EL FÉNIX CARTAGINÉS. —Adivino, por lo que antes

Anuncio
EL
FÉNIX
— A d i v i n o , p o r lo q u e a n t e s dijisteis, m e n t i r o s a s d e c l a r a c i o n e s de e s a V i o l a n t e q u e l l a m á i s c ó m p l i c e m i a , y á q u i e n y o s o l o di, c o m p a d e c i d a d e
v o s y c o n o c i e n d o d e o i d a s l a s m u r m u r a c i o n e s del
m u n d o p ir l a s i n t e l i g e n c i a s s e c r e t a s d e v u e s t r a
e s p o s a y A v e n d a ñ o . l a o r d e n de d a r m e p r u e b a s
de e s t e a m o r , lo c u a l h i z o t r a y é n d o m e a n o c h e l a
n o t i c i a del d e s t r o z o de la m a n t i l l a , n o t i c i a q u e h o y ,
creyendo cumplir un deber de parentesco, puse
e n v u e s t r o c o n o c i m i e n t o . Quien m á s h a y a d i c h o ,
e s m i s e r a b l e a u t o r de c a l u m n i a y d e m e n t i r a .
—Prima, estáis blasfemando.
-Yo?!
- S i ; la v o z q u e h a de.scubierto v u e s t r o c r i m e n ,
l a v o z q u e h a q u i t a d o l a v e n d a de m i s o j o s , l a q u e h a
h e c h o que Blanca s a l g a i l e s a de mis iras y que tod a la c i u d a d s e a r r o d i l l e p i a d o s a y d e v o t a m e n t e
a n t e u n a i m a g e n b e n d i t a , h a s i d o u n a v o z del c i e l o .
Y el j o v e n dijo e s t a s p a l a b r a s c o n tal fé, c o n
tal c o n v i c c i ó n , q u e el m a y o r a z g o y s u hija s e m i raron con espanto, y comenzaron á sentir cierto
s u p e r s t i c i o s o teri"or.
—Del c i e l o ? - r e p i t i ó t a r t a m u d e a n d o D o ñ a A n a .
— F i g u r a o s , p r i m a , q u e mi brazo iba á d e s c a g a r
s o b r e B l a n c a mortal p u ñ a l a d a , y q u e de p r o n t o u n
cuadro, donde resplandecía la inmaculada imagen
de l a V i r g e n , d e s e e n lió de la pared y s e i n t e r p u s o
e n t r e mi esp<jsa y y o ; figuraos que a q u e l l a i m a g e n
b e n d i t a h a b l ó y p a t e n t i z ó á m i s ojos l a i n o c e n c i a ,
del á n g e l q u e c a l u m n i á s t e i s ; q u e la d o n c e l l a V i o l a n te, al v e r a q u e l l o , s e a r r o j ó l l o r a n d o a m i s pies y
m e confesó su complicidad con v o s , y que la ciudad e n t e r a a c u d i ó al sitio y s u p o d e l a n t e d e a q u e l l a
i m a g e n , por d e c l a r a c i ó n del canónigo>, q u e B l a n c a
y A v e n d a ñ o e r a n h e r m a n o s ; y d e c i d m e d e s p u é s , si
no continuáis mintiendo como hace u n a s c u a n t a s
h o r a s m e n t í a i s en el j a r d i n , si n o e s t á i s b l a s f e m a n d o c o n t r a el c i e l o q u e t a n o s t e n s i b l e m e n t e
e s t a m i s m a n o c h e h a dado m u e s t r a s de s u p r o tección divina.
D o ñ a A n a y Don C a r l o s s e m i r a r o n p o s e í d o s
de t e r r o r . A q u e ! h e c h o s o b r e n a t u r a l , d e s c r i t o t a n j
b r e v e m e n t e por D i e g o , d e c u y o a c e n t o p o r s u s o - j
lemnidad no podia dudarse, era un peso abruma-I
dor q u e o p r i m i ó r e p e n t i n a m e n t e s u s c o n c i e n c i a s ,
a v e r g o n z a d a s al v e r d e s c u b i e r t o s u d e l i t o .
J
—Ha sucedido eso?—preguntó temblando D o ñ a l
Ana.
I
—Si, prima.
—Y v o s e s t á i s libre, p r e s o bajo p a l a b r a de ho-¿
ñor...?
]
—El c a p i t á n A v e n d a ñ o y B l a n c a , m i s d o s vícti-,
m a s , h a n p e d i d a mi p e r d ó n .
—Y h a b é i s v e n i d o á...?
— N o lo h a b é i s a u n a c e r t a d o ? — i n t e r r u m p i ó el
con aire a m e n a z a d o r .
P a l i d e c i e r o n m á s q u e lo e s t a b a n el a n c i a n o y
D o ñ a A n a , y el p r i m e r o c u b r i e n d o c o n s u c u e r p o
á s u hija p r e g u n t ó a n s i o s a m e n t e :
—¿A t o m a r v e n g a n z a ?
— A dejar c u m p h d a l a j u s t i c i a l — r e s p o n d i ó s o lemnemente Diego.
— V a i s á m a t a r m e ? — e . x c l a m ó D o ñ a .Ana.
joven
CARTAGINÉS.
—Ley es justa y s a g r a d a que todo delito t e n g a
su
c a s t i g o ó su
expiación.
— Y bien.
— E n el delito de a n h e l a r l a m u e r t e de B l a n c a
y A v e n d a ñ o y h a b e r vertido l a noble s a n g r e de
e s t e , v o s h a b é i s s i d o el p e n s a m i e n t o y y o el brazo.
—Seguid.
—Yo obraba por motivos disculpables, dadas la
p a s i ó n y la c e g u e d a d h u m a n a s ; p e r o v o s n o t e n é i s
p e r d ó n , porque e n c o r a z ó n d e m u g e r n o t i e n e n disc u l p a s e n t i m i e n t o s de d e m o n i o . Da a q u i , q u e a u n c u a n d o y o h a y a sido a b s u e l t o por la j u s t i c i a d e l a
tierra, o b e d e c i e n d o l a s i n s p i r a c i o n e s de l a c l e m e n c i a de D i o s , v o s d e b é i s sufrir v u e s t r o c a s t i g o y d e j a r c u m p l i d o e n el m u n d o e l f a l l o d e l a j u s t i c i a divina.
—Ah!
— P r i m a , si y o m a ñ a n a m e p r e s e n t a s e a n t e u n
t r i b u n a l de justicia, fortalecido por el t e s t i m o n i o
de V i o l a n t e q u e e s t á p r o n t a á d a r l o , por el de t o d a s
l a s p e r s o n a s que os vieron e s t a noche salir conmig o del baile m o m e n t o s a n t e s de la c a t á s t r o f e y b a j a r c o n m i g o al j a r d i n , y dijese: «Daña A n a de V i i a r e g u t d u e ñ a del s e c r e t o del c a n ó n i g o m e c o n t ó
c a l u m n i o s a s h i s t o r i a s , m e l l e v ó j u n t o al c e n a d o r ,
e n c e n d i ó mi c ó l e r a y m e i m p u l s ó al c r i m e n , » v o s ,
p r i m a mia, a c u s a d a t a m b i é n por A v e n d a ñ o q u e tien e i n d i c i o s p a r a p e r d e r o s , a c u s a d a por v u e s t r a propia c o n c i e n c i a á quien el r e m o r d i . T s i e n t o r o b a r í a l a
serenidad necesaria para sincerarse, á pesar de
v u e s t r a h i d a l g u í a , á p e s a r de v u e s t r a h e r m o s u r a ,
i r í a i s á p a r a r a l s e n o l ó b r e g o de un horrible calabozo.
L a d a m a se- p u s o lívida; Don C a r l o s miró c o n
t e r r o r á s u hija.
— P r i m o , — p u d o s o l o d e c i r l a j o v e n , - v o s no h a réis eso jamas.
—¿Porqué?
— P o r q u e f a l t a r í a i s si lo h i c i e s e i s á la v e r d a d .
Yo i g n o r a b a e l p a r e n i e s c Q . d e A v e n d a ñ o y de vues-.
t r a e s p o s a ; si o s c o n d u j e h a s t a el c e n a d o r , fué c o n
l a p a l a b r a v u e s t r a e m p e ñ a d a de q u e alli s e r í a i s t a n
mudo é inmóvil c o m o un» estatua.
—Conducir l a c o r r i e n t e de i m p e t u o s o río h a s t a
el b o r d e de un p r e c i p i c i o , y al r o d a r l a s a g u a s por
l a s v e r t i e n t e s del m i s m o q u e r e r d e t e n e r l a s y h a c e r l a s r e t r o c e d e r , e s imposible; y e s o fué lo q u e v o s
pretendisteis entonces hacer conmigo.
—Diego,—dijo c o n t e m e r o s o a c e n t o Don Carlos— e s a a m e n a z a t u y a de a r r o j a r s o b r e mí hija todo
el p e s o del c r i m e n . . .
—Pienso realizarla mañana mismo. Juntos com e t i m o s el c r i m e n de q u e v o s t a m b i é n h a b é i s s i l o
c ó m p l i c e , y j u n t o s l o s t r e s lo e x p i a r e m o s en un c a labozo; si bien y o e s t a r é e n él m u y p o c o t i e m p o ,
p u e s t e n g o e n m i a b o n o mi i g n o r a n c i a y mi c e g u e d a l , l o s e s t í m u ' o s d e mi h o n o r h e r i d o , y c u e n t o
a d e m á s , c o m o y a s a b é i s , c o n el p e r d ó n de los a g r á ,
v i a d o s ; pero v o s o t r o s , v o s p r n c i p a l m e n t e , Doñfi
A n a , lo s a b í a i s todo, lo p r e v e f a i s t o d o , m e h i c i s t e i s
una declaración f a S a , urdisteis u n a calumnia, medísteis con gran sagacidad todas las apariencias.
Descargar