a sociedad espiritista española.

Anuncio
TE V^^^^
A
IT
REVISTA MENSUAL.
FUNDADOR,
II AÑO.
ALVERICO
PERÓN.
Junio de 1 8 6 9 .
N." 1 0 .
REGLAMENTO
SECCIÓN OFICIAL.
DE
ADMINISTllATIVA
DEL 24
DE MAYO DE
LA
(
SOCIEDAD ESPIRITISTA ESPAÑOLA.
SOCIEDAD ESPIRITIST A ESPAÑOLA.
SESIÓN
í
•i
CAPÍTULO PRIMERO.
1869.
OBJETO V CONSTITUCIÓN D E LA S O C I E D A D .
A r t i c u l o 1."
Presidencia de Alverico Perón.
La S o c i e d a d E s p i r i t i s t a E s p a ñ o l a t i e n e por
objeto el e s t u d i o de t o d o s l o s f e n ó m e n o s r e l a t i v o s á l a s m a -
Se abrió á las nueve y cuarto, con asistencia de
los Sres. T o n n E s y V I L L A N U E V A , GuEaEÑu, .4LDANA,
nifestaciones espiritistas j ' s u s aplicaciones á las ciencias
LOZANO, CAY.-IE y L L O P I S , T E J A D A , T O U R I E N T E , G H I -
sí d i s c u t i r t e m a s de e s t u d i o c o n v e n i e n t e m e n t e
LLEN, KOSICKI, COCLÉS, PASTOR y BEDOYA.
sobre o r g a n i z a c i ó n s o c i a l . T a m p o c o entrará e n c o n t r o v e r s i a s
Se dio cuenta de h a b e r excusado su falta de
asistencia los Sres. T O R U E S y G O N Z Á L E Z , U S E R A ,
V I L L E G A S , C U B A S y A R G U E L L E S , autorizando este
último al Presidente para q u e volase en su
nombre.
Tomó la palabra el S R . P R E S I D E N T E , y dijo q u e
el objeto de la convocatoria de la Sociedad e n s e sión administrativa, era la discusión y aprobación del proyecto de reforma del reglamento p r e sentado por la comisión n o m b r a da al efecto en la
sesión del 12 del corriente. El Sr. Presidente d e signó al socio Pastor y Bedoya para h a c e r l a s v e ces de Secretario.
El S R . A L D A N A , individuo de la m i s m a , leyó d i cho proyecto, y no habiendo quien pidiese la p a labra sobre la totalidad, se pasó á la discusión por
artículos, aprobándose el proyecto con ligeras
modificaciones después de u n detenidísimo debate
en qu e tomaron parte los S r e s . P R E S I D E N T E , T E J A BA,
G U E R E Ñ U , A L D A N A , L O Z A N O , R O S I C K I y el
m o r a l e s , f í s i c a s , históricas y psicológicas. N o podrá o c u parse de c u e s t i o n e s q u e t e n g a n u n objeto p o l í t i c o , a u n q u e
preparados
r e l i g i o s a s q u e t i e n d a n á darle carácter de s e c t a .
A r t . 2.°
La S o c i e d a d s e c o l o c a bajo la p r o t e c c i ó n del e s -
p í r i t u e l e v a d i s i m o de S ó c r a t e s , á q u i e n e l i g e por g u i a e n s u
difícil e s t u d i o , a d o p t a n d o l o s s i g u i e n t e s l e m a s : « E l b i e n h a
de h a c e r s e p o r q u e es b i e n . » « T o d a a c c i ó n p r o d u c e
conse-
cuencias análogas á su Índole.^
A r t . 3."
La S o c i e d a d n o podrá s e r d i s u e l t a , r e f u n d i d a n i
a n e x i o n a d a á o t r a , d e c u a l q u i e r carácter q u e s e a , m i e n t r a s
h a y a socio s q u e q u i e r a n c o n t i n u a r l a , a u n q u e s u n ú m e r o se
r e d u z c a al l i m i t e m í n i m o .
E l d o m i c i l i o de l a S o c i e d a d se fija e n Madrid.
CAPITULO 11.
DE
A r t . 4.°
LOS
SOCIOS.
La S o c i e d a d s e c o m p o n e d e s o c i o s de n ú m e r o ,
honorarios y corresponsales. Los primeros y los segundos,
t i e n e n v o z y v o t o e n t o d a s l a s c u e s t i o n e s q u e e n ella p u e d a n
t r a t a r s e , y l o s c o r r e s p o n s a l e s el d e r e c h o de a s i s t i r c u a n d o
p a s e n por Madrid á l a s s e s i o n e s ordinarias c o n v o z , p e r o s i n
voto.
Art. 5 °
Para i n g r e s a r e n la S o c i e d a d c o m o s o c i o d e n ú -
mero , es indispensable reunir las condiciones siguientes:
S o l i c i t a r por e s c r i t o el i n g r e s o en la S o c i e d a d e u c o -
in-
m u n i c a c i ó n d i r i g i d a al P r e s i d e n t e , e x p r e s a n d o e n ella p o -
frascrito, resultando aprobado eñ la forma siguiente:
s e e r c o n o c i m i e n t o s e s p i r i t i s t a s , el e s t a d o d e s u s c o n v i c c i o n e s s o b r e l o s p u n t o s f u n d a m e n t a l e s d e la d o c t r i n a , y
226 i
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
c o m p r o m i s o de conformarse en un todo al R e g l a m e n t o . E s t a
y la del C o n t a d o r , l l e v a r el c a r g o y data c o n toda r e g u -
c o m u n i c a c i ó n ha de ir autorizada c o n la firma d e d o s s o c i o s
laridad.
d e n ú m e r o q u e la apoj'en bajo s u r e s p o n s a b i l i d a d moral;
2."
Obtener i n f o r m e favorable del Consejo d i r e c t i v o ;
3."
O b t e n e r m a y o r í a r e l a t i v a de v o t o s e n la s e s i ó n e n q u e
A r t . 11.
La d u r a c i ó n d e los c a r g o s será d e un a ñ o , p u -
diendo ser reelegidos.
A r t . 12.
E l Consej o d i r e c t i v o , a d e m á s de o c u p a r s e de l o s
a s u n t o s a d m i n i s t r a t i v o s de la S o c i e d a d y de e x a m i n a r l o s
s e l e a el d i c t a m e n referent e á la a d m i s i ó n .
S o n c o n s i d e r a d o s c o m o s o c i o s honorarios: 1.° T o -
trabajos y t e m a s de e s t u d i o q u e p r o p o n g a n los s o c i o s para
dos l o s m é d i u m s q u e ejerzan ú t i l m e n t e s u facultad m e d i a -
l a s s e s i o n e s o r d i n a r i a s , celebrará u n a s e s i ó n al m e s , y l a s
n í m i c a e n l a s s e s i o n e s ordinarias . 2." L o s q u e i g u a l m e n t e
e x t r a o r d i n a r i a s q u e c o n c e p t ú e n e c e s a r i a s , b a s t a n d o para
A r t . C.°
s e ofrezcan á d e s e m p e ñ a r g r a t u i t a m e n t e el s e r v i c i o de t a -
u n a s y otras la a s i s t e n c i a de fres v o c a l e s , y redactará u n a
q u í g r a f o s ó de e s c r i b i e n t e s , l i m i t á n d o s e s u n ú m e r o al q u e
M e m o r i a a n u a l en q u e dé c u e n t a do l o s trabajos de la .Socie-
a c u e r d e la S o c i e d a d .
d a d , q u e s e leerá e u la s e s i ó n a d m i n i s t r a t i v a para e l e c c i ó n
E l i)ase de s o c i o s de n ú m e r o & h o n o r a r i o s , s e veriflcarú á
de c a r g o s , s o m e t i é n d o s e á d i s c u s i ó n .
c o n s e c u e n c i a d e s o l i c i t u d del i n t e r e s a d o , informe de u n a
c o m i s i ó n n o m b r a d a por el C o n s e j o d i r e c t i v o y v o t a c i ó n s u b -
CAPÍTULO IV.
s i g u i e n t e ; la e n t r a d a e n la S o c i e d a d c o n e s t e carácter , a ñ a -
DE LAS SESIONES.
d i e n d o á l a s c o n d i c i o n e s q u e d e b e n e x p r e s a r s e e n la carta
de q u e s e habl a e n el a r t i c u l o a n t e r i o r , la oferta del c o m p r o m i s o q u e c o n t r a e n . E s t o s s o c i o s e s t á n e x e n t o s del p a g o
de la c u o t a de e n t r a d a y m e n s u a l .
A r t . 7."
n o resida n e n M a d r i d , p u e d e n s e r s o c i o s c o r r e s p o n s a l e s s o l i c i t á n d o l o por e s c r i t o. C u a n d o u n socio c o r r e s p o n s a l t r a s l a d e s u r e s i d e n c i a á M a d r i d , podrá pasar á s o c i o d e n ú m e r o
s i n m á s r e q u i s i t o q u e la m a n i f e s t a c i ó n de s u d e s e o , c o n las
s e ñ a s de s u d o m i c i l i o , j s u conformidad al a b o n o de l a s c u o t a s de i n g r e s o y m e n s u a l e s .
serlo o b t e n g a n u n p e r m i s o e s p e c i a l del P r e s i d e n t e para a s i s t i r á l a s s e s i o n e s ordinarias .
1.°
L e c t u r a y aprobación del acta d e la s e s i ó n a n t e r i o r.
2.°
D e s p a c h o ordinario .
8.°
L e c t u r a de l a s c o m u n i c a c i o n e s o b t e n i d a s e n la a n t e -
rior s e s i ó n .
4.0
c h o de h a c e r i n s c r i b i r e n la S o c i e d a d , e n c l a s e de socio de
n ú m e r o ú h o n o r a r i o , á s u e s p o s a , m a d r e , hija ó h e r m a n a ,
c o n l a s o l a o b l i g a c i ó n de s a t i s f a c er m e d i a c u o t a m á s al m e s
por cada u n a de a q u e l l a s p e r s o n a s q u e n o f u e s e m é d i u m .
Si a l g u n a s e ñ o r a q u e no p e r t e n e z c a á la familia de n i n g ú n
s o c i o d e s e a r e p e r t e n e c e r á la S o c i e d a d , s e r á a d m i t i d a s i e m pre q u e s e a p r e s e n t a d a por c u a t r o s o c i o s , y abonar á la m i tad de la c u o t a m e n s u a l e n el c a s o de no ser m é d i u m .
que le
a c r e d i t e e n s u c l a s e r e s p e c t i v a , s i r v i é n d o l e a q u é l para q u e
e l C o n t a d o r le facilite s u tarjeta y R e g l a m e n t o , p r e v i o e l
p a g o d e la c u o t a de e n t r a d a si p r o c e d i e s e .
L e c t u r a c o u ó s i n c o m e n t a r i o de a l g u n a obra d e E s -
piritismo ó comunicaciones instructivas.
E v o c a c i ó n del e s p í r i t u protector de la Sociedad para
q u e d e s i g n e l o s q u e h a y a n d e c o m u n i c a r s e e n t r e l o s q u e lo
deseen o sean llamados.
6.°
T o d o s o c i o de n ú m e r o ú honorario t i e n e el d e r e -
Todo s o c i o recibirá el n o m b r a m i e n t o
c i ó n , p r o c u r a n do s e g u i r e n e l l a s el orden s i g u i e n t e :
5.°
A e s t a c l a s e de s o c i o s p u e d e n a s i m i l a r s e t o d o s l o s q u e s i n
A r t . 9.°
E j e r c i c i o s para el desarrollo de l a s d i v e r s a s f a c u l t a -
des medianímicas.
1."
D i s e r t a c i ó n m e d i a n í m i c a s o b r e u n p u n t o de d o c t r i n a.
8.°
E v o c a c i o n e s de e s p í r i t u s d e t e r m i n a d o s para el e s t u -
dio d e a s u n t o s de i n t e r é s g e n e r a l , y l a s p a r t i c u l a r e s a u t o r i z a d a s por e l P r e s i d e n t e e n la m i s m a s e s i ó n .
9.** A c c i ó n de g r a c i a s á l o s b u e n o s e s p i r i t u s q u e h a y a n
a y u d a d o e n s u s trabajos.
A r t . 11.
DEL CONSEJO DIRECTIVO.
Habrá u n C o n s e j o d i r e c t i v o c o m p u e s t o del P r e -
sidente y cinco vocales, c u y o s cargos serán: Vicepresidente,
S e c r e t a r i o , V i c e s e c r e t a r i o , Tesorero y C o n t a d o r , y s u s a t r i -
E n l a s s e s i o n e s r e i n a r á n el orden y r e c o g i m i e n t o
m á s c o m p l e t o s , t r a t á n d o s e l a s c u e s t i o n e s con g r a v e d a d y
d e c o r o , a b s t e n i é n d o s e l o s c o n c u r r e n t e s de c a m b i a r d e s i t i o ,
fumar, e n t a b l a r d i á l o g os ó distraer e n m o d o a l g u n o la a t e n c i ó n . Cada s o c i o t e n d r á s u a s i e n t o , (lue p e r m a n e c e r á d e s ocupado en su ausencia.
A r t . 15.
CAPÍTULO III.
A r t . 10.
L a s s e s i o n e s o r d i n a r i a s s e c e l e b r a r án e n e l d i a
m i s m a y á l a s h o r a s q u e s e ñ a l e , á principio d e c a d a e s t a -
L o s i n d i v i d u o s q u e a c r e d i t e n p e r t e n e c e r & cual-
q u i e r a de l o s c í r c u l o s e s p i r i t i s t a s n a c i o n a l e s ó e x t r a n j e r o s y
A r t . 8.»
A r t . 13.
de la s e m a n a q u e por c o n v e n i e n c i a de la S o c i e d a d elija la
N i n g ú n s o c i o podrá d i r i g i r p r e g u n t a a l g u n a ó
c o n s u l t a q u e s e refiera al p o r v e n i r , á a c t o s h u m a n o s y c u e s t i o n e s de c o n d u c t a ó libre albedrío. P r o h í b e s e i g u a l m e n t e
toda d i s c u s i ó n q u e s e d e s v í e del o b j e t o e s p e c i a l de q u e s e
estuviese ocupando.
Alt.
16.
T o d o s o c i o t i e n e d e r e c h o á p r e s e n t a r por e s c r i t o
al P r e s i d e n t e l a s p r e g u n t a s ó c o n s u l t a s q u e d e s e e , c o n e x -
b u c i o n e s l a s s i g u i e n t e s : la del P r e s i d e n t e dirigir la m a r c h a
c e p c i ó n de las i n d i c a d a s e n el a r t í c u l o a n t e r i o r , y aquél e n
d e la S o c i e d a d , presidir l a s s e s i o n e s y autorizar c o n s u fir-
u s o de s u s facultades puede admitirlas ó suspenderlas con
m a l o s d o c u m e n t o s d é l a m i s m a ) la d e l V i c e p r e s i d e n t e , s u s -
a b s o l u t a libertad e n el m o m e n t o , d a n d o c u e n t a , c a s o de n e -
t i t u i r é a q u é l e n a u s e n c i a s y e n f e r m e d a d e s ; la del S e c r e t a -
g a t i v a , e n la s e s i ó n i n m e d i a t a .
rio , r e d a c t a r las a c t a s d e l a s s e s i o n e s d e l a S o c i e d a d y d e l
A r t . n.
T o d o s o c i o tien u d e r e c h o de p e d i r al P r e s i d e n t e
C o n s e j o , autorizar c o n s u firma l a s a c t a s , c o m u n i c a c i o n e s
e l l l a m a m i e n t o al o r d e n c o n t r a c u a l q u i e r a q u e s e a p a r te d e
m e d i a n í m i c a s y d o c u m e n t o s de la^Sociedad q u e exijan e s t e
l a s c o n v e n i e n c i a s e n la d i s c u s i ó n , ó p e r t u r b e las s e s i o n e s
r e q u i s i t o , t e n e r á s u c a r g o e l a r c h i v o , l l e v a r la c o r r e s p o n -
d e u n m o d o c u a l q u i e r a . El l l a m a m i e n t o al o r d e n se p o n d r á
d e n c i a y c u i d a r d e q u e s e t r a s c r i b a n las a c t a s á u n libro, y
i n m e d i a t a m e n t e á v o t a c i ó n , y si fuere adoptado s e h a r á
l o s m é d i u m s d e n p u e s t a s e n l i m p i o de u n a á otra s e s i ó n l a s
c o n s t a r e n el a c t a .
comunicaciones que hubiesen obtenido; la del Vicesecreta-
T r e s l l a m a m i e n t o s al (jrden e n el e s p a c i o de u n a ñ o , p r o -
r i o , s u s t i t u i r al S e c r e t a r i o e n a u s e n c i a s y e n f e r m e d a d e s ; la
d u c e n de d e r e c h o la e x p u l s i ó n del s o c i o q u e l o s h a y a m o t i -
del T e s o r e r o , r e c a u d a r é i n v e r t i r l o s f o n d o s (le la S o c i e d a d ;
vado , cualquiera que sea su clase.
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
A r t . 18.
Las votaciones serán ordinarias ó n o m i n a l e s en
las c u e s t i o n e s generales, y secretas para e l e c c i o n e s de c a i gos, nombramientos
de comisiones y d e m á s a s u n t os p e r -
sonales.
A r t . 19.
La Sociedad celebrará u n a s e s i ó n
administra-
t i v a p o r lo m e n o s , e n el a ñ o , para dar c u e n t a del r e s u l t a d o
d e s u s trabajos y g e s t i ó n e c o n ó m i c a , y p r o c e d e r á l a e l e c c i ó n d e c a r g o s , q u e t e n d r á e f e c t o e n u n o de l o s d i a s del m e s
de Diciembre. T a m b i é n l a s celebrará cuando lo crea c o n v e n i e n t e por a c u e r d o del C o n s e j o d i r e c t i v o ,
y c u a n d o a s i lo
r e c l a m e n c i n c o s o c i o s e n p e t i c i ó n q u e e x p r e s e él o b j e t o .
CAPÍTULO V.
DISPOSICIONES GENERALES.
A r t . 20.
Para a t e n d e r á l o s g a s t o s s o c i a l e s ,
contribuirán
l o s s o c i o s de n ú m e r o c o n la c u o t a d e d i e z r e a l e s
mensuales,
y c o n la d e c u a r e n t a d e u n a s o l a v e z c o m o c u o t a de e n t r a da. D u r a n t e l o s t r e s m e s e s de J u l i o , A g o s t o y S e t i e m b r e q u e
l a S o c i e d a d s u s p e n d e s u s t a r e a s , la c u o t a s e r á d e d i e z r e a les
adelantados.
A r t . 21.
La Sociedad podrá elegir u n Presidente
honora-
rio v i v o , s i e m p r e q u e e s t a d i s t i n c i ó n r e c a i g a e n u n i n d i v i d u o q u e por s u s r e l e v a n t e s m é r i t o s ó t r a b a j o s e n pro d e l E s piritismo sea acreedor á ello.
A r t . 22.
El presente
Reglamento
podrá ser
reformado
c u a n d o a s i lo e s t i m e la S o c i e d a d , t r a t á n d o s e el a s u n t o
sesión administrativa
en
c o n v o c a d a al e f e c t o c o n q u i n c e d i a s
de anticipación.
Disposiciones transitorias.
1.'
Los socios e x i s t e n t e s se arreglarán á las n u e v a s d e -
n o m i n a c i o n e s , pasando los residentes y de entrada á ser de
n ú m e r o , y r e f u n d i é n d o s e e n la d e h o n o r a r i o s l o s h o n o r a r i o s
y de mérito.
2."
La Sociedad
confirma los nombramientos
de
d e n t e s h o n o r a r i o s h e c h o s c o n a r r e g l o al art. 27 d e l
mento
PresiRegla-
anterior.
P a s a n d o d e s p u é s á la elección de cargos con
arreglo á lo q u e p r e c e p t u a b a el r e g l a m e n t o aprobado , r e s u l t a r o n elegidos:
REÑU,
227
y otro p a r a Vicesecretario
PASTOR
y
BE-
DOYA.
Tomó despué s la palabra el P R E S I D E N T E p a r a
d a r gracias á la Sociedad en su n o m b r e y el del
Consejo, p o r la confianza con que se les distinguía , y á la q u e p r o c u r a r í a n c o r r e s p o n d e r dignam e n t e , y añadió que u n a vez elegido el n u e v o
Consejo y a p r o b a do el r e g l a m e n t o , procedía el
q u e él hiciese r e n u n c i a del encarg o q u e la Sociedad le habia confiado, de a s u m i r en sí todos los
cargos d u r a n t e el período de interinida d q u e él
habia p r o c u r a d o ocupar , a y u d a d o de los socios
A L D A N A y P A S T O R y B E D O Y A ; en p o n e r al c o r r i e n t e
las actas a t r a s a d a s q u e ya m a r c h a b a n al dia, y
t e r m i n ó manifestando q u e al resignar en el n u e v o
Consejo las atribucione s q u e t e m p o r a l m e n t e le
habia e n c o m e n d a d o la S o c i e d a d , a p r o v e c h a b a la
ocasión.para r e n d i r c u e n t a s de su gestión a d m i nistrativa d u r a n t e la p r i m e r a época de la vida de
la Sociedad, en la cual, p o r las c i r c u n s t a n c i a s excepcionales, h a b í a sido preciso q u e él t o m a s e p o r
sí sólo la r e p r e s e n t a c i ó n d e aquella.
Resultaba , p u e s , de la nota q u e p r e s e n t ó , q u e
los ingresos de la Sociedad h a b í a n sido hasta el
13 de Marzo, fecha de la elección del a n t e r i o r Consejo directivo, MIL S E T E C I E N T O S OCHENTA Y CUATRO
R E A L E S , y los gastos DOS MIL C U A T R O C I E N T O S ; r e s u l t a n d o u n saldo en contra de la Sociedad q u e él
r e n u n c i a b a en favor de la m i s m a . Y n o h a b i e n d o
m á s a s u n t o s d e q u é t r a t a r , se levantó la sesión.
V.° B . ° El Presidente, A L V E R I C O P E K O N . — £ / Secretario, M A N U E L P A S T O R Y B E D O Y A .
Presidente.
SECCIÓN DOCTRINAL
Alverico P e r ó n .
Vicepresidente.
PROYECTO DE CONATO
J o a q u í n de Huelbes T e m p r a d o .
Secretario.
Manuel P a s t o r y Bedoya.
Vicesecretario.
Joaquín Torrienle.
Tesorero.
J. G b i l l e n.
Contador.
Ladislao Kosicki.
Obtuvo el p r i m e r o todos los votos emitidos, á
excepción de u n a papeleta en b l a n c o , y siendo
elegidos todos los d e m á s p o r m a y o r í a relativa.
El socio T O R R E S y G O N Z Á L E Z obtuvo u n voto p a r a
Vicepresidente, otro para Secretario el socio G U E -
DE
EEFÜTACION
POR
ÜN
AL
PERIÓDICO
ESPIRITISMO
CATÓLICO.
N u e s t r o s lectores tal vez i g n o r e n q u e se publica
en Madrid u n a revista católica titulada La Gaceta
del Clero; pero lo q u e a p e n a s se decidirán á c r e e r ,
á p e s a r de q u e n o s o t r o s se lo d i g a m o s , es q u e
esta revista dedica la sección doctrinal á la r e f u tación del E s p i r i t i s m o .
No es n u e s t r o á n i m o r e b a t i r en el p r e s e n t e a r ticulo los dos q u e h a n aparecido , y q u e n o s o t r o s
r e f u t a r e m o s i n s e r t á n d o l o s íntegro s p a r a q u e el
público j u z g u e í m p a r c i a l m e n t e de a m b o s escritos,
228
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
que n o de otro modo q u e r e m o s discutir para evitar q u e sólo se oiga á u n o de los contendientes.
Nuestro norte es la buena fe, y no q u e r e m o s faltar á nuestro constante propósito.
Pero ante s de e n t r a r en polémica, debemos h a cer constar q u e rechazamo s con todas n u e s t r a s
fuerzas las gratuitas suposiciones de nuestro c o lega en sus dos primeros articules , encaminados á
s u p o n e r al Espiritismo u n a doctrina religiosa q u e
aspira á glorificar al cristianismo para envilecerle,
de e n s a n c h a r l e para suprimirle afectando respeto
al divino S A L V A D O U para a r r a n c a r de la tierra
cuanto fecundizó con su s a n g r e , y queriendo sustituir á su reinado inmortal el tiránico imperio de
impías q u i m e r a s .
'
Tales afirmaciones v e r d a d e r a m e n t e dogmáticas,
así como la de q u e lodo el secreto de lo q u e se
llama doctrina espiritista, es u n conjunto informe
de a b s u r d a s contradicciones, hipocresías y blasfemia. Tales afirmaciones dogmáticas son de escaso
valor e n científica controversia , donde sólo es
aceptable discutir alegando razones, no prodigando insultos injuslilicables..
Nosotros n o s a b s t e n d r e m o s de hacer calificaciones tan ofensivas en nuestra replica, p r o b a n do así
q u e n o n o s inspira la soberbia, p o r q u e si estuviér a m o s en el e r r o r n o seria á sabiendas de q u e lo
e r a , sino juzgándonos en posesión de la verdad.
En pleno siglo x i x c o m p a r a r el Espiritismo con
la nigromancia , de la q u e es u n a r a m a , al decir
del reverendo presbítero D. J. R . , al magnetismo
con ia demonolatria, y al ansia de saber, soberbia
contra la sabiduría divina, á la q u e se quiere violentar para saber cosas q u e h a querido ocultarn o s , e s hacer u n a ofensa al sentido c o m ú n d e
cuantos leen t a m a ñ a s elucubraciones .
Pí cada escuela es preciso combatirla en su terreno , y c i e r t a m e n te n o apelaremos nosotros á lo
q u e c e n s u r a m o s , como verá nuestro ilustrado
colega.
l
Es cierto, sí, q u e los espiritistas no creen ni en
la existencia del diablo ni en la del infierno, blasfemias inventadas para c a l u m n i a r al Ser Bueno y
Omnipotente q u e n o s creó de la n a d a ; pero ni r e chazamos ni podemos rechazar, sino antes bien,
p r o c l a m a m o s la excelencia de la doctrina evangélica, en cuyas divinas máximas n o s i n s p i r a m o s .
Podrá e n s e ñ a r errores respecto al dogma; pero
e n c u a n t o á la m o r a l , desaliamos á n u e s t r o i m pugnador á q u e n o s pruebe q u e la moral espiritista no es la m á s p u r a , puesto q u e es la misma
q u e el Redentor predicaba, y q u e los espíritus no
han hecho más q u e v e n i r á confirmar.
EVOCACIONES PARTICULARES.
SESIONES SECRETAS I3E ESTUDIO.
10 DE E N E R O DE 1867.
Médium M. P a s t o r y B e d o y a .
LO
Q U E
S O X L O S E L E
SI
EX
TOS.
La materia es u n a parte, y n o la m e n o s i m p o r tante de la creación del Ser S u p r e m o.
La materia ha sido el medio donde ha ejercitado su potencia. La materia es el medio de realización de su creación.
Sin materia, el espiritu seria i n ú t i l ; pero á la
vez, la materia sin espíritu seria menos q u e i n útil; seria u n estorbo de su poder.
Si la materia fuera por sí algo m á s q u e lo q u e
en ella vemos, seria porque ese algo no estaría en
ella; p o r q u e materia no puede ser nada q u e no
pueda sensibilizarnos.
Desde el m o m e n t o q u e p o r la simple presencia
no hiere n i n g u n o de n u e s t r o s órganos, no es m a teria.
La materia ha de sentirse; si n o , no lo es.
Ningún fenómeno h a y de la s e n s a c i ó n , quo no
nos venga por materia; sin materia, os imposible
la sensación en la materia.
La materia, p u e s , no era necesaria á Dios, pero
sí á los seres sus c r i a t u r a s .
La materia y el espíritu son antitéticos y se
b u s c a n . ¿Para qué?
Para hacerse presente el espíritu, se vale de la
m a t e r i a ; si n o , es on vano q u e i n s p i r e : dará u n
indicio do su presencia; pero la certeza sin materia, n o .
El espíritu os u n a inspiración m á s q u e creación
de Dios. Es de tal naturaleza, q u e es la antítesis
de la materia.
Que perciban nuestro s sentidos el espíritu, y o l
espíritu n o existe y a .
Vivimos 20, 30, 40, 100 años , e n c o n t a d o inmediato con u n espíritu q u e n o s hace v i v i r ; ¿lo
h e m o s sentido j a m á s ? ¿Sabemo s de q u é medios
nos valemos para h a c e r n o s sensibles á nosotros
mismos?
¿Sabemos siquiera lo q u e hacemos para c e r r a r
los ojos, q u e es la m á s simple de las operaciones,
u n dedo, u n a mano? La parte m á s insignificante,
la m o v e m o s .
¿Por qué?
Porque q u e r e m o s . ¡Vaya u n a peregrina expli-
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
229 í
cacion! No, no es e s o ; desde q u e r e r á h a c e r , h a y
e n t r e las dos acciones u n medio, u n acto del e s píritu q u e c o r r e s p o n d e á otro de la m a t e r i a .
¿Cuál?
La vida, es p u e s , la manifestación de la p r o p i e dad de ejercitar el espíritu su potencia en la m a teria.
Sólo la manifestación,
El secreto de la vida, lo ú n i c o q u e Dios n o nos
dará j a m á s , la única m a n e r a posible de dejarno s
libres y d e p e n d i e n t e s á la vez, lo único q u e h a r e mos siempre i n c o n s c i e n t e m e n t e ; p o r q u e si lo sup i é r a m o s h a c e r , s a b r í a m os crear.
¿Puede l l a m a r s e vida á la simple existencia i n consciente? ¿Tiene vida u n coche q u e n o es tirado
p o r caballos? La vida n o es el m o v i m i e n t o , n o ;
pero p u e d e ser el m o v i m i e n t o v o l u n t a r i o , y n o
decimos es, p o r q u e u n vegetal vive y n o se m u e ve v o l u n t a r i a m e n t e .
Todo podía explicarse por el m o v i m i e n t o .
Dios es el m o v i m i e n t o c o n s t a n t e , e t e r n o y v o l u n t a r i o . El h o m b r o ó su espíritu es el m o v i m i e n to c o n s t a n t e , infinito: como la m a t e r i a , es el m o vimiento i n t e r m i t e n t e ; pero n o p u e d e esto decirse
en absoluto.
Digo m a l : sabemos hacerlo ; pero n o somos lib r e s de m o v e r n o s sin q u e r e r .
La volunta d no p o d e m o s robársela á Dios; porq u e sí fuésemos libres de q u e r e r sin q u e r e r ,
¡cuántos trastorno s no crearía n u e s t r a ociosidad!
¿Cómo obra a h o r a , p r e g u n t o , el simple espíritu
en el c o m p u e s t o materia?
Hay simple espíritu es i n d u d a b l e ; ¿ p e r o h a y
r e a l m e n t e ese c o m p u e s t o material?
>
Mas c l a r o : ¿no h a y t a m b i é n el simple-material?
¿Toda la q u í m i c a no va á b u s c a r simples? ¿Cada
simple q u e se d e s c u b r e n o está cada vez m á s cerca de los otros simples ? Se p u e d e a s e g u r a r q u e
cada vez tiende m á s á la u n i d a d .
P u e s bien; n o s o t r o s v a m o s á s e n t ar n u e s t r a
afirmación. Dios creó los dos simples c o m p ' e m e n tarios : el simple p e n s a n t e y ol simple n o p e n s a n t e ; el simple material fluido matriz, y el s i m ple espiritual, la voluntad y el acto. Creó la p e r sona y la personalidad ; p o r q u e si n o fuese así,
¿cómo podia el simple o b r a r sobre la materia?
¿Cómo el simple espíritu obra sobre el c o m p u e s t o
materia? Si n o fuesen dos simples, no t e n í a m o s
nada q u e decir; n o es posible q u e el simple obre
sino sobre u n p u n t o . La fuerza p u e d e h a c e r el
acto; pero la fuerza será fuerza, y ol acto acto, y
el actor fuera de las dos.
No p e r d a m o s de vista lo q u e es lo espiritual, el
espíritu.
No lo d e ñ n a m o s p o r s i m p l e, p o r q u e la p a l a b r a
no es propia; es u n sér, u n e n t e , u n a p e r s o n a ,
una potencia, u n a fuerza q u e p u e d e ser .sin ser
fuerza y siéndolo á la vez.
Una a b s t r a c c i ó n ; eso es el espíritu.
. La carenci a absoluta de m a t e r i a, la super sustancia como la m a t e r i a , n o es sino la sustancia.
Un sér fuera de la m a t e r i a , q u e es fuera de ella;
pero q u e n o vive sin ella.
La materia, p u e s , es el elemento de la vida; poro
la vida n o está en la m a t e r i a ni en el espíritu. La
vida es un acto, do modo q u e es ol uso de u n a
potencia; p u e d e la potencia serlo sin babo r sido
usada; pero no p u e d e p r e t e n d e r ser tenida por tal,
m i e n t r a s no lo manifieste.
La materia está dotada de cierto m o v i m i e n t o , ó
mejor cierta m a t e r i a .
Nada h a y en ol m u n d o espiritual, q u e n o tenga
su semejant e en el m a t e r i a l .
La luz es el color del espíritu, si p u d i e s e t e n e r
color el espíritu.
La vida de u n o y otro consiste en q u e la luz espíritu se m u e v e p o r sí, piensa, y al p e n s a r se e n coge y se alarga.
Asimismo la luz tiene el m i s m o m o v i m i e n t o ;
pero d e n t r o de ella n a d a o b r a .
Pero á todo esto, ¿qué son los elemenlos?
¡Cuan lejos n o s h e m o s ido de la c u e s t i ó n !
Los e l e m e n t o s , decían los a n t i g u o s ; los simples, los m o d e r n o s .
El simple elemental, decimos n o s o t r o s .
Dios al c r e a r , n o podia salirse de su sér á b u s car n a d a , ó había fuera algo q u e á él lo faltase.
Creó, p u e s , con su sér, de su sér, y conformo
en su s é r .
Era u n o , creó la u n i d a d . Un e s p í r i t u , u n a m a teria.
El u n o a l m a de la o t r a .
Un sér s o l o ; u u sér q u e era u n a m a t e r i a d o n d e
él estuviese.
" Él era simple, simple fué su a c t o .
Pero su sabiduría infinita le hizo e n c o n t r a r el
medio de reparti r d e tal modo los á t o m o s e l e m e n tales, quo r e s u l t a s e n c a m b i a n d o en cada átomo la
rapidez del m o v i m i e n t o , átomos distintos, s i m ples de u n m i s m o s i m p l e ; p o r q u e día llegará en
q u e los m u n d o s n o sean sino grados de la fusión
del simple primitivo en q u e ol espíritu o b r a : este
es el e l e m e n t o luminos o q u e existe on la n a t u r a leza y a u n on los c u e r p o s a n i m a l e s .
Todas las m a t e r i a s a n i m a l e s d e s c o m p u e s t a s ,
d a n l u m í n i c o , ¿Qué significan los fuegos fatuos?
230 i
EL CRITEHIO ESPIRITISTA.
¿qué son esas hojas que se pulverizan y confunden?
Lo que llamáis muerte no es en realidad otra
cosa, que el verdadero, el único festín de la vida.
Cuando pese sobre vosotros su pavorosa mano;
cuando se extienda la frialdad sobre vuestros
m i e m b r o s ; cuando el estertor de la agonía c o m prima violentamente vuestro pecho; cuando aparezcan en vuestros cerebros los destellos de esa
transacción que media entre uno y otro estado,
esto e s , de la cesación de la vida e n c a r n a d a, al
principio de la vida hbre: cuando empiecen á conEspiritu de
fundirse y desvanecerse los objetos que os c e r quen; cuando apenas percibáis los sollozos de vuesE L A B . \ T E ALBLÑANA.
tros parientes y amigos; cuando entréis en el final
letargo de la vida y confundidos vuestros sentidos
despertéis de la muerte, veréis que la vida es eterSOCIEDADES ESPIRITISTAS.
n a , porque la vida es el alma: hallareis en torno
vuestro los espíritus que amasteis sobre la tierra,
CENTRO ESPIRITISTA SEVILLANO.
y si al estar encarnados u n estrecho recinto era
vuestra morada y vuestros espiritus sufrían, fibres
de las trabas m u n d a n a s , recorreréis el espacio,
SESIÓN DEL 6 DE MAYO D E 1866.
recorreréis los m u n d o s , recorreréis la luz , os deMédium D. P. S.
tendréis asombrados ante las regiones de la lobreguez, ante esas reglones que aun no ha animado
Oíd la voz de u n espíritu en misión.
la inteligencia con su hálito divino, y al través de
La inteligencia os hace palpable revistiéndose
la creación vislumbrareis lo inmaterial, ese d e s de caprichosas formas materiales , que la vida es
eterna y q u e sólo esas formas son las que á t r a conocido á que sólo es dado llegar á los espíritus
vés de mutaciones perecen y se extinguen.
cuando alcanzan su perfección, término anhelado
y positivo á que h a b r án de llegar en su dia.
Ño lloréis, no, la pérdida de seres queridos;
rola la carnal corteza, sus espírilus inmortales giYo veo que vuestros espíritus no pugnan por
ran en torno vuestro y se afanan por haceros comtraspasar la materia que los envuelve.
p r e n d e r , que la separación será breve y transitoYo veo que replegados en vosotros m i s m o s , n o
ria. ¡Qué no es breve y transitorio sobre esos
anheláis conocer los brillantes horizontes q u e ,
m u n d o s que ostenta la creación girando á impulso
a u n q u e lejanos, están al alcance poderoso del
de u n motor desconocido!
alma.
Contrariados, llenos de angustias, congojas y
Yo veo que permanecéis indiferentes ante la
dolores, único pero verdadero panorama que os
luz, y yacéis aletargados en la lobreguez que os
ofrece el m u n d o , vivís alentados por la esperanza:
circunda.
mas ese faro consolador si tiene sus cimieiUos
Yo veo que no vivís más q u e para lo presente»
sobre la tierra, eleva su luz fuera de ella para se- y que vuestras aspiraciones son del momento tan
ñalaros la dirección que ha de seguir vuestra
frágiles y perecederas, como cuanto fascina y sealma.
duce vuestro entendimiento.
Yo veo que el tiempo traza sobre vosotros las
¡Cuántos despojos h u m a n o s huellan á cada paso
vuestras plantas! ¡Cuántos restos informes y des-señales de su paso y que permanecéis estacionaconocidos os rodean! Parece que la soliditicacion
dos, cerrados vuestros ojos á la luz, vuestros oidos
de la materia de esas masas enormes de los m u n á la voz de la verdad.
dos, no reconoce otras c a u s a s , que el h a c i n a Yo veo que camináis á t i e n t a s, sin ningún guia
miento constante y progresivo de los cuerpos que
que os salve de los precipicios que se interponen
sin cesar recibe en su seno. La rosa eleva su per- en las sendas que recorréis.
fume, y sus hojas mustias y marchitas caen exá¡Pobres viajeros extraviados! ¿á dónde vais?
nimes á impulso de la brisa de la tarde : ¿dónde
¿ q u é ilusiones alimentáis? ¿ q u é esperanzas t e va á residir ese perfume atraído por la atmósfera?
néis? ¿qué porvenir distinguís?
ü n lumínico que se escapa de los cuerpos, elemento material que sale del compuesto material.
El simplicísmo es el elemento del mundo , porque todos los planetas tienen luz propia, porque
de cada materia en el vacío, sale una aureola de
lumínico animal que, reflejándose en el espacio,
dá lugar al lumínico de los astros, más puro que
todos los lumínicos.
A medida que el movimiento es más rápido,
m á s depurada está la luz.
De la luz, pues, hecha fuego, salió todo: á la luz
volverá cada cosa.
231
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
El alma trabajando i n c e s a n t e m e n t e sobre la
m a t e r i a , la e n t o r p e c e , la gasta y la h a c e inútil
para seguir s u s e v o l u c i o n e s : h é aquí la necesidad
de q u e exista ese estado q u e l l a m á i s m u e r t e : la
certeza de q u e ese estado existe, debe ser en vosotros la preparació n p a r a recibirlo c u a n d o sea llegado, como u no de los accidentes m á s favorables
para el alma. Todo m u d a en el tiempo y en la materia; p e r o fuera de aquél y de é s t a , todo es fijo
é i n m u t a b l e . V u e s t r a s a l m a s v i e n e n alojándose
en ese envoltorio desde q u e Dios dio principio á
la eternidad, y esos estados q u e recorréis de vida
y m u e r t e en el t i e m p o y en la m a t e r i a , son m o m e n t o s q u e se d e s v a n e c e n c o m o el h u m o en la
inmensidad.
No es la d u r a c i ó n de la m a t e r i a á lo q u e debéis
a s p i r a r , sino á q u e v u e s t ra alma con la fuerza
expansiva de q u e está d o t a d a , desate sucesivam e n t e los lazos q u e la o p r i m e n y s u j e t a n : esos
lazos e m p i e z a n á d e s a l a r s e l e n t a m e n t e , c u a n d o
la v o l u n t ad y la m e d i t a c i ón lo i n t e n t a n , y á m e dida q u e el alma p o r este medio se elimina hasta
cierto p u n t o de la m a t e r i a y goza de la libertad
q u e le está reservada d e s p u é s de la m u e r t e , d e s aparece el h o r r o r q u e os inspira la llegada de esa
h o r a final q u e d e s u n e el espíritu de la materia.
No distinguís en v u e s t r a ignorancia lo v e r d a dero de lo falso, y h a c i e n d o de a m b o s e l e m e n t o s
u n a fusión m o n s t r u o s a , os perdéis en el c a m p o
estéril q u e os p r e s e n t a . La verda d es lo i n m u t a b l e ; lo falso es lo q u e está sujeto á m u t a c i o n e s ;
pero p o r medio de estas m u t a c i o n e s q u e c o n s t i t u y e n las infinitas g r a d a s del u n i v e r s o , llega el
alma posándose t r a n s i t o r i a m e n t e en cada u n a de
ellas, á la grada final, á la linde misteriosa q u e
separa el u n i v e r s o de lo q u e n o es u n i v e r s o ; á esas
m a n s i o n e s sin l u z , sin sonidos, sin materia
á
esas m a n s i o n e s s e p a r a d a s p o r i n m e n s a s d i s t a n cias de todos los m u n d o s ; á esas m a n s i o n e s en
q u e no p e n e t r a la m a t e r i a , sino el alma en p e r fecto estado de p u r e z a .
Tal es v u e s t r o destino; tal es v u e s t r o p o r v e n i r .
Dominados por violentas pasiones , aquejados p o r
los dolores y s u f r i m i e n t o s , creéis q u e la m u e r t e
es el t é r m i n o fatal y sin m á s allá q u e h a b r á de
t e r m i n a r l o s ; y ant e ese h o r r i b l e p e n s a m i e n t o
fruto de vuestra d e s e s p e r a c i ó n , blasfemáis de
q u i e n p e r m i t e q u e al lado de la m i s e r i a , alce su
faz insolente la o p u l e n c i a ; q u e al lado de las lág r i m a s y sollozos q u e a r r a n c a el sufrimiento c o n t i n u o , aparezca la s o n r i s a de los deseos satisfec h o s ; pero ¡ a y l
n o deseéis c a m b i a r v u e s t r o
estado p o r otros estados al p a r e c e r mejores, por -
q u e la desigualdad es la ley q u e m a n t i e n e el p r o greso, sin el cual n o existiría m á s q u e el estacionamiento.
«La desigualdad es la ley invariable del u n i verso.
»La desigualdad es la m u t a c i ó n c o n s t a n t e de la
materia.
»La desigualdad es la q u e en todo d o m i n a ; porq u e la desigualdad es la q u e hace q u e la luz d i fiera de la s o m b r a , el silencio de la a r m o n í a , el
m i n e r a l del v e g e t a l , el pez del ave, el infusorio
del cetáceo, el c u a d r ú p e d o del h o m b r e , el m u n d o
en formación, del m u n d o q u e se agita con vida y
ya adulto en los espacios
la desigualdad es la
q u e m a n t i e n e en cada u n o de v o s o t r o s esa a s p i ración c o n s t a n t e a u n m á s allá, base del b i e n e s t a r
futuro: la desigualdad es la q u e os ofrece á cada
i n s t a n t e u n estado distinto en la n a t u r a l e z a , h a ciendo q u e del tronco d e s n u d o de hojas y al p a recer i n e r t e , b r o t e n las flores y los frutos; q u e el
m o v i m i e n t o de la tierra os ofrezca la alternativa
del día y de la n o c h e ; q u e ese m i s m o m o v i m i e n t o
os p r e s e n t e las e s t a c i o n e s ; q u e el t r a s p a r e n t e r o cío deposite en la tierra los invisibles g é r m e n e s
de a n í m a l e s y vegetales a p e n a s conocidos : la desi g u a l d a d , en fin, antítesis de lo i n m u t a b l e , se guirá su curso al través del t i e m p o , y c u a n t o tiene
vida en la materia se halla sujeto á esa sucesión
no i n t e r r u m p i d a de m e t a m o r f o s i s , cada u n a de
las cuales constituye u n estado q u e a p r o x i m a el
sér á la perfección: desigualdad en u n todo igual:
mutabilidad en u n todo i n m u t a b l e : limitación e n
lo ilimitado: tal es la definición q u e p u e d e darse
á la G r a n Trinidad de Dios, Espíritu y Materia.
¡ H e r m a n o s m i o s ! ¿ q u é son en la e t e r n i d a d a l gunos años?
Hoy os agitáis s o b r e la t i e r r a , y
m a ñ a n a v u e s t r o s restos informes se m e z c l a r á n y
c o n f u n d i r á n en ese vasto p a n t e ó n de la m a t e r i a .
A v u e s t r o estado de v i d a , sucederá el estado de
m u e r t e ; á v u e s t r o m o v i m i e n t o , sucederá la i n e r cia, p o r q u e v u e s t r o m o t o r , v u e s t r o espíritu, d e s p r e n d i é n d o s e de los lazos q u e le e n c a d e n a n , p a r tirá á otras regiones.
No t e m á i s , n o , este cambio de vida, sino a n h e ladlo p r e p a r á n d o o s p a r a recibirlo. Nada altera el
c u r s o establecido desde el principio p o r la g r a n
causa, y vosotros sometidos á esta ley inalterabl e
vivís y m o r í s ; pero lo m i s m o en la vida q u e en la
m u e r t e , v u e s t r o espíritu sobrevive á las m u t a c i on e s de la m a t e r i a .
LAMENNAIS.
232;
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
tífero, en medio del árido y abrasador desierto de
sus aspiraciones.
II.
COMUNICACIÓN DE UN ESPÍBITU QUE DIJO SEK DESGRACIADO, EN SESIÓN DE 12 DE SETIEMBRE DK
1867.
Médium D. L. G.
Bulle el hombr e en la vida siguiendo en pos de
lo que cree fortuna; se agita sin cesar y lucha con
varonil pujanza por vencer los obstáculos que se
oponen al logro de su soñada dicha, como el
niño que j u g a n d o en u n prado de múltiples y variadas flores sigue presuroso á dar alcance á la
blanca mariposa que revolotea en torno suyo,
mas su desengaño se presenta muy en breve,
cuando al tenerla entre sus manos se desvanece
su ilusión, viendo al delicado insecto convertido
en leve polvo.
La gloria, la fortuna, el amor, la esperanza, todo
es u n a mentida ilusión qne embarga la inteligencia del h u m a n o ser; todo es u n ensueño fatídico
del alma y una ráfaga de deleite al corazón.
La dicha no existe para el h o m b r e .
Las pasiones lo combaten fuertemente, y al fin
lo entregan al más amargo desconsuelo hecho
trizas el corazón, como el desmantelado bajel que
las olas hacen pedazos entre las endurecidas
rocas.
Mentira es la amistad, mentira es el amor, mentira es el placer material, y hasta los goces más
ideales del h o m b r e , mentira y engaño son.
El hombre pasa la vida de ilusión en ilusión, de
desengaño en desengaño, hasta que loca el último
de todos; hasta q u e ve el comienzo de una verdad,
con el fin de todas sus quiméricas teorías.
Mas entonces, ¿ q u é es lo q u e ve? ¿qué aroma
embalsamado penetra en sus sentidos? ¿qué é x tasis de dicha y de consuelo alcanza después de
s u s dolores m u n d a n o s ? ¿ q u é ' e s t a d o de pureza
logra después de la impureza de la tierra? ¿qué
verdad absoluta conoce al fin de tantas decepciones? ¿qué correspondencia de u n amor puro consigue, detrás de los impuros y cenagosos placeres
q u e abandonó al morir? ¿qué sosiego goza s u e s píritu, tan fatigado de las inquietudes y zozobras
de la vida?
Todo es mentira y decepción: hasta la vida de
ultra-tumba es una vida llena de posar; es una
vida donde el espíritu, cansado de tanto padecer
y buscar la verdad que no encuenlra , desea v o l ver á la vida encarnada para t o r n a r á morir, porque en el pensamiento de la muerte es donde encuentra el escéptico un oasis refrigerante y salu-
Viviendo el espírílu desea morir, porque con la
muerte espera m u e r a n también todos sus pesares; con la extinción de la vida confia se h a n de
extinguir todos sus dolores, que son los desengaños de no enconlrar la feUcidad soñada en su
mente.
De la vida á la muerle no hay más que un paso,
como de las tinieblas á la luz n o hay más que u n
momento; pero de la muerte á la vida ha y mucha
distancia, como de la luz á la sombra media un prolongado crepúsculo. ¡Qué crepúsculo tan cruel el
que presencia el espiritu cuando pasa de la muerte
á la vida! Allí no hay más que recuerdos tristes
de lo pasado, vértigo confuso do lo presente, y ensueño que se disipa periódicamente con relación
al porvenir. Aquí no hay más que negra d e c e p ción , mayor decepción que cuando el espíritu
obraba sobre la materia. .4111 la materia le obedecía ciegamente. Aquí el espíritu lucha en vano
consigo mismo por salir de su abatimiento.
CÍRCULOS PRIVADOS.
COMUNICACIÓN OBTENIDA EN SESIÓN DEL 28 DE ENERO
EN LA CIUDAD DE SORIA.
«Saludóos con amoroso cariño y os animo á la
paz, q u e será vuestra ventura; haced por ella, q u e
es el bien, y el bien es vuestra principal misión.
Legiones intrusas invaden vuestra patria, la mia de
antes. Las repelo, so obstinan y las venceré. Dios
omnipotente. Dios g r a n d e , todo a m o r , fuego y
luz, me cubre de poder. La luz, q u e es la verdad
de Dios y aclarada en los labios puros de J e s u cristo, oscurecida en lobreguez de uñ dominio
absoluto , triunfará huyendo de incienso para
buscar sus lares afines; recogedla é iluminaros
con su a n t o r c h a , q u e sus poseedores pierden
para mucho tiempo si no cambian su soberbia en
templanza, su error en verdad, su vicio en virtud,
su encono en amor, y se hacen vuestros h e r m a nos. Sed buenos y justos ; así no seréis gusanos,
seréis el vuelo rápido de vuestro triunfo. Dios os
guardará. Sed con ól siempre; á Dios. »
i DE SETIEMBRE.
«Un millón de poderosos h e r m a n os luchan por
vuestra ventura contra millones contraríos que
asedian y trabajan por .vuestra ruina. Animaos
de fuerte perseverancia, de prudente valor, q u e
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
será la salvación de vuestra v e r d a d e r a felicidad y
de la v e r d a d e r a libertad q u e a u n n o disfrutáis, y
desconocen los m á s de v u e s t r os h e r m a n o s t e r r e nos. Dios a y u d a á los m e n o s , y triunfará... A ellos
pertenecéis. Vuestra causa, q u e es la del bien, es
su predilecta y deja el resultado de la l u c h a al i n flujo de las inteligencias q u e dirigen tan señalada
contienda.
Vuestra E s p a ñ a m e j o r a r á . . .
Seguid la s e n d a e m p r e n d i d a . . . ese h o m b r e ,
vuestro p r i m e r h o m b r e a c t u a l , goza de la c o n s t a n t e inspiración de n u e s t r o s h e r m a n o s ; su e s p í r i t u está sometido á la obediencia y voluntad de
Dios.»
233 i
todos a d e l a n t a n, pero en relación al tiempo q u e
llevan.
Así sigue el p o e m a de los siglos, s i e m p r e n u e v o ,
s i e m p r e i n t e r e s a n t e , como q u e es la belleza e t e r n a , y como q u e á todos nos i n t e r e s a , p o r q u e en •
él hay algo de cada u n o de nosotros.
Es u n a do las obras de Dios. Dios tenia q u e
producir on todo la m a y o r belleza ; y como e s c r i tor, i m p e r a la Biblia c o m o fuente de l i t e r a t u r a ,
como m á s t a r d e i n s p i r a r á los Salmos como fuente
de p o e s í a , y los Evangelios c o m o f u e n t e de v e r d a d .
VI.
RAZÓN HUMANA.
BIBLIOTECA ESPIRITISTA ESPAÑOLA.
UN SUEÑO FILOSÓFICO.SEGUNDA PARTE.
Lo que debe ser.
M O I S É S , p a r a n o s o t r o s , es u n MÉDIUM a d m i r a b l e ;
y como escribió p o r inspiración divina, su libro
es s u p e r i o r á él.
Su a u t o r es d i v i n o : n o es
MOISÉS,
es Dios.
Es preciso u n a imagen d e toda la ley del m u n do en pocas p a l a b r a s .
El Génesis la da.
Con A b r a h a m n o s simila al h o m b r e s u p e r i o r e n
su planeta, q u e sale de él p a r a vivir en u n m u n d o
mejor.
S i e m p r e en j a Biblia la tierra de promisió n
i m a g e n de u n m u u d o m e j o r y m á s perfecto.
Esa repetida p r o m e s a de u n largo línage á cada
patriarca es la imagen del principio de u n m u n d o
nuevo.
E n él se c o m p r e n d e todo; q u e s i e m p r e ha y u n
hijo b u e n o á q u i e n Dios b e n d i c e , y quo pasa á
otra t i e r r a , y u n o malo ([uo q u e d a on el estado
de la época e n q u e v i v e : u n o q u e p r o g r e s a , otro
q u e q u e d a como e s t a b a : u n o q u e a s c i e n d e , otro
q u e p e r m a n e c e . Sem, Japhet y Cham, Abraham y
los d e m á s h o m b r e s . Isaac, Ismael, etc.
S i e m p r e u u p u e b l o escogido q u e adelanta y
otro quo adelanta t a m b i é n ; pero m a s despacio,
i m á g e n e s todas de los q u e pasan á otro m u n d o y
los quo q u e d a n .
La creación de Dios es c o n s t a n t e desde q u e se
manifestó. Creador, crea y c r e a r á . Dé aquí q u e
Vamos á e c h a r u n a m i r a d a sobr e la s o b e r a n a
del Rey de la creación.
Sobre su r a z ó n .
¿ Q u é es la razón h u m a n a ?
La razón h u m a n a es la facultad c o m p a r a t i v a
del h o m b r e , su i n s t r u m e n t o de c o m p a r a c i ó n , q u e
es limitada, c o m o los objetos q u e c o m p a r a .
La razón del h o m b r e n o p u e d e ser ilimitada,
m i e n t r a s sea razón de h o m b r e ; pero como el
h o m b r o ])uede ser ángel, c u a n d o lo sea, s u razón
será ilimitada.
Mi r a z ó n es Umitada, la razón ilimifada; p e r o
n o la razón h u m a n a .
Toda lilosofía se funda en la razón h u m a n a , y
n o es sino u n juicio, u n a c o m p a r a c i ó n .
La razón es la palabra del e s p í r i t u ; por eso es
proporcionada al estado del espíritu.
Todo sér infinito tiene u n a razón infinita; luego
el h o m b r o tiene razón infinita; poro esa razón no
es ilimitada en su estado actual.
¿Puede la razón llegar á Dios?
Jamás.
Como la razón del h o m b r e es u n a facultad c o m parativa, p a r a conocer ha do c o m p a r a r . ¿Con q u é
c o m p a r a r á Dios?
Dios es el m a r d o n d e se anega lu razón.
La ruzon h u m a n a os a t e a , por([ue le sucedo lo
q u e al qu o mira u n a luz d e m a s i a d o viva, q u e c i e ga; y como no lu \ o, dice q u e n o existo.
La razón n o es juez absoluto , c o m o p r e t e n d e n
los racionalistas; p o r q u e la razón h u m a n a n o
puede j u z g a r de las ideas absolutas q u e son t í n i cas, y p o r c o n s i g u i e n te i n c o m p a r a b l e s .
¿ P o r q u é a m a m o s lo b u e n o y o d i a m o s lo malo?
¿ Q u é juicio formamos p a r a eso?
Ninguno.
Eso acto os instintivo: s e g u í m os lo b u e n o p o r q u e alhaga n u e s t r a alma, c o m o lo bello á n u e s t r o ^
234:
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
s e n t i m i e n t o ; pero no nos damos razón de ello.
Lo mismo sucede con Dios.
Todas las filosofías q u e se fundan , p u e s , en la
razón h u m a n a , han de ser e r r ó n e a s ; p o r q u e la
razón, cuando se sale de sus l í m i t e s , hierra
siempre.
La conciencia s í e s j u e z ; pero es juez i n s t i n tivo: ella c o m p a r a , s í , pero los términos de su
comparación no n o s son conocidos.
La razón progresa siempre como todo nuestro
s e r , y llegará á ser infinita, pero su límite será
Dios.
La razón es el límite que Dios ha puesto d e lante de nosotros para que no nos confundamos
con ól.
Es la avanzada de n u e s t r a alma.
Su vista.
Un alma sin razón, a p e n a s si es n a d a; es un ser
sin personalidad.
Nuestra razón es esta misma personalidad, es
lo q u e nos separa á los unos de los otros, como
nos separa de Dios.
VIL
REINCARNACION.
Dios q u e es j u s t o , bueno y misericordioso, ha
dado á la criatura u n perdón ; pero le ha impuesto
la condición de ganársele, le ha dado una vida
p a r a q u e se ejercite; pero sería incompleto si n o
lo diera al lado de osa de experiencia, una de expiación.
¿Qué es la vida h u m a n a como camino de la eternidad?
¿Puede creerse q u e el ser se limite á una ligera
aparición sobre u n m u n d o , para m o r i r en s e guida y luego la e t e r n i d a d ?
¿Qué es entonces la vida h u m a n a ?
El p u n t o matemático entre dos eternidades.
Ese p u n t o es preciso hacerle c o m p u e s t o , es
preciso ejercitar al h o m b r e en todo, la creación.
Es preciso q u e el h o m b r e habite todos los planet a s , para poder decir q u e ha trabajado en su
a d e l a n t a m i e n t o ; si el h o m b r e n o los pasa todos,
s u progreso es m u y lento para poder suponerle
bastante.
Es preciso al h o m b r e q u e pueda apreciar lodo
lo q u e se puede h a c e r en cada planeta , para que
progrese siempre. La vida en todos los planetas
seria entóneos una preparación de la vida eterna.
S i e m p r e ha de h a b e r u n m á s allá para la c r i a t u r a ; tras de u n a vida ha de h a b e r o t r a .
La dicha del ángel seria incompleta sí no h u -
biera conocido como h o m b r e todas las dichas y
todas las desgracias.
Es preciso que cada vida sea el fin de la a n t e r i o r , y el principio de la siguiente; q u e cada una
no sea nada por sí, sino por las otras.
Y eso será, necesario m i e n t r a s el peri-espíritu
sea grosero y semi-maleríal. Cuando llegue á ser
etéreo el espíritu libro, ya no necesitará sino u n
progreso, el a m o r de Dios.
El ser d e s p u é s de p u r o , progresa también; sólo
que progresa en a m o r de Dios.
La creación es el libro donde los hijos de Dios
a p r e n d e n su n o m b r e y su bondad.
P r i m e r o es preciso q u e le deletree, para c a n tarle en h i m n o s después.
Para lo p r i m e ro se necesitan ojos, para lo s e gundo r a z ó n : para lo p r i m e r o u n cuerpo, p a r a lo
segundo u n espíritu p u r o .
La m u e r t e y la vida h u m a n a no son sino ideas
relativas, expresión de o t r a s : la m u e r t e n o es el
fin, sino el m o m e n t o de la trasformacion.
Es preciso q u e el h o m b r e olvide el pasado,
p a r a que aprenda de voluntad en el presente.
El q u e ha progresado ya, n o necesita tener
p r e s e n t e el sufrimiento, sino conservar la m a y o r
facultad de bien adquirido p a r a usarla. Si el h o m bre en cada vida recordara la anterior, no querría
investigar lo pasado con la facultad presente , sino
lo porvenir, y la conciencia entonces n o seria
juez libre, sino testigo acusador. No se haria el
bien por el b i e n , sino por miedo dol mal.
Entonces el ser no podria progresar tan r á p i d a m e n t e . Dios permite en su sabiduría que el
h o m b r e sufra, para que sepa d a r precio á la felicidad.
VIII.
PLURALIDAD
DE
MUNDOS.
¿Hay u n o ó m u c h o s m u n d o s ?
¿Dónde estoy yo?
Yo liabito un p l a n e t a , por otro n o m b r e cuerpo
celeste. ¿Ese cuerpo celeste está aislado?
No.
Yo veo á mi alrededor m u c h o s m u n d o s . La
ciencia m e enseña q u e son iguales, alguno s u p e rior. Estos m u n d o s n o tienen las m i s m a s condiciones que el n u e s t r o , sino variadas.
¿Están habitados?
Esos m u n d o s que son iguales al mío, y a u n
m á s bellos q u e el m í o , ¿ p a r a qué los ha h e c h o
Dios?
Nada h a y inútil en la obra de Dios.
La creación de Dios tiene u n objeto. Ese ob-
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
jeto es la realización de la vida en esa creación.
Luego do quiera q u e hay creacion.hay vida, d o n de h a y vida h a y seres vivos.
Esos seres, ¿ d e q u é especie s o n ?
Siendo los m u n d o s con corta diferencia iguales,
los h a b i t a n t e s lo h a n de s e r ; p o r q u e si Dios les
dio rica vegetación, seria para q u e esa vegetación
se empleas e e n algo.
Luego h a y h a b i t a n t es de la m i s m a naturaleza,
luego Dios es j u s t o y completo. De m o d o q u e esos
c u e r p o s luminosos y opacos q u e veo en el esp a c i o , e s t á n llenos d e seres q u e Dios ha c r e a d o ,
q u e son mis h e r m a n o s y á q u i e n e s debo a m a r .
No debo u f a n a r m e con mi m u n d o , p o r q u e n o
es sino una p e q u e ñ a p a r t e de ese todo infinito.
Hay a d e m á s razones filosóficas q u e p r u e b a n la
habitabilidad y la habitación de los m u n d o s .
Dios crea siempre y crea del m i s m o modo , y el
q u e h o y crease u n m u n d o habitado y m a ñ a n a
otro d e s h a b i t a d o , seria en é l , ó la creación de su
e r r o r a n t e r i o r, ó u n a d i s m i n u c i ó n de su facultad
c r e a d o r a. Las causas siendo idénticas, semejante s
h a n de ser los efectos.
El a m o r de Dios es infinito; sus hijos son, p u e s ,
infinitos sin n ú m e r o y p o t e s t a d .
Toda la creación realiza á Dios; luego esos
m u n d o s son o t r a s t a n t a s i m á g e n e s de Dios, y esos
seres son otros r e m e d o s del modelo e t e r n o .
Habitados, p u e s , los m u n d o s e n n ú m e r o infinito , la creación resulta m á s completa p a r a m i .
Dios n o puedo p a r a mí t e n e r limitación; luego los
m u n d o s son ilimitados en n ú m e r o , p o r q u e m u n dos ilimitados en m a g n i t u d , s e r í a l a limitación
m a y o r de cada u n o de ellos.
Soria el p a n t e í s m o s a b e o .
Los seres q u e iiabitan esos m u n d o s , tienen
c u e r p o s cada vez m á s perfectos; p o r q u e si n o , n o
se verificaría en ellos la ley del p r o g r e s o ; así q u e
los p l a n e t a s son la serie de manifestaciones de
Dios en la c r e a c i ó n : p o r eso n i n g u n o será perfecto, y h a b r á m u n d o s en q u e so n a z c a , y m u n dos en q u e se forme al c u e r p o p o r e m a n a c i o n e s
de la materia de ese planeta. El cosmos, q u e os la
realización de Dios, es la unida d en la variedad ,
como su e t e r n o modelo .
La vida en cada planeta variará c o m o varía el
liempo y las n e c e s i d a d es en cada u no de esos
m u n d o s : ¿qué seria la creación con solo la tierra
habitada?
Seria la injusticia en Dios q u e n o s haria h a b í lar el peor m u n d o , h a b i e n d o destinado al n o sér
m u n d o s m e j o r e s , infinitament e m e j o r e s q u e el
que habitamos.
235
Seria el a b s u r d o de s o m e t e r Dios la creación á
u n m u n d o q u e ni siquiera es c e n t r o de u n sistema.
H a y , p u e s , m u n d o s infinitos poblados p o r s é r e s m á s ó m e n o s perfectos, q u e realizan todos
j u n t o s y cada u n o de ellos el divino p e n s a m i e n t o
del E t e r n o Hacedor.
Seres limitados como sus m u n d o s en c u a n t o á
m a t e r i a ; p e r o ilimitados y cosmopolitas como
e s p í r i t u s l i b r e s , seros perfectibles o t e r n a m e n t e ,
seres p r o g r e s a n d o e t e r n a m e n t e hasta llegar á ser
felices, sin ser p o r eso perfectos.
IX.'
SOLmABIDAD DE LOS MUNDOS.
¿Los m u n d o s son globos aislados en el espacio,
ó son p a r t e s del todo?
¿Cómo podria ser de otra m a n e r a ?
¿Es posible q u e tanto y tanto m u n d o fueran
o t r o s t a n t o s todos incompletos?
No.
La o m n i p o t e n c i a divina no tiene límites: esos
millones de m u n d o s , no son. sino las g r a d a s del
t r o n o de D i o s , q u e n o se p u e d e n s u b i r de dos en
d o s , ni de t r e s en i r o s ; es preciso s u b i r l o s u n o á
u n o ; y c o m o todos están llenos do belleza y o l
s e n t i m i e n t o de lo bello a u m e n t a cada v e z , es
preciso miUones de a ñ o s p a r a c o n t e m p l a r l a obra
divina.
Todos, p u e s , h e m o s d e r e c o r r e r toda s las g r a das p o s i b l e s , y al l l e g a r á la c u m b r e v e r e m o s
n u e s t r a p e q u e n e z y la grandeza do Dios.
Una á u n a s u b i r e m o s esas m a r a v i l l a s , y c u a n d o
conozcamos los a r c a n o s de la creación , s e r e m o s
las r u e d a s de ose i n m e n s o reloj q u e se l l a m a u n i verso.
Todos los m u n d o s a u m e n t a n en p u r e z a ; así el
espíritu q u e en ellos v i v e , a u m e n t a t a m b i é n .
Los ambiciosos de pureza n o son como los
ambiciosos do h o n r a , q u e d e s d e la a l t u r a r o m pen la escolla quo les ha dado paso , y suelen caer
en lo profundo del a b i s m o .
X.
FIN DEL HOMBRE.
El h o m b r e , sér infinito, tiene p o r fin el espacio. El h o m b r e n o será feliz hasta q u e se pierda
en el infinito do Dios.
C u a n d o lodos sean a s t r o s , formarán la c o r o n a
del Dios del u n i v e r s o . El h o m b r e a s p i r a á s e r á n g e l , el h o m b r e r e c o r r e toda la c r e a c i ó n , y al
llegar á la pureza a b s o l u t a , al llegar á Dios, el
236!
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
h o m b r e es feliz p o r q u e es b u e n o , y nada le h a laga el ser sabio, p o r q u e sabe todo lo q u e ha de
s a b e r , que es a m a r á Dios.
BIBLIOTECA ESPIRITISTA EXTRANJERA.
Cuando reúna en sí l o s t r e s atributos absolutos
en relación con su s e r , b o n d a d , verdad y belleza , el ser poseerá la pureza absoluta , en él será
como Dios; pero no será sino su reflejo, será la
imagen en el espejo, q u e p o r si carece de realidad , y no tiene sino lo q u e le da el ser de quien
nace.
La vida del espíritu entonces no tendrá fin,
porque será u n estado y será u n estado perfecto.
Inamisible la Bienaventuranza.
En la posesión de Dios, la vida sin fin, el ser
del ser.
El ángel a m a r á y esa será su d i c h a , y su realización, el bien y su práctica.
XI.
FIN
D E LA M A T E R I A .
Sí bien la materia no es sino el medio de la
purificación, n o obstante, la obra q u e en ella se
verificará dejará huellas.
La materia p e r m a n e c e r á i n e r t e , p o r q u e inerte
es; pero mi materia p r o g r e s a r á . Cada m u n d o
a d e l a n t a r á ; pero todos los m u n d o s p e r m a n e c e rán c o n s t a n t e m e n te hasta la eternidad, y la materia no morirá como tal m a t e r i a ; pero irá elevándose por parles.
Un m o m e n t o ba de llegar en q u e el espíritu n o
tenga más m u n d o que su peri-espíritu , en q u e
on él se vea realizada la obra de su creador.
Entonces el espíritu volará á perderse allá en
el infinito, donde su alma e n c u e n t r e su a s p i r ación y sil coinplomenlo.
Al seno de Dios, su divino a u t o r .
Y en su m a r c h a triunfante á través de los e s pacios percibirá la melodiosa cadencia óe los
m u n d o s , q u e m a r c h a n d o en el vacío e n t o n a r á n
con su silbido acompasado y solemne el eterno
hossanna de la obra á su Supremo Hacedor...
Y una vez colocado el espírílu á las plantas de
su Dios, sus ojos a s o m b r a d o s c o n t e m p l a r á n:
Allá en la altura la luz del Ser Etern o é I n c r e a d o . Abajo, bajo sus p i e s , millones de m u n d o s
espaciosos por el espacio sin n ú m e r o ni medida,
siendo el alfabeto eterno d e q u e se valdrá para
leer las maravillas dol Ser que le sacó do la nada
para subirle á sus plantas y recibirle en su seno,
n o con el orgullo de aulor, sino con el a m o r de
padre.
FIN.
LA PLURALIDAD DE MUNDOS Y EL DOGMA
CRISTIANO ( * ) .
II.
Cosmogonía de los libros
Sagrados.
Todos los teólogos recordarán la antigua y s o l e m n e figura q u e los recordará el capítulo de
Enle-loco-mobili de la Pars phisica de sus trata dos s e c u l a r e s , refiriendo, trasportándolos á la
Edad medía, su gloriosa época. En efecto, t o m a mos esta figura de u n a célebre obra impresa en el
año 1391, siglo de C O P É R N I C O , que representa el
sistema de P T O L O M E O , críslíanízado , como a q u e llas cartas m u d a s q u e se bautizan con n o m b r e s
convencionales. En el centro del m u n d o se ostenta la t i e r r a , morada del h o m b r e , teatro de sus
p r u e b a s , habitación de s u vida t e m p o r a l . Bajo la
superficie terrestre están los lugares inferiores,
en donde las vistas p e n e t r a n t e s pueden entrever
el antiguo T á r t a r o , conocido actualmente con el
n o m b r e de Infierno. Más arriba de la T I E R R A , elevándose hacia el Cielo, se e n c u e n t ra en p r i m e r
lugar la esfera de los e l e m e n t o s , en q u e el fuego
sucede á el aire (I) I g n í s ; m a s arriba las esferas
de
la
Lu.NA ( t f ) ,
de
M E R C U R I O (10),
de
VENUS
(9),
q u e v í s i t ó sucesivamente el Dante el Viernes Santo
del año 1300; más arriba el S O L (8), M A R T E (7),
J Ú P I T E R (0) y S A T U R N O ( S ) , séptimo y último plan e t a . Más arriba se apercibe el firmamento (4),
O
V é a s e e l n ú m e r o 7, p á g i n a 153.
EL CRITERIO E S P I R l t í S T A .
(firmus, sólido ), en el q u e están clavadas
trellas fijas (*); despué s el maravilloso
cielo (3); m á s a r r i b a el primer móvil ó
no (2); y por ú l t i m o , el E s i P Í n E Ó ó morada
bienaventurados (I).
las e s noveno
cristalide los
Este sistema es e n s e ñ a d o explícitamente por
las obras teológicas q u e , como la S U M M A D E S A N T O
T O M Á S D E A Q Ü I N O , t r a t a r o n los diferentes a s u n t o s
en contacto con el dogma cristiano ; está r e c o n o cido i m p l í c i t a m e n t e p o r los Sagrados libros q u e ,
sin o c u p a r s e e s p e c i a l m e n t e de cosmogonía ó de ast r o n o m í a , sufrieron sin e m b a r g o la influencia de
las ideas admitidas en la época en q u e fueron e s critos. Sea, p u e s, q u e se vuelva ó e n c o n t r a r el sistema de P T O L O M E O expuesto y defendido en estas
o b r a s , sea q u e se le pase en silencio, el h e c h o
fundamental sobre q u e i m p o r t a insistir a q u í , es
q u e este s i s t e m a se halla en el fondo de la teología antigua y de la Edad m e d i a .
Acabamos de decir q u e , en lo q u e c o n c i e r ne á
la c o s m o g o n í a , los Sagrados libros habian sufrido
la influencia de las ideas a d m i t i d as en la época
en q u e fueron escritos. Este es, en efecto, el fondo
de n u e s t r o p e n s a m i e n t o . Estos l i b r o s , q u e n o ten í a n por misión e n s e ñ a r la física ó la a s t r o n o m í a ,
j a m á s e n t r a r o n en el c a m p o de las discusiones
científicas; n o era este su p a p e l , y así p a s a r o n
p o r las opiniones y admitieron las teorías q u e se
e n s e ñ a b a n en su t i e m p o .
E n la época en q u e el cristianism o echó sus
p r i m e r a s r a í c e s , d u r a n t e los siglos de l u c h a s q u e
sucedieron al apostolado evangélico, y b a s t a el
establecimiento definitivo p o r los concilios de las
v e r d a d e s f u n d a m e n t a l e s de la fe c r i s t i a n a , el sistema de PTOLOMEO fué el q u e r e p r e s e n t ó el sistema del m u n d o . N i n g u n a noción se tenia del e s pacio ni del tiempo. Se habia creído m e d i r la a l t u ra del cíelo diciendo c o n Hesiodo, qu o u n y u n q u e
q u e cayese del cielo tardaría n u e v e días con sus
n o c h e s p a r a llegar á la t i e r r a , y otro tanto p a r a
Hogar á'los infiernos. Parecía m u y singular (|ue
h u b i e s e habido u n filósofo quo se atreviese á pre(')
L o s antig-uos n o c o n o c í a n l a i m p o s i b i l i d a d
p a r a l a s e s t r e l l a s d e g i r a r e n 21 h o r a s
mecánica
al r e d e d o r
de
la
Tierra. Ko sólo e s la Tierra, e n m e c á n i c a c e l e s t e , u n p u n t o
i n s i g n i f i c a n t e d e l t o d o i n c a p a z de s e r c e n t r o d e t a l e s m o v i m i e n t o s ; no sólo las e s t r e l l a s , aisladas y distantes u n a s de
otras e n todas las profundidades del c i e l o , no hubieran p o dido ser arrastradas
en una misma
carrera;
sino que
la
velocidad con que aun los m á s inmediatos de estos vastos
cuerpos hubieran debido ser l l e v a d o s , excede á toda
tidad concebible.
can-
Para q u e S i r i u s , por e j e m p l o , g i r a s e al
derredor de la Tierra e n M h o r a s , le seria necesario
c o r r e r t r e s m i l m i U o n e s d e l e g u a s por segundo. .
re-
237
t e n d e r q u e el Sol era m á s g r a n d e que ol P E L O P O N E S O . No se conocia m á s qu o la t i e r r a , y á u u de
esta, nada m a s q u e las c o m a r c a s h a b i t a d a s ; el
resto de ella, desconocido, se perdía en el vacio y
en l a o s c u r i d a d de los s u e ñ o s. La tierra n o podia
e n c o n t r a r s e aislada en el espacio; ¿ s o b r e q u é
fundamento descansaría? No se podia h a b i t a r sino
su parle s u p e r i o r ; nadie habia visto la p a r l e inferior de la T I E U R A ; y si alguno hablab a de los
a n t í p o d a s , so alzaba los h o m b r o s a d m i r á n d o s e de
q u e pudiera h a b e r h u m b r e s lan simples q u e c r e y e r a n q u e h u b i e s e seres q u e pudiesen vivir con
los pies a r r i b a y la cabeza abajo. Las estrellas e r a n
p e q u e ñ a s chispas clavadas en la bóveda celeste;
el Sol y la Luna a n t o r c h a s al servicio de la T I E R RA. L A T I E R R A n o ora u n p l a n e t a , u n m u n d o ' : era
EL
MUNDO.
Si algún cometa cabelludo aparecía en el cielo,
era signo p r e c u r s o r de u n g r a n aconlocimíonto.
Un eclipse n o era u n h e c h o n a t u r a l ; era también
u n a señal p a r a el h o m b r e . C u e n t a G R E G O R I O D E
TouRS, q u e en el reinado do H U N E R I C O , r e y de
los V Á N D A L O S , se oscureció el Sol hasta el p u n t o
q u e a p e n a s e r a l u m i n o s a la tercera p a r t e de su
disco. <íLa causa es, según creo, debidaá tantos crímenes y ala efusión de sangre inocente.-» Esta frase
de G R E G O R I O D E T O U R S p u e d e aplicarse con v a r i a n t e s á la inlorprelacion de lodos los fenómeno s
de la naturaleza quo salían do su m a r c h a ordina r i a : todo se refiere al h o m b r e . Las ideas admitidas sobre el sistema del m u n d o , d o m i n á r o n l o
m i s m o á los cristianos q u e á los b á r b a r o s , sin
(juo nadie p o r e n t o n c e s p u d i e s e s u s t r a e r s e á su
influencia.
No es on verdad m u y n e c e s a r i o u n e x a m e n m i nucioso para atesligua r q u e ol síslenla físico del
m u n d o , adoptado á los p r i n c i p i o s do la era c r i s tiana y d u r a n t e las l u c h a s do los c o n c i l i o s , h a
servido do i'rinadura al edificio do la metafísica
religiosa; la observación de esto sistema y su
comparación con el conjunto del dogma cristiano,
tanto cu lo q u e coiicierno á la vida presento',
como en lo q u e se refiero á la f u t u r a , m u e s t r a n
c l a r a m e n t e q u e la antigua opinión cosmogónica
estaba afirmada en ol f o n d o de t o d a s las inteligencias q u e asistieron á los concilios, sirviend o
n e c e s a r i a m e n t e do base y p u n t o de apoyo al e d i ficio de las ideas.
Siendo esto a s í , establecióse desde los p r i m e r o s
t i e m p o s u n a correlación e n t r e la e n s e ñ a n z a d o c trinaria y la física del m u n d o . No h a y t a n t a d i s tancia c o m o g e n e r a l m e n t e se i m a g i na e n t r e la
física y la molafísica; en lu m i s m a esfera del ideal,
238a
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
n o es el h o m b r e c o m p l e t a m e n te i n d e p e n d i e n t e:
los principios fijos en su a l m a , sirven á su pesar
de fundamentos, no sólo á sus habituales concepciones, sino hasta aquellas que le parecen más
e x t r a ñ a s . Por otra parte , no pudiendo construirse
n i n g ú n edificio sobre el v a c í o , el mismo edificio
de la fe pidió u n a base do g r a n i t o , y hé aquí por
q u é la fe cristiana está en plena armonía con el
antiguo sistema del m u n d o .
Desde entóneos h a y fundamento para p r e g u n tar á los defensores de esta fe acerca de lo q u e
p i e n s a n sobre la solidez de su edificio, después
del terrible golpe q u e recibió su a r m a d u r a hace
tres siglos; lo hay para p r e g u n t a r l es si en virtud
de la solidaridad q u e existe e n t r e el sistema del
m u n d o físico y el sistema del m u n d o m o r a l , no
se ha resentido su símbolo de alguno de los ataques dirigidos al p r i m e r o de estos sistemas.
¿ P u e d e la creencia cristiana , sin recibir ninguna nueva interpretación, n i n g u n a modificación sistemática , concillarse sin esfuerzo con el nuevo
sistema de los m u n d o s ? Tal e r a , tal es la gran
cuestión.
A ella se ha respondido de dos m a n e r a s . La
primera por la negación, declarando decisivam e n t e q u e la doctrina religiosa comprendida liter a l m e n t e , tal como lo ha sido hasta a q u í , no se
conforma con la enseñanza de la nueva ciencia
astronómica. Esta respuesta establece u n a escisión e n t r e la ciencia y la Iglesia. La segunda ha
estado en favor do la afirmativa; pero para llegar
á u n a perfecta conciliación, ba consentido visiblem e n t e en algunas modificaciones de detalle, en
algunas n u e v a s i n t e r p r e t a c i o n e s ; no ha p e r m a n e cido obstinada en el severo non póssumus, ni t a m poco ha guardado el eterno statu qm de la i n m u tabilidad.
Estas son las dos fases de la cuestión. Desarrol l é m o s l a s , á fin de s u m i n i s t r a r al lector los elem e n t o s necesarios para permitirl e j u z g ar el hecho
en cuestión y fijar sus juicios.
E s c u c h e m o s p r i m e r a m e n t e la interpretación
científico-dogmática de sir D A V I D B R E W S T E U , el
sabio asociado de n u e s t r o Instituto. Su m u c h a
ciencia no le impide ser p r o f u n d a m e n t e afecto al
d o g m a , como se ha visto y a : quiere proteger la
u n a y el otro. Al contrarí o de los sabios franceses, los sabios ingleses están más adheridos á sus
dogmas religiosos q u e n u e s t r o s doctores en d e r e cho canónico.
Cuando n u e s t r o s conocimientos sobre el e s p a cio n o se extendían m á s allá del Océano, dice, no
se podia colocar la morada de los b i e n a v e n t u r a -
dos sino en el cielo e m p í r e o . Envuelta en u n a
vaga sombra, presentábas e l a v i d a f u t u ra como u n
sueño á la razón del cristiano , a u n q u e fuese una
realidad para su fe; en vano podia preguntarse
cuál sería esta vida futura en sus relaciones m a teriales ; en qué regiones del espacio dobla c u m plirla; q u é deberos y qué trabajos la habían de
o c u p a r , y q u é dones intelectuales y espirituales
le serian reservados. Pero cuando la ciencia le
enseñó la historia pasada de nuestra T i e r r a , su
fo»ma, su volume n y s u s m o v i m i e n t o s ; c u a n d o
la astronomía observó el sistema solar, midió los
planetas y proclamó que la Tierra es una esfera
que no tiene ningún lugar distintivo e n t r e sus gigantescos c o m p a ñ e r o s , y c u a n d o el telescopio
hubo establecido nuevos sistemas de m u n d o s mucho más allá de los límites del n u e s t r o , la vida fu•turadel sabio tomó lugar e n t r e estos m u n d o s , en
up espacio sin límites .como en u n a duración sin
fin. La imaginación del cristiano se elevó con las
alas del águila hasta el zenit, y continuó su vuelo
hasta el horizonte del espacio sin alcanzar j a m á s
al límite q u e sin cesar se alejaba; y en la infinidad de los m u n d o s , en el seno de una vida infinita, descubrió las c a m p i ñ a s de la vida futura.
Las miras del c r i s t i a n o , añade el a u t o r , c o n cuerdan con las verdades de la astronomía. S o s teniendo la Pluralidad de los M u n d o s , nos e n contramos felizmente en una posición m á s favorable q u e el geólogo, c u y a s investigaciones sobre
la historia primitiva de la Tierra, se hallaron apar e n t e m e n t e en oposición con la enseñanza de la
Escritura. No hay una sola expresión, tanto en el
Antiguo como en el Nuevo Testamento, que sea
incompatible con esta g r a n v e r d a d : h a y otros
m u n d o s que el n u e s t r o q u e son el asiento de la
vida y de la inteligencia. Por el contrario, m u c h o s
pasajes de la Escritura son favorables á esta d o c trina , y algunos otros serian, á n u e s t r o parecer,
inexplicables, si no se la admitiese como verdadera. El texto magnífico (1), por ejemplo, en el
cual el Salmista inspirado expresa su sorpresa de
q u e el q u e fabricó los cielos y estableció la luna y
las estrellas en el orden armonioso de los m u n dos prestase atención á u n ser tan insignificante
(1)
E s t e p a s a j e e s a q u e l á q u e n o s h e m o s referido e n l a s
c o n s i d e r a c i o n e s de Mr. 'Whev.'ell, y q u e C h a l m e r s t o m ó por
t e x t o e n s u s Sermones:
Cuando yo considero vuestros
cie-
l o s , q u e s o n l a s o b r a s de v u e s t r o s d e d o s , la l u n a y l a s e s t r e l l a s q u e h a b é i s fundado, e x c l a m o : « ¡ Q u é e s el
hombre
para q u e o s a c o r d é i s d e é l , ó el H i j o d e l h o m b r e para q u e le
visitéis! » (Salmo V I H , 3 , 4 . ;
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
como el h o m b r e , os ¡i nuestro parecer u n a r g u mento decisivo en favor do la Pluralidad de los
Mundos. El poeta hebreo no hubiera podido m a nifestar sorpresa semejante si n o hubies e visto en
las estrellas otra cosa que p u n t os brillantes sin
importancia, en el género dolos fuegos fatuos que
revolotean en los sitios p a n t a n o s o s : no puede ponerse en duda q u e la inspiración le revelase la
grandeza, las distancias y el destino de las radiantes esferas que fijaron su atención. Cuando
conoció estas verdades, se dividió para él la creación en dos partes separadas p o r el m á s vivo
c o n t r a s t e : por una parte el hombro en su imaginación relativa; por otra los cielos, la luna y las
estrellas on su grandeza absoluta. Aquel á quien
Dios hizo un poco menos que los ángeles, aquel á
quien coronó gloriosa y magníficamente, y para
cuya redención envió á su único Hijo á sufrir y
m o r i r , aquel mismo no ha podido ser conside rado por el Salmista como u n sugeto insignific a n t e ; por lo t a n t o , ant e su alta estimación del
h o m b r e , es menester quo su idea acerca del valor
de los astros baya sido superior á otra a l g u n a ; y
¿de q u é m a n e r a hubiera podido ser tan elevada
esta idea acerca de los astros si no h u b i e ra tenido
conocimiento de las verdades astronómicas ? El
h o m b r e , creado á imagen de Dios, hubiera sido
u n a criatura m á s noble q u e las chispas que centellean en el espacio ó q u e el l u m i n a r de la n o che. Si pues se pregunta bajo q u é impresión ha
escrito el Salmista, si miraba los m u n d o s como
globos sin v i d a , ó si los consideraba como m o rada de seres racionales é inmortales, no será d i fícil la r e s p u e s t a : hay que optar por la última
opinión, y en efecto, si David hubiese tenido por
deshabitados los m u n d o s , de n i n g ú n modo se
puede explicar la sorpresa que manifiesta por la
atención de Dios para el h o m b r e , p o r q u e esta sorpresa no tendría por motivo el h e c h o de existir
en el universo i n n u m e r a b l e s masas de materia
q u e ejecutan en lontananza solitarias revolucion e s ; por el contrarío, su admiración hubiera tenido por objeto, n o la debilidad, sino la grandeza
de aquel, que seria el único q u e podria c o n t e m plar los cielos y para cuya satisfacción se habían
dado á luz tantos cuerpos magníficos. Pero si por
el c o n t r a r i o , h a considerado el poeta los m u n dos siderales como otras tantas m o r a d a s de vida,
como otros tantos globos cuya preparación ha
pedido millones de años y q u e están hoy e n r i quecidos con nuevas formas de existencia, n u e vas manifestaciones del p e n s a m i e n t o , e n t o n c e s
p o d e m o s c o m p r e n d er p o r q u é se admira del cui-
239 i
dado de Dios p o r una criatura relalivamente tan
insignificante como ol h o m b r e .
Pasando en seguida á otras interpretaciones,
Mr. Rrewster pesa el valor y el sentido de la palabra cielos tal como se emplea en la Biblia. Esta
palabra, dice, se presenta como índopondíonte de
la luna y de las estrellas, como indicando u n a
creación material, una obra de las manos de Dios,
y no un espacio vacio que se supone habitado por
seres p u r a m e n t e espirituales. Los autores dol
Testamento expresan por la palabra cíelo u n a
creación material separada de la T i e r r a ; h a l l á n d o l e pasajes q u e parecen indicar clarament e q u e
esta creación es la morada de la vida. Cuando
habla Isaías de los cielos extendidos como -una
tienda para habitar en ella; cuando Job nos dice
q u e Dios, qne extendió los cielos, hizo Arclurus,
ürion, Las Pléyades y las cámaras del Mediodía;
cuando . \ m ó s habla do aquel que edifica sus pisos
en los cielos (casa de m u c h a s habitaciones), las expresiones de que se valen indican claramente q u e
los cuerpo s celestes son la m o r a d a de la vida.
E n el mismo libro del Génesis, se dice q u e Dios
terminó los cíelos y la t i e r r a , y todo su ejército.
Nebomías declara que Dios hizo el cielo, el cielo
de los cielos y todo su ejército, la tierra y todas las
cosas q u e contiene, y q u e el ejército de los cielos
le adora. El Salmista habla de todo el ejército de
los cielos como creado por el soplo salido de la boca
de Dios, lo mismo que para el nacimiento de
Adán. Isaías nos presenta un notable pasaje en el
que están descritos s e p a r a d a m e n t e los habitantes
de la lierra y los d e los cielos. «Yo soy el q u e h e
hecho la tierra y el q u e ha creado al h o m b r e p a r a
h a b i t a r l a ; mis m a n o s ban extendido los cielos, y
yo soy el q u e he dado todas las órdene s á la milicia
de los astros. » A estas alusiones pueden añadirse
las siguientes sacadas igualmente de Isaías: « P a r a
esto es para lo que ol Señor ha formado la Tierra
y la ha dado el ser, y ha creado los cielos: no la
ha creado en vano, sino que la ha formado á fin de
que fuese habitada, T ¿No os esto u n a declaración
formal del inspirado profeta, do quo la tierra h u biera sido creada en vano si no hubiese sido habitable y habitada? ¿No debe deducirse q u e , como
n o se puede suponer q u e el Creador haya croado
en vano los m u n d o s de n u e s t r o sistema y los del
universo sideral, debe admitirse q u e los ha creado
para ser habitados?
El mismo espíritu de interpretación halla en el
nuevo Testament o pasajes que no solamente e s tán en perfecta arnmnía con la doctrina de la
Pluralidad do los Mundos, sino q u e a d e m á s n o
240i
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
podrían explicarse sin ella. Cuando el apóstol San
J u a n anuncia que los Mumlos fueron creados p o r
la palabra de Dios; c u a n d o San Pablo enseña q u e
los Mundos son u n a creación del Salvador, el h e redero de todas las cosas, n o es de s u p o n e r que
se trate aquí de globos de materia i n e r t e , sin p o blación presente ó futura. La Escritura enseña
q u e el Salvador ba creado todas las cosas y que
Dios se ha propuesto recibir todo en Jesucristo,
tanto lo que está en el cielo como lo que está en la
tierra. Las creaciones indicadas por estas pala b r a s , todas las cosas, son las creaciones del cíelo,
y aquellas q u e están encima de los cíelos, de las
q u e habla San Pablo cuando dice: Aquel que ha
bajado es el mismo que ha subido más arriba que todos los cielos, á fin de llenar todas las cosas. Por otra
parte, el apóstol habla del misterio encerrado en
Dios q u e ha creado todas las cosas por Jesucristo,
misterio q u e ha recibido la gracia de a n u n c i a r , á
fin de q u e los principados y las potencias q u e están en los cielos conozcan por la Iglesia la sabiduría de Dios diversificada en sus efectos. Cuando
el Señor habla del redil de que es la puerta, de
la oveja que le sigue y conoce su voz y por la
cual da su vida, a ñ a d e : « Tengo todavía otras ovej a s q u e no son de este r e b a ñ o ; es m e n e s t e r t a m bién q u e yo las recoja; ellas escucharán mi voz,
y no habrá m á s que un rebaño y un Pastor.»
Puede apercibirse q u e el sistema de la r e d e n ción colectiva defendido por Mr. Brewster se delínea visiblemente en estos textos escogidos, y ([ue
la iiUerpretacion se reviste algún poco de la o p i nión personal del a u t o r ; lo que sucede frecuente m e n t e e n t r e los protestantes. Para q u e no se nos
acuse de parcialidad ó de una elección p u r a m e n t e
cíentílica, interrogaremos a h o r a al elocuente orador q u e desdo hace algunos años se ha hecho íutérprete de la ciencia religiosa, el que desde lo alto
del pulpito de Nuestra Señora se ha inipuesto la
difícil misión de hacer c o m p a r e c e r gloriosamente
los antiguos dognms ante el tribunal de la ciencia
c o n t e m p o r á n e a , y hacer brillar su luz al sol del siglo X I X . El R. P. Félix p e r t e n e ce igualmente al
n u m e r a de los conciliadores.
En una conferencia sobre el Génesis y las ciencías m o d e r n a s , el p r e d i c a d o r, e n u n c i a n d o la objeción científica que se ha opuesto al dogma cristiano, hace h a b l a r como sigue á los q u e presentan
osla objeción.
( i L a relación de Moisés hace de la Tierra el c e n tro de toda la c r e a c i ó n ; y el dogma católico por sí
mismo, la considera como el teatro reservado de
los g r a n d e s designios de Dios: en ella es donde
Dios se e n c a r n ó , y este polvo terrestre el único
pisado p o r los divinos pies y regado con su s a n gre r e p a r a d o r a . Según la enseñanza católica, sólo
la tierra mantiene inteligencia y vida; en olla s o lamente ha dejado Dios caer seres inteligentes y
libres capaces de hacer subir hasta él el h i m n o
universal que canta la creación. Ahora bien, ¿parece razonable limitar á tal p u n t o el teatro de la
vida y las manifestaciones de la gloria de Dios?
¿Los astros no parecen estar hechos á propósito
para servir de soportes á seres vivos? ¿No es más
digno por otra parte de la idea que debemos tener
del C r e a d o r , el p e n s a r que en todas partes existen seres capaces de conocerlo y publicar su gloria, q u e el despojar al universo de todos los seres
reduciéndole á una profunda soledad, en la que
no se encontraría m á s que los desiertos del e s p a cio y las espantosas masas de una materia i n a n i m a d a ? ¿Por qué este planeta q u e , ante la i n m e n sidad dp los cielos, es como una gota de agua en
el O c é a n o , y como u n átomo en medio de los soles, había de sor el único en la creación h o n r a d o
con la presencia dé la vida? y ¿cómo admitir que
Dios haya confinado á esto imperceptible rincón
del universo los únicos testigos inteligentes de su
sabiduría y de su poder? No, n o ; q u e el cristianismo se lo tonga por d i c h o : la ciencia modern a
no admitirá en adelante esta hipótesis de la teoría cristiana. No r e n u n c i a r á á sus conquistas. Al
cristianismo corresponde ver y decidir si quiere
r o m p e r con la ciencia ó m a r c h a r con olla on los
nuevos senderos que se a b r e cada dia al través de
los cielos.»
« Parece á primer a vista q u e esta objeción tiene
fuerza para d e s c o n c e r t a r n o s ; pero no sucede así,
y con u n a sola palabra pudiera dar satisfacción á
todos los sabios q u e se pudiera n valer de esta o b jeción de la ciencia m o d e r n a como do una razón
perentoria contra ol cristianismo. Yo podría d e cirles: queréis absolutamente d e s c u b r ir habitantes en la l u n a ; queréis hallar on las e s t r o l l a s y on
los soles h e r m a n o s en inteligencia y on libertad;
y coino lo dicen ciertos genios q u e p r e t e n d e n t e n e r visión intuitiva de todos los m u n d o s , queréis
saludar de lejos, á través del espacio, á sociedades y civíHzaciones astronómicas. Sea en buen
h o r a . Si no tenéis mayores razónos para r o m p e r
con nosotros, nada so opone á q u e os t e n d a m o s
la mano y que nos alarguéis la vuestra. Poned en
el m u n d o sideral cuantas sociedades os plazca
bajo tal forma y el grado de t e m p e r a t u r a material
y moral que imaginar queráis; ol dogma católico os
en oslo de una tolerancia q u e os va á asombrar ;
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
lo único q u e os pide es q u e n o hagáis de estas
generaciones siderales una posteridad de Adán
ni una posteridad de Jesucristo.»
«Ciertamente h a y m u c h o que decir, y sobre todo
m u c h o q u e desear cienlílicamente y bajo el p u n t o
de vista de u n a rigorosa d e m o s t r a c i ó n sobre esta
grandiosa hipótesis. Por m u c h o tiempo todavía
se b u s c a r á u n a x i o m a , u n p u n t o de partida de
donde pueda salir, cou el brillo de la evidencia,
una conclusión rigorosa para d e m o s t r a r que el
s o l , la l u n a y las estrellas llevan en sí, lo m i s m o
que n u e s t r o p l a n e t a , la inteligencia y la vida (1).
Suponed q u e Dios h u b i e s e querid o h a c e r de u n
átomo el centro de la creación : ¿ q u i é n de e n t r e
vosotros se atrevería á a t a c a r de falsa la s a b i d u ría divina y á q u e r e r , e n n o m b r e d e la ciencia,
c o n v e n c e r á Dios ¿ e a b s u r d i d a d ? Admitido esto,
¿qué de tan a b s o l u t a m e n t e a b s u r d o h a b r i a on sup o n e r q u e Dios h u b i e s e h e c h o á la tierra, á pesar
de lo infinitamente p e q u e ñ o de su i m p o r t a n c i a
material, u n privilegio r e s e r v a d o en la creación?
E s t a n d o a d m i t i d o quo Dios escogió la tierra p a r a
p o n e r on olla su planta y desarrolLir p o r e n t e r o
el g r a n misterio de la E n c a r n a c i ó n y de la R e d e n c i ó n , ¿ q u i é n n o ve q u e la tierra , p o r esta vocación de elección, a d q u i e r e on la universalidad de
las cosas una dignidad q u e la eleva mil veces m á s
q u e el privilegio de la m a s a y de la extensión
m a l e r í a l , y q u e una gota de la divina sangr e la
h a c e m á s g r a n d e q u e todos los soles y todas las
estrellas j u n t a s ? »
«Pero on fin , ¿se quiero a b s o l u t a m e n t e q u e los
p l a n e t a s , los soles, las estrellas, tengan sus h a b i tantes, capaces como n o s o t r o s de c o n o c e r , de
a m a r y do glorificar al C r e a d o r ? j\le a p r e s u r o á
p r o c l a m a r l o , el d o g m a n o lo r e p u g n a ; ni afirma
ni niega cosa alguna sobre esta libre hipótesis. La
economía general del c r i s t i a n i s m o considera la
t i e r r a , n a d a m á s q u e la t i e r r a ; abraza la h u m a nidad , n a d a m á s q u e la h u m a n i d a d ; la h u m a n i dad q uo desciendo d e Adán rescatada p o r Jesucristo. F u e r a de esta g r a n d e e c o n o m í a del cristian i s m o quo alcanza á la h u m a n i d a d a d á m i c a , ¿ d e hen admitirse e n los globos celestes , n a t u r a l e z a ^
(1)
N o t e m o s como memoria que estas dudas sobre n u e s -
tra d o c t r i n a , n o s o n p e r s o n a l e s i»l o r a d o r , p u e s e x i s t e n e n
la
mayoría de los e n t e n d i m i e n t o s . Léese en
Lu vie futurg
d e M . TU. M a r t i n : « L a c i e n c i a n o lia l l e g a d o á d a r , h a s t a
e s t e dia, ni^igun dato e n
pro ó e n contra
d e e s t a suposición
(de la P l u r a l i d a d d e l o s M u n d o s ) , n o d i r é c i e r t o , p e r o t a m p o c o p r o b a b l e . » N o n o s c o r r e s p o n d e á n o s o t r o s d e c i r si e s t a s
•ludas e r a n f u n d a d a s h a s t a a q u i , y si n u e s t r o trabajo t i e n e
el p o d e r d e d i s i p a r l a s .
241
intefigentos q u e tengan con la n u e s t ra alguna
analogía? Joseph d e M a í s t r e , cuya a u s t e r a o r t o doxia para n a d i e es u n m i s t e r i o , se inclinaba á
creerlo a s í ; g r a n d e s p e n s a d o r e s del catolicismo
le siguen en e s t o ; y d e m a s i a do poco i m p o r t a q u e
se diga lo q u e opino y o m i s m o p a r a e x p r e s a r o s
acerca de este p u n t o mis preferencias p e r s o n a l e s .
Pero en lo q u e concierno al dogma católico, del q u e
esta palabra q u i e r e ser siempr e u n fiel i n t é r p r e t e ,
no sólo no experimenta ningún embarazo ante esta
gran hipótesis, sino q u e , no temo decirlo, encuentra en ella un recurso para r e s p o n d e r o s , y u n a r m a
n u e v a para defenderse c o n t r a v u e s t r o s propios
ataques.»
«Hay u n a cosa q u e es u n a piedra de escándalo
p a r a m u c h a s inteligencias , q u e les d e t i e n e en su
c a m i n o , y u n a a r m a de la q u e mejor se sirven
p a r a a t a c a r n o s , q u e es el n ú m e r o r e l a t i v a m e n t e
p e q u e ñ o de los j u s t o s y de los elegidos q u e c o n siguen su fin. ¿Cóm o Dios, q u e es la b o n d a d , h a
podido c r e a r la h u m a n i d a d , teniendo dolante de
su infalible m i r a d a la caida de la m a y o r p a r t e ,
sí no os de la universalidad? S e ñ o r e s , yo n o discuto
por el m o m e n t o el valor intrínseco do esta dificultad; pero me p r e g u n t o : a n t e la hipótesis posible
de la Pluralidad de los M u n d o s, a n t e las i n c o m e n s u r a b l e s perspectivas q u e abro a n t e n o s o t r o s , ¿en
q u é se c o n v i e r t e este t a n r e n o m b r a d o escándalo
del p e q u e ñ o n ú m e r o d e los elegidos y del g r a n
n ú m e r o d e los c o n d e n a d o s ? Sí, como se p r e t e n d e ,
todos los m u n d o s t i e n e n s u p o b l a c i ó n d e s e r e s
inteligentes p r o p o r c i o n a d o s á su v o l u m e n y á s u
importancia m a t e r i a l ; y si, como n o n o s está p r o hibido ol s u p o n e r , todos estos seres q u e h a n perm a n e c i d o fieles á la ley de su vida d e b e n a l c a n zar el objeto d e s u existencia , ¿qué llega á ser e n tonces la difusión de la h u m a n i d a d c u l p a b le en
el plan g e n e r al de la Providencia, sino u n d e s a c u e r d o a p e n a s perceptible en el u n i v e r s a l c o n cierto?»
Si esta ú l t i m a c o n s i d e r a c i ó n satisface al R e v e r e n d o P a d r e , está lejos d e satisfacer n u e s t r a r a z ó n
y m e n o s todavía á n u e s t r o corazón. No v e m o s en
ella m á s q u e u n p o b r e y bien s i n g u l a r c o n s u e l o
para los infelices c o n d e n a d o s . P u e d e ser q u e r e s p o n d a á la dificultad p r o m o v i d a por Voltaire en
su estadística de los c o n d e n a d o s y do los elegidos;
pero p r o b a b l e m e n t e n o se ha emitido con este
o b j e t o , y en todo c a s o , n o apaga la vibració n de
la c u e r da d i s c o r d a n t e , y e i e r l a m e n t o q u e n c o s
admisible u n d e s a c u e r d o on la a r m o n í a e t e r n a
por la razón d e q u e p r o d u c e m e n o s efecto en el
c o n j u n t o . P e r o n o nos alejemos del a s u n t o .
242
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
Acaba de verse en las páginas q u e p r e c e d e n , I mundo, más antiguo que él, y que sin sol se ha pasado
c ó m o se ba conciliado la e n s e ñ a n z a del dogma
hasta aqui?»
con la enseñanza de la c i e n c i a , y c ó m o so p u e d e
El a u t o r n o lo sabe , á lo m e n o s en a p a r i e n c i a ,
ser b u e n crisliano y hasta b u e n católico sin dejar
p o r q u e n o r e s p o n d e á su p r o p i a cuestión, y sólo
de c r e e r en la Pluralidad de los Mundos . Este es
a v e n t ú r a l a explicación s i g u i e n t e : «Dios preveía,
el lado de los conciliadores, el m á s fuerte y mejor
d i c e , hasta qué p u n t o se oscurecerla la razón del
s e g ú n n o s o t r o s , el lado de aquellos que habla n
h o m b r e , y p e n s a b a bien q u e en lugar de r e m o n ya modificado la i n t e r p r e t a c i ó n del milagro de
tar hasta é l , se detendría en el sol. Por lo
Josué, de los seis dias del Génesis, de la resurrección
m i s m o quiso q u e , p o r la historia misma d é l a
de la carne, tres p u n t o s de bien diversa i m p o r t a n creación (referida p o r .Moisés), la familia d e i < / a n ,
cia , pero q u e desde luego se a m o l d a b a n m u y
y m á s t a r d e la de Aoé, no m i r a s e n al sol sino
poco con la revelación de las ciencias. Antes de
como u n n u e v o venido al m u n d o , m e n o s n e c e pasar al campo de los teólogos inflexibles q u e se
sario que n i n g u n o de los efectos q u e se le a t r i b u a t r i n c h e r a n en un statu quo cada vez m e n o s sosy e n . ¡Tal instrucción, a ñ a d e el candido n a r r a d o r ,
tenible, invitamos al lector á c o m p a r a r con n o s n o ha bastado á d e t e n e r á n i n g ú n p u e b l o en su
otros los s e n t i m i e n t o s del P. Le Cazre, citados al
d e b e r , ni a u n al pueblo j u d í o , q u e adoraba al sol
principio de esta nota, con los del P. Félix, siendo
bajo el n o m b r e de Baal.»
,
m u y curioso de n o t a r q u e los t e m o r e s del u n o
«/l fin que separen el dia de la noche.» C o m e n t a son d i a m e t r a l r a e n l e o p u e s t o s á las seguridades
río. « Si todos los dias fuesen iguales y n o hubiese
del o t r o . Como el P. Le Cazre y el P. Félix son el
m á s q u e una estación en el a ñ o , el c u r s o del sol
p r i m e r o y el último de los j e s u í t a s q u e han trano nos descubriría sino imperfectamente la sabidutado esta c u e s t i ó n , n o s ha parecido digno de i n ría de Dios, y su cuidado en c o n c l u ir el u n i v e r s o ;
terés el c o n f r o n t a r al u n o con el o t r o.
pero lio siendo n i n g ú n d i a , p r o p i a i n o n le h a b l a n do, igual al q u e le ha p r e c e d i d o , ni al q u e le siHemos dicho q u e el c a m p o de los q u e se a d h i e g u e , es m e n e s t e r n e c e s a r i a m e n t e q u e el sol corle
ren á la letra se limita cada vez m á s , p o r q u e ,
el horizont e lodos los dias á su salida y á su ocaso
como se ha dicho, la letra mata y el espiritu vivien p u n t o s diferentes, y q u e s e g ú n la e x p r e s i ó n de
fica. No d a r e m o s , p u e s , á este c a m p o m á s imporla E s c r i t u r a , el día lleve al dia q u e le siga u n
tancia q u e el q u e en realidad t i e n e , y n o e n u m e n u e v o o r d e n , y q u e la n o c h e m a r q u e t a m b i é n á
r a r e m o s las mil puerilidade s q u e se h a n i n v e n la n o c h e siguiente, en q u é tiempo debe c o m e n z a r
tado con el p r e t e x t o de c o m e n t a r l i t e r a l m e n t e la
y acabar, y (jue la naturaleza en s u s p e n s o a p r e n d a
e n s e ñ a n z a bíblica. Vamos á p r e s e n t a r s o l a m e n t e
á cada m o m e n t o de Aquel q u e la c o n d u c e , lo q u e
u n a curiosa m u e s t r a del r a z o n a m i e n t o de estos
debe h a c e r , y hasta d ó n d e debe ir, e t c . , etc.»
profundos d o c t o r e s , escogido en el i n m e n s o a r senal de los c o m e n t a r i os teológicos, q u e e n t e n d i m i e n t o s , en apariencia d e s o c u p a d o s , se e n t r e t u vieron en h i l v a n ar al Génesis. T o m a m o s el cuarto
dia de la creación c o m o el q u e se refiere d i r e c t a mente á nuestro asunto.
T e x t o : « Que se hagan cuerpos luminosos en el
firmamento. » C o m e n t a r i o . « L a luz existia ya,
dice el a u t o r ( t ) , las sucesión de los dias y las n o ches estaba arreglada ; la tierra era fértil; todo lo
q u e debia p r o d u c i r estaba f o r m a d o ; estaba coron a d a de flores y cargada de f r u t o s ; cada planta y
cada árbol n o sólo tenia la perfección p r e s e n t e ,
sino t a m b i é n todo lo q u e era necesario p a r a p e r p e t u a r l a s y multiplicarlas. ¿De q u é u s o , p u e s , pod r á ser en a d e l a n t e el sol si está ya h e c h o todo lo
q u e a t r i b u i m o s á s u eficacia? ¿Qué viene á hacer al
(1)
E x p l i c a c i ó n l i t e r a l d e l'Omraije
aliad M . R e n a r t , D o c t o r , e t c .
des Siaíjours,
p o r el
(c Que sirvan de .señales para marcar los tiempos,
las estaciones (ó las asambleas solemnes].» C o m e n tario. «No colocó Dios el sol y la l u n a en el firmam e n t o sólo p a r a a l u m b r a r á la t i e r r a , sino p a r a
a r r e g l a r l a s o c u p a c i o n e s del h o m b r e , m a r c a r l e el
dia p a r a el irabajo y la n o c h e p a r a el d e s c a n s o ,
d a r l e u n a medida para cada mes p o r la vuelta de
la l u n a , e n s e ñ a r l e á fijar el n ú m e r o de s u s a ñ o s
p o r la revolución dol sol, q u e empieza su c a r r e r a
cada a ñ o en el m i s m o p u n t o d o n d e a n t e s la h a b i a
c o m e n z a d o , y e n s e ñ a r l e t a m b i é n á q u é obra debe
d e s t i n a r cada e s t a c i ó n , sino t a m b i é n para h a c e r
servir los astros al uso de la religión.
«Pero no h a n seguido p o r m u c h o t i e m p o en este
uso , p o r q u e h e m o s pecado desde el principio.
Esta religión primitiva tenia s u s dias privilegiados : el u l t i m o d e cada s e m a n a y el p r i m e r o d e
cada m e s h a n sido los m á s s a n t o s ; el m e s ó la
l u n a de Pascua q u e ha o r d e n a d o todas las d e m á s s o l e m n i d a d e s , ha sido h o n r a d o como el m á s
EL CRITERIO
ESPIRITISTA.
243
c é l e b r e ; todas las t r i b u s de Israel recibieron or-
ligera «chanza» á propósito del cambio de titulo,
d e n de j u n t a r s e en tal dia , en Pentecostés y la
q u e no acierta á c o n s i d e r a r como la t r a d u c c i ón
fiesta de los t a b e r n á c u l o s ; cada séptim o a ñ o r e c i -
exacta do la palabra Cosinos; á lo q u e a ñ a d e q u e
bió p a r t i c u l a r consagración, y este n i í m e r o , siete
les Mondes n o p u e d e n s e r v i r d e e n s e ñ a al periódico
veces repetido , ha sido la figura del restableci-
de un austero ortodoxo, y q u e u n abad n o podria
miento de n u e s t r a antigua h e r e n c i a q u e espera-
h a b l a r d e los m u n d o s sin i n c o m p a t i b i l i d a d , y
mos , y lia dedicado el a ñ o e n t e r o del j u b i l e o á
m e n o s todavía a d m i t i r la utopia de la Pluralidad
esta esperanza
de los M u n d o s .
» E n u n a p a l a b r a , h é aquí para
lo q u e sirven el sol y la l u n a .
« Todo sabio c r i s t i a n o , d i c e , cree q u e u n solo
La última cita p a r a h a c e r a p r e c i a r e n todo su
valor estas sabías o b r a s (1).
espíritu vale m á s q u e los millones de soles m a t e riales q u e brillan p o r e n c i ma de n u e s t r a s c a b e -
«Hizo también las estrellas.)y C o m e n t a r i o . «Sólo
z a s ; n o m i d e la i m p o r t a n c i a de los soles ó de los
á Dios es d a d o h a b l a r c o n esta indiferencia. Et
p l a n e t a s p o r su t a m a ñ o ni p o r su p e s o ; r e c o n o c e
stellas : dice con u n a palabra lo q u e n o le costó
q u e h a b i e n d o sido creado todo p a r a el h o m b r e
más que una palabra
e n el m u n d o material, y el h o m b r e para Dios, n o
La e x p r e s i ó n de la E s -
c r i t u r a e s , sin e m b a r g o , muy exacta, n o sólo por-
es necesario i m a g i n a r h u m a n i d a d e s p a r a
q u e , según los s e n t i d o s , el sol y la l u n a son las
astrb ; c r e e , s o b r e t o d o , q u e la T i e r r a , teatro de
dos m á s g r a n d e s l u m b r e r a s del
firmamento,
cada
sino
las m á s s u b l i m e s manifestacione s de Dios; q u e la
p o r q u e , según su situación respecto de la tierra, y
Tierra, c u y a sustanci a ha c o n t r i b u i d o á formar el
según la m a n e r a con q u e la a l u m b r a n , os cierto
c u e r p o de la Santísima Virgen y la sustancia de
q u e todas las estrellas j u n t a s hacen menos efecto.ii
la divina h u m a n i d a d de J e s u c r i s t o ; que la Tierra
El lector p o d r á t o m a r nota del curioso cálculo
es ciertamente
q u e sigue, como colorarlo de lo q u e p r e c e d e , e x -
material.
el astro más importante
del mundo
El sabio cristian o explica á la luz de la
traído del c o m e n t a r i o sobre el p r i m e r dia: « E l
revelación esta división tan perfectamente
p r i m e r día de la creación era c i e r t a m e n t e u u d o -
de Moisés, q u o h a c e c r e a r el Cielo y la Tierra al
mingo ( p u e s t o q u e el séptimo era u n s á b a d o ) ; y
m i s m o t i e m p o , p o n i e n d o así el Cíelo á u n lado y
científica
siendo el m á s c e r c a n o al equinoccio de otoño, to-
la T i e r ra al otro , como dos grandes creaciones casi
m a n d o e n cuenta la anticipación de los dias e q u i -
iguales! (¡Casi!) Se explica p o r q u é el i n s p i r a d o es-
nocciales , h a y q u e fijar el p r i m e r día del m u n d o
crito r concede más i m p o r t a n c i a á la T i e r ra q u e á
en el domingo 23 de Octubre del año 0.»
lodo el r e s to del m u n d o físico, p o r q u é d a detalles
La obra de q u e a c a b a m o s do citar algunos frag-
s o b r e la creación del Sol y de la L u n a , s e r v i d o r e s
m e n t o s , tiene ya alguna a n t i g ü e d a d ; p e r o todavía
de la T i e r r a , m i e n t r a s se c o n t e n t a con d e s i g n a r
p o d r í a m o s c i t a r a l g o m á s r e c i e n t e , q u o data d e l a ñ o
la creación de todos los d e m á s a s t r o s p o r dos p a -
último, del 16 de Abril de 1863, p a r a q u e aquellos
l a b r a s : et stellas. S a b e m o s el p o r q u é de la c r e a -
q u e , s o r p r e n d i d o s de semejantes r a z o n a m i e n t o s ,
ción del Sol, de la L u n a , de la T i e r r a ; e n c u a n t o á
n o se atreviesen á p r e s t a r á ellos fe, p u e d a n e d i -
lo d e m á s , la Sagrada E s c r i t u r a n o s dice t a m b i é n
su objeto: Coeli enarrant gloriam Be/.¿Es n e c e s a r i o
ficarse con lo q u e sigue.
E n u n a conversación cieníí^ca de M. J. C h a n t r e l,
p a r a esto q u e h a y a o t r as h u m a n i d a d e s q u e la de
r e d a c t o r científico del periódico Le Monde, se h a n
A d á n ? ¿ E s necesario q u e la Tierra sea el c e n i r o
emitido ideas bien singulares , en efecto, acerca del
del u n i v e r s o material? De n i n g ú n m o d o . Y n o s i n -
a s u n t o q u e n o s o c u p a . Esta c o n v e r s a c i ó n , digá-
c l i n a r í a m o s á c r e e r q u e n u e s t r o s i s t e m a solar se
moslo de p a s o , se escribió á propósito del abate
halla m á s b i e n e n la c i r c u n f e r e n c ia q u e e n el
M o i g n o , q u e e r a , com o se s a b e , r e d a c t o r en jefe
c e n i r o , sí es v e r d a d , c o m o los a s t r ó n o m o s lo o b -
del periódico Le Cosmos. Dificultades de m á s de
s e r v a n , q u e n u e s t r o sol gira al r e d e d o r de otra
Un g é n e r o , dice el c r o n i s t a , p r o d u j e r o n u n a s e -
estrella m á s c e n t r a l , q u e gira tal vez al r e d e d o r de
paración q u e se había bocho n e c e s a r i a , y el sabio
o t r a , y así s u c e s i v a m e n t e , de s u e r t e q u e todos
ahad fundó u n a n u e v a revista científica q u e tituló
giran al r e d e d o r de este p u n t o , q u o Dios h a q u e -
¿ e s Mondes. Sobre esto se p e r m i t e el cronista u n a
rido sea el c e n t r o d é l a creación material y d o n d e
manifiesta p r i n c i p a l m e n t e su p o d e r y su g l o ria (1).»
(1)
E s t a s sing-ularidades n o d e b e n i m p u t a r s e á u n a aber-
ración del a u t o r , s i n o á l o s t e ó l o g o s e n g e n e r a l . E l m i s m o
Santo Tomás asigna á los astros este pobre destino.—Véase
íes MoíiílesimagmairesetlesMoíHles
i-eels.^.'
p a r t e , c a p . 4.»
(1)
P e r i ó d i c o I.e Monde del 16 d e A b r il de 1863.
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
244
i Esto acababa de escribirse á n u e s t r a vista,
en 1863!
No iremos m á s l e j o s , p o r q u e el a s u n t o n o es
bastante s e r i o , y t e m e r í a m o s ofender á . n u e s t r o s
lectores con estas c o n v e r s a c i o n e s infantiles.
E s v e r d a d e r a m e n t e bien favorable p a r a n u e s t r a
d o c t r i n a q u e n u e s t r o m u n d o n o sea el Sol ó .lúp i t e r ; p o r q u e en verdad , si en estos espléiulídos
a s t r o s h a y r a z o n a d o r e s de la fuerza de los p r e c e d e n l e s , á lo m o n o s c o n t a r á n con alguna b u e n a
razón q u e i n v o c a r en su a p o y o ; y si consiguen
h a c e r s e p a r t i d a r i o s aqui m i s m o , ¿qué sería en u n
m u n d o c u y o estado a s t r o n ó m i c o autorizase s u s
s i n g u l a r e s aserciones?
¿Cómo h a y q u i e n se atreve á escribir todavía
q u e las estrellas h a n sido c r e a d a s para la satisfacción de n u e s t r a vista y para i n s p i r a r n o s b u a n o s
s e n t i m i e n t o s , c u a n d o se conoce la importancia de
estos a s t r o s y c u a n d o se s a b e q u e n o v e m o s su
millonésima p a r t e ? Verdad es q u e p o d e m o s c o n s i d e r a r con el doctor Bentley (1), q u e el alma de
u n h o m b r e de religión y v i r t ud es de m a y o r p r e cio q u e el Sol y todas las estrellas del m u n d o , y
q u e p o r esta razón p u d i e r a n n o t e n e r otro íin las
estrellas q u e s e r v i r al h o m b r e , si estuviese p r o bado q u e le s i r v e n t o d a s , como la estrella polar
sirve á la n a v e g a c i ó n , y la L u n a á las m a r e a s y á
la n o c h e . Pero c o m o los diez y ocho millones de
estrellas de la vía láctea, los sesenta millones q u e
e x c e d e n de la sexta m a g n i t u d hasta el t é r m i n o de
la visión telescópica , el n ú m e r o desconocido de
l a s q u e n u n c a h e m o s visto n i v e r e m o s , las lejan a s n e b u l o s a s , e t c . , e t c . , n o nos p r e s t a n el m á s
p e q u e ñ o servicio, el a r g u m e n t o cae p o r sí m i s m o .
Véase, p o r otra p a r t e , u n a sencilla reflexión q u e
n o está fuera de lugar: ¿La n o c h e n o se ha h e c h o
p a r a d o r m i r ? ¿No es el período en q u e la n a t u r a leza invita al h o m b r e á c e r r a r sus p á r p a d o s ? Si
en el p e n s a m i e n t o e t e r n o h u b i e s e n sido h e c h a s
las estrellas ú n i c a m e n t e p a r a ser vistas, es p r o bable q u e n o existiese esta flagrante piiradoxa.
Si se hace o b s e r v a r a h o r a q u e d a n á los c o n t e m pladores de la n o c h e u n a alta idea del a u t o r de la
n a t u r a l e z a , q u e n o s c o n d u c e n á la v e n e r a c i ó n , q u e
elevan n u e s t r o s p e n s a m i e n t o s á la o r a c i ó n , está
m u y bien. Pero estos excelentes s e n t i m i e n t o s
p u e d e n n a c e r en n o s o t r o s a u n c u a n d o c o n s i d e r e m o s á las estrellas h a b i t a d a s , y aquellos s e r á n
todavía m u c h o m á s elevados, c u a n d o a d m i r e m o s
en estas estrellas otros tantos c e n t r o s de m u n d o s ,
(1)
OII
the Origin and Framcofthe World, b y
of T r i n i t y C o l l e a - e . — C a m b r i d g e .
«
Dr. m a s t e r
tantos focos de los q u e radía el e t e r n o esplendor.
Tales son las opiniones q u e la teología, la escolástica, la apología cristiana, han emitido sobre
la doctrina de la Pluralidad de los M u n d o s . Q u e r í a m o s h a c e r c o m p a r e c e r esta doctrin a ant e el
misterio c r i s t i a n o , y p r e s e n t a r los a r g u m e n t o s
q u e se han cruzado de u n a parte y o t r a , á fin de
q u e se pudiera apreciar su respectivo valor y
a r r e g l a r sus juicios sobre u n a apreciación imparcial. Habiéndose puesto en evidencia todos los
p u n t o s , los e n t e n d i m i e n t o s deseosos de u n a h i pótesis satisfactoria h a n podido escoger y admiti r
la q u e m á s simpatía les ofrezca.
No podemos e x c u s a r n o s de decir al t e r m i n a r ,
q u e todas estas discusiones metafísicas n o s parecen supérUua s y estériles, p u e s ni son útiles á la
gloria de la Astronomía ni á la autoridad de la
Religión. Discutir sobr e la e n c a r n a c i ó n divina en
los p l a n e t a s , sobr e la a c c i ó n ' d e l Verbo de Dios
fuera de esta T i e r r a , sobre la creencia c o s m o g ó nica personal de los p r o f e t a s, de los apóstoles y
de los Padres de la Iglesia, e t c . , es dísculír en el
vacío. Todo lo que p u e d e resultar de estas discusiones se limitará s i e m p r e á h i p ó t e s i s , á lo a r b i t r a r l o , á lo c o n j e t u r a l , y n o h a b r á servido m á s
q u e p a r a d e b d i t a r en los p e n s a m i e n t o s d i s p u t ad o r e s el estado glorioso de la majestad divina.
¿ P a r a q u é d a r s e tal t a r e a ? Los q u e c o n s i d e r a n el
misterio cristiano como i n d i s c u t i b l e , — y lo es en
efecto;—los q u e r i n d e n p a r i a s al dogma de u n a
fe absoluta, n o p u e d e n a u m e n t a r ni fortificar esta
fe absoluta. Es e x t r a ñ a su m a n e r a de o b r a r . T e neis la palabra de D i o s , se les ha d i c h o , la veneráis y la a d o r á i s ; ¿ c ó m o , p u e s , os atrevéis á h a cerla bajar á la a r e n a científica?¿Cómo os atrevéis
á c o m p a r a r con la ciencia de Dios n u e s t r o escaso
y p o b r e saber? ¡Qué! ¡El Ser infinito se ha dignado
v e n i r en p e r s o n a á revelaros la verdad, y os a t r e véis á r a z o n a r a n t e é l , á p i s a r s u s i m p e n e t r a b l e s
l e y e s , y á c o m p a r a r a u d a z m e n t e el polvo de
n u e s t r o h o r m i g u e r o con el p a v i m e n t o de su t e m plo! La fe n o escuclia s e m e j a n t e s pretensiones : es
absoluta ó n o lo es . C e s a d , p u e s , de ser ilógicos
con vosotros m i s m o s ; puesto q u e sabéis de u n a
m a n e r a cierta q u e poséis la v e r d a d , guardadla
i n t e g r a m e n t e : y si h a y contradicción e n t r e ella y
n u e s t r a p o b r e ciencia h u m a n a , dejad q u e la c o n tradicción subsista, pero n o q u e r á i s a m o l d a r i r respetuosos v u e s t r a v e r d ad á las exigencias de
esta ciencia. Pero si aconteciera q u e n u e s t r a
ciencia h u m a n a , t a n d é b i l como es, a b r e de tiempo
en tiempo una b r e c ha desastros a á v u e s t r o e d í l i Otros
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
24 5
CÍO, este h e c h o d e b e s e r p a r a vosotros tina s e ñ a l
inequívoca de q u e este edificio n o es e t e r n o .
El v e r d a d e r o s e n t i m i e n to religioso n o está allí,
ni la verdad de la ciencia, ni la autoridad de la
filosofía. ¡Cuánto m á s preferimos á tan estériles
discusiones las siguientes p a l a b r a s, dictadas tanto
por el corazón como p o r el e n t e n d i m i e n t o , y cuya
elocuente sencillez cautiva el alma bajo el doble
atractivo científico y religioso!
turas de la vida eterna y del estado estable del
m u n d o f u t u r o ; ' s i n o creéis e n esta profecía de
San P e d r o : « H a b r á n u e v o s cielos y u n a n u e v a
tierra, » y e n este oráculo d e J e s u c r i s t o : « No h a b r á m á s q u e u n r e b a ñ o ; » si á la faz de estos
c a r a c t e r e s g r a n d i o s os y de estos rasgos fundamentales de la obra visible de Dios, miráis sin
ver ni c o m p r e n d e r , sin sospecha r la posibilidad
del sentido, ¡ o h l ¡ e n t o n c e s , y o os compadezco!»
« Cuando veáis toda esta flota de m u n d o s vogar
de concierto ( f ) , y n u e s t r a tierra flotando t a m bién como u n b u q u e al r e d e d o r de esta isla de luz
que es n u e s t r o sol: c u a n d o veaislos d e c r e c i m i e n tos e x t r a ñ o s de l u z , de calor y de m o v i m i e n t o ,
para los m u n d o s lejanos del c e n t r o ; d e s p u és la
increíble exéentricidad y la especie de locura de
los c o m e t a s q u e parecen debatirse bajo la ley, p o r
la q u e están por otra p a r t e d o m i n a d o s tanto c o m o
los m u n d o s h a b i t a b l e s ; y m á s d e s p u é s su a s o m brosa movilidad de formas , sus furiosas c o m b u s t i o n e s , tan p r o n t o en el calor como en el frío:
c u a n d o veáis toda esta geometría en acción, toda
esta física m o v i e n t e , todo este maravilloso m e c a n i s m o de la n a t u r a l e z a , s i e m p r e a l i m e n t a d o p o r
Dios, y m a n i l i c s i a m e n t e regulado p o r su s a b i d u r í a , bajo las leyes q u e son su i m a g e n : c u a n d o
veáis la vida y la m u e r t e en el cielo; u n m u n d o
h e c h o pedazos, c u y o s restos r u e d a n cerca de n o s otros, llevando el cielo consigo sus cadáveres en
su viaje del t i e m p o , c o m o la Tierra lleva los s u yos: c u a n d o veáis d e s a p a r e c er las estrellas, m i e n t r a s q u e o t r a s n a c e n , c r e c en y e n g r a n d e c e n :
c u a n d o apercibáis esas n e b u l o s a s — q u e sean grupos de soles ó bien g r u p o s de á t o m o s , q u e los
u n o s sean soles, otros á t o m o s , polvo de átomo ó
polvo de s o l , ¿ q u é i m p o r t a ? — C u a n d o veáis los
grupos de la m i s m a raza, pero de diferentes e d a des, q u e h a n llegado bajo n u e s t r a vista á diferentes grados d- formación, y dejando ver la m a r c h a
del desarrollo, como v e m o s en u n b o s q u e de e n cinas el desarrollo del árbol en todas sus edades:
c u a n d o inás tarde veáis sobre todos los m u n d o s
estas alternativas de noche y de dia, estas vicisitudes de estaciones en a r m o n í a con la vida de la
naturaleza , y añadiría , con la vida de n u e s t r o s
p e n s a m i e n t o s y de n u e s t r a s a l m a s : vicisitudes,
a l t e r n a t i v a s , en todas p a r t e s inevitables, excepto
en este m u n d o c e n t r a l en q u e r e i n a n en pleno
estío, en pleno mediodía;.... e n t o n c e s , si n o entra
en v u e s t r a a s t r o n o m í a , ni p o e s í a , ni filosofía,
ni r e l i g i ó n , ni m o r a l , ni esperanzas, ni conje-
Ciertamente q u e estas p a l a b r a s son á la vez
cristianas y sabias, religiosas y filosóficas; la idea
amplía y grandiosa q u e las ha i n s p i r a d o , es con
m u c h o s u p e r i o r á la q u e dictó las discusiones á
que h e m o s pasado revista, y seria de desear q u e
fuesen el lenguaje de todos.
(!)
A . G r a t r y , Les Sources,
c a p . 9.
T e r m i n a r e m o s este estudio p o r u n discurso de
Galileo.
Algunos dias a n t e s de su viaje para R o m a , en
E n e r o de 1633, el ilustre s e p t u a g e n a r i o escribía
desde Florencia á Elias Díodali, j u r i s c o n s u l t o y
abogado en el P a r l a m e n t o de P a r í s :
«Sí yo p r e g u n t a s e á u n teólogo: ¿De q u i é n
p u e d e n ser obra el S o l , la L u n a y la T i e r r a , en
posición y m o v i m i e n t o ? Juzgo q u e m e r e s p o n d e rla: son las o b r a s de Dios. Si en seguida le p r e g u n t a r a d e q u é i n s p i r a c i ón proviene la sagrada
Escritura , m e r e s p o n d e r í a : de la i n s p i r a c i ón del
Espíritu Santo, es decir, del m i s m o Dios. De a q u i
se sigue q u e el m u n d o es la obra, y la sagrada E s - '
c r i t u r a la palabra de Dios. Si le p l a n t e a s e esta
otra c u e s t i ó n : ¿El Espíritu Santo e m p l e a a l g u n a
vez palabras q u e en apariencia sean c o n t r a r i a s á
la v e r d a d , p o r q u e están de a c u e r d o con el estilo
llano y p r o p o r c i o n a d a s á la v u l g a r inteligencia
del pueblo bajo? Me r e s p o n d e r á c i e r t a m e n t e , de
a c u e r d o con los Padres de la Iglesia, q u e n o se
halla otra cosa en la sagrada E s c r i t u r a ; q u e es su
propio estilo, y q u e en m á s de cíen p a s a j e s , el
simple sentido literal d a r í a , n o digo h e r e j í a s , sin o
blasfemias, p u e s q u e en ella se r e p r e s e n t a al
m i s m o Dios capaz de c ó l e r a , de a r r e p e n t i m i e n t o ,
de olvido y de negligencia, etc. Continú o p r e g u n tándole : Sí Dios para p o n e r su obra al alcance de
la m u c h e d u m b r e i g n o r a n t e y sin e n t e n d i m i e n t o ,
ha modificado alguna vez su creación; si la n a t u raleza, servidora de Dios, pero indócil al h o m b r e ,
n i n g u n o de c u y o s esfuerzos p u e d e c a m b i a r en
n a d a , no h a c o n s e r v a d o s i e m p r e la m i s m a m a r cha y n o sigue s i e m p r e el m i s m o c u r s o ; estoy
convencido q u e m e r e s p o n d e r á q u e la L u n a h a
sido s i e m p r e u n a esfera, a u n q u e el pueblo la h a y a
tomado d u r a n t e m u c h o tiempo p o r u n disco b l a n c o ; para t e r m i n a r confesará q u e la naturaleza j a -
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
246
m á s h a cambiado nada para a g r a d a r n o s , q u e
j a m á s se ha entretenido en modificar sus obras
conforme al deseo , á la opinión y á la credulidad
de los h u m a n o s . Si es así, ¿por qué, pues, queriendo
conocer el mundo y sus partes constitutivas,
iríamos á preferir para arreglar nuestro examen la palabra de Dios d la obra misma de Dios? ¿Es acaso
menos perfecta y menos noble la obra q u e la palabra? Suponed q u e se d e t e r m i n e que h a y h e r e jía en sostener que la Tierra gira; suponed que
más lárdela s observaciones,la critica, el conjunto
de los h o m b r e s venga á atestiguar como irrefragable el m o v i m i e n t o de la Tierra; ¿no se h u b i e r a
c o m p r o m e t i d o g r a v e r a e n t e á la Iglesia? Consentid,
por el contrario , en no asignar sino el segundo lugar
ilapalabra,
todas las veces q u e la obra parezca
alejarla; no hacéis n i n g ú n daño á la sagrada E s critura,—Hace m u c h o s años , al principio de aquel
gran tumulto contra Copérnico, redactaba yo una
memoria bastante detallada , dedicada á Cristina
de Lorena, en la q u e , a p o y á n d o m e en la autoridad
de los Padres de la Iglesia, trataba de d e m o s t r a r
q u e había u n grave abuso en hacer i n t e r v e n i r tan
á m e n u d o la autoridad de la sagrada Escritura en
las cuestiones científicas y de observación. Yo
pedía q u e se abstuviera en adelante del uso de
tales a r m a s en esle género de discusiones. En el
m o m e n t o q u e m e vea m e n o s asediado de i n q u i e tudes, os dirigiré u n a copia de este escrito ; pero
estoy en vísperas de salir para Roma por orden
del Santo Oficio, q u e acaba de impedir la venta
de mi diálogo, etc, »
« ¿ P o r q u é , pues, q u e r i e n do conocer el m u n d o
y sus partes constitutivas, habíamos de preferir
para o r d e n a r n u e s t r o examen la palabra de Dios
á la obra misma de Dios? No asignemos sino el
segundo lugar á la palabra, » Afirmémonos en
esta frase de Galileo, Sí no nos e m p e ñ á s e m o s en
g u a r d a r aquí una completa i n d e p e n d e n c i a , p r e sentaríamos esta frase como la más racional para
la adopción de los q u e n o s han invitado á e s c r i bir esta nota, y q u e conceden importancia á la
cuestión controvertida,
FIN.
BIENHECHORES DE LA HUMANIDAD.
Mr, Alejandro S t e w a r t , el comerciante más rico
de Nueva-Yorck, llegó m u y joven á los E s t a d o s Unidos, Al principio ejerció el oficio de almace-
n i s t a , y por su actividad, su economía é instinto
de los negocios, adquirió pronto una fortuna considerable que después ba ido a u m e n t a n d o .
El Presidente Graiit lo n o m b r ó ministro de Hacienda; pero una ley de 1798 dispone que ningún
comercíanle pueda d e s e m p e ñ a r cargos p ú b l i c o s , y el Senado no aprobó esle n o m b r a m i e n t o .
Mr. Stewart ofrecía dedicar á obras de benelicencia el producto íntegro de su establecimiento
niientras fuera ministro, sacrilicando así m u c h os
millones al a ñ o ; pero el Senado no se conformó,
y Mr. Slevarl h u b o de a b a n d o n a r el palacio de la
Tesorería para volver á los negocios.
Sin e m b a r g o , esta contrariedad no le ha hecho
desistir de la idea de consagrar á los pobres una
parte de su f o r t u n a , y ha imaginado lo siguiente:
Hay en Nueva-Yorck , corno en todas las g r a n des c i u d a d e s , u n g r a n n ú m e r o de jóvenes h u é r fanas y de m u j e r e s sin protección, cuya existencia está m u y expuesta, Mr, Stewart ha mandado
construir para ellas u n palacio, que será único en
el m u n d o , y cuyo coste será de tres millones de
d u r o s ó sea sesenta millones de reales.
El t e r r e n o está ya designado en la Cuarta Aven i d a , entre las calles 32 y 3 3 ; el edificio se c o n s truirá con h i e r r o y ladrillos; tendrá seis pisos, y
podrá c o n t e n e r 600 cuartos para otras tantas m u jeres, las cuales t e n d r á n ademá s una comida sana
y b a r a t a , biblioteca, sala de conversación y lodo
lo necesario para vivir. Las habitaciones estarán
bien amuebladas y caldeadas por un calorífero.
En este palacio no tendrá acceso ni será e m pleado n i n g ú n h o m b r e , y su dirección estará á
cargo de una j u n t a de s e ñ o r a s , á quienes incumbirá e x a m i n a r las certificaciones de pobreza y
honradez q u e se requieren para ingresar en el
asilo, Mr, Sfewarl pertenece á la religión episcop a l ; pero ha dispuesto que n i n g u n a distinción
se haga por motivos de religión, y en la misma
j u n t a de señoras estarán representadas todas las
iglesias.
E n ese palacio m o n u m e n t a l habrá enfermería,
farmacia, y todas las d e p e n d e n c i a s necesarias. El
n o m b r e de Mr, Stewart pasará s e g u r a m e n t e á la
posteridad, y podrá decir con el poeta: Exegi monumentum cecre pereunius.
No contento con socorrer á las mujeres a b a n donadas, Mr, Slewart quiere construir un palacio
p a r a los j ó v e n e s , para lo cual destina otra s u m a
de 60 millones. El año q u e viene t e r m i n a r á la
primera fundación , y empezará la segunda.
Tales generosidades son v e r d a d e r a m e n te regias,
y tan sólo en los Estados-Unidos pueden e n c o n -
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
trarse simples particulares que hagan semejantes
gastos para u n a obra pública. MM. Aslvor, padre
é hijo, Esteban G e r a r d , Pedro Cooper, William,
Wassar y Jorge Peabody, h a n asombrado ya al
antiguo m u n d o por sus i n m e n s a s liberalidades,
erigiendo colegios, hospitales, palacios para el
pueblo. Mr. Stewart sobrepuja á estos bienhecho res, puesto que en dos años va á gastar 120 millones para a y u d a r y socorrer á jóvenes obreros y
trabajadores, dándoles gratuitamente u n espléndido alojamiento, y proporcionándoles con la mayor baratura artículos de primera necesidad.
DOCü-¥ENTO
NOTABLE.
Hemos recibido una carta important e que ha
tenido la bondad de dirigirnos nuestro m u y estimado h e r m a n o FKANCISCO UE P A U L A C O L I . A c o n tinuación la r e p r o d u c i m o s , haciendo al linal de
ella algunas consideraciones.
Cádiz 20 de M a y o de 1809.
Madrid.
Sr. D. Alverico Perón.
Muy señor mió : con la mayor consideración
tengo el h o n o r de dirigirme á" Y., suplicándole
ante todo, me d i s p é n s e l a libertad que lomo en
molestarle.
.Motivos de delicadeza m á s bien que falta de d e s e o m e han impedido q u e antes n o le hubiera distraído de sus m u c h a s atenciones importunándol e
con el asunto do ¡[uo v o y á o c u p a r m e ; pero la
causa ha desaparecido, y" me decido á efectuarlo.
He leido en el digno periódico que V. dirige,
que nuestro querido h e r m a n o . \ I . L A N KAIIDEC i'ué
el primero q u e e m p r e n d i ó los trabajos lilosólicos
sobre ol espiritismo, y por consecuenci;i el p r i m e r
propagador de la doctrina.
Siento mucho tener que d e s v a n e c é r o s t e i n v o luntario e r r o r , y si fuese solo interesado en ello,
seguramente guardarla silencio; pero existen t o davía muchos individuos de la época á q u e me
Voy á referir, que tienen el misnio interés que yo
en que se ponga de manifiesto la verdad do los
h e c IOS.
Sin tratar de oscurecer en ningún concepto el
sublimo sab(>rdo esc grande homliro ni rebajar on
lo más mínimo lo m u c h o q u e se ba sacrificado en
benolicio do la humanidad , — p o r q u e seria t e m e rario ol intentarlo é imposible ol conseguirlo,—
estoy on el deber de hacer algunas aclaraciones
q u e coloquen las cosas en su v e r d a d e r o t e r r e n o .
-A fines de ISoo nos r e u n i m os en Cádiz varios
amigos con el objeto de observar detenidament e
y en conciencia el fenómeno que hacía algún
tiempo venia llamando la atención, y que se le
dio después ol n o m b r o de Espiritismo.
El tiempo no lo invertimos en baldo: por m e dio de m u c h a s p r u e b a s q u e se practicaron y los
buenos resultados que obtuvimos de (¡ue no era
cuestión de mero pasatiempo, que encerraba u n
247
gran misterio que se debia estudiar con la m a y o r
atención.
En ese concepto, y para llevar adelante la e m presa, tratamos de formar u n a Sociedad. Esto se
consiguió bien p r o n t o , pues antes de u n m e s se
habian reunido más de cion socios.
Se instaló la Sociedad, formando sus Estatutos
y n o m b r a n d o Junta Directiva: desde luego q u e
ésta se constituyó se decidieron sus individuos á
trabajar sin levantar m a n o , n o p e r d o n a n do medio
alguno hasta conseguir u n fin útil y provechoso.
Entre los varios proyectos que esta Junta decidió poner on práctica, "fué el primero publicar u n
periódico; poro se tocaron m u c h os i n c o n v e n i e n tes, y fué preciso desistir de la empresa .
Eli su lugar se resolvió d a r á luz u n o p ú s c u l o — el cual m e tomo la libertad de remitírselo (1), — y repartirlo gratis, tanto en esta como
en lo d e m ás p u n t o s donde hubiese oportunidad.
Sí para ol periódico e n c o n t r a m o s mil impedimentos, no m e n o s obstáculos se presentaron para
la impresión del escrito. Todos los impresores se
negaron á ponerlo en prensa; en fin, despué s de
m u c h o a n d a r e n c o n t r a m o s u n o que pagándoselo
bien y no siendo menos de mil ejemplares, se
tomó el encargo.
Antes de darlos al público fué indispensable la
censura, y tanto el gobernador como el fiscal de
imprenta estuvieron conformes en q u e por su
parte podiiin c i r c u l a r ; poro éste indicó que en
algunos punto s se rozaba con la religión, y q u e le
parecía conveniente q u e antes pasase por la censura eclesiástica.
Este incidente nos hizo desde luego preveer lo
que iba á acontecer. El Prolado, al hacerse cargo
do la doctrina que contenía ol folleto y la fuente
de donde procedía, so ofuscó su razón, y sin consultar m á s q u e á la mala impresión q u e lo o c a sionó su l e c t u r a , pasó acto continuo oficio al
gobernador para que éste sin p e r d e r tiempo m a n dase secuestrar todos los ejemplares y los p u siera á su disposición.
Así lo efectuó, y el dicho Prelado m a n d ó hacer
auto de fe con ellos delante de su palacio.
Estoy seguro que llevado del mejor deseo lo
hubiera ejecutado cpn lo q u e él juzgaba n u e s t r o
e r r o r , si lo hubiera sido posible ¡lacerlo sin q u e marnos.
No paró en esto su b u e n deseo: al dia siguiente
dio una pastoral por la cual nos excomulgaba,
tratándonos de ateos y panteistas, y prohibiendo
á todos los feligreses la evocación de espíritus,
bajo la pena de excomunió n al que lo efectuase.
bió orden á todos los cura s quo en sus r e s p e c tivas parrocjuias leyesen osla aastoral todos los
días festivos, y él se tomó o t r a b a j o — t i e m p o
perdido —do fulminar a n a t e m a s contra nosotros
en
la C Á T E D U A DEL E S P Í R I T U S A N T O .
Esto contratiempo no nos intimidó ni detuvo
nuestra m a r c h a , y r e u n i e n d o nuevos fondos,—
p o r q u e los opúsculos secuestrados fueron p a g a dos sin adquirirlos, — sé dispuso que el p r e s i dente pasase á la plaza de Gíbraltar para hacer
u n a nueva impresión de mil doscientos e j e m plares.
El vicario católico de aquel punto, enterado del
trabajo que allí se estaba efectuando dio aviso
i n m e d i a t a m e n t e al Obispo.
(1) Lo i n s e r t a m o s á c o n t i n u a c i ó n para q u e s e a c o n o c i d o
de n u e s t r o s l e c t o r e s .
A. P.
248'
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
Sin embargo de las m u c h a s precauciones cjue
S. S. tomó para impedir !a introducción en C á diz, fueron todas inútiles; los ejemplares e n t r a ron y se repartieron no sólo en esta sino en casi
todos los pueblos de su obispado: como la a t e n ción de la Junta Directiva se habia desde luego
fijado en la idea de establecer un centro que p a r tiese de él la unidad de la doctrina, para el caso
que se establecieran m á s circuios, aproveclió la
ocasión de la salida de los q u e llevaban la misión
de repartir los opúsculos para que éstos trabajasen al mismo tiempo en la formación de ellos,
á cuyo efecto lle\aron instrucciones.
No trabajaron en balde: en varios pueblos q u edaron fundados círculos según se deseaba.
Por el mismo tiempo salía para Montevideo uno
de nuestros h e r m a n o s capitán de buque, al cual
se le entregaron u n n ú m e r o de ejemplares para
q u e los repartiese en aquel p u n t o , y al mismo
tiempo llevó misión para el mismo fiñ.
Tampoco esle h e r m a n o perdió su trabajo; la
Sociedad que a u n existe en aquel p u n t o fué fundada por él.
No solamente los h e r m a n o s que la compusieron nos dieron las mayores muestras de a d h e sión y fraternidad, sino q u e pusieron á nuestra
disposición una cantidad bastante decente, — quo
no acoplamos, — producto de u n a suscricion que
se habia hecho entre ellos en nuestro favor.
Pero los trabajo que h a c í a m o s , por mucha r e serva q u e se tuviese al practicarlos, no podían estar completamente ocultos ni menos desconocer
el origen de donde partían.
Llegaron á conocimiento del Prolado, y éste decidió e x t e r m i n a r n o s , sin pararse en lo"s medios
que debia adoptar para conseguirlo. Pasó u n ofició á la autoridad civil, manifestándole que si inmediatamente no daba orden terminante para que
fuese disuelta nuestra Sociedad, ÉL DIRECTAMENTE
COMUNICAIllA AL G O D I E R N O S I P R É M O QLR CONSENTÍA
EN CÁDIZ ÜN CLCB REVOLCCIONAIIIO.
Sin embargo de la indignación quo lo causó
esle modo de proceder tan poco evangélico en un
príncipe de la Iglesia Católica Romana, no pudo
prescindir de intimarnos la orden fatal.
Fué preciso obedecer, aun(]ue no dol todo, —
pues los que componíamos la Junta Directiva,
cuyo presidente era u n o de los m é d i u m s , seguimos trabajando.
Para poder hacer algunas publicaciones c l a n destinas, hicimos venir desdo Madrid una prensa
lítográfica.
Poco la utilizamos, porque un incidente imprevisto puso fina nuestra reunión. Los dos médiums
tuvieron precisión d e m a r c h a r á Ultramar.
Así concluyó nuestra Sociedad, después do dos
años de trabajo, de intranquilidad y pérd da de
intereses.
Por esta narración q u e me tomo la libertad de
hacerle, comprenderá q u e en España antes que
en Francia,—ó más exactamente dicho, en Cádiz
antes que en ningún otro punto hubo apóstoles
propagadores de la doctrina espiritualista, quo si
bien no pudieron llevar adelante la empresa según
fueron sus deseos, sufrieron en cambio la p e r s e cución y el martirio, p o r q u e sacrificándose en
aras de su fe, arrastraron el ridículo quo tan o s tensiblemente les prodigó el fanatismo, la h i p o cresía y la mala fe.
Los documentos quejusfifican la verdad d o l o
que llevo expuesto, como también los resultados
que dieron los trabajos de nuestra comunicación
con los seres de la vida espiritual durante n u e s tra reunión, están depositados y custodiados por
ol ([uo fué vicepresidente.
En el opúsculo q u e le incluyo quizá hallará algunos puntos con los cuales "no esté conforme;
pero como mi ánimo no es establecer doctrina ni
mucho menos entablar controversia, es únicamente para hacerle conocer de la manera que ya
on aíjuel tiempo en Cádiz se trabajaba en el espirilua ¡smo.
Persuadido que por lo que llevo manifestado se
hará cargo de la justicia que me asiste para solicitar de su amabilidad la consignación do estas
memorias en su apreciable periódico, suplicándole mo perdone la exigencia, de que sí se toma
el trabajo de mandar que lo inserlen, ha do ser
íntegra toda la carta q u e tengo la honra do dirigirle.
Si V. no creyere oportuno hacerme este obsequio, espero de su bondad m e l ó conmnique tan
pronto como Lp sea posible.
De lodos modos, tengo la mayor satisfacción en
aprovechar esta ocasión para manifestarle el d e seo do que mo cuente por u n o de sus más h u m i l des hermanos y s. s. q. b . s. m.
FRANCISCO DE PALLA COLI.
No sin causa justificada hemos calificado de
documento importante la caria q u e nuestros lectores acaban de leer. En efecto; es para nosotros
s u m a m e n l o g r a l o s a b e i - q ue CÁDIZ, que ya en 18o3
poseía un Círculo espiritista, tuvo también la gloria de poseer en 183.3 una Sociedad entusiasta y
numerosa q u e , arrostrando lodo género de c o n Iraliempos, conspiraba para propagar los principios de la escuela espiritista.
Pero así como rindiendo el debido acatamiento
á los fueros de la justicia consignamos con verdadero entusiasmo estos d e s h e c h o s , así también,
y en esto tenemos q u e obedecer á las prescripciones de la más severa imparcialidad, debemos
explicar lo que on nuestro juicio es evidente, de
que KAUDEC ha sido el primer propagador de la
doclríua.
En el bocho no cabe á España, ni aun á F r a n cia, la prelcrencía, p o r q ue el hecho y su propagación era conocida en los Estados Unidos desde
1830. Pero al referirse el CRITERIO ESPIRITISTA á
KARDEC, no puede olvidar que él ha tenido la gloria de personificar en sí el espiritismo, de darle
carácter, de darle, en una palabra, carta de n a turaleza en el m u n d o .
La prueba es evidente: desde 1830 .se conocia
en París el espiritismo, y hasta q u e KARDEC con
su opúsculo ¿Quées el espirilismo? no despertó la
atención pública, en el mundo era desconocido
este.
Muchos trabajos aislados constituían quizá los
elementos que él tal vez no ha hecho más que
EL CRITERIO
recopilar; p e r o este trabajo, llevado á cabo con el
tino y con la p r u d e n c ia q u e él lo b a efectuado, le
han h e c h o ser mirado con justicia como el fundador de lu doctrina.
P o r q u e la doctrina espiritista de KARDFX es el
resultado de la c o m p a r a c i ó n de las c o m u n i c a c i o nes obtenidas en todo él m u n d o , y tiene en su
upoyo el de los espiritistas p o r c u y o medio se
h a n obtenido, y el de millares de espiritus q u e las
han dictado, sin p o n e r s e de a c u e r d o , desde todas
las p a r t e s del m u n d o .
EL LIDUO DE LOS ESPÍRITUS no
es el r e s u l t a d o
de
u n trabajo aislado, sino la r e s u l t a n t e de lo m a n i festado por la m a y o r í a de ellos.
Esto c r e e m o s que c o m p r e n d e r á el S R . COLI q u e
no es rebajar en u n ápice el mérito q u e puede
c o r r e s p o n d e r á lu Sociedad fundudu en CÁDIZ
en ]8oo, m é r i t o paru mi tan s u p e r i o r , q u e y o n o
e n c u e n t r o pulabrus pura e n c o m i a r el celo de los
q u e la c o m p u s i e r o n , s u constancia y su d e s i n terés.
Para d a r á conocer los trabajos q u e obtuvo,
francas tiene las c o l u m n a s de E L CRITERIO E S P I RITISTA, en cuya sección de SOCIEDADES verá r e producido c u a n t o se digne e n v i a r n o s , así c o m o
i n s e r t a m o s el notable folleto q u e a c o m p a ñ a á la
carta.
Sólo nos p e r m i t i r e m o s , para c u m p l i r con n u e s tra conciencia, h a c e r u n a observación final.
T e n e m o s q u e p e d i r al Sn. COLI q u e n o s d i s pense sí contra su expresa voluntad nos h e m o s
p e r m i t i d o a l t e r a r u n solo renglón de su c a r t a .
Nada h e m o s q u i t a d o ; pero c r e y e n d o q u e faltaban
u n a s p a l a b r a s , las h e m o s a ñ a d i d o .
Demos gracias á la revolución q u e nos ha s a cado de esa vida de i n t r a n q u i l i d a d , de c o n s p i r a c i ó n , p a r a p r o p a g a r n u e s t r a doctrina . No i n '"urramos por n u e s t r a p a r t e en el defecto q u e
criticamos. Si ministros de u n a religión santa y
verdadera para los q u e en ella c r e e n , les hace i n c u r r i r en la violencia de perseguir lo q u e creen
e r r o r , s í r v a n o s su ejemplo p a r a evílar i m i t a r l o s .
Crea cada cual lo q u e su conciencia le dicte;
ajuste á ésta s u s p r e c e p t o s , y sea cristiano, católico ó p r o t e s t a n t e , m a h o m e t a n o ó j u d í o , mire en
cada sér u u prójimo digno de lodo respeto á ser
arbitro de p e n s a r , de creer, de o b r a r como mejor
le c u a d r e , u s a n d o de la libertad q u e á Dios le
plugo c o n c e d e r á s u s c r i a t u r a s . Sí falta la e x p i a ción, le servirá de castigo; y u n a vez satisfecha la
d e u d a , gozará del p r e m i o q u e Dios á nadie niega
en cuant o es acreedo r á él.
ALVERICO PERÓN.
ESPIRITISTA.
249
LUZ Y VERDAD DEL ESPIRITUALISMO.
OPÚSCULO
SOBRE
LA
EXPOSICIÓN
\ERDADEnA
FENÓMENO , CAUSAS QUE LO PRODUCEN ,
DEL
PRESENCIA
DE LOS ESPÍRITUS Y SU MISIÓN.
E l q u e t e n g a o r e j a s para
oir, o i g a .
S . MATHEO, X I V .
P o n m e á la v i s t a c u a n t o
h a y (le b u e n o , h a z m e c o n o cer, m u é s t r a m e t u s s e n d e ros.
MOISÉS Á DIOS.
INTRODUCCIÓN.
Vamos á tratar bajo u n p u n t o de vista e n t e r a m e n t e n u e v o , el fenómeno del espírilualismo tan
c o n t r o v e r t i d o en nuestru época.
No se n o s llame visionarios antes de o í r n o s .
No se desate la incredulidad c o n t r a n o s o t r o s
para j u z g a r n o s de un modo desfavorable, sin h a b e r formado u n j u i c i o , siquiera a p r o x i m a d o , de
lo q u e ha de c o n d e n a r con la risa del desprecio.
Hemos alcanzado u n tiempo en q u e los d e s c u b r i m i e n t o s científicos m á s maravillosos se s u c e den r á p i d a m e n t e . — No parece sino q u e Dios ha
q u e r i d o m o s t r a r al h o m b r e p o r esos medios su
p o d e r , para advertirle al propio tiempo la senda
equivocada q u e sigue en todos los s i s t e m as q u e
i n v e n t a , en todas las utopias q u e q u i e r e i m p o n e r
á la sociedad h u m a n a , sin e s t a r fundados en s u s
p r e c e p t o s e t e r n o s y divinos.
« A t r a v e s a m o s , bu dicho u n a u t o r m o d e r n o ,
inspirado tal vez en u n o de esos m o m e n t o s q u e
Dios c o n c e d e al h o m b r e , u n a de las épocas m á s
g r a n d e s p o r q u e ha pasado el g é n e r o h u m a n o
p a r a avanzar hacía el fin de su destino d i v i n o ; á
u n a época de r e n o v a c i ó n y t r a n s f o r m a c i ó n , s e mejante quizás á la época evangélica
»
Que oslamos en osa época de renovación , es
induduble.
Pero esa renovucion n o os posible se el'ecli'e
n u n c a por los h o m b r o s (¡ue b a u tomado la i n i ciativa en cuoslionos tuii Irascendontalos, p o r q u e
fuududas sus ideas sobre los e r r o r e s m á s falsos,
n o p u e d e n tenor lu sólidu baso do una r e g e n e r a ción completa, quo satisfaga las vordudorus necesidades del h o m b r e en la tierra, y p r e p a r e su e s píritu p a r a c u a n d o se d e s p r e n d a do la muteríu q u e
lo e n c i e r r a .
¿ P o r qué ba de d u d a r s e del fenómeno del espi r i t u a l i s m o , c u a n d o tantos otros fenómenos se
p r e s e n t a n al h o m b r e on lu m i s m a naturaleza q u e
Dios h a c r e a d o ?
2501
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
¿No se aprovecha de ellos, hasta de los más
insignificantes, no los estudia, para que le produzcan un invento maravilloso, que deja atónitos
á los que lo ven y no lo conocen"?
« Somos como los niños: á cualquier juguete
(|ue nos admira le tributamos grande sorpresa,
pero no adoración.»
¿Es acaso difícil para el que con un soplo ó
destello de su espíritu animó al primer hombre,
hacernos comprender sus verdades eternas por
otros medios menos malcríales que los conocidos?
Dudamos de ello, porque sólo pensamos en todo
lo que tiende á la satisfacción de nuestros deseos
ínmodei'udos, para alcanzar la ventura en la
tierra, sin advertir que «de nada sirven esos bienes que llamamos materiales, cuando se tiene el
alma destrozada, sin creencias, sin virtud ni fe.»
Tal duda, prueba por lo menos que los hombres, hallándose muy lejos del espirítualismo,
no pueden creer en él: prueba la ignorancia en
que están de la exislencia de un mundo espiritual, formado, no según los cálculos egoístas de
los filósofos, no gobernado según las leyes inventadas en sus utopias irrealizables, y con un tecnicismo necio y oscuro; sino ordenado por leyes
inmutables y descansando sobre hechos que no
pueden negarse.
El único lazo de unión enlre ese mundo espiritual y el natural, es el hombre.
Cuando más se acerque al mundo espiritual,
despojado de todas las pasiones mezquinas que le
combalen, tanto más estrechará ese lazo y podrá
entrar en comunicación con él.
Así comprendemos nosotros el esplritualismo;
así entendemos la verdad de ese fenómeno antiquísimo, anatematizado hoy y poco digno de e s tudio para los que viven en un siglo en que las
ideas más puras se impregnan del escepticismo
más impío.
Al ocuparnos nosotros de él, no nos anima
Qlra idea que la del bien: queremos que la luz y
la verdad penetren las oscuras tinieblas en que
estamos envueltos.
Nuestros datos y observaciones se hallan fundados en la historia de la humanidad los unos,
revelados los otros por medio de nuestro estudio
del fenómeno, y apoyados los más en autoridades incontestables.
No somos fanáticos ni utopistas.
No intentamos querer establecer otro sistema
más entre tantos tan absurdos: no venimos á
propagar ideas sociales disolventes.
Nuestras doctrinas llevan ol sello de la moral
más pura; tienden al bien , no al mal; al orden,
no al desconcierto; tienden, en fin, á introducir
la luz en ol corazón del hombre, para que su razón so ilumino y la verdad triunfe del error que
le fascina.
Sin embargo, conociendo bien á los hombres
de nuestro siglo, sabemos lo que nos espera.
« Negras borrascas nos combatirán , altas olas
de incredulidad y fanatismo se levantarán sobre
nosotros queriendo sumorgírnus: mas no tememos, no nos acobardamos, tenemos fe, constancia y humildad, y seremos fuertes.» (1)
JoTixo.—.4uEMAn.
E n e r o 27, 18.57.
PRIMERA PARTE.
1.
Exposición del fenómeno. — Su origen. — Descubrimiento moderno. — Aplicación del alfabeto.— Mal
uso del descubrimiento.
Iláse vulgarizado tanto ol descubrimiento, que
pocos habrá que ignoren el modo de operar el
prodigio del trípode.
Sin embargo, para los que aun no lo saben,
haremos algunas ligeras explicaciones.
Dos ó tres personas bastan para magnetizar y
dar movimiento al trípode, y una vez en contacto
con él, una sola, si concurren en ella las circunstancias que expresaremos después.
Colócase una mano sobre la parte superior dol
trípode, evócase el espíritu, y cuando se levanta
de un pié, es la ocasión para dirigirle las preguntas que ocurran. Para comprender lo que
quiere decir, se numeran los tres pies con los
números uno, dos y tres, á cada uno de los cuales
corresponden nueve letras dol alfabeto. Estas se
hallan numeradas también, para saber por ol número de golpes la letra que el espíritu quiere
indicar para formar las palabras-{2).
No todos los espiritus pueden expresarse bien.
Esto es, porque no están en afinidad con su parte
integral, y aun estándolo, no hablan correctamente por no hallarse la esencia y las partes en un
estado perfecto de armonía. De aquí se sigue, que
no todas las personas pueden obtener un resultado satisfactorio en sus experiencias, do lo que
(1)
E s t e párrafo y t o d o s l o s q u e m á s a d e l a n t e v a n e n t r e
c o m i l l a s , l o s e x t r a c t a m o s de r e v e l a c i o n e s o b t e n i d a s .
(2)
A u n q u e los e s p í r i t u s , s o b r e t o d o l o s puros,
h a b l a r p o r m e d i o de c u a l q u i e r a l f a b e to q u e s e
pueden
combine,
p o n e m o s al fin el m á s s e n c i l l o y u s a d o para c o m p l e m e n t o
de esta explicación.
EL CRITEHIO ESPIRITISTA.
nace principalmente la incredulidad de m u c h a s .
Contestan si con u n golpe, y no con dos, sin
distinción de pié. El punto final lo m a r c a n con
una pausa m á s ó m e n o s l a r g a ; la interrogación y
la admiración l e v a n t a n d o el pié q u e c o r r e s p o n d e
á la letra con q u e empieza ó c o n c l u y e ; los acentos
los indican d a n d o u n golpe m á s fuerte q u e los
d e m á s al m a r c a r la letra q u e d e b e t e n e r l o .
La m a y o r p a r t e se e q u i v o c an con frecuencia,
en cuyo caso se les lee lo dicho y rectifican las
equivocaciones.
Tal es el m o d o mecánico m á s fácil de operar el
prodigio de q u e t a n t o s d u d a n p o r n o h a b e r h e cho de él u n estudio s e r i o , sino u n a especie de
juego estéril y á veces m u y peligroso.
Si se q u i e r e b u s c a r el origen del f e n ó m e n o, h a brá q u e r e m o n t a r s e á los tiempos de la antigua
Grecia, c u y o s oráculos n o e r a n otra cosa que lo
(|ue hoy v e m o s ; sólo q u e allí, como aquí a h o r a ,
p o r lo regular h a b l a b a n espiritus impuros.—.4sí se
c o m p r e n d e el p o r q u é h a b i e n d o m u c h o s , s o b r e salía por su r e p u t a c i ó n , e n t r e todos, el de Delfos,
a l t a m e n te v e n e r a d o de los griegos, y al q u e Tito
Livío llamaba « el oráculo c o m ú n del g é n e r o h u mano.»—Los pueblo s y los r e y e s , los legisladores
y los magistrados de las r e p ú b l i c a s , todos llegaban á c o n s u l t a r l e . Tal e r a su autoridad , q u e s e g ú n u n historiador, « g o b e r n ó desde m u y antiguo
la Grecia, d i s m i n u y e n d o los a b u s o s de la d e m o cracia y d e los tiranos.»
Para p r o b a r a u n m á s quo los oráculos de Delfos no e r a n otra cosa q u e los e s p í r i t u s , p u e d e
citarse la e n t o n c e s i n c o m p r e n s i b l e c o r r e s p o n d e n cia q u e tenían con los de países e x t r a n j e r o s m u y
remotos.
En c u a n t o al d e s c u b r i m i e n t o m o d e r n o del fe- ,
n ó m e n o , se ha s u p u e s to e q u i v o c a d a m e n t e por
m u c h o s desde q u e , h a c e ocho a ñ o s , ciertos magnetizadores de los Estados-Unido s p r o b a r o n q u e
las m e s a s g i r a b a n con la i n t e r v e n c i ó n de varias
p e r s o n a s colocadas al r e d e d o r , d e s c u b r i m i e n t o
q u e vino perfeccionándose , hasta q u e en ISoS
y 54 ocupó la atención de h o m b r e s m u y i n s t r u i dos de F r a n c i a y de Inglaterra sin resultados
satisfactorios, y q u e á la fecha ha corrido todas
las n a c i o n e s c o m o u n p r o b l e m a sin solución p o sible.
El d e s c u b r i m i e n t o es m u c h o m á s antiguo de lo
q u e se s u p o n e : es de u n origen m á s elevado q u e
se c r e e , y tiene u n objeto m á s g r a n d e y sublime
q u e el qu o se le a t r i b u y e p o r los q u e de ól h a n
escrito v o l ú m e n e s e n t e r o s sin sustancia p r o v e chosa.
2S1
« Hubo u n h o m b r e á q u i e n le fué revelado, por
d o m i n a r en alto grado en él y en sus p a r t e s i n t e grales el bien al mal. Este h o m b r e fué FOURIER.
»Mas este h o m b r e , al v e r s e , al c o n s i d e r a r s e
elegido de Dios, se llenó de necio o r g u l l o , creyó
ser s u p e r i o r á él, y quiso formar u n sistema m e jor q u e el q u e le dictaba el cielo por medio del
espíritu.»
Hé aquí el p r i m o r h o m b r e q u e en n u e s t r o s
tiempos operó el prodigio. Esle secreto ha estado
oculto hasta a h o r a e n t r e los pliegues del m i s t e rio, y nos ha sido revolado para confusión de los
discípulos m o d e r n o s de su escuela.
Este h o m b r e fué t a m b i é n el p r i m e r o q u e aplicó
el alfabeto para o b t e n er r e s u l t a d o s. «Tal d e s c u brimiento lo o r d e n ó p r o c u r a n d o c o o r d i n a r los
golpes sin o r d e n q uo daba el trípode, h a b i é n d o s e
p e r p e t u a d o h a s t a a h o r a la m e m o r i a de ese p r o digio,» q u e ocupar á en adelante u n lugar m u y
señalado en la escala de los d e s c u b r i m i e n t o s mod e r n o s , llegando á ser quizás el principio de u n a
n u e v a ciencia psicológica.
« A u n q u e Fourior no consignó el fenómeno en
sus o b r a s , sus discípulos escogidos le sabían, y e n tre ellos, p o r tradición, ha llegado hasta n o s otros. Los ilusos q u e siguieron y siguen tal s i s t e m a , se h a n valido de él para e x t e n d e r l o , y los
espíritus Í7npuros los h a n confirmado y confirman
en su error. »
Para p r o p a g a r r á p i d a m e n t e sus d o c t r i n a s b a n
c o n t i n u a d o h a c i e n d o el mal uso q u e hizo su
m a e s t r o de lo q u e estuvo destinad o p a r a m á s a l tos fines. Lo han a u m e n t a d o por su p a r t e con las
exageraciones m á s i r r i s o r i a s , é i n v e n t a d o una
n o m e n c l a t u r a ridicula, aplicable á un m u n d o e s piritual q u e n o c o m p r e n d e n y q u e h a n q u e r i d o
sujetar á sus c a p r i c h o s as c o n c e p c i o n e s.
T r a n s f o r m a r las levelacíone s (|ue obtenía, dando al m u n d o u n síslonia v i c i o s o , desconocid o é
impracticable; tal fué el mal uso q u e hizo F o u r i e r
de su maravilloso d e s c u b r i m i e n t o . — ¡ E l elegido,
sin d u d a , por c! S e ñ o r para r e g e n e r a r al h o m b r o ,
c r e y ó p o d e r i n v e n t a r á su c a p r i c h o un sistema
m á s realizable q u e el q u e ol espírílu lo dictaba!
En vez de h a b e r sido el p r i m e r o q u e levantar a
su voz i n s p i r a d a para p r o m o v e r la r e g e n e r a c i ó n
del h o m b r e , y b a b o r llenado de admiració n y
santo r e s p e t o el siglo en q u e v i v i ó ; al d e s a p a r e c e r
de la t i e r r a , en lugar de u n n o m b r e e t e r n o , legó
al m u n d o sólo su r e c u e r d o , q u e éste olvidará
p r o n t o , y una u t o p í a , « ¡ u n a a b e r r a c i ó n m á s en
el largo catálogo de las a b e r r a c i o n e s h u m a n a s ! »
252
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
II.
Movimiento del trípode. — Causas que producen el
fenómeno.—Dudas acerca de ellas.
La primera duda q u e ocurre á los incrédulos,
respecto al fenómeno, es la de que el trípode,
como objeto i n a n i m a d o , no p u e d e moverse por
la sola acción del llúido magnético.
El magnetismo, d i c e n , influye únicamente s o bre un sér animad o en virtud de una armonía de
relaciones q u e se establece por la voluntad ó la
imaginación, etc.
E n h o r a b u e n a : y, (.cómo se explica entonces lo
q u e tiempos atrás hacian todos con m e s a s , s o m breros, a l e , cuyos objetos inerte s se movían y
aun a n d a b a n ? Lo (|ue entonces sucedia, ¿no ha
de poder ser a h o r a ? El mismo llúido magnético
q u e movía esos objetos, ¿no ha de dar ahora a c ción al trípode?
Está probado el movimiento do éste de una manera tan incontestable en la experiencia, que todo
cuanto se diga para negarlo equivale á d u d a r de
lo q u e se ve teniendo ojos, y do lo que se siente
teniendo tacto.
Una de las vulgaridades m á s admitidas y lastimosas q u e corren en boca de h o m b r e s e n t e n d id o s , es quo la imaginación de la persona q u e se
coloca en el trípode produce el resultado que se
loca.
No h a y nadie q u e pueda p r o b a r satisfactoriamente eu la práctica semejante aserto.
Hay ideas lan delicadas y pensamientos tan
g r a n d e s , en las contestaciones q u e se obtienen
de los espiritus puros, q u e pocos h o m b r e s de una
inteligencia, n o ya c l a r a , sino s u p e r i o r m e n t e
elevada, pueden concebir , n o i m p r o v i s a d a m e n t e
como s u c e d e , sino por escrito.
En apoyo de lo dicho pudiéramos p r e s e n t a r
algunas m u e s t r a s , quo lal vez algunos incrédulos
las t e n d r í an por apócrifas (1).
Pero e n t ó n e o s, so p r e g u n t a r á , ¿ q u é es lo que
impulsa y da vida al trípode para p o n e r n o s en
comunicación con los espíritus?
Este es un o de los misterios del prodigio, que
(1)
La s i g u i e n t e parábola á q u e h a c e m o s referenci a m á s
a d e l a n t e , fué d i c t a d a por el e s p í r i t u para q u e s e d e s c i f r a s e « E r a una espiga de m a í z : en leve tiempo creció á grande
altura s o b r e t o d a s l a s d e m á s . Las q u e e s t a b a n á s u a l r e d e dor e m p e z a r o n á m a r c h i t a r s e , p u e s l e s c h u p a b a s u j u g o . —
L e v á n t a s e u n a b o r r a s c a : u n fuerte v i e n t o m u j o , y la alta
espiga es tronchada á pedazos sobre las otras. — Llueve
d e s p u é s , y el cálido sol q u e apareci ó al d e s p e j a r s e l a torm e n t a , p u d r i ó con la h u m e d a d la alta e s p i g a , y l a s otras
se i r g u i e r o n m á s v e r d e s y l o z a n a s q u e n u n c a »
n o h e m o s visto explicado a ú n en ninguna obra
de una manera q u e satisfaga.
«De las personas que se colocan en el trípode,
una de ellas, por su organización volcánica, por
ideas a v a n z a d a s , tiene más fuerza de voluntad,
m á s fluido magnético que las d e m á s . Esta fuerza,
esto fluido domina el de las otras y evoca su e s píritu si está en estado p u r o , es d e c i r , en a r m o nía con sus parles integrales.»
Entóneos ol trípode recibe la vida y el espíritu,
y a q u é l , sB e.xpresa con una actitud maravillosa
y una afluencia que deja atónitos á todos, i n clusa la misma persona que está en contacto
con él.
Los que crean q u e la imaginación de u n i n d i viduo puede trasmitirse de la m a n e r a inexplicable quo ellos d i c e n , hagan la prueba cuando se
presente algún espíritu: entóneos se c o n v e n c e r á n
de lo absurdo de su creencia.
Hay m á s : de las personas que se colocan en el
t r í p o d e , la que eslá más en contacto suele no
tener conocimientos suficientes de la materia q u e
el espíritu explica.
Poned tres personas que no sepan leer ni escrib i r ; si una de ellas evoca un espíritu y éste se
halla en estado p u r o , el resultado será siempr e
satisfactorio. ¿Y podrá decirse entonces que la
imaginación de una persona ignorante de lodo,
p u e d e trasmitir al trípode ideas y pensamientos
quo algunas otras estarían orgullosas de haber expresado?
Venid a c á , i n c r é d u l o s : ¿sois capaces de creer
a d e m á s , q u e de las personas que se colocan en
el trípode hay una que moviéndolo con su mano
va componiendo las palabras en vista del a l fabeto?
¿Puede llegar á tanto vuestra incredulidad? ¿Es
posible que vuestro pensamiento no se detenga á
considerar que esto es absolutament e i m p r a c t i cable ?
¿La buena fe n o existo ya en el mundo? Porque
vosotros n o la t e n é i s , ¿la habéis de negar á los
d e m á s ? — Y sobre t o d o , c u a n d o se trata de d o c trinas tan n o t a b l e s , ¿qué interés podia llevar el
que semejante s u p e r c h e r ía sostuviese?—¿No le
daria más h o n o r , á vuestros o j o s , publicarlas
en un libro sin que pasasen por ose proceder i n finito?
No hay q u e hacerse ilusiones; existe u n a ley
superior por la cual no todos pueden d a r al t r í podo la misma vida para q u e produzca idénlico
resultado. Hay también otras m u c h a s causas que
ínlluyen en e s t o , y la principal es que «estando
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
en tinieblas por el mal las parles integrales tie un
i n d i v i d u o , son repulsivas para con la s u y a ; » y,
ó no vienen al ser e v o c a d a s , ó si vienen se p r o ducen con torpeza ó no h a b l a n verdad .
Hé acjuí explicado lo principal del fenómeno de
una manera inteligible para el q u e estudie lo q u e
más adelante decimos sobre este a s u n t o , con u n a
copia de datos q u e n o hallará en n i n g u n a otra
obra.
Todo lo q u e hasta h o y se ha escrito sobre el
fenómeno en el cálculo y las p r o b a b i l i d a d e s , ó
en revelaciones de impuro origen, q u e , como t a l e s , no c a b e n en n i n g u n a cabeza h u m a n a .
Nuestras a s e r c i o n e s p o d e m o s p r o b a r l a s p r á c t i c a m e n t e ; á n a d i e lo o c u l t a m o s . Si la incredulidad
es ciega, la razón del i n c r é d u l o , i l u m i n a d a u n a
vez, se e n c a m i n a en busca de la verdad y la h a l l a r á . — Podemos m o s t r a r l a al q u e tenga l'o: para
el q u e no sepa distinguir la luz de las tinieblas, y
e n c e r r a d o en sus ideas de fanatismo lo niegue
l o d o , y todo lo crea u n a s u p e r c h e r í a , el c o n v e n cimiento y la razón son i n ú t i l e s , y de ellos puede
d e c i r s e : « t i e n e n los ojos para ver y no v e n , t i e n e n oídos para oír y no oyen. »
III.
Abusos.—Incredulidad
de los hombres
científicos.—
Pruebas peligrosas que deben evitarse.—Único
dio de comunicar con los
me-
espiritus.
Dad á u n n i ñ o u n a r m a de fuego; fatal será el
resultado q u e obtenga si ignorante de su uso llega
á disparársele en sus manos.
Sin los conocimiento s o p o r t u n o s , nadie p o d r á
dirigir el m o v i m i e n l o o r d e n a d o de u n a m á q u i n a ,
p o r sencilla q u e s e a ; y si alguno lo i n t e n t a , ó d u dará de s u utilidad, ó será víctima por su arrojo
de su m i s m a i g n o r a n c i a .
Ni m á s ni m e n o s s u c e d e h o y con el d e s c u b r i miento del fenómeno en cuestión .
Sin c o m p r e n d e r su u s o , sin saber el objeto del
p r o d i g i o , todos h a n q u e r i d o p r o b i r h o y p o r su
propia experiencia lo q u e h u b i e s e de verdad
e n él.
¿Cuál ha sido el r e s u l t a d o ? — L a d u d a , la n e gación de u n h e c h o q u e existe, como existe la luz
del sol.
¡Somos h o m b r e s al l i n ! — C u a n d o n u e s t r o s e s fuerzos son inútiles para alcanzar u n resultado
c u a l q u i e r a , n o p e n s a m o s n u n c a eu n u e s t r a ínsu íiciencia, ni e n las c a u s a s capitales q u e nos lo impiden. ¡Es m á s cómodo n e g a r la existencia de
u n a c o s a , q u e confesar n u e s t r a i g n o r a n c i a !
253:
Así es q u e p e r s o n a s , cuya r e p u t a c i ó n de h o m b r e s ilustrados vemos pregonad a por todas p a r t e s , c o n t a n d o con el solo mérito de su saber,
q u i e r e n q u e el fenómeno se les p r e s e n t e de u n a
m a n e r a o s t e n s i b l e . — N o concibiendo p o r qué el
trípode puede moverse y producir resultados en
m a n o s de u n ignorante y no en las s u y a s , le desdeñan y dan al m u n d o la e s t u p e n d a noticia de
q u e ese prodigio no es hijo de la c i e n c i a, sino de
una superchería.
Y sí n o , ved á esos h o m b r e s q u e se llaman
científicos: vedlos al lado de u n t r í p o d e , q u e , por
medio del e s p í r i t u , p r o d u c e conceptos mejores
q u e los s u y o s , con la sonrisa de la incredulidad
en los labios m u y poseídos de su s a b e r : oídles
p r e g u n t a r al espíritu las cosas m á s escondidas
basta h o y á la penetración de los h o m b r e s , los
misterios m á s g r a n d e s tras de c u y a solución se
h a n fatigado v a n a m e n t e los sabios de lodos los
siglos.
¿No les contesta el espirilu satisfactoriamente?
— ¿No les d e s c u b r e el misterio q u e d e s e a n saber
p a r a halagar su ambición?—¿No les revela alguno
de esos secretos q u e Dios ocultó al h o m b r o q u i zás p a r a q u e n o hiciera mal uso de ellos como lo
h a bocho de otras m u c h a s cosas?
No es posible c o n v e n c i m i e n t o e n t o n c e s p o r esos
s e r e s , q u e sin n u e v o s estudios q u i e r e n saber la
c a u s a , el por q u é n o obtienen r e s u l t a d o s iguales
á otros. — Y dado caso q u e u n espíritu les r e v e lara u n secreto de i m p o r t a n c i a , ¿lo c r e e r í a n ? —
¡Su orgullo n o so lo p e r m i l í r í a n u n c a !
Do este a b u s o q u e q u i e r e n p r a c t i c a r á medida
de s u s d e s e o s , n a c e el desprecio con qu o m i r a n
u n fenómeno q u e no se halla calcado en el
moldo do su ciencia , y do a q u i , p o r c o n s i g u i e n t e ,
la incredulidad c o m u n i c a t i va á otras inteligencias m á s r e d u c i d a s , q u e ven en cada u n o de esos
h o m b r e s otras t a n t a s l u m b r e r a s del saber.
En vez de a b u s a r del fenómeno de esa m a n e r a
l a s t i m o s a , ¿por q u é n o se d e d i c a n á estudiarlo?
¡Mísera vanida d h u m a n a ! ¿Cómo h a n de o c u p a r s e
en la investigación do u n a cosa de q u e el vulgo
se ha a p o d e r a d o ? ¿ H a n de doblars e hasta él,
c u a n d o se p r e s e n t a p o r medio de u n muebl o tan
mezquino?
Y sí h a y alguno q u e so someta á h a c e r e x p e riencias s e r i a s , e n t o n c e s e n t r a en deseo de s u b o r d i n a r á su c a p r i c h o ol espíritu puro q u e llega á
i l u m i n a r l e , y en vez de a c e p t a r lo q u e éste le
d i c t a , q u i e r e servirse de él p a r a g o b e r n a r á la
h u m a n i d a d según las ideas q u e bullen en su
cabeza.
234:
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
cha luz y decir la verdad á todos. Con este objeto
No son menos los abusos introducidos por los
hemos tomado la pluma, y no la soltaremos hasta
q u e teniendo fe en el fenómeno , alucinados por
dejar satisfechos los deseos de los que quieran esciertos espíritus, no comprenden que éstos p u etudiar, y los n u e s t r o s , que van encaminados á
dan tener otra misión que la que vienen á comuun fin j u s t o , desinteresado y leal.
nicarles, por más que esa misión sea absurda, y
dé una muestra de la impureza de los espíritus
.•\DEMAII.
que les h a b l a n .
Nada de extraño tiene, en vista de e s t o , que
otras personas abusen á su modo del prodigio.
SEGUNDA PARTE.
Creyendo que se halla á su disposición el mundo
espiritual, se hacen la ilusión de haber evocado
el espíritu de algún personaje ilustre de la anti1.
güedad , ó el de algún otro menos célebre que
Partes integrales.
Su presencia.
conocieron aquí abajo.
Dios, con su omnipotencia suma, con su poder
¿Cómo ha podido creerse que el espíritu de un
indestructible
y p - r su sola voluntad, — «Hágah o m b r e cualquiera eslá á las órdenes del p r i m - r o
se»—dijo:
y
¡cuan admirable prodigio! ¡Cuan
que se le antoja Humarlo? Sí dan el nombr e de los
sorprendente
espectáculo
seria! De en medio del
que b u s c a n , sí aciertan algunas veces, no todas,
vacio,
de
la
nada
,
del
caos,
en íin, en que todo
es porque los espirilus impuros, que se presentan á
estaba
envuelto,
formóse
instantáneamente
la diapartar al hombro del bien, ignoran pocas cosas
latada
superticie
que
nos
sustenta,
cubriéndose
al
de las que se quieren saber y toman los nombres
par
de
lagos
trasparentes,
de
lozana
y
feraz
vegede aquellos, pagando con el engaño la curiosidad
tación, de árírlas colinas, cuyas elevadas cúspides
de los necios.
confundieran
su color con el azul del cielo, de
Se/uejante abuso es el más peligroso de todos,
verdes
p
r
a
d
e
r
a
s , de risueños b o s q u e s , donde la
porque preguntando sobre asuntos personales,
vivificante
luz
del
Sol maduraba dulces y delicapropios ó ajenos, hay gentes que se fanatizan y
dos
frutos;
y
por
último,
de inmensa multitud de
están dispuestas á creer siempre en lo malo y no
animales
de
diversa
especie
q u e pueblan las aguas,
satisfacerles lo bueno de las contestaciones.
la
tierra,
el
aire.
Esta clase de pruebas no debe hacerse nunca;
Entonces Dios quiso hacer una obra superior á
la experiencia lo tiene acreditado así.
todo lo criado; quiso modelarla por su misma
Es menester que sepan lodos los que abusan
mano para que fuese más n o b l e , más digna, dé
del f e n ó m e n o, que un espíritu no puede decir vermás valía: liízola igual á sí, con su hechura y sedad, ni comunicar convenientemente sino con suporte
mejanza,
y animóla, díóla vida con un soplo ó
integral, es d e c i r, con la persona que lo haya
destello
de
su espíritu. Para formarla, «Hagamos
evocado y esté en contacto con él, a u n q u e no se
al
h
o
m
b
r
e
á
nuestra imagen y semejanza , » dijo:
halle en un estado completo de pureza. Si es
y
al
pronunciar
estas palabras anuncia el sublime
p u r o , su misión entonces es m á s elevada, m e n o s
misterio
de
la
Trinidad.
Pues al decir «Hagamos»
estéril que la de satisfacer una curiosidad á veces
se
dirige,
habla
á
u
n
otro
él, á u n otro por quien
insensata.
todas las cosas han sido hechas, á aquel que dice
Estos abusos y otros que cometen los que ignoen su Evangelio: «Todo lo que el Padre h a c e , el
ran las leyes á que se halla subordinado el fenóHijo igualmente lo hace.» Y al hablar de su Hijo
m e n o , son los que le han desacreditado en el
ó con su Hijo, habla también con el Espíritu
concepto público.
Santo, coeterno é igual al uno y al otro. Este misTodo descubrimiento cae en el ridículo, cuando
terio se confirma y se verifica en la criatura que
los que le han hecho ó i n t r o d u c i d o , en vez de
Dios formó; pues al hacerla á su hechura y semedarle el valor, la importancia verdadera que tiene
janza, no se entiende la de lu materia: que el S e en s í , lo p r e s e n t a n bajo una forma inconveniente
ñor bien puede modelar del polvo una figura bella
y lo aplican á u n sistema absurdo, á miras persoy bien dispuesta, mas no igual á su imagen; pues
nales, á la satisfacción de una ambicien mezquina
siendo el cuerpo la maleria en la criatura, mal
ó al deseo de saber misterios que para algo no
podrá asemejarse á Dios, que no tiene materia,
han sido revelados á los mortales.
q u e es incorpóreo.
Para rehabilitar el fenómeno á los ojos de los
El Señor modela al hombr e á su imagen y sehombres que p i e n s a u , es menester esparcir m u -
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
mejanza en su e s p í r i t u , en el soplo de vida con
que le a n i m a .
Y entiéndas e q u e este soplo ó destello n o es una
parlo de él. Dios n o es u n todo q u e se divida en
multiplicadas veces. Y a u n q u e Dios tuviese partes, serian p a r t e s no c r e a d a s ; p o r q u e el universal
Criador, el Ser i n c r e a d o , no eslaria compuest o de
infinitas partes c r e a d a s . El soplo con q u e nos da
vida, raciocinio é inteligencia, viene de él, dimana
de él; y sin ser p a r t e sustancial de él m i s m o , es
liomogéneo con él, pues de él deriva.
Ahora bien, siendo n u e s t r o espíritu h e c h o á la
¡mágen y semejanza del Señor, claro os q u e p a r t í cipa en algo del todo de a q u e l ; y existiendo en él
el a d m i r a b l e misterio de la T r i n i d a d , claro es
también quo éste se refleja en n o s o t r o s , a u n q u e
en d e s c e n d e n te escala, por medio de las dos p a r tes (partes integrales) del mismo espíritu q u e a n i da en la c r i a t u r a .
E n vista de todo lo e x p u e s t o , ¿qué h o m b r e , por
m u y estoico q u e sea , si medita u n poco sobre su
celeste o r i g e n , n o vuelve su alma á Dios, s i n tiendo g e r m i n a r en él desde a q u e l p u n t o ideas
sublimes de noble dignidad, p e n s a m i e n t o s elevados, e n t u s i a s t a s , ajenos antes á él, y q u e le acercan á Dios , p u r i í i c a n d o su espíritu y elevándole
sobre el i n m u n d o lodazal en q u e su crasa i g n o rancia le tuviera s e p u l t a d o ?
¡Sorprende el alma, cautiva, p e n e t r a , i m p r e g n a
n u e s t r o débil y oscuro e n t e n d i m i e n t o viví.sima
luz al a d m i r a r la sabia o m n i p o t e n c i a , la i n m e n s a
bondad de Dios! Por t a n t o , n o es fuerza exclamar
con San Mateo; « Yo te confieso. P a d r e , Señor del
cielo y t i e r r a , p o r q u e ocultaste estos h e c h o s á
los sabios y p r u d e n t e s y los revelastes á los h u mildes. »
Los e s t r e c h o s límites de este o p ú s c u l o , n o n o s
p e r m i t e n e x t e n d e r n o s m á s sobre el pasado p u n t o , el c u a l , a u n q u e b r e v e m e n t e , c r e e m o s dejar
bien e x p l a n a d o , p u e s del p r i m e r golpe de vista se
explica de u n modo sencillo y t e r m i n a n t e todo el
misterio de n u e s t r a s p a r t e s integrales.
1 Cuan extraña p a r e c e á la vaga ceguedad del
h o m b r e el i n c o m p r e n s i b l e fenómeno q u e t o camos !
Desde la lejana época en q u e se le m o s t r ó p o r
p r i m e r a vez, n u n c a su m e n t e ha podido desci^
frarle: mil ideas vagas fluctuaban en su c e r e b r o ;
su incredulidad , su fanatismo, arraigado p o r exag e r a d a s c r e e n c i a s , el orgullo de su m i s e r o saber,
su maligna predisposición á n e g a r , á desconocer
todo lo q u e n o alcanza su débil raciocinio, h a n
l u c h a d o en él desde los p r i m e r o s tiempo s y lu-
c h a n todavía. Mas sin e m b a r g o , ya plugo á Dios
r a s g a r el velo que hacia, hasta cierto p u n t o , impenetrable á n u e s t r o s ojos tan a d m i r a b l e prodigio.
Éste nos es revelado p o r el espíritu para h a c e r n o s
conocer n u e s t r a funesta ceguedad, para despejar
la vista de la oscura niebla q u e e n t r e ella y la luz
se i n t e r p o n í a : p a r a h u m i l l a r y vencer n u e s t r a estoica p r e s u n c i ó n de c i e n c i a , n u e s t r a flaca sabiduría.
Veamos sus p a l a b r as al explicarnos las causa s
q u e motivan su p r e s e n c i a.
«Queriendo Dios, dice, q u e el h o m b r e se salve
vivificando su e s p í r i t u , p u e s le tiene m u c h o
a m o r , dispuso y dispone q u e s u s p a r t es integrales a c u d a n al evocarlas él p a r a h a c e r l e conocer
la luz y la v e r d a d . »
¿Quién p u e d e negar la existencia del fenómeno?
¿Quién d u d a r de su revelación al verla confirmada con las siguientes palabras del Apocalipsis :
«Bienaventurados los m u e r l o s q u e m u e r e n en el
S e ñ o r ; desde a h o r a les dice el e s p i r i t u : q u e d e s c a n s e n do sus t r a b a j o s , p o r q u e sus o b r a s les
acompañan.»
Luego al q u e a b r e sus ojos á la l u z , al ([ue dé
cabida en su corazón á la verdad , le dirá el espiritu que descanse de sus trabajos, pues sus obras le
acompañan. Esto es; q u e d e s p u é s de ser i l u m i n a d o
por la viva a n t o r c h a de la luz y la v e r d a d , d e s t e r rará de s í , c u a n t a s indignas pasiones, c u a n t o s
torpes afectos escondiera en lo oculto de su alma.
E n t o n c e s , con él será el descanso , porque sólo sus ;
buenas obras le acompañarán.
;
Después de lo a r r i b a dicho p o r ol e s p í r i tu , nos |
a ñ a d e q u e «aquellos s o n p u r o s . Que los i m p u r o s i
como espíritus rebeldes v i e n en t a m b i é n ; pero es i
á a p a r t a r al h o m b r e del bien, h u n d i é n d o l e en ,
el m a l . »
i
E n varios pasajes de las Sagradas E s c r i t u r a s , i
¿no se e n c u e n t r a evidenciada la veracidad de esta |
otra revelación ?
I
¿No v e m o s en ellos permitió Dios d i v e r s as v e - J
ees, q u e hasta los escogidos, hasta los m á s a m a - '
dos s u y o s , fuesen i n q u i e t a d o s de e s p í r i l u s i m p u ros y r e b e l d e s ?
¿A J e s ú s m i s m o n o le a c o n t e c ió t a m b i é n ?
E x a m i n e m o s , v e a m o s si n o lo q u e dice San Mateo en el Evangelio: « E n l ó n c e s J e s ú s fué llevado
al desierto p o r el espíritu, p a r a ser t e n t a d o del
diablo.»
E n vista d e tal a s e r i o , mal p o d r á n c e r r a r s e
n u e s t r o s ojos á la l u z , n u e s t r o s oídos á la voz de
la v e r d a d .
2S6i
EL CRITERIO ESPIRITISTA.
Con esto se explica a d e m á s suficientemente lo
extraño que nos era ver á algunos espíritus expresarse con fluidez, con energía, con pensamien tos admirables, sublimes, y de los cuales brota á
torrentes una verdad luminosa, una moral intac h a b l e , u n o s principios religiosos, q u e concuerdan y nacen del mismo Dios. En tanto, otros
m a r c a n a p e n a s algunas frases: y otros que lo hacen más c o r r e c t a m e n t e , es tan sólo para dictar
preceptos punibles, doctrinas oscuras y perniciosas para la sana filosofía. •
Esto lo v e m o s corroborado con lo que nos manifiesta en otros p u n t o s . «No basta , d i c e , que el
espíritu ó partes integrales se e n c u e n t r e n : no
basta t a m p o c o, pues io acredita la experiencia,
que se hallen aquellas en estado puro para mostrar su lucidez, n o : es indispensable á m á s que la
parte integral del e s p í r i t u , q u e existe ó anida en
la materia, sea tan p u r a como las o t r a s , sin que
en sus vidas a n t e r i o r e s , ni en la p r e s e n t e , pese
más el mal q u e el bien.» Sólo de tal manera
puede la esencia y las partes e n t r a r en perfecta
armonía.
De lo expresado se d e s p r e n d e , que el feliz en
quien pesase más el bien q u e el mal y reciba luz,
será iluminado. Al contrario el q u e estuviere imp u r o ; pues si ve luz, será de tinieblas.
¡Admiremos cómo confirma el Evangelio estas
palabras!
Hé aquí las del S e ñ o r :
« E n aquel tiempo dijo Jesús á sus discípulos:
Ninguno enciende una a n t o r c h a y la pone en un
escondrijo, ni debajo de u n medio celemín , sino
sobre el c a n d e l e r o , para q u e los que e n t r a n vean
la luz. La a n t o r c h a de tu cuerpo es tu ojo. Si tu
ojo fuese sencillo, todo tu cuerp o estará iluminad o ; pero sí fuese perverso, también tu cuerpo
será tenebroso. Mira, p u Q S , no sea acaso que la
luz q u e está en tí, sea tinieblas. Si tu c u e r p o ,
pues, fuere todo iluminado, sin tener parte alguna
de tinieblas, todo él será luminoso y te iluminará
como una antorcha resplandeciente. »
II.
Destinos de los espiritus. — Su misión.
Al tocar este p u n t o no tiene limites n u e s t r a admiracipn. ¡Cuánta d u l z u r a ! ¡Cuánta
filosofía!
¡Cuánta inagotable bondad advertimos en Dios al
leer los siguientes párrafos! Vosotros, los q u e n o
creéis: v o s o t r o s , los que en nada tenéis f e: v o s o t r o s , los que ciegos de necio y vano orgullo hacéis alarde de sujetar á vuestra débil y mezquina
inteligencia cuantos insondables a r c a n o s esconde
el cielo y la tierra ; leed, p u e s , y admirad cuan
irrisoria, cuan frágil es vuestra pretendida s a b i duría.
« Los espírilus puros son destinados á la bienaventuranza, viviendo en el a m o r de Dios, y g o zando la inefable felicidad de ver al Señor, de
conocerle, de adorarle, de a d m i r a r su magnificencia, su b o n d a d , su sapientísima justicia y r e c t i t u d , su dulcísimo, santo y ferviente a m o r , que
e m b a r g a , conforta y electriza, permaneciendo el
espíritu en u n caos de i n m e n s a v e n t u r a, de dichas
sin fin.»
« Y estos goces e t e r n o s , esta s u p r e m a felicidad,
la disfrutan ajenos á las míseras pasiones de esle
m u n d o , sin orgullo, sin ira, sin egoísmo, sin v a nidad, sin mezquinos afectos terrenales. »
« Los i m p u r o s , como en desgracia del Señor,
le son rebeldes : por tanto , se hallan sumergidos
en u n espantoso caos de a n g u s t i a s : poseídos de
todos los t e r r o r e s , vicios é i n m u n d a s pasiones
([ue agitan y despedazan al h o m b r e ; m a s n o son
eternos, pueden tener fin. »
«¿"n el cielo no hay cateyorias. Los j u s t o s son
todos iguales en el a m o r de Dios. »
« Los i m p u r o s , unos lo son más q u e otros: así,
p u e s , unos están en situación m á s propicia para
con el Señor q u e otros. »
« Existen a d e m á s varios espíritus p u r o s q u e
Dios formó para su gloría, como los serafines, ángeles, etc.»
¡Cuánta v e r d a d , cuánta luz arrojan de sí los
anteriores párrafos! En ellos brilla de un modo
extraordinario la a d m i r a b l e sabiduría del Señor.
Ellos atesoran en sí t a n t o s p u n t o s de contacto con
las Sagradas Escritura s , q u e son i n c o n t r o v e r t i bles, p u e s ellas m i s m a s los testifican.
Así, pues, pasemos á otro p u n t o .
Veamos primer o lo que sobre la misión de los
espíritus n o s ha sido revelado.
« Haced conocer al h o m b r e la luz y la verdad,
q u e es libre é igual á t o d o s ; p u e s a u n q u e haya
categorías entre v o s o t r o s , q u e no deben existir,
p o r q u e Dios quiso q u e los h o m b r e s fuesen iguales y libres, sin e m b a r g o , como está el m u n d o ,
para d e s t r u i r esas categorías seria preciso aniquilarlo; m a s sepa el h o m b r e , que el monarca y el
mendigo recibieron igual soplo ó destello, y por
tanto iguales s o n . »
(Se
concluirá.)
IMPRENTA DE T. F O R T A N E T , LIBERTAD ,
29.
Descargar