FORTIFICACIÓN DE PUEBLA

FORTIFICACIÓN DE PUEBLA
Miguel
Academia
A . SANCHEZ
Nacional
LAMEGO
de
Historia
L A CAUSA OFICIAL de la I n t e r v e n c i ó n francesa en nuestro país
f u e l a suspensión de los pagos de l a d e u d a e x t e r i o r a I n g l a t e r r a , F r a n c i a y España, en vista d e l estado de b a n c a r r o t a
e c o n ó m i c a en q u e se e n c o n t r a b a el e r a r i o mexicano; p e r o l a
causa real n o fue o t r a q u e el derecho d e l más fuerte para atrop e l l a r a l d é b i l . L a p r e e m i n e n c i a de este derecho hizo q u e e l
s e ñ o r m i n i s t r o Saligny desconociera la f i r m a q u e h a b í a estamp a d o en los tratados de Soledad y o r d e n a r a el avance de las
tropas francesas sobre t e r r i t o r i o m e x i c a n o .
Fue así como se
c r e ó el estado de g u e r r a e n t r e F r a n c i a y M é x i c o .
El
ejército francés de invasión, compuesto
aproximada-
m e n t e m e n te de unos 5,20o h o m b r e s , m a r c h ó hacia el i n t e r i o r
de l a R e p ú b l i c a sin e n c o n t r a r resistencia d e c i d i d a p o r p a r t e de
los mexicanos.
E l c o m b a t e de F o r t í n
(19 de a b r i l de
1862)
sólo fue u n a s i m p l e escaramuza y el de las Cumbres de A c u l zingo
Así,
(28 de a b r i l ) u n conato de oposición m a l realizado.
p a r a el día 4 de m a y o , el ejército francés se e n c o n t r a b a
estacionado en el p u e b l o de A m o z o c , a unos 17 kilómetros a l
o r i e n t e de la c i u d a d de P u e b l a .
Entre tanto, el pequeño y
m a l t r e c h o " C u e r p o d e l Ejército de O r i e n t e " m e x i c a n o ,
que
h a b í a i d o replegándose s i n o p o n e r obstáculo serio al enemigo,
h a b í a llegado a l a c i u d a d de P u e b l a desde el 3 de mayo.
Esta
fuerza se c o m p o n í a de unos 4,90o hombres, q u e desde el 20
de f e b r e r o a n t e r i o r , estaban a las órdenes d e l general de d i v i sión I g n a c i o Zaragoza.
Seguramente
q u e e l general m e x i c a n o p r o n t o se p e r c a t ó
q u e , para p o d e r e n f r e n t a r sus tropas a las huestes francesas,
aureoladas con el p r e s t i g i o de ser los " p r i m e r o s soldados d e l
m u n d o " , era necesario, ante t o d o , o r g a n i z a r
defensivamente
la c i u d a d , y para e l efecto, desde el día de su llegada dictó las
ó r d e n e s relativas. Sin e m b a r g o , como h a b í a u n a carencia abso-
520
MIGUEL
A. SÁNCHEZ
LA
MEGO
l u t a de h e r r a m i e n t a s , pues nuestras tropas n o estaban dotadas
o r g á n i c a m e n t e de ellas, el general Zaragoza se dirigió a l m i n i s t r o de l a G u e r r a el m i s m o d í a 3 de m a y o , en los términos
siguientes: " P o r l a d i l i g e n c i a de m a ñ a n a , sírvase m a n d a r m e
300 zapapicos, 20o barretas y 15o palas o las más que sea posib l e de estas ú l t i m a s . . . S i e l e n v í o llegó a t i e m p o a Puebla,
f u e en esa exigua c a n t i d a d ; con e l l o y con l o que se p u d o
conseguir en l a c i u d a d , nuestros soldados ejecutaron los pocos
trabajos de fortificación que era p o s i b l e realizar, teniéndose
c o m o se tenía, el t i e m p o e n c o n t r a y el enemigo a l frente.
T o d o s esos trabajos de fortificación f u e r o n concebidos
y
d i r i g i d o s p o r los jefes y oficiales q u e f o r m a b a n l a Sección de
I n g e n i e r o s d e l C u e r p o de Ejército de O r i e n t e , encabezada p o r
e l c o r o n e l d e l a r m a J o a q u í n C o l o m b r e s y compuesta p o r e l
t e n i e n t e c o r o n e l Francisco de P. D u r a n , capitanes segundos
A g u s t í n L i n a r t e y A l b i n o M a g a ñ a , y tenientes A g u s t í n A r e l l a n o y Eugenio Izquierdo.
E n n a d i e m e j o r que en ese jefe de Ingenieros p u d o haber
c o n f i a d o el general Zaragoza l a organización defensiva de l a
c i u d a d , pues el c o r o n e l C o l o m b r e s a u n a b a a l c o n o c i m i e n t o
p r o f u n d o d e l arte de l a fortificación e l hecho de ser o r i g i n a r i o de Puebla; es decir, conocía cabalmente el terreno.
L o s hechos siguientes h a b l a n bastante sobre l a experienc i a q u e en asuntos de fortificación poseía Colombres: el 19 de
n o v i e m b r e de 1841 egresó d e l C o l e g i o M i l i t a r con el g r a d o
d e T e n i e n t e de Ingenieros; c o m o o f i c i a l s u b a l t e r n o participó
e n l a c a m p a ñ a de 1846-1848, c o n t r a los norteamericanos, obt e n i e n d o dos medallas de h o n o r y u n d i p l o m a p o r sus actuaciones en l a organización defensiva de l a c i u d a d de M o n t e r r e y ,
e n septiembre de 1846, de M o l i n o d e l R e y y d e l p u e b l o de
Atzacoalco
en el valle de M é x i c o , en agosto y
septiembre
d e 1847. Asistió, además, a l a defensa d e l castillo de C h a p u l tepec, d o n d e fue hecho p r i s i o n e r o . P o r o t r a parte, en el ejerc i c i o de su carrera m i l i t a r
había
ejecutado
otros
trabajos
parciales de fortificación; unos e n l a c i u d a d de M é x i c o en
1844, otros en l a m i s m a c i u d a d de P u e b l a en 1845, y, p o r
ú l t i m o , unas reparaciones en e l f u e r t e de San Carlos de Perote
e n 1855.
FORTIFICACIÓN
DE
521
PUEBLA
L a e x p e r i e n c i a de C o l o m b r e s en m a t e r i a de
fortificación
y defensa e x p l i c a l a a p r o b a c i ó n i n m e d i a t a que el general en
j e f e otorgó a su p l a n de defensa que consistió, a grandes rasgos, en lo siguiente: a c o n d i c i o n a r solamente los frentes N o r t e ,
O r i e n t e y Sur de l a c i u d a d , en vista de que el e n e m i g o se
h a l l a b a a m u y corta distancia y el ataque p o d í a p r o d u c i r s e
de u n m o m e n t o a o t r o .
E n el f r e n t e N o r t e , l a c i u d a d se h a l l a d o m i n a d a p o r u n a
cresta topográfica de dirección general Noroeste-Sureste,
que
t e r m i n a en sus extremos en dos cerros desnudos de vegetación.
El
cerro o r i e n t a l , l l a m a d o de G u a d a l u p e ,
a p r o x i m a d a de
con u n a a l t u r a
10o metros sobre el n i v e l d e l v a l l e , estaba
c o r o n a d o p o r e l c o n v e n t o o iglesia dedicada a l a G u a d a l u p a n a , y el cerro o c c i d e n t a l , l l a m a d o de L o r e t o , de u n n i v e l
m á s bajo que el a n t e r i o r (50 metros más o menos), se encontraba coronado por u n pequeño "Tuerte" también
de L o r e t o .
llamado
L a distancia e n t r e las dos cimas de los
cerros
era de 1000 metros, descendiendo l a cresta suavemente de u n
c e r r o a l o t r o , p e r o con las pendientes d e l l a d o e x t e r i o r bast a n t e inclinadas. L a defensa de este frente era o b r a r e l a t i v a m e n t e fácil de
organizar, pues requería poco
trabajo.
El
" f u e r t e " de L o r e t o necesitaba solamente p e q u e ñ o s acondicion a m i e n t o s ; y e n c u a n t o a l fortín d e l cerro de G u a d a l u p e , se
d e c i d i ó que c o n a p u n t a l a r l i g e r a m e n t e las fortificaciones existentes sería suficiente.
E n el f r e n t e O r i e n t a l , sector de posible ataque p o r ser l a
desembocadura
p r o b a b l e d e l enemigo, se r e a l i z a r o n trabajos
solamente de defensa e x t e r i o r en los l i n d e r o s de l a p o b l a c i ó n .
Se puso especial atención en l a iglesia de los Remedios, q u e
fue f o r t i f i c a d a , y se h i c i e r o n barricadas en todas las calles q u e
desembocaban a este f r e n t e , desde el b a r r i o de X o n a c a hasta
e l d e l C a r m e n , a s p i l l e r a n d o los m u r o s de las casas q u e tenían
vistas hacia el e x t e r i o r .
E l frente Sur, t a m b i é n sector de posible ataque, se organ i z ó de m o d o semejante a l a n t e r i o r . Este f r e n t e se h a l l a b a
e n mejores condiciones, d e b i d o a que delante de las barricadas
se e x t e n d í a u n m a g n í f i c o glacis n a t u r a l , c o n s t i t u i d o p o r el
t e r r e n o descubierto q u e existía en ese s u b u r b i o de l a c i u d a d .
522
MIGUEL
A. SÁNCHEZ
LAMEGO
Las barricadas realizadas en los l i n d e r o s de l a p o b l a c i ó n
se repetían cada 20o ó 30o metros hacia el i n t e r i o r , de m a n e r a
q u e constituían varias " ' l í n e a s " sucesivas q u e daban " p r o f u n d i d a d " a l a organización defensiva; esta organización en p r o f u n d i d a d fue f a c i l i t a d a p o r el g r a n n ú m e r o de iglesias y conventos y de otras recias construcciones coloniales que h a b í a
a h í y cuyos m u r o s , de manipostería de p i e d r a de más de u n
m e t r o de espesor, constituían magníficos abrigos c o n t r a las
vistas y los fuegos d e l adversario.
F i n a l m e n t e , se organizó u n r e d u c t o en el centro de l a ciud a d , uniéndose p o r m e d i o de comunicaciones
cubiertas
los
conventos q u e rodeaban a l a catedral, en cuyos m u r o s se a b r i ó
g r a n n ú m e r o de aspilleras, y c e r r a n d o las bocacalles adyacentes con ayuda de barricadas.
A s í , pues, los trabajos llevados a cabo en los frentes Sur
y O r i e n t a l , n o f u e r o n , e n resumen, más que barricadas, asp i l l e r a d o de m u r o s , a p e r t u r a de fosos en los arroyos de las
calles, h o r a d a c i ó n de m u r o s en las casas adyacentes para ligarlas entre sí, etc.
Es decir, más que trabajos de fortificación,
f u e r o n trabajos de a c o n d i c i o n a m i e n t o .
E n cuanto a l f r e n t e
N o r t e , se proyectó y organizó c o m o sigue: el convento
de
G u a d a l u p e debería q u e d a r encerrado en u n fortín con parapetos de t i e r r a . A h o r a b i e n , l a iglesia o convento en cuestión,
r e c o n s t r u i d a en el a ñ o de 1758, a i n i c i a t i v a de d o n L u i s O s o r i o ,
sobre los restos de u n a a n t i g u a iglesia l l a m a d a de San Cristóbal, que h a b í a sido d e s t r u i d a p o r u n rayo en el año de 1756
y r e c o n s t r u i d a p o r fray Francisco de San M i g u e l , c o m p r e n d í a
tres naves con dos torres q u e f u e r o n demolidas para e v i t a r
q u e s i r v i e r a n a l enemigo p a r a r e f e r i r su t i r o de artillería.
E l fortín proyectado y realizado q u e d ó compuesto de dos
baluartes hacia el f r e n t e N o r t e , u n i d o s p o r u n a c o r t i n a de
unos 40 metros de l a r g o ; el resto c o m p r e n d í a cinco t r a m o s
de m u r a l l a sin baluartes, de m a n e r a que el flanqueo d e l foso
era i n c o m p l e t o en los frentes restantes.
D e b i d o a esto, m á s
tarde, a l organizar d i c h o fortín de u n a m a n e r a más c o m p l e t a ,
se le p r o v e y ó de tres redientes o "plazas de armas" exteriores,
colocados en los frentes o r i e n t a l , sur y occidental. L a e n t r a d a
a esta o b r a se hacía p o r u n p u e n t e de mampostería que c r u -
FORTIFICACIÓN
DE
523
PUEBLA
zaba el foso y q u e d ó mediocremente d e f e n d i d a p o r m e d i o de
u n " g a r i t ó n " q u e se construyó en el i n t e r i o r .
L a " m u r a l l a " o "escarpe", c o n s t i t u i d a p o r u n m u r o de
m a n i p o s t e r í a , adosado a l terreno, con u n a a l t u r a m í n i m a de 7
m e t r o s sobre e l n i v e l d e l f o n d o d e l foso, q u e d ó coronada p o r
u n p a r a p e t o de t i e r r a de 1.6o metros de espesor, sosteniéndose l a t i e r r a , p o r el laclo i n t e r i o r , con u n delgado m ú r e t e de
m a n i p o s t e r í a de p i e d r a de solo 0.25 metros de grueso. E l obst á c u l o se c o m p l e t a b a con u n foso de u n a a n c h u r a m e d i a de
6.5o metros q u e rodeaba a l reciento.
L a contraescarpa,
con
u n a a l t u r a m e d i a de solo 1.8o metros, t a m b i é n era de m a n i postería de p i e d r a , de unos 0.4o metros de espesor.
Práctica-
m e n t e n o existía u n c a m i n o c u b i e r t o hacia el e x t e r i o r , y l a
c o r o n a de l a contraescarpa quedaba a l n i v e l d e l t e r r e n o natural.
E l c o n v e n t o , que poseía unos 18 locales, fue
aprovechado
c o m o r e d u c t o d e l fortín, y en su i n t e r i o r se e d i f i c a r o n los
abrigos, pues el espesor de sus m u r o s ( v a r i a b l e de 0.60 a 0.75
m e t r o s ) , p r o p o r c i o n a b a seguridad suficiente. E l p o l v o r í n fue
i n s t a l a d o e n e l sótano de este e d i f i c i o , u n a vez
aspillerados
c o n v e n i e n t e m e n t e los m u r o s de l a edificación. A d e m á s , en e l
b a l u a r t e o c c i d e n t a l se a c o n d i c i o n a r o n cinco troneras, otras
tantas en el b a l u a r t e o r i e n t a l , dos en l a c o r t i n a N o r t e , c u a t r o
e n l a c o r t i n a o r i e n t a l , c u a t r o en la c o r t i n a o c c i d e n t a l y tres
m á s en los frentes restantes, de m a n e r a q u e el fortín p o d í a
a d m i t i r 22 piezas de artillería; todas, t i r a n d o a
"barbeta".
D e b e aclararse que en t o d o el perímetro, el p a r a p e t o permitía
el t i r o de l a infantería, y c o m o el piso d e l i n t e r i o r d e l fuerte
n o estaba a n i v e l , en algunos tramos h u b o necesidad de hacer
u n a b a n q u e t a p a r a p e r m i t i r a los tiradores hacer
cómoda-
m e n t e su t i r o p o r e n c i m a d e l parapeto.
E n c u a n t o a l " f u e r t e " de L o r e t o , era u n a o b r a de p l a n t a
c u a d r a n g u l a r , cuyas r u i n a s existen todavía.
Este fuerte, de
trazado a b a l u a r t a d o , c o m p r e n d í a c u a t r o baluartes circulares,
q u e r e c u e r d a n los llamados " r o n d e l e s " t a n usados en E u r o p a
d u r a n t e el siglo XVI, ligados p o r otras tantas cortinas de unos
6o m e t r o s de l o n g i t u d .
E l obstáculo d e l " f u e r t e " , es decir, e l foso, t a m b i é n de 6.5o
524
MIGUEL
A . SÁNCHEZ
LAMEGO
metros de a n c h u r a m e d i a en el f o n d o , tenía (y a ú n conserva
e n la a c t u a l i d a d ) parte de su escarpa y contraescarpa cortadas en la roca caliza, p e r o su p r o f u n d i d a d era p e q u e ñ a pues
e n algunos lugares apenas alcanzaba
1.5o metros. L a escarpa,
de manipostería de p i e d r a , tenía u n espesor m e d i o de
1.8o
metros y estaba coronada p o r u n a b a n q u e t a de t i r o , a l o l a r g o
de las cortinas solamente, y p o r u n p a r a p e t o del m i s m o mat e r i a l , de u n espesor v a r i a b l e de 0.80 a 0.9o metros en t o d o
su desarrollo.
E n el i n t e r i o r de l a o b r a existía l a a n t i g u a iglesia, edificada hacia 1720 p o r e l p a d r e Baltazar R o d r í g u e z Z a m b r a n o ,
a semejanza
de l a catedral de l a c i u d a d de L o r e t o , en los
Estados P o n t i f i c i o s , e n c e r r a n d o l a "Santa Casa". Este santuar i o se consideró c o m o fortaleza a p a r t i r de 1789, fecha en que
se creó el R e g i m i e n t o P r o v i n c i a l de Puebla.
H a c i a 1803 se le
destinó a l u g a r de arresto p a r a oficiales; en 1812 se fortificó
ligeramente y en 1821, el b r i g a d i e r español C i r í a c o d e l L l a n o
m a n d ó hacer allí u n a fortificación en t o d a f o r m a , q u e d a n d o
c o m p r e n d i d a en su i n t e r i o r l a iglesia en cuestión, p a r a resistir
el ataque e m p r e n d i d o p o r A g u s t í n de I t u r b i d e , a l s u f r i r l a
c i u d a d de P u e b l a el p r i m e r s i t i o que registra su h i s t o r i a y q u e
c o n c l u y ó con l a e n t r a d a a l a plaza d e l Ejército T r i g a r a n t e ,
e l 2 de agosto de 1821.
Esa iglesia, cuyos m u r o s t i e n e n u n
espesor m e d i o de 0.80 metros, servía de r e d u c t o a l a g u a r n i ción defensora, pues c o m p r e n d í a unos 16 locales, sin sótanos,
situados alrededor de u n p a t i o c e n t r a l .
L a e n t r a d a d e l " f u e r t e ' , establecida hacia el Sur, estaba
d e f e n d i d a d é b i l m e n t e p o r dos " g a r i t o n e s " i n t e r i o r e s , p o r l o
q u e se construyó u n " r e d i e n t e " p a r a reforzar el l u g a r ; el foso
se salvaba p o r m e d i o de u n p u e n t e ciego de manipostería.
A d e m á s , f u e r o n acondicionados 8 troneras en cada baluarte, p o r l o q u e el " f u e r t e " p o d í a a l o j a r 32 piezas de artillería
en t o t a l .
T o d o s los trabajos antes mencionados con a l g ú n detalle,
f u e r o n e m p r e n d i d o s , unos desde el día 3 de m a y o y los otros,
sólo hasta el d í a 4 , d e b i d o a q u e c o m o ya se ha r e p e t i d o varias
veces, se carecía de l a h e r r a m i e n t a necesaria.
O r g a n i z a d a c o m o acaba de indicarse l a defensa de l a c i u -
FORTIFICACIÓN
DE
525
PUEBLA
d a d de P u e b l a , las tropas mexicanas o c u p a r o n las obras en la
f o r m a siguiente:
L a división d e l general Negrete (unos 1 20o hombres), fue
d e s t i n a d a a o c u p a r los cerros de L o r e t o y G u a d a l u p e , y con las
b r i g a d a s Berriozábal, Díaz y L a m a d r i d , se f o r m a r o n tres col u m n a s p a r a realizar los contraataques; p e r o en vista de q u e
e l adversario atacó los cerros, cosa q u e el general en
m e x i c a n o consideró poco p r o b a b l e , a ú l t i m a h o r a
jefe
dispuso
q u e l a B r i g a d a Berriozábal reforzara l a posición defensiva de
los cerros, o c u p a n d o el C u e r p o de Carabineros a C a b a l l o la
i z q u i e r d a de l a posición, p a r a e v i t a r el m o v i m i e n t o envolvente
p o r ese l a d o ; q u e d a n d o el B a t a l l ó n de Zapadores de l a B r i g a d a L a m a d r i d , en el b a r r i o de C h a n e n e t l a , c o n s t i t u y e n d o la
reserva de esas fuerzas.
De
todas las obras de fortificación
sólo el "fortín'*
de
G u a d a l u p e fue atacado. Este " f o r t í n " fue s o m e t i d o a u n cañon e o i n i n t e r r u m p i d o d u r a n t e cerca de dos horas, r e c i b i e n d o
b u e n n ú m e r o de impactos de l a artillería francesa, sin result a d o f a v o r a b l e p a r a la fortificación; y de las tres columnas de
a t a q u e lanzadas p o r los franceses sobre l a l í n e a de los cerros
de L o r e t o y G u a d a l u p e , solamente u n a p u d o llegar a c o r o n a r
el p a r a p e t o casi i n t a c t o d e l fortín de G u a d a l u p e , sin que los
asaltantes l o g r a r a n apoderarse de l a o b r a , p o r q u e el r e d u c t o
j u g ó perfectamente su p a p e l , a l r e c i b i r a los atacantes con u n
v i v í s i m o fuego de fusilería, q u e p a r t í a d e l p a r a p e t o y de la
e d i f i c a c i ó n i n t e r i o r , obligándolos a retirarse después de s u f r i r
fuertes pérdidas.
D e b i d o a l a defectuosa p r e p a r a c i ó n de las tropas mexicanas
(la m a y o r p a r t e de ellas tenía u n a m e d i a n a instrucción),
e l p á n i c o h u b o de hacer presa en ellas c u a n d o algunos enemigos l o g r a r o n c o r o n a r el parapeto, p e r o gracias a l a energía
d e l general M i g u e l Negrete, l a confianza v o l v i ó a l espíritu de
aquellos soldados patriotas, q u e a ú n carentes de las buenas
cualidades de las tropas veteranas, poseían u n v a l o r desmed i d o y u n a a b n e g a c i ó n sin límites.
L a b a t a l l a t e r m i n ó , como es sabido, c o n l a r e t i r a d a tres
días después d e l ejército e x p e d i c i o n a r i o invasor r u m b o a l a
c i u d a d de O r i z a b a , habiéndose realizado el m i l a g r o de
que
526
MIGUEL
A. SÁNCHEZ
LAMEGO
e l m a l organizado ejército m e x i c a n o b a t i e r a a u n ejército de
tradición gloriosa, t o d o esto, d e b i d o en g r a n p a r t e , a l a u t i l i zación r a c i o n a l d e l n o b l e arte de l a fortificación.
Por ú l t i m o , conviene hacer constar que e l t r i u n f o de las
armas mexicanas en P u e b l a se logró bajo las siguientes adversas situaciones.
I
a.
Los progresos
habidos en l a fortificación
en
aquella
época, especialmente en los Estados U n i d o s , n o eran a ú n conocidos en M é x i c o . M e refiero, p o r u n a parte, a l a a p a r i c i ó n
d e l " o r d e n disperso" en l u g a r d e l " o r d e n c e r r a d o " acostumb r a d o hasta entonces.
T a m b i é n hay que agregar q u e se prestó
poca atención a las defensas accesorias.
2
a
Las dos fortificaciones de L o r e t o y G u a d a l u p e
organizadas
p a r a servir simultáneamente
fueron
como baterías
de
artillería y c o m o p u n t o s de apoyo de infantería. Es decir: pod í a n p a r t i c i p a r t a n t o en l a l u c h a lejana como en l a cercana,
p e r o a l estar colocadas ambas armas
(infantería y artillería)
en la m i s m a cresta de fuego, se arriesgaba que los parapetos
p a r a la infantería f u e r a n destruidos d u r a n t e la l u c h a lejana
y que, a l llegar l a l u c h a cercana, l a infantería ya n o t u v i e r a sus
parapetos e n buenas condiciones.
Esto n o llegó a suceder,
p o r q u e l a artillería francesa n o p u d o arreglar su t i r o de destrucción, d e b i d o a q u e los f o r t i n e s mexicanos c o r o n a b a n l a
cresta topográfica y el t i r o n o fue de fácil corrección p a r a los
artilleros.
3
a
L a carencia en e l ejército m e x i c a n o de tropas en pose-
sión de h e r r a m i e n t a s de t r a b a j o eficaces, así como l a f a l t a de
unidades c o n c o n o c i m i e n t o s técnicos — t r o p a s de I n g e n i e r o s h i z o i m p o s i b l e realizar obras de m a y o r consistencia.
E l Bata-
l l ó n de Zapadores, q u e desde 1828 h a b í a e x i s t i d o en el ejército
m e x i c a n o , desapareció en 1860 y n o h a b í a sido reorganizado
a ú n en el n u e v o ejército federal.
E l B a t a l l ó n de
Zapadores
d e l a B r i g a d a L a m a d r i d , a u n q u e llevaba ese n o m b r e , en real i d a d era u n b a t a l l ó n de infantería, pues su personal de t r o p a
n o estaba i n s t r u i d o e n los trabajos relacionados c o n su espec i a l i d a d y, además, l a o f i c i a l i d a d era de a q u e l l a a r m a y n o
de ingenieros.