REPASO CRÍTICO DE LAS ATRIBUCIONES CERVANTINAS*

Anuncio
REPASO C R Í T I C O D E L A S A T R I B U C I O N E S
CERVANTINAS*
¿ Q u é escribió Cervantes? R e s p o n d e r a este i n t e r r o g a n t e , es de
s u p o n e r , i m p o r t a a todos los c e r v a n t i s t a s . Si supiéramos lo que
Cervantes efectivamente escribió, podríamos editarlo y leerlo, tanto
p a r a d i s f r u t a r de esta l e c t u r a c o m o p a r a a p l i c a r l o leído a l a m e j o r c o m p r e n s i ó n del Quixote y d e m á s obras suyas.
A pesar de e l l o , establecer el c o r p u s c e r v a n t i n o tiene sin c u i d a d o a l a m a y o r í a de los cervantistas. Se supone q u e escribió las
o b r a s p u b l i c a d a s e n v i d a c o n su n o m b r e ( a u n q u e n i en esto h a y
u n a n i m i d a d ) , y también el Persiles, p u b l i c a d o p o r su v i u d a en
1617. Se acepta también que E l cerco de Numancia y E l trato de Argel, descubiertos y publicados en el siglo XVIII, son los mismos Destruición de Numancia y Tratos de Argel m e n c i o n a d o s e n el p r ó l o g o
a las Ocho comedias y ocho entremeses. E s t a m o s de a c u e r d o , a u n q u e
las i d e n t i f i c a c i o n e s se h i c i e r o n s i n el e x a m e n a q u e se las sometería si los textos se d e s c u b r i e r a n h o y .
1
* Este artículo está basado en parte en u n a ponencia plenaria ( " T h e Cervantine canon and the Semanas del jardín"), p r o n u n c i a d a ante la Association
of Hispanists of Great B r i t a i n and I r e l a n d , B i r m i n g h a m , el 2 8 de marzo de
1 9 8 7 . También se aprovechan datos incluidos en nuestro l i b r o Las Semanas
del jardín" de Miguel de Cervantes, Diputación, Salamanca, 1 9 8 8 . Agradecemos
a Víctor Infantes y Jorge Román-Lagunas sus valiosas sugerencias y correcciones.
E D W A R D A Y L W A R D ha querido restar al corpus cervantino las novelas
Rinconete y Cortadillo y E l zeloso estremeño; véase Cervantes: pioneer and plagiarist,
Tamesis, L o n d o n , 1 9 8 2 . L a reseña más i m p o r t a n t e de este l i b r o , totalmente
negativa en cuanto a su tesis pero que establece que los textos del ms. Porras
se d e r i v a n del manuscrito aprovechado para la edición princeps de J u a n de
la C u e v a , y son por lo m i s m o de escaso interés, es l a de GEOFFREY STAGG,
" T h e refracted image: Porras a n d C e r v a n t e s " , Cervantes, 4 ( 1 9 8 4 ) , 1 3 9 - 1 5 3
(nótese l a hoja suelta de correcciones); también es m u y negativa la reseña de
lí
1
P E T E R W E R K E , RJ,
NRFH,
36 (1985), 404-406.
X X X V I I I (1990), núm. 2, 477-492
478
DANIEL
NRFH,
EISENBERG
XXXVIII
P e r o n o se h a i d o más allá. ¿ Q u é escribió C e r v a n t e s ? Pues
lo q u e p u b l i c ó , que y a es m u c h o . Y en c u a n t o a lo n o p u b l i c a d o
e n v i d a , lo e n c o n t r a d o c o n su n o m b r e . E x c l u i r t o d o lo a t r i b u i d o
es lo m á s seguro y fácil. P e r o n o estamos de a c u e r d o , n i m u c h o
m e n o s , c o n esta p o s i c i ó n . C e r v a n t e s m i s m o nos m e n c i o n a , e n el
p r ó l o g o a las Novelas exemplares,
" o t r a s o b r a s q u e a n d a n p o r allí
d e s c a r r i a d a s , y q u i z á , sin el n o m b r e de su d u e ñ o " . Sus p a l a b r a s
d e n o t a n u n a c a l l a d a p r o t e s t a , y p i d e n j u s t i c i a al l e c t o r .
P a r a l a Suma cervantina
coordinada por J u a n Bautista Avalle-
A r c e y E . C . R i l e y , el l l o r a d o A n t o n i o R o d r í g u e z - M o ñ i n o i b a a
e s c r i b i r u n ensayo sobre las a t r i b u c i o n e s y supercherías c e r v a n t i n a s . N u n c a l l e g a r e m o s a c o n o c e r sus p u n t o s de v i s t a , a p a r t e de
2
su artículo sobre l a f a l s i f i c a d a c a r t a al c a r d e n a l S a n d o v a l y
Ro-
j a s , y u n a n o t a a Elias R i v e r s c a l i f i c a n d o l a " E p í s t o l a a M a t e o
V á z q u e z " c o m o " s o s p e c h o s í s i m a " . T e n e m o s en su l u g a r
3
una
útil bibliografía de A v a l l e - A r c e de las a t r i b u c i o n e s y supercherías,
l a m e j o r q u e h a h a b i d o sobre el t e m a , a u n q u e p a r a u n o s detalles
de l a h i s t o r i a de los t e x t o s a t r i b u i d o s h a y q u e a c u d i r todavía a
l a m á s v i e j a de J e r e m i a h D . M . F o r d y R u t h L a n s i n g , o al i n c o m p l e t o repaso de L u i s A s t r a n a
Marín .
4
L o hacen constar los compiladores en Suma cervantina, Tamesis, L o n d o n ,
1973, p. i x .
" L a carta de Cervantes al cardenal Sandoval y R o j a s " , NRFH,
16
(1962), 81-89; Suma cervantina, p. 126, n . 9. Nos escribe V Í C T O R I N F A N T E S que
' ' Rodríguez-Moñino dejó inédito (y yo lo he visto) u n extenso trabajo (sin acabar) sobre [el soneto cervantino] « V o t o a D i o s . . . » . " E n la lista de " T r a b a j o s
de i n m e d i a t a aparición y preparados para i m p r i m i r " , HRM, t . 2, p. 3 8 1 , encontramos " E l soneto de Cervantes « V o t o a Dios que me espanta esta grandeza». Textos inéditos" y " B a r a j a de cartas falsas. Estudio sobre supercherías
literarias. (Cervantes, Santa Teresa, Lope de V e g a , G o y a , e t c . ) " .
J . D . M . F O R D y R . L A N S I N G , Cervantes. A tentative bibliography ofhis works
and ofthe biographical and critical material concerning him, H a r v a r d University Press,
C a m b r i d g e , 1931; A S T R A N A M A R Í N , Vida ejemplar y heroica de Miguel de Cervantes Saavedra, Reus, M a d r i d , 1948-1958, t . 7, p p . 751-767: " E s c r i t o s probables,
a t r i b u i d o s , dudosos, apócrifos y falsos". A u n q u e faltan en A v a l l e - A r c e , A s trana menciona los Borradores cervantescos publicados por M A N U E L G Ó M E Z M O R E N O (Barcelona, 1945), cuya autenticidad nos parece más que dudosa. P u diera haberse incluido en la bibliografía de textos atribuidos la aprobación de
Márquez T o r r e s de la Segunda parte del Quixote, cuya autoría cervantina fue
propuesta en el siglo xvm. También puede incluirse, como ejemplo de texto
en su día m a n t e n i d o como cervantino, el olvidado Pruebas de la restauración de
la primera edición del ''Quijote" de 1605. Fundada en las anotaciones, acotaciones y correcciones que en márgenes y cuerpo de la obra colocó E L GRAN CER VANTES en el
ejemplar prueba que de su puño y letra constituye su única y verdadera capilla, de F E L I C I A N O O R T E G A (Palencia, 1883). Entre las omisiones de la historia de los tex2
3
4
XXXVIII
NRFH,
LAS A T R I B U C I O N E S CERVANTINAS
479
L o que n o t e n e m o s es u n a c o l e c c i ó n de dichos t e x t o s , a l g u n o s
de difícil acceso. L a suerte de los p o e m a s a t r i b u i d o s h a sido m e j o r , pues s u p o n e n u n a o b r a m u c h o más r e d u c i d a , y el riesgo p a r a
el e d i t o r es m e n o r pues se rechazarían caso p o r caso, y difícilmente
h a b r í a u n rechazo de l a c o l e c c i ó n e n su t o t a l i d a d . L a e d i c i ó n más
r e c i e n t e y c o m p l e t a de los p o e m a s a t r i b u i d o s
es l a de
Vicente
G a o s , a u n q u e i n e x p l i c a b l e m e n t e f a l t a n p o e m a s señalados c o m o
5
a t r i b u i d o s y n o r e f u t a d o s e n l a bibliografía de A v a l l e - A r c e .
6
los
entremeses a t r i b u i d o s
a Cervantes hay
varias
De
colecciones
parciales .
7
P e r o C e r v a n t e s es a n t e t o d o p r o s i s t a . L o s textos en p r o s a q u e
le h a n sido a t r i b u i d o s n u n c a se r e u n i e r o n e n u n v o l u m e n .
tía
fingida''
plares,
"La
se h a l l a e n algunas de las ediciones de las Novelas exem-
l a de S c h e v i l l y B o n i l l a e n t r e ellas. (Es el ú n i c o t e x t o a t r i -
b u i d o e n su edición de las Obras completas.) L a a p r o b a c i ó n de M á r q u e z T o r r e s p a r a l a S e g u n d a p a r t e de Don
Quixote, c u y a autoría
c e r v a n t i n a fue s u g e r i d a e n el siglo XVIII, está r e p r o d u c i d a en m u chas ediciones de l a o b r a , a u n q u e s i n r e f e r e n c i a a su p o s i b l e c o m p o s i c i ó n c e r v a n t i n a . A u n q u e están p u b l i c a d o s c o m o c e r v a n t i n o s
tos incluidos, faltan en A v a l l e - A r c e tanto las ediciones de Alonso Cortés de
la Relación del bautismo de Felipe IV como su artículo de 1947 sobre la m i s m a ,
citadas infra; faltan también varios de los comentarios sobre el " D i á l o g o entre
C i l e n i a y Selanio" (véase nuestro apéndice a Las "Semanas del jardín"), y los
comentarios de C R I S T Ó B A L PÉREZ PASTOR sobre la Comedia de la Soberana Virgen de Guadalupe, en Documentos cervantinos hasta ahora inéditos, t . 2, M a d r i d , 1902,
pp. 549-560, j u n t o con u n a edición de la Loa que la antecede.
Poesías completas, t . 2, Castalia, M a d r i d , 1981, p p . 393-416.
Fichas 4, 5, 6, 7, 8, 10, 18, 3 1 , 34, 37, 44; algunas incluyen varios textos. H a y textos no fichados; dice A s t r a n a Marín: " E n t r e apócrifos o m u y d u dosos [. . . ] fluctúan todavía algunos sonetos y romances en manuscritos de
diferentes bibliotecas; pero casi todos t a n excesivamente desvergonzados, que
así por ello como por no constar de m a n e r a clara que pertenezcan a C e r v a n tes, serán de aquí e x c l u i d o s " (citado por A v a l l e - A r c e , ficha 10).
Los cuatro de Varias obras inéditas (véase infra) en Colección de entremeses. . . ,
NBAE, ts. 17-18, Bailly-Bailliére, M a d r i d , 191 l , t . 1, p p . 157-179; también
en Cuatro entremeses atribuidos a Miguel de Cervantes, Barcelona, 1957. O t r a colección, que incluye dos de los cuatro de Castro, es la edición de D Á M A S O A L O N SO, E l hospital de los podridos y otros entremeses alguna vez atribuidos a Cervantes, Signo, M a d r i d , 1936; r e i m p . M a d r i d , 1987; véase l a introducción a este l i b r o
en Obras completas, t . 3: Estudios y ensayos sobre literatura. {Segunda parte), Gredos,
M a d r i d , 1974, p p . 963-970. Según la bibliografía de Avalle-Arce, además de
u n entremés y dos comedias todavía inéditos y en paradero desconocido, hay
u n entremés inédito en la Biblioteca C o l o m b i n a y tres que no h a n tenido edición desde hace más de u n siglo.
5
6
7
D A N I E L EISENBERG
480
NRFH,
XXXVIII
en l a segunda edición del Quixote de J u a n de l a C u e s t a , h a y tanto
escepticismo sobre los pasajes que tratan del robo y recuperación
del rucio de S a n c h o que acaso h a y a que tratarlos j u n t o con el de
Márquez T o r r e s . Estos pasajes, y otras importantes enmiendas
hechas a las ediciones segunda y tercera de C u e s t a , se hallan en
la mayoría, aunque no en todas las ediciones modernas de l a obra.
P o r último, el certificado de b u e n a conducta de C e r v a n t e s en A r gel, que hemos sugerido fue escrito por el interesado (pues no está e n l a letra del firmante, fray J u a n G i l ) , se halla en l a biografía
de A s t r a n a M a r í n .
Pero los más extensos textos en prosa atribuidos a C e r v a n t e s ,
entre los cuales pueden estar las obras descarriadas a que se refirió, son difícilmente accesibles. A l parecer n u n c a h a habido u n
proyecto de r e u n i d o s . Suscita curiosidad conocer l a causa o c a u sas de este ambiente de extrema desconfianza y autolimitación.
Apoyándome en l a bibliografía de A v a l l e - A r c e me propongo h a cer u n repaso de los más importantes descubrimientos de escritos
cervantinos. Intentaré r e s u m i r su recepción y el estado actual de
l a crítica sobre el asunto.
Cronológicamente, los primeros son La Numancia y Los tratos
8
9
T . 3, p p . 102-105; véase a este propósito nuestra edición de las Semanas
del jardín, cap. 23, p. 139, n . 208.
N o sería mala idea r e u n i r , por otra parte, el Epistolario de Cervantes:
no m u y a m p l i o , pero interesantísimo y poco conocido. Contamos con la carta
a A n t o n i o Veneziano de 1578, discutida infra. Sigue la carta a A n t o n i o de Eraso,
de 1582, en la que se menciona la composición de La Galatea y el deseo de obtener u n cargo en las Indias (cf. A S T R A N A , op. cit., t . 6, pp. 510-512; comenta
la edición r i v a l de Amezúa en t . 6, p. 513, n . 2). U n a carta a Cervantes de
su superior A n t o n i o de Guevara (20 de octubre de 1588) muestra su diligencia
en su trabajo de comisario para la A r m a d a ( " v u e s t r a merced procure j u n t a r
toda la cantidad [de trigo] que pudiere sin r i g o r y sin t r a t a r de querer sacarlo
de q u i e n no tuviere t r i g o , porque esto no es j u s t o , de manera que se haga sin
ningún r u i d o n i queja, aunque no se j u n t e toda la c a n t i d a d " , A S T R A N A , op.
cit., t . 4, p. 263; sobre el contenido de esta carta, véanse ibid., p. 241 y F R A N CISCO R O D R Í G U E Z M A R Í N , Nuevos documentos cervantinos, en su Estudios cervantinos, A t l a s , M a d r i d , 1947, p. 343). Nos han llegado dos cartas al rey, de 1594
( A S T R A N A , op. cit., t . 5, p p . 109 y 139). También tenemos el soneto del real
de porte, mencionado en la Adjunta al Parnaso y reproducido por nosotros en
" C e r v a n t e s , L o p e , and A v e l l a n e d a " , en Josep Maria Solá-Solé: homage, homenaje, homenatge, P u v i l l , Barcelona, 1984, t . 2, p p . 171-183, e n l a p . 172, n . 6 (ensayo que se traducirá en nuestro Estudios cervantinos, S i r m i o , Barcelona, en prensa). (Sentimos no poder convenir con la explicación de M A R T Í N DE R I Q U E R de
los epítetos " c o - " y " c u - " apireados a Cervantes, Cervantes, Passamontey Avellaneda, S i r m i o , Barcelona, 1988, p. 134.) Por último, la carta al conde de L e mos que precede al Persiles excede los límites de u n a carta dedicatoria.
8
9
XXXVIII
NRFH,
LAS A T R I B U C I O N E S C E R V A N T I N A S
481
de Argel, éste siempre a l a zaga de aquél. La Numancia, c u y a i n fluencia sobre el concepto moderno de l a nacionalidad española
merece u n estudio detallado, fue recibida al principio con
d e s p r e c i o . Sólo con las invasiones napoleónicas, y con l a posibilidad de emplear l a obra como u n estímulo a l a resistencia
antifrancesa, se comenzó a apreciarla. Se aprovechó de igual form a durante l a defensa de M a d r i d en 1937, en versión adaptada
por R a f a e l A l b e r t i , ejemplo de censura y alteración desde l a i z quierda .
E l tercer texto y el primero e n atribuirse a C e r v a n t e s sin que
su título esté asociado con su n o m b r e e n alguna parte, es " L a
tía fingida". Descubierto en 1788, fue publicado y atribuido a C e r vantes en 1814. L o acompañó u n a contraproducente calificación:
" l a más elegante, l a más donosa y felizmente escrita. . . de todas
sus o b r a s " .
Sorprende que h a y a n pasado casi dos siglos sin haberse podido decidir si C e r v a n t e s escribió o no dicha novelita. L o que sí h u bo fue u n extenso ataque a su legitimidad, en el p r i m e r tomo del
Boletín de la Real Academia Española, que se vendió por separado
c o m o libro. L a respuesta de B o n i l l a es casi d e s c o n o c i d a . B o n i lla y los otros defensores de su atribución a C e r v a n t e s — G a l l a r d o ,
M e d i n a y A s t r a n a Marín, sobre t o d o — están excluidos del cerv a n t i s m o o f i c i a l . C u a n d o M a n u e l C r i a d o de V a l ataca l a atri10
11
1 2
13
14
V i c e n t e García de l a H u e r t a l a llamó ' u n a pieza r i d i c u l a " y a L e a n dro Fernández de Moratín le sacó de quicio (cf. A R M A N D O C O T A R E L O Y V A L L E D O R , E l teatro de Cervantes, M a d r i d , 1917, p p . 106 y 108).
L a obra es u n " t a n t e o j u v e n i l " , afirma Rafael A l b e r t i . " N i n g u n a obra
clásica más necesitada de retoque que esta de Cervantes para su posible representación. . . " , prólogo a la edición de 1943, reproducida en A L B E R T I , Numancia, T u r n e r , M a d r i d , 1975, p. 80.
1 0
4
1 1
1 2
A S T R A N A , op.
cit,
t . 5, p.
397.
" D e c ó m o y p o r qué «La tía fingida» no es de C e r v a n t e s " , BRAE,
1
(1914), 416-433 y 2 (1915), 497-523; i n c l u i d o en De cómo y por qué "La tía fingida" no es de Cervantes, y otros nuevos estudios cervánticos, M a d r i d , 1916, reseñado
favorablemente en RFE, 3 (1916) 423-424. L a respuesta de B o n i l l a : " U n crítico desbocado", en su l i b r o De crítica cervantina, M a d r i d , 1917, p p . 81-105.
O t r o c o m e n t a r i o , de I C A Z A , en Supercherías y errores cervantinos puestos en claro,
R e n a c i m i e n t o , M a d r i d , 1917, reseñado en RFE, 5 (1918), 69-70.
H e m o s citado los comentarios de Astrana Marín, Schevill y Bonilla sobre " L a tía fingida" en nuestro l i b r o Las "Semanas del jardín", cap. 20. Para
la relación con el cervantismo oficial de Astrana Marín, cuyo n o m b r e " c o m i e n z a en astro, para acabar en r a n a " , según u n a sátira que no recordamos
dónde leímos, véanse las reseñas de su Vida ejemplar y heroica de Miguel de Cervantes Saavedra en ACerv, 1 (1951), 372-373 (reseña a los ts. 1 y 2); ACerv, 2 (1952),
1 3
1 4
482
DANIEL
NRFH,
EISENBERG
XXXVIII
b u c i ó n , su e s t u d i o es p u b l i c a d o p o r l a Revista de Filología
Española . E l debate sobre e l t e m a h a sido el más a g r i o de las m u chas controversias c e r v a n t i n a s . ¿ L a causa? S u p o n e m o s q u e es
15
1 6
3 8 2 - 3 8 6 ( t . 3 ) y 3 8 6 - 3 8 8 ( t . 4 ) ; ACerv,
3 ( 1 9 5 3 ) , 3 9 0 - 3 9 2 ( t . 5 ) ; ACerv,
6 (1957),
2 9 0 - 2 9 2 ( t . 6 ) ; ACerv, 1 ( 1 9 5 8 ) , 2 9 5 - 2 9 6 ( t . 7 ) ; consúltese también su Vida de
Cervantes, t . 6 , p . 5 1 3 , n . 2 . Las ediciones y estudios cervantinos del chileno
José T o r i b i o M e d i n a han tenido poquísima acogida. L a valiosísima edición
de las obras de Cervantes por Schevill y B o n i l l a , la única en que constan todas
las enmiendas introducidas y la que m o d e r n i z a menos el texto, fue publicada
por los mismos editores, con u n a subvención particular (consta al principio
del p r i m e r tomo de l a colección, La Galatea, y en el tomo 5 de Comedias), al
parecer por falta de interés del cervantismo oficial, controlado por Rodríguez
Marín. Poco reseñada, su edición está hoy agotadísima y sin aparentes posibilidades de reimpresión. D e igual m a n e r a que el anuncio de la hoy inaccesible
edición de J o h n Bowle t u v o como resultado la preparación de la recientemente reimpresa edición de la Real Academia Española de 1 7 8 1 , la edición de Schev i l l y Bonilla parece haber inspirado l a colección de facsímiles académicos de
1 9 1 7 . Gallardo fue u n " l i b e r a l exaltado, volteriano y enemigo rabioso de l a
f e " ; cf. P E D R O S A I N Z R O D R Í G U E Z , " D o n Bartolomé José Gallardo y la crítica
literaria de su t i e m p o " , RHi, 5 1 ( 1 9 2 1 ) , 2 1 1 - 5 9 5 , la cita e n l a p . 2 5 2 , reimpreso, cambiando l a paginación, sin t o m a r en cuenta las enmiendas de M i l t o n
Buchanan —infra, n . 2 3 — y añadiendo u n nuevo apéndice bibliográfico, com o Bartolomé J . Gallardo y la critica de su tiempo, Fundación U n i v e r s i t a r i a Española, M a d r i d , 1 9 8 6 , l a cita en l a p . 4 4 . Gallardo sufrió "encarcelamientos y
destierros, sobre todo en épocas de reacción absolutista", S [ A M U E L ] G [ I L I ]
G [ A Y A ] , en Diccionario de literatura española, 4 ed., Revista de Occidente, M a drid, 1 9 7 2 , p. 3 6 2 .
A
Recordemos que C R I A D O D E V A L es por otra parte autor del j u i c i o siguiente: " L a s novelas del Curioso impertinenteCárdenlo, y del Cautivo, son añadidos que hoy apenas nos interesan sino como documentos de época, externos
al grande y apasionante diálogo que va a su fin", ' Don Quijote como diálogo'',
ACerv, 5 ( 1 9 5 5 - 1 9 5 6 ) , p. 2 0 6 , citado por J U E R G E N H A H N , " E l capitán cautivo:
the soldier's t r u t h a n d literary precept i n Don Quijote, Part Y\JHPh,3,
(1979
1 5
l
[1980]),
2 6 9 - 3 0 3 , en l a p. 2 7 0 , n . 8 .
" I I faut bien l'avouer: rarement controverse littéraire fut discutée avec
u n plus évident p a r t i - p r i s et u n sans gene plus absolu p o u r l ' o p i n i o n d ' a u t r u i .
Le mauvais v o u i o i r est fiagrant", " E t u d e sur «La tía fingida», RHi, 6 ( 1 8 9 9 ) ,
2 0 5 - 3 0 6 , en l a p . 2 8 2 . Según cuenta Foulché-Delbosc, " L a tía fingida" fue
calificada de " a l t a m e n t e i n m o r a l y justamente p r o h i b i d a p o r ese m o t i v o " ( p .
3 0 1 ) , y T i c k n o r , q u i e n apoyó l a atribución, alabó y pidió que se respetara la
supuesta decisión de Cervantes de no publicarla ( p p . 3 0 0 - 3 0 1 ) . E n la p r i m e r a
edición ( " b u t c h e r e d a n d b o w d l e r i z e d " , A y l w a r d , op. cit., p . 1 9 ) se censuraron severamente todas las alusiones al tema sexual, considerando i n d i g n a del
público del siglo x i x lo que fue lectura de u n arzobispo, para q u i e n fue preparada l a colección en que se hallaba, o de los jesuitas, en cuya biblioteca estuvo ( A S T R A N A , op. cit., t . 5 , p p . 3 9 4 - 3 9 6 ) . Navarrete, el cervantista más serio de su generación, publicó u n a edición completa en A l e m a n i a en 1 8 1 8 , edi1 6
NRFH,
XXXVIII
LAS ATRIBUCIONES C E R V A N T I N A S
483
la f r a n q u e z a c o n q u e está t r a t a d o el t e m a sexual.
L o s Capítulos de mi Don Quijote de la Mancha, no publicados en España, falsificación a p a r e c i d a e n 1822, f u e r o n estudiados y r e c h a zados al año s i g u i e n t e . Sigue el c o n o c i d í s i m o caso del Buscapié,
falsificación p u b l i c a d a e n 1848. C o n v e n d r í a que se leyera este com e n t a r i o d e l Quixote p a r a convencerse de q u e n u e s t r a c o m p r e n sión de l a o b r a h a p r o g r e s a d o m u c h o . R e c i b i d o c o n entusiasm o a l p r i n c i p i o , l a c o n t r o v e r s i a q u e rápidamente suscitó t u v o u n
c a r i z político. L o s ataques certeros c o n t r a l a a u t e n t i c i d a d de l a
o b r a v i n i e r o n d e l l i b e r a l i n m o d e r a d o G a l l a r d o y sobre t o d o de u n
e x t r a n j e r o , T i c k n o r . E l Buscapié t u v o al p r i n c i p i o d i s t i n g u i d o s defensores —Estébanez Calderón, M e s o n e r o R o m a n o s , Cánovas del
C a s t i l l o y o t r o s — c u y a vergüenza al saberse el f r a u d e h a c o n t r i b u i d o m u c h o a l a d i f i c u l t a d de a b o r d a r el t e m a .
A d o l f o de C a s t r o n o reveló los m o t i v o s de su falsificación. S u p o n e m o s q u e se d e b i ó al deseo de g l o r i a : fue l a g r a n é p o c a de los
e x p l o r a d o r e s y se d i o m u c h o p r e s t i g i o a los d e s c u b r i m i e n t o s h i s tóricos, arqueológicos y l i t e r a r i o s . Siguió el m i s m o c a m i n o c o n
su m e n o s c o n o c i d o Varias obras inéditas de Cervantes ( M a d r i d , 1874),
y c o n u n a superchería v e l a z q u e ñ a . T r e s veces pensó q u e había
resuelto el m i s t e r i o de l a i d e n t i d a d de A v e l l a n e d a , l a b o r hercúlea
q u e prometía f a m a y h o n r a a q u i e n lo d e s c i f r a r a . L a p e n a es
17
1 8
1 9
20
21
ción que no atrajo casi n i n g u n a atención de los críticos españoles ( " p r a c t i c a l l y
ignored b y Spanish c r i t i c s " , A Y L W A R D , op. cit., p. 26). N o hacía tantos años
que u n a edición no expurgada del Libro de buen amor había sido m o t i v o de controversia ( B u c h a n a n —infra, n . 23—, p. 173).
1 7
A S T R A N A , op.
cit.,
t . 7, p.
762.
Se puede leer, sin las notas originales, en M A N U E L FERNÁNDEZ N I E T O ,
En torno a un apócrifo cervantino: el "Buscapié", de Adolfo de Castro, s.e., M a d r i d ,
1976. L a editorial Crotalón de M a d r i d ha anunciado Una contienda cervantina:
verdades y supercherías en torno a " E l Buscapié". {Folletos de una polémica), con prólogo de Pedro M . Cátedra.
Además del l i b r o de Fernández Nieto ya citado, se halla la historia del
episodio en C A Y E T A N O A L B E R T O DE LA B A R R E R A , E l cachetero del Buscapié, Santander, 1916, y u n resumen al día en la tesina de JOSEPH M U N Z , " « L a tía fingida» and the Novelas ejemplares", U n i v e r s i t y of N o r t h C a r o l i n a , 1982 ( d i r i g i d a
por A v a l l e - A r c e ) .
Véase F. SÁNCHEZ C A N T Ó N , " L a librería de V e l á z q u e z " , HMP, t . 3,
p. 379.
E n su l i b r o E l conde-duque de Olivares y el rey Felipe IV, Cádiz, 1846, había defendido la idea de que el Quixote de Avellaneda había sido escrito por
L u i s de A l i a g a ; y, en u n a de las varias ediciones comentadas del Buscapié, lo
atribuyó a fray Alonso Fernández (cf. J U A N G I V A N E L M A S , Catálogo de la colección cervantina de la Biblioteca Central, Barcelona, 1941-1947, t . 3, p. 297. E n su
1 8
1 9
2 0
2 1
484
DANIEL
NRFH,
EISENBERG
XXXVIII
q u e C a s t r o era m u y e r u d i t o , de muchísimas l e c t u r a s , b u e n c o n o cedor de bibliotecas y e n o r m e m e n t e calificado p a r a hacer u n a m e m o r a b l e contribución a l a h i s t o r i a de las letras e s p a ñ o l a s . P r o b a b l e m e n t e si h u b i e r a confesado su b u r l a , ésta se habría o l v i d a d o ; p r e c i s a m e n t e p o r q u e n o l a admitió se l a r e c u e r d a y p o r eso
n o se t o m a r o n en serio sus Varias obras inéditas ^.
C o n t o d o , h a y u n a cátedra A d o l f o de C a s t r o en su C á d i z
n a t a l . Q u e sepamos, n o h a h a b i d o n u n c a u n a cátedra G a l l a r d o .
A u n q u e n o se i d e n t i f i c a r o n c o m o tales hasta mediados del p r e sente siglo, a p a r e c i e r o n a pocos años d e l Buscapié otras dos falsificaciones c e r v a n t i n a s , de nefasta i n f l u e n c i a : l a p r i m e r a de ellas es
l a c a r t a a l cardenal Sandoval y R o j a s ( 1 8 6 1 ) ; l a segunda, la ' ' E p í s t o l a a M a t e o V á z q u e z " ( 1 8 6 3 ) . Es p r o b a b l e q u e las dos sean d e l
m i s m o a u t o r , y q u e este a u t o r sea también A d o l f o de C a s t r o .
N o h a a p a r e c i d o hasta h o y ningún o t r o posible c r e a d o r ; los dos
c o m p a r t e n c o n el Buscapié y c o n las i m i t a c i o n e s castro-cervantinas
el t o m a r c o m o p u n t o s de p a r t i d a detalles de las obras conocidas
de C e r v a n t e s ( u n a firma g e n u i n a del e s c r i t o r y l a c o n o c i d a gener o s i d a d q u e le p r o d i g ó el c a r d e n a l , d o c u m e n t a d a en el p r ó l o g o
a l a S e g u n d a p a r t e de Don Quixote; y , finalmente, u n pasaje de
Los tratos de Argel que se integró en l a "Epístola a M a t e o V á z q u e z " ) .
22
2
2 4
2 5
l i b r o Varias obras inéditas y en España Moderna, a b r i l de 1889, propuso la candid a t u r a de Alarcón (el artículo de España Moderna sólo es conocido por la ficha
de F O R D y L A N S I N G , op. cit., p. 107). L a que a todas luces parece ser la verdadera identidad de Avellaneda, Gerónimo de Passamonte, fue sugerida por M a r tín de R i q u e r , q u i e n se apoya en u n texto inédito hasta 1922, E l Quijote y
los l i b r o s " , PSA, 1969, núm. 160, 5-24. L a sugerencia fue desarrollada por
nosotros en " C e r v a n t e s , Lope, and A v e l l a n e d a " , y extensamente por R I Q U E R
en Cervantes, Passamonte y Avellaneda.
A d o l f o de Castro atribuyó correctamente a Enríquez G ó m e z la patern i d a d de los dramas publicados bajo el n o m b r e de Fernando de Zarate. T a l
tesis, olvidada hasta 1962 y no confirmada definitivamente hasta 1982, fue fuertemente i m p u g n a d a por el poderoso Mesonero Romanos. Sobre todo, véase
G L E N F . D I L L E , " T h e C h r i s t i a n plays of A n t o n i o Enríquez G ó m e z " ,
BHS,
64 (1987), 39-50.
Véase F E R N Á N D E Z N I E T O , op. cit., p. 34. Buchanan relata que según
Menéndez Pelayo, Castro confesó en su vejez la composición del Buscapié
( M I L T O N A . B U C H A N A N , " N o t e s on the life and works of Bartolomé José G a l l a r d o " , RHi, 57, 1923, p. 201).
F E R N Á N D E Z N I E T O , op. cit., p. 7, n . *. E n u n catálogo de librero cncon
tramos u n l i b r o publicado por la Cátedra A d o l f o de Castro: J O R G E P A Z P A S A M A R , Temática de las coplas del carnaval, 1987.
" N o creemos ajeno a ella [la ola de falsificaciones entre 1847 y 1870]
a d o n A d o l f o de C a s t r o " ( R O D R Í G U E Z - M O Ñ I N O , " C a r t a " , p. 85).
44
2 2
2 3
2 4
2 5
NRFH,
XXXVIII
LAS A T R I B U C I O N E S C E R V A N T I N A S
485
L a falsa c a r t a a S a n d o v a l y R o j a s , p u n t o de p a r t i d a p a r a los
pocos estudios existentes sobre l a ortografía c e r v a n t i n a , h a i m p e d i d o q u e se conociera t a n t o ésta c o m o l a fonética de C e r v a n t e s ,
y h a c o n t r i b u i d o , p o r e l l o , al caos a c t u a l e n el c a m p o de las e d i ciones de sus obras. L a " E p í s t o l a a M a t e o V á z q u e z " h a o b s t a c u l i z a d o el c o n o c i m i e n t o de l a v e r d a d e r a e importantísima e x p e r i e n cia de C e r v a n t e s en A r g e l , d o n d e pasó m u c h o más t i e m p o que
en I t a l i a , L o s dos supuestos d e s c u b r i m i e n t o s c o n c u e r d a n más
c o n l a idea d e l C e r v a n t e s p r e v i a m e n t e c o n o c i d o q u e c u a l q u i e r a
de los d e s c u b r i m i e n t o s auténticos q u e ofrecerían nuevos datos o
enfoques sobre él y h a n hecho q u e p a r a t o d o t e x t o p o s t e r i o r m e n te p r o p u e s t o c o m o suyo resulte m u y cuesta a r r i b a conseguir l a
aceptación p o r parecer m u c h o más diferente, extraño y sospechoso
q u e estas falsificaciones.
2 6
Es n o t a b l e l a p o p u l a r i d a d q u e h a n t e n i d o las dos supercherías. S i se t o m a n c o m o o b r a de A d o l f o de C a s t r o — q u i e n se o p o n ga, q u e s u g i e r a o t r o posible a u t o r — se v e n c o m o i n t e n t o s m u y
logrados de burlarse del m u n d o l i t e r a r i o y c e r v a n t i n o , escritos p a r a
darse el gusto de q u e d a r secretamente satisfecho de l a p r o p i a h a bilidad.
E l m u n d o l i t e r a r i o mostró también e n o r m e entusiasmo p o r estas i m i t a c i o n e s c e r v a n t i n a s .
27
Según A L O N S O Z A M O R A V I C E N T E , el cautiverio en A r g e l fue la experiencia central de la vida de Cervantes. Cf. ' E l cautiverio en la obra c e r v a n t i n a ' ' ,
en Homenaje a Cervantes, ed. F . Sánchez-Castañer [Valencia, 1 9 5 0 ] , t . 2 , p. 2 3 9 .
Sobre l a experiencia de Cervantes en A r g e l ha escrito hace poco R O S A R O S S I ,
Ascoltar Cervantes, R i u n i t i , R o m a , 1 9 8 7 , p p . 1 8 - 2 1 y 4 0 - 4 5 (traducción española, Escuchar a Cervantes, Ámbito, V a l l a d o l i d , 1 9 8 8 ) . Los datos, aparte de las
narraciones o dramas cervantinos de temática argelina o turca, los aportan el
poema y carta a Veneziano y los versos de M a t e o de la Brizuela, compañero
de Cervantes en 1 5 7 5 ( L U C A S DE T O R R E , " U n cautivo compañero de C e r v a n t e s " , BRAE,
3, 1 9 1 6 , 3 5 0 - 3 5 8 ) . Sobre la v i d a intelectual de los europeos en
A r g e l , damos a conocer dos noticias, aunque posteriores a la estancia de Cervantes. L a p r i m e r a es la representación de comedias en el Baño por los prisioneros (Cautiverioy trabajos de Diego Galán, Sociedad de Bibliófilos Españoles, M a d r i d , 1 9 1 3 , p p . 1 9 - 2 0 ) ; suponemos que a este texto alude G A L L A R D O en " N o ticias sobre las representaciones de los cautivos en A r g e l " , E l Criticón, núm.
4 , 1 8 3 5 , sólo conocido por la bibliografía de F O R D y L A N S I N G , op. cit., p . 1 6 4 .
L a segunda es la publicación de u n l i b r o de C i p r i a n o de V a l e r a , el hereje español por excelencia para lectura de los cautivos del Baño (Tratado para confirmar los pobres cativos de Berbería, en la católica i antiqua fe i religión cristiana, s.L, pero
Londres, 1 5 9 4 ; incluido en la serie Reformistas antiguos españoles, 1 8 5 4 , reimpre2 6
1
sa en Barcelona, 1 9 8 2 ) .
2 7
" L a última novela ejemplar de C e r v a n t e s " t u v o cuatro ediciones en
486
DANIEL
EISENBERG
NRFH,
XXXVIII
U n o de los d e s c u b r i m i e n t o s c e r v a n t i n o s menos conocidos p e r o
m á s i m p o r t a n t e s es el de l a c a r t a y versos a su ' ' v e r d a d e r o a m i go' ' A n t o n i o V e n e z i a n o . P u b l i c a d o s e n 1 8 6 1 , n o aparecen sin e m b a r g o e n l a casi e x h a u s t i v a bibliografía c e r v a n t i n a de R i u s y n o
t u v i e r o n difusión e n t r e los cervantistas h a s t a l a publicación de u n
artículo e n 1 9 1 3 . L a c o i n c i d e n c i a de a ñ o , 1 8 6 1 , p e r m i t e s u p o n e r u n vínculo e n t r e el d e s c u b r i m i e n t o i t a l i a n o y l a falsificada
c a r t a a l c a r d e n a l S a n d o v a l y R o j a s , i m p i d i e n d o l a n o t i c i a de ésta
q u e se d i v u l g a r a n y c o m e n t a r a n l a c a r t a y los versos a V e n e z i a n o .
L a c o i n c i d e n c i a del supuesto l u g a r de c o m p o s i c i ó n de l a f r a u d u l e n t a ' 'Epístola a M a t e o V á z q u e z " c o n el de los versos g e n u i n o s
a Veneziano — A r g e l — autoriza a considerarla como otro intento de oponerse a l a posible difusión y valoración del d e s c u b r i m i e n t o
italiano.
28
2 9
¿ P o r qué? P o s i b l e m e n t e p o r u n m o t i v o egoísta y p o r el afán
de e v i t a r que f u e r a u n e x t r a n j e r o el q u e g a n a r a f a m a c o n u n desc u b r i m i e n t o cervantino. Por otra parte — y la relativa i m p o r t a n c i a de los factores es difícil de sopesar— el p o e m a a r g e l i n o falso
p i n t a a u n C e r v a n t e s m u c h o m á s patriótico q u e el auténtico.
E n éste e n c o n t r a m o s a C e r v a n t e s e n A r g e l c o n u n a m i g o , y
p r e o c u p a d o n o p o r su s u p u e s t a m e n t e m i s e r a b l e estado de c a u t i dos años (véanse los comentarios de M E N É N D E Z P E L A Y O , en su reseña de Varias obras inéditas: estudios y discursos de la crítica histórica y literaria, t . 1, C S I C ,
M a d r i d , 1941, p. 297). E l bibliógrafo L E O P O L D O R I U S calificó las tres i m i t a ciones respectivamente de "elegante y sentidísimo", " b e l l í s i m o " , y capaz de
" h a c e f r ] verter lágrimas a todo corazón c a l i e n t e " , cf. Bibliografía crítica de las
obras de Miguel de Cervantes Saavedra (1895-1904), r e i m p . B u r t F r a n k l i n , N e w
Y o r k , 1970, t . 3, p p . 434-435. M E N É N D E Z P E L A Y O encontró " L a casa del tío
M o n i p o d i o " "continuación no desgraciada de «Rinconete y Cortadillo»"; en
" L a última novela ejemplar de C e r v a n t e s " , d i j o , el lector hallaría "tesoros
de saber y de doctrina, de encendido a m o r y caridad fervorosa, luz para su
e n t e n d i m i e n t o , pasto sabroso y delicado para su ingenio, dulcísimo alimento
para su s e n s i b i l i d a d " (reseña de Varias obras inéditas, p. 299). Las tres i m i t a c i o nes cervantinas de Castro están recogidas en Varias obras inéditas.
E U G E N I O M E L E , " M i g u e l de Cervantes y A n t o n i o V e n e z i a n o " ,
RABM,
29 (1913), 82-90. E n el difícilmente accesible artículo de M A R I A C A T E R I N A R U T A , " L e ottave d i Cervantes per A n t o n i o Veneziano e C e l i a " , BP, 14 (1979),
3-17, que manejamos gracias a l a cortesía de A l b e r t o Sánchez, hay u n a nueva
edición, basada en varios manuscritos.
L a carta al cardenal Sandoval de Rojas fue publicada el 27 de a b r i l ,
pero a pesar de nuestras pesquisas no hemos podido saber en qué mes de 1861
apareció en Palermo la edición de las obras de Veneziano. A u n si se publicó
después del 27 de a b r i l , no es imposible que, en carta a algún cervantista español, se h u b i e r a revelado el descubrimiento y los planes para su publicación.
2 8
2 9
NRFH,
XXXVIII
LAS A T R I B U C I O N E S CERVANTINAS
487
v o , sino p o r los p r o b l e m a s amorosos de d i c h o a m i g o . Acaso t a m b i é n n u e s t r o falsificador se h a y a fijado e n el contraste e n t r e el j u r a m e n t o de C i d e H a m e t e ( " c o m o católico c r i s t i a n o " , capítulo 27
de l a S e g u n d a p a r t e ) , y l a p r o m e s a de C e r v a n t e s e n l a c a r t a a V e n e z i a n o ( " c o m o c h r i s t i a n o " , sin el a d j e t i v o ) .
M i e n t r a s q u e d a b a n o l v i d a d o s l a c a r t a y los versos a V e n e z i a n o , l a falsa m i s i v a a l c a r d e n a l S a n d o v a l y R o j a s estuvo sobre el
sillón p r e s i d e n c i a l en el Salón de A c t a s de l a R e a l A c a d e m i a Esp a ñ o l a desde 1888 a 1894. D e s d e entonces, r e e m p l a z a d a p o r el
falso r e t r a t o de C e r v a n t e s a t r i b u i d o a J u a n de J á u r e g u i , p e r m a n e c i ó e n l a Sala de C o m i s i o n e s hasta l a publicación del artículo
de R o d r í g u e z - M o ñ i n o . L a " E p í s t o l a a M a t e o V á z q u e z " h a sido
u n a de las composiciones c e r v a n t i n a s más elogiadas, según V i cente Gaos, q u i e n c i t a v a r i o s e j e m p l o s ; E m i l i o A r r i e t a c o m p u s o
u n a versión m u s i c a l . A u n q u e y a S c h e v i l l y B o n i l l a se e x t r a ñ a r o n de q u e se i g n o r a r a el p a r a d e r o d e l m a n u s c r i t o , fue A r t u r o
M a r a s s o q u i e n , e n 1948 y e n u n p e r i ó d i c o de B u e n o s A i r e s , a t a c ó l a a u t e n t i c i d a d de l a " E p í s t o l a a M a t e o V á z q u e z ' ' . E l artículo
sobre l a falsa c a r t a al c a r d e n a l S a n d o v a l y R o j a s , p u b l i c a d o p o r
R o d r í g u e z - M o ñ i n o e n esta m i s m a r e v i s t a , es casi c o e t á n e o c o n
su dimisión c o m o c o r r e s p o n d i e n t e de l a R e a l A c a d e m i a Española
y su t r a s l a d o a los Estados U n i d o s .
A u n q u e n o se t r a t a de u n t e x t o escrito p o r C e r v a n t e s , es i m p o s i b l e hacer caso o m i s o , e n esta reseña, d e l d e s c u b r i m i e n t o d e l
n o t a b l e d o c u m e n t o e n q u e aparece r e f e r i d o el caso E z p e l e t a . E l
c o n j u n t o más i m p o r t a n t e de datos de información biográfica q u e
t e n e m o s sobre C e r v a n t e s , el a h o r a m a n u s c r i t o n ú m e r o 1 de l a col e c c i ó n de l a R e a l A c a d e m i a Española, es el t e s t i m o n i o d a d o p o r
los residentes de su casa e n V a l l a d o l i d . E n términos generales el
i n c i d e n t e es b i e n c o n o c i d o . U n c a b a l l e r o , G a s p a r de Ezpeleta, d u r a n t e u n a e x p e d i c i ó n a m o r o s a n o c t u r n a fue h e r i d o de m u e r t e a n te l a casa e n q u e vivía C e r v a n t e s y , l l e v a d o a ella, expiró allí. Se
3 0
3 1
3 2
3 0
1922,
S C H E V I L L y B O N I L L A , Poesías sueltas (Comedias, t . 6 ) , los editores, M a d r i d ,
p. 3 1 .
3 1
7tó.,pp.
3 2
HRM,
30-31.
t . 2 , p p . 3 2 6 - 3 2 7 . R O D R Í G U E Z - M O Ñ I N O es el m a y o r experto que
ha h a b i d o sobre la figura de G a l l a r d o . Es notable — e n contraste con otros
e r u d i t o s — cómo las únicas colecciones de los trabajos de Rodríguez-Moñino
son las que él reunió en v i d a : Curiosidades bibliográficas, L a n g a , M a d r i d , 1 9 4 6
y Relieves de erudición, Castalia, M a d r i d , 1 9 5 9 , Sus muchos otros estudios l i t e rarios, m u y dispersos y algunos en tiradas m u y limitadas, piden u n a c o m p i l a ción, y los ya publicados, u n a reedición.
NRFH,
D A N I E L EISENBERG
488
XXXVIII
tomó testimonio a todos los habitantes de l a casa, lo cual nos proporciona u n cuadro de las circunstancias de C e r v a n t e s en u n m o mento clave, poco después de publicarse la P r i m e r a parte del Quixote. P o r él, p a r a citar sólo dos cosas, se h a identificado l a casa
en que C e r v a n t e s (y muchas personas más) vivía en V a l l a d o l i d ;
y es interesantísimo descubrir que C e r v a n t e s , como D o n Q u i x o te, compartía su v i v i e n d a sólo con dos mujeres (en su caso, con
parientes). E l documento, que sólo se h a comenzado a estudiar
recientemente, nos dice mucho sobre l a carrera de C e r v a n t e s después de sus viajes oficiales a n d a l u c e s .
Estas " A v e r i g u a c i o n e s " fueron descubiertas y c o m e n z a r o n a
ser aprovechadas por los cervantistas en el siglo x v i n . Pero no se
publicaron hasta 1887, y según Ramón León Máinez, quien las
editó a sus expensas, l a publicación no fue deseada e incluso fue
rechazada por el cervantismo oficial. N o se difundieron hasta que
Pérez Pastor las incluyó, quince años después, en el segundo tom o de sus Documentos cervantinos hasta ahora inéditos. L a explicación
es que Navarrete se había equivocado, asociando l a aventura amorosa de Ezpeleta con u n a de las parientes de C e r v a n t e s , aunque
con l a publicación se vio el error. L a frase más problemática es
l a siguiente: " S i m ó n Méndez, portugués [quien no tuvo n a d a que
ver con el asesinato], ques publico e notorio que esta a m a n c e b a do con l a dicha Doña I s a b e l , h i j a del dicho M i g u e l de C e r v a n t e s " . E s difícil evaluar este aserto, que sólo aparece en el testim o n i o de u n a de los varios testigos y puede ser u n a c a l u m n i a .
A s t r a n a , intentando quitar validez a l a deponente, l a describe com o ' ' u n a beata. . . prototipo de l a vieja chismosa de l a v e c i n d a d ' ' ,
c u y a "deposición [está] fundada en chismes y enredos de c o m a d r e s " . E s cierto que l a figura de Isabel sigue envuelta en somb r a s . Pero ¿no publicar el documento entero durante u n siglo?
E s o es censura.
33
3 4
3 5
L o s textos e n prosa atribuidos a C e r v a n t e s a partir de 1863
C o m o tuvo Cervantes la vulgaridad de ganarse la vida tratando con d i nero, esta etapa de su v i d a n o ha suscitado m u c h o interés. Sobre las actividades y conocimientos económicos de Cervantes véase N A R C I S O A L O N S O C O R TÉS, " T r e s amigos de C e r v a n t e s " , BRAE, 2 7 ( 1 9 4 7 - 1 9 4 8 ) , 1 4 3 - 1 7 5 ; C A R R O L L
J O H N S O N , " « L a española inglesa» a n d the practice o f l i t e r a r y p r o d u c t i o n " ,
3 3
Viator, 1 9 ( 1 9 8 8 ) , 3 7 7 - 4 1 6 ; más b r e v e m e n t e , J U A N B A U T I S T A
AVALLE-ARCE,
" U n banquero sevillano, poeta y amigo de C e r v a n t e s " , AH, 4 0 ( 1 9 6 4 ) ,
209-214.
A S T R A N A , op. cit., t , 6 , p . 8 6 ; véase también ibid., p . 1 0 2 , n . 1 .
Ibid.,p.
85.
3 4
35
NRFH,
XXXVIII
LAS ATRIBUCIONES CERVANTINAS
489
h a n causado menos polémica. Adolfo de C a s t r o publicó en sus
Varias obras inéditas el " D i á l o g o entre C i l e n i a y Selanio sobre l a
v i d a del c a m p o " , identificándolo con l a perdida S e g u n d a parte
de La Galatea. S u m u c h o más plausible identificación con las Semanas deljardín fue propuesta por Schevill y B o n i l l a en 1922, a u n que en u n a nota a pie de página en el tomo menos conocido de
su edición . Poco después de su publicación se sugirió que e r a
u n autógrafo. S i n embargo, h a estado completamente olvidado
por los cervantistas; ningún editor ni bibliógrafo, al anotar las alusiones de C e r v a n t e s a sus obras perdidas, m e n c i o n a l a hipótesis.
N o creemos que sea por evitar el tema de sus varias citas del A n tiguo Testamento. H a sido, simplemente, cautela, a l a cual t u vieron que contribuir l a m a l a fama de C a s t r o , l a imposible identificación con La Galatea y los flojísimos argumentos p a r a l a atribución tanto del " D i á l o g o " como de los entremeses del mismo
tomo. Y después no se volvió a tratar el a s u n t o .
36
37
N o podemos rechazar l a autoría cervantina de otras dos obras,
incluidas en el famoso manuscrito que contiene u n o de los dos
textos de " L a tía fingida" . U n a es l a " T e r c e r a parte añadida
a l a «Relación de l a Cárcel de Sevilla» de Cristóbal de C h a v e s " ,
editada sólo por A u r e l i a n o Fernández-Guerra y O r b e . G a l l a r do sugirió l a autoría c e r v a n t i n a , aunque, como señalaron los editores Z a r c o del V a l l e y Sancho R a y ó n , poco difiere el estilo de
l a tercera parte de las dos anteriores. C a b e e x a m i n a r l a posible
autoría c e r v a n t i n a del conjunto.
E l otro texto, de 1606, es l a " C a r t a a D . Diego de Astudillo
38
3 9
40
Poesías sueltas {Comedias, t . 6 ) , p. 6 4 .
Para la historia completa, y u n facsímil del manuscrito, véase nuestro
l i b r o Las "Semanas del jardín", cap. 2 .
"Poesías y relaciones v a r i a s " , Biblioteca C o l o m b i n a , A A - 1 4 1 - 4 ° , hoy
36
3 7
3 8
82-3-38.
E n su Noticia de un precioso códice de la Biblioteca Colombina, de complicada bibliografía. Fue publicada p r i m e r o en la revista La Concordia, núms. 1 - 6 ,
1 8 6 3 ( F O R D y L A N S I N G , op. cit, p. 1 6 7 ) . Entonces se incluyó en el Ensayo de
una biblioteca española de libros raros y curiosos de B A R T O L O M É JOSÉ G A L L A R D O , t . 1 ,
( M a d r i d , 1 8 6 3 ) , el texto que nos interesa en las cois. 1 3 6 6 - 1 3 7 0 es la única
edición fácilmente accesible. A S T R A N A M A R Í N , además de estas dos ediciones,
cita otra, en f o r m a de l i b r o suelto, de 1 8 6 4 ( t . 4 , p p . 1 8 7 - 1 8 8 , n . 1 ) , y la encontramos también en R A Y M O N D L . G R I S M E R , Cervantes: a bibliography, H . W .
W i l s o n , N e w Y o r k , 1 9 4 6 , p. 6 4 . F O R D y L A N S I N G , sin citar la edición de 1 8 6 4 ,
mencionan una edición " a u m e n t a d a " en la revista La América, " a ñ o X I , núm.
5 , 6 , 7, M a d r i d , 1 8 6 7 " . Las diferencias entre las ediciones de 1 8 6 3 , 1 8 6 4 y
1 8 6 7 están sin examinar.
Ensayo de una biblioteca. . ., t . 1 , col. 1 3 6 6 , n . 2 .
3 9
4 0
490
DANIEL
EISENBERG
XXXVIII
NRFH,
C a r r i l l o , e n q u e se le d a c u e n t a de l a fiesta de S a n J u a n de A l f a rache, el día de Sant L a u r e a n o " ; e n el índice d e l t o m o está desc r i t o c o m o " T o r n e o burlesco en San J u a n de A l f a r a c h e ' . D e s c u bierto y a t r i b u i d o p o r Fernández-Guerra, apoyado fuertemente
por C a y e t a n o R o s e l l , t a m p o c o h a t e n i d o reedición m o d e r n a .
L o s que h a n e s t u d i a d o l a cuestión están todos de acuerdo e n
que C e r v a n t e s escribió una. Relación de las fiestas que en Valladolid
se hicieron al nacimiento de nuestro Príncipe. E n 1620 j u n t o a este título aparece c i t a d o su n o m b r e y , menos explícitamente, se a l u d e
a su autoría e n u n soneto a t r i b u i d o a G ó n g o r a . H a y e n efecto u n a
extensa Relación de lo sucedido en la Ciudad de Valladolid, desde el punto
del felicísimo nacimiento del Principe Don Felipe Dominico Víctor nuestro
Señor: hasta que se acabaron las demostraciones de alegría que por él se hicieron, p u b l i c a d a a finales de 1605. P a r a l a impresión de sus 1 500
e j e m p l a r e s , según el d o c u m e n t o q u e nos h a l l e g a d o , p a g ó el r e y
1 363 r e a l e s .
E n este caso h a y o t r o a u t o r posible: el h i s t o r i a d o r oficial A n t o n i o de H e r r e r a y T o r d e s i l l a s . C o n s t a su n o m b r e e n el r e c i b o
del d i n e r o de l a i m p r e s i ó n . P e r o , c o m o señaló A l o n s o C o r t é s ,
d e f e n d i e n d o l a atribución del escrito a C e r v a n t e s , el q u e h a y a r e c i b i d o H e r r e r a esta c a n t i d a d n o significa q u e f u e r a el a u t o r d e l
o p ú s c u l o . Si f u e r a r e a l m e n t e o b r a de C e r v a n t e s , compartiría c o n
la traducción francesa de E l curioso impertinente (París, 1608) el h e 5
4 1
42
43
Para las ediciones de Fernández-Guerra véase la nota anterior (este texto en Ensayo de una biblioteca. . . , t . 1 , cois. 1 2 6 0 - 1 3 0 1 , discutido en cois. 1 2 5 8 1 2 6 0 y 1 3 0 2 - 1 3 2 6 ) . Rosell lo incluyó en el t o m o 2 de u n a edición de las Obras
completas de C E R V A N T E S , M a d r i d , 1 8 6 3 . N o me parece imposible, como a AsT R A N A ( t . 6 , p p . 1 8 8 - 1 8 9 , n . 1 ) , la estancia de Cervantes en Sevilla en 1 6 0 6 .
N A R C I S O A L O N S O C O R T É S , " C e r v a n t e s y l a Relación del bautismo de Felipe IV \ BA AL, 16 ( 1 9 4 7 ) , p p . 5 3 5 - 5 3 6 . L a edición más reciente y recomendable de este texto es la de Alonso Cortés, en su traducción de la Fastiginia de
T o m é Pinheiro da V e i g a ( V a l l a d o l i d , 1 9 1 6 ) . (Además de esta edición, de 4 1
páginas de numeración diferente dentro del t o m o , hay también u n a edición
suelta de Alonso Cortés publicada el m i s m o año, x i i i + 1 1 6 p p . según la b i bliografía cervantina de G R I S M E R , op. cit., p. 2 1 . N o l a hemos visto —-en el
fichero de H a r v a r d , el único ejemplar existente en Estados U n i d o s consta absurdamente como obra de su impresor J u a n Godínez de M i l l i s — pero según
la lista cronológica de las publicaciones de Alonso Cortés en la nueva edición
de su traducción de la Fastiginia, A y u n t a m i e n t o , V a l l a d o l i d , 1 9 7 3 , p. 1 1 , es
anterior a l a edición que hemos empleado. E l texto de la Relación, sin los p r e l i minares, se halla también en el t o m o de la edición de Rosell citada en la nota
3 5 , pp. 1 5 9 - 2 5 0 ; F O U L C H É - D E L B O S C comenta m u y negativamente las dotes editoriales de Rosell en " E t u d e sur «La tía fingida»", p p . 2 7 0 - 2 7 1 . )
4 1
4 2
4 3
C f . supra, n . 4 2 .
NRFH,
XXXVIII
LAS A T R I B U C I O N E S C E R V A N T I N A S
491
c h o de ser su p r i m e r a o b r a t r a d u c i d a ( a l i t a l i a n o , M i l á n , 1608).
N o s revelaría a u n C e r v a n t e s q u e g o z a b a de a c e p t a c i ó n en l a c o r te y de respeto c o m o n a r r a d o r , p u e s t o q u e se le e n c a r g ó este sin
d u d a l u c r a t i v o c o m e t i d o . T a m b i é n abriría nuevos horizontes so4 4
b r e sus c o n o c i m i e n t o s de m i t o l o g í a , de a r q u i t e c t u r a , de las artes
d e c o r a t i v a s y de l a v i d a c o r t e s a n a , q u e tantas veces c e n s u r ó .
L a autoría c e r v a n t i n a de este texto nos parece m u y p r o b a b l e
45
p o r su estilo, p o r las pesquisas q u e e v i d e n t e m e n t e f u e r o n t r a b a j o
p r e v i o , p o r su precisión d e s c r i p t i v a y t a m b i é n p o r las
circunstan-
cias. A u n q u e c o i n c i d i m o s con P é r e z P a s t o r , e n pensar q u e
4 6
historiador
o f i c i a l habría sido el d i r e c t a m e n t e e n c a r g a d o de
el
re-
d a c t a r l a relación de las fiestas, el e n g r e í d o H e r r e r a estaba o c u p a d o c o n sus h i s t o r i a s de las g l o r i a s españolas. L a s fiestas p o r el
n a c i m i e n t o d e l príncipe e r a n u n t e m a m u y r e d u c i d o y que fácilm e n t e p o d í a cederse a o t r o . I n v e s t i g a d o r de s e g u n d a m a n o , sin
e s t i l o l i t e r a r i o , H e r r e r a n o solía e s c a t i m a r los elogios a q u i e n le
pagaba
4 7
y e n las Relaciones
no hay sino m u y razonables alaban-
Recordemos que R O B E R T FLORES descubrió la participación de la I m prenta Real en la impresión de la segunda edición de J u a n de la Cuesta del
Quixote ( The compositors ofthe first and secondMadrid editions of' 'Don Quixoté'' Part
I , M o d e r n H u m a n i t i e s Research Association, L o n d o n , 1975, p. 45).
Más brevemente h a n expresado su apoyo a la candidatura cervantina
4 4
4 5
F R A N C I S C O M Á R Q U E Z V I L L A N U E V A , " E r a s m o y Cervantes, u n a vez m á s " ,
Cer-
vantes, 4 (1984), p. 126, y A l b a n Forcione (citado por Márquez). E n cambio,
A S T R A N A la rechaza, suponiendo que era poco amistoso el trato entre H e r r e ra y Cervantes ( t . 3, p. 279, n . 3 y t . 6, p. 38). Q u e Cervantes tuvo mala o p i nión de H e r r e r a parece indudable, pero en cuanto a u n a enemistad recíproca,
el único dato hasta 1605 sería el no haberlo citado Cervantes en el " C a n t o
de C a l í o p e " de La Galatea, detalle que, si es que H e r r e r a lo advirtió, tuvo que
dejarle m u y sin cuidado; téngase en cuenta que como señala Astrana, H e r r e r a
hasta entonces no había publicado ningún l i b r o . C A R R O L L J O H N S O N , apoyándose en A s t r a n a y en el " t o n o agresivamente católico" del texto, también se
expresa en contra de la atribución ( " « L a española inglesa». . . " , p. 395). N o
sabemos exactamente a qué pasajes alude J o h n s o n , pero este tono no es i m p o sible en u n escrito oficial y pagado.
Documentos cervantinos, t . 2, p p . 415-416.
" E s c r i t o r oficioso, careció por tanto de i m p a r c i a l i d a d [. . . ] . O p o r t u nista [. . . ] intrigante y codicioso [. . . ] . Plagió obras enteras, entonces inéditas [. . . ] . N o le interesó la cultura indígena [americana] y así no trató de e l l a ' '
( R [ A M Ó N ] E [ Z Q U E R R A ] , en Diccionario de historia de España, 2 ed., Revista de
Occidente, M a d r i d , 1968, t . 2, p. 352). "Historiógrafo adulador y de escasa
m o r a l , que a veces se vendía a quien mejor le p a g a b a " ( A S T R A N A , op. cit., t . 3.
4 6
4 7
a
p. 279,
n . 3). Sobre l a v e n a l i d a d de H e r r e r a , cf.
C I R Í A C O PÉREZ BUSTAMAN-
T E , " E l cronista A n t o n i o de H e r r e r a y l a historia de A l e j a n d r o F a r n e s i o " ,
BAH, 103 (1933), 737-790; con continuación, según la ficha que amablemente
NRFH,
D A N I E L EISENBERG
492
XXXVIII
zas de los organizadores de las fiestas. S i las h u b i e r a escrito el v a nidoso H e r r e r a , las habría firmado. A C e r v a n t e s se le encargó
que escribiera l a relación de estas fiestas lo cual concuerda con
este texto c u y a publicación fue subvencionada.
C o m e n z a m o s con el deseo de conocer las causas del ambiente
de inseguridad y desconfianza reinantes en el campo de las atribuciones cervantinas. Sospechábamos que en el terreno de los textos atribuidos, Cervantes había sido víctima de c e n s u r a y m a n i pulación y que lo ocurrido con las atribuciones cervantinas e r a
otro ejemplo más del intento de l a sociedad de r e p r i m i r y censurar al artista irritante, que incomoda más en su país que fuera
de él. Nuestro repaso confirma l a existencia de este intento en el
caso de C e r v a n t e s , pero también, según hemos visto, entran en
juego l a envidia y l a competencia erudita. H a perjudicado a todos los textos atribuidos l a m a n e r a en que se presentaron algunos
de ellos acompañados de flojísima documentación o impresiones
subjetivas desprovistas de valor. T o d a s estas causas h a n sido r e forzadas por las controversias y despistes a que dio lugar el m a l v a d o , pero listo, Adolfo de C a s t r o .
48
DANIEL
EISENBERG
F l o r i d a State U n i v e r s i t y
nos facilita Víctor Infantes, en BUSC, 6 (1934), 35-76. Para su acomodada
posición económica, N A R C I S O A L O N S O C O R T É S , " D a t o s sobre el cronista A n tonio de H e r r e r a " , ESeg, 1 (1949), 189-207. H a y u n a biografía de A N T O N I O
BALLESTEROS B E R E T T A en el t . 1 de l a edición de l a Historia general de los hechos
de los castellanos en las islas y tierra firme del mar Océano, Real A c a d e m i a de la H i s t o r i a , M a d r i d , 1934.
4 8
N . A L O N S O C O R T É S , a r t . c i t . , p.
539.
Descargar