Alma y vida : drama en cuatro actos

Anuncio
ALMA
/
VIDA
FONDO - RICARDO CQVARRUBItì
ALMA Y VIDA
B.
P É R E Z
G A L D Ó S
ALMA Y VIDA
DRAMA EN CUATRO ACTOS
PRECEDIDO DE U N
Es propiedad. Queda hecho
el depósito que marca la ley.
Serón furtivos los ejemplares que no lleven el sello del
autor.
PRÓLOGO
Representóse en el Teatro Español la noche del
9 de Abril de 1 9 0 2 .
4 . 0 0 0
M A D R I D
OBRAS
1
DE
PÉREZ
32,
HoptülezH
GALDÓS
1 0 0 Ü 5 1
1902
*
32818
-
"»^'RS-^B
o t
"ALFONS©
N ü f v o LEO,-:
fcVtS"
A t f ^ l f l * MONTERREY, MtfjCö
F6N00
RICARDO COVARRUBIAS
E S T . T I P . DE LA
IMPRESO!«
VIUDA
DE
M
É H I J O S DE
(¡¿MARA
DK
B.
C. de San Francisco, 4.
BIB1 '
f t s w a s ® mukm®
i&vxmtííH/té'
II.
PRÓLOGO
TELI.O
P e r d ó n e n m e que t a m b i é n a h o r a , al imprimir
el d r a m a e s t r e n a d o ú l t i m a m e n t e , e c h e por d e l a n t e un poco d e s e r m ó n , n o porque el c a s o d e
o g a ñ o t e n g a s e m e j a n z a c o n aquel otro en que
m e permití subir al púlpito, s i n o por i m p e r i o s a
necesidad de expresar algunas ideas referentes
al T e a t r o y á l a s c a u s a s d e s u precaria e x i s t e n cia, á la psicología del público e n e s t o s d í a s d e
g r a n d e c o n f u s i ó n , a n s i e d a d y a z o r a m i e n t o , á la
forma viciosa en que se efectúan los estrenos, y
al a r c a í s m o de l a P r e n s a , que aún n o a c a b a de
d a r á la literatura d r a m á t i c a el vital a m b i e n t e
que á o t r o s a s u n t o s prodiga, increíble a b a n d o n o
t r a t á n d o s e de un a r t e tan h e r m o s o , tan c a s t i z o ,
a l m a , rostro y a c e n t o a e e s t a r a z a , c u y o s c a r a c teres c u l m i n a n t e s s o n la v i v e z a pasional y l a e x presión d e c l a m a t o r i a .
De e s t o y de a l g o m á s , c o m e d i a n t e s y directores de e s c e n a , críticos que c l a m a n g e n e r o s o s ó
r e z o n g a n d e s c o n t e n t a d i z o s , quiero decir c u a n to s e m e ocurra, y a d v i e r t o a n t e t o d o que e s c r i b o
e s t a s p á g i n a s c o n a b s o l u t a s e r e n i d a d , y que g u a r d o p a r a mí propio l a s a m a r g u r a s y d e s e n g a ñ o s ,
d i s i m u l a n ! ) h a s t a donde pueda la f a t i g a d e
quien a n i a e n el trajín de labrar u n s u r c o e n
t i e r r a ingrata, p o n i e n d o e n e l l o m á s voluntacf
q u e inteligencia, decidido á que la ineficacia deun e s f u e r z o s e r e m e d i e c o n o t r o e s f u e r z o m a y o r .
El c a n s a n c i o , c o m o el mal s a b o r de b o c a , f á c i l m e n t e halla medicina en la c o n c i e n c i a , y si nunc a s e r é gladiador de c o n s u m a d o poder para l a
l u c h a , v á l g a m e el propósito de imitar al a r a g o n é s q u e h i n c a b a en el m u r o l o s c l a v o s h a c i e n d o
martillo d e s u dura c a b e z a . Con tan s a l u d a b l e
ejercicio, y c o n el g u s t o d e ver c ó m o v a n e n t r a n d o l o s c l a v o s , f á c i l m e n t e s e adquiere l a tranquilidad d e espíritu, y la f o r t a l e z a c r a n i a n a q u e permite a c o m e t e r m a y o r e s e m p r e s a s . Y e s t a s e r e n i dad que disfruto m e permitirá platicar s o s e g a d a m e n t e c o n l o s q u e h a n escrito d e A L M A Y V I D A
en v a r i a d o s t o n o s , i n c l i n á n d o m e a n t e l o s que han
expresado sus opiniones con alabanzas desmedidas ó c e n s u r á d o m e c o n m i r a m i e n t o s d i g n o s
d e t o d a mi gratitud, y podré e m p l e a r f ó r m u l a s
de cordial p o l é m i c a con l o s que han a n d a d o e n
e s t o á t r o p e z o n e s c o m o el c i e g o q u e s e l a n z a
por c a m i n o s d e s c o n o c i d o s . P a r a t o d o s s e r á e s t o
c o m o u n a c o n v e r s a c i ó n e n t r e a m i g o s , de l a c u a l
ellos y y o saquemos alguna provechosa enseñanza.
Si m e d e j a n que e n e s t a c o n v e r s a c i ó n s e a y o
quien r o m p a el silencio, l e s diré que s e habitúen
á l a variedad de l a s f o r m a s del arte, que n o s e a »
d e s a b r i d o s y r e g a ñ o n e s c o n el que s e p r o p o n g a
cambiar la lócala, a u n q u e e n e l l o no resulte t o t a l m e n t e a f o r t u n a d o ; que n o v a y a n al t e a t r o con
l a e s p e r a n z a y el d e s e o de ver l a repetición d e lo
q u e a n t e s v i e r o n , y el p a s o c o n t i n u o por l o s c a m i n o s y a d e s h e c h o s de puro rodados. En c u a n t a
á la f o r m a de s i m b o l i s m o t e n d e n c i o s o , q u e á m u c h o s se l e s a n t o j a e x t r a v a g a n t e , diré que n a c e
c o m o e s p o n t á n e a y peregrina flor en l o s días de
m a y o r d e s a l i e n t o y c o n f u s i ó n d e l o s pueblos, y e s
producto de l a tristeza, del d e s m a y o d e l o s espíritus a n t e el t r e m e n d o e n i g m a d e un porvenir cerrado por t e n e b r o s o s h o r i z o n t e s . Y el simbolism o n o s e r i a bello si f u e s e c l a r o , c o n solución
descifrable m e c á n i c a m e n t e c o m o la de l a s c h a radas. Déjenle, pues, s u v a g u e d a d de e n s u e ñ o , y
no le busquen la d e r i v a c i ó n l ó g i c a ni la m o r a l e j a
del c u e n t o de niños. Si tal tuviera y s e n o s pres e n t a r a n s u s f i g u r a s y a c c i d e n t e s a j u s t a d o s á clav e , perdería todo su e n c a n t o , privando á l o s que
lo e s c u c h a n ó c o n t e m p l a n del íntimo g o c e de la
interpretación personal. M o v i ó m e u n a a m b i c i ó n
desmedida, no e x e n t a de desconfianza, á poner
m a n o en e m p r e s a d e tan n o t o r i a dificultad: v a c i a r en l o s m o l d e s d r a m á t i c o s u n a a b s t r a c c i ó n ,
m á s bien v a g o s e n t i m i e n t o que idea precisa, la
m e l a n c o l í a q u e i n v a d e y deprime el a l m a e s p a ñ o la d e a l g ú n tiempo a c á , p o s a d a s o b r e ella c o m o
una opaca pesadumbre. Pensando en esto, y ant e s que s e m e r e v e l a r a el artificio que h a b í a d e
s e r v i r m e de a r m a d u r a , veía y o c o m o capital s i g no para e x p r e s a r tal s e n t i m i e n t o el s o l e m n e a c a bar de la España heráldica l l e v á n d o s e su g l o r i o s a
l e y e n d a y el histórico brillo de s u s l u c e s d e c l i n a n t e s . V e í a también el pueblo, v i v o a ú n y c o n res i s t e n c i a b a s t a n t e para perpetuarse, por c o n s e r v a r fuerza y virtudes m a c i z a s ; pero le veía d e s c o n c e r t a d o y v a c i l a n t e , sin c o n o c i m i e n t o de l o s
fines d e su e x i s t e n c i a ulterior. S o b r e e s t a visión, f u n d a m e n t o d e c u y a solidez n o respondo.
tracé y construí la ideal a r q u i t e c t u r a de A L M A Y
VIDA, s i g u i e n d o , por espiritual a t r a c c i ó n , el plan
y m ó d u l o s d e la c o m p o s i c i ó n b e e t h o v i a n a , y n o
s e t o m e e s t o á desvarío, que el m á s g r a n d e d e l o s
m ú s i c o s e s quien mejor n o s r e v e l a la e s e n c i a y
a u n el desarrollo del s e n t i m i e n t o d r a m á t i c o .
Salió el drama c o m o Dios quiso, que en e s t o ni
la voluntad ni la i m a g i n a c i ó n l l e g a n á donde s e
proponen. En e s t a s c a m i n a t a s no es r a r o quedars e á mitad d e l a c u e s t a , y por mi parte, si e n
c u a n t o escribo c o n c l u y o s i e m p r e d e s a l e n t a d o y
pesaroso d e no h a b e r r e a l i z a d o p l e n a m e n t e lo
que intenté, e n la presente j o r n a d a m a y o r h a
sido mi d e s c o n s u e l o , que s ó l o puedo a t e n u a r viendo c u a n e s c a b r o s a e r a la s e n d a . Debo a ñ a d i r q u e
nunca p e n s é g a n a r e n e s t e d r a m a el a p l a u s o popular, y que m á s bien he t r a t a d o d e e s q u i v a r l o ,
indispensable previsión d e s p u é s de Electra. B u s c a b a , sí, el s u f r a g i o de l a s c l a s e s superiores, d e
e s e público s e l e c t o que aquí t e n e m o s , c o m p u e s t o
de p e r s o n a s e x t r a ñ a s á l a profesión literaria, pero
de notoria cultura, sin prejuicios, c o n el c e r e b r o
impio de l a s e s t r a t i f i c a c i o n e s de e s c u e l a que á
t a n t o s i n c a p a c i t a para el libre g o c e de l a s dulzuras del arte. Parte de e s e público m e h a d a d o s u
v o t o favorable, y lo h a b r i a d a d o público m a y o r
si n o lo e s t o r b a r a el c l a m o r e o d e l.os periódicos
y sus o p i n i o n e s rapidísimas, inciertas, c o n t r a d i c torias, p r o n u n c i a d a s c o m o s e n t e n c i a ejecutiva,
inapelable, al día s i g u i e n t e del e s t r e n o . Este c l a m o r e o , c o m p u e s t o d e a l a b a n z a s al autor, que s e
a g r a d e c e n e n el a l m a , d e e x p l i c a c i o n e s múltiples
y e n r e v e s a d a s del s í m b o l o , de juicios en parte lisonjeros, a c e r b o s é injustos e n parte, to l o ello
dicho c o n f u s a y v e l o z m e n t e , por cumplir el deber del día, sin e n t e r a r s e , sin d a r tiempo á l a reflexión; e s t a c h á c h a r a d i s c o r d e y e s t r u e n d o s a , á
l a cual s i g u e u n s i l e n c i o g r a v e , c o m o el d e la selva c u a n d o r e m o n t a el v u e l o l a república de pájaros que e n e l l a h a b i t a , aturde a l público, el verdadero y único juez, y le previene á la d e s c o n fianza. S o n p o c a s l a s p e r s o n a s que, ante el juicio
literario, manifiesto e n l e t r a s d e molde, n o c e d e n
parte ó l a totalidad del s u y o propio q u e directam e n t e f o r m a r o n . Si e n l a s o b r a s d e l e c t u r a l a s
o p i n i o n e s e s c r i t a s influyen t a n sólo e n el curso
del tiempo, c u a n d o v i e n e á d e t e r m i n a r s e c o m o
r e s u l t a n t e d e infinitos criterios la m a d u r a sentencia, en obras de teatro las apreciaciones lanz a d a s e n un día, bajo la tiránica ley d e actualidad
efímera, c o m o sugestión de una m a s a que habla
s o b r e o t r a que e s c u c h a , s u e l e producir errores,
y a por a u m e n t o , y a por r e b a j a del m é r i t o de lo
que s e j u z g a , y e s t o s e r r o r e s s o n d e t a n l e j a n a
rectificación que e n los m á s de l o s c a s o s no pueden verla los nacidos.
N i n g u n a r e c r i m i n a c i ó n desabrida oirán d e mi
l o s que e j e r c e n e n la P r e n s a el l l a m a d o sacerdocio
de la critica (con lamentable propiedad, c o m o dem o s t r a r é luego), misión i n g r a t a que d e s e m p e ñ a
c a d a cual s e g ú n s u leal entender, cumpliendo el
m á s a r d u o de l o s deberes. En p o c a s h o r a s h a n
d e apurar t o d o el c o n o c i m i e n t o literario, y dar
n o y a juicio, s i n o s e n t e n c i a , s o b r e c o m p o s i c i o n e s
que s o n fruto d e l a r g a s v i g i l i a s y de i n t e n s a s f a -
tigas del e n t e n d i m i e n t o . N a d a t e n g o , pues, q u e
decir c o n t r a l o s críticos, e n t r e l o s c u a l e s h a y
a l g u n o s que m e han d a d o l u g a r preferente e n s u s
a f e c t o s , y m u c h o s que m e f a v o r e c e n c o n s u
a m i s t a d . He d e protestar, sí, c o n t r a l a m e n g u a da o r g a n i z a c i ó n del s e r v i c i o literario, l l a m é m o s l e a s í , e n l o s g r a n d e s y p e q u e ñ o s periódicos,
servicio q u e s e reduce á u n a descripción inform a t i v a c o n pinceladas literarias, l a cual, por la
p r e m u r a del trabajo, tiene que resentirse del u s o
vicioso d e r e c e t a s , s a c a d a s de l e c t u r a s s u p e r ficiales ó d e l a s e x p e r i e n c i a s del oficio. S e l e s
m a n d a que opinen y que den cuenta. Los i n c i d e n t e s y s o r p r e s a s del e s t r e n o , que rara v e z pierd e el c a r á c t e r de batalla, resultan de m á s i m portancia que el criterio artístico, y t a n t o é s t e
c o m o el i n f o r m e noticiero c o n c l u y e n por ser f o r m u l a d o s c o n c a l i f i c a c i o n e s rotundas. N o h a y a r tículo d e t e a t r o s que n o c o n t e n g a la notita d e
e x a m e n : éxito franco, éxito discutido, succés d'estime, semi-fracaso, fracaso, al foso. Y a n t e e s t a c a lificación h a n de inclinarse autor y público c o n
el respeto que i m p o n e n l o s g o l p e s d e la f a t a l i d a d ,
ó el a b r u m a d o r peso d e l a s l e y e s de la N a t u raleza.
Grandes p r o g r e s o s h a realizado la P r e f t s a de
a l g ú n tiempo a c á , e d u c a n d o al pueblo en el a r t e
político, a p a g a n d o l a s p a s i o n e s , y s o b r e p o n i e n d o
el interés patrio al e g o í s m o y á l a s a u d a c i a s d e
l o s p r o f e s i o n a l e s ; en el r a m o científico s o n n o t o rios s u s a d e l a n t o s , y en el d e p a r t a m e n t o d e notic i a s , c o m o en el uso del t e l é g r a f o , s e la ve c o n
t e n d e n c i a s á la i n f o r m a c i ó n sobria y v e r a z . En
lo que no e n s e ñ a , ni dirige, ni e d u c a , e s e n l a s
c ó s a s literarias, por la o r g a n i z a c i ó n petrificada
de e s t e servicio (no h a y m a n e r a de darle o t r o
nombre) y por la rigidez hierática del crítico únic o , dictatorial, que a l propio tiempo i n f o r m a y
opina, testifica y s e n t e n c i a sin apelación posible,
pues u n a v e z p r o n u n c i a d o el fallo, s e le r o d e a d e
silencio para q u e s e a m á s s o l e m n e , y c o n t i n ú e
repercutiendo e n l a s v a c í a s c o n c a v i d a d e s d e la
opinión. Á v i d a d e p o s e e r la verdad para ilustrar
todas las materias, la Prensa solicita colaboración para l o s v a r i o s a s u n t o s que s a l e n á c u e n to, y a s e a n financieros, políticos, de higiene ó d e
o r n a t o público. P a r a lo único que n o la pide j a m á s e s para l o s a s u n t o s literarios. Y lo peor no
e s que n o l a pida, s i n o q u e n o la a d m i t e c u a n d o
por a c a s o a l g u i e n s o l i c i t a dársela, p u e s si n i n g ú n
escritor político, ni financiero, ni s o c i o l ó g i c o s e
e n o j a porque o t r a s p l u m a s t r a t e n del m i s m o
a s u n t o c o n criterio distinto, el crítico n o t o l e r a
que un e x t r a ñ o p e n e t r e e n s u s s a c r o s a n t o s dominios. Y n o proviene e s t a i n t r a n s i g e n c i a de q u e
el crítico s e a m a l a persona, ni egoísta, ni s o b e r bio, p u e s c o m u n m e n t e e s todo lo contrario, si n o
de que s u s p a t r o n o s h a n c r e a d o para él c o m o
un c a n t ó n d e linderos i n f r a n q u e a b l e s , donde s e
le tiene y c u s t o d i a c o n autoridad y a t r i b u c i o n e s
justicieras que n o disfrutan l o s sacerdotes ( a s í
hay que decirlo) d e ningún otro a r t e ni ciencia.
Allí d o n d e d e b i e r a e x i s t i r m a y o r libertad, i m pera la m á s a b s u r d a tiranía y el m á s c e r r a d o
p r o c e d i m i e n t o de juicio, d e l o q u e r e s u l t a q u e la
crítica hoy m á s que n u n c a s e reviste de f o r m a s
t e o c r á t i c a s , á l a s que d a m a y o r n e g r u r a el d o g m a t i s m o q u e e m p l e a , c o n el sin fin de d e f i n i c i o -
n e s c a n ó n i c a s , y a para el g é n e r o chico, y a para
el grande, y a para el d r a m a , la c o m e d i a ó el m e l o d r a m a . Por e s t o l a s d e c i s i o n e s de la Sagrada
Congregación de Ritos, de l a Penitenciaria ó de la Dataria no s o n c o m p a r a b l e s á l a s s e n t e n c i a s d e
n u e s t r o s c e n s o r e s e n inmutabilidad, e f i c a c i a y
tiesura. V é a s e por qué l o s ingenios q u e e j e r c e n
e s t e ministerio en l o s g r a n d e s diarios t o m a n
a n t e el público, sin d a r s e c u e n t a do ello, un cierto aire episcopal, y s e g u r o s d e q u e s u palabra e s
c o m o el rocío d e la pastoral s a n t í s i m a que ha d e
c a e r siempre e n tierra bien preparada, c u m p l e n
s u misión c o n c o n f i a n z a s o l e m n e , y de n i n g ú n
cristiano t e m e n refutación ó d i s c o r d a n c i a s , p u e s
dirigiéndose á nuestros amados diocesanos n o h a y a
miedo de que é s t o s r e m u z g u e n . . . N o h a y brom a s con la Iglesia.
Entre I03 que h a n escrito a c e r c a d e A L M A Y
debo gratitud plena al S r . 0 1 a v a r r í a ( á quien
no t e n g o el honor de c o n o c e r p e r s o n a l m e n t e ) , d e
El Ejército Español, que e n breve artículo supo establecer la m a y o r c o n f o r m i d a d posible entre l a
crítica y la obra criticada; gratitud e n t e - a d e b o
t a m b i é n á López B a l l e s t e r o s y á A l e j a n d r o Miquis, que h a n e x p r e s a d o s u s juicios c o n e l e v a c i ó n d e i d e a s y c i e n c i a literaria, sin olvidar la
b e n e v o l e n c i a q u e j a m á s n i e g a n los q u e c o n o c e n
c u á n difícil e s h i n c h a r e s t o s perros; otro t a n t o
d i g o del buen B u e n o e n El Globo, por h a b e r s a b i d o elegir el m e j o r punto d e vista, y de S a n c h i z ,
por todo lo s i n c e r o y n o b l e que escribió en El Día.
VIDA,
Con tres c u a r t o s de gratitud pago á Caramanchel,
q u e ha e x t r e m a d o el elogio en las p a r t e s de la
obra que fueron d e su g u s t o , y h a d i s i m i l a d o
el enojo en lo que le d e s a g r a d a b a ; y c o n m e d i a
gratitud, m á s bien m e n o s que m á s , c o r r e s p o n d o
á l o s a m i g o s L a s e r n a , V i l l e g a s y A r i m ó n , que
primero a c a r i c i a n c o n refinado c o m e d i m i e n t o ,
y d e s p u é s p e g a n , n o s i e m p r e c o n justicia. Y á
o t r o s no cito porque en e s t a s m a n i f e s t a c i o n e s
l e s c o m p r e n d o á t o d o s , advirtiendo que si al pres e n t e no h e m o s e s t a d o e n p e r f e c t a a r m o n í a , en
p a s a d a s o c a s i o n e s lo e s t u v i m o s , y s e g u r a m e n t e
lo e s t a r e m o s a n d a n d o l o s m e s e s , ó l o s a ñ o s , c o n
lo que d e j o s e n t a d o que e s t o n o e s discordia, s i n o
ún coloquio en que c a m b i a m o s i d e a s y apreciac i o n e s para bien del a r t e t e a t r a l .
Y a h o r a h e d e s o s t e n e r que si l o s a u t o r e s n o s
e q u i v o c a m o s , y si á g r a n d e s e r r o r e s n o s i n d u c e
la formidable a n g u s t i a d e e s t a s b a t a l l a s c o n el
ideal s o b r e l a s t a b l a s d e la e s c e n a , n o e s justo
disimular l a s que c r e e m o s e q u i v o c a c i o n e s d e l o s
críticos, ni r e c o n o c e r s u infalibilidad, por m á s
que v e n g a r e v e s t i d a d e f o r m a s t e o c r á t i c a s . Ellos
n o s censuran, nos amonestan, nos administran
con m á s ó m e n o s s u a v i d a d l a c i e n c i a que h a n
adquirido e n la práctica de s u oficio criticante.
P e r m í t a n n o s que del s a b e r a l l e g a d o por n o s o t r o s
en nuestra a s c e n s i ó n al Calvario, con l a s o b r a s
á c u e s t a s , l e s a d m i n i s t r e m o s a l g u n a partícula, ó
al m e n o s que s e la p o n g a m o s en la b o c a r o g á n d o l e s que la t o m e n .
E s indudable que de a l g u n o s a ñ o s a c á n u e s t r o
bendito público ha p r o g r e s a d o e n gusto, e n toler a n c i a , en p a c i e n c i a , aprendiendo á i n t e r n a r s e
por c a m i n o s , si no n u e v o s , n u e v a m e n t e limpios
de a n t i g u a s y y a p i s o t e a d a s m a l e z a s . Débese e s t e
a d e l a n t o á l o s a u t o r e s y á l o s críticos. ¿ P o r q u é
n o persisten é s t o s e n la obra d e e d u c a r al públic o , y por qué s e v u e l v e n a t r á s ó s e e s t a c i o n a n en
e l punto m á s propicio para persuadirle de q u e
debe a v a n z a r ? N o puedo c o n f o r m a r m e c o n e s a s
m o n o m a n i a c a s e x h o r t a c i o n e s á la brevedad e n
p a s a j e s que n o s e a l a r g a n m á s que el tiempo prec i s o para que s e diga lo que no debe o m i t i r s e ,
p a r a que s e t r a c e el n e c e s a r i o c o n t o r n o de l o s
c a r a c t e r e s , y s e a m a r r e n y a s e g u r e n l o s hilos lóg i c o s d e l a fábula. Ya que t e n e m o s al e s p e c t a d o r
iniciado e n l a c o s t u m b r e de oir, d e a g a r r a r s e
c o n t o d a s u a t e n c i ó n á la palabra que f á c i l m e n t e
y sin c a n s a n c i o le va introduciendo e n l o s dédal o s del a s u n t o y en el a l m a de l o s p e r s o n a j e s ,
¿por q u é l e e s p a n t á i s h a b l á n d o l e de l a r g u r a s qué
n o lo s o n s i n o a d m i t i e n d o que toda o b r a s e ha d e
escribir para l o s cerebros e s t r a g a d o s que b u s c a n
l a i n s t a n t á n e a ? E s t o s a c a b a r í a n por pedirnos s i t u a c i o n e s d e r e l á m p a g o si c o n e s t a e n f e r m i z a
q u e r e n c i a de l a brevedad t r a n s i g i é r a m o s . T a n t o
l e s h a b é i s repetido que el t e a t r o e s síntesis, q u e
s e h a n a p o d e r a d o g o z o s o s de tan m a n u a b l e f c r mulilla para h a c e r d e e l l a el a c i c a t e c o n q u e estim u l a n la v e r t i g i n o s a c a r r e r a d e l a a c c i ó n teatral.
S í n t e s i s es, c i e r t a m e n t e , el teatro; pero n o s e a m o s tan s i n t é t i c o s que s e n o s v e a n l o s s e s o s . Dem o s e s p a c i o á la verdad, á l a psicología, á la
c o n s t r u c c i ó n de l o s c a r a c t e r e s s i n g u l a r m e n t e , á
l o s n e c e s a r i o s p o r m e n o r e s que describen l a vida,
siempre dentro de limites prudentes q u e e n el
c a s o de a u t o s n o h a n sido traspasados, y retiren
i o s críticos s u leit motif d e que> e s t o e s largo, d e
q u e estotro pesa, c u a n d o en realidad ni pesa, ni
s e prolonga m á s d e lo c o n v e n i e n t e .
Lo m á s s i n g u l a r de e s t a s e x c i t a c i o n e s á u n a
rapidez que e n cierto g é n e r o de o b r a s t e a t r a l e s
n o puede ni debe s e r c o n c e d i d a , e s que el públic o s a n o y n o b l o t e que v a á l o s t e a t r o s sin curars e de r e g l a s m e n u d a s ni de c o n v e n c i o n a l e s criterios, no s u e l e c a n s a r s e allí donde s e le indica
q u e hay a l g o m á s de lo preciso: de ello t e n g o mil
p r u e b a s a d u c i d a s d e l a s o b s e r v a c i o n e s que s u e l o
h a c e r c u a n d o s o y e s p e c t a d o r a n t e s que i n t e r f e c to. Y si no s e c a n s a , ¿para qué s e l e s e ñ a l a la
o c a s i ó n de c a n s a n c i o , c o m o si s e diera u n a orden, ó quisieran i m i t a r en la crítica l a s a c o t a c i o nes c o n que e n d r a m a s y c o m e d i a s m a r c a m o s
l o s a c c i d e n t e s del d i á l o g o y de la acción? Es q u e
s i el a r t e e s t á lleno d e a m a n e r a m i e n t o s , la crit i c a n o s e v e libre de e s t e mal, y la práctica m i s m a del e x a m e n d e o b r a s , c o n v e r t i d a e n oficio, induce á la repetición de l o s m o d o s v i c i o s o s y d e
l a s ideas m e c á n i c a s y d e e s t a m p i l l a . Y a s e i r á n
c u r a n d o de e s t e d e f e c t o , ya c o m p r e n d e r á n que la
l ó g i c a no interrumpida e n s u fácil proceso, l a
h u m a n i d a d d e l o s c a r a c t e r e s , la c o n c o r d a n c i a
d e é s t o s c o n l a palabra, s o n parte á que n o s e f a tigue l a a t e n c i ó n del o y e n t e , y á que n a d i e apet e z c a u n a brevedad d e s c o n c e r t a d a , siempre m á s
f a t i g o s a que la r a z o n a b l e e x t e n s i ó n nutrida y jug o s a . E n c o n c i e n c i a , y p o n i e n d o la verdad s o b r e
todo, m e a t r e v o á d e c l a r a r que e n A L M A Y V I D A
n o h a y p a s a j e a l g u n o que pese v e r d a d e r a m e n t e ,
e n b u e n criterio artístico á l a m o d e r n a . P o d r á n
d e c i r m e que pesa y e s t á d e m á s el c o n j u n t o , la to-
talidad: e s t o y a e s distinto; habría que verlo.
P e r o si c o n c e d e n que l a o b r a m e r e c e s e r e s c u c h a d a , dejen que l a e s c u c h e n l o s que con e s t e
fin y con la i n t e n c i ó n m á s leal v a n al teatro, y
n o l e s den l a c o n s i g n a de c a n s a r s e c u a n d o v e n
y o y e n g u s t o s o s , libre el e n t e n d i m i e n t o d e retór i c a s vanas. E q u i v ó c a n s e d e m e d i o á medio l o s
p r o f e s i o n a l e s c r e y e n d o q u e la crítica l e g a d e la
m u c h e d u m b r e independiente c o n c u e r d a c o n la
t é c n i c a c i r c u n s t a n c i a l que e l l o s t r a e n e n papeletas. T o d o el m u n d o h a podido o b s e r v a r que
rara v e z s e inician e n el e s p e c t a d o r de derecho l o s
s í n t o m a s d e c a n s a n c i o ó d e disgusto: s e c a n s a ó
a p a r e n t a c a n s a r s e , hociquea y frunce el c e ñ o a n t e s d e tiempo la c a t e r v a de i n v i t a d o s q u e l a s e m p r e s a s i n t r o d u c e n con l a r g u e z a y m a g n a n i m i d a d
e n l o s e s t r e n o s . C o m o h e pertenecido m á s de u n a
v e z á e s a f a l a n j e de e s p e c t a d o r e s de hecho, s é lo
que e s , y p a r t i c i p a n d o por espíritu d e cuerpo d e
su r e c e l o s a p s i c o l o g í a , h e visto que r e g a t e a s u
aprobación f r a n c a , h a s t a que la obra s e i m p o n e
c o n fuerza incontrastable. P o r lo c o m ú n , el público p e r m a n e c e a p a r t a d o y d u e ñ o d(e sí, elabor a n d o su propio a m b i e n t e frente á l a viciada a t m ó s f e r a que en o t r a s p a r t e s del t e a t r o s e forma,
y sí el c o n t a c t o por a l g ú n m e d i o pudiera evitarse,
el s e n t i d o g e n e r a l quedaría victorioso. N o abdica
el público v e r d a d e r a m e n t e su criterio h a s t a que
s e le i m p o n e otro e n el periódico del día i n m e d i a to; y n o e s la s e r m o n a r í a a d m o n i c i ó n del crítico
l a que g a n a la batalla, sino la autoridad del diario, f o r m i d a b l e c o n t i n e n t e que da f u e r z a de ley á
todo s u contenido.
Espero que nadie U e v e á mal e s t a s i n c e r a disc r e p a n c i a c o n a l g u n o s rutinarios m o d o s d e opinar, nacidos del a m a n e r a m i e n t o que i n v a d e tod a s l a s artes: y pues de a m a n e r a m i e n t o s s e h a bla, allá va otro, c o n la e s p e r a n z a , con la s e g u r i dad m á s bien de v e r l o pronto corregido; que e s t a
s a t i s f a c c i ó n deben á l a verdad h o m b r e s tan inteligentes. R e c o n o z c a n y c o n f i e s e n que n o s ó l o e s t á
m a n d a d a recoger, s i n o que s e h a recogido y a ,
prohibiendo s u c i r c u l a c i ó n por t o d o el reino literario y a r t í s t i c o , la formulilla d e que h a y m e l o d r a m a d e s d e que a p a r e c e un p e r s o n a j e e m b o z a do y s e b a j a la luz de la batería, ó c u a n d o s u e n a n truenos, ó riñen c o n airado e s c á n d a l o h o m b r e s ó grupos. Y si n o quieren rectificar e s t e
vicioso juicio, d e n n o s u n a c i a r a definición del
m e l o d r a m a . P o r t a l e s s e t u v i e r o n en un t i e m j o
d r a m a s tan h e r m o s o s c o m o La Torre de Nesle y
Catalina Homari, a u n q u e n u n c a s e r e p r e s e n t a r o n
c o n música; pero el público e n t i e n d e por m e l ó
d r a m a la c o m p o s i c i ó n popular, i n g e n u a y c a s i infantil, donde s e p r e s e n t a n l a s t i m e r o s m a r t i r i o s
t e r m i n a d o s c o n el c a s t i g o d e l o s m a l o s y el g a lardón de l o s b u e n o s , p a s a n d o por e m o c i o n e s de
psicología primaria y e l e m e n t a l . A nadie s e le h a
ocurrido l l a m a r m e l o d r a m a al Rey Lear porque
en a l g u n o s p a s a j e s e s t a l l e la t e m p e s t a d con truen o s y rayos, ni á Macbelh porque s a l g a n b r u j a s y
espectros, ni á Lucrecia Borgia por s u s v e n e u o s y
sus a g o n i z a n t e s c o n c a p u c h ó n , ni á Fuente Ovejuna por s u popular griterío, ni á i n n u m e r a b l e s
o b r a s de Calderón y Lope por l a s e m b o s c a d a s y
s o r p r e s a s para c a p t u r a r h o m b r e s m a l v a d o s ,
lil buen público, que o r d i n a r i a m e n t e e s t á c o r B
t a d o á la b u r g u e s a y g u s t a de f o r m a s e l e g a n t e s
en el teatro, así c o m o a b o m i n a d e la vulgaridad,
en c u a n t o le h a b l a n d e m e l o d r a m a m i r a c o n
d e s d é n proíundisimo la e s c e n a sin luz y l a e x h i bición de pistolas y puñales. Creía poder g o z a r
de u n a obra bella, a c o r d e c o n l a s ideas d o m i n a n t e s , y d e pronto la v e c o n v e r t i d a e n Los perros
del Motile de San Bernardo ó e n El terremoto de la
Martinica... He llegado á creer que e s t o s latiguillos de la critica no s o n h i j o s de la c o n v i c c i ó n ,
s i n o d e cierto espíritu m a l e a n t e , f a v o r e c i d o por
el m o n o p o l i o , el cual c o m u n m e n t e h a c e i n c o n s i d e r a d o s y b u r l o n e s á l o s q u e lo e j e r c e n . D u e ñ o s
absolutos d e s u c a n t ó n , e n el cual c o r t a n y rajan
e n la plenitud d e s u albedrío, sin c o m p e t e n c i a ni
c o n t r a s t e , oficiando c o n jurisdicción indiscutible, s u e i t a n l a s riendas al ingenio, y c o s a s escriben e n l a s c u a l e s n o s e v e m á s o b j e t o que pa<sar el rato. A d m i t i m o s q u e s e a difícil el i n m e d i a to remedio del d e s g o b i e r n o que l o s d i r e c t o r e s de
l o s g r a n d e s diarios m a n t i e n e n e n e s t e c a n t ó n ;
pero e s incomprensible que e n periódicos que tien e n e n s u s filas y á s u frente á u n ilustre literato, a c a d é m i c o d e a ñ a d i i u r a , no s e i m p o n g a s i quiera la c o r r e c c i ó n de e s t a s o c a r r o n e r í a de lo
melodramático.
Si e n t a n t a s c o s a s d o r m i t a n , v e r d a d e r o s l i n c e s s o n n u e s t r o s críticos en l a práctica de e s t r e nos. T a n t o h a n visto y o b s e r v a d o e n el c o n t i n u a d o e j e r c i c i o d e s u a s i s t e n c i a s a c e r d o t a l , que
han adquirido g r a n perspicacia p a r a m e d i r y
pulsar t o d o s l o s a c c i d e n t e s d e l a b a t a l l a e n t r e el
público y 4as o b r a s n u e v a s . Pero e s t a m a e s t r í a
no b a s t a p a r a el buen d e s e m p e ñ o de u n a m i s i ó n
q u e e n todo c a s o h a d e s e r literaria. En e l e s t r e no de u n a obra, autor y público no pueden e n c o n trarse e n i g u a l d a d d e m e d i o s d e c o m b a t e , ni s o n
l a s m i s m a s s u s a r m a s y s u s d e f e n s a s . El a u t o r e s
entidad superior al público, y así debe c o n t i n u a r
h a s t a que s e d e m u e s t r e lo contrario. El critico,
c o m o literato y artista que también cultiva lo
ideal, debe e s t a r al lado del autor, a t e n t o á s u d e fensa, á reforzarle c u a n d o flaquea, á s o s t e n e r l e
y n o dejarle d e s m a y a r c u a n d o lleva v e n t a j a , n o
abandonándole hasta los momentos en que se ve
que l o s m e d i o s de persuasión e x p r e s a d o s e n l a
e s c e n a s o n d e n o t o r i a i n e f i c a c i a . P u e s bien: n u e s tros c e n s o r e s no responden s i e m p r e al deber profesional y fraternal d e f o r m a r al lado de la obra,
c o m b a t i e n d o c o n e l l a h a s t a donde s e pueda. S a l vo l o s c a s o s e n q u e por t r a t a r s e d e un a u t o r de
la propia familia, ó que r e ú n e l o s dos c a r a c t e r e s
de poeta d r a m á t i c o y periodista, s e ponen r e s u e l t a m e n t e á su l a d o y le protegen y le a y u d a n , l o s
críticos p a d e c e n un l a m e n t a b l e olvido d e l o s
vínculos que por ley moral y literaria l e s unen al
a u t o r , y c a s o s hay, bien lo ha visto t o d o el m u n d o , en que a p o y a n a l público e n su rutinario desvio d e l a s ideas que vienen del e s c e n a r i o , debilitan l a s v e n t a j a s que el a u t o r a l c a n z a e n ta! ó
c u á l e s c e n a , r e f u e r z a n l a s d e s v e n t a j a s , y obscureciendo l a s e n t e n d e d e r a s del auditorio e n v e z
de aclararlas, ponen de bulto l o s e r r o r e s del poet a c o n e x p r e s i ó n hiperbólica, m i e n t r a s c o n tímida y d e s d e ñ o s a e x p r e s i ó n m a r c a n s u s a c i e r t o s , si
é s t o s s o n t a n visibles que n o pueden negarlos.
Esto p a s a , no d i g a m o s que todos los días, pero
sí m u c h a s veces, y n o e s b u e n o para el a r t e dra-
m ático. Explican s u c o n d u c t a l o s críticos c o n l a
e v a s i v a de que m u c h o debe e x i g i r s e para q u e l o s
a u t o r e s afinen s u e n t e n d i m i e n t o y a s p i r e n á l o
m á s a c e r t a d o y perfecto; pero n o v i e n e n l a s perf e c c i o n e s por e s e c a m i n o . Si e n l a s d e m á s a r t e s
el ideal n a c e , c r e c e y v i v e e n m e d i o de l a injusticia, .y u n a a t m ó s f e r a d e d e s d e n e s y olvido n o pued e asfixiarle, e n el t e a t r o , a r t e d e persuación inm e d i a t a y directa, l a crítica n o podrá o b t e n e r
b u e n o s frutos si no e s pródiga d e v e r d a d e n la
distribución d e a l a b a n z a s y c e n s u r a s . Mejor e x plicación de e s t a parcialidad n o s da la d e s o r d e n a d a s i m p a t í a que l o s j u e c e s d e e s t r e n o s s u e l e n
sentir por u n teatro, e m p r e s a , ó grupo de c o m e d i a n t e s , teniendo en poco á l o s d e m á s . N o debe
v e r s e e n e s t o m á s q u e la facilidad n a t i v a de
nuestra r a z a para la f o r m a c i ó n d e b a n d o s ó c a m a r i l l a s , producto del t e m p e r a m e n t o c o n f i a n z u do y d e l a movilidad d e n u e s t r o s a f e c t o s . N i n g u n a
corrupción hay en ello, y la h o n r a d e z m á s pura
preside á e s t a s m a n i f e s t a c i o n e s c h i c a s del pandillaje n a c i o n a l . R e s u l t a , pues, que l o s principal e s periódicos s e e n c u e n t r a n , sin s a b e r l o , minist e r i a l e s d e u n teatro, y en s i s t e m á t i c a e n e m i s t a d
c o n el otro, ó c o n el de m á s allá.
A u n q u e bien quisiera n o h a b l a r m á s d e A L M A
V VIDA, n o puedo e x i m i r m e de decir á m i s c e n s o res que ni en lentitudes que no e x i s t e n , ni en l o
m e l o d r a m á t i c o , que t e n g o por b r o m a , debieron
b u s c a r l a s r a z o n e s de su displicencia; y respecto
á la tan m a n o s e a d a obscuridad del s í m b o l o , t e n -
g o que distinguir, d á n d o l e s y q u i t á n d o l e s la raz ó n s e g ú n c o m o m i r e m o s el a s u n t o . N o e s c o n d i c i ó n del arte la claridad, s o b r e todo e s t a claridad
d e c l a v e de a c e r t i j o que a l g u n o s quieren. La
t r a n s p a r e n c i a n o e s s i e m p r e un e l e m e n t o d e belleza, y á v e c e s é s t a s e pierde por c a u s a d e la
c o m p l e t a diafanidad del v a s o en que s e la quiere
e n c e r r a r . En el t e a t r o e s m á s difícil c o n t e n e r l a
belleza e n recipiente que no n o s permita v e r s u
interior; pero t a m b i é n puede l o g r a r s e el ideal dej a n d o ver f o r m a s v a g a s , b a s t a n t e s u g e s t i v a s para
producir u n a e m o c i ó n q u e . n o s e f r a c c i o n e , sino
que s e totalice e n l a m a s a de e s p e c t a d o r e s y unifique el s e n t i m i e n t o de todos. Llegar á esto e s
difícil; sin llegar s e -puede producir la o b r a de
a r t e d i g n a de e s t i m a c i ó n . Si s ó l o al é x i t o s e mira,
e s a c e r t a d o pedir claridad; pero el autor e s t á
e n s u d e r e c h o n e g á n d o l a , ó h a c i e n d o v e r l a inc u b a c i ó n lírica d e s u obra, e s t a d o d e espíritu
q u e se s o b r e p o n e á s u v o l u n t a d , y le induce á
presentar l a s i d e a s é i m á g e n e s e n v u e l t a s e n el
m i s m o c e l a j e c o n que s e ofrecieron á su m e n t e .
N o h a y m a n e r a d e c a m b i a r l a fisonomía inicial
d e l a s ideas, aquel v a g o rostro d e f a c c i o n e s c l a ras ó n e b u l o s a s , no m e n o s b e l l a s c u a n d o s o n indefinidas: d e f e c t u o s a e s la elaboración artística
s i l a s desfigura ó l e s a e e n t ú a el c o n t o r n o . T o d o
crítico debe s a b e r esto, y c o l o c a r s e en el punto d e
vista de d o n d e pueda apreciar no s ó l o la o b r a d e
a r t e , s i n o el c a m i n o que h a traído y s u a b o l e n g o
mental. N o m i r e n u n a c o m p o s i c i ó n e n s o ñ a d o r a ,
de sangre poemática, con los mismos ojos con
q u e miran u n a reproducción d e l a vida m á s próx i m a á la nuestra; ni m e t a n e n e s t a s c a r n e s e l
m i s m o hierro c o n q u e r a s g a r o n el tejido d e l a s
p i e c e c i t a s por horas. N a c i ó A L M A Y V I D A del pens a m i e n t o m e l a n c ó l i c o de nuestro o c a s o n a c i o n a l ,
y é s t e e s un a s u n t o que dejarla de serlo si f u e s e
c l a r o . Obscuro puede interesar; t r a n s p a r e n t e ,
no. Llevarlo á la e s c e n a n o e r a e m p r e s a fácil;
c o n v e n c e r c o n él á un público, m e n o s fácil a ú n .
Creo e n c o n c i e n c i a que el d r a m a , tal c o m o s e
ha representado, n o peca por largo, s i n o por c o r to: l e f a l t a un a c t o .
T e r m i n a d o el actual a c t o 111 c o n el m u t i s de l a
D u q u e s a L a u r a , debió seguirle u n a c t o IV, pres e n t a n d o en pleno c a m p o la c a c e r í a d e C i e n f u e g o s y las a s o n a d a s c a c i q u i l e s de Ruydiaz, c o n
reñido c h o q u e de m u c h e d u m b r e s , y u n a s o l u c i ó n parcial d e q u e s e deriv a r a m á s l ó g i c a m e n t e
el a c t o ú l t i m o , tal c o m o a h o r a e s t á . N o m e a r r e dró la e x t e n s i ó n de c i n c o j o r n a d a s , s i n o l a s dific u l t a d e s del e m p l e o d e m a s a s c o r a l e s e n el t e a tro hablado. En c u a n t o al artificio teatral, ó
c o m p o s i c i ó n de e s c e n a r i o , hice propósito d e poner en práctica el c o n s e j o que á l o s p i n t o r e s d a b a
el c e l e b r a d o artista b e l g a S t e v e n s : «Cuando s i n t á i s q u e h a b é i s adquirido d e s t r e z a p a r a p i n t a r
c o n la m a n o d e r e c h a , pintad c o n la izquierda.»
Si a u t o r e s y críticos p r o c u r a m o s huir del a m a n e r a m i e n t o , ó s e a el f u n e s t í s i m o e m p l e o d e l o s
r e c u r s o s fáciles q u e l l e g a n á ser m e c á n i c o s , ¿qué
n o d a r í a m o s por corregir la m a n e r a del público,
el cual difícilmente ríe un c h i s t e q u e n o ha reído a n t e s , s e resiste á la e m o c i ó n si é s t a no v i e n e por l o s r e s o r t e s y c o m b i n a c i o n e s que a n t e s
le conmovieron, y en caracteres y asuntos rara
v e z l o s a d m i t e c o m o n o t e n g a n precedente? [Y
qué a m o r tan g r a n d e t i e n e n n u e s t r o s críticos
á l o s precedentes! Lo que á e l l o s les g u s t ó h a c e
veinte a ñ o s , debe e n t u s i a s m a r á l o s que a n d a s
a h o r a e n lo m á s t e m p r a n o de l a a d m i r a c i ó n .
¿Por qué n o procuran c u r a r al público d e s u s
m u l e t i l l a s de p e n s a m i e n t o , m á s insufribles que
l a s de dicción? ¿Por qué no le a y u d a n c u a n d o le
ven dispuesto á e n t r e g a r s u voluntad a n t e u n a
f o r m a que s e s e p a r a de l a s f o r m a s c o m u n e s ? Si
n o lo l l e v a n á m a l , el que e s t o escribe, h o n r a d o
e o n la a m i s t a d d e l o s críticos ó periciales de est r e n o s , s e permitirá a c o n s e j a r l e s ( v a l g a c o n s e j o
por c o n s e j o ) que á l o s fines d e s u t a r e a e x a m i n a d o r a v a y a n c o n m á s criterio q u e intención,
a t e n t o s á discernir errores y a c i e r t o s , a n t e s q u e á
d a r diploma de é x i t o s ó f r a c a s o s ; que para escribir s e a y u d e n de l a c o n c i e n c i a y del tiempo, c o n s e j e r o s s e g u r o s , infalibles; que no s e e m p e ñ e n e n
a m o l a r c o n d o s filos el f a m o s o e s c a l p e l o . . . P e r o
n o sigo; que m e voy v o l v i e n d o m e l o d r a m á t i c o , ó
t e m o que m e lo digan por e s t e inesperado e m p l e o
del a r m a b l a n c a .
La vitalidad del a r t e teatral en E s p a ñ a l a c o m prueba y testifica el h e c h o d e q u e a ú n vive, á
pesar d e l o s g o l p e s que le a s e s t a n l o s que, debiendo ser s u s a m i g o s , s o n i n c o n s c i e n t e s e n e m i g o s . La P r e n s a no h a c e n a d a por él, p u e s el c a n tón crítico para l a actualidad de l o s e s t r e n o s m á s
bien le daña que le favorece; c i e r t o que l a s c l a s e s
superiores le d a n u n a p r o t e c c i ó n m a t e r i a l c o n el
abono á determinados días de la semana; pero la
p r e s e n c i a del público a r i s t o c r á t i c o e n l o s t e a t r o s
e s p a ñ o l e s de c o m e d i a y d r a m a n o l l e v a calor,
s i n o frialdad; no e n t u s i a s m o , s i n o indiferencia.
E s un p3rsonal florido y brillante qu£ e n t r a e n la
c a s a d e Lope c o m o e n visita desigual ó d e circ u n s t a n c i a s , m i r a n d o c o n p o c a e s t i m a c i ó n al
dueño de la c a s a y á sus sucesores ó tataranietos, cuando no les acaricia con mano de gato
(salvo el g u a n t e ) y e n s u s barbas se ríe. Ni l a s
o b r a s c l á s i c a s ni l a s m o d e r n a s d e s p i e r t a n g r a n d e m e n t e su i n t e r é s . Otra c o s a s e r í a si e n e s f e ra superior vieran m e j o r e s d e m o s t r a c i o n e s d e
a f e c t o h a c i a un arte que m e r e c e s e r tenido en
m u c h o , a u n e n s u d e c a d e n c i a , a d m i t i e n d o que el
e s t a d o actual lo s e a . Que el T e a t r o español h a
sido m a n a n t i a l c o n q u e nutrieron s u c o r r i e n t e
t o d o s l o s t e a t r o s del m u n d o ; q u e el f r a n c é s , que
s e tiene por tan s u y o , h a bebido del n u e s t r o , y c o n
a g u a s e s p a ñ o l a s da vida á • f a m o s a s o b r a s c o n t e m p o r á n e a s ; que Lope y Tirso s o n u n i v e r s a l e s
m a e s t r o s : que e n el p a s a d o s i g l o l o s e s p a ñ o l e s
c o n t i n u a r o n la tradición d e e s t e g l o r i o s o arte,
u n a de l a s r a m a s m á s r o b u s t a s del árbol d e la
patria; que l o s m o d e r n o s y m o d e r n í s i m o s h a c e m o s c u a n t o p o d e m o s por p r o l o n g a r s u e x i s t e n c i a
y lustre, e s c o s a que s ó l o e s t á e n libros y papeles, no e n la m e n t e del E s t a d o ni d e quien
lo dirige. Lo que s a b e t o d o el m u n d o , el E s t a do lo i g n o r a , y bien lo prueba que n i n g u n a prot e c c i ó n c o n c e d e al T e a t r o , y que a u n le e s c a t i m a l a de su presencia persona!, q u e s e r í a g r a n de y honroso acatamiento de las glorias pasadas
y e s t í m u l o de l o s e s f u e r z o s p r e s e n t e s .
T o d o s l o s s o b e r a n o s e u r o p e o s s e ponen e n c o n -
t a c t o c o n s u pueblo por medio del teatro, a d m i r a b l e terreno c o m ú n , donde l o s s e n t i m i e n t o s y l a s
i d e a s d o m i n a n t e s pueden s e r g o z a d o s d e g r a n d e s
y p e q u e ñ o s e n a r m o n i o s a c o n c o r d a n c i a . El E m perador d e A l e m a n i a , a u t ó c r a t a y artista, frec u e n t a l o s teatros d e Berlín y d e o t r a s c i u d a d e s
a l e m a n a s , y n o a p a r e c e o b r a n u e v a que él n o
v e a y que no s é d i g n e j u z g a r c o n c e n s u r a ó
aplauso. Festeja á los extranjeros que van á sus
e s t a d o s c o n a r t e d e o t r o s países; pero f e s t e j a
m á s y a l i e n t a y e s t i m u l a á l o s n a c i o n a l e s . En
Italia y Bélgica, en B a v i e r a y en P o r t u g a l , l o s
t e a t r o s v e n d e c o n t i n u o al Jefe del Estado, que
e n e s t o c u m p l e un deber n o c o n s i g n a d o en la
Constitución, m a s n o por e s o m e n o s i m p e r i o s o .
Entre t a n t a s e t i q u e t a s q u e c o n s t i t u y e n l a p e s a d a
obligación de los s o b e r a n o s , n o m e r e c e preterición l a que o r d e n a el debido h o m e n a j e á l a s a r t e s g l o r i o s a s del país que rigen, porque e n a l t e c i é n d o l a s , á sí propios s e e n a l t e c e n . Aquí, y e n
e s t a cuestión c o n c r e t a del a r t e teatral, e s t a m o s
d e j a d o s d e la m a n o d e Dios. Siendo, c o m o es,
t a n delicado y p e n o s o f o r m u l a r protesta contra
i o s d e s d e n e s de l a s p e r s o n a s m á s a l t a s d e la N a c i ó n , y n o queriendo incurrir en i r r e v e r e n c i a ,
h e m o s de c o n c e d e r que n u e s t r o t e a t r o m o d e r n o ,
ó refundido del a n t i g u o , e s por s u f o r m a y s u
f o n d o indigno de l a s p e r s o n a s c u l t a s , que n a d a
•escriben n u e s t r o s c o n t e m p o r á n e o s d i g n o de a d m i r a c i ó n ni a u n de e s t i m a , y que m e r e c e n m á s
a p r e c i o l a s f a r s a s r e p r e s e n t a d a s por l a s c o m p a ñ í a s i t a l i a n a s ó f r a n c e s a s , c o m o 11 Paradiso de
MaomeUo ó Le controieur des icagons-lüs. Pero a u n q u e t e n g a m o s que d e c l a r a r esto, n o h a y d e s a c a -
to e n pedir que n o s e m e n o s p r e c i e t a n t o á l o s
t e a t r o s e s p a ñ o l e s , porque el h o n r a r l o s por quien
debe haeerlo, e s etiqueta que por s u importanc i a casi debe e s t a r incluida entre l a s f u n c i o n e s
d e gobierno, y al G o b i e r n o v a e s t a q u e j a c o n tra un a b a n d o n o que ningún país del m u n d o toleraría. Pero el n u e s t r o ¡ay! ha venido á ser t a n
m a n s o y sufrido, que ni él m i s m o s e c o n o c e
c u a n d o s e mira e n el e s p e j o de s u s c a t á s t r o f e s ;
e s t á , no y a distraído, no y a insensible, s i n o lelo,
c o m o el paralitico progresivo, que ríe entre a t a que y ataque, e s p e r a n d o el que h a d e ser m o r t a l .
A l a s c a u s a s d e s t r u c t o r a s del T e a t r o en M a drid, a ñ a d a m o s l a s de P r o v i n c i a s , d o n d e c a d a
v e z s e restringe m á s la libertad d e l a s c o m p a ñías, m a r e á n d o s e el a l e j a m i e n t o de l a s c l a s e s
que por s u posi;ión y c u l t u r a debían s o s t e n e r l o .
H a c e un a ñ o ó dc>s, s e p o n í a el v e t o á c u a l q u i e r
obra e n q u e s e v i s l u m b r a r a n i d e a s c o n t r a r i a s al
delicioso c o n v e n c i o n a l i s m o e n que vivimos: n o
h a y para qué r e c o r d a r las a i r a d a s c a m p a ñ a s e o n tra Juan José ó c o n t r a Eleclra, o b r a s c u y o s títul o s h a n m e r e c i d o el h o n o r d e r e s o n a r e n t o d o s
l o s púlpitos y d e a m e n i z a r l o s Boletines Eclesiásticos
de t o d a s l a s diócesis. P a s e e s t a c a m p a ñ a c o m o
s i g n o d e l o s tiempos. Pero de tal m o d o la e x t r e m a n y a , q u e el T e a t r o e n t e r o s e v e a m e n a z a d o
d e ruina por la zapa del cleriguicio i m p e r a n t e .
M i e n t r a s disfruta de exequátur el g é n e r o chico,
c o n t r a el g r a n d e s e e m p l e a n toda c l a s e d e a r m a s ,
así l a s m á s c o n i u n d e n t e s c o m o l a s m á s s u t i l e s .
En p o b l a c i o n e s q u e c o m u n m e n t e s o n e m p o r i o d e
la h o n r a d a alegría, f u n c i o n a un c ó n c l a v e d e s e ñ o r a s muy respetables, que e n c u a n t o l l e g a n c ó -
micos, piden l o s libretos para e x a m i n a r l o s y d e s i g n a r los v i t a n d o s y p e c a m i n o s o s . N o h a y defensa c o n t r a e s t a insidiosa aplicación de l a prev i a c e n s u r a , porque si l a s e m p r e s a s t e a t r a l e s n o
s e s o m e t e n al femenil e x p u r g o , s e les n i e g a el
a b o n o , y s e v e n precisadas, ó á salir de la población, ó á trabajar para la galería, a g r e g a n d o al
e s p e c t á c u l o , por vía d e v e n g a n z a , toques d e
H i m n o d e Riego y M a r s e l l e s a . N o tienen la culpa de e s t o las b u e n a s s e ñ o r a s , que así proceden
por g a n a r el c i e l o sin reparar e n que y a lo tien e n bien g a n a d o c o n s u s virtudes, ni l o s d i g n o s
s a c e r d o t e s que l a s a c o n s e j a n , p u e s é s t o s ven e n
d r a m a s y c o m e d i a s un vivero de p e c a d o s , y justo
es que miren por la m o r a l , s e g ú n e l l o s la e n t i e n den. Culpables s o n los m a r i d o s , padres ó h e r m a n o s d e l a s s e ñ o r a s , que d e s p u é s de c o n d e n a r libretos v a n en b a n d a d a s de c a s a en c a s a incitando
á t o d a s l a s d a m a s á huir del t e a t r o c o m o de un
foco de pestilencia. L o s m a r i d o s ó padres, l o s
h o m b r e s que fueron e n l a s g r a n d é z a s nervio y
m ú s c u l o poderoso de la N a c i ó n , s o n e n l a s d e c a d e n c i a s el ó r g a n o l e s i o n a d o y el tejido d e s c o m puesto. Ved e n e l l o s la paralisis patria; ved c ó m o
s e tuerce el r o s t r o y s e desfigura la b o c a de n u e s tra e n f e r m a c l a s e directiva, y c ó m o t i e m b l a n s u s
m a n o s y s e arrastran s u s pies. Los m a r i d o s ó padres que en el c a s o r e l a t i v a m e n t e baladi del teatro o c a s i o n a n la muerte, s o n l o s m i s m o s c a b e z a s
de familia que e n ó r d e n e s m á s a l t o s toleran el
d e s g o b i e r n o , la burla política, y todo lo d e m á s
que v e m o s y l l o r a m o s , sin que l e s s a q u e n de s u
e n e r v a c i ó n el presagio d e n u e v a s c a t á s t r o f e s .
Seguro e s t o y de q u e m i s a m i g o s d e la P r e n s a ,
críticos inclusive, d e Madrid y P r o v i n c i a s , abom i n a n d e la ruina del T e a t r o por l o s procedimient o s c o n o c i d o s de todo el mundo; pero n o s e a t r e v e r á n , no, ni a u n s i e n d o m u y r a d i c a l e s , á c o m batir l a c a m p a ñ a en q u e a p a r e c e n c o m o visibles
s o l d a d o s l a s d a m a s pudientes, p o r q u e é s t a s s a b e n
ponerse la m a n t i l l a ó el s o m b r e r o y correr de
c a s a e n c a s a q u i t á n d o l e s u s c r i p c i o n e s al periódico que á protestar s e a t r e v a , d e donde r e s u l t a
que t a m b i é n a p u n t a e n nuestra P r e n s a l a parálisis, p r o b a b l e m e n t e por embolia. Sin q u e r e r l o , s e
m e v i e n e á la m a p o el tan r e b u s c a d o s i m b o l i s m o
d e A L M A Y V I D A ; y al p e n s a r en él, m e a c u e r d o
d e que algún crítico m e ha vituperado por terminár la o b r a c o n u n a invitación al llanto. Creo,
c o n perdón, que no h a y un final de d r a m a m á s
apropiado á la psicología n a c i o n a l de e s t o s t i e m pos. Imposible t e r m i n a r el a c t o c o n boda, p u e s
¿ c ó m o h a b í a m o s de c a s a r á Juan Pablo c o n una
muerta? H a r t o s i m b o l i s m o e s dejarle vivo, con
la particularidad, m u y c l a r a e n t o d a l a o b r a , de
que r e p r e s e n t a l a porción del país que n o padece
paralisis ni c a q u e x i a .
R e l a t a n d o l a s c a l a m i d a d e s del T e a t r o e n Esp a ñ a n o s e e n c u e n t r a el t é r m i n o de l a s l a m e n taciones; y por lo que s e refiere al T e a t r o Español, á quien l l a m a m o s Casa de Lope, á t a n t o s m o t i v o s de d e s c o m p o s i c i ó n d e b e m o s añadir la i n s e guridad d e l a s c o m p a ñ í a s , que allí e n t r a n de aluvión e n Octubre y s e dispersan e n Abril h u y e n d o
por d i f e r e n t e s r u m b o s . Donde debiera e x i s t i r co~
m o base del e s t u d i o artístico la quietud y la perm a n e n c i a , t e n e m o s un m a r e a n t e ir y venir de artistas, de i n n e g a b l e mérito, pero que n o lucen lo
que debieran por la falta de a j u s t e e n el c o n j u n to. La f a m o s a v i v i e n d a de Lope no e s c a s a ni hog a r e n que t e n g a s u a s i e n t o l a m e j o r f a m i l i a d e
a c t r i c e s y a c t o r e s que p u d i é r a m o s reunir; e s m á s
bien, durante m e d i o a ñ o , c o m o u n a f o n d a e n q u e
b u s c a n a l g u n o s p a s a j e r o a l o j a m i e n t o , y e n los
m e s e s r e s t a n t e s , hospedería para v i a j e r o s c o n
papeles e n l o s b a l c o n e s . L a s discordias y contin u a s d e s a v e n e n c i a s e n t r e u n o s y otros, la falta
d e u n a c a b e z a s u p e r i o r que á t o d o s l e s dirija,
a c h a q u e d e donde proceden t a n t a indisciplina y
desconcierto, a g r a v a n el mal. A ú n no se ha e x plicado por q u é s e prescindió del director a r t í s
tico que en la t e m p o r a d a a n t e r i o r quiso y logró
encauzar los trabajos de aquella casa, luchando
c o n l a s p r á c t i c a s v i c i o s a s y l a s rutinas petrificad a s . Pero ni c o n director ni sin él, s e r á el T e a t r o
N a c i o n a l lo q u e debe ser, m i e n t r a s la m a n o del
E s t a d o no lo t o m e d e s u c u e n t a y le dé c o m p l e x i ó n robusta, a s o c i a n d o á e s t e o r g a n i s m o c o n
fuertes l a z o s lo m á s s e l e c t o d e n u e s t r o s a c t o r e s
y actrices, r e g u l a n d o l a s e m i g r a c i o n e s á A m é rica d e m o d o que la c a s a n o quede n u n c a d e s m a n t e l a d a , e s t a b l e c i e n d o un s e v e r o r é g i m e n
para l a a d m i s i ó n d e obras, y r e u n i e n d o e n e l l a
todos l o s e l e m e n t o s de l a s a r t e s a c c e s o r i a s q u e
contribuyen á l a propiedad y e s p l e n d o r del a r t e
dramático.
Y y a que hablo de a r t e s a u x i l i a r e s del Teatro,
d é j e n m e c o n t a r á m i s lectores la f a t i g a de m i s
i n v e s t i g a c i o n e s para d a r á l a e s c e n a de A L M A ' Y
V I D A todo el brillo de belleza plástica y todo el
a m b i e n t e de verdad que s u a s u n t o requería.
Construida y a l a obra, y escrita en g r a n parte,
comprendí c u á n difícil e r a reproducir con fidelidad l a s i d e a s c u l m i n a n t e s del siglo x v m e n l o s
a ñ o s precursores de l a R e v o l u c i ó n f r a n c e s a . E n c a r i ñ a d o e n t o n c e s , y de ello n o m e pesa, c o n la
r e c o n s t r u c c i ó n de u n a parte de l a s o c i e d a d eleg a n t e d e aquel tiempo y de s u s a f e c t a d o s g u s t o s
literarios que a n u n c i a b a n el o c a s o de u n mundo,
p e n s é e n la P a s t o r e l a , y e n ella insistí, sin que
m e arredraran l a s dificultades para darle f o r m a .
A u s e n t e á la s a z ó n de Madrid, un a m i g o mío
muy quei ido m e proporcionó l o s a n t e c e d e n t e s d é
e s t a c l a s e d e f u n c i o n e s señoriles, d e u n a elegancia entre académica y suntuaria, que convertía e n r o s a s el e s t i é r c o l d e las c a b a ñ a s pastoril e s , y eu e n c a j e s l a s t e l a r a ñ a s de l o s e s t a b l o s ,
s i g n o del tiempo y d e l o s delirios de u n a civilizac i ó n refinada, q u e p r ó x i m a á morir, suspiraba
c o n l o s balidos de l a s b l a n c a s o v e j i t a s . A la vist a t u v e distintas P a s t o r e l a s , a l g u n a traducida
del propio G e s n e r por D. R a m ó n d e l a Cruz; otra
de M e t a s t a s i o , refundida por m a n o d e s c o n o c i d a ,
y e n t o d a s hallé t a n t a vulgaridad y f o r m a t a n ped e s t r e , que hube de r e c h a z a r l a s , sin m á s provec h o que t o m a r d e u n a l a s e l v á t i c a independencia
de Tesimandro, de otra las anémicas melancolías de A l c i m n a .
A u n q u e e s t a s c o m p o s i c i o n e s f r í a s y pálidas
t r a n s c i e n d e n á tomillo e l e g a n t e , y en ellas s e ve
el césped de la G r a n j a ó l a s a l a m e d a s del Retiro
b a s t o n e a d o s por la htmleüe d e p r i n c e s a s borbónic a s , preferí buscar el m u s g o poético e n la f u e n t e
e s p a ñ o l a , e u Calderón y Lope, que e x p r e s a r o n
e l s e n t i m i e n t o bucólico d e s u siglo y del siguiente, y fueron m a e s t r o s de e s t e g é n e r o h a s t a que
l8S c o n m o c i o n e s r e v o l u c i o n a r i a s a r r a s a r o n l a
mentirosa A r c a d i a . A Lope y á Calderón pedí
e l lenguaje d e m i s p a s t o r a s ; m a s r.o pudiendo
adaptar los v e r s o s r i m a d o s á l a s i t u a c i ó n que y o
había preparado, y s i é n d o m e t a n difícil construir
redondillas c o m o l e v a n t a r l a bóveda d e u n a c a tedral, recurrí á mi a m i g o Estrañi, que c o n a y u da del Eco y Narciso, m e c o m p u s o l a s c i n c o c u a r t e t a s de A l c i m n a , d o s de l a s c u a l e s tuve y o que
modificar, para a c o p l a r l a s al a s u n t o , t r a b a j o e n
que c o n s u m í no poco tiempo y paciencia; y l u e g o s a q u é d e mi c a l e t r e , c o n t i r o n e s q u e todavía
m s duelen, l a s que dice Liriope. En r o m a n c e y a
podía p e r m i t i r m e a l g ú n vuelo atrevido por encim a de la prosa e n que o r d i n a r i a m e n t e rastreo, y
mío e s el t r o z o en r o m a n c e , c o n r e t o q u e s y enm i e n d a s de Estrañi. Publícase i n t e g r a m e n t e aquí
lo que en el teatro s e redujo á r a z o n a b l e s l i m i t e s
de tiempo, y lo único que s e imprime c o n abreviaturas e s el r a z o n a m i e n t o e n s i l v a que preced e á la e v o c a c i ó n del madrigal platónico d e Lope, d e c l a m a d o por J u a n Pablo, y q u e e s t á , corno
s a b e todo el m u n d o , e n la Dorotea.
R e m a t a d o al fin por z a n c a s y b a r r a n c a s el artificio de la P a s t o r e l a , q u e d á b a m e s u o r n a t o y
escenificación a d e c u a d a , y para e s t o si que n o
e r a fácil e n c o n t r a r aquí d a t o s ó p r e c e d e n t e s .
. A p r o v e c h a n d o para el c a s o una e x c u r s i ó n á P a rís, busqué y e n c o n t r é c u a n t o n e c e s i t a b a e n e l
archivo de l a Opera, i n m e n s o y o r d e n a d o depós i t o de l a s artes y c i e n c i a s a u x i l i a r e s del T e a t r o .
M a t e r i a l e s y d o c u m e n t o s h a y allí para r e s o l v e r
t o d a s l a s dudas, y a d e m á s un p e r s o n a l i n t e l i g e n tísimo h e c h o á s u m i n i s t r a r á e m p r e s a s , a u t o res é intérpretes c u a n t o s e l e m e n t o s i n d u m e n t a r i o s y d e c o r a t i v o s pudieran necesitar. El director de a q u e l l a d e p e n d e n c i a (que aquí l l a m a r i a m o s Centro administrativo y e s t a r í a poblada d e
vago«), M. M a l h e r b e , m e f r a n q u e ó s u s tesoros,
y viendo mi c o n f u s i ó n a n t e la m u c h e d u m b r e d e
e s t a m p a s y d o c u m e n t o s , s e apropió mi a s u n t o
por l a s e x p l i c a c i o n e s que le dí, y m e r e s o l v i ó t o d a s l a s dificultades c o n a y u d a del dibujante q u e
allí a s i s t e de m o d e l o s y figurines á l o s t e a t r o s
parisienses. T a n t o el acuarelista M. j . Larpin
c o m o el director M. Malherbe, insistieron e n
m a r c a r el c o n v e n c i o n a l i s m o d e l a s d a m a s d e bergerie, que habían de a j u s t a r s e á d e t e r m i n a d o s ,
i n v a r i a b l e s c á n o n e s e n el corte y c o l o r e s d e l o s
vestidos. T o d o fué p e r f e c t a m e n t e s e ñ a l a d o e n
l a s l á m i n a s que m e dieron y que y o traje á España, bien persuadido de traer u n p r o g r e s o del
a r t e teatral.
N o n e c e s i t o e n c a r e c e r el a f á n c o n que, u n a vez
l a o b r a en e n s a y o , t r a t é de llevar á l a realidad
e s t e difícil p e n s a m i e n t o e s c e n o g r á f i c o , obra d e
r o m a n o s aquí d o n d e la f u e r z a de l a tradición rutinaria, y de l o s palitos y tronchitos, e s i n c o n t r a s t a ble r o c a a n t e la cual s e e s t r e l l a c o m u n m e n t e l a
m á s firme v o l u n t a d . P e r o l a s dificultades c e d i e ron e s t a v e z a n t e mi d e s e o , porque d e s d e l a s prim e r a s t e n t a t i v a s t u v e e n Emilio Thuillier el auxiliar m á s c a r i ñ o s o y el c o l a b o r a d o r m á s e n t u siasta. A d e m á s de a u t o r i z a r m e para que y o l o
dispusiese y o r d e n a s e todo á mi g u s t o , m e asis-
tió sin fatiga en m i s d e s v e l o s , no e s c a t i m ó esfuerzo d e la e m p r e s a , apartó t o d o s los estorbos,
y aun m e superó e n el i n t e r é s y a n h e l o d e q u e
A L M A Y V I D A fuese, c o m o ha s i d o , un m o d e l o d e
verdad y h e r m o s u r a e s c é n i c a s . El d e c o r a d o d e
Amalio fué c o m p l e m e n t o de e s t e e s f u e r z o c o m ú n ,
y en el a c t o de la P a s t o r e l a , el espléndido jardín
ofreció el m a r c o y f o n d o m á s apropiados á l a
movible a c c i ó n . M a y o r c u i d a d o que e n e s t o puse
en la regia c o m p o s t u r a de l a s figuras principales;
tanto Matilde M o r e n o c o m o A n a Ferri s o n testig o s de l a i n s i s t e n c i a fastidiosa c o n 'que l e s r e c o m e n d a b a un día y o t r o que s e a j u s t a r a n estrict a m e n t e á lo dispuesto e n f o r m a s y c o l o r e s por
los peritos de la Opera de París; y e n h o n o r de
a m b a s , puedo decir que a t e n d i e r o n cumplidam e n t e m i s a m o n e s t a c i o n e s , realizando el prodigio de e l e g a n c i a que buena parte d e Madrid ha
podido apreciar, y si n o lo ha visto el t o d o Madrid, él s e lo ha perdido. Culpen á los críticos.
No t r a t á n d o s e aquí de e n c o m i a r l a l a b o r literaria, s i n o de un e s f u e r z o de v o l u n t a d , de un derroche de p a c i e n c i a , y d e t r a b a j o s de pura erudición, bien puedo t o m a r m e la libertad de e l o g i a r
sin t a s a , a s e g u r a n d o , c o m o a s e g u r o c o n plena
conciencia, que j a m á s ha visto el público e n Madrid m a r a v i l l a de mise en scene c o m p a r a b l e al segundo a c t o de A L M A Y V I D A . R e c a i g a n e s t a s a l a b a n z a s en Emilio Thuillier, c o m o director d e escena; en los a c t o r e s y a c t r i c e s que s e c u n d a r o n
nuestro p e n s a m i e n t o c o n t o d a s u a l m a ; en A m a lio F e r n á n d e z , que n o s c o m p u s o y a r m ó el a d m i rable fondo. Y dicho e s t o , a s e g u r o t a m b i é n , c o n
no poco s e n t i m i e n t o , q u e los s e ñ o r e s críticos ó pe-
riciales de e s t r e n o s n o anduvieron ni m u y a v i s a d o s ni m u y g e n e r o s o s en la e s t i m a c i ó n de e s t e
a c t o c o m o pintura d e u n a é p o c a , y s ó l o h a b l a r o n
de él c o n fría y r e g a t e a d a i n d u l g e n c i a , que c o n t r a s t a b a c o n l o s c a m p a n u d o s e n c o m i o s tributados e n o t r a s o c a s i o n e s á v e r d a d e r o s m a m a r r a c h o s . Por e s t o , y para que s e a n n o r m a c o n s t a n t e
de l a critica la justicia y proporción e n p l á c e m e s
y c e n s u r a s , s e pide á la P r e n s a que s u s t i t u y a el
tribunal d e e s t r e n o s y su e n j u i c i a m i e n t o s u m a rísimo por o t r o r é g i m e n m á s c o n f o r m e c o n los
r e s p e t o s que s e d e b e n al a r t e literario. Contra el
c a n t ó n y s u s e c l e s i á s t i c o s breves, que dan el pase
ó n i e g a n c o n m e l o s a s p a l a b r a s el a g u a y el fueg o , e s f o r z o s o p r o n u n c i a r l o s a n a t e m a s de Electro.. Previo el s a l v a m e n t o d e l a s dignas p e r s o n a s
que e n dicho reducto trabajan, o b l i g a d a s á u n a
función imposible, hay que quemarlo... y l u e g o no
v e n d r á mal d a r al v i e n t o s u s c e n i z a s . N o constit u i d o s e n c a n t ó n jurídico inquisitorial, l o s actuales sacerdotes, á q u i e n e s n a d i e niega d o t e s de e n t e n d i m i e n t o y pericia, d a r á n vida al t e a t r o e n
v e z de s e r s u s m a t a d o r e s .
A l o s intérpretes d e d r a m a s y c o m e d i a s c o n s a g r o el final de mi plática d á n d o l e s toda l a i m p o r t a n c i a que l e s c o r r e s p o n d e , p u e s s i n e l l o s n o
habría T e a t r o . Ellos s o n la presencia y r o s t r o d e
l a s ideas, y el verbo d e l o s s e n t i m i e n t o s que quer e m o s expresar. P o r e l l o s n o s c o n o c e y n o s entiende el público: su a r t e e s l a vida visible y s o n o r a del n u e s t r o , r a z ó n que b a s t a para que les
„-Vi*-—-»-
e s t i m e m o s g r a n d e m e n t e . Público y crítica les
a l a b a e n o c a s i o n e s c o n e x t r e m a d o c a l o r , en o c a s i o n e s l e s vitupera c o n d e s c a r n a d a injusticia, n a ciendo de e s t o s c o n t r a s t e s el q u e ellos s e a n m á s
d e s o r d e n a d o s en s u s a f e c t o s , y d e s i g u a l e s no s ó l o
e n s u trabajo artístico, s i n o e n l a s ordinarias rel a c i o n e s c o n a u t o r e s , público y prensa. La vida
ruda que llevan; la obsesión del a p l a u s o , i n h e r e n t e á u n a profesión que del a p l a u s o vive; el a n s i a
ardiente del é x i t o ; el t e m o r del fracaso; el c o n tinuo estudio de obras, que n o d e j á n d o l e s tiempo
á n i n g ú n s o l a z , les a g r i a el c a r á c t e r , dividiendo
s u a z a r o s a e x i s t e n c i a e n t r e el ardor de l a representación y la m o n o t o n í a t e n e b r o s a del e n s a y o ;
la injusta s a ñ a c o n que á v e c e s s e l e s trata, sin
q u e t e n g a n e s p a c i o ni aun d e r e c h o á l a d e f e n s a ,
s o n o t r o s t a n t o s m o t i v o s para p r o d i g a r l e s indulg e n c i a y disculpar s u s e r r o r e s , l o s c u a l e s n o s o n
m á s f e o s ni m á s e x t e n d i d o s que l o s de f u e r a del
teatro. Si, c o m o dijo S h a k e s p e a r e , all the morid a
stage; si todo el m u n d o e s e s c e n a r i o , y en é s t e d e b e m o s v e r a b r e v i a d o c o m p e n d i o de la vida h u m a n a , l a s p a s i o n e s y y e r r o s de los c ó m i c o s no
s o n m á s q u e l a m a l i c i a total reproducida y c o m pendiada e n t r e l o s pintados t e l o n e s que repres e n t a n n u e s t r a s c a s a s ó palacios, l o s c a m p o s , ald e a s ó c i u d a d e s e n que t o d o s v i v i m o s . La e n c o nada e m u l a c i ó n , envidia, c e l o s del oficio, ó c o m o
quiera l l a m a r s e á e s o , n o s o n allí peores que e n
los d e m á s ó r d e n e s de la vida, y o t r a s p a s i o n e s y
d e s ó r d e n e s a f e c t i v o s reproducen s u m a r i a m e n t e
en aquel pequeño m u n d o l a m a l d a d de fuera, c o n
l a viveza d e e x p r e s i ó n que e s propia del s e n t i miento histriónico. Y no h a b l e m o s de virtudes.
que t a m b i é n allí l a s h a y , d o m i n a n d o la p a c i e n c i a ,
por lo que en cristiandad p o c o s s e r e s i g u a l a n á
l o s c ó m i c o s . Con t o d o s s u s d e f e c t o s , c o n toda s u
indisciplina, á la que pondría r e m e d i o e n n u e s t r o
primer t e a t r o la i n t e r v e n c i ó n discreta del poder
público, o r g a n i z a n d o la c o n c o r d i a de l o s d o s estamentos, autores y comediantes, éstos son los
que c o n m á s fe y c o n s t a n c i a c u m p l e n s u d e b e r
e n el b a t a l l a r c o n t i n u o d e l a e s c e n a , entre i d e a l e s s u b l i m e s de u n a parte y de otra m a t e r i a l i d a des p e n o s a s . Siempre en la brecha; s a l i e n d o á vec e s triunfantes, á v e c e s c o n el rostro e n s a n g r e n tado, g a n a d a ó perdida u n a b a t a l l a p l a n t e a n
o t r a , y tan pronto e s c u c h a n la lisonja c o m o el
vituperio. Sus querellas, s u movilidad de teatro
e n t e a t r o y de pueblo en pueblo, n o s o n m á s
que a c c i d e n t e s episódicos d e e s t e vivir vertigin o s o , c o n f u n d i e n d o s u s p a s i o n e s propias con l a s
q u e les h a c e m o s representar, y e x p r e s a n d o c o n
una s o l a fisonomía l o s a f e c t o s del vivir real y l o s
del figurado. S e s e p a r a n y v u e l v e n á j u n t a r s e , e n tre si riñen y l u e g o s e a s o c i a n , h a l l á n d o s e disp u e s t o s en t o d a o c a s i ó n á interpretar lo que s e l e s
dé, d ó c i l e s y e n t u s i a s t a s vivificadores del pensam i e n t o escrito.
Debo m a n i f e s t a r aquí mi a g r a d e c i m i e n t o á l o s
intérpretes de A L M A Y V I D A , d e c l a r a n d o que,
d e s d e el primero al último, t o d o s m o s t r a r o n
aplicación y v a l e n t í a para g a n a r l a b a t a l l a q u e
e l l o s y y o d á b a m o s j u n t a m e n t e . M a y o r respeto
á u n a o b r a ni m á s viva a d h e s i ó n á s u a u t o r n o
h e visto n u n c a . S i e n t o de v e r a s que l a inseguridad d e l a s c o m p a ñ í a s y l a dispersión y m u d a n z a s c o n s i g u i e n t e s n o m e p e r m i t a n llevar á u n
•combate p r ó x i m o á e s t o s m i s m o s g u e r r e r o s q u e
tan bien s e h a n portado. ¿Pero quién puede a s e g u r a r h o y e n qué c a m p o h e m o s d e luchar, y cuál
s e r á el c o n t i n g e n t e de l o s futuros c u e r p o s d e
ejército?
A l a s a l a b a n z a s c o n que a m i g o s y e n e m i g o s
c e l e b r a n el notorio a v a n c e de Matilde M o r e n o
e n s u carrera artística, sólo debo añadir que c o n
e l p a s o tardo de l a d a m a de Ruydíaz, ha recorrid o l a j o v e n a c t r i z m a y o r e s p a c i o que c o n el
andar v i v o de Electral por l a s dificultades del c a mino d e A L M A Y V I D A y l a p e s a d u m b r e del tipo
que a h o r a tenía que representar. P r o f u n d i z a r un
c a r á c t e r , d e s e n t r a ñ a r l o e n toda la e x t e n s i ó n de
su doble n a t u r a l e z a moral y física, para e n c a r narlo e n la propia persona, aplicando á e s t e a c t o
d e la vida figurada la voz, el g e s t o , la e x p r e s i ó n ,
la fisonomía, el s e n t i m i e n t o y g r a c i a n a t u r a l e s ,
e s el c a m i n o m á s s e g u r o para llegar á l a s c u m b r e s del a r t e histriónico. E s t o h a h e c h o l a inspir a d a y linda c o m e d i a n t a del T e a t r o E s p a ñ o l , y
esto debe hacer siempre. A n t e s que á l a recitación pura, que s ó l o reproduce la palabra, a t i e n d a
c a d a día m á s á la sutil a s i m i l a c i ó n del a l m a del
p e r s o n a j e , y cuídese d e e s t o sin o l v i d a r lo otro,
p e r s e v e r a n d o e n el s i s t e m a que le h a sido t a n efic a z e n l a interpretación d e Laura: vivir bien el
p e r s o n a j e , h a c e r l o s u y o , y d e s p u é s dejarle que
hable. N o c a b e m a y o r ternura e n l o s t r a n c e s do
l o r o s o s , ni g r a c i a m á s triste e n l o s a l e t e o s de
aquel sér a p a s i o n a d o y marchito, ni m á s p o é t i c a
serenidad e n la dulce e x t i n c i ó n de la e s t r e l l a d e
Ruydíaz.
Debo t a m b i é n gratitud y p l á c e m e s á la s e ñ o r a
fia-fiir
ALFONSO
¿ ,
Ferri, que h a d e s e m p e ñ a d o el s e c u n d a r i o papel
de la Marquesita d e C l a v i j o , e x p r e s a n d o c o n t a n t a distinción c o m o g r a c i a el c a r á c t e r d e la d a m a
e s c é p t i c a del s i g l o x v m , en l o s a ñ o s p r e c u r s o r e s
d e la Revolución. Viudita un t a n t o d e s e n v u e l t a y
supersticiosa; ninfa c o m e d i d a c o n f o r m e al d e c o ro v e r s a l l e s c o y mitológico, ha creado u n a figura
q u e difícilmente .tendrá imitación. Luisa Rodríg u e z ha d a d o la m á s feliz interpretación al c a rácter bondadoso y á l o s h u m o s p e d a n t e s c o s d e
D o ñ a T e r e s a d e Argote, d q m i n a n d o c o m o a c t r i z
de talento l a s dificultades d e un papel de e s c a s o
brillo, y Josefina A l v a r e z dió gran relieve á l a
lucida figura d e Tora, e n c a r n á n d o l a c o n g r a cia, voz, espíritu y m a t e r i a i n c o m p a r a b l e s . Prodigio de asimilación h a sido Josefinita B l a n c o en
la m o r i s c a Zafra na, y bien ha m o s t r a d o que e s
u n a legítima e s p e r a n z a de la e s c e n a e s p a ñ o l a .
María A n a y a c o m p l e t ó con ella l a g r a c i o s a pareja d e brujas y m e r e c e a l a b a n z a , c o m o la o t r a
pareja d e s e r v i d o r a s de Ruydíaz, V i c e n t a M a t a
y T e r e s a Gil.
A lo que y a dije de Emilio Thuillier c o m o director de e s c e n a , a ñ a d o que n o s ó l o s e desvivía por
la c o n c e r t a d a o r d e n a c i ó n de l a s figuras y por
a l l e g a r y disponer l o s a c c e s o r i o s con que habíam o s d e obtener un c o n j u n t o i n t e r e s a n t e y pintor e s c o , s i n o q u e m e a s e s o r ó , poniendo e n ello toda
s u práctica, e n la p e n o s a t a r e a de ataiar l o s pas a j e s e x t e n s o s d e la obra, r e v e l á n d o m e un pulso
tan sutil c o m o el del inolvidable m a e s t r o Emilio
M a r i o para apreciar a priori l a v i v e z a ó depresión del p e n s a m i e n t o t e a t r a l ' e x p r e s a d o por l a
palabra. En la f o r m a c o n que dió vida al tipo d e
C i e n f u e g o s v e o y o u n o de l o s m á s felices a c i e r t o s
de s u brillante carrera artística, por s e r e s t e papel, f u e r a de l o s c o r t o s m o m e n t o s d e bravura,
n o t o r i a m e n t e difícil, c a r á c t e r de m e d i a s tintas
y m á s g r a v e que heroico, tocado d e l a m e l a n c o lía que i n f o r m a t o d a l a obra. Con arte a d m i r a ble, s e r e n o , r e a l i z a n d o la p e r f e c t a a r m o n í a de
l o s c o n c e p t o s c o n l a s e n t o n a c i o n e s , ha sabido
e x p r e s a r l a t r i s t e z a d e un espíritu superior, sin
cultura, e n a m o r a d o del ideal, á v i d o del bien, é
i m p o t e n t e para realizarlo. ¿De D o n a t o Jiménez
qué h e de decir s i n o que e n su t a l e n t o y s a g a z estudio de l o s d e t a l l e s t i e n e n a c a b a d a personificación l a s d o t e s c o m p l e j a s del parásito D. Guillén
de B e r l a n g a ? P o c a s v e c e s h e visto tan c o n s u m a da asimilación de u n c a r á c t e r , sin olvidar ningun o de s u s d i f e r e n t e s a s p e c t o s h u m a n o s , la noblez a unida con la t r a v e s u r a y el donaire urbano
c o n la astucia intrigante. Gran s a t i s f a c c i ó n e s
para un a u t o r hallar a r t i s t a s que t a n fácilmente
y sin n i n g u n a a d v e r t e n c i a e n t i e n d e n y s e apropian los variados m a t i c e s del a l m a y p e r s o n a d e
un sér imaginario. En Rausell t u v o e x c e l e n t e interpretación la figura del a d u s t o y m a l v a d o Mon e g r o , y L a g o s reprodujo c o n fidelidad el Turpín; Manso, por c o n s i d e r a c i ó n al autor, aplicó
s u s s i n g u l a r e s d o t e s á un papel cortísimo; en
o t r o s m o d e s t o s t r a b a j a r o n d i s c r e t a m e n t e Guillot, Torner, P a r e r a y C o b e ñ a , y en o t r o s m o d e s t í s i m o s V i l l a g ó m e z , Rivero y S e r r a n o , r e s u l t a n do del estudio y buena voluntad de todos, g r a n des y pequeños, u n c o n j u n t o h e r m o s o , que s ó l o
m u y d e tarde e n t a r d e v e m o s e n e s t o s d e s c o n c e r t a d o s t e a t r o s de Madrid.
Otros i n t e r e s a n t e s p u n t o s de a r t e y vida t e a t r a l e s quería y o tratar ahora; pero c o m o la m a teria e s a b u n d a n t e , y e s t e escrito ha superado e n
d i m e n s i o n e s á l a s que le a s i g n ó mi primer propósito, d e j o para el prólogo q u e pronto h e d e
p o n e r á la n u e v a edición de La de San Quintín l o
q u e n o h a cabido e n éste, y a l l á irá t a m b i é n lo
que t e n g a que a ñ a d i r c o m o rectificación, a c l a r a c i ó n ó d e f e n s a de l a s p r e s e n t e s p á g i n a s .
B.
PÉREZ
GALDÓS.
M a d r i d , A b r i l d e 1902.
ALMA Y VIDA.
Otros i n t e r e s a n t e s p u n t o s de a r t e y vida t e a t r a l e s quería y o tratar ahora; pero c o m o la m a teria e s a b u n d a n t e , y e s t e escrito ha superado e n
d i m e n s i o n e s á l a s que le a s i g n ó mi primer propósito, d e j o para el prólogo q u e pronto h e d e
p o n e r á la n u e v a edición de La de San Quintín l o
q u e n o h a cabido e n éste, y a l l á irá t a m b i é n lo
que t e n g a que a ñ a d i r c o m o rectificación, a c l a r a c i ó n ó d e f e n s a de l a s p r e s e n t e s p á g i n a s .
B.
PÉREZ
GALDÓS.
M a d r i d , A b r i l d e 1902.
ALMA Y
VIDA
PERSONAJES
Laura de la Cerda y Guzm á n . Duquesa de Ruydiaz.
L a Marquesa de Clávijo.
D o ñ a T e r e s a de A r g o t e ,
dueña, aya de la Duquesa.
T o r i b i a , vaquera, uodriza
que fué de la D u q u e s a . . . .
I r e n e , doncella de la Duqflésa
R o s a u r a , idem id
Z a f r a n a . bruja
P e r o g i l a , idem
J u a n Pablo Cienfuegos.
hidalgo
Don Guillén de Berlanga.
caballero noble
Don Dámaso M o n e g r o .
administrador de los estados de Ruyd¡<i¿
T u r p i n , Corregidor de Ru
diaz.
B e l a r d o . pastor.
V a l l e j o , escribano. . . .
Chacón, guarda mayor de
Ruydiaz
L á i n e z , montero
C a l i x t o , paje
Reginaldo.
A n d r é s maestresala. .
B l a s , criado y sobrino de Toribia
Criado 1.°
Criado 2 °
P a s t o r 1.°
P a s t o r 2 °r
Pastor 3 '
P a s t o r 4.°
Matilde Moreno.
Ana Ferri.
Luisa Rodríguez.
Josefina Alvarez.
Vicenta Mata.
Teresa Gil.
Josefina Blanco.
María A naya.
Emilio Tliuillier.
Donato Jiménez.
José Rausell.
Antonio Lagos.
Ricardo M inso.
Genaro Guillot.
Antonio Torner.
Arturo Parera.
Rafael Coheña.
Francisco Villagómez.
José Rivero.
Manuel Serrano.
Antonio Caraso.
Manrique Gil.
Rogelio López.
Antonio Caraso.
Oscar Artigas.
Eugenio Peral.
Guardas, criados, alguaciles, pastores, monteros, ele., etc.
La acción se desarrolla en el castillo de Ruydiaz,
centro y solar dé los estados del mismo nombre, que
ocupan cousiderable extensión d e terreno en una d e
las más feraces regiones de Castilla. En el territorio
que abraza el señorío radican varias villas designadas
aquí con los nombres de Ruydiaz, Brilnenga, Peñalba,
Medranda, etc., y muchos lugares ó aldeas. Hay en
los estados tierras de labrantío, una gran extensión d e
montes, con a b u n d a n t e s pastos y cabanas de una parte, de otra espesas arboledas y mucha caza.
El castillo, que se supone edificado en una eminencia á cuyo pie está la villa de Ruydiaz, es una antigua
construcción feudal, de la cual se conserva una parte
en su primitiva arquitectura, con torres y adarves. La
otra parte, reformada y adicionada para vivienda por
los Duques de Ruydiaz, es un palacio aristocrático con
todo el arreglo de estancias y todo el ornato propios d e
la época.
El tiempo de la acción es Junio de <780.
Los trozos comprendidos entre los signos
y
se h a n suprimido en la representación.
Esta obra es propiedad d e su autor, y nadie sin su
permiso podrá traducirla, ni reimprimirla, en España, ni en ninguno de los países con los cuales haya
celebrados ó se celebren tratados internacionales de
propiedad literaria.
Los Comisionados d e la Sociedad de Autores Españoles son los encargados exclusivamente de conceder
ó negar el permiso de representación, como también
del cobro de los derechos de propiedad.
Queda hecho el depósito que marca la ley.
ACTO
E L
PRIMERO
J U I C I O
ACTO
Bíl
1-K
PRIMERO
Sala baja en el castillo-palacio de Ruydiaz
En el testero del fondo, hacia la izquierda, casi j u n t o
al ángulo, una puerfa de gran tamaño y altura de
arquitectura del Renacimiento, cerrada por batientes practicables, en uno de los cuales hay un postigo también practicable. Al comenzarla escena VII
los criados abren la puerta en toda su a n c h u r a .
Eu la pared de la derecha, segundo término, puerta
que conduce á una galería ó claustro bajo: en primer termino, otra pequeña. Entre ambas, lujosos
muebles de la época, y un canapé de corto tamaño,
portátil. Eu la pared, retratos d e Duque ó Duquesa
de Ruydiaz (siglo \v¡ ó'xvn).
Eu la pared de la izquierda, primer término, una puerta de estilo gótico, con montante alto practicable,
conduce á la sacristía del oratorio del palacio.
Junto al portalón del fondo, una alacena; frente á la
entrada de la sacristía, una mesa y dos sillas. Arcones ó bancos de nogal en los sitios no ocupados
por los muebles que se inaicaD.
Es d e noche. Comienza el acto en completa obscuridad.
Derecha é izquierda se entienden del espectador.
ESCUNA l'liíMERA
JUAN PABLO
Jli'AN PABLO y R E G I N A L D O , que entran f u r t i v a m e n t e por el
m o n t a n t e de la puerta de la sacristía; descienden apoyando
pies y manos en los relieves escultóricos de l a j a m b a y en un
mueble próximo. Avanzan luego hacia la derecha hasta q u e son
sorprendidos por MONEGRO, CHACÓN, ANDRÉS, dos CRIADOS y dos GT'ARDAS.
S i g a m o s . T e m o q u e h a g a n r u i d o los c o m p a ñ e r o s q u e n o s g u a r d a n la r e t i r a d a e n el
patio.
REGINALDO
N o h a y e u i d a d o . (Guiándole en la obscuridad
REGINALDO
hacia "la derecha.) X o n e c e s i t o l u z , n i s i q u i e r a
(Asoma el primero por el montante.) P o r a q u í v a -
m o s b i e n . . . ¿Qué dices?
ojos, p a r a r e v o l v e r m e p o r todos los a p o s e n tos y e s c o n d r i j o s d e este g r a n d í s i m o caserón
d e R u y d í a z . (Próximo á la puerta grande de la d e -
JUAN PABLO
recha.) A h o r a p o r e s t a p u e r t a . . . (Oye de impro-
Yo n a d a . T ú d i r i g e s , R e g i n a l d o . l i s t a
a v e n t u r a p e l i g r o s a no e s cosa m í a . V e n g o
por a y u d a r t e .
viso r u m o r de gente que avanza, y distingue claridad.
Detiéuese aterrado.) ¡ F u e g o d e D i o s ! . . .
Viene
g e n t e con l u c e s . . . ¡ A t r á s !
REGINALDO
JUAN PABLO
A u n q u e a s í sea, t ú m a n d a s s i e m p r e .
(Furioso.) ¡Bestia, m e h a s t r a í d o p o r el p e o r
sitio!
JUAN PABLO
(Habla con algunos que vienen tras él.) N O
pa-
s é i s v o s o t r o s . V o l v e d al patio y e s p e r a d . . .
(A Reginaldo.) ¿ D ó n d e e s t a m o s ?
•
REGINALDO
VOCES DENTRO
(Por la derecha.) ¡ L a d r o n e s ! . . . ¡Por a q u í !
JUAN PAULO
(Con rabia.) ¡Olí, M o n e g r o y SU r o n d a ! (Atur-
E n la s a l a q u e a n t e s l l a m a b a n d e L i n a j e s
y ahora de Audiencias.
nario.)
(Descienden al esce-
didos en la obscuridad no aciertan con la salida. Juan
Pablo trata de a b r i r el postigo de la puerta del foro.)
Por aquí saldremos al patio.
REGINALDO
ANDRÉS
¡Alto, bellacos!
¡Estará cerrado!
JUAN
CRIADO
PABLO
(Forcejeando por a b r i r el postigo.)
¡Alto la cuadrilla!
¡Fatalidad!
CRIADO 2.°
VOCES DENTRO
( P o r el f o n d o . ) ¡ P o r l a c a p i l l a , p o r
(Reconociendo la estancia.) ¡ N a d i e !
el p a t i o !
ANDRES
REGINALDO
(Viendo á Juan Pablo.) ¡ U n o !
(Con pánico, encaramándose al montante por d o n de entraron.) ¡ P o r a q u í , J u a n
JUAN
Pablo!
CRIADO
PABLO
(Confuso.) ¡ P o r d ó n d e . . . r a y o ! (sin ver á s o
(Con a s o m b r o ,
Pablo!
reconociéndole.) ¡ O h ! . . .
¡Juan
CRIADO 2.°
compañero.) ¡ R e g i n a l d o !
Daos preso.
REGINALDO
JUAN PABLO
(Desde arriba.)
¡Salta,
v u e l a ! (Se escabulle,
desaparece. Las voces suenan en la derecha muy próximas.)
(Sacando la espada.) G a n a p a n e s , a t r e v e o s c o n migo.
MONEGRO
JUAN
PABLO
(Requiere la espada arrostrando lajsituación.) \
e s t a r d e . S e a lo q u e D i o s
la derecha Andrés y dos
Criados
a
q u i e r a . (Entran por
con palos.)
(Entra, por el postigo del fondo, seguido de Chacón
y dos Guardas; éstos con escopeta. Uno trae un farol.)
A q u í e s t á n . (Reconociéndole.) ¡ O h , v i s i ó n o d i o sa!... tú... ¡J u a n Pablo Cien fuegos...!
Yo soy.
No m e i m p o r t a q u e e l l o s e s c a p e n , si he
cogido al l a d r ó n p r i n c i p a l . (Juan Pablo, cruza-
ANDRÉS
E n t r ó e n l a r a t o n e r a y n o a c e r t a b a con l a
salida.
CHACÓN
CHACÓN
L o s d e m á s d e la c u a d r i l l a h u y e r o n saltando las t a p i a s de ese patio. A l g u n o caerá.
MONEGRO
(A Juan Pablo.) T u p e r v e r s i d a d n o se detiene a n t e n i n g ú n respéto. Te atreves á profan a r l a m a n s i ó n de n u e s t r a m u y a m a d a y
b e n d i t a s e ñ o r a . E r e s b r u t a l y g r o s e r o e n demasía.
JUAN PABLO
Y a s e v e r á lo q u e soy. E n t a n t o , s e ñ o r
M o n e g r o , sed vos c o m e d i d o ; s e d p r u d e n t e . . .
MONEGRO
(Coa violenta ira.) ¡ E n t r é g a t e ó m u e r e s a h o -
MONEGRO
L a d r ó n he d i c h o . . . l a d r ó n d e h o n r a s .
CHACÓN
P r e g u n t a d d e l caso á v u e s t r a h e r m o s a h i j a
Irene.
MONEGRO
¿ H a s v e n i d o á r o b a r m e á mi h i j a , i n fame?
(Fríamente.) No os d i r é q u e sí: no os d i r é
qife no.
MONEGRO
JUAN PABLO
tantos.
(Arroja la espada, que recoge Chacón.) M Í S c o m p a -
ñ e r o s s a b e n h u i r ; yo n o .
(A Monegro, oficiosamente.) Si m e d a i s licencia, os d i r é q u e n o h a e n t r a d o a q u í J u a n
P a b l o p o r m ó v i l de robo, s i n o por i n c i t a t i v o
de a m o r e s .
JUAN PABLO
r a m i s m o , loco!
Sí q u e lo s o y . N a d a p u e d o c o n t r a
do de brazos y mirando al suelo, rio contesta á la injuria.)
¡ A h ! T u i n s o l e n c i a e s m á s i n j u r i o s a poín o h a b l a r con c l a r i d a d . R e s p o n d e á mi preg u n t a . . . pronto. s
JUAN PABLO
JUAN PABLO
(Pausa.
Desdeñoso le mira
fijamente.)
¡ Clari-
d a d ! . . . ¿ P a r a q u é l a q u e r é i s , si n o la u s á i s
n u n c a e n el g o b i e r n o y a d m i n i s t r a c i ó n de
los e s t a d o s de R u y d í a z ?
Y m á s , m á s ; s e g u i d la c u e n t a .
CHACÓN
É l m a t ó a l h i j o d e Don L o p e .
MONEGRO
JUAN PABLO
¡Villano!
.1UAN PABLO
¡ V i l l a n o yo!
Sí, s í . . . y á Bonifacio C o r t é s .
MONEGRO
P o r la c o n d u c t a , y a q u e n o p o r e l n a c i m i e n t o . D e s h o n r a s t u n o m b r e , d e s h o n r a s tu
o r i g e n h i d a l g o . N o e s p e r e p i e d a d el desalm a d o a v e n t u r e r o , s i n l e y n i c o n c i e n c i a , el
b u r l a d o r do todos los r e s p e t o s d i v i n o s y h u manos.
Gil AGÓN
MONEGRO
Y a veis qué cinisjno.
CHACON
(Aparte á Monegro.) I n t e r r o g a d l e con m a l i c i a ,
s e ñ o r . S u silencio q u i z á s s i g n i f i c a q u e ha
traído intención m á s alta q u e enamoriscar á
las d o n c e l l a s d e l a s e ñ o r a .
S u s e n d i a b l a d a s a v e n t u r a s h a n q u i t a d o la
MONEGRO
paz á e s t o s p u e b l o s .
MONEGRO
Él es q u i e n h a s o l i v i a n t a d o á los p a s t o r e s
d e l T o r a l p a r a q u e se r e b e l e n c o n t r a m í .
(Alto.) D i m e : ¿ i g n o r a b a s q u e l a D u q u e s a
nuestra señora y su amiga la Marquesa de
C l a v i j o h a n ido al m o n t e á coger l a v e r b e n a
p o r s e r é s t a l a m i l a g r o s a n o c h e de S a n J u a n ?
ANDRÉS
Y q u i e n a s a l t ó el c o n v e n t o p a r a r o b a r á l a
n o v i c i a D o ñ a L e o n o r de A n d u e z a .
JUAN PABLO
Lo ignoraba.
MONEGRO
¿Creíste, pues, que las señoras
aquí?
estaban
gusto grave, miedo repentino, ó sorpresa
f u e r t e , p u e d e n q u i t a r l e la v i d a y p r i v a r n o s
de u n a s e ñ o r a t a n b u e n a ? ¿Ño s a b e s . . . ?
(Entra Don Guillén por la derecha, segando término,
presuroso, abrochándose la chupa y acomodándose la
peluca.)
JUAN PABLO
A s í lo p e n s a b a .
CHACÓN
ESCENA II
(Aparteá Monegro.) Y a v e i s . . . Bien p u d o s e r
q u e el g a v i l á n e n t r a s e p o r a l g u n a p a l o m a
de a l t o n a c i m i e n t o .
MONEGRO
¡ A h , v i l ! ¿ y n o p e n s a s t e e n el susto, y sobresalto de la Duquesa nuestra señora?
Los mismos, DON GUILLÉN
DON G U I L L É N
(Con ira muy bien fingida.) ¿ D ó n d e está, d ó n d e
e s t á ese b e r g a n t e ? . . . ¿ H a y m a y o r d e s v e r güenza?.
MONEGRO
JUAN PABLO
A q u í le t e n é i s .
C r e í p o d e r e n t r a r y s a l i r sin t u r b a r s u
descanso.
MONEGRO
A q u í le h e m o s cogido.
Airado.) M e n g u a d o , d e b i s t e c o n s i d e r a r q u e
la s e ñ o r a , por c a u s a d e s u n a t u r a l d e s m e drado y mísero, tiene la vida pendiente de
u n c a b e l l o . . . v i d a infeliz, q u e m á s b i e n parece m u e r t e d i s i m u l a d a . . . (Juan Pablo oye esta
admonición, inmóvil, fija la vista en el suelo.)
ANDRÉS
¿No
sabes q u e c u a l q u i e r emoción, cualquier dis-
CHACÓN
Yo le recogí la e s p a d a .
DON GUÍLLÉN
(Quitándosela á Chacón.) Y COll e l l a
misma,
con s u propio acero, q u e c i ñ e i n d i g n a m e n t e
y c o n t r a t o d a l e y d e c a b a l l e r í a (Apnntándoieai
pecho), y o le d a r í a m u e r t e a q u í m i s m o , si n o
p e n s a r a q u e e s m e j o r d e j a r l e al c a s t i g o l e n to d e l a j u s t i c i a . ¿ P e r o q u é h a c é i s q u e 110 llam á i s al i n s t a n t e al s e ñ o r C o r r e g i d o r ?
MONEGRO
A n d a d con t i e n t o , q u e e s a s t u t o ,
rio, d e m u c h a m a l i c i a . . .
temera-
DON GUILLEN
MONEGRO
Antes quiero yo interrogar á personas que
e s t á n e n el c a s t i l l o . H a b l a r é con m i h i j a .
Q u e m e b u s q u e el g e n i o y v e r á . . . M a r c h a d sin r e c e l o . Con m i c a b e z a r e s p o n d o do
su seguridad.
DON GU1LLÉN
MONEGRO
(Con fingida premura.) P e r o n o v a c i l é i s . . . ¡Vay a que tenéis cachaza!
(Distribuye la fuerza para la custodia de la estancia. Manda salir á los dos Guardas por el fondo.) V o s -
o t r o s g u a r d á i s e s t a e n t r a d a p o r el v e s t í b u l o .
MONEGRO
He d e d i s p o n e r
diado.
que
quede bien
(Salen los dos Guardas.)
custo-
DON GUILLÉN
D e e s o rae e n c a r g o y o . (Blandiendo la espada.;
Y a v e r á c ó m o l a s g a s t o . I d o s p r o n t o y llevaos á toda esta g e n t e .
DON GUILLEN
C o l o c a d m e á los d e m á s e n l a g a l e r í a .
MONEGRO
(Á los dos Criados.) V o s o t r o s c u s t o d i á i s l a g a l e r í a . (Salen los dos Criados.)
MONEGRO
(Dudando.) Pei'O...
DON GUILLEN
D e j a d m e solo con é l . (Con misterio.) Y o s a bré sonsacarle la verdad.
DON GUILLEN
(Por Chacón y Andrés.) ¿ Y é s t o s ?
MONEGRO
Q u e d a n a q u í como c e n t i n e l a s de v i s t a .
DON GUILLEN
No
es
n e c e s a r i o . (Aparentando indiferencia.)
(Colérico, accionando con la espada.) Q u e
mon-
Pero quédense... Apartarse á las puertas,
q u e de o t r o m o d o no p o d r í a y o h a c e r l e c a n tar...
téis f u e r a l a g u a r d i a os m a n d o . . . y no me
obliguéis á repetirlo.
MOÑKGRO
CHACON
(Señalando á Andrés la puerta de la derecha y á
Chacón la del fondo.) T ú a q u í . . . A q u í t ú . (A
Don Guillen.) A v u e s t r o c u i d a d o lo d e j o .
DON GUILLEN
l i s t a d bien s e g u r o de q u e s a b r é s o n d e a r l e .
MONEGRO
C e n t i n e l a s de v i s t a
dijo. (Obedeciendo de
mala gaua.)
DON GUILl.ÉN
Ue v i s t a , p e r o n o d e o í d o . ¡ F u e r a ! (salen
Chacón y el Criado por el postigo. Don Guillen corre el
cerrojo.)
ESCENA III
(Aparte a Chacón en la puerta derecha.) V i g í l a m e
b i e n a l p r e s o . . . y á s u g u a r d i á n , q u e de éste
no m e fío.
J U A N PABLO, DON G U I L L É N
CHACÓN
DON G L I L L É N
\ a . . . (Vase Monegro por la derecha.)
DON GUILLEN
(Observa á Monegro desde la puerta hasta perderle
de vista. Vuélvese luego imperiosamente á Chacón y
á Andrés.) T ú , C h a c ó n , y t ú , A n d r é s , d e s p e j a d p r o n t o . (Les señala la puerta dpi fondo.)
CHACÓN
K1 s e ñ o r Don D á m a s o nos o r d e n ó . . .
( Apoyándose eu la espada, como en un bastón, cambia de fisonomía, poniéndola risueña.) Y a e s t a m o s
solos. D i la v e r d a d : ¿ c u a n d o m e v i s t e l l e g a r
t a n fiero, y p o n e r t e al pecho l a e s p a d a , creíste que venía de veras?
JUAN PABLO
T a n bien h a b é i s h e c h o v u e s t r o p a p e l q u e
lo creí, s e ñ o r Don G u i l l é n .
DON GUILLEN
No
es
n e c e s a r i o . (Aparentando indiferencia.)
(Colérico, accionando con la espada.) Q u e
mon-
Pero quédense... Apartarse á las puertas,
q u e de o t r o m o d o no p o d r í a y o h a c e r l e c a n tar...
téis f u e r a l a g u a r d i a os m a n d o . . . y 110 me
obliguéis á repetirlo.
MOÑKGRO
CHACON
(Señalando á Andrés la puerta de la derecha y á
Chacón la del fondo.) T ú a q u í . . . A q u í t ú . (A
Don Guillen.) A v u e s t r o c u i d a d o lo d e j o .
DON GUILLEN
l i s t a d bien s e g u r o de q u e s a b r é s o n d e a r l e .
MONEGRO
C e n t i n e l a s de v i s t a dijo. (Obedeciendo de
mala gaua.)
DON GUILl.ÉN
Ue v i s t a , p e r o n o de oído. ¡ F u e r a ! (salen
Chacón y el Criado por el postigo. Don Guillen corre el
cerrojo.)
ESCENA III
(Aparte a Chacón en la puerta derecha.) V i g í l a m e
b i e n a l p r e s o . . . y á s u g u a r d i á n , q u e de éste
no m e fío.
J U A N PABLO, DON GU1LLÉN
CHACÓN
DON G l I L L É N
\ a . . . (Vase Monegro por la derecha.)
DON GUILLEN
(Observa á Monegro desde la puerta hasta perderle
de vista. Vuélvese luego imperiosamente á Chacón y
á Andrés.) T ú , C h a c ó n , y t ú , A n d r é s , d e s p e j a d p r o n t o . (Les señala la puerta dpi fondo.)
CHACÓN
K1 s e ñ o r Don D á m a s o nos o r d e n ó . . .
( Apoyándose eu la espada, como en un bastón, cambia de fisonomía, poniéndola risueña.) Y a e s t a m o s
solos. D i la v e r d a d : ¿ c u a n d o m e v i s t e l l e g a r
t a n fiero, y p o n e r t e al pecho la e s p a d a , creíste que venía de veras?
JUAN PABLO
T a n bien h a b é i s h e c h o v u e s t r o p a p e l q u e
lo creí, s e ñ o r Don G u i l l é n .
DON GUILLÉN
P e r o ¿no m e t e n í a s p o r a m i g o d e s p u é s d e
h a b e r cazado j u n t o s e n esos m o n t e s ?
JUAN PABLO
Sí; p e r o p e n s é q u e el s e ñ o r p o n G u i l l e n
e s t a b a e n o j a d o c o n m i g o p o r . . . ¿ y a n o se
acuerda?... L a ú l t i m a vez que nos vimos,
c u a n d o d e l monte- b a j a m o s á r e f r e s c a r en la
alquería...
DON GUILLÉN
sed, m a ñ a n a y t a r d e , q u e p a r a r e m e d i a r o s
h a b é i s p r e v e n i d o u n depósito del t o s t a d i l l o
de l a t i e r r a e n los d i s t i n t o s l u g a r e s q u e f r e c u e n t á i s . U n a de e s t a s b o d e g ü e l a s t e n é i s e n
la a l q u e r í a de T o r a , o t r a en el m o l i n o la
t e r c e r a e n la g u a r d e r í a , la c u a r t a e n Tordelepe...
DON GUILLEN
(Dirigiéndose á la alacena, q u e a b r e con llave ) Y
Ja p r i m e r a d e todas, la b o d e g a m a t r i z , a q u í
d o n d e paso m i s p r i m a s n o c h e s . . . {s¡iC¡) , ) 0 t e l l ; i
y vasos.
Ya ves qué á punto...
(Lo pone en la
mesa y escancia en dos vasos.) D e s p u é s d e t a l d e (Recordando.) Y a ,
ya...
r r o c h e de c o r a j e , v i e n e bien u n r e f r e s q u i l J o . . .
JUAN PABLO
Charlando y bebiendo me desmandé un
poco... y s i n s a b e r l o . q u e decía, os l l a m é . . .
b o r r a c h o . (Don Guillen rie.) Creí q u e no m e h a bíais p e r d o n a d o .
JUAN PABLO
L o a g r a d e z c o . (Se sienta v bebe. Don Guillen
reconoce las puertas.)
DON GUILLÉN
DON GUILLÉN
¡ T o n t o ! No m e o f e n d i ó el feo n o m b r e . Me
t e n g o , sí, p o r el m á s b r a v o bebedor d e l m u m
do; p e r o j a m á s p i e r d o el s e n t i d o n i l a dignidad.
JUAN PABLO
No o l v i d o lo q u e m e c o n t á s t e i s a q u e l d í a .
Tan imperiosa es en v u e s t r a s e n t r a ñ a s l a
(Volviendo á la mesa.) Y a h o r a . . . p a r é c e m e
q u e merezco t u s i n c e r i d a d . (Bel*.;
JUAN PABLO
Cierto.
DON GUILLÉN
S e ñ o r g a v i l á n : la p a l o m a e s I r e n e .
DON GUlLLÉN
I r e n e e s la p a l o m a , y y o e l g a v i l á n . . . a p a r e n t e : el real es otro.
DON GUlLLÉN
¿Cómo?
P u e s y a te h a caído q u e h a c e r .
JUAN PABLO
¡ D e s d i c h a s de l a a m i s t a d !
DON GUlLLÉN
JUAN PABLO
Ved de qué m a n e r a tan tonta me encuentro e n e s t e g r a v e c o m p r o m i s o . L a h i j a d e
M o n e g r o t i e n e a m o r e s con R e g i n a l d o , q u e y a
s a b é i s e s m i m e j o r a m i g o ; a m o r e s q u e ahog a d o s e n el secreto h a n crecido h a s t a l a e x a l tación. Hace u n a hora me encontraba yo tan
t r a n q u i l o e n m i casa, c u a n d o e n t r a Reginaldo: "¿Quieres a y u d a r m e en u n a broma
m u y pesada?...« «¿Contraquién?„lepregunto ' " C o n t r a Monegro.,, A l oir y o " c o n t r a
Monegro„ se m e encendió la sangre. "Voy á
robar á Irene,,, m e dijo Reginaldo m o s t r á n • d o m e u n a c a r t a de e l l a . No n e c e s i t é s a b e r
m á s y ciego m e l a n c é á l a p a r t i d a . T o d o f u é
m u y m a l dispuesto. E n t r a m o s por la m u r a lla de a b a j o , s a l t a m o s á e s e p a t i o , l u e g o á l a
c a p i l l a . . . A q u í f u i m o s s o r p r e n d i d o s . Regin a l d o p u d o e s c a p a r : yo n o d i con l a s a l i d a ,
y aquí m e tenéis cautivo, acusado...
L e a l a b o el g u s t o á R e g i n a l d o . I r e n e es
l i n d a . . . u n p o q u i l l o p i z p i r e t a . . . Yo e m p e c é á
cortejarla; pero su coquetisino prolongó las
r e s i s t e n c i a s m á s d e lo q u e t o l e r a m i c a r á c t e r
vivo, y m e d e d i q u é á R o s a u r a , q u e e s m á s
ingenua, más...
JUAN PABLO
¿Y y a la tenéis rendida?
DON GUlLLÉN
Casi, c a s i . E n s u m a , q u e te h a s m e t i d o e n
l a boca del lobo, p o r a b o r r e c i m i e n t o a l lobo
m i s m o . ¡ D u r o e n él!
JUAN PABLO
C o n r a b i a y f u r o r o d i a m o s á Monegro todos los h a b i t a n t e s del s e ñ o r í o .
DON GUlLLÉN
T i r a n o es de vosotros y d e la p r o p i a D u q u e s a L a u r a , m i s o b r i n a . De tal m o d o le a b -
s o r b e l a v o l u n t a d , q u e el v e r d a d e r o s e ñ o r
de Ruydíaz es ese insolente leguleyo.
JUAN
Y a q u í le s a l e al prócer el c a s t i g o d e s u s
pecados, le sale M o n e g r o . . .
PABLO
M o n s t r u o de c r u e l d a d , de s o r d i d e z ,
de
DON GUILLÉN
grosería...
(Con tristeza.) ¡A q u i é n se lo c u e n t a s , h i j o !
Si t u c o m p a s i ó n b u s c a l a v í c t i m a m á s l a s t i m o s a de ese renegado, a q u í tienes al noble
Don Guillén de Berlanga, segundón de la
c a s a d e G u z m á n , el c u a l de los f a v o r e s m á s
a l t o s de l a f o r t u n a h a d e s c e n d i d o á p o b r e z a
d e n i g r a n t e . No s a b e el i l u s t r e s e ñ o r si c u l p a r de s u d e s g r a c i a al D e s t i n o , ó á s u p r o p i a
liberalidad, grandeza y descuido...
Q u e de e s t a noble r e s i d e n c i a hace m i P u r g a t o r i o . ¡ A y , hijo! p a r a u n h o m b r e de a l t o
n a c i m i e n t o n o h a y p e n a m á s dolorosa q u e
la h u m i l l a c i ó n . . . E s e b á r b a r o s a t i s f a c e s u s
rencores plebeyos escarneciendo mi nobleza
y c u b r i é n d o m e de i g n o m i n i a . F i g ú r a t e q u e
h a l i m i t a d o e l socorro al plato d i a r i o e n l a
m e s a , y á u n a m u d a de r o p a c a d a a ñ o , a g r e g a n d o p a r a m i e s p a r c i m i e n t o el t e n e r bien
s u r t i d a s m i s cinco t a b e r n i l las, y d á n d o m e
r a c i o n e s m u y t a s a d a s de tabaco d e s e g u n d a .
JUAN PABLO
(Saca la tabaquera y tom.i un polvo: después s u s pira.)
DON GUILLEN
JUAN PABLO
C u l p e á todo y a c e r t a r á .
¡Villano!
DON GUILLEN
DON GUILLEN
P u e s el p r ó c e r caído s e v i ó p r e c i s a d o á ped i r u n t e c h o y u n pedazo d e p a n á s u exc e l s a s o b r i n a , la p o d e r o s a d u e ñ a d e estos
e s t a d o s , L a u r a de L a C e r d a y G u z m á n , D u q u e s a de R u y d í a z . . .
Y q u e n o e m p l e o y o pocos artificios p a r a
g a n a r s u confianza y a b l a n d a r s u dureza.
Soy u n consumado histrión para revestirme
de apariencias semejantes á las suyas... y
m e finjo c r u e l , h i p ó c r i t a ; a v a r i e n t o , d e s p ó -
tico con los débiles, l i s o n j e r o con los poder o s o s . . . E n fin, y a v i s t e c ó m o e n t r é a q u í
esta noche...
JUAN PABLO
A la perfección le i m i t a b a i s . P a r e c í a i s él
mismo...
DON GUILLEN
rifcti lo n e c e s i t a p a r a c o n s o l a r s e á sí p r o p i a ;
t o d a s s u s voces p a r a q u e j a r s e d e s u s c o m plicadas desdichas naturales. Y ahora está
desconocida, p u e s de los quince, á los v e i n titrés años daba lástima verla... enteramente b a l d a d i t a . . . P o r eso n o se h a c a s a d o . . . N i
se casará va.
JUAN PABLO
(Recobrando su buen humor.) E n
fin,
hijo...
para adormecer estas penas, llenémonos de
filosofía. (Llena los vasos.) B e b a m o s á l a sal u d . . . (Vacilando.)
JUAN PABLO
¿De q u i é n ?
DON GUILLEN
De n u e s t r o a u g u s t o M o n a r c a el g r a n C a r los I I I , R e y m a g n á n i m o . . . y
filosófico...
JUAN PABLO
; Infeliz s e ñ o r a ! . . . Sólo dos v e c e s la he v i s to: u n a t a r d e e n el baile c a m p e s t r e q u e dim o s e n B r i l u e n g a ; o t r a e n l a procesión d e
S a n Q u i r i c o . . . ¡Oh! a q u e l l a figura l a s t i m o s a , q u e n o p a r e c e t e n e r v i d a m á s q u e e n los
ojos, m e llenó el a l m a d e a m a r g u r a .
DON GUILLÉN
¿No t e p a r e c e q u e d e b e m o s b r i n d a r
ella?
por
JUAN PABLO
P o r el R e y . (Beben.) ¿ Y c ó m o la s e ñ o r a D u q u e s a , i m a g e n del p o d e r r e a l , p e r m i t e q u e
v i v á i s e n tal h u m i l l a c i ó n ?
DON GUILLEN
¿ Q u é p u e d e h a c e r la p o b r e c i t a L a u r a ,
a f l i g i d a d e t a n a c e r b o s a c h a q u e s e n lo m e j o r
d e s u e d a d , ¡veinticinco a ñ o s ! Todo s u espí-
Sí, SÍ.
DON GUILLÉN
(Sobresaltado porque ha oído algún ruido en las
habitaciones d e ia derecha. ¡ S i l e n c i o ! . . . (Guarda
rápidamente en la alacena botella y vasos.)
JUAN PABLO
¿Qué?
DON GUILLEN
JUAN PABLO
Nos oyen.
¡ B o r r a c h o ! (En voz baja.
ofende?
JUAN PABLO
Sí; creí s e n t i r p a s o s .
(En voz baja.) Di b e b e d o r .
E l t a i m a d o Monegro es de los q u e acec h a n t r a s de l a s puertas..,.
JUAN PABLO
¡Bebedor, tonel v i v i e n t e ! . . . D e s a r m a d o
s a b r é y o d e s g a r r a r con m i s u ñ a s y m i s
d i e n t e s t u p a n z a , y b e b e r é todo el v i n o q u e
corre por t u s venas.
JUAN PABLO
Disimulemos.
DON GUILLEN
(En voz baja.) T ú h a c e s c o m o q u e te r e b e l a s
c o n t r a m í . . . Yo fingiré q u e q u i e r o a t r a v e s a r t e el c o r a z ó n .
JUAN PABLO
me
g u a r d a r é i s , no, s e ñ o r Don G u i l l é n de Berl a n g a , p a r a q u e cebe e n m í s u c r u e l d a d e s e
tigre carnicero!
DON GUILLÉN
(Blandiendo la espada, gritando desaforadamente.)
¡Repórtate, canalla!
os
DON GUILLEN
DON GUILLEN
(Con figurada ira y descompuesta voz.) ¡ N o
¿Borracho
DON GUILLÉN
(Advirtiendo que se mueve la hoja de la puerta, re-
dobla su furor.) Yo d e s p r e c i o t u s r i d i c u l a s brav a t a s , m i s e r a b l e r a t ó n c a m p e s i n o . (Ve á Doña
Teresa q u e ha entrado lentamente.) ¡ A h . . .
h a b é i s d a d o flojo s u s t o !
110 110S
Tesimandro,
que ahora estamos
p a r a r e p r e s e n t a r l a e n el j a r d í n .
ESCENA IV
J U A N PABLO, DON G Ü I L L É N , D O Ñ A T E R E S A , q u e e n t r a por
la derecha, primer término. Viste de negro, con escofieta eleg a n t e , también negra. T r a e ridículo, pendiente de l a cintura.
ensayando
DOÑA TERESA
(Con modestia.) ¡Oh!...
DOÑA TERESA
DON GUILLEN
¿ P e r o estos g r i t o s son f u r i a de los corazon e s ó s i m u l a c r o d e los i n g e n i o s ?
Y a d e m á s mi aliada. Has de saber q u e
a q u í , con a c t i v i d a d sigilosa, c o n s p i r a m o s .
DON
DOÑA TERESA
GUILLES
F i g u r a c i ó n ha sido, (A Juan Pablo.) N o tem a s á e s t a i l u s t r í s i m a d u e ñ a . T a m b i é n le
o d i a c o r d i a l m e n t e . E s de m i p a r t i d o .
DOÑA
¿ T i e n e relación la p r e s e n t e a v e n t u r a de
este mozo con l a s a l g a r a d a s d e a l g u n o s p u e blos, q u e á todo t r a n c e q u i e r e n s a c u d i r l a
t i r a n í a d e l m a l d i t o Don D á m a s o ?
TERESA
JUAN PABLO
(Benévola.) Y a , y a m e h a n e n t e r a d o d e - e s t e
escándalo y de la c a p t u r a del escandalizador.
(Mirando con anteojos á Jnan Pablo.)
¡All!
J u a n P a b l o C i e n f u e g o s , el q u e t r a e r e v u e l tos los e s t a d o s de R u y d í a z . . .
DON
GUILLEN
(Presentándola.) D o ñ a T e r e s a d e A r g o t e , a y a
y c a m a r e r a m a y o r d e L a u r a , filósofa y poet i s a , a u t o r a d e la P a s t o r e l a d e Alcimna
y
¡Oh! n o : n i n g u n a r e l a c i ó n .
DON GUILLEN
L a relación l u e g o v e n d r á . . . Y le t e n d r e m o s á n u e s t r o lado si c o n s e g u i m o s sacarlede e s t e a t o l l a d e r o .
DOÑA TERESA
(Con misterio á Don Guillén.) E n c a r t a q u e llO.y
lie recibido de P e ñ a l b a , m e d i c e n q u e a n d a n
allí m u y a l b o r o t a d o s .
DON GUILLÉN
Chitón.
JUAN PABLO
H a b l a d s i q u e r é i s , q u e y o no he de v e n deros.
DOÑA TERESA
E n p u r i d a d , que* v u e s t r o s fines al
venir
aquí, son...
JUAN PABLO
D e s d e m i e s t a n c i a e s c u c h a b a y o los a l a r i dos de ese s a c r i p a n t e r e p r e n d i e n d o á s u
h i j a , y el sollozar l a s t i m e r o d e I r e n e . L a
curiosidad, contra quien nada podemos las
m u j e r e s , m e l l e v é p o r el c o r r e d o r a d e l a n t e ,
y sin pensarlo ni sentirlo acercáronse mis
pies á l a p u e r t a b l a n d a m e n t e , y e s t a o r e j a
á u n a r e n d i j i l l a , p o r d o n d e t u v e conocim i e n t o de q u e la m o z u e l a e s c u r r e l i n d a m e n t e el b u l t o . . . ¡Y con q u é g r a c i a se sac u d e p a r a q u e el b a l d é n r e c a i g a en p e r s o n a s
más altas!
Ya podéis imaginarlos.
DON GUILLEN
DON GUILLEN
¡Comprendido!
El mujerío eterno...
JUAN PABLO
DOÑA TERESA
L a pobre d e f i e n d e s u h o n o r como p u e d e .
¡Oh, loca j u v e n t u d ! . . . L a s a p a r i e n c i a s ,
c o m o la p ú b l i c a voz e n la casa, a c u s a n á
Irene...
JUAN PABLO
Vos, s e ñ o r a , q u e a n d á i s p o r a h í d e n t r o ,
¿sabéis si Monegro ha interrogado á s u
hija?
DOÑA TERESA
Ahora u n a advertencia
a l i a d a , si q u e r é i s .
DON GUILLEN
Venga.
de amiga...
de
DOÑA
DON GUILLÉN
TERESA
De M o n e g r o n o d e b é i s e s p e r a r n a d a b u e n o .
C e l e b r e m o s el t a l e n t o d e e s t a s a p i e n t í s i m a d u e ñ a (Saca de nuevo la botella y llena tres va-
JUAN
PABLO
Me a h o r c a r á si l e d e j a n .
DOÑA
sos) t r i b u t a n d o u n h o m e n a j e r e s p e t u o s o á l a
filosofía. B e b a m o s á la s a l u d d e los r e y e s ,
filósofos.
(Juan Pablo ofrece un vaso á Doña Teresa.)
TERESA
DOÑA TERESA
V a y a n v u e s t r o s tiros a r r i b a ó a b a j o , esper a d de las damás la salvación.
DON
GUILLÉN
M u y bien d i s c u r r i d o .
DOÑA
TERESA
(A Don Guillen.) Q u e l e v e a m i s e ñ o r a y t a m bién l a M a r q u e s i t a q u e l a a c o m p a ñ a , la v i u d i t a , m u j e r m u y v a p o r o s a de cascos, n o v e l e s c a y a r c h i f a n t á s t i c a . (A Juan Pablo.) C o n eso
y con m u c h a s u t i l e z a e n lo q u e d e c l a r é i s ,
q u i z á s os s u e l t e n e s t a m i s m a n o c h e .
DON
GUILLÉN
Admirable juicio.
JUAN
(Haciéndose de rogar.) G r a c i a s : n o a c o s t u m bro...
DON GUILLÉN
(Brindando.) P o r l a m e t a o r i a de Don J o s é I,
R e y de P o r t u g a l y de los A l g a r b e s .
DOÑA TERESA
(Decidiéndose á beber.) Lo a c e p t o c o m o r e p a r o d e l e s t ó m a g o . (Impaciente por retirarse.) E a ,
no m e e n t r e t e n g o m á s . . .
DON GUILLÉN
Sí, d e b é i s r e t i r a r o s .
DONA TERESA
PABLO
No seré yo t a n feliz.
efl
rfS*®^
"O*0'
Nos v e r e m o s l u e g o , c u a n d o v u e l v a l a D u q u e s a . (A Juan Pablo.) ¡ B u e n a s u e r t e !
G r a c i a s , noble s e ñ o r a .
DOÑA TERESA
(airándose.) A d i ó s . . . y c u i d a d o con m i s
a d v e r t e n c i a s . . . (Vasepor la derecha, primer termino.)
JUAN PABLO
E s d e s p i e r t a , e r u d i t a en poesía v n ó v e l a s
en m o d a s y e l e g a n c i a s . H a v i v i d o l a r c a s
t e m p o r a d a s en P a r í s , y a l l í f r e c u e n t a b a
c o m e yo, el salón d e M a d a m e d e L E s p i n a s s e , c e n t r o de r e u n i ó n de los g r a n d e s fi 14sofos.
JUAN PABLO
S i , sí.
ESCENA V
¿ Y la d i c h o s a filosofía s e r v i r á p a r a q u e esa
d a m a s e i n t e r e s e por m í ?
DON GUILLÉN, J U A N PABLO
. DON GUILLEN
DON GUILLÉN
L a d u e ñ a filósofa, n u e s t r a A r i s t ó t e l e s con
t o c a s , e s t á e n lo cierto.
JUAN PABLO
¿Pero me salvarán las damas?
Ahora
q u e r e c u e r d o : á e s a M a r q u e s a -de C l a v i j o la
he visto yo.
DON GUILLÉN
¿Sí?
¡Qué sé y o l Si l;is d a m a s han de s a l v a r t e ,
pon toda t u e s p e r a n z a en m i s o b r i n a , la señ o r a y d u e ñ a de c u a n t o a q u í e x i s t e , la div i n a L a u r a , a l m a g r a n d e en c u e r p o mezq u i n o , toda nobleza, d u l z u r a y g e n e r o s i d a d .
JUAN PABLO
V á l g a m e , d e s p u é s de Dios, m i s e ñ o r a l a
Duquesa.
JUAN PABLO
DON GUILLEN
Y h e t e n i d o el h o n o r d e h a b l a r con e l l a .
F u é e n Otero, l a t a r d e de l a p r o c e s i ó n . . .
(Qae ha puesto atención á ruidos cercanos.) C a l l a .
JUAN
PABLO
JUAN PABLO
P o r el g r a n F e d e r i c o . (Beben.)
¿ V i e n e Monegro?
DON
DON GUILLÉN
GUILLEN
Siento pasos por ese patio... G u a r d a r e m o s
(Sintiendo r u m o r de gente por el fondo, cierra la
alacena.) x a v i e n e n .
e s t o . (Rápidamente lleva á la alacena botella y vasos.
Antes de guardarlos, llena dos de éstos, preparándose
á beber.)
JUAN
JUAN PABLO
¿Será la Duquesa y su comitiva?
PABLO
DON GUILLÉN
(Rechazando el vaso que le ofrece su amigo.) P e r -
j E s la, b e n d i t a L a u r a ?
d o n a d m e . No bebo m á s .
DON
GUILLÉN
„„
JUAN PABLO
-Ale d e s a i r a s c u a n d o te p r o p o n g o b e b e r
por el h o m b r e m á s g r a n d e d e l siglo? H a b í a m o s o l v i d a d o el m e j o r b r i n d i s .
JUAN
el K m ¡ 0
PABLO
(Con desaliento.) N o : e s l a c u r i a m a l d i t a .
ESCENA VI
J U A N PABLO, DON G U I L L É N , CHACÓN, T Ü R P Í N VAL LICIO
Alguaciles, Criado,, Guarda*, M r el fondo
'
(Cogiendo el vaso.) ¿ C l l á l ?
DON
CHACÓN
GUILLÉN
(Brindando con gran solemnidad.) P o r e l
gran
F e d e r i c o de P r u s i a , el p r i m e r filósofo e n t r e
Los r e y e s y el p r i m e r s o b e r a n o e n t r e los filósofos.
(Anunciando.) E l s e ñ o r C o r r e g i d o r d e R u y d i a z (A Turpin que tras él entra.) E l s e ñ o r M o n e -
gi-o h a d i s p u e s t o q u e s i c r e í a i s c o n v e n i e n t e
e m p e z a r la i n d a g a t o r i a e n el castillo
JUAN PABLO
TURPÍN
(Displicente le interrumpe.; ¿ C ó m o
COTI
venien-
En t r a m p a , por mi descuido.
te? i n d i s p e n s a b l e .
TURPÍN
VALLEJO
A l a b a d o s e a el S e ñ o r .
JUAN PABLO
¿Pues á qué hemos venido?
A Dios invoco p a r a q u e m e s e a n b l a n d a s
vuestras uñas.
CHACÓN
(A un criado que t r a e manojo de llaves.) A b r e l a
s a c r i s t í a , q u e e s pieza m u y r e s e r v a d a . (A otro
TURPÍN
criado ) T r a e d l u c e s . (Abre el criado la sacristía.
Quedan Cbacón y Vallejo hablando á la izquierda.
Turpin, después de bacer reverencia á Don Gui len q u e
se aparta á la derecha, dirígese á Juan Pablo.)
B l a n d a s n o s e r á n , así Dios m e a s i s t a , s i n o
d e acero y m u y a f i l a d a s . V a m o s a l l á . . . E l
r e o por d e l a n t e .
JUAN PABLO
TURPÍN
(A los guardias que le custodian.) Vosotros, fieles s a y o n e s , c u s t o d i a d m e bien, q u e al m e n o r
d e s c u i d o , v u e l o . (Precedido por criados con luces
Diablillo bandolero, ¿dónde estás?
JUAN
PABLO
e n t r a en la sacristía.)
(Avanzando hacia él.) A q u í , s e ñ o r
Turpín,
e s p e r a n d o v u e s t r a v i s i t a p a r a d a r o s u n poco
de g u e r r a .
TURPÍN
n o Tras
v u e lel
e slaa curia
l otroy criados.)
m u n d o ! . . . . (Entra
en ¡Como
la sacristía.
TURPÍN
¡ A h , t u n a n t e , al fin c a í s t e . . . !
•i'J
IRENE
ESCENA
Vil
A q u í n o e s t á . . . (Ansiosa.) ¿ L e h a n l l e v a d o
á la cárcel?
DON GTJELLÉN, MONEGRO, por la derecha segundo término
D02ÍA TERESA. IRENE, por la derecha primer término.
DOÑA TERESA
C r e o q u e 110. T e n c a l m a , I r e n i t a , - y a c ó g e te á l a d i v i n a P r o v i d e n c i a , p r o t e c t o r a s i e m pre de las a l m a s sensibles.
MONEGRO
(A los criados.) T r a e d l u c o s . A b r i d . (A Don
Guillen.) Y a t e n é i s a q u í á l a s e ñ o r a . (Abren
los criados la gran puerta del fondo.)
DON GU1LLÉN
IRENE
. ¡ A y de m í ! Me m u e r o de a n s i e d a d , de verg ü e n z a . ..
DOÑA TERESA
(Viéndole dirigirse á la sacristía.) Y y o
¿puedo
pasar?
N o t e m u e r a s d e n a d a y e s p e r a . (Colocando
cojines en el estrado.)
MONEGRO
IRENE
Mejor será que recibáis á vuestra sobrina.
Persuadidla'de que debe recogerse á s u s ha-
Y el c a s o e s r a r í s i m o . M J u a n P a b l o n i y o
somos culpables...
b i t a c i o n e s . (Entra en la sacristía.)
DOÑA
DON GUILLÉN
B i e n p e n s a d o . (Dirígese á la puerta del fondo,
d o n d e aparecen lacayos y criados con faroles. Otros
vienen por la derecha, segundo término, con candelabros, q u e dejan sobre los muebles. Entran por la d e recha primer término Irene y Doña Teresa.)
TERESA
Y a se v e r á n i ñ a , y a se v e r á . . .
(Óyese por el fondo r u m o r d e gente; se ve resplandor de hachas y faroles. Acude Don Guillen al e n cuentro de la señora; también Doña Teresa. Cargada
por lacayos con librea á los q u e preceden otros alumb r a n d o , llega á la puerta la primera litera, de la q u e
sale la Marquesa de Clavijo. Retirada la primera litera, vieue la segunda, de la cual sale penosamente,
ayudada por la Marquesa y Don Guillén, la Duquesa
Laura. Su ligura pequeña y desmedrada, su andar i n seguro, revelan una constitución física en extremo
débil, escasa soltura de miembros, respiración difícil.
Muy delgada de cuerpo, es el rostro diminuto y g r a cioso, con gran viveza d e ojos y expresión d e s u f r i miento. Se cubre con un magnífico abrigo d e seda
bordado d e colores y oro, con capuchón. Trae en la
mano un manojo de verbena. La Marquesa, m u j e r b o nita y airosa, lleva un abrigo semejante, de igual l u jo y riqueza, y también ramo. Avanza Laura por la
escena, apoyada en la de Clavijo y Don Guilléu. La
preceden lacayos y palafreneros con faroles de l u j o
formando eu dos alas. La siguen Calixto, Rosaura y
Doña Teresa. Calixto é Irene aproximan el canapé al
sitio en q u e ha d e sentarse la Duquesa hasta el fin del
acto.)
s a n d o siempre, y s i e m p r e c a n s a d a . De veras
o s d i g o q u e m e c a n s a el v i v i r m u r i e n d o .
LA MARQUESA
N o te q u e j e s , q u e
has estado m u y
bien.
DOÑA TERESA
(A Laura, muy cariñosa.) ¿ Y t ú s o l a h a s
do toda esa verbena?
cogi-
LA MARQUESA
Ella
sólita. N u n c a la vi tan ágil, ni
tan.
a l e g r e . (Recoge el manojo d e verbena v lo entrega á
Calixto.)
*
LAURA
ESCENA VIII
LA DUQUESA LAURA, LA MARQUESA D E CLAVIJO, DON
G U I L L É N , DOÑA T E R E S A , IRENE, ROSAURA, CALIXTO
Pajes, Mayordomos, Criados; después MONEGRO.
LA MARQUESA
¡Y q u é lindísimo, q u é gracioso el j u e g o
de los r a y o s de l u n a e n r e d a n d o e n t r e l a s
hojas!...
LA MARQUESA
Descansarás aquí un
Sí: m e sentía m u y bien. ¡Qué sosiego, q u é
tibieza en aquel ambiente!
ratito.
LAURA
Descausar, sí... esa
es
mi
vida.
Descan-
D e s p e r t a n d o los a r o m a s d o r m i d o s . . .
3
x
í
y
e
^
LA MARQUESA
LAURA
¡Y q u é r u m o r d e v i d a s o c u l t a s e n el silencio de la selva!...
LAURA
¡ I n c o m p a r a b l e ! C o g í a yo l a v e r b e n a con
t a n t o a f á n , c o m o si e n c a d a p l a n t i t a le q u i t a r a á la N a t u r a l e z a u n pedazo de v i d a p a r a
p o n é r m e l o á m í . (Se sienta.]
LA MARQUESA
¿ P a s t o r e l a s a h o r a ? No, p o r D i o s . . . Si t e n e m o s e n c a s a l a n o v e d a d d e u n l a d r ó n , ó cab a l l e r o d e la t u n a , q u e h a b é i s cogido y q u e r é i s c a s t i g a r , ¿ p o r q u é n o se le j u z g a y s e n t e n c i a d e l a n t e de n o s o t r a s ?
LAURA
MONEGRO
(Por la izquierda con gran reverencia.)
E n s a y a m o s d e d í a y e n el j a r d í n .
Señora,
e s m i p a r e c e r q u e V u e c e n c i a se r e t i r e á los
a p o s e n t o s a l t o s y p r o c u r e c o n c i l i a r el s u e ñ o .
LAURA
A p e n a s d u e r m o d e n o c h e : y a lo s a b e s .
E n g a ñ o m i s i n s o m n i o s con l a c o n v e r s a c i ó n
a m e n a y l a c o m p a ñ í a de m i b u e n a g e n t e y
de mi amiga.
MONEGRO
Arriba estaréis mejor. Puede la señora
dar u n nuevo ensayo á la Pastorela que ha
c o m p u e s t a D o ñ a T e r e s a , V q u e p e n s á i s rep r e s e n t a r el d o m i n g o .
Dice bien m i p r i m a . Y a q u e n o s ha caído
esa d i v e r s i ó n , a p r o v e c h é m o s l a .
MONEGRO
(Contrariado.) C o m o g u s t e l a s e ñ o r a . . . P e r o
yo creo...
LA MARQUESA
(imperiosamente.) B a s t a . T r a e d n o s i n m e d i a t a m e n t e á e s e reo, y con él á los a l c a l d e s y
ministriles.
LAURA
T r a e d l e , sí. E s ese m a l a cabeza q u e con
s u s l o c u r a s h a r e v u e l t o todo el s e ñ o r í o . ¿ S u
nombre...?
DOÑA TERESA
ESCENA IX
J u a n Pablo Cien fuegos.
Loe mismos; MONEGRO, T U R P I N , VALLEJO, J V A N PABLO
que entran por este orden; CHACÓN, Alguaciles, Guardas.
LAURA
(Hacieudomemoria.)
i á . . . SI...
MONEGRO
Yo m e atrevo á recomendar á
q u e violente su
la
señora
piedad...
LAURA
N o . . . s i 110 s i e n t o e n m í l a c l e m e n c i a ,
ni
(Al aparecer Juan Pablo, todas las miradas se fijan
en el. A izquierda y derecha de Laura, en una b a n queta baja, se sientan Irene y Rosaura, al cuidado de
su señora; detrás Doña Teresa y Don Guillen en pie. A
la derecha de Laura, la Marquesa en pie. La situación
de los d e m á s personajes ajustase al diálogo'. La servid u m b r e que ya estaba en escena y otros criados, p a j e s
y doncellas que acuden por curiosidad, se agrupan
en el fondo.)
la p i e d a d , n i la c o m p a s i ó n , n i n a d a de eso.
*
DOÑA TERESA
LA MARQUESA
Q u e s a l g a e l r«e o , q u e s a l g a .
*
(A Laura, deeiguando al reo.) ¿ Q u é
te
parece?
LAURA
LAURA
Orgulloso.
(Jovial. Q u e s a l g a . . . S a c a d l e p r o n t o . (Monegro hace reverencia y se va por la izquierda.)
LA MARQUESA
(Que se aproxima á la puerta de la sacristía, vuelve al lado de la Duquesa.) ^ t a l e t r a e n .
IRENE
¡Oh, a n g u s t i a mía!
LA MARQUESA
(A Laura.) A r r o g a n t e .
LAURA
Más le quisiera a r r e p e n t i d o .
TURPÉN
(Con profunda reverencia.) A l t a y p o d e r o s a s e -
DOÑA TERESA
ESCENA IX
J u a n Pablo Cien fuegos.
LAURA
(Hacieudomemoria.)
Loe mismos; MONEGRO, T U R P I N , VAELBJO, J O A N PABLO
que entran por este orden; CHACÓN, Alguaciles, Guardas.
i á . . . SI...
MONEGRO
Yo m e atrevo á recomendar á
q u e violente su
la
señora
piedad...
LAURA
N o . . . s i 110 s i e n t o e n m í l a c l e m e n c i a ,
ni
(Al aparecer Juan Pablo, todas las miradas se fijan
en el. A izquierda y derecha de Laura, en una b a n queta baja, se sientan Irene y Rosaura, al cuidado de
su señora; detrás Doña Teresa y Don Guillen en pie. A
la derecha de Laura, la Marquesa en pie. La situación
de los d e m á s personajes ajustase al diálogo'. La servid u m b r e que ya estaba en escena y otros criados, p a j e s
y doncellas que acuden por curiosidad, se agrupan
en el fondo.)
la p i e d a d , n i la c o m p a s i ó n , n i n a d a de eso.
*
DOÑA TERESA
LA MARQUESA
Q u e s a l g a e l r«e o , q u e s a l g a .
*
(A Laura, deeiguando al reo.) ¿ Q l l é
te
parece'/
LAURA
LAURA
Orgulloso.
(Jovial. Q u e s a l g a . . . S a c a d l e p r o n t o . (Monegro hace reverencia y se va por la izquierda.)
LA MARQUESA
(Que se aproxima á la puerta de la sacristía, vuelve al lado de la Duquesa.)
IRENE
¡Oh, a n g u s t i a mía!
le t r a e n .
LA MARQUESA
(A Laura.) A r r o g a n t e .
LAURA
Más le quisiera a r r e p e n t i d o .
TUR PIN
(Con profunda reverencia.) A l t a y p o d e r o s a s e -
ñora, el Corregidor de Ruydíaz, criado hum i l d e de V u e s t r a G r a n d e z a , os b é s a l a s m a n o s y os p i d e l a v e n i a p a r a . . .
LAURA
(Admirada.) ¿ E s a m b i c i o s o ?
LAURA
Sí, sí. C o m e n z a d p r o n t o .
MONEGRO
DON GUILLEN
Tan a l t i v o e n s u s p e n s a m i e n t o s c o m o perverso e n s u s a c t o s . (Aparte.) Á t e n m e e s a mosca...
S e ñ o r a , la f a m a d e los d e l i t o s d e C i è n f u è <ÍOS h a l l e g a d o h a s t a v o s .
LAURA
¡ H o l a . . . hola!
LAURA
S e g u r a m e n t e . Y vos, s e ñ o r T u r p í n , ¿ p e n s á i s q u e el reo e s m u y malo?
LA
MARQUESA
B a n d i d o . . . e n verso, c o m o q u i e n dice.
LAURA
TURPÍN
E n n i n g ú n t i e m p o , g r a n s e ñ o r a , h a caído
s o b r e R u y d í a z u n a v e n t u r e r o tan revoltoso
y dañino.
LAURA
¿ Y m i tío el s e ñ o r Don G u i l l é n o p i n a lo
m i s m o de este h o m b r e ?
DON
GUILLÉN
V endecasílabo.
TURPÍN
(Que ha recibido d e Vallejo un largo papel a r r o l l a -
do.) Ved, g r a n s e ñ o r a , el a p u n t a m i e n t o q u e
h e m o s f o r m a d o estos d í a s . . .
VALLEJO
R e l a t a n d o todas las d e m a s í a s , a t r o p e l l o s y
c r í m e n e s de C i e n f u e g o s . (Entrega á Laura ¡i
papel.
(Coo hábil fingimiento y afectación para engañar á
Monegro.) C r i m i n a l e s . . . y n o d e e s t o s v u l g a r e s q u e a n d a n al b a j o m e r o d e o . . .
LAURA
¡ l ' u e s no h a b é i s escrito poco!
LA MARQUESA
O i g g n . Se le a c u s a de h a b e r i n c i t a d o á la
d e s o b e d i e n c i a y al d e s a c a t o á los p a s t o r e s de
las c a b a n a s del Toral, d e s p e d i d o s p o r e ,
ñor Monegro.
D a m e a c á . (Recoge el papel q u e le da Laura.)
LAURA
Sí: v e l e y e n d o t ú .
JUAN
MONEGRO
PABLO
A n t e todo debo d e c i r
A n t e todo, q u e e x p l i q u e este i n f a m e asalto al castillo.
i n t e r r u m p e n á un tiempo!)
/«
(Monegro y Turpin le
MONEGRO
LAURA
No, n o . . . R e s p o n d a sin p r e á m b u l o s .
No. Q u é d e s e eso p a r a lo ú l t i m o .
TURPÍN
LA MARQUESA
(Recorriendo con la vista el papel.) S i g a m o s
No, no: q u e se c o n c r e t e .
el
o r d e n de e s t e r e l a t o .
LAURA
C o n t e s t e el reo á los c a r g o s g r a v í s i m o s q u e
l a v o z p ú b l i c a hace c o n t r a é l . . .
MONEGRO
H a s t a a q u í ha s i d o m u d o .
TURPÍN
E s f i n g e del s i l e n c i o , y o r á c u l o de la n e gación.
LAURA
I t e j a d l e . Decís q u e e s m u d o , y le t a p á i s ] a
'K)ca. (A Juan Pablo.) Yo te m a n d ó q u e h a b l a s
y q u e d i g a s la v e r d a d .
JUAN
PABLO
(Con gran r e n d i m i e n t o y g r a v e d a d . ) Y m i p r i m e -
r a p a l a b r a , n o b l e , a l t í s i m a s e ñ o r a , será p a r a
r e n d i r a n t e V u e s t r a G r a n d e z a toda m / v o Iuntad pidiéndole h u m i l d e m e n t e perdón
por todo a c t o en q u e sin i n t e n c i ó n h a v a po1
dido ofenderla.
so
51
DON G U I L L E N
DON GUILLEN
(Aparte, satisfecho.) M u y
bien.
(Aparte, regocijado.)
MONEGRO
LA MARQUESA
(A L a u r a . )
Despejo no le f a l t a .
¡ Y a veis, s e ñ o r a , q u é a u d a c i a !
DON GUILLEN
MONEGRO
R e s p o n d a y d i g a c l a r a m e n t e la
p a r t e q u e t u v o e n l a sedición d e los p a s t o r e s .
(Airado.)
J U A N PABLO
R e s p o n d o q u e no creo sedicioso h a c e r l e s
c o m p r e n d e r q u e l a c a s a d u c a l , al d e s p e d i r l e s ,
procedió c o n t r a f u e r o y c o n t r a el. u s o i n m e morial...
TURPÍN
(Interrumpiéndole.) ¡ L i n d o a r g u m e n t o !
JUAN PABLO
Yo les p r e d i q u é y r e p e t í m i l v e c e s q u e n o
c e d i e r a n , q u e n o se r e s i g n a r a n á ser t r a t a dos c o m o b e s t i a s . . .
LAURA
¡Soberbio, m a g i s t r a l !
( R e s p o n d i e n d o á M o n e g r o q u e le m i r a . ) ¡ I l i s o l e i l -
cia igual!
LAURA
Q u e se e x p l i q u e m e j o r .
LA MARQUESA
I tejadme á m í . ¿ Y q u i é n sois vos, h o m b r e
i g n o r a n t e , p a r a d e f i n i r lo q u e e s f u e r o y lo
q u e n o lo es?
LAURA
(Burlándose.) ¿ H a s e s t u d i a d o e n S a l a m a n c a ?
T u U n i v e r s i d a d , s e g ú n e n t i e n d o , e s el l i b r e
v i e n t o p o r d o n d e sin f r e n o corren t u s s a l v a j e s i d e a s ; t u s l i b r o s , la a n c h a t i e r r a d e m i s
estados, por,donde á caballo v u e l a s m á s q u e
c o r r e s n o c h e y d í a , l l e v a n d o el t e r r o r y el escándalo contigo.
¿Por mí?
JUAN PABLO
Por el s e ñ o r M o n e g r o .
JUAN
PABLO
S a l v a j e e s m i e n t e n d i m i e n t o , s í s e ñ o r a ; in-
quieta y desordenada mi vida. No cursé en
U n i v e r s i d a d e s . He t r a g a d o pocos l i b r o s y p a p e l e s , y así t e n g o d e s a l q u i l a d o m i e n t e n d i m i e n t o , p a r a q u e e n él p u e d a e n t r a r c u a n d o
quiera y aposentarse la verdad.
T a m p o c o , s e ñ o r a : 110 hacía m á s q u e aleg r a r m e de q u e a p e d r e a r a n .
LA MARQUESA
LAURA
(Aparte á Laura.) ¿ Y e s a . . . ?
JUAN PABLO
¿Les disculpas?
JUAN PABLO
DON GU1LLÉN
Filósofo en hruto.
DOÑA TERESA
¿Ves q u é s u t i l conceptista?
Sí, s e ñ o r a : hoy l e s d i s e u l p o , c o m o a n t e s les
compadecía. Tenían hambre. Si la señora
h u b i e r a e s t a d o p r e s e n t e , y a se y o lo q u e h a b r í a h e c h o : d a r l e s de c o m e r .
LAURA
D i m á s b i e n . . . b a n d i d o poético.
LAURA
Cierto.
MONEGRO
JUAN PABLO
¿ E s cierto, sí ó n o , q u e c u a n d o los p a s t o r e s a p e d r e a r o n la c a s a del c o r r e g i m i e n t o est a b a con ellos J u a n P a b l o ?
P u e s el s e ñ o r M o n e g r o m a n d ó . . . d a r l a s
azotes. E n t o n c e s u n g r u p o d e ellos, y y o á
l a cabeza, a p a l e a m o s á los c r i a d o s d e l s e ñ o r
Monegro.
JUAN PABLO
C o n ellos e s t u v e ; m a s y o n o a p e d r e a b a .
MONEGRO
(irritado.) ¡Y esto se tolera!
LAURA
TURPÍN
L e s a l c a n z a r í a s las p i e d r a s .
¡ Y esto se oye!
DON
VALLEJO
GÜILLÉN
¡Delicioso, i n c o m p a r a b l e !
Todos s o n n e g r o s p u n t o s .
MONEGRO
LA
¿ Q u é decís?
DON
MARQUESA
A v e r c ó m o se d i s c u l p a J u a n
h a b e r t o m a d o lo a j e n o .
GÜILLÉN
(Vivamente, fingiendo.) Digo: " a h o r c a r l e , a h o r carle. „
Pablo de
TURPÍN
MONEGRO
De l a s e r a s d e A r a n z a q u e s u s t r a j o c a t o r c e
fanegas de trigo...
(A Laura.) E s t o , s e ñ o r a , e s poiier á p r u e b a
vuestra bondad, vuestra paciencia.
MONEGRO
Diez d e a l g a r r o b a . . .
LAURA
(Respirando con dificultad.) N o , 110. (A sus c r i a -
das.) D a d m e a i r e .
LA
LA
MARQUESA
(Leyendo.) Y l u e g o f u é con s u m e s n a d a á
los l a g a r e s d e Val de flores y se llevó v e i n t i ocho c á n t a r a s d e v i n o .
MARQUESA
¿Te sientes mal?
LAURA
LAURA
Y a p a s a . . . N o es n a d a . S e g u i d ,
Esto me divierte.
LA
seguid.
\ e a m o s , C i e n f u e g o s : ¿ t a m b i é n esto e s p o r
e s t í m u l o de t u s a l v a j i s m o c a b a l l e r e s c o ó de
t u n a t u r a l filosofía?
MARQUESA
MONEGRO
(Después de leer.) A q u í h a y u n p u n t o n e g r o ,
m u y negro.
Que r e s p o n d a c o n c r e t a m e n t e .
P e r d ó n e m e V u e s t r a G r a n d e z a . Yo n o tom é lo a j e n o : n o hice m á s q u e r e c o b r a r lo
mío.
(A Turpín y Mouegro.) ¿ L o
queréis
De m o d o q u e vos, f i n o os d a n la j u s t i cia...
más
concreto? (A Laura.) L o m í o r e c o b r é , q u e
V u e s t r a G r a n d e z a , n o p o r sí, l í b r e m e Dios
de p e n s a r l o , s i n o p o r m a n o del s e ñ o r Monegro, me había quitado, valiéndose de servid o r e s desleales, a l q u i l a d i z o s , q u e h a c e n i n i c u a s t r a m p a s e n la m e d i c i ó n d e f r u t o s .
JUAN PABLO
L a t o m o . N o h a y otro r e m e d i o . Dios no
nos h a p u e s t o e n el m u n d o p a r a q u e n o s dej e m o s sacrificar e s t ú p i d a m e n t e . Perezcamos
d e f e n d i e n d o n u e s t r o derecho, s i e n d o j u e c e s
d o n d e n o los h a y .
LAURA
E n m i s e s t a d o s h a y j u e c e s , a l c a l d e s , el
s e ñ o r C o r r e g i d o r , á q u i e n el R e y y y o p a g a mos p a r a q u e a d m i n i s t r e n j u s t i c i a .
JUAN
PABLO
E l C o r r e g i d o r y los A l c a l d e s h e c h u r a son
d e la c a s a d u c a l y dóciles i n s t r u m e n t o s del
s e ñ o r Don D á m a s o . H a b r í a n m e a b r u m a d o
con c o s t a s y m u l t a s , a d e m á s d e n o r e s t i t u i r m e nada. Y de añadidura, habrían mandado apalearme, s e g ú n su c o s t u m b r e , por
d e s a c a t o á la a u t o r i d a d .
DON G U I L L É N
(Aparte.) ¡ S u b l i m e !
MONEGRO
¡ Horror!
TURPÍN
¡Locura!
(Simultáneamente. Vuólvense asombrados los dos
y encáranse con Don Guillén, q u e se ve precisado á
fingir.)
"DON GUILLEN
¡Ahorcarle es poco... q u e m a r l e vivo!
DOÑA TERESA
(A Laura que habla cou la Marquesa.) ¿ Q u é
LAURA
Estoy encantada.
tal?
LA MARQUESA
LA MARQUESA
E s t e s a l v a j i s m o te d i v i e r t e , ¿ v e r d a d ?
V.
LAURA
Por la novedad
y la desenvoltura
ga-
(Leyendo.) P e n e t r ó á v i v a f u e r z a con s u c u a d r i l l a e n el c o n v e n t o d e M e d r a n d a , y robó á
la n o v i c i a D o ñ a L e o n o r de A n d u e z a . ¡ A y ,
q u é horrible sacrilegio!
llarda.
VALLEJO
ROSAURA
(A Laura.) ¡ C o n
q u é g r a c i a se
defiende!
MONEGRO
¡Que d i g a , q u e e x p l i q u e . . . !
¡Qué d o n a i r e , q u é a g u d e z a !
VALLEJO
A sofisterías y enredos nadie le g a n a .
o£
¡Horrible, s e ñ o r a !
¿Verdad, señora?
IRENE
_
*
^tfC***
iBíS*^6
LAURA
(A sus doncellas.) Oid, oid: e s t e c a r g o es el
más interesante.
JUAN PABLO
MONEGRO
Pero sus torpes defensas le condenan m á s .
V e a n a h o r a l a s s e ñ o r a s el . c a p í t u l o d e los
mayores escándalos.
LAURA
Lee, Clarita.
TURPÍN
L a p r o f a n a c i ó n de l u g a r e s s a g r a d o s .
No n i e g o el hecho. A s a l t é u n a n o c h e el
c o n v e n t o con dos a m i g o s q u e m e a y u d a r o n
á romper p u e r t a s y escalar tapias. L l e g u é al
claustro, alboroté á las monjas, b u s q u é á
L e o n o r , c a r g u é con e l l a e n t r e c h i l l i d o s d e
u n a s y protestas de otras. L a saqué ñiera:
u n a vez e n l a c a l l e , m o n t a m o s á c a b a l l o y
s a l i m o s a l c a m p o con l a n o v i c i a . . .
LAURA
LAURA
¡ J e s ú s ! . . . ¡eso s í q u e e s t r e m e n d o !
¿La llevabas tú?
fltfN0
\
JUAN PABLO
Eii l a g r u p a . . . a b r a z a d i t a á m í p a r a n o
caerse.
LA MARQUESA
t u v e . S a q u é á la m o z a del c o n v e n t o y la e n t r e g u é á s u novio. P a r t i e r o n j u n t o s p a r a
o t r a s t i e r r a s , y lejos de a q u í , y a m a r i d o y
m u j e r , v i v e n felices, o l v i d a d o s d e s ú s p e n a s
pasadas.
LA MARQUESA
¡Qué g a r b o s o a t r e v i m i e n t o !
(A Mouegro y Turpin.) N o n e g a r é i s q u e e s d i s -
LAURA
•
creta la explicación.
Rasgo de locura caballeresca.
MÓNEGRO
Ingeniosa, evasiva...
DOÑA TERESA
¿ Q u é n o m b r e d a s á esto?
LAURA
LAURA
(Aparte á Doña Teresa.) L a f u e r z a , l a
pasión,
Declaro q u e m e ha s o r p r e n d i d o . . N u n c a v i
caso i g u a l .
l a v i d a . . . (Alto, afectando severidad.) ¿ Y e s e a c t o
lo t i e n e s p o r b u e n o ? . . . Mira lo q u e dices.
JUAN PABLO
C o n p e r d ó n d e l a s e ñ o r a , lo t e n g o p o r exc e l e n t e . L e o n o r h a b í a sido e n c e r r a d a e n el
convento contra su voluntad, pues no tenía
vocación. S u padrastro la puso forzadament e e n r e l i g i ó n p a r a i m p e d i r s u s a m o r e s hon e s t í s i m o s con m i p r i m o L u c i a n o . S e a m a b a n y q u e r í a n c a s a r s e . Mi p r i m o c a r e c í a d e
arranque para enmendar aquel desafuero y
t r a e r l a s cosas á s u t é r m i n o n a t u r a l , y y o lo
MONEGRO
C u a l q u i e r a q u e sea la e x p l i c a c i ó n , el delito q u e d a en pie.
DOÑA TERESA
¡ A h ! s e g ú n se m i r e . . .
TURPÍN
Sí, p o r q u e . . .
LAURA
P e r d ó n e n m e l o s s e ñ o r e s T u r p í n y Mone-
g r o : h a s t a a h o r a n o veo e n el reo t a n t a m a l -
MONEGRO
d a d como s u p o n e n .
(Vivamente.) M i s e r a b l e , ¿ s o s t e n d r á s q u e , sin
q u e r e r l o , m a t a s t e á Bonifacio C o r t é s el d e
Tordehita?
TURPÍN
¿Y lo q u e f a l t a ?
JUAN PABLO
LAURA
Diré...
Sí, s í . . . N o e x p l i c a r á t a n f á c i l m e n t e el vivir de c o n t i n u o e n r e d a d o e n d u e l o s , c a m o rras y lamentables querellas.
MONEGRO
¿Y a l h i j o de Don L o p e le m a t a s t e por
juego?
LAURA
E n l a s q u e m á s de u n a vez corre l a s a n g r e .
JUAN PABLO
A ver... Explicación d e e s a s muertes...
JUAN PABLO
Reconozco, s e ñ o r a , q u e s o y a l g o p e n d e n ciero.
DON GU1LLÉN
(Por agradar á Monegro.) ^ a u n
TURPÍN
algos.
JUAN PABLO
¿ P o r q u é e s esto? P o r q u e e s u n o joven,
p o r q u e t i e n e la s a n g r e fogosa, e l p e n s a m i e n to r e p e n t i n o , q u e b r a d i z a l a p r u d e n c i a , e n t e ro e l a m o r p r o p i o . S i n q u e r e r l o , s i n b u s c a r lo, se e n c u e n t r a u n o e n a j e n a s t r i f u l c a s , d o n de f u e r t e s y d é b i l e s se p e l e a n .
(Con brío.) El h i j o de Don L o p e de A c u ñ a ,
d e s a i r a d o e n u n b a i l e por C e l e d o n i a C i e n f u e g o s , t o m ó l a c o b a r d e v e n g a n z a de d e s d o r a r el n o m b r e d e e l l a con m e n t i r o s a s , con
i n m u n d a s h i s t o r i a s . . . P u e s á ese m o n s t r u o ,
á e s e s a p o i n d e c e n t e le r e t é yo p a r a d a r l e
m u e r t e , y se l a di. Cien v e c e s h a r í a lo
mismo.
I.AURA
(Con espontáneo movimiento del ánimo.)
Muy
b i e n . (Corrigiéndose.) No, n o . . . q u i e r o d e c i r . . .
S e v e r á si e s cierto lo q u e d i c e . . .
LA
MARQUESA
¡ V a l i e n t e y generoso!
d e s m a n e s es lo peor, J u a n P a b l o . . . Vino,
j u e g o , m o z a s . . . (A s u s d o n c e l l a s . ) ¿Qué pensáis?
* IRENE
MONEGRO
¡Qué horror!
•Pero d a i s crédito, s e ñ o r a , á l a s f á b u l a s
ROSAURA
¡Qué e s p a n t o !
que cuenta?
LVURA
DON G U I L L E N
Dejadle s e g u i r .
JUAN
PABLO
A Bonifacio Cortés le m a t é en d e f e n s a pro- •
pia, & consecuencia de u n altercado q u e t u v i m o s en V a l t e r r a , por c u e s t i o n e s . . . por cosas n u e s t r a s . . . c o s a s . . .
LAURA
Del vino 110 h a y q u e decir n a d a m a l o . E l
j u e g o es d e p l o r a b l e afición.
LA MARQUESA
Veo yo e n este C i e n f u e g o s u n exceso, u n
s o b r a n t e d e v i d a . . . No p o d i e n d o e m p l e a r l a
en cosas g r a n d e s , la e m p l e a en v u l g a r e s querellas, en j u e g o s d e azar, en a m o r í o s pasajeros...
Dilo m á s claro.
LAURA
VALLE.10
(Dando vueltas á una idea.)
¿A q u e n o lo dice?
DOÑA
¡Vida
exuberante!
TERESA
DON G U I L L E N
C o s a s n u e s t r a s q u i e r e decir: bebida, j u e go, m u j e r e s . . . ¡Qué a b o m i n a c i ó n ! (Se per-
Creo lo m i s m o .
LAURA
( A p a r t e á D o ñ a T e r e s a y la M a r q u e s a . )
signa.)
LAURA
He t e c a s t i g a r á . . . ¡ A y l el origen d e estos
Mal
re-
p a r t i d a e s t á e n el m u n d o l a r i q u e z a v i t a l . L a
q u e á éste le sobra, ¿por q u é no se la q u i t a
5
Dios p a r a d a r l a á los p o b r e c i t o s q u e t a n poco
IRENE
tienen?
D0ÑA
T E R E S
.
A
P o r q u e el m u n d o , con e s e b i e n m e d i d o re-
(A L a u r a . ) P e r o los h o m b r e s no d e b e n q u e rer m á s que á u n a sola.
p a r t o , t e n d r í a m u y poca g r a c i a .
ROSAURA
. L A MARQUESA
^
^
F U E G
d
°
S
S
-
i
A u n a sola, ¿ v e r d a d , s e ñ o r a ?
• \ R e s u l t a q u e n o t i e n e el
S h - s ,
señor CienMONEGRO
É u n d i s o l u t o Sin l e y .
(ATANDO
á
DOQ G U Í -
Uéa con la mirada á dar su opinión.)
DON
GUILLÉN
\ Uunn vicioso, u n
(Con a f e c t a c i ó n d e m o r a l . d a d . )
LAURA
No, no: á m u c h a s , á todas. (Alto.) A t e n c i ó n : ha l l e g a d o el m o m e n t o d e t r a t a r el p u n to m á s g r a v e .
,
TURPÍN
El atentado más inicuo...
IRENE
(Aparte, angustiada.) ¡Ay, J e s ú s ! a h o r a
conmigo.
doncellas.
van
^
LAURA
(Vivamente, sin darse cuenta de lo que dice.) H a c e
B I E N
-
MONEGRO
El asalto de m i casa. Díganos qué honra
quería robarnos esta noche el paladín salv a j e . . . ¿Me d i r á s l a v e r d a d ?
(Pasmado.) ¡Pero l a s e ñ o r a l e d i s c u l p a !
JUAN
PABLO
LAURA
¿ P a r a q u é se d e j a n e l l a s e n g a ñ a r t a n á lo
bobo?
L a v e r d a d p u r a . E n este delito q u e m e h a
traído á v u e s t r a presencia...
(Coo
febril
impaciencia, interrumpiéndole.) E l o b -
j e t o , l a p e r s o n a . . . la m u j e r .
JUAN PABLO
I r e n e , v u e s t r a d o n c e l l a , h i j a del s e ñ o r Monegro.
LAURA
(Con gran pena y enojo.) ¡ O h , q u é i n f a m i a !
IRENE
(Aterrada y en la mayor turbación.) ¡ P e r d ó n , Se-
ñ o r a ! ...
MONEGRO
(Consternado.) ¡Oh, q u é oprobio!
q u e v e r d a d e r a m e n t e p e n a por esa linda
moza; y de s u g r a n d e a m o r , c o m o del i m p r u d e n t e r i g o r d e l s e ñ o r Monegro, n a c i ó l a i d e a
de arrebatarla...
LAURA
R e g i n a l d o . . . (Recordando.) Hijo d e u n m a y o r d o m o a n t i g u o d e m i c a s a . . . (Consolando á
Irene que llora.) V a y a , m u j e r , n o l l o r e s . C o n f ó r m a t e con t u s u e r t e . T u p a d r e h a d e t e r m i n a d o c a s a r t e con el m a y o r a z g o d e V a l t e r r a
Pero yo intentaré...
ROSAURA
(A Irene.) P o b r e c i l l a , s o s i é g a t e . . . T o d a v í a
quién sabe si...
DOÑA TERESA
(Aparte á Laura.) ¿ Q u é m e dices de esa h i s toria?
LAURA
¡ Q u i t a , desleal! (Se incorpora. Su enojo le da
ana energía momentánea.) ¡Y t ú , loco, p r o f a n a r
m
robarme á la doncella que m á s
a mi o casa,
!...
I.AURA
(Aparte á Doña Teresa.) P a r é c e m e
q u e no sa-
bemos toda la v e r d a d .
JUAN PABLO
DOÑA TERESA
Señora, no m e habéis dejado concluir. E n
e s t e delito n o s o y m á s q u e c ó m p l i c e . V i n e
" como aliado, como auxiliar de u n a m i g o p a r a
m í m u y q u e r i d o , R e g i n a l d o Díaz, q u e e s el
L o m i s m o p i e n s o y o . P u d o éste v e n i r c o m o
a l i a d o del otro; p e r o a l p r o p i o t i e m p o , a l g ú n
nn particularmente suyo traería.
LACRA
Sí, s e ñ o r a , y bien c l a r a m e n t e lo h e m a n i f e s tado.
MONEGRO
(Con grande aflicción, aparte, observando á la Marquesa, que se adelanta hacia Juan Pablo y habla con
él.) ¡Oh, Dios m í o , q u é s o s p e c h a ! . , .
(vivamente.) E l odio, s e ñ o r a , el m e n o s p r e c i o
de m i a u t o r i d a d .
JUAN PABLO
LA MARQUESA
(Volviendo junto á Laura.) P r i m a , d e s p u é s d e
lo q u e h e m o s oído, la i n d u l g e n c i a s e ' i m pone.
LAURA
(Severa.) Me s o r p r e n d e q u e h a b l e s así. T u
i n d u l g e n c i a revela u n juicio m u y ligero.
Sólo digo á Ja s e ñ o r a q u e t o d o s los a b o r r e c i m i e n t o s , t o d a s l a s a n t i p a t í a s de s u s v a s a llos c o n t r a el s e ñ o r M o n e g r o se c o n d e n s a n
e n u n a sola p e r s o n a , e n u n solo corazón.
LAURA
E n tí.
JUAN PABLO
LA MARQUESA
¿Pero no e s t á b i e n claro?
LAURA
No. (A Juan Pablo.) D i m e t u : ¿cómo e s q u e t e
e x p u s i s t e á p e l i g r o t a n g r a n d e p o r el i n t e r é s
amoroso de u n amigo? Aceptando como verd a d e r o lo q u e c u e n t a s d e I r e n e y R e g m a l d o ,
q u e d a l a p r e s u n c i ó n d e q u e a d e m á s te h a n
t r a í d o á m i c a s a otros m ó v i l e s , otro s e n t i miento...
•
JUAN PABLO
¿Otro s e n t i m i e n t o , á m á s de l a a m i s t a d ?
(Con firmeza.) Sí, "señora...
MONEGRO
(Descompuesto.) ¿ Y a ú n v a c i l a V u e s t r a G r a n deza en castigar á este desalmado, insolente,
azote del p a í s ? . . .
LAURA
(Con autoridad.) N o vacilo, n o . S e a el c a s t i g o
ejemplar y pronto.
LA MARQUESA
Mira lo q u e h a c e s . . .
DOÑA
TERESA
Clemencia.
TUR PIN
N e c e s i t a m o s t e n e r l e bien s e g u r o .
LAURA
LAURA
No h a y c l e m e n c i a .
MONEGRO
S e p r o s e g u i r á l a causgt, y . s u s t a n c i a d o s
t o d o s los c a r g o s , se l e a p l i c a r á la m a y o r
pena.
LAURA
Sois u n o s necios, y por v u e s t r o d e s c u i d o y
v u e s t r a i m p r e v i s i ó n , la j u s t i c i a es l e t r a
m u e r t a en m i s estados.
MONEGRO
¡Señora!
TURPÍN
Sí, s í . . . A h o r c a d l e .
LA
MARQUESA
¡ S e ñ o r a ! (Los dos simultáueamente.)
LAURA
¡Por Dios, L a u r a ! . . .
VALLEJO
(A los guardas.) A s e g u r a d l e b i e n .
MONEGRO
A la cárcel, á l a cárcel p r o n t o .
LAURA
¿Pero no sabéis mejor que yo q u e la cárcel de m i c o r r e g i m i e n t o es d e tal m o d o i n s e g u r a q u e de e l l a se e s c a p a n todos los c r i m i nales'?
«
DON GUILLEN
(Aprobando.) Y ello e s b i e n c l a r o . (A Juan Pablo.) D i t ú : ¿ c u á n t a s veces te h a s e s c a p a d o d e
l a cárcel d e R u y d í a z ?
(Volviéndose rápidamente.) ¿ A l a cárcel decís?
MONEGRO
Naturalmente.
JUAN PABLO
I n f i n i t a s veces.
LAURA
¿ L o veis? (A Monegro.) Y á tí q u e e r e s l a
m i s m a p r e v i s i ó n ¿no se te h a o c u r r i d o e n c e r r a r l e e n l a t o r r e v i e j a de é s t e m i castillo?
MONEGRO
Llevadle... Voy también. Yo g u a r d a r é las
l l a v e s . (Los guardas rodean á Joan Pablo.)
TURPÍN
(Señalando al fondo.)
MONEGRO
C i e r t o . E n el a p o s e n t o a l t o de l a t o r r e no*
hay evasión posible.
TURPÍN
A l l í e s t a r á el reo h a s t a q u e le s a q u e m o s
para consumar la sentencia.
LA MARQUESA
Y a veis, c a b a l l e r o s a l v a j e y diabólico, c ó m o
se c a s t i g a n v u e s t r o s d e s a f u e r o s . ¿ O d i á i s t a m bién á v u e s t r a s e ñ o r a ?
Ni aunqiie fuera pájaro.
JUAN PABLO
LAURA
No h a y m e m o r i a de q u e b u r l a r a p r i s i ó n
t a n e s t r e c h a n i n g u n o de los t r a i d o r e s g u a r d a d o s e n e l l a p o r los C o n d e s de R u y d í a z .
N o . B e n d i g o l a m a n o q u e m e h i e r e , (A Laura desde lejos.) A l m o r i r , p e d i r é á Dios q u e d é
á V u e s t r a G r a n d e z a d í a s l a r g o s y felices.
LAURA
' MONEGRO
E s u n s e p u l c r o s u s p e n d i d o e n los a i r e s ,
sin respiro ni salida por parte a l g u n a .
JUAN
PABLO
(Fatigado.) L l e v a d m e p r o n t o á ese s e p u l c r o
del cielo.
(Con profunda tristeza, disponiéndose á salir.) N o
m e los d a r á . Dios m e h a d e j a d o d e s u m a n o ,
y á m u e r t e m e condena, como yo te condeno
á t í . . . P e r o m i muerte, e s p e o r q u e l a t u y a ,
p o r q u e tú h a s v i v i d o , y y o . . . ¡ay! yo n o s é lo
q u e es v i d a .
MONEGRO
(A los guardas.) L l e v a d l e y a .
DON GUILLÉN
DON GUILLÉN
(Aparle, mirando á Juan Pablo que también le mira.)
E s h o m b r e s a l v a d o . (La servidumbre que ha p r e senciado el juicio, va saliendo por la puerta grande d e
¡ F e l i z n o c h e d e S a n J u a n ! (Pasa ai lado d e
Laura.)
la derecha. Pónense en movimiento hacia el fondo los
q u e conducen á Juan Pablo.)
MONEGRO
E s p e r a d á q u e s a l g a l a s e ñ o r a . (Detiénense.
Doña Teresa pone el abrigo á Laura. Asístenla t a m -
LAURA
(Respirando f u e r t e ) H a e n t r a d o e n m í p o r l o s
ojos, por el oído, p o r el aliento, m u c h a v i d a ,
m u c h a v i d a . (Toma la vuelta para dirigirse con su
séquito á la puerta grande, derecha. Los del otro g r u po se inclinan respetuosamente.)
bién sus doncellas, Irene sin d e j a r de llorar.)
TURPÍN
LA MARQUESA
(Sosteniéndola.) V a m o s . . . ¿ D o r m i r á s
¿Tienes sueño?
LAURA
ahora?
No: e s p e r a r é el a l b a en m i v e n t a n a , l e y e n -
(Inclinándose al frente de la curia.) L a
os s a l u d a , g r a n s e ñ o r a .
justicia
JUAN PABLO
(inclinándose.) Y el r e o . . . t a m b i é n e l r e o .
do en las estrellas.
LAURA
DOÑA TERESA
(Acudiendo á sostenerla por el otro lado.) ¿ E s t á s
bien, n i ñ a querida?
(Con reverencia de gran ceremonia, sostenida por
la Marquesa.) J u s t i c i a y r e o . . . b u e n a s n o c h e s .
LAURA
FIN
S í : m e s i e n t o m u y b i e n . (Suéltase d e las q u e
la sostienen.) ¿ N o v e i s ? P u e d o a n d a r s o l a . E l
interesante juicio me ha reanimado...
DEL
AOTO
PRIMERO
ACTO SEGUNDO
J
t ' i r e e I p a , l a c i 0 de Ruydiaz: la fachada de éste
grande, irregular. aparece al fondo; una de sus a l í
S
se extiende á la izquierda
Componen el jardín en sus primeros términos setos ó
tailhs recortados, en dos tamaños: el de c i p S d e
altura como de dos metros, v el de boí J«
H
- t r o formando P ^ r r e > ensayos 6 X ^ S tos crecen arbustos y plantas diversas
A izquierda y derecha dos pabellones de cortado ciprés. cuya entrada es invisible para el publico D chos pabellones, abiertos por arriba, fiaran ¿n la
representación de la Pastorela la cabaña t
AlcZll
El Sel
a'ltorf
^ ^
° ° * * « » debe se d e "
altura conveniente para que las señoras que están
aD§a,ar de
¡SKI - ^-SSp
En cada „no de estos pabellones de arquitectura iar
En el fondo amplia escalinata con artísticos iarrnn*«
Y grupos de escultura. El foro derecha en ¿ E S
que de la escalinata, ofrece paso franco para íodas
as salidas y entradas del parque y jardín El fnr„
izquierda conduce á ,as d e l u d e , I C t i
£ £
Corpulentos árboles extienden por lo alto sus r a m a s
cubriendo toda la escena. Por entre el follaje se filtra la viva luz de un día sereno d e Junio. Gran profusión de ñores en platabandas, a r b u s t o s y enredaderas.
Una ó dos sillas rústicas, ligeras, para el servieio de
la escena.
ROSAURA
¡ E x t r a ñ o c a p r i c h o de la s e ñ o r a !
CALIXTO-
¡Manía de lujo...!
ESCENA HUMERA
ROSAURA
DOÑA TERESA, ROSAURA y CALIXTO, que vienen del palacio, trayendo objetos d e tocador, y r o p a s de la Duquesa; DON
GUILLÉN y L A I N E Z hablando en el fondo.
P r e s u n c i ó n . . . Mas n o e n t i e n d o . . .
DOÑA TERESA
DOÑA TERESA
(Señalando al pabellón de la derecha.) P o n e d l «
todo a h í , e n e s a r ú s t i c a e n t r a d a d e l l a b e r i n to, q u e s e r á l a c a b a n a de A l c i m n a . Hoy
quiere la señora q u e hagamos ensayo gener a l d e la P a s t o r e l a , y s e r á e n e l propio escenario de este j a r d í n , p a r a q u e la i m i t a c i ó n
de la N a t u r a l e z a r e s u l t e p e r f e c t í s i m a .
CALIXTO
(orgulloso.) Y r e p r e s e n t a m o s con t r a j e s .
DOÑA TERESA
Así lo d i s p u s o L a u r a ; y y o c o m o a u t o r a
Lo a p r u e b o . J u n t a r e m o s l a s dos poesías, e l
verso sonoro y la e l e g a n t e r o p a .
(Maliciosa.) Y o , s í . . . ¿ S a b é i s p o r q u é q u i e r e
la s e ñ o r a e n g a l a n a r s e ?
ROSAURA
¿ A ver?
A p r o x i m a n s | los dos con gran curio-
sidad.)
CALIXTO
¿ A ver?
DOÑA TERESA
(Riendo.) B o b a l i c o n e s : n o p u e d o decíroslo.
ROSAURA
(Apartando ropas.) E s t o e s d e m i s e ñ o r a . ¿ A
d ó n d e v a lo de l a s e ñ o r a M a r q u e s a ?
DOÑA TERESA
DOÑA TERESA
a q u é l l a es la s u p u e s t a g r u t a de la n i n f a Liriope. I r e n e p u e d e s a l i r v e s t i d a del p a l a c i o ,
ó v e s t i r s e a q u í con L a u r a .
Más calor, h i j o . C o n s i d e r a q u e e s t á s locam e n t e e n a m o r a d o d e la z a g a l a C l o r i . A l
n o m b r a r l a , d e b e s h a c e r l o con cierto é x t a s i s ,
c o m o s i e s t u v i e r a s c o m i e n d o u n a cosa m u y
dulce.
ROSAURA
CALIXTO
(Señalando al pabellón de la izquierda.) A l l í , q U e
Quiere la señora que en sus cabanas 6
c u e v a s se v i s t a n l a s p a s t o r a s . T o d o h a d e
h a c e r s e lo m i s m i t o q u e e n - e l
Trajinon...
DOÑA TERESA
T r i a n o n , m u j e r . H a b l a con
(Con arrobamiento.) ¡Oh, C l o r i . . . !
LAIMEZ
(Avanzando con Don Guillen.) S e g ú n eso, s e ñ o r ,
á los c o m i s i o n a d o s de P e n a l b a les d i g o . . .
(Secreteando.)
finura.
DON GUILLEN
CALIXTO
(Que vuelve de llevar ropas a l otro lado.) Q u e
es
Que nos reuniremos esta tarde, y quedar e m o s de a c u e r d o .
a l m o d o de u n a a l d e a d e j u g u e t e p a r a l o s
señores Reyes de Francia.
LAINEZ
DOÑA TERESA
¿ P u n t o de r e u n i ó n ? . . . E l l o h a d e ser con
g r a n sigilo.
Despachad pronto. Y t ú , Calixto, ¿sabes
y a t u papel?
CALIXTO
Como las propias rosas. Verá s u merced
(Recitando de carretilla): " E n v í d i a n m e l o s m o r -
t a l e s — d e t u a m o r la i n m e n s a d i c h a — ¡ O h ,
Clori!...„
DON GUILLEN.
D é j a m e q u e lo p i e n s e . (Retlexiona.) E n la
A l q u e r í a . . . No, n o : e n el M o n t e . Nos h a r e m o s los e n c o n t r a d i z o s . . .
LAINEZ
C o m o s i f u é r a m o s de c a z a . . .
Bien.
DOÑA
TERESA
¿ Y ese p a p e l , L á i n e z , se d o m i n a y a ?
ESCENA II
Los mismos; T O R I B I A , m n j e r de gran corpulencia,
vestida de a l d e a n a .
frescachona,
LAINEZ
TORIBIA
(Mostrando el papel.) M a s c á n d o l o e s t o y . P e r o
á fe q u e es durillo.
(Presurosa, por el fondo derecha, con dos cántaros
de leche.) A p a r t e n . . . h a g a n l u g a r .
DOÑA TERESA
D u r a e s t u boca, q u e m i s v e r s o s b l a n d o s
CALIXTO
V e n a q u í , c u e r p o del cielo.
son c o m o l a m a n t e c a .
DOÑA TERESA
DON GUfLLÉN
T o r a , g r a c i a s á Dios.
Lo h a r á m u y b i e n . H a c e poco m e d i j o el
ROSAURA
inonOlogo...
DOÑA TERESA
A p r o v e c h a , hijo, e l r a t o q u e q u e d a . . .
DON GUILLÉN
Anda, vete á estudiar.
LAINEZ
V a y a u n a s h o r a s d e t r a e r la l e c h e . . .
TORIBIA
(Á Doña Teresa.) M u e s a m a
sola o r d e ñ a n d o . . :
perdone...
CALIXTO
D a m e acá, q u e e s t a r d e . (Le quita los cacharros v entra en el palacio.)
E s t u d i a r é en la noria, q u e aquel llorar d e
los c a n j i l o n e s , con g o l p e d e m ú s i c a ó v e r s o ,
parece, q u e a y u d a ; j á . . . j á . . . (Vase por el fondo.)
yo
TORIBIA
¿ Y m i á n g e l , se h a l e v a n t a d o ?
TORIBIA
ROSAURA
Sí; y e s p e r a s u d e s a y u n o . (Don Guiilén la
lleva aparte requebrándola.)
E a , v o y á v e r á m i á n g e l . (Dirígese al palacio por la izquierda. Detiónela Monegro, ^ u e sale a
punto.)
ROSAURA
DOÑA TERESA
(A Toribía.) D u r m i ó s e a l a m a n e c e r , y con
c u a t r o h o r i t a s de s u e ñ o t r a n q u i l o se n o s h a
despertado m u y alegre.
¡Está m á s empalagoso!...
DON GUILLEN
¡ Y t ú m á s a g r i a ! . . . (Vuelve Rosaura á su faena.
Don Guillén y Doña Teresa hablan de la Pastorela.)
TORIBIA
¡ C u e r p o d e S a n A n t ó n ! El a l e g r í a e s l a
m e l e c i n a m e j o r . ¡ P o b r e t e r n e r a de m i a l m a !
C r i é í a á estos pechos, y con m i s a l u d s a c a r l a h u b e de la m u e r t e . . . ¡Que no p u d i e r a
o g a ñ o c r i a r l a o t r a vez, y d a r l e t o d a e s t a e n j u n d i a que me sobra!
ESCENA III
DON G Ü I L L É N , DOÑA T E R E S A , R O S A U R A ,
T O R I B I A , MONEGRO
MONEGRO
(Aparte á Toribia, á la izquierda.) L a s e ñ o r a 110
DOÑA TERESA
v a hoy á la alquería.
¡ A h , si p u d i e r a s ! . . . ¡ P o b r e n i ñ a ! T ú y yo
s o m o s l a s p e r s o n a s á q u i e n m á s a m a : á tí,
p o r q u e le d i s t e el n é c t a r de l a v i d a m a t e r i a l ; á m í , p o r q u e le di l a l e c h e del conocim i e n t o i n s t r u c t i v o , d e q u e se n u t r e el intelecto.
(Reparaudo en
las galanterías
de
TORIBIA
¿Y vuesa merced?
MONEGRO
Don
Guiilén.) P e r o , Don G u i l l é n , d e j e e n p a z á la
doncella...
T a m p o c o . T e n g o q u e v i s i t a r al m a y o r a z g o d e Val t é r r a .
90
TORIBlA
¡ A h ! Me h a n d i c h o . . . ¿ C a s á i s á I r e n i t a ?
(Signen en voz baja .)
DON GUILLÉN
(A Doña Teresa.) A todo a t e n d é i s , a u t o r a
i l u s t r e . P e r o t o d a v í a no m e h a b é i s d i c h o
c ó m o h e d e v e s t i r m e yo, i n t é r p r e t e del Sileno.
DOÑA TERESA
A ú n se e n c o n t r a r á e n l a t r a s t e r a u n l i n d o
c a s q u e t e con c u e r n o s de g a n a d o c a b r í o , q u e
se p u s o el s e ñ o r M a r q u é s de T a r f e e n l a
f u n c i ó n d e Semele Burlada,
que dimos aquí
veinte años há.
.MONEGRO
(Aparte á Toribia.) T e e n c a r g o q u e observe*
bien á l a g e n t e q u e v a y a hoy por l a a l q u e r í a . De fijo n o f a l t a r á e s t e b e r g a n t e de Don
Guillén.
TORIBIA
I r á : q u e allí t i e n e u n o de s u s p u e s t o s de
bebida.
MONEGRO
F í j a t e e n lo q u e h a b l e n . . . V i g í l a m e t a m bién á l a s b r u j a s .
TORIBIA
B u e n o , s e ñ o r . (Entra en el palacio.)
DON GUILLEN
(indignado.) Yo m e p o n d r é todo lo q u e e n c u e n t r e , m e n o s ese tocado de c o r n a m e n t a .
ESCENA IV
DON GUILLÉN, DOÑA TEKESA, MONEGRO, ROSAURA;
después CALIXTO
DOÑA TERESA
Os a d v i e r t o q u e e s d o r a d a .
MONEGRO
(Á Don Guillén y á Doña Teresa.) N o m e c a n s a -
DON GUILLEN
¿ D o r a d a ? . . . N i a u n q u e sea d e oro p u r o
con d i a m a n t e s .
r é d e r e c o m e n d a r o s q u e d i s p o n g á i s todo estet r a j í n d e l a P a s t o r e l a d e l m o d o m á s conform e al g u s t o de l a s e ñ o r a . . .
DONA
TERESA
S í ; q u e no h a y f a r m a c o p e a p a r a s u p o b r e
a l m a c o m o los e s p a r c i m i e n t o s q u e d i s i p a n
la t r i s t e z a .
DON
GUILI.ÉN
r e q u e s u m e r c e d v e a los
el p e i n a d o . . .
DOÑA
figurines
y escoja
TERESA
¡Ah! y a no me acordaba... Tengo q u e est a r e n t o d o . . . V a m o s . (Vanse los tres al palacio.)
Ciertísimo.
MONEORO
Así nos
puede ser
cansada y
b r e . Creo
podremos
lo h a d i c h o el m é d i c o . Y a q u e n o
z a g a l a , i m i t e en lo posible l a dess a b r o s a v i d a p a s t o r i l , al a i r e liy o q u e con e x q u i s i t o s c u i d a d o s ,
alargar s u s días y hacerlos m e n o s
t r i s t e s . . . (Examinando la parte del jardín que ha de
ser esceuario.) ¿De m o d o q u e a q u í . . . ?
DON
RSCtófrA V
DON GUILLÉN, MONEGRO
MONEGRO
(Con malicia.) P o r de c o n t a d o s a b é i s y a v u e s tro p a p e l á m a r a v i l l a .
DON
GUILLÉN
A ú n estoy a l g o i n s e g u r o .
GUILI.ÉN
MONEGRO
E s t a es l a c a b a n a d e A l c i m n a ; a q u é l l a l a
g r u t a de L i r i o p e . y a j f o n d o . . . se d i v i s a el
t e m p l o de V e n u s . (Continua explicándole.)
DOÑA TF.RESV
(A Rosaura.) ¿ Y L a u r a se h a b r á d e s a y u n a d o
ya? El tiempo vuela. Vete á ver...
CALIXTO
(En la escalinata.) L a s e ñ o r a M a r q u e s a q u i e -
¡ I n s e g u r o u n h i s t r i ó n t a n perfecto!
DON
GUILLEN
Tengo b u e n a m e m o r i a , cierta
p a r a e x p r e s a r los a f e c t o s . . .
facilidad
MONEGRO
(Con intención.) Y a lo sé: y a lo h e visto; y a
h e podido e n t e r a r m e d e v u e s t r a m a e s t r í a .
DON
GUILLEN
Maestro v o s . . . ¿Quién os i g u a l a , m a g n í f i co s e ñ o r d e Monegro, e n r e p r e s e n t a r p a p e l e s
de a u t o r i d a d , o p u l e n c i a y poderío?
MONEGRO
T e n é i s r a z ó n . . . Maestro soy, a u n q u e n o
•MI h i s t r i o n i s m o . O b l i g a d o p o r mi c a r g o á
i m p o n e r la ley, p u e d o v e r y a p r e c i a r m e j o r
q u e n a d i e l a m a l d a d de los h o m b r e s , s e n t i r
el acecho c o n s t a n t e de la d e s l e a l t a d y la t r a i c i ó n . E s a e s m i ciencia.
DON G U I L L E N
m i s d e s c u b r i m i e n t o s 110 m e q u i t a n el s u e ñ o 1
Y a q u í m e tenéis cada día más severo, más
escrupuloso, exigiendo á plebeyos y nobles
sumisión incondicional, disciplina, obedienc i a . (Con gesto d e altauero despotismo.) O i d l o
y
e n t e n d e d l o , s e ñ o r Don G u i l l é n de B e r l a n g a .
(Vase por el Toro derecha.i
DON GUILLEN
Oigo y e n t i e n d o , s e ñ o r Don Soberbio, señ o r Don H i p ó c r i t a y s e ñ o r Don F a t u o .
¿ Q u i é n m á s t r a i d o r q u e t ú ? ¿ q u i é n m á s refinado comediante?... E s t a t u a de barro, tú
c a e r á s e n t i e r r a ó y a no h a y v e r g ü e n z a e n el
mundo.
(Severo.) ¿ T r a i c i ó n decís?
ESCENA VI
MONEGRO
E n las a l t u r a s y e n las p r o f u n d i d a d e s d e
m i g o b i e r n o he a p r e n d i d o á v e r b a j o l a s car e t a s d e a m i g o s , c a r a s de d e s l e a l e s .
DON
GUILLEN
(Vivameute, con dignidad.) ¿ L o decís p o r m í ?
H a b l a d claro, y r e s p o n d e r é como debo.
MONEGRO
(Conteniéndose.) B a s t a por h o y . ¡Sea lo q u e
f u e r e , h a de s a b e r el s e ñ o r Don G u i l l é n q u e
DON GUILLÉN, ROSAURA, LAURA, I R E N E , TORIBIA
ROSAURA
(Trae más objetos de tocador. Ve al e n t r a r las gesticulaciones de Don Guillén y ?e rie.) ¡ A y . s e ñ o r
Si leño,
qué poseído está de su
DON
papel!
GUILLÉN
¡Oh, d i v i n a R o s a u r a ! . . . e s t a b a i m p l o r a n do á los dioses i n m o r t a l e s . . . p a r a q u e te hag a n piadosa.
.Naturaleza, á tí m e e n c o m i e n d o .
déjame vivir.
Sálvame
Piadosa soy.
IRENE
DON GUILLÉN
Pero no conmigo, que m u e r o por t u s he-
T o m a tus cacharros.
c h i z o s . . . (Intentando abrazarla.)
Se
ios da ó Toribia.)
LAURA
(Contemplando el pabellón que figura su eabaña.)
¡Olí, m i l i n d a e a b a ñ a ! M i r a , T o r a , m i r a .
ROSAURA
S u é l t e m e , s e ñ o r . . . d i s i m u l e , q u e y a vien e n . . . (Sale del palacio Toribia, trayendo á Laura
abrazada; descienden la escalinata paso á paso, sostenida la Duquesa por la que fué su nodriza; d e t r á s Irene, que trae los cacharros de leche vacíos. Vase Don
Guillén por la izquierda.)
TORIBIA
¿ P a r a el c o m i q u i c i o de p a s t o r e s ? \ ' o troc a r a y o p o r esto m i a l q u e r í a . Sol mío v e
pronto allá.
LAURA
LAURA
(Riendo con infantil gozo.) ¡ J a , j a , j a ! . . .
Sí: otro d í a .
Pora
mía... Parece que no pasan años...
TORIBIA
T e - h a r t a r á s de beber rica leche, d o r m i r á s
t u siestecita e n el establo, y luco-,, retozará«
c o i f e l t e r n e r o y los c a b r i t i l l o s .
TORIBIA
Y que todavía eres mi adorada becerrita.
(La conduce á una silla próxima al pabellón de la de-
recha.) A q u í t e p o n g o .
LAURA
(Cou infantil gozo.) S í , .sí.
LAURA
TORIBIA
(Gozosa
de verse al aire libre.) ¡Oh a l e g r í a
de
l a m a ñ a n a , oh h e r m o s u r a de la v e g e t a c i ó n ,
tibieza d e a m b i e n t e , a r m o n í a de p á j a r o s ! . . .
(fijándose en los objetos de tocador, ropas, etc.)
¡ A y , a y , q u é p r i m o r e s ! ¿Y t e p o n d r á s todo
eso?
LAURA
¿ Y mi p r i m a ? ¿ S a l e 6 no s a l e ?
S í q u e sí.
TORIBIA
ROSAURA
Y estiirás t a n i n a j a como a q u e l l a s p r i n c e sas pintadas en tu comedor... que pastorean
borregos blancos como la nieve.
A l l á e s t á con 1 )oña T e r e s a r e v i s a n d o f i g u rines y escogiendo adornos.
LAURA
LAURA
(Palmeteando.)
Sí q u e s í . Otro d í a m e v e r á s .
TORIBIA
Sí q u e v e n d r é . A d i ó s , m i g l o r i a . (La besa.)
LAURA
Por Dios, q u e no se e n t r e t e n g a n . E s m e dia m a ñ a n a .
ROSAURA
\ OV... (Vase corriendo por el foro izquierda.)
ESCENA VII
(Besándola.) E s t e p a r a tí; éste p a r a el t e r n e rillo.
LADRA, I R E N E ; L a u r a se sienta en u n a silla b a j a frentt,
á la puerta de la g r u t a . Irene procede á peinarla.
TORIBIA
Mi r e i n a s a l a d a , a d i ó s . Otro beso.
LAURA
Otro.
LAURA
P a r a q u e todo s e a e n p e r f e c t a c o n f i a n z a
c o n la N a t u r a l e z a , m e p e i n o en u n j a v o
d e sol.
TORIBIA
IRENE
Y a 110 m á s . ¡Hala q u e es t a r d e ! (Váse por el
foro derecha.)
Como las gitanas.
LAURA
Y c o m o l a s diosas, m u j e r . ¡ C u á n t o m á s
bello es esto q u e l a s tapicerías de G o b e l i n o »
ó de Santa Bárbara!
IRENE
Y á este techo d e r a m a j e fresco ¿ q u é a r t e s o n a d o se le c o m p a r a ?
LAURA
(Continuando un coloquio interrumpido.) B u e n o :
s i g a m o s . P u e s te decía q u e y a no p u e d o hacer n a d a por tí. T u p a d r e no cede: h a d e c i dido c a s a r t e con el m a y o r a z g u i t o d e Val t é r r a , q u e , s e g ú n dicen, e s u n p o q u i t í n c a r g a d o de e s p a l d a s , sin d u d a por el peso d e
las talegas.
IRENE
C o n ellas se a h o g u e . . .
LAURA
R e s í g n a t e , m u j e r . . . Haz el g u s t o á t u p a dre...
IRENE
(Suspirando.) ¡ A v d e m í t r i s t e !
LAURA
;
¡Pobrecilla! L l é v a l o con p a c i e n c i a . . . v ¡Y
<|ué chasco nos dio á todos a n o c h e J u a n P a blo!... C r e í m o s q u e era t u novio. (Comienza
Irene a arreglar el pelo de Laura. Esta se mira e n a n
«spejito d e ' m u ñ o . )
IRENE
¿ P r e p a r a m o s p e i n a d o á la herisson
sombrero?
para
LAURA
Sí: es el q u e u s a n las d a m a s del T r i a n ó n
las r e p r e s e n t a c i o n e s pastoriles.
IRENE
Crea l a s e ñ o r a como el E v a n g e l i o lo q u e
•Cienfuegos dijo de s u a m i g o y de m í . . . Y
-en c u a n t o á él, e n c u a n t o á J u a n P a b l o . . .
LAURA
(Complacida; mirándose.)
Olí,
muy
¿Sigue lo q u e e s t a b a s d i c i e n d o . . . q u e
Pablo...
bien...
Juan
IRENE
Que J u a n Pablo, arriesgándose á
entrar
103
e n el c a s t i l l o p o r c u e n t a de R e g i n a l d o , v e n í a
t a r a b í é t í c o n - a l g ú n negocio s u y o . . . A h o r a . . .
el. j o y e l . . .
LAURA
Eco y Narciso tal vez.
IRENE
LAURA
T o n t a , o t r a vez p o n e s d e l a n t e d e m í l a
i d e a d e q u e m i p r i m a . . . E l .joyel m á s a r r i ba... ahí...
IRENE
('rea l a señora que J u a n Pablo es a m b i cioso e n a m o r e s . . . Yo no lo i n v e n t o : lo dice
la f a m a de s u s c o n q u i s t a s .
LAURA
¿ S a b e s q u e m e a t o r m e n t a lo i n d e c i b l e . . . ?
E s a i d e a . . . el s u p o n e r q u e m i p r i m a . . . E s
por el decoro d e l a f a m i l i a . . . P o r lo d e m á s ,
¿ q u é p u e d e i m p o r t a r m e ? . . . D i m e , ¿conocías
tú á J u a n P a b l o ?
IRENE
U n a t a r d e , ' e n la fiesta d e B r ¡ l u e n g a , le v i
r e p r e s e n t a r en u n a f u n c i ó n q u e dieron allí.
; A y q u é f u n c i ó n , y q u é g a l a n a m e n t e la p a r l a b a el h o m b r e ! N o m e a c u e r d o d e l t í t u l o E r a c o s a d e l E c o . (Procede á pintarle las mejillas
con uua inuñequilla.)
Eso.
J u a n P a b l o hacía el 1 )on N a r c i s o .
LAURA
(Mirándose al espejo.) ¡ A y , n o m e
arreboles
tanto! Parece que m e pongo colorada, que
me avergüenzo...
IRENE
(Empleando otra m u ñ e r a , limpia.) B a j a r é 1111
poquito...
LAURA
¿1 lieos q u e r e p r e s e n t a b a bien?
IRENE
Anda, anda. Por
otro m á s entendido
Y sabe de memoria
Autos y Comedias.
no teníamos manos
R e g i n a l d o sé q u e no hay
en églogas y pastorales.
v e r s o s p r e c i o s í s i m o s de
Oyéndole aquella tarde
p a r a a p l a u d i r l e , (prepa-
rándose á ponerle lunares.)
LAURA
B i e n se le conoce q u e es l i s t o . . . y t a m b i é n
p o e t a . . . Mii-a. no rafe l l e n e s la c a r a de l u n a r e s . Pon m e u n o solo, u n o y c h i q u i t o : p e r o
q u e e s t é colocado con m u c h a g r a c i a .
IRENE
IRENE
No se q u e d a r á poco a s o m b r a d o c u a n d o
o i g a d e c l a m a r á l a s e ñ o r a , c u a n d o v e a los
ricos trajes....
el lunar.) t ' f t o s o l o . . . P u e s si la señora quiere...
LAURA
LAURA
(Con vivo interés.) I >ime la v e r d a d . ¿ C r e e s t ú
q u e estaré bien?
(Poniendo
(Mirándose.) E s t á b i e n : t e h a s
lucido.
IRENE
... Si la s e ñ o r a q u i e r e c o n v e n c e r s e , m a n d e
q u e le p o n g a n en l i b e r t a d . . .
LAURA
(Aparentando severidad. ¡Eli l i b e r t a d ! (Con espontánea sonrisa descubre su pensamiento.) ¡ I o n t a .
q u é cosas t i e n e s !
IRENE
(Dando la ultima mano al arreglo de la cabeza.)
Y q u e v e n g a á r e p r e s e n t a r con n o s o t r a s , s u s t i t u y e n d o á L á i n e z , q u e r e c i t a c o m o u n ceporro.
LAURA
(Picaresca.) P u e s s í q i i e t e n d r í a g r a c i a .
IRENE
;Oh, a d m i r a b l e , d i v i n a !
LAURA
Sonriendo.) ¿ S í . . . ? (Con fingida severidad.) P e r o
n o podrá v e r n o s . . . He d i s p u e s t o c a s t i g a r l e
severamente.
IRENE
S e le c a s t i g a d e s p u é s del e n s a y o . Y c u a n do r e p r e s e n t e , p u e d e l a s e ñ o r a o b s e r v a r l e
p r ó x i m o á la s e ñ o r a M a r q u e s a , y v e r s i e n
efecto...
LAURA
¿ Y c ó m o h e d e t e n e r y o valor, c u i t a d a d e
m í . p a r a u n a p r u e b a s e m e j a n t e ? (Levántase.)
¿Oh, Dios m í o , q u é t u r b a c i ó n ! L a c u r i o s i d a d
m e q u e m a , el t e m o r m e a b r a s a . . . ¡Oh, t r i s t e
d e s t i n o ! (Llora.)
IRENE
¿Qué tiene l a señora?
ESCUNA VIII
LAURA, I R E X E , MOXEGRO, T U R P Í N por el foro.
LAURA
N a d a . . . cosas, t r i s t e z a s m í a s , q u e yo sola
e n t i e n d o . P r i v a d a de los g o c e s de la v i d a
r e a l , p r o c u r o a l e g r a r m e con la fingida y
m e n t i r o s a . . . P e r o ¡av! n i e n la r e a l i d a d ni
e n l a ficción q u i e r e Dios q u e m i p o b r e alnuv
t e n g a p a z . . . Me c a m b i a r í a por t í , ¿ q u é digo
por tí? por l a ú l t i m a de m i s c r i a d a s , por
c u a l q u i e r a p a s t o r a de e s a s q u e a n d a n desc a l z a s , y c o m e n u n m e n d r u g o de pan a b l a n d a d o e n el a g u a d e los a r r o y o s .
IRENE
F u e r a de s u s males, nada tiene la señora
q u e s e n t i r . ¿ Q u é le i m p o r t a de n a d a n i de
nadie?
LAURA
(Serenándose.) T i e n e s r a z ó n . N a d a m e importa... Procuremos divertirnos... n u n c a
p e n s a r , s i e m p r e r e i r . (Se sienta.)
LAURA
(Con jovialidad algo triste.) A d e l a n t e ,
ancia-
nos d e la A r c a d i a . P e r d o n a d á e s t a p a s t o r c i l l a q u e os r e c i b a en la p u e r t a de s u c a b a n a
humilde.
TURPIN
Beso á V u e c e n c i a l a s m a n o s , c e l e b r a n d o
v e r l a t a n gozosa.
MONEGRO
E s cuanto podemos desear.
LAURA
S e ñ o r s a c e r d o t e de T e m i s , d e s d e q u e m e
he m e t i d o e n estos t r o t e s r ú s t i c o s , y a n d o
con m i s Ovejas d e p r a d e r a e n collado y d e
otero e n m o n t e , lo paso m u y b i e n . S e n t a o s
e n e s o s t r o n c o s . (Les señala el banco de piedra.)
MONEGRO
V a s a b e la s e ñ o r a q u e m a r c h o á V a l t é r r a . . ,
m e q u e m a , el temor m e a b r a s a . . . ¡Oh, t r i s t e
d e s t i n o ! (Llora.)
IRENE
¿Qué tiene l a señora?
ESCENA VIII
LAURA, I R E X E , MOXEGRO, T U R P Í N por el foro.
LAURA
N a d a . . . cosas, t r i s t e z a s m í a s , q u e yo sola
e n t i e n d o . P r i v a d a de los g o c e s de la v i d a
r e a l , p r o c u r o a l e g r a r m e con la fingida y
m e n t i r o s a . . . P e r o ¡av! n i e n la r e a l i d a d ni
e n l a ficción q u i e r e Dios q u e m i polire a t m a
t e n g a p a z . . . Me c a m b i a r í a por t í , ¿ q u é digo
por tí? por l a ú l t i m a d e m i s c r i a d a s , por
c u a l q u i e r a p a s t o r a de e s a s q u e a n d a n desc a l z a s , y c o m e n u n m e n d r u g o de pan a b l a n d a d o e n el a g u a d e los a r r o y o s .
IRENE
F u e r a de s u s males, nada tiene la señora
q u e s e n t i r . ¿Qué le i m p o r t a de n a d a ni de
nadie?
LAURA
(Serenándose.) T i e n e s r a z ó n . N a d a m e importa... Procuremos divertirnos... n u n c a
p e n s a r , s i e m p r e r e i r . (Se sienta.)
LAURA
(Con jovialidad algo triste.) A d e l a n t e ,
ancia-
nos d e la A r c a d i a . P e r d o n a d á e s t a p a s t o r c i l l a q u e os r e c i b a en la p u e r t a de s u c a b a ñ a
humilde.
TURPÍN
Beso á V u e c e n c i a l a s m a n o s , c e l e b r a n d o
v e r l a t a n gozosa.
MONEGRO
E s cuanto podemos desear.
LAURA
S e ñ o r s a c e r d o t e de T e m i s , d e s d e q u e m e
he m e t i d o e n estos t r o t e s r ú s t i c o s , y a n d o
con m i s Ovejas d e p r a d e r a e n collado y d e
otero e n m o n t e , lo paso m u y b i e n . S e n t a o s
e n e s o s t r o n c o s . (Les señala el banco de piedra.)
MONEGRO
V a s a b e la s e ñ o r a q u e m a r c h o á V a l t é r r a . . ,
IRENE
LAURA
Dispon lo t ú . Yo n o deseo m á s q u e - a y u d a r
á la j u s t i c i a .
(Aparte.) ¡-lesús m e v a l g a !
LAURA
TIRPÍN
Bien.
¿ M e le llevo?
MONEGRO
MONEGRO
(Severo, p i a n d o á Irene.) D e h o y n o p a s a
dejemos
que
O p i n o q u e sí. P e r o la t r a s l a c i ó n m e i m p o n e c u i d a d o . E s p e r a d á mi r e g r e s o . , A '(.aura.) ¿No os p a r e c e b i e n ?
a r r e g l a d o 1111 a s u n t i l l o . . .
LAURA
Ya...
LAURA
MONEGRO
Y el a m i g o T u r p í n v i e n e á d e c i r o s a l g o rel e r e n t e al p r i s i o n e r o . . .
TURPÍN
E n t a n t o , y o le t o m a r é d e c l a r a c i ó n . H e m o s
descubierto esta m a ñ a n a nuevos crímenes.
TURPÍN
H e m o s a r r e g l a d o la cárcel t a p a n d o h u e c o s
y reforzando rejas. Está ahora que da g u s to... Será conveniente que nos llevemos á
J u a n Pablo.
LAURA
¿No e s t a r á m á s s e g u r o e n la torre?
MONEGRO
P e r o es prisión d e m a s i a d o e s t r e c h a ,
n e b r o s a . ..
¡Oh, m f l y b i e n !
te-
LAURA
¿ M á s c r í m e n e s ? ¡Qué h o r r o r !
DOÑA TERESA
ESCENA IX
L o s misraos; LA MARQUESA, DONA T E R E S A , que b a j a n por l a
escalinata, disputando. Dona Teresa trae figurines; la M a r q u e ea sn papel de la Pastorela.
P u e s , h i j a , e s el t r a j e de n i n f a , p r o p i a m e n t e de n i n f a , s e g ú n el u s o e l e g a n t e . . .
MONEORO
(Zumbón.) De r i t u a l .
LA MARQUESA
LA MARQUESA
No, no; digo q u e no.
DOÑA TERESA
T e n e d p r e s e n t e , s e ñ o r a , q u e n o sois p a s t o r a ; sois n i n f a .
LA MARQUESA
S o y L i r i o p e , n i n f a O c e á n i d e , y por c o q u e t e a r con Céfiro revoloteo d í a y n o c h e e n bosq u e s y praderas... Enes quiere esta señora
q u e m e v i s t a y o d e t o n e l e t e h a s t a a q u í , borc e g u í e s . . . ¿y e n la c a b e z a q u é ?
No, no: y o he v i s t o en V e r s a i l e s r e p r e s e n t a c i o n e s de c o m e d i a s p a s t o r i l e s y m i t o l ó g i c a s . U s a b a n , sí, t o n e l e t e las n i n f a s q u e e r a n
p a r t e de m í m i c a ó d a n z a . Pero Jas d a m a s
q u e h a c í a n p a p e l d e c l a m a d o en p r o s a ó
verso, v e s t í a n t r a j e real de t r a g e d i a ; y si e r a n
diosas, l l e v a b a n p o r e m b l e m a d e d i v i n i d a d
u n a s al i tas d e g a s a e n g o m a d a , p u e s t a s a s í . . .
LAURA
E s t á s en lo cierto. (A Irene.) T r á e l e el v e s t i d o d e diosa, a z u l y oro.
DOÑA TERESA
DOÑA TERESA
U n airoso m o r r i ó n f o r m a d o con r o s a s y
plumas.
LA MARQUESA
i Magnífico adefesio!
S e a c o m o g u s t é i s . (A Irene.) T r a e l a s a l a s ,
q u e t a m b i é n l a s h a y . (Vase Irene. I-asa la Marquesa junto á Laura. Esta le habla de q u e tratan de
llevar á Juan Pablo á la cárcel.)
DON
KSCENA X
GUILLEN
E n la e s c e n a de l a s bodas, c a m i n i t o d e l
t e m p l o d e V e n u s , t e n g o q u e b r i n d a r con
vino de Cerynnia.
Los mismos; DON G l ' I L L É X ; después CHACÓN.
MONEGRO
DON GUILLÉN
(Aparte a Turpin.) S e e m b o r r a c h a r á e n g r i e (Viene del palacio vestido con jubón d e piel de t i gre, calzón amarillo de seda, medias del mismo color.
En la mano trae pámpanos.) E a , ¿ q u é t a l m e
va
g o t a n f á c i l m e n t e c o m o e n c a s t e l l a n o . (Pasa
Don Guillen á la derecha de Doña Teresa, que trata de
adornarle con pámpanos. El se opone.)
esta vestimenta?
TURPÍN
LA MARQUESA
( \ Laura.) ¿ A l fin d e c i d i m o s . . . ?
¡Olí, a m i g o S i l e n o , m u y b i e n !
I AURA
LAURA
Que permanezca en la torre.
¡ Q u é g u a p o , tío!
MONEGRO
DOÑA TERESA
Con dudosa propiedad.
H a s t a q u e y o v u e l v a . . . Si m e d a i s licencia...
TURPÍN
L e f a l t a n los p á m p a n o s .
LAURA
¿Ya?
CHACÓN
MONEGRO
(Por el foro derecha.)
Y el j a r r o d e v i n o , q u e es el a t r i b u t o . . ,
*
\
pronta.
Señor,
la j a c a
está
MQNEGRO
(Besando la m a u o á Lanra.) S e ñ o r a . . . (Despídese
d e los demás con ademán urbano. Habla aparte con
Chacón.)
CHACÓN
L a s l l a v e s de l a t o r r e . . . ¿ l a s doy al señor Turpín?
MONEGRO
S í . . . NO p i e r d a s d e v i s t a á e s t a g e n t e D a t e u n a s v u e l t a s p o r a q u í de r a t o e n r a t o .
Y si v e s (pie l a s s e ñ o r a s d i s p o n e n a l g o q u e
n o te p a r e z c a b i e n , p r o c u r a i m p e d i r l o . Y o
vuelvo pronto.
ROSAURA
A q u í , s e ñ o r a . (Condúcela al pabellón de la der e c h a y entran las dos en él.)
DON GUILLÉN
Voy p o r L á i n e z .
LAURA
(Deteniéndole.) T í o , a g u a r d e u n
momento.
TURPÍN
(Queriendo retirarse.) C o n v u e s t r a
licencia
v o y á t o m a r d e c l a r a c i ó n a l p r e s o . (Hablan
aparte Turpín y Don Guillen: éste interroga.)
CHACÓN
D e s c u i d e , s e ñ o r . (Vase Monegro por el foro d e recha. Chacón permanece nn rato en la puerta del
palacio, observando. Después se retira.)
LAURA
(Aparte á Irene.) C o r r e á v e r s i h a p a r t i d o y a
t i l p a d r e . (Vase Irene corriendo por el foro.)
DON GUILLEN
ESCENA XI
L A 1 R A . LA MARQUESA, DOÑA T E R E S A . T U R P Í N , DON
GUILLÉN; I R E N E y ROSAURA 0011 ropas y adornos p a r a la
Marquesa; después CHACÓN.
LA MARQUESA
Y y o ¿ d ó n d e m e visto? ¿ C u á l e s l a g r u t a
de Liriope?
(Colérico.) ¡Qué a b s u r d o , q u é c r u e l d a d ! . . .
¿ P e r o sois c a p a z . . . ? (A Laura.) Dice q u e s i n o
c o n f i e s a los n u e v o s c r í m e n e s d e s c u b i e r t o s
h o y , se l e d a r á t o r m e n t o .
LAURA
S e r á preciso, s í . . .
DON GUILLÉN _
LAURA
¿Pero tú permites...?
El t o r m e n t o se le d a r e m o s . . .
nosotras.
{Gritando.) C l a r a , v e n , a p ó y a m e . . .
IRENE
LA MARQUESA
(Vuelve corriendo. Aparte á Laura.) S e h a i d o . . -
Y a e s t á lejos.
;Desde dentro.) Y a m e h a e n t e r a d o
Irene.
Estoy conforme. Para dar tormento ¿ q u i é n
LAURA
c o m o l a s m u j e r e s . . . n o s o t r a s ? (Criados de amibos
, P u e s s a b e d , s e ñ o r Corregidor, s e ñ o r t í o .
q u e noto en m í u n a cosa e x t r a ñ a . . .
sexos se asoman por lo alto de la escalinata, j u n t o al
palacio.)
LOS DOS
DON GUILLÉN
Nada más razonable.
¿Qué?
LAURA
TURPÍN
H e o b s e r v a d o q u e l a c r u e l d a d y el r i g o r
m e p r u e b a n m u y b i e n . (Irene corre al pabellón
d e la derecha á enterar á la Marquesa de lo q u e trama.
Laura.)
TURPÍN
¿ D e modo q u e V u e s t r a G r a n d e z a a p r u e b a ,
el t o r m e n t o ?
LAURA
S í ; pero no seréis vos el e n c a r g a d o
aplicarlo.
TURPÍN
¿Pues...?
de
(Alarmadísimo.) S e ñ o r a s , n o h a y b r o m a s c o n
l a justicia.
LAURA
¿ Q u e n o ? (cou suprema autoridad expresada cou
d u l z u r a , conforme á su carácter.) A l i n s t a n t e , s e -
ñ o r C o r r e g i d o r T u r p í n , poned e n l i b e r t a d á
- J u a n Pablo, y o r d e n a d l e q u e v e n g a a q u í .
TURPÍN
(Con un nudo en la garganta.) T e n g o e l s e n t i -
miento de manifestar á Vuecencia q u e n o
puede ser.
LAURA
P u e s y o os digo q u e . . . p u e d e s e r . . . y s e r á .
a y u d a . (Á Turpin.) N e c e s i t a m o s a l s e ñ o r d e
C i e n f u e g o s p a r a q u e nos h a g a el papel de.
Tesimandro...
DON GUILLÉN
CHACÓN
(Acercándose respetuoso, pero decidido á no c o m -
Y a veis q u é m ó v i l tan i n o c e n t e .
placer á la señora.) H u m i l d e m e n t e d i g o á V u e cencia que no podemos...
LAURA
DOÑA TERESA
Y q u e lo h a r á m u y b i e n , á p o q u i t o q u e
estudie.
¡ C a l l a t ú ! . . . ¿ Q u i é n te h a l l a m a d o ?
LA MARQUESA
CHACÓN
C o n p e r d ó n . . . y o . . . P u e s . . . el s e ñ o r D o n
Dámaso...
DON GUILLÉN
(Asomando por encima del seto cortado que forma
el pabellón, cubiertos los hombros con uu manto.)
Pero, m u j e r , ¿así t o l e r a s q u e ese f a n t a s m ó n
t e desobedezca? Yo lo a r r e g l a r í a f á c i l m e n t e .
(Empujándole hacia el palacio.) ¡ F u e r a d e a q u í , ,
LAURA
mentecato!
LAURA
¿Cómo?
(A Turpín.) P o r s e g u n d a v e z os o r d e n o q u e
a h o r a m i s m o f r a n q u e é i s á J u a n P a b l o la s a lida de la torre.
LA MARQUESA
(Gritando en el interior de su pabellón.)
Muy
bien, Laura, m u y bien.
LAURA
(Desfallecida del esfuerzo.) V e n i d todos e n m í
LA MARQUES V
D i s p o n i e n d o q u e le m a n t e a r a n a h o r a m i s m o . (A los criados que curiosean junto al palacio.)
¡Hola, coged al C o r r e g i d o r ,y m a n t e a d l e . . . !
TURPÍN
(indignado.) ¡ M a n t e a r m e á m í ! ¡al r e p r e s e n t a n t e (le l a j u s t i c i a !
No p e r m i t o , s e ñ o r T u r p í n , .que os b u r l é i s
de m í m á s t i e m p o . . .
TURPÍN
ESCENA XII
LAURA, LA MARQUESA, DOÑA T E R E S A , I R E N E ,
ROSAURA; después CALIXTO-
•
C ú m p l a s e , s e ñ o r a , v u e s t r o deseo, y e n t e n d e d q u e el C o r r e g i d o r T u r p í n d e c l i n a t o d a
r e s p o n s a b i l i d a d . V o y á o b e d e c e r o s . (Vase por
el foro derecha.)
IRENE
(A Laura, notándola meditabunda y triste.)
¿Por
q u é tan t r i s t e a h o r a ?
LAURA
LAURA
(A Don Guillen.) Tío, corred a l l á . . . 110 n o s e n gañen...
¡ A y ! p o r q u e n o h e podido v e r l a c a r a d e
C l a r i t a c u a n d o se c o n v e n c i ó de q u e d á b a m o s
libertad á Cieníuegos.
DON GUILLÉN
N o f a l t a r í a m á s . (Vase corriendo tras de Tnrpiu.)
LA MARQUESA
IRENE
P u e s yo la vi.
(Asomada en lo alto, alzi los brazos desnudos.)
¡Bien, L a u r a , b r a v í s i m o ! . . . ¡ V í t o r p o r la m u jer valiente y generosa!
LAURA
(Cou ansioso interés.) ¿ Y
DOÑA TERESA
¡ V i v a . . . v i v a a á ! (Repiten la exclamación los
criados.)
qué
expresaba?...
¿ Q u é leíste e n s u s ojos?
IRENE
Antes
hoca.
que
h a b l a r a n s u s ojos, h a b l ó s u
LAURA
¿ Y te d i j o . . . ? .
IRENE
M e d i j o . . . así con satisfacción q u e le s a l í a
del a l m a : " ¡ C u á n t o m e alegro! L a u r a r e s u cita.«
(Asustada.) ¡ A y ! . . . A v e s t i r n o s . (Entra r á p i d a m e n t e en la cabana. Llama.) ¡ T e r e s i t a ! (Dirígese Irene al palacio. Aparecen por el fondo Juan P a blo y Don Guillén hablando.)
LAURA
DOÑA TERESA
(Confusa.) ¡ Q u e y o r e s u c i t o !
V o y . (A Calixto.) R e p a s a , r e p a s a , h i j o . L u e -
IRENE
go traerás para nosotros refrescos y v i n o
Y después: "Como,la quiero tanto, estoy
b l a n c o . (Entra en la cabaña.)
contentísima de verla vivir. „
LAURA
¡Eso dijo...! P u e s resucitemos,
ESCENA XIII
vivamos.
Los mismos; J U A N PABLO, DON GUILLÉN
(Entra Calixto vestido d e pastor, muy elegante.)
DOÑA TERESA
JUAN PARLO
Chiquillo, estás m u y g u a p o . T u vestido e s
¡Bendita sea mil veces la deidad m a g n á -
el m á s propio.
n i m a ! . . . Q u i e r o d e c i r l e . . . (Ignorando la situa-
CALIXTO
(Dándose tono.) C o m o d i r i g i d o p o r s u
ción d e las damas, dirígese al pabellón de la derecha.)
mer-
c e d . (Pónese á estudiar.)
IRENE
(Mirando al fondo.) Y a e s t á l i b r e , s e ñ o r a . P o r
a l l í v i e n e con Don G u i l l é n .
G r a n s e ñ o r a , creed q u e m i g r a t i t u d
t a n t o como m i vida...
durará
LAURA
(Asomada por encima del cortado ciprés.) ¡Si
es
aquí... tonto!... Tesimandro: aquí estoy..-
IRENE
M e d i j o . . . así con satisfacción q u e le s a l í a
del a l m a : " ¡ C u á n t o me alegro! L a u r a r e s u cita.«
(Asustada.) ¡ A y ! . . . A v e s t i r n o s . (Entra r á p i d a m e n t e en la cabana. Llama.) ¡ T e r e s i t a ! (Dirígese Irene al palacio. Aparecen por el fondo Juan P a blo y Don Guillén hablando.)
LAURA
DOÑA TERESA
(Confusa.) ¡ Q u e y o r e s u c i t o !
V o y . (a Calixto.) R e p a s a , r e p a s a , h i j o . L u e -
IRENE
go traerás para nosotros refrescos y v i n o
Y después: "Como,la quiero tanto, estoy
b l a n c o . (Entra en la cabaña.)
contentísima de verla vivir. „
LAURA
¡Eso dijo...! P u e s resucitemos,
ESCENA XIII
vivamos.
Los mismos; J U A N PABLO, DON GUILLÉN
(Entra Calixto vestido d e pastor, muy elegante.}
JUAN PABLO
DOÑA TERESA
Chiquillo, estás m u y g u a p o . T u vestido e s
el m á s propio.
CALIXTO
(Dándose tono.) C o m o d i r i g i d o p o r s u
ción d e las damas, dirígese al pabellón de la derecha.)
mer-
c e d . (Pónese á estudiar.)
IRENE
(Mirando al fondo.) Y a e s t á l i b r e , s e ñ o r a . P o r
a l l í v i e n e con Don G u i l l é n .
¡Bendita sea mil veces la deidad m a g n á n i m a ! . . . Q u i e r o d e c i r l e . . . (Ignorando la situa-
G r a n s e ñ o r a , creed q u e m i g r a t i t u d
t a n t o como m i vida...
durará
LAURA
(Asomada por encima del cortado ciprés.) ¡Si
es
aquí... tonto!... Tesimandro: aquí estoy...
JUAN PABLO
DON GUILLEN
A l l í , h o m b r e . (Calixto se retira al fondo, esta-
•
(Aparte con Don Guillen.) E s t o y eil a s c u a s .
-diando.)
DON GUILLÉN
JUAN PABLO
No t e m a s . L á i n e z e s d e toda m i confian z a .
P e r d o n a d m e , s e ñ o r a : no s a b í a . . . Mi g r a t i t u d será eterna. Vuestra grande alma es
« o r n o el sol q u e todo lo i l u m i n a .
LAURA
¡Oh, q u é g a l á n ! . . . N o c a n t e s v i c t o r i a . T e
h e d a d o l i b e r t a d p o r corto t i e m p o . . . Y h a s
•de p r o m e t e r m e q u e n o te e s c a p a r á s . . . ¡ C u i •dado!
JUAN PABLO
¿ R e s p o n d é i s de q u e el m e n s a j e que. l l e v a ,
á los p a s t o r e s del T o r a l s e r á e n t r e g a d o p u n tualmente?
DON GUILLÉN
Respondo.
JUAN PABLO
JUAN PABLO
Mirad q u e se t r a t a d e u n a j u g a r r e t a q u e
m o r t i f i c a r á h o r r i b l e m e n t e al e n e m i g o .
No t e m á i s , s e ñ o r a , q u e y o s e a i n d i g n o d e
v u e s t r a generosidad.
DON GUILLÉN
LAURA
Bien, Tesimandro. Darás u n a pasaditaá t u
papel.
Más le h a r á r a b i a r l a q u e le p r e p a r a n l o s
v a s a l l o s de R u y d í a z , d e c i d i d o s á s a c u d i r e l
yugo monegrista.
JUAN PABLO
DON GUILLÉN
(Llevándole al centro d? la escena.)
«encargo.
De eso
me
LAURA
S i g o v i s t i é n d o m e . (Desaparece. Pasa Rosaura
d e l pabellón d e la izquierda al de la derecha,)
Y q u e n o se p a r a r á n en b a r r a s .
DON GUILLÉN »
Pero aún no sabes que la Duquesa de C a r dona, tía de L a u r a , favorece la i n s u r r e c c i ó n .
JUAN l'ABLO
E s a s e ñ o r a D u q u e s a ¿110 e s l a forzosa h e r e d e r a de los e s t a d o s d e R u y d í a z ?
DON GUILLÉN
L e entero del a r g u m e n t o .
LAURA
DON
GUILLÉN
B u e n o . P r o n t i t o s a l g o . (Desaparece.)
Cierto... y detesta á Monegro tanto como
LA MARQUESA
nosotros.
JUAN PABLO
¿Y ofrece s u a p o y o á los v a s a l l o s d e s c o n tentos?
(Asomándose por detrás de la gruta, cubierto el
seno con el crespón.) S e ñ o r Don G u i l l é n , s e ñ o r
caballero selvático y diabólico...
DON GUILLÉN
JUAN PABLO
Ofrece y da c u a n t o se n e c e s i t e , d i n e r o i n -clusive. Si al fin r e c o b r a s t u l i b e r t a d , c o m o
«reo, ayudarás...
JUAN PABLO
No s e c u e n t e c o n m i g o . No p r e t e n d e n los
<le P e ñ a l b a m á s q u e q u i t a r u n t i r a n o p a r a
poner otro.
LAURA
(Asomándose por lo alto del pabellón.) ¿ P e r o e s -
t u d i á i s d e v e r d a d , ó e s t á i s h a b l a n d o d e lo
•que á n a d i e i m p o r t a ? ¿ D e q u é h a b l á i s ? . . .
JUAN PABLO
(Mostrando el papel.) ¡ S i e s t u d i o . . . !
¿Qué?
DON GUILLÉN
¿Qué m a n d a l a n i n f a ? (Los dos simultáneamente.)
LA MARQUESA
Me t i e n e n a q u í a b a n d o n a d i t a . Hace u n
s i g l o q u e f u é R o s a u r a á la c a b a ñ a d e A l c i m n a p o r u n poco de f o l l a j e de a d o r n o . . .
DON GUILLEN
¿Os s i r v e el p á m p a n o ? (Dirígese á la gruta.
J u a n Pablo se pone á leer su papel. Calixto entra en el
palacio.)
LA MARQUESA
(Sacando el brazo.) D á d m e l o . (Rechazando á
Don Guillen, qne quiere colarse adentro.) P e r o n o
entréis, no...
DON GUJLLÉN
Seré vuestra doncella...
LA MARQUESA
(Chillando.) A t r á s , c a b a l l e r o i m p ú d i c o . R e s petad á u n a ninfa que no ha concluido de
v e s t i r s e . (Sale Laura completameSte vestida. Tras
ella, Doña Teresa arreglándole los pliegues del vestido.
Sale Rosaura y pasa al pabellón d e la izquierda. Detiénela Don Guillén en la puerta, requebrándola.)
N u n c a h u m a n o s ojos vieron
elegante.
pastora
lan
LAURA
N o t e b u r l e s d e m í . (Con tristeza.) B i e n s é
yo q u e en este cañamazo de m i pobre n a t u r a l e z a no h a y a r t e q u e p u e d a b o r d a r la h e r m o s u r a . (Doña Teresa entra en el pabellón cu busca
del sombrero y cayado.)
JUAN PABLO
L a b o r d a n los ojos q u e os m i r a n .
LAURA
¡Tonto! Te d e s l u m h r a esta carne de trapo
c o n q u e v i s t o m i p o b r e e s q u e l e t o . (Afligida.)
JUAN PABLO
(Acercándose á Laura con respetuosa galantería.)
Si antes saludé á Vuecencia agradecido,
ahora la saludo deslumhrado.
LAURA
N o a d u l e s . (Don Guillen, luego que ha entradoRosaura en el pabellón, se sube al banco, y por encima del seto bromea con la Marquesa y con Rosaura.)
DOÑA TERESA
(Por Laura.) ¿ V e r d a d q u e e s t á p r e c i o s a ?
¡ O h , n o v a l g o p a r a n a d a , 110 s o y n a d i e ! (Se
sieule desfallecida y cierra los ojos.)
DOÑA TERESA
(Que lia salido con el sombrero v cayado.
mal?
JUAN PABLO
¿Estás
(Acercándose condolido.) S e ñ o r a . . . (Vuelve Calixto con refrescos y licores.)
DOÑA TERESA
¿Te h a b r á s apretado m u c h o la cotilla?
9
.
LAURA
131
m e r e c e r í a s por f a r s a n t e , a d u l a d o r . (Oprimiéndose el costado izquierdo.) ¿ V e s ,
No, no. (Rehaciéndose.) No es n a d a . Mi vol u n t a d p o d r á m á s q u e e s t a legión d e diablillos q u e h a n hecho s u nido en m i s e n t r a ñ a s .
DON GUILLEN
T r a e a q u í , C a l i x t o . (Behe vino Don Guillen y
luego ofrece una copa á la Marquesa por encima del
muro verde.)
ves? P o r
ha-
c e r m e reir, y a m e duele.
DOÑA TERESA
(Acudiendo solicita.) ¿ D ó l l d e ?
LAURA
A q u í . . . e n el corazón. U n a p u n z a d i t a . . .
LAURA
P u e s sí: no h a y en el m u n d o c r i a t u r a m á s
digna de lástima.
JUAN PABLO
DOÑA TERESA
No es n a d a . Y a pasó. (La besa.)
LAURA
P e r m i t i d á los q u e n a d a son a n t e vos q u e
c o n v i e r t a n esa l á s t i m a en a d m i r a c i ó n .
Ya estoy b i e n . . . A h o r a , el s o m b r e r o . . .
LAURA
DOÑA TERESA
A d m i r a c i ó n ¿de q u é ? (Risueña.)
V a m o s a l l á . (Se lo pone.)
JUAN PABLO
LAURA
De u n c o n j u n t o d e nobleza, de d u l z u r a y
espiritual donaire que m á s encanta cuanto
m á s se m i r a .
A s í . . . m u y bien. D a m e el e s p e j o . (A Juan
«'abio.) ¿Qué tal?
LAURA
(Riendo.) ¡ E m b u s t e r o ! Si no m e r e c i e r a s la
prisión por e s c a n d a l i z a r en m i s estados, l a
JUAN PABLO
(Con sincero encomio.) S i
preguntáis al
pejo, d e j a d q u e calle mi a d m i r a c i ó n .
es-
LAURA
JUAN PABLO
(Rechazando el espejo.) X o lo n e c e s i t o . (Gozosa.)
A h o r a , s e ñ o r c o n c e p t i s t a , t e n e d la d i g n a ción d e a d o r n a r mi cayado. (Se lo da.)
JUAN
(Sin atender más que al adorno del cayado q u e
pone en manos de Laura.) T o m a d v u e s t r o
d o , r e i n a i n c o m p a r a b l e d e la
LA MARQUESA
PABLO
(Tomando el lazo qne le da Doña Teresa.) E l
lazo
¿Y q u i é n me p o n e á m í e s t a s alas?
a q u í . . . ¿ C u á n t a s rosas le pongo?
LAURA
T ú s a b r á s . . . Si eres lego en a d o r n o s , ¿ p a r a
q u é te e n c a r g a s . . . ?
DOÑA
TERESA
P o n l e d o s . . . ó t r e s si es t u g u s t o .
JUAN
DOÑA TERESA
Y o . . . A y ú d e m e el b u e n S i l e n o . (Colocan las
a l a s á la uinfa asegurándolas con allileres. Sale Irene
vestida con traje semejante al de Laura, pero m e n o s
lujoso.)
DON GUILLEN
Manos á la obra:
LAURA
PABLO
(Cogiendo las rosas.) V e a m o s . (Sale de su pabellón la Marquesa elegantemente vestida. En la m a n o ,
las alas. En el tocado, adorno de plumas. El cayado
termina también en plumas muy sutiles.)
Bien, I r e n e . ¡Av, s i te v i e r a el j o r o b a d i t o
<le V a l t e r r a !
DON GUILLÉN
(A la Marquesa, aseguradas las alas.) E a , y a
LA
MARQUESA
P a s o á l a n i n f a Liriope, h i j a de J ú p i t e r .
LAURA
(A Juan Pablo.) A h í t i e n e s l a v e r d a d e r a h e r -
mosura.
caya-
fiesta.
po-
déis volar.
DOÑA TERESA
¿ E s t á n todos? A e m p e z a r .
LAURA
{A la Marques^.) V a y a , q u e n o e s t a m o s m a l _
LA MARQUESA
(Con admiración sincera.) TÚ COIllO n i n g u n a .
N o c a b e m a y o r e l e g a n c i a , ni g u s t o m á s . e x quisito. '
DOÑA TERESA
C a d a c u a l á s u sitio. (Ala Marquesa.) Se s u p o n e q u e vos "aparecéis v o l a n d o .
LA MARQUESA
Y a estoy en ello, y a .
DOÑA TERESA
(A Laura.) T ú s a l e s de l a c a b a n a con t u g a nado.
LAURA
(Imitando el balido de las ovejas.) ¡ M e . . . ! ¡ m e . . . !
DOÑA TERESA
(A Irene y Calixto.) Vosotros e n t r á i s e n e s c e n a p o r Ull bosquecillo... por allí. (Les indica
el segundo término, derecha.)
JUAN PABLO
¿Y yo p o r d ó n d e aparezco?
LAURA
T ú , q u e t a m b i é n a q u í eres u n poco s a l -
v a j e , a u n q u e no caballero, b a j a s d e u n monte en el c u a l h a s d e j a d o t u s ovejas.
DON GUILLÉN
(Llevándoleconsigo.) Yo le i n d i c a r é . . . Míram e y a p r e v e n i d o de copa y á n f o r a . (Le muestra estos objetos.)
DOÑA TERESA
ÍA Laura.) ¿Te s i e n t e s b i e n a h o r a ?
LAURA
T a n bien, q u e por m i l a g r o de Dios h a n
desaparecido todos m i s m a l e s . . . C u í d a t e d e
apuntar á Tesimandro.
DOÑA TERESA
D e s c u i d a . . . V a m o s : L a u r a y .Ciar i ta, prev e n i d a s , i. A las tres p a l m a d a s . (Dándolas.)
I"na, dos, t r e s .
LAURA
(Se adelanta desde su cabana, y declama con sen-
tida entonación.) ¿ H a b r á s é r m á s d e s g r a c i a d o —
q u e e s t a m u j e r sin v e n t u r a ? — ¿ Q u i é n ha
s e n t i d o t o r t u r a — m a y o r en su e n a m o r a d o —
corazón, q u e el e s p a n t o s o — p a d e c e r d e a q u e s te m í o , — h o y d e l á g r i m a s u n r í o — t u r b u l e n to, c a u d a l o s o ? — C o r r e d , p e r l a s de m i s ojos,—
c o r r e d á c o n t a r m i s p e n a s — á los t i g r e s y ;i
l a s h i e n a s — d e l m o n t e e n t r e los a b r o j o s . —
A u r a s , ríos, a v e s , f l o r e s — q u e m i dolor contempláis,—¿cómo ingratos no lloráis—de mi
s u e r t e los r i g o r e s ? — C o n roncos m u r m u l l o s
g r a v e s — ó con c a n t o s de t e r n u r a — l a m e n t a d
i n i d e s v e n t u r a , — r í o s , a u r a s , flores, a v e s .
I.A MARQUESA
LAURA
. (Repitiendo, con énfasis.) C r u z á i s el cielo a n churoso—volando...
LA MARQUESA
(Con gracioso ademán imitando á un ave q u e se
posa.) Y a q u í m e pofco. (Doña Teresa aprueba con
un gesto.)
LAURA
¿ P o r q u é a f á n ó d e s c o n s u e l o — d e a m o r se
entristece y llora—la m á s gallarda pastor a — q u e vió la A r c a d i a e n s u s u e l o ?
Sois c e l e s t i a l c r i a t u r a — n a c i d a e n la c i m a
e t é r e a — d e l O l i m p o , e n claro d í a .
LA MARQUESA
LAURA
¡Oh p r o d i g i o , oh visión p u r a ! — C r u z á i s el
cielo a n c h u r o s o — v o l a n d o . . .
Soy Lirio pe...
LAURA
¡Oh, diosa m í a !
LA MARQUESA
LA MARQUESA
Xi rife, t e r r e n a l y a é r e a .
Y a q u í m e poso.
DOÑA TERESA
LAURA
(Elogiando el tonillo y gesto de la dama.)
Sois...
Muy
bien.
DOÑA TERESA
LA MARQUESA
(Interrumpiendo para corregirla.) Más v i v a exp r e s i ó n de a s o m b r o al v e r q u e h a v e n i d o pollos a i r e s .
Hoy e n m i g r u t a a p a c i b l e , — l u e g o e n los
aires, oí—tus quejas. Ansia sentí—de cons o l a r t e . ..
LA MARQUESA
LAURA
Imposible—Sabed
que
mi
pecho
—fuego de potente amor—por...
irradia
(Se t u r b a , s e
E l p a s t o r — m á s discreto d é l a A r c a d i a . . ,
¿ V e s q u é b o n i t o ? irradia y
Arcadia.
corta, uo sabe seguir.)
DOÑA TERESA
DOÑA TERESA
¡Linda y sonora música! Adelante.
S i g u e . . . ¿ Q u é te p a s a . . . ? A c a b a el v e r s o .
L\UHA
j
(Con infantil temor, bajando los ojos.)
LAURA
da
LA MARQUESA
vergüenza.
DOÑA TERESA
».^V?
(Llevándola á la derecha.)
¡ A y , q u é m i m o ! S i g u e . (Apuntándole.) " P o r
Tesimandro...„
LAURA
(Rebelándose.) Mira, T e r e s i t a : e s t a c u a r t e t a
e s m u y d e s c a r a d a . A d e m á s , no m e g u s t a ,
y a t e lo dije, eso de mi pecho
irradia.
LA MARQUESA
T o n t u e l a , es l a r i m a . . .
i
Sí, sí: s e g u i d l a e s c e n a .
Me
||f!
;
Di o t r a vez
Y nosotrg^on^'vamos á tu cabaña.
(Recordando.) D o n d é y o te c o n v i d o á c u a j a da y requesón...
LA MARQUESA
Y á l e c h e f r e s c a . Se s u p o n e q u e o r d e ñ a »
tus ovejitas...
DOÑA TERESA
el
verso.
LAURA
(Dando la salida de los otros.) I r e n e ,
DOÑA TERESA
(Sustituyendo á Laura, que enmudece.)
q u e m i pecho i r r a d i a — f u e g o de
amor—por Tesimandro...
Calixto...
Don G u i l l é n .
"Sabed
potente
#
f
I
IRENE
(Declamando.) N u e s t r a u n i ó n , ¡oh N e m o r o s o — g e n t i l ! los dioses b e n d i g a n .
h.I I
CALIXTO
*
LAURA
E n v i d i a n m e los m o r t a l e s — d e t u a m o r l a
i n m e n s a dicha,—¡oh Clori!...
DON GUILLEN
(Llena mi o la copa:) Al t e m p l o , al a l t a r . — C a s a o s m á s que de prisa—y de paso echad u n
trago;:—que en esta existencia i n s í p i d a —
• q u e n o s dio m i p a d r e J o v e , — n o h a y m á s
-que dos cosas d i g n a s — d e ser gozadas: a m o r
— y vino, y las m á s lucidas—plantas de la
c r e a c i ó n — s o n l a m u j e r y l a v i ñ a . — ( E n éxtasis.) Brazos de m u j e r a m a n t e , — p á m p a n o s d e
vid fructífera,—enlazadme, dadme sombra.
— d u l c e e m b r i a g u e z i n f i n i t a . (Bebe.)
IRENE
{Mirando .i la cabana.) A l c i m n a . . .
,
(Displicente.) D e j a d m e , os d i g o .
DON GUILI.ÉN
¡ A y , q u é a r i s c a — y q u é d e n g o s a s e havuelto—la galana pastorcita!—Mis amores
te o f r e c í , — y m e n o s p r e c i a s t e e s q u i v a — d e l
noble y gentil Sileno—las regaladas c a r i cias.
LAURA
S i g u e , ¡oh b o r r a c h o ! á los n o v i o s , — y d e j a á la triste A l c i m n a — e n t r e g a d a á s u dolor.,DON GÜILLÉN
¡Ay q u é remilgada n i ñ a ! — A g u r . . . Mirar
é s t o s s e c a s a n , — y t ú , al f i n , m u e r t a d e e n v i d i a , — v e s t i r á s de J u n o y P a l a s — l a s i m á genes benditas.
LAURA
IRENE
<Eu actitud llorosa.) D e j a d m e . . .
DON GUILLEN
,
¿ A ú n lloras—al zagalón?...
IRENE
HJ^T" D u l c e a m i g a — v e n á c o m p a r t i r m i
gozo.
¡Al t e m p l o ! . . .
CALIXTO
¡ A l a m o r ! . . . ¡al cielo!
DON GUILLEN
¡Al m u n d o ! ¡ V i v a l a v i d a !
143
LAURA
(imponiendo silencio.) B a s t a . S a l t e m o s e s t o , y
t a m b i é n la s e g u n d a aparición de Liriope en
los aires.
LA MARQUESA
¿ D e m o d o q u e n o aparezco?
No i m p o r t a . A ver, á v e r . (A la Marquesa.)
Me figuro q u e lo h a r á b a s t a n t e mal..(Avanza
Juan Pablo.)
DOÑA TERESA
(Cogiéndole por un brazo.) L l e g a s p o r
m u y r e s p e t u o s o y te a r r o d i l l a s . . .
DON'A TERESA
(Contrariada.) H i j a , e s m u c h o ' s a l t a r . . .
LA MARQUESA
(Comprendiendo.) V a m o s , q u i e r e l l e g a r p r o n t o á l a s a l i d a de T e s i m a n d r o .
DOÑA TERESA
Pero...
allí
JUAN PABLO
M e a r r o d i l l o . . . (Se arrodilla ante Laura. Doña
Teresa le apunta. Él repite muy torpemente. Óyense
las dos voces.) Recibe, A l c i m n a bella, el hom e n a j e — d e u n t i e r n o corazón. A i r a d o , i n q u i e t o , — c o n e s q u i v e z i n s a n a , — t u t r a t o rec h a c é — p o r q u e el s e c r e t o — c o n o c í d e t u est i r p e s o b e r a n a . — Y o vi, oh p a s t o r a , t u m o r t a l b e l l e z a . . . (Vivamente, m a n d a n d o á Doña Teresa
LAURA
Sí, T e r e s i t a . . . T e n g o v i v í s i m a c u r i o s i d a d
p o r o i r l e el p a r l a m e n t o de l a d e c l a r a c i ó n .
DOÑA TERESA
que no le apunte.) Y a sé, y a sé: d e j a d m e s o l o .
" M i r é , s e ñ o r a , la ideal belleza...,,
DOÑA TERESA
(Apuntando.) " T u m o r t a l belleza.„
LAURA
¡Ay, Dios m í o . . . !
Déjale.
JUAN PABLO
¿De m o d o q u e y a s a l g o . . . ? A p e n a s h e leído
m i papel...
JUAN PABLO
(Ante Laura, con inspirado y fogoso acento, y feliz
memoria.) " M i r é , s e ñ o r a , la ideal b e l l e z a , —
444
145
g u i á n d o m e el a m o r p o r v a g a r o s a s — s e n d a s
d e n u e v e cielos. (Laura le oye embelesada c im-
DOÑA TERESA
pone silencio á los que le interrumpen.) ^
absorto
en s u grandeza,—las ejemplares formas de
l a s c o s a s — b a j é á m i r a r e n los h u m a n o s v e l o s . — Y e n la v u e s t r a s e n s i b l e — c o n t e m p l é
la d i v i n a i n t e l i g i b l e ; — y viendo q u e conf o r m a — t a n t o el r e t r a t o á s u d i v i n a f o r m a ,
— a m é vuestra hermosura,—imagen de l a
luz d i v i n a y p u r a , — h a c i e n d o c u a n d o os
v e o — q u e p u e d a l a razón m á s q u e el d e s e o ;
— q u e si p o r e l l a sola m e g o b i e r n o , — a m o r
q u e todo e s a l m a , s e r á e t e r n o . , .
LAURA
(Con grande admiración.) ¡ O h , q u é h e r m o s u r a !
¿ S o n t u y o s esos versos?
JUAN PABLO
D e m a s i a d o bellos p a r a ser m í o s .
D e L o p e s o n los versos; p e r o la idea e s
del divino Platón.
LAURA
" C o n t e m p l é la d i v i n a i n t e l i g i b l e . .
JUAN PABLO
" E n la v u e s t r a s e n s i b l e
h u m a n a forma.
en
vuestra
LA MARQUESA
P i d o (pie se a g r e g u e n á l a o b r a
versos.
estos
LAURA
Se agregarán... ya están agregados.
DON GUILLEN
N u e s t r a d i s c r e t a poetisa no r e p u g n a r á ten e r por c o l a b o r a d o r e s á L o p e y á P l a t ó n .
LAURA
DOÑA TERESA
L a a d o r a c i ó n d e l a ideal belleza. ¿Qué d i ces, T e r e s i t a ? (Repitiendo.) " A m o r q u e todo
es a l m a , será eterno.„
(Protestando.) ¡Pero si n o h a y n i n g u n a c o n cordancia...!
JUAN PABLO
LAURA
S o n v e r s o s d e L o p e , idyese r u m o r lejano d e
voces.)
H a y m á s de la q u e t u crees,
(óyese romor más próximo.)
Teresita.
despedidos por Monegro. Vienen á i m p l o r a r
vuestra misericordia...
DON GUILLEN
(Miraudo hacia el foro.) ¿Qué eS eso?
LAURA
¿Á mí?
L\LR\
JUAN PABLO
(Recitando abstraída. Juan Pablo le apuula.)
v i e n d o q u e c o n f o r m a — t a n t o el r e t r a t o á s u
Á vos, q u e sois s u s o b e r a n a . . .
divina forma...„
LAURA
LA MARQUESA
¿Nos harán daño?
;PerO q u é o c u r r e ? (Los rumores son tan inten-
JUAN PABLO
sos que apagan las voces de la escena.,
.
¡Oh! n o : e s t a d t r a n q u i l a . T i e n e n h a m b r e .
D a d l e s de c o m e r y a c o g e d l e s con p i e d a d .
ANDRÉS (el Maestresala .
(Presuroso por el foro.) S e ñ o r a , s e ñ o r a :
los
p a s t o r e s del T o r a l e n g r a n t u m u l t o l l e g a n
al c a s t i l l o . . . Q u i e r e n á todo t r a n c e v e r á
Vuecencia.
(Movimiento y alarma de criados por
derecha y foro.)
(Invaden la escena por el fondo y por la derecha
grau número d e rústicos, de aspecto cerril, con zahones, pellizas, albarcas y peales. Delante vienen como
cabezas de motín los más atrevidos. Al verse entre
personas tan bien vestidas, quédanse como espantad o s . Entre ellos vienen dos niños.)
LA MARQUESA
DON GU1LI.ÉN
(A Andrés.) ¡ O h , t e n c u i d a d o . . . ! N o p e r m i -
tas...
LAURA
(Asustada.) ¿ P e r o q u é g e n t e es esa?
JUAN PABLO
N a d a temáis, señora. Son
los
infelices
Nada temas.
ESCENA XIV
DOÑA TERESA
¡ D e s g r a c i a d o s ! Acógeles con b e n e v o l e n c i a .
Ix>s miemos; BELARDO, pastores y rústicos.
L.Al RA
A q u í e s t o y , p a s t o r e s . ¿Qué q u e r é i s ?
LAURA
¿ P e r o q u é e s ésto?
IRENE
¡ J e s ú s , q u é fachas!
ROSAURA
S o n c o m o animales..
JUAN PABLO
S o n , s e ñ o r a , l o s - p a s t o r e s d e v e r d a d , tinta n t e l o s figurados v i e n e n á p e d i r o s p i e d a d
y j u s t i c i a . (Laura .lia pasado á la izquierda. Don
Guillen le acerca una silla. Se sienta. Detrás Doña Teresa; la Marquesa m á s al fondo, cerca d e los pastor e s . Belardo, viéndola tan maja, se arrodilla ante ella.>
LA MARQUESA
N o sov»/ t»v o v u e s t r a s e ñ o r a : e s a q u é l l a . . .
DON GUILLEN
É s t a . Xo t e m a s , L a u r a .
(ueiar-
<do y los d e m á s permanecen mudos de respeto.)
JUAN PABLO
H a b l a d sin m i e d o . L a s e ñ o r a D u q u e s a ,
s i e m p r e m a g n á n i m a , os p e r m i t e l l e g a r á s u
p r e s e n c i a y e x p o n e r l e v u e s t r a s q u e j a s . (Belardo y los más próximos se arrodillan.)
BELARDO
P u e s uyid, g r a n señora. Venimos á tu maj e s t a d s a c r a t i s m a .pa decirvos q u e p u e s e n d e
s o i s m u e s t r a m a d r e . . ; (Ríen los criados.)
LAURA
Xo r i á i s : s u m a d r e soy, y ellos m i s q u e r i •dos h i j o s , y o b l i g a d a estoy á m i r a r p o r s u
bien.
BELARDO
(Besando el suelo.) P u e s v e i n o s a q u í o m i l d e s ,
g r a n madre, y que m u s perentendemosante
vuestra señoranza... por... Perdone s u alter a , q u e d e s l u m h r a d o s p o r s u s ojos l i n d o s ,
q u e c u a l l o s d e la V i r g e n e c h a n r a y o s d e
a m o r , s e m u s c o r t a el r e s p i r o , y n o p u e m o s
habrar...
JUAN PABLO
L a t u r b a c i ó n les i m p i d e e x p l i c a r s e . D e c i d le- " S e ñ o r a : s o m o s los q u e a p a c e n t a b a n l o s
r e b a ñ o s d e V u e c e n c i a e n el T o r a l . De p a d r e s
á hi jos, v e n í a p e r p e t u á n d o s e e n n u e s t r a cast a el p a s t o r e o de R u y d í a z : n u e s t r o s p a d r e s y
a b u e l o s á los v u e s t r o s s i r v i e r o n l e a l m e n t e .
S o m o s l o s m á s fieles, los m á s s u f r i d o s v a s a llos d e l s e ñ o r í o . C o m o á Dios," a m a m o s al
señorío, y á vos que ahora le representáis,,
os adoramos como á nuestra d i Y m a rema.„
LAURA
(Coa grande emoción.) Y yo á v o s o t r o s OS q u i e ro t a m b i é n , criados míos m u y amados, y
c o m o á p a r t e d e m i f a m i l i a os c o n s i d e r o .
BELARDO
¡Oh, r e i n a s a n t i s m a !
JUAN PABLO
Vcabad d i c i é n d o l e : " E l s e ñ o r M o n e g r o ,
p o r d a r colocación á p a n i a g u a d o s y a d v e n e dizos, qu'iso d e s p a c h a r n o s s i n r u i d o , y at
efecto nos m e r m ó n u e s t r a soldada, y las ho-
g a z a s q u e p o r c o s t u m b r e a n t i q u í s i m a de l a
casa, nos correspondían. E r a su objeto mortificarnos y a b u r r i r n o s para que nos despid i é r a m o s , e v i t á n d o l e l a m e n g u a de a r r o j a r n o s . P e r o .viendo q u e n o s r e s i g n á b a m o s por
q u e r e n c i a de la casa, nos l a n z ó i n i c u a m e n t e ,
y n o h a l l a n d o a c o m o d o , h e m o s v i v i d o en el
m o n t e , c o m o fieras... P i c h o esto, p e d i d l e perdón p o r los d e s a c a t o s q u e c o m e t i s t é i s , mov i d o s d e la d e s e s p e r a c i ó n y el h a m b r e , y rog a d l e q n e os v u e l v a á s u g r a c i a y al servicio
de s u s estados.
PASTORES
Sí, s í . . . eso p e d i m o s .
LAURA
(Llorosa.) Vuestras desgracias me conmuev e n . Mi corazón n o p u e d e n e g a r o s lo q u é tan
h u m i l d e m e n t e p e d í s . Deseo q u e n a d i e padezca e n m i s e s t a d o s , y q u e los fieles servidores, h i j o s de los q u e s i r v i e r o n á m i s p a d r e s , t e n g a n e n m i c a s a el p a n de c a d a d í a
para sí y para s u s hijos.
PASTORES
(En coro, con inocente alborozo.) ¡ V i v a . . . ! ¡Hurriallá!...
LAURA
PASTOR i . '
¿ E s o s past'»res p e q u e n i tos son v u e s t r o s hijos? Traédmelos acá: quiero abrazarlos.
W F * Miá, m i á . . . a q u e s t a e s l a r e i n a sig u n d a , d i m p u é s d e la r e i n a m u e s t r a s e ñ o r a .
JUAN PABLO
PASTOR 2.0
(Conduciendo á los pastorcillos.) I d á b e s a r
la
m a n o d e v u e s t r a b i e n h e c h o r a . (Laura acoge á
Ha v i n í o a n c á de otro r e i n o de l a F r a n cia.
los niños; los abraza y besa m u y conmovida.)
PASTOR 3.°
Jl EL ARDO
C á t a l a por d i t r á s , q u é tié a l a s .
¡Oh, d i v i n a s e ñ o r a y r e i n a !
PASTOR 4.»
JUAN PABI.0
Y a s a b é i s q u e la I Hiquesa os a d m i t e de
n u e v o á s u servicio. Decidle q u e e s t á i s m u y
a g r a d e c i d o s y q u e n a d a t e m é i s y a del s e ñ o r
M o n e g r o , el c u a l e s t a n c r i a d o c o m o v o s otros...
PASTORES
¡Y r iva...! ¡ H u r r i a l l á !
LAURA
¡Oh, T e r e s i t a de m i a l m a , q u é bien m e
s i e n t o d e s p u é s de c o n s o l a r á los t r i s t e s !
(Bdlárdo y los más próximos le besan la mano. Otros
se fijan eu la Marquesa, q u e habla con ellos.)
Yola, vola,
PASTOR 4.°
(En otro grupo, asombrados del estilo del j a r d í n . )
-Miá el a r b o l e , con t i j e r a s r e p e l a o . . .
BELARDO
Y quellotros como paderes i n e s m a m e n t e .
PASTOR l.°
(Por Irene.) ¡Y e s t o t r a , q u é m a j a !
PASTOR 2.°
E s la p r i n c i p e s a c a n t i c a d o r a .
155
BELARDO
N o can-tica, b r u t o , s i n o q u e h a c e c o m i c a -
¿ Q u i é n te conoce, hi d e t a l ?
ción a l a u t o .
LAURA
PASTOR 4.°
B i e n , "hijos m í o s , (A Don Gaillén.) D a d l e s d e
c o m e r . . . Q u e c o m a n todo lo q u e q u i e r a n , y
q u e l l e n e n los z u r r o n e s p a r a l l e v a r c u a n t o
p u e d a n á sus m u j e r e s y á sus hijos.
¿ Y a q u e l c a b a l l e r o t a n policio con p e l l i z a
berrenda?
BEI.ARDO
Mía fe, que es don Gilléji, el cazaor...
JUAN PABLO
PASTOR l.°
Ya podéis retiraros. Vais á comer.
Mía fe, q u e sí.
DON GUILLEN
PASTOR 2."
*
•
V-
(Por Doña Teresa.) ¿ P o s a n q u í llotra d e l a s
tocas p r e t a | q u e p a i z S a n ti M é n i c a ?
(Conduciéndoles.) V e n i d ; (Van desfilando haci»
el foco derecha. Va con ellos Calixto.)
PASTOR 3.°
ESCUNA XV
(Por Calixto.) ¡Hao!... j § i á é s t e . A s í D i o s
m e v a l a , q u e e s C a l i x t o , e l de M a r i - M i n g a .
Los mismo?; M 0 N K G R 0 , CHACÓN, que e n t r a n c u a n d o s a l e o
los Pastores.
CALIXTO
MONEGRO
(I)ejándose sobar la ropa.) S í q u e SO.y C a l i x t o ,
para servirles.
PASTOR 4.°
G e n t i l e s t á s , m í a fe.
(Con estupor y cólera.) Necesito v e r l o p a r a
c r e e r l o . ¡Tal g e n t u z a e n v u e s t r a p r e s e n c i a ,
s e ñ o r a ! ¡Y h a b é i s d a d o l i b e r t a d á ese. h o m bre!
lo h e c h o p o r m í . Y o . . . lo q u i e r o ; y o . . . k»
mando.
LAURA
^Con voz ahogada.) S í . . .
MONEGRO
O...
JUAN" PABLO
I W " S e ñ o r a , v u e s t r o b u e n corazón es
vuestro mayor enemigo.
L a s e ñ o r a D u q u e s a t u v o la d i g n a c i ó n d e
concederme u n rato libertad...
LAURA
LA MARQUESA
Temporal no más.
MONEGRO
(A Laura.) P e r m i t i d m e d e c i r o s q u e c u a n t o
h a b é i s dispuesto en mi ausencia, es contrar i o á l a d i g n i d a d de la c a s a .
LAURA
(Recobrado el alieuto.) Y yo te digO q u e c u a n t o lie d i s p u e s t o e n t u a u s e n c i a . . . (Aparte a la
Marquesa.) ¡Por Dios, no te a p a r t e s de m í !
S o l a n o p u e d o . . . (Alto.) P u e s c u a n t o e n t u
a u s e n c i a d i s p u s e . . . há sido i n m e n s a m e n t e
favorable á mi salud.
MONEGRO
Lo celebro...
LAURA
(Llamando á si á Doña Teresa y á la Marquesa par.k
codearse de amigos.) A p r u e b a s i n v a c i l a r todo
D é j a m e , d é j a m e el ú n i c o c o n s u e l o de m i
a l m a s o l i t a r i a : r e m e d i a r todos los i n f o r t u n i o s . . . q u e 110 veo, q u é n o m e d e j á i s v e r , y
q u e s o n , ;ay! i n f e r i o r e s á los m í o s . Yo, la
p r i m e r d e s d i c h a d a , q u i e r o d a r á los d e m á s ,
la felicidad... q u e no tengo. ""^Jg
MONEGRO
E s t á bien, s e ñ o r a . . . P e r o m e veo p r e c i s a d o á q u i t a r o s u n a de v u e s t r a s a c t r i c e s . (Reclamaudo á Irene.)
IRENE
(Desolada.) L a S a n t í s i m a V i r g e n m e
pare.
am-
MONEGRO
I r e n e debe t r a s l a d a r s e a h o r a m i s m o á c a s a ,
d e m i h e r m a n a , d o n d e e s t á n el m a y o r a z g o
de Yalterra y su heredero, q u e conmigo h a n
venido.
LAURA
¿ A h , p o b r e I r e n e ! (La besa.)
(A Juan Pablo.) I JÜ i d e a l b e l l e z a , c o m o t ú m e
l l a m a s , ¡qué r i s a ! la i m a g e n d e l a l u z d i v i n a
y p u r a , se v e p r e c i s a d a ¡oh d e s d i c h a d e l a s
luces ideales! á volver á encerrarte. L a prim e r a luz del u n i v e r s o , y la m á s i d e a l cosa,
e s la j u s t i c i a .
ROSAURA
(Besándola.) A m i g a q u e r i d a , r e s í g n a t e .
DOÑA TERESA
Piénsalo, m u j e r , y verás q u e es b u e n a
boda.
MONEGRO
(Cogiendo á Irene de la mano.) V e n ,
hija
mía.
JUAN PABLO
Y s e r v u e s t r o p r i s i o n e r o , e n la t o r r e 6 e n
la cárcel, m i m a y o r g l o r i a .
(Aparte á Chacón.) N o t e m u e v a s d e a q u í , y o b s e r v a . . . (Chacón s e retira á la izquierda, y observa
-oculto tras el pabellón d e Liriope. Monegro y su hija
se alejan hacia el fondo, seguidos de Rosaura y otras
c r i a d a s q u e consuelan y besuquean á Irene. Laura se
r e t i r a á la derecha, con la Marquesa y Doña Teresa.
J u a n Pablo permanece en el centro.)
ESCENA XVI
Los mismos; DON GUILLÉN
DON GUILLEN
LA MARQUESA
Siéntate aquí,
gruta.
en
la
puertecita.de
tu
LAURA
(Se sienta.) T e s i m a n d r o , n o v a y a s á c r e e r t e
«en l i b e r t a d d e f i n i t i v a .
LA MARQUESA
¿ Y p o r q u é 110, s i t ú así lo deseas?
C o m i e n d o e s t á n los p o b r e s . . . Locos d e a l e gría.
PASTORES
(Dentro.) ¡ H u r r i a l l á . . . !
DON GUILLEN
(Aparte á Juan Pablo.) P r e p á r a t e p a r a
q u i e r i n f a m i a de M o n e g r o .
cual-
JUAN
PABLO
CHACON
P r e p a r a d o e s t o y . (Siguen hablando en voz baja.)
(Aparte los dos, á la izquierda.) S e ñ o r ,
LA
MARQUESA
(A Laura.) T u r e s u r r e c c i ó n e s m i m a y o r
gozo. Bendígate Dios... y á él, á él t a m b i é n
le bendiga.
LAURA
lo
MONEGRO
Volverá á la torre.
¡ H e r m o s o consuelo!(con emoción.) ¡ A y , ( ' l a r i t a , y y o t a n n e c i a q u e t u v e celos d e tí! P e r dóname.
LA
por
q u e vi a n t e s y v e o a h o r a , l a p r e s e n c i a d e
J u a n P a b l o a q u í es el m a y o r d e los e s c á n dalos.
CHACÓN
E s i n ú t i l : le s o l t a r á n d e n u e v o .
MARQUESA
MONEGRO
P e r d o n o y a p r u e b o . . . A y u d a r é t o d o lo q u e
p u e d a . . . Pero ahora, disimula. Tu servid u m b r e te h a o b s e r v a d o y . . .
LAURA
V e r á s q u é bien d i s i m u l o . . .
¡Tesimandro!
(Acuden Juan Pablo y Don Guillen. Se agrupan y hablan los cinco en voz baja, diciendo Laura qne Juan
Pablo debe volver á la torré, de donde le sacaran.
Irene, despedida ya, se va con Rosaura y las criadas.
Monegro vuelve al lugar del proscenio donde está
oculto Chacón.)
MONEGRO
Ahora, e n m e n d e m o s los desvarios de e s t a s
locas.
A la c á r c e l .
CHACÓN
T a m p o c o . P r i s i o n e r o , las d a m a s no p a r a rán hasta libertarle, y suelto, nuestros mont e r o s d a r í a n m u y p r o n t o c u e n t a d e é l . (Bajando más la voz.) S a b e d , s e ñ o r , q u e p r e n d a d a s
de este hombre están... ó la Marquesa ó m i
s e ñ o r a . . . Q u i z á s las d o s .
MONEGRO
¡ L a s d o s ! . . . ¡Qué i g n o m i n i a ! (Avanza hacia
la Duquesa, seguido de Chacón.) S e ñ o r a , ¿ c o n t i -
n u á i s el e n s a y o ?
H
LAURA
H e m o s l l e g a d o a la e s c e n a ú l t i m a , e n la
cual dispongo que vuelva J u a n Pablo á la
torre.
MONEGRO
Oid s e ñ o r a , el p a r e c e r m í o d e s p u é s d e bien
m e d i t a d o este caso s i n g u l a r . P u e s t e n i e n d o
e n c u e n t a q u e los d e l i t o s d e C i e n f u e g o s n o
a p a r e c e n claros, y q u e l a i n s t r u c c i ó n de la
c a u s a ofrece no pocas d i f i c u l t a d e s ; s a b e d o r
- a d e m á s de q u e l a m a d r e d e l p r i s i o n e r o e s t á
e n g r a n desazón p o r s u a u s e n c i a ; y c o n s i d e r a n d o , a l fin, q u e h a c o n t r i b u i d o n o poco al
r e g o c i j o de V u e s t r a G r a n d e z a d e s e m p e n a n d o s u p a p e l con acierto, t e n g o e l h o n o r de
p r o p o n e r o s q u e s e a p u e s t o e n l i b e r t a d . . . dej á n d o l e c o r r e r á s u a n t o j o p o r todo el p a í s . . .
LAURA
MONEGRO
Y a h o r a , J u a n P a b l o , si la s e ñ o r a se d i g n a
concederte la libertad, prométele q u e y a no
s e r á s el p e r t u r b a d o r e s c a n d a l o s o d e s u s estados.
JUAN PABLO
(Aparte.) ¡ V e r d u g o
« l i r a n á Laura.)
hipócrita!
(Pausa.
Todos
LA MARQUESA
(Aparte.) S a b e m u c h o este h o m b r e .
MONEGRO
¿ Q u é decís, s e ñ o r a ?
LAURA
( P e r t u r b a d a , sin s a b e r q u é r e s p o u d e r . ) Y o . . .
lo
< j u e é l q u i e r a . . . Si g u s t a d e s e g u i r p r i s i o nero...
(Confusa y apenada.) ¿ Q u é e s e s t o ?
JUAN PABLO
(Aparte á Don Guillen.) P a r a este vil, soy m á s
t e m i b l e preso q u e libre.
DON GUILLEN
(Aparte.) T e s u e l t a p a r a c a z a r t e . . . ¡ Y a lo
verás!
MONEGRO
¿ C ó m o h a de q u e r e r la prisión?
LAURA
E s v e r d a d . . . no s é lo q u e d i g o . . . E s m u y
« x t r a ñ o q u e h a b i e n d o s i d o t ú s u m á s fiero
perseguidor, ahora...
MONEGRO
L \ MARQUESA
L a solución q u e he dado al a s u n t o de m í
hija, h a calmado mi enojo.
(Cortando la cuestión.) ¿No ha de p r e f e r i r l a ?
-Juan Pablo, eres libre.
LAURA
LAURA
E s t r i s t e q u e yo, v i o l e n t a n d o m i i n c l i n a ción á l a p i e d a d , t e n g a q u e s e r a h o r a q u i e n
m i r e por l a j u s t i c i a .
(Aparte.) ¡Oh l i b e r t a d , y o te l l a m a r í a t r i s t e z a ! (Alto.) S í : e r e s l i b r e . . . ¿ C u á n d o p a r tirás?
JUAN PABLO
LA MARQUESA
C u a n d o la s e ñ o r a d i s p o n g a .
(Al oído de Laura.) D i s i m u l a . . .
MONEGRO
LAURA
(Aparte.) ¡ A y d e m í , q u é t u r b a c i ó n ! (Miran-
do á Juan Pablo.) Y é l . . . b i e n claro m e dicen s u s
o j o s q u e 110 q u i e r e ser l i b r é . (Alto.) P r i s i o n e r o ,
¿ q u é dices?
JUAN PABLO
Que no tengo más voluntad que la
E n l a p u e r t a del H o m e n a j e , dos d e t u s
h o m b r e s , e n v i a d o s p o r t u m a d r e , te e s p e r a n
con c a b a l l o s . P u e d e s p a r t i r c u a n d o q u i e r a s .
JUAN PABLO
{Dudando.) ¿ A h o r a . . . ? '
de
Vuecencia.
LAURA
Ahora.
LAUR \
E s t i m a n d o t u c o r t e s í a , creo q u e p r e f e r i r á s . . . esa preciosa libertad q u e tanto ansiáis
los hombres y que...
MONEGRO
(Aparte.) El i m á n de este acero no e s C l a r a :
e s la D u q u e s a .
LAURA
¿ L o crees t ú ? ¡Oh! q u i e r o v e r l e
(Aparte, volviéndose á la Marquesa.) ¡ O j o s
que
le v i e r o n ir, c u á n d o le v e r á n v o l v e r !
JUAN PABLO
S e ñ o r a , n o h a c é i s m á s q u e a l a r g a r la c a d e n a á v u e s t r o esclavo.
LAURA
(Triste V benévola.) N o a l a r g o l a c a d e n a ;
la
r o m p o . . . debo r o m p e r l a . . . c o n s a g r o m i v i d a
m i s e r a b l e á h a c e r el b i e n d e los d e m á s . (Le
da á besar s u mano.)
sostenida por las dos.) A h o r a s í , a h o r a v e o . . .
Monta á caballo... s u s amigos, á caballo t a m b i é n . . . É l va d e l a n t e . . . pica e s p u e l a s . . . Cor r e n c o m o el h u r a c á n . . . ¡Oh, q u é l e j o s e s t á n
y a ! L l e g a n á la l o m a del A z o r . . . y a , y a . . .
D e s a p a r e c e n . . . Se los t r a g a la t i e r r a . . . los
A r r e b a t a el v i e n t o . . . (Queriendo subir más.) X a -
d a , n a d a : s u e ñ o . . . s o m b r a q u e pasa, (se lleva
la mano á los ojos. La recogeu en brazos.)
JUAN PABLO
E s c l a v o s i e m p r e , con c a d e n a ó s i n e l l a .
(Besa la mano y hace gran reverencia. Sale. Con él va
Monegro, y á distancia Don Guillén. Quedan j u n t o á
Laura la Marquesa y Doña Teresa.)
LAURA
Se va: h u y e . . . era u n sueño...
LA MARQUESA
Juicio, prima querida, juicio y discreción.
Volverá,
partir.
(Dirígese á la escalinata. Sube uu peldaño: ihira hacia
la derecha por entre los árboles.) N o , n o : D l á s
a l t o ; n o v e o . (Sube el segundo, el tercer peldaño,
FIN DEL ACTO SEGUNDO
ACTO
TERCERO
Alquería instalada en los aposentos bajos de la p a r t e
del castillo de Ruydiaz q u e se ha preservado de l a
ruina. Las robustas bóvedas y alguna paerta medioeval revelan la antigüedad y primitivo c a r á c t e r
d e la construcción, asi como los aperos de ganadería y labranza iudican un objeto muy distinto d e l
d e su origen.
Gruesos pilares y sólidos muros sostienen bóvedas d e
desigual tamaño: las de la izquierda forman un p a sadizo estrecho; las de la derecha espaciosa crujía,,
en cuyo fondo hay una puerta que da al campo.
Á la izquierda, primer término, poterna antigua q u e
da á uu prado y al glasis de la antigua fortaleza^
Eu el segundo término, un hueco por donde se va á
la cocina y á las habitaciones de Toribia. A la d e recha, paso á los establos y corrales. De la primera
bóveda de la izquierda pende una cadena, donde s e
cuelga el candilón. Frente al primer pilar, uú asiento rústico cubierto d e pieles sirve para descanso d e
la señora Duquesa.
Á la derecha, no lejos de la puerta de los establos, n n »
mesilla y dos banquetas, y en la pared próximauna alacena practicable. En el primer pilar y en Iosmuros, algunas estampas piadosas, entre ellas UÜ
cuadro de las Animas.
I'rincipia la escena al caer de la tarde. Obscurece g r a dualmente.
TORIBIA
ESCENA PRIMERA
"TORIBIA, sentada á la d e r e c h a , cortando rebanadas para sopa*
de un medio p a n grande: el otro medio está sobre la mesa;
B L A S , q u e e n t r a por el fondo; Z A F R A S A, P E R O G I L A .
BLAS
¿Traigo la
Serrana?
TORIBIA
N o : t r a i t e la Morisca.
Tengo que ordeñ a r l a p a r a d a r l e c h e á las s e ñ o r a s .
ZAFRANA
(Entreabre la puerta de la izquierda y se asoma.)
T o r i h i a , piazo de l a s m a n t e c a s d e Dios, ¿est á s acá?
TORIBIA
C o n d e n a d a s , e n t r a i . (Entran las dos.)
PEROGILA
V e n i m o s p o r el c e n t e n o q u e m u s oírecistes.
D i a b l a s , ¿de d ó n d e v e n í s ?
PEROGILA
De los c o n f i n e s del m u n d o .
ZAFRANA
De r o d a r p o r t o d a l a c i r c u n s t a n c i a del s e ñorío.
TORIBIA
¿Y h a b e d e s v i s t o . . . ?
ZAFRANA
(Cou misterio.) T r a p i s o n d a , h i j a . . . t r a p i s o n d a c o n t r a Don D á m a s o .
TORIBIA
ídvos á contárselo.
BLAS
(Señalando al fondo.) P o r allí a n d a con el
guarda mayor.
ZAFRANA
BLAS
Y a iba y o á l l e v á r o s l o . (Coge un saco medio
l l e n o de grano.)
(Medrosa.) Xo, no: q u e a g o r a v e n d r á
h o m b r e con el g e n i o m u y fosco.
el
bajo el brazo como para llevárselo.) D i o s
TORIBIA
te
lo
pague.
TORIBIA
¿ P e r o no v a i s á v u e s t r a s c a s a s ?
¡Hao!... ¿sabes que eres fresca?
PEROGILA
ZAFRANA
A n t e s t e n e m o s q u e d i r al m o l i n o .
ZAFRANA
Fresca tú, que paiees criadora y nodriza
d e los doce A p ó s t o l e s .
(Quitándole de la mano á Toribia una rebanada d e
-pan.) ¿ P e r o e s t e s u s t e n t o d e l o s á n g e l e s l o
TORIBIA
l i a s a m a s a d o t ú ? (Come.)
(Se levanta.) F u e r a , f u e r a , r a p i ñ a o r a s .
PEROGILA
<1.0 mismo.} D é j a m e q u e l o c a t e . (Gome.)
.• r
PEROGILA
^
Z a f é m o n o s d e a q u í . D a m e , B l a s i l l o . (Blas
le pone el costal al hombro.)
TORIBIA
ZAFRANA
Del c a n d e a l de mi cosecha, cosa rica.
(Que da algunos pasos hacia la izquierda, vuelve.)
ZAFRANA
A c u é r d a t e d e q u e c u a n d o lo s e m b r a s t e s ,
t e lo s a n t i g ü é m u y b i e n s a n t i g u a o . . . (Cogeel
i Ay! se me olvidaba. La Serrana
TORIBIA
.medio pan para olerlo.)
TORIBIA
se te ha
s o l t a d o , y v a por l o s p r a d o s a l a n t e .
(A Blas.) C o r r e , s i m p l e , (Corre Blas por la izq u i e r d a . Tras él las brujas.)
Pero no más santiguaciones...
ZAFRANA
ZAFRANA
¿ H u y , c ó m o t r a s c i e n d e á g l o r i a ! ( S e lo p o n e
A d i ó s , c i m b o r r i o del
por la izquierda.)
firmamento.
(Salen
TOMBIA
¡ A y q u é f a m i l i a ! (Volviendo á su labor.) T o d o
m e lo r e m i e l v e n ; e n todo h a n de m e t e r l a s
uñas.
ESCENA II
MONEGRO
Las brujas me traerán informes seguros.
S i g i l a n t e s y e s c u r r i d i z a s , d o t a d a s de u n olfato maravilloso, ven como linces y rastrean
como p e r r o s . ¿ H a s v i s t o si h a n v u e l t o y S
CHACÓN
T O R I B I A , MONEGRO y CHACÓN, que e n t r a n por el fondo.
No han vuelto, señor.
MON EGRO
MONEGRO
(Hablando cou Chacón
á distancia de Toribia.)
B u e n o . V e t e á v i g i l a r los p u e s t o s .
¿ C u á n t o s h o m b r e s h e m o s a p o s t a d o en el p a s o
de P e ñ a Parda?
CHACÓN
¿Y vuelvo?
CHACÓN
MONEGRO
T r e s , y c u a t r o en la T o r b i s c a .
MONEGRO
P o n d r á s o t r o s c u a t r o e n la C o v a c h u e l a , ,
f r e n t e al v a d o de G u a d i j á n .
Sí, p a r a q u e m e a c o m p a ñ e s . N o
a n d a r solo por esos c a m i n o s .
CHACÓN
Bien, señor. ( v a s e
CHACÓN
C o m o n | v e n g a por los c a m i n o s de los topos, n o s e n o s e s c a p a . ¡ L á s t i m a 110 s a b e r
fijamente
por d ó n d e h a c o r r i d o estos d í a s y
la vuelta que trae!
por
el fondo.)
debo
Oye
ESCENA III
TORIBIA
MONEGRO, T O R I B I A
Ó con algún montero de los q u e v a n á
cazar con él.
MONEGRO
MONEGRO
Tora: entre los q u e suelen
venir
por aquí, ¿has visto á los amigotes d e J u a n
¿ Y 110 h a b l a c o n o t r o s . . . c o n a l g ú n e x traño?
TORIBIA
Pablo?
TORIBIA
No reparé... Nada u y í .
(Displicente.) P u e s n o l e s v i , s e ñ o r .
MONEGRO
MONEGRO
(Desconfiado.) ¡ T o r a !
TORIBIA
Mía fe, q u e n o l e s v i .
MONEGRO
¿ Y el borracho d e D o n Guillén...? E s e n o
me negarás q u e viene.
TORIBIA
Cuasi todos los días... á diferentes horas.
MONEGRO
¿Solo?
(Desconfiado.) P a r é c e m e q u e t e v a s v o l v i e n do ciega y sorda.
TORIBIA
Fuílo siempre para lo q u e no es de m i
jurdición... ¿ Q u é m á s quié saber?.
MONEGRO
Sé. q u e l a s e ñ o r a e s t á a q u í . V i n o
media hora con la Marquesa.
hace
TORIBIA
(Señalando hacia la derecha, haciá
ximo.) A l l í l a t i é S u M e r c e d .
Uu
corral pró-
TORIBIA
MONEGRO
¡Que n o m e hurgue...!
(Mirando hacia e l corral.) ¿ Y e n q u é s e e n - "
MONEGRO
tretiene?
TOR1BIA
Absolutamente á m i devoción...
E n j u g a r c o n el ternerillo.
MONEGRO
Y lo abraza... ¡Qué cariños le hace! Y
a h o r a l o b e s a . (Volviendo al centro.) E n fin, á l o
q u e v o y . (imperioso.) M e t e n d r á s a l c o r r i e n t e
de toda conversación q u e oigas entre laseñora, Clarita, el aya, D o n Guülén...
TORIBIA
(indignada.) ¿ Y o , y o ? . . . N o s i r v e T o r a p a r a
pesquisar. B u s q u e otros espías... ¡Tirte alia,
tirte allá!
MONEGRO
(Conciliador.) N o a b u s e s d e l a s c o n s i d e r a ciones q u ese te g u a r d a n como á nodriza d e
n u e s t r a excelsa señora... P o r el servicio d e
lactancia, disfrutas h o y de esta alquería
y d e los prados q u erodean l a torre. T e n e n tendido q u e para conservarlos, necesitas
estar absolutamente á m i devoción.
TORIBIA
¡ J o q u e t e e s t r e g ó ! ¡jo, j o ! . . . Y o n o s o y d e vota m á sq u e del Justo Juez, de la Virgen
y d e los santirulicos; pero d e S u Merced, d e vota d e S u Merced, q u e está c o n u n pie e n
los infiernos...!
MONEGRO
(Airado.) ¡ T o r a !
TORIBIA
(Colérica.) ¡ T o r o ! S i S u M e r c e d b e r r e a , y o
más, q u e soy m u y brava, ¡cuerpo d e S a n
Blas! y p o r eso m e l l a m a n Tora.
MONEGRO
No desatines:
escucha...
TOBIBlA
¿Por
quién
m e toma?
¡cuerpo
de San.
Lucas! Sepa, que á nobleza y hombría de
bien n i el R e y m e gana.
que á m u d a r m e pronto de casa aprendí con
los caracoles... Sábelo, sépalo; y si l a s sonajas oir n o quiere, n o las menee.
MONEGRO
MONEGRO
Ni á genio tampoco.
-
¡Diantre, q u é torbellino!... Déjame q u e te
TORIBIA
e x p l i q u e . . . (Entran por el foro Tu'rpín y Vallejo.)
¿ G e n i o d i c e ? ¡ A g a l l a s ! (Disparándose.) Y
hay agallas, porque h a y concencia, y como
estoy á buenas conm i concencia, con todos
m e a t r e v o ; y c o n S u M e r c e d , q u e e s a q u í el
prepotente, m e atrevo también, y le digo
q u e t i é el a l m a m á sp e r d i d a q u e l o s pájaros
idos, si no se vuelve al divino J u e z y se despercude el a l m a d e tanta roña de pecaos.
TORIBIA
E x p l í q u e l o á e s o s s a y o n e s . . . (Hace un gesto
muy desgarrado y se va por la derecha.)
ESCENA IV
MONEGRO, T Ü R P Í N , V A L L E J O
MONEGRO
TÜRPÍN
¡Estúpida! ¿Pero n o h a y aquí quien amarre á esta
(Desde el fondo.) A l a b a d o s e a D i o s .
fiera?
TORIBIA
VALLEJO
Fiera soy q u e rugiendo escupe las verdades... C o n la concencia m á s limpia q u eel
sol, l e digo q u e si q u i é q u i t a r m e l a alquería y los prados, quítemelos, porque y o m e
fisgo e n l o s p r a d o s y e n l a a l q u e r í a , y e n S u
Merced, ¡ea!... Y s i quiere e c h a r m e , m e voy,
Dos horas hace q u e a n d a m o s tras el señor
Monegro. Y a sabéis lo q u e ocurre...
TÜRPÍN
E n diferentes lugares delseñorío, los díscolos preparan u n .alzamiento e n a r m a s .
184
MONEGRO
MONEGRO
T o d o l o s é . 'A m u c h o s c o n o z c o , á o t r o s a d i vino; les descubro p o r los favores q u e m e
deben.
TURPÍN
Y favores d e doble precio, c o m o hechos
atrepellando la ley...
¿Y q u e pensáis?
S e r á forzoso s e n t a r l a m a n o c o n d u r e z a .
MONEGRO
Naturalmente. No basta ser fuerte: h a y
q u e p a r e c e r l o . .. D e s d i c h a d o d e m í s i n o m e
temieran... ¿Habéis hecho l o q u e os indiqué
esta mañana?
TURPÍN
¿Prender al buen Hinestrosa y á s u s primos losde Jáuregui?
Decid protegidos. Ricos l o s h e hecho c o n
el suministro d e aceite para el castillo.
TURPÍN
Pero ellos os sirvieron... á toda satisfacción, e n el negocio d e m a d e r a s para l a s cuadras q u e construísteis.
MONEGRO
(Ceñado.) N o i m p o r t a . P r e n d e d l e s e s t a n o c h e c o n l a figuración l e g a l d e q u e c o r t a r o n
pinos e n la Torbisca.
TURPÍN
E s t á b i é n . P e r o fijaos e n q u e t e n d r á n e l
valimiento de la casa de Cardona...
MONEGRO
([aquieto y receloso.) Sin d u d a . . .
MONEGRO
TURPÍN " " 1 K I
Sí.
TURPÍN
Considerad q u e los Jáuregui
siempre amigos vuestros.
h a n sido
L a casa d e Cardona, e n guerra descarada
c o n v o s , n o l l e v a o t r o fin q u e a r r e b a t a r o s l a
administración d e Ruydíaz para darla á u n o
de s u s deudos.
.
V_üV>
186
c u a n d o b r o t a b a n , los s u p r i m o
c u a n d o los veo crecidos.
VALLEJ0
Heredera forzosa de n u e s t r a
quiere suplantarla e n vida.
Duquesa,
MONEGRO
de refilón
VAIJ.EJO
¡Bravo s i s t e m a ! E s d e los q u e no fallan. ""IKt
TURPÍN
No m e decís n a d a q u e yo no sepa.
TURPÍN
¿Y e s t á i s s e g u r o d e q u e la d u e ñ a d e
estos e s t a d o s os m a n t e n d r á r e s u e l t a m e n t e en
su gracia?
MONEGRO
S e g u r o estoy, m i e n t r a s no se i n t e r p o n g a
e n t r e ella y yo u n a i n f l u e n c i a p o d e r o s a .
VALLFJO
¿ Y creéis, como yo, q u e l a s c o r r e r í a s d e
J u a n P a b l o no t i e n e n otro fin q u e r e c l u t a r
g e n t e d e s a l m a d a p a r a a y u d a r á los revoltosos?
MONEGRO
A s í debo c r e e r l o . . .
Y vos h a b é i s
procedido como si d e ello t u v i é r a i s p r u e b a
plena.
TURPÍN
Ciertamente.
L a M a r q u e s a d e C l a v i j o , p o n g o por caso.
TURPÍN
No: no s o n l a s a m i g a s t a n d e t e m e r . (Malicioso.) L o s i n f l u j o s q u e os a s u s t a n son
otros...
MONEGRO
Bien s a b é i s q u e sí. (Meditabundo.) P e r o yo,
si 110 h e podido a d e l a n t a r m e á c o n t e n e r l o s
MONEGRO
Pero h a y m á s .
VALLEJO
¿Más?
MONEGRO
Esta m i s m a tarde comenzaréis á instruir
c a u s a c o n t r a l a m a d r e de C i e n f u e g o s . . . (Pausa.
Turpin y Vallejo se miran.) p o r - h a b e r
permitido
4S9
q u e e n s u casa se reunieran los conjurados
VALLEJO
de Peñalba.
TURPÍN
De tal m a n e r a inhumano...
MONEGRO
(Asombrado.) P e r o n o e s c i e r t o . . .
MONEGRO
Perdonad. Creí tratar con gerifaltes, n o
con palomas.
Que n o pase el día de m a ñ a n a sin q u e sea
reducida á prisión.
VALLEJO
(Estupefacto.) ¡ Q u é b r u t a l i d a d !
TÜRPÍN
Os h e servido lealmente. P o r vos, reconocedlo, Zacarías T u r p í n , e n el C o r r e g i m i e n t o
y fuera d e él, h a hecho atrocidades...
VALLEJO
TURPÍN
. Decid horrores...
(inquieto.) S e ñ o r D o n D á m a s o , a c o s a d á
Cienfuegos, l a m a y o r calamidad del señorío,
v procurad s u captura y s u muerte porlos
medios naturales d e l a ley, d e l a guerra ó de
la caza... Pero dejad e n paz á s u m a d r e , q u e
es u n a santa m u j e r .
MONEGRO
TURPÍN
Y lo que ahora m e pedís es u n a monstruosidad q u epasa la medida...
MONEGRO
Malicioso y agresivo.) M e p a r e c e h a b e r p e n e trado la causa de vuestros escrúpulos.
TURPÍN
A buena hora las ternezas...
TÜRPÍN
Mi conciencia...
VALLEJO
P e r d o n e el a m i g o Monegro; pero ello e s
de tal gravedad...
Nuestros sen timientos...
podéis permitiros el l u j o d e u n lucido arrepentimiento. Y o soy pobre...
¡ S e n t i m i e n t o s , c o n c i e n c i a ! (A Turpín cou
cruel ironía.) L a v u e s t r a e s h a r t o v i d r i o s a , y
ahora se os alborota excesivamente porque
ayer os negué cuatrocientos escudos q u e m e
pedíais para l a boda d e vuestra hija.
TURPÍN
MONEGRO
Mayor motivo para q u e m e sirváis con
celo... N o s e hable m á s del asunto. I d a l Corregimiento y preparaos para el trabajo rudo
que se n o secha encima.
(Entra Chacón
por el fondo quedándose á distancia.)
(Confuso.) N o e s e s o , M o n e g r o a m i g o , n o e s
eso...
TURPÍN
MONEGRO
T r a b a j a r e m o s ; m a s 110 d e b é i s o l v i d a r . . .
Creedme, Turpín: vuestra conciencia y la
mía unidas están por u n acadena queni vos
ni yo podemos romper.
ESCENA V
Los mismos; CHACON, después TORIBIA.
TURPÍN
E s verdad; pero... escuchad...
m e q u eos diga...
permitid-
MONEGRO
Si creéis e n el Infierno, dejad el m u n d o
Yo... quiy meteos e n u n claustro...
zás lo haga algún día. H o yn o puede ser.
TURPÍN
Sois poderoso. E n diez años d e administración habéis amasado u n gran caudal, y
MONEGRO
Chacón.
CHACÓN
(Adelantándose.) S e ñ o r .
MONEGRO
(Af Turpín.) Q u i e r o s e r g e n e r o s o c o n v o s , y
quitaros del m a g í n lasideas..; melancólicas.
(a Chacón.) E n t r é g a l e c u a t r o c i e n t o s e s e u d o s .
192
TUR PIN
Gracias, amigo Monegro... A ú n debíais
alargaros á quinientos...
TOR1BIA
(Por la derecha.) S e ñ o r : v e a l a s d a m a s , q u e
ya tornan acá.
ESCENA VI
MONEGRO, CHACÓN, T O R I B I A ,
° t ° T a m i t 0 d e « S * " " el seno. la M a r q u e n un r a m o
e n la m a „ o . En los siete dios transcurridos desde el segundo acto,
la Duquesa se h a desmejorado notoriamente. Óyese sonido d e
cencerro en el interior del e s t i b i o .
LAURA
MONEGRO
(A Tarpin y Vallejo.) R e t i r a o s .
TURPÍN
¿Os v e r e m o s e n el Corregimiento?
(En la puerta, mirando hacia adenlro.) R i c o ,
g r a c i o s o , a d i ó s , (saluda como los niños.) Y o l v e r é , t o n t í n . (A la Marquesa.) ¿ Y e s ' C ó m o Hlft
mira?
LA MARQUESA
MONEGRO
(Empujándoles.) S í , SÍ.
CHACÓN
(Aparte.) ¡ C u e r v o s i n s a c i a b l e s !
TURPÍN
(Aparte retirándose.) D u r o e s e l h o m b r e c o m o
u n a peña.
VALLEJO
Y a no tanto... Tiene miedo.
TURPÍN
Y e l m i e d o a b l a n d a , d e s m o r o n a . (Vanse por
el fondo.)
L A U R A . LA MARQUESA
trao
Te quiere,
LAURA
¡ Q u é o j o s ! (Hablando con el ternero.) ¡ P o b l ' e c i to m í o , c ó m o q u i e r e él á s u a m a ! , . . ¡ Y a t a do a h í con e s a cuerda!... Adié?, bobo, pillo;
adiós.
MONEGRO
¡Qué infantil candor!
LAURA
(Viendo á Monegro.) ¡ A h ! ¿ e s t a b a s a q u í ? (Avanza apoyada en el brazo de la Marquesa. Monegro le
besa la mano.)
195
TORfBlA
N a d a tan b u e n o p a r a L a u r a como este a m biente. la a l q u e r í a , los establos, la p r a d e -
^ echan las carias, sacan barruntos d e
a m o r e s , de tesoros escondidos... •
r a . . . (Deja en la mesilla las r o s a s y el ridiculo.)
MONEGRO
Cierto. Pero las señoras n o deben éntrete-^
n e r s e a q u í . E s t á el d í a h a r t o r e v u e l t o y t e m pestuoso. Mandaré las literas dentro d em e dia hora.
LAURA
Bueno.
MONEGRO
Xo creí y o q u e la señora Marquesa, t a n
i l u s t r a d a e n p u n t o s d e filosofía, t u v i e r a e s a s
aficiones.
LA MARQUESA
Filosofía y superstición no s o n t a n c o n trarias como suponéis. Nada: y o quiero v e r
-á l a s s i b i l a s .
Se sieula eu el c a n a p é p r e p a r a d o para s u
descanso, d e l a n t e del pilar primero.) ¡ A h ! ¿ n o s a -
b e s , D á m a s o ? Mi p r i m a q u i e r e á t o d o t r a n c e
hacer conocimiento con las brujas. ¡Quého' ñor para Zafrana y Perogila!
LA MARQUESA
MONEGRO
No h a n vuelto hoy á s u s casas,
según
c r e o . . . (Mira á Chacón.)
CHACÓN
N o s e ñ o r , 110 h a n v u e l t o .
LA MARQUESA
• Pero e n q u épensabais q u e n o m e habíais
e n s e ñ a d o la m a y o r c u r i o s i d a d d e R u y d í a z ?
-Brujas, sibilas, adivinadoras!... ¡Pues n o
m e g u s t a p o c o á m í e s a f a m i l i a ! E s mi d e b i lidad.
¿Dónde viven?
CHACÓN
(Señalando por el foro izquierda.) E l i a q u e l l a s
casitas blancas.
MONEGRO
MONEGRO
Estas son unas pobres moriscas granadin a s que salen á mendigar por los pueblos...
(Aparte á Toribia.) D a l e s l e c h e ; q u e s e v u e l v a n pronto al castillo
LAURA
TOMBÍA;
V o y . . . (Vase por la derecha.)
Poro vosotras despertáis e n la v i d a y en
.
l a e s p e r a n z a ; y o . . . (Exhalando un hondo suspiro.)
MONEGRO
(Despidiéndose.)
Señora... Pronto
vendrá«
Infinitamente severo y terrible
-cuando decretó q u ey o naciera.
f u é Dios
LA MARQUESA
las literas.
I.aura
(Deseando q«e se marche.) S í : q u e v e n g a n ,
q u e v e n g a n . (Monegro le besa la mano y se retir»
con Chacón.)
E S C E N A VII
LAURA, LA MARQUESA; después TORIBIA.
LA
MARQUESA
¡Gracias á Dios q u e n o s deja solas! S i g u e
contándome...
LAURA
¿Y quién te dice q u e n o h a decretado ahor a tu salud?
LAURA
¡ A h ! 110 h a y s a l u d p a r a m í . . . ¡Malh a d a d a P a s t o r e l a ! A u n q u e d e s d e l a noche de
¿5an J u a n . . . h o y h a c e o c h o d í a s . . . m e sentí
a r r e b a t a d a , l a P a s t o r e l a f u é l a q u e m e enc e n d i ó el a l m a c o n h o g u e r a espantosa.
LA MARQUESA
Y t u fiel a m i g a , d e s d e q u e v i ó s a l t a r l a s
p r i m e r a s chispas, se interesó p o r tí, creyend o q u e l a q u e m a z ó n p o d r í a s a l v a r t e , q u e resucitarías d e t u s cenizas...
¡Si y a c o n c l u í ! N i s é c ó m o n o t e c a n s a s d e
oír la c a n t i n e l a i n s u f r i b l e d e m i s l a m e n t a ciones.
LAURA
C o m o e l a v e f é n i x . . . P e r o y o , antes y desp u é s d e q u e m a d a , c e n i z a s o y . (QUeda meditaLA MARQUESA
Soñaste... todas soñamos...
b u n d a , mirando al suelo.)
LAURA
TOMBÍA;
V o y . . . (Vase por la derecha.)
Poro v o s o t r a s d e s p e r t á i s en la v i d a y e n
.
l a e s p e r a n z a ; y o . . . (Exhalando un hondo suspiro.)
MONEGRO
(Despidiéndose.)
Señora... Pronto
vendrá«
I n f i n i t a m e n t e severo y terrible
-cuando decretó q u e yo n a c i e r a .
f u é Dios
LA MARQUESA
las literas.
I.aura
(Deseando q«e se marche.) S í : q u e
vengan,
q u e v e n g a n . (Monegro le besa la mano y se retir»
con Chacón.)
E S C E N A VII
LAURA, LA MARQUESA; después TORIBIA.
LA
MARQUESA
¡Gracias á Dios q u e n o s deja solas! S i g u e
contándome...
LAURA
¿Y quién te dice q u e n o h a decretado ahor a tu salud?
LAURA
¡ A h ! 110 h a y s a l u d p a r a m í . . . ¡Malhadada Pastorela! A u n q u e desde la noche de
¿5an J u a n . . . hoy hace ocho d í a s . . . m e s e n t í
a r r e b a t a d a , la P a s t o r e l a f u é la q u e m e e n c e n d i ó el a l m a con h o g u e r a e s p a n t o s a .
LA MARQUESA
Y t u fiel a m i g a , d e s d e q u e v i ó s a l t a r l a s
p r i m e r a s chispas, se interesó p o r tí, creyend o q u e l a q u e m a z ó n p o d r í a s a l v a r t e , q u e resucitarías d e t u s cenizas...
¡Si y a concluí! Ni sé cómo no te c a n s a s d e
o i r l a c a n t i n e l a i n s u f r i b l e de m i s l a m e n t a ciones.
LAURA
Como el a v e f é n i x . . . Pero yo, a n t e s y d e s p u é s d e q u e m a d a , ceniza soy. (QUeda meditaLA MARQUESA
Soñaste... todas soñamos...
b u n d a , mirando al suelo.)
LA MARQUESA
•Y si a h o r a r e s u l t a r a q u e t a n t o s a c h a q u e s
v d o l e n c i a s n o son m á s q u e s o l e d a d del alm a ? . .. E s e m a l t r i s t í s i m o ¿ q u i é n s a b e c u r a r l o
m á s q u e a m o r , el p r i m e r o , el ú n i c o m é d i c o .
Y o h e v i s t o bien claro q u e al e m p e z a r t u i n c e n d i o , e n t r a b a e n tí c o m o u n r a y o d e vid a . . . ¿Me n e g a r á s q u e e l a m o r e s v i d a ?
LAURA
E s o dicen los q u e e s t á n s a n o s . Y o . . . n o
p u e d o decirlo. ¿No m e ves?
LA MARQUESA
E l a m o r es estímulo, fuerza... es s a v i a r
es
q u é sé v o . . . todo lo b u e n o . . . lo q u e
a l i e n t a á l a s c r i a t u r a s y l a s hace d i g n a s d e
D i o s . . . N o d i r á s q u e no filosofo á m i s a n c h a s .
a ñ o s , ¿no e s t u v i s t e e n t e r a m e n t e bal d a d i ia?
Y luego, con la v i d a del c a m p o , q u e t a m b i é n
e s v i d a de a m o r , ¿ n o se r e g e n e r ó tu n a t u r a leza y . . . y a v e s . . . a n d a s , vives? P u e s a ú n te
f a l t a d a r o t r o p a s i t o . . . Y lo darás..,, y o r e s p o n d o . . . H g Lo peor es q u e se nos h a esc a p a d o el g a l á n , y sabe Dios c u á n d o volver e m o s á m e t e r l e en la j a u l a . (Entra roribia con
un jarro de leche y vasos.)
LAURA
(Con tristeza.) ¡Voló...! ¿ D ó n d e e s t á . . . ? ¿ Q u é
e s de él?
LA MARQUESA
V o l a n d o se f u é . . . v o l a n d o v o l v e r á . . . Y
c u a n d o le t e n g a m o s b i e n c o g i d i t o . . .
LAURA
" (Vivamente.) ¿Qué?
LAURA
LA MARQUESA
P o r m u c h o q u e filosofes, lio m e h a r á s
c r e e r q u e p u e d o yo, con a m o r ó s i n él, m e j o r a r de existencia.
T ú m e h a s d i c h o q u e la d i f e r e n c i a de e s t i r p e 110 te i m p o r t a n a d a .
LA MARQUESA
LAURA
S í p u e d e s , sí p o d r á s , y e n t u p a s a d a v i d a
tienes u n e j e m p l o . D e los q u i n c e á los v e i n t e
¡ A y ! poco v a l o r t e n d r í a e s e i n c o n v e n i e n t e
si n o h u b i e r a otros,
TORIBIA
^ á m í . (Toribia le llena el vaso.) L a v i d a m e
(Aparte.) ¡ A y c ó m o me. l a t r a s t o r n a e s t a l o q u i n a r i a ! (Alto.) B e b a n , s e ñ o r a s m í a s , d e
esta gloria divina...
LA MARQUESA
¡Oh, q u é rico néctar!
LAURA
(Cogiendo un vaso y empezando á beber.) ¡ O h ,
sobra: rebosa en mí... Pero venga m á s vida,
p o r l o q u e p u d i e r a n e c e s i t a r . (Bebe.)
BLAS
(Por el fondo.) T í a , l a s m a d r e s b r u j a s l l e g a n
á s u casa.
LA MARQUESA
(Levantándose.) ¡ Q u é á p u n t o ! . . . N o m e v o y
d e aquí sin verlas. ¿ Y t ú ?
LAURA
qué hermosura!
LA
MARQUESA
Esto d a la vida.
P u e s charlar u n poquito con ellas, l a verdad, no m e disgustaría.
LA MARQUESA
LAURA
Á m í m e conforta y al propio t i e m p o m e
entristece, porque a l prolongar m i vida,
prolonga m i s padecimientos.
TORIBIA
Tienen q u ebeber más.
LAURA
(Alargando su vaso.) M á s .
¡Y l u e g o m e l l a m a s t ú s u p e r s t i c i o s a ! L o
*-res t ú t a m b i é n , l o s o m o s s i n p e n s a r l o .
A u n q u e la religión nos prohibe toda patraña, es m u ysabroso hacer u n aescapadita al
m u n d o de las mentiras!.. Ello está e n l a
Naturaleza humana. Con que ¿visitamos á
las pitonisas?
LAURA
¡Ay! yo no puedo d a r u n paso...
q u é quieres q u ete adivinen?
¿Pero
Cosas mías, cosas tuyas... ¿Quién es tan
d u e ñ o d e sí, q u e ve pasar la esfinge y n o l a
i n t e r r o g a ? (impaciente.) X o p u e d o c o n t e n e r m e . . . Ü n t a t i t o d e o r á c u l o y- a c á m e v u e l v o . (Vase con Blas por el fondo.)
ESCENA VIII
LAURA
y
TORIBIA
TORIBIA
C o r d e r a d e Dios, n o h a g a s caso d e e s a c a beza loca y ponte e n el b u e n e n t e n d e r n a tural. O y e u n consejo sano d e la persona
q u e m á s te quiere e n el m u n d o .
Xo te diré yo, como dicen otros de corto
entendimiento, q u e J u a n Pablo es h o m b r e
malo... ¡ A y , no! Si á veces s u s hechos p a recen alocados, s u corazón es siempre b u e no. Y n o h a nacido otro q u e mejor sepa m i r a r p o r e l p o b r e . . . Á s u m a d r e s e r v í a yo
c u a n d o a q u í m e t r u j e r o n p a r a t u c r i a n z a , vr
de ella te digo q u e e s u n a santa m u j e r . S u
padre, hidalgo d e buena cepa, f u é capitán
de las milicias del Rey. Xi estampoco u n hí
de tales hierbas, q u e lié s u abolengo, y b u s c a buscando, se le encontrará u n árbol d e "
nobleza m á s alto q u e los hinojos y r e t a m a s ,
Pero n o viene el diablo p o r e s e lado, m i b o r r e g a d e Dios, sino por el lado tuyo, ¡av...!
LAURA
(Llorando en sus brazos.) S í , SÍ: T o r a m í a , t ú
LAURA
D a m e el consejo, y luego yo... algo t e n g o
también q u e platicar contigo.
TORIBIA
Pues habla.
LAURA
No: tú primero.
m e dices l a verdad.
TORIBIA
Y n o t e n d r á s paz m i e n t r a s no te percate?
d e q u e Dios t e hizo p a r a sí, n o p a r a l o s h o m bres... P a r a q u e allá tengas gloria, a c á t e
d a m a r t i r i o s . (Acariciándola.) Mi n i ñ a e s u n a
mártira, u n a m a r t i r i t a preciosa, q u e tiene
s u felicidad e n el cielo.
LAURA
(Enjugándose las lágrimas.) ¡Kll. el cielo s e r á ,
p o r q u e lo q u e e s a q u í . . . !
TORIB1A
A r r á n c a t e la e s p i n i t a c o m o p u e d a s . . . y a
•sé y o q u é n o p o d r á s de g o l p e . . . Y s o b r e l a
l l a g a p o n d r á s t e u n rico b á l s a m o . . .
LAURA
¿El olvido? ¡Ay! T o r a m í a , n o m e r e c e t e s
olvido, q u e es hoy m e d i c i n a i m p o s i b l e .
TOR1BIA
¿ S a b e s . d ó n d e e s t á J u a n P a b l o ? Desde q u e
l e d i l i b e r t a d a n d a p o r el s e ñ o r í o c o r r i e n d o
d e u n l u g a r á o t r o . . . dicen «pie á c a b a l l o . . .
TORIBIA
E n u n c a b a l l o q u e corre c o m o el v i e n t o ,
y e c h a f u e g o por las n a r i c e s . . . Así lo c u e n tan.
LAURA
P u e s ó y e m e lo q u e q u e r í a d e c i r t e . . . Pero»
p r o m é t e m e no e n f a d a r t e c o n m i g o . . . Sí: t e n g o q u e decírtelo a u n q u e m e riñas.
S í : bien veo q u e . . .
TOBIBIA
LAURA
¿ Q u é es?
¡ O l v i d a r l e , c u a n d o sé q u e M o n e g r o le p e r s i g u e en cacería espantosa! No puedo creer
-que s e a p a r a m a t a r l e . . . E s t a i d e a m e horror i z a . (Cierra los ojos desechando espantada la idea.)
No, n o . . l ' u e s b i e n : el o l v i d o e n e s t a ocas i ó n s e r í a u n e g o í s m o q u e Dios h a b r í a d e
t o m a r m e en c u e n t a c o m o el m á s horrendo,
pecado.
TORIB1A
(Besándola ) ¡ A h , c o r d e r a de los á n g e l e s , t u
b u e n corazón no falla!
LAUKA
L e he escrito u n a c a r t a .
Metiéndose la mano
en el seno.)
TOMBIA
(Asustada.) ¡ C u e r p o de S a n C r i s t ó b a l !
LAURA
Sí: a n o c h e . . . e n u n a hora de t e r r i b l e a n s i e d a d , s i n t i e n d o q u e d e m i cabeza s a l í a n
l l a m a r a d a s c o m o d e u n v o l c á n . (Saca la carta.)
¡Ay, cuánto pena mi niña!
LAURA
No le digo n a d a q u e sea indecoroso. T o m a :
léela.
TORIBIA
A h o r a caigo en q u e la c a r t a 110 l l e v a n i n g u n a m a l i c i a , p o r q u e e l l o v a como e n b r o m a .
F i r m o Alcimna:
le digo q u e v e n g a á m i cab a ñ a . . . y p a r a q u e todo s e a del modo m á s
honesto, le m a n d o v e n i r con Sileno, m i tío
Don G u i l l e n .
TORIBI V
(Sia querer tomarla.) ¡ Y o , c o r d e r a !
LAURA
¿ Y c ó m o le m a n i l a s la e s q u e l a ?
- Ali. n o s a b e s l e e r . . . ! Xo m e a c o r d a b a .
TOMBIA
C u é n t a m e tú lo q u e h a s escrito. L é e m e l a
•carta, gloria de Dios.
LAURA
Y a . . . Ili sé lo q u e escribí. (Dando vueltas á
Ha carta sin leerla.) E n aquel delirio de m i m e n t e . . . hice u n a l e t r a t a n m a l a . . . L e digo q u e
•desee h a b l a r l e . . . no por n a d a , sino por adv e r t i r l e . . . por a c o n s e j a r l e . . . el m e j o r a r b i t r i o
p a r a b u r l a r á los cazadores d e Monegro.
LAURA
P o r las b r u j a s . . . ¿Xo dicen q u e . l l e v a n r e caditos de pueblo e n pueblo? E n fin, T o r a
m í a , tú te e n c a r g a s de e s t a diligencia. P a r a
eso, liada m á s q u e p a r a eso h e v e n i d o a q u í
hoy. ¿Me riñes? ¿Te n i e g a s á s e r v i r m e ?
{Dándole la carta.)
TORIBIA
Mi 11 i ñ a del a l m a , m i á n g e l a , mi c i e l o . . .
¿ D u d a s que yo te sirva? (La besa.) •
TORIBIA
LAURA
¿Y c u á n d o y dónde Je proponías l a e n t r e vista?
O t r a cosa. No q u i e r o que. de.esto s e e n t e r e
n a d i e , ni a u n O Jar i t a . . .
208
TORIBIA
N o , q u e t o d o l o v u e l v e c o p l a s . (Oyendo rumor
de voces.) A h í e s t á y a . . . Y v i e n e c o n l a s m o riscas.
(Obscurece la escena. Tempestad próxima.)
ESCENA IX
ZAFRANA
Estrella refulgente de Ruydíaz...
LAURA
¡Pobrecillas!¿Verdad q u e n o sois malas?...
Y s i n s e r malas, ¿cómo veis l a s cosas distantes y adivináis las futuras?
LA MARQUESA
L A U R A , T O M B I A , LA MARQUESA; ZAFRANA y P E R O C I L A .
LA MARQUESA
(Que trae a Zafrana cogida de un brazo. Las m o r i s c a s al v e r á la Duquesa, se resisten á entrar.) E n t r a d .
¡Vaya si adivinan!
ZAFRANA
Rodando con los pies p o r la tierra, y con
los ojos p o r el cielo, vede u n a l a q u e r e n c i a
h u m a n a y la voluntad divina.
¿Qué teméis?
TORIBIA
¡ V a y a con l a sn i ñ a s vergonzosas! Z a f r a n a ,
Perogila... ¿ q u é melindres son esos?
ZAFRANA
¡Huy!... Ante tan gran señorío, m u s e n c a n d i l a m o s . . . (Ambas se arrodillan.)*
PEROGILA
Hablan los corazones abajo; arriba l a s estrellas.
LAURA
(A la Marquesa.) ¿ Q u é t e h a n d i c h o d e t í ?
LA MARQUESA
¡Oh! cosas m u y m a l a s . Q u e m e solicitan
para s e g u n d a s n u p c i a s siete pretendientes.
PEROG1LA
LAURA
A l t a y s o b a j a d a s e ñ o r a . . . (Ambas le i esu-
¿Y eso por q u ées malo?
q u e a a la mano.)
ti
210
ZAFRANA
P o r q u e el siete t u v o maldición desde q u e
lo p u s i e r o n p o r m o t e á los pecados capitales.
LAURA
LAURA
Ya... el reino d e la Nada.
ZAFRANA
No hay... Nada.
iQ u é tontería!
LA MARQUESA
También les he preguntado del caballero
salvaje.
ZAFRANA
¿ J u a n Pablo? Asístele Dios, q u e e s b u e n
cristiano.
LA MARQUESA
Repitan lo q u e m e h a n dicho á m í .
ZAFRANA
(Con afectación sibilítica.) J u a n P a b l o e s R e y ,
gran señora.
LAURA
¿Rey-? ¡ q u é d e s a t i n o !
Como haber Nada, no hay.
ZAFRANA
No h a y n a d a q u e n o sea... algo m á s q u e
nada. ¿Me entendéis, alta princesa?
LAURA
(Con hastío.) A f e q u e 110 o s e n t i e n d o . V i e -
j a s locas, ¿ d e q u é t i e m p o sois?
ZAFRANA
Yo nací c u a n d o la católica Majestad d e
Don Luis I daba las boqueadas.
PEROGILA
TORIBIA
¡Tirte allá, simple,
PEROGILA
mentirosa!
Yo n o sé... P o r envidia,
fecha. - " ^ S
borráronme la
PEROGILA
LAURA
gjg^- R e y de u n reino t a n grande, q u e
no s e le v e n l a s f r o n t e r a s .
¿Y e s cierto q u e tenéis comercio con los
demonios?
212
ZAFRANA
¡lluy... no! Sernos brujitas honradas, m a güer q u epobres. Conjuramos á los enemigos, y les h a c e m o s salir b u f a n d o y retorciéndose d e los cuerpos cristianos.
LAURA
¿ L o s t e n g o y o e n el mío?
ZAFRANA
Vos, princesa soberana, tenedes u n divino
arcángel quellaman Amor,
PEROGILA
A m o r q u ees la fuente, m í a señora.
ZAFRANA
TORIBIA
No habléis de muerte, condenadas.
LAURA
Yo n o s o y río, sino u n a charca cenagosa.
Yo no vivo.
PEROGILA
Vida tenedes, nuestrama,
grande, la m á s hermosa.
la vida m á s
LA MARQUESA
Eso, eso: decidle cosas gratas.
LAURA
(Nerviosa.) C h a r l a t a n a s , n o h a b l é i s e n r a zones vagas q u e nada dicen.
ZAFRANA
Y e s t a m b i é n el m a r , p o r q u e e n é l escom i e n z a n y acaban l o s ríos.
LAURA
L a s vidas queréis decir.
(Mirándola á los ojos, con aspavientos de profetisa.)
Poderosa princesa, por la Trinidad Santísim a , p o r la sangre y cuerpo del divino Reparador, vos digo q u e seredes Reina.
LAURA
ZAFRANA
¿ Y o t a m b i é n ? ¡ja, j a !
L o s ríos s o n la vida, q u e m a n a del a m o r
d e u n o , y á v e r t e r s e v a e n e l a m o r d e todos,
que es l a muerte.
PEROGILA
Reina perene y encumbrada.
214
PEROGILA
LAURA
¿ Y d ó n d e está m i r e i n o ? ¿ q u é n o m b r e tie-
Él mueve la voluntad.
n e ? (Con grande amargura.) Ñ o m e l o d i g á i s . S e
ZAFRANA
l l a m a el Dolor. E s e e s m i reino, y m i p a t r i a
e l D e s c o n s u e l o s i n fin. (Con acento dolorido, apa-
sionado, elocuente.) D a d m e l a s a l u d a u n q u e
p a r a ello s e a preciso q u i t a r m e m i s coronas,
y a r r e b a t a r m e t o d a s mis j u r i s d i c c i o n e s , p r i vilegios y señoríos; a u n q u e tenga que reducirme á l a condición d e l a última pastora,
pobre, v a g a b u n d a . Todo c u a n t o poseo l o doy
por respirar á m i sanchas, por sentir en m í
la alegría y la. tuerza, porque este cuerpo
m í o n o s e a u n leño seco y árido e n l a e d a d
e n q u e d e b e c u b r i r s e d e h o j a s , y florecer y
vestirse d e toda h e r m o s u r a . . . D a d m e otro
cuerpo y llevaos todas m i s tierras, m i s m o n tes y caseríos. Poseo c a n t i d a d e n o r m í s i m a d e
p e r l a s y d i a m a n t e s , s i n fin d e p i e d r a s p r e ciosas. Contadlas, y por cada u n a d a d m e u n a
gota de sangre nueva.
LA MARQUESA
(Procurando consolarla.) ¡ O h , SÍ! t e c u r a r á n .
ZAFRANA
E l a m o r todo lo cura.
Y l a v o l u n t a d m u e v e a l m u n d o . (Con touo
v aires de exorcismo.} S o b e r a n a e m p e r a t r i z ,
agarraivos á l a voluntad, y salid de aquese
yacimiento perezoso. E r g u i d v o s pidiendo
que os valga y socorra la Trinidad Santísim a ; soltad el peso d e l a j e r r u m b r e , d e tanta
espina y clavazón d e achacoso maleficio, y
a n d a d s i n m i e d o . (Suenan truenos lejanos.)
LAURA
(Se ha levantado lentamente. Da algunos pasos con
seguridad.) A l l d o .
LA MARQUESA
¡Oh, q u é bien! E s prodigioso...
LAURA
Y a veis... puedo andar... y a u n correr.
(Recorre la escena con paso ágil y seguro. Toribia va
tras ella para sostenerla si cae.)
PEROGILA
El q u e r e r e s todo.
caed sobre el m u n d o . Notemo l a tempestad.
S u f r a g o r m e a l i e n t a . (Sintiendo repentina ce-
(Con entereza.) P u e s y o q u i e r o . S u é l t a m e ,
Tora... quiero andar más... para que vean...
quiero correr. ¿Veis? puedo... ¡Y q u é b i e n ,
m e s i e n t o a h o r a ! (Respirando gozosa.)
TORIBIA
LA MARQUESA
¿ Q u é t e p a s a ? (Acude á ella y también Toribia.)
LAURA
N o te fíes, n i ñ a .
Me h a d e s l u m h r a d o el resplandor del cielo.
(Con desvario.) H e v i s t o , ¡ o h ! . . . h e v i s t o e l c a ballo de fuego... J u a n Pablo, caballereen él,
era el rayo q u eencendía los aires... Brujas,
viejecillas locas, corred tras él, decidle... d e -
LA MARQUESA
Déjala. Querer es poder.
LAURA
Yo quiero estar buena: yo quiero
guera ó falta de vida se lleva la mano á los ojos.)
vivir...
¡ O h ! (Se inicia en ella el desfallecimiento.)
TORIBIA
Y a te cansas.
LAURA
(Queriendo rehacer su voluntad.) N o , 110. (Suenan
truenos más cercanos.)
LA MARQUESA
¡ A y , q u é m i e d o ! (Relámpago m u y vivo.)
LAURA
Y o n o rae a s u s t o . T r o n a d , c i e l o s . R a y o s ,
c i d l e . . . (Desfallece, iuclinando la cabeza en el hombro de Toribia.)
ZAFRANA
El caballo vuela... traspasa oteros, valles,
montes...
PEROOILA
Tiembla el suelo y echan chispas los ped e r n a l e s . (Las dos se arrodillan rezongando.)
ZAFRANA
¡ O h , tij, e l j i n e t e , t r á i g a t e l a V i r g e n a l
fin y p r i n c i p i o !
218
T0RIB1A
veis Cómo
la trastornan estas brujerías. ¡ A y , de mí,
parece dormida! (Asustada.)
(Examinando el rostro de Laura.) V a
r e m o s j u n t o s ? (Animase de nuevo.) P r o f e t i z á i s
conforme á m i gusto... Mujeres, ¿ q u é sois?
¿Traéis l a d i v i n a v e r d a d e n v u e s t r a boca?
Mi a l m a d e s o l a d a s e a c o g e á v o s o t r a s , p o r q u e m e consoláis... Creo todo lo q u e m e
consuela.
LA MARQUESA
ZAFRANA
P a r e c e m u e r t a . (A las brajas.) D e s p e r t a d l a .
P r ó n ó s t i c a d l e dichas, u n a u n i ó n feliz.
Recogedvos, señora, á vuestro palacio.
TORIBIA
PEROGILA
Sois u n a s g r a n d í s i m a s bellacas.
ZAFRANA
(Examinando la mano de (.aura. ) A l t a y s u l i m a -
d a princesa, o y a lo q u e leo e n s u l i n d a m a n o .
(Abré I aura los ojos mirando á todos cariñosa.) Q u e
v u s está deparada y presupuesta u n a dicha
m u y g r a n d e ; q u e el R e y s e r á c o n vos e n u n
reino todo alegría y pureza, como los a p o s e n t o s d e l cielo d o c a n t a n los serafines.
PEROGILA
L a m o r a d a d e los espíritus gloriosos.
LAURA
¿Qué queréis decir? ¿Que moriré yo? L o
q u e m á s deseo... ¿Que morirá él, q u e mori-
Y dormiredes con sueño sosegado.
ZAFRANA
Esas rosas q u e llevades ansí, desparcidlas
en vuestro lecho: cabe l a s sienes, cabe los
brazos, cabe vuestro divino corazón. Hablar á n v o s l a s rosas, diciéndovos lo q u e musotras vos dijimos.
LAURA
(Acariciando el ramito.) P T o r e s q u e h a b l á i s COI1
v u e s t r o a r o m a , d e c i d m e c o s a s g r a t a s , (suenan truenos lejanos. Entra por el fondo Don Guillen,
embozado. Contempla un instante á las cinco mujeres, y después avanza.)
DON GUILLÉN
ESCENA X
(Aparte á la Marquesa.) C o n f i n a d l a e n s u a p o -
Las mismas; DON G U I L L É N
sento: evitad q u e personas indiscretas alteren s u reposo... Y o iré á preveniros...
DON GUILLÉN
LA MARQUESA
(Aparte, avanzando.) ¿ Q u é v e o a q u í ? C o n c i liábulo d e mujeres, del cual n o puede salir
n a d a b u e n o . (Aparece un lacayo en la poterna, y al
instante se retira.)
TORIBIA
¿Pero esta noche...?
DON GUILLÉN
Veréis, sí, gravísimos acontecimientos en
Ruydíaz.
LA MARQUESA
Y a están aquí l a s literas.
V á m o n o s . . . (Pasan Don Guillen y la Marquesa
junto á las moriscas,, que se han apartado de Laura.)
DON GUILl.ÉN
(Cariñoso.) A m a d a s o b r i n a , d e b e s
retirar-
LAURA
t e . . . d e s c a n s a r . (Lleva aparte á la Marquesa.)
(Aparte á Toribia.) P o r t u v i d a , T o r a m í a , n o
se t e olvide m i e n c a r g o . Q u e v u e l e n , q u e lo
lleven prontito.
LAURA
Sí.
TORIBIA
TORIBIA
Por S a n Gil v a n e n un momento.
Descuida, sol mío: lo llevarán.
LAURA
D a d m e m á s r o s a s . (Las moriscas le dan el ramo
LA MARQUESA
de
(En el centro con las brujas y Don Guillen.) S i m -
m i casa. S e d buenas: consolad á los desgra-
plonas, debisteis anunciarle q u e sanaría e n
vida, n o e n ese reino obscuro.
d e rosas; despídese d e ellas.) A d i ó s ,
ciados.
brujitas
223
TORIBIA
PEROGILA
R e i n a e s , a s í D i o s rae v a l g a .
Niña querida, ¿qué miras?
LA MARQUESA
DON GÜILLÉN
¿Reina... d e qué?
(Sacudiéndola con vigoroso ademán.) L e v á n t a t e ,
ZAFRANA
(Coa acento lúgubre.) R e i n a . . . ¡ d e l a s á n i m a s
b e n d i t a s ! (Se persignan las dos. 1.a Marquesa les da
dinero, despreciativa. Besan ellas la moneda. La Marquesa y Don Guillen pasan junto á Laura.)
TORIBIA
Vete tranquila, lucero mío.
DON GUILLEN
Y prontito... antes q u e llueva.
I.AURA
No m e importan l a lluvia ni el viento. L a s .
centellas alumbren m i camino, los truenos
s e a n m i s h e r a l d o s . . . V o y á m i R e i n o . (Con
repentino abatimiento.)
Morirá él, moriré yo...
Nuestro altar es la muerte... ¡Juntos en
a q u e l R e i n o s o m b r í o ! (Fija con espanto los ojos
en el suelo, y permanece
paralizada y muda.)
LA MARQUESA
¿Qué piensas?
alma;
cielo.
vuelve t u s ojos á la esperanza,
al
DON GUILLAN
(Con vehemencia.) ¡ A l a v i d a , á l a v i d a !
LAURA
(Como si despertara, eleva los ojos al cielo con e x presión mística.) ¡ O h , s í , R e i n o l u m i n o s o , R e i -
n o g r a n d e y p u r o ! (con súbito gozo.) ¡ O h , q u é
feliz s o y ! A m o r q u e todo es a l m a s e r á etern o . (Sale por la izquierda, acompañada de la Marquesa y Toribia.)
ESCENA XI
DON GJJILLÉN, Z A F R A N A , P E R O G I L A , T O R I B I A , B L A S
[DON GUILLÉN
(Esperando á que salgan las d a m a s , interroga con
gran ansiedad á las moriscas.) D e c i d m e p r o n t o .
¿Vive J u a n Pablo?
PEROGILA
ZAPRANA
(Asombrada, viendo que Don Guillén saca una cu-
Si ahora vive J u a n Pablo, ¿quién 'puede
asegurar q u evivirá dentro de u n a hora?
DON GUILLÉN
¿ S a b é i s s i . . . ? (se interrumpe al ver entrar á Toribia, q u e vuelve de despedir á las damas.)
lebrina con dinero.) ¡ H u y , s e ñ o r ,
mía fe!
rico
está
DON GUILLÉN
(Sacando algunas monedas.) S i m p l e ,
¿no has
visto dinero e n t u vida?
PEROGILA
TORIBIA
¿ S e ñ o r , v i e n e á r e f r e s c a r ? . . . (Abre la alacena
y saca botella y vasos que pone en la mesa.)
ZAFRANA
Noble caballero, denos á catar d e e s a bendición d eDios y calentaremos nuestros cuerpos ateridos.
DON GUILLÉN
(Sentado ya.) B u e n o : OS c o n v i d o . (Perogila se
aproxima á la mesa; Don Guillen escancia; Blas entra
por el fondo con objetos de alquería.)
TORIBIA
(A Blas.) T r a e l u z . (Cogiendo por un brazo á Zafrana la lleva hacia la derecha.) O y e , Z a f r a n a .
(Vase Blas por la izquierda segundo término.)
Vilo, señor, m i l veces; m a s n o e n v u e s t r a
m a n o . (Don f u l l l e n cuenta diuero. A la derecha, Ton b i a da con d.simulo á Zafrana la carta de Laura e n ea reciendole con expresivos signos la urgencia de llevarla.)
ZAFRANA
Daca... l a llevaremos. Pero llegará tarde.
TORIBIA
Pues daos prisa.
(BIaa
entra con un gran can-
dilóu de dos mecheros y lo c u é l g a l e la cadena penH
diente de la bóveda.)
ZAFRANA
N o Sé Si p o d r e m o s . . .
seno.)
(Guarda la carta en el
DON GUILLÉN
Tora, t o m a lo d e l tabaco...
nbia) y v e t e á t u s q u e h a c e r e s .
(Da
dinero á To-
DON GUILLÉN
T0R1B1A
Y a , y a m e v o y . (Aparte.) ¿ E n r e d i j o s c o n d i -
(Gustoso d e oírlo.) Y a l l í l e s a l i e r o n , a l e n -
cuentro cinco, ocho, quizás veinte ó m á s s u jetos y...
n e r o ? (Vase por el foro.)
ESCENA XII
ZAFRANA
DON GUILLÉN. ZAFRANA, PKROGILA
Noble caballero, estáis soñando. J u a n P a blo n o e s d e los q u e encienden g u e r r a e n el
señorío.
DON G U I L L E N
DON GUILLÉN
Y a e s t a m o s solos. ¿ C u á n d o y d ó n d e le visteis?
ZAFRANA
PEROGILA
Antier, señor, e n Puebla d e Ñ u ñ o , vin i e n d o él d e v e r á s u m a d r e . (Bebe.)
DON GUILLÉN
I'EROGILA
DON GUILLEN
¿Y fué...?
PEROGILA
La vuelta de Peñalba.
Muso tras todo lo sabemos.
ZAFRANA
Y v e m o s lo q u e está distante. Lejos d e
K u y d í a z , s a b í a m o s lo q u e h a c í a i s a q u í .
¿Y le hablásteis?
No, señor: l e vimos m o n t a r á
¿Qué sabéis vosotras, pobres cornejas?
DON GUILLÉN
caballo...
A ver: decídmelo.
ZAFRANA
Andáis metido en la tramoya para quitar
á Monegro. Y esto lo hacéis debajo d e l patrocinio de l a d e Cardona, tía d §la Duquesa.
DON GUILLÉN
T0RIB1A
Y a , y a m e v o y . (Aparte.) ¿ E n r e d i j o s c o n d i -
(Gustoso d e oírlo.) Y a l l í l e s a l i e r o n , a l e n -
cuentro cinco, ocho, quizás veinte ó m á s s u jetos y...
n e r o ? (Vase por el foro.)
ESCENA XII
ZAFRANA
DON GUILLÉN. ZAFRANA, PEROGILA
Noble caballero, estáis soñando. J u a n P a blo n o e s d e los q u e encienden g u e r r a e n el
señorío.
DON G U I L L E N
DON GUILLÉN
Y a e s t a m o s solos. ¿ C u á n d o y d ó n d e le visteis?
ZAFRANA
PEROGILA
Antier, señor, e n Puebla d e Ñ u ñ o , vin i e n d o él d e v e r á s u m a d r e . (Bebe.)
DON GUILLÉN
PEROGILA
DON GUILLEN
¿Y fué...?
PEROGILA
La vuelta de Peñalba.
Muso tras todo lo sabemos.
ZAFRANA
Y v e m o s lo q u e está distante. Lejos d e
K u y d í a z , s a b í a m o s lo q u e h a c í a i s a q u í .
¿Y le hablásteis?
No, señor: l e vimos m o n t a r á
¿Qué sabéis vosotras, pobres cornejas?
DON GUILLEN
caballo...
A ver: decídmelo.
ZAFRANA
Andáis metido en la tramoya para quitar
á Monegro. Y esto lo hacéis debajo d e l patrocinio de l a d e Cardona, tía d §la Duquesa.
ZAFRANA
(Contrariado de que le descubran.)
¡Endemonia-
Noble señor, n o runfle d e ese modo.
das, q u é bien a r m á i s vuestros e m b u s t e s ! P o r
mentirosas, n i el mismo diablo os quiere
ya... P u e s decidme ahora: de Peñalba, ¿hacia dónde fué J u a n Pablo?
C o n el m u c h o b e b e r , s e l e e n c i e n d e l a
sangre.
I'EROGILA
DON GUILLÉN
Hacia d o sopla el cierzo.
ZAFRANA
Hacia do sopla el ábrego.
DON GUILLÉN
(Colérico.) I n f a m e s s a b a n d i j a s , ¿ o s b u r l á i s
de m í ?
PEROGILA
F u é primero hacia acá; después hacia allá.
PEROGILA
(Furioso.) ¡ A h , v i l e s a l i m a ñ a s ! s o i s e s p í a s
de Monegro, y p o r serlo no estáis y a e n poder de la Santa Inquisición. Pues ahora quiero y o qu'e c u a n t o h a b í a i s d e c o n t a r l e á M o negro, m e lo contéis á m í . Si n o lo hacéis,
despedios del m u n d o . Ahora m i s m o os corto
l a c a b e z a . (Saca el cuchillo de monte'. Las b r u j a s
retroceden asustadas.)
ZAFRANA
Señor, tenga compasión d e estas pobres
ancianas.
ZAFRANA
PEROGILA
Hacía dobleces y quiebros como los del
rayo.
Si alguna vez servimos á Don Dámaso
es por miedo...
DON GUILLÉN
¿Queréis desorientarme? Si n o m e decís l a
verdad, os degüello.
DON GUILLÉN
Sea p o r lo q u e fuere, perecéis s i n o c a n táis claro, m u y claro.
PEROGILA
Sosiégúese, caballero.
ZAFRANA
Échese otro vasito.
muran rezos. D e j a o s d e r e z o s . E s c u c h a d . . . (Coge á cada una por un brazo, las sacude, las arroja en
tierra, amenazándolas con el cuchillo.) P o r e l h o -
nor d e m i n o m b r e , j u r o q u e os segaré el pescuezo esta m i s m a noche si descubro q u e m e
habéis engañado, lechuzas malditas.
DON GUILLÉN
(Amenazante.)
¡Pronto!
ZAFRANA
(Aterradas ambas.) ¡ A y , s e ñ o r . . . !
ZAFRANA
Bueno, señor. Pues allá v a la verdad.
J u a n Pablo h a pasado esta noche el vado y
está guarecido e n el Molino.
PEROGILA
¡Señor, piedad!
ESCENA XIII
DON GUILLÉN
Los mismos; T0REB1A
(Sin poder ocultar su alegría.) ¡ A q u í ! ¿ T a n c e r -
c a ? B i e n . (Receloso.) ¿ P e r o e s c i e r t o l o q u e
decís?ZAFRANA
TORIBIA
(Por el fondo, á la carrera, sofocada y medrosa.)
S^eñor!
DON GUILLÉN
Como los divinos Evangelios.
¿Qué?
PERt)GlLA
TORIBIA
Pero n o n o s asuste, ¡cuerpo d e tal!
¡ A v , s e ñ o r , lo q u e h e visto!...
DON GUILLÉN
¿Será verdad? ¿ Q u e r r á n estas bribonas deso r i e n t a r m e y c o n f u n d i r m e ? (Las moriscas mur-
DON GUILLÉN
(Curioso.) ¿ Q u é , v o t o á s a n e s ?
TOMBIA
Iba yo á recoger u n choto q u e dejé é n el
m o l i n o , y . . . ¡ay! a l l l e g a r á la c r u z d e p i e d r a ,
dos hombres subían agachadicos, arrimándose al s o m b r a j o d e l a cerca... N o querían
dejarse v e r d e mí... Pero al revolver la esquina para meterse en las covachas que h a y
á e s t a p a r t e , v i el c a r i z d e u n o d e e l l o s . . .
Era...
ZAFRANA
(Aparte las dos, asustadas.) VániOHOS.
DON GUILLÉN
(Las detiene violentamente.) ¡ A h o r a n o , r a y o d e
D i o s . . . ! ¡ A q u í , p r e s a s ! (A Torihia. S i g u e .
DON GÜILLÉN
¡La horrenda cacería!... Corro allá...
TOMBIA
(Deteniéndole por un brazo.) S e ñ o r ,
téngase.
(Suena otro disparo.)
DON GÜILLÉN
(Poniéndose el Cinto con las pistolas y recoge el
cuchillo de monte.) D é j a m e . . . Q u i z á s l l e g u e á
tiempo... Oye, Tora: éstas q u e d a n aquí prisioneras. Ocúpalas en algo para justificar s u
permanencia en la Alquería.
ZAFRANA
Dame u n a rueca.
PEROGIL \
TORIBIA
Volvíame acá muerta de miedo, porque
cuando veo bultos de noche e n talguisa, m e
parecen ánimas del Purgatorio; subía yo,
digo, y a q u í cerca, cabe los álamos, veo á
tres criados d e Don D á m a s o que b a j a b a n con
pies d e gato, rastreando... así, así... E l delantero, conlas narices en el suelo, husmeab a . . . (Suena un disparo. Las m u j e r e s dan uu grito.)
Y á m í o t r a . (Cogen lo que iudican y se apartan
á la izquierda.)
TORIBIA
Señor, quedaos aquí... No os cacen t a m b i é n á VOS. (Entra por el fondo Juan Pablo despavorido, en gran desorden, expresando el cansancio y
la desesperación. Al llegar al proscenio se deja caer en
una banqueta, reclinando el cuerpo sobre la mesa,
agobiado físicamente.)
JUAN PABLO
ESCENA
XIV
Y O . . . A o t r o . . . (Da á entender con un gesto haberle matado de una cuchillada.)
DON G U I L L É N , T O R I B I A , Z A F R A N A , P E R O G I L A ,
DON GUILLÉN
J U A N PABLO
¿ Y e l t e r c e r o ? . : . (Juan Pablo indica q u e huyó.)
Descansa, hijo. V i e n e s m u e r t o .
TORIUIA
TORIBIA
(Persignándose.) ¡Me v a l g a Dios!
(Que ha ido al fondo á vigilar, y vuelve rápidamente.) ¡ P o b r e c i l l o !
DON GUILLEN
(Con gran alegría.) ¡ O h !
t)ON GUILLÉN
BRUJAS
(Rezando.) P o r l a s b e n d i t a s á n i m a s ,
nuestro...
(A Toribia, señalando al fondo.) ¿ H a b r á
Padre-
DON GUILLÉN
O í m o s d o s t i r o s . ¿ T u c o m p a ñ e r o . . . ? (Juan
Pablo, que á causa del cansancio no puede hablar, i n dica la muerte de su compañero.) ¡ M u e r t o . . . ! ¿ Y
los otros?
JUAN PABLO
A u n o . . . (Indica con un gesto haberle matado d e
un tiro.)
DON GUILLÉN
peligro
por aquella parte?
TORIBIA
No se v e alma viviente. A Blas tengo d e
c e n t i n e l a , (A Juan Pablo.) ¿ T e e s c o n d e m o s
arriba?
JUAN PABLO
No m e escondo m á s . Q u e m e maten d e
u n a vez, si n o quiere Dios q u e y o a j u s t e con
Monegro estas cuentas de sangre.
DON GUILLÉN
(Escanciando.) B e b e 1111 pOCO.
JUAN PABLO
TOMBIA '
Endereza ese cuerpo.
DON GUILLEN
(Aparte á Toribia.) A p á r t a t e
con las moris-
A vuestro lado estará Cien fuegos; pero
s i n fe. S e r á u n a m á q u i n a , n o u n h o m b r e . . .
(inquieto.) ¿ E n d ó n d e e s t á l a fiera?
cas... Cuida de que n o se escapen... y vigila
b i e n l a s e n t r a d a s . (Retirase Toribia con las b r u j a s .
Estas permanecen detrás de los pilares. Toribia obser-
va por el fondo.) C u é n t a m e : ¿ c u a n d o t e s o l t ó
Monegro, él d í a d e l a Pastorela, fuiste á v e r
á t u madre?
JUAN PABLO
Sí... Todo s u afán e r a retenerme e n casa.
¡Pobre madre m í a !
DON GUILLEN
E n el Corregimiento quedaba. Toda s u
gente está dividida en patrullas guardando
las entradas del pueblo... Por m i parte n o
m e descuido: p a r a a s e g u r a r m e e n esta posición, h e m a n d a d o venir seis h o m b r e s d e l o s
m á s bravos, q u e á estas horas y a estarán en
San Gil, y . . .T e n confianza.
JUAN PABLO
DON GUILLÉN
S i n m e n g u a d e l a m o r filial, v u e l v e s a l
campo de t u s atrevidas empresas...
JUAN PABLO
Vuelvo porjactancia de aventurero, por
el goce d e b u r l a r á ese monstruo... vuelvo
movido d e u n a fuerza irresistible q u e m e
tira del alma...
DON GUILLEN
Magnetismo l l a m a m o s á eso... ¿ Y ahora,
declarada la guerra, estarás conmigo...?
Perdonad, no puede inspirármela vuestra
conjura. Ó saldrá triunfante Monegro, ó si
le vencéis, t e n d r é i s otro g o b e r n a n t e q u e s e r á
lo m i s m o , ó u n poco peor, ó u n poco m e j o r . . .
vamos, lo m i s m o .
DON GUILLÉN
Eso lo veremos. V o y á darte toda la fe q u e
necesitas.
JUAN PABLO
¿Cómo?
.
«
L
a
re^Mr
JUAN PABLO
Revelándote el complemento de m i plan.
JÜAN PABLO
Decidlo pronto.
DON GUILLEN
Consiste e n apoderarnos de m i sobrina y
llevarla á P e ñ a l b a con toda la rapidez posible.
JUAN PABLO
(Con súbita animación, levantándose.) ¡ E s t a n o -
che!... ¡á P e ñ a l b a . . . ! ¿Pero n o t e m é i s q u e l a
endeble naturaleza de la señora se trastorne
con ese viaje repentino, q u e parecerá u n a
fuga?
(Con exaltada admiración.) L a D u q u e s a
e s UI1
sér divino, y á s u s pensamientos y á s u s
gustos debemos a j u s t a r nuestras acciones.
E n ella v e o l a ideal señora, l a ideal belleza,
la ideal justicia. A l influjo d e s u d i v i n a l u z ,
el a v e n t u r e r o q u e g a s t a b a s u f u e r z a e n v a n a s
travesuras, se h a convertido e n u n esclavo,
cuerpo y vaso de aquel espíritu, instrumento y n o m á s q u e i n s t r u m e n t o d e c u a n t o ella
piense y disponga.
DON GUILLÉN
Hablas como enamorado.
JUAN PABLO
DON GUILLÉN
P a r a evitar q u e el m i e d o l a trastorne e m plearás u n ingenioso engaño...
JUAN PABLO
N o . n o . A n t e l a D u q u e s a 110 e s t á n
las perfidias d e l ingenio...
bien
DON GUILLEN
Laura es u n a criatura sin voluntad, y
como á criatura delicada y tierna h a y q u e
tratarla.
No lo niego. L a D u q u e s a n o e s m u j e r : es
u n alma, y y o estoy enamorado d eesa a l m a .
Deseo s u bien, deseo s u salud, deseo s u paz.
A esto m e consagro. N o espero recompensa.
Si para servirla fueran menester grandes
luchas, y o l a s arrostraría; s i e s necesario el
heroísmo, heróico seré; si s e m e i m p o n e el
sacrificio, seré m á r t i r . . . Y o n o s o y n a d a .
Pero cuando siento s u voluntad dentro d e
m í , ¡oh q u é l o c u r a ! n o m e conozco, m e creo
-también divino.
DON GUILLEN
¿Qué?
Estás hecho u n soñador desenfrenado.
JUAN PABLO
(Recorriendo la escena hacia la izquierda, ve á las
ZAFRANA
El lucero de la tarde a l u m b r a el camino
de t u reino. Guíate p o rél.
b r u j a s agazapadas tras los pilares.) ¡ A h ! . . . l a s m o -
riscas... Sabuesos d e m i cazador, ¿aún n o
m e habéis olfateado bastante? ¿También
aquí?
ZAFRANA
JUAN PABLO
(Rápidamente coge la carta, la abre, pasa la vista
por ella.) " ¿ ü n l a c a b a f i a d e A l c i m n a . „ (A Don
Guiiién.) Y o s m a n d a q u e s e á i s m i i n t r o d u c t o r . P o d é i s l e e r . (Muéstrale la esquela.)
(Descendiendo al proscenio. ) X o SOinOS t u s e n e -
migas. Rezamos p o r tí.
ZAFRANA
(Retirándose á la derecha con Perogila.) Y o c r e í
q u e n o l e a l c a n z a b a el socorro.
DON GUILLÉN
Antes q u e te vendan, las degüello.
PEROGILA
*
PEROGILA
Le
Rey!
\
alcanza la Extremaunción...
¡Ay, no señor! queremos á J u a n Pablo.
(Avanzando detrás de las brujas, indica á Zafrana
Dásela.
ZAFRANA
Príncipe, en t u s manos pongo esta l u z .
(Muestra la carta.)
ZAFRANA
¡Y pobre Reina!
TORIBIA
q u e entregue la carta de Lanra.) A h o r a . . .
¡Pobre
DON GUILLEN
(Satisfecho.) ¿ Y a h o r a ?
JUAN PABLO
(Gozoso.) Y a t e n g o a l m a . . . .Me l l a m a . . .
desea verme... Y a recobro la fuerza, el des16
precio d e todo peligro, el ansia d e cosas
grandes... E n t r a n e n m i mente rayos d e divina ciencia. Ignorante y rudo, paréceme
q u e t o d o lo s é . . . D e s v a l i d o y p o b r e , p a r é c e m e
q u e todo lo puedo.
DON GUILLÉN
JUAN PABLO
Xo m e escondo.
DON GUILLÉN
¡Oh, P r o v i d e n c i a ! P o c a f u e r z a trae. S i l o s
m í o s e s t á n a q u í , c a z a r e m o s a l fiero c a z a d o r .
(Abre la puerta de la izquierda, observa y sale.)
Y a tienes fe.
JUAN PABLO
JUAN PABLO
. ¡Alma,
(Mirando por el fondo.) Y a v e o l a l u z . V e n ,
alma!
ven pronto. A r m a d o está el cepo,
dañina.
TOMBIA
(Por el fondo, presurosa) S e ñ o r , D o n D á m a s o
Monegro v a porahí enfrente.
DON GUILLÉN
bestia
DON GUILLEN
(Volviendo por la izquierda, seguido de Láinez y
cinco monteros.) E n t r a d . (Situándoles t r a s los pila-
res.) P o n e o s a q u í . (Pasa« las moriscas á la derecha.)
¿Solo?
TOMBIA
JUAN PABLO
L l e v a tres hombres. Delante u n criado
c o n f a r o l . V e d l o . M i r a n d o al campo.) L l e g a á
la casa de l a s brujas.
ticia divina te hace caer innoblemente, sin
l u c h a , d i g n o fin d e u n p o d e r e x e c r a b l e .
ZAFRANA
I.AINEZ
Y como n o nosencuentra, acá vendrá.
TORIBIA
(A Juan Pablo, medrosa.)
Escóndete.
(Vieudo venir á Monegro.) P o b r e l o b o , l a j u s -
Matémosle, señor.
JUAN PABLO
Silencio: y a está aquí.
ESCENA XIV
Los mismos; MONEGRO, con tres hombres armados, y u n
muchacho con farol.
DON GUILLÉN
E n f r e n a d vuestro genio, y v e d q u e n o estamos aquí para dejarnos cazar como pobres
gorriones.
MONEGRO
MONEGRO
(Al entrar se lija en las moriscas; no ve á Juan Pablo ni á Don Guillen, que estáu tras los pilares de la
izquierda.) M a l d i t a s , ¿ e s t á i s a q u í ? ¿ A s í c u m plís m i s órdenes?
ZAFRANA
Señor, aquí estábamos hilando...
(Retrocede espantado) ¡ O h , q u é i n f a m e c e l a da! ¿ Y os atrevéis...?
JUAN PABLO
¡Que si n o s atrevemos!
DON GUILLÉN
JUAN PABLO
(Avanza resueltamente.) Y r e z a n d o p o r l o s fie-
Hemos aprendido en vuestra escuela.
les difuntos.
JUAN PABLO
MONEGRO
(Con sorpresa y terror.) ¡ A h ! ¡ T ú !
Os imitamos en la audacia insolente, e n
el abuso d e l a fuerza.
JUAN PABLO
¡ M e c r e í a i s m u e r t o ! . . . L a s fieras q u e v o s
DON GUIL.LÉN
Y e n el manejo de l a trampa insidiosa.
matáis... resucitan.
MONEGRO
MONEGRO
R e y d e l o s v a g a b u n d o s , d a t e p r e s o , (k los
hombres que trae.) P r e n d e d l e . (Van saliendo d e
detrás de los pilares Don Guillen, Láinez y los monteros.)
¡Oh,
q u é ignominia!
(Desesperado y rabioso
excita á los suyos.) D e f e n d e d m e , d e j a o s m a t a r .
(Trata de huir por la derecha. Retrocede; encara con
las brujas.) V o s o t r a s , h i j a s d e l d i a b l o , s a l i d ,
c o r r e d , g r i t a d . . . l l a m a d g e n t e . (Zafrana y p e -
rogila a t e r r a d a s , rezan l ú g u b r e m e n t e . Los h o m b r e s d e
Don Guillén s e a r r o j a n sobre los d e Monegro y los
desarman.) ¡ O h , p e r d i d o , m u e r t o ! . . .
JUAN PABLO
N o o s m a t a r é , 110. S o y m á s g e n e r o s o q u e
vos. O s e n t r e g o al tiempo, q u e será v u e s t r o
mejor v e r d u g o . V i v i d , y v e r é i s l a r u i n a , l a
espantosa catástrofe d e todo e l artificio d e
mentiras y maldades e n q u e fundáis vuestro poder.
JUAN PARLO
Encerradle e n la torre.
MONEGRO
¡Oh r a b i a d e l v i v i r ! ¡Oh h u m i l l a c i ó n !
JUAN PABLO
¡Soberbia, d e r r ú m b a t e ! . . . ¡ídolo d e arcilla, c a e y r ó m p e t e e n m i l pedazos, p a r a q u e
tus víctimas puedan pisotearte y hacerte
p o l v o ! (A los monteros.) A s e g u r a d l e b i e n .
MONEGRO
DON GUILLEN
(Con desesperación, invocando al cielo.) ¡ U n r a -
y o , s e ñ o r , u n r a y o que. á t o d o s n o s a n i q u i l e !
Á la torre... pronto.
JUAN PABLO
JUAN PABLO
No llaméis al rayo, q u e y a vendrá... Y ñ o
t e m á i s á los d e l cielo; t e m e d á l o s d e l a tier r a , á los q u e forja el h o m b r e , c a n s a d o d e
la esclavitud, de la miseria, de tanta y tanta iniquidad.
MONEGRO
N o pido justicia á los hombres, á Dios l a
pido.
DON GUILLEN
Y OS l a d a . J u s t i c i a d i v i n a e s é s t a .
Y nosotros... a l castillo.
F I N D E L ACTO
TERCERO
ACTO
EL
CUARTO
OCA.SO
ACTO
CUARTO
Estancia lujosa en el palacio d e Ruydíaz, decorada
con magníficos vargueños, arcones y arquetas, cuadros antiguos, panoplias con a r m a s de todas clases.
Puerta al fondo, que es la comunicación principal, y
puerta á la derecha, q u e conduce á las habitaciones
privadas de la Duquesa. A la izquierda un gran
ventanal.
En el primer término d e la izquierda, un canapé colocado á lo largo; al pie del mismo y en el centro del
escenario, un sillón antiguo, de cara al público. Tras
el canapé una mesa, con luces resguardadas por
pantallas. Es de noche.
ESCENA PIUMERA
LAURA, acostada en el canapé, dormida, en actitud mortuoria
como la estatua yacente de un sepulcro, las manos cruzadas.
Cantidad de rosas esparcidas sobre ella. DOÑA T E R E S A en el
sillón, leyendo; ROSAURA, dormitando en una silla.
DOÑA TERESA
Hija, vete á l a cama. N o puedes tenerte d e
sueño.
ROSAURA
(Poniéndose en pie, soñolienta.)
cansáis?
VOS n o d e s -
LAURA
DOÑA TERESA
(Hablando sola.) V e n , p e n s a m i e n t o f e l i z ,
No, tonta. Y a sabes q u e esta noche... e s
noche d e q u e d u e r m a n lossimples y velen
los avisados.
y
no te m e escapes despierta, y a q u e dormida
m e h a sregalado el alma.
DOÑA TERESA
ROSAURA
¿Pero q u é ocurre?... Dígamelo.
(Acariciándola.) A n g e l , ¿ h a s t e n i d o u n s u e ñ o feliz?
LAURA
DOÑA TERESA
Si te lo digo, con s e r t ú t a n inocente,
q u i z á s 110 p u e d a s p e g a r l o s o j o s . (Empujándola.. A n d a , v e t e : t e e s t á s c a y e n d o .
ROSAURA
B u e n o , s e ñ o r a . . . (Vase por la derecha.)
DOÑA TERESA
(Mira y escucha por la ventana d e la izquierda.)
N a d a ge siente ya... ¡Bah! u n alboroto pasajero... Poco había d e tardar Monegro e n sof o c a r l o . (Suspensa.) ¿ P e r o c ó m o , s i e s t á a u sente, y, según dicen, n o se sabe á dónde lia
i d o ? . . . E s m u y p e r e g r i n o t o d o e s t o . . . (Laura
despierta. Se incorpora lentamente, llevándose ambas
•nanos á la cabeza, siempre en postura de perfil con
respecto al público.) ¡ A h ! y a d e s p i e r t a .
T a n feliz, q u e a u n s o ñ a n d o m e p a r e c í a
m e n t i r a . (Vuelve á su actitud yacente, siempre de
perfil al público, y cruza las manos. ) W F " S o ñ a -
ba q u e Dios había dispuesto u n a transformación en m i sestados; q u e m i s vasallos vivían contentos; q u e tenían paz, bienestar,
justicia... y yo... y o tenía salud... Mi endeble naturaleza también se transformaba y...
DOÑA TERESA
¡Ay q u é bonito!
(Entra Don Guillén.)
254
ESCENA II
Me dejáis á m e d i a miel.
DON GUILLÉN
LAURA, DOÑA TERESA; DON GUILLÉN, por el foro.
LAURA
{Abriendo los ojos.) ¿ Q u i é n e s ?
DON GUILLEN
Retiraos. T e m o q u e dentro del castillo
t e n g a m o s algún alboroto. Procurad q u e l a
servidumbre q u e depende de vos se m a n tenga en s u s habitaciones. Q u e todo duerm a e n casa, como si n a d a ocurriera.
DOÑA TERESA
•Perdóname, sobrina, y no te asustes...
Pero...
LAURA
DON GUILLEN
Si n o m e asusto, tío. A l contrario, m e
alegro de veros...
DOÑA TERESA
(Acudiendo á su encuentro, ansiosa dé noticias.)
(Empujándola para que se vaya.) D e j a d m e
(Insiste Doña Teresa en pedir más explicaciones. Don
Guillén no la escucha y la hace salir.) P l i n t o e n
boca... adentro.
¿Y qué? ¿Partimos?...
DON GUILLÉN
(Con palabra queda y rápida. 1 N o : y a 110 e s n e -
cesario...
ESCENA 111
LAURA. DON GUILLÉN
DOÑA TERESA
LAURA
- ¿ Y ese tumulto?
(Se incorpora.) Y a s é , t í o , á q u é v e n í s .
DON GUILLÉN
(Fastidiado de tanta pregunta.) N o p u e d o
n e r m e á contaros.
dete-
solo
con L a u r a y á nadie digáis que estoy aquí...
DON GUILLÉN
(Sin saber qué decir.)
Á decirte...
236
LAURA
LAURA
Que debo consentir en esa viajata...
DON GUILLEN
¡ P e r o , t í o ! (Se sienta eu el canapé.) ¿ C ó m o v o y
á recibir á estas horas á u n a p e r s o n a desconocida?...
N o e s e s o . Q u e r í a p r e v e n i r t e . . . (Buscando
una idea.) ¿ S a b e s q u e e n a l g u n o s p u e b l o s . . . ?
DON GUILLÉN
No es u n desconocido para
hombre, u n caballero...
LAURA
tí. E s u n
Alborotos... Sí... y a sé...
LAURA
DON GUILLÉN
(Encontrando la idea q u e buscaba.) P u e s
*
(Sospechando.) ¿ Q u i é n ?
vengo
á decirte q u e h a llegado u n emisario d el o s
descontentos-y q u e forzosamente...
LAURA
DON GUILLÉN
U n vasallo t u y o q u e a todos n o s h a ma-.
ravülado por su intrepidez, por s u ingenio
vivo, p o r s u espíritu de justicia...
¿Qué?
DON GUILLEN
Has d e recibirle esta m i s m a noche.
LAURA
¡Por Dios, tío!...
DON GUILLÉN
Tiene que conferenciar contigo sobre asuntos gravísimos, urgentísimos...
LAURA
(Comprendiendo, pero sin atreverse á pronunciar
el nombre.) ¡ A h ! . . . s í , S Í . . . ¡óyese r u m o r en la
puerta del fondo.) ¿ Q u i é n e n t r a ? (Aparece Juan
Pablo en la puerta.) ¡ A h ! (Alegre y vergonzosa, con
gracia infantil.) ¡ T e s i m a n d r o !
yo cuando quiero soñar á mis anchas, acomp a ñ a d a d e recuerdos gloriosos d e m i familia. ' ^ • ü Bien venido s e a á m i c a b a ñ a el
m á s osado caballero d e Ruydíaz.
ESCENA IV
LADRA i DON GUILLÉN, que se r a e n seguida; J U A N PABLO.
JUAN
JUAN PABLO
(Coa arrobamiento.) ¡ C a b a ñ a de
venturoso rincón del cielo!
Alcimna,
LAURA
(inclinándose.) A v u e s t r a p r e s e n c i a n o l l e g a
l a o s a d í a , s i n o el r e s p e t o . (Vivamente, aparte á
Don Gniiión.) N o o s d e s c u i d é i s . A p r e t a d á L á i nez y á s u gente para q u e n o dejen tomar
vuelo al bando monegrista.
DON
(Recordando la Pastorela.) " H a b l a , p a s t o r , q u e
suspensos—de t u s razones estamos,—y ni
alientan nuestros pechos—ni pacen nuestros
ganados
JUAN
(Con gran reverencia.)
PABLO
Perdonad si en
hora
PABLO
GUILLEN
V u e l v o á l a v i l l a . . . (Vase Don Guillen por el
loro.)
LAURA
(Gozosa.) ¡ Q u é a l e g r í a v e r q u e h a s b u r l a d o
á los cazadores!
quizás i m p o r t u n a . . .
JUAN
PABLO
LAURA
No es importuna la hora... y e n cuanto al
lugar, n o pudo m i tío escoger mejor cabaña
q u e e l a p o s e n t o e n q u e te r e c i b o , J M F " e l
m á s g r a t o p a r a m í , y e l q u e p r e f i e r o á todos
los d e m i casa... A q u í p a s a b a días y noches
mi buen padre; aquí murió; aquí m e meto
F a v o r d e l cielo h a sido... s i n d u d a p o r
t r a e r y o todos m i s p e n s a m i e n t o s p u e s t o s e n
el a n h e l o y p r o p ó s i t o d e s e r v i r o s , s e ñ o r a .
LAURA
Di m e a n t e todo, ¿ q u é m e n s a j e traes?
JUAN PABLO
Que desde q u e os vi y m e hicisteis el honor de hablarme, m e constituí e n vuestro
esclavo para toda l a vida. L a cadena de m i
esclavitud' es toda obligaciones.
^ F "
cia, a u n q u e s e a p o r l a violencia, m e embelesa... L o m i s m o q u e tú haría yo si pudiese: b u r l a r graciosamente las corrompidas
autoridades, las estúpidas reglas y
ficciones
que
nos encadenan.
LAURA
JUAN PABLO
(Cou emoción.) ¡ O h , q u é g r a n d e z a d e a l m a !
¡Y q u é n o v e d a d t a n h e r m o s a v e r j u n t o a m i
á u n s é r que. c o n t a n t o d e s i n t e r é s y h u m i l d a d quiere s e r mío! •
JUAN PABLO
(Searrodilla.) N o h a y m a y o r g l o r i a
(Fatigada de hablar se re-
ciiua.) N o t e a s o m b r a r á s p o c o d e l a f r a n q u e za con q u e te hablo...
queser
c r i a d o v u e s t r o . (Laura le daá besar su m a n o - ) ^ P ! E
LAURA
S i é n t a t e y e s c ú c h a m e . (Juan Pablo no' se
sienta.* A h o r a v o y á d e c i r t e p o r q u é c a u t i vaste m i atención. F u é por lo mismo q u e
aquí te h a dado t a n mala fama: por la i m petuosidad y el desorden d e t u vida. Incapaz vo de vivir, admiro á los q u e u s a n d e
la vida, y a u n a b u s a n de ella... T u s empresas amorosas m e divierten; t u desprecio del
peligro m e encanta; t u pasión de l a justi-
Con igual franqueza, señora, dirá este esclavo q u eos reverencia y os a m a por vuestras desdichas, p o r l a tristeza de vuestra
A'ida m i s e r a b l e e n m e d i o d e l o s g o c e s y a l e grías del mundo. Y a q u e no pueda dar m i
vida toda por la salud de la vuestra, quiero
q u e m e i m p o n g á i s u n a f o r m a d e sacrificio,
para q u e n o seáis v o s l a sola mártir, sino
q u e y o t a m b i é n lo s e a .
LAURA
(Incorporándose de nuevo. ) N o , n o : b a s t a
martirios...
(Con súbita alegría.) H á b l a m e
de
de
vivir, de la vida dulce y plácida como la
tienen y gozan otras criaturas...
Tú...
¡ A h ! y a s é á q u é vienes... ¡á l l e v a r m e á P e ñalba! E l cambio de lugar y d e aires m e
s e r á m u y provechoso... ¡Oh, s í ! v o y .
262
LAURA
JIJAN PABLO
M e (lijo D o n G u i l l é n q u e n o q u e r í a i s . . A d e m á s , s e t e m e q u e e l viaje s e a difícil,
penoso...
(Con vivo esfaerzo de gesto y voz.) N o .
JUAN PABLO
¿Queréis agua?
LAURA
LABRA
(Con grande animación.) C o n t i g o n o . L l é v a m e . ¡Y n o s e alegrará poco m i tía l a d e C a r dona de tenerme e n s u compañía!... y m e
llevará á s u s estados d e Cantabria, donde
veré el m a r . ¿Irás t ú conmigo á ver el m a r ?
(Señalando un vaso d e agua ó poción, que hay en
la mesa próxima.) S í . {Juan Pablo le ofrece el vaso.
Bebe. ¡ L l a m a r ! . . . ¡ p r i v a r m e d e e s t a . . . s o l e dad!... No quiero...
¡ O h , q u é a l e g r í a s i e n t o ! (Prorrumpe en sonora
y franca risa.)
JUAN PABLO
i J U A N
PABLO
Y a estáis mejor.
LAURA
Sí: el m a r i n m e n s o , d i g n o d e q u e v o sl e
admiréis. S u aliento será provechoso á vuestra salud. C o n s u grandeza podréis medir
la de vuestra alma.
(La alegría de Laura
se va extinguiendo y cesa al fin por disnea. Advierte
Juan Pablo que Laura sufre.) S e ñ o r a . . .
LAURA
E s la alegría... la...
JUAN PABLO
Sí... y a respiro.
JUAN PABLO
¿Queréis q u e m e retire?
LAURA
(Cogiéndole de la mano.) N o . . . A h o r a . . . s i e n t o . . . m u c h o f r í o . . . (Se recuesta. Juan Pablo la
abriga con un manto de seda que encuentra á mano.)
JUAN PABLO
S e ñ o r a ' , ¿OS s e n t í s m a l ? (Laura hace signos
afirmativos; llévase la mano al pecho.) L l a m a r é .
• ¿Tenéis
fiebre?
.
LADRA
LAURA
JUAN l'ABLO
(Con cierto desvario.) A h o r a e n t i e n d o q u e
acertaban las brujitas cuando dijeron:
" J u a n Pablo será Rey...,,
No creo...
Llamaré á Don Guillen.
JUAN PABLO
LAURA
Señora, ¿deliráis?
No.
JUAN PABLO
LAURA
Á Doña Teresa...
Y yo Reina... Dijeron q u e reinaríamos
juntos e n u n Reino m u y grande... ¿Dónde
está ese Reino?
LAURA
Menos...
«JKS (Por señas le manda que no se
vaya, que se siente á su lado.) N o
t e separes
de
m í . . . E r e s l a persona... puedo decir esto s i n
recelo... toda la pureza de los ángeles está
e n m i boca, como e n m i corazón... eres l a
persona que m e interesa m á s e n el mundo...
la más, n o : l a única.
JUAN PABLO
(Alarmado y confuso.) S e ñ o r a , ¿ q u é d e c í s ?
LAURA
Ese Reino, ¿será la Muerte?
JUAN PABLO
JUAN PABLO
(Coa vehemencia.) Y YO p u e d o d e c i r o s q u e
110 h a y m a y o r d i c h a q u e a d o r a r o s , c o m o s e
adora á los ángeles, y admirar e n vuestros
ojos y e n vuestro acento el a l m a m á sh e r mosa q u e h a criado Dios.
No habléis de morir, señora.
LAURA
(Con profunda tristeza incorporándose.) D i o s v i e -
n e á m í y m e dice q u e m i reino está lejos y
cerca, q u e está e n lo p r o f u n d o y e n lo alte,
q u e e s t e n e b r o s o y r e s p l a n d e c i e n t e . (Se sienta
apoyando la cabeza en la mano y el codo en la c a becera del canapé. Su actitud es grave, mirando al
suelo.)
JUAN PABLO
Lo intenté.
LAURA
JUAN PABLO
¡Oh, n o habléis d e ese m o d o . . . p o r piedad!
Y lo lograste, maestro m í o .
yo, al dejar este m u n d o , quiero...
Por eso
LAURA
JUAN PABLO
N o puedo evitar t u pena, pobre caballero
salvaje. Disponte á oir m i voluntad para
que la cumplas. H a s dicho q u e eres m i esclavo.
JUAN PABLO
Sí...
LAURA
Me debes obediencia ciega... como yo te
la debo á tí e n cierto modo, porque eres m i
maestro.
No sigáis...
LAURA
Quiero y dispongo q u e la inmensidad
de m i s tierras n o t e n g a u n solo d u e ñ o .
¿Qué debo hacer e n estos instantes
últimos para q u e m i voluntad se cumpla?
JUAN PABLO
Nada, porque m á s alta q u e vuestra voluntad está laley.
JUAN PABLO
LAURA
¡Yo, señora!
LAURA
Esclavo y maestro: t ú m e has inspirado
las ideas grandes y generosas y el amor á
íos desvalidos; t ú m e h a s revelado l a s ideas
de lo j u s t o y lo b u e n o .
Quiero q u el a s tierras grandes sean para
mis parientes pobres; las chicas para l o s
que ahora las labran en provecho mío. " H í l
(Estupefacción en Juan Pablo.) ¿ Á q u é e s e a s o m -
bro, Rey?
LAURA
Señora y reina, soñáis. E l régimen secular en que vivimos no os permite ser t a n
b u e n a como queréis.
JUAN PABLO
LAÜRA
¡Oh, q u é desdicha! Quiero dejar tras d e
mí u n rastro luminoso, y n o dejo m á sq u e
tinieblas.
C u a n d o y o espire, m e coges, y c o n c u i dado cariñoso m e llevas á tu casa...
Deliráis aún...
LAURA
(Coa expresión mística, m i r a n d o vaga-
mente y hablando á media voz. ¿ E s t a r é
dormi-
da... soñaré?
JUAN PABLO
Sí... despertad, señora, despertad...
Y m e e n tierras e n el j a r d í n ito d o n d e t ú
jugabas cuando eras niño..
JUAN PABLO
Señora, tened piedad de v o sy de m í .
LAURA
LAURA
(Con idea fija.) P u e s s i e s a s d i s p o s i c i o n e s s o n
s u e ñ o s , n o lo s e r á e s t a o t r a . . .
Sí... labrarás para m í u n sepulcro m o d e s t o , r o d e a d o d e flores., y v e n d r á s á s e n -
JUAN PABLO
t a r t e a l l a d o m í o . (Comienza á sentirse r u m o r lejano de tumulto popular.)
¿Á ver?
LAURA
Cuando yo espire...
JUAN PA BLO
(Protestando.) N o , n o .
JUAN PABLO
C a l l a d , s e ñ o r a : m e d e s t r o z á i s el a l m a .
LAURA
Dime, ¿lo harás?
270
JUAN PABLO
JUAN PABLO
Desechad esas imaginaciones lúgubres...
o s lo suplico c o m o esclavo, y os lo m a n d o
c o m o m a e s t r o . (Arrecia el r u m o r externo.) ¿ A q u é
(Escuchando.) P a s a n j u n t o á l a m u r a l l a .
(Aparte.) N o d i s t i n g o m á s q u e u n c l a m o r c o n fuso.. . no sési es de rabia ó d e triunfo,
p e n s á i s e n m u e r t e , s i v i v i r é i s , s i . . . ' ? (Le inte-
LAURA
r r u m p e el rumor, ya muy intenso, que avanza por la
izquierda, bajo la ventana.)
LAURA
¡ O h ! ¿ Q u é e s e s o ? (Suenan campanadas graves,
lejanas.) L a c a m p a n a d e S a n t a M a r í a .
(Aterrado por el efecto deplorable del miedo en el
ánimo de Lanra.) N o e s l i a d a . . . 110 t e m á i s . . .
van? Pasan j u n t o á l a iglesia. Corren hacia
l a s c a s a s d e l C o n c e j o . (Cierra.)
LAURA
(Levántase y anda con febril ansiedad y paso vaci-
LAURA
(Consternada.) E s e l p u e b l o . . . m i s v a s a l l o s ,
que claman contra mí.
lante.) N o c i e r r e s . . . q u i e r o v e r l o . . . d é j a m e . . .
JUAN PABLO
(Acude á contenerla.) S e ñ o r a , n o . . . S e r e naos... No h a y motivo de temor... E s u n
pueblo generoso y bueno.
JUAN PABLO
No, n o .
LAURA
LAURA
¡Infeliz de m í ! ¿ Y o q u é culpa
manos!
JUAN PABLO
(Abre. Se ve resplandor d e antorchas.) ¿ A d ó n d e
JUAN PABLO
(Temblando.) ¡ S i l e s q u i e r o ,
(Su propio miedo despierta en ella insana curiosi-
dad.) Q u i e r o v e r l o , q u i e r o o i r l o . . . A b r e e s a
ventana... ¡Oh,cómo ruge...!
tengo?
si s o n m i s h e r -
Déjame q u e lo vea... E s e clamor... esas
llamas... ¡Espectáculo hermoso... y terrible!... Quiero verlo, déjame.
ESCENA V
Vuestros vasallos os a m a n .
LAURA
Los mismos; LA MARQUESA, DOÑA T E R E S A , presurosas por
la derecha.
Claman contra Monegro, contra mí... Piden justicia... lo q u e n o h e m o s sabido d a r les...
(Acudiendo á Laura.) Q u e r i d a , n o t e a l a r mes... N o h a y motivo... n o es nada...
JUAN PABLO
LAURA
Se la daréis... Os aclaman.
LA MARQUESA
Temblando.) E l p u e b l o d e s b o r d a d o
justicia.
LAURA
No, n o : m e aborrecen... Y y o lesa m o ,
d o y m i v i d a p o r e l l o s . . . (Trémula y consternada,
DOÑA TERESA
Niña del alma... no: el pueblo te a m a .
(Ambas la acarician; condúceula al sillón.)
agarrándose al respaldo del sillón.) ¡ O h , m e m u e -
JUAN PABLO
r o d e t e r r o r ! . . . N o m e d e j e s s o l a . (Rumor de
gente por la derecha.)
JUAN PABLO
N o OS d e j o , n o . (Pausa; ambos escuchan.) A l -
clama
(Después de atender un momenlo á los rumores
del interior del palacio, vuelve al centro. Contempla
á Laura cariñoso.) A l m a s o b e r a n a , y o d i s i p a r é
vuestro terror y o s devolveré l a paz, elcontento, la vida.
guien llega por aquí.
LAURA
Dios te bendiga. E s o eres t ú para m í : la
paz, l a vida.
miento.)
Postrada en el sillón c o n ^ r a n decai-
27 i
.
E n losestados de Ruydíaz se h a consumado
esta noche u n agran mudanza, u n a renovación...
JUAN PABLO
¿Aparte, confiado en sí mismo.) Y g t e
idea salvadora.
tengo,
LAURA
(Da algunos pasos hacia la Du-
(Con asombro que se resuelve en regocijo.) U n a
quesa.)
LAURA
(Siempre aterrorizada, escuchando.) E l
renovación... Todo lo m a l o concluido... todo
lo b u e n o c o m e n z a d o . ¿ E s eso?
pueblo
calla, el pueblo s e recoge...
LA MARQUESA
JUAN PABLO
(Apoyando resueltamente.) S í , SÍ.
Y a no l l e g a r á n á v o s c l a m o r e s d e b a t a l l a ,
JUAN PABLO
sino de júbilo.
Todo lo bueno.
LAURA
LAURA
¿Qué dices?
(Con inmenso interés.) Y
(Afectando alegría.; Q u e
esa
renovación...
quiero decir, ese trastorno saludable, ¿ e s
obra tuya?
JUAN PABLO
D Í O S OS C O U C e d e
la
JUAN PABLO
mayor gloria q u e podríais apetecer...
De vuestro pueblo.
LAURA
(Con esperanza.) ¡ O h ! B e n d i g a D i o s t u s p a l a b r a s . (La Marquesa pasa á la derecha; queda Juan
Pablo entre ella y Laura.)
JUAN PABLO
íAl oído d é l a Marquesa.) A s e n t i d ,
LA MARQUESA
{Por Juan Pablo.) É l , é l , a n t e t o d o .
JUAN PABLO
señora
á
c u a n t o y o d i g a . (Alto.) S a b e d t o d a l a v e r d a d .
(Sin vacilar, viendo el efecto d e la ficción.) Y o . . .
sí... m i s amigos... Todos hemos trabajado
por la gloria de Ruydiaz, por la felicidad
vuestra y d e vuestros vasallos.
LAURA
¡ A l l ! (Exhala un gran suspiro, como si de su
alma v de su corazón se desprendiera un enorme
peso. Después sonríe con expresión de bienestar moral y físico.)
JUAN PABLO
Todo está concluido felizmente.
LAURA
(Recelosa.) ¿ | e r o M o n e g r o . . . ? ¿ P a r a q u é e s t á
en el m u n d o Monegro m á s q u e p a r a i m p e dir todo c a m b i o saludable?
JUAN PABLO
LAURA
(Con inmenso gozo.) ¡ L e p e r d o n a s t e ! . . . ¡ O h ,
g r a n d e z a d e a l m a . . . ! (Respirando coo ansia y facilidad, como si entrase en sus pulmones una onda
de oxígeno.) T u g e n e r o s i d a d s u b l i m e p a r e c e
q u e m e i n f u n d e u n a v i d a n u e v a . (Asiendo el
brazo de uno y otra, y atrayéndoles á si.)
Venid,
d a d m e parabienes, s e d felices conmigo...
Dios m e concede la gloria q u e soñé... Y a
reinan e n Ruydiaz la p a zduradera, la probidad, la justicia...
g N F " " JtJAN PABI.O
(Cou (oda su alma.) ¡ L a . j u s t i c i a ! . . . ¡ t o d o s l o s
bienes!... ¡Respirad, señora, vivid, sed dichosa! ...
LVURA
Cavo e n m i poder... se m e vino á l a
garra, cuando menos podía y o esperarlo.
LAURA
(Cou
ansiedad.) ¿ Y
(Con intensi alegri i, disfrutando de una vitalidad
pasajera.) T ú , c a b a l l e r o s a l v a j e , y v o s o t r a s ,
amigas d e m i alma, ved aquí el Reino grande q u e m e anunciaron las brujitas.
le mataste?
JUAN PABI.O
No, señora... P a r a este triunfo del bien,
no necesitábamos sacrificar n i n g u n a existencia.
JUAN PAULO
SÍ:..
DOÑA TERES*
(Aparte.) L a p i a d o s a ficción l i a s o s e g a d o s u
alma.
279
JUAN
LAURA.
Y tú reinarás conmigo en este Reino glo-
Sois v o s quien posee toda l a ciencia.
r i o s o . (Queda Juan Pablo á sn derecha; la Marquesa
á su izquierda. Coge las manos de ambos.)
JUAN PABLO
(Sosteniendo la ficción.) S í .
DOÑA
W F "
JUAN PABLO
TERESA
(Aparte.) C o n u n a i l u s i ó n m e n t i r o s a , c o m o
toda ilusión, recobra esta pobre a l m a l a s
alegrías del vivir.
LAURA
LAURA
Me h a s dado l a vida.
PABLO
Y ahora... ahora... ¡oh, q u é alborozo m e
i n u n d a el alma! Ahora m i s buenos vasallos
vendrán públicamente y en gran pompa
esta noche m i s m a á rendirme homenaje...
La m í aos pertenece.
JUAN
LA MARQUESA
D i c h o s a e r e s a l fin.
PABLO
(Desconcertado.) ¿ T a i l p r o n t o ?
LA
LAURA
MARQUESA
Mañana.
Y ahora, reunidos e n este Reino grande y
puro...
LA MARQUESA
Gobernarás t u s estados.
LAURA
É l y y o . (Mirando á Juan Pablo cariñosa.) T u y
yo... tú, q u e sabes m á s .
JUAN
Descansad,
noche.
PABLO
señora, todo el resto d e l a
LAURA
(Con acento infantil.) ¡ D e s c a n s a r ! . . . A h o r a
que tengo vida dejadme fatigarla en la
actividad y gastarla e n pensar e n dispo-
281
neF-j..
(Con súbita determinación, ir.^uién-
dose y accionando vivamente.) A l l t e t o d o , f e s t e j e m o s e s t e g r a n s u c e s o . (La alegría determina en
JUAN
PABLO
Dignos s o n de u n a Reina.
ella inquietad nerviosa, en la cual se marca la presun-
_
LAURA
ción.) C l a r a , T e r e s i t a , s a c a d t o d a s m i s j o y a s .
E n s u s luces veoy o u n a conversación d e
r a y o s e n t r e l a l u n a y el s o l .
LA MARQUESA
(Perpleja.) ¿ A h o r a ?
LA
DOÑ \
TERESA
MARQUESA
(Saca de la segunda arquilla hilos de perlas y los
¡ P o b r e á n g e l ! O b e d e z c á m o s l a . (Se dirige a
los vargueños.)
entrega á Laura.) ¡Olí! m i r a , m i r a . . . t u s h i l o s
•de p e r l a s . . . l a m e j o r g a l a d e t u c a s a .
LAUIL \
Q u i e r o e n g a l a n a r m e , ^quiero e s t a r bella;
quiero p o n e r sobre m í todos los s i g n o s d e m i
grandeza... para ennoblecer, para ilustrar
l a v i d a q u e m e h a s d a d o , (candorosa.) Q u i e r o
t a m b i é n q u e m e v e a s e n todo el e s p l e n d o r
de m i j e r a r q u í a . . . N o m e hits v i s t o . . .
JUAN
PABLO
Pero s é c u á n g r a n d e y bella sois s i n n i n g ú n adorno ni e m b l e m a de nobleza.
LAURA
El orgullo de las Duquesas de Ruydíaz.
(A Juan Pablo.) C ó g e l a s y a d m i r a e s e o r i e n t e ,
esa igualdad...
JUAN
PABLO
¡sin tomar las perlas.) S o n m u y b e l l a s . . . p e r o
palidecen a n t e los d i v i n o s e n c a n t o s d e v u e s tra mirada y de vuestra sonrisa.
LAURA
L\URA
q u e p o s e o . (Saca unas arracadas cou gruesos dia-
(Con arrobamiento.) ""^fcl H a s t a h o y , s e p u l t a d a e n m i s o l e d a d t r i s t í s i m a , m i r a b a yo
estas beüezas con desdén, casi con repug-
mantes montados en plata.) ¡ Q u é
n a n c i a . (Becreóadose en las j o y a s , las estrecha con-
(Tomando la arquita que le lleva la Marquesa.
Aquí están los mejores
diamantes
hermosura!
tra su seoo.) ¡ H e r m o s u r a s m u e r t a s , r e s u c i t a d !
¿No veis e n vuestra señora algo q u e n o
tenía? Vivid ahora conmigo, y a m a d lo q u e
yo amo.
LA MARQUESA
(Que trae un objeto envuelto en telas
se adorna c o n todas s u s
U ^ "
constelaciones.
(Creyendo oir ruidos exteriores.)
que llegan
ya... Pronto...
Paréceme
engalanadme.
(Respira fatigosamente. Su mirada tiende á la inmovilidad. Pausa. Todos los presentes la observan a n siosos.)
finísimas.)
JUAN PABLO
T i l c o r o n a . (La descubre.)
Nadie viene aún, señora.
LAURA
¡ O h ! l a m e j o r q u e p o s e o . . . (Esgótica, de gran
riqueza.) P e r t e n e c i ó á l a C o n d e s a d e H e r n á n
Ramírez, hija d e Reyes, f u n d a d o r a de este
señorío.
(Recibiéndola en sus manos.) V e n , C o -
r o n a m í a . (La besa.) A n t e s t e m i r é c o n i n d i f e r e n c i a , ahrora c o n o r g u l l o . E n t í v e o el
símbolo d e vida n u e v a y d e la felicidad de
m i s e s t a d o s . P o n e d m e m i s p e r l a s . (La Marquesa le pone los bilos de perlas.) A h o r a
llar
m i co-
LA MARQUESA
¿Te sientes mal?
LAURA
Sí...
(Rehaciéndose al instante.)
Ü C
JUAN PABLO
Sí... sí...
d e d i a m a n t e s . . . (A Juan Pablo, con orgullo,
después que le ponen el collar.) M í r a m e .
N o . . . UO...
Bien... " " ^ í l Mi pueblo ante m í . . . y o con
t o d a l a d i g n i d a d , c o n todo e l e s p l e n d o r . . .
LAURA
¿Estoy
bien?
JUAN. PABLO
Sois u n d í a espléndido.
LAURA
(Hablando con lentitud y algo de fatiga.) N o . . .
soy u n a noche clara... y melancólica... q u e
(Con cierto desvario.) ¡ H e r m o s o . . . h e r m o s o ! . . .
¡La justicia e n m i s pueblos!
DOÑA TERESA
Te fatigas u n poquito, ¿verdad?
LA MARQUESA
¿Quieres beber?
DOÑA TERESA
(Mirando a todos cariñosa.) M i r a d m e c o n a m o r ,
beberé la l u z d e vuestros ojos.
JUAN PABLO
(Llorando.) N i ñ a m í a , v u e l v e e n t í .
LA MARQUESA
Despierta, Laura,
despierta.
(Estrechaüdole las manos con efusión ardiente.)
JUAN PABLO
¡Señora, señora!
LAURA
(Desesperado, volviendo al lado de Laura, con
J u a n Pablo... é ú . . . ponnie m i corona...
tú, t u s manos m e pondrán m i corona.
JUAN PABLO
(Con emoción y gravedad.)
fuerte voz y acento dolorido.
110 nOS
Vivid;
abandonéis, a l m a y gloria nuestra.
LAURA
a b s o r t o e n SU
g r a n d e z a , — l a s e j e m p l a r e s f o r m a s d e l a s cos a s — b a j é á m i r a r . . . „ (Le pone la coroua. Laura
cierra los ojos: queda inmóvil, en actitud hierática, la
cabeza erguida, los brazos simétricamente apoyados
en los brazos del sillón, de cara al público.)
LAURA
(Con voz débil, sin hacer ningún movimiento.)
¡Vienen!...
( A J u a a t'ablo, estrechándole la
(Cortado el aliento, extinguiéndose.)
Dueño
y
señor mío.,, t ú conmigo...
ESCENA VI
Los miamos; DON GUILLÉN, por el fondo, presuroso,
descompuesto, revelando gran fatiga.
DON GtílLLÉN
mano.) T ú , m a e s t r o y s e ñ o r m í o , h á b l a l e s e n
m i n o m b r e , e n n o m b r e t u y o y mío. ¡Oh, reino de la justicia... reino grande y puro!
(Eutrando.) V e n c e d o r a l fin, c o n s u p r e m o
e s f u e r z o y p é r d i d a d e m u c h a s v i d a s , (ñ ver
JUAN PABLO
el cuadro que presenta Laura moribunda, qneda paralizado d e pena y terror.) ¡ J e s ú s !
(Aterrado.) ¡ O h ! s u v i d a s e a p a g a .
¡Laura!
JUAN" PABLO
ESCENA ÚLTIMA
(Trastornado, con espasmo de dolor
U L )
«comeado
Muere... y yo... yo culpable
Con
m
m
^ di, le he dado
. r í a la mata, como & m í m e m a t a r a el dolm .
(Oyese r u m o r d e multitud q u e se acerca.)
liOS mismos; L Á I N B Z , G u a r d a s , Monteros, Criados, m u c h e d a m b r e
d e d i s t i n t a s clases sociales con armas; MONEGRO, q u e viene
conducido p o r dos h o m b r e s a r m a d o s , herido y d e s c o m p u e s t o ,
en estado d e g r a n d e a b a t i m i e n t o ; s e r v i d u m b r e del palacio, con
algunas mujeres.
LAURA
TODOS
(Con voz apagada, sensible al intenso r u m o r . )
Mi
pueblo... pueblo mío.
*
AQUÍ
viene
á rendirte
^
home-
vencido, p a «
que a n t e t í h u m i l l e s u s o b e r b i a y t e p i d a
perdón del daño que á
todos
n o s h a hecho.
JUAN PABLO
Entrad, entrad... vencedores
pobres ilusos, v e n i d y c o n t e m p l a d el bien
q u e perdéis.
señora?
DON GUILLÉN
DON GUU.LÉN
, 1
¡Viva nuestra
¡ S i l e n c i o ! (Conforme van avanzando y viendo el
triste espectáculo, quedan m u d o s d e sorpresa y dolor.)
MONEGRO
¡ O h ! . . • (Searrodilla, inclinando su frente casi hasta
tocar el suelo.
¡Mi s e ñ o r a . . . ! ¡ P e r d ó n e nos á todos V u e s t r a Grandeza... para q u e
Dios n o s perdone.
LAURA
(Cou el último aliento, requiriendo la mano de Juan
Pablo, q u e á su lado se arrodilla.) T ú , C O l i m i g O . . .
R e i n o g r a n d e . . . p a z . . . j u s t i c i a . (Se extingue
dulcemente, sin convulsiones. Su cabeza coronada
cae hacia atrás sobre el respaldo del sillón. Se acentúa
la rigidez sin descomponer la disposición simétrica
d e la .figura.)
JUAN" PABLO
ESCENA ÚLTIMA
(Trastornado, con espasmo de dolor
U L )
recorriendo,1a
Muere... y yo... yo culpable
Con
m
m
^ di, le he dado
. r í a la mata, como & m í m e m a t a r a el dolm .
(Oyese r u m o r d e multitud q u e se acerca.)
liOS mismos; LAlNBZ, Guardas, Monteros, Criados, m u c h e d u m b r e
de distintas clases sociales con armas; MONEGRO, que viene
conducido por dos hombres armados, herido y descompuesto,
en estado de grande abatimiento; servidumbre del palaoio, con
algunas mujeres.
LAURA
TODOS
(Con voz apagada, sensible al intenso r u m o r . )
Mi
pueblo... pueblo mío.
^
AQUÍ
viene
á rendirte
^
home-
vencido, p a «
que a n t e t í h u m i l l e s u s o b e r b i a y t e p i d a
perdón del daño que á
señora?
DON
DON GUILLÉN
, 1
¡Viva nuestra
todos
n o s h a hecho.
JUAN PABLO
GUILLÉN
¡ S i l e n c i o ! (Conforme van avanzando y viendo el
triste espectáculo, quedan m u d o s d e sorpresa y dolor.)
MONEGRO
¡ O h ! . . • (Searrodilla, inclinando su frente casi hasta
tocar el suelo.
¡Miseñora...! ¡Perdónenos á todos V u e s t r a Grandeza... para q u e
Dios n o s perdone.
Entrad, entrad... vencedores y vencido^
pobres ilusos, v e n i d y c o n t e m p l a d el bien
q u e perdéis.
LAURA
(Con el último aliento, requiriendo la mano de Juan
Pablo, q u e á su lado se arrodilla.) T ú , C O l i m i g O . . .
R e i n o g r a n d e . . . p a z . . . j u s t i c i a . (Se extingue
dulcemente, sin convulsiones. Su cabeza coronada
cae hacia atrás sobre el respaldo del sillón. Se acentúa
la rigidez sin descomponer la disposición simétrica
d e la .figura.)
288
DON GU1LLÉN
¡Oh inmenso d o l o r ! (Todos los que están en
escena 'se arrodillan. Suena una grave exclamación
general de angustia.)
JUAN PABLO
(De rodillas junto á Laura, volviéndose hacia la
muchedumbre, con profunda emocióú y v.brante elo-
cuencia ) V a s a l l o s d e R u y d í a z , e l g r a n d e e s p í r i t u de. n u e s t r a s e ñ o r a e s t á e n u n r e i n o
distante, e n u n reino glorioso. E r a la divina
belleza, i a ideal virtud, y nosotros u n a s
pobres vidas ciegas, miserables... ¿Que
habéis hecho, q u é hemos hecho? Destruir
u n a tiranía para levantar otra semejante.
E l m a l se p e r p e t ú a . . . E n t r e v o s o t r o s s i g u e n
reinando la maldad, la corrupción, la injusticia. ¡Llorad, vidas sin alma, llorad,
llorad!
FIN D E L
DRAMA
Descargar