tÍtul-o - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP

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TESE DE DOUTORADO
tÍtul-o:
..A ONEROSIDADE EXCESSIVA NOS
CONTRATOS ALEATÓRIOS''
AUTOR:
ADALBERTO PIMENTEL DINIZDE SOUZA
PROFESSOR ORIENTADOR:
PROF. DR. ANTONIO CARLOS MORATO
F.qcul¡aoo on Drnuro
UwrvensroADc DE SÃo
DA
Paulo
Sao P,suro - 2014
RESUMO
Estudo sobre a possibilidade de revisão do contrato aleatório por
superveniente onerosidade excessiva
de uma das
partes
contratantes em virtude de acontecimentos extraordinários
e
imprevisíveis. Mesmo diante de um posicionamento vacilante de
vários teóricos a respeito desse tema, a tendência é a plena
possibilidade da revisão e até mesmo a extinção do contrato
aleatório por conta da superveniente e imprevista onerosidade
excessiva ocorrida no curso do cumprimento da avença,
à luz
das modernas diretrizes do Direito Civil, sobretudo
se
considerada a necessidade de adequação do direito positivo às
soluções que melhor se amoldem à estabilização das relações
contratuais, de modo
a evitar o
desequilíbrio além da âlea
contratada. De um ponto de vista criterioso,
é
plenamente
possível prever situações que, no contrato aleatório, permitam
e
justifiquem evitar a perpetuação do ônus excessivo e nocivo
imposto a uma das partes contratantes em razáo de indesejáveis
e imprevisíveis eventos supervenientes.
Palavras-chave: contrato aleatório; risco; âlea; onerosidade
excessiva.
ABSTRACT
Study on the possibility
impracticability
or
of
aleatory contract review for
supervening excessive burden
of
a
contracting party by virtue of extraordinary and unpredictable
events. Even with an unsteady position of many theorists on this
subject, the tendency is the
full possibility of review and even
the resolution of aleatory contract due to the supervening
excessive burden or impracticability occurred in the course of
fulfillment of the covenant, according to the guidelines of the
modern
civil law, especially when considering the
need to adapt
the positive law to the right solutions that are best conformed to
the stabilization of contractual relations, in order to avoid the
imbalance beyond
perspective,
and
the contracted alley. In an
it is fully
insightful
possible to foresee situations that permit
justify, in an aleatory contract, to avoid the perpetuation of
excessive and harmful burden imposed on a contracting party by
reason
ofthe occuffence of unwanted and unpredictable events.
Keywords: aleatory contract;
impracticability.
risk; alley; frustration,
l0
INTRODUÇAO
Quem contrata confia no cumprimento do acordo ajustado
e projetado
no
futuro, ou seja, quando a execução não é imediata. "Contratar é prever. O contrato é um
empreendimento sobre
o futuro."l Assim, é possível afirmar, sem a pretensão de definir,
que o contrato constitui um "mecanismo para
a realização de finalidades
socialmente
relevantes"2 por meio do qual os contratantes, além do objeto contratado, preveem seus
direitos e obrigações, pagamentos, prazos, responsabilidades, vigência e outros aspectos
que fazem parle da avença e se prestam à satisfação de necessidades.
De acordo com o que é lícito, possível e determinado ou determinável,
os
contratantes têm, segundo a autonomia privada, a liberdade de entabular vínculos jurídicos
que, na práúica, tornam-se lei entre as partes, como mandamento do princípio secular pacta
sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos), verdadeiro paradigma do cumprimento
contratual, para que a previsão expressa no contrato constitua a segurança necessária parua
satisfação das obrigações contraídas. É essa, na verdade, a expressão primeira do pacta
sunt servanda, que tutela o interesse do credor quanto ao recebimento da prestação que lhe
é devida e, por outro lado, obriga o devedor a cumpri-la. O contrato tende a ser um
elemento que se presta à redução da incerl.eza.
Por isso, é possível extrair da lição de José de Oliveira Ascensão que, quando
do cumprimento do contrato, ou de sua análise pelo intérprete no caso de litígio, devem ser
observadas
a
"bases
do
negócio"
ou, como denominam os
germânicos,
Geschciftsgrundlage, ou seja, as circunstâncias em que as partes celebraram a avença, para
que se possa projetar o
fim almejado pelas partes em consonância com o que imaginaram.
Segundo o referido mestre português, "a realidade histórica que explica o negócio é deste
modo constitutiva da vinculatividade do negócio. Não é conteúdo do negócio
-
não
pertence ao seu clausulado. Mas é um pressuposto de se negociar".3
' RIPERT, Georges. A regra moral nas obrigações civrs, p. 156.
de; e outros. Comentários ao Código Civil Brasileiro, v. 5: Direitos das obrigações, p. 10.
' ASCENSÃO, José de Oliveira. Alteração das circunstâncias e justiça contratual no novo Código Civil.
Revisla Trimestral de Direito Civil, v.25, p. 93.
'ASSIS, Araken
il
A
experiência revela que, diante da complexidade das relações humanas, é
cada vez mais recomendável que as paftes contratantes acautelem-se
providências necessárias para,
o quanto possível, fazer do
e tomem as
instrumento contratual um
retrato fiel de suas vontades, sem descurar dos riscos que possam surgir durante a sua
execução.
No contrato, instrumento lançado em prol da circulação de riquezas, é natural
que os contratantes preocupem-se em prever os riscos a que estão expostos, buscando
evitar, nas cláusulas contratuais, surpresas indesejáveis, a exemplo dos conflitos derivados
do descumprimento e, ao que nos interessa, dos eventos que acabam por onerar por demais
uma das partes. Mas
"o contratante, em regra, preocupa-se, especialmente, com os efeitos
principais do contrato. Descuida-se dos porrnenores e das consequências secundárias".4
Não obstante a mais acurada previsão dos riscos e acontecimentos, inúmeros
são os eventos que podem influenciar ou, até mesmo, impedir a execução do contrato, por
mais bem detalhado e completo que seja
o instrumento. Na préttica, sabe-se como
um
contrato se inicia, não como termina. O contrato pode sofrer inúmeras influências externas
que acabam por impactar
o
cumprimento imaginado pelas parfes
no momento
da
contratação, como, por exemplo, alterações de ordem climática, econômica, social
e
política. 'No caso brasileiro, dominado pela inflação crônica, o conhecimento de índices
é
indispensável tanto para garantir equilíbrios contratuais, quanto para proceder a avaliações
equitativas."s
De acordo com a lição de Georges Ripert, "O direito romano primitivo pouco
se tinha importado com
o desequilíbrio posterior à formação do contrato".6
renomado professor de Bolonha, naltáilia, no século
Graciano,
XII, conforme lembra Paulo Carneiro
Maia,7 é tido como precursor de uma cláusula que refletia as ideias de São Tomás de
Aquino, defensor da possibilidade de revisão contratual em razáo da superveniência de
circunstâncias imprevisíveis e extraordinárias. Surgia, então, na Idade Média, a conhecida
cláusula rebus sic stantibus.
u
ANDRADE,DaTcy Bessone de Oliveira. AspecÍos da evolução da teoria dos contratos, p. 103.
Eduardo de Oliveira. Monografia jurídica, p. 171.
RIPERT, Georges. A regra moral nas obrigações civis, p. 137.
t MAIA, Paulo Carneiro. Da
cláusula rebus sic stantibus, p. 37.
' LEtTE,
u
12
Como relativizaçáo do puctct sunt servoncla, toi admitida a resolução judicial
do contrato por onerosidade excessiva superveniente com a finalidade de restabelecer o
equilíbrio entre as paftes afetadas pelo desequilíbrio pós-contratual. Trata-se, pois, do
conceito da cláusula rebus sic stantibu.!', por vezes chamada genericamente de "Teoria da
Imprevisão", atualmente expressa pela possibilidade de resolução do contrato em razão da
superveniente onerosidade excessiva.
Na ltália, é referida como ri.soluzk¡ne del contrato
per eccesiva onerosità.t Nu Frunça, imprévisir.¡n.e Na Inglaterra, refbrem-se os teóricos
chamada frustratíontj
exce
ou impracticuhilily.tt Na Argentina,
sivamente oneroso. Na Alema nha,
A
We
gfull
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Ge sc
à
re,solución clel conlroto
htiJtsgru ncilu¡¡e.t2
ideia de possibilidade de resolução judicial do contrato por conta
da
superveniente onerosidade excessiva de uma das parles ganhou força, modernamente, em
plena Primeira Guerra Mundial, a partir do célebre julgamento ocorrido em 30 de março de
1916, em questão travada pela Compagnie Génerale d'Éclairage de Bordeaux e a cidade de
Bordeaux, na França. Surgia, assim, a Teoria da Imprevisão, a partir da conhecida Lei
Failliot, na França, de 2l de janeiro 1918, que possibilitou a sua aplicação para permitir,
diante da alteração das circunstâncias contratuais em razão de eventos imprevisíveis
e
extraordinários, a revisão judicial do contrato de modo a extingui-lo ou alterá-lo, a fim de
restabelecer o equilíbrio entre as paftes tal como previsto no início do contrato.
Contudo, a possibilidade de resolução ou revisão do contrato por conta da
alteração das circunstâncias, ainda no século
XX, foi vista com
reservas, tendo Georges
Ripert asseverado, ainda na primeira metade daquele século, que "admitir a revisão dos
contratos, todas as vezes que se apresente uma situação que não
foi prevista pelas
seria tirar ao contrato a sua própria utilidade que consiste em garantir
partes,
o credor contra
o
imprevisto".l3
t O Código Civil
italiano se ocupa do tema nas regras dos artigos 1.467, 1.468 e 1.469, transcritos
segundo capítulo deste trabalho.
'Na França, a Teoria da Imprevisão teve aplicação restrita ao Direito Administrativo.
no
'0 De acordo com José Félix Chamie, no artigo Fruslation of confract e impossibility of pedormance en el
common lav inglés, publicado na Revista de Derecho Privado, n. 16, p. l9l, entende-se por fntstration a
impossibilidade de realizar a finalidade do contrato por conta de eventos externos.
rl Segundo referido, sinteticamente, por Paolo Gallo, na obra Soprawenienza Contrattuale e problemi dÌ
gestione del contratto, p. 5T,frustration corresponde à impossibilidade de atingir o escopo do contrato e
impracticabilily, ao aumento da dificuldade de execução do contrato.
'' O Código Civil alemão, o Bürgerliches Cesetzbuch (BGB), no parágrafo 313, prevê a possibilidade de
resolução do contrato por onerosidade excessiva superveniente.
'' RIPERT, Georges. A regra moral nas obrigações civis, p. 156.
l3
Ao longo da história, as leis refletiram os momentos em que estavam inseridas.
Se as leis são regras de convivência e derivam de um dado ambiente social, político e
econômico, os contratos, da mesma forma, inserem-se em um cenário pafticular, de
circunstâncias próprias, que precisam ser analisadas de forma a não prejudicar o equilíbrio
entre as paftes, em privilégio aos princípios da boa-fe e da função social do contrato,
estampados na legislação
civil em vigor. Ademais, a moderna
compreensão
do Direito
Civil, bem como dos princípios que o nofteiam, tende ao favorecimento da igualdade entre
as partes, da boa-fé, bem como do reconhecimento de que
o
contrato desempenha
verdadeira função social. O direito não tolera o desequilíbrio e a desigualdade.
Conforme a lição enfática de Álvaro Villaça Azevedo, "o Direito não suporta o
enriquecimento sem causa, seja por que motivo for".14 Sendo assim, por conta da alteração
das circunstâncias contratuais em virtude de evento imprevisível, acompanhada do
desequilíbrio das prestações, a onerosidade excessiva de uma das partes pode constituir
causa para a resolução superveniente do contrato.
É certo que, se as paftes se compuserem de modo adequar ou extinguir o
contrato diante da superveniente onerosidade excessiva, não será necessária a intervenção
do Poder Judiciário, que somente intervirá no caso de conflito, assim como a arbitragem,
caso prefiram os envolvidos.
O Código Civil de 2002 não previu,
expressamente,
o princípio pacta sunt
servanda. No entanto, no nítido interesse de estabelecer a paridade contratual, privilegiou a
boa-fe (art.422), a função social do contrato
(art.42l), e, apar
dessas normas, conjecturou
a possibilidade de resolução judicial do contrato por conta da superveniente onerosidade
excessiva, se consideradas as circunstâncias de sua celebração.
Há casos, não raros, em que o ajuste expresso pelas paftes no contrato não
é
suficiente para regular a solução de um impasse entre elas em ruzão de uma circunstância
absolutamente nova, impensada, imprevisíve1, que influencia as "bases do negócio",
'u
VILLAçA
^ZEVEDO,
p.5.
exlinção dos contratos,
Álvaro. Inaplicabilidade da teoria da imprevisão e onerosidade excessiva
na
t4
tornando assaz onerosa a prestação de uma das paftes diante do que tbi irnaginado quando
da ocasião da contratação.
Nos contratos de execução difèrida e nos contratos de duração (execução
periódica ou continuada), caso haja mudança substancial e imprevisível das circunstâncias
que permeiam o cumprimento contratual, pode ser que ocorrarx cvcntos que impliquem em
ônus demasiado para uma parte
e
vantagem excessiva para outra, quebrando, dessa
maneira, o equilíbrio contratual privilegiado e querido pelo Direito.
A
possibilidade
de
resolução dos contratos
por
onerosidade excessiva
superveniente situa-se, pois, no âmbito dos remédios jurídicos contra
o cotnetimento
de
Neste trabalho, não trataremos da onerosidade excessiva anterior
ou
inj ustiças.
concomitante à celebração do contrato. Interessa-nos, apenas, a onerosidade excessiva
superveniente ao momento da contratação, tal como previsto nas regras dos artigos 317,
478
e
479 do Código Civil, além da regra do art. 6,
V, do Código de Defesa do
Consumidor, notadamente no que diz respeito aos contratos aleatórios, por conta do
importante papel que esses contratos atualmente desempenham na economia e em razão da
vacilante orientação até agora manifestada pela doutrina a respeito da possibilidade, ou
não, da resolução do contrato aleatório por conta da superveniente onerosidade excessiva.
Quando eventos imprevisíveis ocorrem, eles também incidem no âmbito dos
contratos em que as prestações das partes não são equivalentes, como é
o caso dos
contratos aleatórios. Yale dizer, desde já, de acordo com a lição de Orlando Gomes, que
"aleatório é, em suma, o contrato em que, seguramente, é incerto o direito à prestação,
como no jogo, a duração desta, como na renda vitalícia, ou a individuação da parte que vai
supri-la, como na aposta".ls Assim, se
a
incerÍeza
é
inerente
à
preocupação dos
contratantes com relação ao cumprimento dos contratos em geral, ela é ainda mais evidente
nos contratos aleatórios, que são aqueles caracferizados pela dúvida na apropriação de
lucro ou verificação de prejuízo em virtude do cumprimento da prestação.
't GOMES, Orlando. Contratos, p.80.
l5
E certo, pois, que a onerosidade excessiva é reconhecida pela lei como causa
possível à resolução judicial do contrato. Há quem defenda, categoricamente, que não teria
lugar no âmbito do contrato aleatório a aplicação da resolução judicial por onerosidade
excessiva superveniente. E, para confirmar essa afirmação, vale notar
o
entendimento
o qual "não se tratarâ, enfim, de revisão se o
contrato tem um caráter aleatório".l6 Orlando Gomes foi categórico ao afirmar que "a
rescisão por onerosidade excessiva cabe unicamente nos contratos comutativos. Nos
categórico de Georges Ripert, segundo
aleatórios, obviamente não se justifica".l7 Também Caio Mario da Silva Pereiral8
manifestou-se contrariamente à possibilidade de resolução do contrato por onerosidade
excessiva superveniente.
No entanto, a par do crescimento econômico brasileiro, da proliferação dos
contratos aleatórios e, naturalmente, dos riscos contratuais, bem como da importância que
esses contratos atualmente possuem
no mundo dos negócios, a exemplo dos contratos
aleatórios de venda e compra ou de seguro, cumpre estampar, em conjunto com
as
modernas regras e diretrizes que norteiam a teoria geral dos contratos, o entendimento de
que o contrato aleatório, tal como expressamente previsto no Código Civil Argentino,le
pode sujeitar-se à resoluçãojudicial por conta da superveniente onerosidade excessiva.
Se os contratos aleatórios são relevantes para o mundo dos negócios e, em
muitos casos, são evidentes os problemas econômicos enfrentados pelas partes em razão
dos eventos imprevisíveis que surgem no curso da execução contratual,hâa demanda por
uma reflexão jurídica que, conforme será defendido neste trabalho, não permita
afirmação singela de que "quanto aos contratos aleatórios não
se
a
justificaria a aplicação da
Teoria da Imprevisão".
Procuraremos demonstrar neste trabalho que simplesmente alijar
o
contrato
aleatório da possibilidade da resolução judicial por conta da superveniente onerosidade
'u RIPERT, Georges. A regra moral nas obrigações civis, p. 160.
'tGOMES, Orlando. Idem, p.200.
l8
Segundo Caio Mario da Silva Pereira, no v. 3, p. 142 das tnstituições de Direito Civil, "nunca haverá lugar
para a aplicação da teoria da imprevisão naqueles casos em que a onerosidade excessiva provém da álea
normal e não do acontecimento imprevisto, como ainda nos contratos aleatórios, em que o ganho e a perda
não podem estar sujeitos a um gabarito predeterminado".
'n Na Argentina, de acordo com a regra do art. 1.198 do Código Civil de 1968, foi reconhecida a
possibilidade de extinção do contrato aleatório por conta da onerosidade excessiva superveniente.
t6
excessiva não é a solução adequada conforme
função social do contrato
- e o sistema
o equilíbrio contratual previsto na lei
-
a
da tão conhecida cláusula rehu:s sic stantihu,s.
Nesse aspecto, vale indagar: no contrato aleatório, seria possível socorrer a
parte que se encontra onerada muíto além da álea normal do contrato por conta de evento
imprevisível, superveniente à contratação? Qual a medida do desequilíbrio contratual em
um contrato sabidamente sujeito ao risco? O contrato aleatório pode ser extinto ou revisto
por conta da superveniente onerosidade excessiva de uma das partes? Sendo possível
a
extinção do contrato aleatório por onerosidade excessiva, qual a medida da revisão a que
está adstrito o aplicador do direito, em atendimento ao comando legal e à garantia do
cumprimento do contrato?
As respostas a tais perguntas não nos parecem respondidas de acordo com
a
parte da doutrina que trata, corriqueiramente, da possibilidade de resolução judicial do
contrato
-
comutativo
-
por conta da superveniente onerosidade excessiva.
O contrato aleatório, exatamente por estar ligado àincerteza e ao risco, revela
uma complexidade maior que a dos contratos comutativos no tocante à detecção dos
limites da âlea contratada pelas partes e, a parl.ir daí, ao reconhecimento da onerosidade
excessiva a quem, no momento da contratação, assumiu o risco da prestação aleatória,
sujeita à sorte, com probabilidade de ganho ou perda.
Tentaremos provar que os contratos aleatórios, que diferem dos comutativos
por conta da âlea neles envolvida, estão sujeitos, sim, a eventos imprevisíveis
que
justificam a resolução por conta da onerosidade excessiva. Para esse fim, buscaremos
fundamentos históricos, doutrinários e legislativos, ainda que estrangeiros, para permitir a
nítida defesa do entendimento de que o contrato aleatório, com o cuidado devido, pode ser
resolvido por conta da superveniente onerosidade excessiva.
Trata-se, pois, de um entendimento possível
e
útil de que o contrato aleatório
pode ser resolvido, ou até mesmo revisado, em razão da superveniente onerosidade
excessiva, em privilégio à função social do contrato.
167
CONCLUSAO
Ciente da orientação vacilante da doutrina
a respeito da possibilidade de
resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva superveniente, bem como dos
reflexos práticos dessa orientação, procuramos, ao longo dos capítulos deste trabalho, de
acordo com a pesquisa realizada e exposta, promover contribuição original para o Direito
de modo a esclarecer,apaÍ da questão principal inicialmente proposta, se é admissível, ou
não, a resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva superveniente.
Com base na reflexão sobre a doutrina nacional e estrangeira, além
da
referência explícita à legislação argentina e peruana, a resposta à questão principal deste
trabalho foi exposta no capítulo 4, no qual constatamos a possibilidade de resolução do
contrato aleatório por onerosidade excessiva superveniente. A regra do art. 478 do Código
Civil brasileiro exige que, para a resolução do contrato, é necessário que ele seja de
execução diferida ou de duração, e que um fato superveniente imprevisível ou
extraordinário (além da álea normal do contrato) acarrete onerosidade excessiva ao
devedor, com presumível vantagem
ao credor. E plenamente possível gue, como
comprovado no capítulo 6, o contrato aleatório seja de execução diferida ou de duração
e
que um fato superveniente seja caracterizado como imprevisível ou extraordinário, ou seja,
além da álea normal do contrato aleatório, acarretando onerosidade excessiva ao devedor.
Se no contrato aleatório as partes assumem
a
incerteza
e o risco como
elementos cruciais do negócio, há limites, previstos ou previsíveis, aos quais se sujeitam,
de acordo com a álea normal contratada. Mesmo no contrato aleatório, diante da incerteza
que recai sobre a prestação, a superveniência de um evento imprevisível e extraordinário,
além do risco contratado, é capaz de ensejar a onerosidade excessiva e, desse modo,
justificar
a resolução
do contrato.
As regras do art. 1.198 do Código Civil argentino e dos artigos 1.440 e 1.441
do Código Civil peruano são expressas ao admitir que, mesmo no contrato aleatório,
o
evento superveniente que extrapola o risco imaginado pelas partes e desvirtua a equação
financeira original do contrato pode ensejar
a
resolução
do contrato aleatório
por
t68
onerosidade excessiva. Poftanto, as leis argentina e peruana corroboram o entendimento de
que é possível a resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva.
Diante da importância financeira desempenhada pelo contrato aleatório na
economia, bem como em consideração à tendência da jurisprudência moderna, conforme
referido no capítulo 6, não há sentido para a afirmação singela de que o contrato aleatório
não estaria sujeito à resolução por onerosidade excessiva superveniente.
A
constatação
concreta da possibilidade de resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva,
reiterada pela possibilidade legal atualmente prevista nos códigos
civis peruano e
argentino, corrobora essa afi rmativa.
A par da orientação
estrangeira, durante todo
doutrina italiana relativa ao Código
Civil italiano de
o trabalho, muito nos serviu
1942, base para
a
o Código Civil
brasileiro vigente, na temática da onerosidade excessiva. Desse modo, aproveitamos em
grande medida a experiência acumulada dos doutrinadores italianos a propósito do temas
álea, risco
e onerosidade
excessiva para extrair muitas das premissas necessárias
às
conclusões expendidas neste trabalho.
e brasileira a propósito da
do Código Civil não veda a resolução do
Apesar da semelhança entre as regras italiana
onerosidade excessiva,
a regra do ar1. 478
contrato aleatório por onerosidade excessiva, como ocorreu no correspondente art. 1.469
do Código Civil italiano, o que permite concluir que é possível, por mais esse motivo, a
resolução do contrato por onerosidade excessiva no Brasil. Vale notar, ainda, que mesmo
na ltália, diante da referida norma proibitiva, há o entendimento de que o contrato aleatório
pode, sim, ser resolvido por onerosidade excessiva se o evento superveniente se inserir na
álea anormal ou extraordinária do contrato.
A propósito da justificativa para a admissibilidade da resolução do contrato
aleatório por onerosidade excessiva, não se nega que a temática 'onerosidade excessiva'
tem origem na cláusula rebus sic stantibus, revitalizada na Teoria da Imprevisão. Há,
ainda, outras teorias, como a Teoria da Base do Negócio, que aperfeiçoou a fundamentação
da matéria de modo a permitir a resolução do contrato por onerosidade
excessiva
superveniente. Não há, entretanto, na doutrina relativa à cláusula rebus sic stantibus,
tampouco na Imprevisão, referência à possibilidade de resolução do contrato aleatório por
t69
onerosidade excessiva. Já em relação à Teoria da Base do Negócio, parece-nos possível
invocar a possibilidade de resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva por
conta do superveniente desaparecimento das bases do negócio.
Conforme pudemos apurar, a justificativa cabal para
resolução
do contrato aleatório por
onerosidade excessiva
é
a
possibilidade de
explicada, conforme
comprovado no capítulo 5 deste trabalho, de acordo com a função social do contrato,
expressa no
art. 421 do Código Civil, assim entendida como a sua causa concreta. É que,
ao celebrar o contrato aleatório, mesmo diante da incefteza sobre a apropriação de lucro ou
assunção de prejuízo, as partes contratam mediante certas premissas,
ou seja, de acordo
com a finalidade com a qual contratam. Se, no curso do contrato, por conta de um evento
extraordinário, é quebrada a equação econômica contratual original, muito além do risco
próprio do contrato aleatório, é de se reconhecer a ineficácia contratual superveniente por
conta da ausência da função social do contrato, ou seja, da razão justificadora da
celebração
do contrato. O contrato merece ser resolvido se, no curso da
execução,
desaparece arazão ou a finalidade quejustifica a celebração ocorrida.
Assim, o recurso à boa-fé, outrora utilizado pelos alemães para justificar
a
resolução do contrato por onerosidade excessiva, não serve de substrato parajustificar, de
outra forma, a resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva.
A boa-fe é norma
de conduta e dever acessório da parte no contrato. Não há dúvida de que deve
observada
a
ser
boa-fé mesmo na hipótese de dissolução do vínculo contratual, mas,
exatamente por ser norrna de conduta, ela não justifica o remédio da resolução do contrato
aleatório por onerosidade excessiva.
Do mesmo modo, a equidade não serve de fundamento para a resolução do
contrato por onerosidade excessiva. Entendida como meio de aplicação da justiça no caso
concreto, é indubitável que o julgador age com equidade quando decide pela resolução do
contrato por onerosidade excessiva, mas
a
vagveza
ea
elasticidade do conceito de
equidade não permitem a justificativa completa para a aplicabilidade da resolução do
contrato aleatório por onerosidade excessiva, sobretudo porque no contrato aleatório
partes sujeitam-se
à
incerteza. ao risco, e
o remédio legal da onerosidade
as
excessiva,
embora não prescinda da aplicação dajustiça ao caso concreto, reclama a configuração de
170
critérios objetivos, que, estribados na f,unção social do contrato, ou melhor, no seu
desaparecimento, justifìcam a resolução do contrato aleatório por onerosidade excessiva.
A
conclusão de que o contrato aleatório pode ser resolvido por onerosidade
excessiva superveniente, a par da exposição de motivos doutrinários e legais, ainda que
estrangeiros, e a demonstração de que a aferição da função social do contrato constitui a
justificativa fundamental para a possibilidade de resolução do contrato por onerosidade
excessiva evidenciam, de modo contundente,
a contribuição original ao Direito
que
pretendemos por meio deste trabalho.
Antes de esclarecer a questão central do trabalho, conforme acima exposto,
paraa perfeita compreensão do tema foi preciso demonstrar, no capítulo l, o significado de
âlea,o qual, na prëttica, equivale ao de risco, e que as partes, quando contratam, preveem os
riscos a que devem se submeter, de acordo com a álea normal do contrato, correspondente
aos eventos previstos e previsíveis que podem ocorrer no curso do cumprimento contratual.
Se para
a
resolução do contrato aleatório
é
necessária
a
superveniência de evento
extraordinário e imprevisível, é certo que não merecem o abrigo do remédio legal da
onerosidade excessiva superveniente os eventos que se situam na âlea normal do contrato.
Defendemos, assim, que
o
evento extraordinário
e
imprevisível se situa na âlea
extraordinária do contrato, ainda que aleatório.
O debate sobre o conceito de contrato aleatório e suas respectivas espécies,
a
exemplo do contrato de seguro, eminentemente aleatório, bem como dos demais modelos
mencionados, conforme explícito no capítulo
2, foi necessário para a delimitação e o
esclarecimento do escopo do trabalho, além da exposição das nuances que os diferem do
contrato comutativo, ao qual não cabe dúvida sobre a aplicação da resolução do contrato
aleatório por onerosidade excessiva. Ocorre que, de fato, diante da complexidade dos
negócios, não é incomum tomar um contrato comutativo por aleatório, e, na prática, essa
confusão pode significar impedimento para a resolução do contrato, principalmente se o
julgador entender que
o
contrato aleatório não pode ser resolvido por onerosidade
excessiva superveniente. Na realidade, a ëilea identificada como causa
ot
razáo do contrato
constitui elemento fundamental para sua qualificação como aleatório. Assim ocoffe com o
jogo, com a aposta, com a constituição de renda vitalícia, com o seguro e com a operação
de venda e compra tida como aleaTória. Não é o fato de um contrato dizer respeito
à
171
prestação futura, por exemplo, que o qualifica, pura e simplesmente, como aleatório, mas
sim a circunstância de as partes estarem eminentemente sujeitas ao risco, à incefteza, como
razão principal do negócio.
É ceno que a possibilidade de resolução do contrato por onerosidade excessiva
superveniente não implica na derrocada do pacta sunt servanda, mas, conforme defendido
no capítulo 3 deste trabalho, eventos supervenientes à celebração do contrato
podem
ocoffer de forma a ensejar a dissolução do vínculo como alternativa possível a evitar que,
injustamente, sacramente-se o desequilíbrio da equação econômica contratual inicial. No
curso do contrato, os princípios da sua função social e da boa-fe desautorizam, por
complemento, que se estabeleça entre as paftes uma relação de desequilíbrio. Nesse
aspecto, se no contrato aleatório é natural que ocorra o desequilíbrio da equação econômica
por conta do risco econômico assumido pelas partes, quanto à incerteza de lucro ou
prejuízo, os referidos princípios da função social do contrato
e da boa-fe não
são
congruentes com o desequilíbrio contratual, além dos riscos econômicos contratados, o que
pode ensejar, como já mencionado, a resolução do contrato.
No âmbito da autonomia privada, de acordo com o que é lícito e possível,
é
certo que as partes podem ajustar livremente o modo como pretendem satisfazer suas
necessidades e cumprir suas obrigações. Desse modo, conforme concluímos no capítulo 6
deste trabalho, é possível renunciar previamente à possibilidade de resolução do contrato
aleatório por onerosidade excessiva superveniente. Defendemos, poftanto, que a norma do
art. 478 do Código Civil não reflete preceito de ordem pública, do qual as partes
não
podem abrir mão.
Se as partes podem renunciar à resolução do contrato aleatório por onerosidade
excessiva superveniente, podem, do mesmo modo, ou seja, com fundamento na autonomia
privada, estabelecer a possibilidade de resolução ou revisão do contrato a depender da
ocorrência de determinado risco.
Nesse contexto, a resolução ou revisão do contrato aleatório pode ocorrer no
âmbito das relações de consumo. Não
é de se excluir, ademais, nas relações
consumeiristas, a possibilidade de resolução ou revisão em beneficio do fomecedor. No
entanto, as regras que permitem a dissolução ou revisão do vínculo merecem ser sopesadas
172
à vulnerabilidade do consumidor, o que,
prëúica, pode representar óbice à resolução ou revisão do contrato em benefício
conjuntamente com a proteção conferida
na
do
fornecedor.
Para evitar a dissolução do contrato, a revisão, conforme previsto nas regras
dos artigos 317 e 479 do Código
Civil, afigura-se como alternativa viável paraa salvação
do contrato. Quando da viabilidade da revisão do contrato, as partes dependem
da
equidade, a ser aplicada pelo julgador, de modo a estabelecer o equilíbrio alterado pelo
evento extraordinário superveniente. Todavia, se no contrato aleatório não há que se falar
em equilíbrio das prestações dos contratantes, como exaustivamente exposto, ao julgador
cabe rever o contrato de modo a restabelecer aâlea normal do contrato, que, obedecendo a
critério objetivo, deve ser mensurada financeiramente. Ademais, como defendemos
no
capítulo 7 deste trabalho, ao juiz ou ao árbitro não cabe interferir no clausulado do contrato
estabelecido entre as partes. Na mesma medida, defendemos que o papel do julgador, na
revisão do contrato por conta de onerosidade excessiva, diz respeito à revisão do aspecto
econômico estabelecido entre as partes e, quando muito, à declaração de ineficácia de
cláusula contratual que conflite com a referida revisão.
Por conta da pesquisa realizada, do trabalho exposto e à luz das conclusões
expendidas, esperamos que
o
empenho empregado neste trabalho tenha revelado os
e as constatações devidos para as respostas úteis e necessárias ao
reconhecimento da possibilidade de resolução e revisão do contrato aleatório por
esclarecimentos
onerosidade excessiva superveniente.
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