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LOS
INDIOS FLECHEROS
María
El
EN
d e lCarmen
Colegio de
L A S C R Ó N I C A S D E L A c o n q u i s t a de A m é r i c a
m u c h o s pasajes e n los q u e los autores
VELAZQUEZ
México
encontramos
cuentan cómo,
en
m u c h a s ocasiones, los españoles f u e r o n r e c i b i d o s p o r los i n d i o s c o n u n a l l u v i a de flechas.
E n sus relaciones los con-
quistadores c o n f i e s a n el t e m o r y el m i e d o q u e les c a u s a b a n
los
guerreros i n d i o s armados de arcos y flechas p r i m i t i v a s , a
pesar de l l e v a r ellos armas q u e se j u z g a b a n superiores.
Los
i n d i o s — c u e n t a u n c o n q u i s t a d o r de C h i l e — " s a l i e r o n de sobresalto c o n t r a todos ellos, c o n t a n t o í m p e t u , q u e
aunque
e s t u v i e r a n sobre aviso los m a t a r o n todos, c o m o los m a t a r o n ,
d á n d o l e s tantos flechazos p o r el c u e r p o , teniéndolos cercados,
q u e los pobres españoles, viéndose e n t a n t a necesidad, pelearon
desesperadamente
vida".
En
s i n q u e quedase n i n g u n o de ellos a
1
su H i s t o r i a
V e r d a d e r a , B e r n a l Díaz del Castillo pone
especial c u i d a d o e n hacer saber a l lector "los riesgos de m u e r te y heridas y m i l cuentos de m i s e r i a s " q u e s u f r i e r o n p a r a
d e s c u b r i r las tierras de las q u e j a m á s se h a b í a t e n i d o n o t i c i a s
y c ó m o de día y de noche h a b í a n b a t a l l a d o c o n m u l t i t u d de
belicosos guerreros.^ B u e n n ú m e r o de c o n q u i s t a d o r e s n o t u v i e r o n l a f o r t u n a de salir c o n v i d a de las sangrientas guerras
mexicanas.
F r a n c i s c o H e r n á n d e z de C ó r d o b a , r i c o h o m b r e
d e C u b a , m u r i ó a consecuencia de los m u c h o s flechazos
que
r e c i b i ó de los bravos guerreros m e x i c a n o s e n C h a m p o t ó n .
Los
i n d i o s , c o n los q u e se e n f r e n t a r o n los españoles e n
tierras m e x i c a n a s , tenían p o r p r i n c i p a l o f i c i o el ejercicio de
la
g u e r r a , "así p a r a defenderse de los enemigos, c o m o p a r a
conquistar provincias a j e n a s . . . "
3
Este p u e b l o guerrero
T e n o c h t i t l á n t e n í a armas f o r m i d a b l e s : los arcos, las
de
flechas,
lanzas t a n largas c o m o las españolas y otras menores y r o -
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MARÍA
3
DEL
CARMEN
VELÁZQUEZ
délas y m a c a n a s y espadas c o m o de a dos m a n o s , y p i e d r a s y
hondas
y armas de a l g o d ó n , y t r o m p e t i l l a s y
alambores.
4
C u a n d o se i n i c i a b a e l c o m b a t e y los i n d i o s e m p e z a b a n a flechar, los españoles sabían q u e r e c i b i r í a n m u c h o d a ñ o de ellos.
B e r n a l l l a m a a esa gente i n d í g e n a de g u e r r a " i n d i o s flecheros", n o m b r e q u e p e r d u r ó d u r a n t e todo e l d o m i n i o colon i a l e n A m é r i c a p a r a d e s i g n a r a los i n d i o s guerreros.
L o s soldados m e x i c a n o s se a d i e s t r a b a n desde m u y j ó v e n e s
e n el uso de las armas. E n t r e los m i e m b r o s de l a casta m i l i tar n o sólo era a d i e s t r a m i e n t o p a r a l a g u e r r a , s i n o t a m b i é n
divertimiento: "solían jugar a tirar con el arco a l blanco,
o c o n los dardos, y a esto t a m b i é n
ciosas".
se g a n a b a n cosas pre-
5
S i n e m b a r g o los m e x i c a n o s n o sólo e r a n guerreros.
Había
t a m b i é n e n esta n a c i ó n b u e n n ú m e r o de campesinos, comerciantes y artesanos q u e n o e r a n diestros e n e l uso d e l a r c o
y de las flechas.
Según los
testimonios indígenas los jefes
m i l i t a r e s g u a r d a b a n las armas y, sólo c u a n d o i b a n a e m p r e n der u n a c a m p a ñ a , las d i s t r i b u í a n entre los guerreros; l o q u e
i n d i c a l a e x i s t e n c i a d e u n ejército p r o f e s i o n a l c o n soldados
d i s c i p l i n a d o s y hábiles e n el m a n e j o d e l a r m a m e n t o d e n t r o
de l a s o c i e d a d i n d í g e n a .
A u n q u e l a c o n q u i s t a y el s o m e t i m i e n t o de los g r u p o s i n dígenas a m e r i c a n o s fue s a n g r i e n t a y difícil, c o n el t i e m p o
los españoles l o g r a r o n d o m i n a r a los p r i n c i p a l e s núcleos d e
la población.
C a s i s i e m p r e se e x p l i c a el r e s u l t a d o d e l en-
c u e n t r o d e u n p e q u e ñ o g r u p o de guerreros europeos y u n
gran número
de guerreros indígenas, ambos m u y belicosos,
p o r l a s u p e r i o r i d a d de las armas de los europeos.
L o s arca-
buces, las espadas de acero, las a r m a d u r a s de h i e r r o y las
cotas de m a l l a p r o t e g i e r o n más eficazmente a los europeos,
q u e sus a r m a s a los indígenas.
P a r e c e ser q u e el é x i t o e n l a g u e r r a q u e h a c í a n los i n dios antes de l a l l e g a d a de los españoles consistía e n o b t e n e r
e l m a y o r n ú m e r o de cautivos.
C o n las armas r e l a t i v a m e n t e
p o c o mortíferas q u e tenían, ésto era p o s i b l e . L a m u e r t e ven í a después, a m a n o s de los sacerdotes y los jefes guerreros.
C o n las armas q u e t r a j e r o n los españoles l a m u e r t e fue m á s
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FLECHEROS
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r á p i d a y fácil, m á s i n m e d i a t a a l a l u c h a y e n mayores cantidades.
L o s i n d i o s guerreros, esto es los soldados m e x i c a n o s , m u r i e r o n e n g r a n n ú m e r o d u r a n t e l a c o n q u i s t a y los pocos q u e
q u e d a r o n , a l apoderarse Cortés de T e n o c h t i t l á n , f u e r o n som e t i d o s r u d a m e n t e a l d o m i n i o p e n i n s u l a r . F u e m o t i v o de
e s c l a v i t u d e l rebelarse i n d i v i d u a l m e n t e o e n g r u p o c o n t r a
el español. A d e m á s l a C o r o n a española o r d e n ó q u e se p r i v a r a a los i n d i o s de sus armas.
E n los p r i m e r o s años d e l g o b i e r n o c o l o n i a l los reyes esp a ñ o l e s d i c t a r o n numerosas disposiciones p r o h i b i e n d o q u e
los i n d i o s p o r t a r a n armas. P a r a e l l o se o r d e n ó q u e n a d i e
v e n d i e r a armas a los i n d i o s . L o s " v e n c i d o s " , además n o pod í a n a p r e n d e r a f a b r i c a r las armas españolas, n i s i q u i e r a se
les p e r m i t i ó q u e v i v i e r a n e n las casas de los fabricantes.
Estas disposiciones n o se c u m p l i e r o n t a n r i g u r o s a m e n t e
c o m o p o d r í a pensarse. E n los lugares q u e i b a n s i e n d o conq u i s t a d o s y pacificados q u e d a r o n s i e m p r e grupos q u e p o r t a b a n sus armas, c o m o e n T l a x c a l a . A i n d i o s nobles y a i n d i o s
a m i g o s se les p e r m i t i ó conservar sus arcos y flechas. E m p e z ó
e n t o n c e el mestizaje de los g r u p o s bélicos: españoles q u e
salían a c a b a l l o a l a c o n q u i s t a de nuevas tierras c o n armas
e u r o p e a s y g r u p o s de i n d i o s sometidos q u e los seguían a p i e
c o n sus armas indígenas.
C O N F O R M E S E F U E E X T E N D I E N D O el d o m i n i o c o l o n i a l los i n d i o s
f u e r o n o l v i d a n d o el uso de sus arcos y flechas, de sus lanzas
y d e sus h o n d a s .
A s i m i s m o se fue i n t r o d u c i e n d o , e n los l u -
gares apartados y fragosos,
el uso d e l machete,
aunque
ya
n o tanto c o m o a r m a de c o m b a t e s i n o c o m o m e d i o de defensa
p e r s o n a l y a u x i l i a r e n l a caza.
En
el siglo x v m se e n c u e n t r a n e n l a p e r i f e r i a d e l v i r r e i -
n a t o de N u e v a
España
varios
grupos
de i n d i o s l l a m a d o s
" b á r b a r o s " q u e u s a b a n c o n g r a n eficacia el a r c o y las flec h a s . A l l á d o n d e l a transformación social d e l i n d í g e n a h a b í a
s i d o menos p e r c e p t i b l e y l a i n f l u e n c i a d e l g o b i e r n o c o l o n i a l
m á s débil, e l u s o d e l arco y las flechas era c o r r i e n t e .
b i é n l o fue
e n las regiones l l a m a d a s de " f r o n t e r a
Tamindia",
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MARÍA
3
DEL
CARMEN
VELÁZQUEZ
c o m o e n l a r e g i ó n de C o l o t l á n , en N u e v a G a l i c i a :
e n d o n d e se a t r i n c h e r a r o n i n d i o s rebeldes
lugares
(chichimecas, co-
ras y h u i c h o l e s ) q u e e r a n c o n t e n i d o s p o r i n d i o s amigos d e
los españoles, estos ú l t i m o s asentados en p u e b l o s organizados.
A m e d i a d o s d e l siglo x v m los m o n a r c a s españoles ensay a r o n u n a n u e v a p o l í t i c a a d m i n i s t r a t i v a e n las zonas f r o n terizas d e l v i r r e i n a t o m e x i c a n o .
E n t o n c e s se d i e r o n c u e n t a
los f u n c i o n a r i o s p e n i n s u l a r e s q u e el s o m e t i m i e n t o de las t r i bus bárbaras r e s u l t a b a más peligroso y c o m p l i c a d o de l o q u e
s u p o n í a n , e n g r a n parte, p o r el a r m a m e n t o de q u e d i s p o n í a n los i n d i o s .
A d v i r t i e r o n q u e los g r u p o s insumisos ade-
más de saber m a n e j a r el arco y las flechas c o n g r a n destreza,
h a b í a n a p r e n d i d o a usar e l c a b a l l o .
movilidad.
acierto.
T e n í a n por ello gran
P o d í a n atacar c o n m u c h a r a p i d e z y c o n m a y o r
T o d o s los m i l i t a r e s españoles q u e e s t u v i e r o n c o m i -
sionados e n e l n o r t e d e l V i r r e i n a t o , p a r a c o l o n i z a r y p o b l a r
esa r e g i ó n , sabían q u e los i n d i o s flecheros n ó m a d a s e r a n temibles.*
T e n í a n g r a n práctica e n e l uso d e l arco y las
fle-
chas, pues e r a n éstas las armas q u e u s a b a n en las guerras
q u e se h a c í a n entre ellos. C u a n d o en sus batallas c o n a l g u n a
tribu
e n e m i g a n o m o r í a n l o combatientes, los cogían,
los
a m a r r a b a n c o n t r a a l g ú n m a d e r o y l u e g o los m a t a b a n a flechazos.
E n l a p r i m e r a m i t a d d e l siglo x v n i los jesuítas q u i s i e r o n
establecer m i s i o n e s p o r el O c c i d e n t e de l a N u e v a España. E n
sus e x p l o r a c i o n e s se e n c o n t r a r o n c o n i n d i o s p i m a s , apaches,
tepehuanes, etc., que, a s u b r a v u r a p r i m i t i v a de p u e b l o s q u e
v i v í a n de l a g u e r r a , u n í a n u n a g r a n " f u r i a c o n t r a t o d a l a
gente de r a z ó n " .
E n 1752 se a l z a r o n c o n t r a los jesuítas y los españoles los
i n d i o s de l a P i m e r i a .
H u b o q u e hacerles l a g u e r r a .
E l jefe
L u i s , n a t u r a l d e l p u e b l o de S o r i q u e , p r o n t o se d i o c u e n t a de
l a débil situación e n l a q u e estaba el G o b e r n a d o r y C a p i t á n
General,
a pesar de sus " f u s i l e r o s de m o n t a ñ a "
a r m a s d e fuego.
res españoles.
y de
sus
N o se arredró c o n los p r e p a r a t i v o s m i l i t a -
E l Gobernador, en realidad, n o podía
hacer
u n a g u e r r a de e x t e r m i n i o y el jefe p i m a m a n t u v o su a c t i t u d
desafiante, " g l o r i á n d o s e de q u e las armas españolas, n o ser-
INDIOS
FLECHEROS
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v í a n s i n el a p o y o de arco y flechas, y si los españoles
no
p o d í a n c o n c u a t r o s a i s , c o m o p o d r í a n c o n los P i m a s q u e
son m u c h o s " .
7
N o e r a n sólo bravatas de los i n d i o s .
Efecti-
v a m e n t e , p a r a v e n c e r a u n o s i n d i o s , los españoles se tenían
q u e a l i a r c o n otros, q u e f u e r a n sus enemigos. P o r o t r a p a r t e
ellos se d e f e n d í a n b i e n c o n sus armas.
P o r e j e m p l o : e n las
negociaciones de paz, u n español a m e n z ó a u n p i m a c o n q u e
" l e d a r í a u n m o q u e t e , p e r o s i n dárselo n i hacerle o t r o d a ñ o
a l g u n o , a l o q u e e l v i e j o disparó u n flechazo q u e le atravesó
e l brazo, l o q u e visto p o r el d i c h o G o b e r n a d o r d e l A r i b a c ,
a r r e m e t i ó a l m a l h e c h o r , q u i e n a l p u n t o le disparó o t r o flechazo a este g o b e r n a d o r , q u i e n v i e n d o estas desvergüenzas
a g a r r ó d e los cabellos a l preso y se l o traía a su estribo, el
q u e n o obstante, h a c í a el v i e j o l a d r ó n n u e v a d i l i g e n c i a de
enarcar contra el Gobernador".»
E n l a Instrucción
q u e f o r m u l ó d o n B e r n a r d o de G á l v e z
e n 1786 p a r a e l g o b i e r n o de las P r o v i n c i a s I n t e r n a s ,
9
tuvo
m u c h o c u i d a d o de a d v e r t i r a quienes l a h a b í a n de seguir, l a
i m p o r t a n c i a q u e tenía p a r a el é x i t o de l a c a m p a ñ a de p a c i ficación e l uso q u e el i n d i o h a c í a d e l arco y las flechas y l a
n e c e s i d a d q u e h a b í a de acabar c o n l a c o s t u m b r e de servirse
d e esas armas.
N o s o l a m e n t e q u e r í a el v i r r e y acabar c o n las armas i n dígenas p a r a d e j a r indefensos a los i n d i o s y p o d e r de esa
m a n e r a someterlos más fácilmente.
Sus razones n o e r a n p u -
r a m e n t e m e r c e n a r i a s . É l se d i o c u e n t a de o t r o aspecto de l a
cuestión: el i n d i o q u e r í a conservar sus armas p o r q u e e r a n
s í m b o l o de su i n c o n f o r m i d a d p o r l a p é r d i d a de su l i b e r t a d .
L o s " i n d i o s flecheros" de las diversas fronteras i n d i a s así l o
entendían.
Pues, p o r su c a l i d a d de i n d i o s fronterizos n o pa-
g a b a n t r i b u t o , n i d e p e n d í a n de a u t o r i d a d e s locales.
Conser-
v a n d o sus armas se h a c í a n l a ilusión de q u e m a n t e n í a n a ú n
s u i n d e p e n d e n c i a y su l i b e r t a d . E l g o b i e r n o de las P r o v i n cias I n t e r n a s t e n í a c o m o f i n a l i d a d n o sólo someter a los i n d i o s , s i n o t a m b i é n c i v i l i z a r l o s , * atraerlos p o r m e d i o s suaves
1
a l o s usos de los españoles y el arco y l a flecha e n m a n o s d e l
i n d i o significaban guerra y barbarie.
N o sólo los españoles r e f l e x i o n a r o n sobre sus relaciones
2 o
MARÍA
4
c o n los bárbaros.
DEL
CARMEN
VELÁZQUEZ
Éstos t a m b i é n se d i e r o n c u e n t a de su s i -
t u a c i ó n frente a los europeos.
Experimentaron l a superiori-
d a d q u e d a b a n las armas de fuego y p o r e l l o p r o n t o q u i s i e r o n a d q u i r i r l a s . C u a n d o salían sólo de cacería, e l f u s i l les
r e s u l t a b a más eficaz q u e e l arco y las flechas, a s i m i s m o e n
las guerras q u e se h a c í a n entre las m ú l t i p l e s t r i b u s bárbaras.
P e r o en l a g u e r r a c o n t r a los españoles l a situación era o t r a ,
pues — d e c í a d o n B e r n a r d o de G á l v e z — " s i los i n d i o s a b a n d o n a s e n l a flecha p o r el a r m a de fuego,
n u e s t r a p a r t e todas las v e n t a j a s " .
11
se p o n d r í a n
de
Este v i r r e y estaba c o n -
v e n c i d o de q u e p a r a empezar a c i v i l i z a r a los bárbaros y a
establecer relaciones pacíficas c o n ellos h a b í a q u e i n d u c i r l o s
a c o m e r c i a r c o n los españoles. N o h a b í a q u e asustarse de q u e
a d q u i r i e r a n armas de fuego e n este trato, pues p o r u n a p a r t e
se establecía u n a d e p e n d e n c i a y " l a reconocerán s i n d u d a e n
el c a m b a l a c h e de fusiles y m u n i c i o n e s q u e desean c o n vivas
ansias los apaches l i p a n e s , y es e r r o r persuadirse de q u e las
armas de fuego manejadas p o r los i n d i o s nos h a g a n mayores
daños q u e e l arco y l a f l e c h a " .
" N a d i e i g n o r a l a a g i l i d a d y certeza c o n q u e s i n i n t e r m i sión las d e s p i d e n , l a fuerza y p o d e r de esta a r m a , los estragos q u e causa y q u e los i n d i o s se p r o v e e n de e l l a en c u a l q u i e r parte, s i n n e c e s i d a d de fábricas n i r e p u e s t o s " . "
G á l v e z , q u e fue G o b e r n a d o r de l a N u e v a V i z c a y a y de l a
L u i s i a n a antes de ser v i r r e y de N u e v a España, y q u e p o r eso
tenía e x p e r i e n c i a en el trato c o n las naciones bárbaras, f u n d a b a sus razones e n dos hechos q u e conocía b i e n . E n p r i m e r
l u g a r q u e las armas de fuego e x i g í a n u n c u i d a d o y u n m a nejo
q u e el grueso de los i n d i o s a ú n n o e r a n capaces de
darles, a d e m á s de u n a d i e s t r a m i e n t o e n su m a n e j o q u e
proporcionorían al indio.
no
E s decir, el español d e b í a conser-
v a r l a s u p e r i o r i d a d técnica sobre e l i n d i o y sacar p r o v e c h o
de e l l a .
Q u i t á n d o l e el arco y las flechas se l e d e j a b a a mer-
ced d e l especial r e f i n a m i e n t o técnico d e l europeo.
Por otra
p a r t e r e c o n o c í a las l i m i t a c i o n e s de las armas europeas
que
se h a c í a n más evidentes e n el t i p o de g u e r r a h e c h a p o r l o s
indios.
"Parecerá
q u e h o y . . . tenemos
[las ventajas]
en el
uso d e l a escopeta, f u n d á n d o s e en q u e l a b a l a tiene m a y o r
INDIOS
FLECHEROS
241
p o d e r y alcance q u e l a flecha. E n esto n o h a y d u d a , p e r o
t a m p o c o l a h a y e n e l h e c h o constante de que, c u a n d o los
i n d i o s se r e c o n o c e n inferiores, p r o c u r a n ponerse d o n d e n o
l l e g u e n nuestros t i r o s , y c u a n d o superiores o estrechados e n
l a sorpresa, se m e z c l a n forzosamente i n d i o s y soldados, e n
c u y o caso desmerecen las ventajas de nuestras a r m a de fuego,
p o r q u e a c a m b i o de u n g o l p e de b a l a r e c i b i m o s m u c h o s de
f l e c h a " . » P o r estas dos razones r e c o m e n d a b a q u e se proced i e r a de t a l m a n e r a q u e los i n d i o s a b a n d o n a r a n e l uso de
sus armas q u e m a n e j a b a n c o n g r a n eficacia y q u e a d o p t a r a n
el u s o de los fusiles y escopetas q u e n o sabían m a n e j a r b i e n
y p a r a c u y a a d q u i s i c i ó n q u e d a b a n dependientes de los europeos.
1
A F I N E S D E L S I G L O X V I I I todavía q u e d a b a n en N u e v a E s p a ñ a
b u e n n ú m e r o de i n d i o s q u e poseían arcos y flechas y
se e j e r c i t a b a n e n su u s o . "
que
G e n e r a l m e n t e estos " i n d i o s fle-
c h e r o s " f o r m a b a n compañías de m i l i c i a s q u e se h a b í a n creado,
b i e n p a r a p r a c a v e r invasiones de enemigos a l r e i n o , c o m o
las de las costas d e l M a r d e l S u r , o b i e n p a r a defenderse
de
i n d i o s bravos, c o m o las de l a r e g i ó n de C o l o t l á n en l a N u e v a
G a l i c i a , o e n S o n o r a y C o a h u i l a . L o s españoles n o v e í a n c o n
b u e n o s ojos estas compañías de " i n d i o s flecheros" "
y e n va-
r i a s ocasiones t r a t a r o n de r e f o r m a r l a s o e x t i n g u i r l a s .
Pero
los " i n d i o s flecheros" l u c h a r o n c o n g r a n tesón p a r a conservar
sus p r i v i l e g i o s y e n m u c h o s casos p u d i e r o n c o n t i n u a r h a c i e n d o sus ejercicios, asambleas y r e u n i o n e s .
Parece, s i n e m b a r g o , q u e
estos
" i n d i o s flecheros"
mili-
c i a n o s n o e r a n y a t a n hábiles e n el m a n e j o de los arcos y
flechas.
16
N o obstante, ellos se o p u s i e r o n tercamente a c a m -
b i a r sus armas p o r otras, a u n q u e se les d i j e r a q u e " p a r a s u
defensa y h e r m o s u r a " e r a n más útiles las europeas q u e las
indígenas.
Por
o t r a p a r t e , en m u c h a s regiones c o m o l a v i l l a de V a -
lles, en l a I n t e n d e n c i a de S a n L u i s Potosí, y e n l a jurisdicción
de A c a y u c a n en V e r a c r u z todos los i n d i o s u s a b a n los arcos
y flechas p a r a cazar y pescar.
Es
de p r e s u m i r s e q u e m u c h o s i n d i o s u s a b a n t o d a v í a
el
242
MARÍA
D E L CARMEN
VELÁZQUEZ
arco y las flechas c u a n d o se i n i c i a r o n las guerras de i n d e p e n d e n c i a . P r o b a b l e m e n t e se a b a n d o n ó su uso, e n esos años,
e n los combates de c r i o l l o s y mestizos e i n d i o s . A u n q u e todavía, d u r a n t e p a r t e d e l siglo x i x , se s i g u i e r o n u s a n d o e n el
n o r t e d e l país. E n ciertas regiones, de V e r a c r u z , p o r ejemplo, l a l a n z a i n d í g e n a se h a b í a t r a n s f o r m a d o e n u n a l a n z a
con f i l o de h i e r r o , a r m a q u e los i n d i o s u s a b a n e n sus l u c h a s
de c u e r p o a c u e r p o , c o m o en l a época prehispánica. D u r a n t e
la g u e r r a de i n d e p e n d e n c i a m u c h o s son los episodios e n q u e
se r e l a t a l a l u c h a c o n l a espada, el sable, el machete. Pocos
son los relatos de u n fuego graneado y de los terribles estragos de l a fusilería. E n c a m b i o , el uso d e l f u s i l — e l t i r o a
d i s t a n c i a c o n t r a e l e n e m i g o i n m ó v i l — es casi constante p a r a
c u m p l i r las sentencias de m u e r t e impuestas a los enemigos.
NOTAS
1 Biblioteca
CXXXI,
p.
d e Autores
Españoles,
Madrid,
Ediciones
Atlas,
1960,
84.
2 Bernal D Í A Z D E L CASTILLO,
la
Nueva
España.
va
España.
H i s t o r i a V e r d a d e r a d e la C o n q u i s t a d e
México, R o b r e d o , 1939, 1, p. 48.
3 F r . B e r n a r d i n o de S A H A G Ú N , H i s t o r i a G e n e r a l
d e las C o s a s d e N u e -
México, E d i t o r i a l P e d r o R o b r e d o , 1938, 11, p .
4
BERNAL
DÍAZ,
5
SAHAGÚN,
op.
op.
cit.,
cit.,
11,
1,
p.
p.
315.
76.
298.
6 " L o s indios enemigos que tenemos sobre esas fronteras saben sorp r e n d e r y destrozar nuestras tropas en la sierra y en el l l a n o , n o i g n o ran
el uso y p o d e r de nuestras armas, manejan diestramente las
son
tan
buenos
o
mejores
jinetes
que
los
españoles,
y
no
suyas,
teniendo
ciudades, pueblos, palacios n i adoratorios q u e defender, sólo p u e d e n ser
atacados
en sus rancherías
dispersas
y
ambulantes".
"Instrucción
for-
m a d a en v i r t u d de R e a l O r d e n de S. M . q u e se d i r i g e a l señor C o m a n dante G e n e r a l de Provincias Internas, D . Jacobo U g a r t e y L o y o l a , p a r a
gobierno
y
p u n t u a l observancia de
diatos subalternos".
Boletín
este superior jefe
d e lA r c h i v o
General
y
de
sus
d e la Nación,
inmevin, 4
(México, oct.-nov.-dic. 1937), p. 501.
7 Documentos
México,
para
la
historia
d e México.
Cuarta
1856. p. 27.
8 I b i d . , p . 46.
9 B e r n a r d o de G Á L V E Z ,
"Instrucción..."
V i d . nota 6.
serie, T o m o
1,
INDIOS
10 ". . .que
se
acostumbren
FLECHEROS
al
uso
de
243
nuestros
alimentos,
bebidas,
armas y vestuario, y q u e entren en codicia de poseer bienes de c a m p o " .
"Instrucción..."
p. 505.
11 " I n s t r u c c i ó n . . . " ,
12
p . 508.
Ibidem.
13 I b i d e m ,
p. 509.
14 " L a s tropas de i n d i o s flecheros en N u e v a España
tín
d e lArchivo
General
d e la
Nación,
ix,
4
en
ifga".
(oct.-nov.-dic.
Bole-
1938), p p .
731-767.
15 E l Intendente
arcos,
flechas
de
macanas,
Sonora decía:
penachos,
m i l i c i a n o s sirve n o
tanto
choso
que
en
los demás
en
los casos
desarmados,
"Es
pífanos
evidente
y
que
tambores,
p a r a i n f u n d i r l e s valor q u e
se ofrezcan,
de
cuanto
para
m a q u i n a r novedades,
el uso de
en
pueda
incentivo
a
que
se
estos
ser
en
los
indios
proveellos
agrega
y
que
el día el C u e r p o de estas M i l i c i a s n o viene a ser más que u n gremio
de h o m b r e s ociosos q u e m u y arrogados de sus fueros con título de soldados, jamás
obligados
ros.
.."
p.
trabajan
los demás
en las obras de c o m u n i d a d o labores, a q u e
indios desarmados".
"Las
tropas de
indios
735.
16 L a s armas de q u e éstos
[los indios] se sirven son las mismas
u s a b a n sus antepasados, q u e es l a flecha, a h e c h u r a de u n malacate
un
son
fleche-
que
en
carrizo, de u n p a l o m u y fuerte q u e l l a m a n prieto, en cuya a r m a n o
t i e n e n expedición
p o r falta de d i s c i p l i n a " , I b i d e m ,
p.
747.