s
clave q u e le d a n sustento: C o n s t i t u c i ó n y sistema legal, s o b e r a n í a , s o c i e d a d
y territorio.
Constitución
y sistema legal
E n d e r e c h o p ú b l i c o i n t e r n a c i o n a l , e l E s t a d o existe c o m o ente t e r r i t o r i a l
s o b e r a n o , e n d o n d e l a l i b r e a u t o d e t e r m i n a c i ó n d e los p u e b l o s es esencial.
E s t a figura, q u e e m e r g i ó c o n e l n o m b r e d e E s t a d o m o d e r n o y h a s u f r i d o
diversos c a m b i o s c o m o r e s u l t a d o d e los avances p o l í t i c o s , sociales y e c o n ó m i c o s , prevalece c o n e l n o m b r e d e E s t a d o c o n t e m p o r á n e o . S i n e m b a r g o ,
h o y surge l a d u d a respecto d e l a c o n f o r m a c i ó n d e u n Estado c o n características diferentes q u e se e s t á d e l i n e a n d o c o n l a UE.
L a UE es u n a e n t i d a d s u p r a n a c i o n a l - c r e a d a o r i g i n a l m e n t e p o r seis
m i e m b r o s , a l a c u a l h a n p o d i d o a c c e d e r otros estados q u e h a n c u m p l i d o
c o n las c o n d i c i o n e s estipuladas p o r l a p r o p i a e n t i d a d - sustentada n o s ó l o
e n tratados y o r d e n a m i e n t o s j u r í d i c o s , sino e n l a v o l u n t a d de p a r t i c i p a c i ó n y c o l a b o r a c i ó n p o r parte d e sus m i e m b r o s , p o r l o q u e se c o n s i d e r a
u n a figura n o estatal q u e ejerce f u n c i o n e s estatales a través d e l ejercicio
del poder público supranacional.9
L a UE, c o m o o r g a n i z a c i ó n c r e a d a a p a r t i r d e l a i n t e g r a c i ó n y c o o p e r a c i ó n d e sus m i e m b r o s , es u n a a m a l g a m a d e E s t a d o y n o Estado, d e l o federal y l o supranacional, que cuenta c o n l a voluntad de l a sociedad y e l
sustento j u r í d i c o q u e se e m p i e z a a f o r m a l i z a r d e m a n e r a m á s c o n t u n d e n t e
c o n l a C o n s t i t u c i ó n E u r o p e a , q u e si b i e n n o tiene las c a r a c t e r í s t i c a s d e
u n a c o n s t i t u c i ó n c o m o tal, sino d e u n tratado, sí p r e t e n d e realizar las func i o n e s d e é s t a , es d e c i r , l o g r a r l a c o n s o l i d a c i ó n p o l í t i c a d e l ente q u e se h a
d e n o m i n a d o Estado comunitario.
H a s t a a h o r a , e l p a c t o f e d e r a l q u e c o m p r e n d í a l a r e n u n c i a d e los estados a u n a parte d e su s o b e r a n í a p a r a d a r l u g a r a u n n u e v o Estado, h a sido
l a ú n i c a f o r m a d e c o n c e b i r l a e x i s t e n c i a d e u n a c o n s t i t u c i ó n o d e u n gob i e r n o u n i d o . P e r o si l a UE se h a c o n f o r m a d o m e d i a n t e u n pacto c o m u n i t a r i o , se h a r á n e c e s a r i o d e f i n i r este n u e v o c o n c e p t o y analizar hasta d ó n d e
es viable l a c r e a c i ó n d e u n E s t a d o c o m u n i t a r i o q u e tiene c o m o a n t e c e d e n -
9
Thomas Schmitz, "Una nueva forma de organización: la unión supranacional", capítulo
2 de La integración en la unión supranacional. El modelo europeo del proceso de integración geo-regional
y sus implicaciones jurídicas y teóricas, Universidad de Vigo, Badén Badén, 2001 [11-08-2004],
http://www.jura.uni-goettingen.de/schmitz/SupranUnion/Resumen-2.htm#_ftnref22
124
GABRIELA
QUINTANILLA
FI
XLV-1
te e l f e d e r a l i s m o , l a u n i ó n de estados s o b e r a n o s p a r a l a c r e a c i ó n de o t r o ,
c o n s i d e r a d o a su vez Estado soberano.
A p a r t i r de l a c r e a c i ó n de l a C o m u n i d a d E u r o p e a c o m o u n c o n j u n t o d e
n a c i o n e s u n i d a s p o r acuerdos p o l í t i c o s y e c o n ó m i c o s , c o n f o r m a d a p o r sus
p r o p i a s instituciones, c o n p e r s o n a l i d a d j u r í d i c a , c a p a c i d a d legal y represent a c i ó n e n e l p l a n o i n t e r n a c i o n a l , e i n d u d a b l e p o d e r - d e r i v a d o de l a c e s i ó n
de u n a parte de l a s o b e r a n í a que realizaron los estados m i e m b r o s , así c o m o de
u n a parte d e su sistema l e g a l - , se h a b l a d e l d e r e c h o c o m u n i t a r i o . 1 0
Este d e r e c h o c o m u n i t a r i o c o n f o r m a e l sistema l e g a l q u e h a o t o r g a d o
sustento j u r í d i c o , p r i m e r o a l a C o m u n i d a d E u r o p e a y, a h o r a , a l a UE.
Esta r a m a d e l d e r e c h o r e g u l a las r e l a c i o n e s e n t r e las instituciones d e
l a UE y los g o b i e r n o s d e los p a í s e s m i e m b r o s , a través d e o r d e n a m i e n t o s
q u e t i e n e n efectos v i n c u l a n t e s c o n respecto a los estados y sus nacionales,
l o q u e le asegura a a q u é l l a p r o t e c c i ó n j u r í d i c a .
T r e s p r i n c i p i o s b á s i c o s : paz, l i b e r t a d y s o l i d a r i d a d , p e r m i t e n c o n f o r m a r u n E s t a d o d e d e r e c h o sustentado p o r e l d e r e c h o p r i m a r i o , q u e se i n tegra p o r : a) los tratados d e l a UE q u e h a n d a d o l u g a r a su existencia y
c o n s o l i d a c i ó n : P a r í s , R o m a , M a a s t r i t c h , A m s t e r d a m y N i z a , y las actas asim i l a d a s q u e c o m p o n e n los p r o t o c o l o s y c o n v e n c i o n e s a n e x o s a d i c h o s tratados; b) e l d e r e c h o d e r i v a d o c o n s t i t u i d o p o r las actas adoptadas p o r las
i n s t i t u c i o n e s , y c) e l d e r e c h o s e c u n d a r i o q u e r e p r e s e n t a n los acuerdos externos e n t r e l a UE y p a í s e s n o m i e m b r o s , estados m i e m b r o s y d e é s t o s c o n
terceros, e n e l m a r c o d e los tratados.
L o s tratados s o n los i n s t r u m e n t o s j u r í d i c o s d e c a r á c t e r i n t e r n a c i o n a l
q u e d a n sustento a los pactos sobre materias e s p e c í f i c a s , aceptados p o r los
estados p a r t i c i p a n t e s , q u e c r e a n d e r e c h o s y o b l i g a c i o n e s , p u d i e n d o o n o
r e q u e r i r d e a c u e r d o s p a r a su a p l i c a c i ó n y q u e s o n j u r í d i c a m e n t e v i n c u l a n t e s . 1 1 L o s tratados d e l a UE e s t a b l e c i e r o n i n s t i t u c i o n e s dotadas d e d e r e c h o s
s o b e r a n o s c u y o e j e r c i c i o afecta a los estados m i e m b r o s y a sus habitantes.
Véase Sentencia Costa-Enel. Asunto 6/64. 15/07/1964, Costa/ E N E L , en Francisco Javier
Matía, Derecho constitucional, Universidad de Valladolid. Materiales obtenidos de la página del
Tribunal de Justicia de las Comunidades Europeas, http://europa.eu.int/cj/ . @TJCE, 2001
[14-08-2004], http://www.der.uva.es/constitucional/verdugo/principios_articulacion.html
11
"La expresión tratado abarca todos los instrumentos vinculantes del derecho
internacional, los cuales tienen características comunes y se rigen por las mismas normas. En
consecuencia, las convenciones, los acuerdos, los protocolos y los canjes de cartas o notas
pueden todos ellos constituir tratados. Los acuerdos internacionales son los acuerdos considerados menos formales, y que se ocupan de una gama más restringida de temas. Los
acuerdos típicos están relacionados con la cooperación económica, cultural, científica y
técnica". Véase Biblioteca del Congreso, "Legislación", República de Chile [25-03-2004],
http://www.bcn.cl/pags/legislacion/contenido_tratados.htm
10
ENE-MAR 2005
I_A UNIÓN EUROPEA COMO UN ESTADO COMUNITARIO
125
L o s a c u e r d o s entre estados m i e m b r o s y terceros c o n f o r m a n tratados
constitutivos q u e n o s ó l o se s u b o r d i n a n a los anteriores, sino q u e prevalec e n sobre las actas d e d e r e c h o d e r i v a d o y los a c u e r d o s entre los estados
miembros.
E l d e r e c h o d e r i v a d o se constituye p o r los actos j u r í d i c o s q u e r e a l i z a n
las i n s t i t u c i o n e s de l a UE a l aplicarse los tratados c o n f o r m e a los p r o c e d i m i e n t o s , p u d i e n d o ser actos q u e c r e a n o n o o b l i g a c i o n e s j u r í d i c a s a sus
destinatarios.
A s i m i s m o , se c o m p l e m e n t a c o n l a C a r t a d e los D e r e c h o s F u n d a m e n t a les q u e se a n e x ó a l a C o n s t i t u c i ó n , a través d e l a c u a l se i n t e n t a garantizar
a l a c i u d a d a n í a sus d e r e c h o s .
P o r o t r o l a d o , p a r a q u e este sistema t e n g a f u e r z a se r e q u i e r e e l f u n d a m e n t o j u r í d i c o e l e m e n t a l , d e l c u a l se d e s p r e n d a e l sistema legal, esto es, l a
Constitución.
L a UE, e n u n esfuerzo p o r d a r m a y o r c o h e s i ó n a s u estructura, e l a b o r ó
u n a carta f u n d a m e n t a l d e n o m i n a d a C o n s t i t u c i ó n E u r o p e a .
U n a constitución, entendida c o m o la n o r m a suprema, implica l a
t r a n s f o r m a c i ó n d e las i n s t i t u c i o n e s q u e e n e l l a se r e g u l a n y s i e m p r e es e l
p r i n c i p i o d e l o r d e n j u r í d i c o i m p e r a n t e e n l a o r g a n i z a c i ó n social q u e l a
p r o m u l g a . Se p u e d e d e c i r q u e s u e s t r u c t u r a b á s i c a se c o m p o n e d e los derechos fundamentales, de l a división d e l p o d e r - e n t e n d i d a como distribuc i ó n f u n c i o n a l - y d e los m e c a n i s m o s d e c o n t r o l . 1 2
D e a c u e r d o c o n los estudiosos e n l a m a t e r i a , u n a c o n s t i t u c i ó n d e b e ser
s e n c i l l a , c l a r a y concisa; d e b e n integrarse e n e l l a todos los aspectos j u r í d i c o s ,
p o l í t i c o s , e c o n ó m i c o s y sociales q u e afectan e l c o m p o r t a m i e n t o de u n Estad o , d a d o q u e es e l i n s t r u m e n t o q u e p e r m i t e m a n t e n e r e l c o n t r o l y d e f i n i r e l
c o m p o r t a m i e n t o d e los i n d i v i d u o s q u e c o m p o n e n esta o r g a n i z a c i ó n .
N o existe u n m o d e l o d e c o n s t i t u c i ó n e s p e c í f i c o , s u e l a b o r a c i ó n se suj e t a a ciertos aspectos h i s t ó r i c o s d e c o n f o r m a c i ó n social o a los factores
reales d e p o d e r ; s i n e m b a r g o , e n u n a c o n s t i t u c i ó n se d e b e plasmar, p o r u n
l a d o , los valores q u e d e t e r m i n a n e l actuar d e l E s t a d o y, p o r o t r o , los sujetos destinatarios d e esa n o r m a . A u n a s í , se p u e d e d e c i r q u e u n a c o n s t i t u c i ó n h a d e c u m p l i r c o n ciertas c a r a c t e r í s t i c a s :
• C o n s i s t e n c i a n o r m a t i v a , esto es, q u e las n o r m a s c o n t e n i d a s e n e l l a
n o d e b e n c o n t r a d e c i r s e e n t r e sí n i d a r l u g a r a lagunas o espacios d e interp r e t a c i ó n , a m é n d e ser c o h e r e n t e s c o n las necesidades sociales.
12
Carla Huerta, "Constitución y diseño institucional", Boletín Mexicano de Derecho
Comparado, I I J / U N A M , núm. 99, 1999, http://www.juridicas.unam.mx/publica/rev/boletin/
cont/99/art/art3.htm#N9 [01-04-2004].
126
GABRIELA
QUÍNTAMELA
FI
XLV-1
• S e l e c c i ó n n o r m a t i v a , que describe l a e l e c c i ó n de n o r m a s esenciales
q u e f a c i l i t e n l a l e c t u r a y e n t e n d i m i e n t o de l a s o c i e d a d , s i n mayores p r e á m b u l o s o r e c a r g a de ideas iguales referidas a otras n o r m a s d e l m i s m o documento.
A h o r a b i e n , e l d o c u m e n t o p r e s e n t a d o c o m o p r o y e c t o de C o n s t i t u c i ó n
E u r o p e a es u n tratado c o n s t i t u c i o n a l a través d e l c u a l se p r e t e n d e s u p l i r
los tratados constitutivos, p o r l o que n o c u m p l e c o n estas c a r a c t e r í s t i c a s de
m a n e r a c o n c l u y e n t e . P a r a e l l o p r o b a b l e m e n t e se r e q u i e r a a m p l i a r el c o n c e p t o de E s t a d o o d e f i n i r su n u e v a f o r m a , d a d o que ya n o se h a b l a de u n
m e r c a d o c o m ú n , sino de l a existencia de a u t o r i d a d e s dotadas de u n p o d e r
y c o m p e t e n c i a s e s p e c í f i c o s que o t o r g a n a l a s o c i e d a d g a r a n t í a s . "Esta
C o n s t i t u c i ó n es e n efecto u n ' T r a t a d o C o n s t i t u c i o n a l ' l l a m a d o a sustituir a
los T r a t a d o s precedentes ( R o m a , M a a s t r i t c h , A m s t e r d a m , N i z a ) , a excepc i ó n d e l T r a t a d o E u r a t o m que c o n s e r v a r á su a u t o n o m í a j u r í d i c a e n r a z ó n
d e l a o p o s i c i ó n de las vertientes a l e m a n a s y a u s t r í a c a s de su i n t e g r a c i ó n e n
la Constitución E u r o p e a . " 1 3
L o m á s destacado de este d o c u m e n t o es q u e p u e d e d a r - d e p e n d i e n d o
d e las t r a n s f o r m a c i o n e s g l o b a l e s - l a p a u t a p a r a l a c r e a c i ó n de u n a n u e v a
figura de E s t a d o que c u e n t e c o n u n a v e r d a d e r a c o n s t i t u c i ó n , es d e c i r , c o n
u n i n s t r u m e n t o que c o n t e n g a las c a r a c t e r í s t i c a s esenciales m e n c i o n a d a s .
L a t r a n s i c i ó n a u n E s t a d o c o m u n i t a r i o c o n f o r m e c o n los p r i n c i p i o s
d e l E s t a d o de d e r e c h o r e q u i e r e i n e l u d i b l e m e n t e que l a m a y o r í a de los
m i e m b r o s e s t é n de a c u e r d o n o s ó l o e n l a e l a b o r a c i ó n de l a C o n s t i t u c i ó n ,
s i n o e n su a p l i c a c i ó n .
E l debate a l r e d e d o r de l a C o n s t i t u c i ó n d e b e r á mostrar interés p o r l a
n u e v a c o n d i c i ó n p o l í t i c a que se e s t á p r e s e n t a n d o e n E u r o p a , tendiente a
crear u n a n u e v a f o r m a de Estado basada e n u n a a s o c i a c i ó n de estados soberanos que f u n c i o n e a través de l a p a r t i c i p a c i ó n c i u d a d a n a y el respeto a los
d e r e c h o s fundamentales. Esto significa que e l análisis de todos los elementos
d e l Estado es esencial p a r a l o g r a r u n E s t a d o a c o r d e c o n l a r e a l i d a d actual.
C o m o dice J ü r g e n Habermas: " E u r o p a no puede tomar forma en la conciencia de los c i u d a d a n o s s i m p l e m e n t e e n l a figura de l a m o n e d a ú n i c a . " 1 4
L o s a c u e r d o s p r o p u e s t o s p o r los estados m i e m b r o s p u e d e n servir p a r a
observar q u e l a n u e v a f o r m a de E s t a d o n o e s t á m u y lejos. P o r su l a d o , e l
g o b i e r n o a l e m á n h a p r o p u e s t o u n E s t a d o f e d e r a l d o n d e l a p r e s e n c i a de
13
Maxime Lefebvre, La Constitution Européenne: une brève analyse", Institute Français des
Relations Internationales, noviembre de 2003,
http://www.ifri.org/files/europe/ML_PB_Constitution.pdf [2-04-2004].
14
Jürgen Habermas, "Por qué Europa necesita una Constitución", New Left Review,
versión en español, Madrid, 23 de junio de 2003, p. 6 [08-10-2004],
http://www.newleftreview.net/PDFarticles/Spanish/NLR24501.pdf
u
ENE-MAR 2005
L A UNIÓN EUROPEA COMO U N ESTADO
COMUNITARIO
127
i n s t i t u c i o n e s centrales de c a r á c t e r p r i v a d o y n o p ú b l i c o sea significativa, es
d e c i r , l a p r e s e n c i a de u n p o d e r c e n t r a l q u e p e r m i t a l o g r a r u n m e j o r c o n t r o l d e m o c r á t i c o . P o r su parte, el g o b i e r n o f r a n c é s c o n s i d e r a que l a UE deb e r á consistir e n u n a c o o p e r a c i ó n entre los estados a l a m a n e r a d e l
f e d e r a l i s m o , sin desaparecer l a figura d e l E s t a d o - n a c i ó n , ya que, de h e c h o ,
é s t o s c o n s e r v a n su p o d e r , l o que p e r m i t i r á a r m o n i z a r las p o l í t i c a s n a c i o n a les. " D e u n a parte, el m o d e l o a l e m á n , p r o p u e s t o p o r e l c a n c i l l e r S c h r ó d e r
y basado e n u n a E u r o p a federal, a i m a g e n de A l e m a n i a , c o n u n sistema
i n s t i t u c i o n a l integrado. D e otra, e l m o d e l o f r a n c é s o 'Jospin', que a b o g a
p o r u n a F e d e r a c i ó n de E s t a d o s - N a c i ó n q u e c o n j u g u e e l ideal federativo
c o n l a r e a l i d a d de los E s t a d o s - N a c i ó n . " 1 5
E n a m b o s casos debe considerarse q u e l a UE va m á s allá de l o c o n o c i d o hasta e l m o m e n t o , p o r l o que c u a l q u i e r a de las dos figuras d e b e r e p e n sarse p a r a d a r lugar a l a f u n d a c i ó n de u n a f o r m a n u e v a de Estado.
U n a c a r a c t e r í s t i c a que n o debe pasar i n a d v e r t i d a e n esta C o n s t i t u c i ó n es
que trae consigo n o s ó l o l a s e p a r a c i ó n de c o m p e t e n c i a s nacionales y regionales, sino t a m b i é n l a p o s i b i l i d a d de que las c o m p e t e n c i a s supranacionales vay a n d e s p l a z a n d o p o c o a p o c o las nacionales. Este h e c h o p u e d e fortalecer e l
estatus de los ciudadanos europeos y p r o v o c a r que e n el corto plazo los p o d e res J u d i c i a l y Legislativo nacionales, así c o m o l a a d m i n i s t r a c i ó n y sus instituciones, se c o n v i e r t a n p a r c i a l m e n t e e n instituciones europeas.
Soberanía
L a s o b e r a n í a consiste e n l a l i b e r t a d q u e t i e n e n los estados para d e t e r m i n a r
l a f o r m a de g o b i e r n o e n el i n t e r i o r de su t e r r i t o r i o - a u t o d e t e r m i n a c i ó n - ,
p a r a fijar las n o r m a s a las cuales se sujeta su a c t u a c i ó n - a u t o l i m i t a c i ó n y p a r a a f i r m a r su i n d e p e n d e n c i a respecto de los d e m á s estados.
E n este s e n t i d o se p u e d e d e c i r q u e el E s t a d o es u n a u n i d a d de p o d e r y
d e c i s i ó n s o b e r a n a que n o tiene o t r a a u t o r i d a d i n s t i t u i d a diferente de
a q u e l l a p o r l a c u a l e s t á l i m i t a d o espacial y m a t e r i a l m e n t e ( p o r e l l u g a r q u e
o c u p a y p o r su objeto social) y o b l i g a d o a c o n v i v i r c o n otros entes p o l í t i c o s
i g u a l m e n t e soberanos.
L a s o b e r a n í a i m p l i c a i g u a l d a d y e l l o d e t e r m i n a las relaciones de coord i n a c i ó n q u e se establecern e n t r e los estados. P e r o , a l a vez, i m p l i c a l a
e x i s t e n c i a de otros p o d e r e s sociales j e r á r q u i c a m e n t e o r g a n i z a d o s de los
cuales e l E s t a d o es el p o d e r l e g í t i m o , s u p r e m o e i n a p e l a b l e .
15
Daniel del Valle-Inclán Rodríguez Miñón, "Los grandes retos de la Unión Europea:
ampliación y convención europea", Madrid, Instituto de Cuestiones Internacionales y Política
Exterior, INCIPE, 2004 [4-09-2004], http://www.incipe.org/retos%20union%20europea.htm
128
GABRIELA
QUINTANILLA
FI X L V - l
L a i n t e g r a c i ó n de los estados, c o m o se h a b í a s e ñ a l a d o a n t e r i o r m e n t e ,
s u p o n e e l c a r á c t e r s u p r a n a c i o n a l q u e n o r m a l m e n t e se o b t e n d r í a b u s c a n d o u n o r g a n i s m o s u p e r i o r q u e c a l i f i c a r a o c o n t r o l a r a l a c o n d u c t a de los estados, o c r e a n d o u n o r g a n i s m o i n t e r n a c i o n a l , a l c u a l p u d i e r a someterse e l
c o n t r o l de l a actividad de u n E s t a d o e n p a r t i c u l a r . A u n q u e esto ú l t i m o es
i m p r o b a b l e p o r q u e los o r g a n i s m o s i n t e r n a c i o n a l e s existentes n o t i e n e n facultades p a r a i n m i s c u i r s e e n los p r o b l e m a s i n t e r n o s de los estados, d a d o
q u e se a f e c t a r í a l a s o b e r a n í a de é s t o s .
U n a de las c a r a c t e r í s t i c a s f u n d a m e n t a l e s de l a s o b e r a n í a es q u e s ó l o
p u e d e ser c e d i d a c o m o u n t o d o ; s i n e m b a r g o , a p a r t i r de l a c o n s t i t u c i ó n
d e l a CEE, d o n d e los estados c e d e n parte de su s o b e r a n í a , se r o m p e este
p r i n c i p i o j u r í d i c o f u n d a m e n t a l y l a figura d e l o r g a n i s m o i n t e r n a c i o n a l
c r e a d o e x profeso o b t i e n e rasgos especiales q u e l a a p a r t a n de los organism o s ya existentes.
A pesar de q u e l a c e s i ó n de s o b e r a n í a i m p l i c a l a c e s i ó n de p o d e r c o n
r e s p e c t o a ciertas materias, las cuales s e r á n c o n t r o l a d a s p o r e l p o d e r supran a c i o n a l q u e se cree, esta n u e v a figura t i e n e c o m o tarea respetar e l o r d e n
j u r í d i c o i n t e r n o de c a d a E s t a d o , p e r o a su vez, a l c r e a r u n o r d e n j u r í d i c o
e s p e c i a l - d e r e c h o c o m u n i t a r i o - , d a l u g a r a l a n e c e s i d a d de revisar e l c o n c e p t o de s o b e r a n í a y a c t u a l i z a r l o c o n f o r m e a los c a m b i o s g l o b a l i z a d o r e s .
A este respecto cabe s e ñ a l a r q u e , c u a n d o los estados m i e m b r o s celeb r a r o n los tratados p a r a su i n t e g r a c i ó n , a c e p t a r o n sujetar sus c o n d u c t a s a
ciertas reglas y l i m i t a r e l e j e r c i c i o i r r e s t r i c t o de su v o l u n t a d s o b e r a n a , s i n
p o r e l l o t r a n s f e r i r l a . A s í , "se a f i r m a q u e las l i m i t a c i o n e s q u e se establecen
c o m o p r o d u c t o de los tratados s o n f r u t o de l a v o l u n t a d s o b e r a n a y e n este
s e n t i d o e l d e r e c h o i n t e r n a c i o n a l y los tratados q u e f o r m a n parte de é s t e
n o son incompatibles c o n la s o b e r a n í a " . 1 6
L a s o b e r a n í a es m o t i v o de p r e o c u p a c i ó n p a r a los p a í s e s m i e m b r o s , sob r e t o d o p o r q u e , de a c u e r d o c o n l a t e o r í a existente e n esta m a t e r i a , i m p l i c a e l respeto i r r e s t r i c t o de fronteras y f o r m a s de g o b e r n a r , a s í c o m o l a
a p l i c a c i ó n de n o r m a s referidas a s e g u r i d a d , c o n t r o l de l a e c o n o m í a y d e l
p r e s u p u e s t o , l e g a l i d a d , t o m a de d e c i s i o n e s . L a c e s i ó n h e c h a hasta a h o r a ,
q u e afecta las esferas de l a p o l í t i c a a m b i e n t a l , e c o n ó m i c a y l a b o r a l de los
e s t a d o s - n a c i ó n , a favor de l a c i u d a d a n í a e u r o p e a , s u p o n e n o s ó l o e l riesgo
d e p é r d i d a de p o d e r s i n o e l c u e s t i o n a m i e n t o sobre l a c o n s i s t e n c i a y valid e z de las p o l í t i c a s n a c i o n a l e s .
16
Luis Rubio et al, "El Acuerdo de Libre Comercio México-Estados Unidos. Camino
para fortalecer la soberanía", Centro de Investigación para el Desarrollo, A.C., CIDAC, serie
"Alternativas para el Futuro", noviembre de 1992 [4-04-2004],
http://www.cidac.org/vnm/libroscidac/alc/Alc-l.PDF
ENE-MAR 2005
LA UNIÓN EUROPEA COMO UN ESTADO COMUNITARIO
129
L a p r e s e n c i a de l a UE p r o v o c a u n c a m b i o e n l a c o n c e p c i ó n de l a soberan í a que e x i s t í a p a r a los estados. A h o r a l a s o b e r a n í a se convierte e n el reconoc i m i e n t o y a c e p t a c i ó n de ciertas limitaciones a l a c a p a c i d a d normativa estatal
e n b e n e f i c i o de l a c o m u n i d a d , d o n d e l a p a r t i c i p a c i ó n e n e l proceso de camb i o y c o n s t r u c c i ó n de u n nuevo sistema m u n d i a l es f u n d a m e n t a l .
A l g o q u e n o d e b e perderse de vista es q u e los estados m i e m b r o s c e d e n
parte d e s u s o b e r a n í a p a r a satisfacer ciertas necesidades y l o g r a r u n a
u n i ó n p a c í f i c a , l o q u e p e r m i t e l a c r e a c i ó n de l a UE c o m o u n ente supranac i o n a l , s o b e r a n o y a u t ó n o m o ; p e r o l a UE y a c r e a d a n o cede s o b e r a n í a p a r a
su f o r t a l e c i m i e n t o , l o c u a l o r i g i n a u n a d e s i g u a l d a d e n l a d i s t r i b u c i ó n d e
c o m p e t e n c i a s y c o n s o l i d a l a i d e a de f o r m a c i ó n d e l E s t a d o c o m u n i t a r i o .
U n a c a r a c t e r í s t i c a p r i m o r d i a l de l a s o b e r a n í a es l a que permite al Estado
ofrecer a sus c i u d a d a n o s l a g a r a n t í a de q u e p o r m e d i o de él se p r o p o r c i o n a n
l a l i b e r t a d , l a s e g u r i d a d y l a ayuda necesaria. Esta c a r a c t e r í s t i c a l a h a i d o
a d q u i r i e n d o l a UE, p r i n c i p a l m e n t e a p a r t i r d e l l a firma d e l A c t a Ú n i c a .
E n este d o c u m e n t o se e s t a b l e c i e r o n los g r a n d e s p r i n c i p i o s d e l derec h o l a b o r a l e u r o p e o , l a d e n o m i n a d a C a r t a C o m u n i t a r i a d e los D e r e c h o s
Sociales F u n d a m e n t a l e s de los T r a b a j a d o r e s , 1 7 m i s m a q u e fue a p r o b a d a
p o r los estados m i e m b r o s , c o n e x c e p c i ó n d e l R e i n o U n i d o .
C o n este d o c u m e n t o se p r e t e n d i ó r e g u l a r las r e l a c i o n e s laborales, e l
trabajo y l a g e s t i ó n d e recursos h u m a n o s , f u n d a m e n t a l e s p a r a e l desempeñ o de los trabajadores e u r o p e o s . Estos d e r e c h o s p o d r í a n ser aplicados e n
e l á m b i t o n a c i o n a l o e n e l s u p r a n a c i o n a l c o n f o r m e a las c o m p e t e n c i a s d e
l a c o m u n i d a d establecidas e n los tratados.
Este i n s t r u m e n t o se s u s t e n t ó e n tres aspectos b á s i c o s : d e r e c h o s i n d i v i duales, d e r e c h o s colectivos y d e r e c h o s d e s e g u r i d a d y p r o t e c c i ó n social,
q u e s i r v i e r o n d e base p a r a l a e l a b o r a c i ó n p o s t e r i o r d e u n d o c u m e n t o m á s
a m p l i o q u e g a r a n t i z ó los d e r e c h o s f u n d a m e n t a l e s d e l a c i u d a d a n í a europea. E n e l T r a t a d o de N i z a se e s t a b l e c i ó l a C a r t a d e los D e r e c h o s F u n d a m e n t a l e s , e n l a q u e se a s e n t a r o n los d e r e c h o s d e d i g n i d a d , i g u a l d a d ,
libertad, solidaridad, c i u d a d a n í a y justicia.
E n e l T r a t a d o C o n s t i t u c i o n a l - q u e se e n c u e n t r a e n d i s c u s i ó n - tales
derechos tienen u n apartado propio, l o cual habla de l a trascendencia n o
17
Genéricamente, una carta social puede ser definida como "declaraciones solemnes en
las cuales los estados proclaman ciertos derechos y/o reconocen determinadas metas u
objetivos laborales o sociales comunes". "Su objetivo principal es social: garantizar el
reconocimiento de determinados principios y derechos considerados importantes en los
países signatarios." Véase Óscar Ermida U., "Globalización y relaciones laborales. La reregulación internacional", ponencia presentada en el III Congreso Regional de las Américas
de Relaciones Laborales, Lima 1999 [05-04-2004], http://ilo.law.cornell.edu/public/
spanish/región/ampro/cinterfor/publ/sala/ermida/globaliz/v.htm
130
GABRIELA
QUÍNTAMELA
FI XLV-1
s ó l o d e ellos sino d e l m i s m o ente i n t e r n a c i o n a l y d e su c a p a c i d a d p a r a
c o n f o r m a r s e c o m o Estado.
A d e m á s , este d o c u m e n t o c o n f i e r e a l a UE p e r s o n a l i d a d j u r í d i c a , q u e l a
f a c u l t a p a r a realizar actos e n e l e x t e r i o r e n su n o m b r e e, i n c l u s o , redistrib u i r los recursos e i m p a r t i r j u s t i c i a sobre las j u r i s d i c c i o n e s n a c i o n a l e s d e
los estados m i e m b r o s , d e a c u e r d o c o n los p r i n c i p i o s d e a t r i b u c i ó n , subsidiariedad y proporcionalidad.
Esto es, d e a c u e r d o c o n e l p r i m e r o d e d i c h o s p r i n c i p i o s , l a d i s t r i b u c i ó n d e c o m p e t e n c i a s entre los diferentes niveles d e l a o r g a n i z a c i ó n p ú b l i c a d e los estados m i e m b r o s y d e l a c o m u n i d a d q u e d a p e r f e c t a m e n t e
d e f i n i d a ; c o n e l p r i n c i p i o d e s u b s i d i a r i e d a d , l a UE garantiza q u e s ó l o act u a r á e n las á r e a s de su c o m p e t e n c i a exclusiva hasta q u e las acciones q u e
r e a l i c e sean m á s eficaces q u e las nacionales, o r e g i o n a l e s . 1 8 E l p r i n c i p i o d e
p r o p o r c i o n a l i d a d s u p o n e q u e l a a c c i ó n de l a UE n o debe e x c e d e r l o q u e es
n e c e s a r i o p a r a l o g r a r los objetivos d e l tratado.
Sociedad
L a s o c i e d a d es e l e l e m e n t o m a t e r i a l p o r e x c e l e n c i a e n u n Estado; s i n ella,
el Estado n o existiría. L a s o c i e d a d constituye e l g r u p o d e personas q u e
p e r t e n e c e n a u n Estado y q u e p o s e e n costumbres e h i s t o r i a e n c o m ú n .
L a s o c i e d a d de u n E s t a d o se c o m p o n e p o r e l p u e b l o , ese g r u p o d e personas q u e se c o n o c e c o m o c i u d a d a n o s p o r gozar de los derechos p o l í t i c o s , es
d e c i r , de los derechos q u e les p e r m i t e n l a p a r t i c i p a c i ó n e n l a d i r e c c i ó n de los
asuntos p o l í t i c o s d i r e c t a m e n t e o m e d i a n t e representantes electos.
E l c o n c e p t o de c i u d a d a n í a e u r o p e a es c o m p l i c a d o y difuso, a u n q u e se
hayan adoptado programas y s í m b o l o s que pretenden l a integración,
18
"Como principio de legitimación política la subsidiariedad [...] propone una
Comunidad que concentra sus esfuerzos en ciertas áreas delimitadas en donde su acción es
más eficaz que la de los países miembros. En este sentido la subsidiariedad ha sido una
respuesta política a una inquietud política, puesto que no se trata de una Comunidad que
busca concentrar el poder vaciando las competencias de los Estados miembros." "La
subsidiariedad introduce una nueva idea de distribución de poder entre la Comunidad, el
Estado y la región, eliminando el problema de que la Comunidad pueda aspirar a usurpar
competencias que las Constituciones nacionales han reconocido o devuelto a las entidades
infraestatales." "Como principio operacional, la subsidiariedad limita las competencias de la Comunidad a las áreas en que ésta pueda probar que su intervención está justificada. " Véase Asociación
Nacional de Universidades e Instituciones de Educación Superior, Carlos McCadden, "El
principio de subsidiariedad y el Tratado de Maastricht", Estudios. Filosofía-historia-letras, otoño
de 1992, Hemeroteca Virtual ANUIES [10/10/2004], http://www.hemerodigital.unam.mx/
ANUÍ ES
E N E - M A R 2005
L A UNIÓN EUROPEA COMO U N ESTADO
COMUNITARIO
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c o m o e l pasaporte e u r o p e o - e n c i r c u l a c i ó n desde 1985-, e l h i m n o y l a
b a n d e r a , y, desde 1996, e l p e r m i s o de c o n d u c i r e u r o p e o .
L a c i u d a d a n í a e u r o p e a e m p e z ó a ejercerse c o m o tal de m a n e r a i n d i recta e n 1986, c u a n d o se r e a l i z a r o n las p r i m e r a s e l e c c i o n e s al P a r l a m e n t o
E u r o p e o p o r sufragio u n i v e r s a l d i r e c t o , v o t a c i ó n q u e fue h e c h a c o n f o r m e
a los p r o c e d i m i e n t o s electorales de cada p a í s . L o a n t e r i o r fue de g r a n i m portancia para consolidar la C o m u n i d a d E u r o p e a y para cambiar la conc e p c i ó n de l a i n t e g r a c i ó n , esto es, que ya n o se trata de u n a u n i d a d s ó l o
e c o n ó m i c a , sino t a m b i é n j u r í d i c o - p o l í t i c a .
P e r o es hasta 1992, c o n l a firma d e l T r a t a d o de M a a s t r i c h t , c u a n d o se
c o n c e d e l a c i u d a d a n í a e u r o p e a a los nacionales de todos los p a í s e s m i e m bros de l a U E .
E l c i u d a d a n o e u r o p e o es u n c i u d a d a n o e c o n ó m i c o , d a d o que a s í l o est i p u l a n los tratados q u e d i e r o n o r i g e n a l a U E , basados e n u n a c o o p e r a c i ó n
que permitiera consolidar e c o n ó m i c a m e n t e la zona.
D e a c u e r d o c o n D a h r e n d o r f , l a n o c i ó n de c i u d a d a n í a e u r o p e a
... Describe una serie de derechos que se pueden reivindicar y unas instituciones jurídicas a las que podemos acudir para ejercer tales derechos. [...] la
Unión Europea, tal y como se ha desarrollado, no tiene que ver en realidad
con los derechos, sino con lo que yo llamaría "disposiciones", con la prosperidad económica. Se trata de un conjunto de normas, y es correcto decir que se
trata de un conjunto de normas, pero son normas que esencialmente regulan
la creación de riqueza. A lo sumo, regulan el acceso de los individuos a los
mercados. Pero, como tales, no establecen una ciudadanía fuerte tal y como
yo la he definido. E n otras palabras, la mayor parte del progreso de la Unión
Europea conforme a los tratados originales está relacionado con la economía,
y no con la política, ni con la ley, en el sentido de la ley de c i u d a d a n í a . 1 9
L a c i u d a d a n í a e u r o p e a , p o r tanto, se e n c u e n t r a r e g u l a d a p o r leyes de
m e r c a d o y n o p o r l a p e r t e n e n c i a a u n espacio j u r í d i c o - p o i í t i c o p r e v i a m e n te establecido q u e le facilite u n a i d e n t i d a d . L a e x i s t e n c i a de fronteras nacionales, l i n g ü í s t i c a s y culturales, a s í c o m o l a p e r t e n e n c i a a u n p a í s p o r
n a c i m i e n t o o n a t u r a l i z a c i ó n , p o d r í a n , e n l a t e o r í a vigente hasta e l m o m e n to, ser e l e m e n t o s suficientes p a r a a f i r m a r q u e es i m p o s i b l e pensar e n u n a
ciudadanía europea.
19
Ralf Dahrendor, "Los ciudadanos de la Europa del siglo X X I " , segundo ciclo de
conferencias "La Educación que queremos -Formar ciudadanos- 1999", organizadas por la
Editorial Santularia [10-04-2004],
http://clio.rediris.es/udidactica/textos.htm#Adenauer.
Véase Jordi Borja, Ciudadanía y globalización, 23 de marzo de 2004, Comunidad Virtual de
Gobernabilidad, Desarrollo Humano e Institucional [10-04-2004],
http://wvw.gobernabilidadxl/modules.php?name=Nev/s&file=article&sid=486
132
GABRIELA QUINTANILI A
FI
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Sin e m b a r g o , se p u e d e a f i r m a r que l a s o c i e d a d e u r o p e a tiene costumbres e h i s t o r i a c o m u n e s q u e p e r m i t e n i d e n t i f i c a r a u n a p o b l a c i ó n establec i d a e n u n t e r r i t o r i o a s i m i s m o c o m ú n que es el c o n t i n e n t e e u r o p e o , p o r
l o que n o es descartable q u e , a l crearse e l Estado c o m u n i t a r i o , esta afirmac i ó n sea u n o de sus grandes sustentos.
L a i d e a de l a c i u d a d a n í a , e n este sentido, exige l a d i s o c i a c i ó n de l a nac i o n a l i d a d , l a u n i ó n y c o l a b o r a c i ó n p a r a apropiarse de u n a c u l t u r a e histor i a que traspasan las fronteras y q u e p e r m i t e n ejercer todos estos d e r e c h o s
- p o l í t i c o s y c i v i l e s - establecidos a través de los tratados, a s í c o m o e l deseo
d e crear valores c o m u n e s : d e r e c h o s i n d i v i d u a l e s , d e r e c h o s colectivos y der e c h o s de s e g u r i d a d y p r o t e c c i ó n social: " . . . e l t é r m i n o c i u d a d a n í a c o m o
c o n d i c i ó n de p e r t e n e n c i a o c u a l i d a d de m i e m b r o de l a c o m u n i d a d política, que s u p o n e l a t i t u l a r i d a d de l a s o b e r a n í a y l a a t r i b u c i ó n de d e r e c h o s
q u e van m á s allá de los d e r e c h o s h u m a n o s f u n d a m e n t a l e s de c a r á c t e r
' c i v i l ' , los ligados d i r e c t a m e n t e a l a p e r s o n a : d i c h o de o t r a m a n e r a , l a atrib u c i ó n , p o r u n l a d o , de d e r e c h o s p o l í t i c o s y, p o r o t r o , de d e r e c h o s e c o n ó m i c o s , sociales y c u l t u r a l e s . . . " 2 0
P o r tanto, l a c i u d a d a n í a es u n e l e m e n t o de i d e n t i d a d p a r a los individuos, m i s m o q u e se forja c o n e l paso d e l t i e m p o y las e x p e r i e n c i a s vividas.
E n t o n c e s , se p u e d e a f i r m a r que los c i u d a d a n o s e u r o p e o s n o c a r e c e n de
esa i d e n t i d a d .
E l e j e r c i c i o de los d e r e c h o s sociales, g a r a n t i z a d o p o r u n a j u r i s p r u d e n cia e m a n a d a d e l T r i b u n a l de J u s t i c i a - i n s t i t u c i ó n de l a U E - , se c o m p l e m e n t ó c o n otros d e r e c h o s m á s formales v i n c u l a d o s a las transferencias de
s o b e r a n í a , l o q u e p e r m i t i ó e l r e c o n o c i m i e n t o de l a e x i s t e n c i a de l a globalización y la c i u d a d a n í a comunitaria.
Territorio
E l t e r r i t o r i o es e l espacio f í s i c o - g e o g r á f i c o q u e o c u p a u n E s t a d o . Este espacio, n o r m a l m e n t e d e l i m i t a d o p o r las fronteras, d o n d e se ejerce l a soberan í a y h a b i t a u n a p o b l a c i ó n , e n l a c o n c e p c i ó n t r a d i c i o n a l i s t a , es e l s e g u n d o
e l e m e n t o m a t e r i a l n e c e s a r i o p a r a l a e x i s t e n c i a de u n E s t a d o . E l t e r r i t o r i o
i m p l i c a d e t e r m i n a d o s espacios a é r e o s y m a r í t i m o s q u e , e n e l caso de u n a
i n v a s i ó n o u n ataque, p u e d e n ser u t i l i z a d o s de l a f o r m a e n q u e se r e q u i e r a
para defender la soberanía.
20
Javier de Lucas, "Hacia una ciudadanía europea inclusiva. Su extensión a los
inmigrantes", Revista CIDOB D' Afers Internacionals, Barcelona, núm. 53, mayo-junio de 2001:
Ciudadanía europea e inmigración.
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LA UNIÓN EUROPEA COMO UN ESTADO COMUNITARIO
133
A l c e d e r los estados parte de su s o b e r a n í a y d o t a r a l a UE de este elem e n t o , se establece u n t e r r i t o r i o , p r i n c i p a l m e n t e d e l i m i t a d o p o r las f r o n teras de los estados m i e m b r o s . C o n e l l o , l a UE a d q u i e r e u n e l e m e n t o m á s
q u e p e r m i t e p e n s a r e n l a e x i s t e n c i a de u n a n u e v a f o r m a de Estado: e l Estado comunitario.
A d e m á s , e l t e r r i t o r i o e s t á s i e n d o desplazado p o r las á r e a s e c o n ó m i c a s
y comerciales, e l m e r c a d o
financiero
m u n d i a l y las transacciones virtuales,
l o que hace q u e los f u n d a m e n t o s d e l E s t a d o - n a c i ó n n o sean los m i s m o s
q u e se a p l i c a n e n l a UE.
E l n u e v o E s t a d o c o m u n i t a r i o , p o r tanto, tiene c a r a c t e r í s t i c a s p r o p i a s
dadas p o r los tratados hasta a h o r a signados y reforzadas p o r e l T r a t a d o
C o n s t i t u c i o n a l . L o s e l e m e n t o s c o m p a r t i d o s le o t o r g a n u n a m a y o r cohes i ó n y fuerza p a r a a f r o n t a r l a p r o b l e m á t i c a m u n d i a l .
A l c o m p a r t i r l a s o b e r a n í a c o n los estados m i e m b r o s , las i n s t i t u c i o n e s
c o m u n e s h a n o b t e n i d o p o d e r e s decisorios sobre asuntos e s p e c í f i c o s , adem á s de u n a m a y o r l e g i t i m a c i ó n , resultado d e l debate y l a p a r t i c i p a c i ó n , l o
que ha consolidado la europolítica.
Si b i e n a h o r a e l r e t o es i n t e g r a r nuevos estados c o n d i f e r e n t e i d e o l o g í a , f o r m a de g o b i e r n o y sobre t o d o d e s i g u a l e c o n o m í a , l a i d e a n o es
c o p i a r los m o d e l o s existentes, s i n o r e a l m e n t e forjar u n E s t a d o d e m o c r á t i c o que i n t e g r e l a d i v e r s i d a d s o c i a l , c u l t u r a l , p o l í t i c a y e c o n ó m i c a . D e
a c u e r d o c o n C l a u s O f f e , n o d e b e r e p r o d u c i r s e e l m o d e l o d e l Estado-nac i ó n , sino q u e " e l o r g a n i s m o q u e
finalmente
d e s a r r o l l e u n r é g i m e n de ' c i -
v i l i d a d o r g a n i z a d a ' q u e g o b i e r n e t o d o e l espacio e u r o p e o [...]
t e n d r á que
ajustarse a los dos c r i t e r i o s q u e todos los estados a c e p t a n c o m o los e s t á n dares de u n g o b i e r n o p o l í t i c o aceptable: l e g i t i m i d a d y e f i c a c i a " . 2 1
CONCLUSIONES
E n este breve r e c o r r i d o h i s t ó r i c o p o r l a UE, q u e nace c o m o u n a o r g a n i z a c i ó n e c o n ó m i c a de c a r á c t e r s u p r a n a c i o n a l y q u e h a c u l m i n a d o m e d i a n t e
e l f o r t a l e c i m i e n t o de sus i n s t i t u c i o n e s c o n miras a g e n e r a r certeza, a d e m á s
de h a b e r a d q u i r i d o los e l e m e n t o s esenciales de u n E s t a d o , se e n c u e n t r a n
los motivos p o r los cuales d e b e e m p e z a r a pensarse e n u n a f o r m a de Estad o que r e i v i n d i q u e los esfuerzos y l a n a t u r a l e z a d e l m i s m o .
2 1
Claus Offe, Is There, Or Can There Be, A European Society?, ms. 2000, p. 13.
ApudJürgen
Habermas, "Por qué Europa necesita una Constitución", New Left Review, versión en español,
Madrid, 23 de junio de 2003, p. 14 [08-10-2004], http://www.newleftreview.net/PDFarticles/
Spanish/NLR24501.pdf
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GABRIELA
QUÍNTAMELA
FI
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L a s i t u a c i ó n m u n d i a l e s t á c a m b i a n d o h a c i a u n a i n t e g r a c i ó n m a y o r entre los estados, d o n d e se busca n o s ó l o que l a s o c i e d a d tenga prerrogativas
y d e r e c h o s , sino que los ejerza a través de diferentes i n s t i t u c i o n e s supraesta tales.
L a g l o b a l i z a c i ó n h a sido i n d i s c u t i b 1 e m e n t e l a c u n a de todos los acuerdos celebrados entre los estados p a r a d e r r i b a r las barreras e c o n ó m i c a s .
E n E u r o p a se e s t a b l e c i ó , e n p r i m e r a i n s t a n c i a , u n a o r g a n i z a c i ó n econ ó m i c a e n l a c u a l se i n te r r e 1 ac i o n aro n diversos actores, c o m o s o n ios estados m i e m b r o s , las i n s t i t u c i o n e s u ó r g a n o s de g o b i e r n o y la c o m u n i d a d ,
p a r a q u e , a través de los tratados y o r d e n a m i e n t o s j u r í d i c o s , se d e r r i b a s e n
las barreras arancelarias y se garantizase l a s e g u r i d a d . Esta o r g a n i z a c i ó n
c o n f o r m ó u n a a s o c i a c i ó n de estados que fue c r e c i e n d o e n c u a n t o a n ú m e ro de m i e m b r o s y e n c u a n t o a asuntos c o m u n e s q u e atender, a l a c u a l se
conoce actualmente como U E .
L a UE goza de s o b e r a n í a , a u t o n o m í a y p e r s o n a l i d a d j u r í d i c a dadas a
través de l a n o r m a t i v i d a d de los tratados, q u e p e r m i t e n dejar de pensar e n
u n a o r g a n i z a c i ó n i n t e r n a c i o n a l y e m p e z a r a h a c e r l o e n u n Estado c o n características propias.
A u n c u a n d o j u r í d i c a m e n t e existen r e l a c i o n e s p o l í t i c a s , l a c r e a c i ó n de
i n s t i t u c i o n e s sobre l a base de o r d e n a m i e n t o s j u r í d i c o s de c a r á c t e r e c o n ó m i c o i m p l i c a n e c e sari a m e n te e l p r e d o m i n i o de l a e c o n o m í a . S i n e m b a r g o ,
la a f l u e n c i a de o r g a n i z a c i o n e s encargadas de materias e s p e c í f i c a s de interés c o m ú n h a p r o p i c i a d o u n a e n o r m e r e d de i n s t i t u c i o n e s que se o c u p a n
de r e g u l a r e l f u n c i o n a m i e n t o social y p o l í t i c o q u e c o n f o r m a este n u e v o Estado c o m u n i t a r i o .
L o s estados m i e m b r o s h a b í a n m a n i f e s t a d o su v o l u n t a d de c o o p e r a c i ó n m e d i a n t e a c u e r d o s , tratados e i n s t i t u c i o n e s q u e g a r a n t i z a b a n e l l i b r e
c o m e r c i o . A h o r a se e n c u e n t r a n ante u n a s i t u a c i ó n m á s c o m p l e j a : d e f i n i r a
través de su C o n s t i t u c i ó n e l s u r g i m i e n t o de u n E s t a d o s o b e r a n o c o m u n i t a r i o que n o s ó l o i n t e g r e l a p o l í t i c a m o n e t a r i a y c o m e r c i a l , s i n o que p e r m i t a
la c r e a c i ó n de u n g o b i e r n o q u e exprese las d e m a n d a s sociales y p o l í t i c a s
de l a c i u d a d a n í a e u r o p e a .
Esta C o n s t i t u c i ó n establece la división de p o d e r e s , garantiza los derechos f u n d a m e n t a l e s y r e c o n o c e la d i s t r i b u c i ó n de c o m p e t e n c i a s entre la
UE y los estados m i e m b r o s , e n u n esfuerzo p o r c o n s o l i d a r su estructura. A
su vez, estos e l e m e n t o s le d a n l a fuerza y e l sustento p a r a convertirse e n Estado, q u e d e b e a d o p t a r su p r o p i a f o r m a s i n p r e t e n d e r c o p i a r el federalism o o e l E s t a d o - n a c i ó n , a los cuales ya r e b a s ó .
Esta C o n s t i t u c i ó n - q u e r e a l m e n t e es u n T r a t a d o C o n s t i t u c i o n a l - c o n t i n ú a e n p r o c e s o de a c e p t a c i ó n p o r parte de ios estados m i e m b r o s y de i a
s o c i e d a d de c a d a u n o de ellos. E l reto se e n c u e n t r a e n esa a c e p t a c i ó n y
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L A UNIÓN EUROPEA C O M O U N ESTADO COMUNITARIO
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a p l i c a c i ó n , l o c u a l n o es s e n c i l l o d a d a la existencia de formas de Estado
prevalecientes desde a ñ o s anteriores y de diferencias culturales, a d e m á s
d e l t e m o r de p e r d e r l a s o b e r a n í a que hasta a h o r a les h a g a r a n t i z a d o a los
estados l a s e g u r i d a d . P e r o e l debate d e b e r á t o m a r e n c u e n t a q u e l a u n i ó n
h a r á l a fuerza ante c u a l q u i e r c o n f l i c t o m u n d i a l y que las barreras c u l t u r a les p u e d e n ser superadas.
C u a n d o esto suceda, c u a n d o se m o d i f i q u e l a t e o r í a aceptada hasta
a h o r a y se r e c o n o z c a l a e m e r g e n c i a de u n a n u e v a f o r m a de E s t a d o , se
p o d r á h a b l a r de u n Estado c o m u n i t a r i o .