AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 1 ARBITRAGEM E TRIBUTAÇÃO Agostinho Toffoli Tavolaro* 1 - INTRODUÇÃO O extraordinário desenvolvimento do comercio internacional que assistimos a partir do último quarto do século passado (século XX, é bom que nos acostumemos a entender), mercê do desenvolvimento tecnológico das comunicações e do transporte veio paradoxalmente dar renovado vigor a um instituto antigo, velho de séculos, a arbitragem, como bem descreveu LEON FREJDA SZKLAROWSKY 1. Deu-se ensejo, assim, ao retorno da lex mercatoria, conjunto de regras não escritas a maior parte delas, aplicada pelas corporações de ofício e comércio no período medieval e da qual hoje se fala como a nova lex mercatoria 2. 2 – A ARBITRAGEM NO DIREITO TRIBUTÁRIO INTERNACIONAL 2.1 – O TRABALHO DA IFA Direito de conflitos, em especial no que respeita ao poder impositivo de prestações pecuniárias, o direito tributário internacional, o principal organismo que dele se ocupa, a IFA – International Fiscal Association 3 desde há muito se preocupou com a arbitragem como meio de solução de controvérsias tributárias, Advogado Sócio Diretor de TAVOLARO E TAVOLARO - ADVOGADOS – Campinas - São Paulo. - Vice Presidente da IFA – INTERNATIONAL FISCAL ASSOCIATION – 1983/1985. - Membro do Comitê Permanente Científico da IFA - INTERNATIONAL FISCAL ASSOCIATION – Amsterdam – Holanda (1990/2000). - Presidente da ABDF - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DIREITO FINANCEIRO (1996/1998) – Atual Vice-Presidente – Rio de Janeiro – Brasil. - Acadêmico da Cadeira nº 14 da ABDT - ACADEMIA BRASILEIRA DE DIREITO TRIBUTÁRIO – Vice-Presidente – São Paulo – Brasil. - Professor de Direito Comercial na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas - São Paulo – Brasil. - Diretor Regional do CIESP em Campinas de 1972 a 1977. - Chairman do Legislation Committee na Amcham São Paulo de 1994 a 1996. - Chairman do Legislation Committee na Amcham Campinas de 2002 a 2004. - Presidente da ACRE – Associação dos Executivos da Região de Campinas de 1987 a 1991. - Presidente Honorário da Amcham Campinas de 2004 até hoje. - Presidente do Conselho Diretor da ONG Viva Campinas - Autor de vários trabalhos e palestras em Direito Tributário. 1 SZKLAROWSKY, Leon Frejda. A arbitragem e sua evolução. “in” Revista Jurídica Consulex nº 174, 15/04/2004. 2 MAGALHÃES, José Carlos de e TAVOLARO, Agostinho Toffoli. Fontes do direito do comércio internacional: a lex mercatoria. “in” Direito do Comercio Internacional – aspectos fundamentais. Coord. ANTONIO CARLOS RODRIGUES DO AMARAL. S.Paulo : Aduaneiras, 2004, p.57. 3 A IFA foi fundada em 1938, pelo trabalho de MITCHELL B. CARROL, contando hoje com 11.849 membros e 51 países representados, dela fazendo parte o Brasil, através da ABDF – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DIREITO FINANCEIRO desde 1949 Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected] * AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 2 como resumiu GUSTAF LINDENCRONA, que dá a matéria como objeto de longa discussão em seu congresso realizado em Zurich, em 1951 4, onde se aprovou resolução recomendando a inclusão, nos tratados multilaterais sobre tributação, de uma cláusula de arbitragem obrigatória permitindo aos estados – parte ter determinado por um árbitro o significado de uma cláusula do tratado, bem como a criação de uma comissão permanente de juristas que decidisse levar à ONU os casos que merecessem sua atenção: o assunto, relatou ele, voltou ainda à baila nos congressos da IFA em Viena (1957), Basiléia (1960), Berlim (1980) e Bruxelas (1987). Sem dúvida alguma, coube a LINDENCRONA e MATTSON a primazia de introduzir sistematicamente a matéria nos foros internacionais, com sua obra ARBITRATION IN TAXATION 5, culminando com o Seminário que a teve como objeto no congresso da IFA em Florença (1993). Neste seminário foi destacado o fato de que, no caso de não chegarem os estados contratantes ao acordo mútuo previsto no art. 25 do modelo de convenção de dupla tributação da OECD (Mutual Procedure Agreement), opinando LINDENCRONA que neste caso a arbitragem deveria ser obrigatória, cabendo ainda referir que a seguir foram discutidos pontos como a posição do contribuinte e seu direito à arbitragem, a relação entre a decisão arbitral e a lei nacional de cada país, a indagação sobre qual o direito a ser aplicado pelo órgão arbitral (tratado de dupla tributação, comentários ao modelo OECD, princípios gerais do direito internacional ou precedentes de outras decisões arbitrais) e a questão da executoriedade do laudo arbitral e das suas eventuais nulidades 6. O tema foi revisitado pela IFA em seu congresso em Eilat (1999) 7. Finalmente, sob os auspícios da IFA, e dentro do programa de pesquisas a que se deu o nome de DAVID TILLINGHAST, vários países seus integrantes trouxeram sua colaboração, resumindo MARJAANA HELMINEN, da Universidade de Helsinki, Finlândia, o trabalho desenvolvido, apresentando os tópicos: 1) situações que ensejam a arbitragem; 2) a sede da arbitragem; 3) consentimento do contribuinte à arbitragem; 4) iniciativa da arbitragem; 5) matérias objeto da arbitragem; 6) constituição do tribunal de arbitragem, número de árbitros, método de indicação, independência e qualificação dos árbitros, discussão da qualificação; 7) litispendência – lis alibi pendens; 8) homologação e aplicação da arbitragem e dos laudos Arbitrais; 9) normas jurisdicionais. Além disso, sobre o 4 LINDENCRONA , Gustaf. Resolution of Tax Treaty Conflicts by Arbitration, distribuído como papel de trabalho no Seminário E do congresso da IFA de Florença (1993). 5 LINDENCRONA , Gustaf e MATTSON, Nils. Arbitration in Taxation. Deventer: Kluwer, 1981. 6 Bracewel—Milnes, Barry. Summary of Proceedings of the Seminar “Resolution of tax treaty conflicts by arbitration". “in” IFA Yearbook 1993, Rotterdam : IFA. p. 158. 7 KREVER, Rick. Seminar B: Alternative dispute resolution mechanisms for tax controversies. “in” IFA Yearbook 1999, Rotterdam: IFA. p. 40. Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected] AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 3 memorando de acordo (memorandum of understanding) abordou os tópicos de regras para apuração de fatos e direito, idioma, lei aplicável, propostas de acordo (last best offer), medidas cautelares; disputas entre vários Estados, decisões por maioria, substituição de árbitros, remuneração dos árbitros, penalidades, fornecimento de informações, confidencialidade, proibição de restituição e publicidade da decisão 8. Os relatórios nacionais dos países da IFA consubstanciaram-se no relatório apresentado por TILLINHGHAST e PARK, sobre a matéria, que citaremos com freqüência no decurso do presente estudo 9 a ele acrescentando um apêndice, contendo modelo de cláusula a ser utilizada em complemento ao art. 25 do modelo OECD e um modelo de memorando de acordo (“memorandum of understanding"). 2.2 – ARBITRAGEM EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA E O ILADT Também foi a arbitragem em matéria tributária objeto das atenções do ILADT – INSTITUTO LATINO AMERICANO DE DIREITO TRIBUTÁRIO, que reúne os paises da Latino-América mais Portugal, Espanha e Itália, que realizando suas XXII Jornadas de Direito Tributário em Quito, em setembro de 2004, tendo como anfitrião o Instituto Equatoriano de Direito Tributário, a incluiu como tema II, do qual foi relator geral JOSÉ VICENTE TROYA JARAMILLO, do Equador e relatora nacional do Brasil LÍDIA MARIA LOPES RODRIGUES RIBAS e comunicantes técnicos do Brasil DEJALMA DE CAMPOS e LEON FREDJA SZKLAROWISKY, terminando por recomendar a adoção de medidas alternativas de solução de controvérsias em matéria tributária, particularmente a arbitragem, tanto na ordem interna quanto na ordem internacional, pois a mesma não afeta o poder normativo do país mas sim a de aplicação de seus tributos, assegurando-se o direito dos contribuintes a ter a iniciativa e a participação no procedimento arbitral 10. HELMINEN, Marjaana. Précis of Comments by IFA Branches. “ïn” Income Tax Treaty Arbitration, WILLIAM W. PARK E DAVID R.TILLINGHAST, Amersfoort: Sdu Fiscale & Fianciële Uitgivers, 2004, p. 73. 9 TILLINGHAST David R. e PARK, William W. Income Tax Treaty Arbitration. Amersfoort: Sdu Fiscale & Fianciële Uitgivers, 2004. 10 É a seguinte a integra das resoluções dessas Jornadas sobre o tema: TEMA II: EL ARBITRAJE EN MATERIA TRIBUTARIA – RESOLUCIONES. Vistos: El Informe del Relator General Dr. José Vicente Troya Jaramillo (Ecuador); Los informes nacionales de: Argentina, José Osvaldo Casás; Brasil, Lidia Maria Lopes Rodrigues Ribas; Colombia, Mauricio Piñeros Perdomo; Ecuador, Pablo Egas Reyes; España, Ángeles García Frías; Italia, Pietro Adonnino; México, José Miguel Erreguerena Albaitero; Paraguay, Marco Antonio Elizeche; Perú, Andrés Valle Billinghurst y Cecilia Delgado Ratto; Portugal, Diogo Leite de Campos; Uruguay, James A. Whitelaw, y; Venezuela, Luis Fraga Pittaluga; Las Comunicaciones Técnicas de: Argentina, Rodolfo Spisso; Brasil, León Fredja Szklarowsky y Dejalma de Campos; Chile, Patricio Figueroa Velasco; Ecuador, Yolanda Yupangui; España, Joan Pagés i Galtés, Antonio López Díaz, Ana María Pital Grandal y Carmen Ruiz Hidalgo, César García Novoa; Italia, Claudio Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected] 8 AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 4 Sachetto y Luca CM Melchionna; Uruguay, Addy Mazz, César Pérez Novaro y José Pedro Montero Traibel; Venezuela, César Hernández y Mery Bóveda; Los trabajos de la Comisión Redactora integrada por: Luis Hernández Berenguel, en calidad de Presidente y Miguel Ángel Bossano Rivadeneira, como Secretario y como representante del Presidente del Instituto Ecuatoriano de Derecho Tributario; Alberto Tarsitano y José Osvaldo Casás, de Argentina; Lidia Maria Lopes Ribas Rodríguez, de Brasil; Rodemil Morales, de Chile; Lucy Cruz de Quiñónez y Mauricio Piñeros Perdomo, de Colombia; Pablo Egas Reyes, de Ecuador; José Juan Ferreiro Lapatza y Ángeles García Frías, de España; José Miguel Erreguerena, de México, Marco Antonio Elizeche, de Paraguay; Miguel Mur Valdivia y Cecilia Delgado Ratto de Perú; Addy Mazz y James A. Whitelaw de Uruguay; Elvira Dupouy y Gabriel Ruan Santos de Venezuela. Asisten además Rodolfo Spisso de Argentina y César Pérez Novaro de Uruguay, de conformidad con lo establecido en el primer párrafo del artículo 6 del Reglamento de las Jornadas; y, las exposiciones de la Asamblea, CONSIDERANDO: I) Que los mecanismos judiciales tradicionales de solución de controversias tributarias no satisfacen plenamente los requerimientos de eficacia, de participación efectiva de los ciudadanos en todas las tareas del Estado, tutela efectiva y certidumbre jurídica, inherentes al Estado de Derecho; II) Que la necesidad de superar las limitaciones e insuficiencias señaladas hace aconsejable la adopción de métodos alternativos de solución de controversias tributarias; III) La conveniencia de precisar el objeto, alcance y significado de los diferentes métodos alternativos de solución de controversias en el ámbito tributario, particularmente los regímenes de acuerdos y del arbitraje; SE RESUELVE EFECTUAR LAS SIGUIENTES RECOMENDACIONES: 1. Se recomienda a los países miembros del ILADT la expedición de normas en las que se establezcan medios alternativos de solución de controversias en materia tributaria y particularmente el arbitraje, tanto en el orden interno, cuanto en el orden internacional. 2. La aceptación de los medios alternativos no concierne a la potestad tributaria normativa sino a la de aplicación de los tributos. 3. La obvia indisponibilidad de la potestad tributaria normativa y del crédito consiguiente no obsta a la utilización de métodos alternativos de solución de controversias y particularmente del arbitraje. 4. Como una propuesta de procedimiento, sin que los métodos consensuales sean forzosamente previos al arbitraje, cabe asegurar que es conveniente, acudir a ellos en forma previa y que el arbitraje debe considerarse la culminación de las gestiones realizadas por las partes para dar fin a sus discrepancias. 5. La denominación de arbitraje tributario debe reservarse exclusivamente para la técnica de solución de controversias en materia tributaria consistente en someter la decisión de un diferendo a un órgano no perteneciente a la jurisdicción ordinaria estatal, cuyo laudo tiene la misma fuerza que una sentencia. 6. Mediante los acuerdos tributarios se tiene que procurar la correcta aplicación de la norma al caso concreto, disipando las incertidumbres ciertas que plantean la ignorancia de los hechos y la indeterminación normativa. 7. Los acuerdos tributarios deben alcanzarse dentro de un proceso de colaboración entre la Administración y los obligados con el objeto de alcanzar la verdad de los hechos y la corrección de la interpretación jurídica. 8. La ley debe regular los acuerdos tributarios entre la Administración y los sujetos pasivos, que en la práctica se suelen alcanzar, precisando sus supuestos, contenido, alcance, condiciones, oportunidades de admisión y efectos. 9. La ley debe asegurar que los acuerdos tributarios que se celebren sean transparentes y que su documentación contenga necesariamente el fundamento de su adopción, sus antecedentes, los elementos de hecho, los motivos jurídicos y la cuantificación de la deuda tributaria. 10. Los acuerdos tributarios deberían prever la intervención de órganos administrativos dotados de independencia funcional respecto de aquellos agentes fiscales que han intervenido previamente en los procedimientos de verificación, fiscalización o determinación. 11. Es aconsejable contemplar el arbitraje para diferendos que se produzcan en materia tributaria entre entes públicos, en países de régimen federal o de régimen unitario descentralizado en donde coexisten potestades tributarias o de creación, las cuales pueden entrar en colisión. 12. Los Estados deben tener la posibilidad de llegar a un acuerdo amigable, dentro de un plazo razonablemente breve, antes de poder acudir al arbitraje. 13. El arbitraje internacional obligatorio para resolver las controversias que plantean la interpretación, aplicación y cumplimiento de tratados tributarios debe ser el método habitual para zanjar estas cuestiones por ser un mecanismo imparcial y especializado, que infunde seguridad y confianza. 14. Los contribuyentes deben tener el derecho de instar y coadyuvar en el procedimiento arbitral tributario. 15. Los laudos arbitrales deben ser obligatorios para las autoridades fiscales y para el contribuyente, con autoridad de cosa juzgada. 16. El arbitraje tributario internacional debe confiarse a tribunales arbitrales, integrados por personas independientes, de notoria Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected] AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 5 2.3 – ONU: A CONVENÇÃO DE NEW YORK (1958) Naturalmente, ao se referir o tema arbitragem não se pode deixar de mencionar a convenção de New York de 10 de junho de 1958 sobre Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras das Nações Unidas (United Nations Convention on the Recognition and Enforcement of Foreign Arbitral Awards), ratificada pelo Brasil somente em 2002. Embora não diga respeito diretamente à matéria tributária, sem dúvida reveste-se ela da maior importância, no que tange à executoriedade da decisão arbitral que seja proferida nesse campo. 2.4 – ICSID arbitration - p.64 - JR – p.158 – unlikely to prove satisfactory for tax 2.5 – CORTE INTERNACIONAL DE HAIA – DT E JR Segundo DT (11) esta corte não pode ser seriamente considerada para os fins em apreço, pois o contribuinte não tem iniciativa. P. 65 2.6 – OMC Reputado modelo Não apropriado por DT, pois nega aos contribuintes o direito de acesso a essa corte, p. 65 competencia en materia tributaria. 17. El procedimiento arbitral debe ser flexible, y el tribunal debe tener la facultad de estabelecer sus reglas, respetando las del debido proceso. 18. Los tribunales arbitrales fallarán en derecho, fundarán sus laudos y aplicarán el Tratado en cuestión, así como los principios y disposiciones de Derecho Internacional aplicables a la materia. 19. Del mismo modo que sucede en el derecho interno, cuando se inste el arbitraje internacional, deberá preverse la suspensión del ingreso de la deuda tributaria respetando las debidas garantías cautelares. Las recomendaciones precedentes fueron adoptadas por mayorías que alcanzaron todas dos tercios (2/3) o más votos (artículo 6º. del Reglamento de las Jornadas del ILADT). A pedido de los doctores José Osvaldo Casás, César Pérez Novaro y Marco Antonio Elizeche, se deja constancia de lo siguiente: a) El profesor José Osvaldo Casás, para no incurrir en inconsistencias doctrinarias -por ser en general contrario a los mecanismos alternativos de resolución de controversias-, si votó favorablemente a algún punto de las recomendaciones, ha sido sólo para facilitar el logro de una redacción dogmáticamente más consistente. b) El comunicante César Pérez Novaro ha votado algunas de las recomendaciones sólo en cuanto no contradigan principios y disposiciones constitucionales expresas o implícitas de cada ordenamiento. c) El comunicante Marco Antonio Elizeche ha votado algunas de las recomendaciones sólo en cuanto no atenten contra el principio de legalidad consagrado constitucional y legalmente. www.iladt.org/documentos/detalle_doc.asp?id=394 Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected] AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 6 2.7 – CORTE PERMANENTE DE ARBITRAGEM – JR – 351 no.244 Arbitragem entre estados – é lista de árbitros e não corte 2.8 – CORTE DE JUSTIÇA DA EU – LUXEMBURGO - JR 2.9 – MERCOSUL 2.10 - ICC – ARBITRATION IN INTERNATIONAL TAXATION - DRAFT BILATERAL ARTICLE CONVENTION - ART. 19 – 10 /09/2001 2.11 - OECD CASO JOSÉ DELGADO- VIAGRA – LAB. INGLÊS E USA – USA GANHOU, – BRASIL PATENTE COM OUTRA EMPRESA E ING. 2.12 - A EXPERIÊNCIA E A EXPERIÊNCIA DOMÉSTICA AX – Direito Tributário Internacional do Brasil. Rio: Forense, 6 ª ed. 2004. P. 231. 3 – ARBITRAGEM E DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL No Brasil, tivemos a oportunidade de escrever sobre o assunto em livro de homenagem incomparável jurisconsulto e cultor do direito tributário que foi GILBERTO DE ULHOA CANTO, em 1988. (I....). À matéria também dedica ALBERTO XAVIER sua atenção (...) , o mesmo havendo feito DEJALMA DE CAMPOS e LEON FREDJA SZKLAROWISKY na comunicação técnica às já mencionadas do ILADT, havendo posteriormente o segundo publicado seu trabalho (..) Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected] AGOSTINHO TOFFOLI TAVOLARO 7 4 – O FUTURO DA ARBITRAGEM EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA NO BRASIL Reconhecida embora a utilidade do instituto na solução das controvérsias tributárias, onde realmente poderia, por suas virtudes de celeridade, economia e especialização gerar excelentes resultados, a posição retrograda Administração Fiscal nos parece a ele se contrapor. Na sua sanha arrecadora, vê em todo contribuinte um sonegador que deve ser coarctado a não lutar por seus direito. Não é por outro modo que, ao projeto do Estatuto do Contribuinte hajam alcunhado integrantes do fisco como “Estatuto do Sonegador”, numa pungente demonstração que não entendem eles que o contribuinte é, antes de tudo, um cidadão. Célere o processo fiscal somente é quando se vislumbra desde logo que terminará em favor do fisco. Se a matéria se apresenta complexa e o contribuinte se apresenta bem representado e com conhecimento da matéria, o processo na fase administrativa se arrasta por anos e anos, tanto mais que nem o agente fiscal nem a própria fazenda tem interesse em ver o caso deslindado rapidamente. Tenha-se, no entanto, um processo de alta expressão monetária e o fisco dar-lhe-á solerte andamento. Campinas, 29 de outubro de 2006. cs688 Av. Hermas Braga, nº 379, Nova Campinas - 13092-130 - CAMPINAS – SP Fone: (19) 3251-8237 - Fax: (19) 3251-2432 E-mail: [email protected]