LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES: EL CONVENIO SOBRE EL DERECHO DE LOS USOS DE LOS CURSOS DE A G U A INTERNACIONALES PARA FINES DISTINTOS DE LA N A V E G A C I Ó N D E 21 D E M A Y O D E 1997* Mireya C A S T I L L O D A U D I A. LA REGULACIÓN TRADICIONAL Y LA PROTECCIÓN DE LOS CURSOS DE A G U A I N T E R N A C I O N A L E S : 1. Nociones básicas. 2. Tesis en presencia: 2.1. La tesis de la soberanía exclusiva del Estado territorial. 2.2. La "comunidad de intereses" de los ribereños. 2.3. La noción de "cuenca fluvial". 3. Reglas tradicionales.— B. EL CONVENIO SOBRE EL DERECHO DE LOS USOS DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES PARA FINES DISTINTOS DE LA NAVEGACIÓN DE 21 DE MAYO DE 1997: 1. Génesis del Convenio. 2. Pincipios generales y su dimensión ambiental: 2.1. Utilización y participación equitativas y razonables. 2.2. Obligación de no causar perjuicios sensibles. 2.3. Obligación general de cooperación. 3. Principios específicos de protección ambiental. 3 . 1 . Protección y preservación de los ecosistemas. 3.2. O b l i g a c i ó n de prevención, reducción y control de la contaminación. 3.3. Introducción de especies extrañas o nuevas. 3.4. Protección y preservación del medio m a r i n o . — CONCLUSIONES.—BIBLIOGRAFÍA. A. LA REGULACIÓN TRADICIONAL Y LA PROTECCIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES 1. NOCIONES BÁSICAS L a s aguas dulces son las a g u a s continentales: ríos, l a g o s , e m b a l s e s , glaciares, acuíferos, etc., es decir, el conjunto de las a g u a s d u l c e s superficiales y subterráneas situadas en el territorio de los Estados. * 129. Este trabajo se ha realizado en el marco del Programa I+D n° GV 97-RN-IN- 115 MIREYA CASTILLO DAUDI L a s a g u a s d u l c e s c o n s t i t u y e n un r e c u r s o l i m i t a d o p e r o p e r p e t u a m e n t e r e n o v a b l e : a e s c a l a m u n d i a l , el a g u a q u e a b a n d o n a la m a s a terrestre r e t o r n a e n cantidad igual. Este proceso se desarrolla sin solución d e continuidad. A u n q u e el a g u a d u l c e sea un r e c u r s o r e n o v a b l e , el h o m b r e tiene la c a p a c i d a d d e p e r t u r b a r el ciclo h i d r o l ó g i c o . L o s p r o y e c t o s d e a p r o v e c h a m i e n t o d e 1 las a g u a s tienen r e p e r c u s i o n e s a m b i e n t a l e s q u e , en o c a s i o n e s , p l a n t e a n p r o b l e m a s d e gravedad. L a lista d e actividades h u m a n a s q u e tienen efectos sobre el c i c l o h i d r o l ó g i c o i n c l u y e t a m b i é n la d e f o r e s t a c i ó n , la lluvia a c i d a , la m o d i ficación d e la cubierta vegetal y la urbanización. L a s a g u a s d u l c e s p u e d e n estar c o n f i n a d a s en el territorio d e un E s t a d o , a u n q u e la m a y o r p a r t e d e las a g u a s d u l c e s superficiales y s u b t e r r á n e a s e s t á n h i d r o l ó g i c a m e n t e r e l a c i o n a d a s y n o c o n o c e n fronteras: i m p o r t a n t e s a c u í f e r o s 2 son compartidos por diversos p a í s e s . Asi, p u e d e hablarse de aguas dulces 3 t r a n s f r o n t e r i z a s , p a r a referirse a los c u r s o s d e a g u a o a los a c u í f e r o s c u y a s p a r t e s se e n c u e n t r a n en E s t a d o s d i s t i n t o s . T a m p o c o d e b e o l v i d a r s e , p o r o t r a 4 parte, la estrecha relación existente entre las a g u a s d u l c e s y las a g u a s del mar. 1. Sobre la noción de "ciclo hidrológico" véase Anuario de la Comisión de Derecho internacional ¡979-11, primera parte, pp. 148-153 y B u i R E T T E , P.: "Genése d'un droit fluvial international general", Revue general de droit international public, 1990, p. 18. 2. GURUSWAMY, L., PALMER, W.R. Y WESTON, B.H.: International Environmental Law and World Order, St. Paul, Minn. (West Publishing) 1994, pp. 624626. 3 . Por ejemplo, en el nordeste de Africa, en el Africa septentrional y central y en el Africa noroccidental existen acuíferos que abarcan un extenso territorio. El acuífero nororiental abarca la Jamahiriya Árabe Libia, Egipto, Chad y Sudán; el acuífero de la Península Arábiga es compartido por Arabia Saudita, Barhein y seguramente, Quatar y los Emiratos Árabes unidos; el acuífero de la cuenca del Sahara septentrional es compartido por Argelia, Túnez y la Jamahiriya Árabe Libia; el acuífero del Chad es compartido por Chad, Niger, Sudán, República Centroafricana, Nigeria y Camerún; el acuífero de la cuenca del Taoudeni es compartido por Chad, Egipto, la Jamahiriya Árabe Libia y Sudán, y el acuífero o cuenca de Maestrich es compartido por Senegal, Gambia, Guinea-Bissau y Mauritania... Situaciones semejantes se dan en otras partes de Africa, en Asia, en América del Norte, en América del Sur y en Europa, hasta el punto que puede afirmarse que prácticamente todos los países comparten algún sistema d e aguas subterráneas con uno o mas países (SCOTT YOUNG, S.: International Law of Environmental Protection, Des Plaines (Cahners Publishing Co.) 1995, p. 282). 4 . Este tema resulta de especial interés para España cuyo territorio está bañado por diversos cursos de agua internacionales: el Duero, el Tajo, el Guadiana, el Miño, el Garona... Actualmente están en curso negociaciones bilaterales con Portugal en esta materia. El conocimiento de las reglas de Derecho internacional 116 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN D É L O S CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES L a s a g u a s d u l c e s , ríos o l a g o s , q u e se e n c u e n t r a n en el territorio d e u n E s t a d o están s o m e t i d a s a su s o b e r a n í a . L o s c u r s o s d e a g u a o los a c u í f e r o s transfronterizos están t a m b i é n s o m e t i d o s a la s o b e r a n í a del E s t a d o territorial p e r o , en ese c o n t e x t o , la actividad d e u n E s t a d o r e s p e c t o d e las a g u a s d u l c e s q u e se e n c u e n t r a n en su territorio p u e d e h a c e r sentir sus efectos en e s p a c i o s s o m e t i d o s a la j u r i s d i c c i ó n de otro u otros Estados o en el alta mar. D e s d e este p u n t o de vista, la regulación ambiental d e las aguas dulces interesa al D e r e c h o i n t e r n a c i o n a l . El p r o b l e m a b á s i c o q u e se p l a n t e a es d e t e r m i n a r si el E s t a d o d i s p o n e de u n a c o m p e t e n c i a e x c l u s i v a r e s p e c t o de las a g u a s d u l c e s q u e se e n c u e n t r a n en su territorio o si, p o r el c o n t r a r i o , e x i s t e n r e g l a s d e D e r e c h o internacional en la materia que limitan su capacidad de acción discrecional. E n teoría, la solución ideal sería la regulación i n t e g r a d a de los p r o b l e m a s q u e plantea la gestión y la protección de los cursos d e a g u a internacionales, tal c o m o s u c e d e c o n el r é g i m e n d e las a g u a s d u l c e s en a l g u n o s o r d e n a m i e n t o s i n t e r n o s . E s t e p l a n t e a m i e n t o , sin e m b a r g o , e s e x c e p c i o n a l en D e r e c h o 5 internacional. L a c o n t a m i n a c i ó n de los ríos y lagos i n t e r n a c i o n a l e s h a s i d o e s t u d i a d a p o r la doctrina internacional; instituciones científicas tales c o m o el Instituto de D e r e c h o I n t e r n a c i o n a l o la International Law Association 6 7 le han d e d i c a d o su atención. L a jurisprudencia internacional, p o r su p a r t e , h a t e n i d o o c a s i ó n d e c o n o c e r de a l g u n a controversia internacional r e l a c i o n a d a con la utilización d e los c u r s o s de a g u a i n t e r n a c i o n a l e s , p l a n t e a d a ante el T r i b u n a l P e r m a n e n t e d e Justicia Internacional ( T P J I ) o ante Tribunales a r b i t r a l e s . 8 9 puede contribuir a plantear adecuadamente los problemas y a darles la mejor solución. 5 . Tal es el caso del Derecho español: véase Ley 28/1985 de 2 de agosto de Aguas (BOE de 8 de agosto y de 10 de octubre de 1985); también Kiss Y SHELTON: Traite de droit européen de l'environnement, Paris (Frisson-Roche), 1995, p. 261. 6 . 1911 Annuaire de ¡'Instituí de Droit International, Paris (Pedone) 1911, p. 365 y Instituí de Droit international: Annuaire, vol. 58, t. II, Session d'Athénes 1979, pp. 196-203. 7 . Véase el Capítulo 3 "(Contaminación)", arts. IX-XI, de las "Normas de Helsinki sobre el uso de las aguas de los ríos internacionales, aprobadas por la Asociación de Derecho Internacional en su 52 Conferencia, celebrada en Helsinki en 1966" (Anuario de la Comisión de Derecho internacional 1974-11, segunda parte, pp. 389-391). a 8. Sentencia de de 10 de setiembre de 1929, Asunto de la jurisdicción territorial de la Comisión internacional del río Oder (CPJI: Serie A, n° 23, p. 27 117 MIREYA CASTILLO DAUDI E l a s p e c t o c o n c r e t o d e la c o n t a m i n a c i ó n d e l a s a g u a s d u l c e s fue c o n s i d e r a d o i n c i d e n t a l m e n t e p o r el l a u d o arbitral d e 16 d e n o v i e m b r e d e 1957, d i c t a d a en el Asunto del lago Lanoux o L a n ó s (partes: E s p a ñ a , F r a n c i a ) . 1 0 E l 2 5 d e s e t i e m b r e d e 1997, el T r i b u n a l Internacional d e Justicia (TIJ) h a r e s u e l t o u n a c o n t r o v e r s i a i n t e r n a c i o n a l e n t r e H u n g r í a y E s l o v a q u i a , s o b r e el asunto relativo al Proyecto Gabcíkovo-Nagymaros, en r e l a c i ó n c o n el D a n u b i o , q u e c o n t i e n e afirmaciones de gran interés en relación c o n el t e m a q u e nos o c u p a q u e serán consideradas o p o r t u n a m e n t e . 1 D i v e r s a s Organizaciones Europa 1 2 , la O C D E 1 3 internacionales, tales c o m o el C o n s e j o d e , las N a c i o n e s U n i d a s , e n p a r t i c u l a r , su C o m i s i ó n Económica para E u r o p a 1 4 y las C o m u n i d a d e s E u r o p e a s , se h a n o c u p a d o 1 5 a s i m i s m o del p r o b l e m a de la c o n t a m i n a c i ó n d e las a g u a s d u l c e s en el c o n t e x t o del D e r e c h o d e los usos d e los cursos d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s . 16 apud JIMÉNEZ DE ARECHAGA, E.: El Derecho internacional contemporáneo, Madrid (Tecnos) 1980, p. 230), y sentencia de 28 de junio de 1937, Asunto de la toma de aguas del Mosa (partes: Bélgica, Países Bajos)(C.P.J.I., serie A/B, N° 70, pp. 9 y 10 apud Anuario de la Comisión de Derecho Internacional 1974-11, segunda parte, pp. 198-199). pp. 9 . Anuario de la Comisión de Derecho Internacional 198-211. 10. Nations Unies: Recueil des sentences arbitrales, 1974-11, segunda parte, vol. Ill, p. 285. 1 1 . Sentencia relativa al asunto de la presa de Gabcikovo-Nagymaros, sometido al Tribunal en virtud de compromiso entre Hungría y Eslovaquia de 7 de abril de 1993, notificado conjuntamente al TIJ el 2 de julio de 1993 (Projet GabcikovoNagymaros (Hongrie/Slovaquie), ordonnance du 14 juillet 1993, C.I.J. Recueil 1993, p. 319. La sentencia puede consultarse en Internet: http: www.icj-cij.org. Sobre la controversia v.: HOENDERKAMP, E.: "The Danube: Damned or Dammed? T h e Dispute Between Hungary and Slovakia Concerning the G a b c i k o v o Nagymaros Project", Leiden Journal of International Law, 1995-2, pp. 287-309, y S A N D S , PH.: Principles of International Environmental Law, Manchester (Manchester University Press) 1995, pp. 351-354). 1 2. Anuario de la CDI1974-11, segunda parte, p. 369. 1 3 . KISS, A. CH. y SHELTON, D.: International (Graham&Trotman) 1991, pp. 206-207. Environmental Law, Londres 14. Anuario de la CDI 1974-11, segunda parte, pp. 358-363 y KISS y SHELTON: International Environmental... cit, p. 206. 1 5 . BURNETT-HALL, R . : Environmental Law, Londres (Sweet & Maxwell) 1995, pp. 305-324 y Kiss, A. CH. y SHELTON, D.: Traite de droit européen... cit, pp. 263-284. 16. 118 Kiss y SHELTON: International Environmental... cit., p. 206. LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES 2. TESIS EN PRESENCIA El r é g i m e n j u r í d i c o d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p u e d e e s t a b l e cerse en función d e diversos p r e s u p u e s t o s : 17 2.1. La tesis de la soberanía exclusiva del Estado territorial L a s a g u a s c o n t i n e n t a l e s f o r m a n p a r t e del t e r r i t o r i o del E s t a d o ; c o n s e c u e n t e m e n t e , el E s t a d o ejerce r e s p e c t o d e las m i s m a s su c o m p e t e n c i a territorial. A s i las c o s a s , u n a p o s t u r a inicial, q u e c o n s i d e r a q u e las a g u a s c o n t i n e n t a l e s c o n s t i t u y e n un e l e m e n t o m a s del territorio, afirma el d e r e c h o d e c a d a E s t a d o a a c t u a r sin r e s t r i c c i ó n a l g u n a d e n t r o d e aquel. E n c o n s e c u e n c i a , el E s t a d o p u e d e actuar s o b e r a n a m e n t e r e s p e c t o d e los c u r s o s d e a g u a q u e se e n c u e n t r a n e n su territorio, sin t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n las p o s i b l e s r e p e r c u s i o n e s m a s allá d e sus fronteras. Esta tesis es d e n o m i n a d a doctrina Harmon, debido a q u e fue e x p u e s t a p o r el P r o c u r a d o r G e n e r a l d e los E s t a d o s U n i d o s , J. H a r m o n , e n su d i c t a m e n d e 12 d e d i c i e m b r e d e 1 8 9 5 , al ser c o n s u l t a d o a c e r c a d e la r e s p o n s a b i l i d a d internacional d e los Estados U n i d o s , por los perjuicios sufridos p o r a g r i c u l t o r e s m e x i c a n o s , c o m o c o n s e c u e n c i a del d e s v í o d e a g u a s del río G r a n d e , q u e p r o v o c a b a n un d e s c e n s o del nivel d e las a g u a s del río. H a r m o n afirmó en su d i c t a m e n : "El principio fundamental del Derecho internacional es la soberanía absoluta de cada nación dentro de su propio territorio... Las circunstancias pueden hacer posible o apropiada la adopción de alguna medida por razones de cortesía...pero ni las reglas, ni los principios ni los precedentes del Derecho internacional imponen obligación o responsabilidad alguna a los Estados Unidos" 1 8 . 1 7 . DUPUY, P.M.: Droit p. 5 1 5 . international public, 3* ed., Paris (Dalloz) 1995, 1 8 . "The fundamental principle of international law is the absolute sovereignty of ever nations, as against all others, within its own territory... Whether the circumstances make it possible or proper to take any action from considerations of comity is a question which... should be decided as one of policy only, b e c a u s e , in my opinion, the rules, principles, and precedents of international law impose no liability or obligation upon the Unites States" (Cfr. 119 MIREYA CASTILLO DAUDI E s t a d o c t r i n a fue c o n s a g r a d a e x p r e s a m e n t e p o r E s t a d o s U n i d o s e n el artículo 2 del T r a t a d o d e L í m i t e s d e A g u a s , c e l e b r a d o c o n C a n a d á , el 11 d e e n e r o d e 1909, en los t é r m i n o s siguientes: "Cada una de las Altas Partes Contratantes se reserva... la jurisdicción y el control exclusivo sobre la utilización y la desviación, sea temporal o permanente, de todas las aguas de su lado del límite, las que en sus canales naturales, correrían a través de la frontera o hacia aguas fronterizas..." . 19 E s t a d o s U n i d o s a b a n d o n ó la d o c t r i n a H a r m o n e n la d é c a d a d e los s e s e n t a , al p o n e r s e de m a n i f i e s t o q u e p o d í a utilizarse en c o n t r a suya, en un 2 0 c o n f l i c t o c o n C a n a d á r e l a t i v o a la utilización del río C o l u m b i a . H o y n o es a d m i t i d a ni p o r la d o c t r i n a ni p o r la p r á c t i c a i n t e r n a c i o n a l e s 21 y p u e d e afir- m a r s e sin r e s e r v a s q u e la c o n c e p c i ó n s i m p l i s t a d e la s o b e r a n í a a b s o l u t a , q u e c o n s t i t u y e el p r e s u p u e s t o d e e s t a teoría, n o f o r m a p a r t e del D e r e c h o internacional . 2 2 L a n e c e s i d a d d e e n c o n t r a r un e q u l i b r i o e n t r e los i n t e r e s e s d e t o d o s los E s t a d o s i n t e r e s a d o s en los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s h a d a d o nacimiento a diversas concepciones que permiten plantear de forma const r u c t i v a los p r o b l e m a s q u e suscita la utilización y la p r o t e c c i ó n d e las a g u a s transfronterizas. BARBERIS, J.: Los recursos naturales compartidos entre Estados internacional, Madrid (Tecnos) 1979, p. 16, notas 1 y 2. 19. JIMÉNEZ DE ARECHAGA, E. El Derecho internacional... y el Derecho cit., p. 226. 2 0 . El Secretario de Estado, D. Acheson, afirmó respecto de la misma que era una tesis jurídica "que no puede ser sustentada seriamente en esta época" (JIMÉNEZ DE ARECHAGA, E.: El Derecho internacional... cit., p. 228). 2 1 . BARBERIS, J.: Op.cit., p. 18. Sobre un caso de aplicación reciente de la doctrina Harmon respecto del Rhin v. KlSS y SHELTON: Traite de droit... cit., p. 291, nota 26. 2 2 . BlRNIE, P. y BOYLE, A.E.: International (Clarendon) 1992, p. 218. 120 Law and the Environment, Oxford LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES 2 . 2 . "La comunidad de intereses " de los ribereños L a unidad natural de los cursos de a g u a internacionales g e n e r a relaciones d e i n t e r d e p e n d e n c i a . E s t a i n t e r d e p e n d e n c i a fue s u b r a y a d a p o r el Instituto d e D e r e c h o I n t e r n a c i o n a l , en 1 9 1 1 , en su sesión de M a d r i d , en su R e s o l u c i ó n relativa a la " R e g l a m e n t a c i ó n internacional de los u s o s de los c u r s o s d e a g u a internacionales", en la que afirmaba: "Los Estados ribereños de un mismo curso de agua se encuentran en una situación, de dependencia física permanente que excluye la idea de una completa autonomía de cada uno de ellos respecto de la parte de la vía de agua natural sometida a su soberanía. El Derecho internacional...no ha regulado la explotación del agua de los ríos internacionales para usos industriales, de la agricultura, etc. Asi las cosas, parece oportuno colmar esta laguna mediante la constatación de las reglas de Derecho que se derivan de la indiscutible interdependencia existente entre los Estados ribereños de un mismo curso de agua y entre Estados cuyos territorios son atravesados por el mismo curso de a g u a " . 23 En esta m i s m a linea, las relaciones q u e existen entre E s t a d o s ribereños d e un m i s m o c u r s o d e a g u a p u e d a n describirse r e c u r r i e n d o a la i d e a d e u n a cierta c o m u n i d a d entre los Estados. L a idea de una cierta comunidad de intereses entre los Estados ribereños de u n m i s m o río a p a r e c e c l a r a m e n t e en la sentencia del T r i b u n a l P e r m a n e n t e d e J u s t i c i a I n t e r n a c i o n a l de 10 de s e t i e m b r e d e 1929 relativa a la j u r i s d i c c i ó n territorial d e la C o m i s i ó n i n t e r n a c i o n a l del río O d e r . E n r e l a c i ó n c o n el 2 3 . "Les États riverains d'un méme cours d'eau sont, les uns vis-á-vis des autres, dans une dépendance physique permanente qui exclut l'idée d'une entiére autonomie de chacun d'eux sur la section de la voie naturelle relevant de sa souveraineté. Le droit international s'étant déjá occupé du droit de la navigation quant aux fleuves internationaux, l'exploitation de l'eau a l'usage de 1'industrie, de l'agriculture, etc., est restée en dehors des previsions de ce droit. II parait done opportun de combler cette lacune en constatant les regles de droit qui découlent de l'interdépendance incontestablement existant entre États riverains du méme cours d'eaux et entre États dont les territoires sont traverses par le méme cours d'eau." (Cfr. 1911 Annuaire de l'Institut... cit., p. 365. 121 MIREYA CASTILLO DAUDI principio de la libertad d e navegación, c o n s a g r a d o en el T r a t a d o d e Versalles, el T r i b u n a l afirmó: "...cuando se examina de que manera han considerado los Estados las condiciones concretas creadas por el hecho de que una misma corriente de agua atraviese o separe el territorio de mas de un Estado y la posibilidad de realizar las exigencias de justicia y las consideraciones de utilidad que este hecho pone de relieve, se observa enseguida que la solución del problema no se ha buscado en la idea de un derecho de paso en favor de los Estados situados corriente arriba, sino en la de una cierta comunidad de intereses de los Estados ribereños. Esta comunidad de intereses sobre un río navegable se convierte en la base de una comunidad de Derecho cuyos rasgos esenciales son la perfecta igualdad de todos los Estados ribereños en el uso de todo el recorrido del río y la exclusión de todo privilegio en favor de un ribereño cualquiera en relación con los o t r o s " . 24 A l g u n o s a u t o r e s s u b r a y a n q u e las i m p l i c a c i o n e s d e la n o c i ó n d e " c o m u nidad de intereses" son aplicables en toda utilización de cursos de a g u a internacionales . 25 Este enfoque d e la c o m u n i d a d d e intereses hace posible la prevención d e la c o n t a m i n a c i ó n y la c o r r e c t a g e s t i ó n m e d i o a m b i e n t a l d e los c u r s o s d e a g u a m e d i a n t e i n s t i t u c i o n e s c o m u n e s a los E s t a d o s r i b e r e ñ o s e x i s t e n t e s en determ i n a d o s c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s : el M o s a , el R h i n , el C h a d , el N i g e r , el N i l o , el Z a m b e z e , el A m a z o n a s , el R í o d e la Plata, los G r a n d e s L a g o s y los cursos d e a g u a fronterizos d e Estados U n i d o s y C a n a d á . 2 6 2 4 . CPJI: Serie A, n" 23, p. 27 apud JIMÉNEZ DE ARECHAGA, E.: El internacional... cit., p. 230. Derecho 2 5 . JIMÉNEZ DE ARECHAGA: El Derecho internacional... cit., p. 230. En el mismo sentido, BRUNNÉE, J. & TOOPE, S T . : "Environmental Security and Freshwater Resources: A Case for International Ecosystem Law", Yearbook of International Environmental Law (Oxford), 1995, pp. 53-54; BIRNIE y BOYLE: International Law... cit., p. 220; KAMTO, M.: "Le droit international des ressources en eau continentales africaines", Annuaire frangais de droit international 1990, pp. 861 874 y SCOTT YOUNG: International Law... cit., pp. 329-330. En contra de una interpretación de la noción de "comunidad" generalizada con contenido jurídico v. el laudo arbitral relativo al lago Lanoux en ONU: Recueil des sentences arbitrales, vol. XII, p. 307. 26. 122 BIRNIE y BOYLE: International Law... cit., pp. 222-224. LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES 2 . 3 . La noción de "cuenca fluvial" D e s d e el p u n t o d e vista d e la g e o g r a f í a física, las a g u a s d u l c e s f o r m a n p a r t e d e c u e n c a s hidrográficas. C a d a c u e n c a hidrográfica e s t á c o n s t i t u i d a p o r t o d a s las a g u a s superficiales y freáticas q u e fluyen h a c i a u n a d e s e m b o c a d u r a c o m ú n . C a d a c u e n c a fluvial tiene sus p r o p i a s c a r a c t e r í s t i c a s 2 7 28 y constituye u n a unidad natural. E n la c o n t r o v e r s i a h i s p a n o - f r a n c e s a r e l a t i v a al l a g o L a n o u x o L a n ó s , 2 9 E s p a ñ a m a n t u v o la tesis d e la u n i d a d d e la c u e n c a fluvial y el T r i b u n a l arbitral, e n su l a u d o d e 16 d e n o v i e m b r e d e 1954, r e c o n o c i ó la r e a l i d a d d e la u n i d a d d e la c u e n c a fluvial, d e s d e el p u n t o d e vista d e la geografía física, p e r o r e c h a z ó q u e d e ello se derivaran consecuencias absolutas: "El Tribunal no puede desconocer la realidad desde el punto de vista de la geografía física, de cada cuenca fluvial, que constituye, como lo afirma la Memoria española (p. 53) "una unidad". Pero de esta comprobación no se derivan las consecuencias absolutas que de ella pretende deducir la tesis española. La unidad de la cuenca solo puede ser sancionada en el plano jurídico en la medida en que responde a realidades h u m a n a s . . . " . 30 E n el á m b i t o d o c t r i n a l , la n o c i ó n d e c u e n c a h i d r o g r á f i c a i n t e r n a c i o n a l c o n s t i t u y e el p r e s u p u e s t o f u n d a m e n t a l d e las l l a m a d a s " R e g l a s d e H e l s i n k i " , 27. BARBERIS, J.: LOS recursos naturales... cit., p. 23. 2 8 . La cuenca del Amazonas, por ejemplo, se extiende sobre un área de 4.787.000 Kilómetros cuadrados del territorio de Brasil. La cuenca del río de la Plata se extiende sobre un área de 2.400.000 Kilómetros cuadrados, los cuales incluyen la totalidad del territorio de Paraguay, dos terceras partes del territorio de Uruguay, la parte occidental del Norte de Argentina, extensas partes de Bolivia y la práctica totalidad del territorio de Brasil, al Sur del Amazonas (SETTE-CAMARA, J.: "Pollution of International Rivers", Recueil des cours de l'Académie de Droit International, 1984-III, vol. 186, p. 129) 29. ONU: Recueil des sentences... cit., p. 304. 3 0 . "Le Tribunal ne saurait méconnaítre la réalité, au point de vue de la geographic physique, de chaqué bassin fluvial, qui constitue, comme le soutient le Mémoire espagnol (p. 53) "une unite". Mais cette constatation n'autorise pas les consequences absolues que voudrait en tirer la these espagnole. L'unité d'un bassin n'est sanctionnée sur le plan juridique que dans la mesure oü elle correspond á des réalités humaines" (Ibid. p. 304). 123 MIREYA CASTILLO DAUDI a p r o b a d a s por la International Law Association el 2 0 d e a g o s t o d e 1 9 6 6 . L a 3 1 práctica d e los E s t a d o s , p o r u n a parte, y la codificación internacional, p o r otra, reflejan tendencias diversas al respecto. L a p r á c t i c a c o n v e n c i o n a l d e los E s t a d o s a c o g e la n o c i ó n d e c u e n c a fluv i a l , e s p e c i a l m e n t e e n r e l a c i ó n c o n la l u c h a c o n t r a l a contaminación. E n efecto, n u m e r o s o s tratados bilaterales y r e g i o n a l e s , a d o p t a d o s en los últim o s veinticinco años, c o n s a g r a n a q u e l l a n o c i ó n . 3 2 A s i p u e s , se p u e d e afirmar q u e las a g u a s d u l c e s o b i e n están c o n f i n a d a s en el territorio d e un E s t a d o o bien constituyen m a s a s interrelacionadas d e a g u a d u l c e , q u e forman parte d e cursos d e a g u a internacionales o d e acuíferos transfronterizos. L a s a g u a s d u l c e s c o n f i n a d a s están s o m e t i d a s a la j u r i s d i c c i ó n e x c l u s i v a del E s t a d o , d e c o n f o r m i d a d c o n el D e r e c h o i n t e r n a c i o n a l . C o n t o d o , l o s 3 3 E s t a d o s , p r o g r e s i v a m e n t e , están i n t r o d u c i e n d o criterios m e d i o a m b i e n t a l e s e n su gestión y utilización. 3 1 . El ILA formuló una definición muy amplia de "cuenca hidrográfica internacional": "Una cuenca hidrográfica internacional es un área geográfica que se extiende por el territorio de dos o mas Estados y está demarcada por la linea divisoria del sistema hidrográfico, incluyendo las aguas superficiales y freáticas que fluyen hacia una salida común" (artículo I) (v. Anuario de la Comisión de Derecho Internacional 1974-11, segunda parte, pp. 389-391) 3 2 . BIRNIE Y BOYLE: International n o t a 5. Law...cit. pp. 215-216, especialmente 3 3 . Resolución 1803 (VII): Declaración sobre la soberanía permanente sobre los recursos naturales, adoptada por la Asamblea general el 14 de diciembre de 1962; Resolución 3201 (S-VI): Declaración sobre el Establecimiento de un Nuevo orden económico internacional, adoptada por la Asamblea General el 1 de mayo de 1974 y Resolución 3281 (XXIX): Carta de deberes y derechos económicos de los Estados, adoptada por la Asamblea General el 12 de diciembre de 1974. Diversos Conferencias y organismos internacionales han adoptado resoluciones y recomendaciones que subrayan la escasez generalizada de los recursos de agua, su destrucción generalizada y su creciente contaminación y recomiendan a los Estados la utilización y la ordenación de manera integrada de los recursos hídricos. Sin embargo, tales sugerencias se refieren exclusivamente a todos los tipos de masas interrelacionadas de agua dulce (CDI: 46° período de sesiones: Segundo informe... cit., pp. 31 y ss. y, especialmente, el Programa de Acción o Programa 2 1 , adoptado por la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Medio Ambiente y el Desarrollo, el 14 de junio de 1992 (Ministerio de Obras Públicas y Transportes: Río 92. Programa 21, Madrid (Centro de Publicaciones. Ministerio de Obras Públicas y Transportes) 1993, pp. 155 y ss.) 124 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES Las masas interrelacionadas de agua dulce que forman parte de cursos de a g u a internacionales o d e acuíferos transfronterizos son t a m b i é n e l e m e n t o s del territorio del E s t a d o , f o r m a n p a r t e d e sus r e c u r s o s naturales y, en c u a n t o tales, están s o m e t i d o s a su soberanía. E s t a razón p u e d e explicar las reticencias d e los E s t a d o s a aceptar nociones tales c o m o c u e n c a fluvial o r e c u r s o natural c o m p a r t i d o 3 4 : su simple e n u n c i a d o p a r e c e implicar limitaciones inaceptables a su soberanía. C o n t o d o , sin e m b a r g o , los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s d e b e n estar regulados por el D e r e c h o internacional. 3. REGLAS TRADICIONALES L a diversidad q u e caracteriza los diferentes cursos d e a g u a internacionales c o n l l e v a la dificultad d e f o r m u l a r principios g e n e r a l e s q u e p u e d a n a p l i c a r s e a t o d o s ellos. S e g u r a m e n t e , esta es la explicación d e q u e la doctrina y la j u r i s p r u d e n c i a internacionales se h a y a n m o s t r a d o siempre r e m i s a s a aplicar pretendidas reglas generales d e D e r e c h o internacional fluvial. E n efecto, por u n a parte, la doctrina h a m a n t e n i d o la inexistencia d e reglas generales aplicables a los cursos d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s y, en particular, la a u s e n c i a d e u n a r e g l a q u e p r o h i b a la c o n t a - 3 4 . La noción de recurso natural compartido fue introducido en los trabajos de la CDI sobre el Derecho de los usos de los cursos de agua internacionales, en 1980, en el informe del Relator especial SCHWEBEL. El Relator especial estimaba que las aguas del sistema de un curso de agua internacional eran, por excelencia, un recurso natural compartido e invocaba como argumentos en apoyo de su tesis, entre otros, el artículo 3 de la Carta de Derechos y deberes económicos de los Estados, contenida en la Resolución 3281 (XXIX), adoptada por la Asamblea General de Naciones Unidas el 12 de diciembre de 1974, asi como otros instrumentos internacionales. Ante las numerosas críticas recibidas por la noción de "recurso natural compartido", tanto en el seno de la CDI como en la V I Comisión de la Asamblea General, en la versión del Proyecto de 1984, el Relator especial decidió suprimir cualquier referencia a aquel término (BUIRETTE: "Genése... " cit., pp. 2934, y BRUNNÉE y TOOPE: "Environmental Security... " cit., pp. 58-60). a 125 MIREYA CASTILLO DAUDI m i n a c i ó n de a q u é l l o s 3 5 o, c o m o m u c h o , h a r e c o n o c i d o el a l c a n c e l i m i t a d o y la a m b i g ü e d a d d e tales reglas g e n e r a l e s . 36 L a jurisprudencia internacional, por otra parte, t a m b i é n se h a m o s t r a d o cautelosa a la hora d e aplicar reglas generales d e D e r e c h o internacional fluvial. Asi o c u r r i ó en el A s u n t o d e las t o m a s d e a g u a del M o s a (partes B é l g i c a , P a í s e s Bajos), r e s u e l t o por el T P J I en su s e n t e n c i a d e 2 8 d e j u n i o d e 1 9 3 7 , e n la q u e el Tribunal declaró: "En el curso de las actuaciones, tanto escritas como orales, se ha hecho alusión incidental a la aplicación de las normas generales de Derecho internacional. La Corte entiende que las cuestiones litigiosas, tal como le han sido planteadas por las Partes en el presente asunto, no le permiten salir del marco del tratado de 1 8 6 3 . Por tanto, estas cuestiones no pueden dirimirse mas que mediante la interpretación y aplicación de dicho tratado" . 37 E n la m i s m a l i n e a se m a n i f e s t ó el T r i b u n a l arbitral q u e r e s o l v i ó el Asunto del lago Lanoux ( p a r t e s E s p a ñ a y F r a n c i a ) , en el l a u d o d e 16 d e n o v i e m b r e d e 1957, en el q u e el Tribunal afirmó: "En realidad, hoy en día los Estados tienen plena conciencia de la importancia de los intereses contradictorios, que pone en tela de juicio el aprovechamiento industrial de los ríos internacionales, y de la necesidad de conciliarios mediante concesiones mutuas. El único medio de llegar a transacciones de interés es la conclusión de acuerdos, partiendo de una base cada vez mas a m p l i a . . . " 38 3 5 . SETTE-CAMARA, J.: "Pollution of International Rivers" cit., pp. 1 3 0 y 198. 36. francais Ruiz FABRI: "Regles coutumiéres et droit international de droit international, 1 9 9 0 , pp. 8 1 2 - 8 4 2 . fluvial", 3 7 . C.P.J.I. Recueil 1917, serie A/B, N° 7 0 , p. 1 6 apud Anuario 1974-11, segunda parte, p. 1 9 8 . Annuaire de la CD1 3 8 . Naciones Unidas: Recueil des sentences arbitrales, vol. Ill, p. 3 0 1 apud: Anuario de la Comisión de Derecho internacional 1974-11, segunda parte, p. 2 1 0 . 126 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES L a a d o p c i ó n p o r la A s a m b l e a G e n e r a l d e las N a c i o n e s U n i d a s d e l C o n v e n i o s o b r e el D e r e c h o d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p a r a fines d i s t i n t o s d e la n a v e g a c i ó n , el 21 d e m a y o d e 1997, c o n s t i t u y e u n a p r u e b a d e la evolución p r o d u c i d a y del r e c o n o c i m i e n t o d e la existencia d e algún principio general en la materia. A s i p u e d e d e d u c i r s e d e las afirmaciones del TIJ, en su sentencia d e 2 5 d e setiembre d e 1997, relativa al asunto del P r o y e c t o d e G a b c i k o v o - N a g y m a r o s . E n efecto, el T r i b u n a l , e m p i e z a p o r e v o c a r el p r i n c i p i o a f i r m a d o p o r el T r i b u n a l P e r m a n e n t e d e J u s t i c i a I n t e r n a c i o n a l , en el a s u n t o d e la j u r i s d i c c i ó n territorial d e la C o m i s i ó n internacional del río O d e r , en 1929: "(la) communauté d'intéréts sur un fleuve navigable devient la base d'une communauté de droit, dont les traits essentiels sont la parfaite égalité de tous les riverains dans l'usage de tout le parcours du fleuve et l'exclusion de tout privilege d'un riverain quelconque par rapport aux a u t r e s " . 39 El T I J , s e g u i d a m e n t e , s u b r a y a q u e el p r i n c i p i o asi a f i r m a d o r e s u l t a t a m b i é n a p l i c a b l e a los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p a r a fines distintos d e la n a v e g a c i ó n : "Le développement moderne du droit international a renforcé ce principe également pour les utilisations des cours d'eau internationaux á des fins autres que la navigation, comme en témoigne l'adoption par l'Assemblée genérale des Nations Unies, le 21 mai 1997, de la convention sur le droit relatif aux utilisations des cours d'eau internationaux á des fins autres que la navigation". E n c o n s e c u e n c i a , se p u e d e afirmar q u e , en el D e r e c h o d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s , c u a n t o m e n o s , h a y u n principio general 3 9 . "la comunidad de intereses sobre un río navegable se convierte en la base de una comunidad de derecho cuyos rasgos esenciales son la perfecta igualdad de todos los Estados ribereños en el uso de todo el recorrido del río y la exclusión de todo privilegio en favor de un ribereño cualquiera en relación con otros CPJI: Serie A, n" 23, p. 27 apud JIMENEZ DE ARECHAGA, E.: El Derecho internacional... cit., p. 230. 127 MIREYA CASTILLO DAUDI aplicable: el q u e afirma la perfecta igualdad d e todos los Estados ribereños en el u s o de t o d o el recorrido del río y la exclusión d e t o d o privilegio en favor d e un ribereño cualquiera en relación con los otros. B. EL CONVENIO SOBRE EL DERECHO DE LOS USOS DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES PARA FINES D I S T I N T O S D E L A N A V E G A C I Ó N D E 2 1 D E M A Y O D E 1997 Tradicionalmente se ha considerado que la reglamentación internacional d e los usos d e los c u r s o s d e a g u a internacionales d e p e n d e d e c a d a c a s o particular. N o h a b í a un T r a t a d o s e m e j a n t e , mutatis mutandis, al C o n v e n i o d e N a c i o n e s U n i d a s sobre el D e r e c h o del M a r ( C N U D M ) d e 1 9 8 2 4 0 o al C o n v e n i o m a r c o sobre C a m b i o C l i m á t i c o d e 9 d e m a y o d e 1 9 9 2 . 4 1 E n t é r m i n o s g e n e r a l e s , el r é g i m e n i n t e r n a c i o n a l d e los r í o s y l a g o s internacionales se encuentra establecido en n u m e r o s o s Tratados internacionales bilaterales o m u l t i l a t e r a l e s , q u e c o n s a g r a n s o l u c i o n e s ad hoc: las m e d i d a s d e 42 p r o t e c c i ó n m e d i o a m b i e n t a l d e las a g u a s d u l c e s se a p l i c a n a d e t e r m i n a d o s c u r s o s d e a g u a , a a l g u n a s p a r t e s d e los m i s m o s o a d e t e r m i n a d o s u s o s d e las a g u a s superficiales o s u b t e r r á n e a s . El r e s u l t a d o es u n a gran d i v e r s i d a d d e 4 3 r e g í m e n e s , d e tal m a n e r a q u e no resulta fácil p r e s e n t a r u n a visión sintética d e las reglas aplicables en la m a t e r i a . 4 4 40. 41. BOE de 14 de febrero de 1994. BOE de 1 de febrero de 1994. 4 2 . "Resumen de los tratados multilaterales y bilaterales en vigor": Anuario de la Comisión de Derecho internacional 1974-11, segunda parte, pp. 61-198 y RUIZ FABRI, H.: "Regles coutumiéres genérales... ", cit., p. 818; también la enumeración que hace SCOTT YOUNG, S.: International Law... cit., pp. 285 -289. 4 3 . K i s s y SHELTON: International Environmental... cit., p. 203. SCOTT YOUNG subraya, por ejemplo, que la mayor parte de los Convenios en la materia disocia el tratamiento de las aguas superficiales del tratamiento de las aguas subterráneas u omite toda referencia a éstas últimas (International Law of Environmental Protection... cit., pp. 285 -290). Sobre las aguas subterráneas en particular v. Comisión de Derecho internacional: 46° período de sesiones: Segundo Informe sobre el Derecho de los cursos de agua... cit., pp. 5-7 y 25-40, y SCOTT YOUNG: Op. 44. 128 cit.. KISS y SHELTON: International Environmental... cit.. p. 203. LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES El Convenio sobre la protección de los cursos de agua transfronte rizos y de los lagos internacionales de 17 de marzo de 1992 45 c o n s t i t u y e la e x c e p c i ó n a l a r e g l a g e n e r a l . A s i l a s c o s a s , p u e d e a f i r m a r s e q u e el C o n v e n i o s o b r e el d e r e c h o d e los usos d e los cursos d e a g u a internacionales para fines distintos de la n a v e g a c i ó n d e 21 de m a y o d e 1997, en t é r m i n o s generales, c o n t i e n e e l e m e n tos del c o n s e n s o d e los E s t a d o s , y refleja el estado del D e r e c h o internacional en la m a t e r i a 4 6 o, c u a n t o m e n o s , constituye u n m a r c o d e p r i n c i p i o s g e n e r a l e s q u e deben guiar la c o n d u c t a d e los E s t a d o s . 4 7 1. GÉNESIS DEL CONVENIO El 2 1 d e j u l i o d e 1 9 7 1 , la A s a m b l e a G e n e r a l d e las N a c i o n e s U n i d a s a d o p t ó la R e s o l u c i ó n 2 6 6 9 ( X X V ) , relativa al d e s a r r o l l o p r o g r e s i v o y codificación de las normas de Derecho internacional sobre los cursos de agua i n t e r n a c i o n a l e s e n c a r g a n d o el e s t u d i o d e l t e m a a la Comisión internacional d e las N a c i o n e s Unidas de Derecho (CDI) . 48 L a d e t e r m i n a c i ó n del c o n c e p t o m a s a d e c u a d o para delimitar el á m b i t o d e aplicación d e los trabajos d e la C D I sobre el D e r e c h o d e los usos d e los c u r s o s d e a g u a internacionales p a r a fines distintos d e la n a v e g a c i ó n h a sido u n o d e los 4 5 . Este Convenio fue elaborado por la Comisión Económica para Europa y fue adoptado, en Helsinki, por veintidós países europeos y la Comunidad Europea. Es un Convenio de ámbito regional, abierto exclusivamente a los Estados miembros de la Comisión Económica para Europa o a los Estados que tienen un estatuto consultivo en la misma, y a las Comunidades Europeas. (Kiss y SHELTON: Traite de droit européen ... cit., p. 262 y SANDS, Ph.: Principles of International... cit., pp. 357-359; v. texto del Convenio en Kiss y SHELTON: Traite de droit... cit., pp. 293-303). El Convenio incorpora los principios mas avanzados del Derecho internacional del medio ambiente. El 16 de marzo de 1995, el Convenio todavía no había entrado en vigor (MAFFEI, Cl., PINESCHI, L., SCOVAZZI, T . y TREVES, T . : Participation in World Treaties on the Protection of the Environment. A Collection of Data, La Haya (Kluwer) 1996, pp. 258-259). 4 6 . K i s s y SHELTON: Traite de droit... cit., p. 263 y BRUNNÉE y TOOPE: "Environmental Security and Freshwater Resources: Ecosystem Regime Building", American Journal of International Law, 1997-1, p.49. 4 7 . Cfr. "Informe de la Comisión de Derecho internacional... 46° período de sesiones", cit., p. 160; también SANDS: Principles... cit., p. 350. 4 8 . Anuario de la Comisión de Derecho internacional pp. 217-218. 1971-11, segunda parte, 129 MIREYA CASTILLO DAUDI a s u n t o s m a s c o n f l i c t i v o s d e los t r a b a j o s d e a q u é l l a . F i n a l m e n t e , en el 4 9 " S e g u n d o i n f o r m e s o b r e el D e r e c h o d e l o s u s o s d e l o s c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p a r a fines distintos d e la n a v e g a c i ó n " , del R e l a t o r E s p e c i a l , R. ROSENSTOCK, la C D I i n c l u y ó el T e x t o del P r o y e c t o d e artículos en la m a t e r i a q u e utiliza el t é r m i n o " c u r s o d e a g u a i n t e r n a c i o n a l " para delimitar el á m b i t o d e a p l i c a c i ó n d e l P r o y e c t o d e a r t í c u l o s , r e s p e t a n d o asi la t e r m i n o l o g í a d e la R e s o l u c i ó n 2 6 6 9 ( X X V ) d e la A s a m b l e a G e n e r a l 5 0 y evitando batallas semánticas. P o r lo q u e se refiere, en c o n c r e t o a la p r o t e c c i ó n d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s , la C D I se o c u p ó d e la c u e s t i ó n d e los a s p e c t o s i n t e r n a c i o n a l e s del p r o b l e m a d e la c o n t a m i n a c i ó n d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s e n 1 9 7 1 . R e s u l t a s o r p r e n d e n t e c o m p r o b a r el e s c a s o interés q u e suscitó el t e m a 5 1 entre los E s t a d o s y las O r g a n i z a c i o n e s i n t e r n a c i o n a l e s . 52 4 9 . Los sucesivos Ponentes introdujeron diversas propuestas: "cuenca fluvial" (KEARNEY, 1976, incluyó el concepto de "cuenca fluvial" como "base adecuada" para el estudio de los aspectos jurídicos de los usos de los cursos de agua internacionales para fines distintos de la navegación y, en particular, para el estudio de los aspectos jurídicos de la contaminación de los cursos de agua internacionales pero tuvo que dejarlo de lado y omitir toda referencia al mismo ante la oposición que aquella noción encontró en las discusiones habidas en el seno de la propia CDI y en la V I Comisión de la Asamblea General de las Naciones Unidas (BTRNIE Y BOYLE: op. cit., p. 217); "curso de agua internacional" y "sistema de un curso de agua internacional" (SCHWEBEL, 1979 y 1980, respectivamente); "curso de agua internacional" (EVENSEN, 1984); "sistema de un curso de agua internacional" (Me CAFFREY, 1986) (PIGRAU SOLÉ: op. cit., p. 16, nota 13); también BRUNÉE, J. & TOOPE, S.T.: "Environmental Security and... " cit., pp. 58-60 y BUIRETTE: "Genése... " cit., pp. 20-28). a 50. supra, nota 48. 5 1 . La Comisión de Derecho internacional, en el informe sobre la labor realizada en su 24° período de sesiones (1971), hizo notar que "el problema de la contaminación de los cursos agua internacionales era de gran urgencia y complejidad. En consecuencia, pidió al Secretario General que siguiese reuniendo información relativa al tema, y mas concretamente sobre los problemas d e la contaminación de los cursos de agua internacionales". El 22 de setiembre de 1972, el Secretario General dirigió una circular a los Gobiernos de los Estados miembros, en la que les pidió que le transmitieran los materiales y las informaciones pertinentes, con referencia específica a la cuestión de la contaminación de los cursos de agua internacionales. El 27 de diciembre de 1972 se envió una circular similar a las Organizaciones intergubernamentales (Anuario de la Comisión de Derecho Internacional 1973-11, p. 96). 5 2 . Hasta el 15 de abril de 1973 solo se habían recibido informaciones de nueve Estados y de tres Organizaciones internacionales (Ibid.). Abundando en el problema de la contaminación de los cursos de agua, la CDI, en 1974, preparó un 130 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES El esfuerzo r e a l i z a d o , d u r a n t e m a s d e v e i n t i c i n c o a ñ o s , p o r la C D I , c o n vistas a la codificación y el d e s a r r o l l o p r o g r e s i v o del D e r e c h o d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p a r a fines d i s t i n t o s d e la n a v e g a c i ó n , c u l m i n ó c o n la a d o p c i ó n del t e x t o de un P r o y e c t o d e a r t í c u l o s en la m a t e r i a q u e la C o m i s i ó n d e D e r e c h o internacional p r e s e n t ó a la A s a m b l e a G e n e r a l , en abril d e 1 9 9 4 . 5 3 El 17 d e d i c i e m b r e d e 1996, la A s a m b l e a G e n e r a l d e las N a c i o n e s U n i d a s d e c i d i ó la e l a b o r a c i ó n d e un C o n v e n i o m a r c o s o b r e el D e r e c h o d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p a r a fines d i s t i n t o s d e la n a v e g a c i ó n , 5 4 e n c a r g a n d o d e la tarea al G r u p o d e Trabajo Plenario ad hoc d e la V P C o m i s i ó n d e la A s a m b l e a G e n e r a l . El 4 d e abril d e 1997, el G r u p o d e T r a b a j o a p r o b ó el p r o y e c t o d e C o n v e n i o en la m a t e r i a . 5 5 El 2 1 d e m a y o d e 1 9 9 7 , la A s a m b l e a G e n e r a l d e las N a c i o n e s U n i d a s adoptó el Convenio marco sobre el Derecho de los usos de los cursos de agua internacionales para fines distintos de la navegación ("el C o n v e n i o " ) , p o r 4 2 votos a favor, 3 en c o n t r a y 18 a b s t e n c i o n e s . 56 cuestionario en el que, entre otras, formulaba la siguiente pregunta: "H. ¿Está de acuerdo en que la Comisión aborde el problema de la contaminación de los cursos de agua internacionales como fase inicial de su estudio?" En diciembre de 1976, la Asamblea General instó a los Estados miembros que aún no lo hubieran hecho a que presentasen por escrito sus observaciones sobre el tema. En enero de 1977, el Secretario General invitó de nuevo a los Estados miembros que aún no lo hubieran hecho a que le presentaran por escrito lo antes posible las observaciones mencionadas. En 1979, la CDI decidió pedir otra vez, por conducto del Secretario General, a los gobiernos de los Estados miembros que no lo hubieran hecho que presentaran por escrito sus comentarios. Al 3 de julio de 1980 se habían recibido respuestas adicionales a aquella pregunta del cuestionario de la Comisión de solo cuatro Estados; uno de ellos consideraba que no era necesario el estudio del problema de la contaminación (Anuario de la Comisión de Derecho internacional 1980-11 primera parte, pp. 160-165). 5 3 . CDI, 46° período de sesiones, 2 de mayo a 22 de julio de 1994: Segundo Informe sobre el Derecho de los usos de los cursos de agua internacionales para fines distintos de la navegación por el Sr. R. ROSENSTOCK, Relator Especial (A/CN.4/462, 21 de abril de 1994, pp. 1-40. 5 4 . Resolución 51/206 de 17 de diciembre de 1996 (Asamblea General: A/51/869, 11 de abril de 1997). 5 5 . Texto del Convenio en: Asamblea General: A/51/869, 1997, pp. 7-25. 11 de abril de 5 6 . El Convenio entrará en vigor el nonagésimo día siguiente a la fecha en que se haya depositado en poder del Secretario General de las Naciones Unidas el trigésimo quinto instrumento de ratificación, aprobación o adhesión (artículo 36). 131 MIREYA CASTILLO DAUDI El término " c u r s o d e agua internacional" sirve para delimitar el á m b i t o d e a p l i c a c i ó n del C o n v e n i o sobre el d e r e c h o d e los u s o s d e l o s c u r s o s d e a g u a internacionales p a r a fines distintos d e la n a v e g a c i ó n d e 2 1 d e m a y o d e 1 9 7 7 . 5 7 Por "curso de a g u a 5 8 i n t e r n a c i o n a l " se e n t i e n d e " u n c u r s o d e agua, a l g u n a s d e c u y a s p a r t e s s e e n c u e n t r a n en E s t a d o s d i s t i n t o s " . C o n s e c u e n t e m e n t e , el 5 9 C o n v e n i o se aplica al s i s t e m a d e a g u a s superficiales y s u b t e r r á n e a s r e l a c i o nadas c o n las aguas d e s u p e r f i c i e 60 d e los cursos d e a g u a internacionales. Este C o n v e n i o p r e t e n d e ser un a c u e r d o m a r c o o b á s i c o q u e p r o p o r c i o n e a los E s t a d o s l o s p r i n c i p i o s y r e g l a s g e n e r a l e s p o r los q u e se rigen l o s u s o s d e los cursos d e a g u a internacionales para fines distintos d e la navegación. Del D e r e c h o d e los u s o s d e los cursos d e a g u a internacionales p a r a fines distintos d e la navegación se derivan un conjunto d e principios generales, c u y a fuente se encuentra en el D e r e c h o internacional c o n s u e t u d i n a r i o , y q u e tienen 61 i n c i d e n c i a en lo relativo a la protección del m e d i o a m b i e n t e . P o r otra parte, e n el D e r e c h o d e los u s o s d e los cursos d e a g u a internacionales e s p o s i b l e e n c o n t r a r t a m b i é n a l g u n o s principios específicos en materia de protección y p r e s e r v a c i ó n . U n o s y otros son e x p r e s i ó n particular d e otras reglas d e D e r e c h o internacional general. 2. PRINCIPIOS GENERALES Y SU DIMENSIÓN AMBIENTAL El C o n v e n i o d e m a y o d e 1997 e n u n c i a d i v e r s o s principios generales, r e c o n o c i d o s p r e v i a m e n t e en el p r o y e c t o d e la C D I , q u e e x p r e s a n u n a p a u t a d e c o m p o r t a m i e n t o exigible a los E s t a d o s y q u e se p r o y e c t a n sobre la p r o t e c c i ó n d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s . E s t o s p r i n c i p i o s s o n : 1) u t i l i z a c i ó n y p a r t i c i p a c i ó n e q u i t a t i v a s y r a z o n a b l e s ; 2) o b l i g a c i ó n d e n o c a u s a r perjuicios sensibles, y 3) obligación general de cooperación. 5 7 . Articulo 2).b) del Convenio. 5 8. Por "curso de agua" se entiende "un sistema de aguas de superficie y subterráneas que, en virtud de su relación física, constituyen un conjunto unitario y normalmente fluyen a una desembocadura común" (art. 2). a) del Convenio. 5 9 . Artículo 2).b) del Convenio. 6 0 . CDI, 46° período de sesiones: Segundo Informe... cit., p. 6. 6 1 . Kiss y SHELTON: Traite de droit... cit., p. 262 y SANDS: Principies... cit., p. 347. 132 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES E s t o s s o n principios sustantivos d e los q u e s e d e r i v a n otros p r i n c i p i o s d e procedimiento 6 2 o instrumentales q u e los c o m p l e t a n y perfilan. 2 . 1 . Utilización y participación equitativas y razonables El p r i m e r o d e los P r i n c i p i o s g e n e r a l e s e s l a utilización y p a r t i c i p a c i ó n equitativas y r a z o n a b l e s , el cual aparece f o r m u l a d o en los siguientes t é r m i n o s : Artículo 5. Utilización y participación equitativas y razonables 1. Los Estados del curso de a g u a 6 3 utilizarán en sus territorios respectivos el curso de agua internacional de manera equitativa y razonable. En particular, los Estados del curso de agua utilizarán y aprovecharán el curso de agua internacional con el propósito de lograr una utilización óptima y s o s t e n i b l e 64 y el disfrute máximo compatibles con la protección adecuada del curso de agua internacional, teniendo en cuenta los intereses de los Estados del curso de agua de que se trate. 2. Los Estados del curso de agua participarán en el uso, ordenación, aprovechamiento y protección de un curso de agua internacional de manera equitativa y razonable. Esa participación incluye tanto el derecho de utilizar el curso de agua conforme como la obligación de cooperar en su protección y aprovechamiento, conforme a lo dispuesto en la presente Convención. Con precedentes International 62. en las " R e g l a s de H e l s i n k i " , a p r o b a d a s p o r la Law Association, en 1 9 6 6 , l a r e g l a b á s i c a d e l a 6 5 utilización BRUNNÉE y TOOPE: "Environmental Security... " cit., p. 234. 6 3 . Por Estado del curso de agua hay que entender "un Estado Parte... en cuyo territorio se encuentra parte de un curso de agua internacional o una Parte que sea una organización internacional de integración económica regional en el territorio de uno o mas de cuyos Estados miembros se encuentra parte de un curso de agua internacional" (artículo 2 c) del Convenio). El Convenio define también lo que debe entenderse por "organización de integración económica regional" (artículo 2 d). 6 4 . Sobre esta expresión v. BRUNNÉE y TOOPE: "Environmental Security... " cit., pp. V. también artículo 24 del Convenio. 65. Artículos IV-VIII. 133 MIREYA CASTILLO DAUDI equitativa del c u r s o de a g u a internacional h a o b t e n i d o un a p o y o a b r u m a d o r , tal c o m o se d e s p r e n d e del análisis de la práctica d e los E s t a d o s . 6 6 E n su p r o y e c t o d e a r t í c u l o s , la C D I a f i r m a b a q u e e s t a d i s p o s i c i ó n e n u n c i a b a los derechos y obligaciones fundamentales de los E s t a d o s en m a t e r i a d e u t i l i z a c i ó n de c u r s o s de a g u a i n t e r n a c i o n a l e s p a r a fines d i s t i n t o s d e la n a v e g a c i ó n . E n virtud de este principio, todo E s t a d o del curso d e a g u a tiene a 67 la v e z el d e r e c h o de utilizar, en su territorio, el c u r s o de a g u a i n t e r n a c i o n a l d e m a n e r a e q u i t a t i v a y r a z o n a b l e y la obligación d e n o privar a otros E s t a d o s del c u r s o d e a g u a d e su d e r e c h o de utilización e q u i t a t i v a . E s t e d e r e c h o es u n 68 a t r i b u t o d e la s o b e r a n í a y g o z a de él c a d a u n o de los E s t a d o s c u y o territorio atraviesa o bordea un curso de agua internacional. Este principio " f u n d a m e n t a l " , n o significa q u e cada Estado del curso de a g u a tenga d e r e c h o a 69 igual p a r t i c i p a c i ó n en el uso y disfrute del c u r s o d e a g u a sino q u e c a d a E s t a d o del c u r s o de a g u a tiene d e r e c h o a un uso y disfrute equitativo del curso de a g u a " c o n el p r o p ó s i t o d e l o g r a r u n a utilización ó p t i m a y s o s t e n i b l e y el disfrute m á x i m o compatibles con la protección adecuada del curso de a g u a " . 7 0 L o s límites del derecho de utilización equitativa del E s t a d o d e p e n d e n de la p o n d e r a c i ó n d e t o d o s los factores pertinentes, de c o n f o r m i d a d c o n lo d i s p u e s t o en el artículo 6 . S e trata de u n a valoración q u e d e b e realizar de b u e n a fe c a d a 7 1 E s t a d o del curso de a g u a . 7 2 6 6 . Cfr. "Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 172. V. también BIRNIE y BOYLE: International Law... cit., p. 220 y 226 y BUIRETTE: "Genése... " cit., pp. 35-36. Algún autor afirma que se trata de una práctica generalmente aceptada como Derecho (BUIRETTE: "Genése... " cit., pp. 36-37). 67. Cfr. "Anuario de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 169. 68. "Informe de la CDI... 46° período de sesiones", cit., p. 169. 69. Cfr. "Informe de la CDI... 46° período de sesiones", cit., p. 171. 70. Ibid. 71. Asi, el artículo 6.1 enumera, entre otros: "a) los factores geográficos, hidrográficos, hidrológicos, climáticos, ecológicos y otros factores naturales; b) las necesidades económicas y sociales de los Estados del curso de agua interesados; c) la población que depende del curso de agua en cada Estado del curso de agua; d) los efectos que el uso o los usos del curso de agua en uno de los Estados del curso de agua produzcan en otros Estados del curso de agua; e) los usos actuales y potenciales del curso de agua; f) la conservación, la protección, el aprovechamiento y la economía en la utilización de los recursos hídricos del curso de agua y el costo de las medidas adoptadas al efecto; g) la existencia de alternativas, de valor comparable, respecto del uso particular actual o previsto". Asimismo, el Convenio subraya que: 134 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES D e la regla d e la utilización equitativa deriva el principio d e participación equitativa, q u e i n c l u y e tanto "el d e r e c h o d e utilizar el c u r s o d e a g u a " c o m o l a obligación de cooperar activamente con los demás Estados del curso de agua " e n su p r o t e c c i ó n 7 3 y a p r o v e c h a m i e n t o " . D e esta m a n e r a , l o s E s t a d o s d e l 7 4 "El peso que se asigne a cada factor dependerá de su importancia en conparación con la de otros factores pertinentes. Para determinar qué constituye una utilización equitativa y razonable, se examinarán todos los factores pertinentes y se llegará a una conclusión sobre la base del conjunto de estos factores" (artículo 7.3). Así las cosas,y tal como ocurre en otros contextos tales como la delimitación de la zona económica exclusiva (artículo 74 del C N U D M de 1982) o de la plataforma continental (art. 83 del C N U D M de 1982), la cuestión radica en encontrar el punto de equilibrio entre todos los factores y circunstancias en presencia. Sobre este punto v. FUENTES, X.: "The Criteria for the Equitable Utilization of International Rivers", British Yearbook of International Law, 1996, pp. 337-412. 7 2 . En laudo arbitral relativo a la lago Lanoux contiene una afirmación ilustrativa a este respecto: "... les principes le plus généraux du droit international: il appartient á chaqué Etat d'apprécier, raisonnablement et de bonne foi, les situations et les regles qui le mettent en cause; son appreciation peut se trouver en contradiction avec celle d'un autre Etat; dans ce cas, apparaít un différend que les Parties cherchent normalement á résoudre par la négociation, ou bien en se soumettant á l'autorité d'un tiers; mais l'une d'elles n'est jamais obligee de suspendre, du fait du différend, l'exercise de sa competence, sauf engagement de sa part... " (ONU: Recueil des sentences... cit., p. 310). 7 3 . El Convenio indica el método que debe adoptarse, llegado el caso, tanto para la aplicación del principio de la utilización y participación equitativas y razonables c o m o para tener en cuenta todos los factores y circunstancias pertinentes: "En la aplicación del artículo 5 o del párrafo 1 del presente artículo, los Estados del curso de agua de que se trate celebrarán, cuando sea necesario, consultas con espíritu de cooperación" (artículo 6.2). Así las cosas, la cuestión estriba en determinar cual es el alcance del deber de celebrar, "cuando sea necesario, consultas con espíritu de cooperación". En este sentido, resultan muy ilustrativas las afirmaciones contenidas en el laudo arbitral relativo al lago Lanoux. El Tribunal arbitral declaró: "La seguda cuestión consiste en determinar el método que debe adoptarse para salvaguardar esos intereses. Si este método implica necesariamente la celebración de conversaciones, no podría reducirse a exigencias puramente formales, como la de tomar nota de las reclamaciones, protestas o disculpas presentadas por el Estado del curso inferior. El Tribunal considera que el Estado del curso superior tiene, según las reglas de la buena fe, la obligación de tener en cuenta los diversos intereses afectados, de tratar de respetarlos en la medida en que esto sea compatible con la defensa de sus intereses propios, y de demostrar que a ese respecto hay una preocupación auténtica por conciliar los intereses del otro ribereño con los suyos propios" (V. ONU: Recueil 135 MIREYA CASTILLO DAUDI curso d e a g u a tienen derecho a la cooperación d e los d e m á s Estados del curso d e a g u a c o n r e s p e c t o a c u e s t i o n e s c o m o l o s p r o g r a m a s d e r e d u c c i ó n d e la c o n t a m i n a c i ó n y la protección del m e d i o a m b i e n t e . 7 5 P o r lo q u e se refiere a la la relación entre el u s o equitativo y r a z o n a b l e del c u r s o d e a g u a y la contaminación, el P r o y e c t o d e artículos d e la C D I c o n t e n í a u n a aclaración m u y interesante: "Se presumirá que un uso que cause daños sensibles en forma de contaminación es un uso no equitativo ni razonable...", salvo determinadas excepciones" . 76 E s t a p r e s u n c i ó n , sin e m b a r g o , h a d e s a p a r e c i d o d e l t e x t o d e l C o n v e n i o finalmente a d o p t a d o . L a explicación d e esta desaparición p u e d e ser la siguiente: el o b j e t i v o d e l p r i n c i p i o d e la utilización e q u i t a t i v a d e l c u r s o d e a g u a intern a c i o n a l e s el e q u i l i b r i o e n t r e l o s d i v e r s o s u s o s 7 7 y no la protección d e intereses e c o l ó g i c o s . 78 P o r esta r a z ó n a l g u n o s a u t o r e s afirman q u e la utilización equitativa, q u e es el p r i n c i p i o m a s g e n e r a l m e n t e a c e p t a d o d e l D e r e c h o d e los c u r s o s d e a g u a , des sentences... p. 2 1 0 ) . cit, p. 315 apud: Anuario de la CDI 1974-11 (segunda 74. Esta obligación se desarrolla en el artículo 8 del Convenio. 75. "Informe de la CDI... 46° período de sesiones", cit., p. 170. parte), 7 6 . Artículo 7 del Proyecto de artículos. Asimismo, las "Reglas de Helsinki sobre el uso de las aguas de los ríos internacionales", aprobadas por la International Law Association en 1966, afirman expresamente la obligación de los Estados de prevenir y reducir la contaminación del agua "en congruencia con el principio de utilización equitativa de las aguas" (artículo X) (v. Anuario de la CDI 1974-11, segunda parte, p. 390. 7 7 . BIRNIE y BOYLE: International Law... cit., pp. 228-229. El Convenio reconoce expresamente que todos los usos posibles del curso de agua internacional se encuentran en pie de igualdad: Artículo 10. Relación entre los diferentes tipos de usos " 1. Salvo pacto o costumbre en contrario, ningún uso de un curso de agua internacional tiene en sí prioridad sobre otros usos. 2. El conflicto entre varios usos de un curso de agua internacional se resolverá basándose en los principios de factores enunciado en los artículos 5 a 7, teniendo en cuenta especialmente la satisfacción de las necesidades humanas esenciales". 78. 136 BRUNEE y TOOPE: "Environmental Security... " cit., p. 54. LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES es, s e g u r a m e n t e , el m e n o s útil p a r a el d e s a r r o l l o del D e r e c h o i n t e r n a c i o n a l ambiental . 79 E n la práctica, la mejor garantía d e la aplicación correcta y d e la eficacia práctica del p r i n c i p i o d e la utilización y participación equitativas y r a z o n a b l e s es la existencia d e instituciones c o m u n e s e n c a r g a d a s d e la gestión del c u r s o d e agua internacional, c o m o las q u e existen en diversos ríos i n t e r n a c i o n a l e s . 80 2 . 2 . Obligación de no causar perjuicios sensibles El s e g u n d o d e los principios generales del C o n v e n i o es la o b l i g a c i ó n d e n o c a u s a r perjuicios s e n s i b l e s , el cual a p a r e c e f o r m u l a d o en l o s s i g u i e n t e s términos: Artículo 7. Obligación de no causar perjuicios sensibles 1. Los Estados del curso de agua, al utilizar un curso de agua internacional en sus territorios, adoptarán todas las medidas apropiadas para impedir que se causen perjuicios sensibles a otros Estados del curso de agua. 2 . Cuando a pesar de ello se causen perjuicios sensibles a otro Estado del curso de agua, el Estado que los cause deberá, a falta de acuerdo con respecto a ese uso, adoptar todas las medidas apropiadas, teniendo debidamente en cuenta lo dispuesto en los artículos 5 y 6 y en consulta con el Estado afectado, para eliminar o mitigar esos perjuicios y, cuando proceda, examinar la cuestión de la indemnización. L a o b l i g a c i ó n d e los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a d e n o c a u s a r perjuicios sensibles a otros E s t a d o s del c u r s o d e a g u a e s u n a manifestación del p r i n c i p i o b á s i c o sic utere tuo ut alienum non laedas, q u e y a fue f o r m u l a d o p o r el T I J en su s e n t e n c i a d e 9 d e abril d e 1949 relativa al e s t r e c h o d e C o r f ú , en c u y a 8 1 79. BlRNlE y BOYLE: International Law... cit., p. 226 y 229. 8 0 . BlRNlE y BOYLE: International Law... cit., p. 223. 8 1 . El TIJ declaró: "Ces obligations sont fondés... sur certains principes généraux et bien reconnus, tels que... l'obligation, pour tout Etat, de ne pas laisser utiliser son territoire aux fins d'actes contraires aux droits des autres Etats" (Affaire du Detroit de Corfou, Arret du 9 avril 1949: CU. Recueil 1949, p. 22). 137 MIREYA CASTILLO DAUDI virtud, t o d o E s t a d o está o b l i g a d o a n o perjudicar a otro. E n t a n t o en c u a n t o e n t r e los "perjuicios s e n s i b l e s " se p u e d e n incluir los perjuicios s e n s i b l e s en f o r m a d e c o n t a m i n a c i ó n , la o b l i g a c i ó n d e n o c a u s a r perjuicios s e n s i b l e s 8 2 c o n s t i t u y e u n a m a n i f e s t a c i ó n d e u n o de los p r i n c i p i o s f u n d a m e n t a l e s del D e r e c h o internacional ambiental: el principio de prevención del d a ñ o ambiental transfronterizo . 83 8 2 . El artículo 21.1 del Convenio contiene una definición de la contaminación: "A los efectos del presente artículo, se entiende "por contaminación de un curso de agua internacional" toda alteración nociva de la composición o calidad de las aguas de un curso de agua internacional que sea resultado directo o indirecto de un comportamiento humano". 8 3 . Una de las afirmaciones del laudo arbitral relativo al lago Lanoux parece constituir uno de los precedentes de este principio: "On aurait pu soutenir que les travaux auraient pour consequence une pollution definitive des eaux du Carol, ou que les eaux restituées auraient une composition chimique ou une temperature, ou telle autre caractéristique pouvant porter prejudice aux intéréts espagnols. L'Espagne aurait alors pu prétendre qu'il était porté atteinte... á ses droits. Ni le dossier, ni les débats de cette affaire ne portent la trace d'un telle allegation" (ONU. Recueil des sentences... cit., p. 303). Este principio ha sido proclamado de modo tajante por la Declaración de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Medio Humano (Declaración de Estocolmo), adoptada en Estocolmo el 16 de junio de 1972 (ONU. Doc. A/CONF 48/14, Rev. 1, pp. 2 y ss.). En efecto, el Principio 21 de esta Declaración afirma que los Estados "tienen la obligación de asegurar que las actividades que se lleven a cabo dentro de su jurisdicción o bajo su control no perjudiquen al medio de otros Estados o de zonas situadas fuera de toda jurisdicción nacional". Asimismo, este principio ha sido reafirmado por la Declaración de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Medio Ambiente y el Desarrollo (Declaración de Río), celebrada en Río de Janeiro del 3 al 14 de junio de 1992 (ONU, Doc. A/CONF/151/26, vol. I, 1992). En efecto, el Principio 2 de la Declaración de Río afirma: "De conformidad con la Carta de las Naciones Unidas y los principios del Derecho internacional, los Estados tienen... la responsabilidad de velar por que las actividades realizadas dentro de su jurisdicción o bajo su control no causen daños al medio ambiente de otros Estados o de zonas que estén fuera de los límites de la jurisdicción nacional". El principio en cuestión ha sido también reconocido como regla de Derecho internacional por el TU, en su dictamen relativo a la licitud de la amenaza o el empleo de armas nucleares, de 8 de julio de 1996 (Licéité de la menace ou de l'emploi d'armes nucléaires, avis consultatif, CU. Recueil 1996, p. 241-242, par. 29). En este asunto, el Tribunal afirmó expresamente: "La existencia de la obligación general de que los Estados velen por que las actividades realizadas dentro de su jurisdicción o bajo su control no dañen al medio ambiente de otros Estados o zonas que estén fuera de su jurisdicción nacional forma ya parte del corpus de normas internacionales en materia de medio ambiente" 138 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES La j u r i s p r u d e n c i a , la d o c t r i n a 8 4 8 5 y la p r á c t i c a c o n v e n c i o n a l 8 6 h a n afir- m a d o r e i t e r a d a m e n t e q u e el p e r j u i c i o d e b e s e r d e c i e r t a i m p o r t a n c i a ; sin e m b a r g o , en el c o n t e x t o d e l C o n v e n i o d e 1 9 9 7 , la e x p r e s i ó n "perjuicios s e n sibles" significa que los efectos perjudiciales deben poder determinarse mediante pruebas objetivas . 87 El C o n v e n i o f o r m u l a la o b l i g a c i ó n d e n o c a u s a r perjuicios s e n s i b l e s e n t é r m i n o s m u y r i g u r o s o s , p o c o f r e c u e n t e s e n la p r á c t i c a c o n v e n c i o n a l . E n efecto, e n p r i m e r lugar, el artículo 7 d e l C o n v e n i o i m p o n e a l o s E s t a d o s u n a obligación de resultado: i m p e d i r q u e se c a u s e n perjuicios s e n s i b l e s a o t r o s E s t a d o s del c u r s o d e a g u a . C o n tal fin, l o s E s t a d o s d e l c u r s o d e a g u a d e b e n adoptar "todas las medidas a p r o p i a d a s " . 88 C a b e p r e g u n t a r s e si e n t r e " t o d a s las m e d i d a s a p r o p i a d a s " q u e d e b e n a d o p t a r l o s E s t a d o s se i n c l u y e n las q u e se d e r i v a n d e la a p l i c a c i ó n d e o t r o s p a r á m e t r o s o p r i n c i p i o s d e la acción m e d i o a m b i e n t a l . N o s e s t a m o s refiriendo, en c o n c r e t o , al principio o criterio d e p r e c a u c i ó n , e n u n c i a d o en el P r i n c i p i o 15 8 4 . U.S.A./Canadá (Trail Smelter Arbitration), laudos de 16 de abril y de 11 de marzo de 1941, ONU: Recueil des sentences... cit., vol III, p. 1965 ("... when the case is of serious consequence"); Espagne/France (Affaire du lac Lanoux), laudo de 16 de noviembre de 1957, O N U : Recueil des sentences... cit., vol. XII, p. 308 ("... en admettant qu'il existe un principe interdissant á l'État d'amont d'altérer les eaux d'un fleuve dans des conditions de nature á nuire gravement á l'État d'aval... ". 8 5 . BARBERIS: LOS recursos... International Law... cit., p. 227. cit., p. 29, nota 55 y BIRNIE y BOYLE: 8 6 . BARBERIS: LOS recursos... cit., p. 29, nota 56 y KlSS y SHELTON: International Environmental... cit., pp. 208-209. 87. "Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 163. 8 8 . En su proyecto de artículos, la CDI utilizaba la expresión "la debida diligencia" (due diligence), que también utiliza en sus trabajos sobre la "Responsabilidad internacional por las consecuencias perjudiciales de actos no prohibidos por el Derecho internacional". En las obligaciones de debida diligencia "se examinan directamente los medios empleados para ver si no son los que razonablemente hubiera debido emplear para obtener el resultado requerido por la obligación" (CDI, 46° período de sesiones, Ginebra, 2 de mayo a 22 de julio de 1994: Décimo informe sobre la responsabilidad internacional por las consecuencias perjudiciales de actos no prohibidos por el Derecho internacional por J . BARBOZA, Relator Especial (A/CN.4/459, 4 de abril de 1994; v. también el "Resumen por temas de los debates realizados en la Sexta Comisión de la Asamblea General en su cuadragésimo noveno período de sesiones, preparardo por la Secretaría" en: CDI, 47° período de sesiones, Ginebra, 2 de mayo a 21 de julio de 1995: Informe de la CDI sobre la labor realizada en su 46" período de sesiones (1994),(A/CN.4/464/Add. 1, 22 de fbrero de 1995, p. 52). 139 MIREYA CASTILLO DAUDI la D e c l a r a c i ó n de R í o , por u n a parte, y al principio d e e v a l u a c i ó n de i m p a c t o 8 9 a m b i e n t a l , formulado en el Principio 17 de la Declaración d e R í o , p o r otra. 9 0 L a reciente sentencia del T U , relativa al asunto del P r o y e c t o G a b c í k o v o N a g y m a r o s , a p o r t a a r g u m e n t o s en favor d e la a p l i c a c i ó n del p r i n c i p i o d e la evaluación del i m p a c t o ambiental. E n efecto, el Tribunal afirma: "La conscience que l'environnement est vulnerable et la reconnaissance de ce qu'il faut continuellement évaluer les risques écologiques se sont affirmées de plus en plus..." E n s e g u n d o l u g a r , p u e d e afirmarse q u e el E s t a d o q u e , a p e s a r d e h a b e r a d o p t a d o "todas las m e d i d a s a p r o p i a d a s " , n o logra evitar q u e se c a u s e n perjuic i o s s e n s i b l e s a o t r o E s t a d o del c u r s o d e a g u a , v i o l a u n a obligación internacional q u e exige el logro de un resultado d e t e r m i n a d o : i m p e d i r q u e se 91 c a u s e n perjuicios sensibles a otros E s t a d o s del c u r s o d e a g u a , y d e b e a s u m i r las consecuencias de tal violación. E n n u e s t r a o p i n i ó n , esta disposición n o p u e d e ser c o n s i d e r a d a en m o d o a l g u n o c o m o u n a r e g l a c o n s a g r a d a del D e r e c h o I n t e r n a c i o n a l . E n efecto, es cierto q u e en el á m b i t o a m b i e n t a l rigen t a m b i é n los p r i n c i p i o s g e n e r a l e s del D e r e c h o i n t e r n a c i o n a l r e l a t i v o s a la r e s p o n s a b i l i d a d d e l o s E s t a d o s y a la 8 9 . El Principio 15 afirma: "Con el fin de proteger el medio ambiente, los Estados deberán aplicar ampliamente el principio de precaución conforme a sus capacidades. Cuando haya peligro de un daño grave e irreversible, la falta de certeza científica absoluta no deberá utilizarse para postergar la adopción de medidas eficaces en función de los costos para impedir la degradación del medio ambiente" 9 0 . El Principio 17 afirma: "Deberá emprenderse una evaluación del impacto ambiental, en calidad de instrumento nacional, respecto de cualquier actividad propuesta que probablemente haya de producir un impacto negativo considerable en el medio ambiente y que esté sujeta a la decisión de una autoridad nacional competente". El artículo 12 del Convenio sobre el derecho de los usos de los cursos de agua constituye un argumento en favor de la aplicación del principio de la evaluación de impacto ambiental (infra, p. 31). 9 1 . Según el Proyecto de artículos sobre responsabilidad de los Estados, aprobado provisionalmente por la CDI, el 12 de julio de 1996 (texto en Anuario de la CDI 1996-11, segunda parte, doc. A/51/10, pp. 130 y ss.): "Hay violación por un Estado de una obligación internacional que le exige el logro, por el medio que elija, de un resultado determinado si el Estado, mediante el comportamiento observado, no logra el resultado que de él exige esa obligación" (artículo 21). 140 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES reparación de los d a ñ o s c a u s a d o s p e r o la naturaleza y el alcance de los m i s m o s en e s t e t e r r e n o p a r t i c u l a r d i s t a m u c h o d e ser u n a c u e s t i ó n p a c í f i c a . L o s 9 2 textos internacionales que formulan el p r i n c i p i o d e r e s p o n s a b i l i d a d y reparación d e d a ñ o s a m b i e n t a l e s lo h a c e n en t o n o e s e n c i a l m e n t e e x h o r t a t o r i o . A s i ocurre, p o r e j e m p l o , en el c o n t e x t o del C N U D M 9 3 y en la D e c l a r a c i ó n d e Río . 9 4 A s í las c o s a s , p a r e c e q u e los E s t a d o s q u e han a d o p t a d o el C o n v e n i o d e 1997 lo h a y a n h e c h o i n s p i r a d o s p o r el Principio 13 d e la D e c l a r a c i ó n d e R í o p e r o r e s u l t a difícil i m a g i n a r q u e l o s E s t a d o s s i t u a d o s r í o a r r i b a estén d i s p u e s t o s a v i n c u l a r s e p o r u n a o b l i g a c i ó n f o r m u l a d a en t é r m i n o s tan radicales. 9 2 . JUSTE RUIZ, J.: "LOS principios fundamentales del Derecho internacional ambiental", Libro-Homenaje a E. Nascimento e Silva, en prensa. 9 3 . Artículo 235 (Responsabilidad) 1. Los Estados son responsables del cumplimiento de sus obligaciones internacionales relativas a la protección y preservación del medio marino. Serán responsables de conformidad con el Derecho internacional. 2 . Los Estados asegurarán que sus sistemas jurídicos ofrezcan recursos que permitan la pronta y adecuada indemnización u otra reparación de los daños causados por la contaminación del medio marino por personas naturales o jurídicas bajo su jurisdicción. 3 . A fin de asegurar una pronta y adecuada indemnización de todos los daños resultantes de la contaminación del medio marino, los Estados cooperarán en la aplicación del Derecho internacional existente y en el ulterior desarrollo del derecho internacional relativo a las responsabilidades y obligaciones relacionadas con la evaluación de los daños y su indemnización y a la solución de controversias conexas, asi como, cuando proceda, a la elaboración de criterios y procedimientos para el pago de una indemnización adecuada, tales como seguros obligatorios o fondos de indemnización. 9 4 . El principio 13 de la Declaración de Río afirma: "Los Estados deberán desarrollar la legislación nacional relativa a la responsabilidad y la indemnización respecto de las víctimas de la contaminación y otros daños ambientales. Los Estados deberán cooperar asimismo de manera expedita y mas decidida en la elaboración de nuevas leyes internacionales sobre responsabilidad e indemnización por los efectos adversos de los daños ambientales causados por las actividades realizadas dentro de su jurisdicción o bajo su control, en zonas situadas fuera de su jurisdicción". 141 MIREYA CASTILLO DAUDI 2 . 3 . Obligación general de cooperación E l ú l t i m o d e los " P r i n c i p i o s g e n e r a l e s " del C o n v e n i o es la o b l i g a c i ó n general de cooperación, la cual aparece formulada en los siguientes términos: Artículo 8. Obligación general de cooperación 1. Los Estados del curso de agua cooperarán sobre la base de los principios de igualdad soberana, la integridad territorial, el provecho mutuo y la buena fe a fin de lograr una utilización óptima y una protección adecuada del curso de agua internacional. 2 . Los Estados del curso de agua, al determinar las modalidades de esa cooperación, podrán considerar la posibilidad de establecer las comisiones o mecanismos conjuntos que consideren útiles para facilitar la cooperación en relación con las medidas y los procedimientos en la materia, teniendo en cuenta la experiencia adquirida mediante la cooperación en las comisiones y los mecanismos conjuntos existentes en diversas r e g i o n e s . 95 9 5 . Este principio constituye una manifestación de uno de los principios generales del Derecho internacional, por una parte, y de uno de los principios fundamentales del Derecho internacional ambiental, por otra. En efecto, la obligación de los Estados de cooperar entre sí, de conformidad con la Carta es un principio general del Derecho internacional (Declaración sobre los principios de Derecho internacional referentes a las relaciones de amistad y a la cooperación entre los Estados de conformidad con la Carta de las Naciones Unidas (A/Res, 2625 (XXV), 24 de octubre de 1970). La cooperación internacional para la protección internacional del medio ambiente está contemplada en el Principio 24 de la Declaración de la Conferencia de Estocolmo sobre el Medio Humano: el Principio 24 establece: "Todos los países, grandes o pequeños, deben ocuparse con espíritu de cooperación y en pie de igualdad de las cuestiones relativas a la protección y mejoramiento del medio. Es indispensable cooperar, mediante acuerdos bilaterales o multilaterales o por otros medios apropiados, para controlar, evitar, reducir y eliminar efizcamente los efectos perjudiciales que las actividades que se realicen en cualquier esfera puedan tener para el medio, teniendo en cuenta debidamente la soberanía y los intereses de todos los Estados". El princio está también desarrollado por el Programa de Acción o Programa 2 1 , adoptado por la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Medio Ambiente y el Desarrollo (Ministerio de Obras Públicas y Transportes: Río 92. Programa 21 cit., pp. 156 y ss.). De todo ello se puede concluir que es uno de los principios fundamentales del Derecho internacional ambiental. 142 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN D E LOS CURSOS D E AGUA INTERNACIONALES L a o b l i g a c i ó n d e c o o p e r a c i ó n e n u n c i a d a p o r el C o n v e n i o i n t e r n a c i o n a l sobre l o s u s o s d e los cursos d e a g u a internacionales se c o m p l e t a c o n u n a serie de obligaciones instrumentales, destinadas a hacerla efectiva y q u e forman c o n ella un conjunto indisociable. A s i concebida, la obligación general d e cooperación entre los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a r e p e r c u t e d e m a n e r a i m p o r t a n t e en la utilización e q u i t a t i v a y r a z o n a b l e d e los cursos d e a g u a internacionales. A n a l i c e m o s s e g u i d a m e n t e el c o n t e n i d o concreto d e estas obligaciones instrumentales. a) Intercambio regular de datos e información Artículo 9. Intercambio regular de datos e información 1. D e conformidad con el artículo 8, los Estados del curso de agua intercambiarán regularmente los datos y la información que estén fácilmente disponibles sobre el estado del curso de agua, en particular, los de carácter hidrológico, meteorológico, hidrogeológico y ecológico y los relativos a la calidad del agua, asi como las previsiones correspondientes. 2. El Estado del curso de agua al que otro Estado del curso de agua le pida que proporcione datos e información que no estén fácilmente disponibles hará lo posible por atender esta petición, pero podrá exigir que el Estado solicitante pague los costos razonables de la recopilación, y en su caso, el procesamiento de esos datos e información. 3. Los Estados del curso de agua harán lo posible por reunir y, en su caso, procesar los datos y la información de manera que se facilite su ulilización por los Estados del curso de agua a los que sean comunicados. P a r a garantizar la utilización equitativa y r a z o n a b l e d e un c u r s o d e a g u a , los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a necesitan datos e información relativos al estado del c u r s o d e agua, a fin d e tener en c u e n t a t o d o s los factores y c i r c u n s t a n c i a s pertinentes. A l requerir el i n t e r c a m b i o " r e g u l a r " d e d a t o s y d e información se p r e v é un p r o c e s o c o n t i n u o y s i s t e m á t i c o , d i s t i n t o del i n t e r c a m b i o d e inform a c i ó n a c e r c a d e l a s m e d i d a s p r o y e c t a d a s , q u e p r e v é n e x p r e s a m e n t e otras disposiciones del C o n v e n i o . L a referencia a los datos e información d e carácter 143 MIREYA CASTILLO DAUDI " e c o l ó g i c o " se refiere c o n c r e t a m e n t e a los r e c u r s o s v i v o s del p r o p i o c u r s o d e agua . 9 6 El i n t e r c a m b i o regular d e d a t o s e información es p a r t i c u l a r m e n t e i m p o r tante p a r a la p r o t e c c i ó n eficaz d e los cursos d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s , la preservación d e la calidad del agua y la prevención de la contaminación. b) Intercambio de información sobre las medidas proyectadas Artículo 11. Información sobre las medidas proyectadas Los Estados del curso de agua intercambiarán información y se consultarán y, si es necesario, negociarán acerca de los posibles efectos de las medidas proyectadas sobre el estado de un curso de agua internacional . 97 El artículo 11 establece la o b l i g a c i ó n general d e los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a d e i n t e r c a m b i a r i n f o r m a c i ó n a c e r c a d e los p o s i b l e s efectos, tanto perjud i c i a l e s c o m o b e n e f i c i o s o s , q u e las m e d i d a s q u e p r o y e c t e n e j e c u t a r p u e d a n tener sobre el c u r s o d e agua. Esta disposición exige t a m b i é n q u e los E s t a d o s se consulten acerca d e los posibles efectos d e dichas m e d i d a s . El objeto d e la notificación es q u e los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a p u e d a n v a l o r a r p o r su c u e n t a los efectos q u e las m e d i d a s p r o y e c t a d a s p u e d e n t e n e r r e s p e c t o d e su d e r e c h o a la utilización equitativa y r a z o n a b l e del c u r s o d e a g u a . L a n o t i f i c a c i ó n d e las m e d i d a s p r o y e c t a d a s q u e p u e d a n c a u s a r un e f e c t o perjudicial sensible a otros Estados del curso de agua está e x p r e s a m e n t e c o n t e m p l a d a p o r otras disposiciones del C o n v e n i o : Artículo 12. Notificación de las medidas proyectadas un efecto que puedan causar perjudicial El Estado del curso de agua, antes de ejecutar o permitir la ejecución de medidas proyectadas que puedan causar un efecto perjudicial sensible a otros 9 6 . El término "ecológico" se prefirió al término "ambiental", susceptible de una interpretación mas amplia, lo que supondría la imposición de una carga demasiado pesada a los Estados del curso de agua ("Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 197. 97. 144 Sobre este artículo v. BUIRETTE: " Genése... " cit., pp. 48-54. LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES Estados del curso de agua, lo notificará 98 oportunamente a esos Estados. Esa notificación irá acompañada de los datos técnicos y la información disponibles, incluidos los resultados de una evaluación de los efectos ambientales, para que los Estados a los que se haga la notificación puedan evaluar los posibles efectos de las medidas proyectadas . 99 E l criterio p a r a activar la obligación de notificación asi e n u n c i a d a es q u e las m e d i d a s proyectadas p u e d a n causar "un efecto perjudicial s e n s i b l e " a otros Estados del curso de a g u a 1 0 0 . 9 8 . El Convenio prevé un procedimiento especifico aplicable a falta de notificación (artículo 18). 9 9 . A menos que se hubiera acordado otra cosa, el Estado del curso de agua que haga la notificación dará a los Estados a los que haga esa notificación un plazo de seis meses, prorrogable por otro seis, para estudiar y evaluar los posibles efectos de las medidas proyectadas y comunicarle sus conclusiones (artículo 13). Durante el plazo para responder, el Estado notificante no ejecutará ni permitirá la ejecución de las medidas proyectadas sin el consentimiento de los Estados a los que se haga la notificación (artículo 14). Si el Estado notificante no recibe comunicación alguna dentro del plazo mencionado, podrá iniciar la ejecución de las medidas proyectadas, de conformidad con sujeción a las obligaciones que le imponen el principio de utilización y participación equitativas y razonables y el principio que impide causar perjuicios sensibles (artículo 16). En caso de que el Estado al que se haya hecho la notificación comunique al Estado notificante que, en su opinión, las medidas proyectadas son incompatibles con aquellos principios generales, el Estado notificante y el El Estado autor de la comunicación iniciarán consultas y negociaciones para llegar a una solución equitativa, con arreglo al principio de que cada Estado debe de buena fe tener razonablemente en cuenta los derechos y los intereses legítimos del otro Estado. Durante esas consultas y negociaciones, el Estado notificante no ejecutará ni permitirá la ejecución de las medidas proyectadas, por un plazo que no excederá de seis meses, si asi lo solicita el Estado notificado (artículo 17) y salvo que aquella ejecución sea de extrema urgencia para proteger la salud y la seguridad públicas u otros intereses igualmente importantes. En este caso el Estado que proyecte tomar las medidas hará una declaración formal sobre la urgencia de las mismas a los demás Estados del curso de agua y les transmitirá los datos y la información pertinentes (artículo 19). 1 0 0 . El concepto de "efecto perjudicial sensible" es distinto del concepto de "perjuicios sensibles" a los que se refiere la obligación de no causar "perjuicios sensibles", consagrada en el artículo 7 del Convenio. Así, un "efecto perjudicial sensible" puede no alcanzar el nivel de "perjuicios sensibles". En consecuencia, el umbral que determina el nacimiento de la obligación enunciada por el artículo 12 es mas bajo que el contemplado por el artículo 7. 145 MIREYA CASTILLO DAUDI c) Medidas apropiadas para prevenir y mitigar las condiciones perjudiciales y situaciones de emergencia. E s t a o b l i g a c i ó n i n s t r u m e n t a l tiene u n d o b l e c o n t e n i d o : p o r u n a p a r t e , incluye la obligación d e t o m a r m e d i d a s para prevenir y mitigar las c o n d i c i o n e s perjudiciales y, por otra, incluye la obligación d e t o m a r m e d i d a s en situaciones de emergencia. Artículo 27. Medidas para prevenir y mitigar las condiciones perjudiciales Los Estados del curso de agua tomarán, individual y, cuando proceda, conjuntamente, todas las medidas apropiadas para prevenir o mitigar las condiciones relacionadas con un curso de agua internacional que sean resultado de causas naturales o de un comportamiento humano, c o m o crecidas o deshielos, enfermedades transmitidas por el agua, entarquinamiento, erosión, intrusión de agua salada, sequía o desertificación, que puedan ser perjudiciales para otros Estados del curso de agua. Artículo 28 Situaciones de emergencia 1. A los efectos de este artículo, se entiende por "situación de emergencia" la que cause graves daños a los Estados del curso de agua o a otros Estados, o cree un peligro inminente de causar tales daños, y que resulte súbitamente de causas naturales, como las crecidas, el deshielo, los desprendimientos de tierras o los terremotos, o de un comportamiento humano, como en el caso de los accidentes industriales. 2 . El Estado del curso de agua notificará sin d e m o r a 1 0 1 y por los medios mas rápidos de que disponga a los demás Estados que puedan resultar 1 0 1 . En el accidente ocurrido en las fábricas Sandoz, cerca de Basilea, el 1 de noviembre de 1986, y que ocasionó una grave contaminación del Rhin, los Estados del curso de agua fueron informados de la situación con retraso, es decir, el sistema de alerta no funcionó como hubiera debido y se hubiera podido invocar la responsabilidad internacional de Suiza. Sin embargo, los Estados implicados evitaron plantear el problema en el ámbito del Derecho internacional, y las cuestiones relativas a la indemnización de las víctimas se resolvieron directamente en el plano de las relaciones directas entre la empresa contaminante y los perjudicados (Kiss, Ch.A.: Droit international de ienvironnement cit., pp 194197). Sobre el accidente de la Sandoz v. K i s s , Ch.A.: ""Tchernobale" ou la 146 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES afectados 1 0 2 y a las organizaciones internacionales competentes cualquier situación de emergencia que sobrevenga en su t e r r i t o r i o 103 . 3 . El Estado del curso de agua en cuyo territorio sobrevenga una situación de emergencia tomará inmediatamente, en cooperación con los Estados que puedan resultar afectados y, cuando proceda, las organizaciones internacionales competentes, todas las medidas posibles que requieran las circunstancias para prevenir, atenuar y eliminar los efectos nocivos de esa situación. 3. PRINCIPIOS ESPECÍFICOS DE PROTECCIÓN AMBIENTAL A d e m á s d e los principios g e n e r a l e s del d e r e c h o d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s , q u e se p r o y e c t a n s o b r e la p r e v e n c i ó n d e la c o n t a m i n a c i ó n y la p r o t e c c i ó n d e los c u r s o s d e a g u a , se p u e d e n s e ñ a l a r t a m b i é n a l g u n o s p r i n c i p i o s e s p e c í f i c o s en la m a t e r i a , q u e f o r m u l a la C u a r t a p a r t e d e C o n v e n i o s o b r e el d e r e c h o d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s , q u e lleva por título " P r o t e c c i ó n , p r e s e r v a c i ó n y g e s t i ó n " 1 0 4 . L a s d i s p o s i c i o n e s c o n t e n i d a s en esta p a r t e p o n e n el énfasis en la p r o t e c ción del m e d i o a m b i e n t e ; en ellas el C o n v e n i o s u b r a y a la i m p o r t a n c i a d e los a s p e c t o s e c o l ó g i c o s d e los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s y las o b l i g a c i o n e s d e los E s t a d o s e n este c o n t e x t o . D e esta f o r m a el C o n v e n i o c o m p e n s a el t r a t a m i e n t o " u t i l i t a r i o " q u e r e c i b e , por e j e m p l o , la c o n t a m i n a c i ó n 1 0 5 e n la p a r t e relativa a los principios generales. pollution accidentelle du Rhin par des produits chimiques", Annuaire frangais du droit international 1987, p. 719. Sobre el tema de la responsabilidad de los Estados por la contaminación de los cursos de agua internacionales v. POLAKIEWICZ, J.: "La responsabilité de l'Etat en matiére de pollution des eaux fluviales ou souterraines internationales", Journal du droit international, 1991, pp. 282-347. 102. Nótese que la obligación de notificar sin demora existe no solo respecto a los demás Estados del curso de agua sino también con respecto a todos los Estados que puedan resultar afectados. 103. Esta disposición parece estar inspirada en el artículo 198 del CNUDM. 1 0 4 . Esta Parte del Convenio parece haberse inspirado en gran medida en la Parte XII del CNUDM ("Protección y preservación del medio marino"). 1 0 5 . En el contexto de los principios generales, el hecho de que una actividad cause daños sensibles de contaminación a otro Estado del curso de agua no cons147 MIREYA CASTILLO DAUDI E s t o s principios específicos se refieren a: 1) protección y p r e s e r v a c i ó n d e los e c o s i s t e m a s ; 2) p r e v e n c i ó n , r e d u c c i ó n y c o n t r o l d e la c o n t a m i n a c i ó n ; 3) i n t r o d u c c i ó n d e e s p e c i e s extrañas o n u e v a s y 4) p r o t e c c i ó n y p r e s e r v a c i ó n del medio marino. 3 . 1 . Protección y preservación de los ecosistemas L a p r i m e r a obligación en m a t e r i a d e p r o t e c c i ó n y p r e s e r v a c i ó n del c u r s o d e a g u a internacional es la m a s general: Artículo 20. Protección y preservación de los ecosistemas Los Estados del curso de agua protegerán y preservarán, individual y, cuando proceda, conjuntamente, los ecosistemas de los cursos de agua internacionales. Esta disposición enuncia una doble obligación de protección y preservación 1 0 6 . E s a d o b l e obligación se refiere a los e c o s i s t e m a s 1 0 7 de los cursos de agua internacionales. L a obligación de "proteger" los ecosistemas de los cursos de agua internacionales es u n a aplicación específica de la obligación e s t a b l e c i d a en el tituye necesariamente en sí una base para prohibirla, siempre que se respete el principio de la "utilización equitativa y razonable" del curso de agua, el cual es el criterio rector para equilibrar los intereses en presencia. 1 0 6 . La disposición del artículo 20 del Convenio es muy semejante a la contenida en el artículo 192 del CNUDM {Obligación general): "Los Estados tienen la obligación de proteger y preservar el medio marino". 1 0 7 . El Convenio no define el término de "ecosistema". En su proyecto de artículos, la CDI utiliza el término "ecosistema" en vez del término "medio" de un curso de agua, por considerar que el término "ecosistema" tiene un sentido científico y jurídico mas preciso. En sus comentarios a esta disposición, la CDI define la noción de ecosistema de la forma siguiente: "... unidad ecológica integrada por componentes vivos y no vivos que son interdependientes y que funcionan como una comunidad" (Cfr.: "Informe de la Comisión de Derecho internacional sobre la labor realizada en su 46° período de sesiones, 2 de mayo a 22 de julio de 1994", Asamblea general. Documentos Oficiales, Cuadragésimo noveno período de sesiones. Suplemento No. 10 (A/49/10), Nueva York (Naciones Unidas) 1994, p. 218). 148 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES artículo 5 del C o n v e n i o s e g ú n la cual los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a utilizarán y a p r o v e c h a r á n el c u r s o d e a g u a i n t e r n a c i o n a l d e m a n e r a c o m p a t i b l e c o n la p r o t e c c i ó n a d e c u a d a d e éste. E s t a o b l i g a c i ó n significa, e s e n c i a l m e n t e , q u e los E s t a d o s están o b l i g a d o s a p r o t e g e r los e c o s i s t e m a s d e los c u r s o s d e a g u a intern a c i o n a l e s c o n t r a t o d o d a ñ o y c o m p r e n d e la o b l i g a c i ó n d e p r o t e g e r e s o s e c o s i s t e m a s c o n t r a un r i e s g o g r a v e d e d a ñ o 1 0 8 . L a o b l i g a c i ó n d e p r o t e g e r los e c o s i s t e m a s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s e s , p o r lo t a n t o , u n a aplicación general del principio d e p r e v e n c i ó n La obligación de " p r e s e r v a r " 1 1 0 1 0 9 . los e c o s i s t e m a s d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s se aplica en particular a los e c o s i s t e m a s d e los c u r s o s d e a g u a q u e se hallan e n su situación prístina o i n c ó l u m e y e x i g e q u e se protejan e s o s e c o s i s t e m a s d e m a n e r a q u e se m a n t e n g a n en lo posible en su e s t a d o n a t u r a l 1 1 1 . L a obligación d e proteger y d e preservar es independiente d e q u e se c a u s e n o n o perjuicios sensibles a otros E s t a d o s del c u r s o d e a g u a 1 1 2 . Asi, cabe ima- g i n a r q u e u n E s t a d o d e u n c u r s o d e a g u a i n t e r n a c i o n a l c a u s e d a ñ o s al e c o s i s t e m a d e a g u a , v i o l a n d o asi la o b l i g a c i ó n c o n t e m p l a d a en el a r t í c u l o 2 0 , sin violar su o b l i g a c i ó n d e n o c a u s a r perjuicios s e n s i b l e s a otros E s t a d o s d e l curso d e agua. 1 0 8 . La obligación de proteger los ecosistemas de los cursos de agua internacionales es una aplicación del principio de precaución. 109. Resulta pertinente recordar aquí la afirmación del T I J en su sentencia de 25 de setiembre de 1997, relativa al asunto del Proyecto Gabcikovo-Nagymaros: "... en el ámbito de la protección del medio ambiente, la vigilancia y la prevención se imponen debido al carácter a menudo irreversible de los daños causados al medio ambiente y de los límites inherentes al propio mecanismo de reparación de este tipo de daños". 110. El concepto de "preservación" incluye también el concepto de "conservación" (Statements of Understanding pertaining to Certain Articles of the Convention en International Legal Materials 1997-3, pp. 719-720. 1 1 1 . Informe de la Comisión de Derecho Internacional sobre la labor realizada en su 46" período de sesiones, cit., p. 219. 112. En consecuencia, y contexto del Derecho del mar, legitimidad activa para exigir mental Security..." cit., pp. "Genése... " cit., pp. 64-65). tal como ocurre con la disposición paralela en el se plantean delicadas cuestiones relacionadas con la su cumplimiento (V. BRUNNÉE y TOOPE: "Environ64-65, especialmente, nota 128, y BUIRETTE: 149 MIREYA CASTILLO DAUDI El objeto de la obligación de p r o t e g e r y p r e s e r v a r los e c o s i s t e m a s es la s a l v a g u a r d i a del equilibrio e c o l ó g i c o , q u e r e p r e s e n t a un interés e s e n c i a l d e todos los E s t a d o s y n o solo de los E s t a d o s del c u r s o d e a g u a 1 1 3 . El artículo 2 0 e s t a b l e c e , p u e s , q u e los E s t a d o s están o b l i g a d o s a p r o t e g e r y preservar los ecosistemas. Asi entendida, esta obligación sirve de base indispensable al desarrollo sostenible del cursos de a g u a i n t e r n a c i o n a l 114 . H a y q u e subrayar q u e en la práctica de los Estados y en las actividades de las O r g a n i z a c i o n e s internacionales se encuentran n u m e r o s o s p r e c e d e n t e s d e la obligación e n u n c i a d a en el artículo 2 0 1 1 5 . 3.2. Prevención, reducción y control de la contaminación Artículo 21. Prevención, reducción y control de la contaminación 1. A los efectos del presente artículo, se entiende por "contaminación de un curso de agua internacional" toda alteración nociva de la composición o calidad de las aguas de un curso de agua internacional que sea resultado directo o indirecto de un comportamiento humano. 1 1 3 . El TIJ ha subrayado recientemente la importancia que, en su opinión, tiene la protección del medio ambiente, no solo para los Estados sino para todo el género humano, es decir, para las generaciones presentes y futuras. En efecto, en su dictamen de 8 de julio de 1996, relativo a la licitud de la amenaza o del empleo de armas nucleares, el Tribunal declaró: "... el medio ambiente no es un concepto abstracto, sino que representa el espacio en el que viven los seres humanos y del que depende la calidad de su vida y su salud, inclusive de las generaciones futuras. La existencia de la obligación general de que los Estados velen por que las actividades realizadas dentro de su jurisdicción o bajo su control no dañen al medio ambiente de otros Estados o zonas que estén fuera de su jurisdicción nacional forma ya parte del corpus de normas internacionales en materia de medio ambiente". 114. El concepto de desarrollo sostenible expresa la necesidad de conciliar el desarrollo económico y la protección del medio ambiente: tal como afirma el Principio 4 de la Declaración de Río sobre el Medio Ambiente y el Desarrollo, "A fin de alcanzar el desarrollo sostenible, la protección del medio ambiente deberá constituir parte integrante del proceso de desarrollo y no podrá considerarse en forma aislada". 1 1 5 . "Informe de la Comisión de Derecho internacional ... 46° período de sesiones" cit., pp. 221-225. 150 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES 2 . Los Estados del curso de agua prevendrán, reducirán y controlarán, individual y, cuando proceda, conjuntamente, la contaminación de un curso de agua internacional que pueda causar perjuicios sensibles a otros Estados del curso de agua o a su medio ambiente, incluso a la salud o a la seguridad humanas, a la utilización de las aguas con cualquier fin útil o a los recursos vivos del curso de agua. Los Estados del curso de agua tomarán disposiciones para armonizar su política a este respecto. 3 . Los Estados del curso de agua celebrarán, a petición de cualquiera de ellos, consultas con el propósito de determinar medidas y métodos mutuamente aceptables para prevenir, reducir y controlar la contaminación de un curso de agua internacional, tales como: a) Formular objetivos y criterios comunes sobre la calidad del agua; b) Establecer técnicas y prácticas para hecer frente a la contaminación de fuentes localizadas y no localizadas; c) Establecer listas de sustancias cuya introducción en las aguas de un curso internacional haya de ser prohibida, limitada, investigada o vigilada. E s t e artículo e s t a b l e c e la obligación f u n d a m e n t a l de prevenir, r e d u c i r y c o n t r o l a r la c o n t a m i n a c i ó n 1 1 6 d e los c u r s o s d e a g u a i n t e r n a c i o n a l e s 117 . Esta obligación constituye u n a manifestación específica de los principios g e n e r a l e s del C o n v e n i o : utilización y participación equitativas y r a z o n a b l e s (artículo 5 ) ; obligación d e n o c a u s a r perjuicios sensibles (artículo 7), y obligación general d e cooperación (artículo 8). L a definición del t é r m i n o " c o n t a m i n a c i ó n " es m a s g e n e r a l q u e la c o n t e n i d a en otros i n s t r u m e n t o s i n t e r n a c i o n a l e s 118 . E n p r i m e r lugar, la definición n o m e n c i o n a n i n g ú n tipo c o n c r e t o d e c o n t a m i n a c i ó n o a g e n t e c o n t a m i n a n t e ; 1 1 6 . Esta misma fórmula se utiliza en el artículo 194.1 del CNUDM de 1982, en relación con la contaminación del medio marino, en el que la situación planteada es análoga. La obligación de "prevenir" se refiere a la nueva contaminación de los cursos de agua internacionales; las obligaciones de "reducir" y "controlar" se refieren a la contaminación existente (Cfr.: "Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 227). 1 1 7 . Sobre este tema GAJA, G.: "River Pollution in International Law" La protection de l'environnement et le droit international. Colloque 1973, Académie de droit international, Leiden (Sijthoff) 1975, pp. 353-396. 1 1 8 . Véase, por ejemplo la defición de contaminación contenida en el artículo 1.1.4) del CNUDM de 1982. 151 MIREYA CASTILLO DAUDI en s e g u n d o lugar, la definición se refiere a " t o d a alteración n o c i v a d e la c o m p o s i c i ó n o c a l i d a d d e las a g u a s " , sin m e n c i o n a r n u n g ú n efecto n o c i v o e s p e cífico, s o l o e x i g e q u e la " a l t e r a c i ó n n o c i v a " s e a r e s u l t a d o d e u n c o m p o r tamiento humano. L a obligación de prevenir, reducir y controlar e n u n c i a u n a obligación d e actuar con la d e b i d a d i l i g e n c i a 1 1 9 p a r a i m p e d i r el r i e s g o d e tales d a ñ o s 1 2 0 , la cual se e x p r e s a m e d i a n t e las p a l a b r a s " q u e p u e d a causar perjuicios sensibles a otros Estados del curso de agua o a su m e d i o a m b i e n t e " 1 2 1 E s t a obligación se a p o y a en n u m e r o s a s disposiciones c o n v e n c i o n a l e s , en la labor d e las Organizaciones internacionales y en las decisiones d e Tribunales internacionales. 3 . 3 . Introducción de especies extrañas o nuevas L a o b l i g a c i ó n g e n e r a l d e p r o t e g e r los e c o s i s t e m a s del c u r s o d e a g u a , c o n t e n i d a en el a r t í c u l o 2 0 del C o n v e n i o , se c o m p l e t a c o n la lógica p r o h i b i c i ó n de introducir, en un c u r s o de a g u a internacional, e s p e c i e s e x t r a ñ a s o nuevas: Artículo 22. Introducción de especies extrañas o nuevas Los Estados del curso de agua tomarán todas las medidas necesarias para impedir la introducción, en un curso de agua internacional, de especies extrañas o nuevas que puedan tener efectos nocivos para el ecosistema del curso de agua de resultas de los cuales otros Estados del curso de agua sufran perjuicios s e n s i b l e s 122 . 1 1 9 . Así se establece expresamente en el Statements of Understanding pertaining to... cit., pp. 719-720. En este ámbito se aplica también el principio de precaución ("Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 227). 1 2 0 . Sobre estos daños Kiss y SHELTON: International Environmental... cit., pp. 354-356. 1 2 1 . La expresión "medio ambiente" es mas amplia que el concepto de "ecosistema" de un curso de agua internacional, contemplado en el articulo 20. 1 2 2 . Esta disposición es muy parecida a la formulada por el artículo 196 del CNUDM (Utilización de tecnologías e introducción de especies extrañas o nuevas): " 1 . Los Estados tomarán todas las medidas necesarias para prevenir, reducir y controlar la... introducción intencional o accidental en un sector determinado del 152 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES L a introducción en un curso de agua de e s p e c i e s na e x t r a ñ a s 1 2 4 o nuevas 1 2 5 1 2 3 d e la flora o de la fau- p u e d e alterar el e q u i l i b r i o e c o l ó g i c o y o r i g i n a r g r a v e s p r o b l e m a s d e r e s u l t a s de los c u a l e s otros E s t a d o s sufran sensibles 1 2 6 perjuicios . E s decir, la prohibición de introducir, en un c u r s o de a g u a i n t e r n a c i o n a l , especies extrañas o nuevas se hace depender de dos condiciones: 1) q u e aquéllas p u e d a n tener efectos nocivos para el e c o s i s t e m a del c u r s o d e agua, y 2) q u e de resultas d e estos efectos nocivos, otros Estados del curso d e a g u a sufran perjuicios sensibles. E n c o n s e c u e n c i a , d e b e existir un n e x o entre la i n t r o d u c c i ó n d e la e s p e c i e , los efectos n o c i v o s p a r a el e c o s i s t e m a del c u r s o d e a g u a y el perjuicio sensible y los perjuicios s e n s i b l e s 1 2 7 . E s t a obligación está en c o n s o n a n c i a con la regla general, establecida en el artículo 7, de n o causar perjuicios sensibles a otros E s t a d o s del c u r s o de agua. L a o b l i g a c i ó n d e t o m a r " t o d a s las m e d i d a s n e c e s a r i a s " e n u n c i a u n a obligación de debida d i l i g e n c i a 128 q u e no se considerará infringida si un E s t a d o del curso de agua ha hecho todo lo que razonablemente cabía esperar q u e hiciera p a r a i m p e d i r la i n t r o d u c c i ó n de tales e s p e c i e s . C o n t o d o , esta o b l i g a c i ó n se medio marino de especies extrañas o nuevas que puedan causar en él cambios considerables y perjudiciales" 1 2 3 . Este término incluye las plantas, los animales y otros organismos vivos, por ejemplo, los parásitos y los vectores de enfermedades. 124. El término "extrañas" designa las especies no autóctonas (Cfr.: "Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 232. 1 2 5 . El término "nuevas" comprende las especies que han sido objeto de alteraciones genéticas o que son producto de la ingeniería biológica (Ibid.). 1 2 6 . En el proyecto de artículos que sirvió de base para la elaboración del Convenio internacional, la CDI enumera los siguientes problemas: "el menoscabo de las actividades recreativas, la aceleración de la eutrofización, la alteración de las cadenas alimentarias, la eliminación de otras especies... y la transmisión de enfermedades" (Cfr.: "Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., pp. 231232). 1 2 7 . Los "perjuicios sensibles" mencionados en este artículo abarcan los daños al medio ambiente de otros Estados del curso de agua. 1 2 8 . Así se establece expresamente en el Statements of Understanding pertaining to... cit., pp. 719-720. Con la expresión "tomarán todas las medidas necesarias" se quiere indicar, por ejemplo, que los Estados del curso de agua deben emprender estudios, en la medida de sus posibilidades, y tomar las precauciones necesarias para impedir que los poderes públicos o los particulares introduzcan en un curso de agua especies extrañas o nuevas. 153 MIREYA CASTILLO DAUDI f o r m u l a en t é r m i n o s m a s r a d i c a l e s q u e los e m p l e a d o s p a r a e n u n c i a r la obligación de proteger los e c o s i s t e m a s 1 2 9 . 3.4. Protección y preservación del medio marino "Artículo 23. Protección y preservación del medio marino Los Estados del curso de agua tomarán, individual y cuando proceda, en cooperación con otros Estados, todas las medidas con respecto a un curso de agua internacional que sean necesarias para proteger y preservar el medio marino, incluidos los estuarios, teniendo en cuenta las reglas y estándares internacionales generalmente aceptados". L o s ríos son u n a d e las fuentes p r i m a r i a s d e c o n t a m i n a c i ó n del m a r . P o r esta r a z ó n , el C N U D M i n c l u y e una d i s p o s i c i ó n m u y d e t a l l a d a r e l a t i v a a la c o n t a m i n a c i ó n p r o c e d e n t e d e fuentes t e r r e s t r e s 1 3 0 . En lógico p a r a l e l i s m o con 1 2 9 . Compárense los términos del artículo 20 ("tomarán todas las medidas necesarias") con los del artículo 22 ("Los Estados... protegerán y conservarán... ) 1 3 0 . Artículo 207. Contaminación procedente de fuentes terrestres: 1. Los Estados dictarán leyes y reglamentos para prevenir, reducir y controlar la contaminación del medio marino procedente de fuentes terrestres, incluidos los ríos, estuarios, tuberías y estructuras de desagüe, teniendo en cuenta las reglas y estándares, asi como las prácticas y procedimientos recomendados, que se hayan convenido internacionalmente. 2 . Los Estados tomarán otras medidas que puedan ser necesarias para prevenir, reducir y controlar esa contaminación. 3 . Los Estados procurarán armonizar sus políticas al respecto en el plano regional apropiado. 4 . Los Estados, actuando especialmente por conducto de las organizaciones internacionales competentes o de una conferencia diplomática, procurarán establecer reglas y estándares, asi como prácticas y procedimientos recomendados, de carácter mundial y regional, para prevenir, reducir y controlar esa contaminación, teniendo en cuenta las características propias de cada región, la capacidad económica de los Estados en desarrollo y su necesidad de desarrollo económico. Tales reglas, estándares y prácticas y procedimientos recomendados serán reexaminados con la periodicidad necesaria. 5 . Las leyes, reglamentos, medidas, reglas, estándares y prácticas y procedimientos recomendados a que se hace referencia en los párrafos 1, 2 y 4 incluirán disposiciones destinadas a reducir lo mas posible la evacuación en el medio 154 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES esta d i s p o s i c i ó n , el C o n v e n i o s o b r e el d e r e c h o de los u s o s d e los c u r s o s d e a g u a internacionales incluye t a m b i é n una obligación q u e n o tiene p o r objeto la p r o t e c c i ó n del m e d i o m a r i n o en sí m i s m o sino la a d o p c i ó n d e m e d i d a s " c o n r e s p e c t o a un c u r s o de agua internacional" q u e sean necesarias p a r a proteger el medio marino. L a expresión " m e d i o m a r i n o " c o m p r e n d e , en particular, el agua, la flora y fauna m a r i n a s y los fondos m a r i n o s y o c e á n i c o s 1 3 1 . El artículo 2 3 e n u n c i a u n a o b l i g a c i ó n de d e b i d a d i l i g e n c i a . P a r a d a r l e c u m p l i m i e n t o los E s t a d o s d e b e n tener en c u e n t a "las reglas y los e s t á n d a r e s internacionales generalmente aceptados". Dichas palabras se refieren tanto a las n o r m a s de D e r e c h o i n t e r n a c i o n a l general c o m o a las b a s a d a s en c o n v e n i o s i n t e r n a c i o n a l e s y a las reglas a d o p t a d a s p o r los E s t a d o s y las o r g a n i z a c i o n e s internacionales en c u m p l i m i e n t o de estos c o n v e n i o s 1 3 2 . U n a vez m a s , resultan sorprendentes los t é r m i n o s categóricos e m p l e a d o s p o r el C o n v e n i o en el e n u n c i a d o de este a r t í c u l o , si se c o m p a r a n c o n los e m p l e a d o s en la d i s p o s i c i ó n r e l a t i v a a la p r o t e c c i ó n y p r e s e r v a c i ó n d e los ecosistemas 1 3 3 . L a e x p l i c a c i ó n p u e d e e n c o n t r a r s e en el a r g u m e n t o d e q u e la o b l i g a c i ó n d e p r o t e g e r el m e d i o m a r i n o está r e s p a l d a d a p o r la e x i s t e n c i a d e reglas c o n s u e t u d i n a r i a en la materia: las afirmadas por los artículos 194, 2 0 7 y 2 1 3 del C N U D M 1 3 4 . A s i las cosa, p u e d e afirmarse q u e los beneficiarios de la o b l i g a c i ó n d e adoptar m e d i d a s con respecto a un curso de a g u a internacional p a r a proteger el m e d i o m a r i n o n o son solo los E s t a d o s del c u r s o de a g u a s i n o t a m b i é n t o d o s los E s t a d o s c o s t e r o s e i n c l u s o t o d o s los E s t a d o s i n t e r e s a d o s en la p r o t e c c i ó n del m e d i o ambiente m a r i n o . marino de sustancias tóxicas, perjudiciales o nocivas, en especial las de carácter persistente". El artículo 213 del C N U D M complementa esta disposición. 1 3 1 . "Informe de la CDI... 46° período de sesiones" cit., p. 234. 132. Ibid. 1 3 3 . En virtud del artículo 20, "Los Estados del curso de agua protegerán y preservarán... los ecosistemas de los cursos de agua... ". 134. BIRNIE y BOYLE: International Law... cit., pp. 305 y ss. 155 MIREYA CASTILLO DAUDI CONCLUSIONES L a s aguas dulces, superficiales o subterráneas, o bien están confinadas en el territorio d e un E s t a d o o bien c o n s t i t u y e n m a s a s i n t e r r e l a c i o n a d a s d e a g u a d u l c e q u e forman parte d e cursos d e a g u a internacionales o d e acuíferos transfronterizos. L a s a g u a s d u l c e s confinadas están s o m e t i d a s a la j u r i s d i c c i ó n e x c l u s i v a del E s t a d o , de conformidad c o n el D e r e c h o internacional. L o s E s t a d o s , p r o g r e s i v a m e n t e , están i n t r o d u c i e n d o criterios m e d i o a m b i e n t a l e s e n su g e s t i ó n y utilización. L o s r e c u r s o s d e a g u a transfronterizos están r e g u l a d o s p o r el D e r e c h o internacional y su r é g i m e n jurídico está estrechamente vinculado al D e r e c h o d e los usos d e los cursos d e a g u a internacionales. Del conjunto d e la codificación del D e r e c h o internacional en la m a t e r i a asi c o m o d e la r e c i e n t e e v o l u c i ó n del D e r e c h o i n t e r n a c i o n a l del m e d i o a m b i e n t e se d e d u c e n u n a serie d e principios generales, aplicables a la protección de los cursos de agua internacionales que representan pautas de comport a m i e n t o q u e los E s t a d o s d e b e n respetar, asi c o m o a l g u n o s p r i n c i p i o s e s p e c í ficos relativos a su protección y preservación. L o s principios generales del D e r e c h o d e los usos d e los c u r s o s d e a g u a internacionales q u e se proyectan sobre su protección son: 1) Utilización y participación equitativas y r a z o n a b l e s . E n virtud d e este p r i n c i p i o , la p a r t i c i p a c i ó n e q u i t a t i v a y r a z o n a b l e i m p o n e la o b l i g a c i ó n d e c o o p e r a r en la protección del c u r s o d e agua a fin d e lograr u n a protección a d e c u a d a del m i s m o contra la contaminación. 2) O b l i g a c i ó n d e n o c a u s a r perjuicios sensibles e n f o r m a d e c o n t a m i nación a otros E s t a d o del curso de agua internacional. 3) O b l i g a c i ó n g e n e r a l d e c o o p e r a c i ó n a fin d e l o g r a r u n a p r o t e c c i ó n adecuada del curso de agua. L o s principios específicos relativos a la protección y p r e s e r v a c i ó n d e los cursos d e agua internacionales son: 1) protección y preservación los ecosistemas; 2) prevención, reducción y control la c o n t a m i n a c i ó n ; 3) prohibición d e introducción de especies extrañas o nuevas, y 4) protección y preservación del m e d i o m a r i n o . 156 LA PROTECCIÓN Y PRESERVACIÓN DE LOS CURSOS DE AGUA INTERNACIONALES BIBLIOGRAFÍA BIRNIE, P. Y BOYLE, A.E.: International (Clarendon) 1992. Law and the Environment, BARBERIS, J.: LOS recursos naturales compartidos internacional, Madrid (Tecnos) 1979. entre Estados y el Oxford Derecho BRUNNÉE, J. & TOOPE, S.T.: "Environmental Security and Freshwater Resources: A Case for International Ecosystem L a w " , Yearbook of International Environmental Law (Oxford), 1995, pp. 41-76. — "Environmental Security and Freshwater Resources: Ecosystem Regime Building", American Journal of International Law, 1997-1, pp. 26-59. 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