TRATADO LEGAL SOBRE LOS MUDOS POR EL LICENCIADO LASSO i55o Con un estudio preliminar y notas de ALVARO LÓPEZ NÚÑEZ i, 1919. Sobrinos de la Suc. de M . Minuesa Ríos, Miguel Servct, 13. Teléfono fe- M-651. 4> lí3Vc?Sz TRATADO LEGAL SOBRE LOS MUDOS POR EL LICENCIADO LASSO i55o Con un estudio preliminar y notas de ALVARO LÓPEZ NÚÑEZ Madrid, 1919. Sobrinos de la Suc. de M . Minuesa de los R í o s , Miguel Servet, 13. Teléfono M - 651. A D. José Marvá y Mayer. A. L . N . INDICE Páginas. ESTUDIO PRELIMINAR ix Prólogo xi I. E l autor ixxm I I . E l monasterio de O ñ a XLV I I I .- Lasso y Ponce de L e ó n LXI I V . L a doctrina de Lasso LXXI TRATADO 1 D e s c r i p c i ó n del manuscrito 3 Tratado nuevamente compuesto por el L i cenciado Lasso NOTAS AL TEXTO ; » 101 ESTUDIO PRELIMINAR PROLOGO E L deseo de c o n t r i b u i r , s i q u i e r a sea m o d e s tamente, al progreso d é l o s estudios sor- d o m u d í s t i c o s en E s p a ñ a ^ y f o m e n t a r e n t r e q u i e - nes c u l t i v a n las d i s c i p l i n a s p e d a g ó g i c a s de l a m u d e z u n a m a y o r a f i c i ó n a esta n o b l e y ú t i l e s p e c i a l i d a d , m u é v e n o s a p u b l i c a r y c o m e n t a r el p r e c i o s o d o c u m e n t o q u e , r e l a c i o n a d o c o t í esta m a t e r i a , e s c r i b i ó el L i c e n c i a d o L a s s o , a m e d i a d o s del s i g l o X V I . U n e s t í m u l o p a t r i ó t i c o n o s a n i m a a d e m á s a e m p r e n d e r este trabajo, ya q u e E s p a ñ a f u é l a c u n a de la P e d a g o g í a de l o s m u d o s y l a t i e r r a a f o r t u n a d a q u e en p a s a d o s s i g l o s , c u a n d o estas c o s a s e r a n c o m p l e t a m e n t e d e s c o n o c i d a s e n todas p a r t e s , p r o d u j o maes- t r o s y l i b r o s que e n s e ñ a r o n a h a b l a r a las p e r s o n a s p r i v a d a s del o í d o y de l a p a l a b r a , c o n a s o m b r o , m u y j u s t i f i c a d o , de c u a n t o s c o n o c i e r o n esta m a r a v i l l a . E n l o s p r o m e d i o s de a q u e l siglo X V I , glorioso para E s p a ñ a , cuando un texto m a l i n t e r p r e t a d o de A r i s t ó t e l e s h a b í a d i fundido entre l o s i n t e l i g e n t e s la convicción de q u e l o s s o r d o m u d o s e r a n i n c a p a c e s p a r a el lenguaje r a c i o n a l , u n r e l i g i o s o l e o n é s , el b e n e d i c t i n o F r a y P e d r o P o n c e , e n s e ñ a b a la p a l a b r a , las a r t e s y las letras a v a r i o s d i s c í p u l o s m u d o s , y escribía u n libro, desgraciadamente perdido h a s t a h o y , d o n d e se refutaba l a d o c t r i n a de l o s filósofos p e r i p a t é t i c o s . «A t o d o s l o s h o m b r e s d o c t o s p o n g o p o r testigos—dice A m b r o s i o de M o r a l e s , h a b l a n d o de P o n c e — d e l o m u c h o q u e P l i n i o encareciera y ensalzara, s i n saber á c a b a r de c e l e b r a r l o , s i h u b i e r a h a b i d o u n romano q u e tal c o s a h u b i e r a e m p r e n d i d o y s a l i d o tan a l t a m e n t e c o n ella; y ella es tan r a r a , a d m i r a ble y p r o v e c h o s a , q u e merece u n a g r a n d e e s t i m a (1).» P o c o s a ñ o s d e s p u é s de la m u e r t e de P o n c e , acaecida en 1584, el a r a g o n é s J u a n P a b l o B o n e t p u b l i c a b a s u o b r a R e d u c t i o n de las l e t r a s y a r t e p a r a e n s e ñ a r a a b l a r los m u d o s (2), y casi al m i s m o tiempo, otro e s p a ñ o l i n s i g n e , (1) L a s antigüedades de las ciudades de E s p a ñ a . A l c a l á de Henares, 1575. (2) Reduction de las letras y arte para enseñar a oblar los mudos, por Juan Pablo Bonet. E n M a d r i d , por Francisco A b a r c a de A n j n ü o , 1620. — XIII — M a n u e l R . a m í r e z de G a r r i ó n , p r a c t i c a b a a s i m i s m o c o n é x i t o m u y s a t i s f a c t o r i o esta e n s e ñ a n z a y d e d i c a b a a s u e s p e c i a l i d a d g r a n parte del l i b r o M a r a v i l l a s de n a t u r a l e z a (1). U n s i g l o m á s t a r de, el h i s p a n o p o r t u g u é s J a c o b o R o d r í g u e z P e r e i r a p r o f e s ó en F r a n c i a este m a g i s t e r i o , l o grando educar e i n s t r u i r a d i s c í p u l o s sordom u d o s , que h i c i e r o n f a m o s í s i m o a s u m a e s t r o . A s í p u d o e s c r i b i r el p r e c l a r o P . J u a n A n d r é s , r e f i r i é n d o s e a l arte de e n s e ñ a r a h a b l a r a l o s m u d o s : «El p r i m e r o q u e i n v e n t ó y e j e r c i ó este arte f u é u n e s p a ñ o l , el m o n j e P e d r o P o n c e ; el primero que lo hizo p ú b l i c o y lo expuso a n o ticia de t o d o s c o n u n b u e n v o l u m e n f u é o t r o e s p a ñ o l , J u a n P a b l o B o n e t , y a u n el p r i m e r o que d e s p u é s de e s t o s d o s haya e n s e ñ a d o y p r a c ticado este arte, ha s i d o t a m b i é n o t r o e s p a ñ o l , Manuel Ramírez de G a r r i ó n , como ha sido i g u a l m e n t e e s p a ñ o l o p o r t u g u é s P e r e i r a , el p r i m e r o q u e lo h a y a h e c h o tan u n i v e r s a l y le haya acarreado aquel nombre y aquella celebridad que ha o b t e n i d o en e s t o s t i e m p o s ; a s í q u e n o (1) Maravillas de naturaleza en que se contienen dos mil secretos de cosas naturales..., por Manuel Bamirez de Carrion, maestro y Secretario del Marqués de Friego. E n Córdoba, en l a imprenta de Francisco G a r c í a , 1629. H a y otra edición del mismo a ñ o en Montilla, por J u a n Bautista de Morales. era u n atrevimiento m í o o u n patrio d e s l u m b r a m i e n t o el a s e g u r a r que el arte de e n s e ñ a r a h a b l a r a l o s m u d o s , de m u c h o s c r e í d o y c e l e b r a d o c o m o u n a p o r t e n t o s a i n v e n c i ó n d e l franc é s abate l ' E p é e , es u n arte e n t e r a m e n t e e s p a ñ o l p o r la i n v e n c i ó n y p o r l a e x p o s i c i ó n , c o m o t a m b i é n p o r el r e s t a b l e c i m i e n t o y p r o p a g a c i ó n : l o s m a e s t r o s m o d e r n o s , c e l e b r a d o s c o n tantas alabanzas, no han sabido n i hecho m á s que los a n t i g u o s , d e s c o n o c i d o s y o l v i d a d o s » (1). T o d o a r r a n c a de P o n c e de L e ó n , que f u é e l p r i m e r o , n o s ó l o en el t i e m p o , s i n o t a m b i é n en la e x c e l e n c i a de la d o c t r i n a y en l o s f r u t o s de s u e n s e ñ a n z a : a s í es que c u a n t o se refiera a a q u e l í n c l i t o r e l i g i o s o h a de ser f u n d a m e n t a l e n l a h i s t o r i a de l a M u d í s t i c a e s p a ñ o l a . E n el m a n u s c r i t o d e l L i c e n c i a d o L a s s o , que a h o r a p u b l i c a m o s , se c o n t i e n e n n o t i c i a s p r e c i o s í s i m a s s o b r e P o n c e de L e ó n : u n a s , que v i e n e n a c o r r o b o r a r y a m p l i a r las que ya t e n í a m o s d e l m o n j e b e n e d i c t i n o , y o t r a s que n o s p r o p o r c i o n a n n u e v o s m a t e r i a l e s p a r a la b i o g r a f í a de P o n ce, a ú n s i n h a c e r , y q u e n o s o t r o s p r e p a r a m o s (1) Carta del abate D . Juan Andrés sobre el origen y las vicisitudes del arte de enseñar a hablar a los mudos ¿ordos. Traducida por D. Carlos Andrés. E n M a d r i d , en l a i m p r e n t a de Sancha. 1794. — XV — para darla al p ú b l i c o cuando nuestro trabajo e s t é en s a z ó n y p u e d a s e r ú t i l a las letras p a trias. T i e n e t a m b i é n este TRATADO el p o s i t i v o m é r i t o de r e p r e s e n t a r en el o r d e n m o r a l y j u r í d i c o u n a t e n d e n c i a d o c t r i n a l que parece a b s o l u t a m e n t e d i s c o n f o r m e c o n l a s ideas dominantes e n l a é p o c a , y s e ñ a l a s o b r e ellas u n a d e l a n t o de varios siglos. U n noble respeto a la d i g n i d a d p e r s o n a l i n f o r m a toda l a d o c t r i n a de este esc r i t o , tan o p u e s t o a i seco r o m a n i s m o indivi- d u a l i s t a e n c a r n a d o en las severas f ó r m u l a s r i tuarias y en l a d u r e z a de l a l e y . L a s ideas a r i s t o t é l i c a s , e n t o n c e s t a n en b o g a , s o b r e l a p e r f e c c i ó n n a t u r a l , a u t o r i z a b a n , en c i e r t o m o d o , el m e n o s p r e c i o a l o s i n d i v i d u o s f í s i c a m e n t e def e c t u o s o s , c o m o l o s m u d o s : P o n c e de L e ó n y su panegirista Lasso, demostrando con he- c h o s l a p o s i b i l i d a d de e n s e ñ a r a h a b l a r a a q u e llos a quienes l a N a t u r a s e ñ a l ó ; se a n t i c i p a r o n trescientos a ñ o s a s u tiempo. E l progreso s o c i a l m o d e r n o , q u e n o es o t r a c o s a q u e l a c r i s t i a n i z a c i ó n de l a vida p o l í t i c a , se f u n d a p r e c i s a m e n t e en el d e r e c h o de l o s d é b i l e s frente a las d e m a s í a s de l o s p o d e r o s o s , a q u i e n e s amparó u n a s veces l a N a t u r a l e z a ciega y o t r a s l a t a m b i é n ciega F o r t u n a . ¿ Q u é m á s ? H a s t a l a d o c t r i n a m o - — XVI — d e r n í s i m a s o b r e la l i b r e i n t e r p r e t a c i ó n del j u e z e q u i t a t i v o ante l a i n f l e x i b i l i d a d de l a ley e s c r i ta, q u e n o es o t r a c o s a que l a i n d i v i d u a l i z a c i ó n de l a j u s t i c i a m e d i a n t e s u a p l i c a c i ó n c i r c u n s t a n c i a l , la h a l l a m o s i n i c i a d a en este o l v i d a d o t r a t a d i l l o de L a s s o , c o m o v e r e m o s m á s p o r l o m í n i m o , a l e x a m i n a r las tesis j u r í d i c a s del a u tor. C i r c u n s t a n c i a s s o n todas é s t a s q u e h a c e n a esta o b r i l l a m e r e c e d o r a de la p ú b l i c a e s t i m a c i ó n , y j u s t i f i c a n el q u e l a d e m o s a l a e s t a m p a . E l m a n u s c r i t o que a h o r a s a c a m o s a l u z , c a s i d e s c o n o c i d o p a r a el p ú b l i c o , a u n el d o c t o , n o es, s i n e m b a r g o , i n é d i t o ; pero s i , p a r c i a l m e n t e por Gallardo e í n t e g r a m e n t e por B a r b e r á , ha s i d o i m p r e s o , c o m o v e r e m o s l u e g o , p u e d e afirm a r s e que h a s t a a h o r a n a d i e se ha t o m a d o l a m o l e s t i a de e s t u d i a r l o ; y a s í , l o s resultados que de a q u e l l a p u b l i c a c i ó n p r e c a r i a h a n p o d i do o b t e n e r s e h a n s i d o , en v e r d a d , e s c a s í s i m o s . Entregar al p ú b l i c o , s i n p r e p a r a c i ó n alguna, u n o de estos d o c u m e n t o s a r c a i c o s , de r i a s u t i l y de e x p r e s i ó n frecuentemente mateenreve- s a d a , es c o m o d a r l e u n fruto e n c e r r a d o en á s p e r a y d u r a c o r t e z a . S i se a s p i r a a que estas l a b o res de e r u d i c i ó n , de s u y o tan i n g r a t a s , sean p r o vechosas p a r a el c o m ú n de l o s l e c t o r e s , p r e c i s o es q u i t a r l e s a q u e l l a c o r t e z a y d e s c u b r i r s u s e n - — XVII — t r a ñ a s , dulces y sabrosas. Así lo han hecho s i e m p r e l o s g r a n d e s m a e s t r o s en este linaje de l i t e r a t u r a , a n a l i z a n d o las o b r a s , e s t u d i a n d o s u s antecedentes, r e l a t a n d o l a v i d a y l o s trabajos d,el a u t o r y c o m e n t a n d o l a d o c t r i n a . Semejante n o r m a de c o n d u c t a es m á s o b l i g a d a t r a t á n d o s e de o b r a s c o m o esta, de c o n t e n i d o tan e s p e c i a l i z a d o y fuera d e l cauce c o r r i e n t e de l a c u l t u r a v u l g a r . L a n z a r u n a o b r a a s í a l p ú b l i c o , s i n aderezo a l g u n o , es tanto c o m o a r r o j a r u n a gota de a g ü a en el o c é a n o i n m e n s o de l a g e n e r a l i n d i ferencia. Gomo queda dicho, D. B a r t o l o m é J o s é G a l l a r d o c o n o c i ó el m a n u s c r i t o d e l L i c e n c i a d o L a s s o , y l o d e s c r i b i ó l i g e r a m e n t e en u n a p u n t a m i e n t o q u e c o n s t a en el t o m o I I I d é l a B i b l i o teca e s p a ñ o l a de libros r a r o s y c u r i o s o s . N o d a Gallardo noticia alguna del autor, n i aun señ a l a l a p r o c e d e n c i a y s i t u a c i ó n a c t u a l del m a n u s c r i t o , n i a ñ a d e a l texto c o m e n t a r i o n i i n d i c a c i ó n p o r d o n d e p u e d a v e n i r s e en c o n o c i m i e n to de la i m p o r t a n c i a de l a o b r a : l i m í t a s e a c o p i a r g r a n p a r t e del texto de la p r i m e r a parte del T r a t a d o y a l g u n o s p á r r a f o s de las o t r a s (1). L o s (1) Ensayo de una biblioteca de libros raidos y curiosos, formado con los apuntamientos de D . Bartolomé José Gallardo, coordinados y aumentados por D . M . B . Zarco o r d e n a d o r e s y e d i t o r e s de la B i b l i o t e c a de G a l l a r d o , S r e s . Z a r c o del V a l l e y S a n c h o R a y ó n , n a d a a ñ a d i e r o n t a m p o c o a la papeleta del i n signe bibliófilo, a q u i e n M e n ó n d e z y Pelayo llam ó «rey de n u e s t r o s m o d e r n o s e r u d i t o s » (1). E l i l u s t r a d o b i b l i o t e c a r i o del A t e n e o de M a d r i d , D . D o m i n g o V a c a , p u b l i c ó , en 1901, en el B o l e t í n de l a I n s t i t u c i ó n Libree de E n s e ñ a n z a u n breve a r t í c u l o c o n indicaciones referentes a la o b r a de L a s s o . T i t ú l a s e este a r t í c u l o P o n c e de L e ó n : N o t i c i a s i n é d i t a s , y se r e d u c e a l a re- p r o d u c c i ó n de a l g u n o s p á r r a f o s de la o b r a , prec e d i d o s de u n a s breves l í n e a s , en las que el art i c u l i s t a hace la p r e s e n t a c i ó n , p o c o a f o r t u n a d a , d e s g r a c i a d a m e n t e , del a u t o r . A f i r m a , en efecto, el S r . V a c a que L a s s o era m o n j e del M o n a s t e r i o de O ñ a , que F r a y P o n c e de L e ó n f u é n a t u r a l de V a l l a d o l i d y que L a s s o no a p o r t a datos e n t e r a m e n t e n u e v o s acerca del i n m o r t a l r e l i - dél Valle y D . J . Sancho R a y ó n . Tomo tercero. • M a drid, 1888. P á g i n a s 299-300 a 311-812. (1) D . M i g u e l A r t i g a s , digaisimo jefe de l a «Biblioteca Menéndóz y P e l a y o » , de Santander, con quien hemos consultado nuestras dudas sobre l a personalidad del L i cenciado Lasso, nos ha dicho: «He revuelto los papeles de Gallardo que tenemos en l a Biblioteca, y no aparece nada relativo al Licenciado Lasso, por quien'usted se interesa. Seguramente, Gallardo no supo m á s del tal Licenciado que lo que y a publicó en el Ensayo.-» g i o s o , a f i r m a c i o n e s d e s t i t u i d a s de f u n d a m e n t o , c o m o ÜQ deduce de l a l e c t u r a c u i d a d o s a del p r o p i o m a n u s c r i t o (1). M á s diligente y solícito anduvo D. F a u s t i n o B a r b o r á , q u e en 1916 p u b l i c ó l a o b r a del L i c e n c i a d o L a s s o c o m o anejo de la R e v i s t a Valencian a de C i e n c i a s M é d i c a s (2). E l S r . B a r b e r a es b e n e m é r i t o de l a S o r d o m u d í s t i c a e s p a ñ o l a , a la que viene d e d i c a n d o , desde hace cuarenta a ñ o s , los poderosos entendi- r e c u r s o s de s u m i e n t o y de s u v o l u n t a d . O t ó l o g o p r o f e s i o n a l , especializado con profundos estudios y clínica a b u n d a n t e , posee, c o m o p o c o s , u n a prepara- c i ó n m é d i c a que facilita e x t r a o r d i n a r i a m e n t e l a investigación psicopedagógica. Es hombre de a f i c i o n e s l i t e r a r i a s , f r e c u e n t a d o r de a r c h i v o s y bibliotecas, y conoce, p o r lo tanto, la h i s t o r i a de l a e s p e c i a l i d a d . H a v i s i t a d o las p r i n c i p a l e s e s c u e l a s de s o r d o m u d o s debe l a i m p o r t a c i ó n de E u r o p a , y a él se en E s p a ñ a del l l a m a d o m é t o d o o m ¿ p u r o , que tanta g l o r i a h a dado al (1) Boletín de la Institución Libre de E n s e ñ a n z a . A ñ o X X V , niitn. 492. Madrid, 31 de marzo de 1901, pág i n a 73. (2) Tratado legal sobre los mudos, por el Licenciado Lasso. Año 1550. Manuscrito inédito de la Biblioteca N a cional de Madrid, copiado y dado a luz en 1916 por el D r . D . Faustino Barberá Marti. — XX — C o l e g i o de V a l e n c i a , d o n d e , bajo l a d i r e c c i ó n de B a r b e r a , se viene p r a c t i c a n d o desde 1896. P o r tan p o s i t i v o s m e r e c i m i e n t o s , el d o c t o r B a r b a r á h a s i d o l l a m a d o a l o s a l t o s C o n s e j o s del E s t a d o que e n t i e n d e n en l a e d u c a c i ó n y tutela del s o r d o m u d o , y en e l l o s , c o m o en o t r a s i n s t i t u c i o nes de í n d o l e p r i v a d a , h a p r e s t a d o a esta c a u s a s e r v i c i o s e m i n e n t e s . C o m o a u t o r , B a r b e r a ha e n r i q u e c i d o la b i b l i o g r a f í a s o r d o m u d í s t i c a e s p a ñ o l a c o n o b r a s de g r a n valer, s i e n d o l a p r i n c i p a l de ellas l a q u e lleva p o r t í t u t o L a e n s e ñ a n z a d e l s o r d o m u d o , s e g ú n el m é t o d o o r a l , p u b l i cada en V a l e n c i a en 1895 (1). E n n i n g u n a de s u s o b r a s , s i n e m b a r g o , n i a u n en a q u e l l o s pasajes d e s t i n a d o s a e s t u d i a r l a h i s t o r i a de l a e n s e ñ a n z a s o r d o m u d í s t i c a , y especialmente la de P o n c e , o la c o n d i c i ó n j u r í d i c a de l o s s o r d o m u d o s , m e n c i o n a el d o c t o r B a r b a r á el m a n u s c r i t o d e l L i c e n c i a d o L a s s o . F u é en d916, u n a ñ o d e s p u é s de l a c e l e b r a c i ó n del C u r s i l l o del P a t r o - (1) Otras obras de este autor: E l sordomudo y su educación por la palabra. Comunicación dirigida a la i . a Asamblea Nacional E s p a ñ o la en favor de los sordomudos y de los ciegos. V a l e n cia, 1907. Del sordomudo: >Su responsabilidad penal y su capacidad ciuil. V a l e n c i a , 1910. nato N a c i o n a l de A n o r m a l e s , de q u e l u e g o h a b l a remos, cuando nuestro querido amigo y compañ e r o p u b l i c ó en s u R e v i s t a de C i e n c i a s M é d i c a s el m a n u s c r i t o que, s i n d u d a a l g u n a , t e n í a prep a r a d o c o n a n t e r i o r i d a d . L a t r a n s c r i p c i ó n , tal vez p o r la p r e c i p i t a c i ó n c o n que se llevó a cabo-, es m u y deficiente, s i e n d o n u m e r o s í s i m a s las e r r a t a s , q u e h a c e n a esta e d i c i ó n del todo i n servible para u n estudio bibliográfico De s u r e p r o d u c c i ó n q u e se h a y a hecho no eficaz. tenemos noticia tirada aparte, de quedando, p o r lo tanto, tan p r e c i o s o d o c u m e n t o c o m o ent e r r a d o e n t r e las p á g i n a s de u n a r e v i s t a q u e , p o r s u e s p e c i a l i d a d , tiene m u y l i m i t a d o c a m p o de a c c i ó n . N o d e c i m o s n a d a de esto c o n á n i m o de m o l e s t a r a l i l u s t r e d o c t o r v a l e n c i a n o . N u e s tra b u e n a a m i s t a d le a b s u e l v e , desde l u e g o , de c u a l q u i e r a v e n i a l o m i s i ó n que en este p a r t i c u lar pudiera haber cometido. N o s limitamos exc l u s i v a m e n t e a referir c u a n t o c o n el m a n u s c r i to de L a s s o se r e l a c i o n a . E l P a t r o n a t o N a c i o n a l de A n o r m a l e s o r g a n i z ó en l a p r i m a v e r a de 1915. c o m o p r e p a r a c i ó n del p r o y e c t a d o S e m i n a r i o de M a e s t r o s de s u s e s p e c i a l i d a d e s , u n c u r s o breve de l e c c i o n e s de d i v e r s a s m a t e r i a s referentes a l a p e d a g o g í a de los niños sordomudos, ciegos o deficientes m e n t a l e s (1). E n a q u e l c u r s i l l o , y a t e n d i e n d o , sin duda, m á s al cargo directivo que desempe(1) Reproducimos a q u í las noticias referentes a esta labor divulgadora del Patronato Nacional de A n o r m a l e s , contenidas en el a r t í c u l o que publicamos en el Suplemento pedagóg-ico de E l Sol (6 de mayo de 1918), en u n a r t í c u lo necrológico sobre el malogrado D r . A c h ú c a r r o : «En el corto tiempo que se le p e r m i t i ó v i v i r , l a Comisión ejecutiva del Patronato de Anormales, que tuve el honor de presidir (¡y y a es bonor presidir a hombres como A c h ú c a r r o , Z a r a g ü e t a , Pereira, G a y a r r e y Lafora!...), t r a b a j ó s i n descanso en el p á r a m o desolado de l a política p e d a g ó g i c a , viendo con satisfacción que, s i no todas, algunas de nuestras reformas se iban incorporando a l a legislación de l a e n s e ñ a n z a . C o n s i g u i ó s e entonces separar las e n s e ñ a n z a s de sordomudos de las de los ciegos, concluyendo con aquella mezcla absurda, hija del antiguo concepto benéfico de l a asistencia a los niños deficientes, en pugna con el concepto p e d a g ó g i c o , que es el que les conviene para s u e d u c a c i ó n y a d a p t a c i ó n social. Se o r g a n i z ó u n consultorio público de las anormalidades infantiles, ú t i l í s i m o para médicos y maestros, y , n a t u r a l mente, m u y beneficioso para los propios niños anormales. U n ingente amontonamiento de libros que en el Colegio Nacional y a c í a n olvidados, cubiertos de polvo y comidos de l a humedad y l a polilla, sirvió de inícleo a u n a biblioteca moderna, donde los estudiosos pueden ponerse en contacto con l a ciencia especializada de los diversos tiempos y lugares. Se iniciaron las mejoras h i g i é n i c a s y ped a g ó g i c a s de aquel suntuoso local, todo aparato y bambolla, destinado a colegio en las inmediaciones del H i p ó dromo, y donde los n i ñ o s sordomudos o ciegos casi eran considerados como h u é s p e d e s molestos, no obstante estar en s u casa, u t i l i z a d a para m i l usos diversos por ministros desaprensivos. Se rehizo l a r e g l a m e n t a c i ó n del colegio, mejorando l a condición de sus profesores, hasta entonces menospreciados, y se a t e n d i ó como es debido a l a labor ppst-escolar, que, t r a t á n d o s e de estos alumnos, es de l a mayor importancia. A q u e l l a comisión ejecutiva, de que era alma Nicolás A c h ú c a r r o , puso t a m b i é n mano en el XXIII — f i á b a m o s que a n u e s t r a c o m p e t e n c i a d o c t r i n a l , se n o s e n c a r g ó l a e x p o s i c i ó n de n u e s t r o s c l á s i - problema fundamental, a saber: l a formación del personal docente. P o d r í a calificarse de grotesco, s i no fuera t r á g i c o por las consecuencias, el r é g i m e n normal que se s e g u í a hasta entonces para l a formación de maestros de sordomudos y de ciegos. Organizada con arreglo a las normas de u n a Real orden de 25 de marzo de 1857, e x i s t í a en el Colegió Nacional una c á t e d r a , que se l l a m a b a de Métodos j Procedimientos, donde en u n solo curso de lección alterna se explicaba l a p e d a g o g í a de tan difíciles especialidades por u n profesor que t e n í a a su cargo otras clases y l a dirección y a d m i n i s t r a c i ó n del establecimiento; t a n menguado concepto v e n í a mereciendo u n a especialidad p e d a g ó g i c a para cuyo dominio es menester u n a v i d a entera de estudio, de a n á l i s i s y de devoción cordial. B i e n es verdad que l a tal clase s e r v í a de pretexto p a r a que varios maestros, sobre todo, del sexo femenino, j u s t i ficasen ante el habilitado s u permanencia en M a d r i d , con escandaloso abandono de sus escuelas. Eesultado de esto ha sido l a penuria bochornosa de nuestro profesorado especial; los pocos profesores que hoy merecen este nombre han tenido que ser axitodidactos. L a Comisión ejecutiva c r e y ó u n deber de conciencia concluir con tan absurda s i t u a c i ó n , y e s t u d i ó y p l a n e ó u n proyecto de Seminario Normal, con las tres especialidades (sordomudos, ciegos y anormales mentales), donde los maestros, mediante estudios médico-higiénicos, pedagbgicos y sociales, y las p r á c t i c a s debidas, pudiesen a d q u i r i r l a capacidad neces a r i a para el ejercicio honesto de tan difícil profesión. Y con el fin de iniciar estos estudios, rozando el camino, para despertar aptitudes y comenzar a andar, se organizó u n curso breve de P e d a g o g í a de niños anormales, d i rigido por A c h ú c a r r o , y en el que se explicaron diversas materias de l a especialidad a buen n ú m e r o de maestros y aficionados. E n este cursillo, que d u r ó tres meses, dió A c h ú c a r r o diez lecciones do P s i q u i a t r í a infantil, con nociones de l a estructura y las lesiones del sistema nervioso, y especialmente del cerebro, en las anormalidades mentales. N a d a m á s sugestivo que aquellas lecciones de eos de la S o r d o m u d í s t i c a e s p a ñ o l a en l o s s i g l o s X V I y X V I I , e s p e c i a l m e n t e en el a s p e c t o bibliográfico e h i s t ó r i c o . Dimos a nuestras lecc i o n e s el c a r á c t e r de trabajos de l a b o r a t o r i o , h a c i e n d o que l o s a l u m n o s , en s u m a y o r í a maestras, manejasen l o s l i b r o s , r e d a c t a s e n las p a - peletas y l o s a p u n t e s , y se f a m i l i a r i z a s e n c o n la t é c n i c a m o d e r n a de las b i b l i o t e c a s . De este m o d o l e í m o s y c o m e n t a m o s l o s g r a n d e s textos de n u e s t r o s a u t o r e s especiales, y c u a n t o s c o n ellos g u a r d a n r e l a c i ó n , u t i l i z a n d o las p r e c i o s a s p r i m e r a s e d i c i o n e s de que p u d i m o s d i s p o n e r e n l a excelente b i b l i o t e c a del Colegio N a c i o n a l de S o r d o m u d o s y en l a n u e s t r a p a r t i c u l a r . U n a de a q u e l l a s l e c c i o n e s f u é d e d i c a d a p o r entero a l m a n u s c r i t o del L i c e n c i a d o L a s s o , que l e í m o s materias difíciles y completamente nuevas para el a u d i torio, que las s e g u í a con creciente i n t e r é s . Sabemos que ellas prendieron en muchos e s p í r i t u s , despertando el deseo de profundizar en aquellos problemas que son el fundamento de l a v i d a racional. L a palabra insinuante de A c h ú c a r r o , siempre dócil a l a m a n i f e s t a c i ó n del luminoso pensamiento, t e n í a el arte exquisito de hacer claros y comprensibles, a u n para los profanos, los puntos m á s oscuros de l a función mental. Otros profesores, entre ellos el D r . L a f o r a , discípulo y principal colaborador de Achúcarro en el Patronato, explicaban a l a vez otras materias del mayor i n t e r é s para l a e d u c a c i ó n de los n i ñ o s anormales. A l mismo tiempo se a b r í a n las primeras clases para estos n i ñ o s , e m b r i ó n de las futuras escuelas que han de recibir a tantos desdichados como las n e c e s i t a n . » — XXV y e x p l i c a m o s s o b r e la c o p i a l i t e r a l q u e u n a de nuestras d i s c í p u l a s , maestra distinguidísima, h a b í a c o p i a d o en la B i b l i o t e c a N a c i o n a l por encargo nuestro. A l terminar aquella lección p r o m e t i m o s a n u e s t r o s oyentes la p u b l i c a c i ó n del m a n u s c r i t o de L a s s o , en l a f o r m a en que h o y lo h a c e m o s . N u e s t r o p r o p ó s i t o era e n t o n ces u t i l i z a r a q u e l v e r a n o p a r a r e a l i z a r las ú l t i m a s i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e l a p e r s o n a l i d a d del a u t o r , y t a m b i é n v i s i t a r , c o m o en d e v o l a p e r e g r i n a c i ó n , el M o n a s t e r i o de O ñ a , v i s i t a que, en efecto, r e a l i z a m o s en el m e s de m a y o de 1916, a c o m p a ñ a d o s del i n s i g n e P . J o s é M . S a l a v e r r i , de la C o m p a ñ í a de J e s ú s , v a r ó n de alta s i g n i f i c a c i ó n en l a s o b r a s s o c i a l e s de B u r g o s , y del doctísimo P. Enrique Herrera, jesuíta también, y a u t o r de n o t a b l e s e s t u d i o s a r q u e o l ó g i c o s s o bre aquel convento. Poco tiempo d e s p u é s p u b l i c a m o s en u n folleto el p r o g r a m a de estas l e c c i o n e s , de l a s que ya a n t e s l o s p e r i ó d i c o s h a b í a n dado n o t i c i a (1). (1) Laboratorio bibliográfico de Sordomudística española. Programa de las lecciones dadas en el Curso breve sobre estudio y p e d a g o g í a de los niños anormales, organizado por el Patronato Nacional de Anormales, en los dias del 10 de mayo al 10 de julio de 1915, por D. Alvaro López N ú ñ e z , Vicepresidente del mismo Patronato.— M a d r i d : Imprenta del Colegio Nacional de Sordomudos, Paseo de l a Castellana, n ú m . 69, 1916, 4.° U n a ñ o m á s tarde, en 26 de a b r i l de 1916, d i m o s en l a R e a l A c a d e m i a de J u r i s p r u d e n c i a y L e g i s l a c i ó n u n a c o n f e r e n c i a s o b r e L o s derechos d e l s o r d o m u d o (1), y en ella d i j i m o s de la o b r a del L i c e n c i a d o L a s s o lo s i g u i e n t e : « D e b o c i t a r a q u í u n c u r i o s o e s t u d i o de u n j u r i s c o n s u l t o e s p a ñ o l m u y p o c o c o n o c i d o , el L i c e n c i a d o L a s s o , q u e en el a ñ o 1550 e s c r i b i ó el m á s c o m p l e t o y f e r v o r o s o alegato, en favor de l a c a p a c i d a d c i v i l de l o s m u d o s , de que hay n o t i c i a e n l a c o p i o s a h i s t o r i a de l a l i t e r a t u r a j u r í d i c a u n i v e r s a l . E l tratado del L i c e n c i a d o L a s s o , h a s t a a h o r a i n é d i t o en l a S e c c i ó n de M a n u s c r i tos de la B i b l i o t e c a N a c i o n a l , pero que pronto me propongo ofreceros muy impreso, fué e s c r i t o e n el M o n a s t e r i o de S a n S a l v a d o r de O ñ a , d o n d e el b e n e d i c t i n o F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n profesaba, de u n a m a n e r a perfecta, l a e n s e ñ a n z a de l o s s o r d o m u d o s en la p e r s o n a de j ó v e n e s de alto y e s c l a r e c i d o linaje, q u e por esto m i s m o h a n c o n s e r v a d o l a fama de s u g l o r i o s o m a e s t r o . P a r a e s t u d i a r de c e r c a a q u e l l a m a r a v i l l a , el L i c e n c i a d o L a s s o , j u r i s p e r i t o y h u m a n i s t a , se t r a s l a d ó desde l a c o r t e a l M o - (1) L a conferencia se i m p r i m i ó y r e p a r t i ó en mayo de 1916. xxvn — n a s t e r i o , v i n i e n d o a s í a s e r testigo fehaciente, c o n F r a n c i s c o de V a l l e s , el Divino,, A m b r o s i o de M o r a l e s , F r a y J u a n de C a s t a ñ i z a y o t r o s , de los p o r t e n t o s o s r e s u l t a d o s que en l a e n s e ñ a n z a de l a p a l a b r a a l o s s o r d o m u d o s c o n s e g u í a P o n c e de L e ó n . E l tratado de L a s s o , e s c r i t o en f o r m a de c a r t a a D . F r a n c i s c o de T o v a r , «leg í t i m o s u c e s o r d e l M a r q u e s a d o de B e r l a n g a » , y" d i s c í p u l o d e l i n s i g n e b e n e d i c t i n o , s ó l o c i r c u n s t a n c i a l m e n t e tiene v a l o r p e d a g ó g i c o , a u n q u e m u y g r a n d e : el fin de l a o b r a es d e m o s t r a r la c a p a c i d a d c i v i l de l o s s o r d o m u d o s q u e h a b l a n ; y a s í se d i c e en el s u b t í t u l o del t r a t a d o , «en q u e , p o r n u e v o e s t i l o y m a n e r a de d e c i r , se e x a m i n a y funda de d e r e c h o c ó m o el m u d o a n a t u r a , e x c l u s o en la i n s t i t u c i ó n de a l g u n o s m a y o r a z g o s , d o n d e se e x c l u y e n l o s m u d o s , es capaz el tal m u d o , s i h a b l a r e , p a r a suceder e n el d i c h o m a y o r a z g o , c o m o s i n u n c a h u b i e se s i d o m u d o . . . , a c l a r a n d o l o s e r r o r e s que p o r t o d o s l o s j u r i s t a s , e n este c a s o , se h a n ten i d o » . Y en verdad que b i e n p u e d e d e c i r s e q u e el a u t o r agota la m a t e r i a , a n a l i z á n d o l a desde t o d o s s u s p u n t o s de v i s t a y a u t o r i z á n d o l a c o n b u e n f á r r a g o de e r u d i c i ó n , a s í s a g r a d a c o m o p r o f a n a . S u d o c t r i n a es s a n í s i m a , y toda ella a p a r e c e i n f o r m a d a de u n n o b l e e s p í r i t u de c o m - prensión y flexibilidad n a d a c o m p a t i b l e c o n el derecho viejo. L a a r g u m e n t a c i ó n de L a s s o g i r a e n t o r n o de u n a a f i r m a c i ó n f u n d a m e n t a l , a s a ber: q u e el m u d o que llega a h a b l a r n o es m u d o , y, p o r l o tanto, debe s e r r e i n t e g r a d o en el derec h o de q u e se le p r i v ó p o r c a u s a de la m u d e z ; « d e d o n d e resta y q u e d a c l a r o , d i s c e d i d o y c o m probado—dice— que l o s q u e l l a m a m o s m u d o s a n a t u r a , s i a l g u n o , de h o y m á s , h a b l a r e c o m o v u e s t r a m e r c e d y el s e ñ o r d o n P e d r o s u h e r m a n o h a b l a n , p o r l a d o c t r i n a que del reverendo P a d r e F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n , ayo y m a e s t r o de v u e s t r a m e r c e d , se d e p r e n d i e r e y t o m a r e , q u e n o o b s t a n t e q u e l o s m u d o s a n a t u r a sean e x c l u s o s en l a s u c e s i ó n de l o s tales m a y o r a z gos, a s í c o m o hablaren sean llamados y admitid o s de d e r e c h o a l o s tales m a y o r a z g o s c o m o s i n u n c a h u b i e s e n s i d o m u d o s , n i , en efecto de v e r d a d , l o s tales se p u e d e n l l a m a r m u d o s » . E s t o m i s m o es lo q u e d e c í a el M a r q u é s del F r e s n o , t a m b i é n s o r d o m u d o y d i s c í p u l o del fam o s o M a n u e l R a m í r e z de C a r r i ó n , u n a de l a s g r a n d e s g l o r i a s de la S o r d o m u d í s t i c a e s p a ñ o l a d e l s i g l o X V I I : «Yo n o s o y m u d o , s i n o s o r d o . » E n l a t e r m i n o l o g í a m o d e r n a , a estos sujetos q u e a s í a d q u i e r e n la p a l a b r a se les l l a m a s o r d o p a r l a n t e s , y p r e s u p u e s t a l a n o r m a l i d a d de s u s facultades m e n t a l e s , m i e n t r a s n o haya p r u e b a s en c o n t r a r i o , se les h a de c o n s i d e r a r en p l e n a c a p a c i d a d j u r í d i c a . S i g u i e n d o en este m i s m o t o n o d o c t r i n a l , el L i c e n c i a d o L a s s o e s tudia algunas cuestiones j u r í d i c a s relacionadas c o n l o s m u d o s , tales c o m o s u c a p a c i d a d p a r a c e l e b r a r l a m i s a , p a r a testificar, etc., etc.» (1). D i f i c u l t a d e s de d i v e r s a í n d o l e n o s h a n i m p e d i d o h a s t a a h o r a la p u b l i c a c i ó n del p r e s e n t e est u d i o . N o h a s i d o c i e r t a m e n t e l a m e n o r l a ester i l i d a d de n u e s t r a s i n v e s t i g a c i o n e s en o r d e n a la p e r s o n a l i d a d del L i c e n c i a d o L a s s o , de q u e el l e c t o r se e n t e r a r á m i n u c i o s a m e n t e en el l u gar c o r r e s p o n d i e n t e de este l i b r o : q u e r í a m o s que n u e s t r a o b r a fuese, en este p a r t i c u l a r , l o menos incompleta posible, y así d i l a t á b a m o s s u p r e s e n t a c i ó n a l p ú b l i c o h a s t a ver s i n u e s t r a f o r t u n a , e s t i m u l a d a p o r u n c o n s t a n t e trabajo, n o s d e p a r a b a el d e s c u b r i m i e n t o p r o d i g i o s o . Desgraciadamente, no lo hemos podido c o n s e g u i r . O t r o s m o t i v o s de d i v e r s a í n d o l e j u s t i f i c a n t a m b i é n el r e t r a s o de n u e s t r a p u b l i c a c i ó n . L a s (1) Real Academia de Jurisprudencia y Legislación. Conferencia de D . Alvaro López N ú ñ e z , pronunciada en la sesión pública del 26 de abril de 1916. Tema: Los derechos del sordomudo. Establecimiento tipográfico de J a i me E a t é s . Costanilla de San Pedro, n ú m e r o 6, 1916, 4.° o b r a s de p r o t e c c i ó n s o c i a l y p e d a g ó g i c a a l o s s o r d o m u d o s , en las q u e , p o r e s t í m u l o s de o r d e n s e n t i m e n t a l y a u n p o r c u m p l i r lo que creem o s deber de c i u d a d a n í a , e s t a m o s e m b a r c a d o s , d e d i c a n d o a ellas g r a n p a r t e de n u e s t r a activi- dad, t i e n e n u n c a r á c t e r de e j e c u c i ó n i n m e d i a t a e i m p r o v i s a d o r a , que frecuentemente n o s aparta, b i e n a p e s a r n u e s t r o , de las a p a c i b l e s t a reas de l a m e d i t a c i ó n y el e s t u d i o . E n t r e b u s c a r trabajo p a r a u n o b r e r o s o r d o m u d o , o r e s o l v e r e x p e d i e n t e s o p r e p a r a r p r o y e c t o s de o r g a n i z a c i ó n y r é g i m e n de e n s e ñ a n z a , y descifrar u n texto a r c a i c o o cotejar las papeletas de u n a i n v e s t i g a c i ó n b i b l i o g r á f i c a , la e l e c c i ó n n o n o s parece d u d o s a . P e r o , g r a c i a s a D i o s , sabiendo a p r o v e c h a r el t i e m p o , suele h a b e r l o p a r a todo; y l l e n a s e s t á n las p á g i n a s de n u e s t r a h i s t o r i a literaria y científica, c o n ejemplos admirables d e h o m b r e s que s u p i e r o n c o n c i l i a r l a vida i n t e r n a de e s p e c u l a c i ó n m e n t a l c o n la e x t e r n a de acción y movimiento, y tomando, ora l a espada, ora l a pluma, d e j a r o n en l o s d o s ó r d e n e s de l a a c t i v i d a d p r o v e c h o s a m u y s a l u d a b l e s ejemplos a t o d o s . N o h a s i d o l i v i a n o el trabajo que n o s h e m o s impuesto para presentar decorosamente al p ú - XXXI — b l i c o esta o b r i l l a . L o s e s t u d i o s de erudición n o r e p r e s e n t a n a l . e x t e r i o r el esfuerzo q u e r e q u i e r e n en e s c r i t o r e s s i n c e r o s y h o n r a d o s . E l l e c t o r que p a s a la v i s t a p o r s u s p á g i n a s l l e n a s de c i t a s , de n o m b r e s p r o p i o s , de fechas..., no p u e d e c a l c u l a r el trabajo que t o d o esto s u p o n e : a veces, l a c o m p u l s a de u n dato, a l parecer, i n significante, exige u n a labor asidua y penosa, visitas reiteradas a bibliotecas y archivos, viajes, l e c t u r a s molestísimas y frecuentemente estériles..., hasta dispendios e c o n ó m i c o s , ordinario superiores a los recursos de pecunia- r i o s d e l a u t o r . Y todo, p a r a q u e r e s u l t e u n e n g e n d r o á r i d o , i n a m e n o , de a p a r i e n c i a seca y amojamada y de d u d o s a u t i l i d a d a n t e l o s ojos de q u i e n e s s ó l o g u s t a n de l e c t u r a s de fácil y a p a c i b l e e n t r e t e n i m i e n t o . E n l a o c a s i ó n p r e s e n t e no n o s pesa, en v e r d a d , esta a r i d e z , p o r q u e a l t r a v é s de s u á s p e r a c o r t e z a v e m o s ref u l g i r l a s u b l i m e i d e a l i d a d de l o s p r o b l e m a s de l a p a l a b r a . V e r b u m c a r o f a c t u m est... L a p a l a bra vuelve a l o s labios del m u d o para desper- tar s u e n t e n d i m i e n t o , d i s c i p l i n a r s u v o l u n t a d , i l u s t r a r y fortalecer s u c o n c i e n c i a y r e n o v a r y a l e g r a r l a v i d a , tan t r i s t e y r e s i g n a d a en este l i m i t a d o m u n d o silencioso, d o n d e toda m i s a n t r o p í a tiene s u asiento y n a t u r a l h a b i t a c i ó n . Y — XXXII — a la vera de estos a n h e l o s de alta e s p i r i t u a l i d a d l u c e , c o n f u l g o r e s i n m a r c h i t o s , el h o n o r c i e n tífico de E s p a ñ a , q u e t o d o s s u s hijos e s t a m o s obligados a conservar y acrecentar, ya que hay i a n t o s e x t r a n j e r o s e m p e ñ a d o s en d e s c o n o c e r lo desde fuera y t a n t o s m a l a n d r i n e s de d e n t r o que m i s e r a b l e m e n t e les l l e v a n e l c o n t r a p u n t o . EL AUTOR L A p r i m e r a l a b o r que se n o s i m p o n e a l e m p r e n d e r el p r e s e n t e e s t u d i o se refiere a l a p e r s o n a l i d a d de este L i c e n c i a d o L a s s o , que tan r e p e t i d a m e n t e firma en l a s hojas d e l m a n u s c r i to. P a r e c e n a t u r a l q u e , en este p a r t i c u l a r , satisficiésemos la c u r i o s i d a d d e l l e c t o r , d á n d o l e noticia m i n u c i o s a d e l sujeto, c o n s u s n o m b r e s y a p e l l i d o s , c o n i n d i c a c i ó n de s u n a c i m i e n t o , de s u p a t r i a y linaje, de s u s e s t u d i o s , o c u p a c i ó n , o b r a s q u e c o m p u s o y d e m á s c i r c u n s t a n c i a s de s u v i d a , e s p e c i a l m e n t e en c u a n t o t u v i e s e n r e l a c i ó n c o n l a m a t e r i a q u e en el m a n u s c r i t o se trata, y que de u n m o d o p a r t i c u l a r n o s i n t e r e s a . D e s g r a c i a d a m e n t e , n u e s t r o b u e n deseo y n u e s t r a a c u c i o s a s o l i c i t u d en este p u n t o n o h a n s i d o b a s t a n t e s a c o n s e g u i r tales n o t i c i a s , v i é n d o n o s o b l i g a d o s a c o n t e n t a r n o s c o n las que el p r o p i o a u t o r n o s da de s í m i s m o , l a s c u a l e s , a u n q u e n o s o n m u c h a s , r e s u l t a n , en 3 XXXIV — v e r d a d , suficientes, p o r a h o r a , p a r a l o s fines de n u e s t r o e s t u d i o . D e n t r o de n u e s t r a esfera de a c c i ó n no n o s h a q u e d a d o d i l i g e n c i a a l g u n a que hacer para i n v e s t i g a r la p e r s o n a l i d a d de este L i c e n c i a d o L a s s o , a u t o r de tan p r e c i o s o e s c r i t o . T r a t á n dose de u n sujeto de estos q u e a h o r a se l l a m a n intelectuales, c o n p r o f e s i ó n tan dada a las letras c o m o la a b o g a c í a , y q u e manejaba la p é ñ o l a c o n arte y s o l t u r a , p e n s a m o s q u e tal vez fuera a u t o r de o t r a s o b r a s p o r las que p u d i é r a m o s v e n i r en c o n o c i m i e n t o de la p e r s o n a . C o n s u l t a d a s las b i b l i o g r a f í a s e s p a ñ o l a s y l o s í n d i c e s de las p r i n c i p a l e s b i b l i o t e c a s de n u e s t r a p a t r i a , a s í p ú b l i cas c o m o p r i v a d a s , n o h e m o s p o d i d o h a l l a r noticia alguna del L i c e n c i a d o L a s s o . Grandes m a e s t r o s de l a e r u d i c i ó n , b i b l i ó g r a f o s y c r í t i c o s , c u y a s l u c e s h e m o s s o l i c i t a d o , t a m p o c o con o c e n a este a u t o r . E n l a r i q u í s i m a b i b l i o t e c a de M e n é n d e z y P e l a y o , y e n t r e l o s a p u n t e s del glorioso maestro, amablemente consultados para c o m p l a c e r n o s , n o se h a h a l l a d o r a s t r o a l g u n o de este personaje. S i el m a n u s c r i t o n o tuviese tales c a r a c t e r e s de a u t e n t i c i d a d y s u c o n t e n i d o n o fuese tan c o n g r u e n t e c o n l a r e a l i d a d de las m a t e r i a s que en él se d i l u c i d a n , y, s o b r e todo, s i n o s h a l l á s e m o s en p r e s e n c i a de u n a o b r a de — XXXV p o l é m i c a l i t e r a r i a y no de u n alegato j u r í d i c o , h a b r í a d e r e c h o a p e n s a r q u e se trataba de u n a ficción o de u n a p r o d u c c i ó n a n ó n i m a o s e u d ó n i m a , c o m o tantas o t r a s q u e h a n dado m o tivo a la c r í t i c a m o d e r n a , capitaneada p o r el i n mortal M e n é n d e z y Pelayo, para u n a fructuosa l a b o r de p o d a y d e p u r a c i ó n . N o p o d e m o s , s i n e m b a r g o , d u d a r de la e x i s t e n c i a de este a u t o r n i de la a u t e n t i c i d a d de u n n o m b r e e m p l e a d o , n o s o l a m e n t e p a r a a u t o r i z a r u n trabajo c i e n t í f i c o , s i n o e s p e c i a l m e n t e p a r a r e s p o n d e r de las afirm a c i o n e s de u n d o c u m e n t o que, c o m o este, tiene t o d o s l o s caracteres de u n e s c r i t o p r i v a d o , c o m p u e s t o en beneficio de u n a p e r s o n a de alto l i n a j e , a l a q u e va n o m i n a t i m d i r i g i d o en m u y e l o c u e n t e d e d i c a t o r i a y en frecuentes e x p r e s i o nes de p e r s o n a l respeto y c o n s i d e r a c i ó n esparc i d a s p o r todas las p á g i n a s del texto. A l i n v e s t i g a r la p e r s o n a l i d a d de n u e s t r o a u t o r , d e b e m o s o b s e r v a r que el a p e l l i d o L a s o , o LassOj p u e s de a m b a s m a n e r a s se e s c r i b e , es m u y c o m ú n en la h i s t o r i a de n u e s t r a p a t r i a : l l e v á r o n l o , en efecto, m u c h o s v a r o n e s f a m o s o s e n l a s L e t r a s , en l a s A r m a s y en l a P o l í t i c a . E l a p e l l i d o L a s s o de la V e g a se e n c u e n t r a ya entre l a s firmas de u n c u a d e r n o de l a h e r m a n d a d h e c h a en las C o r t e s de B u r g o s de 1315 p o r el — XXXVI — E s t a d o de l o s h i j o s d a l g o y p r o c u r a d o r e s de a l g u n a s v i l l a s c a s t e l l a n a s (1). Desde e n t o n c e s le v e m o s f i g u r a r en m u c h o s de n u e s t r o s docu- m e n t o s h i s t ó r i c o s , llevado p o r e m i n e n t e s p e r sonajes q u e le d i e r o n nombre y esplendor. L a s s o s a b u n d a n en l a s h i s t o r i a s del s i g l o X V I , que es l o que a h o r a e s p e c i a l m e n t e n o s i n t e r e s a . V a r i o s de e l l o s f u e r o n h o m b r e s de g u e r r a , c a p i t a n e s f a m o s o s en las facciones de F l a n d e s y de I t a l i a . N i n g u n o de estos n o s da s e ñ a l e s p o r d o n d e p o d a m o s i d e n t i f i c a r l o c o n el L i c e n c i a d o a u t o r del m a n u s c r i t o . O t r o L a s s o , p o r n o m b r e D. R o d r i g o , aparece b u l l e n d o en l a c á m a r a d e l rey D. F e l i p e II c o n el oficio de m a y o r d o m o y c a p i t á n de s u g u a r d i a ; pero t a m p o c o c o n s t a q u e tuviese trato a l g u n o c o n las letras. E l m á s c o n s p i c u o de estos L a s s o s c o r t e s a n o s f u é , s i n d u d a , D . P e d r o L a s s o de C a s t i l l a , v a r ó n de e n t e n d i m i e n t o y e n e r g í a , a q u i e n D . F e l i p e II t u v o s i e m p r e en s i n g u l a r a p r e c i o , c o n f i á n d o l e e m p l e o s y m i s i o n e s que e x i g í a n s u p e r i o r e s d o t e s de p o l í t i c o , c o m o l a m a y o r d o m í a m a y o r de D.a M a r í a de A u s t r i a , e s p o s a emperador del M a x i m i l i a n o II, h e r m a n a del rey c a t ó l i c o y m a (1) V . Á n g e l de los Ríos, Ensayo histórico, etimológico y filológico sobre los apellidos castellanos. — Madrid, 1871. — xxxvn d r e de la p r i n c e s a D.a A n a , que l u e g o c a s ó c o n él (1). N i este L a s s o , n i n i n g u n o de l o s o t r o s L a s s o s p o l í t i c o s y m i l i t a r e s de la C o r t e de D . F e lipe II, tiene que ver c o n n u e s t r o L i c e n c i a d o , p u e s de o t r o m o d o , ya é s t e h u b i e r a c u i d a d o de d e c i r l o a l d a r c u e n t a de s u s c i r c u n s t a n c i a s p e r s o n a l e s en d i v e r s o s pasajes de s u e s c r i t o . A s i m i s m o h e m o s de d e s c a r t a r a l o s L a s s o s c o n o c i d o s en n u e s t r a l i t e r a t u r a . N o p u e d e tratarse, en efecto, del i n m o r t a l poeta t o l e d a n o G a r c í a L a s s o de l a V e g a , c u y a s o b r a s s o n c o n o c i d í s i m a s , y d e l c u a l , a u n q u e en frase de D . N i c o l á s A n t o n i o , d u b i u m c á l a m o a n g l a d i o melioi^, P a l l a d i a n m u s i s g r a t i o r f u t u r i s , no se tiene n o t i c i a de q u e c u l t i v a s e la j u r i s p r u d e n c i a ; n i t a m p o c o de a q u e l o t r o , h o m ó n i m o s u y o , v u l g a r m e n t e l l a m a d o I n c a , que s ó l o e s c r i b i ó l i b r o s ' h i s t ó r i c o s y g e o g r á f i c o s referentes a l P e r ú y l a F l o r i d a . Otro L a s s o que figura e n n u e s t r a h i s - (1) D . Pedro Lasso a s i s t i ó como mayordomo de l a reina de E s p a ñ a a l acto del juramento y pleitohomenaje que l a princesa D.a J u a n a , infanta del reino, los prelados, grandes, caballeros y procuradores en Cortes rindieron al p r i m o g é n i t o D . Fernando, como p r í n c i p e heredero de l a Corona. Por cierto que en aquel acto tuvo a l n i ñ o en brazos Ja marquesa de B e r l a n g a , madre de D . Francisco de T o v a r , a quien v a dedicado el manuscrito del Licenciado L a s s o . ( V . Cabrei'a de Córdoba, Felipe II, Rey de i S s p a ñ o . — M a d r i d , 1619. T i t . 2.°, l i b . X , cap. I.) XXXVIII — l o r i a l i t e r a r i a es M a r t í n L a s s o de O r o p e s a , t r a d u c t o r de la F a r s a l i a , de L u c a n o , c a n ó n i g o de B u r g o s , s e c r e t a r i o de la m a r q u e s a d e l C é n e t e , c o n d e s a de N a s s a u , y d e l c a r d e n a l D . F r a n c i s c o de M e n d o z a y B o b a d i l l a . M a r t í n L a s s o m u r i ó en R o m a en 1554, de edad de sesenta y c i n c o a ñ o s , s e g ú n c o n s t a del epitafio q u e se le p u s o en la s e p u l t u r a de l a i g l e s i a de San A p o l i n a r M á r t i r . C o n s e g u r i d a d de n o e r r a r , puede a f i r m a r se que t a m p o c o este L a s s o es el que n o s i n t e r e s a , ya q u e las c i r c u n s t a n c i a s de s u estado, vida y p r o f e s i ó n son suficientemente importantes p a r a q u e el a u t o r d e l m a n u s c r i t o l a s h u b i e se o m i t i d o c u a n d o en el texto de s u tratado hab l a frecuentemente de s u p e r s o n a . A s i m i s m o h a n de e l i m i n a r s e de n u e s t r o i n t e n t o u n F r a n c i s c o L a s s o de l a Vega, a u t o r de u n a o b r a d e vota, p u b l i c a d a ya b i e n e n t r a d o el s i g l o X V I , y o t r o A l f o n s o C a r r i l l o L a s s o de la V e g a , q u e e s c r i b i ó varios libros sobre materias j u r í d i c a s y económicas, también en época inconciliable c o n la v i d a del L i c e n c i a d o a u t o r del m a n u s crito. E n l a b i b l i o t e c a del E s c o r i a l se c o n s e r v a u n curioso manuscrito que contiene u n a relación de a u t o r e s e s p a ñ o l e s desde l a é p o c a romana hasta b i e n c o r r i d o el s i g l o X V í I I . S u a u t o r es — XXXIX — G a b r i e l L o b o L a s s o de la V e g a , y el t í t u l o de la o b r a el s i g u i e n t e : B a r o n e s y honbres doctos eminentes y ynsignes en letras n a t u r a l e s de E s p a ñ a y el l u g a r de e l l a donde c a d a uno n a d o , que h a n dado sus obras a l a estampa a s s i Teólogos como J u r i s t a s , PoetaSj Oradores^ Cronistas^ H i s t o r i a dores, F i l ó s o f o s , M a t e m á t i c o s , A s t r ó l o g o s y M é dicos y otros a s s i a n t i g u o s como modernos. R e copilados p o r G a b r i e l Lobo L a s s o de l a Vega^ h i s t o r i a d o r u n i b e r s a l continuo de S u M a g . (1). Este apellido nos hizo concebir alguna esper a n z a en o r d e n a l é x i t o de la i n v e s t i g a c i ó n que n o s p r e o c u p a b a , p u e s p e n s a m o s que s i este L a s s o n o era n u e s t r o L i c e n c i a d o , p o r lo men o s , t e n d r í a n o t i c i a de é l , y tal vez en este i n v e n tario se h a l l a s e r e l a c i ó n de s u s o b r a s . D e s g r a c i a d a m e n t e , el i n v e n t a r i o n o da l u z a l g u n a sobre el p a r t i c u l a r . Desde l u e g o , G a b r i e l L a s s o de la V e g a n o es el L a s s o que b u s c a m o s , p u e s s i e n d o é s t e ya de edad m a d u r a en 1550, n o pod í a v i v i r e n la é p o c a en q u e el o t r o c o m p i l ó s u (1) De l a l i b r e r í a de San Lorenzo el R e a l . I I I , L . 27. Este manuscrito ha sido estudiado por el Sr. A r t i g a s en u n excelente a r t í c u l o publicado en l a Revista c r ü i c a hispanoamericana, que dirige el Sr. B o n i l l a y San M a r tín. Tomo I I I , n ú m . 4.° M a d r i d , 1917. r e l a c i ó n (1). E n é s t a , en efecto, se c o n t i e n e n noticias de a u t o r e s que, c o m o q u e d a d i c h o , p u b l i c a r o n s u s o b r a s ya b i e n e n t r a d o el s i g l o X V I I , entre e l l o s Cervantes (2), c u a n d o ya s e g u r a m e n t e el L i c e n c i a d o L a s s o h a b í a pasado a m e jor v i d a . E n t r e l o s c u a t r o c i e n t o s sesenta y tres n o m b r e s de a u t o r e s e s p a ñ o l e s c o n t e n i d o s en el i n v e n t a r i o , s ó l o h a l l a m o s u n L a s s o , el p r o p i o a u t o r del c a t á l o g o , f a m o s o poeta m a d r i l e ñ o , G a b r i e l L a s s o de la Vega (3). E l a u t o r del i n v e n t a rio no c o n o c i ó , pues, n i n g u n a obra del L i c e n c i a d o L a s s o , p u e s de o t r o m o d o , l a h u b i e r a i n c l u i d o en s u r e l a c i ó n , en la q u e , p o r c i e r t o , se e n u m e r a n m á s de c i e n a u t o r e s j u r i s t a s . Infructuosas cuantas inquisiciones hemos h e c h o p a r a d e t e r m i n a r la p e r s o n a l i d a d d e l L i c e n c i a d o L a s s o en el e s p l é n d i d o e s c e n a r i o de (1) E l Sr. A r t i g a s cree que G a b r i e l Lobo Lasso nació hacia 1558 y escribió su inventario en 1614. (2) De Cervantes, dice: «Miguel de Cerbantes, natural de Cordova, escrivio en berso y prossa u n libro que llamo l a Galatea, y otro de D o n Quijote de la Mancha, en prosa, obra yngeniosa y apacible, y unas nobelas muy b u e n a s . » (Folio 91.) (3) «Gabriel Lasso de l a V e g a , natural de M a d r i d , escrivio en bersso eroyco l a M e x i c a n a , y el Cavallero del s a y a l , y los Manojuelos de obras sueltas, y en prossa, los elogios, en loor de los tres capitanes e s p a ñ o l e s de l a fama y otro tomo de las jornadas de los duques de pastrana y H u m e n a a los casamientos de los Reyes de españ a y franela.» (Folio 95 v.) la vida e s p a ñ o l a d u r a n t e el s i g l o X V I , h e m o s d e c o n t e n t a r n o s en este p u n t o c o n las n o t i c i a s q u e de s í p r o p i o n o s da el a u t o r en el m a n u s c r i t o q u e es objeto de n u e s t r o e s t u d i o , las c u a les c i e r t a m e n t e n o s a t i s f a r á n l a l e g í t i m a c u r i o s i d a d del lector; p e r o , p o r el m o m e n t o , no p o d e m o s ofrecerle m e j o r c o s a . L a s s o era de edad m a d u r a c u a n d o e s c r i b i ó el tratado en el a ñ o 1550, p u e s r e f i r i e n d o el caso del a f á s i c o A l v a r a d o , d i c e q u e o c u r r i ó « h a b r á cuarenta y cinco a ñ o s , poco m á s o m e n o s » , y q u e l a p o c a e d a d que e n t o n c e s el a u t o r t e n í a n o le da l u g a r p a r a p o d e r testificarlo, pero q u e se i n f o r m ó de p e r s o n a de todo c r é d i t o q u e , p o r h a b e r l o v i s t o , le j u r ó y t e s t i f i c ó ser y p a s a r a s í . E s , pues, v e r o s í m i l que L a s s o naciera a p r i n c i p i o s del siglo X V I . D e c l a r a él m i s m o q u e s u p r o f e s i ó n era l a j u r i s p r u d e n c i a , y b i e n se echa de ver p o r l a c o n t e x t u r a de toda l a o b r a , que, a s í en l a f o r m a c o m o e n el f o n d o , es u n v e r d a d e r o alegato j u r í d i c o . C o n f i r m a a d e m á s esta p r o f e s i ó n el a n u n cio q u e hace de d o s n u e v a s o b r a s que se p r o p o n í a e s c r i b i r s o b r e m a t e r i a de j u r i s p r u d e n c i a , a saber: u n a , d e c l a r a n d o la d o c t r i n a de I n o c e n cio s o b r e la o b l i g a c i ó n que l o s h o m b r e s t i e n e n de c o o p e r a r a l b i e n de l a r e p ú b l i c a , n o s ó l o c o n l a s a r m a s , s i n o t a m b i é n c o n las l e t r a s , y o t r a acerca del r é g i m e n s u c e s o r i o de l o s m a yorazgos. P e r o , a u n q u e fuese j u r i s t a de profesión, L a s s o era t a m b i é n h o m b r e v e r s a d o en l a s l e tras, q u e e n t o n c e s se l l a m a b a n h u m a n i d a d e s , y él m i s m o dice, en el p r i n c i p i o d e l c a p í t u lo p r i m e r o de la p r i m e r a parte, c ó m o sentía d e v o c i ó n p o r e l l a s : « M e he algún detenido tanto m á s de lo que m i p r o f e s i ó n requiere, p o r q u e c o m o a q u e s t a sea j u r í d i c a y es el m o t i vo y c a u s a final de m i e s t u d i o y a c c e s o r i a m e n te en l a p r o s e c u c i ó n y l e c t u r a de la p r e s e n t e m a t e r i a , e s p e c i a l m e n t e p o r s e r tan n u e v a e i n a u dita se m e ofreciese t o c a r a l g u n a s m a t e r i a s sab r o s a s de h u m a n i d a d , n o p o r tanto querría p e r d e r l o m á s p o r lo m e n o s , p u e s del u n e s t u dio m e p r e c i o en lo p r i n c i p a l , y el otro e s t u d i o tengo p o r a c c e s o r i o y de r e c r e a c i ó n . » su afición Esta a l e s t u d i o de las h u m a n i d a d e s le h i z o v e r s a d o en l a l e n g u a l a t i n a , y a s í l o d i c e c o n i n g e n u a i n m o d e s t i a en el l u g a r ya i n d i c a do: « P o r q u e a u n q u e el trabajo-ha s i d o m u y m a y o r q u e s i en l a l e n g u a l a t i n a , de que yo m e precio, escribirlo quisiera... yo me siento por b i e n r e m u n e r a d o y pagado de h a b e r l o p u e s t o en e s t i l o que a t o d o s n o t o r i o f u e s e . » D e d ú c e s e t a m b i é n de s u s p r o p i a s p a l a b r a s que vivía en M a d r i d , y q u e s u p e r m a n e n c i a e n el M o n a s t e r i o de O ñ a f u é m e r a m e n t e a c c i d e n tal: « U n a de las c a u s a s m á s p r i n c i p a l e s que c o n toda v o l u n t a d m e m o v i ó a hacer m u d a n z a de lacorte p a r a v e n i r a este m o n a s t e r i o de O ñ a , d o n de a l p r e s e n t e v u e s t r a m e r c e d y el s e ñ o r D o n P e d r o s u h e r m a n o r e s i d e n , fué p o d e r testificar de vista u n a n o v e d a d tan g r a n d e q u e p o r r a z ó n de s u g r a n d e z a m e n o s q u e c o n verse y c o m p r e n derse p o r v i s t a de ojos tuve p o r d i f i c u l t o s o e i m p o s i b l e de n a t u r a p o d e r a c a b a r de c r e e r l o : q u e c o m o sea m á s y en m a y o r n o v e d a d y m i s t e r i o el verse, tratarse y e n t e n d e r s e que n o el o í r s e y lo que en a u s e n c i a de v u e s t r a m e r c e d se d i c e , he t e n i d o p o r m e j o r el d e t e n e r m e p a r a e s c r i b i r l o , q u e la brevedad de m i p a r t i d a que c o n a l g u n o s o t r o s n e g o c i o s se m e ofrecía.» O c u r r í a esto, c o m o queda i n d i c a d o , en el a ñ o 1550, p u e s el tratado lleva l a s i g u i e n t e fecha: «De a q u e s t a c a s a y m o n a s t e r i o de O ñ a a l o s 8 de O c t u b r e , a ñ o ' d e l n a c i m i e n t o de n u e s t r o S e ñ o r y S a l v a d o r J e s u c r i s t o 1550 a ñ o s » (1). (1) P a d e c i ó , pues, error D . Domingo V a c a a l afirmar que Lasso era monje de San Salvador de O ñ a , porque bien claramente se deduce de los textos alegados que el autor del manuscrito era u n abogado de l a Corte, que fué a aquel C o m o se ve, s o n m u y p o c a s las n o t i c i a s que s o b r e la p e r s o n a del a u t o r se h a l l a n en l a o b r a , p u e s se r e d u c e n a vagas i n d i c a c i o n e s s o b r e s u e d a d , s u p r o f e s i ó n , s u d o m i c i l i o y s u estancia en O ñ a , m o t i v a d a p o r el deseo de o í r h a b l a r a l o s i l u s t r e s j ó v e n e s de la casa de V e l a s c o . P e r o e l l a s , a u n q u e escasas, s i r v e n de p u n t o de p a r t i d a p a r a l a i n v e s t i g a c i ó n , que, n o o b s t a n t e c o n o c e r , c o m o , n a t u r a l m e n t e , c o n o c e m o s , la h u m i l d a d de n u e s t r a s fuerzas, h e m o s de c o n t i n u a r , e m p l e a n d o p a r a ello c u a n t o s recursos podamos haber a mano. monasterio a estudiar l a e n s e ñ a n z a que F r a y Pedro Ponce de L e ó n daba a los sordomudos D . Francisco y D . P e dro de T o v a r . (V. Domingo V a c a , Ponce de L e ó n : Noticias inéditas. — B o l e t í n de la Institución Libre de Enseñ a n z a , 31 de marzo de 1901.) II EL P MOiNASTERIO D E OÑA UEDE a f i r m a r s e que el m o n a s t e r i o de S a n S a l v a d o r de O ñ a f u é l a p r i m e r a c á t e d r a q u e se a b r i ó en el m u n d o p a r a e n s e ñ a r a h a b l a r a l o s m u d o s . E n a q u e l l a c a s a , en efecto, vivió ded i c a d o a esta difícil tarea, d u r a n t e m u c h o s a ñ o s del s i g l o X V I , el m o n j e b e n e d i c t i n o F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n , t e n i e n d o p o r d i s c í p u l o s a v a r i o s j ó v e n e s de e s c l a r e c i d o linaje que h a n p e r p e t u a do la g l o r i a de s u m a e s t r o . G r a n f o r t u n a ha s i d o p a r a l a h i s t o r i a de esta e n s e ñ a n z a q u e l o s a l u m n o s de P o n c e de L e ó n fuesen de n o b l e e s t i r p e , p u e s de o t r o m o d o , y h a b i d a c u e n t a de la h u m i l d a d de a q u e l r e l i g i o s o , p o s i b l e es q u e l a m e m o r i a de s u l a b o r a d m i r a b l e se h u b i e s e perdido para siempre. A n t e s de P o n c e de L e ó n s ó l o se e n c u e n t r a en l a s h i s t o r i a s tal c u a l h e c h o de í n d o l e c a r i t a tiva o b e n é f i c a , r e l a c i o n a d o c o n l a p r o t e c c i ó n a l s o r d o m u d o , m á s bien que con s u e n s e ñ a n z a o e d u c a c i ó n m e t o d i z a d a s a l m o d o que las p r a c t i có nuestro i n m o r t a l benedictino. E n cuanto a los literatos y maestros alemanes, ingleses, suiz o s y franceses que en l o s s i g l o s X V í l y X V U í e s c r i b i e r o n de s o r d o m u d e z o practicaron la e n s e ñ a n z a , es c o s a a v e r i g u a d a que lo h i c i e r o n d e s p u é s de c o n o c e r las o b r a s y l o s m é t o d o s de los c l á s i c o s e s p a ñ o l e s . R e s p e c t o del famoso abate l ' E p é e , a q u i e n l o s franceses, c o n celo patriótico exclusivista^ han proclamado inventor de la p e d a g o g í a de s o r d o m u d o s , c u a n d o c o n s ta, d i c h o p o r él m i s m o , que a p r e n d i ó la l e n g u a c a s t e l l a n a p a r a leer el A r t e de B o n e t , c o m p u e s to d o s s i g l o s a n t e s , f o r z o s o es r e c o n o c e r que, s i f u é v a r ó n de m u c h a v i r t u d y g r a n favorece- d o r de l o s m u d o s , en c a m b i o , c o m o m a e s t r o e i n v e n t o r de p r o c e d i m i e n t o s de e n s e ñ a n z a , o c u p a u n p l a n o i n f e r i o r en l o s anales de la S o r d o m u d í s t i c a , ya que c o n s u s signos m e t ó d i c o s ent r o n i z ó la m í m i c a c o n v e n c i o n a l en las las, y r e t a r d ó d o s c i e n t o s a ñ o s u n a científica escue- evolución que los maestros e s p a ñ o l e s traían orientada hacia la palabra oral. Sobre la prelac i ó n de n u e s t r a p a t r i a en estas m a t e r i a s , a s í c o m o s o b r e el v a l o r de s u s c l á s i c o s y l a interv e n c i ó n del abate l ' E p é e en la e n s e ñ a n z a s o r d o m u d í s t i c a , a g o t a r o n la m a t e r i a en el s i g l o X V U I tres a u t o r e s e s c l a r e c i d o s , a c u y a s o b r a s r e m i t i m o s a l lector: l o s P P . F e i j ó o (1), A n d r é s (2) y H e r v á s y P a n d u r o (3). (1) Teatro Critico. Tomo IV. Disc. X I V . Glorias de España.—Cartas eruditas. Tomo IV, Carta 7.a (2) Carta del ábate Don Juan Andrés sobre el origen y las vicisitudes del arte de enseñar a hablar a los mudos sordos. M a d r i d , 1794. (3) Escuela Española de Sordomudos, o arte para enseñarles a escribir y hablar el idioma español. M a d r i d , 1795. No s e r á ocioso citar a q u í otra r e i v i n d i c a c i ó n que h a llamos en u n libro f r a n c é s poco conocido, y hoy puede decirse que completamente olvidado en las bibliotecas de Medicina. Nos referimos a l a obra de F . J . G a l l y C . Spurzheim Anathomie et phisiologie du systéme nerveux en général et du cerveau en particidier. ( P a r í s , 1810-19.) E n el prefacio dicen estos autores: «Don E m m a n u e l N u nez, Espagnol, d e m e u r a n t á P a r i s , a y a n t e u occasion, pendant l'impression de cet ouvrage, de voir le passage o ü nous dissons que l'on s'est occupé depuis plus de deux cents ans de l'instruction des sourds-muets, nous a com m u n i q u é une notice i n t é r e s s a n t e que nous croyons devoir i n s é r e r i c i toute entiére.» Y a c o n t i n u a c i ó n , y con el t í tulo de Notice sur Vinstruction des sourds-muets en Espagne, se relatan las conocidas vicisitudes de este arte en nuestro pais, d e t e n i é n d o s e especialmente en los o r í g e n e s con Ponce de León. Tiene s i n g u l a r i n t e r é s el siguiente p á r r a f o , que demuestra c u á n negligentes hemos sido siempre los e s p a ñ o l e s en el aprecio de nuestras glorias m á s l e g í t i m a s : « T a n d i s que l'on se disputoit á P a r i s , á A m s t e r d a m et á Londres l a gloire de cette i n v e n t i o n si importante pour l ' h u m a n i t é , on oublioit son veritable auteur, le c é l e b r e et modeste Pedro de Ponce, benedictino espagnol. J e ne sais par quelle é t r a n g e f a t a l i t é on ne cesse, depuis trois siécles, de r a v i r a u x Espagnols l a gloire des services qu'ils ont rendus a u x sciences pour en gratifier des é t r a n g e r s . C'est ainsi qu'on veut aussi leur r a v i r Tart d'enseigner á parler a u x sourds-muets dont l ' i n v e n t i o n leur appartient incontestablement. M a l — XLVIII — P o d e m o s , p u e s , a f i r m a r que el b e n e d i c t i n o l e o n é s P e d r o P o n c e f u é el p r i m e r m a e s t r o de s o r d o m u d o s q u e h u b o en el m u n d o , y que su monasterio de San S a l v a d o r de Oña merece c o n r a z ó n el g l o r i o s o t í t u l o de p r i m e r a c á t e d r a de esta e s p e c i a l i d a d . C o n v i e n e , p o r lo tanto, que el l e c t o r del T r a t a d o , de L a s s o , tenga a l g u n a n o t i c i a de esta C a s a . E l m o n a s t e r i o de S a n S a l v a d o r de O ñ a , si- t u a d o en t i e r r a de B u r g o s , c e r c a de B r i v i e s c a , es u n o de l o s m á s f a m o s o s en l a h i s t o r i a de la O r den b e n e d i c t i n a de E s p a ñ a (1). F u é f u n d a d o en los p r i m e r o s a ñ o s del siglo X I por los C o n d e s de C a s t i l l a D o n S a n c h o G a r c í a y D o ñ a U r r a c a s u m u j e r , p a r a r e t i r o de s u h i j a T i g r i d i a , que flo- heureusement, les Espagnols ont n é g l i g é l a d é c o u v e r t e de leur compatriote, tandis que Ies é t r a n g e r s l'ont dóveloppée et p o r t é e á u n haute d é g r ó de perfection. U n e chose remarquable c'est que les savans auteurs des Mémoires de Trevouxqni auroient d ú connoítre et nommer l'auteur de cette invention, le b é n é d i c t i n Pedro de Ponce, se servent des expressions á'une novelle méthode, en parlant de l a m é t h o d e d'enseignement de W a l l i s et d ' A m m a n . » E s t e N ú ñ e z es D . M a n u e l N ú ñ e z de Tabeada, escritor y g r a m á t i c o bien conocido. (1) L a Orden benedictina en E s p a ñ a esttivo d i v i d i d a en dos Congregaciones hasta 1835, en que fué s u p r i m i d a : l a Tarraconense, o de los claustrales, y l a Vallisoletana, o e s p a ñ o l a . E s t a segunda c o m p r e n d í a cuatro partidos o provincias: G a l i c i a , Campos, Rioja e Indiferentes; San S a l vador de O ñ a c o r r e s p o n d í a a l a provincia de l a Rioja. — XLIX — recio en tan g r a n v i r t u d q u e f u é elevada a l a d i g n i d a d de l o s a l i a r e s . E n l o s c o m i e n z o s , el m o n a s t e r i o f u é de l o s l l a m a d o s d ú p l i c e s , es d e c i r , q u e t e n í a r e l i g i o s o s de u n o y o t r o s e x o , s i e n d o la p r i m e r a p r e l a d a o abadesa de l a s m o n j a s D o ñ a O n e c a o í ñ i g a , h e r m a n a d e l C o n d e fundad o r , a l a c u a l s i g u i ó S a n t a T i g r i d i a , c u a n d o tuvo edad y e n t e n d i m i e n t o p a r a el g o b i e r n o . P o r l a d e v o c i ó n de l o s f u n d a d o r e s y estas o t r a s c i r c u n s t a n c i a s f a m i l i a r e s , f u é dotado el m o n a s t e rio con grandes bienes, a d s c r i b i é n d o l e u n a j u risdicción d i l a t a d í s i m a , que c o m p r e n d í a m u c h a s l e g u a s , i g l e s i a s , v i l l a s y l u g a r e s de la t i e r r a c a s t e l l a n a , y , s i n d u d a , c o m o s u p o n e el P . F l ó rez (1), este e x c e s o de r i q u e z a e n t i b i ó el e s p í r i t u de las m o n j a s , que, p o c o s a ñ o s d e s p u é s de l a m u e r t e de S a n t a T i g r i d i a , l a abadesa i n f a n t a , «ya n o vivían en a q u e l l a R e a l G a s a c o m o c o r r e s p o n d í a » . I m p ú s o s e entonces u n a reforma: «no dando buena cuenta las monjas, fueron exc l u í d a s de a l l í , y q u e d a r o n l o s m o n j e s s o l o s » . E l rey D o n S a n c h o de N a v a r r a , en q u i e n h a b í a r e c a í d o el c o n d a d o de C a s t i l l a , p o r s u m a t r i m o n i o c o n D o ñ a N u ñ a , hija d e l f u n d a d o r , trajo a O ñ a m o n j e s b e n e d i c t i n o s d e l M o n a s t e r i o de (1) E s p a ñ a Sagrada, tomo X X V I I , cap. V . S a n J u a n de l a P e ñ a , que el p r o p i o rey h a b í a t a m b i é n r e f o r m a d o , e s t a b l e c i e n d o en é l , m e d i a n t e el a b a d P a t e r n o y o t r o s nes, santos varo- la observancia cluniacense. Reformado a s í el m o n a s t e r i o de O ñ a , le f u e r o n otorgados nuevos privilegios ensancha- c a n ó n i c o s , que ron convenientemente s u prestigio espiritual y social. P o r a q u e l l o s t i e m p o s floreció en esta c a p i t a l el m o n j e Oneco o í ñ i g o (1035-1068), c u y a h i s t o r i a es de las m á s b e l l a s de n u e s t r a h a g i o g r a f í a . F u é elegido a b a d de O ñ a , y p a r a que aceptase l a prel a c i a , h u b o de i r el p r o p i o rey D o n S a n c h o a sac a r l e d e l a p a r t a d o r e t i r o agreste d o n d e vivía entregado a l a o r a c i ó n , l a p e n i t e n c i a y el s e r v i c i o del p r ó j i m o . L a vida de S a n í ñ i g o r e c u e r d a , en m u c h o s de s u s e p i s o d i o s , l a d e l a d m i r a b l e S a n F r a n c i s c o : c o m o é s t e , S a n í ñ i g o p a s ó p o r el m u n do e n t r e g a d o p o r entero a la c a r i d a d , h a c i e n d o el b i e n a todos, s i n a c e p c i ó n de p e r s o n a s , gran- des y p e q u e ñ o s , b u e n o s y m a l o s , c r i s t i a n o s , m o r o s o j u d í o s , y c u i d a n d o e s p e c i a l m e n t e de l o s p o b r e s . V a r ó n de s u b l i m e e s p i r i t u a l i d a d , p a r e c í a h a c e r s i d o l i b r a d o p o r D i o s de l a s t r a bas de la m a t e r i a ; s u vida e s t á l l e n a de m i l a g r o s estupendos; f u é h o m b r e de g r a n a u t o r i d a d y consejo, y en varias ocasiones l o g r ó apaciguar l a s b á r b a r a s c o n t i e n d a s de b a n d o s y p u e b l o s e n e m i g o s , l i b r á n d o l o s de la g u e r r a y l a e f u s i ó n de s a n g r e ; n o o b s t a n t e lo elevado de s u d i g n i d a d , vivía c o n s u m a s e n c i l l e z , e n t r e g á n d o s e frec u e n t e m e n t e al trabajo m a n u a l c o m o u n s i e r v o de l a g l e b a . S u m u e r t e f u é s a n t í s i m a , c a u s a n d o d o l o r u n i v e r s a l : N o n solum c h r i s t i a n i — dice u n p a n e g í r i c o de la é p o c a — , sed e t i a m j u d a e i , atque p a g a n i j i n g e n t i fletu^ scissis e t i a m vestimentiSj a d S . E n n e c o n i s e x e q u i a s convenerunt (1). M u r i ó el a b a d í ñ i g o en 1068, y f u é c a n o n i z a d o e n 1160 p o r el P a p a A l e j a n d r o III. E l m o n a s t e r i o s i g u i ó m u y favorecido p o r l o s reyes, p r í n c i p e s y m a g n a t e s de l a é p o c a , q u e le e n r i q u e c i e r o n c o n especiales d o n e s y p r i v i l e g i o s , y q u i s i e r o n ser e n t e r r a d o s en é l . Allí r e p o s a n , efectivamente, l o s c u e r p o s del C o n d e D o n S a n c h o , el f u n d a d o r , de l a C o n d e s a s u m u j e r , y de s u h i j o , el d e s g r a c i a d o D o n G a r c í a , a s e s i n a d o p o r l o s V e l a s en L e ó n ; de l o s reyes D o n S a n c h o el M a y o r de N a v a r r a , y de s u m u j e r , y D o n S a n c h o II el de Z a m o r a ; y de l o s infantes D o n G a r c í a , hijo del e m p e r a d o r D o n A l f o n s o V I I , y D o n F e l i p e y D o n E n r i q u e , h i j o s de D o n S a n - (1) D o n J u a n , discípulo de San I ñ i g o , Ap. Flórez, loe. cit. — LII — cho I V el B r a v o . Y a c e n estos r e s t o s en m a g n í ficas a r c a s de n o g a l tallado, de estilo g ó t i c o , y de e x t r a o r d i n a r i a s u n t u o s i d a d y belleza. O t r a c u r i o s a m e m o r i a de este m o n a s t e r i o e s la referente a la m i l a g r o s a c u r a c i ó n q u e en él a l c a n z ó el hijo de l a r e i n a D o ñ a B e r e n g u e l a , que m á s t a r d e f u é D o n F e r n a n d o 111, el S a n t o : H a l l á n d o s e este n i ñ o gravemente enfermo, «sin p o d e r d o r m i r , c o m e r , n i h a b l a r , l l e n o de g u s a n o s » , d e t e r m i n ó l a r e i n a llevarle a l o s p i e s deu n a i m a g e n de l a V i r g e n M a r í a , que se v e n e r a ba en a q u e l m o n a s t e r i o , y a la q u e a c u d í a n l o s devotos p a r a b u s c a r r e m e d i o en s u s c a l a m i d a des. E l p r í n c i p e r e c o b r ó allí l a s a l u d , y s u abuel o , el rey D o n A l f o n s o , a g r a d e c i d o a tan g r a n m e r c e d del C i e l o , p a s ó a O ñ a en p i a d o s a p e r e grinación, acompañado de v a r i o s c a b a l l e r o s . T o d o esto lo refiere el rey d o n A l f o n s o el S a b i o en u n a de s u s C a n t i g a s : C a dormir nunca podía, nen comía n e m i g a l l a , et uermees d'él s a y a n muitos et grandes sen falla-, ca á morte iá uencera sa u i d a sen g r a n baralla. Mas chegaron log'a Onna et t e ñ e r o n sa u e g i a . Ben per está aos Reis Chamaren Santa María. A n t ' o altar mayor logo E t póis ant'o da R e y n n a U i r g e n santa gloriosa, Rogando-le que a g y n n a E n tan grand'eufermedade Posesse l a meezynna, Se semino do menynno E n a l g ú n tenpo q u e r í a . Ben per está aos Reis chamaren Santa M a r í a . A u i r g e n Sancta M a r í a Logo, con sa p'íadade A c o r r e n ao menynno E t de ssa enfermedade L i e deu saude conprida E t de dormir uoontade; E t depois que foi esperto, Logo de comer pedia. Ben per está aos Reis chamaren Santa M a r í a . A n t e de quinze d í a s F o i esforijad'e guarido T a n ben que nunqa m á i s fora; De m á i s deu-le bon sentido. E t quand' el rey don Alffonso Ouu'este miragr'oydo. Logo se foi de camynno. A Onna en romaria. Ben per está aos Reis d'amaren Santa M a r í a (1). (1) Cantigas de Santa M a r í a por Don Alfonso el Sabio. Las publica la Real Academia E s p a ñ o l a . M a d r i d , 1889. C a n t i g a C C X X I : Como Santa M a r í a guarecen en Onna al rei Don Fernando, quand1 era menynno, d'úa grarid'enfermidade que auia. L a copia paleográfica del códice que sirvió a l a A c a d e m i a para esta e s p l é n d i d a edición l a hizo nuestro i l u s t r e deudo, literato y poeta E n las b á r b a r a s g u e r r a s p r o m o v i d a s p o r l a d i s c o r d i a entre D o n P e d r o el C r u e l y s u h e r m a n o y s u c e s o r D o n E n r i q u e , p a d e c i ó m u c h o el m o n a s t e r i o de O ñ a , p u e s p o r él p a s a r o n c o m o u n a t r o m b a las b a n d a s d e l p r í n c i p e de G a l e s , c o n o c i d o c o n el s o b r e n o m b r e de N e g r o , c u a n d o , d i s g u s t a d a s p o r n o r e c i b i r las pagas que les h a b í a p r o m e t i d o el rey, se r e t i r a b a n de n u e s t r a t i e r r a . E n t r a r o n a saco en el m o n a s t e r i o , y p i l l a r o n c u a n t o a m a n o h u b i e r o n . « P o r l o s a ñ o s de m i l t r e s c i e n t o s y s e s e n t a y siete—dice el P . B a r r e d a en s u d e s c r i p c i ó n de O ñ a — p a d e c i ó l a t i e r r a de B u r e b a c o n l a s g u e r r a s que o c u r r i e r o n e n t r e l o s d o s h e r m a n o s el rey D o n P e d r o y D o n E n r i que, p o r q u e h a b i e n d o m e t i d o a q u é l c o n t r a é s t e a l g u n o s t e r c i o s de s o l d a d o s i n g l e s e s , c o n R i c a r d o , p r í n c i p e de G a l e s , y l l e g a d o ' a B u r g o s , h u biesen sido despedidos y m a l pagados, pasa- r o n p o r l o s m o n a s t e r i o s de Ovarenes, V i l e ñ a y O ñ a , d o n d e h i c i e r o n m u c h o s desafueros, pues insigne D . Fausto L ó p e z V i l l a b r i l l e , cuyo nombre figur a a l frente del estudio preliminar de las Cantigas, escrito por el Sr. M a r q u é s de V a l m a r , entre los «literatos que con interesantes noticias o luminosas observaciones han auxiliado a l a A c a d e m i a E s p a ñ o l a en los trabajos de esta p u b l i c a c i ó n » . E l Sr, L ó p e z V i l l a b r i l l e , como tantos otros escritores meritisimos que florecieron a mediados del s i glo X I X , ha sido injustamente olvidado por las generaciones literarias sucesivas. les r o b a r o n toda l a plata y r i q u e z a s que t e n í a n . A u n en V i l e ñ a h i c i e r o n m á s e s t r a g o s , p o r q u e maltrataron a muchas religiosas, poniendo m a n o en ellas, y h a s t a l l e g a r a f o r z a r l a s , e j e c u tando lo m i s m o c o n los seglares. E n O ñ a fué c u a n t i o s o el r o b o , p o r q u e era m u c h a l a r i q u e za que t e n í a de d á d i v a s p r e c i o s a s q u e h a b í a n dado l o s reyes y c o n d e s de C a s t i l l a . H a b í a tres r e t a b l o s de c h a p a de p l a t a c o n v a r i a s i m á g e n e s a l b u l t o de l o s m i s m o s , q u e d e s t r u y e r o n y r o b a r o n . P e r o l o m á s s e n s i b l e f u é u n a a r c a de o r o y p i e d r a s p r e c i o s a s que el rey Do.n S a n c h o M a y o r de N a v a r r a h a b í a dado a l m o n a s t e r i o , toda ella l l e n a de r e l i q u i a s e s p e c i a l e s . C o n este fatal s u ceso q u e d ó el c o n v e n t o en u n d í a despojado de l o que h a b í a c o n s e r v a d o y j u n t a d o en m u c h o s a ñ o s . Q u e d ó el a b a d , q u e l o era p o r e n t o n c e s D o n L o p e R u i z , c a p e l l á n m a y o r d e l rey D o n A l o n s o el X I , c o n tanto s e n t i m i e n t o de este fracaso, que le v i n o a tocar en l a cabeza, pero l l e g ó c o n s u vida a l o s a ñ o s de 1381, y se le p u s o , p o r ord e n de S u S a n t i d a d , V i c a r i o de l a A b a d í a a D o n G a r c í a F e r n á n d e z , s a c r i s t á n m a y o r que era del m o n a s t e r i o . » (1). (1) Este precioso manuscrito ha sido publicado recientemente por el P . H e r r e r a . V . Oña y su Real Monasterio, hoy Colegio de P P . Jesuítas, según la descripción i n é d i - C o n t i n u ó s u g l o r i o s a h i s t o r i a el m o n a s t e r i o , s i e n d o u n o de l o s m á s f a v o r e c i d o s , a s í p o r s u s r i q u e z a s m a t e r i a l e s c o m o p o r las v i r t u d e s y el i n g e n i o de s u s m o n j e s , e n t r e l o s que h u b o a l g u n o s f a m o s í s i m o s . S u s abades eran señores de e x t r a o r d i n a r i o p o d e r í o , y a s i s t í a n a l o s c o n c i l i o s y a la c á m a r a d e l rey, d o n d e t e n í a n m e s a , « c o n tanta a u t o r i d a d y g r a n d e z a c o m o s i fuer a n a r z o b i s p o s de B u r g o s » . E n el s i g l o X V I , que ahora particularmente nos interesa por hab e r s i d o el s i g l o de P o n c e de L e ó n y d e l L i c e n c i a d o L a s s o , el m o n a s t e r i o de O ñ a se h a l l a b a e n s u apogeo. E n el a ñ o 1556, es d e c i r , c u a n d o p r e c i s a m e n t e F r a y P e d r o P o n c e e j e r c í a allí el m a g i s t e r i o de l a e n s e ñ a n z a de sordomudos, p a r ó en O ñ a el e m p e r a d o r y rey D o n G a r l o s I, de p a s o p a r a Y u s t e . E l C é s a r ya c o n o c í a el m o n a s t e r i o , s e g ú n a f i r m a el P . B a r r e d a : «el m a y o r m o n a r c a del orbe—dice—, n o menos que u n C a r l o s V , n o a c a b ó , m i e n t r a s vivió, de p o n d e r a r l e ; y... s i l a v i s t a de este m a g nífico m o n a s t e r i o y delicia del valle en e s t á fundado hubiera precedido a s u que defer- í a del monje de Oña F r . í ñ i g o de Barrera. Introducción y notas históricas por el P. Enrique Herrera y Oria, S. J . M a d r i d : T i p . de l a « R e v i s t a de A r c h . , B i b l . y M u seos», 1917. m i n a c i ó n s a n t a de r e t i r a r s e a Y u s t e , a q u í se h u b i e r a q u e d a d o (1)». A c o m p a ñ a r o n al e m p e r a d o r en a q u e l l a j o r n a d a s u s h e r m a n a s D o ñ a L e o n o r , r e i n a de F r a n c i a , y D o ñ a M a r í a , r e i n a de H u n g r í a , c o n el l u c i d o s é q u i t o que es de s u p o n e r , s i e n d o t o d o s agasajados e s p l é n d i d a m e n te p o r el a b a d , que lo era e n t o n c e s F r a y A l o n s o Z o r r i l l a , y p o r l o s r e l i g i o s o s , p r o m e t i é n d o l e s el m o n a r c a volver a O ñ a s i l a e s t a n c i a en Y u s t e no le s i r v i e r a de s a l u d (2). P o c o s a ñ o s d e s p u é s se r e p i t i e r o n las fiestas y agasajos p a r a h o n r a r a D o n F e l i p e II, que v i s i t ó el m o n a s t e r i o de O ñ a a l r e g r e s a r de I n g l a t e r r a . E x p r e s ó e n t o n c e s el rey el g u s t o c o n que c u m p l í a el e n c a r g o que le h a b í a h e c h o s u p a d r e el e m p e r a d o r de que n o dejase de p a s a r p o r O ñ a , d o n d e r e c i b i r í a g r a n d e c o m p l a c e n c i a en ver a q u e l m a g n í f i c o m o n a s t e r i o y d e l i c i o s o valle. E l rey, c o n a q u e l i m p u l s o a n a l í t i c o y m e t i c u l o s o , que era l a n o t a c a r a c t e r í s t i c a de s u e s p í r i t u , vió y o b s e r v ó todo: el edificio, el p a i saje, l a a s i s t e n c i a de l o s m o n j e s y l a g r a v e d a d y s u m a d e v o c i ó n c o n que c e l e b r a b a n l o s oficios divinos., y todo lo e n c o n t r ó perfecto y a d m i r a b l e , e x c l a m a n d o : « ¿ P o r d ó n d e se e n t r ó , en valle tan cercado, magnificencia tanta?» A n á l o g a s m a n i (1) (2) V . Oña y su Real Monasterio... Id. ihid. — LVin — í e s t a c i o n e s h a c í a n l o s e x t r a n j e r o s que, c o n m o tivo de las g u e r r a s que en r e i n a d o s s u c e s i v o s tuvo E s p a ñ a c o n o t r a s n a c i o n e s del c o n t i n e n t e , v i n i e r o n a n u e s t r a t i e r r a . « L l e g a r o n allí p e r s o nas—dice el m i s m o P . B a r r e d a , testigo de las c o sas que n a r r a — que h a b í a n c o r r i d o a Italia y Alemania: d e c í a n que n i las r e c r e a c i o n e s de F r a s c a t i n i M o n t e Cavallo, de R o m a , l o i g u a l a b a n . E s t a b a n alojados p o r l a p r o v i n c i a de B u r gos l o s tercios de w a l o n e s y o t r a s p r o v i n c i a s de F l a n d e s , que g o b e r n a b a n g r a n d e s varones y c o n d e s de a q u e l l a n a c i ó n , y confesaban que en t o d o s a q u e l l o s E s t a d o s n o h a b í a r e c r e a c i ó n semejante a la q u e t e n í a el M o n s i u r de Oñcij, q u e a s í le l l a m a b a n l o s s o l d a d o s flamencos y capi- tanes a l a b a d » (1). I n i c i a d a l a decadencia del m o n a s t e r i o en ei s i g l o X V I I I , a r r a s t r ó a q u e l l a C a s a u n a vida p r e c a r i a , h a s t a la e x c l a u s t r a c i ó n , en q u e se e x t i n g u i ó t o t a l m e n t e . Desde el a ñ o 1880, la C o m p a ñ í a de J e s ú s tiene establecido en el m o n a s t e r i o s u C o l e g i o M á x i m o ( E s t u d i o s S u p e r i o r e s ) de l a p r o v i n c i a de C a s t i l l a , c u r s á n d o s e en él las fac u l t a d e s de T e o l o g í a , F i l o s o f í a , C i e n c i a s , Sagrada E s c r i t u r a , Derecho y otras d i s c i p l i n a s l i (1) V . Oña y su Eeal Monasterio... — LIX — t e r a r i a s . S o n n o t a b l e s s u s l a b o r a t o r i o s de Q u í m i c a y B i o l o g í a , a s í c o m o el o b s e r v a t o r i o astronómico, con una estación radiotelegráfica, la b i b l i o t e c a y la i m p r e n t a . E l edificio, tal c o m o h o y se c o n s e r v a , desp u é s de tantas v i c i s i t u d e s , es u n a c o n s t r u c ción grandiosa, aunque híbrida y abigarrada: m e z c l a i n f o r m e de e l e m e n t o s de d i v e r s o s e s t i l o s y é p o c a s ( r o m á n i c o , g ó t i c o , renaciente...), predominando el gótico primitivo especialmente en l a m a g n í f i c a i g l e s i a . L l a m a n la a t e n c i ó n del viajero l o s r e s t o s de l a m u r a l l a c o n q u e , a fines del siglo X I V , el a b a d D o n S a n c h o c e r c ó el m o n a s t e r i o , p a r a a s e g u r a r l o c o n t r a las i n c u r s i o n e s g u e r r e r a s , tan frecuentes en a q u e l l o s t i e m p o s : dos r o b u s t a s t o r r e s c u a d r a d a s y u n e n o r m e c u b o , d e s p r o v i s t o de todo h u e c o , rec u e r d a n el tipo del templo-fortaleza, n o r a r o en la h i s t o r i a de n u e s t r a a r q u i t e c t u r a m e d i o e v a l . E l c l a u s t r o , de estilo g ó t i c o ñ o r i d o , es u n a m a r a v i l l a ; fué c o n s t r u i d o a p r i n c i p i o s del s i g l o X V I p o r el a b a d D o n A l o n s o de M a d r i d , y en o p i n i ó n del S r . L a m p é r e z , « f i g u r a r p u e d e d i g n a m e n t e entre l o s m á s f a m o s o s de E s p a ñ a » (1). (1) V , H e r r e r a , Oña y su Real Monasterio. L a m p é r e z y Romea, Historia de la Arquitectura cristiana española en la Edad Media, según el estudio de los elementos y los documentos. Tomo II. M a d r i d , 1909. III LASSO Y PONGE D D E LEÓN E F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n v a m o s a c o p i a n d o ya noticias suficientes para com- poner una biografía: conocemos su patria, s u edad, s u e d u c a c i ó n , s u p r o f e s i ó n religiosa, su m a g i s t e r i o de s o r d o m u d o s , c o n el m é t o d o que e m p l e a b a en la e n s e ñ a n z a , s u s discípulos, su muerte..., hasta sus é m u l o s y sucesores. Consta de m o d o fehaciente q u e e s c r i b i ó u n l i b r o , n o p u b l i c a d o , p o r d e s g r a c i a , de l a c i e n c i a e s p a ñ o la (1). S i D i o s n o s da v i d a y s a l u d , p r o n t o he- (1) Contienen noticias a u t é n t i c a s de Ponce, especialmente los libros siguientes: Ambrosio de Morales, A n t i g ü e d a d e s de las ciudades de E s p a ñ a . A l c a l á de Henares, 1575. C a s t a ñ i z a , L a vida de San Benito, que San Gregorio Magno dejó escrita en latín, traducida en vulgar, con las vidas de. sus discípulos San Mauro y San P l á c i d o . Salamanca, 1583. V a l l e s (Francisco), De iis quae scripta sunt Physice in Libris sacris, sive de sacra Philosophia. L u g d u n i , 1595. Yepes, Coronica general de la Orden de San Benito. Tomo V , Cent. V . V a l l a d o l i d , 1615. A r g á i z , L a soledad laureada por San Benito y sus hijos en las Iglesias de E s p a ñ a . Tomo V I . M a d r i d , 1675. m o s de o r d e n a r estos m a t e r i a l e s , f o r m a n d o c o n e l l o s l a b i o g r a f í a de este l e o n é s , c u y a fuerza de i n g e n i o c o m p a r ó A m b r o s i o de M o r a l e s c o n l a f u e r z a f í s i c a de Diego G a r c í a de P a r e d e s , d i p u tando a estos dos e s p a ñ o l e s c o m o los m á s fam o s o s de s u é p o c a . E l Tratado del Licenciado L a s s o contiene i n t e r e s a n t í s i m a s n o t i c i a s referentes a P o n c e de L e ó n , p r e c i o s a s p a r a l a b i o g r a f í a de n u e s t r o b e n e d i c t i n o . E s t a s n o t i c i a s n o p u e d e n s e r de mayor autenticidad, pues como queda dicho m á s a r r i b a , L a s s o se t r a s l a d ó de M a d r i d a O ñ a c o n el s o l o ñ n de e n t e r a r s e de l a o b r a q u e r e a l i z a b a P o n c e en l o s m u d o s de l a f a m i l i a del C o n d e s t a b l e , y, n a t u r a l m e n t e , h u b o de t r a t a r a l r e l i g i o s o . E x p l í c i t a m e n t e l o dice a s í en el c a p . 1 de ideas p r e l i m i n a r e s : «... el R e v e r e n d o P a d r e F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n , m o n j e o b s e r vante y profeso de l a O r d e n d e l S e ñ o r S a n B e n i t o , en el m o n a s t e r i o de S a n S a l v a d o r , s i t u a d o e n l a v i l l a de O ñ a , s u m a e s t r o de v u e s t r a m e r ced, c o n q u i e n yo m u c h a s veces he c o m u n i c a d o y h a b l a d o s o b r e n o v e d a d tan h u e v a y m i l a g r o sa, j a m á s h a s t a h o y d í a v i s t a n i l e í d a » . De P o n c e de L e ó n tiene L a s s o u n c o n c e p t o altísimo. Encomia su «espíritu, industria y c u r i o s i d a d » , a s í c o m o s u « b u e n a , honesta vida y r e l i g i ó n » ; le l l a m a « e m i n e n t e y excelente v a r ó n » , « o t r o s e g u n d o A r q u í m e d e s » , y le s u b l i m a s o b r e este g r a n filósofo, s o b r e L u c i l l o ü n o r e s , sobre P l a t ó n , sobre Séneca y sobre « t o d o s o t r o s c u a n t o s filósofos n i a u n j u r i s t a s h a h a b i d o en el m u n d o » , l o s c u a l e s « n o a l c a n z a r o n , n i e n t e n d i e r o n , n i t u v i e r o n en n a t u r a por posible que pudieran los m u d o s a n a t u r a hablar con sola i n d u s t r i a , juicio y c u r i o s i d a d de l o s h o m b r e s , c o m o de p r e s e n t e en a q u e s t e m i tratado y o b r e c i l l a se d i s c i d e y n o t a » . P a r a l e l o s a estos e l o g i o s de l a p e r s o n a de P o n c e de L e ó n s o n l o s q u e d e d i c a a l o s r e s u l tados de s u e n s e ñ a n z a . E l caso de que l o s d i s c í p u l o s de P o n c e , m u d o s de n a c i m i e n t o , h a b l a sen clara y distintamente c o m o s i m u d o s no fueran, parécele al Licenciado L a s s o « i n c ó g n i to, n u e v o , m i r a c u l o s o y s o b r e n a t u r a l » , s u p e r i o r a c u a n t o s i n v e n t o s s u r g i e r o n de la m e n t e h u m a n a . S u a d m i r a c i ó n llega a l e x t r e m o del a s o m b r o : « d e c i r que h o m b r e s m u d o s a n a tura—escribe—, c o m o v u e s t r a m e r c e d y el señ o r D o n P e d r o , h a b l e n , lean y e s c r i b a n y se c o n f i e s e n , y que n o les falte n i n g u n a c o s a de a q u e l l a s de q u e n a t u r a n o s d o t ó , o r g a n i z ó y p e r f e c c i o n ó , salvo tan s ó l o el o í r , es la n o v e dad tan g r a n d e y el caso tan m i l a g r o s o , q u e n i leo h a b e r s e visto n i t a m p o c o h a b e r s e o í d o , n i fueran testigos parte p a r a h a c é r m e l o creer, n i c o n h a b e r l o v i s t o y p a l p a d o dejo de estar i n c r é d u l o p a r a a c a b a r de saber c ó m o s e r á p o s i ble p a r a ^ u e se m e c r e a p o d e r l o dar a e n t e n d e r » . C o n v i e n e , s i n e m b a r g o , a d v e r t i r que este y o t r o s calificativos e n f á t i c o s y e x t r e m o s o s n o h a n de t o m a r s e en s u s i g n i f i c a d o e s t r i c t o , c o m o s i r e a l m e n t e el a u t o r creyese q u e el t r a t a m i e n t o de P o n c e s o b r e s u s s o r d o m u d o s era, en efecto^ milagroso o sobrenatural. Pudiera inducir a esta o p i n i ó n a s í el a m b i e n t e de r e l i g i o s i d a d de la é p o c a , c o m o la c a l i d a d y el estado d e l m a e s t r o , c u y a s v i r t u d e s l l e g a r o n a tan i n t e n s o g r a do de p e r f e c c i ó n , q u e le v a l i e r o n el calificativo de venerable, c o n q u e le d e s i g n a b a n s u s c o n t e m p o r á n e o s ; y a u n q u e el m i s m o P o n c e d e L e ó n a t r i b u y e l o s r e s u l t a d o s de s u e n s e ñ a n z a o l a i n t e r c e s i ó n de S a n J u a n B a u t i s t a y de S a n í ñ i g o , esto se h a de e n t e n d e r c o m o e f u s i ó n p i a d o s a de u n e s p í r i t u h u m i l d e que, h u y e n d o de la v a n a g l o r i a , c o n f i e s a q u e todo l o b u e n o q u e el h o m b r e hace p r o v i e n e de l a a s i s t e n c i a de l o A l t o . E l L i c e n c i a d o L a s s o a f i r m a de u n m o d o c o n c l u y e n t e el c a r á c t e r c i e n t í f i c o y p e d a g ó g i c o de la o b r a de P o n c e de L e ó n , a q u i e n l l a m a « p r e c e p t o r y m a e s t r o » del joven T o v a r , y e n o t r o s l u g a r e s «ayo y m a e s t r o » , « m a e s t r o y a r tífice que v u e s t r a m e r c e d h a t e n i d o y tiene, q u e ha bastado y o b r a d o c o n s u i n d u s t r i a , s o l i c i t u d y c u r i o s i d a d l o q u e en o t r o s la m i s m a n a t u r a o b r a r n o ha p o d i d o » . E s t o s m i s m o s c o n c e p t o s de i n d u s t r i a , c u r i o s i d a d e i n g e n i o , « e s p í r i t u y j u i c i o de u n h o m b r e » , se r e p i t e n e n v a r i o s l u g a r e s de l a o b r a , y a m p l i a m e n t e se c o r r o b o r a n en el l u g a r ya c i t a d o , d o n d e el a u t o r c o m p a r a la i n v e n c i ó n de P o n c e c o n l a de A r q u í m e d e s y l a de L u c i l l o , p a r a darle l a p r i m a c í a ; p e r o l a idea a d q u i e r e t o d a s u p l e n i t u d e n el pasaje en que L a s s o a l u d e d i r e c t a m e n t e a l l i b r o q u e se s u p o n e e s c r i t o p o r P o n c e de L e ó n y que h á s i d o m o t i v o de i n q u i e t u d y c o n t r o v e r s i a e n t r e l o s a u t o r e s de M u d í s t i c a . Que P o n c e de L e ó n e s c r i b i ó u n l i b r o d o n d e e x p u s o l a d o c t r i n a s o b r e l a e n s e ñ a n z a de l o s s o r d o m u d o s , de q u e fué i n v e n t o r , es c o s a q u e n o ofrece d u d a . N a t u r a l parece, en efecto, q u e u n h o m b r e de saber, a l i s t a d o e n u n a c o r p o r a ción que, como la Orden benedictina, p r o f e s ó s i e m p r e e l c u l t o de las l e t r a s , i n i c i a d o r de u n a nueva disciplina p e d a g ó g i c a , que fué a d m i r a c i ó n de s u é p o c a , y m a e s t r o a f o r t u n a d o de j ó venes m u d o s p e r t e n e c i e n t e s a f a m i l i a s de e s c l a r e c i d o linaje, q u e de d i v e r s o s p u n t o s de E s 5 — LXVI — p a ñ a v e n í a n a l a o c u l t a c e l d a d e l m o n j e en b u s ca de s u e n s e ñ a n z a , n a t u r a l parece, d e c i m o s , que q u i e n se h a l l a b a e n c i r c u n s t a n c i a s tan p r o p i c i a s p a r a dejar e s c r i t a la d o c t r i n a de s u h a b i t u a l o c u p a c i ó n , n o las d e s a p r o v e c h a s e , dejan- d o , p o r d e c i r l o a s í , p e r d e r s e el b i e n que de s u diligencia p o d r í a esperar la h u m a n i d a d . Tan r a c i o n a l c o n j e t u r a tiene, a f o r t u n a d a m e n t e para la H i s t o r i a , u n a p l e n a c o n f i r m a c i ó n e n t e x t o s de v a l o r i n d u d a b l e . E s el p r i m e r o u n o b i e n e x p l í c i t o de F r a y J u a n de C a s t a ñ i z a , m o n j e t a m b i é n de S a n S a l v a d o r de O ñ a , c o n t e m p o r á n e o y c o m p a ñ e r o de P o n c e de L e ó n . F r a y J u a n de C a s t a ñ i z a fué, s e g ú n d i c e n s u s b i ó g r a f o s , v a r ó n i n s i g n e en p i e d a d y s a b i d u r í a , l l e g a n d o a la s u p r e m a d i g n i d a d de G e n e r a l de la O r d e n de S a n B e n i t o en E s p a ñ a , y a o t r o s elevados puestos en l a I g l e s i a y en l a C o r t e . E s c r i b i ó varias o b r a s , en s u m a y o r í a de c a r á c t e r a s c é t i c o y de h a g i o g r a f í a , y tradujo a l c a s t e l l a n o l a vida de San Benito, compuesta p o r S a n G r e g o r i o el M a g n o (1). E n esta o b r a es d o n d e F r a y J u a n (1) Sobre C a s t a ñ i z a pueden consultarse los autores siguientes: Antonio de Yepes, Crónica general de la Orden de San Benito. V a ü a d o l i d , 1621. T o m . V I I . Pág-. 346. Nicolás Antonio, B i b l i o t . hisp. nova. T . I . — LXVII — de C a s t a ñ i z a da n o t i c i a de l a o b r a de P o n c e de L e ó n . « P e d r o P o n c e , m o n j e profeso de S a h a g ú n — dice—, por industria e n s e ñ a a hablar a los m u d o s , d i c i e n d o el g r a n filósofo A r i s t ó t e l e s q u e es i m p o s i b l e ; y ha d e s c u b i e r t o , p o r v e r d a dera filosofía, la p o s i b i l i d a d y r a z o n e s q u e hay p a r a ello, y l o d e j a r á b i e n p r o b a d o en u n l i b r o q u e de ello tiene e s c r i t o » (1). E s t o se p u b l i c a b a en 1583, en v i d a de P o n c e de L e ó n , que m u r i ó en 1584, s e g ú n t e s t i m o n i o de l a p a r t i d a de f a l l e c i m i e n t o p u b l i c a d a p o r el P . F e y j ó o (2); p e r o , t r e i n t a a ñ o s a n t e s , n u e s tro Licenciado L a s s o daba m á s c i r c u n s t a n c i a d a n o t i c i a de l a o b r a de P o n c e en el texto q u e c o p i a m o s a c o n t i n u a c i ó n : « P u e s la n o v e d a d de l a m a t e r i a c o n e l c a s o tan i n c ó g n i t o , n u e v o y m i r a c u l o s o , n o sufre d i s i m u l a c i ó n p a r a q u e deje de e s c r i b i r s e y p u b l i c a r s e , yo n o q u i e r o e s c r i b i r n i tratar la i n d u s t r i a , solicitud y curios i d a d q u e basta a que l o s m u d o s a n a t u r a h a b l e n , p o r q u e a q u é s t a el s o l o i n v e n t o r de e l l a la tiene e s c u l p i d a , g u a r d a d a y r e s e r v a d a p a r a s í . P. G e r ó n i m o Benito Feijóo, Teatro Critico y Cartas eruditas. P . Lorenzo H e r v á s y Panduro, Esmela Española de Sordomudos. (1) Vida de San Benito. Salamanca, 1583. (2) Loe. cit. a u n q u e para que la p u b l i c a s e y sacase a l u z y a todos fuese n o t o r i o , p o r ser el b i e n tan e n c u m brado y universal, nuestro Padre Julio Tercio, c o m o a r e l i g i o s o , y la S a c r a C e s á r e a y C a t ó l i c a Majestad de n u e s t r o i n v i c t í s i m o C é s a r C a r o l o Q u i n t o , c o m o a s u b d i t o n a t u r a l e s p a ñ o l y vasal l o , l o d e b í a n m a n d a r p a r a q u e el m a e s t r o l o hiciese». E l texto de F r a y J u a n d e C a s t a ñ i z a , ú n i c o q u e h a s t a a h o r a se a d u c í a s o b r e el l i b r o de P o n c e de L e ó n , q u e d a , p u e s , a v a l o r a d o c o n el del L i c e n c i a d o L a s s o . A m b o s textos se completan,, p u e s en el de C a s t a ñ i z a se dice que p o r v e r d a dera filosofía, y refutando l a d o c t r i n a de A r i s t ó - teles, d e m u e s t r a P o n c e la p o s i b i l i d a d y r a z o n e s que hay p a r a e n s e ñ a r a h a b l a r a l o s m u d o s , m i e n t r a s que en el de L a s s o se a t r i b u y e a l a o b r a de P o n c e u n c a r á c t e r m á s p r á c t i c o , referido a la industria, solicitud y curiosidad que b a s t a a q u e l o s m u d o s h a b l e n , es d e c i r , q u e a q u e l l a o b r a d e b í a de s e r c o m p l e t a , e s p e c u l a t i va y p r á c t i c a a la vez, fruto de l a m e d i t a c i ó n s a b i a y de l a e x p e r i e n c i a a c t i v a , algo a s í c o m o u n a F i l o l o g í a y u n a G r a m á t i c a de l a m u d e z . S o r p r e n d e desde l u e g o la r e s i s t e n c i a i n d u dable de P o n c e de L e ó n a p u b l i c a r s u obra, g u a r d á n d o l a y r e s e r v á n d o l a para s i , hasta el — LXIX — p u n t o de h a c e r d e c i r a L a s s o q u e era p r e c i s o q u e el p o n t í f i c e y el e m p e r a d o r o r d e n a s e n s u p u b l i c a c i ó n « p o r ser el b i e n tan e n c u m b r a d o y u n i v e r s a l » , s a b i a v i o l e n c i a semejante a l a q u e a h o r a i m p e r a , t a m b i é n p o r r a z o n e s de b i e n p ú b l i c o , en v a r i a s m a n i f e s t a c i o n e s d e l D e r e c h o s o c i a l m o d e r n o , en p u g n a c o n el c l á s i c o i n d i v i d u a l i s m o . N o es de s u p o n e r q u e esta r e s e r v a fuera de c a r á c t e r e g o í s t a y p e d a n t e s c o c o m o l a de a q u e l otro i n s i g n e m a e s t r o y t r a t a d i s t a de e s t a s m a t e r i a s , M a n u e l R a m í r e z de C e r r i ó n , a u t o r d e l c u r i o s í s i m o l i b r o M a r a v i l l a s de N a t u r a l e z a , que y a h e m o s citado (1), p u e s a ello h a b r í a de o p o n e r s e la h u m i l d a d q u e c o n o t r a s v i r t u d e s e n n o b l e c i ó l a v i d a e s p i r i t u a l de P o n c e . A esta m i s m a h u m i l d a d tal vez p u e d a a t r i b u i r s e (1) «Y ¿por q u é no podríamos numerar, entre los mayores [inventos] (aunque sea en causa propia), el arte de ens e ñ a r a leer, escribir y hablar vocalmente a los mudos, o lo sean por haber nacido sordos o por haber ensordecido en l a n i ñ e z por a l g ú n accidente, de c u y a i n v e n c i ó n yo me precio tanto y de que tengo bastantes y calificados ejemplos?... Pues no he de pasar en silencio otra i n v e n t i v a m í a , que no estimo en menos, que es el haber reducido el modo de e n s e ñ a r a leer a método tan fácil y a t é r m i n o tan breve, que pueda u n niño en quince d í a s , y a lo sumo en u n mes, aprender a leer de leido, que en otras partes llaman, decorando con l a perfección que hubiera aprendido dos a ñ o s por el modo con que c o n m ú n m e n t e se enseñ a en las e s c u e l a s . » E a m i r e z de C a r r i ó n , Maravillas de Naturaleza, «A l a curiosidad del lector». la reserva; y a u n el m i s m o t o n o afectuoso de la c o n m i n a c i ó n de L a s s o , que i n d u d a b l e m e n te h a b l a r í a c o n P o n c e s o b r e el p a r t i c u l a r , dem u e s t r a que s ó l o p o r m ó v i l e s elevados se dec i d i ó el a u t o r a g u a r d a r i n é d i t o s u m a n u s c r i t o , al c u a l q u i z á n o a t r i b u y e r a i m p o r t a n c i a c i e n t í fica a l g u n a , y s o l a m e n t e l o redactara a m o d o de estos l i b r o s de a p u n t e s o de m e m o r i a c o n que l o s m a e s t r o s p r e p a r a n las l e c c i o n e s p a r a sus d i s c í p u l o s . V i e n e en a p o y o de esta s u p o s i c i ó n el h e c h o de q u e P o n c e , que c i r c u n s t a n c i a d a m e n t e da n o t i c i a de s u e n s e ñ a n z a en l a e s c r i t u r a m e n c i o n a d a p o r el P . F e y j ó o , no haga en ella n i la m á s r e m o t a a l u s i ó n a l l i b r o . IV LA A DOCTRINA DE LASSO UNQUE l a o b r a de L a s s o o b e d e z c a , e n l a principal i n t e n c i ó n del autor, a u n i n t e r é s p a r t i c u l a r , ya q u e va e n c a m i n a d a a defender el d e r e c h o s u c e s o r i o de D . P e d r o de T o v a r e n el m a y o r a z g o , en m o d o a l g u n o se le p u e d e n e g a r s u c a r á c t e r c i e n t í f i c o q u e el p r o p i o L i c e n c i a d o q u i s o d a r l e , s i n d u d a c o n fines de p u b l i c i d a d . F r e c u e n t e m e n t e , en efecto, el a u t o r l l a m a t r a tado a s u e s c r i t o ; en el t í t u l o o c o m i e n z o de él dice q u e es « o b r a n u e v a y s u t i l » , y en el p r ó l o g o a f i r m a q u e , « a u n q u e es p e q u e ñ o el tratado y lect u r a , n o h a s i d o el trabajo tan p o c o q u e la n o vedad y s u t i l e z a de la m a t e r i a n o s u f r i e r e toda i m a g i n a c i ó n y e s t u d i o » ; y d i r i g i é n d o s e a l o s cenones que, por lo visto, esperaba, a ñ a d e : «leída y t o m a d a a q u e s t a m i o b r e c i l l a y tratada s i n r e n cor y p a s i ó n o mengua, callen los venenosos d e t r a c t o r e s , q u e t i e n e n p o r q u é c a l l a r , p u e s de s i m p l e s e i d i o t a s es el m o r d e r y r o e r , y de s a b i o s v a r o n e s el o í r y ver, y p a r t i c u l a r m e n t e , en s e m e j a n t e s c a s o s , s e c r e t a m e n t e e n s e ñ a r » . Aten* d i e n d o a s u c o n t e n i d o , se ve c l a r a m e n t e q u e est a m o s en p r e s e n c i a de u n a o b r a t é c n i c a , d o n d e se e x a m i n a n c o n a c i e r t o graves p u n t o s de F i l o sofía y de D e r e c h o , e x o r n a d o s c o n m u y c o p i o s a y a d e c u a d a e r u d i c i ó n , , y e x p u e s t o s en e s t i l o liter a r i o , b e l l o y elegante. F i n a l m e n t e , s i n o s fija- m o s en l a f o r m a de p r e s e n t a c i ó n y en el e n t r a m a d o , p o r d e c i r l o a s í , d e l e s c r i t o , v e r e m o s en él l a c o n t e x t u r a de u n l i b r o de í n d o l e d i d á c t i c a , con título descriptivo, dedicatoria, prólogo, d i v i s i ó n en c a p í t u l o s y h a s t a í n d i c e de a u t o r e s c i t a d o s . E l m a n u s c r i t o , p u e s , parece el o r i g i n a l de u n a o b r a d e s t i n a d a a l a i m p r e n t a , y n o p u blicada por causas que hasta ahora nos son desconocidas. M e r e c e a q u í e s p e c i a l m e n c i ó n (y c o r r o b o r a además l o q u e v e n i m o s d i c i e n d o ) la o p i n i ó n del a u t o r s o b r e el d e b e r en q u e se h a l l a n l o s h o m b r e s d o c t o s de d i f u n d i r « l i b r o s y l e c t u r a s de t o d a e r u d i c i ó n y e s t u d i o » , y h a c e r l o en aquel l a l e n g u a q u e m á s f á c i l m e n t e sea a s e q u i b l e a t o d o s ; « p o r q u e tan n e c e s a r i o s s o n l o s h o m b r e s s a b i o s en la r e p ú b l i c a y en las g u e r r a s p a r a gob e r n a r c o m o l o s c a p i t a n e s valientes p a r a la d e : fender y g u e r r e a r ; p o r q u e c u a n d o el s a b e r no ayude a los hombres para enriquecer, ayuda p a r a p o d e r c o n p a c i e n c i a s u f r i r l o s g r a n d e s tra- — LXXIII — bajos y t o r c e d o r e s de esta v i d a , s i n el c u a l n o se p o d r í a n a p o y a r n i esperar; y s i a q u e s t a o b l i g a c i ó n q u e l o s h o m b r e s t i e n e n sea t a n s o l a m e n t e c i v i l , o s i j u n t a m e n t e c o n esto e s t e m o s n a t u r a l m e n t e o b l i g a d o s de d e r e c h o n a t u r a l , d e c l a r a n d o la d o c t r i n a de I n o c e n c i o , en o t r a p a r t e y l u g a r l o e x p o n d r é y copiosamente declararé, p r o c u r a n do cada u n o a h a c e r la paga de a q u e l l o de q u e es d e u d o r , a u n q u e s e a n g r a n d e s p r í n c i p e s y reyes, e n a q u e l e s t i l o y f o r m a q u e m á s ú t i l y p r o v e c h o s o a todas l a s gentes sea. P o r q u e a q u e l l a v e r d a d e r a m e n t e es c i e n c i a q u e m á s p a l p a b l e m e n t e se e n s e ñ a y a t o d o s se p u e d e c o m u n i c a r y participar; y pues para declarar y dar a entender la materia e intento presente n o es t a n coja n i m a n c a la n u e s t r a p r e s e n t e p r á c t i c a e s p a ñ o l a l e n g u a , en e l l a , p o r q u e el b i e n de l a p r e s e n t e n o v e d a d y m a t e r i a a t o d o s l o s e s p a ñ o l e s c o m u n i c a d o fuese, q u i s e t o m a r e l trabajo de f u n d a r en el d e r e c h o c o m ú n en el e s t i l o de l o s d e s e o s de q u e r e r i m i t a r la d o c t r i n a de P l a t ó n , q u e a r r i b a alegado h a b e r n o s , p o r q u e l o s q u e n o l e t r a d o s c o m o l o s q u e se p r e c i a n q u e l o s o n , a t o d o s el p r e s e n t e tratado y o b r e c i l l a p ú b l i c o y n o t o r i o fuese, p o r q u e a u n q u e el trabajo h a s i d o m u y m a y o r q u e s i en l a l e n g u a l a t i n a , de q u e yo m e p r e c i o , e s c r i b i r l o q u i s i e r a p o r r a z ó n de q u e l o s t é r m i n o s d e l d e recho c o m ú n s o n m u y t r a b a j o s o s de s a c a r de s u s l í m i t e s y c u a j o , yo m e s i e n t o p o r b i e n r e m u n e r a d o y pagado de h a b e r l o p u e s t o en e s t i l o q u e a t o d o s n o t o r i o fuese, p o r q u e l o s d e s e o s o s de s a b e r en n u e s t r a l e n g u a e s p a ñ o l a p a r t i c i p e n de l o s secretos a l t i v o s y d e l i c a d e z a s q u e en el profundo derecho c a n ó n i c o y civil e s t á n e s c u l pidas y encerradas. Y pues aqueste, c u r i o s o l e c t o r , h a s i d o m i l o a b l e deseo de q u e r e r h a c e r c o m ú n l o q u e h a s t a a q u í no se t e n í a p o r p o s i ble en n a t u r a n i en d e r e c h o , a n í m a t e en n o t a r y a b r a z a r l a s veras, p o r q u e l a d o c t r i n a de P l a t ó n h a y a y a l c a n c e en ti s u v e r d a d e r o fin y efecto...». H e m o s q u e r i d o r e p r o d u c i r tan l a r g o pasaje, e s c r i t o c o n s i n g u l a r g a l a n u r a , p o r q u e él p r u e ba c o n c l u y e n t e m e n t e el c a r á c t e r c i e n t í f i c o d e l tratado y hace r e s a l t a r a la vez el p a t r i ó t i c o i n tento c o n q u e el a u t o r volvía p o r el p r e s t i g i o de la l e n g u a v u l g a r , t a n m e n o s p r e c i a d a e n t o n c e s por los hombres doctos, que la tenían por i n capaz p a r a l a e x p r e s i ó n c i e n t í f i c a , y e m p l e a b a n el l a t í n en todas s u s o b r a s de esta clase (1). (1) E n t r e m á s de doscientos autores de los siglos X V I y X V I I citados por M e n é n d e z y P e l a y o en l a sección de J u r i s p r u d e n c i a de s u Inventario bibliográfico de la Cien- E s t a m i s m a i n t e n c i ó n d i d á c t i c a se p r u e b a n o t o r i a m e n t e c o n l a d i v i s i ó n q u e el a u t o r hace de s u e s c r i t o , d i s t r i b u y e n d o l a m a t e r i a en p a r tes, tan l ó g i c a m e n t e j u s t i f i c a d a s , q u e n o s h a s i d o m u y fácil redactar c o n s u s t í t u l o s el í n d i ce, perfectamente s i s t e m á t i c o , q u e i n s e r t a m o s a l fin d e l m a n u s c r i t o . N a d a le falta en este p u n to a ia o b r a d e l L i c e n c i a d o L a s s o : n i l a d e d i c a t o r i a , n i el p r ó l o g o , n i l a s ideas p r e l i m i n a r e s n e c e s a r i a s p a r a la fijación de l o s c o n c e p t o s f u n d a m e n t a l e s , n i el d e s a r r o l l o a n a l í t i c o de l a c u e s t i ó n principal, ni los a p é n d i c e s o ampliac i o n e s c o n que c o r r o b o r a y r e m a c h a l a d o c t r i na e x p u e s t a , a u t o r i z á n d o l a a l final, c o m o q u e da d i c h o , c o n u n a tabla o l i s t a de l o s a u t o r e s a l e g a d o s en el texto, « s i n l o s d i c h o s y s e n t e n c i a s q u e se traen de m u c h o s o t r o s filósofos y j u r i s t a s en el p r e s e n t e tratado n o m b r a d o s » , c i r c u n s t a n c i a s todas d e m o s t r a t i v a s de q u e el a u t o r se p r o p u s o c o m p o n e r u n l i b r o y p u b l i carlo impreso. S i desde esta a p r e c i a c i ó n e x t e r n a del l i b r o p a s a m o s a l o q u e m á s i m p o r t a , q u e es s u c o n tenido ideológico, podremos apreciar fácilmen- cia E s p a ñ o l a , no llegan a veinte las obras escritas en castellano. te el g r a n v a l o r q u e e n la c i e n c i a e s p a ñ o l a c o rresponde a la obra del autor. Comprende ésta d o s g r a n d e s p a r t e s : e n la p r i m e r a e x a m i n a m i n u c i o s a m e n t e el L i c e n c i a d o L a s s o la p r i n c i p a l c u e s t i ó n que, s i n d u d a , le m o v i ó a c o m p o n e r e l l i b r o , a saber: el derecho de l o s s o r d o m u d o s q u e h a b l a n a s u c e d e r en l o s m a y o r a z g o s i n t e r d i c t o s a l o s m u d o s (1). L a s e g u n d a parte es u n e s t u d i o de v a r i a s c u e s t i o n e s r e l a c i o n a d a s t a m b i é n c o n la c a p a c i d a d j u r í d i c a de l o s m u d o s en o r d e n a la c e l e b r a c i ó n de l a m i s a y d e p o s i c i ó n c o m o t e s t i g o s . A u n e n esta s e g u n d a parte vuelve f r e c u e n t e m e n t e el a u t o r s o b r e el t e m a d e l m a y o r a z g o , d e m o s t r a n d o a s í q u e esta era la p r e o c u p a c i ó n p r i n c i p a l de s u e s p í r i t u a l c o r n - i l ) A los sordomudos que hablan no puede l l a m á r s e les propiamente mudos; y , en efecto, en el tecnicismo de l a S o r d o m u d í s t i c a se les designa con el nombre de sor doparlantes. Sobre este particular creemos oportuno reprod u c i r a q u í el bello pasaje del prólogo de l a obra Maravillas de Naturaleza, donde E a m i r e z de Carrión, a l ponderar los resultados de s u e n s e ñ a n z a , dice: «El segundo exemplo consumado en todo sea el Marques del F r e s n o [sic] D o n L u i s de Velasco, hermano del Condestable de C a s t i l l a , en c u y a e n s e ñ a n z a me ocupé quatro a ñ o s , y con auer tenido algunos i n t é r n a l o s en ella, que apenas me dexaron lograr los tres, lee, escriue, habla y discurre con tanto acierto que no sele conoce otro impedimento sino el de l a sordez, con q se verifica lo q muchas vezes suele dezir s u S e ñ o r í a : Yo no soy mudo, sino sordo.» R a m í r e z de C a r r i ó n , Maravillas de Naturaleza... p o n e r la o b r a . N o e s t á m a l , p o r lo tanto, el t í t u l o T r a t a d o legal de los mudoSj q u e en la B i b l i o t e c a Real se le p u s o , en el s i g l o X V I I I , a l m a n u s c r i to de L a s s o , y q u e , a l p u b l i c a r a h o r a l a o b r a r hemos c r e í d o conveniente conservar, como m á s e x p r e s i v o que o t r o a l g u n o . E n o r d e n a l a c a p a c i d a d j u r í d i c a de l o s m u d o s , l a d o c t r i n a de L a s s o n o p u e d e ser m á s rac i o n a l n i m á s s i m p l i s t a , c o m o a h o r a se d i c e . N u e s t r o L i c e n c i a d o p i e n s a q u e el sujeto q u e , h a b i e n d o s i d o m u d o , l l e g a a h a b l a r , ya n o d e b e ser tenido p o r m u d o , y h a de c e s a r p a r a é l , p o r lo tanto, l a i n c a p a c i d a d q u e , p o r r a z ó n de la m u dez, r e s t r i n g í a s u a p t i t u d p a r a s o s t e n e r r e l a c i o nes de d e r e c h o . C o n v i e n e a d v e r t i r que esta d o c t r i n a , que a h o r a n o s parece tan r a c i o n a l , n o l o p a r e c í a tanto en l a é p o c a del a u t o r , p o r e s t i m a r s e e n t o n c e s c o m o i m p o s i b l e el q u e l o s m u dos llegasen a hablar y a u n a d i s c u r r i r rectam e n t e . P r e m i s a de la n u e v a c o n c e p c i ó n j u r í d i ca f u é la a d m i r a b l e o b r a p e d a g ó g i c a de F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n , y p o r eso el L i c e n c i a d o L a s s o , a n t e s de e s c r i b i r s u tratado, h u b o de est u d i a r l a en el p r o p i o M o n a s t e r i o de O ñ a , d o n de el i n m o r t a l b e n e d i c t i n o l e o n é s e n s e ñ a b a a h a b l a r a l o s m u d o s . R e l a c i o n a d a c o n esta m a teria, q u e a c e r t a d a m e n t e l l a m a el a u t o r « n u e v a , e x t r a o r d i n a r i a y p e r e g r i n a » , se h a l l a la d i f e r e n c i a q u e L a s s o establece entre l o s m u d o s a n a t u r a y l o s m u d o s e x accidente. E s t a d i f e r e n c i a p u e d e d e c i r s e q u e c o n s t i t u y e el m e o l l o de la o b r a . P a r a el L i c e n c i a d o , l o s m u d o s que el v u l go, docto o i n d o c t o , l l a m a a n a t u r a , n o s o n tales, s i n o m u d o s e x accidente, p o r q u e « p o r r a z ó n del a c c i d e n t e de la e n f e r m e d a d q u e d a n las c r i a t u r a s m u d a s , p o r q u e s i fuese p o r r a z ó n de n a t u r a c o n que nacemos, todos s e r í a m o s sordos y m u d o s ; p u e s s i esto es a s í c o m o es, no se p u e d e n l o s h o m b r e s q u e n o h a b l a n de s u n a c i m i e n t o l l a m a r m u d o s de n a t u r a , s i n o m u d o s e x a c c i dente, p u e s p o r r a z ó n de a l g u n a e n f e r m e d a d dejan de o í r y dejan de h a b l a r , y n o p o r q u e n a t u r a les q u i t e el h a b l a r y el o í r m á s de a q u e l tiempo que regular y c o m ú n m e n t e le q u i t a a t o d o s , a u n q u e el v u l g o haya [sosjtenido y jsosjtenga l o c o n t r a r i o , en q u e se h a n f u n d a d o y se f u n d a n t o d o s l o s q u e h a s t a h o y d í a h a n esc r i t o . Y c o m o l a e n f e r m e d a d es c a u s a d e l apoc a m i e n t o y v e n c i m i e n t o de la v i r t u d q u e basta p a r a i m p e d i r a q u e n o haya n a t u r a l e z a s u c u r s o , a s í , p o r el c o n t r a r i o , o b r a n d o las fuerzas de la v i r t u d , a y u d a d a c o n el favor de n a t u r a l e z a , es parte p a r a e x p e l e r y a l a n z a r l o s c o n t r a r i o s y e n e m i g o s de la e n f e r m e d a d , p a r a q u e l o s q u e — LXXIX l l a m a m o s m u d o s a n a t u r a en la f o r m a s u s o d i c h a p u e d a n h a b l a r y o í r , y d u r a n t e la e n f e r m e d a d l o s tales q u e n o h a b l a n se l l a m a n m u d o s , y q u i t a d a y e x p e l i d a la e n f e r m e d a d , v i e n e n l o s h o m b r e s a o í r y h a b l a r . . . , p u e s , en efecto de v e r d a d , n o hay m u d o , a u n q u e sea de s u n a c i m i e n t o , q u e n o sea e x accidente, q u e b a s t ó a p r i v a r l a s fuerzas de naturaleza.)) N o n e c e s i t a b a , s i n e m b a r g o , el L i c e n c i a d o L a s s o , p a r a defender esta t e s i s , refutar, c o m o l o hace, l a d o c t r i n a a r i s t o t é l i c a en o r d e n al o r i g e n de l a m u d e z . E l filósofo e s t a g i r i t a dice q u e , c o m o todos los h o m b r e s nacen m u d o s , s i vien e n a p e r d e r el o í d o antes de q u e c o m i e n c e n a hablar, quedan m u d o s definitivamente, porque n o p u e d e n a p r e n d e r el lenguaje. L a m i s m a o p i n i ó n e x p u s o P l i n i o e n s u l i b r o I de s u H i s t o r i a N a t u r a l , s i e n d o é s t e el s e n t i r g e n e r a l y c o r r i e n te, a p o y a d o p o r l a r a z ó n y p o r l a e x p e r i e n c i a . T o d o s s a b e m o s , en efecto, q u e l a s o r d e r a , en l o s p r i m e r o s a ñ o s de l a v i d a , es c a u s a condicion a l de l a m u d e z , y p o r eso h a s t a en el v o c a b l o « s o r d o m u d o » va u n i d o el c o n c e p t o o r a l c o n el a u d i t i v o . L a m a y o r parte de l o s m u d o s s o n s o r d o m u d o s , es d e c i r , sujetos q u e , p o r n o h a b e r o í d o l a p a l a b r a , n o h a n p o d i d o a d q u i r í a naturalmente, como los hombres que oyen: los — LXXX d e m á s c a s o s de m u t i s m o q u e c o n s t a n en la p a t o l o g í a del lenguaje (afasias, l a l o p a t í a s d i v e r sas, a s í activas c o m o pasivas) s o n m i n o r í a en l o s e s t a d o s de p r i v a c i ó n o r a l . P r e c i s a m e n t e , l a e n s e ñ a n z a de l a p a l a b r a al s o r d o m u d o se b a s a en esta d o c t r i n a , p u e s tiende a s u s t i t u i r p o r l a vista, mediante lo que l l a m ó J o n h B u l w e r « a r t e filosóflco y s u t i l de la l e c t u r a e n l o s l a b i o s » (1), el v e h í c u l o n a t u r a l de l a p a l a b r a h a b l a d a , q u e es el o í d o . L a s s o n o se c o n f o r m a c o n esta d o c t r i n a , p o r e n t e n d e r a b s u r d a l a s u p o s i c i ó n de q u e el h a b l a r sea «artificio a d q u i r i d o y a p r e n d i d o c o m o las otras artes, y que no p u d i e n d o o í r , no podía deprenderse, y que a s í quedaban los h o m b r e s m u d o s ; p o r q u e esto es e r r o r y f a l s o , p u e s el h a b l a r es c o s a n a t u r a l e n l o s h o m b r e s , s e g ú n l a c o m ú n e s c u e l a de t o d o s l o s filósofos». E l autor confunde a q u í los t é r m i n o s , porque, en efecto, el h o m b r e es u n s e r naturalmente p a r l a n t e , pero esta c u a l i d a d se h a l l a condicio- n a d a , p o r modo i n s t r u m e n t a l , c o n el e x c i t a n t e a u d i t i v o , que t a m b i é n es n a t u r a l a l h o m b r e : d e m o d o q u e el lenguaje es « c o s a n a t u r a l a l o s h o m b r e s » , s u p u e s t a e n e l l o s l a n o r m a l i d a d de (1) Phüocophus. L o n d r e s , 1648. l o s ó r g a n o s que s o n i n s t r u m e n t o s a c t i v o s o p a s i v o s d e l lenguaje. H a b l a m o s a h o r a d e l l e n guaje o r a l a r t i c u l a d o , p u e s el m í m i c o o de acción, que t a m b i é n expresa adecuadamente l o s i n t e r n o s estados del e s p í r i t u , es i g u a l m e n te n a t u r a l a t o d o s l o s h o m b r e s , s i n q u e exija aprendizaje alguno, por s u c a r á c t e r instintivo o de e s p o n t á n e o reflejo de l o s m o v i m i e n t o s d e l alma. E n c a m b i o , el a u t o r , q u e e r r ó n e a m e n t e se opone a la d o c t r i n a a r i s t o t é l i c a del aprendizaje de l a p a l a b r a en el estado de m u d e z , n a d a d i c e de l a o p i n i ó n del filósofo e n o r d e n a la s o r d e r a , o p i n i ó n q u e tan l a m e n t a b l e i n f l u e n c i a ha t e n i do en la e v o l u c i ó n d e l c o n c e p t o de l a s o r d o m u dez, y, c o n s i g u i e n t e m e n t e , en el estado m o r a l y s o c i a l de l o s s o r d o m u d o s . A r i s t ó t e l e s p e n s a b a q u e l o s s o r d o s de n a c i m i e n t o e m i t e n s o n i d o s , p e r o n o p a l a b r a s (1), c o n c e p t o que, p o r e x t e n s i ó n , se h a t r a d u c i d o c o m o u n a negativa de l a r a c i o n a l i d a d de l o s s o r d o m u d o s . P r e d o m i n a n d o esta d o c t r i n a e n l a s e s c u e l a s , se c o m p r e n d e q u e l o s s o r d o m u d o s fuesen e x c l u i d o s d e l c o n cierto social, suponiendo i m p o s i b l e s u educac i ó n , hasta que nuestro Ponce d e m o s t r ó con (1) Historia Natural, l i b . I V , cap. I X . LXXXII — h e c h o s q u e tal c r e e n c i a era e q u i v o c a d a . E l m i s m o R o d o l f o A g r í c o l a , b o r d e a n d o el p r o b l e m a , h u b o de s e n t a r c o m o c o s a e x t r a o r d i n a r i a l a posibilidad de h a c e r e n t e n d e r a los s o r d o m u - d o s (1), y l o s p a n e g i r i s t a s de P o n c e de León f u n d a m e n t a n p r e c i s a m e n t e el m é r i t o de é s t e en h a b e r ideado s u s i s t e m a p e d a g ó g i c o c o n t r a la o p i n i ó n a r i s t o t é l i c a e n t o n c e s a d m i t i d a p o r tod o s . E l L i c e n c i a d o L a s s o n a d a dice s o b r e este p u n t o , en el c u a l t e n í a a n c h o c a m p o p a r a r e f u tar a A r i s t ó t e l e s c o n a q u e l l a g a l l a r d a l i b e r t a d q u e le p e r m i t e e s c r i b i r : « E s t a es m i s e n t e n c i a y. p a r e c e r , f u n d a d a y p r o b a d a en l a f o r m a s u s o d i c h a , [sosjtenga y s i g a A r i s t ó t e l e s l o q u e q u i s i e r e : q u e l a e x p e r i e n c i a de l o q u e v e m o s y o í m o s en n u e s t r o s t i e m p o s n o s hace maestros c o n l a a u t o r i d a d de tan excelentes v a r o n e s , p a r a que contra A r i s t ó t e l e s podamos decir y a r g ü i r t o d o l o c o n t r a r i o (2). (1) Qua i n re ut miracula transeam, quae vidi, surdum á primis vitae annis, et (quod consequens estj mutum, didicisse tamen, ut quaecitnque scriberet aliquis, intelligeret, et ipse quoque tanquam loqui sciret, omnia mentís suae cogitata perscribere posset. De inventione dialéctica, L i b r i tres. P a r í s , 1538. (2) Sobre estas opiniones de A r i s t ó t e l e s , en r e l a c i ó n con l a sordera, escribió nuestro doctísimo amigo el s e ñ o r B o n i l l a y San M a r t í n u n interesante a r t í c u l o titulado Aristóteles y los sordomudos, que publicó el Boletín de la Aso' — LXXXIU — E l a r g u m e n t o a q u i l e s de L a s s o , l o que p u d i e r a l l a m a r s e el leit m o t i v de t o d a s u o b r a , es, c o m o ya h e m o s i n d i c a d o , l a d i f e r e n c i a e n t r e l a m u d e z a n a t u r a y la m u d e z e x accidente, y en t o r n o de él g i r a s u d i a l é c t i c a c o n r i t m o m a c h a c ó n . A s í , a l alegar el texto de l a ley B i s c r e t i s , que prohibe a los m u d o s a n a t u r a hacer testam e n t o , a u n q u e c o n la e x c e p c i ó n en favor del q u e s a b e e s c r i b i r , e s t a b l e c i d a p o r la ley 13, t í t u l o 1.° de l a 6.a P a r t i d a , e n t i e n d e q u e c o n m a y o r m o t i v o se h a de a p l i c a r esta d o c t r i n a a l m u d o q u e e s c r i b e y h a b l a ; y a l c i t a r el t e x t o I t e m s u r d u s et m u t u s de l a l e g i s l a c i ó n j u s t i n i a n e a s o b r e t e s t a m e n t o s , repite que este m u d o es el m u d o e x accidente y n o el m u d o a n a t u r a , p o r q u e tod o s o p i n a b a n e n t o n c e s q u e tal m u d o a n a t u r a no p o d í a llegar a hablar, n i menos a escribir, y que s i los jurisconsultos romanos hubieran p e n s a d o q u e el m u d o p o r e l l o s l l a m a d o a n a t u r a e r a apto p a r a a d q u i r i r l a p a l a b r a , le h a b r í a n favorecido c o m o f a v o r e c i e r o n a l m u d o a c c i d e n t a l en el texto a l e g a d o . C o n c o r d a n t e c o n esta d o c t r i n a es la d e l i m p e d i m e n t o , a s í de h e c h o c o m o de derecho, que d a c i ó n de Sordomudos, de M a d r i d , en s u n ú m . 2 , ° , correspondiente a l mes de diciembre de 1906. — LXXX1V el L i c e n c i a d o L a s s o e x p o n e en lo que él l l a m a tercer f u n d a m e n t o de s u tratado. S i se q u i t a el i m p e d i m e n t o d e l h e c h o , f o r z o s a m e n t e se viene a dar valor a la causa que para la validación del acto se r e q u i e r e : el m u d o tiene en s u p r o p i a m u d e z u n i m p e d i m e n t o de h e c h o q u e le e x c l u ye de l a s u c e s i ó n en el m a y o r a z g o ; desaparec i e n d o l a m u d e z , desaparece el o b s t á c u l o y l a p r o h i b i c i ó n legal q u e es s u c o n s e c u e n c i a . Y c o n el i m p e d i m e n t o de d e r e c h o o c u r r e l o m i s m o , y a u n en g r a d o m a y o r , p o r q u e este i m p e d i m e n t o n o se r e q u i e r e de s u b s t a n c i a , s i n o de f o r m a , c o m o en el c a s o de l a l i c e n c i a d e l c u r a d o r c o n r e s p e c t o al p u p i l o de m e n o r e d a d , o l a d e l m a r i d o en l o q u e se refiere a la m u j e r . U n c o n t r a to h e c h o , s i n l a l i c e n c i a tutelar, p o r u n n i ñ o o p o r u n a m u j e r c a s a d a , n o tiene v a l o r , es « n i n g u n o de d e r e c h o ) ; p e r o « s i se a p r u e b a y ratifica y tiene p o r b u e n o p o r l o s tales c u r a d o r e s y m a r i d o s , el tal c o n t r a t o se hace fuerte y v á l i d o de d e r e c h o , p o r q u e cesa y se e x c l u y e el i m p e dimento del derecho p o r donde eran i n v á l i d o s y n i n g u n o s » . P u e s l o m i s m o acaece c o n l a m u dez: p u e s t o q u e « e n l a s u c e s i ó n d e l tal m a y o r a z g o n o se p u e d e d a r y a s i g n a r de d e r e c h o r a z ó n a l g u n a q u e el h a b l a r l o s h o m b r e s se r e q u i e ra de s u b s t a n c i a p a r a s u c e d e r e n l o s tales m a - LXXXV — y o r a z g o s , s i n o tan s o l a m e n t e de f o r m a ( p o r q u e a q u é s t a es l a q u e da la fuerza a la s u c e s i ó n en l a p r o h i b i c i ó n y e x c l u s i ó n de semejantes m u dos), el tal m u d o , en h a b l a n d o , se hace h á b i l y capaz p a r a s u c e d e r en el tal m a y o r a z g o , y d e s de a q u e l p u n t o y m o m e n t o n o se p u e d e l l a m a r m u d o , y a s í de d e r e c h o h a de s e r f o r z o s a m e n t e admitido». A l m u d o q u e no h a b l a n i e n t i e n d e le c o m p a r a el L i c e n c i a d o L a s s o c o n el n i ñ o que, p o r s u c o r t a e d a d , no p u e d e e n t e n d e r n i h a b l a r ; p e r o s i el m u d o e n t i e n d e y h a b l a , ya n o m e r e c e tal r e s t r i c c i ó n de s u c a p a c i d a d j u r í d i c a , v i n i e n d o a s e r , c o m o el m a y o r n o r m a l , h á b i l y capaz p a r a o b r a r e n d e r e c h o s i n necesidad5 de c u r a d o r . E n este p u n t o advierte L a s s o que t a m b i é n se e x i gen en l o s c o n t r a t o s a q u e l l a s e x p r e s i o n e s q u e d e n a e n t e n d e r c l a r a m e n t e l a v o l u n t a d de l o s c o n t r a t a n t e s , y que « l o s m u d o s p u e d e n c o n traer e s t i p u l a c i ó n p o r s e ñ a l e s i n t e l i g i b l e s , a u n q u e n o h a b l e n » ; y c i t a el caso e s p e c i a l d e l c o n trato m a t r i m o n i a l , n u n c a n i en n i n g ú n caso p r o h i b i d o a l o s m u d o s , d e d u c i e n d o q u e s i en estas r e l a c i o n e s de d e r e c h o , en q u e f o r z o s a m e n t e se h a de e x t e r i o r i z a r la v o l u n t a d , n o hay i n t e r d i c c i ó n p a r a el m u d o q u e n o h a b l a , m u c h o m e n o s debe h a b e r l a p a r a el q u e h a b l a en lo que se refiere a l a s u c e s i ó n de l o s m a y o razgos. E n t r a n d o en l a m a t e r i a p r o p i a de l a testam e n t i f a c c i ó n , d i s c u r r e c o n i g u a l c l a r i d a d y se e x p r e s a c o n la m i s m a e l o c u e n t e c o n v i c c i ó n el L i c e n c i a d o L a s s o , c o m e n t a n d o textos de l a l e g i s l a c i ó n r o m a n a y de la ley de P a r t i d a s o b r e la c a p i t i s d i m i n u t i o y l a m u d a n z a del estado del testador. S u t i l m e n t e a n a l i z a L a s s o el es- tado p s i c o l ó g i c o del f u n d a d o r del m a y o r a z g o que, p e n s a n d o q u e el m u d o no h a b í a n u n c a de h a b l a r , l o e x c l u y ó de l a s u c e s i ó n , l l a m a n d o a otros e x t r a ñ o s , en quienes seguramente no h u b i e r a p e n s a d o s i el l e g í t i m o y n a t u r a l s u c e s o r h a b l a r a . P e r o he a q u í que l o que el t e s t a d o r t u v o p o r i m p o s i b l e acaece, y el m u d o h a b l a , y e n t o n c e s « s e ha de p e n s a r y c o n s i d e r a r q u e en el m i s m o i n s t a n t e y m o m e n t o q u e h a b l a , s e r la v o l u n t a d del testador q u e sea l l a m a d o y a d m i t i d o en l o s tales m a y o r a z g o s : q u e a s í c o m o se m u d ó el estado e n el h a b l a r , a s í de d e r e c h o se ha de p e n s a r ser m u d a d a l a v o l u n t a d d e l test a d o r o f u n d a d o r en l a tal i n s t i t u c i ó n . . . » . Y p u e s es d o c t r i n a r e g u l a r y c o r r i e n t e que en l a i n t e r p r e t a c i ó n de la v o l u n t a d de l o s f u n d a d o res l o s favores se h a n de a m p l i a r y l o s c a s o s o d i o s o s se h a n de r e s t r i n g i r , «el m u d o de na- — LXXXVII t u r a se h a de d a r p o r n o m u d o , p u e s h a b l a , . , , y en e s p e c í f i c a f o r m a h a b l a n d o , se viene a v e r i ficar y c u m p l i r la voluntad y consentimiento d e l q u e f o r m ó e i n s t i t u y ó el d i c h o m a y o r a z g o » . R e c a l c a n d o m á s s u tesis de q u e n o hay m u d o s a n a t u r a desde el m o m e n t o en q u e , c o n la enseñ a n z a descubierta y practicada por Fray Pedro P o n c e de L e ó n , t o d o s p u e d e n l l e g a r a h a b l a r , e n t i e n d e L a s s o q u e ha de i n v o c a r s e a q u í , p a r a la i n v a l i d a c i ó n de l a p r o h i b i c i ó n s u c e s o r i a , el e r r o r de n o m b r e p a d e c i d o p o r el f u n d a d o r a l l l a m a r m u d o s a n a t u r a l o s q u e , en r e a l i d a d , s o n m u d o s e x accidente. E l a r g u m e n t o es de u n a f u e r z a a b r u m a d o r a : «El n o h a b l a r e l m u d o es p o r r a z ó n de a l g u n a e n f e r m e d a d q u e h i z o c a m b i a r el c u r s o de n a t u r a , y n o o b s t a n t e q u e el v u l g o a a q u e s t o s tales l o s l l a m e m u d o s a n a t u r a , en efecto e n v e r d a d n o deja de s e r e r r o r , p u e s p o r r a z ó n de l a e n f e r m e d a d se h a n de l l a m a r v e r d a d e r a m e n t e m u d o s e x accidente y n o m u d o s a n a t u r a . . . , y l o s m u d o s e x accidente n o s o n e x c l u s o s en la s u c e s i ó n de l o s tales m a y o r a z g o s ; l u e g o b i e n se s i g u e q u e p o r el m i s m o caso no s e r á n e x c l u s o s los que han l l a m a do y l l a m a n m u d o s a n a t u r a , a s í c o m o c o m e n z a r e n perfectamente a h a b l a r , p u e s p o r r a z ó n de la h a b l a se a v e r i g u a y j u s t i f i c a s e r mudos — Lxxxvm — e x accidente, p u e s hablan^ c e s a n d o el i m p e d i m e n t o q u e les i m p i d e el h a b l a r , y n o m u d o s a n a t u r a ; y que a q u e s t o j u r í d i c a m e n t e se p r u e b a por lo q u e d i c h o y alegado h a b e m o s , y s e r a q u e s t a l a v o l u n t a d d e l testador y f u n d a d o r del d i c h o m a y o r a z g o , n o t a b l e m e n t e se colige p o r lo q u e dice el B a r t o l o . . . » R e m a t a y se l l a L a s s o l a p r i m e r a y p r i n c i p a l parte de s u a d m i r a b l e o b r a a l e g a n d o que, puesto q u e el m u d o q u e n o h a b l a n o puede retener en s í n i n g ú n feudo, a contrario^ el m u d o p a r lante es h á b i l y capaz p a r a e l l o , y , p o r a n a l o g í a , p a r a la s u c e s i ó n en l o s m a y o r a z g o s . A ñ a d e que en tanto ha l u g a r la v o l u n t a d y d i s p o s i c i ó n del testador, en c u a n t o n o fuere c o n t r a r i a a l d e r e cho c o m ú n ; y mientras otra cosa no determine el f u n d a d o r , la s u c e s i ó n h a de s e g u i r el o r d e n de l e g í t i m a d e s c e n d e n c i a e s t a b l e c i d o p o r el d e r e c h o : «y s i e n d o h á b i l e s y l l a m a d o s de d e r e c h o n a t u r a l , en el m i s m o i n s t a n t e y m o m e n t o e s t á o b l i g a d o el tal f u n d a d o r en el foro de s u c o n c i e n c i a ; y p u e s tiene esta o b l i g a c i ó n el tal f u n d a d o r , n o se p r e s u m e de d e r e c h o q u e r e r e x c l u i r y e x t r a ñ a r a l o s tales m u d o s q u e h a b l a n , antes de d e r e c h o s o n a d m i t i d o s y l l a m a d o s s e g ú n l o s f u n d a m e n t o s y textos q u e alegado h a bemos». LXXXIX — E n l a s e g u n d a parte d e l T r a t a d o , el a u t o r « m u e v e algunas c u e s t i o n e s » relacionadas t a m bién con la capacidad j u r í d i c a y la c o n d i c i ó n s o c i a l de l o s m u d o s , en l a s que b r i l l a c o n f u l g o r e s de p r i m e r a m a g n i t u d s u c o n s o l a d o r a doct r i n a de d i g n i f i c a c i ó n de l o s seres h u m a n o s p r i v a d o s d e l o í d o o de l a p a l a b r a . E n el aspecto filosófico, y a u n en el e s p e c i a l m e n t e t é c n i c o de la m u d e z , r e s u l t a n e s t o s a r t í c u l o s l o m e j o r de l a o b r a , c o m o p o d r á a p r e c i a r el d i s c r e t o l e c t o r , a d m i r a n d o en e l l o s la s a g a c i d a d y la n o v e d a d de ideas c o n que el L i c e n c i a d o L a s s o s u p o e l e varse s o b r e las que e r a n c o r r i e n t e s e n t r e l o s s a b i o s de s u t i e m p o . L a p r i m e r a de estas c u e s t i o n e s es de g r a v e d a d e x t r a o r d i n a r i a , c o m o que se refiere n a d a m e n o s q u e a l a c a p a c i d a d de l o s m u d o s p a r a c e l e b r a r el s a c r i f i c i o de l a m i s a . R e c t a m e n t e , sin subterfugio alguno, aplica a q u í nuestro L i c e n c i a d o s u d o c t r i n a s o b r e la m u d e z a c c i d e n t a l de l o s s o r d o m u d o s que h a b l a n , p r e s u p u e s t a s i e m p r e , y este es u n p u n t o e s e n c i a l de la tes i s , l a i n t e g r i d a d de l a m e n t e d e l sujeto. ¿ C u á l es la f u n c i ó n de l a p a l a b r a en el acto de l a m i s a ? E l a u t o r establece u n a d i s t i n c i ó n , v i e n d o en l a m i s a d o s p a r t e s , u n a m e r a m e n t e r o g a t o r i a o de o r a c i ó n , y o t r a de o b l a c i ó n y s a c r i f i c i o m e d i a n - te l a c o n s a g r a c i ó n e u c a r í s t i c a . P a r a l o p r i m e r o , l a p a l a b r a s ó l o se r e q u i e r e p r o f o r m a ; n o a s í p a r a la c o n s a g r a c i ó n , en que l a p a l a b r a es de s u s t a n c i a . E n a q u e l l o s pasajes de l a m i s a q u e n o s o n s u s t a n c i a l e s a l a c o n s a g r a c i ó n , s i n o sol a m e n t e « m e d i o s y o r a c i o n e s c o n que r u e g a el sacerdote por todos los m í s e r o s pecadores, d a n d o l a s g r a c i a s y l o o r e s a D i o s de l o s b i e n e s y m e r c e d e s que n o s h a c e » , e n t i e n d e L a s s o q u e puede el m u d o que no h a b l a d a r s e «a e n t e n d e r p o r s e ñ a l e s y p o r el c o r a z ó n , q u e es lo q u e a D i o s en l a s o r a c i o n e s m á s a p l a c e » ; p e r o n o o c u r r e esto en la c o n s a g r a c i ó n , p o r q u e « l a s p a l a b r a s de l a c o n s a g r a c i ó n de la E u c a r i s t í a s o n d e sustancia, y si a q u é s t a s expresamente no se p r o n u n c i a n p o r s u b o c a , n i el vino se v o l v e r á s a n g r e n i el p a n se v o l v e r í a y c o n v e r t i r í a en el v e r d a d e r o c u e r p o de N u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s to..., y en tal c a s o c o m o este, n i basta d a r l a s a e n t e n d e r c o n s e ñ a l e s , n i desearlas d a r a entend e r , n i d e c i r l a s c o n el c o r a z ó n » . P o r l o tanto, l o s m u d o s q u e n o h a b l a n p u e d e n « o r a r » en la m i s a , p e r o n o « c e l e b r a r » . N a d a p r u e b a c o n t r a esta tes i s el texto del L e v i t i c o , q u e n o n i e g a la c a p a c i dad s a c e r d o t a l a l o s m u d o s , « p o r q u e c o m o en el T e s t a m e n t o V i e j o no h a b í a la ley de g r a c i a q u e h a y d e s p u é s q u e v i n o a l m u n d o l a L u z de n ú e s - t r a r e d e n c i ó n y s a l v a c i ó n , faltaba el S a c r a m e n to de la E u c a r i s t í a ; y a esta c a u s a e r a n a d m i t i dos los m u d o s por sacerdotes, porque no h a c í a n m á s de o r a r , y a q u e s t o se h a c í a c o n el c o r a z ó n c o m o c o n e x p r e s a s p a l a b r a s ; y c o m o el oficio de l o s s a c e r d o t e s fuese o r a r y r o g a r a D i o s , y a q u e s t o l o p u e d e n tan b i e n h a c e r l o s m u d o s c o m o l o s q u e hablan^ e r a n p e r m i t i d o s en el T e s t a m e n t o V i e j o , y s o n p e r m i t i d o s de p r e s e n t e en l a ley de g r a c i a , en c u a n t o a q u e s to q u e se r e q u i e r e de f o r m a y n o en c u a n t o a l o d e m á s q u e se r e q u i e r e de s u s t a n c i a » . T a l es la o p i n i ó n de L a s s o respecto de l o s m u d o s q u e n o h a b l a n ; p e r o ¿ q u é p e n s a r de l o s que hablan? E l autor reivindica s u doctrina sob r e l a m u d e z e x accidente. S i l o s m u d o s s o n i n c a p a c e s p a r a c e l e b r a r el s a c r i f i c i o de l a m i s a porque no pueden p r o n u n c i a r las palabras s u s t a n c i a l e s de l a c o n s a g r a c i ó n , es c l a r o q u e ios q u e p u e d a n p r o n u n c i a r l a s n o i n c u r r i r á n , en a q u e l l a i n c a p a c i d a d . «Y p u e s v u e s t r a m e r ced y el S r . D . Pedro., s u h e r m a n o , h a b l a n c l a ramente y p r o n u n c i a n las palabras que s o n l a s q u e se r e q u i e r e n de s u s t a n c i a en l a c o n s a g r a c i ó n , e s t á c l a r o que s o n h á b i l e s p a r a p o d e r celebrar.» N i a u n a q u í olvida L a s s o s u c o n d i c i ó n de a b o g a d o , p o r q u e , t a l vez c o n p o c a o p o r - t u n i d a d , dice: «y s i e n d o h á b i l e s y c a p a c e s p a r a t a n alto m i s t e r i o , ¡ c u á n t o m á s y c o n m á s causa s e r á n hábiles justa y c a p a c e s p a r a ejercer y a d m i n i s t r a r las c o s a s m u n d a n a l e s de l o s yorazgos!» Por muy ma- (1). grande que sea el o p t i m i s m o de n u e s t r o L i c e n c i a d o en o r d e n a la c a p a c i d a d de l o s m u d o s , no le ofusca el j u i c i o h a s t a el p u n t o de h a c e r l e a d m i t i r en s u doctrina a todos los m u d o s , c u a l e s q u i e r a que f u e s e n el g r a d o y las (1) L a mudez es u n a de las irregularidades c a n ó n i c a s p a r a l a r e c e p c i ó n del orden sacerdotal, y se comprende en el grupo g e n é r i c o de los defectos físicos a que se refiere l a legislación e c l e s i á s t i c a . A ella puede aplicarse el canon 984 del reciente Codex luris Ganonici, publicado por el P a p a Benedicto X V en 17 de mayo de 1917, que dice asi: «Sunt irregulares ex defectu: ... 2.° Corpore v i t i a t i qui secure propter debilitatem, v e l decenter propter deformitatem, altaris ministerio defungi non valeant. A d impediendum tamen e x e r c i t i u m ordinis legitime recepti, g r a v i o r requisitur defectus, ñ e q u e ob hunc defectum prohibentur actus q u i rite poni p o s s u n t . » E l mismo Cód i g o contiene un canon referente a l a oración de los m u dos, con el qiie concuerda admirablemente l a doctrina e x p u e s t a por Lasso en el texto. Dice a s i : «Can. 936. M u t i l u c r a r ! possunt indulgentias adnexas publicis precibus, si u n a c u m ceteris fldelibus i n eodem loco orantibus mentem ac pios sensus ad D e u m attollant; et s i agatur de p r i v a t i s orationibus, satis est ut eas mente recolant signisve effundant v e l tantummodo oculis p e r c u r r a n t . » Sobre las palabras del matrimonio dice el canon 1.088; «§ 2. Sponsi matrimonialem consensum exprimant verbis; nec aequipollentia signa adhibere ipsis licet, si loqui poss i n t . » (Codex luris Canonici P i i X Pontificis Maximi jussu digestus Benedicti Papae X V auctoritate promulgraíjís,..—Romae: T v p i s P o l i g l o t i s V a t i c a n i s . M C M X V I I I . ) c o n d i c i o n e s de s u deficiencia. Y a h e m o s v i s t o q u e L a s s o se refiere c o n s t a n t e m e n t e a l o s m u dos «que h a b l a n » ; pero, a u n hablando, entiende n u e s t r o a u t o r q u e c o n v i e n e d e t e r m i n a r b i e n l a s c i r c u n s t a n c i a s de este h a b l a r , p a r a d e f i n i r s o b r e s u a p t i t u d en o r d e n a l a s u c e s i ó n . P o r que, c o m o dice el p r o p i o a u t o r , « n o h a b l a r c l a r a y a b i e r t a m e n t e es lo m i s m o q u e n o h a b l a r » , y a ñ a d e que «no podemos decir que habla aquel q u e c l a r a y a b i e r t a m e n t e n o se e n t i e n d e q u e h a b l a , p a r a q u e en e s p e c í f i c a f o r m a se p u e d a decir haberse c u m p l i d o la v o l u n t a d del testad o r » . N o se r e q u i e r e , en v e r d a d , p a r a l o s fines j u r í d i c o s que al L i c e n c i a d o L a s s o interesan, q u e l o s m u d o s h a b l e n tan c l a r a y a b i e r t a m e n t e c o m o s i m u d o s n o f u e r a n , ya q u e « v e m o s de cada día m u c h o s h o m b r e s , que no s o n m u d o s . . . , t o r p e s y t r a b a d o s de l a l e n g u a , q u e h a blan m u y o s c u r a y trabajosamente, y no p o r esta r a z ó n de n o h a b l a r c l a r o y m u y i n t e l i g i b l e en toda p e r f e c c i ó n y e x t r e m o se l l a m a n m u d o s , especialmente que u n o s h o m b r e s hablan m á s tarde y m á s o s c u r o s q u e o t r o s , y n o , p o r tanto, e s t o s tales dejan de h a b l a r , p o r c u y a r a z ó n , en h a b l a n d o , dejan de ser m u d o s » . L a s s o a n a l i z a a q u í s u t i l m e n t e l o s c o n c e p t o s de vos y verbo? s e g ú n l a s ideas de l a é p o c a , p a r a establecer la d i f e r e n c i a q u e e x i s t e e n t r e l a p a l a b r a del h o m b r e y l a voz de l o s a n i m a l e s , a s í c o m o l o s d i s t i n t o s m e d i o s de e x p r e s i ó n del m u d o a natura., q u e n o h a b l a n i puede h a b l a r , y del m u d o e x accidente, que h a b l a y llega a p o s e e r el verbo y l a voz, es d e c i r , «el p e n s a m i e n t o y voluntad de p r o d u c i r l o que se retiene en l o secreto de l a c o n c i e n c i a y p r o n u n c i a r l o y e x p l i c a r l o c o m o se e n t i e n d a » , y t e r m i n a i n v o c a n d o «el a r b i t r i o del j u e z p a r a d i s c e d i r y j u z g a r s i h a b l a el tal m u d o o n o h a b l a , y s i es voz o no es voz l a q u e p r o nuncia». E s t a i n v o c a c i ó n al a r b i t r i o del j u e z , h e c h a p o r u n a b o g a d o en u n a é p o c a t a n e s e n c i a l m e n te l e g a l i s t a c o m o f u é la s u y a , p a r é c e n o s d i g n a de e s p e c i a l m e n c i ó n . P r e c i s a m e n t e , c o m o reacc i ó n c o n t r a la i n f l e x i b i l i d a d p o c o h u m a n a de l a ley, p r e c o n i z a el d e r e c h o m o d e r n o este n u e v o m é t o d o de p r u e b a , q u e c o n s i s t e en la a p r e c i a c i ó n i n d i v i d u a l de c a d a c a s o , s e g ú n l a s p e c u l i a r e s c i r c u n s t a n c i a s que l o definen, y f r e c u e n t e m e n t e le a p a r t a n de l o s c a s i l l e r o s p r e s t a b í e c i d o s p a r a la c l a s i f i c a c i ó n j u r í d i c a . A esta actit u d del j u e z , l i b r e del c r i t e r i o l e g a l i s t a , p a r a p o d e r a p r e c i a r en c a d a h e c h o l a r e a l i d a d v i v i e n te que l o d e t e r m i n a , se h a l l a m a d o p o r l o s t r a t a d i s t a s superlegaly y , en efecto, s o b r e l a l e t r a de la ley e s t á s i e m p r e el e s p í r i t u L i c e n c i a d o L a s s o vió ya esto en c u a n d o se e s c r i b í a n a b r u m a d o r e s a q u i l a t a r las p a l a b r a s de l a s leyes mentadores. de l a v i d a . E l el s i g l o X V I , infolios para y de s u s co- T e r m i n a el L i c e n c i a d o L a s s o s u o b r a e x a minando una cuarta c u e s t i ó n con una profund i d a d de p e n s a m i e n t o y u n a v a l e n t í a de e x p r e s i ó n que s u s p e n d e n el á n i m o d e l leyente. Q u i e re el a u t o r d e s e n t r a ñ a r el v e r d a d e r o s e n t i d o de este consejo que él dice s e r de l a S a g r a d a E s c r i t u r a : « G u a r d a o s de a q u e l l o s a q u i e n e s l a nat u r a s e ñ a l ó . » C o n v i e n e n o p e r d e r de v i s t a que L a s s o e s c r i b í a en p l e n o R e n a c i m i e n t o , c u a n d o e n l o s i n t e l e c t o s i l u s t r a d o s c o m o el s u y o e r a u n d o g m a el c u l t o de la f o r m a , c o m o r e a c c i ó n c o n t r a el e s p í r i t u m e d i o e v a l , m e n o s p r e c i a d o r de la n a t u r a l e z a , a u s t e r o y penitente. N o o c u r r í a entonces c o m o ocurre hoy, que la b u r l a a n t e l o s defectos de l a n a t u r a l e z a fuera s o l a m e n t e c o s a p r o p i a de g e n t e i n f e r i o r e i n e d u c a d a , p u e s l l e n a s e s t á n las h i s t o r i a s y las n o v e l a s de l a é p o c a de pasajes q u e d e m u e s t r a n c ó m o las p e r s o n a s de c l a s e s o c i a l selecta h a c í a n d o n a i r e a c o s t a de l o s l o c o s , l o s t u e r t o s , l o s s o r d o s , l o s c o j o s , l o s t a r t a m u d o s . . . , de t o d o s aquel l o s , en s u m a , «a q u i e n e s l a n a t u r a s e ñ a l ó » . R e - c u é r d e s e que el b e l l a q u í s i m o A v e l l a n e d a motej ó a C e r v a n t e s de m a n c o , c o m o s i a q u e l l a m a n q u e d a d « h u b i e s e n a c i d o en u n a t a b e r n a , y n o en l a m á s alta o c a s i ó n que v i e r o n l o s s i g l o s pas a d o s , l o s p r e s e n t e s , n i e s p e r a n ver l o s v e n i d e r o s » . H a s t a l o s reyes y l o s p r í n c i p e s t e n í a n e n s u s p a l a c i o s , p a r a s u recreo y d i v e r s i ó n , h o m bres deformes, cuya estima social no difería m u c h o de la de l o s p e r r o s . L a i n s t a u r a c i ó n det h o s p i t a l de l o c o s de V a l e n c i a , o b r a del v e n e r a ble J o f r é , p r i m e r a f u n d a c i ó n m a n i c o m i a l del m u n d o , tuvo p r e c i s a m e n t e o r i g e n en u n a p r o testa c a r i t a t i v a de a q u e l a d m i r a b l e v a r ó n c o n tra l a o p i n i ó n p ú b l i c a respecto de l o s l o c o s , que m á s tarde se e n c a r n ó , c o n f o r m a s de p e rennal hermosura, en E l Licenciado Vidrie- r a (1). (1) A u n hoy d í a hay autores d r a m á t i c o s , faltos de i n genio, que para d i v e r t i r a l a canalla sacan a l a escena tipos grotescos, c u y a ridiculez procede ú n i c a m e n t e de defecto físico. Contra semejante g r o s e r í a conviene i n culcar constantemente a l pueblo el respeto a l a personal i d a d humana, c u y a esencial belleza radica en el espír i t u , y recordarle que muchos grandes hombres, que s o n honor y decoro del g é n e r o humano, p a d e c í a n estos defectos: el Tostado era enano; Camoes, tuerto; Cervantes, manco; Beethoven, sordo; M e n é n d e z Pelayo, tartamudo. Recientemente hemos podido admirar u n caso de suprem a c í a de las altas cualidades del e s p í r i t u sobre las menguadas fuerzas de l a materia, y lo hubimos de citar como profundamente consolador en nuestra conferencia sobre l a — XCVI1 — E s t e o t r o L i c e n c i a d o , tan c e l o s o defensor de l o s d e r e c h o s de l o s m u d o s , n o p o d í a c o n s e n t i r que se e c h a r a s o b r e ellos el p e s o de u n a i n e x o r a b l e c o n d e n a c i ó n y que se p u d i e s e n i s i q u i e ra p e n s a r en s u a p a r t a m i e n t o d e l c o n c i e r t o h u m a n o , c o m o s i la p r o p i a N a t u r a l e z a les h u b i e s e Restauración social de los i n v á l i d o s de la guerra ( M a drid, 1916): «Toda l a obra de r e s t a u r a c i ó n social de los i n v á l i d o s de l a g u e r r a es u n canto de optimismo y de confianza en l a s u p r e m a c í a del e s p í r i t u sobre l a fuerza b r u t a de l a materia. S i b u s c á r a m o s u n símbolo de este optimismo idealista, que nos l l e v a a creer en l a hegemon í a del cerebro sobre el m ú s c u l o , lo h a l l a r í a m o s en el i n signe G e n e r a l G o u r a u d , t a m b i é n mutilado de l a g u e r r a , amputado del brazo derecho, con u n a pierna débil, a consecuencia de graves intervenciones q u i r ú r g i c a s , y el pecho perforado por l a metralla. ¿ I m a g i n á i s , tal v e z , que este glorioso i n v á l i d o , que h a servido a s u patria v a lerosamente en m u y diversas regiones del planeta, se halla c ó m o d a m e n t e instalado y descansando sobre sus laureles en a l g ú n palacio suntuoso como el que para los i n v á l i d o s l e v a n t ó L u i s X I V en el arrabal de Saint-Germain? Pues no hay t a l . Este manco, que no puede manejar l a espada; este cojo, que no puede montar a caballo; este hombre enfermizo y estropeado, que no puede resistir grandes fatigas, se halla a l frente de u n Cuerpo de ejército, en d i a r i a lucha con el enemigo, demostrando a s í el alto aprecio en que F r a n c i a tiene las fuerzas del espírit u , que en el G e n e r a l G o u r a u d resplandecen con soberana grandeza. Paralelamente a aquellas palabras de otro manco i n m o r t a l , que dijo que «no se escribe con las canas, sino con el entendimiento, e l c u a l suele mejorarse con los a ñ o s » , p o d r í a m o s decir que no se gobiernan y d i r i g e n los pueblos con los m ú s c u l o s , sino con el poder de l a inteligencia y el c o r a z ó n , el c u a l t a m b i é n suele mejorarse con el s u f r i m i e n t o . » e s t i g m a t i z a d o : p a r a L a s s o , l a m u d e z « n o es s e ñ a l de n a t u r a , s i n o s e ñ a l de e n f e r m e d a d y ñ a q u e z a de m a t e r i a » . N u e s t r o a u t o r , e l e v á n d o s e a las p u r a s r e g i o n e s de u n a s u b l i m e i d e a l i d a d , no admite una i n t e r p r e t a c i ó n material y groser a de a q u e l l a s e n t e n c i a , en la que, a l c o n t r a r i o , cree ver u n s i g n i f i c a d o a l e g ó r i c o y m í s t i c o . E s tos h o m b r e s , en efecto, a q u i e n e s la N a t u r a l e z a s e ñ a l ó , y a l o s q u e « p r o p i a m e n t e se h a de l l a m a r m u d o s . . . , s o n l o s q u e n o se e n m i e n d a n n i c o r r i g e n de s u s c r í m e n e s y e x c e s o s , n i tienen boca n i c o n t r i c i ó n para decir y confesar s u s d e l i t o s y p e c a d o s » , y de e l l o s h e m o s de g u a r d a r n o s c o m o de c o s a m a l a . T a l es la o b r a del L i c e n c i a d o L a s s o , q u e h o y ofrecemos al p ú b l i c o i n t e l i g e n t e , en f o r m a c ó m o d a , p a r a s u fácil e s t u d i o y d i v u l g a c i ó n . D e s e o s o s de p r e s e n t a r l a c o n e l d e c o r o que s u i m p o r t a n c i a merece, h e m o s a p l i c a d o a este trabajo n o p o c o s c u i d a d o s y fatigas. S i c o n esto c o n s e g u i m o s l i b e r t a r l a d e l o l v i d o en q u e i n j u s t a m e n t e yace, d a r e m o s p o r m u y b i e n e m p l e a d o el t i e m p o que h u b i m o s de e m p l e a r en esta á r i - — XCIX — da labor, y si, además, logramos que su lectura despierte en los espíritus cultivados el noble anhelo de penetrar los secretos de la misteriosa región del lenguaje, creeremos que nuestra tarea ha sido recompensada con usura. TRATADO DESCRIPCIÓN DEL MANUSCRITO E l manuscrito del Licenciado Lasso es u n cuaderno de 70 hojas ú t i l e s y dos en blanco, intercaladas en el cuerpo de l a obra. L l e v a cinco hojas de g u a r d a a l p r i n c i pio y cuatro a l fin, l a primera y l a ú l t i m a forradas de papel jaspeado. E l t a m a ñ o es el 8.° m a r q u i l l a e s p a ñ o l (215 mm.). E n l a tercera hoja de g u a r d a se ve l a filigrana de f á b r i c a del papel, que consiste en u n p á j a r o con corona. E n l a segunda hoja de g u a r d a l l e v a l a siguiente i n s cripción, con letra, a l parecer, del siglo X V I I I : « T r a t a d o legal sobre los mudos | 1550 I por E l Licenciado L a s s o . » 1. a hoja del texto: Tratado nuevame | . 2. a hoja: Hueco p a r a l a letra i n i c i a l , que no llegó a d i bujarse. Carta del lic.do lasso al yllustre: |. — F r i s o ornamental de 12 m m . , de estilo Eenacimiento, iluminado con tinta sepia y enlazado con l a letra i n i c i a l T . Todas las veces \ . — P l a n a encuadrada con filete. 4. a hoja: Prologo y p r e f a c c i ó n de l a h o \ . 5. a hoja v : E l autor ultilogo al letor curio \. 10.a hoja: A esta sigue otra en blanco. Hoja 12: P a r a querer tratar materia -v- |. L a i n i c i a l P es ornamental, de estilo Eenacimiento, como l a anterior. Hoja 69: A esta hoja sigue otra en blanco. Hoja 70: M i el presente tratado se alegan los \ . E n el verso de l a primera g u a r d a , forrada de papel jaspeado, l l e v a tres signaturas: dos de ellas, E . 199, se refieren a los antiguos inventarios formados en tiempo de Felipe V , y acreditan que este manuscrito procede del P a l a c i o E e a l ; l a tercera s i g n a t u r a es l a de l a Biblioteca Nacional, y se halla encerrada en u n a cartela: L a e n c u a d e m a c i ó n es en pasta e s p a ñ o l a , con piel a n teada; lomera con nueve espacios separados por filetes de cuatro r a y i t a s imitando las n e r v a d u r a s , con flores estampadas de oro; tejuelo rojo, con esta i n s c r i p c i ó n : Tra | de \ Tova | (1); guardas jaspeadas. (1) Tratado de Tovar. C Tratado. Nueva, mete, compuesto, por el le1 lasso. dirigido e intitulado. (1) al mui illustre. Sor. don Francisco de tobar. (2) En que por nuebo stilo y manera de dezir se examina y funda de Dro. como el mudo an natura, excluso en la institucio de algunos mayorazgos dode se excluyen los mudos, es capaz el tal mudo si ablare para suceder en el dicho mayorazgo, como si nunca ubiera sido mudo examinase la nobedad tan grande de ablar como abla el Sor. Don Franco a quie se dirige la hobra siendo mudo an natura ^ y como es el primero mudo en el mundo que a ablado por industria de barón tocanse algunas questiones ystorias y otras cosas de admirado que en el mundo an acaecido examinase quien es mudo an natura e quien es mudo ex acídente - Dase entendímieto a muchos drs (3) que an ablado en la materia aclarando los errores q. por todos los juristas en este caso se a tenido - es hobra nueba y subtil como De la lectura parece. 5 10 15 — 6 — C Carta del licd0 Lasso. al yllustre: Señor Don Franco de tobar, ligitimo sucesor del marquesado de berlanga - (4) e pariente mayor, de la casa de tobar — en que el 5 autor le enbia y dirige la hobra. Todas las beces que me acuerdo yllustre Señor de lo que el bien abenturado san geronimo dice en el prologo del libro de los R e i s ^ c o m o cada uno fage sacrificio y sirbe a dios como puede meallo tan ani- io mado y consolado que aunque pobre y pequeña mi ofreda faciendo lo que puedo, me parece haber cumplido con lo que debo, en aber dirigido e intitulado aquesta mi hobrecilla. y tratado en la nueba forma y estilo que a. v. m la ofrezco ^ porque como aques- 15 ta sea de tomar en cuenta como figo octabiano agusto en el libro que del arte del edificar bitrubio le intitulo E ansi mismo como figo cómodo gesar en otra hobrecilla que de la forma del arar los campos le ofregio diophenes =-= E como figo el pastorgillo que que20 riendo fager algún serbicio al rrey artaxerxes de persia tomando con las manos del agua de una fuente que estaba por donde el gran Rei persiano pasaba, le ofreció y combido con el agua para que el Rei bebiese q mirado y considerado por el rrei. la boluntad 25 conque el pastorgico fagia la hofrenda. Dando y ofreciendo lo que tenia ^ bajo el Rostro e sin aberlo gana bevio del agua que con sus palmas el pastorgico le pre- s e n t a b a p o r q u e como sea de generosos ánimos Re^ebir con alegre Rostro el presente ^ ase de considerar, no el balor De lo que se da. sino la boluntad con que se ofrece ^ E pues aquesta mia es ^ tan grande con que se encubre y suelda, la quiebra del balor De 5 la pequeña ofrenda y serbicio de aquesta mi nueba yncognita y no oida hobrecilla que a. v. m ofrezco ^ Suplico a v. m. pues no ai en ella falta alguna del balor del agua del pastonjillo la Resgiba con la voluntad que artaxerxes la Resabio, gustando y bebiendo de la v o - 10 luntad del que desea poder mas y baler mas para emplearme en mas que al serbicio de v. m. se ofrezca ^ pues con fagerlo v. m. ansi como se a de fager por los principes y grandes señores ^ quedareRemu- nerado en lo presente y con gran abilanteza (5) y fabor 15 de ocuparme de mayores cosas en lo porbenir — cuya mui yllustre persona guarde ^ nro. Señor dios y entan gran estado aumente y conserve como v. m. Desea Vesa las manos de v. m. EL LIC.D0 LASSO. 20 Prologo y prefaccion de la obra Todas las beges que me paro a pensar, las formas y maneras que los. sabios antiguos an tenido en la i n bencion de las cosas que para el servicio del genero umano se an ynvetado e ymaxinado E aun de algu- 25 ñas modernas que según los juicios de los hombres bemos que de cada dia Resplandecen ^ Sin las quales parece que en la borden del concierto y compás de la bida ^ Diferenciábamos mui pocos y pequeños quilas tes. De los brutos animales y salbajes — no poniendo en cuenta ni computación ia Raíjon umana que es el principal pimiento y aumento de la bida y gobierno de los hombres, me alio tan nuebo y marabillado que me parece sueño lo que bibo y soi - en com- ió paracion de aquello que me parece estar en deuda a! acre edor sobre natural adonde todos guiamos y enderezamos nros. fines y efeíos ^ porque mirando la i n - bencion de las letras que según la determinación y parecer de Sant agustin fueron inbentadas y aliadas 15 por adán, aunque es De contraria oppinion plinio D i ciendo que las letras son eternas E mirando y con- geturando la forma De las menbranas e papel que para escrevir las letras las gentes an aliado ~— como Dice el mismo plinio y marco barron ^ E acordándome e te20 niendo cuenta de cosa tan moderna q con tanta subíilega e delicadeza fue aliada e inbeníada. como es el ymprimir de aquestas letras en las menbranas e papiros que dicho avernos de que son autores polidoro y rraphael bolaterano 25 E aquella forma y nobedad tan acendrada e polida De poder acer escrebir al ciego como cuenta el eminente y Doctissimo Erasmo —- E dando buelta y compasado el juicio de pensar en los - 9— ynbentores de todas las sciencias y artes que según la común oppinion de todos no se puede creer ni pensar que por honbres umanos menos que alumbrados e inspirados por dibina gracia fuesen ynbentadas e aliadas ansi por la obscuridad y subtilega dellas como 5 por el bien tan supremo e unibersal que a todo el genero umano Redunda dellas E desbelado el es- píritu y tragando aquella subtileca de juigio y ymaginacion tan operatiba de aquel excelente filosopho archimedes — De quien cuentan por miraculosa cosa lo, que 10 acia y emprendía con su industria y saber plinio y plutarco y balerío De quien ansimismo dice titio l i - bio q. sola la industria y sciencia del filosopho archimedes Defendió la ciudad de siracusa mui gran tiem- po De los Romanos —= contra los quales a la saqon no 15 bastaba poderlo de gente alguna pues pasando adelante en el cuento de aquel excelente filosopho lucillo unores que fue parte para tenplar el bidro y aceite sufrir martillo ^ partiéndolo y labrándolo ansi como si fuera fino y acendrado oro o plata, como se cuen- 20 ta en las historias Romanas en la bida de tiberio cesar. E por el Rei don alonso el nono en la lectura de la coronica de España «^- E mirando y congeturando grandes subtilegas ynbinciones Delicadegas e ymaginaciones que cada día se nos ofrecen y Representan de grandes sabios theologos e filosophos e juristas que cada un dia Resplandecen co sus eruditas y sapientissimas 25 — 10 — hobras y lecturas en el mundo ^ no se quien osa sacar a luz entre el fino y acendrado y purificado oro — sino fuese alguno animado y ayudado como yo — Debajo de tan subtil yncognito y no oido amparo de la pres senté hobra y m a t e r i a q u e ni archimedes lo alcanco con su geometría, ni lucillo unores lo ymagino con toda su filosophia y artes - ni aristotiles ni platón ni séneca ni todos otros quantos filosophos ni aun juristas a abido en el mundo alcanzaron ni entendieron ni 10 tubieron en natura por posible que pudiesen los mudos a natura ablar con sola industria juicio y curiosidad de los hombres como de presente en aqueste mi tratado y hobreciila se discide (6) y nota ^ E pues el caso es tan yncognito y marabilloso e tan nuebo en su 15 subtilega e industria E curiosidad que parece miraculoso e sobrenatural ^ con que pasa adelante y excede a qualquiera que de archimedes y de lucillo unores y de otro qualquier filosopho que aya sido o sea«-»no me es de ymputar de osadía y atrebimiento de querer 20 osar y abenturarme a escrebir lo que por ningún doctor asta oi en dia a sido leido ni tocado ^ pues la nobedad de la materia con el caso tan yncognito nuebo y miraculoso no sufre Disimulación para que deje de escrebirse y publicarse — yo no quiero escrebir ni tra- 25 tar la industria solicitud y curiosidad que basta - a que los mudos a natura ablen - porque aquesta el solo y n bentor della (7) la tiene esculpida guardada e Reserba- — 11 — da para si ^ aunque para que la publicase y sacase a luz y a todos fuese notorio por ser el bien tan encumbrado e unibersal nro. padre Julio tergio como a rreligioso e la sacra gesarea y catholica mag De nro. inbictissimo cesar charolo quinto como a subdito 5 natural español y basallo lo debían mandar para que el maestro lo ficiese^—mas quiero notar y escrebir la nobedad y miraculoso caso de aber ablado los mudos a natura pues por tan imposible e sobrenatural lo tubieron todos los filosophos antiguos ^ y arrimados 10 aquesta oppinion y parecer pasaro y pasan con ella todos los Doctores y aun legisladores juristas y aun canonistas (8) Dando la rragon de como es posible en lo presente y no faltando en ella de aquello en que an errado los que asta aqui en la materia an escripto 15 tomando el origen y rraiz de aquellos que son mudos a natura y porque causa operación y efeto y de aquellos que llamamos mudos ex acídente ^ En cuya corroboración y ampliación por ser la materia tan nueba y sabrosa tocaremos algunas quistiones jurídicas 20 y filosophicas con que se discide y Remata la presente hobrecilla y tratado ^ por que como sea el trabajo como dice sant pablo a los thesalonicenses. m a dre y señuelo de toda birtud ^ y por el contrario la ociosidad acarrea grandes Resbaladeros y torgederos «-= De donde dice Séneca que el tiempo ocioso sin letras es muerte y sepoltura del hombre ^ E plutarco 25 — 12 - afirma que debe el sabio gastar su OQÍO en egercicio de letras esciencia — y de aqui dice catón que los hobres notables ansi en letras como en sangre, no menor cuenta son obligados a dar de su ociosidad que de 5 sus negocios ^ especialmente que como dice euripides. a los trabajadores dios les ayuda e que sin el trabajo no ai bentura ni fama E tomándose aqueste en cueta con la nobedad de la presente quisto y materia, en que no poco he chimerigado (9) y desentrañado a l io gunos textos y glosas y oppiniones de grandes Doctores ansi juristas como filosophos. ^ aunque es pequeño el tratado y lectura, no ha sido el trabajo tampoco, que la nobedad y subtilega de la materia no sufriese toda ymaginacion y estudio E pues con lo uno se R e - ís media e suelda lo que falta en lo que por bentura leyda y tomada aquesta mi hobrecilla y tratada sin Rancor y pasión no mengua ^ callen los faénenosos detractores que tienen porque callar pues de simples e ydiotas es el morder y R o e r " - y de sabios barones el oir y ber y 20 particularmente en semejantes casos secretamente enseñar ^ porque metiendo cada uno la mano en su seno echando juigio y peso a do llega cada uno con su langa aliará que el sellar la boca como papiro, es birtud y Desenfrenar la lengua como tirano es maldad — 25 EL L LASSO - 13 - El autor, ultilogo al. letor curioso, aprobando (10) quan gran birtud y balor sea la sciencia y dando la rragon por que escribió la hobra en lengua spañola. En gran cuenta estima y balor se a de tener y considerar aquella notable singular y aureola doctrina y sentencia de aquel sapientissimo baro platón ^ que aquella República se a de tener por bien afortunada y dichosa donde los filosophos Reinan e los sabios barones la gobiernan y los principes deprende filosophia y sciencia—De cuya autoridad y doctrina fue gran curioso Emitador y amigo, el rrey philipo de macedonia padre de aquel gran alegandre que según aulo gelio y platón cuenta en tanto tubo aberle nascido el hijo en tpo de aristotiles para que se le enseñase y doctrinase, como De berse padre co sucesor de tan gran estado y rreinado — pues si te quiero Representar y acordar de aquel excelente capitán pirro principe de los epirotos. E de Julio cesar primero emperador del mundo. E de cato censorino el mayor, e de otros muchos q por ebitar prolixidad e no te cansar no escribo — tanto se preciaron de las letras quanto fueron estremados e benturosos e las armas — porque abracando y siguiendo la doctrina de platón, no solamete. ganaro grandes Reinos e bencieron grandes e campales batallas, mas aun cada-; uno dellos escribió libros e lecturas de toda erudición y estudio — porque como 5 io 15 20 25 — 14 ~ dice el emperador justiniano. la i m p e r a t o r i a m a g no tan solamente con las armas mas aun con las letras a de ser amparada Regida y gobernada =-= porque tan necesarios son los hombres sabios en la rrepublica 5 y en las guerras para gobernar como los capitanes balientes para la defender y guerrear — porque quando el saber no ayude a los hombres para enrriquecer ayuda para poder con paciencia sufrir los grandes trabajos y torcederos desta bida. sin el qual no se podrían io apoyar ni esperar E si aquesta obligación que los hobres tienen sea tan solamente cebil ^ o si jotamente con esto, estemos naturalmete obligados de Dro natural, declarando la doctrina de Ynocencio en otra parte y lugar lo expondré y copiosamente declarare - proís curando cada uno a facer la paga de aquello de que es deudor ^ aunque sean grandes principes e rreis en aquel estilo y forma q mas útil y probechoso a todas las getes sea ^-porque aquella berdaderamente es sciencia que mas palpablemente se enseña y a todos 20 se puede, comunicar y participar ^ E pues para declarar y dar a entender la materia e yntento presente, no están coxa ni maca la nra presente pratica y spañola lengua en ella por que el bien de la presente nobedad y materia a todos los españoles comunica- 25 do "-fuese quise tomar el trabajo de fundar el Dro común e el estilo de los deseosos de querer emitar la doctrina de platón que arriba alegado abemos, por — 15 — que los que no letrados (11) como los que se precian que lo son. a todos el presente tratado y hobrecilla publico y notorio fuese porque aunque el trabajo a sido muy mayor q si en la lengua latina de que yo me precio escrebirlo quisiera — por Racon q los términos del Dro común son muy trabajosos de sacar de sus limites y quajo ^ yo me siento por bien Remunerado y pagado de aberlo puesto en stilo que a todos notorio fuese — por q los Deseosos de saber en nra lengua española participen de los secretos altibos y delicadecas que en el profundo Derecho canónico y gebil están esculpidas y encerradas ^ E pues aqueste curioso letor a sido mi loable Deseo de querer acer comum lo que asta qui no se tenia por posible en natura ni en Dro anímate en notar y abracar las beras. por que la doctrina de platón aya y alcance en ti su berdadero fin y efeto«-» 5 10 15 EL L LASSO. Para querer tratar materia tamperegrina subtil ynaudita y delgada, como e la lectura y prosecucio de 20 aquesta mi carta a manera de tratado expondré y declarare — Otro mayor mejor e mas político y acendrado juicio que el mió yllustre Sor. abia de tomar la mano para dar la cuenta y sellar el fin que tan nueva y abentajada materia lo Requiere ^ E l Deseo mió de acertar es loable'—El errar las gentes es umano^—Dar 25 — 16 — períicion a las cosas es divino— y co esto ni parecerá mal a v. m. lo que digere ni se debe de tener empoco lo que ficiere — E l misterio nobedad y miraglo tan grande q. en v. m. y en el Sor. Don pedro de tobar y enRi5 quez su hro (12) se a bisto ni es de olbidalle ni ai Racon porque dexe de escrebirse ansi por la parte de aquello que sobrenatural en v. m. y en el señor Don pedro se a hobrado. como de la parte del maestro y artífice que v, m. a tenido y tiene que a bastado y hobrado con su io industria, solicitud y curiosidad lo que en otros la misma natura hobrar no ha podido ^ p o r q u e haber bisto y ber de cada día hombres a natura mudos que no ablan. es cosa notoria y común entre las gentes y decir que hombres mudos a natura como v. m. y el 15 señor Dompedro ablen lean y escriban y se confiesen E que no les falte ninguna cosa de aquellas de que natura nos Doto organigo y perficiono saibó tan solamete el oir es la nobedad tan grande y el caso tan miragloso que ni leo aberse visto ni tampoco aberse 20 oido ni fuera testigos parte para agermelo creer, ni con aberlo bisto y palpado dejo De estar yncredulo para acabar de sa ber como sera posible para q se me crea poderlo dar a entender En sola una parte me acuerdo aber leído y bisto como el Rei creso de lidia 25 en una batalla fuese bencido y entrada la ciudad fuese preso por el Rei ciro de persia su contrario ^ E un soldado quisiese matalle no conociendo que el Rei creso fuese =-> E bislo por un su yjo a natura mudo que presente co su padre estaba fue tanta la pasión q. tomo. E fue tanta la eficacia que puso por ablar q como tenga tanto dominio el animo sobre el cuerpo los órganos corporales, obedecieron súbitamente a la fuerte Determinación de la boluntad y Rompidas las ligaduras y torpeca de la lengua dio una gran boz y ablo claramente Diciendo, no mates hombre a mi padre que. es el Rei creso que tienes presente que basto para que el soldado tubiese el brazo E por aquella vez el Rei creso no fuese muerto ^ De quien acen mención por ser el caso tan incógnito y marabilloso herodoto y aulo gelio y balerio máximo E por estraño caso digno de toda memoria y rrecordacio le cueta y Relata el curioso y memoratissimo historiador pedro mexia en la su silba de baria lection en la primera parte en el C.0 36 (13) De que no en menos sea de cosiderar y marabillar lo que cuenta el mismo balerio en el libro 1.° de miraculis de un hobre que llamaban Egles atleta que como fuese el bencedor de una lucha y certamen y no le diesen el premio y precio questaba para el bencedor señalado, fue tan grande la fuerga que puso y la pasio que tomo que aunque mudo an natura Rompidas las ataduras de la enfermedad que abian bencido y superado a natura: ablo dando boces pidiedo el premio que le era debido (14) porque ablar las criaturas umanas es hobra De naturaleza aunque algunos an te- 20 25 — 18 — nido que no sino que es arte Deprendida como las otras sciencias y mudarse naturaleza ^ es no ablar las criaturas umanas. por manera que llamar a un hombre que no abla De su nascimiento mudo. Es decir q. cams bio natura aquel ser y perficion de la abla de que nos suele organigar y perficionar. como mas adelante Declarare y expondré en la lectura y perficion sente tratado y hobra del pre- De que no es menos de admi- rar y aun marabillar De un señalado y miraculoso caso 10 semejante al del hijo del Rei creso acaecido en el baile dé trasmiera que confina con la billa de Santander puerto De mar. y con las asturias de sant tillana. (15) y por la parte de medio dia con el valle de carriedo y espinosa de los monteros 15 en un mancebo de la casa y casta De los albarados e que el mismo se llamaba garcilopez De albarado abra cuarenta y cinco añños poco mas o menos, que estando en cierto lugar del mismo baile corriendo un toro o baca e biniese a entrar y meterse en el zaguán de las casas donde al presente 20 huyendo se abia acogido =-> que puso tanta fuerca con el themor de la muerte que temió con la venida del toro, que aunque mudo de natura comenzó a ablar a grades boces diciendo la baca la baca, que aunque yo no lo bi porque ni me alie présete ni mi poca hedad me da 25 lugar para poder testeficallo es mui publico y notorio en el dicho baile de trasmiera e De persona de todo crédito y autoridad particularmente me informe que — 19 — de habello bisto me juro y testefico ser y pasar ansi E que aqueste mogo español, y el hijo del Rei creso hablasen no fue yndustria para que boluntariosamete ayudada natura les yciese ablar. por donde se ace la causa sobrenatural como es en v. m. y en el Sor Don p.0 5 sino fuenja y premia que íorqo necesito y apremio a que explicase la lengua lo que el hijo sentia en el alma con la muerte que tan cercana bia a si y a su padre q. aunque aquestos ablasen toreada naturaleca es común oppinio q oyá. y el uno que fue el hijo del Rei 10 creso a los cinco meses de su nacimiento dice plenamete plinio en el honceno libro que ablo ciertas palabras De donde no se nos representa tan miraculoso caso y misterio como el q de presente tenemos e. v. m. y en el señor don pedro pues ni nunca oyeron 15 ni asta benir a poder de su maestro ablaron palabra alguna <—' pues como dicho abemos lo uno fue por fuerga de hobrar forgada n a t u r a l e z a y lo otro es por boluntariosa yndustria del Reberendo padre frai pedro ponce De león monje obserbante y profeso en la horde de 20 Señor Sant benito en el monasterio de Señor Saní S a l bador situado en la billa De O ñ a su maestro de v. m. con quien yo muchas veces e comunicado y ablado sobre nobedad tan nueba y miraculosa. jamas asta oi dia vista ni leida. cuya solicitud curiosidad y bibega de tan gran spiritu y juicio ace ser en v. m. y en el s.or don pedro, sobrenatural la causa de aquella que 25 — 20 — en el hijo del Rei creso se lee E que otro mudo en el mundo ablase ansí por hobra de naturaleza como por yndustria de baro alguno ni autentícamete se dice ni se lee por ningún doctor ni por persona señalada q. escribiese S i miraglosa y misteriosamente no fuese q ablasé los mudos e oyesen los sordos, como dice sant marcos, en el c.0 7.° bene omnia fecit surdos audire et mutos loqui (16)<^E como dice sant mateo en el c.0 9.° locutus est mutus admírate sunt turbe (17) 10 E que muchas veces se ficiese dios mudo e no quisiere ablar se lee por ysayas en el c.0 53 (18) Diciendo sicut obis coran tondente se obmutescit nom aperuit os suum. Dándonos a entender quanto debemos de ser sordos y mudos para no offender a dios. Y a nros pro- 15 ximos como dice el profeta egechielis c.0. 3. et eris mutus nec casi vir objurgans Y aquestos tales yllustre Señor se pueden llamar mudos pues mudo naturaleza en ellos falta del conocimiento de amar a dios y a sus próximos, como dice el profeta esayas en el c.0 56. uni20 bersi canes muti nombalentes latrare (19) dándonos verdaderamente a entender como si mas claro dixera q. propiamente se llama mudos los que son. descuidados y negligentes en el serbicio de dios y en confesar sus crimines y pecados, de donde ansi mismo ecorro- 25 boracio de lo susodicho dice sát pablo, 1.° ad. corintios c.0 12 ad simulacra muta pro ut ducebamini euntes. Como si mas claro dixera. los hombres sinples y de 21 poco saber q por no querer saber se ban al infierno yñorantes y descuidados del servicio de dios so y se deben de llamar propia y verdaderamente mudos ^ De q. no menos e su propio y berdadero signiñcato podemos llamar mudos aquellos jueces y perlados q. l a - 5 dran y castigan los pobres huérfanos y viudas que no tienen que tomarles e pelarles y cierran los ojos y la boca en la punición y castigo de los Ricos y opuletos les dan y arrojan en que se cebe como se nota en la persona de balaam in. 2 ° pet. 2 coRectione — E como io es el testo en el c.0 si Rector 43 distincione — E por lo que se nota por esayas en el c.010 be qui condüt leges inicuas. De que no menos podremos llamar y decir mudos los que por simple vergueta deja de confesar sus deiictos y pecados al confesor =— como y de quie- is nes dice Sant marcos en el c.0 7. arriba alegado quod aduxerunt ei surdum et sanaverunt ^ E pues en v. m. y en el S.or Don pedro de tobar su hro vedita y loada sea la potencia y poderlo celestial y divino no falta sino tan solamente: el oir. no se pueden en su propio 20 y verdadero signiñcato llamar mudos, pues mudo y canbio naturaleza el ser enfermo q. tenia ayudada con industria sobrenatural del ser que suele tener y ser. por donde oi en dia a los que no hablan llamamos mudos 25 - 22 - C Prosigue el autor, y cuenta en corrobocion algunas cosas notables q. en el mudo an acaecido ^ C Cosas De admiración nuebas e miraculosas abe5 mos oido leido y visto que se an offrecido ofrecem y acaecen de cada dia en el mundo - E que los mudos a natura, ablen por sola industria juicio y curiosidad de los hombres Desdel principio del mundo asta nros tpos ni se lee aberse bisto ni tampoco aberse oido 10 aber aliado e inbentado las artes esciencias es comü oppinion de todos aber sido adán el primero hombre y nro primero padre q. spiritu divino inspirado, fue sciente e universal en todas las cosas del mundo, como es doctrina de Sant agustin en el libro de la ciudad de 15 dios en el c" 18, De donde dice Josepho judaico en el libro 1.° de sus antigüedades judaicas, que los nietos de adán hijos de Sed ycieron dos colupnas una de piedra y otra de ladrillo en las quales dejaron sculpidas y escriptas todas las sciencias y artes que del mis20 mo adam se presume aber deprendido ^ y el mismo Josepho affirma aber bisto en siria una de aquestas colunas — e que no fuese aquesto ansi sino que particülarmete por grandes sabios y filosophos fuese las sciencias y artes aliadas enventadas. De que no p o - 25 demos dejar de decir y testeficar proceder de grandes juigios spiritu e imaginación que filosophia ni astrologia ni que sciencia por subida y encunbrada — 23 — que sea a sido parte asta el dia de oi de poder domar artar (20) y necesitar naturaleza para que bolbiendo atrás de la señal y nota que vencida con la enfermedad e faciéndose de su bando abia fecho en los hombres quitándoles y rrayendoles la abla ^ aya bastado es- 5 piritu juicio de un hombre de poder acer ablar los mudos co sola industria y curiosidad ^ y aun lo que es mas y tengo en mas que puedo testeficar y jurar aber visto e oido cantar en canto llano en un facistol con un conbento de monjes. (21) por todo compás y puto al io sor Don pedro hr0 de v. m. — no q. pudiese el seguir el tono y hordem de lo que el tal conbento cantaba, por estar pribado a natura del oir — sino que comencando el señor Don p" a cantar y llebar el tono por el compás y punto del canto llano, los monjes que con 15 el estaban y cantaban le seguían y ayudaban a llebar su tono y compás con que la música se acia perfecta y organicada de que no baco ni carezco de speranca que en un hobre que a abido tan gran juicio como en fray pedro ponce su maestro, para poder con su spiri- 20 tu industria y curiosidad y lo que tengo por mas seguro y cierto por su buena onesta vida y rrelision > De apremiar y fonjar naturaleza echa del bando de la enemiga enfermedad por sola industria y curiosidad faciendo ablar a v. m. y al señor don pedro su hr.0 q. a de bastar mediante 1 divina gracia de acerles oir enteramente e con tanta perfección como si sordos no fue- 25 — 24 — sen Como a sido parte para poder acedes ablar con aqlla claridad y perfección que todos oimos y vemos — (22) C Porque aunq. qualquiera cosa de las que natura5 leza obra sea de por si marabillosa e arguye onipotencia en el criador dellas-—Siempre aquellas que mas Raramente suceden y acaecem ponen en mayor admiración y spanto a las jentes ^ aunq sean menores que aquellas que palpamos y traemos entre las manos y IO hordinaria y continuamente se o f r e c e n ^ D e donde Bautista fulgosio en el primero libro de sus coletanas afirma y dice que en las montanas de suiga en ciertas minnas de plata bien lejos de la mar e bien metidas en el hondo y concabidad de la t r a n s e alio un nabio en lo mas profundo de las tales minas, con anchoras y mástiles y todos otros aparejos necesarios e con huesos y calaberas de pasados (23) de cuarenta hombres ^ que vista la profundidad de la tierra y el gran trecho y longitud que parece estar lejos y apartada de 20 la mar. y las montañas tan altas e a Riscadas que ai en el medio del mar y del lugar donde aqueste nabio pareció — no parece que se puede adaptar ni asimilar Racon que concluya e suficiente sea De como aquel nabio con la jete alli pudiese aportar 25 De que no menos admiración y nobedad engendra en los juicios de las jentes lo que cuenta alegandre de alegandro en el libro de sus dias geniales, aber sucedido en la — 25 — ciudad de ñapóles donde el acia su vibienda y morada labrándose una piedra marmórea para cierto edeficio particular de la dicha ciudad los oficiales can- teros que la labraban hallaron Ronpiendo la piedra por medio para cierto efeto que para el tal edeficio fue ne- 5 cesado Una piedra diamante fina y mui singular, con tanta curiosidad polida y labrada, que clara y notoriamete se conoció ser labrada y tallada por mano de hombres que como alli entrase e porque Ragon e forma alli estubiese yo falto en Ragon y sobro en 10 imaginado pues si queremos tocar lo que casi ygual y al tono desto cuenta y dice el mismo alegandre en el mismo lugar arriba alegado de aberse aliado cierta cantidad de aceite en toda perfecion olor y color en cierta piedra pedernal que por ciertos canteros se 15 labraba ^ que como alli entrase o se criase sustentase e purificase parece imposible de natura ^ o al menos de poder aber juicio umano que pueda dar la Ra^on dellO'—>De que no menos autoridad es lo que dice pontano que de propia bista affirma. estar en una 20 montaña alta sobre la mar no mui lexos de la ciudad (^e ñapóles donde con las plubias y vientos y tempestades grandes, se abia caido un mui gran pedazo de una peña. De cuya parte quedo descubierto un madero grueso liso y labrado como si artificialmete para algún edificio le quisieran facer ^ que por estar la montaña tan alta e la peña tan viba y Recia y el 25 — 26 — lugar tan áspero agro e inabitable. Repugna todo juicio e ymajinacion de pensar como es posible que aquel madero alli pareciese — De dono parece menos lo que afirma Plinio aberse aliado en su tiempo en la Isla 5 de para una piedra de marmor q sacada de su minero pareció en ella esculpida y labrada mui al propio y natural, la ymagen y figura de sileno tan a lo vibo y perfecto como los antiguos le pintaban — Y lo mismo aprueba, y cofiesa alberto magno aber bisto 10 en benecia faciendo pedamos cierta piedra marmórea figurada naturalmente la cabeza de un Rei con su diadema»—De que no menos autoridad que todos estos cuenta el historiador pedro mexia en su silva de baria lección aber bisto en piedras de jaspe c a - 15 beqas bracos e piernas de hombres como si artificialmente alli fueran sculpidas y labradas — pues si aquestas cosas y otras yguales que aquestas ampuesto admiración y espato en hombres tan sabios y notables y en otros muchos yguales de aquestos siendo como 20 son cosas criadas y engendradas por naturaleca para, que por cosas nuebas y notables de natura quisiesen abenturarse a escrebillas con quanto mas justa causa se podran espantar y marabillar quando sepan las gentes que los mudos ablan y que ai juicio de un hombre 25 que con su industria y curiosidad sojuzgue y dome la naturaleza, faciendo contra su poder ablar aquellos que ella tiene buelta del bando de la enfermedad se- ñalados y pribados para q no ablen — cosa asta oi dia jamas oida ni bista ^ que beamos la naturaleza eclipsada con el juicio industria y curiosidad Dé un hombre ^ que si no es sola otra bez quando las Reglas de naturaleca perdieron su fuerga y curso en el eclipse 5 que sucedió en la muerte y pasión de nro Redentor y Salbador i h u - x p o n o e leido visto ni oido jamas que naturaleza fuese bencida y sojuzgada perdiendo la continuación natural que por sciencia o experiencia conocemos della. sin que para ello ubiese aquella i0 conjunción del sol y la luna que forzosa y naturalmente según astrologia natural para poder eclipsarse el sol se rrequiere > porque siendo ansi como es e por tes- tos ebangelicos y Divinos parege que a los catorce de la luna abia comido cristo el cordero con sus discipu- 15 los q. fue un dia antes que los judios le atormentasen y crucificasen ^ parece que a los quince de la luna •era la fiesta y solenidad accimorum donde cristo fue crucificado, que desdel tpo de moisés asta entoces los judios solian solenigar e siendo ansi como fue 20 de necesidad abia la luna de estar llena y em oposición del sol. porque como es muy bulgar de decir y probar por notorio. Sola ella face eclipsar el sol y no otro planeta alguno E por esta Ragon abstrologica parece distar la luna del sol ciento y ochenta grados en el otro inferior emisperio E distando como distaba desta. manera no podia el sol ser eclipsado si dibina- 25 — 28 — mente no fuera naturaleza forgada. por donde aquel eclipse fue solo y marabilloso y contra lei natural astrológica que forcada y necesitada en todo el mundo íesteíico y señalo la muerte y pasión quel criador y 5 Redentor del mundo padescia — como son autores de bista y de oidas Josepho Judaico y dionisio ariopagita y plegon griego y orígenes y eusevio y el a r zobispo de florencia y Sabelico y otros memoratissimos autores 10 Y que de presente se eclipse na- turaleza por sola curiosidad e industria del maestro de v. m. tornando atrás de los limites y señales que con la enfermedad tenia puestos, atadas y ligadas las partes horganigadas por donde la misma naturaleza da y quita la boz e abla a los amigos y a los enemi- i5 gos. unas beces siguiendo la obligación ligitima y natural q. asi se debe otras veces faciéndose de la parte de la enfermedad que la sojuzga y vence ^ p a recenos sobrenatural como cosa ynaudita y nunca bista e que mayor e mas alto misterio tiene y Repre20 senta debajo de si que de presente por juicio umano compreenderse puede ^ pues en solo eclipsarse naturaleza en la muerte de cristo, y en eclipsarse naturaleza en ablar v. m. y el señor don pedro su hro. sin que oyamos ni leamos en otras partes y lugares de 25 aquestos, aberse naturaleza mudado«-»se arguye y claramente se nos rrepresenta y muestra el bien afortunado suceso que de v. m. se espera ansi en el des- 29 - canso y consuelo de la señora marquesa su madre como en la conserbacio y aumento de su estado y marquesado, como en otras cosas mayores y de mui mas encumbrado y estimado precio, por manera que lo qué a faltado naturaleza em pribar a vuestra merced a natura de la abla. a suplido y aumentado la potencia f] de archimede. Vide. pli- 10 celestial y dibina para mayor aumento y misterio, en nium^ libro, le dar por preceptor y maestro a otro segundo archi- ^roaíibr"od' medes y a otro segundo lucillo vnores ^ que con su ^1^5 industria y saber a sido parte de domar y necesitar a f^°a\ W"^" que la natura vencida y necesitada conceda y pague áífonsa6 Re' el basallaje que al arteñeio sobrenatural guiado e ins- íem' 9" ^ pirado por dibina gracia se debe faciedola bolber al curso natural de que fue primeramente deudora ^ j5 20 25 C Comienga la hobra en que el autor examina, si el mudo a natura excluso de la subcesion del mayorazgo ^ Si es visto ser llamado al dicho mayorazgo ansí como hablare como si no ubiera sido mudo (24). C Y o pienso mui illustre señor que me e detenido algum tanto mas de lo que mi profesión Requiere porque como aqesta sea jurídica y es el motibo y causa final de mi estudio «-= e acessoriamete en la prosecución y lectura de la présete materia, specialmente por ser tan nueba e inaudita se me ofreciese to9 — socar algunas materias sabrosas de umanidad ^ no por tanto querría perder lo mas por lo menos, pues del un estudio me precio en lo principal, y el otro studio tengo por acesorio y de r r e c r e a c i o n E temeroso de 5 aquesta impugnación y objeto dejando algunas otras materias de umanidad para el que mas como umanista e historiador en este caso quisiere escrebir — quiero en mi profesión examinar y Repetir, si puesto que uno co autoridad y licencia del principe ficiese m a y ó - lo razgo. y entre otras capitulaciones y condiciones pusiese en la facción del tal mayorazgo quel que fuese mudo de natura que no pudiese suceder ni eredar el tal mayorazgo Si alguno mudo de natura ablase si este tal si estara excluso y pribado del tal mayoraz15 go y sucesión ^ E si se entenderá deste tal la dicha condición e capitulación de la facción del tal mayorazgo o si ablando si sucederá en el tal mayorazgo ^ E como aquesto de ablar los mudos an natura no obstante que alguno aya hablado sea hobra sobrenatural 20 e imposible De natura como dice Joan andres en el c.0 Cum aput de sponsalibus y paulo de castro en la .1. Discretis. c. qui testamenta faceré possunt e tan rraras e pocas veces como dicho abemos aya sucedido en el mundo 25 no es de marabillar que por persona algu- na de todos quantos an escripto ansi en dro como en umanidad no se aya Discedido ni tocado la question^—Y una de las causas mas principales que con — 31 toda boluntad me movió a facer mudanza de la corte para venir a este monasterio de oña donde al presente v. m. y el señor Don p0 su hro Residen fue poder testeficar de bista una nobedad tan grande que por 5 Racon de su grandeca menos que com verse y empreenderse por bista de ojos tube por dificultoso e imposible de natura poder acabar de creello que como sea mas y en mayor nobedad y misterio el berse tratarse y entenderse que no el oirse y lo que en ausenÍO cia de v. m. se dice E tenido por mejor el detener- me para escrebirlo. que la brebedad de mi partida que con algunos otros negocios se me ofrecía E para que Hbro"stiU°iUde e subtil questio que tocado abemos, conformándome officus es menester determinar y descidir que quiere decir mudo y donde tenga su origen y Descendencia C Joan andres en el dicho C0 Cum aput en la 1.a coluna. Dice queste nombre mudo viene y descien- de a mugitus que en nro Romance llamamos bramido — y el coronista antonio de palencia (25) en su copioso bocabulario y Juan nianio y en todas otras expusiciones de los latinos como mas copiosamente diré en la 2.a questio de aqueste tratado tiene el mismo pare- 25 p¿f¡ mas aguda e sinceramente se pueda entender la nueba co el dicho y parecer del filosopho^—ante todas cosas 20 """-g^^' cer y sentencia — Diciendo que la boz del mudo no es clara ni abierta para que se pueda llamar abla ni boz. sino cierto sonido y bramido que langa el es- piritu bocal por las narices del mudo — D e manera que deste nombre mugitus que es bramar y no hablar se bino a llamar mudo aquel que a natura no abla. O que digamos que aqueste nombre mudo quiera decir, mudanga y alteración de natura —porque como en la 5 perfecion del hombre naturalmente a de aber abla — faltando aquesta es mudarse naturaleza de aquel horgano y perfecion que en el hombre se Requiere, de donde bulgarmente llamamos estricto modo mudos a los hombres que no ablan — aunq según esta exposi- 10 cion y difinicion largo modo tomando el bocablo — llamaríamos mudo a qualquier hombre en quien naturaleza en algo faltado — ubiese aunque en el entendimiento de semejantes bocablos. siempre se a de considerar, a lo que mas comunmente se suele adaptar y 15 entenderse, como es el texto en la . 1. nan adea íí de legibus — nota ÍW aris(otiles, d i c . aííiStfiiosophí akTg'antÜrYñ -T-"i .bnumcnsicen.perargumentu arlstotilcs dice que toda criatura nasce raudo 1 Y sordo porque los horganos de aquestos sentidos no salen en aquella perficion tan ahiles y dispuestos como para el ablar y el oir es menester de natura e que por causa de alguna enfermedad vienen a per- 20 ca- sus in c°. fo- der el oir antes q comiencen a. ablar — e por esta rus de berb. tÍbUisU^i— r Ragon algunas personas son mudos, porque como no pueden oir no pueden concebir el órgano de la boz para poder perfetamente ablar. y ansi como no ablan braman e quedan mudos — y la misma snta (26) y pare- 25 33 cer tiene plinio en el libro 1.° De su historia natural — aunque a mi parecer y juicio es gran error de aristotiles y de plinio siendo tan excelentes íilosophos e rguye cotra. aristotiles tan eminentes y doctos en todas las artes y sciencias testeíicar y decir que de nunca oir ni aber oido los hobres de enfermedades que cobrasen siendo niños perdiendo el oir bienen a ser mudos y no ablar — porque si esto ansi fuese daríamos verdadera la oppinion de algunos íilosophos que han tenido que el hablar es artificio adquerida y apremdida como las otras artes e que no pudiendo oir no podia deprenderse y que ansi quedaban los hombres mudos (27) — porque aquesto es error y falso, pues el ablar es cosa natural en los hombres segü la común escuela de todos los íilosophos y ansi lo tiene aííirma y tesíefica con subtiles e inconbecibles Ramones quintiliano en su libro. 3.° y aun el mismo aristotiles lo tiene en el libro. I.0 de su política en el c.0 . 2 . porque si ansi no fuese daríamos ygualdad en los hombres co las picagas tordos y pa20 pagayos y otras abes que ablan y pronuncian algunas cosas que los hombres les muestran y enseñan —que como aqueste sea arteficio y no naturaleza como en los hobres — muchas veces nos maravillamos y espantamos de lo que dicen y ablan — especialmente entre 25 otras cossas me acuerdo de un papagayo que cuenta loduvico cello que tenia el cardenal ascanio que tan clara y pronüciadamente como un hombre buen latino. ota. ibi pues el ablar dic et est. gl. notabilis in materia in 1 discretis in verbo, natura, c. q u i testara, íac. pos. — 34 — decia el credro por todo horden y tono — e que aquesto sea ansi berdad que la abla en los hombres es natural y no arteíicio ni sciencia que se deprende, se prueba bastantemete por lo que dice y cuenta ero5 doto en el su libro. 2.° Diciendo que si dos niños desde su nacimiento fuesen criados y puestos donde criatura no les ablase palabra alguna ni ellos pudiesen oiría»—que aquella lengua ablarian. que ablaron nros primeros padres, que fue la ebrea según la comum IO oppinion de los filosophos e historiadores porque en aquesta ablaba dios a adán y a los profetas como dice sant agustin en el libro. 16. de la ciudad de dios y es sentencia de sant antonio y nanclero en sus historias y sant Isidro en el libro 9. de sus etimologías 15 c0. 1.0<—De manera que si la abla fuese artificio y sciencia que se muestra estos tales niños no abla- rian lengua ni palabra alguna-—mas como esto sea de naturaleza forcosamente an de ablar — guiados por instinto natural y no por arte ni sciencia — pues siendo 20 ansi como esta claro que si en el honbre no ubiese otro impedimento sino el oir. que guiado y ayudado por naturaleza que ablaria aunq no tam presto como los que oyen — mas como ansimismo al tiempo de la niñez con alguna enfermedad son tapadas las partes 25 organizadas por donde natura despide y enbia la boz y abla para que salga del cuerpo y se pronuncie con la lengua quedan los hombres mudos bramando la mis- -asma natura sin poder ablar palabra alguna — E que aquesto sea ansi verdad la experiencia nos lo muestra con testigos que co sus propios ojos e oidos vieron e oyeron lo contrario, de que aquel español trasmera5 no de quien en la primera parte desta historia emos ablado y escripto que ablo siendo mudo de natura — que oia como si mudo no fuera — e lo mismo se cree y tiene por cierto de los demás mudos an natura de quiennes scripto abemos — E que aquesto sea ansi 10 verdad e posible de natura —es contra aristotiles el texto junto la glosa en la dicha . 1. discretis en el principio C. qui testamenta faceré possunt adode alegandro y los mas doctores que le leen an tenido y tiene aquesta coclusion y question. de que a ,mi juicio 15 y parecer es texto expreso en la . 1. serbo § si expresunt ff ad trebelianum. adonde dice si auditus capaces sint — y aquesta conclusión y sentencia tiene alegandro en la dicha . 1. discretis e lo mismo paulo de castro en la 2. col en el numero 4. de la dicha 1. — 20 Donde qda claro probado y purificado que sola la enfermedad del oir no es bastante causa como dice aris- 25 totiles para que no ablasen los hombres — sino q jun- not ¡bi aUgandro. dic est, tamente quando con enfermedad se les tapa los sensi bonn. ¡a verbo que no tidos del oir se les viene a tapar y a cerrar las partes verunt 00 tes' r ^ r tes 5 qq et est subtiles y organizadas de la boz. por donde quedan los paítUeiV L' hombres mudos mugiendo que es bramando sin poder quedad ¿'ñs ablar ni pronunciar palabra alguna — y esta es mi snta 10 '° par' 6' — 36 — y parecer fundada y probada en la forma susodicha «-»tenga y siga aristotiles lo que quisiere que la experiencia de lo que bemos e oimos en nuestros tpos nos ace maestros con la autoridad de tan excelentes baros nes. para que contra aristotiles podamos degir y argüir todo lo contrario f[ prosigue el autor la hobra fundado como el mudo q. abla no ha de ser excluso de la subcesion del mayorazgo, ni se a de 10 llamar mudo ^ Fundamento 1.° C E para fundar y apoyar que los mudos que ablaren. no son exclusos en la tal facción e institución del tal mayorazgo es buen texto en argumento en la i5 dicha . 1 Discretis. C. Qui testameta faceré posiní y es el § iten surdus (28) instituta quibus permisum faceré íestametum a donde non esí expresamente se proibe^-que el mudo de natura no puede en ninguna manera de derecho facer testameto 20 en cuya corroboración es la ley. 13 — T 0 . I.0 Par. 6.=—(29) Si no fuese con licencia e impetración del principe como es la . L . octavi 'gradus ff inde cognati y el C0 si mutus de testamentis lo qual de Dr.0 nuebo del Código se puede estender y ampliar sin que aya 25 necesidad de pedir ni de mandar venia ni licencia al Rei, quando el tal mudo sabe escrevir y con su pro- - 37 — pia mano escribió el tal testamento — porque aunq. no sepa ablar mostrando con señales que aquello que el tal mudo escribió con su mano quiere y es su boluntad que sea su testamento ^ es bastante causa y fuerza de Dro. para que el testameto balga con- 5 forme a la dicha 1 discretis y a los demás testos arriba alegados ^ pues si esto es ansi berdad como es ^ cuanto mas hábil y capaz sera para facer testamento el mudo a natura que supiere ablar y escrebir e por su mano escribiere el testameto y por palabras claras io y expresas con la lengua le pronunciare y explicare porque como aqueste tenga juicio y sentido de lo que face dándonoslo a enteder — ansi por el escriber como por el ablar ^ no se a de entender deste tal la dicha .1. discretis ni los demás textos ni Dros que alegado 15 abemos porque la nueba causa que sobrevino face cesar el impedimento de la dicha . L . como es el texto en argumento en la . 1. non dubium. c. de legibus y en el C.0 inteligencia de verborum significacione ^ pues la rragon de la lei se a de conside- 20 rar y no la letra ni sentido exterior de la dicha ley ^ y aquesta se excluye y cesa como el mudo an natura tenga sentido y sepa ablar -f luego queda claro y apurado que la dicha .1. Discretis e la dicha . 1. de la partida, no se entienden ni an lugar en nro presente c a s o " - E siendo ansi como es e argumentando por la dicha . 1. e por el dicho § ite surdus en la manera 25 - 38 - susodicha ba exclusa la tal proibicion en el caso prosupuesto, pues berdaderamente el que abla y escribe no se puede llamar mudo ^ y ansi lo dice y alega en los mismos términos, cuya doctrina snta y parecer notto 5 y alego por nueba notable y singular el egregio hispano doctor montalbo en la dicha . 1. 13. T.0 1.° part. 6. aRiba alegada — diciendo que aquel propiamente se a de llamar mudo que no abla ni nunca ablo — e que no se puede llamar mudo el que ablo siendo mudo IO aunq tarde ^ para lo qual alego por testo notable y singular el § iten surdus instituta. quibus no est permisum faceré testametum arriba por mi alegado adonde el texto expresamente lo prueba diciendo que aquel propiamente se puede llamar^—mudo que no 15 ablo ni abla ^ e que aquel mudo que ablo aunq tarde no se puede llamar mudo aunque el dicho § iten surdus en el versículo por mi alegado ^ Se ha denteder según la comum oppinion de los doctores del que es mudo ex acídente y no del que es mudo a natura 20 ^ porque el que es mudo a natura no solamente de Dro. se tiene por imposible que pueda ablar segü la snta de alegandro que sigue y tiene la oppinion de todos los doctores antiguos — en la dicha . 1. discretis arriba alegada —mas aun el paulo de castro en la dicha . L . 25 afirma y dice que ni aun escrebir es posible que pueda saber el mudo an natura — que como aquestos erraron y no entedieron los términos y principios para poder — 39 - entender la materia presente expondré y declarare en el fundameto y rrequislto siguiente ^ De manera q la gran dificultad del caso e tenelle y rreputalle por todos los doctores por inposible «-= a obrado para que en el caso no estubiese discedido ni determinado viniendo 5 a llamar por el dicho . § . mudo ex acídente el que por algún tiempo viene a ablar ^ Reputando que si fuese mudo an natura no era posible que ablase'— De donde tomando el inteto y motibo principal del dicho . § . queda claro que pues el Dro. faborecio al 10 mudo que ablase llamándole mudo ex acídente y no de natura, por parecelles imposible el m u d o d e n a tura poder ablar ^ que a forciori caso faboreciera al mudo de natura si pensara que ablara ansí por el misterio de la hobra de naturaleza, como porque v i - 15 niendo a ablar el tal mudo aunque de natura no ai por que sea de peor condición quel mudo por acídente'—E pues el mudo por acídente no esta excluso por el dicho . § . no hay por que este de Dro excluso el mudo a natura militandose en el la abla por 2(> donde el mudo por acídente se hace abil y capaz sin que pueda llamarse mudo por el dicho . § . 2.° füdameto C lo segundo aunque para fundar la materia por ser tan nueba extrahordínaría y peregrina es menester facer ymagínaciones y chimeras por todos textos y principios de Dro. como ayudadome de sentencias y 25 — 40 — doctrinas de algunos historiadores filosophos quiero ante todas cosas preguntar quien se llamara mudo an natura e quien se llamara mudo ex acídente por- que el dicho §. iten surdus en el versículo por mi ale5 gado quiero probar y fundar que abla en el mudo an natura ansi como abla en el mudo ex acídente y por no entéder estos términos como ellos se an de entender y entienden — yerran y an errado y erraron todos quantos doctores an escripto ansi en el dicho . § . y 10 bersiculo como en la dicha 1 discretis. C . qui testamenta faceré posiní ^ especialmente paulo de castro y alegandro sustentando y Recitando las oppiniones y snías arriba por mi alegadas ^ aristoíiles y plinio en la parte y lugar en que fecimos argumento e impug- 55 nación c5tra ellos ^ Diciendo que todas las criaturas nacen a natura mudos y sordos porque los horganos destos sentidos no salen ahiles y dispuestos en la pérfido que es menester—e que por Racon de alguna enfermedad que a las criaturas sobreviene. 20 cesa naturaiega de poder hobrar en los horganos del oir. y que no oyendo no pueden concebir la boz para deprender ablar. y que de aqui algunas criaturas quedan mudas según e por los principios que ariba examinado abemos—De manera que por Ra^on del 25 acídente de la enfermedad quedan las criaturas mudas — porque si fuese por Racon de natura con que nascemos todos seriamos sordos y mudos — pues si - 41 — esto es ansi como es. no se pueden los hombres que no ablan de su nacimieto llamar mudos de natura sino mudos ex acídente pues por rragon de alguna enfer- medad dejan de oir e dejan de ablar. y no porque natura les quite el ablar ni el oir mas de aquel tiempo que Regular y comunmente le quita a todos — aunque el bulgo aya tenido y tenga lo contrario. (30) en que se an fundado y se füdan todos los que asta oi dia an escripto E como la enfermedad es causa del apoca- miento y bencimiento de la virtud (31) que basta 10 para impidir a que no faga naturaleca su curso ^ ansi por el contrario hobrando las fuerzas de la birtud ayudada con el fabor de naturaleca es parte para expeler y a lagar los contrarios y enemigos de la enfermedad para que los que llamamos mudos a natura en la forma susodicha puedan ablar e oir ^ y durante el tiempo De la enfermedad los tales que no ablan se llaman mudos ^ y quitada y-expelida la enfermedad vienen los hombres a oir y ablar ^ y aquesto es lo que dice el texto en expresos términos y por expresas palabras en el dicho § iten surdus Diciedo=— nan et mutus is inteligitur qui el loqui nihil potest non qui tarde loquitur —> prosuponiendo como prosupone. que los mudos son de acídente y que durante este acídente no pueden ablar: por donde se llaman berdaderamente mudos y el bulgo los ha llamado mudos an natura'—y que cesando el acídente pueden se- 20 - 42 — gun natura ablar. e que entoces no se pueden l l a mar mudos presuponiendo el bulgo que pues ablan no so mudos de natura sino mudos ex a c í d e n t e ^ y ansi se a de presumir que entendieron el dicho . § . 5 todos los legisladores ^ pues querer decir lo contrario es contra principios expresos de la filosophia natura' de aristotiles y plinio según que alegado abemos De que no se presume que careciesen ni los tales legisladores la yñorasen 50 De manera que atento los principios de aristotiles y plinio emos por el mismo . § . probado que los que llaman todos los doctores en la lectura que facen del dicho . § . mudos de natura es y se a dentender conforme al bulgo ^ pues en efeto de berdad no hay mudo aunque sea de su nasci- 15 miento que no sea ex acídente por alguna enfermedad que basto a pribar las fuerzas de naturaleza e si largo modo tomando el bocablo estos tales se pueden llamar y los llaman mudos a natura como los llamamos y tubimos por tales en la lectura y principio de so aqueste tratado ^ es que con la enfermedad que sobrebino antes que la tal criatura pudiese oir ni ablar 5 según natura canbio naturaleza el curso apremiada y vencida co la enfermedad ^ e como abia de forteficar y ayudar a las partes por élla horganigadas para 25 que la criatura pudiese oir y ablar y^ose del bando de la enemiga enfermedad endureciendo y apretando los horganos y sentidos del ablar y del oir en mayor abun- — 43 • dancia quanto era mayor el crecimiento de la criatura ^ por donde el paciente queda mudo bramando por poder ablar y como olvidado y endurecido por naturaleza llamamos a estos tales mudos a n a t u r a ^ E que digamos que todas las criaturas asta que ablan 5 son mudos a natura, y como en este tpo sobrebenga alguna enfermedad quedanse con el nombre primero que tenian. llamándolos mudos de natura y no mudos ex acídente que digamos ansi por esta causa como porque perdió natura con la enfermedad la fuenja para 10 producir la boz y concebir el órgano sin poder ayudarse del fin para que fueron criados los órganos en el hombre, quedándose con el nombre primebo de natura ^—oi en dia los llamamos mudos a natura y no mudos ex acídente^—E porque ansimismo natura ba 15 faciendo su curso sobre la enfermedad del paciente e como ella es sobre todas las partes del cuerpo acese la enfermedad natura, por donde con rragon se llaman mudos a natura aunq aquesta se aya causado por Ra(jon del acídente de la enfermedad e aquestos 20 tiene el Dro por inposible que pueda ablar de donde aunque extraordinariamente queda acutissimameíe discedido y comprobado por el dicho . § . faciéndole texto expreso y singular, que lo que el bulgo y los doctores an llamado y llaman mudo de natura ansi en el sentído que acabamos de presente de declarar y examinar como en el sentido del bulgo puede ablar como pue- 25 den hablar los que son mudos ex acídente ^ aunque asía nros tpos por alguna industria y solicitud no se a oido ni bisto — si no fuese apremiada y forgada naturaleza =-= Como en el hijo del rrei creso y en el nro 5 spañol albarado segü que mas amplamente arriba declarado abemos — y De aber tenido y aber seguido oppinion tan lexos y contraria de toda Ra^on a venido el bulgo en los mayorazgos que fagen excluir a los mudos que llaman de natura, por tener y rrepu10 tar por imposible que en algún tpo pudiese ablar — llamando mudos ex acídente a los que después que ablan por alguna enfermedad dejan de poder a b l a r ^ por donde se sigue de lo dicho que cesando la causa y el impedimento, esta claro que no serian exclusos lo de los tales mayorazgos, como adelante mas espléndidamente en prosecución de la lectura p r o b a r e m o s ^ y biniendose a cüplir en eíeto de berdad la contraria causa de la exclusión y pribacion en los tales mayorazgos 20 el tai mudo que viene a ablar a de ser ad- miíido y llamado al tal mayorazgo pues en efeto de verdad ansi como comienza a ablar no se puede llamar mudo conforme al dicho . § . y a la doctrina deímontalbo en la . 1. y partida en el fundamento y R e quisito antes deste por mi alegado ^ 25 3.° fundamento C lo tercero en coRoboracion de lo susodicho para que el tal mudo De natura ansi como bega a ablar a — 45 — de ser admitido y se entiende ser llamado a la subcesion del mayorazgo hemos de considerar quel impedimento del fecho face inbalidar la causa que para su balidacion se rrequiere que se extola (32) e quite el tal impedimento Como es texto en la . 1. si mani- festé y en la . 1 . si tibi C. De Servitutibus & aqua ^ a donde si el aguaducho (33) o fuente que suele benir y con quien mi heredad suele Regarse por alguna otra persona em prejuicio de la serbidumbre y aprobechamiento de mi heredad, fuese quitado e cortado bol- 10 biendo la tal fuente o aguaducho al aprobechamiento e servidumbre de mi heredad por donde se quita el impedimento que del dicho aprobechamiento y serbidumbre a mi eredad se le seguia Se biene a balidar la causa del fecho que para su balidacion forzosamente se Requiere '5 en cuya corroboración alego por co- mún el titulo de servitutibus hurbanorum prediorum ff. con otras muchas leis en abundancia que bulgarmente tratan y disciden la materia en el sentido literal que alegado abemos ^ aunque en el sentido místico y ale- 20 gorico. no ay lei en todo el cuerpo del Dro que discida y examine la question. como adelante expondré y declarare ^ E lo mismo emos de considerar del i m pedimeto que prebiene de parte del derecho, como es el titulo de minoribus. c. y ff. y es la . 1. 55. en las leis de toro — a donde el contrato fecho por los menores que tienen curadores o por las mugeres que tienen ma10 25 _ 4ft — ridos no interbeniedo lica y expreso consentimiento de los tales maridos e curadores es ninguno de Dro e si se aprueba e Ratifica e tiene por bueno por los tales curadores e maridos el tal contrato se age fuerte y bali" 5 do de derecho porque cesa y se excluye el impedi- mento del derecho por donde eran inbalidos e ningunos en cuya corroborado y ampliación paso con otros muchos principios De derecho semejantes a estos que podria atraer y aducir al proposito ^ 10 pues la materia que pretendo y me ofrezco a decidir y a examinar — es de decir como el que es mudo en el presente caso tiene impedimeto ansi de fecho como de Dro ^ E que aquestos impedimentos por donde el mudo es excluso de la subcesion del mayorazgo cesando a de ser liá- is mado y admitido al tal mayorazgo E que desde el dia que abla propia y berdaderamente no se debe llamar mudo ^ e que el mudo tenga impedimento de fecho por donde es excluso de la subcesion del mayorazgo 20 se prueba bastantemente por lo que dice oan andres en el dicho c.0 cum aput desponsalibus en la. 1.a colunna tratando la genealogía y descendencia de donde viene y trae su origen este nombre mudo ^ y como cortando el aguaducho y fuente a las partes subtilles y organigadas de poder la criatura ablar que 25 es el impedimento del fecho dispidiendo el spiritu por las narices, el sonido de lo que naturaleca queria ^ brama el tal mudo y no abla y como por industria — 47 — o por fuerga como lo uno y lo otro emos visto en nros tpos y leido por auténticas historias se an vencido y desbaratado: estos impedimentos y ligaduras de fuerga causados por alguna enfermedad, dando lugar a que algún aguaducho e fuente de natura pase por los limites de su juridicion — age su curso natura hiñiendo a ablar el mudo que asta entonces ablar no p o d i a D e donde cesando el impedimeto del fecho no se puede llamar mudo el que asta entonces por no ablar se llamaba mudo como es texto expreso y singuiar en el dicho § iten surdus en el versículo por mi alegado instituta. quibus non est permisum faceré testamentum. y es la singular doctrina del dicho Doctor montalbo: en la . 1. de la partida arriba por mi alegada De do Resta y queda claro que el que abla no es mudo y no siendo mudo cesa el impedimento de la exclusión y pribacion del tal mayorazgo E siendo ansi el tal a de ser llamado y admitido a la subcesion del tal mayorazgo como si nunca ubiera sido mudo ^ E que en el presente caso ansimismo se excluya y cese el impedimento del Dro es de tener y considerar que causa pudo mober y mobio al testador que es la lei en en la determinación y desicion de su boluntad en la facción del tal mayorazgo de proibir y excluir que los mudos a natura no sucediesen en el mayorazgo — E s t a claro e infalible ansi de fecho como de derecho sin que se pueda argüir ni contrariar por Ra- 5 10 15 20 25 48 — - qon alguna, que fuese otra sino el no ablar ^ e que por este defeto no podría ser entendido ni entender para poder Rejir y gobernar el tal mayorazgo — pues si el que fuese de su nacimiento mudo que llamamos mudos de natura biniesen a hablar y a explicar y a s pronunciar todo lo que este tal quisiese como si nunca fuese mudo — no ai que dudar Responder ni que altercar sino que cesando el impedimento (34) del Dro que fue la causa del testador por donde los mudos fueron«-»exclusos del tal mayorazgo ^ que sera l i a - 10 mado y admitido al tal mayorazgo como si de su nano ÍW conócese cimiento siempre ubiese ablado y no ubiera sido la causa Dic tuTn CManl ÍTM ?caSsa co atrai tur matrimonius. sed quamun cunque mu- r ^ mudo porque de Dro como cese la causa a de cesar el efeto como es el testo en el. C0. quod pro Remedio . 1 . q . 7 . y es el testo en la . 1. liberorum junta . . . . i n• la gl. ff De his qui notantur infamia y es el c siracusa- is jier sit steri- ne 28 distincione y es la lectura de bartolo en la . 1. 1. lis no lis solbitur. Soi. ff, soluto matrimonio ^ p o r q u e como aqueste impedi- ibi. in gl. in r 1 i r berbosociaie mient0 ¿ q Derecho de no ablar el mudo no se rrequiera de sustancia en la facción del tal mayorazgo y 20 proybicion del tal mudo < = — sino tan solamente se rrequiera de forma como es la licencia del curador en el contrato celebrado por el menor — o la licencia del marido en el contrato celebrado por la muger — aunque en el contrato celebrado por la muger ^ castillo en la lectura que face de las leis De toro en la . 1. 55 tenga que se rrequiere de sustancia la licencia del ma- 25 — 49 — rido en el contrato celebrado por la muger —-> Cuya sentencia y parecer es de casar y Reprobar basta en qualquier tiempo que aqueste tal mudo able —para que en el mismo instanti se faga por Dro abil y capaz sea bisto ser llamado en la subcesion del tal mayorazgo 5 porque forma como es bulgar de Derecho dat esse rrei. Y en cualquier tiempo y conyuntura que aquesta sobrebenga se ace la causa perfeta y acabada como en el contrato celebrado por la muger casada sin licencia de su marido, conforme a la d i - 10 cha . 1. de Toro es en si ninguno de Dro ^ E como el marido el tal contrato le tega por bueno y le rratifique que es la forma del contrato, en el mismo instante se hace fuerte y firme ^ lo qual no abria lugar si la licencia del marido se Requiriese de sustancia como dice 15 castillo ^ porque si ansi fuese la sus- tancia se abia de preferir al acto y no basta la rratificacion del marido ^ y esta es doctrina de jason en la . 1. filius familias en el § Qibus en la 2.a lectura. Delegatis. l.G y es doctrina de felino en el c.0 Dilecta 20 de rrescriptis y es el texto expreso aunque por muchos doctores mal entendido en el c.0 tue fraternitati desponsalibus y es texto en la . 1. 42. en las leis de ttoro diciendo que la licencia del rrey para facer mayorazgo preceda al facer del tal mayorazgo ^ e que por birtud de la tal licencia no se confirme ningún mayorazgo que estubiere fecho ^—e porque en la sub- 25 — 50 — cesión del tal mayorazgo no se puede dar ni asignar de Dro Ragon alguna que el ablar los hombres se rrequiera de sustancia para subceder en los tales mayorazgos — sino tan solamente de forma porque aquesta 5 es la que da la fuerga a la subcesion en la proibicion y exclusión de semejantes mudos el tal mudo en ablando se ace abil y capaz para suceder en el tal mayorazgo e desde aquel punto e momento no se puede llamar mudo y ansi de derecho a de ser íorgo10 sámete admitido ^ 4 ° fundamento C lo quarto notablemente se prueba que el mudo de natura que biene a ablar a de ser admitido y es llamado a la subcesion del mayorazgo, por aquel principio de 15 derecho que dice que bale el argumento ab etimología y descendecia del bocablo quando en el argu- mento no ai exceso y concierta con la difinicion del bocablo como es el c0 fornus De berborum significacione y es la . 1. pupilus § territorium ff en el mismo 20 titulo y es doctrina de bartolo en la . 1. tuguri en el mismo titulo ^ e por el mismo bartolo en la . 1. omnes populi § de justiciajure y en la . 1. 1.a § De testametis y es doctrina de felino en el proemio de las decretales numero 32. Con otros números siguientes—' 25 adonde extendiendo la materia pone grandes ampliaciones y limitaciones q emprosecucion desta causa se podrían traer y aducir —e porque no es de la materia — 51 — siguiente saibó tan solamete examinar como el que fuere mudo de natura a de ser en ablando admitido al mayorazgo paso suscintamete con el dicho principio •e con la lectura e determinación del dicho felino ^ - e n la cota y lugar por mi alegado ^ pues siendo ansi 5 como es este nombre mudo tiene su origen y descendencia deste nombre bramido deribandose deste verbo bramar ^ porque semejantes hombres en quien mudo y canbio naturaleca su curso braman y no ablan porque para el ablar no esta abil naturaleza ni dispuesta 10 pues si esto es ansi como es y por textos y Ragonnes filosophicas probado abemos en los fundamentos y argumentos arriba en este tratado alegados, el hombre que abla no brama por ablar. pues pronuncia explicando la boz que es el horgano perfeto 15 de natura del ablar'—y ablando no se puede decir mudo, conforme al § iten surdus y a la doctrina de montalbo arriba alegada ^ e no siendo mudo no es excluso en la subcesión del tal mayorazgo luego vien se sigue que ha de ser llamado y admitido como 20 hombre que no es mudo ^ aunq a esto se pude Responder por lo que dice hartólo en la primera lectura y parte que face del esforzado en la. 1 .a coluna de la Rubrica e por lo que dice alegandro en la . 1. 3. § ff. De juridicione omniuz judicum. diciendo que no a lugar este argumento de la etimología del bocablo en los nonbres propios porque llamar a un hombre perusio 25 no se sigue ser de perusio. y llamar a un hombre salamanca no se sigue ser de salamanca ni llamar a un hombre mudo se entiende tan solamente de los hombres q no abla — E aqueste nombre mudo es nonbre 5 propio e ansi no a lugar el dicho argumeto pues en muchas partes y lugares como arriba en este trata do y primera parte del probado abemos, se llaman mudos, los hombres sinples y negligetes y algunos malos jueces que disimulan con los delinquentes de- 10 jando de castigar sus crimines y excesos e q siendo ansi la boluntad del testador ^ no tan solamente se a de adaptar e interpretar en los mudos que braman y no ablan. mas largo y explendido modo mística y ale • goricamente en otras muchas causas en las cuales este 15 nobre mudo se puede extender e interpretar y ampliar <=—y esta es sentencia y doctrina y parecer de }oan andres declarando este nobre gregorio en el proemio de las Decretales, y co esta pasan todos los doctores y comum oppinion de todos los que an es- 20 cripto ^ aunque aquesto a de ser entendiendo e interpretando la doctrina de Joan andres y la doctrina de hartólo en las cotas y lugarres por mi alegadas en los nombres comunes y Diversos que tiene barias y d i bersas significaciones e ampliaciones, y no en los nom- 25 bres Raros y De rraro contingentibus. como es este nombre mudo. De que es glosa parba en su lectura e ampia y magna en su materia co que pasan todos — 53 — los doctores en la . 1. hac consultissima . c . qui testameta faceré posint es doctrina de hartólo en la .1. Ia fí Deliberis et postumis ^ e por el mismo bartolo en la . 1. Demostragio en la questien 7.a ff. De condicionibus et demonstracionibus e por el mismo bartolo en la . 1.11- 5 berorum en la question 7 De acusacionibus ff Y es doctrina de baldo en la . 1. Certum ff Si certum petatur ^ et especialmente queste nombre mudo es nombre es pecial, y en su propio y verdadero significato comunmente no se llaman mudos sino aquellos q no ablá y io en tal caso prohibiendo el testador q el mudo a natura no suceda en el mayorazgo es visto expresamente decir y proibir que el que no abla de natura no suceda en el mayorazgo, nueba e singular doctrina de bartolo en el caso asta oi dia al proposito no oida ni is bista en la . 1. si in rrem ff de rreibendicacione y es doctrina de antonio de butrio en el O luna de Libeli obligacione 2.° en la 2.a co- specialmente si en la proi bicion del tal mayorazgo dijese el testador que excluya de la subcesion del mayorazgo al mudo de natura añadiedo que no ablase 20 porque en tal caso esta calidad o explanación de decir, si no ablase. prosupone notoriamete que el mudo es el que no abla. y que los que ablan no se pueden llamar mudos ^ e que con esta calidad y explanación se ace este nombre propio del mudo fuerte y firme para que de Dro haiga el argumento en la forma susodicha es doctrina singular 25 — 54 — en el proposito por Juan de ¡mola en el C.0 ex- íransmissa de rrenunciacionibus en el versículo . p . Rubes en cuya corroboración es lo que dice bartolo en la . 1. Omnes populi fí de justicia et jure 5 Dicien- do que quando quiera que algún estatuto o algún nonbre tiene o rrescibe diversos etendimientos y extensiones siempre se a de tener y seguir y considerar ser la boluntad del conditor e interprete del tal estat u t o ^ o la boluntad del testador en la nominación IO del dicho nonbre proibiendo en la dicha subcesion a ios mudos lo que es mas congrua y común exposi- ción e que se puede mejor adaptar e asimilar debajo de la materia sobre que se trata y en la que el tal nombre esta situado, para lo cual alega la . 1. si uno ff 15 locati y la . 1. Si servus pluriuz § Delegatis. I.0 y la . 1. quotiens ff de rre judicata ^ pues si esto es ansi berdad en los nobres que tienen dibersos entendimientos y significatos quanto mas y con mas justa causa en este nombre mudo que literalmente no se puede i n - 20 terpretar ni adaptar sino en la persona que no abla que es su berdadera ynterpretacion y significato «-^ De do se sigue de lo dicho que el hobre que abla no es mudo e no siendo mudo que a de ser llamado a la subcesion y proclamación del tal mayorazgo 25 alliende lo qual e para mayor entendimieto y Declaración de lo susodicho emos de tener y considerar, que quado aques- te nonbre mudo fuese algún nombre obscuro situado — 55 — en la capitulación y proibicion del tal mayorazgo ^ siempre se a de interpretar y declarar según las palabras del testador que antecedieron y se siguieron antes de la proibicion y exclusión de los tales mudos, en el dicho m a y o r a z g o c o m o es la . 1. si quis alliis. C. 5 De nupcis y es snta y Doctrina de montalbo en la . 1. 3 t.0 I.0 partida 2. en la parte primo ygitur. especialmente que el dicho nombre mudo es nombre claro e compreensible e no rrecibe interpretación alguna, mas de aquella que comummente se entiende del d i - w cho nombre, llamando mudos aquellos que no hablan — E quando otra interpretación tubiese siempre se a de enteder e interpretar a lo que comummete se suele tener y praticar como es la . 1. nan adea ff De legibus ^ y conforme a questa sea siempre en las co- is sas dudosas de interpretar y declarar la boluntad del testador, aunque por algún instrumeto o por otra R a cen alguna se pudiese dar e asimilar al dicho nombre mudo entendimieto o extensión alguna ^ como es singular doctrina de hartólo en la . I prediis en el § titio 20 delegatis. 3.° porque la boluntad del testador siempre se colije Del comum uso ansi del ablar como del hobrar. como es la glosa f en la . 1. legata ff supelectile legata ^ E pues Del común uso del ablar e de aquello que comummente se suele tener y praticar. se rregula e tiene por cierto la boluntad del testador aquella forzosamente se a de guardar sin otro entendimiento ni 25 - 56 — declaración alguna, como es la . 1. incondicionibus íf. de condiclonibus et demonstracionibus E segu que tan ampia y copiosamente probado abemos comummente este nobre mudo quiere decir el hombre q no s abla de donde esta claro que en el propio significato se a dentender y se entiende la boluntad del testador pues siendo ansi como es el que abla no es mudo porque aunque aya sido mudo, mudo natura el estado como adelante diremos por donde dejo de ser IO mudo «-—y el que abla es admitido a la subcesion del m a y o r a z g o l u e g o bien se sigue que el mudo que ablare no es excluso ni del se entiende la dicha proibicion 5.° fundamento 15 f puédese fundar lo quinto mui illustre señor y bienaíortunado caballero por el testo notable y singular en la . 1. serbo inbicto en el § si pupilo ff ad senatus. cons. treb, adonde el mudo que no abla ni entiende es comparado al infante =-= porque ansi como el infante 20 por RaQon de su poca hedad no puede entender ni ablar ^ ansi por el mismo casso el mudo que no abla ni entiende aunque sea de mayor edad es tenido y rreputado en Dro. por infante — E si el mudo entiende y tiene sentido ^ como sea de edad perfeta es com- 25 parado al mayor y no tiene necesidad de curador. Como es doctrina de hartólo en la . 1. mutum ff de adquirenda hereditate. porque en tal caso como este, si - 57 — el mudo tiene sentido para entender y dar a entender por señas machinas (35) y charateres lo que quiere y tiene en su boluntad ^ solo de por si sin tutor ni curador es abil y capaz de aceptar erencia. e facer otro qualquier contrato aunq el mismo bartolo es c o n trario de si mismo teniendo y Recitando cotrarias oppiniones en la . 1. 1.a numero 9 ff de berborum obligacionibus Diciendo que el tal mudo no es abil para contraer. Sino que en tal caso como tenga sentido y entienda que se equipara al pupilo ^ De cuya snta y doctrina se alia marabillado paulo de castro en la d i cha . 1. 1.a y baldo y angelo Repreenden al mismo bartolo en la dicha . 1. y el mismo bartolo tiene la primera oppinion y snta en la . 1. 1.a y 2.a de bono et posesione inía. fur. del. en que es contrario de si mismo, y aquesta es coma oppinion de todos los doctores en las cotas y lugares por mi alegadas De manera que tomando el bocablo en su propio y faborable signiíicato no se podría largo modo llamar mudo el que entiende y da a entender su boluntad — y tiene juicio y sentido pues el Dro le ace abil y capaz para tratar y contraer acer y desacer como si fuese mayor de hedad e no fuese mudO'—E cuando la tal proibicion y exclusión en la facción de los tales ^ mayorazgos lugar ubiese abia de ser y se abia de entender en los mudos q no tiene juicio ni entienden ni dan a entender su boluntad ^ y no en los q tienen juicio y sentido como dicho y apro- 5 10 15 2l> » bado abemos ^ pues son ahiles y capaces de derecho como si no fuesen tales mudos — e que aquestos semejantes mudos son abiles y capaces de Dro para contraer aunque no ablen ^ ultra y allende y mas de 5 la doctrina de bartolo e la comum oppinion arriba alegada ^ Se a dentender y considerar que las palabras en el matrimonio por este verbo. S i . Se rrequieren de forma como en el c0 tue fraternati desponsalibus porque por ellas se da a entender la intrinsica boluntad 10 de los que contraen como se nota en el mismo texto ^ y no obstante aquesta forma el mudo es abil para contraer matrimonio por señales y charateres con que de a entender el consintimiento del matrimonio como es el texto en el. c0. Cum aput de spons. e que aquesto en 15 mas fuertes términos lo queramos considerar y probar es principio del Dro que en la stipulacion se rrequiere de sustancia para que se pueda concebir la boz de los que contraen preguntando y Respondiendo como dice bartolo en la . 1 . 1.a en el principio ff de 20 berborum obligacionibus adonde es el testo expre- so y singular ^ e los mudos pueden contraer stipulacion por señales intelegibles aunque no ablen. Como es la doctrina de bartolo en la . 1. Discretis. C . qui testamenta faceré possint y en la dicha . 1. 1.a numero 9. 25 de berborum obligacionibus aunque aquesto De que los mudos puedan contraer stipulacion y que aquesto se pueda facer entre los ausentes y por epístolas, es — 59 - caso especial en el matrimonio como es la . 1. 4. y la . 1 . 5 . ff Desponsalibus y aquesta es la comum oppinion en la dicha . 1. 1.a de berborum obligacionibus y en e l . § . Iten verborum junto la glosa instituta de inútilis bus síipulacionibus — que aunque aqueste sea caso especial son abiles y capaces de Dro como si no fuesen mudos por el sentido que tienen en entender y dar a entender lo que tratan por dode en efeto de ver- dad estricto modo no se podrían llamar mudos«— pues IO si esto es ansi como es e con testos y doctrinas de doctores lo tenemos bastantemente probado que los mudos a natura por solo el sentido que tienen para entender son abiles para contraer y estricto modo no se podrían llamar mudos ni ser de los exclusos en la sub- ís [[ no ibi par. una . gl. ut a 11 i a n . gl. bonan in c0 in very entienden enteramente E que aüque el mudo no venisti bo quid de consacr alioable si entiende todo lo que un hombre que habla pue- ne distincione 4. eí quod de medianamente entender no se debe llamar mudo notatur. in c0 diaconisun q 3 . dist in se prueba bastantemete por una glosa notable y singuverb. ipse lar en el c0 testes . 3 q . 9 . Diciendo que cada y cuan- etiam c—o cesión de los tales mayorazgos ^ quanto mas y con mas justa causa lo serán los mudos que ablan escribe 20 do que en algún acto se rrequiere algún sentido corpóreo ^ que largo modo aunque aquel faltase, se entiende y puede suplir la falta otro sentido del cuerpo 25 cualquiera que sea alguna parte para suplille ^ De manera que si en algún acto se rrequiere la vista aquesta faltando puede suplirla el sentido del oir largo — 60 — modo tomado el bocablo como se prueba por el texto o en el C." I.0 del apocalipsi diciedo conversus sum ut videren boce y del texto en el c.0 19. exodi cuntus autem populus videbat boces — y asi lo tiene bartolo 5 en la . 1. Si titio de legatis 2.° y prepósito en el c0 v i des. 10 distincione y es notable theorica y apostila sobre el bartolo en l a . 1. 1.a casi al principio íf De berborum obligacionibus por manera que si algún mudo fuese presentado por testigo de aquello que vio io e oyó aunque no pudiese decir su dicho por falta de no poder ablar Requeriendo como se rrequiere de forma sustancial como es el testo en el § Sed ñeque in aut.0 deman. prin que en tal caso como este como entienda y sepa escrebir puede decir su dicho y el Dro 55 le rreputa tan abil para poder testeficar como si mudo no fuese ^ de que es la misma glosa en el dicho C.0 testes Recitando en expresos términos la misma question ^ y es doctrina de paulo de castro en la . 1. Qui jurase ff de jure jurando en el principio 20 e como en et caso presente estén rreputados por. inabiles y sin setido e de poco entendimiento y juicio aquellos que son mudos a natura por falta de no poder ablar ^ so exclusos en la procreación e institución de algunos mayorazgos =-» por manera que como la falta del setido 25 del ablar en la rragon de la exclusio del tal mayorazgo se supla con el entendimiento y juicio del tal mudo como de derecho se puede facer según que probado — 61 — abemos soldando y supliendo lo que con la abla se podía empreender y alcancar por manera que al tal mudo no le aga falta alguna sino tan solamente el ornato de l a b o z aqueste tal no se puede estricto modo llamar mudo ni del se puede entender la exclusión de los mudos en la facción e institución de los tales mayorazgos según que tan anpla y acutissimamente probado abemos «-^ E que todos argumentos y alteraciones quitadas y cercenadas queramos bastantemente probar que los mudos a natura que hablan no son exclusos en los tales mayorazgos antes que deben ser admitidos y llamados en el mismo instanti y momento que ablan quiero alegar el testo nuebo y singular en la dicha . 1. servo invicto en el dicho § si pupilo ff ad senatus cons. trebel. adonde expresamente como arriba dejimos el mudo que no tiene sentido se equipara al infate que no entiende ni sabe ablar. y aqesta es comum oppinion en la dicha . 1. mutum ff de adquirenda hereditate y en la dicha . 1. 1. ff De verborum obligacionibus por donde aceptado de erencia no puede ser fecha por el infante porque no entiende ni sabe ablar y ansi dice el texto que ha de ser fecha por t u t o r l o qual por el dicho texto no abria lugar si el tal infante supiese ablar y entendiese porque en tal caso por palabras expresas De su persona abia de acetar la herencia y el tutor confirmar la aceptación y aproballa e tenella por buena — De que es común opi11 5 ^ 15 20 25 — 62 - nion en la dicha . 1. y en tal caso el tal infante se a de llamar y el Dro le tiene por pupilo que es en. Dro. mayor hedad e mas perfeta e mas noble — porque e! ablar y el entender no puede caer en infate por Ragon s de su poca hedad ^ por manera que toda la fuerza de la dicha . 1. cerca de la materia presente esta puesta en que el tal infante no tiene juicio ni sabe ablar ^ E porque aquestos extremos de natura faltan en el mudo se tiene de Dro por infante IO para lo qual y en corro- boracion delintento comeíjado pondero el dicho § en quanto dice — necque pupilus ipse id desiderare potes cum nom posit íari porque si el tal infante ablase y entendiese no se llamaría infante ^ E ansi por el mismo caso si el tal mudo que es comparado al infante 15 entendiese y ablase no se podria llamar mudo lo cua! bastantemente se prueba en quanto el texto dice cum non posit fari porque si pudiese ablar no se llamarla mudo ^ E no siendo mudo no se puede deste tal en tender la exclusión y proybiciom en los tales mayoraz20 gos especialmente que aunque no ablara solo por te- ner juicio perfeto y entender no se debe llamar mudo ^ pues con el un sentido abunda y suple lo que falto natura en otro ^ e los tales son capaces de Dro siendo de mayor hedad por la comum oppinion en los cassos q. 25 aprobado abemos E siendo ansi quanto mas y con mas justa causa ablando el tal mudo a que no se puede Responder ni altercar Ragon ni contrariedad alguna — 63 — 6.° fundamento. C lo sexto juridicamente se prueba que el mudo an natura que abla es bisto ser llamado y admitido en la institucio y facción de los tales mayorazgos por lo 5 que se nota en e l . § . I.0 y por todo el titulo instituta de capitis diminucione y por el texto en la . 1. ff en el mismo titulo — en cuya corroboración es la . 1. de la partida 18. í0 1.° par 6. donde se nota y dice que el testamento y boluníad del testador se puede desatar IO por mudarse el estado de aquel que le figo ^ porque asi como diminucione capitis que es mudar el testador su estado de aquel ser que solia tener al tiempo de la facción del tal téstamete ^ ansi por el mismo caso contrario cobrando el testador su estado es visto sellar 15 la fuerca y ser al testameto y boluntad que tenia fecho antes de la diminución de su estado ^ con sola una declaración que faga diciendo que quiere y es su boluntad q el primero testamento antes de la capitis d i minucione balga y sea firme — como si la mudanca del 20 estado en el no ubiera venido. Como es la . I. qui exliberis ff de bonorum poses, secun. tabú, y es e l . § . illo. instituta quibus modis testamenta ynfirmentur y es la . 1 . 1 9 . en el mismo t.0 y partida arriba alegada ^ E que el testador y testamento por el fecho se altere y 25 mueba con la mudanca del estado — se prueba bastantemente por la . 1. si apprimo y por l a . 1. si postumus ¡bi si vostumns •o , y por el ^ postumi insti. de exheredacione liberorum c_ dic et per . 1. si postuma ü de líber, et postu. — 64 — porque la superbeniencia de los hijos que es nueba mudaga De estado del testador — iaqe alterar e inbalidar el testamento y voluntad del que testo ^ De que es testo en la . 1. 20 t.0 1.° par 6 de donde dice la . 1. 5 si unquá C . de rrebocandis donacionibus que qualquiera donación se desíace y desminuye por el nuebo nascimiento y superbeniencia de los hijos De que asimismo es testo en la . 1. 8. í0 4. par 5. porque como se aya alterado e ynobado el estado del donador con IO el nuebo nascimiento de los hijos primeba del testador cesa la boluntad sellándose y transmutándose con la nueba causa de la mudanza que sobrevino ^ pues si esto es ansi berdad como es quanto mas y con mas justa causa emos de Dar berdadero de Dro que se 15 aya mudado y alterado el estado del testador en la proibicion de los tales mayorazgos con la nobedad tan grande de que bega a ablar los mudos an natura a cuya causa eran exclusos e incapaces en la institución y llamamiento de los tales mayorazgos ^ por 20 donde expresamente parece por los textos notables y singulares que alegado abemos que pues cesa la causa final con la mudaga de natura de que viniesen a ablar los mudos a cuya causa de no ablar eran exclusos De los tales mayorazgos •25 que los tales mudos que ablan no son bisto ser exclusos en la boluntad del testador y que ansi han de ser admitidos y llamados a la dicha institución y procreación de los tales mayorazgos ^ E — 65 — que aquesto sea ansi berdad se prueba notable y acutissimamente por la Racon que trae la comunm escuela de los Doctores en la dicha . 1. si unqs. C . de rrebo. Dona arriba alegada ^ Diciendo que la final y fundametal causa por que se Reboca la donación con el fiuebo nascimiento y benida de los hijos — es porq no es de Dro cosa beresimil y de creer que quisiese el ta! Donatario anteponer los extraños a los suyos, como es la . 1. Cun acutissime C. de fidei comisis cuya rragon alega por notable y singular el doctor montalbo en la dicha . 1 . 8 arriba alegada ^ De cuya rracon se colije acutissimamente jurídica disicion en el presente caso que tratamos ^ que pues los tales mudos de natura viene a ablar que se a de pesar y considerar que en el mismo instanti y momento que ablan ser la boluntad del testador de que sean llamados y admitidos en los tales mayorazgos que asi como se mudo el estado en el ablar asi de derecho se ha de pensar ser mudada la boluntad del testador o fundador en la tal institución especialmente que como en los Requesitos antes deste alegado abemos asta oi en dia ase tenido por imposible ansi de fecho como de Dro. que los que llamamos mudos a natura ablasen e por esta Racon de esta imposibilidad que por tal de Dro se a tenido ^ an sido exclusos los mudos, a natura y llamados los mudos ex acídente E semejantes casos que estos aunque sean de Raro contingentibus y traigan nobedad 5 10 15 20 25 — 66 — y admiración consigo pudiendo sufrirse y compadecerse de Dro — an de ser tan faboridos y llamados como si cada dia acaeciesen pues en estos milita la misma Ragon que en los que so mudos ex acídente — 5 De que tenemos texto notable y singular en el C.0 no. debet de consanguinitate & afiniíate — porque en tal caso como este aunq se mude el sentido exterior de la facción e institución de los tales mayorazgos, que a lugar por la abla que de nuebo sobrebiene en el tal 10 mudo de natura como arriba probado abemos =-= no se altera ni se muda la boluntad e intención del testador y factor del dicho mayorazgo pues aquesta se ha de mirar y considerar en la interpretación y declaración del dicho mayorazgo, y no la letra y sentido exterior 15 de la dicha fundación e institución como notamos y declaramos en la primera parte e rrequisito de aqueste fundameto y corroboración presente ^ especialmente que como: dice el texto en el § et quid si tantum en la . 1. gallus ff de liber et postumis la dispusicion y bo20 luntad del testador se ha de extender y ampliar a otros semejantes casos. De aquellos que exteriormente están dispuestos y declarados, militando ^ la misma Ragon en los unos que milita en los otros ^ e los que ablan y entiede son llamados y admitidos en la institución e 25 facción de los tales mayorazgos asi por el mismo caso ha de ser llamado y admitido el que fue mudo a natura si entiede y abla pues la boluntad del testador y — 67 — factor del tal mayorazgo se milita y berifica en especifica forma como si este tal no ubiese sido mudo De natura — aliende y mas de lo qual que en la interpretado y ampliación de la boluntad de los conditores e institutores de semejantes mayorazgos los fabores se an de ampliar y los casos odiosos se an de rrestringir ^ Como es la . 1. nominatin y es la . 1. Cunquidam. íf. de liberis & postumis e que los hijos —> o parientes mas cercanos o propíneos viniendo a hablar aunque mudos an natura sea fabor del fundador para ser llamados y admitidos en los tales mayorazgos ^ E por el contrario sea odio del testador que los hijos y parientes mas propíneos sean exclusos e sean al dicho mayorazgo admitidos y llamados los que no son tampropincos y cercanos a la boluntad del dicho testador y fundador del dicho mayorazgo por ser la rracon tan ebidente y clara no sufre cabilacion contrariedad ni conjetura alguna pues la boluntad del testador y fundador de semejantes mayorazgos se a de rregular al mas saneado entendimiento y significato ^ aunq en la dicha institución se pueda dar e asignar alguna ynorancia y descuido de parte del que testo o fundo el dicho m a y o r a z g o c o m o es doctrina de hartólo en la . 1. titius en el § Lucius ff delibe. & postu. ^ Diciendo que en semejante caso el nascido se rregula de Dro por no nascido — por que la institución del dicho fundador se pueda dar verdadera en su fabor ampliandose 5 10 15 20 25 - y extendiéndose 68 — de donde por el mismo caso pues los fabores se an de extender como arriba alegado abemos el mudo de natura se ha de dar por no mudo pues abla como dice el texto en el § iten surdus 5 instituta quibus nom est permisum faceré testamenta y montalbo en la . 1. 13. t0 1.° par 6. donde el que abla no se puede llamar mudo y en especifica forma ablando se biene a bereficar y cumplir la boluntad y consentimiento del que formo e instituyo el dicho malo yorazgo ^ porque ansi como por la abla que perdió la natura vencida con la enfermedad que basto a inpedir y tapar las partes subtiles e organizadas de la boz es excluso el mudo a natura en los tales mayorazgos 15 ansi por el mismo caso cesando la causa ven- cida la enfermedad e impedimento que tenia tapada y opremida la boz forcada natura por algún miraculoso caso como en el principio de aqueste tratado emos dicho y Declarado ^ O por alguna industria y curiosidad de algún eminente y excelente barón como en el 20 maestro de V . m. que de presente tenemos1—el ta! mudo de natura ablando deja de ser mudo como probado abemos — y en ablando a de ser llamado y admitido en el dicho mayorazgo para lo qual alego ansimismo por texto nuebo y singular en la materia 25 entendido y ponderado como en el presente caso se debe de entender y ponderar en la . 1. 19 t0 1.° par. 6. arriba alegada porque ansi como se perdió el testa- — 69 — mentó por la mudanga y alteración del estado como copiosamente en el principio de este rrequisito probado abemos ansi por el mismo caso se cobra el testameto por cobrarse el estado como la dicha . 1.19. lo dispone porque como se perdió la boz y la abla enferma y aogada natura por dode semejantes mudos son exclusos en los tales mayorazgos ^ ansi cobrando la habla de do cesa la rragon y exclusio de los tales mayorazgos es llamado y admitido el tal mudo en el dicho mayorazgo. 7o fundamento € pruébase lo sétimo yllustre Señor por aquel texto notable y singular en el proposito en la . 1. 3.a Delegatis 1.° diciendo que el error en el nombre propio no vicia el acto entre los vibos ni bicia la institución entre los herederos porq si acaso el fundador de algún mayorazgo o algún testador en su ultima y postrimera boluntad proibiese la agenacion de algún fundo conforme a la dicha . 1. si pater en el § filium hereden delegatis 3.° errado en el nombre«-»propio si por los limites y señales del tal fundo se conoce la boluntad del tal fundador o testador ser la proibicion del dicho fundo del qual se colige aber error en el nombre propio la dicha proibicion y dispusicion del tal fundador o testador bale y es tan- fuerte y firme como si propiamente al tal fundo le llamaran y señalaran por su nombre propio «-= De donde dice bar- 5 io 15 20 25 —TOtolo en la dicha . 1. Siquis infundí bocabulo en el n u mero 2.° que la boluntad del tal fundador se a de buscar e inquirir con tanta curiosidad y cuidado que si por el tal acto nombrando los límites y señales del tal 5 fundo se biene a rregular y a colegir la boluntad y dispusicion del tal fundador que aquella se a de mirar y segir sin tener cuenta ni consideración al error q ubo en el nombre propio*—De que es notable y singular doctrina del bartolo en el presente caso de la io manera y forma q adelante en nro proposito la aduciremos y asimilaremos en la . 1. demonstrado ff. De condicionibus et demonstracionibus y es la . 1, 6. t0 33 par. 7.a pues siendo ansi como es en la proibicion del fundador en el presente caso ubo error del nombre 15 propio. Diciendo que los mudos an natura fuesen exclusos de la subcesion del tal mayorazgo pues en eíeto de berdad como en este tratado probado abemos no ai mudo den natura como ansimismo es glosa in verbo natura en la . 1. Discretis C. qui testamenta faceré posit pues el no ablar el mudo es por Ra^on de alguna enfermedad que figo canbiar el curso de natura e no obstante que el bulgo a aquestos tales los llame mudos a natura en efeto De verdad no deja de ser error, pues por Ragon de la enfermedad se an 25 de llamar berdaderamente mudos ex acídente y no mudos a natura conforme a la dicha . g l . y a las R a mones filosophicas que alegado abemos ^ Y los mudos ex acídente no so exclusos en la subcesion de los tales mayorazgos luego bien se sigue que por el mismo caso no serán exclusos los que an llamado y llaman m u dos an natura ansi como comengaren perfetamente a ablar — pues por Racon de la abla se aberigua y justi¡ica ser mudos ex acídente pues ablan cesando el i m pedimento que les empide el ablar y no mudos a natura ^—E que aquesto jurídicamente se prueba por lo que dicho y alegado abemos, e ser aquesta la b o luntad del tal testador e fundador del dicho mayorazgo notablemete se colige por lo que dice el bartolo en la dicha . 1 . demonstracio numero 14 en el bersiculo sétimo quero, e por lo que Dice el mismo hartólo en la dicha . 1 , 3 . Delegatis 1.° diciendo que aunque aya error en el nombre propio del tal fundo si consta por los límites y señales del dicho fundo extenderse a aquel la bolüíad del tal f u n d a d o r ^ que el herror del nombre propio no impide ni anichila la tal institución e legado según que en el principio De aqueste Requesito y fundamento prosupuesto abem o s p u e s siendo ansí esta claro no síedo excluso el mudo ex acídente por Ra^on del entendimiento que se presume tener antes que pierda la abla. y por la esperanza que se tiene del. que cesando el impedimento a de ablar q son estos los limites y señales que se rrequieren en el presente caso—= que aunque aya error de parte del testador llamando mudos De natu- 5 i» 15 20 25 ra a los q en efeto de berdad son mudos ex acídente — que el tal mudo llamado de natura viniendo a ablar a de ser tenido y rregulado por mudo ex acídente y que en el como en el mismo mudo ex aci5 dente se extendió y fundo la dispusicion y boluntad del tal fundador o testador pues entiende y abla que son los limites señales y rremedios que acen abil para la dicha institución a los mudos ex acídente y aques- tos cumpliéndose y berificandose en el mudo a natura 10 puédese decir que ubo error en el nombre propio — y no se puede decir que ubo error en los limites y señales para que este tal deje De suceder como si fuese mudo ex acídente. De donde dice el paulo de castro en la dicha 1.3. Delegatis. I.0 numero 2.° que 15 los estremos sobre que ba fundada y apoyada la boluntad del testador ^ • se an de mirar y considerar en mucho mas y mayor estremo que no el nombre propio de la cosa legada o proibida por el testador ^ E como aquestos sean que el mudo an natura no entien- 20 de ni abla esta claro que "aquestos cesado se biene a cumplir y a bereficar la boluntad del testador y el tal mudo a De ser llamado a la institución y subcesion del dicho mayorazgo ^ porque ansi como el fideicomiso s§ entiende y se colige no tan solamente de las 25 palabras mas aun de la boluntad del testador como es la . 1. pater filium en el § pater filios deieg. 3.° ansi del presente casso tomando las palabras del fundador proibiendo los mudos a natura por Ragon de que no tienen sentido ni ablan ansi por el mismo caso ha- blando e teniendo sentido es visto querer los tales mudos no ser exclusos en el dicho mayorazgo 5 por- que la condición paladina especialmente cuando se colige de las palabras del testador es de tanta íuerga y bigor como si por el fundador del tal mayorazgo ex- _ ibi. porq la condición dic quod. conditio tacita, et condicio expresa, no diferüt bar. in . 1. pater pro filia §. manto num0 2.° íf De dolo'— presamente fuese puesta como es la . 1. Cumabus ff. De conditionibus demonstracionibus y es la . 1. genero raliter § 4 c De institucionibus et substitucionibus y es la . 1. acutissimi C. De fideicommisis y es buen texto de Dr destos Reinos en la . 1. 1.a y en la . 1. 10. t0 4 par. 6. ^ el mudo a natura excluso por Racon del no ablar y faltalle el entendimiento 15 tácitamente es visto ser llamado y admitido si tubiese entendimiento y ablase — pues aquesta boluntad que tan clara y patentemente se colige de la proibicio del testador que son los limites y señales de que arriba tratado abemos ^ es la que se a de mirar y considerar 20 E como aquesta se cumpla en especifica forma en cuanto se puede exteder y considerar ser la boluntad del testador ^ en el mismo instanti e momento los que llamamos mudos an natura ansi como hablaren teniedo juicio y sentido son bistos ser llamados y admitidos en la 25 institucio De los tales mayorazgos como si proibidos no fuesen =-= no ibi en el mismo i a stanti quando dicatur momentun v e 1 quod tempus Kequ i r a tur ad hoc quod dicatur instanti vi. bonan gl . 2 . junta tex in . 1. 2 . c. que su - 1 o n g. cons. vi . gl. in - 1 . c. de herró adboca. et amplia raaterian. per .1. omnes judices c. de feriis vi. pala, rrubios in sua lectura c—3 — 74 — 8.° y final medio C lo octabo y final que los tales mudos an natura ansi como ablare no se pueden llamar mudos ni son exclusos en la subcesion de los tales mayorazgos es 5 buen texto notable y sígular con el cual sellamos y rrematamos la presente question y materia en el § quin etiam en el versículo mutus. t.0 episcopum vel abbaten in usibus feudorum ^ De donde se determina y discide que aquel mudo no puede Retener en si ningún 10 feudo el qual no puede ablar ninguna cosa ^ por manera que el mudo que ablare es abil y capaz para Retener y servir el tal feudo ^ porque por el mismo caso de no ablar le tiene y rreputa el Dro por inabil e incapaz de poder servir el tal feudo. De que es bue 15 texto notable y único en el presente caso y materia en el § mutus t.0 an mutus vel allias imperfetus in usibus fedorum porque ansi como el acto fecho con toda perfección de Dro por contrario acto se turba e pierde su vigor y fuerza del facto de la perfeccio que antes so tenia como es la . 1 . 1.a C de secundis nupciis y es el texto en el autentico de Restitucione et ea que parit in undécimo mense § 4. col. 4. Y es la . 1. ultima C . undebi =-= ansi por el mismo caso ayudada natura por contrario acto del rresbaladero y torcedero que basto 25 a llamarse mudo a natura el que de su nacimiento no abla. por donde los tales mudos están incapaces e inabilitados de poder Retener algún feudo por el texto peregrino que alegado abemos ^ ansí por el mismo caso contrario en ablando el tal mudo es inmune e capaz de rretener e serbir el tal feudo conforme al texto arriba alegado ^ pues siendo ansi como es queda y Resta discedido y determinado que el tal mudo que llamamos de natura ansi como hablare se ace abil y capaz de Dro en la subcesion de los tales mayorazgos — que aquesto sea ansi verdad sin que a ello se pueda altercar ni contrariar Ragon ni fundamento a l guno emos de rrepetir y examinar aquel principio de Dro que dice que en tanto a lugar la boluntad y dispusicion del testador en quanto no fuere contraria a Dro comum como es la . 1. nemo delegatis 1.° e de Dro comum el hijo que abla no es mudo por los prin cipios textos y íundametos que alegado abemos — luego los tales mudos que ablan de Dro no son exclusos de los tales mayorazgos ^ E que aquesto se pueda mejor apoyar y sustentar esta claro e infalible de Dro q esta obligado in foro conciencie aquel que esta obligado de Dro natural ^ es singular doctrina de ynocencio en el C.0 no vit de judiciis y es D o c trina de hartólo en la . 1 . 2 ff de his qui pro non scripto abentur. y es nuebo consejo de angelo en sus consejos 18 1 - e que en la institución y fundado de los tales mayorazgos este fundada y apoyada de derecho natural es la . 1 . 40 en su principio en las leis de toro y la lectura de los glosadores en la dicha . 1 . — 5 10 15 20 25 - 76 — porque naturalmete como no este otra cosa en c o n trario Discedido e determinado por el fundador an de suceder por su borden los ligitimamente descendientes del tal fundador 5 > porque en tal caso el dicho mayorazgo ba fundado en Dro natural y natural- mente a los tales descendientes y en su defeto a los transbersales del tal linaje se debe la dicha institución Como es el texto en argumento en la . 1. Jura sanguinis y la lectura de felipo decio ff derreg. juris porque io naturalmente el tal fundador esta necesitado y artado a llamar los suyos y de su sangre antes que a los estraños — Como mas copiosamete en otro tratado en que boy Repitiendo y examinando la materia de los mayorazgos Declarare y mostrare ^ a cuya causa por i5 no ser la materia presente el final motibo e intento de tratar de mayorazgos paso sucintamente en la fun- dación de los tales mayorazgos, en el tratado presente—pues siendo ansi que de dro natural el tal fundador esta obligado y necesitado de llamar los suyos 20 esta claro estara obligado en el foro de la conciencia por los textos y principios que alegado abemos —pues siendo ansi no se presume de Dro que el tal fundador y testador sea tan descuidado de la salud De su conciencia y anima — que abiendo habilidad y capacidad 25 en aquellos en quien tiene obligación de Dro natural los quiera excluir y extrañar en la subcesion de los tales mayorazgos por la obligación que in foro c o n - ciencie tiene E los mudos que vienen a ablar e tienen abilidad para administrar e rregir e gobernar los tales mayorazgos, so llamados de Dro natural como si mudos no fueran pues el Dro a los tales no los. a. ni tiene ni llama mudos por el § item surdus instituta epor los otros testos y principios que alegado abemos ^ e siendo abiles y llamados de Dro natural en el mismo instanti y momento esta obligado el tal fundador en él foro de la c o n c i e n c i a r e pues tiene esta obligación el tal fundador no se presume de derecho querer excluir y extrañar a los tales mudos que ablan =-= antes de Dro son admitidos y llamados según los füdamentos y textos que alegado abemos De donde Resta y queda claro discedido y comprobado que los que llamamos mudos a natura si alguno de oi mas ablare como V. m. y el Sor Don pedro su hr.0 ablan por la doctrina que del Reberendo padre fray pedro ponce de león ayo y maestro de V . m. (36) se deprendiere y tomare — que no obstante que los mudos a natura sean exclusos en la subcesion de los tales mayorazgos ^ ansi como ablaren serán llamados y admitidos de Dro a los tales mayorazgos como si nunca ubieran sido mudos ^ pues ni el Dro los tiene por mudos ni en efeto de berdad los tales se pueden llamar mudos -42 10 15 20 25 • — 78 — C Segunda parte de la hobra y tratado en que el autor mueve algunas. qq.s y con cluye Q 1.a Si puede el mudo celebrar ^ 5 Otros muchos fundamentos y corroboraciones yllustre Señor se podían atraer y aducir para sellar y coprobar el intento comegado E por el contrario algunos objetos e inpugnaciones de querer decir y argüir que los mudos a natura aunque ablen no deben suceder IO en los tales mayorazgos mas como la boluntad tan grande juntamente con la deuda que yo tengo del servicio de. V . m. me aya mobido e incitado mas a decidir y apurar la berdad de la presente question y materia, que de querer argüir con sophisticas contrarié- is dades e inpugnaciones en forma y manera de rrepeticion queriendo con muchos textos y chimeras lebátar lo que a de rresumirse y apoyarse ^ en que el mudo a natura si ablare es admitido y llamado a la subcesio de los tales mayorazgos-—ame parecido cerrar y sellar 20 la presente hobrecilla e yntento con algunas questionnes de lo que dice Joan andres en el dicho C.0 Cum aput De sponsalibus ^ especialmente diciendo si puede el mudo celebrar— E para entedimiento y considecion de la présete quistion y materia emos de entender 25 lo que dice Joan andres en el dicho c0 cum aput — Donde las palabras e el sacramento se Requiere de sustacia como es el texto en el C0 Cum marte de cele- bracione misarum y es el texto e el C0 pañis el 1.° y el 2o De consecracione distincione 2o e que faltando aquestas palabras no puede aber sacramento en la consagración y celebrado ^ E que como el mudo no puede enbiar ni pronunciar aquestas palabras no puede celebrar ni poderse por su parte hobrar Sacramento a lo qual parece contrariedad muy grande aunque el Joan andres no la muebe por el texto expreso en el dicho C.0 cum aput desponsaübus adonde los mudos aunque no ablan pueden contraer matrimonio y el matrimonio es sacramento según el texto en el C.0 I.0 De Sponsalibus y en el c0 exparte del mismo titulo y en el c0 2.° del génesis y en el c0 Seculares 33 q . 2 . luego los mudos aunque no ablen bien pueden de Dro celebrar E para entendimiento y berdadera solupcion de la presente question y materia emos de considerar y entender que se rrequiera de sustancia en el sacramento y que se Requiera pro forma ^ porque cada y quando que en el sacrameto se rrequieren las palabras De sustancia Sacrametal como es en el Sacrameto de la heucaristia forcosamente se an de explicar con la boca y no basta darlo a enteder con señales ni desearlo con la bolütad y ansi se a de entender el dicho C.0 Cum marte y el dicho C.0 Pañis arriba alegado — y cada y quando que las palabras en el sacramento se rrequieren de forma no pudiendo aquestas pronunciallas y explicallas Realmente con 5 10 15 20 25 — sola lengua <^ basta que se den a enteder con señales para que el sacrameto se celebre como si con la boca se dixese < = — como es texto expreso en sus finales palabras en el dicho C.0 cum aput de sponsalibus ^ las 5 palabras de la consacracion de la eucharistia so de sustancia y si aquestas expresamente no se pronuncian según que lo dixo dios y pronuncio por su b o c a n i el vino se bolbera sangre ni el pan se b o l beria e combertiria en el verdadero cuerpo De nro. 10 sor. y Redentor ihu Cristo ^ y esta es snta y Doctrina y comü oppinion de todos los doctores theologos que comummente sigue y aprueban el Joan andres y el hostiense y el abbad de panormia en el dicho C.0 cu marte arriba alegado ^ y en tal caso como este n i 15 basta dallas a entender con señales ni deseallas Dar a enteder ni decillas con el coraron ^ lo qual no es ansi cada y quando que las palabras se rrequiere pro íorma como en el matrimonio ^ como es el texto en el C,0 tue fraternitati de Sposalibus y la . 1. Cun no- 20 tissimi C. De prescripcione 30 annorum — porque en tal casso como este cada y quando que no se pueden pronüciar con la boca como es en el mudo ^ basta que se den a entender con señales coforme al dicho C.0 cum aput arriba alegado ^>e siendo ansi 25 como es el mudo que no abla no puede celebrar aunque es abil De Dro para contraer matrimonio pues V, m. y el Sor. Dompedro su hro ablan cláramete y — SI — pronuncian las palabras que son las que se rrequieren de sustancia en la cosecracion esta claro que son ahiles para poder celebrar — E siendo abiles y capaces para tan alto misterio ^ quanto mas y con mas justa causa serán abiles y capaces para exercer y ad- ^ ministrar las cosas mundanales de los mayorazgos aunque contra esto parece contrariar e inpugnar lo que se nota y se lee por el C.0 21. junto al C.0 19 del libitico (37) y es el texto en el C.0 1.0 49 Distincione — diciendo non maledices muto necque surdo E pues el w mudo esta aprobado por dios conforme a los textos que alegado a b e m o s e de Dro. no están proibidos conforme al dicho C.0 I.0 49 Distincione bien se sigue q. pueden celebrar — especialmete q. como dice el mismo Joan andres en el dicho C.0 Cum apuí muchas is cosas ai en la misa donde no ai necesidad de palabras sino tan solamente de señales y aquestas puédelas facer el mudo como entienda, lo que face — luego bien se sigue que puede celebrar =-= el abad Panormitano en el dicho C.0 Cun marte en el principio tácitamente es 2£) bisto Responder y satisfacer aquesta impugnación y contrarios ^ Diciendo que todas las cosas que intervienen en la misa no so de sustancia de la consacracio fuera de las palabras de la consacracion del pan y del bino que por birtud de las tales palabras el pan se buelbe en carne y el bino se buelbe en sangre siendo cada qual desto el verdadero y entero cuerpo de nro dios 25 — 82 - y S a l b a d o r m a s que son medios y horaciones con que Ruega el sacerdote por todos los miseros pecadores dando las gras y loores a dios de los vienes y mercedes que nos ace como es el texto en el dicho C." 5 pannis de consacracione Distincione 2.a y como aquestas no se rrequieran De sustancia como emos dicho sino tan solamente de forma y aquesta forma Rogando a dios se pueda dar a entender por señales E por el coracon que es lo que a dios en las horaciones mas apla- IO ge—esta claro como dicho abemos q los mudos an natura que no abla lo pueden mui bien fager como si expresamente ablasen ^ (38) no para que se pueda decir celebrar mas para que se pueda decir orar. De dode se da entendimiento al dicho C.0 21 y al dicho C.a 19 15 porque como en el testamento viejo no abia la lei de gracia que ai después que vino al mundo la luz de nra. Redencio y salbacion faltaba el sacramento de la eucharistia ^ e a esta causa eran admitidos los mudos por sacerdotes porque no acian mas de orar y aquesta 20 se acia con el corazón como con expresas palabras ^ E como el officio de los sacerdotes fuese orar y Ro gar a dios y aquesto lo puedan tanbien facer los mudos como los que ablan. eran permitidos en el testamento viejo y son permitidos de presente en la lei de gracia. 25 en quanto aquesto que se rrequiere De forma, y no en quanto a lo demás que se rrequiere de sustancia — (39) — 83 — Q. 2a Segunda question en que el autor traía como a de ser la abla del mudo para q se diga q abla perfectamente> II no me parece que es cosa de poner en olbido Defender y satisfacer a lo que tácitamente se podría 5 Dezir y argüir que aunque aquellos que son mudos an natura vegan ablar se puedan de Dro decir y llamar abiles y capaces para la subcesion de los tales mayorazgos ^ si no ablasen tan clara copreensible y abiertamente como aquellos que nunca ubiese sido mudos io de natura ni ex acídente ^ porque no ablar clara y abiertamente es lo mismo que no ablar '—porque cada y quando que alguno esta toreado de Dro a dar o facer alguna cosa no es visto cumplir en los mismos tér- minos expresos de la obligación dando o faciedo i m - 15 perfecta la cosa a questaba toreado y o b l i g a d o s como es el texto notable en el bolume de las decretales en el C.0 qui extimore de regulis juris y es el texto en el C.0 ad nostran en el mismo titulo y es el C.0 pudenda 24 q. I.0 y el C.0 faciat 22 q. 2.° y es buen texto 20 de Dro gebil en la . 1. siquis argentun en el . § . Simili que modo C.0 De donacionibus C. Generali Pues siendo ansi como es no podemos dezir que abla aquel que clara y abiertamente no se entiende que abla para que en especifica forma se pueda decir aberse cumplido la boluntad del testador < = — especialmete que como ampia y copiosamente en los fundamentos y pro- 25 — 84 — secucion de aqueste tratado probado abemos es menester para que aya efecto la boluntad del testador que se cumpla y berefique en propia y especifica forma ^ porque De otra manera la boluntad del testador seria deambulatoria sin q tubiese su propio y verdadero Efeto E aunque aquesta impugnación y con- trario parezca fácil y copreensible en su materia en la generalidad de la solupcion que a los textos que alegado abemos se podra fácilmente Responder y satis10 facer, a la specialidad de decir Si el mudo a natura que no abla claro y compreensible. Si es bisto cumplir y berificar en los propios y berdaderos términos la disposición y boluntad del testador y fundador es nue- bo e inaudito entendimiento asta oy dia por ningún 15 doctor leido tocado ni aun pensado ^ y para sellar y apoyar q semejantes mudos an natura aunque clara y abiertamete en su ablar no sean entedidos como si mudos no fuese pues que ablan aunq mal y tarde Son hábiles y capaces en la subcesion De los tales mayo- 20 razgos Emos de entender lo que emos dicho de aqueste berbo mugitus q en su propio y berdadero significato es bramido — que es mui lejos y diferente de aqueste nonbre boz — porque lo uno que es la boz no se puede facer sin menear la legua y partes subti25 les y organizadas q impiden al mudo an natura q no able y lo otro que es bramar es por falta de no me- near la lengua y estar tapado el horgano de la boz por — 85 — donde braman los mudos a natura por ablar De manera que en el presente caso no emos de bereñcar ni justificar que el mudo a natura able clara y perfetamente. como el que nunca ubiese sido mudo an natura para que el tal deje de decirse que no abla pues 5 bemos de cada dia muchos hombres que no son mudos a natura ni ex acídete torpes y trabados de la lengua que ablan muy obscura y trabajosamete — y no por esta rracon de no ablar claro y mui inteligible e toda perficion y estremo se llama mudos =— specialmente 10 que unos hombres ablan mas tarde y mas obscuros q otros y no por tanto estos tales dejan de ablar por cuya rracon en ablando dejan de ser y llamarse mudos E no siendo mudos como en ablando no lo son se biene a cumplir y a bereñcar la boluntad y dispusi- 15 clon del testador en sus propios y expresos términos, como si mui clara sincera E politicamente los tales mudos ablasen'—Y aquesta exposición y entendimiento acutissimamente se colige De lo que se nota y lee por el dicho Joan andres en el dicho C.0 Cum aput de 20 Sposalibus arriba alegado y por lo q se nota y léese por el Reberendo padre fray Joan de ¡anna en su notable Catolicón ' — E por lo q ansimismo se nota y lee por el historiador alonso de palencia en su copioso bocabulario E por la diferencia ansimismo que pone 25 Sant agustin entre berbo y boz ^ Diciendo que el berbo es el pensamiento y boluntad De producir lo — seque se rretiene en lo secreto de la conciencia y aquesto puede caber en el hombre mudo — y la boz es aquella por la cual el berbo se pronuncia y explica como se entienda^—y aquesta no puede caber en persona s que no abla ^ De donde el mismo Sant agustin dice del bienaveturado Santjoan beatunjoanne casi bocem per quam ad nos verbum suum proferret as funsit De donde dice el historiador alonso de palencia que ay boz significatiba e ay voz no significativa 10 y to- mando esto de boz no significativa Di^en largo modo todos los latinos que las aves y los animales tienen boges'—E declarando E interpretado estricto modo en su propio y berdadero significato la boz significatiba tan solamente la tienen los animales Racioná- is les (40) y se debe decir boz la que los hombres ablamos y pronunciamos y solamente esta es berdadera boz y no otra alguna — pues para pronunciarse y explicarse aquesta es forgoso en natura que salga la fuerga y aire de las arterias del animal (41) por las estremidades 20 de la garganta trabando y dando fuerga al nascimiento y fundamento de la lengua, para que ansi pueda salir y pronunciarse la boz Del ^ berbo que se concib e — y como aquesto no pueda ser en natura en los que son mudos de su nascimieto o biene a serlo por 25 Ragon de alguna enfermedad por estar ympididas y tapadas o enfermas por el cambio que natura figo sojuzgada y begida con la enfermedad las partes subtiles __ 87 — y organicadas por donde se bienen a despedir y formar y pronunciar la boz braman los hombres que regu- larmente llamamos mudos ^ por manera que los que ablan son y están libres del impedimeto an natura de bramar. E siendo ansi no son mudos — E no siendo 5 mudos cesa la Racon de la exclusión de los tales m a yorazgos ^ y en el mismo instante cesado son llamados al dicho mayorazgo como si mudos no fuesen ^ E como en Ragon de lo susodicho aya lugar el arbitrio del juez para discedir y juzgar si abla el tal mudo o no 10 habla <^> e si es boz o no es boz la que pronuncia o si es bramido e que partes e señales E muestras a de tener para no llamarse mudo o para llamarse mudo o para llamarse mudo (42) es buen texto único y sin- . guiar en todo el cuerpo del Dro en el C." único en 15 el . § . Sed quia natura t.0 que fuit prima causa benefici admitendi yn usibus feudorum Q. 3.a — es la tercera question. si el mudo si puede testeficar y como se signara su Dicho por el escribano 20 C Es tercera question y duda yllustre Señor si el mudo si puede testeficar ^ De donde nace otro mayor ynconviniete y duda de como podra el escribano dar fe y signar el dicho del tal mudo pues es necesario y forcoso de Dro que por su propia lengua deponga el testigo de visu y deponga de auditu. en lo 25 que cada uno destos sentidos se rrequiere =-= como lo nota la. glosa, en el . § . opportet en el versículo Si alias in aut.a De instrumentorum caucione & M e y como se nota por Joan andres en las adiciones q face 5 sobre el especulador en el titulo de instrumentorum cautione alllas de instrumentorum editione^—E quanto a lo primero que el mudo an natura pueda testeficar face la duda la. gl. notable en el c0 testes 3 q 9 aunque la dicha gl. face distinción diciendo que aquesto io abria lugar cuando el mudo oyese y supiese escrebir ^ E como aquesto al paulo De castro en la . 1 . Discre tis C. Qui testamenta faceré posint le parezca mui dificultoso que el mudo an natura supiese escrebir quiere entender y sentir que la dicha gl. se a de en- 15 tender en el que es mudo ex acídente y no en el que es mudo a natura =-» no obstante que según doctrina del mismo paulo De castro en la . 1 . Qui jurase ff de jure jurado el mudo an natura puede testeficar aunque no oya ni escriba — porque la rracon fundamental que 20 se nota por el mismo paulo de castro en la dicha . L . Discretis de que el mudo an natura no puede facer testamento^—es porque en Dro no se presume entendimiento en semejantes hombres que son abidos y tenidos como por hombres muertos (43) por manera que 25 cada y quando q el mudo tubiere juicio y entendimieto es abil y capaz para ser testigo en aquello que pudo ver y compreender y su dicho bale como si mudo — 89 — no fuese y esta es doctrina y parecer extendiendo la determinación de la dicha . g l . por el mismo paulo en la d i c h a . L . qui jurase arriba alegada^aunque parece cotra esto lo que se nota por la aut.a de mandatis principum en el § Sed ñeque colaíione 3.a y por lo 5 que dice el hartólo en la dicha . 1. qui jurase en sus finales palabras adonde las palabras se rrequieren en el Juramento y aquestas faltando no puede el testigo De-^ poner ni puede haber Juramento — que aunque aqueste contrario parece dificultoso como en eíeto de ber- 10 dad lo es al que le faltaren los términos del dicho C0 tue fraternitate desponsalibus esta acutissimamente respondido por lo que se dixo y noto en la primera question de aquesta segunda parte y tratado ^ porque como aquestas palabras en el juramento y dicho del 15 testigo no se rrequieran de sustancia del juramento sino tan solamente de forma«— ansi como en el matrimonio como se nota en el dicho C0 tue desponsalibus puede el mudo decir su dicho y jurar como tenga juicio y entendimiento ansi como es abil para contraer 20 matrimonio ^ y esta es sentencia y Doctrina del hartólo Referida por el paulo de castro en la dicha . 1 . qui jurase arriba alegada'—Y es argumento notable del caso junto la glosa de la . 1. Iten quia ff de Pactis ^ ansi bisto y entendido como el mudo a natura puede testeficar Resta de ber lo segundo que borden se a de tener para que el tal mudo aya de decir su dicho e 25 — 90 - que el tal escriba no de fe y pueda signar lo que el tal mudo digere — e l hartólo en la . 1 . mutum ff de acquirenda hereditate pone la question e términos ^ cuya doctrina y parecer siguen comummente los doc5 tores'— Y es del bartolo en la . 1. mutu delegatis 3.° y del angelo en la . 1. iten quia íí de Pactis e por el baldo en la . 1. si pater naturalis ff De adopcionibus y en la . 1. mutus ff De procuratoribus. E por el mismo bartolo en la . 1. Discretis C . qui testamenta faceré po- 10 sint y es de angelo en la . 1. ex facto de bulgari & pupulari substitucione ^ adonde el bartolo abisa y exor ta al escribano que si de las señales del tal mudo el tal escribano entiende y conoce lo que quiere decir que lo debe de asentar declarando que el tal mudo quiso 15 decir y dixo por sus characteres y señales las quales el entendió según que el tal escribano lo tiene asentado ^ E que si el tal escribano no entiende al tal mudo que debe facer ante si parecer algunos vecinos o pañetes de el tal mudo que le ayan tratado y entiendan ^ 20 E cierto e certeficado de los tales veginos o parientes que por aquellas señales quiere el tal mudo de^ir lo que los tales vecinos e parientes le dixeren ^ Lo debe ansi asentar para que balga y bale e tiene tanto b i gor y fuerca como si por su propia boca el tal mudo lo 25 d i x e s e p o r q u e en semejante caso los tales vecinos y parietes especialmente si son personas Domesticas se presume de Dro que entiede por señales lo que el tal — 91 — mudo quiere decir como es la . 1. octavi ff. unde cognati y la . 1. de tutela C0 de integrum restitucione ^ E lo que aquestos simplemente dixeren y depusieren se debe de Dro de rreputar como si el mismo mudo con su lengua lo dixese q aunque parece duda e impugnación de Dro porque el testigo no puede deponer sino de lo que oyó o bio y no del eíeto que el tiene concebido en si de aquello que el mudo quiere decir por semejátes señales como es la . 1. qui testamenta en el fin ff de testamentis y la .1.1.a en el principio ff de his qui in testamento delentur ^ es Doctrina del mismo bartolo en la dicha .1. mutum arriba alegada dando extensión y declaraciom a las dichas leis con que pasan todos los Doctores modernos ^ y el mismo bartolo face dificultosa la question en la forma que probado abemos ^ Diciendo aber el mismo lugar en los testigos extraños con que los tales testigos depogade las mismas señales que el mudo face testeficando y declarando que comummente el tal mudo por aquellas señales quiere decir lo que el tal testigo declarado tiene Y aquesta es mi sentecia y oppinion y parecer que semejantes dichos y deposiciones de semejantes hombres mudos se deben tomar y rrecebir por los tales scribanos por ante juez competente, porque la autoridad Del Juez face cesar qualquier presunción De dolo E que los tales testigos agora sean parientes o vecinos o domésticos agora sean extraños depongan 10 15 20 25 _ 92 — siempre exprésamete de las señales del tal mudo de donde saben y conocen entender por ellas ser aquella la boluntad del tal mudo — Y desta forma y manera el dicho y depusicion del tal mudo bale, y el tal es5 cribano le puede Recebir e puede signar como si el tal no fuese mudo Q. 4.a Quarta question en que se examina la autoridad sagrada q dice guardaos de aquellos a quie la natura señalo (44) io C es la cuarta question y duda si los mudos an natura son de aquellos por quien dixo dios ansi literalmente entedido que nos guardásemos de aquellos a quien la natura señalo e aunque aquesta sea ma- teria mas mere theologica que jurídica — en lo que 15 toca a los fundamentos philosoficos con que de presente la fulciremos (45) y sustentaremos Digo que la sentencia y anotación sagrada no se entiende ni a l u gar de los que son mudos ex acídente ni de los que son mudos a natura — E para entendimieto y disicion 20 de lo susodicho emos de entender y considerar que sea el efeto de natura y que sea el efeto de la enfermed a d — E que mediante aquesto no son señalados a natura aquellos que llamamos mudos a natura — E siendo ansi como es no se puede ni debe de los ta- 25 les entender para que destos mudos nos guardemos como si de la natura señalados fuesen — porque noto- — 93 — ria cosa es según sentencia De aristoteles en el libro De aere & aqua que natura sienpre se esfuerga y anima con todo trabajo y efeto a lo mejor y mas saneado en toda procreación generación y forma <=—E a esta causa son mas hordinariamente los hombres que no las mugeres — E todo genero de machos que no de énbras ^ y por esta Ragon y causa parecen siempre los hijos mas continuamente a los padres que no a las madres ^ E siendo asi cada y quando que nacen los hijos con algún defeto no es por falta de natura ni porque los quiere señalar natura. Sino por fata de la dispusicion de la materia sobre q hobro natura Luego los que son mudos de nascimiento que dellos nunca conocimos que ablasen no pueden ser señalados De natura pues tienen contraria operación y efeto como dicho abemos ^ E que aquesta sea (46) su condición y oficio De natura es ansimismo oppinion y sentencia de empedocles acerca de plutarco en el libro de placitis filosophorum y es de alberto magno en el l i bro . 16. y . 18. De animalibus. Solo emos de entender y considerar^—por una de las dos Ramones son los hombres mudos de su nacimiento que llamamos vulgarmente mudos a natura — y no porque la natura los aya querido señalar para que sean y se queden mudos — L a primera es de entender y cosiderar como en la primera parte de aqueste tratado examinado abemos según la oppinion y sentencia de aristoteles 13 5 ió 15 20 25 - y plinio 94 — que todas las criaturas nascen mudos y aquesto es según natura porque en la generación de las criaturas según natura se rrequiere ansi — no para que quiera ni sea su efeto De natura que las tales cria5 turas se queden mudas sino porque es forzoso aques- to en natura para mayor perfection y abla de la tal criatura E como muchas heces ay defeto de parte de la materia de los que contraen en la generación sohre lo qual a de hohrar natura ^ queda las criaturas mudas 10 no pudiendo natura suplir ni rremediar el daño D e feto y enfermedad de la materia " - E como aquesta sea en mucha o empoca cátidad unas heces nace la enfermedad con la criatura otras heces Después q la criatura es nascida ^ porque la cantidad de la en- 15 fermedad ace meguar las fuerzas de natura porque ni en la generación ni procreación ni después de nascida la tal criatura es posihle poderlo Remediar natura»—y por esta Ragon y causa del defeto y enfermedad de la materia o de nueha enfermedad que sohre20 hiene en tiempo que según natura tiene para mayor perficion las criaturas, mudas hiene a llamarse mudos an natura los que de su nacimiento no ahlan y no por- que natura los señalase para que destos tales se pueda entender ni entienda ansi literalmente tomado lo de 25 la scriptura sagrada que huyamos y nos apartemos de aquellos q natura señalo pues los mudos no son se- ñales De natura sino señales de enfermedad y flaque- — 95 — de materia Diria y o illustre Señor en el sentido alegórico de la dicha question y sentecia de la escriptura sagrada ^ que los mudos señalados a natura como la escriptura sagrada lo dice son de quienes dice Sant matheo en el C.0 9. que ablo el mudo en gran espanto y admiración de todas las compañas que le miraban y conocían ^ como si en el mismo sentido mas claro digese que aquellos propiamente se han de llamar mudos y De quienes Emos De huir como señalados por natura que no se emiendan ni coRigen De sus crimines y excesos ni tienen boca ni contrición para decir y confesar sus delictos y pecados de quienes dice Sant Pablo 1.° ad chorintios en el C.0 12 al principio en este tratado alegado ad simulacra muta pro ut Ducebamini eütes y de los que dice Sant matheo en el dicho C.0 7.° ansimismo arriba alegado'—E pues en cuanto cristianos en v. m. y en el S.or Don pedro su hro conocemos hobras de hombres cristianos e ablan en efeto de berdad como nosotros, aquellos que no somos tenidos ni llamados en ningún setido de los que dicho abemos por mudos =-= ansi en se confesar e oir y entender y hobrar todas cosas De cristianos como en leer y escrebir y cláramete ablar no ai por que se llame mudos ni que sean en ningún sentido señalados an natura según el sagrado texto que alegado habemos — fin ^ Suplico a v. m. encubra el atrebimiento de aber osado abenturarme a escrebir materia mas sub- 5 io is 20 25 — 96 — til y delgada e filosophica que mi juicio y abilidad Requiere, la boluntad con que animosa y boluntariosamente me e puesto al trabajo sin ynteres alguno pues guiado y enderezado al servicio De V . m. me ha s puesto mayor abilanteza que mis fuerzas llevarlo pudieran cuya mui illustre persona guarde y acreciente nuestro Señor Dios con tan gran aumento De estado como V . m. desea De aquesta Cassa y monasterio de ona a los 8 de otubre ^ anno Del nascimiento De nro io Señor y Salvador Jhu. xpo. 1550 años. EL LIC.DO LASSO (47) C En el presente tratado se alegan los autores y Doctores siguientes. Sin los Dichos y sentencias que se traen De muchos otros philosophos y juristas en el presente tratado nombrados, que por la borden del alphabeto ban puestos por su borden y numero como D e la tabla parece. .a. .. S . agustinus aulo gelio aristotiles archimedes alegander alegandro alberto magno alonso de p a l é e l a S. antonio arzobpo antonio de butrio abbad. panormitano ansrelo b. bartolo baldo b a u t i s t a fulgosio bitrubio c . catón don aloso R e i 9. diophenes dlonisio especulador eusebio erodoto (48) esayas ecechielis euripides erasmo empedocles felino .h S. hieronimo herodoto 98 — .i. justiniano josepho judaico Joan andres Juan nianio jason joan de janna lucillo unores ludobico celio platón S. pablo polidoro paulo de castro p0 m e x i a pontano prepósito quintiliano •R m marco barron . S . marcos . S . matheo montalbo Raphael bolaterano- s. séneca sabelico .t. nanclero tito libio . v . orígenes vaierio m á x i m o plinio plutarco ynocencio ÍNDICE D E L TRATADO .Pág». Descripción del manuscrito Tratado nuevamente compuesto por el L i c e n c i a do Lasso C a r t a del Licenciado L a s s o a l ilustre Sr. D . F r a n cisco de T o v a r , legitimo sucesor del Marquesado de B e r l a n g a y pariente mayor de l a casa de Tov a r , en que el autor le e n v í a y d i r i g e l a obra . . . P r ó l o g o y prefación de l a obra E l autor u l t í l o g o al lector curioso aprobando c u á n g r a n v i r t u d y valor sea l a ciencia, y dando l a r a z ó n por que e s c r i b i ó l a obra en lengua e s p a ñ o l a 3 5 6 7 13 Ideas preliminares: I, De los mudos I I . Prosigue el autor y cuenta en c o r r o b o r a c i ó n algunas cosas notables que en el mundo h a n acaecido 15 22 Primera parte. CAPÍTULO PRIMERO. — Comienza l a obra en que el autor e x a m i n a s i el mudo a natura excluso de l a s u c e s i ó n del mayorazgo, s i es visto ser llamado a l dicho mayorazgo, a s i como hablare, como s i no hubiera sido mudo (1) Se ha a ñ a d i d o p a r a c o m o d i d a d del l e c t o r . 29 — 100 — Págs. CAPÍTULO I I . — P r o s i g u e el autor la obra fundando cómo el mudo que habla no ha de ser excluso de l a s u c e s i ó n del mayorazgo, n i se ha de llamar mudo.... Fundamento primero Segundo fundamento Tercer fundamento Cuarto fundamento Quinto fundamento Sexto fundamento... Séptimo fundamento Octavo y final medio 36 36 39 44 50 56 63 69 74 Segunda parte. Segunda parte de l a obra y tratado en que el autor mueve algunas cuestiones y concluye I. C u e s t i ó n primera. S i puede el mudo celebrar II. Segunda c u e s t i ó n en que el autor trata cómo ha de ser l a habla del mudo para que se d i g a que h a b l a p e r f e c t a m e n t e . . . . . I I I . C u e s t i ó n tercera. E s l a tercera c u e s t i ó n s i e l mudo s i puede testificar y cómo se s i g n a r á s u dicho por el escribano I V . C u a r t a c u e s t i ó n , en que se e x a m i n a l a autor i d a d s a g r a d a que dice: « G u a r d a o s de aquellos a q u i e n l a n a t u r a señaló» Autores citados en esta obra 78 78 83 87 92 97 NOTAS A L TEXTO NOTAS A LTEXTO 0 (1) Intitulado. E l D i c c i o n a r i o l l a m a d o de A u t o r i d a d e s , de l a R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a , define e l v e r b o intitular, h o y a n t i c u a d o , d i c i e n d o que es « p o n e r e l n o m b r e de a l g ú n sujeto en a l g u n a o b r a p a r a a u t o r i z a r l a u d a r l a a c o n o c e r » , y autor i z a esta d e f i n i c i ó n c o n e l s i g u i e n t e texto de l a o b r a Menosprecio de corte, de D . A n t o n i o de G u e v a r a : « N o s e r í a justo que m i s sudores y v i g i l i a s se dedicasen s i n o a P r í n c i p e s , a c u y a causa he querido ofrecer y intitular esta m i o b r a a vuestra R e a l Alteza.» (2) L a p e r s o n a a q u i e n v a d i r i g i d o este e s c r i t o es d o n F r a n c i s c o F e r n á n d e z de V e l a s c o y T o v a r , hijo de D . J u a n F e r n á n d e z de V e l a s c o , M a r q u é s de B e r l a n g a y de A s t u d i l l o , y de s u mujer D o ñ a J u a n a E n r í q u e z . T u v o D . F r a n c i s c o tres h e r m a n o s m u d o s que, c o m o é l , fueron d i s c í p u l o s de F r a y P e dro P o n c e de L e ó n , y se l l a m a r o n D , P e d r o , a q u i e n t a n t a s veces n o m b r a L a s s o , D o ñ a B e r n a r d i n a y D o ñ a J u l i a n a . O t r o h e r m a n o , D . I ñ i g o , s u c e d i ó a s u t í o D . P e d r o , D u q u e de (i) Para facilitar la inteligencia del Traíaio a las personas no versadas en este linaje de estudios, hemos compuesto las presentes notas. Perdonen los que no las necesiten, que seguramente serán muchos, en gracia a quienes las han menester, que tal vez no sean pocos. — 104 — F r í a s , Conde de H a r o , C a m a r e r o m a y o r de l o s R e y e s de C a s t i l l a y de L e ó n , en l a d i g n i d a d de Condestable de C a s t i l l a . E s t a f a m i l i a de l o s F e r n á n d e z de V e l a s c o se v i o m u y c a s t i g a d a p o r l a i n e x o r a b l e l e y de H h e r e n c i a b i o l ó g i c a , en l o que se refiere a l a s o r d o m u d e z , pues a d e m á s de l o s c u a t r o i n d i c a d o s , fueron sordomudos l o s M a r q u e s e s d e l F r e s n o y de P r i e g o , d i s c í p u l o s de R a m í r e z de C a r r i ó n y emparentados c o n l o s V é l a s e o s . D e l condestable D . J u a n F e r n á n d e z de V e l a s c o dice L o b o L a s s o de l a V e g a , e n e l cuaderno m a n u s c r i to que hemos c i t a d o e n e l ESTUDIO PRELIMINAR, que « e s c r i v i o u n a a p o l o g í a e n respuesta d e l C a r d e n a l B a r o n i o sobre que e l A p p o s t o l S a n t i a g o h a b í a estado en E s p a ñ a » . (3) Drs. D o c t o r e s . (4) E l M a r q u e s a d o de B e r l a n g a f u é creado p o r e l r e y D o n C a r l o s I sobre e l a n t i g u o s e ñ o r í o de B e r l a n g a , de q u e , s e g ú n cuentan las historias, fué primer s e ñ o r R o d r i g o D í a z de V i v a r , e l C i d . P o r sucesivas t r a n s m i s i o n e s v i n o este s e ñ o r í o a l a casa de l o s D u q u e s de F r í a s . (5) Abilantesa. E s t a p a l a b r a e s t á e m p l e a d a a q u í e n e l sentido de estimulo, acicate, disposición. (6) Discide, E l v e r b o discedir e s t á a q u í visado e n e l sen- t i d o de examinar, analizar, juzgar... (7) D e F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n , i n v e n t o r de l a enseñ a n z a de l o s m u d o s , damos y a e n e l ESTUDIO PRELIMINAR l a s n o t i c i a s suficientes p a r a l a p e r f e c t a i n t e l i g e n c i a d e l t e x t o . (8) Se refiere a l famoso pasaje en que A r i s t ó t e l e s dice que l o s sordomudos pueden e m i t i r sonidos, pero n o p a l a b r a s . Hist. Nat. L i b . I V . C a p . 9.° (9) Chimerifado. E l v e r b o a r c a i c o quimerizar s i g n i f i c a a q u í imaginar o discurrir. (10) Aprobando, probando, d e m o s t r a n d o . (11) Los que no letrados, es d e c i r , los que c a r e c e n de i l u s t r a c i ó n o c u l t u r a l i t e r a r i a . S o b r e e l a l f a b e t i s m o de los mudos d i j i m o s e n n u e s t r a C o n f e r e n c i a de l a A c a d e m i a de J u r i s p r u dencia: — 105 — « L a s disposiciones l e g a l e s referentes a los sordos y m u dos establecidas por e l C ó d i g o c i v i l e n e l T í t u l o I X dedicado a l a T u t e l a , son u n t a n t o a p r i o r í s t i c a s y c o n t r a d i c t o r i a s . E n efecto: e l a r t . 200 d e c l a r a que e s t a r á n sujetos a t u t e l a l o s sordomudos que no sepan l e e r y e s c r i b i r , l o c u a l s i g n i f i c a , s e g ú n el art 199, que estos tales sordomudos son incapaces de g o b e r n a r s e por sí m i s m o s ; pero he a q u í que, u n poco m á s a d e l a n t e , e l a r t . 213 s i e n t a l a buena d o c t r i n a de que no puede n o m b r a r s e t u t o r a los sordomudos s i n que p r e c e d a l a dec l a r a c i ó n de que son i n c a p a c e s p a r a a d m i n i s t r a r sus bienes, y e l a r t . 218 e x i g e que l a d e c l a r a c i ó n s u m a r i a fije l a e x t e n s i ó n y l í m i t e s de l a t u t e l a , s e g ú n e l g r a d o de i n c a p a c i d a d d e l sujeto. O b s e r v e m o s , en p r i m e r l u g a r , c u á n e x t r a ñ o parece que e n u n a p e r s o n a de c u y a c a p a c i d a d c i v i l se d u d a , baste l a c i r c u n s t a n c i a de saber l e e r y e s c r i b i r p a r a r e s o l v e r de p l a n o esta dificultad, c i r c u n s t a n c i a que no se a p l i c a , n i puede a p l i c a r s e , a l n i ñ o , a l l o c o , a l i m b é c i l , a l p r ó d i g o , a quienes t a m b i é n l a L e y r e s t r i n g e l a ' p e r s o n a l i d a d j u r í d i c a . F á c i l m e n t e se c o m p r e n d e , a l c o n t r a r i o , que puede haber sordomudos que sepan l e e r y e s c r i b i r y sean incapaces; y v i c e v e r s a , o t r o s , c o n g o c e pleno de l a f a c u l t a d c o g n o s c i t i v a y r a z o n a d o r a , que c a r e z c a n de a q u e l l a s h a b i l i d a d e s . P r o c e d e e l e r r o r , a m i j u i c i o , de haberse r e d a c t a d o estos a r t í c u l o s d e l C ó d i g o en una é p o c a en que, p e r d i d a l a t r a d i c i ó n d e l o r a l i s m o , los sordomudos e r a n educados p o r e l m é t o d o m í m i c o - g r á f i c o , t e niendo como p r i n c i p a l o casi- ú n i c o medio de e x p r e s i ó n l a esc r i t u r a , c o n s i d e r a d a a s í c o m o e l b a r ó m e t r o de l a c a p a c i d a d m e n t a l del sujeto. L a i n t e r p r e t a c i ó n de esta c i r c u n s t a n c i a h a dado a d e m á s . m o t i v o a v a c i l a c i o n e s y c o n t r o v e r s i a s , pues m i e n t r a s a l g u n o s jueces, abogados o n o t a r i o s e n t e n d í a n que e l sistem a de l e c t u r a y e s c r i t u r a e x i g i b l e a los sordomudos, p a r a p r o b a r su c a p a c i d a d p s í q u i c a , t e n í a que ser n e c e s a r i a m e n te e l alfabeto u s u a l , otros d e f e n d í a n u n a i n t e r p r e t a c i ó n m á s a m p l i a , a saber: que l e b a s t a a l sordomudo e l alfabeto — 106 — m a n u a l , llamado dactilológico, para cumplir aquella condic i ó n ; porque s i de l o que se t r a t a es de que e l sujeto exprese c l a r a m e n t e los internos estados de su e s p í r i t u , tanto le puede s e r v i r p a r a esto u n s i s t e m a a l f a b é t i c o c o m o o t r o , y aun e l m i s m o lenguaje m í m i c o p o d r í a u t i l i z a r s e p a r a e l caso, seg ú n aquella rotunda sentencia del R e y D o n Alfonso el Sabio, antes c i t a d a : « C a t a n t o f a z e n l a s s e ñ a l e s que d e m u e s t r a el c o n s e n t i m i e n t o e n t r e los mudos, c o m o l a s p a l a b r a s entre a q u e l l o s que pueden f a b l a r . » Consecuente c o n esta d o c t r i n a del a l f a b e t i s m o , e l C ó d i g o p r o h i b e ser albaceas, tutores o p r o t u t o r e s a los sordomudos que no sepan l e e r y e s c r i b i r ( a r t í c u l o s 893 y 237), y les o b l i g a a d e m á s a aceptar l a h e r e n c i a a beneficio de i n v e n t a r i o p o r m e d i o d e l t u t o r (art. 996). Respecto a l a testamentifacc i ó n , e l a r t . 709 reconoce e l derecho de o t o r g a r t e s t a m e n t o c e r r a d o a l sordomudo que sepa e s c r i b i r , a c o n d i c i ó n de que el t e s t a m e n t o « e s t é todo e s c r i t o y firmado p o r e l testador, c o n e x p r e s i ó n del l u g a r , d í a , mes y a ñ o , y de que, a l h a c e r su p r e s e n t a c i ó n , e l testador e s c r i b a en l a p a r t e s u p e r i o r de l a c u b i e r t a , a p r e s e n c i a d e l N o t a r i o y de los c i n c o testigos, que a q u e l p l i e g o contiene su t e s t a m e n t o y que e s t á e s c r i t o y firmado por é l . C o m o se v e , r e s u l t a poco firme l a d o c t r i n a d e l C ó d i g o c i v i l , a l t o m a r e l alfabetismo c o m o n o t a d e t e r m i n a n t e de l a p r e s u n t a c a p a c i d a d del s o r d o m u d o , y t a l v e z fuera t i e m po de i r pensando en c o r r e g i r este a r c a í s m o , y e n t r e g a r a l a i n v e s t i g a c i ó n j u d i c i a l en c a d a caso l a a p r e c i a c i ó n del d i s c e r n i m i e n t o , huyendo de estas l i m i t a c i o n e s a p r i o r í s t i c a s , que s i e m p r e r e s u l t a n a r b i t r a r i a s , y m u c h o m á s cuando se refieren a m a t e r i a t o d a v í a m i s t e r i o s a c o m o l a v i d a i n t e l e c t u a l , t a n v a r i a y m u l t i f o r m e . E s t o m i s m o dijo e l T r i b u n a l S u p r e m o en u n a sentencia que conviene r e c o r d a r a q u í : « L a s o r d o m u d e z , por su n a t u r a l e z a , no puede e q u i p a r a r s e en sus efectos a l a i m b e c i l i d a d n i a l a l o c u r a , p o r cuanto l a exper i e n c i a d e m u e s t r a los grados diversos de c a p a c i d a d i n t e - - 107 — l e c t u a l y m o r a l que a l c a n z a l a g e n e r a l i d a d de l o s sordom u d o s » (1). (12) Su hro. S u h e r m a n o . D . P e d r o de T o v a r p a r e c e que fué e l d i s c í p u l o e n q u i e n m á s a p r o v e c h ó l a e n s e ñ a n z a de F r a y P e dro P o n c e . D e é l dice A m b r o s i o de M o r a l e s e n su o b r a Las ant i g ü e d a d e s de las ciudades de E s p a ñ a : « V i v i ó poco m á s de v e i n t e a ñ o s , y e n esta edad fué espanto l o que a p r e n d i ó ; pues, d e m á s del c a s t e l l a n o , h a b l a b a y e s c r i b í a e l l a t í n c a s i s i n solec i s m o , y a l g u n a s veces c o n e l e g a n c i a , y e s c r i b í a t a m b i é n c o n c a r a c t e r e s g r i e g o s . Y p o r q u e se g o c e m á s p a r t i c u l a r m e n t e e s t a m a r a v i l l a , y se e n t i e n d a a l g o d e l a r t e que se h a usado e n e l l a y quede p o r m e m o r i a , p o n d r é a q u í u n p a p e l que y o t e n g o de s u m a n o . P r e g u n t ó uno delante de é l a l P a d r e F r a y P e d r o Ponce c ó m o le h a b í a comenzado a e n s e ñ a r l a habla; é l dijo a l S r . D . P e d r o l o que se l e p r e g u n t a b a , y r e s p o n d i ó de p a l a b r a p r i m e r o y d e s p u é s e s c r i b i ó a s í : « S e p a v u e s t r a m e r c e d que cuando y o e r a n i ñ o , que n o s a b í a n a d a , ut lapis, c o m e n c é a a p r e n d e r a e s c r i b i r p r i m e r o l a s m a t e r i a s que m i m a e s t r o m e e n s e ñ ó , y d e s p u é s e s c r i b i r todos l o s v o c a b l o s c a s t e l l a n o s e n u n l i b r o m í o que p a r a esto se h a b í a h e c h o . D e s p u é s , adjuvante Deo, c o m e n c é a d e l e t r e a r , y d e s p u é s p r o n u n c i a r con t o d a l a f u e r z a que p o d í a , aunque se m e s a l i ó m u c h a a b u n d a n c i a de s a l i v a . C o m e n c é d e s p u é s a l e e r h i s t o r i a s , que e n diez a ñ o s he l e í d o h i s t o r i a s de todo el m u n d o , y d e s p u é s a p r e n d í e l l a t í n . Y todo e r a p o r l a g r a n m i s e r i c o r d i a de D i o s , que s i n e l l a n i n g ú n m u d o l o p o d í a p a s a r . » (13) E l hijo del r e y C r e s o , c u y a s ú b i t a c u r a c i ó n se refiere e n todos los l i b r o s de M u d í s t i c a , n o e r a s o r d o m u d o , sino a f á (i) Sent. de 12 de abril de 1873. El ilustrado jurisconsulto Sr. Balbin de Unquera ha estudiado con acierto este problema en una serie de interesantes artículos que vieron la luz pública en la Gaceta del Notariado (números de 15, 2 2 y 29 de marzo, 19 de abril y 1 o y 17 de mayo de 189!).—El insigne sordomudista Dr. Barberá trató también este asunto, con su acreditada competencia, en el III Congreso español de Oto-rino-laringologia, celebrado en Sevilla en abril de 1910. — El celoso Director del Colegio Nacional de Sordomudos, señor Granell, expuso asimismo la condición legal del sordomudo en el Curso breve, organizado por el Patronato Nacional de Anormales, en el año 1915. — 108 — s i c o , y su m u t i s m o s e r í a p r o b a b l e m e n t e c o n s e c u e n c i a de u n estado h i s t é r i c o c o n p a r á l i s i s de a l g u n o de l o s ó r g a n o s de c o o r d i n a c i ó n . A s í c o m o esta enfermedad puede tener o r i g e n en u n a causa de c a r á c t e r p s i c o l ó g i c o , p o r ejemplo, u n a i n tensa e m o c i ó n , a s i m i s m o puede c u r a r s e p o r o t r a i m p r e s i ó n a n á l o g a . R e c i e n t e m e n t e hemos tenido n o t i c i a de u n caso de esta í n d o l e , a c a e c i d o e n e l s a r g e n t o i t a l i a n o V i c e n t e S i m a t r a , e l c u a l q u e d ó m u d o e n e l c a m p o de b a t a l l a a consecuenc i a de l a e m o c i ó n s u f r i d a a l ser h e r i d o g r a v e m e n t e e n u n b r a z o ; pasado a l g ú n t i e m p o , y persistiendo a ú n l a m u d e z , e l s a r g e n t o f u é v i s i t a d o p o r e l r e y V í c t o r M a n u e l , siendo t a n i n tensa l a e m o c i ó n que l e p r o d u j e r o n l a s frases afectuosas d e l s o b e r a n o , que s ú b i t a m e n t e r e c o b r ó e l uso de l a p a l a b r a . E l pasaje de l a Silva de varia lección a que se refiere L a s s o es e l s i g u i e n t e : « E s c r i v e H e r o d o t o u n m a r a v i l l o s o caso a c a e c i d o en u n hijo d e l R e y C r e s o de L i d i a , y p o r t a l l o refiere A u l o G e l i o : de m a n e r a que pues tales autores se p r e c i a n de ponerl o p o r n o t a b l e , n o s e r a perdido trabajo que y o l o cuente, c o n l o que a l proposito l a m e m o r i a m e o f r e c i e r e , de l o que e n o t r a s partes he l e y d o . F u e este C r e s o m u y r i q u í s i m o R e y , aquel a quien Ciro destruyo, del qual muchos historiadores e s c r i v e n . E s t a d o pues este e n s u p r o s p e r i d a d e n s u r e y n o , l e n a c i ó u n hijo de su m u g e r l e g i t i m a , sano y h e r m o s o de t o d o s sus m i e m b r o s y sentidos: e l q u a l aunque l l e g o a edad c o n v e niente de saber f o r m a r boz y h a b l a r , por i n c ó g n i t o l i g a m i e n to o i m p e d i m i e n t o de l a l e n g u a e l no h a b l a v a , n i h a b l o e n m u c h o s a ñ o s d e s p u é s , aunque e r a y a m o ^ o , y dispuesto p a r a t o d a cosa: y a s i e r a tenido p o r m u d o , y i m p e d i d o de l a l e n g u a , puesto que se c o n o c í a que o y a , aunque j a m a s se v e e m u d o que n o sea s o r d o . S c i e n d o esto a s s i , passados t i e m p o s , o f r e c i ó s e que en l a s g u e r r a s que s u padre t u v o , fue v e n c i d o , y c o m b a t i d a d e s p u é s y e n t r a d a l a c i u d a d dode e l e s t a v a : y e n t r a n d o p o r l a c a s a r e a l l a g e n t e de g u e r r a , e s t a v a e l R e y y e l hijo m u d o c o n e l , y u n soldado essecutando s u v í t o r i a ^ s i n saber que fuesse e l R e y , fue p a r a e l l a espada desnuda e n — 109 — l a mano p a r a l o m a t a r : l o q u a l v i s t o p o r e l hijo m u d o que d i x i m o s , t a n t a passion t o m o , y t a n t a fue l a eficacia que puso por h a b l a r , y c o n tanto Í m p e t u se e s f o r z ó a e l l o , que c o m o t e n g a tanto d o m i n i o e l a n i m o sobre e l c u e r p o , l o s ó r g a n o s c o r p o r a l e s obedecieron s ú b i t a m e n t e a l a fuerte d e t e r m i n a c i ó n de l a v o l u n t a d : y r o m p i d a s l a s l i g a d u r a s y t o r p e z a de l a l e n g u a , dio u n a m u y g r a d e b o z , y h a b l o c l a r a m e n t e d i c i e n do: A h o m b r e , no l o m a t e s , c a t a que es e l R e y C r e s o m i p a d r e . E l que l o y v a a h a z e r , oydo esto, detuvo e l b r a c o y n o h i r i ó a l R e y , y p o r esto escapo entonces de m o r i r , y de a y adelante h a b l o e l hijo l i b r e y s u e l t a m e n t e , c o m o s i t o d a s u v i d a l o u v i e r a hecho: que es cosa c i e r t o m a r a v i l l o s a , que n o se que r a z ó n n a t u r a l se puede d a r sufficiente: l o s que l o l e y e r e n , d i g a n y a d e v i n e n l o que les p a r e s c i e r e . » P e d r o M e x i a . Silva de varia lecion... A m b e r e s , 1593. ( L a p r i m e r a e d i c i ó n de esta o b r a , que es l a que s e g u r a m e n t e m a n e j a r í a L a s s o , es de S e v i l l a , a ñ o 1540.) H e a q u í l a t r a d u c c i ó n d e l t e x t o de A u l o G e l i o (Noctes atticae, L i b . V . C a p . I X ) : « E l hijo d e l r e y C r e s o , estando e n edad de deber h a b l a r , no l o h a c í a , y p e r m a n e c í a s i n e m i t i r p a l a b r a a u n siendo a d u l t o . P o r esto f u é tenido c o m o p r i v a d o de l e n g u a j e y m u d o . P e r o acaeciendo que h a c i a su p a d r e , y a v e n c i d o e n l a g u e r r a , y estando y a t o m a d a l a c i u d a d , e l e n e m i g o , no sabiendo que a q u é l e r a e l r e y , se a r r o j ó c o n m a n o a r m a d a , e l j o v e n e n t o n ces a b r i ó l a b o c a y se e s f o r z ó p o r g r i t a r ; y c o n a q u e l esfuerzo y a q u e l í m p e t u , e l a i r e e x p e l i d o v e n c i ó a l v i c i o y a l nudo de l a lengua, y a s í habló con facilidad articulando y gritando a l e n e m i g o que n o m a t a s e a l r e y . E n t o n c e s e l e n e m i g o r e t i r ó su espada, y e l r e y s a l v ó s u v i d a , y e l j o v e n , de a l l í a p o c o , h a b l ó . » — D e este caso h a hecho u n p r e c i o s o estudio m o n o g r á f i c o e l i n s i g n e profesor J u l i o F e r r e r i . V . / / sordomuio figlio di Creso. A p é n d . d e l f a s c í c . I.0 de su o b r a Documenti per la storia dell'educasione dei sordomuti. R o m a , 1907. (14) E s t e caso del a t l e t a s a m i o E g l e s o E g e g l o s l o refiere V a l e r i o M á x i m o De miraculis. L i b . I . 4, e n l o s s i g u i e n t e s 14 — 110 — t é r m i n o s : « A c g l e s Samius athleta mutus quum e i victoriae q u a m adeptus fuerat t i t u l a s & p r e m i u m e r i p e r e t u r : i n d i g n a tione accensiis v o c a l i s e v a s i t . » V a l . M a x . Opus... Mediolani MDVIII. (15) Asturias de S a n t ü l a n a . E n l a a n t i g u a g e o g r a f í a de l a P e n í n s u l a se c o n o c í a c o n e l n o m b r e de Asturias de Saníillana ( S a n c t a I l l a n a ) e l t e r r i t o r i o c a n t á b r i c o que a c t u a l m e n t e f o r m a l a r e g i ó n s a n t a n d e r i n a . L o que h o y se l l a m a Asturias se d i s t i n g u í a entonces c o n l a d e n o m i n a c i ó n de ^ s turias de Oviedo. (16) E l a u t o r , poco cuidadoso en l a t r a n s c r i p c i ó n de l a s frases l a t i n a s , como p o d r á v e r e l c u r i o s o l e c t o r e n e l decurso de l a o b r a , h a s u p r i m i d o a q u í l a c o n j u n c i ó n et y e l v e r b o audire que se h a l l a n e n e l t e x t o e v a n g é l i c o , s u p r e s i ó n que, aunque n o a l t e r a e l c o n c e p t o , l e q u i t a p a r t e de s u e n e r g í a . Bene omnia fecii: et surdos fecit audire et mutos loqui. M a r c . V I I . 37. (17) E l a u t o r t a m b i é n h a a l t e r a d o a q u í a l g ú n t a n t o l a f o r m a d e l t e x t o de S a n M a t e o , e l c u a l dice a s í : Locutus est mutus et miratae sunt turhae. I X . 33, (18) L a c i t a es t a m b i é n poco e x a c t a . E l b e l l í s i m o v e r s í c u l o de l a P r o f e c í a de I s a í a s dice a s í : Oblatus est guia ipse voluit, et non aperuil os suum: sicut ovis ad occisionem ducetur, et quasi agnus coram tondente se ohmuiescet et non aperiet os suum. L U I . 7. (19) H e a q u í e l v e r s í c u l o c o m p l e t o : Speculatores ejus caed omnes, nescierunt mtiversi: canes muti non valentes latrare, videntes vana, dormientes et amantes somnia. I s a í a s : L V I . 10. (20) Artar. V e r b o a n t i c . ( d e l l a t í n arctare, e s t r e c h a r , c o m p r i m i r ) que significa o b l i g a r a h a c e r a l g u n a c o s a , A l f o n so de F a l e n c i a , en su Vocabulario ( S e v i l l a , 1490), define este v e r b o d i c i e n d o : « A r f a r e t a n t o es como espesas vezes r e p r i mir y estriñir.» (21) . . . convento de monjes, es d e c i r , e n u n c a p í t u l o , o — t í ! — m e j o r , coro de monjes. E s t a r a r a h a b i l i d a d de D o n P e d r o de T o v a r c o n f i r m a n u e s t r a c r e e n c i a de que este j o v e n f u é e l m á s a p r o v e c h a d o d i s c í p u l o de P o n c e de L e ó n . (22) P a r e c e i n s i n u a r s e a q u í l a p o s i b i l i d a d de h a l l a r a l g ú n p r o c e d i m i e n t o que p e r m i t a r e s t a u r a r l a f u n c i ó n a u d i t i v a . N o se tiene n o t i c i a de que P o n c e de L e ó n acometiese esta l a b o r , que h o y d í a se conoce c o n e l n o m b r e de r e e d u c a c i ó n a u d i t i v a , y es e m p l e a d a c o n é x i t o s a t i s f a c t o r i o e n aquellos sujetos que c o n s e r v a n a l g u n o s restos, l l a m a d o s g r á f i c a m e n t e islotes, de a u d i c i ó n . N u e s t r o R a m í r e z de C a r r i ó n p r a c t i c a b a y a e n l o s c o m i e n z o s d e l s i g l o X V I I c i e r t o p r o c e d i m i e n t o a u d i t i v o , buscando p a r a l a t r a n s m i s i ó n de l o s sonidos otro v e h í c u l o dis t i n t o d e l n a t u r a l , y h a b l a n d o a l efecto a sus d i s c í p u l o s sordos « p o r e l r e m o l i n o de l a c a b e z a » . E n l a a c t u a l i d a d , l o s profesores de l a e s p e c i a l i d a d s o r d o m u d í s t i c a e m p l e a n , p a r a l a rest a u r a c i ó n a u r i c u l a r , e j e r c i c i o s p r o g r e s i v o s de g i m n á s t i c a a u d i t i v a , v a l i é n d o s e de l a v o z h u m a n a o de ciertos i n s t r u m e n tos m u s i c a l e s , t é c n i c a que se conoce c o n e l n o m b r e de método de Urbantschttsch, p o r s e r este i n s i g n e o t ó l o g o a u s t r í a c o e l que l a h a r e g u l a d o . (23) Pasados, difuntos. (24) E l m a y o r a z g o a que se refiere L a s s o , y c u y a s u c e s i ó n p a r e c e que f u é e l m o t i v o o c a s i o n a l de este e s c r i t o , es e l de T i e r r a de l a R e i n a , fundado p o r e l r e y D o n E n r i q u e I I « e n l a s M o n t a ñ a s de L e ó n » , y" que r a d i c ó d u r a n t e s i g l o s e n l a casa Tovar. (25) Antonio de Patencia. D e b e d e c i r A l f o n s o de P a l e n c i a . H e a q u í c ó m o este c r o n i s t a define l a v o z mudo e n e l Vocabulario y a c i t a d o : « M u t u s , m u t a , m u t u m : de todo gener o e l que n o puede f a b l a r : y porque l e f a l t a l a hoz l a n z a e l s p i r i t u v o c a l p o r las n a r i z e s : quasi b r a m a n d o : y e l s o n m u d o : es que no tiene e n t e n d i m i e n t o , s e g ú n puso ennio e n l i g u r g o d i z i e n d o : D i c i t e eo t u m a r g u t i s l i n g u i s mutos q u a d r u p e d u m . » R e p r o d u c i m o s t a m b i é n a c o n t i n u a c i ó n e l c u r i o s í s i m o pasaje que A l o n s o de P a l e n c i a d e d i c a a l a p a l a b r a vos, donde inser- — 112 ~ t a una l a r g a serie de verbos o n o m a t o p é y í c o s , hoy y a d e l todo desusados: « V o x es l a que d e z i m o s b o z . y es m a t e r i a del f a b l a r . v i e n e de v o c a n d o p o r l l a m a n d o : c a l a s p a l a b r a s f o r m a das m u e s t r a n l a b o z . L a boz es retiente d e l a y r e que se p r o n u n c i a p o r l a l e n g u a desde l a s partes de l a g a r g a n t a del a n i m a l que son las a r t e r i a s . L o s sones que l a l e n g u a no f o r m a no se d i z e n boces. h a y boz s i g n i f i c a t i v a y o t r a no s i g n i f i c a t i v a , y h a y s i g n i f i c a t i v a a lo que p l a z e . et s i g n i f i c a t i v a n a t u r a l m e n t e . V o x . es p r o p r i a boz l a de los a n i m a l e s . E n otras c o sas no es p r o p r i a b o z . H a y muchas m a n e r a s de b o z . A r m o nía. Simphonia. Euphonia. Diastema. Diessis. Tono. Canto. A r t i s . et T h e s s i s . B o z se d i z e porque d e n u n c i a l a v o l u n t a d del a n i m o , o porque l l a m a . L o s l a t i n o s d i s t r i b u y e r o n assi las boces de los a n i m a l e s mudos. A s s i g n a n d o l a s por species. d i zen que l a s á g u i l a s c l a m a n et los falcones p l i p i a n et lo& buytres p u l p a n et los c u e r v o s c r o a r a n et los m i l a n o s v i l v i n a n et los cisnes d r e n s a n et las g r ú a s g r u a n et l a s c i g ü e ñ a s c r o t o r a n et los anseres g l i a r a n o s e l i n g e r a n et los pavones p a u p u l a n , los g a l l o s c u r c u r r i t a n o c a n t a n et los a ñ a d e s t e t r i s s i t a n et l a s t o r t u g a s g i m e n et l a s p a l o m a s p a u c i t a n et l a s perdizes c a t a b a n et las g r a i a s í r i n g u l i a n et las l e c h u z a s c u t u b i a n . l a s m e r l a s f r i n d e n o t r a b a n , los tordos t r o t i l a n o s o c i t a n . l o s estorninos p a s s i t a n . l a s g o l o n d r i n a s m i n u r a n . losp a x a r o s s i t i a n , l a s abejas b o m b i l a n . las c i g a r r a s friciniran. O t r o s i profieren desta m a n e r a l a s boces de las bestias. L o s leones f r e m e n . los t i g r e s j a c h a n , los pardos f e l i r a n . las p a n teras c a u r r i a n . los osos uncan o s o v i a n . los puercos monteses frenden. los l i n c e s u r c a n . los lobos a u l l a n , l a s sierpes siflan. los elefantes b a r r i z a n . los asnos selvajes m a g i l a n y los c i e r vos f u n g i r á n . V o c i . a l a boz de los toros a s i g n a n el b r a m i d o , los c a b a l l o s r e l i n c h a n , los asnos r e b u z n a r , los puercos g r u ñ i r , l o s b e r r a c o s c h u r r i t a r . l o s carneros o r e t a r . las ovejas b a l a r , l o s cabrones m i t a r . los c a b r i t o s v e y a r . los canes l a d r a r , l a s vulpejas g a ñ i r , los c a c h o r r o s l a t i r , las l i e b r e s v a g i r . los g a t o s m a u l l a r , los m u r e s o ratones m u y t a r o desci- — 113 — l a r . l a s r a n a s c o a x a r o v a n i r . » Universal vocabulario en la- tín y en Romance collegido por el cronista Alfonso de Palentia. S e v i l l a , 1490. E s t e precioso i n c u n a b l e se h a l l a e n l a B i b l i o t e c a de F i l o s o f í a y L e t r a s , de M a d r i d ( S i g . I . 79). — A p r o v e c h a m o s l a o c a s i ó n p a r a r e n d i r p ú b l i c o t e s t i m o n i o de g r a t i t u d a l erudito b i b l i o t e c a r i o , e n c a r g a d o d e l í n d i c e de l a m e n c i o n a d a B i b l i o t e c a , D . P e d r o L o n g á s B a r t i b á s , quien, c o n e x t r e m a d a b e n e v o l e n c i a , nos h a f a c i l i t a d o e l trabajo que p a r a l a c o m p o s i c i ó n de l a presente o b r a hemos r e a l i z a d o en aquella riquísima librería. (26) Snta. S e n t e n c i a . (27) S o b r e e l e r r o r e n que a q u í i n c u r r e L a s s o a l n e g a r l a s consecuencias de l a s o r d e r a i n f a n t i l en o r d e n a l aprendizaje de l a p a l a b r a , v é a s e n u e s t r o ESTUDIO PRELIMINAR. (28) H e a q u í e l t e x t o c o m p l e t o : « I t e m surdus et m u t u s n o n s e m p e r t e s t a m e n t u m f a c e r é possunt. U t i q u e a u t e m de eo s u r do l o q u i m u r , q u i o m n i n o n o n e x a u d i t , n o n q u i t a r d e e x a u d i t . N a m et m u t u s i s i n t e l l i g i t u r , q u i e l o q u i n i h i l potest, n o n q u i t a r d e l o q u i t u r . Saepe cuius e t i a m l i t t e r a t i h o m i n e s v a r i i s c a sibus et a u d i e n d i et l o q u e n d i f a c u l t a t e m a m i t t u n t . U n d e nost r a c o n s t i t u t i o e t i a m h i s s u b v e n i t , ut c e r t i s c a s i b u s et m o d i s s e c u n d u m n o r m a m ejus possint t e s t a r i , a l i a q u e f a c e r é , quac eis p e r m i s s a sunt. S e d s i quis post t e s t a m e n t u m f a c t u m a d v e r s a v a l e t u d i n e , aut quolibet a l i o c a s u m u t u s a u t surdus esse c a e p e r i t , r a t u m n i h i l o m i n u s m a n e t ejus t e s t a m e n t u m . » (29) E s t a l e y dice t e x t u a l m e n t e : « O t r o s í d e z i m o s que e l que es mudo o sordo desde su n a s c e n c i a , non puede fazer test a m e n t o . E m p e r o , e l que l o fuesse p o r a l g u n a o c a s i ó n assi c o m o p o r enfermedad o de o t r a m a n e r a , este a t a l , s i supiese e s c r i u i r , puede fazer t e s t a m e n t o , e s c r i u i e n d o l o p o r su m a n o m i s m a . M a s s i fuesse l e t r a d o [es decir, s i supiese leer], e non supiesse e s c r e u i r , n o n p o d r í a fazer s u t e s t a m e n t o ; fueras ende en u n a m a n e r a , s i l e otorgasse e l R e y que l o escriuiesse otro a l g u n o en s u l u g a r . E n esta m a n e r a m i s m a p o d r í a fazer test a m e n t o e l orne l e t r a d o , que fuesse mudo de s u n a s c e n c i a , — 114 - m a g u e r n o n í u e s s e s o r d o : c esto acaesce pocas veces. E m p e r o , a q u e l que fuesse sordo desde s u n a s c e n c i a , o p o r a l g u n a o c a s i ó n , s i este a t a l p u d i e r e f a b l a r , b i e n puede fazer testamen- t o , » Las Siete Partidas del sabio Rey Don Alonso el Nono,, glosadas por el Licenciado Gregorio López, del Consejo Real de Indias de S. M. M a d r i d : 1789. T o m o I I I . P á g . 11. (30) . . . haya tenido y tenga lo contrario, es d e c i r , h a y a sostenido y sostenga... (31) L a p a l a b r a virtud se a p l i c a a q u í e n e l sentido d e l v o c a b l o l a t i n o vírtus, e n castellano fuerza, eficacia, poder. (32) Que se extola e quite el tal impedimento. L a v o z ex- tola es u n l a t i n i s m o : e q u i v a l e a levante, retire. (33) Aguaducho. E l D i c c i o n a r i o de l a A c a d e m i a E s p a - ñ o l a d a c o m o p r i m e r a a c e p c i ó n de esta p a l a b r a l a de « a v e n i d a i m p e t u o s a de a g u a » . T a m b i é n dice que a g u a d u c h o es e l « p u e s t o donde se vende a g u a , y que, p o r l o c o m ú n , tiene u n a r m a r i o p a r a c o l o c a r y g u a r d a r l o s v a s o s » , d e t a l l e este ú l t i m o que, e n v e r d a d , no p a r e c e m u y necesario a l a d e f i n i c i ó n . E n e l t e x t o de L a s s o l a p a l a b r a aguaducho e s t á e m p l e a d a e n e l sentido de reguero. (34) E s t a s dos p a l a b r a s el impedimento a p a r e c e n i n t e r - lineadas en el manuscrito. (35) Machinas, m á q u i n a s , e n e l sentido de a r t i f i c i o o s i g n o convencional. (36) Ayo y maestro de v. m. L a p a l a b r a ayo a q u í e m - p l e a d a no q u i e r e d e c i r que F r a y P e d r o P o n c e de L e ó n ejer- c i e r a e l oficio de custodio o g u a r d i á n d o m é s t i c o de l o s n i ñ o s de l a f a m i l i a d e l C o n d e s t a b l e . E s seguro que é s t o s r e c i b i e r o n su e n s e ñ a n z a e n e l M o n a s t e r i o de O ñ a , y l o d e m u e s t r a n c u m p l i d a m e n t e v a r i o s pasajes d e l Tratado de L a s s o , siendo l o s p r i n c i p a l e s a q u e l e n que e l a u t o r dice que se t r a s l a d ó desde M a d r i d a l M o n a s t e r i o p a r a e n t e r a r s e p o r s í m i s m o de l a m a r a v i l l a de l a e n s e ñ a n z a , y aquel otro e n que p o n d e r a l a h a b i l i d a d c o n que D . P e d r o de T o v a r c a n t a b a e n e l c o r o de l o s monjes. P a r e c e a v e r i g u a d o que P o n c e de L e ó n v i v i ó s i e m p r e — 115 — en O ñ a , desde que s a l i ó de S a n B e n i t o de S a h a g ú n , y e n c o r r o b o r a c i ó n de e l l o , r e p r o d u c i m o s a q u í u n i n t e r e s a n t e pasaje de Y e p e s : « U n a cosa c o n t a r é — dice e l c r o n i s t a b e n e d i c t i no — de u n m o n g e , que v i v i ó c a s i t o d a su v i d a e n O ñ a (era hijo del M o n a s t e r i o de S a n B e n i t o e l R e a l de S a h a g ú n ) que es de l a s mas r a r a s y e x t r a o r d i n a r i a s que e l m u n d o h a v i s t o , y es t a n p e r e g r i n a , que y o no m e a t r e v i e r a á c o n t a r l a , s i no h u b i e r a t a n t o s testigos que l o v i e r o n , y u n a u t o r t a n b i e n r e c i b i d o , c o m o M o r a l e s , no l o d e x a r a estampado e n sus l i b r o s . E s t e p a d r e se l l a m a b a fray P e d r o P o n c e , e l q u a l t u v o g r a c i a de h a z c r h a b l a r á l o s m u d o s , y aunque fue m e r c e d , que e l c i e l o 1c c o n c e d i ó (que todo l o bueno v i e n e de a r r i b a ) pero n o fue g r a c i a de h a z e r m i l a g r o s , de l a s que l l a m a n g r a t i s datas, sino que r e a l m e n t e t u v o t a n g r a n d e i n g e n i o , y t a n g r a n c a u d a l , que h a l l ó c i e n c i a p a r a h a z e r h a b l a r á l o s m u d o s . E s t o e s p a n t ó tanto a l m u n d o , que m a r a v i l l a d o M o r a l e s (que q u i e r o que estas cosas se o i a n [oigan] de su boca) en e l l i b r o que e s c r i v i o t a n docto de l a s a n t i g ü e d a d e s de E s p a ñ a , t r a t a n d o de l a e x c e l e n c i a que h a n tenido l o s sujetos de esta n a c i ó n p a r a h a z e r e s t i m a d e l l o s , n o m b r a dos sugetos e x t r a o r d i n a r i o s , uno e n f u e r z a de c u e r p o , que es á D i e g o G a r c í a de P a r e d e s , famoso en l a m i l i c i a p o r sus v a l e n t í a s , y otro f r a y P e d r o P o n z e ] p o r l a f u e r z a de i n g e n i o y h a b i l i d a d r a r a , l o q u a l encarece M o r a l e s . . . » ( Y e p e s , Coránica general de la orden de San Benito. T o m . V . C e n t . V . V a l l a d o l i d , 1615.)— O t r o c r o n i s t a de l a e s c l a r e c i d a o r d e n , e l P . A r g á i z , afir .r.a t a m b i é n que P o n c e de L e ó n v i v i ó s i e m p r e e n e l M o n a s t e r i o de O ñ a : « E s t e R e l i g i o s o , d i g n o de e t e r n a m e m o r i a — d i c e — p o r e l don que t u v o de e n s e ñ a r á h a b l a r l o s m u d o s , c o n a r t e que é l i n v e n t ó , siendo professo de S a n B e n i t o de S a h a g u n , V i v i ó toda s u v i d a e n O ñ a . A l l i fueron sus d i s c í p u l o s los hijos de l o s C o n d e s t a b l e s de C a s t i l l a , l o s de e l J u s t i c i a de A r a g ó n y otros, e n s e ñ á n d o l o s a e s c r i v i r , hablar, leer, y g r a m á t i c a . A q u i e m p l e ó l a s j o y a s , y preseas que l e d i e r o n e n h e r m o s a s piezas de p l a t a , que c o n o c í e n l a s a c r i s t í a . L a b o t i c a , y s a l a - — 116 — r i o p a r a e l medico l o s i t u ó é l p a r a a l i v i o de l o s R e l i g i o s o s enfermos: y l a C a s a l e d i ó h o n r a d o sepulcro e n e l C r u c e r o , s e ñ a l á n d o l e c o n l a p i d a , y E p i t a f i o que es e l p r i m e r o que tiene M o n g e q no a y a sido A b a d . H a z e de é l h o n r o s a memoria A m b r o s i o de M o r a l e s a quien sigue e l M a e s t r o f r a y A n t o n i o de Y e p e s . E l epitafio d i c e : « A q u í yace e l v e n e r a b l e Padre F r a y P e d r o P o n z e , d i g n o de e t e r n a m e m o r i a por e l d o n que D i o s le d i ó , de h a c e r h a b l a r l o s mudos: l l e g o e l d í a e n que fundo su m e m o r i a , a ñ o de 1589 a 2 9 . de A g o s t o . » ( A r g a i z , L a Soledad laureada por San Benito y sus hijos en las iglesias de España. T o m . V I . M a d r i d , 1675.) (37) E n e l cap. 21 d e l Levitico (vers. 16 a 23) se enume- r a n l o s defectos f í s i c o s que i m p e d í a n e n l a a n t i g u a l e y e l e j e r c i c i o d e l s a c e r d o c i o : entre e l l o s , no e s t á l a m u d e z . E l texto d e l c a p . 19, c i t a d o p o r L a s s o , aunque e n l a f o r m a , un t a n t o c a p r i c h o s a , que l e es h a b i t u a l , dice a s í : <aNon tnaledices surdo, nec coram coeco pones offendiculum: sed timebis Dominum Deum tuum, quia ego sum Dominus.» ( V e r s . 14.) (38) N o s e r á inoportuno reproducir aquí las bellísimas pa- l a b r a s c o n que e l i n s i g n e obispo de V i c h , S r . T o r r a s y B a g e s , no h a m u c h o a r r e b a t a d o por l a m u e r t e a l a C i e n c i a e s p a ñ o l a , d e t e r m i n a este c a r á c t e r í n t i m a m e n t e subjetivo de l a o r a c i ó n : « L ' o r a c i ó c r i s t i a n a é s m é s del c o r que de l a b o c a , é s u n m o v i m e n t de l ' e s p e r i t , u n a o p e r a c i ó de l ' á n i m a , p e r l o q u a l s o n vestit, a i x ó é s , l a m a n i f e s t a c i ó d'ella, déu ésser l o m é s U e u g e r possible p e r que n o i m p i d e i x i cap de sos m o v i m e n t s n a t u r a l s n i destorbi ses hermoses formes. L a tradició catalana, 3.a e d i c . B a r c e l o n a , 1913. ( C a p . V I I . ) [ T o m o I V de l a s Obres completes,^ (39) S o b r e esta g r a v e m a t e r i a de l a c a p a c i d a d e c l e s i á s t i - ca de los mudos, v é a s e nuestro ESTUDIO PRELIMINAR. (40) Las aves y los animales tienen voces...; la vos sig- nificativa tan solamente la tienen los animales racionales. A c e r c a de este punto i n t e r e s a n t í s i m o , v é a s e l o que escribe — 117 — P e d r o M e x í a en su o b r a Silva de varia lección, c i t a d a r e i t e radamente por e l L i c e n c i a d o L a s s o : «Es propio y p a r t i c u l a r d e l h o m b r e e l h a b l a r , y n o de o t r o a n i m a l . Y es v e r d a d que l o s o t r o s a n i m a l e s t i e n e n b o z , pero n o h a b l a n i p a l a b r a . . Y l o que se dize h a b l a r a l g u n a s aves, como l o que d i z e L u d o v i co C e l i o de u n p a p a g a y o d e l C a r d e n a l A s c a n i o , que e n s u p r e s e n c i a d i x o todo e l C r e d o e n l a t i n , s i n e r r a r u n a p a l a b r a s o l a : a q u e l l o p r o p i a m e n t e no es h a b l a , n i e l l o s entienden n i saben l o que d i z e n , sino es u n a c i e r t a c o s t u m b r e m o s t r a d a p o r muchos dias, de f o r m a r a q u e l l a s bozes. P o r q u e l a p a l a b r a p r i m e r o se concibe e n e l a n i m o , y esto e n e l l o s f a l t a . Y aunque t a m b i é n , como se puso en e l a r g u m e n t o , p o r l a s b o zes d i v e r s a s c o n o z c a m o s l o s a n i m a l e s , y e l l o s e n t r e s í SG l l a m e y se e n t i e n d a n , n o p o r eso se s i g u e , que es p a l a b r a n i h a b l a f o r m a d a : porque c o m o dize A r i s t ó t e l e s , p o r s o l a l a box a s s i s i n f o r m a se puede s i g n i f i c a r , y d a r a entender e l p e s a r , y d o l o r , y a l e g r í a , y p l a z e r , y l o s g e m i d o s y g r i t o s que se d a n c o n d o l o r . Y esto e n l o s brutos a n i m a l e s y aves, que tien e n d i f e r e n c i a en l o s cantos y boces, quando e s t á n tristes o a l e g r e s , o l a s h i e r e n , o se r e g o z i j a n , o a n d a n e n z e l o s : pero e l h a b l a r y s e r m ó n , p o r do se m u e s t r a e n p a r t i c u l a r l o ú t i l y n e c e s a r i o , l o d a ñ o s o y m a l o , y l o justo y l o injusto, y l o h o nesto y bueno, se c u e n t a l o passado, y se a v i s a l o p o r v e n i r p o r r a z o n e s y p a l a b r a s que l o s i g n i f i q u e n , y se h a g a n todas l a s o t r a s cosas y p r o v e c h o s que d e l h a b l a se s i g u e n , a solo e l h o m b r e es dado, y l o tiene e n s u p r o p i a n a t u r a l e z a . » ( P e d r o M e x i a , Silva de varia lecion... L o e . c i t . — L o s autor e s modernos piensan i g u a l m e n t e que l a p a l a b r a es s i g n o de r a c i o n a l i d a d : « N a d a m á s c i e r t o que l a f a c u l t a d de h a b l a r es e l p r o d u c t o de l a i n t e l i g e n c i a — dice e l s o c i ó l o g o n o r t e a m e r i c a n o L e s t e r F . W a r d — . P o r v i r t u d d e l esfuerzo d i r e c t o y de l a s e l e c c i ó n h e r e d i t a r i a , los ó r g a n o s de l a p a l a b r a a u m e n t a n p r o g r e s i v a m e n t e m e r c e d a l a a d a p t a c i ó n a t a l fin. L o s m e d i o s de i n t e r c o m u n i c a c i ó n e r a n l a e x i g e n c i a indispensable, y esto se h a b r í a de a s e g u r a r p o r todo ser i n t e l i g e n t e , s i n que - 118 — i m p o r t a s e l a o r g a n i z a c i ó n f í s i c a . . . E l h o m b r e posee órganos de p r o d u c c i ó n del sonido c o m o c a s i todos los a n i m a l e s . N o h a y pruebas de que estuviese especialmente favorecido en este r e s p e c t o . E n e l h o m b r e d e s a r r o l l a d o , l a l a r i n g e es m á s c o m p l i c a d a que en l a m a y o r í a de los m a m í f e r o s ; pero esto puede ser r e l a t i v a m e n t e r e c i e n t e . E n m u c h o s a n i m a l e s e s t á a l t a m e n t e e s p e c i a l i z a d a . E n las aves se h a l l a m á s h e c h a que en e l h o m b r e , siendo doble, y a l g u n a s veces, como en l a g r u l l a , e n o r m e m e n t e a l a r g a d a y d e n t r o de u n a t r o m p a . ¿Quién puede d u d a r que c o n semejante ó r g a n o todas l a s aves pod r í a n h a b l a r s i t u v i e r a n ideas que c o m u n i c a r ? E l p a p a g a y o , y m u c h a s otras aves, a c t u a l m e n t e p r o d u c e n a r t i c u l a d a s y d i s t i n t a m e n t e las p a l a b r a s d e l lenguaje h u m a n o , p o r i m i t a c i ó n , pero c a r e c e n de l a f a c u l t a d de e x p r e s a r c o n e l l a s pen- samientos. (Compendio de Sociología. Traducción de Adolfo Posada. M a d r i d , s. a. [1906].) (41) Que salga la fuerza y aire de las arterias del ani- mal. E s t a s a r t e r i a s no son los vasos c o n d u c t o r e s de l a s a n g r e , sino l o s tubos d e l a p a r a t o fonador, y e s p e c i a l m e n t e l a l l a m a d a t r a q u e a r t e r i a . E l Vocabulario de A l o n s o de Falen- c i a , t a n t a s veces c i t a d o en estas NOTAS, contiene las s i g u i e n tes definiciones r e l a c i o n a d a s c o n l a p a l a b r a arteria: « A r t e r i e se d i z e n unas venas l l a m a d a s a r t e r i a s p o r tener e l s p i r i t o v i t a l e n estrechos c a m i n o s : o porque e l r o s o l l o : y a y r e v i e n e p o r e l l a s desdel p u l m ó n , |¡ A r t e r i a c a son m e d i c a m e n t o s assi dichos porque a p r o v e c h a n a l passo de l a g a r g a n t a . || A r t e r i a ci son l o s que t i e n e n r e u m a e n l a g a r g a n t a . || A r t e r i a s i s es enfermedad que c e r r a n d o las a r t e r i a s enrronquece l a b o z del apassionado.» (42) O para llamarse mudo. E s t a s p a l a b r a s a p a r e c e n r e - petidas en e l o r i g i n a l . f 43) E n Derecho no se presume entendimiento en semejantes hombres que son habidos y tenidos como por hombres muertos. E s t a b á r b a r a a f i r m a c i ó n d e m u e s t r a c u á n ext e n d i d a se h a l l a b a en t i e m p o de L a s s o l a d o c t r i n a a r i s t o t é l i c a — 119 — sobre l a racionalidad de los mudos, y realza, por lo tanto, el pensamiento de nuestro Licenciado, que se elevó cien codos sobre los intelectuales de su época. (44) Guardaos de aquellos a quien l a N a t u r a señaló. Consultadas personas versadísimas en l a lectura de los Libros Sagrados, nos han asegurado que en ellos no figura este texto ni ningún otro que con él tenga semejanza, — E l verbo s e ñ a l a r , hoy ya sólo usado por el vulgo, significa, según l a Academia, «hacer alguna herida o señal en el cuerpo, particularmente en el rostro, que le cause imperfección o defect o » . — Sobre esta 4,a cuestión del tratado, véase nuestro E S TUDIO PRELIMINAR, (45) L a fulciremos. E l verbo anticuado f u l c i r (del latín f u l c i r e , apoyar) significa aquí corroborar, sustentar, etc. (46) L a palabra sea aparece interlineada en el original. (47) Está rubricado, (48) Es curioso el menosprecio en que el Licenciado Lasso tenía a la ortografía, así en las palabras exóticas como en las indígenas. Aquí vemos que el nombre de Herodoto está incluido entre los que comienzan con E , sin perjuicio de repetirlo entre los que comienzan con H . OBRAS DE A L V A R O LÓPEZ NÜÑEZ 123 DE CARÁCTER S O C I A L O PEDAGÓGICO Sinopsis para un estudio de la institución del Seguro. — M a d r i d . Imprenta de A . Bielsa, 1906. — 8.° El Seguro obrero en E s p a ñ a . — M a d r i d . Imprenta de l a Sncesora de M . Minuesa de los Ríos, 1908. — 8.° ( T r a ducida a l a l e m á n por el D r . Zacher.) La P r o t e c c i ó n a la Infancia en España. — M a d r i d . Imprenta de Eduardo A r i a s , 1908. — 4.° Don Bosco. — M a d r i d . 1908. — 4.° Imprenta de Eduardo Arias, R é g i m e n de transición entre el Seguro libre y el Seguro obligatorio.— M a d r i d . Imprenta de l a Sucesora de M . Minuesa de los R í o s , 1910. — 4.° Ensayo de un Vocabulario social. — M a d r i d . Imprenta de l a Sucesora de M . M i n u e s a de los Ríos, 1911. — 8.° S á u g l i n g s f ü r s o r g e und Mutterschutz in Spanien: Historisches. (Texto a l e m á n del D r . J . Springer.)—Leipzig-, 1911. — 4 . ° Ideas p e d a g ó g i c a s sobre P r e v i s i ó n . — M a d r i d . Imprent a de l a Sucesora de M . Minuesa de los R í o s , 1912. — 8.° m l l a . P r o t e c c i ó n a los ciegos pobres. — M a d r i d . Imprenta de E . F e r n á n d e z Sanz, 1912. — 8.° m l l a . Concepto y o r g a n i z a c i ó n de la Mutualidad escolar. — M a d r i d . Imprenta de l a Sucesora de M . Minuesa de los R í o s , 1913. — 8.° mlla. Lecciones elementales de P r e v i s i ó n . — Madrid. Imprenta de l a Sucesora de M . Minuesa de los Ríos, 1913. — 8.° — 124 — Reglas de protección a los niños anormales.—Madrid. Imprenta del A s i l o de H u é r f a n o s del S. C. de J e s ú s 1914. — 4.° Juventud y p r e v i s i ó n . — M a d r i d . Imprenta de l a Sucesora de M . Minuesa de los Ríos, 1914. — 8.° m l l a . El mundo silencioso. ( V u l g a r i z a c i ó n de los problemas de l a sordomudez.) — M a d r i d . Imprenta Hispano-Alemana, 1914. — 8,° mlla. Función social de la Mutualidad escolar. — Madrid. T i p o g r a f í a de l a Revista de Archivos, Bibliotecas y M u seos, 1915. — 8 . ° Relaciones entre la Higiene y la P r e v i s i ó n . — M a d r i d . T i p o g r a f í a de l a Revista de Archivos, Bibliotecas y Museos, 1915, — 8 . ° La acción social de la mujer en la higiene y mejoramiento de la raza. — M a d r i d . Imprenta de l a Sucesora de M . M i m i e s a de los Ríos, 1915. — 4.° Laboratorio bibliográfico de S o r d o m u d í s t i c a E s p a ñ o la. — M a d r i d . Imprenta del Colegio Nacional de Sordomudos, 1916. - 4.° Los derechos del sordomudo. — M a d r i d . Establecimiento tipográfico de J a i m e R a t é s , 1916. - 8.° mlla. La e n s e ñ a n z a de la Previsión. — Barcelona. Imprenta editorial «La P o l í g r a f a » , 1916. — 8.° m l l a . Restauración social de los inválidos de la guerra. — M a d r i d . Imprenta de l a Sucesora de M . Minuesa de los Ríos, 1916. — 4.° El Seguro social de vejez. — Madrid. Imprenta de la. Sucesora de M . M i n u e s a de los Ríos, 1917. — 8.° m l l a . — 125 — DE CARÁCTER LITERARIO Narraciones bíblicas. — Falencia. Imprenta de A b u n d i o Z. M e n é n d e z , 1893. — 8.° El Álbum. Colección de lectnvas morales y recreativas.— Einsiedeln (Suiza). Efcablissements B e n z i g e r , 1894.—8 0 De re r ú s t i c a . Cuentos campesinos. — Valencia. Imprenta de J u a n G-uix, 1895. — 8." Quo Vadis...? T r a d u c c i ó n e s p a ñ o l a de l a novela de Sienk i e w i c z . — Einsiedeln (Suiza'. Etablissements Benziger, 1896. - 8.° L a c o n v e r s i ó n de Francisco C o p p é e . — M a d r i d . Imprenta de San Francisco de Sales, 1898. — 16.° m l l a . L a i n i c i a c i ó n d e l G a r b a n c í n . (Novela.) — M a d r i d , Establecimiento tipográfico do E l Universo, 1901. — 8.° L a e d u c a c i ó n d e l sentimiento e s t é t i c o . — M a d r i d . I m p enta de San Francisco de Sales. 1901, — 8." M o s a i c o . Cuentos de v a r i a condición. — Madrid. Imprenta H i s p a n o - Á l e m a n a , 1916. — 8.° 15 Precio: 3 pesetas LASSO TRATADO SOBRE LOS MUDOS i MADRID 1919