prólogo a las "memorias" de lerdo

Anuncio
P R Ó L O G O A LAS "MEMORIAS"
DE LERDO
Adolfo
CARRILLO
E N PASSANT
S i b i e n estas " M e m o r i a s " n o f u e r o n literalmente
por
escritas
d o n Sebastián, reflejan n o obstante sus o p i n i o n e s sobre
h o m b r e s y cosas, manifestadas c o n f r e c u e n c i a e n pláticas q u e
é l t u v i e r a c o n e l a u t o r de ellas, q u i e n n o h i z o más de glosar
en
f o r m a l i t e r a r i a los conceptos
cano.
del eximio patricio mexi-
N o d e b e n , pues, considerarse c o m o apócrifas e n e l sen-
t i d o p r o p i o d e l a p a l a b r a y, p o r l o m i s m o , si a l g ú n v a l i m i e n t o
h i s t ó r i c o t i e n e n , débese t a n sólo e l h a b e r e m a n a d o d e l docto
c r i t e r i o de u n h o m b r e , q u e c o n o c i ó c o m o n i n g ú n o t r o l a psicol o g í a de sus tiempos.
L a t e r s u r a i d i o m á t i c a d e l señor L e r d o p u e d e decirse q u e
f u e f o t o g r a f i a d a e n sus Memorias,
d o n o s a s y c r i s t a l i n a s frases.
cuyas páginas c i n t i l a n en
C o n a t e r c i o p e l a d a s u a v i d a d supo
f u s t i g a r y a r r o j a r d e l t e m p l o de l a D e m o c r a c i a a los mercader e s y fariseos q u e e n h o r d a s h a m b r i e n t a s h a b í a n m a n c i l l a d o
s u recinto.
E l solo h e c h o de haberse a n u n c i a d o u n a n u e v a edición de
l a s Memorias de L e r d o de T e j a d a , c o n u n p r ó l o g o i n f o r m a n d o
de
cómo aconteció
q u e y o las e s c r i b i e r a , d i o m a r g e n a l a
p r e n s a r e a c c i o n a r i a p a r a h a c e r m e b l a n c o de c a l u m n i a s e i n s u l tos, q u e p o r su m a l e v o l e n c i a m i s m a y r a s t r e r a m e n d a c i d a d n o
m e tocan, n i m u c h o menos a m e n g u a n , m i l í m p i d a h o n r a d e z .
1
E m p e r o , n o d e b o dejar pasar d e s a p e r c i b i d o e l doloso emb u s t e de q u e y o " h e estado y estoy e n l a m i s e r i a p o r h a b e r m e
a b a n d o n a d o e l G o b i e r n o e m a n a d o de l a R e v o l u c i ó n C o n s t i t u c i o n a l i s t a " . E n v e r d a d , desde e l m o m e n t o e n q u e los ideales
r e v o l u c i o n a r i o s a d q u i r i e r o n f o r m a t a n g i b l e de g o b i e r n o , éste
n u n c a m e h a d e s a m p a r a d o , d e m o s t r a n d o q u e h a sabido estim a r a los h o m b r e s q u e s u f r i e r o n persecuciones p o r el t r i u n f o
n8
ADOLFO
d e esos m i s m o s ideales.
CARRILLO
M a s de a h í , a v i v i r e n l a h o l g a n z a y
l a o p u l e n c i a , existen h o n d a s diferencias: u n escritor d e c o m b a t e c o m o yo, a c o s t u m b r a d o a l a v i d a b o h e m i a y sus corres»
p o n d i e n t e s zozobras, estaría f u e r a de s u elemento bajo techos
palaciegos y g i r a n d o e n a u t o m ó v i l e s .
M i e n t r a s q u e así, subsis-
t i e n d o c o n m o d e s t i a y desahogo, p u e d e afirmarse q u e m e enc u e n t r o e n m i p r o p i a atmósfera y d e l t o d o t r a n q u i l o ,
por
t e n e r l a c e r t i d u m b r e d e q u e m i e n t r a s l a administración const i t u c i o n a l i s t a aliente, m i f u t u r o m a t e r i a l se e n c u e n t r a asegurado.
P o r u n a d e esas perversas ironías d e l D e s t i n o , m u c h o s d e
l o s matones d e p l u m a q u e g a l l a r d e a r o n l a l i b r e a p o r f i r i a n a ,
h o y se h a n c o l a d o en los m i n i s t e r i o s d e l g o b i e r n o , s u r g i d o d e
l a R e v o l u c i ó n C o n s t i t u c i o n a l i s t a , l l e g a n d o arrastrándose c o m o
l o t i e n e n p o r h á b i t o a las puertas de l a secretarías, agazapados
tras de los bufetes; esos fósiles de gangrenados cerebros, h o y
m e arroja puñados de cieno a mí, a q u i e n indirectamente
d e b e n e l sustento, p o r h a b e r c o n t r i b u i d o y o tanto a l t r i u n f o
f i n a l de l a R e v o l u c i ó n C o n s t i t u c i o n a l i s t a . C o n el c i n i s m o q u e
les es característico, esos condottiéres de a l b a ñ a l , m e acusan d e
h a b e r hecho chantaje, e l m i s m o cargo q u e f o r m u l a b a n c o n t r a
F i l o m e n o M a t a , P i n o Suárez y S e r a p i o R e n d ó n .
¡ Q u é imbéciles!
S i y o h u b i e r a ejercido ese sistema, e n e l
c u a l ellos h a n sido y s o n maestros, h a b r í a llegado a ser senad o r p o r f i r i a n o y h o y u n c a p i t a l i s t a m a n c h a d o de p i e a cabeza,
p e r o r i c o a l menos.
muy
M a s c a r e c i e n d o d e esa v i r t u d c h a n t a j i s t a ,
p r o p i a d e r e a c c i o n a r i o s y de científicos, h o y v i v o e n l a
p o b r e z a , l o q u e eí¡ u n c r i m e n p a r a los h o m b r e c i l l o s n a c i d o s a l
c a l o r de los asesinatos d e V e r a c r u z y e l cuartelazo de l a C i u dadela.
E L EREMITA DE LENOX-HOUSE
C o m o u n t e s t i m o n i o de p e r d u r a b l e g r a t i t u d , d e d i c o estas
Memorias
a l señor l i c e n c i a d o y g e n e r a l d o n A a r ó n
secretario de R e l a c i o n e s E x t e r i o r e s .
Sáenz,
E l presente f o l l e t o f u e
escrito p o r m í , meses después de h a b e r fenecido, e n N u e v a
Y o r k , el señor L e r d o de T e j a d a y p u b l i c a d o p o r p r i m e r a vez
"MEMORIAS» DE LERDO
e n El Mundo,
119
s e m a n a r i o q u e p o r a q u e l entonces e d i t a b a e n
L a r e d o , T e x a s , el doctor y general d o n Ignacio
Martínez,
q u i e n fue asesinado después e n los alrededores de l a p o b l a c i ó n
por
u n g r u p o de esbirros, p r ó d i g a m e n t e r e m u n e r a d o s p o r e l
e x t i n t o m a t ó n B e r n a r d o Reyes, c a l i f a p o r a q u e l l a é p o c a d e l
h e r o i c o estado de N u e v o L e ó n .
De
con
c ó m o aconteció q u e yo l o escribiera, paso a r e f e r i r l o ,
l a b r e v e d a d q u e m e sea p o s i b l e , a b s t e n i é n d o m e de c i t a r
fechas precisas, p o r h a b e r escapado a m i m e m o r i a , d a d o e l
t i e m p o t r a n s c u r r i d o . D u r a n t e l a segunda a d m i n i s t r a c i ó n pat e r n a l i s t a d e l g e n e r a l D í a z , salí desterrado de m i país, a l c a b o
d e h a b e r r e s i d i d o p o r algunas ocasiones, si b i e n i n v o l u n t a r i a m e n t e , e n l a cárcel de B e l e m ,
2
d o n d e solía h a b i t a r t a m b i é n
e n c o m p a ñ í a de algunos otros periodistas e l m á r t i r F i l o m e n o
Mata.
C o n u n a escolta a l m a n d o de u n c a p i t á n M a l p i c a , f u i
c o n d u c i d o d e l a c a p i t a l de l a R e p ú b l i c a a l p u e r t o de V e r a c r u z , d o n d e f u i e m b a r c a d o p a r a N u e v a Y o r k e n u n o de los
v a p o r e s de l a l í n e a A l e x a n d r í a .
3
D e s e m b a r c a m o s e n l a metró-
p o l i yankee a p r i n c i p i o s de febrero de 188[6?] e n los m o m e n tos e n q u e a z o t a b a a l a colosal u r b e f u r i o s o t e m p o r a l de
nieve.
E l p a g a d o r d e l b u q u e , señor S o l i g n a c , m e e c h ó en
h o m b r o s su a b r i g o p a r a p r o t e g e r m e
de l a i n t e m p e r i e , lle-
v á n d o m e a h o s p e d a r a l H o t e l A m é r i c a , s i t u a d o e n l a calle
Catorce.
I n f o r m a d o e l señor L e r d o de T e j a d a de l a situación angustiosa en q u e y o h a b í a v e n i d o , ofrecióme a l o j a m i e n t o e n e l
L e n o x - H o u s e , d o n d e él h a b í a v e n i d o r e s i d i e n d o desde su a r r i b o a los E s t a d o s U n i d o s , y d u r a n t e los n u e v e meses q u e v i v í
en
por
N u e v a Y o r k gocé de su generosa h o s p i t a l i d a d , a m p a r a d o
de p r o n t o de l a m i s e r i a .
U n a vez a su l a d o , tuve e l p r i -
v i l e g i o de t r a t a r l e y e m p a p a r m e de sus m o d i s m o s , a c u m u l a n d o
e n l a m e n t e m u l t i t u d de anécdotas, q u e él t u v o a b i e n refer i r m e , e s p e c i a l m e n t e las tocantes a l l i c e n c i a d o M a n u e l R o m e r o R u b i o , su c o m p a d r e y m i n i s t r o , y a otros j u d a s distinguídos e n q u e él t a n t o c o n f i a r a .
4
H A B Í A E N E L T E M P E R A M E N T O de d o n Sebastián c i e r t a fuerza
e s p i r i t u a l q u e se i m p o n í a y avasallaba, d e s l u m h r a n d o a veces
ADOLFO
1 2 0
CARRILLO
c o n los fulgores m u l t i c o l o r e s q u e de su m a g n o cerebro surgían,
b a ñ a n d o e n l u z los p r o b l e m a s más densos y oscuros, q u e crist a l i z a b a e n u n a sola frase. E r a e l B e n v e n u t o C e l l i n i de l a pal a b r a ; v e r b a artística, r e f i n a d a , de cadenciosa estética,
por
d e c i r l o así. C u a n d o h a b l a b a h a b í a e n s u faz e l sereno reposo
d e u n filósofo griego, a ú n a l d i s c u t i r m a t e r i a s de l a n a t u r a l e z a
q u e tanto e n c a n t a b a n a l erótico Aristófanes, q u e h a c í a g i r a r
e l u n i v e r s o e n l a c i r c u n f e r e n c i a de los senos de u n a m u j e r .
Y l o q u e más h a b í a de a d m i r a r s e e n su a l m a pitagórica,
e r a l a ausencia de o d i o s personales o políticos, a u n c o n t r a los
m i s m o s q u e l o h u b i e r o n c o n d e n a d o a l c a l v a r i o de su p r o l o n gado exilio.
A sus enemigos y c o n t e m p o r á n e o s solía d e f i n i r l o s c o n u n
e p i g r a m a o u n a s a l i d a de gráfica m o r d a c i d a d .
Refiriéndose al general Díaz, decía: "Es un apache empollado
en el huevo de un cocodrilo oaxaqueño." A su compadre y ex-Secretario de Gobernación, Romero Rubio, flagelaba en esta frase:
" U n jesuíta de gorro frigio, con el alma de un Picaluga." Aludiendo al general don Vicente Riva Palacio, exclamaba con amarga
sonrisa: "Es un literato sin ideas y un político sin convicciones."
En cierta ocasión le hablé de don Guillermo Prieto, manifestándole que en mi concepto él era uno de los tipos nacionales que con
mayor brillo habían descollado en la época de la Reforma. Oído
lo cual, don Sebastián sonrió con languidez de Patricio, murmuran
do después de encender uno de sus perfumados cigarritos veracruzanos: " ¡ H o m b r e ! , 'Hombre!, Prieto más que un poeta y estadista,
es una lágrima. Su elocuencia es la del llanto, mas en el fondo
es un Asmodeo."
C o n f r e c u e n c i a , y v í c t i m a de nebulosas nostalgias, e l ilust r e p r o s c r i p t o enceldábase en su l u j o s a h a b i t a c i ó n , s i n v e r n i
h a b l a r c o n n a d i e , a solas c o n sus r e c u e r d o s y las pulsaciones
d e s u h e r i d o corazón. Esos s a c u d i m i e n t o s p a t o l ó g i c o s p r o l o n g á b a n s e semanas enteras, t e r m i n a n d o l u e g o e n aleteos de cóndor
desencadenado.
D e los pensadores n o r t e a m e r i c a n o s , e l
ú n i c o q u e le i n t e r e s a b a era E m e r s o n .
La idea propiamente reflectiva, es agena al carácter bullicioso
de estas gentes. Son hombres de acción, no de meditación. A mi
juicio, Emerson es el buzo de la idea. Sus concepciones en todas
MEMORIAS»
DE
LERDO
121
materias son abismales. Hay mucho de austero en su filosofía, que
me recuerda los silogismos de Pascal y de Montaigne. Tiene su
pluma la virilidad de un Nietzsche sin sus brutalismos y crudezas.
Emerson es una perla que brilla en el estercolero comercialista de
los Estados Unidos.
E L BUITRE BUSCA A L Á G U I L A E N SU NIDO
V e r a n o o i n v i e r n o , d o n Sebastián a b a n d o n a b a e l l e c h o a
las o c h o de l a m a ñ a n a , s u r g i e n d o e n su p r i v a d o c o m e d o r e n
b a t a de b a ñ o y lustroso de semblante. E n su mesa h a b í a siemp r e u n r a m o de violetas y de rosas, e n u n j a r r ó n de p o r c e l a n a
c h i n a , e s c u l p i d o de episodios eróticos m a r c a d a m e n t e o r i e n t a les. D e s a l l u n a b a [Desayunaba] c o n s u m a p a r q u e d a d ; e l i n e v i t a b l e chocolate, u n vaso de leche y u n p a r de huevos pasados
p o r agua, y c o m o e p í l o g o digestivo u n a c o p i t a de coñac.
Diri-
g í a s e a veces a s u p e q u e ñ a b i b l i o t e c a escogiendo a veces,
p a r a pasar e l r a t o , o r a l a Ifigenia,
Tartufo,
de M o l i e r e , o Mlle.
y
de E u r í p i d e s , o r a b i e n e l
Fifí, de M a u p a s s a n t . Y c o n e l
c i g a r r i l l o en sus d e l i c a d o s dedos, ensimismábase en l a l e c t u r a ,
c e n t e l l e á n d o l e de c u a n d o e n c u a n d o los r e d o n d o s y p a r d o s
ojillos.
U n día s o r p r e n d í l e c o n lápiz e n m a n o a n o t a n d o los epigram a s de N i e t z s c h e , y tornándose h a c i a m í d í j o m e :
Ese germano es un loco sublime, pues dice que es más difícil
encontrar un buen amigo que un pez en el Rhin. Los hombres
somos así, ingratos, aún para nosotros mismos. Con todo y eso a
mí me quedan todavía algunos buenos amigos. Uno de ellos es
don Agustín Pesqueira, con quien me ligan afinidades espirituales
y políticas y aún creo que vínculos temperamentales. Y cuando
me visita, creo que mi mente se refleja en a suya, en misteriosas
identidades. No debe conocerlo usted, pues es uno de los altivos
que han gravitado fuera de la órbita rojiza del llamado héroe de
Tecoac. Y a propósito de esa escaramuza, de la cual don Porfirio
gallardea tanto, el Sr. Pesqueira dice que fue tan sólo "Una borrachera de indios".
Luego continuó:
El patricio sonorense es de conversación eticelant, condensando
en una sola frase la sal ética de un Heine. Él me informó que el
ADOLFO
1 2 2
CARRILLO
Sr. Díaz ha creado una nueva aristocracia: la del cacle; y que sus
miembros, si bien oscuros y trigueños por el momento, resurgirán
a los fines blancos y azulados, pues se están dando baños de leche
por fuera y baños de pulque por dentro. Me dice también que el
bizarro General se pinta las canas, y está tomando lecciones de
francés. Vaya una ocurrencia! E n verdad, el francés es de un laconismo termidoriano: se presta mucho a las órdenes de fusilamiento. Así lo confesaba Napoleón en su destierro de Santa Elena.
"¿Es c i e r t o — p r e g u n t é
u n a vez a l Sr. L e r d o — q u e d o n
P o r f i r i o y s u suegro R o m e r o R u b i o e s t u v i e r o n e n u n a ocasión
a
v i s i t a r a usted?"
D o n Sebastián
sonrió
socarronamente
e n c a r á n d o s e c o n s u valet de chambre, H i g i n i o
y
Espinosa, que
e n esos instantes e n t r a b a , l l e v á n d o l e dos capitas de coñac, díjole: "Cuéntale
a l j o v e n l o q u e p a s ó entonces,
Higinio, con
ese g e n i o i n c o n s c i e n t e q u e te es g e n i a l y t ú sabes d e r r o c h a r a
manos llenas."
E l valet h a b í a e n c a l v e c i d o a l s e r v i c i o d e l i l u s t r e desterrado
y e n s u a p a r i e n c i a c r a n e o l ó g i c a semejaba u n D a r w i n [sic] v a g a n d o en l a Isla de T o r t u g a s .
D e l a frente a l c e r v i g u i l l o n o
h a b í a u n solo c a b e l l o y p o r eso las moscas n e o y o r k i n a s j u g a b a n a foot-ball c o n tenacidad irritante, en su m a r f i l i n a moller a , r e s b a l a n d o y a l e t e a n d o j u b i l o s a s , o b i e n tendiéndose
g u i d a s y perezosas a d o r m i r l a siesta.
lán-
Higinio llamaba a don
Sebastián El Señor y p r e f e r í a ser l l a m a d o su secretario y n o s u
mozo, en cuya calidad había venido a N e w [York].
Sí señor, principiaré por el fin si a usted le parece. Una mañana, cuando yo cepillaba la ropa de El Señor, llamaron a la
puerta dos caballeros: uno muy alto y prieto; el otro, gordinflón
y blanco. Les pasé sus tarjetas que decían: General Porfirio Díaz,
Lic. Manuel Romero Rubio.
—El Señor se puso de pie, exclamando exasperado:
— ¡ Q u é desvergüenza! ¡Parece increíble! ¡Diles que no estoy
en casa!
Les di el recado y se fueron refunfuñando. Pero al día siguiente volvieron a la carga con idéntico resultado. Temeroso de
un cuartelazo, el Señor puso en cuarentena su habitación emparedándose a piedra y cal. Cree usted que se retiraron con la cola
entre las piernas, como suelen decir en mi tierra? ¡Nada de eso!
Regresaron y yo tuve que decir la verdad. ¡ E l Señor nunca más
los verá! Fue entonces cuando se alejaron dejando tras sí una
"MEMORIAS"
DE
LERDO
123
estela sulfurosa. ¡Anas, el suegro de Caifas, fue el instigador de
esa visita intempestiva!
C o m e n t a n d o ese penoso i n i c i d e n t e , decía d o n Sebastián,
j u g u e t e a n d o c o n l a c a d e n i l l a de su r e l o j , de l a c u a l p e n d í a n
d o s c a l a v e r i t a s d i a m a n t i n a s : " N o h a y q u e c u l p a r l e s . A c a s o se
h a c e n guantes de seda c o n las orejas de u n cerdo?"
E L TÁCITO D E L E N O X - H O U S E
A d e m á s de h u m o r i s t a , d o n Sebastián e r a u n excelente mem o r i s t a y conservaba frescos en su f e c u n d a m e n t e a los h o m bres y las cosas d e l i n m e d i a t o o r e m o t o pasado.
Iturbide —decía— fue un asno con orejas de lobo. A Valentín
Gómez Farías lo delineaba así: Don Valentín fue el epiléptico de
la Reforma. En su alma y en su trato había mucho de un Felipe II.
En sus viajes a Jalapa gustaba de rodearse de una corte de resplandecientes parásitos, sin faltar en ella el Rigoletto Republicano.
C o n e l b i s t u r í de su r a d i o s a i n t e l i g e n c i a , disectaba l a pers o n a l i d a d de M i g u e l de M i r a m ó n c o n esta sentencia bismark i n a : " U n C ó n d o r c o n alas de m u r c i é l a g o . "
D e b e r é a d v e r t i r q u e e l Sr. L e r d o g u s t a b a m u c h o e n sus
l a p i d a r i a s d e f i n i c i o n e s de e m p l e a r símiles zoológicos, y p a r a
él, n u e s t r a H i s t o r i a venía a ser u n a especie de J a r d í n Botán i c o , rebosante en f a u n a q u e aparece e n escena, gesticula y
desaparece, d e j a n d o a su paso luces y sombras.
"Comonfort
— o p i n a b a — fue e l K a n g a r o o de l a G u e r r a de l a R e f o r m a :
d a b a u n b r i n c o p a r a adelante y dos p a r a atrás."
P o r a q u e l l a é p o c a f u n g í a c o m o cónsul de M é x i c o e n N u e v a Y o r k el señor J u a n U . N a v a r r o , u n a n c i a n o p a t r i a r c a l y de
v i r i l aspecto, y p a r t i d a r i o i n c o n d i c i o n a l de los h o m b r e s de T u z tepec [sic]. E n sus pláticas c o n él, d o n Sebastián se u f a n a b a
e n a l f i l e r e a r a los pigmeos d e l p o r f i r i s m o .
F e r n a n d o M a x i m i l i a n o h a b í a causado b u e n a y h o n d a i m p r e s i ó n e n e l á n i m o de d o n Sebastián.
Fue un Edipo germano —decía con voz acariciadora y queda—,
una oveja entre lobos, un cisne en parvada de cuervos. A l castigarle
ADOLFO
124
CARRILLO
la República, castigó en él la fórmula monárquica, no su personalidad. Así, el Sr. Juárez, como yo, creíamos que el Archiduque se
acobardaría frente al patíbulo. Mas ambos nos equivocamos. E l
General Escobedo me decía que Maximiliano se desplomó en el
Cerro de las Campanas, con la serena gracia de un gladiador romano.
De
la
rebelión
tuxtepecana
que
le
empujara
al
exilio
decía:
Fue una guerra de personalidades, nunca de ideales. Y su
éxito fue debido a tres causas principales: al espíritu del militarismo predominante en el país desde los tiempos de Santa Anna; a
la desmoralización en el ejército y a las perniciosas intrigas de los
que medran con las revueltas, por descabelladas que éstas sean.
Los sediciosos exigieron como bandera la no reelección, simplemente en la mira de justificar su magno crimen. Mas en el fondo no
fue más de la lucha entre la fuerza bruta de la barbarie, contra
la civilización y contra las leyes. Esa insolente rebeldía trajo consigo mismo los gérmenes de la dictadura. Ya lo está presenciando
usted: después de un interregno carnavalesco, ya tenemos a don
Porfirio otra vez en el poder y permanecerá en éste hasta caer
desecho en las garras de la senectud. Quizás yo no tendré el dolor
de asistir a esas luctuosas postrimerías que ya presiento como un
desenlace inevitable y lógico.
D e a l g u n o s de sus generales, d o n Sebastián atesoraba gratos e i n d e l e b l e s
recuerdos:
"Alatore — d e c í a — es un Bayardo: sin miedo y sin tacha. Sé que
ahora vive en una pobreza espartana, pero con la hidalga dignidad
de un Chevalier de la Fronda." .Aludiendo una vez al general
Sostenes Rocha, se expresó así:
—Rocha, como Grant, es un héroe alcoholizado: en la acción de
la Bufa, apenas podía sostenerse en el caballo. E l olor de la pólvora
y del tequila lo transfiguraban. Lo mismo jugaba con las balas
que con las botellas. ¡Es un bruto sublime! ¡Más bien espirituoso
que espiritual!
AMORES B E CREPUSCULO
Temeroso
de c o n v e r t i r m e e n u n p a r á s i t o de las b o n d a d e s
d e l e x i m i o p r o s c r i p t o , o b t u v e l a amista[d] de P e p e M a r t í ,
libertador de C u b a , u n modesto empleo
como traductor
5
el
del
"MEMORIAS»
DE
LERDO
125
francés, e n l a famosa casa e d i t o r i a [ l ] de A p p l e t o n y C o . , s i t u a d a
e n B o n [ d ] St.. q u e c r u z a l a de B r o a d w a y . E l Jefe d e l D e p a r t a m e n t o e s p a ñ o l e n e l l a , e r a entonces e l d o c t o r G a r c í a P u r ó n ,
a q u i e n P o r f i r i o D í a z h a b í a a p l i c a d o e l a r t í c u l o 33 consideránd o l o c o m o e x t r a n j e r o p e r n i c i o s o . Ese h u m i l d e puesto d i ó m e
o c a s i ó n de i n t i m a r c o n M a r t í , pues todos los días a l m o r z á b a m o s
j u n t o s y e n los ratos de o c i o nos hacíamos m u t u a s c o n f i d e n c i a s .
P a r é c e m e estarle v i e n d o todavía: c h i q u i t í n , tristón, t a c i t u r n o ,
p e n s a t i v o , de a n d a r l e n t o , a b r u m a d o c o n l a pesantez de s u a b r i g o g r i s q u e l l e g a b a hasta los talones. E n l a c a l l e n u n c a s o l t a b a
e l paraguas, n i u n p a q u e t e de l i b r o s bajo e l b r a z o derecho. L o s
d o m i n g o s los p a s a b a c o n él e n su c u a r t u c h o , e n l a S e x t a A v e n i d a . E n sus l u m i n o s a s pláticas jamás p e r d i ó l a fe e n l a e m a n c i p a c i ó n f i n a l de l a P e r l a de las A n t i l l a s . H u b o veces e n q u e
e s t u v o en p e l i g r o de ser e n v e n e n a d o p o r agentes secretos de l a
C a p i t a n í a G e n e r a l de C u b a y p o r eso solía c o c i n a r sus p r o p i o s
a l i m e n t o s , o c a m b i a r de c o n t i n u o de restaurant.
V a r i a s veces e l g e n e r a l d o n Sabás M a r í n , c a p i t á n g e n e r a l de
l a Isla, p o r a q u e l l a época, p r o c u r ó p o r d á d i v a s cuantiosas, el
a s i l e n c i a r su p l u m a r e v o l u c i o n a r i a , q u e desde e l o s t r a c i s m o hac í a t e m b l a r de p a v u r a a l a b u r o c r a c i a de l a p e n í n s u l a ibérica.
D e L a H a b a n a , M a t a n z a s y otras m u c h a s c i u d a d e s y p r o v i n c i a s
cubanas, recibía v o l u m i n o s a correspondencia bajo u n n o m b r e
supuesto.
M á x i m o G ó m e z y A n t o n i o M a c e o solían v i s i t a r l o
c l a n d e s t i n a m e n t e , o r g a n i z a n d o desde N u e v a Y o r k las periódicas i n s u r r e c c i o n e s q u e sacudían l a i n q u i e t a P e r l a de las A n tillas.
U n t o r m e n t o s o d o m i n g o de m a r z o q u e y a t o c a b a a sus f i nes, ofrecí a M a r t í e l p r e s e n t a r l o c o n e l señor L e r d o .
Los
copos de n i e v e descendían t u p i d o s , e n t o l d a n d o l a atmósfera
e n siniestras o p a c i d a d e s .
L o s estrepitosos r u i d o s de l a metró-
p o l i habían amenguado,
t r a n s i t a n d o v e h í c u l o s y gentes e n
b l a n c a s y suaves afombras, sudarios d e l espíritu.
A l l l e g a r a L e n o x - H o u s e , recibiónos en l a antesala e l disc r e t o valet E s p i n o s a , q u i e n a l vernos, llevóse u n d e d o a los
l a b i o s , i n d i c á n d o n o s s i l e n c i o . P o r su m i s t e r i o s a a c t i t u d q u e
semejaba l a d e u n f a u n o e n acecho de u n a n i n f a , s u p u s i m o s
ADOLFO
I 2 Ó
CARRILLO
q u e a l g o solemne e í n t i m o acontecía, allá e n los adentros
d o n d e l a n g u i d e c í a e l e m i n e n t e estadista j a l a p e ñ o .
— " ¡ C h i s t ! — m u r m u r ó H i g i n i o , a c a r i c i a n d o c o n su g r a n
p a ñ u e l o r o j o l a m a r f i l í n e a c a l v a — . E l señor está c o n su n o v i a ,
l a señorita L i l a H a l e y . . . !
N o p u e d e r e c i b i r e n estos m o -
mentos.
— P u e s aguardaremos.
¡ D o n H i g i n i o , tenemos t i e m p o so-
b r a d o p a r a esperar!
A d v e r t i r é q u e n a d a a g r a d a b a t a n t o a l m o z o c o m o el q u e le
l l a m a r a n don o mister y c o m p l a c i d o p o r l a d u d o s a distinción,
a v i v ó e l fuego de l a c h i m e n e a , e c h á n d o l e más c a r b ó n y apresuróse e n seguida a servirnos u n vaso de o p o r t o , escamoteado
d e l a bodega, n u n c a v a c í a y s i e m p r e l l e n a , d e l s i b a r i t a señor
Lerdo.
P e r o e l h e c h o es q u e M a r t í , así c o m o yo, ardíamos e n
c u r i o s i d a d p o r conocer a l a e n j a u l a d a g o l o n d r i n a de i n v i e r n o .
E s q u e e n t r e los m i e m b r o s de n u e s t r a c o l o n i a y a se s u s u r r a b a
a l g o sobre las dulces conferencias a l a c a r d e n a l de R o h a n ,
t e n i d a s sub-umbra p o r e l Man
who
Was de q u e nos h a b l a
Kipling.
E l erótico m i t i n p r o l o n g ó s e h a s t a las seis de l a tarde e n los
m o m e n t o s e n q u e las luces de l a Q u i n t a A v e n i d a a h u y e n t a b a n
a las sombras n o c t u r n a s e n c o m b u s t i ó n
de p a l p i t a n t e s res-
p l a n d o r e s y c o l o r i d o s . ¿ Q u e d ó p o r v e n t u r a satisfecha n u e s t r a
c u r i o s i d a d de exóticos v a g a b u n d o s ?
L o ú n i c o q u e v i m o s fue
u n t o r b e l l i n o de sedas y encajes, c i n t i l a r de diamantes, y u n
p e r f i l de alabastro e n v u e l t o e n u n n i m b o de perfumes.
El
a l t a r de V e n u s C i t e r e a h a b í a s i d o consagrado s i r v i e n d o a l acól i t o u n C u p i d o de alas m a r c h i t a s y flechas
embotadas...
M a r t í y y o nos d e t u v i m o s e n e l d i n t e l : después de l a presentación, los dos e x i m i o s i n t e l e c t u a l e s c a m b i a r o n recuerdos
e i m p r e s i o n e s . E l l i b e r t a d o r isleño quejóse amargamente
de
l a r a p a c i d a d de los capitanes generales; de l a prostitución de l a
b u r o c r a c i a i b e r a y de l a e s c l a v i t u d , p e o r q u e l a f e u d a l , e n q u e
se h a l l a b a n s u m i d a s las masas cubanas. A l o c u a l d o n Sebastián
r e p l i c ó c o n esa voz r e p o s a d a y cadenciosa, en frases q u e s i n
l a s t i m a r l a c e r a b a n p o r ser i n e x o r a b l e m e n t e lógicas.
Y ¿qué dice usted de los virreyes, con los cuales la monarquía
española flageló por siglos a México; de las hordas de clérigos y de
'MEMORIAS"
DE
LERDO
127
monjes, de publícanos y oidores, que desembarcaban en nuestras playas cargados de muchos apetitos bestiales, sembrando por doquiera el
terrorismo espiritual: los actos de violencia, de codicia y de rencillas? Sí señor, Martí, los tiranuelos virreynales no solamente extrangularon el alma mexicana; hicieron imposible la existencia de
una verdadera República. Cuando menos retardaron su aparición,
así como los Dogmas de la Democracia, tal como se practican en el
gran país, donde hoy residimos.
Maravillóse
Martí
durante
las
precisión gramatical e idumática
diferentes
pláticas,
[sic] c o n q u e d o n
de
la
Sebastián
d o m i n a b a e l inglés, q u e estudió y a p r e n d i ó e n menos de tres
años.
—No debe asombrarse —explicaba al Libertador el Sr. Lerdo—
quien lea a Thoreau, a Emerson, o a los clásicos del tiempo de
Shakespeare [sic] o Marlowe, no puede menos sin esfuerzo labial
el hablarlo.
Y a e n l a c a l l e , después de l a i n d i s p e n s a b l e c o p i t a de coñac,
Martí
exclamó,
abandonando
p o r u n i n s t a n t e su g l a c i a l ta-
lante:
Amigo don Adolfo: E l Sr. Lerdo es un genio, pero como todos
los genios, avasalla su espíritu el amor: ama con la furia de un
Fausto, piensa con la profundidad de un Gibbon; y siente con la
exquisita ternura de un Hamlet.
DOS S U P E R M E N
LATINO-AMERICANOS
E n l a conversación
anteriormente narrada, a l a cual tuve
e l p r i v i l e g i o d e asistir, t a n t o e l señor L e r d o c o m o José
d e f i n i e r o n c l a r a m e n t e sus d i s í m b o l o s t e m p e r a m e n t o s :
tamente
e m o c i o n a l el d e l p r i m e r o , gráficamente
s o ñ a d o r el d e l ú l t i m o .
Martí
exquisi-
idealista
y
D e p a r t i e n d o sobre e l t e m a d e l A m o r ,
d o n Sebastián decía a l L i b e r t a d o r d e C u b a :
El hombre que es amado por una sola mujer es favorecido de
los Dioses; el que es amado por varias, es un Dios. Porque ellas
tienen el instinto clarividente de los niños; aman solamente a quienes les interesa y fascina. E l afecto conyugal fenece tarde o temprano; el colectivo, es inmortal.
ADOLFO
128
CARRILLO
E l señor L e r d o h i z o u n a breve p a u s a e n c e n d i e n d o o t r o
c i g a r r i t o , q u e c o l o c ó esmeradamente e n las tenacillas de o r o :
Contaré a usted un episodio de mi vida cuando era un estudiante. En Jalapa me enamoré de una muchacha cuyos besos truenan aún en mi memoria. De la mañana a la noche, me dio calabazas, como decimos en México. ¿Y sabe usted por qué? Por no
haber bebido el néctar que ella me brindaba con los ardientes
ojos. ¡Ah, tenía razón Goethe cuando decía que una mujer puede
sentir muchas veces, pero amar solamente unal
A l escucharle M a r t í , le m i r a b a y r e m i r a b a agitándose i n q u i e t o e n e l a m p l i o sillón a c o j i n a d o .
E l patricio continuó
c o n p u p i l a s l u m i n o s a s y rejuvenecidas:
Don Vicente Riva Palacio que con todo y su joroba y fealdad
es en el fondo un libertino vulgar, me atacó crudamente en el
Ahuizote acusándome de clandestinos e ilícitos amores. ¿Di por
ventura ocasión a los escándalos? ¡Nuncal ¿Por solo el hecho de
ser un célibe estaba yo condenado al suplicio terrible de un Abelardo? Y aquí mismo, en New York —concluyó el señor Lerdo encendido el rostro en byroniana cólera— ¿acaso no me critica la
colonia Hispano-americana, por tener una que otra amiguita, que
endulza las horas de una soledad catoniana?
L o c i e r t o es q u e el Sr. L e r d o , a l i g u a l de M i r a b e a u , ejercía
i r r e s i s t i b l e fascinación sobre las mujeres q u e le c o r r e s p o n d í a n
a sus caricias c o n aleteos de m a r i p o s a s q u e , sedientes, c h u p a n
los pétalos de u n a f l o r , cuyas aterciopeladas h o j i l l a s l a n o c h e
y a e n v u e l v e e n sus densas sombras.
P o r q u e M i s s H a l e y , su
d e r n i e r a m o u r , e r a r i c a , e d u c a d a y l i n d a , u n a de esas acuarelas femeninas, p i n t a d a s p o r u n r a y o de l u n a en o r i e n t a l
tapicería.
M a r t í , e m p e r o , era e l reverso de ese m e d a l l ó n b i z a n t i n o ;
a l e n t a b a en su t e m p e r a m e n t o l a a u s t e r i d a d de u n anacoreta,
e l recato de u n a V e s t a l , l a c o n c e n t r a c i ó n m e d i t a b u n d a de u n
m o n j e m e d i e v a l . C u b a e r a e l a m o r de sus amores, C l e o p a t r a
de las A n t i l l a s , a cuyos breves pies se a r r o d i l l a b a . V e í a a las
m u j e r e s c o n desdén m a s c u l i n o , t a l c o m o si fuesen
juguetes
p a r a d i v e r t i r a los c h i q u i l l o s y h a c e r p e c a r a los viejos.
Hom-
b r e de acción, a n a l í t i c o y frío, pasábase las noches de c l a r o e n
"MEMORIAS»
DE
LERDO
c l a r o , c o n s p i r a n d o c o n t r a España p a r a r e d i m i r l a Isla.
129
Los
c u b a n o s q u e p o r a q u e l entonces residían e n N e w Y o r k , hac í a n befa de su apostolado, t a l c o m o nosotros los m e x i c a n o s ,
l a h i c i m o s del inextinguible Nicolás Zúñiga y M i r a n d a .
La
ú n i c a vez e n q u e le v i e m o c i o n a d o , casi v e r t i e n d o lágrimas,
f u e a l h a b l a r de d o n Sebastián a l d í a siguiente de nuestra
v i s i t a a l i n c o r r u p t i b l e estadista.
México — d ijome en una ocasión— hará justicia con el tiempo a
ese genio prodigioso, a ese Voltaire humanitarista que aspiró con el
señor Juárez a cimentar en el hoy califato de los satélites del general Díaz, las instituciones democráticas, que son las únicas que
pueden salvar al país de la gradual absorción yankee, que con insidia diplomática sigue la tortuosa línea del destino manifiesto; esa
doctrina imperialista generada por el alma filibustera de Monroe,
amenaza también a Cuba, tan luego como obtenga su independencia. Por eso yo he rechazado todo compromiso con ciertos elementos
de Washington, que ven en el imperialismo el desiderátum político
de la Perla de las Antillas. No, amigo mío —terminó Martí, golpeando furiosamente un libro con otro—, en menos de dos años
Cuba tendrá en la Manigua cuarenta mil insurrectos bien armados
y con ellos será más que suficiente para arojar de la isla la horda
de peninsulares que hoy ya tiemblan al oír los nombres heroicos
de Antonio Maceo y Máximo Gómez. Y tendremos entonces sumo
cuidado, chico, en no incurrir en los mismos errores en que incurrieron Céspedes y otros mártires de la libertad Antillana.
SU P E R S O N A L I D A D E N L O FÍSICO, I N T E L E C T U A L Y ESPIRITUAL
A l i g u a l de d o n A g u s t í n P e s q u e i r a , J u a n José B a z y otros
leaders d e l R e n a c i m i e n t o L i b e r a l
M e x i c a n o , d o n Sebastián
descendía de u n a f a m i l i a española, y era l o q u e e n l a época
c o l o n i a l l l a m á b a s e u n criollo.
B l a n c o , de c a r a o v a l a d a y lí-
neas simétricas, parecía l a evocación de u n senador r o m a n o de
los t i e m p o s d e O c t a v i o o A u g u s t o . D e frente espaciosa, cejas
arqueadas, ojos p a r d o s y penetrantes y n a r i z breve, su serena
faz r e f l e j a b a l a energía en reposo, l a s u t i l y analítica i n t e l i gencia en ebullición luminosa.
D e cuello corto y amplias
espaldas, r e v e l a b a a l h o m b r e de s a l u d , a l bou vivant q u e gusta
d e los placeres de l a mesa, c u i d a d o s o d e n o abusar de ellos.
A c o g í a a los e x t r a ñ o s c o n serena cortesía, mas c i e r t a reserva
ADOLFO
CARRILLO
r a y a n a e n f r i a l d a d , q u e r e p r i m í a en e l v i s i t a n t e t o d o i m p u l s o
de f a m i l i a r i d a d .
E r a su voz cadenciosa y preciosa, y e n los
m o m e n t o s d e p r u e b a , j a m á s l a a l t e r a b a e n ásperas i n f l e c c i o nes.
E s m a l t a b a su a m e n a conversación c o n anécdotas o p o r -
tunas y chispeantes q u e h a c í a n reír o m e d i t a r , p o r su m i s m o
sprit o d o c t r i n a r i a filosofía.
E n su trato c o n los demás era l a
g a l a n t e r í a e n c a r n a d a : u n C h e s t e r f i e l d de i r r e p r o c h a b l e s m a neras y g a l l a r d a a p o s t u r a . A l c o n c l u i r u n p e r í o d o o u n a sentencia, frotábase las aristocráticas manos, o b i e n se p a l m e a b a
c o n ellas las r o d i l l a s , d e j a n d o enseñar u n a n i l l o de esmeraldas
en l a izquierda.
A p u r a b a p o r día c u a t r o o c i n c o copitas de c o ñ a c francés y
e n l a mesa o p u l e n t o v i n o de B u r d e o s , o b i e n u n a b o t e l l a de
Jerez de l a F r o n t e r a . A b o r r e c í a los p l a t i l l o s a m e r i c a n o s , deleitándole, e n c a m b i o , l a c o c i n a francesa. L a casera de L e n o x H o u s e , de n a c i o n a l i d a d franco-canadiense, tenía u n c o c i n e r o
francés q u e c o n d i m e n t a b a e x c l u s i v a m e n t e p a r a él
manjares
apetitosos. D u r a n t e las tardes, s i e l t i e m p o l o p e r m i t í a , echábase a a n d a r , m u y e r g u i d o , p o r l a Q u i n t a A v e n i d a , c o n e l
bastón de p u ñ o de o r o y guantes gris p e r l a ; a l p a r d e a r de l a
tarde, t o r n a b a a l s o l i t a r i o hogar, encastillándose e n su b i b l i o t e c a , v e s t i d o de b a t a y c h i n e l a s japonesas.
Y apenas si se
sentaba, c u a n d o surgía a su l a d o , c u a l P u c k a u t o m á t i c o , e l
c a l l a d o y d i s c r e t o valet, c o n e l frasco de c o ñ a c e n l a b a n d e j a ,
escanciando l u e g o e n l a c o p a e l a m b a r i n o y fragante l í q u i d o .
E l m o z o H i g i n i o , a l retirarse, l a n z a b a l a
flecha
del Partho,
llevándose e l frasco a l a boca, c o n r u i d o de a l c a n t a r i l l a desbordada.
H a b i é n d o l e s o r p r e n d i d o c i e r t a vez e n ese acto de
ratería h i d r á u l i c a - b á q u i c a , pasóme los sedimentos d e l l í q u i d o ,
e x c l a m a n d o a l l i m p i a r s e , c o n e l reverso de l a gigantesca m a n o :
" ¡ O h , cómo suspiro p o r l a Patria!
Y y a q u e n o tenemos
pulque..
V i s t o b a j o e l aspecto p u r a m e n t e i n t e l e c t u a l , e l señor L e r d o era más q u e u n g e n i o : e r a u n coloso; c o m o j u r i s c o n s u l t o ,
m u y pocos h u b o q u e le a v e n t a j a r a n , y l a m e j o r p r u e b a de
e l l o es l a de q u e e l F o r o N e o y o r q u i n o , sometió a su c r i t e r i o
l ó g i c o y sintético, m u c h o s p r o b l e m a s de j u r i s p r u d e n c i a , m u y
difíciles de ser clasificados, de a c u e r d o c o n e l espíritu de las
"MEMORIAS"
DE
LERDO
leyes norteamericanas, c o n f r e c u e n c i a a m b i g u a s e n sus c o n clusiones.
En
filosofía
era u n estoico, a c e p t a n d o n o obstante, s i n
p r a c t i c a r l a s , las [doctrinas] positivistas de H e r b e r t Spencer,
l a de K a n t y a ú n l a Y o g a de los budistas. E n ciencias e v o l u t i v a s a d m i r a b a a D a r w i n y a H a e c k e l s i n a d m i t i r o r e c h a z a r de
p l a n o sus dogmas: entre Spencer y Sócrates prefería l a l e c t u r a
d e este ú l t i m o ; y refiriéndose a P l a t ó n , censuraba s u
Repú-
blica, considerándola c o m o u n a u t o p í a i n f a n t i l .
E n sus ratos de t e d i o y n o s t a l g i a , e l e x i m i o e x p a t r i a d o
e s t u d i a b a y a n o t a b a a C á t u l o , cuyos versos p u l s a n c o n e l
a l i e n t o p e r f u m a d o de u n a F r i n e a .
¿Sabe usted por qué admiro a Cátulo? Pues por el hecho de
que fue el más humano de los poetas clásicos del paganismo. Su
vida fue una perpetua luna de miel. Las vaporosas siluetas de sus
amantes envuélvenle en un nimbo de infinitas voluptuosidades.
¡Cuántos corazones no hubo de flechar con su irai En libertinaje,
supera al Don Juan de Byron, y en picardía, al granuja G i l Blas
de Santillana, creado por la fecunda imaginación de Lessage. Cada
vez que le estudio me transporto en espíritu a la madriguera de
sus devaneos lascivos [eróticos] 6 dentro de la[s] que, tendido en
pieles de tigre africano, besa y abraza a las ninfas, amparándolas
de un Sileno de ojos verdes y fosforescentes que las persigue.
E l señor L e r d o , t i l d a d o p o r m u c h o s de ser i r r e l i g i o s o y ateo,
f u e a m i j u i c i o u n v e r d a d e r o d i s c í p u l o d e l N a z a r e n o : quitábase l a capa p a r a c u b r i r l a desnudez ajena; y e l p a n de l a b o c a
p a r a a l i m e n t a r a l h a m b r i e n t o . N u n c a c o n d e n ó a las m a g d a lenas, n i m u c h o m e n o s santificó a las beatas, pues p a r a él,
u n a s y otras s o n d i g n a s de c o m p a s i ó n . S u bête noire era[n] e l
c l e r o y e l c l e r i c a l i s m o , a los q u e f l a g e l a b a c o n lógica, i n e x o r a b l e y ática, así e n sus conversaciones c o m o e n sus escritos.
S u a u t o r p r i v i l e g i a d o e n l i t e r a t u r a francesa era R a b e l a i s ,
e l creador de P a n t a g r u e l y de G a r g a n t u a . A l u d i e n d o a V í c t o r
H u g o decía:
Sus libros sacuden en vez de inspirar; son como cataratas que
aturden y relámpagos que ciegan.
132
ADOLFO
CARRILLO
L e y e n d o a B a l z a c , d o n Sebastián se enternecía, y a l f i n a l i z a r u n día l a l e c t u r a d e l Pére G o r i
[sic] d i j o s u s p i r a n d o :
¡Cómo celebro el nunca haberme casado! La tesis que sostiene
el novelista francés en su ibro, es idéntica a la desenvuelta por
Shakespeare en su épica de King Lear!
S i n embargo, esa i n t e l i g e n c i a s u p e r n a t u r a l s i b i l i n a , de l a
c u a l e m a n a b a n l u m i n o s o s segmentos, h u n d i ó s e e n las sombras
d e eterna y lóbrega noche, lejos de los suyos y
abandonado
c r u e l m e n t e p o r los suyos.
DESPEDIDA D E L RECLUSO. SALGO P A R A
EUROPA
Después de h a b e r p e r m a n e c i d o o c h o meses e n N e w Y o r k ,
y c o n l a a y u d a d e l señor L e r d o , e m b a r q u é m e p a r a España a
p r i n c i p i o s de 1887, si es q u e m i m e m o r i a n o m e engaña l a
fecha.
7
¿Qué futuro se le espera aquí sin hablar el idioma y ser refractario a las costumbres americanas? En regresar a México ya ni lo
piense usted, pues el Sr. Díaz continuará en la farsa de reelegirse, o
bien pondrá en la silla a su suegro Romero Rubio. Santa Ana solía
retirarse o lo retiraban; mas no así el Tartufo oaxaqueño, de
quien el señor Juárez decía:
— ¡ E s e hombre irá demasiado lejos si antes no lo ahorcan.
Tiene dos armas que en nuestro país siempre cuentan: fusiles y
lágrimas!
—Sí, vayase usted cuanto antes —continuó don Sebastián en tono
vibrante—. ¿Cree usted que si fuese joven permanecería en este
ambiente, donde el ruido tiene mayor fuerza que la idea, y donde
el alma latina fenece o se marchita?
P e p e M a r t í fue a a c o m p a ñ a r m e a los m u e l l e s d á n d o m e var i a s cartas de presentación p a r a sus amigos en M a d r i d , entre
las cuales h a b í a u n a p a r a e l d i p u t a d o a Cortes, el c u b a n o señ o r P o r t u o n d o , q u e más tarde m e sirvió de m u c h o .
Desembarcamos
e n S a n t a n d e r y p o r p r i m e r a vez
saboreé
e n e l a l m u e r z o , las afamadas sardinas asturianas, q u e se s i r v e n
frescas e n todas las fondas.
A l día siguiente, m e trasladé
a
M a d r i d , y a l c a b o de v i s i t a r todos los r i n c o n e s de l a V i l l a d e l
'MEMORIAS»
DE
LERDO
133
O s o y el M a d r o ñ o , presenté l a c a r t a de M a r t í a l d i p u t a d o
P o r t u o n d o , q u e m e r e c i b i ó c o n s u m a a m a b i l i d a d , prometiénd o m e e l h a b l a r c o n algunos de sus amigos, los periodistas
m a d r i l e ñ o s , a objeto de q u e m i s artículos sobre M é x i c o f u e r a n
publicados.
T r e s días más tarde m i p l u m a o b t u v o c a l u r o s a
h o s p i t a l i d a d e n e l d i a r i o El Liberal,
c u y o e d i t o r era colega
d e P o r t u o n d o . E n m i p r i m e r a r t í c u l o describí l a situación
p o l í t i c a de M é x i c o b a j o l a férula p o r f i r i a n a , c i t a n d o episodios
d e las brutales persecuciones de q u e estaban siendo víctimas
l o s periodistas m e x i c a n o s .
E n e l segundo e d i t o r i a l o c ú p e m e
e x t e n s a m e n t e de l a L e y F u g a , q u e p o r a q u e l entonces p r i n c i p i a b a a i n f u n d i r p a v u r a e n todos los á m b i t o s d e l país.
T a l fue l a sensación q u e esos artículos causaran, q u e las
e d i c i o n e s de El Liberal
se a g o t a b a n desencadenando c o n t r a
m í , a s i m i s m o , u n a t r o m b a de i n s u l t o s y denuestos, i n s p i r a d o s e
i n s t i g a d o s p o r e l G r a l . R i v a P a l a c i o , e m b a j a d o r de
México
e n E s p a ñ a p o r a q u e l t i e m p o . M u c h o s de los madrileños — l o s
i n t e l e c t u a l e s — a c e p t a r o n m i s escritos c o m o verídicos; mas l a
g r a n m a y o r í a , i n t e g r a d a p o r l a b u r g u e s í a c o m e r c i a l , calificólos
d e blasfemos, p o r tratarse de u n t i r a n u e l o q u e gozaba e n Esp a ñ a de i n m e r e c i d a s simpatías.
R i v a P a l a c i o se puso f u r i o s o
m a n d á n d o m e l l a m a r a s u m o r a d a , q u e e r a u n a lujosa g u a r i d a
donde ubicaba la Embajada.
P o r u n acto de m e r a cortesía
c u m p l í c o n los deseos d e l e m b a j a d o r , presentándome a las
p u e r t a s de l a E m b a j a d a , e n las cuales se e n c o n t r a b a n dos alab a r d e r o s de b r i l l a n t e l i b r e a y p e l u c a gris, de majestuosa
y
g a l l e g a a p o s t u r a , t a l c o m o si estuviesen dispuestos a d e g o l l a r
a c u a n t o s entrasen.
D o n V i c e n t e m e r e c i b i ó sentado, d i g n á n d o s e apenas e l m o v e r l a cabeza, y c o n l a e x p r e s i ó n o l í m p i c a de u n Roi
Soleil,
d i j o m e c o n voz e n r o n q u e c i d a e i r a c u n d a :
—Le mandé llamar para amonestarle por primera y última vez.
¿Sabe V d . que es un acto de traición lo que está usted haciendo?
¿A quién se le ocurre, sino a un loco, el injuriar a su propio país
y a sus dignos gobernantes en el extranjero?
.—General —le respondí sentándome—, México no es Porfirio
Díaz, y los hechos que estoy dando a luz nadie, ni usted mismo, se
atrevería a negarlos.
134
ADOLFO
CARRILLO
—¡Cállese! —me gritó levantándose, temblándole los lentes en
sacudimientos de impotente cólera. Su corcoba de Rigoletto, avanzaba amenazadora, cual la cresta de un gallo que se ve al espejo
y poco faltó para que cayera muerto víctima de un ataque apoplético y de su imaginaria grandeza.
Pasado e l síncope, e l i l u s t r e d i p l o m á t i c o serenóse u n t a n t o
c u a n t o , excusándose p o r l a v i o l e n c i a de su lenguaje; m á s firm e en su resolución de q u e y o cesara de e s c r i b i r e n l a p r e n s a
madrileña.
—Si ustel insiste —concluyó el ex-republicano—, mejor dicho, si
usted reincide, me veré obligado a conseguir que se le expulse de
España. Si quiere usted escribir contra nuestras dignas autoridades, ¿por qué no regresa a México? Yo le pagaría gustoso los
gastos del viaje.
Y t a m b i é n los d e l f u n e r a l q u i z e [sic] d e c i r l e ; más m e cont u v o l a seriedad c u a s i m ó d i c a d e l e x i m i o d i p l o m á t i c o y l a presencia, además, de u n o de los a l a b a r d e r o s q u e aparecía e n esos
momentos en el recinto del ilustre Embajador. Entró también
e l señor Icaza, q u e o s t e n t a b a g a l l a r d a m e n t e e n e l o j a l u n a
e n o r m e rosa de P a r m a . A p r e s ú r e m e , c o m o era n a t u r a l , e n
d e c l i n a r l a generosa o f e r t a d e l e x r e d a c t o r d e l Ahuizote,
re-
tándole a q u e u s a r a de t o d a s u i n f l u e n c i a o f i c i a l y o f i c i o s a , e n
perseguirme. P e r o n o p u d o l o g r a r l o p o r más q u e h i z o ; emper o , intrigó e n l o q u e l e fue p o s i b l e p a r a q u e los d i a r i o s m a d r i leños n o a c e p t a r a n m i s artículos, q u e b a j o e l epígrafe de
Zar Azteca c o n t i n u ó d a n d o a l u z La Iberia Ilustrada,
El
órgano
d e los r e p u b l i c a n o s , d i r i g i d o s p o r e l d i p u t a d o H e r n á n d e z M a llorca.
R i v a P a l a c i o , j u d i c i a l m e n t e , d e n u n c i ó dos de m i s artículos, hostilizándome l o suficiente p a r a h a c e r m e salir de E s p a ñ a
y emigrar a Francia.
E l señor P o r t u o n d o m e h a b i l i t ó c o n
fondos p a r a e m p r e n d e r e l viaje, d á n d o m e u n a carta p a r a e l
d i r e c t o r de El Intransigente,
E n r i q u e R o c h e f o r t , c u y a acerada
p l u m a h a b í a c o o p e r a d o t a n t o a l a i g n o m i n i o s a caída de N a p o l e ó n le petit, y e n esa h o j a v i r i l c o n t i n u é m i c a m p a ñ a c o n t r a el d i c t a d o r , q u e h a b í a l o g r a d o s i l e n c i a r todas las bocas e
i n t i m i d a r todas las c o n c i e n c i a s .
C u a n d o referí los e p i s o d i o s
'MEMORIAS"
DE
LERDO
135
m a c a b r o s d e V e r a c r u z , a q u e l l o de mátalos en caliente, u n sac u d i m i e n t o d e h o r r o r hízose sentir e n t o d o París, d a n d o m o t i v o a q u e e l d o c t o r R a m ó n Fernández, m i n i s t r o de M é x i c o
en
Francia,
e n a q u e l l a época, p u b l i c a r a c o n t r a m í e n El
Fígaro, u n a c a r t a procaz q u e goteaba ajenjo e n c a d a u n a de
sus frases t a b e r n a r i a s y espirituosas.
H u y e n d o pues d e las
z a r p a n enguantadas de u n R i g o l e t t o agazapado e n M a d r i d , f u i
a caer e n las garras d e u n C a v o u r , q u e a g o n i z a b a d e
delirium
tremens.
A V E S DE PRESA
E n M a d r i d p r o c u r ó r e f u t a r m i s artículos e n e l p e r i ó d i c o
La Época u n l l a m a d o d o n T e l e s f o r o G a r c í a , a s t u r i a n o y q u e
h a b í a casado c o n u n a h e r m a n a d e V i d a l C a s t a ñ e d a y N á j e r a .
A semejanza d e I ñ i g o N o r i e g a , G a r c í a se r a d i c ó e n l a C i u d a d
d e M é x i c o , h a b i e n d o l l e g a d o e n c a l i d a d d e d e p e n d i e n t e de
u n a t i e n d a [de] abarrotes. T e n í a ese a v e n t u r e r o c a r a de tecol o t e , y sus espesas p a t i l l a s r e m e d a b a n e l p l u m a j e de esa ave
n o c t u r n a . A n d a n d o e l t i e m p o , P o r f i r i o D í a z , q u e reverenciab a a los p e n i n s u l a r e s , d i ó l e l a concesión d e l v e s t u a r i o d e l
ejército, a c u m u l a n d o c o n esto u n a f o r t u n a de m i l l o n e s . S u
modus operandi f u e descubierto d u r a n t e u n a p a r a d a m i l i t a r
v e r i f i c a d a u n d í a 5 de M a y o . T o d o u n b a t a l l ó n q u e m a r c h a b a
a l a u n a de l a tarde p o r las calles de P l a t e r o s y de S a n F r a n c i s co, detúvose b r u s c a m e n t e n o obstante e l r e p e t i d o t a m b o r i l e o
d e los tambores, y las q u i n i e n t a s plazas q u e l o f o r m a b a n ,
sentáronse a m e d i a calle, c o n los rifles a l a f u n e r a l a , a l a vez
q u e las señoras q u e asistían desde los balcones a l desfile, se
l l e v a b a n l o s p a ñ u e l o s a l a c a r a cubriéndose l o s ojos h o r r o r i z a das. ¿ Q u é h a b í a pasado? L o siguiente: e n vez de q u e e l cont r a t i s t a c o s i e r a los u n i f o r m e s , s e n c i l l a m e n t e f u e r o n pegados
c o n e n g r u d o , precipitándose u n c u a d r o adanesco, o r i g i n a d o
p o r los a r d i e n t e s rayos d e l s o l d e m a y o .
Ese d o n T e l e s f o r o e n t r a b a y salía d e l o s m i n i s t e r i o s c o m o
P e d r o p o r s u casa, y a l a p r e s i d e n c i a c o n l a a r r o g a n c i a de u n
m i n i s t r o f a v o r i t o . C o n d i n e r o s de l a n a c i ó n s u m i n i s t r a d o s p o r
e l i n t e l e c t u a l r e t r o a c t i v o señor D í a z , G a r c í a f u n d ó e l d i a r i o
ADOLFO
136
La
Libertad,
CARRILLO
e n e l q u e f i g u r a r o n c o m o redactores
Santiago
y J u s t o S i e r r a , M a n u e l G u t i é r r e z Nájera, F r a n c i s c o Cosmes y
o t r o s y a desaparecidos.
E n esa empresa periodística d o n T e -
lesforo se e m b o l s a b a m e n s u a l m e n t e c u a r e n t a o c i n c u e n t a m i l
pesos de p u r a s ganancias.
F u e a España c o n e l objeto
de
c o m p r a r u n t í t u l o n o b i l i a r i o , p a g a n d o diez m i l pesos p o r e l
d e C o n d e de P u m a y P u m a , perteneciente a u n a v i e j a f a m i l i a
asturiana.
O t r o p i c a r o c o n o c i d o p o r su i n g e n i o y su desvergüenza,
a m i g o t a m b i é n d e l d i c t a d o r y su agente secreto e n l a
Lumiére,
Ville
respondía a l n o m b r e de J o r g e C a r m o n a , y o c u p a b a
suntuoso palacio en l a A v e n i d a H o c h e , que había a d q u i r i d o
e n dos m i l l o n e s de francos. C a r m o n a h a b í a s i d o u n t a h ú r son o r e n s e q u e después se casara c o n l a v i u d a de Béistegui, afam a d a p o r sus riquezas. Y apenas enlazado, fuese a r a d i c a r a
París, a d q u i r i e n d o t a m b i é n u n título n o b i l i a r i o i t a l i a n o , e l
d e M á r q u e z [sic] de S a n B a s i l i o .
H u b e de conocerle e n l a
C i u d a d de M é x i c o c u a n d o o f r e c i e r a u n b a n q u e t e a los p e r i o distas e n el T í v o l i d e l Elíseo. E r a u n h o m b r e de c o l o r b r o n ceado, ojos p a r d o s , b i g o t e negro y estatura m e d i a n a y r e c i a .
A f i n de a h u y e n t a r l a n o s t a l g i a q u e m e d e v o r a b a , estuve
u n a m a ñ a n a a verle. R a d i c a b a su m a n s i ó n cerca d e l A r c o de
l a Estrella.
Se h a l l a b a l a p u e r t a a m e d i o a b r i r , y e n l a ho-
q u e d a d , erguíase l a i m p o n e n t e s i l u e t a de u n lacayo, vestido e n
f l a m a n t e l i b r e a , r o j a y [a]zul celeste. S u f i g u r a r e s p l a n d e c i e n t e
e n c a n d i l a b a y a t u r d í a , c u a l si u n o estuviera e n p r e s e n c i a de
u n a constelación desgajada de o t r o p l a n e t a .
— ¿ E s t á a q u í e l señor C a r m o n a ? — p r e g ú n t e l e respetuosam e n t e , temeroso de q u e se e v a p o r a r a en u n c a r r o de fuego.
M i r ó m e a l t i v a y desdeñosamente de pies a cabeza, y agit a n d o u n p a ñ u e l o de encajes q u e e x h a l a b a perfufes exóticos,
respondióme bruscamente:
. — j M o n s i e u r L e M a r q u i s se e n c u e n t r a f u e r a !
Y luego, c o n l a majestad de u n m o n a r c a , a q u i e n i n t e r r u m p e n l a siesta, v o l v i ó m e l a c h u r r i g u e r e s c a espalda, c o n t i n u a n d o
i n m ó v i l y r í g i d o e n su puesto.
M a s en los m o m e n t o s de reti-
r a r m e , u n a r i s o t a d a mefistofélica rasgó los aires, y e l e v a n d o l a
vista, d i s t i n g u í l a faz tudesca d e l señor C a r m o n a , q u e asoma-
'MEMORIAS»
ba
DE
p o r u n postigo, i n v i t á n d o m e
LERDO
137
a q u e e n t r a r a e n su a n t r o
aristocrático.
Vis a vis, sentados a l frente de u n a mesita, nos s i r v i e r o n u n
lunch
h u m e d e c i d o c o n excelentes v i n o s . E r a u n h o m b r e s i n
e d u c a c i ó n y s i n maneras; mas c o m o raconteur n o tenía precio.
L a s anécdotas vulgares y de l e p e r u n a crudeza b o r b o t e a -
ban
de sus gruesos l a b i o s , algo c o m o perlas brotadas de u n
estercolero.
D e su sátira p u j a n t e n i él m i s m o se escapaba,
deleitándose e n r e f e r i r anécdotas sobre l a v i d a y hechos de su
í d o l o P o r f i r i o D í a z , a q u i e n e n l o í n t i m o de su b u r d a c o n c i e n cia
despreciaba.
#
E r a u n cínico q u e h a b í a r o d a d o m u c h o ,
a c u m u l a n d o a l r o d a r cicatrices y arenitas de o r o . D e h a b e r
n a c i d o en los t i e m p o s de los M é d i c i s , h a b r í a sido u n condottieri
o u n espadachín
surgido
d e las t u r b u l e n c i a s
de l a
Fronda.
D o s años m á s tarde v o l v i ó a M é x i c o , o c u p a n d o u n a c u r u l
e n e l Congreso de l a U n i ó n , m e d i a n t e l a i n f l u e n c i a d e l señor
D í a z , q u i e n t r a n s f o r m ó a m u c h a s bestias e n h o m b r e s y a m u chos hombres e n bestias.
C o m o b u e n o p o r t u n i s t a , t u v o oca-
s i ó n de ser e l m e n t o r d e R o s e n d o P i n e d a y de los h e r m a n o s
M a c e d o , y a ú n se d i c e q u e él fue e l p r i m e r o e n l l a m a r científicos a l c i r c u l i l l o de buscones q u e r o d e a b a n c o m o c h a p u l i n e s
e n sementera a l C a l i g u l a o a x a q u e ñ o .
V U E L V O A LOS ESTADOS UNIDOS
P a r a u n b o h e m i o l a t i n o - a m e r i c a n o , l a l u c h a p o r l a exist e n c i a es, e n París, menos d u r a q u e e n c u a l q u i e r a o t r a metrópoli
e u r o p e a , tales c o m o M a d r i d ,
Londres o Berlín, en
todas las cuales y o residí t r a n s i t o r i a m e n t e . E s q u e allá p r e d o m i n a n los estudiantes y viajeros procedentes de M é x i c o , C e n tro y Sud-América, q u i e n e s además de a y u d a r a sus c o m p a t r i o tas d i r e c t a o i n d i r e c t a m e n t e , unifícanse entre sí, c o n s t i t u y e n d o
u n a plástica f r a t e r n i d a d q u e se a m o l d a a todas las situaciones
y contingencias.
E n todos los b o u l e v a r d s , especialmente a l o
* Véase a ese respecto mi libro El Márquez
cado en Barcelona en 1 8 9 0 .
de San Basilisco,
publi-
138
ADOLFO
CARRILLO
l a r g o d e l de los Italiens, a b u n d a n los cabarets, restaurantes y
brasseries, e n los cuales se congregan, diríase q u e a t u m u l t a n ,
m e x i c a n o s , chilenos, c e n t r o a m e r i c a n o s y argentinos, quienes
a l verse p o r p r i m e r a vez s i m p a t i z a n entre sí, creando p e r d u r a b l e s amistades.
E n e l café de M a d r i d , q u e y o f r e c u e n t a b a , conocí y traté
a m i a m i g o y p a i s a n o d o n M i g u e l H i d a l g o y T e r á n , cuyo pad r e fue C h a m b e l á n de M a x i m i l i a n o . É l e s t u d i a b a entonces e n
l a S o r b o n a y residía e n las cercanías d e l p a r q u e de M o n c e a u .
P o s e e d o r de u n a g r a n f o r t u n a , generoso y b u e n o , ofrecióme
d e s d e luego e l a y u d a r m e p a r a e m p r e n d e r m i viaje de regreso
a los Estados U n i d o s , l l e v a n d o s u b o n d a d hasta e l e x t r e m o
d e a c o m p a ñ a r m e hasta E l H a v r e , d o n d e m e e m b a r q u é p a r a
N u e v a Y o r k , c o n e l p r o p ó s i t o de i r m e hasta S a n F r a n c i s c o ,
California.
A l desembarcar e n e l p r i m e r o de d i c h o s puertos
(1899) recibí l a sensible n o t i c i a d e l a m u e r t e d e l i l u s t r e señor
L e r d o , q u i e n falleció a b r u m a d o p o r l a tristeza amarguísima
d e l destierro, y más q u e t o d o , p o r l a i n g r a t i t u d de los q u e él
c o n s i d e r a b a c o m o sus amigos y c o r r e l i g i o n a r i o s . A n t e s
abandonar
a
New
York,
acudí
conmovido al
de
cementerio
d e G r e e n w o o d , d e p o s i t a n d o u n m o d e s t o r a m i l l e t e de i n m o r tales, en l a t u m b a h u m i l d í s i m a d e l v e n e r a d o P a t r i c i o ,
ape-
n a s p e r c e p t i b l e e n a q u e l m a r e - m a g n u m de t ú m u l o s m a r m ó reos, sombreados p o r m a r í t i m o s cipreses y p i n o s de d o l i e n t e
ramaje.
L l e g u é a S a n F r a n c i s c o p o r l a v í a d e l U n i o n P a c i f i c , busc a n d o desde luego e l b a r r i o m e x i c a n o , q u e antes d e l terrem o t o de 1906, a b a r c a b a p a r t e de las c a l l e de D u p o n t , N e w
Montgomery y Vallejo.
E l ó r g a n o i n t e l e c t u a l de l a c o l o n i a
e r a entonces e l periódico La
Sociedad, e d i t a d o p o r u n bo-
rrarán i o de l u e n g a b a r b a q u e se l l a m a b a E p s o n .
Tenía
el
n o m b r e de s e m a n a r i o , mas se p u b l i c a b a solamente e l 5 de
m a y o y el
16 de S e p t i e m b r e , y era c u a n d o el d i r e c t o r se
r e t i r a b a de las p a r r a n d a s .
P o r a q u e l l a é p o c a era cónsul de
M é x i c o u n señor A l e j a n d r o K . K o n e y [Coney], y
e l vice-
c ó n s u l G u s t a v o L e v i , ambos de r a z a i s r a e l i t a .
L o p r i m e r o q u e h i c e fue
leer colecciones de periódicos
m e x i c a n o s p a r a e n t e r a r m e de l a situación política de m i país,
"MEMORIAS"
DE
LERDO
*39
q u e c o n t i n u a b a e m p e o r a n d o b a j o e l p u n t o de v i s t a m o r a l ,
i n t e l e c t u a l y político. E l tacón de l a b o t a d e l D i c t a d o r oaxaqueño
a p l a s t a b a e l c u e l l o ensangrentado
de l a V i r g e n de
A n á h u a c , b a i l a n d o las i m p ú d i c a s cortesanas e n e l a l t a r de l a
Patria.
M i l e s de incensarios agitábanse e n m a n o s de forajidos
d e l e v i t a y u n i f o r m e , o b s c u r e c i e n d o c o n su h u m o pestilente
l a opinión pública.
Y a l travéz [sic] de ese i n c i e n s o veíanse
l o s fogonazos, de las c a r a b i n a s descargadas p o r los c u a d r i l l e r o s
d e l a H e r m a n d a d P o r f i r i a n a , a l a p l i c a r l a Ley Fuga.
Había
s u r g i d o t a m b i é n de las sentinas de l a b u r o c r a c i a y l a burguesía
un circulo de amigos del General Díaz, q u e h a b í a n f o r m a d o
u n a especie d e a n i l l o de los L i e b e l u n g e n e n t o r n o d e l patern a l i s t a D i c t a d o r : de hecho, M é x i c o estaba de r o d i l l a s ante e l
í d o l o de c i e n o y bronce.
E s p e r a n z a d o e n s a c u d i r a l a N a c i ó n de ese l a c a y u n o letarg o , de ese i g n o m i n i o s o s e r v i l i s m o q u e p e r m e a b a e n todas las
clases sociales, púseme e n c o n t a c t o c o n F i l o m e n o M a t a y otros
c o m p a ñ e r o s e n ideales q u e v a g a b a n a salto de m a t a e n los
matorrales de Texas y A r i z o n a .
D i r i g í u n a carta a l general y
doctor d o n Ignacio Martínez, enemigo personal d e l dictador,
y q u e entonces p u b l i c a b a e n L a r e d o u n s e m a n a r i o l l a m a d o
El Mundo.
E l g e n e r a l m e contestó i n s t á n d o m e a q u e escri-
b i e r a u n a serie de artículos e n su h o j a i n d e p e n d i e n t e y agres i v a , d e j a n d o a v o l u n t a d m í a e l t e m a d e esos artículos, s i n
m á s l i m i t a c i ó n q u e las esenciales p a r a escapar a las leyes d e l
l i b e l o , q u e e n los Estados U n i d o s s o n d u r a m e n t e penadas.
O c u r r i ó s e m e sur le champ, e l d a r a m i s escritos u n c a r i z
h i s t ó r i c o y l i t e r a r i o , r e s o l v i e n d o e l h a c e r l o aparecer
como
e m a n a d o s d e l a p l u m a r e v e s t i d a de c i e r t a a u t o r i d a d y prestig i o , b a u t i z á n d o l a s c o n e l n o m b r e d e : " M e m o r i a s inéditas de
D o n Sebastián L e r d o de T e j a d a " . T r e s semanas después de h a b e r m a n d a d o a El Mundo
e l p r i m e r artículo, recibí u n tele-
g r a m a d e l g e n e r a l M a r t í n e z d á n d o m e sus m á s entusiastas felicitaciones, i n s t á n d o m e a q u e c o n t i n u a r a c o n idénticos bríos,
pues q u e m i s m e m o r i a s h a b í a n causado h o n d a sensación e n
t o d o M é x i c o , o p i n a n d o m u c h o s q u e e r a n apócrifas; mas desp e r t a n d o e n todos l o m e x i c a n o s vivísimos deseos de leerlas,
pues q u e se e n t a b l a r o n r e ñ i d a s p o l é m i c a s , sobre los orígenes
140
ADOLFO
CARRILLO
d e l a audaz, si b i e n o p o r t u n a p u b l i c a c i ó n .
las ediciones de El Mundo
C o m o resultado,
se a g o t a b a n , e n t r a n d o a M é x i c o
c l a n d e s t i n a m e n t e m u c h o s de sus números.
Numerosos indi-
v i d u o s f u e r o n perseguidos y a u n fusilados, p o r e l solo h e c h o
d e habérseles e n c o n t r a d o e n s u p e r s o n a ejemplares d e l m e n c i o n a d o periódico. C o m o r e c o m p e n s a de m i a t r e v i d a colabor a c i ó n , Martínez m e asignó l a s u m a de diez dollares [sic] sem a n a r i o s , que m e s i r v i e r o n de m u c h o e n los m o m e n t o s m á s
críticos de m i t o r m e n t o s a v i d a .
Y y a estaban las " M e m o r i a s " p a r a c o n c l u i r s e , c u a n d o acont e c i ó el p r o d i t o r i o asesinato d e l e d i t o r de El Mundo,
general
M a r t í n e z , c r i m e n i n f a m o s o , i n s t i g a d o , según se d i j o entonces,
y
l a H i s t o r i a n o h a d e s m e n t i d o , p o r e l general B e r n a r d o
R e y e s , a q u i e n M a r t í n e z f u s t i g a b a de c o n t i n u o c o n e l a p o d o
d e l c h a c a l de N u e v o L e ó n .
E l g e n e r a l Martínez, q u e residía
e n L a r e d o ejerciendo s u profesión de m é d i c o , fue v i s i t a d o u n a
n o c h e p o r u n r a n c h e r o , s u p l i c á n d o l e q u e fuese a v e r a su esp o s a , q u e se h a l l a b a e n c a m a y m o r i b u n d a . S i n v a c i l a c i ó n
n i n g u n a , y ajeno a t o d a sospecha, e l d o c t o r subió a su carretela, guiado p o r el suplicante, que i b a a caballo. C o m o a cinc o m i l l a s fuera d e l p o b l a d o , destacóse de las sombras u n g r u p o
d e jinetes, q u e p a r t i e n d o e n dos alas, r o d e a r o n e l carruaje de
l a víctima, h a c i e n d o sobre él n u t r i d o s disparos de c a r a b i n a ,
que
le d e j a r o n m u e r t o e n e l acto y a c r i b i l l a d o a balazos.
C o n s u m a d o el c r i m e n , los esbirros alejáronse a l galope c o n
d i r e c c i ó n a l r í o , c r u z a n d o después p o r u n v a d o a t e r r i t o r i o
mexicano.
E n t r e tanto, l a esposa d e l g e n e r a l M a r t í n e z , que e n su m o desto hogar esperaba ansiosa e l regreso d e l amante
esposo,
s a l i ó a l j a r d í n a l o í r pasos de c a b a l l o q u e se detenían a su
p u e r t a , creyendo q u e e l d o c t o r v o l v í a .
M a s a l acercarse a l a
c a r r e t e l a v i o c o n a s o m b r o q u e s u m a r i d o , e n cuyas m a n o s
descansaban todavía las r i e n d a s , p e r m a n e c í a i n m ó v i l y m u d o ,
s i n corresponder a sus a l b o r o z a d o s saludos. E r a su cadáver e l
q u e h a b í a l l e g a d o , c o n d u c i d o y g u i a d o a l hogar, p o r e l inst i n t o de su c a b a l g a d u r a .
8
Y n o se e n f r i a b a a ú n e l c a d á v e r d e l a m i g o , c u a n d o l a v i u d a
s i n c o n s e n t i m i e n t o m í o , p u b l i c a b a las " M e m o r i a s " e n f o r m a
"MEMORIAS»
DE
LERDO
d e f o l l e t o , s i n h a c e r m e partícipe d e l u s u f r u c t o .
M e n c i o n o el
h e c h o s i m p l e m e n t e p a r a demostrar q u e n o solamente l a i n f o r t u n a d a v i u d a , s i n o q u e m u c h o s editores n o t u v i e r o n esc r ú p u l o s e n r o b a r m e de m i l a b o r i n t e l e c t u a l , i m p o r t á n d o l e s
b i e n p o c o m i p r e c a r i a situación e n e l e x t r a n j e r o .
M a s e n vez
d e q u e j a r m e , a p r o v e c h o a q u í l a o p o r t u n i d a d de d a r las gracias
a esos b u e n o s y m a l o s ladrones, quienes a l menos, si b i e n
mecánicamente,
contribuyeron al
constitucionalista,
t r i u n f o de
d i s e m i n a n d o p o r espíritu
la
de
revolución
medro,
las
Memorias de Don Sebastián Lerdo de Tejada, q u e f u e r o n algo
c o m o e l E v a n g e l i o q u e despertara las i n c i p i e n t e s cóleras de l a
j u v e n t u d r e v o l u c i o n a r i a , las q u e h u b i e r o n de estallar e n e l
a ñ o m e m o r a b l e de 1910.
EPÍLOGO
Q u e r i e n d o hacer c o n m i g o e n los Estados U n i d o s l o q u e
se h a b í a h e c h o en M é x i c o , q u e d a n d o b u r l a d o e n sus esfuerzos,
D í a s [sic] d i o órdenes telegráficas a sus esbirros e n S a n F r a n cisco, p a r a q u e m e p e r s i g u i e r a n a c u s á n d o m e d e l d e l i t o de
libelo, ya que m i extradición n o había sido lograda.
Obede-
c i e n d o a l a c o n s i g n a de su Jefe, A l e j a n d r o K . C o n e y ,
que
f u n g í a p o r a q u e l entonces c o n e l carácter de C ó n s u l de Méx i c o en e l p u e r t o c a l i f o r n i a n o , p r o c e d i ó a d e m a n d a r m e , obten i e n d o u n a o r d e n de arresto, c o n t r a m í f i r m a d a p o r el j u e z
Campbell.
C o n l a i d e a de h u m i l l a r m e , el a v e n t u r e r o C o n e y d i o u n a
o n z a de o r o a l p o l i c í a encargado de m i a p r e h e n s i ó n a objeto
de q u e m e p u s i e r a n esposas e n las m a n o s , a f r e n t a q u e solam e n t e se i n f l i g e a los grandes l a d r o n e s o asesinos; más esenc i a l era e l escarnecerme, p r e s e n t á n d o m e ante el p ú b l i c o amer i c a n o c o m o u n m o [ n ] s t r u o de m a l d a d . E l p o l i z o n t e , agradec i d o c o n l a p r o p i n a , c o n d ú j o m e t r i u n f a l m e n t e p o r las calles
de Monígomery
fortuna
para mí
y B r o a d w a y , hasta l l e g a r a l a cárcel.
el
acaudalado
mexicano
don
Por
Wenceslao
L o a i z a , q u e m e profesaba estimación, apresuróse a d a r m e u n a
fianza p o r m i l i b e r t a d p r o v i s i o n a l , entre t a n t o se veía l a causa
ante los t r i b u n a l e s respectivos.
9
i 2
ADOLFO
4
CARRILLO
P o r supuesto q u e f u i absuelto desde luego, acto q u e desató
l a cólera d e l I d o l o Z a p o teca, c u y a n e g r a m a n o , tenía él l a
i l u s i ó n de q u e alcanzaría hasta los m u r o s m i s m o s de l a C a s a
Blanca.
para
M a s en v a n o se d e r r o c h a r o n los fondos n a c i o n a l e s
p e r s e g u i r m e , consolándose
e l D i c t a d o r e n chascar
su
l á t i g o a su p r e n s a p a r a q u e n o d i e r a tregua e n d i f a m a r m e y
calumniarme.
A p e l ó s e entonces a otros m e d i o s de r e v a n c h a ;
a l a d á d i v a u n a s veces; a l v e n e n o e n m u c h a s . C i e r t a o c a c i ó n
[sic] el c a p i t á n de u n b u q u e m e r c a n t e a n c l a d o e n l a b a h í a y
c o n d e r r o t e r o a puertos m e x i c a n o s , p r o c u r ó hacerse
amigo
m í o f r e c u e n t a n d o c o n ese propósito e l r e s t a u r a n t L u n a , d o n d e
y o comía, s i t u a d o e n l a calle de D u p o n t , m u y cercano a los
m u e l l e s ; esa f o n d a era u n l u g a r estratégico p a r a e l l o g r o de
l a s siniestras m i r a s q u e e l c a p i t á n H e r m á n a l e n t a b a c o n t r a
m í , pues se le h a b í a p r o m e t i d o u n a s u m a c u a n t i o s a , de d i n e r o ,
s i conseguía a l a P i c a l u g a , e l l l e v a r m e a su b u q u e c o n engaños,
y más tarde entregarme a los agentes p o r f i r i s t a s , e n e l p r i m e r
p u e r t o m e x i c a n o q u e su e m b a r c a c i ó n tocara. E l señor L u n a ,
e m p e r o , s o r p r e n d i ó e l c o m p l o t , e n u n a de las conversaciones
q u e el c a p i t á n t u v i e r a c o n u n o de sus cómplices, p o n i é n d o m e
a l c o r r i e n t e de sus m á s m í n i m o s detalles.
Y de esa m a n e r a
p u e d e e v i t a r l a celada.
U n d o m i n g o estuvo a v e r m e en e l l u g a r d o n d e yo residía
e l d i p u t a d o d o n M a n u e l Sánchez Fació, m o s t r á n d o m e
una
c a r t a d e l señor R o m e r o R u b i o , e n l a q u e se m e ofrecía q u e , s i
y o regresaba a M é x i c o , e l g o b i e r n o m e daría, n o solamente
t o d a clase de garantías, s i n o además u n e m p l e o r e t r i b u t i v o ,
q u e se d e j a b a a selección m í a .
Fue l a trama tan b u r d a y
b r u t a l m e n t e estúpida, q u e desde l u e g o p u d e p a l p a r l a , a u n q u e
n o así Sánchez F a c i ó , q u e a l prestarse a servir de A g e n t e ,
h í z o l o c o n e n t e r a b u e n a fe.
A g o t a d o s pues todos los m e d i o s p a r a e x t i n g u i r m e c o n más
o menos i m p u n i d a d , procuróse m a t a r m e m o r a l o i n t e l e c t u a l m e n t e , escarneciendo m i n o m b r e e n el p e r i o d i s m o de p r o p i n a ,
echándoseme e n c i m a todos los r e p t i l e s q u e salían arrastrándose d e l f o n d o de los tinteros, c o n e l s o l o p r o p ó s i t o de m o r d e r m e y de m a n c h a r m e . D i s t i n g u i ó s e e n esta h e r o i c a faena, e l
d i a r i o La Libertad,
e d i t a d o p o r e l i n t e l e c t u a l de a l p a r g a t a
"MEMORIAS"
DE LERDO
143
d o n T e l e s f o r o G a r c í a , p r o t e g i d o y f a v o r i t o d e l César O a x a q u e ñ o . Y a ú n los m i s m o s q u e f u e r o n m i s amigos, c o m o M a n u e l Gutiérrez N á j e r a y J u a n de D i o s Peza, e n v i l e c i e r o n s u
t a l e n t o atacando a l ausente. M a s ellos n o son de culparse, pues
e n a q u e l l a época, pesaba más e l estómago q u e e l cerebro. P o r
eso R a b e l a i s , a l crear a l gigante G a r g a n t ú a , p a r a q u e fuese
h o n r a d o y v i r t u o s o , l o h i z o todo v i e n t r e y tripas, olvidándose
p o n e r l e sesos. P e n s a b a p a r a comer, y c o m í a p a r a pensar.
E L
GÉNESIS
D E L A R E V O L U C I O N CONSTITUCIONALIST[A]
C u a n d o F r a n c i s c o M a d e r o recorría los p u e b l o s de l a f r o n t e r a d e l N o r t e p r e d i c a n d o las d o c t r i n a s de l a v e r d a d e r a democ r a c i a , tuvo t i e m p o p a r a d i r i g i r m e u n a carta en l a q u e m e
d e c í a , refiriéndose a m i l i b r o :
Por doquiera que voy llevo conmigo las Memorias de Don Sebastián, cuyos capítulos he leído sin cansarme nunca y siempre
deleitado. No solamente yo, sino que también los jóvenes que me
acompañan en mi gira [sic] redimista. Yo opino que ellas, como
el Contrato Social de Juan Jacobo Rousseau, en Francia, han servido de ariete para debilitar el poder centralista del General
Díaz. Y aunque por aquí está prohibida su circulación, los pocos
ejemplares que hay son pasados de mano en mano. Me permito
felicitarlo.
M u c h o antes de ese i n c i d e n t e y a raíz de l a p u b l i c a c i ó n d e
las Memorias,
el joven revolucionario Catarino G a r z a ,
1 0
que
e d i t a b a u n p e r i ó d i c o o p o s i c i o n i s t a e n D e l R í o , T e x a s , estuvo
e n S a n F r a n c i s c o c o n e l ú n i c o objeto d e conferenciar c o n m i g o
y q u e y o le e s c r i b i e r a u n a P r o c l a m a R e v o l u c i o n a r i a p a r a ent r a r a M é x i c o y l a n z a r e l guante, c o n fuerza a r m a d a , a l o d i a d o
D i c t a d o r . E n l o p e r s o n a l , confesóme q u e las Memorias h a b í a n
causado sensación a l o l a r g o de l a l í n e a f r o n t e r i z a , y q u e m u chos de los j ó v e n e s e x p a t r i a d o s se d i s p o n í a n a cruzar e l R í o ,
s i g u i é n d o l o e n su bélica a v e n t u r a .
D í a s después, C a t a r i n o
G a r z a p u s o e n práctica su audaz proyecto, i n v a d i e n d o a M é x i c o en las cercanías de E a g l e Pass. Y a u n q u e fue d e r r o t a d o
y l a prensa r e p t i l i n i a calificó de f i l i b u s t e r o ese m o v i m i e n t o ,
ADOLFO
144
CARRILLO
t u v o n o obstante l a suficiente fuerza p a r a i n q u i e t a r e l sueño
n e r o n i a n o d e l ogro de C h a p u l t e p e c , q u e descansaba e n u n lec h o de flores, a r r u l l a d o p o r los t r i n o s de los zenzontles
que
a n i d a b a n en l a T e s o r e r í a N a c i o n a l .
N o son esas Memorias u n d o c u m e n t o l i t e r a r i o , a t i l d a d o y
p u l i d o , n i m u c h o menos glosario anecdótico e histórico a l a
C a s a n o v a , s i n o s i m p l e m e n t e e l gesto de las clases intelectuales,
b a j o l a careta a t e r c i o p e l a d a de u n i l u s t r e p a t r i c i o q u e o c u l t a b a n c o n sarcástica r i s i l l a , los sollozos de todo u n p u e b l o
h u m i l l a d o y escarnecido.
A l e s c r i b i r este f o l l e t o encontrába-
m e yo en p l e n a j u v e n t u d y o b l i g a d o a pasar los mejores años
d e m i v i d a f u e r a de m i país, de m i s afectos y de m i s amigos.
C o m o era de esperarse, m i p l u m a , más q u e en t i n t a , empap a d a e n ácido fénico, pues antes de d i l a p i d a r a los i d o l i l l o s
políticos, era preciso el f u m i g a r l o s y desinfectarlos.
Tarea
h e r c ú l e a fue p a r a m í en esas Memorias, pues q u e h u b e de posesionarme de su estilo y sus manerismos, t a l c o m o si emanar a n de su docta, m a d u r a y p r i v i l e g i a d a i n t e l i g e n c i a . E n ese
tour de forcé creo h a b e r t e n i d o éxito c o m p l e t o , pues a l p r i n c i p i a r su p u b l i c a c i ó n , todo e l m u n d o creyó e n l a a u t e n t i c i d a d
d e las Memorias,
a u n el m i s m o M a n u e l R o m e r o R u b i o , com-
p a d r e y e x - m i n i s t r o de d o n Sebastián.
M a s c u a n d o e l e n i g m a h u b o de ser esclarecido, y a el l i b r o
h a b í a ocasionado u n a debacle en e l o r g a n i s m o p o r f i r i a n o , q u e
a l p a r t i r de esos m o m e n t o s , comenzó a desintegrarse, h e r i d o
d e m u e r t e p o r e l a r m a d e l ridículo.
D e c í a m e u n a vez d o n
N i c é f o r o Z a m b r a n o , en u n t i e m p o g o b e r n a d o r de N u e v o L e ó n ,
q u e en M o n t e r r e y , las f a m i l i a s , a l r e u n i r s e en tertulias, sabor e a b a n l a l e c t u r a de las Memorias r e c i t a n d o los capítulos más
descollantes.
U n o de los p r i m e r o s q u e las h i z o conocer en
S o n o r a , fue e l j o v e n r e v o l u c i o n a r i o d o n R o b e r t o P e s q u e i r a ,
q u i e n tanto l u c h a r a más tarde p o r el t r i u n f o d e f i n i t i v o de l a
r e v o l u c i ó n c o n s t i t u c i o n a l i s t a . R e f i r i é n d o s e a ese g r i t o de reb e l i ó n , decíame n o hace m u c h o el j o v e n d i p l o m á t i c o Sr. A . P.:
Esas "Memorias" fueron para nuestro país lo que
el Unele
Tora Cabinet [sic] fue en los Estados Unidos; éste emancipó a los
negros; aquéllas, pusieron el rifle en hombros del pueblo.
"MEMORIAS» DE LERDO
145
E m p e r o , parece q u e a l a generación m o d e r n a h a escapado
ese h e c h o i m p o r t a n t í s i m o , y p o r eso h o y paso a recordárselo,
p u b l i c a n d o u n a edición especial de esa o b r a , q u e solamente
h u b o de ser p o s i b l e gracias a l a siempre b o n d a d o s a deferencia
d e l l i c e n c i a d o A a r ó n Sáenz, q u e fue u n o de los jóvenes rev o l u c i o n a r i o s de abolengo y a c t u a l m e n t e desempeña e l enc u m b r a d o puesto de secretario de R e l a c i o n e s e n e l gabinete
d e l señor presidente C a l l e s .
D i r é p a r a c o n c l u i r , q u e e l a c t u a l g o b i e r n o e m a n a d o de l a
r e v o l u c i ó n c o n s t i t u c i o n a l i s t a , b u e n o y j u s t i c i e r o , y modernís i m o e n todas sus manifestaciones, procederá g r a d u a l m e n t e a
e r i g i r u n m o n u m e n t o e n e l Paseo de l a R e f o r m a a l benemérito
d o n Sebastián
L e r d o de T e j a d a ,
q u i e n , c o n l a fuerza de
i n e r c i a de su destierro, p o r d e c i r l o así, causó i n d i r e c t a m e n t e
e l h u n d i m i e n t o de u n r é g i m e n c a d u c o y gangrenado, n a c i d o
e n l a sedición, a l i m e n t a d o p o r las traiciones y r o b u s t e c i d o p o r
e l t e r r o r r i s m o de l a L e y F u g a .
N O T A S D E S T A N L E Y ROSS
1 Se refiere a la entrevista concedida por Carrillo a Fernández Cue, y
a la réplica de Puga y Acal. Ver notas 1 0 y 1 2 .
2 Carrillo fue arrestado en julio de 1 8 8 5 , acusado de sedición, cargo
basado en sus escritos de prensa relativos a la conversión de la deuda
inglesa. E l 2 1 de septiembre fue sentenciado a siete meses y quince días
de cárcel y al pago de una multa por % 3 0 0 . 0 0 . No obstante esto, Carrillo
habla posteriormente de varios encarcelamientos que duran desde tres
meses hasta dos años. Estos cinco meses de cárcel representan aparentemente el único castigo sufrido por él de manos de las autoridades de
Díaz. R. GARCÍA GRANATES, Historia, de México...,
I, 2 4 3 - 2 4 7 ; El Tiempo,
8 , 1 0 , 1 5 , 1 9 2 1 de julio, 1 2 y 2 1 de agosto, 7 y 8 de octubre, 3 y 11 de
noviembre 1 8 8 5 ; A S G R E , Expediente I / 1 3 1 / 4 3 7 , Legajo I, f. 11; Legajo II
( 1 9 1 4 a 1 9 1 8 ) , núm. 2 3 8 .
3 E n otros informes, Carrillo dice que fue llevado a La Habana por
el "Alexandria"; Puga y Acal, admitiendo no tener conocimiento de la
"expulsión" de Carrillo, declaró que sabía que don Delfín Sánchez dio al
periodista suficiente dinero para el viaje. A S G R E , expediente I / 1 3 1 / 4 3 7 ,
legajo I, f. 1 1 , Excélsior, 1 5 de marzo 1 9 2 6 .
4 Puga y Acal duda que Lerdo haya favorecido y ayudado a Carrillo;
sin embargo, el único argumento que aduce es el de que Lerdo "era un
perfecto caballero, que no quería ni oír hablar de México y que era inca-
146
ADOLFO
CARRILLO
paz de pagar una pluma mercenaria para que injuriara y calumniara a
quienes lo habían derrocado". Excélsior, 1 5 de marzo 1 9 2 6 .
5 Puga y Acal duda que Martí haya recibido a Carrillo con los brazos
abiertos o le haya ayudado, ya que el héroe cubano "era buen amigo de
todos los redactores de El Partido Liberal
(órgano del ministro de Gobernación Romero Rubio), corresponsal de este diario en Nueva York y
protegido de don Manuel Romero Rubio". Sin embargo, estas circunstancias pudieron no haber impedido que Martí haya favorecido a un
exilado.
6 Las palabras y letras entre paréntesis representan diferentes lecturas
de trozos contenidos en un segundo bosquejo de esta página. A S G R E ,
expediente I / 1 3 1 / 4 3 7 , legajo III, f. 1 7 9 y 1 9 5 .
7 Puga y Acal negó que Carrillo hubiera ido a Madrid, París y Londres, porque "yo anduve por allá en esa época y no encontré rastros de
Carrillo". Excélsior, 1 5 marzo 1 9 2 6 . Mientras los informes de Carrillo
contienen notables omisiones e inexactitudes y ha sido imposible para
este escritor autentificar sus actividades, la certeza de un viaje a Europa es
incontrovertible. E n los primeros meses de 1 8 8 6 , Carrillo se encontraba
en Nueva York, donde escribió una serie de artículos sobre la vida estadounidense; sin embargo, a mediados de abril estaba en San Francisco,
California, comprometido en actividades de prensa antiporfiriana. E l 1 6
de agosto de 1 8 8 6 el cónsul Coney informa que Carrillo, con su consejero
económico, embarcó días antes a bordo del San Blas, rumbo a España.
E n febrero de 1887 se encontraba de regreso en Nueva York; el 1 de
marzo se informa su llegada a L a Habana, procedente de Nueva York.
E l 17 de mayo de 1 8 8 7 , el periódico de L a Habana, Diario de la Marina,
atestigua que Camilo salió a bordo del Antonio López rumbo a España
(Santander), con un pasaje que gratuitamente le concedió la Compañía
Trasatlántica. En enero de 1 8 8 8 , el cónsul Vásquez informa al gobierno mexicano del regreso de Carrillo a Cuba. Informes sobre sus diferentes actividades en la isla continúan hasta mayo de 1 8 8 8 . El Tiempo, 2 6 de enero,
4 , 12 y 2 8 febrero, 2 4 y 3 0 de marzo, 3 de abril, 12 de mayo 1 8 8 6 ; A G S R E ,
9
expediente I / 1 3 1 / 4 3 7 ,
legajo I, f. 7 , 1 6 , 5 2 - 5 4 , 9 1 , 1 1 6 , 1 1 9 , 1 2 1 , 1 2 6 - 1 2 9 ,
1 3 1 - 1 3 3 ; La Voz de México,
2 5 febrero 1 8 8 7 .
8 E l general Martínez fue asesinado el 2 de febrero de 1891 en Laredo.
9 E l 3 0 de diciembre de 1 8 8 8 , el Morning Journal, de Nueva York,
aseguró que un exilado mexicano en Nueva York recibió una carta de
un amigo suyo en San Francisco describiendo el estado difícil por el que
atravesaba Carrillo y pidiendo ayuda para él. L a carta atestigua que
Carrillo fue arrestado en el mes de noviembre acusado de difamación al
gobierno de Díaz, sujeto a la indignidad de ser conducido maniatado por
las calles de San Francisco. En una carta a El Mundo, 2 3 de noviembre
1 8 8 8 , Carrillo da un informe detallado de su caso.
10 Entre 1 8 9 0 y 1 8 9 2 , el cabecilla Catarino Garza incursionó desde la
frontera de Texas al territorio mexicano.
Descargar