resumos

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XVIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL AISO
AISO – Associação Ibero-Americana de Sociologia das Organizações
MSS – Mestrado em Sociologia da Saúde
“Participação, Saúde e Solidariedade: Riscos e Desafios”
UNIVERSIDADE DO MINHO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
BRAGA – PORTUGAL
7-9 DE JUNHO DE 2005
ÍNDICE
Nota de Abertura e de Boas Vindas
3
Comissão Científica
Comissão Organizadora
Secretariado
5
5
5
Programa
6
Temas dos Grupos Temáticos
8
Grupo I - Organizações de saúde: a gestão da qualidade vs a qualidade da saúde
Grupo II - Participação e solidariedade: políticas e novas dinâmicas sociais
Grupo III - O ensino e a educação para a saúde
Grupo IV - Saúde, família, ciclos de vida e regulação jurídica
Grupo V - Questões teóricas e metodológicas em torno da participação, saúde e solidariedade
Desenvolvimento dos Trabalhos
1ª Sessão Plenária
ÉTICA E SAÚDE
1º Painel
PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E ESTADOPROVIDÊNCIA
2ª Sessão Plenária
SAÚDE E MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
2º Painel
FAMÍLIA E INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL
3ª Sessão Plenária
A SAÚDE E A REGULAÇÃO SOCIAL
9
9
11
13
16
19
3º Painel
AS ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: PODER E PARTICIPAÇÃO
20
SESSÕES DE GRUPO DE TRABALHO
21
GRUPO I
ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: A GESTÃO DA
22
1
QUALIDADE VS A QUALIDADE DA SAÚDE
GRUPO II
PARTICIPAÇÃO E SOLIDARIEDADE:
POLÍTICA E NOVAS DINÂMICAS SOCIAIS
33
GRUPO III
O ENSINO E A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
45
GRUPO IV
SAÚDE, FAMÍLIA, CICLOS DE VIDA E REGULAÇÃO JURÍDICA
56
GRUPO V
QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS EM TORNO
DA PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E SOLIDARIEDADE
66
Organização
Patrocinadores
78
78
2
XVIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL AISO
“Participação, Saúde e Solidariedade: Riscos e Desafios”
Nota de Abertura e de Boas Vindas
Com o apoio da Universidade do Minho, através do Instituto de Ciências
Sociais, e a co-participação do Mestrado em Sociologia da Saúde, desejamos
continuar a tradição dos Seminários AISO. Tal tradição teve início e continuidade nas
cidades de Lima (Perú, 1989), Léon (México, 1989), Madrid (1990), Santiago (Chile,
1991), Santander (Espanha, 1992), Guanajuato (México, 1993), Bielefeld (Alemanha,
1994), Braga (Portugal,1995), Santiago (Chile,1996), Montreal (Canadá, 1997), Las
Palmas de Gran Canária (1998), Lima (Perú, 1999), Barbastro (Espanha, 2000), San
Juan (Argentina, 2001), Brisbane (Austrália, 2002), Puebla (México, 2003), Valência
(Espanha, 2004).
Nesse sentido convidamos a todos a participar no XVIII Seminário que terá
lugar em Braga, Portugal, de 7-9 de Junho de 2005, sobre o tema: Participação,
Saúde e Solidariedade: Riscos e Desafios.
O conhecimento sociológico acerca das organizações de saúde, das formas de
participação dos diferentes actores sociais e os seus efeitos no campo da saúde, da
organização das solidariedades em torno da saúde e da doença, dos riscos que ameaçam
a saúde e os desafios que daí decorrem, nem sempre têm merecido da parte dos
sociólogos a atenção que estes domínios exigem. E, no entanto, a saúde e tudo que com
ela se relaciona são, hoje, erigidos como valores fundamentais das sociedades
modernas.
Estes fenómenos podem ser apreendidos a partir de quatro aspectos
fundamentais:

A singularidade das organizações de saúde e a importância atribuída às formas de
participação dos diferentes actores sociais nesta matéria;

A saúde enquanto a dor da modernidade e as suas dimensões individuais, colectivas,
éticas e políticas;

A saúde enquanto objecto de várias formas de organização das solidariedades ou de
solidariedades espontâneas;
3

A percepção dos riscos acerca da saúde e os desafios sociétais que lhe estão
associados.
O objectivo deste XVIII Seminário Internacional é, pois, procurar ser uma
ocasião de debate e reflexão acerca destas problemáticas, de modo a tornar mais
inteligíveis as diversas dimensões e implicações sociais deste conjunto de questões.
Prof. Manuel da Silva e Costa
Prof. Maria Engrácia Leandro
(Coordenadores)
4
XVIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL
Associação Ibero-Americana de Sociologia das Organizações
Comissão Científica
Comissão Organizadora
Aldo Meneses (Santiago, Chile)
Alejandro Piscitelli (Buenos Aires, Argentina)
Manuel da Silva e Costa (Coordenador)
Anália Torres (Associação Portuguesa de
Sociologia)
Maria Engrácia Leandro (Coordenadora)
Ana Paula Marques (UM, Portugal)
Ángela García (Canárias, Espanha)
Aníbal A. Alves (UM, Portugal)
António Brandão Moniz (Lisboa, Portugal)
Antonio Colomer (Valência, Espanha)
Antonio Lucas (Madrid, Espanha)
José Antonio Ruiz San Román (Madrid,
Espanha)
Carlos Fernandes (Aveiro, Portugal)
Carlos Gadsden (México)
Carlos Veiga (UM, Portugal)
Carlos Veiga
Joel Felizes
José Pinheiro Neves
Maria Marta Lobo
Paulo Nossa
Carlos Valério
Ana Maria Pacheco
Núcleo de Estudantes do Curso de Sociologia da
(NECSUM)
Representante dos alunos do Mestrado em
Sociologia – Especialização em Sociologia
da Saúde, da UM
Hélder Machado (ICBAS, Portugal)
Isabel de la Torre (Madrid, Espanha)
Secretariado
Ivo Domingues (UM, Portugal)
Rita Moreira
Joaquim Pinto Machado (UM, Portugal)
Membros do NECSUM
Manuel Carlos Silva (UM, Portugal)
Manuel da Silva e Costa (UM, Portugal)
Maria Engrácia Leandro (UM, Portugal)
Maria Marta Lobo (UM, Portugal)
Rui Moura (APSIOT, Portugal)
Teresa McIntyre (UM, Portugal)
Maria Victoria Sanagustin (Zaragoza, Espanha)
Contactos e Informações:
Rita Moreira
Departamento de Sociologia
Instituto de Ciências Sociais
Universidade do Minho
Moisés Lemos Martins (UM, Portugal)
Tel.: 253 604212 – extensão 5213• fax:
253678850
Walter Frantz (Brasil)
E-mail: [email protected]
William Moreno (Lima, Peru).
Página web: http://aiso.no.sapo.pt
5
PROGRAMA – Anfiteatro B1, CP II
7 de Junho – Terça-feira
9h00m – Inscrição e Entrega da
documentação
9h30m – Sessão de Abertura –
Anfiteatro A1, CPI
15h00m-17h00m – Sessões de Grupos
Temáticos
17h00m – Intervalo
Reitor da Universidade do Minho
Presidente da Câmara Municipal de Braga
Governador Civil de Braga
Coordenador da Sub-Região da Saúde de Braga
Presidente do ICS da Universidade do Minho
17h30m – 1º Painel: Participação,
Saúde e Estado-Providência –
Anfiteatro B1, CPII
Moderador:
Presidente da Escola de Ciências da Saúde
Prof. Manuel Silva e Costa, ICS, Universidade
do Minho
Presidente da AISO (Associação IberoAmericana de Sociologia das Organizações)
Intervenções:
Presidente da Associação Portuguesa de
Sociologia
Presidente da Associação Portuguesa de
Profissionais de Sociologia Industrial, das
Organizações e do Trabalho
Coordenador da Comissão Organizadora
Prof. Antonio Colomer, Universidade
Politécnica de Valência
Prof. Manuel Carlos Silva, ICS, Universidade
do Minho
Prof. Carlos Gadsden, Universidade Autónoma
do México
Prof. William Moreno, Presidente COPPA –
Conselho Peruano para a Autogestão, Peru
11h00m – 1ª Sessão Plenária: Ética e
Saúde – Anfiteatro B1, CPII
Moderador:
Prof. J. Pinto Machado, Escola de Ciências da
Saúde, Universidade do Minho
Conferencista:
Prof. Raymond Massé, Université Laval,
Canadá
13h00m – Pausa para Almoço
6
20h00m – Jantar e Evento Cultural
8 de Junho – Quarta-feira
9 de Junho – Quinta-feira
9h00 – 2ª Sessão Plenária: Saúde e
Meios de Comunicação Social –
Anfiteatro B1, CPII
Moderador:
9h00 – 3ª Sessão Plenária: A Saúde e
a Regulação Social – Anfiteatro B1,
CPII
Prof. José Antonio Ruiz, Universidade
Complutense de Madrid
Moderador:
Intervenções:
Prof. Hélder Machado, Instituto de Ciências
Biomédicas Abel Salazar
Prof. Antonio Lucas, Universidade Complutense
de Madrid
Conferencista:
Prof. Francisco George, Subdirector geral de
Saúde
Prof. Moisés Lemos Martins, ICS, Universidade
do Minho
10h45m – Intervalo
11h00m-13h00m – Sessões de Grupos
Temáticos
13h00 – Pausa para Almoço
14h30m-16h00m – Sessões de Grupos
Temáticos
Prof. Rui Nunes, Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto
11h00m – 3º Painel: As Organizações
de Saúde - Poder e Participação –
Anfiteatro B1, CPII
Moderador:
Prof. Carlos Valério, Escola de Ciências da
Saúde, Universidade do Minho
Intervenções:
Prof. Carlos Alberto Silva, Universidade de
Évora
Prof.ª Graça Carapinheiro, ISCTE
Prof. Ivo Domingues, ICS, Universidade do
Minho
13h00 – Pausa para Almoço
16h00m – Intervalo
16h30m-18h30m – 2º Painel: Família
e Instituições de Solidariedade
Social – Anfiteatro B1, CPII
Moderador:
14h30m – Sessões de Grupos
Temáticos
16h00m – ASSEMBLEIA-GERAL
DA AISO – Anfiteatro B1, CPII
Prof.ª Marta Lobo, ICS, Universidade do Minho
Intervenções:
Prof. Carlos Veiga, ICS, Universidade do Minho
18h00m – Sessão de Encerramento –
Anfiteatro B1, CPII
Prof.ª Maria Engrácia Leandro, ICS,
Universidade do Minho
Presidente do ICS
Prof.ª Vitoria Sanagustin, Universidade de
Zaragoza
Presidente da AISO
Presidente da Escola de Enfermagem
Coordenador da Comissão Organizadora
GRUPOS TEMÁTICOS E COORDENADORES
Grupo I
Organizações de saúde: a gestão da qualidade versus a qualidade da saúde
(Sala 2106, Complexo Pedagógico II)
Coordenadores:
Clemente Forero, AISO
Paulo Nossa, ICS, Universidade do Minho
Grupo II
Participação e solidariedade: políticas e novas dinâmicas sociais
(Sala 2107, Complexo Pedagógico II)
Coordenadores:
Isabel de la Torre, Universidade Autónoma de Madrid
Joel Felizes, ICS, Universidade do Minho
Grupo III
O ensino e a educação para a saúde
(Sala 2108, Complexo Pedagógico II)
Coordenadores:
Ana Maria Pacheco, Escola de enfermagem
Paula Remoaldo, ICS, Universidade do Minho
Grupo IV
Saúde, família, ciclos de vida e regulação jurídica
(Sala 2109, Complexo Pedagógico II)
Coordenadores:
Carolina Leite, ICS, Universidade do Minho
José Pinheiro Neves, ICS, Universidade do Minho
Grupo V
Questões teóricas e metodológicas em torno da participação, saúde e solidariedade
(Sala 2110, Complexo Pedagógico II)
Coordenadores:
José Antonio Alonso, AISO
Miguel Bandeira, ICS, Universidade do Minho
DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS
1ª SESSÃO PLENÁRIA
ÉTICA E SAÚDE
7 de Junho
11h00m – 13h00m
Moderador:
Prof. J. Pinto Machado, Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho
Conferencista:
MASSÉ, Raymond, Université Laval, Canadá
« Étique et santé publique: promotion de la santé et participation du public»
9
MASSÉ, Raymond
Université Laval (Québec) – Canadá
ÉTIQUE ET SANTÉ PUBLIQUE:
PROMOTION DE LA SANTÉ ET PARTICIPATION DU PUBLIC
Cette conférence sera partagée en deux grandes parties. Dans un premier temps,
nous identifierons ce qui nous apparaissent êtres les principaux enjeux éthiques soulevés
par la mise en œuvre de programmes de prévention de la maladie et de promotion de la
santé dans les sociétés occidentales modernes. Les enjeux liés à l’étiquetage social des
populations vulnérables, à la moralisation des habitudes de vie, à la circulation de
l’information sanitaire et à la justice sociale seront identifiés et analysés. Nous
aborderons la santé publique comme une entreprise de moralisation des comportements
liés à la santé et à la maladie, voire comme une novelle forme de «moralité séculière».
Nous suggérerons aussi que cette entreprise normative entraîne certains bénéfices pour
les populations aux prises avec une «crise des valeurs». Nous traiterons aussi des
conditions sociales et politiques qui favorisent, à notre avis, la mise en place de
politiques et de programmes de prévention et de promotion de la santé fondés sur une
telle responsabilisation des individus. L’émergence d’un Etat-providence, du
néolibéralisme sanitaire et de l’étique du bien-être individuel seront ici considérés
comme des terrains fertiles pour une telle responsabilisation des citoyens postmodernes.
Dans une deuxième partie, nous réfléchirons sur la pertinence de la participation
de public aux délibérations portant sur l’étique de la santé publique. Certains
soutiennent que les délibérations portant sur les enjeux éthiques soulevés par les
programmes de prévention et de promotion de la santé ne peuvent Être laissés entre les
mains des seuls experts, éthiciens ou professionnels de la santé publique. La
participation du public est alors soulevée. Qu’entend-on par «public» et par
«participation» ? Le but d’une telle participation du public se résume-t-il à maximiser
l’utilité et l’efficacité des interventions en mobilisant un citoyen expert fort de
l’expérience directe qu’il en a, ou est-il, aussi, de maximiser l’implication directe du
citoyen dans le délibérations éthiques ? Quelle est la position des principales théories
éthiques sur la pertinence d’une telle implication du public ? Dans quelle mesure les
concepts «anthropologiques» de moralité séculière et de moralité commune peuvent-ils
donner une valeur à la moralité populaire ? Nous aborderons ces questions tout en
défendant le point de vue voulant que la consultation publique soit une condition
nécessaire, mais non suffisante, pour garantir une pratique éthique.
10
1º PAINEL
PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E ESTADO-PROVIDÊNCIA
7 de Junho
17h30m – 20h00m
Moderador:
Prof. Manuel Silva e Costa, ICS, Universidade do Minho
Intervenções:
COLOMER Viadel, Antonio
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
GADSDEN Carrasco, Carlos
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
MORENO, William J.
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
SILVA, Manuel Carlos
“Sociedade e Estado-Providência em Portugal: virtualidades e deficiências nas
políticas públicas”
11
SILVA, Manuel Carlos
ICS, Universidade do Minho
SOCIEDADE E ESTADO-PROVIDÊNCIA EM PORTUGAL:
VIRTUALIDADES E DEFICIÊNCIAS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Nesta comunicação o autor, começando por contrastar várias concepções em
torno da relação entre a Sociedade e o Estado – a liberal, a neoinstitucional e a marxista
– refuta radicalmente a (neo)liberal, avalia quer os avanços, quer as limitações e
insuficiências do modelo institucional social-democratizante face aos constrangimentos
macroeconómicos da lógica capitalista, particularmente no actual contexto da
globalização e, sem deixar de assumir a abordagem marxista e assinalar a relação
simbiótica entre os interesses a nível económico e social e o Estado, não subscreve a
velha concepção tradicional marxista de cariz mecânico e instrumental do Estado,
sustentando, na esteira doutros autores neomarxistas críticos, a função de condensação
das várias forças sociais presentes, de prevalência estratégica dos interesses das classes
sociais (sub)dominantes mas mantendo relativa autonomia face à economia e à
sociedade.
A implementação, relativamente tardia e deficitária, do designado EstadoProvidência em Portugal representou um salto qualitativo positivo para uma política de
redistribuição um pouco mais consentânea com as exigências e reivindicações das
classes trabalhadoras, bem como de categorias sociais mais desprotegidas. Porém, de
modo algum, é sustentável a tese duma adequada compatibilização entre o capitalismo e
a democracia, salvo em termos mais jurídico-políticos e mesmo assim deficitários.
Com os constrangimentos endógenos e sobretudo exógenos por via da tendência
dominante de liberalização, privatização e/ou mercantilização de bens públicos tais
como o educação e a saúde em função de mercados mundiais, quer nos países centrais,
quer sobretudo em países semiperiféricos como Portugal, o Estado-Providência tem-se
debilitado a partir do momento que o Estado se tem desresponsabilizado e demitido de
políticas públicas sustentáveis. Mais, tem transferido, em parte, para os cidadãos, as
famílias e, em particular, para as mulheres determinados custos de cuidados sócioeducativos, sanitários, segurança social (reformas, pensões).
12
2ª SESSÃO PLENÁRIA
SAÚDE E MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
8 de Junho
9h00m-11h00m
Moderador:
Prof. José Antonio Ruiz, Universidad Complutense de Madrid
Intervenções:
GEORGE, Francisco
“Saúde e meios de comunicação social”
LUCAS Marín, Antonio
“Las nuevas tecnologías de la información y la comunicación: cambios en el modelo de
comunicación y cambios en el estudio de las organizaciones”
MARTINS, Moisés Lemos
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
13
LUCAS Marín, Antonio
Universidad Complutense de Madrid
LAS NUEVAS TECNOLOGÍAS DE LA INFORMACIÓN Y LA COMUNICACIÓN:
CAMBIOS EN EL MODELO DE COMUNICACIÓN Y CAMBIOS EN EL ESTUDIO
DE LAS ORGANIZACIONES
En la fase reciente proceso del proceso de modernización, en la evolución hacia la
nueva sociedad de la información y del conocimiento se han alterado considerablemente
los modos de comunicación. El uso intensivo de las nuevas Tecnologías de la
Información y la Comunicación (TIC) ha dado lugar a cambios importantes de la vida
social que debemos ir racionalizando y comprendiendo con más precisión. Desde mitad
del siglo XX ha cambiado la concepción general de la comunicación, con la aparición
de distintos modelos explicativos de sus elementos y consecuencias. En la actualidad,
con la expansión creciente de Internet y de los teléfonos móviles, están apareciendo
unos nuevos modelos de comunicación más individualizados, flexibles, interactivos y
participativos. Todo ello ha reforzado, el cambio en los procesos educativos y de
trabajo, potenciando la enseñanza online, en especial en la enseñanza de postgrado.
También se ha consolidados los cambios iniciados en el trabajo, patentes en el inicio de
las sociedades post-industriales, dando lugar a nuevas propuestas en el campo de la
teoría de la organización.
◙◙
GEORGE, Francisco
Subdirector geral de Saúde
SAÚDE E MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
A Nova Saúde Pública, no contexto de um novo paradigma, estabelece com os
meios de comunicação social uma relação de especial intimidade que não deve ser
ignorada. Aliás, a marcha geral da análise de riscos evolui em três fases,
designadamente num processo conhecido na língua inglesa como risk assessement/risk
management/risk comunication. Ora, é a comunicação do risco que hoje tem a atenção
de especialistas dos vários ramos que interessam à Saúde Pública e que pode ser
explicitada com base em lições obtidas a partir de experiências recentes.
As crises globais vividas nos últimos anos, primeiro no Outono de 2001, no que
se refere a ameaças bioterroristas (utilização deliberada do agente do carbúnculo com
fins terroristas) e, depois, o aparecimento inesperado da epidemia da Síndrome
Respiratória Aguda (inicialmente chamada pneumonia atípica, doença transmissível
provocada por um agente inicialmente desconhecido), colocaram a Saúde Pública na
linha da frente das preocupações reais e emocionais dos Povos de todo o Mundo.
14
Há que reconhecer que a mediatização globalizada é responsável pela criação de
cenários frequentemente inquietantes, com algum exagero alarmista, por vezes
incompreensível e quase sempre injustificável, mas, que, no geral, se tem revelado
insubstituível no complexo processo de informar o público no sentido da assunção da
consciência do risco representado pela doença em cada lugar e em cada momento.
Por isso, a Nova Saúde Pública tem que saber conviver com a Comunicação
Social de hoje. Convívio baseado no respeito mútuo, no equilíbrio, na colaboração
próxima e recíproca, aberta e assumida, no interesse da defesa conjunta do princípio
unificador do dever, que a todos incumbe, em assegurar a promoção da saúde das
populações e, assim, criar condições favoráveis ao desenvolvimento humano.
No caso concreto da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda, no seguimento
do alerta global emitido em Março de 2003 pela Organização Mundial da Saúde,
Portugal adoptou as medidas consideradas mais adequadas e eficazes. Medidas que
assentaram nos pilares daquilo que, agora, se pode designar como a Nova Saúde Pública
e que incluem a informação dos cidadãos, a emissão de orientações técnicas destinadas
ao pessoal dos serviços de saúde e o estabelecimento de um sistema de alerta e resposta
rápida dedicado, não só à vigilância epidemiológica da doença em causa, como também
ao seu controlo e prevenção.
A Nova Saúde Pública procura transferir para a sociedade as informações capazes
de gerarem consciência do risco; mas, também, tranquilidade e serenidade. É nesse
quadro que se situa o funcionamento dos dispositivos que visam informar os cidadãos,
nomeadamente por uma linha telefónica interactiva e de fácil acesso, associada à
internet. Dimensão informativa a completar e a potenciar, naturalmente, por órgãos de
comunicação social de qualidade.
15
2º PAINEL
FAMÍLIA E INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE
SOCIAL
8 de Junho
16h30m – 18h30m
Moderadora:
Prof.ª Mª Marta Lobo, ICS, Universidade do Minho
Intervenções:
VEIGA, Carlos Veloso da, ICS, Universidade do Minho
“Razões legitimadoras de uma prática organizacional arriscada”
LEANDRO, Maria Engrácia, ICS, Universidade do Minho.
“Saúde, solidariedades familiares e instituições de solidariedade social”
SANAGUSTIN Fons, Maria Vitoria, Universidad de Zaragoza
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
16
VEIGA, Carlos Veloso da
ICS, Universidade do Minho
RAZÕES LEGITIMADORAS DE UMA PRÁTICA ORGANIZACIONAL
ARRISCADA
Nesta comunicação centramo-nos numa das muitas práticas que permitem aos
agentes das organizações de reabilitação exercerem uma acção transformadora sobre a
actual política de reabilitação profissional das pessoas com deficiência. Essas práticas,
tal como as razões com que os actores envolvidos legitimam a sua realização, são
múltiplas e diversificadas. No decurso da acção, embrenham-se umas nas outras, a tal
ponto que tanto se podem caracterizar como condições ou como consequências de
outras práticas, dando origem a um emaranhado e complexo conjunto de razões morais
e razões práticas legitimadoras.
É exactamente o que acontece com a prática da celebração de protocolos entre as
organizações de reabilitação e as empresas enquanto instrumentos reguladores do acesso
ao mercado de trabalho de alguns dos ex-formandos que frequentaram acções de
formação profissional.
É nosso propósito mostrar como essa prática, tal como outras práticas
transformadoras, que será analisada no contexto das relações sociais entre os diferentes
agentes envolvidos no campo da reabilitação profissional das pessoas com deficiência, é
afectada quer por factores que a constrangem quer por factores que incentivam.
A exibição dos factores que conferem legitimidade a esta prática faz parte do jogo
das disputas pelo controlo sobre as regras e os recursos disponíveis no campo, ou seja, é
parte da estratégia de redução das relações de subordinação e dependência face aos
agentes das organizações da tutela estatal.
Na realidade, a legitimidade da prática em questão está inserida num complexo de
razões morais e de razões meramente práticas. Como é evidente os agentes das
organizações de reabilitação precisam de encontrar coerência na sua acção evitando os
constrangimentos morais e materiais que poderiam tornar a sua acção injustificável e
irresponsável, ainda que nem sempre o façam de modo consciente, ignorando, ou não,
certos aspectos ambivalentes e contraditórios presentes nessa prática.
Como algumas das razões legitimadoras não emergiram directamente dos
discursos dos agentes que não gostam de se explicar, a sua descoberta foi obtida por
dedução e interpretação dado que, provavelmente, estando os agentes conscientes das
contradições tenderam a limitar os seus testemunhos a abordagens ligeiras e
superficiais, talvez por reconhecerem que a prática em questão subverte os princípios e
as contra-regras do campo social onde exercem a sua actividade profissional.
◙◙
17
LEANDRO, Mª Engrácia
ICS, Universidade do Minho
SAÚDE, SOLIDARIEDADES FAMILIARES E INSTITUIÇÕES DE
SOLIDARIEDADE SOCIAL
A saúde, sendo um valor fundamental das sociedades da modernidade inacabada
não é um conceito universal. Com efeito, a noção e as necessidades de saúde não tem
por todo o lado e para os vários actores sociais (profissionais de saúde ou profanos,
ricos ou pobres, citadinos ou rurais, jovens, adultos ou idosos, autóctones ou migrantes)
a mesma significação. Todavia, a saúde é um bem colectivo e ainda que,
frequentemente o direito à saúde para todos tenha muito de utópico, todos esperamos
que a sociedade e o Estado, através das suas instituições e políticas de saúde, permitam
a sua preservação e melhoria.
Daí que se faça, particularmente, apelo ao consenso do indivíduo, investindo na
prevenção, da família promovendo a saúde ou sendo capaz de cuidados quando a
doença sobrevêm, podendo fazer mobilizar vários tipos de solidariedade familiar ou de
proximidade (“entourage”, vizinhança, entreajuda de amigos…) assegurando, assim,
uma forma de “protecção de proximidade”. Nesta perspectiva, as solidariedades
familiares poder ser percepcionadas como um “recurso” adicional ou substituível no
conjunto das necessidades de cuidados, de guarda, de inserção, de reabilitação ou
mesmo de resocialização. Perante estas necessidades as relações primárias e privadas
aparecem cada vez mais aos decisores como uma resposta eficaz e económica. Não
obstante, devido a necessidades profissionais ou outras, muito dificilmente são
concedidas às famílias as condições necessárias para que possam exercer cabalmente
estas tarefas. Sendo assim, frequentemente, estas vêm sendo também desempenhadas
por instituições de solidariedade pública ou semi-pública e semi-privada (IPSS….)
Pretendemos com este trabalho contribuir para o debate relativo às
transformações em curso das relações entre solidariedades familiares e solidariedade
públicas no domínio da saúde em Portugal, ou de, tendo aumentado às intervenções
públicas de protecção social, nem por isso se vem fazendo menos apelo às
solidariedades familiares.
◙◙
18
3ª SESSÃO PLENÁRIA
A SAÚDE E A REGULAÇÃO SOCIAL
9 de Junho
9h00-11h00
Moderador:
Prof. Hélder Machado, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
Conferencista:
NUNES, Rui, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
19
3º PAINEL
AS ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE:
PODER E PARTICIPAÇÃO
Dia 9 de Junho
11h00m-13h00m
Moderador:
Prof. Carlos Valério, Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho
Intervenções:
CARAPINHEIRO, Graça, ISCTE
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
SILVA, Carlos Alberto, Universidade de Évora
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
DOMINGUES, Ivo, ICS, Universidade do Minho
(Não foi possível incluir atempadamente o resumo da intervenção)
20
XVIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL AISO
Participação, Saúde e Solidariedade: Riscos e Desafios
SESSÕES DOS GRUPOS DE TRABALHO
21
GRUPO I – ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: A GESTÃO DA
QUALIDADE VERSUS A QUALIDADE DA SAÚDE - sala 2106, CPII
Coordenadores:
Clemente Forero, AISO
Paulo Nossa, ICS, Universidade do Minho.
Dia 7 de Junho - 1ª Sessão - 15h00m-17h00m
BARBOSA, Joaquim
A ACREDITAÇÃO NA SAÚDE: DÚVIDAS E CERTEZAS
ORTIZ, Rosa
LOS SISTEMAS DE CALIDAD Y SU INFLUENCIA EN LA SALUD OCUPACIONAL Y
LOS RIESGOS DE TRABAJO
REBELO, José, ANDRADE, Áurea e PEREIRA, João Paulo
QUALIDADE NA SAÚDE: DA ALTERAÇÃO DOS PROCESSOS E SUAS
IMPLICAÇÕES, À PERTINÊNCIA DA CERTIFICAÇÃO
22
BARBOSA, Joaquim
Universidade do Minho
Acreditação, embora com recurso a dois
referenciais teóricos distintos.
◙◙
A ACREDITAÇÃO NA SAÚDE: DÚVIDAS E
CERTEZAS
Todos, autoridades, planificadores e
profissionais parecem estar de acordo com a
necessidade de melhorar a qualidade dos
cuidados de saúde. No campo oposto, os
utentes, cada vez mais conscientes do seu papel
de contribuintes e, em simultâneo, menos
dispostos a perdoar os erros e as ineficiências
dos sistemas de saúde, apresentam a mesma
exigência. Finalmente, a qualidade e segurança
dos cuidados de saúde, constituem, no mundo
moderno, um imperativo incontornável.
Por tudo isto, as questões relacionadas com
a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde
são uma preocupação de todos os sistemas de
saúde, sendo inúmeras as perspectivas de
abordagem. «No entanto, a despeito destas
diferenças, todas procuram contribuir para
melhores cuidados aos doentes, e assim, de
facto acontece. Todavia, a evidência do impacto
de cada uma não é robusta e muitas parecem
basear-se mais em crenças que em análises
rigorosas» (Grol et al., 2002:110).
Com este trabalho, apresentam-se algumas
questões teóricas que se relacionam com a
avaliação da qualidade em contexto hospitalar,
situando-nos, em particular, na Acreditação,
enquanto procedimento de melhoria contínua da
qualidade. Este, é um método específico de
avaliação da qualidade das organizações
hospitalares, possuindo uma tradição mundial
de largas dezenas de anos, estando agora a ser
dados os primeiros passos em Portugal.
Neste contexto, serão abordadas, em
primeiro lugar, as bases conceptuais de
avaliação da qualidade em saúde, a Acreditação
enquanto procedimento de melhoria contínua da
qualidade e, finalmente, o actual panorama
internacional nesta área.
Seguidamente, referir-se-ão algumas das
questões decorrentes da implementação de
projectos da qualidade, designadamente, a sua
importância para o sucesso e mudança
organizacionais bem como a problemática
relacionada com a adesão dos profissionais
clínicos a estes projectos.
Por fim, serão mencionados alguns dos
resultados que podem ser alcançados com a
Acreditação Hospitalar, dando-se também conta
da actual realidade portuguesa nesta área, onde
se constata que alguns hospitais estão já
Acreditados e outros em processo de
ORTIZ, Rosa M.
Universidad de Guanajuato. México
LOS SISTEMAS DE CALIDAD Y SU
INFLUENCIA EN LA SALUD
OCUPACIONAL Y LOS RIESGOS DE
TRABAJO.
Un análisis del libro sobre Ganancias
Mutuas, de Kochan y Osterman,(1994), enfatiza
el papel estratégico de los recursos humanos así
como la innovación en el lugar de trabajo
especialmente como la raíz del cambio, los
recursos humanos se forman para ser un jugador
importante en la política que se hace con
respecto a los problemas estratégicos, las
innovaciones del lugar de trabajo probablemente
serán sostenidas. El estudio de Total Quality
Magament –TQM– internacional también
contiene medidas de uso de una variedad para
reforzar la practica de recursos humanos,
aunque ellos no corresponden exactamente a
aquellos usados en nuestro estudio nacional en
que los TQM listan las prácticas de
entrenamiento de recursos humanos, actividades
de grupo, sistemas de sugerencias, paga por
mérito, paga del incentivo de grupo, y
envolvimiento del empleado en fabricación de
decisión estratégica. Las empresas que
probablemente adoptan innovaciones a la
competición internacional, se requiere de
habilidades arriba del promedio en sus trabajos,
los
valores
humanos,
las
estrategias
competitivas que dan énfasis a calidad e
innovación del producto más que de los costos,
se debe considerar los problemas de los recursos
humanos en decisiones directivas, entre las
empresas industriales, que han adoptado
sistemas de la producción flexible consideran:

Equipos de trabajo autodirigidos.

Rotación del trabajo.

Dirección de calidad total.
La ley corporativa americana establece el
principio que el objetivo de una empresa es
aumentar al máximo riqueza del accionista. Las
inversiones de los recursos humanos son
visibles para sus costos a corto plazo y producen
sólo a largo plazo beneficios.
◙◙
23
REBELO, José, ANDRADE, Áurea e
PEREIRA, João Paulo
posteriormente alguns hospitais iniciaram
processos com vista à sua certificação.
Escola Superior de Ciências Empresariais Instituto Politécnico de Setúbal
O objectivo da comunicação que
apresentamos é analisar as mudanças
implementadas nas unidades de saúde que
iniciaram processos de certificação de
qualidade, bem como as implicações dessas
mudanças tanto na óptica dos prestadores de
serviço como na óptica dos utentes.
QUALIDADE NA SAÚDE: DA ALTERAÇÃO
DOS PROCESSOS E SUAS IMPLICAÇÕES,
À PERTINÊNCIA DA CERTIFICAÇÃO
A qualidade está na ordem do dia.
Efectivamente todos os sectores de actividade
sem excepção pretendem assegurar que os
produtos / serviços que fabricam ou prestam
possuem os requisitos que permitam assegurar
conformidade e consequentemente satisfação
dos clientes / utentes. Embora possam existir
organizações em que a qualidade constitui uma
preocupação central, a garantia da mesma só
pode ser dada mediante validação das boas
práticas instituídas ou seja através da
acreditação.
A nível de Sistema Português de Qualidade
na Saúde as normas do King’s Fund constituem
a principal referência, razão pela qual foi
celebrado um protocolo entre o Ministério de
Saúde e o King’s Fund Health Quality Service e
Assim, começamos por apresentar algumas
normas do King’s Fund, para de seguida
identificar as alterações nos procedimentos e
processos, decorrentes da sua aplicação. Num
segundo ponto identificam-se várias unidades de
saúde que implementaram ou estão a
implementar processos de certificação de
qualidade. A finalizar analisamos as principais
dificuldades inerentes à implementação deste
processo bem como as consequências do mesmo
quer para trabalhadores, quer para utentes.
◙◙
24
GRUPO I – ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: A GESTÃO DA
QUALIDADE VERSUS A QUALIDADE DA SAÚDE - sala 2106, CPII
Coordenadores:
Clemente Forero, AISO
Paulo Nossa, ICS, Universidade do Minho.
Dia 8 de Junho - 2ª Sessão - 11h00m-13h00m
DUARTE, Márcia
O EMPENHAMENTO ORGANIZACIONAL E O EMPENHAMENTO PROFISSIONAL
DOS ENFERMEIROS: CONFLITO OU COMPLEMENTARIDADE
MACEDO, Ana Paula
A QUALIDADE NA FORMAÇÃO EM CONTEXTO HOSPITALAR: UMA REFLEXÃO
CRÍTICA
MÁRTIRES, Maria Alice Rodrigues dos
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOS ENFERMEIROS EM CUIDADOS DE
SAÚDE PRIMÁRIOS
NETO, Ana Filipa Pereira
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM ENFERMAGEM: O CONTRIBUTO DA
TEORIA DE FREDERICK TAYLOR
25
DUARTE, Márcia
Instituto Politécnico do Cávado e Ave
O EMPENHAMENTO ORGANIZACIONAL E
O EMPENHAMENTO PROFISSIONAL DOS
ENFERMEIROS: CONFLITO OU
COMPLEMENTARIDADE
Num ambiente competitivo caracterizado
pela incerteza e pela mudança, as organizações
necessitam de empregados que se identifiquem
com a organização e adoptem como seus os
objectivos da mesma, empenhando-se na sua
concretização. O reforço da posição competitiva
das empresas passa, em grande parte, pela
capacidade da sua equipa de gestão gerir esse
processo de mudança, atraindo pessoas com
níveis
elevados
de
empenhamento
organizacional e envolvimento no projecto da
empresa. Tais objectivos são, aparentemente,
paradoxais, se atendermos ao facto da relação
entre empregados e empregadores ser cada vez
mais instável, mercê da instabilidade em termos
de emprego, da precariedade dos contratos de
trabalho e da elevada rotatividade em termos de
postos de trabalho. Por outro lado, assiste-se a
um elevar dos níveis de educação e
profissionalismo entre os empregados, ou seja, a
natureza da força de trabalho está a conhecer
mutações. Estas mudanças - na organização, nos
recursos
humanos,
podem
não
ser
independentes, podendo os níveis elevados de
educação e profissionalismo contribuir para o
reduzido empenhamento e lealdade dos
empregados e para uma insatisfação das suas
expectativas profissionais. Neste sentido,
questiona-se se as organizações de saúde
portuguesas prosseguem os valores, interesses e
objectivos profissionais dos enfermeiros, se
promovem e actuam de acordo com os ideais e
valores da enfermagem. Pretende-se estudar o
empenhamento organizacional e profissional
nos enfermeiros e a relação assumida entre os
dois domínios, para averiguar se a relação é
positiva ou de soma nula.
Com base nestas questões de partida,
desenvolveu-se um estudo exploratório com
enfermeiros, que tinham como local de
exercício profissional dois centros de saúde e
dois hospitais situados no Minho (Norte de
Portugal). Realizaram-se 27 entrevistas, com o
objectivo de caracterizar as percepções dos
enfermeiros acerca da experiência de estar
empenhado com a organização e com a
profissão. As conclusões do estudo apontam
para a existência entre os enfermeiros de um
empenhamento profissional maior do que o
empenhamento
organizacional
por
eles
demonstrado.
Independentemente
da
intensidade dos laços afectivos em relação à
organização, o referente mais importante, em
termos de empenhamento em contexto de
trabalho, é a profissão. No entanto, a maioria
dos
entrevistados,
percebe
uma
complementaridade entre os dois domínios, uma
vez que a partilha dos objectivos e valores da
enfermagem por parte da organização, a
orientação para os interesses do doente, o tipo
de serviço, os incentivos à actualização
profissional dos enfermeiros, a identificação
com os valores e objectivos da organização e a
satisfação com as funções realizadas
consubstanciam a satisfação das expectativas
profissionais dos enfermeiros. Os dois domínios
de
empenhamento
podem
associar-se
positivamente, ainda que o empenhamento
profissional possa ou tenda a ser maior do que o
empenhamento organizacional.
◙◙
MACEDO, Ana Paula
Escola Superior de Enfermagem Calouste
Gulbenkian, Braga
A QUALIDADE NA FORMAÇÃO EM
CONTEXTO HOSPITALAR: UMA
REFLEXÃO CRÍTICA
Esta comunicação é extraída de um estudo,
no âmbito da Educação Não-Escolar, intitulado
“Dimensões do Hospital como Organização e
Formação em Contexto Hospitalar”, cuja opção
teve subjacente motivações de natureza pessoal,
relevância
organizacional
e
actualidade
temática. Trata-se de um estudo exploratório
sobre representações/opiniões de enfermeiros,
onde é privilegiado o inquérito (por entrevista)
como técnica de recolha de informação. Este
trabalho
considerou
como
objectivos
primordiais a identificação de modelos de
análise do hospital enquanto organização, a
caracterização das relações entre a organização
hospitalar e a formação e a compreensão das
representações/opiniões dos enfermeiros sobre o
hospital como organização enquanto palco de
iniciativas de formação em contexto de trabalho.
Assim, a recolha dos dados empíricos
possibilitou-nos equacionar a formação, a partir
da análise de algumas dimensões dos modelos
organizacionais de Per-Erik Ellström (1983),
nomeadamente no que se refere ao pessoal de
enfermagem. Um outro aspecto que nos pareceu
particularmente relevante na análise das
entrevistas, embora, neste caso, situado para
além do quadro teórico-conceptual proposto, foi
o facto de a empresa produtiva e lucrativa ser
uma das imagens recorrentes nos discursos dos
enfermeiros. Nesta comunicação analisamos o
conceito de qualidade na formação dos
26
enfermeiros em contexto de trabalho,
desocultando algumas dimensões críticas que
emergiram das suas representações.
◙◙
MÁRTIRES, Maria Alice Rodrigues dos
Escola Superior de Enfermagem de Vila Real
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOS
ENFERMEIROS EM CUIDADOS DE SAÚDE
PRIMÁRIOS
Foi realizado um estudo em que se
pretendeu conhecer as percepções dos
enfermeiros que realizam o seu trabalho no
âmbito dos cuidados de saúde primários, sobre o
trabalho que realizam; identificar factores
motivadores/desmotivadores do trabalho de
enfermagem e ainda reflectir sobre a
organização do trabalho de enfermagem em
cuidados de saúde primários, com vista à
melhoria da qualidade dos cuidados de
enfermagem prestados na comunidade.
Foram colocadas as seguintes questões de
investigação:
1- Como percepcionam os enfermeiros o
trabalho que realizam?; 2- Qual o potencial de
motivação do trabalho de enfermagem?; 3Relativamente às dimensões do trabalho,
preconizadas por Hackman e Oldham (1980),
como é que os enfermeiros as percepcionam, no
âmbito das suas práticas?; 4- Será que existe
relação entre o potencial de motivação do
trabalho, a motivação e a satisfação geral e a
necessidade de crescimento e desenvolvimento
pessoal?
Optámos pela realização de um estudo
descritivo, de carácter exploratório e
quantitativo. A população para o estudo foi
constituída pelos enfermeiros que trabalham em
cuidados de saúde primários nos Centros de
Saúde abrangidos por uma Sub-Região de
Saúde do Norte do país. Como instrumento de
colheita de dados utilizámos o questionário “Job
Diagnostic Survey” (JDS), traduzido e adaptado
por Rebelo, Madeira e Teixeira (1990), ao
realizarem um estudo sobre “Enfermagem –
Análise de Funções”, e posteriormente aplicado
por Basto (1995) no seu trabalho de
doutoramento.
Dos resultados obtidos, salienta-se a
importância que os enfermeiros atribuem às
suas intervenções, à responsabilidade que
reconhecem na realização das mesmas,
nomeadamente quanto os cuidados de
enfermagem podem afectar e vida e o bem-estar
das pessoas. As dimensões do trabalho são
apontadas como desafiantes e enriquecedoras, o
que remete a profissão de enfermagem para um
potencial de motivação elevado. Os resultados
sugerem ainda existir relação entre o potencial
de motivação do trabalho, a motivação e a
satisfação geral e a necessidade de crescimento
e desenvolvimento pessoal. Os enfermeiros
parecem igualmente evidenciar insatisfações e
estas estão relacionadas com os contextos do
trabalho.
◙◙
NETO, Ana Filipa Pereira
Universidade do Minho
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM
ENFERMAGEM: O CONTRIBUTO DA
TEORIA DE FREDERICK TAYLOR
O trabalho em Enfermagem reveste-se de
características próprias de uma profissão que é
altamente humanizante, mas também é baseado
em diversas teorias, como a de Taylor, que
ajudam a que esse mesmo trabalho se torne cada
vez mais eficiente e de qualidade.
Taylor teorizou a Organização Cientifica do
Trabalho e revolucionou o método de trabalho
das indústrias de produção, ao criar o
pensamento “The Best Way”, levando a que
desta forma todo o trabalho fosse realizado para
atingir melhor qualidade e maior quantidade de
produção. O trabalho de enfermagem não se
baseia em atingir maiores níveis de produção,
mas sim em alcançar cada vez mais qualidade,
baseando-se por vezes, em teorias como a de
Taylor.
A organização do trabalho de uma equipa
de enfermagem tem sempre o mesmo objectivo:
prestar os melhores cuidados possíveis ao
doente/utente/cliente. A organização prende-se a
critérios
científicos,
onde
todos
os
procedimentos são pensados com exaustão e
constantemente avaliados, para que desta forma
não se caia no erro de implementar medidas
desadequadas aquele doente ou aquele serviço.
Todo
este
pensamento
baseia-se
nas
especificidades dos serviços, todos eles com
diferentes características e necessidades de
recursos humanos, materiais e organizacionais.
Por conseguinte, os enfermeiros não foram
alheios às inovações introduzidas pela teoria de
Taylor, e implementaram no seu dia-a-dia de
trabalho, alguns dos princípios desta teoria.
Confirma-se assim a pertinência da
cientificidade de pensamento em qualquer acto
de enfermagem e que estes métodos se aplicam
diariamente
em
qualquer
serviço
de
Enfermagem.
◙◙
27
GRUPO I – ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: A GESTÃO DA
QUALIDADE VERSUS A QUALIDADE DA SAÚDE - sala 2106, CPII
Coordenadores:
Clemente Forero, AISO
Paulo Nossa, ICS, Universidade do Minho.
Dia 8 de Junho - 3ª Sessão - 14h30m-16h00m
PÁEZ, Tomás
PARTICIPACIÓN, DEMOCRACIA, GESTIÓN Y GOBERNABILIDAD DEL SISTEMA
DE SALUD
BRUNET, Ignasi e GALEANA, Evaristo
ORGANIZACIONES DE SALUD: GERENCIA DE CALIDAD VERSUS CALIDAD DE
LA SALUD.
RODRIGUES, Pedro, RIBEIRO, Rui, MARTINS, Susana e MENO, João Paulo
TECNOLOGIA E SAÚDE: A HEGEMONIA DO PARADIGMA
HOSPITALOCÊNTRICO
28
PÁEZ, Tomás
Universidad Central de Venezuela e AISO
PARTICIPACIÓN, DEMOCRACIA,
GESTIÓN Y GOBERNABILIDAD DEL
SISTEMA DE SALUD
La política sociosanitaria está en el corazón
de la polémica acerca del “Estado de Bienestar”
y en el de la sociología de las organizaciones.
En la discusión se contraponen dos modelos
antagónicos que achican el espacio del diálogo.
De un lado, defensa del modelo público; del
otro, privatización del sector. La polémica, en
ocasiones
agria,
adquiere
dimensiones
particulares en el caso específico de Venezuela
y Latinoamérica, que rebasa la realidad y la
discusión en Europa y Estados Unidos.
Para terciar en el debate empecemos por
dejar sentado que asumimos como punto de
partida que el acceso a la salud constituye un
derecho, por razones de justicia social y porque
se trata de un bien que todos deberían tener. De
lo dicho no se deriva que la mejor forma de
garantizar este derecho sea a través de la
prestación
de
servicios
de
carácter
exclusivamente público, ni tampoco que sea ésta
la manera más adecuada de propiciar la equidad
del sistema de salud. Más bien apuntan en
dirección opuesta.
En general, la prestación de servicios de
salud se hace cada vez más en medios y
organizaciones hospitalarias administradas por
entidades estadales de alcance nacional,
regional o local. Por ese motivo cobra mayor
significación su análisis. Los resultados que
exhibe el sector salud en Venezuela y la región
son realmente pobres, con lo cual estimulan la
inequidad y la ineficiencia a un mismo tiempo.
No ha sido posible alcanzar los niveles de
equidad y relativa masificación que es posible
hallar en otras latitudes, países y continentes.
Las razones de ello y en consecuencia también
la solución, de acuerdo con los responsables del
sistema, se asigna a factores externos y en
particular a la carencia de recursos económicos.
Existen verdaderas razones para desconfiar
que la solución se encuentre en una mayor
asignación de recursos; hay dudas más que
razonables para aceptar que sea ésta la receta
apropiada e incluso la creencia de que el sistema
es insaciable. Por ello sugerimos incluir otras
dimensiones en el análisis del problema como
las de la estructura, racionalidad, participación,
modelo de gestión y gobernabilidad del sistema
de salud.
Para quienes propugnan la privatización del
sistema no es suficiente la inclusión de las
dimensiones sugeridas, sencillamente el sector
público es propietario exclusivo de la
ineficiencia y en consecuencia todo lo que haga
tendrá este signo. Desde esta perspectiva de la
racionalidad economicista, valdría decir, la
“eficiencia” es un coto reversado de manera
exclusiva al sector privado. Tales afirmaciones
no resisten un análisis.
La propuesta que formulamos, sobre la base
de investigaciones y asesorías en el sector,
incorpora los temas sustantivos de estructura,
participación, mejora de la organización y la
gestión del sector salud, incluyendo los criterios
de gestión de calidad y productividad. La
mejora de la eficiencia y la productividad no
está reñida ni es ajena a la justicia social. Todo
lo contrario.
Sostenemos la necesidad de promover la
participación pública y privada en la provisión
de servicios de salud, estimulando la
competitividad entre ambos y al interior de cada
uno de los subsectores. Hacerlo del modo que
proponemos exige una redefinición de la
organización privada y la superación del
economicismo mecánico que reduce la empresa
al simple afán de ganancias. El concepto de
empresa que utilizamos incluye a la
responsabilidad social dentro de su estrategia.
◙◙
BRUNET, Ignasi e GALEANA, Evaristo
Universitat Rovira i Virgili de Tarragona
(España)
Universidad Michoacana de San Nicolás de
Hidalgo (Morelia, Michoacán, México)
ORGANIZACIONES DE SALUD:
GERENCIA DE CALIDAD VERSUS
CALIDAD DE LA SALUD.
El objetivo de esta ponencia es exponer los
vínculos que se establecen entre Estado y los
nuevos modelos de gestión que introducen en la
Administración Pública criterios productivistas,
emprendedores y empresarializadores. Modelos
que permiten desarrollar una nueva cultura de
Administración Pública más sensible hacia la
calidad de los servicios públicos y que requiere
transformaciones organizativas que rompan con
los corsés de las formas burocráticas. Esto
supone una nueva forma de organizar la
gerencia pública que implica una nueva cultura
administrativa que contrariamente al control
paso a paso de las normas y procedimientos del
modelo burocrático-weberiano, ha de facilitar la
creación de mercados eficientes por medio de
tres mecanismos: 1) El modelo contractual o
contrato de gestión; 2) La delegación de
facultades y autonomía de gestión a los gerentes
29
(empowerment), y 3) la evaluación del
desempeño. Dicha evaluación se configura
como una clave central y que explica las
transformaciones de la gestión pública ya que
ésta ha de contar con estándares y medidas de
productividad, con una planificación estratégica
que incluye definición de objetivos e
indicadores de rendimiento, con una asignación
de recursos vinculada a medidas de desempeño,
y con la utilización de contratos y franquicias
que permitan una mayor eficiencia
◙◙
RODRIGUES, Pedro, RIBEIRO, Rui,
MARTINS, Susan
TECNOLOGIA E SAÚDE: A HEGEMONIA
DO PARADIGMA HOSPITALOCÊNTRICO
A Declaração Universal dos Direitos do
Homem assim como a Constituição da
República Portuguesa explicitam a protecção da
saúde como um direito básico da pessoa, direito
este que obriga o estado a facultar um pacote
básico de serviços de saúde. Para a satisfação
deste pacote básico de serviços de saúde
emergiram uma panóplia de instituições que têm
como objectivos satisfazer as necessidades das
populações em geral e das pessoas em particular
em matéria de cuidados de saúde.
Destas, o hospital dotado de uma tecnologia
cada vez mais sofisticada e em permanente
actualização, assume um papel central no campo
da saúde.
Esta centralidade não está alheada da
espectaculariedade dos avanços tecnológicos
que a medicina conquistou, pois os hospitais
foram e são a caixa forte de todos estes saberes
que se transformam em poderes . Temos assim
um sistema de saúde alicerçado numa política
hospitalocêntrica orientado para as acções
curativas relegando para segundo plano a
promoção da saúde, verdadeiro pilar que urge
alicerçar na nossa sociedade para se obterem
ganhos efectivos em matéria de saúde das
populações.
Questionar as emergentes políticas deste
vasto e complexo mundo da saúde, que
continuam a assentar numa centralidade
hospitalar, é uma tarefa que nos parece
pertinente efectuar mediante o actual panorama
nacional.
Mais do que uma abordagem teórica esta
comunicação pretende servir de reflexão acerca
da posição que o hospital ocupa no sistema
nacional de saúde e na sociedade.
30
GRUPO I – ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: A GESTÃO DA
QUALIDADE VERSUS A QUALIDADE DA SAÚDE - sala 2106, CPII
Coordenadores:
Clemente Forero, AISO
Paulo Nossa, ICS, Universidade do Minho.
Dia 9 de Junho - 4ª Sessão - 14h30m-16h00m
ARZATE, Jorge S. e PATIÑO, Juan Carlos
LA POLÍTICA FOCALIZADA CONTRA LA POBREZA EXTREMA EN MÉXICO Y SU
COMPONENTE DE SALUD
MARTÍN, Miguel Ángel
ESTEREOTIPOS Y SALUD
TOMÉ, Daniel Fernandes
ASSÉDIO MORAL – EM BUSCA DO SUBMERSO
31
ARZATE, Jorge G. S. e PATIÑO, Juan Carlos
Universidad Autónoma del Estado de México
LA POLÍTICA FOCALIZADA CONTRA LA
POBREZA EXTREMA EN MÉXICO Y SU
COMPONENTE DE SALUD
Una de los pilares del sistema de bienestar
social mexicano ha sido el Seguro social,
institución que brinda atención médica a la
población empleada en el sector formal de la
economía, no obstante un buen porcentaje de la
población se encuentra excluida de este servicio
público ya que trabaja en el sector informal, en
la agricultura o simplemente se encuentra en el
desempleo abierto. El modelo del Seguro social
fue funcional, en términos políticos, durante las
décadas de los gobiernos nacionalistas
revolucionarios y el modelo de sustitución de
importaciones, pero después de la crisis de los
precios del petróleo de 1982, coyuntura que
representó la quiebra de ese modelo político y
económico, la política social en el sector salud
ha tendido a fortalecer el sector privado y a la
focalización de los servicios públicos de salud.
Entre varias estrategias en este sentido se
pueden mencionar el llamado Seguro popular y
el programa Progresa-Oportunidades. Este
último es el principal programa de lucha contra
la pobreza extrema focalizado y que opera en el
ámbito nacional con una orientación de
desarrollo humano, por lo que trabaja tres
componentes: educación básica, salud y
alimentación. Esta ponencia presenta un
panorama de lo que puede significar el
componente
de
salud
del
ProgresaOportunidades en pequeñas comunidades
rurales; por lo que se describe el sistema de
relaciones sociales que este programa genera a
partir de las clínicas o centros de salud
comunitarios del llamado sistema IMSSSolidaridad. El trabajo, que utiliza datos
cualitativos, trata de polemizar sobre cómo las
acciones del componente de salud del ProgresaOportunidades pueden ayudar a eliminar la
situación de vulnerabilidad de las personas y
familias en situación de pobreza extrema, a
identificar sus limitantes, así como pensar la
profundidad cualitativa de la carencia con
relación a los servicios de salud que enfrenta
una familia rural en extrema pobreza en
México.
◙◙
MARTÍN, Miguel Ángel
Universidad Complutense de Madrid
ESTEREOTIPOS Y SALUD
Nuestra simple experiencia cotidiana nos
muestra que el mundo que nos rodea (incluso en
su ámbito más cercano) es infinitamente más
complejo que nuestra capacidad para conocerlo
y asimilarlo. Por tanto, si queremos interactuar
con él, no tenemos más remedio que usar
estrategias y herramientas que nos ayuden a
simplificarlo y poder así comprenderlo mejor.
Una de esas herramientas (y quizá la más
importante) son los estereotipos.
El simple hecho de usar estereotipos y, a su
vez, el hecho de usar unos estereotipos
concretos y no otros dan lugar a una
determinada concepción de la realidad de la
que, consiguientemente, se derivan unas
determinadas consecuencias sociales. Por eso,
mi intención es, a través de este pequeño
trabajo, mostrar dentro de lo posible el
importante papel que juegan los estereotipos
dentro de contextos microsociológicos como
son las organizaciones, y más especialmente las
organizaciones relativas a la salud.
◙◙
TOMÉ, Daniel Fernandes
Universidade do Minho
ASSÉDIO MORAL – EM BUSCA DO
SUBMERSO
“Sinto-me chantageado, forçado a actuar
de uma forma com a qual não me identifico. Sei
que, se não o fizer, poderei perder este
emprego. Sinto-me violado nos meus princípios
e no que entendo ser o mais correcto. Eu não
merecia isto, não sei porque me está a
acontecer a mim!”
Este relato, embora fictício, poderá não o
ser na boca de muitas pessoas que hoje, neste
momento, podem estar a ser moralmente
assediadas. A questão do Assédio Moral não é
propriamente uma novidade, assim como
novidade não é o comportamento que o
descreve. O que é novidade, sim, é a utilização
desta expressão em contexto de trabalho e o seu
reconhecimento actual, em muitos países, como
um tipo identificável de comportamento em
ambiente profissional.
Nunca antes a pressão sobre muitas das
áreas de gestão de recursos humanos foi tão
intensa. Alterações dramáticas no contexto dos
mercados, das indústrias e dos serviços forçam a
função recursos humanos a transformar as suas
práticas e exercícios, bem como o seu papel
estratégico, no sentido do sucesso. O ambiente
organizacional actual requer, acções rápidas e
uma constante adaptação a condicionalismos de
mudança permanentes.
◙◙
GRUPO II - PARTICIPAÇÃO E SOLIDARIEDADE: POLÍTICA E
NOVAS DINÂMICAS SOCIAIS (sala 2107, CPII)
Coordenadores:
Isabel de la Torre, Universidade Autónoma de Madrid
Joel Felizes, ICS, Universidade do Minho.
Dia 7 de Junho - 1ª Sessão - 15h00m-17h00m
MOHAMAD, Jorge Alejandro
ÁREA DE SALUD DEL PLAN ALENTAR: PROGRAMA DE APOYO A LA
COMUNIDAD LOCAL IMPLEMENTADO POR UNA EMPRESA SIDERÚRGICA EN
ARGENTINA
RÁMON HERRERO, María Amelia e PEREZ GARRIDO, Antonia
GLOBALIZACIÓN Y EDUCACIÓN EN LAS POBLACIONES RURALES
SANTOS, Maria João
RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL E CRIAÇÃO DE VALOR – ANÁLISE DE
CASOS
TORRE, Isabel de la
LA EXPERIÊNCIA ASSOCIATIVA ESPAÑOLA
33
MOHAMAD, Jorge Alejandro
Universidad Austral. Buenos Aires. Argentina
ÁREA DE SALUD DEL PLAN ALENTAR:
PROGRAMA DE APOYO A LA
COMUNIDAD LOCAL IMPLEMENTADO
POR UNA EMPRESA SIDERÚRGICA EN
ARGENTINA
El presente trabajo es una descripción y
un análisis del Área de Salud del Plan Alentar.
Este es un programa implementado por la
empresa siderúrgica TenarisSiderca, y forma
parte de una iniciativa de ayuda a la comunidad
de la ciudad de Campana, ubicada a 75 km al
norte de Buenos Aires, Argentina, sede de sus
instalaciones industriales.
TenarisSiderca es la denominación de las
operaciones de producción de tubos de acero sin
costura del Grupo Tenaris en la Argentina. La
planta industrial de Siderca se estableció en
Campana hace 50 años y desde entonces viene
desarrollando una política de apoyo y desarrollo
a la comunidad.
Ante la emergencia social de comienzos
de 2002, se puso en marcha el Plan Alentar con
la premisa “Ayudar a quien se ayuda”. Este plan
es un conjunto de iniciativas orgánicamente
estructuradas que ayudan a mejorar la calidad de
vida de la comunidad local y actúan como factor
de desarrollo de su capital social. Los planes de
acción resultan del relevamiento y análisis de
las demandas sociales mediante metodologías
apropiadas. Las áreas de actuación son:
Educación, Salud, Cultura, Vivienda y Medio
Ambiente.
El área de Salud del Plan Alentar apoya el
funcionamiento del Hospital Municipal San José
de Campana, tanto en infraestructura edilicia
como en la mejora de la calidad de gestión; y
auspicia la capacitación del personal en aspectos
de atención de urgencias conjuntamente con el
Hospital Italiano de Buenos Aires.
Para describir y analizar el Área de Salud
del Plan Alentar se seguirá la metodología
propuesta por Domenec Melé en el Modelo de
Actuación Social de la Empresa. Según este
modelo la actuación social de la empresa
incluye
tres
aspectos:
Principios
de
responsabilidad social, Procesos de respuesta
social, y Respuestas efectivas a las
implicaciones sociales.
◙◙
RÁMON HERRERO, María Amelia e PEREZ
GARRIDO, Antonia
Facultad de Psicología - Universidad de
Valencia
GLOBALIZACIÓN Y EDUCACIÓN EN LAS
POBLACIONES RURALES
Hoy día, se espera de la escuela que
inculque conocimientos que se supone son una
riqueza fundamental de las sociedades, de las
naciones. Tanto en lo que hace a garantizar su
desarrollo económico, desde el crecimiento de
la producción en un contexto de globalización
de mercados, donde hay que producir ahora
bienes para vender ya no solamente en un
mercado interno protegido, sino bienes que van
a tener que disputar en calidad con otros bienes
producidos por otros trabajadores, situados en
cualquier parte del mundo. Tenemos ahora
apertura comercial. Esto supone un componente
técnico muy importante. El conocimiento va a
tener un papel fundamental en el desarrollo
económico y también tiene un papel
fundamental en el desarrollo político, en la
profundización de los procesos democráticos
que supone la constitución de ciudadanos
participativos, activos, que tienen capacidad,
por ejemplo, de expresar y decir lo que sienten.
A través de este trabajo vamos a analizar el
efecto de la globalización y la educación en las
poblaciones
rurales.
Palabras
clave:
globalización, educación, maestro rural,
población rural y escuela rural.
◙◙
SANTOS, Maria João Nicolau
Instituto Superior de Economia e Gestão –
Universidade Técnica de Lisboa
RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL E
CRIAÇÃO DE VALOR – ANÁLISE DE
CASOS
Para além da indiscutível centralidade que a
Responsabilidade Empresarial possui enquanto
veículo decisivo para a promoção de um
Desenvolvimento Sustentável a nível global, do
ponto de vista micro este posicionamento surge
igualmente como um importante factor de
criação de valor e de reforço de vantagem
competitiva. Não deixa de ser interessante
registar que é em tempo de feroz concorrência,
como este em que nos inserimos, que mais se
difunde a noção da responsabilidade social.
Governação corporativa, sustentabilidade
do
negócio,
cidadania
empresarial,
responsabilidade social, são alguns dos
conceitos que já integraram o quotidiano da
34
gestão. Todavia, o enfoque atribuído às questões
da sustentabilidade empresarial, por parte de um
número crescente de empresas e organizações,
não resulta simplesmente de um movimento de
afirmação de cidadania ou de reacção a pressões
desencadeadas pela opinião pública. Decorre
antes de uma séria interpretação do que está a
mudar no mercado, da potenciação estratégica
das redes relacionais e da alteração da natureza
da actividade e da gestão no contexto da
organização.
Nesta
comunicação
analisamos
as
alterações do contexto, como e porquê eles
condicionam este posicionamento, sobretudo de
que modo se afirmam como uma nova lógica de
gestão. De que modo o enfoque numa prática
assente nos princípios de sustentabilidade se
pode traduzir em ganhos de desenvolvimento
organizacional. De entre estes salientamos
aqueles que são hoje um dos alvos mais
ambicionados pelas empresas e que se
relacionam com a gestão e potenciação dos
activos intangíveis.
Como na prática se concretizam estes
objectivos em linhas de acção e formas de
investimento que traduzem os princípios de
sustentabilidade, constituiu outro dos objectivos
desta comunicação. Neste sentido, iremos
apresentar algumas resultados de um estudo que
incidiu sobre as práticas de responsabilidade
empresarial de algumas das maiores empresas
portuguesas (situadas dos ranking das 15
maiores). De que modo os princípios do
desenvolvimento
sustentável
e
da
responsabilidade empresarial são incorporados
no nível estratégico, que acções são
desenvolvidas para inserir na cultura
empresarial estes princípios e quais as práticas
mais relevantes têm sido desenvolvidas no
domínio social, económico e ambiental.
Esta análise visa mostrar como a adopção
dos princípios de sustentabilidade pode
optimizar os ganhos advindos das mudanças
organizacionais introduzidas e em particular,
como se concretizam junto de algumas das
maiores empresas existentes em Portugal.
◙◙
TORRE, Isabel de la
Universidad Autónoma de Madrid
LA EXPERIENCIA ASSOCIATIVA
ESPAÑOLA
A
partir
de
una
investigación
multidisciplinar sobre el Tercer Sector y la
Economía Social en España, se analiza la
vinculación asociativa de la población española
a las entidades del Tercer Sector, destacando su
grado de dinamismo y el predominio del
asociacionismo de proximidad, con el objetivo
de reflexionar sobre la tendencia emergente a la
aplicación del concepto de una ciudadanía
societaria.
◙◙
35
GRUPO II - PARTICIPAÇÃO E SOLIDARIEDADE: POLÍTICA E
NOVAS DINÂMICAS SOCIAIS (sala 2107, CPII)
Coordenadores:
Isabel de la Torre, Universidade Autónoma de Madrid
Joel Felizes, ICS, Universidade do Minho
Dia 8 de Junho - 2ª Sessão - 11h00m-13h00m
PISCITELLI, Alejandro
ESTADO E SALUD: LOS VAIVENES DE LAS POLÍTICAS EN LA ARGENTINA
RODRIGUES, Sandra Estêvão
A PARTICIPAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – UM DESAFIO À
INTERVENÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SOCIOLOGIA
VEIGA, Carlos Veloso da e PEÇA, Maria Goreti
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E QUALIDADE DE VIDA
36
PISCITELLI, Alejandro
Universidad Austral. Buenos Aires, Argentina
ESTADO E SALUD: LOS VAIVENES DE
LAS POLÍTICAS EN LA ARGENTINA
La política sanitaria en Argentina estuvo en
las últimas décadas sujeta a bruscas
modificaciones que produjeron desequilibrios
varios en los distintos segmentos de la
población y en sus distintas regiones. La crisis
acaecida a partir de fines de 2001 puso de
manifiesto aún más claramente las deficiencias
del sistema pero también fue la oportunidad de
aplicar novedosas políticas algunas de ellas
efectivas y otras teñidas de ideología y
negativas en última instancia.
Nos proponemos a través de esta ponencia
describir cuáles han sido los comportamientos
de Estado en los últimos años y su relación con
los restantes agentes sanitarios. Por otra parte
analizaremos las políticas más recientes
generadas a partir de la crisis intentando evaluar
su eficacia y sobre todo su grado de adecuación
a la realidad de la población argentina. Nos
detendremos especialmente en los casos de la
“salud reproductiva” y de la “salud de los
jóvenes”.
◙◙
RODRIGUES, Sandra Estêvão
Universidade do Minho
A PARTICIPAÇÃO DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA – UM DESAFIO À
INTERVENÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE
SOCIOLOGIA
A deficiência é uma condição de saúde que
é, antes de mais, um problema social. Uma
pessoa com deficiência é alguém que sofre uma
perda de funções ao nível sensorial, físico ou
mental, a qual lhe coloca um conjunto de
limitações e de necessidades. No entanto, e
apesar de existirem dificuldades físicas
propriamente ditas, as principais limitações das
pessoas com deficiência advêm justamente dos
constrangimentos sociais a que estão expostas,
quer estes se relacionem com a ausência da
acessibilidade física aos espaços e à informação,
quer se relacione com barreiras atitudinais que
criam verdadeiros muros nas relações
interpessoais entre os chamados deficientes e a
restante população.
poderão corresponder a desafios para a
intervenção nas políticas e dinâmicas sociais
que dão origem aos problemas levantados, os
quais se inter-relacionam e se agravam entre si.
1. Um problema de terminologia – apesar
de se assistir a uma mudança terminológica em
torno da deficiência para um sentido mais
positivo (sendo disso exemplo a nova
Classificação da Organização Mundial da
Saúde), muito há ainda por fazer para que essa
mudança se faça em todos os contextos. Além
disso, sendo este um problema importante, de
nada valerá mudar designações se as imagens e
estereótipos a elas associadas se mantiverem,
significando isto a necessidade de se questionar
o papel social da pessoa com deficiência, o que
daí resulta e as intervenções necessárias para o
alterar.
2. Um problema de formação – pensemos
nas seguintes questões: como é que os
profissionais da saúde encaminham os seus
doentes portadores de deficiências? Qual o
esforço que tem sido feito por arquitectos,
engenheiros civis e de informática, por
exemplo, para nos seus projectos de trabalho
preverem e darem resposta às necessidades da
população da qual falamos? Que imagens os
Media nos dão das pessoas com deficiência?
3. Um problema de recursos e de
articulação – o esforço de mudar terminologias,
de desmistificar, de informar e de formar não
poderá ser frutuoso se a par deste trabalho não
se investir em medidas que promovam as
condições de habilitação e de reabilitação em
Portugal.
4. Um problema de inclusão – a resolução
dos problemas acima mencionados pressupõe a
existência de uma política consistente de
inclusão que alicerce a participação plena do
cidadão portador de deficiência na Sociedade.
Estas e outras questões são merecedoras de
reflexão e sobretudo de investigação da qual
derivem propostas de intervenção social. Se é
certo que vários são os profissionais chamados a
esta missão, também é certo que os sociólogos,
enquanto agentes activos nas políticas e
dinâmicas sociais, merecem um desafio
especial.
◙◙
A presente comunicação é uma chamada de
atenção para a constelação de problemas sociais
que dificultam e impedem a participação plena
dos cidadãos portadores de deficiência. São
propostos quatro tópicos de reflexão, os quais
37
VEIGA, Carlos Veloso da e PEÇA, Maria
Goreti
Universidade do Minho
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E
QUALIDADE DE VIDA
Quantas vezes não nos interrogamos no
sentido de encontrar respostas para algumas
pertinentes questões relacionadas com o
processo de reabilitação profissional das pessoas
com deficiência. Nomeadamente para sabermos
até que ponto a prática de um trabalho
remunerado e o tempo decorrido nessa prática
influencia a qualidade de vida das pessoas com
deficiência.
Ora no sentido de contribuir para responder
a essas questões e tendo como objecto de estudo
a população os ex-formandos de uma
organização de reabilitação profissional das
pessoas com deficiência situada na Região
Oeste e que foram integrados no mercado de
trabalho nos últimos cinco anos, procurámos
analisar os impactos dessa integração
profissional na sua qualidade de vida .
Trata-se de um estudo comparativo entre a
situação de vida actual e a situação de vida
anterior ao ingresso no mercado de trabalho.
Como hipótese de investigação teve-se em conta
determinar ou refutar a tese corrente de que a
integração profissional das pessoas portadoras
de deficiência contribui para uma efectiva
melhoria de qualidade de vida.
Em geral os autores que se interessam por
esta problemática consideram que a obtenção de
um emprego, que permite adquirir uma
identidade profissional, é de extrema
importância para a integração/inserção social
das pessoas com deficiência, resultando esta da
combinação entre as suas aspirações, interesses
e a melhoria do contexto de vida familiar e
social. Do mesmo modo a generalidade dos
autores, que se interessam pela relação entre a
integração social e exercício de um trabalho
remunerado, defendem que a identidade
profissional adquirida permite ao indivíduo
definir o seu papel enquanto interveniente no
seu meio envolvente, auto valorizar-se e
realizar-se,
permitindo,
ainda,
um
reconhecimento social pela sua participação na
comunidade.
No entanto, é legítimo que nos
interroguemos sobre as consequências dessa
participação no mundo do trabalho, seja no
sentido de questionar se as pessoas com
deficiência passam de facto a participar em
maior grau nas actividades e nos bens sociais
disponíveis e a desempenhar um papel mais
interveniente, seja a nível familiar, seja na
comunidade a que pertence.
Será que através da integração profissional
o trabalhador com deficiência cria novos laços
sociais de interdependência e se posiciona de
forma mais vantajosa nas diversas “redes
sociais” existentes e, portanto, a entrada no
mundo do trabalho desencadeia um processo de
participação e de mobilidade social ascendente
ou, pelo contrário, será que se verifica uma
reprodução ou continuidade da situação anterior
sem reflexos correspondentes ao nível da
melhoria da qualidade de vida?
◙◙
38
GRUPO II - PARTICIPAÇÃO E SOLIDARIEDADE: POLÍTICA E
NOVAS DINÂMICAS SOCIAIS (sala 2107, CPII)
Coordenadores:
Isabel de la Torre, Universidade Autónoma de Madrid
Joel Felizes, ICS, Universidade do Minho
Dia 8 de Junho - 3ª Sessão - 14h30m-16h00m
AGUILAR, Maria José
FACTORES EXPLICATIVOS DE LA PARTICIPACIÓN COMUNITARIA EN SALUD.
UNA INVESTIGACIÓN EMPÍRICA.
BANDEIRA, Miguel, LOURENÇO, Rui e SOUSA, Manuela
DEFESA E DESENVOLVIMENTO DO DIREITO À SAÚDE: ESTUDO DE CASO DE
EXERCÍCIO DE CIDADANIA.
CARDOSO, Leonor
A SUSTEÑTABILIDADE ORGANIZACIONAL NA/DA “ECONOMIA ALTERNATIVA”:
UM ESTUDO DE CASO
PAULO, Fernanda Pinto e SAMPAIO, Maria Leonor
TECER A SOLIDARIEDADE NA SAÚDE: UMA VISÃO ACCIONALISTA NA
CONSTITUIÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES E GRUPOS SOLIDÁRIOS COM AS PESSOAS
DOENTES.
39
AGUILAR, Maria José
Universidad de Castilla-La Mancha
FACTORES EXPLICATIVOS DE LA
PARTICIPACIÓN COMUNITARIA EN
SALUD. UNA INVESTIGACIÓN EMPÍRICA.
A
partir
de
la
evaluación
del
funcionamiento y resultados de 70 Consejos de
Salud, así como de 20 estudios de caso referidos
a diversas experiencias de participación
comunitaria en salud, ha sido posible:
a)
inferir la existencia de obstáculos y
dificultades que pueden impedir procesos
de participación comunitaria en salud,
b) averiguar
por
qué
no
funcionan
determinados mecanismos de participación
que se han implementado,
c)
identificar los factores que han contribuido
al éxito o al fracaso de las experiencias
estudiadas.
Dado que estos tres aspectos están conexos
entre sí, se pueden deducir algunas
observaciones importantes:
1) el conocimiento de los factores o
circunstancias que contribuyen o no, al
desarrollo de procesos de participación
comunitaria en salud,
2) este conocimiento constituye una pieza
clave para diagnosticar en casos concretos y
particulares, cuáles son las fortalezas y
debilidades de la acción implementada,
3) todo lo anterior, a su vez, ofrece
información fundamental para establecer
estrategias que posibiliten mayores grados
de implicación de los ciudadanos en el
ámbito de la salud.
En el estudio se clasifican estos factores
explicativos en cuatro grandes clases, teniendo
como referente principal de dicha clasificación
el actor social que tiene mayor implicación en la
aparición o surgimiento de dicho factor. Así, se
presentan detalladamente los factores de origen
comunitario,
los
factores
explicativos
relacionados con los equipos de salud, los
factores causales relacionados con la
administración sanitaria y los factores
contextuales. Finalmente se realiza una
explicación global de los procesos de
participación comunitaria en salud, a la luz de
los resultados de la investigación.
BANDEIRA, Miguel, LOURENÇO, Rui e
SOUSA, Manuela
Universidade do Minho
DEFESA E DESENVOLVIMENTO DO
DIREITO À SAÚDE: ESTUDO DE CASO DE
EXERCÍCIO DE CIDADANIA.
No quadro de uma metodologia de caso,
caracteriza-se um fenómeno de associativismo,
na origem não institucional, nascido no norte de
Portugal e iniciado em Maio de 2003, fundado
na consciência e direito dos utentes do SNS na
pessoa das crianças com (suspeita de) cancro, e
protagonizado maioritariamente pelos legítimos
representantes dessas crianças.
A análise do caso mostra que, mesmo numa
sociedade ocidental e democrática, o direito
efectivo à saúde não decorre das disposições
jurídicas, ou mesmo da sua invocação, mas da
acção social directa dos cidadãos para a
efectivação dos seus direitos. Assim, o direito à
saúde nos termos legais e éticos enquadradores,
ou com facilidade deles se vêem excluídas pela
sua distorção e usurpação, inclusive pelos
próprios serviços públicos, na oscilação dos
ciclos políticos e nos jogos de interesse dos
lobbies do sector. O tema tem particular
actualidade num país que aparece na cauda dos
treze países da União Europeia incluídos no
relatório internacional sobre os direitos dos
doentes e a forma como estes são respeitados,
realizado em 2004 pela Active Citizenship
Network.
Define-se o conceito de oncologia
pediátrica integrada, na base da emergência e
da dinâmica social da associação “Movimento
para a Oncologia Pediátrica Integrada”, e
sistematizam-se os seus princípios e métodos de
acção. Destaca-se o posicionamento crítico
construtivo deste movimento associativo,
tecnicamente fundado em argumentos clínicos e
jurídicos, enquadrado numa visão e objectivos
de ordem superior, e orientado para a
construção de entendimentos e coligações fortes
com figuras e grupos chave, nacionais e
internacionais, no plano técnico, ético e político.
◙◙
◙◙
40
CARDOSO, Leonor
Faculdade de Psicologia e de Ciências da
Educação da Universidade de Coimbra
A SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL NA/DA “ECONOMIA
ALTERNATIVA”: UM ESTUDO DE CASO
A presente comunicação emerge no
contexto de um estudo que visou a
medição/avaliação do funcionamento da
Associação de Solidariedade Social de Lafões
(ASSOL). Tratava-se de uma avaliação
organizacional orientada para a intervenção e
cujo objectivo consistia na promoção do
desempenho da referida organização.
O
modelo
de
comportamento
organizacional que sustenta o estudo
desenvolvido veicula uma visão abrangente do
desempenho das organizações, perspectivandoas como um sistema aberto, em contínuo
contacto com uma envolvente marcadamente
multifacetada, com a qual estabelece trocas
permanentes, e relativamente à qual se
pressupõem influências recíprocas.
Para além da consulta documental, optou-se
pelo método do inquérito (survey research) com
recurso à técnica do questionário. Foi aplicado
um conjunto de seis instrumentos de medida a
uma amostra constituída por 482 sujeitos
pertencentes a cinco grupos distintos
(colaboradores da ASSOL, utentes, familiares
de utentes, representantes dos parceiros da
ASSOL e elementos da comunidade em que
aquela Associação se insere).
O diagnóstico realizado traduz o excelente
desempenho organizacional da ASSOL em
quaisquer dos domínios avaliados. Deste modo,
este é reforçador do percurso efectuado e
indiciador de uma competitividade que emerge
e se sustenta no valor atribuído aos seus
recursos humanos, numa lógica que privilegia a
satisfação dos seus clientes.
◙◙
PAULO, Fernanda Pinto e SAMPAIO, Maria
Leonor
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa
TECER A SOLIDARIEDADE NA SAÚDE:
UMA VISÃO ACCIONALISTA NA
CONSTITUIÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES E
GRUPOS SOLIDÁRIOS COM AS PESSOAS
DOENTES.
Neste nosso estudo sobre um dos exemplos
de solidariedade na saúde apoiaremos a nossa
análise nos princípios da sociologia accionalista
mas cruzada com a perspectiva da sociologia da
crítica, imbricando o enfoque na interacção dos
actores intencionais e nas suas capacidades
reflexivas críticas, discursivas e práticas face à
apropriação de um bem comum: os cuidados de
saúde.
Para nos ser possível compreender um
fenómeno social qualquer, neste caso o
aparecimento crescente de associações de
doentes e amigos de doentes que sofrem desta
ou daquela doença em particular, é
indispensável reconstruirmos as motivações dos
indivíduos em questão e entender esse
fenómeno como o resultado da agregação dos
comportamentos individuais ditados por essas
motivações, que nem sempre se encontram
associadas ao simples cálculo economicista dos
custos/benefícios, mas sim, como assinalava
Weber (Weber, 1964) na sua teoria da acção,
que têm subjacente valores, tradições ou
sentimentos.
Nas sociedades contemporâneas cujo traço
característico é exactamente a racionalização,
em que a modernidade se vai instalando e
refinando, sociedades com uma forte
diferenciação das esferas de actividade, das
instituições, dos modelos de socialização
(Giddens, 1992) que obrigam os indivíduos a
confrontarem-se com situações díspares,
heterogéneas, por vezes contraditórias, o
indivíduo-actor, e não tanto o indivíduo-agente,
revela-se plural (Lahire, 2001) e competente
para escolher e decidir as suas estratégias de
acção.
◙◙
41
GRUPO II - PARTICIPAÇÃO E SOLIDARIEDADE: POLÍTICA E
NOVAS DINÂMICAS SOCIAIS (sala 2107, CPII)
Coordenadores:
Isabel de la Torre, Universidade Autónoma de Madrid
Joel Felizes, ICS, Universidade do Minho
Dia 9 de Junho - 4ª Sessão - 14h30m-16h00m
ARAÚJO, Maria Marta Lobo
OS HOSPITAIS DE PONTE DE LIMA NA ERA PRÉ-INDUSTRIAL
SILVA, Margarida e SILVA, Andreia
SAÚDE E PARTICIPAÇÃO EM CONTEXTO URBANO: UM ESTUDO DE CASO EM
VIANA DO CASTELO
MONTEIRO, Ricardo
O FENÓMENO DE DESOSPITALIZAÇÃO E AS SUAS INTERCONEXÕES
COMUNITÁRIAS, FAMILIARES E SOCIAIS
42
ARAÚJO, Maria Marta Lobo
Universidade do Minho
OS HOSPITAIS DE PONTE DE LIMA NA
ERA PRÉ-INDUSTRIAL
Apesar de ser uma vila de pequenas
dimensões, Ponte de Lima manteve vários
hospitais em funcionamento ao longo da era
pré-industrial. Na Idade Média Estava dotada de
uma leprosaria, de uma albergaria, ou hospital e
de hospital para peregrinos. Na Idade Moderna
manteve o hospital para peregrinos, dotando-o
de novas funções e o hospital medieval foi
integrado na Misericórdia, passando a ser a
principal unidade de tratamento da vila.
Como a Coroa não chegou a um
entendimento para se curarem os militares no
hospital da Santa Casa, foi instalado um
hospital real na vila para atender os soldados.
Estudaremos estas instituições de apoio à
saúde, analisando os serviços que prestavam, os
doentes e os prestadores de cuidados. É ainda
nossa preocupação analisar os cuidados de
saúde prestados, as condições de internamento,
a alimentação dos doentes, os suportes
financeiros destas instituições e as suas formas
de gestão.
◙◙
SILVA, Margarida e SILVA, Andreia
Câmara Municipal de Viana do Castelo
SAÚDE E PARTICIPAÇÃO EM CONTEXTO
URBANO: UM ESTUDO DE CASO EM
VIANA DO CASTELO
No quadro do Projecto “Cidades
Saudáveis” da OMS e do Programa Polis,
pretendemos compreender até que ponto os
cidadãos
estão
consciencializados
da
importância da sua participação nestes dois
programas, tendo em conta que qualidade de
vida e promoção da saúde são dois conceitos
que lhes estão associados. Tendo como estudo
de caso a cidade de Viana do castelo, o nosso
objectivo será então perceber até que ponto
estes dois programas chegam aos cidadãos e em
que medida eles sentem os seus efeitos. Por
outro lado, importa questionar qual o seu grau
de participação, já que ambos os programas
fazem parte das políticas de gestão da cidade,
implicando o exercício da cidadania.
A tendência para a urbanização global que
se observa ao nível mundial coloca a
problemática da saúde pública e da qualidade de
vida em áreas urbanas, num lugar cimeiro da
agenda política das cidades. De facto, o elevado
e desordenado crescimento urbano tem colocado
uma pressão contínua sobre os recursos, infraestruturas e equipamentos, afectando, por vezes
negativamente, os padrões de vivência nas
cidades e, consequentemente, produzido um
impacto profundo no ambiente global, quer em
termos de consumo de recursos, quer em termos
de produção de resíduos e poluição. Neste
contexto, e tendo por referência as exigências de
sustentabilidade, surge a necessidade de se
adoptarem novos métodos de planeamento
urbano, que permitam traduzir uma nova visão
da urbe e contribuam para a criação de cidades
saudáveis e com qualidade de vida. A par desta
nova filosofia de planeamento urbano, é
também visível a emergência de uma nova
filosofia de saúde pública, já que a cidade é
muito mais do que um conjunto de edifícios,
ruas e espaços abertos, devendo ser encarada
como um organismo vivo, que é influenciado e
influencia a saúde dos seus habitantes (Barton &
Tsourou, 2000). O planeamento urbano
saudável integra os vários aspectos que dizem
respeito à cidade e que interferem directamente
no quotidiano dos cidadãos.
A estratégia da Saúde para Todos, a Carta
de Otawa e a Agenda Local 21, são programas
de promoção de saúde, de aplicação local,
baseados na participação comunitária e na acção
intersectorial. O poder local, por razões de
proximidade a problemas e pessoas, será um
parceiro estratégico na promoção da saúde e do
desenvolvimento sustentável.
O nosso estudo mostra que, não obstante os
propósitos bem intencionados do poder local e
seus parceiros, os objectivos só parcialmente
são conseguidos para o que, além doutos
factores, contribui a relativa baixa participação
da população nestes projectos o que, por sua
vez, exige também uma explicação de ordem
causal.
◙◙
MONTEIRO, Ricardo
O FENÓMENO DE DESOSPITALIZAÇÃO E
AS SUAS INTERCONEXÕES
COMUNITÁRIAS, FAMILIARES E SOCIAIS
O hospital de hoje vive a sua relação com o
exterior de uma forma dual: constitui-se como
uma instituição que deve atender a todos
quantos o procuram, de igual forma, nas vinte e
quatro sobre vinte e quatro horas; possui uma
função selectiva, devendo tratar e orientar os
doentes de acordo com a gravidade do seu
estado, ou seja, deve fazer a triagem e selecção
desses doentes. Esta dualidade pode ser
explicada (CARRICABURU e MÉNORET,
2004: 23) pela evolução do hospital da forma
43
como tem cuidado dos doentes desde as Idade
Média: primeiro uma hospitalidade, baseada na
caridade e no atendimento a todos quantos o
procurassem para curar os seus males; depois
uma gestão colectiva do doente que surge no
Século XIX, baseada no princípio da
solidariedade; finalmente a inovação biomédica
que se funda na escolha dos doentes de acordo
com as investigações que estão a ser
prosseguidas no hospital. A estas juntar-se-ia
uma correspondente à actual que decorre das
inovações tecnológicas (sob a forma de
equipamentos e fármacos) e sobretudo da
contenção de gastos com saúde e que se
denominaria desospitalização.
Esta última perspectiva faz com que
indicadores como o número de camas
hospitalares, demora média e número de
hospitais venham diminuindo, ao passo que
cresce o número de doentes internados, número
de dias de internamento, tratamentos em
ambulatório e hospitais de dia. Porém, a
desospitalização engendra a necessidade de
existir uma família e comunidade que sejam
capazes de dar continuidade ao tratamento da
fase aguda que se realizou no hospital. Para isso
seria necessário que a família e comunidade
revelassem
níveis
de
solidariedade,
sociabilidade, confiança, apoio social e gestão
familiar do cuidado que indicassem que existe
essa continuidade e que o doente que eles
recebem em casa não é mais uma dificuldade
para a qual não possuem ainda resposta.
O trabalho que se pretende apresentar,
revela os resultados da investigação realizada no
Concelho das Caldas da Rainha, cidade nascida
da implantação de um hospital medieval e que
acompanhou as evoluções do hospital português
até aos dias de hoje, exceptuando as reformas de
2002. A partir do estudo da evolução do hospital
e da comunidade envolvente, verifica-se uma
nova fase de gestão do cuidado por parte
daquele, a desospitalização, que engendra a
necessidade de uma rede social de apoio ao
doente, na qual coexiste a família e a
comunidade com as suas dificuldades e dilemas,
sendo também necessário inserir uma noção de
cuidados em rede (com a inclusão de
profissionais e instituições) interligadas e
sinérgicas em torno dos doentes.
◙◙
44
GRUPO III - O ENSINO E A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
(sala 2108, CPII)
Coordenadores:
Ana Maria Pacheco, Escola de enfermagem
Paula Remoaldo, ICS, Universidade do Minho.
Dia 7 de Junho - 1ª Sessão - 15h00m-17h00m
COSTA, António da Silva
SAÚDE, VIOLÊNCIA E DESPORTO
GOMEZ, Carlos
LA EDUCACIÓN PARA LA SALUD EN LA ENSEÑANZA SECUNDARIA EN ESPAÑA
PEREIRA, A. M., MONTEIRO, S., GOMES, A. e TAVARES, J.
PROMOÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR NO ENSINO SUPERIOR: AVALIAR PARA
INTERVIR
RODRIGUES, Vítor Manuel C. P.
IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA EDUCACIONAL DE INTERVENÇÃO E OS
SEUS CONTRIBUTOS PARA A DIMINUIÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE RISCO
EM JOVENS ESTUDANTES
45
COSTA, António da Silva
FCDEF – Universidade do Porto
SAÚDE, VIOLÊNCIA E DESPORTO
Todo o desporto pode ser visto e praticado,
não somente como um sistema de violência
simbólica, mas também como um meio de
fornecer à sociedade um mecanismo de
ritualização da violência capaz de sublimar a
agressividade humana e de contribuir para a
diminuição da violência real ou para um maior
controle social da mesma. Assim, o desporto,
enquanto actividade física que tem por objectivo
a expressão ou o melhoramento da condição
física e psíquica dos praticantes, utilizado
evidentemente com moderação e equilíbrio,
pode constituir um óptimo contributo para a
saúde das pessoas. Enquanto prática que ajuda o
desenvolvimento das relações sociais e o
funcionamento controlado da violência na
sociedade, o desporto contribui para a afirmação
de uma sociedade mais equilibrada e mais
saudável. De facto, enquanto a violência
desportiva selvagem e não codificada manifesta
os defeitos e as doenças de uma sociedade
incapaz de resolver os seus problemas
fundamentais, o desporto, funcionando como
um sistema de violência simbólica expressa
ritualmente, dá-nos a ocasião de reflectir sobre
os fundamentos da violência humana e constitui
um mecanismo importante para ajudar a
sociedade a compreender melhor a sua estrutura
conflitual e chegar assim a um funcionamento
mais harmonioso e mais equilibrado. A
educação através do desporto tem assim
profundas afinidades com a saúde das pessoas e
constitui um caminho para o funcionamento
saudável da própria sociedade.
◙◙
GOMEZ, Carlos B.
Universidad de Zaragoza
LA EDUCACIÓN PARA LA SALUD EN
LA ENSEÑANZA SECUNDARIA EN
ESPAÑA
La salud es un concepto global y dinámico
que tiene en cuenta los aspectos físicos,
psíquicos y social de la persona. La educación
de la salud está orientada a incidir en los hábitos
y costumbres personales y colectivas en
aspectos relacionados con la salud, en promover
factores medioambientales saludables y en
estimular el cambio de aquellos otros que son
perjudiciales para el bienestar personal y social.
El comportamiento en torno a la salud está
relacionado con los conocimientos, creencias,
valores,
contexto
social,
experiencias,
influencias contextuales, así como por la
legislación y circunstancias socioeconómicas
personales. Por ello, la educación en cuestiones
de salud deben centrarse en el fomento de
actitudes, valores y hábitos saludables y también
en el desarrollo de las capacidades individuales.
Los centros educativos desempeñan una
función primordial en la prevención y
promoción de la salud tanto de los alumnos
como de la comunidad social en la que se
encuentran. En ellos se desarrollan estrategias
de promoción y educación de la salud y
experiencias planificadas que contribuyen al
establecimiento de conocimientos, actitudes y
valores que ayudan al joven a hacer su elección
y a tomar decisiones modificando, en ocasiones,
hábitos de comportamientos establecidos, a fin
de conseguir incrementar su bienestar y calidad
de vida.
La educación para la salud en los centros
docentes de enseñanza secundaria en España se
considera parte de la educación integral del
estudiante. Los planteamientos metodológicos
sobre los que se sustenta el modelo establecido
son:
*Integración de la educación para la salud
en el diseño curricular y en el modelo educativo
de centro, con una propuesta de metodología
activa y participante.
*Adaptación a la realidad, a través de un
análisis de la situación de salud del centro y de
su entorno.
*Elaboración y aplicación de un programa
de educación para la salud mediante el trabajo
en equipo de profesores, profesionales
sociosanitarios y otros miembros de la
comunidad escolar.
*Integración del programa de educación
para la Salud con otros programas y actividades
de la comunidad en la que se encuentra situado
el centro educativo.
◙◙
PEREIRA, A. M., MONTEIRO, S., GOMES,
A. e TAVARES, J.
Universidade de Aveiro
PROMOÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR NO
ENSINO SUPERIOR: AVALIAR PARA
INTERVIR
O presente trabalho teve como objectivo
geral a promoção do desenvolvimento pessoal e
educação para a saúde e bem-estar no ensino
superior.
A amostra foi constituída por
indivíduos (M=40; F=148), alunos
188
(de
46
graduação e pós-graduação), professores e
funcionários da Universidade de Aveiro.
Estes indivíduos participaram em seis
módulos de formação, de periodicidade mensal
e duração média de uma hora. Estes módulos
abordaram as seguintes temáticas: controlo do
stress e ansiedade aos exames, pensamentos
automáticos negativos, higiene do sono em
contexto universitário, gestão das emoções, o
corpo e a expressividade e actividades
promotoras de bem-estar.
Os resultados indicaram uma satisfação
global positiva, nomeadamente com a utilidade
e actualidade das temáticas abordadas, as
expectativas relativamente às sessões, as
dinâmicas e exercícios aplicados e as condições
físicas.
São referidas algumas implicações no
sentido de promover o sucesso académico
através do desenvolvimento pessoal e social do
indivíduo.
◙◙
RODRIGUES, Vítor Manuel C. P.
Instituto Superior de Enfermagem de Vila Real
IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA
EDUCACIONAL DE INTERVENÇÃO E OS
SEUS CONTRIBUTOS PARA A
DIMINUIÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE
RISCO EM JOVENS ESTUDANTES
Foi realizado um estudo sobre quais os
comportamentos
percepcionados
pelos
adolescentes como saudáveis e como problema,
tendo em vista a construção e operacionalização
de um programa educacional de intervenção
visando a promoção/educação para a saúde, e a
obtenção de respostas para a questão:
Será que os adolescentes submetidos a um
programa educacional de intervenção,
modificam as suas atitudes e comportamentos
de risco relativamente à sua saúde?
Assim,
constituíram
objectivos deste estudo:
os
principais
- Identificar qualitativamente e de acordo
com o grau de preocupação, aquilo que os
alunos referem como comportamento de risco
face à saúde;
-Verificar em que medida há alterações, nos
comportamentos
de
risco
e
nos
comportamentos saudáveis relativamente à
saúde, após a introdução do programa
educacional de intervenção, e nomeadamente
nos aspectos relacionados com: o sono; a
higiene; a alimentação; o consumo de tabaco;
o consumo de bebidas alcoólicas; as relações
sexuais; o consumo de drogas ilícitas; a
automedicação.
O tipo de estudo levado a cabo foi o
experimental, mais concretamente, um ensaio de
campo. A metodologia adoptada foi a seguinte:
a) elaboração e pré-teste do instrumento de
colheita de dados, b) aplicação do instrumento
de colheita de dados – estudo exploratório
(diagnóstico de situação), c) construção do
programa educacional de intervenção, d) ensaio
piloto do programa educacional, e) divisão da
população em dois grupos (amostragem por
clusters), f) introdução e aplicação da variável
independente (programa educacional de
intervenção) nos alunos do grupo experimental,
g) nova aplicação do instrumento de colheita de
dados (foram feitas três aplicações separadas
por um intervalo de mais ou menos um ano).
Os resultados que encontrámos dizem-nos
que os alunos pertencentes ao grupo
experimental,
apresentaram
menos
comportamentos de risco do que os alunos
pertencentes ao grupo de controlo, no que diz
respeito: a) ao sono; b) ao consumo de tabaco;
c) ao consumo de bebidas alcoólicas; d) à
existência de relações sexuais; e) ao consumo de
drogas ilícitas.
◙◙
47
GRUPO III - O ENSINO E A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
(sala 2108, CPII)
Coordenadores:
Ana Maria Pacheco, Escola de enfermagem
Paula Remoaldo, ICS, Universidade do Minho.
Dia 8 de Junho - 2ª Sessão - 11h00m-13h00m
AGUILAR, Maria José
MOTIVACIONES, ACTITUDES, EXPECTATIVAS Y RESISTENCIAS DEL PERSONAL
SANITARIO DE ATENCIÓN PRIMÁRIA A LA PARTICIPACIÓN COMUNITARIA.
ROCHA, Teresa
APRENDIENDO MEDICINA EN COMUNIDADES POBRES E INDÍGENAS EN
CHIAPAS, MÉXICO: 6 EXPERIENCIAS DE PASANTES MÉDICOS EN SERVICIO
SOCIAL
MARTINS, Maria de Fátima da Silva Vieira
A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE: UMA PERSPECTIVA DE MUDANÇA
REMOALDO, Paula, MACHADO, Helena, BULHER, Isabel, PEREIRA, Luís e LOBO
XAVIER, Maria
O CONTRIBUTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E MÉDICAS NA COMPREENSÃO DA
INFERTILIDADE
48
AGUILAR, Maria José
Universidad de Castilla-La Mancha
MOTIVACIONES, ACTITUDES,
EXPECTATIVAS Y RESISTENCIAS DEL
PERSONAL SANITARIO DE ATENCIÓN
PRIMÁRIA A LA PARTICIPACIÓN
COMUNITARIA.
A partir de una encuesta telefónica
realizada a 85 coordinadores médicos de centros
de salud y de una escala de medición de
actitudes frente a la participación comunitaria
en salud, se seleccionan 20 estudios de caso en
los que se realizan entrevistas en profundidad a
numerosos profesionales sanitarios. Para
generalizar los datos se amplía la muestra con
posteriores entrevistas focalizadas (médicos,
personal de enfermería, psicólogos/as y
fisioterapeutas). Se realiza un análisis del
discurso tanto desde la perspectiva sociológica
como psicológica.
Esta investigación cualitativa, realizada en
cinco provincias españolas, nos permite
identificar las principales motivaciones,
actitudes positivas y negativas, expectativas y
resistencias (conscientes e inconscientes) del
personal sanitario ante la participación
comunitaria y la promoción de la salud
entendida
de
manera
participativa
y
autogestionada.
◙◙
ROCHA, Teresa
Organización de Servicios Interdisciplinarios
S.C. México
APRENDIENDO MEDICINA EN
COMUNIDADES POBRES E INDÍGENAS
EN CHIAPAS, MÉXICO: 6 EXPERIENCIAS
DE PASANTES MÉDICOS EN SERVICIO
SOCIAL
El servicio social en México se vive como
una exigencia más para que el médico pueda
graduarse y empezar a pertenecer al gremio,
pero en realidad desempeña un papel básico en
el sistema de salud del país, ya que es la
principal fuente de recursos humanos y
proporciona mano de obra gratuita en
condiciones infrahumanas, que forma el
cimiento del sistema. A pesar de que los
pasantes llegan a sus comunidades con
conocimientos frescos y muchas veces
dispuestos a trabajar, se encuentran con muchos
obstáculos que no permiten su buen desempeño.
Uno de los principales es que este no se
encuentra preparado para retomar los proyectos
gubernamentales que dejó el pasante anterior, lo
que condiciona que no exista continuidad y que
estos se detengan en el proceso por lo menos
tres meses, en lo que el siguiente pasante
entiende como opera el centro de salud y como
hacer frente a la burocracia, a la corrupción y a
las constantes injusticias e incongruencias a las
que se enfrenta.
Otro gran obstáculo es la barrera socio
cultural y de comunicación a la que se enfrenta
el médico. Este estudio se realizó en
comunidades del estado de Chiapas, estado con
la mayor cantidad de grupos indígenas del país.
En cada comunidad se hablan dialectos
diferentes, todavía se practica la medicina
tradicional en gran escala y no en pocas
ocasiones se busca la atención médica,
únicamente como requisito para poder obtener
apoyo monetario gubernamental. Además de
que no existen los recursos suficientes para
atender a la población, incluso en un primer
nivel de atención. Lo que deja a los habitantes
de las comunidades en condiciones muy
precarias de salud, renuentes a la atención y sin
opciones de asistencia y al pasante sin medios
para trabajar y sin ánimos de comprometerse ni
con la gente ni con los sistemas
gubernamentales de salud. Este trabajo intenta
reflejar cual es la situación que vivieron los
pasantes de la Universidad la Salle, una de las
mejores universidades del país, en comunidades
Chiapanecas durante 6 meses. Cuáles fueron sus
observaciones y sus conclusiones, y cuáles
fueron sus aprendizajes más significativos.
Siendo que estos estudiantes forman parte de los
médicos mejor preparados del país, con mayores
recursos en conocimiento técnico y científico,
son expuestos a una realidad dura y difícil por
un periodo de tiempo con pobres y escasos
recursos materiales y humanos.
◙◙
MARTINS, Maria de Fátima da Silva Vieira
Escola Superior de Enfermagem Calouste
Gulbenkian – Braga
A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE: UMA
PERSPECTIVA DE MUDANÇA
O conceito de Educação em Saúde tem
sofrido, ao longo dos tempos, transformações
que acompanham a evolução das sociedades,
podendo ser definido como um processo
contínuo e gradual de aprendizagem que se
inicia na primeira infância e se amplia ao longo
da vida, implicando motivação, comunicação e
tomada de decisões. Inicialmente foi marcada
pela visão biomédica em que os factores ligados
ao processo saúde/doença eram mais
49
valorizados tendo os factores psico-sócioculturais um papel meramente secundário.
similar, embora não seja possível confirmar
cabalmente estas estimativas.
O período pré-natal é considerado uma
época de preparação física, psicológica e social
da mulher e da sua família para a gravidez, para
o parto e para a maternidade. Por isso, constitui
um período de intensa aprendizagem para os
pais sendo mesmo apreciado como uma
oportunidade única para os profissionais de
saúde poderem influenciar positivamente a
saúde da grávida e da sua família através de um
atendimento adequado e de orientações
específicas,
que
aumentem
os
seus
conhecimentos relativos à saúde.
Existem actualmente sete serviços públicos
e cerca de uma dezena de privados que
asseguram consultas de infertilidade e técnicas
de
Procriação
Medicamente
Assistida
possibilitando
a
milhares
de
casais
concretizarem um dos seus maiores sonhos, ou
seja, o de terem um filho. No entanto, estima-se
que só uma baixa percentagem de casais
procuram efectivamente estes serviços.
A presente comunicação tem por base um
estudo intitulado Mitos e Crenças na Gravidez,
realizado no âmbito da dissertação de Mestrado
em Sociologia da Saúde promovido pelo
Instituto das Ciências Sociais da Universidade
do
Minho.
Entre
outros
objectivos
pretendíamos, com este estudo, conhecer a
importância atribuída pelos enfermeiros à
Educação para a Saúde relativamente a estas
crenças e mitos. Em termos geográficos este
estudo circunscreveu-se aos concelhos de
Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de
Bouro, Vieira do Minho e VilaVerde.
Tomando em consideração alguns dos
resultados obtidos a partir dos questionários
efectuados a 82 enfermeiros que desempenham
funções no âmbito da vigilância pré-natal,
pudemos inferir que todos os enfermeiros
inquiridos reconheceram a importância da
Educação para a Saúde nos Cuidados de Saúde
Primários no âmbito da Consulta de Vigilância
Pré-natal, identificando alguns aspectos
inerentes
à
promoção
da
saúde,
à
desmistificação de mitos e crenças e à
prevenção da doença, com a finalidade de
integrar e responsabilizar a grávida e a sua
família pelos cuidados, tendo sempre em
atenção o bem-estar da mãe e do filho.
◙◙
REMOALDO, Paula, MACHADO, Helena,
BULHER, Isabel, PEREIRA, Luís e LOBO
XAVIER, Maria
Universidade do Minho
O CONTRIBUTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
E MÉDICAS NA COMPREENSÃO DA
INFERTILIDADE
Desde a década de 1970 que em Portugal
se operaram mudanças significativas no âmbito
da saúde reprodutiva. Estima-se que
actualmente existam à escala mundial entre 10
a 15% de casais em situação de infertilidade.
Em Portugal, a percentagem de casos deve ser
Tal como acontece noutros países, também
em Portugal, até ao momento, não se conhece a
proporção de indivíduos inférteis em relação à
população em geral. É neste sentido que surge
o presente projecto, financiado pela Fundação
para a Ciência e a Tecnologia e que foi iniciado
em Maio de 2004, constituindo um primeiro
ensaio de estudo interdisciplinar, envolvendo
três Médicos, uma Socióloga e uma Geógrafa,
complementando a perspectiva clínica sempre
presente nos estudos realizados até ao
momento.
Os principais objectivos do projecto
prendem-se com a análise da problemática da
infertilidade no concelho de Guimarães,
visando o diagnóstico da proporção de
indivíduos com infertilidade em relação à
população em geral e a caracterização dos
aspectos clínicos, sócio-culturais e económicos
dos casais que constituem casos evidentes de
infertilidade. Também se tentará aferir quais
são os factores que influenciam a população
com problemas de fertilidade a não procurar os
serviços de saúde para debelar este problema.
Por último, pretende-se informar os casais em
situação de infertilidade e orientá-los para a
rede de hospitais e instituições privadas
existentes no Noroeste Português, que possuem
consultas de infertilidade.
A metodologia utilizada centrou-se, numa
primeira fase, na consulta dos Assentos de
Casamento e dos Assentos de Nascimento,
registados entre 1995 e 1998 na Conservatória
de Registo Civil existente neste município. Dos
5 553 assentos de casamento consultados foram
identificados 1 129 casais sem filhos após cinco
anos de casamento. A base de dados criada
possibilitou-nos o início de uma segunda fase,
que se encontra em curso, orientada para a
localização
e
entrevista
dos
casais
potencialmente inférteis, pretendendo-se a sua
caracterização nos termos atrás referidos.
A presente comunicação utiliza pois uma
abordagem que trata a infertilidade a partir dos
saberes da Medicina Reprodutiva, da
Sociologia e da Geografia da Saúde.
◙◙
50
GRUPO III - O ENSINO E A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
(sala 2108, CPII)
Coordenadores:
Ana Maria Pacheco, Escola de enfermagem
Paula Remoaldo, ICS, Universidade do Minho.
Dia 8 de Junho - 3ª Sessão - 14h30m-16h00m
ABELLA, Silvia, SAMPIETRO, Clara e SAZ, Isabel
EDUCACIÓN SANITARIA Y EMPRESA FARMACÉUTICA: LA RACIONALIZACIÓN
DEL GASTO.
JORGE, Nuno
MÉDICOS EM FORMAÇÃO: OS LICENCIADOS EM MEDICINA E AS PRIMEIRAS
ETAPAS DA CARREIRA PROFISSIONAL
LEMOS, Elza
EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA: A PROPÓSITO DE UMA INTERVENÇÃO NUM
GRUPO DE JOVENS COM CURRÍCULOS ALTERNATIVOS
51
ABELLA, Silvia, SAMPIETRO, Clara e SAZ,
Isabel Gil
llevará a cabo el estudio empírico que permita
contrastar los resultados esperados.
Universidad de Zaragoza
◙◙
EDUCACIÓN SANITARIA Y EMPRESA
FARMACÉUTICA: LA RACIONALIZACIÓN
DEL GASTO.
JORGE, Nuno
Desde los años 90, en la empresa
farmacéutica se ha producido un cambio en su
orientación, pasando a estar cada vez más
orientada al paciente. Para ello, se está
incorporando como uno más de sus servicios, la
atención farmacéutica, como forma de
diferenciación y como método de control del
gasto en medicamentos.
La atención farmacéutica se basa en la
educación de los pacientes. Ya no se trata
simplemente de vender el medicamento que el
médico ha recetado, sino que, además de esto,
se realiza un asesoramiento al paciente sobre las
pautas de la medicación, seguimiento del
tratamiento, posibles interacciones de la
medicación y consejo farmacéutico sobre los
posibles problemas relacionados con la
medicación.
Este servicio, puede utilizarse como una
estrategia de diferenciación de las farmacias que
lo llevan a cabo frente a aquellas que no lo
hacen, lo cual puede permitirles la captación de
nuevos clientes y/o fidelizarlos. Pero además, si
nos centramos en el sistema nacional de salud,
esta educación sanitaria a través de las
farmacias puede ser una herramienta de tipo
económico que permita reducir el gasto en
sanidad como consecuencia de un mejor
cumplimiento terapéutico (que el paciente se
tome bien lo que el médico le ha recetado) ya
que esto permite una reducción en el número de
hospitalizaciones, en la utilización de los
servicios de asistencia primaria y un uso
racional de los medicamentos.
En el presente trabajo se describe el marco
teórico que permite justificar la educación
sanitaria a través de la oficina de farmacia en su
doble vertiente, por un lado, como herramienta
de diferenciación y de control y, por otro, como
forma de control y racionalización del gasto
sanitario de un país. Para ello, se contextualizará
la situación de las empresas farmacéuticas
dentro del sistema sanitario español, se
presentará una revisión de la legislación
específica del sector y se propondrán los
indicadores que pueden permitirnos medir los
efectos de esta educación en el gasto sanitario.
Se hace notar que esta es una primera
aproximación al problema objeto de estudio, por
lo que en el mismo únicamente se presenta el
marco teórico bajo el cual posteriormente se
MÉDICOS EM FORMAÇÃO: OS
LICENCIADOS EM MEDICINA E AS
PRIMEIRAS ETAPAS DA CARREIRA
PROFISSIONAL
Esta comunicação reflecte aquele que é,
ainda, um momento inicial de uma investigação
em curso sobre os modos de integração
profissional dos licenciados em Medicina.
Os modos de integração dos licenciados em
Medicina na carreira médica são bastante
diferentes, de país para país, e têm variado ao
longo do tempo. Em Portugal, o modelo vigente
na actualidade contempla uma formação
superior (pré-graduada), durante 6 anos, seguida
de uma formação (pós-graduada) obrigatória, de
duração variável. Após o curso (os 6 anos), o
licenciado em Medicina tem de cumprir o
«internato geral» (que, actualmente, tem a
duração de 18 meses) e o «internato
complementar» ou «da especialidade» (que
pode variar entre 3 e 6 anos, conforme a
especialidade seguida).
Estas são duas etapas obrigatórias e
extremamente importantes na carreira médica. É
nesse espaço de tempo (que pode atingir 8 anos,
somando os dois internatos) que se faz a
transição dos estudos para a vida activa, em que
se definem os modos de integração na profissão,
em que se fazem escolhas estruturantes das
carreiras, e em que se produzem diversas formas
de construção de uma (nova) identidade social
(e respectivos estilos de vida).
Sendo um período de adaptação e
aprendizagem, findo o qual o candidato é sujeito
a avaliação, pensámos que seria interessante
conhecer em detalhe a forma como ele é
vivenciado, sobretudo porque continua pouco
ou nada estudado em termos sociológicos.
Esta temática ganha actualidade, em
Portugal, no contexto de um conjunto de
alterações que foram introduzidas na forma
como os cursos de Medicina estão estruturados.
Se a primeira metade do curso continuará nos
moldes tradicionais, a segunda metade prevê a
progressiva integração em contexto hospitalar e
dos centros de saúde, o último ano do curso
passa a ter um carácter profissionalizante, e os 2
internatos são «fundidos» num só, em moldes
diferentes dos vigentes até agora.
◙◙
52
LEMOS, Elza
Escola Superior de Enfermagem de Vila Real
EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA: A
PROPÓSITO DE UMA INTERVENÇÃO
NUM GRUPO DE JOVENS COM
CURRÍCULOS ALTERNATIVOS
É aceite que certos comportamentos ou
hábitos parecem promover a saúde e prevenir a
doença, enquanto outros parecem contribuir
para o surgimento de doenças ou mesmo para a
morte prematura. Reconhece-se a existência de
uma relação estreita entre os estilos de vida e o
comportamento das pessoas e o seu estado de
saúde.
É dos comportamentos gerados pela
dificuldade de adaptação do jovem ao meio
psico-social em que vive, que advêm os maiores
riscos para a saúde, além de que é a própria
sociedade a criar situações ao jovem capazes de
o afectarem em toda a vida futura.
Os estilos de vida e os comportamentos
constituem variáveis importantes do processo de
saúde/doença de cada pessoa ou comunidade,
pelo que a educação para a saúde é, cada vez
mais, considerada como uma estratégia
essencial para a promoção da saúde.
pessoas/comunidade. A efectiva participação em
todos os processos e estratégias promotoras de
saúde permitirá a cada pessoa e a cada
comunidade, possuir um elevado grau de
controlo sobre a sua própria vida e a sua saúde.
A presente comunicação emerge de uma
intervenção num grupo de jovens, com idades
compreendidas entre os 15 e 16 anos, a
frequentar o 6º ano de escolaridade e com
currículo alternativo, da região de Trás-osMontes e Alto Douro, cujos objectivos são:
- Caracterizar o grupo em termos sóciodemográficos;
- Tipificar os comportamentos de risco, no
âmbito da sexualidade e consumo de
substâncias;
- Identificar necessidades em termos de
educação para a saúde;
- Avaliar a auto-estima e a auto-percepção
do relacionamento com os pares e pais.
Pretende-se com este estudo, após a
identificação dos factores que interferem na
saúde dos jovens, desenhar e implementar
estratégias, assentes em metodologias activas,
que possibilitem uma intervenção sustentada e
promotora da cidadania.
◙◙
É claro que o aspecto mais importante da
promoção da saúde é a participação activa das
53
GRUPO III - O ENSINO E A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
(sala 2108, CPII)
Coordenadores:
Ana Maria Pacheco, Escola de enfermagem
Paula Remoaldo, ICS, Universidade do Minho.
Dia 9 de Junho - 4ª Sessão - 14h30m-16h00m
HERNÁNDEZ CARRIÓN, José-Rodolfo
LAS TICs EN LA EDUCACIÓN Y LA FORMACIÓN PARA LA SALUD.
FLEXIBILIDAD, INNOVACIÓN Y NUEVAS POSIBILIDADES DEL MUNDO
DIGITAL E AUDIOVISUAL
LINARES RODRIGUEZ, Virginia
COMO SE INFORMA SOBRE LA SALUD EN LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN?
54
HERNÁNDEZ CARRIÓN, José-Rodolfo
Departamento de Economía Aplicada,
Universidad de Valencia
LAS TICs EN LA EDUCACIÓN Y LA
FORMACIÓN PARA LA SALUD.
FLEXIBILIDAD, INNOVACIÓN Y NUEVAS
POSIBILIDADES DEL MUNDO DIGITAL E
AUDIOVISUAL
El nuevo paradigma del aprendizaje
resaltaría la importancia de la continuidad del
saber frente a la fragmentación. La nueva
transformación educativa tiene un sólido arraigo
científico en la teoría de sistemas , el individuo
constituye un "sistema abierto" en constante
interacción con su entorno o ambiente. Se
considerarían las nuevas ideas, y la referencia
fundamental se centraría siempre en el contexto.
Se fomenta la autonomía, se permite el
desacuerdo y la franqueza; también se fomenta
la conjetura y el pensamiento divergente. Los
individuos deben comprender, con la ayuda del
profesor, que la educación es una tarea para toda
la vida. Estas nuevas perspectivas vienen
combinadas con grandes posibilidades de
almacenar y gestionar la información. Las
potencialidades del mundo digital se pueden
combinar con el audiovisual para llegar a todos
los individuos y hogares en modo que se accede
a la mayoría de la población con costes muy
bajos.
◙◙
LINARES RODRIGUEZ, Virginia
Universidade Complutense de Madrid
COMO SE INFORMA SOBRE LA SALUD
EN LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN?
Es importante saber transmitir a través del
Periodismo informaciones tan precisas como
son las del sector salud sin aburrir al público,
por ello a través de un estudio analítico a los
medios de comunicación (radio, televisión y
prensa digital) argumentaré las siguientes
interrogantes: ¿Cómo escriben los profesionales
del sector salud? ¿Cómo informar noticias sobre
periodismo científico que sean de interés
general? ¿Cómo pasar de un texto técnico en
salud a una narración periodística?
Los medios de comunicación temáticos son
una muestra evidente de todo ello: los canales
de televisión privados como Discovery Channel,
las revistas especializadas como Red-Salud o La
iniciativa de Comunicación y las transmisiones
radiales que constantemente están incentivando
los programas de salud familiar.
◙◙
55
GRUPO
IV
-
SAÚDE,
FAMÍLIA,
CICLOS
DE
VIDA
E
REGULAÇÃO JURÍDICA (sala 2109, CPII)
Coordenadores:
Carolina Leite, ICS, Universidade do Minho.
José Pinheiro Neves, ICS, Universidade do Minho.
Dia 7 de Junho - 1ª Sessão - 15h00m-17h00m
LEANDRO, Mª Engrácia, RODRIGUES, Vítor e LEANDRO, Ana Sofia
PRÁTICAS FAMILIARES DE SAÚDE, DOENÇA E RISCOS
MENDES, Marta Luísa dos Santos
MUDANÇAS FAMILIARES AO RITMO DA DOENÇA. AS IMPLICAÇÕES DA
DOENÇA CRÓNICA AO NÍVEL DA FAMÍLIA E DO CENTRO DE SAÚDE
MIRANDA, Maria Paula
AMARRAS DO MUNDO RURAL: IMPLICAÇÕES DO ISOLAMENTO SOCIAL NA
SAÚDE E NOS PROJECTOS DOS JOVENS
RIBEIRO, Joana Sousa
RESPONSABILIDADE SOCIAL PERANTE PESSOAS IDOSAS: A CONSTRUÇÃO DE
UM DIREITO EMANCIPATÓRIO?
56
LEANDRO, Mª Engrácia, RODRIGUES, Vítor
e LEANDRO, Ana Sofia
Universidade do Minho
PRÁTICAS FAMILIARES DE SAÚDE,
DOENÇA E RISCOS
A importância da intervenção da família no
campo da saúde, largamente dominada pelas
questões técnicas e institucionais, em termos de
investigação sociológica, tem merecido pouco
interesse. Em contrapartida, não há pessoa que
goze de boa saúde que não tenha a ver com as
práticas e as solidariedades familiares nesse
sentido.
No âmbito deste trabalho, socorrendo-nos
dos dados de um trabalho de campo retirados de
278 inquiridos (107 do sexo masculino e 171 do
sexo feminino) aplicados no distrito de Braga,
em 2004, propomo-nos estudar quatro aspectos
primordiais: as práticas familiares visando
promover a saúde e evitar ou combater a doença
quando esta sobreviveu; as medidas de saúde
preventiva implementadas pela família; os
suportes sócio-familiares e os seus efeitos em
termos de saúde; as representações dos
familiares acerca da saúde e da doença.
◙◙
MENDES, Marta Luísa dos Santos
MUDANÇAS FAMILIARES AO RITMO
DA DOENÇA. AS IMPLICAÇÕES DA
DOENÇA CRÓNICA AO NÍVEL DA
FAMÍLIA E DO CENTRO DE SAÚDE
A autora propõe-se apresentar os resultados
obtidos no estudo teórico-empírico em torno da
problemática das doenças crónicas e suas
implicações na família e no centro de saúde,
desenvolvido no Âmbito do I Curso de
Mestrado em sociologia, área de especialização
em Sociologia da saúde, pelo Instituto de
Ciências Sociais da Universidade do Minho. O
reconhecimento das doenças crónicas como
principal causa de morte no país e o seu lugar
cimeiro nos internamentos hospitalares,
confirma a hipótese de que os modos de vida
têm contribuído para a deterioração da saúde. O
objectivo central foi o estudo da articulação da
família e as mudanças que se operam com o
surgimento da doença crónica. Entendendo que
a família tem um papel fulcral na saúde, na
doença e nos comportamentos de saúde, a
orientação da pesquisa foi definida de modo a
destacar três dimensões: a estrutura e funções da
família; o modo como a família e doente
crónico se relacionam com a saúde e a doença
crónica e a relação da família na presença da
doença crónico e o acesso aos cuidados de
saúde. As questões da investigação incidiram
sobre a forma como os factores sócioeconomicos,
culturais
e
educacionais
influenciam a condição das famílias com doença
crónica; o tipo de mudanças que ocorrem na
família na presença da doença crónica; a forma
como a família se reestrutura na presença da
doença crónica e as implicações desta no acesso
ao centro de saúde. As hipóteses foram
formuladas com base no fundamento teóricoempírico de que a experiência da doença crónica
pode provocar mudanças na família e no acesso
aos cuidados de saúde. Na metodologia
privilegiamos a pesquisa documental e
bibliográfica para a elaboração do objecto de
estudo; a aplicação de um questionário aberto a
142 doentes crónicos e 93 prestadores de
cuidados de saúde informais para estudo das
alterações familiares quando a doença sobrevém
e a observação directa. Os resultados do estudo
reforçam a relevância da rede social formal e
informal para o controlo da doença crónica a as
variáveis sócio-demográficas revelaram-se
como factores importantes na variação das
experiências de aceitação e adaptação à doença
crónica. Foi possível constatar que na presença
da doença crónica e de acordo com a patologia e
a dimensão que esta possa atingir, o doente
crónico e sua família iniciam um processo de
reaprendizagem e reorganizam toda a sua
dinâmica interna com intuito de satisfazer as
necessidades do doente crónico es restantes
membros que com ele vivem, nomeadamente ao
nível dos comportamentos orientados para a
saúde (alimentação e cuidados de saúde). Por
outro lado, quando o doente crónico necessita
de cuidados de saúde continuados é à família
que se faz esse apelo, conseguindo-se, com este
estudo provar que apesar das significativas
mudanças que se têm operado na família e na
progressiva tentativa de igualdade entre
géneros, o trabalho doméstico no âmbito da
saúde é efectuado maioritariamente pelas
mulheres.
◙◙
MIRANDA, Maria Paula
Centro de Saúde de Baião
AMARRAS DO MUNDO RURAL:
IMPLICAÇÕES DO ISOLAMENTO SOCIAL
NA SAÚDE E NOS PROJECTOS DOS
JOVENS
A infância e a adolescência são períodos
fulcrais do desenvolvimento cognitivo e social,
em que são alicerçados os conhecimentos, as
atitudes e os comportamentos que irão
57
influenciar a saúde e a qualidade de vida dos
anos vindouros.
Com o presente estudo pretendeu-se
analisar a relação entre a pertença sócio cultural
e os comportamentos de saúde, em termos da
alimentação, da prática de exercício físico, do
consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas, de
um grupo de um grupo de alunos de um meio
rural. A principal motivação que nos levou a
enveredar por esta temática, prendeu-se com o
facto de a evolução dos padrões de saúde
determinados pelos hábitos, estilos e modo de
vida das populações, e pela evolução técnica,
científica e organizacional, condicionar o
desenvolvimento dos serviços e a prestação de
cuidados de saúde a fornecer às populações e
aos seus diferentes grupos constituintes.
As questões de investigação incidem no
domínio da inserção sócio cultural e
fundamentam-se na convicção de que a vivência
numa sociedade economicamente deprimida
com uma fraca oferta de oportunidades
profissionais, tem efeitos sobre os modos de
vida com consequências para a saúde e para a
decisão vocacional dos jovens. As hipóteses,
formuladas com base no fundamento teórico e
empírico de que a saúde pode estar relacionada
com a inserção sócio cultural, expressam uma
relação plausível entre a experiência subjectiva
da vivência em espaço rural e outras variáveis
relevantes para a sua compreensão.
Foram inquiridos 164 alunos que
frequentaram o nono ano de escolaridade no ano
lectivo 2003/2004, numa das três escolas EB 2/3
do Concelho de Baião.
As principais conclusões apontam para uma
dissonância entre o projecto de futuro que os
pais têm para os filhos, pois aspiram a que eles
ingressem no ensino superior, preferencialmente
em medicina ou engenharia, quando depois os
põem a trabalhar para lhes mostrar as opções da
vida, mas sem que se apercebam que estão a
subtrair tempo de estudo fundamental para
alcançar esse objectivo. Do ponto de vista da
saúde física, estes jovens em plena formação e
maturação
orgânica,
ao
desenvolverem
trabalhos pesados em que a força física é
necessária, em que os posicionamentos
adoptados nem sempre são os mais adequados,
representa prejuízos para a musculatura e para
as articulações, com consequências para a saúde
futura. Relativamente às práticas alimentares,
podemos concluir que a alimentação é hiper
calórica, muito rica em açúcar e gorduras, com
prejuízo para os cereais, vegetais, fruta e leite, o
que certamente terá repercussões em termos de
crescimento físico, de maturação óssea e de
todo o funcionamento orgânico, daí que as
condições familiares e sociais em que vivem
estes jovens, sejam determinantes para a sua
saúde e para os seus projectos de futuro.
◙◙
RIBEIRO, Joana Sousa
Escola Superior de Enfermagem de Vila Real
RESPONSABILIDADE SOCIAL PERANTE
PESSOAS IDOSAS: A CONSTRUÇÃO DE
UM DIREITO EMANCIPATÓRIO?
O direito à velhice, não necessariamente
equivalente funcional do direito à reforma,
questiona as fronteiras e os compromissos entre
o Estado e a Sociedade, por isso mesmo, o seu
reconhecimento constitui um desafio. As faces
em que habitualmente se perfila – contrato
versus caridade – exigem novos firmamentos - o
direito à velhice enquanto direito de cidadania
social.
Esta comunicação analisa as solidariedades
intergeracionais, perspectivando-as enquanto
resultado da articulação entre solidariedades
públicas e solidariedades privadas, entre formas
de integração sistémicas e formas de integração
social.
Numa sociedade multigeracional, a opção
da delegação da responsabilidade do encargo
social com a velhice ao Estado ou à Família, a
institucionalização de lógicas de exclusão social
a partir de um certo limiar de idade e a crescente
exposição ao risco entre a população mais idosa
(risco de isolamento, risco de negligência, risco
de abandono, risco de maus tratos físicos e
psicológicos, risco de dependência - das
solidariedades públicas e das redes de
solidariedade familiar -, risco de polimedicação), constituem novos desafios para a
reconfiguração do contrato social, baseado num
equilíbrio sustentável entre as gerações.
Tendo como principal objectivo a avaliação
dos suportes formais e informais de prestação de
cuidados aos idosos, esta abordagem procura
perspectivar de que modo os direitos das
pessoas idosas são assegurados na esfera
pública (instituições e serviços formais de
apoio) e na esfera privada (maioritariamente a
família).
◙◙
58
GRUPO
IV
-
SAÚDE,
FAMÍLIA,
CICLOS
DE
VIDA
E
REGULAÇÃO JURÍDICA (sala 2109, CPII)
Coordenadores:
Carolina Leite, ICS, Universidade do Minho.
José Pinheiro Neves, ICS, Universidade do Minho.
Dia 8 de Junho - 2ª Sessão - 11h00m-13h00m
COVAS, Maria das Mercês
MUDANÇAS E CONDIÇÕES SOCIO-FAMILIARES PROPÍCIAS À DOENÇA
MENTAL
FREYRE, Francisca Suassuna de Mello
HÁBITO ANTIGO…MEDICAÇÃO RENOVADA….REVISITA ÀS MEMÓRIAS. A
FAMÍLIA UNTADA NO BÁLSAMO DA TRADIÇÃO DE SE CONTAR E OUVIR
HISTÓRIAS
SANTIAGO, Maria Helena
ESQUIZOFRENIA – O CORPO NA DOENÇA E RESPOSTAS SOCIAIS
59
COVAS, Maria das Mercês
FREYRE, Francisca Suassuna de Mello
Universidade do Algarve, Faculdade de
Ciências Humanas e Sociais
Universidade do Minho
MUDANÇAS E CONDIÇÕES SOCIOFAMILIARES PROPÍCIAS À DOENÇA
MENTAL
Portugal passou, rapidamente, de uma
sociedade pacata, de tipo tradicional,
caracterizada
por
uma
relativa
homogeneidade
de
modelos
de
comportamento para uma sociedade
heterogénea, plural e multicultural. Esta
passagem é sentida e vivida de forma muito
diversa pelos indivíduos, famílias e grupos
deixando marcas bastante profundas, em
particular, nos de tendências mais
morfostáticas e que revelam maior
dificuldade na adaptação à mudança.
Assiste-se, hoje, ao aparecimento e
coexistência de uma pluralidade de culturas,
de
identidades,
de
modelos
de
comportamento, de novas formas de ser, de
estar e de viver. Ao aumento da
complexidade dos novos contextos sociais
estão associados novos problemas sociais. A
rapidez com que se sucedem as mudanças e
as consequentes transformações que lhes
estão associadas, desencadeiam condições
sociais propícias ao aparecimento da doença
mental, nomeadamente quando os indivíduos
tomam consciência das suas inúmeras
fragilidades e se deparam com as suas
incapacidades para gerir eficazmente os
acontecimentos relevantes da sua existência
«life events», de superar as crises em que se
envolveram e de encontrar respostas
satisfatórias à resolução dos seus problemas.
Por reconhecer-se, em grande medida, que a
doença mental tem origens no social e pelos
seus impactos serem muito concretos na vida
pessoal, familiar e grupal, é importante
diagnosticar esses sinais de risco para
intervir e prevenir. Este é o tema que
proponho como exercício de reflexão
focando e aprofundando alguns aspectos da
mudança social e das condições de vida
actual que se evidenciam como mais
preocupantes, ameaçadores e propiciadores
do aparecimento da doença mental.
◙◙
HÁBITO ANTIGO…MEDICAÇÃO
RENOVADA….REVISITA ÀS MEMÓRIAS.
A FAMÍLIA UNTADA NO BÁLSAMO DA
TRADIÇÃO DE SE CONTAR E OUVIR
HISTÓRIAS
O presente trabalho visa apresentar
considerações acerca da intervenção com
histórias através de Oficinas terapêuticas de
tradição oral no tratamento pediátrico do cancro
e cardiopatias e tratamento psiquiátrico de
adultos em hospital-dia, no Recife – Brasil.
A partir da escuta de histórias literárias
durante o seu tratamento, os protagonistas
destas histórias humanas passaram a
compartilhá-las com a família, no hospital e/ou
em casa. Facto este que vem dinamizando o
tratamento e funcionando enquanto nascedouro
de uma dinâmica familiar mais interactiva e
participativa, actuando enquanto finte de saúde
e estimulante dos pontos saudáveis do corpo e
da alma, ora ameaçados pelas patologias em
questão.
◙◙
SANTIAGO, Maria Helena M. V.
Universidade do Minho
ESQUIZOFRENIA – O CORPO NA DOENÇA
E RESPOSTAS SOCIAIS
Este trabalho faz uma análise da
problemática que tem envolvido o doente
mental, relacionando-a com as representações
associadas à doença mental desde a Antiguidade
até aos nossos dias.
Os factores que contribuíram para a
desospitalização e consequente integração
destes doentes na comunidade, exige um olhar
sobre o tipo de políticas, estruturas sociais de
apoio e repercussões sobre a família.
Neste trabalho, não se poderia deixar de
efectuar uma incursão pela situação actual da
esquizofrenia em termos gerais, e em Portugal
em particular, passando por uma análise sucinta
do tipo de respostas sociais existentes no distrito
de Braga, que embora não extrapolando para o
resto do país, permitirá um ponto de referência
da situação face às questões da Psiquiatria.
◙◙
60
GRUPO
IV
-
SAÚDE,
FAMÍLIA,
CICLOS
DE
VIDA
E
REGULAÇÃO JURÍDICA (sala 2109, CPII)
Coordenadores:
Carolina Leite, ICS, Universidade do Minho.
José Pinheiro Neves, ICS, Universidade do Minho.
Dia 8 de Junho - 3ª Sessão - 14h30m-16h00m
LEITE, CAROLINA
O CORPO E O DOM OU O EXERCÍCIO DA SINGULARIDADE
MASCARENHAS, Maria Paula
O OUTRO LADO DO ESPELHO: A IMPORTÂNCIA DA DIETÉTICA NA
CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO MODERNO
NEVES, José Pinheiro e VILAVERDE, Ricardo
A COMUNIDADE DO BUDISMO ‘ZEN’EM PORTUGAL: UMA “TRADUÇÃO”
SOCIOLÓGICA
61
LEITE, CAROLINA
Universidade do Minho
O CORPO E O DOM OU O EXERCÍCIO DA
SINGULARIDADE
Na sequência de um texto anterior
abordaremos a noção de corpo a partir da
complexidade a que a própria experiência
individual nos conduz na nossa vida quotidiana.
Qualquer que seja o grau de questionamento que
acompanha a nossa leitura do corpo, a
experiência
revela,
com
frequência,
contradições sensíveis, por vezes mesmo
irredutíveis, entre os diferentes discursos
autorizados e entre estes e a experiência vivida.
Tentaremos enunciar algumas desses nós
explicativos que explicitam fontes e paradigmas
distintos.
◙◙
MASCARENHAS, Maria Paula
Universidade do Minho
O OUTRO LADO DO ESPELHO: A
IMPORTÂNCIA DA DIETÉTICA NA
CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO MODERNO
De manhã, Maria levanta-se. Repara na
sua imagem reflectida pelo espelho. Umas
pequenas saliências esponjosas envolvem as
suas ancas. Um pensamento fulgurante
atravessa o seu cérebro: "É hoje que começo a
dieta". Sai de casa directa à farmácia. Decide
comprar um creme adelgaçante e uma
embalagem de barras com baixas calorias que
substituem uma refeição.
A questão da dietética não se resume a uma
normalização do regime alimentar (vide
discursos dietéticos recorrentes acerca de uma
pretensa alimentação equilibrada). As escolhas
dietéticas transformaram-se ao longo do tempo,
constituindo um indicador das formas e das
técnicas utilizadas no relacionamento com os
outros e com o nosso corpo. Nesta perspectiva,
"seria interessante estudar como se passou
lentamente, progressivamente, de uma maneira
que privilegiava a alimentação que na Grécia
era generalizada, para uma curiosidade acerca
da sexualidade. A questão dos alimentos ainda
tinha uma grande importância no princípio da
era cristã. [...] Mas, no Século XVII, a
sexualidade torna-se o centro das atenções"
como refere Foucault em Entretien avec Hubert
L., em 1984. Na verdade, a importância da
alimentação tendeu a diminuir na passagem das
sociedades pré-modernas para as sociedades
actuais. A alimentação deixou de ser o centro
dos discursos sobre o eu, começando a ser cada
vez mais privilegiado o tema da sexualidade. A
alimentação foi remetida, então, para o mundo
asséptico e fora do social dominado pelo
discurso médico.
Esta ressonância em torno da sexualidade
apresenta-se, a partir desta perspectiva, como
um fenómeno estranho e passível de
interrogação. Porquê o sexo e não a
alimentação? Tal como diz Foucault, em
Histoire de la sexualité I,” é pena que já não
sejamos capazes de nos interrogar acerca do
que nos tornou tão presunçosos. Devíamos ser
capazes de procurar saber porque atribuímos a
nós próprios o mérito de termos sido os
pioneiros a privilegiar a sexualidade contra
uma moral milenar. (...) E aí, onde nós vemos
hoje a história de uma censura que foi retirada,
deveríamos sublinhar a existência de um longo
processo que através dos séculos criou
lentamente, um dispositivo complexo que nos
leva a falar do sexo, que nos leva a concentrar
aí a nossa atenção e nosso cuidado". Levar esta
interrogação um pouco mais longe, falando da
erupção de novos discursos dietéticos, constitui
a linha fundamental desta comunicação.
Em suma, este meu texto pretende,
seguindo o pensamento posterior de Michel
Foucault, mostrar que a alimentação tem um
papel central nos processos de subjectivação na
modernidade. Embora aparentemente o tema da
sexualidade, vocábulo que aparece no séc. XIX,
ganhe uma ressonância enorme, pouco a pouco
emerge um outro pensamento que acentua o
papel estruturante da alimentação na nossa
constituição como sujeitos. De facto, a actual
valorização dos discursos dietéticos inspirados
em modos de vida alternativos traz à superfície
a corrente subterrânea, a tendência de longa
duração que já os Gregos, na antiguidade,
colocavam em primeiro plano - a importância da
relação do seres humanos com aquilo que
constitui a sua alimentação (muito mais
estruturante do que a função sexual que os
media tendem a destacar).
◙◙
NEVES, José Pinheiro e VILAVERDE, Ricardo
Universidade do Minho
A COMUNIDADE DO BUDISMO ‘ZEN’EM
PORTUGAL: UMA “TRADUÇÃO”
SOCIOLÓGICA
O encontro entre o discurso sociológico e
um grupo de praticantes do “Budismo Zen”
constituiu o desafio deste trabalho. Como
estudar um grupo que se caracteriza pela recusa
do discurso e pela valorização do silêncio e da
meditação? No final deste encontro, acabamos
62
por tomar consciência que este grupo poderia
ser um sintoma de uma mudança profunda que
está a acontecer no seio de alguns grupos
sociais. Uma mudança que poderá ter algum
efeito de ricochete nas formas modernistas,
ainda maioritárias, de fazer ciência social.
◙◙
63
GRUPO
IV
-
SAÚDE,
FAMÍLIA,
CICLOS
DE
VIDA
E
REGULAÇÃO JURÍDICA (sala 2109, CPII)
Coordenadores:
Carolina Leite, ICS, Universidade do Minho.
José Pinheiro Neves, ICS, Universidade do Minho.
Dia 9 de Junho - 4ª Sessão - 14h30m-16h00m
HENRIQUES, Virgínia Barroso
HEMODIALISE NO FEMININO
RODRIGUES, Antónia, TOMÉ, Daniel e AFONSO, Susana
A IMAGEM CORPORAL FEMININA
64
HENRIQUES, Virgínia Barroso
HEMODIÁLISE NO FEMININO
Trazer a voz de mulheres ao campo da
pesquisa e identificar as suas acções discursivas,
num contexto muito particular de Hemodiálise,
é o contributo da presente comunicação. Esta
técnica terapêutica de substituição renal
inscreve-se no progresso do conhecimento
científico actual, assegurando, de uma forma
notável, a vida de cerca de um milhão de
pessoas a nível mundial. Numa perspectiva
analítica, procurámos compreender o sentido da
produção dos novos conhecimentos técnicos e o
sentido que as mulheres hemodialisadas
atribuem às suas novas condições de vida e os
efeitos que daqui decorrem. Efeitos esses, que
ao limitarem ou condicionarem severamente o
factor biológico irão repercutir-se ao nível da
entidade social que é a mulher, que se move na
família, no trabalho e no mundo. Encontramonos, assim, perante vivências de actores que ao
viverem, como Lepargneur (2003) cognominou
a experiência de doença, na “face sombria da
vida”, imprimem uma configuração muito mais
abrangente, que vai para além da presença de
uma determinada condição orgânica. Pelo que, é
nosso objectivo analisar as principais
repercussões e efeitos que um tratamento –
hemodiálise, acarreta no ser humano, mais
concretamente, na mulher. Na realização do
presente estudo, analisamos a população
feminina que se encontra em tratamento
hemodialítico, na Região Norte de Portugal
Continental (NUT II), compreendendo as
Províncias do Minho e de Trás-os-Montes, cujas
idades se compreendem no intervalo entre 15 a
49 anos – faixa etária definida pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), como o período fértil
da mulher. Desvendar vivências pela voz das
mulheres, tornando-a numa voz autorizada, uma
voz que levanta questões do fórum científico
que
nos
ajuda
apreender
mais
aprofundadamente a experiência de viver em
hemodiálise, que mais do que uma mera técnica
terapêutica do domínio clínico, revela um
universo multifocal matizado por diferentes
planos de ordem social, cultural e familiar, e
acrescentar o seu olhar aos efeitos do tratamento
hemodialítico.
◙◙
RODRIGUES, Antónia, TOMÉ, Daniel e
AFONSO, Susana
Universidade do Minho
A IMAGEM CORPORAL FEMININA
A imagem corporal é um dos principais
aspectos da identidade pessoal e social na nossa
sociedade de consumo. A interacção dos
indivíduos em sociedade depende em parte do
corpo e da aparência, constituindo um factor
essencial na construção da auto-imagem do
indivíduo, logo desde a infância.
Nas sociedades ocidentais pós-modernas, o
corpo reveste-se de uma importância social
fundamental, na medida em que é parte da
construção da identidade dos indivíduos e é ele
que leva as suas acções à prática.
Segundo SYNNOTT, “o nosso corpo e as
partes do corpo estão carregados de simbolismo
cultural, público e privado, positivo e negativo,
político e económico (...) eles são também
sociais. (...) O corpo é também, e primeiramente
o Self. A representação do corpo criada na nossa
mente constitui a nossa imagem corporal, que
não sendo inata, é desenvolvida através das
relações sociais, das imagens dos outros e das
relações do corpo com outros objectos. Sendo
assim, a imagem corporal é construída
individual e socialmente. A figura corporal
como alvo da moda e da publicidade, provoca
no género feminino maiores pressões sociais.
O desenvolvimento do estudo do corpo está
directamente relacionado com a realização de
estudos sobre a mulher, com o impacto político
dos movimentos feministas ou a transformação
do papel da mulher na esfera pública. A imagem
do nosso corpo é construída de uma forma
reflexiva pela socialização e observação da
imagem dos outros (pares, figuras de sucesso).
Os padrões ditados pela moda, fenómeno
transversal na pós-modernidade (GIDDENS)
são também um dos aspectos essenciais da
identidade corporal e consequentemente da
forma de interacção em sociedade. As figuras
magras e alongadas preconizadas pelos mass
media levam a estigmatizar a gordura,
provocando na mulher uma grande pressão
social.
Esta situação pode trazer repercussões
graves para a saúde, através de dietas rigorosas
e desequilibradas em termos de nutrientes
essenciais ao organismo, podendo levar a
doenças como anorexia e bulimia nervosas.
◙◙
65
GRUPO V - QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS EM
TORNO DA PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E SOLIDARIEDADE
(sala 2110, CPII)
Coordenadores:
José António Alonso, AISO.
Miguel Bandeira, ICS, Universidade do Minho
Dia 7 de Junho - 1ª Sessão - 15h00m-17h00m
ARNAL, María, GUTIÉRREZ, Jesús
TRANSFORMACIONES EN EL ÁMBITO DE LA CONSULTA MÉDICA: LA
INTRODUCCIÓN DE LAS TECNOLOGÍAS DE LA INFORMACIÓN Y LA
COMUNICACIÓN EN LOS CENTROS DE SALUD
BRUNET, Ignasi e AGUILASOCHO, Dora
TECNOLOGÍA + GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
CORTÉS, Maria del Carmen
INTERNET, FORMACIÓN DE LA MOBILIDAD INTLECTUAL, PARTICIPACIÓN EN
EL ENTORNO GLOBAL Y SALUD PSÍQUICA
ROMERO, Jesús
TECNOLOGÍA Y MEDICINA: LA RESPONSABILIDAD HUMANA FRENTE A LA
IRRESPONSABILIDAD DEL ARTEFACTO
66
ARNAL, María Sarasa, GUTIÉRREZ, Jesús
Brito
Facultad de CC. Políticas y Sociología.
Universidad Complutense de Madrid
Facultad de CC. Políticas y Sociología.
Universidad Nacional de Educación a Distancia
TRANSFORMACIONES EN EL ÁMBITO DE
LA CONSULTA MÉDICA: LA
INTRODUCCIÓN DE LAS TECNOLOGÍAS
DE LA INFORMACIÓN Y LA
COMUNICACIÓN EN LOS CENTROS DE
SALUD
En la presente propuesta se contempla la
posibilidad de perfilar un amplio proyecto de
investigación a partir de la incorporación de las
nuevas Tecnologías de la Información y la
Comunicación (TIC), en concreto el ordenador,
en el ámbito de la relación médico / paciente.
Como es bien sabido, en el caso español es
relativamente reciente la instauración del
ordenador en la consulta, lo cual abre nuevos
interrogantes que podemos concretar en las
siguientes cuestiones genéricas:
Por un lado, se muestra necesario analizar
como influye el ordenador en la gestión del
trabajo del facultativo. Este sería el primer nivel
de análisis y más básico, observar como afecta a
las tareas administrativas y de gestión más
sencillas y cotidianas. En segundo lugar, cómo
influye el ordenador en la relación médico /
paciente; y por último, en que medida pudiera
modificar esta nueva herramienta la labor de
exploración y diagnostico de la enfermedad, la
tarea fundamental del facultativo.
Para responder a estos interrogantes se
plantea en esta ponencia una primera
aproximación a aquellas cuestiones de mayor
relieve e interés para perfilar y justificar la
propuesta de proyecto de investigación.
◙◙
BRUNET, Ignasi e AGUILASOCHO, Dora
Universitat Rovira i Virgili de Tarragona
TECNOLOGÍA + GESTÃO POR
COMPETÊNCIAS
El enfoque de nuestra ponencia tiene como
elemento central de análisis la combinación de
la gestión por competencias juntamente con la
gestión del factor tecnológico, enfoque que nos
conduce a no perder de vista, en última
instancia, los resultados de esta combinación
sobre el desempeño de la organización y sobre
su éxito en términos de excelencia. Toda
organización tiene como finalidad una actuación
orientada al logro de resultados. Creemos que a
través de esta combinación, las organizaciones
pretenden obtener una estructura profesional
que permita una alta flexibilidad y capacidad de
adaptación de la organización, por lo que el
binomio tecnología+gestión por competencias
[T+GxC] abre las puertas al cambio
organizacional.
La finalidad genérica de la ponencia que
presentamos consiste en conocer, detallada y
comparativamente, los cambios organizativos y
sus implicaciones teórico-metodológicas, que se
están produciendo en las organizaciones
productivas privadas y en organizaciones
públicas como consecuencia de la incorporación
de
nuevos
sistemas
tecnológicos
en
combinación con la denominada gestión por
competencias. Asimismo, se atenderá, en un
ejercicio de necesaria contextualización, a las
nuevas necesidades de mercado y a los factores
externos (por ejemplo, institucionales) que
llevan a las organizaciones a introducir cambios
organizativos. En este estudio nos interesa
observar de qué manera se implanta la
tecnología, cómo se gestionan los recursos
humanos como fuente de ventaja competitiva
asociando esta gestión a otros aspectos como,
por ejemplo, la visión a largo plazo y la gestión
anticipadora del cambio, la calidad total y la
orientación a los procesos y a los clientes, la
inclusión del management del comportamiento,
la importancia del conocimiento, de la
formación
permanente,
las
carreras
profesionales y la polivalencia, los cambios en
la
estructura
organizativa
hacia
una
organización basada en la participación, el
diálogo y la comunicación, y la introducción de
nuevas técnicas de gestión y motivación.
◙◙
CORTÉS, Maria del Carmen Beltrán
Departamento de Sociología VI-Universidad
Complutense de Madrid
INTERNET, FORMACIÓN DE LA
MOBILIDAD INTLECTUAL,
PARTICIPACIÓN EN EL ENTORNO
GLOBAL Y SALUD PSÍQUICA
El sujeto se desenvuelve en un entorno
biológico, social y cultural al cual debe
adaptarse, seleccionando en función de los
intereses y saber apriorístico. En el proceso
interviene un sistema formado por el ojo, el
cerebro, la memoria, el aprendizaje y la cultura.
Para tomar los estímulos y procesarlos, el
cerebro humano posee una dotación bipolar,
producto de la evolución. En lo referente a las
funciones cognitivas, el hemisferio izquierdo se
ocupa de los aspectos discontinuos del
pensamiento y trabaja linealmente. El derecho
trabaja en los aspectos analógicos: produce,
compara, elabora, valora y enjuicia imágenes.
del globo, pueden afectar directamente a la
experiencia del sujeto.
Sólo se pueden comunicar el conocimiento
y el pensamiento utilizando algún método
simbólico; los principales son la palabra y la
imagen. Actualmente, el entorno es global y
cada medio crea nuevas formas de explicar la
verdad (Postman), que constituyen nuevas
formas de adaptación intelectual al entorno.
Pero, cada uno de ellos, por sí sólo, limita el
alcance de la comunicación. Y, puesto que la
realidad es inaprehensible, cuantos más
lenguajes se utilicen para conocerla, mayor
apertura psicológica al mundo se obtendrá.
Porque, lo ideal es aprender a utilizarlos de
forma complementaria.
◙◙
Thompson denomina apropiación a la
utilidad que cada persona extrae de los medios,
para aprovecharlos, no sólo en sus contextos
habituales, sino también para la configuración
de su propio yo, lo que sucede de forma gradual
e imperceptible. Según Lerner, la experiencia
mediática produce capacidad para la
identificación con aspectos del entorno, lo que
llama movilidad psíquica.
El uso de Internet obliga a descodificar
continuamente diferentes lenguajes, y sus
características interactivas permiten una directa
comunicación de retorno. En una investigación
llevada a cabo sobre quinientos setenta y dos
estudiantes, hemos podido ver que entre los
usuarios de más de veinte horas semanales y la
Red se produce una interacción dialéctica. Es
decir, el usuario, a través de sus interacciones,
participa en la configuración del todo global. Y,
al mismo tiempo, este hecho le fomenta más sus
capacidades de actuación sobre el entorno,
convirtiéndole
en
un
participativo
“interactuante” (Castells). Lo cual constituye un
signo de salud psíquica en un momento en que
los estímulos procedentes de todos los puntos
ROMERO, Jesus Moñivas
Universidad Complutense de Madrid
TECNOLOGÍA Y MEDICINA: LA
RESPONSABILIDAD HUMANA FRENTE A
LA IRRESPONSABILIDAD DEL
ARTEFACTO
El supuesto teórico de la «neutralidad» de
la tecnología cada vez más está siendo refutado
por los análisis de la Sociología y la Filosofía de
la Tecnología. Ese supuesto ha viciado de raíz
muchos de los estudios que pretendían analizar con
rigor la progresiva «tecnologización» de un
amplio arco de ámbitos humanos. Una de las
esferas de mayor recepción de lo tecnológico, y
con mayores repercusiones —tanto positivas
como negativas—, ha sido el ámbito médico. En
este sentido, nosotros pretendemos hacer
algunas reflexiones, plantearnos algunas
preguntas e intentar abrir un diálogo. Las
cuestiones
importantes
nunca
obtienen
respuestas fáciles y unívocas. Por eso, para
iniciar el camino hacia las «soluciones» antes
hay que plantear las «preguntas». Y eso es lo
que pretendemos con esta breve y sencilla
comunicación. Para ello es menester tratar de
discernir, de juzgar, de separar —todo eso es lo
que significa «criticar»— lo positivo, de lo
negativo; lo esencial de lo accidental. Por
último, debemos dejar claro que nuestra
perspectiva es sociológica y filosófica y, por
tanto, no «medica». Lo cual nos sitúa, a la vez,
en una perspectiva de ventaja y desventaja. En
definitiva, sólo pretendemos pensar de qué
modo se establece en el ámbito médico la
cuestión de la «responsabilidad» y de la «ética»,
en este mundo tecnológico.
◙◙
68
GRUPO V - QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS EM
TORNO DA PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E SOLIDARIEDADE
(sala 2110, CPII)
Coordenadores:
José António Alonso, AISO.
Miguel Bandeira, ICS, Universidade do Minho
Dia 8 de Junho - 2ª Sessão - 11h00m-13h00m
ALONSO, José
EL DESAFÍO DE LAS UNIVERSIDADES LATINOAMERICANAS EN EL UMBRAL
DEL SIGLO XXI
GARCÍA, Ángela
LAS TECNOLOGÍAS DE INFORMACIÓN Y DE LA COMUNICACIÓN EN LA
DOCENCIA UNIVERSITARIA: EL CASO DE LA UNIVERSIDAD DE LAS PALMAS
DE GRAN CANARIA, ESPAÑA
IZQUIERDO, Martha
IMPORTANCIA DE LAS EMPRESAS COOPERATIVAS PARA AMÉRICA LATINA
(SINTESIS)
RUZICKA, Richard
SMALL AND MEDIUM-SIZED ENTREPRENEURS: WORK, HEALTH, AGE AND
PARTICIPATION
SANTOS, Maria João
GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO E METODOLOGIAS DE
IMPLEMENTAÇÃO
69
ALONSO, José A.
EL DESAFÍO DE LAS UNIVERSIDADES
LATINOAMERICANAS EN EL UMBRAL
DEL SIGLO XXI
Las universidades de América Latina
constituyen un factor de atención y de
preocupación crítica en el inicio del siglo XXI.
En la ponencia reflexiono sobre el tema a partir
del foro organizado en la Universidad
Iberoamericana de Puebla a fines del año 2003.
Los participantes de ocho países diferentes
incluían a sociólogos tan conocidos como
Manuel Castells y Alain Touraine. Apoyado en
la sugerencia del nicaragüense Carlos
Tünnermann planteo la necesidad de convertir a
las universidades latinoamericanas en centros
generadores de una concepción crítica y
constructiva ante el embate de la globalización
neoliberal. El problema principal, según se
expone en el texto, es que las élites
latinoamericanas durante la fase neoliberal
(tales como Menem, Fujimori, Salinas de
Gortaire, Pinochet, etc.) se 'pasaban al otro lado'
en el momento de enfrentar los problemas de
sus respectivos países. En este contexto es
donde las universidades críticas deben
desempeñar un papel estratégico fundamental
para formar las futuras élites de América Latina.
Se comentan sugerencias concretas, pero todas
ellas presuponen que el aporte básico de la
universidad latinoamericana es enseñar a la
juventud a 'pensar desde nuestro lado'.
◙◙
GARCÍA, Ángela
Universidad de Las Palmas de Gran Canaria Facultad de CC. EE. y Empresariales
LAS TECNOLOGÍAS DE INFORMACIÓN Y
DE LA COMUNICACIÓN EN LA
DOCENCIA UNIVERSITARIA: EL CASO DE
LA UNIVERSIDAD DE LAS PALMAS DE
GRAN CANARIA, ESPAÑA
Las tecnologías de la información y de la
comunicación son cada día más una herramienta
indispensable
en
la
transmisión
del
conocimiento, concretamente en la docencia
universitaria. En esta línea hemos llevado a
cabo, en la Facultad de CC. EE. y Empresariales
de la Universidad de Las Palmas de Gran
Canaria, España, un pequeño estudio tendente a
medir el nivel de importancia que tres diferentes
modalidades didácticas tienen para el alumnado.
En términos específicos hemos queridos medir,
en una escala del uno al cinco, el valor que los
alumnos dan, en base a sus procesos mentales
en la adquisición, comprensión y retención del
conocimiento específico relacionado con una
asignatura concreta – Sociología de la Empresa
- a las siguientes modalidades didácticas: (1)
Lección magistral, (2) Uso de transparencias y,
(3) Uso del Cañón, entendiéndose que tanto con
el uso de las transparencias como con el uso del
Cañón se acompaña la correspondiente
explicación y ampliación de los temas
visualizados en las transparencias y con el uso
del cañón. Los datos obtenidos en tres grupos de
alumnos – unos 103 cuestionarios correctamente
cumplimentados - de ocho grupos de Primero de
Carrera de dicha Facultad de CC. EE. y
Empresariales que conforman un total de 580
alumnos, apuntan a seleccionar y a valorar muy
positivamente el uso del cañón como la
modalidad didáctica preferida, confirmando de
esta forma la hipótesis del estudio.
◙◙
IZQUIERDO, Martha E.
Universidad Autónoma do Estado do México
IMPORTANCIA DE LAS EMPRESAS
COOPERATIVAS PARA AMÉRICA LATINA
(SINTESIS)
La crisis generalizada de los países
latinoamericanos, ha vuelto a poner en boga
nuevamente la alternativa cooperativista y
autogestionaria, en medio de la desesperación
social, del hundimiento de la productividad, las
altas tasas de desempleo y la marginalidad de
nuestras sociedades, lo cual nos obliga a
reflexionar acerca de una alternativa más viable,
más justa y más humana.
Esta crisis generalizada nos hace voltear los
ojos hacia la creación de empresas cooperativas
y autogestionarias como alternativas de solución
a los problemas aquí planteados, ante la
desesperación de miles de mexicanos y ante el
resquebrajamiento paulatino de las estructuras
social y económica, pero lo más grave ha sido la
desigualdad social que nos lleva a tener hoy día
40 millones de mexicanos en la pobreza
extrema.
Los grupos cooperativos, comunitarios y
autogestionarios en América Latina, así como
otras
formas
societarias
de
carácter
autogestionario intentan constituir un tercer
sector de la economía, que sea capaz de
competir con los sectores estatal y capitalista.
En efecto, a pesar de la diversidad de
alternativas existentes, la economía social y
solidaria es hoy una realidad, ha encontrado y
encuentra obstáculos para su efectiva
instrumentación y desarrollo pero contiene
70
dinamismos propios y concretizadores en todo
el mundo que la hacen confiable como camino y
propuesta de cambio de relación del hombre con
su entorno productivo y del hombre con el
hombre.
Sea que la economía social y solidaria se
materialice en empresas cooperativas genuinas
de gran envergadura o en formas incipientes de
participación social o familiar, es sin duda un
modelo que desafía concretamente a las formas
individualistas y capitalistas de producción y
distribución de bienes servicios y crédito. El
carácter solidario de éste modo, está dado por su
humanismo intrínseco, comprometiendo la
misma administración de las empresas.
Por lo anterior consideramos que al
potenciar el desarrollo cooperativista mexicano
y sistemas de autogestión, se podrá promover la
participación de los sectores populares en la
creación de un estilo de desarrollo de naturaleza
alternativa al prevaleciente.
La figura del cooperativismo contiene en si
misma valores y principios éticos que la hacen
distinta de las demás empresas toda vez que las
finalidades que persigue son totalmente
diferentes. Estos principios en el año de 1995
fueron reiterados por la Alianza Cooperativa
internacional en un congreso celebrado por
motivo de sus cincuenta años de existencia.
Puede asegurarse que en nuestro país existe
desde hace muchos años un sector social de la
economía muy significativo de la población que
se identifica plenamente con el rubro de las
cooperativas, lo que la hace todavía más
interesante, pues no debemos olvidar que la
sociedad debe esforzarse por detectar las
necesidades en su entorno y contribuir con
respuestas y servicios para la solución de los
problemas, asimismo vale la pena desarrollar
investigación y generar conocimientos que por
un lado contribuyan a reducir las marcadas
desigualdades entre los habitantes de la entidad
y por otro enriquezcan la aplicación del saber
nacional y universal.
Por otra parte todo parece indicar que nos
encontramos en medio de desencantos y
frustraciones de un largo peregrinar entre
esquemas y modelos que solo parecen haber
tenido en común sus pretensiones totalizantes,
pues la mayoría de las economías
latinoamericanas en las últimas décadas han
pasado de un debate entre la propiedad privada
y la propiedad estatal a sistemas de mercado y
planificación central. Estos vuelcos parecen
haber sido el resultado de esquemas importados,
recomendados por la potencia imperial.
Por consecuencia se habla de un nuevo
enfoque a traves de la corriente autogestionaria
que no es otra cosa que rescatar a la persona y a
los principios que conforman su conducta
general, pues estamos viviendo profundos
cambios en los que lentamente empiezan a
reconsiderarse los dogmas del pasado en los que
participa prioritariamente la persona como
centro del desarrollo económico.
Por consecuencia el presente trabajo lleva
como finalidad plantear la importancia que
tienen las empresas cooperativas en México y
América Latina como alternativa a los embates
del modelo neoliberal, y dentro de la corriente
autogestionaria, que pueden llegar a constituir
una de las alternativas mas viables y prósperas
para la economía de la región.
◙◙
RUZICKA, Richard
University of Prague
SMALL AND MEDIUM-SIZED
ENTREPRENEURS: WORK, HEALTH, AGE
AND PARTICIPATION
The contribution offers a theoreticempirical view on the life orientations and the
structures of behaviour of the entrepreneurial
middle class segments of society: small
employers
and
self-employing
people
(businessmen) without employees. Keeping this
point of view, it starts with discussion of some
currently influential sociological conclusions on
the social value and the social risks of the
middle strata´ life situation and relationships,
and continues then with identification of
theoretical (it means also ideological) and
empirical factors calling into question some of
the mentioned conclusions, what is important
for the next steps of the analysis. Nature of
relationships between the economic independent
peoples´ work and forms of social participation
(and their role in the social solidarity processes)
is taken into account first of all – but with a
special “excursion” to the health and age
contexts of it. Empirically, the presentation is
preferentially based on “fresh” data from the
surveys of the key social agents of the Czech
present times.
◙◙
SANTOS, Maria João Nicolau
Instituto Superior de Economia e Gestão –
Universidade Técnica de Lisboa
GESTÃO ESTRATÉGICA DO
CONHECIMENTO E METODOLOGIAS DE
IMPLEMENTAÇÃO
Para além da indiscutível centralidade que a
Responsabilidade Empresarial possui enquanto
71
veículo decisivo para a promoção de um
Desenvolvimento Sustentável a nível global, do
ponto de vista micro este posicionamento surge
igualmente como um importante factor de
criação de valor e de reforço de vantagem
competitiva. Não deixa de ser interessante
registar que é em tempo de feroz concorrência,
como este em que nos inserimos, que mais se
difunde a noção da responsabilidade social.
Governação corporativa, sustentabilidade
do
negócio,
cidadania
empresarial,
responsabilidade social, são alguns dos
conceitos que já integraram o quotidiano da
gestão. Todavia, o enfoque atribuído às questões
da sustentabilidade empresarial, por parte de um
número crescente de empresas e organizações,
não resulta simplesmente de um movimento de
afirmação de cidadania ou de reacção a pressões
desencadeadas pela opinião pública. Decorre
antes de uma séria interpretação do que está a
mudar no mercado, da potenciação estratégica
das redes relacionais e da alteração da natureza
da actividade e da gestão no contexto da
organização.
Nesta
comunicação
analisamos
as
alterações do contexto, como e porquê eles
condicionam este posicionamento, sobretudo de
que modo se afirmam como uma nova lógica de
gestão. De que modo o enfoque numa prática
assente nos princípios de sustentabilidade se
pode traduzir em ganhos de desenvolvimento
organizacional. De entre estes salientamos
aqueles que são hoje um dos alvos mais
ambicionados pelas empresas e que se
relacionam com a gestão e potenciação dos
activos intangíveis.
Como na prática se concretizam estes
objectivos em linhas de acção e formas de
investimento que traduzem os princípios de
sustentabilidade, constituiu outro dos objectivos
desta comunicação. Neste sentido, iremos
apresentar algunss resultados de um estudo que
incidiu sobre as práticas de responsabilidade
empresarial de algumas das maiores empresas
portuguesas (situadas dos ranking das 15
maiores). De que modo os princípios do
desenvolvimento
sustentável
e
da
responsabilidade empresarial são incorporados
no nível estratégico, que acções são
desenvolvidas para inserir na cultura
empresarial estes princípios e quais as práticas
mais relevantes têm sido desenvolvidas no
domínio social, económico e ambiental.
Esta análise visa mostrar como a adopção
dos princípios de sustentabilidade pode
optimizar os ganhos advindos das mudanças
organizacionais introduzidas e em particular,
como se concretizam junto de algumas das
maiores empresas existentes em Portugal.
◙◙
72
GRUPO V - QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS EM
TORNO DA PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E SOLIDARIEDADE
(sala 2110, CPII)
Coordenadores:
José António Alonso, AISO.
Miguel Bandeira, ICS, Universidade do Minho
Dia 8 de Junho - 3ª Sessão - 14h30m-16h00m
ALMEIDA, António J. e RODRIGUES, Vítor
O IDOSO INSTITUCIONALIZADO EM LARES; CONTEXTOS E ASPECTOS DA
QUALIDADE DE VIDA
PAIVA, Élia
A ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE: O
CONTRIBUTO TEÓRICO DE ANSELM STRAUSS PARA A HUMANIZAÇÃO DOS
CUIDADOS DE SAÚDE EM CONTEXTO ORGANIZACIONAL HOSPITALAR
QUEIROGA, Susana
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PASTORAL DA SAÚDE, ANIMAÇÃO E
VOLUNTARIADO
73
ALMEIDA, António J. e RODRIGUES, Vítor
PAIVA, Élia
Escola Superior de Enfermagem de Vila Real
Centro de Estudos FORUM SOCIOLÓGICO –
Universidade Nova de Lisboa
O IDOSO INSTITUCIONALIZADO EM
LARES; CONTEXTOS E ASPECTOS DA
QUALIDADE DE VIDA
Nas últimas décadas tem-se vindo a assistir
a um envelhecimento demográfico da nossa
população. Este envelhecimento tem-se vindo a
verificar essencialmente a partir da segunda
metade do século XX, intensificando-se nas
últimas 2 a 3 décadas a nível de todos os países
desenvolvidos. Curiosamente, ou não, num
relatório internacional apresentado pelo U.S.
Department and Health and Human Services
(2001) e designado, An Aging World: 2001 –
International Population Reports, os seus
autores (Kinsella e Velkoff) afirmam que, após
2010, o número de idosos, especialmente os
muito idosos, irá crescer de uma forma muito
acentuada em todos os países e não só nos
desenvolvidos. Em Portugal, o envelhecimento
demográfico é também notório, prevendo-se que
em 2010 a população com idade igual ou
superior a 65 anos, atinja 17,6% da população
total (Natário, 1993).
Trata-se de um estudo exploratório,
descritivo e transversal, que teve como
objectivos principais:
- Identificar as necessidades dos idosos
institucionalizados;
- Conhecer
o
dependência/independência
institucionalizados;
nível
dos
de
idosos
- Identificar os aspectos que mais
condicionam a qualidade de vida dos idosos
institucionalizados;
- Analisar que tipo de apoio os Lares
disponibilizam aos idosos institucionalizados.
A população que esteve que serviu de base
ao estudo englobou todos os idosos (idade igual
ou superior a 65 anos), que foram considerados
aptos para responder (conscientes e orientados
no tempo e espaço) ao formulário e que se
encontrem institucionalizados em lares do
concelho de Lamego.
◙◙
A ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR DE
NEGOCIAÇÃO PERMANENTE: O
CONTRIBUTO TEÓRICO DE ANSELM
STRAUSS PARA A HUMANIZAÇÃO DOS
CUIDADOS DE SAÚDE EM CONTEXTO
ORGANIZACIONAL HOSPITALAR
Partindo do pressuposto da existência de
uma relação dialéctica entre a reflexão e a
acção, encarando os seres humanos como
reflexivos, criativos e activos e não como
objectos passivos, submissos à forças sociais
sobre as quais não teriam qualquer controlo
(Strauss, 1992), defendemos o modelo dinâmico
da acção de A. Strauss, segundo o qual os
indivíduos, activos, respondem criativamente
aos acontecimentos com os quais se deparam,
logo, convocaremos as questões morais e éticas
a par com o conceito de actor e de acção, isto é,
traremos para a linha da frente das nossas
preocupações o modo como é construído o
sistema de interpretações dos motivos morais
que, por sua vez, são invocados no contexto dos
cuidados de saúde hospitalares, tendo em conta
a maneira como os indivíduos se justificam face
aos outros e face a si próprios, como justificam
as suas acções e criticam as dos outros
(Boltanski, Thévenot, 1991). Deste modo, o
hospital enquanto organização cujo valor social
é praticamente impossível de calcular
(Nogueira, 1999:132) deve ser conceptualizado
como sistemas de negociação permanente, onde
é premente estudar a definição da situação
(Baszanger, 1968), isto é, só um processo
contínuo, assente em acordos tácitos,
transitórios e condicionais, de arranjos não
oficiais entre diferentes grupos profissionais em
causa, personificações de ideologias e práticas
(Nogueira, 1999), do modo de dividir o
trabalho, permite o funcionamento de uma tal
organização (Strauss, 1992), fazendo com que
os próprios actores construam teorias sobre a
sua experiência quotidiana, a extensividade e o
possível sucesso dos processos de negociação e
de gestão activa da sua doença (Strauss, 1992;
Baszanger, 1986).
Neste contexto organizacional, inscreve-se
o conceito de trajectória da doença,
progressivamente mais premente com o
aumento da lista de doenças crónicas
(Baszanger, 1986): a sociologia orientada pela e
para a acção pretende compreender as acções e
as interacções que tecem o desenrolar das fases
da trajectória dos doentes e a articulação deste
conjunto de tipos de trabalho e de tarefas
(Strauss, 1992). Conceptualizamos o doente
74
como um actor do trabalho médico, assim como
analisamos as diferentes partes deste trabalho do
doente: o doente encontra-se engajado na quase
totalidade dos processos de trabalho mas a sua
parte é difícil de determinar pois não é um actor
reconhecido (ibidem:33-34). Sendo que a
maioria das doenças crónicas perturbam
profundamente o conjunto da vida das pessoas
por elas afectadas, estes doentes necessitam de
um importante trabalho para fazer face a estas
perturbações, um trabalho sem fim que se quer
humanizado, justo e ajustado (Boltanski,
Thévenot, 1991) e em detrimento da
“industrialização [desumanizante] da produção
hospitalar” (Nogueira, 1999), já que as doenças
crónicas
apresentam
esta
característica
paradoxal: serem crónicas mas imprevisíveis,
serem banais pelo seu prolongamento temporal
mas constituídas por uma sucessão de rupturas
(Strauss, 1992; Baszanger, 1986).
◙◙
QUEIROGA, Susana
Assessoria de Pastoral da Saúde e Animação e
Núcleo de Voluntariado do Instituto S. João de
Deus
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
PASTORAL DA SAÚDE, ANIMAÇÃO E
VOLUNTARIADO
O Instituto S. João de Deus, Instituição
Particular de Solidariedade Social gere 9
Centros Assistenciais, tem âmbito nacional e
prossegue fins de saúde, de assistência, de
reabilitação
e
de
reinserção
social,
nomeadamente, nas seguintes valências:
psiquiatria e saúde mental, alcoologia,
toxicodependência, cirurgia e ortopedia,
medicina física e de reabilitação, e prestação de
cuidados em geriatria e aos sem-abrigo.
No sentido de continuar a melhorar a
prestação integral destes serviços de saúde, foi
constituída a Assessoria de Pastoral da Saúde e
Animação, em 2001, e o Núcleo de
Voluntariado, em 2003. Visam, como metas, a
organização de um serviço que responda às
necessidades espirituais, de lazer, cultura e
informação dos utentes, e a organização de uma
estrutura de voluntariado adequando as
necessidades da Instituição e seus utentes, com
as aspirações dos candidatos a voluntários. Estas
respostas inserem-se dentro de todo o plano de
actuação, passando, por conseguinte, por todas
as equipas de prestação de cuidados e serviços,
de uma forma transversal, numa óptica holística
de intervenção.
O desenvolvimento desta organização
tomou lugar a partir de um conjunto de
formulações teóricas, que enquadram e
conceptualizam a base da assistência integral
prestada nestes centros. Tiveram como base, a
filosofia da instituição, o seu enquadramento na
prática religiosa, a estruturação integrada num
contexto internacional de actuação, bem como
todo o conjunto de reflexões produzido desde há
20 anos, no caso da Pastoral da Saúde, desde o
pós IIª Grande Guerra Mundial, no caso da
animação sócio-cultural, da participação cívica e
democracia participativa, no âmbito do Terceiro
Sector, na área do voluntariado.
Essas formulações precederam a criação de
um conjunto de instrumentos, que vieram por
sua vez estruturar uma acção que, até então, se
fazia de forma empírica e pouco reflexiva.
Todo este conjunto de teorizações e
procedimentos originaram a estrutura que vigora
nos três domínios, denominados de “Acção
Estratégica”: Assistência Religiosa, Animação e
Voluntariado. No que diz respeito aos dois
primeiros, foram aplicados, como instrumentos
de trabalho, um Questionário de Levantamento
de Necessidades, Ficha de Acolhimento e Ficha
de Acompanhamento. Quanto ao voluntariado,
foram constituídos os seguintes instrumentos:
Modelo de Gestão de Voluntariado, Tipificação
de Projecto, Projecto de Voluntariado, Ficha de
Avaliação e Guia do Voluntário. O plano de
acção, que articula a acção estratégica com os
instrumentos referidos, renova-se através da
formação permanente e da avaliação constante.
Como esta sistematização assenta sobre os
pilares da participação, saúde e solidariedade,
julgamos pertinente apresentar os seus
conteúdos como contributo de reflexão no
âmbito do grupo temático “Questões teóricas e
metodológicas em torno da participação, saúde e
solidariedade”.
◙◙
75
GRUPO V - QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS EM
TORNO DA PARTICIPAÇÃO, SAÚDE E SOLIDARIEDADE
(sala 2110, CPII)
Coordenadores:
José António Alonso, AISO.
Miguel Bandeira, ICS, Universidade do Minho
Dia 9 de Junho - 4ª Sessão - 14h30m-16h00m
FELIZES, Joel
GOVERNAR A PARTICIPAÇÃO E A SOLIDARIEDADE: PEQUENO MANUAL DO
UTILIZADOR
RABOT, Jean-Martin
CIDADANIA OU SOCIALIDADE?
76
FELIZES, Joel
ICS, Universidade do Minho
GOVERNAR A PARTICIPAÇÃO E A
SOLIDARIEDADE: PEQUENO MANUAL
DO UTILIZADOR
Esta proposta vem na sequência de um
texto apresentado no XVII Seminário, de
Valência (“A complexidade ausente: o modo
como os líderes locais vêem a participação e o
conflito em Portugal”). Agora, propomo-nos
recorrer a alguns exemplos do modo como as
instituições promotoras de iniciativas no âmbito
da participação e da solidariedade vão lidando
com estes “desafios”. A tese é a da existência de
uma política de moderação, de contenção das
dinâmicas conflituais ou contestatárias da
participação (que, por isso, se prefere
disciplinada) e das dinâmicas também
conflituais, mas igualmente consumidoras de
recursos, da solidariedade.
Tenta-se, para este efeito, recorrer a uma
tipologia simples dos níveis de participação
(disseminação de informação, consulta pública,
participação activa), bem como dos níveis de
actuação solidária (e.g., privatização, parcerias
em pequena escala, parcerias em grande escala,
Estado-Providência), a confrontar com alguns
exemplos de programas de acção política ou
mesmo regulamentos emanados das entidades
promotoras.
O objectivo é o de tentar mostrar o modo
como estas dinâmicas têm vindo a ser
efectivamente “governadas”, defendendo-se a
ideia de que recentemente pode ter ocorrido, em
Portugal, um efeito de colonização da
“sociedade-providência” pelos poderes públicos
e semi-públicos, que assim parecem ter
descoberto nas chamadas políticas sociais uma
outra forma de se afirmarem.
◙◙
RABOT, Jean-Martin
ICS, Universidade do Minho
CIDADANIA OU SOCIALIDADE?
Nesta comunicação, pretendemos mostrar
que, na pós-modernidade, o factor de agregação
das pessoas e, por conseguinte, de integração
das mesmas no seio dos grupos sociais e da
sociedade global, é mais tributário da
socialidade, que resulta de uma fusão que se faz
na base de uma identificação afectiva, do que do
princípio de cidadania, que procede a uma
reconstrução do social na base de um desígnio
racional ou de um projecto normativo. Por
outras palavras, temos que compreender a
estruturação social a partir da expressão dos
sentimentos e das paixões, e não a partir de
princípios abstractos e universais que ignoram
por completo o politeísmo dos valores que
caracteriza a vivência pós-moderna.
77
ORGANIZAÇÃO:
INSTITUTO DE CIÊNCIAIS SOCIAIS (ICS, UM)
ASSOCIAÇÃO IBERO-AMERICAQNA DE SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
(AISO)
MESTRADO EM SOCIOLOGIA DA SAÚDE (MSS, UM)
MESTRADO EM SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES (MSO, UM)
NÚCLEO DE ESTUDOS EM SOCIOLOGIA (NES, UM)
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA (DS, UM)
PATROCINADORES
BARBOSA & XAVIER
BÚSSOLA
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA
DELTA CAFÉS
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA - UM
FCT – FUNDAÇÃO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
GLAXOSMITHKLINE
GOVERNO CIVIL DE BRAGA
ICS/UM – INSTITUTO DE CIÊNCIA SOCIAIS
MONTEPIO GERAL
NES – NÚCLEO DE ESTUDOS
RTVM – REGIÃO DE TURISMO VERDE MINHO
78
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