326 RESEÑAS NRFH, X X X V Sería m u y deseable q u e e n u n f u t u r o p r ó x i m o c o n t á r a m o s p a r a el área r o m á n i c a , y m u y e s p e c i a l m e n t e p a r a el e s p a ñ o l , c o n m a n u a l e s de estas características, c o n t a l a b u n d a n c i a de datos y visión crítica, pues serían de i n d u d a b l e v a l o r p a r a l a investigación y l a e n s e ñ a n z a de l a d i a lectología. CONCEPCIÓN COMPANY C. Universidad Nacional Autónoma de México E U G E N I O M A R T Í N E Z C E L D R Á N , Fonética (con especial referencia a la lengua castellana). T e i d e , B a r c e l o n a , 1984; 402 p p . , 238 i l u s t r . L a p u b l i c i d a d de u n a película q u e se e x h i b i ó hace p o c o e n los cines de M é x i c o dice q u e " N o existe E l B i e n s i n E l M a l " . E s t a o b s e r v a c i ó n n e t a m e n t e e s t r u c t u r a l i s t a es u n a d e s c r i p c i ó n i g u a l m e n t e a d e c u a d a , s i n m a y ú s c u l a s , p a r a el l i b r o q u e a q u í se reseña. Se necesita u r g e n t e m e n t e u n a i n t r o d u c c i ó n m o d e r n a a l a fonética g e n e r a l e s c r i t a e n castellano y desde u n a p e r s p e c t i v a hispánica. E l t r a b a j o de M a r t í n e z C e l d r á n p u d i e r a h a b e r sido ese l i b r o ; p e r o u n a serie de e r r o r e s , i n t e r p r e t a c i o n e s c u e s t i o n a b l e s , p r o b l e m a s de o r g a n i z a c i ó n , y enfoques i n a p r o p i a d o s d i s m i n u y e n c o n s i d e r a b l e m e n t e su u t i l i d a d , a u n q u e n o l a a n u l a n p o r c o m p l e t o . E n l o q u e sigue trataré de j u s t i f i c a r este d i c t a m e n algo n e g a t i v o . E l l i b r o consiste de u n p r ó l o g o , c u a t r o capítulos — " I n t r o d u c c i ó n " , " L a s tres g r a n d e s r a m a s " , " M e d i o s a u x i l i a r e s p a r a el e s t u d i o de l a f o n é t i c a " , y " L o s e l e m e n t o s " — , u n a b i b l i o g r a f í a , u n índice alfabético, y u n índice g e n e r a l . S u p r o p ó s i t o es " e l de o f r e c e r u n a i n t r o d u c c i ó n a la fonética" (p. v). E n l a " I n t r o d u c c i ó n " ( p p . 1-29) se esboza u n m o d e l o g e n e r a l de la c o m u n i c a c i ó n , se d e f i n e lo q u e es l a fonética y su relación c o n l a f o n o l o g í a , y se d e s c r i b e n las d i s t i n t a s r a m a s de l a fonética. E l estilo es m u y escolar — b u s c a d e f i n i c i o n e s , c i t a a u t o r i d a d e s , c o t e j a posiciones d i símiles. Sospecho q u e r e f l e j a l a b ú s q u e d a i n t e l e c t u a l d e l a u t o r , p e r o n o lo c o n s i d e r o m u y a p r o p i a d o p a r a los e s t u d i a n t e s q u e aún n o c o n o c e n a J a k o b s o n , T r u b e t z k o y , H j e l m s l e v , e t c . , y q u e t o d a v í a n o saben q u é es u n f o n e m a . A d e m á s , e n el proceso de a n a l i z a r c o n t a n t o c u i d a d o las d i s t i n t a s o p i n i o n e s sobre algún t e m a , se p i e r d e de v i s t a , a veces, el fen ó m e n o g e n e r a l y se o l v i d a el s e n t i d o c o m ú n . P o r e j e m p l o , e n l a p r i m e r a p á g i n a , el a u t o r b u s c a u n a definición d e l l e n g u a j e y c o n c l u y e q u e e n t r e o t r a s cosas el h e c h o f ó n i c o es de i m p o r t a n c i a p r i m o r d i a l , e l e m e n to í n t e g r o de l a d e f i n i c i ó n m i s m a d e l l e n g u a j e . S i n e m b a r g o , h o y e n día existe u n a r a m a de l a lingüística q u e se d e d i c a a l e s t u d i o de las l e n guas m a n u a l e s , especialmente las q u e e x i s t e n e n m u c h a s partes d e l m u n d o e n t r e los s o r d o s . Estas l e n g u a s — y los lingüistas q u e las e s t u d i a n n o d u d a n de q u e s o n l e n g u a s h u m a n a s — f u n c i o n a n p e r f e c t a m e n t e b i e n sin u n c o m p o n e n t e f ó n i c o , a u n q u e c o n f r e c u e n c i a se h a b l a de su fonéti- NRFH, XXXV RESEÑAS 327 ca y su f o n o l o g í a p a r a r e f e r i r a sus c o m p o n e n t e s f u n c i o n a l m e n t e análogos a l a fonética y a l a f o n o l o g í a de las l e n g u a s o r a l e s . A s í , a pesar de l o q u e d i c e n las supuestas a u t o r i d a d e s , le hace f a l t a s u f i c i e n t e reflexión p a r a r e c o n o c e r q u e el h e c h o f ó n i c o es i m p o r t a n t e , p e r o q u e n o es i m p r e s c i n d i b l e e n el l e n g u a j e h u m a n o . 1 E l s e g u n d o c a p í t u l o , " L a s tres g r a n d e s r a m a s " ( p p . 3 1 - 8 8 ) , p r e s e n t a los f u n d a m e n t o s de l a fonética acústica y de l a fonética a u d i t i v a , y d e s c r i b e las características básicas d e l a p a r a t o f o n a d o r . E n g e n e r a l , c u b r e el t e r r e n o a p r o p i a d o de u n a m a n e r a s a t i s f a c t o r i a ; p e r o existen v a r i o s e r r o r e s y o m i s i o n e s q u e m e p a r e c e n g r a v e s . L a presentación de l a fonética acústica es l a s e c c i ó n más débil. P o r e j e m p l o , se e q u i v o c a c u a n d o dice q u e " E l t i e m p o e m p l e a d o e n l a v i b r a c i ó n c o m p l e t a se l l a m a periodo o ciclo" ( p . 3 7 ) . L o q u e se describe es el p e r í o d o . E l ciclo es u n a v i b r a c i ó n c o m p l e t a . E s t a c o n f u s i ó n e n t r e ciclo y p e r í o d o n u n c a se a c l a r a , y r e s u l t a e n el uso a m b i g u o y c o n f u s o d e l t é r m i n o tiempo. A s í , d i c e q u e " l a f r e c u e n c i a , el t i e m p o , l a a m p l i t u d y l a l o n g i t u d de o n d a c o n s t i t u y e n las características m á s i m p o r t a n t e s de l a o n d a s o n o r a " ( p . 3 9 ) . E n este c o n t e x t o , " t i e m p o " a p a r e n t e m e n t e se r e f i e r e a l p e r í o d o ; p e r o sigue d i c i e n d o q u e el t i e m p o es el responsable " d e l a c a n t i d a d d e l s o n i d o " ( p . 3 9 ) . C l a r a m e n t e , el p e r í o d o n o t i e n e n i n g u n a relación c o n c a n t i d a d y p o r l o t a n t o a q u í usa el t é r m i n o " t i e m p o " e n su a c e p c i ó n m á s c o n o c i d a , p e r o s i n aviso a l g u n o d e l c a m b i o . Y a p u e d o i m a g i n a r l a c o n f u s i ó n t o t a l q u e estas " e x p l i c a c i o n e s " v a n a p r o d u c i r p a r a los est u d i a n t e s q u e las l e a n . T a m p o c o m e parece a c e p t a b l e l a presentación d e l c o n t r a s t e e n t r e o n d a s p e r i ó d i c a s y a p e r i ó d i c a s , q u e es o s c u r a si n o e q u i v o c a d a . S e g ú n M a r t í n e z C e l d r á n , " c u a n d o cada fase del m o v i m i e n t o de vaivén n o e m p l e a el m i s m o t i e m p o e n p r o d u c i r s e , t e n d r í a m o s u n s o n i d o a p e r i ó d i c o " ( p p . 4 8 - 5 0 ) . E l e s t u d i a n t e q u e lea esto n u n c a se f o r m a r á u n a i d e a c l a r a de l o q u e es e n r e a l i d a d u n c o n c e p t o r e l a t i v a m e n t e s e n c i l l o . Es m á s , los e j e m p l o s q u e se o f r e c e n n o h a c e n sino añadir c o n f u s i ó n a l c o n c e p t o . C o m o u n e j e m p l o , t r a t a inarmónico c o m o u n s i n ó n i m o de aperiódico c u a n d o n o l o es; l u e g o , d i c e q u e el s o n i d o q u e r e s u l t a de t o c a r el 3er L A ( 1 1 0 H z ) , el 4o L A ( 2 2 0 H z ) , el 5o L A b e m o l ( 4 1 5 . 3 H z ) , y el 6o L A ( 8 8 0 H z ) e n u n p i a n o será i n a r m ó n i c o y , p o r i m p l i c a c i ó n , aper i ó d i c o ( p p . 5 0 - 5 1 ) . Estéticamente, quizás sea u n s o n i d o s u m a m e n t e d i s o n a n t e , c a c o f ó n i c o , y e n este s e n t i d o , i n a r m ó n i c o , p e r o acústicamente s i e m p r e es u n s o n i d o p e r i ó d i c o , p u e s t o q u e todas estas f r e c u e n c i a s son múltiplos e n t e r o s de l a f r e c u e n c i a f u n d a m e n t a l de . 1 H z . U n t e r c e r e j e m p l o de l o i n a d e c u a d o de su p r e s e n t a c i ó n de l a fonética acústica es l a c o n f u s i ó n respecto a l a d i f e r e n c i a e n t r e a r m ó n i c o y f o r m a n t e , algo c o m ú n e n t r e los e s t u d i a n t e s , p e r o i m p e r d o n a b l e e n u n texto b á s i c o sobre f o n é t i c a . P o r e j e m p l o , al d e s c r i b i r el timbre, dice q u e deIrónicamente, la única definición del lenguaje que Martínez Celdrán cita textualmente es una que da Sapir y que no hace ninguna mención de la voz humana (p. 3, n. 2). 1 328 RESEÑAS NRFH, X X X V p e n d e de l a e s t r u c t u r a de los a r m ó n i c o s y q u e si se c a m b i a l a f r e c u e n c i a f u n d a m e n t a l , " n o h a b r e m o s a l t e r a d o l a f o r m a o e s t r u c t u r a de los a r m ó n i c o s " ( p . 6 9 ) . O b v i a m e n t e , los a r m ó n i c o s , q u e son múltiplos e n t e ros de l a f u n d a m e n t a l , t i e n e n q u e h a b e r c a m b i a d o . L o q u e n o c a m b i a son los f o r m a n t e s . E s t a d e s c r i p c i ó n d e l t i m b r e t a m b i é n d a l a i m p r e s i ó n e r r ó n e a de q u e los sonidos a p e r i ó d i c o s n o t i e n e n t i m b r e p u e s t o q u e n o tienen armónicos. E n o t r o s casos, s i m p l e m e n t e le hace f a l t a u n a p r e s e n t a c i ó n a d e c u a d a de ciertos t e m a s . P o r e j e m p l o , n o d a u n a e x p l i c a c i ó n de l o q u e es el espectro de u n s o n i d o , a pesar de q u e usa el t é r m i n o e n v a r i a s ocasiones y de l o i m p o r t a n t e q u e es el c o n c e p t o p a r a e n t e n d e r los n u merosos espectrogramas que f o r m a n u n a p a r t e i m p o r t a n t e del l i b r o . O t r o e j e m p l o : l a amplitud se d e f i n e c o m o u n a d i s t a n c i a , p e r o c u a n d o h a b l a de su m e d i c i ó n ( p . 3 7 ) , m e n c i o n a p o t e n c i a eléctrica y presión a t m o s f é r i c a s i n a c l a r a r l a relación q u e éstas t i e n e n c o n l a d i s t a n c i a . E l t e r c e r c a p í t u l o , " M e d i o s a u x i l i a r e s p a r a el e s t u d i o de l a fonétic a " ( p p . 8 9 - 1 5 5 ) , d e s c r i b e , e n su p r i m e r a p a r t e , tres t i p o s de i n s t r u m e n t o s acústicos — e l e s p e c t r ó g r a f o , el osciloscopio ( y el o s c i l ó g r a f o ) y los sintetizadores del l e n g u a j e . L a s descripciones son detalladas, c o n i l u s t r a c i o n e s , e s q u e m a s , e i n f o r m a c i ó n práctica. E l defecto p r i n c i p a l de est a p a r t e es su l i m i t a c i ó n . E x i s t e n o t r o s i n s t r u m e n t o s y técnicas p a r a el e s t u d i o de l a fonética q u e se m e n c i o n a n e n el t e x t o e i n c l u s o se i l u s t r a n , p e r o q u e n o r e c i b e n n i n g u n a d e s c r i p c i ó n , a saber, cinerradiografía, p a latografía y fotografía de l a b o c a . E l q u i m ó g r a f o se d e s c r i b e m u y b r e v e m e n t e , pero l a descripción n o basta p a r a poder e n t e n d e r c ó m o se puede u s a r este i n s t r u m e n t o p a r a e s t u d i a r l a tensión e n l a p r o d u c c i ó n de sílabas, c o m o sostiene M a r t í n e z C e l d r á n ( p . 3 6 2 ) . L a s e g u n d a p a r t e d e l t e r c e r capítulo p r e s e n t a c u a t r o alfabetos f o n é ticos — e l de l a A s o c i a c i ó n F o n é t i c a I n t e r n a c i o n a l ( A F I ) , el de l a Revista de Filología Española (RFE), y e n m e n o r g r a d o los de los franceses y de los r o m a n i s t a s . U n o de los a t r a c t i v o s de este a p a r t a d o es q u e se p r e s e n t a l a n u e v a versión ( 1 9 7 9 ) d e l a l f a b e t o f o n é t i c o de l a A F I . Es l a p r i m e r a vez q u e y o l a he v i s t o . E n g e n e r a l m e g u s t a l o q u e el a u t o r q u i e r e hacer e n esta s e c c i ó n ; l a transcripción fonética es u n a s u n t o i m p o r t a n t e y él le d e d i c a l a a t e n c i ó n d e b i d a . D e s g r a c i a d a m e n t e , su p r e s e n t a c i ó n se ve s e r i a m e n t e d e b i l i t a d a p o r los e r r o r e s tipográficos q u e l a p l a g a n . E l m a n e j o de las f u e n t e s de signos fonéticos r e q u i e r e m u c h o c u i d a d o e n todas las etapas de l a p r o d u c c i ó n de u n l i b r o de este t i p o , y e n este caso, el a u t o r , el l e c t o r de p r u e b a s y l a casa e d i t o r i a l n o t u v i e r o n u n a a c t u a c i ó n m u y a f o r t u n a d a . A l g u n o s de los p r o b l e m a s son m e n o r e s , p e r o de todas m a n e r a s o f e n d e n el g u s t o estético: se m e z c l a n t i p o s d i s t i n t o s ( p o r e j e m p l o , n e g r i t a s y r e d o n d a s se m e z c l a n e n los c u a d r o s de las p p . 1 4 0 - 1 4 3 ) , 2 ~ Una parte del libro muy importante para el estudiante es el índice alfabético. Sin embargo, he notado varios términos y nombres de lenguas que aparecen en el texto, pero no se encuentran en el índice: espectro, aranta, catalán, duración, esvarabático, latín, suprasegmental, timbre, tono. NRFH, XXXV 329 RESEÑAS los diacríticos están m a l c o l o c a d o s , m a l p r o p o r c i o n a d o s o son de u n t i p o d i s t i n t o d e l signo c o n q u e se u s a n (cf. c o m o e j e m p l o s el s i g n o de d u r a c i ó n d e m a s i a d o g r a n d e y el s i g n o de t o n o a g u d o u n i f o r m e d e m a s i a d o l a r g o y n o e n n e g r i t a s c o m o debe ser e n el c u a d r o de l a p . 146, y el s i g n o de v i b r a n t e múltiple m a l c o l o c a d o e n l a c o l u m n a de R o m a n i s t a s e n el c u a d r o de l a p . 155), etc. E n a l g u n o s casos estos descuidos p r o d u c e n e r r o r e s . P o r e j e m p l o , l a a d e m o l d e ( a ) y l a a c u r s i v a ( a ) son signos p o t e n c i a l m e n t e d i s t i n t o s e n l a transcripción fonética, p e r o a veces e n este l i b r o l a [ a ] se c o n v i e r t e e n l a [a] a u t o m á t i c a m e n t e c u a n d o se u s a l a l e t r a b a s t a r d i l l a ( p . e j . e n las vocales d e l c u a d r o de l a p . 1 5 2 ) , l o c u a l es n o r m a l c u a n d o se t r a t a de l a ortografía d e l c a s t e l l a n o , p e r o n o t i e n e j u s t i f i c a c i ó n e n el caso de l a transcripción fonética. A l g u n o s de los e r r o r e s e n l a transcripción fonética n o se d e b e n a l a i m p r e n t a , sino q u e r e p i t e n e r r o r e s d e o t r a s f u e n t e s . P o r e j e m p l o , el c u a d r o de l a transcripción de l a RFE ( p p . 150-153) r e p i t e e r r o r e s y m o d i f i c a c i o n e s hechos p o r G i l i G a y a q u e n o f o r m a n p a r t e d e l s i s t e m a o r i g i n a l : [ b ] e n l u g a r de ["b] c o m o el ú l t i m o e j e m p l o de u n a b i l a b i a l ; [ o ] e n l u g a r de [o] e n l a transcripción de l a p r o n u n c i a c i ó n m e x i c a n a de pondré; [ n ] en l u g a r de [ ij ] e n l a transcripción de don Juan, etc. D e i g u a l m a n e r a , existe u n a c o n f u s i ó n de lajy i n v e r t i d a [ A ] , el s i g n o de l a A F I para representar u n a a p r o x i m a n t e lateral palatal, y la l a m b d a m i n ú s c u l a , [X], q u e se e n c u e n t r a e n el l i b r o c o n este m i s m o v a l o r a u n q u e n o f o r m e p a r t e d e l A F I (cf. figs. 125, 137, 1 3 8 A , y 1 3 8 B , y p p . 3 3 6 - 3 3 7 y 3 5 7 ) , h e c h o q u e p o s i b l e m e n t e se d e b a a l a i n f l u e n c i a de Q u i l i s et al. , q u i e n e s c o m e t e n el m i s m o " e r r o r " . 3 4 5 N o t o d o s los e r r o r e s e n los signos " e x ó t i c o s " se d e b e n a o t r a s f u e n tes; h a y n u m e r o s o s e r r o r e s o r i g i n a l e s . P o r e j e m p l o , usa [ y ] e n l u g a r de [ « ] p a r a u n a v o c a l p o s t e r i o r s e m i c e r r a d a n o r e d o n d e a d a ( p . 1 3 7 ) ; [ r) ] e n l u g a r de [I3] p a r a l a f r i c a t i v a l a t e r a l s o n o r a ( p . 1 4 1 ) ; r e f i e r e a l a l e t r a 3L d e l r u s o e n l u g a r de l a jfc ( p . 1 4 1 ) ; o l v i d a el diacrítico e n su e j e m p l o d e l t o n o g r a v e ascendente, [ a ] ( p . 146), usa [ n ] y [1] e n l u g a r d e [ n ] y [1] p a r a t r a n s c r i b i r c o n s o n a n t e s silábicas ( p . 1 7 4 ) , usa [p] e n l u g a r de [ p ] y [ p ] e n l u g a r de [ p ] e n l a e x p l i c a c i ó n de l a figura 30 ( p . 2 0 0 ) , etc. H a y casos d o n d e se p u e d e d u d a r de l a precisión de l a i n f o r m a c i ó n p r o p o r c i o n a d a sobre l a t r a n s c r i p c i ó n fonética. P o r e j e m p l o , se d i c e q u e e n el s i s t e m a de l a RFE, los signos de b r e v e , [ v ] , y de l a r g o , [ V ] , se SAMUEL GILÍ GAYA, Elementos de fonética general, 5 ed. corr. y aum., Madrid, 1966. Curiosamente, no todos los errores de esta edición, que usó Martínez Celdrán, se encuentran en la edición original de 1950, hecho que me hace pensar que algunos se deben al trabajo editorial de Gredos. Esta y las demás referencias al sistema original de la RFE remiten al artículo "Alfabeto fonético", RFE, 2 (1915), 374-376. 3 a 4 5 A. QUILIS, M . ESGUEVA, M . L . GUTIÉRREZ ARAUS y M . CANTARERO, "Caracte- rísticas acústicas de las consonantes laterales españolas", LEA, 1 (1979), núm. 2, 233-343. También se encuentra este mismo intercambio (¿inadvertido?) en ANTONIO QUILIS, Fonética acústica de la lengua española, Gredos, Madrid, 1981. 330 NRFH, X X X V RESEÑAS usan para indicar vocales breves y largas respectivamente (p. 153), pero el sistema publicado utiliza dos puntos, [ V : ] y [ C : ] , para indicar d u ración, y no utiliza el signo de breve. También se declara que en el sistema de la R F E , una e con u n circulito abajo, [e], se puede usar para una vocal indistinta (p. 152) y tal signo se usa repetidamente en la transcripción del catalán, mas el sistema publicado en la R F E sólo admite la shwa, [ 3 ] , en esta función. L a crema, [••], se da como u n diacrítico que señala labialización en el sistema de la R F E (p. 153), mientras que en realidad señala palatalización de vocales posteriores. El cuarto capítulo, " L o s elementos" (pp. 157-383), es el más largo; empieza con la descripción de los sonidos segméntales en términos tradicionales, binaristas ( = jakobsonianos), y generativistas. Luego, hace lo mismo con los suprasegmentales y después vuelve a describir los segmentos, pero con atención especial al castellano. T e r m i n a con una presentación de la fonética combinatoria. La presentación de la descripción articulatoria tradicional de los segmentos, en m i opinión, hubiera sido la parte medular del trabajo; por desgracia ocupa sólo 23 páginas y, como resultado, es altamente superficial. Aunque pretende ser u n libro sobre fonética general, la presentación de fenómenos no m u y conocidos en las lenguas europeas resulta especialmente inadecuada. L a mención de datos de lenguas no europeas es esporádica, vaga, frecuentemente equivocada, y en general trata estas lenguas como sumamente exóticas. Por ejemplo, dice que dos lenguas mayas, chantal [sic] y galla, distinguen vocales sonoras y sordas, sin dar la fuente de esta información (p. 199); pero no existen lenguas mayas con estos nombres (chantal probablemente debe ser chontal, que sí podría ser una lengua maya), y ninguna lengua maya, que yo sepa, utiliza esta oposición. De los sonidos no espirados, nos informa que " S o n poco frecuentes, pero suelen existir en lenguas africanas, sobre t o d o " (p. 178). E n el caso de los clics, tiene razón, pero debía haber especificado con más exactitud que se encuentran casi exclusivamente en las lenguas de la familia khoisana del sur de África y algunas lenguas bantúes colindantes. E n cambio, en el caso de las eyectivas y las inyectivas , son sonidos relativamente comunes con una distribución m u n d i a l . Según B o m h a r d , se encuentran eyectivas en 1 9 % (129 de 693) de la muestra m u n d i a l de R u h l e n . Es especialmente desconcertante leer, a fines del siglo X X , que " e l aranta, lengua australiana m u y p r i m i t i v a [ ! ] " (p. 370), sólo tiene sílabas de la forma C V . Como nos enseñó Sapir hace más de medio siglo, 6 7 8 Martinez Celdran, con razon, prefiere inyectiva en lugar de implosiva,. para evitar confusion con la posicion implosiva de una silaba. ALLAN R . BOMHARD, Toward Proto-Nostratic: a new approach to the comparison of ProtoIndo-European and Proto-Afroasiatic, John Benjamins, Amsterdam, 1984, p. 138. MERRITT RUHLEN, A guide to the languages of the world, Stanford University, Stanford, 1976. 6 7 8 NRFH, X X X V 331 RESEÑAS no tenemos noticias de u n solo pueblo que carezca de lenguaje bien desarrollado. E l más atrasado de los bosquimanos de Sudáfrica se expresa en las formas de u n rico sistema simbólico que, en lo esencial, se puede c o m parar perfectamente con el habla de u n francés culto [...] Por lo que toca a la forma lingüística, Platón camina mano a mano con el último porquerizo de M a c e d o n i a , y Confucio con el salvaje cazador de cabezas de Assam . 9 ¡Ya es tiempo de que la lección llegue a Barcelona! El marco adoptado para la descripción articulatoria es contradictorio, repite equivocaciones antiguas y donde innova, crea confusión. Por ejemplo, trata de mantener la distinción tradicional entre vocales y consonantes, y de clasificar al mismo tiempo las aproximantes, [ $ ] , [<5 ]> y [ $ ] del castellano, que no se pueden distinguir n i articulatoria n i acústicamente de las vocales y lasglides, como consonantes. Acepta el término " a p r o x i m a n t e " , pero en lugar de usarlo como los ingleses que lo o r i g i n a r o n , lo l i m i t a a las obstruyentes (que él llama consonadoras) con menos obstrucción que las fricativas. Así, para Martínez Celdrán, las vocales, las glides, y las líquidas no son aproximantes. Encuentro su clasificación de las nasales como líquidas u n poco rara, pero defendible. M e n o s aceptable es su clasificación de las laterales como u n tipo de líquidas orales (p. 176). Seguramente no se debe incluir fricativas [ \ ] , africadas [ft], y clics [ 5 ] laterales entre las líquidas, pero ésta es la conclusión que se puede sacar del texto. En algunos casos, la información que se proporciona sobre las posibilidades fonéticas está equivocada. Así, se declara que, con la excepción de las oclusivas nasales (que él llama líquidas nasales), " S ó l o las vocales pueden nasalizarse" (p. 175) y que " N o se conocen nasales f r i c a t i v a s " (p. 237) a pesar de que Ladefoged informa que la nasalización de semivocales, fricativas y laterales es relativamente común . También repite el m i t o de que las obstruyentes no pueden funcionar como núcleo silábico (p. 168), creencia desmentida cada vez que u n mexicano dice [psj 'pues'. O t r o defecto en la descripción de la articulación tradicional es la falta de ejemplificación y documentación adecuada, y la ausencia o el tratamiento superficial de ciertos temas especialmente importantes para los hispanistas. Por ejemplo, describe los puntos de articulación faríngea y laríngea, sin dar u n solo ejemplo n i de estos tipos de sonidos en el castellano o algún otro i d i o m a , n i de los signos que se usan para transcribirlos (p. 168). L o mismo pasa cuando describe u n tipo de v i T T T 10 EDWARD SAPIR, El lenguaje: introducción al estudio del habla ( 1 9 2 1 ) , 8 reímpr., trs. M . y A . Alatorre, F.C.E., México, 1954, pp. 30, 248. Cf. R . M . W . DIXON, The languages of Australia, Cambridge University Press, Cambridge, 1980, pp. 4-8, para una reiteración de la opinión de Sapir emitida por un experto en las lenguas australianas. PETER LADEFOGED, Preliminaries to linguistic phonetics, The University of Chicago Press, Chicago-London, 1971, p. 33. 9 10 A 332 NRFH, X X X V RESEÑAS brante apicolabial (!), pero sin n o m b r a r la fuente de este dato curioso n i el nombre de la lengua supuestamente dotada de tal sonido (p. 164). También hace falta una explicación del término que considero como el más misterioso de la fonética hispánica, el rehilamiento. La presentación de las descripciones binarista y generativista son resúmenes de los rasgos de Jakobson y de Chomsky y H a l l e , respectivamente. Hubiera sido preferible, en lugar de esta orientación otra vez tan escolar, una presentación que tuviera como finalidad el desarrollo de u n criterio crítico frente a los sistemas de rasgos —que trata la fonética como una área dinámica de investigación donde se puede explorar los componentes últimos de los sonidos lingüísticos y donde se debe enfocar más en la justificación y la motivación de u n sistema de rasgos que en su aprendizaje de memoria. O t r o problema con la presentación, que va más allá que mis preferencias personales, es que aquí, como en otras partes del l i b r o , la distinción entre fonética y fonología se ofusca. Los rasgos "binaristas" son rasgos fonológicos; no tienen como propósito el poder describir todos los sonidos fonéticos posibles de las lenguas humanas orales, algo que sí se pretende hacer con los rasgos generativistas. Esta distinción básica entre los dos juegos de rasgos nunca se aclara. Tampoco se señala con claridad la distinción entre rasgos b i narios y rasgos con valores numéricos escalares que se reconoce en la fonología generativista; esta diferencia tiene estrecha relación con la fonética y con toda la polémica de la teoría de los rasgos, su función y su naturaleza —temas importantes que no se abarcan en este l i b r o . 11 12 La fuente principal utilizada para los rasgos binaristas es ROMÁN JAKOBSON y MORRIS HALLE, Fundamentos del lenguaje, Ayuso, Madrid, 1974. Se debe notar que en la cita bibliográfica de este libro, como en otros muchos casos, Martínez Celdrán no da suficiente información para permitir al estudiante una perspectiva histórica válida sobre el desarrollo de las ideas e influencias lingüísticas. En este ejemplo, la edición original en inglés salió en 1956, casi veinte años antes de la fecha que da Martínez Celdrán. Apuntemos, entre paréntesis, que este mismo problema está agravado considerablemente por las editoriales que no proporcionan datos adecuados sobre la historia de las ediciones e impresiones de sus libros, al parecer con la finalidad de engañar al público para que no sepa que un libro que parece nuevo es en realidad una reimpresión de un libro ya antiguo. También está relacionado con este problema el abuso del término edición para lo que es en realidad una reimpresión, dando así la impresión de que se trata de un libro corregido y actualizado. Para citar un solo ejemplo, mi ejemplar del Manual de pronunciación española de T . NAVARRO TOMÁS ( 1 8 8 4 - 1 9 7 9 ) está fechada en 1980 y se identifica como la vigésima edición, sin indicar que originalmente se publicó en 1 9 1 8 y sin ningún prefacio para explicar las modificaciones que justifican que se le llame edición nueva y no reimpresión. He hecho una comparación rápida con la 1 0 edición de 1 9 6 1 , que cita Martínez Celdrán, y no puedo detectar ni un solo cambio. La fuente principal para los rasgos generativistas es NOAM CHOMSKY y MORRIS HALLE, Principios de fonología generativa, Fundamentos, Madrid, 1979. En este caso, Martínez Celdrán indica que es una traducción de un libro que originalmente salió en i n glés en 1968, pero da la impresión equivocada de que la versión española es una traducción completa del original (cf. p. 223, n. 5 6 ) , cuando en realidad sólo incluye las partes primera y cuarta. 11 A 1 2 NRFH, X X X V 333 RESEÑAS Las críticas que he presentado hasta aquí no son exhaustivas, pero sí representativas. Sin embargo, no sería justo mencionar sólo los aspectos negativos del libro. Su característica positiva más notable es la gran cantidad de figuras —cuadros, diagramas, fotos, etc.— que proporcionan en general u n apoyo didáctico excelente al texto. Entre ellas se encuentra una gran variedad de espectrogramas, principalmente del castellano, y una documentación en forma de cinerradiografías, palatogramas y fotos de la boca para todos los fonemas del castellano. T a m bién me gustó la presentación de las vocales castellanas (pp. 280-308), donde se presentan datos en contra de la descripción clásica de las variantes abiertas y cerradas que da Navarro T o m á s ; en su lugar procura demostrar que las vocales átonas son levemente centralizadas. Es u n buen ejemplo de cómo la fonética instrumental puede apoyar a la lingüística descriptiva. E n resumen, el libro que nos presenta Martínez Celdrán no llena el vacío existente en cuanto a libros de fonética general escritos en español: no está bien escrito para el principiante. Contiene errores tipográficos y factuales, contradicciones, y observaciones cuestionables que el novato no puede identificar n i evaluar fácilmente. Varias veces habla de temas antes de introducir los términos y conceptos necesarios para entenderlos. Incluye demasiada fonología, pero sin la explicación necesaria para hacerla inteligible al estudiante, y a la vez la fonética general es poco profunda. Está orientado hacia la fonética como una colección de hechos y no como u n instrumento para la investigación y resolución de problemas descriptivos y teóricos. Es especialmente triste ver que no aprovecha n i las lenguas ibéricas actuales y pasadas (el portugués, el gallego, el vasco, el árabe, el hebreo) n i la herencia de la extraordinaria labor de los lingüistas españoles de antaño —verdaderos pioneros de la lingüística descriptiva moderna, que iniciaron la descripción de las centenas de lenguas que se hablaban en las tierras de la monarquía española y que todavía se hablan en muchos países hispanohablantes— para ejemplificar debidamente la amplia gama de sonidos que se encuentran en las lenguas humanas. E n lugar de ello, revela una visión m u y limitada y provinciana de los fenómenos lingüísticos generales; desafortunadamente es una visión m u y común entre los hispanistas y es una de las razones por la cual urge u n libro de fonética general escrito para el estudiante hispanohablante. E n fin, no se puede recomendar sin reservas este libro como u n texto introductorio a la fonética general; requiere u n maestro que lo sepa manejar con cuidado para poder aprovechar sus aspectos positivos y a la vez compensar sus debilidades. 13 T H O M A S C. SMITH STARK El Colegio de México T , NAVARRO TOMÁS, Manual de pronunciación española, 10 ed., C . S . I . C . , Instituto " M i g u e l de Cervantes", Madrid, 1961 (RFE, publicaciones, 3). La edición original salió en 1918. 1 3 a