força aérea do chile - Revista Flap Internacional

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comunidades, efetuando o transporte de ����
pessoas, de enfermos ou ajuda humanitária em caso
de catástrofes ou desastres naturais. Também
colabora com a Organização das Nações Unidas
(ONU), atuando em missões humanitárias para a
manutenção da paz em outros países.
A FACh está organizada internamente com
cinco Brigadas Aéreas, que estão posicionadas
em todo o território do país, principalmente nos
pontos estratégicos de maior importância. As
Brigadas estão subdivididas em Grupos de Aviação, Grupos de Defesa Antiaérea e Grupos de
Comunicações e Detecção. Em alguns casos existem as Alas Bases, que são unidades logísticas e
administrativas de apoio às subdivisões da Brigada.
As Brigadas Aéreas estão assim estruturadas:
I BRIGADA AÉREA: baseada em Iquique,
possui as seguintes unidades:
Grupo de Aviação nº 1: dotado com os
aparelhos Enaer A-36 Halcon e Embraer EMB-314
Super Tucano;
Grupo de Aviação nº 2: utiliza os aviões
CASA 212-200 Aviocar, Enaer/Piper PA-28-236
Dakota e helicópteros Bell 412;
Grupo de Aviação nº 3: opera com os
Lockheed-Martin F-16C/D Block 50M;
Ala Base nº 4
Grupo de Comunicações e Deteção 34; e
Grupo de Defesa Antiaérea 24.
II BRIGADA AÉREA: atua desde Santiago
(Pudahuel) e agrupa as seguintes unidades:
Grupo de Aviação nº 9: equipado com os
helicópteros Bell UH-1H Iroquois, Bell 206 Jet
Ranger e Bell 412, além dos aviões Enaer/Piper
PA-28-236 Dakota;
chile
Osvaldo Martinez Farias
DADOS DO PAÍS:
POPULAÇÃO: 17.248.450 habitantes
ÁREA: 756.626 quilômetros quadrados
FRONTEIRAS: Peru (norte); Continente Antártico (sul); Argentina e Bolívia (leste); Oceano
Pacífico (oeste)
SITUAÇÃO POLÍTICO-ECONÔMICA: o governo de centro-direita do presidente Sebastian
Piñera, apesar da ferrenha oposição de setores
da esquerda que foi derrotado por ele, evolui
satisfatoriamente e mantém uma posição estável
e com a confiança da maioria do povo chileno.
66
FLAP
Na atualidade, o Chile ostenta uma situação
econômica relativamente equilibrada, enquanto
que no mundo ainda existe a recessão. Os conflitos
sociais vividos pelo país estão além das condições
de acesso ao ensino gratuito e de sua qualidade,
incorporando reivindicações trabalhistas, ainda
não atreladas a uma situação de crise econômica.
O Chile possui uma das economias mais
desenvolvidas da América do Sul, com Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,805, sendo
o maior do continente segundo o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Com relação ao segmento de defesa, não foram
efetivadas novas aquisições significativas, sendo que
o material adquirido anteriormente já foi praticamente todo recebido, com exceção de algumas compras
efetuadas recentemente de aeronaves monomotoras
e aviões não tripulados, para o combate ao narcotráfico, notadamente na fronteira norte do país.
Encontra-se no Tribunal de Haia a demanda da
fixação de limites marítimos que o Peru mantém com
o Chile, criando uma frente de conflito diplomático
tanto com o Peru como com a Bolívia, que mantém a
esperança de obter uma saída soberana para o Ocea�����
no Pacífico. A posição chilena, como ocorre com o
caso peruano, é a de acatar o estrito cumprimento
do que o referido tribunal determinar, descartando
qualquer outra saída para o contencioso.
INTERNACIONAL
Um caça Northrop
F-5E Tiger III
do Grupo de
Aviação 12 efetua
subida de alta
performance,
empregando
pós-combustão.
FORÇA AÉREA DO CHILE
CRONOLOGIA HISTÓRICA:
21/3/1930: criação da Força Aérea do Chile,
com a fusão dos Serviços de Aviação do Exército
e da Marinha.
ORGANIZAÇÃO: a Força Aérea do Chile
(FACh) é a instituição responsável pela defesa da
soberania do espaço aéreo do país (31,9 milhões
de quilômetros quadrados), possuindo em sua direção um Comandante-em-Chefe, que é o órgão
máximo, assessorado pelo Estado-Maior Geral,
que realiza o planejamento e o desenvolvimento
estratégico da instituição. Também existem seis
Diretorias, que atuam nas áreas de Operações,
Inteligência, Defesa Antiaérea e Telecomunicações, Finanças, Serviço Social e Saúde, que são
encarregadas da gestão desses assuntos em suas
respectivas áreas de atuação.
No tocante às suas missões específicas e
responsabilidades, cabe à FACh realizar a defesa
do território e do espaço aéreo do país, com o
emprego de meios aéreos, além do desempenho
das operações dissuasivas militares em tempo de
paz e as específicas em caso de guerra. A Força
Aérea também atua executando a presença SAR
(busca e resgate) no território continental, no sul,
na Antártica, e no Chile insular (26,8 milhões
de quilômetros quadrados), além de apoiar as
Osvaldo Martinez Farias
O caça LockheedMartin-Fokker F-16
é o avião padrão de
caça da FACh, que
utiliza 46 desses
aparelhos.
Grupo de Aviação nº 10: opera com os
Lockheed C-130B/H Hercules, Boeing 707-320C
(AEW), 737-300/58N, 767-300ER e KC-135E
Stratotanker;
Ala Base nº 2
Grupo de Comunicações e Detecção 32; e
Regimento de Artilharia Antiaérea e Forças Especiais (Base Aérea de Quintero).
III BRIGADA AÉREA: estabelecida em Puerto
Montt, abriga as seguintes unidades:
Grupo de Aviação nº 5: opera com os aviões DHC-6-100/300 Twin Otter, Cessna 525 CJ1
Citation Jet e helicópteros Bell UH-1H Iroquois e
Sikorsky S-70A Blackhawk; e
Grupo de Comunicações e Deteção 35.
IV BRIGADA AÉREA: com sede em Punta
Arenas, possui as seguintes unidades:
Grupo de Aviação nº 6: emprega os aviões
DHC-6-300 Twin Otter e helicópteros Bell 412. Este
Grupo mantém sob a sua subordinação, desde 2
de janeiro de 2012, a Esquadrilha de Operação
Antártica (ex-Grupo de Exploração Antártica nº
19), dotado com aviões DHC-6-300 Twin Otter e
helicópteros Bell 412;
Grupo de Aviação nº 12: utiliza os Northrop
F-5E/F Tiger III; e
Grupo de Comunicações e Deteção 33.
V BRIGADA AÉREA: tem a sua base em
Antofagasta, abrigando as seguintes unidades:
Grupo de Aviação nº 7: atua com os �����
Lockheed-Martin/Fokker F-16AM/BM Fightin Falcon.
Foi recentemente reativado com o recebimento
da última leva desses jatos;
Grupo de Aviação nº 8: opera os jatos
Lockheed-Martin/Fokker F-16AM/BM Fighting
67
FLAP
INTERNACIONAL
Osvaldo Martinez Farias
A FACh já
recebeu os 12
aviões Super
Tucano, que
são utilizados
pelo Grupo de
Aviação nº 1,
baseado em
Iquique.
missões de busca e resgate em âmbito nacional,
empregando os meios aéreos disponíveis, sendo
que cada Brigada Aérea possui um Centro Coordenador de Resgate para o cumprimento da
missão. Na Ilha de Páscoa existe uma unidade local
denominada Esquadrilha de Busca e Salvamento
Aéreo, subordinada à II Brigada Aérea, que utiliza
aviões Cessna O-2A Skymaster.
Serviço Aerofotogramétrico: atua em
missões de aerofotogrametria com fins cartográficos e estratégicos, empregando aviões Gates
Learjet 35A e DHC-6-100 Twin Otter. Tendo em
vista a excelência dos trabalhos que realiza, suas
tarefas são estendidas para o âmbito nacional e
internacional.
UNIDADES ESPECIAIS
Esquadrilha de Alta Acrobacia Halcones:
efetua missões de demonstração aérea em âmbito nacional e internacional, empregando aviões
Extra 300L.
Serviço de Busca e Resgate (SAR): realiza
A FACh já recebeu
os três Boeing
KC-135 para as
missões de REVO
e de carga.
O FUTURO
Foram concluídos os recebimentos dos aviões
F-16AM MLU, dos Embraer 314 Super Tucano e
dos Boeing KC-135 Stratotanker.
Existem estudos para a aquisição de seis
novos aviões Enaer T-35 Pillan, com entrega em
2013, para suprir as perdas sofridas por esse tipo
de aparelho na instrução aérea. Acabam de ser
desativados os aviões Beechcraft 99A Airliner e um
Beechcraft King Air B200, que foi entregue para a
Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC), bem
como um helicóptero BK-117 e o único BO-105,
que foram cedidos aos Carabineiros do Chile.
Na aviação de transporte, continuam os estudos para a aquisição de mais aviões Hercules
C-130 usados, para complementar a frota desses
aparelhos da FACh. O projeto Embraer KC-390 é
uma alternativa para o futuro para a substituição
dos Hercules, existindo a possibilidade de a Enaer
participar da construção de partes desse avião.
O Chile selecionou o UAV Hermes 900 da Elbit
Osvaldo Martinez Farias
Os Lockheed
C-130H Hercules
da FACh dotam o
Grupo de Aviação
nº 10 e realizam o
transporte pesado
da instituição.
Falcon, helicópteros Bell 412 e aviões CASA 212300 Aviocar;
Ala Base nº 1
Grupo de Comunicações e Deteção 31; e
Grupo de Artilharia Antiaérea 21.
ENSINO E CAPACITAÇÃO: o berço dos
oficiais da FACh é a Escola de Aviação Capitão
Manuel Ávalos Prado, sediada na Base Aérea
de El Bosque, em Santiago, que forma os pilotos
militares e oficiais destinados às áreas de defesa
antiaérea, telecomunicações, informática e administração. A instrução de voo dos futuros pilotos é
ministrada nos aviões Enaer T-35A/B Pillan.
Após a sua formação acadêmica, os pilotos
militares são transferidos para a Escola de Voo
por Instrumentos em Puerto Montt, onde, após a
conclusão desse curso, são selecionados para as
aviações de combate, asas rotativas e transporte.
Os pilotos selecionados para a aviação de
combate são enviados para a Escola Tática de
Pilotos de Combate, sediada em Antofagasta,
onde realizam o Curso de Táticas e Técnicas de
Combate Aéreo. Já os selecionados para a aviação
de asas rotativas, seguem para a Escola Tática
de Helicópteros, estabelecida em Santiago. Os
destinados para piloto de transporte frequentam
a Escola Tática de Transporte em Puerto Montt,
realizando o Curso de Operações de Transporte
Militar Multimotor.
Após serem formados em cada especialidade,
para continuar a carreira profissional, os oficiais
frequentam a Academia Politécnica Aeronáutica
(que ministra cursos de Engenharia Aeronáutica,
Eletrônica e Administração), seguindo, posteriormente para a Academia de Guerra Aérea, ambas
sediadas em Santiago.
Por outro lado, os graduados são formados na
Escola de Especialidades 1º Sargento Adolfo
Menadier Rojas, sediada em El Bosque, Santiago.
São ministradas as especialidades de defesa aérea,
tripulantes aéreos, manutenção e armamento, comunicações e eletrônica, operações aéreas e atividades administrativas. Após a conclusão do curso,
ainda realizam durante a carreira outros estudos na
Escola de Aperfeiçoamento de Suboficiais.
Systems. Esses aparelhos ficarão sob a operação da
FACh e serão utilizados nas áreas de inteligência,
vigilância e reconhecimento não tripulado.
Também existem estudos na FACh para a
substituição dos jatos Enaer A-36 Halcon II. Os
concorrentes são o avião coreano KAI T-50 Golden
Eagle, Alenia Aermacchi M-346 e o BAe Systems
Hawk. O vencedor da concorrência deverá ser
anunciado ainda em 2012.
Aeronaves utilizadas pela Força Aérea do Chile
Tipo
Quant.
Bell 206B Jet Ranger III
04
Bell UH-1H Iroquois
15
Bell 412 EP/SP
16
Boeing 707-385C Condor
01
Boeing 737-58N
01
Boeing 737-330QC
01
Boeing 767-300ER
01
Boeing KC-135E
03
CASA C-212-200/300 Aviocar
03
CASA/ENAer A-36 Halcón II
08
Cessna O-2A 02
Cessna 525 CJ1 Citation Jet
04
DHC-6-100/300 Twin Otter
12
EMBRAER 314 Super Tucano
12
ENAer T-35A/B Pillán
21
Extra 300L
05
Gates Learjet 35A 02
Gulfstream IV
01
Lockheed-Martin F-16C/D Block 50M06/04
Loc-Martin/Fokker F-16AM/BM/MLU 11/7
Lockheed-Martin/Fokker F-16AM
18
Lockheed C-130B/H Hércules
01/02
Northrop F-5E/F Tiger III
10/02
Piper/ENAer PA-28-236 Dakota
08
Sikorsky S-70A-39 Black Hawk
01
Função
Origem
TR
USA
A/U/SAR
USA
U/SAR
USA
AEW/GE
USA
VIP
USA
TR
USA
T
USA
T/RV
USA
T
Espanha
A/TR
Chile/Espanha
SAR
USA
TR-IFR/T/U
USA
F/T/L
Canadá
A/TR
Brasil
TR
Chile
ACR
Alemanha
F
USA
VIP
USA
A/C
USA
A/C
Holanda
A/C
Holanda
T
USA
A/C/R/TR
USA
L/U
USA/Chile
T/U/SAR
USA
Osvaldo Martinez Farias
Obs.: A=Ataque, ACR=Acrobacia, AEW=Alerta Aéreo Antecipado, C=Caça, CAL=Calibragem, F=Foto, GE=Guerra Eletrônica, IE=Inteligência Eletrônica, L=Ligação, R= Reconhecimento,
RV=Reabastecimento em Vôo, SAR=Busca e Resgate, T=Transporte,
TR=Treinamento, U=Utilitário e VIP=Transporte de autoridades.
70
FLAP
INTERNACIONAL
Aeronaves utilizadas pela Aviação Naval do Chile
A FACh opera
com um Boeing
767-300ER no
Grupo de Aviação
nº 10 em missões
de transporte de
longo curso.
72
FLAP
Os seus Esquadrões operacionais estão subordinados a dois grandes comandos superiores
denominados Forças Aeronavais, que estão
assim constituídas:
FORÇA AERONAVAL Nº 1: sediada na Base
Naval de Viña del Mar, tem sob a sua vinculação
as seguintes Unidades/Esquadrões:
Base Aeronaval Viña del Mar: é a principal
base aérea da Aviação Naval no país, concentrando
toda a logística, administração e manutenção das
aeronaves distribuídas pelas diversas unidades em
terra e no mar.
Esquadrão de Helicópteros Utilitários
HU-1: está dotado com os helicópteros Eurocopter
BO-105, AS-365 Dauphin e Bell 206 Jet Ranger,
para a realização de missões de patrulhamento
costeiro, polícia marítima, busca e resgate (SAR),
transporte de tropas, logístico e ligação.
Esquadrão de Patrulha Aeronaval VP-1:
efetua missões de busca e resgate marítimo,
patrulhamento aeronaval e antissubmarino de
longo alcance do mar territorial e Zona Econômica Exclusiva (ZEE), utilizando aviões Lockheed
P-3A Orion, Airbus Military C-295M Persuader e
Embraer EMB-111A(N) “Bandeirante Patrulha”.
Esquadrão de Serviços Gerais VC-1: utiliza
os bimotores CASA C-212-100 Aviocar, Embraer
C-111 e Cessna O-2A Skymaster, para as tarefas
INTERNACIONAL
de transporte de pessoal e logístico, lançamento
de cargas, ligação e apoio.
Esquadrão de Helicópteros de Ataque
HA-1: opera com os helicópteros Eurocopter
AS-332F1 Super Puma e AS-332L Super Puma
(recém-incorporados) em missões de combate
antissubmarino e de ataque de precisão contra
navios na superfície. O HA-1 opera a bordo dos
principais navios de guerra da Armada Chilena,
equipados para tal.
Destacamentos Aeronavais: trata-se de
unidades locais que, na IV Zona Naval, sediada
em Iquique, possui instalações para a operação
de aviões de esclarecimento e de helicópteros
BO-105. Já na II Zona Naval, baseada no porto
de Talcahuano, existem instalações para operar
helicópteros BO-105 e AS-365 Dauphin.
Escola de Aviação Naval: com sede na base
Aeronaval de Viña del Mar, é a instituição que
realiza a formação dos aviadores navais chilenos,
ministrando a instrução acadêmica para os pilotos, técnicos, operadores e pessoal de terra. Os
oficiais selecionados para a Aviação Naval devem
ser aprovados no curso teórico conjunto das três
forças armadas na Base Aérea El Bosque (FACh),
onde, após a sua conclusão, voltam à Escola de
Aviação Naval e efetuam o estágio de voo por
instrumentos, tático e acrobacia, entre outros, nos
Osvaldo Martinez Farias
Para as missões
de transporte
VIP, a FACh
emprega este
jato executivo
Gulfstream IV.
aviões Pilatus PC-7. Após a conclusão desse curso,
os pilotos são selecionados para especialização em
aeronaves de asa fixa ou rotativa, para seguir a sua
carreira de aviador naval nos diversos Esquadrões
da Armada Chilena.
Esquadrão de Instrução VT-1: ministra o
curso básico da instrução de voo dos pilotos da
Escola de Aviação Naval, empregando os aviões
Pilatus PC-7 Turbo Trainer.
FORÇA AERONAVAL Nº 2: baseada em
Punta Arenas, se divide em três Estações Aeronavais, situadas em Punta Arenas, Isla Dawson e
Puerto Williams. Opera com aviões Embraer 111,
CASA 212-100 Aviocar e helicópteros Eurocopter
AS-365 Dauphin. Sua jurisdição é basicamente a
zona mais austral do país.
Tipo
Airbus Military C295M Persuader
Bell 206 Jet Ranger III
CASA 212-100 Aviocar
Cessna O-2A Skymaster
Embraer EMB.111A(N) Bandeirulha
Embraer/Armada Chile C.111A(N) Eurocopter AS-332L Super Puma
Eurocopter AS-332F1 Super Puma
Eurocopter AS-365 Dauphin
Lockheed P-3ACh Orion
MBB BO-105CBS
Pilatus PC-7 Turbo trainer
Quant.
03
05
03
09
04
01
02
05
08
01
05
07
Função Origem
A/EM
França
SAR/U
USA
T
Espanha
P/SAR/U
USA
A/EM
Brasil
U
Brasil
AS/T
França
A/AS/T/TR França
P/SAR/U França
AS/EM
USA
SAR/U Alemanha
A/TR
Suíça
OBS.: A=Ataque, AS=Anti-submarino, EM=Esclarecimento Marítimo,
P=Patrulha, SAR=Busca e Resgate, T=Transporte, TR=Treinamento e
U=Utilitário.
AVIAÇÃO DO EXÉRCITO DO CHILE
CRONOLOGIA HISTÓRICA:
11/2/1913: criação da Escola de Aeronáutica
Militar em Lo Espejo (El Bosque);
21/3/1930: junção das Aviações Militar e
Naval, criando-se a Força Aérea do Chile (FACh);
16/11/1970: recriação da Aviação do Exército
do Chile.
Um helicóptero
Bell 412 EP da
FACh atua em
missão SAR nas
proximidades de
uma rodovia.
Osvaldo Martinez Farias
CRONOLOGIA HISTÓRICA:
27/4/1916: oficiais da Armada do Chile ingressam nos cursos de voo ministrados pela Escola
de Aeronáutica Militar;
21/3/1930: fusão das Aviações Naval e Militar,
criando-se a Força Aérea do Chile (FACh);
4/7/1953: reativação da Aviação Naval na
Armada do Chile.
ORGANIZAÇÃO: a Armada do Chile está
dotada com um segmento aéreo denominado
Aviação Naval do Chile (ANC), que proporciona
apoio operacional às atividades da Esquadra e da
Infantaria da Marinha, atuando nas tarefas de ligação, transporte de tropas e logístico, como também efetua a vigilância, observação e detecção de
embarcações em um teatro de operações bélico.
O FUTURO
Acaba de ser incorporado o terceiro aparelho
Airbus Military C295M Persuader de vigilância marítima. Também foi recebida a última unidade da
encomenda dos helicópteros AS-365Fi Dauphin,
que foi entregue pela Eurocopter do Chile.
Paralelamente, a Armada do Chile recebeu
oficialmente na Base Aeronaval de Viña del Mar
em 4 de maio último dois de seus mais novos
helicópteros, os Eurocopter AS-332L Super Puma.
Existe a possibilidade de que mais três desses
aparelhos sejam adquiridos.
Osvaldo Martinez Farias
AVIAÇÃO NAVAL DO CHILE
73
FLAP
INTERNACIONAL
Batalhão de Helicópteros nº 1 “Germânia”: dotado com helicópteros, cuja versatilidade
é primordial para realizar todos os tipos de operações, com destaque para o apoio aproximado
às forças de terra, empregando helicópteros de
reconhecimento armado e de assalto. Utiliza
aparelhos Eurocopter AS-330L Puma, AS-332B/L
Super Puma, AS-532AL Cougar, MD 369FF e Eurocopter AS-350B e AS-355NP Ecureuil.
Pelotões de Aviação do Exército (PAVE):
além dos Batalhões, integrados pelas aeronaves da
Brigada, existem Pelotões de Aviação distribuídos
como pequenas bases nas Divisões Territoriais do
Exército, para serviço de operações aéreas, sendo
as suas aeronaves distribuídas por todo o país.
Cada PAVE realiza tarefas de cooperação com as
forças terrestres, como reconhecimento, transporte
de tropas e logístico, estando assim organizados:
Pelotão de Aviação nº 1: sediado em Antofagasta, apoia a I Divisão de Exército;
Pelotão de Aviação nº 3: com base em
Valdívia, apoia a III Divisão de Exército;
Pelotão de Aviação nº 4: opera desde
Coyhaique e apoia a IV Divisão de Exército;
Pelotão de Aviação nº 5: estabelecido em
Punta Arenas, apoia a V Divisão de Exército; e
Pelotão de Aviação nº 6: baseado em Iquique, apoia a VI Divisão de Exército.
Um Lockheed
P-3A Orion da
Armada Chilena
faz aproximação
para pouso,
após realizar
missão de
esclarecimento
marítimo
pelo VP-1.
INSTRUÇÃO DOS TRIPULANTES
O processo de capacitação dos oficiais que são
selecionados para pilotos é realizado pela recémcriada Escola de Aviação do Exército. Tal curso tem a
duração de dois anos, sendo que no primeiro ano é
ministrada a teoria geral do voo. Após ser concluído,
os alunos são selecionados para pilotos de aviões ou
de helicópteros.
No segundo ano é realizada a instrução de voo
primária em aviões da FACh Enaer T-35 Pillan do
Curso Conjunto de Piloto Militar de Asa Fixa (FACh/
Armada/Exército). Em seguida é ministrado o curso
de voo por instrumentos nos aviões Cessna R172K
Hawk XP II da Escola de Aviação do Exército da BAVE.
Os alunos selecionados para operar helicópteros
realizam tal curso nos aparelhos MD369FF na BAVE.
Por outro lado, os graduados recebem na Escola
de Aviação do Exército os cursos para 2º sargento,
de mecânico tripulante e de mecânico especialista.
Já na cidade de Arica, no Centro de Treinamento
Tático de Aviação do Exército (CETAE), são realizados
os cursos avançados para pilotos militares, interagindo com as unidades blindadas do Exército existentes
na mesma zona, sendo efetuados os treinamentos
de voo tático e de tiro.
Osvaldo Martinez Farias
A Aviação do Exército
Chileno utiliza três
aparelhos CASA
CN-235M-100 para a
realização de missões
de transporte.
O FUTURO
Em 2011, foi concluída a modernização dos
helicópteros SA-330 Puma na Eurocopter Romênia,
de Brasov, Romênia. Também foram recebidos dois
aparelhos AS-532AL Cougar, reforçando as missões
de assalto e apoio às unidades terrestres.
Existem estudos para a padronização dos helicópteros de emprego geral no modelo Ecureuil, tanto
os AS-350B3 como os AS-355NP, existindo o interesse pela substituição dos aparelhos MD369FF, de
reconhecimento armado, por aeronaves de melhor
performance, o que permitiria novas capacidades às
Brigadas Blindadas do Exército.
O governo holandês está oferecendo à BAVE seis
helicópteros AS-532 Cougar usados ex-Força Aérea
Holandesa, o que propiciaria a padronização desse
tipo de aparelho para as missões da instituição, com
o consequente descarte dos aparelhos SA-330 Puma.
Osvaldo Martinez Farias
ORGANIZAÇÃO: o Exército do Chile está
dotado com um segmento aéreo denominado
Brigada de Aviação do Exército do Chile
(BAVE), destinada a prestar apoio aerotático às
unidades militares de terra, tanto nas áreas de
ligação, controle, reconhecimento e transporte,
como em alguns aspectos limitados do combate
antiblindados e antipessoal.
A sua principal base de operações localiza-se
em Rancagua, existindo destacamentos nas sete
Divisões do Exército Chileno, distribuídas por
todo o país. Tais unidades são conhecidas como
Pelotões de Aviação do Exército (PAVE).
A estrutura orgânica da BAVE está constituída
por um Quartel-General, o Batalhão de Serviço de
Base (encarregado da manutenção e segurança da
base), o Batalhão de Abastecimento e Manutenção
de Aeronaves e Batalhões de Aviões e Helicópteros, de acordo com os seguintes dados:
BATALHÃO DE ABASTECIMENTO E MANUTENÇÃO DE AVIAÇÃO (BAMA): tem a
incumbência de programar, executar e controlar
as diversas etapas de manutenção das aeronaves
da BAVE.
BATALHÕES DE AERONAVES: são as unidades que operam os diversos tipos de aeronaves da
instituição, de acordo com a seguinte organização:
Batalhão de Aviões nº 1 “La Independência”: realiza o transporte de tropas, bem como serviços de observação, empregando aviões CASA 212100/300 Aviocar e CN-235M, além de monomotores
Cessna R172K Hawk XP II, Grand Caravan C-208B e
um jato Cessna 650 Citation III, que realiza a ligação
rápida à disposição do Alto-Comando Militar.
Aeronaves utilizadas pela Aviação do Exército do Chile
Tipo
Quant. Função Origem
Eurocopter SA-330H/L Puma
04
T
França
Eurocopter AS-332B1/M1 Super Puma 01/01 T/VIP
França
Eurocopter Cougar AS-532
10
T
França
CASA 212-100/300 Aviocar
02/02
T
Espanha
CASA CN-235M-100
03
T
Espanha
Cessna R172K Hawk XPII
04
L/TR
USA
Cessna 208B Grand Caravan
03
L/T
USA
Cessna 650 Citation III
01 AMB/T/VIP USA
Eurocopter AS-350B2/3 Ecureuil
03 L/T/TR/U
França
Helibrás/Eurocopter HB-355N Ecureuil II
01 L/T/TR/U
Brasil
McDonnell Douglas MD369FF
12
A/L/U
USA
OBS.: A=Ataque, AMB=Ambulância, L=Ligação, T=Transporte,
TR=Treinamento, U=Utilitário e VIP=Transporte de Autoridades
CARABINEIROS DO CHILE
CRONOLOGIA HISTÓRICA:
16/6/1948: fundação do Aeroclube dos Carabineiros do Chile;
17/2/1960: criação da Brigada Aeropolicial;
24/4/1972: mudança de denominação de
Brigada para Prefeitura Aeropolicial; e
2010: redenominação para Prefeitura Aérea
dos Carabineiros do Chile.
ORGANIZAÇÃO: os Carabineiros do Chile
contam com um segmento aéreo denominado
Prefeitura Aérea dos Carabineiros do Chile
(PACC), que é uma força de apoio à função policial,
cuja missão é resguardar a ordem pública, realizar
a vigilância de fronteiras, atender a comunidades
necessitadas, bem como apoiar operacionalmente
as unidades policiais de terra.
O seu Quartel-General está baseado no Aeródromo Eulogio Sánchez (Tobalaba), em Santiago,
além de duas bases e outros destacamentos nas
principais cidades do país. Esses destacamentos,
denominados Seções Aéreas, normalmente, são
dotados com um helicóptero MBB BO-105 ou BK117 e com aviões do seu aeroclube civil.
Base de Aviões de Tobalaba: instalação
compartilhada com o Aeroclube dos Carabineiros
do Chile, com as seções administrativas e de manutenção das aeronaves de asa fixa. As aeronaves
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FLAP
INTERNACIONAL
da corporação são complementadas por aviões
do Aeroclube da Prefeitura Aeropolicial, com
destaque para as aeronaves Piper PA-31 Navajo
e Cessna das variantes 182Q, 210M/N, U-206G,
Beech King Air B200 e Cessna 550 Citation Bravo,
que utilizam as matrículas da Prefeitura Aérea por
determinação governamental.
Base de Helicópteros de Tobalaba: tem a
responsabilidade pela operação e manutenção da
frota de helicópteros da instituição.
Seções Aéreas: são unidades locais, muito
semelhantes aos Pelotões da Aviação do Exército e
Destacamentos da Aviação Naval, com a diferença de
que a Seção Aérea tem dotação própria de aeronaves
para operação local, constituída por um helicóptero
de serviço só policial e um avião do aeroclube de
operação conjunta. Normalmente, cada capital
regional conta com uma Seção Aérea para atender
às necessidades de serviço em todo o país.
O FUTURO
A Prefeitura Aérea adquiriu um quinto helicóptero Agusta/Westland A-109E Power para a sua frota
aérea policial. Também foi confirmado em novembro
de 2011 pelo governo que foram adquiridos três
aviões Cirrus SR22 para o combate ao narcotráfico.
Por determinação, quanto à utilização e
responsabilidade pelos gastos sobre o material
conjunto da Prefeitura Aérea e do Aeroclube dos
Carabineiros, após uma auditoria da Controladoria
Geral da República nas aeronaves que estavam em
Aeronaves utilizadas pelos Carabineiros do Chile
Tipo
Agusta/Westland A.109E Power
Beech B200GT King Air
Beech B200 King Air
Bell 206B Jet Ranger III
Cessna U206G Stationair 6 II
Cessna C210N Centurion II
Cessna T210M Turbo Centurion II
Cessna C-550 Citation Bravo
Eurocopter BO-105CB
Eurocopter BO-105CBS
Eurocopter BO-105LSA-3 Super Lifter
Eurocopter BK-117B-2
Eurocopter EC-135
Piper PA-31T Cheyenne II
Piper PA-31 Navajo
Quant. Função
Origem
04¹ AMB/SAR/PE Itália
01
PE
USA
01²
AMB/U/T
USA
01
AMB/SAR
USA
02²
U/T
USA
01²
U/T
USA
01²
U/T
USA
01²
AMB/U/T
USA
02
U/SAR/PE Alemanha
02
U/SAR/PE Alemanha
03
U/SAR/PE Alemanha
02
U/SAR/VIP Alemanha
01
U/SAR/PE Alemanha
01
U/T
USA
02²
U/T
USA
OBS.: AMB=Ambulância, PE=Patrulha Especializada, SAR=Busca e Resgate, T= ransporte, U=Utilitário e VIP=Transporte de Autoridades.
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FLAP
INTERNACIONAL
operação conjunta com o Aeroclube dos Carabineiros, que é o proprietário dos aparelhos, ficou
estabelecido que a responsabilidade total de sua
operação é da Prefeitura Aérea.
POLÍCIA DE INVESTIGAÇÕES
DO CHILE
A Polícia de Investigações do Chile (PDI)
realiza a investigação técnico-científica de delitos
acontecidos no país, além de executar ações de
inteligência, para prevenir a ocorrência de crimes.
A PDI está dotada com uma Brigada Aeropolicial,
fundada como uma força-tarefa em 1974 e passando para Brigada em 1977. Atua em ações de
transporte e de apoio às investigações realizadas
pela instituição em operações contra o crime
organizado, bem como no transporte de presos.
A Brigada Aeropolicial está subordinada à
Subdireção Administrativa da PDI, tendo a sua
base de operações localizada no Aeródromo Eulogio Sánchez, em Santiago, compartilhando as suas
instalações com o Aeroclube de Investigações. O
segmento não possui novas subdivisões próprias
em outras localidades do país.
Nos últimos anos, a Brigada vem adquirindo
e aumentando a sua frota de helicópteros, em
contraste com a de aviões, que foram vendidos
como os Cessna 404 e 414. Já a frota de helicópteros Eurocopter AS350-B3 foi aumentada de dois
para três aparelhos, sendo que o último que foi
incorporado possui o sistema FLIR para vigilância,
ficando a frota de aviões somente com um aparelho Cessna TU206G Turbo Stationair 6 II.
Aeronaves utilizadas pela Polícia de Investigações
Tipo
Cessna TU-206G Stationair 6 II
Eurocopter AS-350B-3 Ecureuil
Quant. Função
01
L/PE
03
L/T/PE/TR
Origem
USA
França
OBS.: L=Ligação, PE=Patrulha Especializada, T=Transporte e
TR=Treinamento.
Os Carabineiros do
Chile empregam
um helicóptero
Eurocopter EC135 em missões
de patrulha
especializada,
utilitárias e SAR.
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