JORNADA DE TRABALHO BREVE HISTÓRICO

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JORNADA DE TRABALHO
BREVE HISTÓRICO
- Até meados de 1800, na maioria dos países da Europa, a jornada de trabalho era de 12 a
16 horas, inclusive entre mulheres e crianças. Muitos protestos surgiram, pretendendo a
limitação da jornada para 8 horas.
- Papa Leão XIII, na Encíclica Rerum Novarum, de 1891, já se preocupava com a limitação
da jornada de trabalho. Veja como previa a Encíclica: “o número de horas de trabalho diário
não deve exceder a força dos trabalhadores, e a quantidade do repouso deve ser proporcional à
qualidade do trabalho, às circunstancias do tempo e do lugar, à compleição e saúde dos operários.”
Esta Encíclica exerceu certa influencia na redução da jornada de trabalho, tanto que
muitos países passaram a limitar a jornada diária de trabalho em oito horas a partir de
então.
- Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, fixou de maneira genérica que
deveria haver: “limitação razoável das horas de trabalho”. (Art.XXIV)
- Brasil:
Decreto 21.186 de 22/03/1932 – jornada no comércio: 8 horas
Constituição 1934: “trabalho diário não excedente de oito horas, reduzíveis, mas só
prorrogáveis nos casos previstos em lei”. Art. 121,§1º, c.
Constituição 1937: “dia de trabalho de oito horas, que poderá ser reduzido, e
somente suscetível de aumento nos casos previstos em lei”. Art. 137, i
CLT de 1.05.1943: incorporou a regra geral do Decreto 2308 de 13.06.1904 que
estabeleceu a jornada de 8 horas diárias.
Constituição de 1946: “duração diária do trabalho não excedente a oito horas, exceto
nos casos e condições previstos em lei” (art. 157, V).
Constituição de 1967: “duração diária do trabalho não excedente de oito horas, com
intervalo para descanso, salvo casos especialmente previstos”(art. 158, VII)
EC n. 1, de 1969: praticamente a mesma redação. (art. 165, VI)
Constituição 1988: art. 7º
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
JORNADA DE TRABALHO, DURAÇÃO DO TRABALHO E HORÁRIO DE
TRABALHO
Giornata: dia (italiano)
Jour: dia = journée (Frances)
Jornada – número de horas diárias de trabalho prestadas à empresa.
Horário de trabalho – espaço de tempo em que o empregado presta serviços ao
empregador. É contado do momento em que se inicia até o seu término, não se
computando o tempo de intervalo.
Duração do trabalho – aspecto amplo, podendo envolver módulo semanal, mensal e
anual. Ex. 44 horas semanais.
CONCEITO DE JORNADA
- TEMPO EFETIVAMENTE TRABALHADO
Não considera as paralisações. (teoria não adotada. Ex de comprovação: art. 294 CLT,
mineiro, e Art. 72 da CLT, mecanografia, calculo e escrituração)
- TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR
Considera o tempo a partir do momento em que o empregado chega à empresa até o
momento em que dela se retira.
Art. 4 da CLT: Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o
empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
- TEMPO IN ITINERE:
Considera jornada de trabalho desde o momento em que o empregado sai de sua
residência até o seu retorno. Art. 58, § 2º da CLT.
* Direito do Trabalho brasileiro admite sistema hibrido das teorias do tempo à disposição
do empregador e do tempo in itinere para identificar a jornada de trabalho.
NATUREZA JURÍDICA
PÚBLICA – interesse do Estado em limitar a jornada de trabalho, para que o trabalhador
descanse e não preste serviços em jornadas extensas, visando inclusive o aspecto da
saúde pública.
PRIVADA – As partes do contrato de trabalho podem fixar jornadas inferiores às
previstas em lei ou normas coletivas. A Lei estabelece apenas o limite máximo.
A jornada de trabalho possui natureza mista, coexistindo elementos com característica
publica e privada.
CLASSIFICAÇÃO (Esta classificação pode variar dependendo do doutrinador estudado)
Quanto à duração:
a) Normal/comum/ordinária (8 horas diárias e 44 semanais).
b) Extraordinária ou suplementar - são as horas que excederem os limites legais.
c) Limitada – quando há balizamento na lei, como a dos médicos, onde há limite
Maximo de 4 horas diárias (art. 8, a, da Lei 3.999/61).
d) Ilimitada – sem fixação de limite pela lei.
Quanto ao período:
a) Diurna – das 5 às 22 horas
agrícola das 5 as 21
pecuária das 04 as 20 horas
b) Noturna – 22 às 5 horas (Art. 73, § 2º da CLT)
agrícola das 21 as 05 horas
pecuária das 20 as 4 horas. (Lei 5889/73, art. 7º)
c) Mista – compreende parte do período considerado pela lei como diurno e parte
como noturno. (art. 73, § 4º)
Quanto à profissão:
Bancário - 6 horas (art. 224 CLT)
Telefonistas – 6 horas ou 36 semanais (art. 227 da CLT)
Jornalistas – 5 horas (art. 303 da CLT)
Fisioterapeuta, terapeuta ocupacional – 30 horas semanais – Lei 8856/94
Quanto à flexibilidade:
Flexíveis e Inflexíveis – não abordada em nossa legislação.
Jornadas seccionadas (flex time) o trabalhador faz o seu horário, havendo um limite
semanal ou anual a cumprir.
Quanto à possibilidade de interrupção –
A) continua – desenvolve sem interrupções, salvo intervalos intrajornada – legais
b) descontínua – é aquela que se desenvolve com interrupções nos intervalos
intrajornada;
c) intermitente – se desenvolve com sucessivas paralisações.
Fundamentos da limitação da jornada de trabalho: biológico (efeitos psico-fisiológicos
decorrentes da fadiga); sociais (lazer, convivência); econômicos; humanos.
EXCEÇÕES À PROTEÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO
Alguns trabalhadores são excluídos da proteção normal da jornada de trabalho.
Exemplos: ver art. 62 da CLT, trabalhadores domésticos.
Deve haver observação de tal condição na carteira de trabalho e no livro ou ficha de
registro de empregados, do contrário o empregado terá direito a receber horas extras,
salvo se tiver ciência inequívoca de sua condição ou for feita prova de tal condição.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada
pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a
fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de
Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº
8.966, de 27.12.1994)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos
quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de
departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
(cargos de confiança)
HORAS EXTRAS – Também chamadas de horas suplementares ou extraordinárias.
ACORDO DE PRORROGAÇÃO DE HORAS –
Art. 59 da CLT – art. 7º, XVII, da CF: 50% adicional
Limitadas a 2 horas diárias (10 horas) – Se exceder esta limitação legal, pode haver
aplicação de multa administrativa ao empregador.
Bancários: de 6 horas podem passar a 8 (art. 225 da CLT)
Hipóteses que a lei permite a prorrogação: art. 61 CLT, e independe de acordo individual
ou convenção coletiva: serviço inadiável e por motivo de força maior.
COMPENSAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO
“Acordo de compensação de horas” e não “banco de horas”
A 9ª e 10ª horas não são pagas como extra.
A 11ª hora será remunerada com adicional de h.e.
- rescisão do contrato de trabalho antes da compensação das horas
*Empregado tem direito ao pagamento das horas não compensadas, calculadas sobre o
valor da remuneração na data da rescisão. As horas extras são remuneradas e também
com o adicional (horas extras não compensadas com adicional).
*crédito do empregador na rescisão podem ser compensadas com créditos do
empregado, respeitando-se o limite de um mês de remuneração do empregado para
efeito de compensação (§ 5º do art. 477 da CLT).
 Ajuste tácito – sem previsão legal (S. 85, I, do TST)
NECESSIDADE IMPERIOSA – ART. 61 CLT
Não há necessidade de previsão contratual (acordo individual), acordo ou convenção
coletiva.
Força maior – acontecimento inevitável, imprevisível, sem que o empregador tenha dado
causa direta ou indiretamente. (ex. incêndio, inundação, terremoto, furacão, etc.)
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em
relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não
concorreu, direta ou indiretamente.
Não há limite de horas a serem trabalhadas fixadas em lei.
Art. 61
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente
de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez)
dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo,
justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
Paga-se as horas como extras, com adicional de 50%. Art. 7, XVI, da CF. Não se aplica a
primeira parte do § 2º do art. 61 da CLT, que dizia que a remuneração não será inferior à
da hora normal. O § 2 demonstrava que não havia adicional de horas extras.
Menor – limite de 12 horas se o trabalho for imprescindível. Adicional de 50%. Art. 413, II
da CLT e art. 7º XVI da CF.
Serviços inadiáveis Adicional de 50% - limite de 12 horas (§ 2º do art. 61 da CLT).
O menor não poderá prorrogar jornada neste caso, pois o art. 413 da CLT só fala em força
maior e para compensação de jornada.
Interrupção do trabalho Causas acidentais e força maior. Previsão: § 3º, art. 61 da CLT – autorização da DRT.
Máximo 90 horas por ano = 45 dias por ano = 2 horas diárias. (não excedente a 10 horas
diárias)
REDUÇÃO DA JORNADA
Só mediante acordo ou convenção coletiva.
Art. 7º CF.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
SOBREAVISO, PRONTIDÃO, BIP
Art. 244 da CLT.
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em
sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço.
Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas
de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço)
do salário normal. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências
da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze
horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de
2/3 (dois terços) do salário-hora normal. (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de
4.4.1966)
Possibilidade de aplicação analógica a outras profissões. Ex. Súmula 229 do TST
(eletriciários).
---O § 1ºdo art. 5º da Lei n.5811/72 – empregados de empresas que explorem o
petróleo. O sobreaviso é cumprido no posto de trabalho.
Lei 7183/84 - Aeronauta – 12 horas. Local de sua escolha. Deve se apresentar ate
90 minutos após receber o chamado.
Bip OJ 49 da SBDI do TST = bip não caracteriza sobreaviso, pois a liberdade de ir e vir do
trabalhador não fica prejudicada, podendo inclusive ele trabalhar para outra empresa.
Celular – idem.
TRABALHO EM DOMICÍLIO
Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como
o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de
empregador que o remunere.
Art. 6º - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador
e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de
emprego.
HORAS IN ITINERE
Requisitos básicos:
1. condução oferecida pelo empregador;
2. Local de difícil acesso;
3. Ou local não servido por transporte público.
A cobrança parcial ou não pelo transporte fornecido pelo empregador não afasta direito a
receber pagamento das horas in itinere. (S. 320 do TST).
SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as
Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo
empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por
transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de
trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978)
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do
empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o
direito às horas "in itinere". (ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995)
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas
"in itinere".
(ex-Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993)
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em
condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não
alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ
21.12.1993)
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de
trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como
extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da
SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
Histórico:
Súmula mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Súmula alterada - RA 80/1978, DJ 10.11.1978
Nº 90 Tempo de serviço
O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de
trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte regular público, e para o seu retorno, é
computável na jornada de trabalho.
Redação original - RA 69/1978, DJ 26.09.1978
Nº 90 O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local do
trabalho e no seu retorno, é computável na jornada de trabalho.
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
Art. 7º da CF.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
Turno é turma de trabalho. Turno ininterrupto pressupõe continuidade dos serviços da
empresa de forma habitual com revezamento de turmas. A folga do domingo não
descaracteriza o turno ininterrupto.
SÚMULA n 423.TST.
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE
TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão
da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/06 – DJ 10, 11 e
13.10.2006)
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de
regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de
revezamento não tem direito ao pagamento das 7ª e 8ª horas como extras.
“A hora extra trabalhada deve ser calculada tomando-se a remuneração recebida pelo
trabalhador e dividindo-a por 220 (quociente utilizado tomando-se como base as 44 horas
semanais de jornada de trabalho, dividindo-a por 6 dias da semana trabalhados e
multiplicando-a por 30, que é o número de dias por mês). No caso de turno ininterrupto
com jornada de 6 (seis) horas diárias e 36 (trinta e seis) semanais, o quociente deve ser o
de 180 (6 horas diárias pelos 6 dias da semana, multiplicando-se por 30). Sobre o valor
adquirido, acrescer-se-á 50% (cinqüenta por cento).” Cláudio Victor de Castro Freitas
TRABALHO NOTURNO E ADICIONAL
Art. 7º CF
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Não há direito adquirido se o empregado deixa de trabalhar a noite e perde o adicional.
Não há irredutibilidade de salário proibida constitucionalmente.
Art. 73 CLT – acréscimo de 20% sobre a hora diurna
Advogado: § 3º do Art. 20 da lei 8906/94 – 25%
Rurais: art. 7º Lei 5889/73 – 25%
A hora noturna tem 52 minutos e 30 segundos. § 1º, art. 73 da CLT.
O advogado, trabalhador rural e os relacionados na Lei 5811/72 (petroquímica, etc), não
fazem jus a hora noturna reduzida.
Revezamento
É devido o adicional de hora noturna mesmo aos trabalhadores em turno de revezamento
semanal ou quinzenal. O caput do Art. 73 da CLT foi derrogado pelo inciso III, art. 176 da
CF de 1946. Sumula 213 do STF. “É devido o adicional de serviço noturno ainda que sujeito o
empregado ao regime de revezamento”.
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho
noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre
a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52
(cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do
dia seguinte.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de
empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho
noturno habitual, será feito tendo em vista os quantitativos pagos por
trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será
calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido
quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. (Redação dada
pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste
artigo e seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste
Capítulo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946) (capitulo II, “Da
Duração do Trabalho”)
SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E
PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta,
devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º,
da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
Histórico:
Súmula mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Redação original - RA 105/1974, DJ 24.10.1974
Nº 60 Adicional noturno
O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os
efeitos.
REPOUSO INTRAJORNADA – no meio da jornada
- jornada superior a 4 hs até 6 hs 15 minutos de descanso
- Jornada de 6 a 8 horas – intervalo de no mínimo 1 e Maximo 2 horas.
REPOUSO INTERJORNADA – entre jornadas
1. intervalo de 11 horas entre duas jornadas. (Art. 66 CLT)
2. intervalo semanal – 24 horas (repouso semanal remunerado) art. 67 CLT.
Repouso semanal remunerado: é a folga a que tem direito o empregado, após
determinado número de dias ou horas de trabalho por semana, medida de caráter social,
higiênico e recreativo, visando a recuperação física e mental do trabalhador; é folga paga
pelo empregador; em princípio, o período deve ser de 24 horas consecutivas, que deverão
coincidir, preferencialmente, no todo ou em parte (67), com o domingo, salvo por motivo
de conveniência publica ou necessidade imperiosa do serviço.
Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais,
será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro
sujeito à fiscalização.
Sum. TST 146.
O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro,
sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
Períodos de descanso
Os períodos de descanso são os seguintes:
Descanso anual (férias).
Descanso semanal (repouso semanal remunerado).
Descanso entre 2 jornadas de trabalho.
Intervalo, numa mesma jornada de trabalho, para repouso e alimentação.
Repouso de 10 minutos a cada período de 90 minutos de trabalho consecutivo nos
serviços permanentes de mecanografia.
f) Descanso em feriados civis e religiosos.
a)
b)
c)
d)
e)

Art. 71. - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6
(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo
escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração
ultrapassar 4 horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não são computados na duração do
trabalho.
§ 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição
poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida
a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o
estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à
organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não
estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a
remunerar o período correspondente com um acréscimo de no
mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho.
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