n ESTADÍSTICAS D E EXTRANJEROS, PROCEDENCIA, ESTATUTO LEGAL, TIPOLOGÍAS NOTA I N T R O D U C T O R I A Hasta el presente no-existía un conocimiento fiable del número de extranjeros que residían en España. Más bien, el desconcierto y la polémica han presidido este asunto que, sin embargo, debería ser el punto de partida inexcusable para cualquier política de inmigración que quiera legislar con sentido de la realidad. Por otra parte, además del recuento estadístico de los extranjeros, es necesario tipificarlos con respecto a sus principales características: país de origen, estatuto lega! (nacionalizados, residentes, i n d o c u m e n t a dos...), causa de la inmigración (política, económica...), antigüedad en España (asentados, recientes, transeúntes...), situación laboral (trabajo declarado, economía sumergida...), etc. Ofrecemos seguidamente la información recogida en fuentes oficiales y los resultados de nuestra exploración sobre el terreno (más de 150 entrevistas personales a informantes cualificados en todo el Estado). Nuestra intención es llegar a una estimación lo más correcta posible de los extranjeros que hay en España, así c o m o una tipificación que diferencie los bloques más significativos dentro de la inmigración. 7(> 1. LAS ESTADÍSTICAS OFICIALES: MAYORÍA DE EXTRANJEROS DEL PRIMER M U N D O Contamos con tres fuentes oficiales de información estadística sobre extranjeros en España: • La D i r e c c i ó n G e n e r a l d e la S e g u r i d a d d e l E s t a d o d e l M i n i s t e r i o d e l I n t e r i o r , q u e o f r e c e d a t o s p o r p a í s e s d e o r i g e n d e l o s e x t r a n j e r o s q u e a 31 d e d i c i e m b r e d e c a d a a ñ o h a n s o l i c i t a d o d e la p o l i c í a " p e r m i s o d e r e s i d e n c i a " o " p e r m i s o d e p e r m a n e n c i a " (los extranjeros q u e carecen de esos d o c u m e n t o s no entran por d e f i n i c i ó n e n el r e c u e n t o ) . La e s t a d í s t i c a d e " E x t r a n j e r o s c o n P e r m i s o d e R e s i d e n c i a " se p u b l i c a , al m e n o s c o n d o s a ñ o s d e r e t r a s o , e n el A n u a r i o E s t a d í s t i c o de España del Instituto N a c i o n a l de Estadística, que d e p e n d e del Ministerio de Economía y Hacienda. • El C e n s o d e P o b l a c i ó n , e l a b o r a d o c a d a d i e z a ñ o s e n t o d o s l o s h o g a r e s d e E s p a ñ a p o r el I n s t i t u t o N a c i o n a l d e E s t a d í s t i c a . Se r e c o g e n a q u í los d a t o s d e a q u e l l o s e x t r a n j e r o s q u e declaran residir en España, sin tener en c u e n t a su e s t a t u t o l e g a l ( n o o b s t a n t e , l o s n o d o c u m e n t a d o s p o r la p o l i c í a o p t a r á n n o r m a l m e n t e p o r n o d e c l a r a r s e a n t e el t e m o r a ser d e s c u b i e r t o s ) . D i s p o n e m o s d e los r e s u l t a d o s d e l C e n s o d e 1981 ( e x t r a n j e r o s p o r p a í s e s d e o r i g e n y p o r p r o v i n c i a s ) y, a u n q u e y a se h a e f e c t u a d o u n a n u e v a r e c o g i d a d e d a t o s e n el p a d r ó n d e 1986, t o d a v í a e s t o s d a t o s n o s o n d e d o m i n i o p ú b l i c o . • La S e c r e t a r í a G e n e r a l T é c n i c a d e l M i n i s t e r i o d e T r a b a j o y S e g u r i d a d S o c i a l , q u e publica m e n s u a l m e n t e un "Boletín de Estadísticas Laborales", en que aparece la p o b l a c i ó n a c t i v a e x t r a n j e r a c o n p e r m i s o d e t r a b a j o p o r p a í s e s d e o r i g e n , s e x o , s e c t o r e s d e a c t i v i d a d , c o m u n i d a d e s a u t ó n o m a s , e t c . ( n o se r e g i s t r a a l o s e x t r a n j e r o s n o a c t i v o s ni a q u i e n e s t r a b a j a n e n c u a l q u i e r f o r m a d e e c o n o m í a s u mergida). Desde 1978 los extranjeros en España con "permiso de residencia" han aumentado constantemente (ver gráfica 7): A los "permisos de residencia" habría que añadir los "permisos de permanencia" que tienen una validez más restringida y se conceden sobre todo a estudiantes. Fueron 77.953 en 1983 y 73.940 en 1984. Según esto, el número total de extranjeros con permiso legal de estancia en nuestro país en 1984 era de 300.410. La repartición por países de estos extranjeros legales es la que figura en el cuadro 6. De acuerdo con los datos oficiales, más del 60 % de los extranjeros provienen del Primer M u n d o , el 20 % de América Latina, el 8 % de Portugal, el 7 % de Asia y sólo el 4 % de África. Más de la mitad provienen de los países del Mercado C o m ú n (52,2 %). C o m o veremos, estos datos serán puestos en entredicho cuando tengamos en cuenta a los "no d o c u m e n t a d o s " . 77 GRÁFICA 7 E V O L U C I Ó N DEL N U M E R O DE E X T R A N J E R O S C O N PERMISO DE R E S I D E N C I A EN ESPAÑA 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1978 158.347 250.000 1979 173.733 200.000 1980 183.422 150.000 1981 198.042 100.000 1982 200.011 50.000 1983 210.350 1984 226.470 F U E N T E : D i r e c c i ó n G e n e r a l de S e g u r i d a d del Estado. M i n i s t e r i o del Interior. Hasta la entrada en vigor de la Ley de Extranjería (julio 1985) y posterior reglamento (mayo 1986), el trabajo de los extranjeros se regía por ios Decretos 1870/1968, de 27 de julio, y 103/1980, de 3 de mayo. Se exigía previamente el "permiso de trabajo" para poder obtener después el de "residencia" y sólo por el tiempo que duraba aquél. Así se hacía equivaler el número de residentes con el de trabajadores (exceptuados sus familiares). En las estadísticas del Ministerio de Trabajo no se distinguen los permisos que se tramitan sin considerar la situación nacional de e m p l e o ( i ) , de aquellos otros que se conceden sólo c u a n d o no existe un nacional inscrito en el paro c o m o aspirante a ese puesto. Por otra parte, los trabajadores latinoamericanos, portugueses, filipinos, andorranos y guiñéanos, aunque están exentos de proveerse de "permiso de trabajo", necesitan inscribirse en un registro de control que les expide el llamado "justificante de inscripción", y así aparecen agrupados en las tablas estadísticas (cuadro 7). (1) Se c o m p r e n d e la i m p o r t a n c i a d e e s t e g r u p o al i n c l u i r a r e f u g i a d o s , a e x t r a n j e r o s c a s a d o s / a s c o n e s p a ñ o l e s / a s , a los e x t r a n j e r o s n a c i d o s e n E s p a ñ a ( s e g u n d a g e n e r a c i ó n ) , a los e m p l e a d o s d e e m b a j a d a s y c o n s u l a d o s , a l o s c o n t r a t a d o s p o r el E s t a d o e s p a ñ o l , a los e s t u d i a n t e s d e v a c a c i o n e s , a los m e c á n i c o s d e m o n t a j e o r e p a r a c i ó n d e m a q u i n a r i a i m p o r t a d a ( n o m á s d e d o s m e s e s ) y a los a l t o s c a r g o s d e e m p r e s a ( d e e s t o s ú l t i m o s , e n t r e e n e r o y o c t u b r e d e 1983 se r e g i s t r a n 1.362 casos). 78 CUADRO 6 E X T R A N J E R O S C O N P E R M I S O D E R E S I D E N C I A Y P E R M A N E N C I A E N 1984 País Gran Bretaña Alemania Occidental Francia Estados Unidos Holanda Italia Bélgica Suecia Suiza Dinamarca Noruega Finlandia Austria Canadá "Residencia' 'Permanencia" 35.263 27.052 16.925 11.292 9.740 10.014 7.110 4.490 5.141 3.913 1.238 1.325 1.670 1.106 4.274 12.634 5.743 2.387 2.947 2.852 140.553 40.613 22.869 1.520 Marruecos Otros de Africa 5.172 2.496 1.198 2.419 Africa TOTAL 7.668 3.617 Argentina Venezuela Cuba Chile Colombia Méjico Uruguay Perú República Dominicana Otros América Latina 8.861 5.805 5.019 4.031 2.597 2.011 2.219 1.561 1.130 4.692 3.324 4.868 4.145 1.877 1.716 1.639 846 935 447 2.497 América Latina T O T A L 37.946 22.294 5.431 3.530 1.778 1.398 534 560 955 460 946 1.211 2.787 980 1.859 1.932 1.032 375 541 2.386 TOTAL 47.897 32.795 19.312 14.239 12.592 10.960 8.321 7.277 6.121 5.772 3.170 2.358 2.045 1.647 6.660 Otros Primer M u n d o TOTAL PRIMER M U N D O Portugal TOTAL Filipinas India irán China 5.965 4.090 2.733 1.858 79 Otros de Asia Asia T O T A L Apatridas TOTAL TOTAL TERCER M U N D O Y PORTUGAL T O T A L EXTR. DOCUMENTADOS % Fila % TOTAL "Residencia" "Permanencia" País 4.265 3.107 , 7.372 . 16.402 5.616 22.018 7,3% 1.032 280 1.312 0,4% 85.937 33.327 119.224 39,7% 226.470 75,4 73.940 24,6 300.410 F U E N T E : D i r e c c i ó n G e n e r a l d e P o l i c í a d e l M i n i s t e r i o del I n t e r i o r El total de permisos de trabajo y justificantes de inscripciones en 1985 fue de 50.682. Es preciso señalar que esta cifra engloba tanto los "permisos iniciales" (válidos por un año) c o m o los "renovados" o prorrogados y los de "validez restringida" (menos de seis meses y no renovables). El número de permisos de trabajo en los últimos años ha experimentado fluctuaciones irregulares sin guardar aparente relación con el constante aumento de extranjeros legales registrados por el Ministerio del Interior: GRÁFICA 8 P E R M I S O S D E T R A B A J O A E X T R A N J E R O S E N T R E 1 9 8 0 y 1985 1 9 8 0 . . 58.831 1981 . , 6 1 . 1 9 4 1982 . . 50.501 1 9 8 3 . 57.097 1984 . 5 8 . 9 1 2 1985 . 50.691 1980 83 62.000 60.000 58 000 56 000 54.000 k f- 52 000 80 CUADRO 7 PERMISOS DE TRABAJO Y JUSTIFICANTES DE INSCRIPCIÓN C O N C E D I D O S A E X T R A N J E R O S E N E S P A Ñ A D U R A N T E 1985 SEXO NATURALEZA TIPO TRABAJO Hombres: 30.071 Mujeres. 20.611 Por cuenta propia: 14.093 Por cuenta ajena: 36.598 Permisos iniciales: 29.569 Permisos renovados: 21.122 PRODUCTIVO Servicios: 18.816 Comercio y Hostelería: 17.516 Instituciones financieras: 3.120 Otras industrias manufactureras: 2.057 Transportes y Comunicaciones: 1.745 Construcción: 1.724 Transformación de los metales: 1.640 Agricultura y Ganadería: 1.392 Extractivas y Químicas: 1.389 Energía y Agua: 1.292 Asentamiento: Procedencia: Alemania: Reino Unido: Portugal: Francia: Marruecos: Filipinas: Argentina: Estados Unidos: Italia: Holanda: Bélgica. India: Suecia: Chile: Suiza: Venezuela: Colombia: Cuba. Rep. Dominicana: Otros: SECTOR 5.625 4.443 4.443 3.015 2.658 2.500 2.285 1.988 1.877 1.792 1.267 1.131 1.114 928 799 554 532 453 387 9.123 Madrid: Canarias: Cataluña: Andalucía: Baleares: C o m u n i d a d Valenciana: Castilla y León: Galicia: País V a s c o : Asturias: Murcia: Aragón: Navarra: Extremadura: C a s t i l l a la M a n c h a : La R i o j a : Ceuta y Melilla: 9.073 6.455 5.611 5.011 4.104 2.700 1.788 1.621 1.368 741 568 565 322 245 218 141 114 F U E N T E : B o l e t í n d e Estadísticas L a b o r a l e s , n.° 28, 7 9 - 8 8 . D i r e c c i ó n G e n e r a l Informática y Estadística del Ministerio de Trabajo y Seguridad Social, m a y o 1986. de de 81 Por países, la concesión de permisos laborales por el Ministerio de Trabajo sí guarda un estrecho paralelismo con la concesión de permisos de residencia por el Ministerio del Interior: la mayoría son del Primer Mundo y aproximadamente la mitad del Mercado C o m ú n Europeo. Cabe destacar que un sector significativo de trabajadores provenientes de países más desarrollados que España (Alemania, Francia, Suiza, Estados Unidos, etc.) son altos cargos de empresa, categoría laboral que se tramita sin considerar la situación nacional de empleo. Estos altos cargos acompañan normalmente a la penetración de capital extranjero en España que, c o m o es sabido, ha mantenido un aumento ininterrumpido en los últimos años. Entre 1983 y 1984 las inversiones extranjeras aumentaron un 169 % (de 1.671 millones de dólares a 4.500), participando en más de 2.000 empresas radicadas en nuestro país. También es sabido que esta forma de inmigración extranjera supone para nuestra economía una dependencia cada vez mayor de los dictados de las multinacionales en el ámbito internacional: "Las inversiones (extranjeras) siguen concentrándose en sectores claves de nuestra economía, tales como el automóvil, la electrónica, la química, fas finanzas, el petróleo y la hostelería. La economía española es, pues, una economía esencialmente internacionalizada en sus mercados, en sus insumos, en sus fuentes f i n a n cieras y en la estructura interna de su modelo de crecimiento. Y nuestro grado de interdependencia económica aumenta vertiginosamente. . . " ( 2 ) . Se confirma, de este modo, la tesis planteada en la primera parte de este informe: se permite el mercado libre de capitales —que beneficia al capital y fomenta las desigualdades en el ámbito internacional— y se frena el mercado libre de mano de obra, que protege a corto plazo los intereses de los asalariados españoles pero, a la larga, debilita a los trabajadores en general, acrecienta las diferencias de salario entre países y propicia el intercambio desigual en detrimento del Tercer Mundo. 2. INMIGRANTES NO D O C U M E N T A D O S : MAYORÍA DEL TERCER M U N D O Y PORTUGAL De nuestra exploración sistemática por toda la geografía española —cuyos resultados ofrecemos en la Tercera Parte de este i n f ó r m e se deduce que dos terceras partes de los inmigrantes del Tercer Mundo y Portugal no poseen ninguno de ios d o c u m e n t o s que se (2) Castells, M. y otros: o . c , T.I., 429. 82 requieren para permanecer legalmente en España más de tres meses (nacionalización, permiso de residencia-trabajo, permiso de permanencia, refugio o asilo político). La inmensa mayoría dispone, sin embargo, de documentos acreditativos de su identidad de origen. GRÁFICA 9 INMIGRANTES NACIONALIZADOS, LEGALES E I N D O C U M E N T A D O S Primer M u n d o Tercer M u n d o y Portugal i 1 Nacionalizados Esta situación anómala se debe, fundamentalmente, a que los inmigrantes indocumentados no reúnen aquellas condiciones que la Administración española exige para obtener la d o c u m e n t a c i ó n : permiso de trabajo o justificación de medios de subsistencia, pasaporte del país de origen, etc. El permiso de trabajo —principal c o n d i c i ó n exigida— resulta muy difícil de conseguir para los trabajadores poco cualificados del Tercer M u n d o si tenemos en cuenta el desempleo existente en el mercado de trabajo español y la tolerancia administrativa hacia múltiples formas de economía " d u a l " y trabajo negro que, según prestigiosos economistas, son cada vez más frecuentes en los países occidentales (3). "Mientras haya sectores de nuestra economía (agricultura, c o n s t r u c c i ó n , confección) que funcionan con inmigrantes clandestinos, esta inmigración no disminuirá. La e c o n o mía 'informal', 'subterránea' o 'sumergida' forma un mismo bloque (3) En Italia, u n o de los países d o n d e más se ha e s t u d i a d o el t e m a , se e s t i m a q u e más de 8 m i l l o n e s de personas trabajan en f o r m a s de e c o n o m í a s u m e r g i d a . A. Saba: La Indust ria Subterránea, 78-79. I n s t i t u t o A l f o n s o el M a g n í f i c o , Valencia, 1981. Ver t a m b i é n Sauvy A.: El trabajo negro y la economía de mañana. Planeta, Barcelona, 1985. 83 con la economía 'formal', 'racional' o 'economista'. De la misma manera que las nuevas formas de organización del trabajo negro hacen bloque con las tradicionales. La existencia de clandestinos no data de hoy. A cada fiujo migratorio corresponden flujos de inmigración clandestina. Entre el Norte y el Sur se ha instalado un signo de intercambios cuya precariedad no ha resistido a la crisis que reina sobre las ruinas del antiguo orden e c o n ó m i c o m u n d i a l " (4). La mayoría de los indocumentados son "inmigrantes e c o n ó m i c o s " que no ven viable, a corto plazo, el retorno a su país, aunque lo deseen, porque la supervivencia allí les resultaría todavía más difícil que en España. Por otra parte, a medida que la política migratoria se endurece y aumenta el cerco policial, crece en ellos la sensación de inseguridad. Hasta la primera guerra mundial los movimientos internacionales de trabajadores gozaban de gran libertad. Existía un control de los extranjeros por parte de la policía, pero su acceso al trabajo no estaba sometido a ninguna regulación legal. Incluso en tiempos recientes, los países del centro de Europa toleraban sin dificultad la presencia masiva de trabajadores extranjeros no documentados cuando su presencia resultaba beneficiosa para el desarollo e c o n ó mico del país. "Hasta hace poco, muchos Gobiernos estaban c o n t e n tos con su llegada (de inmigrantes indocumentados), algunos incluso pusieron en guardia a su policía para que hicieran la vista gorda y los periódicos eran todo alabanzas hacia esos trabajadores extranjeros tan abnegados que aceptaban los oficios que nadie quería. Pero después de los años de crisis e c o n ó m i c a , los Gobiernos y los periódicos les persiguen c o m o víctimas propiciatorias (...). El fenómeno de los indocumentados se parece a un yo-yo: se les atrae c u a n d o se necesitan y se les arroja c u a n d o no son necesarios" (5). Un caso especialmente representativo de la utilización " e c o n o m i cista" de los inmigrantes indocumentados lo constituye Francia, principal país de inmigración en Europa: "Después de la segunda guerra mundial, y especialmente durante los años sesenta, Francia permitió la inmigración indocumentada en orden a promover el crecimiento e c o n ó m i c o . Hasta la crisis de 1974, la mayoría de los traba- (4) Losada T.: "La Ley de Extranjería y la situación en E n c u e n t r o I s l a m o - C r i s t i a n o 167 (1986) 4. (5) A p p l e y a r d R.T.: "International M i g r a t i o n XXII (1984) 174. Migration de los marroquíes in a Changin& World", en España", en International 84 jadores inmigrantes eran clandestinos, aunque se aludía a ellos c o m o meramente 'irregulares'" (6). Las trabas legales llegan cuando se satura el mercado interior de empleo y los extranjeros ya no hacen falta. Podemos decir que los " i n d o c u m e n t a d o s " no son tales por no reunir las condiciones legales sino que se ponen aquellas c o n d i c i o n e s legales que permiten "¡legalizar" —dejar fuera del mercado interior de trabajo— a la masa sobrante de extranjeros. El papel activo, determinante de la situación de ilegalidad, lo establece en este caso la sociedad receptora, tal c o m o subrayan los propios inmigrantes en un G r u p o de Discusión: " N o es p o r q u e los e x t r a n j e r o s n o q u e r e m o s r e g u l a r i z a r la s i t u a c i ó n . . . , es el p o d e r el q u e n o q u i e r e r e g u l a r i z a r la s i t u a c i ó n d e l o s e x t r a n j e r o s . (...) Si e s t a m o s a q u í l o s e x t r a n j e r o s i l e g a l e s n o es n u e s t r a la c u l p a , es el G o b i e r n o q u e n o q u i e r e r e g u l a r i z a r n u e s t r a s i t u a c i ó n . N o s o t r o s q u e r e m o s " ( 5 R G D , 14). El número de " i n d o c u m e n t a d o s " aumenta automáticamente c u a n d o se endurece la política de i n m i g r a c i ó n . Así, según G. Rosoli, tras el cierre de fronteras en el centro de Europa, a partir de la crisis de 1973, "aumentó considerablemente la emigración ilegal, especialmente desde los países del Tercer Mundo. En 1977 se estimaba en un millón el número de inmigrantes ilegales en la C E E " (7). Otras fuentes constatan la presencia de 3 a 6 millones de inmigrantes i n d o c u m e n t a d o s en Estados Unidos, uno a dos millones en Venezuela (sobre todo colombianos), 700.000 en Costa de Marfil, etc. La normativa española vigente resulta particularmente injusta con los inmigrantes que han trabajado legalmente en España durante bastantes años, cotizando a la Seguridad Social y gozando del derecho de residencia, pero que en un m o m e n t o dado han acabado en el paro; en estos casos, la ley exige que tales extranjeros pierdan automáticamente el derecho de residencia y, por tanto, abandonen el país. Esta "funcionalidad e c o n ó m i c a " del inmigrante es precisamente la que tanto se ha criticado en países supuestamente xenófobos c o m o Suiza o Alemania, que, por esa vía, se desembarazaron a mediados de los años setenta de más de medio millón de extranjeros, entre ellos muchos españoles. La debilidad organizativa de los inmigrantes, máxime de los no d o c u m e n t a d o s , es un factor clave que impide poner freno a la polí(6) W i h t o l C : "The Evolution t i o n a l M i g r a t i o n XXII (1984) 200. of French Immigration Policy after 1981", en I n t e r n a - (7) Rosoli G.: "Actitudes y potencial de los inmigrantes retornados", y R e t o r n o , 213. Instituto Español de E m i g r a c i ó n , M a d r i d , 1981. en E m i g r a c i ó n 85 tica gubernamental de extranjería, segregacionista según nuestros análisis en relación a los inmigrantes e c o n ó m i c o s , c o m o tendremos ocasión de comprobar. Diversas organizaciones no gubernamentales —entre ellas Caritas Española— y algunos importantes medios de c o m u n i c a c i ó n — c o m o El País— han impulsado diversas propuestas para humanizar la legislación, logrando incluso que el Defensor del Pueblo planteara recurso de inconstitucionalidad a varios artículos de la Ley de Extranjería (recurso todavía no respondido por el Tribunal C o n s t i t u cional). Pero ha sido el ejemplo de la c o m u n i d a d musulmana de Malilla, aun siendo un caso excepcional, el que ha dejado más claras las posibilidades que tendrían los inmigrantes de defender sus derechos, caso de organizarse. A nivel de las relaciones internacionales, la política restrictiva de inmigración tiene por efecto aumentar los desequilibrios entre los países p o b r e s y los países ricos, c o n s t i t u y e n d o en este s e n t i d o — c o m o hemos mostrado en la primera parte— un mecanismo político muy importante de la d o m i n a c i ó n que los países avanzados ejercen sobre el conjunto del Tercer Mundo. 3. REFUGIADOS POLÍTICOS Un sector de los inmigrantes responde a la categoría de " r e f u g i a dos". Hasta la reciente Ley de Asilo, la normativa decisiva fue el Decreto 522/1974, de 14 de febrero, decreto tachado de inconstitucional con la llegada de la democracia y que ponía todo el tema en manos de la policía. Para salir al paso de esta dificultad normativa y tras la adhesión de España a la C o n v e n c i ó n sobre el Estatuto de Refugiados en 1978 (8), el Ministerio del Interior dictó la Orden de 16 de mayo de 1979, que regularía "provisionalmente" el reconocimiento de la c o n d i c i ó n de refugiado hasta la p r o m u l g a c i ó n de la Ley de Asilo en 1984. Desde 1979 hasta junio de 1983 sólo se presentaron al Ministerio del Interior 5.252 solicitudes para acogerse a la c o n d i c i ó n de refugiados políticos: (8) España se a d h i e r e en 1978 a la C o n v e n c i ó n sobre el Estatuto de los R e f u g i a d o s , s u s c r i t a en G i n e b r a en 1 9 5 1 , y al P r o t o c o l o s o b r e el Estatuto de los R e f u g i a d o s , f i r m a d a en Nueva York en 1967. 86 CUADRO 8 R E F U G I A D O S O F I C I A L E S E N T R E 1 9 7 9 y 1983 ORIGEN RECONOCIDOS _ Sudeste asiático Latinoamericanos Europa del Este Iraníes Apatridas Africanos TOTAI 167 47 322 27 28 CASOS RECHAZADOS 852 816 239 167 21 12 2.148 Los casos pendientes al final del ciclo considerado eran 1.146, de ellos más del 90% iraníes. A su vez, 1.319 candidatos desistieron de su intento durante ese lapso de tiempo. En 1985 sólo estaban reco­ nocidos oficialmente 3.300 refugiados y 170 asilados, pero la cifra de solicitudes era muy superior. Así, durante 1985 pidieron asilo político 2.051 personas, pero sólo se les aceptó a 147: CUADRO 9 S O L I C I T U D E S Y C O N C E S I O N E S D E A S I L O E N 1985 PAÍSES Irán Cuba Vietnam Chile Irak Angola Chana Laos Marruecos Guinea Ecuatorial Polonia Siria Zaire Nigeria SOLICITUDES CONCEDIDAS 378 256 151 139 136 135 99 84 51 47 46 44 44 34 20 23 16 7 18 2 — 30 — 1 2 5 — — FUENTE: Ministerio cH Interior. Los expedientes tienen que recorrer un largo c a m i n o que va desde la Comisaría de D o c u m e n t a c i ó n del Ministerio del Interior hasta la Comisión Interministerial que dictamina el caso. C o m o se desprende de las estadísticas oficiales, la mayoría de las solicitudes de asilo son denegadas. 87 A nivel mundial se calcula que existen más de diez millones de refugiados. "España se encuentra entre los primeros países receptores de refugiados. Según las estadísticas del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para Refugiados al 31 de diciembre de 1982, la población refugiada era de 50.000 personas, de las cuales 23.000 lo eran de derecho y el resto de hecho. En relación a la población total del país, esto suponía que por cada 760 españoles había una persona refugiada" (9). En la encuesta aplicada por nosotros, el 12,4% de los inmigrantes del Tercer Mundo y Portugal señalan expresamente que la razón que más les influyó para salir de su país fue la persecución política o religiosa. Esto supondría que habría actualmente en España al menos unos 60.000 exiliados políticos "de facto". De ellos, el 76% serían latinoamericanos, el 14% asiáticos (no filipinos) y el 5% c e n troafricanos. La inmigración marroquí, portuguesa y filipina es casi exclusivamente de tipo económico. La C o m i s i ó n Católica Española de Migración fue la primera oficina para los refugiados abierta en España (1956). Actualmente forma parte del Secretariado de la Comisión Episcopal de Migraciones, integrado en la Conferencia Episcopal Española. En 1974 la Cruz Roja creó el "Servicio de Refugiados" para canalizar toda la ayuda a los refugiados según el programa concertado con la Dirección General de Asistencia Social (ahora " A c c i ó n Social"); cinco años más tarde se reestructuró este servicio, dando lugar al "Departamento de Refugiados" de la Cruz Roja, organizándose provincialmente en "servicios". En 1979 abre su primera oficina en España el A C N U R (Alto Comisionado de las Naciones Unidas para Refugiados); se crea la CEAR (Comisión Española de A y u d a al Refugiado) (10), y el Gobierno se reserva la determinación de la c o n d i c i ó n de refugiado (Orden Ministerial de 16-5-1979), aunque no especifica qué c o n t e n i d o tiene. Estas situaciones configuran el surgimiento de una realidad compleja: se afirma que en España sólo existen cinco o seis mil refugiados "de j u r e " mientras se reconoce a la vez la existencia de treinta o cuarenta mil "de facto". (9) E q u i p o de la Cruz Roja Española: " P r o g r a m a s de a c c i ó n social para los r e f u g i a d o s " , en Marginación Social, 199. Instituto R e g i o n a l de Estudios, C o m u n i d a d de M a d r i d , 1985. (10) Los o r g a n i s m o s f u n d a d o r e s de CEAR f u e r o n : C a n t a s Española y el Secretariado de la C o m i s i ó n E p i s c o p a l de M i g r a c i o n e s ; PSOE, U C D , PCE, U G T , C C . O O , U S O : A s o c i a c i ó n Pro D e r e c h o s H u m a n o s ; C l u b A m i g o s de la U n e s c o ; IEPALA, etc. 88 Con la llegada del PSOE al Gobierno en 1982, "se dictaron instrucciones urgentes con miras a suavizar las disposiciones vigentes, sobre todo las que afectan a detenciones y expulsiones de extranjeros, recortándose la discrecionalidad administrativa" (11). Sin e m b a r g o , dos meses antes de la p r o m u l g a c i ó n de lá Ley de Asilo, el Ministerio del Interior dictó resoluciones para acelerar la expulsión de extranjeros en favor de los gobernadores civiles de Madrid y Barcelona. El reconocimiento por el Estado de la c o n d i c i ó n de "asilado" c o n lleva en la actualidad la concesión automática del permiso de residencia y la autorización de trabajo. De este m o d o se pone fin a la situación anterior, en la que los refugiados sufrían las consecuencias restrictivas de la normativa sobre trabajo para extranjeros en general. La a m p l i t u d del sector de exiliados políticos, constatada oficiosamente por la A d m i n i s t r a c i ó n , lleva a ésta a implementar con recursos crecientes los programas de atención a refugiados: de 200 millones de pesetas en el presupuesto de 1982 se han llegado a superar los 1.000 millones de 1984 y 1985. Ante la importancia de estas acciones, la A d m i n i s t r a c i ó n ha creado el SERAD, organismo de c o o r d i n a c i ó n y p l a n i f i c a c i ó n de la acción del Estado en el campo de refugiados, y el CESERAD, centro de estudio y asesoramiento (12). Además de la creciente presencia estatal en este c a m p o , existen otras fuentes de f i n a n c i a c i ó n , en especial del A C N U R , y en menor medida de la Cruz Roja, que aportaron conjuntamente durante el año 1984 otros mil millones de pesetas. Contrasta, en términos comparativos, el trato de favor que se da a los perseguidos por razones políticas o ideológicas provistos del correspondiente d o c u m e n t o y el o t o r g a d o a los perseguidos por la miseria o el hambre (inmigrantes económicos). Los Estados y las agencias tienden a mostrarse solidarios con aquéllos, mientras cierran el paso y restringen las ayudas a los perseguidos por la pobreza. 7*. / EXTRANJEROS N A C I O N A L I Z A D O S EN LOS ÚLTIMOS TREINTA AÑOS Entre 1956 y 1983 obtuvieron la nacionalidad española 39.264 extranjeros. El promedio anual de nacionalizados subió de 87 en los años cincuenta a 193 en los sesenta, 1.420 en los setenta y 5.710 en los ochenta. (11) M o r e n o J.V.: "Extranjeros y policía de extranjeros en España", en C u a d e r n o s Inas 11 (1983) 29. Ver t a m b i é n Rodríguez A.: "Los refugiados en España. Situación actual", i b i d e m . (12) C a m a r e r o J . : "La acción de la Administración española para refugiados en la comunidad" en Estudios del Ceserad (1984) 9-13. 89 GRAFICA 10 INCREMENTO DE NACIONALIZACIONES (1956-1983) F U E N T E : E l a b o r a c i ó n p r o p i a a p a r t i r de los A n u a r i o s de la D i r e c c i ó n G e n e r a l de los R e g i s t r o s y el N o t a r i a d o . M i n i s t e r i o de J u s t i c i a . El incremento de nacionalizaciones se corresponde con un aumento de la población inmigrante durante los últimos diez años y también, al parecer, con el cambio democrático español, que ha supuesto una mayor atracción de nuestro país (sobre t o d o para los refugiados políticos latinoamericanos y asiáticos), así como una mayor flexibilidad administrativa. 90 C U A D R O 10 PAIS DE O R I G E N DE LOS N A C I O N A L I Z A D O S (1956-1983) B 4 1 C ftDircw P A Í S DE O R I G E N Albaneses Alemanes Andorranos Austríacos Belgas Británicos Búlgaros Checoslovacos Chipriotas Daneses Finlandeses Franceses Griegos Holandeses Húngaros Irlandeses Italianos Luxemburgueses Malteses Noruegos Polacos Portugueses Rumanos Soviéticos Suecos Suizos Yugoslavos EUROPEOS Q/o Fila Angoleños Argelinos Benineses Burundianos Caboverdianos Camerunenses Congoleses A Ñ O DE N A C I O N A L I Z A C I Ó N 1956-1969 1970-1975 1976-1983 _ 16 26 52 9 1 31 22 20 — 2 191 18 19 86 3 210 2 180 17 8 23 — 9 52 413 36 25 1 16 37 3 15 800 7 8 2 14 11 187 — — 419 1 51 251 924 10 54 4 74 38 2.032 96 179 36 60 885 2 2 22 50 5.922 27 113 81 174 48 1 652 2 108 310 1.007 41 75 4 74 42 2.403 131 206 145 63 1.282 2 2 34 117 7.135 70 146 84 204 96 14.436 1.413 1.468 11.555 9,8 — 1 — — — — — 10,2 80,0 í : Costa d e M a - ' Egipcios Etíopes Ghaneses Guiñéanos Keniatas 86 147 1 41 33 4 2 1 3 — — — Liberianos Libios — — Malgaches — 12 1 87 TOTAL 1 41 2 1 9 22 2 4 62 3 15 878 2 2 3 1 1 46 2 1 9 22 4 5 77 3 16 965 2 2 3 1 91 PAÍS DE ORIGEN Marroquíes Mauricianos Mauritanos Mozambiqueños AÑO DE NACIONALIZACIÓN 1956-1969 1970-1975 1976-1983 139 — — — Sierraleoneses — — — — • — Sudaneses — Tanzanos Togoleses Tunecinos — Zaireños Zambianos Zimbaues AFRICANOS % Fila Brasileños Canadienses — — — 147 Cubanos Chilenos Dominicanos Ecuatorianos Guyaneses Haitianos Hondurenos Jamaicanos Panameños Paraguayos Peruanos Puertorricenses Salvadoreños Trinitario-tobagueses 8 8 11 306 6 1 1 15 3 6 1 2 15 3 6 1 2.101 2.554 12 66 5 889 65 2.074 315 87 20 40 6 — — — — — 4 6 — 22 2 26 19 14 18 7 7 244 — 7 29 1 1 1 Uruguayos Venezolanos Guatemaltecos 15 17 1 AMERICANOS % Fila 469 2,7 6,6 82,3 4.938 282 89 40 2 8 5 132 37 4 — 203 24 4 Mejicanos Nicaragüenses Estadunidenses 1 83 5 20 — 25 63 53 — % 9 51 12,0 5,6 Colombianos Costarricenses 8 1 1 23 1 — — — Bolivianos 8 2 1 1 — — — Argentinos 1.183 63 2 Sudafricanos 851 9 1 1 Nigerianos Saharauis Senegaleses-gambianos. 193 — — — TOTAL 2 7 — 23 25 — 1.094 6,2 2.698 217 237 2 52 114 3 219 231 116 96 105 1.056 1 5.153 324 113 40 967 72 2.592 2.809 241 283 2 56 120 3 267 252 148 103 119 1.329 4 101 25 109 1.863 513 1.901 555 1 — 16.026 91,1 26 17.589 45,5 92 PAÍS DE O R I G E N PAÍS DE O R I G E N Armenios Birmanos Camboyanos Ceylandeses Coreanos Chinos Filipinos Indios Indonesios Iraníes Iraquíes Israel íes Japoneses Jordanos Laosianos Libaneses Libios Malasianos Malianos Pakistaníes Palestinos Schychelles Singaponeses Sirios Taiwaneses Tailandeses Turcos Vietnamitas Cingaleses ASIÁTICOS % Fila Australianos Neozelandeses Islas F i d j i A N 0 1956-1969 1 1 — 1 D E NACIONALIZACIÓN 1970-1975 1976-1983 — — — — 1 — 57 31 350 — — — 2 4 15 3 7 45 169 294 301 9 72 15 57 17 530 2 48 18 20 22 32 1 — — — 2 4 8 — — 28 3 — — — — — 2 7 — — 33 3 3 45 72 31 1.124 — — 3 — — — — 16 — — 11 1 1 7 37 6 — TOTAL ' r U A L 1 3 3 8 47 239 344 322 9 73 19 67 21 602 1 1 ' 409 1 4 3 1 1 50 82 1 1 1 1 1.158 1 1 7 64 7 1 139 3,9 240 6,8 3.169 89,3 3.548 — — — — 1 — — 7 2 1 8 2 1 OCEANIA % Fila 1 10 11 9,1 90,9 APATRIDAS % Fila 106 19,4 129 23,6 310 56,9 545 TOTAL NACIONALIZ % Fila 2.274 5,9 3.238 8,4 33.171 85,8 38.683 9,2 0,03 1,4 FUENTE: Elaboración propia a partir de los Anuarios de la Dirección General de los Registros y el Notariado del Ministerio de Justicia. Por su novedad informativa, hemos ofrecido un cuadro completo de los nacionalizados por países de origen. Su representación carto­ gráfica puede ser también expresiva: 93 GRÁFICA 11 PAÍSES DE O R I G E N DE LOS N A C I O N A L I Z A D O S EN ESPAÑA EN LOS Ú L T I M O S T R E I N T A A Ñ O S (1956-1983) El mayor contingente de nacionalizaciones corresponde a los americanos (45,5%), destacando los del Cono Sur (Argentina, Chiie y Uruguay) y los cubanos. Los europeos ocupan la segunda posición (37,3%), destacando los provenientes de Portugal, país que ha registrado el mayor número de nacionalizaciones (7.135). Le siguen Francia, Italia y Gran Bretaña. Uno de cada diez nacionalizados son asiáticos, destacando los sirios, jordanos y libaneses. De origen africano sólo son el 6,6% de los nacionalizados, casi todos de Marruecos y Guinea Ecuatorial. La mayoría de las solicitudes de nacionalización son aceptadas (en 1983 sólo se rechazaron el 12%), siendo los motivos más a d u c i dos el haber transcurrido diez años de "residencia legal" en España (dos años los latinoamericanos) o haberse casado con un español o española. La obtención de la nacionalidad resulta especialmente difícil para los inmigrantes no documentados, ya que se requiere haber tenido permiso de residencia y de trabajo durante varios años o bien ser familiar en primer grado de españoles. Esto último determina a veces matrimonios de conveniencia cuya principal finalidad es poder obtener la nacionalidad. 94 Podemos considerar la o b t e n c i ó n de nacionalidad c o m o un éxito importante para aquellos inmigrantes que han a b a n d o n a d o la idea de retornar a su país y desean integrarse en la sociedad española c o m o c i u d a d a n o s de pleno derecho. C o m o veremos más adelante, de la encuesta realizada por nosotros a inmigrantes del Tercer M u n d o y Portugal (13) se d e d u c e que los "nacionalizados" son quienes se sienten más realizados c o m o inmigrantes y menos piensan retornar a su país de o r i g e n , quienes tienen más ingresos y oficios más c u a l i f i cados, mejores viviendas, etc. Desde el p u n t o de vista jurídico, los nacionalizados son españoles a t o d o s los efectos, sin e m b a r g o , desde un p u n t o de vista s o c i o l ó gico, siguen manteniendo m u c h o s de los rasgos de su país de origen (lengua, cultura, tradiciones...) e incluso en sus relaciones sociales, se suelen percibir á sí.mismos y son p e r c i b i d o s por los demás c o m o "extranjeros". Por estas razones hemos decidido incluirlos en nuestra investigación dentro dé la categoría "inmigrantes en España". 5. ESTADÍSTICA GENERAL DE EXTRANJEROS La estadística general que ofrecemos recoge a las personas residentes en España con las siguientes características: • Extranjeros nacionalizados entre 1956 y 1983 (ambos años incluidos), según datos oficiales de los A n u a r i o s de la Direcc i ó n General de Registros y el Notariado del Ministerio de J u s ticia (recopilados por primera vez para la presente investigac i ó n ) . La razón de incluir a estas personas, legalmente españolas a t o d o s los efectos, es q u e desde el p u n t o de vista s o c i o l ó g i c o siguen por lo general vinculadas culturalmente (lengua, religión, costumbres, etc.) al país de origen, al menos en el t i e m p o c o r r e s p o n d i e n t e a una generación —treinta años—, lapso de t i e m p o que nosotros consideramos. La encuesta aplicada a 897 inmigrantes incluye una submuestra de 148 nacionalizados que nos dan la razón: son el sector e n c u e s t a d o más y mejor integrado en España, pero el 25% siguen enviando remesas a su país de origen y el 50% mantienen la esperanza de poder volver a su país, a pesar de haberse nacionalizado. Incluimos c o m o " n a c i o n a l i z a d o s " (con un asterisco) un número estimado de 10.000 personas procedentes de Cuba que en la primera mitad de los años sesenta vinieron a España y (13) La Encuesta i n c l u y e una s u b m u e s t r a de 148 " n a c i o n a l i z a d o s " (16,5% de los encuestados). 95 que no necesitaron nacionalizarse por ser ya españoles de nacimiento (que habían emigrado a Cuba) o hijos de españoles; algo semejante ocurre con unos 5.000 ecuatoguineanos que en el m o m e n t o de la independencia de su país (1968) prefirieron mantener la nacionalidad española y renunciar a la guineana, pero que por su origen e idiosincrasia eran originariamente guiñéanos. • Extranjeros con "permiso de residencia", según datos oficiales de 31 de diciembre de 1984, proporcionados por la Dirección General de Policía del Ministerio del Interior. • Extranjeros con "permiso de permanencia", según datos oficiales de la Dirección General de Policía que recogen el total de tales permisos concedidos durante 1984. • Extranjeros indocumentados, según nuestra propia estimación a partir del trabajo de campo exploratorio en todo el Estado español, realizado entre 1984 y 1986 (más de 150 entrevistas personales a informantes cualificados, 70 respuestas recibidas de otros tantos lugares a un Cuestionario de Evaluación Objetiva, más de 30 informes puntuales sobre inmigrantes de diversas regiones, etc.). Las estimaciones se han hecho cotejando todas las informaciones recibidas —con frecuencia contrapuestas— y tirando a la baja en aquellos casos en que la información parecía poco contrastada (así, por ejemplo, para alguna fuente oficial canaria, los centroafricanos en las islas podían llegar a 12.000, que nosotros hemos dejado en 4.000; en Huelva podría haber 10.000 portugueses, que hemos dejado en 6.000; en Cataluña, 35.000 marroquíes, que hemos dejado en 20.000, etc.). C o m p a r a n d o los resultados sobre " i n d o c u m e n t a d o s " que ahora ofrecemos con las estimaciones provisionales del Informe Intermedio de la presente investigación (diciembre de 1984), se puede observar una disminución global del 5,7% en los datos actuales. El margen de confianza de los datos presentados lo situábamos entonces en el 13% (entre 307.000 y 459.000 indocumentados) y ahora en el 5% (entre 343.000 y 379.000 indocumentados). Hemos evitado poner los intervalos de duda en la tabla estadística a fin de ganar en claridad. El número de extranjeros indocumentados del Primer Mundo presentes en España lo hemos estimado en 5.000 en base a diversas informaciones: los Albergues y Centros de Transeúntes registran casi siempre pequeños porcentajes de personas no documentadas procedentes de países europeos; por otra 96 C U A D R O 11 ESTADÍSTICA GENERAL DE INMIGRANTES EN EL ESTADO ORIGEN LEGALES INDOCUNaclonaliz. Residentes P«rm«n«n. MENTADOS — ESPAÑOL TOTAL Gran Bretaña Alemania Occidental Francia bstados Unidos Holanda Italia Bélgica Suecia Suiza Dinamarca Noruega Otros del Primer Mundo 1.007 652 2.403 148 206 1.282 310 84 204 74 34 1.305 35.263 27.052 16.925 11.292 9.740' 10.014 7.110 4.490 5.141 3.913 1.238 8.375 12.634 5.743 2.387 2.947 2.852 946 1.211 2.787 980 1.859 1.932 4.335 IOTAL PRIMER MUNDO .... 7.709 140.533 40.613 Portugal TOTAL 7.135 22.869 1.520 12,592* 267 241 5.153 967 1.809 1.329 1.901 555 1.587 5.019 2.011 1.130 8.881 2.597 4.031 1.561 2.219 5.805 4.692 4.145 1.639 447 3.324 1.716 1.877 935 846 4.868 2.497 5.000 4.000 7.000 25.000 7.000 20.000 8.000 6.000 5.000 15.000 26.756 7.917 8.818 42.358 12.280 28.717 11.825 10.966 16.228 23.776 Cuba Méjico Rep. Dominicana Argentina Colombia Chile Perú Uruguay Venezuela Otros latincam TOTAL AMERICA LATINA. — — — — — — — — — — — 48.904 33.447 21.715 14.387 12.798 12.242 8.631 7.361 6.325 5.846 3.204 14.015 5.000 (?) 193.855 26,9 45.000 76.524 27.401 37.946 22.294 102.000 189.641 China Filipinas India Irak Irán Jordania Líbano Siria Pakistán Otros de Asia 239 344 322 19 73 602 409 1.158 49 240 1.398 5.431 3.530 84 1.778 949 771 849 545 1.067 460 534 560 189 955 404 870 470 172 1.002 6.000 43.000 10.000 3.000 4.000 4.000 2.000 3.500 4.000 3.000 8.097 49.309 14.412 3.292 6.8Ü6 5.955 4.050 5.977 4.766 5.309 TOTAL ASIA 3.455 16.402 5.616 82.500 107.973 1.183 64 5.965* 342 5.172 513 357 1.626 1.198 325 609 1.485 87.000 11.000 8.000 26.000 94.553 11.902 14.931 29.453 7.554 7.668 3.617 132.000 150.839 545 1.032 280 Marruecos Argelia-Libia-Túnez Guinea Ecuatorial Otros de África TOTAL ÁFRICA Apatridas % - 1.857 TERCER MUNDO PORTUGAL 46.090 85.937 33.327 361.500 526.834 73,1 TOTAL INMIGRANTES % Fila 53.799 7,5 226.470 31,4 73.940 10.2 366.500 50,9 720.689 F U E N T E : Datos oficiales para los legales y estimación propia para los indocumentados. Se incluyen 10 000 cubanos y 5.000 guiñéanos "españoles" de origen. 97 parte, según datos de la polic'a, entre 1981-83 fueron expulsados por " i n d o c u m e n t a d o s " 697 extranjeros del Primer M u n d o (la mayoría de Alemania Occidental, Francia, Gran Bretaña e Italia). La estadística que presentamos no ha podido recoger el número de indocumentados que han regularizado su situación en el plazo dado por la Administración para la aplicación definitiva de la Ley de Extranjería (julio de 1985-marzo de 1986). Probablemente bastantes de los 45.000 inmigrantes que están tramitando su legalización ya gozaban antes de permisos t e m porales (de residencia o permanencia), pero aun c u a n d o todos fueran realmente " i n d o c u m e n t a d o s " , la regularización sólo habría alcanzado al 12,4% de los inmigrantes no documentados existentes en España, es decir, en lugar de 361.500 i n d o c u m e n tados, habría ahora 316.000. La causa de que más del 85% no hayan tramitado su d o c u m e n t a c i ó n no radica en la falta de interés sino en la exigencia de unos requisitos (como tener trabajo legal o justificar medios de subsistencia propios) i m p o sibles de cumplimentar. En este sentido, según nuestra Encuesta, incluso un 25,3% de los extranjeros que ha presentado los papeles para regularizar su situación son conscientes de que probablemente no les sea c o n c e d i d a por no haber podido justificar todos los requisitos (con lo que habrán puesto en evidencia ante la policía su estancia ilegal). El 21 de abril de 1986, un d o c u m e n t o suscrito conjuntamente por los Ministerios de Interior y de Trabajo reconocía el fracaso de las medidas de regularización de extranjeros (sólo se habían resuelto favorablemente hasta esa fecha el 16% de los casos presentados). El d o c u m e n t o señalaba que el principal escollo para la regularización era "la dificultad de presentar una d o c u m e n t a c i ó n adecuada que permita demostrar que han estado ejerciendo una actividad laboral, bien por cuenta propia o ajena, en nuestro país, con anterioridad al 24 de julio de 1985" (14). (Ver cuadro 11 y gráfica 12). (14) I n s t r u c c i ó n s o b r e c r i t e r i o s y p r o c e d i m i e n t o s para lograr la m á x i m a e f e c t i v i d a d en las medidas de r e g u l a r i z a c i ó n de extranjeros. D o c u m e n t o f i r m a d o por el D i r e c t o r General de la S e g u r i d a d del Estado y el S u b s e c r e t a r i o de T r a b a j o y S e g u r i d a d S o c i a l . 21 de abril de 1985. 98 GRÁFICA 12 INMIGRANTES EN ESPAÑA SEGÚN PROCEDENCIA Y ESTATUTO LEGAL Gran Bretaña A l e m a n i a Federal Francia Estados Unidos Holanda te ¡Bixtt-ttrttrth Italia Bélgica Suecia Suiza D i n a m a r c a .. Noruega Sffi O t r o s países e u r o p e o s rimum+t-w ^ Argentina Chile Cuba Venezuela \mmr-; Colombia Perú Uruguay República Dominicana Méjico Otros latinoamericanos Filipinas India China Irán Siria mi Jordania Paquistán Líbano Irak sm m i Otros de Asia zm IVICIi 1 Guinea Ecuatorial Argelia-Libia-Túnez Otros de África Portugal H Nacionalizados. R e s i d e n t e s 4- p e r m a n e n c i a s Indocumentados. 99 6. T I P I F I C A C I Ó N DE LOS EXTRANJEROS RESIDENTES. Los especialistas han dedicado mucha atención a la elaboración de tipologías adecuadas que pudieran servir para clasificar las migraciones internacionales. Según APPLEYARD, la tipología de trabajo generalmente aceptada en la actualidad incluye los siguientes tipos: — Inmigrante asentado (documentado, con trabajo legal, etc.). — Trabajador temporero (también legal, pero que acude transitoriamente al país, sin su familia y sin residencia propia). — Profesional transitorio (flujos temporales de técnicos y profesionales que acompañan a la circulación transnacional de capital). — Inmigrante clandestino (sin d o c u m e n t a c i ó n de residencia y que trabaja en la economía sumergida). — Refugiado (por razones políticas o ideológicas)(i5). Esta tipología nos parece muy dependiente de las condiciones de la inmigración presentes en el centro de Europa y en Estados Unidos tras la segunda guerra mundial (no distingue, por ejemplo, la e m i gración ligada al hecho colonial —desde Europa hacia el Tercer M u n d o — de la que se produce en sentido inverso). Por nuestra parte, creemos que una tipología adecuada a la inmigración española, con vistas a una investigación sociológica, puede ser la siguiente: — Inmigrante asentado (con la d o c u m e n t a c i ó n en regla, sea por nacionalización o por permiso de residencia-permanencia, y con un nivel de vida satisfactorio). Se incluyen aquí casi la totalidad de los extranjeros provenientes del Primer M u n d o y algo menos de un tercio de los provenientes del Tercer m u n d o y Portugal. En su origen, son personas que llegaron a España con un nivel cultural y recursos e c o n ó m i c o s suficientes para establecer sin dificultad en nuestro país. — Inmigrante económico (frecuentemente i n d o c u m e n t a d o , en la economía sumergida y con bajo nivel de vida). Se incluyen aquí un número muy reducido de extranjeros del Primer m u n d o y más de dos tercios de los provenientes del Tercer M u n d o y Portugal. Son personas que han a b a n d o n a d o su país acuciados por la pobreza y con la expectativa de mejorar en (15) (1984). " I n t e r n a t i o n a l M i g r a t i o n in a C h a n g i n g W o r l d " , en International Migration XXII 100 España su nivel de vida. Un sector de estos inmigrantes p u e den ser también exiliados políticos que unen a su c o n d i c i ó n de militantes la de asalariados con bajo nivel de vida (nivel de vida todavía nás deteriorado en el caso de los países d i c t a t o riales de d o n d e procede la mayoría de los refugiados políticos presentes en España). — Exiliado político (sólo una minoría reconocida oficialmente c o m o "refugiados", otros con permiso de residencia o permanencia y la mayoría de ellos i n d o c u m e n t a d o s ) . Son personas que han salido de su país al sentirse perseguidas o "asfixiadas" por el regímenes políticos con los que disentían (casi siempre dictaduras latinoamericanas, centroafricanas o del Medio Oriente). Según nuestras estimaciones, pueden ser en España más de 60.000, siendo muchos de ellos a la vez " i n m i grantes e c o n ó m i c o s " . A efectos del presente artículo, y teniendo en cuenta que nuestro principal objeto eran los inmigrantes económicos, hemos acotado la investigación empírica a los inmigrantes del Tercer M u n d o y P o r t u gal (ya que casi todos los provenientes del Primer m u n d o son " i n m i grantes asentados"). Tanto las exploraciones llevadas a cabo en t o d o el territorio nacional c o m o los G r u p o s de Discusión, la Encuesta y el análisis de los medios de c o m u n i c a c i ó n se han centrado en los extranjeros provenientes de esas latitudes. De este m o d o , se podrá ofrecer una imagen panorámica de los "inmigrantes e c o n ó m i c o s " que están en situaciones marginales con el c o n t r a p u n t o de aquellos otros inmigrantes del Tercer M u n d o que gozan de mejores c o n d i c i o nes de vida y que, con frecuencia, ni siquiera deben ser considerados c o m o "inmigrantes e c o n ó m i c o s " .