Letras Profª: Ana Lucia Trevisan Literatura Espanhola na Idade Média e início do Renascimento Objetivos da aula: 91. Estudar o contexto histórico da Espanha medieval. 92. A 92 Analisar li a obra b lit literária: á i El cantar t de d Mio Cid. 93. Analisar a obra literária: El Lazarillo de Tormes. A conquista da Espanha: diferentes povos chegam a península Iberos chegaram à península 2.000 anos AC. 9Iber significa rio. 9Origem da Espanha: Iber-rio. 9Cultura agrária. 1 9900 AC – Presença dos Celtas. 9Cultura celto-ibérica: coração da cultura agrária espanhola. 9Cultura mediterrânea: fenícios e gregos comércio, circulação de moeda. A Espanha árabe 9Em 711d.C., a Espanha foi invadida pelos muçulmanos. ç 9Os povos islâmicos permaneceram 800 anos na península Ibérica. 2 Imagem 1 Alhambra, Granada. Concebida como zona militar, La Alhambra passa a ser residência real, a meados do século XIII. 3 Imagem 3 Imagem 2 La Alhambra Granada A grande Mesquita de Córdoba Espanha cristã luta contra o invasor islâmico 9A Reconquista foi um acontecimento militar. 9A cruz se junta à espada. 9Igreja e Poder Militar. 4 Figura histórica: “El Cid” 9Rodrigo Diaz de Vivar. 9Nascido em Burgos, g , em 1043,, e morto em Valencia, em 1099. 9“Ganamos nuestro pan luchando contra los moros” (El Cid). Estátua de El Cid, na cidade de Burgos, Espanha Imagem 4 El Cid – em árabe significa “meu senhor”. Reflexão 9El Cid e o contexto histórico da Espanha medieval. 5 Poesia Medieval Mesteres (ofícios) 9Mester de juglaría: era uma diversão para os reis, nobres e também para o povo. Misturava poesia, música, mímica e acrobacia. 9Mester de clerecía: próprio dos clérigos. 9Cantar de gesta: são poemas épicos. 9Relata a vida de personagens ou acontecimentos da vida de um povo. 9El cantar de Mío Cid está entre eles. Poema del Mío Cid 9Poema épico medieval que narra as ações de El Cid. 9Épica que narra facetas ‘humanas’ humanas do herói herói. 9Traços realistas; 9Enganos e trapaças; 9Vinganças. 6 Principais temas do Cantar de mío Cid. 9Recuperar a honra: eixo central. 9O desterro injusto. 9O progressivo engrandecimento de El Cid que recupera a sua honra. 9A honra se recupera, na medida que El Cid vence as batalhas. 9 Ajuda o rei e constrói o perfil da Espanha da reconquista. Fragmento do texto: preocupações de El Cid “Alargó entonces las manos el de la barba florida y a las niñas sus dos hijas em los brazos las cogía; al corazón acercólas porque mucho las quería. Con lágrimas en los ojos muy fuerte suspira: http://www.trinity.edu/mstroud/3331/cid1.html (Acesso em 03/08/2010) 9 Oídme, doña Jimena, tan entera mujer mía; como yo quiero a mi alma, otro tanto a vos quería. 9 Ya lo veis, nada más cabe que separarnos em vida. 9 Yo he de irme, y de este modo vos quedaís en compañia. 7 Rogad a nuestro Señor, rogad a santa María, que con mis hijas, que ventura me proteja la vida por muchos días, en que vos, mujer honrada, de mí podáis ser servida”. El Cid: personagem 9 Íntegro: sempre fiel aos seus valores: 9cristão, valores feudais. 9 El Cid é um herói humano 9Possui mulher e filhas. 9Preocupa-se com o bem-estar material. 9Sua meta, que é a recuperação da honra, se equipara à meta de tornar-se um homem rico. 9É um homem casado, é um pai. 9Diferenças com relação ao herói épico tradicional. 9Não possui poderes mágicos mágicos. 9Vivencia o mundo das preocupações cotidianas. 8 Eixo temático central 9No caso do casamento das filhas: 9Após a desonra inicial, faz-se a justiça. Elas recuperam a sua honra, quando se casam com os infantes de Navarra e Aragón. O casamento das filhas de El Cid – recupera definitivamente a sua honra. Gracias al rey de los cielos. La venganza se cumplió. Libres quedan ya mis hijas de la herencia de Carrión Carrión. Sin desdoro he de casarlas, que si a unos duele, a otros no. Prosiguieron, pues, los tratos com Navarra y Aragón, y todos tuvieron junta con Alfonso el de León. Hicieron sus casamientos doña Elvira y doña Sol. http://www.trinity.edu/mstroud/3331/cid3.html (Acesso em 03/08/2010) Fim da Idade Média 9Surge na Europa um sentimento de renovação. 9Renascimento. 9No século XV, os homens provaram uma sede por informações. 9 1492 – “O ano crucial” 9Espanha consegue a sua unificação. Tomada de Granada 9Publicação da Gramática Castellana, Antonio de Nebrija. 9Descoberta da América, por Cristóbal Colón. Imagem 5 9O último rei mouro, Boabdil, entrega as chaves de Granada a Isabel de Castela. Estátua de Nebrija, Nebrija em Madrid Imagem 6 10 Cristóbal Colón desembarca en La Española, (autor desconhecido,1728) Imagem 7 Contexto histórico da Espanha do século XVI 9Os Reis católicos: Fernando e Isabel. 9A América hispânica: projeções e riquezas. 9Intolerância quanto às diferenças religiosas. 9Espanha da Intolerância 9Contínuas Guerras 9Dificuldades econômicas 11 El Lazarillo de Tormes 91554: surge, em três cidades diferentes (Burgos, Alcalá de Henares e Amberes), um pequeno livro li anônimo: ô i Imagem 8 9La vida de Lazarillo de Tormes y de sus fortunas y adversidades. Imagem 9 O cego g e o Lazarillo,, Salamanca 12 Ilustração: Lazarillo de Tormes Imagem 10 9Sucesso: várias reedições. 91559: a obra é incluída no Índice inquisitorial – fica oficialmente proibida a sua leitura. 91573: publica-se o Lazarillo castigado, no qual são suprimidas frases e alguns capítulos. Temas da obra Lazarillo de Tormes 9Crítica Crítica à sociedade espanhola. 9Anti-clericalismo. 13 Atividade 9Quais aspectos da sociedade espanhola do século XVI tornam-se alvos da crítica implícita ao texto Lazarillo de Tormes? O aprendizado de Lazarillo 9As “desventuras” de Lazaro e o cego. O jarro de vinho. 9O 9As uvas. 9A ‘linguiça’. O jarro de vinho Fue tal el golpecillo, que me desatino y saco de sentido, y el jarrazo tan grande, que los pedazos del se me metieron por la cara cara, rompiendomela por muchas partes, y me quebró los dientes, sin los cuales hasta hoy día me quede.Desde aquella hora quise mal al mal ciego, y aunque me quería y regalaba y me curaba, bien vi que se había holgado del cruel castigo. http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 (Acesso em 03/08/2010) 14 Lavome con vino las roturas que con los pedazos del jarro me había hecho, y sonriendose decía: "¿Que te parece, Lázaro? Lo que te enfermo te sana y da salud", y otros donaires que a mi gusto no lo eran. http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 (Acesso em 03/08/2010) As uvas "Agora quiero yo usar contigo de una liberalidad, y es que ambos comamos este q hayas y del tanta p parte racimo de uvas, y que como yo. Partillo hemos desta manera: tú picaras una vez y yo otra; con tal que me prometas no tomar cada vez mas de una uva, yo haré lo mesmo hasta que lo acabemos, y desta suerte no habrá engaño“. http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 (Acesso em 03/08/2010) Hecho ansí el concierto, comenzamos; mas luego al segundo lance; el traidor mudo de propósito y comenzó a tomar de dos en dos, considerando que yo debería hacer lo mismo mismo. Como vi que él quebraba la postura, no me contente ir a la par con él, mas aun pasaba adelante: dos a dos, y tres a tres, y como podía las comía. Acabado el racimo, estuvo un poco con el escobajo en la mano y meneando la cabeza dijo: 15 As uvas "Lázaro, engañado me has: jurare yo a Dios que has tu comido las uvas tres a tres”. “No tres No comí -dije dije yo yo- más ¿por qué sospecháis eso” Respondió el sagacisimo ciego:"¿Sabes en que veo que las comiste tres a tres? En que comía yo dos a dos y callabas“. http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 (Acesso em 03/08/2010) 9O clérigo avarento 9A chave da arca e os ratos. "¡Lázaro! ¡Mira, mira que persecución ha venido aquesta noche por nuestro pan!"Yo pan! Yo hiceme muy maravillado, preguntandole que seria."¡Que ha de ser! -dijo él-. Ratones, que no dejan cosa a vida."Pusimonos a comer, y quiso Dios que aun en esto me fue bien, que me cupo mas pan que la lacería que me solía dar, porque rayo con un cuchillo todo lo que pensó ser ratonado, diciendo: "Comete eso, que el ratón cosa limpia es”. O escudeiro As aparências e as ‘verdades’ "Tu, mozo, ¿has comido?" "No, senor -dije yo-, que aun no eran dadas las ocho cuando con vuestra merced encontré encontré." "Pues, aunque de mañana, yo habia almorzado, y cuando ansí como algo, hagote saber que hasta la noche me estoy ansi. Por eso, pasate como pudieres, que despues cenaremos. http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 16 9Vuestra merced crea, cuando esto le oí, que estuve en poco de caer de mi estado, no tanto de hambre como por conocer de todo en todo la fortuna serme adversa. "Virtud es esa -dijo él- y por eso te querré yo mas, porque el hartar es de los puercos y el comer regladamente es de los hombres de bien”. "¡Bien te he entendido! -dije yo entre mí¡maldita tanta medicina y bondad como aquestos mis amos que yo hallo hallan en la hambre!" http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 9O episódio do vendedor de bulas. 9As artimanhas do engano. 17 9O grande aprendizado de Lázaro: 9As aparências contam mais que as verdades. verdades 9O mundo da idade média começa a desaparecer, quando o engano e o disfarce tornam-se possíveis. Atividade 9 Reflita sobre essa sequência de “ensinamentos” e trapaças, que formaram a personalidade de Lazaro. 9 Escreva um pequeno texto sobre os motivos dessa trajetória de ‘corrupção’, que parece ser uma das características fundamentais da vida de Lázaro de Tormes. 9O verdadeiro aprendizado: 9A astúcia do cego se contrapõe à ausência de visão visão. 9O clérigo não é solidário. 9O nobre escudeiro vive de esmolas. 18 Estrutura da obra 9Narração em primeira pessoa. 9A personagem, Lazaro, conta a sua vida em sua totalidade. t t lid d 9“Pues sepa vuestra merced, ante todas las cosas, que a mí me llaman Lázaro de Tormes”. http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 A realidade aparece pelo olhar desse Yo. Os valores da sociedade e de todo o sistema político e religioso dominante será submetido à crítica e à ironia de Lázaro. A picaresca Relatos nos quais os protagonistas (na maioria dos casos) são marginalizados, contam suas vidas e sua luta pela sobrevivência. b i ê i 19 A picaresca é uma narrativa que apresenta elementos contrários aos costumeiros relatos das aventuras de cavaleiros fantásticos ou de pastores apaixonados. Narrativa em que o próprio protagonista relata sua vida de excluído, e a este tipo de protagonista éd dado d o nome d de ““pícaro”. í ” Aspectos sociais 9A pobreza de grande parte da população da Espanha do século XVI. 9P d t mais 9Produtos i caros. 9Abandono do campo. 9“Fuga” para a América na tentativa de enriquecer. 20 9 9 Imagem 1 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/Alhambra_view.jpg 9 9 9 9 9 9 9 Imagem2 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Adolf_Seel_Innenhof_der_Alhambra.jpg Imagem 3http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/Mosque_of_Cordoba_Spain.jpg Imagem 4 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Estatua_del_Cid.png Imagem 5http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4e/Reconquista-rendicion-granada.jpg imagem6http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a8/Antonio_de_Nebrija_%28A._Nogu%C3%A9s%29_ g p p g p _ _ j _ _ g _ Madrid_01.jpg 9 9 9 9 9 9 9 9 Imagem 7 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Columbus_landing_on_Hispaniola.JPG Imagem8 http://www2.ups.edu/faculty/velez/Span_402/lazar/lazar1.jpg Imagem 9 http://mcdaniel.iupdhc.org/wiki/show_image.php?id=234 Imagem 10 http://centros5.pntic.mec.es/ies.de.escalona/LAZARO_ESCALONA.jpg 9 9 http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=21 (Acesso em 03/08/2010) http://www.trinity.edu/mstroud/3331/cid1.html (Acesso em 03/08/2010) 9 http://www.trinity.edu/mstroud/3331/cid3.html (Acesso em 03/08/2010) 21