Miranda do ANNOI Douro, 25 de Abril de 1894 Assignaturaa N.° 2 Annuncios 800 500 20 Por linha ... 40 reis Repetições. . . 20 reis Os snrs. assignanfes teem 2")°/0 de abatimento. O pagamento d;i assinatura é feito adiantadamente. Annuncios sobre obras litlerarias, publicam-se mediante 2 exemplares. Anno. . . Semestre. Numero avulso Artigos enviados à redacção sejam ou não publicados não serão restituídos. ORGÁO DOS INTERESSES LOCAES Bedacgão e administração Praça Central n.* 4 'ulolica-se EXPEDIENTE A todos os nossos dlstlncios collegas. especialmente ao «Moncorrense» e a «Gazeta de Bragança», agradecemos muito penhorados as phrasesama biilssimas com que saudaram o appareclmento do nosso modestíssimo jornal, bem como agradecemos a todos os que nos honraram coin a permuta. A rsda:qla. Estão definitivamente eleitos deputados pelos diversos círculos do districto os snrs. conselheiro Eduardo José Coelho, José Benedicto d'Almeida Pessanha, dr. Abilio Augusto de Madureira Bessa, João Pereira Charula, dr. José Joaquim Dias Gallas e Joaquim do Espirito Santo Lima. Os dois primeiros são nossos adversarios políticos. Nada diremos sobre elles. Não nos compete a nós salientar os seus serviços e merecimentos. Conhecemos pessoalmente o sr. José Pessanha, nosso antigo companheiro nas lides burocráticas, um adoravel companheiro, por signal. Intelligente, prestimoso, alma aberta a todas as manifestações do bem, um coração de oiro, alegranos particularmente com sentida satisfação o dizermos, a sua elevação ao parlamento. Felicitamo-1'o cordeal e atTectuosamente. Os outros, são nossos correligionários e, á excepção do sr. Joaquim Lima, amigos que muito presamos. O sr. dr. Abilio Bessa—não podemos deixar de fallard'elle—honra-nos com a sua amisade intima e sincera. Eàta notoria circumstancia priva-nos um tanto de dizer sobre elle, como amigo e correligionário, o muito que com verdade poderia mos dizer. Dar-se-hia por suspeito o nosso testemunho. Entretanto, porque de todos é sabido, affirmal-o-hemos aqui: a candidatura do sr. Abilio Bessa—impunhase lógica e naturalmente: por direito de conquista, por tudo. O partido regenerador do concelho de Bragança, deve hoje— pode-se affirmar—a sua existencia robusta ao indefesso trabalho, á tenacidade sempre intemerata e á inexcedivel dedicação d'este nosso valente correligionário. Os seus mais implacaveis adversarios, que os tem e rancorosos, são os primeiros a garantir a exatidão d'este conceito verdadeirissimo. Não quer isto dizer, sinceramente o confessamos, que antigos e illustres dirigentes do partido regenerador de Bragança, do valor e dedicação de Joaquim de Sá—uma das mais solidas influencias do districto, um dos mais honrados caracteres que ennobrecem o nosso partido—entre outros, não imprimissem intelligente direcção, não dedicassem esforços de toda a ordem em favor do levantamento do nosso agrupamento politico, outr'ora tão robusto e preponderante. Não. E', comtudo verdade que, depois do nos dias IO e 25 <d.o cada recto até ao exagero nas relações poForam, com effeito, muitos os obstáliticas, espirito -suj-riormente orien- culos que foi preciso arredar para potado no culto das lettras nas campa- der triumphar o justo pensamento de nhas do bein, que se viu um dia, com demonstrar ao sr. dr. José Gallas a sacrifício seu, collocado á frente do merecida consideração com que é tido districto de Bragança — administrati- pelos dirigentes da politic.t regenera vamente, em grande parte, um cahos. dora d'este districto. Politiquice e rancores espalhados por E' conjecturavel que o governo tetoda a parte, como um flagelo. nha luctado com grandes escolhos para Esse homem que veio como um ele- attender a todas as pretenções d'esta mento de paz, convicto, das obrigações natureza, por ventura apresentadas inhererentes ao alto cargo que mere- pelos homens de valor eleitoral que cidamente lhe fòra confiado, projectou estão filiados no partido que elle ree realisou desde logo uma trabalhosa presenta uo poder. visita a todos os concelhos do districto. Em epochas eleitoraes os ministérios Observou, corrigindo quanto poude, de todos os partidos sentem-se sempre tudo quanto de vicioso e péssimo ha- assoberbados quando tratam da escovia nas repartições cuja supeirinten- lha, sempre difficil, dos correligionádencia a lei lhe commettia; viu e se- rios que devem ser eleitos represennão melhorou muito attenuou em gran- tantes dos diversos agrupamentos pode parte a pobreza dos hospitaes, o líticos no parlamento. deprimente abandono das escolas, a O justo receio de melindrar a uns, degradante hediondez das casernas, a a hesitação de preferencia dada a oudeplorabilissima miséria das cadeias, tros, as influencias de grandes preponconvertidas em antros humanos, como derancias que protegem alguns e os bons serviços e o valor de muitos, são com inteira verdade as classificou. Vendo tudo isso, erros de adminis- outras tantas difficuldades que assotração, grandes desgraças e enormes berbam os governos na indicação a misérias, a sua auctoridade de magis- fazer aos amigos com cuja dedicação trado digníssimo revoltou-se, commo- j contam. veu-se-lhe o coração, escridio de senFoi sempre assim, e nem a politica timentos nobilíssimos, e, na elevada nefasta dos accordos — a ultima prova comprehensâo dos seus deveres officiaes, da desmoralisação que vae attingindo insurgiu-se contra abusos que rija jpnte tudo e a todos—desafogou os chefes combateu, acudindo cora egual s&i , dos partidos d'esta difficilima tarefa. tudu ás desventuro 9 fundamente 3a! O illustre sub-chefe do partido regenhecidas, nerador deste districto, o nosso queFoi justo e foi bom. rido e respeitado amigo sr. dr. Lopes Concebeu e realisou, dispemlendo Navarro, como o illustre governador innumeros e extraordinários esforços, civil, quando ouvidos pelo ministro do uma esplendida festa de caridade, de reino sr. João Franco, sobre a escolha que elle foi a alma, em que elle foi, dos candidatos que poderiam ser eleimonetariamente, o mais cruelmente sa- tos pelos círculos de Bragança, ponderaram a conveniência de serem atcrificado. Pois bem. Este homem que tanto tendidas as influencias solidas que nas fez na parte administrativa, e que na futuras luctas do partido podessem pratica do bem pode servir de modelo, combater com denodo e vontade a fatem ultimamente sido perfidiosamente vor d'elle. aggredido por insinuaçães calumniosas Conhecendo perfeitamente os hoe perversas, que, ainda bem, no meio mens e as coisas do districto, o sr. dr. em que ellas pretendem medrar, teem Navarro, como o venerando e circumproduzido effeito contraprodecente,pois specto sr. dr. Ferreira Margarido, honos seus auctores foraui e são energica- rado governador civil, evidenciaram a mente verberados pela critica severa necessidade de serem Iocaes todas as do todos os homens dignos da capital candidaturas governamentaes. Farto de proteger illustres desconhecidos está ou do districto. A benemerita festa da kermesse, que deve estar este pobre districto! Adoptada em grande parte esta é uma gloria do illustre sr. Christovam Ayres nosso presadissimo amigo, pre- ideia pelo illustre conselheiro sr. João tendem os seus despeitados detractores Franco, é intuitivo que o nome do convertel-a em potro de diffamação e sr. dr. Gallas deveria ser um dos pricalumnia. Não o conseguirão, podemos meiros lembrados, e realmente o foi, garantil-o. como o de outros prestimosos correliContra as murmurações ignaras de gionários a quem o partido considera alguns rancorosos despeitados—erguer- 9 respeita, mas que agora não podem se-lião, sendo preciso, milhares de ser eleitos. Circumstancias, porém, de superior vozes de protesto vibrantíssimo que anniquilarão por completo a miserá- ponderação, forçaram o illustre minisvel manobra, pulverisando com eviden- tro do reino a declarar ao sr. dr. Lotíssimas provas a torpeza das insinua- pes Navarro que não poderia ser adoptada a candidatura do sr. dr. Gallas. ções vdissimas. Preso a um quasi compromisso que Pôr emquanto não nos queremos approximar mais do lodo que o olfacto espontaneamente tomara em tempo, e nos força a lobrigar á superfície de á dedicação e velha amizade que o liuma que6tiuncula que para ter foros de ga áqueiie cavalheiro, o illustre subseriedade pretende envolver o nome il- chefe do partido, um altíssimo caralustre e respeitável de um cavalheiro cter, sempre correcto e leal, não hesique per muitas razões honrou a admi- tou perante as difficuldades emergentes, e, auxiliado poderosamente pela nistração superior d este districto. abnegação sincera de amigos que com inexcedivel e prestimosa dedicação o presam, poude, afinal, vencer os emDr. José Gallas baraços a que temos alludido, e honEstá definitivamente assente a can- rando uma promessa lealmente feita, didatura d'este nosso distincto amigo hourou com uma significativa demonse correligionário por um dos círculos tração de consideração um dos seus do districto. amigos mais dedicados e a um correfiEncobrir as enormes difficuldades gionario que dedicará devotadamente que houve a vencer para a justifica- todos os seus bons e leaes serviços ao LODO Á SUPERFÍCIE díssima apresentação do nome do nos- partido regenerador, em cujas fileiras so respeitável amigo, seria menoscabar milita. Houve um homem, distinctissimo no a verdade, faltando a ella, o que não tracto social, ameno e attrahente, eor- está nos nossos abitos. terrível período de 90, o partido regenerador de Bragança, ferozmente batido por muitas e deploráveis circumstancias colligadas —começou a perder muita da sua antiga vitalidade, resvalando apressadamente para um ruína que seria completa se o não amparasse na queda imminente a fina perspicácia do saudosíssimo Conselheiro Lopo Vaz, a tempo e poderosamente auxiliado pelos seus íntimos e dedicadíssimos amigos os snrs. drs. Lopes Navarro e Ferreira Margarido. E' incontestável, todos, adversarios e amigos, o confessam: a adhesão do dr. Abilio Bessa e dos valiosíssimos elementos que sinceramente lhe são dedicados, não só no concelho de Bragança, mas nos de Vinhaes e Vimioso, robusteceram consideravelmente o partido regenerador do alto districto, imprimindo-lhe uma forte corrente de coragem e de força que a temível audacia e muscula energia dos adversarios pouco e pouco lhe tinham subtraindo. As conveniências e o dever do partido impunham, pois, e já de muito longe, a candidatura do dr. Bessa. O snr. João Pereira Charula, todos o conhecem: é um dos mais antigos e dedicados correligionários que temos no districto. Se não tem sido feliz na sua vida politica, é porque poucos homens haverá no districto tão desabridamente, tão cruel e apaixonadamente discutidos e apreciados. No entanto, o snr. Charula é ainda um dos mais valiosos elementos do partido regenerador, que elle ha muitos annos serve com denodo e vontade. Não conhecemos o snr. Joaquim Lima. Dizem-nos ser um jornalista apreciavel e um funccionario distincto. Em artigo publicado no penúltimo numero da Gazeta de Bragança, que em outro logar d'este jyrnal transcrevemos, dissemos rapidamente o que sentimos com relação ao snr. José Gállas. Sobre este nosso amigo temos hoje a accrescentar que a sua candidatura foi bem recebida por todos aquelles que, crentes da idéa de se poder ainda independentar este districto da olygarehia progressista, guiada por um politico feliz eastuto, e,—honra á verdade! —dedicadíssimo aos seus parciaes de valor incontestado, confiam firmemente na forte reorganisação do partido regenerador, que nas suas filleiras vè alistados em grande maioria a gente mais independente do districto, e que para ser grande e readquirir a pujante preponderância d outros tempos precisa que os governos da sua grei solicitamente o auxiliem, com os favores que até agora lhe teem negado, e de que todos os partidos carecem para crear e sustentar o seu prestigio, da indispensável cohesão e leal harmonia entre alguns dos seus elementos mais poderosos—que quanto isto deixa a desejar!...—e ainda de uma boa dose de abnegação que, verdade verdade, bem poucos querem ter. ACTUALIDADES Distlncção merecida Vae ser eleito par do reino o illustre sub-chefe do partido regenerador do districto de Bragança o ex.mo snr. dr. Lopes Navarro. O governo fazendo elevar ao pariato este nosso amigo, não faz mais do que cumprir um dever de justiça, attendendo aos altos merecimentos que concorrem no nosso chefe, e pelos relevantes serviços que tem prestado ao partido regenerador. Eleições Resultado da votação nas duas assembleias d'este concelho: Dr. José Gallas, regenerador, 1650 votos. Dr. Alvaro Mendonça, progressista, 1550 votos. João Santiago, progressista 450 votos, Centeno, regenerador, 450 votos. Dr. Medeiros, progressista, 200 votos. Madeira Pinto, regenerador, 300 votos. Acaba de ser eleito depulado pelo circulo de Mogadouros de que Miranda faz parte o snr. dr. José Gallas. Era a sua ambição suprema que vê realisada, devida aos exforços extraordinários feitos pelos nossos ex.m0s amigos dr. Navarro, illustre sub-chefe do partido regenerador no districto e dr. Margarido, lauradissimo governador civil. Visto que s. ex.E chegou ao que aspirava, e vê realisados os seus sonhos dourados, parece-me muito a proposito e por seu interesse proprio, lembrar-lhe que deve tratar agora de conciliar todos os elementos que lhe tem sido hostis, deixando d'haver distinções que mais tarde podem prejudical-o bastante. Deve s. ex.* procurar insinuar-se no animo d'aquelles que tem julgado adversos, não os hostilisando e pelo contrario procurando captar a sympathia e dedicação d'el]es, não consentindo que certos zoilos lhe andem sempre com ditos e intrigas. Procedendo assim terá- mais a lucrar e pelo seu proprio interesse é que lh'o lembramos, desejando que corresponda com dedicação e serviços aos sacrifícios feitos por aquelles nossos dedicados amigos' Ao cxc.ra° snr. Director dos serviços Telegrapho-Postaes do districto de Bragança. Chamamos a attenção de s. exc.* para o seguinte facto: A conducção das malas do correio de Vimioso a Miranda, feita pela Quinta de Santo Adrião. Senhora do Eosario, deve terminar, visto que n'esta localidade não existem o referido encarregado da estação, não ha operários, nem trabalhos e apenas existe um creado encarregado da guarda casa, ferramentas etc. Não naveudo pois como não ha, razão alguma que infere para que a conducção continue por alli a ser feita, lembramos a v. exc.* se sirva providenciar para que as malas do correio venham por Caçarellos e Genizio, adiantando o chegar a esta cidade com uma e meia a duas horas mais cedo, 2 o que é da maior conveniência e vantagem para o publico. Partiu para Mafra, afim de tomar o Esperamos que s. exc." attenderá o commando da companhia de guerra nosso pedido tão justo como d'interesse para esta terra e contamos em breve d'aquella escola, o nosso dedicado amigo Adriano Accacio de Madureira ter dagradecer-lhe este serviço. Bessa, distincto capitão de infanteria. Acompanhou-o sua ex.m* esposa e filhinho A' Camara Municipal (Teste coneelho Consta que vae com mandar a seNão desejando por forma alguma cção da guarda fiscal, em Freixo, o entrar na critica do cumprimento dos snr. Francisco José Lopes Navarro, deveres d'esta corporação administra- diguissimo chefe de secção. tiva, cumpre-nos, todavia, vir perante ella lembrar-lhe a necessidade de mandar um empregado de capacidade e Acha-se completamente restabeleciconfiança a Villa Chã e S. Pedro da da dos seus incommodos, a ex.m# snr." Silva, vôr se encontra numa e n'outra D. Adélia de Oliveira Lima, esposa do povoação casa para aula e habitação nosso companheiro de trabalho, Audo respectivo professor de instrucção gusto Lima. primaria elementar; e, no caso de a nào encontrar nas condições, alugar a que melhor appareça disponível e manPara Murça, onde foi visitar uma dar fazer n'ella immediatamente os re- pessoa de família, que tem estado paros mais urgentes e indispensáveis. doente, partiu ha dias de Bragança, o O tempo em que se esperava a que as illustre governador civil substituto, coisas apparecossem por milagre já snr. Thomaz de Sá. acabou ha muito; agora, se as não ha, é preciso fazel-as promptamente, evitando sempre o adiamento, que rarisTem estado bastante doente a esposimas vezes deixa de ser funesto. Poremos ponto, por hoje, no as- sa do nosso amigo Francisco Lopes sumpto mas o que promettemos e mes- Navarro, a quem desejamos prompto mo taremos é vir com elle novamente restabelecimento. a lume nos números subsequentes d'este jornal pondo então, como é vulgar dizer-se, os pontos nos i i, se a NOTICIÁRIO camara nào der, em breve, cumprimento ao exposto nas portarias e deRecenseamento politico do cretos respectivos. E* extremamente vergonhoso e pre- Vimioso—O meretissiino dr. juiz de judicial estarem 2 professores ha 5 direito d esta comarca, desattendeu os mezes a receber os seus ordenados sem recursos que o nosso amigo Vaz Pinentrarem no exercício das suas funeções to, administrador do concelho do Viunicamente, exclusivamente devido a mioso, tinha levado das deliberações nào lhes fornecerem casa para esse fim. tomadas pela respectiva commissão recenseadora, relativas a dar quarenta maiores contribuintes inventados pela astúcia zephyriana do sr. Paiva CarCarteira do Mirandez valho. Ainda d'esta vez bate palmas a firma social Zephyro & C.*, que, no que Já se acha em Bragança o illustre diz respeito a organisação de recenseagovernador civil do districto, dr. An- mentos políticos, é de uma limpeza de mãos que chegaria a assombrar Cartutonio Joaquim Ferreira Margarido. che, se o famigerado salteador não es tivesse já a arder nas profundas dos infernos. Chegou no dia 3 a esta cidade o Temos pelo sr. dr. Casimiro Lopo, nosso amigo e dedicado correligioná- illustre juiz de direito d'esta comarca, rio, Abilio Lobão Soeiro, digno admi- o respeito e consideração que nos insnistrador d'este concelho. pira ha muito o seu rectíssimo caracter de magistrado integerrimo, e a sua sciencia de jurisconsulto notabilissimo. Chegou já a Bragança o distincto e Sua exc." julgou os recursos a que illustre delegado do thesouro, o nosso nos vimos referindo segundo as proamigo Silvino da Camara. vas documentaes, que, de facto, não tinham inteiro cunho de legalidade, sendo, aliás, verdadeirissimas; não obsFoi a Bragança visitar seu mano o tante isso, convencidos, como in absosnr. Carlos Frederico Pinheiro de La- luto estamos, das invenções zephyrianas cerda, distincto coronel de infanteria, continuaremos a sustentar que os noso nosso amigo Padre Manoel Ernesto sos correligionários do Vimioso foram Pinheiro de Lacerda. em annos anteriores o no corrente— lufaniemente roubados no» seus sacratíssimos direitos Deu á luz uma robusta creança do políticos. Sa os auctores das larapices quizesexo fomenino, a ex.m* snr.* D. Grarem saber o porquê d'esta nossa concinda d'Almeida, esposa do nosso bom amigo Antouio Augusto de Lima e Al- vicção, que nos chamem aos tribunaes. meida, digno secretario da administraGuarnição militar—A cidade ção d'este concelho. de Miranda do Douro já ha alguns annos que se encontra sem guarnição militar, não se podendo advinhar qtiaes Tem passado bastante incommoda- os motivos que levaram os poderes da de saúde a ex."1* snr.* D. Maria públicos a lançal-a em tal abandono. Augusta Taborda, irmà da snr.» D. Antigamente estavam aqui sempre dois Izabel Adriana Taborda, distincta pro- destacamentos um de cavallaria e outro fessora d'esta cidade. de caçadores. Presentemente não ha nenhum e a necessidade de um destacamento aqui torna-se urgeute, pois que a cadeia está cheia de presos e Esteve entre nós afim de passar a alguns de responsabilidade, e apesar revista annual aos reservi&tas d'este do illustre delegado do procurador rémo concelho, o ex. snr. tenente-coronel gio já ter requesitado por mais de uma de caçadores n.° 3, Isodoro da Cruz vez, força para segurança da cadeia Maltez. ainda não foi satisfeita tal requisição. Bem sabemos que ha ordens expresIgualmente esteve n'esta cidade afim sas para se não fornecerem destacade passar revista de inspecção á se- mentos, a não ser para onde se torcção da guarda fiscal, o digno capitão nem indispensáveis, mas Miranda está de infanteria, commandante da 4.* actualmente n esse caso, e apesar de companhia, Antonio Augusto ele Mi- aqui estar uma força da Guarda Fiscal, não se pôde contar com ella para randa. qualquer eventualidade, attendendo ao serviço especial que tem a desempeCom sue ex.""1 esposa, chegou tam- nhar pois que a maior parte do tembém ha dias a esta cidade, o snr. dr. po encontra-se fora, em serviço no José Joaquim Dias Gallas, digno de- campo. Um destacamento de 25 ou 30 praças nào era com certesa força que putado por este ciroulo. fosse enfraquecer muito o effectivo de caçadores n.* 3, e acima d'isso está a segurança dos criminosos que estão dentro da cadeia. Palpita-nos que sem grandes locubrações d'espirito talvez descobríssemos d'onde parte a má vontade contra a estada aqui d'um destacamento, mas emfim deixemo-nos por agora d essas descobertas, e só pedimos ao Illustre Governador do districto para que nos attenda, informando-se da necessidade que Miranda tem actualmente de um destacamento d'infanteria. para o qual ha bom quartel o respectiva mobília. Internato Ultramarino—Acerca d'esta casa dj educação, fundada em Lisboa pelo professor Branco Rodrigues escreveu o snr. dr. Antonio J. Boavida, superior do Iieul Collegio das Missões Ultramarinas o que em seguida publicamos: «Com o mais vivo enthusiasmo, com a maxima effusão d'alma, bemdigo o auspicioso estabelecimento do collegio denominado Internato Ultramarino,deBtinado á educação e instrucção dos naturaes das possessões portuguezas. E' fundado num dos locaes mais aprazíveis e saudaveis de Lisboa pelo illustrado e benemerito professor o snr. Branco Rodrigues. Propugnador embora humilde, mas dedicado, apologista convicto dos commetti mentos civilisadores que tendam a dilatar o prestigio e influencia do nome portuguez e a fortalecer os laços que prendem as colonias á metropole, applaudo com o maior encarecimento o pensamento a patriótica iniciativa do fundador deste utilíssimo e indispensável instituto. Tanto mais syrapathico se me torna este iustituto litterario quanto é intima a correlação que existe entre elle e o estabelecimento confiado á minha superior direcção. Se um educa sacerdotes portuguezes, destinados a deffenderem nas escuras regiões de alem-mar a luz vivificadora do Evangelho e a affirmarem e robustecerem os direitos da nossa soberania nacional, outro tem em mira educar cidadãos prestantes que pela £ua illustraçào, pelo entranhado amor je lhe inspirará a mãe patria, serão os mais efficazes e prestimosos auxiliares dos missionários verdadeiramente portuguezes, que no actual momento historico teem uma altíssima quanto difficil missão patriótica a desempenhar. Bemdigo, pois e applaudo mais uma vez e sempre esta obra eminentemente civilisadora e patriótica. Lisboa, Janeiro de 1S94. O Superior do Real Collegio das Missões Ultramarinas Antonio J. Boavida. Cemiterlo — O que actualmente temos é uma vergonha; e apezar de se ter deliberado em mais de uma sessão de camara, que o pequeno recinto onde se enterram os mortos seja convenientemente reparado eaugmentado, não nos consta que até hoje aquella deliberação tivesse principio de execução. E' preciso, é necessário que a camara, sem mais delongas faça cumprir as suas deliberações; para que ninguém seja acoimado de negligente. Pedimos igualmente á 'exc.™* camara o immediato calcetamento da rua do Tenente Valladim, pedido que já fizemos uma outra vez, e não desejamos tornar a fazei terceira. Faz sacrifício, a cumara?. Embora, uma vez que quem lucra somos nÓ3, que pagamos pontualmente o que nos pedem, sem perguutarmos para que se destina. —Falleceu em Bragança, com 71 annos deidade o nosso saudoso amigo Antonio Claudino Fernandes Pereira, digníssimo director que foi do Banco de Bragança. Era um nobre e honrado caracter, um correligionário dedicadíssimo e prestimoso, cuja perda lamentamos sinceramente. Os nossos sentidos pezames á família enlutada. —Por motivo do fallecimento do sr. Fernandes Pereira, entrou em exercício como director effectivo do Banco de Bragança o nosso bom amigo D. N'uma noute bella, quando a lua Jorge de Mello, 1.* substituto. campêa lá no espaço, inundando a Os nussos parabéns. terra com os seus raios luminosos quando as estrellas brilham com todo —Devido ao muito zelo, competên- o seu fulgor... sabe o compadre o cia e actividade do nosso bom amigo que faz a camara?... não sabe ? 1 •. • José de Moraes Neves, digníssimo es- pois n'essas noutes em que a rainha crivão de fazenda d'este concelho, dos astros sorri por cima de nós, é que abriu-se no dia 1* do corrente para a a camara manda accender os candieiros; cobrança voluntaria da contribuição mas se a noute é escura como o breu, predial de 1893. e a lua se envergonha de apparece... então a camara não gasta petroleo, e —Ao nossobom amigo Abilio Soeiro, os habitantes da cidade andam por ahi foi pelo Ex.1"* Sr. Conselheiro João ás cabeçadas. Franco e por intermedio do Sr. Dr. Então não será isto um grande pecLopes Navarro, offerecido o logar de cado compadre ?!... sub-director do asylo Maria Pia de —Por esse processo também é um Lisboa. grande peccado termos uma cathedral Folgamos com a distineção conferi- sem conegos, um paço episcopal sem da ao nosso amigo e desejamos que as bispo, uma aula sem professor, fontes coisas lhe corram propicias. sem agua, ruas sem calçada, fortaleza sem guarnição, quartel sem soldados, — Vae ser despachado professor da e castello sem arttelheria. eschola complementar de Mogadouro, —E quem o duvida, compadre! Deus o nosso amigo Aureliano Augusto Si- nào castiga só os que matam e os que, mão, distincto alumno que foi da es- roubam, pune também os que dão orichola normal do Porto. Estimamos gem aos roubos e á morte. que o despacho se não faça esperar. E quem tem a culpa, não será a camara que sepulta nas trevas noites —Foi julgada em policia correccio- e noites, uma cidade inteira? nal, em Vimioso, no dia 2 do correnMuitas vezes acontece nào haver dite, ficando absolvida, a ex.raa snr.* D. nheiro... e quem sabe compadre... Candida Trancoso Botelho, pelo cri- o que por lá irá. me gravíssimo de ir ouvir missa á egre—Como quer você que não haja dija parochial d'aquella villa, no dia 21 nheiro se ha orçamento?... ora logo de janeiro ultimo. que lia orçamento é porque ha receiA vingança mesquinha que levou ta... e eu não vejo despeza.. ■ sim, esta illustre senhora ao banco dos réos, nào vejo onde 8e gaste. praticada pelo reverendo levita, padre —Compadre... mude de conversa José Fernandes Barreira, está fora de se quer, se não quer vamos até alli á toda a crítica. rebuçôna ver o do Felix, que é uma pinga de estalo. —Foram nomeados agentes da Com—Appoiado compadre, ma-raios parpanhia dos tabacos n'este districto, os ta o diabo, que anda a gente sempre snrs. Camillo de Mendonça, de Villa- de goellas seccas. relbos, e José Manoel de Sá Miranda, de Macedo de Cavalleiros. VARIEDADES —Para manter a ordem publica, durante a festividade, que deve realisar8e no dia 29 do corrente, na Senhora da Luz, foram requisitadas 20 praças Uma senhora muito intellígente, esde cavallaria 7 e 30 de caçadores 3. pirituosa e elegante, amava um conde, que lhe fazia com enthusiasmo a corte. Este, que era essencialmente volúvel, deixou-a um dia para se dedicar Audiências geraes—Principiam n'esta comarca no dia 28, as audiências a uma joven, formosa, mas muito estúpida e ignorante. geraes. Pouco tempo depois, num encontro, N'esse dia respondem Carmen Garcomo resposta a uma estudada amabicia, casada, negociante, natural de Peralto, província de Aragão, residente lidade, diz ella ao conde o seguinte: Sim, estou certa de que V. Ex.» em Zamora, e Consolação Gimenes nào é cego; posso, porém, affirmarDual, casada, governanta domestica, da villa de Toro, província de Zamo- lhe, convicta, que é muitíssimo surdo. ra, ambas presas nas cadeias desta cidade, accusadas de terem no dia 8 de janeiro ultimo, furtado a João FranCerto parocho, para se ver livre de cisco Pires, de Algazo, a quantia de muitas pessoas, que queriam confes127fJOOO reis, em moeda de prata por- sar-se a elle, annunciou á missa contugueza. ventual : E' advogado das rés, o snr. AnselA's segundas feiras confessarei os mo Clementino Pinto, digno contador mentirosos; ás terças os avarentos; ás d'esta comarca. quartas os calumniadores; ás quintas os ladrões; ás sextas os libertinos; e aos sabbados as mulheres de procedimento irregular. RASPANDO Tão bom êxito o plano: ninguém Vá com esta que lhe digo, compa- lhe appareceu. dre e amigo: a carestia de pão, a falta de trabalho, a inundação de misérias que por ahi resaltam aos nossos olhos, Um estudante, para abonar umas é devido á immensidade de peccados faltas, pediu a um medico que lhe pasque p'ra'hi se commettem sem nenhum sasse uma certidão de ter estado uns temor de Deus. dias doente. O medico passou-a, e o —Bem me fio eu n'essas patranhas, estudante deu-lhe dois cruzados novos, compadre, era o que faltava. Deus não falsos. se occupa de semelhante cousa, jamais 0 medico conheceu que eram falsos, tratando de avaliar os crimes ou as e disse-o ao estudante. virtudes de qualquer. «E a certidão, responde o estudanEntão porque eu commetti este ou te, é verdadeira?» aquelle crime, esta ou aquella falta, um ou outro erro... muitas vezes proprios da mocidade ou da ignorancia, Ura rapazote, que frequentava uma ha de Deus ser inexorável, faltando com o pão aos meus filhos, com traba- escola de instrucção primaria, quebrou, lho aos filhos dos outros, enchendo de sem querer, um vidro de uma das janelas da casa da aula. O facto tinha miséria todos nós?! —Não é isso compadre; não são as passado desapercebido durante alguns suas faltas os seus erros e os seus cri- dias} mas o pobre rapaz, julgando-se mes que dão logar ao castigo do Se- réo de um grande crime, andava asnhor; são as ameaças constantes que sustadíssimo, e tremia como varas veros homens dirigem ao ceu... e senão des sempre que o professor lhe dirigia veja; olhe por ah? adeante, por essa a palavra. O demonio do vidro era o rua abaixo, e diga-me se esses can- seu pensamento constante, o seu pesadieiros não provocam as iras do ceu. dello de todos os momentos. •. Um dia o cura da freguezia foi as—Confesso que não comprehendo nada, compadre, se me não põe isso sistir á lição de doutrina, e dirigir algumas perguntas aos alumuos. em pratos limpos Ao rapazote do vidro perguntou: —Não comprehende? enh?I.. • pois —Quem foi que fez o céo e a terra? olhe que a cousa não é defied, com—Nào fui eu, snr. cura. padre, sendo de mais finorio para es—O quê? não foste tu? exclamou o tas cousas de camaras. .. mas em fim padre, com surpreza. sempre lhe esplicarei. O —Antes quero confessar a verdade, tornou o pobre pequeno, desatando a chorar; e verdade que fui eu, mas não torno mais... Perdoem • me... Um joven de talento, mas muito mal parecido, ouviu dizer a varius pessoas que o seguiam: —Parece nm Esópo. —Tendes razão, lhes responde elle, porque faço fallsr os animaes. Gilbom, auctor da «Decadencia do Império Romano», nâo tinha nariz e quasi que não tinha olhos, e a bocca muito pequena. As suas duas grandes bochechas absorviam quasi tudo; eram tão largas e tão rechonchudas e d uma proporção tão prodigiosa, que toda a gente ficava pasmada ao vel as. M. de Lauzun apresenta um dia o historiador infeliz a M.ms de Doffant, que, sendo cega, tinha o habito de palpar a cara aos personagens que lhe apresentavam, com o fim de formar uma ideia das suas feições. Depois de ter palpado a cara de Gilbon, empurrou-o, exclamando; —E' um infàrne e indecente gracejo ! CHARADAS 1." O que é menos supportavel para uma senhora? 2.* O que deseja um casado parvo? 3.* Porque se parecem as senhoras todas com os tabelliães? 4.a Quando se parece o bacalhau com as cavalgaduras? 5.a Quando é que uma panella se parece com uma cathedral? 6.» Qual é o rio mais rico de Portugal ? 7.* Qual é o vinho que pode crear caruncho? 8.* Qual é a maior de todas as mezas ? 9.» Em que se parece um actor com um perilampo? 10.° Quaes são os animaes mais friorentos ? 11.® Em que se parece um sapato com um ricasso? 12.a Quaes são os indivíduos mais fonas ? Sciencias e Lettras LEITURA AMENA Detalhes da vida—0 presente eo passado. (Continuado do n." antecedente) Não estudamos, como dissemos, ao contrario do vulto com quem compa ramos o nosso isolamento, e cuja divisa nos serve de norma para o plano que seguimos, afastados de todo o traFOLH ETIM RAIOS DE ADOLESCENTE EPISODIOS DA VIDA DE NUNO ALVARES PEREIRA I Por uma linda noite de primavera, em pleno reinado de D. Fernando, o aposento de uma casa de Portalegre, um adolescente bem parecido, e em cujaaphisionomia se liam todos os symptomas do ardor marcial, vestia á pressa a armadura, ajudado com visível repugnancia pelo seu escudeiro. Parece que se tratava de uma expedição secreta, por que o joven cavalleiro nem consentira que se assendesse luz, e era ao clarão da lua, que entrava pelo aposento e que assendia pallidos reflexos no aço da cota de armas e do capacete, que elle se preparava para algum combate ou alguma correria nocturna. —O que dirá vosso irmão em sasabendo d'estas loucuras! exclamava o escudeiro. MIRANDEZ 3 to social. E nâo estudamos, repetimos ainda, porque perdíamos o tempo, em vista do corriqueiro, mas muito sentencioso riffio, quo nega o aproveitamento do estudo, na idade em que a memoria começa já a abandonar-nos. Mas nem o faríamos, ainda mesmo que estivessemos na edade própria, porque pouco adiantavamos por outro lado. Estudar... o quê, e para quê? Bom era isso n'essea bons tempos, em qje o saber tinha o primeiro logar uos detalhes sociaes, e em que o programma de concurso para os cargos públicos era subordinado mais a diplomas de sabedoria, do que ao de tricas politicas, para os quaes se precisa mais de manha, velhacaria e arrojo, do que de habilitações scientificas. Salvo esses eminentes estadistas, homens de armas e de lettras, que ornam e glorificam o nosso grémio litterario, e conquistaram os logares e altas posições que occupam no funccionalismo publico, pela sua sciencia, pelos seus serviços e pelo seu patriotismo ; salvo essas honrosas excepções, por onde a sórdida politica não tem podido ainda alargar a sua sementeira de vicio8 e discórdias, uma grande parte dos homens que conhecemos, bem collocados na sociedade, nunca fizeram o menor serviço á sua patria, nem por ella correram o menor risco, e nunca fizeram, talvez, nem exame de instrucção primaria. Os seus altos serviços nas campanhas eleitoraes, as suas ovações e zumbaias em volta das facções empoleiradas e dominantes, valeram muito mais do que teriam valido todas essas bagatellas. E tal nome lhes damos nós, apesar de respeitarmos profundamente os homens de intelligencia e saber, seja qual fôr a esphera ou camada social que os contenha, porque nâo poucos conhecemos nós também, formados em quantas faculdades ha e está para haver, que não primam, realmente, pelo seu desenvolvimento intellectual, tanto em theorias avulsas, como em especialidades. Estudar... por tanto... o quê e para quê, se, por outro lado também, quanto mais se avânça pelo século das luzes, mais e mais se difficulta o processo do ensino, por mil causas geralmente conhecidas, e que ocioso seria enumerar agora? E n'este ponto, por incidente mas com pezar o dizemos, quer-nos parecer que retrogradamos século e meio, pelo menos, se é que estamos condemnados a seguir o systema de Francisco I, duque de Lorena e imperador da Ailemanha, que, ao tomar conta da administração dos seus estados, disse um dia na Lubania: Quero vassallos obedientes, e não cidadãos illustrados. E assim foi, porque, em conformidade com esse programma, as escolas tinham como rigor elevar os instinctos medíocres e abater toda a superioridade. E n'esse sentido, a instrucção popular mais generalisada limitava-se a transformar em obediencia passiva e resignada os espíritos mais inconscien- congresso legislativo:—E' finalmentes e banaes; e a instrucção classica, te... Mas basta. sem relação com a situação de cada Talvez as nossas doutrinas, o nosum, com as suas tendencias e aptidões, so critério e a nossa franqueza, reera tão limitada e superficial, que tor- pugnem a muita gente, porque a vernava os mancebos mais dogmáticos dade não agrada a todos e a justiça que pensadores; isto é, mais escravos poucos a querem em casa. Mas nós, apesar de condemnarmos de crendices em pontos obscuros da sciencia, do que de verdades demons- a liberdade que degenera em licença, tradas por preceitos positivos e regras sentimos como um celebre bispo de fundamentaes. Clermont, Sidonio Apolinário, que tanComtudo esse princips morreu que- to se extremou em caridade e amor rido e chorado por todos, como o que pátrio no meiado do século V, e que melhor tinhn governado e administra- dizia: do o seu império. «Nunca soffrerei a escravidão do Logo, de que serve a instrucção? espirito; parece-me qne se humilha Estudar... o quê e para quê? excessivamente quem é obrigado a Para diplomata, banqueiro, adminis- occultar o seu pensamento.» trador da fazenda publica, ou interpreAssim nós também temos como te de altas negociações no estrangeiro? principio, o mais justo e natural: a Bom era isso, porque são officios, liberdade na maxima largueza, e a esses, que rendem muito e em que justiça no extremo rigor. Faça e diga cada um o que lhe connada se arrisca, porque le/am já farto contrapeso para percas e damnos, e vier segundo a sua consciência e livre não teem responsabilidade directa. vontade, visto que não temos o poder Mas e' que as modernas operações de aperfeiçoar a obra do Creador. Mas financeiro-bancarias e o novo systema imponha-ee a todos a responsabilidade de administrar os bens alheios não são dos seus actos, seja qual fôr a classe coisas que se aprendam pelo estudo. ou cathegoria a que pertença, visto Adquirem-se mais pela pratica do que que de ha muito acabou a distincçâo pela theoria, e, ainda assim, é preciso dos Senhores Suzeranos, que o feudauma tendencia especial para se seguir lismo creou na idade media, com a esse caminho, que, ielizmente, nem invasão e conquista do império romano pelos barbaros. Essa distincçâo, que todos trilham. ainda se fez sentir em Portugal, conE dizemos—felizmente—porque s® demnada desde logo, geralmente, em assim não fôra, se todos os banqueiros consequência do seu excessivo e escanadoptassem o systema, que muitos daloso abuso, foi modificada a pouco e teem empregado n'estes últimos tempouco por differentes dos nossos mopos, em breve dariam á costa todas as narchas, até que foi de todo extincta, casas bancarias, estabelecendo-se uma e extincta com ella a soberania e inbancarota universal, por meio de opedependencia dos grandes rações prestigiosas. Debaixo d'estes princípios, não deEstudar, então... O quê e para quê? sistiremos jamais de dizer o que senPara politica, nos dirão talvez, porque, segundo a rigorosa definição dos timos com o desassombro e indepenmelhores clássicos, politico é o ho- dencia que sempre nos tem movido e mem, que, pela sua finura e boas ma- acompanhado, porque, se o nosso poneiras, sabe conseguir os seus fins, bre laboratorio litterario e noticioso ainda mesmo que, por mero patriotis- estalar um dia, desfeito em pedaços, mo, tenha de renegar e condemnar .por aquelles a quem possam ferir vertudo quanto respeita á sua querida dades tão amargas, pereceremos, inhabalavelmente e conscienciosamente depatria. baixo das suas ruínas, á maneira do Ah! e teem razão. A politica é, —Varão justo e forte—representado com effeito, o único recurso, muito por Horácio n'aquelles dois sublimes mais porque, com quanto sejam de Versos da sua Ode 3.» Livro 3.°. systema mais complicado ainda as theorias politicas, nem por isso reque«Si fractus illabitur orbis, rem grande applicação ao estudo. Impavidum ferient ruinie». E nem é preciso, porque a politica, por si só, é uma academia com- Coimbra 12—3—94. pleta, d'onde naturalmente irradiam André Francisco Godinho. sciencias as mais variadas e até mesmo desconhecidas. A politica é o florilégio dos monges gregos, compilado com peças as HARMONIAS mais escolhidas para todas as organisações, génios e paladares: — E' o tribuual onde se liquidam e passam O AMQB PS JESU8 em julgado as mais graves responsabilidades sociaes:—E' a alfandega onnos dissessem que uma creatura de se despacham todas as mercado- Se Nos ama com ardor e força tanta rias avariadas, que affluem ao merca- Que tudo soffre e a tudo se quebranta do das especulações fraudulentas, seja Só por lograr o affecto que procura, qual fôr o seu genero ou proveniênpor uma tal ventura, cia:— E' o prasme régio, que sanc- Commovidos Que qualquer levantado peito encanta ciona todos os pactos e contratos na- Sentiríamos n'alma brotar santa cionaes, e até mesmo as resoluções do Gratidão de constante, eterna dura. Ides combater sem sua licença. Menospresaes assim a sua auctoridade de fronteiro estabelecido por El-Rei, aqui em Portalegre, n'esta boa província d'Entre Tejo e Odeana, e menosprezaes também a auctoridade paternal, que a elle, como filho primogénito legou o vosso chorado pai e meu amo, o sr. D. Alvaro Gonçalves Pereira. —D. Alvaro Gonçalves Pereira, o lidador do Salado, respondeu o nosso cavalleiro, quando estivessem em guerra portuguezes e castelhanos, não viria para a fronteira passear tranquillamente e recusar batalha aos inimigos do seu rei. E' uma vergonha Lançarote! —Fernão Pelote, com vossa licença, sr. Nuno Alvares. —Lá tornas, exclamou rindo o adolescente. queres que eu te trate pelo teu nome vulgar, e nâo aceitas o nome de um heroe de romance de cavallaria! —Romances de cavallaria! romances de cavallaria! resmungou o escudeiro, que era, segundo se vae ver, um precursor de Cervantes; má peste os mate a elles e aos sfeut auctores que vos transtornam o juízo! —Que dizes? bradou enfurecido Nuno. Onde ha ahi leitura mais própria para inflamar o animo de um fidalgo, que se destina a pelejador ? Alli se encontra o ideal de pundonor e de pujança, a que todo o cavalleiro deve procurar attingir! —Será como dizeis, mas lá se ensina também a desobediencia aos paes e aos irmãos mais velhos! Romances assim!.... que o inferno os confunda! —Porque é que o meu senhor irmão me não dá ordens que eu possa cumprir? Ninguém, mais do que eu, desejava obedecer-lhe, mas que! Trazme para esta campanha, em que me promette qae me hei de estreiar, e afinal guarda-me aqui preso a estas muralhas, emquanto andam por ahi ás soltas os castelhanos dos mestres de S. Tiago e Alcantara, como se fosse uma velha d'essas que rezam na capella do solar, longe dos combates em que floreiam lanças e conquistam gloria os cavalleiros. —Mas é que esta guerra é uma guerra impia, redarguiu o escudeiro, é que sua real senhoria emprehendeu-a contra o voto do seu conselho, sem mais razão nem motivo, quebrantando a fé jurada e os tratados, tudo por conselho da barregan D. Leonor Telles, e do conde gallego, que... emfim, cala-te bôca! —E fitzes bem de te calar! Pois que me importr.m a mim os motivos da guerra? Em primeiro logar matar castelhanos é sempre obra meritória, e em segundo logar eu vim para combater, para quebrar lanças. Recusam-me as batalhas, procuro os torneios; mas torneios a sério, e não vãs imagens da guerra. Mandei desafiar o filho do mestre de S. Tiago. E' moço brioso, logo acceitou a peleja; marcou-se o dia de amanhã ao romper d'alva, logar na própria fronteira. Nove cavalleiros me acompanham, nove o hão de acompanhar a elle. Que festa, Lançorote, que festa! —Mas, senhor... interrompeu o escudeiro, que já quizera cortar a palavra a Nuno, para mais uma vez protestar contra o nome romântico que seu amo teimava em dar-lhe. —Vamos, vamos! Nada de perder tempo! Vá! só falta a espada. Cinge-m'a depressa. O escudeiro ia obedecer de má vontade, quando de súbito parou descorando. Sentiu-se um rumor de passos na escada, e por entre as fisgas da porta viu-se passar o tremulo reflexo de alguns fachos. —Virgem santíssima! o que será isto? exclamou o escudeiro aterrado. Ainda não acabára de proferir estas palavras, quando a porta se abriu, dando entrada a D. Pedro Alvares Pereira acompanhado por alguns creados com archotes. —Ah! ah! exclamou elle, vendo os Porém, christios, um Ser vimos divino Que por nós padeceu morte aifrontosa E supplicio cruel, atroz, indigno, Cujo coração, Uva caudalosa D'amor p'los homens jorra peregrino— E a nossa alma jaz fria, silenciosa! (Poesias). L. A. Lubtck. A 8KKDA DO CALYAHIO Deixae, deixae passar o homem forte, O ungido do Senhor! Se a cruz, que arrasta agora, 6 cruz de morte Também é cruz d'amor. Deixae.—Na praça o povo agglomerado Vomita a injuria alli: E Elle, sereno o rosto e resignado, Olha o ceo e sorri. Sorri... Que mais importa ao homem forte Ou desprezo ou louvor, Se da estrella seguio, que foi seu norte, O magico pallor. .? E diz, vendo a consciência, onde serena Lê a imagem de Deus E do futuro vendo a praia amena. •Posso subir aos céus.» Ai! pôde! Qeroe e martvr deixa a terra, Que é cumprida a missão! O mundo o teu preceito guarda e encerra Na mente e coração. Deixae, deixne passar o homem forte, O ungido do Senhorl Se a cruz.que arrasta agora, écruz de morte, Também é cruz d'amor. Anthero do Quental. Noticias diversas 4 volt;» ao mundo em OS «lias—Quando Julio Verne escreveu a sua «Volta ao mundo em 80 dias» o mais popular dos seus livros e depois a mais representada das suas peças, toda a gente sorriu aos esforços d'imaginação, á agudeza de cálculos que o escriptor tivera de fazer para apresentar essa vertiginosa corrida em roda do globo, tão patuscamente realisada por Fileaes Fogg. Mais tarde o sonho de Verne foi cumprido e sobrelevado. Uma jornalista, miss Bislaud, seguindo a direcção de oeste por NovaYork, S. Francisco, Yokobama e Brindisi, fez a volta ao mundo em 76 dias. Depoisdelle, missNelly-Bly,do «NewYork Herald» realisou a mesma proeza, tomando o itinerário do este, em 74 dias. Ora, um inglez decidiu-se a ir mais longe n'esse record. E' o sr. J. Guiffith, que sahiu ha dias d9 Londres e que projecta contornar o globo em 66 dias. Uma rainha em exposição— Diz nm jornal inglez qae Lilinakdani, ex-rainba do Haiti, foi agora contratada por um barnum de Indianopolis para uma tournée de conferencias naa grandes cidades dos Estados-Unidos. A antiga soberana hawaiana deve, segundo o seu contracto, exhibir-se todas as tardes sobre um estrado, vestida com o manto régio e de diadema na cabeça. preparos que se estavam fazendo, e vendo também Nuno com dolorosa expressão de desapontamento no rosto. Por um triz que não cheguei tarde. Temos então sortida que o fronteiro desconhece? Ora bem, meu senhor irmão, partireis como tencionáveis, maa para a corte aonde el-rei expressamente vos chama. —A mim, senhor! exclamou Nuno no auge do espanto. —A vós mesmo, senhor cavalleiro, redarguiu o prior do Crato, a vós mesmo, que, segundo parece mandaes, desafiar por vossa conta e risco o filho do mestre de S. Thiago sem licença de vosso chefe e irmão, como se estivessemos, não em fronteira de guerra, mas em liça aberta ou estacada, como se se tratasse não defender terra da patria, mas de sustentar um passo! -—Mas, senhor, que remedio tenho eu senão recorrer a pelejas individuaes, logo que as batalhas me são recusadas ? Eu nâo posso, meu senhor irmão, estar para ahi retirado na minha tenda como Achilles, sem primeiro ter praticado acções que me assimilhem ao brioso grego. E meu senhor irm&o, os paladinos de Carlos Magno nâo se limitavam a pelejar nas batalhas, mas reptavam a combato singular os cavalleiros inimigos. (Continua). O MIRANDEZ INTERNATO ULTRAMARINO ÃHHUHCIOS Annuncio Augusto Cesar Dias de Lima, recebedor d'esta comarca, faz publico que está aberto o cofre da recebedoria d'este concelho, paia o pagamento da contribuição predial em duas prestações, sendo a '].* em todo o mez de abril corrente e a 2.a em julho proximo. Crença & Lettras Collegio fundado por Branco RoRevista mensal drigues, rua de S. Caetano 1 (Buenos-Ayres Lisboa. Admitte só alu- Do collegio de S. Damaso mnos internos. Mensalidade reis Asaignatura: Anno, 600; n.° avulso, 153000. Óptimo local; ares salu- 100 reis. berrimos; esmerada educação; Redacção e administração: Collegio tratamento inexcedivel. de S. Damaso— Guituarães. A matricula para os alumnos de fúra de Lisboa está aberta nas sucPreço ÍOO reis cursaes do Banco Ultramarino. Bão-se os estatutos a quem os pedir. "Habeas corpus" LIVRARIA ESCOLAR MUDOU PARA A Rua de Entreparedes n.° 1 a 5 PORTO LIVRARIA PORTUGUEZA DE As tosses, constipações e mais padecimentos dos or- JOAQUIM MARIA DA COSTA PADRE ANTONIO VIEIRA Antonio José Furriel gãos respiratórios CURAM-SE 55, Largo dos hoyos, 56—PORSO Escriptos inéditos de reconhe- promptamente com os Rebuçados Rua da Cosia—Miranda cido interesse, colligidos com gran- Milagrosos, de Ferreira Mendes, pharmaceutico no Porto, como tem siPARA PROFESSORES E ALUMNOS Acaba de receber um variadís- de trabalho de investigação por do verificado e attestado por distinctos Carlos Augusto da Silva Camsimo sortimento de chitas, lãs médicos do Porto, Lisboa e províncias. pos. ULTIMAS PUBLICAÇÕES F. J. MONTEIRO LEITE para vestidos e fia nelas. Caixa 200 reis. Pelo correio ou foA saber: Sermões — cartas — Um bom sortido de chapéus LOURENÇO PINTO DA ROCHA Annua da provincia do Brazil e ra do Porto, 220 reis. I . 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Em Novissima taboada — Noções de Este novo methodo, registado na arithmetica e systema métrico elebrochura 160, cartonado. . . * 240 Academia R«al de Beilas Artes de mentar, contendo as diversas esCada uma das cartas separada60 mente Lisboa, e premiado com o 2.° premio pecies de medidas, numeração roSecretario popular portumana, etc-, para uso das escolas na Exposição Pedagógica de 1890, no g-uez de cartas familiares, elementares, por Antonio Joaquim Grande sortimento de fazendas de Palacio de Cryatal Portuense, é o quo ou verdadeiro methodo de escrePereira Pinto. Broch. 60, cart. . . 100 melhores resultados práticos apresen- Geometria plana para as escover toda a especie de cartas sobre diversos assumptos e seguido das lã e algodão, ferragens e quinque- ta no ensino da escripta, em que está las primarias, em rigorosa harmoregras do «Estylo Epistolar,» ordestinado a fazer uma revolução com- nia com os programnias officiaes thographia portugueza, pausas ou de 25 de julho de 1887 e 24 de fepleta, firmado como e em bases perlherias. pontuação, e principaes defeitos vereiro de 1888, para o ensino comfeitamente racionaes. que se notam na leitura, por Seplementar e admissão aos lyceus, bastião Meirelles da Silva. Broch. Consta apenas de S cadernos, ao por Joaquim Camillo Ribeiro, edi200, com uma linda cartonagem de ção illustrada com 200 gravuras inpreço de 30 réis cada um. 300 280 percalina tercaladas no texto. Br. 200, cart. Fazem-se descontos de 20 p. c., no deposito geral, em casa do auctor, na nemettem-se francos de porte a qnem enviar a ImporMQIli LUIZ MIMO Povoa do Lanhoso. tancia em sei los do correio on notas. Pedidos á iJvrarla Cada encommenda postal leva 65 Portugueza de Joaquim liaria da Costa —55, loango dos cadernos, e custa, incluídas as despe- Loyos, 5tt—Porto. zas de remessa, lj)7G5 reis. RUA DA ALFANDEGA Não se vende a praso, mas, não conseguindo o comprador a venda dos exemplares comprados, fica obrigado o auctor a recebel-os, devolvendo a Um variado sortimento de cha- sua importancia. NOVO IMITI TO ESCOLAR péus para homem e creanças. Lenços de seda (SEXO e de algodão, do BONIJARDIM, 59-SA DA BANDEIRA, 57 • POBTO melhor e mais fino gosto. I MTONIO JOAQUIM VILLA DE BOMJiRDIM, 59-SA' Di BASSEIRÍ, 51 ral dos lyceus, para o que ha proíessores competentemente habilitados. 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