Jornal do Partido dos Trabalhadores - Edição Especial Fórum Social Mundial - Ano 2 - Número 3 - janeiro de 2016 a d e d a d i n u EDI a a r o e d a h l a b O FSM a r t e s s cla L TORIA Em 2001, em Porto Alegre, aconteceu a primeira edição do FSM. Nesta época, o PT estava a frente da prefeitura de Porto Alegre, já há alguns anos, e governava o Rio Grande. O Modo Petista de Governar radicalizava a democracia através do Orçamento Participativo e, junto com os movimentos sociais e organizações de esquerda, fizemos o contraponto a Davos – encontro das políticas neoliberais – criando o Fórum Social Mundial e afirmamos “Um Outro Mundo é Possível”. Já faz 15 anos e de lá para cá muita coisa mudou! A esquerda cresceu na América Latina, as relações entre os países mudaram – gerando um novo eixo Sul-Sul, e aos poucos, aqui e em outros lugares, fomos dando passos na construção de uma alternativa à ordem mundial vigente. A direita reagiu, em todas as partes do planeta, através de seus meios de comunicação para barrar os avanços da classe trabalhadora. Após estes 15 anos reafirmamos “Um Outro Mundo é Possível”, só depende das ideias, da organização e da unidade da classe trabalhadora em todo mundo. Unidos somos fortes e juntos continuaremos mudando o mundo. Bom debate e boa luta a todos lutadores sociais presentes ao FST 2016. Ary Vanazzi – Presidente do PT/RS EDITORIAL Não vai ter GOLPE Somente a democracia garante direitos! N os trinta e cinco anos de existência do PT, tivemos a coragem de mudar e iniciamos, junto com o povo brasileiro, uma grande mudança no Brasil, reduzimos a pobreza, ampliamos o acesso à educação e à cultura para todos, ampliamos direitos civis e geramos um novo ciclo de desenvolvimento em nosso país. Mas é preciso avançar mais no caminho da redução das desigualdades e na ampliação de direitos. Ampliar direitos é reduzir privilégios. Inconformados com a perda destes privilégios a classe dominante brasileira associada à grande mídia e ao fundamentalismo religioso iniciaram uma grande ofensiva contra nosso projeto tanto nos seus fundamentos econômicos quanto nos avanços sociais e da ampliação dos direitos civis. Por conta destas mudanças e para não perder ainda mais seus privilégios, a direita questiona o resultado das eleições 2014, que reelegeu Dilma Rousseff Presidente da República, e assim coloca a democracia no Brasil em xeque. A grande mídia e a direita em seus ataques diários às instituições democráticas estão gerando um ambiente de ódio. Essa postura que busca gerar uma instabilidade política no país, também dificulta a implantação de medidas efetivas para superar a crise anunciada. O PT, os partidos aliados do campo da esquerda, os movimentos sociais capitaneados pela CUT, CTB, MST, Via Campesina, que agora uniram forças na Frente Brasil Popular, e povo nas ruas, lutam contra o GOLPE, disfarçado de impeachment. NÃO PASSARÃO O PT gaúcho sabe que o Brasil precisa avançar nas transformações sociais, com o fim do ajuste fiscal, com a mudança na política econômica e a retomada do crescimento e dos investimentos, enfim implementar o programa eleito em 2014. Mas isso só será possível com a continuidade do mandato da presidenta Dilma e com a derrota do GOLPE. Por isso estamos nas ruas em defesa da legalidade e da democracia, porque sabemos das consequências desastrosas de um Golpe como este. O neoliberalismo espera para voltar e aplicar suas políticas de retrocesso, entre elas: o desmonte dos serviços públicos; a desvalorização do mundo do trabalho; a terceirização; o incentivo a intolerância religiosa, racial, de gênero e aos direitos das mulheres; e claro, as privatizações, da Petrobras, dos lucros do pré-sal ao capital internacional. O Brasil precisa avançar ainda mais. Não vai ter Golpe, vai ter luta! El Foro Social Mundial y de la unidad de la clase obrera No habrá GOLPE ¡Únicamente la democracia asegura los derechos! En el 2010, en Porto Alegre, sucedió la primera edición del FSM. En esa época el PT estaba al frente de la municipalidad de Porto Alegre, hacía ya algunos años, y gobernaba el Estado de Rio Grande do Sul. El Modo Petista de Gobernar radicalizaba la democracia a través del Presupuesto Participativo y, junto a los movimientos sociales y organizaciones de izquierda, hicimos el contrapunto de Davos – encuentro de las políticas neoliberales – al crear el Foro Social Mundial, y afirmamos “Otro Mundo es Posible”. ¡Ya hace 15 años y desde entonces muchas cosas cambiaron! La izquierda creció en Latinoamérica, las relaciones entre los países cambiaron –generando un nuevo eje Sur-Sur –, y de a poco, aquí y en otros lugares, fuimos dando pasos rumbo a la construcción de un nuevo orden mundial. La derecha reaccionó, en todos los lugares del planeta, a través de sus medios de comunicación para bloquear los avances de la clase trabajadora. Después de estos 15 años reafirmamos “Otro Mundo es Posible”, solo depende de las ideas, de la organización y de la unidad de la clase trabajadora en todo el mundo. Unidos somos fuertes y juntos continuaremos cambiando el mundo. Buen debate y buena lucha a todos los luchadores sociales presentes en el FST 2016. Ary Vanazzi – Presidente do PT/RS E n estos treinta y cinco años de existencia del PT, tuvimos el valor de cambiar e iniciamos, junto al pueblo brasileño, un gran cambio en Brasil, redujimos la pobreza, ampliamos el acceso a la educación y a la cultura para todos, ampliamos derechos civiles y generamos un nuevo ciclo de desarrollo en nuestro país. Pero es necesario avanzar más en el camino de la reducción de las desigualdades y en la ampliación de derechos. Ampliar derechos es reducir privilegios. Insatisfechos con la pérdida de estos privilegios, la clase dominante brasileña junto a los grandes medios y al fundamentalismo religioso iniciaron una fuerte ofensiva contra nuestro proyecto, tanto en sus fundamentos económicos como en los avances sociales y de la ampliación de los derechos civiles. Debido a estos cambios y para no perder aún más sus privilegios, la derecha cuestiona el resultado de las elecciones 2014, que reeligió a Dilma Rousseff como Presidente de la República, y así pone en jaque la democracia de Brasil. Los grandes medios y la derecha en sus ataques diarios a las instituciones democráticas están generando un ambiente de odio. Esa postura que busca generar una inestabilidad política en el país también dificulta la implantación de medidas O PT RS ESTÁ SEMPRE ONLINE. ACOMPANHE! www.ptrs.org.br - facebook.com/13ptrs - portal.ptrs.org.br efectivas para superar la crisis anunciada. El PT, los partidos aliados del campo de la izquierda, los movimientos sociales capitaneados por la CUT, CTB, MST, Via Campesina, que ahora unieron fuerzas en el Frente Brasil Popular, y el pueblo en las calles, luchan contra el GOLPE, disfrazado de impeachment. NO PASARÁN. El PT de Rio Grande do Sul sabe que Brasil debe avanzar en las transformaciones sociales, con el final del ajuste fiscal, con el cambio en la política económica y la retomada del crecimiento y de las inversiones, en fin, implementar el programa elegido en el 2014. Pero eso solo será posible con la continuidad del mandato de la presidenta Dilma y con la derrota del GOLPE. Por eso estamos en las calles en defensa de la legalidad y de la democracia, porque sabemos cuáles serían las consecuencias desastrosas de un Golpe como este. El neoliberalismo espera para volver y aplicar sus políticas de retroceso, entre ellas: el desarme de los servicios públicos; la desvalorización del mundo del trabajo; la tercerización; el incentivo a la intolerancia religiosa, racial, de género y a los derechos de las mujeres; y, claro, a las privatizaciones de la Petrobras, de las ganancias del presal, para el capital internacional. Brasil debe avanzar aún más. ¡No habrá Golpe, habrá lucha! Outro mundo é possível e necessário N esta quadra da história nos deparamos com um dado estatístico assombrador: pela primeira vez em todos os tempos, os 1% mais ricos do mundo detém mais da metade das riquezas produzidas pelo conjunto da humanidade, e o restante divididos de forma desigual entre os 99% restantes da população mundial. O capitalismo, hegemônico como jamais visto na história, produz crises cada vez mais intensas e as grandes potências ameaçam levar o mundo a mais uma escalada de conflitos militares - o que, com o atual estágio de desenvolvimento tecnológico, pode ser fatal a toda a humanidade . Assim como aconteceu em outros momentos de predomínio e crise do capitalismo, a guerra econômica entre classes e nações deriva para conflitos militares cada vez mais intensos, produto do esforço desesperado que as potências imperialistas fazem para reverter seu declínio e restaurar sua plena hegemonia. A produção, orientada pela irracionalidade do mercado e da busca do lucro, compromete cada vez mais os recursos naturais do planeta, desequilibrando o meio ambiente e nos colocando próximos de um “ponto sem volta”. A América Latina, a partir do final dos anos 80 foi palco de experiências de resis- tências exitosas aos ditames da cartilha neoliberal, vive uma brutal contraofensiva das direitas – associadas ao imperialismo – nos países que a compõem. Especialmente no Brasil, Argentina e Venezuela, países estratégicos para a integração latino-americana. No Brasil, os setores de ultradireita seguem ganhando destaque no discurso hegemônico na coalizão de forças responsável pela ofensiva conservadora. Os direitos dos pobres, das juventudes, dos negros e negras, das mulheres, da classe trabalhadora, os direitos humanos e democráticos, os direitos civis, a liberdade de organização social e partidária e os direitos sociais vão sendo sistematicamente atacados e apresentados como um “entrave” a ser extirpado para que o Brasil possa seguir adiante. Com este discurso, prepara-se o terreno não apenas para uma vitória neoliberal nas eleições de 2016 e 2018, não apenas para uma supressão dos direitos previstos pela Constituição de 1998, mas também para o regresso de traços típicos do Brasil pré-revolução de 1930. O PT lutará com as forças democráticas, populares e progressistas na defesa dos direitos conquistados pelo povo brasileiro e pela soberania e autodeterminação de todos os povos. Por um mundo socialmente justo e ecologicamente sustentável. Um mundo socialista! Otro mundo es posible y necesario E n este momento de la historia nos enfrentamos a un dato estadístico asombroso: por primera vez después de todo este tiempo, el 1% de los más ricos del mundo tiene más de la mitad de las riquezas producidas por el conjunto de la humanidad, y el resto se divide de forma desigual entre los 99% restantes de la población mundial. El capitalismo, hegemónico como jamás se vio en la historia, produce crisis cada vez más intensas y las grandes potencias amenazan llevar el mundo a una nueva escalada de conflictos militares; lo que, con el actual nivel de desarrollo tecnológico, puede ser fatal para toda la humanidad. Como sucedió en otros momentos de predominio y crisis del capitalismo, la guerra económica entre clases y naciones deriva hacia conflictos militares cada vez más intensos, como producto del esfuerzo desesperado que las potencias imperialistas hacen para revertir su decadencia y restaurar su plena hegemonía. La producción, orientada por la irracionalidad del mercado y de la búsqueda de la ganancia, compromete cada vez más los recursos naturales del planeta, desequilibrando el medio ambiente y colocándonos más cerca de un “punto sin retorno”. Latinoamérica, a partir del final de los años 80 fue un escenario de experiencias de resistencias exitosas a las dinamitas de la cartilla neoliberal, vive una brutal contraofensiva de las derechas –vinculadas al imperialismo– en los países que la componen. Principalmente en Brasil, Argentina y Venezuela, países estratégicos para la integración latinoamericana. En Brasil, los sectores de ultraderecha siguen obteniendo destaque en el discurso hegemónico de la coalición de fuerzas responsable por la ofensiva conservadora. Los derechos de los pobres, de las juventudes, de los negros y negras, de las mujeres, de la clase trabajadora, los derechos humanos y democráticos, los derechos civiles, la libertad de organización social y partidaria y los derechos sociales van siendo sistemáticamente atacados y presentados como un “obstáculo” que se debe extirpar para que Brasil pueda continuar avanzando. Con ese discurso, se prepara el terreno no solo para una victoria neoliberal en las elecciones de 2016 y 2018, no solo para una supresión de los derechos que constan en la Constitución de 1998, sino también para la vuelta de trazos típicos de Brasil prerevolución de 1930. El PT luchará con las fuerzas democráticas, populares y progresistas para defender los derechos conquistados por el pueblo brasileño y por la soberanía y autodeterminación de todos los pueblos. Por un mundo socialmente justo y ecológicamente sostenible. ¡Un mundo socialista! Jornal do Partido dos Trabalhadores/RS Edição especial Fórum Social Mundial Temático/jan2016 Expediente Distribuição Gratuita - Tiragem: 10 mil exemplares Rua Ramiro Barcelos, 330 – Bairro Floresta – Porto Alegre – CEP 90.035-000 / RS – Fone: (51) 3284 8900 – www.ptrs.org.br/ facebook 13PTRS Jornalista Responsável: Tina Griebeler nº 5131 – Textos: Tina Griebeler, Nasson Sant’Anna e Adriano Oliveira – Tradução para o Espanhol: Augusto Nemitz – Diagramação: Laura Santos Rocha nº 10611 – Fotos: reprodução – Presidente Ary Vanazzi – 1º Vice-Presidente Altemir Tortelli – 2º vice-presidente Márcio Espindola – Secretaria Geral Eulália Nascimento – Secretaria de Assuntos Institucionais Luis Henrique Heidel – Secretaria de Comunicação Nasson Sant’Anna – Secretaria de Direitos Humanos Karen Lose – Secretaria de Finanças Sérgio Nazário – Secretaria de Formação Cícero Balestro – Secretaria de Mobilização Karla Machado – Secretaria de Movimentos Sociais Wilson Valério Lopes – Secretaria de Organização Murilo Amatneeks – Secretaria de Relações Internacionais Rossana Prux – Ouvidoria Sofia Cavedon – Vogais Adrielle Manjabosco, Henrique Lusa, Ivonete Carvalho, Laura Sito, Raul Pont e Maria Fernanda Martins.