LOS I N D O E U R O P E O S : SOCIOLOGIA Y RELIGIÓN BERNFRIED S C H L E R A T H U n i v e r s i d a d de F r a n c f o r t . E M P L E A M O S l a denominación " i n d o e u r o p e o " para referirnos a la f a m i l i a de lenguas c o n s t i t u i d a p r i n c i p a l m e n t e por las s i g u i e n tes lenguas y grupos de lenguas: sánscrito, a n t i g u o iranio, griego, latín, lenguas germánicas, lenguas bálticas y eslavas, a n a t o l i o ( d e n t r o d e l c u a l el h i t i t a es el más i m p o r t a n t e ) , a r m e n i o y otras. E m p l e a m o s además l a denominación " i n d o e u r o p e o " (o "pro¬ t o i n d o e u r o p e o " ) para referirnos a l a l e n g u a básica r e c o n s t r u i d a , la l e n g u a m a d r e y l a fuente histórica de todas las lenguas m e n cionadas más arriba. - Características generales de u n a lengua reconstruida E l resultado de nuestra reconstrucción es de carácter abstracto. R e c o n s t r u i m o s los elementos más pequeños: raíces, preijos, sufijos y desinencias. A d e m á s , reconstruimos las leyes de c u e r d o c o n las cuales es posible f o r m a r palabras, formas n o m i nes y verbales, y frases a p a r t i r de d i c h o m a t e r i a l . E l l o i g n i f i c a que no p o d e m o s reconstruir l a l e n g u a básica m i s m a , ino su estructura abstracta ("la l a n g u e " , según l a terminología e de Saussure). L o s métodos de l a reconstrucción no p e r m i t e n i n g u n a conclusión relativa al t i e m p o y lugar en que se h a b l ó i c h a l e n g u a reconstruida en el pasado. L a l e n g u a i n d o e u r o p e a (en este sentido) es u n reflejo de u n a a l i d a d histórica, pero carece de relaciones evidentes y directas )n otros hechos históricos y de precisas determinaciones crojlógicas o geográficas. : E l pueblo indoeuropeo: el problema L a l e n g u a básica i n d o e u r o p e a constituye u n a hipótesis (resl d a d a p o r miles de hechos i n d i v i d u a l e s y por l a p r o b a b i l i d a d a coherencia de su sistema s i n c r ó n i c o ) . E s t a hipótesis lleva 207 208 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 necesariamente a l a hipótesis ulterior según l a c u a l existió d u rante el pasado u n p u e b l o (el p u e b l o i n d o e u r o p e o ) que h a blaba dicha lengua. N o s p r o p o n e m o s en el presente trabajo relacionar c o n otros hechos l a lengua abstracta indoeuropea y l a hipótesis abstracta de la existencia de u n p u e b l o indoeuropeo, i n t e n t a n d o de este m o d o insuflar vida a estas importantes cuestiones. Si abordamos el p r o b l e m a desde otra perspectiva, es decir si nos r e m o n t a m o s en la historia hasta los pueblos indoeuropeos más antiguos que vivían en E u r o p a m e r i d i o n a l y A s i a , vemos q u e tales pueblos en los comienzos de su historia n o h a b l a b a n i n d o e u r o p e o . L a lengua indoeuropea llegó d e l n o r t e o el oeste a dichas regiones. E s verdad que siempre se h a b l a d e l a i n m i gración indoeuropea a dichas regiones, pero de h e c h o únicam e n t e se tiene n o t i c i a de la expansión de la lengua i n d o e u r o p e a en G r e c i a , Italia, C e r c a n o O r i e n t e , Irán e I n d i a . L a s huellas d e l origen de tal lengua desaparecen en las tinieblas de la prehistoria. H i d r o n i m i a y paleontología lingüística E x i s t e n algunos materiales lingüísticos de dos tipos diferentes q u e m e d i a n entre la lengua básica i n d o e u r o p e a , abstracta y reconstruida, y los orígenes históricos de los indoeuropeos. E n p r i m e r término, nos referiremos brevemente a los n o m bres de ríos y cursos de agua en general ( h i d r o n i m i a ) . Y e n segundo lugar examinaremos someramente las conclusiones q u e se p u e d e n extraer d e l vocabulario i n d o e u r o p e o (paleontología lingüística). I . C o n respecto a la h i d r o n i m i a indoeuropea, debemos m e n cionar las minuciosas y extensas investigaciones de H a n s K r a h e . D i c h o estudioso logró poner al descubierto u n sistema de n o m bres de ríos de origen indoeuropeo en u n territorio q u e "se ext i e n d e desde E s c a n d i n a v i a hasta Italia del Sur y desde E u r o p a O c c i d e n t a l i n c l u y e n d o las Islas Británicas hasta los territorios del B á l t i c o . E n t r e las tres penínsulas de E u r o p a m e r i d i o n a l , a Italia le corresponde el papel p r i n c i p a l y a l a península de los Balcanes (casi exclusivamente c o n sus territorios septentrionales) el p a p e l menos i m p o r t a n t e " . ( H . K r a h e , U n s e r e atesten F l u s s n a m e n , 1964, p p . 32 y 3 3 ) . K r a h e creía q u e este sistema d e nombres de ríos estaba í n t i m a m e n t e l i g a d o c o n las lenguas SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGÍA Y RELIGIÓN 209 q u e se h a b l a r o n posteriormente en esta región: germánico, céltico, itálico y báltico. Supuso que estas lenguas f o r m a b a n e n tiempos prehistóricos u n grupo dialectal p r o p i o dentro d e l i n d o europeo. A esta manifestación más reciente (de este t i p o ) d e l i n d o e u r o p e o l a l l a m ó " a n t i g u o e u r o p e o " y c o n f o r m e a ello d e signó t a m b i é n a l sistema correspondiente de nombres de ríos c o m o " a n t i g u o e u r o p e o " . E s t a teoría h a sido r e c i e n t e m e n t e m o d i f i c a d a de m a n e r a decisiva p o r W . P . S c h m i d ( W . P . S c h m i d , Alteuropáísch u n d I n d o g e r m a n i s c h , A b h a n d l u n g der A k a d e m i e der W i s s e n s c h a f t e n u n d der L i t e r a t u r , M a i n z , 1968, N ú m . 6 ) . D i c h o autor señala, en p r i m e r l u g a r , que las lenguas indoeuropeas mencionadas jamás constituyeron u n grupo d i a l e c t a l p r o p i o , y señala, en segundo l u g a r , q u e l a antigua h i d r o n i m i a europea no acusa en p a r t i c u l a r n i n g u n a relación estrecha con las lenguas indoeuropeas mencionadas. C o n c l u y e de e l l o q u e los hombres q u e crearon esta h i d r o n i m i a sólo p u e d e n h a b e r sido los indoeuropeos m i s m o s . P e r o este territorio e n o r m e d e la a n t i g u a h i d r o n i m i a europea (o a h o r a : i n d o e u r o p e a ) , q u e n o corresponde al territorio de n i n g u n a c u l t u r a prehistórica, es i m posible q u e pueda h a b e r sido el p u n t o da p a r t i d a de u n a l e n g u a tan u n i f o r m e c o m o l o es el i n d o e u r o p e o . P u e d e ser q u e n o estemos e n situación de distinguir entre el m a t e r i a l lingüístico de los nombres de ríos y el i n d o e u r o p e o . Pero creo q u e debemos suponer en base a l a p r o b a b i l i d a d histórica q u e la h i d r o n i m i a indoeuropea p r o v i e n e de tiempos de u n a n t i g u o m o v i m i e n t o de expansión de los indoeuropeos. E l h e c h o de q u e en ?1 territorio de la h i d r o n i m i a indoeuropea sólo dispongamos de íombres de ríos, anteriores a las lenguas particulares, que provienen d e l m a t e r i a l lingüístico i n d o e u r o p e o , no p r o p o r c i o n a a :ste territorio en comparación c o n otros e l ' p r i v i l e g i o absoluto le h a b e r sido l a p a t r i a más antigua del i n d o e u r o p e o . E l C[U6 iertos topónimos h a y a n sido aceptados p o r los inmigrantes n t a n t o q u e otros topónimos h a y a n r e c i b i d o u n n u e v o n o m »re es a i r a a u e d e o e n d e de muchas continsencias históricas las uales n o n u e d e n ser comnrobadas rara tiempos prehistóricos isto sucede en el sur de Estados U n i d o s c o n el río C o l o r a d o o leios d e l R e d R i v e r ( c o n el m i s m o s i s n i f i c a d o ) v n o leios el M i s s i s s i n i í i n d i o ^ Así en M é x i c o los acompañantes Jre is d é l o s descubridores españoles tradnieron al a L c a los topóirnos d e las diferentes lenguas aborígenes para los españoles, y ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 210 1970 estos nombres son hoy (junto a los nombres más antiguos en boca de los indígenas) los nombres oficiales, y ello t a m b i é n en regiones que jamás pertenecieron a l a esfera de d o m i n i o azteca. Por cierto que también debe examinarse l a p o s i b i l i d a d d e q u e en regiones fuera de E u r o p a o de E u r o p a O r i e n t a l h a y a n sido reemplazados antiguos nombres indoeuropeos d e ríos por nuevos nombres indoeuropeos (o n o i n d o e u r o p e o s ) . 2. Se entiende por paleontología lingüística el i n t e n t o d e extraer conclusiones, a partir d e l v o c a b u l a r i o de l a l e n g u a proto¬ indoeuropea, acerca de l a ubicación geográfica de la región originaria y los niveles y características de la civilización respect i v a . E n este terreno nos topamos c o n muchas i n c e r t i d u m b r e s , entre las cuales mencionaremos las dos siguientes: a) el c a m bio de significado de u n a palabra, y b) la p o s i b i l i d a d de q u e una palabra se haya f o r m a d o dos veces en dos lenguas diferentes a partir d e l m i s m o m a t e r i a l (raíz, sufijo) y, así, l a palabra reconstruida n o haya existido en p r o t o i n d o e u r o p e o , sino h a y a sido ú n i c a m e n t e u n a p o s i b i l i d a d . E n su disertación D i e H e i m a t der i n d o g e r m a n i s c h e n Ge¬ meinsprache, i n t e n t a P a u l T h i e m e — c o n bastante é x i t o — evitar estas d i f i c u l t a d e s . Pero existe u n a d i f i c u l t a d a d i c i o n a l : es e n t o d o p u n t o posib l e que u n a lengua d e t e r m i n a d a posea u n término p r o p i o q u e se refiera a u n a p l a n t a o a n i m a l q u e n o crece o h a b i t a en el respectivo país. Así, l a palabra a l e m a n a N a s h o r n (rinoceronte; Nase = nariz, H o r n = c u e r n o ) , traducción d e l griego rhínokeros, a pesar de constituir u n término alemán auténtico, n o avala la existencia de rinocerontes en los bosques d e A l e m a n i a . D e igual m o d o , I E *aig's ( c a b r a ) , según T h i e m e " l a b r i n c a d o r a " , pues deriva de I E * a i g ' - ( b r i n c a r ) , n o constituye en m o d o a l g u n o u n a prueba irrefutable de q u e existieran cabras en l a región originaria del p u e b l o indoeuropeo, pues es posible q u e este a n i m a l fuera c o n o c i d o sólo de oídas. 1 E l c o n o c i m i e n t o de animales y plantas de otras comarcas — t a m b i é n en culturas p r i m i t i v a s de l a a c t u a l i d a d — abarca miles de kilómetros. L o m i s m o ocurre, por ejemplo, c o n el c o n o c i m i e n t o d e l mar, la nieve y otros fenómenos naturales. E n tiempos recientes, H a r a l d J a h n k u h n en s u obra V o r u n d i IE = indoeuropeo. SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGIA Y RELIGIÓN 211 Frühgeschichte v o m N e o l i t h i k u m bis z u r V d l k e r w a n d e r u n g s z e i t (Stuttgart, 1969, p p . 270 ss.) h a r e u n i d o el vocabulario que e m p l e a r o n los indoeuropeos para referirse a l a a g r i c u l t u r a . D e acuerdo c o n u n examen riguroso de d i c h o m a t e r i a l , sólo l a palabra *ar- (arar) posee cierto peso. Pero t a m b i é n aquí se p u e d e pensar q u e los indoeuropeos mismos n o eran agricultores, sino que ú n i c a m e n t e estuvieron en contacto o quizás t a m b i é n en estrechas relaciones económicas c o n tribus agrícolas y q u e de esta m a n e r a h a y a n llegado a conocer el concepto de arar. N i en sus mitologías n i en las condiciones sociológicas son típicos pueblos agricultores los más antiguos inmigrantes indoeuropeos en A s i a M e n o r , Irán, I n d i a y G r e c i a . Por t o d o l o d i c h o , concuerdo c o n Kronasser, q u i e n e n su artículo " V o r g e s c h i c h t e u n d I n d o g e r m a n i s t i k " (reimpreso e n : Scherer, D i e U r h e i m a t der l n d o g e r m a n e n , D a r m s t a d t , 1968) efectúa u n a d e m o l e d o r a crítica contra todos estos intentos. 2 Paralelos a l a l u z de l a h i s t o r i a E s m u y sorprendente en este contexto q u e n o haya sido posible hasta ahora i d e n t i f i c a r a l p u e b l o indoeuropeo c o n a l guna de las culturas prehistóricas. L a migración q u e h a sido considerada c o m o l a más i m p o r t a n t e e n l a historia d e l h o m b r e se refleja sólo m u y fragmentariamente en los descubrimientos prehistóricos, y ella n o concuerda t a m p o c o c o n los hechos l i n güísticos. Parecería q u e todas las culturas prehistóricas entre el ^ En cuanto a los intentos de los arqueólogos por identificar a los indoeuropeos, menciono a continuación el artículo de Paul W . Friedrich, "An Evolutionary Sketch of Russian Kinship" (en Symposium on L a n g u a g e and C u l t u r e , Proceedings of the 1962 Annual Spring Meeting of the American Ethnological Society, Seattle, 1963), porque me parece digno de atención y porque ha sido publicado en un lugar en que puede fácilmente pasar desapercibido al lingüista. El autor afirma allí entre otras cosas: "All the ingenious arguments about fauna and ñora (Thieme, D i e H e i m a t der indogermanischen G e m e i n s p r a c h e , 1953) that have been used to locate the Prot-Indo-European people in northeastern Europe can be used to place them in the Caucasus" ('Todos los argumentos ingeniosos acerca de la fauna y la flora que han sido empleados para localizar el pueblo indoeuropeo en el noreste de Europa pueden ser utilizados para ubicarlo en el Cáucaso", p. 1), e identifica a los indoeuropeos con la cultura del Kuban. Esperamos que P. W . Friedrich justifique detalladamente en alguna oportunidad esta interesante tesis. 212 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 R i n y los montes A l t a i h u b i e r a n sido sometidas a e x a m e n c o n el objeto de ser identificadas c o n el p u e b l o i n d o e u r o p e o . Y si se i n t e n t a restringir esta extensa z o n a , surgen varias d i f i c u l t a des y contradicciones. Pero, por otro lado, l a esperanza de que los orígenes d e l p u e b l o i n d o e u r o p e o p u e d a n ser reconocidos claramente e n los restos materiales, representa u n a conclusión extraída d e los i m presionantes resultados históricos d e l p u e b l o i n d o e u r o p e o . Casos paralelos de otras migraciones y m o v i m i e n t o s ideológicos que t u v i e r o n lugar a p l e n a l u z de la historia m u e s t r a n q u e en su m a y o r parte ellos se o r i g i n a r o n en u n a z o n a m u y pequeña y q u e el i m p u l s o i n i c i a l partió de u n reducidísimo g r u p o de h o m b r e s . E l paralelo más notable l o constituye la expansión d e l I s l a m , el c u a l en u n lapso m u y breve de t i e m p o conquistó u n a parte i m p r e s i o n a n t e d e l m u n d o — l l e v a n d o consigo la l e n g u a árabe a m u c h o s p u e b l o s — y q u e se r e m o n t a a u n h o m b r e , u n a f a m i l i a , u n a t r i b u , una coalición de tribus que surgieron d e la nada del desierto d e A r a b i a . S i el I s l a m h u b i e r a c o n s t i t u i d o u n h e c h o prehistórico, habríamos p o d i d o — p o r e j e m p l o — i d e n t i f i c a r c o n seguridad todos los elementos arquitectónicos v i n c u l a d o s c o n él. P e r o a l investigar el origen de l a cúpula y el minarete, habríamos llegado a la conclusión de q u e ellos provenían de B i z a n c i o y q u e algunos elementos de d i c h a arquitectura se habían origin a d o en último término en R o m a . D e este m o d o , habríamos llegado a u n resultado en parte correcto (la identificación de los elementos de la p r i m i t i v a arquitectura islámica c o m ú n ) , y en parte t o t a l m e n t e equivocado (el origen del I s l a m y los árabes en B i z a n c i o en lugar de A r a b i a ) . C o n los métodos y posibilidades de l a investigación prehistórica difícilmente hubiéramos p o d i d o d e t e r m i n a r q u e el I s l a m tuvo su origen en M e c a y M e d i n a . Nueva hipótesis A la l u z de lo q u e acabamos de decir y de otros paralelos, he llegado a f o r m u l a r u n a nueva hipótesis según l a cual h u b o en los comienzos d e l m o v i m i e n t o indoeuropeo u n pequeñísimo grupo de guerreros, cazadores y nómadas pastores, el q u e debido a su r e d u c i d o número y a l a ausencia (casi total) de u n a c i v i l i - SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGIA Y RELIGIÓN 213 zación agrícola no puede ser i d e n t i f i c a d o prehistóricamente. E s t e pequeño grupo fue creciendo en poco t i e m p o , gracias a pueblos sedentarios de diversos tipos. Estos pueblos sedentarios p u e d e n haberse encontrado en u n l e n t o m o v i m i e n t o de traslación en procura d e nuevas regiones fértiles. César, en su G u e r r a de las G a l i a s , p r o p o r c i o n a u n a descripción l l e n a de c o l o r i d o de un m o v i m i e n t o d e l e n t a expansión en tiempos posteriores, al relatar l a emigración de una parte de los helvetos. L a base e c o n ó m i c a descrita aquí n a t u r a l m e n t e n o h a de interpretarse en el sentido de q u e los indoeuropeos carecieran de viviendas n i q u e d e a m b u l a r a n c o m o miserables gitanos. L a indoeuropeización en su p r i m e r a etapa n o p r o d u j o g r a n des alteraciones en la vida de las tribus sedentarias. Pues d e n tro de este substrato fueron los jóvenes solteros quienes se u n i e r o n a l a n o b l e z a guerrera indoeuropea y quienes a d o p t a r o n la l e n g u a i n d o e u r o p e a . D e este m o d o fue posible q u e algunos guerreros, al m u l t i p l i c a r s e aceleradamente en el lapso de a l g u nos años o decenios, p u d i e r a n i n v a d i r grandes extensiones de Europa y Asia. U n paralelo L a célula g e r m i n a l de l a romanización fue el ejército r o m a n o . E l i m p e r i o r o m a n o fue creado en gran m e d i d a p o r soldados no r o m a n o s . ( Y n o a través de " m i g r a c i o n e s " del p u e b l o r o m a n o . ) L o s soldados extranjeros disponían de l a mejor d e las o p o r t u n i d a d e s para romanizarse en cuanto a l a l e n g u a , costumbres y — p o r ú l t i m o — derechos. L a romanización de c a d a región se produjo m u y l e n t a m e n t e y requirió en general varios siglos ( C f . H i s t o r i s c h e l a t e i n - a l t r o m a n i s c h e G r a m m a t i k , 1965, de G . R e i c h e n k r o n ) . E n Bretaña, por ejemplo, a u n en l a actual i d a d la romanización lingüística no llega a su f i n . D e m á s está decir que n o pretendo comparar a los i n d o e u r o peos d i r e c t a m e n t e c o n los soldados romanos o c o n los guerreros islámicos, sino ú n i c a m e n t e ilustrar las posibilidades y supuestos prácticos de la r e p e n t i n a expansión de u n p u e b l o en t i e m p o s antiguos. P o r cierto que n o siempre se puede d e c i d i r si l a expansión se efectuó m e d i a n t e l a c o n q u i s t a de los centros políticos ( c o m o por ejemplo en A n a t o l i a e I r á n ) o más b i e n m e d i a n t e la infiltración p a u l a t i n a ( c o m o p o r ejemplo generalmente en India). 214 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 Si m i hipótesis de l a expansión de la lengua i n d o e u r o p e a es correcta, resultaría que la poderosa migración de u n n u m e r o s o p u e b l o i n d o e u r o p e o a l o largo de E u r o p a y A s i a sería t a n sólo una invención m o d e r n a , u n m i t o , una ficción. Los indoeuropeos no disponían de los recursos d e l i m p e r i o r o m a n o . E l notable éxito logrado por el pequeño g r u p o i n d o europeo se debió f u n d a m e n t a l m e n t e a la i n d i f e r e n c i a d e los agricultores sedentarios frente a los nuevos señores y a l a oport u n i d a d q u e los indoeuropeos podían ofrecer a l a j u v e n t u d de estos pueblos. L a atracción que ejercían los indoeuropeos, l a p o s i b i l i d a d d e llegar a ser indoeuropeo, son fenómenos q u e perm i t e n considerar l a indoeuropeización c o m o u n a c o n t e c i m i e n t o ideológico. Sólo las religiones reveladas gozaron posteriormente en la historia de u n atractivo semejante: u n paso — a b i e r t o a t o d o s separa al cafir del musulmán, al pagano d e l c r i s t i a n o . Si se sigue de cerca el desarrollo de esta teoría, se podría situar el p u n t o de partida de este a c o n t e c i m i e n t o ideológico algo más tarde de lo q u e se acostumbra, a saber, alrededor d e l a ñ o 2000 a. c. ( c o m i e n z o de la edad de b r o n c e y sólo poco t i e m p o antes de la aparición de los indoeuropeos en A n a t o l i a ) ; y de este m o d o se podría explicar d i c h o a c o n t e c i m i e n t o c o m o una respuesta a la i m p o r t a n t e i n f l u e n c i a c u l t u r a l q u e tuvo por d i c h a época l a antigua civilización del C e r c a n o O r i e n t e en todos los pueblos septentrionales, tal c o m o se refleja en los hallazgos prehistóricos. L a e s t r u c t u r a social común la en las regiones indoeuropeización afectadas por L a estructura social que encontramos en l a t e m p r a n a historia de casi todos los pueblos indoeuropeos encuadra perfectam e n t e dentro de la teoría q u e estamos e x p o n i e n d o . E n I n d i a , las tres castas arias - b r a h m a n e s (sacerdotes), ksatriyas (guerreros) y vaiáyas ( c o m e r c i a n t e s ) - , se superponían a los südras (no i n d o e u r o p e o s ) , y es obvio q u e también los v a i syas descienden de substratos o r i g i n a l m e n t e no indoeuropeos. E l hecho de q u e ya existieran en tiempos antiguos südras q u e h a b l a b a n l a lengua indoeuropea constituye u n ejemplo más q u e corrobora l a evolución permanente de dichos grupos. SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGÍA Y RELIGIÓN 215 E n Irán encontramos A t h r a v a n s (sacerdotes), Rathaestars (guerreros) y V á s t r a Fsuyants ( c a m p e s i n o s ) . Según César, los celtas estaban constituidos p o r " d r u i d e s " (sacerdotes), " e q u i t e s " (guerreros) y " p l e b s " (masa de c a m pesinos en c o m p l e t a d e p e n d e n c i a e c o n ó m i c a ) . E n este c o n t e x t o n o nos interesa si esta "plebs g a l l i c a " era o n o i n d o e u r o p e a , o sólo p a r c i a l m e n t e i n d o e u r o p e a , o i n d o e u r o p e i z a d a p o r esos " d r u i d e s " y " e q u i t e s " o quizá m u c h o tiempo antes p o r otros guerreros indoeuropeos. L o s teutones —según T á c i t o ( G e r m a n i a 25) — estaban formados p o r " n o b i l e s " (guerreros), " i n g e n u i " (libres de n a c i m i e n t o ) y " s e r v í " (aparentemente campesinos t r i b u t a r i o s ) . Estos últimos (según T á c i t o ) eran los únicos que c o n t a b a n c o n l a p o s i b i l i d a d de u n rápido ascenso social dentro de estas tribus q u e se caracterizaban por u n a estricta monarquía. M á s tarde, entre los francos, salios y los longobardos, los esclavos e m a n c i p a d o s podían ser aceptados c o m o m i e m b r o s de las cortes d e los reyes y ascender así hasta l a clase más alta ( l o q u e constituye u n e j e m p l o paralelo a los acontecimientos de los primeros tiempos i n d o e u r o p e o s ) . V o l v e m o s a encontrarnos c o n las tres clases descritas p o r T á c i t o , en l a antigua R i g s t h u l a escandinava. T a m b i é n en G r e c i a y R o m a existieron clases sociales. E n general, n o sabemos casi n a d a acerca d e l origen de la clase inferior. P o r cierto, en su mayoría ella estaba f o r m a d a p o r grupos q u e ya en los comienzos de su h i s t o r i a habían a d o p t a d o la l e n g u a i n d o e u r o p e a . Sabemos, p o r ejemplo, q u e los h e l o tas, l a clase más baja en L a c e d e m o n i a , eran aqueos, es decir, griegos. L a división en dos o tres clases sociales evidentemente n o representa el resultado de u n a especialización o disección d e l p u e b l o i n d o e u r o p e o , sino el resultado d e u n superestrato i n d o europeo sobre tribus n o indoeuropeas. D o n d e q u i e r a q u e tuviera lugar l a formación de d i c h o superestrato, se i n i c i a b a p a u l a t i n a m e n t e el proceso d e adopción de l a l e n g u a i n d o e u r o p e a . E n p r i m e r lugar a través de nuevos guerreros que se unían a l a nobleza i n d o e u r o p e a , y bastante más tarde en territorio c a m p e s i n o . C u a n d o sobrevenía u n t i e m p o de paz, se establecía u n a relación entre los guerreros y los campesinos; sea p o r m e d i o de u n c o n trato (especie de arriendo o e s c l a v i t u d ) , sea q u e los propios 216 ESTUDIOS ORIENTALES V : 3 , 1970 guerreros c u l t i v a r a n las tierras ( c o m o en el caso de O d i s e o a l regresar de sus viajes). E n oposición c o n las condiciones comunes de los i n d o e u r o peos de este período, los protoindoeuropeos constituían u n a sola clase: l a n o b l e z a guerrera. E n tiempos convulsionados d e guerra, podían volver a surgir condiciones m u y similares a las de tiempos protoindoeuropeos. U n caso de este t i p o h a sido descrito p o r César a l referirse a los teutones ( B e l l . G a l l . , V I , 21, 2 2 ) : . . . ñ e q u e druides h a b e n t , . . . V i t a omnis i n venationibus atque i n studiis rei militaris consistit: a parvis labori ac duritiae student. . . Agri culturae non student, maiorque pars eorum victus i n lacte, cáseo, carne consistit. . . . n i tienen druidas,. . . T o d a la vida gastan en caza y en ejercicios de la milicia; desde niños se acostumbran al trabajo y al sufrimiento, . . N o se dedican a la agricultura, y la mayor parte de su vianda se reduce a leche, queso y c a r n e . ' ( T r a d . de J. Goya y M u n i a i n . ) C o n s t i t u y e u n rasgo típico de esta estructura social el hecho d e que la estratificación en clases no representaba algo rígido, sino al contrario m u y flexible. T o d a l a historia i n t e r n a de R o m a es la historia de l a asociación gradual de grupos no romanos. Así también, el sistema de castas aparentemente m u v rígido del h i n d u i s m o p e r m i t e aceptar grupos extranjeros en l a estructura d a d a . Además, existe l a p o s i b i l i d a d de ascender dentro de este sistema. M u c h a s subcastas de brahmanes en l a actualid a d , h a n estado constituidas anteriormente por ksatriyas. E l sistema descrito aquí concuerda en parte c o n las tres funciones de D u m é z i l : sacerdotal, guerrera y agrícola. Pero, contrariamente a D u m é z i l subrayo el hecho de q u e esto no constituía u n f e n ó m e n o p r o t o i n d o e u r o p e o . D e este m o d o , puedo explicar por qué no existieron palabras indoeuropeas — n i t a m p o c o (lo que es extremadamente sorprendente) palabras i n d o i r a n i a s — correspondientes a las tres clases: ello se debe a l hecho de que los protoindoeuropeos no estaban divididos en clases. Y puedo explicar además por qué existieron en indoeuropeo sólo palabras que p u e d e n asociarse c o n l a segunda función de D u m é z i l : esto se explica porque los protoindoeuropeos eran ú n i c a m e n t e *v«ro- (jóvenes, guerreros), q u e seguían SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGIA Y RELIGIÓN 217 a u n *ré¿( r e y ) . N o había agricultores n i sacerdotes especiales. Pues e n n i n g u n a parte h a p o d i d o ser rastreado h a s t a los tiempos más antiguos de los pueblos respectivos el sistema c o m ú n i n d o e u r o p e o de dos o tres clases sociales. Y t a m b i é n esto se h a l l a e n c o n c o r d a n c i a c o n m i teoría. A c e r c a de l a teoría de Dumézil de los dioses indoeuropeos E n lo que toca a la atribución de determinados dioses a las clases o funciones individuales, me parece que Dumézil está en lo cierto. Pero, una vez más, sólo en parte y no para los protoindoeuropeos. U n ejemplo: está fuera de toda duda el hecho de que en la religión de los poetas védicos Indra es el gran guerrero y el exponente de la casta ksatriya, el prototipo de todos los guerreros (tal como ha sido señalado por Dumézil). Pero esto debe ser considerado como un desarrollo posterior, pues el Indra más antiguo no sólo era un guerrero, sino simultáneamente sacerdote. Su carácter exclusivamente guerrero es un desarrollo posterior, que surgió al ser separado su aspecto sacerdotal y desarrollado en un dios independiente: Brhaspati. Este es el resultado del excelente libro B r h a s p a t i u n d I n d r a , de H . P. Schmidt (1968). De este modo, puede haber existido entre algunos pueblos indoeuropeos la tendencia general de atribuir los dioses del panteón a las diferentes clases sociales. Y esta es la etapa descrita por Dumézil. E n gran número de fuentes se nos informa con claridad acerca de la existencia de diferentes clases sociales para cada pueblo indoeuropeo, pero jamás se distribuye el panteón de un pueblo indoeuropeo de manera semejante según estas clases. Por cierto, a veces algunos dioses aislados están próximos a una clase, pero en ninguna parte constituye el panteón de un pueblo indoeuropeo un sistema consciente para dicho pueblo. Para ello ni siquiera disponemos de los indicios más pequeños. Todo lo que describe Dumézil es el resultado de un análisis muy artificial. Dumézil no puede explicar por qué los pueblos indoeuropeos tenían conciencia de la existencia de "funciones" en la tierra, pero no conocían ninguna división sistemática correspondiente para los dioses. Además, sólo cuando disponemos de una etimología es posible suministrar alguna prueba de que una divinidad tuvo su origen en tiempos protoindoeuropeos. Así, tenemos que es posible en verdad que lat. Mars y sánsc. Indra sean el mismo dios indoeuropeo que cambió su nombre protoindoeuropeo: 218 ESTUDIOS ORIENTALES V : 3 , 1970 pero esto constituye tan sólo una adivinanza. Es una posibilidad que no puede ser demostrada, debido a la semejanza universal entre las divinidades de las culturas primitivas. S i nos basamos en las etimologías, únicamente las divinidades siguientes gozan de un testimonio protoindoeuropeo: * d e i v o - (celestial, d i o s ) , *ausós(aurora; personificada como m u c h a c h a ) , *dieus p¿ter (padre cielo), *egnis (fuego) (como u n dios: fuego del sacrificio), y *sáweZ (sol; también personificado). Este material es demasiado reducido como para formar un panteón trifuncional en el sentido de Dumézil. Es probable que l a mayor parte de las divinidades de los diversos pueblos indoeuropeos haya sido originalmente no indoeuropea, o bien una compleja amalgama de ideas aborígenes e indoeuropeas, o bien que se haya originado en la propia cultura mixta indoeuropea común. M e veo obligado a admitir aquí que — a l dejar de lado como posiblemente no indoeuropeos a todos los dioses y mitos que no cuentan con el respaldo de la etimología— corro el riesgo de excluir la mayor parte de la mitología indoeuropea y por ello de reconstruir únicamente u n magro fragmento de la religión indoeuropea. Pero esto me parece preferible a introducir como dioses indoeuropeos a divinidades posiblemente no indoeuropeas. A h o r a b i e n , ¿qué es el protoindoeuropeo? E l p r o t o i n d o e u r o peo es l a lengua indoeuropea reconstruida. E s la l e n g u a de u n r e d u c i d o número de guerreros, n a t u r a l m e n t e sin dialectos. ¿ Q u é es el indoeuropeo común? E s p r i n c i p a l m e n t e l a lengua indoeuropea en boca de no indoeuropeos, h a b l a d a p o r l a clase superior (o clases superiores) en u n a extensa región d e culturas mixtas m u y diferentes. N a t u r a l m e n t e c o n dialectos. C u a n d o a f i r m a m o s q u e los protomdoeuropeos constituían u n pequeño g r u p o , el prefijo " p r o t o " n o h a de interpretarse en el sentido de q u e d i c h o g r u p o sólo se encontraba en los c o m i e n zos de toda c u l t u r a . O b v i a m e n t e estos protoindoeuropeos tenían t a m b i é n parientes lingüísticos, y son el resultado de u n largo y desconocido desarrollo. L a ideología p r o t o i n d o e u r o p e a : aquae et ignis c o m m u n i o y hospitalidad I n t e n t o a continuación reconstruir algunos elementos (o los elementos) de l a ideología protoindoeuropea en cuatro sectores: SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGÍA Y RELIGIÓN 219 tí) las fórmulas de la poesía p r o t o i n d o e u r o p e a , b) el s a c r i f i c i o (proto) i n d o e u r o p e o , c) el derecho ( p r o t o ) i n d o e u r o p e o , y d ) las divinidades ( p r o t o ) indoeuropeas. D e estos cuatro sectores, a y d c o n s t i t u y e n l a parte positiva, basada en l a etimología. L o s sectores b y c son m e r a m e n t e hipotéticos; n a d i e está o b l i g a d o a creer e n ellos. T a l c o m o he d i c h o más arriba a l criticar a D u m é z i l , es m u y problemático extraer conclusiones históricas ú n i c a m e n t e a p a r t i r de paralelos tipológicos. E l propósito d e una hipótesis q u e está basada exclusivamente en p o s i b i l i d a d e s consiste e n explicar el m a y o r número posible de hechos d i f e r e n tes m e d i a n t e u n a teoría única. E s posible, desde luego, oponerse d e p a r t i d a a trabajar c o n posibilidades. Pero si se está de a c u e r d o con d i c h o método, mas n o c o n la hipótesis m i s m a , entonces se debe buscar u n a interpretación que e x p l i q u e e i n c l u y a u n m a yor número de hechos diferentes. D e m o d o análogo, m e parece q u e m i hipótesis explica u n m a y o r número de hechos q u e e l sistema de D u m é z i l . a) L a poesía protoindoeuropea A l e x a m i n a r l a rica colección de fórmulas protoindoeuropeas q u e ofrece R . S c h m i t t en su obra D i c h t u n g u n d D i c h t e r s p r a c h e i n índogermanischer Z e i t ( W i e s b a d e n , 1967), observamos c o m o hecho sorprendente l a ausencia de toda referencia a l a tercera función a q u e a l u d e D u m é z i l . N o h a y i n d i c i o s de cultos de f e r t i l i d a d , n i de agricultura en general, n i de técnicas de c u r a ción. T a m p o c o se e n c u e n t r a n alusiones a l aspecto a m e n a z a d o r ¡r sombrío, profusamente atestiguado en documentos religiosos ie tiempos posteriores. N o existen fórmulas indoeuropeas q u e eflejen temor a los dioses o conciencia de c u l p a . ( E l aspecto o m b r í o constituye parte i m p o r t a n t e d e l sistema de D u m é z i l . ) í n c o n t r a m o s aquí t a n sólo la ideología cordial, clara y despreuiciada — c o m ú n a H o m e r o y a l a m a y o r parte de los h i m n o s [el R i g v e d a . L a i m a g e n q u e p r e d o m i n a en estas fórmulas es i de u n m u n d o de nobles guerreros. L o l i m i t a d o y s i m p l e d e i c h a ideología concuerda perfectamente c o n m i hipótesis e que los protoindoeuropeos constituían u n grupo m u y peueño d e personas. A l g u n o s ejemplos: las fórmulas más prob a m e n t e atestiguadas son aquellas c o n *klewos (gloria). E n iferentes lenguas indoeuropeas, " g l o r i a " va acompañada de 220 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 los mismos adjetivos: " m a g n a " , " a l t a " , " v a s t a " , " q u e no se m a r c h i t a " . E l héroe posee " v a s t a " gloria, c o m o vemos en el n o m b r e p r o p i o en lengua gala " V e r u c l o e t i u s " y su e q u i v a l e n t e en griego " E r y c l e i t o s " . T a m b i é n "menos (espíritu) va u n i d o d e u n m i s m o grupo de adjetivos en diferentes lenguas. " A n d r ó m e n e s " , " e l que tiene el espíritu de u n h é r o e " , es u n a c o m b i nación de palabras q u e encontramos también en I n d i a e Irán. " D i ó m e n e s " , " e l que posee espíritu d i v i n o " , tiene sus equivalentes en compuestos védicos. E l héroe es d e n o m i n a d o en G r e cia " a n d r o p h o n o s " (matador de h o m b r e s ) , c o m b i n a c i ó n atestiguada también en I n d i a e Irán. E l jefe de la f a m i l i a es "demos * p o t i s (señor de l a casa), o * w i k o s * p o t i s (señor de l a f a m i l i a ) , fórmula c o n o c i d a en muchas lenguas indoeuropeas. L a preg u n t a i n d o e u r o p e a : "¿quién eres? ¿de quién desciendes?" i n quiere p r i m e r o por el n o m b r e i n d i v i d u a l y luego p o r el "señor de la casa". E s m u y i m p o r t a n t e q u e todas estas fórmulas h a y a n p o d i d o ser aplicadas tanto a hombres c o m o a dioses. A u n q u e los dioses eran más importantes y más poderosos q u e los h o m bres, no eran seres sobrehumanos m u y alejados d e l m u n d o de los h o m b r e s . E n general, l a a m p l i a esfera de contactos en q u e los dioses podían vincularse c o n los guerreros h u m a n o s ( t a l c o m o l o describe H o m e r o ) y los rasgos h u m a n o s q u e poseen los dioses, son fenómenos que aparentemente se r e m o n t a n a t i e m pos protoindoeuropeos. L o s dioses son señores poderosos, pero a diferencia de los hombres, ellos h a b i t a n en el cielo (de d o n de su n o m b r e * d e i w o s ) y son * a m r t o - (sin m u e r t e ) . E l dios i n d o e u r o p e o *sawel, el sol personificado, lleva en lenguas diferentes los m i s m o s epítetos q u e lo designan c o m o " e s p í a " y " o m n i v i d e n t e " . L a " r u e d a del s o l " es una expresión c o n o c i d a en m u c h a s lenguas. E n el verso de E s q u i l o , P r o m e t e o 91, " i n v o c o a la rueda del sol o m n i v i d e n t e " , tenemos l a fórmula c o m p l e t a c o n j u n t a m e n t e c o n l a personificación. L a rueda es el único objeto de c u l t u r a m a t e r i a l a que se a l u d e en dichas fórmulas indoeuropeas. T a l vez fue precisamente d i c h o objeto el q u e condujo a los indoeuropeos a u n poder t a n considerable. G e n e r a l m e n t e es u n a idea l o que i n i c i a u n m o v i m i e n t o histórico. E n este caso puede haber sido l a idea de l a " r u e d a del s o l " y su equivalente terreno, el carro de c o m b a t e d e l guerrero. E n esta explicación no interesa el origen d e l carro de SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGÍA Y RELIGIÓN 221 c o m b a t e n i t a m p o c o qué pueblos lo usaron p r i m e r o . E s s u f i ciente aquí suponer que este objeto p u d o haber sido a d o p t a d o por los protoindoeuropeos. Las fórmulas rebasan los límites d e l período c o m ú n i n d o europeo y se r e m o n t a n al p u n t o de p a r t i d a de la expansión d e la l e n g u a i n d o e u r o p e a . T o d o esto concuerda perfectamente c o n l a teoría expuesta anteriormente. b) E l sacrificio E l sacrificio indoeuropeo, de acuerdo c o n lo expresado p o r P . T h i e m e en su artículo en Z G M D 107, es o r i g i n a l m e n t e u n banquete. A l banquete son invitados los dioses, de m o d o a n á logo a c o m o se i n v i t a a huéspedes h u m a n o s . L o s dioses l l e g a n al hogar. E n el banquete se sirven comidas y bebidas. D u r a n t e el b a n q u e t e se c a n t a n canciones que a l a b a n las hazañas de l o s héroes v dioses. L a cena se l l a m a en indoeuropeo *dap-, *dap-nó (latín daps " c e n a " , griego dapane " c e n a " , antiguo islandés t a f n "sacrificio de u n a n i m a l " , a r m e n i o t a w n " f i e s t a " . ) E n consecuencia, también l a h o s p i t a l i d a d entre los h o m bres desempeñó u n i m p o r t a n t e p a p e l . E l l o está d o c u m e n t a d o a b u n d a n t e m e n t e para todos los pueblos indoeuropeos. E n p r i n cipio, el sacrificio no se diferencia en n a d a de u n a c o m i d a entre los h o m b r e s . T a m b i é n en este caso se cantan alabanzas d e aéroes: A l c i n o o ordena q u e se canten " k l e a a n d r ó n " ("hazañas le los h é r o e s " ) c u a n d o tuvo a O d i s e o c o m o huésped. C a t ó n •data q u e en las comidas de los antepasados se cantaban "clarou m v i r o r u m laudes atque v i r t u t e s " ("hazañas y virtudes de os varones f a m o s o s " ) . E s t a m i s m a costumbre es descrita p o r ^ácito c o n respecto a los teutones. D e s e o señalar especialmente dos cuestiones. E n p r i m e r lugar 1 h e c h o de que se m e n c i o n a a m e n u d o que l a h o s p i t a l i d a d y s invitaciones operan a través de largas distancias. Así, por e m p l o , vemos c ó m o T e l é m a c o a l visitar a los compañeros de i p a d r e debe recorrer largas extensiones, para llegar a los ilacios o haciendas d e los héroes de la Ilíada. D i c h a parte : l a O d i s e a s u m i n i s t r a m u c h o s ejemplos acerca de las toras de la h o s p i t a l i d a d . A s i m i s m o , vemos que T á c i t o m e n c i o n a ipecto a los teutones la h o s p i t a l i d a d de vasto alcance. P o r ¡rto q u e los territorios que m e d i a n entre los palacios i n d i v i - ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 222 1970 duales vinculados por la h o s p i t a l i d a d n o estaban e n absoluto deshabitados. Pero los campesinos q u e vivían allí n o s o n m e n c i o n a d o s . E s t e h e c h o de l a h o s p i t a l i d a d q u e opera a l o largo d e grandes distancias parece respaldar m i hipótesis d e los i n d o europeos c o m o u n grupo m u y r e d u c i d o de nobles guerreros d i s e m i n a d o s en m e d i o de u n a población establecida c o n anterior i d a d en dichos lugares. ( D e s d e luego que l a h o s p i t a l i d a d n o constituye u n a p e c u l i a r i d a d exclusivamente i n d o e u r o p e a . E l l a existió y existe d o n d e q u i e r a que sea necesaria.) L a segunda cuestión es el poder de asimilación q u e posee u n a c o m i d a en c o m ú n . L a c o m i d a en común crea lazos f a m i liares. L o s dioses homéricos, d e naturaleza y descendencia d i ferentes, f o r m a n d u r a n t e la c o m i d a (y ú n i c a m e n t e d u r a n t e la c o m i d a ) u n a semi f a m i l i a . C u a n d o H o m e r o dice (Ilíada A 601 y a ? . ) : " T o d o el día, hasta l a puesta d e l sol, celebraron el festín; y nadie careció de su respectiva porción, n i faltó l a hermosa cítara q u e tañía A p o l o , n i las M u s a s que c o n l i n d a v o z cantab a n a l t e r n a n d o " (tr. de S e g a l á ) , no es posible a d i v i n a r q u e A p o l o era originario de A n a t o l i a , h e c h o sólo p e r c e p t i b l e al estudioso q u e investiga l a h i s t o r i a de las religiones. D e l m i s m o m o d o , aún en la a c t u a l i d a d el participar en u n a c o m i d a en casa de u n descendiente de los antiguos indoiranios q u e viven e n los valles d e l H i n d u k u s h , confiere a u n huésped europeo la categoría de m i e m b r o de d i c h a f a m i l i a , hasta tal p u n t o q u e él pasará a formar parte d e l sistema de venganza de sangre. E s t o muestra cuándo y dónde se llevó a cabo l a asimilación del p u e b l o no i n d o e u r o p e o : en los palacios de los nobles a través de l a c o m i d a e n común q u e c o m o sacrificio incluía siempre a los dioses. c) E l derecho E n líneas generales sigo aquí las obras excelentes del especialista en derecho, W . B . L e i s t : " A l t a r i s c h e s jus g e n t i u m " (Jena, 1889) y " A l t a r i s c h e s jus c i v i l e " ( 1 8 9 2 ) , cuya i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l n o h a sido reconocida desgraciadamente. E l elemento básico del derecho indoeuropeo n o es el pueb l o , n i el estado, n i u n a d i v i n i d a d , sino exclusivamente l a casa, c o n el jefe de la f a m i l i a a l a cabeza. M i e m b r o s de l a c o m u n i d a d son n o solamente los i n d i v i d u o s aislados, sino t a m b i é n los jefes d e f a m i l i a q u e actúan c o m o representantes de los m i e m b r o s de SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGIA Y RELIGIÓN 223 sus respectivas f a m i l i a s . E l centro de l a casa es el h o g a r ( f u e g o ) . E l encender el fuego d e l m a t r i m o n i o c o n s t i t u y e el p u n t o d e p a r t i d a para u n a n u e v a casa. L a conservación i n i n t e r r u m p i d a d e l fuego representa u n a obligación legal y r e l i giosa. C u a n d o C i c e r ó n en D e legibus d i c e : "sacra privara perpetua s u n t o " ( " q u e s e a n eternos los sacrificios p r i v a d o s " ) , está a l u d i e n d o a este deber. E l servicio d e l fuego confiere a l a a c t i v i d a d d e l jefe de l a f a m i l i a u n elemento sacerdotal. E n c u a n t o a los simples rituales diarios cada jefe de f a m i l i a es su p r o p i o sacerdote. D e i g u a l i m p o r t a n c i a q u e el fuego es el agua. L a c o m u n i d a d de l a casa es u n a " a q u a e et ignis c o m m u n i o " ("com u n i d a d del agua y el f u e g o " ) , c o m o se decía en R o m a . L o m i s m o ocurría en I n d i a , d o n d e además vemos q u e sin fuego n i agua n o existe l a casa, pues n o sería posible realizar sacrificios. E s t o significa en relación c o n l o que hemos señalado más a r r i b a : no es posible preparar comidas para los dioses y demás i n v i t a d o s . S i n la p o s i b i l i d a d de u n a fiesta, casa y f a m i l i a son i n i m a g i n a b l e s . E n I n d i a , en los libros de leyes, se especif i c a n las instrucciones relativas a l o r d e n de l a c o m i d a . P r i m e r o se h o n r a a los dioses, luego a los antepasados fallecidos, y p o r ú l t i m o a los actuales partícipes. L o s invitados c o m e n p r i m e r o , a continuación los m i e m b r o s de l a f a m i l i a . E l p a d r e y l a m a d r e c o m e n los restos. E l hogar (fuego) es sagrado en todos los pueblos i n d o e u r o peos. J u n t o al fuego se da l a b i e n v e n i d a a los nuevos m i e m b r o s de l a f a m i l i a y a los m i e m b r o s ocasionales de l a f a m i l i a : los huéspedes. E s t o explica los rasgos comunes de las ceremonias de m a t r i m o n i o : l o q u e en R o m a se l l a m a b a " i n d o m u m d e d u c t i o " ( e l llevar a l a n o v i a a l a n u e v a casa), en G r e c i a era " a p h 'hestias agein g y n a i k a " (el sacar a l a novia d e l fuego de sus p a d r e s ) . E n I n d i a se lleva el fuego de l a casa de la n o v i a a l a nueva casa. E n R o m a , l a m a d r e de l a novia lleva antorchas LT3.S el CAITO de l a novia ( ¡ d u r a n t e el d í a ! ) . L a nueva esposa es c o n d u c i d a alrededor d e l nuevo hogar (fuego) Q]\ ^\ sen-* t i d o d e las manecillas del reloj en I n d i a y L e t o n i a Del m i s m o m o d o en G r e c i a u n niño recién nacido es l l e v a d o alrededor d e l hogar ( f u e g o ) y aceptado así en l a f a m i l i a E l c r i m i nal h a l l a protección i u n t o a l fuego ou.es así o b l i g a a los moi"ci dores d e l a casa respectiva a que ló acepten c o m o m i e m b r o de la f a m i l i a . E n c o n t r a m o s en H o m e r o u n a v i v i d a descripción — 224 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 d e las formas en que se recibe a u n huésped en la escena d e Nausicaa. N o sólo el fuego sino t a m b i é n el agua desempeña u n p a p e l e n l a admisión de u n huésped. E n I n d i a , se recibe a l huésped c o n u n lavado de pies. L a vasija u t i l i z a d a para este efecto (pádyapátram) fue considerada c o m o objeto sagrado. E n R o m a , tenemos " m a l l u v i u m " y " p e l l u v i u m " , cuya significación religiosa es m e n c i o n a d a por F e s t o . E n G r e c i a , el t é r m i n o "chern i p s " (el agua para el lavado de manos antes de u n a c o m i d a ) t a m b i é n posee u n m a t i z religioso; cf. además las expresiones " c h e r n i b a s n e m e i n " ( a d m i t i r en el agua, es decir, a d m i t i r c o m o h u é s p e d ) y " c h e r n i b ó n k o i n ó n o s " (que tiene c o m u n i d a d de lavado de m a n o s ) , sinónimo de huésped. E l jefe de l a f a m i l i a en G r e c i a es l l a m a d o " e p h e s t i o s " (que posee u n hogar [fuego]), v el "anoilcos" o " a n e s t i o s " (que n o pertenece a u n hogar) está fuera de la ley. E n las fuentes más antiguas observamos q u e en todas partes l a m u j e r d e l jefe de f a m i l i a compartía el m a n d o d e la casa c o n su m a r i d o , gozando casi de los mismos derechos. Sólo en R o m a f u e r o n restringidos estos derechos (pero n o siempre su p r e d o m i n i o p r á c t i c o ) . E l estado de cosas más a n t i g u o lo vemos reflejado en el p r i n c i p i o d e l jus g e n t i u m ( D i g . 1 , 1 ) : " P a r e n t i bus et patriae p a r e a m u s " ("debemos obedecer a l a patria y a los p a d r e s " ) , en q u e no se hace n i n g u n a diferencia entre padre y madre. E l m a t r i m o n i o está basado en u n a c o m i d a en c o m ú n . E n G r e c i a y R o m a , la pareja está sentada d u r a n t e l a ceremonia sobre u n a piel de a n i m a l (del m i s m o m o d o que e n I n d i a los dioses invitados en el s a c r i f i c i o ) . T a m b i é n se i n v i t a a los dioses: en G r e c i a , Zeus ephestios y H e r a teleia; en R o m a , la pareja c o m e el "farreus p a ñ i s " c o n Júpiter y J u n o jugia. E n I n d i a dice el h o m b r e : "éste que soy yo eres t ú " ; en R o m a dice la n o v i a : " t ú eres C a y o y yo soy C a y a " . T a l c o m o el jefe de la f a m i l i a se h a l l a a l a cabeza de l a casa o f a m i l i a , d e l m i s m o m o d o el rey se h a l l a a l a cabeza d e la t r i b u . L o s derechos, obligaciones y posibilidades de u n rey corresponden exactamente a los d e l jefe de la f a m i l i a . C u a n d o se l l a m a a los dioses "reyes", ello es u n claro i n d i c i o de q u e los dioses n o son sino reyes terrenales q u e h a n sido ascendidos a u n a categoría más a l t a . E n las lenguas indoeuropeas más anti- SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGÍA Y RELIGIÓN 225 guas no existen epítetos q u e n o p u e d a n ser aplicados para los tres: el jefe de l a f a m i l i a , el rey y el dios ( c u a n d o es l l a m a d o "rey"). L a relación rey: jefe de la f a m i l i a , corresponde a la relación hogar (fuego) d e l país: hogar (fuego) de la casa. E l fuego délfico en G r e c i a se d e n o m i n a b a " m e s o m p h a l o s h e s t i a " ( h o g a r [fuego] en el o m b l i g o ) o " k o i n e hestia tés H e l l a d o s " (hogar [fuego] c o m ú n de G r e c i a ) . E n I n d i a , el p r o p i o rey presenta las ofrendas d e l sacrificio en el fuego q u e p e r m a n e n t e m e n t e está e n c e n d i d o en su sala. Estos sacrificios cotidianos son u n a extensión d e l sacrificio más s i m p l e del jefe de l a f a m i l i a . S ó l o en las festividades importantes se necesita u n sacerdote, y éste es el origen de u n a clase sacerdotal. T a m b i é n de acuerdo a l t e s t i m o n i o de Aristóteles en P o l i t e i a 13, 122b, el p r o p i o rey (o los pritanos) sacrifica en la " k o i n é h e s t i a " (el hogar [fuego] c o m ú n ) , pero n o el sacerdote. E l rey actúa c o m o jefe de l a f a m i l i a de todo el p u e b l o . A l a " k o i n é h e s t i a " corresponde e n R o m a el " i g n i s f o c i p u b l i c i s e m p i t e r n u s " (el fuego s e m p i t e r n o d e l hogar p ú b l i c o ) . L a obligación más i m p o r t a n t e d e l rey y — c o r r e s p o n d i e n t e m e n t e - d e l jefe de la f a m i l i a , es la protección de su p u e b l o . L a s órdenes del rey no poseen u n carácter b á s i c a m e n t e c o m p u l sivo. Órdenes y leyes no están fundadas teocráticamente. E l rey está sujeto a l o r d e n cósmico, y c o m o parte de este o r d e n n a t u r a l , el m o n a r c a i n t e n t a realizar la ley inherente a d i c h o orden. D o s instituciones se r e m o n t a n a tiempos indoeuropeos: 1 ) el consejo de los jefes de f a m i l i a , y 2 ) los jóvenes q u e sirven a l rey. E n la corte adquirían v i d a los sentimientos de l a n o b l e z a . \ W se rendía t r i b u t o a la m a g n i f i c e n c i a d e l m o n a r c a : " i d nor i e n , ea gloria est, si n u m e r o ac v i r t u t e c o m i t a t u s e m i n e a t " ("y ;1 aventajarse a los demás en número y valor de compañeros, es da n o m b r e y g l o r i a " ; T á c i t o , G e r m a n i a 13, tr. de M i l l a r e s : a r l o ) . L a amistad entre el rey y sus servidores es d e l t o d o liferente a l a relación entre el rey y su p u e b l o , la c u a l en varios •ueblos indoeuropeos estaba basada en u n contrato — c o m o esultado de la estructura social c o m ú n indoeuropea. U n indoeuropeo existe solamente a l tener u n a casa o a l ertenecer a una casa. E n otras palabras: c u a n d o p a r t i c i p a d e l lego y el agua, c u a n d o está en armonía c o n el o r d e n de la 226 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 naturaleza. P o r tanto, el peor de los castigos era l a exclusión d e l a c o m u n i d a d d e l fuego y el agua. E s e castigo representaba casi u n a c o n d e n a a muerte, y p o r ello n o era necesario m a t a r d i r e c t a m e n t e a u n a persona. Así tenemos en I n d i a l a expulsión d e la casta, y en R o m a "aquae et ignis i n t e r d i c t i o " ( " l a p r o h i b i ción d e l agua y el f u e g o " ) . E n t r e los galos h a l l a m o s l a p r o h i bición de participar en los sacrificios, lo q u e por cierto c o m prendía la exclusión de todas las comidas en c o m ú n . D e este m o d o podemos entender lo q u e dice César ( B e l l . G d l , V I , 13): . . .siqui [Druidorum] decreto n o n stetit sacrificiis interdicunt. Haec poena apud eos est gravissima. Quibus ita est interdictum, h i numero impiorum ac sceleratorum habentur, his omnes decedunt, aditum eorum sermonemque defugiunt. . . ñeque honos ullus communicatur. . . .cualquiera persona que no se rinde a su sentencia [de los druidas] es excomulgada, que para ellos es la pena más grave. Los tales excomulgados se miran como impíos y facinerosos; todos se esquivan de ellos, rehuyendo su encuentro y conversación, . . . ni se les fía cargo alguno honroso. (Tr. de }. G o y a y M.) U n paralelo exacto de esto — l a conexión entre sacrificio y h o s p i t a l i d a d — l o tenemos en Sófocles, E d i p o Rey, 238-241, en l a maldición de E d i p o : " p r o h i b o q u e lo reciban e n su casa, q u e le h a b l e n , que lo a d m i t a n en sus plegarias y sacrificios y q u e l e d e n agua lustral. Q u e l o ahuyente todo el m u n d o de su c a s a " ( T r . de J. A l e m a n y B . ) . E l uso del agua y el fuego en l a recepción de la n o v i a c o m o huésped en l a nueva casa, y la exclusión d e l c r i m i n a l d e l fuego y el agua, podían ser sentidos c o m o fenómenos d e l todo correspondientes. Compárese por ejemplo P a u l u s ex Festo ( e d . L i n d ¬ say, p . 3 ) : "aquae et i g n i t a m i n t e r d i c i solet d a m n a t i s , q u a m a c c i p i u n t nuptae, videlicet q u i a hae duae res h u m a n a m v i t a m m á x i m e c o n t i n e n t " ("se acostumbra p r o h i b i r a los condenados el agua y el fuego, del m i s m o m o d o q u e los reciben [el agua y el fuego] las mujeres casadas, p o r q u e verdaderamente estas dos cosas c o n t i e n e n en grado sumo l a v i d a h u m a n a " ) . ¿ Q u é significa exactamente en I n d i a " c a s t a " y "expulsión d e l a casta"? " C a s t a " significa q u e u n o puede c o m e r en c o m ú n ; q u e u n o puede comer en común significa que uno puede c o m - SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGÍA Y RELIGIÓN 227 partir el m i s m o hogar ( f u e g o ) , y esto significa q u e u n o se puede casar dentro del grupo — y esto es lo m i s m o q u e gozar d e l a c o m u n i d a d de s a c r i f i c i o — . S i se pierde l a casta, se p i e r d e también todo eso y se t e r m i n a siendo u n a nada (tal c o m o el e x c o m u l g a d o en G a l i a y c o m o E d i p o en G r e c i a ) . Ser u n h i n d ú significa participar en la c o m u n i d a d de l a c o m i d a , d e l m a t r i m o n i o , d e l sacrificio; instituciones que estaban basadas e n el fuego y el agua. U n rasgo n o i n d o e u r o p e o es que l a pertenencia a u n a casta desde tiempos postvédicos depende exclusivamente del n a c i m i e n t o . Se p u e d e c o m p r e n d e r sin d i f i c u l t a d q u e la l i b e r a l i d a d de los tiempos antiguos en la aceptación de nuevos m i e m b r o s dentro d e u n a clase privilegiada haya p o d i d o desaparecer f á c i l m e n t e más tarde. E n contra del privilegio d e l n a c i m i e n t o e n c a m i n a B u d a sus palabras, q u e se repiten c o n frecuencia e n el Añguttara N i k á y a : " E l que se salva por l a fe es d i g n o de h o s p i t a l i d a d , d i g n o de regalos, d i g n o de b i e n v e n i d a " . A q u í B u d a se refiere aparentemente a u n a c o m u n i d a d basada n o en el n a c i m i e n t o , sino en la fe y el c o n o c i m i e n t o . S i en l u g a r de "se salva por la f e " tuviéramos "educación n o b l e " , B u d a se hallaría más cerca de la ideología indoeuropea que d e l b r a h m á n , q u i e n h a c e hincapié en las prerrogativas de su n a c i m i e n t o . 3 L a naturaleza (el cosmos) está constituida por el fuego e n su d o b l e representación c o m o hogar y c o m o sol. Además, l a naturaleza (el cosmos) está constituida por el agua. C u a n d o se deposita u n a vasija en u n a nueva casa se d i c e : " T ú eres el m a r " (Satapatha B r á h m a n a 1, 1, 1, 18). L a representación d e l agua e n el cielo es l a l u n a . F u e g o y agua deciden sobre l a v i d a y l a m u e r t e . E n el sacrificio de l u n a l l e n a en I n d i a , se c o l o c a u n a vasija c o n agua junto al fuego. L a explicación teológica reza: " E l agua es h e m b r a . E l fuego es m a c h o . E l fuego es la casa. C u a n d o ambos (agua y fuego) se asocian, se origina l a f a m i l i a " . L o s dos elementos principales del universo crean la v i d a , o c o m o dice Festo, " q u i a hae duae res h u m a n a r a v i t a m máxime c o n t i n e n t " ( " p o r q u e estas dos cosas c o n t i e n e n en grado ¡umo l a v i d a h u m a n a " ) ; c o n las palabras de V a r r ó n , " D e l i n g u a a t i n a " , 5, 6 1 : " i g i t u r causa nascendi dúplex: ignis et a q u a . [gitur ea n u p t i i s i n l i m i n e a d h i b e n t u r , q u o d c o n i u n g i t u r h i c , s Estas palabras tienen también el propósito práctico de hacer posible los seguidores de Buda la aceptación de dádivas provenientes de amplios ectores. 228 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 et mas ignis, q u o d i b i semen, aqua f e m i n a , q u o d fetus ab eius h u m o r e " ("pues l a causa de la procreación es d o b l e : el agua y el fuego. Pues éstos son usados a l a entrada en el m a t r i m o n i o , p o r q u e allí se u n e n , y el fuego es m a c h o , l o que es el semen en el otro caso, y el agua es h e m b r a porque el feto se desarrolla a partir de su h u m e d a d " ) . Pero ellos d e c i d e n t a m b i é n sobre la muerte. Pues casi todos los pueblos indoeuropeos (y s i n d u d a también el p u e b l o p r o t o i n d o e u r o p e o ) poseen u n juram e n t o y u n a ordalía por el agua y por el fuego. F u e g o y agua son los testigos d e l juramento y harán perecer al m e n t i r o s o . d ) Las divinidades indoeuropeas C o m o h e d i c h o más arriba, *ausos"la aurora", * e g n i s " f u e g o " , "sàwel" e l s o l " , y *diéus *patër " p a d r e c i e l o " , son los únicos nombres de dioses indoeuropeos q u e p o d e m o s reconst r u i r c o n absoluta seguridad. A ellos hay que añadir algunos nombres q u e no gozan del m i s m o grado de seguridad. E l más verosímil sigue siendo *ulkâno-, n o m b r e d e l dios i n d o e u r o p e o del fuego, q u e se encuentra en latín c o m o V o l c a n u s y en osético c o m o V e r g o n (relacionados c o n sánscrito ulkà- " f u e g o , l l a m a " ) , compárese W . M e i d , I n d o g e r m a n i s c h e F o r s c h u n g e n 66, 1961, p p . 125 ss. M e n o s segura es la c o n o c i d a etimología de W i l h e l m S c h u l z e , q u i e n reconstruye, a partir d e l griego P â o n , P a n y sánscrito Püsan, u n dios pastoril i n d o e u r o p e o . A ú n más insegura es la suposición de Dumézil de u n dios i n d o e u r o p e o c o n el n o m b r e de " n i e t o [de las aguas]" (Céltica V I , 1963, p p . 50 ss.) d e d u c i d o d e l antiguo irlandés N e c h t a n y el latín N e p t ü n u s (presuntamente < * N e p t - a n o c o n ü de P o r t ü n u s ) , ambos derivados de * N e p t - a n o - a partir de nepôt-jnept" n i e t o " e indoiranio A p á m N a p á t . L a comparación q u e establece Dumézil entre el dios i n d o i r a n i o A r y a m a n y el dios celta E r e m o n ( " L e troisième s o u v e r a i n " , París, 1949, p p . 1 6 7 s s . ) , es el resultado de una interpretación m u y c o m p l i c a d a d e l ' dios i n d o i r a n i o (p. 154: " u n h o m m e senti et se sentant arya, avec les suites actuelles o u virtuelles que c o m p o r t e ce titre en fait de générosité et d'hospitalité d'alliances m a t r i m o n i a l e s de solidarité rituelle de sécurité dans les voyages"). C o m o h a señalado T h i e m e ( P a u l T h i e m e M i t r a and A r y a m a n Y a l e U n i v e r s i t v Press 1957 p a s s i m ) en su crítica a d i c h a obra de Dumézil, A r y a m a n signi- SCHLERATH: INDOEUROPEOS: SOCIOLOGIA Y RELIGIÓN 229 fica " h o s p i t a l i d a d " o " ( D i o s ) h o s p i t a l i d a d " personificado ( c o m párese c o n persa m o d e r n o érman " h u é s p e d " ) . A la l u z d e esta corrección debería revisarse n u e v a m e n t e la comparación c o n el E r e m o n céltico. ¿ D e q u é m a n e r a encuadran los nombres de dioses i n d o e u r o peos d e n t r o de la teoría presentada más arriba? T e n e m o s a l Fuego en tres o cuatro manifestaciones diferentes, t e n e m o s al C i e l o " l u m i n o s o " (raíz *div-/*diéu"brillar") como padre, tenemos quizás a u n dios de los rebaños, tenemos tal vez (??) a u n dios " n i e t o de las aguas", q u e según Dumézil representa a l fuego o c u l t o en el 3 2 U 3 . y tenemos quizás (?) ci u n dios i n d o europeo " h o s p i t a l i d a d " ' T o d o ajusta a las m i l maravillas c o n l a ideología i n d o e u r o pea de los elementos dispensadores de l a v i d a : el agua y e l fuego. L a ausencia de relaciones jerárquicas entre los dioses refleja las condiciones sociales primitivas de u n p u e b l o guerrero, cazador y pastor, e n el que para regular las relaciones entre los h o m b r e s bastaba c o n la s i m p l e h o s p i t a l i d a d . E n p r i n c i p i o , cada dios podía transformarse en rey en u n a d e t e r m i n a d a situación o por u n t i e m p o d e t e r m i n a d o , tal c o m o esta función estuvo abierta en p r i n c i p i o a cada jefe de f a m i l i a (compárese c o n A g a m e n ó n , q u i e n sólo f u e rey de los griegos d u r a n t e la expedición militar a I l i o n ) . Si en realidad agua y fuego no c o n s t i t u y e n ú n i c a m e n t e los dementes principales, sino q u e también representan divinidades ndoeuropeas — y esto es cierto por l o menos para * e g n i s "sáwel-, entonces nos h a l l a m o s ante el h e c h o m u y sorprenlente d e que dichas divinidades no poseen u n a f o r m a fija, illas p u e d e n manifestarse bajo diferentes formas. L a idea según i cual el m i s m o ser está representado en t o d o hogar ( f u e g o ) , además en todos los fuegos y t a m b i é n en el sol, presupone u n lto grado de abstracción. L o m i s m o sucede c o n las diferentes ^presentaciones d e l agua: agua dentro de la vasija, océano, ma, p l a n t a . D i c h a abstracción, d i c h o c a m b i o de f o r m a es go q u e tiene lugar e n la religión d e l V e d a y el A v e s t a . Pero lésar refiere lo m i s m o con respecto a los teutones ( B e l l . G a l l . , I, 2 1 ) : " D e o r u m n u m e r o eos solos d u c u n t , quos c e r n u n t et r o r u m aperte opibus i u v a n t u r : S o l e m et V u l c a n u m (la d o b l e anifestación d e l fuego) et L u n a m (la manifestación d e l agua), eliquos ne f a m a q u i d e m a c c e p e r u n t " ("Sus dioses son sólo 230 ESTUDIOS ORIENTALES V:3, 1970 aquéllos q u e ven c o n los ojos y cuya beneficencia e x p e r i m e n t a n sensiblemente, c o m o el S o l , el fuego y la L u n a ; de los demás n i a u n n o t i c i a t i e n e n " ; tr. de J . G o y a y M u n i a i n ) . L a expresión " q u o s c e r n u n t et q u o r u m aperte opibus i u v a n t u r " ("aquéllos q u e ven c o n los ojos y cuya beneficencia e x p e r i m e n t a n sensiblem e n t e " ) , muestra que dichos poderes se h a l l a b a n a p u n t o de ser personificados, del m i s m o m o d o que — p o r e j e m p l o — A g n i en India. P o r ello es c o m p r e n s i b l e q u e los dioses de los p r o t o i n d o europeos no h a y a n tenido títulos fijos, sino por el contrario " m u c h o s n o m b r e s " , de acuerdo c o n las múltiples representaciones de que gozaban la l u z o el agua. S i e m p r e era posible — e n c o n f o r m i d a d c o n los aspectos de cada d i v i n i d a d — i n v e n tar nombres nuevos. " Q u e tiene muchos n o m b r e s " es u n a fórmula p r o t o i n d o e u r o p e a . B a j o estas condiciones p u e d e n n a t u r a l m e n t e haberse p e r d i d o m u c h o s nombres de dioses indoeuropeos, y por esto el h e c h o de que n o podamos c o m p r o b a r para el i n d o e u r o p e o n i n g u n a personificación segura d e l agua no constituye t a m p o c o u n a objeción a m i interpretación. - Sabemos q u e todos los pueblos indoeuropeos o r i g i n a l m e n t e carecieron de ídolos, imágenes o esculturas de los dioses. P o r consiguiente, ellos carecieron o r i g i n a l m e n t e de lugares sagrados y t e m p l o s . Las acciones de los dioses no estaban circunscritas a u n lugar d e t e r m i n a d o , pues su alcance era i l i m i t a d o . D o n d e quiera q u e u n h o m b r e notaba algún i n d i c i o de los poderes de l a naturaleza, podía suponer (pero n o estaba o b l i g a d o a e l l o ) q u e se trataba de acciones de dichas d i v i n i d a d e s . E s t o p e r m i tió que los guerreros nobles indoeuropeos interpretaran, mediante sus propias ideas, las divinidades de las religiones extranjeras c o n las q u e entraban en contacto. D e este m o d o , p u d o llevarse a cabo u n a asimilación de las ideas autóctonas, y - a la i n v e r s a - q u i e n q u i e r a q u e siguiera l a pauta de l a civilización indoeuropea podía ser aceptado c o m o i n d o e u r o p e o e n l a c o m u n i d a d de las comidas, el fuego y el agua, t a l c o m o los dioses preindoeuropeos A t e n e a y A p o l o en el festín ingresan a l a f a m i l i a de las d i v i n i d a d e s olímpicas. -