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del arte hispanoamericanos, a la importancia de las figuras de Ramiro
G u e r r a y S á n c h e z y F e r n a n d o O r t i z en el afrocubanismo, al papel de
Ortega y Gasset y la Revista de Occidente en la d i s e m i n a c i ó n de lecturas
alemanas e ideas sobre la decadencia occidental entre los j ó v e n e s
vanguardistas. C o n una larga trayectoria a cuestas, El peregrino... tiene
ya su lugar en la t r a d i c i ó n crítica; con este nuevo p r ó l o g o , de alguna
manera abre para sí u n nuevo ciclo de vida.
CECILIA SALMERÓN
TELLECHEA
El Colegio de México
J O R G E Z E P E D A , La recePaón vruaal de "Pedro Páramo" (1955-1963).
Fund a c i ó n J u a n R u l f o - C O N A C U L T A - E d i t o r i a l R M , M é x i c o , 2005.
Publicado p o r la F u n d a c i ó n J u a n Rulfo, c o n m o t i v o d e l centenario
de la a p a r i c i ó n de Pedro Páramo, este l i b r o , resultado de u n trabajo
que Jorge Zepeda inició c o n su tesis de licenciatura (2002), ofrece
u n a investigación sistemática y a m p l i a m e n t e d o c u m e n t a d a sobre la
r e c e p c i ó n de Pedro Páramo desde su fecha de a p a r i c i ó n , en 1955, hasta
1963. Es decir, Zepeda reflexiona c r í t i c a m e n t e en t o r n o a las diversas
valoraciones que suscitó la novela en sus p r i m e r o s nueve a ñ o s , c o n
el fin de cuestionar la i m a g e n tipificada que hoy e n d í a se tiene de la
r e c e p c i ó n de la novela en aquel entonces.
Pedro Páramo era la segunda obra de u n autor que dos a ñ o s antes,
en 1953, h a b í a p u b l i c a d o u n v o l u m e n de cuentos, El llano en llamas,
c o n el que se le r e c o n o c i ó c o m o u n talentoso escritor; p o r ello se esperaba c o n cierta e x p e c t a c i ó n la llegada de su segunda obra. Nadie
i m a g i n ó que, al publicarse en 1955, Pedro Páramo s e r í a la ú l t i m a obra
de Rulfo, n i que se convertiría en u n a novela clave de la literatura
mexicana. A cincuenta a ñ o s de distancia, se p u e d e ver ya en perspectiva la larga serie de a r t í c u l o s p e r i o d í s t i c o s , estudios críticos, j u i c i o s
y elogios que suscitó c o n su p u b l i c a c i ó n , así c o m o los comentarios
de amigos de J u a n Rulfo que afirmaban h a b e r l o ayudado a escribir
la novela, entre otras a n é c d o t a s que n u t r e n la historia c o n la que se
suele r e c o r d a r la a p a r i c i ó n de esta novela, Pedro Páramo.
E n su l i b r o , Zepeda parte de la reflexión sobre u n a idea preconceb i d a que los lectores actuales suelen tener acerca de la r e c e p c i ó n de
Pedro Páramo en sus p r i m e r o s a ñ o s . C u a n d o se piensa, s e ñ a l a Zepeda,
en c ó m o fue acogida la novela en 1955, se acostumbra r e c u r r i r inmediatamente a la i m a g e n d e l rechazo u n á n i m e , sin cuestionar la procedencia de tal n o c i ó n : "Algunos de los lugares c o m u n e s que surgen
en casi cualquier c o n v e r s a c i ó n casuaj cuyo t e m a sea Rulfo t a m b i é n
llegan a repetirse en las aulas universitarias y son m á s o menos los si-
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g u í e n l e s : «Pedro Páramo tuvo u n a mala acogida crítica cuando a p a r e c i ó
e n 1 9 5 5 » . « J u a n J o s é A r r e ó l a fue q u i e n i d e ó la estructura c a ó t i c a de
la n o v e l a » . «Alí C h u m a c e r o e s c r i b i ó la p r i m e r a r e s e ñ a de la novela
de J u a n R u l f o » . «Sin la i n t e r v e n c i ó n de los correctores d e l F o n d o de
C u l t u r a E c o n ó m i c a , Pedro Páramo j a m á s h a b r í a sido la obra que conoc e m o s » . E l lugar c o m ú n o t ó p i c o es u n artificio r e t ó r i c o que codifica
u n tema a tal grado que t o d o o r a d o r o escritor pueda generar u n
discurso a partir de él. E n el caso de las versiones que todavía c i r c u l a n
sobre la r e c e p c i ó n de Pedro Páramo puede percibirse que c u m p l e n c o n
u n a de las características que h a n h e c h o m á s sospechosa toda sutileza
retoricados
ojos d e l i n d i v i d u o i n f o r m a d o . Son ideas básicas a las que
cualquiera puede apelar para demostrar su c o n o c i m i e n t o y d o m i n i o
de la historia « t r a d i c i o n a l » a l r e d e d o r d e l surgimiento de la novela de
R u l f o " (p. 21). Zepeda p o n e en tela de j u i c i o esta versión de la historia
y c o n m u c h a r a z ó n p r e g u n t a : ¿ q u i é n f o r m u l ó estas ideas?, ¿ e n q u é se
basan?, ¿ p o r q u é perviven hasta nuestros días? Tres preguntas que
responde al desmontar e l "lugar c o m ú n " , en u n ejercicio crítico i n dispensable.
Los protagonistas de esta historia son los receptores entre los que
se fue creando cierta i n t e r p r e t a c i ó n de la novela. E n 1955, los lectores de Pedro Páramo eran " u n sector p r i v i l e g i a d o " ( c o n f o r m a d o p o r
críticos, editores, reseñistas, traductores y escritores). Y puesto que
f u e r o n ellos quienes c r e a r o n el discurso crítico acerca de la novela,
son ellos t a m b i é n los que Jorge Zepeda elige c o m o objeto de estudio.
A través de las sucesivas reimpresiones di Pedro Páramo y m e d i a n t e
el a u m e n t o d e l tiraje (la r e i m p r e s i ó n de 1964 en la Colección Popular
constaba de diez m i l copias), en los o c h o a ñ o s posteriores a 1955 se
a b r i ó paulatinamente u n c í r c u l o de lectores m á s a m p l i o . T o d o esto
c o n t r i b u y ó a que empezaran a despertar ecos en este discurso crítico la perspectiva c u l t u r a l d e l Estado anclada en el nacionalismo,
a s í c o m o las nuevas tendencias i d e o l ó g i c a s de la c u l t u r a m e x i c a n a
de esos a ñ o s - l a crisis d e l realismo, el p u n t o de vista cosmopolita y la
m o d e r n i d a d . Es decir, h u b o cierta evolución en el discurso crítico. Por
lo mismo, Jorge Zepeda analiza la r e c e p c i ó n desde cinco perspectivas:
la r e c e p c i ó n i n i c i a l de la novela, la c o n s t r u c c i ó n del discurso crítico
e n t o r n o a la novela en los o c h o a ñ o s posteriores, su i n s e r c i ó n en la
narrativa m e x i c a n a y su r e c e p c i ó n fuera de M é x i c o .
Para e l m e d i o c u l t u r a l m e x i c a n o , la a p a r i c i ó n de Pedro Páramo
significó el cambio de los p a r á m e t r o s c o n que se c o n c e b í a la novela
m e x i c a n a hasta los a ñ o s cincuenta, ya que p r o p o n í a u n nuevo m o d o
de leer. Zepeda r e ú n e todos los elementos de esta p r i m e r a articulac i ó n crítica - y crea u n a propuesta conflictiva, p o r q u e significó u n a
t r a n s f o r m a c i ó n de las c o n v e n c i o n e s - desde las perspectivas estéticas
e i d e o l ó g i c a s que privaban entre 1955 y 1963. Cada r e s e ñ a o a r t í c u l o
es u n a i n t e r p r e t a c i ó n que trata de a c o m o d a r la novela en u n esque-
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m a c u l t u r a l y l i t e r a r i o , p a n o r a m a d e l que se i n f i e r e n las principales
l í n e a s interpretativas r e a l i s m o y v a n g u a r d i a - que a ú n hoy son tema
de debate. El lector de este minucioso estudio t e n d r á n o sólo una
i m a g e n de la r e c e p c i ó n de la obra de Rulfo, sino de la c u l t u r a literaria
del p e r í o d o .
L a p a r t i c i p a c i ó n de la crítica literaria extranjera se incluye tamb i é n en el estudio de Zepeda. A p a r t i r de las traducciones difundidas
a pocos a ñ o s de publicada la novela -se realizan versiones en a l e m á n
(1958), i n g l é s y f r a n c é s (1959)-, se p r o p i c i ó u n a e x p a n s i ó n e d i t o r i a l
que p r o m o v i ó a su vez u n nuevo g r u p o de lectores. De esta manera,
en A l e m a n i a , Francia y Estados U n i d o s se c o m e n z ó a gestar la idea
de que la l i t e r a t u r a mexicana t e n í a su p a r a d i g m a en Pedro Páramo
- f e n ó m e n o que se e x t e n d e r á p o s t e r i o r m e n t e gracias al boom. E n el
caso de I b e r o a m é r i c a f u e r o n los escritores quienes i n t e r p r e t a r o n la
novela c o m o el i n d i c i o de u n a i d e n t i d a d l i t e r a r i a en ciernes.
A d e m á s de su m u y cuidada e d i c i ó n (a cargo d e l autor y de la Fund a c i ó n J u a n R u l f o ) , el v o l u m e n incluye f o t o g r a f í a s de algunos de los
a r t í c u l o s aparecidos entonces en p e r i ó d i c o s y r e . s t a s de c i r c u l a d ó n
nacional; r e p r o d u c e t a m b i é n materiales i n é d i t o s sobre la r e c e p c i ó n
de la novela, que a p o r t a n nuevas posibilidades de investigación. E n
la s e c c i ó n de "Excursos" se recoge u n a lista de las ediciones de Pedro
Páramo y u n a c r o n o l o g í a crítica m e d i a n t e la cual se p r o p o r c i o n a una
idea d e l n ú m e r o de artículos publicados cada a ñ o entre 1955 y 1963.
E l l i b r o cuenta, a d e m á s , c o n u n a s e c c i ó n de a p é n d i c e s en d o n d e se
r e p r o d u c e n dos entrevistas c o n J u a n R u l f o y dos artículos firmados
p o r el p r o p i o escritor. El p r i m e r artículo fue escrito c o n m o t i v o de los
t r e i n t a a ñ o s de la novela; d e l segundo, u n a r e f l e x i ó n sobre W i l l i a m
Faulkner, s ó l o se conserva su v e r s i ó n en i n g l é s .
E n su c o n j u n t o el l i b r o ofrece u n estudio i m p r e s c i n d i b l e de la
etapa en la que se f o r m ó u n a c o n c e p c i ó n de la novela que ha t e n i d o
amplias repercusiones en la l i t e r a t u r a m e x i c a n a e incluso en la iberoamericana. T i e n e u n atractivo especial p o r e x p o n e r el discurso de
escritores y críticos que buscan " m i t i f i c a r " la novela, en u n esfuerzo
p o r fijar u n a v e r s i ó n que corresponda a sus intereses personales. Los
criterios en que se basa tal versión -baste m e n c i o n a r los casos de Chumacera y A r r e ó l a - son a ú n tema de debate cada vez que en el á m b i t o
de la c u l t u r a m e x i c a n a se habla de R u l f o y su novela.
El trabajo de Zepeda es una vuelta a los estudios rulfianos, cuando
a c i n c u e n t a a ñ o s de distancia pareciera que se ha d i c h o t o d o acerca
de esta a ú n p o l é m i c a novela. Resulta difícil, en fin, discrepar de la
c o n c l u s i ó n a la que llega el p r o p i o autor: "Si la r e c o n s t r u c c i ó n de
este proceso desarrollado entre los a ñ o s 1955 y 1963 p e r m i t e al lector
apreciar ciertos detalles desatendidos o subestimados es necesario
advertir que su m i s m a naturaleza de vuelta sobre el pasado muestra
su parcialidad. E n la m e d i d a que el t i e m p o y nuevas investigaciones
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sumen otros d o c u m e n t o s pertinentes, este esfuerzo p o r dar consistencia a la m e m o r i a sobre la novela de Rulfo se a c e r c a r á m á s a esa
realidad, distante ya cinco d é c a d a s en el e x t r e m o m á s visible de su
estela t e m p o r a l " (p. 287).
EUSTOLIA URIÓSTEGUI
CARLOS
El Colegio de México