Payo Gómez Chariño, almirante y poeta

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DISCURSOS
L E Í D O S ANTE LA.
REAL ACADEMIA
ESPAÑOLA
EN LA RECEPCIÓN PÚBLICA
DE
DON ADMANDO C O T ARELO Y VALLEDOR
E L DÍA
7 DE
ABRIL
DE
1929
MADRID
Tipografía de la " R e v i s l a de A r c h i v o s "
Olózaga,
núm. 1
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DISCURSOS
L E I D O S A N T E LA
REAL ACADEMIA
ESPAÑOLA
EN LA RECEPCIÓN PÚBLICA
DB
DON ARMANDO COTARELO Y VALLEDOR
EL
DÍA 7 D E
ABRIL
DE
1929
MADRID
Tipografía de la ''Revista de A r c h i v o s "
Olózaga.
núm.
1929
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PAYO
GOMEZ
CHA RIÑO
DISCURSO
DON ARMANDO COTARELO Y VALLEDOR
Electo para, !a Sección d e lengua gallega.
Bien
quisiera y o ,
o c a s i ó n presente
señores
Académicos,
p o d e r valernie
en
¡a
de a q u e l l a h e r m o s a l e n g u a c u y o , representante
habéis q u e r i d o q u e f u e r a entre v o s o t r o s ; d e a q u e l l a l e n g u a h e r m a n a de la de Castilla, pero que, m á s f e l i z o m á s d e s v e n t u r a d a , n o
t u v o sus espléndidos desarrollos, antes detenida en su e v o l u c i ó n n a t u r a l , se o f r e c e cixal s u p e r v i v e n c i a v e n e r a b l e , siendo c o m o medio
e n t r e el latín y el c a s t e l l a n o ; lengua i m tiempo u n i v e r s a l intérprete
d e poesía, ceñida a h o r a a las t o p o g r á f i c a s sinuosidades de u n a com a r c a ; l e n g u a a t a v i a d a con las m o d e s t a s p e r o a ñ e j a s g a l a s de la nob l e z a c a m p e s i n a y q u e h o y canta y aletea, c o m o la a l o n d r a , p a r a
s a l u d a r u n n u e v o sol que a m a n e c e :
" i d i o m a en q u e g a r u l a n os paxaTOs,
en q u e f a l a n o s á n x e l e s o s n e n o s ,
en q u e as f o n t e s saloiizati e m a r m n l l a n
•entre o s f o l l o s o s á r b o r e s os v e n t o s ;
fecundo nume do úneco R e y Sabio
que n o s o l i o de E s p a ñ a t i v o asento,
a r p a i n m o r t a l da d o c e R o s a l í a ,
do infortunado A ñ ó n himno postveiro."
L e n g u a n a c i d a p a r a e n a m o r a r y p a r a a g r a d e c e r , que solamente
de g r a t i t u d d e b i e r a h a b l a r o s quien t a n t a s y t a n altas m e r c e d e s tien e recibidas de v o s o t r o s y a c a s o en esa dulce l e n g u a a c e r t a r a a
e x p r e s a r t o d a la p r o f u n d i d a d de mi a g r a d e c i m i e n t o .
Y bien q u i s i e r a y o que al d e s p l e g a r estas p á g i n a s b r o t a s e n d e
e n t r e ellas los p e r f u m e s y a r m o n í a s del país de d o n d e v e n g o : las
salobres brisas de sus costas b r a v a s y las placientes a u r a s de sus
rías helénicas, el a r r u l l o de sus p i n a r e s sombríos y de sus m a i z a l e s
r u m o r o s o s , el ai'oma de las robledas c e n t e n a r i a s y d e los h e n o s otoñales, el m e l a n c ó l i c o alalá de la m o z a e n a m o r a d a e x p a n d i é n d o s e p o r
— 8
—
v a l l e s siempre v e r d e s entre tórtolas y c a s t a ñ a r e s y el atiiruxo
reta-
d o r del m o n t a ñ é s f o r n i d o qiie r e p e r c u t e en las c i m a s y e s t r e m e c e
las h o j a s de los alisos t e m b l a d o r e s . . . , toda la m á g i c a c a d e n c i a de
G a l i c i a , p a r a q u e ella las vistiese de e g r e g i a poesía, la p o e s í a q u e o s
es debida y q u e y o n o s a b r é darles.
D e p o e s í a intento hablar, sin e m b a r g o ; de p o e s í a pretérita, si
es que la eterna v i t a l i d a d del arte poética, c o m o n a c i d a en la raig a m b r e de n u e s t r o s sentimientos m á s h u m a n o s , p u e d e a l g u n a v e z
a n t o j á r s e n o s p a s a d a o m a r c h i t a , D e p o e s í a m e d i o e v a l , en
esa a d m i r a b l e poesía lirica contenida- en los c a n c i o n e r o s
fin;
de
galaico-
lusitanos, donde j u g l a r e s y t r o v a d o r e s , s o l d a d o s y b u r g u e s e s , clérigos y magnates, príncipes y monarcas, erigen grandioso
monu-
m e n t o a la t r i u n f a n t e espiritualidad de la tierra g a l l e g a , sólo c o m p a r a b l e a la h e g e m o n í a m a t e r i a l q u e sus políticos y sus
r o s supieron, p o r v a r i o s siglos,
guerre-
conquistarle.
U n o de ellos entresaco. S e ñ o r e s , v o y a d i s c u r r i r
a c e r c a d e P A Y O G Ó M I ; Z C H A R I Ñ O > almirante
y
brevemente
poeta.
C u e n t a n q u e v i s i t a n d o la R e i n a C a t ó l i c a la s e p u l t u r a de
Ra-
m ó n B o n i f a z en B u r g o s , dispuso b o r r a r aquellas a r r o g a n t e s palab r a s " q u e g a n ó a S e v i l l a " , p u e s t a s en el m a u s o l e o , por "c^ue f u é
e n g a n a r a S e v i l l a " , c o m o m á s c o n f o r m e s a la v e r d a d y a la b u e n a
m e m o r i a d e S a n F e r n a n d o . S e m e j a n t e c o r r e c c i ó n r e c l a m a el epitafio de PAYO GÓMEZ, ctiya t u m b a , m á s a f o r t u n a d a y m á s p o m p o sa, p u e d e v e r s e t o d a v í a en la iglesia de S a n F r a n c i s c o de
v e d r a , p a n t e ó n de e n t e r r a m i e n t o s m u y
Ponte-
notables.
S u s p e n s o q u e d a el á n i m o al c o n t e m p l a r en la s u a v e p e n u m b r a
del recinto la p é t r e a efigie allí esculpida. O b r a de rudo cincel, m u d a
p e r m a n e c e a n u e s t r a d e m a n d a n e g á n d o s e a p e r s u a d i r n o s de su
fide-
lidad ; f a c c i o n e s , e x p r e s i ó n , continente, n a d a r e v e l a el t r a s u n t o d e
un a l m i r a n t e poeta. M a s a u n q u e f a l t a de c a r á c t e r , es h a r t o v e n e r a ble por su a n t i g ü e d a d y por su m i s m a candidez artística.
A s í lo c o m p r e n d i e r o n nuestros m a y o r e s y en torno de aquei
sepulcro
floreció
la t r a d i c i ó n y
floreció
la l e y e n d a en r o s a s de en-
t u s i a s m o . L a figura del h é r o e se p i e r d e en la l e j a n í a , a g r a n d á n d o s e
a la p a r q u e se i m p r e c i s a y d e s v a n e c e ; los que de él escriben, s i e m pre b r e v e m e n t e , r e i t e r a n idénticas v a g u e d a d e s , i d é n t i c a s c o n j e t u r a s ,
cual eco de obstinada r e f l e x i ó n g i m i e n d o en la s e l v a o s c u r a del p a sado, c u a l si un velo impenetrable cubriese p a r a siempi-e su v i d a y
— 9 —
stts acciones. F a l t a de diligencia, e x c e s o de lirismo. N o se c o o r d i n a r o n las noticias dispersas, apenas se a p o r t a r o n sus canciones, suspiros de un a l m a r e m o t a que por ellas se a c e r c a a nosotros.
Y sin e m b a r g o , CHAEIÑO m e r e c e p a r t i c u l a r estudio p o r el inneg a b l e v a l o r de sus c a n t a r e s y p o r símbolo r e p r e s e n t a t i v o de su tiempo y de su r a z a ; del tiempo h e r o i c o en que se p l a s m a r o n las m á s
g e n u i n a s m o d a l i d a d e s d e la p a t r i a y de esa r a z a laboriosa, c o n s t a n te, inteligente, a u d a z , a v e n t u r e r a , s o ñ a d o r a , inquieta d e espíritu y
sentimental de c o r a z ó n , que en los siglos m e d i o s labró la r e c o n quista territorial de E s p a ñ a y - e n los a c t u a l e s labra la r e c o n q u i s t a
espiritual de A m é r i c a .
D i c e su epitafio q u e f u é m u y noble caballero, p r i m e r señor d e
R í a n jo, q u e o b t u v o los p r i v i l e g i o s de P o n t e v e d r a y " q u e g a n ó a
S e v i l l a siendo de m o r o s " . E x a g e r a c i ó n t a n insitfrible h u b o de e x citar protesta.s, y e x t r e m a n d o la duda, q u i s o negai'se t o d o : la avtt enti ci dad del .sepulcro m i s m o y casi la e x i s t e n c i a del sepultado.
U n historiador
v a d o r , escribe
ilustre, e x t r a ñ o
tan injusto
enemigo p ò s t u m o del v i e j o
como
apasionado,
"CJUE ni
tro-
CHARIÑO
asistió a la c o n q u i s t a de S e v i l l a , ni ftié A l m i r a n t e de Castilla, ni
neñor de R í a n j o , ni h a y p a l a b r a de v e r d a d en el epitafio compviesto m u c h o tiempo desp^tés que el e n s a l z a d o p a s a r a a m e j o r v i d a " .
P o r a c a s o le resta el l a u r o de poeta, d e s c o n o c i d o p a r a el historiador
académico.
N e b u l o s o c o m o el cielo de s u p a t r i a o f r é c e s e el o r i g e n de n u e s -
tro caballero, abstruso a la c u r i o s i d a d que en v a n o intenta despej a r las b r u m a s q u e r o d e a n s u cuna, c o m o t a n t a s v e c e s r o d e a r í a n s u
n a v e en las t a r d e s i n v e r n i z a s de l a . c o s t a de la M u e r t e . Flasta el
p r o p i o n o m b r e es asunto de p e r p l e j i d a d , T a l v e z no h a sido bien
i n t e r p r e t a d o o bien leído, h a c i e n d o p e r d u r a r e n las l e t r a s iniciales u n a f o n é t i c a a j e n a a la g r a f í a m e d i o e v a l ; tal v e z
m e n t e se l l a m ó Cariño,
verdadera-
PAYO GÓMEZ CARIÑO, r e s p o n d i e n d o
esta
d e s i g n a c i ó n a un a p e l a t i v o g e o g r á f i c o o a m o t e f a m i l i a r y a f e c t u o so. A lo m e n o s n o s c o n s t a d o c u m e n t a l m e n t e la e x i s t e n c i a d e un
c a b a l l e r o l l a m a d o Cariño
rico
p o r aquellos días, y en P o n t e v e d r a .
C o n f u s a a p a r e c e t a m b i é n su estirpe. L o s g e n e a l o g i s t a s ,
para
quienes n o suele e x i s t i r c e r r a z ó n e n los h o r i z o n t e s históricos, le
a d j u d i c a n d i v e r s o s p r o g e n i t o r e s , a u n q u e siempre sin la n e c e s a r i a
p r o b a n z a . S e g ú n unos, desciende del i m a g i n a r i o solar de " C h í r i n o " , c o m o si él se hubiese l l a m a d o n u n c a de este m o d o ni en G a -
—
IO
—
l i d a se c o n o c i e s e tal l i n a j e , y, s e g ú n otros, del de acjuellos célebres D e z a s - C h u r r u c h a o s , h é r o e s semimito lógicos de la historia g a laica, s a n g r i e n t a s v í c t i m a s n o v e n g a d a s en la i n f a m e traición
la R o c h a 3' v i l l a n o s sicarios de la tiranía en el propio
de C o m p o s t e l a . V e r o s í m i l se h a c e la
filiación
de la casa de A l d á n
o A l d a o , e n l a z a d a con la de M a r i ñ o , f a m i l i a s ciertamente
g a s y e n t r o n c a d a s desde antes.
Aidán
y tina señora de Marino
S e g ú n esto,
de
santuario
Gonzalo
galle-
Gómez
de
serían los p a d r e s del A l m i r a n t e .
D e cualquier m o d o , es i n d u d a b l e la i m p o r t a n c i a de su estirpe, p u e s dos h e r m a n a s c o n o c i d a s o b t u v i e r o n m u y h o n r o s o s
mientos- F u é la i m a Doña
miento y
Marta
progenitora
de O r t i g u c i r a ;
de
Teresa,
los C o n d e s
f u é la otra
casa-
esposa de G a r c i P é r e z
de
Doña
Ribadavía
Maria,
y
<ie
mujer
SarSanta
de
don
J u a n G a r c í a de V i l l a m a y o r , p r i v a d o de A l f o n s o X y n o m b r a d o p o r
él " a d e l a n t a d o m a y o r de la m a r " , circixnstancia d i g n a de r e p a r a r s e .
T a m b i é n la p a t r i a se d u d a . T h e o p h í l o B r a g a h a b l a de CHARIÑO " e m p o r t u g u e z " , sin m á s r a z ó n que h a l l a r l o en el
de la Vaticana,
Cancionero
c o m o si este c a n c i o n e r o n o f u e s e m á s g a l a i c o q u e
l u s i t a n o ; p o c o s indican su n a c i m i e n t o en R í a n j o , g u i a d o s por el
h e c h o de h a b e r g o z a d o PAYO GÓMEZ este señorío y el r e c u e r d o de
h a b e r e x i s t i d o allí su castillo. G e n e r a l m e n t e se tiene a
Ponteve-
d r a p o r el l u g a r de su n a c i m i e n t o y lo a b o n a la t r a d i c i ó n d e c|ue
c o n t r i b u y ó a establecer la c o m u n i d a d f r a n c i s c a n a , el h e c h o de ser
P o n t e v e d r a l u g a r de su e n t e r r a m i e n t o y q u e a él le deba la c o n cesión o c o n f i r m a c i ó n de v a r i o s p r i v i l e g i o s .
Sabemos por
docu-
m e n t o s q u e e n P o n t e v e d r a t u v o sus p a l a c i o s y q u e en ella p o s e í a
su v i u d a c a s a s y h e r e d a d e s .
A l l í , pues, debió de n a c e r CHAKIÑO, sobre el a ñ o de 1225, y
allí, en las m á r g e n e s del i n c o m p a r a b l e L é r e z , sus j u e g o s i n f a n t i l e s
le irían f a m i l i a r i z a n d o con el t r á f a g o m a r i n e r o y con los h o r i z o n tes del m a r , n u n c a m á s h e r m o s o s cjue en la m a r a v i l l o s a b a h í a d e
M a r í n y de E s t r í b e l a . P r o n t o h a b r á p o d i d o distinguirse en a l g u n a
e m p r e s a m a r í t i m a , y p r o n t o su g e n i o a v e n t u r e r o le i n c l i n a r í a a n a v e g a r en los b u q u e s
aquellas
f r e c u e n t e m e n t e c o n s t r u i d o s y equipados
en
costas.
Q u e DON PAYO f u é h o m b r e de m a r lo d e m u e s t r a n con tanta clar i d a d sus t r o v a s , q u e a v e c e s p a r e c e n t r a e r n o s p r e n d i d o s aleteos de
las b r i s a s y copos d e e s p u m a ; n o se fingen su r e a l i d a d y s u f r e s c u ra. I-a c o m p a r a c i ó n del R e y con el O c é a n o b a s t a r í a p a r a a c r e d i t a r -
—
II
—
lo. H a y u n a c a n t i g a que ella m i s m a d e c l a r a estar c o m p u e s t a
a
b o r d o y o t r a s m u c h a s lo serían p a r a d i s t r a e r los f o r z a d o s ocios,
y a en las i n t e r m i n a b l e s h o r a s de la c a l m a e n o j o s a , y a e n los g u s tosos l a r g o s a i m p u l s o del nordeste, c u a n d o la b r i s a v e r n a l g i m e
e n l a s j a r c i a s y las o n d a s m u r m u r a n en la estela.
N a d a sabemos d e sus n a v e g a c i o n e s , n a d a de sus e m p r e s a s j u veniles. S u p o n e r l e c o l a b o r a d o r en la conquista de la c i u d a d j i e n e n se p o r q u e u n a c a n c i ó n s u y a r e m a t a con el estribillo
mirarci,
madre,
as torres
de
Geen,
n o s p a r e c e d e m a s i a d o a v e n t u r a d o ; a p a r t e de que las alusiones a la
t o m a d e J a é n c o n s t i t u y e n casi u n tópico e n los a p ó g r a f o s italianos.
L a c o n q u i s t a a que c o n t r i b u y ó PAYO GÓMEZ f u é la de Sevilla.
A s í lo dice el epitafio d e P o n t e v e d r a y n o h a y por q u é d u d a r l o raz o n a b l e m e n t e ; las a p a s i o n a d a s c o n t r o v e r s i a s de h a c e sesenta años
s i r v i e r o n p a r a afianzar u n a v e r d a d h o y a d m i t i d a h a s t a p o r los especialistas.
N o t o r i a se a d v i e r t e la p r e d i l e c c i ó n de S a n F e r n a n d o por los gallegos, c o m o de quien, p o r h a b e r s e c r i a d o en G a l i c i a y v e r o s í m i l m e n t e ser n a c i d o e n ella, tenía bien c o n o c i d o s a sus nobles y c u a n t o de
ellos era licito e s p e r a r ; su corte e s t u v o p o b l a d a de caballeros galicianos y entre g e n t e s de G a l i c i a r e p a r t i ó las m á s e l e v a d a s dignidades. I g u a l h u b o de a c o n t e c e r e n las huestes de las conquistas a n <lalu2as.
A la de S e v i l l a asistieron, entre otros, don P e l a y o P é r e z
Co-
r r e a , i n s i g n e M a e s t r e de S a n t i a g o ; don L o r e n z o S u á r e z Gallinato,
c u y a s h a z a ñ a s p a s a r o n al Conde
Lucanor;
don R o d r i g o G ó m e z de
T r a b a , señor de T r a s t á m a r a , el p r i n c i p a l m a g n a t e d e G a l i c i a en su
t i e m p o ; don A n d r é s F e r n á n d e z de Castro, p e r t i g u e r o d e S a n t i a g o ;
d o n M u n i o F e r n á n d e z , M e r i n o m a y o r del r e i n o ; don G a r c i P é r e z
d e A m b i a , señor de T e m e s y C h a n t a d a ; don F e r n á n R o d r í g u e z de
C a s t r o ; don D o m i n g o R u i z de R i b a d a via, y o t r o s m u c h o s de m e n o s
r e s o n a n c i a que, sin e m b a r g o , a p a r e c e n h e r e d a d o s en el
Reparti-
miento.
L o s repetidos é x i t o s de las c a m p a ñ a s anteriores, la s e g u r i d a d
i n s p i r a d a por la h u e s t e y la c o n f i a n z a y e n t u s i a s m o q u e t o d o s por el
R e y sentían, d i e r o n a la conquista d e S e v i l l a u n aire caballeresco
q u e n i n g u n a otra g u e r r a f r o n t e r i z a ostentó h a s t a la t o m a de G r a -
12
nada, L o s paladines, h e n c h i d o s de emulación,
rivalizan
en h e r o í s -
mo, las e s c a r a m u z a s s e m e j a n saraos, t o r n e o s las b a t a l l a s ; flota p o r
d o q u i e r a la e s p i r i t u a l i d a d y c o r r e n e x q u i s i t o s a r o m a s de g e n t i l e z a
y elegancia. N o solamente soldados, j u g l a r e s , s e g r e r e s , t r o v a d o r e s ,
poetas se a g o l p a n allí. P e r o da P o n t e describe el asedio de la c i u d a d ,
c a n t a sus bellezas y l l o r a la m u e r t e del R e y ; B e r n a l de
Bonaval
a d q u i e r e h a c i e n d a en el r e p a r t o ; M e n R o d r í g u e z T e n o r i o e j e r c e oficio de a l m o j a r i f e y d i s f r u t a riquezas y casa s o l a r i e g a en la reina dei
B e t i s ; P e r o A m i g o t a m b i é n se establece en e l l a ;
temporalmente
la habitan J u a n A i r a s , P e r o S o l a z , G o n z a l o R o d r í g u e z , P e d r o
de
A r m e á , el j u g l a r L o r e n z o , el j u g l a r F e r r a n d o , P e d r o d e S i g r á s , N i colás de los R o m a n c e s y los t r o v a d o r e s v a s a l l o s del señor de T r a b a ,
P e d r o de A m b r o a , J u a n de G u i l l a d e , Ñ u ñ o F e r n á n d e z de M i r a p e i x e ,
P e d r o y F e r n a n d o V e l l o y P a y S u á r e z d e T a b e i r ó s , todos gallegos.
E l P r e l a d o de C o m p o s t e l a l l e g a t a m b i é n . I m p o n í a l e el señorío
t e m p o r a l de la T i e r r a de S a n t i a g o la o b l i g a c i ó n de asistir al m o n a r ca en ¡as funcione.? bélicas, y si bien h u b o de r e t i r a r s e pronto p o r
o r d e n s o b e r a n a y a c a u s a de e n f e r m e d a d , S a n F e r n a n d o t u v o m u y
en cuenta su a y u d a y A l f o n s o X le p r e m i ó con p i n g ü e s h e r e d a d e s ,
s e g ú n c o n s t a en especial diploma. L a T i e r r a de S a n t i a g o a b a r c a b a
entonces m u c h a e x t e n s i ó n , c o m p r e n s i v a de los t e r r i t o r i o s de N o y a ,
P a d r ó n , C a l d a s de R e y e s , P o n t e v e d r a , etc. S u arzobispo, aquel b e n e m é r i t o don J u a n A r i a s , y a e x p e r i m e n t a d o e n cuestiones g u e r r e ras, a c u d i r í a a t o d o s en d e m a n d a de m e d i o s , n o d e s d e ñ a n d o los n a vales, m á x i m e c u a n d o el a l m i r a n t e B o n i f a z , p o r e n c a r g o regio, los
a r b i t r a b a en las costas n o r t e ñ a s y siendo t a n s e g u r o q u e desde l o s
días del g r a n G e l m í r e z la a c t i v i d a d m a r í t i m a de G a l i c i a f u é en
a u m e n t o y q u e n a o s y m a r i n e r o s g a l l e g o s solían p a r t i c i p a r en l a s
expediciones oceánicas.
A s p e c t o de v e r d a d e r a c r u z a d a t u v o p a r a los g a l l e g o s la g u e r r a
de S e v i l l a , y el e n t u s i a s m o f e r v o r o s o q u e en G a l i c i a d e s p e r t ó el a r m a m e n t o t r a s c i e n d e a los Cancioneros,
donde pueden leerse v e r s o s
por él inspirados, y entre otros u n a g r a c i o s a c a n t i g a del c l é r i g o R u y
F e r n á n d e z , de sabor, e m p e r o , m a r c a d a m e n t e popular.
N a d a se opone, pues, a la p r e s e n c i a de PAYO GÓMEZ CIIARIÑO
e n S e v i l l a c o m o m a r i n o , c o m o noble y c o m o poeta. A lo m e n o s n o s
c o n s t a la estancia cierta de v a r i o s parientes s u y o s , tales c o m o los
T e n o r i o y don J u a n G a r c í a de V i l l a m a y o r y la p r o b a b l e de o t r o s
a l l e g a d o s c o m o P e d r o y G a r c i M é n d e z de S o t o m a y o r .
Igualmente
—
13 —
es de notar que el ú n i c o p o e t a con quien sabemos h a b e r tenido r e lación literaria, A l f o n s o L ó p e z de B a y a m , e s t u v o en S e v i l l a , d o n d e
a m b o s se c o n o c e r í a n ,
'Cierto que ni la p r i m e r a Crónica
general,
ni la de S a n F e r n a n d o
de ella d e r i v a d a , lo m e n c i o n a n , ni sería de esperar d a d a la d e p l o r a b l e
concisión con que refieren t a n g r a n suceso, c u y o s detalles eran n o torios en sus días ; v e r d a d que t a m p o c o a p a r e c e en el
Repartimiento
de las tierras, r e d a c t a d o a l g o después ; m a s ¿ por a c a s o
figuran
en
él todos los c o n q u i s t a d o r e s ? ¿ E s esta relación tan precisa y d e t a l l a da c o m o h o y d e s e a r í a m o s ? D e l f a m o s o G a r c i P é r e z de V a r g a s " n o
se sabe el h e r e d a m i e n t o c i e r t o " . Q u i e n sí figura en ella es u n
zalo Gómez,
Gon-
m e r e c e d o r de sesenta a r a n z a d a s y seis y u g a d a s de tie-
r r a en C a m p e s i n a , t é r m i n o s de A z n a l f a r a c h e , que m u y p r o b a b l e m e n t e sería el propio p a d r e de CHARIÑO,
P o r v e n t u r a lo q u e ese d o c u m e n t o calla p o d r á h a l l a r s e en o t r o s
coetáneos. E n el Libro
de diferentes
cuentas
de la C a s a R e a l de C a s -
tilla, c o r r e s p o n d i e n t e a los años d e 1293 y 1294, t r a t a n d o de " L o s
l u g a r e s que son d a d o s de las t e r c i a s en el A r z o b i s p a d o de S e v i l l a " ,
se lee este a s i e n t o : En Xeres
Barrameda.
a don Pay
Gómez — Sant
Lucar
de
Y a tenemos, pues, a CIIAKIÑO h a c e n d a d o en la tierra se-
villana, y a i m q u e p u d o serlo por raeixed posterior, no d e j a de p a r e cer h a r t o r e p a r a b l e la coincidencia.
L a t r a d i c i ó n a d j u d i c a a PAYO GÓMEZ u n a de las m á s g l o r i o s a s
h a z a ñ a s de la conquista, i n t e r p r e t a n d o , acaso, con libertad la retórica lapidar de su epitafio. Q u i é r e s e que sus b a j e l e s i n t e r v i n i e s e n en
los c o m b a t e s del G i t a d a l q u i v i r y se quiere q u e el comandante, siendo u n o de los " o r n e s bttenos et de b u e n a c o m p a n n a et bien guisad o s " e s c o g i d o s p e r s o n a l m e n t e por B o n i f a z p a r a su a y u d a , m o n t a s e
u n a de las n a v e s , la " q u e y u a de p a r t e del A r e n a l " , la que p r i m e r o
embistió el f o r m i d a b l e puente de b a r c a s y cadenas t e n d i d o e n t r e
T r i a n a y la c i u d a d el glorioso 3 de m a y o de 1248. N o r o m p i ó C H A RIÑO el puente, pero lo q u e b r a n t ó de m a n e r a que la o t r a n a v e q u e
le seguía, c a p i t a n e a d a por B o n i f a z , " p u d o d a r tan de f r u e n t e u n tal
golpe qtie se passo clara de la otra p a r t e " . ¡ M e m o r a b l e g o l p e q u e
a s e g u r ó la conquista de la t i e r r a a n d a l u z a y e s t r e m e c i ó de p a v o r el
c o r a z ó n de los m u s u l m a n e s !
Q u e f u e r o n dos " l a s m a y o r e s et m a s f u e r t e s q u e y a u i e " , l a s
n a v e s de la t e m e r a r i a h a z a ñ a , consta en la Crónica
y lo repiten l o s
h i s t o r i a d o r e s ; que en la s e g u n d a iba B o n i f a z esci'ito está en las
—
14 —
m i s m a s f u e n t e s ; p e r o ¿ q u i é n m a n d a b a la p r i m e r a ? L o c a l l a r o n los
a n t i g u o s , m a s los m o d e r n o s no v a c i l a n en llenar ese olvido, ciñení l o la f r e n t e j u v e n i l de PAYO GÓMKZ con i n m a r c e s i b l e lauro,
A n t o n i o R i o b ó o y S e i j a s , e r u d i t o e s c r i t o r del siglo x v i i i ,
Don
parece
h a b e r sido el p r i m e r o en c o n c e d é r s e l o y d e s d e entonces v i e n e r e p i t i é n d o s e la especie, Y
a f a l t a de p r u e b a s , p r e t é n d e s e
robustecer
la v e r o s i m i l i t u d de los h e c h o s con v a r i o s indicios y t r a d i c i o n e s , m á s
o m e n o s r e p a r a b l e s y c u y o e x a m e n e x c e d e los limites d e u n d i s c u r s o .
Y no t a n sólo P o n t e v e d r a : o t r o s m u c h o s p u e b l o s se e n v a n e c e n . d e
q u e sus b a j e l e s o sus h o m b r e s p u d i e s e n h a b e r contribuido a la cél e b r e c a m p a ñ a , y si bien n o h a y oposición en la m a y o r í a de e s t o s
íilegatos, n o s u c e d e lo m i s m o con las t r a d i c i o n e s a s t u r i a n a s
que
a t r i b u y e n a R u i P é r e z de A v i l é s e x a c t a m e n t e la m i s m a p r o e z a d e
CHARIÑO. A p u r a n d o las c o n j e t u r a s , a ú n p o d r í a d e f e n d e r s e la c o m patibilidad, pues n o sería imposible q u e a m b o s caballeros c o i n c i d i e s e n en la m i s m a n a v e ; p e r o s u s p e n d a m o s j u i c i o h a s t a n u e v o s a p o r t a m i e n t o s y bástele por h o y a PAYO GÓMEZ la g l o r i a de h a b e r asistido
a la c o n q u i s t a de S e v i l l a c o m o noble y buen soldado.
A los p r o m e d i o s del siglo x i i i c o r r e s p o n d e u n h e c h o t r a s c e n d e n tal en su v i d a . T a n bien e m p a r e n t a d o , c o m o s a b e m o s , por e n t o n c e s
c o n t r a e r í a m a t r i m o n i o con u n a ilustre d a m a g a l l e g a p e r t e n e c i e n t e
a la f a m i l i a de M a l d o n a d o q u e a d e l a n t e se estableció en o t r a s c o m a r c a s con n o t o r i o brillo. L l a m ó s e la d a m a doña María
donado
Giráldez
Mal-
o " M a l d o a d a " , c o n f o r m e a a n t i g u a y a c t u a l c o s t u m b r e de
G a l i c i a , y de este enlace n o se p u e d e d u d a r , pues la f o r t i u i a m e h a
d e p a r a d o testimonios d o c u m e n t a l e s e n m u y reciente h a l l a z g o .
Era
l i i j a de G i r a i N ú ñ e z M a l d o n a d o y f u e r o n sobrinos s u y o s don S u e r
P é r e z y don R u i P é r e z , M a e s t r e s s u c e s i v o s d e A l c á n t a r a e n tiemp o s t u m u l t u o s o s y c i s m á t i c o s de la O r d e n ,
P o r estas f e c h a s y a sería CIIÍ\RIÑO señor de R í a n j o , " p r i m e r señ o r " c o n f o r m e al epitafio, a u n q u e n o p o d a m o s a v e r i g u a r si p o r
m e r c e d o h e r e d a m i e n t o , R i a n j o e s u n pueblecillo m a r i n e r o que se
m i r a en las o n d a s d e la R í a de A r o s a . F u é c a b e z a de j u r i s d i c c i ó n
•eclesiástica, t u v o hospital de p e r e g r i n o s , v a r i a s e r m i t a s y u n céleb r e castillo, casi c e r c a d o de m a r , qtie p r o t e g í a t o d a la e n s e n a d a hast a T a r a g o ñ a d o m i n a n d o por t i e r r a la campiña. N a d a subsiste d e dic h a f o r t a l e z a , q u e a u n en el siglo x v n i l u c í a los blasones d e S o t o m a y o r y A l d a o c o r r e s p o n d i e n t e s a los h e r e d e r o s de CHARIÑO, s e g ú n
d o c u m e n t o q u e h e m o s p u b l i c a d o ; pero sí un g r a n p a z o de p i e d r a
—
15 —
c o n a m p l i o y t r a b a j a d o b a l c o n a j e y a t r i b u i d o t r a d i c i o n a l m e n t e al
p o e t a . P o r lo m e n o s la f á b r i c a no le c o r r e s p o n d e ni se p o d r á r e m o n t a r m á s a l l á de la a n t e p a s a d a centuria.
C a r e c e m o s de d o c u m e n t o s q u e r e i v i n d i q u e n p a r a CIIAKIÑO el r e f e r i d o señorío, m a s a b t m d a n refiriéndolo a sti d e s c e n d e n c i a y a desd e la h i j a d o ñ a J u a n a M a r i n o C h a r i ñ o , " s e n h o r a de R r i a n j o " h a s t a la f a m o s a h e r e d e r a d o ñ a M a r í a de M e n d o z a , esposa de d o n E n r i qtie ]£-nríquez d e G u z m á n (tercer h i j o del A l m i r a n t e don A l f o n s o
E n r i q u e z ) , a c u y a s m a n o s pereció, en B e m b i b r e , tal v e z p o r culpa
d e sus m u c h a s r i q u e z a s . C o n ellas y con el señorío de R i a n j o se a c r e c e n t ó la casa de los s e ñ o r e s de Q u i n t a n a , a d e l a n t e c o n d e s d e C a s t r o n u e v o y de V i l l a u m b r o s a y m a r q u e s e s de M o n t e a l e g r e .
L ó g i c o es i m a g i n a r q u e el R e y S a b i o , t a n a m a n t e de la poesía y
p o e t a s g a l l e g o s , e n t r e quienes r e f u l g e c o m o a u t o r del m á s a n t i g u o
y m á s p e r s o n a l c a n c i o n e r o , d i s t i n g u i e s e a P A Y O GÓMEZ C H A R I Ñ O
y
a u n c o n t r i b u y e s e a sus a u m e n t o s . A s í sería n a t u r a l y así lo entend i e r o n ilustres escritores que le suponen s e r v i d o r de dicho m o n a r c a
y a u n su v a l i d o h a s t a el p u n t o de a t r e v e r s e a z a h e r i r l e con tensones
d e e s c a r n i o . F r e c u e n t e es tenerle, s e g ú n esto, c o m o A l m i r a n t e de
d o n A l f o n s o y h a s t a se le s u p o n e d e s i g n a d o , en unión de su parient e G a r c í a de V i l l a m a y o r , p a r a la c r u z a d a de U l t r a m a r q u e p r o y e c t a b a el soberano, opinión destruida por la c r o n o l o g í a y los d o c u m e n tos. P o r todo ello suele clasificársele en la corte literaria del R e y Sab i o ; m a s n o consta de u n m o d o e v i d e n t e a m i s t a d tan verosímil.
S i n d u d a que a estos días debe c o r r e s p o n d e r su m a y o r a c t i v i d a d
p o é t i c a y que entonces serían e s c r i t a s m u c h a s de sus c á n t í g a s de
a m o r c o n o c i d a s y o t r a s q u e i g n o r a m o s ; p e r o los t e x t o s histórico.^
p e r m a n e c e n m u d o s y h a s t a las m i s m a s c a n c i o n e s sólo r e m o t a m e n t e a l u d e n a s u c e s o s del tiempo. T a m p o c o lo v e m o s figurar, dicho sea
e n su a l a b a n z a , en el niitrido c o r o de entusiastas y d e t r a c t o r e s de la
b e l l í s i m a y d e s g a r r a d a M a r í a P é r e z B a l t e i r a , p o r q u i e n suspiró en
v a n o el propio m o n a r c a de Castilla y q u e tan h o n d a r e v o l u c i ó n p r o d u j o e n las c o s t u m b r e s g a l a n t e s del siglo x i i i .
D e base c a r e c e m o s p a r a a d m i t i r a l g u n a estancia de CHARIÑO
€n P o r t u g a l , y a en la corte de S a n c h o I I , y a e n la d e A l f o n s o I I I ,
s e g ú n q u i e r e n B r a g a y la señora M i c h a é l i s , S u s r e l a c i o n e s con el trov a d o r P é r e z de B a y a m son el ú n i c o d a t o q u e p o d r í a a l e g a r s e , m a s
e s cierto que el fidalgo lusitano p a s ó a E s p a ñ a y arabos se e n c o n t r a r í a n p r o b a b l e m e n t e e n S e v i l l a . N i siquiera t e n d r á v a l o r la cir-
_
i6
—
cuiistancia de ser p o r t u g u é s el a r g u m e n t o de la c a n c i ó n de
carnio
es-
que SUS- n o m b r e s enlaza, p u e s el señorío d e B a y á o está c e r -
ca de O p o r t o y n o l e j o s de A r o t t c a , donde el p o e t a " h a b í a g r a n s a b o r
de f a c e r u n h a c a s a " , c o m o e x p o n e e n su t r o v a , t r o v a y " s a b o r " q u e
p u d i e r o n m u y bien ser c o n o c i d o s d e 'CHARIÑO sin m o v e r s e d e G a licia.
V a g a m e n t e , cernidas p o r el arte y la distancia, n o s p a r e c e n alet e a r en sits bellísimas marinas
q u e d a s alusiones a d e r r o t e r o s n á u t i -
cos y a j o r n a d a s n a v a l e s de c a r á c t e r bélico. ¿ D e d ó n d e p a r t e el n a v i o que lleva " a s f r o r e s do m e u a m i g o " ? ¿ A dónde n a v e g a ?
m e n o s q u e a u n a c i u d a d sitiada p a r a llegar al ferido
No
a servir un
"corpo loado". M a s ¿qué ciudad? ¿Sevilla acaso?,.. ¿ P o r
dónde
v i a j a el amigo a u s e n t e c u y o r e g r e s o i m p e t r a la doncella h i n o j a d a ? . . .
N o p o d e m o s saberlo, p e r o la s o s p e c h a de q u e PAYO GÓMEZ i n t e r v i n o
en i m p o r t a n t e s episodios n á u t i c o s , c r e c e y se a r r a i g a . Q u i z á s en el
brillante d e s e m b a r c o d e C á d i z , q u i z á s en el d e s a s t r o s o b l o q u e o de
A l g c c i r a s , q u i z á s en las a l g a r a s con los p i r a t a s a f r i c a n o s , f r e c u e n t e s
en la época.
Q u e en ella era n u e s t r o p o e t a p e r s o n a j e d e c u e n t a , se d e d u c e
de la Crónica
d e A l f o n s o X , p u e s al r e f e r i r la t o m a del a l c á z a r d e
Z a m o r a p o r el i n f a n t e don J u a n , nianifiesta q u e se hallaba b a j o la
g u a r d a a c c i d e n t a l de la m i t j e r del M e r i n o m a y o r de G a l i c i a , y a ñ a d e : " E esta d u e ñ a era h e r m a n a de P A Y GÓMEZ CIIERINO", c o m o
a d u c i e n d o u n n o m b r e n o t o r i o p a r a e s c l a r e c e r otro q u e lo es m e n o s .
A p u n t o estuvo, con todo, de eclipsar al de su h e r m a n o el p o e t a :
e n esta o c a s i ó n e n s a y ó don J u a n la p e r v e r s a villanía que a d e l a n t e
p u d o estrellarse c o n t r a la sublime lealtad de u n h o m b r e ; la m u j e r
de a h o r a s u c u m b i ó : e r a m a d r e .
M a s si c a r e c e m o s de noticias de DON PAYO GÓMEZ d u r a n t e e s t o s
a ñ o s y de p r u e b a s que a c r e d i t e n sti a m i s t a d c o n A l f o n s o X , a b u n dan, en cambio, p a r a d e m o s t r a r la inalterable q u e p r o f e s ó a su p r o l e .
C u a n d o el i m p a c i e n t e don S a n c h o " t o m ó v o z " c o n t r a el R e y y
a s u m i ó la g o b e r n a c i ó n del reino c o m o " f i j o m a y o r h e r e d e r o " , C H A RIÑO s i g u i ó la n u e v a p a r c i a l i d a d , al i g u a l de tantos otro,«, sin q u e
sea preciso i m a g i n a r p e r s o n a l e s d e s a v e n e n c i a s con el v i e j o m o n a r ca, y m u y p r o n t o h u b o d e c o n t a r s e entre los p r i v a d o s y
favore-
cidos. D e s e g u r o n o serían a j e n o s a este f a v o r los g u s t o s l i t e r a r i o s
del n u e v o soberano, pues v e m o s c o m o f u e r o n sus a m i g o s dos v a t e s :
don iGómez G a r c í a , abad de V a l l a d o l i d y PAYO GÓMEZ, a m b o s poe-
— -17 —
t a s del Cancionero
v a t i c a n o , y con a m i s t a d a t o d a s l u c e s a n t e r i o r
a la c o r o n a c i ó n de S a n c h o I V .
L a p r i m e r a m e r c e d f u é el A l m i r a n t a z g o de la m a r .
A s o m b r a la p o r f í a con q u e F e r n á n d e z D u r o quiso p r i v a r de esta
«lignidad a CHARIÑO, pues n i n g ú n h e c h o de su v i d a se nos o f r e c e
t a n firme y d e m o s t r a d o . C o m o t a l A l m i r a n t e figura e n los a n t i g u o s
c a t á l o g o s y a su a l m i r a n t a z g o alude el m i s m o poeta en u n a de sus
c á n t í g a s m á s h e r m o s a s . " P o r h a b e r c o n f i r m a d o un solo p r i v i l e g i o
(12185) se sabe qtxe f u é A l m i r a n t e , a u n q u e en n i n g u n a de las a c c i o n e s de m a r
figura",
escribe el f e c u n d o h i s t o r i a d o r y al escribirlo
d e m u e s t r a s u e s c a s a d i ü g e n c i a , pues sin salirse de
publicaciones
v u l g a r e s p u d o e n c o n t r a r o t r o s d o c u m e n t o s con la r ú b r i c a de
Pay
Gómez
Almirante
de la Mar.
don
T a l e s privilegios, en cantidad de
u n a d o c e n a , v a n desde el 10 de a g o s t o de 1284 al 8 de septiembre
d e 1286, no siendo preciso r e f o r z a r l o s con otros inéditos q u e seg u r a m e n t e existen.
P o r lo q u e t o c a a la a u s e n c i a de CHARIÑO en las e m p r e s a s nav a l e s , ni p u e d e c o n c l u i r s e de n u e s t r a i g n o r a n c i a , ni es tan decisiva
c o m o se pretende, ni de serlo d a ñ a r í a a la v e r o s i m i l i t u d del c a r g o ,
y a q p e otros A l m i r a n t e s casi coetáneos se h a l l a n en idénticas c i r c u n s t a n c i a s . L o que n o p u e d e o f r e c e r d u d a es que d u r a n t e siglo y
m e d i o se e l i g i e r o n p a r a s e r v i r tan e l e v a d o p u e s t o caballeros n o b l e s n a c i d o s en el Htoral y que h u b i e s e n d a d o pruebas elocuentes d e
p e r i c i a en la n a v e g a c i ó n y d e b r a v u r a en los combates.
C o m o es sabido, el c a r g o f u é c r e a d o por S a n F e r n a n d o p a r a la
c o n q u i s t a de S e v i l l a c o n f i r i é n d o l o a R a m ó n B o n i f a z ; después lo
g o z a r o n otros, siendo q u i n t o a l m i r a n t e n u e s t r o PAYO GÓMEZ. C a b e
i n q u i r i r la i m p o r t a n c i a positiva q u e entonces a l c a n z a b a la d i g n i d a d
y h a s t a dónde se e x t e n d í a n sus atribuciones. P a r e c e q u e a la m u e r t e o c e s a n t í a de 'López de M e n d o z a se dividió el empleo, e n c o m e n d á n d o s e a tmo, d e n o m i n a d o de S e v i l l a o del M e d i t e r r á n e o , la direcc i ó n y m a n d o de las galeras, y a otro, l l a m a d o de la M a r , el de los
n a v i o s mancos
o sin r e m o s destinados a n a v e g a r en el océano. F e r -
n á n d e z D u r o , n e g a n d o a CHARIÑO lo e x c e l s o de " A l m i r a n t e de C a s t i l l a " , se resigna a c o n c e d e r l e lo de " A l m i r a n t e de la M a r " , establec i e n d o e n el A l m i r a n t a z g o u n a especie de J e r a r q u í a ; S a r a l e g u í , que
« s t u d i ò el asunto, c o n c l u y e " q u e A l m i r a n t e m a y o r y A l m i r a n t e de la
m a r e s e x a c t a m e n t e lo m i s m o q u e A l m i r a n t e y q u e si se d i j o en un
t i e m p o A l m i r a n t e de Castilla, f u é ú n i c a m e n t e p a r a d i f e r e n c i a r l e de
—
i8
—
su c o l e g a el A l m i r a n t e de A r a g ó n " . DON PAYO GÓMEZ f u e , p u e s .
A l m i r a n t e de C a s t i l l a con t o d a s las p r e e m i n e n c i a s propias de la d i g n i d a d que A l f o n s o el S a b i o e x p o n e en p r o s a inimitable,
máxime
c u a n d o le v e m o s a s u m i r l a sin c o m p a ñ e r o , a d i f e r e n c i a de lo o c u r r i do antes y después de él.
R e s p e c t o a la f e c h a de su n o m b r a m i e n t o , q u i e r e n a l g u n o s q u e l o
recibiese de S a n c h o I V , t o d a v i a I n f a n t e , y a u n se s u p o n e q u e lo llam a r í a en 1275 p a r a o r g a n i z a r la flota contra A b é n Y t i s u f ; m a s e s t o
es anticipar d e m a s i a d o los sucesos. Si don S a n c h o lo n o m b r ó en
tiempo de la rebelión, será d i f í c i l c o n c r e t a r la data, p o r q u e los doc u m e n t o s de este p e r í o d o l l e v a n m u y p o c a s c o n f i r m a c i o n e s . L o i n negable es q u e figura d e s d e principios del r e i n a d o : en p r i v i l e g i o del
7 de a g o s t o de 1284 n o a p a r e c e el c a r g o de A l m i r a n t e ; p e r o en 1 0
del m i s m o m e s y a s u s c r i b e c o m o tal CIIARIÑO,
D e ttn solo h e c h o del n u e v o " c a b d i e l l o de los n a v i o s " t e n e m o s
noticia, y este h e c h o ni es m a r c i a l ni le honi-a en g r a n m a n e r a . " S e y e n d o DON P A Y GÓMEZ a l m i r a n t e de la m a r " obligó a los v e c i n o s d e
P o n t e v e d r a a c o n s t r u i r u n a " g a l e a " p a r a el R e y , no obstante p o ,seer p r i v i l e g i o e n c o n t r a r i o y no les o b l i g ó por celo d e su oficio o
p r e s t i g i o s de la patria, sino " p o r e n e m i z a d q u e abia con el a r z o b i s p o " , señor de la tierra. E r a este f r a y R o d r i g o G o n z á l e z , e x p r o v i n cial de los dominicos. " E t el r e y don S a n c h o t a n t o q u e esto s o p o q u e
gela m a n d a r a l u e g o t o m a r ; et la g a l e a que estudiera y en el p u e r t o
de P o n t e v e d r a f a s t a que se p o d r e c i e r a " . F r a y R o d r i g o g o z a b a del
f a v o r regio y el m o n a r c a t u v o " g r a n v o l u n t a d d e h a c e r l e bien et m u cha m e r c e d p o r q u e siempre f u é y es a m í o s e r v i c i o " ; peleando adem á s c o m o soldado, le a g r a d e c e en público la a y u d a q u e " n o s
face
con su c u e r p o et con su caballería en las h u e s t e s q u e f a c e m o s c o n t r a m o r o s " . A c a s o esta p r i v a n z a e x c i t a s e los celos de P A Y GÓMEZ.
T e n í a el R e y h e c h a p r o m e s a de r o m e r í a a C o m p o s t e l a d e s d e q u e
A b é n Y ú s u f a r r a s a b a las tierras d e J e r e z , y en el v e r a n o de 1286 q u i so c u m p l i r su peregi'inación, l l e v a n d o en el c o r t e j o a CHARIÑO, seg ú n se v e por los d o c u m e n t o s . M á s de c i n c u e n t a a ñ o s h a c í a que la
t i e r r a g a l l e g a no f u e r a v i s i t a d a por n i n g ú n m o n a r c a castellano, d e s de el liltimo v i a j e de S a n F e r n a n d o . A 8 de jrilio h a l l á b a s e la c o r te en V i l l a f r a n c a de V a l c á r c e l o del B i e r z o , por d o n d e entibó en l a
r e g i ó n siguiendo el " C a m i n o f r a n c é s " , c o n t i n u ó por O r e n s e , P o n t e v e d r a , S a n t i a g o , L a C o r u ñ a , B e t a n z o s , L u g o y en i de o c t u b r e y a
se e n c o n t r a b a de r e g r e s o en .A.storga, D u r a n t e su estancia en la c i u -
—
19 —
d a d del L é r e z , del i 8 al 26 de agosto, confirmó el R e y v a r i o s p r i vilegios. E n t o n c e s sería c u a n d o el A l m i r a n t e a p r o v e c h a s e la c o y u n t u r a p a r a obtener m e r c e d e s en beneficio de la t i e r r a n a t a l ,
acre-
c e n t a n d o las c o n s e g u i d a s l u e g o de las c o n q u i s t a s a n d a l u z a s , p u e s
a l g u n a s de ellas p r o c e d e n e v i d e n t e m e n t e de aquel tiempo.
D o n G ó m e z G a r d a , abad de V a l l a d o l i d y p r i v a d o de S a n c h o I V
d e s d e su rebelión, c a y ó de esta p r i v a n z a por abril del 12S6 y m u r i á
de p e s a d u m b r e en T o l e d o a 29 de j u l i o del m i s m o año. E l R e y supc^
la n o v e d a d en G a l i c i a y " p l ú g o l e m u c h o " al decir de la
Crónica.
C o n la d e s a p a r i c i ó n del A b a d qtieda dtieño del c a m p o su enemigod o n L o p e D í a z de H a r o y el aspecto de la C o r t e cambia p r o n t a mente.
PAYO GÓMEZ d e j a de ser A l m i r a n t e , c o r r e s p o n d i e n d o la ú l t i m a
de sus c o n f i r m a c i o n e s al 8 de septiembre de 1286 y n o es s u s t i t u í do por n i n g ú n m a r i n o de p r o f e s i ó n sino p o r dos f a m i ü a r e s del s e ñ o r
de V i z c a y a , los h e r m a n o s don P e d r o y don Ñ u ñ o D í a z de C a s t a ñ e da. A la g e n e r a l m u d a n z a política deberá a c h a c a r s e esta c e s a c i ó n ,
r e c h a z a n d o toda s o s p e c h a d e c a s t i g o p o r i m a g i n a r i a sátira, o de a r t e r í a s de los émulos y m á s la de destitución por a l g u n a d e r r o t a n a v a l
de t o d o s i g n o r a d a y m á s p o r el f r a c a s o de A l g e c i r a s , absvirda h i p ó tesis qtxe las f e c h a s i n v a l i d a n en absoluto. T a m p o c o m e p a r e c e q u e
h u b i e s e de e x p i a r el A l m i r a n t e s u d e v o c i ó n al f i n a d o ministro, p u e s
la t r o v a qtte se a d u c e es simplemente u n cantar
de amigo,
donde el
p o e t a lamenta sus finezas de e n a m o r a d o p o c o o n a d a c o r r e s p o n d i d a s de la d a m a , sin alusión n i n g u n a política. L o que q u i z á contrib u y e s e a la r e m o c i ó n sería el asunto de la g a l e r a p o n t e v e d r e s a ; el
h e c h o p a r e c e h a b e r o c u r r i d o en S a n t i a g o mismo, d o n d e el p r e l a d o
p u d o e x p o n e r sus q u e j a s al R e y y u t i l i z a r t o d o el i n f l u j o d e
su
afecto.
S e a c o m o f u e r e , el p r o p i o CHARIÑO d e d i c ó al suceso i m a c a n t i g a
t a n linda c o m o interesante, e x p r e s i ó n de su ironía g a l l e g a y a t r e v i da i n d i r e c t a a la r e g i a debilidad. N o v e r e m o s , c o m o algitno, s o l a m e n t e en ella " t é r m i n o s de v i v a y f r a n c a a l e g r í a " , i n c o m p a t i b l e c o n
la m a r i n e r a c o n d i c i ó n del a u t o r y la i m p o r t a n c i a del c a r g o p e r d i d o ; t a m p o c o n o s p a r e c e r e f l e j o de la f i l o s o f í a q u e le a m p a r a en s u
i n f o r t u n i o , antes p e n s a r e m o s con vma e s c r i t o r a que " c l p o e t a g a l l e go, y a m a d u r o , sabe m u c h o de las p a s i o n e s de los h o m b r e s y, en v e z
de morir
de amor
c o m o svt j o v e n amigo, se Inirla del
adversario
oculto que a m o d o de castigo le a l e j a del m a r " , N o es de c r e e r q u e
20
e l de V i z c a y a a d m i t i e s e c o m o buena la sinceridad de la e x p l i c a c i ó n ,
pero sí que n o d e j a r í a de sonreírse, caso de conocerlo^ l e y e n d o aquel
virotillo l a n z a d o a la c o r o n a ;
mais se f o i el Rey
qtien do mar nieu amigo sacou,
saqueo D e u s cíe coilas que afogou.
U n solo c a m i n o i'estaba e x p e d i t o a DON PAYO GÓMEZ : retirarse de la
C o r t e y de sus m u d a n z a s , y tal lo debió de seguir, en e f e c t o , p u e s
la Crónica
d e j a de m e n c i o n a r l e d u r a n t e a l g u n o s años. E n
Galicia
•debió de q u e d a r s e el p o e t a m i e n t r a s don S a n c h o c a m i n a b a la v u e l ta de Castilla y en G a l i c i a pulsó m á s de u n a v e z su v i e j a lira p a r a
t r o v a r , n o de a m o r e s impropios de su e d a d g r a n a d a , sino f e s t i v a s
sátiras en decires de escarnio, nobles y dignos pero intencionados,
•que a l g u n o s sucesos del tiempo s u g e r í a n . V e r b i g r a c i a , las C o r t e s de
P a l e n c i a de 1286, en q u e se a c o r d ó la cuantía de los y a n t a r e s regios,
e n f o r m a n o m u y popular, por lo visto. D e d í c a l e CHARIÑO una
dón j u g a n d o con el doble sentido de la p a l a b r a yantar
ten-
en diálogo con
c i e r t o señor a quien c o r r e s p o n d í a s e m e j a n t e d e r e c h o : n o se n o m b r a
«1 señor, p e r o es sin d u d a un m o n a r c a que ha t o m a d o i n j u s t a m e n t e
el tributo de parada en a l g u n a l o c a l i d a d e x e n t a por f u e r o . P a r a L o Jlis este m o n a r c a es don Jaime' de A r a g ó n , p a r a B r a g a y d o ñ a C a l'olina lo es A l f o n s o X , m a s l a s alusiones del c a n t a r a b o n a n p o r S a n c h o I V . A c a s o el R e y B r a v o sería también g a s t r ó n o m o , c o m o sabemos q u e lo f u é su p a d r e ; p o r lo m e n o s c o m o a tal le m o t e j a s u
antiguo Almirante.
P a r é c e m e q u e a esta etapa c o r r e s p o n d e a s i m i s m o a q u e l l a n o t a ble c o m p o s i c i ó n i n c l u i d a en el Cancioneiro
da Ajuda
d o n d e se com-
p a r a con el m a r al r e y de Castilla. A l g u n o s la tienen por la m e j o r
•obra de CHARIÑO; B r a g a , q u e la califica de " d u r a s i r v e n t é s " , n o
v a c i l a en atribuirla al p r o p i o r e y A l f o n s o I I I de P o r t u g a l ,
"por-
•que n e n h u m t r o v a d o r se a t r e v e r í a a t a n t o " ; p a r a la señora M i c h a é l i s
•"desenlia a índole h b e r a l e g r a n d i o s a , m a i s v e r s á t i l e c o n t r a d i c t o r i a de A l f o n s o X con tanta nitidez, que custa a p e r c e b e r c o m o nin,^uen a r e c o n h e c e u até h o j e " ; n o f a l t a quien la considere, al contrario, como " u n canto a la m a g n i f i c e n c i a r e a l . . . , c o m o u n a lisonj a , c o m o un elogio s u p r e m o " . P a r a n o s o t r o s es lo que contiene :
u n a sátira contra la v e r s a t i h d a d de S a n c h o I V , c u y a s g r a c i a s
y
- a r r e b a t o s tenía el a u t o r bien c o n o c i d o s , pues la c o m p a r a c i ó n del m o -
21
liare a y el o c é a p o viene a r e d u c i r s e en q u e a m b o s son m u d a b l e s
p r o v e c h o s o s , ora a d v e r s o s , c o m o la f o r t u n a .
Y en e f e c t o , el n a t u r a l impetuoso del R e y B r a v o no consentía
l a r g a s p e r m a n e n c i a s e n la p r i v a n z a . T r á g i c a m e n t e a c a b ó la s u y a
d o n L o p e D í a z en A l f a r o , la t a r d e del 8 de junio d e 1288; m a s n o
p o r ello c e s ó cl o s t r a c i s m o de PAYO GÓMEZ ; f u e r o n m e n e s t e r otros
a c a e c i m i e n t o s q u e m á s de c e r c a le tocaban,
A q u e l poderoso m a g n a t e don J u a n A l f o n s o de
Alburquerque,
•deudo de la R e i n a y A d e l a n t a d o m a y o r de G a l i c i a , a n d a b a a l b o r o t a n d o el país, p o r c o n s e j o del a m b i c i o s o don J u a n N ú ñ e z de L a r a ,
y en su a y u d a , s e g ú n la Crónica.
P a r a r e p r i m i r tales m o v i m i e n t o s
v o l v i ó don S a n c h o al N o r o e s t e en el v e r a n o de 1 2 9 1 . A l l í el poet a se p r e s e n t a r í a al m o n a r c a y alií el m o n a r c a le tornó su g r a c i a , y
t a n s i n c e r a m e n t e que y a n u n c a salió de ella, antes h u b o de recibir
a r d u a s comisiones y destinos de valía. E l de A l b u r q u e r q u e f u é resid e n c i a d o , destituido y a u n preso, si bien " a salva f e " por el propio
CHARIÑO, según m a n d a m i e n t o soberano. S o s e g a d a la tierra, h i z o
<1 R e y s e g u n d a r o m e r í a a S a n t i a g o y se v o l v i ó a C a s t i l l a .
C o n él r e g r e s ó n u e s t r o caballero, y a s u l a d o p e r m a n e c i ó en la
C o r t e i n t e r v i n i e n d o en los n e g o c i o s públicos. F u é u n o de los que
m á s d e s a p r o b a r o n la e x t r e m a p r e p o n d e r a n c i a de don J u a n N ú ñ e z
e l G o r d o , y la Crónica
le cita entre " l o s a c u c i a d o r e s q u e al R e y a c u -
c i a b a n " , p o r desavenirle con el de H a r o . Y c u a n d o la d e s a v e n e n c i a
s u b i ó a rebelión. PAYO GÓMEZ a p a r e c e entre los capitanes de la m e s n a d a real m o v i d a en 1292 contra don J u a n N ú ñ e z , que corría las tier r a s de A l a r c ó n y de C u e n c a . N o f u é p a r a e n o r g u l l e c e r s e la empresa, H a l l á r o n s e las tropas en Chinchilla, en u n l u g a r que decían
C a b r e r a , y por m e t e r s e " m u y l o c a m e n t e " e n u n a a n g o s t u r a ,
realistas f u e r o n d e r r o t a d o s de m o d o q u e don J u a n N ú ñ e z
muchos y
los d e s b a r a t ó
por
completo.
Lance
más
serio
los
mató
de
lo
q u e p u d i e r a s u p o n e r s e ; el e j é r c i t o real p a s a b a de 1,400 h o m b r e s
q u e c e j a r o n ante los 400 caballos del rebelde, q u i e n g a n ó
aquel
4 í a diez y siete insignias y p e n d o n e s l l e v a d o s a V a l e n c i a de A r a gón, M o h í n o s pero salvos r e g r e s a r o n los capitanes, entre quienes
los h a b í a g a l l e g o s , sin q u e s e p a m o s de o t r a f u n c i ó n g u e r r e r a
de
n u e s t r o escritor.
P r e s o continuaba en tanto el de A l b u r q u e r q u e , m a s n o en sos i e g o ni libre de la real i n d i g n a c i ó n , si bien a m p a r a d o por la m a g n á n i m a doña M a r í a d e M o l i n a , la cual, m u c h a s v e c e s , le s a l v ó de la
2
— 22
m u e r t e . T o d o lo cual, así c o m o la l i b e r t a d que la e g r e g i a s e ñ o r a le
d e v o l v i ó c u a n d o pudo, p a g ó el d e s a g r a d e c i d o t r a i c i o n á n d o l a y h u y é n d o s e a P o r t u g a l , c u y o s h i s t o r i a d o r e s le c a l i f i c a n de g r a n d e . V a cante, pues, el c a r g o de A d e l a n t a d o m a y o r de G a l i c i a , a c o r d ó el R e y
investir con él a CHARIÑO, m i r a n d o sin d u d a a los prestigios que el
noble t r o v a d o r debía de g o z a r en su t i e r r a y a lo útiles q u e serían
en ella sus servicios, por c o n o c e r l a c o m o s u y a y c o n t a r allí con m u c h o s parientes. E n t o n c e s , esto es, en 1292, recibiría tan e l e v a d a d i g i i i d a d 7 s u s t i t u y c n d o ai inquieto p r ó c e r , a lo q u e p u e d e c o l e g i r s e d e
las c o n f i r m a c i o n e s : en 22 de n o v i e m b r e y a s u s c r i b e d e s d e su n u e v o
puesto.
N o f u é n u e s t r o p o e t a el p r i m e r A d e l a n t a d o del país g a l l e g o , seg ú n a l g u i e n escribe, p u e s el oficio e x i s t í a de m u c h o a n t e s ; p e r o e l
h e c h o de h a b e r l o o c u p a d o d e m u e s t r a la e l e v a d a c o n s i d e r a c i ó n
de
DOÍT PAYO, y a que, a p a r t e de la j e r a r q u í a , s o l a m e n t e se confirió a
p e r s o n a j e s de c u e n t a h a s t a que, v i n c u l a d o en la casa de S a r m i e n to, lo f u e r o n ú n i c a m e n t e los C o n d e s de R i b a d a v i a y de S a n t a M a r t a
de Ortigueira.
C r e c í a la p r i v a n z a de CHARIÑO y sin a b a n d o n a r la r e s i d e n c i a a
q u e su c a r g o le obligaba, con él se c o r r e s p o n d í a el s o b e r a n o m e diante m e n s a j e r o s , a l g u n o de c u y o s n o m b r e s consta, y o c u p á n d o l e
e n d i v e r s o s e n c a r g o s . F u é u n o e l a s u n t o de la casa de F i n o j o s a , q u e
el A d e l a n t a d o t o m ó e n 1294 p a r a d a r l a a don M a r t í n A l f o n s o , llam a d o C h i n c h o r r o , b a s t a r d o del rey de P o r t u g a l , y otro aquel p o r e l
c u a l h u b o de p a g a r DON PAYO c r e c i d a s u m a a A l f o n s o
Godínez.
E s t o s y o t r o s s e r v i c i o s r e c o m p e n s a r o n los m o n a r c a s con d i f e r e n tes d á d i v a s : en el p r o p i o a ñ o r e c i b i ó 3.000 m a r a v e d i s e s del R e y ,
q u i e n a t e n d í a i g u a l m e n t e a su h i j o S u e r o G ó m e z con s u e l d o
2.200 a n u a l e s en la C o r t e . E n ella
figuraba
de
su o t r o h i j o A l v a r Páez,.
c o m o en a ñ o s anteriores.
L a p r e m a t u r a m u e r t e d e S a n c h o I V c o r t ó la c a r r e r a a e s t o s
a c r e c e n t a m i e n t o s y v i n o a ser f u n e s t a p a r a
CHARIÑO.
Desenca-
d e n a d a la a n a r q u í a " e n C a s t i l l a n o p o d í a n las cosas t e n e r s o s i e g o " .
T r e s r e y e s e s t u v o a p u n t o de c o n t a r entonces esta p a r t e de la P e n ínsula y n i n g u n o legítimo h e r e d e r o : d o n A l o n s o de la C e r d a , don
P e d r o de A r a g ó n y el r e v o l t o s o i n f a n t e don Juan. E l
Pertiguero-
m a y o r d e S a n t i a g o don F e r n a n d o R u i z de C a s t r o a b r a z ó el p a r t i d o
del I n f a n t e y con él o t r o s m u c h o s caballeros, siendo quizás el m á s
d e c i d i d o PAYO GÓMEZ. E r a este don J u a n aquel a c i a g o y sombricp
—
23 —
p e r s o n a j e q u e c r u z a por la H i s t o r i a c u b i e r t o de baldón eterno, el
m i s m o que ante los m u r o s d e T a r i f a p u s o el sello a sus m a l d a d e s ,
el m i s m o q u e aspiró siempre a intitularse r e y de G a l i c i a , con m á s
ansias que denuedo, n o obstante el a p o y o de los nobles galicianos,
q u e a ñ o r a b a n los días de S a n F e r n a n d o . M á s noble señor quisiéram o s p a r a n u e s t r o poeta.
A p o d e r ó s e el I n f a n t e de v a r i o s pueblos y castillos, entre ellos
de la t i e r r a de Z a m o r a , e n la c u a l n o m b r ó por A l c a i d e a CHARIÑO, sin p r i v a r l e por eso de su c a r g o de A d e l a n t a d o , pues t o d a v í a
c o n f i r m a c o m o tal en 3 de a g o s t o de 1295, L a R e i n a se a c o g i ó con
s u h i j o a V a l l a d o l i d y a T o r o , que por ser s u y a s le g u a r d a b a n
fide-
l i d a d lo m i s m o q u e Z a m o r a ; m a s DON PAYO iba g a n a n d o los ánim o s , y al a c e r c a r s e la C o r t e a l c a n z ó " q u e se le e n v i a r a m e n s a j e
d i c i e n d o q u e solo el R e y con dos caballeros y sii m a d r e con dos
d u e ñ a s serían admitidos en la c i u d a d " . P e r o la lealtad o la t r a i ción a c e c h a b a n , y las a r r o g a n c i a s del rebelde iban a s u f r i r tin r u d o
golpe.
H a l l á n d o s e cierta d í a p l a t i c a n d o los i n f a n t e s don J u a n y
don
E n r i q u e e n u n a d e h e s a de C i u d a d - R o d r i g o , y h a l l á n d o s e a l g o ret i r a d o PAYO GÓMEZ en su caballo, llegóse d i s i m u l a d a m e n t e
P é r e z T e n o r i o y le a t r a v e s ó el c o r a z ó n de u n a ctichillada.
Ruy
Mien-
t r a s el v i e j o p o e t a v e n í a al suelo, h u í a v e l o z el m a t a d o r ; m a s no
l e v a l i ó su d i l i g e n c i a : don Juan, a r d i e n d o en f u r i a , c o r r i ó en pos
de él y le a l c a n z ó y le dió la m u e r t e .
A s í p e r e c i ó CHARIÑO, en el otoño de 1295, v í c t i m a
a c a s o j u s t i c i e r o ; la c l a r i d a d de la Crónica
de'puñal
n o d e j a l u g a r a la m e -
n o r duda, L a q u e si subsiste, y m u y interrogante, es la r e l a t i v a a
l a s c a u s a s c o n c r e t a s del asesinato. V e r o s í m i l es que m u r i e s e por
su p a r c i a l i d a d o b a n d e r í a , pues sólo así se e x p l i c a la
venganza
del I n f a n t e . E n c u a n t o al asesino sabemos q u e era p a i s a n o de la
v í c t i m a y h a s t a d e u d o s u y o , c o m o m i e m b r o de a q u e l l a f a m i l i a pont e v e d r e s a de T e n o r i o , que adelante se h i z o m á s célebre e n la historia p o r su r a m a de Sevilla,
M a n o s p i a d o s a s c o n d u c i r í a n los h u m a n o s d e s p o j o s de DON PAYO a la tieiTa natal, depositándolos en el convetito f r a n c i s c a n o de
P o n t e v e d r a , r e c i e n t e m e n t e construido. M a n o s
filiales,
de
seguro,
p u e s c o n s t a m e m o r i a y . m e m o r i a brillante d e , l a d e s c e n d e n c i a .
hijo mayor,
Alvar
Páez,
fué
también
almirante
en
el
Su
reinado
de F e r n a n d o I V ; SUEKO GÓXIBZ figura en la corte del R e y B r a v o ;
—
Ruy
Pàez
Jitana
24
p a r e c e h a b e r v i v i d o en las t i e r r a s g a l l e g a s , y su h i j a ,
Marino
e n t r o n c ó c o n la g r a n c a s a de
Sotomayor,
s i e n d o a b u e l a de o t r o P a y o G ó m e z ; P a y o G ó m e z d e
Chariño,
Sotomayor,
c é l e b r e e n v i a d o d e E n r i q u e I I I al G r a n T a m o r l á n , y c u y a n o v e l e s c a
vida reclama paiticular monografía,
A d e m á s de e s t o s h i j o s c a r n a l e s , d e j ó el A l m i r a n t e p o e t a o t r o s
m á s n u m e r o s o s de six e s p í r i t u que, a n i m a d o s p o r l a v i t a l i d a d q u e
i n f u n d e la e s c r i t u r a y p r o p a g a la i m p r e n t a , e x i s t e n h o y p l e n o s de
l o z a n í a , y con ella p a s a r á n a n u e s t r o s s u c e s o r e s : las t r o v a s y c a n t a r e s , de q u i e n e s es y a h o r a de p a s a r a o c u p a r n o s .
D e v e i n t e y o c h o c a n c i o n e s c o n s t a el a c e r v o p o é t i c o
RIÑO ; o n c e e n el Cancioneiro
da Ajuda,
de.CHA-
y v e i n t e en l o s italianos, d e
las c u a l e s t r e s son c o m u n e s y se r e p a r t e n p o r los g é n e r o s en u s o :
c a n t a r e s de amor,
c|ue PAYO GÓMEZ
r a d o Cancionero
c a n t a r e s de amigo
firmaría
y c a n t a r e s de burla,
o
sea
en t o d a s las p a r t e s del a n t i g u o e i g n o -
g e n e r a l de l a p r i m i t i v a l í r i c a d e l a P e n í n s u l a .
V i e j o t r o v a d o r de t i e m p o s r e m o t o s , s u s
rimas,
u n día f a m o s a s
y t a l v e z p o p u l a r e s , p e r m a n e c i e r o n l a r g o s s i g l o s o c u l t a s en los v e t u s t o s c ó d i c e s de P o r t u g a l y de I t a l i a y p e r m a n e c e r á n a c a s o en o t r o s
e x t r a v i a d o s que la legítima curiosidad anhela y la diligencia pers i g u e sin f o r t i m a . S o r p r e s a f u é el d e s c u b r i m i e n t o de sus p o e s í a s ,
c o m o lo f u e r o n t a n t a s m á s q u e las c o m p i l a c i o n e s m e d i o e v a l e s r e s e r v a b a n a las g e n e r a c i o n e s m o d e r n a s .
Ellas
conocieron
primeramente
las t r o v a s de
GUARINO,
con-
t e n i d a s en el o r i g i n a l p o r t u g u é s , a u n q u e s i n el n o m b r e de su a u t o r
v e r d a d e r o , p u e s n o e x i s t e n r ú b r i c a s en d i c h o c ó d i c e , y las t e o r í a s d e
l o s i l u s t r a d o r e s i b a n l e j o s del b u e n c a m i n o .
L o r d C a r l o s S t u a r t de R o t h e s a y es el p r i m e r o q u e en 1823 l a s
d i ó a la p r e n s a , c o m o a n ó n i m a s , en su r a r í s i m a y
semipaleográ-
fica p u b l i c a c i ó n ; c o n t i n u ó a ñ o s d e s p u é s el g e r m a n o C r i s t i á n
Fede-
r i c o B e l l e r m a n n i m p r i m i e n d o t r e s c a n c i o n e s que, a l i g u a l de
los
e r u d i t o s de su t i e m p o , s u p o n í a de l a m i s m a m a n o q u e t o d a s l a s
r e s t a n t e s del Cancionero,
m o s o Livro
das
Cantigas
y éste sería, " m u y p r o v a v e l m e n t e " , el f a d e l C o n d e de B a r c e l l o s . A s í lo c r e y ó el
f e c u n d o d i p l o m á t i c o b r a s i l e ñ o F r a n c i s c o A d o l f o d e V a r n h a g e n en
1849, al p u b l i c a r en M a d r i d no m e n o s de 3I'|2 c o m p o s i c i o n e s del c ó d i c e l i s b o n e n s e , y e n t r e ellas o n c e de n u e s t r o p o e t a , a t r i b u i d a s , clar o está, a l h i j o de d o n D i o n í s . S i g ú e s e en 1863 u n l i b r o m a g i s t r a l
—
25
—
r e f e r e n t e a l a poesía p a l a c i a n a p o r t u g u e s a , obra del f u n d a d o r de
ia F i l o l o g í a r o m á n i c a , F e d e r i c o D i e z ; entre las cantigas copiadas
y t r a d u c i d a s en v e r s o a p a r e c e u n a de CHARIÑO, t o d a v í a sin su n o m bre. M a s n o t a r d ó en i n c o r p o r a r s e
al c a t á l o g o de la
literatura
nacional.
A la v e z q u e se iba d i v u l g a n d o la c o m p i l a c i ó n de L i s b o a , entonces e n el C o l e g i o de N o b l e s , c o m e n z a b a t a m b i é n a ser conocido el
Cancionero
de la B i b l i o t e c a V a t i c a n a . Y a e n 1847 el d o c t o r L o p e s
de M o u r a h a b í a e n t r e s a c a d o de él las t r o v a s del r e y don D i o n í s , y
V a r n h a g e n m i s m o t u v o la f o r t u n a , h a s t a a h o r a p o r nadie
com-
partida, de g o z a r en M a d r i d u n a copia del apógi-afo italiano en
c a s a de " t m g r a n d e de E s p a ñ a " diez a ñ o s m á s tarde, y de cotej a r l a al siguiente con el m a n u s c r i t o de Ronna. A t a c a d a s sei'iamente
las teorías u n i t a r i a s de D i e z y de V a r n h a g e n por el
Grüzmacher,
fiteron d e m o l i d a s por
romanista
el propio escritor
a u n q u e edificando otra m á s e x t r a ñ a sobre sus ruinas.
brasileño,
Consecuen-
te V a r n h a g e n con su i n n e g a b l e p r o b i d a d , e s t a m p ó hacia 1869 las
Novas
páginas,
donde se r e s t i t u y e n c u a r e n t a y nvieve canciones a
sus legítimos a u t o r e s ; tres de estas c a n c i o n e s c o r r e s p o n d e n a CHARIÑO y su n o m b r e a p a r e c e entonces por p r i m e r a v e z c o m o poeta.
A l o t r o año, 1S70, i m p r i m í a el a c t i v o diplomático s u c u r i o s o
cioneirinho
das trovas
antigas
Can-
t o m a d a s del V a t i c a n o , y en la lista
de t r o v a d o r e s c o n s i g n a b a de n u e v o la firma de PAY GÓMEZ c o m o
a u t o r de diez y o c h o poesías q u e n o se copian, con lo cual el A l m i rante poeta comienza a
figurar
en los libros de historia literaria,
l ' l i e o p h i l o B r a g a , a p e n a s salido de l a s aulas, l a n z ó al público en estos tiempos n o m e n o s de c u a t r o v o l ú m e n e s en que pretende resum i r todos los aspectos de la lírica m e d i o e v a l ; en el s e g u n d o de ellos
( 1 8 7 1 ) , r e p r o d u c e c u a t r o c a n c i o n e s de CHARIÑO, a quien m i r a c o m o
poi'tugués, un tiempo s e r v i d o r del R e y
S a b i o de
Castilla.
D e este m o d o t r a b a j o s o y f r a g m e n t a r i o , y en lenta e l a b o r a c i ó n
d e medio siglo, f u é c o n o c i e n d o el p ú b l i c o las primicias tipográficas
d e d i c a d a s a PAYO GÓMEZ, h a s t a q u e en 1875 E r n e s t o M ò n a c i , b e n e m é r i t o p r o f e s o r de R o m a , dió a la e s t a m p a su e x c e l e n t e edición
p a l e o g r à f i c a del Cancionero
de la Biblioteca
Vaticana
y con él las
v e i n t e c o m p o s i c i o n e s de CHARIÑO allí c o n s e r v a d a s , q u e son las m á s
h e r m o s a s de su lira. D e s d e ese día p u d i e r o n j u z g a r s e los m é r i t o s
de n u e s t r o poeta, y el m u n d o estudioso conoció lo q u e r e p r e s e n t a
d e n t r o de la v i e j a lírica galaico-lusitana de que es f e c u n d o t e s o r o
—
ci Cancionero.
s ò -
E s t o , n o obstante el c a r á c t e r e r u d i t o de la p u b l i -
cación, así c o m o lo e s c a s a q u e se v a h a c i e n d o , e x i g e o t r a m á s p o p u l a r y asequible, y a q u e la p r e c i p i t a d a r e s t i t u c i ó n de B r a g a n o llena,
ni con m u c h o , n e c e s i d a d tan perentoria. A
ella h a n a c u d i d o , sin
e m b a r g o , c u a n t o s e s p i g a r o n en esta m i e s g r a n a d a p a r a surtir f l o r i l e g i o s y a n t o l o g í a s d o n d e n o f a l t a el n o m b r e de 'CI-IASIÑO.
E n c u a n t o al Cancioneiro
da Ajuda
halló, p o r fin, la f o r t u n a de-
bida a s u i m p o r t a n c i a en la m a g i s t r a l edición d e la s e ñ o r a M i c h a é lis, d o n d e se t r a z a notable estudio del A l m i r a n t e poeta.
P ú b l i c a s son, p o r consiguiente, t o d a s sus poesías, y sin t e m o r
p o d e m o s leerlas. N i u n p e n s a m i e n t o vil, ni u n a p a l a b r a b a j a a f e a n
s u s v e r s o s , e n t r e los cuales n o e x i s t e n c o p l a s de maldecir,
gene-
r a h n e n t e soeces y p r o c a c e s ; ni u n a sola v e z a b u s a de la libertad de
o t r o s t r o v a d o r e s p a r a v e r t e r l a s h e c e s de la c o n c u p i s c e n c i a ; y el
sií-ventés
y la tensón,
g é n e r o s n a t u r a l m e n t e resbaladizos, saben c o n -
tenerse en los p u n t o s de su p l u m a d e n t r o del m á s limpio d e c o r o , sin
p e r d e r p o r ello la m o r d a c i d a d satírica en q u e estriban su sal y su
g r a c i a , E s p í r i t u f i n o y delicado, h u y e de t o d o lo g r o s e r o ; j a m á s t u v o
su lira la b r o n c a c u e r d a licenciosa q u e r e s o n ó h a s t a en las r e g i a s
m a n o s d e A l f o n s o el S a b i o , y c u y o s b r u t a l e s d e s a h o g o s
ensucian
las p o s t r e r a s p á g i n a s del m a n u s c r i t o v a t i c a n o .
N o b l e es la
fisonomía
literaria de este h o m b r e de m a r ;
po-
sitiva la i n s p i r a c i ó n de s u m u s a a r i s t o c r á t i c a , de g r a n s i m p a t í a su
g e n i o m e l a n c ó l i c o , g u s t o s o de t e m a s sencillos y sentimentales y d e
alto interés los r e c u r s o s poéticos q u e d e r r a m a con n o t a b l e o r i g i n a l i d a d , a u n sobre tópicos m a n i d o s y a s u n t o s r e s o b a d o s . - C o n f o r m e a l o u s u a l en otros t r o v a d o r e s , §us c a n t a r e s d e amigo
salen por la f r e s c u r a y v i d a q u e les presta el sabor
sobre-
francamente
p o p u l a r ; y d e n t r o d e ellos l a s m e l a n c ó l i c a s c a n c i o n e s , a m o d o de
b a r c a r o l a s , d e n o v e d a d e n c a n t a d o r a , e x q u i s i t o r e c u e r d o d e sus empi-esas m a r í t i m a s y de especial c a r a c t e r í s t i c a e n la e s c u e l a gallega, t a n rica en m a t i c e s c u a n d o h u y e la s e r v i l i m i t a c i ó n d e los p r o veníales,
CHARIÑO pertenece, sin duda, a los c a n t o r e s del m a r , ciclo f e c u n d o en los c a n c i o n e r o s , c o m o inspirados e n iin país de litoral
extenso y variado, cuyas costas y
más ponderadas
en g r a n d i o s i d a d
c u y a s rías c o m p i t e n c o n
y
hermosura.
No
debía
las
espe-
r a r s e m e n o s de un t r o v a d o r A l m i r a n t e .
C u a t r o g r a n d e s poetas d e i n s p i r a c i ó n o c e á n i c a c u e n t a el apó-
—
27
—
g r a f o de R o m a : J u a n Z o r r o , M a r t í n C o d a s , M c n d i ñ o y PAYO G Ó MEZ. D e la serie p o é t i c a del p r i m e r o , especialista en v e r d a d e r a s b a r carolas, s o l a m e n t e t r e s c a n c i o n e s no hablan del m a r ; C o d a s ,
cu-
y o s siete lindísimos c a n t a r e s a la ría de V i g o le g r a n j e a n la celeb r i d a d , " p a r e c e h a b e r s e d e d i c a d o especialmente a la
d e estas marinas"
composición
; u n a tan sólo nos cjueda del j u g l a r
Mendiño,
pero tan fina y t a n h e r m o s a , q u e p o r ella se e q u i p a r a g a l l a r d a m e n t e
a los anteriores.
E l m a r que inspiró a DON PAYO en la p r i m a v e r a de la v i d a al
c o m p o n e r c a n t i g a s q u e la a m a d a pudiese entonar sonando el a d u f e ,
c o n t i n u ó inspirándole n a v e g a n d o h a c i a A n d a l u c í a e n s e r v i c i o
de
M a r t e , le inspiró en los palacios de los p o d e r o s o s y en la c o r t e
d e los r e y e s , c e r c a d o de a s e c h a n z a s y d e ambiciones, y a ú n p u d o
inspirarle, p u e s t o al cabo de sus l a r g o s días, d e s e n g a ñ a d o de los
v a i v e n e s de la f o r t u n a y de la i n c o n s t a n c i a de los h o m b r e s .
En
i m o s tiempos y en o t r o s su p e r s p i c a c i a artística le inclinó a los
t e m a s m u s i c a l e s c a n t a d o s p o r los m a r i n e r o s en los b a r c o s y
los muelles, y con a m b o s a p o y o s stipo t e j e r las aladas
en
canciones
q u e son la ñ o r y la g a l a d e su a c t i v i d a d poética.
R e s p e c t o a la e x t e n s i ó n c r o n o l ó g i c a de ella t e n e m o s
suficien-
tes indicaciones p a r a a s e g u r a r que f u é tanta c o m o la de su l a r g a
v i d a . F o r m a el d a t o m á s a n t i g u o la sátira c o n t r a L o p e s de B a y a n i ,
q u e a c r e d i t a c o e t a n e i d a d con este c a p i t á n poeta, u n o de los conq u i s t a d o r e s de S e v i l l a (1248), y los m á s m o d e r n o s , la bella poesía a su d e j a c i ó n del c a r g o de A l m i r a n t e y la b u r l e s c a
alusión
a las C o r t e s de F a l e n c i a , s u c e s o s a c a e c i d o s en 1286, c u a n d o
a u t o r era y a s e x a g e n a r i o . C o n t r a lo sostenido por M i c h a e l i s ,
l e s u p o n e t r o v a n d o ú n i c a m e n t e en los dos p r i m e r o s d e c e n i o s
el
que
de
A l f o n s o X , nos h a l l a m o s con treinta y o c h o a ñ o s de v i d a p o é t i c a
p o r lo menos, y en presencia d e u n a a d m i r a b l e a g i l i d a d m e n t a l y
d e u n a f r e s c u r a i m a g i n a t i v a p r o l o n g a d a h a s t a la v e j e z .
S i n d u d a que CHARIIÍO h u b o de r e l a c i o n a r s e p e r s o n a l m e n t e c o n
m u c h o s de los poetas g a l l e g o s , v e r b i g r a c i a : los presentes a las c o n q u i s t a s a n d a l u z a s . D e b i ó de t r a t a r al h e r m a n o de q u i e n h a b í a d e
a s e s i n a r l e , M e n R o d r í g u e z T e n o r i o , su paisano y deudo, t r o v a d o r
d e i m a g i n a c i ó n r e v e l a d o r a del soldado ; es probable su a m i s t a d con
cl f a m o s o don G ó m e z G a r c í a , a b a d d e V a l l a d o l i d y a u t o r de a n o d i n a s cántigas de amor y d e amigo,
c o m o lo es l a q u e p u d o u n i r l e
c o n E s t e b a n P é r e z F l o r i á n o F r o y á n , su c o m p a ñ e r o e n la b a t a l l a
—
28 —
de Chinchilla, si e f e c t i v a m e n t e le c o r r e s p o n d e la r u b r i c a de " E s t e ban F a y a n " , escrita en los c a n c i o n e r o s . A s i m i s m o es de s u p o n e r
c o n t a c t o c o n F e r n á n G o n z á l e z de S e n a b r i a , pariente s u y o , a q u i e n
r e c u e r d a el M a r q u é s de Santillana.
R e l a c i o n e s literarias sólo c o n o c e m o s l a s q u e h a y a tenido con el
h i d a l g o lusitano L ó p e s de B a y a m , antes m e n c i o n a d o . B r a g a entiend e q u e se dirigió a ios t r o v a d o r e s coetáneos sobre la c u e s t i ó n a m o r o s a " q u e p e i o r e de s o f r i r o g r a n b e m o g r a n m a l " ,
juzgan-
do p o r u n o de sus cantares, y doña iCarolina le c r e e i n t e r v i n i e n d o
en otro debate a n á l o g o : si son m a y o r e s los t r a b a j o s del m a r o los
del a m o r ; m a s este d e b a t e no p a r e c e h a b e r sido poético, sino m e r o
t e m a de c o n v e r s a c i ó n p r i v a d a .
P o r lo que al l e n g u a j e y al estilo toca, n a d a i m p o r t a n t e se obs e r v a de especial en las t r o v a s de PAYO GÓMEZ ni en el m e c a n i s m o
m o r f o l ó g i c o ni en el v o c a b u l a r i o , c o r r i e n t e en los c a n c i o n e r o s .
El
i d i o m a es el comiin a t o d o s sus c o l a b o r a d o r e s , si bien n o o s a r é afirm a r qite sea el g e n u i n o ; quiero d e c i r que, a mi juicio, n o leemos
estas poesías tal y c o m o f u e r o n r e d a c t a d a s . C u e s t i ó n
importante
ésta, a u n q u e m á s propia de u n t r a b a j o d e índole g e n e r a l que del
presente.
N o n e g a r é y o , antes la a f i r m o , la i d e n t i d a d sustancial y o r i g i n a r i a de las h a b l a s g a l l e g a y p o r t u g u e s a ; t a m p o c o se m e
oculta
q u e las dos, c u a l r a m a s de txn m i s m o tronco, m á s d i v e r g e n c u a n t o
m á s se d e s a r r o l l a n y, c o n s i g u i e n t e m e n t e , m á s se a c e r c a n
cuanto
m á s a sus p r i n c i p i o s c a m i n e m o s ; p e r o lo que n o c o n s i d e r o a x i o m á t i c a es la a f i r m a c i ó n " d e q u e el g a l l e g o , y sólo el g a l l e g o , ha
sido el i d i o m a e m p i c a d o por los p r i m i t i v o s poetas p o r t u g u e s e s " . A l
c o n t r a r i o , c r e o q u e en el siglo x i i i e x i s t í a n y a bastantes d i f e r e n c i a s
entre ambos, s e g ú n p r o c l a m a n los d o c u m e n t o s . L a i g u a l d a d resplandeciente en los c a n c i o n e r o s sobre el l e n g u a j e de los t r o v a d o r e s
de u n a y otra ribera del M i ñ o débese a su c o n d i c i ó n de
copias
h e c h a s de u n original lusitano o l u s i t a n i z a d o p o r la r u d a m i n e r v a
de un a m a n u e n s e de Italia i g n o r a n t e del p o r t u g u é s y del g a l l e g o .
P e r e g r i n o y t r a s c e n d e n t a l h a l l a z g o , n o h a m u c h o a c a e c i d o , vien e a r o b u s t e c e r esta d o c t r i n a : el t e x t o trecentista de las siete c á n tigas d e M a r t í n C o d a s , h a r t o d i v e r s o del que se lee en el a p ó g r a f o vaticano,, con d i v e r g e n c i a s q u e si en su m a y o r p a r t e son o r t o g r á ficas,
también a f e c t a n a l g u n a v e z a la f o n é t i c a ; la g r a f í a es p o r
c o m p l e t o n u e v a y casi idéntica a la del g a l l e g o actual, bien distín-
—
29 —
ta de la p o r t u g u e s a , H a y qvie a d m i t i r la e x i s t e n c i a d e u n a l e n g u a
g a l l e g a en el siglo x i i i y a u n de dos v a r i a n t e s de esa l e n g u a ; la
p o p u l a r o c a m p e s i n a de " o s g a l e g o s , dice el R e y S a b i o , que c h a m a n
d o n o s i ñ a " a la c o m a d r e j a y la palaciana, a r i s t o c r á t i c a o l i t e r a r i a
q u e el m i s m o m o n a r c a empleó en sus
Cantigas.
C a r e n t e s , por d e s g r a c i a , de ^in t e x t o g e n u i n o de PAYO GÓMEZ,
ú n i c a m e n t e d i s p o n e m o s p a r a a d i v i n a r l o de los d o c u m e n t o s notariales, siempre con el t e m o r de que r e f l e j e n d e m a s i a d o el l e n g u a j e
f o r m a l i s t a y p e d a n t e s c o propio de las oficinas d e todo tiempo.
T a n t o los m e t r o s c o m o las c o m b i n a c i o n e s m é t r i c a s p e r t e n e c e n
a los m á s c o m u n e s de los cancioneros. C a s i con e x c l u s i ó n se e m plea el decasílabo a g u d o
con
ritmo
ascendente, decasílabo
yám-
b i c o m u y a p t o p a r a la e n t o n a c i ó n m u s i c a l g e n e r a l m e n t e con a i r e
t e r n a r i o de muiñeira;
PAYO GÓMEZ, poeta que g u s t a b a de lo p o p u -
lar, debía p r e f e r i r este v e r s o
coreográfico característico
de
Ga-
licia. O s c i l a n las e s t r o f a s de c a d a c a n c i ó n e n t r e t r e s y cuatro, dom i n a n d o las p r i m e r a s , y el n ú m e r o de v e r s o s de c a d a e s t r o f a es, p o r
lo común, de siete, m e n o s en las cantigas de refrán,
casi s i e m p r e
de seis, p a r t i d a s en la f o r m a de c u a t r o y dos p a r a el estribillo. E s tas e s t r o f a s son c o n s t a n t e m e n t e s i n g u l a r e s ; p e r o en las o t r a s se t r a ban con d i v e r s a s maestrías,
y a en la f o r m a tipica del
paralelis-
m o a c o s t u m b r a d a en los cantos de " a m i g o " , y a por enlace, y a p o r
a p a r e j amiento, y a por e q u i c o n s o n a n c i a , f o r m a esta ú l t i m a q u e evidentemente placía al poeta.
D e escarnio,
m a s n o de maldecir,
en el sentido de la p o é t i c a g a -
laicolusitana, nos q u e d a n t r e s poesías de PAYO GÓMEZ r i m a d a s en
o r d i n a r i a m a e s t r í a con decasílabos y á m b i c o s en e s t r o f a s a p a r e a d a s .
Y a las c o n o c e m o s ; es u n a la respuesta al p o r t u g u é s B a y a m , imitando la p r o s a i c a b a j e z a de sus rimas sobre m a d e r a s d e c o n s t r u c c i ó n ;
es otra aquella en q u e se m o t e j a a S a n c h o I V de i n j u s t o y c o m e dor, c u y o t e x t o d e p r a v a d o presenta serias dificultades de r e s t a u r a ción, y la t e r c e r a , también c o n t r a el m i s m o m o n a r c a , contenida p o r
a c a s o en el Cancioneiro
da Ajuda,
que es u n c a n c i o n e r o de a m o r e s :
D e cantas coii.sas eno mirado son
non veio eu ben cal pode semenar
al rey d-e Castela e de Leon
se non uha cal vos direi : o mar.
E l m a r da y p^tede m u c h o , sin él n o r e g i r í a el m u n d o , y así e s
h o n d a m e n t e temido ; m u c h o cabe en el m a r , a m u c h o s
mantiene.
—
30
—
a m u c h o s f a v o r e c e en e x t r e m o y a m u c h o s h a c e m o r i r m i s e r a b l e aiiente; m a n s o es el m a r si c a u s a s a j e n a s no lo e m b r a v e c e n ; p e r o
á i a l g u i e n le d e s d e ñ a l o c a m e n t e , con g r a n t o r m e n t a le h a r á p e r e c e r ,
e todo esto que vos. conto, aven
al Rey se o souberdes conocer.
E l g r u p o m á s n u t r i d o de las obras del p o e t a h á l l a s e
p o r lo.s cantares
n o brillan
de amor,
siempre
formado
en n ú m e r o de diez y n u e v e . V e r d a d q u e
con e s p o n t á n e a
inspiración,
achaque
común
•de los t r o v a d o r e s d e t o d a s épocas y países, m a s n o se entienda
q u e sólo h a b r e m o s
de e n c o n t r a r i n s í p i d a s imitaciones
de
mode-
los p r o v e n z a l e s o e x p r e s i ó n diluida de u n a m a n e r a d o lirismo, pei'/
d i é n d o s e en e n r e v e s a d o s discreteos, no, H a s t a en s e m e j a n t e s a r .gumentos r e s o b a d o s , donde la o r i g i n a l i d a d es imposible, supo DON'
P.AY GÓMEZ d e r r a m a r las e l e g a n c i a s de su g u s t o e x q u i s i t o y
la
s e r e n a n o b l e z a de su a l m a prócer,
L a s m e n o s s i n c e r a s de estas c a n c i o n e s se contienen en el
ce da Ajuda,
Códi-
m u c h o m á s a l a m b i c a d o y m e t a f i s i c o que el v a t i c a n o ,
•en q u e están las m á s y las m e j o r e s , T o d a s p u e d e n clasificarse e n
•dos g r u p o s , por lo q u e mii'a al a r t i f i c i o ; " c a n t a r e s de m a e s t r í a " y
•"cantares d e r e f r á n " ; o n c e c o r r e s p o n d e n al p r i m e r o , o c h o al seg u n d o , las cuales l l e v a n n o t o r i a v e n t a j a a las demás, p u e s sólo
c l b o r d o n c i l l o del " r e f r á n " basta p a r a darles m a y o r encanto.
Am-
b a s clases c o i n c i d e n en la m a e s t r í a , m u y s e m e j a n t e , y en el_ m e t r o ,
c a s i ú n i c a m e n t e de decasílabos y á m b i c o s .
P e r o o t r a d i v i s i ó n m á s h o n d a c a b e también establecer en e l l a s :
l a s q u e n a c i e r o n h i j a s del e j e r c i c i o r e t ó r i c o m e r a m e n t e o del p r u r i t o de v e n c e r dificultades técnicas o de la o c a s i ó n de t r o v a r sobre
t e m a s p r o p u e s t o s o r o g a d o s y las que b r o t a n al c a l o r de esa cent e l l a l u m i n o s a , súbitamente e n c e n d i d a en el alma, q u e
llamamos
ínspii'ación, y q u e los a f e c t o s y las e m o c i o n e s a l u m b r a n
cuando
s o n r e a l m e n t e sentidos p o r quien sentirlos sabe. P o c o d i r e m o s de
las p r i m e r a s , h o j a s m a r c h i t a s en la p o é t i c a c o r o n a de CHARIÑO;
m á s de las s e g u n d a s , a y e s de un espíritu a t o r m e n t a d o por la tir a n í a del a m o r .
A la é p o c a j u v e n i l del A l m i r a n t e , a la l o z a n í a de la v i d a y de
l a s pasiones se r e f i e r e n las r i m a s en que el p o e t a d i s c u r r e sobre si
« s p e o r de s u f r i r el g r a n bien o el g r a n m a l ; en q u e lucha con el
d e s e o de c o m p o n e r u n a c a n c i ó n d i g n a de su a m a d a ; en q u e i m a -
—
31
—
g i nari á m e n t e d i a l o g a con ella, litigando su pleito, p a r a
esta intencionada
escuchar
respuesta :
— N o n v o s ha pi'ol, amigo, ca ia sei
o porque era todo o v o s o amor,
y en q u e se duele d e las i n g r a t i t u d e s , si bien no quiere, como otros,
m o r i r por la desdeñosa,
c a nunca tan ben lie podo f a c e r
servicio morto como se v i v e r .
M u c h o m á s interesantes son las o t r a s c a n c i o n e s donde p a r e c e
h i s t o r i a r s e u n a pasión "c]ue l u c h a n d o c o n un imposible no p u d o
p a s a r allá del p l a t o n i s m o " . T o d a s las eternas f a s e s del a m o r est á n d e s c r i t a s en ellas y v e r o s í m i l m e n t e sentidas, pues la p l u m a del
p o e t a c o r r e sin tropiezo, d e j a n d o t r a s de sí s u r c o s s e m b r a d o s de
emoción y
floridos
de poesía.
L a i n e s p e r a d a v i s t a de la d a m a , j a r d í n d e b e l l e z a s ; la admirac i ó n s u s p e n s i v a que e m b a r a z a la l e n g u a " e non lie ousei m a i s de
t a n t o d i c e r . . . qtxe n u n c a d i x e o q u e d i c e r q u e r í a " ; la conciencia
del f u e g o e n c e n d i d o : " c a n d o e u v i o u o seu bon p a r e c e r , vi, amig o s , q u e m i a m o r t e s e r í a " . L a a r r o b a n t e contemplación de la h e r m o s a s u g i e r e a CHARIÑO u n bello m a d r i g a l :
Señor, sempre os olios meus
han sabor de v o s catar
e de que os v o s o s pesar
nunca veian, e por Deus,
non v o s pes e catarán.
A r d i e n t e s y a b r a s a d o r a s , las c o n g o j a s de la pasión h a c e n p r o r r u m p i r al t r o v a d o r en a m a r g o s a c e n t o s constitutivos de u n a cánt i g a " m u i t o b o a " , según el v i e j o g l o s a d o r a n ó n i m o del p e r g a m i n o
lisbonense :
Cuidábame eu cando amor non habia
que non tuvese él conmigo p o d e r ;
i v a n a e s p e r a n z a ! , el a m o r n o p e r d o n a y con él l l e g a h a s t a la idea
d e la muerte, antes r e c h a z a d a , tan sólo por g r a n j e a r p a s a j e r o g u s t o a l a ingrata. C o m i e n z a n a concretarse los deseos y a p a r e c e n las
súplicas e imprecaciones :
polo ben que v o s quero, outrosí,
1 ay meu l u m e l , doédevos de mí.
L a a d v e r s i d a d , crisol del cariño, i n t e r v i e n e c o n d u c i e n d o a la se-
—
32
—
p a r a c i ó n por su m a n o de hielo. E s preciso p a r t i r ; el a m a n t e c o n f í a a la d a m a su c o r a z ó n t r a s p a s a d o , y
pois vosco f i c a a tan gran sabor
non-o debedes a desamparar.
Y allá m a r c h a a n a v e g a r sobre los inciertos m a r e s , y y a a b o r d o l e
e s c u c h a m o s r e s u m i r en sonoros decasílabos un. debate h a b i d o con
los c o m p a ñ e r o s de j o r n a d a , decasílabos c u y a calma s e r e n i d a d debía i m p r e s i o n a r f u e r t e m e n t e a aquellos intrépidos m a r i n e r o s ,
ex-
p e r i m e n t a d o s en el m a l de a m o r y en el m a l de m a r ;
Cantos h o x e andan en o mar aquí
cuidan que coita en o raiindo non ha
S8 non do mar, nen lian o u t r o mal x a .
M a i s de oittra g u i s a acontece h o x e a mí :
coita do amor me f a z escaecer
a m u y gran coita do m a r e teer
por maior coita a que, f a z perder
coita do mar tjue f a z muitos morrer.
P e r o la a u s e n c i a es... la ausencia, i N o p o d e r c o n t e m p l a r a la
a m a d a ! ¿ C ó m o s o p o r t a r l o sin la c o n s o l a d o r a a y u d a del r e c u e r d o ?
D e ellos " f i l i a s a b o r " el p o e t a y son s u v i d a ;
ca desque non vi
vos, non v i v e r a ren do que v i v í
se non cuidando en cal v o s v i , señor.
Y a de r e g r e s o , el m i s m o a m o r le p r e s t a osadía p a r a e n d e r e z a r e s t e
g r i t o de pasión y de a r d o r o s a i m p a c i e n c i a ;
P a r D e u s , señor, e meu lume e meu ben
e mías coilas e ineui m u y g r a n a f á n
e meus coidados que a min coitas dan,
p o r mesura diceime unlia, ren ;
se m e queredes a l g ú n ben f a c e r
se non ia mais non v o s posa, atender.
P e r o , ¡ a y ! , si clara h a sido la p r e g u n t a , h a r t o clara f u é t a m b i é n
la de scora zona do ra r e s p u e s t a ! T r o n c h a d a s sus ilusiones,
muertas
sus r o s a d a s e s p e r a n z a s , p i e n s a en a l e j a r s e , y así dice a la c r u e l ,
t e m b l a n d o t o d a v í a de a m o r :
O r a rae v e ñ o eu, señor, espedir
de vos, a que muito ha que aguardei
e o r a de v o s m e quero eu partir
sen galardón d e tamaño tempo bei
que v o s serví c q u é r o m e ir v i v e r
en atal terra, u nunca p r a c e r
veia, nen cante nen posa riir.
—
33 —
Y se a u s e n t a tristemente consolado p o r su p r o c e d e r idealista y
n o b l e . M a s p a r a su d e s d i c h a no h a y r e m e d i o ; p o r d o q u i e r a le pers i g u e la i m a g e n a d o r a d a ; " m a l se a v e i o e m a l se a n o n v i r " ; la
flecha
está de tal m o d o h u n d i d a q u e
mar nen terra, nen pracer nen pesar,
nen ben nen mal, non ma. poden <iuitar.
F á c i l es la b ú s q u e d a en los C a n c i o n e r o s de t r o v a s s e m e j a n t e s , o r a
e n la f o r m a , ora en el a s u n t o ; p e r o d i f i c i l h a l l a r l a s t a n sentidas y
t a n llenas de realidad, timbre p e r s o n a l de PAYO GÓMEZ, n a c i d o d e
s u a l t i v a i n d e p e n d e n c i a artística que repelía el s e r v i l i s m o d e la imit a c i ó n y la m o n o t o n í a del a m a n e r a m i e n t o .
M a s d o n d e esta gustosa n o v e d a d resplandece en m a y o r g r a d o
e s en los seis bellísimos cantares
de amigo
q u e f o r m a n la m a y o r
g l o r i a d e n u e s t r o t r o v a d o r . T a l suele acontecer a casi todos los de
los c a n c i o n e r o s r o m a n o s , c o m o si al s u b r o g a r s e en el l u g a r d e la
d o n c e l l a recibiesen las t e r n u r a s y d e l i c a d e z a s de su
sensibilidad
f e m e n i n a en transitoria m e t e m p s í c o s i s poética,
H e a q u í tra c u a d r i t o d e g é n e r o ; las dos a m i g a s c o n v e r s a n en
s e c r e t o , tal v e z a la s o m b r a del v i e j o castaño, en u n r i n c ó n del
h u e r t o florido. C u r i o s a la v i s i t a n t e inquiere la razón de aquella nov e d a d , comidilla del pvieblo. ¿ Q u é h a o c u r r i d o ? ¿ P o r q u é reñir de
e s e m o d o con u n " a m i g o " tan fiel y t a n c o n s t a n t e ? L a v e c i n i t a insiste ; p e r o la v i s i t a d a r e c e l a e n t r e g a r su secreto :
— N o n sei, amiga, que f o i ou que e
ou que será, ca sabemos que non
v o s errou nunca voso amigo e son
maravillados todos ende atiui,
— N o n sei, amiga, él cada u e
aprende novas conque morre así.
A s u n t o f r e c u e n t e de la lírica g a l l e g a estos diálogos entre
jo-
v e n c i l l a s , y a u n en u n o de E s t e b a n da G u a r d a y en otro de G a l i s t e o F e r n á n d e z , p u e d e n hallarse s e m e j a n z a s con el d e CHARIÑO.
E n d i v e r s a ocasión, la d a m a , a solas, c a v i l a entre sí e n lo m u c h o q u e sil a m i g o le quiere y en lo m a l q u e es c o r r e s p o n d i d o ; m a s
s u p r o p i a v a n i d a d y su propio cariño la consuelan, r e f l e x i o n a n d o
se me quer ben que lo quero eu mellor
e se lie ven mal que e jwr señor.
N u e v a escena doméstica e v o c a d o r a de u n interior h o l a n d é s o f r e -
—
34 —
ce el c a n t a r € ¥ . 4 2 6 : la d o n c e l l a e n g a l a n á n d o s e , r o j a de p l a c e r , p a r a
r e c i b i r al g a l á n " q u e f a l a r v e n " , y la m a d r e , e x p e r i m e n t a d a y p r e v i s o r a , a m o n e s t á n d o l e insistente, "cjue n u l a ren non c r e a d e s q u e
vos diga".
U n o de los r e c u r s o s m á s u s a d o s en los c a n t a r e s d e a m i g o esla 'figura de la m a d r e q u e les i m p r i m e aire de t e r n u r a y d e h o g a r
tan reales c o m o p l a c e n t e r o s ; sobre ello y sobre las
modalidades
del tipo y s u d e s e n v o l v i m i e n t o cabría disciu'rir n o p o c o en d i s e r t a c i ó n aparte.
R e s p l a n d e c i e n t e de " b r í o y de a r r a n q u e l í r i c o " se viste la b a r c a r o l a CV.401,
y a célebre entre las p o e s í a s de ICHARIÑO, E n la cos-
ta del O c é a n o , sobre un p e ñ a s c o s a l p i c a d o p o r las olas, u n b u l t o
f e m e n i l s i g u e con la v i s t a los v e l e r o s n a v i o s q u e h u y e n stimiéndose
en la b r u m a . . .
A s f r o r e s do iiieii amigo
briosas van no uavioE vanse as f r o r e s
de aquí ben con meus amores.
A s frores do meu amado
briosas van en o barco.
E vanse as frores
de aquí ben con meus amores.
Briosas van no navio
para chegar a o ferido,
briosas van en o i>arco
para chegar a o fosado ;
para chegar a o ferido
servir mi corpo belido,
para chegar a o fosado
servir mi corpo loado...
P o r lo que t o c a al m e t r o y a i r e musical, esta bellísima c á n t i g a
se r e l a c i o n a con dos de M a r t í n C o d a s , mtty h e r m o s a s , así c o m o con
o t r a de J u a n Z o r r o , siquiera éste n o cante el m a r , sino el a n c h o y
" f o r t e " río de L i s b o a . L o que no tiene s e m e j a n t e , y no d e j a d e s e r
e x t r a ñ o , es la n a t u r a l a s o c i a c i ó n del a m o r y las flores ; la i n t r o d u c ción del g r a c i o s o t e m a " l a s f l o r e s del a m o r " , q u e CHARIÑO repite e n
la b a r c a r o l a siguiente, le c o r r e s p o n d e p o r entero, y a cjue las d o s
poco e x p l i c a b l e s alusiones del r e y D i o n í s " a s f r o r e s do v e r d e pin o " , son e v i d e n t e m e n t e posteriores.
D e s p u é s de la partida, las ansias del regreso. D e h i n o j o s a n t e
la i m a g e n del P a t r ó n de E s p a ñ a la niña e n a m o r a d a , b a j o la é g i d a
m a t e r n a l , reza la j a c u l a t o r i a
impetradora:
—
35
—
I A y Santiago, padrón sabido,
VDS me adugades o meu amigo !
S o b r e mar ven qiten f r o r e s de amor ten.
Mirarei, madre, as lorres de Geen.
I A y Santiago, padrón probado,
v o s me a.dugades o nieu ainado ì
Sobre m a r ven quen frores de amor len.
Mirarei, madre, as torres de Geen.
C o n r a z ó n escribe la eriidita i n v e s t i g a d o r a g e r m a n o l u s i t a n a : "UITS
f u n d o g r a c i o s o p u r a m e n t e g a l e g o . , , O s singelos dísticos e n c a d e a d o s . . . U m a l t e r n a r harnionioso de r i m a s toantes era io e -odo;
repiti^ào insistente dos s u a v e s t e r m o s amigo
e amado
a
q u e as íilhas-
d o p o v o dao a q u e m q u e r e m b c m ; u m r e f r á n r e p a s s a d o de v a g a
poesía, n u m r y t h m o m o v i m e n t a d o , c o m o ondas, m a n s e g a l h e g u i nhas a dangar sacudindo a
pandeireta"...
P e r o y a se a c a b a n las ansias y las z o z o b r a s ; y a la tierna a m a n te p u e d e r e p o s a r t r a n q u i l a ; c e s a r o n p a r a siempre las a n g u s t i a s de
los vientos y de las t o r m e n t a s ; no m á s p r e g u n t a s b a l b u c i e n t e s
ai
m a r i n o q u e r e t o r n a ; n o m á s inqtiietas o j e a d a s a la nube c e ñ u d a
o
al c e l a j e sombrío.
Diséronme h o x e , ; ay amiga ! que non
e meu amigo aln)irante do mar,
e meu corazon x a pode folgar
e dormir x a ; e por esta r a z ó n
o que do m a r m e a amigo saeou
saqueo D e u s de caitas que a f o g o u .
B r o c h e de o r o p a r a c e r r a r este placiente c a n c i o n e r o ;
cántiga
h i s t ó r i c a ; d o c u m e n t o solemne p a r a el poeta c u y o s e n c o n t r a d o s p e n s a m i e n t o s al c o m p o n e r l a f á c i l m e n t e nos i m a g i n a m o s ,
P o r fin llego, señores, al término deseado ; m a s antes de a b a n d o nar esta tribuna a q u e n u n c a esperé subir, quisiera obtener u n a c o n s e c u e n c i a de la pesada e v o c a c i ó n que acabáis de t o l e r a r m e .
S e a n ctxalesquiera sus m é r i t o s de poeta, n o c o n s i d e r o p e r t i n e n t e j u z g a r a DON P.\Y GÓMEZ como se j u z g a a un escritor de o f i c i o .
A l igual de P e d r o F e r n á n d e z P o r t o c a r r e r o , de J u a n L ó p e z de U l l o a ,
de don P e r o G o n z á l e z B a r r o s o , de don F e r n á n P á e z de T a l a m a n cos, de M e n R o d r í g u e z T e n o r i o , de los h i j o s del señor de V a l l a d a r e s y o t r o s ingenios de los C a n c i o n e r o s , f u é tm noble, tm señor, uro
s o l d a d o que t r o v ó por p a s a t i e m p o o por r e n d i r s e al imperio de la
m o d a . S u v e r d a d e r a personalidad es diversa, es la p e r s o n a l i d a d d e l
_
3 G -
g u e r r e r o y del político, es la p e r s o n a l i d a d de los h o m b r e s del N o r t e q u e en tiempos h e r o i c o s r i m a r o n con la espada la g e s t a de la
Reconquista.
N a c i d o en los v e r g e l e s g a l l e g o s , corre al m e d i o d í a p a r a d e r r a m a r p r ó d i g o las e n e r g í a s de la j u v e n t u d ; sirve a su R e y por m a r y
tierra, y si en m o m e n t o s d e tui'bulenta c o n f u s i ó n se e x t r a v í a acaso,
b u s c a n d o la c o m ú n prosperidad, t o d a v í a en servicio de su señor pierd e la v i d a . DON P A Y GÓMEZ CHARIÑO es claro e j e m p l o de la e s f o r z a d a a y u d a que G a l i c i a p r e s t ó constantemente a la f o r m a c i ó n de la pat r i a ; es d e c h a d o de caballeros y de españoles p o r q u e e n su p e c h o
a n i d ó a r d o r o s o el m á s noble de los t e r r e n o s ideales, aquel p o r el
c u a l t o d o s l u c h a m o s y l u c h a r d e b e m o s ; la gloria de n u e s t r a s i e m pre adorada España.
DISCURSO
DEL
EXCELENTÍSIMO
SEÍ3oR
DON GABRIEL MAURA GAMAZO
C o n d e de la
Moriera.
SEÑORES ACADÉMICOS :
L a reciente r e f o r m a de nuestros E s t a t u t o s que asigna d e t e r m i n a d o n ú m e r o de m e d a l l a s a los c u l t i v a d o r e s eminentes de lenguas y
d i a l e c t o s regionales, os ha p e r m i t i d o l l a m a r a v u e s t r o seno al A c a d é m i c o n o v e l , a cjuien m e cabe la honi-a de saludar, como p o r t a v o z d e
d e la C o r p o r a c i ó n , en la solemne c e r e m o n i a de esta tarde.
Pero
e s t o y p e r s u a d i d o de que n o habíais m e n e s t e r de m u d a n z a tan considerable p a r a r e c a b a r la v a l i o s a c o o p e r a c i ó n del señor
Cotarelo
V a l l e d o r en n u e s t r a s tareas corporativas, D e s e g u r o que hubiese
b a s t a d o la otra n o v e d a d i n t r o d u c i d a también por la ú l t i m a r e f o r m a o r g á n i c a ; la disposición ministerial que nos f a c u l t a p a r a elegir
A c a d é m i c o de m i m e r ò a quien no resida p e r m a n e n t e m e n t e en M a drid. A l l a n a d o así el o b s t á c u l o r e g l a m e n t a r i o , h a b r í a sido i n d e f e c t i b l e q u e los m e r e c i m i e n t o s de n u e s t r o n u e v o colega nos s u g i r i e s e n
s u n o m b r e , por tantos o t r o s títulos presente en n u e s t r a m e m o r i a y
g r a t o a n u e s t r o s oídos.
L o s l i n a j e s del talento n o ceden en calidad a n i n g ú n oti'o de
c u a n t o s t r a n s m i t e n h e r e n c i a s de f a m a ; y la nobleza literaria obliga
t a n t o c o m o la de sangre, a u n c u a n d o t a m p o c o sea f r e c u e n t e h a l l a r
bien c u m p l i d a esta e x c e l s a obligación social.
E l apellido C o t a r e l o g o z a de antiguo en las letras e s p a ñ o l a s de
bien g a n a d a n o t o r i e d a d ; p e r p e t ú a en ellas la sana t r a d i c i ó n de l a s
g e n e r a c i o n e s q u e f o r m ó a n t a ñ o la sólida c u l t u r a d e h u m a n i d a d e s ,
t r a d i c i ó n t r u n c a d a y a y aun en t r a n c e de p é r d i d a total, en p a r t e
p o r d e s m a ñ a de los r e c t o r e s de la I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a , e n p a r t e t a m bién por las i n e x o r a b l e s y crecientes e x i g e n c i a s del m a t e r i a l i s m o
e c o n ó m i c o dentro de la sociedad c o n t e m p o r á n e a .
E l apellido C o t a r e l o quiere decir tanto c o m o e r u d i c i ó n y probid a d bastantes p a r a a g o t a r el estudio de t e m a s concretos, h i s t o r i o g r á -
—
40 —
fieos o críticos y e x p o n e r s i s t e m á t i c a m e n t e su contenido con llanez a y c o r r e c c i ó n i r r e p r o c h a b l e s , bien e n o b r a s de consulta, bien e n
p r o d u c c i o n e s de a m e n a literatura.
E s c r u p u l o s a m e n t e fiel a este q u e p o d r í a m o s l l a m a r blasón d e
su estirpe i n t e l e c t u a l se n o s m u e s t r a don A i ' m a n d o C o t a r e l o en t o d a
su y a copiosa b i b l i o g r a f í a de libros, f o l l e t o s y o p ú s c u l o s , desde q u e
n o c u m p h d o s los veinte años, v i ó a p a r e c e r el p r i m e r o de ellos, con
la p u b l i c a c i ó n e n t i r a d a especial del a r t í c u l o q u e en las c o l u m n a s
de la r e v i s t a La Juventud
Escolar,
había consagrado a reunir bre-
v e s apuntes biográficos sobre don F r a n c i s c o C o d e r a y Z a i d í n ,
Ya
es s i n t o m á t i c o q u e esta iniciación del publicista r e s p o n d a a un h i d a l g o sentimiento : la g r a t i t u d del discípulo h a d a el v e n e r a b l e c a t e d r á tico, p r o p u l s o r en E s p a ñ a de los p r e t e r i d o s estudios a r á b i g o s , e x p r e sada en j u s t o h o m e n a j e a itna g l o r i a nacional, c u y o e n c a r e c i m i e n to n o h e de h a c e r y o a h o r a ante v o s o t r o s , p o r q u e f u i s t e i s v a r i o s los
q u e v e n e r a s t e i s a C o d e r a c o m o m a e s t r o y a todos, de fijo, o s sorp r e n d i ó su p é r d i d a , sin h a b e r a c e r t a d o a a v e r i g u a r q u é cosa a d m i rabais m á s en él, si srt sabiduría, sti eficacia o su modestia,
P e r o n o es el a g r a d e c i m i e n t o la ú n i c a v i r t u d r e f l e j a d a en a q u e llas p á g i n a s del publicista novel. S e e s c r i b i e r o n ellas a c o m i e n z o s d e
1859,' c u a n d o recientes d e s d i c h a s de la patria a c o n g o j a b a n a todos
los e s p í r i t u s ; y el j u v e n i l aliunno de F i l o s o f í a y L e t r a s de la U n i v e r s i d a d C e n t r a l p o n e t é r m i n o a su t r a b a j o con esta e x c l a m a c i ó n :
" ¡ H e r m o s o y c o n s o l a d o r e j e m p l o (el de la v i d a de C o d e r a ) p a r a la
E s p a ñ a de h o y en día, en que toda virttid )• toda g l o r i a p a r e c e n h a bernos a b a n d o n a d o ! "
D o n A r m a n d o C o t a r e l o no se limitó a enaltecer este e j e m p l o ;
supo también a p r o v e c h a r l e y a c e r t ó a d e m á s a s e g u i r l o e n el c u r s o
de la propia e x i s t e n c i a . S u b i o g r a f í a tiene t a m b i é n la sobria elegancia de u n a h o j a de servicios, en que los ascensos a p a r e c e n s e p a r a dos entre sí por s e n d a s listas de méritos. D o c t o r a d o en F i l o s o f í a y
L e t r a s el año 1900, gana, por oposición, en 1904, la c á t e d r a de L e n g u a y L i t e r a t u r a españolas de la U n i v e r s i d a d de S a n t i a g o , a la c u a l
acumitla, en 1919, la de T e o r í a
L i t e r a t t i r a de las A r t e s y d e s d e
1925 un c u r s o p ú b l i c o de L e n g u a y L i t e r a t u r a gallegas, a c o r d a d o e n
c l a u s t r o pleno. D e c a n o de su F a c u l t a d en 1908, es, desde 1924, V i c e r r e c t o r de la U n i v e r s i d a d compostelana. C a d a c u a l d e los a ñ o s
i n t e r m e d i o s sirve de e f e m é r i d e s p a r a c o n m e m o r a r la p u b l i c a c i ó n o
r e a l i z a c i ó n de obras de cultura, t a n señalada a l g u n a c o m o el
Esiu-
—
dio crítico
41
del teatro de Cervantes,
—
l a u r e a d o en 1 9 1 1 con el p r e m i o
B e r w i c k y A l b a , por voto t m á n i m e de esta A c a d e m i a , o la b i o g r a f í a de A l f o n s o I I I el M a g n o , q u e o b t u v o en 1 9 1 6 de la de la H i s t o r i a
el p r e m i o S a n t a
Cruz.
P o r eso d i j e antes qtie el señor C o t a r e l o V a l l e d o r , c o r r e s p o n d i e n t e n u e s t r o desde 1914, posee de antiguo títulos sobrados p a r a
a s c e n d e r a a c a d é m i c o de n ú m e r o . P e r o el p r u r i t o i n n o v a d o r que a h o r a p r e d o m i n a y q u e a l c a n z a incluso a los institutos s e c u l a r e s , le f r a n quea, p o r m u y otro camino, las p u e r t a s de esta casa.
E s realidad ti'ivial, de p u r o notada, atinque q u i z á no d e s e n t r a ñ a da t o d a v í a c u m p l i d a m e n t e , el a u g e simultáneo de q u e g o z a n en el
m u n d o m o d e r n o así el cosmopolitismo utópico, perpetuo d e b e l a d o r
de t o d a f r o n t e r a m a t e r i a l o espiritual c o m o las t r a d i c i o n e s n a c i o n a listas e x a l t a d a s con f r e c u e n c i a hasta el p a r t i c u l a r i s m o . N i n g u n a de
estas dos orientaciones se puede seguir sin cautelas ni f r e n o s . E n
la biología social, c o m o en la hvunana, acontece q u e d e t e r m i n a d o s
g é r m e n e s m u y i d ó n e o s p a r a c o n t r a r r e s t a r la v i r u l e n c i a m o r b o s a de
o t r o s peligrosísimos, p r o d u c e n , a su v e z , c u a n d o se m u l t i p l i c a n o e x a c e r b a n d e s m e s u r a d a m e n t e , e f e c t o s t ó x i c o s tan n o c i v o s c o m o los q u e
se i m p u t a n a sus contrarios. S i n salir de E u r o p a , sin r e m o n t a r s e
m á s allá de los años t r a n s c u r r i d o s del siglo actual, sería f á c i l a d u c i r
e j e m p l o s de c ó m o el apego a las singularidades locales en institucion e s j u r í d i c a s , costumbres, h a b l a y h a s t a ,convicción religiosa, h a serv i d o , y a p a r a p r e s e r v a r incólumes v e n e r a n d o s sentimientos p a t r i ó ticos c o n t r a la v e j a t o r i a opresión de un p o d e r público tiránico, y a
p a r a h a c e r ostensibles m a l s a n a s tendencias políticas que alienta u n
d i s g r e g a d o r c u a n d o no criminal separatismo.
P e r o aun en estos últimos casos el destemple, estridor o d e s a f t i e r o nacionalista, n o f u é sino síntoma aislado de la e n f e r m e d a d , q u e
consiste siempre en la f a l t a de interior s a t i s f a c c i ó n c o m ú n a todos
o a los m á s entre los m o r a d o r e s de la c o m a r c a . P o r eso, el r e m e d i o
tópico que a t e n ú a o s u p r i m e la m a n i f e s t a c i ó n e x t e r n a del m a ! sin
e x t i r p a r ni c o r r e g i r la v e r d a d e r a c a u s a de la dolencia, es e r r o r de
g o b e r n a n t e s equiparable en la terapéutica h u m a n a a los e m p i r i s m o s
del c u r a n d e r o .
S e a n cuales f u e r e n el a c i e r t o y la eficacia de la r e f o r m a que e n c o m i e n d a a n u e s t r o Instituto, r e s p e c t o de las l e n g u a s y d i a l e c t o s
regionales, misión a n á l o g a a la que h a c e dos siglos v i e n e realizand o con el i d i o m a nacional, será en t o d o caso innegable la convenien-
—
42
—
eia de p r e f e r i r p a r a c o l a b o r a d o r e s en estas
flamantes
funciones cor-
p o r a t i v a s a quienes i m p r i m e n a s u labor el c a r á c t e r c o m p l e m e n t a r i o
que la compete, es decir, a quienes p r o f e s a n u n r e g i o n a l i s m o conc o r d e y a r m ó n i c o con los fines g e n e r a l e s y p e r m a n e n t e s de la g r a n
p a t r i a española.
H a b r á d e cierto q u i e n iguale, p e r o n o p o s i t i v a m e n t e q u i e n sup e r e a don A r m a n d o C o t a r e l o en el a c r i s o l a d o i m p u l s o y
sagaz
d e s e n v o l v i m i e n t o de su e s p e c i a l i d a d p a r t i c u l a r i s t a . S u v o c a c i ó n es
t a n t o m á s e s p o n t á n e a c u a n t o que n o h a n a c i d o en t i e r r a g a l l e g a ,
sino en el i n m e d i a t o c o n f í n asturiano, en el p r i v i l e g i a d o r i n c ó n d e
R i b a d e o , o r g u l l o de propios y a d m i r a c i ó n de e x t r a ñ o s , p o r q u e n o
c e d e en h e r m o s u r a a n i n g ú n o t r o de la m a r a v i l l o s a costa c a n t á b r i ca, c o m o t a m p o c o el g a l l e g u i s m o de C o t a r e l o d e s m e r e c e p a r a n g o n a d o con el de sus m á s entusiastas c u l t i v a d o r e s , los n a t u r a l e s de las
c u a t r o p r o v i n c i a s del N o r o e s t e , que i n t e g r a n , desde v a r i a s g e n e r a ciones atrás, rm d e s t a c a d o elenco d e n t r o de la i n t e l e c t u a l i d a d española.
P o r d e r e c h o p r o p i o figui^a y a en ese c u a d r o de h o n o r el n o m b r e
del c a t e d r á t i c o que h a c e u n c u a r t o d e siglo i n c l u y ó en el p r o g r a m a
oficial de su a s i g n a t u r a unas c u a n t a s lecciones d e d i c a d a s a e s t u d i a r
ese p u j a n t e r e n a c i m i e n t o g a l l e g u i s t a del que f u e r o n p r e c u r s o r e s ,
e n t r e otros, cl sabio a r q u e ó l o g o R a m ó n B a r r o s S i b e l o , e r u d i t o e x p l o r a d o r de la f a m o s a v í a r o m a n a m a n d a d a c o n s t r u i r p o r T i t o y D o m i c i a n o ; A n t o n i o M a r í a de ia Iglesia, q u e en los ti'es t o m o s de su
o b r a El idioma
gallego,
su antigüedad
y vida,
p u b l i c a d a en 1886,
p o n e al a l c a n c e d e todos noticias dispersas h a s t a entonces en libros
p o c o o n a d a asequibles, por su m o n u m e n t a l i d a d o r a r e z a , al c o m ú n
de los lectores ; F r a n c i s c o M a r í a de ia Iglesia,- h e r m a n o del anterior,
cuyo drama romántico,
en v e r s o , A
fonte
do
Xuramento,
señala un considerable y a f o r t u n a d o e s f u e r z o p a r a la c r e a c i ó n del
t e a t r o r e g i o n a l ; y, en fin, A l f r e d o B r a ñ a s , c a t e d r á t i c o , o r a d o r , e c o n o m i s t a y poeta, c o r i f e o del r e g i o n a l i s m o político y d e la d e s c e n t r a l i z a c i ó n a d m i n i s t r a t i v a , m a l o g r a d o por t e m p r a n a muerte.
C i e r t o que el esplendoroso rebrote de la l i t e r a t u r a g a l l e g a culmina en la poesía lírica, c u y o cultivo d e p a r ó a E s p a ñ a n o m b r e s de tan
dilatada y sólida f a m a c o m o los de R o s a l í a de C a s t r o , C u r r o s E n r i q u e z y L a m a s C a r v a j a l ; cierto también que son por a ñ a d i d u r a delicados poetas g a l l e g o s los escritores castellanos q u e e n o t r o s g é n e ros literarios a d q u i r i e r o n j u s t o r e n o m b r e , c o m o el M a r q u é s de F i -
—
43 —
g u e r o a , P r u d e n c i o R o v i r a y la pléyade de j ó v e n e s que i m p r i m e h o y
a la p r e n s a regional de su c o m a r c a c a r a c t e r í s t i c o sello de r e f i n a d a
cultura.
P e r o el g a l l e g u i s m o r e n a c e n t i s t a n o se c i r c u n s c r i b e a la poesía,
ni siquiera a las bellas letras, p o r q u e fiel al i m p u l s o inicial q u e a c e r t a r o n a d a r l e aquellos p r e c u r s o r e s , se e x t i e n d e t a m b i é n a las artes
y a u n a las disciplinas científicas y a s p i r a a r e c o g e r d e lo pretérito
o a estimular en lo presente t o d a s las nobles e x p a n s i o n e s del a l m a
gallega.
T a m p o c o el d i n a m i s m o p e d a g ó g i c o de don A r m a n d o C o t a r e l o se
s a t i s f a c e con el p u n t u a l e j e r c i c i o de su f u n c i ó n docente, sino que,
c o n mtiy v a r i a s a c t i v i d a d e s , t r a s c i e n d e y se multiplica f u e r a de la
c á t e d r a . E l u\teneo L e ó n X I I I , que él preside, da o c a s i ó n p e r i ó d i c a
p a r a que en los j u e g o s
florales
g a l l e g o s a d q u i e r a n n o t o r i e d a d los
principiantes todavía desconocidos. A n á l o g o servicio prestó Cotarelo
a
la j u v e n t u d
comarcana
s e m a n a l de El
Eco
la r e v i s t a qtiincenal Ultreya,
impidió
que,
amén
como
de Santiago
director
de la p á g i n a
literaria
y como fundador y director
de
c u y o m o d e s t o empaque editorial n o
de la literatura,
la arqueología,
la
historia,
la crítica, la d i p l o m á t i c a y las artes m e n o r e s suntuarias inspirasen
los d o c u m e n t a d o s estudios q u e se insertaron en sus páginas, con dep u r a d a t é c n i c a y g r a n copia de h a l l a z g o s felices.
D o n A r m a n d o Cotarelo, f u n d a d o r y presidente desde 1923 del
" S e m i n a r i o de estudios g a l l e g o s " y o r g a n i z a d o r , en 1924, de la F i e s t a de la l e n g u a g a l l e g a , n o o l v i d a b a el e x c e l e n t e é x i t o que e n 1909
o b t u v o la E x p o s i c i ó n regional, de la que había sido a c t i v o s e c r e t a rio. C u a n d o en 1 9 2 6 la c e l e b r a c i ó n del A ñ o S a n t o p r o m e t i ó l l e v a r a
la c i u d a d c o m p o s t e l a n a n ú m e r o e x c e p c i o n a l de visitantes n a c i o n a les y e x t r a n j e r o s , p a r e c i ó aquella o p o r t u n i d a d m u y p r o p i c i a p a r a
u n a amplia E x p o s i c i ó n del arte g a l l e g o , donde se e x h i b i e s e n reunid a s n o sólo las obras de los artistas regionales coetáneos, en p i n t u r a ,
arquitectttra, e s c u l t u r a y mobiliaria, sino las de los m a e s t r o s f a l l e c i d o s y u n a p i n a c o t e c a de retratos de g a l l e g o s ilustres.
P r e s i d i ó el C o m i t é e j e c u t i v o d e aquella E x p o s i c i ó n el señor C o t a r e l o y a c r e d i t ó u n a v e z m á s sus aptitudes de crítico d e a r t e , n o t o rias p a r a los bien i n f o r m a d o s desde la p u b l i c a c i ó n en las c o l u m n a s
d e El Imparcial
de M a d r i d , y en optisculo a p a r t e después, d e los
a r t í c u l o s que c o n s a g r ó , en 1902, a j u z g a r y c o m e n t a r la E x p o s i c i ó n
— 44
—
R o s a l e s , instalada d u r a n t e la p r i m a v e r a de aquel a ñ o en la r o t o n d a
del M i n i s t e r i o de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a .
D e " g r a n d i o s o c e r t a m e n " calificaba a t i n a d a m e n t e a la E x p o s i ción s a n t i a g u e s a el c a t á l o g o i l u s t r a d o que se p u b l i c ó p a r a g u i a de
los v i s i t a n t e s ; f u é a d e m á s b e n e m é r i t o estímulo de s a n o r e g i o n a l i s m o , p o r q u e j u n t o a firmas u n i v e r s a l m e n t e c o n o c i d a s c o m o la de S o t o m a y o r en p i n t u r a y la de A s o r e y en escultura, se r e v e l a r o n al p ú blico o t r a s i g n o r a d a s h a s t a entonces, c o m o la de " e l p i n t o r de G o y á n " , don A n t o n i o F e r n á n d e z G ó m e z y la del s o r d o m u d o J o s é M a r í a A c u ñ a , c u y o g r u p o e s c u l t ó r i c o " ¡ H o x e c o m e r e d e s ! " tiene la robusta v i r i l i d a d h e r e d a d a de los i m a g i n e r o s clásicos,
D e v e i n t e años a esta p a r t e no ha h a b i d o en G a l i c i a c o n c u r s o
l i t e r a r i o ni a r t í s t i c o en q u e n o
figurase
c o m o j u e z de c e r t a m e n C o -
tarelo V a l l e d o r , c u y o n o m b r e está t a m b i é n a s o c i a d o a la g é n e s i s o al
d e s e n v o l v i m i e n t o de c u a n t a s i n i c i a t i v a s inspiró la r e f l o r e s c e n c i a d e
la c u l t u r a r e g i o n a l , y, m u y s i n g u l a r m e n t e , a la c r e a c i ó n de la A c a d e r
m i a g a l l e g a , de la que f u é u n o de los f u n d a d o r e s y sigue siendo
miembro honorario.
E n las c o l u m n a s de la p r e n s a r e g i o n a l se p u b l i c a n con f r e c u e n cia a r t í c u l o s de Cotarelo, escritos en castellano o e n g a l l e g o , q u e
suelen r e p r o d u c i r o c o m e n t a r con elogio los p e r i ó d i c o s de P o r t u g a l y los de la A m é r i c a española. N o sólo e n las c u a t r o capitales,,
sino en S a n t i a g o , V i v e r o , R e d o n d c l a y V i g o , se c o n o c e a C o t a r e l o
como erudito conferenciante, cuyas disertaciones versan
siempre
sobre t e m a s galaicos, de historia, de arte, d e filología o de g r a m á t i c a .
C o n e x p e d i t a d e s t r e z a m a n e j a n u e s t r o n u e v o c o m p a ñ e r o el h a bla v e r n á c u l a del N o r o e s t e , c o m o lo a c r e d i t a n sus obras e s c é n i c a s :
el cuento d r a m á t i c o en t r e s c u a d r o s y en v e r s o titulado
Ltibicán,
q u e e v o c a las l u c h a s de los m í s e r o s aldeanos de la m o n t a n a galleg a con las fieras q u e la n i e v e y el h a m b r e e m p u j a n a v e c e s h a c i a
sus h o g a r e s , y son q u i z á m e n o s temibles q u e a l g u n o s h o m b r e s ; el
d r a m a Trebón,
q u e tiene episodios de g r a n intensidad t r á g i c a ,
la p l á c i d a c o m e d i a Sinxebra,
escrita en p r o s a bilingüe.
y
Bastarían
estas p r o d u c c i o n e s , g r a t a m e n t e a c o g i d a s por el p ú b l i c o e s p e c t a d o r ,
así en S a n t i a g o , donde se e s t r e n a r o n , c o m o en C o r u ñ a , V i g o , H a b a n a y B u e n o s A i r e s , p a r a a c r e d i t a r a C o t a r e l o de p o e t a y p r o s i s ta g a l l e g o ; p e r o su d o m i n i o del i d i o m a se c o m p r u e b a , a d e m á s , c o m p a r a n d o la sencillez s i n t á c t i c a de las b r e v e s n a r r a c i o n e s y v i l l a n c i •cos f o l k l ó r i c o s p u b l i c a d o s en la r e v i s t a Lar
y reunidos luego en
—
45 —
u n o p ú s c u l o q u e se titula Cantos
estilo
Hostia,
con q u e
escribió la
de Nadal,
fantasía
y la r e c i e d u m b r e
trágicoliistórica
de
denominada
i n s p i r a d a p o r la d r a m á t i c a m u e r t e de P r i s c i l í a n o e n T r é -
v e r i s , a fines del siglo i v de n u e s t r a E r a .
A h o r a bien ; la m a y o r y m e j o r p a r t e de la b i b l i o g r a f í a d e este a u tor se n o s m u e s t r a e n d e r e z a d a , c o m o antes dije, a t r a b a r v í n c u l o s espirituales entre la r e g i ó n c u y a s s i n g u l a r i d a d e s pasadas y presentes
e s c u d r i ñ a con d e v o t a piedad, y la g r a n patria española, de la q u e
son ellas m e r o s r a s g o s
fisonómicos,
puesto que con los p e c u l i a -
res de c a d a cual de las c o m a r c a s q u e la integran y sólo con todos
ellos se h a de c a r a c t e r i z a r s u
figura
ante el c o n c l a v e de la civili-
z a c i ó n universal,
Cotarelo Valledor, gramático,
con i n d i f e r e n c i a la suerte de El
filólogo
Castellano
y literato gallego, no v e
en Galicia.
Un
folleto
Sítyo, p u b l i c a d o con ese m i s m o título, comienza con estas p a l a b r a s :
" A u n q u e el g a l l e g o es u n i d i o m a especial y padre de rica l i t e r a t u ra, desde el t i e m p o de los R e y e s C a t ó l i c o s qtiedó r e d u c i d o a la
m o d e s t a c o n d i c i ó n de dialecto. U s a s e en toda la r e g i ó n ; p e r o p o r
los campesinos, m e n e s t r a l e s y d e m á s g e n t e s del pueblo, n o o c u r r i e n do en G a l i c i a c o m o e n C a t a l u ñ a , que las personas de todas c a t e g o rías se e x p r e s a n c o m ú n m e n t e en la lengua del país. A q u í , n o t a n
sólo es el castellano el i d i o m a oficial, sino el q u e hablan t o d a s l a s
c l a s e s i l u s t r a d a s , o que p o r tales se tienen, y el que todos, cultos o
incultos, emplean p o r escrito en sus necesidades c o t i d i a n a s , "
De
estos h e c h o s p a r t e el a u t o r p a r a e s b o z a r su estudio de la f o n é t i c a , la
m o r f o l o g í a y la s i n t a x i s del castellano q u e se h a b l a
comúnmente
en G a l i c i a , y a ñ a d i r u n copioso g l o s a r i o de v o c e s u s a d a s allí c o m o
españolas y n o insertas, o r e f e r i d a s a otra acepción, en la edición
d é c i m a c u a r t a del l é x i c o oficial, q u e era entonces la vigente.
Q u i e n a p h c a ese criterio n a c i o n a l a sus i n v e s t i g a c i o n e s g r a m a t i cales, n o h a b í a d e a c o m e t e r las de índole h i s t ó r i c a con el p r u r i t o
p a r t i c u l a r i s t a que es c a u s a en o t r a s regiones españolas d e que se
m a l o g r e n con a c i d e z c o r r o s i v a , sin m a d u r a r n u n c a , f r u t o s d i g n o s d e
m e j o r suerte, de m u y estimables ingenios.
M e refiero, c l a r o está, al p a r t i c u l a r i s m o deliberado, n o a la esp e c i a l i z a c i ó n científica, que es m u y otra cosa. L a F i s i o l o g í a política
consiente t a m b i é n especializaciones a n á l o g a s a las de los d e r m a t ó logos, histólogos o b a c t e r i ó l o g o s en la F i s i o l o g í a n a t u r a l ; y a u n q u e
sea evidente que la. c e r t i d u m b r e de la v e r d a d n o resulta en el m u n d o
_
46
-
d e l espíritu tan asequible c o m o en el de la m a t e r i a , en e n t r a m b o s ,
p o r i g u a l , u n a v e z c o m p r o b a d a p o s i t i v a m e n t e la i d e n t i d a d de l a s
c a u s a s se p u e d e t e n e r p o r i n d e f e c t i b l e la de los f e n ó m e n o s . E l hist o r i a d o r a la m o d e r n a que adopte los m é t o d o s propios de las cienc í a s n a t u r a l e s y se a p h q u e a p r a c t i c a r intensos análisis de laboratorio, limitará, por f u e r z a , c r o n o l ó g i c a y g e o g r á f i c a m e n t e , el c a m p o
d e sus o b s e r v a c i o n e s , p e r o ello n o p e r j u d i c a r á a la labor científica
d e q u i e n esté a d v e r t i d o del v e r d a d e r o c a r á c t e r de sus h a l l a z g o s ,
n e c e s i t a d o s l u e g o de m u y v a r i a s c o n t r a s t a c i o n e s ; p o r q u e la p r e v e n ción de c a m p a n a r i o o de secta es tan f a l s e a d o r a de la h i s t o r i a p a r t i c u l a r c o m o la síntesis p r e m a t u r a o i m p e r f e c t a por f a l t a d e a n á l i s i s io es de la u n i v e r s a l .
L a a c t i v i d a d i n v e s t i g a d o r a y crítica de don A r m a n d o C o t a r e l o
g u s t a a m e n u d o de elegir t e m a s l o c a l e s y regionales, c o m o lo c o m p r u e b a n los títulos de a l g u n a s de sus c o n f e r e n c i a s ; " L a
catedral
d e S a n t i a g o " o " L a I g l e s i a g a l l e g a en el siglo i v " , por e j e m p l o .
P e r o c u a n d o a c o m e t e la e m p r e s a de n a r r a r g e s t a s colectivas, t a l e s
c o m o la i n t e r v e n c i ó n de los estudiantes de la U n i v e r s i d a d c o m p o s telana en la e p o p e y a n a c i o n a l c o n t r a los e j é r c i t o s n a p o l e ó n i c o s , n o
s e c o n s t r i ñ e a los a n g o s t o s límites de la m o n o g r a f í a , sino q u e plan e a u n a serie de diez episodios, al m o d o g a l d o s i a n o ; y desde los dos
p r i m e r o s " P a l l a d i s T y r o n e s " y " L a enseña r a d i a " , ú n i c o s publicad o s h a s t a a h o r a , cuida de m o s t r a r al leitmotiv
s a n t i a g u é s c o m o sin-
tónico con los d e m á s que r e s u e n a n a la s a z ó n en todo el ámbito de
España.
C o n s t a n t e y ostensible es la p r e d i l e c c i ó n de C o t a r e l o p o r aquellos asuntos q u e p e r m i t e n e n c a r e c e r la p a r t i c i p a c i ó n de ios h i j o s de
G a l i c i a en los m a g n o s episodios de la H i s t o r i a nacional. A s í , apen a s p u b l i c a en 1 9 1 9 un c o n c i e n z u d o estudio sobre " L o s
cristianos
e s p a ñ o l e s ante la i n v a s i ó n m u s u l m a n a " , e m p r e n d e otro, a p a r e c i d o
d o s a ñ o s después, a c e r c a d e " E l límite septentrional de la c o n q u i s t a
s a r r a c e n a e n E s p a ñ a " , límite q u e d o c u m e n t a d a m e n t e h a c e coincidir
con el d e la cordillera c a n t á b r i c a ; y en las p á g i n a s , t o d a v í a inéditas
p o r d e s g r a c i a , de ia historia de A l f o n s o I I I el M a g n o ,
premiada
c o m o antes d i j e , por la A c a d e m i a h e r m a n a , se c o m p r u e b a también
la n o e s c a s a g l o r i a q u e c a b e a los g a l l e g o s en la c o n s o l i d a c i ó n de
Ja R e c o n q u i s t a
leonesa.
O t r o o p ú s c u l o del a u t o r r e m e m o r a los n o m b r e s de los o c h o a r g o n a u t a s g a l l e g o s que el 20 de septiembre de 1 5 1 9 z a r p a b a n de S a n -
—
47
—
l ú c a r de B a r r a m e d a con la e s c u a d r a p u e s t a al m a n d o de M a g a l l a n e s
p a r a d e s c u b r i r el misterioso paso entre el A t l á n t i c o y el P a c i f i c o , de
todos los cuales uno sólo h a b í a de rendir v i a j e en S e v i l l a tres años
d e s p u é s , a las ó r d e n e s d e J u a n S e b a s t i á n de E l c a n o , l u e g o de circ u n d a d o por p r i m e r a v e z el o r b e t e r r á q u e o .
C o m p o s t e l a n a es, en fin, la e f e m é r i d e s del 2 de abril de 1851 a
q u e C o t a r e l o V a l l e d o r ha d e d i c a d o o t r o folletillo con el título de
La
chispa
mágica.
P e r o n o r e g i s t r a t a m p o c o u n s u c e s o de p u r o
i n t e r é s local, sino la curiosa e x p e r i e n c i a p r a c t i c a d a en el patio de la
U n i v e r s i d a d de S a n t i a g o por el sabio c a t e d r á t i c o d e q u í m i c a don
A n t o n i o C a s a r e s y R o d r í g u e z , d u r a n t e la c u a l brilló por p r i m e r a
v e z en suelo español el intenso f u l g o r de la luz eléctrica, científicamente
obtenido.
D e l i b e r a d a m e n t e d e j é p a r a el final el a s p e c t o m á s a c u s a d o de
la
fisonomía
literaria de n u e s t r o n o v e l c o m p a ñ e r o , a q u e l e n que
h a l l a n m á s a d e c u a d o e m p l e o sus p r i v i l e g i a d a s dotes de i n v e s t i g a d o r
y e x p o s i t o r : la m o n o g r a f í a biográfica. A s í en sus o b r a s t e a t r a l e s
c o m o en las n o v e l a s h i s t ó r i c a s y en la de c o s t u m b r e s titulada
Paso,
El
a p a r e c i d a en 1923, se h a c e patente la soltura m a g i s t r a l de
C o t a r e l o p a r a retener con las
ficciones
de su f a n t a s í a el interés d e
e s p e c t a d o r e s o lectores. P e r o también el b i ó g r a f o h a m e n e s t e r d e
e s t e n u m e n literario y no es f r e c u e n t e hallarlo h e r m a n a d o en un mism o ingenio con la e s c r u p u l o s i d a d crítica i n e x c u s a b l e p a r a c u a l e s q u i e r a l u c u b r a c i o n e s históricas, C o m o d e c h a d o en su g é n e r o se p u e d e p r e s e n t a r el Ensayo
biogràfico
de fray Diego
de Deza,
escrito en
1901 por el entonces j o v e n c í s i n i o D o c t o r en F i l o s o f í a y L e t r a s , p a r a
concurrir
florales
al c e r t a m e n que abrió sobre este t e m a e n los
Juegos
d e Z a m o r a su O b i s p o a la sazón, don L u i s F e l i p e O r t i z ,
h o n r a y p r e z , m e n o s c o n o c i d a d e lo qvie m e r e c i ó serlo, del E p i s c o p a d o español d u r a n t e la ú l t i m a R e g e n c i a . E l p r e m i o o t o r g a d o por
u n a n i m i d a d a don A r m a n d o C o t a r e l o r e c o m p e n s a b a un t r a b a j o que
a l a p a r e c e r i m p r e s o en 1905 m o s t r ó su c a l i d a d
inconmensurable-
m e n t e s u p e r i o r a la de los q u e se suelen g a l a r d o n a r en c o n c u r s o s
a n á l o g o s , p o r q u e a g o t a la m a t e r i a y o f r e c e r e u n i d o s c u a n t o s datos
e s dable a l l e g a r a c e r c a d e la v i d a y h e c h o s del insigne F r a y D i e g o ,
n a c i d o en T o r o , a u n q u e o r i u n d o de G a l i c i a , c o m o todos los de su lin a j e , m a e s t r o del P r í n c i p e don Juan, f u n d a d o r del C o l e g i o de S a n t o
T o m á s de Sevilla, c o n s e j e r o de la g r a n R e i n a C a t ó l i c a , s a g a z confid e n t e de C o l ó n , de q^xien escribe el d e s c u b r i d o r de A m é r i c a , q u e
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d e s d e su llegada a Castilla " l e lia f a v o r e c i d o y deseado su h o n r a , y
es c a u s a de que S u s A l t e z a s hobiesen las I n d i a s . "
I n d o l e b i o g r á f i c a tiene a s i m i s m o el t e m a q u e e s c o g e
Cotarelo
p a r a la m e m o r i a p r e s e n t a d a en las oposiciones a la c á t e d r a q u e d e s empefia, puesto que g i r a toda ella en torno de la l e g e n d a r i a
figura
de S o r B e a t r i z , la m o n j a p e c a d o r a , a quien su sincera d e v o c i ó n a
la m a d r e de D i o s p r e s e r v a m i l a g r o s a m e n t e de la v e r g ü e n z a y públic o d e s h o n o r , p e r m i t i é n d o l a r e t o r n a r a r r e p e n t i d a al h u m i l d e o f i c i o
c o n v e n t u a l , q u e d e s e m p e ñ ó en su a u s e n c i a , e n c a r n a d a h u m a n a m e n te a s e m e j a n z a s u y a , la propia reina de los cielos. A g o t ó aquí el
atttor el estudio de las f u e n t e s y d e s a r r o l l o de esta l e y e n d a i n s p i r a d o r a y a en el siglo x i i i d e Una cántiga
del Rey
Sabio,
y después^
de tantas o t r a s p r o d u c c i o n e s literarias españolas y e x t r a n j e r a s , h a s ta las d e Z o r r i l l a y A r ó l a s en los días n u e s t r o s .
B i ó g r a f o es t a m b i é n C o t a r e l o c u a n d o , a s o c i á n d o s e en n o m b r e
d e la U n i v e r s i d a d c o m p o s t e l a n a a las fiestas del t e r c e r
de la p u b l i c a c i ó n del Quijote,
centenario
i n q u i e r e en sti discurso, p r o n u n c i a d o
el 7 de m a y o de 1905, las c a r a c t e r í s t i c a s de la belleza f e m e n i n a en
tiempo de C e r v a n t e s y r e p r o d u c e los cánones con q u e las e s p e c i f i c a ban los poetas de entonces, q u e se m u e s t r a n al r i m a r l a s tan c o m petentes, por lo m e n o s , en la m a t e r i a , c o m o los j u r a d o s de los c o n c u r s o s de belleza de h o g a ñ o , h a r t o m e n o s p r o p i c i o s a h o r a a f u n d a m e n t a r sus fallos, no y a en v e r s o , p e r o ni a u n en prosa.
B i ó g r a f o es C o t a r e l o c u a n d o , en la a p e r t u r a del c u r s o a c a d é m i c o
de 1907 a 1908 de su U n i v e r s i d a d , lee o t r o interesantísimo d i s c u r s o
enderezado
a e s c l a r e c e r la a s i m i s m o l e g e n d a r i a p e r s o n a l i d a d
de
" d o ñ a E s t e f a n í a la d e s d i c h a d a " ; b i ó g r a f o , c u a n d o el 30 de j u l i o d e
1909 e v o c a ante el C o n g r e s o n a c i o n a l d e T e r c i a r i o s
franciscanos
la s o r p r e n d e n t e p e r s o n a l i d a d de S o r M a r í a de S a n A n t o n i o ; b i ó g r a f o c u a n d o el 31 de j u l i o de 1 9 1 6 rinde h o m e n a j e de g r a t i t u d a la
m e m o r i a de don E u g e n i o M o n t e r o R í o s ; b i ó g r a f o , en fin, esta m i s m a tarde, c u a n d o r e c o n s t r u y e ante nosotros, con t r a z a v i g o r o s a , la
b o r r a d a silueta de i m h i j o ilustre de G a l i c i a , c u y a e x i s t e n c i a p u e d e
servir c o m o testimonio de q u e y a a fines del siglo x i i i e r a u s o d é
C a s t i l l a h a c e r los h o m b r e s y gastarlos. E s t e P a y o G ó m e z
Chariño
q u e en plena j u v e n t u d , d u r a n t e ios f e l i c e s días del R e y S a n t o , inm o r t a l i z a su n o m b r e con h a z a ñ a s a u g u r a d o r a s de un p o r v e n i r e s pléndido, v e m a l o g r a d a en b u e n a p a r t e su m a d u r e z y p r e m a t u r a y
s a n g r i e n t a m e n t e t r u n c a d a su vida, por las v i c i s i t u d e s políticas q u e
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e n t e n e b r e c e n los reinados de los i n m e d i a t o s sucesores del g l o r i o s o
c o n q u i s t a d o r de Sevilla. L a s m a l a n d a n z a s del p e r s o n a j e e n s u v i d a
p ú b l i c a son q u i z á el estímulo q u e le m u e v e a b u s c a r en el cultivo
d e l a p o e s í a sedante p a r a el ánimo, solaz y c o n s u e l o p a r a el espírit u ; p e r o lo que así g a n a r o n las letras n o compensó, de segviro, lo
,que con ello pei'día la p a t r i a . L a s l u c h a s intestinas de aquella é p o c a
•infeliz q u i e b r a n también la t r a y e c t o r i a histórica d e la m o n a r q u í a
c a s t e l l a n a , f u g a z m e n t e r e a n u d a d a por A l f o n s o o n c e n o , y oti'a v e z
. a b a n d o n a d a después h a s t a la v e n t u r o s a era de los R e y e s C a t ó l i c o s .
S i los descendientes de S a n F e r n a n d o h u b i e s e n a c e r t a d o a cons e r v a r y a c r e c e n t a r las e n e r g í a s nacionales q u e despertó la m a g n a
-empresa r e c o n q u i s t a d o r a de la A n d a l u c í a occidental, el e m b r i o n a r i o
p o d e r n a v a l que b a s t ó a C a s t i l l a p a r a a d u e ñ a r s e de la d e s e m b o c a d u r a del G u a d a l q u i v i r habría m e d r a d o l u e g o h a s t a sentirse c a p a z de
afrontar
en a u d a c e s
expediciones
los
encrespamientos
del
Mar
T e n e b r o s o ; y, c o n v e r t i d o en p u j a n z a nacional, h a b r í a h e c h o posib l e en tiempos de J u a n I, n o la irrealizable unión política de C a s t i lla y P o r t u g a l p o r los solos a z a r e s de la sucesión dinástica, sino
la f u s i o n a d o r a y f e c u n d a colaboración en u n m i s m o e m p e ñ o civil i z a d o r d e los n a t u r a l e s de u n o y otro p a í s ; habría, en fin, c a p a c i t a d o p l e n a m e n t e a E s p a ñ a p a r a la a r d u a t a r e a m a t e r n a l qtie en rem o t o continente la estaba r e s e r v a d a p a r a u n p o r v e n i r m u y p r ó x i m o , p o r designio inescrutable de la P r o v i d e n c i a .
E s m u y posible que entonces, m a r i n o s c o m o don P a y o G ó m e z
y tantos otros c o n t e r r á n e o s suyos, a v e z a d o s desde la a d o l e s c e n c i a
a las r u d a s f a e n a s del n a v e g a n t e , e n c a l l e c i e r a n p r a c t i c á n d o l a s sus
m a n o s , h a s t a el p u n t o de h a c e r l a s inhábiles p a r a el m a n e j o de la
pluma.. P e r o todos los españoles h a b r í a m o s g a n a d o con ese trueqtie,
p o r q u e en n i n g ú n t r a n c e h u m a n o se a n t e p o n e la afición a la v o c a c i ó n
s i n d a ñ o individual, y las m á s v e c e s t a m b i é n colectivo.
H e aquí cómo, en v i r t u d de esa h o m o g e n e i d a d de c o n t e x t u r a ,
<}ue, s e g ú n a p u n t é arriba, o f r e c e desde sus c o m i e n z o s h a s t a
hoy
t o d a la historia h u m a n a , u n a b r e v e m o n o g r a f í a p u e d e e n t r a ñ a r ens e ñ a n z a s trascendentales. N o i m p o r t a que sea r e l a t i v a m e n t e
hu-
m i l d e la. c a t e g o r í a social del b i o g r a f i a d o , siempre q u e el b i ó g r a f o
t e n g a la p e r i c i a suficiente p a r a d i s e c a r con p r o v e c h o el t r o z o de
r e a l i d a d que es o b j e t o de sus i n v e s t i g a c i o n e s . L a e x i s t e n c i a de P a y o
G ó m e z C h a r i ñ o , i l u m i n a d a a h o r a por la e r u d i c i ó n d e Cotarelo, pued e s e r v i r n o s t a n t o c o m o las de mviy conspicuos
estadistas
para
—
so
—
c o m p r o b a r h a s t a qué p u n t o y e r r a n quienes j u z g a n a los r e g í m e n e s
políticos p o r la m a y o r o m e n o r s e m e j a n z a d e sus instituciones con
las predilectas de ellos o con las q u e a la s a z ó n de f o r m u l a r el j u i c i o se tienen g e n e r a l m e n t e p o r m á s p e r f e c t a s y p r o g r e s i v a s .
La
e x c e l e n c i a o ineficacia de ttn r é g i m e n político sólo se p u e d e c o n t r a s t a r a q u i l a t a n d o si, d a d a s las c i r c u n s t a n c i a s de tiempo y l u g a r ,
f a c i l i t ó o no, m i e n t r a s e s t u v o vigente, el cabal a p r o v e c h a m i e n t o d e
t o d a s las e n e r g í a s coetáneas, espirituales y materiales, en b e n e f i c i o
de la patria común, J a m á s p u e d e ser a c e r t a d o aqttel q u e c o n d e n e a
g r a n n ú m e r o de b u e n o s c i u d a d a n o s a la i n a c c i ó n política, por n o b l e
que sea el empleo que ellos a c i e r t e n a d a r a sus f o r z a d o s ocios.
C u m p l i r í a , señores A c a d é m i c o s , con infidelidad el h o n r o s o e n c a r g o que m e c o n f e r i s t e i s si c o n t i n u a s e r i n d i é n d o m e al deleite d e
g l o s a r y c o m e n t a r el s u g e s t i v o d i s c u r s o del recipiendario. P e r o n o
t e r m i n a r é sin que conste que la b i e n v e n i d a que en n o m b r e v u e s t r o h e
de darle, n o se dirige tan sólo al literato de p r o t e i c a a c t i v i d a d , periodista, c o n f e r e n c i a n t e , c a t e d r á t i c o ,
filólògo,
crítico,
dramaturgo,
n o v e l i s t a e h i s t o r i a d o r , sino a d e m á s , y a n t e todo, al g e n u i n o r e p r e sentante del r e n a c i m i e n t o g a l l e g u i s t a q u e trae, c o m o tal, v i b r a c i o nes de m o c e d a d , e s p e r a n z a d a y a r d i d a , a este h o g a r solariego d e las
letras españolas.