¿QUÉ SIGNIFICA CHÌCH'EN ITZAM? Domingo MARTÍNEZ D E S D E E L F O N D O M Í T I C O de las viejas leyendas surge P. enigmá- t i c o e l n o m b r e sacrosanto de C h ' i c h ' e n I t z a m , señoreador magn í f i c o entre todos los centros ceremoniales d e l área m a y a . S u n o m b r e y su prestigio i r r a d i a n hasta los más lejanos confines. " D u r a n t e e l período m e x i c a n o d e l N u e v o i m p e r i o , h a d i c h o Morley, tán. Chichén-Itzá 1 era l a c i u d a d más grande de Y u c a - A e l l a l l e g a b a n peregrinaciones de todas partes de l a A m é r i c a C e n t r a l , d e l S u r y C e n t r o de M é x i c o , y a las siniestras p r o f u n d i d a d e s de a q u e l pozo se a r r o j a b a n ofrendas de toda clase." Según F r a y D i e g o de L a n d a , e l n o m b r e de l a c i u d a d " q u i e r e d e c i r p o z o de los yzáes", es decir, c i u d a d d e l pozo de los itzáes. 2 Ésta h a sido l a i n t e r p r e t a c i ó n t a d a p o r los investigadores. t r a d i c i o n a l m e n t e acep- Y s i n e m b a r g o , y a L a n d a decía q u e los i n d i o s de Y u c a t á n n o h a c í a n pozos e n e l sentido est r i c t o de l a p a l a b r a , p o r q u e n o c o n t a b a n c o n las herramientas necesarias y p o r q u e e l suelo, esencialmente pétreo, n o se prest a b a a e l l o . L o q u e c o n o c í a n era u n a especie de pozos n a t u r a les, l l a m a d o s cenotes ( d e l m a y a dzcnoot, d e r i v a d o seguramen- te de dzu ' c e n t r o ' y noott 'desgastar, m o r d e r , m o r d i d o ' ) . Estas cavidades subterráneas llenas de agua t i e n e n a veces u n a ent r a d a v e r t i c a l p o r u n agujero actunhd) estrecho (se l l a m a n entonces y otras u n a e n t r a d a e n f o r m a de r a m p a bastante a m p l i a , p o r l a c u a l p u e d e llegarse s i n g r a n d i f i c u l t a d hasta e l venero. E l cenote sagrado de C h ' i c h ' e n I t z a m era s i n d u d a de este t i p o . ¿Qué razón podía e x i s t i r p a r a q u e a l a g r a n c i u d a d m a y a se l e d i e r a e l n o m b r e de " P o z o de los Itzáes", siendo q u e n o h a y en e l l a pozo n i pozos? E n todo caso, ajustándose a l a r e a l i d a d geográfica, los mayas d e b í a n h a b e r l a l l a m a d o Dzonoot ' C e n o t e de los Itzáes'. Itzam 3 L a e v i d e n c i a lingüística nos m u e s t r a a h o r a q u e esa t r a d i c i o n a l etimología se e r r ó n e a . L a confusión se debió a q u e DOMINGO 39¿ MARTÍNEZ P. los p r i m i t i v o s cronistas n o tenían grafía p a r a representar e l "saltillo", c o m o acertadamente Barrera Vásquez. h a hecho n o t a r e l profesor L a s palabras c o n s a l t i l l o se transcribían 4 de m a n e r a a p r o x i m a d a . C h ' i c h ' e n I t z a m se convirtió así en C h i C h e e n Itzá; c o m o chi s i g n i f i c a ' o r i l l a , b o c a ' y cheen ' p o z o ' se llegó a l a conclusión de q u e el n o m b r e e q u i v a l í a a ' l a o r i l l a d e l p o z o de los itzáes'. T e n i e n d o en cuenta e l s a l t i l l o se l l e g a a u n a i n t e r p r e t a ción m u y d i s t i n t a : ch'ich s i g n i f i c a 'pájaro'; en es u n sufijo q u e i n d i c a c o n d i c i ó n o estado; Ch'ich'en q u i e r e d e c i r , pues, 'con- d i c i ó n de ser pájaro, ser p á j a r o , soy p á j a r o ' . 5 elemento que equivale a Itzam, es u n a p a l a b r a h u a s t e c a 0 E n cuanto al ' c u l e b r a , serpiente'. P o r l o tanto, C h ' i c h ' e n I t z a m es u n n o m b r e h í b r i d o de m a y a y huasteco, y q u i e r e decir 'Soy P á j a r o Serpiente'. E n f r a y D i e g o de L a n d a leemos q u e "es o p i n i ó n entre los i n d i o s q u e c o n los izáes q u e p o b l a r o n Chichenizá r e i n ó u n g r a n señor l l a m a d o C u c u l c á n . . . y q u e después de su v u e l t a fué t e n i d o e n M é x i c o p o r u n o de sus dioses y l l a m a d o C e z a l c u a t i [Quetzalcóatl], Serpiente e m p l u m a d a " . M o r l e y nos dice q u e " t a l vez los rasgos arquitectónicos más notables de C h i chén-Itzá sean los templos pirámides c o n c o l u m n a s de serpientes e m p l u m a d a s . . . Estos templos c o n c o l u m n a s de serpientes, dedicados a K u k u l c á n , l a Serpiente e m p l u m a d a , d e i d a d p a t r o n a de Chichén-Itzá, f u e r o n u n a i m p o r t a c i ó n d e l centro de M é x i c o , traída p o r e l p r o p i o K u k u l c á n " . Es e v i d e n t e a h o r a que los mayas d i e r o n a su c i u d a d sag r a d a n o u n n o m b r e referente a u n rasgo geográfico, sino e l n o m b r e m i s m o de su f u n d a d o r y de su dios. A l l l a m a r l a " S o y P á j a r o S e r p i e n t e " q u i s i e r o n d a r a e n t e n d e r q u e allí, e n esa c i u d a d , m o r a b a e l dios K u k u l c á n , e l p á j a r o serpiente o serpiente e m p l u m a d a . N o t a b l e es e n este sentido l a analogía existente entre e l n o m b r e de C h ' i c h ' e n I t z a m y e l de T a m o a n c h a n , paraíso t e r r e n a l b u s c a d o p o r los p r i m e r o s p o b l a d o r e s de M é x i c o . R a fael G i r a r d e x p l i c a d e l m o d o siguiente l a etimología de Taruó anchan: " ' A v e ' y 'serpiente' se t r a d u c e n e n c h o r t i p o r muan o moan y chan, respectivamente; muan o mean es e l n o m b r e d e l gavilán y a l a vez n o m b r e genérico de las aves ¿QUÉ SIGNIFICA CH'ICH'EN ITZAM? 397 de presa. S i agregamos e l l o c a t i v o ta obtenemos e l n o m b r e Tamoanchan, l i t e r a l m e n t e ' l u g a r d e l gavilán s e r p i e n t e ' . " E l t é r m i n o m a y a chan e q u i v a l e exactamente a l huasteco itzam (y a l can de K u k u l c á n ) . C h ' i c h ' e n I t z a m y T a m o a n c h a n tien e n , pues, idéntico s i g n i f i c a d o : ' l u g a r d e l p á j a r o serpiente'. T a l i d e n t i d a d de sentido refleja s i n d u d a u n a i d e n t i d a d d e h e c h o : e n Y u c a t á n e n c o n t r a r o n los i n d i o s e l paraíso t e r r e n a l q u e venían b u s c a n d o . H e aquí t a m b i é n u n a posible e x p l i c a c i ó n de l a p r i m a c í a de ese centro c e r e m o n i a l . E n todo caso queela patente e l parentesco <jue l i g a b a las creencias religiosas de mayas y nahuas, adoradores ambos de l a mítica serpiente emplumada. 7 NOTAS S. 1 G . M ORLE Y, La civilización trad. de A. las cosas de Yucatán, maya, Recinos, 2^ ed., México, 1953. Fray Diego de 2 rez Martínez, LANDA, Relación de ed. H . Pé- México, 1938. 3 V a r i o s t o p o n í m i c o s m a y a s c o n t i e n e n e l e l e m e n t o dzonoot; Balarn de 4 Alfredo 1945, pp. o estoy BARRERA h a y entre VÁSQUEZ, £ Rafael Enciclopedia yucaianense, soy o estoy e n f e r m o ' , ayih'alen y los mayas ellos notables ' a i r e ' , ic ' a l l á ' , bel ' c a m i n o ' , zacni ALEJANDRE, 7 el del Poniente') Chilam y Kan- t. 6, Méxi- ' s o y o estoy r i c o ' , uihen h a m b r i e n t o ' , etc. c L o s huastecos étnico; ('Cenote Dzonoot 207-209. 5 C f . k'ohanen 'soy Chikin ('Cenote de tierra amarilla'). cabdzonoot co, cita Chumayel Cartilla GIRAR», huasteca, El tenían el mismo origen yan ' a b u e l o ' , pay ' b l a n c o ' , ejec ' n e g r o ' , e t c . ( C f . M a r c e l o México, "Popol-Vuh", evidentemente coincidencias léxicas: 1889-90). fuente histórica, Guatemala, 1952.