ANNOI Miranda do Douro, 25 de Abril de 1894 N.° 2 Assignaturaa

Anuncio
Miranda do
ANNOI
Douro, 25 de Abril de 1894
Assignaturaa
N.°
2
Annuncios
800
500
20
Por linha ... 40 reis
Repetições. . . 20 reis
Os snrs. assignanfes teem
2")°/0 de abatimento.
O pagamento d;i assinatura é feito adiantadamente.
Annuncios sobre obras litlerarias, publicam-se mediante
2 exemplares.
Anno. . .
Semestre.
Numero avulso
Artigos enviados à redacção sejam ou não publicados
não serão restituídos.
ORGÁO DOS INTERESSES LOCAES
Bedacgão e administração
Praça Central n.* 4
'ulolica-se
EXPEDIENTE
A todos os nossos dlstlncios
collegas. especialmente ao
«Moncorrense» e a «Gazeta de
Bragança», agradecemos muito penhorados as phrasesama
biilssimas com que saudaram
o appareclmento do nosso modestíssimo jornal, bem como
agradecemos a todos os que
nos honraram coin a permuta.
A rsda:qla.
Estão definitivamente eleitos deputados pelos diversos círculos
do districto os snrs. conselheiro
Eduardo José Coelho, José Benedicto d'Almeida Pessanha, dr.
Abilio Augusto de Madureira Bessa, João Pereira Charula, dr. José
Joaquim Dias Gallas e Joaquim
do Espirito Santo Lima.
Os dois primeiros são nossos
adversarios políticos. Nada diremos sobre elles. Não nos compete
a nós salientar os seus serviços e
merecimentos.
Conhecemos pessoalmente o sr.
José Pessanha, nosso antigo companheiro nas lides burocráticas,
um adoravel companheiro, por signal.
Intelligente, prestimoso, alma
aberta a todas as manifestações do
bem, um coração de oiro, alegranos particularmente com sentida
satisfação o dizermos, a sua elevação ao parlamento. Felicitamo-1'o cordeal e atTectuosamente.
Os outros, são nossos correligionários e, á excepção do sr.
Joaquim Lima, amigos que muito
presamos.
O sr. dr. Abilio Bessa—não podemos deixar de fallard'elle—honra-nos com a sua amisade intima
e sincera. Eàta notoria circumstancia priva-nos um tanto de dizer sobre elle, como amigo e correligionário, o muito que com
verdade poderia mos dizer.
Dar-se-hia por suspeito o nosso
testemunho. Entretanto, porque
de todos é sabido, affirmal-o-hemos
aqui: a candidatura do sr. Abilio
Bessa—impunhase lógica e naturalmente: por direito de conquista, por tudo.
O partido regenerador do concelho de Bragança, deve hoje—
pode-se affirmar—a sua existencia
robusta ao indefesso trabalho, á
tenacidade sempre intemerata e á
inexcedivel dedicação d'este nosso
valente correligionário. Os seus
mais implacaveis adversarios, que
os tem e rancorosos, são os primeiros a garantir a exatidão d'este conceito verdadeirissimo.
Não quer isto dizer, sinceramente o confessamos, que antigos e illustres dirigentes do partido regenerador de Bragança, do
valor e dedicação de Joaquim de
Sá—uma das mais solidas influencias do districto, um dos mais
honrados caracteres que ennobrecem o nosso partido—entre outros, não imprimissem intelligente direcção, não dedicassem esforços de toda a ordem em favor
do levantamento do nosso agrupamento politico, outr'ora tão robusto e preponderante. Não. E',
comtudo verdade que, depois do
nos
dias
IO
e
25
<d.o
cada
recto até ao exagero nas relações poForam, com effeito, muitos os obstáliticas, espirito -suj-riormente orien- culos que foi preciso arredar para potado no culto das lettras nas campa- der triumphar o justo pensamento de
nhas do bein, que se viu um dia, com demonstrar ao sr. dr. José Gallas a
sacrifício seu, collocado á frente do merecida consideração com que é tido
districto de Bragança — administrati- pelos dirigentes da politic.t regenera
vamente, em grande parte, um cahos. dora d'este districto.
Politiquice e rancores espalhados por
E' conjecturavel que o governo tetoda a parte, como um flagelo.
nha luctado com grandes escolhos para
Esse homem que veio como um ele- attender a todas as pretenções d'esta
mento de paz, convicto, das obrigações natureza, por ventura apresentadas
inhererentes ao alto cargo que mere- pelos homens de valor eleitoral que
cidamente lhe fòra confiado, projectou estão filiados no partido que elle ree realisou desde logo uma trabalhosa presenta uo poder.
visita a todos os concelhos do districto.
Em epochas eleitoraes os ministérios
Observou, corrigindo quanto poude, de todos os partidos sentem-se sempre
tudo quanto de vicioso e péssimo ha- assoberbados quando tratam da escovia nas repartições cuja supeirinten- lha, sempre difficil, dos correligionádencia a lei lhe commettia; viu e se- rios que devem ser eleitos represennão melhorou muito attenuou em gran- tantes dos diversos agrupamentos pode parte a pobreza dos hospitaes, o líticos no parlamento.
deprimente abandono das escolas, a
O justo receio de melindrar a uns,
degradante hediondez das casernas, a a hesitação de preferencia dada a oudeplorabilissima miséria das cadeias, tros, as influencias de grandes preponconvertidas em antros humanos, como derancias que protegem alguns e os
bons serviços e o valor de muitos, são
com inteira verdade as classificou.
Vendo tudo isso, erros de adminis- outras tantas difficuldades que assotração, grandes desgraças e enormes berbam os governos na indicação a
misérias, a sua auctoridade de magis- fazer aos amigos com cuja dedicação
trado digníssimo revoltou-se, commo- j contam.
veu-se-lhe o coração, escridio de senFoi sempre assim, e nem a politica
timentos nobilíssimos, e, na elevada nefasta dos accordos — a ultima prova
comprehensâo dos seus deveres officiaes, da desmoralisação que vae attingindo
insurgiu-se contra abusos que rija jpnte tudo e a todos—desafogou os chefes
combateu, acudindo cora egual s&i , dos partidos d'esta difficilima tarefa.
tudu ás desventuro 9 fundamente 3a!
O illustre sub-chefe do partido regenhecidas,
nerador deste districto, o nosso queFoi justo e foi bom.
rido e respeitado amigo sr. dr. Lopes
Concebeu e realisou, dispemlendo Navarro, como o illustre governador
innumeros e extraordinários esforços, civil, quando ouvidos pelo ministro do
uma esplendida festa de caridade, de reino sr. João Franco, sobre a escolha
que elle foi a alma, em que elle foi, dos candidatos que poderiam ser eleimonetariamente, o mais cruelmente sa- tos pelos círculos de Bragança, ponderaram a conveniência de serem atcrificado.
Pois bem. Este homem que tanto tendidas as influencias solidas que nas
fez na parte administrativa, e que na futuras luctas do partido podessem
pratica do bem pode servir de modelo, combater com denodo e vontade a fatem ultimamente sido perfidiosamente vor d'elle.
aggredido por insinuaçães calumniosas
Conhecendo perfeitamente os hoe perversas, que, ainda bem, no meio mens e as coisas do districto, o sr. dr.
em que ellas pretendem medrar, teem Navarro, como o venerando e circumproduzido effeito contraprodecente,pois specto sr. dr. Ferreira Margarido, honos seus auctores foraui e são energica- rado governador civil, evidenciaram a
mente verberados pela critica severa necessidade de serem Iocaes todas as
do todos os homens dignos da capital candidaturas governamentaes. Farto de
proteger illustres desconhecidos está ou
do districto.
A benemerita festa da kermesse, que deve estar este pobre districto!
Adoptada em grande parte esta
é uma gloria do illustre sr. Christovam
Ayres nosso presadissimo amigo, pre- ideia pelo illustre conselheiro sr. João
tendem os seus despeitados detractores Franco, é intuitivo que o nome do
convertel-a em potro de diffamação e sr. dr. Gallas deveria ser um dos pricalumnia. Não o conseguirão, podemos meiros lembrados, e realmente o foi,
garantil-o.
como o de outros prestimosos correliContra as murmurações ignaras de gionários a quem o partido considera
alguns rancorosos despeitados—erguer- 9 respeita, mas que agora não podem
se-lião, sendo preciso, milhares de ser eleitos.
Circumstancias, porém, de superior
vozes de protesto vibrantíssimo que
anniquilarão por completo a miserá- ponderação, forçaram o illustre minisvel manobra, pulverisando com eviden- tro do reino a declarar ao sr. dr. Lotíssimas provas a torpeza das insinua- pes Navarro que não poderia ser adoptada a candidatura do sr. dr. Gallas.
ções vdissimas.
Preso a um quasi compromisso que
Pôr emquanto não nos queremos
approximar mais do lodo que o olfacto espontaneamente tomara em tempo, e
nos força a lobrigar á superfície de á dedicação e velha amizade que o liuma que6tiuncula que para ter foros de ga áqueiie cavalheiro, o illustre subseriedade pretende envolver o nome il- chefe do partido, um altíssimo caralustre e respeitável de um cavalheiro cter, sempre correcto e leal, não hesique per muitas razões honrou a admi- tou perante as difficuldades emergentes, e, auxiliado poderosamente pela
nistração superior d este districto.
abnegação sincera de amigos que com
inexcedivel e prestimosa dedicação o
presam, poude, afinal, vencer os emDr. José Gallas
baraços a que temos alludido, e honEstá definitivamente assente a can- rando uma promessa lealmente feita,
didatura d'este nosso distincto amigo hourou com uma significativa demonse correligionário por um dos círculos tração de consideração um dos seus
do districto.
amigos mais dedicados e a um correfiEncobrir as enormes difficuldades gionario que dedicará devotadamente
que houve a vencer para a justifica- todos os seus bons e leaes serviços ao
LODO Á SUPERFÍCIE díssima apresentação do nome do nos- partido regenerador, em cujas fileiras
so respeitável amigo, seria menoscabar milita.
Houve um homem, distinctissimo no a verdade, faltando a ella, o que não
tracto social, ameno e attrahente, eor- está nos nossos abitos.
terrível período de 90, o partido
regenerador de Bragança, ferozmente batido por muitas e deploráveis circumstancias colligadas
—começou a perder muita da sua
antiga vitalidade, resvalando apressadamente para um ruína que seria completa se o não amparasse
na queda imminente a fina perspicácia do saudosíssimo Conselheiro Lopo Vaz, a tempo e poderosamente auxiliado pelos seus íntimos e dedicadíssimos amigos os
snrs. drs. Lopes Navarro e Ferreira Margarido.
E' incontestável, todos, adversarios e amigos, o confessam: a
adhesão do dr. Abilio Bessa e dos
valiosíssimos elementos que sinceramente lhe são dedicados, não
só no concelho de Bragança, mas
nos de Vinhaes e Vimioso, robusteceram consideravelmente o partido regenerador do alto districto,
imprimindo-lhe uma forte corrente de coragem e de força que a
temível audacia e muscula energia
dos adversarios pouco e pouco
lhe tinham subtraindo.
As conveniências e o dever do
partido impunham, pois, e já de
muito longe, a candidatura do dr.
Bessa.
O snr. João Pereira Charula,
todos o conhecem: é um dos mais
antigos e dedicados correligionários que temos no districto. Se
não tem sido feliz na sua vida politica, é porque poucos homens
haverá no districto tão desabridamente, tão cruel e apaixonadamente discutidos e apreciados.
No entanto, o snr. Charula é
ainda um dos mais valiosos elementos do partido regenerador,
que elle ha muitos annos serve
com denodo e vontade.
Não conhecemos o snr. Joaquim
Lima. Dizem-nos ser um jornalista
apreciavel e um funccionario distincto.
Em artigo publicado no penúltimo numero da Gazeta de Bragança, que em outro logar d'este
jyrnal transcrevemos, dissemos
rapidamente o que sentimos com
relação ao snr. José Gállas.
Sobre este nosso amigo temos
hoje a accrescentar que a sua candidatura foi bem recebida por todos aquelles que, crentes da idéa
de se poder ainda independentar
este districto da olygarehia progressista, guiada por um politico
feliz eastuto, e,—honra á verdade!
—dedicadíssimo aos seus parciaes
de valor incontestado, confiam firmemente na forte reorganisação
do partido regenerador, que nas
suas filleiras vè alistados em grande maioria a gente mais independente do districto, e que para ser
grande e readquirir a pujante preponderância d outros tempos precisa que os governos da sua grei
solicitamente o auxiliem, com os
favores que até agora lhe teem
negado, e de que todos os partidos
carecem para crear e sustentar o
seu prestigio, da indispensável
cohesão e leal harmonia entre alguns dos seus elementos mais poderosos—que quanto isto deixa a
desejar!...—e ainda de uma boa
dose de abnegação que, verdade
verdade, bem poucos querem ter.
ACTUALIDADES
Distlncção merecida
Vae ser eleito par do reino o illustre sub-chefe do partido regenerador do districto de Bragança
o ex.mo snr. dr. Lopes Navarro.
O governo fazendo elevar ao pariato este nosso amigo, não faz
mais do que cumprir um dever de
justiça, attendendo aos altos merecimentos que concorrem no nosso chefe, e pelos relevantes serviços que tem prestado ao partido
regenerador.
Eleições
Resultado da votação nas duas assembleias d'este concelho:
Dr. José Gallas, regenerador, 1650
votos.
Dr. Alvaro Mendonça, progressista,
1550 votos.
João Santiago, progressista 450 votos, Centeno, regenerador, 450 votos.
Dr. Medeiros, progressista, 200 votos.
Madeira Pinto, regenerador, 300
votos.
Acaba de ser eleito depulado pelo
circulo de Mogadouros de que Miranda faz parte o snr. dr. José Gallas.
Era a sua ambição suprema que vê
realisada, devida aos exforços extraordinários feitos pelos nossos ex.m0s amigos dr. Navarro, illustre sub-chefe do
partido regenerador no districto e dr.
Margarido, lauradissimo governador
civil.
Visto que s. ex.E chegou ao que aspirava, e vê realisados os seus sonhos
dourados, parece-me muito a proposito e por seu interesse proprio, lembrar-lhe que deve tratar agora de conciliar todos os elementos que lhe tem
sido hostis, deixando d'haver distinções que mais tarde podem prejudical-o
bastante.
Deve s. ex.* procurar insinuar-se no
animo d'aquelles que tem julgado
adversos, não os hostilisando e pelo
contrario procurando captar a sympathia e dedicação d'el]es, não consentindo que certos zoilos lhe andem sempre com ditos e intrigas.
Procedendo assim terá- mais a lucrar e pelo seu proprio interesse é que
lh'o lembramos, desejando que corresponda com dedicação e serviços aos
sacrifícios feitos por aquelles nossos
dedicados amigos'
Ao cxc.ra° snr. Director dos
serviços Telegrapho-Postaes do districto de Bragança.
Chamamos a attenção de s. exc.*
para o seguinte facto: A conducção
das malas do correio de Vimioso a
Miranda, feita pela Quinta de Santo
Adrião. Senhora do Eosario, deve terminar, visto que n'esta localidade não
existem o referido encarregado da estação, não ha operários, nem trabalhos
e apenas existe um creado encarregado
da guarda casa, ferramentas etc.
Não naveudo pois como não ha, razão alguma que infere para que a conducção continue por alli a ser feita,
lembramos a v. exc.* se sirva providenciar para que as malas do correio
venham por Caçarellos e Genizio,
adiantando o chegar a esta cidade com
uma e meia a duas horas mais cedo,
2
o que é da maior conveniência e vantagem para o publico.
Partiu para Mafra, afim de tomar o
Esperamos que s. exc." attenderá o
commando
da companhia de guerra
nosso pedido tão justo como d'interesse
para esta terra e contamos em breve d'aquella escola, o nosso dedicado
amigo Adriano Accacio de Madureira
ter dagradecer-lhe este serviço.
Bessa, distincto capitão de infanteria.
Acompanhou-o sua ex.m* esposa e
filhinho
A' Camara Municipal
(Teste coneelho
Consta que vae com mandar a seNão desejando por forma alguma cção da guarda fiscal, em Freixo, o
entrar na critica do cumprimento dos snr. Francisco José Lopes Navarro,
deveres d'esta corporação administra- diguissimo chefe de secção.
tiva, cumpre-nos, todavia, vir perante
ella lembrar-lhe a necessidade de mandar um empregado de capacidade e
Acha-se completamente restabeleciconfiança a Villa Chã e S. Pedro da
da dos seus incommodos, a ex.m# snr."
Silva, vôr se encontra numa e n'outra
D. Adélia de Oliveira Lima, esposa do
povoação casa para aula e habitação
nosso companheiro de trabalho, Audo respectivo professor de instrucção
gusto Lima.
primaria elementar; e, no caso de a
nào encontrar nas condições, alugar a
que melhor appareça disponível e manPara Murça, onde foi visitar uma
dar fazer n'ella immediatamente os re- pessoa de família, que tem estado
paros mais urgentes e indispensáveis. doente, partiu ha dias de Bragança, o
O tempo em que se esperava a que as illustre governador civil substituto,
coisas apparecossem por milagre já snr. Thomaz de Sá.
acabou ha muito; agora, se as não ha,
é preciso fazel-as promptamente, evitando sempre o adiamento, que rarisTem estado bastante doente a esposimas vezes deixa de ser funesto.
Poremos ponto, por hoje, no as- sa do nosso amigo Francisco Lopes
sumpto mas o que promettemos e mes- Navarro, a quem desejamos prompto
mo taremos é vir com elle novamente restabelecimento.
a lume nos números subsequentes
d'este jornal pondo então, como é vulgar dizer-se, os pontos nos i i, se a
NOTICIÁRIO
camara nào der, em breve, cumprimento ao exposto nas portarias e deRecenseamento politico do
cretos respectivos.
E* extremamente vergonhoso e pre- Vimioso—O meretissiino dr. juiz de
judicial estarem 2 professores ha 5 direito d esta comarca, desattendeu os
mezes a receber os seus ordenados sem recursos que o nosso amigo Vaz Pinentrarem no exercício das suas funeções to, administrador do concelho do Viunicamente, exclusivamente devido a mioso, tinha levado das deliberações
nào lhes fornecerem casa para esse fim. tomadas pela respectiva commissão recenseadora, relativas a dar quarenta
maiores contribuintes inventados pela
astúcia zephyriana do sr. Paiva CarCarteira do Mirandez valho.
Ainda d'esta vez bate palmas a firma social Zephyro & C.*, que, no que
Já se acha em Bragança o illustre diz respeito a organisação de recenseagovernador civil do districto, dr. An- mentos políticos, é de uma limpeza de
mãos que chegaria a assombrar Cartutonio Joaquim Ferreira Margarido.
che, se o famigerado salteador não es
tivesse já a arder nas profundas dos
infernos.
Chegou no dia 3 a esta cidade o
Temos pelo sr. dr. Casimiro Lopo,
nosso amigo e dedicado correligioná- illustre juiz de direito d'esta comarca,
rio, Abilio Lobão Soeiro, digno admi- o respeito e consideração que nos insnistrador d'este concelho.
pira ha muito o seu rectíssimo caracter de magistrado integerrimo, e a
sua sciencia de jurisconsulto notabilissimo.
Chegou já a Bragança o distincto e
Sua exc." julgou os recursos a que
illustre delegado do thesouro, o nosso
nos vimos referindo segundo as proamigo Silvino da Camara.
vas documentaes, que, de facto, não
tinham inteiro cunho de legalidade,
sendo, aliás, verdadeirissimas; não obsFoi a Bragança visitar seu mano o tante isso, convencidos, como in absosnr. Carlos Frederico Pinheiro de La- luto estamos, das invenções zephyrianas
cerda, distincto coronel de infanteria, continuaremos a sustentar que os noso nosso amigo Padre Manoel Ernesto sos correligionários do Vimioso foram
Pinheiro de Lacerda.
em annos anteriores o no corrente—
lufaniemente roubados no»
seus sacratíssimos direitos
Deu á luz uma robusta creança do políticos.
Sa os auctores das larapices quizesexo fomenino, a ex.m* snr.* D. Grarem
saber o porquê d'esta nossa concinda d'Almeida, esposa do nosso bom
amigo Antouio Augusto de Lima e Al- vicção, que nos chamem aos tribunaes.
meida, digno secretario da administraGuarnição militar—A cidade
ção d'este concelho.
de Miranda do Douro já ha alguns
annos que se encontra sem guarnição
militar, não se podendo advinhar qtiaes
Tem passado bastante incommoda- os motivos que levaram os poderes
da de saúde a ex."1* snr.* D. Maria públicos a lançal-a em tal abandono.
Augusta Taborda, irmà da snr.» D. Antigamente estavam aqui sempre dois
Izabel Adriana Taborda, distincta pro- destacamentos um de cavallaria e outro
fessora d'esta cidade.
de caçadores. Presentemente não ha
nenhum e a necessidade de um destacamento aqui torna-se urgeute, pois
que a cadeia está cheia de presos e
Esteve entre nós afim de passar a
alguns de responsabilidade, e apesar
revista annual aos reservi&tas d'este
do illustre delegado do procurador rémo
concelho, o ex. snr. tenente-coronel
gio já ter requesitado por mais de uma
de caçadores n.° 3, Isodoro da Cruz
vez, força para segurança da cadeia
Maltez.
ainda não foi satisfeita tal requisição.
Bem sabemos que ha ordens expresIgualmente esteve n'esta cidade afim sas para se não fornecerem destacade passar revista de inspecção á se- mentos, a não ser para onde se torcção da guarda fiscal, o digno capitão nem indispensáveis, mas Miranda está
de infanteria, commandante da 4.* actualmente n esse caso, e apesar de
companhia, Antonio Augusto ele Mi- aqui estar uma força da Guarda Fiscal, não se pôde contar com ella para
randa.
qualquer eventualidade, attendendo ao
serviço especial que tem a desempeCom sue ex.""1 esposa, chegou tam- nhar pois que a maior parte do tembém ha dias a esta cidade, o snr. dr. po encontra-se fora, em serviço no
José Joaquim Dias Gallas, digno de- campo. Um destacamento de 25 ou 30
praças nào era com certesa força que
putado por este ciroulo.
fosse enfraquecer muito o effectivo de
caçadores n.* 3, e acima d'isso está a
segurança dos criminosos que estão
dentro da cadeia.
Palpita-nos que sem grandes locubrações d'espirito talvez descobríssemos d'onde parte a má vontade contra
a estada aqui d'um destacamento, mas
emfim deixemo-nos por agora d essas
descobertas, e só pedimos ao Illustre
Governador do districto para que nos
attenda, informando-se da necessidade
que Miranda tem actualmente de um
destacamento d'infanteria. para o qual
ha bom quartel o respectiva mobília.
Internato Ultramarino—Acerca d'esta casa dj educação, fundada em
Lisboa pelo professor Branco Rodrigues escreveu o snr. dr. Antonio J.
Boavida, superior do Iieul Collegio das
Missões Ultramarinas o que em seguida publicamos:
«Com o mais vivo enthusiasmo, com
a maxima effusão d'alma, bemdigo o
auspicioso estabelecimento do collegio
denominado Internato Ultramarino,deBtinado á educação e instrucção dos naturaes das possessões portuguezas. E'
fundado num dos locaes mais aprazíveis e saudaveis de Lisboa pelo illustrado e benemerito professor o snr.
Branco Rodrigues.
Propugnador embora humilde, mas
dedicado, apologista convicto dos commetti mentos civilisadores que tendam
a dilatar o prestigio e influencia do
nome portuguez e a fortalecer os laços que prendem as colonias á metropole, applaudo com o maior encarecimento o pensamento a patriótica iniciativa do fundador deste utilíssimo e
indispensável instituto.
Tanto mais syrapathico se me torna
este iustituto litterario quanto é intima
a correlação que existe entre elle e o
estabelecimento confiado á minha superior direcção.
Se um educa sacerdotes portuguezes, destinados a deffenderem nas escuras regiões de alem-mar a luz vivificadora do Evangelho e a affirmarem e
robustecerem os direitos da nossa soberania nacional, outro tem em mira
educar cidadãos prestantes que pela
£ua illustraçào, pelo entranhado amor
je lhe inspirará a mãe patria, serão
os mais efficazes e prestimosos auxiliares dos missionários verdadeiramente portuguezes, que no actual momento historico teem uma altíssima quanto difficil missão patriótica a desempenhar.
Bemdigo, pois e applaudo mais uma
vez e sempre esta obra eminentemente
civilisadora e patriótica.
Lisboa, Janeiro de 1S94.
O Superior do Real
Collegio das Missões Ultramarinas
Antonio J. Boavida.
Cemiterlo — O que actualmente
temos é uma vergonha; e apezar de
se ter deliberado em mais de uma sessão de camara, que o pequeno recinto
onde se enterram os mortos seja convenientemente reparado eaugmentado,
não nos consta que até hoje aquella
deliberação tivesse principio de execução.
E' preciso, é necessário que a camara, sem mais delongas faça cumprir as
suas deliberações; para que ninguém
seja acoimado de negligente.
Pedimos igualmente á 'exc.™* camara o immediato calcetamento da rua
do Tenente Valladim, pedido que já
fizemos uma outra vez, e não desejamos tornar a fazei terceira.
Faz sacrifício, a cumara?. Embora,
uma vez que quem lucra somos nÓ3,
que pagamos pontualmente o que nos
pedem, sem perguutarmos para que se
destina.
—Falleceu em Bragança, com 71
annos deidade o nosso saudoso amigo
Antonio Claudino Fernandes Pereira,
digníssimo director que foi do Banco
de Bragança.
Era um nobre e honrado caracter,
um correligionário dedicadíssimo e
prestimoso, cuja perda lamentamos
sinceramente.
Os nossos sentidos pezames á família enlutada.
—Por motivo do fallecimento do
sr. Fernandes Pereira, entrou em exercício como director effectivo do Banco
de Bragança o nosso bom amigo D.
N'uma noute bella, quando a lua
Jorge de Mello, 1.* substituto.
campêa lá no espaço, inundando a
Os nussos parabéns.
terra com os seus raios luminosos
quando as estrellas brilham com todo
—Devido ao muito zelo, competên- o seu fulgor... sabe o compadre o
cia e actividade do nosso bom amigo que faz a camara?... não sabe ? 1 •. •
José de Moraes Neves, digníssimo es- pois n'essas noutes em que a rainha
crivão de fazenda d'este concelho, dos astros sorri por cima de nós, é que
abriu-se no dia 1* do corrente para a a camara manda accender os candieiros;
cobrança voluntaria da contribuição mas se a noute é escura como o breu,
predial de 1893.
e a lua se envergonha de apparece...
então a camara não gasta petroleo, e
—Ao nossobom amigo Abilio Soeiro, os habitantes da cidade andam por ahi
foi pelo Ex.1"* Sr. Conselheiro João ás cabeçadas.
Franco e por intermedio do Sr. Dr.
Então não será isto um grande pecLopes Navarro, offerecido o logar de cado compadre ?!...
sub-director do asylo Maria Pia de
—Por esse processo também é um
Lisboa.
grande peccado termos uma cathedral
Folgamos com a distineção conferi- sem conegos, um paço episcopal sem
da ao nosso amigo e desejamos que as bispo, uma aula sem professor, fontes
coisas lhe corram propicias.
sem agua, ruas sem calçada, fortaleza
sem guarnição, quartel sem soldados,
— Vae ser despachado professor da e castello sem arttelheria.
eschola complementar de Mogadouro,
—E quem o duvida, compadre! Deus
o nosso amigo Aureliano Augusto Si- nào castiga só os que matam e os que,
mão, distincto alumno que foi da es- roubam, pune também os que dão orichola normal do Porto. Estimamos gem aos roubos e á morte.
que o despacho se não faça esperar.
E quem tem a culpa, não será a
camara que sepulta nas trevas noites
—Foi julgada em policia correccio- e noites, uma cidade inteira?
nal, em Vimioso, no dia 2 do correnMuitas vezes acontece nào haver dite, ficando absolvida, a ex.raa snr.* D. nheiro... e quem sabe compadre...
Candida Trancoso Botelho, pelo cri- o que por lá irá.
me gravíssimo de ir ouvir missa á egre—Como quer você que não haja dija parochial d'aquella villa, no dia 21 nheiro se ha orçamento?... ora logo
de janeiro ultimo.
que lia orçamento é porque ha receiA vingança mesquinha que levou ta... e eu não vejo despeza.. ■
sim,
esta illustre senhora ao banco dos réos, nào vejo onde 8e gaste.
praticada pelo reverendo levita, padre
—Compadre... mude de conversa
José Fernandes Barreira, está fora de se quer, se não quer vamos até alli á
toda a crítica.
rebuçôna ver o do Felix, que é uma
pinga de estalo.
—Foram nomeados agentes da Com—Appoiado compadre, ma-raios parpanhia dos tabacos n'este districto, os ta o diabo, que anda a gente sempre
snrs. Camillo de Mendonça, de Villa- de goellas seccas.
relbos, e José Manoel de Sá Miranda,
de Macedo de Cavalleiros.
VARIEDADES
—Para manter a ordem publica, durante a festividade, que deve realisar8e no dia 29 do corrente, na Senhora
da Luz, foram requisitadas 20 praças
Uma senhora muito intellígente, esde cavallaria 7 e 30 de caçadores 3.
pirituosa e elegante, amava um conde,
que lhe fazia com enthusiasmo a corte.
Este, que era essencialmente volúvel,
deixou-a um dia para se dedicar
Audiências geraes—Principiam
n'esta comarca no dia 28, as audiências a uma joven, formosa, mas muito estúpida e ignorante.
geraes.
Pouco tempo depois, num encontro,
N'esse dia respondem Carmen Garcomo
resposta a uma estudada amabicia, casada, negociante, natural de Peralto, província de Aragão, residente lidade, diz ella ao conde o seguinte:
Sim, estou certa de que V. Ex.»
em Zamora, e Consolação Gimenes
nào
é cego; posso, porém, affirmarDual, casada, governanta domestica,
da villa de Toro, província de Zamo- lhe, convicta, que é muitíssimo surdo.
ra, ambas presas nas cadeias desta
cidade, accusadas de terem no dia 8
de janeiro ultimo, furtado a João FranCerto parocho, para se ver livre de
cisco Pires, de Algazo, a quantia de muitas pessoas, que queriam confes127fJOOO reis, em moeda de prata por- sar-se a elle, annunciou á missa contugueza.
ventual :
E' advogado das rés, o snr. AnselA's segundas feiras confessarei os
mo Clementino Pinto, digno contador mentirosos; ás terças os avarentos; ás
d'esta comarca.
quartas os calumniadores; ás quintas
os ladrões; ás sextas os libertinos; e
aos sabbados as mulheres de procedimento irregular.
RASPANDO Tão bom êxito o plano: ninguém
Vá com esta que lhe digo, compa- lhe appareceu.
dre e amigo: a carestia de pão, a falta
de trabalho, a inundação de misérias
que por ahi resaltam aos nossos olhos,
Um estudante, para abonar umas
é devido á immensidade de peccados faltas, pediu a um medico que lhe pasque p'ra'hi se commettem sem nenhum sasse uma certidão de ter estado uns
temor de Deus.
dias doente. O medico passou-a, e o
—Bem me fio eu n'essas patranhas, estudante deu-lhe dois cruzados novos,
compadre, era o que faltava. Deus não falsos.
se occupa de semelhante cousa, jamais
0 medico conheceu que eram falsos,
tratando de avaliar os crimes ou as e disse-o ao estudante.
virtudes de qualquer.
«E a certidão, responde o estudanEntão porque eu commetti este ou te, é verdadeira?»
aquelle crime, esta ou aquella falta,
um ou outro erro... muitas vezes proprios da mocidade ou da ignorancia,
Ura rapazote, que frequentava uma
ha de Deus ser inexorável, faltando
com o pão aos meus filhos, com traba- escola de instrucção primaria, quebrou,
lho aos filhos dos outros, enchendo de sem querer, um vidro de uma das janelas da casa da aula. O facto tinha
miséria todos nós?!
—Não é isso compadre; não são as passado desapercebido durante alguns
suas faltas os seus erros e os seus cri- dias} mas o pobre rapaz, julgando-se
mes que dão logar ao castigo do Se- réo de um grande crime, andava asnhor; são as ameaças constantes que sustadíssimo, e tremia como varas veros homens dirigem ao ceu... e senão des sempre que o professor lhe dirigia
veja; olhe por ah? adeante, por essa a palavra. O demonio do vidro era o
rua abaixo, e diga-me se esses can- seu pensamento constante, o seu pesadieiros não provocam as iras do ceu. dello de todos os momentos. •.
Um dia o cura da freguezia foi as—Confesso que não comprehendo
nada, compadre, se me não põe isso sistir á lição de doutrina, e dirigir algumas perguntas aos alumuos.
em pratos limpos
Ao rapazote do vidro perguntou:
—Não comprehende? enh?I.. • pois
—Quem foi que fez o céo e a terra?
olhe que a cousa não é defied, com—Nào fui eu, snr. cura.
padre, sendo de mais finorio para es—O quê? não foste tu? exclamou o
tas cousas de camaras. .. mas em fim
padre, com surpreza.
sempre lhe esplicarei.
O
—Antes quero confessar a verdade,
tornou o pobre pequeno, desatando a
chorar; e verdade que fui eu, mas não
torno mais... Perdoem • me...
Um joven de talento, mas muito
mal parecido, ouviu dizer a varius pessoas que o seguiam:
—Parece nm Esópo.
—Tendes razão, lhes responde elle,
porque faço fallsr os animaes.
Gilbom, auctor da «Decadencia do
Império Romano», nâo tinha nariz e
quasi que não tinha olhos, e a bocca
muito pequena. As suas duas grandes
bochechas absorviam quasi tudo; eram
tão largas e tão rechonchudas e d uma
proporção tão prodigiosa, que toda a
gente ficava pasmada ao vel as.
M. de Lauzun apresenta um dia o
historiador infeliz a M.ms de Doffant,
que, sendo cega, tinha o habito de
palpar a cara aos personagens que lhe
apresentavam, com o fim de formar
uma ideia das suas feições.
Depois de ter palpado a cara de Gilbon, empurrou-o, exclamando;
—E' um infàrne e indecente gracejo !
CHARADAS
1." O que é menos supportavel
para uma senhora?
2.* O que deseja um casado parvo?
3.* Porque se parecem as senhoras todas com os tabelliães?
4.a Quando se parece o bacalhau
com as cavalgaduras?
5.a Quando é que uma panella se
parece com uma cathedral?
6.» Qual é o rio mais rico de Portugal ?
7.* Qual é o vinho que pode crear
caruncho?
8.* Qual é a maior de todas as
mezas ?
9.» Em que se parece um actor
com um perilampo?
10.° Quaes são os animaes mais
friorentos ?
11.® Em que se parece um sapato
com um ricasso?
12.a Quaes são os indivíduos mais
fonas ?
Sciencias e Lettras
LEITURA AMENA
Detalhes da vida—0 presente eo passado.
(Continuado do n." antecedente)
Não estudamos, como dissemos, ao
contrario do vulto com quem compa
ramos o nosso isolamento, e cuja divisa nos serve de norma para o plano
que seguimos, afastados de todo o traFOLH ETIM
RAIOS DE ADOLESCENTE
EPISODIOS DA VIDA DE
NUNO ALVARES PEREIRA
I
Por uma linda noite de primavera,
em pleno reinado de D. Fernando, o
aposento de uma casa de Portalegre,
um adolescente bem parecido, e em
cujaaphisionomia se liam todos os symptomas do ardor marcial, vestia á
pressa a armadura, ajudado com visível repugnancia pelo seu escudeiro.
Parece que se tratava de uma expedição secreta, por que o joven cavalleiro
nem consentira que se assendesse luz,
e era ao clarão da lua, que entrava
pelo aposento e que assendia pallidos
reflexos no aço da cota de armas e do
capacete, que elle se preparava para
algum combate ou alguma correria
nocturna.
—O que dirá vosso irmão em sasabendo d'estas loucuras! exclamava o
escudeiro.
MIRANDEZ
3
to social. E nâo estudamos, repetimos
ainda, porque perdíamos o tempo, em
vista do corriqueiro, mas muito sentencioso riffio, quo nega o aproveitamento do estudo, na idade em que a
memoria começa já a abandonar-nos.
Mas nem o faríamos, ainda mesmo que
estivessemos na edade própria, porque
pouco adiantavamos por outro lado.
Estudar... o quê, e para quê?
Bom era isso n'essea bons tempos,
em qje o saber tinha o primeiro logar
uos detalhes sociaes, e em que o programma de concurso para os cargos
públicos era subordinado mais a diplomas de sabedoria, do que ao de tricas
politicas, para os quaes se precisa mais
de manha, velhacaria e arrojo, do que
de habilitações scientificas.
Salvo esses eminentes estadistas,
homens de armas e de lettras, que
ornam e glorificam o nosso grémio
litterario, e conquistaram os logares e
altas posições que occupam no funccionalismo publico, pela sua sciencia,
pelos seus serviços e pelo seu patriotismo ; salvo essas honrosas excepções,
por onde a sórdida politica não tem
podido ainda alargar a sua sementeira
de vicio8 e discórdias, uma grande parte dos homens que conhecemos, bem
collocados na sociedade, nunca fizeram
o menor serviço á sua patria, nem por
ella correram o menor risco, e nunca
fizeram, talvez, nem exame de instrucção primaria. Os seus altos serviços
nas campanhas eleitoraes, as suas ovações e zumbaias em volta das facções
empoleiradas e dominantes, valeram
muito mais do que teriam valido todas essas bagatellas.
E tal nome lhes damos nós, apesar
de respeitarmos profundamente os homens de intelligencia e saber, seja
qual fôr a esphera ou camada social
que os contenha, porque nâo poucos
conhecemos nós também, formados em
quantas faculdades ha e está para haver, que não primam, realmente, pelo
seu desenvolvimento intellectual, tanto
em theorias avulsas, como em especialidades.
Estudar... por tanto... o quê e
para quê, se, por outro lado também,
quanto mais se avânça pelo século das
luzes, mais e mais se difficulta o processo do ensino, por mil causas geralmente conhecidas, e que ocioso seria
enumerar agora?
E n'este ponto, por incidente mas
com pezar o dizemos, quer-nos parecer que retrogradamos século e meio,
pelo menos, se é que estamos condemnados a seguir o systema de Francisco I, duque de Lorena e imperador
da Ailemanha, que, ao tomar conta
da administração dos seus estados,
disse um dia na Lubania: Quero vassallos obedientes, e não cidadãos illustrados.
E assim foi, porque, em conformidade com esse programma, as escolas
tinham como rigor elevar os instinctos
medíocres e abater toda a superioridade. E n'esse sentido, a instrucção popular mais generalisada limitava-se a
transformar em obediencia passiva e
resignada os espíritos mais inconscien- congresso legislativo:—E' finalmentes e banaes; e a instrucção classica, te... Mas basta.
sem relação com a situação de cada
Talvez as nossas doutrinas, o nosum, com as suas tendencias e aptidões, so critério e a nossa franqueza, reera tão limitada e superficial, que tor- pugnem a muita gente, porque a vernava os mancebos mais dogmáticos dade não agrada a todos e a justiça
que pensadores; isto é, mais escravos poucos a querem em casa.
Mas nós, apesar de condemnarmos
de crendices em pontos obscuros da
sciencia, do que de verdades demons- a liberdade que degenera em licença,
tradas por preceitos positivos e regras sentimos como um celebre bispo de
fundamentaes.
Clermont, Sidonio Apolinário, que tanComtudo esse princips morreu que- to se extremou em caridade e amor
rido e chorado por todos, como o que pátrio no meiado do século V, e que
melhor tinhn governado e administra- dizia:
do o seu império.
«Nunca soffrerei a escravidão do
Logo, de que serve a instrucção? espirito; parece-me qne se humilha
Estudar... o quê e para quê?
excessivamente quem é obrigado a
Para diplomata, banqueiro, adminis- occultar o seu pensamento.»
trador da fazenda publica, ou interpreAssim nós também temos como
te de altas negociações no estrangeiro? principio, o mais justo e natural: a
Bom era isso, porque são officios, liberdade na maxima largueza, e a
esses, que rendem muito e em que justiça no extremo rigor.
Faça e diga cada um o que lhe connada se arrisca, porque le/am já farto
contrapeso para percas e damnos, e vier segundo a sua consciência e livre
não teem responsabilidade directa. vontade, visto que não temos o poder
Mas e' que as modernas operações de aperfeiçoar a obra do Creador. Mas
financeiro-bancarias e o novo systema imponha-ee a todos a responsabilidade
de administrar os bens alheios não são dos seus actos, seja qual fôr a classe
coisas que se aprendam pelo estudo. ou cathegoria a que pertença, visto
Adquirem-se mais pela pratica do que que de ha muito acabou a distincçâo
pela theoria, e, ainda assim, é preciso dos Senhores Suzeranos, que o feudauma tendencia especial para se seguir lismo creou na idade media, com a
esse caminho, que, ielizmente, nem invasão e conquista do império romano pelos barbaros. Essa distincçâo, que
todos trilham.
ainda
se fez sentir em Portugal, conE dizemos—felizmente—porque s®
demnada
desde logo, geralmente, em
assim não fôra, se todos os banqueiros
consequência
do seu excessivo e escanadoptassem o systema, que muitos
daloso
abuso,
foi modificada a pouco e
teem empregado n'estes últimos tempouco
por
differentes
dos nossos mopos, em breve dariam á costa todas as
narchas,
até
que
foi
de
todo extincta,
casas bancarias, estabelecendo-se uma
e
extincta
com
ella
a
soberania
e inbancarota universal, por meio de opedependencia
dos
grandes
rações prestigiosas.
Debaixo d'estes princípios, não deEstudar, então... O quê e para quê?
sistiremos jamais de dizer o que senPara politica, nos dirão talvez, porque, segundo a rigorosa definição dos timos com o desassombro e indepenmelhores clássicos, politico é o ho- dencia que sempre nos tem movido e
mem, que, pela sua finura e boas ma- acompanhado, porque, se o nosso poneiras, sabe conseguir os seus fins, bre laboratorio litterario e noticioso
ainda mesmo que, por mero patriotis- estalar um dia, desfeito em pedaços,
mo, tenha de renegar e condemnar .por aquelles a quem possam ferir vertudo quanto respeita á sua querida dades tão amargas, pereceremos, inhabalavelmente e conscienciosamente depatria.
baixo das suas ruínas, á maneira do
Ah! e teem razão. A politica é, —Varão justo e forte—representado
com effeito, o único recurso, muito por Horácio n'aquelles dois sublimes
mais porque, com quanto sejam de Versos da sua Ode 3.» Livro 3.°.
systema mais complicado ainda as
theorias politicas, nem por isso reque«Si fractus illabitur orbis,
rem grande applicação ao estudo.
Impavidum ferient ruinie».
E nem é preciso, porque a politica, por si só, é uma academia com- Coimbra 12—3—94.
pleta, d'onde naturalmente irradiam
André Francisco Godinho.
sciencias as mais variadas e até mesmo desconhecidas.
A politica é o florilégio dos monges gregos, compilado com peças as
HARMONIAS
mais escolhidas para todas as organisações, génios e paladares: — E' o
tribuual onde se liquidam e passam
O AMQB PS JESU8
em julgado as mais graves responsabilidades sociaes:—E' a alfandega onnos dissessem que uma creatura
de se despacham todas as mercado- Se
Nos ama com ardor e força tanta
rias avariadas, que affluem ao merca- Que tudo soffre e a tudo se quebranta
do das especulações fraudulentas, seja Só por lograr o affecto que procura,
qual fôr o seu genero ou proveniênpor uma tal ventura,
cia:— E' o prasme régio, que sanc- Commovidos
Que qualquer levantado peito encanta
ciona todos os pactos e contratos na- Sentiríamos n'alma brotar santa
cionaes, e até mesmo as resoluções do Gratidão de constante, eterna dura.
Ides combater sem sua licença. Menospresaes assim a sua auctoridade
de fronteiro estabelecido por El-Rei,
aqui em Portalegre, n'esta boa província d'Entre Tejo e Odeana, e
menosprezaes também a auctoridade
paternal, que a elle, como filho primogénito legou o vosso chorado pai e
meu amo, o sr. D. Alvaro Gonçalves
Pereira.
—D. Alvaro Gonçalves Pereira, o
lidador do Salado, respondeu o nosso
cavalleiro, quando estivessem em guerra portuguezes e castelhanos, não viria para a fronteira passear tranquillamente e recusar batalha aos inimigos
do seu rei. E' uma vergonha Lançarote!
—Fernão Pelote, com vossa licença,
sr. Nuno Alvares.
—Lá tornas, exclamou rindo o adolescente. queres que eu te trate pelo
teu nome vulgar, e nâo aceitas o nome
de um heroe de romance de cavallaria!
—Romances de cavallaria! romances de cavallaria! resmungou o escudeiro, que era, segundo se vae ver,
um precursor de Cervantes; má peste
os mate a elles e aos sfeut auctores que
vos transtornam o juízo!
—Que dizes? bradou enfurecido Nuno. Onde ha ahi leitura mais própria
para inflamar o animo de um fidalgo,
que se destina a pelejador ?
Alli se encontra o ideal de pundonor e de pujança, a que todo o cavalleiro deve procurar attingir!
—Será como dizeis, mas lá se ensina também a desobediencia aos paes e
aos irmãos mais velhos! Romances
assim!.... que o inferno os confunda!
—Porque é que o meu senhor irmão me não dá ordens que eu possa
cumprir? Ninguém, mais do que eu,
desejava obedecer-lhe, mas que! Trazme para esta campanha, em que me
promette qae me hei de estreiar, e
afinal guarda-me aqui preso a estas
muralhas, emquanto andam por ahi
ás soltas os castelhanos dos mestres
de S. Tiago e Alcantara, como se fosse uma velha d'essas que rezam na
capella do solar, longe dos combates
em que floreiam lanças e conquistam
gloria os cavalleiros.
—Mas é que esta guerra é uma
guerra impia, redarguiu o escudeiro,
é que sua real senhoria emprehendeu-a
contra o voto do seu conselho, sem
mais razão nem motivo, quebrantando
a fé jurada e os tratados, tudo por
conselho da barregan D. Leonor Telles, e do conde gallego, que... emfim, cala-te bôca!
—E fitzes bem de te calar! Pois
que me importr.m a mim os motivos
da guerra? Em primeiro logar matar
castelhanos é sempre obra meritória,
e em segundo logar eu vim para combater, para quebrar lanças. Recusam-me as batalhas, procuro os torneios; mas torneios a sério, e não
vãs imagens da guerra. Mandei desafiar o filho do mestre de S. Tiago. E'
moço brioso, logo acceitou a peleja;
marcou-se o dia de amanhã ao romper d'alva, logar na própria fronteira.
Nove cavalleiros me acompanham,
nove o hão de acompanhar a elle.
Que festa, Lançorote, que festa!
—Mas, senhor... interrompeu o escudeiro, que já quizera cortar a palavra a Nuno, para mais uma vez protestar contra o nome romântico que
seu amo teimava em dar-lhe.
—Vamos, vamos! Nada de perder
tempo! Vá! só falta a espada. Cinge-m'a
depressa.
O escudeiro ia obedecer de má vontade, quando de súbito parou descorando. Sentiu-se um rumor de passos
na escada, e por entre as fisgas da
porta viu-se passar o tremulo reflexo
de alguns fachos.
—Virgem santíssima! o que será
isto? exclamou o escudeiro aterrado.
Ainda não acabára de proferir estas
palavras, quando a porta se abriu,
dando entrada a D. Pedro Alvares
Pereira acompanhado por alguns creados com archotes.
—Ah! ah! exclamou elle, vendo os
Porém, christios, um Ser vimos divino
Que por nós padeceu morte aifrontosa
E supplicio cruel, atroz, indigno,
Cujo coração, Uva caudalosa
D'amor p'los homens jorra peregrino—
E a nossa alma jaz fria, silenciosa!
(Poesias).
L. A. Lubtck.
A 8KKDA DO CALYAHIO
Deixae, deixae passar o homem forte,
O ungido do Senhor!
Se a cruz, que arrasta agora, 6 cruz de morte
Também é cruz d'amor.
Deixae.—Na praça o povo agglomerado
Vomita a injuria alli:
E Elle, sereno o rosto e resignado,
Olha o ceo e sorri.
Sorri... Que mais importa ao homem forte
Ou desprezo ou louvor,
Se da estrella seguio, que foi seu norte,
O magico pallor. .?
E diz, vendo a consciência, onde serena
Lê a imagem de Deus
E do futuro vendo a praia amena.
•Posso subir aos céus.»
Ai! pôde! Qeroe e martvr deixa a terra,
Que é cumprida a missão!
O mundo o teu preceito guarda e encerra
Na mente e coração.
Deixae, deixne passar o homem forte,
O ungido do Senhorl
Se a cruz.que arrasta agora, écruz de morte,
Também é cruz d'amor.
Anthero do Quental.
Noticias diversas
4 volt;» ao mundo em OS
«lias—Quando Julio Verne escreveu
a sua «Volta ao mundo em 80 dias»
o mais popular dos seus livros e depois a mais representada das suas peças, toda a gente sorriu aos esforços
d'imaginação, á agudeza de cálculos
que o escriptor tivera de fazer para
apresentar essa vertiginosa corrida em
roda do globo, tão patuscamente realisada por Fileaes Fogg. Mais tarde o
sonho de Verne foi cumprido e sobrelevado. Uma jornalista, miss Bislaud,
seguindo a direcção de oeste por NovaYork, S. Francisco, Yokobama e Brindisi, fez a volta ao mundo em 76 dias.
Depoisdelle, missNelly-Bly,do «NewYork Herald» realisou a mesma proeza, tomando o itinerário do este, em
74 dias.
Ora, um inglez decidiu-se a ir mais
longe n'esse record. E' o sr. J. Guiffith, que sahiu ha dias d9 Londres e
que projecta contornar o globo em 66
dias.
Uma rainha em exposição—
Diz nm jornal inglez qae Lilinakdani,
ex-rainba do Haiti, foi agora contratada por um barnum de Indianopolis
para uma tournée de conferencias naa
grandes cidades dos Estados-Unidos.
A antiga soberana hawaiana deve,
segundo o seu contracto, exhibir-se todas as tardes sobre um estrado, vestida com o manto régio e de diadema
na cabeça.
preparos que se estavam fazendo, e
vendo também Nuno com dolorosa expressão de desapontamento no rosto.
Por um triz que não cheguei tarde.
Temos então sortida que o fronteiro
desconhece? Ora bem, meu senhor irmão, partireis como tencionáveis, maa
para a corte aonde el-rei expressamente vos chama.
—A mim, senhor! exclamou Nuno
no auge do espanto.
—A vós mesmo, senhor cavalleiro,
redarguiu o prior do Crato, a vós mesmo, que, segundo parece mandaes, desafiar por vossa conta e risco o filho
do mestre de S. Thiago sem licença
de vosso chefe e irmão, como se estivessemos, não em fronteira de guerra,
mas em liça aberta ou estacada, como
se se tratasse não defender terra da
patria, mas de sustentar um passo!
-—Mas, senhor, que remedio tenho
eu senão recorrer a pelejas individuaes,
logo que as batalhas me são recusadas ? Eu nâo posso, meu senhor irmão,
estar para ahi retirado na minha tenda
como Achilles, sem primeiro ter praticado acções que me assimilhem ao
brioso grego. E meu senhor irm&o, os
paladinos de Carlos Magno nâo se limitavam a pelejar nas batalhas, mas
reptavam a combato singular os cavalleiros inimigos.
(Continua).
O MIRANDEZ
INTERNATO ULTRAMARINO
ÃHHUHCIOS
Annuncio
Augusto Cesar Dias de Lima, recebedor d'esta comarca, faz publico que está aberto o cofre da
recebedoria d'este concelho, paia
o pagamento da contribuição predial em duas prestações, sendo a
'].* em todo o mez de abril corrente e a 2.a em julho proximo.
Crença & Lettras
Collegio fundado por Branco RoRevista mensal
drigues, rua de S. Caetano 1 (Buenos-Ayres Lisboa. Admitte só alu- Do collegio de S. Damaso
mnos internos. Mensalidade reis
Asaignatura: Anno, 600; n.° avulso,
153000. Óptimo local; ares salu- 100 reis.
berrimos; esmerada educação;
Redacção e administração: Collegio
tratamento inexcedivel.
de S. Damaso— Guituarães.
A matricula para os alumnos de
fúra de Lisboa está aberta nas sucPreço ÍOO reis
cursaes do Banco Ultramarino.
Bão-se os estatutos a quem os
pedir.
"Habeas corpus"
LIVRARIA
ESCOLAR
MUDOU PARA A
Rua de Entreparedes n.° 1 a 5
PORTO
LIVRARIA
PORTUGUEZA
DE
As tosses, constipações e
mais
padecimentos dos or- JOAQUIM MARIA DA COSTA
PADRE ANTONIO VIEIRA
Antonio José Furriel
gãos respiratórios CURAM-SE
55, Largo dos hoyos, 56—PORSO
Escriptos inéditos de reconhe- promptamente com os Rebuçados
Rua da Cosia—Miranda
cido interesse, colligidos com gran- Milagrosos, de Ferreira Mendes,
pharmaceutico no Porto, como tem siPARA PROFESSORES E ALUMNOS
Acaba de receber um variadís- de trabalho de investigação por do verificado e attestado por distinctos
Carlos Augusto da Silva Camsimo sortimento de chitas, lãs
médicos do Porto, Lisboa e províncias.
pos.
ULTIMAS PUBLICAÇÕES
F. J. MONTEIRO LEITE
para vestidos e fia nelas.
Caixa 200 reis. Pelo correio ou foA saber: Sermões — cartas —
Um bom sortido de chapéus
LOURENÇO
PINTO DA ROCHA
Annua da provincia do Brazil e ra do Porto, 220 reis.
I . Professor offlcisl do concelho de Penafiel
para homens e creanças.
A'
venda,
em
todas
as
principaes
LIÇÕES
Ferragens, quinquilharias e bi- vários escriptos, o que tudo po- pharmacias e diversos estabelecimenPequenino nianuscripto, coorderá
ser
verificado
pela
ultima
edi
DE
denado
methodicamente em typo variado e
jouterias.
çâo das obras: formando um vo- tos.
lacil para os primeiros exercícios de letra
lume que regulará por 400 pagi
Analyse Graminalical e Lógica manuscripta. Br. 80, cart. 140.
Encyclopedia preliminar, priFIALHO DE ALMEIDA
OS GRANDES ERROS POLÍTICOS
nas, in-8.°
meiros rudimentos de Moral, doutrina chris(em
prosa
e
vebso)
POR
A publicação é feita em folhe
tã, Grammatiea portugueza, Arithmetica,
tos, com a paginação seguida até
Para exames d'istrucção primaria
Systema métrico e desenho. Nova edição
A- J- SILVA RAMOS
e secundaria
800. encadernado 400.
final, pelo preço de 100 reis cada
O PAIZ BAS UYAS
ABALISADO PBOFKSSOR DE
Alpliabeto nacional, ornado com
folheto.
Acaba de se publicar a 4.* edição, cor- 8 gravuras, 40.
Contos illustrados por Julião
.
LAMEGO
Está publicado o 1.° folheto,
recta e ampliada, d'este notável compenPautas auxiliares de desenh.o,
Machado.
E' obra humanitaria de muito me- dio, onde se ministram doutrinas e abun- 10 reis.
contento dois sermões completos
1 vol. grande em 8.* edição de e seguem os outros pelo mesmo recimento, pelos principios e novas dantes exercícios, de todos os pontos difPautas infantis, collecção de 8 pautas, 80. Cada uma avulsa, 10.
luxo 1)5000.
doutrinas que encerra: para obcecados íiceis de analyse grammatical e lógica.
systema.
Quadros infantis, em cartão e or. . SOO rs.
Pelo correio 1$060. .
estadistas, é um reverbero de profun- Preço, brocliado
nados de gravuras, 4/000 reis.
Cartonado . . SOO rs.
A' venda na Antiga Casa Ber- da meditação; para precipitados anarIffitgfkllinrg (Hloniíe, editores—■
Porto, 18, Largo doa Lojo», -11. trand, Chiado, 73 e 75, e na Rua chistas, é um conselheiro fiel, regula- Novo compendio de arithmeAlpbabeto moderno, para serdo Crucifixo, 31 sobre-loja, onde dor de degráos por onde as camadas
vir de introducção á «Cartilha Matica e systema métrico deternal», coordenado por Antonio
se recebem assignaturas e toda a sociaes hão de subir até ao verdadeiro
cimal, para uso das escolas priP. da Costa e Silva Br. 20, cart. . 60
marias de ambos os sexos e ao alcorrespondência dirigida ao admi- templo da humanidade.
CARTEIRA POSTAL
NoçSo elementar de historia
cance de todas as intelligeneias,
nistrador — JOÃO CAP1STRANO
Custa apenas ftOO reis
moderna de Portug-al, coorpor Lourenço Pinto da Rocha. B.
Guia completa de todos os serviços do DOS SANTOS.
120
denada em harmonia com o proYende-se em Lomego na typogra- 60 reis, cartonado
gramma oftioial e destinada ao uso
correio e horário dos caminhos de ferro.
phia do Democrata da Beira, e no Collecção de duzentos prodos que procuram habilitar-se para
blemas de uso commum,
Porto na Tabacaria Popular, á Praça com as respectivas soluções preo exame de admissão aos lyceus
Preço ÍOO reis.
TYPOGRAPHIA GUTENBERG
Nova.
nacionaes. precedida de um resucedidas das Noções do Arithmetica
mo da nossa historia antiga, 4.*
e
Systema
Métrico
necessarias
para
A' venda nas livrarias e kiosques. 143 — Rua dos Caldeireiros — 43
edição correcta e augmentada em
habilitação dos alumnos que se
N0YISSIM0 METHODO
conformidade com o novo propreparam para os exames de insgrarnma em vigor, • com o retrato
DE
trueçâo primaria, por A. M. Gomes,
de el-rei D. Luiz I, por José Gon2.* edição correcta e muito augçalves Lage. Broch. 240, cart. . . 300
mentada. Broch. 200, cart. . . . 300
Noções de g-eog-raphia e choCollecção
de
problemas
graESCRIPTA
ANTONIO JOSE FURRIEL
rographia portug-ueza, e m
duados, para uso dos alumnos
POR
conformidade com o programa
das aulas d*ensino primário e do
actual, por José Gonçalves Lage.
Freitas Guimarães
1." anno de mathematica elementar
Segunda edição de 1802 correcta e
por Antonio Joaquim Pereira Pinaugmentada: illustrada com três
Professor official na villa da Povoa
to, 3.* edição corrigida e muito aucartas de Portugal; Failante, Mudo
RUA DA C0STANILHA
gmentada. Broch. 100, cart. . . . 180
de Lanhoso
e das Colonias Portuguezas. Em
Novissima
taboada
—
Noções
de
Este novo methodo, registado na arithmetica e systema métrico elebrochura 160, cartonado. . . * 240
Academia R«al de Beilas Artes de mentar, contendo as diversas esCada uma das cartas separada60
mente
Lisboa, e premiado com o 2.° premio pecies de medidas, numeração roSecretario
popular
portumana,
etc-,
para
uso
das
escolas
na Exposição Pedagógica de 1890, no
g-uez de cartas familiares,
elementares, por Antonio Joaquim
Grande sortimento de fazendas de Palacio de Cryatal Portuense, é o quo
ou verdadeiro methodo de escrePereira Pinto. Broch. 60, cart. . . 100
melhores resultados práticos apresen- Geometria plana para as escover toda a especie de cartas sobre
diversos assumptos e seguido das
lã e algodão, ferragens e quinque- ta no ensino da escripta, em que está las primarias, em rigorosa harmoregras do «Estylo Epistolar,» ordestinado a fazer uma revolução com- nia com os programnias officiaes
thographia portugueza, pausas ou
de 25 de julho de 1887 e 24 de fepleta,
firmado
como
e
em
bases
perlherias.
pontuação, e principaes defeitos
vereiro de 1888, para o ensino comfeitamente racionaes.
que se notam na leitura, por Seplementar e admissão aos lyceus,
bastião Meirelles da Silva. Broch.
Consta apenas de S cadernos, ao por Joaquim Camillo Ribeiro, edi200, com uma linda cartonagem de
ção illustrada com 200 gravuras inpreço de 30 réis cada um.
300
280
percalina
tercaladas
no
texto.
Br.
200,
cart.
Fazem-se descontos de 20 p. c., no
deposito geral, em casa do auctor, na
nemettem-se francos de porte a qnem enviar a ImporMQIli LUIZ MIMO
Povoa do Lanhoso.
tancia em sei los do correio on notas. Pedidos á iJvrarla
Cada encommenda postal leva 65 Portugueza de Joaquim liaria da Costa —55, loango dos
cadernos, e custa, incluídas as despe- Loyos, 5tt—Porto.
zas de remessa, lj)7G5 reis.
RUA DA ALFANDEGA
Não se vende a praso, mas, não
conseguindo o comprador a venda dos
exemplares comprados, fica obrigado
o auctor a recebel-os, devolvendo a
Um variado sortimento de cha- sua importancia.
NOVO
IMITI TO
ESCOLAR
péus para homem e creanças.
Lenços
de
seda
(SEXO
e de algodão, do
BONIJARDIM, 59-SA DA BANDEIRA, 57
•
POBTO
melhor e mais fino gosto.
I
MTONIO
JOAQUIM
VILLA
DE
BOMJiRDIM, 59-SA' Di BASSEIRÍ, 51 ral dos lyceus, para o que ha proíessores competentemente habilitados.
PORTO
REAL
0 PROCESSO DO RASGA
ou
0 Belop do Abbaáe de CampanM
ou
Homilia por um frade da Arrabida
Praça d_o CozsnjscLercI©
Acaba de receber um variado sor-
Pedir o regulamento ao
Director,
Beçto José da Gosta.
Preço tOO reis
timento de fazendas próprias da esta-
Deposito de louça e bijouterias.
R. d'Entre Paredes, 1 a 5-Porto
Variadíssimo sortimento de biNeste collegio, installado num espaçoso edifício e
lhetes e fracções para todos os
sorteios. Tabacos nacionaes e es- nas melhores condições liygienicas e pedagógicas, recetrangeiros. Dons descontos para bem-se, por preços modicos, alumnos internos, semi-inrevender.
ternos e externos, garantindo-se o seu aproveitamento
litterario.
Ensinam-se todas as disciplinas do curso geBorges & Irmão
OLIVEIRA
ção.
MASCULINO)
1
Está hoje á venda ein todos os kiosques,
e manda-se pelo correio a quem o pedir, enviando a sua importancia e mais 10 reis
ao kiosque do Sebastião, na Praça Nova
Porto.
Tvpographia Gutenberg, rua dos Caldeireiros, 43
Editor responsável — Antonio Maria Feio Pimentel
Descargar