RESOLUÇÃO Nº 734/89 (Revogada pela Resolução 33/98); (revogada, definitivamente, pela Resolução 74/98) Reformula a Resolução Nº 670/67, que estabelece normas para a formação de condutores de veículos automotores, modelo da Carteira Nacional de Habilitação e Dá outras providências. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, usando das atribuições que lhe conferem o art. 5º do Código Nacional de Trânsito, instituído pela Lei nº 5.108 de 21 de setembro de 1966, com as modificações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e, o art. 9º do Regulamento do Código Nacional de Trânsito, aprovado pelo Decreto nº 62.127, de 16 de janeiro de 1968, com as demais alterações incorporadas; CONSIDERANDO o que dispõem os artigos 66 e 67 do Código Nacional de Trânsito, com a redação dada pela Lei nº 6.731, de 04 de dezembro de 1979, e, o artigo 167, do Regulamento do Código Nacional de Trânsito, com a redação dada pelo Decreto nº 84.513, de 27 de fevereiro de 1980; CONSIDERANDO a conveniência administrativa de estabelecer procedimentos uniformes em todo o território nacional para a emissão e o controle da Carteira Nacional de Habilitação - CNH; CONSIDERANDO estar a validade da habilitação do condutor vinculada à periodicidade dos exames de sanidade física e mental e psicotécnico (psicológico); CONSIDERANDO o que dispõem os artigos 65, 68, 72 e 119 do Código Nacional de Trânsito e os artigos 104, 132, 133, 136, 137, 138, 139, 140, 142, 143, 144, 145, 147, 148, 149 e 150 do Regulamento do Código Nacional de Trânsito; CONSIDERANDO que a eficiência da instrução é função dos meios didato-pedagógicos e instrumentais de ensino de que deve dispor a Escola de Formação de Condutores de Veículos Automotores; CONSIDERANDO as diretrizes da Convenção sobre Trânsito Viário, firmada pelo Brasil em Viena, em 1968, aprovada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981; CONSIDERANDO que o condutor de veículo automotor deve possuir condições físicas e psíquicas reclamadas pela segurança de trânsito; CONSIDERANDO que os incisos VIII e XII do art. 5º, do Código Nacional de Trânsito e os incisos VIII e XII do art. 9º, do seu Regulamento, atribuem ao Conselho Nacional de Trânsito competência para estudar e propor medidas administrativas, técnicas e legislativas e editar normas sobre organização e funcionamento das Escolas de Formação de Condutores de veículos Automotores; CONSIDERANDO as proposições e estudos oferecidos pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Federal de Psicologia, quando aos exames de sanidade física e mental psicotécnico (psicológico), visando a segurança do trânsito, R E S O L V E: Art. 1º - A habilitação para conduzir veículo automotor, a formação, a aprendizagem, os exames e documentos dos condutores, em todo o território nacional, obedecerão às exigências contidas nesta Resolução. TÍTULO I - DA ESCOLA - ORGANIZAÇÃO, FINALIDADE E FUNCIONAMENTO Capítulo I - Da Organização Art. 2º - Entende-se por Escola, para efeito desta Resolução, as Organizações - pessoas jurídicas - que se disponham à formação de condutores de veículos automotores de 2 (duas), 04 (quatro) ou mais rodas, bem como os Cursos instituídos em qualquer entidade, pública ou privada, legalmente constituída. Art. 3º - O funcionamento da Escola e de cada filial, dependerá do registro prévio no Departamento de Trânsito que jurisdicionar a área respectiva. Parágrafo único - Não estão sujeitos ao registro de que trata este artigo, os Cursos de Formação instituídos nas Forças Armadas em função dos respectivos regulamentos. Art. 4º - São exigências mínimas para a concessão do registro da Escola, no Departamento de Trânsito: I - Estar subordinada a uma razão social, integrando uma Diretoria Geral e uma Diretoria de Ensino com o respectivo Corpo de Instrutores; II - Dispor de dependências compatíveis com o número de alunos, bem como aquelas destinadas aos serviços administrativos e atividades de aprendizagem; III - Dispor de meios que atendam aos requisitos de segurança, conforto e higiene, assim como às exigências didato-pedagógicas e às posturas municipais referentes a prédios escolares; IV - Estar devidamente aparelhada para a instrução teórico-técnica e possuir meios complementares de ensino, como pranchas, quadro negro, projetores de "slides" e material didático para ilustração das aulas; V - Possuir, pelo menos, um motor de 04 (quatro) tempos e um motor de 02 (dois) tempos, capazes de serem observados internamente; VI - Possuir veículos automotores em número suficiente para atendimento da demanda do número de alunos para as categorias pretendidas. Art. 5º - As salas da Escola destinadas às aulas teórico-técnicas deverão ter suas áreas dimensionadas na base de 1,20m (um metro e vinte decímetros quadrados) por aluno. Art. 6º - Cada Escola poderá dedicar-se: a) à formação de condutores de veículos automotores para cada uma das Categorias "A", "B", "C", "D" ou "E"; b) à formação de condutores de veículos automotores para todas as categorias. § 1º - Para atendimento do inciso VI do art. 4º, desta Resolução, a Escola poderá alocar os veículos necessários ou fazer convênios para os fins da instrução prática de direção. § 2º - Os veículos alocados ou usados mediante convênio devem obedecer às prescrições do art. 16, desta Resolução. Art. 7º - Registrada a Escola será expedida a Licença para seu funcionamento, com prazo de validade de 12 (doze) meses, renovável sucessivamente por igual período, desde que satisfeitas as exigências previstas nesta Resolução. Parágrafo único - A Licença para funcionamento é específica para cada estabelecimento Escola e filial -, e será expedida pelo Departamento de Trânsito que jurisdicionar a área de localização de cada estabelecimento. Capítulo II - Da Administração Art. 8º - A Administração da Escola compreende dois setores assim definidos: I - Direção Geral; II - Direção de Ensino. § 1º - A Direção Geral é exercida pelo Diretor Geral e integra: a) Secretaria; b) Contabilidade; c) Órgãos Auxiliares. § 2º - A Direção de Ensino, subordinada à Direção Geral, é dirigida por um Diretor de Ensino que superintende coordena e supervisiona os assuntos ligados ao ensino. § 3º - Os Instrutores vinculados à Escola são subordinados diretamente ao Diretor de Ensino. Art. 9º - O Diretor-Geral, o Diretor de Ensino, o Instrutor de Escola e Examinador de Trânsito, para exercerem suas atividades, deverão estar habilitados com o Certificado expedido pelo Departamento de Trânsito na forma do art. 119 do Código Nacional de Trânsito e Anexo IV desta Resolução, segundo modelo próprio pelo mesmo adotado. § 1º - Poderão exercer as funções de Instrutor, o Diretor-Geral e o Diretor de Ensino, desde que essas funções não prejudiquem as atividades correspondentes aos encargos de Direção. § 2º - Aos Diretores-Gerais de Auto Escolas que estejam registrados no Departamento de Trânsito na data da publicação desta Resolução, será reconhecido o direito de continuarem no exercício das respectivas funções. Seção I - Da Direção Geral Art. 10 - A Direção Geral é exercida por um Diretor-Geral titulado pelo Departamento de Trânsito no respectivo Curso, responsável pela administração da Escola de pelo correto funcionamento das suas atividades. Art. 11 - Compete ao Diretor Geral, além de outras disposições contidas nesta Resolução: I - Estabelecer e manter relações oficiais com os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito; II - Administrar a Escola de acordo com as normas legais que presidem as suas atividades; III - Conhecer dos recursos interpostos pelos alunos contra qualquer ato julgado prejudicial, praticado no curso das atividades escolares: IV - Dedicar-se à permanente melhoria do ensino visando à conscientização do condutor no complexo do trânsito; V - Praticar outros atos administrativos necessários à consecução das atividades que lhe são próprias, e que possam contribuir para a melhoria do ensino. Seção II - Da Direção de Ensino Art. 12 - A Direção de Ensino da Escola é exercida por um Diretor de Ensino, titulado pelo Departamento de Trânsito no respectivo Curso, e, responsável pelas atividades escolares na formação do condutor de veículo automotor. Art. 13 - Visando à maior eficiência do ensino, compete especificamente ao Diretor de Ensino: I - Orientar os Instrutores no emprego de métodos, técnicas e procedimentos indicados pela didática e pela pedagogia; II - Manter atualizado o registro cadastral dos alunos matriculados; III - Manter, em ficha individual, o registro atualizado do aproveitamento dos alunos e dos resultados alcançados nos exames; IV - Manter atualizado o registro dos Instrutores e dos resultados apresentados no desempenho das suas atividades; V - Manter atualizado o registro das observações referentes ao comportamento dos alunos face às reações que apresentarem no aprendizado teórico e na prática da direção veicular; VI - Designar os Instrutores para os diversos setores da instrução a ser ministrada; VII - Organizar o Quadro de Trabalho a ser cumprido pelos Instrutores; VIII - Fazer cumprir, pelos Instrutores e alunos, a legislação de trânsito relacionada com a organização e funcionamento da Escola e à aprendizagem dos alunos; IV - Fiscalizar às atividades dos Instrutores, a fim de ser assegurada a eficiência do ensino. Seção III - Dos Instrutores Vinculados Art. 14 - O Instrutor de Trânsito é o condutor de veículo automotor titulado pelo Departamento de Trânsito no Curso específico (Anexo IV). Parágrafo único - Nas aulas práticas de direção veicular, o instrutor só poderá instruir candidatos à habilitação para a categoria igual ou inferior àquela em que o instrutor esteja habilitado. Art. 15 - Ao Instrutor de Trânsito, como responsável pela formação do condutor de veículo automotor, compete especificamente: I - Transmitir aos alunos os conhecimentos teóricos e práticos, especializados e técnicos necessários ao exame para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação; II - Tratar os alunos com urbanidade e respeito; III - Respeitar os horários pré-estabelecidos no Quadro de Trabalho organizado pelo Diretor de Ensino; IV - Freqüentar os cursos de aperfeiçoamento ou de reciclagem determinados pelo Diretor do Departamento de Trânsito; V - Acatar as determinações de ordem administrativa ou pedagógica baixadas pela Direção Geral ou pela Direção de Ensino; VI - Orientar com segurança o aluno na aprendizagem da direção veicular. Seção IV - Dos Veículos Art. 16 - Nenhuma Escola ou filial poderá preparar candidato à habilitação de direção veicular, quando não dispuser de veículo da Categoria pretendida pelo mesmo. § 1º - Os veículos de 04 (quatro) ou mais rodas, empregados na instrução de prática de direção, deverão ser identificados na forma estabelecida no art. 104 do Regulamento do Código Nacional de Trânsito, e equipados com: a) duplo comando de freios; b) espelho retrovisor interno; c) espelhos retrovisores nas laterais esquerda e direita. § 2º - O veículo de 02 (duas) rodas, empregado na instrução de prática de direção, deverá ser identificado por uma placa amarela com as dimensões de 30 (trinta) centímetros de largura por 15 (quinze) centímetros de altura, fixada na parte traseira do veículo, em local visível, contendo a inscrição "MOTO ESCOLA", em caracteres pretos. § 3º - O veículo de que trata o parágrafo anterior deverá ser equipado com: a) luz nas laterais esquerda e direita, de cor amarela ou âmbar, indicadora de direção; b) espelhos retrovisores nas laterais esquerda e direita. Capítulo III - Das Infrações e Penalidades Art. 17 - Constituem infrações de responsabilidade do Diretor-Geral, puníveis pelo Diretor do Departamento de Trânsito: I - A deficiência técnico-didática da instrução teórica ou prática; II - A deficiência, de qualquer ordem, nos veículos destinados à aprendizagem ou ao exame de direção veicular; III - O aliciamento de alunos através de representantes, corretores, propostos e similares, publicidade em jornais e outros meios de comunicação, mediante oferecimento de facilidades indevidas; IV - A prática de atos de improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a administração pública ou privada. Art. 18 - As infrações constantes do artigo anterior, uma vez comprovadas em procedimento administrativo sumário, determinarão, em função da sua gravidade e independentemente da ordem seqüencial as seguintes penalidades: a) advertência por escrito; b) suspensão das atividades da Escola por 30 (trinta) dias; c) cancelamento do Registro da Escola e da Licença para Funcionamento. § 1º - A advertência escrita será aplicada no cometimento da primeira falta referente aos incisos I e II do artigo anterior. § 2º - A suspensão das atividades da Escola será aplicada na reincidência da prática de qualquer das faltas enumeradas nos incisos I ou II, ou ainda, no cometimento, pela primeira vez, da infração prevista no inciso III, todos do artigo anterior. § 3º - O cancelamento do Registro e da Licença para Funcionamento será efetivado quando já aplicada a pena de suspensão das atividades da Escola na forma do § 2º deste artigo, bem como quando ocorrer a prática do ato previsto no inciso IV do artigo anterior. § 4º - No curso do processo para comprovação das infrações constantes do artigo anterior, será assegurado ao Diretor Geral da Escola o pleno direito de defesa escrita. Art. 19 - Quando ocorrer o cancelamento do Registro e da Licença para Funcionamento da Escola, seu Diretor Geral somente poderá obter a concessão de novo Registro e de nova Licença após 24 (vinte e quatro) meses, mediante processo de reabilitação requerida ao Diretor do Departamento de Trânsito. Art. 20 - Constituem infrações de responsabilidade do Diretor de Ensino, puníveis pelo Diretor do Departamento de Trânsito: I - A negligência na fiscalização das atividades dos instrutores, bem como, nos serviços administrativos de sua responsabilidade direta; II - A deficiência no cumprimento da programação prevista no art. 85 desta Resolução; III - A prática de atos de improbidade, contra a fé pública, contra o patrimônio, ou contra a administração pública ou privada. Art. 21 - As infrações constantes do artigo anterior, uma vez comprovadas em procedimento administrativo sumário, determinarão as seguintes penalidades: a) advertência escrita; b) suspensão do exercício do cargo pelo prazo de 30(trinta) dias; c) cancelamento do registro funcional. § 1º - A advertência escrita será aplicada no cometimento da primeira falta referente aos incisos I ou II do artigo anterior. § 2º - A suspensão do exercício do cargo será efetivada quando já houver sido aplicada a pena de advertência pelo cometimento de qualquer das infrações previstas nos incisos I ou II do artigo anterior. § 3º - O cancelamento do registro funcional será efetivado quando ocorrer nova incidência da aplicação do disposto no § 2º deste artigo ou quando ocorrer a prática de ato previsto no inciso III do artigo anterior. Art. 22 - Constituem infrações de responsabilidade do Instrutor de Escola, puníveis pelo Diretor do Departamento de Trânsito: I - Negligenciar na transmissão aos alunos, das normas constantes da Legislação de Trânsito, conforme estabelecido no Quadro de Trabalho; II - Faltar com o devido respeito aos alunos; III - Não orientar corretamente os alunos, na aprendizagem da direção veicular; IV - Não portar o documento que o identifica como Instrutor habilitado pelo Departamento de Trânsito; V - Praticar atos de improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio, ou contra a administração pública ou privada. Art. 23 - As infrações constantes do artigo anterior, uma vez comprovadas em procedimento administrativo sumário, determinarão as seguintes penalidades: a) advertência escrita; b) suspensão das funções de Instrutor, por 30 (trinta) dias; c) cancelamento do registro funcional. § 1º - A advertência escrita será aplicada no cometimento da primeira falta referida nos incisos I, II, III ou IV do artigo anterior. § 2º - A suspensão do exercício funcional será imposta quando já houver sido aplicada a pena de advertência escrita pela prática de qualquer das infrações previstas nos incisos I, II, III ou IV do artigo anterior. § 3º - O cancelamento do registro funcional será efetivado quando ocorrer nova incidência da aplicação do disposto no § 2º deste artigo ou quando ocorrer a prática de ato previsto no inciso V do artigo anterior. Capítulo IV - Dos Instrutores não Vinculados à Escola Art. 24 - A preparação dos candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, independente da instrução ministrada pela Escola poderá ser feita: I - Por Instrutor Autônomo; II - Por Instrutor Especial. § 1º - Denomina-se Instrutor Autônomo, o Instrutor titulado pelo Departamento de Trânsito quando aprovado no curso específico e que não mantenha vínculo funcional com qualquer Escola. § 2º - Denomina-se Instrutor Especial aquele que, habilitado por exame de avaliação dos Departamentos de Trânsito e que, não mantendo vínculo com qualquer Escola, bem como, não fazendo da instrução para aprendizagem atividade ou profissão, exercendo-a em caráter gratuito, voluntário e excepcional, for autorizado a instruir candidato à habilitação, exclusivamente nas Categorias "A" e "B". Art. 25 - O Instrutor Autônomo, mediante prévia autorização do Diretor do Departamento de Trânsito, poderá instruir candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, residentes em município onde não houver Escola. § 1º - A autorização de que trata este artigo terá validade de 12 (doze) meses, prorrogáveis sucessivamente por igual período, até que, no município, se instale a primeira Escola. § 2º - Para obtenção da Autorização de que trata este artigo, o Instrutor Autônomo deve comprovar que possui a capacidade material mínima necessária à instrução teórico-prática. Art. 26 - A autorização de que trata o § 2º do art. 24 desta Resolução, referente ao Instrutor Especial, independe da existência ou não, de Escola ou de Instrutor Autônomo na área de jurisdição do município, e só poderá ser concedida a condutor habilitado para cada uma das Categorias mencionadas no parágrafo citado, que tenha no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade e mais de 2 (dois) anos de efetiva habilitação legal para a condução de veículo e que não tenha sofrido penalidade de apreensão ou cassação da Carteira Nacional de Habilitação. Parágrafo único - O Instrutor Especial só poderá instruir 2 (dois) candidatos em cada período de 12 (doze) meses. Art. 27 - São atribuições do Instrutor Autônomo e do Instrutor Especial: I - Transmitir aos alunos os conhecimentos teóricos, práticos, técnicos e especializadas necessários à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação nas Categorias "A" ou "B"; II - Tratar os alunos com urbanidade e respeito; III - Freqüentar, o Instrutor Autônomo, os cursos de aperfeiçoamento ou de reciclagem determinados pelo Diretor do Departamento de Trânsito para fins didáticos; VI - Acatar as determinações de ordem didática ou administrativa baixadas pelo Departamento de Trânsito; V - Orientar com segurança o aluno na aprendizagem de direção veicular. Art. 28 - Constituem infrações de responsabilidade do Instrutor Autônomo e do Instrutor Especial: I - Deixar de acatar as determinações de ordem legal ou regulamentar aplicáveis à instrução de candidatos habilitação de direção veicular; II - Não orientar corretamente os alunos na aprendizagem da direção veicular; III - Não portar o documento que o identifica como Instrutor Autônomo ou Instrutor Especial; VI - Praticar atos de improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a administração pública ou privada. Art. 29 - As infrações constantes do artigo anterior, uma vez comprovadas em procedimento administrativo sumário, determinarão as seguintes penalidades aplicáveis pelo Diretor do Departamento de Trânsito: I - Advertência escrita no cometimento da primeira falta; II - Suspensão da autorização de que tratam os artigos 25 e 26 desta Resolução, por 30 (trinta) dias, no cometimento da segunda infração; III - Cancelamento da autorização, na terceira infração; Parágrafo único - Qualquer ato praticado pelo Instrutor Autônomo ou pelo Instrutor Especial, que se enquadre no inciso IV, do artigo anterior, determinará, de imediato, a penalidade do inciso III, deste artigo. Art. 30 - As penalidades aplicadas em decorrência das infrações previstas nesta Resolução terão, para os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, eficácia em todo o território nacional. Capítulo V - Disposições Complementares Art. 31 - Para melhor formação psicológica do Condutor, a Escola poderá, opcionalmente, auxiliar a aprendizagem de prática de direção veicular com o simulador de direção ou com um veículo convencional fixo. Parágrafo único - A opcionalidade constante deste artigo é extensiva ao Instrutor Autônomo. Art. 32 - A organização, as atividades e o funcionamento da Escola, assim como as atividades do Instrutor Autônomo e do Instrutor Especial, estão sujeitas à fiscalização do Departamento de Trânsito que jurisdicionar as áreas respectivas. TÍTULO II - DA APRENDIZAGEM DE DIREÇÃO VEICULAR Art. 33 - A aprendizagem de Direção Veicular, para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, compreende duas fases distintas: I - A aprendizagem teórico-técnica; II - A prática de direção veicular. Capítulo I - Da Aprendizagem Teórico-Técnica Art. 34 - Na aprendizagem teórico-técnica deverão ser desenvolvidos os seguintes temas: I - A legislação de trânsito e as normas baixadas pelo Conselho Nacional de Trânsito, de interesse da circulação e da segurança de trânsito; II - A direção defensiva - os cuidados com a hidroplanagem - a falta de acostamento nas estradas - o estado das vias - a circulação de pedestres - os veículos de duas rodas; III - O desenvolvimento da capacidade humana no relacionamento social; IV - Os problemas no transporte coletivo de passageiros e no transporte de cargas; V - A formação psicológica do condutor em função dos usuários da via; VI - Os primeiros socorros nos acidentes; VII - A prevenção de acidentes; VIII - A logística no transporte de cargas, para os candidatos às categorias "C" e "E". Capítulo II - Da Prática de Direção Veicular Art. 35 - A prática de direção veicular deverá desenvolver os seguintes conhecimentos e habilidades: I - O funcionamento do veículo e o uso dos seus equipamentos e acessórios; II - A direção defensiva - os cuidados em situações imprevistas ou de emergência; III - A prática de direção veicular na via pública em veículo de 04 (quatro) rodas (dois eixos); IV - A prática de direção veicular em campo de treinamento específico em veículos de 02 (duas) rodas; V - A observância da sinalização de trânsito; VI - As regras gerais de circulação, o fluxo dos veículos nas vias e os cuidados a serem observados. Capítulo III - Da Licença para Aprendizagem de Direção Veicular Art. 36 - Para a prática de Direção Veicular em via pública ou em locais pré-determinados ou específicos para esse fim, o candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, deverá portar a Licença para Aprendizagem de Direção Veicular - LADV - expedida pelo Departamento de Trânsito, segundo modelo próprio pelo mesmo adotado. Parágrafo único - A Licença para Aprendizagem de Direção Veicular somente terá validade no território da Unidade da Federação em que for expedida e com a apresentação do documento de identidade expressamente reconhecido pela legislação federal. Art. 37 - A Licença para Aprendizagem de Direção Veicular será expedida somente ao candidato que já tenha completado 18 (dezoito) anos de idade e que já tenha sido aprovado pelo Departamento de Trânsito nas matérias constantes do art. 34, desta Resolução e nos exames de sanidade física e mental e psicotécnico (psicológico). Parágrafo único - O candidato à habilitação para dirigir veículo automotor, encontrado dirigindo desacompanhado do respectivo instrutor, terá a Licença para Aprendizagem de Direção veicular cassada e só poderá obter nova licença decorridos 06 (seis) meses após a cassação. Art. 38 - A Licença para Aprendizagem de Direção Veicular, atendida a exigência do artigo anterior, poderá ser solicitada: a) pela Escola onde o candidato esteja matriculado; b) pelo Instrutor Autônomo para seu instruendo; c) pelo Instrutor Especial para seu instruendo. Parágrafo único - A solicitação da Licença de que trata este artigo deverá indicar, sob a responsabilidade do candidato: a) a identidade do candidato; b) a residência ou domicílio do candidato; c) a categoria de veículo que o candidato pretende dirigir. Art. 39 - Não poderá candidatar-se à habilitação para condução de veículo automotor quem não estiver judicialmente reabilitado, havendo sido condenado: a) por crime de trânsito; b) por crime tipificado na Lei anti-tóxico ou por qualquer crime cometido em estado de embriaguez voluntária ou culposa produzida pelo álcool ou substância de efeitos análogos. Parágrafo único - Com autorização do Juizado das Execuções Penais, poderão candidatar-se à habilitação para a direção de veículo automotor, os beneficiados com suspensão condicional ou com livramento condicional, condenados por crimes não enquadrados nas letras "a" e "b" deste artigo. Art. 40 - A instrução de prática de direção veicular na via pública, será realizada nas zonas e horários pré-estabelecidos pelo Departamento de Trânsito, em períodos diurnos e noturnos para o mesmo candidato proibida a aprendizagem nas rodovias. TÍTULO III - DA HABILITAÇÃO PARA DIREÇÃO VEICULAR Art. 41 - A habilitação para conduzir veículo automotor, apurar-se-á através da realização dos exames constantes desta Resolução, requerida pelo candidato alfabetizado que tenha completado 18 (dezoito) anos de idade, ao Diretor do Departamento de Trânsito de qualquer Unidade da Federação, mediante apresentação da prova de identidade expressamente reconhecida pela legislação federal. (Veja alteração introduzida pela Resolução 07/98) Art. 42 - O condutor de veículo automotor, natural de país estrangeiro e nele habilitado, está autorizado a dirigir no território nacional com a idade mínima de 18 (dezoito) anos, quando: I - Amparado por acordos ou convenções internacionais ratificados e aprovados pelo Brasil; II - Encontrar-se no Brasil na condição de turista ou ser detentor de visto temporário, permanente, de cortesia, oficial ou diplomático, não estando enquadrado no inciso anterior. § 1º - Nos casos previstos no inciso II deste artigo, o documento habilitação será reconhecido quando acompanhado da correspondente tradução feita por tradutor oficial ou juramentado e, na falta deste, por tradução feita pela representação diplomática ou consular do país no Brasil e devidamente reconhecida pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores. § 2º - O estrangeiro com "visto" de permanência definitiva no Brasil, deverá apresentar-se, preliminarmente, no Departamento de Trânsito para efetuar o registro do seu domicílio ou residência, anexando cópia da tradução oficial do documento de habilitação. § 3º - O estrangeiro de que trata o parágrafo anterior, para efeito de condução de veículo automotor no território nacional, deverá portar, obrigatoriamente, a AUTORIZAÇÃO PARA DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR constante do Anexo VI desta Resolução com validade para o período de até 6 (seis) meses. § 4º - Decorrido o prazo constante do parágrafo anterior, o condutor deverá requerer a Carteira Nacional de Habilitação, observada a categoria do veículo que dirige, bem como as demais exigências constantes da legislação nacional de trânsito, aplicáveis. § 5º - Para fins de atendimento ao previsto neste artigo e seus parágrafos, fica proibido o recolhimento ou a retenção do documento de habilitação original do estrangeiro. § 6º - O estrangeiro, com estada regular no Brasil, não habilitado no país de origem, desejando habilitar-se à condução de veículo automotor no território nacional, deverá satisfazer todas as exigências da presente Resolução para o candidato nacional. Art. 43 - Quando o condutor de que tratam os incisos I e II do artigo anterior cometer infração cuja penalidade importe na proibição de dirigir, o Diretor do Departamento de Trânsito tomará uma das seguintes providências constantes do art. 42 da Convenção sobre Trânsito Viário firmada pelo Brasil em Viena, aos 08 de novembro de 1968: a) recolher e reter o documento de habilitação até que expire o prazo da suspensão do direito de fazer uso do mesmo ou até que o condutor saia do território nacional, se a saída ocorrer antes de expirar o citado prazo; b) comunicar a suspensão do direito de usar o documento de habilitação à autoridade que a expediu ou em cujo nome foi expedido; c) indicar no local previsto no documento de habilitação, que o mesmo não é válido no território nacional, se se tratar de documento de habilitação com validade internacional; d) completar a comunicação mencionada na letra "b" deste artigo, solicitando à autoridade que expediu o documento de habilitação ou em cujo nome foi expedido, que notifique ao interessado a decisão tomada, no caso de não haver sido aplicado o procedimento previsto na letra "a" deste artigo. Parágrafo único - Quando se tratar de condutor em missão diplomática ou consular, as providências constantes deste artigo serão tomadas através do Ministério das Relações Exteriores. Art. 44 - Aos oficiais das Forças Armadas e Auxiliares que forem portadores do Certificado de conclusão do Curso de Motomecanização das respectivas Corporações, poderá ser concedida a Carteira Nacional de Habilitação, a requerimento do interessado, desde que satisfeitas as demais exigências da legislação de trânsito não constantes do curso referido. Art. 45 - Às praças das Forças Armadas e Auxiliares se aplica o disposto no art. 145 e seu parágrafo único, do Regulamento do Código Nacional de Trânsito, ou seja, às praças que possuírem o curso de formação de condutor ministrado em suas Corporações, dispensar-se-ão, para concessão da Carteira Nacional de Habilitação, os exames a que se houverem submetido com aprovação naquele curso, desde que neles se observem as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito. Parágrafo único - O interessado enquadrado neste artigo instruirá o seu requerimento com atestado do Comandante, Chefe ou Diretor da Organização Militar em que servir, do qual constarão: a) o número de registro da identificação pessoal; b) o nome, a naturalidade, a filiação e a idade; c) a categoria de veículo à qual se habilitou. Art. 46 - O cidadão brasileiro, com a idade mínima de 18 (dezoito) anos, habilitado à condução de veículo automotor em outro país que tenha acordo de reciprocidade com o Brasil, poderá requerer ao Diretor do Departamento de Trânsito a Carteira Nacional de Habilitação, mediante registro do seu domicílio ou residência, juntando a tradução oficial do documento original de habilitação, sujeitando-se às demais exigências quanto aos exames de sanidade física e mental e psicotécnico (psicológico). TÍTULO IV - DOS EXAMES DE SANIDADE FÍSICA E MENTAL E PSICOTÉCNICO (PSICOLÓGICO) Capítulo I - Do Exame de Sanidade Física e Mental Seção I - Preliminares Art. 47 - A sanidade física e mental dos candidatos obtenção da Carteira Nacional de Habilitação e a dos condutores por ocasião da sua renovação, será avaliada através dos seguintes exames: I - Clínico Geral; II - Acuidade visual e auditiva; III - Avaliação da força, motricidade e mobilidade; IV - Outros complementares ou especializados quando necessários e a critério do médico. § 1º - No exame Clínico Geral será avaliada a capacidade orgânica básica do candidato e do condutor de veículo automotor. § 2º - Para os exames especializados ou complementares julgados necessários, a Serviço Médico do Departamento de Trânsito poderá utilizar as clínicas especializadas. Art. 48 - Os exames de que trata o artigo anterior serão realizados pelo Serviço Médico do Departamento de Trânsito que jurisdicionar a localidade do domicílio ou residência do candidato ou do condutor. § 1º - Quando o Serviço Médico do Departamento de Trânsito não dispuser de meios próprios, poderá ser admitida a realização dos exames, desde que observados os requisitos desta Resolução: I - Pelos Serviços Médicos e Hospitalares da União, das Unidades da Federação e dos Municípios; II - Pelas Clínicas Médicas - pessoas jurídicas - credenciadas pelo Departamento de Trânsito; III - Por profissionais médicos autônomos, credenciados pelo Departamento de Trânsito. § 2º- Os Serviços Médicos referidos neste artigo deverão ser cadastrados no Conselho Regional de Medicina da respectiva jurisdição. § 3º - As Clínicas Médicas e os profissionais médicos autônomos, credenciados pelo Departamento de Trânsito, deverão ser cadastrados no Conselho Regional de Medicina da respectiva jurisdição. Art. 49 - No exame de sanidade física e mental para a obtenção ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação será exigida a prova de manual e dorsal, observados os seguintes índices mínimos: I - Para os candidatos à condução de veículos das categorias "A" e "B": a) força manual = 20 (vinte) quilogramas; b) força dorsal = 40 (quarenta) quilogramas. II - Para os candidatos à condução de veículos das Categorias "C", "D" e "E": a) força manual = 30 (trinta) quilogramas; b) força dorsal = 60 (sessenta) quilogramas. Parágrafo único - As disposições deste artigo, no caso do deficiente físico, são aplicáveis segundo o critério médico. Art. 50 - No exame de acuidade visual (AV), o candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou o condutor por ocasião da renovação deverá satisfazer os seguintes índices mínimos de visão: I - ACUIDADE E CAMPO VISUAL 1 - Para a direção de veículos da Categoria "A": AV = 0,80 no olho de melhor visão. Avaliação Perimétrica: limites satisfatórios - a isóptera horizontal = 140º em cada olho. 2 - Para a direção de veículo da Categoria "B": AV = 0,66 nos dois olhos. Avaliação Perimétrica: limites satisfatórios - a isóptera horizontal = 140º em em um dos olhos. 3 - Para a direção de veículos das Categorias "C", "D" e "E": AV = 0,66 nos dois olhos. Avaliação Perimétrica: limites satisfatórios - a isóptera horizontal = 140º em cada olho. 4 - Para a direção de veículo da Categoria "B" (examinandos com visão monocular): AV = 0,90. Avaliação Perimétrica: limites satisfatórios - a isóptera horizontal = 140º. 5 - Para a direção de veículos das Categorias "A" e "B" (examinados com estrabismo): AV = O,90 no olho de melhor visão; Avaliação Perimétrica: limites satisfatórios - a isóptera horizontal = 140º em ambos os olhos. II - VISÃO CROMÁTICA Identificação das cores verde, vermelha, amarela, azul e âmbar. Avaliação através de táboas pseudo-isocromáticas. III - VISÃO ESTEREOSCÓPICA Dentro dos limites normais. IV - ADAPTOMETRIA Dentro dos limites normais. Seção II - Do Laudo Médico Art. 51 - No exame de sanidade física e mental, o candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou o condutor de veículo automotor será considerado, segundo o parecer médico no respectivo laudo: I - APTO Quando não houver contra indicação para a condução de veículo da categoria pretendida pelo candidato ou pelo condutor. II - APTO COM RESTRIÇÕES Quando apresentar deficiência física ou mental que restrinja a capacidade para condução de veículo automotor de determinada categoria. III - INAPTO TEMPORARIAMENTE Quando apresentar deficiência física ou mental passível de cura, ou física passível de correção, ou quando for comprovado o uso de bebidas alcoólicas. IV - INAPTO Quando for portador de uma ou mais das seguintes contra-indicações para condução de veículo de qualquer categoria: a) deficiência física ou mental que impossibilite a direção de veículo de qualquer categoria, quando não houver possibilidade de adaptação do veículo ou do condutor e não for possível a direção em veículo hidramático. b) lesão cárdio-vascular, cerebral, ou ainda, outras lesões ou deficiências neurológicas que possam constituir perigo para a segurança do trânsito. c) uso comprovado de entorpecentes ou substâncias tóxicas e análogas ou uso permanente e imoderado de bebidas alcoólicas. d) impossibilidade de distinguir as cores além da branca e da preta (acromatopsia). § 1º - Na hipótese do condutor ser considerado inapto temporariamente, no laudo médico deverá constar a retenção da Carteira Nacional de Habilitação até que cesse o motivo dessa inaptidão. § 2º - Caberá ao departamento de Trânsito organizar e manter atualizado o cadastro de candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação e de condutores de veículo automotor, considerados inaptos definitivamente, segundo o laudo médica, fornecendo as informações desse cadastro ao Departamento Nacional de Trânsito, a fim de que este possa instituir e administrar seu cadastro semelhante, de caráter nacional. Art. 52 - O examinado, candidato à direção de veículo automotor da Categoria "A", portador de visão monocular que satisfizer os índices constantes do nº 4, do art. 50 desta Resolução, só poderá ser liberado para dirigir decorridos, no mínimo, 6 (seis) meses da perda do olho, devendo o laudo médico indicar o uso de capacete de segurança com viseira protetora, sem limitação de campo visual. Parágrafo único - A disposição deste artigo, com exceção do uso do capacete de segurança, se aplica ao examinando com visão monocular, candidato à condução de veículo da categoria "B". Art. 53 - Os examinandos portadores de discromatopsia poderão ser considerados aptos no exame oftalmológico, desde que distinguam as cores básicas da sinalização de trânsito em testes realizados com lanternas luminosas dispostas ou não na posição apresentada pelos semáforos. Parágrafo único - Os examinandos de que trata este artigo, que errarem as cores básicas da sinalização de trânsito nos testes mencionados, estarão impedidos de dirigir veículo automotor de qualquer categoria. Art. 54 - O candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, portador de deficiência auditiva igual ou superior a 40 (quarenta) decibéis, considerado apto no exame otoneurológico, só poderá dirigir veículo automotor das categorias "A" ou "B". § lº - Os veículos automotores dirigidos por condutores com a deficiência auditiva de que trata este artigo, deverão estar equipados com: a) espelhos retrovisores nas laterais esquerda e direita; b) espelho retrovisor interno que permita a visão da via, quando se tratar de veículo de 4 (quatro) rodas ou mais. § 2º - Os condutores de veículos automotores habilitados nas categorias "C", "D" e "E" que, na renovação do exame de sanidade física e mental, vierem a acusar deficiência auditiva igual ou superior a 40 (quarenta) decibéis, estarão impedidos para a direção de veículos dessas Categorias. Art. 55 - Quando, a juízo médico, o uso de otofone ou a prótese auditiva corrigir integralmente a deficiência da audição, poderá o candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação habilitar-se à condução de veículo automotor de qualquer categoria. Parágrafo único - A disposição desse artigo, se aplica aos condutores das Categorias "C", "D" e "E" que, na renovação do exame de sanidade física e mental, estejam com a audição corrigida com o otofone ou com a prótese auditiva. Seção III - Da Deficiência Física e das Adaptações do Veículo Art. 56 - O exame de sanidade física e mental do candidato a condutor de veículo automotor portador de deficiência física, será realizado por Junta Médica Especial designada pelo Diretor do Departamento de Trânsito. Parágrafo único - A Junta Médica Especial de que trata este artigo, para fins de adaptação do veículo para o deficiente físico, deverá observar as seguintes indicações: DEFICIÊNCIAS FÍSICAS ADAPTAÇÃO NO VEÍCULO 1. Amputação ou paralisia do membro inferior esquerdo (Cat. "B") a) Veículo automático ou hidramático ou b) embreagem adaptada à alavanca de câmbio. 2. Amputação ou paralisia do membro inferior direito (Cat. "B") a) Veículo automático ou hidramático ou b) embreagem adaptada à alavanca de câmbio. c) Em ambos os casos, acelerador à esquerda. 3. Amputação ou paralisia dos membros inferiores (Cat. "B".) a) Veículo automático ou hidramático com comandos manuais adaptados. b) Cinto pélvio-toráxico obrigatório. 4. Amputação ou paralisia do membro inferior esquerdo (Cat. "A") a) Moto com side car e câmbio manual adaptado. 5. Amputação ou paralisia do membro inferior direito (Cat. "A") a) Moto com side car e freio manual adaptado. 6. Amputação ou paraplegia dos membros inferiores (cat. "A") a) Moto com side car, freio e câmbio manuais adaptados. 7. Amputação do membro superior direito ou mão direita (Cat. "B') a) Veículo automático ou hidramático com comandosde painel à esquerda. 8. Amputação do membro superior esquerdo ou mão esquerda (Cat."B") a) Veículo automático ou hidramático. 9. Casos de amputação de dedos, paralisias parciais (membros superiores ou inferiores) atrofias, defeitos congênitos não enquadrados acima, outros comprometimentos de pequena intensidade. a) Ficam a critério da Junta Médica Especial as exigências e adaptações. Seção IV - Da Periodicidade do Exame de Sanidade Física e Mental Art. 57 - Os exames de sanidade física e mental a que estão sujeitos os condutores de veículos automotores, deverão ser renovados ao término dos seguintes períodos máximos: (Veja alteração introduzida pela Resolução 07/98) I - De 05 (cinco) em 05 (cinco) anos até completar 60 (sessenta) anos de idade; II - De 03 (três) em 03 (três) anos a partir dos 60 (sessenta) anos completados. § 1º - Devidamente justificado, o Serviço Médico do Departamento de Trânsito poderá fixar prazo menor para a validade do exame de sanidade física e mental previsto neste artigo. § 2º - A renovação dos exames referidos neste artigo só poderá ser realizada na repartição de trânsito em que o condutor estiver habilitado ou registrado. Seção V - Disposições Complementares Art. 58 - O cartão de saúde (sanidade física e mental) emitido pelo Ministério da Aeronáutica para os pilotos civis e militares, devidamente atualizado, isenta o respectivo titular do exame de sanidade física e mental, necessário à habilitação para a condução de veículo automotor e para a renovação periódica do mesmo, ressalvados os casos previstos nos artigos 56 e 78, desta Resolução. Art. 59 - Os exames de sanidade física e mental a que estão sujeitos os candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, em qualquer categoria de veículo automotor, são eliminatórios. § 1º - O candidato à habilitação de condução veicular ou o condutor julgado inapto no exame de sanidade física e mental a que estiver sujeito, poderá recorrer do resultado para o Conselho de Trânsito da Unidade da Federação, em primeira instância, e, para o Conselho Nacional de Trânsito em segunda e última instância. § 2º - O recurso em cada instância, deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias a partir do conhecimento dos respectivos resultados, devendo ser devidamente instruído com informações e documentos necessários ao julgamento correspondente. § 3º - O exame de sanidade física e mental em grau de recurso, será realizado por Junta Médica Especial, constituída por 03 (três) médicos, sendo um, pelo menos, com a especialidade vinculada à natureza da causa determinante do recurso. § 4º - A Junta Médica Especial de que trata o parágrafo anterior, será nomeada pelo dirigente do órgão julgador, quando não denegado o recurso. § 5º - Quando o recorrente for beneficiário da Previdência Social, na categoria laboral, a Junta Médica Especial poderá ser integrada por um médico especializado indicado pelo órgão previdenciário ou pelo respectivo sindicato. Art. 60 - Nos casos omissos, o exame de sanidade física e mental do candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou do condutor de veículo automotor, deverá ser realizado por Junta Médica Especial, designada pelo Diretor do Departamento de Trânsito, por solicitação do Serviço Médico. Parágrafo único - A Junta Médica Especial de que trata este artigo, será constituída por 03 (três) médicos sendo um, pelo menos, com a especialidade vinculada à natureza do fato determinante da sua designação. Capítulo II - Do Exame Psicotécnico (Psicológico) Seção I - Preliminares Art. 61 - O exame psicotécnico (psicológico) obrigatório para os candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, será avaliado através de observações colhidas em entrevistas e aplicação da seguinte bateria de testes: I - De personalidade; II - De aptidões percepto-motoras, reacionais e nível mental. § 1º - O teste de personalidade avaliará: a) ausência de quadro reconhecidamente patológico; b) controle adequado de agressividade; c) estabilidade emocional; d) ajustamento pessoal e social; e) demais problemas correlatos que possam detectar contra-indicações para a segurança do trânsito. § 2º - O teste de aptidões percepto-motoras, reacionais e nível mental, avaliará: a) atenção difusa, concentrada e distribuída; b) percepção (discriminação, avaliação temporo-espacial, identificação, dependência e independência do campo); c) cognição (compreensão, previsão e julgamento); d) tomada de decisão; e) motricidade e reação; f ) memória. § 3º - Na entrevista deverá ser especialmente pesquisada a história da vida orgânica, familiar, escolar, profissional, social e a história da vida do candidato no trânsito. Art. 62 - Os testes de aptidões percepto-motoras e reacionais para o candidato ou para o condutor portador de defeito físico em qualquer dos membros inferiores ou superiores, deverão ser compatíveis com as condições de cada um, considerando-se: a) a correção do defeito físico; b) a adaptação do veículo. Art. 63 - Os testes de que trata o art. 61 desta Resolução, serão realizados pelo Serviço de Psicologia do Departamento de Trânsito que jurisdicionar a localidade do domicílio ou residência do candidato a condutor. § 1º - Quando o Serviço de Psicologia do Departamento de Trânsito não dispuser de meios próprios, poder ser admitida, desde que observados os requisitos desta Resolução, a realização dos testes: I - Pelos serviços de Psicologia oficiais da União, das Unidades da Federação e dos Municípios; II - Pelas Clínicas Psicológicas - pessoas jurídicas credenciadas pelo Departamento de Trânsito; III - Por profissionais psicólogos autônomos, credenciados pelo Departamento de Trânsito. § 2º - Os serviços psicológicos referidos neste artigo, deverão ser cadastrados no Conselho Regional de Psicologia da respectiva jurisdição. Seção II - Do Laudo Psicológico Art. 64 - No exame psicotécnico (psicológico), o candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou o condutor de veículo automotor será considerado, segundo o parecer psicológico: I - APTO - quando não apresentar contra-indicação para a condução de veículo automotor da categoria pretendida pelo candidato ou pelo condutor; II - INAPTO TEMPORARIAMENTE - quando apresentar deficiência psíquica passível de correção; III - INAPTO - quando apresentar uma ou mais das seguintes contra-indicações para a condução de veículo automotor: a) distúrbios psico-estruturais de natureza grave como psicoses, psiconeuroses, oligofrenia e personalidade psicopática; b) hiperagressividade associada a forte ansiedade, a inibição e a extratensão; c) ansiedade somada a excitabilidade; d) disritmia práxica, confirmada pelo eletroencefalograma. Parágrafo único - Os cadastros previstos no § 2º do art. 51, desta Resolução, deverão igualmente abranger os candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou de condutores de veículo automotor, considerados inaptos definitivamente segundo laudo psicológico. Seção III - Da Periodicidade do Exame Psicotécnico Psicológico Art. 65 –(Veja alteração introduzida pela Resolução 07/98); (Revogado pela Resolução 14/98); Art. 66 - O cartão de saúde (sanidade física e mental e psicotécnico) emitido pelo Ministério da Aeronáutica para os pilotos civis e militares, devidamente atualizado, isenta o respectivo titular do exame psicotécnico (psicológico) necessário à habilitação para a condução de veículo automotor e para a renovação periódica do mesmo, quando for o caso, ressalvado o disposto nos artigos 56 e 78 desta Resolução. Art. 67 - O exame psicotécnico (psicológico) a que está sujeito o candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação para dirigir, qualquer que seja a categoria do veículo automotor, eliminatório. § 1º - O candidato ou o condutor julgado inapto no exame psicotécnico (psicológico) poderá recorrer do resultado para o Conselho do Trânsito da Unidade da Federação, em primeira instância e para o Conselho Nacional de Trânsito, em segunda e última instância. § 2º - O recurso em cada instância deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias do conhecimento dos respectivos resultados, devendo ser devidamente instruído com informações e documentos necessários ao julgamento correspondente. § 3º - O exame psicotécnico (psicológico) em grau de recurso, será realizado por Comissão Especial de Exame constituída por 02 (dois) psicólogos e 01 (um) médico psiquiatra. § 4º - A Comissão Especial de Exame de que trata o parágrafo anterior, será nomeada pelo dirigente do órgão julgador, quando não denegado o recurso. § 5º - Quando o recorrente for beneficiário da Previdência Social na categoria laboral, a Comissão Especial de Exame de que trata o § 3º deste artigo, poderá ser integrada por um psicólogo indicado pelo órgão previdenciário ou pelo sindicato respectivo. Art. 68 - Nos casos omissos, os testes psicológicos do candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou do condutor de veículo automotor, deverão ser realizados por Junta Especial constituída por 2 (dois) psicólogos e 1 (um) médico psiquiatra por solicitação da serviço de Psicologia. TÍTULO V - DAS CATEGORIAS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES Capítulo I - Das Especificações Art. 69 - Atendendo ao grau de dificuldade de condução, os veículos automotores se agruparão nas seguintes categorias e classes, nos termos da Convenção sobre Trânsito Viário, firmada pelo Brasil em Viena, em 08 de novembro de 1968, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 33, de 13 de maio de 1980 e promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981: (veja alteração introduzida pela Resolução 800/95); (Veja alteração introduzida pela Resolução 07/98) I - CATEGORIA "A" - Veículos motorizados de 02 (duas) ou 03 rodas, com ou sem "sidecar", providos de motor de propulsão. II - CATEGORIA "B" - veículos motorizados que não os da Categoria "A", cujo peso máximo autorizado não exceda de 3.500 (três mil e quinhentos) quilogramas e não tendo mais de 08 (oito) lugares além daquele do condutor. III - CATEGORIA "C" - Veículos motorizados usados para transporte de mercadorias e cujo peso máximo autorizado exceda de 3.500 (três mil e quinhentos) quilogramas. IV - CATEGORIA "D" - Veículos motorizados usados no transporte de passageiros e tendo mais de 08 (oito) lugares além daquele do condutor. V - CATEGORIA "E" - Conjunto de veículos acoplados, cujo caminhão trator esteja compreendido em qualquer das Categorias "B", "C", ou "D", para as quais o condutor esteja habilitado, mas que, pela sua natureza, não se incluem em nenhuma dessas Categorias. Art. 70 - Os condutores se classificam nas Categorias dos veículos automotores para as quais se habilitarem, conforme especificação no art. 69 desta Resolução. § 1º - (Revogado pela Resolução 07/98) § 2º - (Insubsistente face à Lei 9.503/97) § 3º - (Insubsistente face à Lei nº 9.503/97) Capítulo II - Disposições complementares Art. 71 - Para habilitar-se à direção de veículos automotores destinados ao transporte coletivo de passageiros, de cargas perigosas ou da Categoria "E", o condutor deve ter, no mínimo, 21 (vinte e um) anos de idade. (veja alteração introduzida pela Resolução 800/95) Art. 72 - O condutor de veículo de carga que estiver transportando produtos perigosos, deverá comprovar que recebeu o treinamento específico, nos termos da regulamentação baixada pelo Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1.988 e da Resolução nº 640/85-CONTRAN. § 1º - A comprovação será feita mediante a apresentação ao Departamento de Trânsito do Certificado de conclusão do curso expedido por Instituições vinculadas ao Sistema Nacional de Mão de obra, Estabelecimentos ou Empresas legalmente instaladas na forma da legislação local e cujo funcionamento tenha sido autorizado pelo Departamento de Trânsito. § 2º - O Departamento de Trânsito lançará no prontuário do condutor o número do Certificado e o nome do órgão expedidor, bem como o nome do funcionário responsável pelo registro. § 3º - O condutor e o proprietário de veículos que não preencherem as exigências deste artigo, estarão sujeitos às penalidades previstas pelo art. 89, incisos I e II do Código Nacional de Trânsito. Art. 73 - O condutor de veículo automotor de 4 (quatro) rodas ou mais, habilitado para uma categoria, poderá dirigir os veículos 4 (quatro) ou mais rodas das Categorias inferiores. (veja alteração introduzida pela Resolução 800/95) Art. 74 - O condutor de veículo automotor de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, habilitado para a classe "A.2" poderá dirigir veículo com cilindrada abaixo de 180 cc (cento e oitenta centímetros cúbicos de cilindrada). (Revogado pela Resolução 07/98) Art. 75º - Os condutores de veículos das categorias "B", "C", "D" e "E" só poderão dirigir veículos da Categoria "A" quando aprovados no exame de direção veicular para os veículos dessa categoria. Art. 76 - Os condutores de veículos da Categoria "A", só poderão dirigir veículos das Categorias "B", "C", "D" ou "E" quando aprovados no exame de direção veicular para os veículos dessas Categorias. Art. 77 - A Carteira Nacional de Habilitação, nos casos dos artigos 75 e 76 desta Resolução, deverá indicar as categorias de veículos para os quais foi habilitado o seu titular. Art. 78 - O condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito para o qual tenha dado causa, independente da punição que lhe for aplicável ou que lhe foi aplicada, deverá ser submetido ao exame de sanidade física e mental, ao exame psicotécnico (psicológico), a uma reciclagem sobre legislação de trânsito e a uma prova de direção veicular. (veja alteração introduzida pela Resolução 798/95) Parágrafo único - Em qualquer tempo, por motivo justificado envolvendo a segurança do trânsito, o Diretor do Departamento de Trânsito poderá determinar que o condutor seja submetido aos exames e provas constantes desta Resolução. Art. 79 - O Condutor de veículo automotor, com ou sem vínculo empregatício, julgado incapaz temporariamente pelo Serviço Médico ou pelo Serviço de Psicologia do Departamento de Trânsito, não poderá dirigir enquanto perdurar a incapacidade, respondendo pela infração de dirigir sem as condições legais. § 1º - Quando se tratar de condutor beneficiário da Previdência Social, a incapacidade deverá ser comunicada ao órgão previdenciário. § 2º - Para efeito do parágrafo anterior, o laudo médico ou psicológico deverá indicar a condição de beneficiário da Previdência Social do condutor. Art. 80 - Será considerado em atividade profissional o condutor que, em razão de ofício, exercitar a condução de veículo automotor como autônomo ou com vínculo empregatício em empresa, órgão público ou entidade privada. TÍTULO VI - DOS EXAMES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E DIREÇÃO VEICULAR Capítulo I - Dos Examinadores de Trânsito Art. 81 - O Examinador de Trânsito, titulado pelo Departamento de Trânsito de conformidade com as normas do Anexo IV desta Resolução, é o responsável direto pela avaliação do candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação através dos exames a que o mesmo está sujeito. Art. 82 - Compete ao Examinador de Trânsito, no exercício da sua função, observar as diretrizes fixadas pelo Diretor do Departamento de Trânsito. Capítulo II - Da Legislação de Trânsito Art. 83 - O exame de Legislação de Trânsito será realizado perante Comissão de 3 (três) membros designados pelo Diretor do Departamento de Trânsito, para um período de um ano, permitida a recondução por mais um período de igual duração. Parágrafo único - O exame de habilitação para os candidatos inscritos nas Circunscrições Regionais de Trânsito - CIRETRANs - poderá ser realizado perante Comissões Volantes designadas pelo Diretor do Departamento de Trânsito, respeitado o disposto no artigo anterior. Art. 84 - A prova de Legislação de Trânsito comporta duas partes, com pesos iguais para composição da média. I - Legislação de Trânsito propriamente dita; II - Sinalização horizontal, vertical, por apitos, por gestos e por semáforos. Art. 85 - A avaliação do candidato à habilitação será feita com base na seguinte programação: I - Noções básicas sobre o complexo de trânsito: a) O HOMEM - seu preparo técnico, psicológico e educacional como usuário da via; b) A VIA - sua importância para a circulação veicular, seu uso pelo condutor e seu uso pelo pedestre; c) O VEÍCULO - seu conhecimento como meio de comunicação e de transporte; seu uso e manutenção. II - O Código Nacional de Trânsito e seu Regulamento; III - As Resoluções e Decisões do Conselho Nacional de Trânsito; IV - As Convenções e Acordos Internacionais firmados pelo Governo Brasileiro; V - O comportamento do condutor na direção veicular; VI - O comportamento do pedestre nas vias de circulação; VII - A direção defensiva - sua importância para a segurança do trânsito; VIII - O uso dos equipamentos obrigatórios e os acessórios de segurança; IX - Noções básicas de Primeiros Socorros; X - A prática das Relações Públicas e das Relações Humanas aplicável, principalmente, aos setores de atuação do condutor de veículo automotor; XI - A integração do homem na sociedade; a) o espírito fechado; b) o espírito aberto; c) o espírito de confiança; d) o espírito de crença. XII - O comportamento específico do condutor no transporte de passageiros, de cargas pesadas e de cargas perigosas. Art. 86 - A prova sobre os assuntos mencionados no artigo anterior deverá ser escrita e em prazo não superior a 2 (duas) horas. Parágrafo único - O grau de aproveitamento na prova de que trata este artigo, será a média aritmética dos graus conferidos pelos membros da Comissão de que trata o art. 83 desta Resolução, sendo considerado aprovado o candidato que obtiver a média igual ou superior a 7 (sete) na escala de 0 (zero) a l0 (dez). Capítulo III - Da Direção Veicular Art. 87 - O exame de Direção Veicular será realizado perante Comissão de 3 (três) membros designados pelo Diretor do Departamento de Trânsito, para o período de um ano, permitida a recondução por mais um período de igual duração. Parágrafo único - Na Comissão de Exame de Direção Veicular, pelo menos um membro deverá ser habilitado na Categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato. Art. 88 - O exame de Direção Veicular para os candidatos inscritos nas Circunscrições Regionais de Trânsito - CIRETRANs poderá ser realizado perante Comissões Volantes designadas pelo Diretor do Departamento de Trânsito, respeitado o disposto no artigo anterior. Art. 89 - A prova de Direção Veicular comporta duas partes: I - A direção de veículo na via pública; II - A colocação do veículo em vaga delimitada por balisas removíveis. Art. 90 - A prova de Direção Veicular deverá ser realizada com duração, zonas e horários estabelecidos pelo Diretor do Departamento de Trânsito, sendo proibida a sua realização das rodovias. Parágrafo único - Os testes em pista fechada do Departamento de Trânsito, quando utilizada, possibilitarão, apenas, uma prévia avaliação do candidato na prova de Direção Veicular de que trata este artigo. Art. 91 - Na prova prática de Direção Veicular em veículo de 4 (quatro) rodas ou mais, o examinando deverá ser acompanhado do examinador. Art. 92 - A prova de Direção Veicular para os candidatos à Categoria "A", deverá ser realizada em área especialmente destinada a esse fim, de forma a poder ser o examinando observado pelos examinadores. Parágrafo único - Na área de que trata este artigo, deverão existir os obstáculos e as dificuldades que uma via pública possa apresentar, para melhor julgamento do desempenho do candidato. Art. 93 - O aproveitamento do candidato na prova de Direção Veicular ser avaliado em função da pontuação negativa das faltas cometidas no percurso, assim discriminadas: a) uma falta grave.......................3 (três) pontos negativos; b) uma falta média......................2 (dois) pontos negativos; c) uma falta leve.........................1 ( um) ponto negativo; Parágrafo único - Será considerado aprovado na prova de Direção Veicular o candidato cujos pontos negativos não ultrapassem de 3 (três). Art. 94 - Constituem faltas do candidato na prova de Direção Veicular, dirigindo veículos das Categorias "B", "C", "D", ou "E": I - FALTAS GRAVES a) descontrolar-se no plano, no aclive ou no declive; b) entrar na via preferencial sem o devido cuidado; c) usar a contra-mão de direção; d) subir na calçada destinada ao trânsito de pedestres ou nela estacionar; e) deixar de observar a sinalização da via sinais de regulamentação, de advertência e de indicação; f) deixar de observar as regras de ultrapassagem, de preferência da via, ou mudança de direção; g) exceder a velocidade indicada para a via; h) perder o controle da direção do veículo em movimento; i) deixar de observar a preferência do pedestre quando estiver ele atravessando a via transversal na qual o veículo vai entrar, ou ainda quando o pedestre não tenha concluído a travessia, inclusive na mudança de sinal; j) deixar a porta do veículo aberta ou semi-aberta durante o percurso da prova ou parte dele; l) fazer incorretamente a sinalização devida ou deixar de fazê-la; m) deixar de usar o cinto de segurança; II - FALTAS MÉDIAS a) executar o percurso da prova, ou parte dele, sem estar o freio de mão inteiramente livre; b) trafegar em velocidade inadequada para as condições da via; c) interromper o funcionamento do motor sem justa razão, após o início da prova; d) fazer conversão com imperfeição; e) usar a buzina sem necessidade, ou em local proibido; f) desengrenar o veículo nos declives; g) colocar o veículo em movimento sem observar as cautelas necessárias; h) avançar sobre o balisamento demarcado, quando da colocação do veículo na vaga; i ) usar o pedal da embreagem antes de usar o pedal de freio, nas frenagens; j) utilizar incorretamente os freios; l) não colocar o veículo na área balisada com o máximo de 3 (três) tentativas; III - FALTAS LEVES a) negligenciar o controle do veículo provocando nele movimento irregular; b) ajustar incorretamente o banco do veículo destinado ao condutor; c) não ajustar devidamente os espelhos retrovisores; d) apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo engrenado e em movimento; e) engrenar as marchas de maneira incorreta; f) interpretar com insegurança as indicações dos instrumentos do painel. Art. 95 - Constituem faltas do candidato na prova de Direção Veicular, dirigindo veículos da categoria "A": I - FALTAS ELIMINATÓRIAS : a) iniciar a prova sem estar com o capacete devidamente fixado na cabeça; b) deixar de completar o percurso pré-estabelecido, desviando-se ou alterando o percurso; c) interromper o funcionamento do motor ou colocar um dos pés no chão com o veículo em movimento; d) derrubar cone ou cones de balisamento durante a prova; e) cair do veículo durante a prova; f) não manter equilíbrio na prancha, saindo lateralmente da mesma. II - FALTAS GRAVES: a) não manter um pé no chão e o outro no freio ao parar o veículo; b) desengrenar o veículo em movimento; c) abalroar os cones de balisamento sem derrubá-los; d) invadir qualquer faixa durante o percurso, inclusive a faixa de sinalização "PARE". III - FALTAS MÉDIAS: a) usar indevidamente o freio de mão ou de pé durante a prova; b) desequilibrar-se durante a prova; c) utilizar marchas inadequadas durante o percurso; d) utilizar incorretamente os equipamentos do veículo; e) não recolher o pedal de partida ou o suporte do veículo antes de iniciar o percurso. IV - FALTAS LEVES: a) colocar o motor em movimento quando já engrenado; b) dirigir o veículo provocando movimento anormal do mesmo; c) engrenar as marchas incorretamente; d) fazer o percurso com o farol apagado; e) deixar de regular os espelhos retrovisores; Art. 96 - Será considerado aprovado na prática de Direção Veicular o candidato à habilitação na Categoria "A" quando os pontos negativos forem iguais a 03 (três), como previsto no Art. 93, desta Resolução. Capítulo IV - Disposições Complementares Art. 97 - A prova de Direção Veicular somente poderá ser realizada em veículo da categoria pretendida pelo candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação. (veja alteração introduzida pela Resolução 800/95) § 1º - Quando se tratar de candidatos às Categorias "C", "D" ou "E , a prova deverá ser realizada em veículos que atendam aos seguintes requisitos: a) Categoria "C": o veículo deverá ter capacidade para transportar, no mínimo, 6.000 (seis mil) quilogramas de carga; b) Categoria "D": o veículo deve ter, no mínimo, 20 (vinte) lugares, sem contar o do condutor; c) Categoria "E": o veículo trator deverá ser acoplado a um reboque ou semi-reboque que tenha capacidade para transportar, no mínimo, 6.000 (seis mil) quilogramas de carga. § 2º - Quando se tratar de candidato à Categoria "A", deve ser levada em consideração a classe pretendida: "A.1" ou "A.2". Art. 98 - A prova prática de Direção Veicular para o candidato portador de deficiência física, será considerada prova especializada e deverá ser julgada por uma Comissão Especial, integrada por dois examinadores de trânsito e um médico, nomeada pelo Diretor do Departamento de Trânsito. Parágrafo único - O veículo destinado ao exame de Direção Veicular, no caso deste artigo, deverá estar perfeitamente adaptado segundo a indicação contida no laudo médico emitido pela Junta Especial de que trata o art. 56 desta Resolução. Art. 99 - O candidato reprovado no exame de Legislação de Trânsito ou no de Direção veicular, poderá renová-lo após 15 (quinze) dias, sendo dispensado do exame em que tenha sido aprovado.(revogados §§ 1°, 2° e 3° pela Resolução 750/90) § 1º - A renovação de que trata este artigo só poderá ser deferida uma única vez, e pelo Diretor do Departamento de Trânsito. (revogado pela Resolução 750/90) § 2º - Quando o candidato for reprovado num exame duas vezes consecutivas, só poderá inscrever-se para novos exames de Legislação de Trânsito e de Direção Veicular, decorridos três meses da reprovação. (revogado pela Resolução 750/90) § 3º - No caso do parágrafo anterior, o candidato deverá ser submetido previamente aos exames de sanidade física e mental e ao psicotécnico (psicológico). (revogado pela Resolução 750/90) TÍTULO VII - DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO Art. 100 - A Carteira Nacional de Habilitação será expedida em caráter permanente, de acordo com o modelo único previsto no Anexo I desta Resolução. (Veja alteração introduzida pela Resolução 07/98) § 1º - A Carteira Nacional de Habilitação será expedida pelos Departamentos de Trânsito em nome do Conselho Nacional de Trânsito, e somente produzir seus efeitos legais mediante a apresentação do documento de identidade expressamente reconhecido pela legislação federal. (redação dada pela Resolução 765/93) § 2º - A Carteira Nacional de Habilitação terá um número de série com 9 (nove) dígitos préimpressos, sem repetição em todo o território nacional, precedido da sigla indicativa da Unidade da Federação expedidora. Art. 101 - A Carteira Nacional de Habilitação será confeccionada por empresas especializadas, inscritas no cadastro de fornecedores do Departamento Nacional de Trânsito, com capacidade técnica comprovada para atenderem aos requisitos e especificações exigidos no Anexo II desta Resolução. § 1º - Os Departamentos de Trânsito deverão solicitar, previamente autorização específica, ao Departamento Nacional de Trânsito, para a confecção da Carteira Nacional de Habilitação. § 2º - Fica o Departamento Nacional de Trânsito autorizado a baixar instruções relativas à autorização mencionada no parágrafo anterior, ao controle, à atribuição e à distribuição das séries numéricas da Carteira Nacional de Habilitação. Art. 102 - O número de registro atribuído ao condutor de veículo terá caráter permanente, devendo ser mantido em todos os casos de emissão de outra Carteira Nacional de Habilitação, que deverá ser preenchida de acordo com as instruções previstas no Anexo III desta Resolução. § 1º - O número de registro atribuído ao condutor de veículo ter 9 (nove) dígitos, sem repetição em todo o território nacional, constituindo-se o último algarismo em um dígito de verificação. § 2º - Caberá ao Departamento Nacional de Trânsito o controle, a atribuição e a distribuição das séries numéricas de registro mencionadas neste artigo, a serem adotadas para cada Departamento de Trânsito. Art. 103 - Fica proibida a plastificação da Carteira Nacional de Habilitação, a qual poderá ser acondicionada em invólucro que não lhe seja aderente. Art. 104 - O condutor de veículo automotor inscrito como doador no Banco de Olhos, poderá solicitar ao Departamento de Trânsito, mediante apresentação de documento comprobatório, a anotação de tal condição no campo da Carteira Nacional de Habilitação destinado a "OBSERVAÇÕES". Parágrafo único - Desejando o condutor doar outros órgãos, tal condição poderá ser consignada também no campo destinado a "OBSERVAÇÕES". Art. 105 - O condutor que transferir seu domicílio, apresentar sua Carteira Nacional de Habilitação ou encaminhará cópia reprográfica da mesma, através de correspondência registrada, à repartição de Trânsito com jurisdição sobre a localidade onde residir, ou na mais próxima dela, para fins de registro, no prazo de 30 (trinta) dias imediatamente seguintes à sua transferência domiciliar, indicando seu novo endereço. § 1º - A averbação do registro consistirá na anotação dos dados constantes da Carteira Nacional de Habilitação e do endereço do condutor. § 2º - Feita a anotação mencionada no parágrafo anterior, o Departamento de Trânsito fornecerá ao condutor o comprovante da averbação do registro. Art. 106 - O Departamento de Trânsito que jurisdicionar a localidade do novo domicílio do condutor solicitar ao seu congênere que tenha expedido e registrado a Carteira Nacional de Habilitação, cópia desse registro (prontuário). § 1º - O Departamento de Trânsito que jurisdicionar a localidade do domicílio anterior, remeterá cópia do registro (prontuário) de habilitação do condutor ao seu congênere do novo domicílio, no prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento da solicitação. § 2º - Inexistindo ficha do registro de habilitação (prontuário) o Diretor do Departamento de Trânsito deverá diligenciar a apuração das responsabilidades, adotando providências para esclarecimento do fato. Art. 107 - O condutor que deixar de apresentar sua Carteira Nacional de Habilitação quando se transferir de domicílio para localidade sob jurisdição de outro Departamento de Trânsito, ou deixar de indicar o seu endereço quando se transferir de domicílio dentro da mesma área de jurisdição do órgão que o expediu ou averbou o registro desse documento nos 30 (trinta) dias seguintes à sua chegada no novo domicílio, fica sujeito à multa prevista no Art. 111, do Código Nacional de Trânsito. Art. 108 - A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilitação dar-se-á nos seguintes casos: I - Em conseqüência de aprovação quando o condutor revalidar os exames de sanidade física e mental, e, psicotécnico (psicológico) conforme disposto nos arts. 57 e 65, desta Resolução. II - Quando da mudança de nome do condutor; III - Quando houver extravio ou danificação da Carteira Nacional de Habilitação; IV - Quando ocorrer alteração a ser consignada no campo da Carteira Nacional de Habilitação destinado à categoria; V - Quando o condutor tendo sua Carteira Nacional de Habilitação cassada, se reabilitar para a condução de veículo automotor. § 1º - A emissão da 2ª via da Carteira Nacional de Habilitação será efetuada mediante a simples solicitação do interessado, independentemente de comprovação de sua perda ou extravio ou de publicação na Imprensa. § 2º - No caso do parágrafo anterior, o Departamento de Trânsitos, quando assim o entender, poderá condicionar a emissão da 2º via à declaração firmada pelo interessado, sob as penas da lei. TÍTULO VIII - DA AUTORIZAÇÃO PARA CONDUZIR CICLOMOTORES Art. 109 - Aos condutores de veículos da categoria CICLOMOTORES, equiparados nos termos da Resolução nº 657/87-CONTRAN, quando em circulação nas vias terrestres abertas ao público, exigir-se-á a observância das Regras Gerais de Circulação, ficando subordinados aos mesmos Deveres e Proibições, previstos no Código Nacional de Trânsito, no que couber. Art. 110 - Para circulação dos ciclomotores no território nacional, na forma do artigo precedente, é obrigatório o porte da "AUTORIZAÇÃO PARA CONDUZIR CICLOMOTORES" Anexo V desta Resolução - que deverá ser concedida com as seguintes cautelas legais: I - Ser o condutor maior de 18 (dezoito) alunos; II - Ser o ciclomotor licenciado pelo órgão de trânsito com jurisdição sobre o município de domicílio ou de residência de seu proprietário; III - Ser proibida a circulação em rodovias. Parágrafo único - Os Conselhos de Trânsito das Unidades da Federação regulamentarão, em suas respectivas jurisdições, a autorização de que trata este artigo, com validade exclusivamente local. Art. 111 - As infrações praticadas pelos condutores de ciclomotores, autorizados a conduzir conforme disciplinado nesta Resolução, terão os correspondentes valores das multas estabelecidos pelos Conselhos de Trânsito das Unidades da Federação, homologados pelo Conselho Nacional de Trânsito. TÍTULO IX - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 112 - Os exames de sanidade física e mental, realizados na conformidade do estabelecido na Resolução nº 563/80-CONTRAN e no art. 13, do Anexo III, da Resolução 564/80-CONTRAN, a partir da data final da sua validade, deverão ser renovados de acordo com a norma constante dos artigos 57 e 65, desta Resolução. Art. 113 - A Escola, bem como os Diretores e Instrutores respectivos, os Instrutores Autônomos e os Instrutores Especiais que sofrerem penalidades por faltas previstas nesta Resolução, poderão solicitar ao Diretor do Departamento de Trânsito - autoridade coatora - reconsideração do ato. § 1º - O pedido de reconsideração do ato poderá ser feito no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do conhecimento comprovado na penalidade aplicada. § 2º - Denegado o pedido de reconsideração do ato, poderá o penalizado, nos 30 (trinta) dias seguintes da denegação, recorrer para o Conselho de Trânsito da Unidade da Federação, em primeira instância, e, para o Conselho Nacional de Trânsito em segunda e última instância. Art. 114 - Os candidatos à habilitação para a condução veicular, que se julgarem prejudicados nos exames de sanidade física e mental ou no exame psicotécnico (psicológico) poderão solicitar novos exames ao Diretor do Departamento de Trânsito, uma única vez. § 1º - O pedido para novos exames deverão ser acompanhado de razões comprobatórias e deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias do conhecimento, pelo candidato, do resultado do exame anterior. § 2º - O Diretor do Departamento de Trânsito, em face das razões apresentadas e julgadas procedentes, nomeará uma Comissão Especial de 3 (três) membros para os exames correspondentes de sanidade física e mental ou psicotécnico (psicológico). § 3º - O resultado dos exames realizados na forma do parágrafo anterior é irrecorrível. Art. 115 - A incapacidade para dirigir veículo automotor, declarada no laudo médico expedido pelos órgãos previdenciários para o condutor contribuinte, com vínculo empregatício ou não, será notificado pelo Departamento de Trânsito mediante o recebimento da necessária comunicação do fato. § 1º - O condutor de que trata o "caput" deste artigo deverá recolher a Carteira Nacional de Habilitação ao Departamento de Trânsito, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data do laudo médico. § 2º - Cessada a incapacidade para dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação será restituída ao interessado, na conformidade do laudo médico expedido pelo órgão previdenciário e ratificado pelo Serviço Médico do Departamento de Trânsito, que julgará da possibilidade do condutor continuar dirigindo ou não. § 3º - Se a incapacidade for definitiva, o Diretor do Departamento de Trânsito recolherá a Carteira Nacional de Habilitação em definitivo, cassando do condutor incapacitado o direito de dirigir. Art. 116- Pela inobservância do disposto no art. 103 desta Resolução, fica o infrator sujeito à penalidade constante do art. 111 do Código Nacional de Trânsito e art. 198 do seu Regulamento. Art. 117 - Caberá ao Departamento Nacional de Trânsito, fiscalizar o cumprimento das normas desta Resolução. Art. 118 - A inobservância dos preceitos contidos nesta Resolução sujeitará as autoridades de trânsito a terem suspensa a delegação para expedição da Carteira Nacional de Habilitação. Parágrafo único - Oferecidas, a seu juízo, garantias de observância das normas legais, o Conselho Nacional de Trânsito revogará o ato de cassação da delegação de que trata este artigo. Art. 119 - Integram esta Resolução os Anexos I, II, III, IV, V e VI. Art. 120 - Revogam-se as Resoluções, nºs 595/81, 600/82, 618/83, 625/83, 627/83, 646/85, 670/87 e demais disposições em contrário. Art. 121 - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. Brasília, 31 de julho de 1989. Roberto Salvador Scaringella Presidente Gonçalo Rafael D'Ângelo Relator Publicado no D.O. de 03/08/89. - ANEXO I (Alterado pela Resolução 765/93) MODELO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO - ANEXO II (Alterado pela Resolução 765/93) ESPECIFICAÇÕES CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO l - DIMENSÕES: altura = 67mm largura = 203mm 2 - IMPRESSÕES: 2.1 - TARJA -Talho doce, cor azul 2.2 - FUNDO - "off-set" nas cores azul e laranja em tonalidades claras em Íris, contendo no centro as Armas da República Federativa do Brasil, fundo numismático com as palavras "MINISTÉRIO DA JUSTIÇA", sensível à raspagem e a reagentes químicos. 2.3 - TEXTO - "off-set" na cor negra. 2.4 - UF e Nº - tipográfica, com série numérica contendo 9 (nove) dígitos. 2.5 - PAPEL - de segurança, que contenha em sua massa filigranas ou fibras coloridas, 94g/m2. - ANEXO III (Alterado pela Resolução 765/93) INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO 1 - O anverso da Carteira Nacional de Habilitação conterá: 1.1 - NOME: atribuir o nome completo (se possível) do condutor. 1.2 - CATEGORIA: indicar a(s) letra(s) correspondentes à(s) categorias na(s) qual(is) o condutor se encontra habilitado. 1.3 - Nº REGISTRO: atribuir o número de registro do condutor, mencionado no art. 102 desta Resolução. 1.4 - ASSINATURA DO EXPEDIDOR: assinatura ou chancela da autoridade de trânsito expedidor. 2 - O verso da CNH conterá: 2.1 - DATA DE NASCIMENTO: atribuir a data de nascimento do condutor, conforme o registro do documento de identidade. 2.2 - DATA DA PRIMEIRA HABILITAÇÃO: atribuir a data correspondente à primeira habilitação do condutor em qualquer categoria. 2.3 - DATA DA EXPEDIÇÃO: atribuir a data em que foi expedida a Carteira Nacional de Habilitação. 2.4 - EXAME DE SAÚDE VÁLIDO ATÉ: atribuir a data da prescrição da validade do exame de saúde do condutor, conforme critérios estabelecidos nos arts. 57 e 65 desta Resolução. 2.5 - OBSERVAÇÃO: Serão indicadas as restrições referentes ao condutor e as adaptações obrigatórias às quais está sujeita o veículo, em se tratando de deficientes físicos, bem como os casos previstos no art. 104 e seu parágrafo único da presente Resolução, e, ainda, a inscrição "TRANSPORTADOR DE CARGAS PERIGOSAS" quando se tratar de condutor de veículo automotor utilizado no transporte rodoviário de produtos perigosos. - A N E X O IV NORMAS REGULADORAS DOS CURSOS PARA DIRETOR GERAL, DIRETOR DE ENSINO, INSTRUTORES E EXAMINADORES DE TRÂNSITO. 1. DOS CURSOS 1.1 - Em cada Departamento de Trânsito deverão funcionar os seguintes Cursos, visando à formação das seguintes especialidades: a) Diretor Geral de Escola de Formação de Condutores; b) Diretor de Ensino de Escola de Formação de Condutores; c) Instrutores de Escola de Formação de Condutores; d) Instrutores Autônomos; e) Examinadores de Trânsito. 2. DO DESENVOLVIMENTO DOS CURSOS 2.1 - Nos Cursos de que trata o item anterior, deverão ser desenvolvidos: a) O ensino teórico, técnico, prático e especializado em cada setor de atividades; b) A educação ética, o aprimoramento das aptidões intelectuais e o desenvolvimento da personalidade, indispensável àqueles que se dedicam à formação do condutor de veículo automotor. 3. DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS 3.1 - A organização administrativa e escolar dos Cursos obedecerá as diretrizes baixadas pelo Diretor do Departamento de Trânsito. 4. DAS MATÉRIAS CURRICULARES 4.1 - São as seguintes as matérias dos Cursos de que trata o sub-item 1.1: I - CURSO DE INSTRUTOR DE ESCOLA E AUTÔNOMOS a) Legislação de Trânsito; b) Noções de Engenharia de Trânsito; c) Noções de Medicina de Trânsito; d) Mecânica de veículo automotor; e) Técnica de Ensino e Didática; f) Regras de Circulação; g) Prevenção de Acidentes; h) Relações Públicas e Humanas; i) Orientação Educacional. II - CURSO DE DIRETOR GERAL E DE ENSINO a) As matérias curriculares do Curso de Instrutores; b) Administração Escolar; c) Chefia e Liderança; d) Noções de Psicologia Educacional. III - CURSO DE EXAMINADOR DE TRÂNSITO a) As matérias curriculares do Curso de Instrutor; b) Técnicas de avaliação; c) Psicologia aplicada à Segurança do Trânsito. 5. DA REGÊNCIA 5.1 - As matérias que constituem o currículo de cada Curso, deverão ser ministradas por pessoas de capacidade compatível com o grau do ensino correspondente. 5.2 - Cabe ao Diretor do Departamento de Trânsito a escolha dos regentes necessários e a respectiva nomeação. 6. DA MATRÍCULA 6.1 - São condições para a efetivação da matrícula nos Cursos referidos no sub-item 1.1: I - NO CURSO DE INSTRUTOR a) Ser habilitado, pelo menos, na Categoria "B". b) Escolaridade comprovada de 1º grau; c) Aprovação no exame psicológico para fins pedagógicos. II - NO CURSO DE DIRETOR GERAL E DE ENSINO a) Ser habilitado, pelo menos, na Categoria "B"; b) Escolaridade comprovada de 2º grau; c) Aprovação no exame psicológico para fins de administração escolar. III - NO CURSO DE EXAMINADOR DE TRÂNSITO a) Ser habilitado, pelo menos, na Categoria "B" b) Escolaridade comprovada de 2º grau; c) Aprovação no exame psicológico para fins de avaliação escolar. 6.2 - O Diretor do Departamento de Trânsito determinará o trancamento da matrícula em qualquer Curso quando o aluno: a) praticar atos contra o patrimônio, a fé pública, os costumes e a moralidade; b) não completar o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária de aulas a que estiver sujeito; c) não demonstrar, durante o curso, os requisitos necessários ao exercício da função para a qual se candidatou. 7. DA CARGA HORÁRIA (veja nova redação dada pela Resolução 773/93) 7.1 - É a seguinte a carga horária de cada Curso: a) Curso de Instrutor........................................120 horas/aula; b) Curso de Diretor-Geral e de Ensino............132 horas/aula; c) Curso de Examinador...................................132 horas/aula. 8. DO REGIME ESCOLAR 8.l - O aluno de qualquer dos cursos de que se trata este Anexo está sujeito ao regime escolar estabelecido pelo Diretor do Departamento de Trânsito, assim como às normas administrativas que regem o funcionamento do órgão. 9. DOS EXAMES FINAIS 9.1 - Ao final de cada Curso, serão aferidos os conhecimentos adquiridos pelos alunos, mediante uma prova escrita e uma prova prático-oral. a) na prova escrita, o aluno deverá responder a 5 (cinco) perguntas de cada disciplina curricular e fazer uma dissertação com o mínimo de 15 (quinze) linhas sobre assunto sorteado. b) a prova prático-oral será constituída por uma apresentação oral durante 10 (dez) minutos sobre assunto sorteado, quando será apreciado o conhecimento didato-pedagógico do examinando. 9.2 - Será considerado aprovado o aluno que obtiver o grau mínimo de 7 (sete) em cada uma das provas, na escala de 0 (zero) a 10 (dez). 10 - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 10.1 - Com base nos dispositivos deste Anexo, o Diretor do Departamento de Trânsito baixará as necessárias instruções para o funcionamento administrativo e escolar dos Cursos. 10.2 - As provas finais de cada Curso serão realizadas por uma Comissão integrada por 3 (três) especialistas em trânsito, designados pelo Diretor do Departamento de Trânsito. 10.3 - Após a publicação do resultado dos exames, o Diretor do Departamento de Trânsito poderá no prazo de 3 (três) dias conceder “VISTA” das provas escritas. 10.4 – Aos alunos que concluírem com aproveitamento os respectivos Cursos, o Diretor do Departamento de Trânsito emitirá o Certificado de Habilitação, com validade em todo o território nacional. 10.4.1. – O Certificado de Habilitação do Examinador de Trânsito deverá consignar a Categoria em que está habilitado, para efeito da participação nas Comissões de Exame de Direção Veicular. - ANEXO V (Título VII – Art. 110) AUTORIZAÇÃO PARA CONDUZIR CICLOMOTORES A impressão deverá ser feita emj papel fiduciário contra falsificação. A tarja deverá ser em alto relevo de cor laranja. O fundo terá impressão antefotográfica em cor azul e conterá no centro o emblema da República em marca d’água em cor azul escura. O texto deve ser em cor preta. Frente Verso Änexo VI (Título III – art. 42, § 3°) AUTORIZAÇÃO PARA ESTRANGEIRO DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR NO BRASIL A impressão deverá ser feita em papel fiduciário, contra falsificação. A tarja será em alto relevo em cor laranja e os dísticos, nela inseridos, em negativo. O fundo terá impressão antefotográfica em cor azule conterá ao centro emblema da Repúblcia em marcas d’água, cor azul escuro. O texto deverá ser em cor preta.