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CLIPPING DE NOTICIAS DEL PARLASUR
CLIPPING DE NOTICIAS DO PARLASUL
28 de Febrero a 2 de Marzoo de 2015
28 de Fevereiro a de Março de 2015
La Selección de Noticias del MERCOSUR reúne notas de prensa de distintas fuentes. Esta Selección
no refleja la opinión ni posición oficial del Parlamento del MERCOSUR; su contenido es incluido sólo
como una referencia a los visitantes de nuestra página en Internet.
A seleção de notícias do MERCOSUL reúne notícias de imprensa de distintas fontes. Esta seleção
não reflete a opinião e posição oficial do Parlamento do MERCOSUL, sendo apenas uma referência
aos visitantes do nosso site.
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ÍNDICE
BRASIL
 Editorial: Nota madura
 É preciso analisar a mídia, diz representante do Mercosul
 Após posse no Uruguai, Tabaré Vázquez se reunirá com Dilma
PARAGUAY




Cartes afirma que Paraguay y Uruguay deben quererse
Tabaré Vázquez se reunirá esta tarde con Dilma Rousseff
Dice que la política argentina impide marcha del Mercosur
Mujica y Rousseff ven en la matrícula común del Mercosur un
avance en integración
 Stroessner tenía razón
 Argentina, traba mayor para el Mercosur
 Critican falta de postura en Diputados sobre Venezuela
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URUGUAY

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
"Vamos a bajarle los decibeles"
El hombre monstruoso. José Mujica
Mirando al futuro GUILHERME CASARÕES
"El gran desafío de Uruguay a futuro es apostar a la calidad"
Lorenzo Caliendo
Venezuela
 Venezuela asumió presidencia del Parlamento del Mercosur
 Canciller: Venezuela aboga por la solución pacífica de conflictos
 Rousseff y Mujica inauguran Parque Eólico Artilleros
 Venezuela asumió presidencia del Parlasur
 Dirigentes de partidos políticos europeos rechazan acciones
injerencistas contra Venezuela
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Brasil – Folha.com
Editorial: Nota madura
Ainda que com anos de atraso e escondida sob cacoetes diplomáticos, é
bem-vinda a mudança de tom do Brasil em relação à escalada autoritária
na Venezuela.
Ao afirmar, em nota publicada na terça-feira (24), que está preocupado
com medidas "que afetam diretamente partidos políticos e
representantes democraticamente eleitos", o Itamaraty enfim demonstra
discordar da crescente perseguição a opositores no país vizinho. No caso
mais recente, a prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio
Ledezma.
É patente a diferença em relação ao comunicado assinado pelo Brasil e
pelos demais membros do Mercosul um ano atrás. Na época, o bloco
transformou a onda de protestos oposicionistas em "ações criminosas de
grupos violentos que querem disseminar a intolerância e o ódio",
endossando, sem mais nem menos, o discurso maniqueísta do presidente
Nicolás Maduro.
Na atual agudização da crise, o Mercosul ainda não se manifestou, o que
sugere uma cisão interna do grupo de países a respeito dos desmandos do
aprendiz de caudilho.
O Itamaraty, de todo modo, não ficou parado, e seu discurso em boa hora
se descolou daquele reproduzido pelo PT. O partido da presidente Dilma
Rousseff avaliza as pouco consistentes denúncias de golpe feitas por
Maduro e prefere ignorar que a crise decorre de anos de política
econômica suicida e do projeto autoritário chavista.
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Rompida essa barreira, o Brasil, respeitando a etiqueta internacional,
deveria pressionar o governo venezuelano a assegurar que as eleições
parlamentares no segundo semestre deste ano (sem data definida)
transcorram da forma mais livre e democrática possível.
Com a popularidade de Maduro rondando 22%, as fileiras chavistas
decerto consideram desvirtuar o pleito. Não por acaso, José Mujica, líder
esquerdista uruguaio e aliado de Maduro, manifestou preocupação com a
possibilidade de um "golpe militar de esquerda".
Embora o sistema de votação venezuelano seja confiável, as recentes
campanhas eleitorais têm sido manchadas por mudanças casuísticas das
regras do jogo e pelo abuso da máquina estatal.
Se o Itamaraty atuar para impedir a repetição dessa rotina, terá dado um
passo importante no sentido de mostrar que o compromisso do Brasil com
a democracia está acima de adesões ideológicas.
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Brasil – Folha.com
É preciso analisar a mídia, diz representante do Mercosul
Isabel Fleck – de São Paulo
Se o Mercosul for analisar uma possível ruptura da ordem democrática na
Venezuela, após as prisões de opositores do governo, será preciso
também avaliar se a mídia no Brasil está se "comportando
democraticamente".
A opinião é de Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, que assumiu na quarta (25)
como representante-geral do Mercosul, espécie de coordenador do bloco
formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Até janeiro,
era deputado federal pelo PT-PR.
Ele diz que é a Unasul, entidade que reúne os países sul-americanos, que
tem que se posicionar politicamente.
Isso apesar de o Mercosul ter atuado em 2012 para suspender o Paraguai
invocando a "cláusula democrática" do bloco, por ruptura democrática. O
motivo foi o impeachment que tirou o presidente Fernando Lugo do
poder em menos de dois dias.
*
Folha - Quando houve processo de impeachment no Paraguai, o
Mercosul suspendeu o país do bloco por ruptura da ordem democrática.
Isso não se aplica à Venezuela agora?
Dr. Rosinha - A minha posição é que a Unasul tem que se reunir e se
debruçar sobre esse debate.
Por que não o Mercosul?
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Porque na Unasul estão todos os países da América do Sul. Eu não acho
que cada país tenha que tomar posições em relação à Venezuela,
tampouco o Mercosul. À Unasul, sim, cabe esse papel político. Ela se
manifestou sobre Paraguai, Honduras, Bolívia, a crise Equador-Colômbia.
Mas o Mercosul suspendeu o Paraguai em 2012.
Apesar de estar representando os países, não tive nenhuma reunião com
o grupo dos chanceleres, não posso falar por eles.
O sr. acredita que os chanceleres devem se reunir para avaliar se houve
ruptura?
Desculpe, mas agora eu vou falar a minha posição pessoal: então teria que
ser avaliada a mídia no Brasil também. Vamos avaliar a mídia no Brasil, se
ela está se comportando democraticamente? E é o ex-deputado Dr.
Rosinha que está falando agora. Teria que ser discutida também então a
[situação] do Brasil, do Paraguai, da Argentina, a do Uruguai.
O presidente uruguaio José Mujica criticou países do bloco por não
estarem empenhados na integração. Há falta de comprometimento?
Meu objetivo é fazer a construção do Mercosul e, se existir dificuldade
interna ou na relação bilateral entre países, trabalhar para superá-la.
O recente acordo comercial entre Argentina e China é uma ameaça às
relações comerciais no bloco?
Pedi um estudo sobre relações comerciais dos países com a China, mas
boa parte da importação e da exportação dentro do bloco se mantém alta.
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Brasil – O Globo
Após posse no Uruguai, Tabaré Vázquez se reunirá com Dilma
Vázquez assumiu neste domingo a presidência do Uruguai.
Presidente brasileira viajou para Montevidéu para acompanhar posse.
EFE
O recém empossado presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, manterá na
tarde deste domingo (1º) uma reunião bilateral com a presidente Dilma
Rousseff, que viajou para Montevidéu para assistir ao ato de posse do
novo governante.
Tabaré Vázquez assumiu neste domingo a presidência do Uruguai (Foto:
Andres Stapff/Reuters)
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Meios de comunicação locais informaram que Vázquez deve também se
reunir com os representantes dos governos da França e Japão que foram à
cerimônia de Transmissão do Comando Presidencial.
Dilma manteve no sábado uma acirrada agenda na região de Colônia,
onde participou da inauguração de um parque eólico com o anterior
presidente do Uruguai, José Mujica, com o qual posteriormente foi à
apresentação da matrícula veicular Mercosul.
Vázquez assumiu seu segundo mandato como presidente do Uruguai após
jurar neste domingo o cargo perante a Assembleia Geral, reunida no
Palácio Legislativo.
No sábado, Dilma Roussef e José Mujica inauguraram parque eólico
(Foto: Carlos Pazos/Reuters)
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Paraguay – Última Hora
Cartes afirma que Paraguay y Uruguay deben quererse
Acto. Horacio Cartes con su hija Sofía, junto a Raúl Castro y Dilma Rousseff, en la
toma de mando de Tabaré Vázquez.
El presidente de la República, Horacio Cartes, participó ayer de la
ceremonia de asunción al mando presidencial del presidente uruguayo
Tabaré Vázquez, quien asumió en reemplazo de José Pepe Mujica, y
cuando se retiraba de la Plaza de la Independencia declaró a los medios de
prensa que Paraguay y Uruguay tienen la obligación de quererse siempre,
en alusión a la tensión pasada generada tras el juicio político a Fernando
Lugo que generó la suspensión dentro del Mercosur de Paraguay.
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“Creo que estuvimos un poco distanciados innecesariamente; no hay que
mirar para atrás, hay que mirar para adelante. Pero Paraguay y Uruguay
tienen la obligación de quererse siempre”, sostuvo el jefe de Estado a los
periodistas que lo abordaron al término del encuentro.
En sus declaraciones a los medios también extendió un saludo a los
paraguayos residentes en el país oriental y los uruguayos en tierra guaraní,
y habló de cuidar a las comunidades en cada país.
“Va todo mi cariño para ellos. Hablaba recién con el presidente saliente,
José Mujica, y con el entrante, Tabaré Vázquez, de que hoy tenemos
muchos uruguayos en el Paraguay y viceversa, y que no nos queda otra
cosa a los gobernantes que ponerles mucho cariño y mucha atención a
esas comunidades residentes en ambas naciones”, dijo.
Durante la ceremonia, Cartes estuvo sentado al lado del presidente de
Cuba, Raúl Castro, y la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff. También
participaron de los actos de asunción de Vázquez, el rey Juan Carlos de
España, la presidenta chilena, Michele Bachellet; el peruano Ollanta
Humala, el ecuatoriano Rafael Correa, el vicepresidente argentino, Amado
Boudou, el secretario general de la Unasur, Ernesto Samper, y todos los ex
presidente uruguayos que gobernaron desde 1985.
Según el servicio de prensa de Cartes, el mandatario tuvo la ocasión de
conversar con la mayoría de sus pares y con el rey Juan Carlos de España
sobre las relaciones bilaterales y los proyectos de integración.
viaje. El mandatario viajó a Montevideo, Uruguay, acompañado de su hija
Sofía, así como también su secretario general del Gabinete Civil, Juan
Carlos López Moreira; el asesor Óscar Vicente Scavone; el asesor político
Darío Filártiga; el edecán Raúl Alderete y el jefe de seguridad, Daniel
Falcón.
Llegó a Montevideo a las 8.30 (una hora más que Paraguay), y se retiró
con destino a Asunción a las 13.30 hora local.
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Cartes se despidió de Tabaré en la Plaza de la Independencia, que estaba
colmada de gente que aplaudía y coreaba el nombre del presidente
entrante, quien por segunda vez asume el poder en Uruguay.
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Paraguay – Última Hora
Tabaré Vázquez se reunirá esta tarde con Dilma Rousseff
La presidenta brasileña, Dilma Rousseff. EFE/Archivo
Montevideo, 1 mar (EFE).- El recién nombrado presidente de Uruguay,
Tabaré Vázquez, mantendrá en la tarde de hoy una reunión bilateral con la
presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, que acudió a Montevideo para asistir
al acto de investidura del nuevo gobernante.
Medios locales informaron de que Vázquez tiene previsto también
reunirse con los representantes de los Gobiernos de Francia y Japón que
acudieron a la ceremonia de Transmisión del Mando Presidencial.
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Rousseff mantuvo ayer una apretada agenda en la región de Colonia,
donde participó en la inauguración de un parque eólico junto al anterior
presidente de Uruguay, José Mujica, con el que posteriormente acudió a la
presentación de la matrícula Mercosur.
Vázquez asumió su segundo mandato como presidente de Uruguay
después de prometer hoy el cargo ante la Asamblea General, reunida en el
Palacio Legislativo.
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Paraguay – Última Hora
Dice que la política argentina impide marcha del Mercosur
El presidente de Uruguay, José Mujica, afirmó que el anticuado modelo de
política interna de Argentina, “típico de 1960”, crea problemas para el
desarrollo del Mercado Común del Sur (Mercosur), pese a que la nación
vecina “ha hecho gestos” para mejorar la integración.
“Argentina está metida en un proyecto, en mi opinión, muy cerrado, y eso
tiene consecuencias en la región”, aseguró el veterano mandatario al
diario uruguayo El País.
Al respecto, Mujica definió el proyecto político del país vecino como
“típico de 1960, por tomar una fecha”, mientras que, a su juicio, Uruguay
se encuentra “en la época de la integración”.
“Creo que esa política interna de la Argentina nos crea problemas para el
desarrollo y el Mercosur”, incidió el presidente uruguayo sobre el devenir
del bloque comercial que ambas naciones del Río de la Plata integran
junto a Brasil, Paraguay, Venezuela y Bolivia. No obstante, Mujica señaló
que eso no significa que Argentina “no haya hecho gestos”, porque,
destacó “ha hecho muchos”, pero “tiene la imposición del modelo que
asumió, y eso resulta contradictorio con la integración del Mercosur”,
lamentó.
“Alguna vez me he peleado con la presidenta argentina y difícilmente
haya alguien que haya sido tan duro en una pelea como yo, pero no es
cuestión de sacarse la bronca”, admitió el presidente uruguayo, tras
indicar la importancia de cultivar una buena relación bilateral. efe
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Paraguay – Última Hora
Mujica y Rousseff ven en la matrícula común del Mercosur un avance en
integración
Fotografía cedida por la Presidencia de Uruguay hoy, sábado 28 de febrero
de 2015, que muestra a la mandataria brasileña, Dilma Rousseff (d) y al
saliente presidente uruguayo, José Mujica, mientras participan en una
rueda de prensa en la estancia presiden
Montevideo, 28 feb (EFE).- El presidente saliente de Uruguay, José Mujica,
y la mandataria brasileña, Dilma Rousseff, coincidieron en que la matrícula
vehicular común de los países del Mercosur, que hoy presentaron en la
ciudad uruguaya de Colonia, supone un paso "importante" hacia una
mayor integración regional.
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En un acto que tuvo lugar en la Estancia Presidencial de Anchorena, en
Colonia, los presidentes presentaron la nueva matrícula del Mercosur con
la que se empadronarán los vehículos de los países que conforman el
bloque (Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela).
"Ojalá que esta concreción abra la puerta a sucesivos gestos en común
que tengamos que ir discutiendo hasta llegar, algún día, a debatir
cuestiones económicas, siempre determinantes para un proceso de
integración", dijo Mujica.
El mandatario uruguayo, a escasas horas de entregar la Presidencia a
Tabaré Vázquez, comentó que la integración es clave "en un mundo que
se globaliza y en el que, paradójicamente", la región está
"institucionalmente" muy fragmentada.
Mujica se mostró, sin embargo, preocupado por el futuro del Mercosur,
cuya implementación ve amenazada, según indicó, por "los localismos de
los distintos municipios y países con organización federal".
"Si podemos superar esas pequeñas dificultades estaremos más
capacitados para transitar otras etapas, porque algún día tendremos que
discutir hasta la política fiscal y cómo converge lo monetario", manifestó.
Por su parte, Rousseff identificó la iniciativa como "un paso importante en
el camino de la integración, que debe ser seguido de otros para que se
pueda consolidar".
"Se dio un primer acto y ahora hay que caminar hacia adelante", añadió la
mandataria, que llegó hoy a Uruguay para asistir a la ceremonia de
investidura de este domingo de Tabaré Vázquez.
Uruguay será el primero que empadronará sus vehículos con la placa del
Mercosur.
"No me parece secundario identificar en una forma en común todos los
vehículos que circulan en la región, pues puede ahorrar mucho trabajo y
ser una señal de identidad interesante", sostuvo Mujica.
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La medida pretende mejorar la regulación del tránsito de vehículos por los
países de la región, facilitar la movilidad y reforzar la institucionalidad,
según señalaron desde la Oficina de Planeamiento y Presupuesto (OPP) de
Uruguay.
Previamente, Mujica y Rousseff inauguraron hoy el Parque Eólico
Artilleros, en a la localidad uruguaya de Tarariras (Colonia).
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Paraguay – ABC Color
Stroessner tenía razón
Por Jorge Rubiani
Había sido. Porque cuando los demócratas del mundo se solidarizaban con
los reclamos de justicia y libertad ausentes en el Paraguay en épocas del
tirano, este o cualquiera de sus panegiristas la calificaban como una
“intervención en los asuntos internos del país”. El mismo argumento que
anteponen hoy los perseguidos políticos paraguayos de antes, cuando se
omiten de manifestar condena alguna por los excesos del gobierno
venezolano en contra de su pueblo.
Olvidaron estos señores por lo visto, que hoy tienen cargos, fueros y
responsabilidades, gracias a que en aquellos duros tiempos, la solidaridad
internacional contribuyó también a la tarea de desgaste y desprestigio
para el derrocamiento del tirano. Se olvidaron que cada manifestación de
apoyo llegada entonces desde el exterior para los que luchaban por la
conquista de sus libertades, desencadenaba un verdadero concurso de
“solicitadas” y declaraciones públicas desde las huestes adictas al
gobierno, justificando los desmanes y descalificando aquellas voces
solidarias. Tanto como se motejaba a los opositores locales de
“legionarios” o “antipatriotas” por ignorar la “paz y el progreso de la
República”.
Así era la cosa. ¡Y cuánto se valoraba aquel apoyo que trasponía la censura
en momentos en que nuestras manifestaciones estudiantiles eran
reprimidas por la policía; al mismo tiempo que las “huestes republicanas”
excusaban aquella brutalidad, como lo hacen hoy en Venezuela el inefable
Nicolás Maduro y su corte de chavistas. Solo cambiaron algunos nombres
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y contextos –es cierto– pero se trata del mismo menoscabo al de
pensamiento diferente, el mismo intento de disfrazar una democracia
meramente formal y absolutamente deforme. La misma democracia “sin
antichavistas” copiada de la “democracia sin comunismo” que padecimos
nosotros. La misma intolerancia... mal que les pese a los que hoy se dicen
izquierdistas por la común y exclusiva declamación de consignas “anti
imperialistas”.
La dictadura de Nicolás Maduro y el chavismo son de la misma catadura
que la de Alfredo Stroessner y su “guardia urbana”, sus “macheteros de
Santaní” o lo que inventara este para la represión de sus opositores. Se
trata del mismo delirio de mediocridad que sostuvo a nuestro
“tiranosaurio”. Haciendo notar –de paso– que si nosotros los paraguayos
no nos merecíamos esos largos años de opresión, la patria de Rómulo
Gallegos, de Arturo Uslar Pietri, de Andrés Eloy Blanco, no se merece a
este troglodita que ocupa la primera magistratura de Venezuela por el
exclusivo designio de su mentor: el no menos atrabiliario Hugo Chávez
Frías. Que las luchas de Simón Bolívar por la libertad de América no tienen
punto de comparación con “las gestas” de los que hacen escarnio de su
sagrada memoria pretendiendo una emulación imposible con el patriota. Y
esto, con el mismo interés oportunista y demagógico que la
autoproclamación de Stroessner como “el continuador de la obra de los
López”, o para adjudicársele el papel de “tercer reconstructor” o el
predestinado para “reatar los hilos de la historia”.
Para mayores similitudes entre el Paraguay de antes de 1989 y la
Venezuela actual (ignoradas todas por nuestros demócratas), lo que
ocurre en ese país es un calco de lo que tuvimos en el nuestro; desde las
multitudes fanatizadas y teñidas de rojo/chavista, hasta el
amedrentamiento a cualquier opuesto; desde la violencia bendecida de
los adictos, a la calificación de subversivos al que manifieste su
desacuerdo con el gobierno; desde la capacidad de vaticinar intentos de
asesinato o adivinar golpes de Estado (para acentuar la represión o
justificar sus propios fracasos) hasta la pauperización de cualquier
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institución encargada de dirimir las diferencias o garantizar la libre
expresión del pueblo. Desde el cierre de medios y persecución a
periodistas críticos, hasta la virulencia verbal de parte de los medios
oficiales hacia cualquiera que opinara diferente. Esos eran nuestros males
y esos son los de la Venezuela actual.
Las ideologías se han desdibujado tanto en la América de los tiempos
democráticos, que parece prevalecer solamente la afinidad de gestos y
palabras antes que la afirmación de ideales que motorizaron –desde
siempre– las luchas civiles en pos de una convivencia decente. Y tal parece
que algunos perseguidos de antaño, se olvidaron también de la
coherencia: o, la clara correspondencia entre lo que se piensa, se dice y se
hace. Valor que representa la exacta relación entre lo que sufrimos y la
justicia que reclamamos por nuestros padecimientos. Porque si a nosotros
nos arropó la solidaridad de extraños... será nuestra obligación moral
extender la nuestra hacia quienes hoy sufren lo mismo.
La distensión conceptual que hoy impide juzgar a Venezuela bajo las
“cláusulas democráticas” del Mercosur, nos arroja la última y más grave
similitud entre lo que sucede en aquel país y el Paraguay de Stroessner.
Que la misma diabólica complicidad que prohijó aquella barbaridad
llamada “Operativo Cóndor”, pretende hoy otorgar cómplice “cobertura”
a los desmanes del “compañero Maduro”. Algunos diputados “petistas” ya
inventaron el argumento de la “no intervención” en el Parlamento
brasileño. En el nuestro, algunas bancadas se despacharon con lo mismo.
Ahora solo falta que devolvamos a Venezuela a los que se refugiaron fuera
de sus fronteras. Tal como antes... No hay dudas: Stroessner tenía razón.
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Lo más importante
Por Jesús Ruiz Nestosa
SALAMANCA. Pensándolo bien, todas las cosas son “las más importantes”
y no hay nada que sea menos importante que lo otro. Suena complicado,
¿verdad? Pero no hay trampa. Lo más importante depende para cada uno
de una serie de circunstancias. Si voy caminando por la calle y piso una
bosta fresca de vaca, y entro hasta el tobillo en esa masa verde, pastosa,
maloliente, repugnante, lo más importante para mí, en ese momento,
primero limpiarme, y luego tratar de encontrar a la vaca y también al
dueño para armar el escándalo del siglo. Con un pie metido allí, poco
puede importarme lo acordado en Minsk por cuatro superpotencias, ni la
guerra de los islamitas asesinos ni los bombardeos en la ciudad de
Debáltsevo.
Esto de “lo más importante” es parecido a eso de “la gente dice” o “todo
el mundo sabe”. No existe ni “la gente” ni “todo el mundo”. Sólo existen
personas individuales que pueden decir tal o cual cosa y de lo que tienen
que hacerse responsables si es que así lo exigen las circunstancias. Por lo
tanto, tampoco existe “lo más importante” así en general y que lo engloba
todo.
Me vinieron estas ideas leyendo días atrás las declaraciones del diputado
José Ledesma, secretario de la Comisión de Relaciones Exteriores en la
Cámara Baja, cuando en una entrevista radial le preguntaron sobre lo que
está ocurriendo en Venezuela y si se pensaba adoptar una posición.
Siguiendo la ancestral costumbre de no responder directamente a lo que
se le está preguntando para referirse a cualquier otra cosa, dijo que “hay
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otras cuestiones más importantes en el sentido de cuidar y fijarse en las
cosas que ocurren dentro del país” y que “esto es lo que verdaderamente
importa”. No sé si al periodista se le ocurrió preguntarle cuáles son esas
cosas que “ocurren en el país” y qué es “lo que verdaderamente importa”,
porque de suceder cosas, suceden muchas: el equipo del Olimpia no está
rindiendo lo que sus seguidores esperan, la Asociación Paraguaya de
Fútbol está con problemas, la señora de Servín es dejada de lado en el
momento en que el Estado reparte ayudas económicas, hay semáforos
que no funcionan, en fin, suceden muchísimas cosas más y no se me
ocurre cómo ordenarlas en orden de importancia.
Si existe una comisión de Relaciones Exteriores en la Cámara de
Diputados, pienso que lo lógico es que se ocupe de las cosas que suceden
en el exterior, y no de las “cosas que ocurren dentro del país”. Si fuera así
tendría que llamarse Comisión de Sucesos Interiores. Pero a tales
declaraciones hay que agregarle que dijo que “Paraguay es un convidado
de piedra dentro del bloque regional”. ¿Sabrá este buen señor de dónde
viene el dicho y qué significa en realidad? Paraguay no es ningún
convidado de piedra, como lo fue el Comendador que acababa de matar
Don Juan Tenorio. Es miembro de todo derecho dentro del bloque en el
que, además, fue maltratado y humillado por sus vecinos a los que
terminamos apoyando para cargos en la OEA de acuerdo a una política
exterior que resulta muy difícil de entender, por ser vaga, errática y poco
convincente.
También es difícil entender el tozudo interés que muestran muchos
políticos y hasta jefes de Estado de seguir haciéndole la pelotilla a un
gobierno como el de Nicolás Maduro, ni acercarse a un país que se va
convirtiendo en un Estado fallido, como algunos de África, donde ninguna
institución funciona o, directamente, ya ni siquiera existen.
Con la inflación más alta del mundo (68,5 %) y el mayor índice de
criminalidad mundial por atrás de Honduras, en este momento Venezuela
no puede ofrecer absolutamente nada a nadie ya que en lugar de buscar y
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aplicar medidas que solucionen el espantoso caos en que se encuentra
sumergida, sus gobernantes se limitan a denunciar una apocalíptica
conspiración internacional capitaneada por España, Colombia y Miami, sin
que hayan ofrecido nunca ninguna prueba.
En un artículo aparecido en la edición de “El País” del jueves último, el
expresidente uruguayo Julio María Sanguinetti (1985-1990 y 1994-2000)
expresa su desacuerdo por este silencio cómplice de los países
latinoamericanos y recuerda la famosa cláusula del Mercosur que habla de
“la plena vigencia de las instituciones democráticas” para agregar que ella
le fue “aplicada arbitrariamente a Paraguay en junio de 2012”, mientras
que ahora, ante una situación realmente grave, todos miran hacia otro
lado. ¿O esto, para los diputados paraguayos, no es “tan” importante?
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Paraguay – ABC Color
Argentina, traba mayor para el Mercosur
Por EFE
MONTEVIDEO. El presidente de Uruguay, José Mujica, afirmó que el
anticuado modelo de política interna de Argentina, “típico de 1960” , crea
problemas para el desarrollo del Mercosur , pese a que “ha hecho gestos”
para mejorar la integración.
“Argentina está metida en un proyecto, en mi opinión, muy cerrado, y eso
tiene consecuencias en la región” , aseguró el veterano mandatario en una
entrevista publicada hoy por el diario uruguayo El País.
Al respecto, Mujica definió el proyecto político del país vecino como “
ípico de 1960, por tomar una fecha” , mientras que, a su juicio, Uruguay se
encuentra “en la época de la integración”.
“Creo que esa política interna de la Argentina nos crea problemas para el
desarrollo y el Mercosur” , incidió el presidente uruguayo sobre el devenir
del bloque comercial que ambas naciones del Río de la Plata integran
junto a Brasil, Paraguay, Venezuela y Bolivia.
No obstante, Mujica señaló que eso no significa que Argentina “no haya
hecho gestos” , porque, destacó “ha hecho muchos” , pero “tiene la
imposición del modelo que asumió, y eso resulta contradictorio con la
integración del Mercosur” , lamentó.
“Tampoco me puedo colocar en un plano neutral. Yo soy de los que
cuando Argentina juega con Alemania soy hincha de la Argentina” , explicó
el mandatario uruguayo, quien aseguró hacerle “una crítica en familia” .
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Así, admitió haber aprendido que “cuando a Argentina le va bien” , a
Uruguay le “va mejor”,, aunque “mucho uruguayo torpe que no se da
cuenta de eso”, censuró.
Mujica, quien el próximo domingo termina su mandato, trabajó durante
los últimos cinco años en mejorar la relación bilateral con Argentina y
desactivó la mayor crisis entre ambos países en varias décadas iniciada en
2006 por la instalación de una planta papelera en un río fronterizo.
“Alguna vez me he peleado con la presidenta argentina y difícilmente haya
alguien que haya sido tan duro en una pelea como yo, pero no es cuestión
de sacarse la bronca”, admitió el presidente uruguayo, tras indicar la
importancia de cultivar una buena relación bilateral para no poner trabas
al turismo de la costa uruguaya.
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Paraguay – ABC Color
Critican falta de postura en Diputados sobre Venezuela
El diputado colorado Óscar Tuma criticó ayer a varios de sus colegas
porque hasta el momento no quieren emitir una postura sobre la crítica
situación que vive Venezuela. Indicó que los legisladores de izquierda
sostienen que se incurriría en una “intromisión”. El jueves 5 de marzo, en
la primera sesión ordinaria del año, se trataría el proyecto de declaración.
Tuma había planteado en la sesión extraordinaria de la Cámara de
Diputados del martes pasado emitir un proyecto de declaración acerca de
la situación política en Venezuela y, en particular, exigió la libertad de
“presos políticos”.
La solicitud del legislador colorado se derivó finalmente a comisiones
debido a que, por norma, no es posible aprobar este tipo de proyectos en
sesiones extraordinarias. “Solicitamos la liberación de los presos políticos
de Venezuela (…) Es un mensaje unánime de la comunidad internacional”,
expresó Tuma durante el debate generado en torno a su propuesta.
La diputada de izquierda Rocío Casco (Avanza País), cuestionó el
planteamiento de Tuma al decir que la declaración de Diputados sería algo
completamente “innecesario e imprudente”. Para ella, la verdadera razón
de este proyecto es el “sesgo ideológico” en torno a Venezuela. Agregó
también que se estaría incurriendo en una “intromisión en los asuntos
internos”.
Tuma recordó nuevamente ayer que la declaración del Poder Legislativo
no representa ninguna intromisión como quiere hacer creer Casco porque
el Congreso es una institución política. Indicó que al Ejecutivo le cabe ser
más cauteloso porque maneja las relaciones internacionales.
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“Perdió oportunidad”
Tuma lamentó que la Cámara de Diputados de Paraguay perdió la brillante
oportunidad de ser el primer cuerpo legislativo en manifestarse en el
Mercosur sobre Venezuela.
Indicó que el Congreso de Brasil le ganó de mano a los demás socios de la
región al aprobar el miércoles una moción de repudio a la actuación del
Gobierno de Venezuela por el “quebrantamiento de los principios
democráticos, con ofensas a las libertades individuales y al debido
proceso”.
Cancillería espera
El canciller Eladio Loizaga declaró ayer a la mañana a la 780 AM que
Paraguay “está preocupado” por la situación de Venezuela, pero indicó
que esperará el informe de los ministros de Relaciones Exteriores de
Brasil, Ecuador y Colombia para emitir una postura oficial como bloque
sudamericano.
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Uruguay – El País
"Vamos a bajarle los decibeles"
Paula Barquet / Gonzalo Terra
Una retirada en paz. Para los últimos días de su presidencia José Mujica
elige reconocer errores y relativizar sus discursos. Pide que se le "bajen los
decibeles" a sus afirmaciones polémicas. Reivindica las diferencias entre
clases sociales pero no quiere "dramatizar" con eso. Su apuesta es a la
conciliación.
En su chacra, sentado en un banco de plaza que le regaló una cooperativa
de trabajo, el presidente José Mujica recibe a El País. Es miércoles por la
mañana. Se lo ve relajado pero cansado. Su discurso también parece sufrir
la fatiga. Se le pregunta sobre su prédica sobre la lucha de clases y pide
que se hable de "diferencias" de clase para "bajar los decibeles".
También aclara que "lo político por encima de lo jurídico" fue una figura
teórica y admite que en la práctica sería "una barbaridad". Culpa a su
forma de hablar. Mujica se despide y retorna a un tono conciliador. Pero
no da tregua y se prepara para seguir en campaña para que su esposa
Lucía Topolansky llegue a la intendencia. Anuncia que promoverá la
reforma constitucional en la trinchera del Senado.
-En estos cinco años surgieron temas sobre los que usted no había hecho
énfasis a lo largo de su carrera política: marihuana, matrimonio
homosexual y otra serie de leyes que consagraron derechos. ¿Cómo
llegaron a ser una prioridad?
-Yo tengo que confesar: eso que se llama la agenda social, en mi forma de
pensar, tal vez por veterano y hasta por "conservador", no es central. A
ver, el hombre de color que tiene problemas, es pobre. Si es rico ya no
tiene tanto problema. El homosexual tiene problemas también si es pobre.
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Es decir, la lucha de clases, en mi humilde manera de pensar, sigue siendo
el dibujo que está en la base de la sociedad y no deberíamos sumarlo con
otras agendas que si bien son importantes, son relativamente más
secundarias. Con esa salvedad, es evidente que estas cuestiones de la
agenda social están motivando enormemente a la gente joven del Frente y
de Uruguay. Y uno tiene que percibirlo.
-¿Hubiera preferido concentrar el debate en otros temas?
-No sé. No hacemos lo que queremos, hacemos lo que podemos. Uno
tiene que ser sensible a los problemas que plantea el entorno social de la
gente.
-Muchas cosas le quedaron en el tintero: mejora de la educación, puerto
de aguas profundas, ferrocarril. En comparación con el primer gobierno de
Tabaré Vázquez el suyo ha tenido muchos problemas de gestión. ¿A qué lo
atribuye?
-Primero, yo en política sacaría la palabra gestión. La gestión es para los
empresarios, porque si esto fuera gestionar, vamos a buscar al gerente de
Conaprole y lo ponemos al frente del país. Esto no es una estancia, no es
una fábrica. Por eso la política es un arte, sin que por ello se desprecie a la
ciencia. Pero acepto. Es probable que? Yo no me propuse nunca ser
presidente. Tuve que agarrar esta changa porque si no ganaba (Luis
Alberto) Lacalle. Si lo dejábamos ganaba él. ¿Por qué? Porque las
elecciones que yo gané las definió un grupo de blancos que a él no lo
bancaban y a mí sí. Por una realidad política me metí en esta changa. Si
no, ni se me pasaba por la cabeza. Yo soy muy libertario. Soy
contestatario. Soy otra cosa y las naciones necesitan presidentes para la
foto, con cara de estatua.
-¿Sus problemas de gestión pasan por la gente de la que se rodeó?
-Y a veces la chamboneamos, nos equivocamos. Elegimos estupenda gente
como personas pero se los fumaron por buenos. Nos pasó en Salud
Pública (N. de R.: se refiere a Mario Córdoba, expresidente de ASSE). En la
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enseñanza tuvimos que dar un golpe de Estado. Nosotros queríamos llevar
un proyecto de libertad y autonomía de UTU, que se desarrollaran y
apuntaran a futuras universidades tecnológicas. Nuestra fuerza no lo llevó,
la oposición tampoco. El país necesita acentuar la enseñanza tecnológica.
Por lo menos como etapa, y sobre todo en el interior.
-¿A qué se refiere con "golpe de Estado"?
-Y sí, agarramos a la gente que estaba dirigiendo la UTU y la pusimos al
frente del Codicen. No le pudimos dar la autonomía y la libertad, pero le
dimos un pedazo de poder. Nos dieron como premio consuelo la UTEC,
que la votaron por unanimidad. Pero fue un premio consuelo. Yo quiero
señalar que la enseñanza es muy importante; el conocimiento lo es. Pero
más importante es el rumbo que hay atrás, y eso lo dan los valores. Y ahí
me parece que es donde tenemos que pelear todos los uruguayos, no es
un problema del Frente o del gobierno. Tenemos problemas de valores
cada vez más fuertes: cada vez estamos más ricos, cada vez queremos más
cosas, pero tenemos una crisis de valores.
-Los valores y la educación tienen mucho que ver con la prosperidad.
¿Conoce algún pobre que haya salido de pobre solo con ayuda estatal?
-No, no. Por supuesto. La pobreza es un cuadro espiritual y mental. Lo
puedo superar estadísticamente en el campo de los ingresos, pero el ser
humano puede tener severas limitaciones y se me puede caer en cualquier
momento. Por un lado uno se puede sentir orgulloso porque disminuyó
mucho la pobreza estadística y la indigencia. Y por otro lado se puede
sentir triste porque este país no es para tener pobres e indigentes. Es
bueno que nos acordemos de las dos partes. Creo que hay mucho que
laburar en eso, y yo siento que es una deuda.
-Usted aspira al socialismo. ¿Para usted Vázquez puede llegar a ser un
retroceso?
-No, mire, yo parto de la base, como teoría, de que no se puede construir
una sociedad mejor a partir de una sociedad pobre. El país se tiene que
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desarrollar. No porque a partir del desarrollo vaya a ir en línea recta hacia
una sociedad mejor. Puede ser una sociedad mucho más rica y muy
venenosa. Pero creo que los recursos económicos y, sobre todo, la
masificación de la cultura y del conocimiento, son condiciones para una
sociedad mejor. Ese intento de crear socialismo a partir de sociedades
pobres y todo lo demás, la historia porfiadamente demuestra
exactamente lo contrario. Más cerca del socialismo están países como
Noruega o como Suecia, mucho más. Entonces yo no le voy a poner
piedras en la rueda a una etapa del Uruguay que tiene que desarrollarse. Y
tengo la permeabilidad de no meterme a sustituir lo que no puedo
sustituir porque no tengo con qué. ¿Ustedes no se dan cuenta de que el
ministro de Agricultura es un empresario que puse yo? A un sector clave
de la economía uruguaya, por la incidencia y la capacidad de exportar, le
puse uno de ellos. Y es medio de izquierda, pero no deja de ser un
empresario. Para que encaje. Porque si le pongo uno de los muy rengos de
izquierda de los míos, van a estar desconfiados como caballo de tuerto, y
los tipos tienen que trabajar con confianza porque yo no tengo nada para
sustituirlos. Puedo tirar la bronca para la concentración de la riqueza, o
que no quieran pagar impuestos, pero sé perfectamente que tienen que
cumplir un papel histórico en un país que es agroexportador. Y si me
dedico a ponerles palos en la rueda, lo único que voy a trancar es el
desarrollo del país. Entonces, soy un tipo de izquierda pero no masco
tuerca. Más bien soy un hombre de izquierda en la forma de vivir.
-Usted se va al Parlamento ahora y tiene ahí una bancada muy fuerte.
-Tengo, sí.
-Hace un rato decía que agarró la "changa" de presidente para que el
proyecto de izquierda siguiera avanzando. La gente que usted identifica
como "la barra" no tiene un 100% de coincidencias con Vázquez en lo que
es su modelo de sociedad y el rumbo económico. ¿Cuál va a ser su papel
en el Parlamento?
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-No, no, no. El barco puede tener tablas que son distintas pero hay que
intentar que navegue lo más posible. Si no, lo único que hay son los
pedazos. No solo como Frente, sino como país. Yo voy a respaldar al
gobierno. Ahora, no voy a respaldar como un soldado que dice amén.
Alguna opinión voy a tener y alguna cosa... Pero como tiene que ser un
político: un negociador. Mucho más en el Uruguay. Más que confrontador
debe ser negociador. Entonces yo voy a respaldar a mi compañero en sus
responsabilidades de gobierno. Sí, desde luego que tenemos diferencias.
Él es un oncólogo brillante, dicen que es masón. Yo soy medio libertario?
Pero bueno, ta.
-Nos dijo que el problema de fondo es la lucha de clases. Hace unos años,
ante empresarios en el Conrad, no mencionó el discurso de la lucha de
clases. ¿Por qué lo retoma ahora?
-No es la lucha de clases, es la diferencia entre clases. La lucha de clases
puede ser opinable. Es la tendencia a la desigualdad acentuada que existe
en nuestra sociedad y nos crea la peor fantasía de nuestras definiciones
jurídicas: los ciudadanos son iguales ante la ley. Sí, sí. Si tenés un abogado
que te puede defender. Sabemos que las diferencias materiales crean
desigualdades sociales, no hay caso. No hay que tomarse con dolor las
diferencias de clase. No creo que haya que tener odio con nadie. Yo me
siento orgulloso de pertenecer por convicción a los sectores humildes de
la sociedad. Me siento feliz, integrado. Aquellos que buscan la felicidad
teniendo mucha plata están locos.
-Pero habló de lucha de clases y se refiere a la propiedad de los medios de
producción y del antagonismo entre capital y trabajo. Usted decía "el
Fondes es una velita prendida al socialismo". Cuando pone sobre la mesa
que el problema es de clase ¿es porque vislumbra una sociedad en la que
los medios de producción estén colectivizados?
-No, estoy de vuelta con lo que pensaba hace 50 años con respecto a esto.
Yo no creo en ningún Estado avasallante, que se imponga y que se apropie
de todo. Es el mejor camino para tener otra clase de burocracia que nos
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ponga reglamento para todo. No, no tengo nada que ver con eso. Prefiero
coexistir con la actividad privada siglos. Se puede perfectamente tener
una parte de la economía autogestionada y otra parte no. Y me parece
que hay un largo camino así. Lo peor de todo es no laburar o caer en lo del
perro del hortelano, que no come ni dejar comer. ¿Porque no me gusta el
capitalismo no lo hagas vos? ¡No seas malo! Eso es ridículo. El capitalismo
es una cultura, es una bruta formación y ha desatado una civilización que
tiene enormes defectos pero nos da, nada más y nada menos, que 40 años
más de vida promedio que lo que hacía hace un siglo. ¿Qué te parece?
Entonces, no es como para poner en una bolsa y decir "todo esto lo tiro a
la basura". Ese es un esquema infantil. Si mis palabras son duras, con
respecto a eso, vamos a bajarle los decibeles. Creo que las clases sociales
existen, están, pero tampoco hay que hacer un drama con eso.
-Dice que no hay que hacer drama con el tema de las clases sociales, pero
su discurso cuando inició el gobierno era más centrado y tolerante que lo
que le hemos escuchado últimamente. Ha hecho discursos fuertes contra
las clases altas, la oposición, la Justicia, los medios. ¿A qué se debe? ¿A
dónde quiere ir?
-No estoy intentando nada, yo estoy diciendo lo que pienso. Pero la
verdad es compleja. El Derecho varía de acuerdo a los cambios históricos,
las relaciones de clases. Toda revolución y esto fue lo que dije en algún
momento, pero me lo agarraron con espíritu estudiantil una vez que se
concreta es una fuente de Derecho, crea un ordenamiento jurídico en
determinado sentido, y después se atiene a ese ordenamiento. Cuando
pasa el tiempo se producen cambios en la sociedad y empiezan a haber
incongruencias entre lo que jurídicamente se afirmó en el pasado y lo que
está pasando en la realidad, y viene una época de cambio jurídico.
¿Cuántas veces habremos cambiado nuestra Constitución? ¿Y cuánto la
cambiaremos? Entonces lo político está por encima de lo jurídico en el
sentido estratégico del ordenamiento. En el diario vivir tenemos que tener
normas jurídicas a las que atenernos porque si no, sería el caos. Nos
matamos entre nosotros. Convengamos que estos niveles existen porque
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si no, no habría revolución ni cambio. Estaríamos como en la época de los
reyes o de los señores feudales. Y estamos en la época de las repúblicas.
- Igualmente, haber dicho que lo político está por encima de lo jurídico es
muy fuerte. Bajo esa consigna se hicieron muchas barbaridades.
- Sí..., exactamente. Si usted lo agarra en la de todos los días es una
barbaridad. Pero lo jurídico lo inventamos los hombres para poder
convivir.
-Es el fin por encima de los medios.
-Sí... Yo pienso que? Es posible que mi lenguaje? Pero ¿por qué tenemos
miedo de llamar a las cosas como son? ¿Por qué no aceptamos que
existen clases sociales, y que hay diferencias?
-Que existan clases sociales es un hecho objetivo. Que el Poder Judicial
esté para defender las clases sociales altas ya es una valoración que, en
definitiva, puede generar un imaginario negativo sobre la
institucionalidad?
-No creo que sea el Poder Judicial. No es el Poder Judicial. Pero es
evidente que una parte de la estructura jurídica le da un nivel de garantía
al statu quo muy importante. Y los jueces se van a mover con ese
ordenamiento jurídico; no es una cuestión de que los tipos tengan
responsabilidad personal.
-Entonces lo suyo es contra la Constitución, porque el ICIR se lo frenan por
la Constitución.
-Justamente, ¡y yo lo tengo que aceptar! Y estoy en contra de lo que dice
la Constitución, ¡pero me la tengo que bancar!
-Entonces la Suprema Corte lo que hace es aplicar la Constitución. No son
los señores de la Suprema Corte los malos.
-Desde luego. Pero es la Constitución la que defiende el statu quo.
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-Ahora va al Senado y tiene los votos de un buen número de legisladores.
-¡Y tengo para pelearla, claro! Me parece que es de las cosas que ameritan
cambios. Pero tampoco puedo caer en llevarme el país por delante.
-Países de la región han llegado a un nivel de confrontación social muy
alto y también han iniciado caminos de reforma constitucional.
-No, no, de mi parte eso no lo van a ver porque eso es entrar de aprendiz
de brujo. Yo tengo problema con los sueldos de los jueces pero hasta
estoy dispuesto a buscar caminos de negociación. Pero se me portaron
como una corporación. La Justicia puede tener defectos, pero pobres de
nosotros si no tenemos a alguien que toque el pito. Y nunca debe estar en
manos del Poder Ejecutivo.
-¿La reforma constitucional va a ser su prioridad como legislador?
-Le doy importancia, sí, pero no puedo internarme en una cosa así sin la
fuerza política. Yo creo que es una herramienta importante a esta altura.
Pero no para desangrar al país tampoco. Tuvimos un intento en el 92, ¿se
acuerdan?
-Pero iba en otro sentido.
-El error fue que se les ocurrió ponerles sueldo a los ediles y ¡paf! Es
notable nuestro pueblo, qué cosa bárbara.
-¿Cuál cree usted que fue su mejor acierto y cuál su mayor error?
-Piensa) ...El mayor acierto, eso que les decía respecto a la indigencia y la
pobreza. Mejoró sustantivamente. O podría ser la política energética.
Nuestro mayor error (vuelve a pensar unos segundos) confiar demasiado.
Confiar demasiado en alguna gente buena. Se nos perturbó la cosa en
algunos lugares importantes. Perdimos muchísimo tiempo y energía. Pero
esto lo digo con el diario del lunes. Si lo hubiera visto antes no habría
pasado, qué va a hacer.
-Pensé que El País iba a apoyar el gobierno de Vázquez".
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Durante la entrevista hubo un momento en el que el presidente habló de
los medios uruguayos, de la ley que aprobó para su regulación y opinó
sobre el diario El País. Recordó que en un principio estaba negado a
legislar sobre el tema y que llegó a decir que si le entregaban una ley de
medios la tiraría a la basura. Ahora aclara que aquella fue una señal para
su interna, porque mientras él "no tenía ni idea" del tema, otros estaban
"sacando cosas para afuera" y causando "alarmismo" en vez de discutirlo
en Presidencia. Después, sí, logró que lo "escucharan bastante" e incluso
incidió en algún aspecto de la ley que se votó a fines de 2014.
"El problema es dónde están los medios. Son empresas en un mundo que
se mueve entre empresas. Entre otras cosas son un hecho económico,
porque si no tienen una economía que los respalde, desaparecen. Y
naturalmente eso va a influir en parte o tiende a influir. Como no puede
ser pública la manutención de los medios de prensa, naturalmente que
aquellos que entonan mejor con el sistema empresarial van a tener en
general un mejor apoyo que aquellos que están en contra", dijo Mujica, y
luego agregó: "No se me ofendan, pero sería ridículo si yo no les digo que
hay gente que va a llevar avisos a El País, y si nosotros ponemos un diario
no nos va a poner nada". Mujica reveló entonces que tenía otra
expectativa del diario cuando el Frente Amplio llegó al poder. "Yo pensé
que El País iba a apoyar al gobierno la primera vez, cuando ganó Vázquez.
Apoyar no, tener una cierta bonhomía con el gobierno. Me equivoqué, me
equivoqué, porque las clases sociales funcionan", señaló. Sin embargo,
luego reconoció que de alguna manera su alta aprobación y popularidad
relativizan el poder que tienen los medios. "Relativiza, es cierto. No es
matemático. Y también hay que reconocer una resultante en general en el
periodismo uruguayo de cierto margen de independencia que permite que
haya una expresión bastante fuerte de las opiniones", consideró.
"La política miserable"
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-Una de sus prioridades cuando asumió el gobierno era encaminar la
relación con Argentina, pero no parece que se haya logrado. ¿Cuál fue el
error?
-Yo creo que no hubo ningún error. Hubo una realidad difícil. El puente
estaba cerrado cuando nosotros asumimos, pero estaba cerrada la
financiación del Focem, que es una cosa tan o más importante que el
puente, y la gente se olvida. Nosotros logramos destrabar eso. La
interconexión pesada que tenemos terminada con Brasil, que nos permite
traspasar para acá o para allá más de 500 mW, se hizo con plata del
Focem. Y eso estaba bloqueado por la mala relación que teníamos con la
Argentina. Pero naturalmente que la Argentina está metida en un
proyecto, en mi opinión, muy cerrado, y eso tiene consecuencias en la
región. Está como en un proyecto típico de 1960, por tomar una fecha. Y
nosotros estamos en la época de la integración. Creo que esa política
interna de la Argentina nos crea problemas para el desarrollo y el
Mercosur. Eso no significa que la Argentina no haya hecho gestos; ha
hecho muchos. Pero tiene la imposición del modelo que asumió, y eso
resulta contradictorio con la integración del Mercosur. Tampoco me
puedo colocar en un plano neutral. Yo soy de los que cuando Argentina
juega con Alemania soy hincha de la Argentina. Le hago una crítica en
familia, pero aprendí una cosa en la historia: cuando a Argentina le va
bien, a nosotros nos va mejor. Hay mucho uruguayo torpe que no se da
cuenta de eso.
-Pero ese esfuerzo suyo no ha sido de ida y vuelta con el gobierno
argentino.
-Hemos tenido dificultades, yo lo reconozco, pero hemos tenido algunos
logros. Con la otra política, la de cerrarnos a cal y canto? Ya la conocemos
a esa política. La conocimos con Perón: seis años en los que no se podía ni
venir a Uruguay. ¿Y qué nos pasó? ¿Cuál fue el beneficio que recibimos?
¡La muerte de toda la costa uruguaya! Yo tengo grabado eso porque lo
viví. Entonces, ¿por qué negociar? Es nuestro camino. Con la
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confrontación, de guapo, te podrás sacar la bronca pero resultados
prácticos no conseguís ninguno.
-Eso lo diferencia de Vázquez.
-Y bueno, puede ser que sea una diferencia. Yo no puedo jugar con la
comida de la gente que vive del turismo. No es sacarme la bronca, yo me
como la bronca. Alguna vez me he peleado con la presidenta argentina y
difícilmente haya alguien que haya sido tan duro en una pelea como yo,
pero no es cuestión de sacarse la bronca. Pero bueno, vendrán otros
mejores que lo harán mejor.
-Usted ha dicho que su propia fuerza política le trancó algunas cosas. ¿Esa
fue la verdadera oposición?
-No, no, en general no. Tuvimos oposición en alguna cosa gruesa, dura. Lo
de la UTEC me duele hasta ahora y me dolerá mientras viva, pero bueno,
ta. La culpa es mía porque no soy especialista en educación y no tuve
capacidad de convencerlos. Después tenemos otra oposición, que es la
peor. Yo tuve la mejor relación posible con los intendentes. Ahora, hay
gente mía que se me enojaba en el interior porque le daba una mano al
intendente. Si no ayudamos al interior, caemos en esa chiquita. La gente
de su propio partido, acá, de contra, cuestiona las decisiones que toman
los intendentes. Nos pasó con las patentes. Es de lo peor porque es una
oposición al país, habla de nuestra inmadurez. Es la política miserable. Me
dan ganas de llorar.
-Es una lógica que el Frente también utilizó cuando era oposición.
-Sí, señor. Sí, señor. Yo también. Me hago cargo. Tenemos que tener un
sentido político más adulto
Mujica recibió a El País en su chacra de Rincón del Cerro.
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Uruguay – El País
El hombre monstruoso. José Mujica
Por Miguel Arregui
No habrá ninguno igual. Un hombre monstruoso, que ascendió casi sin
ayuda desde los márgenes de la sociedad, se labró un buen lugar en la
historia. Habló mucho e hizo poco, aunque no provocó cataclismos y fue
estimulante. Es un gran ejemplo en la corta historia de la tolerancia. Tal
vez esas sean algunas de las mejores cosas que se puedan decir de un
gobernante.
Las sociedades antiguas solían colocar a sus viejos sabios en órganos
selectos a los que confiaban buena parte de su destino.
Para integrar esos consejos tribales, que los romanos llamaron Senado,
era preciso saber labrar la tierra y haber peleado, además de tener dos
dedos de frente. Roma cayó cuando sus líderes compraron los cargos,
regalaron el trigo y dejaron de tener hijos y de combatir.
En los últimos años pareció que con José Mujica, un viejo agricultor y
guerrillero, Uruguay ganó un gobernante más bien errático y se perdió un
magnífico magistrado.
Fue flexible, intuitivo, charlatán, componedor. Es probable que otros,
empezando por su vicepresidente, Danilo Astori, podrían haber llevado
mejor la agenda cotidiana del Estado. No fue un ejecutivo, ni un radical, ni
un reformador. Hizo en el Poder Ejecutivo lo mismo que hizo siempre,
desde sus orígenes en el Herrerismo hasta su larga odisea con los
tupamaros: política.
Hizo mucha política y poco de aquello que prometió al inicio de su
gobierno: mejorar el sistema de enseñanza, reformar el Estado, recrear el
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ferrocarril, reforzar la seguridad pública y profundizar la integración
regional.
Los hechos caminaron, porfiados, por sendas rutinarias. Algunos fracasos
o empates de mala muerte pueden atribuirse, en todo o en parte, a causas
ajenas a su voluntad y a las posibilidades del país. Es el caso de la
inoperancia del Mercosur, por ejemplo. Otros fracasos fueron
responsabilidades suyas y de su partido. Así, por ejemplo, la reforma del
Estado, "la madre de todas las reformas" como la llamaron tanto Vázquez
como él mismo, sigue estéril. Cuando Vázquez asumió el gobierno en
2005, el 6,3% de los uruguayos trabajaba en el Estado. En 2010, cuando
arribó Mujica, ya eran el 7,64%, y ahora, cuando se va, están
peligrosamente cerca del 9%. Es un porcentaje de funcionarios muy
elevado según cualquier criterio. Pero gracias a ellos el Frente Amplio
terminó de apropiarse del Estado uruguayo. Létat cest moi. Es más
probable que el gobierno electrónico "los trámites vía Internet" acabe con
los impedimentos burocráticos y libere por fin a los ciudadanos con
mucho más vigor y rapidez que todas las acciones de los gobiernos juntas.
Para su suerte, la economía uruguaya conoció desde 2003 un gran auge,
como no se vivía desde 1944-1955. Hubo dinero para financiar la
ampliación del Estado, ese "gordo al pedo" que Mujica desprecia pero que
es tan útil para hacer política.
El sistema de enseñanza público sigue siendo una llaga viva y vergonzante,
pese a que cuenta cada vez con más dinero. Mujica pactó con los
sindicatos de la enseñanza y con su propio partido una pax mediocris,
apenas alterada por la creación de la Universidad Tecnológica, que hará lo
que bien pudieron hacer la UTU o la Universidad de la República. La
formación humanista de las elites uruguayas es tan fuerte, a la francesa,
que resiste la enseñanza técnica y práctica al estilo de Nueva Zelanda.
Entonces hay demasiados jóvenes con barniz pero sin herramientas y
resentidos.
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El puerto de aguas profundas en Rocha, proyecto que se discute desde
fines del siglo XIX y al que Mujica se aferró como su mayor legado
histórico, una creación que equivaldría incluso a fundar una nueva capital,
naufragó entre el voluntarismo y los errores de cálculo. El presidente
terminó ofreciendo el proyecto al Mercosur, gesto magnífico que es como
ofrecérselo a nadie, porque Brasil y Argentina andan otros caminos.
Claro que Mujica no fue un líder absoluto del Frente Amplio, como lo fue
Tabaré Vázquez en su primera Presidencia, a quien todos siguieron en
silencio en pos de llegar, por fin, al gobierno. El presidente saliente,
surgido de un sector, el MPP, debió lidiar con una interna más compleja.
Su personalidad, además, es diferente por completo: es desordenado, más
componedor que caudillo, más abuelo rezongón que padre mandón.
Su sinceridad y llaneza, mezcladas con mucha picardía y llevadas al plano
internacional, lo convirtieron en una suerte de profeta alternativo. "Puede
que el mundo no sepa dónde está Uruguay pero sabe quién es Pepe
Mujica", comentó Joan Manuel Serrat el lunes 23. "Saben quién es el
gordito campesino que gobierna en aquel país perdido".
Mujica estimuló a muchas personas, desafió sus imaginaciones y
conquistó las hasta entonces impenetrables trincheras de blancos y
colorados en el interior del país, incluido Cerro Largo, uno de los últimos
santuarios. Nadie como él para comunicar y seducir corazones y mentes.
"Trato de resumir en imágenes", explicó hace unos cuantos años. "Me
parece que las cosas importantes siempre son sencillas; en cambio,
aquellas que no se pueden transmitir con sencillez, al fin de cuentas no
son importantes".
Nadie, o casi, se lo imaginaba presidente seis o siete años antes. Hasta
2008 el candidato frenteamplista cantado era Danilo Astori, delfín de
Tabaré Vázquez, un hombre con el conocimiento y el physique pour le
rôle. Sin embargo el gordito campesino, a caballo de su gran popularidad y
porque es mejor combatir que temer, tejió alianzas inéditas y llevó a
algunos de los viejos tupamaros, veteranos de cien derrotas, en una
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suerte de revancha histórica, a muy burgueses cargos de gobierno. Pudo
dejarse llevar por el resentimiento; ser un demagogo, inventar enemigos y
partir el país en dos bandos, como hace cualquier aprendiz de autócrata.
No lo hizo, aunque muchas veces habló mucho y en ocasiones ofendió de
manera gratuita.
Pepe Mujica ha sido un oráculo con aciertos dudosos, fuera de tiempo y
de lugar; y han sido suyos todos los tiempos y lugares. No legó muchas
cosas sino cierto vago ejemplo, una simpatía generalizada, una forma
heterodoxa de ver las cosas. Su epitafio político bien podría ser, siguiendo
a Albert Camus: "Un hombre monstruoso había crecido y se había
formado sin ayuda y sin auxilio, en una orilla feliz y bajo la luz de las
primeras mañanas del mundo (?). Tenía la seguridad de que conseguiría
todo lo que quería y que nada, jamás, de este mundo le sería imposible,
preparándose a encontrar su lugar en todas partes, porque no deseaba
ningún lugar, sino sólo la alegría, los seres libres, la fuerza y todo lo que de
bueno, de misterioso tiene la vida, y que no se compra ni se comprará
jamás".
Respeto a las reglas básicas de la economía y el arte de cobrar impuestos
El gran auge de las materias primas, desde el petróleo a la soja y la carne,
benefició a toda América Latina durante más de una década. Algunos
Estados lo capitalizaron, al menos en parte: Uruguay, Chile, Perú,
Colombia, Paraguay; en tanto otros, como Venezuela o Argentina, tiraron
buena parte del capital por la ventana. El balance final parece poner a
Brasil en una zona intermedia.
Uno de los principales méritos del viejo tupamaro José Mujica, y de todo
el Frente Amplio, el partido de gobierno, fue respetar las reglas básicas del
capitalismo: no entorpecer la batahola de la economía e incluso
estimularla. El Estado luego se encargaría de extraer una porción de la
crema, vía impuestos, para sus planes de redistribución de riqueza -y crear
cargos para los amigos.
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El arte de cobrar impuestos consiste en desplumar la gallina sin matarla.
El lenguaje de José Mujica, a veces poético, a veces chabacano, a veces
descarnado, incluye altas cuotas de realpolitik. El 1° de marzo de 2010,
cuando asumió la Presidencia, admitió que el Frente había aprendido que
gobernar era más difícil de lo que pensaba, y que su gente no era inmune
a la corrupción. Ya no se trataba sólo de que algunos pudieran meter la
pata, sino que también metían la mano en la lata.
"El partido lo resuelven quienes están en el centro, que son la mayoría"
Durante el período de Mujica se avanzó mucho en las prestaciones socioeconómicas para los más desposeídos. Los altos impuestos y el Ministerio
de Desarrollo Social contribuyeron a que la izquierda comenzara a perder
pie en su electorado tradicional: la clase media-alta universitaria y
citadina, y a cambio se afirmara en el feudo de sus rivales: las gentes
modestas del suburbio y del interior.
"El hombre tiene una cara conservadora y una de cambio; es parte de la
condición humana. El hombre va a vivir con esa contradicción. "dijo a El
País de España en abril de 2011. La cara conservadora, que tiene sus
razones muy serias, porque no se puede vivir cambiando, cuando se hace
crónica y cerrilmente cerrada, deja de ser conservadora y se hace
reaccionaria. La cara de izquierda, cuando es tremendamente radical, se
hace infantil. El Partido lo resuelven quienes están en el centro, que son la
mayoría".
También se quemaron etapas en materia de derechos: matrimonio
igualitario, legalización del aborto y de la marihuana, entre otros asuntos.
Pero, en buena medida, ese proceso sólo era cuestión de tiempo. Ese
libreto de ampliación de derechos, de cuño liberal, fue escrito en Europa
Occidental y América del Norte, como a principios del siglo XX lo fueron el
voto femenino, la igualdad de derechos, la incorporación en masa de la
mujer al mercado laboral o el divorcio.
Las relaciones de José Mujica con el Estado
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El 1º de marzo de 2010, cuando asumió el gobierno, prometió "ortodoxia
en la macroeconomía" y "heterodoxia atrevida en la micro". En suma:
respetar las reglas del sistema aunque se reservase para sí algunos lujos
experimentales, como los trozos de las empresas fundidas resucitadas, sin
mucho éxito, a través de la asistencia con fondos públicos en lo que
denominó Fondo de Desarrollo (Fondes).
En septiembre de 2010, en una entrevista con la revista brasileña Veja,
Mujica se manifestó contra el estatismo, una vieja vaca sagrada de la
izquierda, que calificó como una opción superada que sólo fomenta la
burocratización. Se apartó así de la izquierda tradicional y nacionalista de
América Latina y recibió fuertes críticas. "Es grande la desilusión con
nuestro presidente", dijo semanas más tarde el senador comunista
Eduardo Lorier.
Años después seguía con el tema. En mayo de 2014 dijo a un medio
español: "En lo privado, si tú no funcionas, si no cuidas el trabajo, te
echan. Y en lo público nadie te echa. Si pudiera cambiaría eso, pero no
puedo. Yo soy socialista, pero no soy bobo". Sin embargo, durante su
gobierno la plantilla de funcionarios públicos aumentó sensiblemente.
También los emprendimientos públicos. Las empresas del Estado
invirtieron más de lo que Economía quería y provocaron un aumento del
déficit. El discurso de Mujica contra el Estado y su tamaño no guardó
consonancia con su gestión.
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Uruguay – El País
Mirando al futuro GUILHERME CASARÕES
Brasil y Uruguay viven hoy un momento de importantes cambios políticos
y enfrentan desafíos internos similares, aunque en proporciones distintas.
Preocupan a sus presidentes los pobres niveles educativos y la creciente
inseguridad.
Desde el punto de vista político, se puede decir que los desencuentros
dentro del Frente Amplio, que obligarán al presidente Vázquez a apaciguar
las tensiones entre las alas oficialistas tanto en el Legislativo como en el
seno del Ejecutivo, no son tan diferentes de los que ocurren en Brasil.
Todo esto hará que 2015 sea un año en que las preocupaciones
domésticas dominen la agenda de los dos países. En tiempos así, es
natural que la política exterior conozca cierta inercia y que los esfuerzos
políticos se concentren en las situaciones más críticas.Creo, no obstante,
que no se puede dar por hecho las buenas relaciones que tiene con
Uruguay. Se engañan los que piensan que, desde la perspectiva brasileña,
el vecino al sur es un socio poco estratégico. A pesar de las asimetrías
naturales de la relación, Dilma Rousseff tendrá buenas razones, incluso en
este año introspectivo, para acercarse a su homólogo uruguayo.La primera
de ellas es que, a pesar de las fuertes críticas recibidas por su política
exterior tímida y sin grandes éxitos diplomáticos, la presidenta brasileña
mantuvo relaciones particularmente prósperas con Uruguay bajo la
presidencia de José Pepe Mujica. En julio de 2012, los dos mandatarios
firmaron un comunicado conjunto estableciendo un nuevo paradigma
para las relaciones bilaterales. Las nuevas circunstancias no deberían
cambiar este cuadro, sino crear incentivos para profundizarlo.Tampoco se
debe olvidar que Uruguay es un socio imprescindible en el contexto del
Mercosur. El bloque atraviesa una larga crisis, debida principalmente a los
desencuentros entre sectores productivos de sus dos mayores economías.
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Esto tuvo un impacto sobre los resultados comerciales, reducidos de 47
mil millones de dólares en 2011 a 37 mil millones en 2014. El reciente
anuncio de que Brasil y Uruguay empezarán a realizar sus intercambios sin
recurrir al dólar puede ser una salida para fortalecer el comercio
intrarregional.Si la integración todavía subsiste, es mucho más por su
significado político y estratégico más amplio, que hoy no se resume a un
sentimiento difuso de solidaridad entre pueblos hermanos. El respeto a la
democracia y la integración energética son temas que llaman a acciones
robustas por parte de las diplomacias suramericanas. Con su liderazgo
renovado, Brasil y Uruguay tienen condiciones privilegiadas para
encabezar la gestión de la crisis venezolana y la adhesión definitiva de
Bolivia al bloque.Además, los dos países sufren de problemas de
infraestructura que podrían ser superados, por lo menos en parte,
mediante acciones colectivas. Nuevamente, la cooperación regional es
importante, para la cual existe el Fondo de Convergencia Estructural del
Mercosur. Sin embargo, grandes pasos fueron tomados bilateralmente en
los últimos tres años y son varios los proyectos de cooperación a lo largo
de la frontera que deben ser desarrollados en los próximos
años.Finalmente, las elecciones presidenciales argentinas son una ventana
de oportunidad para refundar las relaciones tras el kirchnerismo. Es cierto
que Brasil y Uruguay tienen intereses particulares con respecto a
Argentina, pero lo que está al centro de sus relaciones son los flujos
comerciales en el Mercosur y las perspectivas del bloque en el largo
plazo.El experimentado Tabaré Vázquez tiene conciencia de la centralidad
de las relaciones entre Brasil y Uruguay, de la misma manera que la
presidenta Dilma y sus asesores más cercanos. No tendrán que dejar que
los problemas internos desvíen la atención mutua de los grandes desafíos
que se encuentran en el camino entre Brasilia y Montevideo. * Profesor de
Relaciones Internacionales. Fundación Getulio Vargas
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Uruguay – El País
"El gran desafío de Uruguay a futuro es apostar a la calidad" Lorenzo
Caliendo
El gran desafío de Uruguay es subirse a la ola de países que venden
productos de alta calidad, y para eso deberá contar con una estructura de
producción (mercado laboral flexible, infraestructura adecuada, capital
humano capacitado), dijo a El País el economista Lorenzo Caliendo, uno de
los expertos uruguayos más destacados en la materia, docente de la
Universidad de Yale (Estados Unidos).
"Ser productor de materia prima es una ventaja a largo plazo para
Uruguay"
El experto cree que Uruguay podría pagar altos costos a largo plazo si
abandona el Mercosur, pero sostiene que el bloque regional es hoy un
impedimento para que el país firme acuerdos de libre comercio con otros
mercados.
"¿Qué aspectos debe cuidar Uruguay a nivel macro?
"Al día de hoy todo parece indicar que la economía uruguaya seguirá
creciendo. En mi opinión, los aspectos a cuidar en este año son el impacto
de una recesión prolongada en Brasil, la evolución decreciente en la caída
del precio de la soja y otras materias primas, la deflación y el riesgo de
recesión de la comunidad europea.
"¿Cuáles cree que son los principales desafíos hacia el futuro para un país
con las características de Uruguay, productor de materias primas y con un
inexistente mercado interno?
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"En el mundo globalizado en el cual vivimos el tamaño del mercado está
restringido por las trabas al comercio y por los impedimentos a la
transmisión de tecnologías entre países. A los tigres asiáticos les llevó solo
una década poder pasar de ser economías agrícolas a economías
industrializadas, mientras que para Inglaterra y Estados Unidos el proceso
de industrialización fue mucho más lento. La gran diferencia hoy es la
velocidad en la cual las ideas y nuevas tecnologías son difundidas entre los
países. El desafío fundamental es tener una estructura de producción (un
mercado laboral flexible, infraestructura adecuada, capital humano
calificado) para poder adaptarse rápido a los nuevos tiempos. Ser
productor de materias primas lo veo como una de las grandes ventajas
comparativas de largo plazo para la economía uruguaya, siempre cuando
vaya complementado con mejoras tecnológicas en la producción y más
valor agregado. Es una idea arcaica pensar que si un país es productor de
materias primas está relegado completamente a toda posibilidad de
desarrollo económico e industrial. Por ejemplo, en la actualidad las
materias primas son productos. No es, ni vale, lo mismo un kilo de carne
de ganado alimentado a pradera natural que a maíz, ni las frutas y
verduras orgánicas que las no orgánicas. Hay una tendencia creciente al
consumo de alimentos de alta calidad, orgánicos, y consumidores
alrededor del mundo están dispuestos a pagar una prima por este tipo de
productos. El gran desafío es poder subirse a esta ola.
"¿Cómo puede impactar en Uruguay el aumento de la tasa de interés en
Estados Unidos en la recepción de inversión extranjera?
"Un aumento de las tasas de interés en Estados Unidos incrementará el
retorno de invertir en el mercado financiero de ese país, por lo que
deberíamos observar cierta caída en los flujos de capitales hacia Uruguay y
otras economías emergentes. Es importante tener en mente que si
Estados Unidos decide subir las tasas es porque la economía
norteamericana continua fortaleciéndose, lo cual siempre es buena noticia
para Uruguay y el resto del mundo. El impacto en Uruguay estará sujeto a
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cómo Brasil, China y Europa reaccionen a esta suba de tasas y cómo el
retorno de la inversión en Uruguay evolucione en los próximos años.
"¿Sigue siendo el Mercosur una opción viable para Uruguay?
"La importancia relativa del comercio intra-Mercosur para Uruguay ha
disminuido. En 1994, el año en el que se firmó el Protocolo de Ouro Preto,
más del 40% de las exportaciones y casi un 50% de las importaciones de
Uruguay eran con miembros del Mercosur. Veinte años después, menos
del 30% de las exportaciones y un 35% de las importaciones son con
miembros del bloque (incluyendo a Venezuela). Todo parece indicar que
esta tendencia no se revertirá en el mediano plazo dado que los tres
mercados más grandes (Argentina, Brasil y Venezuela) se encuentran con
dificultades para crecer. Dado esto, no es muy difícil argumentar que el
Mercosur no funciona y que Uruguay debiera considerar otras opciones.
Pero la realidad es que abandonar puede llegar a ser una decisión costosa
a largo plazo. Uno de los factores importantes que determinan la
intensidad en las relaciones comerciales entre los países es la distancia
entre ellos, y en este sentido Argentina y Brasil siempre van a ser
mercados importantes para Uruguay. Abandonar implicaría distanciarse
de estos mercados y esto es solo ventajoso si concretamente nos
acercamos a otros. El mayor impedimento para Uruguay de pertenecer al
Mercosur es la imposibilidad de firmar unilateralmente tratados
comerciales con otros países. Esto no es poca cosa, pero los aranceles son
solo un componente de los costos totales al comercio de bienes. Existen
muchos otros costos, como el tiempo de espera de las mercaderías en el
puerto, inspecciones aleatorias de los productos exportados, costos de
transportes internos, que se pueden disminuir con el fin de facilitar el
comercio y reducir la distancia con el resto del mundo. Un ejemplo de una
política encaminada en esta dirección es el decreto que posibilita la
compra internacional de bienes de consumo por internet con un tope de
200 dólares. Se podría pensar en algo parecido para la compra de bienes
intermedios.
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"Fuera del Mercosur, ¿qué estrategias puede seguir Uruguay para
diversificar sus mercados?
"En 2014 el principal proveedor de bienes al mercado uruguayo fue China
con un 18,5% del total de las importaciones, seguida por Brasil (17%), la
UE (14,8%), Argentina (12,7%), y Estados Unidos (9,4%). Similarmente, el
principal destino de exportación fue Brasil con un 17,6%, seguido por
China (13,3%), la UE (11,1%), Argentina (4,8%), y Estados Unidos (4,6%). Es
decir, adentro del Mercosur, un 70% de las importaciones totales y un
50% de las exportaciones totales son con grupos de países localizados en
distintos continentes del mundo. Afuera del Mercosur, la posibilidad de
expandir mercados sería aún mayor y esa es la verdadera ganancia.
"Los bloques se mueven: UE-Estados Unidos; el acuerdo Trans Pacífico
involucra a países que representan el 40% de la economía global y
Uruguay no participa; Australia, competidor de Uruguay en carnes y
lácteos, firmó con China. ¿Uruguay no está pagando un costo por quedar
adentro del Mercosur y amputarse la posibilidad de negociar TLC?
"No solo Uruguay, todos los miembros del Mercosur estarán pagando un
costo si no se suben a esta nueva ola de negociaciones. Para dar un
ejemplo. En un estudio elaborado en 2006 en conjunto con el economista
Fernando Parro (Federal Reserve Board) encontramos que si el Mercosur
firmase un TLC con Estados Unidos todos ganarían. El más favorecido sería
Uruguay donde los ingresos reales subirían un 5,6%. La gran razón de las
ganancias para Uruguay se debe a que no solo le permitiría seguir
comerciando con sus actuales socios, también tendría acceso a productos
intermedios más baratos y la posibilidad de aumentar las exportaciones
de los productos en los que tiene ventajas comparativas respecto a
Estados Unidos. La gran oportunidad para Uruguay es facilitar el acceso de
sus exportaciones a los grandes mercados.
"Usted trabaja en un mundo académico de primer nivel mientras que en
Uruguay se ha instalado un debate sobre los problemas de la educación.
¿Ha seguido ese debate?
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"Creo que las condiciones están dadas, mayoría parlamentaria, conciencia
colectiva del problema, un historial exitoso con el plan Ceibal, para que el
presidente Tabaré Vázquez lleve a cabo una reforma a la educación que
tanto parece necesitar Uruguay.
PERFIL
Economista y docente
Lorenzo Caliendo, 39 años, es uruguayo, economista egresado de la
Universidad Católica del Uruguay, donde obtuvo la Licenciatura de
Economía de Empresas en 2003. Obtuvo su Maestría en la Universidad de
Auckland (Nueva Zelanda) y se doctoró en la Universidad de Chicago
(Estados Unidos). Es profesor titular en la Universidad de Yale (Estados
Unidos) e investigador en la Cowles Foundation y The National Bureau of
Economic Research. Fue investigador visitante en la Universidad de
Princeton (Estados Unidos). Recibió el Premio Nacional de Economía 2007
(Academia Nacional de Economía) y 2010 (Raúl Trajtenberg). Caliendo
tiene trabajos publicados sobre el Mercosur y el Nafta, entre otros temas
de su especialidad.
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Venezuela – El Nacional
Venezuela asumió presidencia del Parlamento del Mercosur
Saúl Ortega / EFE
Saúl Ortega destacó que es la primera vez que un venezolano asume las
riendas del organismo legislativo
avn 27 de febrero 2015 - 07:14 pm
El diputado venezolano Saúl Ortega asumió este jueves la presidencia del
Parlamento del Mercado Común del Sur (Parlasur).
Desde la instancia, Venezuela seguirá promoviendo el plan político de
integración para continuar avanzando en los proyectos de unificación de la
región como la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños
(Celac), la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y la Alianza
Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (Alba).
Tras recibir la presidencia del Parlasur, Ortega destacó que es la primera
vez que un venezolano asume las riendas del organismo legislativo.
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"Es un momento importante que vive el Mercosur con sus altos y bajos. La
presidencia de Venezuela se compromete a hacer el mayor esfuerzo en
función de seguir apoyando el desarrollo y el éxito del Mercosur, este es
un bloque de integración importantísimo para apuntalar los otros órganos
que han venido naciendo, con más carácter político (…) El Mercosur tiene
mucho que contribuir al desarrollo de la Unasur y la Celac", dijo, reseña el
sitio web del Parlasur.
El Parlamento del Mercado Común del Sur (Parlasur) es un bloque que
representa a los pueblos de la región, sobre la base del respeto a la
pluralidad ideológica y política.
Está constituido por representantes de Argentina, Brasil, Paraguay,
Uruguay y Venezuela.
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Venezuela – Telesur
Canciller: Venezuela aboga por la solución pacífica de conflictos
Delcy Rodríguez aseveró que los centros imperiales venden mentiras
sobre Venezuela a través de los poderes hegemónicos mundiales.
La ministra venezolana para Relaciones Exteriores, Delcy Rodríguez,
destacó este domingo que en Venezuela se aboga por la solución pacífica
de los conflictos en el mundo y destacó que varios “bloques regionales
han expresado su apoyo a la patria de Bolívar”.
Participando como invitada en el programa del periodista José Vicente
Rangel, Rodríguez aseveró que los centros imperiales venden mentiras
sobre Venezuela a través de los poderes hegemónicos mundiales,
alineados para desatar una campaña feroz contra el país, con la finalidad
de posicionarlo como aislado, “cuando la verdad es que es objeto de una
guerra permanente”.
Asimismo, Rodríguez expresó que Venezuela es un país antiimperialista y
consideró que la masiva movilización que se realizó el sábado en Caracas
es una muestra de ello.
Convicción antiimperialista
La diplomática destacó que Venezuela es un país con una gran convicción
antiimperialista que no permite la intervención de potencias extranjeras
en los asuntos internos."Aquí manda, gobierna, el pueblo de Venezuela y
no potencias extranjeras", dijo.
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De igual manera, aseguró que Estados Unidos es un país marcado por la
discriminación racial, donde se violan los Derechos Humanos de
afrodescendientes y niños inmigrantes.
También señaló que "Venezuela tiene el apoyo de importantes bloques
regionales como la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), la
Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC), la Alianza
Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA), el Mercado
Común del Sur (Mercosur), G-77 más China, los países no alineados; es
prácticamente la mayoría del mundo".
Finalmente, añadió que Venezuela debe jugar un papel importante en la
defensa de las relaciones multilaterales pero siempre apegados a sus
principios, y “en esa dirección vamos hacia un proceso de reforzamiento
de la diplomacia bolivariana, y en este sentido el comandante Hugo
Chávez nos dejó unos anillos de protección muy importantes".
En contexto
El pasado 12 de febrero, el presidente venezolano Nicolás Maduro
denunció la desarticulación de un plan de Golpe de Estado gestado por la
ultraderecha de ese país y financiado por el Gobierno de Estados Unidos.
Muchos países han manifestado apoyo y solidaridad al gobierno de
Nicolás Maduro y han rechazado las acciones injerencistas del gobierno
norteamericano.
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Venezuela – Telesur
Rousseff y Mujica inauguran Parque Eólico Artilleros
El complejo que consta de 31 aerogeneradores de un total de 65,1
megavatios, fue creado por empresas de ambos países.
La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff y el saliente mandatario uruguayo,
José Mujica, inauguraron este sábado el Parque Eólico Artilleros, en el
departamento de Colonia (occidente de Uruguay).
El complejo consta de 31 aerogeneradores de un total de 65,1 megavatios
y se realizó con una inversión de 100 millones de dólares que fue
ejecutada por las empresas estatales de electricidad Eletrobras y UTE.
El director de la entidad uruguaya, Gonzalo Casaravilla, indicó que el
parque eólico es parte de una asociación estratégica con miras a que
ambas naciones tengan un sistema energético integrado.
Por su parte, la mandataria de Brasil, destacó que este proyecto forma
parte de una visión de colaboración entre su país y Uruguay y aseguró que
“a partir de nuestras relaciones bilaterales intentamos hacer posible una
mayor aproximación e integración entre nuestros países”.
Asimismo, Mujica destacó la importancia de la voluntad política a la hora
de lograr la integración regional y afirmó que “el triunfo depende de
nosotros mismo y el fracaso también”.
Posteriormente, Mujica y Rousseff también presentarán juntos la
matrícula vehicular única para los países del Mercado Común del Sur
(Mercosur): Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela.
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Rousseff, quien arribó a Uruguay para asistir el domingo a la investidura
de Tabaré Vázquez, aseguró que las relaciones bilaterales se van a
profundizar durante el mandato del nuevo presidente.
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Venezuela – Telesur
Venezuela asumió presidencia del Parlasur
La toma de posesión se llevó a cabo el pasado jueves. Esta es la primera
vez que un venezolano asume las riendas del organismo legislativo.
El diputado venezolano Saúl Ortega asumió esta semana la presidencia del
Parlamento del Mercado Común del Sur (Parlasur).
Durante el acto de asunción, que se llevó a cabo el jueves, Ortega indicó
que "es un momento importante que vive el Mercosur con sus altos y
bajos".
El nuevo representante del órgano legislativo que ya ha apoyado a
Venezuela afirmó que su país "se compromete a hacer el mayor esfuerzo
en función de seguir apoyando el desarrollo y el éxito del Mercosur" y
recalcó que "este es un bloque de integración importantísimo para
apuntalar los otros órganos que han venido naciendo, con más carácter
político".
"El Mercosur tiene mucho que contribuir al desarrollo de la Unasur
(Unión de Naciones Suramericanas) y la Celac (Comunidad de Estados
Latinoamericanos y Caribeños)", agregó.
Esta es la primera vez que Venezuela encabeza la directiva del Parlasur.
La asunción de Ortega se hizo un día antes de que diputados del Frente
Para la Victoria (FPV), integrantes de la Comisión permanente del
Mercosur, brindaran un importante respaldo al Gobierno Bolivariano de
Venezuela, al presentar un comunicado de “solidaridad y apoyo” al pueblo
venezolano y al presidente Nicolás Maduro.
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El Dato: El Parlamento del Mercado Común del Sur (Parlasur) es un bloque
que representa a los pueblos de la región, sobre la base del respeto a la
pluralidad ideológica y política. Está constituido por representantes de
Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela.
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Venezuela – Correo del Orinoco
Dirigentes de partidos políticos europeos rechazan acciones injerencistas
contra Venezuela
“Es necesario que los partidos mayoritarios en Europa reconozcan que
Venezuela está siguiendo y aplicando su sistema jurídico, con el fin de
preservar sus garantías constitucionales para el bienestar de sus
ciudadanos”, reza
Dirigentes de partidos políticos europeos se pronunciaron, por medio de
un documento, a favor del respeto a la soberanía de la República
Bolivariana de Venezuela, rechazando a su vez la injerencia del
Parlamento Europeo quien ha respaldado y promovido a facciones
extremistas de la derecha venezolana a gestar acciones desestabilizadoras
en la Patria de Bolívar.
A continuación declaración integra:
Nosotros, los abajo firmantes, queremos expresar nuestro rechazo a los
ataques continuos y sistemáticos sufridos por Venezuela y el pueblo
venezolano por parte de las instituciones de la Unión Europea. En los
últimos cinco años, Venezuela ha sido el país latinoamericano que ha
recibido más atención por parte del Parlamento Europeo, siendo el centro
de hasta seis debates sobre supuestas violaciones a los derechos
humanos, la democracia y el Estado de Derecho. En lugar de promover y
construir una relación sana y respetuosa con Venezuela, el Parlamento
Europeo se ha acercado al país interfiriendo con sus asuntos internos con
el objetivo de cambiar su gobierno legítimo y constitucional.
Los partidos políticos mayoritarios de esta cámara se han alineado con las
facciones más extremistas de la oposición venezolana, que participaron en
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un plan para derrocar al gobierno del presidente Nicolás Maduro
utilizando medios violentos. De este modo, promovieron un debate en la
sesión plenaria apenas un día después de que el portavoz de la alta
representante Mogherini publicara una declaración que claramente
pretendía interferir en el proceso judicial contra el alcalde Antonio
Ledezma. Aunque representado como víctima de una supuesta represión
política sistemática, Ledezma fue, de hecho, legalmente detenido por su
presunta participación en un plan para asesinar al Presidente y causar
bajas civiles en actos públicos y edificios públicos con el uso de parte de la
fuerza aérea.
Mientras el portavoz de la alta representante destacó que el arresto se ha
producido en un año de elecciones, queremos hacer hincapié en el hecho
de que cada intento de interferir en Venezuela por parte de la UE ha
tenido lugar, efectivamente, en años electorales, como la cronología de
los debates urgentes de cámara demuestra.
Al mismo tiempo, no podemos olvidar que esta no es la primera vez que la
oposición coquetea con la idea de derrocar al Gobierno de Venezuela
siguiendo métodos violentos e irregulares. Los intentos de golpe de Estado
de 2002 y los ciclos de desestabilización en 2007 y 2014 están
relacionados con la incapacidad de la oposición de obtener el apoyo del
pueblo. En este escenario, las instituciones de la Unión Europea han
optado por alinearse de un modo diferente al de algunos de los
principales actores de la sociedad internacional. Considerando que las
organizaciones y grupos como el G-77 + China, el Movimiento de Países
No Alineados, Mercosur, ALBA, UNASUR y la CELAC han mostrado un
enfoque respetuoso y equilibrado, la UE se desplaza, junto con Estados
Unidos, hacia el aislamiento. Mientras el mundo transita hacia un orden
multipolar caracterizado por la colaboración entre sujetos soberanos, la
UE y sus principales fuerzas políticas siguen obstinadamente tratando de
moldearlo según sus intereses.
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Es necesario que los partidos mayoritarios en Europa reconozcan que
Venezuela está siguiendo y aplicando su sistema jurídico, con el fin de
preservar sus garantías constitucionales para el bienestar de sus
ciudadanos; una aspiración que a la que no podría renunciar cualquiera
que se considere así mismo un demócrata.
Javier COUSO PERMUY (Izquierda Unida), Vice-Chair Committee on
Foreign Affairs
Marina ALBIOL GUZMÁN (Izquierda Unida), Vice-Chair of the Delegation to
the Euro-Latin
American Parliamentary Assambly
Inês ZUBER (Partido Comunista Português)
Emmanouil GLEZOS (Synaspismós Rizospastikís Aristerás – SYRIZA)
Sabine LÖSING (Die Linke)
João FERREIRA (Partido Comunista Português)
Paloma LÓPEZ BERMEJO (Izquierda Unida)
Josu JUARISTI ABAUNZ (Euskal Herria Bildu)
Sofia SAKORAFA (Synaspismós Rizospastikís Aristerás – SYRIZA)
Fabio DE MASI (Die Linke)
Miguel VIEGAS (Partido Comunista Português)
Lidia SENRA RODRÍGUEZ (Alternativa Galega de Esquerda)
Stelios KOULOGLOU (Synaspismós Rizospastikís Aristerás – SYRIZA)
Ángela VALLINA DE LA NOVAL (Izquierda Unida)
Kostas CHRYSOGONOS (Synaspismós Rizospastikís Aristerás – SYRIZA)
Fuente/ Prensa MPPRE
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