memorias de martin.

Anuncio
MARTIN EL EXPÓSITO
MEMORIAS DE UN M U D A DE CÁMARA;
POR
EUGENIO S U E .
VERSIÓN
CASTELLANA
por B. augusto oc ¿torgas.
TOMO
III.
BARCELONA.
COR D. J U A N O L I V E R E S , I M P R E S O R D E S. M
<;AI.LE D E M O N S E R R A T E , N .
1847.
10.
B I B L I O T E C A U N I V E R S I D A D DE M A L A G A
MEMORIAS DE MARTIN.
I.
lia escuela.
o R e g i n a ha p e r d i d o á su m a d r e , y p o r m u y
desgraciada
« q u e sea tu s u e r t e , lo e s a c a s o m e n o s q u e la q u e á la p o b r e
« n i ñ a e s p e r a . » — M e d i j o C l a u d i o G e r a r d : y esta i d e a e r a
p a r a mí el r e s u m e n d e l triste e s p e c t á c u l o q u e a c a b a b a d e
presenciar.
,
listo n o o b s t a n t e , p u d o
librarme de ello , y desempeñar
c o n g r a n satisfacción d e m i a m o la p a r t e q u e m e t e n i a s e ñ a l a da e n sus t r a b a j o s d i a r i o s , r e s e r v a n d o p a r a r a i s h o r a s d e so
l e d a d y d e r e p o s o n o c t u r n o e l triste d e l e i t e
de saborear á
m i antojo los a m a r g o s r e c u e r d o s , y l a s ¡ d e a s d e t o d a e s p e c i e q u e m e h a b í a s u g e r i d o la e s c e n a d e q u e fui t e s t i g o .
P o r otra p a r t e , la v a r i e d a d d o m i s o c u p a c i o n e s d u r a n t e
el resto d e l dia , y la s o r p r e s a q u e m e c a u s a b a n v a r i a s p a r t i c u l a r i d a d e s d e la v i d a d e C l a u d i o G e r a r d , h a b r i a n
do,
basta-
a l o q u e c r e o á d i s t r a e r m e d e mis c a v i l a c i o n e s s o b r e R e -
gina. S a b i e n d o s o b r e todo c o m o a q u e l l a m i s m a m a ñ a n a s u p e ,
que la p o b r e n i ñ a no d e b i a v o l v e r al l u g a r ; p o r q u e s e i b a á
p o n e r e n v e n t a la casa hasta e n t o n c e s h a b i t a d a p o r su m a d r e .
Así e m p l e ó el dia el m a e s t r o d o e s c u e l a y , s a l v o a l g u n a s
h f e r e n c i a s e n los t r a b a j o s m a n u a l e s , así los e m p l e a b a t o los.
111.
\
í
MARTIN
EL
EXPÓSITO
D e s p u é s tlel e n t i e r r o , n o s v o l v i m o s á c a s a , i>n d o n d e cog i ó C l a u d i o una e s p e c i e d e r a s t r i l l o c o n un m a n g o m u y l a r g o , m e e n t r e g ó u n c u b o y vina p a l a , s e m e j a n t e
usan l o s m a r i n e r o s p a r a s a c a r e l a g u a
echamos á andar ,
á los
que
d e los b a r c o s , y
y o deseoso de saber
á (pie
íbamos, \
ClaudioGerard tranquilo y g r a v e como siempre.
A los p o c o s m i n u t o s l l e g a m o s á u n a p r a d e r a d e c o r t a e x tensión, que confinaba con el p u e b l o , y á cuya
extremi-
dad había una fuente subterránea q u e alimentaba el lavad e r o p ú b l i c o , receptáculo de agua
sazón, groseramente
negra y
c e n a g o s a á la
rodeado de baldosas, que formaban
una especio de p a r a p e t o .
A p e s a r d e l f r i ó , q u i t ó s e C l a u d i o G e r a r d los z u e c o s ; a r remangóse
los p a n t a l o n e s
hasta las r o d i l l a s , y
la blusa
b á s t a l a s c a d e r a s , sujetándola con una c u e r d a , y m e d i j o :
— V a m o s , h i j o m í o , á l i m p i a r e s t e l a v a d e r o . Alas corno el
m e t e r t e en el agua podría hacerte daño , entraré y o primer o , r e m o v e r é e l c i e n o c o n e s t e r a s t r i l l o , y tú e c h á n d o l o e n
el c u b o lo i r á s á t i r a r al p i é d e a q u e l l o s á l a m o s q u e
ves
allá.
A l d a r m e esta o r d e n , y al a n u n c i a r l a p a r l e q u e iba él á
tomar
en
nuestro penoso y r e p u g n a n t e t r a b a j o , era p e r -
f e c t a la i n d i f e r e n c i a d e l m a e s t r o d e e s c u e l a ; p e r o , á p e s a r
d e mi i g n o r a n c i a de
los h o m b r e s y
d e v e r q u e mi m a e s t r o d e
pulturero,
de
las c o s a s ,
atónito
e s c u e l a f u e s e , n o tan s o l o s e -
sino e n c a r g a d o d é l a limpieza
de un l a v a d e r o
p ú b l i c o , m e puse á m i r a r l o con atención.
A d i v i n a n d o m i s p e n s a m i e n t o s , s o n r i ó s e él a f a b l e m e n t e , y
me dijo:
— T e causa s o r p r e s a , hijo m i ó , v e r á un m a e s t r o d e e s c u e l a , á u n hombre
sabio....
c o m o p o r ahí m e l l a m a n
lim-
piar un lavadero.
— Confieso q u e m e extraña.
— Y c r e e s q u e e s v e r g o n z o s o p a r a m í , ¿ n o es v e r d a d ?
— S í , señor.
— ¿Porqué ?
LA
ESCUELA.
— ¡ T o m a ! p o r q u e p a r a u n h o m b r e tan s a b i o
al m e -
teros así e n u n silio c e n a g o s o m e p a r e c e q u e os r e b a j á i s .
— Ó y e m e con a t e n c i ó n , h i j o
m i ó . . . . las p o b r e s
mujeres
q u e v i e n e n á l a v a r su r o p a á esta a g u a l l e n a d e p o s o . . . . se
la l l e v a n casi tan s u c i a , c o m o la t r a j e r o n
quedándola
a d e m á s un i n s o p o r t a b l e o l o r á c i e n o : s u c e d e t a m b i é n
los n i ñ o s á q u i e n e s p o n e n e s o s p a ñ a l e s
que
húmedos é infec-
tos , c a e n m a l o s y c o g e n c a l e n t u r a s d a ñ i n a s ; e n tatito q u e
e n l i m p i á n d o s e el l a v a d e r o se saca e l c i e n o , y y a n o s u c e d e n esas
desgracias.
— Bien está , s e ñ o r C l a u d i o
p e r o no faltan aquí p e r -
sonas q u e p u e d a n h a c e r las v e c e s d e V . . . . p u e s e s t a s p e r sonas no podrían....
— ¿ R e e m p l a z a r m e e n otra c o s a . . . ? ¿ n o e s e s o '
— liso i p i i s e d e c i r .
— T i e n e s r a z ó n , p e r o se trata d e u n deber q u e h e
pro-
m e t i d o c u m p l i r , y n o e s cosa d e f a l t a r á m i p r o m e s a . En
c u a n t o á la h u m i l l a c i ó n
d e que. h a b l a s , ¿ d o n d e
Si y o t u v i e r a o r g u l l o , p o d r í a
decir
la
ves''
por el c o n t r a r i o : hago
á un m i s m o t i e m p o lo ( p i e t o d o e l m u n d o p u e d e h a c e r , y
lo q u e y o s o l o p u e d o h a c e r , lo cual es p o r i o
tanto
doble
m é r i t o . Mas sin r a c i o c i n a r a s í , h i j o m i ó , m e c o n t e n t o c o n
d e c i r q u e n u n c a es v e r g o n z o s a u n a a c c i ó n c u a n d o e s p r o v e c h o s a á todos.
Y o n o sabia q u e r e s p o n d e r l e .
— ¿ C o n s i s t e por v e n t u r a la
humillación
c a l z o d e pié y p i e r n a p o r e n t r e el
en a n d a r d e s -
f a n g o ? Si así fuese , —
continuó Claudio s o n r i é n d o s e , — esos caballeratos ricos y
nobles que v i e n e n á cazar
todos
los
inviernos á
nuestros
p a n t a n o s se h u m i l l a n m a s p r o f u n d a m e n t e q u e y o , p o r q u e
se m e t e n e n el f a n g o basta la b a r r i g a , s o l o p o r el g u s t o d e
matar algunos pajaríllos.... Vamos , hijo, ánimo , y alegra
ese
mos
corazón.
Nuestro
t r a b a j o será útil á todos
Despache-
p o r q u e á las d o c e t e n e m o s q u e e s t a r d e v u e l t a
para
p r e p a r a r la c l a s e .
V , p o n i e n d o m a n o s á la o b r a ,
c o m e n z ó Claudio
Gerard
.i e e h a i ' hacia la orilla c o n su rastrillo una g r a n p o r c i ó n de
4
MARTIN
cieno de que y o
iba
El.
EXPÓSITO.
l l e n a n d o el c u b o p a r a
transportarlo
e n s e g u i d a al pió d e u n o s g r a n d e s c h o p o s , q u e
formaban
una extensa a l a m e d a .
Confieso
rard
q u e el e j e m p l o y las
r e a l z a r o n á mis ojos
palabras de Claudio < ¡ e -
aquella
faena
é
hicieron
(pie
I U C pareciera menos penosa y menos repugnante.
C o n el
o b j e t o , sin d u d a ,
de
seguirme
alentando,
me
dijo al c a b o d e u n a h o r a mi n u e v o a m o .
— P a r a la p r i m a v e r a v e n d r e m o s
c o n el
limo que vas echando
á visitar esos c h o p o s ;
al r e d e d o r d e e l l o s ,
verás
q u e v e r d e s y q u e l o z a n o s se p o n e n , p o r q u e e s e f a n g o , tan
perjudicial
en
el
l a v a d e r o , e s un e x c e l e n t e
esos h e r m o s o s árboles, c u y a s raices nutre
hijo m i ó , si te d a r á
por
abono
para
Ahora, dime,
ventura vergüenza haber contri-
b u i d o á q u e esos g r a n d e s á l a m o s a d q u i e r a n mas belleza y
robustez con h a b e r l e s e c h a d o unos cuantos cubos de c i e n o .
— ¡ O h ! n o s e ñ o r . . . . l e j o s d e eso v e n d r é á v e r l o s c o n m u c h o g u s t o , — e x c l a m é c a d a v o z m a s s a t i s f e c h o d e las r e f l e x i o n e s de Claudio G e r a r d .
Y tal
e s el c a r á c t e r d e los m u c h a c h o s , q u e no t e r m i n é
sin c i e r t a s a t i s f a c c i ó n d e a m o r p r o p i o a q u e l l a o b r a c o m e n zada con tanto disgusto.
Si insisto e n estas l e c c i o n e s p r á c t i c a s d e C l a u d i o G e r a r d ,
es p o r q u e t u v i e r o n un i n f l u j o d e c i s i v o y casi i n c e s a n t e e n
mi vida : d e b o a ñ a d i r , e n e l o g i o p r o p i o tal v e z , ó m e j o r d i c h o , e n e l o g i o d e C l a u d i o G e r a r d , q u e sus l e c c i o n e s tan s e n c i l l a s , tan c l a r a s y tan l ó g i c a s p e n e t r a r o n
casi
m e n t e y c o n m u c h a i n t e n s i d a d e n mi e s p í r i t u
inmediatay en mi c o -
r a z ó n , al paso q u e p a r a a c e p t a r las e x e c r a b l e s m á x i m a s d e l
m e n d i g o , p r e c o n i z a d a s por l i a m b o e h a , t u v e q u e \ e n c e r u n a
especie de malestar m o r a l , y cierta repugnancia instintiva.
Dejando
así
empezada
m o s á toda prisa al l u g a r :
gunas
nueces
la l i m p i a
del
un p e d a z o do
compusieron
nuestro
lavadero,
pan
volvi-
negro y al-
a l m u e r z o , después
del cual a y u d é á Claudio Gerard á hacer
en la c u a d r a los
p r e p a r a t i v o s d e la c l a s e , e x t r a ñ o s p r e l i m i n a r e s ( p i e h i c i e -
LA
r o n subir <le |>unli) el
o
KSCIIKIA.
a s o m b r o q u e m e c a u s a r o n los
su-
c e s o s d e a q u e l (lia.
C o m o las v a c a s s a l í a n m u y p o c a s v e c e s e n i n v i e r n o , por
e l e c t o del mal t i e m p o , su p r e s e n c i a casi c o t i d i a n a e n a q u e lla e s t a n c i a d i s m i n u í a m u c h o el e s p a c i o d e s u ñ a d o á l o s d i s c í p u l o s : d e d o n d e r e s u l t a b a una g r a n d i f i c u l t a d d e d e f i n i r
si e s t a b a n los a l u m n o s e n el e s t a b l o . ó las v a c a s e n la c l a se ; pues el local se h a l l a b a d i v i d i d o casi p o r p a r t e s i g u a l e s
e n t r e la raza h u m a n a y la v a c u n a .
A la d e r e c h a se v e í a n c o l g a d o s los a p e r o s , el p e s e b r e y u n
m o n t ó n d e e s t i é r c o l , ( p i e tenía d o s ó t r e s m e s e s y q u e e x halaba i n s o p o r t a b l e h e d o r : j u n i o á la p a r e d i z q u i e r d a
locamos nuestros banquillos c o j o s , pusimos e n c i m a
counas
l a r g a s t a b l a s y d e l a n t e d e estas m e s a s p o r t á t i l e s a l i n e a m o s
v a r i o s b a n c o s s o b r e un piso e n l o d a d o é i n f e c t o ; p u e s el d e s n i v e l del
s u e l o hacia
r e z u m a r hasta allí u n a p a r t e d e
las
i n m u n d i c i a s d e los a n í m a l e s .
listos p r e p a r a t i v o s ,
los h a c í a m o s casi
á oscuras;
pues
a q u e l local d e v e i n t e p i e s d e l a r g o n o l e n i a m a s l u z ¡ p í e l a
(pie dejaban
pasar
la p u e r t a , p o r un l a d o , y p o r
o t r o la
reducida v e n t a n a del tabuco rodeado de z a r z o s (pie servia
d e c u a r t o al
m a e s t r o : el
techo muy
bajo,
compuesto de
vigas agujereadas y adornado con colgaduras de telarañas,
p e r m i t í a a l c a n z a r c o n la vista la paja y el h e n o q u e l l e n a b a n el g r a n e r o . C u a n d o a p r e t a b a el f r i ó s e c e r r a b a la p u e r ta y q u e d a b a n e n t i n i e b l a s las d o s t e r c e r a s p a r t e s d e l
es-
tablo; de m a n e r a (pie de treinta m u c h a c h o s q u e e r a n , solo
c i n c o ó seis p o d í a n t r a b a j a r
la v e n t a n a d e la a l c o b a .
el m a e s t r o
llamando
c o n la l u z q u e p e n e t r a b a pol-
A este
inconveniente
alternativamente
remediaba
á su c u a r t o á los
d i s c í p u l o s ( ¡ u e e s t a b a n e n la p a r l e m a s o s c u r a d e l e s t a b l o ,
y haciendo
trabajar á cada
uno un c u a r t o de hora en
su
presencia.
Habíamos apenas acabado de
preparar
las m e s a s y los
b a n c o s c u a n d o e m p o z a ron á e n t r a r los n i ñ o s . VA c i e l o ,
i>or la m a ñ a n a e s t u v o b a s t a n t e d e s p e j a d o , se h a b í a
que
enea-
'i
MAItTIN
EL
EXPÓSITO.
p o t a d o l u e g o , y c o m o e m p e z a s e la n i e v e á c a e r c o n a b u n dancia,
fue
preciso c e r r a r
la p u e r t a del e s t a b l o a t e s t a d o
d e a n i m a l e s y d e e n t e s h u m a n o s , c o n lo c u a l n o s q u e d a m o s casi á o s c u r a s .
A c u r r u c a d o y o e n u n r i n c ó n , asistía c o n v i v a c u r i o s i d a d
á la p r i m e r a l e c c i ó n ( p i e v e í a d a r . L o s r ú s t i c o s a l u m n o s d e
Claudio, lejos de ser revoltosos , alborotadores y díscolos, y
d e n o v e r e n las h o r a s d e e s c u e l a m a s q u e un t r a b a j o p e s a d o ó i n d i f e r e n t e , se e s t a b a n q u i c i o s , c a l l a d o s y a t e n t o s ;
y hasta c r e í v e r q u e n o s o l o o i a n c o n i n t e r é s , sino c o n c o m p l a c e n c i a y c o n a g r a d o las p a l a b r a s d e C l a u d i o G e r a r d , á
q u i e n p r o f e s a b a n todos e l l o s un r e s p e t o casi filial.
Mas tarde v i n e en c o n o c i m i e n t o do c o m o , v a l i é n d o s e de
u n m é t o d o d e e n s e ñ a n z a , i n g e n i o s o y s e n c i l l o á la v e z , e n
q u e se c o m b i n a b a n la curiosidad,
de
imitación
el amor propio
(tres palancas que ejercen en
y el
espíritu
los n i ñ o s i n -
contrastable a s c e n d i e n t e ) , obtenía Claudio Gerard resultados
tan p r o n t o s c o m o s a t i s f a c t o r i o s . B u e n o s i e m p r e , t r a n q u i l o ,
i n d u l g e n t e y s u f r i d o , p e n e t r a d o d e la s a n t i d a d
del s a c e r -
docio q u e ejercía , g u i a d o , sostenido y alentado sobre lodo
p o r su p r o f u n d o a m o r á los n i ñ o s , e s t u d i a b a
sus c a r a c t e -
r e s , sus i n s t i n t o s y sus p a s i o n e s , y sabia casi s i e m p r e e n caminar hacia
naturales, q u e ,
el
bien aquellos ímpetus diferentes,
c o m p r i m i d o s , falseados ó
pero
mal dirigidos ,
se h a b r í a n c o n v e r t i d o e n v i c i o s y e n a f i c i o n e s d e p r a v a d a s .
M e d i a h o r a h a c i a y a ( p i e d u r a b a la l e c c i ó n , c u a n d o e m p e z a r o n á s e n t i r s e e n el e s t a b l o
un c a l o r
y un h e d o r
tan
molesto q u e , aumentado todavía con aquella aglomeración
d e g e n t e , n o s c a u s a r o n á v a r i o s a l u m n o s y á mi
nauseas
y s o f o c a c i o n e s a c o m p a ñ a d a s d e un v i o l e n t o d o l o r d e c a b e za y d e u n c o p i o s o s u d o r .
P r e c i s o f u e p u e s a b r i r la p u e r t a del e s t a b l o c u y a a t m ó s fera no era
frío y
respirable
ya,
y
e x p o n e r n o s á xin a i r e v i v o ,
colado ( p i e , sucediendo de
pronto á una
tempera-
tura e n q u e n o s a h o g á b a m o s , m e d e j ó y e r t o asi c o m o á m i s
pobres compañeros,
( p i e i b a n casi
todos m i s e r a b l e m e n t e
LA
KSCL'HLA.
vestidos, P o s t e r i o r m e n t e m e dijo C l a u d i o G e r a r d q u e a q u e llas r e p e n t i n a s a l t e r n a t i v a s d e l'rio y d e c a l o r ,
u n i d a s á la
viciada y d a ñ i n a a t m ó s f e r a e n q u e v i v í a n a q u e l l a s i n f e l i c e s
c r i a t u r a s , las c a u s a b a n c o n f r e c u e n c i a e n f e r m e d a d e s g r a v e s , m o r t a l e s q u i z á , y q u e rara v e z p o d i a u n a l u m n o a s i s tir á la c l a s e q u i n c e días s e g u i d o s .
T e r m i n ó la c l a s e . Un d í a . . . . u n
s á b a d o . . . . n u n c a se m e
o l v i d a r á , m e r c e d á la c i r c u n s t a n c i a s i g u i e n t e :
C l a u d i o G e r a r d c o g i ó u n a s a l f o r j a s , m e e n t r e g ó u n a cesta
y me dijo:
— S i g ú e m e , hijo mío.
— A h o r a sí q u e te v a á c a u s a r s o r p r e s a la h u m i l l a c i ó n
á (pie m e e x p o n g o , — añadió sonriendo.
— ¿ Pues cómo ?
— V a m o s al p u e b l o á p e d i r d e p u e r t a e n
puerta....
ali-
m e n t o s p a r a la s e m a n a q u e v i e n e .
listas p a l a b r a s m e d e j a r o n e s t u p e f a c t o .
v
Kl s u e l d o ((ue m e t i e n e n s e ñ a l a d o p o r m i s f u n c i o n e s
de
m a e s t r o d e e s c u e l a y d e m á s t r a b a j o s á q u e ya m e h a s a y u d a d o , e s , hijo m i ó ,
tan i n s u f i c i e n t e ,
que
me v e o , como
se v e n mis c o m p a ñ e r o s e n sus r e s p e c t i v o s p u e b l o s , e n la
n e c e s i d a d d e r e c u r r i r á la c a r i d a d p ú b l i c a
nh
subsistencia d i a r i a ;
además
para atender á
d e esto , c o m o la m a y o r
p a r t e d e mis d i s c í p u l o s son tan p o b r e s , p r e f i e r e n
d r e s p a g a r m e su c o r t a
retribución en artículos
sus pa-
de consu-
m o . . . . H a b í a m e a h o r a f r a n c a m e n t e , hijo m i ó . . . . ¿ n o te p a r e c e esto el c o l m o d e la h u m i l l a c i ó n ?
— Para m í q u e e s t o y a c o s t u m b r a d o á p o r d i o s e a r , n o s e ñ o r , — r e s p o n d í ; — p e r o V. q u e e s u n s a b i o y q u e
hace
lautos f a v o r e s al p ú b l i c o . . .
— Justamente
p o r q u e c o n o z c o q u e e s t o y p r e s t a n d o al
g u n o s s e r v i c i o s á t o d o s , r e c i b o d e c a d a u n o s i n el m e n o r
e m p a c h o lo q u e m e p u e d e n
dar para
ayudarme
á ir v i -
v i e n d o . . . . y a q u e no t e n g o o t r o r e c u r s o . S í , p o r el c o n t r a rio , y o fuera u n p e r e z o s o ó u n
una b a j e z a q u e
hombre inútil,
cometería
m e d e g r a d a r í a , a c e p t a n d o d e esa p o b r e
8
MAIITIN
UI.
g e n t e un p e d a z o do pan. K a ,
EXPÓSITO.
pues,
ven
y
a c a s o será
tu
c e n a d e h o y m e n o s l'ruga 1 q u e l a d o a y e r ; p u e s a y e r se m e
e s t a b a n a c a b a n d o ya las p r o v i s i o n e s .
Bien puede
decirse
Claudio Gerard
que
era para
mas de resignación
llena
cada
palabra
y cada
acto de
mí u n e j e m p l o d e r e s i g n a c i ó n ,
de
dignidad. Como quiera
que
s e a , l e a c o m p a ñ é e n su e x c u r s i ó n .
Recordando
d e s p u é s este i n c i d e n t e y r e f l e x i o n a n d o
so-
bre é l , be podido
calcular el g r a d o de consideración
que debían
e n los p u e b l o s estos m a e s t r o s . . . . q u e , á
gozar
de
p o d e r disponer de medios m a t e r i a l e s , podrían cambiar en
v e i n t e a ñ o s la faz d e un p a í s , y c r e a r una g e n e r a c i ó n e n t e r a m e n t e n u e v a , s o l o c o n la e d u c a c i ó n q u e le d i e s e n ; p e r o á
esta g r a n d e r e g e n e r a c i ó n s o c i a l se o p o n e , sin d u d a , a l g u n a
razón política.
Bien q u e C l a u d i o G e r a r d f u e s e g e n e r a l m e n t e q u e r i d o y
a u n r e s p e t a d o , l o p r e c a r i o d e su e x i s t e n c i a , y l o s u b a l t e r n o d e las f u n c i o n e s q u e l e e s t a b a n
e n c o m e n d a d a s , le p o -
n í a n al n i v e l d e u n p a s t o r d e b u e n a s c o s t u m b r e s , ó d e un
honrado é inteligente mozo de labranza.
Los p o b r e s , q u e eran
venían
los q u e
todos á presentarle
con
m a y o r cariño le t e n í a n ,
fraternal cordialidad
su
m o d e s t a ofrenda ; cual le daba una medida de habichuelas
s e c a s , cual alguna
fruta , e s e un p o c o d e c e n t e n o
t
aquel
u n costal de p a t a t a s ; e n una palabra, tratábannos, en p r o p o r c i ó n , m e j o r q u e los habitantes a c o m o d a d o s , q u e sentían
c o n t r a e l m a e s t r o una e s p e c i e d e e n v i d i a m e z c l a d a d e d e s p r e c i o q u e á v e c e s se d e s a h o g a b a
h a c i e n d o por h u m i l l a r -
l e ; m a s n o e r a fácil h u m i l l a r á C l a u d i o G e r a r d .
A d e m á s de esto, no fallaban algunos propietarios de m o nos importancia,
miraban
pertenecientes
al b a n d o
del cura , q u e
la e s c u e l a d e m a l o j o , y d e c í a n q u e era
inútil,
i n o p o r t u n o y p e l i g r o s o p r o p a g a r la i n s t r u c c i ó n p o r el p o pulacho repitiendo
piera
¡njenuamente:
« S i todo el m u n d o s u -
l e e r , ¿ e n q u é se h a b í a d e d i s t i n g u i r el q u e
es
hijo
d e u n h o m b r e q u e t i e n e a l g o , d e l ( p i e lo e s d e o t r o ( p i e n o
I.A
KSIXKI.V
tiene n a d a ? » Consecuentes
ron
estos p r e s u n t u o s o s c o n l u d o su
estas
!)
¡deas, contribuían
poder municipal , á hacer
casi i m p o s i b l e la e s c u e l a d e C l a u d i o ( l e r a r d . e o n l i u á n d o l a
en un e s t a b l o i n f e c t o y d a ñ i n o , y p r o h i b i e n d o á los p a d r e s
d e familia s o b r e q u i e n e s e j e r c í a n a l g ú n m a n i l o q u e
sen sus hijos á la e s c u e l a . C u t r e
nuestra coléela
gente, tan
envia-
a r r o g a n t e fue
e s c a s a , ¡i m a s d e o f e n s i v a e n el m o d o d o
d a r l a . .Medio p . u i d u r o , m a s d u r o q u e una
peña, y
algu-
nos p e d a z o s d e t o c i n o y q u e s o r a n c i o , fue todo lo q u e r e c o g i m o s en casa d e m u c h o s d e los p r i n c i p a l e s del p u e b l o .
Iiien q u e , m í s e r o e x p ó s i t o , t a c h a d o d e v a g a b u n d o y d e
m e n d i g o , sentí
y o d o s ó tres v e c e s latir mi c o r a z ó n y e n -
c e n d é r s e m e d e c ó l e r a la f r e n t e al o í r 1 i s d u r a s y d e s p r e c i a d o r a s p a l a b r a s d e q u e iban
acompañadas
las
limosnas
q u e n o s a r r o j a b a n . Mas se a n í l l e n l o mi s o r p r e s a a l v e r q u e
n o se d e s m e n t í a e n lo m a s m í n i m o la i n a l t e r a b l e s e r e n i d a d
d e C l a u d i o ( i e r a r d , y q u e ni su actitud ni su
fisonomía
re-
v e l a b a n q u e se le h u b i e s e o c u r r i d o un m o m e n t o la i d e a d o
q u e tratasen d e ajar su a m o r p r o p i o . La c o n v i c c i ó n
superior
al ultraje
es á v e c e s el
colmo de
la
de
ser
dignidad.
V o i v í i n o s á la e s c u e l a c o n el c e s t o y las a l f o r j a s casi
cu-
leramente llenas.
T o c a b a el día á su fin, y la n i e v e , q u e c o n t i n u a b a c a y e n d o e n a b u n d a n c i a , se h a b í a a m o n t o n a d o
durante nuestra
a u s e n c i a á la puerta del e s t a b l o . Para d e j a r e x p e d i t o el p a so, se puso C l a u d i o ( ¡ o r a n i á b u s c a r la pala q u e se n o s h a b í a
q u e d a d o o l v i d a d a en el c e m e n t e r i o j u n i o c o n el a z a d ó n , q u e
Iribia
servido para abrir y
t e r r a p l e n a r la s e p u l t u r a d e la
m a d r e de U c g i u a .
— La pala se q u e d ó e n el c e m e n t e r i o j u n t o al c i p r é s .—
dije a C l a u d i o ( l e r a r d ; — y a iré á b u s c a r l a .
— Bien,
r e s p o n d i ó ; — p u e s si se a m o n t o n a
la n i e v e á
la p u e r t a , nos i n u n d a r ; ! e n c u a n t o e m p i e c e á d e r r e t i r s e . . . .
p e r o s a b e s el c a m i n o ?
— Sí s e ñ o r , no h a y c u i d a d o .
D e s p u é s d e lo c u a l m e d i r i g í r á p i d a m e n t e al c e m e n t e r i o
I.
IO
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
II.
IJH n i e v e .
liion q u e la l u n a e s t u v i e s e e n c a p o t a d a e n t r e e s p e s o s
y
pardos nubarrones , mecidos por impetuoso v e n d a b a l , bast á b a m e su l u z p a r a g u i a r m e
y h a c e r m e distinguir
perfec-
t a m e n t e los o b j e t o s .
F u i m e , p u e s , a c e r c a n d o al c e m e n t e r i o c o n u n a e s p e c i e d e
melancólica satisfacción ; pues, distraído d u r a n t e todo a q u e l
dia p o r i d e a s d i s t i n t a s d e a q u e l l a s d e q u e era o b j e t o R e g i na,
miré en
aquel
momento como
una
felicidad el
dar
r i e n d a suelta á mis r e c u e r d o s , y en pensar q u e en a d e l a n t e iba á v i v i r n o l e j o s d e la ú l t i m a m o r a d a d e la m a d r e
a q u e l l a n i ñ a . . . . d e la m a d r e , c u y a m u e r t e la h i z o
tantas y
tan a m a r g a s
l á g r i m a s . . . . lo c u a l
solo u n c o n s u e l o , sino un
vínculo
de
verter
era p a r a m í n o
(pie debía u n i r m e c o n
m a s f u e r z a á R e g i n a ; y e n esta i n t e l i g e n c i a , h i c e firme p r o p ó s i t o d e v e l a r c o n p i a d o s o r e s p e t o j u n t o al s e p u l c r o , a n t e
el c u a l vi d e r o d i l l a s á a q u e l á n g e l , d e p r o t e g e r l o c o n t r a la
invasión de
las p l a ñ í a s p a r á s i t a s , d e t r a s p l a n t a r
á él , e n
c u a n t o l l e g a s e la p r i m a v e r a , a l g u n a s l l o r e s r ú s t i c a s , c o n la
e s p e r a n z a d e q u e , si a l g ú n dia v o l v í a
n o t a r el e s m e r o c o n q u e d e a q u e l
Regina allí, pudiese
sepulcro cuidaba
una
mano desconocida.
Figurábaseme en
fin,
v e r cierta
extraña
coincidencia
e n t r e la i n e s p e r a d a a p a r i c i ó n d e R e g i n a y m i l o a b l e r e s o lución de h a c e r m e hombre d e
bien , singular
circunstan-
cia q u e , e n c o n c e p t o m i ó , e r a una e s p e c i e d e c o n s a g r a c i ó n
de u n
pensamiento
favorito, á saber:
que
mis
bueñas-
t e n d e n c i a s m e i r i a n a l l a n a n d o el c a m i n o para l l e g a r h a s t a
Regina.
LA M H V I i .
I I
¿ A l l a n a r m e oí c a i i i i n u ? N o . . . no es osla la p a l a b r a e x a c ta ; pues mal poilia y o e s p e r a r v o l v e r á v e r l a , y m u c h o m e nos, por lo tanto, l l e g a r hasta e l l a ; e s t o n o o b s t a n t e , p a r e c í a m e , b i e n q u e n o d u d a n d o d e la e x t r a v a g a n c i a d e a q u e l l a pasión infantil y sin r e s u l t a d o ,
bien f u e r a , m a s d e r e c h o
que cuanto
tendría
mas
para pensar
hombre
de
en Uegína
p e n s a m i e n t o d u l c e y a m a r g o á un t i e m p o , s a g r a d o s e c r e t o
q u e m e p r o p o n í a s e p u l t a r p a r a s i e m p r e e n lo m a s r e c ó n d i dito de mi c o r a z ó n .
En el dia , a m a e s t r a d o por los a ñ o s , a p e n a s a c e r t a r í a a
explicar
como pudieron aquellas extrañas
ideas,
por d e c i r l o a s í , d e una r e f i n a d a s e n s i b i l i d a d ,
hijas
producirse
e n u n n i ñ o d e tan p o c o s a ñ o s ; mas las c o m p r e n d o , si b i e n
tomando en
c u e n t a la
mi p e c h o d e s p e r t ó
precocidad de sensaciones que en
y d e s a r r o l l ó el e j e m p l o
de
los a m o r e s
de Basquina y de B a m b o c h a
A b a n d o n a d o á estas r e f l e x i o n e s , e n c a m i n á b a m e y o l e n tamente en dirección del
cementerio.
E n e s t o s e d i s i p a r o n m e r c e d á la v i o l e n c i a d e la b r i s a , una
p a r t e d e las n u b e s q u e e m p a ñ a b a n e l b r i l l o d e la l u n a : d e s pidió esta v i v o s r e s p l a n d o r e s y c e s ó d e c a e r la n i e v e , q u e ,
á guisa d o i n m e n s a m o r t a j a , c u b r í a y a t o d o el c a m p o del
reposo.
Y solo los a g u d o s s i l b i d o s d e l v i e n t o n o r t e , q u e a z o t a b a
las h o j a s d o los á r b o l e s ,
interrumpieron
aquel
profundo
y solemne silencio.
Familiarizado por electo de
mi v i d a
vagabunda con t o -
da c l a s e d e i n c i d e n t e s n o c t u r n o s , p u e d o d e c i r q u e e l
mie-
d o (¡ra cosa d e s c o n o c i d a p a r a m í ; m a s p u e d o t a m b i é n d e c i r
q u e era tan e s p e s a la
«pie
me vedaba
capa de n i e v e
e s c u c h a r hasta
q u e c u b r í a la t i e r r a ,
el r u i d o d e m i s pisada.-..
Así l l e g u é á c o r t a d i s t a n c i a d e l c i p r é s j u n t o a l c u a l d e j e
por la m a ñ a n a la pala y el a z a d ó n , p a r a o c u l t a r m e d u r a n te el e n t i e r r o d e la m a d r e d e l i e g i n a .
Mas d e r e p e n t e m e d e t u v e p a s m a d o y
estupefacto.
I i
M\IITLN
HL
EXPÓSITO.
lili l u g a r d o v e r á p o c o s pasos la s e p u l t u r a c e r r a d a , c o m o la d e j a m o s p o r la m a ñ a n a , y c u b i e r t a d e n i e v e c o m o el
r e s t o d e l s u e l o , a d v e r t í q u e estaba a b i e r t a , y q u e lo e s t a ba sin d u d a d e p o c o t i e m p o á a q u e l l a p a r t e ; p u e s á c a d a
l a d o d e e l l a se e l e v a b a un m o n t ó n d e t i e r r a n e g r u z c a
que
d e s t a c a b a s o b r e la b l a n c u r a d e la n i e v e .
Si d e esta s a c r i l e g a v i o l a c i ó n n o h u b i e r a
sido o b j e t o
la
t u m b a d e la m a d r e d e R e g i n a , a c a s o m e h a b r í a a t e r r a d o la
idea de p o n e r m e á indagar
tal á n i m o m e d i e r o n
aquel siniestro
la c ó l e r a
y
misterio;
mas
la i n d i g n a c i ó n q u e , sin
d e j a r d e ser p r u d e n t e , a v a n c é con e x t r e m a d a p r e c a u c i ó n ,
l l e g a n d o hasta u n c i p r é s c o n o c i d o , d o n d e e n c o n t r é la
pa-
la . p e r o n o e l a z a d ó n , que, h a b í a d e s a p a r e c i d o .
No habiendo
basta e n t o n c e s p e r c i b i d o el m e n o r r u m o r ,
d i s p o n í a m e y o ya á prestar atento oido, c u a n d o , de r e p e n t e , s e n t í un f u e r t e o l o r á t a b a c o q u e d e la h u e s a a b i e r t a se
exhalaba.
Por presentimiento adiviné que
e l v i o l a d o r d e la
tumba
e r a e l h o m b r e d e m a l a t r a z a , á q u i e n vi f u m a n d o tan c í m c a m e n t e d u r a n t e los f u n e r a l e s . . . L u e g o oí u n o s g o l p e s s o r d o s q u e s a l í a n d e las e n t r a ñ a s d e
la t i e r r a . . . . A p o c o u n a
m a n o i n v i s i b l e l a n z ó el a z a d ó n á la otra p a r t e d e l l o s o , y
v i a s o m a r la c a b e z a y el c u e r p o d e un h o m b r e , q u e p u g n a b a p o r s a l i r d e la s e p u l t u r a a b i e r t a , y q u e a c a b a b a sin d u da d e s o l t a r la p i p a , p u e s traia asido d e los d i e n t e s u n e n v o l t o r i o , b a s t a n t e p e s a d o al
parecer.
P o r estas s e ñ a s , r e c o n o c í i n m e d i a t a m e n t e
al h o m b r e á
q u i e n p o r la m a ñ a n a v i .
Escondido y o detrás del
tronco del
ciprés, y
protegido
p o r la s o m b r a q u e p r o y e c t a b a e s t e , e r a i m p o s i b l e q u e m e
v i e s e a q u e l h o m b r e d e t a n m a l t a l a n t e ; y e n este s u p u e s t o
permanecí
descubierto
i n m ó v i l sin s a b e r q u e h a c e r , t e m e r o s o d e s e r
y
aguardando
inspiraciones
de
las mismas
circunstancias.
E s t e h o m b r e , á q u i e n e n lo s u c e s i v o l l a m a r é
(después diré de
el
Lisiado
(pie modo me c o n v e n c í de q u e era este
LA
NIEVE.
p e r s o n a j e ) e l L i s i a d o , p u e s , el e x e c r a b l e m a e s t r o d e B a m b o c h a , salió e n esto d e la s e p u l t u r a , y e x t e n d i é n d o s e , sin
duda para d e s e n t u m i r sus m i e m b r o s fatigados d e la v i o l e n ta p o s i c i ó n e n q u e t u v o q u e e s t a r t o d o el dia , m e d e j ó ver
su e r g u i d a
y robusta
estatura,
m i r ó á todos
1
lados, tomo
e n la m a n o el p a q u e t e , y r e p a r a n d o e n e l c i p r é s , se v i n o
hacia d o n d e y o estaba.
A l v e r l e a c e r c a r s e , c o n t u v o la r e s p i r a c i ó n , y m e a c u r r u q u é c o m o p u d e , p a r a e s c o n d e r m e e n la o s c u r i d a d .
M a s fuese a c e r c a n d o ; y n o h a l l a n d o y a f o r m a d e e s q u i v a r l o , m e di p o r m u e r t o .
P o r fortuna , e n v e z d o
l l e g a r hasta
montoncito do p i e d r a s , y ,
mí , se s e n t ó e n u n
vuelto enteramente
de
espal-
d a s , se p u s o á d e s a t a r el lio , q u e p a r a p o d e r s a l i r e o n
mas
facilidad d e la s e p u l t u r a , l l e v a b a c o g i d o c o n l o s d i e n t e s .
C o m p o n í a s e este lío d e un m a l p a ñ u e l o , q u e sin d u d a c o n tenía d i f e r e n t e s o b j e t o s r o b a d o s e n el a t a ú d .
Y l u e g o c o l o c á n d o s e el e n v o l t o r i o e n c i m a d e las r o d i l l a s ,
c o m e n z ó á e x a m i n a r l e a t e n t a m e n t e á la
luz d e
la
luna,
no temiendo ser sorprendido á aquellas horas.
M a s d e r e p o n t e , i n s p i r a d o p o r la c i r c u n s t a n c i a , tal c u a l
¡o estaba e s p e r a n d o ,
hago
involuntariamente
un
movi-
m i e n t o q u e m e p o n e e n la m a n o el m a n g o d e la p e s a d a p a la d e q u e por la m a ñ a n a m e s e r v í , y m e l e v a n t o sin h a c e r
(¡1 m e n o r r u i d o ;
antes f a v o r e c i d o
p o r el
del v i e n t o , q u e
agitaba las alas d e los c i p r e s e s , e n a r b o l é la pala
bas m a n o s ; p e r o al c a l c u l a r e l a l c a n c e d e
mí
con a m -
arma,
ad-
v e r t í ¡ p i e , p a r a l l e g a r hasta el L i s i a d o , y p o d e r d e s c a r g á r sela e n la c a b e z a , n e c e s i t a b a d a r d o s pasos y s a l i r e n t e r a mente de
mi e s c o n d i t e . D u r a n t e un
soluto ; p e r o p e n s a n d o q u e el m e n o r
rato p e r m a n e c í i r r e ruido,
la m a s
leve
v a c i l a c i ó n , p o d r í a n p e r d e r m e , p o r q u e á a q u e l h o m b r e n o le
a r r e d r a r í a un a s e s i n a t o ; y a u x i l i a d o a d e m á s p o r el r e c u e r do de Regina , á quien i m o q u é j m e n t a l m e n f e como
se i n -
voca al á n g e l (le la,"<<iiarda ,j di un s a l t o , y ,
rápido c o m o
11 r a y o , d e s c a r g u é
L i s i a d o , y la
la pala
e n la
c a b e z a del
M.VHTIIX
I¡
Ü M ' I M I I I
líl.
d e s c a r g u é c o i ) tal v i o l e n c i a , q u e al g o l p e se r o m p i ó el mang o en dos pedazos.
L e v a n t ó los b r a z o s
aquel hombre
c o m o para l l e v a r
ias
m a n o s á la f r e n t e ; m a s f a l t á r o n l e las f u e r z a s , y c a y ó i n e r te y sin m o v i m i e n t o . T e m i e n d o
no
a l u r d i r l e , s e g u n d é mis g o l p e s c o n
de
en
v e r salpicada
de
sangre
haber hecho
masque
f e r o z e n c o n o , y no l a r la n i e v e q u e e n c u b r í a
la
tierra.
E s t r e m e c i d o , e m p e r o , á la
vista d e la s a n g r e . . . . tiré la
p a l a t e m b l a n d o d e e s p a n t o , lo m i s m o q u e si h u b i e r a c o m e tido un c r i m e n . . . . mas d o m i n é
esta
conmoción,
n a n d o q u e m i a c c i ó n h a b i a sido u n j u s t o
reflexio-
castigo de aquel
profanador de tumbas.
f l e c h o esto , m e a c e r q u é al L i s i a d o , c o n i n t e n c i ó n d e (potarle
l o s o b j e t o s q u e e n la
sepultura acababa
de r o b a r , y
e n t r e los c u a l e s v i u n e s t u c h e a b i e r t o , y d e n t r o d e é l una
gruesa
cadena
de oro y un medallón del mismo metal....
v a r i o s a n i l l o s d e p i e d r a s p r e c i o s a s , a r r a n c a d o s sin duda d e
las m a n o s d e l c a d á v e r . . . . y f i n a l m e n l o , una c a r t e r a
recien
abierta , c o m o lo p r o b a b a n una porción de c a r t a s , (pie por
allí e s t a b a n e s p a r c i d a s ,
y en
una de
las c u a l e s
asomaba
u n a t r e n c i l l a d e p e l o , d e la cual p e n d í a una c r u c e c i t a d e a c e r o y una medalla de plomo del tamaño de media peseta.
51 i p r i m e r a i d e a
inmediatamente
fue
recoger
á Claudio
estos o b j e t o s y
Gerard ,
llevárselos
contándole
lo
que
a c a b a b a d e p a s a r ; m a s r e f l e x i o n a n d o q u e el Lisiado p o d í a
h a b e r s e g u a r d a d o a l g u n a s j o y a s e n el b o l s i l l o , traté d e r e g i s t r a r l e á p e s a r d e la r e p u g n a n c i a , m a s d i r é d e l m i e d o , ( p i e
m e c a u s a b a esta o p e r a c i ó n . . . . "tias , h a b i e n d o p o r
l i d a d t o c a d o m i m a n o á las s u y a s , m e
casua-
a l e n t ó el s e n t i r q u e
las tenia h e l a d a s .
A I r e g i s t r a r l e los b o l s i l l o s , le enl r e a b r í c a s u a l m e n t e la c a m i s a h e c h a tiras , y á la luz d e la luna ¡ p i e s o b r e él daba d e
l l e n o , vi pintada e n su p e c h o una c a l a v e r a d e t a m a ñ o n a t u r a l , c o n ojos e n c a r n a d o s e n las ó r b i t a s v una rosa e n t r e
los d i e n t e s .
I.V
hablado liambocha de
I .1
NIHVU
— i VA L i s i a d o ! e x c l a m é ;
pues
muchas voces
la s i n i e s t r a s e ñ a l
m e hahia
que en el
pecho
tenia e l b a n d i d o , s e ñ a l d e m a s i a d o p a r t i c u l a r p a r a q u e p u diera q u e d a r m e d u d a a c e r c a d e
la
identidad
de
la
per-
sona.
— ¡ lil L i s i a d o ! r e p e t í , c a y e n d o d e r o d i l l a s j u n t o á a q u e l
hombre. — ¡ Mejor que m e j o r !
e x c l a m é con
feroz alegría .
ne a l e g r o d e h a b e r l e q u i t a d o la v i d a , d e s p u é s d e t a n t o dallo c o m o h i z o á R a m b o c h a .
R e g i s t r a n d o d e s p u é s c o n m a s p r o l i j i d a d , le e n c o n t r é un
i ' s l a b o n , una bolsa c o n t a b a c o y un p u ñ a l ; ¡ p e r o j u z g ú e se c u a l s e r i a n mi s o r p r e s a y m i d o l o r ,
al
hallarle
en
los
b o l s i l l o s d e l p a n t a l ó n los d o s c a c h o r r i l l o s , q u e la v í s p e r a d e
K ' u e l dia e s t a b a n e n p o d e r d e l i a m b o c h a !
¿ P o r qué extraña casualidad
habia vuelto
aquel
hom-
bre á encontrarse con liambocha , á q u i e n habia p e r d i d o ?
R e c o r d a n d o e n t o n c e s e l c h a r c o d e s a n g r e e n q u e la n o c h e
antes
encontré
el c h a i d e
no m e e r a p o s i b l e
R a s q u i ñ a y las tres
osle n u e v o c r i m e n , m a y o r m e n t e
poder
los
monedas,
d u d a r d e la c o m p l i c i d a d d e l L i s i a d o e n
cachorrillos de
hallando también en
liambocha ;
en c o n j e t u r a s , al p e n s a r c u a l e r a
el m a l v a d o e n a q u e l t r á g i c o
mas
su
confundíame
la p a r t e q u e h a h i a t e n i d o
suceso,
tan m i s t e r i o s o
para
m i : pues á aquellas horas ignoraba todavía y o q u i e n habia
sido v í c t i m a , si R a s q u i ñ a , si l i a m b o c h a , ó si l o s d o s .
E x t r a ñ á b a m e p o r o t r a p a r l e no e n c o n t r a r al L i s i a d o d i n e ro a l g u n o e n su p o d e r . ¿ O u é h a b i a sido d e la c a n t i d a d r o bada por l i a m b o c h a á C l a u d i o l l o r a n ! , c a n t i d a d q u e e r a e l
único i n c e n t i v o capaz de d e t e r m i n a r á aquel á asesinar á
mis c o m p a ñ e r o s ?
A s a l t á b a n m e a u n t i e m p o t o d a s estas i d e a s ,
lleno de turbación é
dejándome
i n e e r t i d u m b r e . P o r un i n s t a n t e ,
me
pesó h a b e r m u e r t o á a q u e l m a l v a d o , ú n i c a p e r s o n a q u e p o día d a r m e a l g u n a luz a c e r c a d e la
suerte d e mis
p e r o al r e c o r d a r su v i d a y sus c r í m e n e s .
acción.
me
amigos,
felicité d e mi
<(!
M A R T I »
KL
EXPÓSITO.
H c o o g i e n d o e n t ó n e o s e n el f a l d ó n
de
d e n a d e o r o , el m e d a l l ó n , los a n i l l o s ,
mi
blusa la c a -
la c a r t e r a
c o n las
c a r t a s y el c o r d o n c i t o d e p e l o , al c u . d e s t a b a n s u j e t a s u n a
c r u c e c i t a d e b r o n c e y una m e d a l l a d e p l o m o ; d e j é al L i s i a d o t e n d i d o e n t i e r r a , y m e salí á t o d o c o r r e r del c e m e n t e r i o , p a r a c o n t a r á C l a u d i o lo s u c e d i d o .
Réstame que
c o n f e s a r una cosa , q u e
m e cuesta m u c h o
trabajo.
S e trata d e m a l a s t e n t a c i o n e s y d e una a c c i ó n v e r g o n z o s a . . . acción cuyo remordimiento me
ha p e r s e g u i d o hasta
el día e n q u e , l e j o s d e a r r e p e n t i r m e d e lo
hecho,
fui....
M a s ¡ a b ! t o d o se d i r á á su t i e m p o .
C u a l e s q u i e r a q u e s e a n las c o n s e c u e n c i a s q u e , p o r e f e c to del a c a s o , h a y a p o d i d o t e n e r un h e c h o i n d i g n o , por s í ,
lo c i e r t o e s (pac y o n o p o d í a p r e v e r l a s , y q u e e l l a s n o a t e n ú a n e n m o d o a l g u n o mi c u l p a b i l i d a d .
Lleno, pues,
prisa
de agitación ,
h a c i a la casa d e C l a u d i o
me
puse á
m a r c h a r á toda
G c r a r d , mirando de vez en
c u a n d o , y sin p a r a r m e , las j o y a s q u i t a d a s al L i s i a d o , q u e
m e parecían de valor inmenso.
— ¡ A l ) ¡ — p e n s a b a y o , ¡ q u e a l e g r í a si l l e g a b a á e n c o n t r a r á
Basquina y ú Batnbocha!... ¡ q u é alegría ! ¡ v á l g a m e D i o s ! y
¡ p a r a c u á n t o t i e m p o t e n d r í a m o s c o n el p r o d u c t o d e
aque-
llas a l h a j a s !
M a s a q u í se p a r ó mí m a l p e n s a m i e n t o , y á p e s a r d e e s t e
r e t r o c e s o h a c i a las p e l i g r o s a s t e n d e n c i a s d e la vida pasada ,
c o n o c í q u e p e n s a r d e tal s u e r t e , era h a c e r m e c ó m p l i c e d e l
L i s i a d o . . . . c ó m p l i c e d e la v i o l a c i ó n d e la t u m b a d e la m a dre de R e g i n a , y rechacé con horror
a mí pesar
me
asaltó una i d e a ,
tan
esta
tentación. P e r o
pueril
como crimi-
nal.
— N o , n o , — - d i j e ; — r e s p e t a r é las ¡ a y a s , m a s e s c l i b r í t o d c
m e m o r i a s c o n t i e n e c a r i a s . . . . c a r t a s á la
verdad de ningún
v a l o r . . . . p u e s q u e la h u m e d a d d e la tundía d e b e
las m u y p r o n t o . . . . a d e m á s , n a d i e
existencia,
destruir-
p u e d e ya s o s p e c h a r
s u p u e s t o q u e g u a r d á n d o l a s sin
su
conocimiento
I.\ N I K V I i .
17
de; C l a u d i o ( i e r a r d , á n a d i e h a g o p e r j u i c i o . . . . y p a r a m i s e ra g r a n dicha p o s e e r l a s , l a n í o m a s , c u a n t o q u e el a r d i e n te d e s e o d e s a b e r l o ( p i e c o n t i e n e n , m e s e r v i r á d e
estimulo
p a r a a p r e n d e r á leer y
poderoso
escribir.
A h o r a q u e e n e l l o p i e n s o d e s a n g r e l'ria, p a r é c e m e
rilmente estúpida é i n c o m p r e n s i b l e
la r a z ó n , ó m a s
puebien
la escusa , q u e daba y o á u n a t e n t a c i ó n c u l p a b l e .
Sin e m b a r g o , lo p o s i t i v o e s , q u e d e s d e
el
comencé á aprender á leer y a escribir con
un e m p e ñ o ,
dia
siguiente
un c e l o , c o n
c o n una a p l i c a c i ó n o b s t i n a d a , q u e a d m i r ó á
C l a u d i o ( j e r a r d . Mi ú n i c o o b j e t o era
pensando sacar
d e su c o n t e n i d o
q u e m e u n i e r a á R e g i n a , sin
leer aquellas
un
cartas,
lazo misterioso
( p i e ni e l l a n i n a d i e l o
mas
su-
piera .
N o trato d e p a l i a r esla a c c i ó n ; solo m e p r o p o n g o
recor-
d a r s i n c e r a m e n t e los a b s u r d o s , a u n q u e r e a l e s m o t i v o s , q u e
m e impelieron á c o m e t e r una acción d o b l e m e n t e c u l p a b l e ;
y e l h e c h o e s q u e n o s a q u é d e la c a r t e r a
d e p e l o , ni la c r u z , ni la m e d a l l a ;
estos o b j e t o s ,
insignificante
e n la i n t e l i g e n c i a d e
valor, y
ni el c o r d o n c i t o
sino q u e g u a r d é todos
(pie
eran
objetos de
p e r d i d o s para t o d o el m u n d o .
Otra d e las r a z o n e s ( p i e t u v e p a r a e l l o ,
e r a el d e s e o d e
p o s e e r a l g o q u e h u b i e r a p e r t e n e c i d o á la m a d r e d e R e g i n a ,
y a q u e n o podía t e n e r n a d a d e esta.
U e s o l v i m e , p u e s , á c o m e t e r este h u r t o ,
t r a r e n casa d e C l a u d i o ,
fui á e s c o n d e r
y antes de
interinamente
enla
c a r t e r a d e b a j o d e un m o n t ó n d e h e n o .
Al e n t r a r , me encontré con Claudio , que inquieto de mi
p r o l o n g a d a a u s e n c i a , iba á s a l i r m e a l e n c u e n t r o .
Mas asi q u e le h u b e r e f e r i d o
la v i o l a c i ó n d e la t u m b a y
la m u e r t e d e l L i s i a d o ; así q u e l e e n t r e g u é
las j o y a s ,
me
a b r a z ó t i e r n a m e n t e , asustado p o r el p e l i g r o q u e h a b í a c o r r i d o , y a l a b ó m u c h o mi v a l o r , d i c i e n d o n o o b s t a n t e :
— A u n q u e la m u e r t e , p o r m a s ( p i e sea
d e un c r i m i n a l ,
nos e c h a s i e m p r e e n c i m a una g r a v e r e s p o n s a b i l i d a d . . . . p o r
q u e la m u e r t e es e s t é r i l . . . . n o e s t o r b a los c r í m e n e s , é i m -
IX
MARTIN
UL
EM'ÜSriu
p o s i b i l i t a el a r r e p e n t i m i e n t o , ó una s a l u d a b l e e x p i a c i ó n . ,
el a s p e c t o d e s e m e j a n t e p r o f a n a c i ó n , el m i e d o d e s e r d e s c u b i e r t o y m u e r t o por a q u e l
miserable, legitiman
m i c i d i o . . . . e s p r e c i s o ir i n m e d i a t a m e n t e
el
ho-
á la j u s t i c i a á d e -
c l a r a r este s u c e s o , y y o v o l v e r é á c u b r i r la s e p u l t u r a , i n dignamente profanada. T ú ,
pobre n i ñ o , quédale aquí....
c a l i é n t a t e , p u e s v i e n e s h e l a d o . , y á mi v u e l t a c e n a r e m o s .
P a r t i ó C l a u d i o G e r a r d . P o r lo q u e á m í toca ,
p o r la fatiga y p o r las e m o c i o n e s d e l
dia,
destrozado
n o sentí e n mi
\ alor para a c o m p a ñ a r l e .
L u e g o q u e se h u b o a l e j a d o el m a e s t r o , mi p r i m e r a idea
fue e s c o n d e r
b i e n la c a r t e r a . D e s p u é s d e d i s c u r r i r l a r g a -
m e n t e s o b r e los m e d i o s d e h a c e r l o c o n s e g u r i d a d , d e s c u b r í d e b a j o d e u n p e s e b r e u n p u c h e r o r o t o , d e n t r o del c u a l
c a b i a p e r f e c t a m e n t e el l i b r i t o d e m e m o r i a s , q u e
no d e j a -
ba
bastante
ile
ser abultado : en seguida
a b r í un
h o n d o debajo del p e s e b r e , y después
de
hoyo
tapar c o n h e n o
la b o c a d e l p u c h e r o le m e t í e n el h o y o , d i s i m u l á n d o l o c o n
tierra bien amasada.
Terminada
esta o p e r a c i ó n ,
v e n c i d o p o r la fatiga , n o
m e s e n t é en
un b a n c o y ,
lardé en c e d e r á un
riento l e t a r g o , interrumpido
por extrañas ó
calentu-
incoherentes
p e s a d i l l a s , e n una d e las c u a l e s , agitada sin duda mi i m a g i n a c i ó n con
lo q u e
m e dijo C l a u d i o
Gerard
acerca
de
personas aletargadas y enterradas v i v a s , m e pareció
;'t la m a d r e d e R e g i n a s a l i r d e su f é r e t r o , h e r m o s a ,
ver
enga-
l a n a d a , y m i r a r m e con inefable dulzura, haciéndome s e ñas p a r a q u e la s i g u i e r a .
A m i t a d d e e s t e s u e ñ o d e s p e r t é s o b r e s a l t a d o por C l a u d i o
Gerard , que me
sacudía
el b r a z o ; abrí
los o j o s , y
c o n la b l u s a c u b i e r t a d e n i e v e , c o n un farol e n
no,
y
una
azada en
la
otra , pálido
una
le vi
ma-
y desencajado
el
rostro.
— lil
linterna
malvado
se e s c a p ó
e n c i m a d e la
y a , — me dijo,
poniendo
la
m e s a : — e s p r o b a b l e q u e tu g o l p e
no hiciera m a s q u e aturdirle.
i. * N I I Í V I : ,
I!)
— ¿ A q u i é n ? — dije e s t u p e f a c t o .
— ¡ Al L i s i a d o !
— ¿ N o ha m u e r t o ? —
exclamé.
— Así q u e salí d e a q u i , m e dijo C l a u d i o , luí e n
busca
del a l c a l d e , q u i e n , a c o m p a ñ a d o p o r d o s h o m b r e s , d i s p u so q u e
nos d i r i g i é r a m o s
al c e m e n t e r i o , d o n d e
efectiva-
m e n t e e n c o n t r a m o s a b i e r t a la s e p u l t u r a , y j u n t o al c i p r é s
la n i e v e t e ñ i d a en s a n g r e . . . .
S u p o n i e n d o q u e , b i e n q u e a t u r d i d o , y tal v e z h e r i d o d e
g r a v e d a d , h a b r í a r e c o b r a d o el m a l v a d o sus s e n t i d o s al c a b o
d e a l g ú n t i e m p o , t r a t a m o s d e s e g u i r por la n i e v e s u s b u e l l a s ,
(¡ue n o s fue fácil
c o n o c e r q u e iban inciertas y m a l s e g u -
r a s . . . S i g u i é n d o l a s , p u e s , ¡ l e g a m o s a una p r a d e r a d o n d e á
c i e r t a d i s t a n c i a se h i c i e r o n m e n o s v i s i b l e s , hasta d e s a p a r e c e r d e b a j o d e la n i e v e , p o r q u e h a b í a v u e l t o á n e v a r c o n
a b u n d a n c i a . . . . O c u l t ó s e la l u n a , y c o m o e l sitio d o n d e p e r d i m o s el r a s t r o d e a q u e l m a l v a d o está r o d e a d o d e b o s q u e s ,
renunciamos á
continuar
nuestras
inútiles
pesquisas....
M a ñ a n a se a v i s a r á á la g e n d a r m e r í a p a r a q u e h a g a su r e c o n o c i m i e n t o . . . . l i n t r e tanto , v o l v í m e y o s o l o al c e m e n t e r i o . . . . c o l o q u é e n el
féretro los preciosos o b j e t o s , y
tapé
l a . . . . la s e p u l t u r a , a ñ a d i ó C l a u d i o G e r a r d c o n v o z ( ¡ u e m e
pareció profundamente
T a n violenta
alterada.
fue su e m o c i ó n , q u e se d e t u v o ¡ l a s á n d o s e
la m a n o por la f r e n t e b a ñ a d a e n s u d o r .
— ¡ A h ! — le d i j e , — ¡si s u p i e r a V , e n lo ( ¡ u e e s t a b a s o ñ a n d o c u a n d o V. m e d e s p e r t ó ! . . .
— ¿ Qué soñabas?
— P a r e c í a m e v e r á la d i f u n t a salir d e a q u e l a t a ú d y . . . .
—• liso s o ñ a b a s , — e x c l a m ó C l a u d i o G e r a r d , — e s o s o ñabas , — repitió.
— Sí s e ñ o r , — r e p u s e , s o r p r e n d i d o
de
la
(¡ue d a b a á m i s u e ñ o : — c o m o esta m a ñ a n a
importancia
me
h a b l ó V.
de personas que....
— Sí, s i , — contestó Claudio, apresurándose á aceptar
esta e x p l i c a c i ó n , — eso s e r i a . . . ¡ Q u é s u e ñ o tan
singular'
"¿tt
MARTIN
EL
KXPOMTU.
¡ O h ! á Dios g r a c i a s , n o es m a s q u e
un s u e ñ o ; p o r q u e ya
está t a p a d a l a s e p u l l u r a , y solo q u e d a el r e c u e r d o d e la i n í a m e v i o l a c i ó n . C o n f i e m o s , hijo m i ó , en q u e n o e l u d i r á el
r i g o r d e la j u s t i c i a el m i s e r a b l e a u t o r d e tan i n d i g n a
pro-
f a n a c i ó n . Mas d e s c a n s a , q u e y o t a m b i é n estoy c a n s a d o .
Y d i c h o e s t o , t e n d i ó s e C l a u d i o U e r a r d en la paja q u e l e
servia de cama.
III.
i.ns
;III¡v«-!-sai'i«»s.
D u r a n t e los p r i m e r o s dias q u e s i g u i e r o n al e n t i e r r o d e
la m a d r e d e R e g i n a , c o r r i e r o n a b s u r d o s r u m o r e s e n t r e a l g u n a s c o m a d r e s d e la a l d e a , c o n r e s p e c t o á las supuestas
a p a r i c i o n e s q u e h a b l a en la casita a i s l a d a , o c u p a d a p o r la
pobre j o v e n
hasta su m u e r t e ; p e r o p o c o t i e m p o d e s p u é s ,
c e s a r o n e n t e r a m e n t e , g r a c i a s á los e s f u e r z o s d e
Claudio
U e r a r d , q u e se m e m o s t r ó s u m a m e n t e d e s c o n t e n t o d e esta
s u p e r s t i c i o s a c r e d u l i d a d , y d e la a t e n c i ó n q u e atraía esta
; ; o t i c i a s o b r e la c a s i t a , q u e , p o r c i e r t o , fue v e n d i d a dos ó
tres m e s e s
después
lil dia e n q u e vi á R e g i n a e n los f u n e r a l e s d e su m a d r e ,
q u e fue t a m b i é n
el p r i m e r o , q u e e n casa d e C l a u d i o
Ue-
r a r d pasé , fué , d i g á m o s l o a s í , el dia d e m i r e h a b i l i t a c i ó n ;
y yo
me
complacía
en confundir
en mi m e n t e estos d o s
aniversarios.
•Insto es t a m b i é n d e c i r q u e , p o r l o q u e á mi t o c a , c u m plí e s c r u p u l o s a m e n t e
el
compromiso contraído
conmigo
m i s i n o d e c u i d a r c o n p i a d o s o r e s p e t o la t u m b a d e la m a d r e d e R e g i n a , m o d e s t a s e p u l t u r a , d o n d e n o se l e i a
mas
LOS
ANIVERSARIOS.
nombro que S O F Í A ; no de otro
21
m o d o q u e si , p o r v i a d e
ú l t i m a h u m i l l a c i ó n , se h u b i e r a q u e r i d o h a c e r d e s a p a r e c e r
hasta d e la losa f u n e r a l el n o m b r o d e su f a m i l i a y el d e su
marido.
Profundamente
conmovido
Claudio G e r a r d por
el
gico fin d e esta d e s g r a c i a d a , a p r o b ó [con e l m a y o r
mi p r o y e c t o
d e p r e s e r v a r su t u m b a
trá-
placer
de una próxima d e -
gradación.
O c u p ó m e , p u e s , e n c e r c a r l a c o n una rústica
empaliza-
da , q u e p o r a m b o s l a d o s v e n i a á d a r al g r u e s o c i p r é s , t r a s
del c u a l m e
oculté
á
las m i r a d a s
de Regina ;
después
puse al r e d e d o r d e la losa una m a t a d e c é s p e d b i e n
ver-
d e , c u b r í c o n fina y d o r a d a a r e n a la e s t r e c h a c a l l e d e á r b o l e s q u e d e s e m b o c a b a e n a q u e l s i t i o , á la e x t r e m i d a d d e l
c u a l , d e j e una p l a t a b a n d a
en forma de canastillo , d e s t i -
nada p a r a l l o r e s , l u e g o q u e l l e g a s e la p r i m a v e r a .
A aquel
m e l a n c ó l i c o j a r d i n c i t o , m e i b a y o m u c h o s dias
d e la s e m a n a á p a s a r una p a r t e d e las recreaciones
que me
concedía Claudio G e r a r d .
El i n v i e r n o d e s t r u y ó las ú l t i m a s l l o r e s q u e y o
planteen
el o t o ñ o q u e p r e c e d i ó al ú l t i m o a n i v e r s a r i o d e estos f u n e r a l e s ; sin e m b a r g o , á m e d i a d o s d e
lebrero, empezaron
á
f l o r e c e r d e n u e v o las c a m p a n i l l a s y p r i m a v e r a s s i l v e s t r e s ,
tan c o m u n e s e n n u e s t r o s c a m p o s . El 27 d e f e b r e r o , estaba
ya c o n v e r t i d a la p l a t a b a n d a e n u n v e r d a d e r o c a n a s t i l l o d e
l l o r e s , d e c o l o r d e lila , y b l a n c a s , t i e r n o s y m e l a n c ó l i c o s
matices de e n c a n t a d o r a
frescura.
Concluida mi tarea , s e n t ó m e á descansar en un b a n c o
d e m a d e r a , q u e y o m i s m o h a b í a c o n s t r u i d o j u n t o al c i p r é s
después de haber n i v e l a d o c u i d a d o s a m e n t e
la a r e n a d e la
calle, d e á r b o l e s .
Entregado e n t o n c e s á mis r e c u e r d o s , m e puse á pensar
(pie en
a q u e l m i s m o sitio lúe d o n d e , u n
Regina por primera
v e z . . . . después del
a ñ o a n t e s , vi á
rapto de q u e
fue
teatro el b o s q u e d e C h a n t i l l y .
De r e p e n t e o i g o un r u i d o l e j a n o , c o m o d e un c a r r u a j e
y
tt
MARTIN
caballos de
posta, que
EL
EXPÓSITO.
se v a n
acercando
poco
á
poco.
E s t r e m e c i ó l e y o p r i m i ó s e m e v i o l e n t a m e n t e e l c o r a z ó n , por
e f e c t o tal v e z d o s e c r e t o p r e s e n t i m i e n t o .
A p o c o se p a r ó el c o c h e , y , a l g u n o s s e g u n d o s d e s p u é s ,
vi á Regina aproximarse á m í ,
vestida de negro c o m o
el
año anterior.
D á b a l e la m a n o su a n c i a n a c r i a d a , y á p o a o s p a s o s d e
d i s t a n c i a , s e g u í a el m u l a t o d e siniestra c a t a d u r a .
U n o s m o m e n t o s e s t u v e i n m ó v i l , l l e n o d e g o z o , y al m i s m o tiempo p a r a l i z a d o de a s o m b r o ; basta q u e v i e n d o q u e
R e g i n a c o n t i n u a b a a c e r c á n d o s e , e c h é á c o r r e r tan e s p a n tado , c u a l
si m e
hubiese
hecho
roo
de
alguna
mala
a c c i ó n : s a l v é d e u n b r i n c o la c e r c a d e l j a r d í n , y c o n t i n u é
mi c a r r e r a
p o r el
c a m p o , n o sin o i r a n t e s una
exclama-
c i ó n d e s o r p r e s a y d e j ú b i l o , a r r a n c a d a sin duda á R e g i n a
p o r el a s p e c t o d e a q u e l l a s l l o r e s , ( p i e p r o b a b l e m e n t e n o
e s p e r a b a e n c o n t r a r e n el s e p u l c r o d e su m a d r e .
L l e g u é s o f o c a d o á casa d e C l a u d i o G e r a r d .
— A m i g o m i ó , — e x c l a m é al e n t r a r ( p u e s mi n u e v o a m o
h a b í a e x i g i d o d e mí q u e le d i e s e e s t e t í t u l o ) — a m i g o m í o ,
si v i e n e n á p r e g u n t a r q u i e n ha c u i d a d o e l s e p u l c r o d e esa
p o b r e s e ñ o r a , n o d i g a V . , p o r D i o s , q u e h e sido y o .
Mi
gítimo
i n q u i e t u d , m i e s p a n t o , mi afán d e s u s t r a e r m e al l e agradecimiento
(pie
desinterés , causaron grande
y le h i c i e r o n
merecían
mis desvelos y
mi
estrañeza á Claudio Gerard ,
sospechar que en
mí r e c o m e n d a c i ó n
habia
misterio.... y c o m o en el transcurso de aquel año llegase
á tomar grande ascendiente sobre m í , sucedió q u e , estrec h a d o y o p o r sus p r e g u n t a s , n o t u v e f u e r z a s p a r a
y a mi secreto;
callarle
e s t o e s m i infantil pasión p o r R e g i n a .
R e c a t ó l e , sin e m b a r g o , el r o b o d e la c a r t e r a y d e la c r u c e c i t a ; p u e s la v e r g ü e n z a
n o m e p e r m i t i ó h a c e r l e esta ú l -
tima r e v e l a c i ó n .
Pintonees , sin m o s t r a r e l m e n o r e n o j o , m e dijo C l a u d i o
Gerard :
— D e n t r o d e a l g u n o s a ñ o s te h a b l a r é , hijo m í o , d e la r e -
LOS
ANIVERSARIOS.
velación quo acabas de h a c e r m e :
23
hasta e n t o n c e s c o n t i n u a
c u i d a n d o c o n v e n e r a c i ó n e s o s e p u l c r o y si a l g u n o m e p r e gunta d i n ; q u e q u i e n
ha c u m p l i d o c o n e s c d e b e r s o y
yo,
o nías bien tú por o r d e n m i a .
l t e g i n a d e s e ó e n e l e c t o s a b e r q u i e n era el q u e c o n t a n t o
e s m e r o h a b í a c u i d a d o d e su m a d r e , y a n t e s d e s a l i r d e l p u e b l o e n v i ó al m u l a t o , c r i a d o q u e
casa d e l c u r a
m e r e c í a su c o n f i a n z a , á
para a v e r i g u a r lo q u e
p á r r o c o estaba
fuera;
sobre esto había.
El
p e r o e n a u s e n c i a s u y a e n c o n t r ó el
m u l a t o á la s e ñ o r a l l o n o r i a , la c u a l c o n t e s t ó c o n u n a
ma-
ravillosa presencia de espíritu m e r c a n t i l .
— N u e s t r o s e p u l t u r e r o e s el q u e ha c u i d a d o d e e s e
se-
p u l c r o p o r o r d e n d e l s e ñ o r c u r a ; p o r e s o se le p a g a , y así
n a d a t i e n e V. q u e d a r l e . L a o f r e n d a q u e V. t e n g a
d e h a c e r p e r t e n e c e d e d e r e c h o ¡i la fábrica
voluntad
, y si V . q u i e r e
se c o n t i n u a r á p o r el m i s m o ¡ ¡ r e c i o .
H i z o p u e s el m u l a t o su d o n a t i v o á la
m i s m o trato para
fábrica , c e r r ó
los a ñ o s s u c e s i v o s , y
m i s m a n o c h e con l t e g i n a ,
marchó
el
aquella
que desde entonces estuvo en
la p e r s u a s i ó n d e q u e el c u i d a d o c o n q u e se 'atendía a l s e p u l c r o d e su m a d r e e r a t a n solo e f e c t o d e u n m o t i v o i n t e resado.
Cada a n i v e r s a r i o d e l f a l l e c i m i e n t o d e la m a d r e d e R e g i na era para
mí u n m a n a n t i a l d e e m o c i o n e s
indefinibles;
y m e r c e d á la i m p a c i e n c i a , al ansia , l l e n a á la p a r d e e s peranzas y recelos , con (pie aguardaba y o aquel dia, q u e
era el f í n i c o e n q u e v o l v í a R e g i n a al p u e b l o , se m e p a s a b a n ios a ñ o s con i n c r e í b l e r a p i d e z .
El dia del
hueco
tercer aniversario,
d e un á r b o l e n q u e m e
observando
escondí,
yo desde
que Regina
el
per-
m a n e c í a al l a d o del s e p u l c r o d e su m a d r e hasta q u e e n t r a ba la n o c h e ,
por
ción, improvisó
grande que
con
una
fuese
estera
de
el r i g o r
paja
d e la e s t a -
sostenida
con
estacas, u n a e s p e c i e d e c o b e r t i z o e n c i m a d e l b a n c o q u e h a bía al pié del c i p r é s , p r e c a u c i ó n q u e m e fue t a n t o m a s s a tisfactoria , c u a n t o ( p i e e n todo el dia a p e n a s d e j ó d e
ne-
¡í
MARTIN
l!L
EXPÓSITO
var
D e esta m a n e r a fui v i e n d o á l l e g i n a c r e c e r y
convertir-
se d e n i ñ a e n a d o l e s c e n t e ; y estos e n c u e n t r o s , n o r e p i t i é n d o s e m a s q u e d e t a r d e e n t a r d e y sin transición , h a c í a n
mas notable para
m í el d e s a r r o l l o
de
las g r a c i a s y d e
la
h e r m o s u r a d e la j o v e n q u e , l l e g ó á s e r una p r e c i o s i d a d .
A d i e z y seis a ñ o s , e n e f e c t o , e r a n i n c o m p a r a b l e s la p e r f e c c i ó n d e su e s b e l t o t a l l e , la r e g u l a r i d a d d e sus f a c c i o n e s ,
el a t r a c t i v o d e sus m o d a l e s , la g r a c i a d e sus m o v i m i e n t o s ,
la c a r m í n e a f r e s c u r a d e sus l a b i o s , y la t r a n s p a r e n c i a d e
su t e z , r e a l z a d o p o r sus tres l u n a r e s , n e g r o s c o m o el é b a n o
do su c a b e l l e r a .
S e g ú n i b a n t r a s c u r r i e n d o a ñ o s , a p a r e c í a e n su f i s o n o m í a ,
n o y a d e s t r o z a d o r a a f l i c c i ó n ; p e r o si g r a v e m e l a n c o l í a y p r o f u n d o r e c o g i m i e n t o , q u e le h a c i a p a s a r h o r a s e n t e r a s i n móvil
y
c o n la f r e n t e a p o y a d a e n las m a n o s , n o d e o t r o
m o d o q u e si e s t u v i e s e h a c i e n d o los m a y o r e s e s f u e r z o s p o r
descifrar
algún
enigma;
á veces también
se
estremecía
c o n d o l o r o s a i m p a c i e n c i a ; y un d í a , p o r fin , l o g r é
desde
m i e s c o n d i t e o r d i n a r i o , o i r q u e , al salir d e una d e sus l a r g a s m e d i t a c i o n e s , c o n t r a í d o el r o s t r o p o r la i n d i g n a c i ó n y
e l d o l o r , y b a ñ a d a s e n l l a n t o las m e j i l l a s , d e c i a :
—
¡Oh m a d r e m í a ! ¡ m a d r e m í a ! . . . ¡ y o v e n g a r é tu m e -
moria
E n casa d e C l a u d i o G e r a r d , d o n d e entré' n i ñ o , m e h i c e
h o m b r e ; y g r a c i a s á su solicitud p a t e r n a l , a d q u i r í e n p o c o s a ñ o s a l g u n a i n s t r u c c i ó n : v e r d a d es q u e , c u a n t o m a s
p i e n s o e n e l l o , m a s m e a d m i r a la e n e r g í a d e a q u e l h o m b r e
y el t e s ó n c o n q u e s u p o l u c h a r c o n t r a las d i f i c u l t a d e s y los
o b s t á c u l o s d e toda c l a s e q u e l e o p o n í a n la i n s a l u b r i d a d c a si m o r t a l d e la e s c u e l a y la falta d e l o s l i b r o s m a s e l e m e n t a l e s q u e n o p o d í a n los p o b r e s d a r á sus h i j o s , á los c u a les , n o p u d i e n d o t a m p o c o él p r o p o r c i o n á r s e l o s ,
suplía e n
p a r t o c o n m a n u s c r i t o s e n q u e t r a t a b a d e i m i t a r la letra d e
I.0S ANIVKUSAIUOS.
25
i m p r e n t a , o p e r a c i ó n e n q u e i n v e r t í a parte, d e la n o c h e ; d e
m o d o q u e , á p e s a r d e la triste y c u l p a b l e i n d i f e r e n c i a de.
las familias
Claudio
y de
(ierard
la
mala
obtenía
voluntad
de, las
autoridades.
g e n e r a l m e n t e resultados
increí-
bles.
L n \ e z d e l i m i t a r su e n s e ñ a n z a á l e e r
y escribir,
a sus d i s c í p u l o s , e n lo p o s i b l e , u n a e d u c a c i ó n
útil,
daba
prác-
tica y a c o m o d a d a á su c l a s e .
En sus l e c c i o n e s c l a r a s ,
sencillas y variadas,
tocaba
y
r e s o l v í a todas l a s c u e s t i o n e s f u n d a m e n t a l e s d e la a g r i c u l t u r a , aplicada al país e n ( p i e h a b i t a b a , y l i b e r t a b a d e e s t e
m o d o á toda
aquella
nueva generación
d e las p r e o c u p a -
c i o n e s y do la r u t i n a .
Sin p e r j u i c i o d e e s l o , l l e v a b a C l a u d i o O c r a r d d o s v e c e s
por s e m a n a á sus a l u m n o s á casa d e l o s p o c o s
q u e se c o n t a b a n e n el p u e b l o ,
y allí
artesanos
hacia a p r e n d e r a c a -
lla u n o s e g ú n su i n c l i n a c i ó n los p r i m e r o s r u d i m e n t o s d e u n o
d e esos o l i c i o s , q u e son , p o r d e c i r l o a s í , i n d i s p e n s a b l e s al
l a b r a d o ! ' aislado e n sus c a m p o s ,
á g r a n d i s t a n c i a d e toda
p o b l a c i ó n ; d e m a n e r a , q u e la m a y o r l i a r t e d e los d i s c í p u los e n t e n d í a n a l g o d e c a r p i n t e r í a , c e r r a j e ría ó a l b a ñ í l e r í a ,
y p o d í a n , en un a p u r o , a p u n t a l a r un m a d e r a m e n ( p i e
se
h u n d e , c o m p o n e r un a z a d ó n r o l o , ó c o n s o l i d a r u n a p a r e d
ruinosa.
P a r a o b t e n e r d e los a r t e s a n o s
estas l e c c i o n e s p r á c t i c a s ,
no solo les e n v i a b a C l a u d i o (.ierard d o s v e c e s
sus a l u m n o s , para
por s e m a n a
q u e les s i r v i e s e n d e a p r e n d i c e s , y l e s
a y u d a s e n e n sus t r a b a j o s , s i n o ( p i e t a m b i é n les d a b a c i e r tas n o c i o n e s d e g e o m e t r í a y d e m e c á n i c a e l e m e n t a l
las á su p r o f e s i ó n , y
m u y necesarias
aplica-
al c a r p i n t e r o p a r a
el c o r l e y e n s a m b l e d e la m a d e r a , a l a l b a ñ i l p a r a
la c o r t a
lo p i e d r a s y para la c o n s t r u c c i ó n ,
para
y
al
herrero
el
c á l c u l o d e los m u e l l e s , posos y p a l a n c a s .
L o s d o m i n g o s se i n v e r t í a n e n h e r b o r i z a r , y e n a p r e n d e r
á distinguir, y e m p l e a r u u a p o r c i ó n de plantas rústicas d o ladas do v i r t u d e s s a l u t í f e r a s . L o s j u e v e s e n s e ñ a b a C l a u d i o
111
i
MARTIN
EL
EXTOSITO.
G e r a r d e l c a n t o p o r un m é t o d o
de admirable
sencillez
y
c l a r i d a d , e n q u e á los s i g n o s , tan d i f í c i l e s d e c o m p r e n d e r ,
d e la e s c r i t u r a música , b a b i a sustituido é l las c i f r a s
ordi­
n a r i a s I , 2 , 3 , 4 , r e c o n o c i d a s é i n t e l i g i b l e s p a r a t o d o s los
niños ( I ) .
El m i s m o C l a u d i o
G e r a r d . escribía de
propio puño
las
c ó m o d a s p a r t i t u r a s , q u e e n s e g u i d a c o p i a b a n sus d i s c í p u ­
los,
los c u a l e s ,
p o r este m e d i o ,
poseían una
especie
de
biblioteca música. S o r p r e n d e n t e y e n c a n t a d o r era el e f e c ­
to q u e p r o d u c í a n a q u e l l a s v o c e s
c a n t a n d o los d o m i n g o s
de
e n la i g l e s i a ,
niños y
ó
de
adultos ,
reunidos en
coro
al p i é d e u n n o g a l h o j o s o , ó d e u n v e t u s t o c a s t a ñ o e n l a s
hermosas n o c h e s de estío.
Completaba Claudio G e r a r d
la i n s t r u c c i ó n q u e
daba
á
sus a l u m n o s , c o n la e x p l i c a c i ó n s u m a r i a y r e d u c i d a d e los
principales fenómenos de
la
naturaleza .
y
con
algunas
n o c i o n e s e l e m e n t a l e s d e h i g i e n e , ú t i l e s e n s u m o g r a d o á la
salubridad de l a c l a s e pobre.
Algunas
i d e a s s o b r e las l e y e s ( q u e n a d i e d e b e i g n o r a r ,
y q u e e n r e a l i d a d i g n o r a la i n m e n s a m a y o r í a ) , e n lo c o n ­
c e r n i e n t e á los m a s i m p o r t a n t e s d e r e c h o s y d e b e r e s d e los
ciudadanos,
y
el análisis sucinto
mas notables y gloriosos de
d e los a c o n t e c i m i e n t o s
n u e s t r a historia ,
terminaban
la e d u c a c i ó n d e los a d u l t o s .
En esta ú l t i m a c l a s e d e l e c c i o n e s , r á p i d a s é i n c o m p l e t a s ,
p e r o palpitantes de patriotismo, enseñaba Claudio G e r a r d ,
sí así p u e d e d e c i r s e , E L ш о п л i­\ f i t v . N e i v .
— Hijos, r e p e t í a á m e n u d o ,
nes
debéis
amor,
cariño
y
dos
madres tenéis á
respeto.... á quienes
quie­
debéis
! ) Г п o t r a o c a s i ó n v o l v e r e m o s á h a b l a r d e este, m a r a v i l l o s o d e s ­
cubrimiento
d e G a l i n , q u e tan m a i o i í l i c a m o n l e
i d e a d e R o u s s e a u , y l i a e e d e la m ú s i c a
vocal
desenvuelve
mti
una c i e n c i a nueva y
ai a l c a n c e d e l o d o s , c i e n c i a q u e , c o n l a n í o hrilln y a c i e r t o c o m o d e s ­
i n t e r é s , y o b t e n i e n d o d i a r i a n i e n l o d e clin r e s u l t a d o s i n c r e í b l e s , lian
v u l g a r i z a d o e n n u e s t r o s d í a s , l o s s e ñ o r e s (­'.millo G h o v é y A i m é
ri* . d o s d e los m a s f e r v i e n t e s p r o s é l i t o s d e l i a l i n
Va­
LOS
ANIVRHSARIOS.
Zi
v u e s t r a s a n g r e y v u e s t r a v i d a . . . la m a d r e q u e os d i o el s e r ,
y la F r a n c i a . . . . L o s lazos y d e b e r e s q u e c o n a m b a s o s u n e n ,
son los m i s m o s . . . . T r i b u t a d p u e s a n t e t o d o v u e s t r o c u l t o á
la F r a n c i a , e n v a n e c e o s
de p e r l e n e c e r á e l l a , de
de defender.... de vengar
servir,
á " n a ¡ M a d r e tan a n c i a n a y
tan
buena.
A q u e l l a tan a r d i e n t e , al
ente moral llamado
lástima á m a s d e
p a r q u e tan c a n d i d a fe
Francia ,
arrancaría
una
cuatro despreocupados;
en un
sonrisa d e
pero
aquellos
r ú s t i c o s , si b i e n r e c i o s e n t e n d i m i e n t o s , p r o p e n s o s á a m a r
y a c o s t u m b r a d o s á las l e c c i o n e s d e C l a u d i o G e r a r d , t e n í a n
t o d a v í a la i n o c e n c i a s u f i c i e n t e p a r a i n f l a m a r s e
d e r o a m o r por el p a í s , d e d o n d e
en
verda-
resultaba q u e ,
cuando
nías a d e l a n t e , se h a c í a n h o m b r e s a q u e l l o s n i ñ o s , y l l e g a ba la hora d e e n t r a r en q u i n t a s , s e n t i a n c i e r t o o r g u l l o e n
s e r v i r á su patria , p a g a b a n l i b r e m e n t e y
la c o n t r i b u c i ó n d e s a n g r e , e n v e z d e
hasta c o n g u s t o
tratar de sustraerse
a ella , e s c o n d i é n d o s e e n los b o s q u e s , y v i v i e n d o allí e n la
v a g a n c i a y la r e b e l d í a ;
á punto q u e
hasta
á los m a y o r e s
e n e m i g o s d e l m a e s t r o , se oía c o n f e s a r q u e d e s d e q u e
lla la e d u c a c i ó n p r i m a r i a á c . i r g o d e C l a u d i o
esta-
Gerard,
s i e n d o cada día m e n o r el n ú m e r o , tan c o n s i d e r a b l e
iba
antes,
de prófugos y desertores.
Otra p r u e b a s o r p r e n d e n t e c i t a r é d e l i n f l u j o d e la e d u c a ción , incompleta en v e r d a d ,
pero llena de honrosos s e n -
t i m i e n t o s , q u e á fuerza d o i n t e l i g e n c i a , a b n e g a c i ó n y e n e r g í a , c o n s i g u i ó C l a u d i o G e r a r d i n c u l c a r á sus d i s c í p u l o s .
Estalló la r e v o l u c i ó n d e j u l i o , y e n m u c h a s
provincias ,
i n c l u s o la n u e s t r a , h u b o a m a g o s d e d e s ó r d e n e s , q u e f u e r o n
muy
en b r e v e r e p r i m i d o s ;
hubo intrigantes que p r e t e n -
d i e r o n h a c e r v a l e r p a r a sus l i n e s los r e c u e r d o s d e la
re-
v o l u c i ó n , y ( p i e a r r a s t r a r o n e n pos d e sí á c i e r t o n ú m e r o d e
infelices sumergidos
en
la m i s e r i a
y e n la i g n o m i n i a ,
l l e n o s d e r e n c o r y d e e n v i d i a , p o r lo m i s m o q u e e r a n
v
mi-
serables. De resullas de esto, fueron á nuestro pueblo una
p o r c i ó n d e h a b i t a n t e s d e d o s d e l o s i n m e d i a t o s q u e se h a -
2*
MARTÍN
KL
b i a n s u b l e v a d o al g r i t o d e
ron de reclutar e n t r e
KXI'ÓSITÜ
á las palacios'.
-¡/mira
y trata-
n o s o t r o s á a l g u n o s j ó v e n e s d e I-i a
30 a ñ o s , q u e l e s a c o m p a ñ a s e n
á embestir
una m a g n i f i c a
q u i n t a , situada allí c e r c a , y e n la cual v i v i a un p r o p i e t a r i o
« p i e e r a h o m b r e d o d i n e r o . J a m á s o l v i d a r é a q u e l dia , c u y o
i m p r e v i s t o resultado d e b i ó , d u r a n t e un m o m e n t o ,
influir
n o t a b l e m e n t e t u mi destino.
T e r r i b l e era el aspecto q u e presentaba aquella banda d e
a l d e a n o s , q u e , a r m a d o s , c u a l c o n una e s c o p e t a , c u a l c o n
u n a h o z ó una h o r q u i l l a , y p r e c e d i d o s d e un t a m b o r , y , c o sa s i n g u l a r , d e u n serpenlon
tomado
e n la p a r r o q u i a , h i -
c i e r o n a l t o e n la p l a z a d e l p u e b l o , e n m e d i o d e un r e d o b l e : á c o n t i n u a c i ó n d e é l , l l a m a r o n l o s c a b e c i l l a s á las a r m a s á t o d o s los guapos
vuelta
chicos,
c o n el o b j e t o d e
ir á dar una
á la q u i n t a d e S. E s t o v a n .
P r e v e n i d o d e esta n o v e d a d ,
c a s a , y tuvo una
nados, ínterin
salió C l a u d i o L i e r a r d d e su
l a r g a e n t r e v i s t a c o n el j e f e d e los a m o t i -
corrían dcspaToridos
T e r m i n a d a esta c o n f e r e n c i a ,
e l c u r a y el a l c a l d e .
prometió
el maestro de e s -
c u e l a l e v a n t a r e n u n a h o r a una p a r t i d a d o m o z o s
resuel-
l o s , y m a r c h a r á su c a b e z a c o n t r a la q u i n t a .
M e d i a h o r a d e s p u é s , se a g r e g a r o n , e n e f e c t o , á la p r i m i tiva partida , veinticinco
de
nuestra parroquia , armados
b i e n ó m a l , y al m a n d o d e C l a u d i o , q u i e n p i d i ó c o m o u n l'a\ o r e s p e c i a l , q u e se le p e r m i t i e s e f o r m a r la v a n g u a r d i a .
E n el t r á n s i t o d e s d e e l p u e b l o b a s t a
la q u i n t a ,
excita-
d o s los i n s u r g e n t e s á f u e r z a d e g r i t a r y d e c a n t a r , c a y e r o n
sobre una
casa a i s l a d a del c a m i n o ,
barriles de v i n o ,
y aumentaron
destaparon dos ó tres
su e x a l t a c i ó n
por medio
d e la e m b r i a g u e z .
L e j o s los n u e s t r o s d e t o m a r p a r l e e n esta o r g i a , a p r o v e cháronse del desónlcn
y del retraso q u e
g u i e n t e , para c o n t i n u a r a v a n z a n d o con
á él e r a
rapidez
consi-
hacia
la
q u i n t a , sin q u e el resto d e la c o l u m n a c o n c i b i e r a el m e n o r
r e c e l o ; p u e s , al fin y al c a b o , c u m p l í a m o s c o n el d e b e r d e
ta v a n g u a r d i a .
LOS
2ÍI
A NIYi:USAMOS.
L l e g a d o s á la q u i n t a d e S. E s t e b a n , m e e n s e ñ ó d e s d e l e j o s C l a u d i o G e r a r d , al d u e ñ o
de aquella magnifica
pose-
sión , el c u a l , á c i e n l e g u a s d e s o s p e c h a r el p e l i g r o q u e
le
a m e n a z a b a , estaba d a n d o p a s e o s e n una e s p e c i e d e p a t i o ,
situado d e l a n t e d e la p u e r t a d e su casa ,
y
e n el
cual
se
h a l l a b a n t a m b i é n su m u j e r , sus hijos y v a r i a s s e ñ o r a s .
S i e n d o p r e c i s o , para l l e g a r á la q u i n t a p a s a r p o r u n p u e n te c o n s t r u i d o s o b r e un c a n a l q u e c i r c u í a e l p a r q u e , m a n d ó nos Claudio G e r a r d ocupar a q u e l p u e n t e , y
cortar á todo
t r a n c e el p a s o . . . á n u e s t r o s a u x i l i a r e s , á q u i e n e s l l e v á b a m o s u n o s q u i n i e n t o s ó s e i s c i e n t o s pasos d e d e l a n t e r a .
Y adelantándose entonces
mi a m o h a c i a el d e la q u i n t a ,
q u e c o m e n z a b a á a l a r m a r s e , le d i j o :
— Nfada t e m a V., c a b a l l e r o . . . u n o s c i n c u e n t a h o m b r e s e x t r a v i a d o s p o r la m i s e r i a ó por m a l o s c o n s e j o s , h a n r e s u e l t o
asaltar esta casa , y v e n i d o á n u e s t r o l u g a r á p e d i r n o s a u x i l i o : al c u a r t o d e h o r a d e c o n f e r e n c i a r c o n e l l o s ,
persuadido de que
m e seria
me
he
imposible hacerles renunciar
á su e m p r e s a , y esto m e lia d e t e r m i n a d o á v e n i r a c o m p a ñ á n d o l e s p a r a p r o t e g e r á V. y á su f a m i l i a e n c a s o n e c e s a rio : t r a i g o c o n m i g o v e i n t e m o z o s h o n r a d o s , q u e e s t á n a l l á
abajo g u a r d a n d o el puente. T o d a v í a no he p e r d i d o
las e s -
peranzas de calmar á aquellos desventurados , cuyos a u x i liares nos h e m o s h e c h o , a l i n d e
poderlos contener ;
mas
si a c a s o n o l o c o n s i g o , y o s e r é el p r i m e r o e n v o l v e r m i s a r m a s c o n t r a e l l o s , y e n a u x i l i o d e V. N o h a y q u e d a r m e g r a cias, — a ñ a d i ó C l a u d i o G e r a r d al e s t u p e f a c t o p r o p i e t a r i o ; —
y o n o t e n g o el g u s t o d e c o n o c e r á V . ; p e r o al o p o n e r n o s , c o n
peligro
de nuestras
vidas,
á un
acto
de
violencia que
nada j u s t i f i c a , y ( p i e ni s i q u i e r a t i e n e el p r e t e x t o d e
venganza legítima,
una
e s o s j ó v e n e s y y o d e f e n d e m o s la c a u -
sa del pueblo de q u e f o r m a m o s parte ,
y
nada mas.
Mas
t r a n q u i l í c e s e V . : y a h a r e m o s n o s o t r o s r e s p e t a r su p e r s o n a
y sus b i e n e s p o r todos c u a n t o s m e d i o s p u e d a h u m a n a m e n te e m p l e a r c u a l q u i e r a h o m b r e d e v a l o r .
Esto d i c h o , v o l v i ó C l a u d i o G e r a r d
á n u e s t r a s lilas , no.-
Ü.'
Ji.VKTIN
EL
EXPÓSITO.
encargó de nuevo que guardásemos
el p u e n t e ,
y
prohi-
b i e n d o , á iin d e e v i t a r una r e y e r t a , ( p i e n i n g u n o d e n o s o tros l e a c o m p a ñ a s e , se a c e r c ó s o l o á la partida ( j u c , m e d i o
b o r r a c h a y d i s t a n t e y a p o c o s pasos d e n o s o t r o s , v e n i a . T o d a
la s e r e n i d a d ,
la
resolución
y la i n c r e í b l e a u t o r i d a d q u e
n a t u r a l m e n t e poseía Claudio ( l e r a r d , fueron menester p a ra d o m i n a r e l f u r o r d e n u e s t r o s a u x i l i a r e s , c u a n d o p r e t e n d i ó e x p l i c a r l e s lo d e s l e a l é i n d i g n a q u e era la a c c i ó n
iban
á cometer. Uno
d e a q u e l l o s d e s g r a c i a d o s dio
que
e n su
e x a s p e r a c i ó n un g o l p e á C l a u d i o G e r a r d ; p e r o este , d o l a d o
de tanto v i g o r c o m o arrojo , d e r r i b ó en
r i o , le p u s o fuera d e c o m b a t e ,
tierra á su c o n t r a -
y c o n t i n u ó a p e l a n d o á los
g e n e r o s o s sentimientos d e s ú s adversarios. La
mayor par-
te p e r m a n e c i ó s o r d a á sus e x h o r t a c i o n e s , y m a r c h ó t u m u l t u o s a m e n t e h a c i a el p u e n t e ; p e r o una
minoría
bastante
considerable cedió á los consejos del maestro d e escuela, y
se f o r m ó á su l a d o .
¿ Q u é m a s d i r é ? D e s p u e s d e una l u c h a , d e c o r l a d u r a c i ó n
por f o r t u n a , y p o c o s a n g r i e n t a , se d i s p e r s a r o n e n
tumul-
tos n u e s t r o s a g r e s o r e s , t e m e r o s o s d e un n u e v o a t a q u e . E n
e s t e e s t a d o , p a s ó n o s la n o c h e al p i é d c l o s á r b o l e s d e l p a r que, y
al a m a n e c e r d e l s i g u i e n t e día v o l v i m o s al p u e b l o ,
convencidos de que
ningún
peligro amenazaba
ya
á la
quinta.
C o n c l u i d a la e x p e d i c i ó n , m e d i j o C l a u d i o
Gerard
estas
] ta l a b r a s q u e n o o l v i d a r é j a m á s :
— ¿Sabes,
hijo m i ó ,
q u i é n e s son los
dos
maestros de
escuela d e los dos p u e b l o s , c u y o s j ó v e n e s han q u e r i d o c o m e t e r esas violencias? ¿ S a b e s entre que m a n o s han depos i t a d o los q u e g o b i e r n a n la santa m i s i ó n
d e e d u c a r á los
n i ñ o s d e estas d o s a l d e a s , y d e h a c e r d e e l l o s h o m b r e s d e
bien ?
El u n o e s un t a b e r n e r o , q u e p r e s t a d i n e r o á usura c u a n d o n o está b o r r a c h o , y el o t r o un h o m b r e s a l i d o de. p r e s i d i o . ¡ Va se \ e ! ¡ c o n t a l e s m a e s t r o s , tales d i s c í p u l o s !
— Eso e s i m p o s i b l e , e x c l a m é y o ; p u e s
si así
fuese,
no
LOS
AtNIYUBSMUOS.
31
h a b r i a p a l a b r a s c o n ( p i e c e n s u r a r un d e s p r e c i o tan c r i m i n a l p o r la cosa m a s s a g r a d a q u e h a y e n e l m u n d o , c o m o e s
la educación
de. la
infancia.
Sonrióse a m a r g a m e n t e Claudio G e r a r d , y m e
dijo:
— Y o , hijo m i ó , á n a d i e a c u s o sin r a z ó n ; lo q u e te d i g o
es v e r d a d . . . . lis c l a r o q u e los q u e g o b i e r n a n
no han b u s -
c a d o d e i n t e n t o á un u s u r e r o b o r r a c h o ni á un p r e s i d a r i o ,
para c o n f i a r l e s la e d u c a c i ó n d e l p u e b l o ; p e r o lo ( p i e sí e s
c i e r t o , es q u e saben , con infernal m a q u i a v e l i s m o ,
las f u n c i o n e s d o m a e s t r o
tan
p r e c a r i a s , tan
hacer
miserables,
tan h u m i l l a n t e s , tan i n t o l e r a b l e s , e n lin , q u e e s i m p o s i b l e
q u e p u e d a n a c e p t a r l a s o t r a s g e n t e s q u e las ( p i e , c o m o y o ,
se d e d i c a n por c o n v i c c i ó n á este s a c e r d o c i o , ó a l g ú n i g n o r a n t e , ó algún m a l v a d o , sobre quien descargaron
los t r i -
b u n a l e s e l b a l d ó n d e una s e n t e n c i a .
—Pero
¿ c u á l e s su o b j e t o ? — d i j e y o á C l a u d i o G e r a r d ,
— e n r e b a j a r d e esa m a n e r a á u n o s h o m b r e s , c u y a s a g r a da misión d e b e r í a i n s p i r a r t a n t o r e s p e f o ?
— ¿ C u á l es su o b j e t o , hijo m i ó ? — r e p l i c ó C l a u d i o G e r a r d
con triste y d u l c e sonrisa , —
brutecidos
por
la
el d e g o b e r n a r
ignorancia ,
por
la
á seres e m -
miseria
ó
p o r la
c r e d u l i d a d d e la s u p e r s t i c i ó n . . . . p o r q u e t e m e n á l a s p o b l a ciones ¡lustradas,
á las c u a l e s da !a e d u c a c i ó n e l
m i e n t o d e sus d e r e c h o s
razón
MIS
i n v a d e n todo
y de
conoci-
su f u e r z a . . . . P o r esa
misma
el m u n d o las e s c u e l a s d e los
H E R M A -
( I ) y r e e m p l a z a n á las n u e s t r a s . . . . L o s
acos-
HERMANOS
t u m b r a n á la i n f a n c i a á r e n u n c i a r á la d i g n i d a d d e l h o m b r e , s u j e t á n d o l e á un d e g r a d a n t e s e r v i l i s m o . . . . T ú has l e í d o sus l i b r o s . . . . l o s d e l p a d r e G o b i n e t , e n t r e o t r o s ,
las g e n e r a c i o n e s q u e
y
ves
p r e p a r a n á la F r a n c i a e s o s m o n g o s
m i s t e r i o s o s , c u y a r e g l a n a d i e s a b e ni c o n o c e ,
y
cuyo so-
b e r a n o está e n R o m a .
(1) JI(irn/(in".-> úf
la Dociiina
Crt\iuvn(i
ó ajHttrauíiiKi^
á cuyo
r s l á , e n F r a n c i a . la i i i s i n i c c i o n p r i m a r i a d e u n a ^ r a n parle d e l
1.1o. ( N . d e l T.
car^u
pue-
¡2
MARTIN
EL
EXPÓSITO
— P e r o e s e c á l c u l o es h o r r i b l e , — e x c l a m é y o , — Y m a s
que horrible, absurdo...
Ayer
m i s m o v i m o s los e x c e s o s q u e p u d i e r o n c o m e t e r ,
p o r su m a l a e d u c a c i ó n , a q u e l l o s h o m b r e s f u r i o s o s .
— Pobre niño :
¿ n o s a b e s q u e los g o b i e r n o s n o
m i e d o á la v i o l e n c i a ? •— L a
tienen
v i o l e n c i a , la v e n c e n e l l o s c o n
s a n g r e , y p o r e s o n o les da c u i d a d o ; l o q u e s i s e lo d a ,
las i d e a s , q u e
n i e l h i e r r o ni e l p l o m o p u e d e n
son
extinguir
jamás.
D e s g r a c i a d a m e n t e ; d e b o d e c i r l o del g o b i e r n o son á v e ces c ó m p l i c e s los p a d r e s de los n i ñ o s en materia de a t e n t a d o s d e esta
e s p e c i e c o m e t i d o s c o n t r a la i l u s t r a c i ó n . . . .
Y
sin e m b a r g o , si u n p a d r e e s c i v i l m e n l e r e s p o n s a b l e a n t e la
sociedad de
las faltas q u e hasta c i e r t a e d a d c o m e t e su h i -
j o . . . . ¿ P0I1QCE
RESPONSABLE
NO
DE
IIA
LA
DE
SER
TAMBIÉN
IGNORANCIA
DE
SU
CIVIL
HIJO
r a n c i a . . . . o r i g e n d e todo m a l . . . . lo m i s m o
Y
M O R A M E N T E
?.... d e la i g n o que
la
mise-
ria
— E f e c t i v a m e n t e , — contesté á Claudio G e r a r d , —
eso
seria justo.
— O h , hijo m i ó ,
tantas c o s a s h a y j u s t a s . . . . ¿ y q u i é n es
e l q u e se o c u p a e n h a c e r l a s p r e v a l e c e r ? H a y c i e r t o s paises
en que el padre que
no
e n v i a á sus hijos á la e s c u e l a
es
c a s t i g a d o c o n u n a m u l t a . Esta m e d i d a e s b u e n a , p u e s m a s
d e u n a v e z es m e n e s t e r e m p l e a r
el rigor para
inculcar el
bien ; pero , ¿ e s , pregunto y o , aplicable entre
T i e n d e , hijo
mió
la vista e n
m i s e r i a d e esta c o m a r c a
vivir c o m o no
utilicen
nosotros ?
(orno tuyo , y verás
q u e la
e s tal , q u e los p o b r e s n o p u e d e n
el t r a b a j o d e
sus h i j o s ,
bien
sea
g u a r d a n d o l o s r e b a ñ o s t o d o el dia , ó b i e n c a v a n d o la t i e r r a ;* p e s a r d e su c o r t a e d a d . E n t o n c e s . . . . ¿ q u e q u i e r e s ? . . . .
o b l i g a d o s á h a c e r g a n a r á sus h i j o s , p o r
m e d i o de un
im-
p r o b o t r a b a j o , el p o c o p a n q u e les d a n d e c o m e r , n o p u e d e n m a n d a r l o s á la e s c u e l a ; y ¿ q u i é n se a t r e v e r í a á e c h a r
e n c a r a su c o n d u c t a á estos d e s g r a c i a d o s p a d r e s ? . . . ; O h ! . . .
¡ m i s e r i a ! . . . . ¡ m i s e r i a !.... — a ñ a d i ó d o l o r o s a m e n t e C l a u d i o
LAS
DESPEDIDAS.
33
G e r a r d . — M i s e r i a , ¿ s e r á s tú s i e m p r e e n la t i e r r a la f u e n te d e
todos l o s m a l e s ? . . .
¿ y no llegará
nunca
e l dia d e l
r e p a r t o l e g í t i m o . . . . y d e la f e l i c i d a d g e n e r a l ?
IV.
l i a s desi»etlltlas.
Ya h e d i c h o q u e
d e s p u é s d e la p r o f a n a c i ó n d e l
sepul-
c r o d e la m a d r e d e R e g i n a , d e q u e se h i z o r e o e l m e n d i g o ,
m e a p o d e r é y o d e la c a r t e r a , q u e c o n t e n i a , a d e m á s d e u n a
g r a n c a n t i d a d d e c a r t a s , una c r u c e c i t a d e h i e r r o
broncea-
do y una medalla de plomo.
A fin d e a t e n u a r á m i s p r o p i o s o j o s la v e r g o n z o s a
cometida,
contraje conmigo mismo
un
extraño
m i s o , y j u r ó n o l e e r las c a r t a s h a s t a q u e
acción
compro-
Claudio Gerard
m e v o l v i e s e á h a b l a r d e sus c o n f i d e n c i a s c o n
respecto
á
Regina.
P o c o s d i a s d e s p u e s d e u n o d e los ú l t i m o s a n i v e r s a r i o s , á
q u e o c u l t o , s e g ú n c o s t u m b r e , a s i s t í , m e dijo C l a u d i o G e rard.
— Hijo m i ó , y a d e h e s a estas f e c h a s t e n e r d e 10 á 17 a ñ o s . . .
H a c e a l g u n o s q u e m e c o n f e s a s t e el p r e c o z a m o r q u e s e n tías por R e g i n a . Esta p a s i ó n , a u n q u e b i e n p o d i a e x p l i c a r s e
p o r el i n f l u j o d e los tristes e j e m p l o s q u e t u v i s t e e n la
pri-
m e r a i n f a n c i a , e s t a b a tan p o c o e n a r m o n í a c o n tu e d a d ,
q u e ni q u i s e h a b l a r t e d e e l l a , ni r e p r e n d e r t e . Sí esta n i ñ e r í a podia b o r r a r s e p o c o á p o c o d e tu c o r a z ó n , d e n a d a
s e r v í a r e c o r d á r t e l a . Si, p o r e l c o n t r a r i o , d e b í a s p e r s i s t i r e n
este a m o r , inútil era r e p r e n d e r t e . . . . T e h e e s t u d i a d o a t e n tamente.... y estoy
convencido
del
benéfico
influjo
que
3i
MARTIN
HL
líXI'ÓSITO.
esta p a s i ó n e j e r c e a h o r a e n t í , y q u e e j e r c e r á , s e g ú n c r e o ,
m u c h o t i e m p o t o d a v í a . U n a m o r d e esta n a t u r a l e z a , b i e n
q u e sin e s p e r a n z a a l g u n a , y tal v e z p o r esto m i s i n o , <s
p a r a u n c o r a z ó n c o m o el t u y o la m e j o r s a l v a g u a r d i a c o n tra los a r r e b a t o s d e la j u v e n t u d .
P e r o es preciso q u e c o n o z c a s , hijo m i ó , q u e
este a m o r
e s p a r a tí sin e s p e r a n z a : no te h a g a s i l u s i o n e s , R e g i n a t i t i l e u n a b e l l e z a e n c a n t a d o r a ; su p i a d o s o r e s p e t o á la m e m o r i a d e su m a d r e a n u n c i a u n a l m a n o b l e y
c a r á c t e r es l i r m e
y
su v o l u n t a d
enérgica,
s e n s i b l e ; su
pues
no
hay
duda de q u e habrá tenido q u e v e n c e r grandes dificultades
para conseguir de
su p a d r e el p e r m i s o d e h a c e r c a d a a ñ o
un v i a j e d e d o s c i e n t a s l e g u a s , solo p o r o r a r un dia s o b r e el
s e p u l c r o d e su m a d r e . . . Y o h e s a b i d o q u e el p a d r e d e R e g i n a , si b i e n
no posee
u n a f o r t u n a c o l o s a l , e s sin e m b a r g o
r i c o , y p e r t e n e c e á la a n t i g u a n o b l e z a , d e la cual se g l o r i a
t a m b i é n d e f o r m a r p a r l e su bija q u e , h a c e dus a ñ o s trajo,
y mandó
la
incrustaren
e l c e n t r o d e la losa s e p u l c r a l b a j o
c u a l r e p o s a b a n las c e n i z a s d e su
m a d r e , una p l a c a es-
m a l t a d a c o n las a r m a s d e su f a m i l i a .
N o r e p r u e b o e n una j o v e n d e su e d a d esc o r g u l l o d e fam i l i a , s o b r e todo en
u n a c i r c u n s t a n c i a c o m o a q u e l l a en
q u e q u i s o , sin d u d a , p r o t e s t a r
c o n t r a la h u m i l l a c i ó n q u e
p e r s e g u í a á su m a d r e a u n d e s p u é s d e su m u e r t e .
A l p r o n u n c i a r estas ú l t i m a s p a l a b r a s d e t ú v o s e c o n m o v i do Claudio U e r a r d , y p e r m a n e c i ó
a l g ú n tiempo en s i l e n -
cio.
S o r p r e n d i d o y o , m e puse á m i r a r l e a t e n t a m e n t e , y
ad-
\ e r t i q u e e s t a b a c o m o a b s o r b i d o por la m e d i t a c i ó n . A l c a b o
d e u n r a t o , v i n i é r o n s e l e a l g u n a s p a l a b r a s á los l a b i o s ; m a s
n o sé q u e p e n s a m i e n t o las c o n t u v o y
le hizo
que , c a m -
b i a n d o de p e n s a m i e n t o , m e dijera con tono g r a v e y a f e c tado :
— C u a l e s q u i e r a ( p i e sean los s u c e s o s q u e s o b r e v e n g a n , ó
q u e l l e g u e s tú á s a b e r e n lo s u c e s i v o ,
no olvides nunca
q u e h a y u n a cosa s u p e r i o r á la m a s t i e r n a a f e c c i ó n . . . . y e s
LAS
DESPEDIDAS.
35
jl respeto q u e debes á una p e r s o n a sagrada.
— N o c o m p r e n d o á V. , — l e d i j e m a s a d m i r a d o t o d a v í a .
— T o d o lo ( p i e y o te p i d o , a ñ a d i ó , es ( p i e n o o l v i d e s
lo
;pie a c a b a s d e s a b e r d e la m a d r e d e R e g i n a . . . . P u e d e q u e
A porvenir
te e x p l i q u e
estas p a l a b r a s ,
incomprensibles
i h o r a p a r a tí. En fin , v o l v i e n d o á R e g i n a , te d i r é q u e e s a
¡oven e s a d m i r a b l e m e n t e h e r m o s a y rica , q u e su
elevado
n a c i m i e n t o la i n f u n d e o r g u l l o , y q u e t i e n e un c a r á c t e r t a n
ürme c o m o
su c o r a z ó n . A h o r a b i e n , t o d a s e s a s
prendas
n a l u r a l e s , t o d a s esas v e n t a j a s d e s a n g r e y d e d i n e r o , son
otros tantos o b s t á c u l o s i n s u p e r a b l e s ( p i e e n t r e e l l a y tú se
a l z a n . A m a l a , p u e s , c o m o hasta a h o r a , sin q u e e l l a te v e a
ni te c o n o z c a . T e n s i e m p r e p r e s e n t e la d i s t a n c i a i n c o n m e n s u r a b l e ( p i e d e e l l a te s e p a r a , y h a z d e R e g i n a
la e s t r e l l a
( p i e g u i e tu xida p o r la senda d e l b i e n . C u a n d o t e n g a s a l g u n a mala t e n t a c i ó n , p i e n s a e n la a l t i v a y h e r m o s a faz d e
R e g i n a , y v e r á s c o m o te r u b o r i z a s d e tus f u n e s t a s i n c l i n a c i o n e s . Ello es c i e r t o i p i c el h o m b r e a d o r a . . .
y venera á
Dios... q u e se s i e n t o s o s t e n i d o p o r él c u a n d o o b r a b i e n . . . ¡ p i e
le t e m e c u a n d o o b r a m a l ; y e s o , b i e n q u e n o l e a l c a n c e c o n
la vista.... b i e n q u e
el S e ñ o r
no se
c o m u n i q u e á él
P u e s b i e n ; un i n d u j o d e esta e s p e c i e es el q u e y o q u i s i e r a
q u e e j e r c i e s e R e g i n a e n ti
A l o s c u r e c e r d e l m i s m o día e n q u e lux e esta c o n v e r s a c i ó n
c o n C l a u d i o ( J e r a r d , a p r o v e c h é una
hora
en q u e estuve
s o l o , p a r a d e s e n t e r r a r la o l l a , a la c u a l h a c i a y o
frecuen-
tes v i s i t a s , y para s a c a r la c a r t e r a ; lo c u a l c o n f i e s o q u e n o
h i c e sin s e n t i r una v i o l e n t a p a l p i t a c i ó n d e c o r a z ó n , y r u b o rizado cual
si e s t u v i e s e c o m e t i e n d o a l g ú n
indigno abuso
de c o n f i a n z a .
M a s , cual no fueron
mi s o r p r e s a y m i d i s g u s t o al sacar-
d e la c a r t e r a u n a s c a r t a s sin o t r o s o b r e q u e u n a s i n i c i a l e s ,
y escritas en idioma
incomprensible
para
mi ( mas
tarde
supe ( p i e era a l e m á n , y h e aquí p o r q u e c o n o z c o e n el día
esta l e n g u a . )
'!6
M A R T I N
El.
EXPÓSITO.
R e g i s t r é , sin e m b a r g o , toda la c o r r e s p o n d e n c i a , carta
p o r carta , e s p e r a n d o b a i l a r alguna en francés. ¡ Vana e s p e r a n z a ! Ni una sola m e f u e p o s i b l e e n t e n d e r .
Esto n o o b s t a n t e , e n t r e a q u e l l o s p a p e l e s t r o p e c é c o n un
singular hallazgo.
Era e s t e u n a c o r o n a
de dimensiones pequeñas (corona
real á lo q u e p o s t e r i o r m e n t e
s u p e ) de forma
particular,
r e c o r t a d a c o n sus c a l a d o s c o r r e s p o n d i e n t e s , e n u n a l a m i nita d e o r o m u y d e l g a d a . Esta c o r o n a , sujeta c o n dos h e b r a s d e seda a m a r i l l a y a z u l e n el c e n t r o d e un p e r g a m i n o
c u a d r a d o y d e b a s t a n t e c u e r p o , estaba
s i m b ó l i c a s y d e S. S.
y W
rodeada de líneas
W , entrelazadas formando ci-
fra.
A l p i é d e la c o r o n a se l e í a esta f e c h a e n f r a n c é s .
Veinte
—
y ocho de diciembre
Calle del A rrabal
— A las once IJ media
Debajo de
esta
de 1843.
del Roule , número
de la
Hfl.
noche.
fecha había c i n c o r e n g l o n e s en
lengua
a l e m a n a , de longitud , desigual y de letras diferentes.
El p r i m e r o , el t e r c e r o y
el q u i n t o e s t a b a n t r a z a d o s p o r
u n a m a n o f i r m e ; e l s e g u n d o y el c u a r t o e r a n o b r a d e otra
mas delicada y menos segura.
Extraordinariamente sorprendido de este hallazgo, p r o c u r é , a u n q u e e n v a n o , a d i v i n a r la s i g n i f i c a c i ó n de los signos
s i m b ó l i c o s q u e lo c u b r í a n : la c o r o n a d e o r o e x c i t a b a t a m b i é n v i v a m e n t e mi c u r i o s i d a d , m a s n o había m e d i o s d e satisfacerla.
G u a r d a n d o , p u e s , t r i s t e m e n t e e n la c a r t e r a el p e r g a m i n o , la c r u z , la m e d a l l a y las c a r t a s , m e
un m e d i o do c o n o c e r en q u e l e n g u a
puse á discurrir
e s t a b a n e s t a s , sin i n -
fundir sospechas á Claudio G e r a r d .
M a s a i n t e r r u m p i r mis m e d i t a c i o n e s , vino en aquel m o m e n t o un i n c i d e n t e i m p r e v i s t o .
A los p o c o s d i a s , f u é m e
preciso separarme de Claudio
LAS i l i : . - l > ¡ , l l l D A S .
.T7
G e r a r d , e n casa d e q u i e n e n t r é d e n i ñ o , y salia h e e l i o u n
h o m b r e , no (auto por
1S años ) , c u a n t o
la e d a d ( á la s a z ó n
contaba
unos
por la r a z ó n y la e x p e r i e n c i a q u e e n su
rígida escuela adquirí.
D u r a n t e a q u e l l o s a ñ o s , p a s a d o s al l a d o d e
un
l l e n o d e c i e n c i a , d o t a d o d e las m a s p r e c i o s a s
filósofo
hombre
cualidades,
p r á c t i c o c o m o p o c o s , se d e s a r r o l l ó m i i n t e l i g e n c i a ,
se c u l t i v ó mi espíritu a l g ú n t a n t o , y a d q u i r i ó m i c a r á c t e r ,
un t e m p l e v i g o r o s o .
A d e m á s d e e s t o , c o n o c í a y o un o l i c i o , q u e era el d e c a r p i n t e r o , el c u a l p o d r í a s e r m e d e a l g ú n r e c u r s o e n l o s d í a s
de adversidad.
M a s n o fue p o c o el t r a b a j o q u e m e c o s t ó o b t e n e r e s t e r e sultado; mas de cuatro veces tuve q u e luchar contra
el
d e s a l i e n t o a m a r g o y p r o f u n d o q u e m e c a u s a b a la v i d a m i s e r a b l e , fatigosa y sin p o r v e n i r á q u e m e v e í a c o n d e n a d o :
contra
la tristeza
desesperada
siempre que m e acordaba y o
que de
m í se
apoderaba
d e mis d o s c o m p a ñ e r o s d e
infancia , d e c u y a s u e r t e no v o l v í á t e n e r la m e n o r n o t i c i a ,
y ¡i q u i e n e s c o n s e r v é e n mi m e m o r i a el m i s m o c a r i ñ o
que
les p r o f e s a b a e l (lia d e n u e s t r a s e p a r a c i ó n .
Costábame también gran
trabajo c o n t e n e r
los i m p u l s o s
d e o d i o y d e c o r a j e ( p i e m e i n s p i r a b a n los i n d i g n o s
ene-
migos de Claudio G e r a r d .
N i u n a sola v e z se h a b í a c a n s a d o la a d m i r a b l e r e s i g n a ción d e mi m a e s t r o ; ni una sola
se h a b í a d e s m e n t i d o su
c a l m a estoica y l l e n a d e d i g n i d a d ; al p a s o q u e la a n i m a d v e r s i ó n d e sus p e r s e g u i d o r e s , l e j o s d e a p l a c a r s e , se e x a s p e raba d e dia e n dia hasta
rayar
e n f r e n e s í . S u b l i m e fue la
h u m i l d a d , la a b n e g a c i ó n c o n q u e resistió C l a u d i o G e r a r d •
y , ¡ cosa e s t r a ñ a I e n f u e r z a d e la c i e g a s u m i s i ó n c o n q u e
se a m o l d a b a á las e x i g e n c i a s m a s b r u t a l e s , á las m a s
t e n t e s injusticias , l o g r ó d u r a n t e
mucho
pa-
tiempo reducir á
la i m p o t e n c i a á sus e n e m i g o s , y c o n s e r v a r la h u m i l d e p o sición ( p i e e n e l l u g a r o c u p a b a .
L l e g ó p o r lin el di,) del t r i u n f o d e l e n e m i g o m a s e n c a r III.
'~
:J
M A M IN
•in
EL
EXPÓSITO.
n í z a d o é i n f a g i l a b l e d e C l a u d i o O c r a r d : d e c i r esto e s rioin
b r a r al c u r a d e l p u e b l o .
Después de mil i n t r i g a s , calumnias y maniobras
infa-
m e s , l o g r ó este i n d i g n o eclesiástico sembrar desconfianza
y f r i a l d a d e n t r e e l m a e s t r o y la p o b r e g c n f e , c u y o c a r i ñ o
se h a b í a g r a n g e a d o e s t e ú l t i m o y , u n a v e z c o n s e g u i d o e s te o b j e t o , á q u e p o r e s p a c i o d e a ñ o s e n t e r o s a s p i r ó c o n t e n a c i d a d , l e fue f á c i l o b l i g a r á C l a u d i o á m a r c h a r s e del l u gar.
N u n c a se b o r r a r á n d e m i m e m o r i a
los ú l t i m o s m o m e n -
tos q u e al l a d o d e m i a m o p a s é .
A últimos de diciembre de 1832, hallábamonos
Claudio
G e r a r d y y o r e u n i d o s e n el c u a r t u c h o , s e p a r a d o solo d e l
establo por unos zarzos d e m i m b r e .
El día estaba o s c u r o y l l u v i o s o : la luz p e n e t r a b a
turbia
p o r la e s t r e c h a v e n t a n a q u e , a l g u n o s a ñ o s a n t e s , m e dio
p a s o c u a n d o e n t r é á r o b a r al m a e s t r o e n c o m p a ñ í a d e B a m b o c h a y d e B a s q u i n a ( P a r a a t e n u a r e n a l g o esta v e r g o n zosa
a c c i ó n , debo decir q u e , trabajando
carpintero
pude
de aprendiz de
e n d o s a ñ o s p a g a r la c a n t i d a d r o b a d a á
C l a u d i o G e r a r d , q u i e n r e s t i t u y ó e n t o n c e s el d e p ó s i t o q u e
so l e h a b i a c o n f i a d o ) .
En
silencio, pues,
pensativo y
cabizbajo,
se p a s e a b a
lentamente mi amo una mañana por aquel reducido alberg u e ; e n t a n t o q u e , s e n t a d o y o e n la m a l a c a m a e n q u e p a sé la p r i m e r a n o c h e d e m i r e s i d e n c i a e n a q u e l l a
casa, apoyaba negligentemente
humilde
el c o d o e n u n z u r r ó n d e
viaje q u e tenia al l a d o .
C l a u d i o G e r a r d , v e s t i d o , s e g ú n su c o s t u m b r e , c o n
una
mala blusa y c a l z a d o con unos zuecos en que desaparecían
sus d e s n u d o s p i e s , e s t a b a m u y
a v i e j a d o ; así al m e n o s l o
d e j a b a n i n f e r i r las a r r u g a s q u e s u r c a b a n sus m e j i l l a s y las
c a n a s q u e l e c u b r í a n las s i e n e s , b i e n q u e la g r a v e y d u l c e m e n t e m e l a n c ó l i c a e x p r e s i ó n d e sus f a c c i o n e s , c o n l i n u a s e
M o n d o la m i s m a .
LAS
DESPEDIDAS.
3(1
Esto n o o b s t a n t e , tenia e n a q u e l m o m e n t o u n t a n t o c o n t r a í d o el r o s t r o , c u a l si l e a g i t a r a u n a s e n s a c i ó n
violenta
q u e p r e t e n d i e s e él r e p r i m i r .
L o g r a n d o p o r fin v e n c e r s e , dijo c o n v o z s e r e n a , l e v a n tando las m a n o s h a c i a la
ventana.
P o r a h í , h i j o m i ó , te i n t r o d u j i s t e h a c e o c h o a ñ o s e n esta
casa. El a b a n d o n o
ignorancia
la m i s e r i a . . . . e l m a l
e j e m p l o . . . . la
te i m p e l i e r o n á r o b a r . . . . h o y t i e n e s d i e z y o c h o
a ñ o s , y v a s á salir d e a q u í h o m b r e d e b i e n , d o t a d o d e u n a
i n s t r u c c i ó n q u e ha s e r v i d o p a r a
d e s a r r o l l a r tu i n g e n i o y
d a r e l e v a c i ó n á tu a l m a : v a s i m b u i d o d e o t r o s p r i n c i p i o s ,
a n i m a d o d e las m e j o r e s i d e a s , y c o n o c e s p o r fin u n o f i c i o
m e c á n i c o , que en
c u a l q u i e r a o c a s i ó n te p o d r á d a r d e c o -
mer....
— ¡ A h í a m i g o m i ó , n u n c a se m e
olvidará....
— Escucha , q u e r i d o h i j o , — prosiguió Claudio
Gerard
i n t e r r u m p i é n d o m e : — si te r e c u e r d o tu p u n t o d e p a r t i d a y
el
camino
que
tan
animosamente
recorriste
basta
este
día... no lo h a g o , n o , para v a n a g l o r i a r m e d e los beneficios
q u e te h e h e c h o ; s i n o á fin d e q u e esta ú l t i m a r e s e ñ a d e
tu v i d a
p a s a d a te d é f u e r z a s p a r a c o n t e m p l a r
tranquila-
mente el p o r v e n i r .
D e s d e e l m o m e n t o e n q u e te r e c o g í , h e e s t u d i a d o tu v i da p a s o á paso , dia p o r día ; y , testigo d e t o d a s las l u c h a s
y p r u e b a s , d e q u e c o n t a n t o h o n o r has s a l i d o , y o s o l o h e
p o d i d o c o n o c e r c u a n t o s e l e m e n t o s b u e n o s se r e ú n e n e n tí,
cuanta g e n e r o s i d a d a b r i g a s , c u a n t a
firmeza
y energía
pa-
ra m a r c h a r por el b u e n c a m i n o .
A n i m o p u e s , hijo mió.
Aceptar
c o m o tú u n a v i d a
l a b o r i o s a , d u r a , sin g o c e s ,
sin p l a c e r e s é i l u m i n a d a solo u n a v e z
al ..ño p o r la b r i -
llante aparición de una j o v e n , á q u i e n s i e m p r e d e b e s a m a r
sin
e s p e r a n z a ; c o n l l e v a r p o r fin esa v i d a d e d e s p r e n d i -
m i e n t o y d e a b n e g a c i ó n sin la m e n o r a m a r g u r a , r e s i s t e n c i a
ni o d i o e n el
noble.
corazón.... eso
es b u e n o
es g r a n d e , es
i O
MAIITIN
— ¡ A y , amigo
EL
EXPÓSITO.
m i ó ! A ñ a d a V. q u e c u a n d o , al m a r c h a r
p o r esa s e n d a á s p e r a y c a n s a d a , m e f a l l a b a n las f u e r z a s
V. e s t a b a c o n m i g o y c o n p o c a s p a l a b r a s m e i n f u n d í a
nue-
v o v a l o r . . . . p e r o a h o r a . . . m e traspasa el c o r a z ó n la idea d e
que
tenemos que
separarnos por
mucho tiempo.... para
s i e m p r e tal v e z .
— ¿ P a r a s i e m p r e ? . . . n o . . . hijo m í o . l i a n l o g r a d o e c h a r m e d e e s t e l u g a r , d e s p u é s d e una l u c h a d e d i e z a ñ o s , p e r o
n o e s d e e s p e r a r q u e e n el p u e b l o á q u e v o y , t r o p i e c e c o n
g e n t e q u e m e q u i e r a tan m a l .
El a ñ o q u e
viene puede que
ese caballero de P a r í s , á
c u y a casa v a s , te c o n c e d a l i c e n c i a p o r a l g u n o s d í a s . . . . E n tonces tendremos algunos m o m e n t o s de alegría
nosotros
i p i e tan p o c o s t e n e m o s .
— ¡ A h ! si Y . h u b i e r a q u e r i d o , n o n o s h a b r í a m o s s e p a r a do.... yo continuaría ayudando á V
e n sus o c u p a c i o n e s . . .
— - N o , h i j o , n o ; esc p o r v e n i r es i m p r o p i o d e ti. Se te p r e senta
una
posición
i n e s p e r a d a . . . . y seria una
insensatez
d e s p e r d i c i a r l a . N u n c a h a l l a r á s un p r o t e c t o r m e j o r q u e Mr.
d e S a i n t - E t i e n n e , el c u a l c r e e d e b e r m e un g r a n a g r a d e c i miento porque salvé
h a c e d o s a ñ o s su q u i n t a d e l s a q u e o .
— Y su v i d a tal v e z , a r r i e s g a n d o V. la suya , a m i g o m í o .
— B i e n e s t á . . . e l l o es q u e , á e x c e p c i ó n d e a l g u n o s l i b r o s
e l e m e n t a l e s p a r a la e s c u e l a , s i e m p r e m e b e n e g a d o á a d m i t i r las o f e r t a s q u e , e n p r u e b a d e g r a t i t u d , m e ha h e c h o . . .
hasta q u e a h o r a ha c r e í d o q u e e s l l e g a d o el m o m e n t o d e d e m o s t r á r m e l a . D i c h o c a b a l l e r o o c u p a e n P a r í s un p u e s t o i m portante. Necesitaba de un h o m b r e
íntegro y seguro que
e j e r c i e s e á su l a d o u n c a r g o d e i m p o r t a n c i a , y m e ha e s c r i t o p r o p o n i é n d o m e s e r su s e c r e t a r i o í n t i m o , a c e p t a n d o
desdo
l u e g o las c o n d i c i o n e s q u e
yo
mismo
pusiera,
lie
rehusado
— S í ; ha r e h u s a d o
Y. en
su n o m b r e , p e r o a c e p t a d o e n
el m í o .
— Porque
para
m e ha p a r e c i d o q u e es una p o s i c i ó n h o n r o s a
tí. 11c r e s p o n d i d o d e tu c o n d u e l a , c o m o d e la
mía
LAS
propia.
DESPEDIDAS.
11
Mr. d e S a i n t - E t i c n n e t i e n e , n o sé p o r q u é , tanta
c o n f i a n z a e n m í , q u e , á p e s a r d e tus p o c o s a ñ o s , te ha a d mitido p o r s e c r e t a r i o s u y o : á p r u e b a , ; ! la v e r d a d ; p e r o esa
p r u e b a n o la t e m o y o p o r tí. R e p i t o , hijo , ( p i e d e b e s a c e p tar á toda prisa la i n e s p e r a d a p o s i c i ó n ( p i e se te p r e s e n t a .
— Y s o l o p o r a s e g u r a r m e a mí esa v i d a t r a n q u i l a y f e l i z
se r e s i g n a Y . á c o n t i n u a r su t r a b a j o s a
carrera.
— P o r h u m i l d e y m i s e r a b l e q u e sea , h i j o m í o , esta c a r r e r a e s ya s a g r a d a p a r a m í . L o d i g o sin o r g u l l o , y tú lo h a s
visto: á pesar
de tantos obstáculos c o m o h e
tenido
que
v e n c e r , h e o b t e n i d o y a m u c h o s y f e l i c e s r e s u l t a d o s . ..
esa r e c o m p e n s a m e b a s t a . . . . h a c e r q u e una g e n e r a c i ó n
y
de
niños p o b r e s , ignorantes, y poco menos que embrutecidos
p o r la m i s e r i a , se t r u e q u e e n o t r a d e h o m b r e s i n t e l i g e n t e s ,
h o n r a d o s , i n s t r u i d o s y t r a b a j a d o r e s . . . . eso es cosa a d m i rable y (pie m e hace mirar con m u c h o desprecio ó m u c h a
l á s t i m a las i n i q u í d a d e s d e q u e s o y v i c t i m a . . . Ya q u e h e h e c h o bien al p u e b l o . . . . ¿ ( p i é m e i m p o r t a su a n i m a d v e r s i ó n ?
Á estas p a l a b r a s a ñ a d i ó C l a u d i o
U e r a r d las
siguientes,
con dolorosa a g i t a c i ó n :
— ¡ A h ! si n o t u v i e r a y o m a s p e s a r e s q u e l o s q u e m e d a n
m i s e n e m i g o s I...
— Y a e n t i e n d o á V , a m i g o m i ó . . . . sin d u d a h a b l a d e esa
pobre loca.... á quien
iba V . t o d a s las s e m a n a s á v i s i t a r á
la c i u d a d . . . . M u y s e p a r a d o va V . á e s t a r a h o r a d e e l l a .
D i c h o esto , q u e d ó s e C l a u d i o G e r a r d p o r un m o m e n t o e n
s i l e n c i o , a g i t a d o y p e n s a t i v o ; hasta ( p i e , h a c i e n d o p o r fin
un g r a n d e e s f u e r z o , e x c l a m ó :
— T e n g o q u e r e v e l a r t e una cosa.... m u c h o h e v a c i l a d o . .
p e r o p o r m a s t r a b a j o q u e m e c u e s t e esta r e v e l a c i ó n , f u e r za e s h a c é r t e l a , p u e s t o q u e v a m o s á s e p a r a r n o s . . . . A c a s o
obraré
za
con c o r d u r a . . . . acaso será
insensata mi
franque-
el t i e m p o lo d i r á .
—¿Vd.,
amigo
m i ó , V.
hacerme
tanto t r a b a j o le c u e s t a ? — dije
una r e v e l a c i ó n
que
atónito á Claudio G e r a r d
MVRTIN
líl.
EXPÓSITO
V.
El misterio.
— S í , — m e dijo C l a u d i o G e r a r d ; — esta r e v e l a c i ó n
me
c o s t a r á t r a b a j o , p u e s e l l o te p r o b a r á q u e s o s p e c h é d e tí ...
y de mí.
— ¿Y
porqué?
— ¿ T e a c u e r d a s d e a q u e l l o s q u i n c e d i a s , q u e , h a r á cosa
d e un a ñ o , p a s a s t e f u e r a d e s p u é s d e tu e n f e r m e d a d ?
— S í , a m i g o m i ó ; p o r s e ñ a s q u e se e m p e ñ ó V . e n q u e
me
de
fuese
y o á p a s a r la c o n v a l e c e n c i a á a l g u n a s
aquí, esperando
q u e el c a m b i o d e a i r e s la
leguas
acelera-
ría.
—
¡ P u e s b i e n ! d u r a n t e tu a u s e n c i a , — m e dijo
G e r a r d algo c o n f u s o , — v i n o una persona á
Claudio
preguntarme
p o r tí.
— ¡ P o r m í ! ¿ y quién era ?
— U n o d e tus c o m p a ñ e r o s
—
¡Bambocha! — exclamé
de
infancia.
con
una emoción
de júbilo
indescriptible ; — ¿ con q u é e r a n infundados mis temores ?
B i m b o c h a v i v e . . . . v i v e y se a c u e r d a d e
Y con lágrimas en
mí.
los ojos a ñ a d í : — d i s p é n s a m e ,
ami-
g o m i ó , p u e s e s cosa e x t r a o r d i n a r i a lo q u e e n e s t e i n s t a n te m e está p a s a n d o .
— L o c o m p r e n d o , h i j o m i ó , y e s t o y l e j o s d e v i t u p e r a r tu
t e r n u r a . O y e l o q u e d u r a n t e tu a u s e n c i a , h a c e
un
año,
sucedió :
Estando
y o aquí
una m a ñ a n a ,
mozeton , de enérgica
fisonomía
v e o entrar un robusto
, y v e s t i d o , según m e pa-
reció , c o n m a s lujo q u e gusto. — C a b a l l e r o , — m e dijo ,
— h a b r á cosa d e siete a ñ o s q u e r e c o g i ó Y . á u n n i ñ o a b a n -
EL M1S1KIU0.
*•>
d o n a d o , según he sabido p o r los i n f o r m e s
dea acabo de l o m a r . — ¿ E s m u c h o
l o q u e p o r e s e n i ñ o se
interesa V ? — p r e g u n t é al r e c i e n l l e g a d o ,
con
no m e n o s
q u e e n esta a l examinándolo
sorpresa q u e curiosidad. — M u c h o ,
como
que es mi h e r m a n o , — m e r e s p o n d i ó . — ¡ H e r m a n o d e V . !
— e x c l a m é ; y a c o r d á n d o m e d e las c o n f i d e n c i a s y d e l r e trato q u e d e B a m b o c h a m e h a b í a s h e c h o , r e p u s e : — N o .
n o es V. h e r m a n o , m a s sí c o m p a ñ e r o d e M a r t i n ; su n o m d r e d e V. es B a m b o c h a . — A p e s a r d e su a u d a c i a y d e
su
s e r e n i d a d , turbóse el rocíen l l e g a d o , y m e dijo con cierto
c e ñ o . — P o c o i m p o r t a á V . q u i e n s o y y o , lo q u e q u i e r o e s
v e r á M a r t i n . M u c h o m e h a c o s t a d o d e s c u b r i r sus h u e l l a s :
y aseguro á Y . q u e lo v e r é , — continuó con a d e m a n a m e nazador. — A lo cual e n c o g i é n d o m e de h o m b r o s , c o n t e s té c o n s e q u e d a d . — ¿ Y si d i g o y o q u e n o l o v e r á Y ?
Hace,
q u i n c e d i a s q u e M a r t i n h a s a l i d o d e esta a l d e a . — ¿ Y d ó n d e se e n c u e n t r a a h o r a ? — e x c l a m ó i m p e t u o s a m e n t e B a m bocha, —
quiero saberlo. — E s imposible , — r e s p o n d í .
—
N u n c a p o d r é d a r l e una idea , — a ñ a d i ó C l a u d i o G e r a r d ,
— de
la p e r t i n a z
instancia
d e B a m b o c h a á fin d e s a b e r
d o n d e te e n c o n t r a b a s , e m p l e a n d o p a r a e l l o d e s d e el t o n o
a m e n a z a d o r , ( d e c u y a i n u t i l i d a d se c o n v e n c i ó b i e n p r o n to ) hasta las s ú p l i c a s m a s h u m i l d e s á d e c i r v e r d a d , y m a s
patéticas. Mas
todo
en
vano;
pues
me
mostré
inexo-
rable.
Entonces, queriéndome
ganar por medio d e
su
fran-
queza, m e confesó el robo que j u n t a m e n t e contigo cometió;
quiso o b l i g a r m e á a c e p t a r , por via de
indemnización , un
b o l s i l l o l l e n o d e o r o , el c u a l r e h u s ó , c o n t e s t a n d o q u e
h a b í a s c o n s e g u i d o tú d e v o l v e r m e a q u e l l a
tres v e c e s p o r s e m a n a
á
t r a b a j a r á casa
cantidad
de un
ya
yendo
carpin-
tero.
D e s e o s o sin duda B a m b o c h a d e h a c e r un ú l t i m o e s f u e r z o , m e d i j o q u e e n los d o s m e s e s e s c a s o s q u e t e n i a d e f e c h a
su b r i l l a n t e p o s i c i ó n , n o h a b í a a b r i g a d o e n su c o r a z ó n otra
alea q u e la d e r e u n i r s e c o n t i g o , á c u y o e f e c t o
había
lo-
tí
MARTIN
grado
l'.L
EXPÓSITO.
ai c a b o d e m i l t r a b a j o s
e n c o n t r a r el camino
y
los
sitios q u e j u n t o s h a b í a i s r e c o r r i d o e n o t r o t i e m p o . Había e n
Jas p a l a b r a s d e a q u e l s i n g u l a r j o v e n lal m e z c l a d e
y de franqueza , de
osadía
y de
profunda
q u e l l e g ó á i n t e r e s a r m e á p e s a r m i ó . P o r eso m e
firme en
mi
resolución
de
no
astucia
sensibilidad ,
mantuve
d e j a r á l i a m b o c b a q u e se
v i e s e c o n t i g o . C o n o c i e n d o , c o m o c o n o z c o , á los h o m b r e s , n o
l a r d e e n q u e d a r p e r s u a d i d o , c o m o lo e s t o y t o d a v í a
d e q u e tu c o m p a ñ e r o d e
infancia
ahora,
no había podido
h o n r a d a m e n t e la e x i s t e n c i a casi lujosa
que
ganar
(pieria
com-
p a r t i r c o n t i g o , s o s p e c h a s q u e , c o n su c í n i c a f r a n q u e z a
,
c o n f i r m o b i e n p r o n t o él d i c i é n d o m e :
— S e g u r a m e n t e q u e n o be g a n a d o este
dinero diciendo
m i s a s , p e r o á fe d e B a m b o c h a , n o b a y j u s t i c i a , por s u s p i c a z
q u e sea , q u e t e n g a d e r e c h o p a r a m i r a r d e n t r o d e m i s b o l sillos. L o cierto es q u e continué
inflexible.
Durante tres
d i a s c o n s e c u t i v o s , e s p e r a n d o sin d u d a B a m b o c h a
vencer
m i r e s i s t e n c i a , v o l v i ó t o d a s las m a ñ a n a s á mi casa d e s d e
la c i u d a d v e c i n a , d o n d e se h a b í a a l o j a d o y de la c u a l se d e cidió á partir, convencido
á la
p o s t r e d e la inutilidad d e
sus e s f u e r z o s . Sus ú l t i m a s p a l a b r a s , e n l u g a r d e s e r a m a r g a s é i r r i t a n t e s , c o m o y o e s p e r a b a , f u e r o n p o r el c o n t r a r i o ,
respetuosas y
penetrantes. — A u n q u e
Y . m e c r e e , no soy ningún
desalmado,
como
n e c i o ; ni a u n q u e j o v e n ,
ca-
r e z c o d e e x p e r i e n c i a . C o n o z c o el m u n d o , y v e o ¡ p í e V. es
un h o m b r e c o m o h a y p o c o s ; razón por
la c u a l , —
añadió
c o n i r o n í a , — v i v e V. r e l e g a d o e n u n r i n c ó n d e u n a c a b a lleriza.
— S i e m p r e e l m i s m o , — dije á Claudio G e r a r d .
— Sí, y h e h a l l a d o e n él el m i s m o c a r á c t e r q u e
taste; pero
acompañado de ciertos achaques de
me
pin-
hombre
d e m u n d o , c o m o son f a c i l i d a d d e e l o c u c i ó n y c i e r t o c i n i s m o b u r l ó n , q u e estaba y o bien
en él. —
A l fin y al c a b o , —
de Martin un buen
lejos d e p e n s a r
repuso , —
muchacho ;
p a r a s e r l o ; y á fe q u e n o h a b r á
habrá
p u e s tenia
encontrar
V. h e c h o
disposiciones
d e b i d o á V. c o s t a r l e t r a -
HL
MISTKHIO
i o
bajo. M a r t í n era un j o v e n l l e n o d e f r a n q u e z a y d e l e a l t a d ,
q u e no tenia m a l a s i n c l i n a c i o n e s , y q u e solo m o r d í a
con
la punta d e los d i e n t e s , n o á b o c a d o s c o m o y o , p e r o
con
la d i f e r e n c i a d e q u e , a u n q u e m o r d i e n d o p o c o y
m e n o s , el p o b r e m u c h a c h o n o se a t r e v í a
comiendo
á q u i t a r la
gana
á los d e m á s .
— ¡Pobre Bambocba ! —
— El m i s m o e f e c t o
dije y o á C l a u d i o G e r a r d .
q u e á tí l e causan , — m e r e s p o n d i ó
él , — el m i s m o , m i s m í s i m o , m e c a u s a r o n
bras d e B a m b o c b a . — P e r o
aquellas
V . , —• le d i j e , —
pala-
V. ( p i e
cree
e n e l bien y q u e hasta p u e d e a d m i r a r l o e n o t r o , ¿ c ó m o e s
q u e n o lo practica ?
— Y ¿ q u é es lo q u e á V. con I o s l ó é l , a m i g o m i ó ?
— El c a s o e s , b u e n s e ñ o r , — r e p u s o B a m b o c b a , —
creo
e n u n a h e r m o s a estatua
de mármol de altivo
que
porte
y d e d u l c e al p a r ( p i e g r a v e f i s o n o m í a , c o m o á estas h o r a s
d e b e s e r l o la d e M a r t i n : a d m i r o esa h e r m o s a estatua , q u e
á pesar d e
la l l u v i a y d e los v i e n t o s p e r m a n e c e i n m ó v i l y
t r a n q u i l a e n c i m a d e su p e d e s t a l .
Use e s e s p e c t á c u l o m a g -
nífico , e s p e c t á c u l o q u e a d m i r o ; s o l o q u e c o m o soy d e c a r n e y h u e s o , n o d e m á r m o l , no trato d e h a c e r m e e s t a t u a ..
y m e d i g o á mí m i s m o : r u e d e la b o l a y v e a m o s d e s a l i r d e l
h u r a c á n lo m e n o s m a l p a r a d o s q u e se p u e d a .
—• A p e s a r d e estas ú l t i m a s p a l a b r a s , la g r a n d i o s i d a d d e
la p r i m e r a i m a g e n m e h i z o e x c l a m a r : ¿ c ó m o se ha d e s a r r o l l a d o el i n g e n i o d e
— Sí,—me
dijo
Bambocba?
gravemente
i m a g e n e s g r a n d e p e r o falsa.
Claudio
Gerard ; —
esa
El h o m b r e f u e r t e p u e d e s e r
d e m á r m o l p a r a resistir al h u r a c á n d e las m a l a s p a s i o n e s .
A
pesar de eso e x t r a ñ ó m e , no monos q u e á tí,
lenguaje, alternativamente
' me
hizo
ponerme
á pensar
trivial, cínico y
en q u e
semejante
elevado....
y
escuela , pudo a q u e l
j o v e n , l a n z a d o e n tan m a l a via , a d q u i r i r l a s
extraordina-
rias i d e a s e n v u e l t a s e n sus p a l a b r a s , c u a n d o , al c a b o d e u n
momento de silencio, repuso Bambocba con v o z c o n m o v i d a .
— Ea , (puédese
con
Dios; puede
ser que para
3
Martin
i<>
MMITIN
IX
HXI'ÓSrl'(!
sea m e j o r q u e y o n o le vea ; y o m e e n t i e n d o .
a b r a z o d e mi p a r l e ,
un a b r a z o
D é l e V.
un
de todo c o r a z ó n . ¡ M i ! V
sí q u e e s feliz : — anadié) b r u s c a m e n t e l l e v á n d o s e las m a n o s á los ojos.
Dígale V. que
lo q u i e r o ni m a s ni
que hace ocho años.... y q u e nada c o m p r e n d o
menos
d e lo
que
p o r m í p a s a ; p u e s ¡ v i v e Dios ! y o n o e r a , e n v e r d a d , y a
n a d a s e n s i b l e , y e n el dia l o s o y m u c h o m o n o s a u n ; p e ro e s t o n o
importa:
para
él n o h e m u d a d o , d í g a s e l o V
así, y que c u a n d o quiera soy suyo en cuerpo y alma ; que
mi fortuna , mi b r a z o y
m i e x i s t e n c i a están s i e m p r e á su
d i s p o s i c i ó n , lo m i s m o q u e e n casa d e L a - L e v r a s e , y q u e si
a l g ú n dia q u i e r e
v e n i r á París , aquí
e s t á n las s e ñ a s
de
donde vivo.
— ¡ Y esas señas! — exclamé
i n v o l u n t a r i a m e n t e c o n los
ojos l l e n o s d e l á g r i m a s .
—
Las
señas , — dijo
Claudio Gerard
d a n d o un
paso
h a c i a la m e s a n e g r a , d e c u y o c a j ó n s a c ó un p a p e l p l e g a d o
y s e l l a d o , — aquí e s t á n . Las h e e n c e r r a d o en este
hijo m í o . C u a n d o e s t é s e n
c o n toda
papel
P a r í s p o d r á s e n t e r a r t e d e ella-
-
libertad.
Sin m a s d e m o r a c o g í el p l i e g o , y p u s e m e á
contemplar-
lo e n s i l e n c i o y n o sin c i e r t o t e m o r .
Al cabo de algunos instantes, repuso Claudio (Jerard.
— M u c h o t i e m p o h e v a c i l a d o , hijo m i ó , a n t e s d e h a c e r l e esta r e l a c i ó n , y
d e h a b e r v a c i l a d o e s tal v e z d e lo
que
a h o r a m e a r r e p i e n t o ; p u e s e n la s o l i d e z d e p r i n c i p i o s
que
le h e i n c u l c a d o , y e n la
firmeza
d e tu c a r á c t e r d e b i a y o t e -
n e r la s u f i c i e n t e c o n f i a n z a p a r a n o o c u l t a r t e n a d a ; p e r o h e
t e m i d o p o r tí el i n f l u j o ,
des
de
cuanto
bayas
á v e c e s irresistible, de las amista-
la i n f a n c i a , y l o h e t e m i d o c o n tanta m a s
que apenas
hablado
de
ha
transcurrido
dia e n q u e
tus c o m p a ñ e r o s d e
razón
no
me
antaño , siempre >
á la v e r d a d , p a r a d e p l o r a r el q u e , c u a l tú , n o h u b i e s e n e n c o n t r a d o un guia s e g u r o y a u s t e r o ; mas
esta m i s m a
zozo-
bra de, p a r t e t u y a m e p r o b a b a la t e n a c i d a d d e tus s i m p a t í a s
p o r Basquina y p o r H a m h o c l i a
EL MISI F R I Ó .
— ¿ Y d o Basquina , e x c l a m é , n o l e d i j o á V. n a d a ?
—
Nada.
— ¡ P o b r e c i l a ! sin d u d a h a b r á s i d o v í c t i m a d e l c r i m e n d e
q u e ya v i h u e l l a s .
— Esperemos
que n o ,
hijo m i ó ,
— m e
dijo Claudio ,
añadiendo después :
— Estos son los m o t i v o s q u e t u v e p a r a o c u l t a r t e m i e n tre vista c o n B a m b o c h a : e l t i e m p o d i r á si h i c e ó n o b i e n e n
n o insistir e n m i d e t e r m i n a c i ó n
Añadiré algunas
pala-
b r a s m a s a c e r c a d e l m i s m o a s u n t o . Si ( c o s a q u e p o r
otra
p a r t e , m e p a r e c e i m p o s i b l e ) , te h u b i e s e y o e n v i a d o á
Pa-
rís, sin r e c u r s o s , sin a p o y o y sin u n a p o s i c i ó n a s e g u r a d a , b i e n
p u e d e s e s t a r s e g u r o d e q u e j a m á s te h a b r í a e n t e r a d o y o d e
m i entrevista c o n B a m b o c h a , ni d e los m e d i o s de p o d e r l o
e n c o n t r a r e n P a r í s ; p e r o y e n d o , c o m o v a s , á esta
c o n la c e r t e z a d e o c u p a r á tu l l e g a d a u n p u e s t o
ciudad
honroso:
cerca d e una p e r s o n a h o n r a d a , d e b o d e s e c h a r todo t e m o r ,
y n o a r r e p e n t i r m e d e h a b e r t e n i d o e n t e r a c o n f i a n z a e n tí.
— N o , n o , a m i g o m i ó , n o t e n d r á V. q u e a r r e p e n t i r s e d e
su
confianza,
le dije ; y ,
t o m a n d o el p a p e l p l e g a d o q u e
c o n t e n i a las s e ñ a s d e la h a b i t a c i ó n d e B a m b o c h a , lo r o m pí , m a s n o d e l t o d o ; p u e s , l o c o n f i e s o , u n a f u e r z a
inven-
c i b l e m e d e t u v o , y m e q u i t ó el v a l o r n e c e s a r i o para a c a b a r lo d e r a s g a r .
Y c o m o Claudio G e r a r d , q u e tenia
o j o s , viese q u e trataba de abrir
c l a v a d o s e n m í los
el s o b r e
m e dijo
sonrien-
dose:
— T e c o m p r e n d o , p o b r e j o v e n ; — y , a n i m á n d o s e , añadió-:
— V a m o s , fuera v a n o s t e m o r e s y t e n g a m o s á n i m o u n o v
otro.
Así c o m o a s í , h a s d e r e n u n c i a r
á la
esperanza
de
v o l v e r á v e r á tu a n t i g u o c o m p a ñ e r o d e i n f o r t u n i o . ¿ Q u i e n
s a b e si ha c o n t i n u a d o v i v i e n d o c o m o v i v i a ? ¿ Y q u i é n n o s a s e g u r a q u e n o l e s e r á p r o v e c h o s o el i n f l u j o d e tu a m i s t a d '
— ¿Debemos
ios
acaso
abandonar
aun
amigo nuestro
i
e s t r a g o s d e la e n f e r m e d a d q u e l e d e v o r a ?
N o , n o , hijo m i ó : c o n s i d é r a l o b i e n : y o y a no t e m o
e- >.
¡•N
il.VUTIN
!-:Í. E X P Ó S I T O .
e n t r e v i s t a , e n la c u a l nada p u e d e s p e r d e r tu , e n tanto q u e
tu a m i g o p o d r á g a n a r m u c h o .
N o t a r d ó y o e n s e r d e l g e n e r o s o m o d o d e p e n s a r de Claudio G e r a r d ; mis t e m o r e s d e s a p a r e c i e r o n , y
renació
toda
mi resolución.
— A h o r a , — r e p u s o C l a u d i o G e r a r d , d e s p u é s d e un b u e n
r a t o d e s i l e n c i o , y c o n v i s i b l e e m o c i ó n , — a h o r a , hijo uno,
v o y p o r ú l t i m a v e z á h a b l a r t e d e mis i n t e r e s e s p e r s o n a l e s .
E s t u p e f a c t o d e estas p a l a b r a s , l e m i r é , e n t a n t o ( p i e él
proseguía.
— T u p r o t e c t o r , al m i s m o t i e m p o q u e a c c e d o á
tenerle
á su l a d o á fin d e q u e d e s e m p e ñ e s el t r a b a j o q u e m e tenia
d e s t i n a d o , m e e s c r i b e d i c i é n d o m e q u e está d i s p u e s t o á h a cer
todavía mas.
L o q u e e s p o r esta v e z ,
acepto
sus o -
i'ertas y e n la c a r t a d e r e c o m e n d a c i ó n , ( p i e a q u í t i e n e s , y
( p i e p o n d r á s e n sus m a n o s , á tu l l e g a d a
á París,
le
pido
un f a v o r , un g r a n favor.
— ¿ V . amigo mío?
— S í , y te r u e g o ( p i e le r e c u e r d e s
mi
súplica,
q u e , e n m e d i o d e las g r a v e s o c u p a c i o n e s d e
no
sea
q u e se h a l l a
r o d e a d o , se o l v i d e d e m í .
— ¿ Y q u é f a v o r es e s e ?
— El p u e b l o d o n d e v o y a h o r a está situado c e r c a d e
g r a n c i u d a d . Es p r o b a b l e ( p i e a l l í t a m b i é n
h a y a casa
una
de
locos , y e n ese caso
— C o m p r e n d o , vuestra p o b r e loca.
— _ S Í , m i r a r í a c o m o un g r a n f a v o r ( p i e p u d i e s e
l a d a d a a l l í ; p u e s , e n tal c a s o , m e seria p o s i b l e
ser tras-
verla
casi
t a n á m e n u d o c o m o la v e r é a q u í , y m i asistencia l e e s e n
la a c t u a l i d a d m a s n e c e s a r i a
— ¿Mas
(pie nunca.
necesaria que n u n c a ? Expliqúese
V
amigo
mió.
N o m e c o n t e s t ó C l a u d i o G e r a r d ; nías e n su faz a n i m a d a
on aquel
m o m e n t o , descubrí
yo cierta
dolorosa
y
(¡mida
aflicción.
N o t e h e c o n l i a d o a n t e s e s t e n u e v o p e s a r , — m e dijo , — por
lil. MlnTI'JlilO
que- uo se inc o c u r r e
d e espanto
y
i '
una sola v e z esta idea
sin
llenarme
d e d o l o r . H a y c o s a s d o s u y o tan h o r r i b l e s
( p i e solo d e r e f e r i r l a s le s a l e n á u n o los c o l o r e s á la c a r a :
p e r o al h a c e r t e p a r t í c i p e d e e s e t e r r i b l e s e c r e t o , c o m p r e n derás
todavía
mejor
la
importancia
p a r a esa i n f e l i z c r i a t u r a . ¡ A h .' m e
del
figuraba
favor
que
pido
y o q u e la m a y o r
d e s g r a c i a y la m a y o r d e g r a d a c i ó n e r a el p e r d e r el j u i c i o . .
¡ mas m e equivocaba ! — a ñ a d i ó Claudio ( í e r a r d con
sonrisa;—
terrible
m e e q u i v o c a b a , r e p i t o , c o m o lo p r u e b a
loque
ha s u c e d i d o á esa d e s d i c h a d a .
— ¿Qué dice V . ?
— Escucha , y te c o n v e n c e r á s d e q u e t o d o s l o s
horrore-
q u e p r e s e n e í a s l e s e n tu n i ñ e z e n casa d e a q u e l l o s m i s e r a b l e s titiriteros e r a n n a d a c o m p a r a d o s c o n esta m o n s t r u o s i dad.
El h e c h o d e q u e h a b l o s u c e d i ó por u n a fatal
d e n c i a al dia
coinci-
s i g u i e n t e d e a q u e l e n q u e vi a q u í á B a m b o -
cha por última v e z ; p e r o , — añadió Claudio G e r a r d
r u m p i é n d o s e , — para h a c e r t e c o m p r e n d e r
todo el
interborroi
d e esc m i s t e r i o s o l a n c e son i n d i s p e n s a b l e s a l g u n o s p o r m e n o r e s . En la casa d e l o c a s h a y un g r a n j a r d í n , c i r c u i d o p o r
un l a d o p o r las p a r e d e s d e u n a s c a s a s , y p o r e l o l r o por las
tapias d e una h u e r t a d e la m e j o r
h a s d e s a b e r q u e la p o b r e m u j e r
posada
d e la c i u d a d ;
y
de q u i e n hablo , á pesar
d e los g r a n d e s p e s a r e s q u e la h a n
v u e l t o loca , c o n s e r v a
t o d a v í a una b e l l e z a q u e l l a m a la a t e n c i ó n .
C l a u d i o G e r a r d , c u b r i é n d o s e los ojos c o n a m b a s
manos ,
q u e d ó s u m i d o e n triste s i l e n c i o q u e n o m e a t r e v í á
inter-
r u m p i r . S a l i e n d o e m p e r o á la p o s t r e d e esta e s p e c i e d e l e t a r g o , añadió con agitación:
— Iba d i c i e n d o , p u e s , q u e e s d i g n a d e l l a m a r la a t e n c i ó n
la b e l l e z a d e a q u e l l a p o b r e m u j e r , c u y a l o c u r a si bien f u r i o sa al p r i n c i p i o , se ha v u e l t o tan i n o f e n s i v a , ( p i e
la
dejan
e n g r a n l i b e r t a d , y la p e r m i t e n p a s e a r s e e n una p a r t e r e s e r v a d a d e l j a r d í n , q u e , c o m o le a c a b o d e d e c i r , l i n d a
con
una posada.
pol-
Una
noche q u e ,
vuelvo á repetir,
fue
o l e e to d e una e x t r a ñ a f a t a l i d a d la q u e seguía al dia e n q u e
.')'•
MARTÍN
EL
EXPÓSITO.
e s t u v o a q u í B a m b o e l i a p o r ú l t i m a v e z , se h a l l a b a en el j a r d í n d e la casa d e l o c o s esa d e s g r a c i a d a , q u e c u a n d o la d e j a b a n salir sentía e n
pasearse extraordinario placer.
C a l l ó s e d u r a n t e un m o m e n t o C l a u d i o G e r a r d ,
volvió á
—
y
luego
decir:
¡ P u e s b i e n ! p o r u n m i s t e r i o o c u l t o hasta la l e c h a . . . .
N o pudo
continuar Claudio G e r a r d .
fin e s t o ,
e n t r ó un m u c h a c h o en nuestra m i s e r a b l e
es-
tancia , g r i t a n d o :
S e ñ o r m a e s t r o ; y a está el o r d i n a r i o á la e n t r a d a d e l p u e b l o y d i c e q u e n o se p u e d e d e t e n e r m a s q u e c i n c o m i n u t o s !
p u e s ha l l e g a d o a l g o t a r d e y t e m e n o p o d e r a l c a n z a r á la
d i l i g e n c i a e n la p o s a d a .
— Me a l e g r o , — dijo b r u s c a m e n t e Claudio G e r a r d , c o m o
si so s i n t i e r a a l i v i a d o d e u n g r a n p e s o ; — p u e s n o sé si h u biera podido concluir
T a l es la c ó l e r a y la aflicción q u e
m e causa lo q u e t e n g o q u e
decir
Y dicho esto, me estrechó
Ya le lo escribiré.
Claudio G e r a r d con
efusión
e n t r e sus b r a z o s
Esta s e p a r a c i ó n
q u e en
m e c a u s ó u n o d e los m a s v i v o s p e s a r e s
toda m i v i d a
e x p e r i m e n t é , pesar q u e
contribuyó
á h a c e r m a s a m a r g o t o d a v í a una t e r r i b l e c a s u a l i d a d .
El c a r r i c o c h e q u e m e c o n d u c í a á la p a r a d a d o n d e h a b í a
d e ir y o á e n c o n t r a r á la d i l i g e n c i a d e P a r í s , a t r a v e s a b a e n
toda
su e x t e n s i ó n el c a m p o d e r e t a m a s , al c u a l
dábala
v e n t a n a d e Claudio G e r a r d .
E n esta v e n t a n a v i á l o l e j o s d e s d e m i a s i e n t o al m a e s t r o , q u e puesto en
señal
de
p i é , m e h a c i a c o n la m a n o la ú l t i m a
despedida.
A l v e r l a , no pude contener mis l á -
g r i m a s ; m a s e n esto dio e l c a r r u a j e u n a v u e l t a y
todo d e -
sapareció.
L u e g o l l e g ó el c a r r i c o c h e á u n a c u e s t e c i t a , q u e c o n d u c í a
á la c r u z d e p i e d r a , á c u y o pié e n c o n t r é y o e l c h a i d e Basq u i n a e n un c h a r c o d e s a n g r e
J\
I.AS I N V I i S T I G U U O N K S .
A l c i l i o do una hora
llegamos
á la p a r a d a
y t o m é la
d i l i g e n c i a d e París. Kl p r o t e c t o r ( p i e d e b i a y o á la p a t e r n a l
bondad de Claudio G e r a r d había pagado mi viaje y h e c h o
los gastos n e c e s a r i o s para q u e al l l e g a r y o á P a r í s p u d i e s e
presentarme
con decencia.
L e j o s d e d e s l u m h r a r m e la ¡dea d e ir á P a r í s , e n s u e ñ o d e
tantas g e n t e s p r e c i s a d a s á v i v i r e n las p r o v i n c i a s , c a u s á b a m e , al p e n s a r en C l a u d i o G e r a r d y e n el a i s l a m i e n t o e n q u o
m e iba á v e r , u n a g r a n d í s i m a tristeza y c i e r t a p e n a
mez-
clada d e t e m o r . T a l e s e r a n las s e n s a c i o n e s q u e m e d o m i n a ban e n el m o m e n t o d e d i r i g i r m e h a c i a la g r a n c i u d a d .
VI.
IÍ«H Investigaciones.
Apenas llegué á
París y bajé
d e la d i l i g e n c i a , t o m é un
c a b r i o l é , c o l o q u é e n é l mi m o d e s t o e q u i p a j e , y m e d i r i g í a
la casa d e Mr
d e S a i n t - l i t i e n n e , m i futuro p r o t e c t o r , c a l l e
d e M o n t b l a n c , n . ° 90, q u e e r a n las s e ñ a s p u e s t a s e n la o í r la d e r e c o m e n d a c i ó n q u e m e e n t r e g ó
Claudio Gerard ; y
s o b r e las tres d e la l a r d e s e r i a n c u a n d o se d e t u v o el
ruaje c e r c a
car-
d e una casa d e m e d i a n a a p a r i e n c i a .
Con g r a n d e a d m i r a c i ó n mia , v i en la p u e r t a dos ó t r e s
grupos
de
personas que hablaban entre sí, en tanto q u e ,
d e s p a v o : idos, iban y v e n í a n c o r r i e n d o los c r i a d o s
p o r el
patio.
B u s c a n d o la p o r t e r í a , a c e r q u é m e á los g r u p o s , y oí e s tas p a l a b r a s , q u e c a n g e a b a n los d i f e r e n t e s i n t e r l o c u t o r e s
— G r a n d e s g r a c i a e s , v i v e Dios.
—
¡Y tanto!
— ¿ Q u i é n lo h u b i e r a d i c h o a y e r ?
— Y su m u j e r y sus hijos , q u e h a n s a l i d o , a l o q u e p a r e
''2
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
« o , e s t e m e d i o d i a , y q u e n o s a b e n u n a p a l a b r a d e esfo.
— C u a n d o v u e l v a n á casa.. . ¡ q u é noticia .'
—
Terrible.
listas p a l a b r a s , a u n q u e i n e x p l i c a b l e s p a r a
saron
vaga
m í , me c a u -
i n q u i e t u d . D í r í j o m o p u e s á la p o r t e r í a , y
bailando en ella á n a d i e ,
m e (puedo p e r p l e j o
<pie h a c e r hasta q u e al c a b o d e un r a t o m e
c a y o que cruzaba
no
y sin s a b e r
l l e g o á un
la-
r á p i d a m e n t e el p a t i o , y le dije :
— ¿ S e p u e d e v e r al s e ñ o r d e S a i n t - l i t i e n n e ?
D e t ú v o s e el l a c a y o , y m i r á n d o m e a t e n t a m e n t e , c o m o si
m i p r e g u n t a le h u b i e s e s o r p r e n d i d o é i n d i g n a d o á la v e z ,
m e respondió bruscamente , y pasando de largo:
— L e acaba de
d a r un a t a q u e d o a p o p l e g í a , y u n a hora
h a r á q u e h a n t r a í d o su c u e r p o .
lista n o t i c i a m e l l e n ó d e e s t u p o r . Bien q u e b a s t a n t e clara,
costábame
sin e m b a r g o
c r e e r l a ; así e s q u e c o n
sumo
trabajo
y
vivo
la p u e r i l o b s t i n a c i ó n ,
h a b i t u a l e n los d e s e s p e r a d o s , q u e se
doler
demasiado
e m p e ñ a n en e s p e -
r a r á todo t r a n c e , m e a p r o x i m e á una d e las p e r s o n a s que.
c o m p o n í a n el g r u p o , y la d i j e :
— ¿ S u p o n g o q u e no es v e r d a d
q u e h a y a sufrido
S a i n t - l i t i e n u c un a t a q u e d e a p o p l e g í a , s e g ú n
M. d e
dicen malas
voces?..
—
¿ C ó m o malas v o c e s ? Nada hay
mas cierto por
des-
g r a c i a . U n a h o r a h a r á q u e , e s t a n d o y o a q u í , t r a j e r o n en
su c o c h e el c u e r p o d e M. d e S l i n t - E t i e n n c . . . . lis una
d e s g r a c i a p a r a su
— Muy
grande,
gran
familia.
en
efecto, — exclamé
involuntaria-
m e n t e ; — p e r o sin d u d a , — a ñ a d í , — q u e d a a l g u n a
espe-
r a n z a t o d a v í a ...
— Ninguna , ninguna.
El a t a q u e
fue esta m a ñ a n a , s o -
b r e las d i e z , e s t a n d o M
d e Saint E t i e n n e e n e l m i n i s t e r i o
de
buscado
lo interior. Se
han
los m e j o r e s m é d i c o s d e
París.... y...
y advirtióse
cierta agitación en
l o s g r u p o s á la vista d e u n c r i a d o q u e
Calló
mi
interlocutor,
v e n í a á e s c a p e por
LAS 1NVKSTH1ACI0NKS.
53
la c a l l e , y q u e al l l e g a r j u n l u á a q u e l c o n q u i e n h a b í a h a b l a d o , y q u e parecía estar allí de c e n t i n e l a , le d i j o :
— Ahí v i e n e la s e ñ o r a . . . . b e v i s t o el c o c h e . . . .
A l oir esto , s u b i ó p r e c i p i t a d a m e n t e el o t r o c r i a d o la
c a l e r a , y casi al
m i s m o t i e m p o salió d e l c u a r t o b a j o
anciano de blanca c a b e l l e r a ,
se d i r i g i ó á la p u c r l a d e
enjugándose
allí
hizo
al c a r r u a j e
q u e se d e t u v i e r a , y se e n c a m i n ó r á p i d a m e n t e
d e la c a l l e .
un
las l á g r i m a s ,
la c o c h e r a , e n c u y o u m b r a l
maneció gran rato. Desde
es-
per-
seña
al
de
medio
*'
— Este p o b r e a n c i a n o
e s t a m b i é n d e la l a m i l í a , —
una d e las p e r s o n a s d e los g r u p o s ,
e v i t a r q u e esa p o b r e m u j e r
la n o t i c i a d e tan
y
—sin
duda
sus h i j o s r e c i b a n
dijo
quiere
de
golpe
imprevista desgracia.
— P r o b a b l e m e n t e los l l e v a r á n á casa d e sus p a d r e s , —
dijo o t r o .
P o r i n s i g n i f i c a n t e s ( p i e p a r e z c a n estos p o r m e n o r e s , n o h e
p o d i d o o l v i d a r l o s , p u e s para m í
s e r á cada u n a d e
aque-
llas p a l a b r a s c o m o un r a y o q u e v e n í a á d e s b a r a t a r las ú l línias e s p e r a n z a s hasta e n t o n c e s c o n c e b i d a s .
M a s todo estaba
perdido.
En p o c o s m i n u t o s vi y o d e s v a n e c i d o c o m o el h u m o t o d o
mi p o r v e n i r , v i m e a i s l a d o e n P a r í s , sin p r o t e c c i ó n d e n i n g ú n g é n e r o , y casi sin r e c u r s o s ,
tan g e n e r o s a m e n t e h a b í a e n v i a d o
p u e s d e la c a n t i d a d q u e
mi protector para e o s -
(car mi viaje , apenas m e q u e d a b a n ya diez francos.
Mi p r i m e r a ¡dea fue d e
v o l v e r m e i n m e d i a t a m e n t e al l a -
do d e C l a u d i o l i e r a r d ; p e r o e l v i a j e c o s t a b a 12o f r a n c o s , y
para v o l v e r á p i é á n u e s t r o p u e b l o m e h a b r í a sido p r e c i s o
a n d a r I'•>ó "¿0 d i a s .
Pasmado , inerte , aturdido , incapaz
de tomar
resolu-
c i ó n a l g u n a , pasó b u e n r a t o e n esta s i t u a c i ó n d e b a j o d e la
p u c r l a c o c h e r a , d e d o n d e se h a b í a n i d o s e p a r a n d o p o c o a
poco los g r u p o s .
P o r lin , y c o m o m e o b s e r v a s e e l p o r t e r o d e la casa , m e
dijo •
•ií
M . W I T I N 151- E X P Ó S I T O .
— ¿ Q u é e s lo ( l ' » ; h a c e V. ¡ K [ u í ,
1
caballero?
E s t r e m c c i é r o n s e m e las c a r n e s ; m i r ó l e l l e n o d e o o n s l e r n a c i ó n , y o í l e r e p e t i r su p r e g u n t a , sin e n c o n t r a r p a l a b r a s
con que contestarle. Tratando
p o r fin d e
p o c o , y s a c a n d o d e l b o l s i l l o la c a r t a
dije
de
recobrarme
un
Claudio ü e r a r d ,
al p o r t e r o :
—
[ O h ! si Y . s u p i e r a ! D e s p u é s d e
l e g u a s , con una carta para M.
bia d e s e r m i
muerto
protector
v e n i r d e m a s d e 200
de Saint-Etienne, que
me
de-
e n c u e n t r o c o n q u e se
ha
y sin c o n o c e r á n a d i e , m e v e o e n P a r í s casi sin
recursos.
Mi a b a t i m i e n t o , la s i n c e r i d a d d e m i s p a l a b r a s y la vista
d e l a c a r t a , q u e e n t o n c e s s a q u é d e l b o l s i l l o , h i c i e r o n sin
duda alguna i m p r e s i ó n e n el á n i m o d e l p o r t e r o , el cual m e
respondió :
—
¡ Pobre joven'.
mucha
lástima
muy
desgraciado
es V . e n e f e c t o
m e da su s i t u a c i ó n , p e r o y o n a d a p u e d o
h a c e r . . . . p r e c i s o e s a g u a r d a r a l g u n o s d í a s .. p u e s p o r a h o ra V . c o n o c e r á
que no hay medio alguno
s e ñ o r a e n los m o m e n t o s
de hablar
cabalmente en (pie acaba
á la
de s u -
frir u n a p é r d i d a d e ( a n t a c o n s i d e r a c i ó n . . . . n o v e o m a s r e medio que armarse de
—
ble
paciencia.
Armarse de paciencia, ¡ y a ! — exclamé con
irresisti-
amargura.
— Y a se l o h e d i c h o á V . , á n a d i e a b s o l u t a m e n t e c o n o z co en
—
París, y
no tengo recurso alguno.
P u e s y o n o p u e d o r e m e d i a r l o , a m i g o m í o ; v u e l v a V.
d e n t r o d e u n o s q u i n c e d í a s : tal v e z e n t o n c e s p o d r á V .
ver
á la s e ñ o r a , — m e c o n t e s t ó e l p o r t e r o , c o n d u c i é n d o m e
po-
co á poco
h a c i a la p u e r t a , q u e c e r r ó d e j á n d o m e
á
fuera.
ignorando completamentelascostumbres d e P a r í s y
r a m e n t e p r e o c u p a d o c o n la i d e a
de
Saint E t i e n n e , m e
coche
dejé
de alquiler de que
de mi entrevista
yo ala
me
puerta
de
había servido y
la
ente-
c o n SI.
casa e l
en el
cual
estaba mí modesto equipaje.
¿ V a m o s por horas? ¿ n o
es e s o , mi a m o ?
— m e dijo el
-Jo
LAS I N V E S T I G A C I O N E S .
j o c h e r o a p e n a s se h u b o
a casa
reloj
de
c e r r a d o d e t r á s d e m i la p u e r t a d e
M. d e S a i n t
Elicnnc.
—Por
fortuna
miré el
d e l patio d e las d i l i g e n c i a s . . . . y e r a n las d o s y v e i n t e
y cinco.... — ¿ A d o n d e
vamos?
Las p a l a b r a s d e l c o c h e r o
¡nonos q u e
loras para
laníos
, eran
por horas
poco
i n i n t e l i g i b l e s para m i , y s u m a m e n t e a m e n a z a mis d é b i l e s r e c u r s o s ; al paso q u e la
Je ¿á donde vamos?
me
reasumía m i c r u e l
— ¿Adonde
y
pregunta
dejó confundido , pues en ella
embarazosa
se
situación.
vamos?
¿ A d ó n d e ir e n e f e c t o ?
Repentinamente me
a c o r d é do
Bambocha.
¡ O h P r o v i d e n c i a 1 dije p a r a m í ; ¡ c u á n t a r a z ó n t u v o C l a u d i o G e r a r d e n h a c e r m e q u e g u a r d a r a las s e ñ a s d e su c a s a !
A b r i e n d o , pues , el sobre, e n c o n t r é
u n a lujosa
e n la q u e e n l e t r a s casi i m p e r c e p t i b l e s se l c i a : El
Héctor
tarjeta
capitán
c a l l e d e l t i c h e l í e u , n , ° 19.
¡iamhochio,
Por mas q u e m e sorprendiesen y m e diesen q u e pensar
el g r a d o
de
militar
mi a m i g o
crítica
de
y
la t e r m i n a c i ó n e x t r a n j e r a d e l a p e l l i d o
infancia,
mi situación
y t a l , lo d i g o c o n
sinceridad
era
demasiado
mi deseo de
volver á ver á Bambocha , que no me paré en semejantes
e s c r ú p u l o s : a n t e s , c r e y é n d o m e y a f u e r a d e la funesta p o sición en q u e m e e n c o n t r a b a ,
n u e v o al
dije al c o c h e r o al s u b i r
de
coche.
— A la c a l l e d e R i c h e l i e u , n . ° 1 9 . ¿ E s t á
muy
lejos
de
aquí?
— No señor , m u y
cerquita.
Y , d i c h o e s t o , se e n c a m i n ó e l c o c h e h a c i a la c a l l e d e R i chelieu.
La i n c e r l i d u m b r e d e m i p o r v e n i r
día i n s p i r a r m e
y los temores q u e p o -
la m a l a i n f l u e n c i a d e B a m b o c h a , t o d o , todo
e s t o había desaparecido de mi m e m o r i a , al pensar q u e i b a
á
v e r l e , el c a b o d e o c h o a ñ o s d e a u s e n c i a
quería tanto , c o m o
Claudio
y él q u e m e
lo p r u e b a n las g e s t i o n e s q u e c e r c a d e
G e r a r d h i z o . A l e g r á b a m e t a m b i é n la idea d e
que
•')6
MARTÍN
acaso tendría noticias d e
W.
EXPÓSITO.
Basquina
Mucho tiempo ha-
c i a , e n (in , ( p i e n o s e n t í a mi c o r a z ó n un m o m e n t o d e f e licidad c o m o aquel, tanto mas dulce , cuanto q u e
detrás de uno de
llegaba
desesperación.
P a r ó s e el c o c h e á la e n t r a d a d e la c a l l e d e H i c h e l i e u , tan
ruidosa y
mos
á
de
tan b r i l l a n t e , c o m o q u e n o s h a l l á b a m o s á ú l t i d i c i e m b r e ; y a u n c u a n d o era d e
iluminarse
las
tiendas ;
mas
resplandor , a s o r d á b a m e tanto
día
empezaban
deslumhrábame
r u i d o , y bajo la
tanto
impresión
«le f e l i c i d a d ( p i e sentia p e n s i n d o e n B a m b o e h a , c o n o c í q u e
París ofrecía á mi
estancia
vista el e s p e c t á c u l o
d o una
verdadera
encantada.
A b i e r t a la p o r t e z u e l a , e n t r e y o e n u n a c a s a d o
suntuosa
a p a r i e n c i a y p r e g u n t ó al p o r t e r o :
—
Está e n casa el c a p i t á n
Héctor
liamboehio?
— ¡ E l c a p i t á n H é c t o r B a m b o c h i o ! — dijo el p o r t e r o p r o n u n c i a n d o este
n o m b r e con un acento en
(pie
se
b a n d e v e r á la v e z el r e s p e t o , la c o n s i d e r a c i ó n y
echala
an-
g u s t i a . — N o s e ñ o r ; h a c e seis m e s e s q u e n o l e h e m o s v u e l to á v e r .
— ¿Ha m u e r t o ?
exclamé.
— ¡ M u e r t o ! n o , n o , s e ñ o r ; n o p e r m i t a Dios q u e tal suc e d a , — c o n t e s t ó e l p o r t e r o . — ¡ El c a p i t á n H é c t o r , u n o d e
los l i b e r t a d o r e s d e T e j a s ! . . . . u n
t a n c a m p e c h a n o , tan b u e n o ,
ñor;
que
son
demasiado
caballero
tan a l e g r e
generoso,
No, no,
so-
p o c o s los h o m b r e s d e su c a l i b r e para
así se n o s m u e r a e s e sin m a s ni m a s
se d e c i r
tan
Yo solo (pli-
á V. q u e h a c e seis m e s e s q u e d e j ó d e s e r
iuqui-
p'no n u e s t r o e l c a p i t á n H é c t o r .
¡ B a m b o c h a , l i b e r t a d o r d e T e j a s ! esla
circunstancia
me
s o r p r e n d i ó al p r i n c i p i o . m a s l u e g o , n a t u r a l m e n t e c r é d u l o
y s e n c i l l o , s u p u s e q u e tal v e z n o s e r i a difícil q u e mi a m i g o
h u b i e s e e m i g r a d o al N u e v o - M u n d o , d o n d e sin d u d a liabia
ganado
e l g r a d o d e c a p i t á n , el v a l o r y la e n e r g í a d e B a m -
b o c h a h a c í a n esta
de oir
suposición
bastante
fundada.
Gozoso
h a b l a r de mi a m i g o con tanto respeto y simpatía ,
f.AS I N V E S T I G A C I O N E S
y deseoso
mas y
mas
57
ilo v o l v e r l e á v e r , d i j o al p o r t e r o .
— ¿ V* d ó n d e v i v e a h o r a e l c a p i t á n
?
— En la c a l l e d e S e n a - S a i n t - G e r m a i n , f o n d a d e l M e d i o día
El s e ñ o r c a p i t á n d e j ó
la m a g n i f i c a h a b i t a c i ó n q u e
había a l q u i l a d o y a m u e b l a d o e n esta casa , p o r q u e e l
r i o e r a d e m a s i a d o r u i d o s o para su p a d r e el señor
— ¿ S u padre....
el m a r q u é s ' ? — d i j e
t e : p u e s al oir d e c i r q u e
qués , m e
yo
bar-
marqués.
maquinalmcu-
B a m b o c h a era hijo
d e un m a r -
q u e d é m u c h o m a s s o r p r e n d i d o a u n q u e al v e r l e
trasformado en
capitán
y en libertador de
e s q u e , sin t r a t a r d e o c u l t a r
Tejas:
m i s o r p r e s a al p o r t e r o ,
así
re-
pe ti.
— ¿ S u padre el
marqués ?
— Sí s e ñ o r , v o l v i ó á d e c i r e l h a b l a d o r c o n s e r g e : ¿ l u e g o
no s a b é i s q u e el
dre
del
asistir á
señor marqués
A n í b a l Bambocbio , pa-
c a p i t á n H é c t o r , ha v e n i d o
á París c o n objeto
de
su b o d a ?
— ¿ A la b o d a d e l c a p i t á n ?
— Ciertamente; y
¡ v a y a un c a s a m i e n t o ! — m e
dijo
portero con aire c o n f i d e n c i a l —
la hija d e u n
España d e t o d a s las E s p a ñ a s
Esto e s , m a s q u e u n
que
grande
el
de
du-
según m e i n s i n u ó el c a p i t á n .
— ¿ La hija d e un g r a n d e d e E s p a ñ a ? c o n t e s f é
con p r o -
gresiva admiración.
— Ni mas ni m e n o s ;
h e a q u í las p a l a b r a s q u e al
mar-
c h a r s e m e dijo el c a p i t á n : — C a n t a r a d a . . . ( e l c a p i t á n l l a m a
c a n t a r a d a s á lodos , hasta á los c r i a d o s ;
se
así es q u e por é l
h u b i e r a n e c h a d o e l l o s á la l u m b r e ) a ñ a d i ó el p o r t e r o á
g u i s a d o p a r é n t e s i s ; d e s p u é s d e lo c u a l c o n t i n u ó : — C a n i a rada, — m e d i j o , p u e s , el c a p i t á n , — - c u a n d o m e i n s t a l e en
el p a l a c i o d e l p a p á - s u e g r o , e n la c a p i t a l d e todas
las E s -
p a ñ a s , te t o m a r é por p o r t e r o , y l l e v a r á s una a l a b a r d a .
—
P e r o a c a s o se le ha o l v i d a d o esta p r o m e s a , — m u r m u r ó el
p o r t e r o , d a n d o un s u s p i r o ; — y p u e s t o ( p i e V.
;i->
le c o n o c e ,
será m a l o q u e se la r e c u e r d e c u a n d o l e v e a .
— C i e r t a m e n t e , c o n o z c o al
c a p i t á n , y le
recomendaré
MARTIN
•lH
KI.
EXPÓSITO.
á V . á ó l , — c o n t e s t ó , sin p e n s a r s i q u i e r a e n lo q u e (¡ocia.
C o n f i e s o q u e al r e f l e x i o n a r e n lo q u e a c a b a b a d e o i r , m e
quedé completamente aturdido : ¡casarse
luja d e u n g r a n d e d e
A pesar de
mi c r e d u l i d a d , p a r e c i ó m e
principio; pero ,
l i a m b o e h a c o n la
España!
esto
inposiblc
o b c e c a d o p o r mi a m i s t a d , m e dije
al
luego
á mi m i s m o : — ¿ Y p o r q u é n o ha d e s e r ? l i a m b o c h a es jov e n , b u e n m o z o , a t r e v i d o y e m p r e n d e d o r : por lo q u e sé d e
la c o n v e r s a c i ó n q u e t u v o c o n C l a u d i o U e r a r d , p a r e c e q u e s o
ha d e s a r r o l l a d o
completamenfc
su
ingenio;
¿qué
tiene,
p u e s d e p a r t i c u l a r q u e h a y a t r a s t o r n a d o la c a b e z a d e u n a
j o v e n ? El e s c a p i t á n , y el u n i f o r m e
nivela
t o d a s las c o n -
diciones.
T a l p l a c e r s e n t í a y o al o i r h a c e r el e l o g i o d e B a m b o c h a ,
que,
á p e s a r d e l d e s e o q u e tenia d e v e r l e , n o p u d e m e n o s
d e p r e g u n t a r c o n e m o c i ó n al
portero:
— ¿ C o n q u é l o q u e r r í a n m u c h o al c a p i t á n ?
— ¡ V a y a si le q u e r í a n , f i g ú r e s e V . q u e sus m a n o s d e s p a r r a m a b a n o r o , sí s e ñ o r , lo d e s p a r r a m a b a n . N u n c a se ha v i s to h o m b r e s e m e j a n t e .
U n dia , m e
acuerdo , compró
un
m a g n í f i c o a j u a r d e c a s a , q u e n o conserva') m a s q u e s e i s m e s e s , al c a b o d é l o s c u a l e s se m a r c h ó á v i v i r c o n su
señor
p a d r e al b a r r i o d e S a i n t - G e r m a i n . P u e s b i e n , t o d o el m u e b l a j e se lo v e n d i ó al t a p i c e r o por la c u a r t a p a r t e d e su v a l o r , y eso sin r e g a t e a r ,
ni q u e d a r s e m a s q u e los m u e b l e s
del c o m e d o r ; y ¿ para q u é
creerá V . que
se
quedó
con
( d i o s ? p a r a d á r s e l o s á los m o z o s , d i c i é n d o l e s q u e e r a para
que
echasen
un t r a g o ;
y advierta
V . q u e los t a l e s m u e -
b l e s v a l í a n d o s m i l f r a n c o s á lo m e n o s .
marcharse, además de cien
un m a g n í f i c o
cado
francos,
un
A mí, me
a r c o g u a r n e c i d o d e o r o , y u n oso
q u e tenia e n e l j a r d í n .
dio
contrabajo
El c o n t r a b a j o ,
casa d e f i e r a s : ¿ c o m o n o h a b i a d e q u e r e r u n o
domesti-
lo v e n d í
c i e n t o c i n c u e n t a f r a n c o s , y el oso p o r d o s c i e n t o s
al
con
en
p a r a la
asemejante
caballero?
— ¿ C o n q u é el c a p i t á n
t e n i a b u e n c o r a z ó n ? — le d i j e
LAS I N V E S T K i A C I O N E S .
d e s p u é s d e oir e n u m e r a r
' 5!»
las p r o d i g a l i d a d e s d e
Bambo-
cha.
— Ya lo c r e o ; f i g ú r e s e V . cpie
gatear n u n c a . Solo , eso s í ,
lo p a g a b a l o d o sin r e -
era v i v o c o m o una centella :
no se p a r a b a e n d a r u n p u n t a p i é ó u n p u ñ e t a z o m a s ó m e nos ; p e r o , ¿ c ó m o
se h a b í a d e e n f a d a r u n o c u a n d o d e t r á s
d e cada u n o d e e s o s p r o n t o s v e n i a u n a b u e n a p r o p i n a ?
Repugnábame
hasta
no
p o d e r m a s esta
baja , s e r v i l é
i n t e r e s a d a h u m i l d a d d e a q u e l l a s g e n t e s . En c u a n t o á B a m bocha, túvole siempre por un gran derrochador, con a c h a q u e s d e t r o n e r a , y c o n o c í a d e m a s i a d o b i e n su c a r á c t e r , p a ra q u e m e e x t r a ñ a s e la p i n t u r a q u e d e é l m e h a c i a el p o r t e r o , á q u i e n , c o n la e s p e r a n z a d e a d q u i r i r a l g u n a s n o t i c i a s
d e B a s q u i n a , dije , n o sin u n p o c o d e c o r t e d a d :
—• ¿ N o v e n i a
á
m e n u d o á v e r al c a p i t á n u n a j o v e n r u -
bia d e o j o s n e g r o s ?
— ¿ U n a j o v e n ?.... A d o c e n a s , sí s e ñ o r , á d o c e n a s v e n í a n á v e r l e las j ó v e n e s ; p u e s ha d e s a b e r V . q u e e l c a p i tán es p á j a r o d e c u e n t a . . . . y q u e su g r a n d e c i l a d e
ha
d e a n d a r con e l o j o m u y d e s p a b i l a d o
prefiera
España
á menos que
c e r r a r los d o s , lo c u a l e s , e n c o n c e p t o m i ó , l o m e -
jor que puede hacer.
— La j o v e n d e q u i e n h a b l o , — dije t í m i d a m e n t e , —
se
llamaba Basquina.
— ¡Basquina!
no
al c u a r t o d e l c a p i t á n
la
conozco.
A d e m á s , c o m o al
no todas decían
s e r m u y b i e n q u e esa j o v e n se h a y a
su n o m b r e ,
subir
puede
volado.... c o m o otras
m u c h a s . . . . sin d e c i r o s t e ni m o s t e .
— ¿ M e h a c e V . el f a v o r , — d i j e al p o r t e r o t r o c a n d o c u
d e s c o n s u e l o mi c o n t e n t o d e p o c o ha , — m e h a c e V . el f a v o r do d a r m e p o r e s c r i t o las s e ñ a s d e l c a p i t á n ?
— Con m u c h í s i m o g u s t o , c a b a l l e r o .
por un
amigo
del
c i e n d o e s t o , puso
F.l señor
(¡ermain
capilan
, ¡onda del
capitán
en
¿ Qué no baria y o
Héctor Bambochio? — y
di-
mis m a n o s un p a p e l e n q u e se leia :
Héctor
Hamhochio,
Mediodía.
calle
del Sena
Saint
•')<)
MARTIN
EL
EXPÓSITO
Sin m a s t a r d a r , di estas s e ñ a s al c o c h e r o , y m e metí e n
el
coche.
El p o r t e r o a l z ó r e s p e t u o s a m e n t e el e s t r i b o , y m e dijo :
— N o d e j e V. , c a b a l l e r o ' , d e h a c e r m e p r e s e n t e al c a p i -
tán , á fin d e q u e n o m e o l v i d e c u a n d o trate d e p r o v e e r e n
España el destino d e c o n s e r g e .
— N o dejaré de h a c e r l o , — contesté , ínterin echaba á
a n d a r el c o c h e h a c i a la c a l l e del S e n a .
E n esto h a b i a o s c u r e c i d o y a
Reflexionando con
completamente.
m a s s a n g r e fría e n estas c o s a s ,
pre-
sentí y o , á p e s a r d e m i p o c o m u n d o , toda la e x a g e r a c i ó n
y los e m b u s t e s q u e e n c e r r a b a
lo a z a r o s a q u e d e s d e
la n a r r a c i ó n del p o r t e r o , y
el dia d e
nuestra separación
debía
h a b e r sido la e x i s t e n c i a d e D a i n b o c h a ; p e r o , esto n o o b s t a n t e , y a c a s o p o r e s t o m i s m o , se a u m e n t a b a
ciencia por
A
poco rato paróse
desierta
mi
impa-
verle.
en
el c o c h e e n u n a c a l l e oscura , casi
aquel m o m e n t o , y c u y o aspecto
f o r m a b a un
Iristo c o n t r a s t e c o n la a n i m a c i ó n y la c l a r i d a d d e a q u e l l a
de q u e acababa de salir.
Abrióse
la p o r t e z u e l a , y m e a p e é e n f r e n t e d o u n
cs-
i rocho y oscuro pasadizo.
— ¿ E s esta la fonda
ro
pareeiéndome
servir de
habitación
? — p r e g u n t é al c o c h e -
del Mediodía
aquella
casa
demasiado modesta
al s e ñ o r A n í b a l
Rambochío,
para
suegro
futuro d e la hija d e u n g r a n d e d e España.
— A q u í e s ; m i r e V. el f a r o l , — m e
r e s p o n d i ó el c o c h e -
ro m o s t r á n d o m e u n c u a d r i l á t e r o d e v i d r i o ,
d e t r á s , y e n el c u a l se v e í a e s c r i t o
ronda
del
iluminado por
con letras e n c a r n a d a s
Mediodía.
E n t r o á t i e n t a s e n el p o r t a l , y p a r ó m e á p o c o d e l a n t e de
una
p u e r t a d e c r i s t a l e s , d e la c u a l salía
M i r a n d o p o r los c r i s t a l e s , v e o á una
u n p o c o d e luz.
mujer mal
vestida
« p i e , s e n t a d a e n una silla, r o n c a b a j u n t o ¡i la estufa , y d e trás d e e l l a una tabla c o n
clavos,
de
los
una
cuales pendían
porción de n ú m e r o s y
una
infinidad
de
de llaves,
LAS l ^ V Ü S l l U A C I O M i S .
DI
— S e ñ o r a , — d i j e á la m u j e r , a b r i e n d o
la
parte
supc-
ior d e ias dos e n q u e se d i v i d í a la p u e r t a , — ¿ m e s a b r á V .
d e c i r si está e n casa el c a p i t á n B a m b o c h i o ?
— ¿ Q u é h a y ? — e x c l a m ó la m u j e r , d e s p e r t á n d o s e s o b r e s a l t a d a , f r o t á n d o s e los ojos
y mirándome con aire
de
mal h u m o r , — ¿ q u é se l e o f r e c e á V . ?
— D e s e a b a s a b e r si está e n casa e l c a p i t á n
— ¡El
g r i t ó la m u j e r ,
capitán!—
palabras con colérico a c e n t o , —
Bambochio
pronunciando
estas
¡ e l capitán ! — y al d e -
:iir esto se i n m u t a r o n sus f a c c i o n e s , t o m ó su v o z
el tono
mas c h i l l ó n , y c o n t i n u ó
no t r a -
con una volubilidad q u e
té d e i n t e r r u m p i r :
— E l c a p i t á n se h a m a r c h a d o , á Dios g r a c i a s , c o n la m ú sica á otra p a r t e , y e s p e r o q u e n o v o l v e r á á p o n e r l o s p i e s
en esta casa ; c a p i t á n d e l d e m o n i o , b á r b a r o , c a m o r r i s t a ,
borracho.
M a s d e seis p e r s o n a s se n o s h a n i d o p o r n o v i v i r a l
la-
d o d e un t r a m o y i s t a c o m o é l . F i g ú r e s e V. q u e , d e s p u é s d e
h a b e r desafiado y herido á
dos estudiantes , p o r
mor de
una b r i b o n z u e l a q u e v i n o un dia á c o m e r c o n él ; e c h ó á
un s o b r i n o m i ó d o s d i e n t e s a l t r a g a d e r o , p o r q u e el p o b r e
m u c h a c h o se q u e j a b a d e t e n e r q u e
d e s h o r a d e la n o c h e , y
r e c u r r i r á la f u e r z a
abrirle
la
puerta
á
e l c a s e r o s e ha v i s t o p r e c i s a d o á
armada
p a r a p o n e r e n la c a l l e á e s e
t u n a n t e q u e , c o m o q u i e n n o q u i e r e la c o s a , se h a b i a i n s talado
e n el
mejor cuarto
del
p r i m e r piso. ¡ C a n a l l a
de
i t a l i a n o ! toda mi v i d a m e a c o r d a r é d e tí.
S e g u i a el
c o n t r a s t e ; p u e s la m i s m a d i f e r e n c i a q u e e n t r e
la c a t a d u r a d e este figón y la d e la casa d e la c a l l e R i c h c l i e u , existia e n t r e los r e c u e r d o s q u e
bia d e j a d o
Bambocha.
en
Desvaneciéronse,
una y
otra
pues, como
haun
s u e ñ o , ias g r a t a s i l u s i o n e s d e l s u e g r o g r a n d e d e E s p a ñ a , y
del e s p l é n d i d o c a s a m i e n t o , e n q u e p o r u n m o m e n t o
creí,
y a v e r g o n c é m e de no h a b e r sabido a p r e c i a r d e s d e un princ i p i o en su j u s t o v a l o r los j a c t a n c i o s o s
c o m p a ñ e r o de niñez.
Ilt
embustes de
mí
•'«4
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
Y no teniendo ya mas ganas
d o p r o s e g u i r esta c o n v e r -
sación , dije á la m u j e r :
— ¿Podría
V.
indicarme donde
v i v e a c t u a l m e n t e el c a -
pitán ?
— X o s o y c r i a d a d e V. — m e r e s p o n d i ó g r o s e r a m e n t e la
m u j e r ; •— si q u i e r e V . s a b e r d o n d e p a r a e s e b e r g a n t e , b i i s quelo
p o r d o n d e l e d é la
Aterróme
gana.
esta c o n t e s t a c i ó n ; p u e s m i única , mi
última
esperanza era e n c o n t r a r á B a m b o c b a . Cualquiera que fuese su p o s i c i ó n , h a l l á b a m e y o d e m a s i a d o s e g u r o d e mí m i s mo
p a r a t e m e r su p e r n i c i o s o i n f l u j o , y c o n f i a b a bastante
e n su
a m i s t a d , mas d i r é ,
s o s , para
persuadirme
e n su i n g e n i o l l e n o
deque
m e ayudaría
con h o n r a d e l caso a p u r a d o en q u e m e
de
recur-
á salir hasta
encontraba.
l b a á insistir n u e v a m e n t e p o r s a b e r d o n d e v i v i a B a m b o c b a , c u a n d o , c a m b i a n d o r e p e n t i n a m e n t e de tono, e x c l a m ó
la
mujer:
— A s í c o m o a s í , v o y á d e c i r á V. d o n d e
p o d r á V . d e c i r l e , si le v e ,
él, que
v i v e ; con
h a b l a m o s d e é l á m e n u d o ; p e r o al m i s m o
le advertirá
Y.
que
eso
q u e nos a c o r d a m o s m u c h o d e
sí t i e n e
la d e s g r a c i a
tiempo
de v o l v e r
por
a q u í , se las h a b r á c o n e l c o m i s a r i o d e policía ó c o n la f u e r za
a r m a d a , p u e s no c r e a q u e n o s m e t e m i e d o c o n a q u e -
l l o s b r a z o s tan
—
l a r g o s ni c o n su a i r e d e m a t ó n .
En e s e c a s o , h á g a m e V .
el favor de
darme
las s e -
ñ a s , — repuso con impaciencia.
— ¡Pues
bien! cuando
se m a r c h ó , dijo c o n
la
osadía q u e sí r e c i b í a m o s p a r a él a l g ú n c o n v i t e de
'•de
palacio!
¿ q u é le p a r e c e á V . V ¡ ir á palacio
t r u h á n ! ó q u e si le t r a í a n
ó
sí;
algunos talegos
algunas cajas de d i a m a n t e s
semejante
de
o r o , plata ,
¡ o r o plata y d i a m a n t e s !
y a estás f r e s c o , l e m a n d á s e m o s
tanto la
esquela
c o n v i t e , c o m o las o t r a s f r i o l e r a s á la p u e r t a d e la
callejón
del Zorro
mayor
palacio...
de
Ühopinelle,
, n . " 1.
— G r a c i a s , s e ñ o r a , dije a l e j á n d o m e r á p i d a m e n t e , t e m i e n do
o l v i d a r las s e ñ a s , q u e e n el acto transmití al c o c h e r o .
E L C A L L E J Ó N 11HL / . O l m o .
—
¡Cuerno! me
dijo e s t e ú l t i m o ;
Para eso, v a m o s á Moscou
puesto q u e a n d a m o s p o r
cho.
Puerta d e
la
c u a n t o al callejón
pesar
del
p e r o , en s u m a , ¿á mí q u é ?...
q u e a n d o t r o t a n d o p o r csr.s
N o importa , y a p r e g u n t a r é , y
vez á andar
a s a l t á b a m e la idea d e n o p o d e r
iba á
en
el
carricoche.
e n t r e tanto mi t r i s t e z a , m i i n q u i e t u d ; y
p u e s si d e s p u é s d e s e g u i r
d a b a n sin
e s ; pero
, m a l d i t o si m e a c u e r d o d e él á
tiempo q u e .hace
Aumentábanse
y a sé d o n d e
Chopinette,
c o n esto e c h ó otra
caminata!
h o r a s ; y p o r h o r a s so a n d a m u -
del Zorro
dichosas calles de París.
u.,
¡vaya una
encontrar
á Bambocha ;
d e casa e n casa su pista ,
resultado mis gestiones
que-
¿ iué hacer? ¿qué
c
s e r d e -mí?
VII.
El callejón del Z o r r o .
Después de h a b e r recorrido varios barrios d e s i e r t o s , e n t r a m o s e n u n a c a l l e . m u c h o m a s b u l l i c i o s a . A p o c o se p a r ó el c o c h e á la p u e r t a d e u n a t a b e r n a , d e l a n t e d e la c u a l
se v e í a u n c o r r o d e h o m b r e s , á q u i e n e s se d i r i g i ó
el
co-
chero , diciendo :
— ¿ M e harán V d s . , señores, el favor de d e c i r m e donde
está el callejón
del
Zorro?
— L l e g a n d o á la p u e r t a , t o m e V . la p r i m e r a c a l l e a l a i z q u i e r d a , l u e g o á l a d e r e c h a , y l u e g o otra v e z á la d e r e c h a . . .
d e s p u é s pasará V . u n p e d a c i t o d e
ailá , — r e s p o n d i ó
— Gracias,
uno de aquellos
tierra campa , y
cátese
hombres.
— d i j o el c o c h e r o .
— ¡ K h ! ¡ c o m p a d r e ! — e x c l a m ó o t r o , — y a s a b r á V. q u e
en el c a l l e j ó n n o e n t r a n los c o c h e s ; c o n q u e así, p á r e s e d e l a n t e d e l m a r m o l i l l o ; q u e n e es g e n t e
"Iberga e n s e m e j a n t e
tabuco.
d e c o c h e la q u e se
'¡ i
M.UIT1N
—
V.
HI,
Verdad e s , — r e p u s o
que
EXPÓSITO.
otro—
y á té q u e
l e d e n la c r u z d e la l e g i ó n
ya
merece
de honor, como llegue
hasta a l l í , p u e s s e r á V . el p r i m e r c o c h e r o q u e h a y a p e n e t r a d o e n e l callejón
del
Zorro.
— B u e n o , b u e n o , basta d e b r o m a , — e x c l a m ó el c o c h e ro r e n e g a n d o e n v o z baja y a r r e a n d o á sus e s c u á l i d o s
ja-
melgos.
— P a s a d a la p u e r t a , y d e s p u é s d o h a b e r
ó dos callejuelas c o m p l e t a m e n t e
recorrido
una
desiertas, y alumbradas
n o m a s q u e p o r la p o c a l u z d e l o s f a r o l e s ,
a t r a v e s ó el a l -
q u i l ó n u n c a m p o , n o s i n p e l i g r o d e v o l c a r á c a d a paso e n
los p r o f u n d o s
carriles
d e l c a m i n o , y al c a b o d e
algunos
c u a n t o s m i n u t o s , se p a r ó .
Entonces el c o c h e r o
a b r i ó la p o r t e z u e l a , y m e dijo , sin
d i s i m u l a r su m a l h u m o r :
— ¡Por vida de Sanes! ¡ q u é c a m i n o s ! ya puede V. jactarse
d e t e n e r c o n o c i d o s e n toda c l a s e d e b a r r i o s , d e s d e l a s b r i l l a n t e s c a s a s d e la
Zorro;
Chausee
de Antin
hasta e l callejón
del
p e r o a d v i e r t o á V . q u e son m a s d e las o c h o , y q u e
ni los c a b a l l o s ni
yo hemos
comido.
— A l m o m e n t o v o y á i n f o r m a r m e d e si el sujeto q u e busc o esta a q u í , — d i j e al c o c h e r o , y e n e s e c a s o v o l v e r é á t o m a r el p a q u e t e q u e t r a i g o ; d e t o d o s m o d o s , n o l e h a r é á V
esperar mucho tiempo.
Dicho esto, m e alejé del carruaje
y m e interné
en
un
callejón estrecho, lleno de inmundicias, infecto y rodeado
de
c a s a s , ó m a s b i e n d e c a s u c h a s , n e g r a s , e n casi n i n g u -
na d e l a s
cuales se
conocía q u e hubiese luz.
S e g ú n las s e ñ a s , d e b i a s e r e l n . ° 1 ;
permitía
pero como no
me
la o s c u r i d a d p o d e r v e r l o s n ú m e r o s , l l a m é á la
p u e r t a d e la p r i m e r a casa d e l
callejón.
A l c a b o d e u n b u e n r a t o oí p a s o s d e u n a
persona
que
l e n t a m e n t e llegaba , y una voz q u e , saliendo de detrás de
la p u e r t a , m e p r e g u n t ó :
— ¿ Quién llama ?
— ¿ Es e s t e el n u m e r o
1." del c a l l e j ó n del
Zorro?
1¡L CALLEJÓN D E L ZOUKO.
— ¡ En f r e n t e , só m a j a d e r o ! e s t e e s el n." 2 , — ш е r e s ­
pondieron
refunfuñando.
E n t o n c e s a t r a v e s é el c a l l e j ó n ,
у Наше
á la p u e r t a d e una
casa m e n o s d e t e r i o r a d a , p o r l o q u e p u d e v e r , q u e la a n ­
terior.
Esta casa
t e n i a e n el piso b a j o u n a s p e r s i a n a s , p o r
c u y a s r e n d i j a s se v e í a l u z . V i e n d o q u e n o m e a b r í a n , l l a m é
segunda v e z ; tampoco vino nadie á a b r i r m e , pero m e p a ­
r e c i ó n o t a r c i e r t a a g i t a c i ó n e n e l i n t e r i o r d e la casa y b a s ­
ta l l e g u é á o i r estas p a l a b r a s m u y r e p e t i d a s :
— Vivo.... vivo.... despáchense Vds....
Impaciente,
llamé
otra v e z c o n m a s f u e r z a , y e n t o n c e s
por fin se a b r i ó una d e
las v e n t a n a s del cuarto b a j o , por
detrás de cuyas entornadas
persianas preguntó una
voz
ronca :
— ¿ Q u i é n está ahí ?
— ¿ Es a q u í el n ú m e r o \ d e l
callejón del Zorro ?
— Sí s e ñ o r : ¿ q u é se l e o f r e c í a á V ?
— ¿ El c a p i t á n H é c t o r B a m b o c h i o está e n casa ?
— ¿ Quién dice V ?
— El c a p i t á n H é c t o r B a m b o c h i o .
•—­No h a y n i n g ú n c a p i t á n aquí , — m e r e s p o n d i ó la m i s ­
m a v o z ; y c o n e s t o se c e r r a r o n v i o l e n t a m e n t e
las
persia­
nas.
— E s t o es l o q u e m e e s t a b a t e m i e n d o y o , — m e d i j e d e ­
sesperado.
l i e p e r d i d o las h u e l l a s d c B a m b o c h a . ¿ Q u é h a r é ? ¡ Dios
mió! ¿ qué haré ?
L a s p e r s i a n a s se h a b í a n c e r r a d o ; p e r o d e t r á s d o estas .
continuaban abiertas
las v i d r i e r a s , y d e j a b a n o i r los c u ­
c h i c h e o s d e d e n t r o d e la h a b i t a c i ó n .
D e s a n i m a d o , y a iba
á a l e j a r m e ; m a s d e t ú v o m e u n m o m e n t o la c u r i o s i d a d ; y ¡i
fe q u e h i c e b i e n ; p u e s á p o c o se a b r i e r o n d o
1
n u e v o las
p e r s i a n a s y oí la m i s m a v o z d e a n t e s ( p i e m e d i j o :
— ¡ Eh ! b u e n h o m b r e . . . . ¿ Está V . t o d a v í a a h i ?
— Sí; ¿(pié me quiere V ?
— Lo ¡pie es capitán no h a y aquí n i n g u n o . . . p e r o ¿ c ó ­
'¿•i
MAlll'lN
EL
EXPÓSITO.
i n o h a d i c h o V . q u e se l l a m a el
gunta
sujeto
, p o r q u i e n V;
pre-
.
— Héctor Bambochio.
— A B a m b o c h i o . . . . n o lo c o n o c e m o s . . . .
pero
d e un tal
Bambocha ya p o d r í a m o s dar á V. noticias.
— Ese es e l q u e b u s c o , — e x c l a m ó r e a n i m a d o y l l e n o d e
esperanzas;—esees
su v e r d a d e r o
apellido;
pero
hace
q u e l e l l a m e n el c a p i t á n H é c t o r B a m b o c h i o . . . . i g n o r o
que
con
fines....
— ¡Ah!
con tono de
¿ V . i g n o r a c o n q u é fines ? — r e s p o n d i ó la v o z :
desconfianza.
S i g u i e r o n l o s c u c h i c h e o s d e t r á s d e las p e r s i a n a s , y d e s p u é s d e p a s a d o s a l g u n o s i n s t a n t e s , a ñ a d i ó la m i s m a v o z .
— ¿ S a b e V . la c o n t r a s e ñ a ?
— i Q u é e s eso d e c o n t r a s e ñ a ?
— N a d a , u n a b r o m a ; v a y a b u e n a s n o c h e s , — dijo la v o z
liando una carcajada.
C o n esto se v o l v i e r o n á c e r r a r
las
malditas persianas.
Resuelto á no dejar
p a s a r así la ú n i c a
esperanza
que
m e q u e d a b a , m e p u s e d e n u e v o á d a r g o l p e s á las p e r s i a nas , g r i t a n d o :
— Escúcheme
V. p o r
D i o s ; por
Dios se lo s u p l i c o , soy
un a m i g o d e n i ñ e z d e B a m b o c h a . H a c e o c h o a ñ o s ( p i e
nos h e m o s
nunca
visto. H o y
mismo he llegado á París,
no
donde
había estado, y para probar á V. q u e conozco p e r -
f e c t a m e n t e á B a m b o c h a , q u e s o y su m e j o r a m i g o , d i r é á
V. q u e t i e n e m a r c a d a s la s i g u i e n t e s p a l a b r a s e n el p e c h o :
Amistad
fraternal
d Martin....
P u e s b i e n . . . . e s e M a r t i n soy
vo.
La sinceridad con
q u e p r o n u n c i é estas p a l a b r a s , y
los
p o r m e n o r e s q u e d i , h i c i e r o n sin d u d a d e s a p a r e c e r , e n parl e , las s o s p e c h a s d e l o s d e la c a s a ; p u e s , d e s p u é s d e un
n u e v o c o n c i l i á b u l o d e t r á s d e las p e r s i a n a s , m e d i j o l a v o z :
— ¿ S a b e V . d ó n d e está la t a b e r n a d e las Tres Cultas ?
— Ya h e d i c h o á V. q u e a c a b o d e l l e g a r h o y m i s m o á l'a
i .
p o r lo t a n t o no c o n o z c o esa t a b e r n a .
H l . i: KÍA.E.ION
DEL
(17
ZORRO.
— lili la puerta d o la C h o p i n e t t e i n d i c a r á n á V. las s e ñ a s
d e las Tres Cubas;
n o e s l á lejos. E n t r e o n c e y doce e n c o n -
trará V. á l i a m b o c h a , q u e asiste allí t o d a s l a s n o c h e s .
— ¿ N o v i v e aquí l i a m b o c h a ?
— Buenas n o c h e s . . . . y c e r r á n d o s e e n e s t o d e f i n i t i v a m e n te la v e n t a n a , m e q u e d é , á p e s a r d e m i s r u e g o s , sin s a b e r
donde paraba mi amigo.
A u n q u e con poca esperanza
d e e n c o n t r a r l e , supe á lo
m e n o s d e fijo q u e B a m b o c h a estaba e n P a r í s , y q u e a c a s o
m e seria p o s i b l e v e r l o a q u e l l a m i s m a n o c h e ; e n vista d e l o
c u a l m e v o l v í al c o c h e á c u y o c o n d u c t o r d i j e :
— ¿ S a b e V. d o n d e está la t a b e r n a d o las Tres
Cubas
? Me
han d i c h o q u e n o estaba l e j o s d e a q u í . E n l l e g a n d o á esta
taberna
p o d r á d a r d e c o m e r á los
caballos
y tomar
Y.
también algún alimento.
— ¡ L a t a b e r n a d e las Tres Cubas ! ¿ Si la c o n o z c o , d i c e V . ?
¡ Y t a n t o ! — m e r e s p o n d i ó a l e g r e m e n t e el c o c h e r o . A l l í m e
p a r o y o los d o m i n g o s y los l u n e s . P o r esta v e z , v a y a c o n
D i o s ; e n sitios c o m o e s e y a n o s p u e d e
V. dar á mis c a b a -
llos y á m í todos los p l a n t o n e s q u e g u s t e , sin t e m o r d e q u e
nos q u e j e m o s . D e n t r o d i e z m i n u t o s
e s t a m o s allá. Y d i c h o
e s t o , n o s d i r i g i m o s á la t a b e r n a d e las Tres
Cubas.
E n t o n c e s f u é , c u a n d o p o r p r i m e r a v e z se m e o c u r r i ó la
idea d e q u e los gastos del c o c h e q u e t o m é d e s d e el m o m e n to e n q u e l l e g u é á la c a p i t a l , d e b í a n s e r d e
bastante c o n -
sideración , comparados con mi corto p e c u l i o ; pero n o c o n o c i e n d o á P a r í s , fuerza e r a r e s i g n a r m e á este g a s t o , s o p e ña d e n o p r a c t i c a r las p e s q u i s a s
me imponía
solví
que
indispensablemente
mi s i t u a c i ó n . C r e y é n d o l a s y a c o n c l u i d a s , r e -
p a g a r a n t e todas c o s a s
al c o c h e r o ; p e r o
cediendo
luego á una idea n e c i a y a b s u r d a , q u e a c a s o c o m p r e n d e r á n
los q u e se h a y a n e n c o n t r a d o e n u n a p o s i c i ó n a n á l o g a á la
niia , n o t u v e s u f i c i e n t e v a l o r p a r a d e s p e d i r el c o c h e a n t e s
de e s t a r s e g u r o
de
hallar
á Bambocha.... Ahora
bien :
por q u é g u a r d a b a y o a q u e l c o c h e , tan costoso p a r a mí ?
P o r q u e , no t e n i e n d o e n a q u e l l a i n m e n s a
población cono-
MARTIN
OS
KL
EXPÓSITO.
c i m i e n t o s d e n i n g u n a e s p e c i e , m e p a r e c í a q u e el c o c h e r o ,
q u e d e s d e p o r la m a ñ a n a m e l l e v a b a d e u n a p a r t e á o t r a .
n o e r a y a para mí u n d e s c o n o c i d o .
Esta idea m e p a r e c e e n e s t e
bargo, cuando
recuerdo
m o m e n t o e s t ú p i d a ; sin e m -
la t e r r i b l e z o z o b r a
q u e sentí
al
d e c i r m e á mí mismo :
— Si esta
ningún
noche
recurso,
no encuentro
y sin conocer
á ¡tambocha
, me quedo
á nadie en esta inmensa
sm
ciudad.
— C o m p r e n d o la n e c e s i d a d e n q u e basta c i e r t o p u n t o m e
h a l l a b a d e m i r a r al c o c h e r o casi c o m o á un a m i g o .
A s í e s q u e , c u a n d o se h u b o p a r a d o el c o c h e á la p u e r t a
d e la t a b e r n a d e las TYes Cubas , d i j e
al
cochero:
— E s p é r e s e V. ; p u e s p i e n s o d e t e n e r m e u n
ratito a q u í .
— ¿ Y su p a q u e t e d e V . ?
— D é j e l e V . e n el c o c h e .
— ¡ P u e s ! p a r a q u e se l o l l e v e n . . . . ¿ n o e s e s o ? N o , no ,
pierda V
c u i d a d o ; ya lo m e t e r é y o e n u n o d e los c a j o n e s ,
y á fe q u e b u e n a
m a ñ a ha d e t e n e r el q u e lo e n c u e n t r e .
Esta a m a b l e p r e c a u c i ó n m e p a r e c i ó d e feliz a g ü e r o , y e n
extremo conforme con
del c o c h e r o ; cuya
franca
la idea q u e y o
fisonomía
sesuda y h o n r a d a . P a s ó s e m e
mientes convidarle
á
me
, p o r otra
había
formado
parte , m e
al
pareció)
principio
por
las
cenar conmigo ; p u e s , sintiéndome
r e n d i d o d e h a m b r e y d e fatiga, t r a t é d e a p r o v e c h a r la ocasión q u e se m e p r e s e n t a b a d e r e p o n e r un p o c o
mis
fuer-
z a s ; p e r o n o m e a t r e v í á h a c e r l e e s t e o f r e c i m i e n t o , no p o r
o r g u l l o , c o m o f á c i l m e n t e se c o m p r e n d e , sino p o r un s e n timiento enteramente
o p u e s t o : cual
era
el t e m o r d e ( p i e
llegase el c o c h e r o á concebir sospechas de mí.
í n t e r i n se e n t r e t e n í a él e n
p o n e r mi p a q u e t e
al
abrigo
d e c u a l q u i e r r a t e r o , é n t r e m e y o e n la t a b e r n a , e n la c u a l
no había, por el
m o m e n t o , mas gentes q u e a l g u n o s h o m -
b r e s s e n t a d o s j u n t o á las m e s a s . P o r sus trajes ,
y lenguaje conocí
fácilmente
que pertenecían
a r t e s a na ; y q u e e r a n g e n t e s q u e
maneras
á la c l a s e
se e s t a b a n a l l í e n t r e t e -
n i e n d o e n e c h a r s e a l e g r e m e n t e al c o l e t o el fruto d e a l g u -
na i n e s p e r a d a g a n g a . C o m o q u i e r a q u e sea , n o se v e i a alli
n i n g u n o d e esos tipos r e p u g n a n t e s é i n n o b l e s q u e , d u r a n te mi v i d a v a g a b u n d a c o n B a m b o c h a y B a s q u i n a
encontré
tantas v e c e s e n las t a b e r n a s d e s e g u n d o o r d e n , f r e c u e n t a das p o r v a g o s y m a l h e c h o r e s , y á los q u e í b a m o s
nosotros
á cantar y á pedir limosna.
L a i n q u i e t u d m e z c l a d a d e t e r r o r q u e m e c a u s ó la m i s t e riosa a c o g i d a
dieron,
que
en
la s u p u e s t a
desapareció poco
apoco,
por b u e n a g ü e r o q u e mi a m i g o d e
casa d e B a m b o c h a
y
me
hasta l l e g u é á t e n e r
niñez
frecuentase una
t a b e r n a á la c u a l c o n c u r r í a n a r t e s a n o s h o n r a d o s .
Con e l o b j e t o d e p o d e r v e r á B a m b o c h a
en
cuanto
en-
t r a s e , m e s e n t é á u n a mesa situada e n u n a r i n c o n a d a , q u e
estaba e n f r e n t e d e la p u e r t a , y p e d í u n a r a c i ó n d e c a r n e ,
un p e d a z o d e pan
y un vaso d e agua.
M i r é al r e l o j d e
la
t a b e r n a , y v i e n d o q u e a u n n o h a n d a d o las n u e v e , c o l i j o
q u e tengo todavía q u e aguardar
dos ó tres horas.
E n t o n c e s di p r i n c i p i o á m i f r u g a l c e n a , sin p o r e s o a p a r tar un s o l o i n s t a n t e la vista d e la p u e r t a
observando cautelosamente y
d i c e , todas las
fisonomías
que
á la
seguro de r e c o n o c e r , á pesar de
desde nuestra s e p a r a c i ó n ,
enérgica y carecterizada
de
la t a b e r n a ;
escudriñando , como
á mi
fisonomía
los
taberna
años
amigo
quien
asomaban;
transcurridos
Bambocha, cuya
había q u e d a d o
perfec-
t a m e n t e impresa en mi imaginación.
E n t a n t o q u e d e este
m o d o tenia y o c l a v a d a
la vista e n
la p u e r t a , e n t r ó p o r ella u n h o m b r e , j o v e n t o d a v í a , p u e s
p o d i a t e n e r 30 a ñ o s á l o m a s , d e e s b e l t o t a l l e y d e e l e v a da e s t a t u r a . L l a m á r o n m e al p u n t o la a t e n c i ó n e l b u e n a s p e c t o d e su figura , la d i s t i n g u i d a s e v e r i d a d
d e sus f a c c i o -
n e s , a l g o ajadas sin e m b a r g o ; y la p á l i d a b l a n c u r a d e
rostro, doblemente
su
n o t a b l e p o r el c o n t r a s t e q u e
formaba
c o n el n e g r o c o l o r d e sus p a t i l l a s y d e sus c e j a s .
Cubríale
un g a b á n n e g r o q u e , s o l a p a d o y
le tapaba hasta
z a d o y el
a b r o c h a d o hasta
arriba,
el c u e l l o d e la c a m i s a y la c o r b a t a . El cal-
pantalón del r e c i e n
l l e g a d o e s t a b a n l l e n o s di'
70
MARTÍN
EL
EXPÓSITO.
b a r r o : c u b r í a l e su c a b e z a una g o r r a d e f o r m a
indetermi-
nada.
A p e s a r d e este m i s e r a b l e t r a j e , ó p o r e f e c t o tal v e z d e l
mísero contraste que
p r e s e n t a b a c o n su figura, tan
agra-
c i a d a y s o b r e todo t a n f i n a , e r a i m p o s i b l e n o fijar la a t e n c i ó n e n a q u e l h o m b r e , el c u a l , d a n d o a l g u n o s pasos p o r
la t a b e r n a , se a c e r c ó al p a r a j e d o n d e y o e s t a b a , y m e d e j ó
a d v e r t i r q u e se
bamboleaba
al
a n d a r y q u e e n sus ojos
b r i l l a b a el i n m ó v i l r e s p l a n d o r d e la e m b r i a g u e z .
E s t e h o m b r e , fuese c a s u a l i d a d , fuese
a n t o j o s u y o , se
dirigió, después de algunos m o m e n t o s de inccrlidumbre,
cia d o n d e m e h a l l a b a y o , q u e era el
ha-
sitio e n q u e e s t a b a n
d e s o c u p a d a s t o d a s las m e s a s , m e n o s la uña , y v i n o á c o locarse á mi derecha.
Después de haberse sentado , mejor d i r é ,
dejado
caer,
n o d e o t r o m o d o q u e si t u v i e s e las p i e r n a s e n t u m i d a s , q u e d ó s e i n m ó v i l un
instante; s é q u i t o
la g o r r a , y
creyendo
p o n e r l a e n c i m a el
b a n c o q u e o c u p á b a m o s u n o y o t r o , la
d e j ó c a e r al s u e l o
á mis pies.
Por un
m o v i m i e n t o natural de urbanidad ,
tal v e z p o r la i m p r e s i ó n q u e m e c a u s a b a
aquel
hombre , me
aumentado
aspecto
de
i n c l i n é para c o g e r la g o r r a y la puso
e n el b a n c o ; lo c u a l n o t a n d o
inclinó con
el
aire cortés
m i c o m p a ñ e r o d e mesa , se
y con modoso y
atento t o n o ,
me
dijo:
— R u e g o á V . , c a b a l l e r o , m e dispense
la molestia q u e
l e h e c a u s a d o , y le d o y m i l g r a c i a s p o r su a t e n c i ó n .
L o q u e se l l a m a alta s o c i e d a d era cosa
de que á a q u e -
l l a s f e c h a s n o t e n i a y o la m e n o r i d e a ; al e s c u c h a r , e m p e r o , a q u e l l a s p a l a b r a s , c o n o c í p o r s e c r e t o instinto q u e
hombre de
un
la s o c i e d a d e s c o g i d a n o se h u b i e r a e x p r e s a d o
de otro m o d o ,
ni h u b i e r a m o s t r a d o
mas cortesía en
sus
p a l a b r a s ni e n sus a d e m a n e s .
¡ C o s a s i n g u l a r ! d u r a n t e los c o r t o s i n s t a n t e s q u e pasó h a b l a n d o c o n m i g o , d e s a p a r e c i ó d e su f i s o n o m í a a q u e l l a m á s c a r a i m p a s i b l e m e n t e t a c i t u r n a , y l o m ó un a i r e d e r i s u e ñ a
EL CALLEJÓN DEL ZORRO.
71
afabilidad y d o e n c a n t a d o r a g r a c i a : m a s n o l a r d ó
v e r á s e p u l t a r s e e n su
en
vol-
inmovilidad.
En e s t o , se a c e r c ó al r e c i e n l l e g a d o el m o z o d e la t a b e r na , y le dijo c o n c i e r t a f r a n q u e z a :
— ¿ Q u é se o f r e c e , a m i g o ?
— Una botella de a g u a r d i e n t e , — r e s p o n d i ó con
mi c o m p a ñ e r o d e mesa , y c o n un m e f a l d e v o z
pausa
que me pa-
r e c i ó distinto d e a q u e l c o n q u e a n t e s m e h a b l a b a .
— ¿ Q u i e r e V. u n a c o p a ? — r e p u s o el m o z o .
•— Q u i e r o una b o t e l l a d e a g u a r d i e n t e , y la p a g o , — r e s pondió imperturbable
mi v e c i n o ,
el c u a l
metiéndose
la
m a n o e n el b o l s i l l o d e l c h a l e c o , s a c ó d e él v a r i a s d o b l i l l a s ,
y tiró c o n d e s e n f a d o una , q u e
r o d ó por e n c i m a d e l h u l e
q u e c u b r í a la mesa.
A s o m b r a d o el m o z o , e c h ó u n a m i r a d a al d e s c o n o c i d o , y
r e c o g i e n d o la m o n e d a , se puso á e x a m i n a r l a c o n la m i s m a
a d m i r a c i ó n , p e r o n o sin r e c e l o , i n s p i r a d o sin d u d a a l g u n a
por el a s p e c t o m i s e r a b l e d e l p a r r o q u i a n o .
— A c e r q ú e s e V. al m o s t r a d o r . . . . y e x a m í n e l a , — d i j o
mi
c o m p a ñ e r o d e m e s a q u e , c o n t i n u a n d o i m p a s i b l e y sin m a n i f e s t a r s e r e s e n t i d o d é l a injuriosa s o s p e c h a d e l m o z o . P o c o
a c o s t u m b r a d o este á m o s t r a r d e l i c a d e z a , so d i r i g i ó al m o s t r a d o r , y dio la m o n e d a al t a b e r n e r o , el c u a l , d e s p u é s d e
h a c e r c o n ella v a r i a s p r u e b a s , se la v o l v i ó al m o z o d i c i é n dole:
— Es b u e n a .
— Es b u e n a , — r e p i t i ó el m o z o v o l v i é n d o s e l a á mi v e c i n o ,
— En eso c a s o d a m e u n a b o t e l l a d e a g u a r d i e n t e , — r e s p o n d i ó nñ c o m p a ñ e r o d e mesa c o n su l e n t a y r o n c a v o z .
— ¿Una
botella n a c r a d a ,
v e z el m o z o c o n c i e r t o
caballero? — preguntó
a i r e d e d e f e r e n c i a ; •— ¿ d e l
esta
mejor
aguardiente que hay en casa?...
— Nada d e e s o . . . . una botella d e l q u e b e b e n l o s t r a p e r o s
c u a n d o v i e n e n por a q u í . . . . si es q u e v i e n e n . . . . y c o b r a . . . .
— liste p o r fuerza es i n g l é s , — dijo el m o z o á m e d i a v o
v alejándose.
z
M.UU1N
72
EL
EXPÓSITO.
C a d a v e z m a s s o r p r e n d i d o d e lo q u e v e i a , o b s e r v a b a
yo
c o n c u r i o s i d a d á a q u e l h o m b r e , sin p o r e s o p e r d e r d e v i s ta la p u e r t a d e
la
taberna , por donde
esperaba
siempre
ver llegar áBambocha.
En e s t o , v i n o e l m o z o , y
p u s o e n la m e s a la b o t e l l a ,
una copa y la v u e l t a d e la d o b l i l l a .
—
D a m e u n v a s o g r a n d e , — dijo m i c o m p a ñ e r o d e m e -
sa, y
e m p u j a n d o con
el d e d o u n a
peseta , h i z o s e ñ a l al
m o z o d e q u e la t o m a s e p o r v i a d e p r o p i n a .
— Es u n m i l o r d , — d i j o , á m e d i a v o z el m o z o , c o r r i e n d o e n busca de
un
vaso grande , que
trajo
apresurada-
mente.
Sin c o n t a r lo q u e l e d a b a n , m e t i ó s e m i v e c i n o e n el b o l s i l l o la v u e l t a d e la d o b l i l l a , e c h ó s e m e d i o v a s o d e a g u a r d i e n t e , q u e se b e b i ó d e u n t r a g o ; a p o y ó la c a b e z a c o n t r a
la p a r e d , situada d e t r á s d e n u e s t r o b a n c o , y se q u e d ó i n m ó v i l , m i r a n d o sin s a b e r a d o n d e , y t a m b o r i l e a n d o c o n las
p u n t a s d e l o s d e d o s el h u l e q u e c u b r í a la m e s a .
Observándole con
d i s i m u l o , noté
i n m ó v i l e s y t a c i t u r n a s , se a n i m a b a n
por
y o q u e sus f a c c i o n e s
por m o m e n t o s , que
d o s ó t r e s v e c e s se s o n r i ó c o n d u l c e , al p a r q u e
mali-
c i o s o g e s t o , q u e l u e g o se e n c o g i ó d e h o m b r o s , se puso á
talarear entre dientes una canción, y que por último a c a b ó p o r v o l v e r á su p r i m i t i v a i m p a s i b i l i d a d .
E n t o n c e s m e a s a l t ó el r e c u e r d o d e L c m o s i n , m i
a m o , y i . o sé p o r q u e c r e í h a l l a r u n a v a g a
primer
analogía
entre
las e x t r a v a g a n t e s v i s i o n e s q u e e n sus m o m e n t o s d e b o r r a c h e r a i n v o c a b a el p o b r e a l b a ñ i l cada d o m i n g o , y
la
está-
tica i m b e c i l i d a d m e z c l a d a d e i n t e r i o r e s v i s i o n e s , á q u e p a recía estar
entregado aquel hombre, pobremente
vestido
á la v e r d a d , p e r o q u e , s e g ú n v a r i o s i n d i c i o s , n o d e b i a s e r
l o ( p i e a p a r e n t a b a . Estos tan
ñez, me
absorvieron un
lejanos
recuerdos de mi
ni-
m o m e n t o , g r a c i a s á la r e l a c i ó n
( p i e c o n B a m b o c h a l e n i a n . De estas r e f l e x i o n e s v i n o á s a c a r m e un l i g e r o ruido. A l o i i l o , m e
v u e l v o hacia mi c o m -
p a ñ e r o d e m e s a , q u e a c a b a b a d e v e r t e r la m i l a d del c o n -
til.
CAI.I.K.l;l.N
OKI.
ZOMU).
t e n i d o d e su v a s o . D e s p u é s d e h a b e r
q u e d a b a , c e d i e n d o sin d u d a á u n o
73
b e b i d o lo q u e en
él
d e esos c a p r i c h o s , tan
c o m u n e s e n los b o r r a c h o s , m o j ó la p u n t a d e l d e d o í n d i c e
en uno
d e los c a n a l i t o s
de aguardiente , que por el
d e la m e s a s e r p e n t e a b a n y so
trambóticas
figuras.
tos d e
mi
cuanto
que ,
es-
S i g u i e n d o c o n la v i s t a l o s m o v i m i e n -
compañero de
gracias
mesa, con
á una
tanta mas a t e n c i ó n ,
observación que
h i c e , se c o n f i r m a r o n m i s s o s p e c h a s ; n o t é q u e
meñique llevaba
hule
puso á trazar e n ella
el
desconocido
finalmente
en
el d e d o
varios anillos de oro
de
formas d i f e r e n t e s ; y e n t r e ellos u n o , en q u e había
en-
gastada
pa-
una piedra rojiza, con
a r m a s , á lo
que
me
reció.
Con m a q u i n a l
evoluciones del
curiosidad
dedo de
s e g u í , p u e s , las
mi
compañero
de
caprichosas
mesa , quien
poniéndose en seguida á trazar unas e n o r m e s
letras
ma-
yúsculas , e m p e z ó p o r una R , y escribió l u e g o una E....
La
combinación
sensación
d e estas d o s l e t r a s R E
me
indefinible , vaga , inquietante y
causó una
d e s e a d a . . . un
n o sé ( p i e p o r fin p a r e c i d o a u n p r e s e n t i m i e n t o .
Fija la vista e n el d e d o d e a q u e l h o m b r e , a c e l e r a b a
digámoslo así, con
toda
la f u e r z a d e
mi
yo,
pensamiento
la
c o n c l u s i ó n d e la t e r c e r a l e t r a q u e a c a b a b a d e e m p e z a r ,
todo esto ( n o
me
engañan
m i s m o c o m p r e n d e r el
m i s r e c u e r d o s ) sin
motivo
de mi
poder
y
yo
impaciencia. A poco
r a t o e n fin d e j ó e l d e d o d e m i v e c i n o t e r m i n a d o el c o n t o r n o d e otra l e t r a . . . . Esta l e t r a e r a u n a G.
Estas tres l e t r a s ... q u e e r a n c a b a l m e n t e l a s t r e s p r i m e ras del n o m b r e de Regina, a p a r e c i e r o n e n m i i m a g i n a c i ó n
c o m o escritas c o n c a r a c t e r e s d e f u e g o .
Y sin e m b a r g o , ¡ c u á n t a s o t r a s p a l a b r a s e m p i e z a n c o n l a s
mismas letras !....
P e r o n o sé
aquel h o m b r e , ebrio de
d e d o e n la
mesa
q u é fatalidad m e decia q u e
a g u a r d i e n t e , iba á e s c r i b i r c o n e l
d e la t a b e r n a
i n t e g r o e l n o m b r e tan s a -
g r a d o para m í .
Ai p e n s a r e n e s t o , lo o l v i d e t o d o , t o d o , hasta B a m b o c h a
17
MARTIN
KL
ÜXI'ÓSITO.
|0 d e s e s p e r a d o d e m i s i t u a c i ó n y l o triste d e m i
por
seguir
d o d e m i c o m p a ñ e r o d e m e s a ; el c u a l
otra
porvenir,
c o n p e n o s a c u r i o s i d a d los m o v i m i e n t o s d e l d e -
letra....
pero
continuó
trazando
parándose de cuando en cuando.
L u e g o se p u s o á t r a z a r otra ; m a s v é l a s e l e d a r f r e c u e n tes c a b e z a d a s , y
advertíase que
se e n t o r n a b a n
sus p á r p a d o s
En fin c o n c l u y ó la
á la c u a l b i e n p r o n t o s i g u i ó u n a A
que,
d u d a , m e p e r m i t i ó l e e r e n la m e s a ,
r a c t e r e s , el n o m b r e entero de
letra
hinchados
era una N.
q u i t á n d o m e toda
e s c r i t o e n toscos c a -
Regina.
I m p o s i b l e e s d e c i r l o q u e e n t o n c e s p a s ó p o r m i ; y sin o "
e u r r í r s e m e siquiera p o r un m o m e n t o
d i e s e h a b e r o t r a s p e r s o n a s q u e se
la i d e a
llamasen
de que
pu~
Regina ,
m
c
d i j e á m í m i s m o : R e g i n a está e n P a r i s , e s t e h o m b r e , j o v e n
y de buena figura,
n o b l e y r i c o , a m a sin d u d a
alguna á
a q u e l l a j o v e n . . . . y la t i e n e t a n p r e s e n t e , q u e a u n e n m e d i ó d e l d e p l o r a b l e e s t a d o e n q u e se h a l l a , se c o m p l a c e en
escribir aquel
n o m b r e q u e r i d o para e l .
Después de haberlo
escrito
quedóse
contemplándolo d u r a n t e j d g u n tiempo con
estúpida satisfacción
diendo
zó los
al cabo
d e este
el d e s c o n o c i d o
una especie de
tiempo,
no
pu-
ya mas , dejó escapar una carcajada gutural , c r u b r a z o s s o b r e la m e s a , i n c l i n ó la c a b e z a y se
en el reposo , mejor
sumió
d i r é , e n e l a p á t i c o l e t a r g o d e la
em-
briaguez.
V i e n d o u n p o c o m a s a r r i b a d e l sitio e n q u e e s t a b a
do aquel
hombre trazado
también
m e l e v a n t é sin h e c e r ruido y borré
h a s t a la ú l t i m a
señal de aquel
el n o m b r e
con
nombre
echa-
d e Regina
religioso
profanado.
U n momento después de v o l v e r m e y o á mi asiento ,
a b r i ó o t r a v e z la
p u e r t a d e la
,
respeto
taberna, y
lancé
se
una e s -
c l a m a c i o n d e i n v o l u n t a r i o t e r r o r , al v e r e n las t i n i e b l a s d e
la c a l l e
la s i n i e s t r a
fisonomía
del
Lisiado.
Después
de
o c h o a ñ o s q u e h a c i a q u e n o lo h a b i a v i s t o , p a r e c í a m e t e ner
el c u t i s t o d a v í a
conservaba
mas tostado q u e a n t e s ;
robusto y fuerte
y si b i e n
se
todavía , habíasele cubierto
LA NOCHE
75
<lc c a n a s la c a b e z a ; su t r a g o n o i n d i c a b a m i s e r i a . I n q u i e t o
y a t u r d i d o , p a r ó s e e n el u m b r a l
m o d o q u e si
de
la p u e r t a , n o d e o t r o
h u b i e s e t e n i d o m i e d o d e e n t r a r e n la t a b e r -
na. A s o m a n d o
e n fin la c a b e z a
entornada , echó
p o r la p u e r t a q u e estaba
u n a m i r a d a e n la sala, y c o n v o z r o n c a
( l a misma á lo q u e c r e o q u e m e
las p e r s i a n a s
contestó
por detrás
de
d e la casa d e l c a l l e j ó n d e l Z o r r o ) d i j o al ta-
bernero.
— ¿Ha
v e n i d o esta n o c h e ?
— N o ; — r e s p o n d i ó s e c a m e n t e el t a b e r n e r o , c o m o si h u biera q u e r i d o d e s p a c h a r lo m a s p r o n t o p o s i b l e á a q u e l i m portuno
huésped.
— Si v i e n e , — a ñ a d i ó e l L i s i a d o c o n p r e c i p i t a c i ó n —
gale
V.
q u e n o v a y a esta n o c h e p o r allá
le á c h a m u s q u i n a .
dí-
que me hue-
Y a m e e n t e n d e r á é l : ¿ s e l o d i r á V.
no
es v e r d a d ?
— Bien está, — d i j o el t a b e r n e r o c e r r a n d o , c o m o suelo
d e c i r s e , la p u e r t a e n los h o c i c o s d e l L i s i a d o : d e s p u é s d e l o
cual, añadió ,
hablando consigo mismo :
— ¡ V a y a u n atajo
de
tunos!
VIII.
I<a n o c l i v .
I m p o s i b l e m e e r a y a d u d a r d e q u e el L i s i a d o h a b i a
to á t r a b a r r e l a c i o n e s c o n B a m b o c h a , y
q u i e n aludía el
por
allá
me entenderá
vuel-
á e s t e era á
b a n d i d o c u a n d o , al e n t r a r e n la t a b e r n a ,
s o b r e s a l t a d o , e x c l a m ó : Si viene,
noclie
que
mire
dígale
V. que me
huele
V. que no vaya
á cliamusquina
esta
ya
él.
Sin a l c a n z a r el s e n t i d o d e estas m i s t e r i o s a s p a l a b r a s , s u -
7fi
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
p u s e q u e u n p e l i g r o c o m ú n a m e n a z a b a al L i s i a d o y á B a m boolia.
S e m e j a n t e t'ralernidad e n t r e dos personajes
de
esta e s -
p e c i e n o solo m e h i z o t e m b l a r p o r él ú l t i m o d e e l l o s , sino
q u e m e c a u s ó tal p e r p l e j i d a d , q u e n i
gar,
conforme
lo había
pensado,
me atreví á
al
tabernero
interroacercado
mi c o m p a ñ e r o d e n i ñ e z , á tin d e s a b e r sí podía ( e n e r
guridad
de v e r l o aquella misma
se-
noche. Animábame bas-
t a n t e p o c o á e l l o el r e c i b i m i e n t o h e c h o al L i s i a d o ; m a s v i e n d o
q u e iba a v a n z a n d o la n o c h e , h i c e u n e s f u e r z o y m e a c e r q u é
al m o s t r a d o r p a r a p a g a r mi e s c o t e ; e n t o n c e s s o l o fué c u a n d o a d v e r t í q u e t o d o s los p a r r o q u i a n o s h a b í a n d e s a p a r e c i d o ,
y q u e n o q u e d a b a e n la t a b e r n a n a d i e m a s q u e m i v e c i n o ,
y e s e d o r m i d o c o m o u n t r o n c o . Esta c i r c u n s t a n c i a m e
dio
bríos y d i r i g i é n d o m e al t a b e r n e r o , le d i j e :
— ¿Cuánto debo?
— S e i s s u e l d o s d e c a r n e y d o s d e p a n ; total o c h o s u e l d o s
P a r a p a g a r l o s , e c h é e n el m o s t r a d o r u n a m o n e d a d e p l a t a ,
y añadí:
— Me han asegurado
aquí
un tal
que
todas las
noches , concurre
Bambocha.
A l o í r el n o m b r e d e B a m b o c h a , p u s o e l t a b e r n e r o un c e ño amenazador y
respondió:
— Mí t a b e r n a es u n e s t a b l e c i m i e n t o p ú b l i c o , y e n ella,
p o r lo t a n t o , se r e c i b e á toda c l a s e d e g e n t e s .
— ¿ Y V. c r e e
q u e vendrá todavía Bambocha? repuse.
— Si v i e n e , •— m e r e s p o n d i ó el t a b e r n e r o m i r a n d o al r e l o j , — se q u e d a r á fuera , p u e s s o n las d o c e y v a m o s á
cer-
rar.
—• Y m a ñ a n a , ¿ l e p a r e c e á V . q u e v e n d r á ?
—• ¿ Q u é sé y o ? l o q u e h a y d e c i e r t o es q u e d e s e o
véngalo
m e n o s posible , p u e s es h o m b r e q u e para
sirve mas que
para c o m p r o m e t e r
Y v o l v i é n d o m e el cambio de
mi
una
casa
honrada.
moneda , añadió d e s -
pués :
— S o n las d o c e , b u e n a s n o c h e s ,
que
nada
caballeros.
LA NOCHE.
77
l'cro , m i r a n d o on t o r n o s u y o , y v i e n d o q u e todavía e s t a b a d u r m i e n d o mí v e c i n o ,
m e dijo e n v o z
baja:
¡ G a l l a ! A u n está a h í el s e ñ o r d e la d o b l i l l a d e o r o y
la botella d e
de
aguardiente.
A c e r c ó s e r e s p e t u o s a m e n t e el t a b e r n e r o al d o r m i d o , y
no
a t r e v i é n d o s e á m e n e a r l o , lo l l a m ó r e p e t i d a s v e c e s .
¡ Eh !
H a g a V. e l
favor
l l a g a V. e l f a v o r
ca-
ballero
El b o r r a c h o
no respondía.
Imposible m e era ya v e r aquella n o c h e á B a m b o c h a , y
l l e g a d o el m o m e n t o f a t a l , p r e c i s o e r a a j u s f a r c u e n t a s c o n
el c o c h e r o , sin s a b e r c u a n t o
m e quedaría después de
pa-
g a d a esta d e u d a , ni d o n d e p a s a r í a la n o c h e .
En esta i n c e r t i d u m b r e , s a l í d e la t a b e r n a .
La n o c h e estaba fria , h ú m e d a y
ternas
oscura
d e l c o c h e se h a b i a a p a g a d o ,
p o c o ; el c o c h e r o
un b i c h o v i v i e n t e
ala
U n a d e las l i n otra
le
faltaba
estaba d u r m i e n d o e n su p e s c a n t e ,
y
ni
se v e í a e n toda la c a l l e .
E n t o n c e s , lo c o n t i e s o , m e asaltó u n m a l
pensamiento....
q u e fué el d e m a r c h a r m e sin p a g a r al c o c h e r o , y d e j á n d o l e e n p a g o el p o q u i l l o d e
ropa q u e
c o n t e n i a el
paquete;
pero no cedí á tan mala tentación, y q u e r i e n d o salir de una
v e z d e l paso , d e s p e r t é al c o c h e r o , n o sin a l g u n a d i f i c u l t a d .
— ¡ I l u m ! . . . ¿ q u é es e s o ? . . . ¡ a h ! . . . y a v o y . . . . ya
voy....
m i a m o , — dijo e s t i r á n d o s e y ma i n f e s t a n d o e n sus a d e m a n e s el frió q u e , á p e s a r d e su c a p o t e , se habia a p o d e r a d o
de é l ; — h a c e un frío e n d i a b l a d o , q u e le biela á u n o hasta los t u é t a n o s ; ¡ p u e s n o
me
habia
dormido!....
¡Ahora
bien! ¿ dónde vamos ?
—
Me quedo aquí , —
d a r m e el p a q u e t e , y d e
le d i j e : — h á g a m e V. el f a v o r d e
d e c i r m e cuanto le d e b o .
A l p r o n u n c i a r e s t a s últimas p a l a b r a s , sentí una inmensa i n q u i e t u d .
E c h a n d o e n t o n c e s m a n o a l r e l o j , q u e l l e v a b a e n el b o l s i l l o , lo a c e r c ó el c o c h e r o al m e d i o
che , y m e respondió :
a p a g a d o f a r o l del c o -
7H
MARTÍN
EL
EXPÓSITO.
— V . t o m ó e l c o c h e á las d o s y
d o c e , lo que
hace nueve
horas
m o s c o n la p r o p i n a d i e z h o r a s , ó
media ; son
m a s d e laf
y m e d i a l a r g a s ... c o n t e lo q u e e s l o m i s m o , Ir
c a n t i d a d d e q u i n c e f r . y m e d i o ; d é m e V . d i e z y seis si h;
q u e d a d o c o n t e n t o . . . . Y v o y á d a r l e á V . su p a q u e t e .
En t a n t o q u e e l c o c h e r o b u s c a b a e s t e p a q u e t e , b u s c a b a
y rebuscaba y o hasta en lo m a s r e c ó n d i t o de mi bolsillo,
del cual saqué el poco dinero q u e m e q u e d a b a , y (pie asc e n d í a á n u e v e fr. y a l g u n o s c u a r t o s .
Entonces,
¡ oh estúpida y p u e r i l
pusilanimidad!...
me
echó á llorar.
— A h í t i e n e V . su e n v o l t o r i o , — m e dijo e l c o c h e r o .
— T o m e V . , l e c o n t e s t é y o , p o n i é n d o l e el d i n e r o e n la
m a n o ; — e s t o e s t o d o l o q u e m e q u e d a , lia d e s a b e r V . , q u e
p o r p r i m e r a v e z d e m i vida h e puesto b o y los pies en P a rís , á d o n d e creia t e n e r s e g u r i d a d de e n c o n t r a r desde
m o m e n t o d e m i l l e g a d a una c o l o c a c i ó n al l a d o d e u n
tector , y
ese
protector ha muerto
el
pro-
esta m a ñ a n a m i s m o .
T a m b i é n t e n g o e n P a r í s un c o m p a ñ e r o d e n i ñ e z , á q u i e n h e
b u s c a d o i n ú t i l m e n t e t o d o el d í a , y á q u i e n e s p e r é e n c o n t r a r a q u í esta n o c h e ; p e r o esta ú l t i m a e s p e r a n z a h e p e r d i d o y a ; al t o m a r e s e c o c h e n o s a b i a y o l o q u e c o s t a b a , y
ahora no tengo con q u e
francos y algunos
pagar á V. lo q u e le d e b o ; n u e v e
cuartos es todo lo que m e queda.... Ahí
los t i e n e V . . . . R e g í s t r e m e Y . si q u i e r e . . . . y v e r á q u e ni u n
liard mas poseo.
— Esas n o son r a z o n e s , — e x c l a m ó c o l é r i c o el c o c h e r o ;
— c u a n d o n o se t i e n e p a r a p a g a r un c o c h e , se a n d a á p i é .
— T i e n e V. r a z ó n ; pero yo , no sabiendo
rís,
creí
instalarme desde
luego en
casa
lo q u e es P a de mi p r o l e c -
tor.. . y . . . .
— T o d o eso m e importa un pito , — r e s p o n d i ó el c o c h e r o , — e s o n o p u e d e q u e d a r a s í ; v e n g a mi d i n e r o .
— P u e s b i e n , g u a r d e V. también mi paquete....
q u e es
t o d o c u a n t o e n e l m u n d o p o s e o . . . . A h o r a s o l o m e q u e d a la
r o p a q u e l l e v o e n c i m a . Y era tal m i d o l o r , tal m i v e r g ü e n -
Ti
LA NOCHE,
z a , que las lágrimas q u e á duras p e n a s pude
contener
al
principio, saltaron en aquel m o m e n t o á pesar mió.
— ¿ Q u é es e s o ? ¿ l l o r a V . ? — d i j o e l c o c h e r o c o n m e n o s
ruda v o z . — ¿Si s e r á v e r d a d l o q u e V . m e h a d i c h o ?
— ¡ Y tan v e r d a d c o m o e s !
— En t a l
c a s o , ¿ q u é e s lo q u e v a V . á h a c e r ?
¿dónde
v a V. p a s a r la n o c h e ?
— L o i g n o r o , — d i j e c o n a b a t i m i e n t o ; y e n el i n s t a n t e
r e c o r d é q u e esta m i s m a
fue
la c o n t e s t a c i ó n q u e , m u c h o
a n t e s , di á L a - L e v r a s e , c u a n d o m e f u g u é d e casa
de
mi
a m o el L i m o s i n .
El c o c h e r o , m o s t r á n d o s e c o n m o v i d o , c o n t i n u ó :
— V a m o s , n o l l o r e V. , p o b r e j o v e n : V. c o m p r e n d e
no p u e d o y o p e r d e r mi
que
t r a b a j o d e t o d o e l dia , y q u e t e n -
g o q u e ajustar cuentas c o n mi a m o ; p e r o no q u i e r o
á V. sin u n c u a r t o e n m e d i o d e la
c o m o esta. A h i t i e n e V . esa p e s e t a . . . .
dejar
c a l l e , en una noche
y
su h a t i l l o .
Cerca
d e la p u e r t a e n c o n t r a r á V. u n a casa d e p o s a d a s , q u e t i e n e p o r m u e s t r a u n farol e n c a r n a d o , y d o n d e
se
duerme
por c u a t r o s u e l d o s . T o m e V. esa l a r j e t i t a , c o n e l n ú m e r o d e
m i c o c h e , y si a l g ú n dia p u e d e V . p a g a r m e l o q u e m e d e b e , se l o a g r a d e c e r é á V . , p u e s s o y p a d r e d e f a m i l i a .
— G r a c i a s , gracias m i l , — e x c l a m e con efusión.
En este m o m e n t o se a b r i ó la p u e r t a d e la t a b e r n a , y a p a r e c i ó el t a b e r n e r o , c o n d u c i e n d o p o r el b r a z o e l h o m b r e á
c u y o lado pasé una parte de aquella noche y q u e parecía
estar c o m p l e t a m e n t e
borracho.
— Esto v i e n e d e p e r i l l a , — dijo e l t a b e r n e r o a l r e p a r a r
e n el c o c h e - ¿ E s t á V . o c u p a d o , a m i g o ? — p r e g u n t ó .al c o chero.
— N o , — respondió este.
— En e s e c a s o , a h í t i e n e V . u n p a r r o q u i a n o . . . . y d e
buenos, — a ñ a d i ó
quien llevaba
el t a b e r n e r o , s e ñ a l a n d o
cogido
por
el
brazo
oido:
— ¡ E h ! ahi t i e n e V . un c o c h e .
al
los
hombrea
y , á q u i e n gritó al
80
MARTIN
— Está
b i e n , — d i j o el
l
i
L
KXI'ÓSITO.
d e s c o n o c i d o , — a y ú d e m e V. a
subir á él.
D e s p u é s d e h a b e r l e , e n t r e todos , i n s t a l a d o e n e l c o c h e ,
á duras penas,
— Sus s e ñ a s d e V . , — l e p r e g u n t ó e l c o c h e r o .
— A la e n t r a d a . . . . d e l o s C a m p o s E l í s e o s . . . . a l l í
encon-
t r a r á s u n c o c h e a m a r i l l o . . . . j u n t o al c u a l p a r a r á s , —
el h o m b r e b e o d o
con
pausa
y
c o n la
lucidez que
dijo
para
c i e r t a s c o s a s , á p e s a r d e l e s t a d o d e sus f a c u l t a d e s m e n t a l e s , c o n s e r v a n á v e c e s los b o r r a c h o s .
— A h í v a p o r el p a s e o , —• d i j o l u e g o al c o c h e r o d e j a n d o c a e r e n la m a n o d e e s t e la m i t a d d e la v u e l t a d e la d o blilla , c u y a otra mitad c a y ó por el suelo.
Al
cabo de algunos
m o m e n t o s , gastados en recoger
lo
q u e se h a b i a c a í d o , e x c l a m ó l l e n o d e g o z o el c o c h e r o :
—
¡ D i e z y siete f r a n c o s ! ¡ o h prodigiosa p r o p i n a ! N o h a y
c o m o estar b o r r a c h o para ser r u m b o s o ; p e r o d e s p u é s , sintiendo
tal v e z a l g ú n
escrúpulo
de aceptar aquella canti-
d a d , — d i j o á su g e n e r o s o p a r r o q u i a n o .
— A d v i e r t o á V . , c a b a l l e r o , q u e son d i e z y s i e t e f r a n c o s ; d i e z y s i e t e , l o s q u e m e ha
d a d o V . . . . Se l o d i g o á V .
para q u e lo sepa.... diez y siete francos.
— S í , g u á r d a l o s . . . d i e z y s i e t e f r a n c o s tu p a s e o e s l a r g o . . .
pero no vayas muy
l i g e r o . . . . p u e s m e gusta m u c h o
dor-
m i r e n c o c h e . . . . q u e n o te se o l v i d e n l a s s e ñ a s . . . . un c o c h e a m a r i l l o . . . . á la e n t r a d a d e los C a m p o s E l í s e o s . . . . e n el
p e s c a n t e . . . . al l a d o d e l c o c h e r o ... h a b r á u n h o m b r e . . . . e n
l l e g a n d o j u n t o á e s t e c o c h e , te p a r a r á s ( I ) .
— Y a e s t o y , m i a m o , — dijo e l c o c h e r o , s u b i e n d o l l e n o
de
gozo
al p e s c a n t e ; e n t a n t o q u e
el
tabernero cerraba
(1) D i c h o l l e v a m o s ya q u e , s i e m p r e q u e e s t o e s p o s i b l e , n o s c o m placemos en
realidad
c i t a r a n a l o g í a s al
se p u e d e s o s p e c h a r .
^os d i a r i o s , s e l e i a la h i s t o r i a
glesa,
proscribir
do una
indecentes
(le
cuya
m u j e r d e n o m i n a d a la bella
q u e , si b i e n r i c a y d e a l t a a l c u r n i a ,
' a s mas
caracteres
no
N o h a c e m u c h o s m e s e s q u e , en l o d o s
recorría
t a b e r n a s do las i n m e d i a c i o n e s
in-
frecuentemente
del m e r c a d o ,
y
F.A N O n i l H .
por
dentro
su
puerta
con
En a q u e l m o m e n t o , dio el
8¡
gruesas
barras de
hierro.
c o c h e r o un buen latigazo
á
sus c a b a l l o s , y a l e j á n d o s e , m e d i j o :
— Ya lo v é V . , amiguito.... París es el p u e b l o d e las b u e nas g e n t e s . . . .
A estas p a l a b r a s , d e s a p a r e c i ó
el c o c h e
e n t r e las t i n i e -
blas
Durante un m o m e n t o
asaltáronme
i n d i g n a c i ó n c o n t r a la s o c i e d a d ,
ideas d e odio y
al p e n s a r e n
de
aquel h o m -
b r e , r i c o sin d u d a , p u e s t o q u e c o n t a n t a i n d i f e r e n c i a p r o digaba e n v e r g o n z o s o s y b r u t a l e s c a p r i c h o s
una c a n t i d a d
c o n la c u a l h a b r í a t e n i d o y o b a s t a n t e p a r a v i v i r 20 d i a s , ó
p a r a r e g r e s a r á casa d e C l a u d i o ü e r a r d y h u i r d e
c i u d a d i n m e n s a , e n m e d i o d e la c u a l m e v e i a y a
aquella
perdido...
P e r o ¿ i r á n s i e m p r e asi las c o s a s ? m e d e c í a y o d e s e s p e r a d o .
A u n o s t a n t o s b i e n e s s u p é r l l u o s , q u e el fastidio y la h a r t u r a
los l a n z a
en
las m a s
tanta p r i v a c i ó n y
asquerosas
depravaciones; á
otros
l a i d a m i s e r i a q u e , e n su d e s p e c h o , n o
s a b e n si e l e g i r la i m i e r t c ó la i n f a m i a ! . . . .
A p o c o , e m p e z ó , c o n s i d e r á n d o l o v a n o d e estas r e c r i m i n a c i o n e s c o n t r a una s u e r t e i n f l e x i b l e , y r e c o r d á n d o m e d e
las l e c c i o n e s d e C l a u d i o G e r a r d : — h e — a q u í , m e d i j e — el
m o m e n t o d e p o n e r l a s e n p r á c t i c a , resignación,
bajo y dignidad
— añadí•—-que
ción q u e me
propia;
repitiendo
m e den á n i m o , y que
i n s p i r a n , se
una
valor,
estas p a l a b r a s
á la b u e n a
el indujo de
la
tra-
espero,
resolumemoria
de Regina , n o m b r e sagrado , que por efecto de una tristísima c a s u a l i d a d , a c a b a d e p r e s e n t a r s e d e n u e v o á m i i m a ginación.
¡ R e g i n a ! p u r a y r a d i a n t e e s t r e l l a , h a c i a la c u a l d e b o a l atli se emborrachaba do aguardiente. En eslos últimos tiempos hornos visto tamílica 011 tus periódicos ta historia de cierto individuo
do la alto aristocracia inglesa á quien recogieron los agentes de policía completamente borradlo en el teatro de Asholey. Este personai c e l marqués de N.... preso bajo un nombro supuesto, fue r e c l a mado por su hijo.
5.
MARTIN
N2
EL
EXPÓSITO
z a r s i e m p r e l o s o j o s d e s d e los m a s h o n d o s c i n m u n d o s f a n gales
d e esta
vida !
N o m e era p o s i b l e p e r m a n e c e r
mas
t i e m p o e n la p u e r t a
d e la t a b e r n a ; la c a l l e e s t a b a d e s i e r t a y la n i e v e m e d i o fund i d a q u e c a i a á m a n e r a d e r e c i a l | u v i a , m e c a l a b a los v e s tidos y m e p e n e t r a b a h a s t a l o s h u e s o s : b u s c a n d o , p u e s , la
aróla encarnada
que , según
m e habia dicho el c o c h e r o ,
s e r v i a d e m u e s t r a á la casa d e h u é s p e d e s d o n d e se pasaba
a n o c h e por cuatro
s u e l d o s , c r u c é la c a l l e , g u i a d o p o r la
i n c i e r t a l u z d e l o s f a r o l e s q u e , h e n d i e n d o la n i e b l a , r e l i e a b a sus p á l i d o s r a y o s e n
el n e g r o f a n g o
que encubría
las
piedras.
A cosa d e diez minutos de h a b e r m e
puesto
en marcha ,
m e e n c o n t r é , c o n u n t r a p e r o q u e c o n su c a n a s t a e n la e s p a l d a y su l i n t e r n a y su g a n c h o e n la m a n o iba r e c o n o c i e n do los m o n t o n e s d e i n m u n d i c i a
d e p o s i t a d o s e n los á n g u l o s
d e la c a l l e ; e l t e m o r d e p e r d e r m e h i z o q u e l e p r e g u n t a s e
si c o n o c í a e n a q u e l l a s
inmediaciones una casa de huéspe-
des.
— T o m a n d o la s e g u n d a b o c a c a l l e
r a n d o d e s p u é s á la d e r e c h a , v e r á V.
d e la i z q u i e r d a , y g i el
farol e n c a r n a d o ,
— m e r e s p o n d i ó a q u e l h o m b r e sin m i r a r m e , n i s u s p e n d e r
s
u
faena.
A l cabo de diez minutos m e encontré
en una
calle e s -
t r e c h a y e n f r e n t e d e u n a c a s a d e m a l í s i m a a p a r i e n c i a , á la
c u a l se s u b i a p o r u n a e s c a l e r a d e m a d e r a , c o n s t r u i d a á a l g u n o s p a s o s s o b r e e l n i v e l d e la c a l l e , c u y a
puerta estaba
a b i e r t a . E n t r o e n e l l a ; m a s a los p o c o s pasos m e d e t e n g o ,
al o i r l o s furiosos l a d r i d o s d o u n p o r r a z o . Casi
inmediata-
m e n t e después a s o m ó p o r allí un h o m b r e p e q u e ñ o , r e g o r dete y de equívoca
fisonomía
, con un e n o r m e p a l o d e b a j o
d e l b r a z o , y c o n las d o s m a n o s o c u p a d a s u n a e n l l e v a r ,
o t r a e n r e s g u a r d a r del v i e n t o la v e l a d e
sebo,
que
dirigirse le servia.
— ¿ Q u é quiere V. ? — m e preguntó bruscamente.
— D e s e a r í a , p a s a r la n o c h e e n esta casa.
y
para
H-i
L A NOCIIF..
— ¿El pasaporte de V. ?
— A h í está.
— V e n g a n c u a t r o s u e l d o s . . . . q u e se p a g a n p o r a d e l a n t a d o , — me dijo el h o m b r e , después d e h a b e r
tendido
con
i n d i f e r e n c i a l a v i s t a p o r mi p a s a p o r t e .
Díle m i s c u a t r o s u e l d o s , y e c h é á a n d a r d e t r á s d e l h o m bre , q u e , despue s de atravesar un patio lleno de l o d o , m e
a b r i ó la p u e r t a d e u n a e s p e c i e d e s ó t a n o a l u m b r a d o p o r u n
q u i n q u é c u y o pestilente o l o r m e atufó casi. Había e n a q u e l
tabuco, ocho ó diez camas, ocupadas unas por h o m b r e s y
otras p o r m u j e r e s ; d o s p e r s o n a s d o r m í a n e n c a d a u n a , y
e l d u e ñ o d e la casa m e d i j o , s e ñ a l á n d o m e la ú n i c a q u e e s taba enteramente d e s o c u p a d a :
— C ó m o q u e e n esta casa se a c o s t u m b r a
á dar sábanas,
está p r o h i b i d o el a c o s t a r s e c o n z a p a t o s ; p o r q u e e s t o a g u j e r e a e l l i e n z o , y a r a ñ a las p a n t o r r i l l a s a l v e c i n o .
— E s t á b i e n , le d i j e :
— Ha d e s a b e r V . q u e
yo
no
respondo mas que de lo
q u e á mí se me entrega,—añadió
el h o m b r e a l m a r c h a r s e ,
sin q u e d e s g r a c i a d a m e n t e p u d i e s e y o e x p l i c a r m e e l
senti-
d o d e estas p a l a b r a s .
L a c a m a se c o m p o n í a d e u n j e r g ó n , c o l o c a d o s o b r e t r e s
l a b i a s , s o s t e n i d a s p o r d o s b a n q u i l l o s d e seis p u l g a d a s
alto , y c u b i e r t o d e una d e s g a r r a d a
de
colcha de lana , y de
unas sábanas mugrientas y llenas d e barro.
Las p a r e d e s ,
chorreaban
q u e por supuesto
humedad,
y la
no estaban
tapizadas,
salitrosa y
apisonada
tierra
servia de p a v i m e n t o .
T e n d i e n d o l u e g o la vista h a c i a
los h a b i t a n t e s
de aquel
c u a r t o , t u v e casi m i e d o , al v e r q u e la m a y o r p a r t e d e a q u e llos h o m b r e s
me
miraban con
ávida
atención;
m o v e r s e ni d e c i r u n a p a l a b r a . T o d o e s t o
p e r o sin
m e daba m u c h o
q u e p e n s a r a c e r c a d e la s o s p e c h o s a c a t a d u r a d e casi todos
mis c o m p a ñ e r o s d e c u a r t o , e n t r e l o s c u a l e s h a b i a t a m b i é n
tres m u j e r e s , d o s d e e l l a s b a s t a n t e j ó v e n e s , p e r o d e a j a d a ,
macilenta y desagradable
fisonomía.
vi
MARTIN
Kt
EXPÓSITO
S o b r e m a n e r a m e r e p u g n a b a á mi c o r a z ó n cuanto veían
mis ojos; p e r o hallándome r e n d i d o , puse debajo de
la a l -
m o h a d a e l p a q u e t e , e n q u e iba la p r e c i o s a c a r t e r a q u e c o g í e n la s e p u l t u r a d e la m a d r e d e R e g i n a y m e e c h é mi r o p a s o b r e lá c a m a , á fin d e e s t a r m a s a b r i g a d o ; p u e s t o d o s
l o s m i e m b r o s d e m i c u e r p o t e m b l a b a n d e frió.
E n v a n o , d u r a n t e m u c h o t i e m p o , traté de d o r m i r m e , y
de hallar en
el
sueño el o l v i d o m o m e n t á n e o de mí posi-
c i ó n : m a s , r e n d i d o , á la p o s t r e , d e fatiga, m e d o r m í p r o f u n damente
Y a e r a b i e n e n t r a d o el d i a , c u a n d o m e d e s p e r t é , s e n t é m e
e n la c a m a y v í m e s o l o e n el c u a r t o ; a b a n d o n a d o , m u c h o
t i e m p o h a c i a , s e g ú n toda p r o b a b i l i d a d , p o r m i s c o m p a ñ e r o s . M i r o s o b r e la c a m a , y b u s c o e n v a n o la r o p a . . . La ropa
h a b í a d e s a p a r e c i d o , y e n v e z d e la c u a l , m e e n c o n t r é c o n
u n m a l p a n t a l ó n y u n a e s p e c i e d e blusa d e l i e n z o a z u l a d o :
n o c r e y e n d o al p r o n t o q u e la falta d e a q u e l l o s o b j e t o s f u e se c o n s e c u e n c i a d e u n r o b o , m e p u s e c o n a n s i e d a d á m i r a r p o r e l s u e l o á u n a y otra p a r t e d e mi a s q u e r o s a c a m a ;
p e r o n a d a e n c o n t r é y hasta m i s o m b r e r o y mi c a l z a d o h a bían desaparecido.
N o m e n o s a f l i g i d o q u e c o l é r i c o , p u e s c o n s i d e r a b a la v e n ta d e m i s v e s t i d o s n u e v o s c o m o
mi último recurso , l l a m é
á v o c e s al d u e ñ o d e la c a s a , y di f u r i o s o s g o l p e s e n la par e d , c o n t r a í a c u a l estaba a p o y a d a la c a b e c e r a d e m i c a m a ;
m a s nadie m e respondió.
D e s p u é s d e u n c u a r t o d e h o r a d e inútil y s i l e n c i o s a e s pera,
m e vi precisado á e n v o l v e r m e en
nie dejaron , y
los a n d r a j o s
que
á e c h a r m e á andar descalzo y cargado con
el p a q u e t e , q u e felizmente m e había servido de a l m o h a d a :
e n u n c u a r t o á la d e r e c h a d e l p a t i o e n c o n t r é al d u e ñ o
de
la c a s a , q u e e s t a b a f u m a n d o u n a p i p a , c o n u n j a r r o d e v i no delante, y
m e quejé con indignación
del robo de q u e
fui v í c t i m a .
— ¿ Y á m í , qué me
dice
V.
de eso? —
repuso aquel
h o m b r e ; — y a d i j e á V . a y e r que i/o no respondía
mas que de
LA N O C H E
tos «¡eclos
que á mi
m e hubiera
mismo
se me
Xt»
Si
entregaban....
anoche
V. d a d o su r o p a , a h o r a se la e n c o n t r a r í a
a h í ; esta m a ñ a n a , b i e n vi á u n o
q u e salia v e s t i d o
V.
como
V . lo estaba a n o c h e . . . . c r e í q u e era V . m i s m o . . . . p e r o a m i g o ; ¡ c ó m o h a d e s e r ! h a b e r d o r m i d o con los ojos abiertos.
Y c o m o y o insistiese, l e v a n t a n d o la v o z , a ñ a d i ó c o n t o n o
brutal:
— C u i d a d o c o n lo q u e se d i c e ,
si n o q u i e r e V . q u e l o
e c h e á la c a l l e . Y a v e V . q u e s o y h o m b r e p a r a e l l o , — a ñ a dió,
haciendo
ademan
de
enarbolar
sus r o b u s t o s
bra-
zos.
— Y y o t a m b i é n , — le r e p l i q u é e x a s p e r a d o , — y o t a m b i é n s o y h o m b r e d e resistir á V . , y d e n o s a l i r d e a q u í h a s t a
q u e V . m e b a y a h e c h o d e v o l v e r ó r e e m p l a z a r m i r o p a . . . si
v i e n e la g u a r d i a . . . .
q u e venga.... entonces nos e x p l i c a r e -
m o s ; por mi p a r l e nada t e m o .
— ¿ A s í t o m a V . la c o s a ? — m e
bien , en lugar
de
dijo e l d u e ñ o . —
darnos de mojicones,
Pues
v a m o n o s á casa
del c o m i s a r i o d e p o l i c í a , y allí v e r e m o s . N o f a l t a r í a m a s s i no q u e por cuatro miserables sueldos q u e m e dan ,
fuese
y o responsable de cincuenta ó d e sesenta francos de ropa...
V a m o s á casa d e l c o m i s a r i o .
L o s e g u r o q u e se m o s t r a b a
este h o m b r e ,
sus
razones,
que confieso me parecieron j u s t a s , sobre todo cuando m e
r e c o r d a b a sus p a l a b r a s d e la n o c h e a n t e r i o r , yo no
do mas que
de lo que á mi se me entrega,
respon-
la c o n s i d e r a c i ó n ,
también justa, de q u e , aun suponiendo q u e aquel
hombre
fuese c o n d e n a d o á i n d e m n i z a r m e el v a l o r d e la r o p a q u e
m e h a b í a n r o b a d o , s e r i a i n d i s p e n s a b l e q u e á esta i n d e m nización precediese una sentencia de los tribunales, antes
de cuya obtención habían de transcurrir meses y semanas;
considerando, en
fin,
lo
útiles q u e
para mí
podían
ser
las f r e c u e n t e s r e l a c i o n e s d e e s t e h o m b r e , ; c o n o t r o s d e s g r a ciados d e mi especie , le dije con a m a r g a r e s i g n a c i ó n :
— P u e s b i e n ; a u n q u e e n su c a s a d e V . m e h a n r o b a d o ,
y q u e , p o r m a s q u e V . diga , y o n o p u e d o c r e e r q u e d e j e
MARTIN
SI)
ile p e s a r s o b r e V. unu
El,
EXPÓSITO
r e s p o n s a b i l i d a d , c o n s i e n t o e n e\ ¡-
t a r l e l o s d i s g u s t o s d e un e s c á n d a l o , y e n n o d a r p a r l e á la
justicia ; p e r o c o n u n a c o n d i c i ó n .
— A s i s t i é n d o m e , c o m o m e a s i s t e , la r a z ó n , n o t e m o e s c á n d a l o s , ni d i s g u s t o s ; á p e s a r d e e s o , d i g a V. esa c o n d i c i ó n . . . C o m p r e n d o su p o s i c i ó n d e V . , y l o c a r g a n t e q u e e s
v e r s e d e esa m a n e r a c a m b i a d o d e d e c o r a c i ó n ; m a s y a
d i c h o á V. q u e p a r a e v i t a r l o , l o q u e h a b í a
m e t e r s e la r o p a
d e b a j o d e la a l m o h a d a , ó b i e n
v e s t i d o . P o r r e g l a g e n e r a l , esto e s
he
que hacer,
lo q u e
era
acostarse
se d e b e
hacer
c u a n d o n o se c o n o c e la s o c i e d a d c o n q u i e n se v i v e .
— T a r d í o s son esos c o n s e j o s ; otros quisiera y o q u e V. m e
d i e s e . . . . T e n g o f u e r z a s y v o l u n t a d , sé l e e r , e s c r i b i r y c o n t a r , c o n o z c o b i e n el f r a n c é s , sé u n p o c o
.leografía,
y además tengo
d e historia y
de
u n o f i c i o ; es d e c i r q u e t r a b a j o
m e d i a n a m e n t e d e c a r p i n t e r o . P o r f u e r z a ha d e c o n o c e r V.
o t r o s h o m b r e s q u e se e n c u e n t r a n
e n la p o s i c i ó n . . . e n q u e
estoy y o . . . : ¿ C ó m o h a r é para e n c o n t r a r e n París medios de
vivir honradamente ?
—
¡Una f r i o l e r a ! e n c o n t r a r en París medios d e v i v i r h o n -
radamente y.... ¡en invierno!
Vaya , a m i g u i t o , q u e no es
V. d e l i c a d o , — ¿ a s í , c r e e V. q u e se e n c u e n t r a q u e h a c e r ,
e n u n q u í t a m e a l l á esas p a j a s ? D e s d e l u e g o , e n i n v i e r n o ,
n o se t r a b a j a d e c a r p i n t e r í a . . . . y e n c u a n t o á s a b e r
escribir y contar,
leer,
hay millares y centenares de hombres
q u e s a b e n t a n t o c o m o V . , y q u e se m u e r e n d e h a m b r e .
— P e r o , e n e s t e c a s o , ¿ q u é h a r é ? V. q u e c o n o c e
las
miserias de París.... aconséjeme V.... por piedad.... Yo no
c o n o z c o á n a d i e e n esta c i u d a d á d o n d e
llegué ayer
por
primera vez....
—
Entiendo, — d i j o el dueño encogiéndose de hombros.
— V. ha v e n i d o á París c o m o v i e n e n tantos a v e c h u c h o s , á
p r o b a r fortuna , ¿ no es eso ?
— Eso h a c e p o c o al c a s o ; c u a l q u i e r a q u e sea el m o t i v o
q u e m e ha t r a í d o á P a r i s : h e a q u í m i p o s i c i ó n ; s o y
robusto, estoy acostumbrado a l a
fatiga
joven,
y al t r a b a j o , t e n -
LA N 0 C 1 I K .
go á n i m o , y n o
mi
>S7
pido mas q u e u n a ocupación
para
ganar
subsistencia.
— E n t i e n d o , e n t i e n d o m u y b i e n ; p e r o e n el m i s m o c a s o
se e n c u e n t r a n m i l l a r e s d e h o m b r e s , q u e p i d e n
lo m i s m o ,
y q u e n o lo e n c u e n t r a n . . . . r u e d e V . , sin e m b a r g o , i r s e a!
puerto;
d o n d e tal v e z h a y a a l g u n o s c u a r t o s
ayudando
á descargar
barcos.... pero
que recoger,
cuidadito, porque
a n t e s t e n d r á V. q u e a n d a r á p u ñ e t a z o s , y d e firme ; p u e s
s i e n d o V. n o v a t o , n o l e d e j a r á n los a n t i g u o s v i v i r e n p a z ,
hasta h a b e r l e d a d o á V. u n o s c u a n t o s t r a s t a z o s , ó
do alguna buena
recibi-
lección.
— C o n q u e , s e g ú n e s o , ¿ n o h a y otra
alternativa?
— S í ; la d e ir á la p u e r t a d e los t e a t r o s á a b r i r y c e r r a r
los c o c h e s ; p e r o t a m b i é n s e r á preciso m e n u d e a r los m o j i cones,
p u e s q u e a l l í , l o m i s m o q u e e n las d e m á s p a r t e s ,
hay antiguos.... Además de esto,
ha d e
saber Y . , que
t o d o s esos o f i c i o s s o n p r o p i e d a d casi e x c l u s i v a d e
rateros,
de h o m b r e s escapados de presidio, y de gente por el m i s m o estilo , c u y o t r a t o p o d r í a p e r j u d i c a r á u n j o v e n r e s u e l t o á m a r c h a r p o r la b u e n a
— Yo
via.
no lo creo así; c r e o que
un
hombre
honrado,
puede ser h o n r a d o e n todas partes. D e todos m o d o s . a g r a dezco
á
V. sus c o n s e j o s ,
y le s u p l i c o q u e m e d i g a d o n d e
está e l p u e r t o . . . . e m p e z a r e m o s
por ahí.
A p e s a r d e la r u d e z a d e su c a r á c t e r y d e lo e m p e d e r n i d o
de
su c o r a z ó n ,
movióse
á piedad de mí aquel h o m b r e ,
a c o s t u m b r a d o á p r e s e n c i a r tantas y tan d e p l o r a b l e s m i s e rias;
y q u e r i e n d o s e r m e ú t i l , á su m a n e r a , r e p l i c ó
des-
pués de un m o m e n t o de silencio....
— T e n g o p a r a m í q u e ha d e ser V . u n g u a p o y
chico.... v o y pues
á ver de arreglarlo
honrado
todo.... En p r i m e r
l u g a r ; ¿ q u é e s l o q u e l e q u e d a á V. e n m e t á l i c o s o n a n te?
— Diez y siete sueldos, y
este
paquete,
que
tres c a m i s a s ¡ d o s p a ñ u e l o s , y u n v e s t i d o para
— ¿Nada
mas?
contiene
trabajar
NK
MARTIN
EL
EXPÓSITO
— Nada mas.
— S! las c a m i s a s y los p a ñ u e l o s v a l e n a l g o , d a r é á V. e n
c a m b i o d e e l l o s un p a r d o z a p a t o s y un g o r r o g r i e g o , e n b u e n
e s t a d o t o d a v í a ; d e e s t e m o d o t e n d r á V. s o m b r e r o y c a l z a d o ;
y como
e s e p a n t a l ó n está a u n
chaqueta debajo de
p a s a d e r o , se m e t e r á V.
la b l u s a , c o n lo c u a l t e n d r á V .
la
menos
trio. Así p u e s , cátese vestido de pies á c a b e z a . . . . Ahora b i e n ,
p o r l o q u e r e s p e c t a á i r al p u e r t o ó a l a p u e r t a d e los t e a t r o s
p a r a g a n a r su
s u b s i s t e n c i a . . . . d i r é á V . . . . y se l o d i g o
con
' o r m a l i d a d . . . . q u e p o r m a s s a n t o q u e V . s e a . . . . s e r á V. un
truhán antes de tres días... y crea V. que no trato de ofendoro . . . . a m e n d e q u e esto s e r i a u n a g a n g a ; lo m a l o s e r i a
que
n o p u d i e s e V . g a n a r un s u e l d o d u r a n t e u n o ó d o s d i a s ; d e 1110q u e al t e r c e r o . . . se v i e s e V . a c o m e t i d o p o r el h a m b r e ; p e r o
n o e s e s t o l o q u e á V. c o n v i e n e ; lo q u e á V. c o n v i e n e v o y á
decírselo:
escúcheme
pues con atención:
V a y a s e V . á los
b a r r i o s b a j o s d e l ' a r í s , p á r e s e d e l a n t e d e la p r i m e r a t i e n d a
q u e e n c u e n t r e , a g a r r e una c o n c h a d e ostra, y tírela contra
u n cristal... Escuche V., c o m p a d r i t o , q u e es m u y importante
lo q u e le
v o y á d e c i r . . . . P r e f i e r e V . d a r u n a patada
en
la
b a r r i g a al p r i m e r a g e n t e d e p o l i c í a q u e e n c u e n t r e ? ....
T a m b i é n esto s e r i a b u e n o
y n a d a d e s h o n r o s o ni lo u n o
ni l o o t r o , ¿ n o e s a s í ? Oiga V . a h o r a el m i s t e r i o q u e esto e n c i e r r a . H a c i e n d o u n a d e estas f e c h o r í a s ú otra e q u i v a l e n t e ,
l o a g a r r a n á V , se lo l l e v a n á c h í r o n a , y s i e m p r e e s cosa d e
d o s ó t r e s m e s e s d e c á r c e l , d u r a n t e los c u a l e s v i v e u n o b i e n
calentito, en buena cama , bien comido
de este m o d o
se d e j a p a s a r el i n v i e r n o , l l e g a e n t a n t o la p r i m a v e r a , . . . y
e n t o n c e s h a y t i e m p o d e ver venir;
e m p i e z a n los
y zurra q u e es t a r d e ; a d e m á s de q u e el v e r a n o
trabajos,
n o e s tan
d u r o c o m o e l i n v i e r n e . E n d i f i n i t i v a , e n t o n c e s se e n c o n t r a rá V. lo mismo q u e h o y
p e r o p o r l o m e n o s h a b r á V.
vivi-
d o t r e s ó c u a t r o m e s e s . ¿ Q u é t a l , a m i g u í t o ? ¿ S a b e V . q u e esto
vale algo?
S e p a V , a m i g o m i ó , q u e le h a b l o c o m o lo
c i e r a á nii p r o p i o h i j o . . . .
Acaso creerá V. que le d o y
hiuna
b r o m a ; p e r o a l c a b o d e a n d a r o c h o dias p o r P a r i s , c o n o c e -
LA N 0 C 1 I K .
89
ra V. q u e y o tenia r a z ó n y se a r r e p e n t i r á d e n o h a b e r
se-
g u i d o mis c o n s e j o s .
— lis m u y p o s i b l e q u e h a y a
algo de positivo en lo
V. m e d i c e , a u n q u e n o d e j a d e s e r b a s t a n t e
que
desconsolado-
ra una suposición d e esta n a t u r a l e z a . . . . esto n o o b s t a n t e , m i
deseo es p o n e r los m e d i o s q u e e s t é n á m i a l c a n c e p a r a e n c o n t r a r t r a b a j o ; p u e s el n o m b r e d e c á r c e l
me
horroriza.
N o p u d i e n d o ir d e s c a l z o y sin s o m b r e r o , a c e p t o
el o f r e c i -
m i e n t o q u e V . m e h a c e r e l a t i v o al c a m b i o d e r o p a , y a d e más s u p l i c o á V . se s i r v a d a r m e los e n s e r e s n e c e s a r i o s p a r a
escribir una carta.
— A q u í tiene V. una mesa , un tintero y un p l i e g o d e p a p e l ( p i e l e r e g a l o ; y e n t a n t o q u e V. e s c r i b e su c a r t a , e x a m i n a r é y o l o s e f e c t o s q u e c o n t i e n e el lio p a r a ir á b u s c a r l o s
z a p a t o s y el g o r r o , e n el c a s o d e q u e a q u e l l o s m e c o n v e n g a n .
A p r o v e c h a n d o aquella coyuntura, escribí puesá Claudio
Gerard , luciéndole en pocas palabras
la p o s i c i ó n
en
que
m e encontraba, y suplicándole que me escribiese á correo
t i r a d o , d i r i g i é n d o m e , s i n m a s s e ñ a s q u e mi n o m b r e , su c a r ta, q u e m e e n c a r g a b a y o d e i r á b u s c a r al c o r r e o .
D e s a h o g ú e m e a l g ú n tanto, en los cortos instantes q u e e m pleé en c o m u n i c a r mis sentimientos á Claudio G e r a r d , y y a
estaba y o c e r r a n d o la c a r t a , c u a n d o e n t r ó e l p a t r ó n , c o n u n
p a r d e z a p a t o s e n u n a m a n o , y e n la o t r a u n g o r r o g r i e g o ,
q u e allá e n sus m o c e d a d e s d e b i ó s e r c o l o r a d o . C o n e s t o e n d o s é la c h a q u e t a , p ó s e m e la blusa p o r e n c i m a , m e t í m e e n
e l b o l s i l l o la c a r t e r a y l o s p o c o s s u e l d o s q u e
mequedaban,
y s a l u d é al d u e ñ o d e la c a s a , q u e m e r e p i t i ó :
•— C r é a m e V . , a m i g o m i ó ; d é V. un t r a s t a z o al p r i m e r a g e n t e d e p o l i c í a c o n q u i e n t o p e , ó r o m p a V. los c r i s t a l e s d e
la p r i m e r a t i e n d a q u e se l e p r e s e n t e , y e s t é V . s e g u r o
de
e n c o n t r a r d e esa m a n e r a a l b e r g u e p a r a e s t e i n v i e r n o .
L l e n o de angustia , m e alejé de a q u e l singular
mentor,
y c e d i e n d o á una ú l t i m a y v a g a e s p e r a n z a , q u i s e ir otra v e z
al C a l l e j ó n d e l Z o r r o , p o r s i , m a s
hallaba esta v e z á B a m b o c l i a .
f e l i z q u e el dia a n t e s ,
'•)0
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
F á c i l m e f u e , p r e g u n t a n d o , e n c o n t r a r el c a l l e j ó n sin salida. A l l l e g a r al p e d a z o d e tierra c a m p a ( p i e
cho callejón
separaba di-
d e las c a l l e s del a r r a b a l , a d v e r t í una m u l t i -
tud d e g e n t e r e u n i d a , y u n p o c o m a s allá las b a y o n e t a s de
los s o l d a d o s , q u e r e l u c í a n p o r e n c i m a
proximóme y pregunté
d e las c a b e z a s :
a-
la c a u s a d e esta n o v e d a d .
— Es u n a m a d r i g u e r a d e c o n t r a b a n d i s t a s , q u e se a c a b a
d e d e s c u b r i r e n el n ú m e r o p r i m e r o d e l c a l l e j ó n
d e B a m b o c h a ) ; p e r o la p o l i c í a
(la
casa
ha l l e g a d o t a r d e , — m e r e s -
p o n d i e r o n . — Se han e n c o n t r a d o g é n e r o s y otras cosas s o s p e c h o s a s , m a s l o s c o n t r a b a n d i s t a s se h a b í a n e s c u r r i d o ; p a r e c e q u e a y e r o l i e r o n el g o l p e q u e l e s a m e n a z a b a , y á estas
horas ya
están lejos.
E n t o n c e s c o m p r e n d í la a p a r i c i ó n d e l L i s i a d o la
e n la t a b e r n a d e las Tres
Cubas
y sn a l a r m a d o
víspera
ademan,
d e d o n d e i n f e r í q u e su o b j e t o h a b í a sido ir á a v i s a r á l i a i n b o c h a q u e n o v o l v i e s e á a q u e l sitio.
Bambocha,
comprometido
en
tan
mala
causa,
debia
h a b e r s e a l e j a d o d e P a r í s , ó e s t a r o c u l t o p o r lo m e n o s ; f u e r z a
f u e p u e s , r e n u n c i a r a toda e s p e r a n z a d e d a r c o n
él,
signarme
presen-
y aceptar
mi situación
tal
como
se
re-
taba.
Este
en
f u e e l p r i m e r día , esta la p r i m e r a n o c h e q u e pasé
París.
IX.
Trabajo y pan.
D e s t r u i d a s t o d a s m i s e s p e r a n z a s p o r la i m p r o v i s t a m u e r t e
de M. de
Saint
Etienne , privado
Bambocha del apoyo
p o r la d e s a p a r i c i ó n
q u e d e él h a b r í a p o d i d o e s p e r a r
de
en-
c o n t r á b a m e y o s o l o on m e d i o d e P a r í s , i n m e n s a p o b l a c i ó n
d e s c o n o c i d a p a r a m í , sin m a s r e c u r s o s ( p i e los
miserables
TRABAJO Y PAN.
vestidos q u e m e c u b r í a n , y
felizmente
puse
l
los d i e z y s e i s s u e l d o s
en s a l \ o , c o n la c a r t e r a s a c a d a
JI
que
déla
se-
pultura d e la m a d r e d e l l c g i n a .
Dos solo e r a n los p a r t i d o s q u e , s e g ú n la o p i n i ó n d e l a m o
d e la casa
d e p u p i l o s e n q u e fui d e s p o j a d o , m e q u e d a b a n
que tomar p a r a n o m o r i r m e d e h a m b r e .
El p r i m e r o , h a c e r q u e m e p r e n d i e s e n p o r u n d e l i t o c u a l quiera.
El s e g u n d o , ir al m u e l l e ó á la p u e r t a d e l o s t e a t r o s c o n
la i n c i e r t a e s p e r a n z a d e g a n a r a l g u n o s s u e l d o s , b i e n f u e s e
ayudando
á
acarrear fardos, bien
abriendo
las
puertas
de los coches.
P o r m a s v e r o s í m i l , y a u n p o s i t i v a , q u e f u e s e la a s e r c i ó n
del a m o d é l a posada c o n r e s p e t o á la i m p o s i b i l i d a d d e e n contrar diariamente trabajo, sobre todo e n aquella estación
d e l a ñ o , i m p o s i b l e m e fue al p r o n t o r e s i g n a r m e á
— En cada b a r r i o ,
— m e decía y o á
mí
u n m a g i s t r a d o c u y a p u e r t a esta s i e m p r e
creerla.
mismo—
hay
abierta, y al
cua'
m e d i r i g i r é , e n la i n t e l i g e n c i a d e q u e , t a n t o e n n o m b r e d e
la l e y
c o m o e n el d e la
sociedad , dará
indudablemente
a u x i l i o á un h o m b r e h o n r a d o , q u e n o p i d e m a s q u e t r a b a j o .
L u e g o q u e h u b e salido d e l c a l l e j ó n s i n s a l i d a l l a m a d o el
c a l l e j ó n d e l Z o r r o , m e v o l v í h a c i a la p u e r t a q u e
arrabal, y pregunté donde vivía
el
comisario
daba
del
I n f o r m a d o d e e l l o , m e d i r i g í y fui p r e s e n t a d o á d i c h o
gistrado á q u i e n en pocas palabras c o n t é c u a n t o
al
barrio.
ma-
desde
el
m o m e n t o , d o mi l l e g a d a á P a r í s m e h a b í a a c o n t e c i d o , o c u l t a n d o e m p e r o el r o b o d e q u e fui v í c t i m a e n la casa d e h u é s p e d e s , c o m o se lo t e n i a o f r e c i d o á su d u e ñ o .
A l p r i n c i p i o se m e f i g u r ó
q u e el
magistrado
con frialdad, adustez y recelos ; m a s b i e n
me
recibía
pronto mudé de
o p i n i ó n , pues c o n v e n c i d o l u e g o d e mi s i n c e r i d a d se m e m o s tro s o l í c i t o y c o m p a s i v o ; y h e aquí su r e s p u e s t a :
« P o r los p o r m e n o r e s q u e V. m e r e l a t a ; p o r el m o d o c o n
« q u e V. se e s p r e s a , y p o r la e x p e r i e n c i a q u e t e n g o d e l o s
i hombres, quedo íntimamente persuadido
de
que V. d i -
92
MAliTIN
El.
EXPÓSITO,
« c e la v e r d a d , y d e (¡uc la p o s i c i ó n d e V. es tan triste, c o cí D I O d i g n a d e c o m p a s i ó n . . . . p e r o , d e s g r a c i a d a m e n t e ,
na-
cí da p u e d o h a c e r e n f a v o r d e e l l a . nada a b s o l u t a m e n t e . , y
(i a u n falto á m i d e b e r si i n m e d i a t a m e n t e
no
mando
(pie
« p r e n d a n á V . p u e s t o q u e , c o m o V . lo ha c o n f e s a d o ,
« tiene
m e d i o a l g u n o d e s u b s i s t e n c i a , ni
« q n e s a l g a fiador d e V
nadie
en
no
París
T a l v e z le h a g o un p e r j u i c i o n o
« p r i v á n d o l e d e u n a l i b e r t a d , d e q u e t e m o n o p u e d a V. h a « c e r m a s uso q u e el i r á p e d i r d e p u e r t a e n p u e r t a ,
ce l i t o q u e
do-
i n e v i t a b l e y d e s g r a c i a d a m e n t e c o n d u c i r á á V. á la
« c á r c e l ; y o no quiero abusar de
la c o n f i a n z a q u e
« deposita V. ; p e r o c r é a m e Y . d e
esa
educación
en
« utilidad p u e d e V. sacar e n estas tan críticas c o m o
« uñantes circunstancias.
mi
ninguna
apre-
M a s t a r d e tal v e z h a b r í a V. p o -
ce d i d o t r a b a j a r d e c a r p i n t e r o ; m a s este o f i c i o está p o r d e s « gracia
e n t e r a m e n t e p a r a l i z a d o d u r a n t e los m e s e s d e
in-
« vierno. »
— Pero , enfin, señor magistrado, ¿qué hago?
aconseja
¿ qué me
V?
¡ V á l g a m e Dios! pobre j o v e n ; — «El único c o n s e j o q u e p u c « d o d a r l e , e s q u e se d e j e c o n d u c i r á la c á r c e l
en calidad
« d e v a g o ; d e e s t e m o d o á l o m e n o s e n c o n t r a r á V . p a n ...
« p a n y u n a s i l o . . . . p e r o V . e s tan j o v e n , y la v i d a d e la c a r ee c e l t a n c o n t a g i o s a , q u e s e r í a e x p o n e r s e á c o r r o m p e r e n e « l i a , u n a í n d o l e c o m o la d e V . ,
e< t e .
Triste
ee r e V ?
es
que me parece exccleu-
á la v e r d a d t o d o e s t o ;
pero
¿qué
quíe-
La l e y n o p u e d e p r e v e r l o t o d o . »
— ¡Cómo! —exclamé
y o lleno de
angustia.—
¡Cómo!
¿ L a l e y n o p u e d e p r e v e r una e v e n t u a l i d a d , por desgracia
jan frecuente , como
e s la d e q u e , á p e s a r d e
sus buenos
deseos , no e n c u e n t r e trabajo un h o m b r e de b i e n ? . . . . Mas,
p u e s t o q u e la
ley prevé
p e r f e c t a m e n t e t o d a s las e s p e c i e s
d e delitos q u e p u e d e n c o m e t e r s e , ¿ c ó m o e s q u e no
las causas q u e p u e d e n e n g e n d r a r estos
—
prevé
delitos?
¿ Q u é q u i e r e V . ? así v a el m u n d o ; — m e r e s p o n d i ó c o n
tristeza el m a g i s t r a d o .
TRABAJO Y PAN.
93
Kn a q u e l m o m e n t o v i n o á l l a m a r l e su s e c r e t a r i o , c o n m o l í v o d e n o sé q u e cosa, q u e h a b í a o c u r r i d o ;
e n vista
d e lo
cual m e d e s p e d í d e l c o m i s a r i o , p e n s a n d o q u e , s a l v o el m o d o
de e x p r e s a r s e , h a b í a
mucha
anología
entre el
lenguaje
del m a g i s t r a d o y el d e l a m o d e la casa d e h u é s p e d e s .
Por m a s d c s c o n s o l a d o r a q u e fuese esta n u e v a g e s t i ó n , n o
lo era b a s t a n t e p a r a d e s a l e n t a r m e ; p u e s t o q u e , d u e ñ o d e d i e z
y seis s u e l d o s , y v i v i e n d o c o n d o s ó c i n c o
do pan diarios ,
y p a g a n d o c u a t r o p o r mi a l o j a m i e n t o , t e í n a a s e g u r a d a c u a n do m e n o s la subsistencia d e d o s d i a s , sin p e r j u i c i o d e l o q u e
saliese : á p e s a r m i ó , e s p e r a b a y o q u e m e d e p a r a s e a l g o la
s u e r t e . A n t e s , p u e s , d e d e c i d i r m e p o r las p r o b l e m á t i c a s i n d u s t r i a s d e q u e m e h a b l ó el a m o d e la casa d e h u é s p e d e s ,
q u i s e ir á p r o b a r u n m e d i o d e e x i s t i r m e n o s p r e c a r i o .
C a m i n a n d o sin d i r e c c i ó n por las c a l l e s d e P a r í s , a d v e r tí e n esto el r ó t u l o d e un m e m o r i a l i s t a , y c o n c e b í u n v i s o
d e e s p e r a n z a , c r e y e n d o p o d e r e n c o n t r a r e n su casa a l g u n a
ocupación. Aproximábase
el día d e a ñ o
n u e v o , época en
q u e , p o r lo g e n e r a l , t i e n e n l o s p o h r c s q u e n o s a b e n e s c r i b i r
deseos ó sentimientos
que
manifestar
á
sus p a r i e n t e s ó
amigos ausentes. P e n s a n d o en e s t o , m e llegué con timidez
al t e n d u c h o d e l m e m o r i a l i s t a , el c u a l , a p e n a s l e h u b e i n d i c a d o mi p e t i c i ó n y o f r e c í d o l e m i s s e r v i c i o s , c e r r ó
brusca-
m e n t e la p u e r t a , c r e y e n d o sin d u d a v e r e n m i a l g ú n f u t u r o
co m p e t i d o r .
S i g u i e n d o p u e s mi i n c i e r t a y e r r a n t e m a r c h a , r e p a r é a l
paso e n la t i e n d a d e un c a r p i n t e r o ; y c o n o c i e n d o b a s t a n t e
b i e n e l oficio d e c a r p i n t e r o d e o b r a s , q u e n o d e j a d e t e n e r
a l g ú n p u n t o d e c o n t a c t o c o n el d e c a r p i n t e r o d e t a l l e r , m e
a v e n t u r é á e n t r a r y á p e d i r t r a b a j o al d u e ñ o d e la t i e n d a .
— Hijo m í o , — m e dijo e s t e ; — d e v e i n t e b u e n o s o f i c i a l e s
q u e e m p l e a b a , s o l o c o n s e r v o c i n c o , e n vista d e la d e c a d e n c i a d o los t r a b a j o s : ¿ c ó m o q u i e r e V. p u e s q u e le
o c u p a c i ó n , s o b r e todo c u a n d o ni s i q u i e r a
es V. del
de
ofi-
cio ?
Al o i r esta c o n t e s t a c i ó n , q u e n o p o d i a s e r m a s j u s t a , m e
94
MARTIN
KL
EXPÓSITO.
a l e j é d e la t i e n d a del c a r p i n t e r o c o n el c o r a z ó n o p r i m i d o ;
y c o m o se h u b i e s e h e c h o d e n o c h e y y o e s t u v i e s e e x t e n u a d o d e fatiga y d e n e c e s i d a d , c o m p r é t r e s c u a r t o s d e
pan
e n casa d e u n p a n a d e r o , y p r e g u n t é si estaba l e j o s d e allí
la p u e r t a d e la C h o p i n e t t e ; p u e s m í i n t e n c i ó n e r a v o l v e r
á d o r m i r á la m i s m a casa d e h u é s p e d e s , á c u y o d u e ñ o cons i d e r a b a y o y a c o m o á u n c o n o c i d o ; p e r o h a l l á n d o m e en
las i n m e d i a c i o n e s d e l P u e n t e N u e v o , h a b r í a sido preciso
a t r a v e s a r t o d o P a r í s p a r a l l e g a r á d i c h a p u e r t a . En vista de
esto, pregunté
si h a b í a
en
a q u e l b a r r i o a l g u n a casa de
h u é s p e d e s , y p o r las i n d i c a c i o n e s q u e r e c o g í , m e e n c a m i n é á las c a l l e j u e l a s i n m e d i a t a s al L o u v r e p o r la p a r t e d é l a
c a l l e d e S a i n t - H o n o r c , m e p r e s e n t é e n u n a d e l a s casas de
s i n i e s t r o a s p e c t o q u e p o r allí se e n c u e n t r a n , d o n d e á causa d e l barrio
y d e la p r o x i m i d a d d e l Palais
según
fíoyal,
d e c í a n , m e e x i g i e r o n seis s u e l d o s e n v e z d e los c u a t r o que
on
mi primer
alojamiento
p a g u é ; este a u m e n t o
d e dos
sueldos r e q u e r i d o por mi c a m b i o de domicilio , represen¡aba
p a r a m í u n día d e s u b s i s t e n c i a ; p e r o estaba tan
mo-
l i d o , t e n i a u n trio tan p e n e t r a n t e , y tal n e c e s i d a d d e descanso q u e m e r e s i g n é á este sacrificio, y m e n o s desconfiado
sta v e z q u e
la
primera,
m e acosté e n t e r a m e n t e
vestí-
do , c u i d a n d o d e o c u l t a r c u i d a d o s a m e n t e e n m i b o l s i l l o los
siete sueldos q u e m e q u e d a b a n . L a s o c h o d é l a n o c h e ópor
a h í s e r i a n ; m a s c o m o los h a b i t a n t e s , s i e m p r e sospechosos
d e l a s c a s a s d e a q u e l l a e s p e c i e , se r e c o g e n p o r l o r e g u l a r
m u y t a r d e , e n c o n t r é d e s i e r t o e l c u a r t o , d e c u y a s varias
c a m a s , m e estaba destinada una.
aquella
noche
Ignoro quienes
fueron
l o s q u e d u r m i e r o n á mi l a d o ; p u e s y lo
h i c e tan p r o f u n d a m e n t e , q u e t u v o e l a m o q u e v e n i r á d e s p e r t a r m e c u a n d o á m e d i o día e s p i r ó m i d e r e c h o d e p e r m a n e c e r en a q u e l l a casa.
Casi c o n v e n c i d o d e a n t e m a n o d e l o inútil d e m i petición,
p r e g u n t é al h u é s p e d si p o d r í a p r o p o r c i o n a r m e u n a o c u p a c i ó n d e c u a l q u i e r a e s p e c i e q u e f u e s e . M i r ó m e esto h o m b r e
(¡on d e s c o n f i a n z a y , sin q u e y o p u d i e s e c o n o c e r el odioso
T R A H A J O Y l>AN.
sentido quo
a mis p a l a b r a s d a b a
ílo
é l , me respondió
soez-
mente :
— T ú e r e s d e la p o l i c í a y q u i e r e s
t e n d e r m e un
pero has de saber q u e y o soy todavía
lazo....
m a s ladino q u e tú.
Dicho lo c u a l , a ñ a d i ó c o n i r ó n i c o g e s t o y r e c a l c a n d o sus
palabras.
—
N o , no tengo ocupación que darte.
V i e n d o al lin la i n u t i l i d a d d e m i s d i l i g e n c i a s para e n c o n rar
un trabajo
de que ocuparme
mis ú l t i m o s r e c u r s o s , siete
honrosamente , y
sueldos , se h a b r í a n
que
concluido
al dia s i g u i e n t e , m e d e c i d í á s e g u i r los c o n s e j o s d e l
hosta-
l e r o d e j u n t o á la p u e r t a d e la C h o p i n e t t e .
Conformándome,
p u e s , á las i n d i c a c i o n e s q u e m e
die-
r o n , m e d i r i g í al m u e l l e d e San N i c o l á s , d o n d e n o t é
g r a n n ú m e r o d e h o m b r e s , t o d a v í a , sí c a b e , p e o r
un
perjeña-
dos q u e y o , y ocupados e n d e s c a r g a r a l g u n a s b a r c a s ; m i e n tras q u e o t r o s , á p e s a r d e la i n t e n s i d a d d e l f r i ó , e s t a b a n
m e t i d o s e n e l a g u a hasta la c i n t u r a , s a c a n d o l e ñ a ó d e s p e d a z a n d o b u q u e s v i e j o s q u e ya n o p o d í a n s e r v i r .
E n t r e estos t r a b a j a d o r e s o c u p a d o s , t r a t é d e v e r si m e s e ria p o s i b l e e n c o n t r a r a l g u n o , c u y a f i s o n o m í a m e i n s p i r a s e
bastante confianza
p a r a d e s c u b r i r m e á él ; p e r o p o r
gracia , todos a q u e l l o s s e m b l a n t e s m e p a r e c i e r o n
des-
duros ,
siniestros, ó preocupados. Notando e m p e r o á un j o v e n de
mi edad q u e , á favor de una cuerda arrastraba con pena
un grueso m a d e r o , m e a p r o x i m é á é l , y le dije :
— ¿ Q u i e r e V. q u e le a y u d e ?
A l o c u a l , c r e y e n d o el j o v e n ( p i e y o m e b u r l a b a d e é l ,
m e r e s p o n d i ó c o n un sarta d e d e s v e r g ü e n z a s .
— N o , n o ; con formalidad , — l e d i j e , — acabo d e llegar
á P a r í s y n o t e n g o t r a b a j o . Si V. q u i e r e
podré a y u d a r l e ,
y V. m e d a r á lo q u e g u s t e .
— ¿Con qué
no eres de
P a r í s ? y te v i e n e s al p u e r t o
á
q u e le d e m o s de c o m e r . . . . y eso en i n v i e r n o , época en q u e
anda el t r a b a j o tan
el a m o , h a y
mal q u e
veinte q u e s o
por dos brazos q u e necesite
levantan
gritando: ¡ A mí, á
96
MARTIN
EL
EXPÓSITO
m í ! . . . ¿ C o n q u é n o t e n e m o s m a s q u e un b o c a d o de pan , y
tú q u i e r e s m o r d e r e n é l ? e x c l a m ó .
Y acto c o n t i n u o , d i r i g i é n d o s e á v a r i o s c o m p a ñ e r o s s u y o s :
—
Un intruso,
un intruso,
— ¡ a h í t e n é i s un intruso,
— g r i t ó con a d e m á n
colérico :
a h í lo t e n é i s ! ! !
En el m o m e n t o q u e p r o n u n c i ó a q u e l h o m b r e la p a l a b r a
, m e vi r o d e a d o y a m e n a z a d o , e n t é r m i n o s q u e fue
intruso
m e n e s t e r toda m i r e s o l u c i ó n , a p o y a d a e n u n a f u e r z a m a t e r i a l r e s p e t a b l e p a r a n o s e r v í c t i m a d e los m a l o s t r a t a m i e n tos d e a q u e l l o s z a f i o s p e r s o n a j e s .
M i p r i m e r m o v i m i e n t o fue m a l d e c i r la d u r e z a d e c o r a z ó n d e a q u e l l o s h o m b r e s ; p e r o á la c ó l e r a q u e m e i n s p i r ó
su c o n d u c t a , s u c e d i ó m u y p r o n t o la c o m p a s i ó n , hija d e la
idea de q u e ,
s i e n d o e n e l e c t o c r u d a la e s t a c i ó n y r a r o y
p r e c a r i o el t r a b a j o , h a c e r la c o n c u r r e n c i a á a q u e l l o s d e s g r a c i a d o s e r a l o q u e e l l o s d e c í a n e n su e n é r g i c o
lenguaje:
— m o r d e r e n su ú n i c o b o c a d o d e p a n .
C o n tristeza , p u e s , m e a l e j é d e l p u e r t o , subí al m u e l l e ,
a t r a v e s é u n p u e n t e y d i s t i n g u í á lo l e j o s el h u m o d e
un
v a p o r q u e se a p r o x i m a b a . A d e l á n t e m e h a c i a é l , c o n la e s p e r a n z a d e e n c o n t r a r el d e s e m b a r c a d e r o d o n d e
viajeros, y p o d e r acaso o c ú p a m e
alguno.
b a j a n los
en llevar el equipaje de
N o t a r d é , en e f e c t o , en distinguir un rótulo que
designaba el punto donde p a r á b a n l o s vapores, y m e a p r e s u r ó á b a j a r hasta la o r i l l a d e l r i o , d o n d e m e e n c o n t r é c o n
u n a d o b l e fila d e h o m b r e s y d e d e s a r r a p a d o s m u c h a c h o s ,
(pie,
apiñados allí, estaban aguardando
c i e n c i a y c o n e n v i d i a la p r e s a q u e
con feroz i m p a -
se l e s p r e s e n t a b a ; c u -
briéndose e n t r e t a n t o unos á otros de i m p r o p e r i o s ,
exha-
l a n d o a m e n a z a s , y hasta d á n d o s e g o l p e s p o r c o l o c a r s e e n
un
punto mas ó menos ventajoso ó próximo á aquel
en
q u e d e s e m b a r c a b a n los v i a j e r o s , q u e # e r i a n u n o s d i e z ó d o c e , p o r l o q u e p u d e j u z g a r , c u a n d o , al p a r a r s e el v a p o r ,
t e n d í la vista p o r su c u b i e r t a . En c u a n t o á los h o m b r e s q u e
allí se d e b a t í a n , su n ú m e r o p o d í a a s c e n d e r á t r e i n t a .
Dominado
por
una i n v e n c i b l e r e p u g n a n c i a , renuncié
T I I A 1 I A J 0 Y 1>AN.
97
d e a n t e m a n o p o r a q u e l l a v e z al m e n o s , á p o n e r m e e n c o m p e t e n c i a c o n los h o m b r e s d e l d e s e m b a r c a d e r o .
Para p o d e r j u z g a r d e la s u e r t e q u e m a s t a r d e m e e s p e r a b a , e n vista d e lo q u e iba á p r e s e n c i a r , m e s e n t é a l l í e n
un h o y o ; y no b i e n e s t u v o a m a r r a d o el v a p o r ,
abalanzá-
r o n s e e n t u m u l t o todos a q u e l l o s h o m b r e s a n d r a j o s o s a l p a raje d e l
m u e l l e d o n d e estaba el t a b l ó n , destinado á
dar
paso á los v i a j e r o s q u e s a l t a s e n á t i e r r a . E n t o n c e s , s í , q u e
luí testigo d e u n a e s c e n a i n n o b l e y b r u t a l . L o s o c h o ó d i e z
m a s v i g o r o s o s y m a s a t r e v i d o s d e a q u e l l o s h o m b r e s , se r e p a r t i e r o n e n t r e sí e l t r a n s p o r t e d e t o d o s los e l e c t o s d e s p u é s
de h a b e r injuriado , r e c h a z a d o y g o l p e a d o con ferocidad á
sus c o m p e t i d o r e s ; y á l o s a m e n a z a d o r e s g r i t o s c o n q u e la
m a y o r parte de a q u e l l a irritada turba perseguía á a q u e l l o s
d e sus c o m p a ñ e r o s q u e t u v i e r o n la s u e r t e d e e n c o n t r a r a l g o c o n q u e c a r g a r , se u n i e r o n m u y l u e g o l o s a g u d o s a l a r i d o s d e u n d e s g r a c i a d o j o v e n d e q u i n c e a ñ o s q u e salió d e
la r e f r i e g a c o n la c a r a b a ñ a d a e n s a n g r e .
P r o f u n d a m e n t e a c o n g o j a d o e n p r e s e n c i a d e tanta m i s e ria y d e todos los s e n t i m i e n t o s a b y e c t o s , o d i o s o s ó
crueles
(¡ue e n g e n d r a b a , p a r e c í a m e i m p o s i b l e r e s o l v e r m e á g a n a r
el p a n d e c a d a d í a e n c o m p e t e n c i a c o n a q u e l l o s
bles; estremecíanme
q u e m e inspiraba
e l a s c o , el
el e x a m e n d e
t e r r o r y la
misera-
compasión,
aquellas fisonomías p á l i -
d a s , m a c i l e n t a s y f e r o c e s , s o b r e las c u a l e s i m p r i m i ó la f a talidad el s e l l o d e
la d e s v e n t u r a , d e l v i c i o ó d e l c r i m e n ;
los p r i m e r o s t r a b a j a d o r e s del p u e r t o á q u i e n e s m e
dirigí,
me r e c i b i e r o n , es v e r d a d , con a m e n a z a d o r a g r o s e r í a ; m a s
p u e d o , á p e s a r d e eso, decir q u e n o advertí e n t r e ellos n i n g u n o d e esos tipos á la v e z d e g r a d a d o s y h o r r i b l e s , b a s t a n te c o m u n e s e n t r e l o s i n f e l i c e s q u e se a g o l p a n á los m u e lles p a r a a g u a r d a r la l l e g a d a d e los v a p o r e s ; e n t o n c e s r e c o n o c í la e x a c t i t u d d e la o b s e r v a c i ó n h e c h a p o r el d u e ñ o
d e la casa d e h u é s p e d e s , c o n r e s p e c t o á esta c l a s e d e h o m bres, hablando de
los cuales d e c í a ,
q u e e r a n casi
malhechores ó escapados de presidio.
ni.
<;
todos
!)8
MAUTIN
EL
EXPÓSITO.
A c e r c á n d o m e l u e g o á un h o m b r e q u e m a s m e p a r e c i ó u n
a r t e s a n o sin t r a b a j o , ( p í e u n o d e los q u e
frecuentaban
el
d e s e m b a r c a d e r o , le p r e g u n t é si p a r a b a n todos los días e n
aquel mismo
sitio l o s v a p o r e s ; á lo c u a l
me contestó él :
— T o d a s las m a ñ a n a s l l e g a u n o , q u e s a l e todas las t a r d e s ;
pero este ú l t i m o i n f o r m e m e i m p o r t a b a bien p o c o ; p u e s a l
salir d e P a r i s e n v i a b a n l o s v i a j e r o s su e q u i p a j e c o n los m o z o s d e l a s f o n d a s , y s o l o la l l e g a d a d o p o r
ofrecía
la
eventualidad
de
alguna
la m a ñ a n a
ganancia,
cuando me decidiese yo antes á entrar
en
me
siempre
y
lucha abierta
con m i s siniestros c o m p e t i d o r e s ; idea q u e , á pesar de
precario de mi existencia y me causaba insuperable
lo
aver-
sión.
E n a q u e l m o m e n t o , p a s e a n d o m i s a b a t i d o s ojos p o r
uno
d e l o s g r u p o s d e c a r g a d o r e s d e s o c u p a d o s , r e c o n o c í al L i siado, q u e , e n c o m p a ñ í a de un h o m b r e de siniestro a s p e c to y d e u n m o z u e l o d e q u i n c e a ñ o s , se a l e j ó d e l d e s e m b a r c a d e r o , y subió al m u e l l e .
C e d i e n d o á u n casi i n v o l u n t a r i o m o v i m i e n t o , m e p u s e á
s e g u i r á e s t e b a n d i d o . . . . q u e tal v e z iba d e s d e
allí á r e u -
nirse con Bambocha.
X.
Nuevos encuentros.
Acompañado deun hombre cuya,
fisonomía
n o era m e n o s
r e p u g n a n t e q u e la s u y a , y d e l m o z u e l o c u y o m a c i l e n t o a s p e c t o t e n i a y a , c o m o el d e sus c o m p a ñ e r o s , u n a i n n o b l e y
cínica
expresión , marchóse
el
L i s i a d o al
poco rato
del
m u e l l e , y se m e t i ó e n un l a b e r i n t o d e calles estrechas
y
s o m b r í a s , de d o n d e vinimos á parar después de una larga
m a r c h a , á u n o d e los bouln>ards
exteriores d e Paris. Veía-
NUEVOS ENCUENTROS.
99
so e n una d e sus a c e r a s , casi c o m p l e t a m e n t e d e s p o b l a d a ,
una
especie de tabuco, en q u e e n t r a r o n el Lisiado y
sus
acólitos, y en r e d e d o r d e l c u a l c i r c u l a b a n f u r t i v a m e n t e a l gunas mujeres asquerosas.
A p e s a r d e la v a g a e s p e r a n z a q u e d e v o l v e r á e n c o n t r a r
á B a m b o c h a t e n i a , d u d a b a y o si e n t r a r í a e n a q u e l l a c a v e r na ; p u e s tal h o r r o r m e i n s p i r a b a el L i s i a d o q u e n o m e a t r e v í á a c e r c a r m e á él p a r a h a b l a r l e
de mi c o m p a ñ e r o d e in-
fancia.
E n m e d i o d e tal p e r p l e g i d a d
estaba p e n s a n d o y o c o m o
p o d i a d e j a r s e este b a n d i d o v e r e n p ú b l i c o , d e s p u é s d e h a berse descubierto el delito de contrabando de q u e tanto
él
c o m o B a m b o c h a e r a n c ó m p l i c e s ; c u a n d o el r e p e n t i n o r u i do d e una riña de gritos y d e cristales
rotos, llamó
mi
a t e n c i ó n , y m e hizo retroceder.
Salía este ruido del tabuco d o n d e acababa de e n t r a r
el
L i s i a d o , y d e d o n d e , e n el m o m e n t o d e a c e r c a r m e y o , e x p u l s a b a n los d e d e n t r o á u n h o m b r e q u e m e p a r e c i ó e s t a r
c o m p l e t a m e n t e b o r r a c h o . P o c o d e s p u é s , al t i e m p o d e c e r r a r la p u e r t a , d i s t i n g u í
c o n f u s a m e n t e , e n la s o m b r a
del
p o r t a l al L i s i a d o y á sus c o m p a ñ e r o s , y p o r u n a c l a r a b o y a s u p e r i o r la d e s g r e ñ a d a c a b e z a d e u n a m u j e r , y la c í n i c a figura del m o z u e l o d e q u i n c e a ñ o s : q u e á c o r o i n s u l t a b a n al b o r r a c h o , á q u i e n a c a b a b a n d e e c h a r á la c a l l e , y
e l c u a l , t r o p e z a n d o y a p o y á n d o s e aquí y a c u l l á e n l o s á r b o l e s d e l boulevard,
se iba
riendo
á carcajadas,
gritando
q u e lo h a b í a n r o b a d o .
Un
sentimiento de curiosidad, mezclado de compasión,
m e m o v i ó á a c e r c a r m e h a c i a la v í c t i m a d e a q u e l l o s b a n d i d o s . . . . ¡ Y c u á l n o seria m i s o r p r e s a al r e c o n o c e r el h o m b r e , q u e c o n a p a r i e n c i a s d e g r a n s e ñ o r , vi p o c o a n t e s b o r r a c h o t a m b i é n , e n la t a b e r n a d é l a s Tres Cubas !
A l m i r a r el e s t a d o d e e m b r i a g u e z e n (pao se h a l l a b a e s t e
p e r s o n a j e , s e n t í un m o v i m i e n t o d o a l e g r í a
pensamiento
fue p r o c u r a r hacerle
•saber si la R e g i n a , c u y o
nombre
y
desembuchar,
habia
mi
primer
á fin d e
t r a z a d o él
e n 1a
100
mesa de
MARTIN
K7-
EXPÓSITO.
la t a b e r n a , era e n e l e c t o la R e g i n a q u e y o
co-
n o c i a , y p r o c u r a r e n t o n c e s s a b e r de este singular p e r s o n a je , que
relaciones existían
e n t r e él y a q u e l l a n i ñ a , y si
esta v i v i a á la s a z ó n e n P a r í s .
C o n f i e s o q u e la i d e a d e s o r p r e n d e r d e este m o d o u n s e c r e t o era una idea r e p r e n s i b l e ; mas disculpábame
cierto punto el interés (pie m e inspiraba
hasta
R e g i n a : p u e s si
este h o m b r e era a m a d o ó estaba apasionado d e ella , ¿ q u é
carácter de gravedad
n o t o m a b a n las d o s e n t r e v i s t a s q u e
con él t u v e ?
— ¿ E s o s p i c a r o s l o h a n r o b a d o á V. ? — l o d i j e , a p r o x i m á n d o m e con p r e c a u c i ó n ; pues temía q u e no reconociese
e n m í la p e r s o n a q u e e s t a b a á su l a d o e n la m e s a d e la t a b e r n a d e las Tres
Cubas.
M i r ó m e c o n a t u r d i m i e n t o , y b a l a n c e á n d o s e e n sus i n s e g u r a s p i e r n a s , m e c o n t e s t ó s o l t a n d o otra c a r c a j a d a :
— M e h a n r o b a d o c o m p l e t a m e n t e . . . . En ese cuartucho ,
d o n d e b e p a s a d o la n o c h e . . . . é r a m o s c i n c o . . . ó s e i s . . . . por
c i e r t o q u e , e n t r e o t r o s , h a b í a . . . . u n t r a p e r o d e un t a l e n t o
extraordinario... y . . . mujeres ¡oh ! mujeres admirables... de
un l u j o . , . V a m o s ; está v i s t o q u e s o l o a h í . . . se d i v i e r t e u n o .
Y al p r o n u n c i a r estas p a l a b r a s se a p o y ó e l
desconocido
en m i brazo para no caerse.
C o n s o r p r e s a , al p a r
considerar
que con lástima, m e puse
yo á
á este h o m b r e , c u y o s e m b l a n t e , e x a m i n a d o
d e d i a , m e p a r e c i ó a u n m a s l i n o , y m a s a g r a d a b l e q u e la
otra v e z e n q u e
salia e n a q u e l
lo v i , b i e n q u e , s e g ú n
m o m e n t o de una
larga
t o d a s las s e ñ a s ,
y crapulosa orgía.
A p e s a r , e n fin , d e l d e s o r d e n q u e e n su c a b e l l o y sus v e s t i d o s se n o t a b a ,
se l e v e i a h a c e r ,
á p e s a r d o l a s o s c i l a c i o n e s q u e , al a n d a r
la d u l z u r a y la
inflexión de
su v o z , y
cierfadistinción de modales, que conservaba a u n e n medio
d e la e m b r i a g u e z , d e s c u b r í a n á c a d a p a s o su e l e v a d a c o n dición.
— M e p a r e c e q u e d e b e r í a V . v o l v e r s e á su c a s a — l e d i j e — ¿ q u i e r e V . q u e v a y a m o s á tomar un c o c h e ?
NUEVOS E N C U E N T R O S .
i ; i
(
D o este m o d o e s p e r a b a s a b e r d o n d e v i v í a .
— G r a c i a s m i l p o r su a m a b i l i d a d . . . . p u e s e n ef'eclo e s V.
m u y a m a b l e . . . . á p e s a r d e su g o r r o g r i e g o . . . . y d e su b l u sa , — m e d i j o c o n
cómica g r a v e d a d — V .
a l a r g a . . . . la m a -
n o . . . . á un a h o g a d o . . . . e n el v i n o . . . . e s o e s . . . m u y b u e n o . . .
p e r o y o . . . . se l o a g r a d e z c o á V . . . , . p u e s n o p i e n s o
volver
á casa hasta esta t a r d e . . . . hasta esta n o c h e . V. c o n o c e m u y
bien.... bello sujeto....
á pesar de ese dichoso g o r r o g r i e -
go.... que hallándome enteramente borracho.... no puedo
p r e s e n t a r m e e n tal e s t a d o . . . . a n t e
los c r i a d o s d e
— T i e n e V . r a z ó n , — le d i j e , e c h á n d o l e
mi
casa.
una p e n e t r a n t e
m i r a d a ; p e r o si la s e ñ o r i t a R e g i n a . . . . s a b e q u e . . . .
No permitió el borracho q u e c o n c l u y e r a
alegre y placentera
rácter de
inquieta
fisonomía
rni f r a s e : su
tomó repentinamenteun
g r a v e d a d , y es
probable
ca-
q u e por un
i n s t a n t e se m e d i o d i s i p a s e n l o s v a p o r e s d e l v i n o b a j o la i m p r e s i ó n d e la p r o f u n d a
sorpresa q u e esto le c a u s ó ; p u e s ,
p o n i é n d o s e d e r e c h o y d a n d o a l g u n o s p a s o s sin v a c i l a r , m e
m i r ó con gesto i m p e r a t i v o , irritado c a s i , y e x c l a m ó :
— ¿Conque
derecho pronuncia
V. ese n o m b r e , c a b a -
llero ?
— P r o n u n c i o el n o m b r e
d e la s e ñ o r i t a R e g i n a , — a ñ a d í :
sin i n t i m i d a r m e , d e la s e ñ o r i t a R e g i n a . . . . h i j a d e l b a r ó n . . .
— ¡De Noirlieu ! — e x c l a m ó — ¿ l a c o n o c e V. ?....
D i c h o esto soltó c o n b r u s c o a d e m a n su b r a z o d e l m i ó , y
sin p r o n u n c i a r una p a l a b r a , dio u n paso a t r á s y se p u s o á
examinarme con
una s o r p r e s a
y una curiosidad
mezcla-
das d e d e s c o n f i a n z a .
M a s , no de otro m o d o q u e m e lo
jero aquel
m o m e n t o d e , lucidez al
figuraba
y o , fue pasa-
cabo del c u a l ,
volvió
poco á poco á sumirse el pobre j o v e n , en el estado de i n e r cia d e q u e s o b r e c o g i d o salió al
oir pronunciar el
nombre
d e R e g i n a : su actitud , f i r m e p o r u n i n s t a n t e , v o l v i ó á p e r d e r su e n e r g í a ; v í ó s e l e h a c e r a l g u n o s m o v i m i e n t o s d e c a b e z a , en tanto q u e , en un tono q u e dejaba v e r p r e t e n s i o nes de agudeza y de s e n s i b i l i d a d , prosiguió :
102
MARTIN
EL
EXPÓSITO
— ¡ O h ! . . . . ¡ o h ! hombre atento.... apesardel gorro g r i e •go,
y d e la b l u s a . . . . ¿ V. c o n o c e ? . . . . p e r o b a s t a . . . . ¿ S e r á
V . por ventura
a l g ú n r i v a l . . . . d i s f r a z a d o ? Eso
sí
que
tendría gracia.... Y o no p e n s a b a . . . . q u e e s e . . . . Roberto de
M a r e u i l . . . . mi a m i g o d e i n f a n c i a . . . . y . . . . e s e o t r o . . . .
con plumas
ganso
de p a v o r e a l . , . , esc h o m b r e m a c h u c h o ; m u y
m a c h u c h o . .. d e m a s i a d o m a c h u c h o . . . . l l a m a d o :
Y d e n u e v o i n t e r r u m p i e n d o su d i s c u r s o , se e c h ó e l d e s c o n o c i d o á r e i r c o n ai r e d e satisfacción , — a ñ a d i e n d o ,
— A h o r a sí q u e está
c r e a V. q u e d i g o
q u é V. m e a n d a b a
mió.... que
V. q u e n o
mas que
sabe que pensar.... No
lo q u e quiero.... decir.... ¿Con
espiando?
¡ e h ! . . . . Ya vé V
amigo
eso es cosa d e mal t o n o . . . . P e r o n o le h a c e . . . .
y a sé y o c o m o salir d e l p a s o . .. S i . . . . V
Si V. c h a r l a . . . .
A l p r o n u n c i a r el d e s c o n o c i d o e l n o m b r e d e
Roberto de
M a r e u i l , v í n o m e d e n u e v o á la m e m o r i a la e s c e n a d e l b o s q u e de Chantilly, escena cuyos mas minuciosos p o r m e n o r e s q u e d a r o n d e s d e a q u e l dia g r a b a d o s e n m i i m a g i n a c i ó n ;
y me hizo recordar que el niño
Escipion
iba a c o m p a ñ a d o
a q u e l dia d e o t r o m o z a l b e t e l l a m a d o R o b e r t o , d e a l g u n a m a s
e d a d q u e é l , d e i n t e r e s a n t e ligura y c u y a s o l i c i l u d p o r R e gina m e había inspirado una especie de zelos.
Este R o b e r t o e r a s i n d u d a e l amigo
de R e g i -
de infancia
n a ; p e r o n o p u d e s a b e r d e q u i e n t r a t a b a al h a b l a r d e l o t r o
rival
alias
de pavo
el
hombre
machucho,
alias
el ganso
con
plumas
real.
D e s e a n d o o b t e n e r i n f o r m e s m a s c o m p l e t o s , d i j e p u e s al
desconocido:
— V . , c a b a l l e r o , se equivoca acerca de mis intenciones..
¡Ah!
¡Ah!....
compadrito
lo q u e
V. q u e r í a e r a
hacerme
hablar,
d e l g o r r o g r i e g o , — dijo el d e s c o n o c i d o i n t e r -
r u m p i é n d o m e , — n o estoy tan b o r r a c h o . . . c o m o á V le p a r e c e . . . . ¿ E s t á V. ?
— H e h a b l a d o d e la s e ñ o r i t a R e g i n a d e N o i r l i e u , — l e d i j e , — p o r q u e su f a m i l i a . . . . h a v i v i d o e n mi país.
— ¿ R e g i n a ? e x c l a m ó el d e s c o n o c i d o a p a r e n t a n d o a d m i -
NUEVOS ENCUENTROS.
1 0"3
r a c i ó n — n o t e n g o . . . . la h o n r a ... fie c o n o c e r
á esa s e -
ñorita.
— Sin e m b a r g o , V . v a c o n f r e c u e n c i a á casa d e
dre.. . pues...
su p a -
e M w r o n de Noirlieu , calle de....
Aquí me detuve esperando q u e acabaría
el desconocido
de indicarlas señas.
P e r o este r e s p o n d i ó :
— P u e s t o q u e . . . . n o c o n o z c o á esa s e ñ o r i t a . . . .
do...
mal pue-
i r á su c a s a . . . . ; V a y a , v a y a ! ¿ T o d a v í a c r e e
V. h a -
cerme charlar?
— V. h a sido el
q u e p r i m e r o ha
h a b l a d o d e la s e ñ o r i t a
Regina.
— P u e s t o q u e . . . n o la c o n o z c o . . . . m a l p u e d o . . . . h a b l a r á
V . d e e l l a , — r e s p o n d i ó el
desconocido.
Y , o b s t i n á n d o s e c o n toda la t e n a c i d a d d e u n b o r r a c h o e n
n o s a l i r d e estas r e s p u e s t a s á p e s a r
con respecto á Regina
de
cuantas preguntas
le h i c e , m e fue
imposible obtener
nuevas aclaraciones
Hablando así, habíamos ya pasado el b o u l e v a r d y
veía-
m o s d e s d e l e j o s la p u e r t a , c u a n d o r e p e n t i n a m e n t e m e d i j o
el d e s c o n o c i d o c o n m i s t e r i o s o a d e m a n .
— D í g a m e V. amiguito del g o r r o griego : una b r o m a m u y
c h u s c a se m e o c u r r e . . . . V. h a q u e r i d o h a c e r m e d e s e m b u c h a r . . . . ¿ n o e s e s t o ? . . . p u e s b i e n ; ¿ q u é d i r á V. si h a g o y o
q u e le p r e n d a n , diciendo q u e V. es q u i e n m e ha r o b a d o . . .
d e esa m a n e r a , s a b r é . . .
q u i e n e s V.
— ¿ H a c e r m e p a s a r p o r l a d r ó n ? la b r o m a s e r i a m u y p o c o chistosa , — l e d i j e , — p o r q u e m i r e V . t o d o l o q u e p o drían e n c o n t r a r m e .
Y le hice v e r los pocos cuartos q u e m e q u e d a b a n .
— A l g o es a l g o — m e
dijo el d e s c o n o c i d o ,
s o l t a n d o otra
v e z la c a r c a j a d a .
Y d i c i e n d o y h a c i e n d o , m e c o g i ó la m a n o
para
apode-
r a r s e d e los c u a r t o s q u e e n e l l a t e n i a , l o s c u a l e s c a y e r o n
e n t i e r r a á tan b r u s c o m o v i m i e n t o . E n t o n c e s se
el d e s c o n o c i d o á m í , m e s u j e t ó c o n
abalanzó
m a n o vigorosa
y
con
f 04
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
( o d a la f u e r z a d e sus p u l m o n e s e m p e z ó á g r i t a r : / ladronea',
¡ladrones!
C o m o e s t á b a m o s c e r c a d o la p u e r t a , e n la c u a l h a b i a un
c e n t i n e l a , e s p a n t á b a n m e l a s c o n s e c u e n c i a s d o u n a prisión
d e este g é n e r o , y n o t e n i e n d o , p o r d e s g r a c i a , e l t i e m p o n e cesario
p a r a r e c o g e r l o s c u a r t o s , q u e p o r e l b a r r o se h a -
b í a n e s p a r c i d o a c á y a c u l l á , m e z a f é á d u r a s p e n a s T l e las
manos del
desconocido,
que proseguía
gritando,
y
me
e c h é á c o r r e r p o r l o s c a m p o s c o n la m a y o r r a p i d e z .
Con el miedo de que me prendiesen , continué corriendo
h a s t a el o s c u r e c e r , l o c u a l n o t a r d ó m u c h o , g r a c i a s á
la
c o r t e d a d d e los d i a s e n a q u e l l a é p o c a d e l a ñ o . S o l o , p u e s ,
y en medio de
l o s c a m p o s , d i s t i n g u í á lo l e j o s u n
lugar-
c i l i o á la i z q u i e r d a , y á u n o s d o s c i e n t o s pasos á la d e r e c h a
varios pajares, q u e m e r e c o r d a r o n aquellos en q u e , mas de
una v e z , encontramos Bambocha,
b e r g u e e n q u e p a s a r las n o c h e s d e
Basquina y
nuestras
y o un
al-
vagabundas
peregrinaciones.
L a falta d e d i n e r o m e h i z o p e n s a r q u e seria p r u d e n t e p a s a r la n o c h e c o b i j a d o d e t r á s d e u n o d e a q u e l l o s p a j a r e s e n
l u g a r d e v o l v e r á P a r í s , d o n d e la p a s a r í a e r r a n d o p o r las
calles
hasta
dias d e n o
el
dia s i g u i e n t e ; y c o m o y o
comer
casi n a d a ;
que
llevaba ya
d e s d e el dia a n t e s
dos
en
p a r t i c u l a r e s t a b a y o c o m p l e t a m e n t e en a y u n a s , y q u e y a ,
por lo tanto , e m p e z a b a á hostigarme el h a m b r e algo
de
lo r e g u l a r ,
si h a b r í a p o r
tendí
allí
mas
e n r e d e d o r los o j o s , al e f e c t o d e v e r
algún campo
de n a b o s , patatas, z a n a -
h o r i a s ú o t r a s p l a n t a s l e g u m i n o s a s ; n a d a d e e s o ; la t i e r r a
e s t a b a l i m p i a y r e c i e n a r a d a : al c a b o d e a l g u n o s m i n u t o s ,
d e n o c h e y a , l l e g u é á los p a j a r e s ; y v i e n d o e n t r e e l l o s d o s
q u e se h a l l a b a n casi p e g a d o s , e x t e n d í a l g u n a s b r a z a d a s d e
paja, y acostándome
sobro e l l a s , m e e c h é otras por e n c i -
m a . El t i e m p o era m a s h ú m e d o q u e f r i ó y este a l b e r g u e m e
ofrecía un a b r i g o casi s e g u r o .
En medio del amargo pesar que m e causaba
la p é r d i d a
d e los últimos s u e l d o s , q u e e r a n mi único r e c u r s o , d a b a -
NUEVOS ENCUENTROS.
ÍOo
m e una especie de írisle satisfacción el p e n s a r q u e R e g i n a
vivía en P a r í s , y q u e en
mi p o d e r existia un s e c r e t o d e
g r a n d e i m p o r t a n c i a p a r a e l l a . S e g u r o d e q u e el d e s c o n o c i d o la q u e r í a , ó d e q u e e l l a q u e r i a a l d e s c o n o c i d o ,
perdía-
se m i i m a g i n a c i ó n e n t r e a m b a s s u p o s i c i o n e s , s i n p o d e r a l canzar q u e un
hombre
apasionado ó querido
de
aquella
noble y h e r m o s a niña , pudiese a b a n d o n a r s e d e a q u e l m o do y c o n a q u e l l a f r e c u e n c i a á t a n v e r g o n z o s a d e p r a v a c i ó n :
y e n c u a n t o al s e c r e t o q u e hasta e n t o n c e s e n v o l v i ó a q u e llos e x t r a v í o s , e s p l i c á b a m e l o f á c i l m e n t e l o s o l i t a r i o d é l o s
parajes en
q u e por segunda v e z acababa d e e n c o n t r a r al
desconocido.
Estas i d e a s
tuvieron en mí bastante influjo para i m p e -
dirme q u e , durante
algunos
momentos,
pensase en
p o r v e n i r ; pero m u y luego m e vi de n u e v o agobiado
mi
bajo
'el peso d e m i s i n f o r t u n i o s . C e r c a d e c i n c o d i a s e r a n p r e c i sos p a r a r e c i b i r c o n t e s t a c i ó n d e C l a u d i o G e r a r d ; y n i s i q u i e r a tenia
lo n e c e s a r i o
¿Qué hacer m a ñ a n a ?
para
¿qué,
s a c a r la c a r t a d e l c o r r e o .
p a s a d o m a ñ a n a , y el o t r o ?
¿ c ó m o v i v i r ? ¿ d ó n d e r e c o g e r m e p o r la n o c h e ? P o r m a s m i s e r a b l e q u e , e n v a r i a s o c a s i o n e s , h u b i e s e sido m i v i d a , la
casualidad m e
h a b i a á lo m e n o s p r e s e r v a d o hasta e n t o n -
ces de los atroces
padecimientos
que en
aquel
momento
empezaba el h a m b r e á h a c e r m e e x p e r i m e n t a r .
D u r a n t e un r a t o , creí q u e el s u e ñ o , y s o b r e todo e l d e s c a n s o , m e h a r i a n o l v i d a r el h a m b r e ; p e r o u n c r u e l d e s e n g a ñ o m e h i z o s a l i r d e m i e r r o r , y m e t u v o d e s p i e r t o toda
la n o c h e , á e x c e p c i ó n d o a l g u n o q u e o t r o m o m e n t o d e u n
letargo lleno de agitación y de vagos terrores. Poco á p o c o , se fue a u m e n t a n d o la h u m e d a d , y e n t a l e s t é r m i n o s ^
q u e a n t e s d e q u e a m a n e c i e s e m e fue p r e c i s o a b a n d o n a r m í
refugio , tiritando de frió y tan acosado por el h a m b r e , q u e
s o l o p e n s a b a e n c o m e r ; e s d e c i r , e n los m e d i o s d e p r o p o r c i o n a r m e pan.
Entonces,
me
dirigí
r e s u e l t a m e n t e hacia P a r í s , guiado
p o r esa e s p e c i e d e n u b e l u m i n o s a q u e d u r a n t e la n o c h e se
106
M A R T I N
EL
EXPÓSITO
e x t i e n d e s o b r e esta i n m e n s a c i u d a d , y m a r c h a n d o c o n r á p i d o p a s o , m e iba
diciendo á mí mismo
con
feroz d e t e r -
minación :
— V a m o s al d e s e m b a r c a d e r o d e l v a p o r ; y a
n o se trata
d e repugnancia ni d e t e m o r e s ; estoy resuelto á todo, y p r e ciso será q u e t a m b i é n á mí m e
a l g u n a c o s a . . . . ¡pues
tengo
l l e g u e el t u r n o d e c a r g a r
hambre!
¡ A y ! e n t o n c e s , y s o l a m e n t e e n t o n c e s , c o n o c í los i m p l a cables y
terribles
palabras:
s e n t i m i e n t o s q u e e n c i e r r a n estas s o l a s
¡ T E N S O
HAMBRE
!
Y a e r a e n t e r a m e n t e d e d i a , c u a n d o l l e g u é al d e s e m b a r c a d e r o d e l v a p o r , d o n d e se h a l l a b a n r e u n i d o s v a r i o s d e m i s
competidores, y ,
olvidando
la r e p u g n a n c i a
y el
horror
q u e e l dia a n t e s e x p e r i m e n t ó á la vista d e las odiosas p u g n a s d e a q u e l l o s i n f e l i c e s , q u e se d i s p u t a b a n p o r la p e q u e ñ a
ganancia del acarreo de algunos bultos, me metí con resolución entre aquel grupo de andrajosos.
A la s e r p r e s a q u e c a u s ó m i b r u s c a l l e g a d a , s u c e d i ó u n a
violenta agitación.
— ¿ A q u é v i e n e s a q u í ? — m e dijo u n o d e los m a s r o b u s t o s d e la b a n d a ?
— A llevar el equipaje de algún viajero.
- ¿ T ú ?
— Y o , sí.
— P u e s desde ahora , p u e d e s contar con q u e á mí no m e
acomoda.
— Ni
á mí,
ni á m í t a m p o c o , r e p i t i e r o n
varias voces
amenazadoras.
AI oírlas,
banse
subiasemo
súbitamente
ú la cabeza,
y
despertá-
e n m i p e c h o toda e s p e c i e
la sangro
de
rencoro-
sos y f e r o c e s s e n t i m i e n t o s .
— ¿ Con q u é n o os a c o m o d a v e r m e a q u í ? —
labios
y apretando
— No.... y
de cólera
lárgate.. . —
¡os
dije entre
dientes.
m e dijo u n o d e a q u e l l o s
hom-
bres , d á n d o m e un brusco e m p e l l ó n .
L l e n o d e f u r i a , c o g í á m i a d v e r s a r i o p o r la g a r g a n t a , y
NUEVOS ENCUENTROS.
¡o a r r o j é contra el
pretil; también
107
creo que
salió c o n una quijada rola ; lo c i e r t o e s q u e
m e n t o , sentía
por mis
yo
e n un
una Tuerza
venas circulaba
la s a n g r e
otro de ellos
en a q u e l m o -
sobrenatural, y que
con
violencia , a t r o -
n á n d o m e mis o i d o s .
— ¿ E s t á n Vds. c o n t e n t o s ? e x c l a m é , ó h a y
quiera todavía
La
alguno
cobardía
do aquellos h o m b r e s m e
p r o b ó su
dación ; p u e s ni u n o d e e l l o s h u b o q u e q u i s i e s e
el
que
mas?
guante que
les a r r o j é ; mi e n é r g i c o
ponerlos á raya , y
degralevantar
vigor bastó
o b l i g a r l o s á c a l l a r , si b i e n
tal
para
v e z se
a u m e n t a r a su o d i o c o n t r a m í ; l o c i e r t o e s q u e , á p e s a r d e
algunos sordos m u r m u l l o s , t o m é
línea ; é h i c e
bien, pues q u e
yo
posición en
primera
e n a q u e l m i s m o m o m e n t o se
a p r o x i m a b a el v a p o r .
— Bien
hecho ; bien
acogotados
están estos
tunantes,
m e dijo u n a r o n c a y s a r d ó n i c a v o z q u e c r e í r e c o n o c e r .
— Si q u i e r e s iremos
P o r vía
á
medias.
d o c o m p l e m e n t o á esta
q u e m e la hacia
p r o p o s i c i ó n , m e dio
el
un g o l p e c i t o e n el h o m b r o .
V u e l v o la c a b e z a , y . . . . m e e n c u e n t r o c a r a á c a r a c o n e l
Lisiado.
— N o le conozco á V
, le d i j e i m p e t u o s a m e n t e .
— N i y o t a m p o c o te c o n o z c o á t í ; p e r o v e o q u e
b i e n el
arte de
s a c u d i r ; esto m e
conoces
gusta y q u i e r o
ser
tu
asociado.
— No
n e c e s i t o a s o c i a d o s l e d i j e v o l v i é n d o l e la e s p a l d a ,
p u e s los v i a j e r o s i b a n á d e s e m b a r c a r .
Entonces m e
lanzó mi
interlocutor una
extraordinaria
mirada , y desapareció e n t r e el t u m u l t o .
A la c a b e z a d e los p a s a j e r o s , c u y o n ú m e r o e r a t o d a v í a
m e n o r que el
d e la v í s p e r a , a p a r e c í a u n
lento, envuelto en
nes d e l a n a
un
hombre corpu-
levitón b l a n q u i z c o , con un
encarnada que
l e c u b r í a la
su r o s t r o , c o n u n a s a n t i p a r r a s
ol c o n sus c o r r e s p o n d i e n t e s
cacho-
parte inferior
azules y una gorra
de
de p e -
c a r r i l l e r a s d e lo m i s m o , q u e
108
M A R T I X EL
a c a b a b a n casi e n t e r a m e n t e
EXPÓSITO.
d e o c u l t a r su f i s o n o m í a .
Lla-
m á b a n m e s o b r e t o d o la a t e n c i ó n los d e s e o s q u e d e d e s e m barcar
tenia
este
viajero,
el cual
h a b í a p r e c i p i t a d o h a c i a la p u e r t a
v e c e s se h a b í a v i s t o c o n t e n i d o
q u e sin d u d a
le
por
d o s v e c e s y a se
del vapor, y otras
dos
p o r u n o d e los m a r i n e r o s ,
habia hecho observar , que
aun
no
era
llegado el m o m e n t o del d e s e m b a r q u e .
D i c h o v i a j e r o l l e v a b a e n una m a n o un saco de n o c h e y
un estuche d e viaje
e n la o t r a ; d e
esto y d e u n baúl d e
c u e r o , q u e con el objeto d e desembarcar mas pronto h a bie hecho colocar
de
a n t e m a n o á la s a l i d a
d e l v a p o r , se
c o m p o n í a su e q u i p a j e .
G u a n d o se dio
echado
la s e ñ a l p a r a d e s e m b a r c a r
los ojos e n e l
q u e dos d e mis
de m í , opuse
la
viajero de
competidores
ya
habia
los antifaces; y
trataban
de
pasar delante
b r u t a l i d a d á la b r u t a l i d a d , l o s
rechacó
c o n v i o l e n c i a , y d e un s a l t o m e c o l o q u é a l l a d o d e mi
j e r o , que con voz rápida
— Pronto,
yo
me
cargarme
via-
dijo:
p r o n t o . .. t o m a esta m a l e t a y e s t e e s t u c h e . . .
l l e v a r é el saco de noche.... coches h a y en
Imposible
yo
viendo
el muelle.
m e seria d e c i r el p l a c e r q u e e x p e r i m e n t e
la
maleta , q u e , por
señas
pesaba
al
p o c o , y al
p e n s a r e n q u e c o n los s u e l d o s q u e m e d i e s e n , iba á t e n e r
p a r a c o m p r a r p a n . C o n la o t r a
una anilla
ma n o c o g í e l e s t u c h e por
d e c o b r e , q u e estaba sujeta á la tapa y s e g u í a'
v i a j e r o , q u e con acelerado paso m e precedía.
A p e s a r d e t o d o s m i s e s f u e r z o s p o r n o q u e d a r m e atrás, ó
p o r efecto quizá de estos m i s m o s e s f u e r z o s
que
Este b r u s c o m o v i m i e n t o
cuyas
me hizo
que
habia una señas
escritas en
tapa
una
de
para
t a r j e t a , en la
letras gordas: mírelas
m a q u i n a l m e n t e y vi q u e d e c í a n :
conde Roberto
peso
caer.
hasta el
l l e v a b a al h o m b r o . A l b a j a r m e
v o l v é r m e l a á c a r g a r , n o t é e n su
El
de
p e r d e r el equilibrio , de
resultas m e vi p r e c i s a d o á dejar c a e r casi
s u e l o la m a l e t a
cual
u n i d o s al
e n c i m a l l e v a b a , t r o p e c é y e s t u v e á punto
Mareuil.
109
NUEVOS ENCÜENTI10S.
Este n o m b r e
me recordó
su e m b r i a g u e z
me hiciera
las s e r m - c o n f i d e n c i a s q u e
la v í s p e r a
el
en
d e s c o n o c i d o y la
escena del bosque d e C h a n t i l l y . . . . A q u e l v i a j e r o era pues
el a m i g o d e i n f a n c i a d e I t e g i n a , el r i v a l d e q u e h a b l a b a e l
desconocido.
E n el m o m e n t o e n q u e , h a c i e n d o e s t a s r e f l e x i o n e s ,
vía y o á e c h a r m e al h o m b r o
multo, y advierto á corta distancia
gentes q u e
vol-
la m a l e t a , o i g o u n g r a n
de
mí,
tu-
un
grupo de
no tardan en separarse. Adelántase
entonces
hacia mí el viajero c u y o s efectos l l e v a b a y o , y c o n
alte-
rado acento , dice á dos h o m b r e s q u e le s e g u í a n d e c e r c a
l o s pasos.
— Bien v e n Vds. q u e tengo q u e
aguardar á ese h o m b r e
q u e l l e g a c o n mi e q u i p a j e .
•— Está m u y b i e n , s e ñ o r c o n d e , — dijo u n o d e
hombres, —
los
dos
e l e q u i p a j e se lo l l e v a r á n á V . e n e l c o c h e . . . .
V a m o s , v e n a c á tú , a ñ a d i ó a q u e l h o m b r e h a c i é n d o m e
se-
ña d e q u e lo s i g u i e s e .
D e esta
manera
pasamos por
e n m e d i o d e la
inquieta
multitud , d e c u y o s e n o oí s a l i r las p a l a b r a s d e c á r c e l , d i s fraz y t r a i c i ó n .
E n el m u e l l e estaba a g u a r d a n d o u n c o c h e , al c u a l s u b i ó el v i a j e r o . A su l a d o c o l o c a r o n
el equipaje ; y hecho
esto, tomó también asiento uno de
los d o s h o m b r e s , d e s -
pués de
h a b e r d i c h o al c o c h e r o :
— Andando.... y vivo.
L u e g o q u e e s t u v o c e r r a d a la p o r t e z u e l a , y á p e s a r
déla
sorpresa q u e m e c a u s a r a este n u e v o i n c i d e n t e , m e d i r i g í á
d i c h o s s e ñ o r e s , y les d i j e :
— Y o s o y el q u e ha t r a í d o e l e q u i p a j e .
— ¡ Valiente
c o s a ! , . . . d e s d e el v a p o r h a s t a a q u í , —
u n o d e los d o s h o m b r e s ; —
dijo
¡ p o r c u a t r o p a s o s q u e ha d a d o
ya q u i e r e q u e se l e p a g u e !
— El
señor c o n d e no tiene suelto , — añadió el otro con
a c e n t o s a r d ó n i c o y m i r a n d o al v i a j e r o , q u e t e n i a tapada la
c a r a c o n las m a n o s y p a r e c í a e s t a r c o n f u n d i d o .
III
110
MARTIN
EL
EXPÓSITO
— P o r o , caballeros.... — e x c l a m é .
— Vamos andando , cochero , — gritó
u n o d e los h o m -
b r e s s a c a n d o la c a b e z a p o r la v e n t a n i l l a .
El c o c h e r o dio
que
echarme
s e n d o s l a t i g a z o s a l o s c a b a l l o s , y y o tuve
á un
lado para
que
no
me
cogiesen
las
ruedas.
¡ T e r r i b l e fue p a r a m i e s t e c h a s c o !
En
medio
de mi desesperación , gritaba
e n s e ñ a n d o el
p u ñ o c e r r a d o á l o s h o m b r e s q u e e n e l c o c h e se a l e j a b a n :
— ¡ L a d r o n e s ! ¡ así r o b á i s e l p a n á u n h o m b r e q u e se está
muriendo de h a m b r e !
— V e n á a l m o r z a r , — m e dijo al o i d o u n a v o z .
Li-
I n m e d i a t a m e n t e v o l v í la c a r a , y m e e n c o n t r ó c o n e l
siado, á
quien dirigí una mirada llena
d e s o r p r e s a y de
terror.
—
¡Sí, sí!.... ven
á a l m o r z a r , — prosiguió : — y a
que eres hombre que
n o se a n d a
con chiquitas
veo
á mi
m e g u s t a n l o s h o m b r e s d e t e r m i n a d o s q u e s a b e n z u r r a r de
firme....
V e n , p u e s , repifo á a l m o r z a r ; h o y pago y o ;
ma-
ñ a n a p a g a r á s t ú . . . . e n esto n o h a y d e q u e a v e r g o n z a r s e . . .
V a m o s ; v a m o s allá.
V , aquejado
cimiento
por
el
hambre,
acabó
por
aceptar
el
ofre-
del L i s i a d o .
XI.
£ 1 Almuerzo*
Con tanta
vergüenza
c o m o h u m i l l a c i ó n , a c e p t é ei a l -
m u e r z o q u e m e o f r e c i ó el L i s i a d o ; p e r o lo a c e p t ó , porque
era
preciso aceptarlo
lo acepté por
no
morirme
de
hambre.
A p e n a s h u b i m o s d a d o a l g u n o s pasos, m e c o g i ó f a m i l i a r -
EL A L M U E R Z O .
11 1
m e n t e el Lisiado p o r e l b r a z o ; m a s n o t a r d é e n r e c h a z a r lo b r u s c a m e n t e , p.ues el c o n t a c t o d e e s t e h o m b r e m e h a c i a
estremecer.
— ¿ Qué tienes? — m e p r e g u n t ó é l , s o r p r e n d i d o
de mi
movimiento.
— N o q u i e r o d a r el b r a z o á V .
— ¿ C ó m o es e s o ? . . . . ¿ á un c o m p a ñ e r o t u y o ? . . .
— Y o n o s o y c o m p a ñ e r o d e V.
— ¿ C o n q u e te d o y d e a l m o r z a r , y
no e r e s mi
compa-
ñ e r o ? ¡ A h i j a ! ) ! . . . . ¿si serás v a n i d o s o ? . . . . En este c a s o , á
dios, a m i g u i t o ; á mí n o m e g u s t a n los h o m b r e s q u e t e n g a n
vanidad.
— N o . . . soy vanidoso , — dije
tartamudeando.
— D a m e p u e s el b r a z o .
P r e c i s o m e fue , b i e n q u e b a j a n d o
a b o c h o r n a d o , la c a -
beza , d a r el b r a z o á a q u e l b a n d i d o , d e q u i e n , d u r a n t e u n
momento,
quise a l e j a r m e ;
p e r o e n esto i b a n
haciéndose
m a s y m a s v i v a s las p u n z a d a s c o n q u e m e a c o s a b a el h a m b r e , y ya e m p e z a b a n á a b a n d o n a r m e las f u e r z a s , hijas t a n
solo d e una e x a l t a c i ó n f e b r i l ; á p u n t o q u e
veces me
por dos ó
tres
l l a q u e a r o n las p i e r n a s , y q u e , á p e s a r d e l
frió
q u e h a c i a , se c u b r í a
de
sudor mi frente. AI
verme
así
f r e n t e á f r e n t e c o n a q u e l b a n d i d o , al p e n s a r e n las c o n s e c u e n c i a s d e la f a t a l i d a d d e l h a m b r e , e x p e r i m e n t é u n a e s pecie de vago é indefinible
terror.
I n v o c a n d o d e s p u é s sagr.idos r e c u e r d o s , c o m o
e r a n los
de Claudio G e r a r d y de Regina,
— ¿ R e p r o b a r á n , — pensé i n t e r i o r m e n t e , — r e p r o b a r á n
q u e , e n la p o s i c i ó n d e s e s p e r a d a e n q u e m e h a l l o , y d e s p u é s
d e a g o l a d o s todos l o s m e d i o s d e salir d e e l l a , a c e p t é y o el
s o c o r r o q u e e s t e b a n d i d o m e o f r e c e ? Esta v i d a
lucho en
medio
de
con que
la m a s e s p a n t o s a m i s e r i a , p u e d e p o r
otra p a r t e s e r útil á R e g i n a , p u e s t o q u e p u e d e c o n d u c i r m e
a d e s c u b r i r un s e c r e t o , p r o b a b l e m e n t e i m p o r t a n t í s i m o p a ra
ella.
A b s o r b i d o p o r estas r e f l e x i o n e s , e n s i l e n c i o , a b a t i d o
y
1112
MARTIN
cabizbajo,
para ocultar
HL
EXPÓSITO.
mi c o n f u s i ó n , di p o r
último
el
b r a z o á m i siniestro c o m p a ñ e r o .
—
¿ N o eres hablador ? — m e dijo.
— No.
— Eres mas a m i g o d e sacudir q u e do hablar
he convidado á un
almuerzo
c o n s i d e r o h o m b r e d e pro....
es
precisamente
p e r o cátate aquí
y si te
porque
delante
lo
de
la c a n t i n a . .. v a m o s . . . . pasa d e l a n t e . . . . y a v e s q u e te h a g o
los h o n o r e s .
D i c h o e s t o , m e h i z o el b a n d i d o e n t r a r d e l a n t e d e é l , e n
u n a t a b e r n a , situada e n el á n g u l o d e u n a d e las c a l l e j u e l a s i n m e d i a t a s al m u e l l e .
— D é n o s V. un gabinetito solo , — dijo el Lisiado
á la
muchacha que servia.
Y
dirigiéndose á m í :
— D e e s t e m o d o se está m a s l i b r e , y se p u e d e h a b l a r d e
c u a n t o se q u i e r e .
En s e g u i d a n o s c o n d u j e r o n á u n c u a r t u c h o , c u y a
tana daba á un
ven-
p e q u e ñ o y oscuro patio.
L u e g o q u e n o s h u b i m o s s e n t a d o e n la
mesa:
— ¿ Q u é q u i e r e s c o m e r ? — m e d i j o el L i s i a d o .
—
Pan.
—
¡Chusco a n d a s ! ¿ y qué m a s ?
— Nada.... nada mas q u e p a n y agua.
P o r efecto de una d e l i c a d e z a c i e r t a m e n t e
pueril
y o q u e mi a c c i ó n s e r i a m e n o s b o c h o r n o s a , n o
d e l L i s i a d o m a s q u e lo a b s o l u t a m e n t e
ner mis
—
preciso
creia
aceptando
para
repo-
fuerzas.
¡ Pero cómo!
¿ p a n y a g u a ? — dijo c o n a s o m b r o é l .
— T e p a r e c e á tí q u e y o h a g o las cosas así, y q u e c o n v i d o á
u n a m i g o p a r a d a r l e el a l m u e r z o q u e l e d a r í a n e n la c á r c e l ? . . . . ¡ E h ! ... m u c h a c h a ; u n a tortilla c o n t o c i n o , c a r n e c o n pepinillos , y dos b o t e l l a s de á d o c e sueldos.
—• V o l v i é n d o s e d e s p u é s h a c i a m í c o n o r g u l l o s a s a t i s f a c ción.
— D e e s t e m o d o , — m e dijo , — t r a t o á m i s a m i g o s y o .
El. ALMUERZO.
1 13
— Es inútil .. haga V. q u e l u e g o , l u e g o
m e den pan...
q u e e s lo ú n i c o q u e c o m e r é .
— Esa es h a m b r e c a n i n a . . . l i l i , m u c h a c h a , t r a i g a V . u n
cuscurrillo.
A c o n s e c u e n c i a d e esta o r d e n , t r a j o la m u c h a c h a
un
p a n , q u e al m e n o s t e n d r í a d o s l i b r a s , y q u e d e v o r é e n u n
momento.
— U n pan de cuatro l i b r a s , m u c h a c h a , — dijo el b a n dido con sardónica sonrisa.
E n t o n c e s t r a j e r o n el p a n d e c u a t r o l i b r a s . A u n q u e m i t i gada mi h a m b r e , estaba todavía mi e s t ó m a g o lejos d e
llarse satisfecho; m a s t e m i e n d o q u e
ciese d a ñ o ,
tanto
comer
ha-
me hi-
b e b í dos ó tres vasos d e a g u a , y suspendí mi
frugal almuerzo.
P o c o á p o c o r e c o b r é m i s p e r d i d a s f u e r z a s , c a l m ó s e la e s pecie de liebre (pie m e a q u e j a b a , y miré mi posición
con
ojo mas sereno y m e n o s desesperado.
El b a n d i d o , ( p i e m e
babia estado o b s e r v a n d o en s i l e n -
c i o m i e n t r a s y o m e c o m í a e l p a n , m e dijo l u e g o :
— Perfectamente;
hasta
ahora has c o m i d o por n e c e s i -
dad , a h o r a v a s á c o m e r p o r g u l a .
—
No....
— ¿Cómo que no?
A este t i e m p o p u s i e r o n e n la m e s a
los p l a t o s q u e h a b i a
p e d i d o el L i s i a d o ; p e r o n a d a q u i s e a c e p t a r , á p e s a r d e sus
instancias.
— E x t r a ñ o p e r s o n a j e se m e a n t o j a q u e h a s d e s e r , —
dijo
al p r o p i o t i e m p o q u e
c o n v i d a d o c o m o tú
engullía ; — j a m á s h e visto
me
un
b e b e siquiera un trago.
Dicho esto, e m p e c é por alargar mi v a s o , c r e y e n d o
con
este I r a g o r e s t a b l e c e r e n t e r a m e n t e m i s f u e r z a s ; m a s , l u e go temí q u e , en el estado d e debilidad en q u e aun m e hal l a b a , m e h i c i e s e d a ñ o el v i n o , y r e h u s ó .
— ¿ Ni un trago s i q u i e r a ? — e x c l a m ó s o r p r e n d i d o mi c o m pañero.
— Ni [ i r o b a r l o ; p e r o si V . m e lo p e r m i t e , t o m a r é o t r o p e dazo de pan.
I l í
MAIITM
EL
EXPÓSITO.
— L l é v e s e el d i a b l o á tí y á tu pan , —
me respondió , —
á haberlo sabido....
Y m i r á n d o m e luego con desconfianza :
— Acaso no eres l o q u e yo pensaba....
paréeosme
bas-
tante sobrio.
— ¿ Q u é pensaba V. pues de m í ?
— A n t o j á b a s e m e q u e e r a s un m a t ó n
q u e no tiene m i e -
d o , p e r o sí m u c h í s i m a h a m b r e . . . . lo c u a l era
para
m í . . . . y p a r a tí t a m b i é n . . . p e r o
un
hallazgo
no bebes mas
que
a g u a , n o c o m e s m a s q u e p a n . . . . y esto m e d i s g u s t a .
— C u a n d o una p e r s o n a
e s s o b r i a , — le dijo m i r á n d o l o
d e h i t o e n h i t o c o n el o b j e t o d e p e n e t r a r lo q u e
— t i e n e m a s e x p e d i t o el c u e r p o ,
pensaba ,
m a s l i b r e la i m a g i n a c i ó n
y mas disposición para todo.
— Hasta c i e r t o p u n t o d i c e s b i e n ; p u e s el v i n o p u e d e ser
c a u s a d e q u e se f r u s t r e n l o s m a s i m p o r t a n t e s n e g o c i o s . . . .
p e r o t ú , q u e esta m a ñ a n a r a b i a b a s d e h a m b r e . . . ( p i e a c a s o
r a b i a r á s o t r a v e z m a ñ a n a . . . . ó p a s a d o m a ñ a n a . . . . si no t i e n e s , t e d i g o , m a s cumquibus
q u e el q u e
n a r los trastos d e los v i a j e r o s . . . .
saques de
tragí-
Escucha ; y o c o n o z o e s e
o f i c i o , y sé q u e e s m e n e s t e r t e n e r a l g ú n a c c e s o r i o para p o d e r . . . e c h a r un
trago de agua.. . p e r o ,
v a m o s ; allá
va
uno de vino.
— N o quiero , repito .
— ¡Jesús y q u é
hombre!
— ¿ D e q u é oficio m e h a b l a b a V . ?
— E s c ú c h a m e ; tú e r e s j o v e n , robusto, d e s p a b i l a d o , tienes ánimo.... y
todas e s t a s ,
a m í g u i t o , son
prendas
que
e q u i v a l e n á u n t e s o r o . . . . si e s q u e s a b e s a p r o v e c h a r l a s . . . .
p e r o h a y la d i f i c u l t a d d e ( p i e e r e s p o c o d u c h o e n el
no quepisas....
terre-
p u e s n o e r e s d e la c a p i t a l . . . e s o e s cosa q u e
á p r i m e r a v i s t a se a d v i e r t e .
— En efecto , tres dias nada mas h a c e q u e estoy en P a rís.
—
¡Excelente
circunstancia!
¡Ah! ¡sí
v i e j o m e e n c o n t r a r a y o e n tu l u g a r !
en lugar de
ser
11.)
EL A L M U E R Z O .
— ¿ Q u é h a r í a V. ?
El b a n d i d o g u i ñ ó el o j o , y d e s p u é s d e
una corta pausa ,
dijo:
— ; l l u m ! m u c h a prisa t i e n e s .
Y d i c h o e s t o , v o l v i ó á q u e d a r s e c a l l a d o , y se p u s o á f r o tarse la b a r b a c o n c i e r t o a i r e d e s a t i s f a c c i ó n .
L a r g o r a t o hacia q u e estaba y o r a b i a n d o p o r p r o n u n c i a r
el n o m b r e de B a m b o c h a ; mas d e t ú v o m e el temor de q u e ,
por e f e c t o d e su d e s c o n f i a n z a , se n e g a s e a q u e l h o m b r e á
r e s p o n d e r m e ; no p u d i e n d o ,
sin
embargo,
resistir
ámis
deseos:
— ¿Qué es de B a m b o c h a ? — le dije
bruscamente.
A esta p r e g u n t a se s o b r e s a l t ó e l L i s i a d o .
— ¿Conoces á Bambocha? —
exclamó:
— A l c a p i t á n H é c t o r B a m b o c h i o , si V . n o t i e n e r e p a r o ;
p e r o n o t a n d o q u e su a d m i r a c i ó n se c a m b i a b a e n
descon-
fianza :
— Quiero ser
franco , — le dije; —
q u e h a c e tres dias fue
al c a l l e j ó n
y o s o y la p e r s o n a
del Zorro á
preguntar
p o r B a m b o c h a , y c r e o q u e V. fue q u i e n m e c o n t e s t ó :
—
¡ A h ! ¿eres t ú ? . . . ¿ y para qué querías á B a m b o c h a ?
— Es q u e ha d e s a b e r V . q u e B a m b o c h a y y o h e m o s s i do compañeros de infancia, y encontrándome en París, y
sin r e c u r s o s . . . . iba á s u p l i c a r l e q u e m e a y u d a s e . . . d í g a m e
V . , p u e s , d o n d e está.
— ¿Cómo
e s eso q u e ,
conociendo á Bambocha,
por
q u i e n e s , v e n i a s á p e d i r l e q u e te a u x i l i a r a ? Eso m e t r a n q u i l i z a , y e n tal c a s o , p o d r e m o s e n t e n d e r n o s , —
respon-
d i ó el b a n d i d o c o m p l e t a m e n t e s e g u r o . . . .
— ¿ P e r o d ó n d e está B a m b o c h a ?
— No
te i n q u i e t e s p o r
Bambocha, amiguito mió....
h a r é por tí c u a n t o e l m i s m o B a m b o c h a
yo
pudiera hacer.
— P e r o . . . . ¿ d ó n d e está B a m b o c h a e n e s t e m o m e n t o ?
— ¿ Bambocha ?
— Bambocha,
licía
se ha
le d i g o á V. — Y o b i e n
apoderado de
la
casa
sé q u e
OLÍ q u e
V.
la
po-
vivía...
Ilfj
yo
MARTIN
mismo vi
de aquel en
EL
EXPÓSITO.
á los s o l d a d o s e n ol c a l l e j ó n , e l (lia d e s p u é s
que
fui á p r e g u n t a r
por B a m b o c h a .
— L o s p á j a r o s g o r d o s se h a b í a n e s c a p a d o ya , y s o l o c a y e r o n e n la r e d los p a j a r i l l o s .
— ¿ Luego Bambocha
se h a s a l v a d o
del mismo
modo
q u e V ? . . . P e r o , p o r D i o s , p o r D i o s , ¿ d ó n d e está B a m b o - cha?
— L o q u e es por ahora bastante lejos.... e n A m e r i c a
en C h i n a .
— T r e s dias ha estaba e n P a r í s , — e x c l a m é , — y en París d e b e e s t a r t o d a v í a .
— En ese caso búscalo , y
m i r a si p u e d e s e n c o n t r a r l o ;
¿ p e r o q u é d i a b l o s t r a e s c o n é l ? . . . Y o s e r é p a r a t í , si q u i e res, otro Bambocha.
—
Gracias.
— M i r a q u e n o s a b e s l o q u e te h a c e s . . . . B a m b o c h a e s jov e n y c u e n t a c o n mil
medios;
e n tanto q u e y o . . . . s o y v i e -
j o . . . . v o y d e capa caida.... y necesito por tanto un
apren-
diz.
— ¿Para qué ?
— ¿ D ó n d e v i v e s ? — m e p r e g u n t ó el b a n d i d o d e s p u é s d e
una corta pausa.
— N o t e n g o casa.
— ¡ P u e s b i e n ! y o la t e n g o y te la o f r e z c o , e n la i n t e l i gencia de
q u e en ella nada
nos faltará, — a ñ a d i ó , e n s e -
ñ á n d o m e u n a d o c e n a d e d u r o s , e n t r e los c u a l e s n o t é d o s ó
tres m o n e d a s de o r o .
A l v e r este d i n e r o , no pude ocultar mi sorpresa, y c o n o ciéndola el Lisiado.
— Te
puerto
asombra , —
me dijo, — verme
c u a n d o tan l l e n o
tengo
el
ir á t r a b a j a r
b o l s i l l o , ¿ n o es
al
ver-
dad?
— Efectivamente.... me sorprende....
— L o q u e e s al p u e r t o , v o y s o l o e n c l a s e d e a f i c i o n a d o . . .
d o s d i a s h a q u e a n d o b u s c a n d o un ayudante,
sin h a b e r p o -
d i d o d a r a u n c o n u n o c o n i o y o l o e n t i e n d o . . . p e r o te b e v i s t o
EL ALMUERZO.
I 17
esta m a ñ a n a , y e s t o y s e g u r o d e q u e h a r e m o s
migas j u n -
i o s . . . . v a m o s , un t r a g o .
—
No.
— ¡Jesús , y q u e t e r q u e d a d ! p e r o n o i m p o r t a ; a r r e g l é monos , v i v a m o s j u n t o s , y no t e n d r á s m o t i v o s para
estar
descontento.
— N o q u i e r e V. d e c i r m e d o n d e e s t á B a n i b o e h a ?
— ¡Buena
estaría la p r i m a d a ! . . .
para
que
se
quedase
contigo....
— D o y á V. g r a c i a s d e l l l a u q u e h e c o m i d o , — l e d i j e l e v a n t á n d o m e , — si a l g ú n dia p u e d o . . . . se lo d e v o l v e r é á V.
—
¿levas?
— Sí.
—
Escucha ; p r o c u r e m o s a r r e g l a r n o s .
— Es inútil.
— ¿ D ó n d e d o r m i r á s esta
noche?
— E s p e r o g a n a r esta t a r d e a l g u n o s c u a r t o s á la p u e r t a
del teatro.
— ¡ H o l a ! . . . ¡ h o l a ! — dijo e l L i s i a d o
xionar
s o b r e lo q u e a c a b a b a
aparentando
de oír; — ¡ya
puntos predilectos, e h ! . . . y m e rehusas
ta
y o te e n g a n c h a r é
ten cuenta
con
lo
que
mas tarde ó
te d i g o
refle-
conoces
los
pero no i m p o r mas
temprano
acuérdate de que
te
aguardo.
N o pude m e n o s d e e x t r e m e c e r m e al o í r e l a c e n t o d e p r o funda c o n v i c c i ó n c o n q u e
p r o n u n c i ó a q u e l m a l v a d o estas
palabras :
Acuérdate
deque
te
aguardo,
D í m e ¡irisa á a l e j a r m e , m a s él m e g r i t ó :
— Hasta la v i s t a .
Bien, á pesar d e m i poca e x p e r i e n c i a y d e las reticencias
del Lisiado , comprendía y o q u e , asombrado del valor y do
la e n e r g í a casi f e r o z ( p i e a n l e m i s r i v a l e s d e l d e s e m b a r c a dero d e s p l e g u é , esperaba
aquel infame sacar partido
mi desnude/, y de mi d e s e s p e r a c i ó n para h a c e r m e
de
instru-
mento de alguna tentativa c r i m i n a l , c r e y é n d o s e s u í i c i e u II!
7
118
M.VKTIN
IX
KXI'ÓSITO.
t e m e n l e s e g u r o , c o m o lo decía
m o r a l i d a d por el
él m i s m o , a c e r c a
m e r o hecho de ser y o íntimo y
a m i g o d e B a m b o c h a , con q u i e n , no
de mi
anliguo
o b s t a n t e su a/a rosa
e x i s t e n c i a , trataba d e j u n t a r m e y o .
Aterrábame
la i d e a ,
no de
ser cómplice
del Lisiado ,
— p u e s e s t o m e p a r e c í a i m p o s i b l e , — m a s sí d e h a b e r d e
t e n e r c o n él e l m e n o r p u n t o d e c o n t a c t o . A este s i n c e r o p r o pósito s i g u i ó u n a r e f l e x i ó n
llena d e terror.... causada
por
e l r e c u e r d o d e la v e r g o n z o s a c o n c e s i ó n q u e m e a r r a n c ó el
hambre.
— ¡ A y ! — m e dije para m í , — ello es i n d u d a b l e q u e con
la i n d i g n a c i ó n p r o p i a d e
chazado yo á cualquiera
un h o m b r e d e b i e n , h a b r í a r e que
me hubiese
d i c h o q u e me.
babia d e v e r algún dia d e b r a c e r o con un h o m b r e c u l p a b l e y c a p a z d e los m a y o r e s c r í m e n e s . P u e s bien ; esto n o
o b s t a n t e . . . . y o a c a b o d e a r r o s t r a r esta v e r g ü e n z a , y la e s p e r a n z a d e t e n e r n o t i c i a d e B a m b o c h a ha sido la causa s e c u n d a r i a d e m i d e t e r m i n a c i ó n . . . . la p r i n c i p a l
fue solo la
esperanza de comer.
¡ A qué terribles
extremidades pueden
arrastrarnos
el
h a m b r e y los h o r r o r e s d e la m i s e r i a ! — m e d i j e e n t o n c e s á
m í m i s m o c o n d o l o r o s a tristeza : — c u a n d o y o , i m b u i d o e n
tengo en
el
p e c h o una especie de adoración divina (pie me impone
los m e j o r e s y m a s s ó l i d o s p r i n c i p i o s , y o q u e
la
observancia del b i e n , he
¿(pié será,
Dios m i ó ,
a z a r e s d e la v i d a ,
sin
de
podido
r e b a j a r m e á tal p u n t o ;
a q u e l l o s q u e , e n t r e g a d o s á los
e d u c a c i ó n , sin a p o y o , sin f e , sin
f r e n o s a l u d a b l e , se e n c u e n t r e n e n una s i t u a c i ó n igual á la
mia ?
Y cual
l o solia h a c e r C l a u d i o U e r a r d , e x c l a m ó : « ¡Oh
« m i s e r i a , m i s e r i a ! ¿ h a s t a c u a n d o h a s d e s e r la c a u s a , el
« o r i g e n d e t o d o s l o s m a l e s , d e t o d a s las d e g r a d a c i o n e s , y
«de
todos
los c r í m e n e s ? »
Esperando
q u e fuera de
noche
t e a t r o s , a g o t é todos los r e c u r s o s d e
y hora
de salir de
mi i m a g i n a c i ó n ,
Iosdis-
EL ALMUERZO.
Ii9
z u r r i e n d o un i n o d i o d o g a i í a n n o s e g u r a y h o n r o s a m e n t e la
v i d a ; mas d e s p u é s d e m i l c o m b i n a c i o n e s i m p o s i b l e s , a c a b é p o r p e r d e r toda e s p e r a n z a .
Causábame singular y dolorosa impresión el v e r ir y v e nir á a q u e l l a m u c h e d u m b r e a t a r e a d a , q u e n i s o s p e c h a b a ,
ni podia s o s p e c h a r , q u e e l i n f e l i z , j u n t o al c u a l p a s a b a c o n
la m a y o r
indiferencia,
aquella penosa
n o sabia d o n d e c o b i j a r s e
noche de i n v i e r n o , y
ñana siguiente aparecería
durante
q u e acaso á la
ma-
e n m e d i o d e la c a l l e , y e r t o d e
frió , ó m u e r t o d e i n a n i c i ó n . . . .
Aumentábase
mi
inquietud
c o n la i n c e r t i d u m b r e d e si
ganaría con que pagar aquella
n o c h e mí a l o j a m i e n t o .
i d e a d e q u e á las tantas d e la n o c h e m e
cogieran
La
vagando
p o r la c a l l e , e q u i v a l í a p a r a m í á la idea d e ir á la c á r c e l . . .
y la c á r c e l m e i n s p i r a b a m a s h o r r o r q u e la m u e r t e . . . . p u e s
me imposibilitaba
q u e , n o sé q u é
p e s a r d e mí
de
p o d e r s e r útil á R e g i n a , s i e n d o
secreto presentimiento
oscura
y
de mi ínfima
me
decía
así
que, á
condición , podia
ya
l l e g a r á s e r l e útil.
Preciso era , p u e s , p a r a estar s e g u r o de d o r m i r á c u b i e i to a q u e l l a n o c h e , g a n a r seis s u e l d o s al m e n o s . P o r lo
que
toca al p a n del dia s i g u i e n t e , e s cosa e n q u e ni p e n s a r q u i se s i q u i e r a .
Y así c o m o la f u e r z a d e l
dia
parecer brutal
hambre m e babia hecho
aquel
y casi f e r o z . . . . c o n o c í a y o q u e la n e c e -
sidad d e g a n a r a l g u n o s
sueldos
para q u e no m e p r e n d i e -
sen a q u e l l a n o c h e p o r v a g a b u n d o , m e b a r i a t a m b i é n
feroz
y b r u t a l , á ser preciso.
Luego que hubo
boulevards,
c e r r a d o la n o c h e , m e e n c a m i n é á
los
y r e c u e r d o q u e , después de b e b e r d e b r u c e s en
e l p i l ó n d e la f u e n t e d e l
Castillo
de. Agua,
m e fui á a p o s -
t a r e n las i n m e d i a c i o n e s d e l t e a t r o d e l G i m n a s i o , e n d o n d e , c o n poca s o r p r e s a , m e p a r e c i ó r e c o n o c e r t o d a s l a s c a
r a s q u e e l dia a n t e s vi e n el d e s e m b a r c a d e r o . E s t a b a n s e n tados m i s c o m p a ñ e r o s d e
i n f o r t u n i o , u n o s e n los postes
otros e n el b o r d e d e la a c e r a , y a l g u n o s á la t r a s e r a d e lo.-
130
MARTIN EL EXPÓSITO.
c o c h e s d e a l q u i l e r , c u y a l a r g a fila l l e g a b a
hasta
mas
allá
d e la p u e r t a d e S a n D i o n i s i o .
Viendo
pasar
l o s e l e g a n t e s c a r r u a j e s , q u e e n todas d i -
r e c c i o n e s se c r u z a b a n ,
y
en pos de
es testigo de q u e no m e
fiestas,
mas l e v e
Dios
sentimiento
c u y o s d u e ñ o s c o r r í a n sin d u d a
de
encono
ó de
a s a l t ó el
envidia;
solo
si
decia :
listos f e l i c e s
hombres
que
miserable
de
h o y , ignoran
con terrible
salario
para
(pie
á estas
horas
hay
a n s i e d a d están a g u a r d a n d o un
tener
a l b e r g u e y p a n . . . . y q u e sí
esta n o c h e , y m a ñ a n a . . . . so f r u s t r a n sus e s p e r a n z a s . . . . a l
dia s i g u i e n t e c o m e n z a r á p a r a e l l o s la a g o n í a d e l
R e c o r d a b a con este m o t i v o
hambre.
q u e c i e r t o dia o í e n b o c a d e
C l a u d i o G e r a r d estas s e n s a t a s p a l a b r a s :
—
Moralmente
q u e la r e c i b e ,
h a b l a n d o , d a r l i m o s n a , e s [ e n v i l e c e r al
al p a s o q u e p r o p o r c i o n a r l e t r a b a j o , e s s o -
c o r r e r l e y h o n r a r l e á un t i e m p o ; p e r o en el estado á que
d e s g r a c i a d a m e n t e h a n l l e g a d o las c o s a s ,
t e n t a r s e c o n la
por que
limosna,
preciso
es
con-
á p e s a r d e sus i n c o n v e n i e n t e s ,
al m e n o s tiene
un resultado
i n m e d i a t o . Así
una
c o s a h a y q u e d e b e r í a e n t r a r e n la e d u c a c i ó n d e l o s n i ñ o s ,
y e s , q u e sepan c o m o punto de partida
q u e con
mueran
un franco
de hambre
de pan se puede
diez
y de comparación
en rigor
impedir
que
se
personas.
S e n t a d o al p i ó d e u n á r b o l ,
en
una o s c u r a
rinconada ,
e s t a b a y o , q u e b r a n t a d o d e fatiga , a g u a r d a n d o e l m o m e n t o
d e la s a l i d a
del
violentamente
teatro,
repelido,
c u a n d o , sintiéndome de
a b r í l o s ojos y
pronto
me hallé rodeado
p o r u n g r u p o d e h o m b r e s d e m a l a t r a z a , e n t r e los c u a l e s
reconocí á varios,
a n t e s la
rol , se
cuya
presencia
me
Rabia
llamado ya
a t e n c i ó n : al m i s m o t i e m p o , y á la l u z d e u n f a me
figuró
v e r pasar
la siniestra y s a r d ó n i c a
cara
d e l L i s i a d o ; m a s tan r á p i d a fue esta a p a r i c i ó n , q u e , a l a r m a d o , c o m o lo estaba
la
gente
que
yo
p o r la a m e n a z a d o r a
inopinadamente
a p e n a s lijar los o j o s e n él
me
había
actitud d e
cercado,
pude
EL ALMUERZO.
121
— ¿ Q u é q u e r é i s ? — dije l e v a n t á n d o m e
para
ponerme
e n disposición d e d e f e n d e r m e :
—
¡ Calle e l s o p l ó n ! ¡ c a l l e e l s o p l ó n ! — m e d i j o u n o ; —
¿ t e p a r e c e q u e n o s a b e m o s lo q u e e r e s ?
Y al m i s m o t i e m p o , sin
dejarme
espacio para
prevenir
el a t a q u e , m e c o g i ó u n o p o r d e t r á s , t a p á n d o m e o t r o la b o ca c o n un p a ñ u e l o , á guisa d e m o r d a z a : y e n t o n c e s , á p e sar d e mi d e s e s p e r a d a r e s i s t e n c i a , m e
pes y m e
l l e v a r o n casi
en
magullaron
á gol-
v o l a n d a s hacia una d e las c a -
l l e j u e l a s q u e d e s e m b o c a n e n e l buluvard.
El pañuelo
á guisa d e m o r d a z a , m e p u s i e r o n e n la
boca sofocaba
que,
mis
g r i t o s , la m u l t i t u d d e g o l p e a d o r e s p a r a l i z a b a m i s f u e r z a s ,
y tan v e l o z fue t o d o esto q u e , a n t e s d e p o d e r h a c e r m e s i quiera
c a r g o de lo q u e m e pasaba , m e e n c o n t r é t e n d i d o
e n el o s c u r o p o r t a l d e u n a
casa d e a q u e l l a c a l l e . El m o v i -
m i e n t o c a u s a d o p o r esta t u m u l t u o s a e s c e n a , l l a m ó a p e n a s
la a t e n c i ó n d e los t r a n s e ú n t e s , q u i e n e s sin d u d a la c o n s i d e r a r o n c o m o u n a d e esas t a n t a s r e y e r t a s q u e , á la p u e r ta d e l o s t e a t r o s se t r a b a n t o d o s l o s d i a s .
D e r r i b a d o , p u e s , en m e d i o del p o r t a l , m a g u l l a d o y e n sangrentado el rostro á fuerza
d e g o l p e s , d i , al c a e r , con
la c a b e z a e n u n a p i e d r a , y fue tal el c h o q u e , q u e casi p e r dí e l s e n t i d o ; e n m e d i o d e u n d o l o r p r o f u n d o y s o r d o
que
p a r e c í a q u e r e r e s t a l l a r e l c r á n e o , o í u n a v o z q u e dijo :
— Bastante ha l l e v a d o y a . . . . v a m o n o s .
Al cabo d e un largo intervalo, durante el cual sentí a g u d í s i m o s d o l o r e s , fui p o c o á p o c o r e c o b r a n d o e l uso d e m i s
facultades. M a s , helado y b a l d a d o , ó poco m e n o s , c o s t ó m e
bastante trabajo i n c o r p o r a r m e , c u a n d o
traté
de hacerlo,
L o g r ó l o , sin e m b a r g o , e n f i n ; y sin c a s i s a b e r l o q u e h a c i a
y t r o p e z a n d o , sali d e l p o r t a l . L a n o c h e e s t a b a o s c u r a , d e sierta la c a l l e j u e l a , y c a i a la n i e v e e n e s p e s o s c o p o s ; la a c ción del aire a c a b ó de
serenarme,
y
f o r m é c a b a l ¡dea d e l a t a q u e do q u e fui
T a r d e debía
hasta
entonces
no
víctima.
s e r ya ; p u e s la p l a z u e l a , c u b i e r t a d e n i o -
\ o , se h a l l a b a d e l
l o d o d e s i e r t a . Esto no o b s t a n l e , veías','
MARTIN EL EXPÓSITO.
(22
u n c o c h e d e a l q u i l e r p a r a d o e n la e s q u i n a d e la c a l l e I V i s soniere.
A los p o c o s pasos t u v e q u e d e t e n e r m e a c o m e t i d o p o r
convulsivo temblor.
Rechinábanme
los d i e n t e s ,
un
(laqueá-
b a n m e las rodillas; y e n todo mi c u e r p o , c o n especialidad
en
la c a b e z a y e n la c a d e r a
d e r e c h a , s e n t í a u n d o l o r tan
c r u e l , q u e apenas podía s o s t e n e r m e .
En e s t o , v i n o á e s t r e m e c e r m e el sordo y m e s u r a d o r u i do del paso d e
u n a p a t r u l l a . M i s v e s t i d o s a n d r a j o s o s , mi
rostro ensangrentado y
asilo , e r a n
motivo
la
imposibilidad
d e j u s t i f i c a r un
suficiente para p r e n d e r m e por v a g o
si
t r o p e z a b a c o n los soldados.
Q u i s e h u i r ; m a s , v e n c i d o p o r la d o l e n c i a , t r o p e z a b a
á
cada paso....
A c e r c á b a s e e n t a n t o p o r m o m e n t o s el r u i d o c a u s a d o polla m a r c h a
oscuridad
pero en
d e la p a t r u l l a . . . . y v i e n d o y o
los fusiles, quise h a c e r
ya
r e l u c i r e n la
un p o s t r e r
vano.... pues, resbalándome en
la
esfuerzo....
n i e v e , caí
de
rodillas.
—
¡ Dios m i ó , D i o s m i ó ! e x c l a m e .
Y n o s i n t i é n d o m e c o n f u e r z a s para l e v a n t a r m e , d e j é e s c a p a r d e mis ojos algunas lágrimas.
M a s , h ó aquí q u e d e p r o n t o un h o m b r e , (pie estaba e s condido detrás de
un árbol , m e
cogió
por debajo
d e los
brazos y m e levantó diciendo :
— ¿ N o v e s q u e v i e n e u n a p a t r u l l a , y q u e te v a n á p r e n der ?
— E n estas p a l a b r a s r e c o n o c í al L i s i a d o q u e tal v e z m e
e s t a b a a c e c h a n d o d e s d e e l m o m e n t o d e la v i o l e n t a
escena
p r o v o c a d a p o r él
—'Yaya , ¿ quieres
v e n i r c o n m i g o ? — m e dijo — ó ( p i e
l e e c h e n e l g u a n t e ? . . . . ¿ O y e s ? la p a t r u l l a se a c e r c a .
— Pues
b i e n ; v a m o n o s . . . . a y ú d e m e V. á a n d a r , - — g r i -
té a t e r r a d o .
— V a m o s a n d a n d o . . . . s e ñ o r m a n d r i a , — a ñ a d i ó el
vado con tono sardónico.
mal-
LA CASA DHL LISIADO.
listo d i c h o , se
acercó á mi,
y
I Í3
m e dio
el brazo , en
el
cual me apoye y eché á a n d a r .
—Abre, abre,—dijo
mi
compañero
al c o n d u c t o r
del
c o c h e ( p i e allí c e r c a e s t a b a p a r a d o .
Subimos
al c o c h e , y
ciérrase
la
p o r t e z u e l a , al m i s m o
t i e m p o q u e l l e g a b a la p a t r u l l a al p a r a j e e n ( p i e m e c a í .
XII.
lia c a s a del L i s i a d o .
N o so p o r q u e , e n e l l a r g o
rato q u e a n d u v o el c o c h e
no
m e d i r i g i ó e l b a n d i d o la p a l a b r a u n a sola v e z . . . . E l s i l e n c i o ,
el ruido del
carruaje, el
calor
que
d e s p u é s d e t a n t o frió c o m o s u f r í ,
targamiento
dad , q u e
por
que embargó
dentro
d e él sentía ,
m e p r o d u j e r o n un a l e -
todas m i s f a c u l t a d e s . La
segunda vez m e
fatali-
r e u n í a c o n el Lisiado , m e
parecía un siniestro e n s u e ñ o ; paróse e n
esto e l c a r r u a j e ,
y v o l v í á la r e a l i d a d .
Mi c o m p a ñ e r o , d e s p u é s
ayudó á bajar, pues
atroces: ignoraba
en
los
brazos
me
dolores
que barrio estábamos, y guiado por
aquel h o m b r e , en cuyo
vesé p r i m e r o una
de sacudirme
las c o n t u s i o n e s m e c a u s a b a n
tuve que a p o y a r m e ,
atra-
especie de patio largo ó p a s a d i z o ,
brazo
que,
e n c a j o n a d o e n t r e d ó s lilas d e c a s a s s e g u í a t o d a s l a s s i n u o s i d a d e s d e u n a c a l l e j u e l a t o r t u o s a , y l l e g u é p o r fin e n f r e n te d e o t r o e d i f i c i o , c u y a p u e r t a a b r i ó m i c o m p a ñ e r o , q u e dándonos uno y otro en c o m p l e t a
oscuridad.
— ' D a m e la m a n o . . . . d é j a t e l l e v a r , d i j o e l L i s i a d o .
N o p u e d o e x p l i c a r la s e n s a c i ó n d e d i s g u s t o y d e
horror
q u e e x p e r i m e n t é c u a n d o sentí m i m a n o j u n t o á la m a n o d e
aquel miserable...
U n t e r r o r p u e r i l , p r o d u c i d o sin d u d a
por la d e b i l i d a d d e m i c e r e b r o , m e h i z o m i r a r a q u e l a c t o ,
M A R T I N Kh E X P Ó S I T O .
lÜ'l
' n s i g n ¡ f i c a n t e e n sí m i s m o , c o m o el s í m b o l o d e una e s p e c i e
d e p a c t o c e l e b r a d o e n t r e el L i s i a d o y y o .
micompañeroá
la e x t r e m i d a d d e u n a
A p o c o , se p a r ó
escalera
p e n d i e n t e , a b r i ó u n a p u e r t a , la v o l v i ó á c e r r a r
bastante
y con
un
f ó s f o r o e n c e n d i ó una v e l a , q u e i l u m i n ó u n a n c h o a p o s e n t o
s i t u a d o a l fin d e u n c o r r e d o r .
h a l l a b a tan l l e n a
de objetos
L a e s t a n c i a e n c u e s t i ó n se
d e todas c l a s e s , q u e
apenas
q u e d a b a l u g a r p a r a la c a m a y a l g u n o s m u é b l e s . Hasta m a s
d e la m i t a d d e la c a m a , c u y a s a m a r i l l e n t a s c o r t i n a s e s t a b a n c o r r i d a s , l l e g a b a el m o n t ó n d e p a q u e t e s h a c i n a d o s .
— A h í t i e n e s c a m a , d u e r m e ; m a ñ a n a h a b l a r é m o s ; y si
n e c e s a r i o f u e s e , e n v i a r e m o s p o r u n m e d i c o , — m e dijo el
L i s i a d o : — y a v e r á s q u e n o s o y tan m a l o c o m o p a r e z c o .
D i c h o e s t o , s a c ó u n c o l c h ó n d e la c a m a , l o t e n d i ó e n el
s u e l o , p ú s o s e p o r a l m o h a d a u n o d e los m i l e n v o l t o r i o s q u e
p o r a l l í r o d a b a n , a p a g ó la l u z y se a c o s t ó .
Q u e b r a n t a d o tanto m o r a l c o m o físicamente , incapaz casi d e r e f l e x i o n a r , s e n t í u n m o m e n t o d e b i e n e s t a r i n e x p l i c a b l e al t e n d e r m e e n a q u e l l a c a m a d o n d e n o l a r d é e n d o r m i r m e , gracias al
s u e ñ o a t r a s a d o d e la m a l í s i m a
noche
anterior.
Cuando desperté , era
de
dia ; m a s las r e c i a s
cortinas
c o r r i d a s e n c i m a d e m i c a m a , t e n í a n la e s t a n c i a m e d i o á o s c u r a s . A p o c o o i g o c h i r r i a r la l u m b r e e n u n a e s t u f a , v e o á
m i l a d o , e n c i m a d o u n a s i l l a , u n p e d a z o d e p a n y u n a taza
de l e c h e . S o r p r e n d i d o d e estos obsequios d e
mi h u é s p e d .
t i e n d o la v i s t a e n d e r r e d o r y m e h a l l o s o l o .
Mas asustado
Lisiado, y
c o n esta s o l e d a d q u e c o n la p r e s e n c i a d e l
queriendo
v e s t i r m e , v o y á echar m a n o á mis
m i s e r a b l e s a n d r a j o s ; m a s h a b í a n d e s a p a r e c i d o , y e n su l u g a r h a l l e al pió d e la c a m a u n p a n t a l ó n , u n c h a l e c o , u n a
l e v i t a d e p a ñ o , todo n u e v e c i t o , y
un e x c e l e n t e par de z a -
p a t o s . El c a m b i o , n o o b s t a n t e sus v e n t a j a s , m e d e s e s p e r ó ;
p o r la r a z ó n d e q u e , e n el b o l s i l l o d e la c h a q u e t a , h a b í a
yo guardado
hasta e n t o n c e s c o n
el m a y o r e s m e r o la c a r - :
lera sacada d e la t u m b a d e la m a d r e d e Uegina
.
En b r e -
I.A CASA l)EI. LISIA'JO.
125
v e , c o n g r a n r e g o c i j o , d e s c u b r í la c a r t e r a a b i e r t a e n c i m a
d e u n a m e s a i n m e d i a t a á la c a m a . . . la c o g í c o n t a n t o a f á n
cuanto
conte-
n í a . . . es d e c i r , l a s c a r t a s , q u e tenia y o c o n t a d a s y
como inquietud.... y por
recon-
t a d a s , la c r u z y
fortuna e n c o n t r é
la b o j a d e p e r g a m i n o , e n la c u a l so v e í a
dibujada una c o r o n a azul en m e d i o de
varios signos s i m -
bólicos.
E n s e g u i d a m e a s a l t ó u n t e m o r . La c a r t e r a q u e d e m a n o s
del Lisiado, por decirlo a s í , a r r e b a t é y o o c h o años a n t e s ,
h i r i é n d o l e en el m o m e n t o e n q u e a c a b a b a
d e v i o l a r la s e -
p u l t u r a d e la m a d r e d e R e g i n a , ¿ h a b i a s i d o t a l v e z r e c o nocida por el b a n d i d o , el c u a l , r e c o r d a n d o q u i z á l o s u c e dido entonces , trataría de v e n g a r s e de mí ?
C o n estas y o t r a s c o s a s , se c o m p l i c a b a
mi
situación, á
punto q u e no m e atreví á l l a m a r ; y q u e sentí
repugnancia en p o n e r m e
q u e sin d u d a
idea de
el vestido q u e
era robado. ¿ Qué
hacer
invencible
se m e o f r e c í a
? Aterrado
y
p o r la
p e r m a n e c e r en a q u e l l a c a s a , traté d e buscar mis
h a r a p o s , y los b u s q u é e n b a l d o e n t r e a q u e l l a c o n f u s i ó n d e
objetos, completamente
heterogéneos:
cortinas
de seda,
r e l o j e s , b o l a s , p i e z a s d e tela , v e s t i d o s h e c h o s , c h a l e s , a r m a s , cajas de m e d i a s , botellas
rosas d e
mármol ó bronce,
multitud d e
l a c r a d a s , estatuas
lienzo de
cajones de cigarros con letreros en español.
A c r e c e n t ó s e m i a l a r m a al h a c e r
rio d e
primo-
todas clases y una
r á p i d a m e n t e el i n v e n t a -
todos a q u e l l o s o b j e t o s , f r u t o p r o b a b l e m e n t e d e
un
sin n ú m e r o d e r o b o s , á los c u a l e s h a b r í a p a r t i c i p a d o a q u e l
hombre en clase de cómplice ó de autor. C o m o q u i e r a
que
sea, m i deseo era huir de aquella c a s a , aun pasando p o r
la
humillación
de vestirme de prestado. Por desgracia
la
p u e r t a e r a sólida y n o c e d i a á d o s t i r o n e s .
A l poco ralo , oí a b r i r
sentí e l
ruido de
la p u e r t a e x t e r i o r
los pasos d e u n
hombre
del pasadizo ;
que
llegando
basta d i c h a p u e r t a , l l a m ó á e l l a d e u n m o d o p a r t i c u l a r .
No me moví,
ni c o n t e s t é .
E n t o n c e s , v o l v i e r o n á l l a m a r , y al c a b o d e u n m o m e n t o
$
126
MARTIN EL EXPÓSITO.
o í d e b a j o d e la p u e r t a un l i g e r o r u i d o c a u s a d o p o r un p a p e l i t o , q u e p o r la p a r t e d e a f u e r a e m p u j a b a
g a d o c o n la hoja d e u n p u ñ a l ;
pasos, y volvió á cerrarse
el recien lle-
e n s e g u i d a se
alejaron
los
la p u e r t a d e l c o r r e d o r .
E c h a n d o la vista s o b r e e l p a p e l
introducido
por
debajo
d e la p u e r t a , l o c o g í , l o d e s d o b l é , y l e í estas p a l a b r a s , e s critas con lápiz y malísima
« M a ñ a n a . . . . á la u n a
ortografía:
d e la m a d r u g a d a se te a g u a r d a . .
« n o está lejos. »
Después d e vacilar un m o m e n t o ,
dejé en
el m i s m o s i -
tio e l p a p e l , q u e i n d i c a b a sin d u d a a l g u n a c u l p a b l e c i t a .
Este n u e v o i n c i d e n t e a c r e c e n t a b a
mis deseos de perder
d e vista a q u e l l a c a s a . P a r a e s t a r p r o n t o á c u a l q u i e r
even-
t o , v e s t í m e , si,bien c o n r e p u g n a n c i a , a q u e l l a r o p a , q u e n o
me
p e r t e n e c í a , y a b r í la v e n t a n a q u i t a n d o d e d e l a n t e d e
e l l a l o s t r a s t o s q u e la o b s t r u í a n .
Esta v e n t a n a
d a b a á un
p a t i o , y tenia treinta pies de e l e v a c i ó n . C l a r ó o s pues q u e ,
p o r esta p a r t e , n o e r a p o s i b l e la
fuga.
Después de pensar un rato , m e
resolví á tomar una d e -
t e r m i n a c i ó n v i o l e n t a , c u a l fue la d e a b a l a n z a r m e
al
Li-
s i a d o , e n c u a n t o a b r i e r a la p u e r t a , c o n f i a n d o , á p e s a r d e
mis agudos dolores, en mi resolución y mi agilidad, para
salir d e allí d e g r a d o ó por
fuerza.
E n esto , v o l v i é r o n s e á oír pisadas e n el p a s a d i z o , y me
a r m é d e v a l o r p a r a s a l t a r s o b r e e l L i s i a d o asi q u e a b r i e r a ;
mas j u z g ú e s e cual seria
m i e s t u p o r , al o i r
una v o z ,
una
c a n c i ó n y unas palabras harto conocidas.
L a v o z e r a la d e L a - L e v r a s e , q u e ( a t a r e a b a
f a v o r i t a la Belle
Sin dejar d e
su
canción
Borbonesa.
cantar,
llamó
á la p u e r t a
absolutamente
d e l mismo m o d o que lo había h e c h o poco antes el h o m b r e
del papelito.
N o o b t e n i e n d o r e s p u e s t a L a - L e v r a s e , s u s p e n d i ó su c a n ción por un m o m e n t o , ó impacientado volvió á llamar
m a s c o n v e n c i d o al fin d e la a u s e n c i a d e l
e n t o n a n d o su e s t r i b i l l o
predilecto.
L i s i a d o , se
alejó
LA CASA DEL LISIADO.
Este i n e s p e r a d o e n c u e n t r o
I 27
m e d e j ó a t ó n i t o , si b i e n
me sorprendió que mediaran relaciones entre
y e l L i s i a d o , la a v e r s i ó n q u e
m e inspiraba el
mi infancia, libertado por algún m i l a g r o del
su c o c h e p r e n d i ó
mi
antiguo
verdugo
fuego
c o m p a ñ e r o , era
de
que á
un
nuevo
m o t i v o para h a c e r m e h u i r d e una casa , á d o n d e c a d a
jiodia p e n e t r a r la p o l i c í a , e n
no
La-Levrase
paso
c u y o caso , y á pesar d e m i s
p r o t e s t a s , p a s a r í a y o , a u n á los o j o s d e los m e n o s p r e v e n i dos contra mí, por el c ó m p l i c e del L i s i a d o , y hasta tendría
q u e ir á la c á r c e l . . . . í n t e r i n se p r o b a b a m i i n o c e n c i a .
Este
p o r v e n i r m e parecía m u c h o mas t e m i b l e q u e el de ser a r restado por v a g o . . . .
Penetrado de
ierme de
la
esta idea , y c a d a v e z
fuerza
para salir d e
mas
aquella
resuelto á v a casa , c o g í
en-
tre a q u e l l a s a r m a s a n t i g u a s , sin p a r a r m e á e l e g i r c u a l e s ,
una e s p e c i e d e m a z a d e h i e r r o a d a m a s c a d o , m a s q u e
ra p e g a r
c o n ella al L i s i a d o , p a r a m e t e r l e m i e d o
de que m e a m e n a z a s e , ó quisiera
acababa
m a r e n t r e e l l a s la m a z a d e
una m a n o e n e l
pacaso
resistirme.
En tanto q u e a u n estaba i n c l i n a d o
mas q u e c o n e s t r é p i t o
en
el m o n t ó n
de
de descomponer para
hacia
to-
h i e r r o , sentí q u e m e
h o m b r o : y fue t a n
repentina
ponían
mi s o r p r e -
sa ( e s d e a d v e r t i r q u e y o e s t a b a casi e n f r e n t e d e la p u e r ta y b i e n s e g u r o d e q u e esta n o so h a b i a
abierto,)
q u e al
m o m e n t o d e v o l v e r m e , se m e c a y ó d e las m a n o s la m a z a
de hierro.
A l m i s m o t i e m p o , v i al L i s i a d o q u e e s t a b a
de
mí y q u e a c a b a b a d e e n t r a r e n
en
pié d e t r á s
el c u a r t o , n o p o r
p u e r t a q u e d a b a al c o r r e d o r s i n o , p o r u n a e s p e c i e
la
de ala-
c e n a f o r m a d a e n u n t a b i q u e , y c u y a e x i s t e n c i a ni s i q u i e r a
h a b i a s o s p e c h a d o y o ; la e s t a n c i a d e l b a n d i d o
tenia
pues
d o s s a l i d a s , y d e este m o d o se frustraba mi p r o y e c t o d e e s c a p a r m e á v i v a f u e r z a p o r la p u e r t a q u e á la s a z ó n se h a llaba entornada
— T e felicito, amigo , —
me
dijo el
Lisiado aludiendo á
mi v e s t i d o . — C á l a t e p u e s t o c o m o u n c o n d e .
— ¿ N o quiere V. devolverme
el vestido
a q u í ? — le p r e g u n t é después do un corto
—
con
que
vine
silencio.
¡ P u e s q u é ! ¿ e s t á s q u e j o s o d e l c a m b i o ? •—• e x c l a m ó .
— S í . . . . p o r q u e este v e s t i d o , lo p r o p i o q u e t o d o s los o b j e t o s q u e h a y e n e s t e c u a r t o , son sin d u d a r o b a d o s .
— ¿ N o has a l m o r z a d o ? — interpuso el b a n d i d o m i r a n d o h a c i a la s i l l a : — v a m o s t o m a un b o c a d o y d e s p u é s ha-.
blarérnos
Y o te h a b í a e n c e n d i d o l u m b r e
y preparado
e l a l m u e r z o . . . . B a m b o c h a n o te h u b i e r a t r a t a d o m e j o r
— P o r última v e z
le suplico á V. que m e d e v u e l v a
vestidos , y q u e m e d e j e salir do aquí.... ó d e
mis
buen grado
ó
P o r t o d a r e s p u e s t a , se a g a c h ó el L i s i a d o , c o g i ó el p a p e l i t o , lo l e y ó y después de romperlo :
— Ya
l o s a b i a y o , — m e d i j o , — p u e s t o q u e , al
salir
d e a q u i , h e e n c o n t r a d o al c o m p a ñ e r o . . . ¿ has l e i d o esa papeleta ?
— Digo q u e q u i e r o q u e m e v u e l v a Y . mi ropa, y q u e m e
deje Y. salir de aquí.
— C á l m a t e y e s c u c h a lo q u e te p r o p o n g o , p a r a el
de q u e quieras ser buen chico. T e instalarás
caso
en dos h a b i -
tacíoncitasgraciosamente amuebladas, y ya q u e e s t á s a l g n n
t a n t o v e s t i d o , p o c o te falta
para t e n e r todo lo
necesario,
q u e y o m e e n c a r g o d e c o m p l e t a r . D e u n a f o n d a d e al l a d o
te t r a e r á n t o d o s l o s d í a s la c o m i d a , p u e s q u e , p o r a h o r a ,
no conviene
tarde.,
q u e t e n g a s d i n e r o e n la f a l t r i q u e r a . . . .
mas
si t e p o r t a s b i e n . . . . te a s e g u r o q u e n o te f a l l a r á . , . .
— Y en cambio
d e t a n t o s b e n e f i c i o s , — d i j e al
con a m a r g a sonrisa : —
Lisiado
¿ q u é q u i e r e V. q u e y o h a g a ?
— Quiero s o l a m e n t e q u e m e dediques tres ó cuatro h o r a s p o r día , y q u e e l r e s t o
lo inviertas en pasearte
ó
en
h a c e r lo q u e m a s te a c o m o d e .
— ¿ Y e n q u é m e o c u p a r é d u r a n t e esas tros ó c u a t r o h o ras?
— Y a t e h e d i c h o q u e n e c e s i t o u n ayudante
destino que quiero que
desempeñes
, y este es e l
LA CASA DEL LISIADO.
—
129
¡Yo!
— Mira.... hablemos claros
h a c e (lias q u e a n d o b u s -
cando una persona q u e m e a c o m o d e . . . . p e r o n a d a , n o v e o
mas q u e c a r a s c a p a c e s d e d a r q u e p e n s a r á c u a l q u i e r c a n c e r b e r o d e la p o l i c í a . . . . T ú , p o r e l c o n t r a r i o , l l e g a s d e u n a
provincia , no eres conocido,
en caso de
necesidad,
y
tienes
buenos
buena
traza,
ánimo
puños.... T o d o esto
viene de molde.... o y e para qué. Ya v e s que estoy
cargado de géneros, y tengo mis
vender e n persona.... no por
razones para
orgullo,
me
sobre-
no
irlos
á
te lo j u r o . M e a c o -
modaría v e n d e r unas cosas , p o n e r otras e n el M o n t e - P i o ,
trocar algunas, e t c . ; mas
para e m p e z a r sin d e s p e r t a r r e -
c e l o s , es preciso tener un domicilio, ser bien quisto
en el
b a r r i o , v i v i r hasta c i e r t o p u n t o d e r e n t a s p r o p i a s , á
cuyo
e l e c t o te a l o j a r é b i e n , t e e q u i p a r é , te d a r é b i e n d e c o m e r
y mas adelante
de comisión sobre
las
v e n t a s . . . . Esto q u e v e s a q u í n o e s n a d a . . . . t e n g o o t r o s
ganarás
un
tanto
al-
macenes....
— C o m p r e n d o perfectamente.... quiere V. valerse de m í
para v e n d e r e l p r o d u c t o d e sus r o b o s
— Mis g é n e r o s , j o v e n ,
mis géneros.... Con q u é ,
¿esta-
mos?... ¿ t e ocuparás desde l u e g o de esto?
—
¡ A h ! ¡ D i o s m i ó ! ¡ t o d a v í a se m e r e s e r v a n o t r o s e n c a r -
gos por el mismo e s t i l o !
— Mas adelante irás á ciertas casas q u e
enseñar muestras de
cigarros
te i n d i c a r é , á
de contrabando....
y
con
eso
que
este pretexto....
- ¿ Q u é ?
—
¡ A h ! ¡ a h ! ya
vas
entrando
en afición.... y
h a c í a s e l d e n g o s o . . . . c o n este p r e t e x t o m e h a r á s p e q u e ñ o s
f a v o r e s . . . . y a te i r é d i c i e n d o c u a l e s .
— ¿ Es esto t o d o l o q u e e x i g e V . d e m í ?
— P o r e l p r o n t o , sí. T o c a n t e á las g a r a n t í a s d e las o f e r tas y
honro
p r o m e s a s q u e te h a g o , p o r la c o n f i a n z a c o n q u e te
debes
c o n o c e r q u e es c o s a d e f o r m a l i d a d .
- Pues a h o r a e s c ú c h e m e V. Sé q u e V. es u n m a l v a d o . .
I 30
MARTIN EL EXPÓSITO.
q u e p e r d i ó V. á Bamboeha , y que e n t r e otros muchos
menes,
i m p u n e s sin d u d a
crí-
hasta e l dia , h a c o m e t i d o
uno horrible.... ¡ha violado V. una
\
tumba!
— Y a ; y a c a i g o . . . . eso e s l o d e la c a r t e r a . B i e n m e lo m a l i c i ó , — e x c l a m ó e l b a n d i d o c o n sonrisa f e r o z : — ¿ l u e g o
tú
c o n o c e s al q u e m e h i z o d a r a q u e l g o l p e e n v a g o ?
— Fui y o .
- ¿ T ú ?
—
Y o , s í , y e n t o n c e s e r a n i ñ o . L o d i g o para q u e s e p a Y .
que no le t e m o ;
beza
con
p o r q u e si s i e n d o n i ñ o l e r o m p i casi la c a -
una pala, siendo hombre
se la a c a b e d e
es m u y p r o b a b l e q u e
r o m p e r c o n esta m a z a d e h i e r r o . ¿ M e e n -
tiende V. ?
—
¡ C o n q u e e r e s t ú ! — m u r m u r ó el m a l h e c h o r : y a h a -
b l a r e m o s d e eso m a s a d e l a n t e .
—
Como V. quiera ;
mas por
y en el
ínterin
no me detenga
f u e r z a . Un c u a n t o á los o f r e c i m i e n t o s q u e V .
Y.
me
h a c e . .. m e m o r i r é d e m i s e r i a p r i m e r o q u e a c e p t a r l o s .
—
Y a p u e d e s s u p o n e r , p o b r e m o z o , q u e n o te h e t r a í d o
á mi a l m a c é n sin t o m a r c i e r t a s p r e c a u c i o n e s : e n la a c t u a l i d a d estás tan c o m p r o m e t i d o c o m o y o : e l v e s t i d o q u e l l e v a s es r o b a d o , has v e n i d o v o l u n t a r i a m e n t e , has a l m o r z a do conmigo....
puedo
voluntariamente
probarlo.
también....
Denuncíame , y
y
todo
esto
te p i e r d e s i g u a l m e n t e .
E n el p u e r t o , d e s d e a h o r a te a p u e s t o q u e n o g a n a r á s la v i da , p u e s h e d i c h o q u e
pasas p o r
espía, y
como hay
ra-
z o n e s p a r a q u e m e c r e a n , p u e d e s c o n t a r q u e l o q u e e s esta
v e z n o s a l e s v i v o d e las m a n o s d e a q u e l l o s h o m b r e s . . . . N i
pienses tampoco en l l a m a r á
q u e r e r q u e te p r e n d i e s e n por
la g u a r d i a . . . . p u e s e s t o s e r i a
v a g o , y á las d o s h o r a s , y o
t e a s e g u r o q u e se s a b r í a q u e v i s t e s d e r o b a d o .
A lo c u a l , d e s p u é s d e u n a pausa , a ñ a d i ó mi a b o m i n a b l e
huésped:
•— ¿ Q u é d i c e s d e esto ?
— Q u e es V . u n i n f a m e , —
El b r i b ó n se e n c o g i ó
exclamé.
de hombros.
LA CASA Dí!L L I S I A D O .
131
— ¿ U n infamo? — repitió , — v e a m o s c o m o . A y e r estab a s r a b i a n d o d e h a m b r e , y te di p a n . . . . A n o c h e e s p i r a b a s
de
f r i ó , y te p r o p o r c i o n ó
albergue.... estabas cubierto de
h a r a p o s , y c á t a t e a h o r a v e s t i d o y a b r i g a d o c o m o un p r í n cipe.... A v e r , busca m u c h o s h o m b r e s d e b i e n q u e h a g a n
p o r tí o t r o t a n t o .
— ¿ P e r o c o n q u é fin m e ha s o c o r r i d o V . ? C o n el d e i n ducirme al m a l .
— ¡ T o m a ! C l a r o está. M a s d i m e ] : ¿ d ó n d e e s t á n y
cuán-
tos son los h o m b r e s v i r t u o s o s q u e h a b r í a n h e c h o o t r o t a n t o
para c o n d u c i r t e al b i e n ?
Este c o t e j o ,
bien que paradojal, m e
aterró
y m e dejó
p o r d e p r o n t o sin s a b e r q u e c o n t e s t a r . . . . p o r q u e , c o n v e r güenza y r e m o r d i m i e n t o lo c o n f i e s o , llegué
C l a u d i o G e r a r d , si b i e n e n e x t r e m o
á olvidar
pobre, me
que
habia
re-
cogido para h a c e r m e h o m b r e de bien : repito q u e en aquel
i n s t a n t e m e i m p r e s i o n ó t a n t o m a s la p a r a d o j a d e l L i s i a d o ,
c u a n t o q u e se m e v i n o á la m e m o r i a el r e c u e r d o d e m i v i sita al
magistrado
r e p r e s e n t a n t e d e la
d a d . . . . Con e f e c t o ,
¿qué
l e y y d e la s o c i e -
respondió á mi petición de t r a -
bajo? ¿ q u é estímulo ofreció á mis resoluciones d e
v i r t u o s o ? ¿ q u é r e m e d i o e n c o n t r ó él á m i
hombre
desesperada
si-
tuación?
El b a n d i d o m e
m a l , ine
ofrecía
habia socorrido y ,
un
porvenir de
á trueque de
obrar
bienestar y de reposo.
C i e r t o e s q u e , a c e p t a n d o t o d o e s t o , m e e x p o n í a á i r á la
c á r c e l ; ¿ p e r o n o m e e x p o n í a n á l o m i s m o la m i s e r i a y la
p r o b i d a d , c o m o m e lo a n u n c i ó
q u e p o r falta d e
asilo, de
el magistrado , al d e c i r m e
recursos y de trabajo , tarde ó
t e m p r a n o , t e n d r í a q u e ir á la c á r c e l p o r v a g o ?
— C á r c e l p o r c á r c e l , v a l e m a s a g u a r d a r la h o r a
fatal
c o n c o m o d i d a d , q u e e n t r e los t o r m e n t o s d e la m i s e r i a , —
pensé con profunda
amargura,
mezclada
dosis d e r e s e n t i m i e n t o . R a z ó n t e n i a
de una b u e n a
Bambocha en e l o g i a r -
m e la lógica d e l L i s i a d o . . . . L a e x p e r i e n c i a m e p r u e b a
que
mi c o m p a ñ e r o d e infancia veía las c o s a s c o m o son , y
que
1:12
MARTÍN EL EXPÓSITO
y o era un n e c i o :
e s t e h o m b r e c o n o c e la v e r d a d e r a
cien-
c i a d e la v i d a . V e r d a d es q u e p a r a e l l o , p r e s c i n d e d e l h o nor
y del decoro;
de criminales
m a s , una v e z encerrado en
deshonrados,
¿ q u é diferencia
compañía
hará
nadie
e n t r e ellos y y o ?
El Lisiado , q u e
me
observaba en
silencio , adivinó
tal
v e z , ó c r e y ó a d i v i n a r q u e sus p r o p o s i c i o n e s y c í n i c a s t e o rías e m p e z a b a n á quebrantar mi resolución; mas t e m e r o so d e
comprometer,
con
un
empeño
b r u t a l , la v e n t a j a
que sobre mí creía tener, m e dijo:
— O y e , b u e n j o v e n . . . sé q u e p o r f u e r z a n a d a s a l e b i e n ,
y n o q u i e r o p o n e r t e e l d o g a l a l c u e l l o ni a b u s a r d e t u s i t u a ción....
Estás
bien
vestido....
mantenido por hoy.... con
q u e s a l . . . . trata d e g a n a r t e la v i d a . . . . h o n r a d a m e n t e c o m o
tú d i c e s . H a y t a n t a s p e r s o n a s v i r t u o s a s , — a ñ a d i ó c o n t o no sardónico, —
q u e sin duda e n c o n t r a r á s m u y l u e g o
g u n a q u e te p o n g a el p a n
e n la
mano
para
te p e r v i e r t a s . A b r i r l a b o c a y e n c o n t r a r l o ,
p e r o si p o r c a s u a l i d a d e s o s h o m b r e s d e
al-
impedir que
todo será u n o ;
b i e n te r e c i b i e s e n
c o m o á un p e r r o h a m b r i e n t o en una b u e n a cocina.... ¿ e s tamos? ¿ aceptarás mañana
el e m p l e o
q u e te p r o p o n g o ?
¿ a c o m o d a , sí ó n o ?
Pensativo y
cabizbajo seguía y o , en tanto q u e mi
ángel
malo continuaba hablando así:
— Escuso decir q u e t e n g o bastante confianza
e n tí p a r a
n o s u p o n e r t e c a p a z d e v e n d e r la r o p a q u e l l e v a s puesta ,
c o m p r a n d o o t r a d e m e n o s p r e c i o , p a r a c o m e r c o n la d i f e r e n c i a q u e d e e s t e c a m b a l a c h e te r e s u l t e . A h o r a b i e n , p a r a
p r o b a r t e q u e h a g o lo q u e d i g o , — a ñ a d i ó e l L i s i a d o , — v e t o
si q u i e r e s ;
estás l i b r e . D i c h o l o c u a l , a b r i ó d e p a r e n pai-
la p u e r t a d e l a p o s e n t o .
TENTACIONES.
l i;¡
;
XIII.
Tentaciones.
S a l i m e d e l a p o s e n t o , t a n l u e g o c o m o v i la p u e r t a a b i e r t a , sin q u e el L i s i a d o se o p u s i e r a á m i salida ; p e r o c u a n d o
y a i b a á salir d e l c o r r e d o r , m e d i j o :
— A t i e n d e una p a l a b r a , u n a p a l a b r a
p o r tu i n t e r é s .
V o l v í la c a b e z a , y v i a l L i s i a d o q u e e s c r i b í a e n u n p e d a z o de papel.
— T o m a , — a ñ a d i ó a c a b a n d o d e e s c r i b i r : — e s t a s son las
s e ñ a s d e m i c a s a ; tú n o s a b e s e n q u e b a r r i o
cuando vuelvas
esta n o c h e , s e r á
estamos, y
preciso q u e
preguntes
p o r e l c a m i n o : si l l e g a s d e s p u é s q u e y o , l l a m a s y t e n o m bras.... en
el caso c o n t r a r i o , m e
aguardasen
el
corre-
d o r . . . . ¿ p e r o te v a s sin a l m o r z a r ?
—
En el c a s o . . . . d e q u e v u e l v a . . , , este
pan
m e servirá
d e cena.
— ¿Con q u é t e h a c e s e l m e l i n d r o s o c o n u n a m i g o ? C o m o
g u s t e s q u e r i d o . . . . A d i ó s , p u e s . . . . te d e s e o b u e n a s u e r t e e n
tu caza d e h o m b r e s v i r t u o s o s . . . . q u e se a p i a d e n d e t í . . . .
Retirábame, cuando el bandido me volvió á llamar.
—
Oye....
- ¿ Q u é ?
— Nada.... q u e
virtuosos
me
si e n c u e n t r a s
lo traigas para
a l g u n o d e esos
verlo. Quisiera
hombres
mandarlo
empajar.
E n c o g í m e d e h o m b r o s y b a j é r á p i d a m e n t e la e s c a l e r a .
Tan
luego
c o m o m e v i e n la c a l l e y f u e r a
d e la
casa
y d e la p r e s e n c i a d e l b a n d i d o , p a r e c i ó m e q u e d e s p e r t a b a
d e u n s u e ñ o : p r e g ú n t e m e á raí m i s m o c o m o
habían
po-
dido e n t r i s t e c e r m e las e s t ú p i d a s y v i l e s p a r a d o j a s d e a q u e l
HE
H
•*-**
MMtTIiN li(, E X P Ó S I T O
m i s e r a b l e ; y l l e n o <le ain.irgur.-i, c o n o c í e n t o n c e s
q u e había
cometido olvidando
la
falla
todo lo q u e á Claudio ( l e -
ra n i d e b í a . Y e n e f e c t o , ¿ n o b a s t a b a e s t o p a r a
desvanecer
las c í n i c a s a c u s a c i o n e s q u e el b a n d i d o dirigiera contra
los
hombres'de bien ?
Viéndome decentemente vestido (sin atreverme empero
á r e f l e x i o n a r e n el o r i g e n d e aquella r o p a ) , a l e n f é m e algún
tanto,
concebí algunas
s o m b r í o el
mi s ú p l i c a si
podia
esperanzas , y
p o r v e n i r ; c r e í e n fin
parecióme
menos
q u e fuera m e j o r
acogida
m e dirigía á algún corazón caritativo , y que
tentar ciertos caminos
que antes tuviera
cerrados;
p o r q u e el aspecto d e un h o m b r e c u b i e r t o de andrajos suele i n s p i r a r
cierta desconfianza , cierta
ble. Entonces
Slr.de
pensó
presentarme en
Saint-Etienne, mi
repulsión
casa d e
invenci-
la v i u d a d e
d i f u n t o p r o t e c t o r , al paso q u e ,
v e s t i d o c o m o m e n d i g o , la v e r g ü e n z a m e lo h u b i e r a i m p e d i d o ; ó a c a s o n o m e h u b i e r a d e j a d o p a s a r d e la a n t e s a l a .
Parecíame
que
Mad. de
Saint-Etienne
debía
estar
ya
m a s c o n s o l a d a d e la i m p r e v i s t a p é r d i d a q u e s u f r i e r a , y e s peraba que me socorrería
p o r r e s p e t o á la m e m o r i a d e su
m a r i d o : así e n c a m i n é m i s
pasos b a c í a
la c a l l e d e M o n l -
blanc.
L l e g u é á la c a s a d e m i d i f u n t o p r o t e c t o r , y c o n o c i ó m e e l
p o r t e r o desde l u e g o : p e r o ¡ a y ! q u e t a m b i é n allí m e e s p e raba una
n u e v a y fatal
había salido d e
París el
desgracia. Mad. de
Saint-Etienne
día d e s p u é s
muerte
d o la
d e su
m a r i d o p a r a e s t a b l e c e r s e e n su h a c i e n d a , q u e d i s t a b a m a s
de
doscientas leguas do
la c a p i t a l , y p a r a e s c r i b i r á esta
s e ñ o r a y r e c i b i r r e s p u e s t a s u y a , se n e c e s i t a b a n c i n c o ó s c i s
dias á lo m e n o s , q u e e n mi situación equivalían á un siglo.
— ¡ Escuchad, — le dije al portero, q u e parecía
d e c e r m e s i n c e r a m e n t e : — e n esto
compa-
barrio vive genio
muy
r i c a , d e b e h a b e / h o m b r e s g e n e r o s o s y c a r i t a t i v o s , V . sabrá
sus n o m b r e s , y si l e s c u e n t o f r a n c a m e n t e m i posición y les
d i g o lo «pie he sufrido desde q u e l l e g u é á París.... imposib l e es q u e no m e
compadezcan
135
TENTACIONES.
El p o r t e r o m e n e ó la c a b e z a , y c o n t e s t ó :
— Personas
pero
la
ricas v i v e n
dificultad
electivamente
está , a m i g u i t o
basta e l l a s . . . . y a u n e n
en este
m í o , en
barrio,
poder
llegar
este c a s o . . . . E n fin , l o q u e p o r
V.
[ H i e d o h a c e r e s d a r l e las s e ñ a s d e la c a s a d e M r . T e s t r e , e l
famoso b a n q u e r o . . . d i c e n
que hace
muchas
limosnas...
aventúrese V.
El p o r t e r o m e dio
en
efecto dichas señas , y y o m e d i -
rigí á la casa d e l b a n q u e r o .
—
¿ Por quien p r e g u n t a V. ? — dijo el p o r t e r o d e este.
— Por Mr. Testre , banquero.
— S u b a V . p o r la e s c a l e r a d e la d e r e c h a , y e n e l e n t r e s u e l o h a l l a r á V . la c a s a .
Ciertamente que con mis andrajos, no m e habrían
deja-
d o p a s a r d e la p u e r t a ; p e r o m i traje d e c e n t e n o i n s p i r ó la
m e n o r s o s p e c h a , y subí , y e n t r é e n
u n a antesala , d o n d e
habia dos mozos cobradores.
—
¿ M r . T e s t r e Y — d i j e al u n o .
— Sí q u i e r e V. h a b l a r c o n el c a j e r o l e i n t r o d u c i r é á V.
I n t r o d u j é r o n m c e n e f e c t o al g a b i n e t e d e l c a j e r o , y n o t é
en e l f o n d o d e l a p o s e n t o u n a r m a r i o d e h i e r r o e n t r e a b i e r to, q u e m e d e s l u m h r a r a e n v i s t a d e los t e s o r o s q u e a l l í h a bia a p i l a d o s ; p e r o
el
cuadro
de
tantas
riquezas no
causó e n v i d i a , si b i e n m e p r o d u j o c i e r t a e s p e c i e
de
me
sen-
sación.
— D e s c a r i a v e r al p r i n c i p a l , — l e d i j e al c a j e r o .
— ¿ Para negocios, caballero ?
— No señor, — dije titubeando y p o n i é n d o m e c o l o r a d o . . .
— no es para n e g o c i o s .
— ¿ C o n o c e V . á M. T e s t r e ? — m e p r e g u n t ó e l
lezando á e x a m i n a r m e con
una e s p e c i e
de
cajeroem-
desconfianza
pie aumentó mi t u r b a c i ó n .
— N o . . . . s e ñ o r , — le r e s p o n d í , — p e r o d e s e a r í a
juisiera
verlo.,
hablarle.
— M. T e s t r e está a u s e n t e , — m e d i j o e l c a j e r o c o n a l i e nan m a s y m a s r e c e l o s o , p u e s su l a r g a e x p e r i e n c i a lo l i a -
MA1ITIK EL
1-36
KXl'ÓSITO.
ría sin d u d a s o s p e c h a r el m o t i v o q u e allí rne l l e v a b a . S í r v a s e V . e s c r i b i r l e ó d e c i r m e p a r a q u é l o q u i e r e V.
— E l o b j e t o d e m i visita , — le r e s p o n d í d o m i n a n d o
t e m o r y mi
v e r g ü e n z a , — e s la l a m a q u e
tiene
de
mi
ca-
ritativo.... y venia para....
No m e dejó el
c a j e r o . c o n c l u i r la f r a s e ; y c o m o sin d u d a
estaba a c o s t u m b r a d o á s e m e j a n t e s e s c e n a s , d i j o m e c o n i'ria
urbanidad :
— Con razón
se e l o g i a n los s e n t i m i e n t o s
Mr. T e s t r e ; pero no hace caridad alguna
tos p r i n c i p i o s q u e
filantrópicos
sino
de
bajo c i e r -
tiene e s t a b l e c i d o s , y do los cuales
no
se s e p a r a n u n c a : s í r v a s e V , p u e s , d e j a r m e su n o m b r e , y
sus s e ñ a s , y el n o m b r e y l a s s e ñ a s d e d o s p e r s o n a s , á lo
m e n o s , conocidas y r e c o m e n d a b l e s , q u e puedan informar
d e la c o n d u c t a d e V . S í r v a s e V . t a m b i é n i n d i c a r q u e c l a s e
de socorro desea
recibir de Mr. Testre, y dar
una vuelta
p o r a q u í d e n t r o d e tres ó cuatro dias.
— Señor, dígnese V. escucharme, — e x c l a m é : — m i
sición es m u y p e r e n t o r i a . . . .
ni s i q u i e r a
— D i s i m u l e V . s e ñ o r , m i s m o m e n t o s están
contados,—
m e dijo el cajero i n t e r r u m p i é n d o m e : — s í r v a s e
habitación
po-
tengo para....
p a s a r á la
i n m e d i a t a , y el m o z o le d a r á lo n e c e s a r i o p a r a
q u e e s c r i b a los p o r m e n o r e s q u e l e a c a b o d e i n d i c a r .
Q u i s e insistir e n q u e se m e o y e s e ; p e r o e l
v a n t ó , t o c ó la c a m p a n i l l a , y m e c o n d u j o
c a j e r o se l e -
cortesanamente
á la p u e r t a , d i c i e n d o al m o z o d e la c a j a .
—• D é V . r e c a d o d e e s c r i b i r al c a b a l l e r o .
— M u c h a s gracias.... p e r o , escribiré.... en mi casa.... y
mandaré
la caxta , —• d i j e al, m o z o , y s a l í d e
la casa
del
b a n q u e r o c o n el c o r a z ó n o p r i m i d o .
Después h e sabido q u e Mr. Testre hacia en efecto
c h a s l i m o s n a s ; p e r o q u e j a m á s se s e p a r a b a d e
que
p a r a sus a c c i o n e s c a r i t a t i v a s
mu-
las r e g l a s
tenia e s t a b l e c i d a s ; y á
pesar d e mi c r u e l c h a s c o , fuerza m e fue c o n v e n i r e n q u e ,
estando París continuamente
e x p l o t a d o p o r una
d e a v e n t u r e r o s ó d e a t r e v i d o s h o l g a z a n e s , las
multitud
precaución
TENTACIONES.
nos del
banquero
137
parecían dictadas
p o r la
sana r a z ó n
y
con e! r e c o m e n d a b l e d e s e o d e r e p a r t i r b i e n sus l i m o s n a s ;
pero en
el
caso en
d a r l e ? ¿ Le daría
que
me
hallaba, ¿ q u é
señas
podría
las s e ñ a s d e l L i s i a d o ? ¿ V a q u é
perso-
nas p o d r i a d i r i g i r m e p a r a q u e r e s p o n d i e s e n d o m í ?
Preciso es
haberse
j a n t e á la m i a
encontrado en
p a r a c o n o c e r las
una posición
ridiculas
seme-
ilusiones á q u e
se e n t r e g a e l h o m b r e , hasta e l m o m e n t o e n q u e la
dad v i e n e á d e s v a n e c e r l a s : así q u e , c o m o
d í a , al
salir de
la
casa d e l b a n q u e r o
hacia
reali-
hermoso
m e d i r i g í á las T u -
nerías , v o y á decir con q u e designio.
llagóme
c a r g o , decíame , de
M r. T e s l r e á q u e r e r q u e sus
con
oportunidad , y á que
las r a z o n e s q u e
obligan á
l i m o s n a s se r e p a r t a n
antes
bien y
d e h a c e r l a s , se t o m e e l
tiempo n e c e s a r i o para informarse : es cierto q u e esto p e r j u d i c a á un d e s g r a c i a d o c u y a posición
m o la mia , y n o
me queda
sea tan u r g e n t e c o -
d u d a d e q u e si h u b i e s e c o n -
s e g u i d o h a b l a r al b a n q u e r o e n
p e r s o n a , se h u b i e r a c o n -
m o v i d o al e s c u c h a r la s i n c e r i d a d d e m i a c e n t o . P o r o ¿ q u é
importa
que
voy
paseo
al
hombres
n o h a y a p o d i d o h a b l a r al
público,
banquero ? Ahora
generalmente
frecuentado
por
ricos, hablaré á otras p e r s o n a s , procuraré b u s -
c a r una c u y a
fisonomía
m e inspire
confianza , le r o g a r é
q u e m e o i g a un m o m e n t o e n u n a d e las a l a m e d a s d e l p a seo , y e s t o y s e g u r o d e q u e n o m e r e c h a z a r á .
De este
que
en
modo quería
vano
había
probar con
probado
con
los h o m b r e s
los
ricos lo
trabajadores
del
puerto.
Así ( p i e l l e g u é á las T u l l e r í a s , m e s i t u é e n u n a a l a m e d a
q u e dá á la
calle
de
Ilívoli, donde no
tardé en v e r á un
sujeto, j o v e n todavía, y de una fisonomía a g r a d a b l e , a u n q u e a l g o triste , q u e se a p e a b a d e un b o n i t o c o c h e . E m p e zó á p a s e a r s e
con mesurado
da , m i e n t r a s y o lo s e g u í a sin
paso p o r la i n d i c a d a
perder
alame-
u n a pisada ; p e r o á
pesar d e toda mi r e s o l u c i ó n , n o m e a t r e v í á h a b l a r l e e n la
p r i m e r a vuelta , e n c o n t r a n d o
f á c i l m e n t e un p r e t e x t o
S
para.
IW
MARTIN EL EXPÓSITO
u n a c t o q u e m e r e p u g n a b a , sin q u e e m p e r o q u i s i e s e c o n f e s a r m e esta r e p u g n a n c i a . — Q u i e r o v e r o t r a v e z esta
fiso-
n o m í a , — m e d e c i a , — p a r a p o d e r j u z g a r si m e e q u i v o q u é
á p r i m e r a v i s i a . — A c o r t ó e l p a s o ; dio
la v u e l t a el h o m b r e
á q u i e n s e g u i a , y o t r a v e z n o t é u n a fisonomía d u l c e y triste, a u n q u e algo distraída. — A h o r a ya no vacilaré , — d i j e
e n t r e m í ; — c o n o z c o q u e mí confianza
acercaré á él c u a n d o
pase
por frente
se r e a n i m a , y
de a q u e l café,
e s t á a l g o i n c l i n a d o á la e s p l a n a d a d e l p a s e o . P e r o
entonces
también
e n c o n t r ó u n n u e v o p r e t e x t o mi d e s m a y a d a
reso-
l u c i ó n . V a r i o s p a s e a n t e s , — a l g u n a escusa h a b í a d e
— se h a b í a n
interpuesto
e n t r e mi
tener,
hombre y yo , y
m á s p a r e c í a m e q u e h a b í a m e n o s g e n t e al o t r o
me
que
ade-
l a d o d e la
alameda.
En tanto q u e
al
r e c o r r í a e s t e e s p a c i o , m e s u r a n d o mí p a s o
compás del d e
vista otras
mi futuro
fisonomías
mas
b i e n h e c h o r , buscaba
atractivas que
no e n c o n t r é n i n g u n a , y solo m e faltaba una corta
cia p a r a
llegar
encontrarme
de que yo
de
c o n la
la s u y a ;
pero
distan-
al c a b o d e la a l a m e d a , d o n d e n o t a r d é e n
con aquel
h o m b r e , (pie
fundara e n él
valor, aceleré
el
estaba
bien
mis ú l t i m a s e s p e r a n z a s .
paso, y dirigiéndome
ageno
Armóme
directamente
hacia mi f u t u r o b i e n h e c h o r , sin q u e este p a r e c i e s e
notar-
l o , l e (Jije c o n v o z t r é m u l a y a g i t a d a :
—
Señor....
B i e n q u e e l t e m o r y la c o n f u s i ó n
teligible ; bien
que
mi
futuro
traído ó p r e o c u p a d o , el
continuó
hiciesen
bienhechor
resultado
lúe q u e n o
l e n t a m e n t e su p a s e o hasta e l
A v e r g o n z a d o e n t o n c e s de mi
fuerzo sobre
mí
momento en
q u e dio
mi voz ininestuviese d i s me oyó, y
fin d e la a l a m e d a .
debilidad, hice el último e s -
mismo , y saliéndole
al
e n c u e n t r o e n el
la v u e l t a , d e s p u é s d e s a l u d a r l e , dije
c o n timidez :
—
Señor....
— ¿ Caballero ? —
repuso
mirándome! con atención
deteniéndose
sorprendido y
t'i'J
TENTACIONES.
P e r o , c o m o y o p e r m a n e c i e s e m u d o y sin a c c i ó n , c o n t i nuó después:
— Sin duda se e q u i v o c a V . , p u e s n o
t e n g o la
honra de
conocerlo.
P e t r i f i c á r o n m e estas p a l a b r a s ; d e s v a n e c i ó s e mi
ción, y cedí
ante
d e s c o n o c i d o , en
la i m p o s i b i l i d a d
aquella
de
alameda
resolu-
poder contar á un
y entre
una
multitud
d e p a s e a n t e s , casi toda m i v i d a ; i n s i s t i e n d o e n m i l
cularidades, q u e solas podían m o v e r
parti-
su c o m p a s i ó n , y d i s -
t i n g u i r m e d e un p o r d i o s e r o o r d i n a r i o . E s p a n t a d o p u e s d e l a
empresa que habia
—
acometido , respondí tartamudeando :
N o , s e ñ o r , n o t e n g o la h o n r a
de que
V. m e
conoz-
ca.... pero quería.... pero esperaba....
Imposible
me
fue a ñ a d i r
garganta y permanecí
brero
en
—
sola
p a l a b r a ; secóse
la m a n o y sin a t r e v e r m e á m i r a r
que mas y mas
en alia
una
silencioso é i n m ó v i l , c o n
sorprendido, me
dijo
con
el
aquel
mi
somsujeto
impaciencia
y
voz:
Pero
¿qué
es
lo q u e
¿ P o r q u é m e d e t i e n e V. e n
V. quiere
medio del
de
mí , c a b a l l e r o ?
pasco?
Dos ó t r e s p e r s o n a s se p a r a r o n á m i r a r m e
al o í r
estas
palabras pronunciadas en tono bastante e l e v a d o , m i e n t r a s
y o p e r m a n e c í a c o n e l s o m b r e r o e n la m a n o , c o n la c a b e za d e s c u b i e r t a y l l e n o d e c o n f u s i ó n ; p e r o n o t a n d o q u e
actitud , mí s i l e n c i o , m i t u r b a c i ó n , y la
d e la
persona á quien
acababa
de detener, empezaba á
l l a m a r l a a t e n c i ó n d e los p a s e a n t e s , e n t r e los c u a l e s
conocí á uno
de
mi
natural sorpresa
los i n s p e c t o r e s d e l
re-
j a r d í n , me retiré, y
dije c o n alterada voz :
— Perdone
V . c a b a l l e r o . .. c r e í a . . . . h a b l a r á o t r a
per-
sona.
A p e s a r d e t o d o , n o m e d e s a n i m é ; y m e d e c i a á mí m i s m o , lleno de a m a r g u r a : —
No es posible a d q u i r i r de una
vez el
que
desenfado y malicia
necesita
un
pordiosero :
c o n e l t i e m p o a d q u i r i r é , tal v e z , estas c u a l i d a d e s . . . .
b e m o s otra v e z . . . . ¡ s o b r e todo, r e s o l u c i ó n !
Pro-
I 10
MARTIN E l .
EXPÓSITO
Pasaba por d e l a n t e de una iglesia, e n
la cual e n t r ó c o n
e l c o r a z ó n l l e n o d e e s p e r a n z a , c r e y e n d o q u e toda p e r s o n a
devota debia ser caritativa, y suponiendo por lo tanto
e n la i g l e s i a
que
e n c o n t r a r í a alguna alma b i e n h e c h o r a . Entré
p u e s e n la i g l e s i a á t i e m p o q u e d e o l l a se d i s p o n í a á salir
una señora , á quien seguia
un c r i a d o c o n
librea , y
que
l l e v a b a e n la m a n o u n r i d í c u l o d e t e r c i o p e l o , e n e l c u a l se
veia
g r a b a d o un blasón ó escudo de armas. A c e r q u é m e á
aquella señora , c u y a fisonomía
era dulce y v e n e r a b l e ; y
e n el m o m e n t o e n q u e atravesaba una especie de c o r r e d o r
practicado en
la
p a r t e e x t e r i o r d e la
i g l e s i a , la dije c o n
precipitación.
— Por
Dios , s e ñ o r a , c o m p a d é z c a s e
V. de
mí.... estoy
solo e n P a r í s , no tengo relaciones.... no tengo recursos, y
n o p i d o m a s q u e t r a b a j o , t r a b a j o p a r a g a n a r mi v i d a h o n radamente.
— ¿ Es V . d e esta p a r r o q u i a ? — m e p r e g u n t ó la s e ñ o r a .
— N o pertenezco á ella.
— - ¿ C o n o c e á V . el c u r a
d e la p a r r o q u i a d o n d e V. h a b i -
t a ? P u e d e r e s p o n d e r d e la c o n d u c t a y d e
la m o r a l i d a d d e
V.?
— ; A h ! ¡ S e ñ o r a ! ni asilo ni p a r r o q u i a t e n g o .
— L o s i e n t o i n f i n i t o , — r e s p o n d i ó la s e ñ o r a ; — p e r o c o m o
p o r d e s g r a c i a n o se p u e d e
dar á todo el m u n d o , reservo
m i s l i m o s n a s para l o s p o b r e s d e m i p a r r o q u i a ( p i e
llenan
e x a c t a m e n t e sus d e b e r e s r e l i g i o s o s .
Y d i c h a s estas p a l a b r a s , la s e ñ o r a p r o s i g u i ó su c a m i n o .
C u a n d o , á e s o d e las d i e z d e a q u e l l a n o c h e , m e
encami-
n a b a , m u e r t o d e h a m b r e , h a c i a la casa d e l L i s i a d o , h a b í a se o p e r a d o e n m i
una r e p e n t i n a
revolución,
m i s m o i g n o r o c o m o p u d o e f e c t u a r s e c o n tanta
a n i q u i l a b a m i a l m a la
o d i o y la c ó l e r a h a b í a n
amargura
y la
que
ahora
prontitud,
incertidumbre,
el
r e e m p l a z a d o á la r e s i g n a c i ó n q u e
m e era n a t u r a l , pues después de t a n t a s ,
d e tan h o r r o r o -
sas y d e tan v a n a s t e n t a t i v a s p o r l i b r a r m e d é l a s u e r t e q u e
tít
TENTACIONES.
me a b r u m a b a , e m p e z a b a n á
c o n f u n d i r s e e n mi- i m a g i n a -
c i ó n las n o c i o n e s d e l o j u s t o y d e l o i n j u s t o , d e lo b u e n o y
de l ó m a l o
y.... ¡síntoma fatal!...
también
comenzaba
á
distinguir la p r á c t i c a d e la t e o r í a , e n c u a n t o á la h o n r a d e z
concierne.
Sobre todo, estaba cansado d e sufrir , cansado de e s p e r a r
en v a n o , cansado de
t e m e r el p o r v e n i r , c a n s a d o de d e c i r
c o n m i g o m i s m o : ¿ m o r i r é m a ñ a n a d e n e c e s i d a d y d e frió ?
« La p r o b i d a d , p e n s a b a y o , la d e l i c a d e z a y e l h o n o r s o n
p a l a b r a s m a g n í f i c a s , l o c o n f i e s o , p e r o n o se
p r o b i d a d , ni c o n
delicadeza,
ni con
c o m e ni c o n
honor. Nada
tengo
q u e e c h a r m e en cara ; h e h e c h o cuanto estaba á mi a l c a n ce para encontrar t r a b a j o ; p e r o todo
en vano ;
y este
es
t a n p r e c a r i o , tan a v e n t u r a d o , q u e es p r e c i s o a r r o s t r a r l a s
inauditas brutalidades de
una
turba
i n f a m e . . . . tal v e z la
m u e r t e , para v e r d e g a n a r un salario
tan n e c i o
que lleve
la
incierto; y no
práctica de los b u e n o s
seré
principias
hasta e l e x t r e m o d e m o r i r m e d e h a m b r e , a n t e s q u e c e d e r .
A c e p t a r é p r o v i s i o n a l m e n t e las olertasdtól L i s i a d o , y así g a naré tiempo mientras llega
la c a r t a d e C l a u d i o G e r a r d , ó
una r e s p u e s t a d é l a v i u d a d e DI. d e S a i n t - E t i e n n e , á l a c u a 1
v o y á escribir. »
« Sin d u d a q u e
mi
conducta es
baja é
indigna , c o n t i -
n u a b a h a b l a n d o c o n m i g o m i s m o , y ¡ p i e e s t e es u n p r i m e r
paso
dado en
la s e n d a d e l m a l . . . . p e r o este p a s o s e r á
p r i m e r o y e l ú l t i m o ; p o r q u e si e n el t é r m i n o d e o c h o
no tengo noticias de
protector
acabaré
Claudio Gerard
con
una vida
ó
el
dias
d e la v i u d a d e mi
demasiado
misera-
ble, o
E n e s t e m o m e n t o e n q u e c o n o a k n a y sin i n q u i e t u d c o n s i d e r o lo p a s a d o , d e m u é s t r a m e la e x p e r i e n c i a , q u e
s i e m p r e se o f u s c a e l h o m b r e c u a n d o r e f l e x i o n a e n
su
casi
ve-
n i d e r a i g n o m i n i a , c u a n d o su c o r a z ó n se d e b i l i t a , c o m o y o
sentía d e b i l i t a r s e e l m í o , y c o m o á m i m e o f u s c a r o n las l o c a s e s p e r a n z a s d e u n p o r v e n i r m e n o s triste ó la r e s o l u c i ó n
d e uu s u i c i d i o e x p i a t o r i o ; p e r o ¡ a y ! q u e casi s i e m p r e , p o r
lia
MAIVTIN E l .
EXPÓSITO
d e s g r a c i a , se d e s v a n e c e n las i l u s i o n e s q u e e n t a l e s casos- se
c o n c i b e n , y l l e g a la h o r a f a t a l . . .
la h o r a d e una
muerte
q u e d e b e l i b e r t a r al h o m b r e d e u n a e x i s t e n c i a p a r a s i e m p r e m a n c i l l a d a . . . . y e n t o n c e s se a p l a z a el
m o m e n t o d e la
e x p i a c i ó n , así c o m o e l c o n d e n a d o a s p i r a e t e r n a m e n t e á r e tardar el
instante del
suplicio
¿ Qué
importa
u n día
m a s ? . . . ¿ q u é i m p o r t a una semana , q u é un m e s , m i e n t r a s
q u e la i n f a m i a n o sea d e s c u b i e r t a ? . . . ¿ N o
a c a s o h a c e r q u e v u e l v a al c a m i n o
podrá un
del bien ,
feliz
para nunca
j a m á s v o l v e r á salir de él ?
D e esta m a n e r a se a l a r g a v i l m e n t e
el h i l o d e la v i d a
p e r o l u e g o e l c r i m e n se d e s c u b r e , se p u b l i c a . , y e n t o n c e s
e n t o n c e s se p r e f i e r e la m u e r t e al p o t r o d e la v e r g ü e n z a . . . .
se p r e f i e r e a q u e l l a m u e r t o e x p i a t o r i a á la q u e d e a n t e m a n o se e s t u v o c o n d e n a d o . Y la m u e r t e se p r e f i e r e ¿ p e r o p o r
q u é ? ¿ p o r q u e e s t e t a r d í o é inútil h e r o í s m o ? ¿ N o e s t o y ya
m a n c i l l a d o para s i e m p r e ? . .
M a s v a l e , p u e s , una v i d a sin
honor q u e una m u e r t e deshonrada
y l l e g a e n t a n t o el
m o m e n t o d o la l i b e r t a d . . . . y so v i v e l u e g o e n t r e el l o d o d e
la i n f a m i a
Tales eran
las i d e a s q u e m e o c u p a b a n c u a n d o l l e g u é á
la casa d e l L i s i a d o , q u e m e e s t a b a e s p e r a n d o , y q u e
tan
luego como llegué :
— Errastes
el tiro,
— m e dijo r i e n d o á c a r c a j a d a s . — N o
m e traes n i n g u n o de esos
h o m b r e s caritativos, para
em-
pajarlo?
— S e r é a y u d a n t e d e V. — l e d i j e c o n triste r e s o l u c i ó n
— ¿ Mañana mismo ?
— M a ñ a n a , si.
—¡Perfectamente!— me
respondió; — ¡asi
Y a h o r a e s c u c h a e l o r d e n d e la
me
marcha que vamos
gusta!
á se-
g u i r : e m p e z a r é p o r d e c i r t e q u e c o n t a b a c o n tu v u e l t a , y
q u e p o r l o t a n t o h e b u s c a d o h o y u n a l o j a m i e n t o , una c a sita e n t e r a m e n t e a m u e b l a d a , y p a r a c u y o s m u e b l e s t e n g o
h e c h o u n ajuste : m a ñ a n a i r e m o s á v e r la casa y c o m o q u e
e l d u e ñ o está p r e v e n i d o d e a n t e m a n o tú d i r á s q u e te a c ó -
TENTACIONES.
143
m o d a y f i r m a r á s el c o n t r a t o ; e n s e g u i d a
un fondista con el c u a l a r r e g l a r é m i s
i r e m o s á casa
condiciones
de
relati-
v a m e n t e á tu c o m i d a y h a r é p o r ú l t i m o c u a n t o sea n e c e s a rio p a r a q u e d e n a d a c a r e z c a s ; m a s a n t e s d e p o n e r t e e n
posesión d e tu d e s t i n o , e x i j o c o m o g a r a n t í a , q u e tú m i s m o
l l e v e s u n r e l o j al M o n t e P i ó ; p a s a d o
paseo p a r a t í , p e r o
mañana
después e m p e z a r e m o s
s e r á dia d e
inmediatamen-
te n u e s t r a s o p e r a c i o n e s .
Está m u y b i e n , — l e d i j e ; — p e r o t e n g o h a m b r c y t e n g o
sueño.
— T e e s p e r a b a p a r a c e n a r y h e aquí p o r l o t a n t o p r o v i s i o n e s a l g o m e j o r e s q u e e l p a n y q u e la l e c h e : a q u í t i e n e s
t a m b i é n u n h e r m o s o c o l c h ó n q u e te s e r v i r á d e c a m a p u e s
esta n o c h e , q u e r i d i t o , v o l v e r é á t o m a r p o s e s i ó n d é l a m í a . ,
s e g ú n q u e así l o r e q u i e r e m i a v a n z a d a e d a d .
— ¿ N o t i e n e V. v i n o ? — l e p r e g u n t é , c o n o c i e n d o c i e r t a
necesidad de alurdirmc.
— ¡ E x c e l e n t e lenguaje ! — m e r e s p o n d i ó ; — ahí t e n g o un
barrilon de Madera de primera clase.... dale un
tiento,—
lujo m i ó .
Comí, y sobre
todo b e b í c o n
a v i d e z : y tenia
tan
poca
c o s t u m b r e d e b e b e r v i n o , q u e si c u a n d o m e a c o s t é n o e s taba e n t e r a m e n t e b o r r a c h o , m e faltaba p o c o ; p u e s t o q u e
los r e c u e r d o s q u e s i e m p r e h e t e n i d o tan p r e s e n t e s se d e s v a n e c i e r o n d e m i m e m o r i a al fin d e a q u e l l a c e n a .
Pasé
la
noche
en
un profundo
sueño, y
d e s p e r t é á la m a ñ a n a s i g u i e n t e ya e s t a b a
el
cuando
Lisiado
me
ves-
tido :
— He
citado para
— m e dijo, — y
las o n c e
al
propietario
de
la
casa,
y a son las d i e z : v í s t e l e , p u e s , y n o s i r e m o s .
Vestíme en e f e c t o y salimos i n m e d i a t a m e n t e .
— T o m a e l r e l o j , • — m e dijo
el
Lisiado,
al
emprender
n u e s t r a m a r c h a , y p r e s e n t á n d o m e un h e r m o s o r e l o j y u n a
cadena de oro.
— Ya
lo t o m a r é c u a n d o l l e g u e m o s al M o n t e
será t i e m p o , — le r e s p o n d í .
Pió , y a u n
I 44
MARTIN EL EXPÓSITO.
— C o m o q u i e r a s . . . . p e r o v a m o s p r i m e r o á v e r la casa y a
firmar
la e s c r i t u r a d o a r r e n d a m i e n t o . . ¿ C o n f e s a r á s q u e s o y
un excelente h o m b r e de negocios ?
—
E x c e l e n t e ...
L l e g a m o s e n tanto á una casa d e
calle del
bonito aspecto,
d e la
arrabal M o n t m a r t r e , y subimos á ella para
una habitación
ver
c o m p u e s t a d e tres c u a r l i t o s , q u e d a b a n
un patio interior y
q u e estaban
decentemente
á
amuebla-
dos.
— A q u í estarás c o m o un r e y , — m e dijo el Lisiado ; —
y esto es m u c h o m e j o r q u e la n i e v e y q u e e l b a r r o d e P a r í s
d u r a n t e la n o c h e : ¿ q u é l e p a r e c e ?
—
Me parece q u e es mucho
—
Vamos
pues á v e r
mejor.
al c a s e r o
y
firmar
el
arrenda-
m i e n t o y á p a g a r tres meses adelantados. A h í van d o s c i e n tos f r a n c o s .
A l d e c i r esto m e
dio
el
bandido
doscientos francos en
diez monedas de oro.
N o s d i r i g i m o s , pues , á v e r el c a s e r o , q u e nos esperaba
c o n la e s c r i t u r a e x t e n d i d a ; y a v i s a d o p o r e l t a p i c e r o e n c a r g a d o d e la v e n t a d e los m u e b l e s s e g ú n c o n v e n i o c o n e l L i s i a d o , m e dio
c o p i a e l c a s e r o d e la e s c r i t u r a d e a r r e n d a -
m i e n t o , l u e g o q u e le h u b e e n t r e g a d o los doscientos f r a n cos.
— Acabamos de hacer
un s o b e r b i o
m i c o m p a ñ e r o a l s a l i r d e la casa : —
cancías
importa un
negocio, —
díjome
proporcionarse
mer-
p i t o ; p e r o v e n d e r l a s , y v e n d e r l a s sin
i n s p i r a r s o s p e c h a s , es el q u i d d e la d i f i c u l t a d ; al p a s o q u e
es m u y s e n c i l l o y natural q u e un j o v e n establecido , y
nocido en
su b a r r i o , v e n d a
hoy
alhajas
y mañana
colien-
zos ú otros g é n e r o s , teniendo sobre todo cuidado d e e l e g i r
sus c o m p r a d o r e s ,
como
tú
los
elegirás , hoy
en un b a r -
rio , y m a ñ a n a e n o t r o , y p u d i e n d o d a r s e ñ a s d e una casa
d e c e n t e , d o n d e el c o m p r a d o r v a y a
á pagar,
con
lo c u a l
d e s a p a r e c e hasta el u l t i m o a s o m o d e d e s c o n f i a n z a . . . P e r o ,
a m i g o , estas son b a g a t e l a s . . . . m a s t a r d e c o n o c e r á s t o d o el
EL ENCUENTRO.
I í'-i
p a r t i d o tpic p u e d e s a c a r s e d e ti, y d e tu e s t a b l e c i m i e n t o e n
este barrio.
•—• Así lo v e o . . . ¿ p e r o d ó n d e v a m o s a h o r a ?
— A l M o n t e P í o , p e d i r á s 400 f r a n c o s p o r e l r e l o j
y
la
c a d e n a ; m a s s o l o t e e n t r e g a r á n 300, q u e d e s d o l u e g o a c e p tarás.
— Está m u y b i e n ; v a m o s .
— T o m a el r e l o j .
— L u e g o lo
— Gomo
tomaré.
quieras...
XIV.
El encuentro.
Mi á n i m o se h a l l a b a e n s i t u a c i ó n s e m e j a n t e á la d e u n
h o m b r o q u e está s o ñ a n d o , y q u e t i e n e d e e l l o c i e r t o v a go conocimiento;
por
lo d e m á s ,
ningún
remordimiento
sentia ; c r e i a q u e m i c o n d u c t a era m u y d i s c u l p a b l e , y d e cía e n m e d i o d e m i p r o f u n d o r e s e n t i m i e n t o
contra
la
so-
ciedad:
— Con o b s t i n a c i ó n la h e p e d i d o p a n y t r a b a j o , y n o m e h a
escuchado
ternativa
infame;
y á v i v a fuerza
de
morir de
pero que
mi
m e ha p u e s t o e n
la d u r a a l -
h a m b r e ó de cometer una
infamia recaiga sobre
acción
esa s o c i e d a d
e m p e d e r n i d a y y a q u e n o r e c o n o c e e n m í derecho
á vivir
,
por l o t a n t o , t a m p o c o r e c o n o z c o y o sus l e y e s .
Sin d u d a m i c o m p a ñ e r o l e y ó e n m i f i s o n o m í a
mis p e n -
samientos , puesto q u e , m i r á n d o m e a t e n t a m e n t e :
— A s í m e g u s t a s , hijo m i ó , —
m e d i j o ; — estás p á l i d o ,
r e c h i n a s los d i e n t e s , y e s t o y s e g u r o d e q u e c o n u n p u ñ a l
e n la m a n o n o r e t r o c e d e r i a s a n t e d i e z p e r s o n a s .
N o bien hubo mí c o m p a ñ e r o a c a b a d o d e p r o n u n c i a r e s III.
!)
MARTIN Et
146
EXPÓSITO
tas s i n i e s t r a s p a l a b r a s , n o s v i m o s o b l i g a d o s á d e t e n e r n o s
e n m e d i o d e un
tropel , ocasionado por
de varios coches que llevaban
truida
d e e s t e m o d o la
transeúntes, y
cuando
esquina
aglomeración
d e la c a l l e , r e i l u i a n
hube de pararme
repentinamente
la
d i r e c c i o n e s o p u e s t a s : obsal
borde de
se m e e s c a p ó una
la
ios
acera,
exclamación
i n v o l u n t a r i a , p o r q u e á p o c o s p a s o s d e nú a c a b a b a d e divisar á Regina en u n o de aquellos coches.
I b a R e g i n a v e s t i d a d e n e g r o , y d e l m i s m o m o d o c o m o la
h a b i a y o v i s t o e n los a n n e r s a r i o s d e la m u e r t e d e su
dre : un viso de palidez cubría
ma-
su m e l a n c ó l i c o y h e r m o s o
rostro, q u e también parecía preocupado.
L a c a s u a l i d a d h i z o q u e v o l v i e s e la vista h a c i a d o n d e y o
estaba... y que detuviese
e n m í su m i r a d a triste y
pensa-
tiva , c o m o cosa d e u n s e g u n d o .
M i s o j o s se e n c o n t r a r o n c o n l o s s u y o s . . . R e g i n a . . . R e g i na n o p a r e c i ó a d v e r t i r l o .
D e s p e j ó s e e n e s t e m o m e n t o la c a l l e ; el c o c h e e n q u e iba
Regina,
a c o m p a ñ a d a d e otra s e ñ o r a , s i g u i ó su c a m i n o , y
R e g i n a d e s a p a r e c i ó d e mi vista.
E l é c t r i c a f u é p a r a m í la m i r a d a d e R e g i n a , a u n q u e p a s a j e r a , fue un
d i v i n o r e s p l a n d o r q u e i l u m i n ó d e r e p e n t e el
a b i s m o á c u y o b o r d e m e hallaba, y en aquel m i s m o instante t o m é una resolución tan espontánea c o m o positiva. E s taba s e p a r a d o d e l L i s i a d o p o r a l g u n a s p e r s o n a s , q u e , c o m o
n o s o t r o s , R a b i a n sido detenidas
d u r a n t e un m o m e n t o , y
n o t a n d o á mi izquierda una puerta c o c h e r a abierta, y bajo
su b ó v e d a e l r e m a t e d e u n a e s c a l e r a , m e a p r o v e c h é d e u n
instante en q u e mi c o m p a ñ e r o ,
a g e n o d e toda
sospecha,
miraba á otro lado, y entró apresurado en aquella puerta ,
sin q u e e l p o r t e r o l o n o t a s e ; subí d e p r i e s a hasta e l p r i m e r
p i s o , d e s d e e l c u a l h a s t a e l q u i n t o , seguí s u b i e n d o c o n l e n t i t u d , y d i s p u e s t o , e n c a s o n e c e s a r i o , á p r e g u n t a r p o r un
inquilino
imaginario
á fin d e e x p l i c a r nú p r e s e n c i a
en
aquella casa.
Era m i o b j e t o d a r t i e m p o para q u e el Lisiado . c a n s a d o
EL E N C I J E N T B O .
d e a g u a r d a r m e se a l e j a r a , y p a r a q u e
147
buscándome, cor-
r i e s e al u n o ó al o t r o e x t r e m o d e la c a l l e . M e d e t u v e p u e s
algunos
instantes e n el ú l t i m o piso , b a j ó
después á
pa-
so l e n t o , h a c i e n d o u n a p a u s a e n c a d a e s c a l ó n , y d e este
m o d o g a n é un c u a r t o d e h o r a , p o c o m a s ó m e n o s , y salí
d e s p u é s c o n p r e c a u c i ó n á la c a l l e , m i r a n d o á t o d a s p a r t e s
a n t e s d e a b a n d o n a r la p u e r t a q u e f u e m i r e f u g i o ;
pero
el
Lisiado h a b í a d e s a p a r e c i d o .
M e t í m e p o r e l p a s o q u e f o r m a la Cité Bergere
, y caminé
p r e c i p i t a d o p o r las c a l l e s m e n o s c o n c u r r i d a s d e a q u e l b a r r i o , hasta l l e g a r á u n o s s o l a r e s d e s i e r t o s , q u e p o r u n l a d o
lindaban con
las ú l t i m a s c a s a s d e l a r r a b a l , y p o r el o t r o
c o n las m u r a l l a s d e P a r í s .
Era l i b r e , y r e s p i r a b a c o n m a s d o s a h o g o .
Ilabia madurado mi resolución d u r a n t e
r e r a , y esto m e
T e n d í la vista
mi rápida c a r -
tranquilizaba.
e n d e r r e d o r , y j u n t o á las ú l t i m a s c a s a s
del arrabal percibí varias y profundas e x c a v a c i o n e s , q u e
p a r a la c o n s t r u c c i ó n d e c a s a s n u e v a s se h a b í a n h e c h o , y
c u y o s t r a b a j o s e s t a b a n sin d u d a p a r a l i z a d o s á c a u s a
estación. Una clara e m p a l i z a d a
trabajos ó e x c a v a c i o n e s , e n t r e
apenas
tenia h e c h o s
de tablas rodeaba
las c u a l e s h a b í a u n a
l o s c i m i e n t o s , y e n la q u e
cueva á medio h a c e r , pero cuya
d e la
dichos
que me deparaba
lo q u e y o
c o n ansia á q u e a n o c h e c i e s e
una
concavidad , enteramen-
te c o n c l u i d a , e r a b a s t a n t e p r o f u n d a : di g r a c i a s á la
videncia
que
vi
Pro-
quería , y aguardé
p u e s e l sol m e i n s p i r a b a
repugnancia.
Paseóme largo rato por a q u e l l o s desiertos solares , q u e
e n b r e v e los e n v o l v i ó u n a d e n s a n i e b l a ; y c u a n t o m a s m e ditaba en la r e s o l u c i ó n q u e h a b í a t o m a d o , m a s y m a s a c e r tada
y mas lógica m e p a r e c í a ,
raba
del vértigo que m e habia d o m i n a d o , vértigo q u e
y
mas
y
mas me a d m i se
disipara c o n la p r e s e n c i a d e R e g i n a .
Anocheció
en
t a n t o , y casi sin
esfuerzo m e abrí paso
p o r e n t r e la e m p a l i z a d a : b a j é á las e x c a v a c i o n e s , y c o n u n
MARTIN E L
I 48
poco
d e paja d e la
que
EXPÓSITO.
cubría
la p i e d r a
luce una especie de cama ó nicho
en
de sillería
me
e l f o n d o d e la c u e -
v a , puse una gruesa piedra por c a b e c e r a , y m e tendí....
a g u a r d a n d o r e s i g n a d o la m u e r t e .
V o s lo s a b é i s ,
¡ Dios m i ó ! t o m é
esta ú l t i m a y
suprema
r e s o l u c i ó n , sin o d i o , sin i r a , sin b l a s f e m a r c o n t r a mi d e s t i n o . . . ¡Mis m a l o s i n s t i n t o s y m i s c u l p a b l e s d e s i g n i o s se d e s v a n e c i e r o n con una mirada de R e g i n a . . . .
M i r e s o l u c i ó n d e m o r i r t u v o su o r i g e n e n la i m p o s i b i l i d a d
de encontrar medios de subsistencia... por q u e no quería
v i v i r á costa d e m í d e s h o n r a . . . . p o r q u e n o t e n i a e n fin
v a l o r , n i v o l u n t a d , ni f u e r z a s p a r a
ni
p r o l o n g a r e n v a n o la
terrible lucha q u e por tres dias estaba
sosteniendo contra
la f a t a l i d a d d e m i s i t u a c i ó n .
N o m e s u i c i d a b a , n i l a n z a b a u n furioso a n a t e m a c o n t r a
una
sociedad
i m p l a c a b l e ; n o , v o s lo s a b é i s , [ D i o s m i ó ! . .
Resignado , lleno d e misericordia
y
m e c o n f o r m a b a con la imposibilidad
de
m i s m o m o d o q u e un e n f e r m o paciente
una e n f e r m e d a d
perdón , aceptaba,
material
de vivir....
se r e s i g n a
del
y sufre
mortal.
L a e n f e r m e d a d q u e m e c o n s u m i a é r a l a m i s e r i a . . . . y esta
m e mataba , no y o .
P a r a d a r m e m u e r t e . . . . tenia h a r t o p r e s e n t e s las
saciones que
quien no
creía
t u v e s o b r e el s u i c i d i o c o n
Claudio
converGerard,
lo c o n s i d e r a b a c o m o d e l i t o ; a n t e s , al c o n t r a r i o ,
que
p o d í a ser h e r o i c o , s u b l i m e , a u n q u e solo l o a d -
mitía e n c i e r t o s c a s o s .
« l i l h o m b r e q u e se s u i c i d a se c o n s t i t u y o e n v í c t i m a , e n
« j u e z , y e n v e r d u g o , á un t i e m p o , — m e decía Claudio Gerard ; —
« de
la
« y
solo ante el s u p r e m o
conciencia
t r i b u n a l d e la r a z ó n y
es d o n d e s e d e b e j u z g a r
y fallar
<i r e s o l u c i ó n , c o n t r a la c u a l n o se p u e d e a p e l a r . P o r
« es m e n e s t e r m e d i t a r l a
i' c i o n
y
sobre
todo , n o
con
« ( ¡ u c e l a l m a y la c o n c i e n c i a
« preguntas :
m a d u r e z , con
resolver ninguna
hayan
esa
esto
ciicunspeccuestión , sin
r e s p o n d i d o á estas
E L ENCUENTRO,
« El c ú m u l o d e
«de
tus
fuerzas
tus
desgraciases
humanas,
i i!)
superior
humanamente
á
la s u m a
hablando?
« ¿ P e r j u d i c a r á á a l g u i e n tu m u e r t e ?
•i ¿ Estás e n t e r a m e n t e c o n v e n c i d o
d e q u e tu v i d a h a d e
« ser e n lo s u c e s i v o inútil á tus h e r m a n o s ?
« ¡ P i é n s a l o b i e n I p o r m a s m i s e r a b l e q u e e l h o m b r e sea ,
o p u e d e s i e m p r e p r e s t a r a l g ú n s e r v i c i o al h o m b r e ; si e s j ó « v e n y r o b u s t o , p u e d e d e f e n d e r á o t r o m a s d é b i l ; si i n t c l i « g e n t e y b u e n o , p u e d e i l u s t r a r y m e j o r a r á l o s q u e la i g « n o r a n c i a p e r v i r t i ó . . . En una p a l a b r a n o h a y s e r v i c i o , p o r
« leve que sea, q u e p u e d a
onipararse
á
la e s t e r i l i d a d d e l
« suicidio, cuando este no es h e r o i c o ni s u b l i m e p o r e f e c t o
« d e las c i r c u n s t a n c i a s , n a d a h a y tan p a r e c i d o á u n a
vida
« estéril c o m o una estéril m u e r t e . »
Bien c o n s i d e r a d o ,
no tenia
pues d e r e c h o para
darme
m u e r t e , p o r q u e si esta litigaba á n o t i c i a s d e C l a u d i o G e r a r d
se, a f l i g i r í a p r o f u n d a m e n t e . . . y l u e g o p o r q u e m i v i d a p o d i a
a u n s e r útil á R e g i n a .
P e r o y o n o m e s u i c i d a b a . . . . m o r í a solo p o r q u e n o
podia
vivir
Desde aquella noche
e m p e z ó para m í una agonía
i'isica
y moral, m u c h o menos dolorosa, en v e r d a d , q u e lo que y o
pensaba.
Casi tibia e r a la t e m p e r a t u r a d e
la h ú m e d a
y
sombría
c u e v a , y c u a n d o d e s p u é s d e la p r i m e r a n o c h e q u e e n e l l a
pasé e n una e s p e c i e d e l e t a r g o , vi a p u n t a r el p á l i d o
fulgor
d e la m a ñ a n a p o r e n t r e la b ó v e d a d e u n r e d u c i d o
nicho,
e x p e r i m e n t é r a r a satisfacción , d i c í é n d o m e á mí m i s m o : Ni
saldré del día, ni p o r lo tanto t e n d r é q u e i n q u i e t a r m e p o r la
falta d e p a n
y de domicilio
Pasé a q u e l dia e n u n a i n m o v i l i d a d c o m p l e t a y c a l c u l a d a ,
q u e no tardó en p r o d u c i r un
miembros....
frío e n t o r p e c i m i e n t o e n
y c o n la c a r a v u e l t a
h a c i a la
pared de
mis
la
c u e v a , y c o n los ojos c e r r a d o s , a b s o r b í a n m e l o s r e c u e r d o s
d e l o pasado..
Esta l a r g a
m e d i t a c i ó n fue u n a
especie de prolongada y
150
MARTIN
EXPÓSITO
I-:L
t i e r n a d e s p e d i d a , q u e d e lo m a s
p r o f u n d o d e mi c o r a z ó n
d i r i g í a á las p e r s o n a s q u e h a b i a q u e r i d o . . - .
Bambocha,
evocados
Ilasquiña
, Claudio
(¡erard
pues desde aquella
noche
fueron
y Jlegina,
sucesivamente por mi debilitado
pensamiento;
e m p e z a r o n á a s a l t a r m e los t e r -
r i b l e s e m b a t e s d e l h a m b r e , q u e f e l i z m e n t e se a p o d e r a r o n
l u e g o d e u n a i m a g i n a c i ó n tan a p o c a d a y a .
T a m b i é n e n t o n c e s m e a s a l t a r o n las a l u c i n a c i o n e s
pañeras del terrible parasismo
l l a m a d o el delirio
com-
del
ham-
bre , y d e s d e e n t o n c e s p e r d í la c o n c i e n c i a d e lo q u e m e s u cedió
A p e n a s se d i s t i n g u í a n los p r i m e r o s a l b o r e s d e l d í a , c u a n d o v o l v í e n m í , y n o t ó q u e m e h a l l a b a t e n d i d o e n un c a t r e
de tijera c o l o c a d o e n una e s p e c i e d e c a m a r a c h o n , d e s d e
d o n d e a l c a n c é á v e r debajo de mí una extensa cuadra ocup a d a p o r 30 ó 40 c a b a l l o s :
P a r e c í a m e q u e estaba
prendido , miraba
por
soñando
en d e r r e d o r ,
la e s c a l e r a q u e c o n d u c í a
y,
cada
cuando
vi
vez
mas
sor-
subir alguien
d e s d e la c u a d r a al
camara-
c h o n ; y n o o b s t a n t e m i d e b i l i d a d , y el a t u r d i m i e n t o q u e e n
m í s e n t i a , r e c o n o c í al p u n t ó l a f r a n c a y b o n d a d o s a
fisono-
m í a d e l c o c h e r o S i m ó n , q u e m e c o n d u j e r a el p r i m e r dia d e
m i llegada á París.
— ¡ G r a c i a s á D i o s q u e a b r e V . los o j o s ! — m e dijo
re-
g o c i j a d o ; — b i e n d e c i a e l m é d i c o q u e l o q u e tenia V. e r a
n e c e s i d a d . . . . y a lo h e m o s v i s t o c u a n d o así q u e ha b e b i d o
V. un p o c o d e c a l d o . . . . se s i e n t e
mejor.
— ¿ C ó m o e s q u e e s t o y a q u í ? — le p r e g u n t é c o n m o v i d o ,
— ¿ g r a c i a s á V . sin d u d a ?
verá
V.
c o m o h a s i d o p a r a q u e n o se c a l i e n t e la c a b e z a m u c h o
— En e f e c t o , y m u c h o q u e
me alegro , g a l á n :
en
d i s c u r r i r , l o c u a l l e fatigaría á V. y n o p u e d e s e r b u e n o
;
a y e r , d e s p u é s d e c o m e r , una s e ñ o r i l , i , tapada c o n un v e lo, vino á mí, me
h i z o s e ñ a l d e a b r i r la p o r t e z u e l a , saltó
c o m o u n a a r d i l l a y c o r r i e n d o la p e r s i a n a , m e d i j o :
— ¡ C o c h e r o , á la b a r r e r a de la Estrella i así q u e e s t e m o s
KKSVKÜTHO.
v.i.
ou ul c a m i n o d e
prenda
Ncuilly,
vaya
V
i.'ií
al
paso. —
— M e e n c a r a m o al p e s c a n t e , l l e g o
N c u i l l y y adujo e l p a s o . A
Entendido,
al c a m i n o
los c i n c o m i n u t o s e s t a b a
de
y a la
señorita t i r á n d o m e c o n t o d a s sus t u e r z a s p o r e l c u e l l o d e l
c a r r i k y g r i t a n d o : — A l t o a h í , c o c h e r o , a b r a V . la p p r l e zuela. Abrola en e l e c t o ,
¿y
para q u i é n ? p a r a
un
joven
• pie e n t r ó en el carruaje d i c i e n d o : — F a u b o u r g M o n t m a r t r e ,
j u n t o á la b a r r e r a , e n los s o l a r e s d o n d e e s t á n e d i f i c a n d o .
T o m é el t r o l e , q u e n o e r a c o r t o el v i a j e ; p o r e l e s t i l o d e
los q u e V . m e h i z o h a c e r c u a n d o n o s c o n o c i m o s . Así
que
l l e g u é al sitio los p i c h o n c i t o s b a j a r o n m a s a l e g r e s q u e u n a s
p a s c u a s ; sin d u d a h a b í a n e s c o g i d o
aquel paraje para que
n o l o s v i e r a n a p e a r s e j u n t o s . D e s p u é s q u e el j o v e n m e p a gó con rumbo
m e volvía de v a c í o , cuando
grupo de gente , me acerqué y
reparé
e n un
pregunté : — ¿ Q u é es eso?
— N a d a ; q u e j u g a n d o u n o s m u c h a c h o s e n esas c a s a s q u e
están á m e d i o
hacer,
han
cuconfrado
un
h o m b r e casi
muerto de h a m b r e .
— Esto m e l l e g ó al a l m a , e s t i r é el p e s c u e z o , y ¡ q u é e s lo
( p i e v e o ! A V. p o ! r e j o v e n , á m i
parroquiano de marras
La v e r d a d , n o m e e x t r a ñ ó q u e l e o c u r r i e s e e s t e
percan-
c e . .. p e r o s i n d e t e n e r m e á p e n s a r , c e r c a c o m o e s t a b a d e
la
cuadra , lo q u e
hice
fue
apearme y desmayado
como
estaba V . m e t e r l o e n m i e l e m e n t o , y t r a e r l o a c á : d e s p u é s
se l l a m ó al
m é d i c o , dijo q u e se
moría V. de
hambre, y
( p i e se l e h i c i e r a t r a g a r d e s p a c i o un p o c o d e c a l d o : así l o
h i c i m o s , y m e p a r e c e q u e e n b r e v e q u e r r á V . cosa m a s sólida q u e c a l d o , y u n b u e n t r a g o d e v i n o .
Iba
y o á m a n i f e s t a r mi
r e c o n o c i m i e n t o á tan e x c e l e n t e
hombre , cuando me interrumpió diciendo:
— P a l a b r a : u n a noticia b u e n a n u n c a v a sola y los
breros
som-
de hule son b u e n a g e n t e : u n o s y o t r o s n o s d i g i m o s •
M i g u e l e l m o z o d e c u a d r a se ha m a r c h a d o : sí e s t e
m o z o q u i e r e e n el
pobre
í n t e r i n o c u p a r su p l a z a , el t r a b a j o no
e s g r a n d e . H a b i t a r á c o m o M i g u e l e n el c a m a r a c h o u d e
la
cuadra . cuidará
de
los c a b a l l o s
p o r la n o c h e , l e s d a r á
MAJtTlN E L
loa
EXPÓSITO.
b e b e r p o r la m a ñ a n a , y c o m o á M i g u e l
le d a r e m o s treinta
s u e l d o s d i a r i o s : c i e r t o q u e n o e s g r a n cosa p a r a q u i e n v e nia á P a r í s á b u s c a r u n
buen
e m p l e o ; p e r o al
p a n , y c o n p a n . . . se v e v e n i r . . . . esta es m i
cabo
hay
o p i n i ó n . Si l e
a c o m o d a la p l a z a d e M i g u e l , e s cosa h e c h a , se e n c a r g a V.
d e ella , l u e g o
q u e esté m e j o r a d o , p o r q u e el
médico dice
( ¡ u c e s m e n e s t e r c u i d a r l o . N o se a p u r e p o r n a d a , aquí s o m o s v e i n t e , y c o n u n e s c o t e d e d o s s u e l d o s cada u n o , m a n t e n d r e m o s á Y . hasta q u e esté f u e r t e
A Dios gracias era pasado
el t i e m p o d e m i s m a s
r o s a s p r u e b a s , y e s c u s o p i n t a r la s a t i s f a c c i ó n ,
decimiento
el
con
que
acepté de
inesperado socorro con q u e
dias r e c o b r ó
aquella
me
honrada
agragente ,
b r i n d a b a n . En
la s a l u d , y a m a e s t r a d o p o r
pocos
la e x p e r i e n c i a y
p o r las l e c c i o n e s d e C l a u d i o G e r a r d , d e s e m p e ñ é
y sin c r e e r m e h u m i l l a d o , u n a t a r e a , ( p i e m e
ba
dolo-
el
fielmente
proporciona-
un sustento g a n a d o h o n r o s a m e n t e .
A l a s seis s e m a n a s , m e d i j o m i p r o t e c t o r , e l c o c h e r o :
— Querido, tengo
P r o v e n z a , en una
un
cuñado, portero
hermosa
e n la
calle
casa d e h u é s p e d e s : h a y
de
allí
un puesto e x c e l e n t e para un m o z o d e r e c a d o s , a c t i v o , i n t e l i g e n t e , y q u e , c o m o V . , sepa l e e r y e s c r i b i r : m i c u ñ a d o
l e p r o m e t e la p a r r o q u i a d e la
c a s a , l o c u a l y a da u n
sa-
l a r i o s e g u r o d e t r e s f r a n c o s d i a r i o s : ¿ l e a c o m o d a á V . esto
m a s q u e s e r m o z o d e c u a d r a ? S i l e a g r a d a , i r e m o s á la p r e f e c t u r a c o n el c u ñ a d o y un
fiador,
para q u e le inscriban á
Y . y le d e n m e d a l l a . . . . T a m p o c o es un oficio famoso , m a s
t r a b a j a r á A . m e n o s , e l p a n está s e g u r o , y v a m o s v i v i e n d o .
r
Con tanto m a y o r p l a c e r acepté este n u e v o o f r e c i m i e n t o ,
cuanto
gente
que , á pesar de
era
un
a g r a d a b l e s : no
mi
poco brusca,
p o r esto so
celo , como
solia
los q u e
trance de mi vida.
me
honrada
poco
e n t i e n d a , q u e ni e n t o n c e s , n i
a h o r a se a l t e r ó la s i n c e r a y p r o f u n d a
servo hacia
aquella
tener momentos
gratitud
socorrieron en
el
mas
que
con-
apurado
153
MARTIN AL HK1 .
XV.
ITIai'liii a l r e y .
Voy
á i n t e r r u m p i r , s e ñ o r , mi r e l a t o , para
decir
dos-
p a l a b r a s s o b r e lo q u e p r e c e d e :
« Ya h a b é i s t e n i d o o c a s i ó n d e v e r el
so, fatal,
de
la e x p l o t a c i ó n
resultado espanto-
d e la i n f a n c i a ,
por
saltim-
banquis , vagamundos y corrompidos.
« Casi todos los d i a s , p o r m e d i o d e la p u b l i c i d a d , se r e velan hechos que v i e n e n en apoyo de aquellos
fui
testigo
egoísta
ó a c t o r . Sin e m b a r g o , la
indiferencia
sociedad
en que y o
tolera
esas m o n s t r u o s i d a d e s d e q u e
con
única-
m e n t e son v í c t i m a s los hijos d e l p o b r e .
« ¡Amarga burla! hay
l e y e s ( v e r d a d es q u e n o
c u t a n ) , c u y o o b j e t o al m e n o s es l a u d a b l e
tienden á reglamentar
la e x p l o t a c i ó n
se
eje-
toda v e z q u e
d e los n i ñ o s e n
las
m a n u f a c t u r a s ; m a s ¿ p o r q u é esta l e y e s m u d a r e s p e c t o d e
la a b o m i n a b l e e x p l o t a c i ó n d e la i n f a n c i a
dignos ó por juglares? Esplotacion
por padres
in-
que deprava , que
de-
g r a d a a las i n f e l i c e s c r i a t u r a s , y casi s i e m p r e l a s c o n d u c e
á la p r o s t i t u c i ó n ó al r o b o .
« La relación
de
los a ñ o s q u e
G e r a r d , os p r u e b a n ,
p a s é e n casa
de Claudio
también, señor, como han
enten-
d i d o y e n t i e n d e n l o s q u e g o b i e r n a n la F r a n c i a , la e d u c a ción de
la
mayoría de
población
la
rural,
que
la c o n s i d e r a c i ó n , l o s h o n o r e s q u e
de
c o m p o n e la
nación : habéis visto, señor , el
conceden
inmensa
bienestar;
al
profesor
enseñanza.
« En c u a l q u i e r
solemnidad , en
p ú b l i c a , ¿ q u i é n figura e n p r i m e r
que empuña
la e s p a d a d e la l e y ,
cualquiera
ceremonia
t é r m i n o ? El m a g i s t r a d o
el g e n e r a l q u e
maneja
9.
MARTIN E l . E X P Ó S I T O .
f.'Sí
la e s p a d a
d e la
el acero de
fuerza a r m a d a , el s a c e r d o t e q u e
triste a p a r a t o d e los c a s t i g o s
, la represión
prensión
biandc
la j u s t i c i a d i v i n a ; todos e s t o s r e p r e s e n t a n
h u m a n o s y d i v i n o s , la
, la intimidación
el
com-
en este m u n d o y en
el o t r o .
« M a s e n e s o s p o m p o s o s c o r t e j o s , á la m i s m a a l t u r a q u e
los h o m b r e s q u e j u z g a n , ( p i e c a s t i g a n , y ( p i e
¿ p o r q u é no figura
reprimen;
j a m á s ese otro h o m b r e , no m e n o s i m -
p o r t a n t e e n la s o c i e d a d , q u e el m a g i s t r a d o , q u e el sóida d o y e l s a c e r d o t e ; e s e h o m b r e , q u e p o r lo m e n o s d e b i e r a
s e r tan h o n r a d o c o m o e l l o s , el instructor
del
pueblo?
« S í ; e l i n s t r u c t o r d e l p u e b l o , el q u e ha d e c r e a r m o r a l mente
el
ciudadano , instruirle , m e j o r a r l e , inspirarle
santo y ardiente
el
a m o r á la patria y á la h u m a n i d a d , d i s -
p o n e r l e , e n f i n , p a r a e l c u m p l i m i e n t o d e todos l o s d e b e r e s , d e t o d o s los s a c r i f i c i o s ( p i e
impone una vida l a b o r i o -
sa y h o n r a d a .
« ¡ P u e s q u é ! esos
i n s t r u c t o r e s q u e e j e r c e n el
mas sa-
g r a d o d e t o d o s l o s s a c e r d o c i o s , el -de i l u s t r a r y m o r a l i z a r
al p u e b l o , n o d e b í a n s e r i g u a l a d o s
siquiera
con
los
que
c u a n d o el p u e b l o falta , l e j u z g a n , l e a c u c h i l l a n ó l e c o n denan?
« Habéis
v i s t o , señor
(y
harto
lo p r u e b a n
los
docu-
m e n t o s o f i c i a l e s ) , c o n q u é o b j e t o , l o s g o b e r n a n t e s d e este
p a í s y sus c ó m p l i c e s , r e d u c e n a l
instructor del
pueblo á
la c o n d i c i ó n m a s d u r a , m a s a b y e c t a , m a s i r r i t a n t e .
« Por o t r o episodio de mi vida os habréis e n t e r a d o , s e ñor , d e un
h e c h o m o n s t r u o s o , q u e debía considerarse en
c u a l q u i e r e s t a d o s o c i a l , c o m o un f e n ó m e n o no m e n o s
ra-
r o q u e e s p a n t o s o , sin e m b a r g o , q u e e l tal h e c h o , d e p u r o
f r e c u e n t e , aflige é indigna
á los
corazones
g e n e r o s o s , si
bien no los a d m i r a .
o Para
lograr
la s o l u c i ó n
de este
problema , menester
e s , s e ñ o r , p l a n t e a r l e d e esta s u e r t e :
«Supongamos
que
baya
un j o v e n
recibido una
robusto,
buena
inteligente,
probo,
educación elementa! , que
MARTIN AL REY
posea
lo¡'¡
un oficio m a n u a l , q u e esté l l e n o d e
tad , d e v a l o r , q u e n o r e p u g n e
h e c h o á las
buena
volun-
ningún trabajo, que
esté
fatigas y á las p r i v a c i o n e s , y se c o n t e n t e c o n
poco; finalmente , que
( l a m e n t e pan y un
no
solicite m a s q u e
g a n a r honra
albergue.
« Este h o m b r e , c o n tan f i r m e p r o p ó s i t o , c o n tan c o m p l e t a
a b n e g a c i ó n , c o n su c a p a c i d a d p a r a e l
trabajo
c o n t r a r d o n d e g a n a r h o n r a d a m e n t e pany
¿podrá, e n -
un albergue
(( En r e s u m e n : ¿ l e r e c o n o c e r á la s o c i e d a d ? ¿ n o
trabas á s u s derechos
vir mediante
al trabajo;
su l a b o r i o s i d a d y
esto es,
?
pondrá
á su d e r e c h o d e
vi-
honradez?
« S e ñ o r , la c u e s t i ó n esta r e s u e l t a e n e l e p i s o d i o d e m i v i da q u e a c a b á i s d e l e e r .
« Sé q u e h o m b r e s g r a v e s , q u e los e c o n o m i s t a s , m e c o n testarán
probablemente :
« E s c a s e a n d e m a s i a d o los b u e n o s p a r a q u e u n h o m b r e d e
buena voluntad , de capacidad é inteligencia no encuentre
d e fijo d o n d e o c u p a r s e . . . . t a r d e ó t e m p r a n o .
« S i , l a r d e ó t e m p r a n o , e n e s t o e s t r i b a la c u e s t i ó n , s e ñor.
« ¡Tarde ó temprano!!!
¡i H a l l a r s e sin r e c u r s o s d e n i n g u n a e s p e c i e y e n c o n t r a r
una o c u p a c i ó n s e g u r a á l o s d o s ó t r e s d i a s , e s t o e s t e m p r a n o , esto e s p r o n t o , t a n t o q u e se n e c e s i t a u n a
casualidad
casi m i l a g r o s a p a r a l o g r a r s e m e j a n t e r e s u l t a d o . Y y o a p e l a r í a á los ( p í e , c o m o y o , t e n g a n e x p e r i e n c i a
de tan d e s e s -
perada situación.
« A h o r a bien , señor ; para un h o m b r e q u e d e todo c a r e c e y n o q u i e r e m e n d i g a r ni r o b a r , e l e n c o n t r a r al c a b o d e
dos dias una
ñor,
o c u p a c i ó n c u a l q u i e r a . . . . á los dos d i a s ,
es ya m u y
tarde, p o r q u e
pocas criaturas
se-
humanas
p u e d e n s o p o r t a r el h a m b r e m a s d e d o s d i a s . . . .
« E n c o n t r a r o b r a á los tres dias e s ya m u y t a r d e , s e ñ o r . . .
el i n f e l i z e s t a r á á p u n t o d e e s p i r a r .
¡ D o s ó tres dias !
tan
poco tiempo , que
p r i s a , d i r á n los d i c h o s o s d e l m u n d o . . .
pasa tan
a-
I •"><<
M Alt T I N EL EXPÓSITO.
« O sino:
« P e r s o n a s se h a l l a n
muertas ó moribundas de h a m b r e ,
v e r d a d e s : p e r o s u c e d e tan p o c a s v e c e s . . . .
« Harto
m o n s t r u o s o es y a q u e e n una sociedad d o n d e á
t a n t o s i n d i v i d u o s l e s s o b r a l o super/luo,
haya unacriatura de
D i o s q u e p u e d a m o r i r s e p o r falta de lo necesario;
¿mas por
q u é son raras estas m u e r t e s ?
P o r q u e la m a y o r p a r t e d e los q u e , c o m o y o , h a n c o n o c i d o
esa s i t u a c i ó n h o r r i b l e d e o f r e c e r e n b á l d e l o s b r a z o s , la i n teligencia , el celo á cambio de un
v a c i l a n e n esta
Morir
de hambre
honrado
del vicio,
ó del
güenza,
trabajo cualquiera , no
alternativa:
y puro;
ó vivir
á costa de la
ver-
crimen.
« A s í se p u e b l a n l a s c á r c e l e s
y
l o s p r e s i d i o s , y así
son
tan raras las m u e r t e s d e h a m b r e ; ¿ p e r o q u é r e m e d i o p u e de aplicarse? ¿la l i m o s n a ?
la l i m o s n a
N o , la l i m o s n a e s i m p o t e n t e ,
degrada....
<( Es i n d i s p e n s a b l e
reconocer
y
practicar
este
sagrado
principio:
« L A SOCIEDAD DEBE
ASEGURAR Á TODOS sus INDIVIDUOS LA
EDUCACIÓN FÍSICA Y MORAL : MEDIOS É INSTRUMENTOS DE T R A B A J O : UN SALARIO SUFICIENTE.
A l l l a m a r la a t e n c i ó n d e Y . M . s o b r e las p á g i n a s a n t e r i o res
n o es
mi
intento m o v e r vuestro interés ó
hacia mi p e r s o n a ;
en favor
del
sino despertar
número inmenso
vuestra
compasión
conmiseración
de los q u e h a y a n estado ó
p u e d a n e s t a r e n s i t u a c i ó n i g u a l á la m í a .
LAS
157
COMISIONE?.
XVI.
IÍJIS c o m i s i o n e s .
A u n q u e no gozaba d e una posición estable , hacia
algu-
nos m e s e s q u e v i v í a l i b r e d e l o s c o n t a c t o s o d i o s o s , h o r r i b l e s , q u e m e h a b í a n m a n c i l l a d o ; y , m e r c e d á la p r o t e c ción d e mi amigo el cochero, era mozo d e recados c o n m e d a l l a á la p u e r t a d e u n a casa
de hospedaje de la calle d e
Provenza: incomprensible y doloroso era para m í n o h a b e r
recibido respuesta a l g u n a d e Claudio G e r a r d , á q u i e n
cribí
es-
á m e n u d o : l a v i u d a d e M . d e Saint E t i e n n e , t a m b i é n
g u a r d a b a s i l e n c i o , y e s p e r a b a c o n i m p a c i e n c i a la p r i m a v e r a p a r a b u s c a r m e o c u p a c i ó n e n m i oficio d e c a r p i n t e r o . P o co m e agradaba m i tarea de m a n d a d e r o ,
pues tenia una
p a r t e d e s e r v i d u m b r e q u e m e a j a b a . Sin e m b a r g o , d e b i a p a sar e n la s e r v i d u m b r e m u c h o s a ñ o s d e m i v i d a , c o n t r a d i c ción q u e en b r e v e explicaré.
Mi s e r v i d u m b r e n o t e n i a m a s c o m p e n s a c i ó n ( y c o n f i e s o
que era bastante g r a n d e } q u e cierto p l a c e r de o b s e r v a c i ó n ,
facultad m u y d e s a r r o l l a d a e n m í , d e s d e q u e sentí
impe-
r i o s a m e n t e la n e c e s i d a d d e a i s l a r m e c o n m i s p e n s a m i e n tos , c o n m i s r e c u e r d o s , p a r a e m a n c i p a r m e d e l a s r e p u g n a n tes r e a l i d a d e s q u e c o n f r e c u e n c i a m e r o d e a b a n .
flexión
D e la r e -
á la observación es rápido e l c a m i n o , y sobre
c u a n d o á la n e c e s i d a d d e o b s e r v a c i ó n
se a g r e g a
todo
un vivo
sentimiento d e curiosidad; n o de curiosidad pueril y baja,
s
i n o d e curiosidad
q u e p o d r i a l l a m a r s e filosófica,
r i d i c u l a e n m i b o c a esta p a l a b r a : c u a l q u i e r a
sino fuera
conocerá que
e n m i oficio d e m a n d a d e r o h a l l é u n v a s t o c a m p o a b i e r t o á
mis estudios.
T a m b i é n e n esto p u d e p r o b a r la e x a c t i t u d d e l d i c h o d e
5 5H
MARTIN El. E X P Ó S I T O .
C l a u d i o G e r a r d , á s a b e r : « q u e e n ludas las c o n d i c i o n e s d e
la v i d a , e r a v e n t a j o s a la i n s t r u c c i ó n m o r a l y m a t e r i a l m e n te. »
Como eran
m u y escasos
los r e c a d e r o s q u e s u p i e r a n
l e e r y e s c r i b i r , n a t u r a l m e n t e o b t u v e la p r e f e r e n c i a
sobre
los de mi clase e n v a r i a s circunstancias ; preferencia e n v i diada, q u e en un p r i n c i p i o t u v e q u e d e f e n d e r á puñetazos:
por fortuna e r a ágil y
r o b u s t o , n o l l e v é la p e o r p a r t e
en
e s t a s l u c h a s , y así fue r e s p e t a d a mi p o s i c i ó n , e n é r g i c a m e n te d e f e n d i d a :
después
t u v e alguna
ocasión de servir
con
mis c o n o c i m i e n t o s d c e s c r i t u r a ó lectura á mis antiguos enemigos de esgrima ; pero
t o c a n t e á la h u m i l d a d d e e s f e r a ,
h a b i a a p r e n d i d o b i e n e n la e s c u e l a p r á c t i c a d e C l a u d i o G e rard , que
no hay
s i t u a c i ó n e n q u e el h o m b r e n o
pueda
h a c e r ostentación de dignidad.
I b a p a s a n d o la v i d a y e x p e r i m e n t a n d o c i e r t o p l a c e r , ora
e n d i s c u r r i r e l a s u n t o d e las e p í s t o l a s q u e m e e n c a r g a b a n ,
ya
p o r e l i n t e r é s q u e se m e r e c o m e n d a b a , y a p o r el m o d o
c o n q u e era r e c i b i d a la c a r t a , ó dada la r e s p u e s t a . D e d i c á b a m e t a m b i é n á p e n e t r a r el
carácter,
las t e n d e n c i a s , las
p a s i o n e s d e los q u e m e o c u p a b a n á m e n u d o ; y mis o b s e r vaciones eran tanto
m a s f á c i l e s , c u a n t o ( p i e mi humilde,
categoría no inspiraba recelo:
no
así e s q u e p o r p a l a b r a s q u e
se c r e í a n á m i s a l c a n c e s , ó p o r h e c h o s i n s i g n i f i c a n t e s
para un
o b s e r v a d o r q u e no fuera atento é inteligente,
me
i l u s t r a b a y s e g u í a la pista d e m u c h o s d e s c u b r i m i e n t o s .
C o m o á n a d i e c o n f i a b a el r e s u l t a d o d e mis o b s e r v a c i o n e s ,
q u e n o e r a n m a s q u e un m e d i o d e d í s l r a e r m i s p e n a s y d e
aumentar mis conocimientos
las c o s a s , m e e n t r e g a b a
sin
prácticos de los h o m b r e s y de
escrúpulo á mis
inofensivos
estudios d e costumbres.
U n m e s h a b i a q u e m e o c u p a b a , n o s o l o d i a r i a m e n t e , sino
casi t o d o el d i a , u n j o v e n , q u e h a b i t a b a un c u a r l i t o
casa á c u y a puerta m e hallaba y o
en
la
generalmente.
B a l t a s a r I l o g e r , ( el e s t u d i a n t e t r a v i e s o q u e t a n t o m o r t i f i c ó e n sus p r i m e r o s a ñ o s al p o b r e L e o n í d a s T í b u r o n , ) Baltasar
H o g e r , c u y o n o m b r e g o z a h o y d e una r e p u t a c i o n e u r o p e a , era
I-AS C O M I S I O N E S .
i 50
entonces conocido solamente p o r algunos amigos iniciados
e n sus o b r a s : este j o v e n p o e t a se b a i l a b a d o t a d o d e l c o r a zón m e j o r y d e l c a r á c t e r m a s a l e g r e y m a s o r i g i n a l q u e b e
Iratado e n mi v i d a .
Era f e o ,
p e r o tan g r a c i o s o , c o n
una
fisonomía tan a n i m a d a , tan f r a n c a , d e tan b u e n a g a n a reia
él m i s m o d e sus l o c u r a s y se c r e í a tan c a n d o r o s a m e n t e
i n c r e í b l e s é i n o f e n s i v a s m e n t i r a s forjadas p o r é l ,
que
las
todo
el m u n d o o l v i d a b a su f e a l d a d , p a r a n o a t e n d e r s i n o á su b o n dad y á su i n g e n i o .
A p e s a r d e tanta j o c o s i d a d y d e su chistosa f a c u n d i a , la
poesía d e B a l t a s a r l l o g e r , t e n í a
un tinte s o m b r í o
apasio-
nado , feroz , por q u e el j o v e n escritor sucumbía
por
en-
t o n c e s á la afición d e la é p o c a , á l o s títulos r a r o s y t r e m e bundos.
Las comisiones que m e
daba Baltasar
diariamente
se
p r o l o n g a b a n t a n t o p o r s e r e n c a m i n a d a s á c o l o c a r sus o b r a s ,
d e s d e ñ a d a s e n t o n c e s y q u e c o n r a z ó n se d i s p u t a n h o y ; p e r o
e n a q u e l l a f é c h a l o s l i b r e r o s se m o s t r a b a n i n f l e x i b l e s . D e s pués de varias peregrinaciones p o r diferentes
París, me volví
tristemente en busca d e
barrios
Baltasar
de
Roger,
c o n el s a c o q u e c o n t e n í a sus m a n u s c r i t o s .
No
o b s t a n t e las r e p u l s a s y l o s d e s e n g a ñ o s , e r a h e r o i c a
la c a l m a d e B a l t a s a r R o g e r , é i m p e r t u r b a b l e su b u e n h u m o r :
jamás he visto un ejemplo mas n o b l e , mas e v i d e n t e , de los
consuelos, d é l a s esperanzas y serenidad de alma
aprenden
que
e n el t r a b a j o y e n el e s t u d i o . ¡ E l e s t u d i o !
c e m a d r e alma
mate r ( ' c o m o d e c í a
Baltasar
p o b r e , falto d e t o d o e n o c a s i o n e s , y j a m á s
Roger) :
le
se
dulera
abandonaba
su c o n f i a n z a e n e l m a g n í f i c o p o r v e n i r d e su t a l e n t o : n o e r a
esto o r g u l l o , s i n o p r e v i s i ó n , c o n c i e n c i a y c o n l o s o j o s
fijos
e n tan e s p l e n d e n t e l o n t a n a n z a , solía h a c e r , d e s p i e r t o , s u e ños magníficos , a u n q u e p r e m a t u r o s ; siendo entonces m u y
difícil a r r a n c a r l e d e
sus m á g i c a s v i s i o n e s .
U n a m a ñ a n a m e dijo al e n t r e g a r m e e l
precioso saco lle-
no de varios legajos de p a p e l :
— Martin , allí d e n t r o l l e v a s
I
0
Un corazón
ilugi/arra-
MMITIN EL EXPÓSITO.
KiO
do ; i."
Las risas de Satanás;
y
3.° Las gracias
A cada manuscrito acompañaba
cado.
una
c a r t a y c a d a m a n u s c r i t o , se d i r i g e á u n
T e prohibo expresamente que
de un
ahor-
carta....
cada
librero
sueltes ningún
diferente.
manuscrito
p o r una s u m a m e n o r d e c u a t r o m i l f r a n c o s , total d o c e m i l
francos por los tres m a n u s c r i t o s ; p e r o sobre lodo , Martin,
s o b r e t o d o , te e n c a r g o q u e n o r e c i b a s e s e d i n e r o sino e n o r o ,
¿ l o e n t i e n d e s ? e n o r o , e s cosa c o n v e n i d a y a
tores.
con mis e d i -
N a d a d e b i l l e t e s d e b a n c o ni d e e s c u d o s , n a d a ; o r o
puro , ¿ estás?
—
Si, s e ñ o r .
— E n esta caja c a b e n m u y c ó m o d a m e n t e los
l u i s e s ; t o m a la l l a v e y m é t e l a
seiscientos
c a j a e n el s a c o . . . . C u i d a d o ,
M a r t i n , m i r a q u e h a y r a t e r o s m u y h á b i l e s , q u e te r o n d a r á n ; los h a y q u e
—
h u e l e n el o r o d e s d e una l e g u a .
D e s c u i d e V . , q u e n o f a l t a r á nada
M e d a b a B a l t a s a r R o g e r estas ó r d e n e s d e tan b u e n a
fe ,
t a n d e v e r a s c r e i a e n los s e i s c i e n t o s l u i s e s f u t u r o s , q u e n o
obstante muchos desengaños anteriores, llegaba y o á p a r t i c i p a r d e su c o n v i c c i ó n ; m a s
corto
espacio, y
volvia
¡ a y ! q u e la ilusión d u r a b a
y o de mi recado á poco de
haber
salido.
—
¡Supongo que no habrás aceptado mas que o r o ! — e x -
c l a m a b a B a l t a s a r R o g e r , asi q u e m e d e s c u b r í a .
•— S e ñ o r , n o m e h a n o f r e c i d o n a d a .
— ¿ N a d a mas q u e billetes de b a n c o ?
¡ Ah!
¡ picaros!
— N o s e ñ o r , si....
— ¿ E s c u d o s , e h ? P c l g a r c s : p a g a r la d i v i n a a m b r o s í a e n
m o n e d a z a s . . . . e n v i l e s e s c u d o s . . . . ¡ c o m o si fuera u n
ciero!
espe-
¡ D e b i e r a h a b e r una m o n e d a de diamantes para p a -
g a r á los p o e t a s !
— Es q u e n o m e h a n o f r e c i d o n a d a , s e ñ o r , — d e c i a y o tristemente.
—
¿ N o has visto á los l i b r e r o s ?
—
Sí, señor.
—
Pues bien , ¿ y q u é ?
L A S COMISIONES.
iCI
— ¿ Q u e ? q u e el u n o m e ha d a d o esta c a r t a , y los o t r o s
m e h a n d i c h o q u e p o r a h o r a n o iba b i e n e l c o m e r c i o , q u e
n o podían p u b l i c a r n a d a , s o b r e todo s i e n d o d e a u t o r d e s conocido.
— " ¡ A h .'¡borricos! ¡ a h i g n o r a n t e s ! — e x c l a m a b a Baltasar
R o g e r , — ¡ n o c o n o c e n la f u e r z a d e l d e s c o n o c i d o ! ; B o n a p a r t e
lo era t a m b i é n a n t e s d e l sitio d e T o l ó n ! A c a b e m o s . . . . ¿ c o n
q u e esos Filisteos n o h a n a b i e r t o mis m a n u s c r i t o s ?
— N o s e ñ o r ; ni siquiera m e han permitido sacarlos
del
saco.
— N o los h a n l e í d o . . . . ¡ y l o s r e h u s a n ! n a d a m a s n a t u r a l ,
dijo Baltasar c o n
tono altanero y t r a n q u i l o :
inteligencia les costará c a r a . . . .
esa f a l t a
Cien luises m a s
de
porcada
m a n u s c r i t o , ¿ n o te p a r e c e b a s t a n t e , M a r t i n ?
—
Señor....
— Tú
eres candido,
v e r a z y n o estás i n t e r e s a d o
e n la
c u e s t i ó n : ¿ t e p a r e c e q u e b a s t a n los c i e n l u i s e s , M a r t i n ? M e
c o m p l a z c o e n h a c e r t e a r b i t r o d é l a bolsa d e esos f a r i s e o s :
¿ t e p a r e c e q u e los r e c a r g u e m o s c o n d o s c i e n t o s
luises?
— ¡ O h , señor!....
— Sean cien luises.... ¡ j o v e n , eres c l e m e n t e , eres gran
de!
Vaya,
mañana
m e has
de
traer
novecientos
luises
e n o r o . .. p o r q u e esos b r u t o s l e e r á n m i s p o e m a s , y o r e s p o n d o d e q u e los l e e r á n i n c o n t i n e n t i . . . . p a r a e l l o s t e n g o u n
medio infalible.... V u e l v e mañana t e m p r a n o , p o r q u e
ne-
cesito f o n d o s a n t e s d e las d o s . . . . T e p r o m e t o v e i n t e y c i n c o
l u i s e s , lo c u a l e s ya u n a
fortuna....
puedes comprar
una
tienda.... de c u a l q u i e r cosa. ¡ O l í ! y p u e d e s l l e g a r á ser m i llonario....
Lafitte e n t r ó c o n dos
nes v e i n t e y c i n c o . . . . c o n
tres v e c e s m a s r i c o
penso y o
que
l u i s e s e n P a r í s . . . . tú
tie-
e s fácil q u e s e a s v e i n t e
y
q u e L a f i t t e . ¿ Q u é t a l ? . . . . Así r e c o m -
á q u i e n b i e n m e s i r v e . . . . Mis c r i a d o s p u e d e n s e r
v e i n t e y t r e s v e c e s m a s r i c o s que, S a n t i a g o L a f i t t e . . . . A D i o s ,
M a r t i n , c o g e las b o t a s y n o las a p r i e t e s d e m a s i a d o c o n e l c e p i l l o p o r q u e u n a d e e s a s h u é r f a n a s se r e i a t a m b i é n d e m a siado
por el e m p a i n e . A D i o s , buen
mozo.
MARTÍN KL U X I ' Ó S I T O
Mi 2
C o n f o r m a l i d a d , con c o n v i c c i ó n e s p o t a b a Baltasar l í o g e i
t o d a s estas l o c u r a s a c e r c a d e l p o r v e n i r q u e m e a g u a r d a b a
L a e x a l t a c i ó n d e su i m a g i n a c i ó n g r a n d e , hacia q u e la e s p e ranza
m a s insensata p a r a é l se c o n v i r t i e r a
despertaba e m p e r o , y volvía
dor , permaneciendo
en realidad.,
al t r a b a j o c o n i n f a t i g a b l e a r -
á v e c e s dos ó tres
días sin salir
de
casa.
Veinte y
c i n c o l u i s e s m e h a b i a o f r e c i d o el
a u n q u e n o m e h u b i e r a d a d o m a s q u e la
p a r t e d e esta s u m a , m e
te. U n m e s hacia q u e
poeta,
vigésima
pero
quinta
habría venido m u y o p o r t u n a m e n Baltasar B o g e r ,
ocupaba
todo
mi
t i e m p o e n sus c o m i s i o n e s l i t e r a r i a s , y a u n n o habia p a g a d o
n a d a , c o n l o c u a l iba c s t a n d o u n p o c o a p u r a d o , p u e s se c o n cluían
mis míseros
ahorríllos.
U n a v e z , q u e , c o n s e n t i m i e n t o , l e pedí d i n e r o á Baltasar
Roger, contestóme
—
majestuosamente:
¡ U f ! y o t e r e s e r v o u n a cosa a l g o
m e j o r q u e esc m i -
serable salario cotidiano.
Esta r e s p u e s t a , n o m u y c o m p r e n s i b l e , m e p r i v ó d e r e i t e r a r l a s o l i c i t u d . Era tan b u e n o B a l t a s a r R o g e r , tan franc o , q u e daba pena
humillarle.
M e r e s i g n é p e r i a n t o á es-
p e r a r , sin s a b e r c o m o saldría d e a q u e l l a s i t u a c i ó n e n
caso
d e q u e se p r o l o n g a s e
A u n q u e y o n o creia e n los v e i n t e y c i n c o luíses de p r o pina , ni
novecientos, parecía
Bal-
t a s a r tan p e r s u a d i d o y t a n t a e r a mí n e c e s i d a d d e v e r
e n la c o b r a n z a d e los
per-
s o n a l m e n t e r e a l i z a d a s sus e s p e r a n z a s ,
tariamente participé
Mas ¡ a y !
al
q u e casi i n v o l u n -
un tanto de ellas.
dia s i g u i e n t e
t e n t o s los l i b r e r o s c o n
nuevo desengaño.
negarse
á leer
No
con-
las c a r t a s y r e c i b i r
los m a n u s c r i t o s , m e despidieron p o c o m e n o s q u e á e m p e l l o nes.
S u b í a y o l e n t a m e n t e l o s c i n c o pisos d e la h a b i t a c i ó n d e Balt a s a r l t o g e r , c o n e l s a c o d e m a n u s c r i t o s d e b a j o del b r a z o y e n
la m a n o la i m i t í l c a j a , d i s c u r r i e n d o d c q u e n i o d o m e n o s o f e n sivo para
su a m o r p r o p i o de p o e t a , p o d r í a
pedirle algo a
l.AS COMISIONESc u e n t a ; pues p o r n o p a g a r m e
I 63
acababan de
despedir de
un c u a r t i t o q u e o c u p a b a e n la c a l l e d e S. N i c o l á s .
ala
puerta d e B a l t a s a r
poco asombro vi una
Boger, queestaba
maleta
y
Llegué
abierta : con no
un saco d e
noche
en
la
pieza d e l r e c i b i m i e n t o , y p o r la p u e r t a e n t o r n a d a oí e n el
gabinete
d e l poeta c a r c a j a d a s
y
alegres
exclamaciones,
e n t r e las c u a l e s c o g í estas p a l a b r a s :
— ¡El bueno de R o b e r t o ! . . . q u e r i d o a m i g o , ¡ q u é
grata
sorpresa...!
A l o í r el n o m b r e d e R o b e r t o , m e a c o r d é d e l v i a j e r o
equipaje habia y o c o n d u c i d o al
tiempo de
q u e e n el v a p o r . Este p e r s o n a j e , á p e s a r
habia
su
cuyo
desembar-
d e su
disfraz ,
sido c o n o c i d o , p r e s o e n m i p r e s e n c i a y c o n d u c i d o
sin duda á la c á r c e l . F i j é la vista e n la m a l e t a , y r e c o r d é
las m i s m a s s e ñ a s ( p í e y a h a b i a y o visto : e l c o n d e R o b e r t o
d e M a r e u d . N o h a b i a y a d u d a , se t r a t a b a d e l a m i g o d e i n lancia de Regina , de
aquel
Roberto que
i n d i c ó c o m o un
r i v a l mi d e s c o n o c i d o d e la t a b e r n a d e las Tres
D e s p u é s d e su
Cubas.
inesperada y rápida aparición , a n t e
c u a l se d e s v a n e c i e r a n
mis funestas r e s o l u c i o n e s , no
la
ha-
bia v u e l t o á v e r á R e g i n a ; p e r o mi i n s e n s a t a p a s i ó n , l e j o s
de calmarse , habia crecido
entre
los d u r o s
trances
que
hube de pasar, teniendo siempre presente en mi m e m o r i a
aquellas palabras de Claudio Gerard :
o Dios n o
está
al
alcance de
n u e s t r a s m i r a d a s , y sin
e m b a r g o le a d o r a m o s , le r e s p e t a m o s , c o n o c e m o s q u e n o s
guia y q u e n o s s o s t i e n e e n el
b u e n c a m i n o . . . . así s u c e d e
con tu a m o r á esa j o v e n m i s t e r i o s a , e s t r e l l a d e tu v i d a . »
Así
hal-ia
ausente, me
s u c e d i d o : mi
adoración á Regina invisible
habia proporcionado fuerzas para
y
combatir
las s e d u c c i o n e s , i r r e s i s t i b l e s casi á c a u s a d e m í m i s e r i a .
P o r t a n t o , el e n c u e n t r o c o n R o b e r t o d e M a r e u i l , p o r m i l
r a z o n e s tenía
el
p a r a m í un
interés vivísimo ; y
c o r a z ó n , t o q u é á la p u e r t a
Roberto.
— ¡ A d e l a n t e ! — dijo el poeta
donde
estaban
latiéndome
Baltasar
y
MARTIN K l . E X P Ó S I T O
164
Y a ñ a d i ó a l v e r m e , c o n entusiasta y r e g o c i j a d o r o s t r o :
— ¡ R o b e r t o , l l e g ó el g a l e ó n d e I n d i a s ! l l e g a s o p o r t u n a m e n t e , p o r q u e nos v a m o s á d a r u n b a ñ o d e o r o
Al
mismo tiempo
el poeta, con
los o j o s
centelleantes
c o m o a s c u a s , s e a p o d e r ó d e la l a m o s a caja q u e y o t e n i a en
la m a n o , y al o b s e r v a r su l e v e
bros , exclamando
en
tono
peso encogióse de h o m -
de impaciencia y
reconven-
ción :
— ¡ Bah ! ¿ billetes de b a n c o
t e n e m o s ? ¿ P a p e l u c o s su-
cios y m u g r i e n t o s de tanto a n d a r en manos de cajeros?
I m p o s i b l e e s p i n t a r la e x p r e s i ó n d e d i s g u s t o r e a l y p o s i t i v o c o n q u e B a l t a s a r R o g e r a b r i a la c a j a , q u e d e b i a c o n t e n e r los i n n o b l e s billetes de b a n c o .
A b i e r t a la c a j a , n a d a vio;
p e r o t r a n q u i l o y a l t i v o , ni pes-
tañeó siquiera.
— ¡ H o l a , B a l t a s a r ! d i j o R o b e r t o , q u e sin d u d a e s t a b a al
c o r r i e n t e d e los c a p r i c h o s d e su a m i g o : p u e s ¿ y e l
baño
de oro ?
— Espera á m a ñ a n a , — contestó majestuosamente Baltasar; — y en v e z d e tomarle en un baño innoble y mezquino,
t o m a r e m o s e l b a ñ o d e o r o . . . ¡ e n u n r i o ! S í ; n a d a r e m o s en
u n P a c t ó l o y c h a p u z a r e m o s á todo
diremos
el m u n d o , y n o s h u n -
hasta las o r e j a s . . . . M i e n t r a s l l e g a t a n a f o r t u n a d o
m o m e n t o , no nos separaremos. Hay una habitación
pró-
xima á esta.... ocúpala.
— Ese era mi p r o y e c t o , — d i j o Roberto : — ¿pensabas
q u e f u e r a á v i v i r á otra p a r t e ? ¡ A h ! t e n g o q u e a n u n c i a r mi
llegada á mi p r i m o , es m u y urgente.
— ¿ Q u é p r i m o es e s e ? d i j o B a l t a s a r . T e n g o z e l o s d e ese
p r i m o : ¿ c ó m o se llama ?
— ¡Bah ! el barón de Noirlieu.
— ¡ O h ! s í , a q u e l h o m b r e tan
o r i g i n a l é i n t r a t a b l e . El
p a d r e d e la c h i c a q u e t ú —
U n a s e ñ a d e R o b e r t o l e h i z o c a l l a r , so m i r a r o n los dos
a m i g o s , y así n o p u d i e r o n n o t a r m i t u r b a c i ó n .
El b a r ó n d e N o i r l i e u e r a e l p a d r e d e R e g i n a .
LAS COMISIONES.
—
Te
comprendo, liobcrlo , dijo
165
B a l t a s a r á su
amigo.
En n e g o c i o s t a l e s , lo p r i m e r o e s la d i s c r e c i ó n , y l o s e g u n do la discreción
presente , y
p r o b i d a d en
t a m b i é n . Mas no
á quien
te
temas.... M a r t i n , aquí
r e c o m i e n d o , es
p e r s o n a ; su
fortuna
la
s e n c i l l e z , la
es ser b o b o c o m o
un
g a n s o , ágil c o m o u n g a m o , y p u n t u a l c o m o u n r e l o j . . . c i r cunstancias q u e
le
hacen
clamo tu p r o t e c c i ó n para
un
Por un m o m e n t o c l a v ó e n
tracción d e s d e ñ o s a ; b a j ó
conociera, mas
fue
mí
m e n s a j e r o sin i g u a l . . . . R e -
Martin.
mí los ojos
Roberto con
los m í o s , t e m e r o s o
temor
de
dis-
queme
v a n o , y R o b e r t o l e dijo á
su a m i g o .
—
¿ Q u i é n e s este m o z o ?
— Mi r e c a u d a d o r , — c o n t e s t ó B a l t a s a r , e n v o l v i é n d o s e e n
su raída b a t a ; — es un t e s o r o d e p r o b i d a d ; d e s d e q u e l e o c u po ni un c é n t i m o m e ha faltado
— L o c r e o sin q u e
en las cuentas q u e m e da.
lo j u r e s , r e s p o n d i ó R o b e r t o r i e n d o ,
y c o m o su e m p l e o d e r e c a u d a d o r n o l o o c u p a r á d e m a s i a do , m e p e r m i t i r á s q u e le e n c a r g u e una c o m i s i ó n .
— T e autorizo para ello , Roberto.
—
A n t e todas c o s a s , d a m e r e c a d o d e e s c r i b i r .
— Roberto , n o ignoras q u e h a y dos clases d e
privilegiados, en
c u y a s c a s a s las p l u m a s e s t á n
r e t o r c i d a s á guisa d e
grudo. Estas d o s
b o c i n a , y la tinta e n
c a s t a s d e h o m b r e s , son
los p o e t a s . Asi , p u e s , e n
calidad de
hombres
siempre
forma de e n los p o r t e r o s y
poeta , m i r a t o d o
lo
que p u e d o h a c e r p o r tí.
Con la m a n o le
i n d i c ó lia Itasar á su a m i g o u n
bote de
pomada, dentro del cual habia una especie de b a r r o
gruzco: era
tal a q u e l l a espesa
ne-
viscosidad , q u e en m e d i o
se habia q u e d a d o c l a v a d a u n a p l u m a c b i q u i t u e l a y r o i d a ,
— Ahora p a p e l , dijo Roberto de M a r e u i l , buscando
bable l o q u e l e p e d i a s o b r e
en
la m e s a d e l p o e t a , d o n d e , e n
c a m b i o , h a b i a una c h i n e l a , u n a b o t e l l a , un p a r d e d e s p a biladeras y une levita ; f i n a l m e n t e , después de n u m e r o s a s
investigaciones, toparon
los d o s
a m i g o s c o n una hoja d e
MARTÍN El,
100
papel
EXPÓSITO
d e c e n i o , se d e s l i ó un p o c o
l i o el c o n d e á u n á n g u l o d e
la
d e tinla , hízose un si-
cargada
m e s a y se puso
á e s c r i b i r , d i c i e n d o á su a m i g o :
— lil c a s o e s q u e n o sé si esta c a r t a s e r v i r á d e algo....
— Sepamos á quien escribes.
— A mi p r i m o .
— ¿ Ai barón de Noirlieu?
— Al mismo.
— ¿Y
p o r q u e n o lia d e s e r v i r tu c a r t a V
—
P o r q u e d i c e n q u e el b a r ó n está m e d i o l o c o .
—
¡ Calle 1 ¿ porqué?
— De pena.
— ¿ De pena ?
— L a m i s m a d e q u e J o r g e D a n d i n se q u e j a b a á sus sueg r o s , r e s p o n d i ó R o b e r t o d e M a r c u i l , h a c i é n d o l e á su amigo una
señal
de
inteligencia.
D e fijo los d o s c r e í a n q u e a q u e l l a s p a l a b r a s e r a n incomprensibles para mí.
—
I T a , ta , t a , p o b r e b a r ó n ! c o n u n
c o m p a s i ó n : por
eso
a c e n t o d e cómica
se v u e l v e l o c o . . . . ya se v e , c o m o es
cosa q u e se s u b e á la c a b e z a . . . . Mas p e r d ó n a m e , R o b e r t o ,
este chiste
es
notorio. Hablando
con
l o c u r a , si e s c i e r t a , le h a b r á h e c h o
— ¿Porqué?—exclamó
al p u n t o
f o r m a l i d a d , la
tal
perjuicio.
R o b e r t o , levantando
la c a b e z a .
— ¡ B a h ! p o r lo q u e tú s a b e s m e j o r .
— Al c o n t r a r i o , — d i j o
R o b e r t o , m i r a n d o fijamente
al
poeta.
— ¿ C ó m o , al c o n t r a r i o ?
— C o m o lo o y e s .
— Es q u e y o h a b l o d e d o ñ a E l v i r a . . . . ó , si m e j o r te c u a d r a , d e d o ñ a A n a , ¡ o h ! ¡ d o n J u a n ! — r e p u s o Raltasar.
— P r e c i s a m e n t e , — c o n t e s t ó R o b e r t o , — c o l o c a d o e n su
p e d e s t a l el c o m e n d a d o r , n o e s t o r b a á n a d i e .
— ¡ Y'a ! ¡ y a ! te c o m p r e n d o , — d i j o R a l t a s a r ; — ¿ p e r o será fácil c e r c i o r a r s e d e la l o c u r a d e l b a r ó n ?
MARTIN KN CASA I)K I.EGINA.
167
¡ N o tan f á c i l ! . . . . anda allí un m u l a t o v i e j o , u n tal
c h o r , criado de
confianza, que
Mel-
no p e r m i t e á dos tirones
q u e se a c e r q u e n a d i e al l i a r o n .
— lüen , se l e
c a m e l a al
c a n c e r b e r o , se
ton a n
infor-
m e s . . . . ¿ Q u i e n va á l l e v a r la c a r t a ?
— Kse m o z o , — c o n t e s t ó R o b e r t o , — d e s i g n á n d o m e
con
un l i g e r o m o v i m i e n t o y sin d e j a r d e e s c r i b i r .
— T e n g o una idea , — e x c l a m ó B a l t a s a r .
V meditando
pascar por el
maduramente
su i d e a sin d u d a , púsose á
a p o s e n t o ; mientras el c o n d e R o b e r t o de Ma-
reuil t e r m i n a b a su c a r t a .
XVII.
M a r t i n e n fasta «le R e g i n a .
N e c e s i t é h a c e r un g r a n d e e s f u e r z o s o b r e m í m i s m o p a r a
permanecer,
e n la a p a r i e n c i a , e n t e r a m e n t e
insensible y
e x t r a ñ o á a q u e l l a c o n v e r s a c i ó n , ( p i e t o c a b a e n lo m a s v i v o
d e mi c o r a z ó n . Iba á s a b e r d o n d e v i v í a e l p a d r e d e R e g i n a ,
y quizá también á verla á ella.
M e r c e d á las l e c c i o n e s d e
Claudio G e r a r d , estaba b a s -
t a n t e f a m i l i a r i z a d o c o n las o b r a s m a e s t r a s d e n u e s t r o i d i o ma , p a r a c o m p r e n d e r el s e n t i d o d e la c o m p a r a c i ó n t o m a da d e l
D. Juan. S e
trataba de Regina y de q u e
estorbara
m e n o s la d o l e n c i a d e su p a d r e , si salia c i e r t a . . . .
Que
estorbara
m e n o s . . . . ¿ los p r o y e c t o s d e R o b e r t o
sin
d u d a ? ¿ Y qué. p r o y e c t o s e r a n e s t o s ? Esto m e f a l t a b a s a b e r
y m e producía una vaga
inquietud.
Se m e l i g u r a b a c o n o c e r lo s u f i c i e n t e á Baltasar p a r a
po-
d e r e s t a r s e g u r o do ( ¡ m i n o s e p r e s t a r í a á d e s i g n i o s m a l é v o l o s ,
mas ignoraba
los a n t e c e d e n t e s y e l c a r á c t e r d e R o b e r t o d e
Marouil. Todo c u a n t o sabia d e él e r a q u e tres m e s e s a n t e s
MARTIN EL
IG8
fué preso.
EXPÓSITO.
¿ S a l í a a h o r a d o la c á r c e l ? ¿ I g n o r a b a su prisión
Baltasar? Tales eran
los p e n s a m i e n t o s q u e m e absorbían
por el p r o n t o .
M e i m p o r t a b a d e m a s i a d o el p e n e t r a r l o q u e R o b e r t o p o día d a r d e sí, p a r a n o e s t u d i a r su t i s o n o m í a c o n s u m a a t e n ción; y en este e x a m e n m e entretuve mientras
tanto
que
R o b e r t o e s c r i b í a , y q u e B a l t a s a r se p a s e a b a c o n a d e m a n m e ditabundo.
O b s e r v a n d o con curiosidad á
noté por entonces que
llevaba
Roberto de Mareuil,
solo
u n traje b l a n q u e a d o ó lus-
t r a d o p o r e l u s o , q u e el s o m b r e r o iba e n d e c a d e n c i a ,
m i s m o q u e las b o t a s , y q u e la
lo
camisa tenia una blancura
d u d o s a . Sin e m b a r g o , t a l e r a la e l e g a n c i a n a t u r a l ; la g r a cia de a q u e l j o v e n , q u e en
un
principio no
m e c h o c ó la
p o b r e z a d e su a t a v í o : su r o s t r o , sin s e r h e r m o s o , tenia n o table
encanto y expresión:
rizábansele
naturalmente
los
c a b e l l o s c a s t a ñ o s , e r a sedosa su b a r b a y tenia m a n e r a s alt i v a s y d e s e n v u e l t a s , o j o s v i v o s y a t r e v i d o s ; al paso q u e el
labio , ligeramente
f r u n c i d o , la
n a r i z r e c t a y afilada , d e -
n o t a b a n astucia y r e s o l u c i ó n .
El c o n j u n t o d e sus f a c c i o n e s , m a s b i e n e r a a t r a c t i v o q u e
repulsivo; y
con
t o d o , fuera
prevención ó instinto,
a l g u n a s a r r u g a s d e su f r e n t e ,
en
algunos guiños
q u e hizo escribiendo , se me
figuró
de
en
ojos
traslucir un fondo fal-
so , i n s i d i o s o , d u r o , q u e m e s o r p r e n d i ó .
E s t a b a s i l e n c i o s o , i n m ó v i l á la p u e r t a , p o n i e n d o u n a c a ra tan a b r u t a d a c o m o
me
era posible,
mientras
c l u í a la c a r t a ; y e n t r e t a n t o el p o e t a , a r r i b a y
se c o n -
abajo , s e -
g u í a m a d u r a n d o su i d e a : al fin d e b i ó l o g r a r l o , p o r q u e parándose de pronto , m e dijo:
— M a r t i n , e r e s un m u c h a c h o h o n r a d o y l e a l .
— S e ñ o r , es f a v o r . . . .
— Quiero asegurarte
— ¿A mí,
un e s t a b l e c i m i e n t o h o n r o s o .
señor?
I n g e n u a m e n t e c r e í q u e o t r a v e z i b a n á s a l i r á r e l u c i r los
v e i n t e y c i n c o luises de p r o p i n a , c o n (pie podía ser veinte y
MAUTIN KN CASA I)K
ttEGINA.
169
I r c s v e c e s m a s rico q u e S a n t i a g o L a f i t t e ; p e r o m e l l e v é c h a s co.
Con i n c r e i b l c m o d e s t i a solia o l v i d a r s e d e l o s m i l l o n e s
d e q u e l e d o t a b a su f e c u n d a i m a g i n a c i ó n , y q u e é l
repar-
tía á l o s d e m á s .
— S í , Martin, —
— Muchas
p r o s i g u i ó : — q u i e r o a s e g u r a r tu s u e r t e .
gracias, señor amo.
— V e n acá , dime: desde que haces recados míos , m e p a r e c e q u e n o te h e p a g a d o
— No señor,
— No
nunca.
pero....
hablemos de
esa
m i s e r i a : todo se a r r e g l a r á . . . .
y
p r o n t o . A t i e n d e : m i a m i g o el c o n d e R o b e r t o d e M a r e u i l
va
á vivir conmigo: en vez de
al-
tenerte en clase d e criado
q u i l ó n , n o s a c o m o d a m a s t e n e r un c r i a d o l e a l y l i s t o : ¿ q u i e res a c o m o d a r t e d e c r i a d o n u e s t r o ?
—
Señor....
— O y e antes de responder. T e n d r á s casa, comida ,
ro-
pa l i m p i a , v e s t i d o , c a l z a d o , b e t ú n , l u z y c a m a . . . . A d e m á s
se l e s e ñ a l a r á n c i n c u e n t a f r a n c o s m e n s u a l e s d e s a l a r i o q u e
s e c a p i t a l i z a r á n y se te p a g a r á n todos los a ñ o s c o n l o s i n t e r e ses.
N o tienes idea,
M a r t i n , d e l o q u e e s la c a p i t a l i z a c i ó n
d e los i n t e r e s e s . . . . y d e los i n t e r e s e s d e l o s i n t e r e s e s .
c i n c u e n t a a ñ o s , sin m a s q u e tu s a l a r i o , p u e d e s
ser a r c h i - m i l l o n a r i o .
¿Te
En
llegar á
acomoda?
N o p o d i a z a f a r m e d e la f a t a l i d a d d e l o s m i l l o n e s . . . . v e i n te y tres v e c e s m a s r i c o q u e S a n t i a g o L a í i t t e . . . .
l l o n a r i o c o n la c a p i t a l i z a c i ó n , n o tenia e s c a p e .
mas c l a r o e n la o f e r t a d o Baltasar f u e ,
entonces
archi-miLo que
vi
que viéndose
por
b a s t a n t e a p u r a d o el e x c e l e n t e h o m b r e p a r a
pa-
g a r m e , le pareció mas expedito el recurso de t o m a r m e por
criado.
A n t e s d e q u e l l e g a r a el c o n d e h a b r í a r e h u s a d o l a o f e r t a d e l
poeta y m u d a d o d e b a r r i o , í n t e r i n l l e g a b a la p r i m a v e r a , á fin
d e n o i n c u r r i r otra v e z e n
la t e n t a c i ó n d e e n c á r g a m e g r a -
tis d e las c o m i s i o n e s d e B a l t a s a r ; p e r o , á p e s a r d e su e x a l tación l o c a , e r a tan b u e n o su c o r a z ó n y tan g e n e r o s o su c a r á c t e r , q u e l e q u e r í a d e v e r a s m a s ; la p r e s e n c i a d e R o b e r III.
10
170
M A R T I N KI. E X P Ó S I T O .
to y u n s e n t i m i e n t o v a g o d o t e m o r p o r R e g i n a m e
ron á
induje-
a c e p t u a r p r o v i s i o n a l m e n t e a q u e l l a p r o p o s i c i ó n : por
d é b i l q u e f u e r a el l a z o q u e i b a á u n i r m e á la e x i s t e n c i a d e
R e g i n a , asíme á é l , confiado en poder prestarla algún s e r v i c i o , y c o n t i n u a r la m i s i ó n o s c u r a y d e s c o n o c i d a
que
co-
m e n z a r a p o r e l c u l t o d e la t u m b a d e su m a d r e .
C r e y ó B a l t a s a r sin d u d a q u e estaba r e f l e x i o n a n d o la p r o posición , puesto q u e m e d i j o :
— N o t e d e s prisa á c o n t e s t a r , M a r t i n ; p e r o u n a v e z t o m a d a , s e a i n m t i t a b l e tu r e s o l u c i ó n .
T e m e r o s o de inspirar sospechas
si a c e p t a b a
demasiado
pronto , contesté vacilando :
— P e r o , s e ñ o r , n o sé si p o d r é . . . . se n e c e s i t a n t a n t a s c o sas para ser b u e n criado....
— P o s e e s t o d o s l o s r e q u i s i t o s n e c e s a r i o s , y s o b r e todo e r e s
c a n d o r o s o y s i m p l e . . . . e r e s d e los q u e t i e n e n p r o m e t i d o e l
r e i n o d é l o s c i e l o s , y a l g ú n dia se e n g a l a n a r á n c o n un p a r
d e alas b l a n c a s q u e les a c a r i c i e n
l o s l o m o s por u n a e t e r -
n i d a d . L í b r e m e e l d i a b l o d e l o s F r o n t í n , d e los S c a p i n , d e
los Fígaros. ¿ N o
¿ M e miras con
sabes l o q u e
aire
estos n o m b r e s
estúpido , buen
Martin?
m e j o r ; así t e q u i e r o y o . S o l o un d e f e c t o
significan?
mejor
(pie
t i e n e s , el d e s a -
ber leer.... ¿ p e r o por lo menos no sabrás escribir?
— C o n p e r d ó n v u e s t r o , sí s e ñ o r , u n p o q u i l l o .
— Eso e s m a l o ,
Sin e m b a r g o
p e r o n a d i e es p e r f e c t o
en este mundo.
que con aplicación puedes llegar á
olvidar
t a m b i é n . . . . Con q u é d i m e : ¿ q u i e r e s ser nuestro criado ?
— Si V . c r e e q u e s e r v i r é , y o p o r mí b i e n q u i s i e r a p r o b a r .
— Eres nuestro
cuarenta y cinco
f r a n c o s te d o y
de
p r o p i n a , q u e se c a p i t a l i z a r á n c o n l o d e m á s . . . .
— Gracias, señor amo.
— No hay de que. — Roberto,
¿ h a s a c a b a d o tu e p í s t o l a ?
— p r e g u n t ó B a l t a s a r á su a m i g o .
C o m o n o se d a b a este prisa á c o n t e s t a r , p o r h a l l a r s e a b s o r t o l e y e n d o o t r a v e z su c a r t a , v o l v i ó B a l t a s a r á l l a m a r l e .
— ¿ R o b e r t o , e n q u é estás
pensando?
MARTÍN E N C A S A DE R E G I N A .
— Leíalo
que acabo
(71
de e s c r i b i r , — dijo el j o v e n ,
cer-
r a n d o la carta.
Se necesitaba l a c r e , ú o b l e a p o r l ó m e n o s ; p e r o l a s t i m o s a m e n t e n o b a b i a ni u n o ni o t r o .
— ¿ Q Í ? — dijo R o b e r t o , — ¿ n o h a y
U (
medio
de
cerrar
una carta ? ¿ P u e s c ó m o te c o m p o n e s ?
— N o las c i e r r o n u n c a , — c o n t e s t ó B a l t a s a r c o n t o d a
la
sencillez d e u n e s p a r t a n o . . . . L o s d e s a f i o á q u e las l e a n
hago mas.... lo p e r m i t o .
¡ C a s c a r a s ! lo
c r e o , p o r q u e se n e c e s i t a c l a v e p a r a l e e r
esos g e r o g l í f l e o s . . . .
y
aun asi.... muchas v e c e s
hay
que
adivinar... q u e i m p r o v i s a r ; p e r o y o no t e n g o , c o m o tú, una
letra á p r u e b a d e i n d i s c r e t o s . . . . d e s e a r í a p o d e r c e r r a r esta
carta.
— Ya se c o m o , — e x c l a m ó d e r e p e n t e B a l t a s a r .
De encima de una
papel q u e usan para
cómoda
tomó
un
e n o r m e rollo
del
sus p l a n o s l o s a r q u i t e c t o s , y q u e e n
e f e c t o se c o m p o n í a d e p l a n o s .
— ¿ Q u é diablos traes? — p r e g u n t ó Roberto admirado.
•—lis el p l a n o
del
palacio q u e he m a n d a d o h a c e r para
mi uso , — c o n t e s t ó R a l t a s a r m o d e s t a m e n t e .
— ¿ T ú un palacio ?
— P a s a d o m a ñ a n a se da p r i n c i p i o , y t ú , R o b e r t o , tú p u e d e s c o l o c a r la p r i m e r a
piedra,—dijo
Baltasar e s t r e c h á n -
d o l e á su a m i g o la m a n o c o r d i a l m e n t e .
Dirigiéndose á mí
en
seguida, añadió el poeta con
la
mayor gravedad:
— Será preciso q u e
mañana hagas diligencias para e n -
c o n t r a r una l l a n a d e plata y u n a a r t e s a d e é b a n o , q u e h a c e n falta p a r a la c e r e m o n i a . ¿ S e t e o l v i d a r á , M a r t í n ?
— N o s e ñ o r , — c o n t e s t ó a t ó n i t o , d e v e r a s esta v e z , p o r
que creía en lo d e l palacio.
Pero Roberto, mas familiarizado
q u e y o c o n las a p r e n -
s i o n e s d e su a m i g o , le d i j o c o n la m a y o r s a n g r e fría.:
— R u e ñ o . . . . p a s a d o m a ñ a n a c o l o c a r é la
ile tu p a l a c i o ; p e r o . . . .
primera
piedra
Í7á
MARTIN E l . E X P Ó S I T O .
— ¡En el Faubuurg
exaltado;—.quiero
Saint A n l o i n e ! — e x c l a m ó
el
poeta
e n s a n c h a r la p o b l a c i ó n p o r esa p a r t e .
q u e e s el a n t i g u o b a r r i o a r i s t o c r á t i c o d e P a r í s . T e n d r é i m i t a d o r e s , y f u n d a r é u n a c a p i t a l d e n t r o d e la c a p i t a l . . . .
La
c a p i t a l e s la n a c i ó n , la n a c i ó n . . . . e s la F r a n c i a ; la F r a n c i a
es la c a b e z a d e E u r o p a . . . . p u e s b i e n , y o b a u t i z a r é mi n u e v o b a r r i o l l a m á n d o l e : Barrio
de
Europa.
— C o r r i e n t e , — dijo R o b e r t o , t e m i e n d o un n u e v o a r r a n q u e del v a g a m u n d o pensamiento del
poeta : — h a z tu p a -
l a c i o d o n d e d i c e s , y e n el í n t e r i n c e r r e m o s m i c a r t a .
— J u s t a m e n t e , — d i j o Baltasar encogiéndose de hombros
y d e s p l e g ó la e n o r m e h o j a d e p a p e l d o n d e e s t a b a e n e f e c to e l p l a n o
de un
espléndido palacio cercado de jardines.
E l e v a c i ó n , frente , c o s t a d o s , nada faltaba, y entre medias
se h a b í a n a ñ a d i d o a l g u n a s tiras d e p a p e l p e g a d a s c u i d a d o samente.
— ¿ V e s e s t a s l i r a s ? — dijo B a l t a s a r á su a m i g o .
— B a l t a s a r , q u e mi c a r t a está a b i e r t a y e s lo q u e u r g e .
— Estas
liras
son
aumentos,
cambios
que
sucesiva-
m e n t e h e i d o h a c i e n d o e n el p l a n p r i m i t i v o d e m i p a l a c i o . . .
S e e s c r i b e , se c o r r i g e u n m o n u m e n t o , l o m i s m o
p o e m a ; un
p a l a c i o es u n
que
un
poema de bronce y m á r m o l , y
nada m a s . . .
— ¡Baltasar, mi
c a r t a ! — r e p i t i ó el c o n d e
imperturba-
ble.
— ¡ Y a e s t a m o s ! p o r e s o te h a b l o d e e s t a s t i r a s . . . .
¿Con
q u é las p e g o y o ? c o n e s t e p e d a z o d e cola d e b o c a . . . . D i m e
a h o r a q u e n o v o y f l e c h a d o al h e c h o . . . . D e s p u é s
hablare-
m o s d e l p a l a c i o y d a r á s tu
encargar
opinión : tengo q u e
los a d o r n o s d e l o s j a r d i n e s , q u e se r e d u c e n á c i n c u e n t a ó
sesenta g r u p o s ó estatuas d e l m e j o r m á r m o l . . . M e e n c u e n tro m u y indeciso. P a r d i e z , es m u y delicioso, m o d e l o de e l e gancia y g r a c i a . . . m a s e l cincel de D a v i d es m u y e n é r g i c o . . .
s e v e r o y g r a n d e . A n t o n i o M o y n e y B a r r y e se d i s t i n g u e n p o r
la o r i g i n a l i d a d . . . . V a y a . . . . la e l e c c i ó n
es a p u r a d a . . . .
Otro
t a n t o m e s u c e d e c o n las p i n t u r a s . . . D c l a c r o i x ; P a b l o D e l a r o -
MARTIN EN CASA DE R E G I N A .
che , M a y n e Duval
liarán algunas....
173
Yo dcscrria
ocupar
á M . I n g r e s , p e r o el d u q u e d e L u y n e s l e t i e n e e m b a r g a d o
para su quinta y
es
un dolor....
¡Ah! Roberto,
Roberto,
— a ñ a d i ó el p o e t a m e l a n c ó l i c a m e n t e , — ¡ c o m o c o m p r e n do ahora
los d i s g u s t o s , las c o n t r a r i e d a d e s d e l o s M ó d i c i s !
A p o d e r a d o R o b e r t o del precioso p e d a z o d e cola d e b o c a ,
se o c u p a b a e n c e r r a r su c a r t a d e l m e j o r m o d o p o s i b l e , sin
cuidarse m u c h o de los l a m e n t o s del p o e t a ;
pero y o quedé
p l e n a m e n t e c o n v e n c i d o , e n vista del p l a n o a ñ a d i d o , y s o b r e todo e l e n c a r g o d e la l l a n a d e plata y la a r t e s a d e é b a n o p a r a la c o l o c a c i ó n d e la p r i m e r a p i e d r a
hicieron en mí
un efecto irresistible. C o m e n c é á c r e e r q u e era Baltasar u n o
d e esos m i l l o n a r i o s
o c u l t a r sus t e s o r o s
estrambóticos
bajo aparente
q u e se c o m p l a c e n
en
p o b r e z a ; así e s q u e n o
m e p a r e c i ó e x t r a o r d i n a r i a la p r o p i n a d e v e i n t e y c i n c o l u i ses:
empero,
pensamientos
mas graves me
preocuparon
c u a n d o R o b e r t o m e d i j o al e n t r e g a r m e su c a r t a :
— ¿ S a b e V . d o n d e está la c a l l e d e l F a u b o u r g d e R o u l e ?
— Sí, señor,
sobre poco
mas ó menos. No hace mucho
tiempo que estoy en l'arís; pero preguntaré, y estoy s e g u r o de encontrarla.
— T e d i r i g e s al n . ° H 9.
— Está m u y b i e n .
— Y preguntas por el barón de Noirlieu....
B i e n q u e tú
s a b e s l e e r y e n el s o b r e v a el n o m b r e .
— Está m u y b i e n .
— ¿ Y m i i d e a ? — e x c l a m ó B a l t a s a r i n t e r r u m p i e n d o á su
amigo.
—
¿Cuál?
— S a b e r si e n r e a l i d a d está e l b a r ó n e n la p o s e s i ó n d e Hatill o ! ó d e O f e l i a , d e r e s u l t a s d e h a b e r e s t a d o e n la d e J o r g e
Dandin.
— Ya , — d i j o R o b e r t o ; — ¿ p e r o c o m o a v e r i g u a r l o ?
E n c o g i ó s e d e h o m b r o s el poeta , y m e d i j o :
— Así q u e
l l e g u e s e n casa d e l b a r ó n d e N o i r l i e u , d i c e s
al p o r t e r o q u e t i e n e s q u e e n t r e g a r u n a c a r t a al b a r ó n .
10.
MARTIN HI. E X P Ó S I T O .
174
— Está m u y b i e n .
—
A l b a r ó n e n p e r s o n a . — S o l o á él h a s d e e n t r e g á r s e l a :
¿entiendes?
—
¡ T o m a ! h a g o lo q u e puedo.
C o n a d e m a n t r i u n f a n t e , v o l v i ó s e Baltasar h a c i a su a m i g o
exclamando:
— ¡ C u a n d o y o decia q u e este no será j a m a s un F r o n t í n !
—
¡ Q u e ! — r e p u s o Roberto impacientado , — ¿no entien-
d e s q u e s o l o al b a r ó n h a s d e e n t r e g a r la c a r t a ?
—
¡ A h ! y a , s í , q u e n o se la d é á n a d i e m a s q u e a l s e ñ o r
barón.
— G r a c i a s á Dios, — dijo Baltasar. — O t r a cosa.... ¿tienes
memoria?
— ¿ Q u é dice V ,
—
señor?
¡ O h tesoro de i n o c e n c i a ! ¿ c u a n d o v e s ú o y e s alguna
c o s a , lo r e c u e r d a s l u e g o ?
—
¡Ca ! no s e ñ o r , dos ó tres dias después no m e acuerdo
casi d e n a d a .
—
¡ B u e n o ! al e n t r e g a r la c a r t a al b a r ó n , m í r a l e c o n a t e n -
c i ó n , e x a m i n a su c a r a o b s e r v a l o q u e h a g a , ó y e l o q u e d i g a al
r e c i b i r ó l e e r la c a r t a . . . . C u i d a d o c o n t e n e r m u y p r e s e n t e s
estas c o s a s , y e n s e g u i d a v i e n e s á d e c í r m e l a s . . . . ¿ M e p a r e c e q u e e n tan p o c o t i e m p o n o las o l v i d a r á s ?
—
¡ Ca ! n o s e ñ o r ,
e j e m p l o , todo
— Repito q u e e n e s t e
— exclamó
así d e c o r r i d o . . . . p e r o m a ñ a n a , p o r
voló.
mozohedescubiertoelani-Frontin,
Baltasar.
— Si te p r e g u n t a n d e q u i e n es l a c a r t a , — a ñ a d i ó e l p o e ta , — d i c e s q u e d e l c o n d e R o b e r t o d e M a r e u d , q u e a c a b a
de llegar.
T i t u b e ó Roberto un instante , y continuó:
— Que
acaba de llegar.... de Bretaña.
— ¿ D e B r e t a ñ a , lo e n t i e n d e s ? —
m e d i j o Baltasar ; y se
m e f i g u r ó q u e r e p r i m i a u n a c a r c a j a d a , — D e la B r e t a ñ a .
— Está m u y b i e n .
• - Corre,..
d e s p a c h a , — dijo R o b e r t o . . . . E n s e g u i d a aña
17!»
MARTI¡V E N CASA DE R E C I Ñ A .
(lió: — ¡ A h í se m e o l v i d a b a . . . si p o r n i n g ú n e s t i l o te c o n s i e n t e n v e r al b a r ó n , te t r a e s
la c a r t a y
dices
que
volverás
m a ñ a n a á las n u e v e .
— Muy bien.
— Al
mismo tiempo,
— continuó R o b e r t o ,
después de
una pausa , — o b s e r v a si e n t r e l o s c r i a d o s q u e te r e c i b a n
hay algún mulato.
— ¿ M u l a t o ? ¿ Q u é significa e s o ?
— Un h o m b r e de color de p l o m o , sobre poco mas ó m e n o s , — dijo B a l t a s a r .
— Bien , b i e n , y a e s t o y .
— Si p o r a c a s o , — p r o s i g u i ó e l c o n d e R o b e r t o c o n
algu-
na t u r b a c i ó n , — te p r e s e n t a n al b a r ó n , y v e s j u n t o á é l u n a
señorita.... m u y linda.... con tres l u n a r e s e n
el
rostro....
no puedes equivocarla....
- Y a ,
ya.
— O b s e r v a si está m u y
p á l i d a , si p a r e c e t r i s t e ,
— Eso n o e s difícil , — a ñ a d i ó e l
poeta.
— Y o l o c r e o , u n o q u e está p á l i d o y t r i s t e , se v é d e c i e n
leguas.
— Ea, ilustre M a r t i n , — d i j o
Baltasar, — desplega
tus
alas y e c h a á v o l a r p o r esas e s c a l e r a s .
—
M e e n c a m i n é á la p u e r t a ; p e r o a n t e s d e salir
volví
atrás, y dirigiéndome c a n d o r o s a m e n t e á Baltasar, le dije:
— S e ñ o r , ¿ d ó n d e h e d e ir p o r la l l a n a d e p l a t a ?
— ¿ C ó m o ? — s a l t ó el p o e t a , a b r i e n d o u n o s ojos c o m o p u ños.
— S i , p o r la l l a n a d e plata q u e V. m e m a n d ó
— ¿ T ú ? — r e p u s o el p o e t a
comprar
mirándome.
— Y u n a artesa d e é b a n o t a m b i é n .
— Una artesa d e é b a n o .
El p o e t a se h a c i a c r u c e s .
— ¡ S i ! ¡ h o m b r e ! — e x c l a m ó Roberto soltando una c a r cajada , — p a r a la
ceremonia.
•— ¿ Q u é c e r e m o n i a ? — p r e g u n t ó e l p o e t a m a s a s o m b r a do , d i r i g i é n d o s e á su
amigo
M A R T Í N EL
I7()
EXPÓSITO.
— L a d e la c o l o c a c i ó n d e la p r i m e r a p i e d r a
— ¿ De q u e ?
— D e tu p a l a c i o . . . . ¡ d e s m e m o r i a d o !
— ¿ D e mi p a l a c i o ?
— D e tu c a p i t a l d e n t r o d e la c a p i t a l , d e tu b a r r i o d e la
nueva
E u r o p a . ¿ E n q u é d i a b l o s estás p e n s a n d o , B a l t a s a r ?
— ¡ B a h ! ¿ p o r q u é n o lo d i c e s d e u n a v e z ? e x c l a m ó el p o e ta: — s u e l t a s d e u n a á u n a las p a l a b r a s , c o m o c u e n t a s d e
rosario....
En efecto
necesito q u e Martin m e c o m p r e
una
llana y una artesa consagradas.
— ¿ D ó n d e v e n d e n e s o ? — p r e g u n t é a l p o e t a : — el c a s o
es q u e y o no t e n g o d i n e r o .
— ¡ P a l a b r a ! — e x c l a m ó Baltasar c o m o asaltado de una
reflexión
repentina.
— ¿ Q u é dia e s p a s a d o
mañana?
— H o y es m a r t e s , — - d i j e , — c o n
que
pasado
mañana
viernes.
— J u e v e s , h o m b r e , ¡ j u e v e s ! e s p o s i b l e , ¡la
víspera
de
u n v i e r n e s ! — e x c l a m ó el poeta c o n un a r r a n q u e d e e s p a n to y d e i n d i g n a c i ó n , — c o l o c a r la
primera piedra
de
un
p a l a c i o la v i s p e r a d e u n v i e r n e s , p a r a q u e s o d e r r u m b e s o b r e m i c a b e z a . . . . ¡ F a t a l i d a d ! ¡ q u é a g ü e r o ! ¡ q u é triste p r o nóstico!
L e n t a m e n t e , y casi c o n m o v i d o a ñ a d i ó :
— N o , M a r t i n , n o t r a i g a s l l a n a n i a r t e s a . . . . — dijo — c o m o n o q u i e r a s v e r á tu p o b r e a m o
s e p u l t a d o b a j o los e s -
c o m b r o s d e su p a l a c i o .
— Señor.... como yo....
— N o d u d o d e tu b u e n c o r a z ó n . V é á e s e r e c a d o y v u e l ve pronto.
— V o y c o r r i e n d o , — l e d i j e ; — y al c e r r a r la p u e r t a , oí
al p o e t a r e p e t i r :
— En víspera de v i e r n e s , ¡ j a m á s !
¡ p a r a e s t a s cosas s o y
tan supersticioso c o m o N a p o l e ó n ! ! !
M e e n c a m i n é hacia el Faubourg de Roulc con una
paciencia febril, devoradora
im-
HE (UN A.
177
T a m b i é n e s t a b a n las s e ñ a s d e la casa d e l b a r o n d o
lieu en el p e r g a m i n o q u e y o b a b i a v i s t o
Noír-
a d o r n a d o de una
c o r o n a r e a l y figuras s i m b ó l i c a s . El p e r g a m i n o q u e y o e n c o n t r é e n la c a r t e r a q u e c o n t e n i a l a s c a r t a s d e la m a d r e d e
Regina.
XVIII.
K eglna.
L l e g u é m u y p r o n t o al b a r r i o d o n d e e s t a b a la c a s a d e l p a dre de Regina: exteriormente no vi mas q u e una larga t a p i a , e n m e d i o d e la c u a l b a b i a u n a p u e r t a c o c h e r a :
cerca
d e esta p u e r t a se h a l l a b a p a r a d o un c o c h e c o n d o s a r r o g a n tes c a b a l l o s . A l a c e r c a r m e c r e í c o n o c e r la m i s m a l i b r e a q u e
l l e v a b a n los c r i a d o s d e l
vizconde
Escipion D u r i v a l , y q u e
babia v i s t o e n n u e s t r a e s c e n a d e l b o s q u e d e G h a n t i l l y .
Sorprendido d e este e n c u e n t r o , y deseoso d e a c l a r a r
dudas,
m e d i r i g í al c o c h e r o , y
fingiéndome
mis
p a s m a d o d e la
hermosura del t r e n , dije:
— Este s o b e r b i o c a r r u a j e y esos c a b a l l o s m a g n í f i c o s , ¿ n o
p e r t e n e c e n al s e ñ o r c o n d e
Durival?
— S í , — c o n t e s t ó el c o c h e r o d e s d e ñ o s a m e n t e .
Mi i n t e r é s y m i c u r i o s i d a d se a u m e n t a r o n . M e h a b í a h a b l a do Claudio G e r a r d
del conde
Durival
con
una
aversión
t a l , m e l e h a b í a p i n t a d o c o n t a n n e g r o s c o l o r e s , q u e se a u m e n t ó mi i n q u i e t u d al p e n s a r e n l o s m o t i v o s q u e p u d i e r o n
l l e v a r al c o n d e á casa d e R e g i n a ; p o r q u e e n t o n c e s
d é q u e el d e s c o n o c i d o d e la t a b e r n a d e las Tres
recor-
Cubas
me
h a b l ó d e un h o m b r e d e e d a d m a d u r a q u e e r a u n r i v a l p o r
que pretendía á Regina.
Lleno
de
interés y
curiosidad,
llamé a l a
puerta;
me
abrieron; y no v i e n d o p o r t e r o , m c - e n c a m i n é hacia un g r a n
M MITIN E L E X P Ó S I T O .
178
p a b e l l ó n s i t u a d o e n t r e el j a r d í n y el p a t i o . E n los p r i m e r o s
escalones
de
un ancho
vestíbulo , apareció
entonces
el
m u l a t o q u e solia a c o m p a ñ a r á R e g i n a e n sus v i a j e s por el
aniversario de
la m u e r t e d e su
d e n e g r o y e r a su f a c h a á s p e r a
m a d r e : el
m u l a t o vestía
y siniestra.
— ¿ Q u é se l e o f r e c e á V . ? dijo s a l i ó n d o m e al p a s o .
•— D e s e a r í a h a b l a r c o n e l s e ñ o r b a r ó n d o
M i r ó m e el
Noirlieu.
m u l a t o de pies á c a b e z a , c o m o
d o mi o s a d a
sorprendido
pretensión, y respondió volviéndome
la e s -
palda :
— El s e ñ o r b a r ó n n o r e c i b e á n a d i e .
— Es q u e t e n g o q u e e n t r e g a r l e u n a c a r t a .
—
¡ U n a carta 1 — repitió v o l v i é n d o s e , — es
¿ dónde
diferente,
está?
— Me han dado orden
d e n o e n t r e g a r l a sino
al
señor
barón en persona.
—
Ya
he
dicho á V. que
el
señor
no
recibe á
nadie.
D é m e Y . p u e s la c a r t a .
— I m p o s i b l e , c a b a l l e r o ; es m u y i m p o r t a n t e y tan
solo
al s e ñ o r b a r ó n . . . .
— Si n o m e la q u i e r e Y . d a r , é c h e l a al c o r r e o , c o n t e s t ó
el mulato con aspereza.
— N o es p o s i b l e , n e c e s i t o l l e v a r la r e s p u e s t a . . . . Si
hoy
n o p u e d o v e r al s e ñ o r b a r ó n , i n d í q u e m e V . á q u e h o r a h e
de
volver mañana.
— ¡ l i a s e v i s t o u n a t e r q u e d a d p o r e l e s t i l o ! , — e x c l a m ó el
m u l a t o a m o s t a z a d o , l í e p i t o q u e n o p u e d e Y . v e r al
b a r ó n , ni
b o y , ni m a ñ a n a , ni
señor
esotro dia. ¿ M e e x p l i c o ?
D é m e p u e s la c a r t a , ó v a y a s e V .
— El s e ñ o r
conde Roberto de Mareuil
que me
envia,
•— a ñ a d í o b s e r v a n d o c o n a t e n c i ó n a l m u l a t o , •— m e m a n dó
No
m e dejó c o n c l u i r , y extrcmcciéndosc
al
oir
aquel
nombre , — exclamó :
—
¡Está en París Mr. de M a r e u i l ! . . .
l b a l e á c o n t e s t a r , c u a n d o u n r u i d o d e p u e r t a s y d e pasos
niíC.INA.
170
lo h i z o al m u l a t o v o l v e r s e . . . A l m i s m o t i e m p o v i a p a r e c e r
un h o m b r e j o v e n aun , d e e l e g a n t e a p o s t u r a , y c u y a s m a r cadas f a c e r n o s r e v e l a b a n
altanería y
— ¿ M a n d o e n t r a r e n e l patio
dureza.
el cocho
del
señor c o n -
de ? — d i j o e l m u l a t o r e s p e t u o s a m e n t e .
N o m e q u e d a b a duda , a q u e l personaje era el c o n d e D u rival.
— lis i n ú t i l , M e l c h o r , — c o n t e s t ó
el
conde
afectuosa-
m e n t e , y al b a j a r a ñ a d i ó :
— E s c u c h e V . . . . t e n g o <pio
hablarle.
A s i d e s p a c i o , se e n c a m i n ó al p o r t a l e l c o n d e
hablando
e n v o z baja c o n el m u l a t o c o n c i e r t a a n i m a c i ó n .
A p r o v e c h a n d o e l m o m e n t o d e l i b e r t a d q u e la c a s u a l i d a d
me
p r o p o r c i o n a b a , dirigí á todos
lados
miradas
furtivas,
i n q u i e t a s y c u r i o s a s . R e g i n a v i v i a sin d u d a e n a q u e l l a
ca-
sa ; p e r o p o r m a s a t e n c i ó n q u e p u s e n a d a p u d e d i v i s a r .
D e p r o n t o , d e n t r o d e l p i s o b a j o d e la casa , c u y a s
t a n a s se a b r í a n
al n i v e l d e l v e s t í b u l o , fuese
ruido de v o c e s , c o m o
l o r : casi al
sí d o s p e r s o n a s
discutiesen con c a -
m i s m o t i e m p o se a b r i ó d e g o l p e u n a
y apareció Regina con
la
ventana
mejilla inflamada , arrasados d e
l á g r i m a s los o j o s , y c o n una f i s o n o m í a a l t i v a á la
dolorosamente
par que
irritada.
— N o , no , —
e x c l a m ó con v o z alterada : —
¡jamás!
P a s ó s e la j o v e n la m a n o p o r la f r e n t e , c o m o p a r a
nar
ven-
percibiendo
su e m o c i ó n , y se a p o y ó
c u a l si q u i s i e r a
un m o m e n t o e n la
p o n e r t é r m i n o á una c o n v e r s a c i ó n q u e la
i n d i g n a b a y r e f r e s c a r e n el a i r e l i b r e
El m u l a t o y el
domi-
ventana,
conde
su a b r a s a d a
D u r i v a l , que seguían
frente.
conversan-
do e n el p o r t a l , n o ¡ l u d i e r o n o i r e l r u i d o , n i v e r á R e g i n a .
Jamás m e
bahía
esta : sus l a r g o s
p a r e c i d o tan i m p o n e n t e la
t r e n z a s r o d e a b a n su r o s t r o
la
belleza
de
cabellos n e g r o s , divididos en dos espesas
¡ a i r o , casto, altivo como el de
Diana a n t i g u a ; un v e s t i d o n e g r o m u y s e n c i l l o , q u e h a -
cia d e s t a c a r su n o b l e y e s b e l t o
talle, completaba
c o n j u n t o ilc la f i g u r a d e a q u e l l a j o v e n
el s e r i o
1X0
M A R T Í N KL E X P Ó S I T O .
Contemplábala y o
involuntariamente
con tímida y respetuosa
atención ; ó
se a n e g a r o n e n l á g r i m a s m i s ojos al d e -
cirme á mí m i s m o :
— P o b r e d e s v e n t u r a d o , o c u l t a e s e a m o r q u e e s tu v i d a ,
tu f u e r z a , tu p e r s e v e r a n c i a e n el b u e n c a m i n o ; o c u l t a e s e
amor
en
lo m a s
recóndito de
s i e m p r e esa ú n i c a d i v i n i d a d d e
tu
corazón:
ignore
para
tu a l m a q u e á ella d i r i g e s
tu c u l t o , q u e á e l l a i n v o c a s , q u e te s a c r i f i c a s
por ella....
e n c u a n t o p u e d a s e r l e útil la a d h e s i ó n d e s c o n o c i d a d e u n a
criatura oscura y miserable c o m o tú....
D o m i n a d a sin d u d a R e g i n a
por una emoción violenta ,
n o había r e p a r a d o en m í , p o r q u e m i r a b a al frente, y y o s o l o la v e i a d e p e r f i l , m e d i o o c u l t o c o m o e s t a b a p o r la p u e r t a ;
p e r o h a b i e n d o v u e l t o p o r c a s u a l i d a d la c a b e z a hacia d o n d e y o e s t a b a , r e t i r ó s e la j o v e n , c e r r a n d o tras sí la v e n t a n a .
T a n r á p i d o fue e l m o v i m i e n t o , q u e era i m p o s i b l e q u e ni
s i q u i e r a h u b i e s e m i r a d o R e g i n a : r e p a r a n d o e n un b u l t o se
habría
retirado.
E n tan b r e v e e s p a c i o p a s ó e s t o , q u e c u a n d o el m u l a t o ,
después de saludar
respetuosamente
al
conde
Durival ,
a b r i ó la p u e r t a , y a h a b í a d e s a p a r e c i d o R e g i n a y c e r r á d o s e la v e n t a n a .
Iba á salir e l c o n d e , y a tenia e l pié en el u m b r a l c u a n d o dijo e n v o z alta a l m u l a t o , q u e se v e n i a p a r a m í , d e s c o n t e n t o por h a b e r m e dejado solo.
— M e l c h o r , m e o l v i d a b a r o g a r á V . q u e r e c u e r d e al b a r ó n q u e m a ñ a n a á las d o s v e n d r é
p o r él y p o r la s e ñ o r i t a
R e g i n a p a r a i r al L o u v r e .
— Lo
tendré
presente , señor
c o n d e , — dijo
Melchor
v o l v i e n d o á saludar.
Así
q u e s a l i ó e l c o n d e , se m e a c e r c ó e l m u l a t o r á p i d a -
mente.
— ¿Porqué
p e r m a n e c e V. en
esa p u e r t a ? m e dijo c o n
desconfianza.
—
aquí.
¡Toma!
c o m o n o sé d o n d e t e n g o d e e s t a r , e s p e r a b a
1KI
lUililNA.
— Debía V. bajarse
al p a t i o , y a ñ a d i ó d e s p u é s
de
una
pausa : — ¿ M e ha d i c h o V . q u e q u e r í a e n t r e g a r al s e ñ o r b a rón una carta d e Mr. R o b e r t o d e Marcuil ?
— S í , señor.
— ¿Hace
m u c h o q u e está e n P a r í s , M r .
deMareuil?—
preguntó Melchor, c l a v a n d o en mí una m i r a d a p e n e t r a n t e
— Ha l l e g a d o esta m a ñ a n a .
—
¿ Dónde v i v e ?
— C a l l e d e P r o v e n c e , tonda d e E u r o p a .
— ¿ E s V. criado s u y o ?
— N o s e ñ o r ; soy d e m a n d e r ò .
M e l c h o r r e f l e x i o n ó un m o m e n t o y m e dijo :
— ¿ Y la c a r t a ?
— A q u í está ; p e r o t e n g o o r d e n d e n o e n t r e g a r l a s i n o al
señor barón personalmente.
— Sígame V . , — contestó M e l c h o r , y pasó delante.
L e seguí
atravesando
e l v e s t í b u l o ; dio
vuelta
por
c o r r e d o r , a b r i ó la p u e r t a d e u n a e s p e c i e d e s a l ó n d e
un
des-
c a n s o , y h a c i é n d o m e s e ñ a l d e q u e a g u a r d a r a , se e n t r ó e n
otro aposento.
Sencillamente
amueblada
estaba
la
habitación
donde
q u e d é , y casi d e l todo c u b r i a n la p a r e d n u m e r o s o s c u a d r o s
de f a m i l i a , q u e p o r los trajes
debian
alcanzar á
épocas
m u y remotas ; puesto q u e e n el fondo n e g r o de u n o de los
retratos, q u e representaba un caballero con casco y c o r a za , v i e s c r i t o : Gastón
V.,
señor de Noirlieu,
4220. Casi t o -
d o s los r e t r a t o s o s t e n t a b a n los b l a s o n e s d e tan a n t i g u a
s a c o n esta l e y e n d a : Fuerte
L a divisa
y
ca-
fiero.
m e r e c o r d ó la e x p r e s i ó n , e n é r g i c a y o r g u l l o s a
q u e a c a b a b a d e o b s e r v a r e n e l s e m b l a n t e d e R e g i n a , hija
digna de aquel
linaje.
A p o c o r a t o v o l v i ó el m u l a t o , y m e dijo c o n i r o n í a :
—Como
y a le dije á V. el señor b a r ó n no p u e d e recibir
á n a d i e , n i h o y , ni m a ñ a n a ,
ni esotro d í a :
deje
p u e s la
carta , ó é c h e l a V . al c o r r e o .
C o n v e n c i d o d e la i n u t i l i d a d d e insistir , m e r e t i n i sin d e
III
11
¡82
M A K T 1 N EL EXPÓSITO.
j a r la c a r t a , a c o m p a ñ a d o d e l m u l a t o , q u e s a l i ó á c e r r a r la
puerta.
P e r o en un cuarto de hora recogí bastantes noticias: ign o r a b a si p o d i a n i n t e r e s a r á m i n u e v o a m o ,
tanto c o m o a
mí m e i n t e r e s a b a n .
Sabia
primeramente
orgulloso, egoísta,
G e r a r d , se b a i l a b a e n
barón y con
que
el
depravado
conde
por
Durival,
hombre
testimonio de
relaciones bastante
Claudio
i n t i m a s c o n el
R e g i n a , toda v e z q u e al dia i n m e d i a t o debía
l l e v a r l o s al L o u v r c : p r u e b a e v i d e n t e
de que no
era
muy
p e l i g r o s o e l t r a s t o r n o d e l b a r ó n , c u a n d o se p r o p o n í a ir á
la e x p o s i c i ó n d e p i n t u r a s .
A q u e l m i s m o dia , i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e
del conde Durival,, debía
sión m u y a c a l o r a d a c o n
la
salida
h a b e r tenido Regina una discuel
b a r ó n , discusión
demasiado
p e n o s a , s u p u e s t o q u e la j o v e n , llorosa , h a b í a
terminado
la r e y e r t a c o n u n a n e g a t i v a tan r e s u e l t a .
F i n a l m e n t e , s e g ú n las t r a z a s y
acogido mi m e n s a j e ,
no
debía
la f r i a l d a d c o n
profesar
el
q u e era
barón
grande
a l e c t o á su p r i m o R o b e r t o . A g r e g a n d o á estos h e c h o s el r e cuerdo del desconocido
d e la t a b e r n a d é l a s
Tres
Cu/jas,
s e n t í a u n v a g o t e m o r p o r la s u e r t e d e a q u e l l a j o v e n : q u i zá su m a n o e r a c o d i c i a d a p o r los t r e s p e r s o n a j e s , á s a b e r :
El
conde Durival, cuyo
odioso
carácter
me
C l a u d i o G e r a r d . El d e s c o n o c i d o ( p i e se d i s f r a z a b a
revelara
con m i -
serables harapos para ir á e m b o r r a c h a r s e con aguardiente
e n las t a b e r n a s y
figones
d e las
efueras. Roberto
d e Jla-
r e u i l , r e c i e n t e m e n te p r e s o , p o b r e e n la a p a r i e n c i a y q u e
m e inspiraba una desconfianza
instintiva.
¡ M a s a y ! a u n s u p o n i e n d o q u e las p e r s e c u c i o n e s d e
uno
d e l o s tres p r e t e n d i e n t e s t u v i e r a n u n r e s u l t a d o funesto para R e g i n a ; ¿ q u é m e d i o s d e p r o t e g e r l a
contra
s u g e t o s tan
r i c o s ó tan e n c o p e t a d o s d e la s o c i e d a d , tenía u n h o m b r e o s c u r o y m i s e r a b l e , c o m o y o , q u e p o r una e s p e r a n z a
frágil
a c a b a b a d e a c e p t a r la s e r v i d u m b r e e n casa d e l c o n d e R o berto''
REGINA.
183
P e n s a n d o estas cosas e r a d e s c o n s o l a d o r m i d e s a l i e n t o ; y
sin e m b a r g o , una v o z s e c r e t a m e d e c í a q u e n o a b a n d o n a r a
á I t e g í n a , q u e p o r h u m i l d e s q u e f u e r a n , tal v e z n o
serian
inútiles mis s e r v i c i o s y a q u e la c a s u a l i d a d m e h a b i a h e c h o
c o n o c e r las p e r s o n a s
temibles para
ella
ocultos ó t e n e b r o s o s p r o y e c t o s i g n o r a b a
Después d e m a d u r a s
reflexiones
y
y
cuyos
vicios
tal v e z .
encaminándome
á
buen paso á casa d e B a l t a s a r , m e t r a c é la l í n e a d e c o n d u c ta s i g u i e n t e :
Procurar p r i m e r a m e n t e p e n e t r a r c u a l e s e r a n los
nios del c o n d e R o b e r t o s o b r e
Regina ; observar ,
desig-
estudiar
s i n c e r a , l c a l m e n t e y sin p r e v e n c i ó n , la c o n d u c t a d e a q u e l
j o v e n ; i n q u i r i r t a m b i é n las m i r a s
conde
que pudiera llevarse el
D u n v a l , y u s a r d e t o d o s los m e d i o s
lidad ó las
circunstancias
huellas del d e s c o n o c i d o d e
Con e s t e p r o p ó s i t o p e n s é e n
me
sugiriesen
!a t a b e r n a
q u e la c a s u a para hallar
délas
Tres
las
Cubas.
mi p r ó x i m a conversación con
Roberto , referir ocultar ó desnaturalizar
como
conviniera
los d i v e r s o s i n c i d e n t e s q u e a c a b a b a d e p r e s e n c i a r e n c a s a
del b a r ó n d e N o i r l i e u .
A d o p t é esta r e s o l u c i ó n sin v a c i l a r
Roberto habia q u e r i d o c o n v e r t i r m e
de n o sé q u e p l a n e s , i n d u c i é n d o m e
y sin r e m o r d i m i e n t o ;
en instrumento
á
observar
y
ciego
contar
l o d o lo q u e v i e r a e n c a s a d e l b a r ó n : e s t a e x c i t a c i ó n á una
maniobra de mala l e y , q u e de seguro habría y o d e s e c h a do á n o t r a t a r s e d e R e g i n a , m e d a b a d e r e c h o
para
obrar
sin e s c r ú p u l o c o n R o b e r t o d e M a r e u i l .
A d e m á s , mis intenciones eran p u r a s ,
rectas,
leales....
sin a s o m o d e e n v i d i a , sin r e m o t a i d e a d e i n t e r é s p e r s o n a l :
r e n u n c i a b a m a s q u e n u n c a á la l o c a y e s t ú p i d a
esperanza,
tanto d e q u e R e g i n a r e p a r a r a e n m í , c o m o d e q u e l l e g a r a á
c o n o c e r m e : p o r esta r a z ó n t e n i a
melancólico
el pensamiento de
para
mí
continuar
cierto
encanto
siempre invisi-
ble , m i s t e r i o s o , mis p r u e b a s d e a d h e s i ó n , d e a d o r a c i ó n
r e s p e t o á la s e ñ o r i t a d e
Noirlieu , que comenzaron
('•poca de los f u n e r a l e s d e su m a d r e .
y
e n la
184
MARTÍN EL EXPÓSITO.
C o n una confianza digna de
la e d a d
de
oro,
motivada
a c a s o p o r la c a r e n c i a de objetos codiciables por l a d r o n e s ,
d e j a b a s i e m p r e B a l t a s a r p u e s t a la l l a v e . E n t r ó m e
derecho
á l a p i e c e s i t a q u e h a b i a d e r e c i b i m i e n t o , y oí a l p o e t a exc l a m a r con a q u e l l o s a r r a n q u e s supórfluos
y
exagerados,
propios suyos :
— ¡ Dicen q u e es asombrosa , a r r e b a t a d o r a , estupenda !
S i n c o n o c e r l a , a d o r o á esa c r i a t u r a , y la i d o l a t r a r í a s o l a m e n t e p o r su n o m b r e . . . . Ese n o m b r e
P e n e t r é e n la
habitación
con
es
todo
miedo de
m o n ó l o g o del poeta; mas mi presencia
un
poema.
i n t e r r u m p i r el
no calmó
su e x a l -
ese n o m b r e , — exclamaba
Baltasar
tación.
— S í , es un p o e m a
a n d a n d o á p a s o s l a r g o s . . . — e s m a s q u e un p o e m a , e s un
c a r á c t e r , u n r e t r a t o . . . . D u p a r c la h a v i s t o e n e l
l o s Funámbulos
t e a t r o de
e n e l papel c o r t o y dice q u e es un diaman-
t e e s c o n d i d o , q u e n o puedo, t a r d a r
en
lucir con
t o d o su
esplendor!
— ¿ Q u é h a y del b a r ó n ? — s e
berto ;
quién , preocupado
v e s , oia c o n i m p a c i e n c i a
por
apresuró á preguntar Ropensamientos
las locas
mas
exclamaciones
grade
su
amigo.
— Antes de
responder, — exclamó Baltasar,—atiende,
á tí t e n o m b r o j u e z , a n t i - F r o n t í n , q u i e r o h a c e r un e x p e r i m e n t o d e tu i n t e l i g e n c i a , tan h o n r o s a m e n t e
— Déjate
sión , — e x c l a m ó R o b e r t o ; — e s cosa m u y
— Te
limitada.
d e l o c u r a s y d é j a l e d a r m e c u e n t a d e su c o m i -
devuelvo á
Martin
al
importante.
momento,
préstamele
un
i n s t a n t e , — d i j o B a l t a s a r , y a ñ a d i ó d i r i g i é n d o s e á m í : — Ea,
Martin , responde : ¿ qué
Basquina
efecto
te p r o d u c e
este
nombre
?
T a n i m p r o v i s a d a fue la p r e g u n t a , y m i s o r p r e s a t a l , q u e
di u n p a s o a t r á s , m i r a n d o e s t u p e f a c t o al p o e t a .
—
¿ L o v e s ? — e x c l a m ó B a l t a s a r triunfante ; — cuando yo
te d i g o q u e h a y n o m b r e s r e t u m b a n t e s
z a s m a s r e b e l d e s á toda e l e c t r i c i d a d
p a r a las n a t u r a l e -
moral.
REGINA.
185
R o b e r t o d e M a r e u i l se e n c o g i ó d e
Pasado el
primer
hombros.
asombro, m e apercibí
del peligro de
inspirar la m a s l e v e d e s c o n f i a n z a á m i s n u e v o s a m o s . U n a
inspiración
r e p e n t i n a , m e dijo
que
en
aquellas circuns-
tancias l o m e j o r e r a d e c i r la v e r d a d , a s i e s q u e c o n t e s t é :
— ¡ V á l g a m e D i o s , s e ñ o r , q u é n o m b r e ! . . . si s u p i e r a i s . . .
— ¿ T e deslumhra
el n o m b r e , n o es v e r d a d ? —
mó el p o e t a , — te h a c e v e r
color d e rosa
lucecitas c o m o
con lentejuelas de
p l a n d e c e , r e v o l o t e a , da v u e l t a s
plata. Ese
en
tu
excla-
u n a falda
nombre
cabeza
de
res-
como
un
torbellino de bojillas d e o r o , ¿ n o es así?
— N o señor , n o es eso , le dije ; sino q u e m e h e
queda-
do l e l o al o i r e s e n o m b r e . . . .
— ¿ Porqué ? — preguntó
Roberto con
Baltasar , m i e n t r a s
pateaba
impaciencia.
— Siendo n i ñ o , s e ñ o r , — l e contesté al poeta , — conocí
á una n i ñ a d e e s e n o m b r e . . . . C a n t a b a
c o m o un
ruiseñor,
y danzaba c o m o una m a g a , era rubia con ojos n e g r o s .
—
¡ Fatalidad ! —
exclamó
Baltasar. ¡Esa m a r a v i l l a
del
a r t e , d e e x p r e s i ó n , d e p o e s í a ; esa j o y a , o s c u r a h o y , p e r o
que acaso m a ñ a n a estallará á los ojos d e
todos c o m o
una
b o m b a l u m i n o s a , ha s i d o v o l a t i n e r a ! ¡ R o b e r t o , d e s d e esta
n o c h e , á los
bobos
que
Funámbulos; revelaremos
lo i g n o r a n ,
la
su
mérito á
los
d e c r e t a r e m o s un triunfo , una
apoteosis!...
Exasperado Roberto con
g o , l e d i j o c o n t o n o triste y
las e x c e n t r i c i d a d e s d e su
ami-
apesadumbrado:
— Baltasar, ¿ c ó m o o l v i d a s q u e estoy tratando d e u n n e gocio... mas q u e g r a v e para
mí?
— Perdona, amigo m i ó , h e delinquido, — r e p u s o Baltasar con dolorido acento. — L l á m a m e loco, p e r o n o egoísta.
¿ Has v i s t o al b a r ó n ? — m e p r e g u n t ó e n s e g u i d a .
— N o , señor.
— Lo hubiera apostado , — e x c l a m ó R o b e r t o con d e s p e cho : — ¿ t e recibiría el m u l a t o ?
— S í , s e ñ o r : insistí m u c h o ; p e r o e l m u l a t o m e . . . . ¡ A h !
M A U T 1 N EL EXPÓSITO.
186
s e ñ o r , m e encargasteis que mirase
b i e n lo q u e pasara y
q u e luciera por a c o r d a r m e .
— En efecto. ¿ Y q u é pasó ?
—
A d v i e r t o q u e m e a t u r r u l l o si n o e m p i e z o p o r e l p r i n -
c i p i o , p a r a d e c i r las c o s a s c o n s e g u r u l a d . . . .
— B i e n , h i j o , e m p i e z a p o r e l p r i n c i p i o , r e p u s o el p o e t a ;
de
m a l gusto e s , pero
tú
tienes
el
empaque
clásico....
E a , di....
XIX.
IJOS
encuentros.
— P u e s b i e n , — d i j e á B a l t a s a r ; — l l e g u é á la c a l l e deli
F a u b o u r g d u R o u l e ; l l a m é ; m e a b r i e r o n , y e n t r é . Salió e l
mulato preguntándome que quería.... Entregar
propia una carta
de ver
en
mano
a l s e ñ o r b a r ó n d e N o i r l i e u . — N o se p u e -
a l s e ñ o r b a r ó n , — respondió el m u l a t o . E n t o n c e s ,
estando y o
e n e l v e s t í b u l o , s a l i ó d e la c a s a un c a b a l l e r o ,
j o v e n t o d a v í a y m u y b i e n v e s t i d o , h a b l ó al m u l a t o , q u i e n
le titulaba
Mr. Du...
Du.... ( y o
fingía
querer
recordar-
m e ) Mr. Durí....
— D u r í v a l , — exclamó Roberto
con
tanto a s o m b r o c o -
m o i n q u i e t u d , y a ñ a d i ó al p u n t o ; . — E l c o n d e D u r í v a l es
a l t o . .. m o r e n o . . . . d e f a c c i o n e s s e v e r a s , ¿ o h ?
—
Sí , s e ñ o r , así e s e l h o m b r e y la c a r a .
M i r ó R o b e r t o al p o e t a y l e d i j o m e n e a n d o la c a b e z a :
—
Y a c o n o c e s la v o l u n t a d d e
hombre, que
es s u m a m e n t e
h i e r r o d e ese d e m o n i o d e
rico. No
hay nada
para
mí
m a s peligroso q u e . . . — P o r r e f l e x i ó n se c o n t u v o , y añadió
dirigiéndose á m í :
— Continua:
¿Mientras
que
hablabas
salió el c o n d e D u r i v a l de casa d e l b a r ó n ?
con
el mulato,
I S*
LOS ENCUENTROS.
— S í , s e ñ o r ; el m u l a t o le a c o m p a ñ ó
hasta
la
puerta.
E n t o n c e s a q u e l c a b a l l e r o e n c a r g ó al m u l a t o , q u e r e c o r d a ra al
b a r ó n q u e al día s i g u i e n t e á l a s d o s
pasaría á b u s -
c a r l e para ir a l L o u v r e c o n la s e ñ o r i t a G i . . . . U c . . . .
— ¡ Regina ! —
exclamó Roberto.
— Eso m i s m o , eso n o m b r e d i j o .
— ¡ Y a ! m a ñ a n a á las d o s . . . al L o u v r e ; — d i j o R o b e r t o c o n
satisfacción y d e s p e c h o al m i s m o t i e m p o . — C o r r i e n t e , n o
f a l t a r e m o s , b u e n o es saberlo. N o estará el b a r ó n
l o c o tan
r e m a t a d o c o m o d i c e n . ] M a g n i f i c o ! m a ñ a n a al L o u v r e .
D i r i g i é n d o m e o t r a v e z la p a l a b r a , a ñ a d i ó e l c o n d e :
— A m i g o , v a l e s d e o r o l o q u e p e s a s , á p e s a r d e tu c a r a
estúpida. Continua. ¿ L u e g o
daste s o l o c o n e l
que
se f u e
Durival
te
que-
mulato?
— Sí, señor.
— ¿ Y q u é te
dijo?
— C o m o m e e m p e ñ a b a e n e n t r e g a r l e al b a r ó n la c a r i a .
d í j o m e e l m u l a t o q u e su a m o n o r e c i b í a á n a d i e : hice, t a n to q u e al
cabo
m e l l e v ó e l m u l a t o á un s a l o n c í l l o , d o n d e
había muchos retratos, y m e m a n d ó
—
aguardar.
P e r o ¿ l l e g a s t e á v e r al b a r ó n ?
— N o , señor. Al poco rato v o l v i ó el
m u l a t o , y m e dijo
c o m o b u r l á n d o s e : Si n o q u i e r e V . d e j a r
la
carta , q u e
e s c r i b a al b a r ó n p o r e l c o r r e o e l s e ñ o r c o n d e d e
y l e c o n t e s t a r á . En s e g u i d a , sin
darme tiempo
le
Mareuil,
para mas ,
m e e c h ó á la c a l l e e l m u l a t o .
—
El m i s m o r e n c o r s i e m p r e , ó l a m i s m a
desconfianza;
— d i j o R o b e r t o d i r i g i é n d o s e a l p o e t a ; e l c u a l , fiel a l p r o pósito h e c h o d e
callar
para no
i a t e r r u m p i r á su
amigo .
b a j ó la c a b e z a e n s e ñ a l d e a s e n t i m i e n t o .
—
¿ N o has visto j o v e n ninguna e n
la c a s a ? —
repuso
Roberto.
— N o , señor.
— ¿ Ni h a s n o t a d o n a d a d e
—
particular?
N o , s e ñ o r : s o l o al s a l i r . . . .
-- ¿Qué
viste ?
/C
/ '
X:
"
ISS
MARTIN IÍI. EXPÓSITO
— Digo q u e c u a n d o salí....
— A c a b a , di p r o n t o .
— E s t á b a m e p a r a d o á la p u e r t a , c u a n d o pasó u n m a g n í f i c o c o c h e : n o sé si h i c e b i e n e n l o q u e h i c e ; p e r o c o m o
me
e n c a r g ó V. que observara , m i r é quien bajaba de
tan
hermoso coche.
— H i c i s t e d i v i n a m e n t e , — se a p r e s u r ó á d e c i r
Roberto.
¿ V q u i é n se a p e ó ?
— Un caballero
d e c a r a m u y h a l a g ü e ñ a y m u y bonita ,
m u c h o m a s j o v e n q u e e l c o n d e D u r i v a l , n o t a n alto c o m o é l ; pero m u y bien vestido....
Para
completarla
fábula, retraté del
mejor
modo que
p u d e al d e s c o n o c i d o d e la t a b e r n a d e las Tres Cubas,
fiado
con-
e n q u e a c a s o l e c o n o c i e r a R o b e r t o ; y así s a b r í a por
este q u i e n
e r a e l h o m b r e s i n g u l a r q u e t a n t o i n t e r é s tenia
en conocer.
Frustróse mi esperanza:
á p e s a r d e los m i n u c i o s o s
m e n o r e s q u e d i , dijo R o b e r t o , después de h a b e r m e
chado con g r a n atención y
—
porescu-
visible ansiedad:
No c o n o z c o á ese h o m b r e .
¿ R e p a r a s t e en el c o l o r de
la l i b r e a ?
— ¿Cómo ? —
repuse
fingiendo
no c o m p r e n d e r
la
pre-
gunta.
— ¿ Q u e si n o t a s t e d e q u e c o l o r v e s t í a n sus c r i a d o s ? — r e pitió R o b e r t o .
— N o , n o ; s o l o m i r a b a al
—
amo.
Es l á s t i m a : p o d r í a m o s h a b e r
sacado algo
en
limpio,
—dijo Roberto reflexionando: — ¿ n o observaste mas?
— No,
señor.
— D i s c u r r e ... A v e c e s las cosas m a s l e v e s significan m u c h o . . . . p a r a q u i e n t i e n e i n t e r é s e n c o m p r e n d e r l a s . ..
—
N o señor, de nada mas m e acuerdo, por mas que ha-
go memoria....
¡ A h ! s í , otra cosa.
R e c u r r í á otra fábula, para e x a s p e r a r mas l o s z e l o s de Roberto, é interesarle
nocido.
ardientemente
e n d e s c u b r i r al d e s c o -
LOS
KIWXENTüOS.
I.S'J
— Di p r o n í o , — e x c l a m ó el c o n d e .
— Un criado , el l a c a y o d e este último c a b a l l e r o , le dijo
al c o c h e r o :
— ¿Qué ? acaba.
— L e d i j o c u a n d o se a p e ó al j o v e n : y a t e n e m o s c o m o d e
costumbre , un plantón de un p a r de h o r a s . . .
— ¿Cómo de c o s t u m b r e ? — e x c l a m ó
el c r i a d o ? p u e s es m u y
Roberto. ¿ E s o dijo
importante el saberlo.
— Y o p o r m í , s e ñ o r i t o , n o sé p o r q u é .
— B o r r i c o , e s o p r u e b a q u e e l j o v e n f r e c u e n t a b a la c a s a .
— N o diré que no.
— Es a b s o l u t a m e n t e p r e c i s o q u e e n e l t é r m i n o d e t r e s ó
c u a t r o d i a s m e a v e r i g ü e s q u i e n e s e s e h o m b r e , —• d i j o R o berto , después de h a c e r una b r e v e pausa.
l l a b i a c o n s e g u i d o m i p r o p ó s i t o : el c o n d e e s t a b a t a n
an-
sioso c o m o y o d e p e n e t r a r e l m i s t e r i o , y d e b i a p o r t a n t o a y u darme en mis pesquisas.
—• Sí, s e ñ o r , —
repitió , — es preciso q u e descubras q u e
j ó \ e n es e s e .
— Pero y o , señor,
¿cómo he de
componerme?
— M u y s e n c i l l o : d e s d e las d i e z á las o n c e d e la m a ñ a n a
te sitúas t o d o s los dias c e r c a
d e la casa d e l b a r ó n ,
exami-
n a s las p e r s o n a s q u e e n t r e n , y o b s e r v a s si a l g u n a e s e l
ven
que
d i c e s . Si v a e n c o c h e , n o h a y cosa m a s fácil
joque
s a b e r quien es.
— ¿ Cómo he de hacer?
— P r e g u n t a s á l o s c r i a d o s el n o m b r e d e su a m o .
— Y'a , y a ; p e r o si n o m e a t r e v o , ó si n o m e l o
quieren
decir....
— B u e n o , b u e n o , a n t i - F r o n l i n , — dijo Baltasar.
— Si se n i e g a n á r e s p o n d e r , u n m e d i o m u y s e n c i l l o h a y
de h a c e r h a b l a r á sus c r i a d o s , — r e p u s o
Roberto. —
¿No
d i c e s q u e es j o v e n e l e g a n t e y b u e n m o z o ?
— Sí , s e ñ o r , e s u n j o v e n m u y g u a p o .
R o b e r t o f r u n c i ó el e n t r e c e j o ,
y añadió:
— P u e s bien ; c o n t o n o m i s t e r i o s o d i c e s á los c r i a d o s q u e
M
190
M M I T I N EL EXPÓSITO.
v a s d e p a r t e d e una h e r m o s a d a m a , á q u i e n á c h o c a d o
a m o , y q u e d e s e a s a b e r su n o m b r e y h a b i t a c i ó n ,
ei
lis i m p o -
s i b l e q u e l o s c r i a d o s n o te l o c u e n t e n . ¿ M e h a s e n t e n d i d o ?
—
P e r o si eso n o e s v e r d a d , — l e d i j e á R o b e r t o
dome aturullado. ¿ H e de mentir
—
fingién-
acaso?
B r a v o , anti-Frontin, — e x c l a m ó Baltasar,
nopudien-
d o c a l l a r p o r m a s t i e m p o ; — m e h a b í a s d a d o u n susto p o r
q u e te i b a s a f i g a r a n d o u n
p o c o ; ¡mas este rasgo
q u i l i z a ! En c o n s e c u e n c i a , — e x c l a m ó el
me tran-
poeta con
entu-
s i a s m o , — y e n p a g o d e t a n v i r t u o s a r e s p u e s t a , a u m e n t o tu
s a l a r i o hasta
q u i n c e m i l libras t o r n e s a s ; e s t o , con el c e n -
so d e s u m i n i s t r a r m e t i r a b o t a s , f ó s f o r o s , b e t ú n
ycuellospos-
tízos.
—
S e ñ o r , y si n o v a e n c o c h é e s e j o v e n , — d i j e á R o b e r -
t o , — ¿ c ó m o h e d e h a l l a r á los c r i a d o s ?
— Si v a á p i ó , e s p e r a s á q u e s a l g a , y l e s i g u e s .
—
¿Adonde?
—
A d o n d e vaya.... en alguna parte dormirá.
—
Y a e s t o y , — dije d á n d o m e p o r satisfecho; —
y n o se
d u e r m e s i n o d o n d e se h a b i t a , s a b r é su c a s a . . . . c l a r o
—
; Que
Baltasar
no se
duerme
regocijado.
está.
—exclamó
sino donde se habita!
Martin , para r e m u n e r a r
esa
casta
c r e e n c i a , s u b o á t r e i n t a m i l l i b r a s t o r n e s a s tu s a l a r i o ; p e r o h a n d e s e r d e tu c u e n t a l o s g a s t o s d e c a l c e t i n e s , d e c h a n c l o s , d e t i r a n t e s , d e m o n e d a suelta p a r a p a s a r e l p u e n t e ,
y
m e has de regalar
c i n c o m e l o n e s d e los
primeros
que
haya..,.
—
¡ O h ! e s V . m u y b o n d a d o s o , — d i j e al p o e t a , y a ñ a d í
d i r i g i é n d o m e al c o n d e : — P e r o
a u n q u e s e p a la c a s a , n o
por eso sabré el n o m b r e del j o v e n .
— E n t r a s e n e l c u a r t o d e l p o r t e r o ; h a c e s el r e t r a t o d e tu
h o m b r e , y preguntascomose llama.... ya veremos
conque
pretexto.
—
¡Kh!
¡eh!
¡que
malicioso es
V . ! — exclamé
admi-
rado.
— Otra c o s a .
—
exclamó
Roberto
entregándome
otra
I.OS ENCUENTROS.
1!) i
c a r i a , sin duda e s c r i t a d u r a n t e mi a u s e n c i a .
Vasa
llevar
e s t e p a p e l á la g a l e r í a B o u r g 1 ' A b b é , á casa d e u n t a l B o n i n , tienda d e j u g u e t e s d e m u c h a c h o s .
Unos r e c u e r d o s v a g o s m e asaltaron
al o i r e l n o m b r e
de
B o n i n , q u e n o m e e r a d e s c o n o c i d o ; si b i e n n o p u d e d i s c u r rir en q u é
época
persona á quien
oyera pronunciar aquel
n o m b r e , r.i
la
pertenecía.
— N o l e s u c e d e r á á esta c a r t a l o q u e á la d e l b a r ó n , — m e
dijo R o b e r t o :
— se la e n t r e g a s á M r .
Bonin en persona
s a l e p o c o d e su t i e n d a , t e d a r á u n a r e s p u e s t a .
—• Está m u y b i e n .
— Corre y vuelve pronto.
— A la v u e l t a , d i c e s e n e s e f o n d u c h o i n m e d i a t o q u e t r a i gan comida p a r a d o s , — e x c l a m ó Baltasar
t e , — p o r q u e n o s o t r o s te m a n t e n e m o s
majestuosamen-
Martin , te
damos
casa , t e v e s t i m o s , l u e g o q u e s e g a s t e esa r o p a q u e t i e n e s y
q u e está n u e v e c i t a ; d o r m i r á s e n la a n t e s a l a y te
m i p i e l d e oso d e
Siberia , ínterin
prestaré
se te a r r e g l a u n a
cama
d e c e n t e y descansa ras c o m o un m o n a r c a , c o n m a s sosiego
q u e el m i s m o Luís F e l i p e .
— N o soy d e l i c a d o , — d i j e . — A
la v u e l t a
pocos efectos q u e poseo , y en c u a l q u i e r
m e t r a e r é los
parte me
acomo-
daré.
—
está
Pues despacha , — d i j o Roberto ; — y
si M r . B o n i n n o
e n casa, l e a g u a r d a s .
•— Está m u y b i e n .
Salí y l l e g u é á la g a l e r í a
d e B o u r g 1' A b b é , q u e e s u n o d e
los pasajes m a s t r i s t e s y m a s o s c u r o s : al t i e m p o d e e n t r a r ,
m e dio
un fuerte t r o p e z ó n un j o v e n z u e l o q u e acababa
apearse de un e l e g a n t e c a b r i o l é , m i e n t r a s el l a c a y o
taba á u n
escusa
traza
brioso
corcel. Después de dirigirme una
de
sujeligera
el j o v e n , ó m a s b i e n e l a d o l e s c e n t e i m b e r b e , y d e
muy
v u l g a r , a u n q u e vestido c o n lujo , pasó por d e -
l a n t e d e m í , y y o l e s e g u í b u s c a n d o la t i e n d a d e j u g u e t e s .
Acababa de
descubrirla,
cuando vi
entrar
en
m a n c e b o q u e se a p e ó d e l c a b r i o l é ; v í l e c e r c a d e l
ella
al
moslra-
I!)2
MAHTIN EL EXPÓSITO
d o r c u a n d o l l e g u é á la p u e r t a , y d e n t r o e s t a b a n
aguar-
d a n d o o t r a s d o s p e r s o n a s : la p r i m e r a e r a u n cazador
con
c a s a c a v e r d e , c h a r r e t e r a s d e plata y u n t r i c o r n i o e n g a l o n a d o c o n p l u m a s ; la s e g u n d a , u n a linda muchacha,
que me
p a r e c i ó u n a t r a v i e s a c a m a r e r a , á j u z g a r p o r su a i r e
envuelto , por
el gorrito y delantal blancos y
d e t o d o su a t a v i o . E l c a z a d o r ,
l e r d o , estaba
en conversación
que
era
tirada
des-
p o r e l aseo
un m o c e t o n n a d a
con
la d o n c e l l a ;
m i e n t r a s t a n t o , una v i e j a d e cutis a p e r g a m i n a d o y de
netrantes ojillos
trás del
g r i s e s , se
hallaba
y
pe-
como acurrucada de-
mostrador.
Acercóse
á esta arpía el m a n c e b o q u e
me precedía,
y
c o n n o p o c a s o r p r e s a o b s e r v é q u e la d i r i g i ó la p a l a b r a c o n
cierta d e f e r e n c i a
— Buenos
afectuosa.
dias, mi
querida
m a d a m a L a r i d o n , — la di—
o ; — ¿ q u é tal va ?
— Si v i e n e V .
á h a b l a r d e n e g o c i o s , — r e p u s o la
vieja
c o n a s p e r e z a , — se p u e d e V . v o l v e r ; n o se h a c e n a d a .
—
¡ C o m o , q u é ! — e x c l a m ó el j o v e n d e m u d a d o , —
ayer
y a se c o n v i n o . . . .
— Y h o y se d e s c o n v i n o ,
cabal.
— P e r o q u e r i d a m a d a m a L a r i d o n , eso es imposible. Mr.
Bonin sabia q u e c o n t a b a con e l l o .
—• E s t é s e Y . a h í d i e z
m e n t e la
v i e j a ; será
horas predicando , replicó
como
si V . c a l l a r e : e n
brusca-
diciendo
el
amo que no , no h a y que dar vueltas!
— Siendo así, dijo el j o v e n afligido , ¿ p o r q u é m e p r o m e tió para
hoy?
B a s t a n t e h e m o s h a b l a d o , — dijo la a r p í a
cruzándose
d e b r a z o s , ó i n s e n s i b l e á t o d a s las i n s t a n c i a s d e l m o z u e l o .
M e e s i g u a l , — d i j o e s t e p o r fin c o n d e s p e c h o ; — e s peraré á Mr. Bonin.
L a v i e j a h i z o c o n la c a b e z a y los h o m b r o s u n m o v i m i e n to , q u e p a r e c í a q u e r e r
—
decir:
l l a g a V . l o q u e l e d é la
gana.
A t i s b á n d o m e e n t o n c e s , dijo la m u j e r .
LOS ENCUENTROS.
1
— ¿ Q u é se l e o f r e c e á V ?
— T r a i g o una c a r t a p a r a M r . B o n i n .
— Pronto v o l v e r á
y puede V. entregársela,
respondió.
Dos t a b u r e t e s n o m a s h a b í a e n l a t i e n d a , y estos los o c u paban
la d o n c e l l a
y
el c a z a d o r .
Ofendido
me
pareció el
j o v e n p o r q u e e l l a c a y o n o l e o f r e c í a su a s i e n t o ; m a s e l c a z a d o r , sin d á r s e l e u n a r d i t e d e su falta d e u r b a n i d a d ,
diri-
g i ó una m i r a d a i r ó n i c a á la p i z p e r e t a m u c h a c h a , p a r a q u e
r e p a r a r a en el c a r m í n de d e s p e c h o q u e c o l o r e a b a las m e jillas del m a n c e b o . Cada v e z mas s o r p r e n d i d o
veía y
oía, examiné con
d e lo q u e
mas curiosidad aquella
t i e n d a . En v e z d e ser r i s u e ñ a
singular
y alegre, c o m o suelen
serlo
l o s a l m a c e n e s d e t a l e s c h u c h e r í a s , c o n sus m u ñ e c a s
re-
c i é n v e s t i d a s d e raso y l e n t e j u e l a s , c o n sus c a r i t a s b r i l l a n tes c o m o e s p e j o s y c o n sus l u j o s o s c a b a l l o s , h a l l á b a s e d e s p o b l a d a y o s c u r a , sin q u e , á e x c e p c i ó n d e a l g u n o s m u ñ e c o s
v i e j o s y e m p o l v a d o s , se v i e r a j u g u e t e a l g u n o .
Aquí
llegaba
de mis observaciones, resguardado
s o m b r a , p u e s iba s i e n d o d e n o c h e , c u a n d o
hombreton
con largos bigotes c a n o s ,
vita azul a b o t o n a d a
militarmente
e n la
entrar
un
corbata negra ,
le-
basta
vi
el p e s c u e z o ,
un
g r a n bastón de c a ñ a y el s o m b r e r o l a d e a d o .
N o m e e q u i v o q u é , e r a e l L i s i a d o . N i los e s p e s o s b i g o t e s ,
ni el apresto militar m e i m p i d i e r o n c o n o c e r l o ; y p o r m i e d o
d e q u e m e v i e r a m e r e t i r é al r i n c ó n m a s o s c u r o d e l a l m a cén.
La p r e s e n c i a d o a q u e l b r i b ó n , h i z o s a l i r á l a v i e j a d e su
apatia: incorporóse casi, y e x c l a m ó c o n i n t e r é s :
- ¿ Q u é
hay?
— Q u e s e m a l e a la c o s a , dijo e l L i s i a d o p o r l o b a j o .
Se
conoce que era un lobo con piel de c o r d e r o .
— ¿ C o n q u é a u n n o se h a c o n c l u i d o ? d i j o
la
vieja
en
tono de r e c o n v e n c i ó n .
— ¿Concluido?
y a , y a , r e p u s o e l L i s i a d o ; t r a b a j i l l o le
m a n d o al c a p i t á n .
—
( I o n un p o l l i t o d e esta e s p e c i e , r e p u s o l a v i e j a
giéndose de hombros.
enco-
MARTIN EL EXPÓSITO.
t'.ií
—
Repito
q u e e l p o l l o es u n g a l l o b i e n a r m a d o d e espo-
l o n e s , y q u e n o se d e j a r á c o m e r la c a b e z a , e s b i e n s e g u r o .
— ¿Puesentonces,
qué quiere
V ? dijo la v i e j a
refunfu-
ñ a n d o ; ¿ á qué viene V, ?
—• E l c a p i t á n c o n v i d a al p a t r ó n
á q u e a c e p t e la
terce-
r í a . . . . y a s í tal v e z . . . .
— El a m o n o está e n c a s a , y e s o es c u e n t a s u y a : esta n o c h e l e e s c r i b i r á al c a p i t á n , — r e p l i c ó la
vieja.
— C o m e n t e , — dijo el L i s i a d o ; — v o y á avisárselo.
—
El a m o l e escribirá , —
r e p i t i ó la v i e j a .
E n s e g u i d a se m a r c h ó e l L i s i a d o .
A l oir
decir
el capitán , un presentimiento singular me
a n u n c i ó q u e se t r a t a b a d e B a m b o c h a , c u y a s r e l a c i o n e s con
e l L i s i a d o s e g u i a n . En
vano
procuraba
también
adivinar
q u é i n t e r é s p o d í a n t r a e r á p e r s o n a s d e tan d i v e r s a s c l a s e s
á a q u e l t e n d u c h o , d o n d e n o se p e n s a b a e n c o m p r a r ni e n
vender juguetes.
D e p r o n t o la v i e j a , p e g a n d o , p o r d e c i r l o así , su cara
seca y
arrugada
á los vidrios
d e la t i e n d a , dijo c o n
voz
hueca :
— ¡ Y a v i e n e el a m o !
A l o i r l o , l e v a n t á r o n s e p r e s u r a d o s e l c a z a d o r y la d o n c e lla , y e l a d o l e s c e n t e se a p a r t ó d e la p u e r t a v i d r i e r a , p o r
d o n d e e s t a b a m i r a n d o , p a r a d i s i m u l a r sin d u d a su m a l h u mor.
XX.
El m e r c a d e r de j u g u e t e s .
Se abrió
la p u e r t a d é l a t i e n d a , y c o m o e l dia iba d e c l i n a n -
do, no pude entonces distinguir
lasfaccionesdelmcrcadcrde
j u g u e t e s : a d e m á s l l e v a b a el s o m b r e r o e n c a s q u e t a d o , y c o n
EL MERCADER
DE JUGUETES.
19-')
el c u e l l o d e la l e v i t a d e c o l o r d e t a b a c o d e E s p a ñ a l e v a n t a d o , p o r t e m o r del í r i o sin d u d a , s e t a p a b a l a s o r e j a s y p a r te d e l r o s t r o . N o o b s t a n t e su a n t e r i o r d e s p e c h o ,
acercóse
el j o v e n al m e r c a d e r y l e d i r i g i ó la p a l a b r a c o n c i e r t a a f a bilidad t i m i d a , i n q u i e t a y casi s u p l i c a n t e .
— Buenos dias, q u e r i d o Mr.
B o n i n , — le d i j o , —
venia
á....
I n t e r r u m p i e n d o e l m e r c a d e r al m o z u e l o , p r e g u n t ó á
la
vieja:
—
¿ N o le has a d v e r t i d o q u o n o podía s e r ?
— Se lo h e repetido
cien veces, — m u r m u r ó
la
vieja i
•— p e r o se e m p e ñ ó e n q u e d a r s e .
C o n esta n o t i c i a M r . B o n i n ,
r e s p o n d i ó al j o v e n c o n t o n o
harto significativo:
— Buenas noches ,joven.
Y l e v o l v i ó la e s p a l d a b r u s c a m e n t e .
— P e r o Mr. Bonin , — repuso el m a n c e b o con
suplican-
t e a c e n t o , — p o r D i o s , si s u p i e r a V . . . . ¡ y o se l o e x p l i c a r é - '
—- I n ú t i l , i n ú t i l , — r e s p o n d i ó M r
quiera: — he dicho
Bonin sin
mirarle
ipie n o , y tres v e c e s q u e n o .
si-
Buenas
noches.
—
Pero Mr.
Ilonin , p o r
la V i r g e n
Santísima
escúche-
m e V.
— V a y a V . á acostarse, , j o v e n , y q u e se l e
refresque
la
sangre.
Y dirigiéndose al c a z a d o r , dí;ole el m e r c a d e r :
—
¿ V i e n e V . d e p a r l e del
duque?
— Sí s e ñ o r , traía una c a r t a d e m i a m o .
A l m i s m o t i e m p o q u e el c a z a d o r
entregaba
el
mensaje
de. su a m o , f u r i o s o e l a d o l e s c e n t e p o r v e r s e h u m i l l a d o d e lante de testigos, e x c l a m ó :
—
Pues bien , delataré á Y . por lo q u e V. e s , un bribón,
Mr. Bonin ; diré q u e y o no pensaba en descarriarme cuando recibí una carta, cu q u e se m e o f r e c í a n adelantos s o b r e
la h e r e n c i a d e m i p a d r e , d i r é . . . .
— T a , ía , la , ¿ q u é d i r á ? . . . ¿ q u é d i r á V . ? h é a h í lo q u e
19l¡
MARTIN
UI, EXPÓSITO.
son estos señoritos , — r e p l i c ó el m e r c a d e r
encogiéndose
de h o m b r o s con desdeñosa indiferencia: — v i e n e n
á
pro-
p o n e r q u e se l e s d e s c u e n t e la m u e r t e d e p a p á ó d e m a m á ,
p o r q u e n o t i e n e n c a c h a z a p a r a e s p e r a r la h e r e n c i a q u e c o d i c i a n , y c u a n d o u n h o n r a d o c o m e r c i a n t e se n i e g a á p r o t e g e r sus d e s ó r d e n e s , v i e n e n
cosa q u e d á
—
á i n j u r i a r l e e n su c a s a . . . . ¡ es
lástima!
i Q u é ! ¿osa V . d e c i r . — e x c l a m ó e l j o v e n d e s e s p e r a d o ,
— osa V . d e c i r q u e n o e s c ó m p l i c e d e e s e c a p i t á n
rero , que m e hizo
firmar
letras de cambio en
aventu-
blanco
por
v a l o r d e c i e n m i l f r a n c o s , e n p a g o d e l a s c u a l e s se figuró q u e
y o babia recibido un
j a m ó n d e oso , un
d e los aerostáticos
c a r g a m e n t o de palo de
previlegio
campeche y
de invención y
esplotacion
m i l b o t e l l a s d e Lacrima
licóforos,
d o s m i l e j e m p l a r e s d e Faublas,
Cristi'
n o sé c u a n t o s q u i n t a l c s d c
r u i b a r b o , una cesión de diez leguas cuadradas de territorio
en T e j a s , una partida de
plumas de avestruz,
un
crédito
c o n t r a el b e y d e T ú n e z . . . . o b j e t o s y p r o p i e d a d e s t o d a s i m a g i n a r i a s , q u e V . m e t o m ó e n g l o b o p o r la s u m a d e t r e c e mil
trescientos
Al
oir
cente,
francos?
e n u m e r a r l o s e x t r a ñ o s g é n e r o s d a d o s al a d o l e s -
e l c a z a d o r y la d o n c e l l a s o l t a r o n u n a e s t r e p i t o s a c a r -
cajada. Y o no tomó parte en aquel acceso de buen humor,
por que
todavía
préstamos
No
se
ignoraba
c o m p l e t a m e n t e lo q u e eran
los
usurarios.
por entendido
dio
e l j o v e n d e tan
impertinente
r i s a , y c o n m a s c ó l e r a p r o s i g u i ó d i c i e n d o al m e r c a d e r :
— R e p i t o q u e es V . c ó m p l i c e
tán, y tanto mas, cuanto que
de aquel bribón de
V. me
propuso un
capi-
negocio
m e j o r p r o m e t i é n d o m e v e i n t e m i l f r a n c o s p o r u n r e c i b o firm a d o en blanco....
mesa que
—
me
Vuelvo á declarar á V ,
p l i c e d e sus
pá
¿ se a t r e v e r á V .
j o v e n , q u e jamás seré
cóm-
l o c a s p r o d i g a l i d a d e s . V a y a V . á b u s c a r su pa-
y su m a m á ,
sino q u i e r e
a h o r a á n e g a r la p r o -
hizo ?
manténgase. V.
b u e n o , y no meta
q u e m a n d e á b u s c a r la g u a r d i a
ruido
EL
MEnCADEIl
— ¡ B u e n o ! — e x c l a m ó el
DE J I G E E T E S .
197
joven exasperado: — ya ten-
drá V . noticias m i a s .
— C u a n d o V. q u i e r a , e s t o y p r e v e n i d o , — d i j o e l
mer-
c a d e r con c a l m a , m i e n t r a s salía el j o v e n d a n d o u n p o r t a z o — I m b é c i l , — dijo á media v o z Mr. B o n i n .
D e m a n o s d e l c a z a d o r t o m ó y l e y ó la c a r t a , q u e y a iba á
r e c i b i r al h a c e r e x p l o s i ó n la c ó l e r a d e l
mancebo.
A m e d i d a q u e oia la v o z d e M r . B o n i n , v o z c l a r a ,
agu-
da , d e a c e n t o s a r d ó n i c o , m a s m e p a r e c i ó c o n o c e r l a ; p e r o
en vano procuraba e x a m i n a r las facciones de
aquel h o m -
b r e , no lo p u d e l o g r a r , á causa d e l c u e l l o l e v a n t a d o y del
s o m b r e r o m e t i d o hasta las c e j a s , a d e m á s d e la o s c u r i d a d
q u e e n la t i e n d a r e i n a b a .
— Le
dirá
V . al d u q u e , — dijo e l m e r c a d e r d e j u g u e -
tes l u e g o q u e l e y ó la carta , — q u e
e x a m i n a r los o b j e t o s d e
no
tengo tiempo para
que me habla,
que
los traiga
ó
l o s e n v i é m a ñ a n a p o r la n o c h e d e s i e t e á o c h o , y l o s v e r é ,
y
diré lo que valen.
— ¿Qué?
¿qué?
— r e p l i c ó e l c a z a d o r c o n la
n e n t e f a m i l i a r i d a d d e u n l a c a y o d e casa
imperti-
g r a n d e ; — n o es
e s o ; el s e ñ o r d u q u e m e e n c a r g ó q u e f u e r a V . h o y á v e r l e .
— Corriente , pues no me verá, y estamos despachados,
— respondió Mr.
á la h o r a d e
Bonin con ironía ; — q u e v e n g a mañana
comer y me
hallará.
— Está b o n i t o q u e u n d u q u e y p a r , h i j o d e u n m a r i s c a l
del i m p e r i o , tenga q u e p o n e r s e á las
órdenes de Y. — d i -
j o el c a z a d o r o f e n d i d o .
— ¿ Sí, e h ? — r e p u s o el m e r c a d e r d e j u g u e t e s , — p u e s
habrá de tomarse ese p e q u e ñ a molestia , y a q u e q u i e r e d i n e r o p r e s t a d o s o b r e la e s p a d a y o t r a s b a r a t i j a s d e d i a m a n t e s
d e su difunto p a d r e . A V . , b u e n m o z o , l e a c o n s e j o q u e si
n o está V . al c o r r i e n t e d e s u s a l a r i o , l o r e c l a m e , p o r q u e su
a m o d e Y . va m a l . C u a n d o u n a casa se c u a r t e a , l o s r a t o n e s se
escapan, y hacen perfectamente. A p r o v e c h e V.
el
ejemplo y buenas noches.
N o d e j ó d e h a c e r e f e c t o el a p ó l o g o e n e l c a z a d o r , q u e s a -
198
MARTIN EL EXPÓSITO
l i ó , d e s p u é s d e h a c e r u n a s e ñ a d o i n t e l i g e n c i a á la criada.
Esta e n t r e g ó o t r a c a r t a al m e r c a d e r , e l c u a l dijo al l e e r l a :
— Esta s í ,
piensa
tu a m a sí q u e e s m u j e r d e o r d e n , e s a v a r a ,
e n el p o r v e n i r
y ocho
, e n l o p o s i t i v o , y a u n n o t i e n e diez
años, y es h e r m o s a c o m o u n sol. ¡Cómo conoce á
l o s híjitos d e f a m i l i a , y c ó m o l o s m a n e j a m i e n t r a s q u e son
sus a m a n t e s !
Veamos que me quiere.
A b r i ó M r . B o n i n la c a r t a , c u y o c o n t e n i d o
h e sabido d e s -
p u é s , y v o y á t r a s l a d a r l o a q u í c o n toda su s e n c i l l e z , sin a l t e r a r m a s q u e su i n s u f r i b l e
ortografía.
Mi BUEN AMIGO :
« El m a r q u e s i t o q u i e r e d a r m e s e s e n t a m i l f r a n c o s e n diao mantés ; pero no tiene fondos
« domo
«
p o r e l p r o n t o ; su m a y o r -
a g u a r d a ingresos para d e n t r o de tres ó cuatro m e -
sos....
verdaderos ingresos.... m e h e
i n f o r m a d o . . . . pero
« seis m e s e s e s u n l a r g o p l a z o , y v a l e m a s t e n e r q u e a g u a r « dar
P o r otra
p a r l e , m e h a n h a b l a d o de un ruso m u y
« r i c o . . . . y y a m e e n t i e n d o V , p a r a n o p e r d e r la p r o p u c s « ta d e
despedida
del
m a r q u é s , le
he
dicho que
(pieria
a a h o r a l o s d i a m a n t e s , y q u e si n o t e n i a d i n e r o , y o sabia
« q u i e n le prestaría los sesenta mil francos con
u n interés
« d e v e i n t e p o r c i e n t o , p a g a d o a d e l a n t a d o p o r seis m e s e s .
« Este p r e s t a m i s t a s o y yo; p e r o e n la a p a r i e n c i a e s V . ; á
« mi agente de c a m b i o
he
m a n d a d o v e n d e r tres m i l
dos-
« c i e n t a s l i b r a s d e m i s r e n t a s ; V . se e n t e n d e r á c o n el m a « y o r d o m o del
m a r q u e s i t o , le exigirá una letra de
n á seis m e s e s v i s t a , b i e n
« los f o n d o s q u e m i
cambio
e n r e g l a , y p a r e c e r á q u e V. da
n o t a r i o e n t r e g a r á c o n u n r e c a d o d e V.
o p u e s y a está a v i s a d o .
D e e s t e m o d o r e c i b i r é y o los
dia-
» m a n t é s y m e b e n e f i c i a r é con el q u i n c e por ciento de i n « t e r e s ; p o r q u e y a s a b e V. q u e un c i n c o p o r c i e n t o d e c o a m i s i ó n es para V .
« Si busca V . a l g ú n
negocio sólido y ventajoso
(cuidado
EL MERCADER
199
DE JEUUETES.
« q u e no q u i e r o nada c o n m e n o r e s ) e s c r í b a m e V . , q u e a u n
« l o n g o hasta c i e n m i l f r a n c o s d i s p o n i b l e s , p o r q u e s i g o e n
« a c e c h o d e a q u e l l a f a m o s a h a c i e n d a d e B r i c . Es u n a
pera
« que tarde ó t e m p r a n o h e de atrapar.
« N o d e j e V . d e ir m a ñ a n a p o r la m a ñ a n a á c a s a d e l m a o y o r d o r n o . S i e m p r e d e V . — Malvina
Mentira
Charançon.))
p a r e c e q u e esta e n c a n t a d o r a
mujer no
tenga
mas que diez y o c h o a ñ o s , — e x c l a m ó el m e r c a d e r . — ¡ Q u é
cabeza!
¡ q u é i n t e l i g e n c i a p r á c t i c a d e los n e g o c i o s ! Di á t u
señora q u e
está m u y b i e n , q u e h a r é l o q u e d e s e a .
¿ Esta
sí q u e te p a g a r á c o n p u n t u a l i d a d , e h ?
—
¡ Y o lo c r e o , c o m o q u e se l o s d e j o á g a n a n c i a s ! e n p o -
d e r d e mi a m a
están m a s s e g u r o s q u e e n casa d e u n n o -
tario.
La
d o n c e l l a s a l i ó sin d u d a á b u s c a r al c a z a d o r , q u e p r o -
b a b l e m e n t e n o h a b í a s a l i d o d e la
galería.
Era e n t e r a m e n t e d e n o c h e . D e p r o n t o e l
gas iluminó el
p a s a j e y el i n t e r i o r d e la t i e n d a d e l m e r c a d e r d e
Este se
Entonces
Sentí
c o n o c í a mi antiguo a m o . . . . L a L e v r a s e .
una e s p e c i e d e e s t r e m e c i m i e n t o r e t r o s p e c t i v o , s o -
b r e t o d o c u a n d o o b s e r v é las p r o f u n d a s
extensa
de
juguetes.
quilo e l s o m b r e r o y b a j ó e l c u e l l o d e la l e v i t a .
quemadura
la m e g i l l a hasta
que
cicatrices de una
abarcara desde
la f r e n t e ,
quemadura
la p a r t e
inferior
ocasionada
sin
d u d a p o r el i n c e n d i o p r o d u c i d o p o r B a m b o c h a ; la c a r a d e
La
Levrase seguía
siendo
i m b e r b e , biliosa y
sardónica ;
no me pareció que hubiera envejecido; ú n i c a m e n t e , en v e z
d e c a b e l l o s á l o c h i n o los l l e v a b a c o r t a d o s al r a p e ; lo cual,
alteraba
ta
p o c o su a s p e c t o : n o m e fue p o s i b l e d o m i n a r c i e r -
c o n m o c i ó n al p r e s e n t a r la c a r t a d e R o b e r t o d e M a r e u i l ;
p e r o h a c i a el v e r d u g o d e m i i n f a n c i a n o e x p e r i m e n t é o d i o
alguno
p e r s o n a l , si así
de disgusto ,
puede d e c i r s e : sentía una
mezcla
de desprecio y h o r r o r q u e m e molestaba: en
virtud de un s e n t i m i e n t o de e q u i d a d , habría d e s e a d o v e r á
a q u e l m i s e r a b l e c o n d e n a d o c o n t o d o e l r i g o r d e la l e y ; mas.
200
MARTIN EL EXPÓSITO.
h u b i e r a c r e í d o d e s h o n r a r m e h a c i é n d o l e sufrir viólenlas rep r e s a l i a s , f á c i l e s para m i j u v e n t u d , m i e n e r g í a
y resolu-
ción.
A n t e s d e q u e s o a l u m b r a r a la t i e n d a , h a b í a p e r m a n e c i d o
a p a r t a d o á la s o m b r a e n
v r a s e e n mi
u n r i n c ó n ; así n o r e p a r ó L a
presencia; y cuando
me
vio,
dio
Le-
un paso
a-
t r á s , d i c i e n d o á la v i e j a c o n t o n o s o r p r e n d i d o y c o n t r a r i a d o :
— ¿ D e dónde diablos sáleoste h o m b r e ?
¿Estaba
aquí?
¡Y yo que m e creía en familia!
—
>
¡ Q u é ! — e x c l a m ó la v i e j a , — ¿ n o h a b í a
r e p a r a d o V.
e n él ? Y o creia que le dejaba V. para el último.
La Levrase
se e n c o g i ó
dijo e x a m i n á n d o m e
— ¿Quién es V . ?
d e h o m b r o s , dio
u n a patada
y
atentamente:
¿ d e dónde viene?
— Y o . . . . y o v e n i a á traer una
¿ q u é se l e o f r e c e ?
carta de parte
del
conde
Roberto de Mareuil.
E s t e n o m b r e p r o d u j o v i v í s i m a satisfacción e n la
de
fisonomía
La L e v r a s s e , q u e m e dijo:
— V e n g a , v e n g a esa c a r t a . . . .
La e s p e r a b a
D e s p u é s d e l e i d a la c a r t a q u e l e d i , y c u y o
g u s t ó m u c h o sin d u d a , d í j o m e c o n la m a y o r
— Hijo m i ó ,
d i g a Y . al
ayer.
contenido
le
afabilidad:
conde Roberto de Mareuil, que
m a ñ a n a á cosa d e l a s d i e z , t e n d r é e l h o n o r d e p a s a r á v e r le , según desea.
Con
ta d e
la m a y o r u r b a n i d a d
me
abrió La L e v r a s e
la
puer-
la t i e n d a , r e p i t i é n d o m e :
— M a ñ a n a á las d i e z . . . . q u e n o se l e o l v i d e á Y , i r é á casa d e l c o n d e R o b e r t o d e M a r e u i l .
*
Salí d e la t i e n d a d e L a L e v r a s e c o n n u e v o s y p o d e r o s o s m o tivos de reflexión , de interés , de temor y de
curiosidad:
c o n c e r t i d u m b r e temia q u e el capitán de q u i e n
h a b l a r a el
Lisiado , era
mozalbete
el
mismo capitán
acusado p o r el
d e c ó m p l i c e d e los p r é s t a m o s u s u r a r i o s d e l
juguetes:
en una palabra,
(¡ueolra
mercader
vez estaba en
de
campaña
el c a p i t á n B a m b o c h i o .
Tocante á
La L e v r a s e ,
ahora
Mr. Bonin , m e r c a d e r de
*
EL MERCADER
juguetes de
DE JUGUETES.
a n t i g u o v o l a t i n e r o se l l a m a b a
Bonin, nombre
g u n a v e z e n los c a r t e l e s , p e r o
lutamente;
201
niños , pude h a c e r m e m o r i a q u e , en efecto el
que
q u e leí
había olvidado
al-
abso-
m a s m e e x t r a ñ ó su t e n e b r o s o o f i c i o d i s f r a z a d o
c o n el p r e t e x t o d e v e n d e r j u g u e t e s , sin q u e hasta m a s a d e lante
tuviese una idea
completa de
aquella n u e v a
infa-
tras tantas vicisitudes y
pere-
mia.
¿ Q u é fatalidad s i n g u l a r ,
grinaciones, reunía á aquellos tres h o m b r e s : B a m b o c h a ,
Lisiado,
La
Levrase?
hacerles olvidar
¿Qué comunidad
de interés
el
pudo
el odio implacable de q u e debían hallarse
animados unos contra otros?
¿Cómo
renunció
Bambocha
á sus s e n t i m i e n t o s d e v e n g a n z a c o n t r a La L e v r a s e ?
Y a no m e c a b í a d u d a , B a m b o c h a h a b í a s i d o a u t o r ó c ó m plice de muchas y m u y culpables acciones;
eso d i s m i n u í a
amistad de
habia
el cariño q u e y o
una
especie
de
le tenia.
empero no por
Participaba
compasión dolorosa,
esta
porque
p r e s e n c i a d o las s i n c e r a s v e l e i d a d e s y t e n d e n c i a s al
b i e n q u e se p r o d u j e r a n e n B a m b o c h a ; y u n a e s p e r a n z a v a ga m e a n i m a b a á c r e e r q u e h a b r í a s i d o p r o v e c h o s o m i i n f l u jo s o b r e a q u e l l a n a t u r a l e z a e n é r g i c a . V i v o s d e s e o s t e n i a d e
volver a verle ;
mas supe d o m i n a r m e lo bastante, para no
a v e n t u r a r n i n g u n a t e n t a t i v a d e e n c o n t r a r l e , sin h a b e r m e ditado
el plan de conducta q u e debia o b s e r v a r r e s p e c t o d e
los h o m b r e s
y d e las c o s a s q u e p o d í a n t e n e r
r o c e c o n los
intereses de Regina.
De
vuelta á casa de mis n u e v o s
amos,
referí
al
conde
R o b e r t o la f a v o r a b l e r e s p u e s t a d e l m e r c a d e r , y m e
pareció
q u e le a g r a d ó e n e x t r e m o , a y u d á n d o l e su a m i g o
Baltasar
c o n las
regocijo.
mas estrepitosas y
excéntricas exclamaciones
Manifestaba este absoluto
misma noche
e m p e ñ o d e ir
á los F u n á m b u l o s , á p r o p o r c i o n a r u n a
sión á Basquina, á q u i e n admiraba
por
poderes
de
aquella
oca-
toda
vez
q u e n u n c a la h a b i a v i s t o ; p e r o c o m o R o b e r t o r e c o r d a s e
su a m i g o q u e a q u e l l a n o c h e e s t a b a c o n s a g r a d a á u n
á
asun-
to m a s g r a v e , s u s p i r a n d o t u v o e l p o e t a q u e a p l a z a r su p r o vecto
iO'i
MAUTIN EL EXPÓSITO.
D e s p u é s d e su f r u g a l c o m i d a , c u y a s s o b r a s m e b a s t a r o n ,
salieron mis
esperara, y
amos ,
que
previniéndome
que
s e r i a inútil
que
podia acostarme ; añadiendo que m e lla-
m a r í a n si p a r a a l g o h a c i a f a l t a .
Antes de marchar, m e
su saco de n o c h e , y
mandó Roberto
poner
en orden
s u b i r su m a l e t a ,
los efectos q u e c o n -
tenían.
P e r o p o c o t i e m p o m e o c u p ó esto t r a b a j o , p u e s difícil
v e r un equipaje m e n o s provisto q u e el del c o n d e
era
Roberto.
El ú n i c o o b j e t o d e l u j o q u e e n c o n t r é en aquella e s p e c i e de
i n v e n t a r i o , fue u n h e r m o s o e s t u c h e d e e s c r i b i r , d e c u e r n o
de Rusia con
abrazaderas y c e r r a d u r a s de plata.
D a n d o v u e l t a s p o r e l a p o s e n t o , o b s e r v é u n a cosa q u e n o
n o t é al p r i n c i p i o .
Y í e n la p a r e d q u e s e p a r a b a la h a b i t a c i ó n
d e mis
amos
d e la q u e y o d e b i a o c u p a r , u n a e s p e c i e d e r e m i e n d o c i r c u l a r d e m a s d e seis p u l g a d a s d e d i á m e t r o , y c o m o á t r e s p i é s
del suelo.
Era p r o b a b l e q u e la tapia h u b i e r a estado atravesada por
u n c a ñ ó n d e estufa ( d e s t i n a d o á c a l e n t a r la
y o d o r m í a ) , q u e h a c i e n d o un r e c o d o ,
c h i m e n e a d e la h a b i t a c i ó n
pieza
donde
iba á u n i r s e c o n la
vecina.
E n e l a p o s e n t o d e m i s a m o s , e l p a p e l o c u l t a b a los v e s t i g i o s d e esta o b r a ; m a s e n e l q u e y o o c u p a b a n o
se h a b i a
cuidado de disimularlo.
O c u r r i ó m e e n t o n c e s u n a i d e a , v i t u p e r a b l e e n s í , lo c o n fieso,
mas disculpada p o r
l o s r e c e l o s , cada v e z m a y o r e s ,
q u e m e i n s p i r a b a n l a s si n g u l a r e s r e l a c i o n e s d e R o b e r t o d e
M a r e u i l y lo q u e y o h a bia
proyectos sobre
podido
p e n e t r a r a c e r c a d e sus
Regina.
D e j a n d o p o r la p a r t e d e la h a b i t a c i o n d e m i s a m o s el pap e l q u e cubría el h u e c o del c a ñ ó n , mas s e p a r a n d o por
cuarto los materiales q u e
una palabra de
lo obstruían,
mis a m o s , aun
cuando
mi
no p o d í a
perder
hablasen
quedo.
Para ocultar aquella especie de conducto acústico, quité de
d e t r á s d e la a l h a c e n a un p e d a z o d e p a p e l , q u e c o l o q u é c o n
el m a y o r e s m e r o e n el sitio d e la a b e r t u r a .
E L ME11CADE11 1>E JUGUETES.
T r a b a j o m e costó d e c i d i r m e á c o m e t e r
confianza;
203
aquel
abuso
do
reflexionó severamente conmigo mismo,
pre-
guntándome que móvil m e impulsaba, que o b j e t ó m e
pro-
p o n í a , y si tenía n e c e s i d a d
A estas
a b s o l u t a d e o b r a r así.
c u e s t i o n e s , p l a n t e a d a s c o n toda s i n c e r i d a d ,
res-
pondíme:
El m ó v i l q u e m e i m p u l s a e s la a b n e g a c i ó n m a s c o m p l e t a ,
inspirada
p o r u n a m o r tan v e h e m e n t e , c o m o r e s p e t u o s o
y
d e s i n t e r e s a d o ; un a m o r q u e es y será i g n o r a d o s i e m p r e por
la q u e l o i n s p i r a . El b i e n q u e
me
d e f e n d e r en cuanto lo permita
p r o p o n g o es p r o t e g e r ,
mi h u m i l d e e s t a d o , á una
j o v e n que creo a m e n a z a d a . La necesidad q u e
me impone
la o b l i g a c i ó n d e o b r a r a s í , e s a b s o l u t a , n i n g ú n o t r o m e d i o
t e n g o d e c e r c i o r a r m e d e las v e r d a d e r a s i n t e n c i o n e s d e R o b e r t o d e M a r c u i l , y ¡ p o r testigo p o n g o al c i e l o ! s i n o son f u n d a d a s m i s s o s p e c h a s , si m e c o n v e n z o d e la r e c t i t u d d e c a r á c t e r d e este j o v e n , y q u e R e g i n a t i e n e p a r t e e o sus p r o yectos
y e s p e r a n z a s , p o r d o l o r o s a q u e s e a esta r e s o l u c i ó n ,
desplegare tanto
celo
para
c o a d y u v a r á los designios
R o b e r t o d e ¡Marcuil c o m o h a b r í a e m p l e a d o p a r a
de
contrariar-
los e n e l caso c o n t r a r i o .
P o r ú l t i m o , a p e l é á la p o s t r e r a p r u e b a , y e n m i a l m a
c o n c i e n c i a r e f l e x i o n é si
Claudio Gerard
habría
y
aprobado
mi a c c i ó n : e n t o n c e s a c a b é d e d e c i d i r m e
A la m e d i a h o r a
comunicación
existia e n t r e
acústica,
ambas
perfectamente
c l a r o s p e r c i b í a los s o n i d o s , q u e h a b i e n d o
b r e e n la c h i m e n e a
r a d o las p u e r t a s
de mis a m o s , no
habitaciones una
disimulada.
Tan
encendido
lum-
obstante haber
cer-
percibí perfectamente el chisporroteo de
la l e ñ a .
H e c h o esto e s p e r é c o n i m p a c i e n c i a
to , t e n d i d o s o b r e la p i e l d e oso , q u e
generosamente , y
con
la c a b e c e r a
el regreso de RoberBaltasar
puesta
me
hacia el
d o n d e a c a b a b a d e e s t a b l e c e r la c o m u n i c a c i ó n .
cedió
sitio
MARTIN 1ÌL EXPÓSITO.
XXI.
l i a conferenciaPasadas dos ó tres h o r a s , v o l v i e r o n Baltasar y Roberto ,
a t r a v e s a r o n r á p i d a m e n t e la p i e z a
donde
yo
fingia
dormir
p r o f u n d a m e n t e y se e n c e r r a r o n e n e l a p o s e n t o i n m e d i a t o .
Casi al m i s m o t i e m p o oí e l r u i d o
silla, casual ó de
de un tropezón
A r r i m a n d o entonces el
oido
acústico q u e habia a b i e r t o ,
oí
una
á la
especie de
conducto
la s i g u i e n t e c o n v e r s a c i ó n :
— V a y a , R o b e r t o , — d e c i a el poeta, c o m o
a f e c t u o s a m e n t e , — ten c a l m a , ten
aun
en
cólera.
valor,
reconviniéndole
¡qué
diantres!
n o es cosa d e d e s e s p e r a r s e .
¡ T o d o se h a p e r d i d o ! — e x c l a m ó R o b e r t o d e M a r e u i l a n dando á
pasos
largos y
m u r m u r a n d o imprecaciones
de
furor.
— N o , n o se h a
perdido
t o d o , puesto
hecho,—repuso Baltasar.—¿Qué
q u e n a d a se
crédito m e r e c e n
ha
tales
r u m o r e s ? Ea;, R o b e r t o , f u e r a e g o í s m o ; n o i g n o r a s c u a n t o
s i e n t o e s t a r triste
y
estás
traspasándome el corazón
con
esa d e s e s p e r a c i ó n .
Después de un instante
de silencio , repuso Roberto
de
Mareuil.
— O y e , Baltasar, n o tengo mas amigo q u e tú....
todos
l o s q u e h e f a v o r e c i d o e n l o s dias d e m i p r o s p e r i d a d
— H a n d e s f i l a d o c o n e l ú l t i m o e s c u d o . . . . ¡ c o m o las aves
d e p a s o a l v e n i r e l i n v i e r n o ! B a h . . . . ¿ e s o te a d m i r a ? — dij o el poeta ; — ¿ p u e s de q u é te ha s e r v i d o el v i v i r e n París?
O l v í d a l o t o d o , lo p a s a d o , y h a b l e m o s d e lo presente como
buenos compañeros de colegio.
— Sí, — exclamó
Roberto con
a m a r g u r a : — a h o r a soy
l u y o , y te a b a n d o n é m i e n t r a s fui r i c o .
20Ó
LA CONFERENCIA.
— E s p e r a , — e x c l a m ó B a l t a s a r , — e n t e n d á m o n o s ; y o fui
q u i e n te a b a n d o n ó al v e r t e e n a u g e : b o n i t a
figura
habría
y o h e c h o en tu alta s o c i e d a d c o n m i s p o b r e s
1200
francos
d e renta y mi h i d r o f o b i a d e t r a b a j a r
y
hacer
coplas. Sin
e m b a r g o , no p o r e s o te o l v i d ó , p u e s te v i c i n c o ó seis v e c e s e n tu s o b e r b i o c o c h e . C r u z a b a s p o r e l b o u l e v a r d c o m o
un b r i l l a n t e m e t é o r o , y y o te s a l u d a b a c o n la m a n o .
t o n c e s e l m e t é o r o se d e t e n i a , b a j a b a
del
En-
coche, venia
h a b l a r m e : ¡ o h ! a m i g o , esto e r a p r u e b a d e tu a r r o j o ,
á
por
que y o llevaba medias n e g r a s de lana , zapatos d e lazo , y
un s o m b r e r o gris q u e hacia á todas estaciones. N o debia lisonjearme que
te v i e r a n h a b l a n d o c o n m i g o . . . . p e r o . . . .
— ¡Baltasar!
— Confiesa esta f l a q u e z a
nía tan h u e c o d e q u e m e
tan e l e g a n t e c o m o tul
mis pares
en
galas
y o c o n f e s a r é otra : ¡ m e p o v i e r a n h a b l a r c o n un
Pero tenia
me
con formalidad ; hemos
vio
departir contigo.
obedecido
mancebo
desgracia , ninguno
á
de
Hablemos
nuestros hados
res-
p e c t i v o s ; tú te has d i v e r t i d o c o m o u n r e y ; y o h e h e c h o m a s
c o p l a s q u e un h a m b r i e n t o , y v o l v e m o s á e n c o n t r a r n o s ; y o
con a l g u n o s m i l l a r e s d e v e r s o s m a s ; tú c o n a l g u n o s m i l l a r e s d e luíses m e n o s , lo cual
equipara nuestra
hacienda.
Solo que y o estoy contentísimo con mi suerte , pues, m e r c e d al t r a b a j o , p a s o l a r g a s h o r a s e n e l m u n d o m á g i c o d e
la i m a g i n a c i ó n ; l o d e m á s d e l t i e m p o e s p e r o . . . .
g o ? v i v o e n la c e r t i d u m b r e d e n a d a r a l g ú n
dia ,
¿ q u é dimañana
q u i z á , e n p l e n o P a c t ó l o , lo j u r o p o r la l a g u n a Estigia y p o r
la c a b e z a d e m i s l i b r e r o s . A h o r a y o s o y e l r i c o , e l d i c h o s o ,
el m i l l o n a r i o ; y p a r d i e z q u e n o c o n s e n t i r é q u e te d e s e s p e r e s d e esa s u e r t e . Esta m a ñ a n a t o d o
go ; b é l e ahora c o n v e r t i d o en n i e v e y
tú e r a s l l a m a s y
fue-
hielo , ¿ y por qué?
p o r u n a n o t i c i a , q u e a u n c u a n d o f u e r a c i e r t a , se l i m i t a á lo
s i g u i e n t e : q u e t r o p i e z a s c o n un o b s t á c u l o . V a y a R o b e r t o ,
q u e n o estás c o n o c i d o .
— Es v e r d a d , — r e p u s o e l c o n d e a b a t i d o . — ¡ A h ! la d e s gracia hace dudar de todo.
III
12
206
«ARTIN
I'.L EXPÓSITO,
— ¿ Sabes á dónde conduce
ese desaliento? — exclamo
el poeta.
E i n t e r r u m p i é n d o s e á sí m i s m o c o n u n t o n o m a s g r a v e y
m a s c o n m o v i d o d e l q u e s o b a u s a r dijo :
— O y e , R o b e r t o , si t e c r e y e r a c a p a z d e
poco,ínterin
vivir
con
muy
l l e g a e l m o m e n t o e n q u e , m e d i a n t e tus a n t i -
guas r e l a c i o n e s y protecciones d e familia , pudieras alcanz a r a l g ú n m o d e s t o e m p l e o y o l e diria : — N o te i n q u i e t e e l
p o r v e n i r , parte c o n m i g o lo poquísimo con q u e v i v o , y p r o n to a l c a n z a r á s a l g ú n d e s t i n o c o r t o p e r o , s e g u r o . . . . l u e g o . . . .
—
P u e s Oye
tú , B a l t a s a r , — d i j o R o b e r t o i n t e r r u m p i e n d o
á su a m i g o ; — e d u c a d o e n e l l u j o y e n e l o c i o , h e a d q u i r i d o
la c o s t u m b r e d e
satisfacer
todos l o s g u s t o s d i s p e n d i o s o s ,
todos los c a p r i c h o s de una o p u l e n c i a
pródiga. Soy
igno-
r a n t e , p e r e z o s o , a l t i v o . . . . G u s t o d e l a r i q u e z a , n o solo p o r
las d e l i c i a s q u e p r o p o r c i o n a , s i n o p o r los g o c e s q u e el
or-
gullo reporta : en una p a l a b r a , tanto a n h e l o gozar , c o m o
n o d e s c e n d e r d e m i r a n g o : s í , p o r q u e , c o n r a z ó n ó sin e l l a ,
c r e o q u e u n h o m b r e d e mi c u n a d e b e v i v i r d e o t r o m o d o
q u e un c u a l q u i e r a , d e b e h a c e r h o n o r á su n o m b r e , y p o r
e s o , m i e n t r a s p u d e , viví c o m o un g r a n señor. A h o r a estoy
a r r u i n a d o , a b r u m a d o d e d e u d a s y b r u t a l m e n t e te c o n f i e s o
q u e m e s i e n t o i n c a p a z d e g a n a r m e la v i d a c o n m i t r a b a j o .
¿ N i para q u e s i r v o ? para nada.... A u n s u p o n i e n d o
casualidad ó
un
q u e la
favor omnipotente m e proporcionara
e m p l e o , n o d e 1.500 f r a n c o s ; s i n o d e
un
15.000,supongo....
— G o m o si d i j é r a m o s e l s u e l d o d e u n
prefecto , de
un
m a r i s c a l d e c a m p o , de un o b i s p o , de un c o n s e j e r o , — e x clamó Baltasar.
—
¡Bueno!
pues dejando
á un l a d o la h u m i l l a c i ó n
de
t e n e r e m p l e o ; e s t o e s , d e estar á las ó r d e n e s d e a l g u i e n ,
fe
qué diablos hago
c o n q u i n c e m i l f r a n c o s h e c h o á gastar
c i e n m i l l i b r a s ? A c a s o te p a r e z c a a b s u r d o esto ( p i e te d i g o ;
p e r o es la p u r a v e r d a d .
—
Te
creo,
15.000 f r a n c o s
Roberto, ¿cómo
anuales?
has
de
poder
vivir
F o r m a l m e n t e , te j u z g o
con
incapaz
LV CONFERENCIA.
207
de p o d e r v i v i r con m e n o s de sesenta mil libras d e renta, y
a u n así lo has d e p a s a r c o n a h o g o s ; m i l
v e c e s m e lo has
p r o b a d o m a t e m á t i c a m e n t e , y p u n t o p o r p u n t o r e c u e r d o tu
razonado presupuesto. T e
l o h a r é p r e s e n t e n o sin
funda-
mento.
1 . " — M e d e c í a s : — n o es posible
ir á p i é ; e m p l e e m o s o c h o
d i e z m i l f r a n c o s e n mi t r e n . 2.° C o m o
las s e ñ o r a s
atenciones m u y pesadas , es m e n e s t e r b u s c a r
exigen
una
queri-
d o ; y l o m e n o s q u e se p u e d e d a r á u n a m u c h a c h a u n p o c o e n m o d a son 1,500 f r a n c o s m e n s u a l e s , sin c o n t a r l o s r e galos. N o es posible c o m e r e n
íonda
de
menos
de
30
ó
40 f r a n c o s , si los m o z o s le h a n d e m i r a r á u n o c o n c i e r t a
c o n s i d e r a c i ó n ; t a m b i é n se n e c e s i t a n 30 ó 40 f r a n c o s p a r a
u n p a l c o d e p r o s c e n i o d o n d e v a y a la q u e r i d a ; l o c u a l c o n
el o b l i g a d o r a m i l l e t e
c o t i d i a n o , y la c o m i d a s u b e á u n o s
100 f r a n c o s d i a r i o s . A g r e g ú e s e e l a l q u i l e r d e u n a c a s a d e c e n t e , l o s gastos i m p r e v i s t o s , l o s b a n q u e t e s , los r e g a l o s ,
las infidelidades,
l o s c a p r i c h o s , el j u e g o , l a s a p u e s t a s ,
y
v e r á s q u e e n toda la f u e r z a d e la e x p r e s i ó n u n h o m b r e d e
c i e r t a c a l i d a d n o p u e d e v i v i r c o n m e n o s d e 80 ó c i e n
mil
f r a n c o s d e p r i m e r o s g u s t o s ; e s t o se e n t i e n d e
vi-
haciendo
da d e s o l t e r o , q u e e s m u y b a r a t a .
— Así es, — d i j o R o b e r t o , c o n un a m a r g o suspiro, — s í ,
d e s a f i o á u n coiiime il faut
á que viva en París con m e n o s ,
si h a d e h o n r a r su r a n g o . . . .
—
T e a p r o x i m a s á la v e r d a d m a s d e lo q u é c r e e s . Q u i z á ,
R o b e r t o , al d e c i r q u e n o p u e d e s v i v i r c o n m e n o s , y te r e c u e r d o este p r e s u p u e s t o
p a r a c o m p r o b a r la
necesidades, quizá
tí l o s u p c r l l u o
para
suma de
tus
se h a h e c h o
tan
n e c e s a r i o , q u e si te faltara m u c h o t i e m p o
— Me mataría , —
dijo R o b e r t o c o n la m a y o r
frescura.
C o n tanta r e s o l u c i ó n p r o n u n c i ó e l c o n d e e s t a s p a l a b r a s ,
q u e n o dudé, q u e d e c í a l a v e r d a d . El p o e t a c r e y ó l o m i s m o ;
pues d e s p u é s d e una pausa dijo m u y c o n m o v i d o :
— T e c r e o , s i , te m a t a r í a s . P o r e s o te d e c i a q u e n o p u e des v i v i r con m e n o s d e s e t e n t a m i l f r a n c o s ; e s t o l o c o m -
MAHTIN
208
El.
EXPÓSITO.
p r e n d o y o , q u e v i v o c o n 1.200. L o c o m p r e n d o p o r ( p i e es
m e n e s t e r a c e p t a r á los a m i g o s t a l e s c o m o s o n ; e n v e z d e
s e r t u e r t o ó j o r o b a d o , p a d e c e s el a c h a q u e d e lo s u p e r f l u o
q u e no es
flojo;
p e r o n o q u i e r o q u e le desalientes p o r q u e
si l e d e s a l i e n t a s m a l o g r a r á s u n a b o d a d e 150.000 l i b r a s d e
renta , y de desesperación
l e l e v a n t a r á s la tapa d e los s e -
sos. P o r s u p u e s t o q u e y o n o q u i e r o q u e tal s u c e d a ; al c o n trario, deseo que
te cases con Regina de N o i r l i e u , q u e c s
t r e s v e c e s m i l l o n a d a , y te c a s a r á s c o n e l l a .
Venceremos
l o s o b s t á c u l o s , p a r a l o c u a l m e o f r e z c o á tu s e r v i c i o ; y c o m o l o s b i e n e s m a s s a n e a d o s q u e p o s e o son mi i m a g i n a c i ó n ,
te b r i n d o c o n e l l a y c o n m i l a r g a e x p e r i e n c i a d e la i n t r i g a
d r a m á t i c a , p o r q u o a u n t e n g o allí o n c e d r a m a s ó c o m e d i a s
vírgenes. Lo mejor
es q u e c o m e n c e m o s por reasumir
tu
s i t u a c i ó n , la d e R e g i n a y e l c a r á c t e r d e las p e r s o n a s q u e
han de intervenir
en
la a c c i ó n . D e s e m b r o l l e m o s e s t o , ni
m a s n i m e n o s q u e si se t r a t a r a d e un d r a m a , y e n s e g u i d a
d i s c u r r i r e m o s : f i g ú r a t e q u e s o y tu c o l a b o r a d o r
y
que
se
i r a t a d e l p l a n d o u n a alta c o m e d i a , ó q u i z á d e un d r a m a .
N o m b r e d e los a c t o r e s : t e n e m o s p r i m e r a m e n t e Regina
de
Noirlieu. Bien.
— ¿ Esto e s todo ? — r e p u s o R o b e r t o .
— A h o r a l o s h o m b r e s : tú , p r i m e r g a l á n , Roberto
reuil;
val
el barón
de Noirlieu,
de Ma-
p a d r e d e R e g i n a : el conde
Uuri-
y....
— Y el principe
de Montbar,
e x c l a m ó Roberto con a m a r -
g u r a . . . . á e s c m a l d i t o p r í n c i p e a l u d i r í a M a r t i n . . . . p o r q u e el
p r í n c i p e e s m u y j o v e n , m u y b u e n m o z o , y va á m e n u d o e n
casa d e l b a r ó n .
Estas p a l a b r a s d e R o b e r t o j u s t i f i c a r o n m i s s o s p e c h a s ; c a si n o podia y o d u d a r q u e el d e s c o n o c i d o d e la t a b e r n a d e
las Tres
Cubas se l l a m a b a el p r í n c i p e d e M o n t b a r .
B a l t a s a r p r o s i g u i ó d e s p u é s d e una pausa :
— ¿ S o n e s t o s todos l o s a c t o r e s ?
— S í , t o d o s , así Dios m e s a l v e , r e s p o n d i ó R o b e r t o .
— En las p a r t e s d e por m e d i o . c o n t i n u ó B a l t a s a r , olv'-i--
LA C O N F E R E N C I A .
209
d a m o s á nuestro a n l i - F r o n l i n . T o n t o y todo, p u e d e sernos
m u y ú t i l , y sino ¿ c o n
sus n o t i c i a s
d e los D u r i v a l y d e l p r í n c i p e
—
n o te p u s o e n la
pista
doMontbar?
Así e s .
•— I n c l u y a m o s p u e s á Martin
, l a c a y o d e R o b e r t o d e Ma-
r e u i l ( y a v e s c o m o m e p o r t o ) . L a e s c e n a pasa e n
París....
A h o r a d i r i j a m o s u n a o j e a d a á los a n t e c e d e n t e s .
— ¡ L o c u r a s ! dijo R o b e r t o c o n i m p a c i e n c i a .
— ; L o c u r a s ! ¿ l o c u r a s l l a m a s á a v e r i g u a r los s u c e s o s q u e
precedieron
al m o m e n t o e n q u e
la a c c i ó n c o m i e n z a ? En
o t r o s ' t é r m i n o s , r e a s u m a m o s tu s i t u a c i ó n hasta e l d i a r e s pecto-a R e g i n a . A l g u n a s d e tus c o n f i d e n c i a s
tienen
fecha
antigua.... he olvidado ciertas circunstancias con q u e r e c tificar m i s r e c u e r d o s . . . . i l ú s t r a m e p u e s , p a r a p r e v e r , e s n e cesario s a b e r , y c r e o no saberlo todo.
— No, —
—
respondió Roberto de M a r e u i l ,
turbado.
Me e n t e r a r á s á m e d i d a q u e se p r e s e n t e n l o s h e c h o s ,
dijo Baltasar; ahora h a b l e m o s . Fuiste e d u c a d o con R e g i n a ,
cuyo pariente eres. A
tumbre de intimidad
la a m i s t a d i n f a n t i l s i g u i ó una
que con
l o s a ñ o s se
cos-
trocó en amor.
¿ N o e s esto ?
— S í , amor t i e m o , apasionado el mió ; pero frió , g r a v e
y
reservado el de Regina.
B u e n o : así l l e g a r o n V d s . , e l l a á l o s 1 6 a ñ o s y tú á los 18
ó 19, p r o s i g u i ó B a l t a s a r : se v e i a n Y d s . t a n
frecuentemente
c o m o p e r m i t í a n las r e l a c i o n e s d e a m b a s f a m i l i a s y
conti-
n u a b a n Y d s . a m á n d o s e ; ella c o n a m o r d e casta c o l e g i a l a ;
tú c o n a m o r d e c o l e g i a l c a n d i d o , y p r o m e t i é n d o s e r e c í p r o camente un amor eterno.
— Pero con una condición , — d i j o
Roberto.
— ¿Cuál ? n o m e lo has d i c h o n u n c a .
Regina juró
no ser
mas que m í a , — e x c l a m ó
Roberto,
— c o n la c o n d i c i ó n d e v e n g a r la m e m o r i a d e su m a d r e .
— V e n g a r l a . . . ¿ d e q u i é n ? — p r e g u n t ó Baltasar s o r p r e n dido. — ¿ V e n g a r l a ? ¡ c ó m o !
—
Regina no
se e x p l i c ó m a s ; d e b í a
después completar
(2.
2!«
M A R T I N lil- K X l ' Ó S I T O
su
revelación;
mas
nos
nuestras familias. Ahora
sepan')
un
he aquí
lo
rompimiento
(pie
entre
no s a b e s , Bal-
t a s a r , — a ñ a d i ó R o b e r t o : — En n u e s t r a e n t r e v i s t a m e dijo
Regina
para
con solemne tono : — Nos separan ; mas nadie s e -
los c o r a z o n e s . H e q u e r i d o á V . y lo q u i e r o , R o b e r t o ,
p o r q u e lo c o n o z c o d e s d e la i n f a n c i a , y c r e o q u e t i e n e V . un
corazón noble , un carácter generoso ; porque m e
r a d o V. a y u d a r m e á v e n g a r ó r e h a b i l i t a r
la
ha
memoria
jude
m i m a d r e , i n d i g n a m e n t e c a l u m n i a d a . M a r c h e V., R o b e r t o ,
ya q u e n o h a y otro r e m e d i o ; p e r o por el s a g r a d o r e c u e r d o d e m i m a d r e , j u r o q u e ni e l t i e m p o ni la distancia , m e
harán
olvidar
la
promesa
solemne
(pie hoy e m p e ñ o
n o s e r s i n o d e V . C u a n d o c o n s i d e r e o p o r t u n o el
le d i r é á V . q u e venga,
y sé ( p i e V .
— Este l e n g u a j e e s l i s o n j e r o . . . .
vendrá.
La promesa es formal...
— dijo B a l t a s a r c o n m o v i d o ; — y e n vista
del carácter
m e , leal y caballeresco de Regina , cumplirá
q u e acaba de
de
momento,
fir-
sin d u d a
lo
prometer.
— ¡ O h ! sin d u d a
alguna , — e x c l a m ó
Roberto
con una
e s p e c i e d e r e s e n t i m i e n t o a m a r g o : — m i p o r v e n i r se funda
e n esta sola e s p e r a n z a .
Baltasar guardó silencio por algunos momentos,
— ¿ Q u é t i e n e s ? — l e dijo R o b e r t o d e M a r e u i l .
—
Es v e r d a d , —
dijo el poeta con sentido a c e n t o . — R e -
g i n a e s u n a n o b l e c r i a t u r a . . . . P e r o v o l v a m o s á los a n t e c e d e n t e s . . . . El b a r ó n l l e v a á su hija a u n a posesión d e B e r r i .
T ú o l v i d a s p r o n t o tu p r i m e r a m o r , y fiel al p r e s u p u e s t o c u yas cantidades m e habías
fijado,
e m p l e a s a l e g r e m e n t e en
él l o s b i e n e s q u e te h a d e j a d o tu p a d r e . . . . t o d o c o n e l m i s m o o b j e t o , hasta l a s h e r e d a d e s . . . . A g o l a d o e l
bolsillo y en
la n e c e s i d a d d e t o m a r p r e s t a d o , s a b e s q u e R e g i n a , g r a c i a s
a una h e r e n c i a imprevista , es poseedora de tres m i l l o n e s ;
•v a c u e r d a s t a m b i é n
.1,-
d e la s o l e m n e
niñez.... Entretanto.... dime
i ouiplctaniente
ir¡ R e g i n a
promesa de
tu a m i g a
f r a n c a m e n t e : ¿ te s i e n t e s
l i b r e d e toda a f e c c i ó n pasada ó futura h á -
H a c e r e l p a p e l q u e p r e t e n d e s e s cosa q u e e \ ¡
f,\
í\ I
CONKIinEIWIA
g e m u c h a s a n g r e l'ria... Y o (liria i g u a l m e n t e , ( j u e p a r a e s to se necesita todo el e g o í s m o i n f l e x i b l e d e u n h o m b r e d e
n e g o c i o s ; p o r q u e tú n o d e b e s
gocio , ó mas
n o s . . . . si
te
desconocer
( p i e es un n e -
b i e n u n e x c e l e n t e n e g o c i o . Ni
m a s ni
r e s u e l v e s , te d i r é m a s a d e l a n t e
mi
me-
opinión
p e r s o n a l s o b r e este a s u n t o .
—
¡ Cómo! — exclamó Roberto: —
— Ahora estamos
h a b l a n d o bajo
explícate.
el
punto de
vista....
d r a m á t i c o , y n o b a j o e l p u n t o d e vista m o r a l . . . p e r d ó n a m e
la e x p r e s i ó n . . u n a p o s i c i ó n d i f í c i l . . . . casi d e s e s p e r a d a
(tal
es la l u y a j , y c o n o c i d o s los c a r a c t e r e s , t r a t a m o s d e h a l l a r
l o s m e d i o s d e d e s e n l a z a r f e l i z m e n t e esta d i a b ó l i c a p o s i c i ó n .
En esto , lo r e p i t o tú p r o c u r a s h a c e r u n e x c e l e n t e n e g o c i o ,
y y o u n a c o m e d í a d e i n t r i g a . Y a v e s q u e n o se trata d e si
h a y ó n o h a y m o r a l i d a d e n el a r g u m e n t o .
-—¿Te
parece
q u e esto es p r o c e d e r c o n poca l e a l t a d ?
•— e x c l a m ó R o b e r t o .
•— ¡ Q u é
t o n t e r í a !... Estás
arruinado ,
abrumado
d e u d a s . U n a m u j e r rica y bonita ha p r o m e t i d o
ser
de
tuya,
y v i e n e s á r e c l a m a r su p a l a b r a . D e c i e n p e r s o n a s las n o venta y n u e v e y media harían
lo
q u e tú. T r a n q u i l í z a t e ,
p u e s , p o r lo q u e h a c e á la o p i n i ó n d e l a s g e n t e s . T ú e s t á s
p u r o , sin m a n c h a , c o m o e l C o r d e r o p a s c u a l .
— P e r o ¿ á tus o j o s . . . . c o n r e s p e c t o á tí ?
— ¿ A mis ojos, con respecto á mí?
— Sí....
— i Curioso!...
— Sé f r a n c o . ¿ o b r a r í a s tú c o m o y o , B a l t a s a r ?
— Tal vez....
— ¿ N o lo a p r u e b a s ?
— T e a y u d o , p o r q u e sé q u e p a r a tí se t r a t a d o u n a c u e s
í i o n d e v i d a ó m u e r t e , — dijo B a l t a s a r c o n g r a v e d a d .
— N o a p r u e b a s y m e a u x i l i a s : ¿ q u é significa esta c o n tradicción?
— ¡ Contradicción ! — e x c l a m ó el
poeta
r e c o b r a n d o su
buen h u m o r ; — al c o n t r a r i o , e s u n a fusión,. , una p c r l ' e c -
21 í,
MARTÍN EL EXPÓSITO.
ta a r m o n í a : d e s a p r o b a n d o tu a c c i ó n , s i g o m i o p i n i ó n p e r sonal ; a y u d á n d o t e , m e
a g r e g o á la
opinión
del
mayor
número.
—
¡ T ú siempre raro !...
—
¿ Q u é l e h e d e h a c e r , R o b e r t o ? U n p o e t a es u n a v e -
c h u c h o tan e x t r a ñ o
A u n q u e p a s i v a , l e a g r a d e c í á Ra R a s a r esta protesta c o n tra los p r o y e c t o s d e R o b e r t o ; y oí e l íin d e la c o n v e r s a c i ó n
de mis
amos con inquietud
progresiva.
— P r o s i g a m o s nuestra c o n v e r s a c i ó n , — a ñ a d i ó Baltasar.
N o t i c i o s o d e la h e r e n c i a i n e s p e r a d a d e R e g i n a , s a b e s a d e m á s q u e e s m u y d e s g r a c i a d a e n casa d e su p a d r e , p o r q u e
se c u e n t a q u e n o e s su hija. El b a r ó n , n o o b s t a n t e los a ñ o s
q u e h a n p a s a d o d e s p u é s d e su d e s c u b r i m i e n t o , toma tan á
p e c h o su p e r c a n c e c ó m i c o c o n y u g a l , q u e se
t e m e q u e la
m i s a n t r o p í a r a y e e n d e m e n c i a . . . . m o t i v o p o r el c u a l la s i t u a c i ó n d e su hija e s a l t a m e n t e i n t o l e r a b l e , d e s d e
b a r ó n se la t r a j o á P a r í s . P a r a
tí t o d o
esto es miel
q u e el
sobre
h o j u e l a s ; j o v e n m o r t i f i c a d , ! está m e d i o r o b a d a , y p o r tanto
te p r o p o n e s el rapto de Regina , persuadido de q u e p o r mil
r a z o n e s n o h a d e d á r t e l a su p a d r e e n m a t r i m o n i o . N o m e
p a r e c e i n m o t i v a d o el c o n a t o d e r a p t o , toda v e z q u e c u e n tas c o n
el j u r a m e n t o de
la m a s c a b a l l e r e s c a
v e r d a d q u e a u n n o h a d i c h o venga
V.;
señorita : es
m a s n o i m p o r t a , tú
t e a n t i c i p a s á sus d e s e o s , y e n t r a s e n P a r í s c o n el p r o p ó s i t o d e p o n e r u n sitio e n r e g l a á R e g i n a y á sus m i l l o n e s . . . .
He aquí el
resultado de
las c o s a s esta
mañana , á medio
d í a . Esta n o c h e t e n e m o s u n i n c i d e n t e n u e v o para
t a r l a e x p o s i c i ó n ; d e b u e n a tinta a v e r i g u a m o s
comple-
que
tienes
d o s c o m p e t i d o r e s p a r a la m a n o d e R e g i n a ; e l u n o a c e p t a do por
el b a r ó n , el
q u e c i d o . El
otro
conde Duríval, v i u d o , bribón
p r e t e n d i e n t e , al
R e g i n a , c u l p a b l e p o r tanto
el p r í n c i p e
Montbar,
parecer
del
o l v i d o ; e l o t r o p r e t e n d i e n t e es
j o v e n de veinticinco a ñ o s , hermoso
c o m o A n t o n i n o , n o b l e c o m o un M o n t m o r c n c y ,
distinguido
y r i c o : ¿ m e p a r e c e q u e no m e dejo en el tintero
lo q u e sé ?
enri-
gusto d e
nada de
LA CONFERENCIA.
213
— Nada , — repitió Roberto.
— Respecto de
lo q u e i g n o r o , — p r o s i g u i ó
Baltasar,
—
es y a o p o r t u n o e l e n t e r a r m e .
Después de una
b r e v e p a u s a , dijo R o b e r t o c o n n o m u y
seguro a c e n t o :
— D í j e t e esta m a ñ a n a q u e a c a b a b a d e
llegar de Breta-
ñ a , d e l c a s t i l l o d e l m a r q u é s d e K e r o u a r d , d o n d e fui á b u s car un asilo contra mis acreedores....
—
Bien, ¿y
qué?
— Esta m a ñ a n a b e s a l i d o d e la c á r c e l p o r d e u d a s , d o n de estaba desde el m e s de e n e r o .
— ¿ En la c á r c e l , sin s a b e r l o y o ? — e x c l a m ó B a l t a s a r e n
tono de
—
reconvención.
Q u i s e e n lo p o s i b l e
guardar secreto y m e parece h a -
b e r l o logrado. Me p r e n d i e r o n al v o l v e r
do
un
viaje
que
habia e m p r e n d i d o para desorientar á mis a c r e e d o r e s .
— ¿ Q u i é n h a p a g a d o tus d e u d a s ? — d i j o B a l t a s a r .
— Están sin
pagar.
— ¿ Y q u i é n te ha s a c a d o d e la c á r c e l ?
— Mis a c r e e d o r e s .
— ¿Tus
acreedores?
— M e han
f a c i l i t a d o a d e m á s los m e d i o s d e c o n t r a e r u n
n u e v o e m p r é s t i t o , e n casa d o
un
mercader de juguetes á
q u i e n e s c r i b í esta m a ñ a n a .
— Parece prodigioso.
— P u e s es cosa m u y n a t u r a l : h e c o n v e n c i d o á m i s a c r e e dores de que
no
podían esperar nada
e n c e r r a d o ; al p a s o q u e d e j á n d o m e
algunos fondos, harían
posible
un
de
libre
y
mí
teniéndome
preparándome
rico enlace q u e
traia
entre manos.
—
Comprendo.
— P o r s u p u e s t o , se h a n e n t e r a d o
antes d e salir del
en-
c i e r r o , h e r e n o v a d o ( o d a s m i s l e t r a s d e c a m b i o á tres m e ses f e c h a .
M e v i g i l a r á n , y si se h a c e la b o d a , c o b r a r á n . . . .
si n o . . . . ¿ M a s á q u é las h i p ó t e s i s ? Si se frustra e l n e g o c i o ,
mi r e s o l u c i ó n
es i r r e v o c a b l e .
~M i
MARTIN EL EXPÓSITO.
— A h o r a q u e sé lo q u e a r r i e s g a s y lo q u e
—
has sufrido,
e x c l a m ó e l p o e t a , — te d i g o ( p i e s i , c o m o e s p e r a s , le
casas
con
esa j o v e n , e s i m p o s i b l e q u e
n u e v o , a u n q u e n o sea m a s q u e p o r
n o la a d o r e s
de
agradecimiento.
— A s í c r e o . D e situación tan desesperada m e saca...
Mas
ahora m e hallo harto acosado de incertidumbres y de
te-
mores para pensar en amoríos.
— M e a g r a d a esa f n n q u e z a , y p o r l o m i s m o a c r e c i e n t o
mi celo.
Sentados
estos
p r e l i m i n a r e s , lo p r i m e r o q u e lo
incumbe h a c e r e s , v e r de nuevo á Regina.... Imposible
q u e haya admitido
las pretensiones
p o c o probable q u e haga caso del príncipe de Montbar.
h i z o un j u r a m e n t o , y e n
es
del conde Durival, y
Te
su c a r á c t e r n o e s p o s i b l e e l p e r -
jurio.
— T o d o m i t e m o r e s q u e 1 a f a m a d e m i s l o c u r a s , d e mi
ruina , y hasta d e mi e n c a r c e l a m i e n t o , haya llegado
á su
noticia.
— ¿ Q u é i m p o r t a , si a u n t e a m a R e g i n a ? — dijo Baltasar
á R o b e r t o . — El a m o r e s i n d u l g e n t e , y p u e d e s d e c i r q u e si
te e n c e n a g a s l e s e n la d i s i p a c i ó n , fue p o r d i s t r a e r l e d e tan
cruel separación. Repito
q u e si te a m a t o d o
lo d e m á s
no
vale nada.
—
Eso m a ñ a n a
—
¿ Mañana ?
lo sabré.
— ¿ N o v a al M u s e o c o n su p a d r e y c o n
v a l ? Pues
con una v e z
las d e R e g i n a ,
sabré
el c o n d e Duri-
q u e se e n c u e n t r e n mis
m i s u e r t e . En su a l t i v e z y
miradas
y
franqueza
n o e s p o s i b l e q u e d i s i m u l e ; la c o n o z c o , y t e n g o p o r c i e r t o
q u e su f i s o n o m í a
se explicará bien claro.
•— C o n e f e c t o , a n t e s d e c o m b i n a r
plan alguno d e b e m o s
esperar el resultado del encuentro de mañana.
— ¿ Y si se f r u s t r a n m i s e s p e r a n z a s ? — e x c l a m ó R o b e r to. ¡ O h ! n o , n o . — O t r a v e z l e vi d a r u n e m p e l l ó n
á una
silla , l e v a n t a r s e y a n d a r a g i t a d o : — N o ; solo d e p e n s a r l o
siento un infierno dentro del pecho.
—
V a y a , R o b e r t o , s e r é n a l e , — dijo B a l t a s a r c o n m o v i d o ;
LA CONFERENCIA.
21 b
— m e asustas d e v e r a s ; estás p á l i d o ; tus o j o s b r o t a n
san-
g r e . . . . V e n a l a v e n t a n a á respirar el aire l i b r e . . . . a q u í
a h o g a s . ¡ Q u é d i a n t r e ! v a l o r ; estás h o y
mas nervioso
te
que
una d a m a .
Oí a b r i r la v e n t a n a , y á R o b e r t o q u e d e c í a a c e r c á n d o s e :
— T i e n e s r a z ó n , si m e a n d a la c a b e z a , e l a i r e m e
p r o v e c h o . L u e g o te d i r é c o n c a l m a y
con
hará
resolución , que
si R e g i n a b u r l a mis e s p e r a n z a s e s t o y r e s u e l t o
á....
C o m o la v o z d e R o b e r t o se d i l a t a b a á m e d i d a q u e s e
arrimando
á la
ventana , no
pude
percibir
el
iba
fin d e l a
frase.
Pocos momentos después
oí
de pronto
á Baltasar,
que
se h a b r í a s e p a r a d o , sin duda , d e c i r c o n v o z , n o b u l l i c i o s a
ni c o n m o v i d a , s i n o f i r m e , s e v e r a , casi i n d i g n a d a :
— N o te c r e o , n o q u i e r o c r e e r t e .
— Ó y e m e Baltasar.
— Repito, Roberto , que
te c a l u m n i a s ;
pues que
eres
i n c a p a z d e a c c i ó n tan p e r v e r s a . L a t r a i c i ó n m a s i n d i g n a d o
la s e ñ o r i t a R e g i n a d e N o i r l i e u n o te s e r v i r á d e e s c u s a .
—- ¿ N o lo d i s c u l p a t o d o m i
ahogo extremo? —
exclamó
R o b e r t o ; ¿ o l v i d a s mi s i t u a c i ó n ?
— En t a n t o n o la o l v i d o , R o b e r t o , q u e e l l a s o l a a h o g a e n
mi corazón escrúpulos q u e no q u i e r o traer á c u e n t o . . . Harto
h a g o ; pero pasar de a h í , ¡ j a m á s ! N o obstante ; nuestra a n tigua a m i s t a d , n o o b s t a n t e m i a d h e s i ó n , d e q u e n o d e b e s
d u d a r , en mi vida v o l v e r é á v e r t e si....
Interrumpiendo
sardónica,
j o v i a l i d a d tan
—
Roberto
al
poeta
q u e casi m e p a r e c i ó
ficticia
c o m o la
con una
carcajada
c o n v u l s i v a , dijo c o n
P e r o es p o s i b l e , i n o c e n t e d r a m a t u r g o , q u e
des que me dijiste: —
una
carcajada:
Vamos á trazar
ya olvi-
e l p l a n d e u n a alta
c o m e d i a , quizá de un d r a m a . — ¿ Eh ? pues y o h e q u e r i d o
d e m o s t r a r t e q u e t a m b i é n se m e
dramáticas. Pudiste c r e e r con
alcanza algo
de
escenas
f o r m a l i d a d , q u e fuera
tan
i n d i g n o , q u e . . . . V a y a , B a l t a s a r , q u e m e e n o j a r a si n o f u é r a m o s tan a m i g o s .
íiC>
MARTIN EL EXPÓSITO.
Dijo R o b e r t o
estas
palabras con
un
tono
tan
natural,
q u e c a s i m e d i e r o n te n t a c i o n e s d e c r e e r e n s u s i n c e r i d a d .
B a l t a s a r n o d u d ó ni u n m o m e n t o , p u e s e x c l a m ó c o n a c e n to e n t r e a l e g r e y
resentido:
— L l é v e t e el d i a b l o , R o b e r t o ; ó m e j o r d i c h o , l l é v e m e
m í , p o r s e r tan
dad. Con razón
sandio
á
q u e di c r é d i t o á s e m e j a n t e a t r o c i -
t e b u r l a b a s d e m í . . . . p e r o se h a c e t a r d e ;
la e x p o s i c i ó n está t r a z a d a , c o n
que
q u e d a la a c c i ó n
para
mañana....
E r a cosa s i n g u l a r q u e B a l t a s a r , q u e e n l o s c s p a c i o s i m a ginarios también soñaba despierto, apareciese bueno, g e n e r o s o , s e n s a t o , tan l u e g o c o m o e n t r a b a por el c a m i n o d e
la v i d a
práctica: dejábase de ofrecer á
del Potosí, de los
baños de
oro, dolos
su a m i g o la m i t a d
g a l e o n e s y otras
r i q u e z a s f a n t á s t i c a s q u e e s p e r a b a d e sus o b r a s , y q u e d i s frutó m a s
a d e l a n t e ; ofrecía
á su a m i g o l o q u e e n r e a l i d a d
p o s e í a : su m o d e s t a m o r a d a , su p a z y los f e c u n d o s
recur-
sos d e su i m a g i n a c i ó n . H a b í a y o v i s t o c o n s a t i s f a c c i ó n p r o f u n d a , q u e , n o o b s t a n t e su a m i s t a d á R o b e r t o , e l p o e t a s e ñalaba severos límites
á este a f e c t o ;
mas incapaz de complicidad
en
una
y me
mala
parecía
acción
lauto
contra
R e g i n a , c u a n t o q u e , n o sin e s c r ú p u l o s se p r e s t a b a á f a v o r e c e r l o s p r o y e c t o s d e R o b e r t o . El a c e n t o frió y r e s u e l t o d e
e s t e a l i n d i c a r sus i n t e n t o s d e s u i c i d i o , h a b í a n m e c o n v e n c i d o d e la s i n c e r i d a d d e su d e t e r m i n a c i ó n ; y c o n f i e s o
que
si m e i n s p i r ó a l g u n a l á s t i m a a q u e l h o m b r e , fue d e s p o j a d a
de todo interés, de todo sentimiento
simpático....
Aquella
i n e r c i a , a q u e l l a c o b a r d e r e s i g n a c i ó n q u e p r e f e r í a la m u e r t e
al t r a b a j o , sin
ensayarlo siquiera,
aquella
cínica
confe-
sión d o n o p o d e r v i v i r c o n d o c e ó q u i n c e m i l f r a n c o s d e
reñ-
í a , la p r e t e n s i ó n i n s o l e n t e d e n o p o d e r a c e p t a r m a s e x i s t e n cia q u e la d e m i l l o n a r i o , r e p i t o , q u e t o d o esto m e inspiraba
disgusto , d e s p r e c i o ,
indignación
contra
aquel desventu-
rado.
P e r o r e c o r d a n d o los p r e c e p t o s de Claudio G c r a r d ,
pre-
2l7
L A CON F l i R UNCÍA.
ccptos llcnus de in.inscdumbrc y s a b i d u r í a ,
reflexioné
en
la e d u c a c i ó n q u e b a h í a r e c i b i d o H u b e r t o d e M a r e u i l , e d u cación de
que tuve un trasunto e n
la e s c e n a
del
d e C h a n t i l l y . P e n s é e n los f u n e s t o s é i n e v i t a b l e s
bosque
resultados
q u e t r a e e l d e b e r los d o n e s d e la f o r t u n a , n o á la l a b o r i o sidad é i n t e l i g e n c i a , s i n o al a z a r d e la c u n a .
—
tendré
No estoy hecho
mi
tí trabajar
, mi padre
es rico....
man-
rango.
V í n o s c m e á la m e m o r i a la i n c u r a b l e l e p r a
del ocio , los
h á b i t o s d e l lujo , e s a s n e c e s i d a d e s s u p e r í l u a s , q u e v i c i a n ,
por decirlo a s í , nuestro natural, creando órganos y sentid o s n u e v o s , casi tan i m p e r i o s o s c o m o los o t r o s .
Entonces pude compadecer
sinceramente
á R o b e r t o de
M a r e u i l , no p o r s e r lo q u e era , s i n o p o r h a b e r s e
t a l m e n t e arrastrado por una d e
n e s t a s d e la herencia
, por
visto
fa-
las c o n s e c u e n c i a s m a s f u -
u n a juventud
punto de miseria , de impotencia y
ociosa
i
.
aque
1
depravación.
P u d e c o n v e n c e r m e d e u n a triste v e r d a d . . . . A m e n u d o e l
a b u s o d e la r i q u e z a e m b r u t e c e , d e p r a v a , ni m a s ni m e n o s
q u e la e x c e s i v a m i s e r i a ; y á estas v í c t i m a s d e l o s u p e r í l u o
se l e s d e b e , n o la t i e r n a c o n m i s e r a c i ó n , la s i m p a t í a
da q u e i n s p i r a n s i e m p r e
los
p r i v a c i o n e s ; s i n o la d o l o r o s a
mártires de
las
mas
sagraatroces
compasión que exige , como
d e c í a C l a u d i o G e r a r d , la s u e r t e
de los miserables
m o s c u y a s a n g r e está
por algún vicio h e r e d i t a -
infectada
enfer-
rio.
T a n t o m a s a l i m e n t a b a estos s e n t i m i e n t o s d e l á s t i m a j u s ta , c u a n t o q u e t e m í a s u f r i r , á p e s a r m i ó , e l influjo d e u n a
animosidad envidiosa contra R o b e r t o de M a r e u i l , por h a b e r a m a d o y sido c o r r e s p o n d i d o q u i z á p o r R e g i n a .
S o r él a m a d o p o r R e g i n a , p o r R e g i n a , c u y a s
raras v i r -
tudes a d m i r a b a y respetaba , a m a d o d e s p u é s d e la c o n v e r sación q u e acababa do oír....
L a boda e r a
p o s i b l e . . . . R e g i n a , fiel á l o s j u r a m e n t o s
un p r i m e r a m o r , a l u c i n a d a p o r su c o n f i a n z a
de
e n un h o m -
b r e q u e c r e i a d i g n o , y m a l t r a t a d a tal v e z e n la casa p a t e r III.
13
-'18
MAIITLN EL EXPÓSITO.
:ia , e s p e r a n z a d a d e h a l l a r e n
Roberto un a p o y o
generoso
p a r a v e n g a r la m e m o r i a d e su m a d r e , R e g i n a p o d í a y d e b í a s a t i s f a c e r los d e s i g n i o s d e U o b e r t o d e M a r e u i l .
Solo una responsabilidad había en contra suya.... R e g i na n o h a b í a d i c h o , venga
V.
¿ S i g n i f i c a r í a e s t o una n e c e s a r i a c o n t e m p l a c i ó n ? ¿un c o n o c i m i e n t o r e c i e n t e d e l c a r á c t e r d e R o b e r t o ? ¿ ó sumisión ¡i la
v o l u n t a d d e su p a d r e , q u e q u e r í a c a s a r l a c o n e l c o n d e I ) u rival ? Por último : ¿seria
amoral
príncipe
de
Monthar?
liu m e d i o d e t a n t a s c o n f u s i o n e s , m i s t e m o r e s m u d a b a n d e
o b j e t o , p e r o n o e r a n m e n o s v i v o s . ¡ Q u é triste e l e c c i ó n p a ra R e g i n a e n t r e a q u e l l o s t r e s h o m b r e s !
Roberto de Mareuil.
El c o n d e
Durival.
El p r í n c i p e d e M o n t b a r . . . . si es q u e
n o c i d o d e la t a b e r n a d e las Tres
Acaso me engañara
la ú n i c a p r o b a b i l i d a d
este era mi
desco-
Cubas.
t o c a n t e al ú l t i m o , y este e r r o r
era
d i c h o s a q u e q u e d a b a á R e g i n a , y la
q u e c o n toda mi a l m a i n v o c a b a . . . . lo j u r o . . . . S a b e r ( p i e era
d i c h o s a , a m a d a p o r un e s p o s o d i g n o d e e l l a , h u b i e r a
p a r a mí u n c o n s u e l o g r a n d e , toda v e z q u e
mí a m o r
sido
nada
esperaba
A g o b i a d o d e cansancio , fatigado
p o r los m u c h o s y s i n -
g u l a r e s acaecimientos del día, imité á mis amos.
Repetidos campaníllazos m e despertaron sobresaltado.
E r a m u y d e d i a , y salí á a b r i r á un sastre c a r g a d o
ropas h e c h a s :
víspera.
sin d u d a R o b e r t o
las h a b í a
con
encargado
la
T r i s l e r e c u r s o e r a p a r a u n j o v e n a v e z a d o á todos
los e s c r ú p u l o s d e un e s m e r a d o l o c a d o r ; p e r o u r g i a e l t i e m p o , y R o b e r t o e s t a b a tan m a l v e s t i d o , q u e p a r a p r e s e n t a r se á R e g i n a c u a n t o a n t e s n o d e b í a r e p a r a r e n p e l i l l o s .
E r a n t a l e s p o r otra
p a r t e las b u e n a s m a n e r a s y
gancia natural de R o b e r t o ,
q u e no obstante
la
ele-
el corte
algo
p a s a d o d e su t r a g e , p a r e c í a a t a v i a d o c o n el m e j o r gusto. Vi
c o n a s o m b r o q u e m i s a m o s no
m e h a b í a n o l v i d a d o , pues
LA
Zi 9
CONl'UHKNfiU.
sacó ci sastre una l i b r e a d e l e v i t a a z u l c o n c u e l l o c o l o r a d o
y botón b l a n c o , c h a l e c o e n c a r n a d o y c a l z ó n y b o t i n e s o s curos, l'revinoseino q u e m e vistiera con aquella r o p a , q u e
me venia sobre poco mas ó menos.
D o l o r o s a m e n t e se. m e o p r i m i ó el c o r a z ó n al p o n e r m e piula v e z p r i m e r a a q u e l l a s i n s i g n i a s d e s e r v i d u m b r e ; v a c i l ó u n
m o m e n t o , m a s r e c o r d a n d o los s e r v i c i o s q u e p o d í a p r e s t a r
á R e g i n a e n mi h u m i l d e e s t e r a , y t r a y e n d o á c o l a c i ó n a q u e lla m á x i m a d e C l a u d i o G e r a r d d e q u e n o h a y u n a
ción
en la que el hombre
dignidad
honrado
no pueda
hacer
situa-
alarde
de
; p e r s u a d i d o e n fin d e q u e m i r e s i s t e n c i a ó m i s e s -
crúpulos podrían d e s p e r t a r sospechas, no quise
exponer-
m e á p e r d e r el h i l o ú n i c o y f r á g i l q u e , p o r d e c i r l o así, m e
ponía e n c o m u n i c a c i ó n c o n R e g i n a .
— Y a estás p r e s e n t a b l e , M a r t i n , — d í j o m e R o b e r t o e x a m i n á n d o m e d e p i e s á c a b e z a . — N o e s t é s tan e m b o b a d o , d e s p i e r t a , n o d e j e s los b r a z o s c o l g a n d o , q u e n o s a v e r g ü e n z a s ;
pero c o n s e r v a el traje d e d e m a n d e r ò ,
q u e s e r á útil
para
— N o está m a l , — a ñ a d i ó l i a l t a s a r c o n t e m p l á n d o m e
tam-
ciertos casos.
b i é n ; — y o h a b r í a p r e f e r i d o un t r i c o r n i o , una c a s a c a c o l o r
café con
l e c h e , chupa y
plata , i n e d i a s b l a n c a s
y
pantalón azul c e l e s t e , ligas
de
zapatos con
al
hebillas.
¡ Voto
c h á p i r o ( p i e h a b r í a sido b u e n t r a j e ; p e r o q u e te d a r í a d e masiado aire de Frontín,
lise m o d e s t o r o p a j e
conservará
tu c a n d o r , q u e t a n t o e s t i m o . A d e m á s d e q u e m e r e s e r v o la
i n v e n c i ó n d e la l i b r e a q u e b e d i c h o . E n c a r g ú e l a
criados luego q u e estuviera c o r r i e n t e
diablura de ser víspera
d e v i e r n e s lo e c h ó l o d o á
Un c a m p a n i l l a z o d i s c r e t o , t í m i d o ,
para mis
mi p a l a c i o ; p e r o la
perder.
interrumpió á lialta-
s a r : h a b í a s e ¡do e l sastre y d e s p u é s d e c e r r a r la p u e r t a d e
mis a m o s , fui á a b r i r .
lira L a - L e v r a . s e .
— ¿ El s e ñ o r c o n d e d e M a r e u i l ? — m e p r e g u n t ó c o n v o z
m e l o s a , d i r i g i e n d o u n a m i r a d a r á p i d a y e s c r u t a d o r a p o r la
¿10
MARTÍN EL EXPÓSITO.
—
A q u í e s t á , ' — c o n t e s t ó ; — s i q u i e r e V. e s p e r a r , a v i s a r é
al s e ñ o r c o n d e .
Dejando á L a - L c v r a s e solo, entré en
el a p o s e n t o i n m e -
diato.
—
lis e l m e r c a d e r d e j u g u e t e a d o n i ñ o s , — d i j e á mi a m o .
—
N o ha f a l t a d o á su p r o m e s a ; b u e n a g ü e r o , — d i j o el
poeta en voz
baja.
L e j o s d e e x p e r i m e n t a r la a l e g r e e s p e r a n z a q u e al p o e t a
le i n s p i r a b a la l l e g a d a d e
L a - L c v r a s e , púsose H u b e r t o i n -
quieto, pensativo y con gran asombro
de Baltasar, díjole
algo cortado:
— A m i g o m i ó , d é j a m e solo con este h o m b r e .
— ¿ Solo con el m e r c a d e r d e j u g u e t e s ?
— Sí.
— Es particular.... ¿ n o habías d i c h o ? . . . .
— A m i g o m i ó , si te s u p l i c o q u e te r e t i r e s , — r e p u s o R o b e r t o , — e s p o r s e r i n d i s p e n s a b l e el
— Bien, Roberto,
gesto. — U n
b i e n , — dijo
el
secreto : perdona.
poeta
haciendo
un
p o c o d e m i s t e r i o n o p e r j u d i c a al e f e c t o d e un
drama.. . haya pues misterio.
— ¿ H a y recado de escribir? — añadió
Roberto.
— L o querrás para
el poeta
firmar,
—
repuso
sonrién-
d o s e . — S í , a h í e s t á la taza y la p l u m a . . . . V e n t e , M a r t i n .
Salimos;
entró
La-Levrase , y
yo
cuidé
de cerrar
la
puerta.
— ¿ P o r q u é m e e c h a r á R o b e r t o ? — d e e i a e l poeta h a b l a n do consigo m i s m o , l u e g o q u e nos q u e d a m o s m a n o á m a n o
e n la a n t e s a l a .
Púsose Baltasar á pasear s i l e n c i o s a m e n t e en todas d i r e c ciones ; mientras que y o , no menos curioso, me ocupaba
e n a r r e g l a r a l g u n o s trastos p o r h a c e r a l g o . U n a m e s a , c o locada
d e i n t e n t o p o r m í d e l a n t e d e l c o n d u c t o a c ú s t i c o , lo
o b s t r u í a e n t e r a m e n t e y n o se oia n a d a d e la c o n v e r s a c i ó n
de Roberto de Mareuil y L a - L e v r a s e .
N o o b s t a n t e , y e n d o y v i n i e n d o , v a r i a s v e c e s se a c e r c a b a
á la p u e r t a B a l t a s a r , i m p u l s a d o p o r v i v a c u r i o s i d a d .
I.A COISIMIIIKNCI V.
D e p r o n t o e l p r o f u n d o .silencio q u e
- -I
había r e i n a d o liasla
e n t o n c e s , fue i n t e r r u m p i d o p o r esta e x c l a m a c i ó n
estrepi-
tosa de R o b e r t o :
— ; Miserable í
C o m o d e s p u é s de este a r r a n q u e todo v o l v i ó á q u e d a r en
s i l e n c i o , B a l t a s a r e c h ó m a n o á la l l a v e d e la p u e r t a . Iba a
e n t r a r ; p e r o r e f l e x i o n a n d o , á mi e n t e n d e r , s o b r e el
ruego
d e su a m i g o , se d e t u v o y e c h ó á a n d a r o t r a v e z , d i c i e n d o
p o r lo bajo :
— ¡ l l u m ! v a m a l la c o s a y R o b e r t o q u e n o c r e i a q u e h u b i e r a d i f i c u l t a d . . .. M a l a c a r a t i e n e e s e h o m b r e . . . .
cho, me dijo,
¿ n o le
parece q u e tiene mala
Mucha-
cara?
tule
viste ayer.
— ¿A quién , señor?
— Al mercader de juguetes.
— ¡ Q u é ! si n o l o m i r ó .
A b r i ó s e de r e p e n t e la
puerta ; a s o m ó
la c a b e z a d e
Ro-
berto , y dijo:
— Itallasar, puedes entrar.
E n t r ó e n e f e c t o el p o e t a , y y o m e q u e d é s o l o , a t ó n i t o d e
la p a l i d e z d e R o b e r t o y d e la e x p r e s i ó n s i n i e s t r a d e su fison o m í a ; p e r o e n s e g u i d a v i salir
q u e unas pascuas , y d a r m e una
á
Baltasar
porción
mas
contento
de monedas
di-
ciendo :
- - V e t e al e s t a n c o y p i d e cinco
timbres
de á diez mil f r a n -
cos cada u n o , tenlo bien p r e s e n t e , c i n c o t i m b r e s d e á d i e z
mil f r a n c o s , q u e hacen cincuenta mil f r a n c o s :
¿estás?
— Si, s e ñ o r ; pediré c i n c o timbres de á diez mil francos,
dije e s t u p e f a c t o , p u e s á la s a z ó n
q u e e x i s t i e s e papel sellado,
en realidad
ignoraba
así c o m o
absolutamente
su , v a l o r
relativo
y
creí tener q u e traer cincuenta mil francos.
— ¿Con qué sabes , repuso Baltasar,
que
has de
traer
cinco timbres de á diez mil francos y p a g a r l o s ?
— ¿Con q u é ,
señor? — exclamé haciéndome
— ¿Cómo? ¿con qué?
dar
con el
dinero
que
le
cruces.
acabo
de
ÍÍÍ
HUITÍN
— ¿Con
e s t o , señor
KL EXPÓSITO.
amo,
he
de pagar
cincuenta
mil
Trancos ?
— ¡ O h i n o c e n c i a d e la e d a d d e o r o ! ¡ O h s e n c i l l e z p r i m i tiva ! M a r t i n , s i n o f u e r a p o r la g r a v e d a d d e las c i r c u n s t a n c i a s , te p a s e a b a e n t r i u n f o
p o r esta
habitación
tus a l a b a n z a s e n c o r o ; p e r o e l t i e m p o
cantando
escasea , c o r r e
, ve
al e s t a n c o , p i d e c i n c o l e t r a s t i m b r a d a s d e á d i e z m i l
fran-
cos, paga y vuelve....
A t u r d i d o b a j é la e s c a l e r a v e l o z m e n t e , y m e e n c a m i n é al
sitio i n d i c a d o : d e s p a c h a b a
cara y
—
un h o m b r e c i l l o
de
maliciosa
de irónica sonrisa.
C a b a l l e r o , —• d i j e , — q u e r r í a c i n c o l e t r a s d e á
diez
mil francos.
• — ¡ H o l a , h o l a ! — dijo el h o m b r e c i t o ,
buscando
un
pa-
q u e t e de p a p e l e s , q u e á mi p a r e c e r d e b í a n ser m u y p r e c i o sos.—-¡Cincuenta
mil
francos
¡ listo e s h a c e r p a p e l
l l o v i d o . ¡ B a h ! c o s a s d e la e d a d ; y m i r a n d o m i l i b r e a
como
nue-
va , d i j o c o n t o n o i r ó n i c o y p a t e r n a l al m i s m o t i e m p o :
— A p o s t e m o s q u e tu a m o e s j o v e n .
— Sí s e ñ o r .
— Lo hubiera
jurado,—dijo
el e s t a n q u e r o , —
g e n e r a l m e n t e los j ó v e n e s a p r e n d e n d e e s c r i t u r a
porque
comercial
e n estos p a p e l e s . H a c i n a n c u a d e r n i l l o s y m a s c u a d e r n i l l o s ;
pero ¡ cuánto papel
perdido!—añadió
el e s t a n q u e r o s a r -
c á s t i c a m e n t e , d á n d o m e la v u e l t a d e l d i n e r o .
E n t o n c e s n o c o n o c í el e p i g r a m a , q u e n o carecía de v e r d a d , y á e s c a p e v o l v í á casa d e mi a m o .
E n la m i t a d d e la e s c a l e r a h a l l é á Baltasar.
— ¡ Las letras! ¡los timbres ! — exclamó.
— Ahí están , señor.
— - B u e n o ; p u e s a h o r a c o r r e á la c a l l e
( ¡ r a n g o Batelieri ,
c a s a d e l a l q u i l a d o r d e c o c h e s : para m e d i o d í a has d e e n c a r g a r l e una carretela de lo
m e j o r , á la i n g l e s a : n o r e p a r e s
e n e l p r e c i o , p e r o q u e á las d o c e e n p u n t o e s t e el c a r r u a je á la p u e r t a , e n t i e n d e s ?
— Sí s e ñ o r .
LA
CONKEHKNI'.IA.
E c h é otra v o z á c o r r e r . Mi l i b r e a
*'-•>
inspiró plena
confian-
za al a l q u i l a d o r , y m e p r o p u s o un h e r m o s o c o c h e , q u e a c o p l e , d a n d o la v u e l t a á c a s a .
Había d e s a p a r e c i d o E a - L c v r a s e ; B a l t a s a r n o
c a b i a e n s¡
d e g o z o ; pero Roberto estaba pensativo.
— ¿Hay en
esta c a l l e
algún
cambista? — me
pregunto
Baltasar.
— S í , señor , — contesté ; — h a y un relojero que cambia
— I'ues c o r r o á c a m b i a r e s t e b i l l e t e
cincuenta monedas de
o r o , pagando
de
el
mil francos
por
descuento,—me
dijo e l p o e t a .
— Baltasar,—exclamó
Roberto ,
deteniendo
la
mano
d e su a m i g o , a n t e s d e q u e m e a l a r g a r a e l b i l l e t e .
A renglón seguido añadió algunas
palabras
al
oido
del
poeta.
Roberto
desconfiaba
de
mi
probidad;
pero
su a m i g o ,
m a s confiado , r e p l i c ó en v o z alta.
—
Respondo
d e é l ; e s un b o r r i c o p e r o h o n r a d o . . . .
Co-
n o z c o á los h o m b r e s .
D á n d o m e l u e g o el
billete, añadió:
— C o g e esto b i e n c o n e l p u ñ o c e r r a d o , y t r a e e l o r o e n u n
c a r t u c h o : d a t e prisa p o r ( p i e e s m e n e s t e r q u e e s t e m o s
el L o u v r e
Fui á c a m b i a r e l b i l l e t e , traje e l o r o
lo c o n t ó
Roberto:
—
en
dentro de una hora.
y acarició
e n la
mano ,
á Baltasar,
quien
pasándolo en seguida á
este r e p u s o :
Bien , t o m a tú.
- ¿ Q u é ?
—
¡ Bah ! lo q u e q u i e r a s
—
Gracias,
de estos c i n c u e n t a luíses.
Roberto.
— ¿ Estas l o c o ? n o t e n e m o s
todavía....
— A m i g o R o b e r t o , — d i j o el p o e t a c o n a f e c t u o s a
z a , — todo será c o m ú n e n t r e
n e r o que provenga de ese
firme-
n o s o t r o s , á e x c e p c i ó n del di-
hombre.
— ; Vaya u n c a p r i c h o
i A i r a s ! ¡ a t r á s ! — e x c l a m ó B a l t a s a r c o n la m i s m a gi .>
ííí
MARTIN
Kl.
EXPÓSITO.
v e d a d ; y o x a l f a d o por sus locas i l u s i o n e s , a ñ a d i ó : — ¿ N e cesito
a c a s o d e tu d i n e r o ?
M a ñ a n a ó e s o t r o día , ¿ n o es-
t a r é a n e g a d o , s a t u r a d o d e o r o ? ¿ T a n t o lian d e t a r d a r esos
picaros
libreros en e n v i a r m e
el p r e c i o
de mis obras en
cajas de palo de sándalo, conducidas por n e g r o s ?
Al mismo tiempo daban
— Al coche , — gritó
pronto:
las d o c e e n el r e l o j .
B a l t a s a r á su
— ¿ P e r o no m e acompañas?
—
a m i g o , — al c o c h e
e s m e n e s t e r l l e g a r al L o u v r e a n t e s q u e R e g i n a .
•— dijo R o b e r t o al p o e t a .
T o d o b i e n c o n s i d e r a d o n o d e b o ir ; v a l e m a s q u e e s -
tés solo ,
gina....
por q u e y o
Aquí me
podría distraer
q u e d o , y v u e l v e en
la
atención de R e -
b r e v e , por
queme
d e j a s e n a s c u a s . . . . e n las a s c u a s d e la c u r i o s i d a d , R o b e r t o .
Adiós y buena suerte.
— Hasta l u e g o , — d i j o R o b e r t o , m i e n t r a s y o le a b r í a la
puerta para
q u e saliera.
— ¿ Y tu s o m b r e r o ? — e x c l a m ó
— ¿Para qué ,
Baltasar.
señor?
— ¿ P u e s q u é , p i e n s a s s u b i r e n la t r a s e r a c o n la c a b e z a
al a i r e ? D i r í a n q u e h a b í a s h e c h o un v o t o á la V i r g e n .
— ; S u b i r á la t r a s e r a ! — d i j e no p o c o
p o r esta n u e v a c o n s e c u e n c i a d e
apesadumbrado
mi s e r v i d u m b r e
impro-
visada.
— A no ser
q u e prefieras ir d e n t r o , — replico R o b e r t o
e n c o g i é n d o s e d e h o m b r o s ; — ea , t o m a el s o m b r e r o y s i gúeme.
Obedecí,
abrí
la p o r t e z u e l a
sera del c a r r u a j e , q u e
Louvre.
y me
acomodé
e n la
tra-
p a r t i ó r á p i d a m e n t e e n d i r e c c i ó n al
El,
PERISTILO
DEL
MUSEO.
XXII.
El peristilo del M u s e o .
Multitud d e c a r r u a j e s o b s t r u i a y a l a s i n m e d i a c i o n e s d e l
L o u v r e , c u a n d o se a p e ó m i a m o
e n la p u e r t a p r i n c i p a l d e l
Museo.
— V e detrás del coche , —
m e dijo R o b e r t o ;
—
obser-
v a d o n d e se c o l o c a , y l u e g o v u e l v e a q u í á e s p e r a r m e .
— Está m u y b i e n , — r e s p o n d í .
C e r r a d a la p o r t e z u e l a , e j e c u t ó l a s ó r d e n e s d e R o b e r t o ,
v o l v í á s i t u a r m e j u n t o á la p u e r t a d e l M u s e o ,
entre
y
otra
m u c h e d u m b r e de criados.
P e n o s a fué p a r a m í esta p r i m e r a
condición.
cio;
había
prueba pública de
mi
Roberto m e trataba con dureza, con m e n o s p r e -
m a s e x p e r i m e n t é c i e r t o c o n s u e l o s o l o al p e n s a r
aceptado aquella
humilde colocación con
que
la e s p e -
ranza ú n i c a d e s e r v i r á R e g i n a , y q u e t e n i a c i e r t a s u p e r i o ridad moral
sobre mi a m o R o b e r t o .
Hacia estas r e f l e x i o n e s sin o r g u l l o , h a l l a b a e n m í s e n t i mientos de rectitud , de h o n o r ,
habia c o n o c i d o
de delicadeza, que j a m á s
Roberto , juzgando por
ducta sabia. Y o habia arrostrado
tentaciones, cuya
¡ d e a sola
l o q u e d e su c o n -
padecimientos,
resistido
hubiera espantado y Roberto
d e M a r e u i l ; y á fe q u e , e n s i t u a c i o n e s t a n
desesperadas,
c o m o a q u e l l a s e n q u e y o m e h a b í a v i s t o , se h a b r í a s u i c i d a do ó héchose criminal.
R e c o n o c i d a esta s u p e r i o r i d a d p o r u n a c o m p a r a c i ó n
ma-
d u r a , ya n o m e h u m i l l ó m i e s t a d o d e s e r v i d u m b r e , e l m e jor medio d e e x p r e s a r lo q u e y o sentía seria
c o n un h o m b r e
compararme
v a l i e n t e , d o t a d o d e g r a n f u e r z a tísica y d e
g r a n v a l o r , q u e para
l l e v a r á c a b o un d e b e r s a g r a d o ,
18.
a-
í'Mi
MARTIN
Hl.
K\PÓSITO.
g u a n t a s e l o s d e s p r e c i o s ó las a m e n a z a s
d e un s e r
pobre.,
c o b a r d e y d é b i l , á q u i e n d e un s o p l o podia d e s t r u i r .
En u n a p a l a b r a , p a r e c í a n m e t r o c a d o s n u e s t r o s p a p e l e s :
miraba yo
mi
reuíl como
una
dependencia
respecto de
Hobcrlo
d e 51a-
a n o m a l í a , y a c e p t a b a mi s i t u a c i ó n
una situación s i n g u l a r , misteriosa , q u e no solo m e
como
permi-
tía c o n s u m a r una a c c i ó n g e n e r o s a , s i n o cpie suministraba,
a m p l i o asunto para
m i s o b s e r v a c i o n e s y para
mi
curiosi-
dad.
Confundido
e n t r e t a n t o s s i r v i e n t e s á la p u e r t a d e l
Mu-
s e o , m i r a b a y e s c u c h a b a c o n a t e n c i ó n : d e b í a y o á mi
tado
noticias harto
precisas
es-
para desesperar de adquirir
otras nuevas.
M e z c l a d o c o n los g r u p o s d e c r i a d o s , r e p a r é q u e , á i m i t a c i ó n d e sus s e ñ o r e s , se d i v i d í a n e n c l a s e a r i s t o c r á t i c a y m e d i a : los l a c a y o s d e
vada estatura ,
casa g r a n d e , b i e n c o n o c i d o s p o r su e l e -
p o r l o s b o t o n e s d e a r m a s y el
empolvado
d e l c a b e l l o , f o r m a b a n g r u p o a p a r t e d e los l a c a y o s del estad o l l a n o , á q u i e n e s n o d i r i g í a n la p a l a b r a , n o p o r o r g u l l o tal
v e z , s i n o p o r una c o n s e c u e n c i a d e sus relaciones
c o m o q u e los a m o s f r e c u e n t a b a n
hallaban
sociales:
las m i s m a s s o c i e d a d e s , se
d i a r i a m e n t e a m o s y criados en un corto n ú m e r o
de casas, q u e con ciertas embajadas ( c o m o luego supe) c o m p o n í a n l o s p u n t o s d e r e u n i ó n d e lo m a s s e l e c t o d e
aristocracia
nes
la alta
p a r i s i e n s e ; c o m o , p o r el c o n t r a r i o , las r e l a c i o -
d e la c l a s e
media estaban inmensamente
sus c r i a d o s n o c o m p o n í a n u n
divididas ,
g r u p o c o m p a c t o c o m o el
de
l o s l a c a y o s d e los g r a n d e s s e ñ o r e s .
llácia
este
algo sobre
dirigí, esperando
saber
el d e s c o n o c i d o d e la t a b e r n a d e las Tres
último
Cubas,
que y o suponía
Al cuarto
grupo
me
s e r el p r í n c i p e d e
de hora
Montbar.
d e s e r o y e n t e ( c l a r o es q u e mis
ca-
m a r a d a s n o h a b l a b a n q u e d o ] m e asustó casi lo q u e a c a b a b a d e s a b e r s o b r e la alta s o c i e d a d p a r i s i e n s e : i n t r i g a s a m o r o s a s , e s c e n a s d e familia ,
i n t e r e s e s d e fortuna , nada i g -
n o r a b a n mis aristocráticos c a m a r a d a s ; y eso ( p í e l a especie
I¡L
l'HIllSTII.O
<¡e s i l o s e r v i c i o s no les
t i e n e n los a y u d a s
La
Dlil.
permitía
't-i
Ml-Slio.
la
niisina
intimidad
que
deeamara.
conversación
á
trozos q u e y o o i ,
los
m e r e v e l a b a , m e h i c i e r o n tal i m p r e s i ó n , q u e
motivos conservo
e n la
memoria
hechos
que
por muchos
casi t o d o s los p o r m e n o -
res.
—
¡ H o l a ! le h a l l o e n el M u s c o , — d e c i a un c r i a d o aris-
tocrático á otro: — ¿ pues a n o c h e , en los Italianos, no dijiste ( p i e ¿lian
l'ds.
al b o s q u e d e H o l o ñ a ?
— Si; p e r o se t r o c ó la o r d e n : d e s p u é s d e l t e a t r o
fuimos
á la e m b a j a d a d e C e r d e ñ a , y allí h a b r í a cita p a r a acá.
— ¿ S e g ú n e s o , e s t u v o el o t r o e n la
embajada?
— Va v e s t ú . . . c u a n d o í b a m o s n o s o t r o s . . . p e r o se l a r g ó asi
q u e l l e g a m o s . M e p a r e c e q u e se e m p i e z a á f a s t i d i a r . . . .
ya
se v é , c o m o la s e ñ o r a so v a h a c i e n d o v i e j a .
— Pues
a n t e s d e a y e r la v i e n
casa d e
la d u q u e s a
de
l i e a u p r e a n , y m e p a r e c i ó tu s e ñ o r a u n b o c a d o r e a l .
—
¡ I ' s i t ! las r u b i a s , ya so v é , su p e n a . . .
por q u e e l l a
se d e s p e p i t a p o r é l ; y él n o h a c e m a l d i t o el c a s o . A n t e s l l e g a ba él s i e m p r e a n t e s q u e ella,
y se iba al m i s m o t i e m p o , y la
ponía el a b r i g o , y l l a m a b a á los c r i a d o s c u a n d o iba s o l a . ,
pero.ahora.... ¡ y a ,
ro....
y a ! . . . l l e g a e l ú l t i m o y se v a e l p r i m e -
A n t e s h a b í a visitas d e t r e s h o r a s , y á esta f e c h a
ha-
c e c i n c o dias q u e n o h a p u e s t o los p i e s e n c a s a .
— T u s e ñ o r a ha sido d e s t r o n a d a .
— Tal c r e o . . . . mira tú.... h o y pensaba ella
a q u í ; pero por ninguna
encontrarle
p a r t e atisbo su c a b r i o l é ni su s o -
b e r b i o c a b a l l o t o r d o , q u e l a n t o l l a m a la a t e n c i ó n .
— Y a ; le d i r i a q u e v i n i e s e al M u s e o , p a r a q u e n o l e e s t o r b a r a e n e l b o s q u e , d o n d e él e s t a r á . T e d i g o q u e la v i z condesa
está
h u n d i d a . .. m a s
ya
s a l e , c o r r e á a v i s a r el
coche.
— Es c l a r o , n o ha p a r e c i d o , se c a n s a d e e s p e r a r l e y t o m a el p o r t a n t e . A d i ó s , P e r i c o .
— Adiós, galán.
Y v o l v i é n d o s e á a l g u n o s d e los c o m p . i ñ e r o s q u e o y e r o n la
i n t e r i o r c o n v e r s a c i ó n , a ñ a d i ó el
lacayo'
iíü
MARTIN K I Í E X P Ó S I T O .
— ¡Mirad
mirad
el m a r i d o , q u é t r a z a d e p i c h ó n a t o n -
tado!
—
¡ Anda , chuzón !
—
¡ Pobrecito!
—• L a m u j e r está g u a p a
todavia.
— ¿ Hace gestos ?
— Sale aburrida.
Miró
puerta
d o n d e t o d o s , y s o b r e el
p e r i s t i l o q u e p r e c e d e á la
m u j e r joven , r u b i a ,
principal del Museo , vi una
de facciones
algo gastadas; p e r o encantadora aun : m o s -
t r á b a s e t r i s t e , a b a t i d a , y v e s t í a c o n t a n t o g u s t o corno e l e gancia ; de
vez
en
cuando
acongojadas.... pero
tendía
p o r la
plaza
nadie parecía.... Un j o v e n
miradas
con
tra-
z a s d e l o b o , e l m a r i d o sin d u d a , d a b a el b r a z o á la d a m a ,
y en los p o c o s minutos q u e
p r e c e d i e r o n á la
llegada
del
c a r r u a j e n o se d i j e r o n u n a p a l a b r a l o s e s p o s o s .
Causábame una impresión dolorosa v e r á aquella
bonita , q u e i g n o r a n d o
mujer
los licenciosos cuentos provocados
p o r su p r e s e n c i a , p e r m a n e c í a a b a t i d a , p e n s a t i v a e n a q u e lla e s p e c i e d e p e r i s t i l o , c o n v e r t i d o
e n p i c o t a para
ella....
U n a e s p e c i e d e e s t u p o r m e p r o d u c í a e l p e n s a r q u e lo q u e
debia
h a l l a r s e e n v u e l t o en un
secreto
del corazón
misterio
i m p e n e t r a b l e , el
fuera tan fácilmente d e s -
de una mujer,
c u b i e r t o y a b a n d o n a d o á las g r o s e r a s
l e n g u a s d e los
cria-
d o s : n o p o d í a y o c o n c e b i r q u e e l e c o d e tan b r u t a l e s c h a n zas
llegara
nunca á oidos
de
la m u j e r , d e l m a r i d o ó d e l
a m a n t e , y m e e x t r a ñ a b a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e aquella singular
mescolanza
de
insolente
zumba , y prudente dis-
creción.
De
repente me extremecí
de sorpresa : acababa de
r a r al p i é d e l
peristilo un hermoso
brea
color
verde
y
de
naranja
: de
aquel
a p e a r s e d e u n s a l t o á m i d e s c o n o c i d o d e la
Tres
Cubas,
pa-
lando v e r d e , con l i carruaje
vi
t a b e r n a d e las
y t a n t o m e j o r p u d e c e r c i o r a r m e d e su i d e n t i -
d a d , c u a n t o q u e , c o n o c i e n d o sin d u d a á la r u b i a , se a c e r c ó , la dio
la m a n o f a m i l i a r m e n t e y h a b l ó un b r e v e
con el m a r i d o
rato
EL
1 ' l í n i S T I L O DEL MUSEO.
Si l.i d i s t i n c i ó n y rara
belleza del
p r e n d i e r o n c u a n d o iba m a l
aguardiente en
bles
todavía
una
la
e l e g a n c i a : su
parecieron mas
distinción y belleza
al
verle
, al h a b l a r c o n
ba g r a c i a , finura , e n c a n t o ; a d m i r é la e x q u i s i t a
seguida
volvió á subir
rápidamente
con
nota-
vestido
la r u b i a ,
con q u e a c o m p a ñ ó basta su c o c h e á la p o b r e
yon
sor-
vestido á e m b o r r a c h a r s e
taberna, me
fisonomía
22!)
desconocido me
con
respira-
urbanidad
abandonada
los
escalones,
entrando acelerado en el Museo.
Iba p o r fin á s a b e r e l n o m b r e d e a q u e l j o v e n : su
lacayo
se a c e r c ó á n o s o t r o s , y y o l e v a n t a n d o la c a b e z a p a r a m i rarle , pregunté:
—
N o p e r t e n e c e al s e ñ o r
principe
moso carruaje q u e a c o m p a ñ a b a
—
d e M o n t b a r el h e r -
V. ?
S í , p a p a n a t a s , — m e contestó el l a c a y o g i g a n t e , d e s -
pués de m i r a r d e s d e ñ o s a m e n t e mi modesta
Demasiado satisfecho con
hacer caso del
librea.
lo q u e acababa de saber para
i n j u r i o s o e p í t e t o (pac m e d i r i g i ó , m e a l e j é
d e mi o r g u l l o s o c o l e g a .
N o |ff>dia y a
d u d a r q u e el d e s c o n o c i d o d e la t a b e r n a
las '/Yes Caltas e r a
el p r í n c i p e d e M o n t b a r , y e r a
de
induda-
b l e q u e iba al M u s e o c o n la e s p e r a n z a d e e n c o n t r a r á R e g i n a . D e b i a esta
haber llegado, porque
después de a l g u -
nas v u e l t a s , d e s c u b r í e n t r e l o s c r i a d o s la
de Durival
que
p a d r e . Deseoso
habría
de
traído
al
librea del c o n -
L o u v r c á R e g i n a y á su
cerciorarme, me
acerqué, y
también
p o r esta p a r t e e r a a n i m a d a la c o n v e r s a c i ó n .
— V a m o s d e c a p a c a í d a , — d e c í a un l a c a y o d e l i b r e a a z u l
y c u e l l o a m a r i l l o . — A y e r , n o o b s t a n t e la o r d e n , f o r z a r o n
la c o n s i g n a el s a s t r e y e l c a r n i c e r o , q u e
b i d o nada e n t o d o
no habían
un a ñ o ; se t o p a r o n e n la
reci-
escalera con
el a m o , y le p u s i e r o n c o m o n u e v o ; d e s d e a b a j o l e s o í a m o s
disputar.
—
N o p a g a r al sastre , p a s e , — dijo
t e n c i o s o ; — pero
no
otro con
p a g a r al c a r n i c e r o
osa g e n i o c a e , d é j a l a . a m i g o m í o
tono s e n -
es r e p u g n a n t e ;
MARTIN I I , EXPÓSITO.
'ÍM
— Sin c o n t a r c o n q u e e l s e ñ o r
cochero
marqués
la m a n u t e n c i ó n d e l c a r r u a j e ,
ajustó
yol
con
pobre
visto u n c u a r t o t o d a v í a . A n t e a y e r la modista
el
no ha
a r m ó un e s -
c á n d a l o , l l e v á n d o s e un v e s t i d o d e b a i l e q u e no ( p i e r i a d e jar
sino era
p a g a d o en el
a c t o . T o d o s los
(lias h a y
cosas
p o r el e s t i l o , y y a v e s tú q u é t r e n .
—
L o m i s m o nos s u c e d e á n o s o t r o s , — dijo un c a z a d o r ,
á q u i e n c o n o c í p o r h a b e r l e visto la v í s p e r a e n la tienda d e
La L e v ra s e .
—
M i d u q u e lo ha d e r r e t i d o t o d o , y va á e m p e ñ a r la e s -
pada
y c o n d e c o r a c i o n e s d e su p a d r e .
— Mudad de a c o m o d o , h i j o s ,
—
¿Y
mi
salario?—dijo
mudad.
u n o , — se
me
deben
cinco
seis. A h í
líeno
meses.
— Pues
á
los
aguarda
lacayos
del
otro mes, y perderás
conde
Durival;
esa
casa
si
que
es
sólida.
Y d a n d o a l g u n o s p a s o s h a c i a u n o d e los l a c a y o s d e l c o n d e D u r i v a l , dijo su i n t e r l o c u t o r :
— Buenos (lias, Augusto.
— B u e n o s te l o s d é D i o s .
— D i , ¿ no habría en
tu casa una p l a z a d e l a c a y o para
un amigo ?
—
H o m b r o , e n c a s a n o ; p e r o m e p a r e c e q u e lo n e c e s i l a
el señor v i z c o n d e .
—
¿ El h i j o d e tu a m o ?
— Sí.
—
¿ E s e chicuelo tiene s e r v i d u m b r e ?
— C a l l a , h o m b r e , si e s cosa
que
un servicio completo y un ayuda
y c o c h e : sale
cuando quiere
con
hace
sudar.... tiene
de cámara , dos lacayos
sus
a m i g o s y su
ayo;
b r o m i s t a si l o s h a y . A los F u n á m b u l o s l l e v a esta n o c h e al
s e ñ o r v i z c o n d e , y a c a s o t a m b i é n v a y a e l s e ñ o r c o n d e . ¡Oh !
e l v i z c o n d e c i t o está e n b u e n a e s c u e l a . . . . y a ha v u e l l o b o r r a c h o dos ó tres v e c e s .
—
¡ Bien principia '
HI. 1'BtílSTII.O
— Malo é insolente
como
231
DF.f. M U S K O .
pocos.... Nunca
l e c c i ó n q u e p o c o s a ñ o s ha l e d i e r o n
olvidaré
la
u n o s m e n d i g o s e n el
b o s q u e d e C h a n t i l l y . . . . n o l e s ( p u s o d a r nada , y e l l o s se
vengaron
l l e v á n d o s e a l b o s q u e . . . . ; oh ! á n o s e r p o r a l g u -
nos g e n d a r m e s . .
— T a m b i é n fue r o b a d a e n t o n c e s la s e ñ o r i t a d e N o i r l i c u ,
la q u e h o y h e m o s t r a í d o a l M u s e o , — T e n d r í a d e o c h o á
n u e v e años. — ¡ V á l g a m e Dios , q u é escena !
Regina
estaba
e n e l M u s e o ; s e g u í e s c u c h a n d o c o n la
esperanza de saber algo.
— ¡ l l u m ! dijo el lacayo q u e buscaba
acomodo
para e l
otro c o m p a ñ e r o ; servicio duro debe d e ser con semejante
arrapiezo!
— ¡ R a l i ! á todo se a c o s t u m b r a u n o , y c o m o n o h a y m u cho q u e hacer....
— A fe m i a q u e si e s t a n m a l o c o m o d i c e n , m e r e c e c u a l q u i e r a cosa.
— N o e s t a n t o lo m a l o , c o m o
c o m o d o s a ñ o s q u e fui á c o m e r
lo osado e m e e s . . . . Hará
á S c a u x c o n su a y o y t r e s
amigos: el a y o , á quien no gustaba
aquella
b r o m a , dejó
e n la m e s a á l o s t r e s m u ñ e c o s , t o m ó e l c o c h e y s e l a r g ó á
casa d e u n a m u j e r q u e v i v í a e n C h a t i l l o n .
— ¡Bueno! ¡buen ejemplo !
— Cuando v o l v i m o s , los a n g e l i t o s , h a b í a n m a n d a d o s u b i r u n a m u c h a c h a q u e c a n t a b a p o r l a s c a l l e s y r a s c a b a la
guitarra , y
tantos h o r r o r e s h a b í a n c o m e t i d o c o n ella , y
l a n í o la h a b í a n m a l t r a t a d o ,
d e m o t í n , y n o faltaba
vizcondecito y
contaré
que amenazaba
una especie
q u i e n q u i s i e r a s a c u d i r e l p o l v o al
á los tres
c a n t a r a d a s ; m a s otra v e z te lo
m a s d e s p a c i o , — dijo a l p r o n t o e l c r i a d o . . . . s a l e
mi a m o .
A c t o c o n t i n u o , e n c a m i n ó s e d e prisa e l l a c a y o d e l c o n de Durival hacia el
vestíbulo , hacia d o n d e y o m e a c e r -
qué igualmente, suponiendo q u e Roberto n o vendría m u y
d i s l a n l e d e l l e g i u a : vi la a p a r e c e r ,
en
efecto,
dando
el
b r a z o á un c a b a l l e r o d e hasta c i n c u e n t a a ñ o s , ( p i e l u e g o
''¡'•ü
MAIITIN
IiL
EXPÓSITO
s u p e s e r el c a b a l l e r o ile N o i r l i e u , su p a d r e : el c u e r p o de
e s t e , e s t a b a y a e n c o r v a d o ¡ l o s c a b e l l o s e r a n c a n o s , y los
o j o s h u n d i d o s y a r d i e n t e s , y s o c a v a d a s las ó r b i t a s ; lo e s cuálido de
su r o s t r o y
la s o n r i s a a m a r g a y p e r p e t u a
(pie
a s o m a b a e n sus l a b i o s , r e v e s t í a sus f a c c i o n e s d e u n a e s p r e s i ó n d e tristeza d o l i e n t e , casi f e r o z .
R e g i n a , ataviada
tido
negro y
c o n seria
sencillez,
un sombrero de
llevaba
crespón
un
ves-
b l a n c o , no tanto
c o m o su p á l i d o r o s t r o , e n c a j o n a d o e n t r o c a b e l l o s c o m o el
a z a b a c h e . . . R e s p i r a b a su f i s o n o m í a , u n a g r a v e d a d g l a c i a l .
El
príncipe de Montbar y
el c o n d e P u r i v a l
la t r i b u t a b a n
sus o b s e q u i o s : el c o n d e r i s u e ñ o , r e n d i d o , se d i r i g í a a l t e r n a t i v a m e n t e al b a r ó n , q u e contestaba
distraído, y
á Re-
g i n a q u e , e n m i j u i c i o , lo e s c u c h a b a c o n suma f r i a l d a d . El
p r í n c i p e de ¡Montbar,
joven
una
reserva,
un tanto afectada:
p o r el c o n t r a r i o , g u a r d a b a
con
la
calculada acaso , p o r q u e m e pareció
no
obstante,
con
afables y
corteses
a d e m a n e s , c u i d a b a e s p e c i a l m e n t e d e l b a r ó n , q u e p a r a el
rebajaba
a l g o d e su s o m b r í a t a c i t u r n i d a d : d o s ó tres v e c e s
d i r i g i ó el p r i n c i p o a l g u n a s p a l a b r a s á R e g i n a , á las c u a l e s
c o n t e s t ó ella , n o
c o m o al c o n d e D u r i v a l , c o n v i s o s d e a l -
tanera f r i a l d a d , sino bajando los ojos , cual
si se s i n t i e r a
turbada.
F i n a l m e n t e , pocos pasos distante de
este g r u p o
princi-
p a l , d e s c u b r í á R o b e r t o d e M a r e u i l c o n el s e m b l a n t e c n a g e n a d o de gozo.
Llegaron
d r e y el
los c r i a d o s
conde
de chocolate , á cuya
tiempo de
ta,
de
ocuparon
Mr.
Durival;
R e g i n a , su p a -
una magnífica berlina de color
t r a s e r a s u b i e r o n los d o s l a c a y o s .
Al
a l e j a r s e a l z ó l o s o j o s R e g i n a , y m i r ó tan d i r e c -
t a n a t e n t a m e n t e á R o b e r t o d e M a r e u i l , q u e el p r í n c i p e
d e M o n t b a r , q u i e t o a u n e n el ú l t i m o e s c a l ó n d e l p e r i s t i l o ,
volvióse
sorprendido
profunda y expresiva
á i n v e s t i g a r á q u i e n iba d i r i g i d a
mirada de
p e r o fuera c a s u a l i d a d ó c á l c u l o ,
la
la
señorita de Noirlieu;
halló Roberto medio
de
e s q u i v a r s e e n t r o dos ó Iros p e r s o n a s q u e salían del M u s e o . -
EL PERISTILO
DEL MUSEO.
VA p r i n c i p e , d e s o r i e n t a d o , se d i r i g i ó
á
233
su c a r r e t e l a , q u e
partió inmediatamente.
Viéndome entonces Roberto,
hízomc seña de que
man-
d a r a a r r i m a r el c o c h e , y asi lo h i c e . A l c e r r a r la p o r t e z u e l a , rae d i j o m i a m o sin d i s i m u l a r su r e g o c i j o :
—
A casa , m u c h a c h o ,
aprisa.
Así q u e l l e g a m o s , subí e n p o s d e R o b e r t o , y f u i m o s
c i b i d o s p o r B a l t a s a r e n la m e s e t a
Sin
re-
d e la e s c a l e r a .
p o d e r c o n t e n e r s e , e x c l a m ó R o b e r t o d e s d e tan
lejos
c o m o a t i s b o al poeta :
—
¡ lis m i a ! ! !
— ¿ lis v u e s t r a ? ¡ v i c t o r i a ! —
Y así q u e
e x c l a m ó el p o e t a .
e s t u v o c e r r a d a la p u e r t a , a b a n d o n ó s e
sar á las m a s l o c a s
demostraciones
que hubiera debido ser
el
que
de
júbilo.
conociera
q u e su
e r a m u y g r a v e , t o m ó p a r t e , sin e m b a r g o ,
del poeta ,
escusables
b e r t o . Sin a c o r d a r s e
Balta-
Roberto,
triunfo
e n las l o c u r a s
en este , pero r e p u g n a n t e s en R o -
sin
duda de
que
estaba y o d e l a n t e ,
a s i é r o n s e d e la m a n o los d o s a m i g o s , y c o m e n z a r o n á b r i n c a r , á saltar y á bailar de alegría ,
— ¡ Victoria! ¡viva
gritando:
Regina!
Pasada la p r i m e r a e f e r v e s c e n c i a , e x c l a m ó e l p o e t a :
— Roberto,
mostrémonos
agradecidos
á la
Providen-
c i a . . . . c e l e b r e m o s d i g n a m e n t e tan g r a n d i a . . . H a y
n a s q u e m e a l i m e n t o c o n la e x e c r a b l e
n a d o r d e la c a l l e d e S a n
Nicolás.
sema-
cocina del e n v e n e -
Dame
de
c o m e r e n la
Rocher de Canéale.
—
Aprobado.
— L u e g o i r e m o s al t e a t r o . . . . l i s c u s o d e c i r t e q u e r a b i o p o r
¡r á los F u n á m b u l o s , á v e r e s e d i a m a n t e o c u l t o , esa
ma-
r a v i l l a d e s c o n o c i d a ! á esa B a s q u i n a , d e q u e m e h a b l ó D u pa r e .
—
¡ A p r o b a d o ! . . . á los F u n á m b u l o s , — d i j o R o b e r t o , — s e -
rá p l a c e r d o b l e ,
porque
ese teatrito es
el punto de r e u -
n i ó n d e la g e n t e a l e g r e .
— .Martin irá c o n
el c o c h e
á encargar
una
comida
de
t.li
MAHTIN
II,
I'XI'OSIIO.
ciiicucnl.il f r a n c o s el c u l i i c r l o
sin \ i n o s , y á a l q u i l a r un
p a l c o tic p r o s c e n i o e n ION F u n á m b u l o s . . - , si le l i a j , —
.lijo
Baltasar.
— Corriente , — replicó Huberto
— V a y a , M a r t i n , lú
también
participaras, —
exclamo
B a l t a s a r , — c o m e r á s e n mi r e u n i ó n ile la B ó c h e n l e Canea
l e , 6 irás a l p a l i o di" los F u n á m b u l o s .
— T o m a , — m e dijo
Huberto , d á n d o m e unas
d e o r o : —• d e j a s e n la fonda c i e n
monedas
francos á cuenta , pagas
el p a l c o y e l r e s t o p a r a tí.
— S e ñ o r , e l c a s o es q u e n o sé d o n d e está el H o c h e r d e
Canéale.
— El c o c h e r o te c o n d u c i r á , c a n d o r o s o M a r t i n .
— Martin, — repuso Baltasar : — no necesitas decir mas
( p i e estas dos p a l a b r a s s a g r a d a s : Rocher
Funtiml/ulüs
y (e
c o n d u c i r á n e n a l a s d e sus c é f i r o s d e c u a t r o p a l a s .
— A h o r a , — d i j o K o b e r l o á su a m i g o , c u a n d o
y o salía
d e l a p o s e n t o , — v o y a contarte, lo q u e ha p a s a d o ; es m í a ,
m u y mia , l e r e p i l o .
— A l c e r r a r la p u e r t a , oí e x c l a m a r á B a l t a s a r :
—
¡ Viva Begina !
XXIII.
•<OM
Fiiiiúiiileiilo*.
— V a m o s á los F u n á m b u l o s y v e r e m o s á esa Basquina,
de quien me
ha h a b l a d o un i n t e l i g e n t e c o m o d e una ma-
ra\ illa d e s c o n o c i d a , — habia d i c h o Baltasar á su
amigo.
N o m e era y a d a b l e d u d a r d e q u e se trataba d e la con;
p a ñ e r a de, m i i n f a n c i a , idea q u e m e e n l o q u e c i ó
de gozo
Fui p r i m e r a m e n t e , c o n a r r e g l o á las ó r d e n e s d e mi a m o
á e n c a r g a r la c o m i d a á la H o c h e r d e C a n é a l e , y e n .segui
IOS
Fl'NÁMISITLOS.
'Í'-V->
<la e l c o c h e r o m e c o n d u j o á los F u n á m b u l o s .
y h a e i ; i n » e l Corro
busqué entre
encantado:
las a c t r i c e s el d e B a s q u i n a , y
c r i t o á lo u l t i m o . A
la s a z ó n
L e i el
cartel
el n o m b r e
le hallé h u m i l d e m e n t e
no era
todavía m u y
de
ins-
brillante
la r e p u t a c i ó n d e la p o b r e n i ñ a , q u e d e b í a s e r e n e l e c t o u n a
maravilla incógnita:
busqué el despacho de
perando saber algo de
Basquina por el
billetes,
es-
encargado de
la
\ cuta , e l c u a l m e d i j o :
Se l l e v a V . e l ú l t i m o p a l c o . . . . n u e s t r o t e a t r o v a
dose d e
moda y hay ya palcos abonados por
hacién-
marqueses,
p o r c o n d e s y c a p i t a n e s ; e n fin , g e n t e d e t o n o c o m o e n
los
Italianos.
— ¿ N o trabaja esta n o c h e la s e ñ o r i t a B a s q u i n a ? —
pre-
gunté.
— N o , es la f a m o s a C l o r i n d a la q u e h a c e e l p a p e l d e Hada d e P l a t a .
— Pues y o h e visto en el cartel el n o m b r e d e
—
Basquina.
¡ A h ! s í , la f i g u r a n t a . . . . t i e n e u n p a p e l i l l o . . . . e l d e g e -
n i o d e l m a l : n o está e n e s c e n a u n c u a r t o d e h o r a .
— P u e s d i c e n , sin e m b a r g o , q u e esa m u c h a c h a p r o m e t e
m u c h o . . . . q u e tiene, t a l e n t o . . . .
— ¡ T a l e n t o ! ¡ q u é t a l e n t o h a d e t e n e r una f i g u r a d l a
que
g a n a u n a p e s e t a ! V a y a , v a y a , n o lo c r e a V .
—
No
me
podría V.
decir
la
c a s a d e la s e ñ o r i t a
Bas-
quina ?
— ¿ La casa ? — e x c l a m ó e l e n c a r g a d o d e l d e s p a c h o , s o l tando el t r a p o á r e í r : — ¿ q u é casa ha d e t e n e r u n a
l i g u r a n t a ? sepa V. q u e
q u e le d e n
esa
gente
pobre
n o t i e n e casa ; g r a c i a s
p o r ahí un n i d o . . . .
Fl d e l d e s p a c h o m e v o l v i ó la e s p a l d a al d e c i r e s t o .
Chasqueado por el p r o n t o , m e c o n s o l é c o n p e n s a r (pie v e ría á B a s q u i n a p o r la n o c h e , d e j a n d o á la i n s p i r a c i ó n
m o m e n t o el
hallar medio de hablarla después del
Baltasar c u m p l i ó
del
teatro.
su p r o m e s a : m i e n t r a s q u e c o r r í a
ale-
g r e m e n t e c o n R o b e r t o para c e l e b r a r d e a n t e m a n o la c o n -
236
MARTIN I?I. EXPÓSITO.
quista d e los m i l l o n e s de Regina , s i r v i é r o n m e en una especie de despensa
la m a s e s p l é n d i d a c o m i d a
que labia
dis-
frutado
e n mi v i d a : p o c o h o n o r la h i c e e n v e r d a d ,
preo-
cupado
p o r los m e d i o s d e v o l v e r á v e r á R e g i n a y p o r los
t e m o r e s q u e m e i n s p i r a b a n las e s p e r a n z a s d e R o b e r t o , s e g u r o , según decia , de ser a m a d o .
T e r m i n a d o e l b a n q u e t e d e m i s .irnos, m e m a n d a r o n l l a m a r ; a b r í la p o r t e z u e l a , y el c o c h e n o s l l e v ó á los F u n á m bulos.
H a b i é n d o m e d a d o B a l t a s a r m a s d e l o p r e c i s o para
pagar
u n a s i e n t o , e n t r é e n e l p a t i o , y c o m o e n toda m i v i d a
ha-
b í a e s t a d o e n ¡el t e a t r o , f u e r o n t a n t o m a y o r e s mi a s o m b r o
y m i c u r i o s i d a d , c u a n t o q u e l l e g a b a d u r a n t e un e n t r e a c t o ,
y e n m e d i o d e u n e s p a n t o s o t u m u l t o , q u e n o d e j a b a d e ser
incidente m u y c o m ú n en aquel bullicioso teatro.
La a c t i t u d i r r e v e r e n t e d e a l g u n o s e s p e c t a d o r e s d e l p r o s c e n i o causaba todo aquel
compañeros
del
p a t i o , e n c a r a m a d o s s o b r e las b a n q u e t a s , v o c i f e r a b a n
estrépito. Mis
con
toda la f u e r z a d e sus p u l m o n e s :
¡ F u e r a ! ¡ f u e r a ! ¡ C a r a al p a t i o ! L a s g a l e r í a s altas y bajas
repetían en
c o r o estos c h i l l i d o s
con
acompañamiento
de
silbidos, cíncheos y palmadas.
L o s e s p e c t a d o r e s del p r o s c e n i o , causa del
alboroto , e s -
t a b a n s e n t a d o s s o b r e e l a n t e p e c h o d e l p a l e o , c o n la e s p a l da toda v u e l t a al p ú b l i c o .
P o r último , y a fuese q u e
temieran
un
verdadero
mo-
tín , ó q u e c r e y e r a n h a b e r p r o t e s t a d o b a s t a n t e c o n su p e r s i s t e n c i a c o n t r a la t i r a n í a p o p u l a r , v o l v i é r o n s e
t e , tendiendo
[ i o r la
platea u n a
lentamen-
m i r a d a d e s d e ñ o s a ; y sin
e m b a r g o , esta d e r r o t a d e l p r o s c e n i o
fue s a l u d a d a
por un
i n m e n s o g r i t o d e v i c t o r i a , ( p i e p a r t i ó d e todos los r i n c o n e s ,
sin q u e t u v i e r a m a s c o n s e c u e n c i a s e s t e a c c i d e n t e .
E l p a l c o e n c u e s t i ó n , p r ó x i m o al d e B a l t a s a r y R o b e r t o ,
e s t a b a o c u p a d o p o r c u a t r o p e r s o n a s , d e bis c u a l e s c o n o c í a
á d o s : al c o n d e D u r i v a l y á su h i j o E s c i p i o n . A l p r i m e r o
le
R a b i a v i s t o la v í s p e r a e n casa d e l p a d r e d e R e g i n a , y a q u e l l a
LOS FUNÁMBULOS.
237
m a ñ a n a e n el L o u v r e ; y e n c u a n t o á Escipion , n o o b s t a n te l o s a ñ o s q u e h a b i a n t r a n s c u r r i d o d e s d e la e s c e n a d e l b o s q u e de Chantilly, y q u e había c r e c i d o m u c h o , era m u y p o c o lo q u e sus f a c c i o n e s h a b í a n c a m b i a d o ; su g r a c i o s o r o s tro , c o r o n a d o
por cabellos rubios y
r i z a d o s se
p o r una e x p r e s i ó n n o t a b l e d e o s a d í a y p r e c o z
cia. A p e s a r d e ( p i e e l
vizconde
distinguía
impertinen-
l l e g a b a a p e n a s á la e d a d
d e la a d o l e s c e n c i a , p a r e c í a m a s b i e n u n h o m b r e c i t o , q u e
un n i ñ o .
C u a n d o se v o l v i ó
el v i z c o n d e á m i r a r
al público , tenia
el c o l o r e n c e n d i d o , c o l é r i c a s las m i r a d a s , y m e s o r p r e n d i ó
el a d e m a n i n s o l e n t e
y atrevido con que provocó
á los e s -
p e c t a d o r e s e n s e ñ á n d o l e s e l j u n c o q u e b l a n d í a e n la m a n o .
E n un h o m b r e , s e m e j a n t e
baladronada acaso habría o r i -
g i n a d o otra b o r r a s c a ; m a s la b r a v a t a d e E s c i p i o n f u e
gida con g r a n d e s carcajadas é irónicos aplausos
aco-
X o sé á
q u e e x t r e m o s h a b r í a a r r a s t r a d o la c ó l e r a á a q u e l n i ñ o , c u y o s l a b i o s s e f r u n c i e r o n d e r a b i a , si su p a d r e n o s e lo h u biera
l l e v a d o c a r i ñ o s a m e n t e á la p a r t e i n t e r i o r d e l
O t r o j o v e n d e la e d a d
espresiva,
aunque
palco.
d e E s c i p i o n , y un h o m b r e d e f i g u r a
servil
y
socarrona,
acompañaban
al
v i z c o n d e y á su p a d r e : s e g ú n m i s n o t i c i a s , e l d e t r a z a s e r v i l , d e b í a ser e l a y o d e E s c i p i o n : é r a l o e n e f e c t o , y e l o t r o
un a m i g o .
No obstante mi poco conocimiento del m u n d o ,
parecía-
m e s i n g u l a r q u e e l c o n d e hubiese, e s c o g i d o a q u e l
espectá-
c u l o para l l e v a r
función,
á
su h i j o ,
no por
la c l a s e d e
p u e s las d e m a g i a son á p r o p ó s i t o p a r a d i v e r t i r á n i ñ o s , s i no por q u e n o debía i g n o r a r e l c o n d e q u e e n aquel
solían r e u n i r s e los q u e g u s t a b a n p a s a r una n o c h e
teatro
borras-
cosa, después de libaciones excesivas.
L o s tres g o l p e s s o l e m n e s i m p u s i e r o n p o r fin s i l e n c i o ; t o c ó
la
orquesta
una
lúgubre, s i n f o n í a , é. i m p a c i e n t a d o y a p o r
'ver salir á b a s q u i n a , d i j e al q u e tenía a l l a d a :
— ¿Sale, p r o n t o la b a s q u i n a ?
— i O u i é n es B a s q u i n a ? ¡ A h ! la r u b i l l a q u e h a c e d e g e -
M A R T I N EL EXPÓSITO.
¿38
n i o d o l m a l ; n o , t o d a v í a n o ; su e s c e n a n o e s hasta el lin
del acto.
— ¿lis verdad q u e
Basquina
tiene mucho
talento,
ca-
ballero ?
—
¡Hombre'
yo
no s é , pero
es g u a p i l l a . C u a n d o hace
sus g e s t o s d i a b ó l i c o s , p a r e c e m a l a c o m o un d e m o n i o ;
r o e n p o n i é n d o s e á c a n t a r . . . . ni
á
mas
ni m e n o s e n
pe-
cuanto
fastidioso q u e e n la ó p e r a .
— ¡ l i s p o s i b l e q u e tal d i g a V ! —
r e p l i c ó mi v e c i n o d e la
i z q u i e r d a . — B a s q u i n a h a c e su p a p e l c o n m u c h í s i m a e x p r e sión, y tiene una voz.... ¡ q u é v o z ! . . . y o v e n g o por oiría.
—
Pues señor, cada uno
t i e n e su g u s t o , — r e p l i c ó e l v e -
c i n o d e la d e r e c h a , y a ñ a d i ó p o r lo bajo d i r i g i é n d o s e a m í :
— N o h a g a V . c a s o d e e s e , q u e n o e n t i e n d e u n a palabra.
La B a s q u i n a n o e s a c t r i z , e s una m a l a l i g u r a n t a d e tres al
c u a r t o , y Haca c o m o u n e s p á r r a g o ; la e c h a d e t r á g i c a en
los F u n á m b u l o s . . . . ¡ M i r e n
que
bueno!... Dadme
á
mí la
C l o r i n d a , q u e e s la q u e h a c e d e h a d a d e P l a t a ; esa sí que
o s u n a actriz rolliza y encantadora ; ya veréis.
D e j é h a b l a r a l p a r t i d a r i o d o la c a r n o s i d a d , y c u a n d o se
l e v a n t ó el telón
d i r i g í una
m i r a d a al
palco de lioberto
y
B a l t a s a r ; r e v e l a b a e s t e e n su r o s t r o la s a t i s f a c c i ó n q u e e x p e r i m e n t a b a , e n t a n t o q u e H u b e r t o , son tado m a s a d e n t r o ,
d e n o t a b a e s t a r m e d i t a b u n d o y a p e s a d u m b r a d o . N o acertaba y o á c o n c i l i a r esta t r i s t e z a c o n la c e r t i d u m b r e q u e tenia
R o b e r t o d o s e r a m a d o p o r R e g i n a ; tal s i n g u l a r i d a d m e traj o á la m e m o r i a la a l t e r a c i ó n
d e las f a c c i o n e s d e
Roberto
d e s p u é s d e su c o n f e r e n c i a s e c r e t a c o n L a - L c v r a s e , c o n f e rencia d e
laque
B a l t a s a r fue
servaciones me daban
mucho
e x c l u i d o . Si b i e n estas o b en
que
p e n s a r , n o atendí
m a s q u e á la r e p r e s e n t a c i ó n , e s p e r a n d o el m o m e n t o d e q u e
apareciera
Basquina.
Estas p o s t r e r a s ¡ d e a s r e p r o d u j e r o n m i l r e c u e r d o s d e mi
infancia, recuerdos dulces y a m a r g o s a
la p a r .
En b r e v e
hasta m e o l v i d é d e la f u n c i ó n y d e lo q u e e n t o r n o mió p a saba , s e g u r o
de
que
me
había de hacer
v o l v e r e n mí la
I.OS
l<'l>N\MMTLOS.
23!)
\oz d e Basquina , tan l u e g o (;oiuo a p a r e c i e r a e n la e s c e n a .
I n incidente nuevo vino en
esto
á
perturbar mis
re-
llexiones.
F r e n t e al p a l c o d e l
palco
vacío,
c u el
conde
Durival habia q u e d a d o otro
c u a l se i n s t a l a r o n
dos h o m b r e s
mal
vestidos (pie acababan de sallar por e n c i m a del a n t e p e c h o ;
p e r o c o m o l l e g a s e n e n t a n t o los d u e ñ o s d e l
palco,
trabóse
e n t r e estos y a q u e l l o s un a c a l o r a d o a l l e r c a d o , q u e (lió m a r g e n á q u e p o r un m o m e n t o se s u s p e n d i e r a la
representa-
ción.
Gesticulaban
dentro del
palco los dos intrusos, do
c u a l e s había u n o d e p e q u e ñ a e s t a t u r a , y p a r e c í a n
los
querer
d i s p u l a r el t e r r e n o , p a l m o á p a l m o , c u a n d o r e p e n t i n a m e n t e
v ¡ é r e n s e dos robustos b r a z o s , q u e l e v a n t a n d o e n p e s o al m a s
r e m i s o , lo p a s a r o n p o r e n c i m a d e l a n t e p e c h o , y lo
c a e r en el sitio q u e h a b i a
abandonado
para
dejaron
introducirse
e n el p a l c o .
Ksla
prueba
de
vigor
y
de
cómica
serenidad
causó
un g e n e r a l e n t u s i a s m o , y el p a t í o y los p a l c o s p r o r u m p i e rou e n gritos do a p l a u s o s ,
repitiendo muchas v e c e s :
— ¡ Fl a u t o r ! ¡ e l a u t o r ! p u e s t o ( p i e el h o m b r e d e tan v i g o r o s o s b r a z o s , ( p i e hasta e n t o n c e s e s t u v i e r a casi
c i b i d o , se habia r e t i r a d o al f o n d o d e l
inaper-
p a l c o , sin d u d a p a r a
d e s p a c h a r al o t r o i n t r u s o d e l m i s m o m o d o q u e d e s p a c h a r a
.i su c o m p a ñ e r o ; p e r o a m b o s se t r a s c o n e j a r o n p o r las g a lerías para
l i b e r t a r s e d e la s i l b a .
N o p a r e c i ó oslo s u f i c i e n t e , y e x c i t a d a d e u n a m a n e r a e x t r a o r d i n a r i a la c u r i o s i d a d g e n e r a l , q u e r í a s e a b s o l u t a m e n te q u e se p r e s e n t a r a el a u t o r
d e tan v i g o r o s a b r o m a , y
el
p u e b l o e n t o n ó este f o r m i d a b l e c o r o :
— ¡ lil a u t o r !
No pareció
mucho
¡el autor '
q u e este
lisonjero
la m o d e s t i a d e l autor
llamamiento
violenlase
d e un h e c h o tan
admirado,
el c u a l se a s o m ó al p a l c o , m u y s a t i s f e c h o
d e sí m i s m o , y
s a l u d o al p u e b l o c o n d e s e m b a r a z o , p o n i é n d o s e l a m a n o s o bre
el c o r a z ó n
con
a d e m a n e s de grotesca
confusión.
MARTIN EL EXPÓSITO.
¿M
R e d o b l á r o n s e l o s g r i t o s y los b r a v o s , y e l h o m b r e d e los
fuertes
brazos,
pañaba
d e s e o s o d e q u e u n a p e r s o n a q u e le a c o m -
participase de
tan l i s o n j e r a
ovación , volvióse
al
i n t e r i o r d e l p a l c o , y d e g r a d o ó p o r f u e r z a h i z o q u e se p r e sentará
algún
una m u c h a c h a bastante bonita, p e r o descarada
tanto confusa , e l e c t o de tan inesperada
y
presenta-
ción.
Este p r o c e d e r h i z o q u e se d i v i d i e r a n
p e c t o á la
conducta
los p a r e c e r e s r e s -
d e l h o m b r e d e los b r a z o s r o b u s t o s .
Aplaudieron unos con entusiasmo,
y á estos v o l v i ó l o s á
saludar nuestro hombre.
Silbaron otros, entre ellos
pañero , y también
sangre
fueron
Escipion
Durival
saludados con
y su c o m -
imperturbable
fría.
A p u n t o d e e s t a l l a r e s t a b a a c a s o una d i v i s i ó n hostil
t r e a m b o s p a r t i d o s , c u a n d o los neutrales
pezaron
en-
e n la c u e s t i ó n e m -
á pedir con atronadores gritos que continuase
la
representación.
Este ú l t i m o p a r e c e r r e c o n c i l i ó
á p o c o se fue r e s t a b l e c i e n d o
á los d i s i d e n t e s , y
el s i l e n c i o . S e n t ó s e
el
poco
hom-
b r e d e l o s b r a z o s l a r g o s ó un l a d o d e l p a l c o , la j o v e n
carada
Yo
á su f r e n t e , y c o n t i n u ó s e la
permanecía
hombre
de
des-
representación.
e n t a n t o i n m ó v i l y p a l p i t a n t e . . . . En
los g r a n d e s b r a z o s
acababa
el
de reconocer
á
RAMBOCIIA.
Era'su
talla
alta y d e s e n v u e l t a , y , c o m o e n sus p r i m e -
ros a ñ o s ,
llevaba
marcadas
sus c i n c o p u n t a s e n d e r r e d o r d e su a n c h a f r e n -
te
y
el
pelo rapado,
d a n d o á su f i s o n o m í a
ticular, (pie m e hizo
dejando de este
modo
un c a r á c t e r e n t e r a m e n t e par-
desde luego
c o n o c e r á mi c o m p a ñ e -
r o de infancia , c u y a s crespas y n e g r a s
p a t i l l a s , así c o m o
su b i g o t e , a u m e n t a b a n la r e s u e l t a y e n é r g i c a e x p r e s i ó n d e
su
faz; pero en vez de
c e s , feroz y sardónico,
s e r su s e m b l a n t e ,
parecióme
i n s o l e n t e , j o v i a l y b u r l e s c o . L u j o á la
r e v e l a b a el
c o m o otras v e -
(pie a u n
tiempo
par que mal
era
gusto,
traje d e R a m b o e h a , d e c u y o c h a l e c o d e I c r -
LOS
l-'niN U l i m i . O S .
c í o p e l o c l a r o , c o l g a b a una
ya
211
gruesa cadena de oro , en c u -
c a m i s a se v e í a n b o t o n e s d e b r i l l a n t e s , y c u y a s l a r g a s
manos,
enteramente descubiertas, por ¡pie ,
comodidad,
color de
to
llevaba
castaña,
dudosa ,
tepecho
llos
y
anunciaban
q u e sin
d e su
duda
una
las
limpieza
colojaba
palco para ostentar
que brillaban
Bambocha
para
a r r e m a n g a d a s las m a n g a s
algún t a n -
sobre el
an-
las p i e d r a s d e l o s a n i -
e n sus d e d o s . Sin d u d a
quesería
mayor
d e su f r a c
se
imaginaba
m a s e l e g a n t e si a p a r e n t a b a s e r c o r t o
d e v i s t a ; y d e v e z e n c u a n d o m i r a b a , p o r lo t a n t o , c o n su
b i n ó c u l o d e o r o ; e m p e r o sus a l e g r e s y r a s g a d o s o j o s y la n i n guna
gracia con
Banibocba
que miraba,
desmentía
su
pretension.
hacia p o c o c a s o do su c o m p a ñ e r a , q u e
llevaba
un s o m b r e r o n u e v o d e c o l o r d e rosa y un e x c e l e n t e c h a i .
La representación continuaba
permanecían
clavados en
con violencia y
en
tanto ; p e r o mis
ojos
Bambocha , latíame el corazón
reconocía aquella verdad de Claudio
Ge-
rard:
« Aun cuando
al c a b o d e d i e z ó d e v e i n t e a ñ o s e n c o n -
trases á fus c o m p a ñ e r o s , e x p e r i m e n t a r í a s q u e c o n el
dor antiguóse
te e n l a z a c o n
r e n o v a b a aquella amistad de infancia,
ar(pie
Basquina y con Bambocha. »
P a r e c í a m e , e n e l e c t o , q u e a p e n a s h a c i a a l g u n o s (lias q u e
m e Babia s e p a r a d o d e m i s c o m p a ñ e r o s , y
ni
siquiera
p r e g u n t a b a los m e d i o s a z a r o s o s , sin d u d a c u l p a b l e s y
v e z c r i m i n a l e s , e n v i r t u d d e los c u a l e s p o d í a
me
tal
Bambocha .
a r r u i n a d o r e c i e n t e m e n t e , p e r s e g u i d o c o m o c o n t r a b a n d isla,
y cómplice reconocido de
sé ( p i ó
tenebrosos
repito, como Bambocha
p e c i e d e lujo.
con q u e
Ni
me
sar m í o
placer
preguntaba,
presentarse con
cierta
es-
p r e g u n t a b a t a m p o c o si la c o n f i a n z a
al p ú b l i c o e r a
increíble audacia....
q u e de v o l v e r l o á
r e s u l t a d o d e su
solo
ver
pensaba e n tenia, y á
pe-
se h u m e d e c í a n m i s o j o s a ! c o n s i d e r a r q u e n o t a r -
daríamos en decirnos:
il!
podia
osaba p r e s e n t a r s e
i n o c e n c i a , ó d e su
t o n c e s e n el
L a - L e v r a s c y d e l L i s i a d o e n no
n e g o c i o s ; ni s i q u i e r a m e
— ¿ T é a c u e r d a s ? — P e r o al
i i
mis-
t\i
MARTIN
nio tiempo m e
El,
i n q u i e t a b a la
q u e Basquina debía
EXPÓSITO
idea d e si I i a m b o c b a sabría
a p a r e c e r e n la e s c e n a . . . . ¿ L a
B a m b o c b a el m i s m o a m o r q u e e n o t r o t i e m p o la
La presencia
pañero de
déla
mujer
que
estaba a l i a d o d e m i c o m -
i n f a n c i a , c o m p l i c a b a las
cuestiones que
m i s m o m e dirigía, y c u y a solución
esperaba
entreacto.
sin
O b s e r v á b a l o e n planto,
t a n t e d e vista, y n o t é
y
á mi
salieren
perderlo
q u e su c o m p a ñ e r a
l e dijo a l g u n a s p a l a b r a s
tendría
tuviera?....
se l e
un
el
ins-
aproximo
al o í d o , d e c u y a s r e s i d í a s , y a
pesar de
la d i s t r a c c i ó n q u e
la b a d a ,
h i z o m i a m i g o u n a s e ñ a l a f i r m a t i v a , y salió r e -
á Bambocba
proporcionara
pentinamente del palco.
— ¿ D e s e a b a V . v e r á Basquina? — m e dijo algunos m o mentos
d e s p u é s m i v e c i n o d e la i z q u i e r d a , p a r t i d a r i o d e -
clarado de
salir....
la p o b r e figuran ta , — p u e s c u i d a d o , q u e va á
Y a se o y e n los e s t a m p i d o s d e l t r u e n o ,
llamas del infierno y escúchase
el estruendo
b r i l l a n las
que anun-
cia su s a l i d a .
N o n e c e s i t o p o n d e r a r las i m p o n e n t e s y c u r i o s a s m i r a d a s
q u e d i r i g í h a c i a la
escena.
El t e a t r o r e p r e s e n t a b a e n t o n c e s
un s o m b r í o y p r o f u n d o
b o s q u e ; n u g i a la t o r m e n t a , y c o n t i n u o s r e l á m p a g o s i l u m i n a b a n el
El
tablado.
a s p e c t o d e la d e c o r a c i ó n
produjeron en mi
ánimo
y el estrépito
un e f e c t o ,
acaso
del
trueno
pueril,
pero
q u e m e o c a s i o n ó u n a r a r a i m p r e s i ó n y q u e casi m e a t e r r o rizó.
Recordaba que
bosque sombrío
y
do
algunos años a n t e s ,
y también
d ó n d e se o y e r a el e s t a m p i d o d e l
en
un
trueno,
d ó n d e c h i s p e a b a n los r e l á m p a g o s , se h a b í a n e n c o n t r a tres
Cinco
Basquina
vores, é
niños abandonados con tres niños ricos....
de
esos
niños,
Escipion, R o b e r t o ,
Bambocba,
y y o , se r e u n í a n a q u e l l a n o c h e , s i e n d o ya m a ignorando
m u t u a m e n t e su
presencia
en
aquel
t e a t r o , i p i e t a m b i é n r e p r e s e n t a b a un b o s q u e , c u y o s e c o s r e pelían
el estampido del trueno.
'21.!
LOS l'UNÁMIUII.OS.
Solo l'altba Itcgina , p o r o R e g i n a ; e s t a b a tan g r a b a d a e n
UN'
memoria, que
pudiera decirse que presenciaba a q u e -
lla e s c e n a
A b r i ó s e en
de
tanto,
y cuando mas
la b o r r a s c a , la p u e r t a
esas
llamas
rojizas
d e un
redoblaba
escotillón
(pie siempre
el
que
p r e c e d e n en
estrépito
vomitaba
los teatros
a la a p a r i c i ó n d e a l g ú n personaje; d i a b ó l i c o , y c e s a n d o l u e go y p o c o á p o c o la e r u p c i ó n , v i á B a s q u i n a q u e salia d e l
l o u d o d e los i n f i e r n o s .
T e n d r í a e n t o n c e s d e n n o s d i e z y seis á d i e z y s i e t e a ñ o s ,
y e r a su estatura , a l g o m a s q u e m e d i a n a , t a n e s b e l t a
m o e l e g a n t e ; e l ú n i c o d e f e c t o q u e se
cpie estaba
algo
Haca , e f e c t o
co-
le pudiera n o t a r , era
sin d u d a d e su
miseria
ó
d e sus p e s a r e s .
Kl p a n t a l ó n
color
de
carne
bujaba
el gracioso c o n t o r n o d e
mosura
desús
brazos y
h o m b r o s y d e su
su f a l d e l l í n
lor r o j i z o
níficos
y
sus
en
A pesar d e
figuras
la
mas y
mascón
cabalísticas de c o -
trenzas,
plata , m ó v i l e s c o m o
espaldas
her-
b l a n c u r a d e sus
su f r e n t e , c o r o n a d a d e
anchas y marmóreas
de crespón negro,
piornas, y
aumentaban
rubios formando
dos c u e r n e c i l l o s d o
en
garganta
argentino:
llevaba Basquina d i -
sus
la e n c a n t a d o r a
negro, sembrado de
cabellos
que
una
garzota , y
oscilaban dos
armadas con garras de
mag-
levantábanse
alas
plata.
t a n d i a b ó l i c o traje , q u e r a y a b a e n r i d í c u l o ,
causóme aquella aparición una
impresión , que
me
dejó
admirado del carácter v e r d a d e r a m e n t e satánico q u e supo
c o m u n i c a r B a s q u i n a á sus f a c c i o n e s , n o t a b l e s , sin e m b a r g o , p o r su a n g e l i c a l p u r e z a . C o m o n o l l e v a b a a r r e b o l , e s taba s u m a m e n t e p á l i d a , y solo e l b r i l l o d e sus g r a n d e s ojos
i l u m i n a b a su r o s t r o , b l a n c o c o m o u n a s á b a n a .
F u e r z a es r e n u n c i a r á p i n t a r el i n d e f i n i b l e c o n t r a s t e q u e
f o r m a b a a q u e l l a m i r a d a a r d i e n t e y casi f e b r i l , c o n la a m a r ga y g l a c i a l s o n r i s a ( p i e c o n t r a í a
a q u e l r o s t r o d i v i n o . Un
v a g o instinto d e c í a m e q u e n o e r a u n a m á s c a r a t o m a d a p o r
i'l'i
MARTIN
líl,
KXI'ÓSITO
a n t o j o y ú n i c a m e n t e p o r e x i g i r l o el p a p e l . ¡ O h ! n o , l i a r l o
m e acordaba de! acento resentido y feroz conque
Rasqui-
ñ a h a b i a b r i n d a d o a l o d i o d e los r i c o s , d e s p u é s d e
haber-
se v i s t o , c o m o n o s o t r o s , r e c h a z a d a c o n d e s d e n p o r l o s r i c a churlos
del
bosque
júbilo salvaje con
de, C h a n t i l l y .
Harto m e
acordaba
del
q u e b r i l l a r o n sus f a c c i o n e s , hasla e n -
t o n c e s tan b o n d a d o s a s , c u a n d o al l l e g a r la n o c h e m e l l e v é
en brazos á Regina d e s m a y a d a . . . . ¡ O l í ! no : sobrado c o n o cí q u e e n e l p a p e l d e g e n i o m a l i g n o ,
e l a l m a d e B a s q u i n a p o r el
en
e x a s p e r a d a sin d u d a
infortunio, reflejábase
entera
su r o s t r o . L a f a t a l i d a d h a b í a l a h e c h o c o m o d e
intento
p a r a d e s e m p e ñ a r a q u e l papel.. . q u e le hacia
representar
el a c a s o . La p r o f u n d a i m p r e s i ó n q u e h a c i a e n a l g u n a s
m a s d i s t i n g u i d a s , era una prueba d e q u e habia
m a s q u e la
allí
alalgo
r e p r o d u c c i ó n d e u n p a p e l i n s i g n i f i c a n t e e n sí
mismo.
La a p a r i c i ó n d e R a s q u i ñ a , sus a d e m a n e s , y su fisonomía
e n e x t r e m o d r a m á t i c o s , al p r i n c i p i o n o f u e r o n a p l a u d i d o s .
¿ P o r q u é ? A h o r a m e l o e x p l i c o . P a r a la m a y o r p a r l e d e los
a b o n a d o s á a q u e l t e a t r o , R a s q u i ñ a era s o l o u n a c ó m i c a linda
a l g o Haca y s o b r a d o d e s c o l o r i d a . En c u a n t o al c o r t o n ú m e ro d e e s p e c t a d o r e s c a p a c e s d e a p r e c i a r su m é r i t o , e n
neral tributaban m u y pocos aplausos
Pero me
ge-
equivo-
co : Baltasar g r i t ó :
— ¡ Esta m u j e r e s a s o m b r o s a ! . . . ¡ s u b l i m e ! y a p l a u d i ó con
frenesí.
T a l v e z sus a p l a u s o s h u b i e r a n h a l l a d o e c o e n t r e los e s p e c t a d o r e s , p u e s n o h a y cosa
ca c o m o
la a d m i r a c i ó n ; al
frecuencia
tan f r e c u e n t e m e n t e e l é c t r i -
paso q u e también
basta el m a s l e v e i n c i d e n t e
con
mucha
p a r a h e l a r el
en-
t u s i a s m o ; y esto p r e c i s a m e n t e a c o n t e c i ó e n t o n c e s . Risotad a s b u r l o n a s d e un l a d o , y g r i t o s r e p e t i d o s d e silencio,
d a b a d e s i l e el p r o s c e n i o
el
que
v i z c o n d e Esoipion , a g u a r o n el
c o n t a g i o d e l o s a p a s i o n a d o s bravos
desanimarse , e m p e z ó de n u e v o
d e Baltasar. P e r o é l , sin
á a p l a u d i r c o n todas sus
f u e r z a s . Esta t o r p e z a , a u n q u e b i e n i n t e n c i o n a d a , a r r a n c ó
i-Ui
HASOUIÑA.
n u e v o s g r i t o s d e silencio,
que ya
n o se l i m i t a r o n al
palco
del vizconde.
En c u a n t o ¿í B a s q u i n a , p r e o c u p á b a l a
á (al p u n t o su p a -
p e l , q u e p a r e c í a e x t r a ñ a á los s u c e s o s d e l p a t i o , basta q u e un
nuevo
i n c i d e n t e , vino á disipar las ilusiones escénicas de
aquella pobre cómica.
XXIV.
ItiiMljiíiña.
Para c o m p r e n d e r el accidente q u e de
improviso
vino á
t u r b a r á Basquina
e n m e d i o d e su r e p r e s e n t a c i ó n , es
dispensable
algo
decir
s o b r e una
escena , p u e r i l ,
in-
y aun
m a l a si se q u i e r e , d e ( p i e , sin e m b a r g o , s a b i a B a s q u i n a sacar sorprendentes electos.
Salido de los infiernos el U e n i o d e l mal ( B a s q u i n a r e p r e s e n t a b a e l g e n i o d e l m a l , antagonista
permanecía
d e la liada
benéfica
un i n s t a n t e i n m ó v i l , c o n l o s b r a z o s
) ,
cruzados
s o b r e e l p e c h o ; l u e g o se a c e r c a b a á A r l e q u í n , q u e d o r m í a
bajo la é g i d a t u t e l a r d e la l i a d a d e P l a t a , r e p r e s e n t a d a p o r
(Uorinda , m u c h a c h a
rcgordeta,de
fisonomía
expansiva,
y d e p r e n d a s d e i n d i s c r e t o r e a l c e . Vestía esta p r o t e c t o r a d e
Arlequín
un traje
de gasa do
c o l o r d e rosa y
plateado ,
y l l e v a b a e n la m a n o u n d o r a d o c u e r n o d e la a b u n d a n c i a ,
del cual sacaba
flores,
y las a r r o j a b a c o n toda su g r a c i a s o -
b r e el d o r m i d o A r l e q u í n : s i e n d o esto e m b l e m a
significati-
vo del risueño destino q u e le p r e p a r a b a .
B a s q u i n a , s i e m p r e c o n los b r a z o s c r u z a d o s ,
se a d e l a n -
taba d e s p a c i o hacía la l i a d a d e P l a t a , y e s i m p o s i b l e d e s c r i b i r la s a r d ó n i c a c o m p a s i ó n c o n q u e al p a r e c e r
plaba
los v a n o s
h e c h i z o s d e la H a d a ,
que
se
contemdeshacía
« u b r i e n d o á su p r o t e g i d o c o n flores a l e g ó r i c a s . H u b o un i n s I !
M MITIN
2ÍG
El.
EXPÓSITO.
lauto en q u e Basquina , e n c o g i e n d o
b r o s , dio
ligeramente
los h o m -
u n p o s t r e r p a s o h a c i a la Hada benéfica....
un solo
p a s o ; p e r o a c o m p a ñ a d o d e c i e r t a o n d u l a c i ó n d e c u e l l o tan
v i p e r i n a , y d e una m i r a d a tan p r e ñ a d a d e a m e n a z a s y d e
s i n i e s t r a f a s c i n a c i ó n , q u e la Hada b e n é f i c a q u e d ó c o m o h e rida p o r
a q u e l i n m ó v i l t e r r o r q u e s o b r e c o g e á la
q u e fascina el
reptil
víctima
antes de devorarla. A v a n z a n d o enton-
c e s el l i a d a h a c i a B a s q u i n a , paso á p a s o y c o m o atraída p o r
u n p o d e r m á g i c o , a l a r g á b a l e c o n m a n o t r é m u l a el
dorado
c u e r n o . D e él t o m ó B a s q u i n a u n a flor , u n a l i n d a rosa
c i é n a b i e r t a , q u e e n s e ñ ó á la H a d a c o n c i e r t a sonrisa
dónica y glacial. como
resar-
p a r a h a c e r l e a d m i r a r toda la l o z a -
nía d e a q u e l l a t i e r n a flor. En s e g u i d a , a r r i m a n d o la rosa á
sus l a b i o s ,
l e dio
un l e v e soplo, q u e i n s t a n t á n e a m e n t e
la
volvió n e g r a , y quedó deshojada.
N o , n u n c a o l v i d a r é el g e s t o , el a d e m a n , la m i r a d a , la
sonrisa ; e n u n a p a l a b r a , la f i s o n o m í a de.Basquíña c o n c u a n to m a n i f e s t ó d e i r o n í a d e s a p i a d a d a y d e s a n g r i e n t o s a r c a s m o , c u a n d o e n v e n e n ó c o n su m o r t a l
a l i e n t o a q u e l l a flor
t i e r n a y l o z a n a , c o m o las e s p e r a n z a s c i l u s i o n e s d e la
ju-
v e n t u d ; así c o m o el d e s d e n c o n q u e , b a j a n d o sus o j o s , e n
q u e c e n t e l l e a b a un brillo siniestro, c o n t e m p l a b a y pisoteaba
los r e s t o s d e la r o s a . N o c r e í q u e se p r o l o n g a s e la e s c e n a ,
p e r o m e e n g a ñ é ; p r o n t o l l e g ó una p e r i p e c i a aun mas i n t e resante.
D e s p u é s d e la rosa , t o m ó R a s q u i ñ a
millete virginal
e n el c u e r n o un r a -
de mirto y de azahar, emblema
ilo la n o v i a d e A r l e q u í n . S o b r e c o g i d a
el Hada
sin d u d a
benéfica de
n u e v o t e r r o r , e c h ó s e á h i s p í a n l a s d e B a s q u i n a c o n las m a nos c r u z a d a s y s u p l i c a n t e s , c o m o
p i d i e n d o g r a c i a p o r el
ramillete.
Rasquiña,
primero
inexorable, y
r e c h a z a n d o con
frió
d e s d e n las súplicas del Hada benéfica , apretaba con m a n o
convulsa y triunfante el r a m i l l e t e ; pero d e repente p a r e ció e n t e r n e c e r s e ,
y
contemplarlo
con cierta
compasión
p r o g r e s i v a . P o c o á p o c o l a s f a c c i o n e s d e la j o v e n
tomaron
BASQUINA.
217
:i(|iiell.i e x p r e s i ó n ile a n g e l i c a l d u l z u r a y a d o r a b l e
( p i e lan á m e n u d o e n su i n f a n c i a l e h a b í a
candor
visto. Lejos de
b o l l a r el r a m i l l e t e d e m i r t o , a c a r i c i á b a l o B a s q u i n a c o u
gesto y las m i r a d a s c o n
inocente y
encantadora
el
ternura.
I m p o s i b l e e s i m a g i n a r toda la g r a c i a , el e n c a n t o y la s e d u c c i ó n i r r e s i s t i b l e q u e h a b í a e n la m í m i c a d e B a s q u i n a ; p o r
lo q u e el l i a d a b e n é f i c a , r i s u e ñ a , f e l i z y t r a n q u i l a , b e s a ba las m a n o s al Genio
del mal,
c r e y e n d o s a l v a d o el r a m i -
llete ; ¡ p e r o ah ! v a n a e s p e r a n z a ! D e r e p e n t e el Á n g e l c o n v i é r t e s e otra v e z e n
q u i n a el
demonio,
con
un s o p l o agosta B a s -
r a m i l l e t e , d a n d o u n a c a r c a j a d a s a r d ó n i c a al p a r
q u e s o n o r a y a r m o n i o s a ; l u e g o disuelve,
si se m e p e r m i t e la
e x p r e s i ó n , las ú l t i m a s v i b r a c i o n e s d e a q u e l l a s i n i e s t r a c a r c a j a d a e n el a n d a n t e d e un c a n t o
l l e n o d e bravura
u n c a r á c t e r v i g o r o s o y f e r o z ( la m ú s i c a , s e g ú n
y
de
supe d e s -
p u é s , era c o m p o s i c i ó n d e ella m i s m a ) la l e t r a , p o c o m a s
ó m e n o s t e n í a la s i g u i e n t e s i g n i f i c a c i ó n :
« Soy
el g e n i o
«aliento
del m a l ,
g l a c i a l turba
y
el
mal
todo p l a c e r ,
es mi
y
dominio;
m e basta
il t a r m e p a r a c o n v e r t i r la f e l i c i d a d e n a m a r g u r a
mi
presenetc.»
C a n t a b a B a s q u i n a esta a r i a , c u y a letra e r a d o m é r i t o m e m e n o s q u e m e d i a n o , con a d m i r a b l e e x p r e s i ó n , q u e le c o m u n i c a b a un a c e n t o t e r r i b l e . Su v o z Aemezzo
soprano,
junta-
m e n t e g r a v e , aterciopelada , sonora y vibrátil , b i z o estrem e c e r t o d a s las c u e r d a s d e m i c o r a z ó n .
N o fui y o solo q u e sentí la p r o f u n d a i m p r e s i ó n c a u s a d a
por aquel raro talento....
P e n d i e n t e d e los l a b i o s d e B a s q u i n a , c o m o se d i c e c o m u n m e n t e , dirigí por casualidad
la v i s t a al p a l c o
donde
estaba B d t a s a r y R o b e r t o d e M a r e u i l , s i t u a d o e n e l p r o s cenio.
e s c u c h a b a á B a s q u i n a el poeta c o n un i a d m i r a c i ó n , q u e
se traslucía en sus g e s t o s y a d e m a n e s , h i j o s d e u n e x c é n trico entusiasmo. A l c o u l r a r i o R o b e r t o de M a r e u i l , e s c u c h á bala r e c o g i d o e n é x t a s i s .. Al p r i n c i p i o , s e n t a d o e n el f o n d o
del p a l c o ,
y después como aterrado
á pesar suyo por
el
áiS
M A R T I N E L EXPÓSITO.
c a n t o , la m í m i c a y la h e r m o s u r a d e B a s q u i n a , s a c ó p o c o a
poco
la c a h e z a : a p o y a n d o u n a m a n o e n e l a n t e p e c h o
palco , y no separando
parecía como
En
un instante de Basquina
del
la v i s t a ,
fascinado.
f r e n t e d e l p a l c o d e R o b e r t o , y e n e l piso
superior,
h a b i a e l p a l c o d c B a m b o c h a . P r o l o n g á b a s e la a u s e n c i a
e s t e ; la j o v e n q u e h a b i a
ido en
su c o m p a ñ í a
de
estaba aun
sola ; y p a r e c i ó m e q u e , lo m i s m o q u e la m a y o r p a r t e
de
los e s p e c t a d o r e s , m i r a b a c o n harta indiferencia , ó i g n o r a ba c o m p l e t a m e n t e el maravilloso
descubría
Basquina, figuranta
talento
que de
desconocida.
repente
P e r o ese
ta-
l e n t o e r a t a n d o m i n a n t e , q u e los m a s r e b e l d e s á su i m p e r i o l o s u f r í a n sin c o n o c e r l o . A s í , m i e n t r a s que, m i c o l a t e r a l
d e la d e r e c h a e s c u c h a b a c o n m u d o a r r e b a t o á B a s q u i n a ; e l
d e mi izquierda
— No
decia volviéndose á m í :
l o d i j e . . . ¿ O y e V . á esa B a s q u i n a ? . ,
m e el c o r a z ó n ! . ,
¡cómo
amedrenta , ó que
dad
¡cómo opri-
lo e n t r i s t e c e ! . . . . Diríase q u e
la d e t e s t a m o s
Y
nos
j u r o q u e es
ver-
q u e la d e t e s t o . . . T i e n e u n a i r e tan m a l i g n o ,
¡que
e s t o y p o r s i l b a r l a ! . . . . G l o r í n d a e s o t r a cosa ; esta sí q u e n o s
r e g o c i j a . . . y n o n o s da p e n a !
N o sé l o q u e h u b i e r a r e s p o n d i d o á m i c o l a t e r a l ,
á
no
h a b e r m e distraído el accidente q u e debo explicar.
Hallábase
B a s q u i n a e n lo m e j o r d e su aria , q u e e j e c u -
taba con una fuerza d e e x p r e s i ó n s i e m p r e p r o g r e s i v a , c u a n d o d e i m p r o v i s o la i n t e r r u m p i ó u n a c o n t e c i m i e n t o
inespe-
rado.
E l v i z c o n d e E s c i p i o n t u v o la d e s g r a c i a d o e c h a r c o m o al
d e s c u i d o e n m e d i o d e la e s c e n a ,
fulminantes , que habia comprado
poner
en e j e c u c i ó n
un
p u ñ a d o de petardos
a n t e s d e e n t r a r , para
aquella travesura
y no era, según
d e c í a n , la p r i m e r a v e z q u e t e n i a l u g a r e n a q u e l t e a t r o .
B a s q u i n a , á l o m e j o r d e s u a r i a , pisó c a s u a l m e n t e a l g u n o s d e d i c h o s p e t a r d o s f u l m i n a n t e s , y e l e s t a l l i d o le c a u só tal m i e d o , q u e dio
p i e e n una p a r t e d e
u n salto a t r á s , y e n r e d á n d o s e l e
la d e c o r a c i ó n , casi al n i v e l
el
del s u e -
HlSonÑA.
MU
l o , y q u e o c u l t a b a el e s c o t i l l ó n p o r d o n d e se b a b i a a p a r e c i d o , t r o p e z ó y c a y ó . . . p e r o d e u n a m a n e r a tan d e p l o r a b l e
y r i d i c u l a . . . q u e p a r t i e r o n d e l p r o s c e n i o d o n d e se h a l l a b a
el v i z c o n d e L s c i p i o n , i n e x t i n g u i b l e s r i s o t a d a s y a g u d o s s i l b i d o s q u e h a l l a r o n e c o g e n e r a l e n el p a t i o . L a r i d i c u l a c a í da h i z o r e í r t a n t o m a s á los e s p e c t a d o r e s , c u a n t o q u e
m u c h a c h a representaba un g e n i o a m e n a z a d o r y
La d e s g r a c i a d a , l e v a n t á n d o s e sin c o l o r e n el r o s t r o ,
al v i z c o n d e
una m i r a d a
espantosa
p o r la r a b i a
la
terrible.
y
echó
el odio
q u e e n t r a ñ a b a . . . L u e g o q u i s o h u i r d e la e s c e n a , p e r o , e n
m e d i o d e su t u r b a c i ó n p o r d o s v e c e s se e q u i v o c ó d e
d o r e s . E n t o n c e s los Fueras,
doblaron
basti-
los s i l b i d o s y las r i s o t a d a s r e -
p o r t o d a s p a r t e s , hasta ( p i e la i n f e l i z h a l l ó u n a
salida, y desapareció del escenario enteramente
fuera
de
sí.
Al m i s m o t i e m p o ocurrían otros sucesos q u e l l e v a r o n al
c o l m o el t u m u l t o .
L l e g a b a R a m b o e h a á su p a l e o , c a r g a d o c o n un s a q u í t o d e
n a r a n j a s , para o b s e q u i a r á su c o m p a ñ e r a , e n el i n s t a n t e e n
q u e tenia l u g a r el l a n c e d e los p e t a r d o s y c o n s e c u t i v a c a í da d e b a s q u i n a ; l a n c e c u y a s p e r i p e c i a s , a u n q u e m u y
gra-
v e s , f u e r o n r á p i d a s c o m o el p e n s a m i e n t o . . . . R e c o n o c e r
nuestra amiga de infancia
Hasquiña
del
aquí estoy yo
vizconde;
v é s al
abofetear,
gritar con voz
s a l t a r al t e a t r o , c o r r e r al
por decirlo
asido
á
estentórea:
palco
un s o l o r e -
v i z c o n d e , á su p a d r e y al a y o , e n el i n s t a n t e
en
( p i e Basquina d e s a p a r e c í a . . . . r e v e n t a r un bastidor con un
p u n t a p i é , y a b r i r s e p a s o p o r él p a r a p e n e t r a r d e t r á s d e l e s c e n a r i o y j u n t a r s e c o n la a b o c h o r n a d a m u c h a c h a . . .
'iodo
fue o b r a d e u n i n s t a n t e .
El a s o m b r o p r o d u c i d o p o r la i n a u d i t a a u d a c i a d e
aquel
h o m b r e d e j ó por a l g ú n t i e m p o m u d o s é i n m ó v i l e s ó los e s p e c t a d o r e s ; q u i e n e s d u d a b a n si d e b í a n d a r c r é d i t o á sus
ojos, c u a n d o ya R a m b o c b a h a b í a d e s a p a r e c i d o . P e r o p r o n to el t u m u l t o , s u s p e n d i d o m o m e n t á n e a m e n t e , l l e g ó á s e r
espantoso.
áot)
.MAII I I N
EL
EM'uSl'l
o
lili c u a n t o á mí , d e s d o q u e vi a [ t a m b o c h a
penetral'por
los b a s t i d o r e s e n s e g u i m i e n t o d e B a s q u i n a , un p e n s a m i e n to , s ú b i t o c o m o el r a y o , m e l e v a n t ó , p o r d e c i r l o asi, d e mi
a s i e n t o , m e h i z o a t r a v e s a r e n un a b r i r d e o j o s las a p r e t a d a s filas d e e s p e c t a d o r e s q u e m e r o d e a b a n , y l u e g o s a l i e n d o d e l t e a t r o , d e un salto m e p u s e á la p u e r t a d e los a d o r e s , q u e salia á la c a l l e d o n d e fui a q u e l l a m a ñ a n a á a l q u i l a r u n p a l c o , lín el m i s m o p u n t o e n q u e l l e g u é p a l p i t a u l e ,
c h o c a r o n f u e r t e m e n t e c o n m i g o d o s p e r s o n a s , q u e liuian á
todo c o r r e r del
quina ,
interior del teatro. Eran Bamboclia y Bas-
e m b o z a d a esta e n su c a p a , y p u d i e n d o a p e n a s sos
tenerle.
Conociendo
lo p e l i g r o s o ó i n t e m p e s t i v o de un r e c o n o c i -
m i e n t o e n s e m e j a n t e s a z ó n , y v i e n d o á d o s pasos e l c o c h e
de, m i s a m o s , d i j e á B a m b o c b a , c o g i é n d o l o
p o r el
brazo:
— A q u í h a y u n c o c h e , suba V .
En u n s e g u n d o a b r í la p o r t e z u e l a
d e l c o c h e á los
fugitivos. V e n i a t a n o p o r t u n a m e n t e a q u e l
c o r r o , q u e l i a m b o c h a , sin p a r a r s e á a v e r i g u a r c o m o
c o c h e se h a l l a b a allí
dos
inesperado soaquel
tan á p u n t o , a r r o j ó , p o r d e c i r l o asi ,
d e n t r o á B a s q u i n a y s u b i ó t r a s e l l a d e un
brinco, dioién-
dome:
— S e l e p a g a r á á V . b i e n . . V a m o s a d o n d e le p l a z c a ; p e r o
volando.
— V o l a n d o , á la p u e r t a d e la E s t r e l l a , — d i j e al c o c h e r o ,
( p i e d i s p e r t ó s o b r e s a l t a d o e n su a s i e n t o ; y d e un s a l l o m e
s u b í ó la t r a s e r a d e l c o c h e .
Alejánionos
con
r a p i d e z ; sin
e m b a r g o , piulo ver
co-
m o se a m o t i n a b a u n t r o p e l d e g e n t e al r e d e d o r d e l t e a t r o ,
m i e n t r a s á l o l e j o s b r i l l a b a n los f u s i l e s d e los s o l d a d o s , q u e
sin d u d a f u e r o n á b u s c a r á la g u a r d i a m a s i n m e d i a t a .
No me
sentía
alegre : contemplaba
ese
coche
cuya
t r a s e r a o c u p a b a y o , y que, e n c e r r a b a los a m i g o s d e mi inf a n c i a ; c u a n d o d e r e p e n t e , a d v e r t i d o sin duda el c o c h e r o p o r u n t i r ó n e n las r i e n d a s , q u e
l l e v a b a arrolladas en
la m u ñ e c a , d e t u v o los c a b a l l o s . Casi e n el m i s m o i n s t a n t e ,
H.\SOUIÑ,\.
251
b a j ó s e un c r i s t a l — y oí la v o z d e l l a n i b o c h a
gritando
es-
— ¡ A l t o ! A l t o . . . . se lia d e s m a y a d o , ¡ D i o s m i o ! ¡ q u é
ha-
pantado :
cer ahora !
Ya
ningún
riesgo
c o r r í a m o s de ser
nos h a l l á b a m o s e n el boulevard
p e r s e g u i d o s , pues
así c o r r í á
de Saiid-Denis;
la p o r t e z u e l a .
— Buen m u c h a c h o , —
díjomc
Danihocha , <—ignoro
d o n d e d e m o n i o s saliste p a r a a c u d i r
tan á p u n t o á
de
nuestro
s o c o r r o , y m u c h o m e n o s sé lo q u e ha e l l o te ha m o v i d o ;
p e r o . . . . n o t e p e s a r á . . . lista j o v e n ( p i e v i e n e e n m i c o m p a ñía se lia d e s m a y a d o , y n e c e s i t o é t e r . . . v i n a g r e . . . D e s p u é s
¡ r e m o s á mi c a s a . . .
y podrás
llevarle
otra v e z e l
coche,
lintre tanto toma : ahí tienes con q u e c o m p r a r é t e r . . .
qué-
date con la \ u e l t a .
Y
m e puso e n la m a n o u n a p i e z a d e á d o s l u í s e s .
— Mil g r a c i a s , c a b a l l e r o , — d i j e d i s i m u l a n d o m i
ción , y p r o b a n d o c i e r t o p l a c e r en c o n s e r v a r
emo-
aun por
al-
g u n o s instantes m a s mi i n c ó g n i t o .
— M u c h o s b o t i c a r i o s d e b e d e h a b e r e n la c a l l e d e
Drnís:
Saint
v a m o s á r e c o r r e r l a c o n el c o c h e .
— T i e n e s r a z ó n . . . . ¡ p r o n t o ! .. ¡ v i v o !
Y Bambocha
bajó
los d e m á s
cristales del c o c h e
para
( p i e B a s q u i n a t u v i e s e m a s a i r e , m i e n t r a s la s o s t e n í a
b r a z o s sin
movimiento,
según m e p a r e c i ó . — M i
en
consejo
e r a e x c e l e n t e ; e n b r e v e h a l l a m o s una b o t i c a , d o n d e c o m p r e un I r a s c o d e é t e r . . . . B a m b o c h a lo h i z o r e s p i r a r á B a s q u i n a , q u e n o t a r d ó e n v o l v e r e n su a c u e r d o .
— A h o r a , v a m o s á casa — d í j o m c
de los Pirineos
calle
ele.
Bambocha. — r o s a d a
Pelit-Lion-Saint-Sauveur.
Di las s e ñ a s al c o c h e r o
y
o c u p é o t r a v e z mi
puesto ,
t r a n q u i l o s o b r e la s a l u d d e B a s q u i n a . P e n s a n d o e n la s o r p r e s a q u e iba á c a u s a r
á mis amigos de infancia,
olvidé
e n t e r a m e n t e á mis a m o s , q u i e n e s , sí h a b í a n s a l i d o d e l
tea-
tro , p r o b a b l e m e n t e se h a l l a r í a n m u y i n q u i e t o s , t a n l o p o r
mi c o m o p o r su c o c h e .
Íí'i2
E L EXPÓSITO.
MARTÍN
L u e g o q u e l l e g a m o s á la c a l l e d e
vcur
l'etU-Linn-Saint-Stm-
, d i j e al c o c h e r o , a n t e s d e a b r i r la p o r t e z u e l a :
— A s i q u e se h a y a n a p e a d o l a s p e r s o n a s q u e v a n d e n t r o
d e l c o c h e p o r o r d e n d e mi a m o , se v u e l v e V. al m o m e n t o ,
q u e y a n o le n e c e s i t a m o s .
Aunque
Basquina
se h a b i a
r e c o b r a d o , hallábase,
d é b i l , y fue p r e c i s o p a r a b a j a r l a d e l c o c h e q u e
la c o g i e s e e n
brazos , diciéndole
cuando
muy
Bambocha
e s t u v i m o s e n la
c a l l e , y m i e n t r a s se a l e j a b a n l o s c a b a l l o s :
—
E s p e r a ; a n t e s d e e n t r a r e n casa , d e j a q u e te e m b o c e
c o n tu c a p a , y
te c u b r a c o n
su c a p u c h o ; esos i m b é c i l e s
p o r t e r o s d e l a s c a s a s d e h u é s p e d e s son t a n c u r i o s o s y p a r l a n c h i n e s , q u e al v e r tu t r a j e t e a t r a l a l b o r o t a r í a n e l b a r r i o .
— T i e n e s r a z ó n , — respondió Basquina con voz d e s m a y a d a y t e m b l a n d o d e Trio.
Mientras
Bambocha
traje d e B a s q u i n a , y o
trataba
de
ocultar con
la c a p a el
m e q u e d é e n la s o m b r a , y c o n
el
t o n o m a s b a j o q u e m e fue p o s i b l e t o m a r p a r a d i s i m u l a r mi
v o z , dije entonces á mi a m i g o :
— C a b a l l e r o , ahí t i e n e V . la v u e l t a d e los c u a r e n t a
cos q u e m e
fran-
dio.
— Y a h e d i c h o q u e e r a n p a r a tí , m u c h a c h o .
— Gracias,
caballero. Pero
si c r e e
V. d e b e r m e
algún
agradecimiento , c o n c é d a m e algo mas.
Y esto d i c i e n d o , p u s e e l d i n e r o e n m a n o s d e B a m b o c h a .
— ¿Y
qué diablos pretendes?
repuso mas
y
mas
sor-
prendido.
— Permítame V. decirle
d o s p a l a b r a s e n p a r t i c u l a r , en
su c a s a .
—
sión
Enhorabuena ; ello hay
en este
lance
cierta
confu-
que deseo aclarar. Sigúenos.
Llamó
Bambocha
ala
puerta
só d e p r i s a p o r d e l a n t e d e
d e la casa ; a b r i e r o n ; pa-
la h a b i t a c i ó n del p o r t e r o ; pero
este c o r r i ó hacia él g r i t a n d o :
— ¿ Quién es V , c a b a l l e r o ?
— ¿Pardiez,
quién he de s e r ?
respondió Bambocha
sin d e t e n e r s e
Yo. ¿ No me
conoce Y ?
I I A S O - U I Ñ v.
— i, l ' e r o q u i é n es V ?
— ¡ F u e g o d e D i o s ! s o y el c a p i t á n B a m b o c b a .
— ¡ A h ! perdone, caballero, perdone , señor capitán ; no
k' liabia c o n o c i d o , d i j o el p o r t e r o c o n h u m i l d e r e s p e t o , q u e
m e p r o b ó q u e mi a m i g o g o z a b a d e c i e r t a c o n s i d e r a c i ó n
en
la casa.
C o r l é el i n t e r r o g a t o r i o , ( p i e el p o r t e r o iba á d i r i g i r m e
también , diciendo:
— Subo en c o m p a ñ í a del capitán.
— lista m u y b i e n , m u c h a c h o , r e s p o n d i ó
el portero.
L u e g o , v o l v i e n d o e n s í , dio a p r e s u r a d o a l g u n o s
pasos
hacia f u e r a d e su h a b i t a c i ó n , y d i r i g i ó s e á B a m b o c h a , q u e
empezaba
á subir la e s c a l e r a d i c i é n d e l e :
— S e ñ o r c a p i t á n , se m e o l v i d a b a d e c i r á V . q u e e l s e ñ o r M a y o r ha v e m d o t r e s v e c e s á p e d i r p o r V .
— Q u e él d i a b l o c a r g u e
c o n él y c o n V . por añadidura ,
— r e s p o n d i ó B a m b o c h a sin d e j a r
do subir.
— - E l s e ñ o r c a p i t á n t i e n e s i e m p r e su d o n a i r e e n l o s l a b i o s , — dijo el p o r t e r o , q u e m e p a r e c i ó y a a c o s t u m b r a d o á
los á s p e r o s
m o d a l e s d e m i a m i g o , y estaba
m u y lejos d e
formalizarse por ellos.
B a m b o c b a se d e t u v o e n la m e s e t a
e n t r a m o s e n su casa. A r d í a
del segundo piso,
una p e q u e ñ a
lámpara
y
e n la
antesala ; a b r i ó B a m b o c h a u n a p u e r t a l a t e r a l , y d i j o á Basquina :
— Éntrate ahí... todavía habrá
f u e g o b a j o la c e n i z a ; c a -
l i é n t a t e , q u e al i n s t a n t e v u e l v o .
A p e n a s q u e d a m o s solos , v o l v i é n d o s e á m í , m e dijo :
— A h o r a v e n g o á tí, m u c h a c h o . E n p r i m e r l u g a r d i m e . . .
Pero no pudiendo disimular y o m a s , m e eché de r e p e n t e al cuello d e B a m b o c h a e x c l a m a n d o :
— ¡Qué ! ¿ no r e c o n o c e s á Martin ?
Sorprendido
B a m b o c h a , dio un paso
razándose d e mis b r a z o s , para
mejor
atrás , d e s e m b a -
examinarme;
l u e g o , a t r a y é n d o m e á sí y a b r a z á n d o m e
también
m e n t e c o n t r a su p e c h o , e x c l a m ó c o n v o z sofocada
ni.
pero
fuertep o r la
i;¡
MAUT1ÍN
25i
KL
KXI'ÓSiro.
e m o c i ó n , y v o l v i e n d o la c a b e z a hacia el c u a r t o i n m e d i a t o
— ¡Rasquiña ! ¡es Martin!
Oí , p o r d e c i r l o a s í , un s a l t o c n a q u e l c u a r t o ; a b r i ó s e la
p u e r t a , y B a s q u i n a , m e d i o e m b o z a d a t o d a v í a c o n su c a p a ,
se p r e c i p i t ó á la a n t e s a l a , s a l t ó m e al c u e l l o ,
mezclando
sus m u d o s a b r a z o s y sus l á g r i m a s , á l o s a b r a z o s y l á g r i m a s
d e R a m b o c h a , y á los m í o s ; p u e s t o d o s l l o r á b a m o s .
Medió
u n i n s t a n t e d e p r o f u n d o s i l e n c i o , d u r a n t e el c u a l p e r m a n e c i m o s e s t r e c h a m e n t e a b r a z a d o s , solo i n t e r r u m p i d o alguna
v e z p o r los s o l l o z o s d e esa a l e g r í a
profunda
y convulsiva
( p i e h a c e d a r s a l t o s al c o r a z ó n .
— ¡ O h ! ¡ b e n d i t o s e á i s , Dios m i ó , q u e c o n tales i n s t a n t e s
hacéis olvidar días.... años enteros de infortunio! ¡ Bendito
s e á i s ; p u e s tan m a g n í l i c a m e n l e d o l á i s á v u e s t r a s c r i a t u r a s ,
que
hasta las m a s p e r v e r s a s y m i s e r a b l e s p u e d e n a u n g o -
z a r d e estos a r r e b a t o s , c u y a
i n e f a b l e d u l z u r a y santa e l e -
v a c i ó n las a c e r c a á v u e s t r a d i v i n i d a d !
L o s I r e s é r a m o s v í c t i m a s d e la f a t a l i d a d ,
frido m u c h o , c o m e t i d o acciones
habíamos
su-
c u l p a b l e s , nuestro p o r -
v e n i r era aun mas s o m b r í o q u e nuestro pasado ; y no o b s t a n t e , en aquella efusión divina
que
confundía
nuestras
a l m a s , e s t o s s u f r i m i e n t o s , e s t e p a s a d o s o m b r í o , este
r i b l e p o r v e n i r , q u e d a r o n d e l todo o l v i d a d o s . ¿ Y
ter-
nuestras
f a l t a s , c o n s e c u e n c i a casi forzosa d e la m i s e r i a y del a b a n d o n o , a c a s o n o d e b í a o l v i d a r l a s y p e r d o n a r l a s ¡ Dios m í o ! v u e s tra m i s e r i c o r d i a y v u e s t r a j u s t i c i a ? tanto m a s , c u a n t o q u e
n o t o d o estaba m a n c i l l a d o , n o t o d o m u e r t o e n las
almas
de aquellos q u e , después de h a b e r delinquido , eran todavía capaces de
d i s f r u t a r r e l i g i o s a m e n t e las c e l e s t i a l e s d e -
l i c i a s d e la a m i s t a d !
t:o.spi»KK<:i
t.s.
XXV.
Confidencias.
— Varaos p u e s á n u e s t r o c u a r t o , y v e á i n o n o s las c a r a s ,
e x c l a m ó B a m b o c h a , c a l m a d a la p r i m e r a e x p l o s i ó n d e j ú b i lo q u e p r o d u j o n u e s t r o e n c u e n t r o .
E n t r a m o s e n la p i e z a i n m e d i a t a , q u e se b a i l a b a m u c h o
mejor alumbrada , con dos velas colocadas e n c i m a de
la
c h i m e n e a . H a b i é n d o s e q u i t a d o B a s q u i n a su d i a b ó l i c o p r e n d i d o , p e r m a n e c í a a u n e n v u e l t a e n su c a p a d e seda n e g r a ,
ajustada al t a l l e
con un
cinturon.
H u b o un m o m e n t o
silencio , d u r a n t e el cual los tres nos
contemplamos
de
con
esa c u r i o s i d a d l l e n a d e i n t e r é s y d e t e r n u r a , q u e s i e m p r e
i n s p i r a la p r i m e r a
entrevista después de una dilatada s e -
paración. La enérgica fisonomía de B a m b o c h a d e s p r e n d i ó se d e su h a b i t u a l c a r á c t e r d e
h ú m e d o s todavía , lijáronse
a u d a c i a b u r l o n a ; sus o j o s ,
a l t e r n a t i v a m e n t e en mí y e n
B a s q u i n a ; m i e n t r a s esta , c o n u n a m a n o c o g i d a p o r la
de
nuestro compañero y
en
mi h o m b r o ,
la o t r a
mirábame con
fraternalmente
a q u e l l a s o n r i s a triste y p e n -
sativa q u e le e r a h a b i t u a l e n su i n f a n c i a
d e su p a d r e
apoyada
cuando hablaba
y d e su f a m i l i a .
Las facciones de Basquina , e x a m i n a d a s de cerca , t o d a v í a p a r e c í a n m a s d e l i c a d a s y p u r a s q u e v i s t a s e n las
ta-
b l a s ; al paso q u e t a m b i é n se h a c i a m a s r e p a r a b l e el s e l l o
d e la m i s e r i a y d e los p e s a r e s . S u t e z , q u e t e n i a a n t e s u n a
transparencia sonrosada, aunque algo morena
d e la i n t e m p e r i e , e s t a b a
marchita,
con una
por
efecto
palidez
en-
f e r m i z a ; sus l a b i o s , a n t e s d e u n e n c a r n a d o t a n v i v o c o m o el d e l b e r m e l l ó n ; e s t a b a n a l g o d e s c o l o r i d o s ; p o r ú l l i « n o , n e c e s i t á b a s e toda la g r a c i a y la e s b e l t a e l e g a n c i a
de
MAIUTN EL EXPÓSITO.
2f>6
su
cuello
y espaldas
para
disimular
su
enflaquecimien-
t o . ¡ A h ! ¿ q u é m a s d i r é ? A q u e l h e c h i c e r o r o s t r o d e diez, y
seis a ñ o s , m a r c h i t o ya y d e s c o l o r i d o , d e s c u b r í a tan
tantes p r i v a c i o n e s
y
p e s a d u m b r e s , q u e se m e
cons-
asomaron
las l á g r i m a s á los o j o s .
— ¡ M e e n c u e n t r a s m u y d e m u d a d a , M a r t i n ! ¿ no es v e r dad?
dijóme Rasquiña,
ción....
adivinando
la causa
d e mi
En c u a n t o á m i , al m o m e n t o te h u b i e r a
emo-
reconoci-
do.
En seguida,
dirigiéndose
á Rambocba,
y
señalándome
c o n l o s o j o s , dijo :
—
¡ Q u é a i r e t i e n e tan l e a l y tan b u e n o ! ¿ n o es a s í ?
— Esto m e t r a e á la m e m o r i a
rard....
lo q u e dije
á Claudio G e -
el h o m b r e á q u i e n r o b a m o s , y q u e r e c o g i ó á
Mar-
tín , — d i j o B a m b o c h a : — « S e g ú n las n o t i c i a s q u e m e da V .
n d e M a r t i n , p a r é c e m e c s t a r v i e n d o su r o s t r o s e r i o y s u a v e ,
« e n q u e l l e v a p i n t a d o su c a r á c t e r . » N o m e e n g a ñ é , c i e r tamente , pues lo mismo estoy
v i e n d o , — añadió
Rambo-
c b a m i r á n d o m e c o n a t e n c i ó n . Sí, ¡ esto e s ! ¡ Q u é b u e n o e s
v e r una f i s o n o m í a f r a n c a y l e a l ! ¡ p a r e c e q u e n o s t r a n q u i liza !
Rasquiña
afecto,
de
dijo
á Bambocha
reprensión
y de
con
particular
acento
melancolía: — Tú no
do
eslás
m u d a d o ; t o d o se e m b o t a e n t í . . . . n a d a p u e d e h a c e r m e l l a
e n tu n a t u r a l e z a d e h i e r r o .
—
Nada
puede hacerme
m e l l a . . . . e x c e p t o M a r t i n y tú ,
Basquina.
B a s q u i n a m e n e ó la c a b e z a .
— Al
muestra
volveros á v e r , —
de h a b e r
p r o s i g u i ó B a m b o c h a , sin
notado el m o v i m i e n t o de Basquina,
h e l l o r a d o c o m o u n c h i q u i l l o : ¡ p u e s tras
tantos
dar
—
años d e
a u s e n c i a , v e r n o s al fin r e u n i d o s ! . . . .
—
¡Y
en
u n m i s i n o dia ! — dijo B a s q u i n a
alargándome
la m a n o , — h a l l a r o s á t í . . . . y á t í , — a ñ a d i ó a l a r g a n d o la
olra á Bambocha.
—
¿ N o estás
ya enojada conmigo? —
b o c h a casi c o n t e m o r .
preguntóle B a m -
á57
CONFIDENCIAS.
— ¿Entre
los t r e s , a c a s o n o d e b e p e r d o n a r s e t o d o ?
d i j o con d u l z u r a
—
Basquina.
lirilló un r a y o e n sus o j o s , c o n t r a j é r o n s e sus l a b i o s s a r dónicos , y añadió :
—
Si
debemos
fomentar
nuestros
rencores ,
es
para
otros.
— Según eso, hace
ya
mucho tiempo
que
no
visle á
sin
atreverse,
Bambocha , — p r e g u n t ó á nuestra amiga.
— Tres años , —
contestó.
— S i , tres años; —
replicó
Bambocha,
por decirlo asi, á mirar á Basquina.
—
¿ I g n o r a b a s , p u e s , q u e d e b i e s e s a b r á las t a b l a s esta
n o c h e ? — dije á n u e s t r o a m i g o .
— X o sabia q u e e s t u v i e s e e n P a r í s , y ni s i q u i e r a
leí
el
c a r t e l , •—• m e r e s p o n d i ó .
— C u a n d o e n t r é e n el p a l c o e m p e z a b a el b u l l i c i o d e esa
intriga , p r e p a r a d a , sin n i n g u n a d u d a , p o r estos m a l d i t o s
guantes amarillos del proscenio.
P o r d e s g r a c i a solo
tuve
tiempo de abofetearlos.
— ¿ D e s d e el p a l c o l e h a s c o n o c i d o ? — le
—
¿A
dije.
quién ?
— A Escipion , al v i z c o n d e c í t o .
—
¡ El m o c o s o d e l b o s q u e d e C h a n t i l l y ! — e x c l a m ó B a m -
bocha.
— - M a r t i n , tienes r a z ó n , — d i j o
cura , — e r a el m i s m o
Basquina con
voz
os-
vizconde.
— ¿ S a b i a s , p u e s , q u e e s t a b a allí ? —
pregunté
á Bas-
quina.
—
X o : e n t e r a m e n t e p r e o c u p a d a e n m i p a p e l , ni s u p l i e -
ra p e n s a b a e n e l v i z c o n d e ; sin e s t o , n a d a m e h u b i e r a
ex-
trañado de él.
—
¿ Cómo ? — le p r e g u n t é .
— ¿ S e g ú n e s o , lo v o l v i s t e
á ver después del lance
bosque? — añadió Bambocha ,
— S í , p u e s p a r e c e q u e una f a t a l i d a d m e a c e r c a
a esa
ruin c r i a t u r a , —
del
tan s o r p r e n d i d o c o m o y o .
respondió Basquina
con
siempre
odio
re-
258
MAUTIN EL EXPÓSITO.
c o n c e n t r a d o . — Hace dos años q u e
lo v o l v í á v e r , y h a c e
dos a ñ o s también q u e , c o m o
me vi
hoy,
humillada,
in-
s u l t a d a hasta e n la s a n g r e .
— ¡Infame! —
e x c l a m ó ; —• ¿ p e r o c u á l es la causa d e su
e n c a r n i z a m i e n t o c o n t r a tí ?
—
La i g n o r o , —
—
¡Oh!
contestó Basquina.
¡vizconde!
¡vizconde!—exclamó
Bambocha,
y a c a e r é i s e n m i s m a n o s tú y tu p a d r e . . . . R a s q u i ñ a , q u e darás vengada.
— De
nadie n e c e s i t o , — dijo
con
altivez
la j o v e n ;
—
p o r q u e sé q u e r e r , y a l c a n z a r lo q u e q u i e r o .
— ¿ Y c r e e s q u e h a c e d o s a ñ o s te r e c o n o c i ó Escipion ? •—
dije y o .
—
N o : lo m i s m o q u e t a m p o c o m e ha
reconocido
hoy,
n o m e q u e d a d u d a . L e h a b r á n g u i a d o e l i n s t i n t o d e l nial y
el a c a s o . . . . ¡ c u a n d o os digo q u e hay
Luego,
pasándose
fatalidades!...
R a s q u i ñ a su m a n o d e m a c r a d a p o r la
frente , prosiguió con ternura :
—
Y tú , ¿ h a s s u f r i d o t a m b i é n m u c h o ? ¿ e r e s f e l i z ?
—
Pero,
ahora
me
a c u e r d o , — dijo Bambocha
exami-
n á n d o m e c o n e x p r e s i ó n d e s o r p r e s a casi d o l o r o s a : -— ¡ T ú !
¡tú con librea!
— En e l e c t o , — a ñ a d i ó t r i s t e m e n t e R a s q u i ñ a ; — ¿ t ú
re-
d u c i d o á tal e s t a d o ?
— ¡Pardiez,
es
muy
sencillo, —
exclamó
Bambocha
c o n a c e n t o d e a m a r g a b u r l a . Es un a l m a d e c o r d e r o ;
para
é l n o h a y c o n d i c i ó n b a s t a n t e m i s e r a b l e ; e s . lo m i s m o
que
t ú , B a s q u i ñ i , q u e para mí h a s s i d o a d m i r a b l e y . . . .
—
O l v i d e m o s esto , — d i j o
la j o v e n ,
interrumpiendo
á
Bambocha.
•—Si,
o l v i d é m o s l o , — repitió este
añadió con tono g r a v e ,
o y e s , Martin;
con
que
con
amargura,
m e dejó p e n e t r a d o : —
y
Ya lo
t o d o , h e sido c o n e l l a b r u t a l , ruin
y
desapiadado.
—
Esto
—
Ya
ya
pasó, —
pasó, —
respondió sencillamente
repitió Bambocha con
ya p a s ó . . . . lo m i s m o q u e tu a m o r .
aire
Basquina.
alligido,
—
t")U
«ONKIIIKNCIVS.
— i l'J a m o r ! — e x c l a m ó B a s q u i n a e n c o g i é n d o s e d e h o m bros,
y r e c o b r a n d o sus f a c c i o n e s
glacial
ironía,
aquella
expresión
q u e lauto m e sorprendió en
de
su p a p e l d e
g e n i o d e f m a l . — Y a lo v e s , M a r t i n ... ¡ m e h a b l a d e a m o r ,
a mi edad',
p e r o , hijos m i o s , e m p e c é d e s d e tan n i ñ a , q u e
a m o r t e n g o cintílenla
y a para el
años.
M e d i ó e n t r e los tres un i n s t a n t e d e p e n o s o s i l e n c i o : á p e s a r d e su r u d o c i n i s m o ,
quedó aterrado
v e r aquella
za,
inteligencia y d e g e n i o , agostada
d e gracia , de
para
siempre
b e l l e z a , á la
con respecto
gracia,
— Tranquilizaos,
bocha
á
joven,
B a m b o c h a , lo
mismo q u e y o , de
á cuanto
tesoro d e b e l l e ya
da e s p l e n d o r
á la
la i n t e l i g e n c i a , y al g e n i o . . . .
— n o s dijo
Basquina á
mí y
á Bam-
c o g i é n d o n o s las m a n o s ; — e n un c o r a z ó n q u e h a n
h e c h o s a n g r a r todas las m i s e r i a s h u m a n a s hasta d e s e c a r l o ;
c u un c o r a z ó n c u y o a m o r h a s i d o a h o g a d ; ) p o n i n a
degradación , siempre
cha,
—
u n rinconeito
este
¿(pié
amistad!
¿Dónde
habrá
¿ q u é fatal a c o n t e c i m i e n t o
la
precoz
decía antes B a m b o -
— l e s dije , — ¡ cuántas v e c e s m e ha o -
pensamiento!
¡nfjneia?
como
para nuestra
j A y amigos!
cupado
de
habrá,
oslarán
s i d o de, e l l o s ?
los h a b r á
y
hecho
mis amigos
sobretodo,
desaparecer
n o c h e d e l d i a e n q u e fui c o g i d o , d e s p u é s d e l r o b o c o -
metido
e n casa d e C l a u d i o ( J e r a r d ? p u e s a m i g o s ,
figuraros
(pie
mi d e s e s p e r a c i ó n , c u a n d o ,
nos dimos
para
al
llegar
podéis
á la cita
el c a s o d e q u e n o s p e r s i g u i e r a n . . . .
¿ sabéis ?....
—
Kn e f e c t o , — d i j o
de p i e d r a ,
—
I'ero, habiéndote cogido , ¿ c ó m o
cita?
—
B a m b o c h a ; — al p i é d e la
e n l o a l t o d e la s u b i d a á la c a r r e t e r a
—preguntóme.
Gracias
nas
gre.
a l a generosa
¿ q u é es lo ( p i e v e o ?
monedas de
plata
p u d i s t e a c u d i r á la
Basquina.
¡ d e s p u é s os lo e x p l i c a r é ) ,
y allí,
cruz
real.
confianza d e Claudio G e r a r d ,
llegué
á
la c r u z
de
piedra,
lil c h a i d e B a s q u i n a y a l g u -
sumergidas
en un m a r de
san-
260
MARTIN
l«L
KXI'ÓSITO
— Cuéntasclo lodo , — d i j o
Basquina á B a m b o c h a . - - >.
l u e g o s a b r á lo q u e m e ha a c o n t e c i d o .
— Acababa
d e m e t e r m e e n el b o l s i l l o el d i n e r o d e C l a u -
d i o G e r a r d , c u a n d o n o s diste la s e ñ a d o
alarma, —
dijo
B a m b o c h a : — q u i s o a c u d i r á tu s o c o r r o . . . .
— Y o fui q u i e n se lo i m p e d i , — dijo b a s q u i n a ; — p u e s
n o s p e r d í a m o s sin
p o d e r s a l v a r l e , Marlín ; y á mas o c u r -
r i ó m e otro proyecto.
— Tuviste
razón : Claudio
Gerard
l'ácilinente
hubiera
l o g r a d o c o g e r n o s á mi y á B a m b o c h a .
— ¿Quién
s a b e ? — replicó este; —
tenia m i s p i s t o l a s ,
b a s t a n t e r e s o l u c i ó n , y a c a s o h u b i e r a h a b i d o un h o m i c i d i o .
Mil v e c e s m a s v a l e lo q u e
ha s u c e d i d o , a u n q u e
por
poco
m e c u e s t a el p e l l e j o . . . . S e g u i , p u e s , el c o n s e j o d e B a s q u i na. Al verle
c o g i d o , nos salvamos deslizándonos
m e d i o d e u n r e t a m a r , y al
e x t r e m o d e un c a m p o
por
en
baila-
m o s un m o n t ó n de haces d e leña : separé tres ó cuatro hac e s , y nos a c u r r u c a m o s en aquel escondrijo.
— lié aqui cual era
mi
p r o y e c t o , — dijo Basquina : —
p r i m e r o d e b í a m o s a g u a r d a r t e toda la n o c h e e n el l u g a r d e
la cita , y
en caso de
que
n o v i n i e r e s , ya n o debía q u e -
d a r n o s d u d a d e q u e te h a b í a n c o g i d o ; e n t o n c e s , al día s i g u i e n t e q u e r í a m o s r e c o r r e r la a l d e a , m e n d i g a n d o ó c a n t a n d o , y u n a v e z e n t e r a d o s d e tu p a r a d e r o , o b r a r lo m a s
conveniente.
— P e r o el d i a b l o l o d i s p u s o d e o t r o m o d o , — dijo B a m bocha.
— Sí, —
le d i j e ; — ¿ e l D i a b l o , ó el L i s i a d o ?
— ¿ C ó m o has s a b i d o e s t o ? —
e x c l a m a r o n á la v e z B a s -
quina y Bambocha.
— Proseguid, a m i g o s , proseguid.
— P u e s b i e n ; n o te e n g a ñ a s , — p r o s i g u i ó
Bambocha :
el L i s i a d o lo d i s p u s o d e o t r o m o d o , p o r q u e , c o m o d i c e Basq u i n a , h a y f a t a l i d a d e s m u y p a r t i c u l a r e s . . . L l e g a d a la n o c h e , f u i m o s á a g u a r d a r t e e n el
luna a d m i r a b l e . . . . s e n t a d o al
b i g a r d o la cita: hacia una
pié d e la c r u z d e piedra e n -
UONFinKNCIAS.
201
t r e t e n a í m e c o n t a n d o el d i n e r o e n e l c h a i
el c a m i n o
repente
de Basquina....
estaba d e s i e r t o , y n o s c r e í a m o s s o l o s , p e r o
una m a n o d e
— ¡.Sálvate, R a s q u i ñ a !
grité.
— liste fue su p r i m e r g r i t o , — o b s e r v ó
Rasquiña.
— V el s e g u n d o fué
de Dios!
iante
de
hierro me coge por el c o g o t e , y . . . .
algo c e n o
¡juego
y al ¡ l i s -
r e l u c h é c o n t o d a s mis f u e r z a s p a r a s o l t a r m e , y p o -
ner mano
á mis pistolas.
A l fin l o l o g r o ; p e r o el
maldito
Lisiado....
— No me
taría o c u l t o
e n g a ñ é , — dijo á ¡ t a m b o c h a : — sin d u d a e s d e t r á s d e la
cruz de piedra.
— Cabal, — prosiguió Rambocha : — en
m e d i o d e la l u -
c h a , el i n f a m e m e a r r a n c a d e la m a n o la
pistola c u a n d o
a c a b a b a d e a m a r t i l l a r l a , y m e la d i s p a r a a q u í . . . . e n el c o s tado d e r e c h o , d o n d e t e n g o una c i c a t r i z e n q u e p u e d e m e terse e l d e d o
( I ). ¡Lléveme
el D i a b l o si sé c o m o n o
me
mató!
—• ¿ P e r o v o l v i s t e á v e r á e s e m i s e r a b l e ? — e x c l a m é .
•— ¡ P a r d i e z ! . . . A q u í ha v e n i d o h o y t r e s v e c e s á p e d i r p o r
m í . . . . le l l a m a n el Mayor....
¿ N o oíste q u e
el portero
me
a v i s ó d e su v e n i d a ?
— ¿ Y recibes á ese i n f a m e ? — dije otra v e z en tono de
reprensión.
— A otros muchos h e recibido, respondió Rambocha....
¿ Q u é q u i e r e s ? p r a c t i c o e n u n a g r a n d e e s c a l a el p e r d ó n d e
las i n j u r i a s
y de los pistoletazos á q u e m a r o p a
c i b i r , p u e s , tal g r a g e a
Al re-
d e p a r t e del Lisiado en m e d i o del
p e c h o , c a i g o d e r e p e n t e . . . . R a s q u i ñ a se s a l v a g r i t a n d o
; al asesino!
¡ socorro!...
Y la p o b r e n i ñ a , se l l e n a d e tal e s -
p a n t o , ( p i e c o r r e f u e r a d e sí sin s a b e r á d o n d e v a . . . P o r fin
d u r a n t e unos q u i n c e dias estuvo l o c a d o m i e d o
r e f e r i r á ella m i s m a ; p o r
Ya t e
lo
c u a n t o desde este pistoletazo da-
ta n u e s t r a p r i m e r a s e p a r a c i ó n .
! ) V é a s e el tomo I , c a p . I , Las .S-CJVÍA' ilc Jiamhochn.
t-'¡
HVÍ
MARTIN EL EXPÓSITO.
—
¡ P o b r e B a s q u i n a I — (Jije c o g i é n d o l e las m a n o s ; y á ti
¿ q u é te s a l v ó ,
—
Bambocha?
Un e x c e l e n t e c a r r e t e r o ,
q u e regresaba de vacio por
a q u e l c a m i n o una hora después del lance.... V é m e b a ñ a d o
e n s a n g r e y casi e x á n i m e á p o c o s pasos d e la c r u z ; m e l e vanta, y m e s u b e á s u carro , contando con trasportarme
c i n c o ó seis l e g u a s d e a l l í , á un l u g a r e j o d o n d e h a y
á
un c i -
r u j a n o . P e r o c o m o á la m a ñ a n a s i g u i e n t e n o s a p r o x i m á s e m o s al l u g a r , dio e l c a r r o c o n u n o s g e n d a r m e s ; e l c a r r e t e ro les c u e n t a lo s u c e d i d o ; h á c e n m e aplicar el p r i m e r a p ó síto á la h e r i d a , y m e c o n d u c e n al h o s p i t a l
de una
aldea
vecina : c ú r a n m e , y v i é n d o m e obligado á confesar q u e no
t e n g o a s i l o ni r e c u r s o s , m e m a n d a n á t e r m i n a r e n la c á r cel mi c o n v a l e c e n c i a por v a g o .
— ¡ En la c á r c e l ! — e x c l a m é .
— Sí, — prosiguió B a m b o c h a , — y
q u e l l e g u é á t e n e r d i e z y seis a ñ o s .
e n e l l a e s t u v e hasta
Esto a c a b ó d e e n d u r e -
c e r m e p u e s e l m e n o s p r e c i o , la a s p e r e z a d e l c a r c e l e r o , sin d u da q u e n o l e e n t e r n e c e n á u n o c u a n d o y a d e sí e s c o r i á c e o ;
la c o m p a ñ í a d e r a t e r i l l o s n o e s la m a s a p r o p ó s i t o para
in-
f u n d i r n o s s e n t i m i e n t o s m o r a l e s . P o r lo d e m á s , d e b o s e r j u s to , a l g o b u e n o h a y e n la c á r c e l :
ó ratero,
halla de seguro
c o m o sea u n o a l g o v a g o
una e d u c a c i ó n , q u e la
mayor
p a r t e d e l o s h i j o s d e l p u e b l o n o r e c i b e n tal v e z n u n c a : e n
la c á r c e l se a p r e n d e á l e e r , á e s c r i b i r y á c o n t a r ; a l g o
de
d i b u j o , y u n o f i c i o los q u e n i n g u n o s a b e n . . . . u n o a d q u i e r e
al fin u n c o r t o a h o r r o , y á m e n u d o al s a l i r ( y esto
anima
e n e x t r e m o ) h a l l a al i n s t a n t e u n a c o l o c a c i ó n . C o n t o d o , n o
a p r e c i é d e b i d a m e n t e las v e n t a j a s d e mi p o s i c i ó n : p r i m e r o
quise
r o m p e r m e los c a s c o s c o n t r a las p a r e d e s ; l u e g o , por
r e f l e x i ó n , quise r o m p e r l o s á los d e m á s ;
s i g n ó á n o r o m p e r ni u n o s ni o t r o s ,
finalmente,
t r e c e a ñ o s ; c o n q u e s o l o te falta p a s a r t r e s e n la
¡pasémoslos! Voy á dejarte
años pasaron c o m o un
me re-
diciéndome : Tienes
admirado,
Martin:
cárcel :
esos
tres
s u e ñ o ; pues h a b i e n d o e n t r a d o un
p o c o e n la l e c t u r a , m e v i n o u n f u r i o s o d e s e o d e l e e r y de
263
CONFIDENCIAS.
a p r e n d e r . L o g r a b a n de mí c u a n t o q u e r í a n con solo p r o m e t e r m e libros. I n c a l c u l a b l e lúe lo q u e l e í : en dos h o r a s t e r m i n a b a m i t r a b a j o d e un día , s o l o p o r d e d i c a r á la
ra el t i e m p o
ro ; y
sobrante.
martilleaba
loe'n-
E n s e ñ á r o n m e el o f i c i o d e ce-
c o m o u n Y u l c a n o , para
que
lúea
p e r m i t i e s e n d e v o r a r t o m o s y m a s t o m o s . P o r lo deiná;
bo h a c e r m e esa j u s t i c i a , así c o m o á v o s o t r o s , a m i g o s : r a ( ¡ i
c á r c e l no contraje amistad a l g u n a ; estaba
corazón, (lomo era f u e r t e ,
tuve
y a o c u p a d o »>»
aduladores, y
con desprecio; siendo ruin , tuve
los
pagué
e n e m i g o s y los d e s a l i é ;
pero amigos ninguno, y viví solo, y reconcentrado en
o d i o ; p u e s lo t u v e , y
mi
e l d i a b l o s a b e si c o n m o t i v o . C o m -
p r e n d e r á s , M a r t i n , lo cpie e r a y o á la e d a d d e d i e z y seis
a ñ o s , s o b r e t o d o , si a t i e n d e s á todos m i s r e s e n t i m i e n t o s , á
m i c r u e l i n c c r l i d u m b r e d e v u e s t r a s u e r t e , y á la v e h e m e n c i a
d e m i a m o r á B a s q u i n a , ( p i e l l e g a b a á v e c e s hasta e l d e l i r i o ; p u e s e n t r e las c u a t r o p a r e d e s d e m i e n c i e r r o ,
la d i s -
t a n c i a y mis r e c u e r d o s h a c í a n mi p a s i ó n m a s a r d i e n t e ( p i e
a n t e s d e n u e s t r a s e p a r a c i ó n . Salí d e la c á r c e l d i s p u e s t o al
m a l y m o r a l m e n l e v i c i a d o , c o m o un á r b o l q u e
el
viento
dejó torcido.
— A h o r a c o m p r e n d o , — dije á B a m b o c h a , —
el e s p a n l o
q u e la c á r c e l i n s p i r a b a á C l a u d i o G c r a r d . — ¡ E x p o n e r t e á
ir á la c á r c e l , d e s d i c h a d o ! — d í j o m e c u a n d o m e c o g i ó d e s pués del r o b o ; — seria perderte y d e p r a v a r t e
sin r e m e d i o
para siempre.
— Claudio G c r a r d en e s t o , c o m o en otras m u c h a s c o s a s .
tenia s o b r a d a r a z ó n , — r e p u s o B a m b o c h a ; — p e r o y o h a bía c o n t r a í d o h á b i t o s v i c i o s o s é i n c o r r e g i b l e s . A l s a l i r d e la
c á r c e l . d o n d e a p r e n d í bastante b i e n el oficio d e c e r r a j e r o ,
fui r e c o m e n d a d o á u n a m o i n m e d i a t a m e n t e ; p e r o h a b í a y a
t r a z a d o mi l í n e a d e c o n d u c t a , t e n i a
un m e d i o
de
ganar-
m e el pan , y á m a s c i e r t a i n t e l i g e n c i a a b í e r l a á la i n s t r u c c i ó n . No hay duda
cual otros m u c h o s ;
ble,
que con
t o d o podía m o r i r
p e r o tenia
era s o b r a d o t a r d e : la v i d a
una
d e miseria .
probabilidad
favora-
d e la c á r c e l h a b í a m e
vi-
'MU
M.VHTIPi
lil.
EXPÓSITO.
c i a d o c o m p l e t a m e n t e ; el t r a b a j a r é r a m e i n s o p o r t a b l e ; t o d o s mis a p e t i l o s , c o m p r i m i d o s p o r t a n t o t i e m p o , se h a b í a n
v u e l t o f u r i o s o s ; no o b s t a n t e e n t r é e n casa
d e mi
maeslro
c e r r a j e r o ; q u i e n tenia u n a h e r m a n a v i u d a , c o q u e t a , a g r a d a b l e y p o s e s o r a d e u n o s s e s e n t a mil f r a n c o s . Si trabajaba
y o p o c o e n la t i e n d a , e n d e s q u i t e e c h á b a l a d e c h i s t o s o , e n tonaba canciones d i v e r t i d a s , r e c u e r d o s de
nuestra i n f a n -
cia y d e L a - L e v r a s e , sin c o n t a r c o n m i l m u e c a s y j u e g o s
de equilibrio. Merced
á tan b e l l a s s e d u c c i o n e s , v o l v í los
c a s c o s á la v i u d a . C i e r t o día
la r o b é , tiré mi blusa , y v i -
v i m o s c o m o r i c o s c i u d a d a n o s ; b i e n q u e esto n o m e i m p i d i ó
p e n s a r ú n i c a m e n t e e n B a s q u i n a y e n tí. Mi ¡¡lea c o n s t a n t e
fue e m p r e n d e r u n v i a j e e n b u s c a
v u e s t r a ; p e r o era
c i s o t e n e r t i e m p o y d i n e r o , y la v i u d a
pre-
g u a r d a b a su b o l s i -
l l o . T o d o esto f u e m u y p o c o n o b l e , M a r t i n , y h u b i e r a p o d i d o g a n a r , t r a b a j a n d o c o m o un n e g r o , m i s c i n c u e n t a s u e l d o s , ó t r e s f r a n c o s ; p e r o hasta e n t o n c e s había sufrido tanta
m i s e r i a e n la c á r c e l , ( p i e . . . . p a r d i e z . . . . ; h e a q u í q u e s i e n to c i e r t o r u b o r e n c o n t a r t e esas p i c a r d í a s ; p e r o a h o r a s i g u e a l g o q u e sin d u d a
m e hallaba
casi
te g u s t a r á m a s . . . . p o r q u e á la sazón
bien.... cuando encontré
(.'asnalmente á
Basquina.... q u e tenia e n t o n c e s unos t r o c é a n o s .
I n t e r r u m p i e r o n la r e l a c i ó n d e B a m b o c h a d o s g o l p e s , d a d o s c o n h a r t a r u d e z a e n la p u e r t a : e s t e , h a c i e n d o un g e s t o
d e s o r p r e s a y d e i m p a c i e n c i a , se d i r i g i ó
yo
y Basquina
á la antesala , y
o i m o s las s i g u i e n t e s c o n t e s t a c i o n e s e n t r e
B a m b o c h a y su i n t e r l o c u t o r m e d i a n d o la p u e r t a q u e
daba
á la e s c a l e r a .
— ¿Quién h a y ? — preguntó Bambocha.
— Y o . . . . el M a y o r .
— A n d a c o n mil d e m o n i o s , y v u e l v e
mañana.
— Es u r g e n t e .
— Lo mismo da....
— Es p a r a el n e g o c i o d e H u b e r t o d e M a r e u i l , y q u i e n nic
envía es L a - L e v r a s e .
— Diga V. s e ñ o r M a y o r : si n o m e baja Y . v o l a n d o la e s -
HISTORIA
DI! BASQUINA.
265
c a l e r a d e b u e n a g a n a , se la h a r é b a j a r c o n m a s r a p i d e z d e
l o tpie c o n v i e n e á su r e s p e t a b l e e d a d .
— D i g o , capitán , q u e e s tan u r g e n t e , q u e . . . .
— ¡Señor M a y o r ! ! gritó Bambocha
con
voz
do t r u e n o ,
d a n d o u n a v u e l t a á la l l a v e c o m o si f u e s e á s a l i r .
Sin d u d a la a m e n a z a d e B a m b o c h a
h i z o su e f e c t o , p u e s
v o l v i ó á c e r r a r d a n d o d o b l e v u e l t a á la l l a v e , y d i c i e n d o :
— ¡ E n h o r a b u e n a ! . . . y e n t r ó s e otra v e z e n e l c u a r t o .
— ¿Conoces
á R o b e r t o de M a r e u i l ? — le dije
admirado
p o r lo q u e a c a b a b a d e o i r :
— T e n g o este honor,
— dijo Bambocha con tono i r ó n i c o ,
— ¡Qué picaro!
— ¡Él!—
exclamé.
— ¡ Y o lo c r e o !
— ¿ Estás s e g u r o ?
— R e s p o n d o d e e l l o , y á fé q u e l o e n t i e n d o .
— Mas tarde h a b l a r e m o s de R o b e r t o de M a r e u i l , —
á Bambocha después de reilexionar
un
dije
instante. — P r o s i -
g u e tu n a r r a c i ó n .
— Y o la p r o s e g u i r é p o r é l , — dijo B a s q u i n a ; — p u e s e x presaría mal
lo q u e
conducta para
— Tienes
hay
de
bueno
y d e g e n e r o s o en
su
conmigo.
razón , Basquina. — dije.... — A d e l a n t e ,
que
y a te e s c u c h a m o s .
XXVI.
H i s t o r i a «le R a s q u i ñ a .
Cuanto mas e x a m i n a b a
cierta elegancia de
y que. m e
á R a s q u i ñ a , mas notaba en eiia
modales, que
representaba
desde luego no advertí,
confusamente
objeto de c o m p a r a c i ó n por el q u e
á
Regina ,
podía j u z g a r ,
único
habiendo
266
MARTIN
El.
EXPÓSITO.
p a s a d o hasta e n t o n c e s m i v i d a e n la m a s ínfima c o n d i c i ó n
El d e s c u b r i r
me
cuencia
ya
el t a l e n t o y h a b i l i d a d d e B a s q u i n a , c a u s ó -
mas admiración
casi lógica
e n su
que sorpresa,
pareciéndome
conse-
d e sus d o t e s n a t u r a l e s , tan
notables
pero ¿ c ó m o pudo adquirir
Basquina
infancia;
a q u e l l o s m o d a l e s g r a c i o s o s y d i s t i n g u i d o s , q u e solo se
quieren
frecuentando
prendido
la alta s o c i e d a d ?
¿cómo
ad-
había
a-
un lenguaje c o r r e c t o , reservado , selecto y h a s -
ta á v e c e s
elocuente?
B a m b o c h a , con
su c í n i c a
y
burlona verbosidad,
y su
e d u c a c i ó n carcelaria , a l i m e n t a d a c o n frecuentes lecturas,
b u e n a s ó m a l a s , hablaba un l e n g u a j e
correspondiente; y
sus g e s t o s t r i v i a l e s , sus m o d a l e s g r o s e r o s
n a d a d e s m e n t í a n sus p a l a b r a s ;
¿ d e dónde
al
p r o c e d í a tan c o m p l e t a
ó v i o l e n t o s , en
paso ( p i e e n
armonía
Basquina
éntrela
dis-
t i n c i ó n d e sus m a n e r a s y la d e su l e n g u a j e ? ¿ c ó m o p u d o d e s p r e n d e r s e basta tal p u n t o d e las l e c c i o n e s v u l g a r e s , bajas
y o b s c e n a s d e la lia M a y o r , d e La L e v r a s e y
lecciones que
del
payaso,
h a b í a n c o r r o m p i d o su i n f a n c i a ?
P r o n t o d e b í a e x p l i c a r s e e s t e m i s t e r i o q u e tanto m e p r e o cupaba.
—
Vas á oir á Basquina , — díjome Bambocha ;
—verás
c u a n t o ha s u f r i d o la i n f e l i z : e n c o m p a r a c i ó n d e su v i d a , la
q u e y o l l e v a b a e n la
—
Siempre
cárcel era
he sufrido mis
la d e u n S i b a r i t a .
desgracias con resignación ,
— dijo B a s q u i n a ; — p e r o lo q u e m a s ha p e n e t r a d o mi alm a ha
sido la h u m i l l a c i ó n , el d e s p r e c i o , el insulto ; ¡ e s t o
m e h i r i ó e n lo m a s v i v o !
D e s p u é s d e un m o m e n t o d e s i l e n c i o , p r o s i g u i ó B a s q u i n a .
— O y e Martin ; y v e r á s (pie nuestros destinos , aunque
d i v e r s o s , son ¡ g u a l e s
e n m i s e r i a s . C o m o dijo
Bambocha,
v i é n d o l o y o d e r r i b a d o p o r c l p i s t o l e t a z o d e l L i s i a d o , el e s p a n to c a s i
m e quitó-el j u i c i o ; y e c h é á huir gritando : ¡socor-
r o ! . . . . ¡ al a s e s i n o !
P e r s i g u i ó m e el
Lisiado,
sin duda
con
m a t a r m e t a m b i é n , p e r o el m i e d o m e dio
tales
alas, q u e e s c a p a n d o a l a persecución del bandido me
eché
intento de
mSTOiUA
en
l)K
un m a t o r r a l d o n d e p e r d i ó
un r e c u e r d o m u y c o n f u s o ,
mis p o t e n c i a s . P a s é
3ti7
BASOTIÑA.
mis huellas.
T e n g o de ello
por c u a n t o el m i e d o
la n o c h e
acurrucada
embargó
en el m a t o r r a l ,
y al a m a n e c e r sali c a m i n a n d o al a c a s o , y p a r e c e q u e e n contré en
la feria
—
el c a m p o aun b o y e r o
de
i n v i e r n o de
¡ C ó m o ! ¿parece
su g a n a d o á
— dije á Basquina ,
que, encontraste?
a d m i r a d o d e esta e x p r e s i ó n
— Digo que
que llevaba
Limogcs.
dubitativa.
m e p a r e c i ó , mi b u e n
Martin;
porque
a l g u n o s d i a s d e s p u é s d e a q u e l e n c u e n t r o salí p o c o á
del atontamiento en que me sumergió
nato
de Bambocha.
m e n o r e s do
nuestro
la
vista del asesi-
Supe e n t o n c e s por el b o y e r o
encuentro;
solo
poco
los p o r -
y habiéndome
sin d u d a
l l a m a d o la a t e n c i ó n el r e t i n t í n d e los c e n c e r r o s q u e
lleva-
bar, las v a c a s , m e d i r i g í h a c i a d o n d e pasaba el g a n a d o ,
le a c o m p a ñ é por bastante tiempo h a c i e n d o algunos
y
servi-
cios al b o y e r o m o v i d a d e u n m a q u i n a l i n s t i n t o , y a y u d a n d o á
sus p e r r o s e n la c o n d u c c i ó n d e l g a n a d o . C o m p a d e c i ó s e d e m í
a q u e l h o m b r e , t o m á n d o m e p o r u ñ a idiota d e q u i e n
alguien
se h a b r í a q u e r i d o d e s e m b a r a z a r a b a n d o n á n d o l a p a r a
que
se p e r d i e s e .
ca-
ma en
Antes
destablo;
de acostarnos hízomc
ala
madrugada
dar cena y
estaba
y o en
pié;
y
á p e s a r d e la c o p i o s a n i e v e q u e c a í a , s e g u í r e s u e l t a al b o y e r o . T r a n s c u r r i e r o n así a l g u n o s d i a s , d u r a n t e
con progresiva sorpresa d e
disipándose
d e tan
creo,
cion.
y
L i m o g e s , después de una n o -
en un s u e n o p r o f u n d o y a l e t a r g a d o ,
e n mí c o m p l e t a m e n t e d e tan p r o l o n g a d a
disperté
enagena-
El p r i m e r i m p u l s o q u e s e n t í fue g r i t a r : / Hambocha
Solo
¡Martin!
me
la r a z ó n d e s p u é s
P o r ú l t i m o , la v í s p e r a , s e g ú n
nuestra llegada á
che pasada
vuelta
trastorno.
los c u a l e s ,
p r o t e c t o r , fue p o c o á p o c o
mi idiotismo y v o l v i é n d o m e
violento
de
mi
había
tuve
una
idea
vaga
délo
!
que
sucedido , s u m a m e n t e a d m i r a d a d e v e r m e sola
acostada e n
y el instante
me en
entonces
un
establo. Entre el r e c o b r o
de
del asesinato d e Bambocha había
vano traté de llenar.
mi r a z ó n
un
vacío
31)8
MARTIN
En esto
— Arriba
(pieria
mí,
ret'ori, s a l v o
y como me
a l g u n a s c i r c u n s t a n c i a s , el
Aumentóse
m e dijo
como
t i n a idiota
m e habia
hallaba á treinta
que
l a n c e u n e sin du
términos de
la lástima
abandonada.
pregunte
h a l l a b a e n a q u e l e s t a b l o ; le.
había asustado en
el juicio.
y
EXPÓSITO.
muchacha, marchemos. — b e
de
da m e
El.
e n t r ó el b o y e r o y m e d i j o :
de
hacerme
encontrado,
Por
y
mirado
como
s u p e q u e á la sazón
me
ó á c u a r e n t a l e g u a s d e l sitio d o n d e
lúe
muerto Bambocha (á quien
él
perder
aquel buen hombre,
en efecto
creia
muerto),
y
d o n d e t ú , M a r t i n , fuiste d e t e n i d o . A p e s a r d e la c o m p a s i ó n
que
i n s p i r a b a al b o y e r o ,
do;
p o r c u a n t o su c o m e r c i o e x t e r i o r le
otra p r o v i n c i a ,
y
una
n o podia c o n s e r v a r m e á su l a -
vez vendidos
l l e v a b a d e una á
sus
bueyes,
debia
c o m p r a r m u l o s e n los a l r e d e d o r e s d e L i m o g e s . Así m e d i j o :
— Con
todo,
hija mia , n o p u e d o
buena de Dios:
gular
le
me
la d u e ñ a
h o s p e d o e s una e x c e l e n t e
admita
para
tendrás pan
y
ayudar
— Al a n o c h e c e r
demandado
este
la
á
d o n d e se
en favor
posadera , pero
servicio.
Estuve
consintió
acaso
menos
mejor.
el
en
Li-
boyero.
La
mal acojida
tomarme
posada
á su
sirviendo
lo q u e d e j a b a n , y d u r m i e n d o e n
r i n c ó n d e la c a b a l l e r i z a .
separábanme,
algo
reque
los a r r a b a l e s d e
hospedaba
t i e m p o e n esta
las c r i a d a s , c o m i e n d o
Tin
\iene
m i ó fue b a s t a n t e
al fin
algún
m u j e r : la r o g a r é
mientras
llegamos á uno de
posada
así á la
á sus c r i a d a s , y así á lo
un a b r i g o ,
m o g e s , á la
de
abandonarle
d e la posada e n q u e p o r lo
Creía m u e r t o
cuarenta
leguas del
á Bambocha ,
l u g a r d o n d e te
p e r d í , M a r t i n , y por d u r o q u e m e p a r e c i e s e mi e s t a d o e n
la p o s a d a
ra
de
L i m o g e s , no m e atrevía
e m p e z a r de
habia
sido
la
nuevo
y
nuestra.
cha posada, cuando
á a b a n d o n a r l o pa-
sola u n a v i d a v a g a b u n d a
Hacía
un m e s q u e
vivía
como
en d i -
m e h i z o salir d e ella un e x t r a ñ o a c o n -
tecimiento....
Pareciéndomc
narración, y
dije:
(pie
viendo
Basquina
e n su
v a c i l a b a en
rostro q u e
p r o s e g u i r su
se e n t r i s t e c í a , l e
UISToIlIA
I)U
BASQUINA.
— ¿ T a l v e z le c a u s a n p e n a
2(ÜI
estas c o n f e s i o n e s V
— i N o , — replicó con a m a r g a
y glacial sonrisa , — n o .
al c o n t r a r i o , m u c h a s v e c e s p r o c u r o r e n o v a r
do,
y otras m u c h a s f o r t a l e c e
mi
voluntad;
con
d e él s a c o
t e n a c i d a d al o b j e t o
y «pie a l c a n z a r é . . . .
osle r e c u e r -
mi
energía
fuerzas para
que me be
y
dirigirme,
propuesto
alcanzar,
alcanzare!
de voz
con que pronunció b a s -
ojos.
¿ C u á l es e s t e o b j e t o q u e t r a t a s d e a l c a n z a r ? —
gunté á
á
valor,
estas ú l t i m a s p a l a b r a s y el b r i l l o s i n i e s t r o q u e d e s -
p i d i e r o n sus g r a n d e s
—
nuevas
; s í , lo
A d m i r ó m e la i n l l e x i o n
quina
mi
Basquina ,
h a c i e n d o c o n la vista igual
pre-
pregunta
Baiuhocha.
— Lo ignoro, —
me respondió e s t e : — hace tres años
q u e la vi y n i n g u n a
lar.
confianza m e hizo sobre
el
particu-
¿ N o es cierto B a s q u i n a ?
— Cierto, — replicó esta; — y después de algunos instantes
de silencio
—• S e r v i a
taba
continuó:
pues á
situada
á
la
las c r i a d a s
mitad de
los c a r r u a j e s
solo con
C i e r t o dia e n
que,
era
un
el
camino
banco
á la
primeramente
magníficos
e n la
una
suma
lentitud
p o r causa
déla
podian
la
puerta
un
de
la
postillón
posada,
con
recorrer.
cuando
vi
traje e n c a r n a d o ,
galones de oro, quien recedia de algún
posesor
inilord
se d i j o
comitiva.
riquezas,
Había
L i m o g e s , y sus c o c i n e r o s h a b í a n
en
pasar
y
con
trecho
p o r los q u e
de Castelby,
de incalculables
j a b a c o n una i n n u m e r a b l e
d o s días e n
duque
escual
casi i m p r a c t i c a b l e , e s t a b a y o s e n t a d a
rodeaban , á
irlandés,
que
cuesta
h e l a d a d e la n o c h e ,
á varios coches pertenecientes , según
me
posada ,
rápida
personaje
quien
via-
permanecido
s a l i d o la v í s -
p e r a al a n o c h e c e r , c o n d o s c a r r o s d e p r o v i s i o n e s , p a r a ir
á
preparar
s a r la
la
comida
en
la
población d o n d e debía pa-
noche.
— ¡Qué lujo ! —
exclamé.
— listo es nada , M a r t i n , — r e p l i c ó B a s q u i n a :
—
aque-
370
ila
MAllTIN
misma
mañana
mi completo
domo
EL
EXPÓSITO.
preceder
otro
carro,
lleno
di
1
m o b i l i a r i o p o r t á t i l , c o n d u c i d o por un m a y o r -
tapicero;
llaba
vi
de
modo que aquel
poderoso
señor h a -
así ; al l l e g a r á c u a l e s q u i e r a p o s a d a , v a r i a s h a b i t a -
ciones
amuebladas con
el
mayor
lujo y
comodidad.
— ¡ T a n t a s p r o d i g a l i d a d e s . ... p a r e c e n i n c r e í b l e s !
— El t u n a n t e , p a r e c e q u e sabia v i v i r , —
dijoBambocha.
— ¡ P u e s q u é ( l i r i a s , mi b u e n M a r t i n , — p r o s i g u i ó B a s q u i n a ,
— si te h a b l a s e de, una e s p e c i e d e c a r r u a j e ( I ) d e n t r o del c u a l
i b a n d o s c a b a l l o s d e m o n t a r , c o n sus p a l a f r e n e r o s , y q u e
t e r m i n a b a la c o m i t i v a
so d e
d e l d u q u e d e C a s t e l b y , para el c a -
a n t o j á r s e l e á su S e ñ o r í a
ir m o n t a d o
algún
trecho
del c a m i n o !
— H a c e r v i a j a r c a b a l l o s d e n t r o d e un c a r r u a j e ; — ¿ q u é
te p a r e c e , M a r t i n ? — P r e g u n t ó m e B a m b o c h a .
Y v i e n d o q u e tenia y o la vista (¡ja e n B a s q u i n a , i m a g i n á n d o m e q u e se d i v e r t í a c o n mi c r e d u l i d a d , p r o s i g u i ó esta e n
tono de ironía:
• — N o h a y d u d a ( p i e s e m e j a n t e s p r o d i g a l i d a d e s e r a n un
d e l i r i o ; p e r o el d u q u e
millones de renta
de, C a s t e l b y
disfrutaba
de cuatro
e n t i e r r a s ; y u n o d e los d e l s é q u i t o me,
dijo m a s t a r d o , q u e m u c h a s v e c e s h a b í a visto e n I r l a n d a ;
e n las h a c i e n d a s d e su S e ñ o r í a , f a m i l i a s e n t e r a s d e l a b r i e g o s p e r m a n e c e r desnudas
e n l a paja p o d r i d a d e su c o v a c h a ,
m i e n t r a s q u e la m a d r e ó a l g u n a
v a n d o e n un a r r o y o
dos.
¡ C o m o ha
de
los h a r a p o s
d e las hijas estaba
s e r , M a r t i n ! Sin t a l e s c o n t r a s t e s
n a r í a e n e l m u n d o una
triste
la-
de aquellos desventurarei-
monotonía.
Este frío s a r c a s m o , e n boca d e una m u c h a c h a d e d i e z y
seis a ñ o s , m e a f l i g i ó y e s p a n t ó á un t i e m p o .
— H a l l á b a m e s e n t a d a e n u n b a n c o á la p u e r t a d e la p o s a d a , — p r o s i g u i ó Basquina, — c o n t e m p l a n d o con g r a n d e a t e n ción aquella
t1)
hilera de carruajes, que adelantaban despa-
E s t a e s p e c i e de- c a r r u a j e s se l l a m a n cnrat'uiiu.i,
y sirven
para
c o n d u c i r caballos do c a r r e í a ó de caza c u a n d o se quiere'.ahorrarles
el c a n s a n c i o
d e un l a r g o
viaje.
UlSTOni.V
Dli
1IA8QUIÑA.
271
c í o , cuaiulu d e rc|)eii(e el p r i m e r c o c h e , e n e l ( p i e iba e l
d u q u e , se p a r ó á c o n s e c u e n c i a d e la o r d e n d a d a á l o s p o s t i l l o n e s p o r un c r i a d o d e los q u e i b a n á la d e l a n t e r a . A l t r a v é s d o l o s c r i s t a l e s d e la p o r t e z u e l a d e a q u e l c o c h e , v i c l a v a d o s e n mí d o s o j u e l o s d e u n a z u l c l a r o , c u y a
expresión
n u n c a o l v i d a r é . N o v i m a s q u e l o s o j o s , p o r q u e la c a r a d e l
sujeto « p i e c o n tal o b s t i n a c i ó n m e m i r a b a , se o c u l t a b a c a s i
del todo en u n a s p i e l e s y e n u n
gorro de
viaje.
Habíanse parado todos los c a r r u a j e s . D e s p u é s d e
dar algunos instantes, y
aguar-
d e v a r i a s idas y v u e l t a s d e d i f e -
r e n t e s p e r s o n a s d e la c o m i t i v a d e l d u q u e , á q u i e n i b a n á
hablar con
c h e ; vi
de
la c a b e z a d e s c u b i e r t a á la p o r t e z u e l a
descender
cerca d e treinta
de uno de
los
demás
años, de
fisonomía
del
á una
co-
señora
agradable y dis-
t i n g u i d a , y d i r i g i r s e á la p o s a d a p r e g u n t a n d o p o r la p o s a d e r a . — A n d a á a c o m p a ñ a r á esta s e ñ o r a á la p o s a d e r a , y
n o te estés a b i p a p a n d o m o s c a s . — d í j o m e u n a c r i a d a , e m p u j á n d o m e r u d a m e n t e por el
b r a z o . — Esto
precisamente
d e s e a b a , q u e r i d a , — d i j o la s e ñ o r a á la c r i a d a c o n u n a e c n t o
i n g l é s m u y m a r c a d o ; e n s e g u i d a c o g i é n d o m e p o r la m a n o ,
m e dijo
c o n un t o n o s u m a m e n t e c a r i ñ o s o :
— Condúceme
á la
dueña
de
la p o s a d a ,
hija
mía.—
A c o m p a ñ é á la e x t r a n j e r a , la c u a l p e r m a n e c i ó a l g u n o s i n s t a n t e s e n c e r r a d a c o n mi a m a , q u i e n m e dijo al s a l i r : —
N i ñ a , tú te h a l l a s a q u í a d m i t i d a p o r c a r i d a d , n o t i e n e s siq u i e r a c a m i s a , n o s a b e m o s tu p r o c e d e n c i a , no t i e n e s
dres y
no pudiera
conservarle
conmigo mucho
pa-
tiempo ,
p u e s t o q u e c o m e s m a s d e lo q u e g a n a s . Esta s e ñ o r a t e e n c u e n t r a bonita y se c o m p a d e c e d e ti ; si q u i e r e s ir c o n e l l a ,
s u b i r á s á u n o d e esos h e r m o s o s c o c h e s q u e e s t á s v i e n d o , y
serás m u y f e l i z ; a s i , r e s u é l v e t e ;
p e r o te a d v i e r t o q u e
si
r e h u s a s tan a f o r t u n a d a c o y u n t u r a , m a ñ a n a te p o n g o d e p a titas en la c a l l e , tan c i e r t o c o m o l o d i g o .
— ¡ P o b r e criatura! — d i j e
á Rasquiña—¿ cómo
podías
r e h u s a r tal o f r e c i m i e n t o e n el m i s e r a b l e e s t a d o e n q u e
hallabas''
te
.272
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
— P o r lo m i s i n o n o m e h i c e r o g a r , y a c e p t o , —
dió , —
respon-
n o sin c i e r t a o p r e s i ó n d e p e c h o i n e x p l i c a b l e , a u n -
q u e a q u e l l o m e p a r e c í a un a g r a d a b l e s u e ñ o . — La s e ñ o r a ,
á q u i e n e n a d e l a n t e l l a m a r é miss T u r n e r , m e t o m ó p o r la
m a n o . T e n i e n d o sin d u d a o r d e n d e n o p r e s e n t a r m e e n t o n c e s al d u q u e d e C a s t e l b y , m e h i z o s u b i r al c o c h e ( p i e
ella
o c u p a b a , y la c o m i t i v a e n t e r a p r o s i g u i ó su c a m i n o .
V u e l t a a l g ú n t a n t o d e mi p r i m e r a s o m b r o , m i r é al r e d e d o r d e m í , y vi q u e m e
asientos , todos
h a l l a b a e n una b e r l i n a d e c u a t r o
ocupados , pues
yo
me hallaba
coloca-
da e n t r e miss T u r n e r y u n a n e g r a j o v e n , c u y a s f a c c i o n e s ,
lejos de ser diformes
y aplastadas,
g r a n d e r e g u l a r i d a d . Su c a p a
traje de
t e n í a n , al c o n t r a r i o ,
d e v i a j e d e j a b a e n t r e v e r un
a d m i r a b l e o r i g i n a l i d a d ; b r i l l a b a n cu sus b r a z o s ,
d e s n u d o s y l u s t r o s o s c o m o el é b a n o , u n o s h e r m o s o s
bra-
z a l e t e s d e plata, lin f r e n t e d e mí vi o t r a s d o s m u j e r e s :
una bastante
la
rolliza, de deslumbradora blancura , de c a -
b e l l o s d e un r u b i o b a j o , los ojos d e un a z u l c l a r o , y las m e j i l l a s m u y s o n r o s a d a s , la c u a l e r a
fin , c u y a
fisonomía
flamenca
; y la o t r a , e n
, a u n q u e adocenada , era bastante des-
p a b i l a d a ; l l e v a b a un g o r r o d e los q u e l l a m a n marmol
iba
vestida
o s t r a s c u a n d o l l e v a n el v e s t i d o d o m i n g u e r o .
se l l a m a b a )
Mercado:
te , é
c o n el l u j o p r o p i o d e las r i c a s v e n d e d o r a s
era
e n e l e c t o una
muchacha
de
Catalina (así
del barrio
del
tenia el a b e p r o v o c a t i v o , i n s o l e n t e , atrevido y,
c o m o después supe,
del v o c a b u l a r i o de
casi s i e m p r e s a c a b a sus e x p r e s i o n e s
las v e r d u l e r a s . Sus g r o s e r í a s n o c a r e -
c í a n d e c i e r t a a g u d e z a , y d i v e r t í a n m u e l l í s i m o al d u q u e d e
C a s t e l b y , q u i e n con frecuencia , después de apurar b o t e l l a s , d i v e r t í a s e c o n el d e s v e r g o n z a d o
cinismo
de aquella
c r i a t u r a , r e c o g i d a p o r él m i s m o en una d e las c l o a c a s mas
infectas de París.
—
haya
; lis i m p o s i b l e , — e x c l a m é , — q u e e n n u e s t r o s t i e m p o s
semejantes
costumbres!
¡ y esa e s p e c i e d e
serrallo
v i a j a n d o tras d e un h o m b r e ! . . . .
— ¡ P o b r e M a r t i n ! — dijo l i i s q u i ñ a á l l a m b o c h a ; —
r e c e q u e a u n se a d m i r a d e a l g o .
pa-
IIISToniA
—
lili
HASOIIÑA.
273
.Vacia i n v e n t a R a s q u i ñ a ; al c o n t r a r i o , a u n
n o lo d i c e
l o d o , — r e p l i c ó R a n i h o c l i a : — e s l e i n i l o r d d u q u e ha e x i s t i d o ,
y en la mala s o c i e d a d e n q u e v i v o lie c o n o c i d o v a r i o s t e s tigos ó c ó m p l i c e s d e s u s . . . .
—
/'.virara/juncias.
¿ Q u é q u i e r e s , Martin ? — a ñ a d i ó
irónica s o n r i s a . N a c e n
Rasquiña
o m n i p o t e n t e s p o r la
con
el r a n g o , y m u y p r o n t o q u e d a n s a c i a d o s d e t o d o ;
ces e s necesario
algo nuevo y extraño. Por
decir verdad , solo
hasta
a q u e l dia
componían el serrallo del d u q u e ,
vi
las
su
fortuna y por
enton-
otra p a r l e ,
criaturas
p o r q u e una v e z
á
que
llegada
a l t e r m i n o d e mi d e s l i n o , mi vida fue la m a s s o l i t a r i a y e x traña q u e p u e d e i m a g i n a r s e . A l s i g u i e n t e r e l e v o ,
n e r m e d e j ó un i n s t a n t e para d e c i r a l g o
pero pronto v o l v i ó ,
h a c i é n d o m e seña
missTur-
á milord
duque;
d e q u e la s i g u i e s e .
Dejé e l c o c h e - s e r r a l l o , y sin m a s c o m p a ñ í a ( p i e la d e iniss
T u r n e r , m e i n s t a l é e n una c a l e s a , q u e r e g u l a r m e n t e
ocu-
paba el m a y o r d o m o y el s e c r e t a r i o d e l d u q u e ; p e r o e n t o n c e s estos i m p o r t a n t e s p e r s o n a j e s se a c o m o d a r o n c o m o m e j o r p u d i e r o n e n o t r o s c o c h e s d e la c o m i t i v a . E n
la
ra p o b l a c i ó n p o r d o n d e p a s a m o s ,
compróme
miss T u r n e r
prime-
un t r a j e c o n v e n i e n t e . C o n t i n u a b a v i a j a n d o sola á su l a d o ;
servíannos
p o r s e p a r a d o e n las p o s a d a s , y p a r t i c i p a b a d e
su h a b i t a c i ó n . S i e n d o a q u e l l a s e ñ o r a m u y
silenciosa y r e -
s e r v a d a , solo respondía con monosílabos á todas mis p r e guntas;
de cierta
y sus r e s p u e s t a s , q u e p o r o t r a p a r t e
d e f e r e n c i a , se l i m i t a b a n
tenían visos
poco mas ó
menos
e s t o : S o s i é g ú e s e V . , s e ñ o r i t a , ( p i e e l s e ñ o r d u q u e la
cará
c o m o á su p r o p i a
lenido en e n c o n t r a r en
hija : V . n o s a b e
la
á
edu-
d i c h a q u e ha
e l c a m i n o á su S e ñ o r í a , c o n q u i e n
no h a y m a g n a t e q u e p u e d a
c o m p a r a r s e tanto
en
bondad
c o m o en g e n e r o s i d a d .
—
¡ T o d o esto e s m u y
[(articular! — d i j e á Basquina a d -
m i r a d o m a s y m a s d e lo q u o o l . i .
—
Mas aun d e c u a n t o [ H i e d e s
i m a g i n a r , Martin : por lo
d e m á s , a p e n a s h u b i m o s l l e g a d o á la q u i n t a d e l d u q u e , m e
a b a n d o n é d e l t o d o á las d u l z u r a s d e un b i e n e s t a r tan n u e -
ílí
MARTIN
UL
EXPÓSITO.
v o p a r a m í . S e r v í a m e la c a m a r e r a d e m i a s T u r n e r ; la m e s a
del duque
estaba servida
y delicadeza;
ajada
con incomparable
suntuosidad
pero comíamos separadamente.
a n t e s p o r la m i s e r i a , p o n í a s e m a s
Mi
f l o r e c i e n t e . E x t a s i á b a s e miss T u r n e r v i e n d o
los
progresos
de mi hermosura, diciendo que dentro de poco
c o n o c e r í a . H a b i t a b a e n una
salud,
y mas lozana y
nadie
estancia , amueblada
me
con tal
e l e g a n c i a , lujo y e s m e r o , q u e es i m p o s i b l e dar de ello una
i d e a . T o d o s los d i a s s u b í a m o s á u n c o c h e c o n miss T u r n e r ,
d i r i g i é n d o n o s á un p a r q u e r e s e r v a d o , d o n d e corría
solazaba con
toda
especie
y
me
d e j u e g o s á mi a l b e d r í o . C o n
f r e c u e n c i a m i s s T u r n e r m e h a c i a m o n t a r un h e r m o s o c a b a l l i t o , m a n s o y a d i e s t r a d o c o m o un [ i e r r o : e n t é r m i n o s ,
q u e la hija d e l m a s e s c e l s o p e r s o n a j e n o g o z a d e una
exis-
t e n c i a c o m p a r a b l e á la m i a .
— ¿ Y aun no habías visto á milord d u q u e ?
— N o ; s o l o m e p r e s e n t a r o n á é l , c o m o u n a s tres
sema-
n a s d e s p u é s d e h a b e r l l e g a d o á la q u i n t a . S e me, o l v i d a b a d e c i r t e , q u e e r a esta
mente
situada
u n a r e s i d e n c i a casi r e g i a , a d m i r a b l e -
e n u n o d e los p a r a j e s
mas deliciosos
del
m e d i o d í a d e F r a n c i a d o n d e , s e g ú n d e c í a n , e r a la t e m p e r a tura tan s u a v e c o m o e n l l y e r e s ; allí pasaba c o n
frecuencia
m i l o r d la m a y o r p a r t e d e l i n v i e r n o .
— ¿Pero porqué
tardaban
tanto
en
presentarte á
ese
h o m b r e ? — pregunté á basquina.
— Esperaban
la l l e g a d a
d e varios b a ú l e s , d o n d e , iban
a l g u n o s v e s t i d o s q u e d e b í a n c o m p o n e r un m a g n í f i c o a j u a r ,
h e c h o de intento para mí por
las m a s a c r e d i t a d a s m o d i s -
tas d e P a r í s . P e r o a n t e s d e p a s a r a d e l a n t e , M a r t i n , d e b o
d e c i r t e , q u e miss T u r n e r e r a u n a m u j e r d e m o d a l e s p e r f e c tos , y m e r e p r e n d í a s i e m p r e c o n d u l z u r a , al p a r q u e c o n
f i r m e z a , p o r m i s faltas d e e t i q u e t a , y g r o s e r a s
expresio-
nes que m e eran familiares. Observábame yo , y me esmer a b a e n o b s e r v a r sus r e c o m e n d a c i o n e s , á fin d e
compla-
c e r l a . I.a v í s p e r a d e l día e n q u e d e b i a p r e s e n t a r m e al du
q u e , m e dijo miss T u r n e r : — 1 le ahí q u e está V. c o n v e r t i d a
1IIST0KIA
№
BASQUINA.
~7;>
en una p e q u e ñ a l a d y , l a u t o e n lo ( [ u e r e s p e c t a á los m o ­
dales, como
en la c i e n c i a d e la v i d a . N o d u d o q u e su S e ­
ñ o r í a q u e d a r á m u y s a t i s f e c h o d e las l e c c i o n e s q u e á V. h e
d a d o . L l e g ó el día d e la p r e s e n t a c i ó n . . . . Si e n t r o e n a l g u ­
n o s p o r m e n o r e s r e l a t i v o s á mi a d o r n o , M a r t i n , n o e s
pura v a n i d a d , sino
porque, conforme
por
á las ó r d e n e s d e l
d u q u e , t e n í a n un c a r á c t e r i n f a n t i l m u y m a r c a d o . M i s
b e l l o s , p a r t i d o s e n m e d i o d e la
t r e n t e , caian en
b u c l e s s o b r e mis h o m b r o s ; l l e v a b a
los b r a z o s
ca­
gruesos
desnudos;
un m a g n í l i c o v e s t i d o d e m u s e l i n a d e I n d i a s b o r d a d o , y u n
p a n t a l ó n d e lo m i s m o , m e d i a s d e seda
blanca
caladas, y
u n o s e s c a r p i n e s d e raso n e g r o . A f u e r z a d e oir d e b o c a d o
miss T u r n e r y d e la c a m a r e r a , q u e c o n a q u e l t r a j e e s t a b a
i n t e r e s a n t e , al lin m e c r e í u n a P s i q u i s c o l o c a d a e n mi g a ­
b i n e t e d e t o c a d o r ( e s t o d i g o sin h a c e r m e n c i ó n d e q u e m i
estancia er.i d e las m a s c o m p l e t a s d e s d e la a n t e s a l a h a s t a
la s a l a d o
b a ñ o ) . Después de h a b e r m e contemplado
a q u e l traje , c o n f i e s o h u m i l d e m e n t e , q u e m e
hallé
con
muy
h e r m o s a . — A h o r a , — m e dijo miss T u r n e r c o n su a i r e g r a ­
ve y c o m p u e s t o ,
sacando d e . u n
cofre, u n a
hermosísima
m u ñ e c a , — a h í t i e n e V. esta m u ñ e c a q u e le r e g a l a su S e ­
ñoría ; será n e c e s a r i o d a r l e las g r a c i a s , ¿ e n t i e n d e
— E n t i e n d o , miss
T u r n e r , — dije , a d m i r
V?
n d o el j u g u e ­
t e , tan p r e c i o s o , q u e n o m e a t r e v í a á t o c a r l o .
— T o m e V. su m u ñ e c a , — m e d i j o m í a y a .
— P e r o . . . . — le r e s p o n d í , — ¿ a c a s o
no vamos
á ver á
su S e ñ o r í a ?
—• S í , s e ñ o r i t a ; allá v a m o s , y su S e ñ o r í a d e s e a q u e l l e v e
V. su m u ñ e c a .
A u n q u e sorprendida
p o r esta r e c o m e n d a c i ó n ,
dejóme
c o n d u c i r por mi a y a á la e s t a n c i a del d u q u e .
....Esta ú l t i m a
parle
de
la n a r r a c i ó n d e
Basquina
me
s a c a b a d e j u i c i o , y c o n (oda s e n c i l l e z d i j e á B a s q u i n a :
— T a n l o s e s m e r o s , y la e d u c a c i ó n ( p i e te d a b a n , son al
m e n o s una p r u e b a d e q u e i n i l o r d d u q u e
no era u n h o m ­
276
M.UITIN
EL
EXPÓSITO.
M i r ó m e B a s q u i n a , y p r o r u m p i ó e n una carcajada
iróni-
ca , q u e m e h i z o e s t r e m e c e r .
XXVII.
C o n t i n u a c i ó n «le l a H i s t o r i a d e HiiKtiiiiña.
A n t e s d e p r o s e g u i r m i n a r r a c i ó n , m i b u e n M a r t i n , y para p r e p a r a r t e á o i r c o s a s q u e h a n d e p a r e c e r t e i n c r e í b l e s ,
— p r o s i g u i ó B a s q u i n a , — d i m e : ¿ c o n o c e s la a v e n t u r a d e l
bueno
d e L u í s X V c o n la s e ñ o r i t a d e T i e r c e l i n ?
— N o , — respondí, admirado de semejante pregunta; —
n o c o n o z c o esta a v e n t u r a .
— D u r a n t e m i m a n s i o n e n casa d e l d u q u e
—
de Castelby,
prosiguió Basquina , — p o r casualidad tuve
de l e e r m u c h a s obras q u e tratan
Muy Amado.
proporción
r e i n a d o d e L u í s el
La aventura e s c o m o s i g u e : — Pasando cierto
día a q u e l b u e n
rey
una n i ñ a apenas
de oncéanos....
oncéanos;
del
p o r T u b e r í a s , o b s e r v ó e n el j a r d í n á
¿ l o o y e s M a r t i n ? apenas de
hija d e u n c i u d a d a n o p a r i s i e n s e
llamado T i e r -
c e l i n , q u e v i v í a d e sus r e n t a s .
E n c a p r i c h ó s e el r e y p o r esta n i ñ a , y . . . . l ú e c o l o c a d a e n
e l r e g i o l e c h o p o r la m a r q u e s a d e P o m p a d o u r ; r i v a l , c o m o
v e s , m u y indulgente.
— ¡ O h ! ¡ e s t o fue u n a
b r o ; pero Basquina
infamia!'—exclamó
s i g u i ó su n a r r a c i ó n c o n
con
asom-
su a c o s t u m -
brada impasibilidad ó ironía.
•— L u í s X V , ¡ c o s a r a r a ! fue fiel p o r e s p a c i o d e d o s a ñ o s á
la n i ñ a T i e r c e l i n ; p e r o tanta
fidelidad
a l a r m ó á los c o r t e s a -
n o s y a las c o r t e s a n a s , y á c o n s e c u e n c i a d e n o sé q u é int r i g a d e l D u q u e d e C h o i s e u l , la p o b r e n i ñ a , j u n t a m e n t e con
su p a d r e , v i ó s c e n c e r r a d a e n la Bastilla , d o n d e a m b o s p e r -
CONTINUACIÓN
permanecieron
DE
por
LA
IIISTOIIIA
espacio
do
DE
BASQUINA.
catorce
años
?77
(I).
— Por esto la h i s t o r i a le l l a m a L u í s e l Muy Amado,
—di-
j o liambocha, riendo á mas no poder.
— La m o r a l i d a d
d e esta h i s t o r i a , — - d i j o
Basquina
con
a c e r h a b u r l a , — e s q u e L u í s X V era u n n o v i c i o c o m p a r a do con milord d u q u e d e C a s l e l b y , y en cuanto á m í ,
mas
m e v a l i e r a p e r m a n e c e r c a t o r c e a ñ o s e n la c á r c e l , q u e v i v i r , c o m o v i v í , e n la o p u l e n t a m a n s i ó n d e m i l o r d d u q u e .
Asustado
p o r estas ú l t i m a s p a l a b r a s
de Basquina , e x -
clamé :
— ¡ E n t o n ó o s luiste d e t e n i d a
á la fuer/a
al l a d o
d e ese
hombre !
— No: — c o n t e s t ó m e , — permanecí
Y como y o parecía dar á entender
voluntariamente.
que
no
comprendía
la a p a r e n t e c o n t r a d i c c i ó n d e sus p a l a b r a s , p r o s i g u i ó B a s quina :
— A n t e s d e r e f e r i r t e la a v e n t u r a d e L u í s el Muy Ainado
,
h a l l á b a m e , c r e o , e n el i n s t a n t e d e mi p r e s e n t a c i ó n á m i lord d u q u e . A t a v i a d a c o n un m a g n í f i c o t r a j e i n f a n t i l , c o n
(1) Kn las m e m o r i a s h i s t ó r i c a s d e P e u e h e t , s a c a d a s d o los a r c h i I I I , p á g i n a 106 , IOS, 114 , e t c . s o l e o lo s i -
v o s d e la p o l i c í a , l o m o
p u l e n t e : < U n o d e los r a s g o s ( p i e m a s p o n e n e n e v i d e n c i a la c o r r u p « c i o n d e la p o l i c í a d u r a n t e e l r e i n a d o d e L u í s X V , e s e l a s u n t o
tí l a t i v o á la s e ñ o r i t a T i e r c o l i n . E r a e s t a n i fia
« d o e d a d á lo m a s de, once, a ñ o s , e n la c u a l a d v i r t i ó
li s e á n d o s e á p i ó por
i e l l a A su a y u d a
las T u l l e r í a s . Aquella
di; c á m a r a
" m i s t e r i o las a í i e i o n e s
Lebel.
d e su
misma
Luis X V
noche
I'.sle , p a r a q u i e n
no
S e ñ o r , pronto e x c o g i t ó un
« s a t i s f a c e r los r e c i e n t e s d e s e o s d e l
re-
s u m a m e n t e herniosa ,
monarca : con
pa-
habló de
eran
un
medio
de
quo robaron
ia
« n i ñ a y la e n t r e g a r o n al r e y . »
V mas
adelante:
"La
marquesa
de
Pompadour
aprovechó
con
•< a n s i a la o c a s i ó n d o d e s h a c e r s e d e una r i v a l q u e p o d i a s e r p e l i g r o * sa.
U.anó a
Mr. de; C . h o i s e u l ,
« lera lirmó un
<fpcri'¿n
xdladn
.< s a p a d r e . . . . L a s n o t a s s e c r e t a s
,< ga . d e m u e s t r a n q u e
y
rey en• u n
la hija
momento do
relativas á esta i g n o m i n i o s a
Haslilla
I7ó0 , e n q u e se í i r m ó la
al padre, y
á la h i j a , q u e
intriórdeo
permanecie-
ron en e l l a ¡un e s p a c i o d e c a t o r c e u ñ o * .
III.
co-
de Tiercelin y contra
d u r ó d e s d e I 7 M , en q u e p u s i e r o n e n e l l e c h o
.' d e l rey á la n i ñ a T i e r c e l i n , h a s t a
• d i ' e n c e r r a r e n la
el
contra
r.
278
M MITIN
mi h e r m o s a m u ñ e e a
Til.
EXPÓSITO
e n una m a n o , y d a n d o la otra á
mi
a y a , p a s a m o s p r i m e r a m e n t e p o r una e s p l é n d i d a g a l e r i a d e
c u a d r o s , y l u e g o , atravesando varios s a l o n e s , á cual mas
r e g i o , l l e g a m o s á la h a b i t a c i ó n p a r t i c u l a r d e rnilnrd d u q u e
E x c e p t o sus d o s a y u d a s d e c á m a r a d e c o n l i a n z a , n o p e n e traba e n a q u e l l o s a p o s e n t o s otra p e r s o n a a l g u n a d e la ser
\idumbre. Parándose
mi a y a
conmigo
delante
de
una
puerta c u b i e r t a d e t e r c i o p e l o e n c a r n a d o , l l a m ó d e un m o d o p a r t i c u l a r . A b r i ó n o s un a y u d a d e c á m a r a ,
habláronse
c o n mi a y a a l g u n a s p a l a b r a s e n i n g l é s , y ella m e p u s o e n
manos
d o e s t e n u e v o s u j e t o d i c i é n d o m e : — • Corso ( A s í se
l l a m a b a el a y u d a d e c á m a r a i t a l i a n o ) c o n d u c i r á á V. a n t e
su S e ñ o r í a . Sea V .
discreta , pórtese
c o m o una
pequeña
l a d y b i e n e d u c a d a , y a c u é r d e s e d e todas m i s a d v e r t e n c i a s .
— C e r r ó s e otra v e z la p u e r t a tras mi a y a ; y q u e d é sola
c o n e s e C o r s o , c u y a c a r a a f e m i n a d a , a u n q u e m o r e n a ; sus
ojos-negros , penetrantes y m u y encendidos , me inspiraron u n a v a g a r e p u g n a n c i a . — Si
conmigo, — m e
la s e ñ o r i t a q u i e r e v e n i r
d i j o r e s p e t u o s a m e n t e c o g i é n d o m e por la
m a n o , — la l l e v a r é á su S e ñ o r í a . — I l í z o m e a t r a v e s a r una
s a l a ; en seguida un g a b i n e t e c u b i e r t o
las p a r e d e s c o m o
d e e s p e j o s , así e n
e n el t e c h o , y p a r t e d e l
pavimento.
El
C o r s o a p r e t ó u n r e s o r t e , y c o r r i é n d o s e un e s p e j o p o r c i e r t o e n c a j e , n o s a b r i ó paso á u n o s c u r o c o r r e d o r e n t e r a m e n te a l f o m b r a d o ; d e m o d o , q u e en él se a m o r t i g u a b a el r u i d o
de nuestras pisadas. Al c a b o de algunos m i n u t o s , abrióse
ante
n o s o t r o s una
puerta;
Cursóme
te p o r la e s p a l d a , y al v o l v e r y o
empujó
suavemen-
la c a b e z a hacia mi c o n -
d u c t o r , y a este habia d e s a p a r e c i d o ; s i é n d o m e
imposible!
r e c o n o c e r p o r d o n d e h a b i a y o e n t r a d o . N u n c a o l v i d a r é esta e s c e n a : h a l l á b a m e e n una e s p e c i e d e r o t u n d a e n t a p i z a da e n t e r a m e n t e d e
nada
por una
n e g r o con adornos
lámpara funeraria
de plata, é i l u m i -
del m i s m o m e t a l .
Lle-
n a b a la f ú n e b r e e s t a n c i a el p e n H i . a u t e p e r f u m e d e a r o m a s
m u y s u a v e s y e x q u i s i t o s . Estaba a m u e b l a d a c o n u n b a n c o
c i r c u l a r d e lustroso é b a n o , sin a l m o h a d o n e s . En el c e n t r o
CONTINUACIÓN
l>K
d e la pieza habia una
HASQUIÑV.
t'i'J
mesa c u b i e r t a d e t e r c i o p e l o
I. A
lllsl'OllIA
negro,
c o n b o r d a d o s d e plata c o m o
d e dicha
mesa , v e í a s e
un
l>K
paño mortuoiio.
Encima
un c o m p l e t o s e r v i c i o d e mesa e n
m i n i a t u r a , c o m o los q u e s i r v e n para j u g a r los n i ñ o s , p e r o
e n e x t r e m o m a g n í f i c o : todos los d i m i n u t o s u t e n s i l i o s e r a n
d e o r o e s m a l t a d o , c u a j a d o s d e p i e d r a s p r e c i o s a s . En e s p e c i a l , noté una s o p e r a del t a m a ñ o d e una taza , ( p i e e r a e n
electo u n a
K
obra
maestra
de
orfebrería : nada absoluta-
m e n t e faltaba , d e s d e los platos d e t o d a s d i m e n s i o n e s , b a s ta las v i n a g r e r a s y b o t e l l a s d e
como
frasquilos
cristal d e
roca,
tamañas
de agua d e o l o r , y unos saleros en q u e
a p e n a s eabia un g u i s a n t e .
— ¡ Y los l a b r i e g o s d e las h a c i e n d a s d e e s e h o m b r e , c o bijados en h e d i o n d a s m a d r i g u e r a s , y m e d i o d e s n u d o s , d i s p u t a b a n su c o m i d a á los c e r d o s ! — dije y o , p u e s e l c u a d r o
d e tan h o r r i b l e m i s e r i a n o se a p a r t a b a d e mi ¡ d e a .
—• Esos m i l o r e s , mí b u e n
conservan
la caza c o n
¡Martin , c r i a n , a l i m e n t a n 5
grandes
dispendios; pero ningún
c u i d a d o se l o m a n p o r la c o n s e r v a c i ó n d e los l a b r i e g o s .
— T o d o a q u e l l o m e d e s l u m h r a b a y a s u s t a b a á la p a r . —
prosiguió Basquina. — Mas lejos
vi e n un a r m a r i o , c u y a
p a r t e s u p e r i o r era d e m á r m o l n e g r o , una c o m p l e t a
d e c o c i n a , d e plata
y de
iguales
batería
p r o p o r c i o n e s á las
del
s e r v i c i o d e mesa y u n a estufilla e n q u e a r d í a e s p í r i t u d e vino , y que debía servir de hornillo.
Nada
en
todo
aquel
a p a r a t o habia ( p i e p u d i e s e c a u s a r i n q u i e t u d ; s í n e m b a r g o ,
elsíleucio que reinaba en aquella estancia entapizada de n e gro, empezaba
á infundirme
miedo,
c u a n d o se
una p a r t e d e la t a p i c e r í a . . . . E n t o n c e s c r e í
levanto
estar s o ñ a n d o ;
pues vi e n t r a r m o n t a d o e n u n o d e e s o s c a b a l l o s d e
made-
ra , q u e a n d a n p o r un r e s o r t e o c u l t o , á un h o m b r e d e m e diana
estatura, bastante
sesenta a ñ o s ; llevaba
z o s , un camisón
repleto, y
al
una peluca rubia
doblado
sobre
parecer
de
con grandes
los h o m b r o s , u n a
unos
richa
( p í e l a m u y c o r l a e n la q u e se a b o t o n a b a el p a n t a l ó n . . . . en
una p a l a b r a , esc s u g e t o l l e v a b a el t r a j e p r o p i o d e u n ni-
M MITIN
¿SO
El.
EXPÓSITO
ñ o d e mi e d a d d e e n t o n c e s . . . . P a r a h a c e r sin duda la ilusión m a s c o m p l e t a , s o p l a b a c o n todas sus f u e r z a s en
trompetilla
d e hoja
de
lata.
En esta
una
d i s p o s i c i ó n (lió una
v u e l t a e n t e r a á la r o t u n d a , m o n t a d o e n su c a b a l g a d u r a d e
leño.
— ¡ S e r i a por f o r t u n a a l g ú n l o c o ! — e x c l a m é s a l i e n d o d e
mi ansiedad.
— ¿ C ó m o un l o c o ? — d i j o m e B a s q u i n a , c l a v a n d o en mi
sus ojos ; y l u e g o m i r a n d o á B a m b o c h a , a ñ a d i ó
— Si,
mi buen Martin ; era un loco.
D e s p u é s d e un i n s t a n t e d e s i l e n c i o p r o s i g u i ó Basquina :
— Milord duque ; pues en
efecto era é l , abandonábase
á v e c e s á ciertas inanias, q u e r a y a b a n en locura. La primera
impresión que m e
c a u s ó la vista d e a q u e l
anciano
g r o t e s c a m e n t e v e s t i d o c o m o un n i ñ o d e d i e z a ñ o s , y j u g a n d o c o m o este , fue u n a c c e s o d e risa ; p e r o esta risa n i n g ú n e c o t u v o en a q u e l p r o f u n d o y s i n i e s t r o r e t i r o ; s u p u e s to q u e
habiéndose
cabalgata,
apeado
milord d u q u e ,
me contemplaba
mudo
é
terminada
impasible con
su
sus
o j u e l o s d e un a z u l c l a r o , y r e l u c i e n t e s en m e d i o d e su rostro de color de sangre. A s i , pronto m e sobrecogió de n u e v o el m i e d o , basta h a c e r m e p a r e c e r en e x t r e m o e s p a n t o s o ,
lo m i s m o q u e antes m e
hizo reir , y por consiguiente m e
eché á llorar dando agudos gritos.
— ¡ Y en e f e c t o , todo esto era e s p a n t o s o ! — d i j e
á Bas-
q u i n a , — y m e p a r e c e al o i r l o q u e m e o p r i m e u n a h o r r i ble pesadilla.
— Necesitáronse
todas las
afectuosas y paternales e x -
p r e s i o n e s d e m i l o r d d u q u e , q u e h a b l a b a p e r f e c t a m e n t e el
f r a n c é s , p a r a s o s e g a r m e y h a c e r m e r e c o b r a r mi c o n f i a n za.
Cuando
m e vio t r a n q u i l a , m u d a n d o
repentinamente
d e t o n o , y sin h a c e r a l u s i ó n a l g u n a al m o d o c o m o m e h a bía r e c o g i d o en el c a m i n o
r e a l , ni á los e s m e r o s q u e p o s -
t e r i o r m e n t e se t u v i e r o n c o n m i g o , d í j o m e a f e c t a n d o el z e z e o
de una pronunciación
a n i ñ a d a : — M e l l a m a r á s 7'oío , m e
i u t e a r á s , y n o s d i v e r t i r e m o s : v a m o s á j u g a r d la
comida.
CONTINUACIÓN
DE I.A
IIISTOIIIA
V e o q u e t i e n e s ahi una h e r m o s a
DE B A S Q U I N A .
ÍSl
inuñeca. ¡Olí! también
t e n g o y o m u y lindos j u g u e t e s : y a te l o s e n s e ñ a r é , ahora
v a m o s á j u g a r á la c o m i d a .
Como yo miraba
á B a s q u i n a c o n a i r e e s t u p e f a c t o , pu
diendo apenas d a r crédito
á mis o i d o s , continuó
c o n su
a c o s t u m b r a d a sonrisa s a r c á s t i c a .
— Y Tolo,
d u q u e y p a r d e I n g l a t e r r a , d i s f r u t a b a d e toda
la c o n s i d e r a c i ó n , y a u t o r i d a d q u e g r a n g e a u n g r a n
nom-
b r e y una i n m e n s a f o r t u n a . A m a s , c o m o se h a b í a d i g n a d o r e p r e s e n t a r su pais e n n o s é q u é e m b a j a d a d e c e r e m o nia , dos ó t r e s s o b e r a n o s le h a b í a n
m a s b e l l o s c o r d o n e s . P o r otra
c o n d e c o r a d o c o n los
parte, — añadió
Basquina
c o n cierta r e c r u d í c o n c i a d e i r o n í a , — c u a n d o n o l l e v a b a e l
traje d e 7'oío , tenia m i l o r d d u q u e un e x t e r i o r s e r i o y r e s p e t a b l e . C a s u a l m e n t e le v i una t a r d e p a s e á n d o s e e n la g a lería b r a z o á b r a z o c o n e l a r z o b i s p o d e la c i u d a d v e c i n a ,
( ¡ m e s m i l o r d e r a e x c e l e n t e c a t ó l i c o y c a d a d o m i n g o se r e z a b a una misa e n la q u i n t a ) . . .
C o m o iba d i c i e n d o , e l d u -
q u e c a m i n a b a c o n la f r e í d o e r g u i d a , l l e v a n d o un g r a n cordon azul s o b r e su c h a l e c o b l a n c o , y una p l a c a d e d i a m a n tes e n c i m a d e su frac n e g r o . C i e r t a m e n t e , e n a q u e l
señor
hubiéranie
sido i m p o s i b l e
reconocer
á
gran
7'oZo , c o n
q u i e n j u g u é p o r p r i m e r a \ e z á la c o m i d a .
— ¡ A l i ! si para v e r e n su i n t e r i o r f u e s e p o s i b l e v o l v e r al
r e v é s la piel d e m u c h o s a n c i a n o s , p a r t i c u l a r m e n t e
entre
los v i e j o s l i b e r t i n o s políticos , q u e son la p e o r e s p e c i o d e
entes depravados , — exclamó B a m b o c h a , — ¡cuántos
Tolos
h a l l a r í a m o s bajo esas m á s c a r a s l l e n a s d e g r a v e d a d !
— P e r o , v o l v i e n d o á mi j u e g o , — c o n t i n u ó B a s q u i n a , —
lo h i c i m o s c o n un p e q u e ñ o s e r v i c i o d e m e s a , t r a b a j a d o e n
o r o , d e s p u é s d e h a b e r p r e p a r a d o la c o m i d a
en miniatura
e n c a z u e l a s d e plata e n la llama d e a l c o h o l . En b r e v e (¡lo
q u e es b a s t a n t e
e x t r a ñ o ) , p u d i e r o n m a s q u e el m i e d o
los
g u s t o s p a r t i c u l a r e s d o mi t i e r n a e d a d , y a c a b é p o r d i v e r t i r m e m u c h o c o n a q u e l p a s a t i e m p o . Mi a m i g o 7'oío se ma
infestaba u i u v d i c s l r o en el m a n e j o d e aquella cocina p u e
10
2S2
MARTÍN
El.
EXPÓSITO
r i i . M e m o s t r ó sus j u g u e t e s , e n t r e l o s c u a l c s los había p r e c i o
sísirnos , e s t r a ñ o s , y q u e e r a n
Seguramente
debieron
un
prodigio de
mecánica.
costar sumas considerables.
de r e p e n t e , interrumpiéndose
Poro
7'oío en m e d i o d e la o s t e n -
t a c i ó n d e sus j u g u e t e s , m e dijo c o n a i r e d e s c o n s o l a d o : —
Son y a las tres , el a y o va á v e n i r para t o m a r m e la l e c c i ó n ,
¡ e s un
f a s t i d i o : Lo d e j a r e m o s
para m a ñ a n a , ¿ n o es
ver-
dad?—
T a l fue mi p r i m e r a e n t r e v i s t a c o n m i l o r d d u q u e , q u i e n
h a b i e n d o t o c a d o u n a c a m p a n i l l a i n v i s i b l e , a b r i ó s e la p u e r ta s e c r e t a : p a r e c i ó C o r s o , y á una seña d e su a m o , se m e
l l e v ó por d o n d e habia
d e miss T u r n e r ,
v e n i d o . L u e g o m e puso e n
que me
había
manos
estado aguardando
á la
p u e r t a d e la e s t a n c i a p a r t i c u l a r d e m i l o r d d u q u e . C u a n d o ,
llena todavía de a s o m b r o , repetí
c i a s á miss T u r n e r ,
todas estas
extravagan-
c o r l ó m e d e r e p e n t e la p a l a b r a ( l i c i ó n -
d o m e c o n s e v e r i d a d : — S í r v a l e á V. esta ve/, para s i e m p r e ,
s e ñ o r i t a : ni a h o r a , ni n u n c a , d e b e V . d e c i r una palabra
s o b r e e s t o ni á m í , ni á n a d i e ; d e lo c o n t r a r i o p e r d e r á Y .
t o d o el a f e c t o y g e n e r o s i d a d e s d e su S e ñ o r í a . A q u e l p r i m e r
j u e g o solo
f u e r i d í c u l o ; p e r o la r i d í c u l o / era p r e l u d i o d e
lo h o r r i b l e
E n e f e c t o , c o n toda s e n c i l l e z h a b i a d i c h o á R a s q u i ñ a : —
Este h o m b r e e r a u n l o c o . . . — El resto d e n u e s t r a
conver-
s a c i ó n , q u e la p l u m a se resiste á c o n t i n u a r , m e p r o b ó q u e
ose h o m b r e era uno
espantosas
de
tantos monstruos , conducidos á
m o n o m a n í a s , t a n t o p o r la s a c i e d a d c o m o
e l a b u s o p r e c o z d e t o d o s los p l a c e r e s q u e p u e d e n
por
propor-
c i o n a r las r i q u e z a s i n m e n s a s , a d q u i r i d a s sin el m e n o r alan
d e s d e la m o c e d a d , y p o r s o l o e f e c t o d e la h e r e n c i a
— P o r lo d e m á s , — prosiguió Basquina , — mi aya
T u r n e r parecía ignorar del todo cuanto
sucedía , y
miss
siem-
i r e r e s e r v a d a é i m p a s i b l e , o c u p á b a s e en e d u c a r m e c o n la
perseverancia
y c e l o ( p i e e x i g í a n las ó r d e n e s d e su s e ñ o r .
C O N T I N U A C I Ó N l»H L A HISTORIA Dlí RASQUIÑA.
283
E n s e ñ ó m e ;i l e e r y ó e s c r i b i r ; s i e n d o m u y i n s t r u i d a e n la
música,
educó
para el c a n t o ,
y
desarrolló
enseñóme á
mis
tocar
disposiciones
naturales
el p i a n o , el d i b u j o ,
historia y la g e o g r a f í a ; d e m a n e r a , q u e c o m o
ella
a u n q u e hubiese; sido y o , e n e f e c t o , la hija d e
rnilord
que,
dudo «pie
la
decía ,
du-
se m e h u b i e s e e d u c a d o c o n m a y o r i n t e l i -
gencia y esmero.
—
una
Pero
es
acción
una
infamia , —
generosa
en
exclamé , — hacer
sí , para el
h a c e r m a r c h a r así a l a
mas monstruosos antojos...
c u l t i v o d e l e n t e n d i m i e n t o y la m a s e x e c r a b l e
—
liu e f e c t o , —
pleaba
cierta
la
mayor
repuso
par el
ignominia:
B a s q u i n a ; — al p a s o
que em-
p a r t e d e mi t i e m p o e n e l e s t u d i o , y c o n
especie de formalidad , supuesto
nunca a b a n d o n a b a
servil'
c u m p l i m i e n t o d e los
conmigo
q u e miss
Turner
su h a b i t u a l g r a v e d a d
s e r v a , pasaba y o mi t i e m p o s o b r a n t e
horrible recuerdo me seguirá
y
re-
ÍII un infierno , c u y o
hasta la m u e r t e .
—
¿ Y no pensaste en h u i r ? — dije á Basquina.
—
listaba m u y d i s t a n t e d e d e s e a r l o , — r e s p o n d i ó m e c o n
c i e r t a e x a l t a c i ó n ; — p u e s s o l o e n esa é p o c a e m p e c é á v i s l u m b r a r el objeto q u e m e p r o p o n g o a l c a n z a r , y q u e ,
mo dije, alcanzaré, —
co-
a ñ a d i ó con sombría resolución.
—
N o te e n t i e n d o , B a s q u i n a .
—
O y e , Martin.... Me conociste m u y desventurada , ¿no
e s v e r d a d ? — V i s t e mi a f l i c c i ó n a l v e r m e a r r e b a t a d a d e los
b r a z o s d e mi m o r i b u n d o
ble,
p a d r e ; no ignoras
cuan
m a l t r a t a d a y h o l l a d a fue mi i n f a n c i a ; f u i m o s
banquis., v a g a b u n d a s ,
tan p r e c o z
ladrones....
degradación....
pues
miserasaltim-
bien ; á pesar d e
s i e m p r e c o n s e r v é en lo íntimo
d e ini a l m a a l g ú n v a g o r e m o r d i m i e n t o , y c i e r t o d e s e o c o n fuso d e l o g r a r una e x i s t e n c i a m e n o s v i l . . . . ¿ O s a c o r d á i s d o
a q u e l l a n o c h e q u e p a s a m o s e n la ¡ s l í t a ?
—
¡ Oh ! ¡ sí! ; s í ! —
—
Como
exclamé.
no abundan
estos
r e c u e r d o s , — dijo B a m b o -
c h a , — u n o los c o n s e r v a e n el r i n c o n c i t o d e l b i e n .
—
Entonces, — prosiguió Basquina con exaltación
pro-
2.XÍ
MARTIN
Kl.
UXI'OSITO.
gresiva , — entonces aun
me
tante á mis propios o j o s ,
para t r a t a r
respetaba
y eslimaba
c o n d u c t a m a n c h a d a , d i c i é n d o m e : « La f a t a l i d a d
le d o n o h a n h e c h o d e m í lo q u e s o y . »
g ú n t i e m p o d e mi m a n s i ó n e n casa
bas-
d e d i s c u l p a r m e una
velában-
P e r o al c a b o d e a l -
¡le m i l o r d d u q u e ,
\i h o r r i b l e m e n t e d e g r a d a d . i p o r a q u e l
m i n o s , q u e p e r d í hasta e l r e m o r d i m i e n t o d e a q u e l l a
ma d e g r a d a c i ó n
me
monstruo, en térúlti-
P e r o t a m b i é n , ai p a s o ( p i e la e d u c a c i ó n
d e s e n v o l v í a mi i n t e l i g e n c i a , d i s p e r t ó s e e n mi u n a
necesi-
d a d , un d e s e o de v e n g a n z a , (pie c r e c i e n d o de
día
m a s y m a s , ha l l e g a d o á s e r u n
lijo é i n c e -
sante.... Desde
entonces
pensamiento
acepte
e n dia
mi s u e r t e con p l a c e r s i -
n i e s t r o . . . . H i c e p r o d i g í o s d e t r a b a j o ; e m p l e a b a en insli o í r m e todo el
c u a n t o podia
tiempo
de
que
facilitarme
podía
la
disponer;
así c o m o en
a d q u i s i c i ó n d e esas h a b i l i d a -
des y modales a m a b l e s , distinguidos y seductores q u e d a n
á las m u j e r e s un p o d e r tan e x t r a o r d i n a r i o . M i l o r d
duque,
p o r un r e f i n a m i e n t o d e d i a b ó l i c a c o m p a s i ó n , f a v o r e c í a
mi
a f i c i ó n a l e s t u d i o . M a n d ó v e n i r , e x p r e s a m e n t e para m í , y
á costa d e e n o r m e s d i s p e n d i o s , un e x c e l e n t e p r o f e s o r d e
c a n t o y d e c o m p o s i c i ó n , q u i e n , p o r d e c i r l o así , b a h í a
m a d o á l o s artistas
mas célebres
o b r a s se h a n h e c h o a h o r a
de este p r o f e s o r ,
de. su
lienipo, y
for-
cuyas
p o p u l a r e s . . . . P e r o , á propósito
añadió Basquina sonriendo d u l c e m e n t e :
— O y e , M a r t i n , un r a s g o ( p i e te e n s a n c h a r : ! el c o r a z ó n ,
y lo a l i v i a r á , d i s t r a y é n d o l o un i n s t a n t e d é l o s v i l e s s u c e s o s
que. d e b o r e f e r i r . . . . C o n
r e s p e c t o al
hablando, hombre excelente
si
artista
los
hay,
de quien
pasaba y o
hija a d o p t i v a d e l d u q u e ; p u e s m e h u b i e r a m u e r t o d e
voy
por
ver-
g ü e n z a , si m i m a e s t r o h u b i e s e s a b i d o q u i e n y o e r a e n t o n ces.... Esle
p u e s , se
admiraba
tanto
cuidados que me rodeaban , cuanto
mas del e s m e r o y
( p i e él
d i j o , d e b í a su c a r r e r a á una p e r s o n a
m i s m o , según
tan g e n e r o s a
como
l l e n a d e m i s t e r i o . — Estaba p o s e í d o d e un f u e g o s a g r a d o ;
— d e c í a m e mi m a e s t r o : — pero era p o b r e , desconocido ,
sin r e c u r s o s , falto e n t e r a m e n t e «lo
medios
para estudiar.
CONTINUACIÓN
y
teniendo
Dli
apenas
lo
C i e r t o dia , vi e n t r a r
avanzada,
guaje
LA
HISTORIA
suficiente
en
DE
para
RASQUIÑA.
mi boardilla un sugeto d e
bastante mal v e s t i d o , de aire
áspero, y
de
S8S
p r o c u r a r m e pan.
duro,
edad
de
len-
o j o s p e n e t r a n t e s . Sus p r e g u n t a s
me
p r u e b a n q u e está e n t e r a d o d e todos l o s p o r m e n o r e s d e mi
vida y d e mi v o c a c i ó n ; s i e n d o el
sita la s e g u r i d a d para
mi d e
resultado de aquella
una p e n s i ó n ,
que en
vi-
efecto
m e p r o c u r ó los m e d i o s d e e s t u d i a r , d e t r a b a j a r , d e d a r m e
á c o n o c e r y de g r a n j e a r m e un n o m b r e . P e r o d e s g r a c i a d a m e n t e p a r a mi p r o f u n d a g r a t i t u d , n o p u d e v e r á m i b i e n hechor
m a s ( p i e a q u e l l a sola
v e z . — ¿ S a b e V . al
menos
su n o m b r e ? — p r e g u n t ó á mi m a e s t r o . — D í j o m o l l a m a r s e
Mr.
Justo;
cobrar
y el e n c a r g a d o d e n e g o c i o s e n c u y a casa
mi
pensión,
iba á
n u n c a q u i s o d e c i r m e m a s s o b r e esta
persona singular.
— ¡Mr. Justo!— exclamó Bamboeha , interrumpiendo á
Basquina.
— ¡ l i é ahí una cosa m u y e x t r a ñ a !
— ¿ C ó m o ? — pregunté yo.
— C i e r t o p i n t o r j o v e n , á q u i e n c o n o c í e n m i s (lias f e l i c e s , y que ahora tiene un
t a m b i é n fue d e u d o r
n o m b r e ilustre , refirióme
d e su c a r r e r a
al g e n e r o s o
que
apoyo de
c i e r t o p r o t e c t o r m i s t e r i o s o l l a m a d o M r . Justo.
— N o h a y d u d a , será
el m i s m o — e x c l a m é .
P r o b a b l e m e n t e , — a ñ a d i ó B a m b o c h a , — pues poco t i e m po después q u e
el p o r v e n i r d e l p i n t o r ( j o v e n el m a s h o n -
r a d o d e c u a n t o s h a y e n e l m u n d o , sin e m b a r g o d e c o n o c e r m e ) estuvo a s e g u r a d o , un amigo suyo , estatuario de g r a n
mérito y de bellas e s p e r a n z a s , vióse m i l a g r o s a m e n t e
au-
x i l i a d o p o r e s e d e m o n i o d e M r . J u s t o , á q u i e n sin e m b a r g o
n i n g u n o d e l o s d o s c o n o c í a , ni 1c h a b í a n
visto m a s
que
una sola v e z . . . . p e r o q u e d e b e e s t a r m u y b i e n i n f o r m a d o ,
ó t e n e r m u y s u t i l e s las n a r i c e s , p a r a c o l o c a r tan o p o r t u n a m e n t e y tan b i e n sus b e n e f i c i o s , s u p u e s t o q u e su p r o t e g i d o e s t a t u a r i o g a z a ya d e
—
una i n m e n s a c e l e b r i d a d :
¡ Gracias! ¡Basquina , G r a c i a s ! — e x c l a m é r e s p i r a n -
286
MARTIN
do;—parece
EL
EXPÓSITO.
q u e se d e s a h o g a
el corazón
oyendo
referir
t a n n o b l e s y s u b l i m e s r a s g o s . — N o , n o á todos d e p r a v a la
o p u l e n c i a , a l m a s g r a n d e s h a y q u e h a c e n d e la r i q u e z a un
sacerdocio
lelby,no
p u e s g r a c i a s á D i o s ; si h a y d u q u e s d e C a s faltan .1 u s t o s . . . . ¡ O h !
¡ cuánto diera , — e x c l a m é
c o n e n t u s i a s m o , — p o r p o d e r c o n t e m p l a r á esa alma g r a n de !
XWIII.
C o n t i n u a c i ó n tic l a H i s t o r i a «le M a s i i u i ñ » .
• — A h , mi b u e n M a r t i n , f u e r z a es q u e d e s d e el c i e l o l e
derrumbe
al i n l i e r n o , p r o s i g u i e n d o mi
r e l a c i ó n . Con
un
m a e s t r o c o m o el d e q u e a c a b o d e h a b l a r , q u e m e i n s t r u y ó
p o r e s p a c i o d e t r e s m e s e s , ya p u e d e s ( ¡ g u i a r l e
mis rápi-
d o s a d e l a n t o s , P o r ú l t i m o , M a r t i n , lo ( p i e v o y á c o n t a r t e le
p a r e c e r á a b s u r d o , al paso q u e n a d a h a y m a s c i e r t o , y m e
p r u e b a toda la f u e r z a d e mi
i p i i s e aprender
v o l u n t a d . N o tenia
ingenio y
P a r a s a b e r lo q u e
á adquirirlo
es
inge-
n i o , l e í , y e s t u d i é los e s c r i t o r e s m a s a c r e d i t a d o s d e
s e e r l o , y al m e n o s c o n su l e c t u r a
de
engañar
á los m e n o s
logré
uní jerga
p e r s p i c a c e s ; en
po-
capaz
términos,
que
m i l o r d d u q u e , q u e e n sus n u m e r o s o s v i a j e s e s t u v o r e l a c i o n a d o c o n los h o m b r e s m a s d i s t i n g u i d o s d e Europa , m e d i j o u n dia s u m a m e n t e m a r a v i l l a d o : — ¡ 1 , l é v e m e el d i a b l o si
esta n i ñ a n o se ha v u e l t o
ingeniosa!—Sosiégate
n o temas (pie contigo haga
nunca alardes de
— P e r o ¿ y esa v e n g a n z a
( p i e te
propusiste?
•— ¿ Esa v e n g a n z a ? — c o n t e s t ó m e . — P a r a
segura
érame
toda e s p e c i e d e
preciso trabajar
hacerla
d i a r i a m e n t e en
habilidades y de seducciones que
habian de convertirse en
Martin,
sabionda.
mas
adquirir
un
dia
a r m a s tan t e m i b l e s . . . . no c o n t r a
CONTINUACIÓN
DK
I,A
HISTORIA
milord d u q u e , supuesto q u e
DE
BASQUINA.
me hubiera
287
sido i m p o s i b l e ;
sino c o n t r a esa raza e n t e r a d o o c i o s o s , e s t ú p i d o s , i n s o l e n tes (') i n f a m e s , c u y a h o r r i b l e s e n e c t u d se h a l l a
personifi-
cada en m i l o r d d u q u e , asi c o m o e n l i s c i p i o n su a d o l e s c e n cia.
— Va e m p i e z o á p e n e t r a r t e , b a s q u i n a , — d i j e
d o d e la i m p l a c a b l e e x p r e s i ó n d e su
— ¡ O h ! desapiadada
admira-
fisonomía.
raza!—exclamo
con a m e n a z a d o -
ra e x a l t a c i ó n ; — m i e n t r a s v o s o t r o s r e g u r j i t a b a ¡ s e n m e d i o d e
superfluidades , sucumbía
miseria
y
mi
la m a s p r o f u n d a
pobre n i ñ a ,
comprábanme
p a d r e e n la
mas
aflicción.... y siendo
horrible
yo una
con algunas m o n e d a s !
v u e s t r o e x e c r a b l e d e s c u i d o s o b r e la s u e r t e d e
¡Ah!
tantos m i -
serables, como nosotros, permitía que me manchasen en
esa e d a d t i e r n a , e n q u e hasta l a s q u e l l e g a n á s e r m a s c r i minales
al m e n o s f u e r o n p u r a s . ¡ A h ! c u a n d o
os a l a r g u é
la m a n o , ¡ n o c e n t e t o d a v í a , si b i e n e n v i l e c i d a , m e
recha-
zasteis. — ¡ Oh ! m a g n a t e s fastidiados p o r la s a c i e d a d , v o sotros hicisteis d e mi el j u g u e t e y
cruel disolución, complaciéndoos
la
víctima de
por una burla
vuestra
infernal
e n ilustrar m i e n t e n d i m i e n t o m i e n t r a s m e c o l m a b a i s d o d e gradación como
criatura
hundisteis c o n u l t r a j e s ,
humana....
oprobios y
¡Oh!
¡vosotros
me
tormentos! ¡ O h !
contagio de vuestra detestable p e r v e r s i d a d
el
me corrompió
basta los t u é t a n o s ; y s i n e m b a r g o , a u n n o t e n g o doce
años!
¡ l ' e r o a g u a r d a d ! ¡ a g u a r d a d ! L l e g a r á el día e n ( p i e t e n d r é
diez
y
seis
e d a d del c a n d o r
y
de
la
inocencia
e d a d en ( p i e b r i l l a
la h e r m o s u r a c o n todo su e s p l e n d o r ,
e d a d q u e da r e a l c e
á todas
las s e d u c c i o n e s d e l t a l e n t o
y
habilidades (píe he a d q u i r i d o , y (pie todavía adquiriré
¡ a g u a r d a d ! y e n t o n c e s c o n la f o r t a l e z a y e n e r g í a q u e i n f u n d e n los v i c i o s q u e m e c o m u n i c a s t e i s , f u e r t e
con el odio
d e s a p i a d a d o ( p i e m e i n s p i r a s t e i s . . . . f u e r t e c o n mi c o r a z ó n ,
m u e r t o p r e c i s a m e n t e á la e d a d e n q u e e n los d e m á s
em-
pieza a s e n t i r . . . f u e r t e c o n mis s e n t i d o s a p a g a d o s á l a e d a d
e n q u e se i n f l a m a n . . . . y s o b r e t o d o , f u e r t e
c o n el m e n o s -
288
M.UITIN
EL
EXPÓSITO.
p r e c i o y el h o r r o r q u e v u e s t r a r a z a m e i n s p i r a . . . . ¡ a g u a r d a d ! y veréis con q u e pasiones frenéticas, locas, criminales sabré embriagaros....
¡ o h ! l l e g a r á dia
amaréis!... y entonces quedaré
—• L o s a d e m a n e s , e l g e s t o y la e x p r e s i ó n
mía d e B a s q u i n a
en que
me
vengada.
d e la f i s o n o -
m i e n t r a s p r o n u n c i a b a cata i m p r e c a c i ó n ,
m o s t r a r o n una r e s o l u c i ó n tan f o r m i d a b l e , q u e i n v o l u n t a riamente e x c l a m é :
— ¡ Basquina!...
¡ m e causas espanto!
— Pasóse Basquina
la m a n o p o r la f r e n t e ,
cubierta
de
una a r d i e n t e r u b i c u n d e z , y después de un instante de s i lencio , dijome:
— D i s i m ú l a m e , mi b u e n M a r t i n ,
que
me
abandone
a
semejantes arrebatos.... C o n t i g o , B a m b o c h a , no trataré de
r e p r i m i r m e ni de afectar disimulo. Prosigo pues
mi
rela-
c i ó n . P o r o t r a p a r t e , p o c o m e q u e d a q u e d e c i r : un i m p r e visto suceso o b l i g ó m e
á a b a n d o n a r la casa d e m i l o r d d u -
q u e . . . . y fue su m u e r t e d e r e s u l t a s d e un a t a q u e a p o p l é t i c o . Su s o b r i n o , ú n i c o h e r e d e r o , l l e g ó m u y p r o n t o c o n la
d i l i g e n c i a p a r a p o s e s i o n a r s e d e tan i n m e n s a s u c e s i ó n . Este
sobrino era ya m u y rico;
p e r o tan a v a r o y r i g o r i s t a ,
m o h a b i a sido su fio p r ó d i g o y d i s o l u t o : a s í , e c h ó
q u i n t a á t o d a s las
á quienes
este
co-
d e la
mujeres reunidas por milord d u q u e , y
ningún
legado
habia
hecho.
Solamente
m i s s T u r n e r r e c o g i ó u n c o n s i d e r a b l e p e c u l i o . C o n s e r v ó su
a c o s t u m b r a d a i m p a s i b i l i d a d al v e r m e e c h a d a d e c a s a , c o m o á las d e m á s m u j e r e s del s e r r a l l o : c o n todo, d i ó n i e v e i n te f r a n c o s , y u n a h e r m o s a
guitarra , q u e ella
m e habia
enseñado á tocar.... — Muchacha, — dijome : — c o n
m e d i o d e g a n a r t e , el p a n , u n a linda f i g u r a , v e i n t e
e n el
b o l s i l l o , u n b u e n v e s t i d o y u n lio d e
ropa
este
francos
blanca ,
n i n g u n a i n q u i e t u d d e b e s t e n e r p o r tu s u e r t e .
Asi sali d e la q u i n t a d e l d u q u e d e C a s t c l b y á
principios
d e o t o ñ o , t e n i e n d o un solo o b j e t o , el d e i r á P a r í s , p e n s a n d o y a d e u n m o d o v a g o e n el t e a t r o , e n d o n d e , m e j o r q u e
en p a r t e alguna podía , á fuerza de trabajo , de c e l o y
de
CONTINUACIÓN
OH L A
HISTORIA
DI*. R A S Q U I Ñ A .
28!)
v o l u n t a d , a l c a n z a r el p r i m e r g r a d o d e la p o s i c i ó n q u e
am-
b i c i o n a b a , y ( p i e era mi idea lija, ú n i c a , c o n s t a n t e , o b s t i nada y a r d i e n t e c o m o la v e n g a n z a
diodía d e F r a n c i a
Mi v i a j e d e s d o el m e -
basta P a r í s , e f e c t u ó s e
sin n i n g ú n a c c i -
d e n t o d i g n o d e p a r t i c u l a r m e n c i ó n ; el t i e m p o casi
pre estuvo magnilico ; y
siem-
gracias á mi guitarra, con
que
a c o m p a ñ a b a m i c a n t o e n los c a f é s y o t r o s p a r a j e s p ú b l i c o s
d e las c i u d a d e s d o n d e m e d e t u v e , c u a n d o l l e g u é á P a r i s
h a b í a r e u n i d o d o b l e c a n t i d a d d e d i n e r o , d e la q u e r e c i b í d e
la g e n e r o s i d a d d e m i s s T u r n e r . L a c a s u a l i d a d m e h i z o e n c o n t r a r m u y p r o n t o á B a m b o c h a ... Y o c r e í a e x t i n g u i d a la
sensibilidad
d e mi c o r a z ó n . . . si d e l
todo
extinguida; no
o b s t a n t e á la vista d e n u c s t i o a m i g o d e i n f a n c i a , e l p l a c e r ,
la a l e g r í a y la e s p e r a n z a m e c a u s a r o n u n d u l c e
estremeci-
miento.
— C u a n d o n o s e n c o n t r a m o s , — dijo
Bambocha..— vivia
y o con mi viudita , h e r m a n a del c e r r a j e r o ; y por supuesto
al p u n t o la a b a n d o n é .
Fn e f e c t o , — a ñ a d i ó
Basquina, — y
mientras
vivimos
j u n t o s se puso á t r a b a j a r c o n a h i n c o e n su oficio d o c e r r a j e r o p a r a a c u d i r á mis n e c e s i d a d e s ; p u e s sus z e l o s n o
le
p e r m i t í a n d e j a r m e ir p o r los c a f é s c o n m i g u i t a r r a .
— En esto l o r e c o n o z c o , — d i j e y o .
— Pero... — observó Bambocha , c o n s e n t i d o a c e n t o , ella
n o d i c e las p e s a d u m b r e s c o n q u e la
oprimí
durante
ese
t i e m p o , ni mis b r u t a l i d a d e s , n i m i s v i o l e n c i a s , h i j a s d e l o s
zelos y de....
— ¿ P o r q u é h a b l a r á M a r t i n d e tan p e n o s o s r e c u e r d o s ?
— dijo B a s q u i n a
interrumpiendo
g o . — Razón tuviste, Bambocha,
afecto.... sino de mi
á nuestro común
en
quejarte,
frialdad.... Es cierto
ami-
no de
que no
mi
amé á
o t r o ; p e r o t a m p o c o te a m a b a á tí d e la m a n e r a q u e h u b i e ras apetecido. Al v o l v e r l e á h a l l a r , c r e í p o r un instante v e r
r e n a c e r de n u e v o ese d e s g r a c i a d o a m o r q u e databa d e s d e
mi
infancia;
pero m e
engañé:
los sentimientos
q u e se,
a p a r t a n d e la n a t u r a l e z a n o s o n c o n s t a n t e s ; h a r t o e s q u e
111.
17
Ü90
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
d u r e n a l g ú n t i e m p o . . . . Y l u e g o has d e s a b e r ,
mi
único alan
Martin , q u e
era s o b r e s a l i r en mi a r t e ; una voz secre-
ta m e d e c i a , q u e s o l o él p e d i a c o n d u c i r m e al fin p r o p u e s to d e m i v e n g a n z a , d e s i g n i o q u e s e g u í a e n t o n c e s , l o m i s m o
q u e h o y , con i n v e n c i b l e obstinación , c o n una ciega c o n fianza e n el p o r v e n i r : los z e l o s , las incesantes r e p r e n s i o nes de Bamboeha
con respecto
ciertamente me afligian;
á
la f r i a l d a d d e m i a m o r ,
y hubiérame
creído
f e l i z , si se
h u b i e s e c o n t e n t a d o , corno y o se lo s u p l i c a b a , c o n un a f e c t o
f r a t e r n a l ; p e r o sus o b s e s i o n e s , sus a r r e b a t o s , al c a b o h i c i é r o n s e m e i n t o l e r a b l e s ; mi frialdad
mente,
y
le hacia sufrir cruel-
mis p e s a r e s d i a r i o s e r a n o t r o s tantos o b s t á c u l o s
enlasendaque
me
propuse
de
mi
s e g u i r . . . . Por
consiguiente,
cierta n o c h e . . . .
— Al regresar
trabajo, —
dijo
Bamboeha
inter-
r u m p i e n d o á B a s q u i n a . . . . había d e s a p a r e c i d o , y desde ent o n c e s n o la v o l v í á v e r hasta
boy.
— Y d e s d e esa é p o c a , ¿ q u é fue d e ti ? — p r e g u n t ó l e Basquina
con sumo
siempre seré
interés, — dínoslo;
para
tí u n a
pues
por
mi
parle
h e r m a n a , lo m i s m o q u e para
M a r t i n . C u a l q u i e r a q u e sea la p o s i c i ó n en ( p i e n o s e n c o n t r e m o s , los t r e s s e r e m o s s i e m p r e
fieles
á la
memoria
de
n u e s t r a i n f a n c i a . ¡ O h ! ¡ e s t o y c i e r t a d e e l l o ! p o n g o por testigo
la c o n m o c i ó n q u e h e m o s s e n t i d o e n estos m o m e n t o s ,
y el inalterable r e c u e r d o (¡no r e c í p r o c a m e n t e h e m o s cons e r v a d o e n nuestros corazones.
— ¡ O h ! sí e t e r n a m e n t e ! — e x c l a m ó , lo m i s m o q u e B a m b o e h a , y a m b o s c o g i m o s una m a n o de Basquina.
D e s p u é s d e u n i n s t a n t e d e s i l e n c i o , dije á B a m b o e h a :
—
P r o s i g u e tu n a r r a c i ó n , y ( l i n o s q u é le a c o n t e c i ó d e s -
p u é s d e la s e p a r a c i ó n d e B a s q u i n a .
— Al principio creí v o l v e r m e
l o c o ; hasta
tal p u n t o
me
e x a s p e r ó su p a r t i d a . . . . L a a m a b a , M a r t i n , c o m o b e a m a d o
ni a m a r é n u n c a e n m i
v i d a . . . . En
prueba
de e l l o ,
sentí
p o r B a s q u i n a c i e r t a s d e l i c a d e z a s , q u e m e s i e n t a n tan bien
c o m o . . . u n o s z a p a t o s de r a s o á un b u e y . . . . así , e n v e z d e
CONTINUACIÓN
traba jar
I>F.
I,A
desesperadamente
I1ISTOMA
para
DE
291
BASQUINA.
acudir á nuestro
gasto
d o m é s t i c o , después de h a b e r b a i l a d o á Basquina , h u b i e r a
p o d i d o v o l v e r á mi v i u d i t a , y s o n s a c a r l e d e u n a v e z m a s
d i n e r o del q u e g a n é m a t á n d o m e para p o d e r los dos v i v i r
en t a n t o q u e Basquina p e r m a n e c i e s e á mi l a d o . . . . P e r o n o ;
h a c e r c o m e r á mi B a s q u i n a el p a n d e la v i u d a , d e n i n g u n a
m a n e r a podía c o n v e n i r m e ; y sin e m b a r g o ,
para
con otra
m u j e r c u a l q u i e r a nada m e h u b i e r a p a r e c i d o m a s
natural.
¡Cuando digo , Martin , q u e contigo y con Basquina es fuerza s e g u i r los b u e n o s i m p u l s o s ! . . . .
— A lo m e n o s h a s d e
c o n f e s a r m e , — dije , — q u e es y a
grande y h e r m o s o ver q u e nuestro recíproco afecto nos infundí; tales s e n t i m i e n t o s . . . . p o r
r e d u c i d o q u e sea
su
cir-
culo.
— En c u a n t o á l i m i t a d o s , c o n f i e s o q u e lo son m u c h o , p o r
lo t a n t o d e s p u é s d e la d e s a p a r i c i ó n d e B a s q u i n a , v o l v í á
las a n d a d a s . P o r e s e t i e m p o m e e n c o n t r é c o n La
Levrase.
— ; O h , m i s e r a b l e v i e j o ! — le d i j e . — ¡ N a d a p u e d e c o n t i g o
la m u e r t e ! — ¡ H o l a , p i c a r o n ! — m e c o n t e s t ó , — ¿ c o n q u é
quisiste a c h i c h a r r a r m e e n
el c a r r o ! — Y fuiste
demasiado
d u r o y c o r i á c e o para c o c e r t e ! N o m e s o r p r e n d e e s t o ; p e r o
¿ y la tía M a y o r ? — Era m a s
tierna q u e y o , y a l o s a b e s ,
m a l v a d o , y así c o c i ó p e r f e c t a m e n t e , — c o n t e s t ó m e L a L e vrase.
— ¡ D i o s m i ó ! — e x c l a m é , — ¿ y el H o m b r e - p e z ? — p u e s
d e s d e n u e s t r a s e p a r a c i ó n , había p e n s a d o e n él m u y á m e nudo.
— Es v e r d a d , — dijo B a s q u i n a : — ¡ p o b r e L e ó n i d a s ! t a m bién se h a l l a b a e n c e r r a d o e n el c a r r u a j e c u a n d o le p e g a s te f u e g o . ¿ D i m e , B a m b o c b a , te h a b l ó d e él La L e v r a s e ?
•— S í ; d i j o m e q u e el H o m b r e - p e z se l i b r ó d e l a c h i c h a r r a m i e n t o ; p e r o q u e el p a y a s o q u e d ó a s f i x i a d o . — Ya se \ é ,
esto s i e m p r e s u c e d e , — d i j e , y La L e v r a s e p r o s i g u i ó d i c i e n d o , q u e se h a l l a b a e s t a b l e c i d o c o m o v e n d e d o r
de j u g u e -
tes e n la c a l l e d e B o u r g 1' A b b é ; p e r o q u e al m i s m o t i e m po , por d i s t r a c c i ó n , se e n t r e g a b a
á la p r o f e s i ó n d e
han-
2<J2
MMITIN
EL
EXPÓSITO.
( l u c r o . . . . el v i e j o e n t i e n d o el o f i c i o . — Y a y a , — le dije ,
te p e r d o n o : n o t i e n e s m a s q u e u n c a r r i l l o t o s t a d o , e s m u y
p o c o ; p e r o n o so l i a b l e m a s . — ¿ C o n q u e
me
perdonas?
E n h o r a b u e n a , — m e dijo L a L e v r a s e ; — y para p r o b a r l e
q u e no soy insensible
A tu c l e m e n c i a ,
mer mañana conmigo , y
de dejar
viejo
me
te convido á c o -
hablaremos. — Guardóme bien
d e c o m p a r e c e r á la hora d e l c o n v i t e ; el m a l v a d o
estudió, me
observó,
h í z o n i c c h a r l a r , y á los
p o s t r e s d í j o m c : — E s c u c h a : c o m o te dije , m e o c u p o e n la
b a n c a , y en clase do b a n q u e r o c o m p r o muchas v e c e s por
u n p e d a z o de pan créditos l e g a l m e n t e
exigióles, aunque
d i f í c i l e s d e c o b r a r ; y a p o r q u e los a c r e e d o r e s se h a n
do
á p a í s e x t r a n j e r o , y a p o r q u e los m a l d i t o s
algún medio de
fuga-
encuentran
p o n e r á c u b i e r t o sus b i e n e s , e t c . .. Hasta
a h o r a p o r falta d e u n s o c i o i n t e l i g e n t e , n o h e p o d i d o s a c a r
todo
e l p a r t i d o a s e q u i b l e d e estos n e g o c i o s ; n o o b s t a n t e ,
h a b í a q u e g a n a r e n q l l o s el m e j o r o r o d e l m u n d o . A h í t i e nes un e j e m p l o
entre
muchos:
he
c o m p r a d o p o r I o.000
f r a n c o s u n c r é d i t o d e 7 1 0 0 0 y tantas l i b r a s , c o n t r a un tal
Mr. R o n d e a u , quien tiene de sobras
c o n ( p i e p a g a r . Po-
s e e d e 600.000 á 700.000 f r a n c o s , q u e r e a l i z ó , y c o n
se z a m p ó e n
ellos
I n g l a t e r r a , d o n d e el b r i b ó n lleva una vida
c o m o un monarca ; l e g a l m e n t e nada puedo contra é l , p o r que
e n este
pleando
caso no h a y
la fuerza
Bambocha,
que
extradición
te r e g a l e m i
posible; pero e m Suponte,
amigo
c r é d i t o de un m o d o
válido
moral.'—¿Cómo?—
y e n r e g l a , á tí ( p i e n o t i e n e s u n c u a r t o . ¿ Q u é b a r i a s , s a biendo que
al o t r o l a d o d e l E s t r e c h o h a y
que tiene ampliamente
un
compadre
con que pagar, y que además.... y
se m e o l v i d a b a esta c i r c u n s t a n c i a . . . . es c o b a r d e c o m o una
l i e b r e . — ¡ P a r d i c z ! — r e s p o n d í á L a L e v r a s e , — n o es d i l í cil a d i v i n a r l o :
iria
á encontrar
á mí d e u d o r , lo
cogería
p o r la o r e j a , y m e h a r í a p a g a r á g a r r o t a z o s . — N o es m a l o l o q u e d i c e s , — c o n t e s t ó L a L e v r a s e ; — p e r o , lo misino
en Inglaterra
que en Francia,
se e c h a el g u a n t e
á los
a c r e e d o r e s q u e se c o b r a n c o n tales m e d i o s ; sin e m b a r g o
CONTINUACIÓN
DE
LA
HISTORIA
DE
RASQUIÑA.
n o c r o o q u e p r e n d a n ¡i u n a c r e e d o r , q u e
s i g u e ¡i su d e u d o r p o r las c a l l e s y
293
continuamente
paseos, luciéndole
en
alta v o / y e n p ú b l i c o : — C a b a l l e r o , V. m e d e b e l e g a l m e n te
l i b r a s , V. t i e n e c o n q u e p a g a r m e
lí.000
y se n i e g a , e s
V. un p i c a r o , un i n f a m e . — Para q u i t a r s e d e e n c i m a esa
p e s a d i l l a , el d e u d o r suelta su d i n e r o ; e n el c a s o c o n t r a r i o ,
se b u s c a n o t r o s m e d i o s , y c o n
tu c a l e t r e , l l a m b o c b a , n o
es difícil e n c o n t r a r l o s . — P u e s b i e n ; ¿ c u a n t o m e d a i s , —
dije a La L c v r a s e , — y d e n t r o d e o c h o d i a s os h a g o p a g a r
p o r .Mr. H o n d e a n ? . . .
te d a r é
Costearé los gastos del viaje , y a m a s
5000 f r a n c o s
c e j a s . . . . te d a r é 1 0 . 0 0 0 . . . .
t ó n ? . . . Un
lin
Vamos
no hay
¿Quieres
consiento en darte
dejar
que
fruncir
las
e n p a z tu b a s -
15.000 f r a n c o s . . . .
co-
b r a d e r o s e n casa d e l c o r r e s p o n s a l d o n d e v a y a á p a g a r M r .
Hondean. —
15.000 e n h o r a b u e n a . — P a r t í
para
Londres,
y á los o c h o d i a s L a L e v r a s e t e n i a y a c o b r a d o su d i n e r o ,
y y o la p a r t e c o r r e s p o n d i e n t e . A l v e r m e d u e ñ o d e t a m a ñ a
fortuna,
dije para
m í : —• Es n e c e s a r i o q u e
encuentre á
M a r t í n para h a c e r l e p a r t í c i p e .
— bravo , llambocba.
— Claudio G o r a r d no lo quiso.... y
para
mí.... ¡doblemente
malo!
fue m u y
mal
viaje
— d i j o Bambocha con un
ademan sombrío, que me sorprendió.
— ¿ Y porqué doblemente
sativo y
—
m a l o ? — l e d i j e al v e r l e p e n -
silencioso.
fin
primer
lugar,
por
no
haberle encontrado,
y
luego....
— ¿Y luego, porqué?
— ¡ M a l d i t a casa d e l o c o s ! . . . . — m u r m u r ó
— Desde
prensibles;
— No,
luego
así
no
quiso
siguiendo
¡ruede
la
Bambocha.
me parecieron
incom-
dije á Bambocha : — E x p l í c a t e .
—contestó estremeciéndose....
pensamientos
rard
estas p a l a b r a s
me
ocurren
ahora!....
¡ qué diablos de
Como
desprenderse de tí, — a ñ a d i ó
su r e l a c i ó n , — v u e l v o
á París, y
b o l a ! p e r o c o m o s o l o los h o m b r e s
Claudio G e Bambocha
entonces....
de mí ralea
294
MAIITLX El.
EXPÓSITO
t i e n e n s u e r t e , c u a n d o n o m e q u e d a b a n m a s q u e mil f r a n cos,
jugué
cuenta mil
sentía tu
na,
al
número
H3
francos. Cuanto
ausencia,
y
Martin....
n o d i g o n a d a ; si
en
dos
dias g a n e
cin-
m a s d i n e r o poseía , t a n t o m a s
En
hubiera
cuanto
sabido
á
ti,
donde
Basqui-
encontrar-
te
— Te
migo
do
c r e o , B a m b o e h a ; — d i j o Basquina:
nada
en
c o m p a r a c i ó n del duro
caste mientras
y
ganar
del
mis cincuenta
b é aquí embolsados
— Entonces,
nífica,
á
fe q u e n o
soberbios
do el m u n d o ,
desde
esa
caballos,
los
doblones.
coche,
mag-
mesa franca para t o -
de b r i b o n z u e l a s ,
cuque,
las l e t r a s p a g a r o n su e s -
l ú c e m e un
de
España.
tan
padre marqués,
parecida
t i e n e su fin, hasta
trató
conmigo
amoríos;
fue
de
la
la difunta
calle
liichelieu,
Saine.
hacíame
elegir
la p i s t o l a ,
por
la
la
vida
en
para
calióse
después de
Habíame
portó
nuestros
la negra
ya
, lo
desaloja-
ir á p a r a r á una m a l a
Durante algún
e n t r e mis
padrino,
lodo
por m u c h o t i e m -
hacer locuras con
p e o r para m í .
del
llevé
vagabunda
h u e v o á otro. Pero
lia M a y o r
a r r e g l é suscitando c a m o r r a s
almorzar
nuestra
m i m a d o ; p e r o al
quise
veces
calle de
p o s a d a e n la
la
c o m o un
niño
entonces
mil
á
la s u e r t e . L a colorada
como
como
y un futuro s u e g r o
P o r espacio de un a ñ o
cuanto á e m o c i o n e s ,
me
h a b l a r al tío La L e v r a s e d e T e j a s ,
m a n g o n e a d o e n c i e r t o n e g o c i o . P u e s t o e n el
de jugador,
tes;
la lima
Hacíame llamar el calillan Bambochio , y me fragüé
empeño,
do
modo
de
faltó b o a t o : h a b i t a c i ó n
Z e l i a , todas
capitanía , o y e n d o
grande
que
f r a n c o s : en v e z
y un c a l e n d a r i o
A m e l i a hasta
d o n d e habia
po
pesado para mí ese
mil
m a r t i l l o , bastaron algunos rastrillazos cu un tapete
verde, y
cote.
t r a b a j o á q u e te a p l i -
vivimos juntos.
—• E s c i e r t o q u e n o fue tan
de
— p a r t i r con-
e s e d i n e r o , g a n a d o c o n tanta f a c i l i d a d , h u b i e r a s i -
y
tiempo
me
vecinos estudiandábame
con
que
e s p a d a c o n ( p i e c o m e r , y el l l ó r e -
te c o n q u e c e n a r . O l v i d á b a s c m e d e c i r
q u e tenia una
alí-
CONTINUACIÓN
cion declarada
l>K
LA
HISTORIA
á la e s g r i m a ,
y
DE
BASQUINA.
e n el e s p a c i o d e d i e z y o c h o m e s e s , llcrtrand,
parable
en
en
Herlrand,
c l a s e de, hijo d e
cuya
sala
muy
muchos,
poco
era
para
pero me
adiestró
en
ello ;
un desafío en
m u c h o en mis
Pero
al fin
como
bravio
Mi f a m a , p r á o t i c a m e n -
que
p a s é á un
creedor r e b e l d e , q u e tenia fama de g r a n
vióme
un e s -
fulminante,
adusto y
un j u e g o tan l l e n o d e d i f i c u l t a d e s .
en
presenté
en
mi c a r á c t e r
á propósito
te c i m e n t a d a
me
familia , m e c o n v i r t i ó , n o
pues
que
el i n c o m -
de armas
padachín elegante, diestro, correcto y
á otros
39.'»
tales disposiciones,
c o b r a n z a s para
q u e d ó v a c í o el
saco de
cierto
a-
matamoros , sir-
La L e v r a s e .
dichas
cobranzas;
mis estudiantes y
sus c o m p a ñ e r o s h a b í a n s e y a b a t i d o t o -
dos unos
otros.... en mi
contra
posada
me
echaron
á
la c a l l e , y h a l l á b a m e e n las g a r r a s d e S a t a n á s y d i s p u e s to....
v i v e Dios, á obrar
obrado; cuando
mil v e c e s p e o r
de l o q u e
habia
di c o n el L i s i a d o , el m e n t o r d e m i s t i e r -
n o s a ñ o s . . . . ' liste d i g n o s u j e t o se h a b i a a r r e g l a d o , y e s t a ba e n t o n c e s
metido en
garros, ropas,
un
licores,
negocio de
lodos
tenia y o bastantes conocidos,
nos;
así t o m é
trabando
en
á
contrabando:
los d e m o n i o s
del
ci-
infierno:
mas de malos q u e do b u e -
mi c a r g o c o l o c a r sus g é n e r o s d e
con-
de ciertos j ó v e n e s y muchachas
me-
casa
d í a n t e c o r r e t a j e . V i v i a así, h a b i t a n d o e n e l c e n t r o d e n u e s tra
sociedad , callejón del
contrabandista....
escapé, y
meditaba cierto
cuando me ocurrió
siete p u l g a d a s ;
el s e r v i c i o
go
el
busco
insubordinado.»
tamente que
lorada
por
golpe de mano
voy
d a d o una estatura
la
mecha
mí....
me
bastante malo,
luego jugaré
quien
me,
yantes
de
¡Lo
de cinco
pues á v e n d e r m e por
militar: y
servicio,
pero estalló
una idea. — S o y r o b u s t o , — d í j e m e
la naturaleza m e ha
si g a n o ,
Zorro;
N o existían pruebas contra
meses
q u e e s el j u e g o !
las m u j e r e s :
un c a p r i c h o , y
vuelve
gano
substituto
con l o q u e m e
reemplace,
dos
—
pies y
en
den;
si
pierdo
si-
me
fusilan
por
lo
mismo
á preponderar
diez mil
exacla
francos:
copa-
¿5H>
MARTIN EL EXPÓSITO.
g o un s u b s t i t u t o , y ó t e m e e n z a n c o s otra v e z . — l ' e r o una
d e s d i c h a n u n c a m e v i e n e s o l a , c o m o t a m p o c o una dicha,—y e s t o d i c i e n d o B a m b o c h a n o s t e n d i ó las m a ñ o s a
na
y á m í . — El
bribón
ditos q u e c o b r a r ;
Basqui-
d e L a L e v r a s e tenia n u e v o s c r é -
á lo q u e se a ñ a d í a
la satisfacción
de
p r o p o r c i o n a r d i n e r o á h i j o s d e f a m i l i a , q u i e n e s sabia L a L e v r a s e q u e l l e g a r í a n á s e r r i q u í s i m o s al m o r i r p a p á ó m a má.
La
suerte del juego me
t e r e s a r e n esta c o m p a ñ í a ,
cargué
de cebar
ponía en disposición de
in-
ya m u y e m b r o l l a d a ; y m e e n -
á algunos
pichones
escapados del
t e r n o p a l o m a r : d e s p l u m á b a l o s La L e v r a s e ,
y o de
los d e s p o j o s .
algún
t i e m p o , p a s a d o e l c u a l r e a p a r e c i ó e n la fangosa s u -
perlicio
por
do
El L i s i a d o e s t u v o
pa-
y participaba
P a r í s , y l o t o m ó p o r a u x i l i a r . .. c o n f i r i é n d o l e
respeto
á sus c a n a s , el g r a d o d e m a y o r . . . .
h a y acreedores
necesario m e
reacios....
mis
vuestra
que
sondea
sirvo de testigo.
n e g o c i o s , hijos míos.
go
zambullidodurante
En
este
cinco mil y algunos
disposición.
ya habéis
haber Ieido
Cuando
el t e r r e n o , y e n
caso
A h í t e n é i s el e s t a d o d e m i s
pupitre (pie
ahí
veis ten-
c i e n t o s f r a n c o s , q u e están á
H a c e p o c o s d í a s t o m é la b r i b o n z u e l a
visto en
los f u n á m b u l o s ,
donde
fui
sin
l o s c a r t e l e s . M a d a m a B a m b o c h i o , q u e el d i a -
blo c a r g u e con e l l a , m e
que
es cosa d e
dije
logré
dos
buen
á
como
ya
dado
Escipion,
m i e n t r a s a c u d í a al s o c o r r o d e
te
Pero
y
t r e s , c u a t r o , c i n c o ; p u e s t e n g o la f o r t u n a d e h a b e r
t e n é i s mi c o n f e s i ó n :
vez...
funámbulos,
dos?
al v i z c o n d e
la
los
fui y o . . . .
¿ q u e digo
de bofetones
dichas
dijo: v a m o s á
t o n o ; y allá
á su p a d r e y á o t r o s ,
esa p o b r e B a s q u i n a . . . .
Ahí
ahora di, B a s q u i n a , ¿ c ó m o d e m o n i o s
hemos vuelto á hallar
en
esc t e a t r o ?
I.AS
297
DESPEDIDAS
XXIX,
IÍÍI»
— Después q u e
quina , —
de ceder
en
me
nio s e p a r ó
salí d e
á sus
ri<'M|HM¡hl;i*.
París,
nuevas
los c a f e s d e las
de
D a m b o c l i a , — d i j o Bas-
temerosa
de encontrarle y
instancias, y continuó
cantando
poblaciones por donde pasaba. A u n -
q u e m i s o y e n t e s fuesen tan g r o s e r o s c o m o el p ú b l i c o q u e
en
otro tiempo acudía
La L e v r a s e ,
trataba
á nuestras representaciones
con
de comunicar á mi voz, á mi a c e n -
to y fisonomía toda la p o s i b l e e x p r e s i ó n ; d e m a n e r a , q u e
d e t o d o hacia un o b j e t o d e e s t u d i o y d e o b s e r v a c i ó n c o n
respecto
á los m e d i o s d e c a u t i v a r y
p e c t a d o r e s . Hasta
probó
ca d e a l g u n a s c a n c í o n c i l l a s ,
na
a c o g i d a e n t r e mi
c o n m o v e r á los e s -
á c o m p o n e r la l e t r a y la m ú s i que obtuvieron
a u d i t o r i o al
aire
libre.
muy
bue-
Preocupada
p o r el ú n i c o o b j e t o , y b l a n c o d e t o d o s
mis pensamientos,
a p e n a s se
d u r a n e c e s i d a d , ni
el
m e hacia sensible
h a s t í o y los v i l e s c o n t a c t o s
mi
n u e v a existencia
que
debían serme
rante
mi
mansión
la m a s
que m e obligaba ó
vagabunda ; miserias y
tanto
en
mas
casa
penosas,
de
sufrir
privaciones
cuanto que
milord
duque
du-
disfrute
los m a s r e f i n a d o s p l a c e r e s d e la o p u l e n c i a . C o m o la c a s u a lidad m e
condujese
á O r l e a n s , cierta
noche
cantó
en
un c a f é d e ínfima c l a s e ; e s t a b a e n v o z , y o b t u v e u n é x i to el m a s s a t i s f a c t o r i o y
observé: u n
nomía
colores
p u r p ú r e o s á la
sujeto,
Tanta
cuanto
completo.
de unos
(pie anunciaba
borrachera.
este
hombre
Entre
cincuenta
mis
años,
oyentes,
de
grande inteligencia ; pero
legua descubrían
mayor
que
impresión
iba
el
fisocuyos
v i c i o d e la
m e h i z o la vista d e
vestido de
un m o d o
17.
muy
29«
MARTIN
original.
de
Su m a l
terciopelo
bordados
encima
de
de
azulado
EXPÓSITO
y r a i d o , con
similor,
y
su
unas botas d e
das en otro
—
EL
redingote! dejaba ver
un c h a l e c o
restos
estropeado
marroquí,
de
viejo
antiguos
pantalón
que
caia
fueron colora-
tiempo.
¡Algún
c ó m i c o d e la
legua seria ! — e x c l a m ó B a m -
boeha.
— C a b a l , — respondió Basquina. — l i s t e sujeto, que a n daba por
tor
de
la
la
borrachera ,
ciudad,
ciudad con aquel
ópera
acababa
de
y le llamaban
tante talento
excelente
traje
teatral,
cómica de provincia:
el
natural, y
comensal;
ser
de
por
era un a c su
continua
e x p u l s a d o d e l t e a t r o d e la
Dolado
Chocarrero.
d e un
modo
carácter
de
bas-
d i v e r t i d o , era
q u e los o c i o s o s se lo d i s -
p u t a b a n , y s e h a l l a b a d e c o n t i n u o e n t r e d o s l u c e s , cuando
n o c o m p l e t a m e n t e b e o d o . . . . El C h o c a r r e r o , p u e s , h a -
biendo escuchado con
aplaudió,
suma
atención mí
gente , y
sé d i s t i n g u i r
posiciones....
Si
cinco
años,
no
me
inteli-
las b u e n a s v o c e s y l a s felices dis-
sigues trabajando,
cuatro
ó
Opera
e n P a r í s . . . . Sí q u i e r e s , y o
serás
la
además tampoco tengo nada
una
canto,
s i n o q u e so v i n o á m í , y m e d i j o : — S o y
distracción: — Acepté
hija
te
antes
cantante
daré
que hacer
la
mía,
primera
y
de
de
la
lecciones.....
será para
oferta con v i v o
mí
reconoci-
miento.
— ¿Y
gunté á
era
en efecto inteligente aquel h o m b r e ? — p r e -
Basquina.
— S i e s e d e s g r a c i a d o h u b i e s e p o d i d o p o n e r e n p r á c t i c a los
excelentes
p r i n c i p i o s t e ó r i c o s q u e p o s e í a c o n r e s p e c t o al
arte , hubiérase
grangeado
un n o m b r e ilustre
entre
los
m a s c é l e b r e s c ó m i c o s d e su é p o c a . El m a e s t r o q u e m e p r o p o r c i o n ó milord d u q u e era un gran cantor y compositor.;
p e r o n o e r a a c t o r ; el Chocarrero,
al c o n t r a r i o , era u n mú-
s i c o b a s t a n t e m e d i a n o ( d e s e m p e ñ a b a el p a p e l d e b a j o e n la
ó p e r a c ó m i c a ) ; p e r o , s o b r e t o d o , e r a un c ó m i c o c o n s u m a
d o . N a d i e c o m o é l c o n o c í a t e ó r i c a m e n t e l o d o s los recurso.-.
LAS
d e ! a r l e , d e s d e los
DESPEDIDAS.
299
oléelos que p r o d ú c e l a
parte
cómi-
ca m a s n a t u r a l , hasta los m a s t r á j i c o s y d r a m á t i c o s . ¿ P e r o
c ó m o un h o m b r e d o t a d o d e t a l e s c o n o c i m i e n t o s , q u e a n a l i z a b a c o n i g u a l s u t i l e z a un p a p e l d e M o l i e r e , d e H a c i n e ó
d e C o r n e i l l e , n o p u d o s e r m a s q u e un c a n t o r m e d i a n o e n
la ó p e r a ? —
P o r una d e esas c o n t r a d i c c i o n e s tan f r e c u e n -
tes c o m o i n e x p l i c a b l e s . A c e p t é
la o f e r t a
d-el
Chocarrero,
q u i e n m e dio sus l e c c i o n e s c o n e x t r a o r d i n a r i a s e v e r i d a d y
casi con b r u t a l d u r e z a
:aunquc en
los m o m e n t o s
lúcidos
q u e le d e j a b a la e m b r i a g u e z , m e c o m u n i c ó a l g u n o s c o n o c i m i e n t o s , t a l e s , ¡pie fueron
para mi una v e r d a d e r a r e -
v e l a c i ó n . .. P o r d e s g r a c i a sus l e c c i o n e s t u v i e r o n u n t é r m i n o . D o m i n a d o el
embriaguez,
m a s y m a s p o r el v i c i o d e la
Chocarrero
cayó
en
un
embrutecimiento,
que
rayaba
e n i d i o t i s m o ; y se h i z o c o n él un a c t o d o c a r i d a d , s e g ú n
c r e o , c e d i é n d o l e un l u g a r e n u n h o s p i c i o d e m e n d i g o s . V a rias v e c e s aquel desgraciado m e aconsejó q u e
rís , . y
q u e á toda
costa
fuese á P a -
buscase colocación en algún
t r i l l o ; cierto c o m o estaba d e q u e
una
lea-
vez me diese á
co-
n o c e r , n a d a i m p o r t a b a d o n d e , si s e g u í a t r a b a j a n d o , al fin
llegaría á g r a n g e a r m e
aplausos
Salí-de
Orleans
para
v e n i r á P a r í s , g a n á n d o m e el s u s t e n t o c a n t a n d o e n e l
ca-
m i n o . De este m o d o
dijo
l l e g u é á S c a u x , . . . . y fue a l l í , —
B a s q u i n a , o s c u r e c i é n d o s e l e la f r e n t e , — allí fue d o n d e p o r
segunda
vez
vi
al
vizconde
del bosque de Chantílly.
Era
Eseipion
e n dia
desde
la
escena
festivo; y creyendo
g a n a r a l g o e n la m a s famosa p o s a d a d e l p u e b l o , m e
conducir á ella. Acababa
hice
de e n t o n a r una c a n c i ó n en p r e -
s e n c i a d e v a r i a s p e r s o n a s , q u e c o m í a n e n el j a r d í n d e d i cha fonda, cuando vino un
mozo á avisarme de que
en
u n a de las s a l a s del p r i m e r piso d e s e a b a n o i r m e . — V a s á
ganar sendas monedas d e p i a l a , — díjomc
el
mozo,—
p u e s son p e r s o n a s m u y r i c a s las q u e q u i e r e n o í r tu v o z . —
Seguí al m o z o ; a b r i ó una
puerta,
y me hallé
Eseipion y d e d o s c o m p a ñ e r o s
suyos. Tenia
e n mi m e m o r i a
bosque
la e s c e n a
del
delante
tan
de
grabada
de Chanlilly , que
300
MARTIN
desde luego
se a c o r d ó d e
EL
EXPÓSITO.
r e c o n o c í al v i z c o n d e ; q u i e n s e g u r a m e n í e no
m í ; b i e n q u e , t a n t o él c o m o sus a m i g o s , m e
parecieron m u y
e l e c t r i z a d o s p o r el v i n o . — V a m o s , c á n t a -
n o s a l g o , p o r d i o s e r i l l a , — d i j o m o E s c i p i o n c o n g r o s e r í a y casi
sin m i r a r m e , — y o (c p a g a r é m e j o r q u e esos p l e b e y o s
jardín. —
del
T o m a , r e c o g e e s t o , — a ñ a d i ó a r r o j á n d o m e con
insultante m e n o s p r e c i o una pieza de á cinco francos, que
fue r o d a n d o p o r los s u e l o s . T a n c o n m o v i d a m e b a i l a b a pollos r e c u e r d o s
d e toda
e s p e c i e , q u e m e traía á la m e m o r i a
l a vista d e a q u e l m a l i g n o
m u c h a c h o , que desde luego no
r e p a r é e n sus g r o s e r í a s : y p e r m a n e c i e n d o m u d a ó i n m ó v i l ,
n o c u i d é d e r e c o g e r e l di ñ e r o . Mi s i l e n c i o p a r e c e q u e
le
l l a m ó la a t e n c i ó n , y d i c i e n d o a l g u n a s p a l a b r a s al o í d o d e
sus c o m p a ñ e r o s , l e v a n t á r o n s e
fue á e c h a r el c e r r o j o
d e la m e s a :
á la p u e r t a . . . . y
uno
de
ellos
empezó entonces
c o n t r a m í u n a e s c e n a d e l a s m a s v i l e s y b r u t a l e s . Ale r e sistí l l o r a n d o y s u p l i c a n d o , e n
v o z baja , sin a t r e v e r m e á
g r i t a r , n i á p e d i r s o c o r r o ; c o n v e n c i d a d e q u e , e n caso d e
a l g ú n e s c á n d a l o , e l d u e ñ o d e la
la c u l p a y m e e c h a r í a
mi terror enardecieron mas
mi
fonda
m e atribuiría
toda
i g n o m i n i o s a m e n t e . — Mis r u e g o s y
aun á aquellos miserablillos i
obstinada resistencia irritó á Hscipíon , animado ya por
el v i n o ; y e n t r a n d o e n u n a c c e s o d e r a b i a m e
l l e n ó de in-
j u r i a s , y m e g o l p e ó e n e l r o s t r o c o n tal f u e r z a , ( p i e b r o t ó
sangro.... Entonces
desprendiéndome
de
sus b r a z o s
me-
d i a n t e u n e s f u e r z o d e s e s p e r a d o , m e p r e c i p i t é á la v e n t a n a
y
la
abrí
gritando: ¡socorro!...
grentado , y viéndome
t a b a n c o m i e n d o e n el j a r d í n , se
mente. Asustado
uno
Tenia
el
rostro
ensan-
tan m a l p a r a d a l o s s u g e t o s q u e e s de
levantaron
los amigos de
tumultuosa-
E s c i p i o n , fue ¡i
q u i t a r el c e r r o j o d e la p u e r t a ; y e n t r ó e l d u e ñ o d e la f o n d a , q u i e n m e e c h ó t o d a la c u l p a d e l l a n c e , y m e
á la c a l l e i n m e d i a t a m e n t e
hizo salir
c o n la m a y o r b r u t a l i d a d ,
l'ero
v a r i o s s u g e t o s q u e p r e s e n c i a r o n el c a s o , t o m a r o n p a r l e e n
f a v o r m i ó ; d e m a n e r a q u e , á n o l l e g a r e n t o n c e s el a y o d e
E s c i p i o n , quien con auxilio del
fondista,
h i z o e s c a p a r al
LAS
DESPEDIDAS.
v i z c o n d e y sus « c o m p a ñ e r o s
301
por una puerta
escusada ; á
b u e n s e g u r o , q u e la m u l t i t u d i n d i g n a d a l e s h u b i e r a
hecho
pagar caros los insultos.
— Maldito m u ñ e c o , — exclamó
Bambocha , —
siempre
será el m i s m o p i l l u d o del b o s q u e d e C b a n t i l l y . . . . c o n t o d o
será p r e c i s o p o n e r l e c o t o d e u n m o d o a l g o d u r o . . . . p u e s v a
t e n i e n d o ya e d a d .
— listo m e c o n c i e r n e . . . a g u a r d a r é . . . . — d i j o
Basquina
con su fría i r o n i a . — A m i g o s i r n o s , si os h a b l o d e esta n u e va i n d i g n i d a d d e E s c i p i o n ,
es p o r q u e j u n t á n d o l a
l a n c e d e esta n o c h e , p r e s e n t a v i s o s
con
do una fatalidad
el
muy
s i n g u l a r , •— a ñ a d i ó R a s q u i ñ a , a n i m á n d o s e m a s y
mas.
— Así el g e n i o d e l m a l e c h a s i e m p r e al v i z c o n d e e n la s e n da q u e r e c o r r o , i m p e l i é n d o l e á l l e n a r m e d e u l t r a j e s
pro-
pios para e x a l t a r la v e n g a n z a d e una m u j e r hasta la f e r o cidad , — e x c l a m ó Basquina , c u y o s ojos c e n t e l l e a b a n , c n s a n c b á b a n s e l e las n a r i c e s , y toda su f i s o n o m í a t o m a b a la
expresión de un implacable despecho. — N o bastaba h a berme,
ultrajado
cuando
y
que s ú m a l a
n i ñ a , r e c h a z a d o sin p i e d a d , y h a b e r m e
abofeteado
estrella
mas tarde ; ¡ sino q u e era
lo l l e v a s e
esta n o c h e
al
preciso
teatro! —
P u e s a u n i g n o r á i s , a m i g o s m í o s , basta q u e p u n t o m e
sespera el suceso d e h o y . Sin
j u n t a m e n t e ridicula y
literas
h a b l a r d e la
atroz que
de-
humillación
acabo do sufrir.... d e los
é insultos c o n q u e se m e ha p e r s e g u i d o ; s a b e d q u e
solo c o n i n a u d i t o s e s f u e r z o s
de voluntad
y
de
increíbles
p r i v a c i o n e s , pude lograr ser admitida en ese teatro ; y l u e g o , n o c a n t a n d o y a p o r las c a l l e s , v e í a m e o b l i g a d a á v i v i r
con mis d i e z s u e l d o s d i a r i o s q u e
ganaba como liguranta ;
e s d e c i r , á n o c o m e r p a n t o d a s las v e c e s q u e t u v e h a m b r e ,
y á d o r m i r e n h o r r i b l e s m a d r i g u e r a s , c o n f u n d i d a c o n lo
mas s o e z q u e h a y e n P a r í s .
— Esto p a r a u n a m u j e r
es h o r r i b l e , e x c l a m é , —
¡Dios
mió! ¡cuánto debiste de sufrir, pobre B a s q u i n a !
— L a e s p e r a n z a ó la c o n v i c c i ó n
s a l i r m e u n dia c o n m i
en que m e hallaba
de
intento, m e daba fuerzas para s u -
302
MAUTIN
M.
KXPÓ: ¡TO.
í r i r l o , — dijo B a s q u i n a : — a u m e n t a b a
itii a f á n , y , cosa
q u e n o h a b í a y o p r e v i s t o , esta n o c h e asistió á la r e p r e s e n t a c i ó n c i e r t o d i r e c t o r d e un t e a t r o d e
hubiese quedado
m a , e s c r i t u r á b a m e p o r 800 f r a n c o s . . .
obstante
para
provincia, quien
si
s a t i s f e c h o d e mi c a n t o y d e mi p a n t o m i -
mí
lo era
lodo;
lira m u y p o c o . . . . no
p o r q u e dado este
primer
¡ l a s o , estaba s e g u r a d e l l e g a r á f u e r z a d e a f a n e s y d e a p l i cación
al p u n t o d e s e a d o . . . . P e r o ya os f i g u r a r é i s , — a ñ a -
dió Basquina con desconsolado a c e n t o , ' — d e s p u é s
de
mi
r i d i c u l a ó i g n o m i n i o s a c a í d a d e esta n o c h e , se h a n h u n d i do todas mis e s p e r a n z a s por este lado.
— Y a u n i g n o r o si m e a l r c v c r é á p r e s e n t a r m e d e n u e v o
á ese t e a t r o , en q u e tanto m e
costó ya ser
admitida....
p e r o n a d a i m p o r t a , ¡ s o l o t e n g o d i e z y seis a ñ o s ! — p r o s i guió Rasquiña
con
acento
de
obstinación
Volveré á e m p e z a r enteramente de n u e v o ,
indomable.
buscaré
—
otros
m e d i o s . . . p u e s n o p u e d o a b s o l u t a m e n t e a b a n d o n a r mi v e n ganza, quiero lograr
mi
d e s i g n i o y lo l o g r a r é . . . . S í : mil
g r a c i a s , l i s c i p i o n , p o r q u e el n u e v o r e n c o r q u e m e i n s p i r a s ,
c e n t u p l i c a r á m i s f u e r z a s y mi
resolución
gracias,
por-
q u e si n o s u c u m b o d e p e s a r . . . . tú y los t u y o s . . . .
— P e r d o n a d , a m i g o s , ( p i e estos o d i o s m e h a g a n o l v i d a r
d e v o s o t r o s . . . . m a s t a r d e ya h a b l a r e m o s d e lo p o r v e n i r . . . .
p e r o b o y , q u e n o s h a l l a m o s o t r a v o z r e u n i d o s , tras tantos
años de pruebas y de separación, no pensemos
mas
que
e n la d i c h a d e v o l v e r n o s á v e r , y d e p o d e r d e c i r n o s lo q u e
tal v e z á n a d i e h e m o s d i c h o ; esto e s : ¡ ( p i é c o n s u e l o ! ¡ q u é
á n i m o inspira
n u e s t r a m u t u a c o m p a ñ í a ! . . . A q u í a c a b a mi
c o n f e s i ó n , M a r t i n , y t a m b i é n está t e r m i n a d a la d e B a m b o c h a . . . . A h o r a no sabes con q u e impaciencia
aguardamos
la t u y a
C o n la m a y o r
cedió después
de
brevedad
nuestra
i m p u l s o s d e la e f u s i ó n
posible , referí
cuanto m e
separación , y confieso
su-
que
á
d e mis s e n t i m i e n t o s , s i n t i e n d o e s -
c r ú p u l o e n o c u l t a r a l g o á los q u e , e n su e x p a n s i v a c o n -
Í.AS D E S P F W I I A S .
fianza, a c a b a b a n (le i n i c i a r m e
30.'!
e n sus m a s o c u l t o s p e n s a -
m i e n t o s , y en los m a s t r i s t e s m i s t e r i o s d e su v i d a . . .
nada
c a l l é , ni aun mi r e s p e t u o s o a m o r á R e g i n a , n i l o s r e c e l o s
q u e uie c a u s a b a n
las p e r s e c u c i o n e s d e q u e esta era
ob-
jeto.
P o r otra p a r t e , á m a s d e la c i e g a
que me
inspiraba
mi a f e c t o
á
y legítima
Rasquiña y á
c o n t a b a c o n el c o n o c i m i e n t o q u e
confianza
Bambocha,
esto tenia de R o b e r t o d e
M a r e u i l p a r a l o g r a r , e n c a s o n e c e s a r i o , u n útil a u x i l i a r e n
m i a m i g o d e i n f a n c i a . P o r ú l t i m o , fui l l e v a d o á h a c e r esta
c o n f i a n z a , a c a s o i n d i s c r e t a , p o r la s i n c e r a y p r o f u n d a e m o ción ¡ p i e m a n i f e s t a r o n mis a m i g o s al o i r r e f e r i r l e s mi o b s t i nada
l u c h a c o n mi m a l a e s t r e l l a ;
y me movió también e '
ansia , y casi d i r é el susto , d e q u e d i e r o n
m u e s t r a s al
oir
q u e hahia y o e s t a d o á p u n t o d e f a l l e c e r .
— ¡Ah ! ¡respiro! — e x c l a m ó Rasquiña , — ¡Martin , m e
has a s u s t a d o ! — d i j o B a m b o c h a , c u a n d o h u b e r e f e r i d o
el p r o v i d e n c i a l e n c u e n t r o d e R e g i n a m e
habia
«pie
salvado de
la i n f a m i a .
— ¡Extraño contraste, que
aun
p l i c a b l e ! Esos d o s s e r e s n a d a
ahora encuentro i n e x -
e s p e r a b a n d e los s e n t i m i e n -
tos h o n r a d o s , e l e v a d o s y g e n e r o s o s ; y
pieron penetrarse
y
apreciar
con
no
obstante, s u -
interesante
simpatía
c u a n t o e n c e r r a b a d e a n i m o s o y d e b u e n o mí c o n d u c t a e n
m e d i o d e tan d u r a s p r u e b a s . P e r o n o
fue así c o n r e s p e c t o
á mi a m o r á R e g i n a .
— Crees en
R e g i n a , c o m o mi p o b r e m a d r e c r e i a e n
V i r g e n M a r í a , —• ( l i j ó m e B a s q u i n a
la
c o n m o v i d a : — esto n o
es a m o r ; sino religiosa d e v o c i ó n .
— Martin , — d í j o m e B a m b o c h a c u a n d o h u b e
d o mi n a r r a c i ó n : — e r e s
inundo.... Vas á
sin d u d a la c r i a t u r a
terminamejor
del
r e í r t e , c u a n d o te diga q u e e s t o y s a t i s f e -
c h o d e ser l o q u e s o y , p a r a
poder
comprenderte , mejor
q u e si fuese c o m o tú , y m e h a l l a s e á tu n i v e l .
—
ciega.
Bambocha,
—
le dije s o n r i e n d o , —
la
amistad
te
304
MARTIN
— ¡Fuego de
Dios!
EL
no
EXPÓSITO.
quiero
gastar* r e t ó r i c a s ;
pero
c u a n t o m a s b a j o se b a i l a u n o s i t u a d o , m e j o r p u e d e a p r e c i a r la a l t u r a d e u n a
montaña.
—• ¡ T i e n e r a z ó n ! — o b s e r v ó B a s q u i n a ; — la a m i s t a d n o
n o s c i e g a ; s o l o sí n o s
impide ser envidiosos ó
injustos
S a b e , mi b u e n M a r t i n , q u e para j u z g a r de una belleza no
e s la m a s a p r o p ó s i t o otra
b e l l e z a ; sino la f e a l d a d , s i e n d o
inofensiva y libre de envidia.
— A m a s d e esto , n a d a p u e d e
quedarás Martin, como
quina y
Bambocba:
cambiar el diablo; y
seguiremos
actualmente,
te
nosotros siendo Basestamos
vaciados
en
b r o n c e , tú e n e l m o l d e d e l b i e n , y n o s o t r o s e n el d e l m a l .
Bascar ese b r o n c e , es c o m o
entretenerse
en
arrancarse
las u ñ a s , u n j u e g o d e s a n d i o s : y á m a s , ¿ q u é i m p o r t a esto?
¿ A c a s o B a s q u i n a y tú m e a m á i s m e n o s p o r s e r y o un p i c a ro....
mientras
llego
á otra
cosa m i l v e c e s p e o r ? . . .
Me
a m á i s tal c o m o s o y .
— Porque aun posees excelentes p r e n d a s , —
dije.
M e n e ó la c a b e z a , y m e c o n t e s t ó :
— N o t e n g o m a s q u e d o s b u e n a s c u a l i d a d e s : la una ser
d e B a s q u i n a e n v i d a y e n m u e r t e : y la otra s e r t u y o , M a r tin , e n v i d a
a h í está
y
e n m u e r t e también ; y ser de e n t r a m b o s :
lodo.
¿Pero
qué
importa?
¿le
amamos
menos
B a s q u i n a y y o p o r o c u p a r tú en c u a n t o á los s e n t i m i e n t o s
del corazón una
nuestra?
loque
p o s i c i ó n t a n e l e v a d a , c o m o ínfima es
De ningún
somos
m o d o ; tal c o m o
idénticos los tres , es en
tro r e c í p r o c o afecto....
sobre
la
e r e s te a m a m o s . En
lo t o c a n t e á n u e s -
este p u n t o , M a r t i n , no
tie-
n e s m o t i v o d e e n v a n e c e r t e ; ¡ m e s v a l g o t a n t o c o m o tú , l o
m i s m o q u e Basquina v a l e tanto c o m o cualquiera de n o s o tros dos. Nuestras
confesiones
tienen
de bueno que
d e m u e s t r a n la n e c e s i d a d q u e t e n e m o s u n o s d e
c a n t e á los
m e d i o s d e s o c o r r e r n o s , ya los b a i l a r e m o s .
P e n s e m o s p r i m e r o .en l o q u e m e
nos
o t r o s ; to—
c o n c i e r n e . E n este ¡ l i s -
t a n t e d o n a d a n e c e s i t o a b s o l u t a m e n t e ; c o n q u e q u e d á i s los
d o s : Basquina y
M a r t i n . Es p r e c i s o q u e B a s q u i n a , á p c s a i
LAS
DESPEDIDAS.
,'ill,¡
«le- su c a í d a d e esta n u c h e , c o n s e r v e su c o n t r a t a p a r a el t e a tro d e p r o v i n c i a ; ó lo q u e e s
m e j o r , necesita contratarse
d e un m o d o m u c h o m a s v e n t a j o s o e n P a r í s .
— ¿ Cómo ? — preguntó Basquina.
— L l é v e m e el d i a b l o si lo s é , — dijo B a m b o c h a ; —
pero
t e n d r á s esa c o n t r a t a , c o m o d i g o , y hasta p a r a u n o d e los
papeles principales; yo respondo.
— Sí,
los
dos r e s p o n d e m o s ;
—
exclamé: —
Baltasar
R o g e r , u n o d e mis a m o s , está h e c h i z a d o p o r el t a l e n t o
do
B a s q u i n a ; un a m i g o s u y o , p e r i o d i s t a d e l o s m a s i n f l u y e n tes , p a r t i c i p a d e la m i s m a a d m i r a c i ó n . . . . S o b r e t o d o , B a l tasar, q u e t i e n e un c o r a z ó n c u a l n i n g u n o , se h a b r á a f l i g i d o
e n e x t r e m o p o r el l a n c e d e esta n o c h e . . . . D e c o n s i g u i e n t e ,
me
empeño
en obligarle
á que
te r e c o m i e n d e c o n toda
instancia á su a m i g o e l p e r i o d i s t a .
— Y una v e z p r o c l a m a d a p o r l o s p e r i ó d i c o s , B a s q u i n a
—
a ñ a d i ó B a m b o c h a , — e n t o n c e s será d e tu p a r t o i m p o n e r l a s
c o n d i c i o n e s . . . . ¡ N o lo dijo q u e l e b u s c a r í a m o s u n a s o b e r bia c o n t r a t a ! . . . E n c u a n t o á t i , M a r t i n ; ó m e j o r e n c u a n t o
señorita Regina , q u e desde ahora p u e d e c o n t a r m e e n -
ala
tre sus m a s c e l o s o s s e r v i d o r e s , s u p u e s t o q u e la a m a s t a n t o
c o m o la r e s p e t a s , n o c a e r á
reuil.... de
en manos de Roberto de
Ma-
esto y o r e s p o n d o . . . T ú n o s a b e s q u i e n e s
ese
h o m b r e , en cuya c o m p a r a c i ó n soy y o un santo... p e r o t r a n quilízate , lo d e r r i b a r e m o s ; y una v e z d e r r i b a d o ( p u e s parece
q u e e s el m a s t e m i b l e ) t r a t a r e m o s d e
los
restantes,
del príncipe de M o n t b a r y del p a d r e d e ese b r i b ó n d e V i z c o n d e . . . . S e r á n d o s b o c a d o s y n o m a s . . . ¿ C o n q u é salsa l o s
c o m e r e m o s ? L o i g n o r o a u n ; p e r o y a la e n c o n t r a r e m o s . . . .
P o r ahora , g r a c i a s á t í , l o g r a r e m o s u n a e x c e l e n t e c o n t r a ta para B a s q u i n a .
Como me
mostraba
d u d o s o s o b r e la i n f a l i b i l i d a d
d e los
m e d i o s d e B a m b o c h a , este a ñ a d i ó :
— Si s u e l t a s otra
la m a n o
la
p a l a b r a , me comprometo á obtenerte
de Regina.... P e r o
m a n o con
noprosiguió
aire a r r e p e n t i d o , — afuera
alargándome
chanzas con ese
306
M MITIN
lil
EXPÓSITO.
n o m b r e . P e r d ó n , M a r t i n , h e f a l t a d o . . . . Ya es
mucho con
q u e aceptes mi auxilio.... P e r o sabe q u e para luchar con
l o s R o b e r t o s d e M a r e u i l , v a l e n m a s q u e los M a r t i n e s , los
liambochas.
— ¿ N o b a s d i c h o , Martin, que Roberto de Mareuil haasistido esta n o c h e á la r e p r e s e n t a c i ó n d e los f u n á m b u l o s ? —
dijo de r e p e n t e R a s q u i ñ a , tras pensativo silencio.
— E n e f e c t o , — c o n t e s t ó , — y se h a l l a b a e n el p r o s c e n i o ,
á mano izquierda.
— Esto e s , — dijo B a s q u i n a
l o c a d o e n el
c o n v i v e z a , •— a u n q u e c o -
f o n d o d e l p a l c o , se a d e l a n t ó
bastante
hacia
fuera.
— Así fue , — dije ; — parecía atraído y c o m o fascinado
p o r tu m í m i c a y tu c a n t o .
— ¡ E x t r a ñ a c a s u a l i d a d ! — l o o b s e r v ó u n i n s t a n t e , pues
d u r a n t e mi escena
solo a l c u d i a
á la r e p r e s e n t a c i ó n d e mi
papel.
— El tal R o b e r t o
parecía
fascinado,—dijo
Rambocha
m i r a n d o á Basquina con aire de inteligencia.
— S í , — r e s p o n d i ó esta c o n su sonrisa
sardónica—¿en-
t i e n d e s ? e s u n o d e los a m i g o s d e l v i z c o n d e , u n o d e los c o r i f e o s d e esa raza q u e d e t e s t o .
— ¡ P a r d í e z si lo e n t i e n d o ! — c o n t e s t ó B a m b o c h a .
— T a m b i é n m e p a r e c e q u e lo e n t i e n d o y o , — a ñ a d í ;
—
p e r o cuidado.... q u e R o b e r t o de Mareuil es....
— N o te m e t a s
en
t e r r u m p i é n d o m e , es
e s t o , M a r t i n , - — dijo R a m b o c h a i n una obra
magna
en
que no
debes
m e z c l a r t e , p u e s te e n s u c i a r í a s l a s m a n o s , y a d e m á s e r e s s o b r a d o d e l i c a d o . N o te d é i n q u i e t u d , q u e n a d a s e h a r á sin tu
consentimiento.... Pero llévese el diablo
los n e g o c i o s esta
n o c h e ; v e a h í q u e n o s r o b a n los i n s t a n t e s m a s p r e c i o s o s . . .
y ya q u e nada mas t e n e m o s q u e comunicarnos , r e g a l é m o nos
con
los r e c u e r d o s p a s a d o s , y v a m o s á c e n a r
En
c u a n t o á m í , el p l a c e r m e a g u z a los d i e n t e s ; pur d i c h a h i c e
p r e p a r a r l a c e n a p a r a mí y p a r a la difunta s e ñ o r a c a p i t a n a
Bambochío
Con q u e v a m o s á c e n a r , a m i g o s ; á cenar.
LAS
DESPEDIDAS.
307
N o será tan s a b r o s o c o m o los g u i s a d o s d e m a r r a s d e l
po-
b r e L e ó n i d a s l t e q u i n . . . . ¿ os a c o r d á i s ? ¡ q u é g u i s o s d e c a r n e r o nos b a c í a !
— ¡ P e r o s o b r e t o d o e r a h á b i l en g u i s a r á la m a r i n e s c a !
¡ Y a se v e , un h o m b r e - p e z ! — d i j o B a s q u i ñ a , c e d i e n d o c o m o
y o á la a l e g r í a , á e j e m p l o d e b a m b o c h a .
— ¿ Y su i n g e n i o s o m o d o d e a l e j a r d e s í á los c u r i o s o s , —
p r e g u n t ó l o s , — c u a n d o se a c e r c a b a n d e m a s i a d o á su c u b a ? . .
¿ os a c o r d á i s ?
— ¡Pues no b e de acordarme! —dijo Bambocha
aproxi-
m a n d o á la l u m b r e u n a mesa , ( p i e l ú e á b u s c a r en la sala
d o n d e estaba e n t e r a m e n t e a r r e g l a d a y s e r v i d a c o n s u n t u o s i d a d . . . — liu la última f u n c i ó n q u e dio L a L e v r a s c , fue d o n d e L e ó n i d a s (lió m a y o r e s p r u e b a s d e su h a b i l i d a d a p e s t a n do á los c u r i o s o s . . . d e m a n e r a , q u e m e h a l l a b a y o en el s e g u n d o r e c i n t o , y hasta allí l l e g ó el h e d o r p e s t í f e r o . . . . q u e
por p o c o nos sofoca.
— lin e s e m i s m o día — dije y o , — ¡ p o b r e R a s q u i ñ a ! ¿ te
a c u e r d a s d e l p e l i g r o á q u e te e x p u s o la lia M a y o r ?
¿te
a c u e r d a s d e la p i r á m i d e h u m a n a ?
Y bajo
T
el i r r e s i s t i b l e e n c a n t o d e esas m á j i c a s p a l a b r a s ,
tan d u l c e s p a r a u n o s a m i g o s d e la i n f a n c i a
reunidos
c a b o d e una larga s e p a r a c i ó n ; e n t r e g a d o s á los
al
recuerdos
d e lo pasado , o l v i d a m o s d e l todo l o p r e s e n t e y lo p o r v e n i r
en a q u e l l a c e n a , en q u e r e b o s a b a n d e c o r d i a l i d a d n u e s t r o s
p e c h o s , y q u e d u r ó hasta al a m a n e c e r d e l
Aquella mañana
inquietud
regresó
á casado
siguiente
día.
m i s a m o s , lleno de
p o r s a b e r c o m o t o m a r í a n mi a u s e n c i a ; ¡ m e s á
toda costa m e c o n v e n i a
p e r m a n e c e r al s e r v i c i o d e B a l t a -
sar, ó m e j o r , al del c o n d e d e M a r e u i l , c u y o s pasos t a n t o m e
interesaba p e n e t r a r .
farsa
Preparé
ingeniosa. Hallé
la l l a v e
p u e s m i s d i s c u l p a s en una
en la
cerradura,
abrí
la
puerta, y entré.
Con la m a y o r s o r p r e s a m e e n c o n t r é á Baltasar a r r e g l a n d o su m a l e t a . ¡ P o b r e y d i g n o p o e t a , n o t u v o m u c h o t r a b a j o
308
MARTIN
EL
EXPÓSITO.
c u l l e n a r l a , y a u n g r a n p a r l e la o c u p a b a el p l a n o del m a g nífico palacio ipie deseaba
La f i s o n o m í a
de
edificar!
Baltasar
t e n i a una e x p r e s i ó n
grave
t r i s l e , ( p i e n u n c a l e h a b í a o b s e r v a d o . A p e n a s m e vio,
y
(lijó-
m e con afectuosidad:
— ¡ H o l a ! ¿estás ahí M a r t í n ?
— Señor... —respondí confuso...—disimúleme
ayer.... cometí una
V.... que
falta.... (pie...
— N o se h a b l e d e e l l o , M a r t i n . . . . n i n g ú n d e r e c h o l o n g o
d e r e ñ i r t e . . . m i p o b r e c r i a d o de, u n i b a . . . .
— ¿Se vá
V. s e ñ o r ? . — exclamé
Me v o y . . .
involuntariamente, y
añadí:
— ¿ Y el s e ñ o r c o n d e d e M a r e u i l , el a m i g o d e
Y?
— Mi a m i g o . . . r e p i t i ó el poeta , r e c a l á n d o s e e n estas p a l a b r a s c o n c i e r t o s e n t i d o t o n o . . . m i a m i g o , se q u e d a a q u í . ,
c o n s e r v a r á esta h a b i t a c i ó n ; p o r q u e la ca.sa y e l b a r r i o
convienen
le
igualmente.
— ¿Pero y
V.?
— Y o , muchacho ,
voy
á pasar
una
t e m p o r a d a en
el
campo.
No
había duda en
repentino
qu e
rompimiento
acaba
entre
de ocurrir
el
un
grave
y
poeta y Roberto de Ma-
reuil.
Después de un
largo
silencio , díjome,
Baltasar sacan-
d o d e su c a r t e r a u n p a p e l : — T e d e b o u n o s sesenta f r a n cos
p o r las c o m i s i o n e s
Ya
te h a r á s c a r g o
que
por mí
d e q u e la
has desempeñado....
capitalización
de
los
gaje
s
c o n v e r t i d o s e n m i l l o n e s , es una pura c h a n z a . . . . m u y b u e na c u a n d o
se está
cho aguardar
sa
—
¡Ab ,
—
Desearía
á
tus
nunca,
tanto
alegre.... Disimúlame
tiempo..,,
señor!
ciertamente
mas
poder
cuidados, á túcelo
mi
buen
muchacho,
r o , c u a n d o sin d u d a te
di
el h a b e r l e h e -
el d i n e r o .
p r o n t o fue
y
mejor
has osado
era m u y
porque....
dar
delicadeza;
recompenpuesto
pedirme
necesario....
francamente,
Si
que
dine-
note
porque
lo
no
LAS
lo tenia, p u e s no había
pensión,
pero
vence
DESPEDIDAS.
vciua'ilo el
309
trimestre
de mi c o r t a
mañana.
— Ahi tienes este r e c i b o ; lo l l e v a r á s á d o n d e d i c e n
las
s e ñ a s . . . . t o m a r á s esta c a n t i d a d p o r mi c u e n t a , m e n o s
se-
senta
francos,
que
conservarás
para
tí,
e n v i á n d o m c el
resto c o n una o r d e n s o b r e c o r r e o s e n F o n t a i n e b l e a u .
— M u y bien , s e ñ o r
m i ó . . . . m u c h a s g r a c i a s , — le
dije
t o m a n d o el p a p e l .
— Pero ahora pienso, — a ñ a d i ó sonriendo el poeta, — en
q u e t e n g o una letra t a n m a l d i t a , q u e a c a s o n o p u e d a s l e e r
las s e ñ a s . . . . á v e r ,
pruébalo.
L e í e l p a p e l , a u n q u e c o n b a s t a n t e d i f i c u l l a d , e l c u a l se
hallaba c o n c e b i d o en estos t é r m i n o s :
lie
10,
recibido
de Mr.
la cantidad
mestre de pensión
de
lienaud,
de trescientos
vencido,
calle de Montmartre,
cincuenta
francos,
número
por
que Mr. Justo tiene la
el
tri-
generosidad
pasarme.
Varis
, etc.
etc.
— ¡Dios m i ó ! — e x c l a m é luego de leido el p a p e l , — ¡otra
v e z Mr. Justo!
— ¿Como?
¿qué
quieres d e c i r ?
—
me
preguntó
el
poeta.
Y referí á Baltasar c u a n t o sabía sobre otras l i b e r a l i d a d e s
d e aquel h o m b r e singular.
— ¡ Es e x t r a o r d i n a r i o ! — m e r e s p o n d i ó el p o e t a e n a d e man
pensativo , —
fuerza
mismo diablo. También
e s q u e e l tal M r . Justo sea
me moría y o d e h a m b r e ,
el
cuando
vino á mi socorro. ¿ C ó m o supo q u e y o era h u é r f a n o ; q u e
mi p o b r e p a d r e ,
el h o m b r e mejor del m u n d o , arruinado
p o r u n a b a n c a r r o t a , m e d e j ó sin r e c u r s o s ; y q u e c o n
mi
p r u r i t o d e e s c r i b i r , a l i m e n t a b a la c o n v i c c i ó n d e l l e g a r u n
día á h a c e r m e
un
n o m b r o á fuerza
de
t r a b a j o ? Esto .lo
i g n o r o . L o c i e r t o es q u e M r . J u s t o , q u e t i e n e e l a i r e
mas
a v i n a g r a d o y b r u t a l d e l m u n d o , se m e p r e s e n t ó c i e r t o dia ;
q u e , d e s p u é s d e u n a c o n v e r s a c i ó n , e n la q u e m e p a r e c i ó
profundamente instruido de cuanto m e c o n c e r n í a , m e e n -
310
MARTÍN
trcgó
u n a carta
EL
HXl'ÓSITO.
p a r a eso Mr. R e n a u d , q u i e n
posterior-
m e n t e lia c o n t i n u a d o s a t i s f a c i é n d o m e esta p e n s i ó n , tan útil
p a r a m í , c o m o i n e s p e r a d a . P o r otra p a r t e , j a m á s h e v u e l to á v e r á Mr. J u s t o , y s o l a m e n t e su a g e n t e d e n e g o c i o s m e
d e c i a c a d a v e z : — Esto va b i e n , a m i g o , siga V. a s í : V. es
un j o v e n
laborioso.... y
llegará
al p u n t o d e s e a d o ; se l e
o b s e r v a y se está e n t e r a d o d e c u a n t o V. h a c e . — Mi ú n i c o
d e s e o , — a ñ a d i ó el poeta d a n d o un s u s p i r o , — es v e r
un
dia á M r . J u s t o , á q u i e n l o d e b e r é t o d o , si al fin l l e g ó á s e r
algo.
—
¡ O h ! así lo e s p e r o .
— También
liente
yo.... Ahora
a t i e n d e : Sé q u e e r e s un
m u c h a c h o ; así , t o m a u n
consejo:
es p o s i b l e
vaque
Mr. R o b e r t o d e M a r e u i l , q u e m e r e e m p l a z a e n la posesión
d e e s t e c u a r t o , l e p r o p o n g a e n t r a r á su s e r v i c i o .
— ¡ Y
qué!
— ¿ Q u é ? q u e no d e b e s a c e p t a r el o f r e c i m i e n t o ; c o n s é r v a t e l o m i s m o q u e h a s sido ; e s d e c i r , h o n r a d o y fiel c o m i s i o n i s t a ; n o p u e d o d e c i r t e m a s ; a u n q u e por otra p a r t e , —
a ñ a d i ó d i g n a m e n t e el poeta , — c o m o n u n c a n i e g o mis p a l a b r a s , p o d r á s d e c i r al
señor
conde de
.Mareuil
que
he
sido y o . . . ¿ e n t i e n d e s ? yo, q u i e n te ha d a d o el c o n s e j o d e no
cntrar;'i
su
comisión:
s e r v i c i o . V a m o s , mi p o b r e
lleva
esta
M a r t i n , la ú l t i m a
m a l e t a á los c a r r u a j e s d e F o n t a i u e -
bleau....
C o n m o v i ó m e el a f e c t u o s o tono del poeta , y no o b s t a n t e
l o m u c h o q u e m e dio e n q u e p e n s a r su r e p e n t i n o
rompi-
m i e n t o c o n R o b e r t o d e M a r e u i l , a c o r d á n d o m e d e los i n t e r e s e s d e R a s q u i ñ a , dije, á B a l t a s a r :
— ¡Ay
a m i g o ! se v a Y . p r e c i s a m e n t e c u a n d o t e n g o ( p i e
pedirle un gran
—• ¿ Q u é
favor.
favor?
— A m i g o m i ó , a n o c h e fue V . testigo d e la t e r r i b l e d e s g r a c i a a c o n t e c i d a á esa p o b r e R a s q u i ñ a .
—
¡ M i s e r a b l e s ! ¡picaros! ¡ ignorantes! — e x c l a m ó el poe-
ta , — Ella es e n las t a b l a s una m u j e r
d e n t r o d e una ostra
s u b l i m e , una p e r l a
I./.S
— Pues
bien , como
31 I
DUSPHDIDAS.
be dicho
ya , c o n o c í
á
Basquina
( a n i a í í i t a . . . . a n o c h e h a l l é m e d i o tic v o l v e r l a á v e r d e s p u é s
d e su d e s g r a c i a ;
un
compañero
nuestro de infancia y y o
h e m o s p e r m a n e c i d o j u n t o ¡i e l l a esta n o c h e . D e s p u é s
de
s e m e j a n t e e s c á n d a l o , su p o r v e n i r está p e r d i d o ; p u e s , p a r a
c o l m o d e d e s g r a c i a , la p o b r e m u c h a c h a c o n t a b a c o n
contrata en provincia , q u e debía c e r r a r s e a n o c h e
El d i r e c t o r
asistió á la
una
mismo.
r e p r e s e n t a c i ó n ; pero después del
l a n c e , ya c o n o c e r á V
— ¿ Q u é p u e d o r e m e d i a r en e s t o ?
— No
fallan
á V. conocimientos
d í c e s e q u e si los p e r i ó d i c o s
con periodistas....
hiciesen alguna
alabanza
y
de
Basquina
I n t e r r u m p i ó m e el p o e t a :
— No debiera i n t e r e s a r m e por Basquina ; no á causa de
su t a l e n t o , p u e s l o a d m i r o ; ni p o r su c a r á c t e r , q u e lo i g n o r o ; solo p o r q u e , sin q u e r e r l o , h a . . . .
Y e l poeta , d e j a n d o i n c o m p l e t a la frase , p r o s i g u i ó :
— P e r o n o i m p o r t a , la j u s t i c i a a n t e t o d o : e s c r i b i r é
periodista
Duparc,al
al
omnipotente Duparc, precisamente
es un f a n á t i c o a d m i r a d o r d e B a s q u i n a , y él e m p r e n d e r á el
a s u n t o . ¡ Es u n a r e v e l a c i ó n q u e d e b e h a c e r s e , u n a
nueva
estrella q u e s e ñ a l a r al m u n d o ! — dijo B a l t a s a r , a n i m á n dose á pesar suyo. — T r a n q u i l í z a t e , Martin ; h a r é
algo
mas q u e escribir á D u p a r c ; ahora mismo , antes de partir,
iré á v e r l e ; a d e m á s , m e e n c a r g o d e i l u s t r a r á B a s q u i n a : l e
d e d i c a r é u n a r t í c u l o ( p i e s a l d r á á luz e n todos los p e r i ó d i cos. M i e n t r a s D u p a r c dirigirá la o r q u e s t a e n su folletín , la
c o m u n i d a d d e los m á r t i r e s d e la p r e n s a h a r á c o r o . . . . y . . . .
jiat lux....
h a b r á brillado un n u e v o astro.
— ¡ A h í mil g r a c i a s , mil g r a c i a s , a m i g o .
— Yo soy quien debo dártelas , Martin , —
respondióme
Baltasar c o n tono c o n m o v i d o . . — ^ M a r c h á b a m e d e P a r í s c o n
la h i é l e n mi c o r a z ó n , y la a m a r g u r a e n la b o c a ; y á tí l o
d e b o sí m e v o y a h o r a c o n un p e n s a m i e n t o d u l c e y b e n é f i c o ,
c u a l es el d e h a c e r justicia á una p o b r e c r i a t u r a , s u b l i m e ,
•Hi
MARTIN
ignorada y
EL
EXPÓSITO.
p e r s e g u i d a . . . . V a m o s , g r a c i a s , Martin ; adiós,
a m i g o ; c u e n t a c o n m i g o p a r a tu p r o t e g i d a , c o n t i n u a s i e n d o u n m u c h a c h o h o n r a d o y b u e n o . S o b r e todo ... no e n t r e s
al s e r v i c i o d e Mr. d e M a r e u i l .
L u e g o , t o m a n d o su s o m b r e r o v i e j o y su p a r a g u a s , o c h ó
el p o e t a u n a m i r a d a , ú l t i m a y casi m e l a n c ó l i c a , e n t o r n o
de sí, diciendo :
—
¡Cara y humilde
estancia! ¡cuántos dorados
sueños
h e t e n i d o e n tu r e c i n t o ! ¡ c u á n t a s h o r a s d i c h o s a s d e t r a b a j o y d e e s p e r a n z a b e p a s a d o aquí
L u e g o , e n c o g i é n d o s e d e h o m b r o s , c o m o si se h u b i e s e r e p r e n d i d o esta d e s p e d i d a , d i j o :
—
¡ Y a y a ! ¡ n o e s t o y d i r i g i e n d o p o é t i c a s d e s p e d i d a s á las
paredes de un cuarto
d e a l q u i l e r ! V a m o s : hasta la vista ,
M a r t i n , c u e n t a c o n m i g o c o n r e s p e c t o á B a s q u i n a . Ouie.ro
s e r el l l e r s c h e l d e esta n u e v a c o n s t e l a c i ó n ; si tu p r o t e g i da lo n e c e s i t a , e s c r í b e m e
e n el c o r r e o
p e r m a n e n t e , en
F o n t a i n e b l e a u , e n v i á n d o m e d i n e r o . A m a s do q u e ya v o l v e r é á P a r i s , a c a s o d e n t r o u n o ó d o s m e s e s , y d e paso v e r é si te h a l l a s t o d a v í a e n tu rincón.
Adiós
o l v i d e s m i r e c o m e n d a c i ó n , q u e e s para
muchacho,
no
tí un punto c a p i -
tal : n o e n t r e s al s e r v i c i o d e M r . R o b e r t o d e M a r e u i l .
El p o e t a se f u e ; y al dia s i g u i e n t e , n o o b s t a n t e las r e i t e r a d a s a m o n e s t a c i o n e s d e Baltasar , e n t r é al s e r v i c i o d e
Roberto de Mareuil.
FIN DEL
TOMO
TERCERO.
ÍNDICE DEL TOMO TERCERO.
Váf}.
1.
U.
III.
IV.
V.
VI.
Vil.
VIH.
IX.
X.
XI.
XII.
XIII.
XIV.
XV.
XVI.
XVII.
XVIII.
XIX.
XX.
XXI.
XXII.
XXIII.
XXIV.
XXV.
XXVI.
XXVII.
XXVIII.
XXIX.
La escuela.
. . .
La nieve
Los aniversarios
Las despedidas
El misterio
Las investigaciones
El callejón del Zorro
La noche
Trabajo y pan
Nuevos encuentros
El almuerzo
La casa del Lisiado
,
Tentaciones
El encuentro
Martin al rey
Las comisiones
Martín en casa do Regina
Regina
Los encuentros
El mercader de juguetes
La conferencia
El peristilo del Musco
Los Funámbulos
Basquina
Confidencias
Historia do Basquina
Continuación de la Historia de Basquina
Continuación de la Historia de Basquina
Las despedidas:
FIN DEL ÍNDICE DEL TOMO TERCERO,
1
<>
20
3'.?
42
S1
63
75
90
98
110
123
133
145
133
157
167
177
168
194
204
225
234
215
255
265
276
286
297
1
_.,„
È .
Descargar