EL LIBRO XII DE SAHAGÜN E L LIBRO X I I DE L A Historia España general Luis LEAL de las cosas de Nueva de fray B e r n a r d i n o de S a h a g ú n , e l l l a m a d o " L i b r o de l a C o n q u i s t a " , tiene e l mérito de ser l a p r i m e r a crónica de esta hazaña escrita desde e l p u n t o de v i s t a de los m e x i c a nos. S a h a g ú n , atento a l f i n lingüístico y d i d á c t i c o de l a o b r a , l a escribió c o n e l propósito de i n c l u i r e n su Historia e l voca- b u l a r i o n á h u a t l r e l a t i v o a l a m i l i c i a . M a s este i n d u d a b l e v a l o r lingüístico e m p a l i d e c e a l fijarnos e n l a m a t e r i a c o n q u e se le d a f o r m a . L a s acusaciones q u e e n e l l i b r o se l a n z a n c o n t r a los c o n q u i s t a d o r e s i n c i t a n los ánimos d e l lector, haciéndole o l v i d a r e l objeto p r i n c i p a l de l a o b r a . A G a r c í a Icazbalceta, p o r e j e m p l o , le parecía q u e e l l i b r o X I I "es i n d i g n o d e l mér i t o de S a h a g ú n , c o m o dice su t r a d u c t o r francés, y más b i e n p o d r í a a n d a r a m a n e r a de apéndice a l a Historia". 1 L a crí- t i c a más reciente, s i n e m b a r g o , ve e n e l l i b r o X I I u n a joya, t a n t o l i t e r a r i a c o m o histórica. A d o n A l f o n s o Reyes le parece q u e e l l i b r o es útilísimo, pues nos p e r m i t e " l a confrontación de los m i s m o s hechos e n dos conciencias diferentes, e l conquist a d o r y e l c o n q u i s t a d o . A d e m á s , e n e l l a a p r e c i a m o s u n tránsito de l a m e n t e h e r o i c a a l a m e n t e histórica, manifestación e x t r a o r d i n a r i a . E l r e l a t o está a ú n p e n e t r a d o de h u m e d a d poét i c a ; e l estilo y las metáforas p a l p i t a n de f u e r z a m i t o l ó g i c a " . 2 S i n detenernos, p o r l o p r o n t o , a e x a m i n a r e l m é r i t o d e l l i b r o , p o d e m o s a f i r m a r q u e desde e l m o m e n t o q u e salió de las m a n o s d e l a u t o r h a suscitado acaloradas disputas y h a sido, y sigue siendo, e x p u r g a d o y c e n s u r a d o p o r sus editores. N o s p r o p o n e m o s a q u í trazar l a h i s t o r i a d e l l i b r o X I I , y señ a l a r a s i m i s m o su i n f l u e n c i a e n l a historiografía m e x i c a n a . EDICIONES L a p r i m e r a e d i c i ó n d e l l i b r o X I I fue l a q u e p u b l i c ó d o n EL LIBRO XII DE SAHAGÚN C a r l o s M a r í a de B u s t a m a n t e e n 1829. d e l a Historia general, 185 A u n q u e f o r m a parte a B u s t a m a n t e , p o r m o t i v o s extraños a l a investigación y de los q u e ya nos o c u p a r e m o s , decidió p u b l i c a r e l l i b r o X I I p o r separado, u n a ñ o antes de q u e apareciera l a obra completa. L a segunda edición aparece e n L o n d r e s , c o m o parte de l a Historia y q u e L o r d K i n g s b o r o u g h i n c l u y ó e n los tomos 6 7 de sus m o n u m e n t a l e s Antiquities of México (1830) , 4 Estas dos p r i m e r a s ediciones son casi idénticas. Pocos años después, B u s t a m a n t e descubrió u n m a n u s c r i t o r e f o r m a d o d e l l i b r o X I I e i n m e d i a t a m e n t e l o d i o a las p r e n sas, esta vez c o n e l objeto de p r o b a r l a aparición de l a V i r g e n d e G u a d a l u p e y dándole u n extravagante título. 5 H a de t r a n s c u r r i r m e d i o siglo antes de q u e aparezca l a siguiente e d i c i ó n española de l a Historia, esto es, l a de d o n I r ¿neo Paz, q u e consta de c u a t r o p e q u e ñ o s tomos co, 1890-1895). M i e n t r a s tanto y a h a b í a a p a r e c i d o (Méxi- (1880) l a t r a d u c c i ó n francesa de J o u r d a n e t y Simeón. Estas dos ediciones u t i l i z a n l a versión p r i m i t i v a d e l l i b r o X I I . E n e l presente siglo contamos e n p r i m e r l u g a r c o n l a mon u m e n t a l e d i c i ó n q u e d o n F r a n c i s c o d e l Paso y T r o n c o s o h i z o de l a o b r a de Sahagún, p a r a l a c u a l se v a l i ó de los códices q u e e x i s t e n en M a d r i d y e n F l o r e n c i a . E n e l t. 6 e l e r u d i t o i n v e s t i g a d o r i n c l u y e las v e i n t e láminas de q u e consta e l l i b r o X I I , p e r o n o el t e x t o . 6 E s t a omisión fue subsanada p o r el sabio i n v e s t i g a d o r a l e m á n E d u a r d o Seler, q u i e n en 1927 p u b l i c ó e n S t u t t g a r t partes d e l Códice florentino, incluyendo e l texto n á h u a t l c o m p l e t o d e l l i b r o X I I y su traducción alem a n a (pp. 453-574)- T E n años más recientes, e l l i b r o X I I h a visto l a l u z varias veces. E n 1929 l o p u b l i c ó l a Secretaría de R e l a c i o n e s E x t e r i o res, e n e d i c i ó n a cargo de d o n L u i s C h á v e z O r o z c o , 8 quien se sirvió de l a edición p r i m i t i v a de B u s t a m a n t e ; l o m i s m o hace W i g b e r t o Jiménez M o r e n o e n e d i c i ó n de l a Historia (1938), a u n q u e a q u í se a n o t a n a l p i e de l a p á g i n a las v a r i a n tes entre las dos edciones; además se i n c l u y e e l texto n á h u a t l q u e h a b í a p u b l i c a d o Seler, y se hace u n a n u e v a a l español. traducción i8ó LUIS LEAL P o r f i n , existen otras dos ediciones más: l a q u e p a r t e de l a edición le l a Historia forma h e c h a p o r A c o s t a Saignes, 9 q u e t a m b i é n usa e l l i b r o X I I p r i m i t i v o , y l a de Schambs, edición escolar d e l texto n á h u a t l Seler) (sacado de l a edición de d e l l i b r o X I I p a r a uso de los estudiantes a l e m a n e s . 10 P o r e l a n t e r i o r r e s u m e n vemos q u e l a versión r e f o r m a d a d e l l i b r o X I I , a pesar d e l n ú m e r o de ediciones, h a sido p u b l i cada solamente u n a vez, p o r B u s t a m a n t e e n 1840. CÓDICES MEXICANOS L a h i s t o r i a de los m a n u s c r i t o s de S a h a g ú n , según ya observó G a r c í a I c a z b a l c e t a , l a bibliografía 11 mexicana. es u n a de las más complicadas de P o r l o tanto, e m p r e n d e m o s con t i e n t o l a tarea de trazar l a suerte de los m a n u s c r i t o s d e l l i b r o de l a c o n q u i s t a . A p a r e n t e m e n t e , algunos de los doce l i b r o s de l a general, Historia entre ellos e l sexto y e l d u o d é c i m o , y a estaban escri- tos p a r a 1 5 5 7 , año en q u e fray F r a n c i s c o T o r a l es electo provincial 1 2 y o r d e n a a S a h a g ú n q u e escriba l o que le parezca necesario p a r a l a d o c t r i n a de los n a t u r a l e s . 13 Q u e estos dos l i b r o s ya estaban escritos p a r a esa fecha l o sabemos p o r l o q u e el a u t o r m i s m o dice a l f i n d e l l i b r o V I : " F u e t r a d u c i d o e n l e n g u a española p o r el d i c h o p. F r . B e r n a r d i n o de Sahagún, después de t r e i n t a años q u e se escribió en l e n g u a m e x i c a n a , e n el año de 1 5 7 7 " ; Y e * a d v e r t e n c i a " A l l e c t o r " antepuesta al n a l i b r o X I I r e f o r m a d o : " C u a n d o escribí e n este p u e b l o de T l a t i l u l c o los doce l i b r o s de l a h i s t o r i a de esta N u e v a España (por los cuales e n v i ó nuestro señor e l rey D . F e l i p e , q u e los tiene allá), e l n o n o 1 4 l i b r o fue de l a c o n q u i s t a desta tierra. C u a n d o esta e s c r i p t u r a se escribió (que h a y a más de t r e i n t a años), t o d a se escribió e n l e n g u a m e x i c a n a , y después se romanció t o d a . " 1 5 D e l o a n t e r i o r se desprende q u e el l i b r o X I I ya estaba c o m p u e s t o p a r a 1 5 5 5 ; q u e fue escrito en T l a l t e l o l c o , y q u e se h a b í a redactado en m e x i c a n o . A h o r a b i e n , sabemos q u e antes de 1555 Sahagún estado dos veces en T l a l t e l o l c o , de 1536 a 1540 y de a 1551 o 52. había 1545 EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 187 S i e l l i b r o X I I h u b i e r a sido escrito antes de 1545, e l a u t o r h a b r í a d i c h o q u e l o escribió " h a ya más de c u a r e n t a años". P o r l o tanto, l o más p o s i b l e es q u e se h a y a escrito d u r a n t e su s e g u n d a estancia e n T l a l t e l o l c o , entre 1545 y 1551. Y a vimos q u e el l i b r o V I fue redactado en 1547. C o n t a m o s , además c o n o t r o dato q u e a p o y a l a a n t e r i o r conjetura. N i n g u n o de esos dos l i b r o s (VI y X I I ) e n t r a b a en el p l a n p r i m i t i v o de l a Historia general. (ed. t. 1, p. x l v ) , estos l i b r o s n o se e n c u e n t r a n en los cit., C o m o ya ha i n d i c a d o Jiménez Moreno " m a n u s c r i t o s de T l a l t e l o l c o " , que f o r m a n los tomos 7 y 8 de l a edición de T r o n c o s o . En 1560, S a h a g ú n , e n T l a l t e l o l c o , copió "de r u i n l e t r a , p o r q u e se escribió c o n m u c h a p r i s a " (Prólogo), todo l o que h a b í a l l e v a d o de T e p e p u l c o , o sea los p r i m e r o s m e m o r i a l e s de l a Historia, allí coleccionados. Este segundo m a n u s c r i t o , o b r a de los i n d i o s de T l a l t e l o l c o , entre ellos M a r t í n J a c o b i t a , todavía n o está d i v i d i d o en libros. A l trasladarse de telolco a S a n F r a n c i s c o de M é x i c o , S a h a g ú n llevó "todas sus escrituras", y allí, p o r espacio de tres años Tlal- consigo (1561- 1564), "las pasé y repasé a mis solas, y las torné a e n m e n d a r , y dividílas p o r l i b r o s en doce l i b r o s y cada l i b r o p o r capítulos y párrafos" (Prólogo). Es evidente q u e e l l i b r o de l a c o n q u i s t a y a f o r m a parte de este m a n u s c r i t o corregido; pero todavía n o es e l d e f i n i t i v o . A l sacarse c o p i a e n l i m p i o entre 1567 y 1569 (por o r d e n de fray M i g u e l N a v a r r o ) , los m e x i canos todavía " a ñ a d i e r o n y e n m e n d a r e n m u c h a s cosas a los doce l i b r o s " (Prólogo). Según parece, éste es e l m a n u s c r i t o d e f i n i t i v o , e n m e x i c a n o , de l a Historia, excepto p o r l o q u e toca a l l i b r o X I I , c o m o adelante veremos. TRADUCCIONES CASTELLANAS E n t r e 1564, año en q u e S a h a g ú n t e r m i n ó de corregir e l m a n u s c r i t o m e x i c a n o , y 1567, año en q u e fray M i g u e l N a v a r r o a p r o b ó q u e se sacara c o p i a en l i m p i o , se h a b í a d e d i c a d o e l a u t o r a t r a d u c i r algunos de los l i b r o s a l castellano, c o m o es evidente p o r l o q u e dice casi a l f i n d e l l i b r o I V a propósito d e l c a l e n d a r i o : " e n este a ñ o de 1566 a n d a e n q u i n c e años l a LUIS 188 gavilla que corre" LEAL (ed. A c o s t a Saignes, t. i , p. 4 0 7 ) . Esto e x p l i c a l a enigmática frase d e l C a b i l d o franciscano a l declar a r e n 1570 que los l i b r o s " d e b í a n ser favorecidos p a r a q u e se acabasen" ( P r ó l o g o ) . C o m o l a o b r a en m e x i c a n o ya estaba t e r m i n a d a , debemos de entender q u e l a traducción castellana era l a q u e d e b í a de acabarse. M a s " a algunos de los definidores les pareció que era cont r a l a p o b r e z a gastar dineros e n escribirse aquellas escrituras, y así m a n d a r o n a l a u t o r q u e despidiese a los escribanos, y él s o l o escribiese de su m a n o l o q u e quisiese e n ellas, el c u a l c o m o y a era m a y o r de setenta años, y p o r t e m b l o r de l a m a n o , n o p u d o e s c r i b i r n a d a n i p u d o alcanzar dispensación de este m a n d a m i e n t o , y así estuvieron las escrituras s i n hacer n a d a e n ellas más de c i n c o a ñ o s " antes de que t r a n s c u r r i e r a n estos c i n c o años, es decir, e n e l m i s m o (Prólogo). S i n embargo, año d e 1570, S a h a g ú n " h i z o u n s u m a r i o de todos los l i b r o s y de todos los capítulos de cada l i b r o , y los prólogos donde en brev e d a d se decía todo l o q u e se contenía e n los libros. Este s u m a r i o l l e v ó a España e l P . F r . M i g u e l N a v a r r o , y su compañero e l p a d r e G e r ó n i m o de M e n d i e t a , y así se supo en España l o que estaba escrito acerca de las cosas de esta t i e r r a " (Pró- logo). E l s u m a r i o , p o r supuesto, estaba escrito en castellano, l o m i s m o q u e todos los prólogos. E n e l q u e antepuso a l l i b r o p r i m e r o h a y u n a " A d v e r t e n c i a a l sincero l e c t o r " e n l a c u a l Sahagún dice: V a n estos doce libros de tal manera trazados, que cada plana lleva tres columnas: l a p r i m e r a de lengua española; l a segunda, de lengua mexicana; l a tercera, l a declaración de los vocablos mexicanos, señalados con sus cifras. E n ambas partes, lo de la lengua mexicana se ha acabado de sacar en blanco en todos los doce libros. L o de l a lengua española y los escolios no está hecho p o r no haber podido más por falta de ayuda y de favor. Si se me diese l a ayuda necesaria, en u n año o poco más se acabaría todo. E n e l m i s m o año de 1570 fray F r a n c i s c o de E s c a l o n a " t o m ó todos los l i b r o s a l d i c h o autor, y se e s p a r c i e r o n p o r t o d a l a p r o v i n c i a , d o n d e f u e r o n vistos p o r m u c h o s religiosos" logo). (Pró- L o s doce l i b r o s e s t u v i e r o n regados p o r l a p r o v i n c i a l i a s t a 1573, año e n q u e fray M i g u e l N a v a r r o , que ya había EL LIBRO XII DE SAHAGÚN v u e l t o de E s p a ñ a , 16 189 " t o r n ó a recoger los l i b r o s a p e t i c i ó n d e l a u t o r . . . y de allí a u n año poco más o menos v i n i e r o n a [su] poder" ( P r ó l o g o ) . D u r a n t e todo este t i e m p o (1570 a 1575) " n i n g u n a cosa se h i z o e n ellos [los doce libros], n i h u b o q u i e n favoreciese p a r a acabarse de t r a d u c i r en r o m a n c e " (Prólogo). E l "acabarse de t r a d u c i r " i n d i c a q u e l a traducción y a h a b í a s i d o empezada. L o m i s m o d e d u c i m o s de l o q u e S a h a g ú n dice e n el l i b r o V I I I (cap. 5 ) , a l h a b l a r d e l c a l e n d a r i o : " H á l l a s e q u e desde l a r u i n a de T u l l a hasta este año de 1571, han c o r r i d o 1890 a ñ o s . " Y además, ¿es posible creer q u e S a h a g ú n estuviera ocioso p o r c i n c o largos años? A fines de 1575 o p r i n c i p i o s de 1576 l l e g a a l a N u e v a E s p a ñ a fray R o d r i g o de Sequera, q u i e n v i o los l i b r o s , "se c o n t e n t ó m u c h o de ellos, y m a n d ó a l d i c h o a u t o r q u e los tradujese en r o m a n c e , y p r o v e y ó de t o d o l o necesario p a r a q u e se escribiesen de n u e v o , l a l e n g u a m e x i c a n a e n u n a c o l u m n a y l a r o m a n c e e n l a o t r a " (Prólogo). Este m a n u s c r i t o (15761577) es e l p r i m e r o b i l i n g ü e . 17 O c h o años más tarde, S a h a g ú n decide hacer u n a n u e v a traducción d e l l i b r o X I I : " E n e l l i b r o n o n o , d o n d e se trata esta c o n q u i s t a , se h i c i e r o n varios d e f e c t o s . . . P o r esta causa, este a ñ o de m i l q u i n i e n t o s o c h e n t a y c i n c o e n m e n d é este l i b r o , y p o r eso v a escrito e n tres c o l u m n a s . L a p r i m e r a es e l lenguaje i n d i a n o ansí tosco c o m o ellos l o p r o n u n c i a n , y se escribió entre los otros l i b r o s . L a segunda c o l u m n a es e n m i e n d a de l a p r i m e r a así e n vocablos c o m o en sentencias. L a tercera c o l u m n a está en r o m a n c e , sacado según l a e n m i e n d a de l a segunda columna" ( " A l L e c t o r " , ed. B u s t a m a n t e , 1840, p p . 1-2). A p a - rentemente l a p r i m e r a c o l u m n a , y así les parece a algunos críticos, es l a versión p r i m i t i v a d e l texto n á h u a t l , h e c h a e n T l a l t e l o l c o ; l a s e g u n d a c o l u m n a es l a n u e v a versión hecha e n M é x i c o , y l a tercera c o l u m n a l a n u e v a t r a d u c c i ó n h e c h a o d i c t a d a p o r S a h a g ú n y sacada de l a segunda c o l u m n a . L a siguiente t r a d u c c i ó n d e l l i b r o X I I a l castellano es l a m o d e r n a , p u b l i c a d a e n l a edición de l a Historia que preparó Jiménez M o r e n o . E l trabajo de traducción fue revisado p o r d o n José I g n a c i o D á v i l a G a r i b i . D e las diferencias entre las varias t r a d u c c i o n e s y a nos ocuparemos. LUIS 190 LEAL L A CÉDULA R E A L E l m a n u s c r i t o (o m a n u s c r i t o s ) d e l l i b r o X I I fue e n v i a d o a España, c o n e l resto de l a Historia, p o r e l m i s m o autor: " l o s cuales l i b r o s , que f u e r o n doce, e n v i ó p o r ellos nuestro señor e l rey D . F e l i p e , y se los envié yo p o r m a n o d e l Sr. D . M a r t í n H e n r í q u e z , V i s o r r e y q u e fue desta t i e r r a , y n o sé q u é se h i z o dellos, n i e n cuyo p o d e r están agora. L l e v ó l o s después desto e l P. F r . R o d r i g o de S e q u e r a desque h i z o su o f i c i o de c o m i sario e n esta tierra, y n u n c a m e h a escripto e n q u é p a r a r o n a q u e l l o s l i b r o s que l l e v ó e n l e n g u a m e x i c a n a y castellana, y m u y h i s t o r i a d o s ; n i sé e n c u y o p o d e r están agora." 1 8 A u n q u e n o sabemos q u é m a n u s c r i t o se entregó a l v i r r e y E n r í q u e z , n o h a y d u d a q u e e l q u e se entregó a fray R o d r i g o de S e q u e r a fue l a c o p i a e n l i m p i o y t r a d u c c i ó n que se t e r m i n ó en 1577: E l virrey D . Martín Enríquez tuvo u n a cédula de V . M . ! 9 por la cual se le mandaba que unas obras eme yo he escripto en lengua mexicana y española con brevedad se enviasen a V . M . , lo cual m e dijo el Visorrey y también el Arzobispo de esta ciudad, todas las cuales obras acabé de sacar en l i m p i o este año pasado, y d i a F r . Rodrigo de Sequera, para que si él fuese las llevase a V . M . , y si no, que las e n v i a s e . . . estas obras que están repartidas en doce libros en cuatro v o l ú m e n e s . . . ; y si no las enviasen, suplico a V . M . humildemente sea servido de mandar que sea avisado, para que se torne a trasladar de n u e v o . . . México, 26 de marzo de 1578. ..20 C o n j e t u r a G a r c í a Icazbalceta q u e e l regreso de Sequera a E s p a ñ a fue entre 1579 y 1580. E l m a n u s c r i t o que llevó consigo h a sido i d e n t i f i c a d o c o n e l Códice florentino q u e existe e n l a B i b l i o t e c a L a u r e n c i a n a de F l o r e n c i a (ms. 2 1 8 ) . 21 Por c o n s e c u e n c i a , d e d u c i m o s q u e los m a n u s c r i t o s q u e llevó o e n v i ó e l v i r r e y E n r í q u e z son los q u e se e n c u e n t r a n en M a d r i d , o sea e l Códice matritense, q u e según Paso y T r o n c o s o consta de tres v o l ú m e n e s , "dos de ellos escritos e n m e x i c a n o , c o n p i n t u r a s , y e l tercero e n castellano, s i n p i n t u r a s " . 2 2 E s t a ver- sión e s p a ñ o l a e n e l tercer v o l u m e n debe de ser c o p i a sacada, t a l vez e n España, d e l e j e m p l a r de S e q u e r a . D e allí m i s m o EL LIBRO XII DE SAHAGÜN 191 s a l i ó l a c o p i a q u e se conserva e n e l convento franciscano de Tolosa. 2 3 P o r l o tanto, es evidente que todos estos m a n u s c r i - tos d e l l i b r o X I I en castellano p r o v i e n e n d e l Códice florentino. Ésta es l a versión q u e B u s t a m a n t e p u b l i c ó en 1829. H a y que tener presente, s i n embargo, que e l l i b r o X I I ref o r m a d o , escrito en 1585, n o fue a España c o n los m a n u s c r i t o s d e l V i r r e y n i c o n los de Sequera. T o r q u e m a d a tenía c o p i a d e este l i b r o r e f o r m a d o : " D e estos l i b r o s tuve yo e l de l a C o n q u i s t a de esta tierra, de l a q u e me he aprovechado p a r a m u c h o de l o q u e d i g o en e l l a . " 2 4 T a m b i é n tuvo u n a copia d e l m a n u s c r i t o (o t a l vez l a m i s m a que perteneció a T o r q u e mada) el presidente de l a R e a l A u d i e n c i a , d o n J u a n F r a n - cisco de M o n t e m a y o r , y de allí sacó c o p i a fray E s t e b a n M a n c h ó l a el año de 1668. 25 M o n t e m a y o r llevó e l m a n u s c r i t o a España el año de 1679. E l h i s t o r i a d o r V e t a n c u r t t a m b i é n t u v o c o p i a d e l l i b r o X I I r e f o r m a d o : " E l V . P. F r . B e r n a r d i n o de Z a h a g ú n [sic\, de los q u a t r o p r i m e r o s lectores de T l a t i l u l c o , incansable e n e s c r i b i r y c u r i o s o e n vestigar las c o s a s . . . , c o m p u s o u n l i b r o q u e l l a m ó Calepino, de m a r c a m a y o r , q u e era de doze c u e r p o s . . . ; e l n o n o l i b r o fue de l a c o n q u i s t a de M é x i c o hecha p o r C o r t e z [sic], q u e después e l año 585 l a b o l v i ó a escribir e n m e n d a d a , cuyo o r i g i n a l v i d e f i r m a d o de su m a n o e n poder d e l Señor D . J u a n F r a n c i s c o de M o n t e m a y o r , presidente de l a R e a l A u d i e n c i a , q u e l o llevó a España con intención de d a r l o a l a estampa, y d e l tengo en m i p o d e r u n traslado." 2 6 A q u í perdemos e l rastro de este m a n u s c r i t o , q u e n o volvemos a recoger hasta e l siglo x i x , c o m o adelante veremos. EL CRONISTA HERRERA P a r a c o m p l e t a r l a h i s t o r i a de los m a n u s c r i t o s de S a h a g ú n enviados a E s p a ñ a p o r e l V i r r e y de M é x i c o h a y que m e n c i o n a r el caso d e l c r o n i s t a H e r r e r a . Habiéndose propagado l a especie de q u e d i c h o s m a n u s c r i t o s h a b í a n sido enviados a l R e y p a r a su c r o n i s t a , y s a b i e n d o q u e l a traducción castellana n o estaba t e r m i n a d a , fray J e r ó n i m o de M e n d i e t a observó que el cronista real, n o conociendo l a lengua mexicana, n o podría 192 LUIS LEAL hacer uso de l a o b r a de S a h a g ú n . T o r q u e m a d a , e n lenguaje más f l o r i d o , repite l a observación de Mendieta: . .estos once l i b r o s que digo, se los sacó c o n c a u t e l a u n G o v e r n a d o r de esta tierra, y los e m b i ó a E s p a ñ a a u n coronista que pedía papeles de Indias, los quales allá (por n o entender l a lengua) servirán de papeles p a r a especias". 27 Q u e el cronista que p e d í a los papeles es H e r r e r a l o sabemos p o r l a siguiente c i t a d e l m i s m o T o r q u e m a d a : " N o sé c ó m o los que p u s i e r o n en estilo a q u e l l a R e l a c i ó n de q u e se a p r o v e c h ó H e r r e r a se dejar o n esto, c o m o en este c a p í t u l o l o d e x o r e f e r i d o , y otras cosas q u e e n l o que sigue se d i r á n ; . . . n i t a m p o c o yo las escriviera si n o las h a l l a r a averiguadas de el P a d r e F r . B e r n a r d i n o de Sahagún." 2 8 V e t a n c u r t repitió l o q u e h a b í a d i c h o T o r q u e m a d a , e q u i v o c a n d o e l n o m b r e d e l V i r r e y : " D . M a r t í n V i l l a m a n r i q u e le q u i t ó los doce l i b r o s , y los r e m i t i ó a S u M a g e s t a d p a r a su c h r o n i s t a , y es cierto que m u c h o de l o q u e trae A n t o n i o de H e r r e r a es l o q u e escribió este b e n d i t o V a r ó n " (op. cit.). Clavi- gero r e p i t e l o d i c h o p o r T o r q u e m a d a y V e t a n c u r t , c o m p l i c a n d o e l asunto a l hacer de l a Historia distintas: u n Diccionario universal general de la lengua "doce tomos gruesos e n f o l i o " , y u n a Historia Nueva España, dos obras mexicana, general en " c u a t r o t o m o s " . E l Diccionario en de la es l a o b r a q u e "fue m a n d a d a a l c r o n i s t a r e a l de A m é r i c a residente e n Madrid, xico". por el marqués de V i l l a m a n r i q u e , v i r r e y de Mé- 2 9 L a s anteriores noticias las r e p i t i e r o n E g u i a r a y Beristáin, este ú l t i m o c o n j e t u r a n d o q u e e l l i b r o X I I n o h a b í a i d o a E s p a ñ a c o n e l resto de l a o b r a . americana septentrional Diccionario histórico E n su Biblioteca hispano- a n o t a entre las obras de Sahagún u n mexicano e n doce volúmenes, de los cuales " e n v i ó a E s p a ñ a a l c r o n i s t a H e r r e r a e l v i r r e y marqués de V i l l a m a n r i q u e once tomos, y e l o t r o , q u e era el 9 y trat a b a de l a c o n q u i s t a de M é x i c o p o r los españoles, se q u e d ó acá y l o v i o o r i g i n a l e l P . B e t a n c u r , y e l I l l m o . E g u i a r a asegur a q u e l o llevó años después a E s p a ñ a e l o i d o r D . J u a n F r a n cisco M o n t e m a y o r " (s. v. S A H A G Ú N ) . E n e l siglo x i x , B u s t a m a n t e y C h a v e r o r e p i t e n las noticias EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 193 anteriores; el p r i m e r o , en u n a n o t a a l l i b r o X I I , c o m e n t a : " E s t á c o n f o r m e c o n las relaciones d e l c r o n i s t a H e r r e r a en e l c a p í t u l o octavo y n o v e n o de sus Décadas, l i b r o segundo, y sólo f a l t a el p r o d i g i o de l a p i e d r a h a b l a d o r a q u e m a n d ó l a b r a r Mocthecuzoma" (ed. de 1829, PP- h 3)- C h a v e r o , c o n t r a l a o p i n i ó n de todos los críticos e historiadores citados, creyó q u e H e r r e r a h a b í a r e c i b i d o , n o l a c o p i a e n m e x i c a n o , sino l a t r a d u c c i ó n española t e r m i n a d a en 1578: " C o n c l u y ó s e e n el mismo año de 1576 e l traslado de los c i n c o p r i m e r o s l i b r o s , e n 1577 l a traducción d e l l i b r o sexto, y en 1578 los seis restantes, encuadernándose los doce en c u a t r o volúmenes. Éste f u e el octavo m a n u s c r i t o , y s i n d u d a el q u e sirvió a l c r o n i s t a H e r r e r a , a u n q u e n o l o cita, p a r a e s c r i b i r sus Décadas." 80 F u e G a r c í a Icazbalceta q u i e n , c o n su acostumbrada sagac i d a d , e l u c i d ó este e m b r o l l a d o asunto. C u l p a , en p r i m e r l u g a r , a V e t a n c u r t de h a b e r c o m e t i d o el desatino de "crear u n n u e v o V i r r e y totalmente desconocido, D . M a r t í n de V i l l a m a n r i q u e , f o r m á n d o l e d e l n o m b r e de D . M a r t í n E n r í q u e z y d e l título de D . A l v a r o M a n r i q u e de Z ú ñ i g a de V i l l a m a n r i q u e " (Obras, t. 3, p p . 212-213), y a C l a v i g e r o y otros después de él de h a b e r r e p e t i d o el error, siendo q u e V i l l a m a n r i q u e n o podía h a b e r q u i t a d o a S a h a g ú n n i n g u n o s l i b r o s , puesto q u e llegó a l a N u e v a España en septiembre de 1585, 81 c u a n d o ya todo h a b í a pasado. E n segundo l u g a r , l a c o p i a q u e e l v i r r e y M a r t í n E n r í q u e z recogió —continúa G a r c í a Icazbalceta— y fue e n v i a d a a España en 1578, n o era l a c o p i a d e l P . Sequera, y " c o m o n o estaba acabada l a t r a d u c c i ó n española, juzgaba M e n d i e t a q u e tales papeles e r a n inútiles p a r a u n c r o n i s t a que i g n o r a b a l a l e n g u a m e x i c a n a . Se h a creído y d i c h o que era e l famoso A n t o n i o de H e r r e r a , s i n a d v e r t i r q u e o b t u v o e l empleo m u c h o después, e n 1596" (ibid., EL MANUSCRITO p. 212). PANES L a o b r a de S a h a g ú n p e r m a n e c e e n t e r r a d a p o r dos siglos. E l c r o n i s t a J u a n B a u t i s t a M u ñ o z es q u i e n p r i m e r o vuelve a ocuparse de e l l a . M u ñ o z o b t i e n e e l m a n u s c r i t o perteneciente a l c o n v e n t o de S a n F r a n c i s c o de T o l o s a , e n l a p r o v i n c i a de LUIS 194 Navarra, 3 2 LEAL f r a n q u e a e l m a n u s c r i t o a l c o r o n e l d o n D i e g o de P a - nes e n 1793 p a r a q u e saque c o p i a , y éste así lo h a c e . 33 Dos años más tarde, e l c o r o n e l Panes l l e v a esta famosa c o p i a a M é x i c o , c o n intención de p u b l i c a r l a . N o ve c u m p l i d o s sus deseos, pues m u e r e e n 1811; algunos de sus papeles y " m a n tas" son vendidos, otros desaparecen; l a m a y o r parte de ellos, s i n e m b a r g o , los ofrecen a l Congreso los herederos d e l colector. L a c o p i a d e l m a n u s c r i t o de S a h a g ú n es c o m p r a d a p o r d o n José B e l l i d o en c i e n pesos, y p o r l a m i s m a c a n t i d a d l a cede a Bustamante para que la p u b l i q u e . 3 4 D o n C a r l o s M a r í a co- m i e n z a a p r e p a r a r l a edición d e l m a n u s c r i t o ; pero, d e b i d o a l a i n m i n e n t e invasión d e l t e r r i t o r i o m e x i c a n o p o r e l español B a r r a d a s e n 1829, decide B u s t a m a n t e p u b l i c a r e l l i b r o X I I p o r separado y antes q u e los otros once, c o n el objeto, c o m o él m i s m o nos dice, de a y u d a r a los m e x i c a n o s a "conservar l a m e m o r i a de aquellos horrorosos sucesos p a r a evitar q u e se nos r e p i t a n p o r e l g o b i e r n o de su a c t u a l m o n a r c a , q u e se resiste tenazmente a reconocer n u e s t r a i n d e p e n d e n c i a y trabaja c u a n to p u e d e p o r r e c o n q u i s t a r n o s ; ¡desdichados nosotros si t a l sucediera, pues tornaríamos a los años de 1521 y siguientes, y seríamos t a n m a l t r a t a d o s c o m o f u e r o n nuestros antepasados! H e a q u í l a m i r a c o n q u e d o y a l u z este precioso y n o p u b l i c a do escrito." 3 5 P a r a l a edición p o r separado, B u s t a m a n t e desglosó d e l m a n u s c r i t o de Panes e l l i b r o X I I , y n o l o v o l v i ó a su l u g a r . E n 1867 l o poseía d o n José F e r n a n d o R a m í r e z , de cuyos herederos l o a d q u i r i ó d o n A l f r e d o C h a v e r o , q u i e n todavía conservaba e n 1877. 36 L o s once p r i m e r o s l i b r o s los lo había d e p o s i t a d o B u s t a m a n t e e n l a b i b l i o t e c a de l a C a t e d r a l , de d o n d e p a s a r o n a l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l , y allí se conservanN o estamos seguros, s i n e m b a r g o , de q u e e l m a n u s c r i t o d e l l i b r o X I I t a m b i é n esté allí. S e g ú n L u i s C h á v e z O r o z c o , e n n o t a antepuesta a su e d i c i ó n de 1929 (p. 7), l a versión q u e p r o p o r c i o n a "está t o m a d a de l a q u e p u b l i c ó D . C a r l o s M a r í a de B u s t a m a n t e e n 1829 d e l m a n u s c r i t o q u e trajo de E s p a ñ a e l c o r o n e l D . D i e g o de Panes y q u e h o y se conserva e n l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M é x i c o " . U n escritor más reciente, EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 195 J i m é n e z M o r e n o , a f i r m a que el m a n u s c r i t o Panes no contiene e l l i b r o X I I (op. Como ya ext., t. 1, p . x ) . vimos, esta p r i m e r a edición que Bustamante p u b l i c ó h a s i d o l a p r e f e r i d a de todos los editores d e l l i b r o X I I . A n t e s de d i s c u t i r e l p o r q u é , tracemos l a h i s t o r i a de su s e g u n d a edición. E L MANUSCRITO El CORTINA libro X I I reformado, llevado a España por el oidor M o n t e m a y o r , n o t u v o m e j o r suerte q u e los otros m a n u s c r i t o s de Sahagún; también desaparece de v i s t a , y hasta 1828 no v o l v e m o s a saber de él: Certifico: que hallándome en M a d r i d en el año de 1828, compré a D . Lorenzo R u i z de A r t i e d a , p o r conducto de m i amigo y compañero D . José Musso y Valiente, i n d i v i d u o de las Academias españolas de l a lengua y de l a historia, el manuscrito o r i g i n a l d e l P . Sahagún, de que hace mención e l Esmo. Sr. D . Carlos María de Bustamante en esta obra, según consta del recibo d e l vendedor, y de los demás documentos que o b r a n en m i poder. México, de a b r i l de 1840. José Gómez de l a C o r t i n a ("Comprobante", e d . de 1840). H a b i e n d o v u e l t o e l C o n d e de l a C o r t i n a a M é x i c o e n 1832, le f r a n q u e ó desde l u e g o e l m a n u s c r i t o a B u s t a m a n t e , q u i e n comenzó a copiarlo en 1833. 37 E l ejemplar, según aserción d e B u s t a m a n t e , e r a a u t ó g r a f o de S a h a g ú n : de la de del E n las revueltas ocurridas en M a d r i d en el mes de mayo 1808, c o n motivo de l a entrada de los franceses y traslación de f a m i l i a real a Bayona, fue robada l a secretaría de l a A c a d e m i a l a H i s t o r i a , de l a que se estrajeron varios legajos de las obras P . Sahagún, que u n abogado anciano de aquella corte compró a l a m a n o , y entre ellos u n o titulado: Relación de la conquista de esta Nueva-España^ como la contaron los soldados indios que se hallaron, presentes. Convertióse en lengua española, llana e inteligible y bien enmendada en este año de 1585. P o r desgracia, sólo había quedado u n solo cuaderno manuscrito, que compró e l Sr. D . José Gómez de l a C o r t i n a , ex-conde de este título, y p o r el que d i o l a cantidad de cien pesos, el cual ecsiste en su poder; m e l o h a franqueado, y yo h e copiado esactamente, LUIS 196 LEAL añadiéndole notas para mejor inteligencia de l a conquista: todo está escrito, y como he dicho, firmado de puño y letra del P . Sahagún ("Disertación guadalupana", ed. de 1840, p. vi). A d e m á s , c o n j e t u r a q u e " p o r i g n o r a n c i a de este i d i o m a [ná- h u a t l ] , sólo p u d o conseguir e l Sr. D . José G ó m e z de l a C o r t i n a e l m a n u s c r i t o de S a h a g ú n en castellano, habiéndosele desglosado, quizás p o r el q u e se l o v e n d i ó , el testo m e x i c a n o q u e tenía agregado" (ibid., p. x x ) . E l texto m e x i c a n o , nos dice B u s t a m a n t e u n poco más adelante, "estaba agregado a este m a n u s c r i t o , p e r o c o m o n o l o e n t e n d i e r o n los ladrones c u a n d o l o r o b a r o n de l a A c a d e m i a de l a H i s t o r i a de M a d r i d , c o m p r ó e l Sr. C o r t i n a l o q u e estaba e n castellano" sólo (ibid., p . 2 0 ) . ¡ C o m o si los ladrones se h u b i e r a n puesto a leer a l cometer su fechoría! S a b i e n d o q u e e l o r i g i n a l d e l l i b r o X I I r e f o r m a d o estaba escrito e n tres c o l u m n a s paralelas, e l m a n u s c r i t o C o r t i n a n o puede ser, p o r l o tanto, autógrafo. R a m í r e z , que l o e x a m i n ó , declara q u e n o l o es. 38 B u s t a m a n t e p u b l i c ó e l m a n u s c r i t o C o r t i n a en 1840, dándole e l extravagante título q u e ya anotamos a l h a b l a r de las ediciones (véase l a n o t a 5). C u a n d o h i z o , e n 1829, l a p r i m e r a edición d e l l i b r o , e l e d i t o r estaba en l a creencia de q u e era e l reformado. A l caer e n sus m a n o s el m a n u s c r i t o c o r r e g i d o , persuadió a l C a b i l d o de l a C o l e g i a t a de G u a d a l u p e q u e d e b í a p u b l i c a r s e , pues destruía e l a r g u m e n t o presentado p o r el cronista M u ñ o z en su disertación c o n t r a l a aparición de N u e s t r a Señora de G u a d a l u p e . A l leer e l título d e l l i b r o y l a i n d i g e s t a disertación q u e le antepuso, e l lector cree q u e Sahagún refiere en él l a aparición de l a V i r g e n . " P u e s n o dice p a l a b r a de ella, y toda l a disertación p r e l i m i n a r de B u s t a m a n t e se r e d u ce a sostener q u e están a d u l t e r a d o s los escritos d e l P . S a h a g ú n , puesto q u e después de c o n c l u i d o e l l i b r o doce, l o corrigió o escribió de n u e v o , de d o n d e se saca l a consecuencia q u e refirió l a h i s t o r i a de l a a p a r i c i ó n y q u e los españoles b o r r a r o n e l pasaje, p o r n o c o n v e n i r l e s q u e se p u b l i c a r a el favor d i s t i n g u i do que l a Santísima V i r g e n h a b í a hecho a los i n d i o s . q u i é n busca crítica en B u s t a m a n t e ? " 3 9 ¿Pero EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 197 E l m a n u s c r i t o C o r t i n a desaparece después de h a b e r sido p u b l i c a d o p o r B u s t a m a n t e . C h a v e r o n o sabía q u é se h a b í a h e c h o de él (Apuntes, b a l c e t a (Obras, (op. p . 70); t a m p o c o l o sabía G a r c í a Icaz- t. 3, p . 2 5 0 ) . E n 1935, según Jiménez M o r e n o ext.) el m a n u s c r i t o C o r t i n a estaba de v e n t a en u n a l i b r e y r í a de B a r c e l o n a y fue ofrecido, p o r u n a s u m a e x o r b i t a n t e , a l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l . E n c u a n t o a las ediciones, l a de Bust a m a n t e , h o y rarísima, es l a ú n i c a q u e existe. L O M A L PUESTO Y LO M A L CALLADO Sahagún nos dice q u e l a versión r e f o r m a d a d e l l i b r o X I I se debe a q u e " a l g u n a s cosas se p u s i e r o n en l a narración de esta c o n q u i s t a q u e f u e r o n m a l puestas, y otras se c a l l a r o n q u e f u e r o n m a l c a l l a d a s " . C o m p a r a n d o las dos traducciones castellanas descubrimos q u e las diferencias de mayor importancia s o n las siguientes: e n e l c a p í t u l o 5, e n e l c u a l se refiere e l r e c i b i m i e n t o q u e Cortés d a e n sus navios a los mensajeros d e M o c t e z u m a , leemos e n l a edición p r i m i t i v a (1829) °L ue f u e r o n "atados de pies y m a n o s " (p. 11); e n l a edición reformada (1840), los mensajeros son aherrojados " c o n g r i l l o s y cadenas" (p. 24). E l capítulo 11 e n ambas ediciones trata de l a m a t a n z a de C h o l u l a ; e n l a e d i c i ó n de 1829 s e dice l ( u e l° s españoles " m a - t a r o n todos cuantos p u d i e r o n , y los amigos i n d i o s de creer es que m a t a r o n m u c h o s más. L o s cholultecas n i l l e v a r o n armas ofensivas n i defensivas, s i n o fuéronse desarmados, p e n sando que n o se h a r í a l o q u e se h i z o : de esta m a n e r a m u r i e r o n mala muerte" (p. 1 8 ) . E n l a edición r e f o r m a d a e l a u t o r , después de decirnos q u e los españoles " h i c i e r o n allí u n a g r a n m a t a n z a " , agrega q u e fue a traición l i b r o r e f o r m a d o n a d a dice (p. 56). E n cambio, el (cap. 17) d e l saqueo de las casas reales de M o c t e z u m a , d e l c u a l se d a relación e n e l l i b r o p r i mitivo: . . .comenzaron los españoles a q u i t a r el oro de las plumas y de las rodelas y de los atavíos d e l areyto que allí estaban, y por q u i t a r el oro destruyeron todos los plumages y joyas ricas, y el oro fundiéronlo e hiriéronlo barretas, y las piedras que les parecieron b i e n LUIS LEAL tomáronlas, y las piedras bajas y plumages, todo lo tomaron los indios de T l a x c a l a , y escudriñaron los españoles toda l a casa real y tomaron todo lo que les pareció bien (pp. 25-26). Y t a m b i é n en e l capítulo siguiente: . . .y llegando luego sacaron toda l a recámara del mismo Mocthecuzoma, donde había muchas joyas de oro y plata, y de piedras preciosas, y todo lo tomaron, y a los plumages ricos quitáronles el oro y las piedras, y pusieron las plumas en medio del patio para que las tomasen sus amigos (p. 26). D e l o a n t e r i o r n a d a se dice en e l l i b r o r e f o r m a d o . e m b a r g o , encontramos e n e l l u g a r c o r r e s p o n d i e n t e Sin (cap. 18) l a siguiente c u r i o s a d i s c u l p a de esta fechoría: " M u c h a s veces los capitanes p e r m i t e n u n d a ñ o m e n o r p o r n o i n c u r r i r en o t r o m a y o r , y desta m a n e r a e l capitán D . H e r n a n d o Cortés p e r m i t i ó q u e sus soldados saqueasen las casas reales de M é x i c o , y las casas p r o p i a s de M o c t h e u z o m a p o r n o i n c u r r i r e n l a desgracia y disgusto de sus soldados" (p. 89). L o s capítulos más i m p o r t a n t e s d e l l i b r o X I I son aquellos e n q u e se hace u n a v i v i d a descripción de l a m a t a n z a de A l v a r a d o e n e l t e m p l o m a y o r de M é x i c o . E n e l c a p í t u l o 19 el a u t o r r e l a t a l a i d a de Cortés a r e c i b i r a P a n f i l o de Narváez, y e l arreglo q u e A l v a r a d o h i z o c o n M o c t e z u m a p a r a que se presentara e l b a i l e e n h o n o r d e l dios H u i t z i l o p o c h t l i . E n el l i b r o p r i m i t i v o n a d a se dice e n este c a p í t u l o de l a m a t a n z a . B u s t a m a n t e c o m e n t a : "Se conoce q u e este c a p í t u l o está t r u n c a d o " (p. 27); y e n v e r d a d , e n e l c a p í t u l o correspondiente d e l l i b r o r e f o r m a d o se agrega a l f i n : " d o n d e A l v a r a d o ascondió y m a n e j ó l a m a t a n z a de los i n d i o s q u e se h i z o e n el p a t i o de V i t z i l u p u c h t l i , d o n d e m u r i ó m u y g r a n parte de los p r i n c i pales m e x i c a n o s , y i n n u m e r a b l e s soldados y gente c o m ú n de los i n d i o s . . . " (pp. 94-95). P e r o es e n e l c a p í t u l o e l 20, d o n d e v e r d a d e r a m e n t e el autor del l i b r o siguiente, reformado deja i r l a p l u m a a l hacer l a descripción de l a m a t a n z a de A l v a r a d o , s u p e r a n d o e n m u c h o l a q u e se hace e n e l l i b r o p r i mitivo. C o m o nos será necesario h a b l a r de este c a p í t u l o más adelante, l o t r a n s c r i b i m o s e n su t o t a l i d a d (pp. 99-101): EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 199 E l mayor m a l que uno puede hacer a otro es quitarle l a v i d a estando en pecado mortal: este m a l hicieron los españoles a los indios mexicanos, porque los provocaron, siendo infieles, a h o n rar a sus ídolos para tomarlos encerrados en l a fiesta y solemnidad que hacían, y desarmados gran cantidad dellos, y matarlos sin saber ellos por qué. C o m o el gran patio del ídolo V i t z i l u p u c h t l i (dios de los mexicanos) estuviese lleno de gente p r i n c i p a l y de sacerdotes y soldados y otra gente en gran número, todos ocupados en los cantares idolátricos de aquel ídolo a quien hacían fiesta, los españoles salieron de repente, todos puestos a punto de guerra, y tomaron las puertas d e l patio por todo el interior del. L o s indios pensaban que i b a n a m i r a r l a manera de su danzar y tañir y bailar y cantar, y procedieron en su fiesta y cantares de m a nera de danza y solemnidad; y estando así, los primeros que comenzaron a pelear arremetieron con los que tañían el son a los que danzaban y cantaban, y cortáronles las manos y las cabezas y cayeron allí muertos, y luego todos los demás españoles comenzaron a cortas cabezas y piernas y brazos y desbarrigar indios; unos hendidas las cabezas, otros cortados por el medio, otros barrenados por las barrigas; unos de ellos cayeron luego muertos; otros llevaban las tripas arrastrando, y huían hasta caer. Los que acudían a las puertas para salir, allí los mataban los que estaban guardando las puertas; otros saltaban las paredes del patio; otros se subían a l cú; otros, viendo que no tenían otro remedio, estábanse sobre los muertos como si estuviesen muertos, y desta manera se escaparon algunos. F u e tan grande el derramamiento de sangre, que corrían arroyos della por el patio como agua cuando mucho llueve. D e l derramamiento de sangre y de los intestinos, estaba u n gran lodo en el patio, y tan grande hedor, que era cosa espantosa y de gran lástima. Y a que casi todos estaban caídos y muertos, andaban los españoles buscando los que se habían subido al cú y los que se habían escondido entre los muertos, y mataban a cuanto h a llaban vivo. C o m o salió l a fama por el pueblo de lo que pasaba, comenzaron a dar voces y gritos para que viniesen con armas todos los que eran para tomarlas contra los españoles, dando noticia de lo que hacían, y luego acudió m u c h a gente con sus armas, rodelas, arcos y saetas y dardos de muchas maneras, y espadas como ellos las usaban, y comenzaron a pelear con los españoles con tanta furia, que los h i c i e r o n retraer a las casas reales donde estaban aposentados. U n o de los más d i s c u t i d o s episodios de l a c o n q u i s t a es e l referente a l a m u e r t e de M o c t e z u m a . E n e l capítulo 23 de l a versión p r i m i t i v a d e l l i b r o X I I leemos: " C u a t r o días anda- LUIS 200 LEAL dos después de l a m a t a n z a que se h i z o e n el c u , h a l l a r o n los m e x i c a n o s muertos a M o c t h e u z o m a y a l g o b e r n a d o r de T l a t i l u l c o echados fuera de las casas reales, cerca d e l m u r o donde estaba u n a p i e d r a l a b r a d a c o m o g a l á p a g o que l l a m a b a n Teoaioc" tezuma. (p. 31). N a d a se dice allí de q u i é n m a t a r a a M o c E n el m i s m o capítulo d e l l i b r o r e f o r m a d o , s i n em- bargo, se acusa a los españoles de h a b e r l e d a d o m u e r t e : " y d i z q u e [sic; léase «desque»] les h u b i e r o n d a d o garrote y v i e r o n q u e estaban muertos, mandáronlos echar p o r las azuteas fuera d e l a casa, en u n l u g a r que se l l a m a b a T o r t u g a de p i e d r a . . . ; y desque s u p i e r o n y v i e r o n los de fuera q u e aquellos señores t a n p r i n c i p a l e s h a b í a n sido m u e r t o s p o r las manos de los españoles, luego t o m a r o n sus c u e r p o s . . . " (p. 113). A d e m á s de las anteriores diferencias, contiene e l l i b r o ref o r m a d o u n capítulo q u e n o e n c o n t r a m o s e n e l l i b r o p r i m i t i v o ; en él se hace u n p e q u e ñ o r e s u m e n de los p r i n c i p a l e s hechos de l a c o n q u i s t a . D e b i d o a l a intercalación de este nuevo capítulo (número 28), de allí e n adelante los capítulos de las dos ediciones n o c o n c u e r d a n : e l n ú m e r o 28 de l a edición de 1829 corresponde a l 29 de l a edición de 1840, y así hasl a el f i n . B u s t a m a n t e , t e n i e n d o a l a vista l o q u e h a b í a d i c h o V e t a n c u r t , creyó que l a versión d e l l i b r o X I I q u e p u b l i c ó p r i m e r o , esto es, l a procedente d e l m a n u s c r i t o Panes, era l a reform a d a , y así l o d i j o : " E s claro q u e e n l a segunda c o n q u i s t a q u e escribió reformó l a p r i m e r a , h a b i e n d o s u f r i d o persecuciones y desprecios p o r sus r e l a c i o n e s . . . ¿Y, p o r qué, p r e g u n t o , sería esta ¡persecución sino p o r l a v e r d a d c o n q u e h a b l ó acerca de las atrocidades de los c o n q u i s t a d o r e s ? . . . R e s u l t a , p o r l o d i c h o , q u e l a presente o b r a q u e hoy p u b l i c o es l a q u e reformó e l P. S a h a g ú n , y si a u n c o n l a rebaja de m u c h a s cosas aparece t a n d u r a l a relación, ¿cuánto más estaría l a p r i m e r a ? " (ed. de 1829, P P - üi-v). A l d a r expresión a l a n t e r i o r j u i c i o , B u s t a m a n t e n o conocía l a versión r e f o r m a d a , y p o r l o t a n t o nos es fácil c o m p r e n d e r el e r r o r e n q u e h a b í a caído. P e r o l o q u e n o podemos c o m p r e n d e r es q u e después de h a b e r o b t e n i d o e l m a n u s c r i t o C o r t i n a t o d a v í a sostuviera q u e S a h a g ú n "se v i o precisado a cercenar EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 201 sus escritos, c o m o podrá conocerlo ( a u n q u e él n o l o diga) e l q u e tomase e l trabajo de cotejar esta h i s t o r i a c o n l a que yo p u b l i q u é en M é x i c o en 1829" (ed. de 1840, p . 8). A n o ser q u e el " c e r c e n a r " se refiera a l a edición p r i m i t i v a , l a o p i n i ó n d e B u s t a m a n t e carece de sentido. Q u e S a h a g ú n n o h a b í a r ev elado t o d a l a v e r d a d acerca d e l a c o n q u i s t a y que escribió l a versión r e f o r m a d a c o n el o b j e t o de hacer enmiendas es t a m b i é n l a o p i n i ó n d e l t r a d u c t o r francés de l a o b r a de Sahagún, M . J o u r d a n e t : " C e n o u v e l o p u s c u l e fut p r o b a b l e m e n t inspiré á S a h a g ú n par l a pensée d e compléter certains récits i n d i e n s q u e l a pression a d m i n i s t r a t i v e F a v a i t obligé á t r o n q u e r l o r s q u ' i l c o m p o s a son p r e m i e r é c r i t " (p. 594). Más difícil de c o m p r e n d e r todavía es l a o p i n i ó n de Chaver o , p a r a q u i e n aparentemente e l l i b r o p r i m i t i v o es el verdad e r o , siendo e l r e f o r m a d o e l q u e S a h a g ú n se v i o forzado a e s c r i b i r p a r a d a r gusto a los vencedores: E n u n espacio de cerca de treinta años había conservado sin reforma l a relación de l a conquista, porque era el relato de los indios contemporáneos, y sabía que era l a verdad. Pero convenía al vencedor que se ocultasen algunas cosas, que fueron mal puestas; y como del mismo relato de Sahagún aparece que andaban varias copias, se le hizo cambiar l a narración de los sucesos. Él, sin embargo, protestó silencioso contra la violencia, dejando en l a p r i m e r a columna su vieja narración, aunque sólo en mexicano.40 G a r c í a Icazbalceta, s i n m e n c i o n a r a C h a vero, refutó su o p i n i ó n (Obras, t. 3, p p . 288-290) : Busco y no encuentro prueba de que Sahagún fuese compelido a cambiar l a historia de l a Conquista para dejarla al gusto del vencedor. Antes de creer eso convendría haber examinado bien y comparado ambos textos. A l frente del reformado se expresa que esa relación va "según l a contaron los soldados indios que se h a l l a r o n presentes"; testigos poco a propósito para lisonjear a los vencedores, y en efecto, esta segunda relación les es más desfavorable que l a p r i m e r a . . . H a dado p i e a l a supresión l a sencilla frase de que en l a p r i m e r a relación "se pusieron cosas que fueron m a l puestas, y se callaron otras que fueron m a l calladas"; como si no fuera tan común y o r d i n a r i o que los autores corrijan sus obras cuando adquieren mejores datos. E l P . Sahagún expresa LUIS 202 LEAL también que enmendó su tratado, en cuanto a l lenguaje mexicano, para que sirviera como libro de texto en l a enseñanza que pensaba dar a los religiosos. Sea c o m o fuere, l o cierto es q u e ambas versiones, c o m o ya h e m o s visto, c o n t i e n e n aserciones desfavorables a los españoles, aserciones q u e p o r l o g e n e r a l n o r e p i t e n los cronistas cuyas fuentes son los soldados españoles y n o los i n d i o s . Sí las r e p i t e n , s i n embargo, aquellos cronistas q u e u t i l i z a r o n las mismas fuentes q u e S a h a g ú n . Pasemos a e x a m i n a r l a i n f l u e n c i a d e l l i b r o X I I e n otros escritores q u e t r a t a n d e l m i s m o tema. E L LIBRO X I I Y E L C Ó D I C E R A M Í R E Z Y a v i m o s cómo, e n 1570, fray A l o n s o de E s c a l o n a tomó a S a h a g ú n sus l i b r o s y los esparció p o r t o d a l a p r o v i n c i a , dispersión de que se facilitó por estar dividido 1569 e n doce " c u e r p o s " o v o l ú m e n e s . el manuscrito E n los tres años q u e p e r m a n e c i e r o n dispersos, los doce l i b r o s f u e r o n vistos y c o p i a d o s p o r varios religiosos, y a u n seglares, q u e se aprovec h a r o n de ellos. " A s í se observa q u e M u ñ o z C a m a r g o los t u v o presentes c u a n d o escribió su Historia de Tlaxcala. Suárez de P e r a l t a c o n o c i ó t a m b i é n l a o b r a , y sacó de e l l a algunas n o t i cias. P e r o e l D r . F r a n c i s c o H e r n á n d e z fue q u i e n más se aprov e c h ó , n o t a n sólo de los escritos de S a h a g ú n , sino hasta de las p i n t u r a s q u e los a d o r n a b a n . " 4 1 O t r o escritor q u e se v a l i ó d e l l i b r o X I I de Sahagún, hasta h o y n o m e n c i o n a d o , es e l P . T o v a r , a u t o r d e l l l a m a d o Ramírez. 42 Códice C o n f a c i l i d a d hemos p o d i d o h a c e r u n a c o n c o r d a n - c i a entre estas dos o b r a s . 48 P e r o l o más n o t a b l e es que e l P . T o v a r , según parece, t u v o e n su p o d e r l a traducción castellana del libro X I I r e f o r m a d o ; 4 4 l a descripción q u e hace d e l a m a t a n z a de A l v a r a d o e n e l t e m p l o m a y o r es casi idéntica a l a de S a h a g ú n , c o m o p o d r á v e r e l l e c t o r c o m p a r a n d o l a sig u i e n t e c i t a c o n l a q u e a r r i b a d i m o s d e l c a p í t u l o 20 de Sahagún: . . .y luego comenzaron a cortar sin n i n g u n a piedad en aquella pobre gente cabezas, piernas y brazos, y a desbarrigar sin temor de EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 203 Dios, unos hendidas las cabezas, otros cortados por medio, otros atravesados y barrenados p o r los costados; unos caían luego muertos, otros llevaban las tripas arrastrando huyendo hasta caer; los que acudían a las puertas para salir de allí, los mataban los que guardaban las puertas; algunos saltaron las paredes d e l patio, y otros se subieron a l templo, y otros, no hallando otro remedio, echábanse entre los cuerpos muertos, y se fingían ya difuntos, y desta manera escaparon algunos; fue tan grande e l derramamiento de sangre, que corría arroyos p o r el patio. Y no contentos con esto los españoles, andaban a buscar los que se subieron a l templo y los que se habían escondido entre los muertos, matando a quantos podían haber a las manos. Estaba el patio con tan gran lodo de intestinos y sangre que era cosa espantosa y de gran lástima ver assí tratar l a flor de l a nobleza mexicana, que allí fallesció casi toda. V i e n d o tan gran crueldad, l a demás gente p o p u l a r comenzó a dar voces y gritos, diziendo arma^ arma, y assí acudió a l a demanda muchíssima gente, que no quedó persona que estuviesse con ellos, unos con arcos y saetas, otros con dardos y f i s g a s . . . ; con este gran recaudo de armas, y mayor coraje y rabia, comenzaron a pelear con los españoles con tal furia, que los hicieron retraer a las casas reales donde estaban aposentados (pp. 88-89). P o d r í a objetarse q u e , c o m o T o v a r c o p i ó de l a Historia las Indias de Nueva España de d e l P . D u r a n , l a i n f l u e n c i a sería i n d i r e c t a , a través de este escritor. A esto contestamos q u e , a l t r a t a r de l a C o n q u i s t a , T o v a r n o sigue a D u r a n , l o c u a l es evid e n t e p o r l a c i t a q u e hace de v a r i o s e p i s o d i o s q u e n o m e n c i o n a D u r a n y q u e sí se e n c u e n t r a n e n e l l i b r o X I I : e l pronóstico del águila c o n e l espejo e n l a cabeza (Códice, 8 0 ; L i b . X I I , cap. 1); l a v u e l t a de Q u e t z a l c ó a t l (Códice, Lib. X I I , cap. 2); e l r e c i b i m i e n t o q u e p p . 79p . 81; Tzihuacpopoca —el f i n g i d o M o c t e z u m a — h i z o a C o r t é s (Códice, p . 85; L i b . X I I , c a p . 12); l a a p a r i c i ó n d e l dios T e z c a t l i p o c a a los hechiceros q u e i b a n a v e r a C o r t é s , y l a d e s c r i p c i ó n q u e de é l se hace, sobre t o d o e l h e c h o de m e n c i o n a r a m b o s escritores l a soga a los p e c h o s : traía ceñidos los pechos con ocho traía (n) ceñidos a los pechos ocho vueltas cabestros o sogas hechas de heno, (Códice, de u n a soga p . 86). de esparto como de esparto ( L i b . X I I , cap. 13); y l a m a t a n z a de A l v a r a d o , y a m e n c i o n a d a , c u y a descripción LUIS 204 LEAL es casi idéntica; e n c a m b i o , D u r a n c u l p a a Cortés tanto c o m o a A l v a r a d o , l o que n o h a c e n S a h a g ú n n i T o v a r . AUTENTICIDAD Y EXACTITUD D e acuerdo c o n l o d i c h o p o r e l m i s m o Sahagún, e l l i b r o r e f o r m a d o es el que debe tenerse p o r más exacto, pues se cor r i g i e r o n e n él las faltas d e l p r i m e r o . editores, nacionales y extranjeros, S i n embargo, a sus e l l i b r o p r i m i t i v o les h a p a r e c i d o más auténtico, y así le h a n d a d o preferencia el reformado. Esto se debe a q u e S a h a g ú n sobre advirtió q u e el l i b r o p r i m i t i v o h a b í a sido escrito " e n t i e m p o que e r a n vivos los que se h a l l a r o n e n l a m i s m a c o n q u i s t a , y ellos d i e r o n esta r e l a c i ó n , y personas p r i n c i p a l e s de b u e n j u i c i o , y que se tiene p o r cierto q u e d i j e r o n t o d a v e r d a d " ( " A l l e c t o r " , ed. de 1829). Q u e l o a n t e r i o r n o es s i m p l e retórica l o p r u e b a e l h a b e r sido r e p e t i d o p o r e l a u t o r t r e i n t a años más tarde: " L o s q u e me a y u d a r o n e n esta e s c r i p t u r a f u e r o n viejos p r i n c i p a l e s y m u y e n t e n d i d o s e n todas las cosas, así de l a idolatría c o m o de l a r e p ú b l i c a y oficios d e l l a , y t a m b i é n se h a l l a r o n presentes la guerra cuando se c o n q u i s t ó esta ciudad" ("Al en lector", ed. de 1840). B u s t a m a n t e , s i g u i e n d o l a a n t e r i o r p a u t a , observ a que e l texto r e f o r m a d o "descubre l a alteración que padec i e r o n sus escritos, y nos p o n e e n e l caso de d u d a r razonab l e m e n t e de l a a u t e n t i c i d a d y e x a c t i t u d d e l t e x t o " (ed. de 1840, p . v i ) . P o r supuesto q u e B u s t a m a n t e tenía q u e defender la tesis de q u e los escritos de S a h a g ú n h a b í a n sido adulterados, pues precisamente e n e l l o basaba su " D i s e r t a c i ó n na". M a s n o es él e l ú n i c o que p i e n s a así. francés, s i n tesis a l g u n a q u e defender, guadalupa- E l traductor t a m b i é n cree q u e el t e x t o p r i m i t i v o es más a u t é n t i c o . O i g á m o s l e (op. cit., p. 839) : On reprochera peut-être au traducteur, à propos de ce douzième livre, de n'avoir pas choisi le texte que Sahagún adopta définitivement, pour traiter ce même sujet, quelques années plus tard dans un second manuscrit. Le traducteur reconnaît que cette conduite eût été préférable à bien des égards; mais il n'a pas cru pouvoir céder à cette prêférance, parce que l'originalité de l'oeuvre entière de Sahagún consiste surtout dans le calque absolu de son texte EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 205 espagnol sur le texte náhuatl primitif qui avait été lui-même écrit sous la dictée des vieillards indigènes. C'est pour respecter cette même originalité dans le récit de la conquête que le traducteur a préféré s'en tenir pour ce livre, comme pour tous les autres, au texte original de l'ouvrage entier. L a l e c t u r a de l a a n t e r i o r c i t a nos d a l a impresión de q u e e l traductor francés t u v o l a o p o r t u n i d a d de c o m p a r a r e l texto n á h u a t l p r i m i t i v o c o n las traducciones hechas p o r S a h a g ú n , y que el texto p r i m i t i v o , e n castellano, es idéntico a l texto náhuatl. P e r o , sabiendo q u e e l ú n i c o texto n á h u a t l d e l l i - b r o X I I es e l existente e n F l o r e n c i a , p u b l i c a d o más tarde p o r Seler, y d e l q u e también sacó c o p i a l a señora Z e l i a N u t a l l (hoy e n poder de d o n F e d e r i c o G ó m e z de O r o z c o ) , y h a p o c o traducido literalmente (ed. de 1938), podemos d e d u c i r q u e l a aserción de J o u r d a n e t está f u n d a d a en l o d i c h o p o r e l m i s m o Sahagún en sus " A d v e r t e n c i a s " y " P r ó l o g o s " y n o en u n análisis c o m p a r a d o de los textos. A las o p i n i o n e s de B u s t a m a n t e y J o u r d a n e t hay q u e agregar l a de C h a v e r o , a q u i e n t a m b i é n le parecía q u e e l l i b r o p r i m i t i v o es más auténtico: " E n 1585 c o n c l u y e r o n los días felices de S a h a g ú n . . . : obligósele a m u d a r l a relación verídica de l a c o n q u i s t a " (Sahagún, p. 103). G a r c í a Icazbalceta, c o m o y a vimos, c o n t r a d i c e l o a f i r m a d o p o r B u s t a m a n t e y C h a v e r o y hace notar q u e e l texto r e f o r m a d o , como l o i n d i c a el título, fue relatado p o r los soldados i n d i o s que se h a l l a r o n presentes d u r a n t e l a c o n q u i s t a , "testigos poco a propósito p a r a l i s o n j e a r a los vencedores, y e n efecto, esta segunda relación les es más desfavorable q u e l a p r i m e r a " (Obras, t. 3, p. 289). L o s editores m o d e r n o s d e l l i b r o X I I t a m b i é n h a n d a d o preferencia a l texto p r i m i t i v o . Jiménez M o r e n o , p o r e j e m p l o , nos dice q u e l o prefiere p o r los siguientes m o t i v o s (ed. de 1938, t. 4, p. 8): E l más ligero cotejo que se emprenda de los textos de las dos ediciones castellanas tantas veces citadas, convencerá que l a p r i mera es más sencilla, menos trabajada y más cercana de l o escrito en mexicano, a l paso que l a segunda muestra a las claras que el autor tuvo l a preocupación de p u l i r l a , de darle forma más literaria, a u n con perjuicio de los datos consignados y de l a ingenuidad LUIS 20Ó LEAL o simplicidad que en l a obra pusieron los indios redactores " q u e habían estado en l a conquista" según el decir d e Sahagún. N o debe olvidarse que entre l a redacción del p r i m e r texto y l a redacción d e l segundo mediaron treinta años, tiempo más que sobrado para eme h u b i e r a alteraciones y cambios en e l modo de pensar y de juzgar d e l autor. Jiménez M o r e n o , s i n e m b a r g o , se ve o b l i g a d o a r e p r o d u c i r las variantes de m a y o r i m p o r t a n c i a entre los dos t e x t o s , 45 para o b v i a r a l lector e l i n c o n v e n i e n t e de r e c u r r i r a l a edición de 1840, pues " a u n l o escrito e n l a segunda vez tiene p a r a nosotros u n v a l o r altísimo, p o r v e n i r de q u i e n viene, de a l g u i e n q u e estuvo saturado d e l a m b i e n t e de l a c o n q u i s t a " (ed. ext., t. 4, p . 10) ; y t a m b i é n dice q u e e l texto r e f o r m a d o "es m á s e l a b o r a d o . . . y p o r esta causa consigna e n algunos de sus capítulos relaciones m á s detalladas, s i n e l recurso d e l frecuente a l u d i r a l o q u e está en la letra", m i e n t r a s q u e e l texto de 1829 "es más breve, p o r q u e m u y a m e n u d o resume e n pocas p a l a bras l o q u e está expuesto en la letra, es d e c i r e n m e x i c a n o ; p e r o en c a m b i o , m u c h a s veces se extiende y trae más detalles que los párrafos correspondientes de l a segunda versión" (ib id.). P o r l o hasta a q u í expuesto, nos es preciso c o n c l u i r c o n Jiménez M o r e n o q u e " e l estudio de u n a y o t r a versiones, siendo t a n distintas e n s u redacción, es i n d i s p e n s a b l e p a r a t o d a persona q u e a m b i c i o n e formarse u n j u i c i o l o m á s p r ó x i m o a l a verdad, sobre l a h i s t o r i a de l a C o n q u i s t a " (ibid.). A esto p o d r í a m o s a ñ a d i r q u e t a m b i é n sería c o n v e n i e n t e tener e n cuenta las variantes q u e presenta e l texto de T o r q u e m a d a , c u a n d o c i t a a S a h a g ú n , puesto q u e e l m a n u s c r i t o a tres col u m n a s q u e consultó nos es desconocido h o y . S i e n d o e l l i b r o X I I , precioso d o c u m e n t o indígena, u n a de las p r i n c i p a l e s fuentes p a r a e l e s t u d i o de t a n i m p o r t a n t e h e c h o e n l a hist o r i a de M é x i c o c o m o es l a C o n q u i s t a , l o m i s m o q u e p a r a el estudio de l a m e n t a l i d a d indígena, merece q u e se le estudie t e n i e n d o e n c u e n t a todas las variantes q u e nos l e g ó t a n acucioso i n v e s t i g a d o r c o m o l o fue fray B e r n a r d i n o de S a h a g ú n . EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 207 NOTAS 1 Joaquín G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , O bras, México, 1896-1905, t. 3, p . 290. Buscando en l a traducción francesa de l a Historia de Sahagún (Histoire genérale des choses de la Nouvelle-Espagne par le R. P. Fray Bernardino de Sahagún, traduite et annotée par D . J o u r d a n e t . . . et par R e m i Siméon, Paris, 1880) la referencia de G a r c i a Icazbalceta, no hemos podido verificar l a cita. E l traductor menciona el l i b r o X I I en las p p . 594 y 839. E n aquélla dice l o siguiente: " Q u a n t au douzième livre, o n peut assurer q u ' i l est réellement u n hors-d'oeuvre dans le travail d u moine franciscain". 2 Alfonso R E Y E S , Letras de la Nueva, España, México, 1948, p. 54. 3 Historia / de la / conquista de Mexico, / escrita / por el R. P. Fr. Bernardino Sahagún / del orden de S. Francisco, y uno de los primeros enviados / a la Nueva España para propagar el evangelio. / Publícala p o r separado de sus demás obras / Carlos María de Bustamante, / D i p u t a d o de l a Cámara de representantes del Congreso General de / l a federación por el estado l i b r e de Oaxaca, q u i e n lo dedica a / los beneméritos generales Nicolás Bravo y M i g u e l Barragán, y / a sus dignos compañeros en la confinación que hoy sufren. / [Cita bíblica] / México. / Imprenta de Galván a cargo de M a r i a n o Arévalo, calle de / Cadena N<? 2. / 1829. v i i i + 59 p p . 4 Antiquities of Mexico... B y Augustus A g l i o . 7 ts. I m p e r i a l folio. A g l i o , N e w m a n Street, and W h i t t a k e r a n d Co., Londres, 1830. Reseña en The Monthly Review. Londres, t. 124 (1831), p p . 253-274. " L a obra de Sahagún (sin el «segundo» l i b r o X I I ) forma el tom. V I I de las «Antiquities o£ Mexico» de K i n g s b o r o u g h , excepto los 40 primeros capítulos d e l l i b r o V I , que se h a l l a n en el tomo anterior. Según el Sr. Ramírez, que h a hecho u n estudio particular de este escritor, las ediciones mexicana e i n glesa son muy incorrectas, aunque algo más l a primera. N o puedo menos de hacer notar aquí el candor o descaro con que Bustamante nos dice (tomo III, p. 325) que h u b i e r a s u p r i m i d o el famoso pasaje de Sahagún relativo a l a V i r g e n de G u a d a l u p e , a no haber sabido que l a m i s m a obra se estaba i m p r i m i e n d o en Londres, l a que viniendo después a México pudiera notarse l a supresión" ( G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 4, p p . 416418). 5 La / Aparición / de / Ntra. Señora de Guadalupe / de México, / comprobada con la refutación del argumento negativo que présenter / D. Juan Bautista Muñoz, fundándose en el testimonio del P F r . Ber / nardino Sagun; / ó sea / Historia Original / de este escritor, / que altera la publicada en 1829 / en el equivocado concepto / de ser la única, y original de dicho autor. / Publícala / precediendo u n a Disertación sobre la / Aparición G u a d a l u p a n a , y con notas sobre l a Conquista de México, / Carlos M ^ de Bustamante, / I n d i v i d u o d e l Supremo Poder Conserva= LUIS 208 LEAL dor. / México. Impreso por Ignacio C u m p l i d o . / 1840. / Calle de los Rebeldes N ? 2. / E n 4?. U n a litografía de N t r a . Sra. de Guadalupe, x x i i p p . -{- 1 f. sin numerar, -j- 247 p p . -f- 2 ff. índice. Además de l a "Disertación guadalupana" y de las notas al pie de las páginas, Bustamante agregó a cada capítulo largos comentarios. 6 Historia de las cosas de la Nueva España. Publícase con fondos de la Secretaría de Justicia e Instrucción Pública de México por Francisco del Paso y Troncoso. Häuser y Menet, M a d r i d , 19... 7 Einige Kapitel aus dem Geschichtswerk des Fray Bernardino de Sahagún, Stuttgart, 1927. 8 La. conquista. Imprenta de l a Secretaría de Relaciones Exteriores, México, 1929. 99 p p . (Cuadernos populares, serie I I I , núms. 1 y 2). " N o t i c i a " de L u i s Chávez Orozco. 9 Historia general de las cosas de Nueva España, México, 1946, 3 ts. 10 Jacok S C H A M B S , Aztekische Schriftsprache. Grammatik (mit Lautlehre), Text und Glossar. C a r l Winter-Universitätverlag, Heidelberg, 1949; 212 p p . P p . 79-123: " H i s t o r i a general de las cosas de Nueva España, que en doce libros y dos volúmenes escribió el R . P. F r . B e r n a r d i n o de Sahagún (nach dem M S 218 der Biblioteca L a u r e n t i a n a i n Florenz). L i b r o duodécimo, X L I capts." (Es el texto publicado por Seier). 11 P a r a l a historia de estos manuscritos véanse sus Obras, í. 3, 192-293. 12 Véase G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Códice franciscano, 2^ ed., México, 1941, p. x x i . 13 " P r ó l o g o " a l a Historia general, ed. Acosta Saignes, t. 1, p . 2. 1 T a l vez sea u n error, o tal vez este l i b r o ocupase ese lugar en algunos de los manuscritos. (Véase G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 3, p p . 213214 y 277-278). 15 E d . Bustamante, 1840, p. 1; también ed. Acosta Saignes, t. 3, pp. 13-14. 16 A u n q u e no hay datos para fijar l a vuelta de fray M i g u e l Navarro a la N u e v a España, a García Icazbalceta le parece que volvió con M e n dieta en 1573 (véanse sus Cartas de religiosos de Nueva España, 2^ ed., México, 1941, p p . v i y xx). ! 7 C o n frecuencia cita Sahagún el año de 1576 en su Historia. Véase la ed. de Bustamante, t. 3, p p . 84, 322, 328, 330, etc. 18 L i b r o X I I , ed. Bustamante, 1840, p. 234 [334 por error]. 19 Véase esta interesante cédula real en G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Códice franciscano, ed. cit., p p . 249-250= 20 " C a r t a de Sahagún al R e y " , apud G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 3, pp. 204-205. 21 Cf. P A S O Y T R O N C O S O , "Estudios sobre el Códice mexicano del P . Sahagún. . .", en los Anales del Museo Nacional de Arqueología, Historia y Etnografía, ser. 4, t. 4, p p . 316-320, y J I M É N E Z M O R E N O , op. cit., t. 1, pp. x l v i i y x l v i i i . pp. 4 EL LIBRO XII DE SAHAGÚN 209 Documento X X V de l a obra Francisco del Paso y Troncoso. Su misión en Europa, por Silvio Z A V A L A (apud A C O S T A SAIGNES, op. cit., t. 1, p. i i ) . 23 Cf. G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 3, p p . 211, nota, y 283. Fray J u a n de T O R Q U E M A D A , Monarquía indiana, M a d r i d , 1723, l i b . X X , cap. 46 (t. 3, p . 487a). H a y que observar que las citas que T o r q u e m a d a hace del l i b r o X I I no concuerdan con l a versión reformada q u e conocemos. T a l vez haya hecho traducciones directas del náhuatl o usado otro manuscrito. 25 G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 3, p. 214. (Noticia tomada de F L O R E N C I A , La estrella del Norte de México, cap. 28.) 26 Fray Agustín de V E T A N C U R T , Teatro mexicano, M a d r i d , 1698, " D e los varones i l u s t r e s . . . " , N ú m . 12, p p . 138-139. 27 Monarquía indiana, loe. cit., y también l i b . X I X , cap. 33 (t. 3, p. 387a): "Sacólos de su poder, por maña, u n o de los virreyes pasados para e m b i a r a cierto coronista que le pedía con mucha instancia escrituras de cosas de Indias; y tanto le aprovecharían para su propósito, como las coplas de Gayferos." 28 Ibid., l i b . I V , cap. 13 (t. 1, p p . 378-380). 29 Francisco Javier C L A V I G E R O , Historia antigua, de México, ed. de México, 1945, t. 1, p. 34. 30 Alfredo C H A V E R O , Apuntes viejos de bibliografía mexicana, México, 1903, p. 65. 2 2 2 4 31 E l Virrey d o n A l v a r o M a n r i q u e de Zúñiga, Marqués de V i l l a M a n r i q u e , séptimo virrey de l a N u e v a España, y su esposa doña Blanca de Velasco llegaron en l a flota mandada por el general d o n J u a n de G u z m á n , que llegó a San J u a n de Ulúa en septiembre de 1585. Cf. F r a n cisco FERNÁNDEZ D E L C A S T I L L O , Libros y libreros en el siglo xvi, México, 1914, p. 414. 32 Cf. G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 3, 33 Véase l a "Auténtica de l a o b r a " , ed. 34 Véase l a 2^ ed. de Bustamante del 35 " E l E d i t o r " , ed. de 1829, p p . i i i - i v . 3 6 Alfredo C H A V E R O , Sahagún, México, Apuntes viejos de bibliografía mexicana, p. p p . 21855. Bustamante, 1829, p p . v i i - v i i i . l i b r o X I I , 1840, p. 32, nota. 1877, p. 72; cf. también sus 69. 37 N o t a de Bustamante en l a p. 104 de esta edición (1840): " N o encuentro esta palabra [bardoja] en el Diccionario; en los manuscritos de D. Carlos de Sigüenza y Góngora (que ayer 7 de octubre de 1833 registré en l a biblioteca de esta U n i v e r s i d a d de México) leí que a Moctheuzoma le denostaron llamándole bujarrón o sodomita, quizás esto quiso decir el P. Sahagún." 38 Boletín de la ReaJ Academia de la Historia, t. 6 (1885), p. 122. "Sería —afirma García Icazbalceta— apenas u n a copia, firmada, cuando más, por Sahagún, y acaso l a misma que Montemayor llevó a España" (Obras, t. 3, p. 216). 3 9 G A R C Í A I C A Z B A L C E T A , Obras, t. 4, p p . 374-375. LUIS 210 40 A . C H A V E R O , Sahagún, 41 G A R C Í A 4 2 ICAZBALCETA, LEAL p p . 63-64; cf. también sus Apuntes, Obras, t. 4, p. p . 67. 216. Véase L u i s L E A L , " E l Códice Ramírez", en Historia Mexicana, t. 3 (!953-54)> PP- 11-3343 Cf. Códice Ramírez, México, 1878, p p . 79-91, y el libro X I I de Sahagún, caps. 1-24. 44 Esto constituye u n a prueba más de que el Códice Ramírez fue escrito después de 1585, fecha del l i b r o X I I reformado. ( A l escribir nuestro artículo sobre el Códice Ramírez no conocíamos todavía el capítulo 20 reformado.) 45 Falta, sin embargo, l a del cap. 20 reformado.