Fichero PDF - Biblioteca Digital de la Comunidad de Madrid

Anuncio
I
!»»».
EPILOGO DE UNA C U L P A .
EPÍLOGO DE U N A CULPA.
DRAMA
EN TRES ACTOS Y E N VERSO,
ORIGINAL
D E
JOSÉ MARlA DE ORTEGA MOREJON.
Estrenado en el Teatro ESPAÑOL de Madrid la noche del 30 de Enero
de 1885.
MADRID.
I M P R E N T A D E JOSÉ
Calvario,
RODRIGUEZ,
núm. 18.
1885.
ACTORES.
PERSONAJES.
MAGDALENA
SRAS. CIBERA
MARÍA
MARGARITA
ANTONIO
C
A
B
A
S
A
R
D
D
-
0
'
0
Vico
SRES.
FERNANDO
BALAGÜER
ISIDORO
ClRERA.
La escena en Madrid.—Época actual.
Esta
miso,
obra
es
p r o p i e d a d de s u autor, y
reimprimirla
U l t r a m a r , n i e n los
n i representarla en
nadie podrá,
España
países con quienes h a y a
y
sus
sin
su
per-
posesiones
celebrados ó
se
de
celebren
en adelante tratados internacionales de propiedad l i t e r a r i a .
E l a u t o r se r e s e r v a e l d e r e c h o d e t r a d u c c i ó n .
Los c o m i s i o n a d o s de l a G a l e r í a L í r i c o - D r a m á t i c a , t i t u l a d a e l T e a t r o ,
de D O N F L O R E N C I O
FISCOWICH,
de conceder ó n e g a r
el p e r m i s o de
son los encargados
exclusivamente
r e p r e s e n t a c i ó n y d e l c o b r o de
derechos de p r o p i e d a d .
Queda hecho el depósito que m a r c a l a l e y .
fos
ACTO PRIMERO,
Sala m u y elegante.
con v e r j a
Puertas laterales: u n a de ellas, cerrada
y cristales, dá a l jardín.
C h i m e n e a , sobre
la
cua! h a y u n retrato de M a g d a l e n a . P u e r t a a l fondo.
ESCENA
ISIDORO,
M A R I A
PRIMERA.
como d e s p i d i e n d o á I s i d o r o c e r c a de l a
puerta d e l fondo.
ISIDORO.
MARÍA.
Volveré...
Pero.,.
¿imaginas
que no me cuesta trabajo?...
Pero me mandan que calle,
y, por consiguiente, callo.
—Dejo á t u madre advertida
lo bastante. Sin embargo,
cuida t ú de prepararla
á una e m o c i ó n . . .
MARÍA.
¿ E S acaso
que m i padre?...
ISIDORO.
Acaso sea;
pero M a r í a . . .
MARÍA.
¿Dios santo!
Hable usted.
IsmoBO. (Vacilando.)
T ú eres tan buena*
ISIDORO.
— 6—
y t a n s e n s i b l e . . . M e m a r c h o : (Resuelto.)
no quiero r o m p e r l a s órdenes
que por escrito me h a n dado.
No olvides que la ventura
tiene al dolor por hermano:
prepara á t u pobre madre
para que pueda aguantarlo,
y recuerda aquellos versos
que siempre consuelan algo:
«Aquí p a r a v i v i r en santa c a l m a ,
ó sobra l a m a t e r i a , ó s o b r a e l a l m a . »
MARÍA.
N o sé q u e p e n s a r . . .
ISIDORO.
(Mirando el reloj.)
Y a le e s t a r á n
L a s once.
esperando.
MARÍA.
¡Ah!
I S I D O R O , T e dejo c o n t u h e r m a n a .
Adiós. No olvides m i encargo.
ESCENA í¡.
MARÍA,
MARGARITA.
MARÍA.
(¿Será posible?)
MARG.
¿En q u é p i e n s a s ?
— Y o me voy incomodando
con la tardanza. Parece
que c u a n d o m á s l e e s p e r a m o s ,
m á s tarde l l e g a .
A ú n es p r o n t o .
¿Qué es p r o n t o ? L a s once y c u a r t o .
Tendrá que hacer.
¡Muchas veces
MARÍA.
MARG.
MARÍA.
MARG.
me p a s m a s ! ¿Qué h a c e r , F e r n a n d o ?
Pasear por l a C a r r e r a
de S a n Jerónimo a l l a d o
de c u a t r o s i e t e m e s i n o s . . .
— ¡ P e r o , m u j e r , q u e te h a b l o !
¡ C o n t é s t a m e ! ¿Qué te pasa?
¡Vas á llorar! ¡Vamos! ¡vamos!
L a s b r o m i t a s de. I s i d o r o
que hoy parecía u n oráculo.
MARÍA.
M e ha d i c h o . . .
MARG.
Hace m u c h o s días
que está como h o y . — ¡ Y a caigo!
Te habrá contado u n a lástima:
algún jornalero anciano:
algunos huérfanos... Eso
q u e n o s d i c e a l fin d e l a ñ o
trescientas veees.
MARÍA.
N O
augura,
afirma.
MARG.
MARÍA.
YO
afirmo, en c a m b i o
q u e t ú de u n g r a n o de a r e n a
formas u n monte m u y alto;
q u e debes ser m á s a l e g r e ,
y que no viene F e r n a n d o .
M u c h o le q u i e r e s .
MARG,
MARÍA.
L O
mismo
q u e él m e q u i e r e : n o s p a g a m o s .
Y l a v e r d a d es q u e s a b e
hacerse querer.
E n vano
disimulas.
MARG.
MARÍA.
MARG.
MARÍA.
MARG.
MARÍA.
MARG.
S Í ; le quiero
con t o d a e l a l m a , a n h e l a n d o
que nuestra madre consienta
que nos casemos.
¿Tan.alto
l l e g a y a e l a m o r ? . . . (¡Dios mió!)
S i no fuera por los malos
días que pasa m a m á ,
ya hubiera dicho Fernando
lo q u e p i e n s a .
¡Pobre madre!
¿Vuelta á enternecerte?... Acaso
Isidoro,—aunque buen médico,—
se e n g a ñ e p r o n o s t i c a n d o
tan fatalmente.—María,
tus lágrimas me hacen daño.
¿A que con estas caricias
consigo enjugar t u llanto?
¡Oh!
¡sí,
sí!
¡Cuan buena eres!
jcuán buena!
MARIA.
(Abrazándola.) ¡ Y
CÓ1110 te
ESCENA
DICHAS,
amo!
llí.
FERNANDO.
FERN.
¡Buen grupo!
MARG.
E l g r u p o s í es b u e n o , .
m u y b u e n o ; p e r o t ú en c a m b i o . . ¿ S a b e u s t e d q u e s o n l a s doce?
¿ C ó m o l a s d o c e ? . . . H e pasado
FERN.
á las once y veinte en punto
por l a P u e r t a d e l S o l .
MARG.
¡Vamos!
¿regateas los minutos?
MARÍA.
¡Me g u s t a u n a m i g o . . . a v a r o !
¡Margarita, no seas tonta!
¡Parece mentira!
MARG.
FERN.
MARÍA.
MARG.
¡Alabo
t u f r a t e r n i d a d ! ¿Me i n c u l p a s
por d e f e n d e r á este z á n g a n o ?
N O le g u s t a l a i n j u s t i c i a ,
n i á mí tu r e q u i e b r o , ¿estamos?(Bromeando.),
Y como no te retractes...
S Í , lo h a r á .
¿yo? N i pensarlo.
¿Valgo menos que esos tipos
que son sus amigos? ¿Valgo
m e n o s que las que
FERN.
madrugan
para c o m p r a r cuatro trapos?
¡ N O , s e ñ o r a ; y t o d o eso
e s t á d e m á s ! N i yo he estado
en la C a r r e r a , n i m i r o
m á s que a l descuido y al paso
á las que e n c u e n t r o , que llevo
MARG.
e n l o s ojos t u r e t r a t o ,
y me parecen horribles
si contigo las comparo.
¡ Q u é a d u l a d o r ! ¡Mas p o r f u e r z a
FERN.
hay que creerle ó matarlo!
P u e s , v e n g o de h a c e r m e a m i g o ,
de q u i e n l o f u i de m u c h a c h o , , .
MARG.
FERN.
MAMA.
MARG.
FERN.
MARG.
MARÍA.
FERN.
9
-~
¿De quién?
De aquel don F a c u n d o
que fué en el pueblo N o l a r i o :
aquel que h u y ó , no sé como,
de la i r a de aquellos bárbaros.
D o n F a c u n d o ? . . . A l g o recuerdo..,.
YO
no.
P u e s estaba hablando
boy c o n Rodríguez, y a sabes,
R o d r í g u e z , el escribano
que facilitó la compra
de l a h u e r t a ; y cuando estábamos
haciendo p l a n e s , penetra
don F a c u n d o , hecho u n m u c h a c h o
todavía, y , por ser breve,
hablando él, y yo hablando,
fuimos á dar en la cuenta
de n u e s t r a amistad de antaño.
¡Qué c a s u a l i d a d !
Y el pobre,
¿dónde fué cuando arrasaron
c i u d a d , iglesia y a r c h i v o s
aquellos desventurados?
V i n o á M a d r i d : dio al momento
n o t i c i a a l jefe d e l r a m o :
éste, y el m i n i s t r o , h i c i e r o n
esfuerzos por r e m e d i a r l o ;
mas ¿quién recoge pavesas
de papeles? S i n embargo,
pudo s a l v a r , por m i suerte,
u n documento que acaso
nos i m p o r t e , E l testamento
de m i pobre padre.
¡Ay, c u á n t o
MARG.
me alegro!
FERN.
E r a n tan amigos,
que cuando se puso en salvo
con los contados papeles
que tenía en s u despacho,
y supo que en las r u i n a s
de a q u e l villorrio incendiado,
rni padre, (que en paz descanse)
~
10
encontró m u e r t e . . .
MARÍA.
MARG.
FERN.
MARG.
Fernando,
¡no e v o q u e s esos r e c u e r d o s
que siempre nos hacen daño!
¡ Y a ! . . . L o q u e es a q u e l l o s h o m b r e s
que gritaban tanto, t a n t o . . . ,
y q u e e n n o m b r e de u n a i d e a
tantas desgracias c a u s a r o n ,
no deben estar ahora
tan tranquilos como estamos.
V e r d a d . . . Más... punto y aparte,
p u e s te i n c o m o d a e l r e l a t o . ( Á M a r í a . )
M a ñ a n a , s i es que D i o s q u i e r e ,
el testamento en mis manos
estará: veré qué dice;
veré cual era el encargo
q u e m e i n d i c ó . . . ¡Pobre p a d r e !
¡Parece que me está hablando!
Y mamá cuando lo sepa...
Y a v e r é i s , v o y á c o n t á r s e l o , (váse.)
ESCENA
MARÍA,
FERN.
MARIA.
FERN.
IV.
F E R N A N D O .
Ahí tienes: á lo mejor
se a l c a n z a lo inesperado.
P e r o , ¿ c ó m o no h a i n t e n t a d o
b u s c a r t e ese b u e n s e ñ o r ?
L o hizo el pobre en cuanto pudo;
e s c r i b i ó : l u e g o fué allá,
pero inútilmente y a ;
todo estaba t r i s t e , m u d o .
L a gente desparramada
sólo p e n s ó e n s u a m a r g u r a .
No miente cuando asegura
que no pudo i n q u i r i r nada.
P e r o ahora ¡cómo bendigo
la inesperada ocasión!...
L e h a b l é de u n a i n f o r m a c i ó n ,
y se presta á ser testigo.
N o h a c e n falta n i p a r t i d a s
—11 —
MARÍA.
FERN.
de b a u t i s m o , n i i n s c r i p c i o n e s
de r e g i s t r o .
¿Lo supones,
ó te lo h a dicho?
¿Te olvidas
de que m i l veces te hablé
de u n a m o r ? . . .
MARIA.
FERN.
MARÍA.
¡ N O ! (Con cierta tristeza.)
P u e s ahora.
si M a r g a r i t a me adora,
con ella me casaré;
que y a estoy bien enterado,
y en casos como el presente
no hay n i n g m i inconveniente
en verse indocumentado.
T e quiere m u c h o . . .
FERH.
MARÍA.
FERN.
María,
y yo l a adoro s i n c a l m a .
¡Pienso que la diera el a l m a
como el a l m a fuese mía!
Seréis felices los dos,
que v a l e . . .
L O que t ú vales,
pues dos seres m á s iguales
difícilmente hará D i o s .
Será el carácter opuesto,
pero el c o r a z ó n . . .
MARÍA.
FERN.
¡Fernando!
L a modestia es buena cuando
es preciso ser modesto;
pero ante m í , me parece
inútil, pues desde niño
te guardo todo e l cariño
que t u v i r t u d se m e r e c e .
No lo n e g a r á s . . ,
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
¡Oh,
no!
Y a eres m i h e r m a n a q u e r i d a ;
que n u n c a , n u n c a se olvida
el b u e n tiempo que pasó.
B u e n o . . . á medias.
E S verdad;
vosotras...
— 12 —
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
A ú n me parece
ver el i n c e n d i o que crece
en l a c e r c a n a c i u d a d .
Oigo tronar los fusiles:
miro á quien corre, resuelto
á m o r i r , caer envuelto
e n n u b e de p r o y e c t i l e s ;
y luego en la noche helada,
aquella que fué m i aldea,
es u n a m a s a q u e h u m e a
informe y ensangrentada.
Y yo solo, y a t u r d i d o ,
aún creo que voy, g i m i e n d o ,
campos y campos corriendo
hasta m i r a r m e acogido
e n v u e s t r a c a s a , y de allí
nos m i r o s a l i r . . .
E l caso
es q u e v a m o s , p a s o á paso,
relatándonos así
u n a cosa que debemos
o l v i d a r por lo sabida.
E S v e r d a d : eso se o l v i d a
p o r t r i s t e , y lo o l v i d a r e m o s .
No lograrán s u intención
los q u e e l a r c h i v o q u e m a r o n ,
los q u e m i p u e b l o a r r u i n a r o n ,
los que e n r e v u e l t o m o n t ó n
de c a d á v e r e s y e s c o m b r o s
ver s u enseña necesitan,
al m i s m o tiempo que q u i t a n
la que D i o s llevó e n s u s hombros.
Eso m i padre escribió.
P o r c i e r t o q u e a ú n n o he l e i d o
su última carta.
H a venido
hace m u c h o , y nos causó
malestar. No escribe él:
lo hace s u c r i a d o , y creo
q u e , ó m e e s t r a v í a e l deseo,,
ó es el último papel
que n u e s t r o s besos r e c i b e ;
13
pues I s i d o r o . . .
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
E S verdad:
picó m i c u r i o s i d a d . . .
P e r o , ¿cómo se concibe
que no a v i s e ? . . .
U n telegrama,
ó acaso a l otro c o r r e o . . .
¡Mejor! ¡Conocer deseo
á quie.a tanto y tanto os a m a !
B i e n lo p r u e b a . ¡Pobre padre!
¡Veinte años allá!...
A l venir
lo hace para presidir
m i boda.
MARÍA.
T a l vez.
FERN.
¡TU
madre!
ESCENA V .
DÍCHOS,
FERN.
MAGD.
MARÍA.
MAGDALENA,
Buenos d i a s .
A d i ó s , hijo.
¿ Q u i e r e s s a l i r ya?
MAGD.
FERN.
MAGD.
MARÍA.
FERN.
MAGD.
MARÍA.
demacrada y
N O sé
s i dar u n paso podré.
¿Uno? ¡y doscientos, de fijo!
N O lo creas.
T U aprensión
es t u gran enfermedad.
Y luego l a soledad
que b u s c a c o n tal fruición,
no puede hacerla provecho.
Siempre e n l a i g l e s i a m e t i d a .
Sólo allí aprecio l a v i d a
y está m i afán satisfecho.
H o y hace u n día
excelente.
(Cambiando de tono.)
V o y á v e s t i r m e : saldremos;
luego, á pié, pasearemos
despacio...
FERN.
Perfectamente,
vacilante.
14 —
MARÍA.
Como t u y o es ese p l a n .
No hay que c h i s t a r , Magdalena.
U s t e d no quiere ser b u e n a ,
y es lo opuesto n u e s t r o afán.
— A n d a . — L a haré compañía.
No tardes m u c h o .
U n instante.
S i tiene usted u n semblante
m á s b u e n o . . . (Besando á s u madre al s a l i r . )
¡Pobre hija mía!
MAGD.
ESCENA V I .
MAGDALENA,
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
FERNANDO.
Me h a contado M a r g a r i t a . . .
¿ L O de d o n F a c u n d o ? H a sido
u n b u e n rato el que he tenido,
y él también.
¡Se n e c e s i t a
verlo! P o r muerto le d i e r o n .
P u e s , ó m i recuerdo m i e n t e ,
ó está i g u a l : t a n s o n r i e n t e ,
tan g o r d o . . .
¿Y c o n él se fueron
s u s hijas?
No he preguntado.
Habló de u s t e d : de s u v i d a
tan santa y tan r e c o g i d a
en a q u e l cason aislado,
teniendo por v e c i n d a d
la e r m i t a y e l campo santo.
MAGD.
(¡Dios mió!)
FERN.
L a e s t i m a tanto,
pues hablaba c o n v e r d a d ,
que dice q u e , al no saber
su paradero, sufrió
de t a l m o d o . . .
Y conservó,
(así lo creí e n t e n d e r ) ,
el t e s t a m e n t o . . . P r e g u n t o . . ,
MAGD.
(Aparentando i n d i f e r e n c i a . )
por q u é . . .
— 45 —
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
L e llevó c o n s i g o . . .
¡Ahí tienes u n b u e n amigo!
Mañana, punto por punto
devorará m i ansiedad,
y m i a n h e l o , hoy v e n t u r o s o ,
de a q u e l padre c a r i ñ o s o
la postrera v o l u n t a d .
S i eres s u ú n i c o h e r e d e r o ,
solo d i r á . . .
MAGD.
Sin embargo,
m e h a b l ó a l m o r i r de u n e n c a r g o ,
y c u m p l i r s u encargo quiero.
¡Jesús!
FERN.
( A s u s t a d o . ) ¿Qué es eso?
MAGD.
No, nada,
n a d a : ¡lo de s i e m p r e h a s i d o !
FERIN.
(Llevándose l a mano a l c o r a z ó n . )
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
(Dios m i ó , c u á n t o te p i d o
egoísta y desgraciada!)
¿ P a s ó ya?
S í , y a pasó
por a h o r a . . .
¿Por ahora?
L a pena que l a devora
no s e r á e t e r n a .
¿Que no?
V a m o s , d e m o s al o l v i d o
el tiempo desventurado.
M i p r e s e n t e es e l p a s a d o .
E l p o r v e n i r no h a v e n i d o ,
y e n él n o h a b r á de s e n t i r
m á s que calma y alegría.
¡ C l a r o ! A n t o n i o e l m e j o r día
nos dice que vá á v e n i r .
¿Sabes? (Con ansiedad.)
N a d a . Me figuro
q u e s i fué á s e r r i c o allá,
al serlo regresará.
¿No es e l c á l c u l o s e g u r o ?
¡Tienes razón!
Y al regreso^
sí es e n u n t é r m i n o breve-,
16
MAGD.
l e s diré lo q u e c o n m u e v e
m i a l m a , lo q u e es m i e m b e l e s o :
algo q u e c o n p u r a l u m b r e
brilla en mí.
¡ C u a n feliz eres!
¡ P a r a tí son los placeres;
p a r a m í la p e s a d u m b r e !
ESCENA V I L
DICHOS, M A R G A R I T A .
MARG.
MAGB.
MARG.
MAGD.
MARG.
FERN.
MARG.
FERN.
¡La p e s a d u m b r e ! ¡ A h í es n a d a !
¡ E s o es ofender al c i e l o !
¿ P u e s no s o m o s t u c o n s u e l o
y t u bien?
¡Hija a d o r a d a !
S i h o y no e s t á s del todo b u e n a
l o e s t a r á s : lo p r o f e t i z o .
¡Ay!
Sabía lo que hizo
q u i é n te puso M a g d a l e n a .
¡Siempre llorando!
E S verdad;
y sin razón.
¡Ya lo creo!
C u a n t o p i d e s u deseo
lo a l c a n z a s u v o l u n t a d .
Se c o m p r e n d e q u e l l o r a r a
c u a n d o papá l a dejó
e n e l p u e b l o , y se m a r c h ó . . .
p e r o h o y . . . ¿ó te h a s v u e l t o a v a r a ?
P a p á s i puede l l o r a r
por d a r a l i v i o á s u s p e n a s ;
p o r q u e n o s conoce a p e n a s ,
n o s t u v o que a b a n d o n a r ;
y en aquel c l i m a abrasado,
— p o r darnos fortuna y n o m b r e , —
— ¡ y a lo c r e o ! — ¡ a ú n s i e n d o u n h o m b r e
comprendo que habrá llorado!
¡Magnífica r e l a c i ó n
p o r lo s e r i a ! E n tí es e x t r a ñ a ,
MARG.
y más cuando l a acompaña
l a j u s t i c i a y l a razón!
¡Hombre, g r a c i a s , ¡qué galante!
¿Y no me defiendes? ( Á Magdalena.)
MAGD.
FERN.
MARG.
MAGD.
FERN.
Veo
que es en b r o m a , y n o deseo
i m p e d í r s e l a s . . . Bastante
tiempo...
¡Por Dios, Magdalena,
no volver á las ancladas!
H a y horas desventuradas
en que d o m i n a l a pena,
y , lo digo francamente,
desde que hoy he entrado aquí,
algo triste percibí
palpitando e n e l a m b i e n t e .
R e c u e r d o s de lo pasado,
dolencias, miedo al futuro,
s e r m ó n . . . V a m o s , aseguro
que por hoy se ha terminado.
¿He dicho bien?
S Í , señor.
¿Y de qué quieres que hablemos?
¡Yo vivo triste!
¡Hablaremos
do lo alegre, d e l amor!
Y e n ese terreno ansíu
confesarme.
MARG.
FERN.
MAGD.
FERN.
¿Confesarte?
¿Y quién puede perdonarte?
¿Mi madre?
E n ella confio.
E l l a sabrá comprender
todo lo que en mí se a g i t a ,
y esta pasión infinita
que presta ser á m í s e r !
¿Te e n a m o r a s t e ?
Hace m u c h o .
(Magdalena baja l a cabeza. Fernando mira á Marg a r i t a con arrobamiento, mientras ésta dice:)
MARG.
( A n t e s q u e e l r u b o r me venza,
me voy. . J e s ú s , ¡qué vergüenza
2
— 18 —
FERN.
MAGD.
FERN.
si ante m i madre le escucho!)
P u e s s i h a de haber confesión,
yo v o y allá c o n María...
H a s t a luego, madre m í a ,
TIO niegues l a absolución. (La besa, y váse.)
No, v e n : has de estar presente.
V e n aquí: casi es t u hermano,
y en s u bienestar me afano.
V o y por l a desobediente, ( v á s e . )
ESCENA
VIII.
MAGDALENA.
¡Dios q u i e r a hacerle d i c h o s o !
Tanto como yo lo e r a ,
cuando l a pasión p r i m e r a
me daba d i c h a y r e p O S O . (Brevísimameditación.)
¡Todo h u y ó ! ¡Cuan presuroso,
c u a n fugaz!... ¡Pero qué lento
el tiempo del s u f r i m i e n t o ,
sobre todo s i e n sus horas
se oyen amenazadoras
voces de r e m o r d i m i e n t o !
(Llevándose l a mano a l corazón.)
¡Cómo pretendes romper
t u cárcel, corazón loco,
que entonces tuviste en poco
las prisiones del deber!
¡Sigue, s i g u e . . . puede ser
que m i m u e r t e . . . Cielo santo!...
¿Mi m u e r t e ? . . . ¡Me causa espanto
pensar e n l a e t e r n i d a d ,
que allí sabrán l a verdad
del o r i g e n de m i l l a n t o !
ESCENA I X .
D I C H A , I S I D O R O precipitadamente-.
ISIDORO.
¡Magdalena! ¡Es m e n e s t e r
que m e oiga u s t e d c o n
firmeza!
—
19
-
MAGD.
¡DiOS m i ó ! ( L e v a n t á n d o s e . )
ISIDORO.
¡Quién sufre y reza
valiente tiene que s e r !
¡Me a t e r r a s u a g i t a c i ó n !
MAGD.
¡Hable u s t e d ! . . . ¡ L a i n c e r t i d u m b r e
es l a m a y o r p e s a d u m b r e
que soporta e l corazón!
ISIDORO.
Antonio...
MAGD.
¿Qué?
P u e s debí
ISIDORO.
callar...
MAGD.
Siga usted.
ISIDORO.
MAGD.
ISIDORO.
¡Valor!
¿Ha m u e r t o ? ( C a s i con a l e g r í a . )
(Jesús, qué horror
me doy.)
¡ N O ! ¡Vuelve!
MAGD.
ISIDORO.
¡ A y de m í !
¡Magdalena! ¡Vamos! ¡vamos!
(Tomándole e l p u l s o . )
¿Qué es esto? ¡Cruel d e s t i n o !
¡En e l final d e l c a m i n o
caemos ó naufragamos!
¡María! ¡Juan! ¡Margarita! ( L l a m a n d o . )
¡Venid p r o n t o ! . . . ¡Magdalena!
¡Vamos! ¡La dicha enajena,
pero n o m a t a !
ESCENA X.
D I C H O S , M A R Í A , M A R G A R I T A , luego F E R N A N D O ?
MARG.
¿Quién g r i t a ?
¡Madre! (Corriendo á e l l a . )
MARIA.
MARG.
¿Un d e s m a y o ?
ISIDORO.
(Con solemnidad.) ¡Algo m á s !
La dicha... (Mintiendo.)
MARG.
¡Madre!
FERN.
(Entrando.)
ISIDORO,
A l a n u n c i a r el regreso
¿ Q u é es eso?
de A n t o n i o . .
MARG,
¿Viene? (Con u n g r i t o . )
— 20
ISIDORO.
Quizás
no tarde en llegar aquí.
M i hermano le espera.
MARG.
MARÍA.
¡Vamos!
¡Oh! ¡sí! ¡Corramos! ¡ c o r r a m o s !
¡Padre del a l m a !
MARG.
ISIDORO.
¡Ay de
mí!
L a v e n t u r a no es c o m p l e t a .
(Calmando con el ademan.)
Tengo u n a carta hace d í a s ,
y de e l l a las dudas mías
y aquella l u c h a secreta
que no he podido o c u l t a r
y no s u p i s t e i s v e n c e r . . .
A h o r a os l a voy á l e e r . . .
y u s t e d l a debe e s c u c h a r .
(Con tristeza á Magdalena.)
MAGD.
Y a estoy f u e r t e . . . (violentándose.)
FERN.
Y o la leo:
es mejor.
MARG.
B i e n : ahí está.
Dios q u i e r a . . .
Comienza ya.
ISIDORO.
¡Firmeza!
ISIDORO.
MARÍA.
¡Tiemblo!
MAGD.
FERN.
(¡No veo!)
(Leyendo.)
«Mi inolvidable amigo I s i d o r o : c a s i a l m i s amo tiempo que esta carta llegaré y o á esa
»Córte. V u e l v o rico á donde salí pobre, pero
»vuelvo c o n honda pena donde esperaba
«volver dichoso.»
MAGD.
MARÍA.
¡Ah!
¡Padre
mió!
FERN.
Oigan en c a l m a hasta e l fin.
MARG.
¿Pero por qué no vuelve dichoso?
I S I D O R O . S i g u e , s i g u e , F e r n a n d o . ¡Pobre amigo de
mi alma!
MARÍA.
Sigue, s i g u e .
MARG.
¡ N O S asusta u s t e d , Isidoro!
FERN.
(Leyendo.) «Volver dichoso.
» Y a sabes que dejé e l apacible hogar, n i d o
—
MARÍA.
FERN.
21
-
»de mis amores, para conseguir la fortuna
oque echaban de menos mi Magdalena de
«mi alma y mis dos hijas, pedazos de mis
«entrañas, que hoy apreciarán mi sacrifi»cio, ya que entonces les era imposible.»
¡Dios le bendiga!
¡Galla! Si le hace á usted mucho daño la
lectura...
( Á M a g d a l e n a q u e solloza.)
MAGD.
ISIDORO.
FERN.
No.
No; y hay que leerla toda.
«Y hoy que regreso tras veinte años de
«ausencia, te encargo que no las dejes b a »jar á esperarme. M i desgracia se aument a r í a si ellas me recibieran en sus brazos.
«El mundo, por lo general, se burla de las
agrandes explosiones del sentimiento, y
»juzga t ú del mió cuando llegue. No he de
«volver á...»
(Deteniéndose bruscamente.)
ISIDORO.
FERN.
ISIDORO.
MAGD.
ISIDORO.
MAGD.
MARÍA.
MARG.
MARÍA.
ISIDORO
MARÍA.
MARG.
Sigue, sigue; pero en tanto,
armaos de fortaleza.
Si es una desdicha...
Empieza:
«No he de volver...»
¡Por Dios santo!
¡Concluye! Trae. ( Q u i t á n d o l e l a c a r t a . )
(Arrebatándosela.)
¡No! ¡Usted no!
¡Fuera el golpe m á s cruel!
¡Más que diga ese papel
me tengo supuesto yo!
Y yo...
¡No sé qué me pasa!
¡Ay! Ruido... ¡Un coche!... ¿Será?
No tuvo paciencia.
¡Ahí
¡Para en la puerta!
Es en casa.
(Agolpándose á la puerta cerrada del jardín.)
MARÍA.
MARG.
FERN»
¡Él!... ¡Él?...
¡Antonio!
¡Más palma!
— 22 ~
(Corriendo á l a puerta d e l fondo.)
MARG.
¡Papá!
ISIDORO.
FERN.
salgáis! (Deteniéndolas.)
Más v a l e . . .
¿Qué n o s a l g a m o s , s i sale
por n u e s t r o s ojos e l a l m a ?
¡ A l fin!... ¡ A l
fin!...
¡NO
(id.)
MARÍA.
MAGD.
ESCENA
DICHOS, ANTONIO
ULTIMA.
conducido p o r otros dos q u e se
quedan e n l a puerta, y
con quienes
hablan
ISIDORO y
FERNANDO.
ISIDORO.
ANT.
MARG.
¡OS
lo ruego!
¿Aquí?
Y
MARÍA.
¡Padre!
ANT.
¡Mi a l e g r í a !
(Abrazándolas con transporte.)
¡Hijas!... ¡Magdalena m í a !
¿Donde estás? ¡ A c u d e a l ciego!
MARG.
¿Ciego?
MAGD.
¡Antonio!
¡Virgen
MARÍA.
Pura!
ANT.
¿ Q u é i m p o r t a ? ¡Imitad m i c a l m a !
M A R Í A y M A R G . ¡Padre!
ANT.
¡ O S veo con el alma,
y asombra v u e s t r a h e r m o s u r a ! (Grupo.)
FIN
D E L ACTO
PRIMERO.
ACTO SEGUNDO.
L a m i s m a d e c o r a c i ó n d e l acto p r i m e r o .
Al
finalizar
el
acto
h a anochecido por completo.
ESCENA
PRIMERA.
M A G D A L E N A .
¡En vano, e n vano procuro
sobornar á m i conciencia;
en vano esconden m i culpa
las sombras que la rodean!
Nadie sabe m i delito:
no existe la m e n o r p r u e b a ,
que a u n aquellas que existieron
trocó la suerte en
pavesas!
Todo me ampara, y en vano:
¡el r e m o r d i m i e n t o a u m e n t a !
¡ Q u é h o r r o r ! Á v e c e s se i n u n d a
mi corazón con la i n m e n s a
felicidad que me causa
v e r s u s ojos e n t i n i e b l a s !
S í , callaré; que a u n q u e
sube
esa confesión h o r r e n d a
hasta m i s labios marchitos
que á s u horrible peso t i e m b l a n ,
debo c a l l a r s i e m p r e , s i e m p r e . . . ,
¡ o h ! ¡ s í ! ¡por e l l a ! ¡ p o r e l l a ! ( B r e v e pausa.)
_
24 —
¿Y lo callará q u i e n debe
saberlo cuando yo muera?
¡Oh! ¡ s í ! ¡ m e i d o l a t r a ! ¡Se a m a n t
Puedo morir sin que vengan
r e c e l o s de s u s v e n t u r a s
á aumentar m i s propias penas,
ESCENA
Ií.
DICHA, ISIDORO.
ISIDORO.
MAGD.
¿Cómo aquí tan apartada?
¡Ah! P u e s A n t o n i o pasea
por e l ¿ardin, y prefiero
descansar.
¿Cómo se e n c u e n t r a
ISIDORO.
usted hoy?
MAGD.
Peor.
ISIDORO.
Veamos.
V e n g a ese p u l s o .
Se a u m e n t a
MAGD.
la fatiga.
ISIDORO.
Está usted débil;
pero esto pasa.
¡Dios q u i e r a !
MAGD.
ISIDORO.
L a otra mano.
N o le gusta
MAGD.
m i situación. L o confiesa
ese g e s t o . . .
¡Qué aprensiva!
ISIDCRO.
L o q u e l a e n c u e n t r o es i n q u i e t a .
Y ya que, llegando Antonio,
más dicha á s u casa llega,
es m e n e s t e r q u e s u c a l m a
quiera ayudar á m i ciencia.
No hay digital e n e l m u n d o
como u n a vida serena
y tranquila. Conque ahora
es n e c e s a r i o t e n e r l a .
MAGD.
ISIDORO.
L a tendré.
Y á esos ataques.
n e r v i o s o s que la eatropean ,
;t
sucederá.,..
— 25 —
MAGD.
L O presiento
por m á s q u e u s t e d me lo n i e g a ,
ISIDORO.
M e ofende que así se d u d e
MAGD.
de m i aserto, Magdalena.
¿Pobre Isidoro!
ISIDORO.
Silencio!
Parece que a l g u i e n se acerca.
S i g a u s t e d c o n lo mandado
y tranquilidad completa.
E S C E N A ilí.
DICHOS,
FERNANDO.
FERN.
¡Buenas tardes! ¡Hola! ¡hola!
el doctor y l a paciente!
ISIDORO.
¡Adiós! (Saludándole.)
xMAGD.
F e r n a n d o . (Llamándole car
FERN.
MAGD.
FERN.
Presente.
puedo moverme s o l a .
A y ú d a m e á levantar,
y perdona...
¡Por favor!
NO
(Reconviniéndola y a y u d á n d o l a . )
I S I D O R O . ¿No estaría u s t e d mejor
aCOStada? (Ayudándola.)
MAGD.
FERN.
MAGD.
ISIDORO.
Q u i e r o hablar
con Antonio.
A m o r constante
que agradece, aunque decía
há poco, que parecía
que huye usted verle delante.
¿Decía?
¡Miren e l t a l !
¿Quiere m i m o , y á s u s años?
¡Y lo cuenta á los extraños
como casa n a t u r a l !
FERN.
ISIDORO.
FEÚN.
¿Yo S O y extraño? (Bromeando.)
N O , á fé;
pero ¿no e n v i d i a su amor?
S Í , lo e n v i d i o , s í señor,
y más de lo q u e ' p e n s é .
— 26 —
ISIDORO.
Pero también uno i g u a l ,
y pronto.
¡Ah! ¡sí! E l otro día,
ayer, dijiste...
Que haría
m i confesión general.
Y ya lo tengo acordado,
esta noche...
¡Plazo breve!
MAGD.
¡Vamos!
MAGD.
FERN.
FERN.
MAGD.
¿Quiere que l a lleve?
Aquí, á m i cuarto. He dejado
la medicina...
ISIDORO.
MAGD.
FERN.
Y o iré.
también voy á rezar.
Dios sólo debe escuchar
las oraciones de usté. (Salen.)
NO:
ESCENA IV.
ISIDORO,
FERNANDO.
ISIDORO.
Pobre Magdalena.
(Pausa.)
FERN.
(Saliendo.)
Vamos,
Isidoro, la verdad.
ISIDORO.
E l fin de l a e n f e r m e d a d ,
FERN.
querido amigo, empezamos.
Desmejora de t a l m o d o . . .
I S I D O R O . E s que el corazón b a t a l l a ,
porque el obstáculo que halla
desaparezca del todo.
Pero el obstáculo es t a l
en esa circulación
que hay sólo u n a solución
rápida, horrible y fatal!
¡Pobre mujer! L a contemplo
todavía en e l instante
en que postrada, radiante
de amor y d i c h a , en e l templo
dio el si de amor. ¡Cuan hermosal
¡cuan feliz! Se idolatraban,
y más de cuatro envidiaban
— 27 ~
FERN.
ISIDORO.
FERN.
a q u e l l a unión v e n t u r o s a ,
y é s t o s serían d e s p u é s
l o s q u e c o n torpe i n t e n c i ó n ,
dijeron q u e a q u e l l a u n i ó n
la i n s p i r a b a e l i n t e r é s .
Pues teniendo Magdalena
fortuna, y m i amigo A n t o n i o
no llevando al m a t r i m o n i o
más que s u alma honrada y buena,
y s u carrera, sintió
herida s u dignidad,
y c o n santa heroicidad
á buscar oro marchó.
Y a l a escuché á Magdalena
c o n t a r p o r q u é se fué A n t o n i o ,
— á poco d e l m a t r i m o n i o —
á C u b a . ¡Con c u á n t a p e n a
lo r e p i t e ! E l l a q u e d ó
con s u s hijas.
Y viviendo
como u n a monja, y sufriendo...
E S O mejor l o s é y o .
R a r a vez e n l a c i u d a d
se l a v i o , y ú n i c a m e n t e
c u a n d o yo o b s t i n a d a m e n t e
las buscaba e n s u heredad,
iba con sus hijas...
ISIDORO.
FERN.
¡Justo!
¡Es u n a s a n t a m u j e r !
¡ Y por s e r l o , v a á p e r d e r
l a v i d a ; pues e l d i s g u s t o
de l a a u s e n c i a h a t r a s t o r n a d o
s u corazón de t a l s u e r t e
q u e , a l c a b o , podrá l a m u e r t e
r o b a r l a de n u e s t r o lado!
L u e g o el pobre A n t o n i o ciego...
I S I D O R O . Tanto trabajo...
Si viera
FERN.
á su mujer...
ISIDORO.
Y O quisiera
d e c i r l e . . . Más el sosiego
que tras t a n t o b a t a l l a r
— 28 —
disfruta h o y , me contiene.
¡Mire usted por dónde viene!
¡Qué feliz es!
FERN.
ESCENA V .
DICHOS, A N T O N I O apoyado en MARÍA.
ANT.
¿ N O h a de estar
aquí tampoco?
MARÍA.
N O está.
I S I D O R O . P e r o , ¿á quién andáis buscando?
ANT.
A Margarita...
ISIDORO.
ANT.
FERN.
Fernando,
¿sabe u s t e d dónde estará?
¿Fernando?
Há tiempo l a V Í . . .
(Acercándose á é l . )
ANT.
ISIDORO.
ANT.
L o que es ella y M a g d a l e n a . . .
E S que como no está buena
la p o b r e . . .
¿Mi mujer?
ISIDORO.
SÍ.
ANT.
¿Aún sigue siendo aprensiva?
ISIDORO.
N O tal.
¡Pobre madre!
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
FERN.
ANT.
Espero
la cuides con el esmero
que sabes, que aunque me esquiva,
comprendo que es por la pena
que l a c a u s a — ¡ d e s d i c h a d a ! —
ver m i s ojos sin m i r a d a .
¡Papá!
¡Antonio!
Enhorabuena.
Dios quiso mandar el fuego
que abrasó m i s ojos; b i e n .
Me ha dado d i c h a también,
me ha dado nombre y sosiego,
el rayo me arrebató
la v i s t a de lo que e n c u e n t r o . . . ,
pero hay tantas luces dentro
— 29
ISIDORO.
FERN.
-
del alma que D i o s me dio,
q u e e n u n piélago i n f i n i t o
de p e r e n n e s r e s p l a n d o r e s ,
m i r o , e n t r e s u e ñ o s de a m o r e s ,
m u c h o más que necesito.
M i s hijas, m i esposa... ¿Quién
p o b r e c i e g o m e llamó?
¡Ni e l l o s v e n lo q u e veo y o ,
n i quiero ver lo que v e n !
Me place escucharte.
¡Oh, s í !
ANT.
T o d a m i filosofía
es a c e p t a r lo q u e e n v í a
el q u e n o s e n v í a a q u í .
N o todo h a de s e r v e n t u r a ;
y e l p l a c e r no se a p r e c i a r a
s i á s u lado no m a r c h a r a
u n i d a la desventura.
¿No es v e r d a d ?
Sí, padre m í o ;
así p i e n s o y o t a m b i é n .
Ellos lo dicen muy bien...
Y lo s i e n t e n , te lo fio.
Más vale...
E n tal situación...
Sí, no h a b l a r .
D e j a , María.
Tengo u n escudo, hija mía,
llamado resignación,
y todo se e m b o t a e n él.
Voy á v i s i t a r ahora
á u n d e s d i c h a d o que l l o r a
v í c t i m a de u n m a l c r u e l ,
y e n las sordas t e m p e s t a d o s
del d o l o r , s i n q u e le p e s e ,
blasfema é injuria.
Ese
FERN.
t i e n e dos e n f e r m e d a d e s .
No tardes en i r allá;
pero v u e l v e , q u e te espero
á comer.
Sí, porque quiero
ANT.
MARÍA.
ISIDORO.
ANT.
ISIDORO.
FERN.
MARÍA.
ANT.
ISIDORO,
— 50que esté presente...
ANT.
ISIDORO.
Estará.
Haré u n e s f u e r z o .
L e aguarda
MARÍA.
una sorpresa...
ISIDORO.
¿Sorpresa?
FERN.
Confesión d e . . . s o b r e m e s a .
ISIDORO.
¡Ah,
MARÍA.
ANT.
Conque á ver s i tarda.
Á l a s ocho e n p u n t o a q u í .
ISIDORO.
Pues hasta las ocho. (vase.)
ya!
FERN.
Adiós.
( A n t o n i o dico á F e r n a n d o , q u e le h a cogido de u n
brazo.)
ANT.
S e r é i s felices los dos
para hacerme más á m í .
ESCENA VI.
D I C H O S , menos I S I D O R O .
FERN.
¡ C o m p r e n d e u s t e d m i deseo!
MARÍA.
Vé á buscar á Margarita,
p o r q u e papá n e c e s i t a . . .
(Cambiando d e c o n v e r s a c i ó n . )
ANT.
FERN.
ANT.
E s t a r c o n las d o s d e s e o .
M i r a d . S i e m p r e os h e l l e v a d o
e n esta c a r t e r a .
¿ Á ver?
MARU.
¡Mis h i j a s y m i m u j e r :
m i presente y m i pasado!
De n i ñ a s , y y a m a y o r e s . . .
FERN.
ANT.
V a l e n ahora mucho m á s .
¡Pocos capullos verás
MARÍA.
¡Qué
FERN.
Han cambiado
de u n m o d o . . .
Y O las recuerdo
m u y bien: tanto, que aun me acuerdo
del instante desdichado
(Mirando los retratos.)
m á s h e r m o s o s q u e l a s flores!
ANT.
galante!
31 —
-
en que partí.,. Margarita
e n b r a z o s de M a g d a l e n a
duerme tranquila y serena
con ignorancia bendita.
T ú , d e m i m a n o a g a r r a d a , (Á María.
v e s de t u m a d r e e l q u e b r a n t o ,
y s i n saber que es el llanto
sollozas
acongojada.
Y o , fingiendo fortaleza,
beso é las tres: salgo, v u e l v o ,
os b e s o m á s : m e r e s u e l v o ,
y s i n volver la cabeza
huyo del bendito hogar
d o n d e , p o b r e , viví en c a l m a ,
y al espaciarse m i alma
por las anchuras del m a r ,
siempre á buscaros volaba,
s i e m p r e á las t r e s os v e í a . . .
y e n t o n c e s sí q u e g e m í a ,
y e n t o n c e s sí q u e os a m a b a !
MARÍA.
Más y a t o d o C o n c l u y ó .
FERN.
¡Todo!
(Abrazándole.)
¡Todo por f o r t u n a !
ANT.
¡Ya la desdicha i m p o r t u n a
d e s e g u i r n o s se c a n s ó !
FERN.
Entonces esa señora
se parece á M a r g a r i t a .
A N T .
¿Por q u é se ha cansado?
Evita
F E R N .
seguirnos.
L a traigo ahora,
MARÍA.
y
veremos.
Déjame.
F E R N .
Yo voy, y haré que esa niña
caprichosa ..
AKT.
F E R N .
ANT.
¡No h a y a riña!
¡Yaya!
(váse.)
Yo la reñiré.
— m
ESCENA
ANTONIO,
VIL
MARÍA.
A N T .
Á ella, y á tí, sobre todo,
tengo que reñirte.
MARÍA.
¿A mí?
¿Le he dado á usted causa?
A N T .
¡Sí!
¿ P e r o c u á n d o ? ¿De q u é m o d o ?
¿Piensas que no he comprendido
e l a m o r q u e te d e v o r a ?
¿Que no sé c u á n t o te adora
y q u e está c o r r e s p o n d i d o ?
¿Pero, quién?
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
¿Qué quién? F e r n a n d o .
S i e m p r e q u e h a b l a te e s t r e m e c e s .
T u brazo tembló m i l veces:
y o e n él m e estaba apoyando.
M e h a b l a de a m o r : t ú , s e g u r o ,
l l e n a de r u b o r . . .
¡Oh! ¡no!
E s t a v e z se e q u i v o c ó
mi padre.
No.
MARÍAANT.
¡Se lo j u r o ! (Temblorosa.)
Entonces...
Quiere á m i hermana,
MARÍA.
y ella á él...
ANT.
MARÍA.
ANT.
¡ A h ! ¿Conque es ella?...
V a l e m á s . . . L u e g o es t a n b e l l a ,
tanto... (¡Virgen soberana!)
P e r o es m u y niña: es d e c i r ,
poco m á s que tú, María;
p e r o es p r o n t o t o d a v í a
para obligarla á vivir
b a j o l o s serios c u i d a d o s
que u n enlace proporciona.
M a s , e n fin, s i e l l a a m b i c i o n a
ver sus sueños realizados,
con tal que v i v a n conmigo
-
MARÍA.
ANT.
MARÍA
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA
ANT.
MARÍA.
ÁNT
33
—
y me quieran, lo consiento,
Y que no estará contento
mi pobre Román, mi amigo,
al ver que su hijo Fernando,
—porque en la gloria lo vé,—
será hijo mío. No sé
cómo estuve vacilando.
¿Verdad, María?
¡Verdad! ( C o n t r i s t ó n . )
¿Y tú, no tienes amor?
¿Nadie pudo?...
N O , señor.
Toda la felicidad
que ese sentimiento encierra
está en el amor de ustedes.
Amarnos lo mismo puedes.
N O me ama nadie en la tierra
más que quien me debe amar,
porque su sangre es la mía.
Si me amasen, lo diría.
Sí; no es fácil de ocultar.
Pero no sé la razón;
mas supongo que tú adoras
en silencio; que en las horas
de aislada meditación
se eleva tu fantasía...
¡Por Dios!
¿Ves? También me elevo:
soy oraclor, te conmuevo.
Algo me ocultas, María.
Acaso yo...
(¡Qué martirio!)
No: le repito á usted.
Di me
si en ese impulso sublime,
si en ese hermoso delirio
que el hombre llama pasión,
una pena se agiganta
y con su presencia espanta
la paz de tu corazón.
¿Quién, sino yo, te diría
con lealtad?...
3
— 34
-
P a d r e , es e n v a n o :
MARÍA.
dije v e r d a d .
AIST.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
No me allano
á c r e é r t e l o , María.
Hace usted m a l .
Y quizás
t e señalara e l a u t o r
de t u s i l e n c i o s o a m o r .
¡ O h , p a d r e ! ¡Jamás! ¡jamás!
¿"Ves c ó m o leo e n l a h e r i d a
de t u a l m a ?
¡Padre m í o !
¡Es u n sueño, u n desvarío
de u s t e d !
¡Hija de m i v i d a !
¡Yo sentí t u corazón
latir con ansia vehemente,
al h a l l a r s e frente á frente
de q u i e n c a u s a t u aflicción!
Tembló tu brazo en m i brazo:
le hablas c o n i n d i f e r e n c i a :
me consagras tu existencia.
Cual debo...
N o lo r e c h a z o ;
pero es q u e c a l e n t u r i e n t a ,
resignada y mártir lloras;
y l a p e n a q u e devoras
de d u l c e p l a c e r s e d i e n t a ,
b u s c a u n pecho e n q u e c a e r ,
u n corazón que i n u n d a r ,
u n a angustia que c a l m a r
y u n alma que conmover,
y v i e n e s . . . ¿á q u i é n m e j o r ?
¡á q u i e n te h a dado l a v i d a
para que llene t u herida
con s u inmensísimo amor!
¡ L l o r a ! E l l l a n t o q u e se v i e r t e
es m a l e n l l u v i a d e s h e c h o .
¿ Q u i e r e s a m o r ? ¡En m i p e c h o !
¡ P a d r e ! ¡padre!
¡Abraza fuerte;
q u e t a m b i é n tengo e n c e r r a d o
3o -
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
en mí tanto amor, María,
¡que hasta Dios lo envidiaría
si É l no me lo hubiese dado!
¡Jamás diga usted, por Dios!...
Margarita...
S i supiera...
de seguro que m u r i e r a . . .
¿Morir?
S Í ; hablando las dos
m i l veces lo ha repetido:
¡le ama como debe amarle!
¿Y tú?
Haré por olvidarle
y al cabo vendrá el olvido,
¡vendrá! y más cuando los vea
felices.
¡Hija! ¡mi encantol
¿Me j u r a usted?
ANT.
MARÍA.
¡Por Dios santo!
¡Oh, gracias!
ANT.
¡Bendita sea!
(Besándola y mirando a l cielo.)
E S C E N A VIII.
DICHOS,
MARGARITA.
MARG.
¿Mimos?
ANT.
MARG.
¿Alfineres tú?
¿Y lágrimas? ¿Qué sucede?
¿Acaso mamá?...
(Con prontitud.)
Eso m i s m o :
esa enfermedad rebelde...
Más y a pasará.
Dios quiera.
Te he repetido m i l veces
que, aunque Isidoro es buen médico,
puede engañarse, y s i n puede,
se equivoca.
¿Pero el caso?...
Yo ignoraba que y a hubiese
dicho Isidoro...
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
MARG.
ANT.
— 36 —
Sí, ha d i c h o . . .
MARG.
¡Habla!
ANT.
MARÍA.
¡Silencio!
ANT.
N o : entérate
de s i escacha, y dime todo,
¡todo lo que me interese!
¿Pero no le has d i c h o ? . . . ¿Entonces,
por qué lloraban ustedes?
MARG.
MARÍA.
(¡NO S i g a s ! ) ( Á Margarita.)
MARG.
(Á María.)
ANT .
Es preciso
que de s u estado me entere.
Quiero saberlo.
L a pobre
no está b i e n : llorando siempre
por usted: viéndose aislada
con nosotras, niñas débiles;
sufriendo de aquella guerra
l a impresión horrible y fuerte,
l l e v a u n a h u e l l a t a n honda
en su corazón...
MARÍA.
ANT.
MARG.
ANT.
MARG.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
MARG.
ANT.
MARÍA.
MARG.
MARÍA.
(Pero...)
¡Ah!
(Con irreflexión.)
Tiene
u n a dolencia q u e . . .
¡Acaba!
Espere usted que me acuerde
(No se lo digas.)
Concluye.
No sabe el nombre que tiene,
n i yo; y aunque á veces g r a v e . . .
Puede ser leve, m u y leve.
N o : y a me extrañaba mucho
que á m i lado no v i n i e s e .
¡Ella, que me adora tanto!
¡Vamos! ¡vamos!
S i usted quiere
aguardar...; vá usted convulso,
y ella enterarse no debe...
N o ; que u n a emoción cualquiera
— s i es que Isidoro no m i e n t e , —
podrá...
¡Margarita!
— 37 —
ANT.
MARG.
¡Vamos!
Empeorarla,
ANT.
(inventando.)
¡Y no tenerme
enterado!... T a l silencio
pudiendo hacer que viniese
para estrecharla e n m i s brazos...
¡Venid!...
MARÍA.
Pero...
ANT.
Seré fuerte.
¡Vamos!
MARG.
MARÍA.
E l caso es que he sido
la causa; pero...
L O quiere,
sea. P o r a q u i .
MARG.
¡Cuidado!
(Creyendo que s u padre
ANT.
tropieza.)
(Tropieza.)
¡ A h ! ¡Si v i e s e !
N o : no tropiezo.
ESCENA I X .
M o m e n t o s d e q u e d a r s o l a l a escena. P o r l a p u e r t a d e l j a r d í n ,
FERNANDO y MAGDALENA.
FERN.
V e n g a usté aquí. N o m á s rezos
ni m á s paseo.
( S i e n t a á M a g d a l e n a en e l sillón
que habrá en el
ángulo más sombrío.)
MAGD.
¡Paciencia!
(Cada vez c o n más f a t i g a . )
FERN.
MAGD.
Yo
iré..
Aguarda, y u n instante
escucha...
que usted quiera.
FERN.
L O
MAGD.
¡Cada momento que pasa
t a n t a v i d a se m e l l e v a ,
que y a conservo t a n poca
que m e d a alientos apenas!
FERN.
MAGD.
Los
nervios...
A l g o m á s graves
algo q u e r u g e c o n fuerza
38 —
-
FERN.
MAGD.
aquí d e n t r o : algo y a m u e r t o ,
pero que a ú n me atormenta!
¡Si s u p i e r a u s t e d e l d a ñ o
que me hace!
¡Si s u p i e r a s
e l q u e s u f r o ! M á s le o l v i d o
y acudo á t í , en l a creencia
de q u e , s i n o c o m o m a d r e ,
como a m i g a verdadera
me quieres...
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
¡Con t o d a el a l m a !
me engañé!
Pero estas
r a z o n e s , ¿á q u é c o n d u c e n ? . . .
Á encargarte... ¡Cuánto cuesta
hablar de m u e r t e e n e l borde
de l a t u m b a !
¡NO
FERN .
¡Magdalena!
(Reconvención
MAGD.
FERN.
cariñosa.)
Este medallón que l l e v o ,
en el momento que muera,
se l o e n t r e g a s á M a r í a .
Bien, bien. Hasta que suceda
esa d e s g r a c i a . . .
MAGD.
¿Desgracia?
FERN.
¡Ó f e l i c i d a d e t e r n a !
Bien. Los justos así dicen.
¿ L O harás?
Como usted lo ordena.
MAGD.
¿Me lo j u r a s ?
FERN.
¡Por m i padre
que Dios en s u gloria tenga!
( ¡ T U p a d r e ! ¿ T u p a d r e ? ) ¡Cielos!
¡Ay de m í !
T e n g a usted fuerzas,
no v u e l v a a q u e l a c c i d e n t e . . .
N o : n o volverá: no temas.
¿Quiere u s t e d algo?
Que busques
FERN.
MAGD.
MAGD.
FERN.
MAGD.
FERN.
MAGD.
á m i s hijas.
FERN.
MAGD.
Voy.
Q u é seas
— 59 —
FERN.
MAGD.
FERN.
siempre u n cariñoso h e r m a n o . . .
Más que hermano para ellas.
¡Dios te lo pague!
U n momento.
A l instante doy l a v u e l t a ,
y verá u s t e d s i las quiero
c u a l quiere u s t e d que las quiera, (váse.)
ESCENA
X.
MAGDALENA.
Harás b i e n . ¿No h a n de quererse
s i Dios lo manda? Se acerca
e l momento en que d e l m u n d o
deje l a cárcel e s t r e c h a . . .
¡Ay! acaso e n m i c a m i n o
m i hija adorada me espera,
y no, no podrá l l e v a r m e . . .
¡Dios es j u s t o , y soy p e r v e r s a !
(Brevo pausa.
L a fatiga, casi estertórea, va cre-
ciendo poco á poco. Depende de la actriz.)
¡Murió!... ¡En la revuelta c u n a
s u último aliento á Dios v u e l a ,
y c a s i e n e l m i s m o instante
se rompe m i seno, y l l e g a
otro ángel hasta m i s brazos,
que ángeles el v i c i o engendra!
¿Qué hacer? ¡El m u n d o . . . ; la h o n r a . . . ,
m i A n t o n i o . . . , ¡Jesús! ¿Que puedan
p r o n u n c i a r nombres honrados
los m i s m o s que los afrentan?
¡Sí; R o m á n . . . hija! S i amantes
veis m i pesadumbre i n m e n s a ;
s i l a ceguedad de u n año
rescatan veinte de p e n a s ,
pedidle á Dios que me escucha
q u e s u piedad resplandezca.
¡Ah! ¡Tengo m i e d o ! . . . ¡Estoy s o l a ! . . .
¡Sola!... ¡Entre indecisas t i n i e b l a s ! . . .
Parece que voy corriendo
a l c a m p o - s a n t o . . . Así era
— 40
-
de s i l e n c i o s o . . . A t e r r a d a ,
y febril, y sola.., y trémula,,
¡cuántas veces en el sitio
donde sus rostros c u b r i e r a n ,
m e d e s p l o m é de a m a r g u r a ,
y de a m o r , y de v e r g ü e n z a !
¡Ah! parece que las r a m a s
de ese jardín, c u a n d o t i e m b l a n ,
m e h a b l a n de a q u e l l o s c i p r e s e s
que el alto cielo me m u e s t r a n .
¡ Q u é h o r r o r ! ¡El c i e l o ! . . . ¡Dios m í o !
¡Tu eternidad me ame... drenta!
¡Perdón!... ¡perdón!... ¡Por t u Madre!
¡otra m a d r e te lo r u e g a !
(Al
i n t e n t a r p o n e r s e de r o d i l l a s cae d e s p l o m a d a dw
bruces.)
MAGDALENA,
ESCENA
XI.
desmayada
el
en
ángulo
más
sombrío.,
A N T O N I O y M A R G A R I T A por e l opuesto.
ANT.
MARG.
¿Dices que aquí e s t a m o s solos?
Mi madre sin duda reza,
y Fernando...
ANT.
C o n María
sobre tu boda proyecta...
Quiero saber...
¿Aún
MARG.
en
ANT.
persiste
u s t e d la m i s m a idea?
¡ S Í ! ¿Qué es mejor? ¿qué lo i g n o r e
y que e l golpe me s o r p r e n d a ,
ó estar preparado?
E l caso.,.
MARG.
ANT.
S i á vosotras os lo c u e n t a n , .
¿ s o y m á s d é b i l ? ¿la a m o m e n o s ?
O b e d e c e . ¡Te lo r u e g a
tu
MARG.
padre!
( M a g d a l e n a empieza á v o l v e r e n a i . \
YO
creo
poco,
pero m u y poco en la ciencia:
así que cuando asegura
Isidoro, que está e n f e r m a
-
41 —
de g r a v e d a d . . .
MAGD.
(¡Ah!)
ANT.
¡Dios santo!
MARG.
L o dudo.
ANT.
ANT.
D Í toda entera
la v e r d a d . ¡Quiero a p u r a r l a
aunque me ahogue l a t r i s t e z a !
Pues d i c e . . . P e r o . . .
Prosigue.
MAGD.
(¡Jesús!)
MARG.
Que s i Dios no h i c i e r a
u n m i l a g r o , m o r i r puede
de pronto.
MARG
.
MAGD.
ANT.
MARG.
¡Ay de m í !
¿Qué?
¡Espera!
MAGD.
ANT.
¡HijaS
¿Lo escuchó?
MARG.
¡NO,
madre!
¡mentí, mentí! ¡No me creas!
(Avalanzándose á e l l a . )
ANT.
¿Dónde estás? ¿dónde? ¡Oh! ¡mis ojos
s u m i d o s siempre e n t i n i e b l a s !
¿De qué me sirve ahora e l a l m a
s i me falta l a materia?
(Con desesperación.)
MARG.
¡Padre! ¡padre!
ANT.
¿Adonde, adonde?
¡Ven!
¡Antonio! (Abrazándole.)
MARG.
ANT.
MAGD.
¡Magdalena!
(Momento de pausa.)
MARG.
ANT.
MAGD.
ANT.
MAGD..
¡Madre!
¡Vete!
¡Sí, es preciso!.
Déjame á solas c o n e l l a .
Y o l a diré que has m e n t i d o .
¡Vete! ¡vete!
¡Adiós, y reza! ( v á s e , >
— 42 —
ESCENA XII.
MAGDALENA,
ANT.
MAGD.
ANTONIO.
ANT.
¡Amor mío, cálmate!
¡Dios quiso que lo supiera!
Me manda que antes que m u e r a
llore en t u seno, y lo haré.
N o me entristezcas...
T e pido
que no me i n t e r r u m p a s . L u c h o
con l a m u e r t e ; he de hablar m u c h o ,
y debes prestarme oído.
N O p i e n s e s . . . ¡Fatal momento!
MAGD.
¡Oye!
ANT.
Vivirás d i c h o s a .
V u e l v e l a paz v e n t u r o s a
á t u hogar: ¡vuelvo contento,
feliz! T ú que me has llorado
tus lágrimas secarás.
¡No pienses, n o pienses m á s
en m o r i r ! . . .
ANT.
MAGD.
MAGD.
j
¡Desventurado!
¡No s u e ñ e s !
ANT.
MAGD.
ANT.
Y o te prometo
hacer t u v i d a s e r e n a ,
y ya v e r á s , M a g d a l e n a ,
ya v e r á s . . .
¡Tengo u n secreto
h o r r i b l e , que me devora
el corazón! ¡Por Dios Santo,
óyeme!
¡ N O sabes cuánto
me apena e s c u c h a r t e !
MAGD.
Ahora...
Después..., después...
ANT.
MAGD.
ANT.
MAGD.
¡Por piedad!
Pensé que fácil s e r í a . . .
¿Es tal?
¡Que lo callaría
si no hubiese eternidad!
*
f
— 43
ANT.
MAGD.
ANT.
MAGD.
ANT.
¡Magdalena!
E n m i martirio
q u i e r o t u perdón!...
¿Por qué?
¿Hay culpas en tí? ¿Tendré
que presenciar t u delirio?
¡Oye! ¡Me falta e l aliento!
¡Habla, pues lo q u i e r e s !
MAGD.
¡Ah!
¡Cómo apagándose v a
la l u z de m i pensamiento!
(Breve pausa. Toda esta escona queda encomendada á l a inspiración de los actores.)
ANT.
MAGD.
ANT.
Sola, aislada, á t u partida,
con n u e s t r a s h i j a s , s e n t í
que se despertaba e n mí
la pasión c o n nueva vida;
que así, s i e n el corazón
las culpas s u s redes t r a z a ,
para vencer se disfraza
con alardes de pasión.
R o m á n . . . me a m a b a . . . L e a m é . . .
¿Le amaste?
Más que d e b í . . .
¡Miserable!
MAGD.
¡Ay!
ANT.
¡Sigue!
MAGD.
Sí:
ANT.
nos amábamos... pequé.
¡Jesús! ¡infames!... ¿Robar
m i honra á mansalva?
MAGD.
¡Oye!...
ANT.
MAGD.
ANT.
¡Acaba
de u n a vez! ¡El dardo c l a v a
de u n golpe, s i n v a c i l a r !
T U hija, l a n u e s t r a , moría,
y yo, doliente, á su lado.
sentí otro ser desgraciado
que en m i seno se nutría;
y cuando el uno voló
á l a región donde m o r a . . .
¡Otro á t u s brazos, traidora,
— 44 —
desde el infierno llegó!
MAGD.
¡Te lo c a l l é !
ANT.
¡Bravo alarde
de t u a m o r !
MAGD.
ANT.
MAGD.
ANT.
MAGD.
¡Oye!... No puedo!...
Nadie sabe... ¡Ay, tengo miedo!..,
¡Siempre es e l c r i m e n cobarde!
T U hija... murió...
S Í , ya s é . . .
M a s . . . ¡Ah! ocupa s u puesto
la t u y a , l a . . . ¡Te detesto,
y á ella! (Amenazante.)
¡Piedad!
ANT.
MAGD.
ANT.
¡NO,
á fé!
¿La has tenido t ú de mí?
M i e n t r a s lejos sucumbía
de dolor; m i e n t r a s quería
oro y oro p a r a t í ,
t ú pagabas m i s favores
robando á m i hija adorada
lo que es s u y o . — ¡ D e s g r a c i a d a !
¡No! ¡Si es inútil que i m p l o r e s !
¡Si no me puedes vencer!
¡Ah! ¡Si mis ojos m i r a r a n ,
de qué modo se c l a v a r a n
en los tuyos para leer
toda esa historia sombría
de a d u l t e r i o ! . . .
¡Ya he sufrido!
¿Sufrir t ú ? . . . ¡Ser p e r v e r t i d o ,
ladrona de l a honra mía!
O h , d i m e : cuál es e l fruto
de esa pasión que ignoraba?
¿Cuál de esas dos que adoraba
como m i bien absoluto,
debo separar de m í ,
arrojarla?...
MAGD.
¡Antonio!
ANT.
¡NO!
¿Querrás que l a abrace yo
como él te abrazaba á tí?
MAGD.
¡Perdón!
— 4o —
ANT.
MAGD.
ANT.
¡Habla!
¡Dios eterno!
¡Sé que hasta e l asalto aquel
fué cómplice t u y o ! . . . ¡Á él
le reclamaba e l infierno!
MAGD.
¡Jesús!
ANT.
¡No invoques á Dios!
¡Le i n s u l t a s !
MAGD.
¡Ah!
ANT.
¡Pronto!...
MAGD.
ANT.
MAGD.
ANT.
MAG.
ANT.
Ofrezco..,
¿Cuál es l a que y a aborrezco?
¿Cuál es m i hija de las dos?
¡Habla!
¡Pie...dad!
¡Qué piedad!
\uO p r i m e r o es lo p r i m e r o !
¡Ah! ¡Mis ojos! ¿Lo oyes? ¡Quiero,
quiero e n t e r a l a verdad!
¡No desmayes!
¡Ah! ¡Se...ñor! (Muere.)
¡No cedas desfallecida!
¡No me l a arranques l a v i d a
c u a l me arrancaste e l honor!
(Mirando a l cielo.)
¡Ah! ¡muerta! ¡Dios de bondad!
¿De bondad dije? Mentí.
S i n o es e l infierno a q u í ,
¿cuál hay e n l a eternidad?
¡Hijas! (Gritando.)
¡Oh! ¡No! ¡Maldición!
¡No harán que e l dolor me venza!
¡Qué bien partió l a vergüenza
en trizas t u corazón!
( A r r o j a á Magdalena de sus brazos con desdén.)
F;N DEL ACTO SEGUNDO.
ACTO TERCERO,
L a misma
decoración.
L a chimenea
encendida
como en
acto a n t e r i o r .
ESCENA
FERNANDO,
PRIMERA.
MARGARITA.
FERN.
¡ N O l l o r e s m á s ! ¡Dios l o q u i e r e ,
y es m e u e s t e r c o n f o r m a r s e !
MARG.
¡Ay! E s que á cada momento
que pasa, juzgo más grande
m i d o l o r . E n esta e s t a n c i a
donde e n b r a z o s de m i padre
se d e s p l o m ó . . . ¡Madre m í a !
Y a os dije y o q u e n o e n t r a s e i s ,
que l a pena...
FERN.
MARG.
FERN.
E n este a m b i e n t e
h a y algo d u l c e , s u a v e ,
que parece que aún repite
s u h e r m o s o a c e n t o de á n g e l .
¡ C u a n b u e n a fué! ¡ A l l á en e l c i e l o
nos ve!...
L a d e s d i c h a es g r a v e ;
pero t u a f l i c c i ó n . . .
MARG,
Llorando
se c o n s u e l a n l o s p e s a r e s . . .
el
— 48 —
Porque no puede llorar
h a c e papá lo q u e h a c e .
FERN.
¡Infeliz!
Allá en s u c u a r t o . . .
MARG
FERN.
¿Y María?
MARG.
Hecha u n a mártir.
Junto á la puerta cerrada
y envuelta entre sombras yace,
d i c i e n d o de v e z e n c u a n d o
q u e l a deje e n t r a r , y e n b a l d e .
¡Oh, pobrecilla! Y o m i s m a
c o g í e l m e d a l l ó n , y a sabes,
el q u e l l e v a b a e n s u c u e l l o ,
compañero inseparable...
FERN.
SÍ,
con hacer lo que hiciste
s u deseo a d i v i n a s t e .
Mas no recuerdes...
MARG.
¡María
es l a q u e debe l l e v a r l e ,
pues aunque iguales en años,
no s o m o s e n a l m a i g u a l e s !
FERN.
¡Margarita!
MARG.
E l l a fué s i e m p r e
para mí como m i m a d r e .
Está m u y b i e n . L o conozco,
pero s i s i g u e s h a b l á n d o m e
de ese m o d o . . .
FERN.
MARG.
FERN.
¿ Y de q u é q u i e r e s ,
F e r n a n d o , q u e ahora te hable?
¡ O h , de t o d o ; m á s n o q u i e r o !
q u e t e a t o r m e n t e s ! ¿No sabes
que cada lágrima t u y a
d e n t r o de m i pecho cae
y m e abrasa? E s egoísmo,
no es a m o r , s i así te p l a c e .
MARG.
¡Fernando!
FERN.
¡ Y a se e s p e r a b a
ese golpe f o r m i d a b l e !
¡ A y ! ¡Por m u c h o q u e se espere
no h a y c o r a z ó n q u e l o a g u a n t e !
B i e n , ángel mío; mas...
¡Calla!
MARG.
FERN.
MARG.
49
FERN.
MARG.
T a l vez vencido m i padre. .
E S María.
¡ N O consigue,
por lo visto, consolarle!
E S C E N A 3L
DICHOS,
MARÍA.
MARÍA.
FERN.
¡Todo h a sido inútilmente! .
¡Con extraña agitación
r e c o r r e la habitación
y gime confusamente!
¡Ay! Que Dios quiera alejar
de nosotros nuevo daño.
Cuídate t ú : no es extraño
que así m u e s t r e s u pesar.
E l golpe fué t a n c r u e l . . .
MARÍA.
¡De sobra!
MARG.
FERN.
MARÍA.
MARG*
MARÍA.
MARG.
FERN.
MARÍA.
MARG.
FERN.
S i reflexiona...
¿Y cómo se le abandona
en ese estado?
C u a n d o él
persiste en la terquedad
de no a b r i r , estoy segura
que es porque s u desventura
se a l i v i a en la soledad.
Y o temo por su razón...
¡Mujer, por Dios!
¡ N O exajeres!...
Siempre he sido i g u a l . ¿Qué quieres?
¿Quién cambia de corazón?
Y cuando entramos ayer,
aquella t o r v a m i r a d a ,
aquella frase cortada,
¿no nos lo hizo temer?
¿No fuiste tú la p r i m e r a ? . . .
¿No nos separó i r r i t a d o ,
frenético, de s u lado
y huyó?...
¡Calla!
S i pudiera
4
— 50 —
Margarita...
A c a s o á tí
MARÍA.
se r i n d a .
FERN.
Probemos.
MARG.
Creo
q u e es i n ú t i l .
MARIA.
Y O
deseo
que i n t e n t e s . . .
FEBN.
MARÍA.
MARG.
V a m o s . ¿ T ú aquí
n o esperas? ¿No es m e j o r
q u e allá d e n t r o ? . . .
No, Fernando.
A q u í q u e d a r é rogando
p o r q u e se apiade e l S e ñ o r .
Me asombra tu fortaleza.
(Besándola.)
Yo, en cambio...
Ven, Margarita.
FERN.
MAIUA.
Anda...
MARG.
S i aquella bendita
nos v e . . .
MARÍA.
MARG.
FERN.
MARG.
MARÍA.
¡Madre!
E n la grandeza
de m i a m o r , y el q u e h a y e n t í ,
de fijo q u e h a de e n c o n t r a r
otra madre, en e l lugar
de l a m a d r e q u e perdí.
Q u é a n s i a de l l a m a r a l l l a n t o
Voy...
Tienes razón.
MARG.
Ahora
p a r a e s e padre q u e l l o r a
á i m p u l s o s de s u q u e b r a n t o ,
d e b e m o s de s e r l a s d o s
v i v o ejemplo de t e r n u r a .
¿No es v e r d a d ? E s t o y s e g u r a . . .
MARÍA.
MARG.
FERN
¡Oh, sí!
Vuelvo pronto..
¡Adiós!
(vánse.)
— M
ESCENA III.
MARÍA.
¡No h e m o s d e q u e r e r p a g a r l e
cuanto por nosotras hizo!
Desde el cielo nos lo m a n d a
q u i e n nos legó S U C a r i n o . (Mirando el retrato.)
¡Sí, m a d r e m í a ! ¡Al m i r a r t e ,
p i e n s o q u e no te he p e r d i d o ,
y hasta respiro t u aliento
si en este ambiente respiro!
¡No m e h a s d e j a d o ! ¡ A ú n e x i s t e s ;
a ú n te t e n g o a l lado m í o ;
aún m i voz y m i ternura
quieren calmar tu martirio!
(Quitándose el medallón.)
Aquí, cuando éramos niñas,
mil veces t u imagen vimos
j u n t o á la del tierno esposo,
que hoy, s i n tí, llora afligido.
¿ Q u é h a n de p o d e r las
angustias
c u a n d o de r e c u e r d o s v i v o ,
y s o n los recuerdos tales
q u e m e abren el Paraíso?
(Abriendo el medallón.)
Más ¿qué es esto? N i r e t r a t o
ni cristal... pero en s u sitio
este p a p e l . . . ¡ A y ! no a c i e r t o
la c a u s a ; pero me agito
á m i pesar. (Leyendo.)
m i María puede
«Solamente
abrirlo.»
¡Oh! ¡madre, m a d r e ! ¡Aún r e s u e n a
t u dulzura en m i s oidos!
( A b r e el p a p e l , y lee con emoción c r e c i e n t e . )
« R e s e r v a d í s i m o . H i j a m i a de m i
alma: S i n -
«tiendo c e r c a n a m i m u e r t e , quiero, á t r u e » q u e de m a r c h i t a r t u i n o c e n c i a y
empañar
»tu candor, revelarte que t u h e r m a n a M a r » g a r i t a . . . » (Dejando de l e e r . )
(
JeSÚs! ¡JáSÚs!
(Sigue leyendo. La actriz interpretará
como estime mejor.)
esta
escena
— 52 —
a Q u e t u h e r m a n a M a r g a r i t a no debe l a v i d a
»á t u p a d r e . » ¡ Q u é h o r r o r , D i o s m í o ! . . .
«Que Dios me tome en c u e n t a el sacrificio
«que hago al confesártelo; pero el egoísmo
míe m a d r e y e l a r r e p e n t i m i e n t o de c r i s t i a —
«na m e i m p u l s a n á ello, pidiéndote, amor
»mío, que s i t u padre llega á descubrir a l » g u n d í a , y s o l o m i c o n f e s i ó n y este p a p e l
« p u e d e n s e r p r u e b a , ese d e l i t o q u e m e
«cuesta l a v i d a , t ú seas para t u h e r m a n a
»lo q u e h a s s i d o s i e m p r e , e l á n g e l de s u
« c o n s u e l o q u e se i n t e r p o n g a e n t r e l a j u s t i » c i a d e l o f e n d i d o y l a f e l i c i d a d de q u i e n n o
»ha pecado. No dudo que, s i como p r e s u «mo, eres feliz c o n F e r n a n d o , encuentres
» e n él u n a u x i l i a r p o d e r o s o , p a r a t a n b u e n a
« o b r a . A d i ó s , a l m a m í a de m i a l m a , n o
«maldigas m i m e m o r i a , y ruega por t u m a s a r e q u e te b e n d i c e d e s d e e l fondo de s u
«su corazón...»
¡ A y , do m í ! ¡No s é q u e s i e n t o ! . . .
¡Mi m a d r e ! H u y ó m i v e n t u r a ,
como huye la niebla oscura
azotada por el viento!
¿Qué importa? A u n q u e al p e n s a m i e n t o
h i e r a el r u d o s i n sabor,
te j u r o p o r e l S e ñ o r
que á ser s u madre me obligo,
y q u e te a m o y te b e n d i g o ,
pobre mártir del amor!
E S C E N A IV,
DICHA,
ANT.
MARÍA.
ANT.
ANTONIO.
(Saldré... s a l d r é . . . ¿Qué adelanta
m i m a l c o n r u g i r aislado?
Q u i e r o encontrar el pecado
que me a b r u m a y que me espanta.)
( ¡ A h ! ¡Mi p a d r e ! )
¡ C u á l se c e b a
en mí la fatalidad!
— 53 —
MARÍA.
¡SÍ,
madre! ¡La eternidad
guarda y a l a mejor prueba!
( A r r o j a n d o e l papel á l a c h i m e n e a . )
G u a r d e e l fuego l a e n t r e g a d a
ANT.
á m i amor por t u amargura.
A n t e él s e r á s s i e m p r e p u r a .
s i e m p r e fiel y s i e m p r e h o n r a d a .
¿Hay q u e l u c h a r ? ¡ L u c h a r é !
MARÍA.
¡Padre!
ANT.
¿ Q u i é n es?
MARÍA.
YO,
aquí
María,
estoy.
ANT.
¡Quita!
MARÍA.
Quería
hablar contigo...
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
¿Por qué?
No; gracias.,. Vete.
M e apena
la agitación...
( ¡ S U V O Z siento
¡y q u é d u l c e es e l acento
conque me a n i m a e n m i pena!)
¡Hija! (Abrazándola.)
Padre, que concluya
ese d o l o r q u e c o m p r e n d o .
Yo también...
(Rechazándola.) ¿Qué estoy h a c i e n d o ?
¡ A p a r t a ! (¿Será l a s u y a ? )
¡Por p i e d a d !
ANT.
¡Déjame!...
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
¡NO!
s i veo q u e s u f r e t a n t o . . .
¡Yete... vete!
¡Por D i o s s a n t o !
ANT.
¡Por É l te lo pido y o !
MARÍA.
Está
ANT.
bien.
¡Del m a l o p r e s o
tengo que g e m i r s i n c a l m a !
MARIA.
ANT.
¡ A d i ó s ! (Besándole u n a m a n o . )
¡ A h ! ¡Besó e n e l a l m a ,
a u n q u e h a dejado aquí e l beso!
— 54 —
ESCENA
V.
ANTONIO.
¡Sombras!... ¡sombras nada m á s ! . . .
¡Cuan l e v e s s o n las q u e e n c i e r r a
e s t a m á q u i n a de t i e r r a
q u e no c o m p r e n d í j a m á s !
Dónde c o n t u s o m b r a e s t á s ,
— ¡ o h ! ¡espíritu que a b o m i n o ! —
no h a y n i u n r a y o e n e l c a m i n o
que marque con tibio anhelo
ó las márgenes del cielo,
ó el infierno al peregrino!
¡Y c ó m o l a s q u i e r e h a l l a r
m i tremenda pesadumbre
en la horrible incertidumbre
q u e no p u e d o d e s e c h a r !
¿Adonde voy á m a r c h a r ?
¿Dónde se e n c u e n t r a m i h o n o r ?
¿Dónde e l e n g e n d r o t r a i d o r
q u e r o b a , desde la c u n a ,
mis angustias, m i fortuna,
y sobre todo, m i amor?
¿En q u é frente b e s a r é
s i n q u e se a b r a s e n m i s l a b i o s ?
¿Con q u é s e n o m i s a g r a v i o s
y m i afrenta estrecharé?...¡ A h ! ¡ i n f a m e s ! ¡Cuánto l u c h é ,
cuánto, y con cuánto desvelo,
p a r a q u e al rasgarse el velo
donde e s a h i s t o r i a se e n c i e r r a ,
n o e n c u e n t r e paz e n l a t i e r r a ,
n i a c a s o p r e m i o en e l c i e l o !
¡Sí, lo q u i e r o p u b l i c a r :
q u i e r o que lo s e p a n t o d o ,
a u n q u e s a l p i c a n d o e l lodo
m e p u e d a e l lodo m a n c h a r !
¡ S í , sí! ¡ Q u i e r o r e p o s a r
de t a n h o r r i b l e s t o r t u r a s !
¡ A h ! ¡si ves m i s d e s v e n t u r a s
— 55 —
y es e i espíritu eterno,
el infierno de t u infierno
h a n de s e r m i s amarguras!
ESCENA V I .
DICHO, M A R G A R I T A .
MARG.
¡Padre!
ANT.
¿Quién vá?
MARG.
¿Desconoce
u s t e d m i voz? M a r g a r i t a .
ANT.
MARG.
ANT.
MARG.
ANT.
MARG.
ANT.
MARG.
ANT.
MARG.
ANT.
MARC.
ANT.
MARG.
¿TÚ?
¡ S Í ; le estuve esperando;
pero a l ver que no salía,
me encaminé al oratorio
p a r a c a l m a r m i s desdichas!
Y a s a l í . . . Y a estás contenta.
Solo e n s u cuarto, ¿qué haría?
¿No es m u c h o mejor que llore
en los brazos de s u s hijas?
¿Mis h i j a s ? . . . ¡No! ¡no pronuncies
tal palabra, M a r g a r i t a !
¡Por Dios!
¡Oh! V e n á m i lado:
ven: m á s c e r c a ; que r e c i b a
t u aliento sobre m i s labios,
y habla...
¡Por D i o s !
¿Desconfias
de m i razón? ¡Pues no temas!
¡Dios no me dará t a l d i c h a !
¿Cuál de las dos se parece
más á m í ? . . .
Pero...
¿María?
¿Tú? ¿Cuál? ¡Responde! ¡responde!
N o s o t r a s . (¡Virgen Santísima!)
¿Por qué callas?
S i es que somos
de tal modo parecidas
i n u e s t r a madre las dos ...
— 5*6 —
ANT.
¡Ay! ¡sombra de m i s p u p i l a s !
¡Cómo p u d i e r a rasgarte
solo u n punto m i agonía,
aunque después fuera eterna,
qué pronto te h i c i e r a trizas!
MARG.
¡Por Dios! ¡Por
Dios!
ANT.
¡Calla!
¡Calla!
¡No r e c u e r d e s s u j u s t i c i a ;
no, q u e m e deja e n los mares
revueltos de l a p e r f i d i a ,
sin u n astro q u e m e a l u m b r e ,
ni u n a tabla q u e m e asista!
MARG.
¡Padre!
ANT.
MARG.
¡Déjame!
¡ N O puedo,
V U 0 quiero!... (Resuelta.)
¡Me h o r r o r i z a
su exaltación, padre m í o !
¡Cálmese usted! ¡Lo suplica
quien si no llega á sus brazos
alcanzará s u s rodillas! (cayendo.)
ANT.
¡Levanta! ¡levanta! (¡Siento
que os m u y fácil q u e m e r i n d a n !
¡Ah! sueños de mis venturas,
¿por q u é v o l v é i s á m i v i s t a
d e s p u é s de q u e d a r h u n d i d o s
en e s p a n t o s a s n e b l i n a s ?
ESCENA
DICHOS,
MARÍA.
VII.
MARÍA.
( ¡ A h ! ¡Se c o n f u n d e n l o s dos
en u n abrazo! ¡Se adoran!
¡ C u á n t a s c o s a s q u e se i g n o r a n
bendice y oculta Dios!)
MARG.
Prometa usted...
ANT.
N O he cedido
más que á m i dolor profundo.
MARÍA.
L o s d o l o r e s q u e dá el mundo-
son
ANT.
breves.
¿NOS
has oido?
— S7 —
MARÍA.
L e he visto á usted abrazar
con
ternura á Margarita:
h a b l a de p e n a i n f i n i t a :
siento la mía aumentar.
¿Qué más necesito
oir?
¡Sé de q u é h a b l a b a n , y q u i e r o
que la a n g u s t i a en que me
muero
se puede á s u angustia u n i r !
ANT.
( S e p a rándose recoloso de M a r g a r i t a y h a b l a n d o c o »
misterio á María.)
¡Ah! d i : tú que siempre fuiste
la que esta casa c u i d a s t e :
con
sus dolores lloraste,
y con sus dichas reiste,
¿no s a b e s a l g u n a h i s t o r i a
que pueda al ser relatada,
oscurecer la mirada
y avergonzar la memoria?
MARÍA.
¿YO?...
(¿Sabrá?...)
ANT.
Responde y mira
que p r e g u n t a el s e n t i m i e n t o . . .
MARG.
¡NO!
ANT.
¡Si tiene i g u a l a c e n t o
la v e r d a d que l a m e n t i r a !
MARG.
N O acierto á
entender...
MARÍA.
(¡Decae,
á m i pesar m i valor!)
AÑT.
¡Oh! ¡Soítadme!... (¡El deshonor
es c o m o e l a b i s m o , a t r a e ;
y aunque quiera resistir
s u a t r a c c i ó n , h a c i a él m e i n c l i n o .
¡Ay! ¡ni u n astro e n el c a m i n o
ni u n puerto en el porvenir!)
(Al
decir: «Soltadme»
abrazado,
y
María
y M a r g a r i t a se h a n
contemplan á A n t o n i o con
lástima.)
¡No m e s i g á i s ! ¡No, p o r D i o s !
no traigáis á m i m e m o r i a
l o s t e r r o r e s de u n a h i s t o r i a
que os e n v u e l v e n á las d o s !
¡ Y s i os p e s a m i q u e b r a u t o ,
dejadme á solas c o n él:
miedo
y
— 58 —
no hagáis más a g r i a l a hiél
que r e s b a l a entre m i l l a n t o !
L A S D O S . ¡Padre!
A?iT.
¡Callad! (Reponiéndose.)
Renació
m i tremendo padecer.
(¡Ellas l a deben el s e r ,
que no l a o d i e n como yo!) (váse.)
ESCENA V 1 I L
MARIA,
MARG.
MAKIA.
MARG.
MARÍA.
MARGARITA.
¿No advertiste qué miradas
lanzó c o n honda fijeza?
¿No has escuchado sus frases
que v i e n e n b i e n c o n aquellas?
¡Como e l pobre sufre t a n t o ! . . .
¡Ay! S u r a z ó n . . . Y o q u i s i e r a
d i s i p a r t e , c u a l lo hice
no hace m u c h o , tal idea;
más los h e c h o s . . .
(Pero ¿cómo,
cómo es posible que sepa?...
¡Ah! ¡sí! ¡sí! T a l vez m u r i e n d o ! . . . )
¡Oh! ¡Señor! ¡Señor!
MARG.
¿Empiezas
t ú t a m b i é n ? . . . ¿ P u e s dónde busco
entonces c a l m a e n m i pena?
MARÍA.
E n m í , e n mí y e n F e r n a n d o ,
en F e r n a n d o , que te espera...
MARG.
¡Fernando!
MARÍA.
¡ S Í ; S U ternura
es, como la t u y a , i n m e n s a !
Él te llevará h a s t a e l a r a ,
y cuando s u esposa s e a s ,
y yo quede con m i padre
endulzando s u s tristezas,
en los dias de l a infancia
y en n u e s t r o cariño p i e n s a !
S i e m p r e pensaremos juntos
que, ante m i padre, cayeran
MARO.
— 59 -
MARÍA.
todos los afectos, todos,
hasta este amor que rae l l e n a
de v e n t u r a , y que por nadie,
por nadie a l olvido d i e r a !
¿ A m a s á F e r n a n d o tanto?
MARG.
¡Más que á m í !
MARÍA.
MARÍA.
(¡Dios me prateja!)
B i e n lo sabes: nos queremos
c o n esa pasión p r i m e r a
que a u n q u e v a c i l e , no muere,
y aunque la apaguemos, q u e m a .
¿Por q u é lo d i c e s ? . . . ¿Acaso?...
¡Oh! ¡no! S i es que algo sospechas...
MARG.
¿De q u é ? . . .
MARG.
MARÍA.
MARG.
MARÍA.
Cuando seáis felices,
recordadme.
. ¿Á qué te empeñas
eD m a r t i r i z a r t e ? N u n c a
n o s separaremos. C e r c a ,
m u y cerca s i e m p r e , pensando
en n u e s t r a m a d r e , e n aquella
que c o n el nombre de D i o s
nos enseñaba á ser buenas
c o m o e n l a i n f a n c i a e n las horas
que la v i d a nos r e s e r v a ,
con las manos enlazadas
y c o n las frentes serenas,
c o n l a sonrisa en los labios
y l a paz e n l a c o n c i e n c i a ,
haremos v e r á ese ciego
más l u z que l a de l a t i e r r a !
¡Oh! ¡sí! ¡sí! ¡Juré ampararte!
¡Serás dichosa! ¡No temas!
ESCENA IX.
DICHAS, FERNANDO.
FERN.
MARÍA.
FERN.
dejo breves i n s t a n t e s .
S Í ; que aunque t u compañía
nos alegra, no querría
molestarte...
C u a n t o antes
OS
— 60 —
volveré.
MARG.
FERN.
MARG.
MARÍA.
MARG.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARG.
MARÍA.
FERN.
MARG.
FERN.
Pero...
U n momento.
V o y á c a s a : he r e c i b i d o
a h o r a p o c o , y lo he l e i d o
de m i p a d r e e l t e s t a m e n t o ,
y quiero guardarlo ya.
Siento que salgas.
N o es j u s t o .
M i aflicción y m i d i s g u s t o
se t e m p l a n c u a n d o él e s t á .
¡Mi b i e n !
V é . F u é tierno alarde...
Que responde á m i ternura.
Se atrasa v u e s t r a v e n t u r a .
N u n c a p a r a el b i e n es t a r d e !
y tanto pienso alcanzar,
que, aunque me pesa, merece
q u e D i o s , que m e favorece,
quiera hacérmelo esperar.
¡Cuan feliz hubiera sido
n u e s t r a pobre m a d r e a l v e r
que n u e s t r o a m o r i b a á s e r
p o r e l Señor b e n d e c i d o ! ,
N i aún sospechó...
Lo sabrá.
E s t o y c i e r t o , y desde e l c i e l o
¡con q u é c a r i ñ o s o a n h e l o
n u e s t r a unión bendecirá!...
Quiso t u padre callarla
tal s o r p r e s a : m á s D i o s q u i s o
q u e solo e n e l P a r a i s o
pudiera regocijarla
la dulce felicidad
de d o s a l m a s que n a c i e r o n ,
y , c a s i a l n a c e r , se u n i e r o n
por t o d a l a e t e r n i d a d .
¡Más b i e n c a l l a s t e t u a m o r !
So!o h a c e u n m e s . . .
¡Ay! temía
q u e s i t u a l m a n o e r a mía
me destrozase e l d o l o r !
— Qí —
MARG.
FERN.
V e r d a d q u e n i a ú n me fijé...
Y o hasta creí que m i h e r m a n a . . .
¿Te acuerdas? Más ¡cuan ufana
m i r o que m e equivoqué!
( S i s u p i e r a su baldón
tal vez l a abandonaría,
y e n t o n c e s . . . ¡No, madre m í a !
¡Jamás! P o r t u salvación!) (con solemnidad.)
¡ A h ! V u e s t r o padre... Allí v á . . .
MARG.
Voy á buscarle... (váse.)
FERN.
S i , quiero
darle u n abrazo. E l p r i m e r o
y el m á s amante quizás!
MARÍA.
ESCENA
DI6HOS menos M A R G A R I T A .
RITA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
MARÍA.
FERN.
X.
Á poco rato M A R G A -
Amándole de ese modo,
presto obediencia á m i p a d r e .
¿Sabes cuál e r a s u encargo?
Sí, y es e l m á s agradable
que pude soñar: revela
s u a l m a generosa y g r a n d e .
¡Cómo l a t u y a !
No puede
á la suya asemejarse.
P u e s eres bueno.
Os conozco
hace ya tanto, que es fácil
que sólo por conoceros
broten en mí las bondades.
T ú , sobre todo! María,
eres en la t i e r r a u n á n g e l .
Siempre te he rendido u n culto
que no podrá borrar nadie,
y e n m i corazón ocupas
m u c h o m á s de lo que aguardes.
¡Fernando, c a l l a !
T u hermana,
que no quiere separarse
de t í , responde á m i gusto
— 62 —
y así h a de s e r .
MARÍA.
¡Oh! N o
sabes...
FERN.
D O S a b e s ! . . . ¡Nada! (Reponiéndose.)
¿Qué t i e n e s ? .
MARÍA.
(Levantándose.)
FERN.
que no conoces, F e r n a n d o ,
el m a l i n m e n s o q u e h a c e s !
P e r o ¿por qué?
¿ L l o r a s ? . . . ¡María!
MARG.
(Entrando.)
¡Oh!
Déjame,
A q u í se acerca.
No le e n t r i s t e z c a s . C a l l a r s e .
Le fui siguiendo en silencio,
y él, incierto y vacilante,
s i n saber dónde c a m i n a ,
aquí llega.
FERN.
Voy...
MARÍA.
Espérate.
ESCENA
ULTIMA,
DICHOS, ANTONIO.
ANT.
¡ N O sé qué hacer...
FERN.
( Á Margarita. )
Vendré ahora j
y—
MARG.
ANT.
E s t a m o s aquí, papá,
con F e r n a n d o .
¿ É l ? . . . ¿y acá?....
(¡Oh! ¡Callemos!) E n b u e n h o r a .
Y a sabe q u e s u s pesares
son míos también.
¡ L O creo!
MARÍA.
¿No d e c a n s a u s t e d ?
ANT.
FERN.
ANT.
Deseo
no s é q u é . . .
MARG.
FERN.
ANT.
( N O te s e p a r e s ( Á F e m a n d o . )
de n o s o t r a s . M e a c o b a r d a
su excitación.)
(Se h a c a l m a d o .
No temáis.)
¡Ay! ¡desdichado!
— 63 —
L a m u e r t e . . . ¡la m u e r t e tarda!
FERN.
¡Antonio!
(Cogiéndole l a mano que Antonio r e t i r a . )
ANT.
FERN.
MARG.
MARÍA.
MARG.
ANT.
FERN.
ANT.
¿Qué?
¡Por favor!
E l hombre que se doblega
cuando u n a desgracia llega,
no manifiesta v a l o r .
Comprendo que es i n a u d i t a
la que hoy á todos nos u n e ;
pero cuando usted reúne
en M a r t a , e n M a r g a r i t a ,
y e n m í , q u i e n s u desconsuelo
endulce c o n s u t e r n u r a ,
r e n d i r s e á l a desventura
c a s i es ofender a l C i e l o !
Dices b i e n .
¡Oh! Y a verás ( Á M a r g a r i t a . )
con qué amor le c u i d a r e m o s .
No sabe usted lo q u e haremos ( Á su padre.)
porque nos quiera usted m a s .
Y no j u z g u e que es v i r t u d ,
s i no q u i e r e , es e g o í s m o :
es que piensa e n s u heroísmo
n u e s t r a filial g r a t i t u d
y solo sabe buscar
algo que endulce s u duelo.
Y c o n a u x i l i o d e l Cielo
lo sabremos e n d u l z a r .
¡Señor! ¡Señor!
Y o confio..-
¡Cállate t ú ! ¡Calla! ¡calla!
¡que á t u sola voz estalla
tremendo m i desvarío!
¡Deja que a l i m p u l s o interno
de m i amor m i ofensa ceda;
pero t u voz me remeda
carcajadas d e l infierno!
E n calma te oí hace poco,
¡no sigas, porque á t u voz
siento el i m p u l s o feroz
de m a t a r ! . . .
— 64 —
FERN.
¡Ah!
ANT.
¡ No e s t o y l o c o !
MARÍA.
¡Oh!
ANT.
¡ Y lo q u i s i e r a e s t a r ;
porque con locura i n m c u s a
se s u f r e , m á s n o se p i e n s a ,
y m i t o r m e n t o es p e n s a r !
¡Vamos! ¡vamos!
¡Padre mío!
¡Dejadme!
FERN.
MARÍA.
ANT.
¡no!
MARG.
ANT.
MARG.
ANT.
FERN.
ANT.
¡Padre!
¡ O S lo r u e g o !
¡Dejad q u e c a m i n e e l c i e g o
solo, s i n que rudo impío,
aumente s u desconsuelo,
q u e h o y e n él a b s o r b e t o d o ,
h a l l a r m u r a l l a s de lodo
en los u m b r a l e s del Cielo!
¿Qué h i c i m o s ?
¡ N O preguntéis!
¡Me esfuerzo e n a h o g a r m i p e n a !
¡Si l a c o r r i e n t e es s e r e n a ,
al menos donde l a veis,
no l a queráis a g i t a r . . .
que e n t o n c e s p u d i e r a h e r v i r ,
y al mismo Cielo subir
y e n los C i e l o s e s t a l l a r !
P e r o , ¿tal f u r i a ?
¡ A ú n es poca:
a ú n n o es t o d a l a q u e t e n g o ,
aún l a l u c h a que sostengo,
callada en e l alma choca!
¡Ay! s i e n c u e n t r a q u i e n inquiete
el reposo á q u e l a o b l i g o . . .
FERN.
¡Antonio!
ANT.
S é lo q u e digo,
y vete, F e r n a n d o , vete,
que m e t r a e s c o n t u p r e s e n c i a
á la memoria e l horror
de u n a p á g i n a de a m o r ,
v e r d u g o de m i e x i s t e n c i a .
¡Y n o q u i e r o , y n o ¡o haré,
— m —
LAS
DOS,
FERN.
MARG .
ANT.
MARÍA.
ANT.
MARG.
ANT.
MARG.
ser t a n v i l y t a n v i l l a n o ,
como m i amigo..., m i hermano,
c o m o t u padre lo fué!
¡Ah!
¡Dejadle r e p o s a r
donde, honrado está sepulto!
¡Si os p r e s t a c a l m a e l i n s u l t o ,
b i e n , m e podéis i n s u l t a r !
¡Pero á m i p a d r e , oso n o !
¡Piedad!
¡Tu padre!
(¡Dios s a n t o ! )
T u padre q u e v i o m i l l a n t o ,
que m i s a n g u s t i a s oyó,
q u e m e d i j o : «Vé t r a n q u i l o
á lograr por Magdalena
e l oro q u e l a e n a j e n a :
t e n d r á e n m i casa u n a s i l o :
seré s u hermano.»—'¡Ah, traición!
Y fué...
¡Padre!
¿Lo e s t á i s v i e n d o ?
L e e m p u j a n : lo e s t á q u e r i e n d o .
¿ Q u i é n r e f r e n a a l c o r a z ó n ? ( B r e v e pausa.
E l pobre Fernando siente
lo q u e d i c e u s t e d . . .
MARÍA.
(¡Me espanta
lo q u e p i e n s o ! ) ( ¡ V i r g e n s a n t a !
S i así f u e r a . . . )
FERN.
¡Inútilmente
m e esfuerzo e n a d i v i n a r
l a r a z ó n de t a n t a f u r i a ,
y menos que en torpe injuria
se pueda el amor trocar!
¡Mi p a d r e t a n t o le a m ó ,
q u e h o y t r a t a r l e de ese modo
es i n j u s t o , i m p í o ! . . .
ANT.
FERN.
M A R I A,
¡Todo!
¡Y a ú n salgo p e r d i e n d o y o !
¡Antonio!
¡Por D i o s te p i d o
que tengas calma!
5
— 66 —
FERN.
ANT.
j Y a no!
jTanto á m i padre ofendió,
dando s u amor al o l v i d o ,
que necesito probarle
que aquel a l m a generosa,
hoy s u r g e aquí s i l e n c i o s a
á oirle y á perdonarle!
Su testamento.
¡Oh, Señor!
¿Le tienes?
FERN.
ANT.
FERN.
ANT.
FERN.
ANT.
Y a lo he l e i d o .
¡ A h ! ¡de lijo h a s esparcido
las cenizas de m i honor!
¿Qué dice?
Que l a m i t a d
del quinto dé á Magdalena
que gemía e n honda pena
y e n amarga soledad,
y si á Magdalena no,
á l a hija que ella e l i g i e r a ,
pensando que usted v o l v i e r a ,
s i volvía, cual m a r c h ó .
¿ E S O dice? ¿Nada más?
¿Ve usted cómo le h a injuriado?
¡Quiso c o m p r a r lo robado!
¡Oh, vete, y no vuelvas más!
MARG.
¡Padre!
FERN.
Á m i padre j u r é ,
— e n momento bien a m a r g o , —
c u m p l i r , cual bueno, s u e n c a r g o ,
y hoy j u r o á u s t e d que lo h a r é .
P u e s M a r g a r i t a será
m i esposa...
¡ A y , hija mía! (Sin contenerse.)
E s a m a n d a es de María
y ella l a destinará.
¡Oh, jamás!
¡Le quiero tanto!...
¡Infeliz!
¡Cuánto padece!
ANT.
FERN.
ANT.
MARG.
ANT.
MARÍA.
FERN.
ANT.
Nos amamos.
¡Cómo crece
— 67 —
el oleaje d e l l l a n t o !
¡Quise esconder m i s enojos;
pero tanto los c o n t u v e ,
q u e e l l l a n t o r e b o s a y sube
á d e s b o r d a r s e e n los ojos!
¿Qué m u c h o q u e c a i g a y o ,
si también, yendo a l tormento,
bajo e l lábaro s a n g r i e n t o
el hijo de D i o s c a y ó ? . . .
LOS D O S . (Abrazándole.)
¡Padre!
ANT.
¡Fuerza sobrehumana
me acelera en l a caida!
U n a . . . m e debe l a v i d a .
¡La otra, F e r n a n d o , es t u hermana!
MARÍA.
¡ Q u é d i c h a ! ¡No sabe c u á l !
FERN.
ANT.
MARÍA.
¡Jesús!
¿ T Ú l o s a b e s ? ¡Di!
¡Padre!
ANT.
MARÍA.
FERN.
¡Responde!
¡ A y de m í ! . . .
¡Habla!... ¡Concluya m i m a l ! ..
MARÍA.
¡Madre!
ANT.
¡Contesta!... ¡Contesta!...
¡Ah! S i pudiera m i r a r t e ,
¡qué b i e n sabría a r r a n c a r t e
del corazón l a respuesta!
¡Por D i o s !
¡Tal vez d e l i r ó ! . . .
¿Delirar e n e l m a r t i r i o ?
¡La d i c h a s i e s u n d e l i r i o ,
pero las t o r t u r a s , n o !
¡María... por c a r i d a d . . .
q u e m i d e s g r a c i a te a f l i j a ! . . .
¡ S Í , d i n o s q u i é n es l a h i j a ,
MARG.
FERN.
ANT.
FERN.
ANT.
h i j a de l a i n i q u i d a d !
¡ A h ! ¡Lo s a b r é ! . . .
MARÍA.
ANT.
MARÍA.
MARG.
¡Qué agonía!
¡ N O solloces!... Tú, Fernando...
¡Margarita, v e n , lo mando!
¡Es t u y a !
¡ N O ; Madre mía! (Mucha
¡ A h ! ¿Soy y o ? . . .
rapidez.)
ANT.
FERN.
MARÍA.
¿ T Ú ? . . . ¡La que adoro!
¡Mi h e r m a n a ! ¡Yo huiré de t í ;
más s i e m p r e t e n d r á s e n mí
amparo y a m o r !
¡ Y O imploro
compasión!
MARG.
ANT.
68 —
¡Padre!
¡Hijas mias!
¡Oh! ¡no! ¡ t ú ! . . . ¡tú s o l a ! . . . (Á María.)
MARÍA.
¡No!
¡Es m i h e r m a n a !
MARG.
XMARIA.
ANT.
MARÍA.
MARG.
¿Y que haré yo
sola c o n m i s agonías?
¿Sola? ¡Jamás! ¡Vive e n c a l m a !
¿Verdad, padre?
¡Ay¡ ¡no lo s é !
¡Su ser no es m i ser!
¿Y qué?
¿Qué vale u n cuerpo s i n alma?
¡Ábrase a l d u l c e perdón
s u pecho, aunque no a l o l v i d o !
¡Señor!... ¡ P a d r e ! . . . ¡Así lo p i d o ! . . .
(Arrodillándose y abrazándole.)
ANT.
FERN.
ANT.
¡Hijas de m i corazón!
iré lejos á l l o r a r
culpas q u e no cometí.
¡Fernando!
YO
MARÍA.
ANT.
¡Padre!
¡Aún aquí
puedes l a d i c h a e n c o n t r a r !
(Mostrando á María.)
MARG.
¡Oh!
FERN.
¡Nadie m i m a l profundo
premia!...
¡Sé de l o s que saben
que algunos p r e m i o s no caben
en los límites del m u n d o ;
y aunque i n j u s t o desconsuelo
rasgue t u a l m a e n c r u d a g u e r r a ,
s a b r á s que es c r i s o l l a t i e r r a
del a l m a que b u s c a e l cielo!
ANT.
FIN
D E L D R A M A .
1128726
Descargar