PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO LINGUA PORTUGUESA PROVA 3º BIMESTRE 4º ANO 2010 QUESTÃO 1 Texto 1 Beija-flores: balé no ar Eles são exibidos, inventam piruetas, vão de um lado para o outro numa velocidade incrível, conseguem parar no ar e até voar para trás. Temos a impressão de assistir a um balé. A única diferença é que os atores desse espetáculo não têm pernas e braços e sim asas. Estamos falando dos beija-flores! Durante o dia, dificilmente eles pousam para descansar. O rápido bater das asas e as acrobacias durante o vôo fazem com que os beija-flores gastem muita energia. Eles a repõem se alimentando: quando dizemos que estão beijando as flores, na verdade estão sugando o néctar, uma substância açucarada que fica no cálice das flores e é a refeição favorita dessas pequenas aves. Adaptado do artigo originalmente publicado na Ciência Hoje das Crianças 74 escrito por: Ana Beatriz de Aroeira Soares, Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Fernanda Marques De acordo com o texto, para repor as energias, os beija-flores (A) fazem acrobacias e piruetas durante o vôo. (B) pousam em vários lugares para descansar. (C) sugam o néctar das flores. (D) param no ar e voam para trás, como num balé. QUESTÃO 2 Texto 2 O que torna a história engraçada é que o personagem Titi (A) descobriu que era domingo no último quadrinho . (B) acordou assustado, no 1º quadrinho. (C) deu um beijo na mãe, antes de sair. (D) tomou café bem quentinho. Questão 3 Texto 3 www.mushi-san.com. Acessado em 03 ago. 2010 O texto contido no documento acima tem a finalidade de (A) identificar a escola da pessoa. (B) identificar a pessoa do retrato. (C) permitir gratuidade no transporte público. (D) comprovar o trabalho da pessoa. QUESTÃO 4 Texto 4 Quem vai salvar a vida (...) No dia seguinte era sábado, e meu pai pegou o Trovão, nosso cachorro, e já ia saindo com ele pra passear. Eu então perguntei: – Ô, pai, que tal levar um saquinho para pegar a sujeira do Trovão? – Pegar a sujeira? – ele perguntou. – Então, pai, não se pode deixar sujeira no meio da rua... – Ora, ora – meu pai respondeu –, a rua é pra isso mesmo! – Pai, que absurdo! A rua é de todos! É como se você levasse seu cachorro pra sujar a casa dos outros. Você não vê que a gente pisa nessa sujeira e traz pra casa? Não vê que tem crianças pequenas que andam na rua e sujam os pés? Meu pai me olhou torto, torto. E foi embora. Mas, quando ele voltou, eu vi que ele tinha um saquinho, que ele atirou no lixo (...). Ruth Rocha. Quem vai salvar a vida? São Paulo, FTD, 2009 A parte do texto que nos indica que o narrador é um filho ou filha é (A) “A rua é de todos!” (B) “Ora, ora(...), a rua é para isso mesmo!” (C) “(...) não se pode deixar a sujeira no meio da rua...” (D) “Meu pai me olhou torto, torto.” QUESTÃO 5 Lendo o trecho “Mas, quando ele voltou, eu vi que ele tinha um saquinho, que ele atirou no lixo (...)”, pode-se concluir que o pai (A) resolveu comprar sacos de lixo. (B) desistiu de passear com o cão. (C) recolheu a sujeira de seu cachorro. (D) pisou no lixo encontrado na rua. QUESTÃO 6 A expressão destacada na frase “Meu pai me olhou torto, torto.” quer dizer que o pai olhou o menino com (A) alegria. (B) insatisfação. (C) desrespeito. (D) orgulho. QUESTÃO 7 Texto 5 Rixas e Faniquitos Rita e Renata têm um gênio ruim e quando brigam é um rebuliço! – Sua ridícula! – Olha quem fala. Raquítica! – Rechonchuda! – Rabugenta! – Ranheta! – Repelente! Um dia reconheceram que as rusgas eram sem razão e que era ridículo brigar com tantos erres. Aí resolveram fazer as pazes. Uma ficou fã da outra. Foi fabuloso! Não tinha mais fofoca, fuxico, futrica. Era o fim do fuzuê! A família em festa fez uma farta feijoada para festejar. Final feliz! Ufa! Isabella Carpaneda, Angiolina Bragança. Porta Aberta – Nova edição Glossário (Fonte: Dicionário Aurélio) Rusgas - pequenas brigas ou desentendimentos. Rixa - disputa; briga, discórdia; desordem, tumulto. Futrica - fuxico, intriga. Fuzuê - conflito, briga, barulho, confusão. No diálogo entre as duas personagens, o uso do ponto de exclamação (!) reforça (A) o fim da confusão entre as personagens. (B) o final feliz da história. (C) a discórdia entre as meninas. (D) a decisão de festejar a amizade. Texto 6 Mulher desmaia de tanto gargalhar F.S. tem 63 anos e mora na cidade italiana de Agrigento. Estava em casa sozinha assistindo na tevê ao programa humorístico Stasera quando caiu numa crise de riso descontrolada. Riu tanto que perdeu a consciência e desmaiou. Foi hospitalizada. Quando recobrou os sentidos, olhou para o rosto do médico e recomeçou a gargalhar, riu tanto que desmaiou de novo. Quando retomou a consciência, no primeiro sorriso que deu o médico lhe aplicou um forte sedativo. O hospital requisitou a fita do programa para saber o que levou F.S. à crise de riso. Revista Isto É. São Paulo, Três, 24/4/2002. Glossário (Fonte: Dicionário Aurélio) Recobrar - retomar Requisitar- pedir Sedativo - calmante QUESTÃO 8 No trecho “O hospital requisitou a fita do programa para saber o que levou F.S. à crise de riso ”, a palavra em destaque dá ideia de (A) finalidade. (B) tempo. (C) lugar. (D) causa. Texto 7 A raposa e o corvo Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com essa ideia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse: – Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que tem uma voz suave para combinar com tanta beleza? Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado o rei dos pássaros. Ouvindo aquilo, o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro ”Cróóó!”. O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo: – Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência! Moral: Cuidado com quem muito elogia. Glossário Fonte:Dicionário Aurélio Heloísa Jahn(trad.) Fábulas de Esopo. São Paulo. Companhia das Letrinhas, 1994. Matutar - Refletir longamente; cismar, meditar. Questão 9 O motivo que levou a raposa a elogiar o corvo foi o desejo de (A) ouvir o canto do corvo. (B) conseguir o pedaço de queijo. (C) conhecer as cores do pássaro. (D) ver de perto a beleza estonteante do pássaro. Texto 8 Você conhece alguma festa popular? O Carnaval, é claro! Mas você sabe há quanto tempo existem festas como o carnaval? Os povos das antigas civilizações faziam festas para homenagear seus deuses e agradeciam à natureza pelo alimento que colhiam da terra. Essas festas foram transmitidas de pais para filhos até os dias de hoje. Elas mostram o jeito de ser de cada povo, suas tradições e sua cultura. No Brasil, as tradições portuguesas uniram-se à dança indígena e ao batuque africano. O Maracatu tem trajes e danças que lembram os antigos guerreiros e a festa do divino de origem portuguesa, tem danças folclóricas de origem africana. Danças como a Congada e o Moçambique vieram da cultura africana. O Cateretê e os Caboclinhos são danças de origem indígena. Festas como Bumba-meu-Boi narram lendas por meio de dança. E a Cavalhada narra a história de antigas lutas. Parece um teatro ao ar livre, sempre com roupas muito coloridas e máscaras curiosas. Em dezembro, a folia de reis celebra o nascimento do menino Jesus. E na virada do ano a rainha do mar, Iemanjá, é homenageada nas águas do oceano. São muitas as festas populares. Com elas aprendemos uma porção de coisas... histórias, lendas, comidas típicas, músicas e artesanatos. Conhecer as festas populares é conhecer o seu próprio povo. Abre alas que eu quero passar Questão 10 O tema principal abordado no texto ao lado refere-se às (A) festas de homenagem aos deuses. (B) festas populares brasileiras. (C) antigas civilizações. (D) danças dos antigos guerreiros. Newton Foot Questão 11 O trecho do texto que expressa a opinião do autor é: (A) “Elas mostram o jeito de ser da cada povo, suas tradições e sua cultura.” (B)” Festas como o Bumba - meu – Boi... narram lendas por meio de dança.” (C) “No Brasil, as tradições portuguesas uniram-se à dança indígena e ao batuque africano.” (D) “Parece um teatro ao ar livre, sempre com roupas muito coloridas e máscaras curiosas.” Questão 12 Texto 9 O cartaz acima nos chama a atenção para (A) o contrabando de animais. (B) os animais que vivem nas matas. (C) a arara que está atrás da grade. (D) o desejo das pessoas por um enfeite vivo. Texto 10 O toco de lápis Lá, num fundo de gaveta, dois lápis estavam juntos. Um era novo, bonito, com ponta bem-feita. Mas o outro – coitadinho! – era triste de se ver. Sua ponta era rombuda, dele só estava um toco, de tanto ser apontado. O grandão, novinho em folha, olhou para a triste figura do companheiro e chamou: – Ô, baixinho! Você aí embaixo! Está me ouvindo? – Não precisa gritar – respondeu o toco do lápis. – Eu não sou surdo! – Não é surdo? Ah, ah, ah! Pensei que alguém tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça! O toquinho de lápis suspirou: – É mesmo... Até já perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador (...) Mas me diga uma coisa: Você sabe o que é uma poesia? – Poesia? Que negócio é esse? – Sabe o que é uma carta de amor? – Amor? Carta? Você ficou louco, toquinho de lápis? – Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também. Se assim fiquei, foi porque muito vivi. Fiquei tudo aquilo que aprendi de tanto escrever durante toda a vida. Romance, conto, poesia, narrativa, descrição, composição, teatro, crônica, aventura, tudo! Ah, valeu a pena ter vivido tanto, ter escrito tanta coisa, mesmo tendo de acabar assim, apenas um toco de lápis. E você, lápis novinho em folha: o que é que você aprendeu? O grandão, que era um lápis preto, ficou vermelho de vergonha... Pedro Bandeira, Coração de criança: O livro dos bons sentimentos. Questão 13 O lápis pequeno virou um toquinho porque (A) foi utilizado de forma errada. (B) quase não foi apontado. (C) estava no fundo da gaveta. (D) escreveu durante toda a vida. Questão 14 No trecho “Um era novo, bonito, com ponta muito bem-feita. Mas o outro – coitadinho! – era triste de se ver. (...)”, a palavra em destaque refere-se ao (A) apontador. (B) lápis grandão. (C) toquinho de lápis. (D) lápis vermelho. QUESTÃO 15 Texto I - Notas baixas são resultado de muito tempo em frente ao videogame. Ter acesso contínuo – e sem controle – ao videogame em casa, afeta significativamente o rendimento escolar de crianças Os pais devem encorajar a moderação aos seus filhos quando o assunto é videogame. Mais do que apenas deixá-los afastados de atividades físicas e vivências sociais necessárias para o seu desenvolvimento, ter um videogame em casa também pode piorar o desempenho acadêmico em algumas crianças. (...) Os pesquisadores apontam uma relação bastante clara quanto ao tempo gasto com videogame e o nível de declínio acadêmico e de aprendizado, especialmente quando as crianças jogavam após o período da escola. Os autores dizem que é nessa idade que as crianças refinam seu nível de linguagem (escrita e falada) e o uso contínuo do videogame pode atrasar essa fase. “Os resultados mostraram claramente que possuir um videogame em casa pode ter resultados bastante negativos na vida real”, concluem os autores. (adaptado de http://oqueeutenho.uol.com.br) Texto II Imersos na tecnologia – e mais espertos As crianças e os adolescentes de hoje vivem cercados de videogame, computador, TV e DVD. As últimas descobertas da ciência dizem que o uso desses recursos na medida certa ao contrário do que se pensava, pode ajudá-los a afiar a inteligência. Revista Veja, Editora Abril edição 1926, ano 38, nº 41 Glossário (Fonte: Dicionário Escolar da Língua Portuguesa- Academia Brasileira de Letras) Desempenho acadêmico – rendimento de um indivíduo em instituição de ensino. Declínio - diminuição, decadência. Refinam - apuram, aprimoram. Com relação ao assunto abordado, os textos I e II (A) expressam opiniões a favor do uso de videogames por crianças. (B) relatam as últimas descobertas da ciência e condenam o uso das tecnologias. (C) apontam que o tempo gasto no videogame não afeta o rendimento escolar das crianças. (D) apresentam pontos de vista diferentes em relação ao uso do videogame.