CUATRO l'UffiHOS H I S T O R I A DE • Y DE LOS DOCE PARIS DE FRANCIA Est e l l a s e refieren Jas g r a n d e s p r o e z a s y h a z a ñ a s d e e s t o s m a y nobles y esforzados c a b a l l e r o s . SS PROPIEDAD •HISTORIA VERDADERA DE JLi ~ JJV'JL A . G X O Y DE LOS DOCE PARES DE FRANGÍA PRIMERA P A R T E Se. da. cuenta del muy sangriento • combate que tuvo el valeroso con el esforzado Fierabrás de Alejandría. S u e n e n cajas y c l a r i n e s y sonoros i n s t r u m e n t o s , e n acordes c o n s o n a n c i a s p o r los espacios d e l t i e m p o , p a r a d a r claras n o t i c i a s del caso más e s t u p e n d o , la más, r e ñ i d a batalla y los m á s recios e n c u e n t r o s q u e lia h a b i d o a e s p a d a y lañan, mano a mano, cuerpo a cuerpo. Ya es sabido q u e e n Turquí», e n n u e s t r o s p a s a d o s tiempo», el a l m i r a n t e Bulan, s e ñ o r de todos sus r e i n o ? , tenía u n disforme hijo, agigantado e n su c u e r p o , q u e con n u e v e p i e s d e alto e r a u n a t o r r e de h u e s o s , y p o r su g r a n d e v a l o r este n o m b r e le p u s i e r o n : F i e r a b r á s d e Alejandría, el que a nadie tiivo m i e d o . Oliveros A p e n a s t u v o v e i n t e años, cuando, osado y soberbio, su ejército a p r e s t ó e invadió el romano Imperio, p o n i é n d o l e sitio a R o m a con m u y b r i o s o s esfuerzos. Al ñ n v e n c i ó la batalla, h a c i e n d o m u c h o s excesos; al P a p a le a p r i s i o n ó y a o t r o s m u c h o s caballeros, s a q u e a n d o las iglesias y d e s t r u y e n d o los templos; halló las santas reliquias d o n d e fué el S e ñ o r envuelto, y a su t i e r r a las llevó; c u a n d o en este m i s m o t i e m p o e n esa c o r t e de F r a n c i a había c r i a d o el Cielo u n Cario Magno, q u e fué azote d e los p r o t e r v o s ; le dio e l S e ñ o r doce h o m b r e s , p a r a su a c o m p a ñ a m i e n t o . • • 4 — l l a m a d o s los d o c e P a r e s , d e m u c h o valor y esfuerzo; y v i e n d o la crueldad de aquel mulsumáti soberbio, p a r a d e f e n d e r la F e a l a s a r m a s acudieron; se c o m e n z ó la c a m p a ñ a c o n tanto valor y esfuerzo, q u e p r o n t o los doce P a r e s del c a m p o se h i c i e r o n d u e ñ o s acuchillando t u r b a n t e s , cotas y mallas d e acero. P e r o v i e n d o el a l m i r a n t e q u e iba a p e r d e r su r e i n o , m a n d ó r e t i r a r su g e n t e c o n p r e c a u c i ó n y recelo, y a s u hijo F i e r a b r á s le l l a m ó así, d i c i e n d o : «Bien sabes, hijo a n i m o s o , q u e estos doce caballeros q u e v i e n e n con Carlo-Magno son h o m b r e s de m u c h o a r r e s t o , m e h a n m a t a d o cien m i l h o m b r e a y mis mejores guerreros; p o r el>profeta d e Alá les hago hoy juramento, q u e h e d e t o m a r la d e m a n d a y m e h e d e v e n g a r de ellos.» F i e r a b r á s dijo: «Señor, e s o q u e d a de m i e m p e ñ o ; dadme. licencia, i r é al c a m p o d o n d e t i e n e su real p u e s t o , y l o s l l a m a r é a campaña, p o r v e r si p u e d e mi esfuerzo u n o a u n o o dos a dos, d a r l e s fin a t o d o s ellos.» Se armó; presto Fierabrás, y trajo consigo luego d o c e mil h o m b r e s de a pie, d e j á n d o l o s encubiertos; c o n esto se e n t r ó en la r e a l e n altas voces, d i c i e n d o : •«¿Adonde está Carlo-Magno? ; q u e h o y u n solo c a b a l l e r o viene a p e d i r l e campaña; e n v í a m e aquí a Oliveros o al valeroso R o l d a n , q u e h o y hasta seis e s p e r o , y les sostendré batalla h a s t a q u e dé fin con ellos.» V i e n d o que nadie salía, determinado y soberbio se a r r i m ó al pie do u n á r b o l , d o n d e se sentó al m o m e n t o ; y s e n t a d o c o m o estaba decía con g r i t o s fieros: «Carlo-Magno, ¿ya has p e r d i d o tu fama y h o n o r a un t i e m p o q u e antes habías g a n a d o , p u e s q u e a un solo c a b a l l e r o q u e está p i d i e n d o c a m p a ñ a n o le dais el c u m p l i m i e n t o ? » C u a n d o Carlo-Magno o y ó del t u r c o aquestos ecos, a Rícarte de N o r m a n d í a ie p r e g u n t ó así, d i c i e n d o : «¿Quién es este h o m b r e a u d a z tan desatinado y ciego q u e nos está desafiando a cuantos hay en mi reino?» Ricarte dijo: «Señor, ese osado caballero, es hijo del a l m i r a n t e , y agigantado en sa c u e r p o ; el que sometió a R o m a , con notable a t r e v i m i e n t o , r o b ó las santas r e l i q u i a s q u e p o r tanto nos dolemos.» Mandó llamar a R o l d a n , estas palabras d i c i e n d o : «Sobrino, hoy es el día, ' que a ti te toca el e m p e ñ o , d a salir a la d e m a n d a de ese e n e m i g o fiero.» Y Roldan d i j o : «Señor, ni yo ni mis c o m p a ñ e r o s 5 - n o h e m o s de salir n i n g u n o , p o r q u e bien sabéis p o r cierto, c u a n d o la e s c e n a p a s a d a q u e aquellos reoios e n c u e n t r o s , me dijiste con firmeza: *Los ancianos caballeros , •. • h o y han g a n a d o la fama, y a éstos toca p r i m e r o el salir a la demanda.» Así Cario Magno o y e n d o la r e s p u e s t a d e R o l d a n , una manopla de hierro q u e tenía, le a r r o j ó c o n t a n t o furor e i m p e r i o , le h i r i ó con ella en la cara, y Roldan al m i s m o t i e m p o m e t i ó m a n o a la espada, « y consiguiera su i n t e n t o d e e c h a r s e s o b r e su tío, si los otros c a b a l l e r o s n o se pusieran delante; , m a s se contuvo, s i n t i e n d o la mala acción que hizo faltando así al r e s p e t o ; Tiendo esto Carlo-Magno se empezó a a r m a r al m o m e n t o p a r a i r a la batalla; p e r o el buen c o n d e Oliveros a u n q u e sin c u r a r la h e r i d a que recibió en otro encuentro, c u a n d o supo la cuestión, llamó a Guarí», su e s c u d e r o , d i c i e n d o que le trajese , .; t o d a su a r m a d u r a presto. Así que se vio a r m a d o saltó de la cama al s u e l o , e s t i r á n d o s e los b r a z o s y m a n e j a n d o los m i e m b r o s p o r ver si firmes e s t a b a n , y p a r a más p r u e b a d e ello saltó d e s d e g r a n a l t u r a c o n tanto b r í o y d e n u e d o , q u e dejó a t o d o s p a s m a d o s ; p e r o al c a e r e n el suelo se le a b r i e r o n las heridas, y a u n q u e la,sangre; v e r t i e n d o m a n d ó t r a e r el caballo; así q u e le vio dispuesto, r sin p o n e r m a n o e n la silla, de u n b r i n c o m o n t ó ligero; fué do e s t a b a Garlo-Magno estas palabras, d i c i e n d o : «Muy p o d e r o s o s e ñ o r , h o y llega este caballero pidiéndoos p o r merced , lo o t o r g u é i s su p e d i m e n t o . » , Y Garlo-Magno r e s p o n d e : ,, «Pide, q u e te lo concedo.» E n t o n c e s dijo:. «Señor, h o y v u e s t r a licencia e s p e r o p a r a ir a la c a m p a ñ a . »'..,,• í E s o no te lo c o n c e d o , p o r q u e si b u e n o estuvieras n o m e d a r í a recelo.» Galalón, q u e está p r e s e n t e , con sus d a ñ a d o s i n t e n t o s , le r e p l i c ó : «Gran señor,, no es d e n o b l e s caballeros el n e g a r esta d e m a n d a , sino afirmarse e n ello.» Y Garlo Maguo r e s p o n d e con el r o s t r o a l g o severo,: • <Tü tienes m a l a s e n t r a ñ a s , p e r o al fin s a l d r á Oliveros, y m i r a q u e si fenece darás satisfacción de ello.» L e concedió la licencia y se despidió él ligero; se salió al c a m p o gustoso y dando algunos rodeos, llegó d o n d e el turco estaba estas p a l a b r a s d i c i e n d o : * P a g a n o , p u e d e s alzarte, m i r a q u e y o solo v e n g o a m a n t e n e r e n batalla todo c u a n t o estás diciendo, — 6 y que n o serán t u s obra» c o n f o r m e t i e n e s tus fueros, q u e c o n la a y u d a d e Dios, d e n t r o de m u y p o c o -tiempo te h e d e llevar m a n i a t a d o a m i s e ñ o r y mi dueño.» L e v a n t a n d o la cabeza v i o a u n h o m b r e tan p e q u e ñ o y tan sin pelo d e b a r b a , q u e traía tanto a r r e s t o : ••Vé, y dile a Carlo-Magno que tengo por menosprecio d e e m p l e a r en ti mis a r m a s ; e r e s m u y n i ñ o y pequeño.» O l i v e r o s ofendido, l e r e s p o n d i ó así, d i c i e n d o : «Si e n levantarte" t e t a r d a s , c o m o valiente-te hiero.» L e a m e n a z ó con la lanza, y F i e r a b r á s a este t i e m p o s e p u s o en pie vigilante, estes p a l a b r a s d i c i e n d o : «Si h e de p e l e a r contigo, d i m e t u n o m b r e priinei-o, t u calidad y nobleza, q u e si n o eres caballero, a u n q u e te venza en batalla, p o c o g a l a r d ó n espero.» L e replicó luego al p u n t o : «Dime tu estado p r i m e r o , y te d i r é el mío al instante. « S a b r á s que p o r n o m b r e llevo F i e r a b r á s d e Alejandría, e l q u e a n a d i e tuvo miedo.» «Pues y o m e llamo G-uarín, y soy n u e v o caballero, l a p r i m e r a vez a r m a d o , y sólo p o r eso v e n g o a g a n a r h o n o r y fama c o n la victoria que -espere.-» F i e r a b r á s l e d i c e : «Amigo, e n g a ñ a d o estás en eso, p o r q u e si y o no t u v i e r a ¡ - p i e d a d de ti, ya ha t i e m p o te h u b i e r a d a d o m u e r t e nomo a un débil c o r d e r o . Vé, y-dile'a Garlo-Magno que m e envíe aquí a Oliveros, o al valiente Roldan, q u e deseo conocerlos.» Oliveros dice: " A m i g o , ' juzgo que m e tienes m i e d o , según la prosa q u e gastas y dejas pasar el t i e m p o ; y o de n i n g u n a m a n e r a me-voy de a q u e s t e p u e s t o sin q u e te hagas c r i s t i a n o , o te lleve p r i s i o n e r o . » «Guarín, tú e r e s p o r f i a d o , y pues no.tiene remedio a p e r c í b e t e a las a r m a s : s i e m p r e m e hallarás dispuesto Se p u s i e r o n los e s c u d o s y se a p r e t a r o n los y e l m o s ; alzó F i e r a b r á s la lanza, y está con ella b l a n d i e n d o ; se r e t i r a u n o de o t r o , y a la señal q u e se h i c i e r o n a r r a n c á r o n l o s caballos, y fué tan r e c i o el e n c u e n t r o d e los dos t r e m e n d o s g o l p e s que el u n o al otro sé d i e r o n , que se q u e b r a r o n las lanzas, y ambos a dos c a b a l l e r o s sobre el a r z ó n de la silla q u e d a r o n los dos d e p e c h o s ; m e t e n m a n o a las e s p a d a s , y como lobos s a n g r i e n t o s se embisten s e g u n d a vez, dándose golpes m u y recios; más d e dos h o r a s y m e d i a d u r ó el c o m b a t e fiero. Cansados d e pelear, mal h e r i d o s y s a n g r i e n t o s , F i e r a b r á s le p i d i ó t r e g u a s , estas palabras d i c i e n d o : 1 7 .-- «Paremos a.descansar, : , porque ningún caballero tanto me d u r ó d e l a n t e , ni h a fatigado, m i esfuerzo ninguno en aqueste mundo sino tú, m a s y o n o c r e o que seas el que m e dices, sino u n g e n i o del infierno. Así, q u i e r o q u e m e aclares, palabra de juramento, p o r aquel Dios q u e v e n e r a s y aquella q u e está e n el cielo, que m e digas Ja verdad.»•. Y le r e s p o n d i ó O l i v e r o s : : ; «Pagano,, ¿quién te e n s e ñ ó con tal m o d o y tanto acierto a conj a r a r los cristianos que n o se n i e g u e n a, ello? Sabrás p o r cierta v e r d a d que soy el c o n d e Oliveros.» F i e r a b r á s le d i c e : «Amigo, m e a l e g r o d e conoceros, y p e r d o n a lps desaires que te hice d e primero.» Dejemos en este estarlo este t r a t a d o p r i m e r o , que e n o t r a s e g u n d a p a r t e ss d i r á n otros,sucesos. SEGUNDA P A R T E Prosigue el tenaz combate mitre el valeroso Oliveros y su contraria el esforzado'Fierabrás, — Conversión de Fierabrás al crisUanisnM. Ya en la p r i m e r a p a r t e dije que los c a b a l l e r o s se q u e d a r o n en el c a m p o mal heridos y sangrientos, y después d e d e s c a n s a r , F i e r a b r á s dijo a O l i v e r o s : i «Has de saber, n o b l e Conde, , q u e he estimado el conoceros; y ahora, si M quisieras,:hiciéramos u n p r o p u e s t o : de q u e olvidaras tu ley, . y te v e n d r á s a m í r e i n o , , te casaras con m i h e r m a n a , d a m a de v i r t u d y r a p r e e i o , . ¡„ Floripes, bella p r i n c e s a , y mis p a d r e s d e s u s r e i n o s te darán p a r t e d e tierras; también y o h i c i e r a lo xnesnio, y que l u e g o los d o s j untos e n t r á s e m o s a ese I m p e r i o a d e s t r o n a r Garlo-Magno, haoiendo s i e m p r e el concepto q u e todo lo c o n q u i s t a d o ; : será p a r a ti,, y l u e g o te c o l o c a r á n p o r r e y de este p o d e r o s o reino.» Oliveros d i j o : «Amigo, , . n o m e p l a t i q u e s e n eso; ¿cómo q u i e r e s q u e y o olvide a u n Dios tan sabio y b u e n o , que con su g r a n d e p o d e r creó la t i e r r a y e l cielo, •., aves, p l a n t a s y animales y t o d o c u a n t o hay torróneo, p a r a a d o r a r a tus dioses que son falsos a más serlo, ¡ i n v e n t a d o s p o r los h o m b r e a m e j o r será y más perfecto que tú te vuelvas cristiano, y serás mi compañero p a r a d e f e n d e r la F e de Cristo, R e d e n t o r nuestro.» F i e r a b r á s d i j o : «Eso no.». Y se r e t i r ó u n m o m e n t o p o r s a c a r u n o s licores, y t o m a n d o un s o r b o de ellos, al instante se halló sano; y esto que vio Oliveros, a la p u r í s i m a V i r g e n * esta siíplieá la ha h e c h o : «Sacra celestial P r i n c e s a , Marín, Madre del V e r b o , a v u e s t r a s divinas "plantas h o y h u m i l d e m e n t e llegó, p i d i é n d o t e , Madre mía, m e des luz, favor y acierto para poder convertir a este t u r c o soberbio.» F i e r a b r á s le dice: «Amigo; ¿qué oración es la q u e h a s hecho?; ¿con ella te has d e sanar?; h o y p o r m e r c e d t e ofrezco . q u e vengas a mis barriles, t o m a r á s - u n s o r b o d e ellos, y al i n s t a n t e estarás san O;» Y le r e s p o n d i ó , d i c i e n d o : «No q u i e r o y o n a d a t u y o , si n o lo g a n o primero.> Volvieron a la batalla e o m o dos leones fieros; p e r o Guarín, su criado, : q u e t o d o lo estaba viendo, fué a decir a Garlo-Magno r u e g u e a Dios p o r Oliveros, • •- • :•• q u e está en g r a n d e p e l i g r ó . E l E m p e r a d o r con celo, ante u n divino S e ñ o r "•" dijo d e rodillas p u e s t o : «Dulce Jesús de m i vida, amantísimo Cordero, • consuelo del afligido, * m i r a d p o r m i caballero.» 1 ; Y e s t a n d o en esta plegaria, o y ó q u e u n a voz del cielo le decía: «Carlo-Magrio, n o tengas temor ni miedo; p o r q u e , a u n q u e sea costoso, será t u y o el vencimiento.» Volvamos a h o r a a i c a m p o 8 — d o n d e están los c a b a l l e r o s con las a r m a s destrozadas, desbaratados los y e l m o s , las viseras q u e b r a n t a d a s , ios escudos p o r el suelo; p e r o en tal d i s p o s i c i ó n el esforzado Oliveros le dio a F i e r a b r á s un g o l p e s o b r e el costado i z q u i e r d o ; que p a r t e d e la a r m a d u r a la hizo v e n i r al suelo; y desde el h o m b r o a la ijada t o d o quedó d e s o u b i e r t o ; y r e b a t i e n d o Ja e s p a d a c o r t ó la cadena l u e g o que colgaban los b a r r i l e s , y a m b o s v i n i e r a n al suelo; p e r o al g o l p e que p e g a r o n se desvió el caballo h u y e n d o p o r el c a m p o , sin q u e p u e d a el m u s u l m á n c o n t e n e r l o . Oliveros q u e esto vio, recogió pronto y ligero ¡ e n t r a m b o s a dos b a r r i l e s , y t o m a n d o u n s o r b o d e ellos se halló, sano de s u s llagas, y con gran valor y esfuerzo; en el caudaloso r í o que estaba j u n t o a ellos,, fué y a r r o j ó l o s b a r r i l e s y en el fondo se h u n d i e r o n . Fierabrás c u a n d o lo v i o , lleno-de r a b i a y v e n e n o , le dice: «Muy n o b l e C o n d e , mala acción es la q u e has h e c h o , que p r e s t o te han d e h a c e r falta»; y alzando el brazo s o b e r b i o para i r a d e s c a r g a r l e , le h u r t ó vigilante el c u e r p o , dio en el arzón d e la silla, y r e b a t i e n d o al p e s c u e z o del caballo, le dio m u e r t e ; con que q u e d ó a p i e O l i v e r o s , d i c i e n d o : «Mira, africano, n o es de nobles caballeros dar m u e r t e a los c a b a l l o s estando en c a m p a ñ a puestos.» Le r e s p o n d i ó a r r o g a n t e : • Yo de eso c u l p a n o tongo, p e r o yo te daré el m í o , a u n q u e en v e r d a d lo siento. No q u i e r o y o t u caballo, sino que te apees luego, y el q u e v e n z a la batalla, ose q u e d a r á p o r dueño.> Se d e s m o n t ó F i e r a b r á s y a m b o s a dos en el suelo •arman tan cruel batalla q u e parecía un i n c e n d i o , p u e s las chispas d e las a r m a s q u e r í a n llegar al cielo; p e r o a los p r i m e r o s lance3 el valeroso Oliveros, va a t i r a r l e un g r a n g o l p e a F i e r a b r á s eoii esfuerzo; mas ól así q u e lo vio, le h u y ó d i e s t r a m e n t e el c u e r p o , y sin p o d e r d e t e n e r s e dio con ¡a espada en el suelo y se le fué de la m a n o ; así que lo vio i n d e f e n s o le dice el m u y n o b l e C o n d e : «Contémplate p r i s i o n e r o o te q u i t a r é la vida.» Y le r e s p o n d i ó l i g e r o : «Obra como tú q u i s i e r e s , que si n o m e llevas m u e r t o no es posible el entregarme.» Y alzando el brazo s o b e r b i o p a r a ir a d e s c a r g a r l e , cuando en esto m i s m o tiempo, con un pedazo d e e s c u d o , q u e en la m a n o cogió presto, se lo tiró con tai fuerza e hizo el tiro tan c i e r t o , que le q u e b r ó la visera, y s o b r e el ojo i z q u i e r d o le m e t i ó t o d a la punta, y p e g ó u n g r i t o t a n fiero q u e el e a b a ü o se e s p a n t ó y a la p a r t e d e Oliveros vino d a n d o algunas vueltas, y a él se a r r o j ó ligero; r e c o b r a d o luego el m o r o , se a c e r c ó el C o n d e d i c i e n d o : «Turco, y a t e n g o espada, , a h o r a a q u í n o s veremos.» F i e r a b r á s le d i c e : «Amigo, m u c h o e n el alma lo s i e n t o , ven y t o m a r á s la tuya, y d a m e lá mía en premio.» «Primero quiero templaría, p o r v e r si es fuerte el a c e r o , y si n o es c o m o la mía luego d e s p u é s trocaremos.» Se e m b i s t e n el u n o al otro, p e r o a los lances p r i m e r o s le dio a F i e r a b r á s u n g o l p e . q u e le c o r t ó todo el y e l m o , y p a r t e d e la cabeza, q u e a n d a b a c o m o sin t i e n t o ; le asestó o t r a estocada p o r el c o s t a d o izquierdo, cayó el m u s u l m á n en t i e r r a , ,• estas p a l a b r a s d i c i e n d o : «¡Oh v a l e r o s o cristiano!, p u e s sin s e g u n d o es tu esfuerzo,, n o m e aoabes de m a t a r , q u e d e s d e a h o r a confieso q u e es t u Dios m u y p o d e r o s o , infinito y v e r d a d e r o ; llévame presto, cristiano, , d o n d e están tus c o m p a ñ e r o s , y d a m e el s a n t o b a u t i s m o q u e p o r i n s t a n t e s deseo.» Apenas aquesto oyó, ñ él se a r r o j ó diciendo «Levántate, n o b l e amjgÉP, o¡';~\V que ahora c u r a r t e ^ ^ t e ^ o ^ 10 las d o s mortales herirlas, q u e Dios te 'dará el remedio.» Y F i e r a b r á s le r e s p o n d e : «No dilates mucho• t i e m p o , q u e t e n g o doce nü! h o m b r e s e n ese montes encubiertos.» L o atravesó fin el caballo y m o n t ó en las ancas luego, y a pocos pasos qué a n d u v o r e p a r ó y vio' q u e ' s a l i e r o n los q u e estaban eíi el monte; i b a delante un g u e r r e r o ; p a r a librar-su'señor v i e n e más veloz que el viento. Oliveros dijo : «Amigo, m u c h o én él'alma lo siento el n o p o d e r t e llevar d o n d e están mis c o m p a ñ e r o s ; q u e v i e n e torla tu ícente y nos c o r r e g r a n d e riesgo.» P o r la b r e ñ a se metió, y en u n arbolado espeso lo dejó bien al a b r i g o entre'¡quejas y lamentos; y v o l v i é n d o s e al c a m i n o vio v e n i r al caballero b i e n adelante de rodos d e t e r m i n a d o y soberbio; como no tenia lanza q u i s ó aguardarle-en-el suelo; s e d e s m o n t ó del caballo, el t u r c o siguió su ejemplo, y al t i e m p o de ir a darlo p e g ó un bota Oliveros, q u e se ¡n-tió por debajo y lo a g a r r ó del pescuezo, y quitándole la lanza t o m ó e l ' e s c u d o ' y el y e l m o , que-'és lo que'faIra le hacía, y p o r despacharlo presto, con el p o m o de la e.*j>¡ida' le p e g ó un golpe tan r e c i o e n c i m a de la cab"'eza, : ; : 1 — que le hizo saltar los sesos,* se m o n t ó l i g e r a m e n t e , , llegó la t r o p a a .este t i e m p o , se e n t r ó p o r m e d i o do todo«$ sin el t e m o r da los riesgos;, a u n o s hiere,, a o t r o s mata, a otros d e r r i b a e u ' e l suelo, y como es tanta la gen ta. m e lo c e r c a r o n en m e d i o , , dándole algunas h e r i d a s , . : lo llevaron p r i s i o n e r o . , F u é la nueva a Garlo-Magno, el cual acudió ligero con la gento que t e n í a a s o c o r r e r a Oliveros; se a r m ó tan cruel batallít, que los o n c e caballeros andaban p o r a q u e l c a m p o como lobos carnicero:!: . de d o c e mi! e n e m i g o s _ , no dejaron o c h o c i e n t o s ; a este t i e m p o el A l m i r a n t e se p r e s e n t a con más g e n t e ; p e r o viendo don R o l d a n que les ha e n t r a d o refuerzo, m a n d ó r e c o g e r su g e n t e para unir los c a b a l l e r o s , p e r o al tiempo d e j u n t a r s e a p r e s a r o n cinco d e ellos, y se ponen en h u i d a con esta presa q u e h i c i e r o n . En esto q u e Garlo-Magno mandó recoger sus muertos, se e n c o n t r ó con F i e r a b r á s < m u y mal h e r i d o y s a n g r i e n t o ; lleváronlo a M o n t m i o n d a , y d e n t r o d e poco t i e m p o con bebidas y r e p a r o s p r o n t o le r e s t a b l e c i e r o n ; pidió que le barnizasen con g r a n d e f e r v o r y celo; d i e r e n cuenta al A r z o b i s p o , y en la iglesia d e San P e d r o : : 11 bautizan a F i e r a b r á s ; d o n d e sus p u d r i ó o s fueron el valeroso R o l d a n y el buen p id re d e Oliveros; siguieron su c u r a c i ó n , y así que se vido b u e n o , era azote, de T u r q u í a y castigo d e p r o t e r v o s ; p o r q u e en todas las batallas llevaba p o r c o m p a ñ e r o . , • >< al c a b a l l e r o R o l d a n , . ,... m o s t r a n d o m u y bien su esfuerzo.. Ahora en la t e r c e r a parte se d i r á lo q u e sufrieron , ios cinco P a r e s de F r a n c i a que q u e d a r o n p r i s i o n e r o s . , , .,; ; TERCERA P A R T E La 'princesa JRloripcs presta m apoyo a los ilustres prisioneros. Embajadas por una y otra parla para el ••canga da los prixitmeros,. Muy p r o n t o los p r e s e n t a r o n a los cinco c a b a l l e r o s dolante del Almirante; que encolerizado y (tero, c a b i e n d o de q u e su hijo era herido y p r i s i o n e r o , los e n c e r r ó en una t o r r e orilla del m a r s o b e r b i o , y cada vez que crecía, hasta la mitad dol c u e r p o todos se c u b r í a n do agua; y el buen c o n d e de Oliveros, viéndose en tan gran,fatiga, exclamaba l a s t i m e r o : <¡Ah, desdichado do mí, q u e de ésta s u e r t e m e veo!; ¡hombre m a l - a f o r t u n a d o ! Si p e r m i t i e s e n los ciclos q u e yo saliera d e aquí, desdo luego ios p r o m e t o , a los q u e niegan la "kt castigarles con mi acero.» Y la hermosa Flor!pi's, que todo l o ' e s t a b a o y e n d o , movida de c a r i d a d , estaba h i r v i e n d o en su pecho de a m o r a Guy do B o r g o ñ a , desde que vio en los t o r n e o s aquel e.ierpo tan b i z a r r o , tan valiente y tan discreto, que v e n c i ó a m u c h o s que habíaen !a-palestra, y con esto la P r i n c e s a se abrasaba, en 1 lamas cUd Dioa flechero, ;-. y p o r ver si e n t r o ellos iba, llamó luego al carcelero, y le dice : «Bnitamonto, dinv.\ ¿qué h o m b r e s son ésos?»,: Él la r e s p o n d e : «Señora, os toa cinco caballeros, son P a r e s de-Garlo.-Magno,, y g r a n d e s c o n t r a r i o s nuestros.» La P r i n c e s a le r e s p o n d o : «Yo p i e n s o bajar a verlos.»,. , «Por d o s cosas no c o n v i e n e > q u e consigáis vuestro i n t e n t o : p o r q u e es l u g a r hediondo, y a b o m i n a b l e en e x t r e m o , y a d e m á s q u e vuestro p a d r e roo los e n t r e g ó , diciendo : «Bajo p e n a do¡ la vida q u e n a d i e hablare con ellos», y fiarse do mujeres suele t r a e r mulos riesgos.» «Quítate do mi presencia, q u e e r e s i g n o r a n t e y necio :. tu t a m b i é n iras connn<.>o, ^ y escucharais lo q u e habidos '-' • 1 12 Ai fin cedió, y a la n o c h e , a m p a r a d o s del silencio, fuá la P r i n c e s a a la t o r r e s e g u i d a de su e s c u d e r o , y e n t r e el vestido llevaba o c u l t o un palo bien recio; l l e g ó al sitio señalado, y al t i e m p o q u e el c a r c e l e r o fué a b r i r la p r i m e r p u e r t a , He p e g ó u n g o l p e tan recio c o n el palo q u e llevaba, q u e a sus pies le dejó m u e r t o ; ae a p o d e r ó de las llaves, y luego la t r a m p a a b r i e n d o e n t r ó do están los cristianos; g o z o s o s c u a n d o la vieron, dijo O l i v e r o s : «Señora, q u é g r a n d e diclia tenemos los p o b r e s encarcelados; p u e s nos sirve de consuelo t u i n e s p e r a d a visita.» Ella r e s p o n d i ó , d i c i e n d o : «¿Quién sabe si mi venida es p a r a daros tormento?!) Dijo O l i v e r o s : «Señora, e n tan g e n e r o s o p e c h o n o p u e d e c a b e r maldad, sino buenos sentimientos; b e n d i t o el que te crió, tan bellísimo p o r t e n t o . S i mereciera, señora, e l p o d e r l o g r a r mi i n t e n t o , q u o te volvieras cristiana, y o te llevara a mi r e i n o , r e c i b i e r a s el Bautismo, q u e es una j o y a sin p r e c i o , y estuvieras con tu h e r m a n o con gran placer y c o n t e n t o ; y si lograra la dicha y o y mis cuatro c o m p a ñ e r o s d e hallarnos bien a r m a d o s y con buenos alimentos, l o s cinco s o m o s bastantes — p a r a c o n q u i s t a r tu r e i n o y d e s t e r r a r de esa t i e r r a el culto falso y p r o t e r v o . » «¿Quien e r e s tú, q u e así h a b l a s , determinado y resuelto metido e n t r e las p r i s i o n e s , que amenazas a los sueltos?» Respondió O g e r d e D a n o i s : , "Señora, es tanto el d e s e o y v o l u n t a d de s e r v i r o s de m i amigo, que entiendoq u e la m u y g r a n d e p a s i ó n le hace h a b l a r sin concierto.» Dijo P l o r i p e s : «Bien s a b e s defender t u c o m p a ñ e r o . » Les p r e g u n t ó p o r s u s n o m b r e s . — Yo soy el c o n d e Oliveros, hijo del d u q u e R e i n e r y humilde servidor vuestro. — ¿Cómo venciste a m i h e r m a n o siendo tan b u e n c a b a l l e r o ? T - Con la a y u d a d e m i Dio*:, y la Reina de los cielos, y esa es la causa, s e ñ o r a , de h a l l a r m e p r i s i o n e r o , y lo tengo a g r a n d e dicha por h a b e r visto tu cielo. Floripea se s o n r i ó , y les d i c e : «Caballeros, m e habéis de d a r la p a l a b r a bajo fe de j u r a m e n t o , de a m p a r a r m e - y d e f e n d e r m e y d e g u a r d a r m e el secreto; s o b r e lo q u e soy v e n i d a es p o r ver si un c a b a l l e r o que llaman Gn.y d e B o r g o ñ a está e n , t u a c o m p a ñ a m i e n t o , q u e habrá t r e s a ñ o s cabales q u e lo vide en los t o r n e o s , • y en las j u s t a s con mi. p r i m o h a c e r valerosos h e c h o s , y desde e n t o n c e s q u e d é que no d u e r m o n i sosiego — IB en p e n s a r e n su p e r s o n a , y si l o g r a r a mi i n t e n t o q u e quisiera ser m i esposo, renunciara de mis reinos y m e volviera cristiana p o r t e n e r tan d u l c e dueño.» Dijo O l i v e r o s : «Señora, ese n o b l e c a b a l l e r o se q u e d ó con Oarlo-Magno, mas no os d é c u i d a d o eso, p o r q u e es m u y a m i g o mío y mi más c e r c a n o d e u d o , y h a r á cuanto y o le m a n d e y cumpla a v u e s t r o s d e s e o s » FIoripes.se.despidió : . «Quedaos en paz, caballeros, q u e antes q u e a m a n e z c a el día os sacaré de este encierro.» P a r t i ó s e luego a su cuarto, d o n d e p r e v i n o al m o m e n t o a cinco d a m a s h e r m o s a s que asistan los caballeros, y todas seis en cuadrilla hacia la m a z m o r r a fueron; y una c u e r d a de diez varas se la e c h a r o n a Oliv.eros, y e n t r e las seis lo sacaron; luego con g r a n d e esfuerzo él sacó a los o t r o s cuatro, y así que fuera s e vieron, a cada u n o les p u s o un vestido de t u r q u e s t o ; , los llevó p a r a su sala, y dijo al c o n d e O l i v e r o s : «Muy bien os cae el vestido, <• y la r e s p o n d i ó m u y serio : <B! hábito no hace al monje, lo m e j o r fuera, y m á s cierto el h a l l a r m e bien a r m a d o , p a r a p o d e r defendernos.» Cenaron con a p e t i t o , y ía P r i n c e s a a .esto tiempo sacó un cofrecillo de oro, — y dio a g u s t a r a Oliveros un c o r d i a l tan suave el cual q u e envió al desierto Dios al p u e b l o de Israel, y al i n s t a n t e se halló b u e n o ; d a n d o mil gracias a Dios q u e d a r o n ios caballeros, y así q u e a m a n e c i ó el día fué la P r i n c e s a a Oliveros dicióndole, q u e tenía en o t r o salón de a d e n t r o g r a n d e p o r c i ó n de vestido? ., cotas y mallas de acero, y m u y oortnntes espadas p a r a a r m a r l e s caballeros, y cada cual en su cuarto que se p o n g a los pertrecho!-' Dejemos aquí a Floripes con los c i n c o caballeros, y v a m o s al Almirante, que hizo v e n i r al m o m e n t o diez reyes, sus tributarios,' p a r a q u e lleven un pliego d o n d e e s t a b a Carlo-lVíagno, p i d i é n d o l e con i m p e r i o que le diese a F i e r a b r á s p o r sus cinco caballeros, y q u e si n o s» lo envía les d a r á la m u e r t e floro. A este t i e m p o Cario Magno también tenía dispuesto q u e saliese don Roldan con o t r o s seis c o m p a ñ e r o s a llevarle la embajada al A l m i r a n t e , diciendo que si n o se le r e n d í a y d a b a los caballeros q u e tenía allá en la t o r r e , q u e le hacía j u r a m e n t o de q u i t a r l e la c o r o n a y d e s t r u i r l e sus reino?. Salen d e u n a p a r t e y o t r a las e m b a j a d a s a u n t i e m p o 1 y en la mitad del c a m i n o d o n R o l d a n v i d o a lo lejos u n e s c u a d r ó n que venía, y p a r t i ó a reconocerlos; , b u e n t r e c h o se adelantó, y ellos así que lo v i e r o n salió p a r a recibirle el q u e iba delantero; le p r e g u n t ó q u e quién era. — Somos siete caballeros, vasallos de Cario Magno, q u e pasamos con un p l i e g o al a l m i r a n t e Balan. — No me es p o s i b l e el c r e e r o s ; y así, e n t r é g a m e las a r m a s y ríndete prisionero, q u e te p r o m e t o la vida. Y le refpondió resuelto : •¿Cómo h o de e n t r e g a r las a r m a s ? Dirían mis c o m p a ñ e r o s q u e no soy para llevarlas.» Y el africano s o b e r b i o p u s o la mano en su lanza, y Roldan, c o m o más d i e s t r o , , al turco le g u a r d ó el golpe,, e hizo el suyo tan cierto, , q u e le sacó de ja s'iliá y a sus pies le dejó m u e r t o . L o s otros .luego al instante c o n furor le acometieron; b i z a r r o s e defendía, y c u a n d o sus c o m p a ñ e r o s llagaron para a y u d a r l e y a tenía siete m u e r t o s ; • p e r o el p r i n c i p a de Túnez p r e t e n d i ó escaparse h u y e n d o , y Riearte de Ñ ó r m a u d i a salió p a r a d e t e n e r l o , mas se le p e r d i ó en él m o n t é , y volvió a sus c o m p a ñ e r a s ; m a s v i e n d o que ya t e n í a n s o b r e uñón catorce' muertos, desgarretan los caballos y e n consulta se p u s i e r o n , si irían a Cario M a g n o a d a r cuenta del suceso. Don Roldan dijo : «Señores, ¿qué dirán los caballeros, q u e nos v o l v e m o s a t r á s t e m e r o s o s de loa riesgos?» Llegaron p o r fin al [mente, y el d u q u e Naimes, discreto, engañó al g i g a n t e , y dijo cómo iban con un pliego a entregar a Fierabrás p o r los cinco c a b a l l e r o s . El cual c o n ' e s t a noticia les dio p u e r t a Tranca luego. Llegaron hasta Aguas Muertas, y el Almirante, e n t e n d i e n d o q u e ve n d ría i á'-'e m b a j a da p o r los cinco c a b a l l e r o s e n cambio de F i e r a b r á s , m a n d ó a su Maestre luego q u e los hospedo en su casa, adonde los'dejaremos, p o r q u e e n la s i g u i e n t e p a r t e d a r é de ellos c u m p l i m i e n t o . CUARTA P A R T E Amores da la prineem mora prender a Ion embajadores. Aquel p r í n c i p e do Túnez, el q u e se escapó h u y e n d o , llegó, y dijo al A l m i r a n t e : con Guy de Borgoiía. — Manda el Almirante Insurrección de los prisioneros da la torra. «Sefipr, siete c a b a l l e r o s en la mitad d e l ' c a m i n o nos salieron al e n c u e n t r o ; y fueron tan v a l e r o s o s , q u e en m u y b r e v e s m o i n e n t o s a catoi'ce d i e r o n , m u e r t e ; p e r o yo escapé h u y e n d o ,. fiado de mi caballo : . . , . ' . . esta es la v e r d a d p o r cierto, . que si habéis d e castigarlos m i r a d q u e no sean d u e ñ o s de p o d e r usar d e a r m a s , que.sj las t o m a n es cierto q u e n o p o d r á n sujetarlos todo el p o d e r del Imperio.» El A l m i r a n t e , q u e o y ó ' p r o n u n c i a r a q u e s t o s ecos, clamaba luego a s u s dioses llenándolos de i m p r o p e r i o s . Llegó S n r t i b r á n al p u n t o estas p a l a b r a s d i c i e n d o : «Muy p o d e r o s o s e ñ o r , n u e s t r o s dioses son m u y . buenos, p u e s h a n t r a i d o a la c o r t e a los q u e tan m a l te han h o o h o : antes que amanezca el día os los t e n g o d e d a r presos.» Mandó a p r o n t a r al instante,. congran,,recato y secreto, tres mil h o m b r e s bien a r m a d o s . S o r t i b r á n y el R e y se fueron a la casa del Maestre, y e n t r e los tres c o n s i g u i e r o n s o r p r e n d e r l o s sin las a r m a s ; e n t r ó la t r o p a a ese tiempo, y sin p o d e r r e s i s t i r s e los lie varón p rision e r o s a d o n d e está el Almirante; e n t r ó el p r i m e r caballero, . le p r e g u n t ó q u e quién era, y le r e s p o n d i ó r e s u e l t o , d i c i e n d o : «Yo s o y Roldan,. u n o de los c a b a l l e r o s vasallos do Curio-Magno, q u e venimos con un pliego para t r a e r l o a esta corte; p e r o los enviados vuestros en la m i t a d del camino, p o c o corteses y atentos, intentaron'desarmarnos, y d e n t r o de-poco tiempo' d i m o s m u e r t e hasta c a t o r c e , y el o t r o se escapó h u y e n d o ; a q u í t r a i g o las cabezas p o r si n o q u e r é i s ¿recrió. — ¿Qué 'diablo''te envió acá?' — Quien te q u i t a r á tu r e i n o si n o te haces cristiano y e n t r e g a s los caballeros y las s a g r a d a s reliquias; p o r q u e ha hecho j u r a m e n t o de q u i t a r t e la'coi-Ona y d e s t r u i r tii I m p e r i o . — No llevarás la r e s p u e s t a , q u e d e n t r o do breve t i e m p o has d e ser descuartizado y p o r los caminos puesto. Entró el segundo, y le dice : ¿Quién es éste caballero? — - S o y fricarte d e N o r m a n d í a . — Me a l e g r ó de conoceros, q u e a h o r a m e pagarás los a g r a v i o s que m e ' h a s h e c h o . E n t r ó el t e r c e r o , y p r e g u n t a : «¿Quién ores tú?» Y m u y d i s c r e t o dice : «Soy Guy de Borgóña.» «También tuve g r a n d e s e o * d e p i l l a r t e en mi poder.» Y G u y r e s p o n d i ó al m o m e n t o : «Si t u v i e r a s buena s a n g r e o fueras buen' caballero y te p r e c i a r a s d e noble, n o hicieras estos p r o p u e s t o s de q u e r e r d a r n o s la m u e r t e o p r i m i d o s y sujetos,sino darnos nuestras armas, prevenir;tocio tu r e i n o , y si acaso nos matasen c a r o os costaría el duelo.» 16 F l o r i p e s que está e s c u e h a u d o de su q u e r i d o los eoos, p r o n t a se bajó a la t o r r e , y dice : C o n d e Oliveros, y a lia llegado la ocasión de q u e mostréis v u e s t r o esfuerzo y m e paguéis las finezas q u e a vos y los c o m p a ñ e r o s h e h e c h o en aquesta t o r r e ; q u e están siete caballeros, entro ellos Guy d e B o r g o ü a , d e n t r o del palacio p u e s t o s en presencia, de mi p a d r e , que, encolerizado y ciego, los ha sentenciado a m u e r t e , y t a m b i é n a vos con ellos; y o pienso ir a palacio a ver si p u e d o t r a e r l o s ; y si acaso no p u d i e s e , lo que y o os suplico y r u e g o es q u e seáis diligentes e n salir al desempeño.» F u á F l o r i p e s al instante c o n g r a n cuidado y a n h e l o , a su p a d r e le g r e g u n t a : «¿Quién son esos caballeros? — Vasallos d e Carlo-Magno, los q u e tengo g r a n d e s e o a n t e s q u e c o n c l u y a el día darles castigos m u y fieros. F l o r i p e s dijo : «Señor, ., n o conviene que tan p r e s t o ejecutéis el castigo, sin darlo vado al t i e m p o ; . p e r m i t i d m e q u e d o s lleve a d o n d e los otros tengo.» L e c o n c e d i ó l a licencia, y S o r t i b r á s a este t i e m p o le. dice : cNoble señor, ¿no habéis leído e j e m p l o s e n las historias pasada?, y podéis saber p o r c i e r t o q u e el fiarse de m u j e r e s _ suele t r a e r g r a n d e s riesgos?» Floripes muy enojada ' e n t r e sí exclamó d i c i e n d o : «Villano, lo p a g a r á s ; h o y p o r mi fe te p r o m e t o q u e te has de a c o r d a r de mi»; y llevándose ios p r e s o s donde los o t r o s estaban con g r a n d í s i m o c o n t e n t o , m a n d ó al p u n t o q u e se a r m a s e n p o r si o c u r r i e s e algún riesgo; se s e n t a r o n a la m e s a ' y todos j u n t o s c o m i e r o n , poniendo por cabecera ai valeroso O l i v e r o s j u n t o a la h e r m o s a F l o r i p e s , y luego al lado d e r e c h o el n o b l e Guy d e B o r g o ñ a , a quien le dijo O l i v e r o s : «Sabed, noble a m i g o , q u e a v o s solo os d e b e m o s el que n o s halléis c o n vida; y el v e r o s l i b r e del r i e s g o e n que os habíais m e t i d o ; daréis a g r a d e c i m i e n t o s a la princesa F l o r i p e s , q u e es n u e s t r o a m p a r o y r e m e d i o ; está tan a p a s i o n a d a d e vos, señor, y c o n esto q u i e r e v o l v e r s e cristiana p a r a q u e seáis su d u e ñ o ; y y o la h e d a d o p a l a b r a ; con qué es p r e c i s o hacerlo.» G u y de B o r g o ñ a r e s p o n d e , diciendo : «Si n o es más d e eso, desde el i n s t a n t e q u e vi la h e r m o s u r a d e su cielo, q u e d é r e n d i d o a s u s plantas y el corazón tan sujeto, q u e mil vidas q u e t u v i e r a todas las p u s i e r a a riesgo p o r defender s u p e r s o n a y sacarla d e e s t e reino.» Floripes a v e r g o n z a d a , sacó de su h e r m o s o d e d o u n anillo de e s m e r a l d a s y se Id dio, así d i c i e n d o : «Sea esta p r e r i d a testigo ahora y en t o d o tiempo.» Se dieron p a l a b r a y m a n o , con t o d o f o r m a l e m p e ñ o . Llegó a este t i e m p o a palacio u n famoso c a b a l l e r o . s o b r i n o del A l m i r a n t e , y p r e g u n t a n d o p o r ellos, su tío le r e s p o n d i ó : «Entre c a d e n a s y h i e r r o s los t i e n e mi hija Floripes; si q u e r é i s h a b l a r con ellos bajaos p r e s t o a la torre», y lo ejecutó al m o m e n t o ; halló la p u e r t a cerrada, y dio u n e n i p u j ó n tan recio, q u e q u e b r ó la c e r r a d u r a y el pestillo s a l t ó luego; a b r i ó la p u e r t a y e n t r ó , y viendo a los caballeros que'estaban todos armados, dice t e m b l a n d o dé m i e d o : «No q u i s i e r a h a b e r v e n i d o p o r no h a l l a r m e en tanto riesgo»; se levantó el d u q u e Naimes, q u e es el m á s arioiado de ellos; y él p r o c u r ó r e t i r a r s e , p e r o el D u q u e e n e s t e t i e m p o le p e g ó con g r a n valor un porrazo tan certero encima d e la cabeza q u e le hizo saltar los sesos. F l o r i p e s c u a n d o lo vido tuvo g r a n p l a c e / en ello, y le dice: «Señor Duque, n o ha sido el g o l p e de viejo, sino de j o v e n bizarro.» Y él la r e s p o n d i ó r i s u e ñ o : «Pues otros v e r é i s m a y o r e s CAKLO-MAGNO. si Dios m e da b u e n acierto'. • F l o r i p e s dijo: «Señores^ os d e j o p o r u n m o m e n t o , q u e mi p a d r e está a g u a r d a n d o , p u e s m e tengo p o r m u y c i e r t o q u e n o ha de c o m e r sin mí; d e n t r o b r e v e r a t o vuelvo.F u é F l o r i p e s al palacio, y dio a su p a d r e el p r e t e x t o , q u e ella c o m e r n o quería, q u e s e hallaba mal dispuesto su c u e r p o , p o r la cuestión d e a q u e l falso caballero. P r e g u n t ó p o r su s o b r i n o y le respondió, diciendo: — A l l á abajo q u e d ó h a b l a n d o c o n los o t r o s c a b a l l e r o s . ^—Pues llega y dile q u e venga, q u e se v a pasando el tiempo. S e d e s p i d i ó cuidadosa, fué y dijo a los caballeros si está t o d o p r e v e n i d o o les falta algún p e r t r e c h o , p o r q u e es llegada la hora de q u e salgan de su e n c i e r r o . Salieron Roldan delante y el v a l e r o s o Oliveros, R i c a r t e y Guy d e B o r g o ñ a , s e g u i a n sus c o m p a ñ e r o s . Mató R o l d a n a l Maestro, y el valeroso Oliveros dio la m u e r t e al rey. Coldé. G u y d e B o r g o ñ a a este t i e m p o s u b i e n d o a los c o r r e d o r e s m a t ó varios caballeros y los d e m á s q u e allí había, t o d o s se escapan h u y e n d o . Sólo q u e d ó el A l m i r a n t e , q u e al o í r tan g r a n d e e s t r u e n d o salió e n busca de los suyos y e n el c a m p o se r e u n i e r o n . V i e n d o el p a d r e de F l o r i p e s tal desastre, exclama ñ e r o : 3 ; — «¡Maldición c o n t r a m i hija, q u e e n tal estado m e ha p u e s t o ! ; Ya en palacio los Pares r e c o g e n los b a s t i m e n t o s , llevándolos a ia t o r r e , 18..— d o n d e r e c i b i d o s fueron d e F l o r i p e s y las d a m a s , a d o n d e los d e j a r e m o s , p o r q u e e n la s i g u i e n t e p a r t e .. so c o n t i n u a r á el s u c e s o . QUINTA P A R T E Sálvase Guy de Bcrgoña de, un grande Combate en el puente de Man tibie. -Paso por el puente Apenas el A l m i r a n t e s e v i o libre d e aquel r i e s g o , lazo v e n i r al instante t o d a s las t r o p a s del r e i n o p a r a q u e allí se j u n t a s e n , c o n i n t e n c i ó n d e d a r fuego a la t o r r e con F l o r i p e s y sus d o c e c o m p a ñ e r o s ; m a s pasados unos días hizo el Almimutí! a c u e r d o , d e que F l o r i p e s tenía u n cinto ceñido al c u e r p o , q u e d o n d e q u i e r a q u e fuese n o faltaría alimento; m a n d ó llamar a Marpín, q u e era e n c a n t a d o r p r o t e r v o , y lo dijo si p o d í a con g r a n cuidado y s e c r e t o , ir a quitarle a F l o r i p e s el cinto que tiene puesto; se ofreció, y p o r la n o c h e t r a n s f o r m a d o e n caballero llegó al cuarto de F l o r i p e s , y l e atisbo el cinto l u e g o debajo de la almohada, m a s al quitarle los lienzos c o n q u e se hallaba a b r i g a d a , al m i r a r su h e r m o s o s e n o n o p u d o irse sin tocarla e n el carrillo i s q u i e r d o ; despertó despavorida; G u y de B o r g o ñ a a este t i e m p o apuro. del ejército cristiano que estaba de c e n t i n e l a , ,,.. acudió a ¡os g r i t o s luego, y apenas llegó a la p u e r t a , v i o a un h o m b r e salir h u y e n d o ; lo coge d e la c i n t u r a , y le hizo saltar los sesos , c o n t r a el umbral,de. la puerta, y a la m a r la a r r o j ó luego. En este t i e m p o F l o r i p e s ha echado el chito d e m e n o s ; los caballeros c r i s t i a n o s : la consolaban, d i c i e n d o . «No os d é c u i d a d o , s e ñ o r a , q u e e s t a n d o Dios d e p o r m e d i o n o os p u e d e faltar nada.» P e r o el A l m i r a n t e v i e n d o ¡ d e que Marpín n o venía, s o s p e c h ó le h a b r í a n m u e r t o . C e r c a r o n toda la t o r r e , y los doce c a b a l l e r o s con mucho brío y coraje luego al i n s t a n t e salieron; hicieron tan g r a n d e s t r o z o q u e la s a n g r e d e los muertos* corría p o r a q u e l c a m p o corno c u a n d o está lloviendo t o m a r o n del e n e m i g o la provisión, y t r a j e r o n diez acémilas c a r g a d a s d e vituallas, y c a m e l l o s cargados do p a n y v i n o m á s de c a t o r c e c o g i e r o n . 19 Llevándolos a la t o r r e , p e r o el n o b l e c a b a l l e r o llamado G u y d e J l o r g o ñ a se quedó e n v u e l t o e n t r e ellos; y reparando Floripea q u e faltaba un caballero, y el valeroso R o l d a n q u e t a m b i é n lo e c h ó d e m e n o s , volvieron para buscarlo, mas ya estaba p r i s i o n e r o e n p o d e r del A l m i r a n t e , quien m a n d ó l u e g o al m o m e n t o que pusieran una horca a vista del c a m p a m e n t o ; ejecutáronlo al p u n t o con algazara y e s t r u e n d o ; sacan a Guy d e B o r g o ñ a dándole g o l p e s m u y recios, tirándole m u c h a s p i e d r a s desde el g r a n d e hasta el p e q u e ñ o ; r e p a r ó R i c a r t e y vio q u e iba su c o m p a ñ e r o llegando al pie de la horca, y luego le van s u b i e n d o ; se p a r t i ó luego al instante con dos de sus c o m p a ñ e r o s , se llegó hasta la horca, y con su c o r t a n t e a c e r o cortó la soga, y le dio al q u e le estaba s u b i e n d o tan gran g o l p e e n la cabeza, que lo d e r r i b ó al suelo; a r m a n a Guy d e B o r g o ñ a con a r m a s que allí c o g i e r o n , y así q u e se vio a r m a d o , e r a n sus g o l p e s tan ciertos, que s i a m p r e b u s c a n d o iba los más p e l i g r o s o s puestos. Les g a n a r o n a Aguas-Muertas, y el A l m i r a n t e h u y e n d o se r e t i r ó a otra ciudad, a dos leguas p o c o m e n o s ; los caballeros cristianos — r e c o g i e r o n los p e r t r e c h o s , y v o l v i é n d o s e a la t o r r e con vivas los r e c i b i e r o n , y a la p r i n c e s a F l o r i p e s le e n t r e g a r o n su d u e ñ o . D o n R o l d a n dijo: «Señores, u n o d e los caballeros es m e n e s t e r que se vaya con g r a n cuidado y secreto a d a r p a r t e a Garlo-Magno, q u e nos envíe refuerzo.» R i c a r t e d i j o : «Señores, el i r solo bien m e atrevo, q u e sé m u y bien el camino; tan sólo al p u o n t a lo t e m o , p e r o al fin y o daré traza a v e r si p a s a r l o puedo.» Se d e s p i d i ó diligente, y t o m ó el camino»luego; ya q u e iba algo distante, oye q u e con gritos fieros del c a m p o del A l m i r a n t e p r o n u n c i a b a n estos e c o s : ' A q u é l , q u e va a Curio-Magno p r e n d e r l e luego al momento.» El rey Clarión q u e estaba observándolo soberbio, d i c e : «Yo sólo h e de i r y lo d a r á vivo o muerto.» Lo alcanzó en un breve rato, y le dice con d e n u e d o : «Di, villano, d ó n d e vas; ríudete aquí prisionero o te q u i t a r é la vida.» R i c a r t e dijo s e v e r o : ' A bien q u e solos estamos, a h o r a aquí nos veremos.» Metieron m a n o a sus lanzas d á n d o s e recios e n c u e n t r o s ; p e r o de allí a poco rato R i c a r t e l o g r ó su intento, lo d e r r i b ó d e la silla, y así q u e lo vio en el suelo la cabeza le c o r t ó , d a n d o m i l gracias al Cielo; y v i e n d o q u e su caballo e r a tan h e r m o s o y b u e n o , m o n t ó en él luego, al i n s t a n t e , dejándose el s u y o suelto, el cual se volvió a la t o r r e , y viendo los caballeros el caballo de R i c a r t e tuvieron g r a n sentimiento, q u e j u z g a r o n que el j i n e t e sería e n el c a m p o m u e r t o ; llegó al fin R i c a r t e al río, y viéndolo tan s o b e r b i o , se d e t u v o en su ribera, devota oración haciendo a Dios T o d o p o d e r o s o ; vio v e n i r u n blanco c i e r v o de la o t r a p a r t e del r í o , y asió al caballo del d i e s t r o p o n i é n d o l e al o t r o lado; ¡oh, qué admirable m i s t e r i o ' Salió c o r r i e n d o el g i g a n t e p o r ver si p u e d e p r e n d e r l o , m a s Ricarte en su caballo iba más veloz q u e el v i e n t o ; se presentó a Garlo-Magno, quien r e g o c i j a d o al v e r l o , p r e g u n t ó p o r sus v a r o n e s , y le contestó r e s u e l t o , quedaban dentro una torre, m u y escasos d e a l i m e n t o s , y la princesa F l o r i p e s t a m b i é n estaba con ellos, p o r q u e quiere ser cristiana; se dispuso q u e al m o m e n t o se preparasen ¡as t r o p a s p a r a i r a socorrerlos. P e r o R i c a r t e advirtió lo difícil del e m p e ñ o , q u e era p a s a r el p u e n t e , si n o se a r b i t r a b a u n m e d i o ; y dijo: «Dadme licencia, con c i n c u e n t a c a b a l l e r o s , que cubriendo nuestras armas, como que vamos al reino a llevar m e r c a d e r í a s , c o n s e g u i r así p o d r e m o s q u e el g i g a n t e c e d a el paso, y d e s p u é s que e s t e m o s d e n t r o meter mano a nuestras armas y soltar las capas diestros.» Lo hicieron c o m o lo dijo, y aquella n o c h e s a l i e r o n m á s de t r e i n t a mil infantes y cerca seis m i l lanceros; cosa de u n c u a r t o d e legua d e l p u e n t e se e s c o n d i e r o n , y unos c i n c u e n t a m a r c h a r o n hasta el m i s m o p u e n t e , y luego salió el g i g a n t e , y les dice quién son; y r e s p o n d i e r o n : «Somos u n o s m e r c a d e r e s q u e pasamos p a r a el r e i n o del a l m i r a n t e B a l a n ; y el tributo le t r a e m o s q u e se p a g a e n e s t e puente.» Dijo el g i g a n t e : «Es e n t e r o ; p o r cada u n o u n m a r c o de o r o m e habéis d e dar, y con esto p a s a r é i s p o r este p u e n t e sin q u e os venga n i n g ú n riesgo.» R e s p o n d i ó el d u q u e R e i n e r : «Abre, te e n t r e g a r á s de ello.» Abrió el g i g a n t e la p u e r t a , y Ricarte m u y r e s u e l t o , avanzó con sus parciales, soltando les c a p a s diestros, d e s e n v a i n a n las espadas, y el g i g a n t e m u y s o b e r b i o , v i e n d o que le h a n e n g a ñ a d o alzó u n a p o r r a do h i e r r o p a r a m a t a r sus c o n t r a r i o s , p e r o R i c a r t e m u y diestro, con u n a recia estocada le hizo m e d i r el s u e l o . — 21 Carlo-Magno q u e y a estaba prevenido, acudió presto; g a n a r o n p o r íin el p u e n t e , y al g i g a n t e m u e r t e d i e r o n . Curio-Magno y F i e r a b r á s ; ven otro g i g a n t e p u e s t o , q u e llamaban A n t e ó n , < con una b a r r a d e h i e r r o , q u e en altas v o c e s decía con enfurecidos ecos: «Venga acá ose.Garlo-Maguo y todos sus c o m p a ñ e r o s , q u e t i e n e n el p a s o franco; vengan, aquí los espero.» , ; Quiso e m b e s t i r Cario Magno y F i e r a b r á s a este t i e m p o llegó, y dijo: «Gran s e ñ o r , esto le toca a m i e m p e ñ o ; y so fué hacia el gigante, ; q u e alzó la b a r r a ligero, , pero diestro Fierabrás . le p e g ó u n g o l p e tan flerp, q u e le c o r t ó e n t r a m b o s b r a z o s c a y é n d o s e l e s al suelo, , y c o n o t r a cuchillada q u e le c o r t ó todo el y e l m o , la cabeza le h u n d i ó a p l a s t á n d o l e los s e s o s . . • • • ; S e a p o d e r a r o n del c a m p o , • .. , t o c a n d o el p a r c h e a degüello; u n o s se tiran al río, o t r o s se escapan h u y e n d o a d a r c u e n t a al A l m i r a n t e . A d o n d e los dejaremos, :• q u e e n la otra p a r t e q u e s i g n e . a mi auditorio prometo, referir del Almirante la vida, fin y sucesos. ¡; ; ' SEXTA P A R T E Apresamiento Combate parcial de Cari o-Magno i y •muerte del Almirante.—Iiegrn.ua Carlo-Magno Supuesto q u e p r o m e t í i• a mi a u d i t o r i o discreto el p r o s e g u i r c o n la .historia, escuchadme un rato,atentos. ; Ya dije que Carlo-Magno invadió el c a m p a m e n t o , se a p o d e r ó de los tesoro;::; lints no se a p r o p i ó d e olios, q u e los r e p a r t i ó a .sus tropas p o r q u e c o b r e n más aliento; p e r o aquella m i s m a noche e s t a n d o el c a m p o e n silencio, Ja g i g a n t a Darniela, p o r v e n g a r su esposo m u e r t o , salió con u n a bisarma,' llena de r a b i a y v e n e n o , los s o r p r e n d i ó descuidados, degolló m á s d e doscientos, a Francia y por suerte Fierabrás, , q u e u n a h o n d a de v a q u e r o üomó, y p o n i e n d o u n a p i e d r a le hizo el tiro tan c i e r t o , • q u e el brazo con la b i s a r m a se lo s e p a r ó del c u e r p o ; c a y ó la g i g a n t a en tierra, y allí la m u e r t e le dieron, y r e g i s t r a n d o la cueva, e n ella hallaron d u r m i e n d o d o s n i ñ o s de cuatro meses, de ocho palmos y medio; ios bautizó Carlo-Magno, p o n i e n d o al u n o Oliveros y al o t r o puso Roldan, . p e r o luego se m u r i e r o n . V o l v a m o s al A l m i r a n t e , q u e c u a n d o s u p o de cierto - q u e habían g a n a d o el p u e n u y son sus gigantes m u e r t o s , maldice a t o d o s sus d i o s e s ; ' lleno de rabia y veneno los hizo dos mil pedazos. S o r t i b r á n llegó a este t i e m p o , d i c i e n d o : «Noble s e ñ o r , ¿qué hacéis?, que eso n o es b u e n o . p e d i d p e r d ó u d e la injuria a n u e s t r o s dioses, 'que es c i e r t o los h a b r e m o s m e n e s t e r p o r ver si acaso pódennos a p r e s a r a Garlo-Magno d á n d o l e castigo ñ e r o » ; y a r u e g o de S o r t i b r á n les pidió p e r d ó n , diciendo,; q u e a d o r n a r í a su t e m p l o d e l o r o m á s fino y terso; y así el ídolo encantado q u e tiene un mágico d e n t r o de la cabeza, r e s p o n d e con estos fingidos ecos: «Yo te p e r d o n o , y así prevén'-tu g e n t e a! momento.q u e has d e vencer en batel te, y d e todo serás dueño.» Apenas a q u e s t o oyó, dispuso luego al m o m e n t o '. se a p r e s t e n tres divisiones; va el r e y T u r b a n t e p r i m e r o , el s e g u n d o S o r t i b r á n , y el r e y Tehipeatre el t e r c e r o . Garlo-Magno q u e v e n í a ya con su a c o m p a ñ a m i e n t o , le suplicó F i e r a b r á s estas palabras d i c i e n d o : «Muy p o d e r o s o señor,' sólo una m e r c e d te r u e g o ; q u e publiques en t u r e a l , • de q u e cualquier caballero q u e se e n c u e n t r e con m i p a d r e , n o le d é m u e r t e , q u e q u i e r o v e r si puedo convertirle.;' 1 22 — Le dice: «Te lo concedo.» F u é n o m b r a d o Galalón, para ir de mensajero a d o n d e está él Almirantes, i n t i m á n d o l e de n u e v o , si quiere hacerse: cristiano y e n t r e g a r los c a b a l l e r o s con las sagradas reliquias; q u e se q u e d a r á en s u s reinos y se firmarán las p a c e s bajo el f o r m a l c o n v e n i o . Y le dijo ol A l m i r a n t e : «No serás buen c a b a l l e r o cuando t u s e ñ o r te envía con un m e n s a j e tan necio.-' Galalón le r e s p o n d i ó : «Nosotros n u n c a p o d e m o s n e g a r n o s a la o b e d i e n c i a ; y te a s e g u r o p o r c i e r t o , si n o abjuras tus e r r o r e s y te e m p e ñ a s en s e r terco, t e n d r á s p o r q u é a r r o p e n irte E n esto u n c a b a l l e r o que está c o n e l A l m i r a n t e alzó la m a n o s o b e r b i o p a r a d a r l e a Galalón; p e r o él a n d u v o l i g e r o , y le p e g ó una lanzada q u e le hizo caer m u e r t o a l o s pies del A l m i r a n t e , y luego se escapó h u y e n d o ; fué d o n d e está Garlo-Magno c o n t á n d o l e este suceso; m a n d ó tocasen a l a r m a los timbales o i n s t r u m e n t o » ; se p r e s e n t a el r e y T u r b a n t e con su división, s o b e r b i o ; se adelanta hacia el r e a l en altas voces d i c i e n d o : «Salga acá ese Garlo-Magno, y v e r e m o s los d o s viejos onál se lleva lá victoria.» 1 Y Garlo-Maguo a este >tempe» t o m ó la.espada y la- lanza, .. ••. salió a ia p a l e s t r a luego, ; \ Se e m b i s t i e r o n tos dos Mattes eon tanto valor y esfuerzo, , q u e cada u n o p r e t e n d í a : llevar el lauro p o r p r e m i o ; p e r o v i e n d o Garlo-Magno que no hería.al cabañero, c o m o ,era. d i e s t r c e n l a l u c h i v . \ soltó la lanza e n e l suelo, .<: se c u b r i ó b i e n c o n su escudo,,- • y a él se a r r o j ó ligero; , , le cogió p o r la c i n t u r a y dio con ól e n e l suelo, c o r t á n d o l e la cabeza; a m b a s tropas, a c u d i e r o n ; , se a r m ó tan c r u e l batalla, que dentro de breve tiempo • dieron m u e r t e a S o r t i b r á n y al r e y T e m p e s t r e el t e r c e r o . D e coraje el A l m i r a n t e viendo sus magnates muertos, se e n t r ó p o r m e d i o de t o d o s sin r e p a r a r e n los riesgos; acuchilló m u c h a g e n t e , m a t ó m u c h o s caballeros, y el b u e n p a d r e d o n R o l d a n q u i s o salir al e n c u e n t r o , p e r o fué,,su m a l a s u e r t e , p o r q u e a los lanoes p r i m e r o s se le ha q u e b r a d o la espada p o r cerca de los brazuelos, y así q u e rtñ el A l m i r a n t e , q u e 16 t e n í a i n d e f e n s o lo atravesó e n s u caballo, y quiso e s c a p a r h u y e n d o . F i e r a b r á s c u a n d o lo vio salió p a r a d e t e n e r l o , y se le p u s o d e l a n t e q u i t á n d o l e el caballero; su p a d r e le e o n o e i ó , estas p a l a b r a s d i c i e n d o : . . . «¿ñois acaso F i e r a b r á s . ; r 1 v ; ; v 1 v m los valerosos-hechos! , Dijo q u e sí, y m u y h u m i l d e , • empezó a rogarle tierno,, • q u e se volviese cristiano y c r e y e s e en Dios i n m e n s o , i El p a d r e le r e s p o n d i ó ' Heno d e r a b i a y veneno:: , «¡Oh, n u n c a h u b i e r a s nacido, para no darme tormentos! T ú vives m u y e n g a ñ a d o , . y o n ti g r a n venganza, empero. L e r o d e ó las espaldas,; : , y F i e r a b r á s a este tiempo,. ¡ p o r n o r e ñ i r c o n su p a d r e , , se tiró a otros caballeros. Los q u e e s t a b a n e n . l a t o r r e e n e s t e tiempo salieron, • a c u d e n ;a la batalla, , y los p i l l a r o n e n m e d i o ; e n fin, g a n a r o n el c a m p o , y al A l m i r a n t e ' p r e n d i e r o n , l l e v á n d o l o a Garlo-Magno, m a n d a n d o luego al m o m e n t o lo e n c i e r r e n en u n a sala c o n o t r o s seis caballeros q u e c u i d e n de su p e r s o n a y l e d e n b u e n t r a t a m i e n t o . -¡ V i n o a la n o c h e F l o r i p e s c o n F i e r a b r á s , y muy; t i e r n o s y h u m i l d e s le s u p l i o a b a n q u e c r e y e s e en Dios e t e r n o , y el f e m e n t i n o A l m i r a n t e , •' fingiendo a r r e p e n t i m i e n t o , dijo q u e r í a ser cristiano, y quedaron muy contentos; a o t r o día d e m a ñ a n a t r a n q u i l o s y satisfechos, a la Iglesia lo llevaron e n t r e m u c h o s caballeros. V i n o el s e ñ o r Arzobispo, d á n d o l e b u e n o s consejos, p e r o e n l u g a r , d e escucharlo, l e v a n t ó e l brazo s o b e r b i o , --24 — se abalanzó al A r z o b i s p o , llenándole d e i m p r o p e r i o s ; F i e r a b r á s d i j o a su p a d r e eon muy doloridos ecos: «Dulce p a d r e d e mi vida, deja esos ídolos fieros, ' r e c i b e e l santo B a u t i s m o y t e n d r á s p a r t e eü el Cielo;* Respondió muy enojado: «En balde es 'cansarte, rieo-io, que mejor quiero morir que no olvidarlos precepto^ d e m i p r o f e t a Máhoma-, "' q u e son m u y santos y buenos.» P e r o v i e n d o Garlo-Magno • q u e se h a l l a b a ' t a n - p r o t e r v o , ' m a n d ó luego a<los s o l d a d o s q u e al campo ló báqúen, fieros, y allí le diesen la m u e r t e , ' p u e s n o tiene o t r o r e m e d i o . E n fin» m u r i ó el A l m i r a n t e , y publican en el r e i n ó q u e el qué quiera c o n v e r t i r s e acudiese síft r e c e l o . "•' Más d e doscientas m i l tilmas > a n u e s t r a ley se v o l v i e r o n . Bautizaron a F l o r i p e s , •'•' uniéndose enlazo estrecho con s u fiel Giiy dé B o r g o ñ a ; ; 1 5 ; ; ' ' v ••' d a n d o m i l g r a c i a s al Cielo. Allí estuvo Garlo-Magno o c u p a d o con g r a n celo e n c u i d a r d e sus,vasallos; hizo dos p a r t e s del r e i n o : u n a le dio a F i e r a b r á s para que quede p o r dueño, ' la, otra a G u y d e B o r g o ñ a , •> ••• y quedaron m u y contentos. S e despidió Oarló-Magno; p e r o aquí a t i e n d a el disoreto, que no puedo yo explicar el d o l o r y S e n t i m i e n t o que recibió F i e r a b r á s ' al dejar su c o m p a ñ e r o , que era elh'obléRoldán, ' " siendo doi'almíís y ú n c u e r p o , y también Guy de Borgoña d e su p a r i e n t e O l i v e r o s ; con q u é t i é r n o s s é d e s p i d e n , y para F r a n c i a s e fueron; Dejemos a Garlo-Maguo sosegado y a en su r e i n ó , d e s p u é s dé tantas'fatigas, •' • y en o t r a p a r t e - p r o m e t o ' r e f e r i r a. m i s o y e n t e s los s o b e r a n o s m i s t e r i o s ' " ' que le r e v e l ó S a n t i a g o p o r disposición del Cielo; ' ;: : : ! ; 1 : ; ; •-• SÉPTIMA P A R T E ' ''}' \' ^" r Aparición delapóstol Santiago. — Conquista Cornéate de fiol'oZari con Ferráguz. Ya dije q u e Carlo-Magno con sus valientes g u e r r e r o s se m a r c h a r o n para F r u n c í a satisfechos y c o n t e n t o s , p o r q u e habían c o n q u i s t a d o •' "• de Aguas-Muértas el r e i n o ; ' p e r o e s t a n d o en su palacio u n a n o c h e m i r ó al cielo, y vio u n c o n c i e r t o a r m o n i o s o ; ; ! 1 , 1 — Hallazgo : " Ú deGpficia. del cuerpo de ¡Santiago, de estrellas y de l u c e r o s que c r u z a b a n d e s d e Italia, la Gascuña y o t r o s r e i n o s de A r a g ó n y Cataluña, y que iban p r o s i g u i e n d o hasta el r e i n ó d e Galicia;' n o v e d a d c a u s ó e n su p e c h o ' y se p u s o e n o r a c i ó n , alzó l o s ojos al Cielo ~~ 2 5 p i d i é n d o l e a D i o s quisiese declararle a q u e l misterio; r e p a r ó j u n t o a la cama u n h o m b r e d e g r a n respeto, tan g a l l a r d o y t a n bizarro q u e daba c o n t e n t o el verlo, y le dice a G a r l o - M a g n o : «Dime, ¿cual es tu deseo?» D i j o : «Saber lo q u e e n c i e r r a aquel h e r m o s o concierto . d e estrellas t a n refulgentes e n c a m i n o t a n derecho.» «Sabrás q u e a q u e s t e camino te será u n g u í a c i e r t o p a r a llevarte a Galicia, adonde hallarás mi cuerpo, q u e está en p o d e r d e paganos, y , r e s c a t á n d o l o , te advierto q u e has de h a c e r u n santuario; s o y Santiago* y te e x p r e s o q u e del Z e b e d e o soy hijo, y también h e r m a n o a un tiempo d e San J u a n Evangelista, apóstoles del S u p r e m o Señor, q u e e s e c a m i n o te p r e s e n t a h e r m o s o y bello, e l cuál a ti m e envió p o r q u e vayas con a c i e r t o y hagas u n t e m p l o e n m i n o m b r e ; q u e i r á n d e t o d o s los reinos a g a n a r las i n d u l g e n c i a s y devotos jubileos, en r e m i s i ó n d e pecados, a los q u e c o n firme celó, confesados y c o n t r i t o s p i d a n p e r d ó n d e sus y e r r o s ; y esto t i e n e d e d u r a r hasta el fin d e l m u n d o , es cierto; q u e el S e ñ o r m e ha c o n c e d i d o todos estos privilegios; con esto, q u e d a con Dios», y d e s a p a r e c i ó luego. -Carlo-Magno s e q u e d ó CARU>-MAONO. — regocijado y contento. M a n d ó a p e r c i b i r su g e n t e , y t o m ó la m a r c h a l u e g o p a r a el r e i n o d e Galicia, d o n d e llegó e n b r e v e t i e m p o , g a n a n d o m u c h o s castillos, villas, ciudades y pueblos; c o n g r a n d í s i m o s trabajos h a l l a r o n &l s a n t o c u e r p o d e n u e s t r o apóstol S a n t i a g o , y l u e g o con firme celo m a n d ó hiciesen una u r n a , hermosísima en extremo, con muchas piedras preciosas d e g r a n d e valor y precio; h i c i e r o n el s a n t u a r i o . los m á s hábiles m a e s t r o s , de m u y buena arquitectura; y d e s p u é s q u e estuvo h e c h o , lo a d o r n ó s u n t u o s a m e n t e con m u y buenos ornamentos, cálices d e o r o y plata, patenas y candeleros, albas, casullas y paños m u y riquísimos y buenos; lo d o t ó d e m u c h a s r e n t a s y t e s o r o s de g r a n precio; y t o d o finalizado, p u s o u n arzobispo l u e g o ; canónigos, veinticuatro, c o n u n a r c e d i a n o e n t r e ellos* p a r a q u e rija y g o b i e r n e ese p o r t e n t o s o templo; c o n c l u i d a ya la o b r a , y t o d o m u y b i e n dispuesto, dio la vuelta p a r a F r a n c i a ; p e r o en esto m i s m o t i e m p o , . el A l m i r a n t e q u e estaba e n el lusitano r e i n o , p e s a r o s o de la m u e r t e del r e y Aygolante, y v i e n d o q u e h a b í a n g a n a d o Galicia y a m e n a z a b a n sus r e i n o s , 4 llamó luego a F e r r a g u z , q u e e r a nú;gigante s o b e r b i o , e l cual tenía de alto s o b r e diez palmos y m e d i o , fuerza d e c u a r e n t a h o m b r e s y m u y fornido d e c u e r p o ; le e n t r e g ó treinta mil h o m b r e s , para q u e salga con ellos a d a r g u e r r a a Garlo-Magno,- • •. i el cual salió al m o m e n t o ; fué a la ciudad de Bagióre, d o n d e tiene su r e a l p u e s t o , y l e dijo a Garlo-Magno si quiere hacer un c o n c i e r t o , d e q u e se haga,un c o m b a t e b r a z o a brazo y c u e r p o a c u e r p o . Y Garlo-Magno q u e estaba fiado en sus caballeros, le eiiYÍó'a Oger de Dauois, q u e e r a valiente en e x t r e m o ; ¡ el g i g a n t e que le vio hacia ál se fué muy, ñ e r o , le cogió con traición y lo llevó a su r e a l preso, lo e n c e r r ó e n u n a t o r r e , y al campo volvió ligero. Viendo esto' Garlo-Magno... e n v i ó a Reinaldos p r e s t o , h i z o lo missmo con él q u e con el.Otro primero; fué Contantino d e Roma, y lo a g a r r ó con esfuerzo, lo llevó d o n d e tenía.., i . a los otros c o m p a ñ e r o s ; ..,; p e s a r o s o Garlo-Magno, le envió dos caballeros , , p o r v e r si con ellos p u e d e ,. l o g r a r algo de su i n t e n t o ; el g i g a n t e q u e d o s vio, a ellos se fué ligero, y c o m o q u e nada hacia, l o s asió a a m b o s a un t i e m p o , y atados p o r las espaldas 1 los llevó a l a , t o r r e p r e s t o , V i e n d o esto Garlo-Magno, q u e d ó a d m i r a d o , y suspenso, . y sabiéndolo R o l d a n , , m u y irritado, y .soberbio, fué a p e d i r a Garlo-Maga®» con grande valor resuelto, le concediese l i c e n c i a p a r a salir al e m p e ñ o ... •; con el g i g a n t e a batalla, y se la c o n c e d i ó luego; y a r m a d o de t o d a s a r m a s e n su caballo s o b e r b i o , y con u n a g r u e s a lanza salió al c a m p o l i g e r o ; fué d o n d e estaba el gigante., y así que le vio, r i s u e ñ o , fué p a r a ó l vigilante;, y Roldan, c o n g r a n esfuerzo le d i j o : «Toma t u lanza , y ven a batalla luego.» Sin r e s p o n d e r l e p a l a b r a se fué a R o l d a n . c o m o UP fcraea©„ p e r o R o d á n con Ja lanza le dio t a n t e r r i b l e e n c u e n t r o q u e le desvió d a sí; m a s el g i g a n t e . v o l v i e n d o , arremetió, con Roldan, cogiéndole p o r el c u e r p o , y lo sacó de la silla, llevándoselo l i g e r o . ' • p a r a e n c e r r a r l o en la: t o r r e . . . . con los o t r o s caballeros;.. viéndose R o l d a n llevar,. estribó con el pie r e c i o e n las a n c a s d e l c a b a l l o , y asió c o n las m a n o s d i e s t r o al g i g a n t e F e r r a g u z , y entrambos a dos cayeron en el suelo, y al i n s t a n t e en pie firme se p u s i e r o n ; „ cunan m a n o a las e s p a d a s , dándose g o l p e s m u y recios; p e l e a n t o d a lá t a r d e ' ' oon m u o h o v a l o r y e'sluérzo; sin que se r e c o n o c i e s e ventaja e n n i n g u n o d e ellos; con esto llego" la noche, t e n d i e n d o su m a n t o n e g r o ; dijo el g i g a n t e a R o l d a n : Ya es h o r a ' q u e descansemos, y así q u e a m a n e z c a el día e n este sitió t e espero:» S e fueron, y ai o t r o día a la batalla volvieron;, pelearon fuertemente, c o m o leones s o b e r b i o s , p e r o el g i g a n t e de p r o n t o le d i j o : «Malo mo siento, es p r e c i s o s u s p é n d e r » , y se ha t e n d i d o . e n oí suelo. Roldan t o m ó un g r u e s o canto cuanto alzar p u d o del suolo y se lo puso debajo d e la oabeza, y con esto estuvo con m á s descanso; j u n t o a él se s e n t ó luego mirándole atentamente lo fornido de su cuer'po, la brillantez d e s u s armas y lo feroz d e su g e s t o . Volvió en sí en esto, y le dice R o l d a n : «He m i r a d o a t e n t ó , PerragUz, tu fortaleza, ' y lo recio de t u cuerpo.» R e s p o n d i ó él g i g a n t e , y d i j o : «Has de s a b e r q u e y o tengo fuerza da c u a r e n t a hombres, y ser h e r i d o ni finuerto n o p u e d a ser, si no es p o r el o m b l i g o , ésto es cierto. Tii eres cristiano,-y quisiera m e dijeras q u é misterio y qué iey es la q u e siguen los cristianos verdaderós.> Y Roldan le r e s p o n d i ó : : : 1 27 - «Has d e saber p o r muy,cierto» q u e es la ley d e Jesucristo, , c r e a d o r d e t i e r r a y cielo; p a d e c i ó m u e r t e y pasión , p o r l i b r a r n o s del infierno.» D i j o F e r r a g u z : «Si q u i e r e s • q u e h a g a m o s u n concierto, q u e la l e y del v e n c e d o r sea b u e n a , esto es hecho.» • Y R o l d a n m u y confiado e n Dios, y con firme celo , dijo q u e sí, y al i n s t a n t e a la pelea volvieron; se dieron muy grandes golpes c o n m u c h o valor y esfuerzo; v i o el g i g a n t e q u e R o l d a n l e iba a d a r un golpe recio, y a g a c h a n d o la cabeza ••>•<. l o a g a r r ó p o r el c u e r p o , : ; y con g r a n d e violencia lo ha d e r r i b a d o en el suelo.' R o l d a n , q u e sacó, un puñal, y con g r a n d í s i m o es fuerzo se lo m e t i ó p o r debajo* . l e h i r i ó el ombligo, recio; y c u a n d o se sintió h e r i d o p e g ó u n grito tan s o b e r b i o q u e e s t r e m e c i ó todo el c a m p o y los s u y o s acudieron;! t a m b i é n vino Cario M a g n o c o n t o d o s sus caballeros; se a r m ó tan oruel batalla q u e d a b a t e r r o r el verlo; mataron a muchos moros; y vio R o l d a n a este t i e m p o q u e llevaban al g i g a n t e la flor d e los caballeros ; a m e t e r l o en la ciudad; se fué a ellos como un t r u e n o ^ y a c u c h i l l a n d o la escolta se llevó al g i g a n t e luego; le p r e g u n t ó si quería, con c a r i ñ o s o s afectos, ; 1 ! 28 — ser cristiano, p o r q u e g o c e su a l m a del bien e t e r n o , d i j o q u e no; y luego al p u n t o l e s m a n d ó a los m a c h e t e r o s 1© cortasen la cabeza, p o r q u e sirva de e s c a r m i e n t o . S e r e n o v ó la batalla, la moruna gente huyendo «© m e t e n e n la ciudad, y l o s cristianos tras ellos; les g a n a r o n la c i u d a d , rescatan los c a b a l l e r o s q u e estaban d e n t r o la t o r r e , d á n d o l e g r a c i a s al Cielo q u e les d i o tantas v i c t o r i a s contra e n e m i g o s tan fieros; se volvieron p a r a F r a n c i a con muchísimo contento. Y en la p o s t r e r a p a r t e se dirá el fin q u e t u v i e r o n OCTAVA Y ÚLTIMA P A R T E Horrible traición en Eoncesvalles. — Muerte de los doce Pares. Sentimiento de Carlo-Magno. — Derrota de los moros. — Conclusi&n^ Ya dije q u e Carlo-Magno y t o d o s su3 c o m p a ñ e r o s BQ v o l v i e r o n para F r a n c i a m u y alegres y contentos, d á n d o l e gracias a Dios, a la Reina de los cielos y al apóstol S a n t i a g o d e h a b e r sacado su c u e r p o de entre poder de paganos, d e h a b e r fabricado el t e m p l o , v e n c i d o tantas batallas y g a n a d o tantos reinos. A este t i e m p o el A l m i r a n t e , enfurecido, s a b i e n d o ía m u e r t e de F e r r a g u z , m a n d ó que a c u d i e s e n l u e g o d o s v i r r e y e s a palacio; se presentaron muy presto Marsilio y Belenguelos; entregósfdes al m o m e n t o s i e n t o c i n c u e n t a mil h o m b r e s , p o r q u e saliesen con ellos a b a t i r a Carlo-Magno; p a r t i e r o n luego al m o m e n t o ; p e r o el E m p e r a d o r Informado p o r m u y c i e r t o q u e v e n i a n los v i r r e y e s , p r o p u s o luego al m o m e n t o d e enviarles e m b a j a d a , y p a r a esto, e s c o g i e n d o a Galalón e n t r e t o d o s , p o r lo sagaz y t r a v i e s o , a t r e v i d o y esforzado, convino g u s t o s o e n ello, y le dice Cario M a g n o : «Vos, m i n o b l e c a b a l l e r o , os habernos e l e g i d o para ir por mensajero y digáis a esos v i r r e y e s q u e d e m i p a r t e les r u e g o q u e se c o n v i e r t a n cristianos,, siguiendo al Dios v e r d a d e r o , el cual c r e ó cielo y t i e r r a y a nuestros padres primeros padeció m u e r t e y pasión p o r l i b r a r n o s del infierno, y que dejen a sus d i o s e s , q u e son falsos y perversos.» S e despidió Galalón m u y c o n t e n t o y satisfecho, c u b i e r t o de t o d a s a r m a s , y en u n caballo l i g e r o fuá d o n d e están los v i r r e y e s , y c o r t e s e s lo r e c i b i e r o n . 29 Lea p r o p a s o la embajada, a platicar se p u s i e r o n , y e n sus r a z o n e s conocen de q u e es venal caballero, y q u e p o r el i n t e r é s y codicia del d i n e r o h a r í a c u a l q u i e r traición; le p r o p u s i e r o n su i n t e n t o ; o t o r g ó luego al i n s t a n t e . de v e n d e r sus c o m p a ñ e r o s , y d e e n t r e g a r e n sus m a n o s a los n o b l e s c a b a l l e r o s . Le d i e r o n m u c h a s riquezas y joyas d e g r a n d e p r e c i o ; d i j e r o n q u e e n Roncesvalles e s p e r a n los c a b a l l e r o s . ¡Oh, h o m b r e facineroso y de malos pensamientos!; ¡qué traición t a n alevosa haces a t u s c o m p a ñ e r o s ! P o r la codicia v e n d i ó J u d a s a su fiel Maestro^ Nuestro S e ñ o r J e s u c r i s t o , sólo p o r t r e i n t a d i n e r o s . Lucifer p o r la codicia fué a r r o j a d o al infierno; p e r d i ó A d á n p o r la codicia aquel P a r a í s o a m e n o ; y p o r la e n v i d i a Oaín, a su h e r m a n o m a t ó fiero. T ú p o r codicia y envidia v e n d i s t e los caballeros, mas n o q u e d a r á s sin pago p o r tu m a l d a d , esto-es cierto. Volvió al c a m p o Galalón, dio su r e s p u e s t a , diciendo quo los v i r r e y e s q u e r í a n s e r cristianos p o r m u y cierto. Garlo-Magno so alegró, y Galalón p r o s i g u i e n d o d a n d o fin d e su embajada, dijo q u e d a b a dispuesto q u e al c a m p o d e Roncesvalles — s a l i e r a n los caballeros, y lleven cinoo mil h o m b r e s m u y lucidos y d i s p u e s t o s a r e c i b i r l o s virreyes; y se p e r c i b i e r o n luego bien armados y equipados la flor d e los caballeros. S a l i e r o n con e n t u s i a s m o , R o l d a n c o n aire g u e r r e r o , t o d o s cual más esforzados se d i r i g e n al e n c u e n t r o . ¡Oh inocentes desdichados, q u e n o sabéis el v e n e n o q u e el t r a i d o r d e Galalón t i e n e e n c u b i e r t o en su peono? P e r o q u i s o Dios p r e m i a r l e s t a n t o s trabajos y a n h e l o s c o m o p o r su santa fe estos h o m b r e s padecieron, c o n c o r o n a de m a r t i r i o q u e e n esto día sufrieron. L l e g a r o n , en fin, al c a m p o d e Roncesvalles, y luego s a l i e r o n a recibirlos veinte mil hombres, completos b i e n a r m a d o s y equipados; p a s a r o n los caballeros sin q u e les dijesen nada; m á s a d e l a n t e salieron o t r o s c u a r e n t a mil h o m b r e s , y los c e r c a r o n en m e d i o ; d e tan vil estratagema, o f e n d i d o s los g u e r r e r o s , c o m o feroces leones, m u y valientes y s o b e r b i o s , r á p i d o s se p r e c i p i t a n e s g r i m i e n d o sus aceros; m a s son t a n t o s los c o n t r a r i o s q u e c a r g a r o n sobro ellos, q u e al fin p e r d i e r o n la vida los i l u s t r e s caballeros. Sólo R o l d a n m a l h e r i d o c o g i ó a u n t u r c o p o r el cuello, y e s p a d a en m a n o le dijo : «Muéstrame luego al m o m e n t o al v i r r e y Marsilió, o bien te h e de cortar el pescuezo.» E l turco le r e s p o n d i ó '•*•;' < d e esta m a n e r a , d i c i e n d o : «Mira m u y a t e n t a m e n t e p o r todo este canipo e x t e n s o , y el de la visera v e r d e , caballo bayo, él es, cierto; y dio a v u e s t r o e m b a j a d o r muchas joyas y diñero, sólo p o r q u e os enviase a lo m i s m o q u e estáis v i e n d o . ¿ R o l d a n q u é esto escuchó c o m o un león s o b e r b i o , ' • se entró p o r medio da todos, hasta que h u b o d e s c u b i e r t o ' a su c o n t r a r i o , y de un g o l p e le p a r t i ó el h o m b r o d e r e c h o dejándole allí t e n d i d o ; p e r o v i e n d o el caballero q u e el aliento le faltaba, r e t i r ó s e a un monte, y luego se tendió al p i e de una p e ñ a d e s m a y a d o y sin aliento con c u a t r o heridas m o r t a l e s , d e esta m a n e r a diciendo : «Señor m í o J e s u c r i s t o , ^ Dios y H o m b r e v e r d a d e r o , ten, Señor, misericordia d e a q u e s t e t a caballero, q u e p o r defender tu fe se h a visto en tatitos a p r i e t o s ; h o y doy la vida p o r Ti solo, en esto m o n t e e>peso. Recibe, Señor, mi alma, q u e goce de Ti en el cielo d e u n e t e r n o descanso, p u e s aquí tanto padezco.» L u e g o cogió s u espada, d e esta m a n e r a diciendo : «¡Oh espada de g r a n valor, : la mejor q u e el h o m b r e ha h e d i ó ! , ¡cuánto t i e m p o m e has servido!, ¡a cuántos t u r c o s has muerto!, y con t u s c o r t a n t e s filos ' has p a r t i d o tantos y e l m o s ; , n o quisiera te g o z a r a n i n g u n o , y p o r eso q u i e r o . en esta p i e d r a q u e b r a r t e . » Se levantó con esfuerzo, la a g a r r ó con ¡as dos manos, y la dio g o l p e s tan r e c i o s contra la p e ñ a hasta que, cansado,lá* a r r o j ó al suelo, sin que la e s p a d a se hiciera • mella ni s e ñ a l d e ello; y viendo q u e n o p o d í a q u e b r a r l a , tocó su c u e r n o , " ¡ el que Carlo-Magno o y ó y t a m b i é n dos caballeros, q u e escondidos en. e l m o n t o t e m e r o s o s se m e t i e r o n ; eran T i e r r i y Valdómiros, éste llegó el p r i m e r o , que es h e r m a n o d e Roldan, : y, v i é n d o l o casi m u e r t o , hizo un g r a n llanto p o r él; dijo Roldan a este t i e m p o : • ,¡ «Hermano, la sed m e mata»;. buscó agua, y n o p u d i e n d o hallarla, fué a Garlo-Miigno a d a r c u e n t a d e l sucoso; luego llegó t a m b i é n T i e r r i , lo miró Roldan a t e n t o , le d i j o : «¿Qué m i r a s , T i e r r i ? , soy Roldan, t u - c o m p a ñ e r o , el q u e dio m u e r t e al gigante tan feroz y tan s o b e r b i o , el que en-las. r e c i a s batallas cuidó de sus c o m p a ñ e r o s ; ó y e m e d e confesión, p o r q u e y a me e s t o y muriendo.» Confesó g e n e r a l m e n t e , y alzó los ojos ai cielo, v ; 1 1 1 31 dijo : «En tus m a n o s , Señor, commendo spiritum meum;* y así finó el a d a l i d ' más esforzado y g u e r r e r o . Dieron p a r t e a Garlo-Magno , d e tan infausto suceso, , . . ,.. q u i e n d e coraje i r r i t a d o ,; venganza olamaba al Cielo. F u é d o n d e estaba Roldan, y así q u e lo v i d o m u e r t o cayó d e s m a y a d o e n tierra <JOII el g r a n d e , s e n t i m i e n t o ; y de q u e volvió e n sí, ha exolamado así, dioiendo ; «Sobrino del a l m a mía, ¡oon ouánto d o l o r y o siento d e s p u é s d e t a n t a s hazañas verte e n este sitio muerto!; ¿por q u é te vas y me dejas? , ¡Ah!,<idesconsolado viejo!, E s p a d a de mi justicia, pues tu a r r o g a n c i a y esfuerzo e r a n m i firme sostén qontra los t u r c o s soberbios. Los m á r t i r e s te r e c i b a n , . : y tengan por compañero; gozía de la e t e r n a gloria., colocado allá e n el cielo, y.tu a p r e c i a d a m e m o r i a n o s s e r v i r á de consuelo.» Mandó q u e lo l e v a n t a r a n , y se lo llevaron luego; siguió d a n d o vuelta al c a m p o viendo los cristianos m u e r t o s , y a Oliveros lo hallaron aspado en dos d u r o s leños puestos e n f o r m a de cruz, y,«travesándole el cuerpo doce d a r d o s p e n e t r a n t e s , y d e lá p l a n t a al cabello t o d o e s t a b a desollado; :; : "•'l : • . 'i'", :¡ -- lo e m b a l s a m a r o n , y luego oon el d e R o l d a n lo p o n e n con m u y g r a n d e s e n t i m i e n t o , y a la c o r t e se llevaron estos r e s p e t a b l e s restos, , , p o r q u e sirvan de memoria ;,, en l o s v e n i d e r o s t i e m p o s . C o n f o r m a d o Garlo-Magno y p a s a d o y a el tiempo, j u r ó e x t e r m i n a r la secta de los m o r o s , y sabiendo q u e está su campo en un p r a d o haoia ellos fué siguiendo; les dio t a n . c r u e l batalla, q u e en p o c o t i e m p o m u r i e r o n seis mil m o r o s , y otros t a n t o s se a h o g a r o n en el E b r o , . ,. p o r l i b r a r s e de las m a n o s de los b r a v o s caballeros. Carlo-Magno se volvió . t r i u n f a n t e con sus trofeos al c a m p o d e Roncesvalles, y luego pesquisa h a c i e n d o : p a r a s a b e r del t r a i d o r , y a v e r i g u a n d o el hecho, „ p r e n d i e r o n a Galalón; m a n d ó Garlo-Magno l u e g o lo a m a r r e n , a cuatro p o t r o s m u y ferooes y s o b e r b i o s , y lo dividan en cuartos, p o r q u e sirva de e s c a r m i e n t o ; luego,dieron sepultura a los n o b l e s caballeros q u e h a b í a n m u e r t o en batalla,, y d e s p u é s t o m ó el a c u e r d o de v o l v e r s e para Francia, a d o n d e p u s o su asiento. Y a h o r a J u a n J o s é López p i d e p e r d ó n de sus y e r r o s ; r o g a n d o a Dios q u e nos d é su gracia, favor y acierto. F I N DE LAS OCHO P A R T E S ; t flOTICMS BíOGWFICflS DE Cll^lIIGUO SACADAS I>K UN DOCUMENTO AUTÉNTICO E r a hijo de P i p i n o , r e y de F r a n c i a y de Alemania; nació e n 742, e n Saltzbourg, "Alta Baviera; t o c á r o n l e p o r m u e r t e d e s u p a d r e el Austria y la Neustria, con a l g u n a s provinoias d e la a n t i g u a G e r m a n i a , y d e s p u é s d e fallecer su h e r m a n o C a r l o m á n fué r e c o n o c i d o p o r r e y d e toda la m o n a r q u í a francesa. Sus p r i m e r a s hazañas militares t u v i e r o n l u g a r e n las g u e r r a s contra l o s sajones; m i e n t r a s estaba b a t i é n d o s e c o n esta nación i m p l o r a b a la Italia su s o c o r r o . Didier, r e y d e los l o m b a r d o s , acababa de a p o d e r a r s e d e n u e v o d e la ciudad d e R a v e h a c o n t r a el p a p a A d r i a n o . Carlo-Magno volvió a s u e n c u e n t r o , l e hizo p r i s i o n e r o y se c o r o n ó e m p e r a d o r en Monza. D e s p u é s d e esta conquista r e n o v ó Carlo-Magno al Pontífice la d o n a c i ó n d e a q u e s t a ciudad; y A d r i a n o , p o r g r a t i t u d , le c o n firmó el patriciado d e R o m a , c o n el d e r e c h o de d i s p o n e r aoerca de la elección de los P a p a s y d e ratificarla. Había p a s a d o a I t a l i a p a r a defend e r a Adriano, y pasó l u e g o á España, r e s t a b l e c i e n d o e n Zaragoza a I b a n a l a r a b í . Sitió a P a m p l o n a y se a p o d e r ó d e l c o n d a d o d e B a r c e l o n a , p e r o después d e estas y o t r a s m u c h a s hazañas en q u e salió s i e m p r e vio-' torioso, fué t a m b i é n d e r r o t a d o en Roncesvalles p o r los á r a b e s y p o r los gascones; en a q u e l l a j o r n a d a p e r d i ó a su s o b r i n o R o l a n d o o Roldan, tan c é l e b r e c o m o se manifiesta e n la p r e s e n t e historia. Murió Carlo-Magno e n el a ñ o de 814, a los 7 Í a ñ o s d e su edad, el 47 d e su r e i n a d o , el 14 de su ooronaoión; dióronle s e p u l t u r a en Aix-la-Chapelle, vestido de p e n i t e n t e c o n los a t r i b u t o s d é s o b e r a n o . El n o m b r e de Carlo-Magno r e s o n ó en t o d o el m u n d o , y fué aplaudid o c o m o g u e r r e r o y c o m o legislador. Sus hijos f u e r o n sus m e j o r e s subditos, i n s t r u m e n t o s de s u p o d e r y modelos d e o b e d i e n c i a . Defendió las libertades de la Iglesia y las d e l estado llano c o n t r a la o p r e s i ó n d e los m a g n a t e s . G r a n d e en s u s designios, e x p e d i t o en l a ejecución, p u e d e d e cirse q u e nadie p o s e y ó t a n perfectamente e l a r t e d e h a c e r l a s cosas m á s i m p o r t a n t e s c o n facilidad y las más difíciles con p r e s t e z a . R e c o r r í a sin cesar sus vastos dorhinios, a c u d i e n d o s i e m p r e c o n o p o r t u n i d a d a d o n d e e r a necesaria su p r e s e n c i a ; tan p r o n t o estaba en l o s P i r i n e o s c o m o e n Alemania, y en A l e m a n i a c o m o en Italia. E r a m u y alto d e c u e r p o ; t e n í a los ojos g r a n d e s y a n i m a d o s , r o s t r o alegre y franco, nariz aguileña. El p a p a Pascual I I I le colocó e n el n ú m e r o de los s a n t o s e n 1453, y a ú n en el día s e c e l e b r a s u íestivi^Lad en algunas iglesias d e Alemania. FIN