C e c i l i a C. Lee Rnory University Toma e l poeta s e v i l l a n o Manuel Mantero l a s p a l a b r a s de C a l i s t o p a r a dar t i t u l o a s u iiltima colecci'on de poemas : Ya quiere mrmecer. T i t u l o sugestivo de por s i y m6s a& s i recordamos l a c i r c u n s t a n c i a en l a c u a l C a l i s t o l a s pronuncia: t odavia embriagado por e l 6 x t a s i s amoroso , perdida t o d a conciencia de tiempo, e l amante exclama: Ya quiere amanecer. iQu6 e s e s t o ? No me parece que ha una hora que estamos aqui e da e l r e lox las t r e s . " No hay duda, e l amor en s u p l e n i t u d quiebra l a s b a r r e r a s humanas de tiempo y espacio. No creemos, pues, que adelantamos a1 afirmar que e s t e poemario t i e n e como e j e p r i n c i p a l e l amor, y que e s 6 s t e e l centro de l a s preocupaciones v i t a l e s y transcendentales d e l poeta. Son poems cuyo valor r a d i c a en l a e x t r a o r d i n a r i a capacidad de hacer palpables a l a s e n s i b i l i d a d d e l l e c t o r , l a a n g u s t i a d e l vivir y de amar, l a f u e r z a d e l deseo, e l goce de una ent r e g a m o r o s a , e l a n s i a de t r a s c e n d e r , e l valor de 10s sueiios de amor y 10s amores r e a l i z a d o s . La profundidad y c a l i d a d d e l sentimiento nos l l e ga a t r a v 6 s d e l lenguaje, expresivo en su c o n c i s i 6 n Y r i c o en imggenes sugestivas : "Las bocas besan como abismos." "Callan 10s t r e n e s cuando chocan t h e l e s . " "Siglo i n i i t i l de venas de cemento." La enumeraci6n e s uno de s u s recursos m& e f i c a c e s , c a 6 t i c a a veces en consonancia con e l ' "Y a1 f i n nos e s t a d o animico. En un t r i p t i c o e n c i e h a todo un proceso: encontramosl tendidos , p6st m o s ,/ d e s p i e r t o s . " E l ritmo t i e n e l a cadenc i a de l a prosa, surge n a t u r a l e s p o n t h e o , matizado con una gama de tonos. En unos poemas e l tono e s exaltado por l a a n g u s t i a d e l tiempo, l a pasi6n enardecida, l a a n g u s t i a de vivir. Otros vibran de gozo por e l p l a c e r de m a r . Las notas c r u e l e s , i r 6 n i c a s , s a l p i c a n 10s poemas con s u de jo de amargura. Lo prosaico en o t r o s denuncia l a r u t i n a , l a soledad. Pero e l t r i u n f o e s d e l amor, y con 6 1 C a l i s t o y Melibea. Sabiamente, e l poeta abre s u l i b r o con una i n v i t a c i 6 n a 10s m a n t e s , sus futuros l e c t o r e s , a r e g o c i j a r s e en e l amor, a d i s f r u t a r e l moment0 ItEntregad e l presente en 10desnuf e l i z y fugaz que l a pasi6n brinda: I1 Son dioses ante un cuerpo ( e l do," y a t r a s c e n d e r 10s l f m i t e s humanos: "Manuel Mantero, Dulcinea 3. 79 pggs. Ya quiere manecer. Madrid, 1975. Colecci'on v u e s t r o ) . " E l amor f u e n t e de paz e s l a mejor p r e p a r a c i 6 n p a r a e l goce en l a l e c t u r a de s u s poemas: I t Y l u e g o , en p a z , v e n i d , leed. l 1 En Melibea y C a l i s t o , 10s m a n t e s t r g g i c o s , e n c u e n t r a e l p o e t a l a encarnaci'on d e l amor. No e s en vano que cada poema lleve un e p i g r a f e e v o c a t i v o de una e x p e r i e n c i a , pensamiento, suefio de e s t o s m a n t e s t a l como 10h a hecho en e l t i t u l o . A s i , e l poema "Exculpa de l a manzana" t i e n e como e p i g r a f e "La s o b e r a n a hermosura, 11 pensamiento de C a l i s t o r e s p e c t o de Melibea. El p o e t a por s u p a r t e r e c r e a l a emoci6n que a n t e s u amada experiment6 cuando En forma por p r i m e r a vez l a v i o , l e h a b l 6 , l a b e s 6 , s e e n t r e g 6 a e l l a . c r e c i e n t e l a emoci6n 10i n v a d e , h a s t a d e s c u b r i r en l a p l e n i t u d d e l amor 11 It 11 I Y qub h a l l a z g o s de l a s o b e r a n a hermosura. " l a primavera d e l s e r , p l e n i t u d hace e l p o e t a a t r a v g s d e l amor! "La p r i m e r a vez que t e vi It supe p o r f i n 10que e s l a l i b e r t a d . I1 La p r i m e r a vez que t e hablg 11 11 No me import6 l a muerte porque q u e r e r t e e s conocer l a muerte. La p r i Me a t a s t e con lenguas i n v i s i b l e s . " ~ a mera vez que t e b e & , s o b e r a n a hermosura" e s t r a s c e n d i d a : "La p r i m e r a vez que t e v i desnuda,/ 11 supe que una mujer e s m& que s u a p a r i e n c i a p r e c i o s a . ... ... . . ." . ... E l poema 11L i t e r a t u r a " l l e v a como e p i g r a f e "Como de l a sombra a 10 r e a l , " p a l a b r a s de C a l i s t o . As; e l p o e t a antepone l a a u t b n t i c a r e a l i d a d de un moment0 de m o r a t o d a s las f i c c i o n e s i n v e n t a d a s p o r 10s e s c r i t o r e s a quienes 6 1 llama s o l i t a r i o s . E l s o l i t a r i o engendra l a b e r i n t o s . Por e s o hay qui enes i n v e n t an , oh, un a amada , dialogan con un c a p r i c h o de c o l o r t r a s l G c i d o , ................... Que i n v e n t e n e l l o s , d i g o , mientras despacio acoplas l a r i q u e z a de t u cuerpo a 1 LO, ............ E l amor unido a 1 tiempo, como l l e v a a 1 p o e t a a d e c l a r a r s u temor Nuevamente al t r i u n f o e s d e l amor. d e l poema que culmina con l a f u s i 6 n l i d a d : "Se equivoca e l e s p e j o : no 11 contemplo. e l t i t u l o d e l poemario 10s u g i e r e , a l a muerte, a1 d o l o r y a l a nada. "LYO? Melibeo soy." e s e l e p i g r a f e en e l amor que e s f u e n t e de inmortat r a n s c u r r o . / I n m o r t a l en t u s o j o s me C i r c u n s c r i t o a 1 tema d e l amor, element0 v i t a l en e l alma d e l p o e t a y en l a de cada poema, encontramos a1 p o e t a sumergido en e l campo d e l recuerdo: Espafia, l a t i e r r a , l a s amistades, l a g u e r r a , en f i n e l pasado. C a l i s t o d i c e "La t r i s t e z a a c a r r e a pensamientos." Nuestro p o e t a 10 siente: "Perdhame. Hace mucho que sal: de m i t i e r r a y que v i v o muy l e j o s d e l azahar de 10s n a r a n j o s . 11 I1 Un & a t r e c e yo n a c i e n t r e r u i n a s . 11 Luego s a l t a a l a r e a l i d a d de un nuevo p a i s . Confusi'on espiritual CELESTINESCA "Gracias m i donde s e conyuga e l sentimiento de l i b e r a c i 6 n y n o s t a l g i a : amor, porque ya no me importa (en absolute)/ e l var6n que I s a b e l I1 seleccion6 como proveedor de l a casa ( r e a l ) . " E l mmdo d e l ensuefio choca en e l de l a r e a l i d a d t i n a e s mon6tona. Vida y poesfa s e i d e n t i f i c a n . y a l a vez toda ru- qu6 o c u r r i r h en Espaiia (no encuentro l a corbata p h p u r a ) t r e s violaciones en Atlanta, Georgia Power Co. , Diners Club, F i r s t National Bank, Sears ........... E l l i b r o culmina con e l "Mon6logo de C a l i s t o a n t e l a s puertas de Melibea. l' Lleva como e p i g r a f e l a s palabras de l a p r o p i a Melibea: "Las puertas impiden n u e s t r o gozo, las cuales yo mdldigo. l1 Y e l p o e m irrumpe con l a imprecaci6n de C a l i s t o : 'l I ~ o b s t a sy enojosas puertas ,/ f u e p abrase ,I1 y aiiade 11Fuego de mi fuego, 11 simbolo d e l ardor de s u pasi6n. ... Con e s t a disposici6n ansnica de &era y pasi6n e x a l t a d a s e i n i c i a e s t e l a r g o poema, s f n t e s i s evocadora de l a h i s t o r i a de 10s amantes, captaci6n p o 6 t i c a de l a obra de Rojas. E l poema e s t h dividido en nueve p a r t e s que corresponden a un movimiento d i f e r e n t e en e s t a s i n f o n i a . En las dos primeras p a r t e s e l amante s e ensafia contra l a s p u e r t a s , I1 obst'aculo f f s i c o que impide l a m i 6 n con s u amada: h i r i e n t e s puertas como espadas," ser6n e l l a s , y s u inventor s e r 6 un "b6rbaro." E l deseo e s de venganza contra e l lefiador, fuente primaria de s u f r u s t r a c i 6 n . En l a t e r c e r a e l amante quiere alcanzar a l a amada per0 e l l a s e desvanece en s u imaginaci6n , s e t o r n a huidiza. E l amante se lamenta: "oh t r i s t e s i n o , / buscarte en 10s espejos/ que yo imagino. l1 La c u a r t a p a r t e nos remonta a1 huerto de Melibea, embriagante de perfumes y rumores nocturnos que hablan m& de amor a su imaginaci6n: " j a m i n , magnolia, r o s a , agua de fuente ,/ cerco nocturno de s u donceLa n a t u r a l e z a luego s e anima, crece, cobra poderes mhgicos, que llez. " E l amante s i e n t e perder s u voluntad p a r a l i b r a r s e ahogan s u s sentidos. de e s a n a t u r a l e z a inmantada de sensualismo. La f u e r z a d e l amor 10impele a l a conquista y a , en e l presente. Ma11 fiana y a s e r i a demasiado t a r d e : Maiiana/ e s t r e c h a r 6 10duro e n t r e mis brazes,/ un esqueleto, un desengafio. Nada." La o r g i a , e l amor voluptuoso se apodera de todas l a s p a r e j a s de A l l i est'an Sempronio y E l i c i a , P h e n o y Preusa, P l e b e r i o y enamorados. Alisa, que a l a i n v i t a c i 6 n de un 11~ a i l e m o s . " desatan s u pasi6n. I1Musica! C e l e s t i n a tambi6n b a i l a y / e l demonio l a t i e n t a y muerde. Y luego I1 todos "yacen/ y s e extenGan vagos e n t r e aplausos, p a r a dar pan a 10s . . ." . CELEST-INESCA p r o t a g o n i s t a s C a l i s t o y Melibea. Se e n t r e g a n e s t o s m a n t e s a un b a i l e "Qu6 b a l l e t d e l i c a d o d e l i c i o s o que 10s confunde en l a p l e n i t u d d e l amor. y p a r a l e l o . 1 Un 2 es l a armonia, un 2 e l s e r . " Despugs t o d o e s s i l e n c i o , s o l e d a d , negrura. E l amante pide a l a 11 noche: hazme ingr&rido/ y y o b u r l e las t a p i a s obscenas." Se d i r i g e a Dios y l e o f r e c e s u alma " a cambio de e s e cuerpo a 1 que corona/ una mirada emocionada y verde. 11 " iD6nde e s t & , MeliY dramgtico empieza l a b6squeda de s u amada: golondrina sin vuelo,/ cierva b e a , / c u t i s de mayo, c o l o r a d a boca,/ s i n s a l t o . I1 ... L a bikqueda e s l a p e s a d i l l a s i n f i n ; t o d o h a s i d o un sueiio en l a mente enajenada d e l amante C a l i s t o a n t e l a s p u e r t a s de Melibea. Mentira h a s i d o todo. "iMentira e l a l t o halc6n que me condujo a t u h e m o s u r a , / m e n t i r a e l o l o r o s o h u e r t o , / m e n t i r a tG?" Culmina e l poema con l a evocaci6n de l a t r a g e d i a . E l amante r e c o r r e "S610 oigo e l e l l u g a r en l a noche , como un alma en pena y murmura: v i e n t o f r i o y a 10 l e j o s / e l rumor de una r o s a que deshoja/ s u p o s i b i l i dad s o b r e un abismo. 11 E l amor evocado a t r a v 6 s d e l poemario e s t 6 p r e s e n t a d o en s u s m& v a r i a d a s f a c e t a s , p e r o s i hay c o n s t a n t e s en 6 1 son e l amor como p l e n i t u d de un momento, f u e n t e de i n m o r t a l i d a d , t r a s c e n d e n c i a h a c i a 10 divino. De l a s m a t i p l e s sensaciones d e l amor que e l p o e t a nos r e c r e a , b i e n s a b e l a 11 Es un f u e g o escondido, una a g r a d a b l e l l a g a , un sabromadre C e l e s t i n a : s o veneno, una d u k e amargura, una d e l e c t a b l e d o l e n c i a , un a l e g r e torment o , una d u k e y f i e r a h e r i d a , una b l a n d a muerte. 11 Aucto ~110. Hablan C a l i s t o y Melibea. de Wirsung, 1520. De l a t r a d u c c i 6 n alemana