cervantes y el caballero de la cruz

C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
U n o s o c h e n t a títulos c o m p r e n d e , e n t r e obras m a n u s c r i t a s y l i b r o s
e d i t a d o s , l a i m p o n e n t e p r o d u c c i ó n caballeresca d e l S i g l o de O r o
español. C i e r t o es q u e esta c a n t i d a d p u e d e r e b a j a r s e , p o r ser d u dosa l a e x i s t e n c i a de u n o s c u a n t o s textos y v a r i a b l e s los c r i t e r i o s
escogidos p a r a d e f i n i r el g é n e r o . C o n t o d o , l a c i f r a q u e de m o m e n t o p r o p o n g o aquí se l i m i t a a i n c l u i r , c o m o solían h a c e r l o los
lectores de l a é p o c a , las novelas p r o p i a m e n t e españolas, las c a t a l a n a s , las p o r t u g u e s a s y t a m b i é n las adaptaciones de l i b r o s f r a n ceses e i t a l i a n o s .
D e esta c o n s i d e r a b l e l i t e r a t u r a t a n sólo doce representantes
t i e n e n el h o n o r de figurar e n el capítulo d e l " e s c r u t i n i o " , q u e d a n d o m e n c i o n a d o s o t r o s n u e v e e n el resto d e l Quijote, y q u i z á
a l u d i d o s e n él de m a n e r a i n d i r e c t a u n o s tres o c u a t r o m á s . C o n
1
2
1
B a s t a n t e más l a r g a es l a l i s t a de G A Y A N G O S , Libros de caballerías, BAE,
t. 4 0 , p p . l x i i i - l x x x v i i , q u e , además de textos p e r t e n e c i e n t e s a otros sectores,
c o n t i e n e títulos hipotéticos o f a n t a s m a l e s ; y m u c h o más c o r t a l a de D . E I S E N B E R G , Castilian romances of chivalry in the sixteenth century. A bibliography,
Grant &
C u t l e r , L o n d o n , 1 9 7 9 , q u i e n se a t i e n e únicamente a l a producción c a s t e l l a n a ,
y j u s t i f i c a esta a c t i t u d r e s t r i c t i v a e n Romances of chivalry in the Spanish Golden Age,
J u a n de l a C u e s t a , N e w a r k , 1 9 8 2 , p . 4 6 8 . M e n o s r i g u r o s o e s , p o r c i e r t o , el
p u n t o de v i s t a de J U A N D E V A L D É S , Diálogo de la lengua, E s p a s a - C a l p e , M a d r i d ,
1 9 6 4 , p . 1 7 3 ; y también e l de C E R V A N T E S , p a r a c u y o s p e r s o n a j e s l a s o b r a s de
p r o c e d e n c i a e x t r a n j e r a , leídas e n c a s t e l l a n o , f o r m a n o b v i a m e n t e parte d e los
l i b r o s de caballerías: C f . Don Quijote,
P r i m e r a p a r t e , c a p s . 6, 16, 4 9 y otros
e j e m p l o s e n e l reciente catálogo c e r v a n t i n o d e l p r o p i o E I S E N B E R G , ' L a b i b l i o 1
t e c a d e C e r v a n t e s " , Studia in honorem Prof. Martin
de Riquer,
Quaderns C r e m a ,
B a r c e l o n a , 1 9 8 7 , t. 2, p p . 2 7 1 - 3 2 8 .
2
P a r a el r e c u e n t o — q u e n o s i e m p r e se h a h e c h o c o n m i n u c i o s i d a d — de
estos 25 l i b r o s , consúltese E I S E N B E R G , " L a b i b l i o t e c a . . . " , passim. A los 24 q u e
él a d m i t e , añado e l Clarián de Landanís, partes I I I y I V , t o m a n d o e n c u e n t a
las s u g e r e n c i a s de R O D R Í G U E Z M A R Í N , " E l c a b a l l e r o d e l a T r i s t e F i g u r a y el
d e l o s E s p e j o s " , Estudios
NRFH,
cervantinos,
XXXVIII (1990), núm. 2, 525-566
A t l a s , M a d r i d , 1947, p p . 373-379.
SYLVIA
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ROUBAUD
XXXVIII
el t i e m p o , este h o n o r , t a n p a r c a m e n t e c o n c e d i d o , fue i n f l u y e n d o
de m o d o d e t e r m i n a n t e p e r o d i v e r s o e n el d e s t i n o de cada u n o de
ellos: p e r p e t u ó l a f a m a de a l g u n o s , p r o m o v i ó en contados casos
la rehabilitación tardía de otros y a c a b ó p o r d e s v a l o r a r a los d e más, sobre t o d o c u a n d o el d i c t a m e n de C e r v a n t e s a su respecto
era t e r m i n a n t e m e n t e d e s f a v o r a b l e .
A pocos, s i n e m b a r g o , les fue t a n p e r j u d i c i a l c o m o a l Caballero
de la Cruz l a e x p e d i t i v a y algo enigmática sentencia c o n q u e el C u r a
despacha su caso al v e r l o s u r g i r e n t r e las m a n o s d e l B a r b e r o :
3
Abrióse otro libro y vieron que tenía por título el Caballero de la Cruz.
— P o r nombre tan santo como este libro tiene se podría perdonar
su ignorancia; mas también se suele decir: tras la cruz está el diablo; vaya al fuego .
4
Esta condenación no impidió que Clemencín lo leyera cuidad o s a m e n t e y l o u t i l i z a r a , c o n m a y o r o m e n o r a c i e r t o , e n sus com e n t a r i o s a l Quijote\ n i t a m p o c o q u e G a y a n g o s lo r e c o r r i e r a c o n
s u f i c i e n t e atención p a r a d a r de su c o n t e n i d o u n r e s u m e n c o r r e c t o
y u n a apreciación r e t i c e n t e p e r o p e r s p i c a z . L a crítica p o s t e r i o r ,
en c a m b i o , n o siguió p o r ese c a m i n o . M e n é n d e z P e l a y o , c o n t e n tándose c o n recoger b r e v e m e n t e p a r t e de las i n d i c a c i o n e s de sus
predecesores, e n j u i c i a y a l a o b r a de m a n e r a severísima, y t a n a p r e s u r a d a q u e apenas d e n o t a c o n t a c t o d i r e c t o c o n ella. E n l a m i s m a
a c t i t u d r e i n c i d e años después H e n r y T h o m a s , c u y a o p i n i ó n n e g a t i v a se l i m i t a s e n c i l l a m e n t e a r e p e t i r l a de C e r v a n t e s . C o m o
consecuencia de estos rechazos sucesivos, el l i b r o q u e d ó t o t a l m e n t e
d e s a c r e d i t a d o y s u m i d o p o r l a r g o t i e m p o e n el o l v i d o más c o m pleto.
5
6
3
C l a r o está q u e estas o b s e r v a c i o n e s se r e f i e r e n a n t e todo a l a suerte q u e
c o r r i d o h a s t a h o y los l i b r o s de caballerías q u e a p a r e c e n e n el Quijote,
han
y
m á s e s p e c i a l m e n t e e n el capítulo d e l " e s c r u t i n i o " . E l q u e C e r v a n t e s h a y a c a u s a d o o p r e c i p i t a d o l a d e c a d e n c i a d e l género, o h a y a s i m p l e m e n t e c o i n c i d i d o
con
e l l a , es t e m a a p a r t e y l a b e r i n t o e n el q u e n o p r e t e n d o e n t r a r p o r a h o r a .
4
Don Quijote,
5
L a s n o t a s de C l e m e n c í n q u e se r e f i e r e n a l Caballero de la Cruz s o n : l a 4 1
I , 6.
a Don Quijote, I , 4 ; l a 1 4 a I , 6 ; l a 7 6 a I , 2 1 ; y l a 1 a I I , 4 6 ( l a s demás están
r e l a c i o n a d a s c o n el L i b r o I I d e l Caballero de la Cruz o Leandro
trataré más a d e l a n t e ) . P a r a G A Y A N G O S , véase e n BAE,
el Bel, del q u e
t. 4 0 s u " D i s c u r s o p r e -
l i m i n a r " , p p . 1-lii.
6
1962,
V é a s e M E N É N D E Z P E L A Y O , Orígenes de la novela, 2
t.
1, p p .
y portuguesas,
436-437; y HENRY
C S I C , Madrid, 1952
THOMAS,
Las
1 9 6 9 ) , pp.
101-102.
ed. C S I C ,
Madrid,
( t r a d . de Spanish and Portuguese romances of
chivalry, C a m b r i d g e U n i v e r s i t y P r e s s , C a m b r i d g e , 1 9 2 0 ;
York,
A
novelas de caballerías españolas
reprint, K r a u s , N e w
NRFH,
XXXVIII
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DE LA
CRUZ
527
A ello c o n t r i b u y ó s i n d u d a el hecho de q u e C e r v a n t e s solam e n t e l o m e n c i o n a , p a r a c r i t i c a r l o , e n el capítulo d e l ' ' e s c r u t i n i o " , s i n v o l v e r a h a b l a r de él e n n i n g ú n o t r o m o m e n t o , m i e n t r a s q u e casi todos los l i b r o s de caballerías allí c i t a d o s , sea c o n
v i t u p e r i o o c o n e l o g i o , r e a p a r e c e n en el Quijote u n a o v a r i a s veces
m á s . Semejante d i f e r e n c i a de t r a t a m i e n t o , a u n q u e n o c l a r a m e n te p e r c i b i d a h a s t a a h o r a , fue s e n t i d a , s u p o n g o , c o m o u n i n d i c i o
m á s de l a m e d i o c r e i m p o r t a n c i a q u e el Caballero de la Cruz tenía
p a r a Cervantes y como u n a advertencia suplementaria en c o n t r a
de su l e c t u r a . E s t a interpretación i n s t i n t i v a n o p u e d e descartarse
d e l t o d o , y a q u e sería m u y p r o p i o d e l g e n i o c e r v a n t i n o el h a b e r
m a n e j a d o , c o n i n t e n c i o n a l d o b l e filo, l a d e n u n c i a explícita y el
s i l e n c i o a c u s a d o r . P e r o n o l a c o r r o b o r a n las reacciones d e l C u r a
f r e n t e a las d i f e r e n t e s novelas caballerescas q u e se le p r e s e n t a n ,
p u e s , m i r á n d o l o b i e n , de las siete q u e m a n d a echar a l a h o g u e r a ,
el Caballero de la Cruz es l a ú n i c a q u e e n u n p r i m e r m o m e n t o le
merece a l g u n a i n d u l g e n c i a y parece causarle, p o r m í n i m a que sea,
c i e r t a indecisión; c o n las seis restantes n o t i e n e t a n t o s m i r a m i e n tos y su v e r e d i c t o es desde u n p r i n c i p i o m u c h o más t a j a n t e , y e n d o u n a s a " p a r a r presto e n el c o r r a l " (Felixmarte de Hircania) y n o
hallándose e n o t r a s " c o s a q u e m e r e z c a v e n i a " {Caballero
Platirf.
7
L o s defectos q u e e n ellas señala n o s o n , s i n e m b a r g o , más i m p e r d o n a b l e s q u e l a " i g n o r a n c i a " d e l Caballero de la Cruz, t a c h a
g r a v e y f r e c u e n t e m e n t e i n v o c a d a e n las i n n u m e r a b l e s r e p r e n s i o nes a q u e habían d a d o l u g a r las ficciones caballerescas; y a se h a b í a i n d i g n a d o de l a i n c u l t u r a de los escritores caballerescos J u a n
L u i s V i v e s e n su t r a t a d o de e d u c a c i ó n f e m e n i n a ; y y a había f u l m i n a d o c o n t r a ellos fray Agustín S a l u d o presentándolos c o m o " v a nos i d i o t a s s i n n i n g u n a n o t i c i a n i lección de b u e n o s autores n i de
b u e n a s l e t r a s " . E n b o c a de C e r v a n t e s e r a i m p o r t a n t e este r e 9
1 0
7
D e los q u e se c o n d e n a n a l fuego e n I , 6 , v u e l v e n a a p a r e c e r e n d i f e r e n -
tes capítulos: el Amadis de Grecia otras c u a t r o o c i n c o v e c e s ; el Felixmarte de Hircania o t r a s t r e s ; l a s Sergas de Esplandián o t r a s d o s ; etcétera.
8
L a q u e p r o v o c a el fallo m á s lacónico y l a imprecación más d u r a es el
Palmerin de Oliva ( " s e h a g a l u e g o r a j a s y se q u e m e , q u e a u n n o q u e d e n d e l l a
las c e n i z a s " ) ; también es l a única de l a s s e n t e n c i a d a s p o r el C u r a q u e , j u n t o
c o n el Caballero de la Cruz,
9
C e r v a n t e s no vuelve a m e n c i o n a r más.
De Institutione feminae christianae ( 1 5 2 4 ) : " E r u d i t i o n o n est e x p e c t a n d a a b
h o m i n i b u s q u i ne u m b r a m q u i d e m eruditionis v i d e r a n t " , cit. por M E N É N D E Z
PELA YO,
1 0
Orígenes, t.
1,
p.
440.
Aviso para predicadores del Santo Evangelio
( ¿ 1 5 7 3 ? ) , cit. por E . G L A S E R ,
" N u e v o s d a t o s sobre l a crítica de los l i b r o s de caballerías e n los siglos x v i y
xvn",
AEM,
1 9 6 6 , n ú m . 3 , p. 3 9 7 . P a r a l a s c e n s u r a s a l a l i t e r a t u r a c a b a l l e -
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XXXVIII
p r o c h e , puesto q u e p a r a él l a " i g n o r a n c i a " de los l i b r o s de c a b a llerías tenía dos caras: el escaso saber de sus a u t o r e s , p e r o t a m b i é n su i m p e r i c i a artística, c o m o se echa de v e r e n l a i n v e c t i v a
del C a n ó n i g o , q u e los d e c l a r a " a j e n o s de t o d o d i s c r e t o a r t i f i c i o "
(1,47).
C o n t o d o , n o es este rasgo el que m á s le l l a m a l a atención a l
C u r a y j u s t i f i c a su a c t i t u d . E n r e a l i d a d su o p i n i ó n sobre el Caballero de la Cruz se f u n d a a n t e t o d o e n el respeto y e n l a d e s c o n f i a n za q u e le i n s p i r a su n o m b r e , m e z c l a e v i d e n t e de l o sagrado c o n
lo p r o f a n o . Es n a t u r a l q u e v a c i l e e n a b a n d o n a r a las l l a m a s u n a
o b r a e n c u y o título aparece l a c r u z — f i g u r a d a además e n v a r i a s
ediciones p o r m e d i o de u n a c r u z b e r m e j a y b i e n v i s i b l e q u e q u i z á
le parecería algo sacrilego d e s t r u i r ; ello e x p l i c a q u e a l s a c r i f i c a r l a se a b r i g u e detrás de u n refrán de c l a r o corte c l e r i c a l ( " T r a s
la c r u z está el d i a b l o " ) , y se v a l g a de éste p a r a e x p r e s a r — s i b i e n
en son de b u r l a — u n a suspicacia p a r e c i d a a l a q u e había m a n i festado l a Inquisición f r e n t e a las novelas de caballerías " a l o d i v i n o " . C u r i o s a c o i n c i d e n c i a es q u e , m e d i o siglo atrás, el oscuro a u t o r de u n a de ellas y a hubiese atacado a l l i b r o desde u n p u n to de v i s t a semejante, echándole e n cara su i r r e v e r e n t e utilización
del s í m b o l o de l a c r u z , antes de q u e su p r o p i a o b r a f u e r a , p o r
1 1
1 2
r e s c a , sobre l a s q u e h a y a b u n d a n t e bibliografía, véase además de G l a s e r , l a
lista d e referencias y l a s v a l i o s a s o b s e r v a c i o n e s q u e ofrece M A R T Í N D E R I Q U E R ,
" C e r v a n t e s y l a c a b a l l e r e s c a " , Suma cervantina, Támesis B o o k s , L o n d o n ,
pp.
1973,
273-292.
1 1
E s t a hipótesis i m p l i c a , p o r s u p u e s t o , q u e C e r v a n t e s c o n o c i e r a o p o s e -
y e r a u n a de l a s e d i c i o n e s e n cuestión; esto es lo más p r o b a b l e , y a q u e e n c a s i
t o d a s l a s e d i c i o n e s d e l l i b r o h o y c o n s e r v a d a s , c o n excepción d e l a de 1 5 3 4 (cf.
infra, n o t a 2 1 ) , esta c r u z e n c a r n a d a figura o b i e n a m o d o d e sigla e n el título
del l i b r o , o b i e n p i n t a d a e n el e s c u d o o e n el e s t a n d a r t e d e l c a b a l l e r o r e p r e s e n t a d o e n el g r a b a d o d e l frontis: e d i c i o n e s de 1 5 2 1 ,
de 1 5 4 8 y de 1 5 6 2 — q u e
es l a m i s m a q u e l a edición " s i n f e c h a " (véase infra, n . 1 8 , 2 8 y 4 4 ) . P a r a u n a
descripción m á s gráfica de estas e d i c i o n e s , cf. P . S A L V A , Catálogo, t. 2 , n ú m s .
1 6 3 1 - 1 6 3 3 . E s de n o t a r q u e también está a b r e v i a d o p o r m e d i o de u n a c r u c e c i ta el título d e l l i b r o e n el Registro de l a B i b l i o t e c a C o l o m b i n a : cf. l a r e p r o d u c ción facsímil d e éste p o r A . M . H U N T I N G T O N , Catalogue qfthe Library
of Ferdi-
nand Columbus, N e w Y o r k , 1 9 0 5 ( r e p r i n t , K r a u s , N e w Y o r k , 1 9 6 7 ) , n ú m . 4 0 6 9 .
1 2
P a r a u n a glosa d e l refrán " T r a s l a c r u z está el d i a b l o " , véase S E B A S -
TIÁN D E H O R O Z C O ,
Teatro universal de proverbios,
Groninguen-Salamanca, 1986,
e d . J . L . A l o n s o Hernández,
p. 5 8 2 , n ú m . 3 0 1 5 .
Y sóbrela c e n s u r a i n q u i s i -
t o r i a l , t a n t o l e r a n t e c o n los l i b r o s de caballerías c o r r i e n t e s c o m o i n t r a n s i g e n t e
con
s u s v e r s i o n e s " a lo d i v i n o " , véase M E N É N D E Z P E L A Y O , Orígenes, t. 1 , p.
4 4 6 ss., y P . E . R U S S E L L , " E l C o n c i l i o de T r e n t o y l a l i t e r a t u r a p r o f a n a " , Temas
de la Celestina,
Ariel, Barcelona, 1978,
pp. 4 4 3 - 4 7 8 .
NRFH,
XXXVIII
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DE LA
CRUZ
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ironía d e l d e s t i n o , rápidamente p r o h i b i d a p o r el S a n t o O f i c i o .
Q u e el Caballero de la Cruz fuese cosa d e l d i a b l o e r a , p o r o t r o l a d o ,
u n t i p o de acusación q u e aparecía a m e n u d o e n las d i a t r i b a s c o n t r a el género caballeresco, especialmente c u a n d o procedían de lectores de f o r m a c i ó n eclesiástica; el m a e s t r o A l e j o V e n e g a s h a b l a
de los " A m a d i s e s y E s p l a n d i a n e s " c o m o de ' ' l i b r o s de v a n i d a d e s
e n e r v o l a d a s q u e c o n m a y o r v e r d a d se dirían s e r m o n a r i o s de Sathanás q u e blasones de c a v a l l e r í a " .
Las p a l a b r a s d e l C u r a n o son sino u n eco de esta i d e a , m u y
p r o p i a de su hábito, y a p l i c a d a c e r t e r a m e n t e p o r C e r v a n t e s a u n a
o b r a cuyo n o m b r e exponía, más que cualquier o t r a , a semejante
condena.
A pesar de esto, sería i n g e n u o i m p u t a r l a elíptica frase del C u r a
a graves p e r p l e j i d a d e s religiosas y a t r i b u i r l e o t r a intención q u e
la de deshacerse c ó m o d a m e n t e y c o n socarronería de o t r o l i b r o
m á s . P o r i n q u i e t a n t e q u e le pareciese su título, n i él n i C e r v a n t e s
n i los lectores de su t i e m p o a f i c i o n a d o s a las novelas de c a b a l l e rías p o d í a n p e n s a r q u e el Caballero de la Cruz ( p o r o t r o n o m b r e Lepolemo, c o m o el de su p r o t a g o n i s t a ) tenía i m p l i c a c i o n e s e s p i r i t u a les m á s c o m p l e j a s q u e otras t a n t a s d e l m i s m o g é n e r o . P a r a ellos,
p a r a quienes esta l i t e r a t u r a n o había e n m u d e c i d o c o m o p a r a n o sotros, l a o b r a n o estaba e n v u e l t a e n l a o s c u r i d a d a l a que fue p r o g r e s i v a m e n t e r e l e g a d a después. G o z a b a , p o r el c o n t r a r i o , de u n a
p o p u l a r i d a d c o n s i d e r a b l e q u e i n d i c a q u e o c u p a b a u n puesto de
p a r t i c u l a r r e l i e v e e n t r e las de su clase.
P a r a a p r e c i a r su n o t o r i e d a d es necesario de m o m e n t o alejarse
del Quijote y r e c o n s t i t u i r l a t r a y e c t o r i a de este c u r i o s o l i b r o , c u y a
h i s t o r i a i l u s t r a de m a n e r a e j e m p l a r l a de l a p r o d u c c i ó n c a b a l l e resca de p r i n c i p i o s d e l siglo x v i .
1 3
14
1 3
J E R Ó N I M O S E M P E R E (O SANPEDRO),
Caballería celestial de la Rosa
Fragante
( 1 5 5 4 ) , prólogo: " m o s t r a n d o e n m u c h o s pasos d e s t a Celestial cavallería e n c u m b r a d o s m i s t e r i o s y altas m a r a v i l l a s , y n o de u n fingido c a v a l l e r o de l a C r u z ,
mas
d e u n p r e c i o s o C h r i s t o q u e v e r d a d e r a m e n t e lo f u e " ( c i t . p o r G A Y A N G O S ,
BAE,
t. 4 0 , p . l v i i i ) . L a Caballería celestial figura e n el Catálogo de los l i b r o s
p r o h i b i d o s p o r el índice V a l d é s de 1 5 5 9 :
cf. A . S I E R R A C O R E L L A , La censura
de libros y papeles en España y los índices y catálogos españoles de los prohibidos y expurgados, C u e r p o F a c u l t a t i v o de A r c h i v e r o s , B i b l i o t e c a r i o s y Arqueólogos, M a drid, 1947,
1 4
p. 2 3 1 .
P r e f a c i o a l Labricio
Portundo (o Apólogo de la ociosidad y el trabajo de L u i s
M e x í a ) g l o s a d o y m o r a l i z a d o p o r C e r v a n t e s de S a l a z a r ( 1 5 4 6 ) : r e p r o d . e n
T H O M A S , Las novelas de caballerías. ..., p. 1 2 8 .
SYLVIA
530
NRFH,
ROUBAUD
F O R T U N A Y M I S T E R I O S D E L CABALLERO
DE LA
XXXVIII
CRUZ
E n t r e su p r i m e r a p u b l i c a c i ó n e n 1521 y su última reimpresión e n
1 5 6 3 , el Caballero de la Cruz se editó diez veces o m á s , c i f r a elevad í s i m a q u e l o coloca n a d a m e n o s q u e e n t e r c e r a p o s i c i ó n d e n t r o
de l a serie f o r m a d a p o r las novelas caballerescas ' v i e j a s ' ' , p o r l l a m a r así a aquellas once q u e se e s c r i b i e r o n e n los p r i m e r o s v e i n t e
años del siglo x v i . Sólo s u p e r a n este n ú m e r o las dieciocho a veinte
e d i c i o n e s d e l Amadis de Gaula —caso e x c e p c i o n a l — y las doce q u e
a l c a n z ó el Palmerin de Oliva. Y sólo l o i g u a l a n obras c o m o las Sergas de Esplandián, el Lisuarte de Grecia de F e l i c i a n o de S i l v a y el Primaleón, q u e d á n d o s e m u y atrás los otros l i b r o s de caballerías de
este p e r i o d o , c o n ú n i c a m e n t e dos a tres ediciones y e n ciertos casos u n a s o l a .
P o r o t r o l a d o son n u m e r o s a s las m e n c i o n e s q u e a t e s t i g u a n su
n o t a b l e difusión n o sólo d u r a n t e t o d o el siglo x v i sino todavía e n
el x v i i . E l Lepolemo figura, según y a indiqué, en el Registro de F e r n a n d o C o l ó n , q u e l o c o m p r a e n 1524 p a r a su b i b l i o t e c a ; en su
Diálogo de la Lengua de 1535 h a b l a de él, si b i e n d e s p r e c i a t i v a m e n t e , J u a n de V a l d é s , c o m o de u n a o b r a c o n o c i d a ; e n 1554 aparece
c o m o se h a v i s t o , e n el p r ó l o g o de u n l i b r o " a l o d i v i n o " ; e n 1558
se c o n s e r v a u n e j e m p l a r e n l a casa de u n p r e g o n e r o v a l e n c i a n o ;
e n 1592 f o r m a p a r t e j u n t o c o n o t r a s novelas caballerescas i m p o r t a n t e s , d e l catálogo de existencias de B e n i t o B o y e r , próspero l i b r e r o de M e d i n a d e l C a m p o ; y e n 1610 aún l o c i t a P e d r o M a n t u a n o , el p o l é m i c o a u t o r de l a Advertencia a la historia de Juan de Mariana, e n u n a e n u m e r a c i ó n sarcástica de caballeros e j e m p l a r e s e n
l a q u e i n c l u y e t a m b i é n a D o n Q u i j o t e . C o n s t a a d e m á s que fue
u n o de los l i b r o s de caballerías q u e p a s a r o n a A m é r i c a , d o n d e t u v o u n éxito p a r t i c u l a r m e n t e d u r a d e r o : e n 1529 y 1540 está i n s c r i t o , c o n respetable n ú m e r o de e j e m p l a r e s , e n los respectivos i n v e n t a r i o s de p r o p i e d a d e s q u e d e j a n a su m u e r t e los i m p r e s o r e s
J a c o b o y J u a n C r o m b e r g e r , q u e l o habían r e e d i t a d o y desempe6
15
1 5
E s t e cómputo se b a s a e n E I S E N B E R G , Castilian Romances.
. ., c o n l a s a l -
v e d a d d e q u e r e s u r j a n p o s i b l e m e n t e algún día u n a s p o c a s e d i c i o n e s c a b a l l e r e s c a s p e r d i d a s ; de i n c l u i r s e e n él n o v e l a s más tardías s u r e s u l t a d o n o se m o d i ficaría, p e r o tendría m e n o s s i g n i f i c a d o p o r s e r f o r z o s a m e n t e m e n o r el t i e m p o
de v i d a y l a c a n t i d a d de e d i c i o n e s d e los l i b r o s más próximos a l d e c e n i o 1 5 9 0 1 6 0 0 , época e n q u e se i n i c i a l a d e c a d e n c i a d e l género. A d e m á s de l a s m e n c i o n a d a s , l a s otras n o v e l a s d e l g r u p o de l a s " v i e j a s " s o n : el Florisando y el Ciarían
de Landanís ( L i b r o I , P r i m e r a p a r t e ) c o n tres e d i c i o n e s ; el Claribalte,
el Floriseo
y el Arderique,
con u n a .
con dos;
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
531
ñ a b a n u n p a p e l p r e d o m i n a n t e e n l a e x p o r t a c i ó n de l i b r o s a M é x i c o ; en 1583 u n m e r c a d e r de L i m a l o p o n e e n l a l i s t a de o b r a s
q u e su a p o d e r a d o se c o m p r o m e t e a i r a c o m p r a r l e a E s p a ñ a ; y
todavía e n 1655 l o e n c u e n t r a n e n u n a b i b l i o t e c a m e x i c a n a los c e n sores encargados de i n s p e c c i o n a r l a p o r o r d e n de l a I n q u i s i c i ó n .
T a m b i é n e m i g r ó el Lepolemo a I t a l i a , d o n d e su traducción, c o n
el título de Cavallier della Croce, alcanzó n a d a m e n o s q u e once e d i ciones e n t r e 1544 y 1629; p o r si esto f u e r a p o c o , allí se le a ñ a d i ó
u n a c o n t i n u a c i ó n q u e , t r a d u c i d a a su vez a l castellano p o r P e d r o
de L u j a n , circuló e n España c o m o Libro segundo del Caballero de la
Cruz, c o n el n o m b r e de Leandro el Bel .
Si el l i b r o se d i o a c o n o c e r a m p l i a m e n t e , n o h i z o l o m i s m o
su a u t o r . L a i d e n t i d a d d e l q u e escribió el Lepolemo está e n v u e l t a
en espesa s o m b r a , caso c o m ú n e n esta l i t e r a t u r a cuyos a u t o r e s
o b i e n f u e r o n personajes oscuros, o b i e n se a b s t u v i e r o n , según
era c o s t u m b r e , de i n s c r i b i r su firma al p i e de obras t e n i d a s p o r
f r i v o l a s , limitándose a ofrecer e n su p r ó l o g o a l g u n a q u e o t r a i n d i c a c i ó n más o m e n o s t r a n s p a r e n t e sobre su p e r s o n a . A l f r e n t e de
la e d i c i ó n princeps d e l Lepolemo — J u a n J o f r e , V a l e n c i a , 1521 ( 1 0
de a b r i l ) — figura el n o m b r e de u n d e s c o n o c i d o , A l o n s o de S a l a zar, q u e n o reaparece e n n i n g u n a de las ediciones p o s t e r i o r e s , si
b i e n el p r ó l o g o a d v i e r t e q u e el a u t o r fue c a u t i v o e n T ú n e z y aseg u r a , c o n f o r m e a u n t ó p i c o i n e l u d i b l e e n los l i b r o s de caballerías,
q u e allí encontró l a o b r a c u y o t e x t o traslada a h o r a al c a s t e l l a n o ;
n o m e atrevería a establecer parentesco e n t r e este A l o n s o de Sa16
17
18
1 6
H e r e u n i d o y r e o r g a n i z a d o aquí los d a t o s d i s p e r s o s c o n e n f o q u e d i s -
tinto e n los n u t r i d o s t r a b a j o s de E I S E N B E R G , Romances qf chivalry. . .; de P . B E R G E R , Libro y lectura en la Valencia del Renacimiento,
nánim, V a l e n c i a , 1 9 8 7 ;
xico, 1 9 5 9
2 t s . , E d i c i o n s A l f o n s el M a g -
e l . A . L E O N A R D , Los libros del Conquistador,
FCE,
Mé-
( t r a d . de Books ofthe Braue, H a r v a r d U n i v e r s i t y P r e s s , C a m b r i d g e ,
1949).
1 7
da
S o b r e l a s e d i c i o n e s i t a l i a n a s d e l Cavallier della Croce y sobre l a i n t r i n c a -
cuestión d e l a autoría d e l Leandro el Bel, p r e s e n t a d o p o r P e d r o de L u j a n
c o m o o b r a o r i g i n a l s u y a , véase T H O M A S , Las novelas de caballerías, p p . 1 4 0 - 1 4 1
y 2 2 9 - 2 3 4 . P a r a l a única edición d e l Leandro el Bel español, i m p r e s a p o r M i g u e l
Ferrer en Toledo en 1563,
Lepolemo de 1 5 6 2 ,
p r o b a b l e m e n t e p a r a s e r v i r de s e g u n d o t o m o a s u
véanse G A L L A R D O , Ensayo,
t. 1, n ú m . 8 3 0 ,
y E I S E N B E R G , Cas-
tilian romances, p p . 7 3 - 7 4 .
1 8
E l e j e m p l a r único de l a edición princeps se c o n s e r v a e n B a r c e l o n a ; le fal-
ta l a p o r t a d a o r i g i n a l , s i e n d o v i s i b l e m e n t e l a s u y a u n a refección m o d e r n a q u e ,
d e b a j o de u n g r a b a d o c o r r e s p o n d i e n t e a l de u n a p o s t e r i o r edición, r e p r o d u c e
sin e m b a r g o
fielmente
el a n t i g u o título c o n s i g n a d o e n el Registro
colombino:
" C h r o n i c a de L e p o l e m o . . . t r a s l a d a d a e n c a s t e l l a n o p o r A l o n s o de S a l a z a r " .
E l resto d e l e j e m p l a r n o h a sufrido m a y o r alteración.
SYLVIA
532
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
l a z a r y el ú n i c o h o m ó n i m o r e l a c i o n a d o c o n m a t e r i a caballeresca
del q u e t e n g o n o t i c i a : u n h i d a l g o de V a l l a d o l i d , m u e r t o e n 1598,
c u y a b i b l i o t e c a contenía a l g u n a s novelas de este g é n e r o .
Q u i e n e n c a m b i o está m u y presente e n esta p r i m e r a e d i c i ó n
es o t r a figura q u e , según i n f o r m a el c o l o f ó n , i n t e r v i n o e n su f i n a n c i a c i ó n ( ' ' d a n d o l o necessario p a r a ello el b a c h i l l e r J u a n de
M o l i n a " , f. C X X X V I I v ° ) . S u n o m b r e v u e l v e a i n s c r i b i r s e e n
la s e g u n d a , sacada a l u z p o r el m i s m o i m p r e s o r e n 1525, esta vez
en l a p o r t a d a , c u y o título n o señala a u t o r n i n g u n o p e r o d e c l a r a
q u e el l i b r o " f u e m e j o r a d o y d ' n u e v o r e c o n o c i d o p o r el b a c h i l l e r
M o l i n a " . Este i n d i c i o le pareció suficiente a G a y a n g o s , sin h a b e r
v i s t o la princeps de 1 5 2 1 , p a r a a t r i b u i r l e a J u a n de M o l i n a l a a u t o ría d e l Lepolemo, p e r o n o a M e n é n d e z P e l a y o n i a T h o m a s , q u e
n o a c e p t a r o n su c o n j e t u r a . D e h e c h o , M o l i n a n o v u e l v e a a p a recer e n las r e i m p r e s i o n e s posteriores d e l l i b r o conservadas
a c t u a l m e n t e . P e r o es u n a p e r s o n a l i d a d c o n o c i d a , q u e p a r t i c i p ó f e r v o r o s a m e n t e entre 1515 y 1530 en l a dinámica a c t i v i d a d e d i t o r i a l de l a V a l e n c i a r e n a c e n t i s t a , y a c o m o t r a d u c t o r , y a c o m o
c o r r e c t o r de c a n t i d a d de obras históricas, religiosas o m o r a l e s , e n
p a r t i c u l a r el Marco Aurelio de G u e v a r a y el Enquiridión de E r a s m o .
Fue a y u d a d o y p r o t e g i d o p o r los grandes señores q u e a l e n t a r o n
la v i d a i n t e l e c t u a l de l a c i u d a d , y e n especial p o r el d u q u e de C a l a b r i a , q u e i n t e r v i n o a su f a v o r a l e n c a r c e l a r l o l a Inquisición, y
de c u y a b i b l i o t e c a se sabe, p o r o t r o l a d o , q u e contenía a p r e c i a b l e
n ú m e r o de obras c a b a l l e r e s c a s . Es de n o t a r q u e , antes de o c u parse d e l Lepolemo, M o l i n a y a había puesto m a n o e n 1517 e n l a
e d i c i ó n — y tal vez en l a traducción c a s t e l l a n a — del Arderique, o t r a
19
2 0
2 1
22
1 9
d'Or,
S o b r e e l l a consúltese B . B E N N A S S A R , Valladolid et ses campagnes au Siécle
Mouton, Paris-La Haye, 1967,
p. 5 1 9 , y M . C H E V A L I E R , Lecturay
res en la España del Siglo de Oro, T u r n e r , M a d r i d , 1 9 7 6 ,
las
d e caballerías", p . 8 6 (versión a m p l i a d a y r e v i s a d a de Sur lepublic
mans de chevalerie, Instituí d ' E t u d e s Ibériques, B o r d e a u x ,
2 0
V é a s e l a opinión de G a y a n g o s e n G A L L A R D O ,
lecto-
" E l público de l a s n o v e des ro-
1968).
Ensayo,
t. 1, n ú m . 8 2 1 ;
p a r a M e n é n d e z P e l a y o y p a r a T h o m a s e l a u t o r es A l o n s o de S a l a z a r , s i n más
e l u c i d a c i o n e s . D e l a edición de 1 5 2 5 ,
antiguamente en D r e s d e , no parece sub-
sistir h o y e j e m p l a r a l g u n o .
2 1
N o lo m e n c i o n a , p o r e j e m p l o , l a t e r c e r a edición c o n o c i d a d e l Lepolemo
— J u a n Cromberger, Sevilla, 1 5 3 4
( 2 0 de a g o s t o ) — c u y o e j e m p l a r , también
único, h e e x a m i n a d o e n l a B r i t i s h L i b r a r y .
2 2
S o b r e M o l i n a e n g e n e r a l , véase P . B E R G E R , Libro y lectura. . .,
s o b r e M o l i n a y G u e v a r a , A . R E D O N D O , Antonio de Guevara et VEspagne
temps, D r o z , G e n é v e , 1 9 7 6 ,
Juan de Molina
passim;
de son
p . 5 1 5 ss.; n o h e p o d i d o a c c e d e r a l Cancionero de
(Salamanca, 1 5 2 7 ) , Castalia, Valencia, 1952,
c o n pról. de E .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
533
n o v e l a de caballerías q u e desde fines d e l siglo x v corría p o r V a l e n c i a en versión m a n u s c r i t a y p r o b a b l e m e n t e c a t a l a n a ; a l fin de
este l i b r o se h a l l a u n a b r e v e l i s t a de erratas establecida p o r ' J u a n
de M o l i n a , c o r r e t o r de l a presente impressión y t r a d u c c i ó n " .
N o puede excluirse, p o r lo t a n t o , que el diligente b a c h i l l e r h a y a
c o l a b o r a d o en l a redacción del Lepolemo, disimulándose b a j o el disf r a z de u n s i m p l e " e n m e n d a d o r " . Esta práctica, i n s p i r a d a p o r
l o q u e había d i c h o M o n t a l v o — v e r í d i c a m e n t e e n su caso— acerca de l a necesidad de " c o r r e g i r y e n m e n d a r " los o r i g i n a l e s cor r u p t o s d e l Amadis p r i m i t i v o , se había h e c h o casi automática e n
los l i b r o s de caballerías, y F e l i c i a n o de S i l v a recurrió a ella e n v a r i o s de sus A m a d i s e s s i n q u e p o r ello su autoría dejase de ser u n
secreto a voces p a r a los lectores b i e n i n f o r m a d o s de su época. V e r d a d es q u e l a a c t i v i d a d de M o l i n a fue e s e n c i a l m e n t e de d i v u l g a c i ó n de o b r a s ajenas, y q u e a d e m á s , e n l a d e d i c a t o r i a de su t r a d u c c i ó n a los Triumphos de Apiano e n 1522, ataca a c a r g a c e r r a d a
los l i b r o s de caballerías, c o n los a r g u m e n t o s usuales e n este t i p o
de r e p r o b a c i o n e s y c o n m o r d a c i d a d q u e e n él parece r e f l e j o de
sus i n c l i n a c i o n e s erasmistas:
6
2 3
N o están aquí las ficciones de Esplandián: n i las espumas de A m a dis: n i los humos oscuros y espesas nieblas de T i r a n t e : n i los vanos
tronidos y estruendos fantástigos de Tristán y Lanzarote: n i los encantamientos mintrosos que en estos libros que he dicho y otros com o ellos falsamente se lee .
24
P e r o o t r o t a n t o hace el i m p r e s o r F r a n c i s c o D í a z R o m a n o , q u e
e n 1540 había e d i t a d o el caballeresco Valerián de Hungría y en 1545
c r i t i c a enérgicamente el g é n e r o c o n el p r o p ó s i t o de encarecer m e A s e n s i o . P a r a l a b i b l i o t e c a d e l d u q u e de C a l a b r i a , q u e fue v i r r e y de V a l e n c i a ,
a q u i e n Fernández de O v i e d o dedicó s u l i b r o de caballerías el Claribalte,
im-
p r e s o allí e n 1 5 1 9 , y q u e poseía u n a s 20 o b r a s de e s t a c l a s e , véase V . V I G N A U , " I n v e n t a r i o de los l i b r o s d e l D u q u e de C a l a b r i a " , RABM,
2 3
4 (1874).
Arderique, J u a n V i ñ a o , V a l e n c i a , 1517 (8 de m a y o ) , fol. C V I I I r ° . L a s
c u a t r o n o v e l a s i m p r e s a s e n V a l e n c i a a p r i n c i p i o s d e l siglo x v i —Floriseo,
derique, Claribalte y Lepolemo—
Ar-
t i e n e n e n t r e sí vínculos de f a m i l i a q u e e x a m i n o
e n u n e s t u d i o d e s t i n a d o a l Hommage au Prof. P. J . Guinard,
de próxima p u b l i -
cación.
2 4
C i t . p o r B E R G E R , Libro y lectura. . ., t. 1, p. 173. E s c o n o c i d a l a desesti-
m a c i ó n de l a l i t e r a t u r a c a b a l l e r e s c a e n los círculos e r a s m i s t a s , a n a l i z a d a p o r
B A T A I L L O N , Erasmoy
España, c a p . 12; e n e l l a y e n estas i n v e c t i v a s de M o l i n a
h a c e hincapié B e r g e r p a r a r e c h a z a r s u autoría del Lepolemo,
b l e m e n t e s u participación
tuación e n l a d e l Arderique.
financiera
sin advertir posi-
e n l a p r i m e r a edición d e l l i b r o n i s u a c -
SYLVIA
534
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
j o r los méritos de u n a o b r a de d e v o c i ó n q u e se d i s p o n e a
p u b l i c a r . Estas p a l i n o d i a s si algo p r u e b a n es q u e l a c e n s u r a a
los l i b r o s de caballerías, m á s q u e expresión de u n a íntima c o n v i c c i ó n , constituía e n m u c h o s casos u n t ó p i c o c o n v e n c i o n a l , u t i l i z a d o p a r a d e t e r m i n a d o s fines comerciales y d e s t i n a d o a a m p l i a r l a
c i r c u l a c i ó n de obras r i v a l e s — s i n m u c h o p e l i g r o , a d e m á s , p a r a
las caballerescas, a q u i e n e s i b a de todos m o d o s el f a v o r d e l p ú b l i co. Y n o parece p o r o t r o l a d o q u e l a h o s t i l i d a d de los erasmistas
p o r las ficciones caballerescas — q u e t a n v i r u l e n t o eco e n c u e n t r a ,
c o m o se v i o , e n u n A l e j o de V e n e g a s — h a y a sido t a n firme e n
M o l i n a c o m o p a r a d i s u a d i r l o d e l esfuerzo e c o n ó m i c o q u e r e p r e sentaba l a financiación e d i t o r i a l d e l Lepolemo; t a m p o c o fue el erasm i s m o de P e d r o de L u j a n obstáculo suficiente p a r a i m p e d i r l e q u e
t r a d u j e r a , c o m o quedó dicho, la continuación italiana del l i b r o ,
y h a s t a se d e d i c a r a a c o m p o n e r él m i s m o el Silves de la Selva, docen o m i e m b r o de l a f a m i l i a de los A m a d i s e s .
2 5
2 6
N o es p o s i b l e , c o n t o d o , d e t e r m i n a r a c i e n c i a c i e r t a q u é p a r t e
le c o r r e s p o n d e a J u a n de M o l i n a e n l a e l a b o r a c i ó n d e l Lepolemo,
n i p o r q u é e n l a s e g u n d a e d i c i ó n su n o m b r e s u p l a n t a l a f u g i t i v a
m e n c i ó n a n t e r i o r de A l o n s o de Salazar. Y l a cuestión e n sí n o m e recería t a n d e t e n i d a pesquisa si n o f u e r a p o r q u e su e x a m e n p e r m i t e de pasada a c l a r a r ciertos aspectos m á s generales de l a p r o d u c c i ó n y l a r e c e p c i ó n de los l i b r o s de caballerías p o r los a u t o r e s
y los lectores de l a p r i m e r a m i t a d d e l siglo x v i . C o n v i e n e d e j a r l a
p e n d i e n t e y a t e n d e r a h o r a a l c o n t e n i d o d e l Caballero de la Cruz p a r a f o r m a r s e u n a i d e a m á s precisa de su c o n e x i ó n c o n el Quijote.
L A S HAZAÑAS DE L E P O L E M O
E l a r g u m e n t o g e n e r a l d e l Caballero de la Cruz se a j u s t a p u n t u a l m e n t e a l e s q u e m a t r a d i c i o n a l y t ó p i c o de t o d a narración c a b a l l e resca. E n é p o c a i n d e t e r m i n a d a y e n a m b i e n t e histórico de s u m a
v a g u e d a d , u n p r o t a g o n i s t a de i l u s t r e p r o s a p i a — e n este caso L e p o l e m o , h i j o d e l E m p e r a d o r de A l e m a n i a M a x i m i a n o — se ve sep a r a d o desde m u y n i ñ o de sus padres y l l e v a d o a t i e r r a s l e j a n a s ;
es c r i a d o y a l e c c i o n a d o e n u n a C o r t e a d o p t i v a — l a d e l Soldán
2 5
V é a s e este texto e n G L A S E R , " N u e v o s d a t o s . . . " , p p . 3 9 4 - 3 9 5 .
2 6
L u j a n sacó a l u z e l Silves de la Selva p o r los m i s m o s años e n q u e p u b l i -
c a b a s u s Colloquios matrimoniales', a m b a s o b r a s f u e r o n e d i t a d a s e n S e v i l l a p o r
el m i s m o i m p r e s o r , D o m i n i c o d e R o b e r t i s , l a p r i m e r a e n 1546 y l a s e g u n d a
e n 1 5 5 0 . S o b r e L u j a n veáse l a n o t a d e Rodríguez M a r í n a s u edición d e l Quijote, allí d o n d e h a b l a d e l Lepolemo,
t. 1, E s p a s a - C a l p e , M a d r i d , p p . 1 9 5 - 1 9 6 .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
535
de B a b i l o n i a , o sea de E l C a i r o ; t r a b a a m i s t a d c o n el príncipe h e r e d e r o — e l f u t u r o sultán Z u l e m a ; l o g r a i n g r e s a r e n l a o r d e n de
caballería e n e d a d t e m p r a n a y , s i n conocer su v e r d a d e r o o r i g e n ,
t o m a p a r t e v i c t o r i o s a m e n t e e n las desavenencias y g u e r r a s l o c a les — d e l Soldán c o n t r a el G r a n T u r c o o de los m a g n a t e s m a r r o quíes e n t r e sí; g a n a c o n esto ricas mercedes y a d q u i e r e p r e s t i g i o
t a l q u e l l e g a a d e p e n d e r de él e n t e r a m e n t e el e q u i l i b r i o d e l m u n d o m u s u l m á n . E x p a n d i é n d o s e entonces su f a m a p o r el M e d i t e r r á n e o , t a m b i é n i n t e r v i e n e p r o v i d e n c i a l m e n t e e n l a política e u r o p e a — r e s t i t u y e n d o a l r e y de F r a n c i a señoríos rebeldes o avasallados p o r I n g l a t e r r a , y d e v o l v i e n d o a l E m p e r a d o r de A l e m a n i a su
c o r o n a u s u r p a d a p o r u n t r a i d o r . P o r fin, resueltos así los c o n f l i c tos q u e p e r t u r b a b a n el O c c i d e n t e c r i s t i a n o , y r e c o n o c i d a su i d e n t i d a d e n el m o m e n t o m á s o p o r t u n o , es p r o c l a m a d o sucesor de su
padre M a x i m i a n o y contrae t r i u n f a l m a t r i m o n i o con u n a infanta
de F r a n c i a — l a p r i n c e s a A n d r i a n a , a q u i e n desde algún t i e m p o
venía sirviendo amorosamente.
A esta t r a m a s e n c i l l a , que c o n s t i t u y e el f o n d o fijo e i n v a r i a b l e
de cuantos l i b r o s de caballerías se h a n escrito, v a n enlazadas a v e n t u r a s adyacentes, c u y o desarrollo entraña c o n t i n u o s d e s p l a z a m i e n tos de Este a Oeste y de S u r a N o r t e (Jerusalén, Á f r i c a , C r e t a ,
M a r s e l l a , C a l a i s ) y e n q u e s u r g e n c a n t i d a d de personajes ( r e y e zuelos m a h o m e t a n o s , princesas m o r a s , h i d a l g o s a l e m a n e s , g e n t i l e s h o m b r e s franceses), r e l a c i o n a d o s e n t r e sí p o r u n a r e d de i n c i d e n t e s , enemistades y alianzas b a s t a n t e c o m p l e j a . N o es posible
n i v a l e l a p e n a ofrecer u n c o m p e n d i o d e t a l l a d o de t o d a esta m a t e r i a : el Caballero de la Cruz es u n a o b r a q u e , s i n ser t a n v o l u m i n o s a
c o m o otras m u c h a s de su clase, t i e n e , según cálculo a p r o x i m a d o ,
d i m e n s i o n e s e q u i v a l e n t e s a l a P r i m e r a p a r t e d e l Quijote, p e r o c u y o c o n t e n i d o — o c i o s o es d e c i r l o — n o sufre c o m p a r a c i ó n c o n l a
aérea y m e m o r a b l e i n v e n c i ó n c e r v a n t i n a . M e r e c e n , sin e m b a r g o , destacarse a l g u n o s de los rasgos y episodios q u e d a n a l a h i s t o r i a su fisonomía específica; cada u n o de los representantes de
l a l i t e r a t u r a caballeresca t i e n e l a s u y a y , a pesar de l a m o n o t o n í a
q u e se les a t r i b u y e , esta s i n g u l a r i d a d es p e r c e p t i b l e p a r a q u i e n
esté f a m i l i a r i z a d o c o n ellos y p u e d a d i s t i n g u i r — c o m o harían los
lectores más sensitivos d e l Siglo de O r o , y e n t r e ellos C e r v a n t e s —
d e n t r o d e l m o t i v o básico i m p u e s t o p o r l a tradición d e l género las
i n f l e x i o n e s p r o p i a s de t a l o c u a l n o v e l a .
2 7
2 7
P a r a u n análisis m á s d e t a l l a d o d e l Caballero de la Cruz r e m i t o a l r e s u -
m e n y a c i t a d o d e G A Y A N G O S , BAE,
t. 4 0 , p p . 1 - l i . L o s e l e m e n t o s f u n d a m e n -
SYLVIA
536
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
A n t e t o d o , el Caballero de la Cruz se c a r a c t e r i z a p o r c i e r t a a u s t e r i d a d q u e c o n d i c e c o n su título y se refleja e n l a biografía de
su h é r o e , d e d i c a d o e s e n c i a l m e n t e a graves empresas g u e r r e r a s y
p o c o d a d o a las vistosas proezas, a los sensuales galanteos o a l a
ostentación de armas y vestiduras aparatosas que t a n t a i m p o r t a n c i a
t i e n e n p a r a l a m a y o r í a de sus c o n g é n e r e s . N o se p r e s e n t a n e n t o d o el l i b r o m o n s t r u o a l g u n o q u e s u p r i m i r n i e d i f i c i o extraño o
m a q u i n a r i a a r t i f i c i o s a d o n d e e n t r a r , sino apenas dos gigantes a
q u i e n e s L e p o l e m o d e r r o t a rápidamente (caps. 63 y 8 7 ) , dos j u s tas r e l a t i v a m e n t e breves (caps. 46 y 139) y u n solo t o r n e o , c u y a
descripción se evita deliberadamente p o r q u e , según explica el t e x t o ,
" s e r í a s a l i m o s de l a h i s t o r i a q u e e n t e n d e m o s h a b l a r " ( c a p .
1 2 5 ) . M u y escaso t a m b i é n es el l u g a r q u e o c u p a el a m o r e n l a
e x i s t e n c i a de los personajes: L e p o l e m o o r d e n a los casamientos de
sus allegados y p r o t e g i d o s e n función de intereses p u r a m e n t e f e u dales o estratégicos e n los q u e el s e n t i m i e n t o n o t i e n e p a r t e (caps.
42, 59 y 74). E l m i s m o , además de v i v i r s i n d a m a d u r a n t e casi
t o d a su c a r r e r a , se l i m i t a a m u y contadas m a n i f e s t a c i o n e s de su
tardía inclinación p o r l a i n f a n t a A n d r i a n a (caps. 9 8 , 100, 102,
127) y sólo l l e g a a e n t r e v i s t a r s e c o n ella a l final d e l l i b r o (caps.
124, 130, 1 3 9 ) , s i n a s p i r a r a favores amorosos n i a relaciones secretas de m a y o r i n t i m i d a d ; se c o n t e n t a c o n u n f u g a z y platónico e n c u e n t r o n o c t u r n o ( c a p . 1 4 4 ) , seguido de i n m e d i a t o p o r u n
c o n v e n i o e n t r e los padres y p o r l a celebración de bodas públicas
( c a p . 151).
2 8
2 9
T a m p o c o h a y a v e n t u r a s o festividades q u e ocasionen el desp l i e g u e , t a n u s u a l en estas ficciones, de arreos emblemáticos y f a n tasiosos atavíos, d e s t i n a d o s a r e a l z a r l a p e r s o n a l i d a d d e l p r o t a g o tales q u e c o n f i g u r a n l a típica n o v e l a de caballerías están b i e n d e l i n e a d o s p o r
E I S E N B E R G , Romances of chivalry, p p . 5 5 - 7 4 , a u n q u e a l g u n o s de ellos, de m a t i z
quizás m á s n e t a m e n t e r e n a c e n t i s t a , sólo a p a r e c e n e n los textos a m e d i a d o s d e l
siglo x v i ; según E i s e n b e r g ( p . 8 7 ) , el Caballero de la Cruz es, e n v i s t a de s u s
p a r t i c u l a r i d a d e s , el c a n d i d a t o i d e a l p a r a u n a reedición m o d e r n a ; e n t r e tantos
textos c a b a l l e r e s c o s a los q u e sería útil a c c e d e r h o y , t a l v e z n o le daría, p o r
mi
p a r t e , l a p r i o r i d a d a éste, p e r o espero c o n t r i b u i r c o n estas páginas a s u
rehabilitación.
2 8
Lepolemo,
Dominico
de R o b e r t i s ,
Sevilla,
1548 (4 de m a y o ) ,
fol.
L X X X V r ° . S i e m p r e citaré el texto p o r esta edición, de l a q u e posee u n e j e m p l a r l a B i b l i o t e c a de B a r c e l o n a c o n l a s i g n a t u r a B o n . 9. I V . 11; l a bibliografía
de
EISENBERG,
Castilian
romances. . .,
sólo m e n c i o n a el q u e se c o n s e r v a e n
Lisboa.
2 9
C a p . 1 3 0 , fol. L X X X V I I I v ° : " S e ñ o r a , d i x o el de l a C r u z , y o n o f a -
go s e r v i c i o s p o r l a e s p e r a n z a d e l galardón, q u e esso mercaduría s e r í a " .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
537
n i s t a . L e p o l e m o n i u t i l i z a s o b r e n o m b r e s v a r i a b l e s según las figuras representadas e n su escudo, n i se vale de sutiles " i n v e n c i o n e s "
p a r a d a r a e n t e n d e r sus estados de á n i m o . G u a r d a p o r el c o n t r a r i o , c o n l a m a y o r c o n s t a n c i a , su d e n o m i n a c i ó n de C a b a l l e r o de
la C r u z p r e c i s a m e n t e p o r q u e c o n s e r v a , a l o l a r g o de t o d a l a o b r a ,
esa s i m p l e c r u z de tela e n c a r n a d a q u e su d e v o c i ó n i n f a n t i l le m o v i ó a coser e n l a p a r t e d e l a n t e r a de su r o p a (cap. 10), s i n e n c u b r i r l a n u n c a , a u n c u a n d o su v i s t a , q u e p e r m i t e i d e n t i f i c a r l o , l o
e x p o n e a las agresiones de sus e n e m i g o s ( c a p . 3 4 ) . S o l a m e n t e se
a v i e n e a c o m p l e m e n t a r y e n r i q u e c e r su i n s i g n i a a m e d i d a q u e v a
afirmándose su ascensión social, y a haciéndola p i n t a r e n sus a r m a s o b o r d a r c o n h i l o s de o r o e n sus p a r a m e n t o s , y a c i f r a n d o su
s i g n i f i c a d o r e l i g i o s o e n u n a d i v i s a e n verso i n s c r i t a sobre su escud o y , p o r ú l t i m o , c o l g á n d o s e a l c u e l l o l a c r u z de d i a m a n t e s c o n
q u e le h a obsequiado l a princesa A n d r i a n a (cap. 1 2 4 ) . J u n t o c o n
sus d o n a c i o n e s a las iglesias de E l C a i r o ( c a p . 46) y c o n su const a n t e e m p e ñ o e n m e j o r a r l a c o n d i c i ó n de los c r i s t i a n o s q u e m o r a n e n t i e r r a s islámicas ( c a p . 2 4 ) , todos estos rasgos — s e r i e d a d ,
c a s t i d a d , fe, e m b l e m a c r u c i f o r m e — c o n f i e r e n a su figura u n carácter p a r t i c u l a r ; de ellos saca p a r t i d o el a u t o r d e l l i b r o p a r a asim i l a r a su h é r o e c o n u n c r u z a d o de t i p o algo especial o, c o m o
insinúa d i s c r e t a m e n t e el t e x t o e n u n a o dos ocasiones, p a r a e q u i p a r a r sus c o m p r o m i s o s c o n los q u e contraían los m i e m b r o s de las
ó r d e n e s m i l i t a r e s : " C r e o y o , según esta c r u z q u e traes, q u e deves ser algún c o m e n d a d o r de los e s p a ñ o l e s " , le dice u n o de sus
c o n t r i n c a n t e s ; y e n o t r o pasaje se i n d i c a q u e los ejércitos c a p i t a n e a d o s p o r él l l e v a n cruces blancas sobre el pecho ( c a p . 132).
30
31
E s t a temática n o es u n a i n n o v a c i ó n p r o p i a d e l Caballero de la
Cruz. U n o s d i e z años antes de su p u b l i c a c i ó n , y a las Sergas de Esplandián habían c r i t i c a d o las a c t i v i d a d e s f r i v o l a s e n q u e se c o m placían los caballeros d e l Amadis e n vez de consagrarse a su m i sión c r i s t i a n a ; y p o r l a m i s m a fecha el a u t o r d e l Florisando i m p o nía a su p r o t a g o n i s t a u n estilo de v i d a y de a m o r e s c u y o e x i g e n t e
r i g o r i s m o d e n o t a u n esfuerzo consciente p o r d e p u r a r y r e f o r m a r
la ficción caballeresca, haciéndola p o r t a v o z de nuevos i d e a l e s .
32
3 0
L o s v e r s o s de l a d i v i s a , los únicos d e l l i b r o , d e n o t a n más p i e d a d q u e
inspiración: " A d o r a n d o esta e n l a v i d a m e faze fuerte/después v a l e r m e h a e n
l a m u e r t e " , c a p . 4 6 , fol. X X X V I
v°.
3 1
C a p . 1 1 7 , fol. L X X X
r°.
3 2
S o b r e l a s n u e v a s o r i e n t a c i o n e s de l a l i t e r a t u r a c a b a l l e r e s c a a fines d e l
siglo x v y a p r i n c i p i o s d e l x v i , véase A . V A N B E Y S T E R V E L D T , " L a
transforma-
ción d e l a misión d e l c a b a l l e r o a n d a n t e e n el Esplandián y s u s r e p e r c u s i o n e s
538
SYLVIA
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ROUBAUD
XXXVIII
E l Lepolemo se sitúa p r e c i s a m e n t e d e n t r o de esta p e r s p e c t i v a m o r a l i z a d o r a , q u e c o n c u e r d a c o n valores d o m i n a n t e s e n E s p a ñ a a l
finalizar
el r e i n a d o de F e r n a n d o el C a t ó l i c o , p e r o q u e a l m i s m o
t i e m p o a n u n c i a , c o n n o t a b l e anticipación, l a p o s t u r a crítica de
los erasmistas — y , m á s t a r d e , l a d e l m i s m o C e r v a n t e s — f r e n t e
a los l i b r o s de caballerías. E s t a m o r a l i z a c i ó n n o llegó a i m p o n e r s e
y a p r o d u c i r e n ellos u n c a m b i o t a n p o c o c o m p a t i b l e c o n sus t r a d i c i o n e s ; p e r o n o f u e , c o m o se h a c r e í d o , u n a t e n t a t i v a a i s l a d a
o s e c u n d a r i a : el e j e m p l o d e l Lepolemo y , sobre t o d o , su éxito y c o n t i n u a d a difusión, i n d i c a n q u e n o sólo halló c a b i d a e n t o d o u n sector de l a l i t e r a t u r a caballeresca h a s t a b i e n e n t r a d o el siglo x v i ,
s i n o q u e m e r e c i ó p o r l a r g o t i e m p o l a a p r o b a c i ó n de u n a p a r t e d e l
público.
C a b e p r e g u n t a r s e p o r qué fue t a n m a l y t a n irónicamente acog i d a p o r C e r v a n t e s , q u e e n el " e s c r u t i n i o " m u e s t r a i g u a l desdén
por las Sergas y p o r el Caballero de la Cruz; este último a l m e n o s
le ofrecía e n l a p e r s o n a de L e p o l e m o ese " c a b a l l e r o c r i s t i a n o , v a l i e n t e y c o m e d i d o " q u e evoca el C a n ó n i g o a l e n u n c i a r los r e q u i sitos c o n q u e debería c u m p l i r el h é r o e caballeresco i d e a l ( I , 4 7 ) .
P o d r í a pensarse q u e el r e c h a z o de C e r v a n t e s se debe a q u e , p a r a
él y e n su é p o c a , y a n o e r a a d m i s i b l e sino p r o f u n d a m e n t e c h o c a n t e l a figura de u n g u e r r e r o c r i s t i a n o q u e , c o m o L e p o l e m o , n o
v a c i l a e n s e r v i r l e a l y fielmente a u n o de los más poderosos s e ñ o res d e l I s l a m , el Soldán de E l C a i r o , después de r e c i b i r — d e t a l l e
m á s i n a c e p t a b l e a ú n — l a i n v e s t i d u r a de a r m a s de m a n o s de este
m i s m o p r í n c i p e . P e r o esta explicación n o es m u y satisfactoria:
33
en l a concepción d e l a m o r c o r t é s " , ZRPh,
LIER,
97 ( 1 9 8 1 ) , 3 5 2 - 3 6 9 , y M .
' ' L e r o m á n d e c h e v a l e r i e morigéné: le Florisando",
BHi,
CHEVA-
60 (1958),
441-449.
3 3
E n p r i n c i p i o , l a armazón de caballería está i n v a l i d a d a si se h a c e " p o r
e s c a r n i o " , es d e c i r si el q u e l a s o l i c i t a n o tiene c a l i d a d p a r a r e c i b i r l a o el q u e
l a d i s p e n s a p o d e r p a r a c o n f e r i r l a : Partidas,
I I , tit. X X I ,
leyes 11 y 12. E s t e
es el c a s o de l a de L e p o l e m o , q u e es todavía u n e s c l a v o c u a n d o l a r e c i b e , s i e n do además m u y d i s c u t i b l e q u e p u e d a conferírsela u n m a h o m e t a n o , p a r a q u i e n
el a s p e c t o religioso d e l r i t u a l n o tiene v e r d a d e r o s e n t i d o ; así es c o m o u n c u e n to d e l Libro di novelle e di bel parlar gentile ( 1 5 7 2 ) , versión a m p l i a d a d e l a n t i g u o
Novellino i t a l i a n o , a t r i b u y e a S a l a d i n o , i g n o r a n t e de l a s prácticas c a b a l l e r e s c a s
de O c c i d e n t e , el deseo de s e r enseñado e n e l l a s : véase L E T T E R I O D I F R A N C I A ,
Le
cento novelle antiche, 2
a
e d . , T o r i n o , 1 9 4 5 , p p . 2 1 9 - 2 2 4 . E s de n o t a r q u e l a
n u l i d a d q u e afecta l a i n v e s t i d u r a d e L e p o l e m o también se d a e n l a de D o n
Q u i j o t e , a r m a d o caballero por u n simple ventero, como h a notado R I Q U E R ,
" C e r v a n t e s y l a c a b a l l e r e s c a " , p. 2 8 8 .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
539
e n el p r i m e r capítulo d e l Quijote y e n v a r i o s m á s , se m e n c i o n a a l
p r o t a g o n i s t a de o t r a n o v e l a , el C a b a l l e r o d e l F e b o , c u y a c a r r e r a
es de t o d o p u n t o semejante a l a de L e p o l e m o y p o r q u i e n , s i n e m b a r g o , C e r v a n t e s parece sentir c i e r t a predilección b u r l o n a , m i e n t r a s p o r su l a d o maese N i c o l á s , el B a r b e r o , m a n i f i e s t a p o r él u n a
a d m i r a c i ó n i n c o n d i c i o n a l . L o m á s p r o b a b l e es q u e las r e t i c e n cias c e r v a n t i n a s n o t r a d u c e n u n a i n t o l e r a n c i a de índole i d e o l ó g i ca — L e p o l e m o es, después de t o d o , u n h é r o e de p u d o r o s a m o r a l i d a d y a c e n d r a d a fe c r i s t i a n a — sino u n a r e p r o b a c i ó n de carácter
estético. E n o p i n i ó n de C e r v a n t e s los méritos del l i b r o n o l l e g a b a n a c o m p e n s a r sus deficiencias artísticas: si " t r a s l a c r u z está
el d i a b l o " , t a m b i é n detrás de las m e j o r e s i n t e n c i o n e s l i t e r a r i a s
se e s c u d a n a veces, c o m o todos sabemos, l i b r o s detestables.
3 4
L o c i e r t o es q u e subsisten e n el Caballero de la Cruz bastantes
e l e m e n t o s i n c o m p a t i b l e s c o n los c r i t e r i o s p o r los q u e debe r e g i r se, según el C a n ó n i g o , u n " b u e n " l i b r o de caballerías. E n t r e ellos
están esos típicos " e n c a n t a m i e n t o s " , a m e d i o c a m i n o e n t r e l o sob r e n a t u r a l y l o m á g i c o , a los q u e r e c u r r e t o d a narración c a b a l l e resca p a r a d r a m a t i z a r o a m e n i z a r las e x p e r i e n c i a s v i v i d a s p o r el
p r o t a g o n i s t a . L o s del Caballero de la Cruz, sin e m b a r g o , son u n t a n t o
i n h a b i t u a l e s y d a n m u c h o q u e p e n s a r a u n l e c t o r d e l Quijote. D e s p r o v i s t o s de m i s t e r i o y t r a s c e n d e n c i a , n i obedecen a fuerzas o c u l tas n i d e p a r a n p a l p i t a n t e s sorpresas; e n c a m b i o , casi s i e m p r e t i e n e n u n a tonalidad cómica, cuando no francamente burlesca, p r o v o c a n d o e n sus víctimas d i v e r t i d o s f e n ó m e n o s de h i p n o s i s (caps.
6 0 - 6 2 ) , i n c o n t r o l a d a s a c t i t u d e s de e x h i b i c i o n i s m o (cap. 120) o r i sibles a l u c i n a c i o n e s ( c a p . 141), q u e e n u n a ocasión m u e v e n a los
e n e m i g o s de L e p o l e m o a e n t a b l a r c o n los peñascos d e l l u g a r q u i -
3 4
Don Quijote, I , 1; e l C a b a l l e r o d e l F e b o , p r o t a g o n i s t a d e l Espejo de prin-
cipes y cavalleros ( 1 5 5 5 ) , se m e n c i o n a o t r a s c u a t r o v e c e s e n el Quijote y u n a e n
El vizcaíno fingido y e s , c o n A m a d í s d e G a u l a y Belianís d e G r e c i a , u n o de ios
tres héroes c a b a l l e r e s c o s q u e i n t e r p e l a n a D o n Q u i j o t e e n los sonetos " p r e l i m i n a r e s \ P a r t e d e s u biografía — e s c r i a d o y a r m a d o c a b a l l e r o p o r el Soldán
,
d e B a b i l o n i a a q u i e n s i r v e c o n g r a t i t u d — tiene t a n p a l m a r i a s i m i l i t u d c o n l a
d e L e p o l e m o q u e b i e n p a r e c e h a b e r sido e l Caballero de la Cruz fuente p a r c i a l
d e l Espejo
de príncipes: cf. los c a p s . 15 a 21 d e l Espejo
e n l a e d . de E i s e n b e r g ,
E s p a s a - C a l p e , M a d r i d , 1 9 7 5 , t. 1, p p . 1 0 6 - 1 7 8 . L a filiación d e u n a n o v e l a
d e caballerías c o n r e s p e c t o de o t r a , m u y difícil de a c l a r a r a c a u s a de l a proliferación d e m o t i v o s c o m u n e s a t o d a s e l l a s , n o s i e m p r e es i m p o s i b l e de e s t a b l e c e r , c o n t a l q u e s e a n s u f i c i e n t e m e n t e n u m e r o s o s los e l e m e n t o s s e m e j a n t e s de
a m b a s ; e l m i s m o Lepolemo,
por ejemplo, repite a su v e z , c o n variaciones dis-
t i n t i v a s , d o s series de m o t i v o s y a p r e s e n t e s los u n o s e n el Amadís de Gaula y
los otros e n el Palmerín de Oliva.
540
SYLVIA
ROUBAUD
NRFH,
XXXVIII
m é r i c o s c o m b a t e s , c o m e n t a d o s c o n h i l a r i d a d p o r los q u e p r e s e n c i a n el espectáculo ( c a p . 8 0 ) .
O t r o e l e m e n t o de los relatos caballerescos t r a d i c i o n a l e s q u e
i n d i g n a al C a n ó n i g o es l a d i s p a r a t a d a c a n t i d a d de v i c t o r i a s c o n seguidas p o r el h é r o e e n c i r c u n s t a n c i a s y c o n t r a a d v e r s a r i o s q u e
en l a v i d a r e a l imposibilitarían su t r i u n f o . E s t a a c u m u l a c i ó n h i p e r b ó l i c a f o r m a b a , p o r c i e r t o , el f o n d o m i s m o de los l i b r o s de caballerías y e n ella se f u n d a b a n los autores p a r a enaltecer el g é n e r o y a f i r m a r su e j e m p l a r i d a d . E n el Caballero de la Cruz n o sufre
e x c e p c i ó n l a r e g l a q u e le i m p o n e a L e p o l e m o salir c o n v e n t a j a
de t o d a c o n t i e n d a e n l a q u e p a r t i c i p a , siendo cada desafío, l i d i a ,
b a t a l l a o g u e r r a u n a ocasión p a r a a l a b a r su i n v e n c i b l e a u d a c i a
m i l i t a r . P e r o estos episodios n o suelen t e n e r el carácter e x o r b i t a n t e de los de otras novelas caballerescas. E l l i b r o insiste, c o n
especial c u i d a d o , en los t a l e n t o s estratégicos y e n las astucias tácticas d e l h é r o e , describiéndolos de m a n e r a d e t a l l a d a y realista
(caps. 5 0 - 5 7 ) , c o m o si quisiese p i n t a r ese " c a p i t á n valeroso c o n
t o d a s las p a r t e s q u e p a r a ser t a l se r e q u i e r e n " c u y o r e t r a t o bosq u e j a el C a n ó n i g o : " m a d u r o e n el consejo, presto e n l o d e t e r m i n a d o , t a n v a l i e n t e e n el esperar c o m o e n el a c o m e t e r " . Y sobre
t o d o le a t r i b u y e proezas q u e se i n s p i r a n e n a c o n t e c i m i e n t o s r e a les y e n actos de valentía d o c u m e n t a d o s p o r los cronistas más solv e n t e s . T a l es el caso a l m e n o s de l a p r i m e r a e m p r e s a a c o m e t i d a
p o r L e p o l e m o , p a r a l a q u e sirvió de m o d e l o u n hecho de a r m a s
consignado a d m i r a t i v a m e n t e p o r F e r n a n d o del P u l g a r en sus Claros
varones de Castilla y l l e v a d o a c a b o , a m e d i a d o s d e l siglo x v , p o r
u n español de c a r n e y hueso.
3 5
L a trasposición a l Caballero de la Cruz d e l r e l a t o de P u l g a r es
t a n t o más d i g n a de atención c u a n t o q u e ofrece u n a p r u e b a f e h a c i e n t e d e l m a n e j o de fuentes históricas p o r u n a u t o r caballeresco
— f e n ó m e n o i n t u i d o desde hace t i e m p o , p e r o d e l q u e , salvo rarísimas excepciones, casi n o se h a n descubierto ejemplos hasta a h o r a .
L a s novelas c a t a l a n a s , Tirante el Blanco y , e n m e n o r g r a d o , Curial
y Güelfa, son las únicas c u y o t r a s f o n d o histórico h a p o d i d o
e v i d e n c i a r s e . D e l de las castellanas sólo e r a n i n d i c i o unas p o 36
3 5
D e v a r i o s de estos i n c i d e n t e s festivos es r e s p o n s a b l e el p r o p i o L e p o l e -
m o , v e r s a d o e n l a s artes mágicas y p o s e e d o r de u n l i b r i t o q u e c o n t i e n e l a s fórm u l a s secretas más i n d i s p e n s a b l e s . E s s o m e r a l a afirmación de G a y a n g o s ,
t. 4 0 , p . l i , de q u e n o h a y e n c a n t a m i e n t o s e n el Caballero de la Cruz,
BAE,
siendo
éste a s u p a r e c e r " u n l i b r o de caballerías r e b a j a d o , p u e s a u n c u a n d o c o n s e r v a
l a f o r m a y el estilo de los a n t i g u o s , h a p e r d i d o m u c h o e n el f o n d o " .
3 6
V é a s e M A R T Í N D E R I Q U E R , Historia de la literatura catalana, A r i e l , B a r c e -
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
541
CRUZ
cas declaraciones prológales, a m e n u d o alusivas y n o s i e m p r e fiab l e s , de a u t o r e s q u e , p a r a d i g n i f i c a r su o b r a y sustraerla a l a a c u sación de f a l s e d a d , l a p r e s e n t a n c o m o t r a s u n t o de sucesos auténticos, recientes o a n t i g u o s . Así es c o m o las dedicatorias del Palmenti
de Oliva y d e l Primaleón a L u i s F e r n á n d e z de C ó r d o b a , t r a z a n d o
el árbol g e n e a l ó g i c o de éste y e n u m e r a n d o sus antepasados m á s
famosos h a s t a l l e g a r al G r a n C a p i t á n , d a n a e n t e n d e r q u e e n los
p r o t a g o n i s t a s de a m b a s o b r a s , c o n sus " h a z a ñ a s estremadas en
l a professión déla c a v a l l e r i a " , se e n c a r n a n el d e n u e d o y las v i r t u des de t a n g l o r i o s o l i n a j e ; más t a r d e , a l r e e d i t a r el Primaleón,
F r a n c i s c o D e l i c a d o repetirá l a m i s m a especie, a n u n c i a n d o e n su
p r e f a c i o al l e c t o r q u e l a h i s t o r i a de Palmerín y sus descendientes
c o n m e m o r a , c o n l a l i b e r t a d p r o p i a de l a fábula, " l o s estraños
acaescimientos de algunos de los reynos de E s p a ñ a " desde l a é p o c a
de E n r i q u e I I y de J u a n I hasta el r e i n a d o de F e r n a n d o el
Católico .
3 7
3 8
E n el Caballero de la Cruz n o h a y n i n g u n a indicación explícita
q u e señale l a m a n i p u l a c i ó n p o r su a u t o r de i n f o r m a c i o n e s o r e c u e r d o s históricos d e t e r m i n a d o s ; p e r o es p a t e n t e l a utilización d i r e c t a d e l t e x t o de P u l g a r . E n el capítulo 17, a l t e n e r n o t i c i a de
l a g u e r r a q u e el G r a n T u r c o acaba de d e c l a r a r a l Soldán de E l
C a i r o , L e p o l e m o , q u e apenas t i e n e diecisiete a ñ o s , exige ser a r m a d o c a b a l l e r o p a r a p o d e r p a r t i c i p a r en ella; f r e n t e a las r e t i c e n l o n a , 1 9 6 4 , t. 2, p p . 6 1 2 - 6 2 3 p a r a Curial y Guelfa y p p . 6 6 3 - 6 9 9 p a r a
el Blanco;
Tirante
p a r a este último p u e d e c o n s u l t a r s e también el prólogo de R i q u e r a
l a edición d e l texto catalán, S e i x B a r r a i , B a r c e l o n a , 1 9 6 9 , t. 1, p p . 3 6 - 7 5 o
a l a edición de l a traducción c a s t e l l a n a de 1 5 1 1 , E s p a s a - C a l p e , M a d r i d , 1 9 7 4 ,
t. 1, p p . l i v - l x i x .
3 7
A m b o s textos u t i l i z a n fórmulas p a r e c i d a m e n t e i m p r e c i s a s , i n d i c a n d o
a l j o v e n d o n L u i s q u e e n el Palmerín c o m o e n el Primaleón podrá r e c o n o c e r " l o s
h e c h o s de s u s m a y o r e s " ; están r e p r o d u c i d o s e n l a edición m o d e r n a d e l Palmerín de Oliva p o r G . D i S t e f a n o , Studi sul Palmerín de Olivia",
<c
Publicazioni dell'
I n s t i t u t o d i L e t t e r a t u r a S p a g n o l a e I s p a n o - a m e r i c a n a (Università d i P i s a ) o
PILSIUP,
11, 1966, p p . 1-5 y 7 8 2 - 7 8 3 r e s p e c t i v a m e n t e . L a autoría de los dos
l i b r o s es i n c i e r t a , p e r o D i S t e f a n o a t r i b u y e sus d e d i c a t o r i a s a l b a c h i l l e r J u a n
A u g u r o A g ü e r o de T r a s m i e r a , c u y a p o s i b l e intervención e n l a redacción de
a m b a s n o v e l a s p u d o ser s i m i l a r a l a de J u a n de M o l i n a e n l a d e l Lepolemo:
pp.
cf.
624-630.
3 8
Primaleón, N i c o l i n i d a S a b b i o , V e n e c i a , 1534 (1 de f e b r e r o ) , " I n t r o d u -
ción d e l P r i m e r o L i b r o p o r el d e l i c a d o " — r e p r o d u c i d a e n p a r t e p o r D i S t e f a n o , p p . 7 8 3 - 7 8 4 , y a n t e r i o r m e n t e p o r G a y a n g o s , BAE,
t. 4 0 , p. x l i v , n . 3. S o -
b r e e l l i m i t a d o fondo histórico d e l Palmerín y d e l Primaleón, y sobre l a f r a g i l i d a d
d e l a s a s e r c i o n e s de D e l i c a d o , véase G . M A N C I N I , " I n t r o d u z i o n e a l Palmerín
de Olivia",
PILSIUP,
12, 1 9 6 6 , p p . 3 0 - 3 4 .
542
SYLVIA ROUBAUD
NRFH,
XXXVIII
cias de su señor, q u e le o p o n e su m o c e d a d e i n e x p e r i e n c i a , insiste
diciendo:
Señor, en m i tierra y a u n dondequiera que hay buenos servidores,
los que son de m i edad no suelen quedar en casa, yendo sus señores
a la guerra; suplico a t u alteza no me haga esta vergüenga sino sin
armas y a pie me yré a la batalla a m o r i r en ella, por no passar tal
afrenta .
39
I m p r e s i o n a d o p o r t a n i m p e r i o s a s p a l a b r a s , accede entonces el S o l d á n a l deseo de su p r o t e g i d o , y L e p o l e m o , puesto de r o d i l l a s p a r a
a g r a d e c e r esta m e r c e d , hace v o t o de m a t a r a l G r a n T u r c o o de
d e r r i b a r al m e n o s su e s t a n d a r t e , e x p o n i é n d o s e a l a m u e r t e si f u e r a necesario. Y e n el capítulo 2 2 , a l iniciarse l a b a t a l l a , p e n e t r a e n
las líneas e n e m i g a s c o n u n a escolta de doscientos caballeros y ejec u t a p u n t u a l m e n t e su p r o m e s a , a p o d e r á n d o s e de l a b a n d e r a d e l
adversario y manteniéndola, con p e l i g r o de su v i d a , i n c l i n a d a hacia
t i e r r a , c o n l o c u a l p r o v o c a l a d e s b a n d a d a d e l ejército t u r c o .
E n l a p á g i n a de P u l g a r , q u e está d e s t i n a d a a r e c o r d a r l e a l a
r e i n a I s a b e l a l g u n a s hazañas de caballeros castellanos i n m e r e c i d a m e n t e o l v i d a d a s , el p r o t a g o n i s t a d e l suceso es u n t a l P e d r o F a j a r d o , h i d a l g o de sólo v e i n t e años y m o z o de c á m a r a d e l r e y f r a n cés C a r l o s V I I — a q u é l a c u y o socorro a c u d i e r a J u a n a de A r c o
p a r a l i b r a r l o de l a d o m i n a c i ó n inglesa. P u l g a r c u e n t a q u e , según
le i n f o r m a r o n d u r a n t e u n a de sus e m b a j a d a s a l a C o r t e de F r a n c i a , este F a j a r d o , e n vísperas de u n a de las batallas de su señor
c o n t r a el r e y de I n g l a t e r r a — q u i z á l a de F o r m i g n y e n 1450 o l a
de Chátillon e n 1 4 5 3 — había p e d i d o u n c a b a l l o y u n arnés p a r a
p o d e r e n t r a r e n l a l i d ; al negárselos el m o n a r c a p o r razón de su
t i e r n a e d a d , el m a n c e b o había s a b i d o c o n v e n c e r l e r e p l i c a n d o c o n
impaciente entereza:
4 0
N o suelen los fijosdalgo de Castilla que son de m i edad quedar en
la cámara yendo su señor a la guerra: yo vos certifico que si no me
forneces de armas y de cavallo, que yo iré a pie delante las escuadras de vuestra gente a m o r i r , peleando en la b a t a l l a .
41
3 9
Lepolemo,
4 0
Ibid.,
4 1
Claros varones de Castilla,
fol. X
fol. X I I I
v°.
r°-v°.
4
a
e d . , ed. J . Domínguez B o r d o n a ,
Espasa-
C a l p e , M a d r i d , 1 9 6 9 , Título X I V o " R a z o n a m i e n t o h e c h o a l a r e i n a n u e s t r a
s e ñ o r a " , p. 9 7 .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA CRUZ
543
Y c o n a s o m b r o de sus c o m p a ñ e r o s , había h e c h o v o t o s o l e m n e de
m a t a r a l r e y de I n g l a t e r r a , o d e r r i b a r su e s t a n d a r t e , o m o r i r e n
l a d e m a n d a ; e n t o n ce s , e n a r d e c i e n d o c o n su e j e m p l o a u n a t r o p a
de franceses — q u e t a l vez f u e r a n los m i s m o s i n f o r m a n t e s de P u l gar, todavía emocionados, veinte años más t a r d e , p o r este recuerdo
j u v e n i l — F a j a r d o se adelantó a l grueso d e l ejército y
dando golpes en los enemigos, e recibiéndolos en todo su cuerpo,
entró por fuerza en la batalla del rey inglés, e abragóse con su estandarte e vino con él al suelo. . . e fue preso por los ingleses, pero
consiguió el fin de su voto por donde su parte fue vencedora .
42
A pesar de l a n o t a b l e s i m i l i t u d de los capítulos d e l Caballero
de la Cruz c o n el " r a z o n a m i e n t o " de P u l g a r , es e v i d e n t e q u e l a
intrépida a c c i ó n de P e d r o F a j a r d o , a l estar i n s e r t a e n u n a m a t e r i a de p u r a fantasía, sufre u n a transformación p r o f u n d a : t r a s l a d a d a a reinos islámicos, s i t u a d a e n u n a é p o c a i m p r e c i s a y t r a n s f e r i d a a l a h i s t o r i a de L e p o l e m o , p i e r d e casi t o d o su sabor histórico y q u e d a e n v u e l t a e n u n a atmósfera de i r r e a l i d a d q u e l a e x p o n e ,
c o m o tantas otras a v e n t u r a s caballerescas, a l r e p r o c h e de i n v e r o s i m i l i t u d f o r m u l a d o p o r C e r v a n t e s . N o es de extrañar q u e p a r a
éste r e s u l t a r a i n v i s i b l e , detrás de l a figura d e l personaje
ficticio,
l a p r e s e n c i a histórica d e l h i d a l g o español. Y cabe i m a g i n a r q u e ,
a u n si h u b i e s e r e p a r a d o e n e l l a , le habría p a r e c i d o i n o p o r t u n a e
i n c o n g r u e n t e d e n t r o de u n a biografía t a n fabulosa c o m o l a del C a b a l l e r o de l a C r u z .
E l l o n o q u i t a q u e e n las páginas de l a v i e j a n o v e l a se conserve
4 2
Ibid.,
p . 9 8 . S o b r e l a s s u c e s i v a s m i s i o n e s diplomáticas desempeñadas
e n F r a n c i a e n t r e 1 4 6 0 y 1 4 7 5 p o r P u l g a r p o r m a n d a d o d e E n r i q u e I V y de
los R e y e s Católicos, véase l a introducción d e D o m í n g u e z B o r d o n a a los Claros
varones, p p . v i i i - x i . N o sé s i p u e d e s e r este m i s m o P e d r o F a j a r d o o s u d e s c e n d i e n t e el d e s t i n a t a r i o d e u n desafío f e c h a d o e n 1 4 8 0 y q u e fue o r i g e n , según
p a r e c e , d e l a O r d e n a n z a d e l m i s m o año p o r l a q u e F e r n a n d o e I s a b e l p r o h i b i e r o n los d u e l o s : véase E . B U C E T A , " C a r t e l d e desafío e n v i a d o p o r D . D i e g o
L ó p e z d e H a r o a l a d e l a n t a d o d e M u r c i a , P e d r o F a j a r d o ( 1 4 8 0 ) " , RHi,
(1933),
456-474.
10
E l l i n a j e d e los F a j a r d o s fue r e c o m p e n s a d o e n 1 5 0 7 p o r l a
creación a s u f a v o r d e l m a r q u e s a d o de los V é l e z c u y o p r i m e r t i t u l a r fue P e d r o
F a j a r d o y C h a c ó n , n a c i d o e n 1 4 7 7 , a q u i e n v a d e d i c a d o el Floriseo,
l i b r o de
caballerías p u b l i c a d o e n 1 5 1 6 : s o b r e los p r i m e r o s m a r q u e s e s , véase G . M A R A Ñ Ó N , Los tres Vélez, 2
A
e d . , Espasa-Calpe, M a d r i d , 1 9 6 2 . M e da la impre-
sión d e q u e o t r o e p i s o d i o d e l Caballero de la Cruz — u n a l t e r c a d o e n t r e u n r e y
m o r o q u e faltó a s u p a l a b r a y s u v a s a l l o e n f u r e c i d o , c a p s . 2 6 - 2 9 —
también
se i n s p i r a e n a l g u n a fuente histórica o seudo-histórica, a u n q u e n o h e p o d i d o
localizarla.
SYLVIA
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ROUBAUD
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XXXVIII
el r e c u e r d o de ese h e r o í s m o castellano, c u y a m e m o r i a , en o p i n i ó n
de P u l g a r , las crónicas p e n i n s u l a r e s n o habían e n c a r e c i d o s u f i c i e n t e m e n t e , p e r o c u y o espíritu i b a a v e r t i r s e p o r más de u n siglo
en l a l i t e r a t u r a caballeresca y cuyos ecos resonarían todavía e n
la e x a l t a d a e v o c a c i ó n de v a l i e n t e s españoles d e l pasado c o n q u e
D o n Q u i j o t e e l u d e las r e c o n v e n c i o n e s d e l C a n ó n i g o :
Niegúenme asimesmo que no fue a buscar las aventuras a A l e m a nia don Fernando de Guevara [. . . ] ; digan que fueron burla las justas
de Suero de Quiñones, del Paso; las empresas de mosén L u i s de
Falces contra don Gonzalo de Guzmán, caballero castellano, con
otras muchas hazañas hechas por caballeros cristianos, [. . . ] tan
auténticas y verdaderas, que torno a decir que el que las negase carecería de toda razón y buen discurso ( I , 49).
EL
CABALLERO CAUTIVO
D e l ínfimo l u g a r q u e C e r v a n t e s le concede al Caballero de la Cruz
en el Quijote, y de l a desdeñosa c a u s t i c i d a d c o n q u e l o t r a t a , p o dría d e d u c i r s e q u e e n t r e a m b a s obras n o h a y e n d e f i n i t i v a m á s
p u n t o de c o n t a c t o q u e el q u e i m p l i c a n las c u a t r o líneas d e l " e s c r u t i n i o " : el h a b e r sido l a h i s t o r i a de L e p o l e m o u n o de los m á s
accesorios y m e n o s r e c o m e n d a b l e s v o l ú m e n e s de l a b i b l i o t e c a d e l
Ingenioso H i d a l g o . Existen, sin embargo, entre la modesta novela caballeresca y l a m a g i s t r a l creación c e r v a n t i n a otras a f i n i d a d e s
m á s p r o f u n d a s . P o r sí sola l a m e r a m e n c i ó n d e l Caballero de la Cruz
en b o c a d e l C u r a es u n i n d i c i o de q u e el interés de C e r v a n t e s p o r
el l i b r o fue p r o b a b l e m e n t e m a y o r de l o q u e él m i s m o reconoce;
y n o sería éste el p r i m e r n i el ú n i c o caso e n q u e su l a c o n i s m o e n cubriría l a l e c t u r a a t e n t a y m e d i t a d a de u n t e x t o a p a r e n t e m e n t e
a j e n o a l a m a t e r i a d e l Quijote, p e r o de hecho i n c o r p o r a d o p a r c i a l
o i n d i r e c t a m e n t e a ella m e d i a n t e u n proceso de transmutación p a r ticularmente sutil y c o m p l e j o .
E n sus c o m e n t a r i o s , C l e m e n c í n y a había sugerido diversas co4 3
4 3
S o b r e l a típica m a n e r a q u e tiene C e r v a n t e s de a l u d i r , s i q u i e r a o c a s i o -
n a l m e n t e , a u n a o b r a p a r a s i g n i f i c a r s u d e u d a c o n respecto a e l l a , véase F .
A Y A L A , " E x p e r i e n c i a v i v a y creación poética ( u n p r o b l e m a d e l Quijote)",
Ex-
periencia e invención, T a u r u s , M a d r i d , 1 9 6 0 , p p . 7 9 - 1 0 3 . Y sobre l a utilización
s i l e n c i o s a p e r o i n d i s c u t i b l e , e n el Quijote, d e o b r a s q u e C e r v a n t e s n o se o b l i g a
a m e n c i o n a r e x p r e s a m e n t e , v e r l a s s u g e s t i v a s páginas de F . M Á R Q U E Z V I L L A N U E V A , Fuentes literarias cervantinas,
G r e d o s , M a d r i d , 1973, en particular pp.
1 0 8 - 1 8 2 , ' ' D o n L u i s Z a p a t a o el s e n t i d o de u n a fuente c e r v a n t i n a " .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
545
r r e l a c i o n e s posibles e n t r e los dos t e x t o s , el caballeresco y el cerv a n t i n o ; n o todas son i g u a l m e n t e c o n v i n c e n t e s , y m u c h a s t i e n e n
q u e v e r , c o m o y a se d i j o , c o n el L i b r o S e g u n d o d e l Lepolemo o
sea Leandro el Bel d e l q u e n a d a dice C e r v a n t e s , siendo d u d o s o q u e
lo l e y e r a . E l m á s i n t e r e s a n t e de estos paralelos se a p l i c a a l c é l e b r e pasaje d o n d e D o n Q u i j o t e d e t i e n e c o n m i n a t o r i a m e n t e a los
m e r c a d e r e s t o l e d a n o s p a r a q u e confiesen l a i n i g u a l a d a belleza de
D u l c i n e a , y el m á s b u r l ó n de ellos le p i d e q u e l a m u e s t r e , o p o n i é n d o l e c o n i m p e r t i n e n t e s o r n a sus escrúpulos de c o n c i e n c i a en
t e n e r q u e a d m i t i r s i n p r u e b a s l a h e r m o s u r a de u n a señora q u e
le es t o t a l m e n t e desconocida ( I , 4 ) . L a l i t e r a t u r a caballeresca ofrece
o t r o s e j e m p l o s de d i s p u t a s e n q u e los encantos de u n a d a m a , p r o c l a m a d o s p o r su c a b a l l e r o , q u e d a n puestos en tela de j u i c i o p o r
los q u e n o l a h a n v i s t o : e n el Espejo de príncipes u n a d o n c e l l a se
n i e g a a reconocer l a s u p e r i o r i d a d de o t r a s i n h a b e r l a e x a m i n a d o
p r i m e r o y , después de v e r l a , le exige v a n i d o s a m e n t e a l C a b a l l e r o
del F e b o q u e se h a g a su c a m p e ó n p a r a d e m o s t r a r q u e ella m i s m a
v a l e m á s ; y e n el Belianis de Grecia u n c a b a l l e r o q u e defiende el
paso de u n p u e n t e p a r a p r o b a r l a excelencia de su señora recibe
u n a c a r t a de las d a m a s de C o n s t a n t i n o p l a e x p r e s a n d o su esceptic i s m o a este respecto, y a q u e , según le e s c r i b e n , " n o l a h e m o s
v i s t o p a r a e n l o de l a h e r m o s u r a sabernos d e t e r m i n a r " . E n el
4 4
4 5
4 6
4 4
S e h a c o n j e t u r a d o q u e C e r v a n t e s poseyó el Lepolemo e n l a edición de
T o l e d o , M i g u e l F e r r e r , 1562 ( 1 5 de j u l i o ) , fundándose e n el h e c h o de q u e los
volúmenes de s u b i b l i o t e c a , a d q u i r i d o s h a c i a 1580, d e b i e r o n c o m p r e n d e r l a s
e d i c i o n e s d e l i b r o s m á s próximas a e s a f e c h a : véanse R . M . W A L K E R , " D i d
C e r v a n t e s k n o w the Cavallero Cifar?",BHS,
4
'La
49 (1972), 120-127, y E I S E N B E R G ,
b i b l i o t e c a de C e r v a n t e s " , p. 2 7 2 . E s t a edición de 1 5 6 2 , q u e h o y h a d e s a -
p a r e c i d o p e r o q u e todavía t u v o e n t r e m a n o s P . S a l v a {Catálogo, t. 2, p. 7 7 ) ,
es l a m i s m a , c o n diferente colofón añadido p o s t e r i o r m e n t e , q u e l a de F r a n c i s c o
Pérez, S e v i l l a , s.f., véase E I S E N B E R G , Castilian romances, p. 7 3 . A l año s i g u i e n te, e n 1 5 6 3 , F e r r e r también sacó a l u z el Leandro el Bel c o n dos t i r a d a s f e c h a d a s
del
m i s m o día ( 1 9 de m a y o ) y d e s t i n a d a u n a de l a s dos a s e r v i r de s e g u n d o
t o m o a s u Lepolemo de 1 5 6 2 ; C e r v a n t e s p u d o c o n o c e r el Leandro el Bel si manejó
u n v o l u m e n e n q u e a m b o s t o m o s venían e n c u a d e r n a d o s j u n t o s , c o m o a c o n t e ce e n u n e j e m p l a r de l a N a c i o n a l de M a d r i d ( s i g n a t u r a R . 1 2 6 4 6 ) . A u n e n
este c a s o , n o es n a d a s e g u r o q u e se l a n z a r a a leer l a S e g u n d a p a r t e d e l l i b r o :
recuérdese l a p o c o a d v e r t i d a p e r o r e v e l a d o r a declaración d e l C a n ó n i g o a p r o pósito d e los l i b r o s de caballerías: " a u n q u e h e leído [. . . ] casi el principio
de
todos los más q u e h a y i m p r e s o s , j a m á s m e h e p o d i d o a c o m o d a r a leer n i n g u n o
del principio
fol.
al cabo"
( I , 4 7 ; el s u b r a y a d o es n u e s t r o ) .
4 5
Espejo
de príncipes, c a p . 5 2 , t. 2, p p . 2 9 7 - 3 0 3 .
4 6
Belianis de Grecia, P e d r o de S a n t i l l a n a , B u r g o s , 1579, L i b r o I V , c a p . 3 4 ,
C L X X X I r ° . E l i n c i d e n t e d e l Espejo y el d e l Belianis t i e n e n rasgos c o m u -
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546
NRFH,
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XXXVIII
e p i s o d i o d e l Caballero de la Cruz a d u c i d o p o r C l e m e n c í n el t e m a
está t r a t a d o e n f o r m a m u y s i m i l a r a l a d e l Quijote; y e n d o el h é r o e
h a c i a París, u n francés, apostado e n el c a m i n o , le sale a l paso d i ciendo:
Caballero, tornaos por donde venistes si no otorgáys que la más hermosa dama del m u n d o es la que yo sirvo y la que más merece,
a l o c u a l L e p o l e m o r e s p o n d e c o n i m p e c a b l e dialéctica:
N o lo puedo yo dezir esso porque no la conozco, y puesto que la
uviesse visto, yo no he visto todas las otras del m u n d o para j u z g a r
que sea ella la más hermosa [....] Más quiero yo la batalla [. . . ]
que no otorgar lo que creo ques m e n t i r a [. . . ] T ú hazes gran locura en defender tan loca demanda.
Y l u e g o de d e r r i b a r a su a d v e r s a r i o de u n a l a n z a d a , l o d e j a e n
t i e r r a b a s t a n t e m a l t r e c h o y se aleja intimándole l a o r d e n de p r e sentarse de p a r t e s u y a a l a i n f a n t a A n d r i a n a . L a h u e l l a q u e h a
d e j a d o e n el Quijote este m o t i v o de " l a p r u e b a p o r las a r m a s de
l a s u p e r i o r belleza de u n a d a m a " p e r m i t e o b s e r v a r , c o n excepc i o n a l c l a r i d a d , el t i p o de estímulo q u e l a l i t e r a t u r a caballeresca
p u d o a veces ofrecer a l a i m a g i n a c i ó n c e r v a n t i n a . D e las d i f e r e n tes v a r i a n t e s q u e había i d o i n t r o d u c i e n d o e n el t ó p i c o t r a d i c i o n a l
cada a u t o r de los tres l i b r o s leídos p o r él, C e r v a n t e s c o n s e r v ó e n
su m e m o r i a los rasgos más o r i g i n a l e s : las c o n c i e n z u d a s o b j e c i o nes de L e p o l e m o y l a l a m e n t a b l e d e r r o t a de su loco c o n t r i n c a n t e ;
l a descortés y a g r e s i v a i n s i s t e n c i a c o n q u e u n personaje d e l Espejo
se o b s t i n a e n v e r a l a d a m a antes de p r o n u n c i a r s e ; y l a irónica
i n c r e d u l i d a d q u e e n el Belianís suscita su p r e t e n d i d a h e r m o s u r a .
4 7
n e s — l a localización c e r c a de u n p u e n t e sobre el D a n u b i o , l a atribución a m u j e r e s d e d u d a s a c e r c a de los a t r a c t i v o s de u n a de ellas y l a irónica p i n t u r a de
l a i n m o d e s t i a f e m e n i n a — q u e p a r e c e n i n d i c a r q u e el s e g u n d o es v a r i a n t e d e l i b e r a d a del primero.
4 7
Lepolemo,
c a p . 1 1 5 , fol. L X X V I I I v ° . C o n ocasión de este e p i s o d i o el
a u t o r a d o p t a , además, u n a posición crítica frente a l a caballería a n d a n t e , i n s titución e n q u e ' c a d a u n o c o n s u fantasía e b u s c a n d o s u s a v e n t u r a s [. . . ] p u e 4
d e n g a n a r h o n r r a u n o s a daño y. d e s o n r r a de o t r o s " —crítica q u e se repite
e n e l c a p . 1 2 3 , fol. L X X X I I I I r ° , d o n d e L e p o l e m o se q u e j a a l Delfín de F r a n c i a d e q u e " e s t a s c o s t u m b r e s de c a v a l l e r o s a n d a n t e s e s t o r v a n de a n d a r a los
c a m i n a n t e s " : el sentido p r e c e r v a n t i n o de reflexiones c o m o éstas n o se le e s c a pará a ningún lector d e l Quijote.
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
547
E n el Quijote los a p r o v e c h ó c o n esa m e z c l a t a n s u y a de
fidelidad
y d e s e n v o l t u r a , p r e s e r v a n d o el esquema de l a situación q u e le p r o p o r c i o n a b a el Caballero de la Cruz p e r o enriqueciéndola c o n los rasgos humorísticos d e s a r r o l l a d o s p o r otras n o v e l a s : así e l a b o r ó a su
vez su p r o p i a v a r i a n t e q u e , a l i n t e n s i f i c a r las distorsiones s u f r i das p o r el a n t i g u o t e m a y a l a p l i c a r l a s a l a " d a m a f a n t á s t i c a " de
D o n Q u i j o t e , acaba siendo e n r e a l i d a d u n a inversión y
finalmente u n a r e i n v e n c i ó n d e l m o t i v o c a b a l l e r e s c o . Y n o se agotó c o n
esto su f e r t i l i d a d c r e a d o r a sino q u e e n l a S e g u n d a p a r t e v o l v i ó
a p r o p o n e r otras dos v a r i a c i o n e s m á s d e l m o t i v o r e n o v a d o p o r
él: e n el capítulo 5 8 , d o n d e D o n Q u i j o t e , al sustentar l a s i n p a r
b e l l e z a de las doncellas disfrazadas de p a s t o r a s , es a r r o l l a d o p o r
u n t r o p e l de v a q u e r o s ; e n el capítulo 6 4 , c u a n d o es d e r r i b a d o a
t i e r r a j u n t o c o n R o c i n a n t e , a l c o n t e n d e r c o n e l C a b a l l e r o de l a
B l a n c a L u n a sobre l a " p r e c e d e n c i a de h e r m o s u r a " de sus respectivas d a m a s .
48
H a y p o r o t r o l a d o e n el Caballero de la Cruz u n e l e m e n t o s i n g u larísimo, q u e tiene c a p i t a l i m p o r t a n c i a e n l a articulación de l a h i s t o r i a y q u e , a u n q u e d e s a t e n d i d o p o r l a crítica, n o p u d o d e j a r i n d i f e r e n t e a C e r v a n t e s : l a c a p t u r a d e l p r o t a g o n i s t a p o r corsarios
m u s u l m a n e s y su l a r g o c a u t i v e r i o e n t i e r r a s a f r i c a n a s . E n los l i b r o s de caballerías se d a n n u m e r o s o s casos de personajes p r i n cipales o secundarios q u e , víctimas de u n n a u f r a g i o o r a p t a d o s
p o r p i r a t a s , se v e n forzados a v i v i r t e m p o r a l m e n t e e n u n país i s l á m i c o . T i r a n t e el B l a n c o , d e s v i a d o p o r u n a t e m p e s t a d h a c i a l a
costa de Berbería, es apresado p o r el r e y de T ú n e z y pasa algún
t i e m p o s i r v i e n d o a este m o n a r c a y a su vasallo, el rey de T r e m e c é n
( p p . 2 9 6 - 4 0 6 ) ; el f u t u r o C a b a l l e r o del F e b o , c u y o b a r q u i t o h a d e r i v a d o hasta las aguas d e l M a r E g e o , es i n t e r c e p t a d o p o r u n prínc i p e persa y l l e v a d o a l a C o r t e de B a b i l o n i a , d o n d e transcurrirán
su i n f a n c i a y su adolescencia ( c a p . 16). L e p o l e m o , s i n e m b a r g o ,
4 8
S o b r e e l a p r o v e c h a m i e n t o de s u s l e c t u r a s p o r C e r v a n t e s , q u e " p o n e a
contribución l a s f o r m a s e x h a u s t a s , y l a s e m p l e a c o m o m a t e r i a l d e c o n s t r u c ción p a r a l e v a n t a r n u e v o edificio [. . . ] c r e a n d o d i m e n s i o n e s q u e l a geometría
l i t e r a r i a a n t e r i o r n o había d e s c u b i e r t o " , véanse l a s p e n e t r a n t e s o b s e r v a c i o n e s
d e F . A Y A L A , " N o t a sobre l a novelística c e r v a n t i n a " , RHM,
31 (1966), 36-
4 5 . N o se m e o c u l t a q u e e n el e s p i s o d i o de los m e r c a d e r e s t o l e d a n o s p u d i e r o n
i n f l u i r o t r a s r e m i n i s c e n c i a s y t a l v e z otros textos c a b a l l e r e s c o s q u e los m e n c i o n a d o s ; y a se h a señalado c o n razón lo difícil q u e es a s i g n a r l e a u n i n c i d e n t e
d e l Quijote u n a fuente d e t e r m i n a d a , sobre todo c a b a l l e r e s c a . C o n t o d o , e n este
c a s o es m a n i f i e s t a , c r e o , l a combinación de v a r i o s e l e m e n t o s insólitos extraíd o s d e l i b r o s d e caballerías q u e f o r m a n p a r t e de los q u e C e r v a n t e s c i t a explícitamente.
SYLVIA
548
ROUBAUD
NRFH,
XXXVIII
es e l ú n i c o h é r o e q u e q u e d a v e r d a d e r a m e n t e r e d u c i d o a l a esclav i t u d , c o n d i c i ó n t o t a l m e n t e c o n t r a r i a a l a d i g n i d a d de u n c a b a l l e r o l i t e r a r i o p e r o q u e , p o r lo m i s m o , el a u t o r describe c o n p i n toresco detalle p a r a destacar el carácter o r i g i n a l y extraño del dest i n o de su p r o t a g o n i s t a .
E s t a c i r c u n s t a n c i a es t a n t o m á s e x t r a o r d i n a r i a c u a n t o q u e los
d e m á s novelistas caballerescos suelen abstenerse c u i d a d o s a m e n t e
de colocar a sus personajes en u n a situación t a n i n f a m a n t e , y n u n c a
e v o c a n su p o s i b i l i d a d sino p a r a i m p e d i r q u e se r e a l i c e . E n el Palmerín de Oliva dos c o m p a ñ e r o s d e l h é r o e , T r i n e o y T o l o m é , caen
e n m a n o s de corsarios t u r c o s ; p e r o el u n o n o l l e g a a ser esclavo
p o r q u e l a n a o e n q u e v a preso hace escala e n u n a isla d o n d e u n a
s a b i a malévola l o t r a n s f o r m a e n p e r r o , c o m e n t a n d o el t e x t o q u e
" l e fue g r a n b i e n e n ser ansí e n c a n t a d o p o r q u ' é l m u r i e r a de pesar de verse c a u t i v o " ; y el o t r o , llevado a v e n d e r a B a b i l o n i a , siente
t a n t o asco p o r su c o m p r a d o r , u n h e r r e r o sucio y desaliñado, q u e
le descarga u n t r e m e n d o puntapié e n l a c a r a y se d a a c o n o c e r
a l a h i j a d e l S o l d á n , q u i e n p a g a e n el acto su r e s c a t e .
49
E l Caballero de la Cruz, p o r el c o n t r a r i o , ofrece u n a p i n t u r a c o m p l a c i e n t e y c o m p l e t a de las sucesivas etapas de l a v i d a de L e p o l e m o c o m o c a u t i v o , desde su c a p t u r a a los tres años hasta q u e , a
los diecisiete, es l i b e r t a d o p o r el Soldán de E l C a i r o . E l a u t o r com i e n z a p o r t r a z a r u n c u a d r o patético de su r a p t o , efectuado p o r
p i r a t a s q u e c o r r e n las costas i t a l i a n a s cercanas a O s t i a , e n el m o m e n t o m i s m o e n q u e su p a d r e , M a x i m i a n o , se e n c u e n t r a e n R o m a c o n ocasión de su c o r o n a c i ó n i m p e r i a l ; m i e n t r a s l a gente d e l
E m p e r a d o r se desespera al n o h a l l a r e n l a p l a y a más q u e el b o n e te y u n z a p a t i t o d e l h i j o de su señor, éste, e n l a n a v e q u e lo aleja
i r r e m e d i a b l e m e n t e de su f a m i l i a , se a s o m b r a c o n i n g e n u i d a d d e l
l l a n t o de su a y a P l a t i n i a , c u y a reacción i n m e d i a t a es o c u l t a r el
a l t o n a c i m i e n t o d e l n i ñ o , h a c i é n d o l o pasar p o r u n h i j o suyo p a r a
sustraerlo a las posibles crueldades de los m a h o m e t a n o s . C o n
5 0
4 9
P a r a estos e p i s o d i o s , véase Palmerín de Oliva,
e d . D i S t e f a n o , c a p . 74,
p p . 2 5 0 - 2 5 2 , y c a p . 128, p p . 4 4 3 - 4 4 7 . O t r o caso de c a u t i v e r i o v i r t u a l p e r o fin a l m e n t e e v i t a d o es, e n n o v e l a m á s tardía, el de F l o r a m a n t e de C o l o n i a , p r o t a g o n i s t a de l a S e g u n d a p a r t e d e l Clarián de Landanís; r a p t a d o p o r c o r s a r i o s
turcos poco después de su n a c i m i e n t o , es i n m e d i a t a m e n t e liberado p o r u n a m i g o
de s u p a d r e Clarián, " N u e s t r o Señor [. . . ] n o q u e r i e n d o c o n s e n t i r " , según
e x p l i c a el a u t o r , " q u e el y n o c e n t e príncipe de t a l m a n e r a fuesse a p a r t a d o de
s u n a t u r a l " : edición de S e v i l l a , J u a n V á z q u e z de A v i l a , 1550, c a p . 2 2 , fol.
XLVIII
5 0
v°.
Lepolemo,
c a p s . 5-7.
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
549
e l l a y c o n su v e r d a d e r o h i j o , C a r i s t e s , q u e es algo m a y o r , L e p o l e m o es c o n d u c i d o a T ú n e z , y expuesto e n l a p l a z a de l a c i u d a d ,
d o n d e el m i s e r a b l e l o t e de los tres esclavos n o atrae a n a d i e y t a r d a b a s t a n t e en venderse p o r q u e , sentada e n el suelo, P l a t i n i a d i ficulta los regateos a m e n a z a n d o c o n suicidarse si se l a separa de
las dos c r i a t u r a s ; p o r fin los c o m p r a u n s i m p l e p a n a d e r o q u e , p a g a n d o setenta doblas p o r los t r e s , cree h a b e r hecho u n m a l n e g o c i o . L a p a n a d e r a , m a l h u m o r a d a c o n su m a r i d o , los recibe d i f i d e n t e m e n t e al p r i n c i p i o , pero l u e g o se encariña c o n ellos, y le c o n fía las tareas d e l h o r n o y l a r e c e p c i ó n de l a c l i e n t e l a a P l a t i n i a ,
c u y a reputación de l i m p i e z a y eficacia c o m e r c i a l n o t a r d a n e n d i v u l g a r s e , triplicándose los beneficios de sus a m o s ; de este m o d o
c o n s i g u e c o n g r a c i a r s e c o n ellos y a t e n u a r los aspectos más r i g u rosos de su d e s d i c h a d a e x i s t e n c i a , o b t e n i e n d o e n p a r t i c u l a r p a r a
el p r í n c i p e — q u e se n i e g a a p r o b a r el n e g r o p a n de centeno de
los esclavos— desechos d e l p a n b l a n c o a l q u e éste está a c o s t u m b r a d o , y l l e g a n d o i n c l u s o a sentarle c o n ella y c o n C a r i s t e s a l a
m e s a de los p a n a d e r o s , de suerte q u e " l o m e s m o quellos c o m í a n ,
c o m í a n los esclavos, y esto a causa de su b u e n s e r v i c i o " .
5 1
E l c o n j u n t o de estos i n c i d e n t e s p r e s e n t a características n o t a bles y , e n t r e ellas, l a de c o n s t i t u i r prácticamente el p r i m e r r e l a t o
de c a u t i v e r i o c o n visos realistas y localización m a r r o q u í q u e se
d a e n l a novelística española, d o n d e suele creerse g e n e r a l m e n t e
q u e el t e m a apareció e n é p o c a m u c h o más tardía y q u e , antes de
C e r v a n t e s , se desarrolló o b i e n e n c o n f o r m i d a d c o n las fantaseadas n a r r a c i o n e s de l a tradición i t a l i a n a o " b i z a n t i n a " — c o m o e n
el Clareo y Florisea de N ú ñ e z de R e i n o s o — o b i e n c o n m i r a s a l a
elaboración de sofisticadas y cortesanas historias de a m o r — c o m o
l a d e l Abencerraje y la hermosa Jarifa o l a de Ozmin y
Baraja .
O t r o de los rasgos salientes de esta n o v e d o s a descripción es
q u e c o i n c i d e e n n u m e r o s o s p o r m e n o r e s c o n el t r a t a m i e n t o d e l t e 52
5 1
Ibid.,
5 2
Recuérdese q u e el Lepolemo salió a l u z e n 1 5 2 1 , m i e n t r a s el Clareo d a t a
c a p . 8, fol. V
v°.
de 1 5 5 2 , el Abencerraje — i n c l u i d o e n s u Inventario p o r A n t o n i o de V i l l e g a s —
de 1565, y el Ozmin — i n t e r c a l a d o p o r M a t e o A l e m á n e n el Guzmán
deAlfarache—
de 1 5 9 9 . P a r a u n e x a m e n de los textos q u e t r a t a n d e l c a u t i v e r i o ( s i n m e n c i o n a r e l Lepolemo),
y u n p a n o r a m a de s u evolución a n t e s y después de l a r e n o v a -
ción d e l t e m a e n l a ' n o v e l a d e l C a u t i v o " de C e r v a n t e s y e n l a Topografía e
4
historia general de Argel de fray D i e g o de H a e d o , véase G . C A M A M I S , Estudios
so-
bre el cautiverio en el Siglo de Oro, G r e d o s , M a d r i d , 1 9 7 7 ; según C a m a m i s , l a p r i m e r a n o v e l a q u e i n t e n t a u n a descripción " a r g e l i n a " y algo r e a l i s t a de l a c o n dición d e e s c l a v o es l a Selva de aventuras de Jerónimo de C o n t r e r a s , p u b l i c a d a
p o r l o s años 1 5 6 5 : c f . , e n l a edición de l a BAE, t. 3, el L i b r o V I I , p p . 5 0 1 - 5 0 3 .
NRFH,
SYLVIA ROUBAUD
550
XXXVIII
m a e n v a r i o s r o m a n c e s a n t i g u o s , y a sea p o r q u e , a l c o n f a b u l a r u n
e p i s o d i o s i n antecedentes l i t e r a r i o s d e f i n i d o s , el m i s t e r i o s o a u t o r
d e l Caballero de la Cruz e x t r a j e r a c o n s c i e n t e m e n t e d e l v i e j o a c e r v o
p o é t i c o los elementos q u e le hacían f a l t a , y a p o r q u e su i n v e n t i v a
p e r s o n a l l o e n c a m i n a r a p o r los m i s m o s r u m b o s q u e había s e g u i d o l a fantasía p o p u l a r c u a n d o se a p r o p i ó el m o t i v o d e l c a u t i v e r i o
y l o fue i n t e g r a n d o a l a tradición r o m a n c e r i l . A s í es c o m o el t ó p i co d e l esclavo q u e n o e n c u e n t r a c o m p r a d o r se h a l l a e n el célebre
r o m a n c e d e l Cautivo del renegado, c u y o p r o t a g o n i s t a dice q u e " s i e te días c o n sus noches / a n d u v o e n a l m o n e d a " , antes q u e u n m o r o pagase p o r él l a s u m a de c i e n doblas — m i e n t r a s el m o t i v o d e l
p a n c a n d e a l c o n c e d i d o p o r el a m a b o n d a d o s a aparece e n u n a v e r sión sefardí d e l m i s m o r o m a n c e , c o n f o r m u l a c i ó n p a r e c i d a a l a
d e l Lepolemo:
. . . me daba a comer pan blanco
de lo que el amo comiera;
me daba a beber del v i n o
de lo que el amo bebiera .
55
5 3
E l t e m a de l a v e n t a difícil, c a u s a de humillación y a n s i e d a d p a r a el p o -
b r e e s c l a v o , debió t e n e r u n a b a s e r e a l , y a q u e a fines d e l siglo x v i v u e l v e a
d a r s e e n l a autobiografía de D i e g o G a l á n q u e , a l l l e g a r a A r g e l , c u e n t a q u e
" a n d u v o en pregones"
d u r a n t e tres días: Cautiverio y trabajos de Diego Galán,
natural de Consuegra y vecino de Toledo (1589-1600),
ed. M . Serrano y Sanz, Soc.
de Biblióf. E s p . , M a d r i d , 1 9 1 3 , t. 3 7 , c a p . 2, p p . 1 2 - 1 3 . E l t e m a de l a m a l a
c o m i d a r e l a c i o n a d o c o n l a situación de c a u t i v e r i o o de r a p t o p o r los m o r o s
llegó a t r a n s m i t i r s e , a u n q u e e n r a r a s o c a s i o n e s , a l a tradición r o m a n c e r i l m o d e r n a : d e b o a l a g e n t i l e z a de m i a m i g a y c o l e g a A n a V a l e n c i a n o l a n o t i c i a
de u n r o m a n c e r e c o g i d o h a c i a 1909 y c o n s e r v a d o e n el A r c h i v o M e n é n d e z P i dal c o n e l título de La renegada de Valladolid,
q u e c o n t i e n e el diálogo s i g u i e n t e :
" — P o r q u é l l o r a s , a y m i vida,/porqué l l o r a s , a y m i a l m a ? / . . . N i n lloro p o r
p a n n i v i n o / n i p o r c a r n e n i p o r a g u a . . . " , p a r a el texto c o m p l e t o de este r o m a n c e v u l g a r t r a d i c i o n a l i z a d o podrá c o n s u l t a r s e el IGER
dice General Ejemplificado
del Romancero:
Romancero
( = F . SALAZAR,
néndez P i d a l , M a d r i d , 2 t . , t. 1, n ú m . 5 2 ) . P a r a e l r o m a n c e d e l Cautivo,
el Catálogo Pidal ( = R . M E N É N D E Z
p a ñ o l " , CulL
ín-
vulgar y nuevo, S e m i n a r i o M e véase
P I D A L , " C a t á l o g o del r o m a n c e r o judío es-
Esp., n o v . 1 9 0 6 , p p . 1 0 4 5 - 1 0 7 7 , y feb. 1 9 0 7 , p p . 1 6 1 - 1 9 9 ; r e e d .
e n El Romancero,
teorías e investigaciones,
M a d r i d , 1 9 2 8 , y e n Los romances de Amé-
rica, E s p a s a - C a l p e , B u e n o s A i r e s - M é x i c o ) , n ú m . 5 1 ; y. el Catálogo-índice ( =
S.
G . ARMISTEAD,
El Romancero
judeo
español en el Archivo
Menéndez
Pidal,
Cátedra-Seminario M e n é n d e z P i d a l , M a d r i d , 1 9 7 7 ) , t. 1, H 6, p p . 2 8 0 - 2 8 2 .
Su
t e x t o , i n c l u i d o e n l a Primavera y flor de romances d e F . J . W O L F y C . H O F -
M A N N c o n el n ú m . 131, se lee c o m p l e t o e n l a edición de esta colección p o r M E -
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
551
E n c u a n t o a l t e m a de l a esclava q u e , a m a b l e m e n t e t r a t a d a p o r
su d u e ñ a , l o g r a g a n a r su c o n f i a n z a y encargarse d e l g o b i e r n o de
su casa a u n q u e se le e n c o m i e n d e n quehaceres d o m é s t i c o s t a n penosos c o m o el c u i d a d o d e l h o r n o , tiene su e q u i v a l e n t e e n o t r o s
dos r o m a n c e s t r a d i c i o n a l e s : el de las Hermanas reina y cautiva ( o del
Conde Flores), e n q u e l a señora m o r a acoge a su n u e v a c a u t i v a c o n
m a r c a d a simpatía, entregándole las llaves de sus salas o de su despensa y c o c i n a ; y el de Don Buesoy su hermana, q u e e n a l g u n a s v e r siones a l u d e a l d u r o t r a b a j o d e l h o r n o y a las consecuencias p e r judiciales que podría tener p a r a l a ' ' c a u t i v i t a " , que "allí dejaría / h e r m o s u r a y r o s t r o " .
A d e m á s de l a destreza n a r r a t i v a c o n l a q u e el a u t o r d e l Caballero de la Cruz m a n e j a y e n t r e t e j e todos estos m o t i v o s , l o q u e l l a m a l a atención e n su c u a d r o d e l c a u t i v e r i o es l a f o r m a en q u e i n t e n t a a m o l d a r l o a los c á n o n e s de u n a n o v e l a caballeresca, h a c i é n dole a s u m i r a P l a t i n i a los aspectos más indecorosos de l a esclavitud
y e x i m i e n d o a L e p o l e m o de t o d a o b l i g a c i ó n d e g r a d a n t e . D e este
m o d o l o g r a m a n t e n e r l o en u n a posición r e l a t i v a m e n t e p r i v i l e g i a da y p r e s e r v a r l o e n p a r t e d e l e n v i l e c i m i e n t o i n h e r e n t e a l a c o n d i ción servil —preservación difícil pero indispensable p a r a que p u e d a
5 4
N É N D E Z P E L A Y O , Antología de poetas líricos, C S I C , S a n t a n d e r , 1945, t. 8, p p . 2 8 7 288,
q u e r e p r o d u c e a s i m i s m o f r a g m e n t o s de u n a versión montañesa y d e o t r a
c a t a l a n a , t. 9, p p . 3 2 4 - 3 2 5 y 3 8 1 - 3 8 2 . E n t r e l a s v e r s i o n e s j u d e o españolas, cf.
l a d e RJEM
( = P . B É N I C H O U , Romancero Judeo Español de Marruecos,
Castalia,
M a d r i d , 1968), pp. 205-206.
5 4
P a r a el r o m a n c e d e Las dos hermanas, véase Catálogo Pidal,
Catálogo-índice, t. 1, H 1, p p . 2 6 5 - 2 6 9 ; s u texto según l a Primavera,
núm. 48, y
n ú m . 131,
está r e p r o d u c i d o e n M E N É N D E Z P E L A Y O , Antología, t. 8, p p . 2 8 6 - 2 8 7 , y c o m p l e m e n t a d o e n t. 9, p p . 1 9 5 - 1 9 7 y p p . 3 2 1 - 3 2 2 , p o r dos v e r s i o n e s a s t u r i a n a s
y u n a montañesa; RJEM
de B É N I C H O U ofrece, c o n fecundos c o m e n t a r i o s , u n a
versión sefardí t i t u l a d a " L a reciña x e r i f a m o r a " , señalando q u e si b i e n e n l a
mayoría de l o s textos l a señora m o r a r e c i b e cortésmente a l a c a u t i v a y le c o n fía s u c a s a , ésta n o s i e m p r e r e a c c i o n a c o n a g r a d o y sumisión, sino q u e m u c h a s
v e c e s se q u e j a de s u s u e r t e , c o n a m a r g u r a y h a s t a c o n i n s o l e n c i a ; n o así D i e g o
G a l á n , q u i e n v i s i b l e m e n t e se b e n e f i c i a c o n el afecto q u e le m u e s t r a l a f a m i l i a
de s u a m o : véase Cautiverio y trabajos, p . 9 7 . P a r a el r o m a n c e d e Don Bueso, véase Catálogo Pidal,
n ú m . 4 9 , y Catálogo-índice, t. 1, H 2 y H 3, p p . 2 6 9 - 2 7 7 ; l a s
v e r s i o n e s a s t u r i a n a s de M E N É N D E Z P E L A Y O , Antología, I X , p p . 1 9 0 - 1 9 2 , y l a
j u d e o española d e B É N I C H O U , RJEM,
pp. 239-241, no contienen l a parte ini-
c i a l d e l r o m a n c e e n q u e se e v o c a e l c a u t i v e r i o de l a h e r m a n a de D o n B u e s o ;
este c o m i e n z o , c o n el detalle d e l h o r n o afeante y n o c i v o , se h a l l a e n d o s v e r s i o nes
sefardíes de l a colección N a h ó n ( S . G . A R M I S T E A D y J . H . S I L V E R M A N , Ro-
mances judeoespañoles de Tánger recogidos por Zarita Nahón, Cátedra-Seminario M e néndez P i d a l , M a d r i d , 1 9 7 7 , p p . 7 8 - 8 0 .
SYLVIA
552
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
c u m p l i r c o n el d e s t i n o h e r o i c o de u n p r o t a g o n i s t a de l i b r o de
caballerías . M u e s t r a precoz de este h e r o í s m o es el f e r v o r c o n el
q u e a los nueve años, a d o c t r i n a d o p o r P l a t i n i a , se declara dispuesto
a s u f r i r el m a r t i r i o e n t e s t i m o n i o de su fe c r i s t i a n a , d e c i d i e n d o
o s t e n t a r e n su v e s t i m e n t a su c r u z d i s t i n t i v a , q u e l o e x p o n e a las
persecuciones de los m o r i l l o s de su edad y le vale el a p o d o , i n j u r i o s o p a r a u n o s , afectuoso p a r a o t r o s , de " c a t i v o o esclavito de
la C r u z " . E s t a p u g n a c i d a d r e l i g i o s a , j u n t o c o n otras p r e n d a s
aristocráticas q u e d i f e r e n c i a n a L e p o l e m o de los c a u t i v o s v u l g a res, le p e r m i t e a l a u t o r a t e n u a r p o c o a p o c o l a n o t a de i n f a m i a
q u e afecta a su personaje y , en c l a r o c o n t r a s t e c o n e l l a , concederle nuevas p r e r r o g a t i v a s y nuevas o p o r t u n i d a d e s de a f i r m a r su d i g n i d a d p e r s o n a l hasta q u e p o r fin p u e d a manifestarse y parecer a d m i s i b l e su v o c a c i ó n caballeresca. P r i m e r a e t a p a de esta t r a y e c t o r i a — s o r p r e n d e n t e c o m b i n a c i ó n de los p r i m e r o s i n c i d e n t e s de l a
v i d a de A m a d í s c o n las típicas peripecias de u n a biografía de
c a u t i v o — es l a adquisición de L e p o l e m o p o r u n r i c o m e r c a d e r de
E l C a i r o , c u y a m u j e r , c o n m o v i d a p o r l a h e r m o s u r a del n i ñ o , l o
cría c o m o si fuese su h i j o , y e n c u y a casa n o sólo se le deja conservar su c r u z sino q u e se le d a c o m o p r e c e p t o r y m a e s t r o de cateq u i s m o a l clérigo de l a iglesia v e c i n a . C o n l a m u e r t e d e l m e r c a d e r , se i n i c i a l a e t a p a s i g u i e n t e : j u n t o c o n su c o m p a ñ e r o C a r i s tes, L e p o l e m o pasa a ser posesión d e l Soldán q u e , según " l a
c o s t u m b r e de l a t i e r r a " , h e r e d a u n a p a r t e de los bienes de sus
vasallos; el príncipe c a u t i v o , q u e entonces t i e n e u n o s doce a ñ o s ,
es d e s t i n a d o al servicio d e l h i j o d e l m o n a r c a , el p e q u e ñ o Z u l e m a ,
de q u i e n n o t a r d a e n ser q u e r i d o y f a v o r e c i d o , a u n q u e se n i e g a
a besarle l a m a n o , a r g u y e n d o , c o n p u n t i l l o s a i n t r a n s i g e n c i a n o b i l i a r i a , q u e el b e s a m a n o s , i m p r o p i o de u n esclavo, n o debe h a cerse p o r f u e r z a sino p a r a sellar u n vínculo de vasallaje l i b r e m e n 55
5 6
5 7
5 5
P a r a m e d i r l a d i f i c u l t a d de s e m e j a n t e e m p r e s a l i t e r a r i a , b a s t a r e c o r d a r
las i g n o m i n i o s a s v e j a c i o n e s p a d e c i d a s p o r los c a u t i v o s e n l a v i d a r e a l y el p e r sistente o p r o b i o a q u e e n m u c h o s c a s o s e s t a b a n e x p u e s t o s , a u n después de s u
evasión o r e s c a t e ; s i g n i f i c a t i v o s s o n a este r e s p e c t o — a d e m á s d e l " D i á l o g o de
la c a p t i v i d a d " i n c l u i d o e n l a Topografía de H a e d o ( 1 6 1 2 ) , e d . de I . B a u e r y
L a n d a u e r , 3 t s . , S o c . de Biblióf. E s p . , M a d r i d , 1 9 2 7 - 1 9 2 9 , t. 2 — los d o c u mentos reunidos por J . M A R T Í N E Z R U I Z ,
c r u z d e l c a u t i v e r i o " , RFE,
" C a u t i v o s precervantinos. C a r a y
50 ( 1 9 6 7 ) , 2 0 3 - 2 5 6 , c o m o también l a observación
de V I C E N T E E S P I N E L e n s u Vida de Marcos de Obregón: " P o c o s h e visto de los q u e
han
p a s a d o p o r este m i s e r a b l e e s t a d o q u e n o t e n g a n algún r e s a b i o i n f a m e " ,
Relación s e g u n d a , D e s c a n s o n u e v e , BAE,
5 6
Lepolemo, c a p . 10, fol. V I v ° .
5 7
Ibid.,
caps.
11-12.
t. 18, p. 4 3 6 a .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
553
te c o n s e n t i d o . Esta a c t i t u d , y l a valentía q u e m u e s t r a a l d e f e n der a Z u l e m a de los ataques de otros pajes d e l p a l a c i o d u r a n t e
u n j u e g o de cañas, le m e r e c e n el respeto de t o d o s , y o b t i e n e d e l
S o l d á n u n c a b a l l o y u n a espada p a r a ejercitarse e n l a práctica de
las a r m a s , e n l a q u e r á p i d a m e n t e s u p e r a a los d e m á s m o z o s de
su e d a d .
E l m o m e n t o decisivo de este proceso, p o r el q u e el héroe a n u la los efectos de l a e s c l a v i t u d r e c o b r a n d o p r o g r e s i v a m e n t e los p r i v i l e g i o s de su r a n g o , es el e p i s o d i o i m i t a d o de los Claros varones
de P u l g a r ; a l p e d i r L e p o l e m o l a i n v e s t i d u r a de a r m a s p a r a i r a
la b a t a l l a y a l otorgársela el S o l d á n , se acaba el c a u t i v e r i o — q u e
es i n c o m p a t i b l e c o n l a caballería: i n m e d i a t a m e n t e después de h a c e r l o c a b a l l e r o , el m o n a r c a m o r o l i b e r t a a su p r o t e g i d o , a c r e c e n t a n d o estos favores c o n o t r a s mercedes — m á s h i s p a n a s , p o r
c i e r t o — c o m o son el d a r l e u n a " q u i t a c i ó n " a n u a l de trescientas
d o b l a s y el a d m i t i r l e e n t r e sus " c o n t i n o s " . C o n l a e m a n c i p a c i ó n de L e p o l e m o n o se a g o t a n , s i n e m b a r g o , todas las p o s i b i l i dades ofrecidas p o r el t e m a d e l c a u t i v e r i o ; sus t r i u n f o s g u e r r e r o s
t o d a v í a d a n l u g a r a u n a última escena e n q u e v u e l v e n a s u r g i r
m o t i v o s e m p a r e n t a d o s c o n los d e l R o m a n c e r o : d e s l u m h r a d o p o r
el v a l o r de su a n t i g u o esclavo y t e m e r o s o de q u e a p r o v e c h e su l i b e r t a d p a r a alejarse de él, el Soldán p r o c u r a atárselo d e f i n i t i v a m e n t e , p r o p o n i é n d o l e l a m a n o de su h i j a y l a m i t a d de su r e i n o
c o n l a c o n d i c i ó n de q u e se c o n v i e r t a a l i s l a m i s m o . Esta p r o p o s i c i ó n — n a t u r a l d e s a r r o l l o de l a c o n f r o n t a c i ó n e n t r e u n m u s u l m á n
a d m i r a t i v o y u n c r i s t i a n o i n s o b o r n a b l e — aparece e n el f a m o s o
58
5 9
6 0
5 8
Ibid.,
c a p . 13, fol. V I I I v ° . M á s t a r d e , a l r e c o b r a r p o r fin s u l i b e r t a d ,
L e p o l e m o insistirá e n b e s a r l a s m a n o s de s u señor c o m o c o n s e c u e n c i a lógica
de s u n u e v o e s t a d o : ' ' a g o r a soy o b l i g a d o c o m o l i b r e a h a z e r lo q u e e n t o n c e s
no q u i s e c o m o e s c l a v o " , c a p . 2 3 , fol. X I I I I v ° .
5 9
Ibid.,
c a p . 16, fol. X
6 0
Ibid.,
c a p . 17, fol. X v ° . E n todos estos episodios d e l l i b r o es e v i d e n t e
r°.
l a imitación, c o n i n e v i t a b l e s m o d i f i c a c i o n e s , d e l Amadís: léanse los c a p s . 2 a
4 d e éste, d o n d e A m a d í s es c r i a d o p o r G a n d a l e s , u n c a b a l l e r o escocés, j u n t o
c o n s u h i j o ; p r o t e g e a s u compañero de los e m p e l l o n e s de otro d o n c e l ; s u s c i t a
p o r s u h e r m o s u r a l a admiración de l a m u j e r del r e y L a n g u i n e s q u e se l l e v a
a los d o s niños; y más t a r d e es e n t r e g a d o a l p o d e r o s o r e y de G r a n Bretaña,
e n c u y a c a s a s o b r e s a l e e n los e j e r c i c i o s g u e r r e r o s , a c a b a n d o p o r e x i g i r l a i n v e s t i d u r a d e a r m a s . T o d o l i b r o d e caballerías se sitúa h a s t a cierto p u n t o d e n tro d e l a filiación a m a d i s i a n a , p e r o e n estos capítulos d e l Caballero de la Cruz
l a transposición d e l m o d e l o es d i r e c t a , o s t e n t o s a y c i r c u n s t a n c i a d a , repitiéndose p . e j . e n L e p o l e m o , c u a n d o c o n s u e l a a P l a t i n i a , l a a c t i t u d de A m a d í s q u e
se e s f u e r z a p o r e n j u g a r l a s lágrimas de G a n d a l e s .
SYLVIA
554
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
r o m a n c e de Rio verde, d o n d e S a y a v e d r a rechaza enérgicamente las
ofertas del r e y m o r o q u e lo h a apresado, p r o c l a m a n d o q u e " m i e n t r a v i d a t u v i e r e / l a fe n o r e n e g a r í a " ; también f o r m a el desenlace
de a l g u n a s versiones p o r t u g u e s a s d e l Cautivo del renegado, e n q u e
el p r o t a g o n i s t a r e a c c i o n a a las promesas de su a m o c o n a r d i e n t e s
p r o t e s t a c i o n e s de c r i s t i a n i s m o :
— B e m pudéras t u , christáo,
ser turco arrenegado;
eu te fizera herdeiro
de quanto tenho ganhado.
— N a quero ser turco m o i r o ,
táo pouco arrenegado;
que Jesús de Nazareth
é lo deus crucificado .
61
C o m o es de esperar, l a m i s m a n e g a t i v a se d a en L e p o l e m o ,
q u e e m p i e z a p o r expresar su g r a t i t u d ante los honrosos o f r e c i m i e n tos d e l S o l d á n , p e r o l u e g o se resiste t e r m i n a n t e m e n t e a a b a n d o n a r su religión, " l a m e j o r y más v e r d a d e r a de t o d a s " , a m o n e s t a n d o además a l m o n a r c a c o n t r a l a d u p l i c i d a d de los renegados,
porque clara cosa es que quien no tiene fe con su Dios menos la
tendrá con su señor [. . . ] n i quiero negar a m i Dios por ninguna
cosa n i a m i señor natural que es Vuestra A l t e z a .
62
C o n esta crítica de los " t o r n a d i z o s " y esta afirmación de fe,
q u e d e j a n a l Soldán satisfecho y c o n v e n c i d o , se c i e r r a d e f i n i t i v a m e n t e l a p a r t e d e l Lepolemo d e d i c a d a a l a e s c l a v i t u d d e l p r o t a g o n i s t a . E n el resto d e l l i b r o , éste p r o s i g u e c o n su c a r r e r a t r i u n f a l
6 1
P a r a el r o m a n c e de Rio verde, q u e se b a s a e n u n h e c h o histórico, véase
M E N É N D E Z P E L A Y O , Antología, V I I I , p p . 2 4 0 - 2 4 3 , q u e r e p r o d u c e el texto de l a
Primavera,
n ú m . 9 6 , y el de l a s d o s v e r s i o n e s i n c l u i d a s p o r Pérez d e H i t a e n
las Guerras civiles de Granada;
Romancero,
y e l análisis de M E N É N D E Z P I D A L , Estudios
sobre el
E s p a s a - C a l p e , M a d r i d , 1973, pp. 155-163. P a r a las versiones por-
t u g u e s a s d e l Cautivo,
v e r los textos y s u c o m e n t a r i o e n P . B É N I C H O U , Creación
poética en el Romancero tradicional,
G r e d o s , M a d r i d , 1 9 6 8 , p p . 1 7 2 - 1 7 4 . D e los
f r e c u e n t e s esfuerzos de los m u s u l m a n e s p o r c o n s e g u i r l a conversión de sus c a u tivos y de l a r e s i s t e n c i a de éstos a a p o s t a t a r d a t e s t i m o n i o D I E G O G A L Á N ,
tiverio y trabajos, p p . 1 3 - 1 5 ; G a l á n se n i e g a a ello i n v o c a n d o n o sólo l a
Cau-
firmeza
de s u fe, s i n o l a d e s h o n r a q u e e n s u p u e b l o le acarrearía s u conversión, si n o
p u d i e s e o c u l t a r l a a s u r e g r e s o a España.
6 2
Lepolemo,
c a p . 2 4 , fol. X V v ° .
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
555
s i n q u e su señor v u e l v a a a p r e m i a r l o p a r a q u e se c o n v i e r t a a l I s l a m , y sin que nadie, entre tantos enemigos musulmanes c o m o
t i e n e , le eche e n c a r a su c r i s t i a n i s m o . T a m p o c o h a y q u i e n se
a t r e v a a a l u d i r a su c o n d i c i ó n a n t e r i o r , sino sus a n t i g u o s a m o s ,
l a v i u d a d e l m e r c a d e r y el p a n a d e r o , q u e a l enterarse de su éxito
r e c u e r d a n c o n o r g u l l o s a e m o c i ó n el t i e m p o e n q u e , c o n su c r u z
e n el p e c h o , se c r i a b a e n su casa (caps. 32 y 8 3 ) . Es s o l a m e n t e
a l p r i n c i p i o d e l Leandro el Bel d o n d e se ofrece u n r e s u m e n de su
f u l g u r a n t e ascensión, r e c a l c a n d o l o q u e h a y de r a r o y e x t r a o r d i n a r i o e n ella; a l r e c i b i r L e p o l e m o l a c o r o n a i m p e r i a l de su p a d r e ,
el a u t o r , según suele hacerse e n l a c o n t i n u a c i ó n de u n a n o v e l a
de caballerías, r e c a p i t u l a b r e v e m e n t e el c o n t e n i d o d e l l i b r o a n t e r i o r , p o n i e n d o e n b o c a d e l n u e v o E m p e r a d o r de A l e m a n i a u n a
a c c i ó n de gracias p o r las grandes mercedes q u e D i o s le h a h e c h o
6 3
assí en librarme de manos de los enemigos de la fe, como en darme
constancia para que en su servicio perseverasse. Y sobre todo de
u n pobre captivo de u n panadero hazerme hijo de tal persona
N o es fácil e v a l u a r el efecto q u e p u d o p r o d u c i r l e a C e r v a n t e s
el r e l a t o de c a u t i v e r i o i n c l u i d o e n el Caballero de la Cruz. Es e v i d e n t e q u e d e b i ó de i n t e r e s a r l e e n s u m o g r a d o l a presencia e n l a
v i e j a n o v e l a de u n t e m a t a n p r ó x i m o a su e x p e r i e n c i a v i t a l y a
sus p r e o c u p a c i o n e s l i t e r a r i a s . Y es p r o b a b l e q u e l a o r i g i n a l i d a d
de su inserción e n u n a ficción caballeresca n o se le escapara a u n
l e c t o r t a n a g u d o y b u e n c o n o c e d o r d e l g é n e r o c o m o él. P e r o l o
c i e r t o es q u e n o lo m e n c i o n a p a r a n a d a , y n i s i q u i e r a a l u d e a él
c o n l a solapada ironía q u e es l a s u y a e n estos casos. E n su o b r a ,
a d e m á s , el m o t i v o de l a c a u t i v i d a d , q u e t a n t a i m p o r t a n c i a t i e n e
6 3
S u e l e s e r , p o r e l c o n t r a r i o , L e p o l e m o q u i e n c o n s i g u e q u e los demás se
c o n v i e r t a n a l c r i s t i a n i s m o ; e n e l c a p . 6 5 , el gigante Trasileón d e r r i b a l a s e s t a t u a s de s u s falsos ídolos y se h a c e c r i s t i a n o a l u m b r a d o p o r el Espíritu S a n t o ,
y e n el c a p . 9 5 los t e m p l o s de l a i s l a d e l g i g a n t e M o r b ó n se t r a n s f o r m a n e n
i g l e s i a s , c a t e q u i z a n d o u n o s pocos m o n j e s a los o c h e n t a y siete m i l h a b i t a n t e s
d e l l u g a r . P o c o falta además p a r a q u e el m i s m o Soldán a b r a c e l a religión catól i c a : e n el c a p . 66 m u r m u r a a l oído de L e p o l e m o q u e estaría d i s p u e s t o a h a c e r l o si n o t e m i e s e l a s r e p r e s a l i a s de s u s v a s a l l o s , y e n el c a p . 132 le envía m i les d e s o l d a d o s p a r a a y u d a r l o a r e s t a b l e c e r a M a x i m i a n o e n el t r o n o i m p e r i a l
d e O c c i d e n t e , a y u d a q u e el héroe r e h u s a p o r n o d a r ocasión a q u e los m o r o s
se e n t r o m e t a n e n los a s u n t o s de l a C r i s t i a n d a d .
6 4
Leandro el Bel, c a p . 7, fol. V I I I v ° (cito el texto p o r s u edición, p r o b a -
b l e m e n t e única, de 1 5 6 3 : cf. supra,
nota 44).
SYLVIA
556
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
desde las p r i m e r a s c o m e d i a s y novelas hasta el Persiles, reviste aspectos q u e son m u y d i s t i n t o s e n el f o n d o y e n l a f o r m a de l a h i s t o r i a de L e p o l e m o . E n t r e ésta y las múltiples i n v e n c i o n e s q u e el
d e s t i e r r o y l a e s c l a v i t u d e n t i e r r a s de m o r o s le i n s p i r a r o n a C e r v a n t e s h a y , c o n t o d o , ciertas s i m i l i t u d e s o, p o r m e j o r d e c i r , c o n c o m i t a n c i a s , q u e a p a r e c e n a n t e t o d o e n a l g u n a q u e o t r a de sus
creaciones teatrales.
E l caso s i n g u l a r d e l c a u t i v o q u e conserva v i r t u o s a m e n t e su fe
y hace c o n t i n u o a l a r d e de sus p r e r r o g a t i v a s aristocráticas, g r a n j e á n d o s e n o o b s t a n t e el a m o r y los m á x i m o s favores de u n m o n a r c a musulmán, corresponde a l a situación de C a t a l i n a de O v i e d o
en La gran sultana. V e r s i ó n f e m e n i n a de L e p o l e m o parece el p e r sonaje de esta h i d a l g a española q u e , c a p t u r a d a de niña p o r los
corsarios y v e n d i d a e n T e t u á n a u n m o r o a d i n e r a d o , pasa a l ser r a l l o d e l G r a n T u r c o , y a l cabo de u n o s años asciende al r a n g o
de f a v o r i t a y esposa p r i n c i p a l , i m p o n i é n d o l e a l a C o r t e o t o m a n a
el espectáculo de sus devociones a l a V i r g e n y de sus v e s t i d u r a s
cristianas, e n las que resalta l a c r u z de é b a n o que lleva al c u e l l o .
N a t u r a l m e n t e C e r v a n t e s n o d e j a de c o m e n t a r l o q u e tiene de " e s t r a ñ o y p e r e g r i n o " l a figura de esta esclava c r i s t i a n a t r a n s f o r m a da e n señora d e l i m p e r i o m u s u l m á n , q u e su fantasía elaboró c o m b i n a n d o c o n desenfado confusas n o t i c i a s históricas y pintorescas
escenificaciones de l a v i d a e n el harén. T a m b i é n señala el s i g n i f i c a d o e d i f i c a n t e d e l d e s t i n o de su heroína
6 5
66
que
d e l león o t h o m a n o
p i s a e l i n d o m a b l e c u e l l o ; [. . . ]
oy
le r i n d e y a v a s s a l l a
y,
c o n n o v i s t o s estreñios,
h a z e b i e n a los c r i s t i a n o s .
6 7
6 5
P a r a u n a visión de c o n j u n t o de estos a s p e c t o s , e x t e n s a m e n t e c o m e n t a -
dos
y d e b a t i d o s y a , r e m i t o a l e s t u d i o de F . M Á R Q U E Z V I L L A N U E V A ,
"Lean-
dra,
Z o r a i d a y s u s fuentes f r a n c o - i t a l i a n a s " , e n Personajes y temas del
"Quijote",
T a u r u s , M a d r i d , 1975, p p . 7 7 - 1 4 6 , q u e contiene a m p l i o m a t e r i a l bibliográfico.
6 6
L a s o r a c i o n e s de C a t a l i n a se h a l l a n e n l a J o r n a d a s e g u n d a , d o n d e el
a p a s i o n a d o sultán l a s e s c u c h a c o n i n d u l g e n c i a y h a s t a r e c o n o c e l a s a n t i d a d
de M a r í a : véase Comedias y entremeses, e d s . R . S c h e v i l l y A . B o n i l l a , M a d r i d ,
6 t . , 1 9 1 5 - 1 9 2 2 , t. 2, p p . 1 7 3 - 1 7 4 ; l a mención d e s u v e s t i m e n t a y s u c r u z forman
p a r t e de l a s i n d i c a c i o n e s escénicas de la J o r n a d a t e r c e r a , p. 190, q u e t a m -
bién c o n t i e n e el detalle de s u v i d a , v e r t i d a e n u n r o m a n c e c a n t a d o p o r el c a u t i v o M a d r i g a l , p p . 1 9 3 - 1 9 6 ; éste i n d i c a q u e antes de e n t r a r C a t a l i n a , c o n a p e nas
d i e z años, e n el s e r r a l l o d e l G r a n Señor, n o se l a había p o d i d o c o n v e r t i r
al I s l a m " p o r dádivas n i p o r r u e g o s " .
6 7
J o r n a d a t e r c e r a , Comedias y entremeses, t. 2, p. 195. S o b r e el a m b i e n t e
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
557
P e r o al m i s m o t i e m p o se d i s t a n c i a b u r l o n a m e n t e de su i m a g i n a r i a S u l t a n a e x p o n i é n d o l a a las i n o p i n a d a s i n f i d e l i d a d e s de su esposo q u e , c o m o b u e n m u s u l m á n , " e n m á s de u n a t i e r r a s i e m b r a " , y haciéndola b a i l a r j o c o s a m e n t e e n presencia de los g a r z o nes d e l p a l a c i o , pues
no
a y m u g e r española q u e n o salga
del
vientre de su m a d r e
bayladora
6 8
.
Estas notas burlescas m u e s t r a n a las claras cuan lejos está La
gran sultana de l a g r a v e d a d d e l Caballero de la Cruz; m i e n t r a s éste
p r e s e n t a c o n l a m a y o r seriedad l a biografía inverosímil de su cab a l l e r o c a u t i v o , e n l a c o m e d i a c e r v a n t i n a el personaje de l a G r a n
T u r q u e s c a n o es sino u n a feliz i n v e n c i ó n , d e s p r o v i s t a de c r e d i b i l i d a d p e r o , p o r l o m i s m o , a p r o v e c h a b l e c o m o m o t i v o t e a t r a l de
a s o m b r o y risueño e n t r e t e n i m i e n t o . A s í se c o m p r u e b a u n a vez
más c ó m o maneja y subvierte Cervantes u n tema ya tratado por
la l i t e r a t u r a caballeresca c u a n d o su c o n t e n i d o , p r e c i s a m e n t e p o r
ser e x t r a v a g a n t e , se p r e s t a a l a p a r o d i a .
Sucede t o d o l o c o n t r a r i o c o n o t r o t e m a , apenas esbozado e n
el Caballero de la Cruz, p e r o d e s a r r o l l a d o c o n a m p l i t u d e n E l trato
de Argel y c o n p a t e t i s m o a u n m a y o r e n Los baños: el de los dos n i ños q u e , reducidos a l a esclavitud, reaccionan diferentemente frente
a las presiones de sus a m o s , mostrándose el u n o reacio a t o d a t e n t a t i v a de conversión y el o t r o dispuesto a l a o b e d i e n c i a . E n l a n o v e l a de caballerías esta p a r e j a i n f a n t i l , r e p r e s e n t a d a p o r L e p o l e m o y C a r i s t e s , el h i j o de su a y a , sólo se u t i l i z a p a r a v a l o r i z a r ,
según l a tradición d e l g é n e r o , el t e m p r a n o y aristocrático a r r o j o
6 9
histórico de La gran sultana, c u y o s a c o n t e c i m i e n t o s el r o m a n c e recitado p o r M a d r i g a l sitúa explícitamente a l r e d e d o r d e l año 1600 y c u y a i n t r i g a se b a s a p r o bablemente en las noticias y rumores que c i r c u l a b a n en O c c i d e n t e con respecto a l sultán M u r a d I I I (el A m u r a t e s de l a c o m e d i a ) , véase e n el t. 6, p p . 8 5 - 9 4 ,
las o b s e r v a c i o n e s d e S c h e v i l l y B o n i l l a , c o m p l e m e n t a d a s p o r J .
Cervantes dramaturge.
6 8
6 9
CANAVAGGIO,
Un théâtre à naître, P U F , P a r i s , 1 9 7 7 , p p . 6 2 - 6 4 .
J o r n a d a t e r c e r a , p p . 187 y 2 0 0 .
S o b r e el carácter e x t r a v a g a n t e d e l p e r s o n a j e de C a t a l i n a y sobre l a i m -
p o s i b i l i d a d de q u e u n sultán o t o m a n o p u d i e s e p e r m i t i r y h a s t a a p r o b a r l a s d e m o s t r a c i o n e s de c a t o l i c i s m o de u n a de sus f a v o r i t a s , véanse los c o m e n t a r i o s
de
S c h e v i l l y B o n i l l a , Comedias y entremeses, t. 6, p p . 9 1 - 9 2 , q u e r e c u e r d a n el
p a s a j e d e El amante liberal d o n d e u n cadí e x p l i c a q u e " n o es b i e n q u e l a p r e n d a
del G r a n Señor s e a v i s t a de n a d i e , y más q u e se l a h a de q u i t a r q u e c o n v e r s e
con
c r i s t i a n o s , p u e s sabéis q u e [. . . ] l a h a n de e n c e r r a r e n el serrallo y v o l v e r -
la t u r c a quiera o no q u i e r a " .
SYLVIA
558
ROUBAUD
NRFH,
XXXVIII
d e l p r i m e r o , s i n i n s i s t i r d e m a s i a d o el a u t o r e n las ocasionales flaquezas d e l s e g u n d o , d e s t i n a d o a d e s e m p e ñ a r m á s t a r d e el p a p e l
de escudero, m e n s a j e r o y e m b a j a d o r d e l p r o t a g o n i s t a , y a r e c i b i r , c o m o r e c o m p e n s a final de su l e a l t a d , u n r i c o señorío, el títul o de d u q u e y l a m a n o de u n a n o b l e d o n c e l l a francesa (cap. 151).
E n E l trato, e n c a m b i o , l a escena q u e o p o n e a los dos h e r m a n o s
J u a n i c o y F r a n c i s c o establece m a r c a d í s i m o c o n t r a s t e e n t r e l a ráp i d a corrupción del u n o , fácilmente sobornado p o r las galanas vest i d u r a s y los sabrosos m a n j a r e s q u e le p r o d i g a su d u e ñ o , y l a firm e z a religiosa del o t r o , q u e d e p l o r a lúcidamente l a t r a m p a en q u e
caen los niños seducidos p o r los " f a l s o s r e g a l o s " de los m o r o s .
E n c u a n t o a Los baños de Argel, e x p l o t a n c o n dramático énfasis u n a
p o s i b i l i d a d q u e e n el Caballero de la Cruz n o l l e g a a r e a l i z a r s e : l a
de q u e el esclavito c r i s t i a n o padezca el m a r t i r i o c o m o r e s u l t a d o
de su h e r o i c a resistencia a l a apostasía. C u a n d o L e p o l e m o , f o r t a l e c i d o p o r las lecciones de su a y a , decide coser e n sus vestidos l a
p r o v o c a n t e c r u z q u e es e m b l e m a de su fe, se d e c l a r a p r e p a r a d o
al s u p l i c i o c o n t a l de c o n s e r v a r l a , p e r o de hecho sólo se e x p o n e ,
según se h a v i s t o , a l escarnio y a las afrentas de a l g u n o s m o r i l l o s
d e l v e c i n d a r i o . M u c h o más d o l o r o s o y s a n g r i e n t o es el destino del
F r a n c i s q u i t o de l a c o m e d i a c e r v a n t i n a , q u e c o m i e n z a p o r exasp e r a r a l c a d í , r e p a s a n d o c o n i n o c e n t e t r a n q u i l i d a d sus oraciones
m i e n t r a s j u e g a a l t r o m p o c o n su h e r m a n o , y q u e acaba a g o n i z a n d o l a s t i m o s a m e n t e e n los b r a z o s de su p a d r e , t o r t u r a d o y a t a d o a u n a c o l u m n a , " e n l a f o r m a q u e p u e d a " , acota C e r v a n t e s ,
" m o v e r a más p i e d a d " . Este i m p r e s i o n a n t e episodio es r e v e l a d o r de l a c a r g a e m o c i o n a l q u e p u e d e n r e v e s t i r e n l a o b r a cerv a n t i n a ciertos aspectos d e l c a u t i v e r i o a l t r a n s f o r m a r s e e n m o t i v o
l i t e r a r i o . Y su s o m b r í o c o n t e n i d o , s u b r a y a d o p o r l a s i g n i f i c a t i v a
a d v e r t e n c i a de " q u e s i e m p r e e n t r a g e d i a a c a b a n / las c o m e d i a s
de c a u t i v o s " , c o n t r a d i c e r a d i c a l m e n t e l a versión o p t i m i s t a que
d a el Caballero de la Cruz de l a i n f a n c i a y , más g e n e r a l m e n t e , de
l a v i d a de L e p o l e m o .
7 0
7 1
7 2
E l e j e m p l o de E l trato y , sobre t o d o , el de Los baños de Argel
7 0
7 1
J o r n a d a t e r c e r a , Comedias y entremeses, t. 5, p p . 7 3 - 7 5 .
Comedias y entremeses, t. 1, J o r n a d a s e g u n d a , p p . 3 0 6 - 3 1 1 , y J o r n a d a ter-
c e r a , p p . 3 3 2 - 3 3 3 . S c h e v i l l y B o n i l l a , t. 6, p . 8 2 , v e n e n estas e s c e n a s u n a p o sible r e m i n i s c e n c i a de l a h i s t o r i a de los mártires J u s t o y P a s t o r , basándose s i n
d u d a e n el p a r a l e l o p u e s t o e n b o c a d e l m i s m o F r a n c i s q u i t o , q u e e n l a J o r n a d a
s e g u n d a c o m p a r a r e p e t i d a m e n t e s u d e s t i n o y el de s u h e r m a n o c o n el de estas
dos
figuras:
7 2
t. 1, p p . 306 y 3 1 1 .
J o r n a d a t e r c e r a , p. 3 2 5 .
NRFH,
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C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
559
es b u e n i n d i c i o de las reticencias q u e el c o m p l a c i e n t e t r i u n f a l i s m o de l a a n t i g u a n o v e l a caballeresca d e b i ó de suscitar e n C e r v a n t e s . A estas reticencias h a y q u e a t r i b u i r en p a r t e l a c e n s u r a
q u e se hace de l a " i g n o r a n c i a " d e l l i b r o e n el capítulo d e l " e s c r u t i n i o " ; y e n ellas h a y q u e b u s c a r t a m b i é n l a p r o b a b l e e x p l i c a c i ó n d e l o m i n o s o silencio c o n q u e se pasa t o t a l m e n t e p o r a l t o e n
el Quijote l a h i s t o r i a d e l C a b a l l e r o c a u t i v o . Esta n o d e j a b a de ser
p a r t i c u l a r m e n t e disparatada y quizá hasta ofensiva para q u i e n ,
c o m o C e r v a n t e s , había s u f r i d o e n c a r n e v i v a las m i s e r i a s de l a
e s c l a v i t u d . Q u e además le p a r e c i e r a novelísticamente i n a c e p t a ble, d a d a l a i m p o r t a n c i a q u e l a v e r o s i m i l i t u d tiene e n su teoría
l i t e r a r i a , b i e n l o d e m u e s t r a el c o n o c i d í s i m o r e l a t o de c a u t i v e r i o
q u e él m i s m o h a i n t e r c a l a d o e n t r e las a v e n t u r a s d e l I n g e n i o s o H i d a l g o —esa biografía d e l capitán R u i P é r e z de V i e d m a , l l e n a de
r e c u e r d o s de sus p r o p i a s desdichas y p r e s e n t a d a c o m o " u n d i s c u r s o v e r d a d e r o a q u i e n p o d r í a ser q u e n o llegasen los m e n t i r o sos q u e c o n c u r i o s o y pensado a r t i f i c i o suelen c o m p o n e r s e " ( I ,
38). N a d a es m á s o p u e s t o al i r r e a l i s m o d e l i b e r a d o d e l Caballero
de la Cruz q u e estas páginas d o n d e el ex c a u t i v o e m p i e z a p o r desc r i b i r c o n v i v i d o detalle las f o r t u n a s y adversidades de su m o d e s to l i n a j e m o n t a ñ é s , pasa después a c o m e n t a r m i n u c i o s a m e n t e los
a l t i b a j o s de l a política española de su t i e m p o , y p o r fin evoca sus
tristes andanzas atado a l r e m o de las galeras t u r c a s , su h a m b r i e n t a
e x i s t e n c i a e n las p r i s i o n e s de A r g e l , y las c o n t i n u a s a t r o c i d a d e s
q u e cada día i n f l i g e a sus c o m p a ñ e r o s el tiránico r e n e g a d o q u e
entonces g o b i e r n a l a c i u d a d ( I , 39 y 4 0 ) . Y pocas figuras r e a les p o d r í a n d e s m e n t i r t a n e f i c a z m e n t e l a a b s u r d a c a r r e r a de L e p o l e m o c o m o l a d e l p r i m e r a m o d e l capitán: a q u e l U c h a l í F a r t a x , o r i u n d o de C a l a b r i a y c a p t u r a d o e n su m o c e d a d p o r los c o r sarios, q u e al cabo de catorce años de e s c l a v i t u d a l c a n z ó , m e r c e d
a su valentía, a ser v a l i d o d e l sultán S e l i m I I , más t a r d e v i r r e y
de A r g e l y finalmente g e n e r a l de l a m a r , t e r c e r c a r g o del i m p e r i o
7 3
7 3
L a s a l u s i o n e s a p e r s o n a j e s y s u c e s o s históricos e n el relato de R u i Pé-
rez d e V i e d m a h a n sido d e s c i f r a d a s p o r J . O L I V E R A S Í N , " L a h i j a de A g i M o r a t o e n l a o b r a de C e r v a n t e s " , BRAE,
27 ( 1 9 4 8 ) , 2 4 5 - 3 3 9 . D e los e l e m e n t o s
autobiográficos i n c l u i d o s e n él p o r C e r v a n t e s se h a o c u p a d o , entre o t r o s , J .
J. ALLEN,
" A u t o b i o g r a f í a y ficción. E l relato d e l Capitán C a u t i v o " ,
15 ( 1 9 7 6 ) , 1 4 9 - 1 5 5 , y " M á s sobre autobiografía y ficción e n el Quijote",
ACerv,
ACerv,
16 ( 1 9 7 7 ) , 2 5 3 - 2 5 4 . Y h a n i n s i s t i d o e n s u t o n a l i d a d p e s i m i s t a y desengañada
F. AYALA, " L a
1960,
invención d e l Quijote",
Experiencia e invención, T a u r u s , M a d r i d ,
p p . 3 9 - 7 8 , y A . M A S , Les Tures dans la littérature espagnole du Siécle d'Or,
C e n t r e de R e c h e r c h e s H i s p a n i q u e s , P a r i s , 1 9 6 7 , t. 1, p p . 3 7 3 - 3 7 4 .
SYLVIA
560
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
o t o m a n o ; y q u e , a d e m á s , se h i z o f a m o s o r i n d i e n d o e n L e p a n t o
a l a n a v e c a p i t a n a española y l l e v a n d o su e s t a n d a r t e a C o n s t a n t i n o p l a — t o d o esto, c o m o el h é r o e caballeresco, " s i n s u b i r p o r los
t o r p e s m e d i o s y c a m i n o s q u e los más p r i v a d o s d e l G r a n T u r c o
s u b e n ' ' ; pero con u n a diferencia f u n d a m e n t a l , y es q u e , a l a inversa
del C a b a l l e r o de l a C r u z , el U c h a l í había c u m p l i d o e v i d e n t e m e n te c o n el r e q u i s i t o de c o n v e r t i r s e a l m a h o m e t a n i s m o y de a d o p t a r , a l a m u s u l m a n a , el s o b r e n o m b r e de " r e n e g a d o t i n o s o " .
A l i m p u g n a r implícitamente el c a u t i v e r i o i d e a l i z a d o de L e p o l e m o , estos capítulos d e l Quijote a y u d a n a c o m p r e n d e r m e j o r
el a n t a g o n i s m o q u e el Caballero de la Cruz p r o v o c ó e n C e r v a n t e s .
Es ese a n t a g o n i s m o el q u e se expresa, c o n d o n o s a v e h e m e n c i a ,
a través de l a o b l i c u a p e r o i n a p e l a b l e sentencia d e l C u r a . E s t a ,
sin e m b a r g o , sólo refleja p a r c i a l m e n t e l a o p i n i ó n c e r v a n t i n a ; e n
efecto, e n el v i e j o l i b r o de caballerías se p e r f i l a , a l l a d o d e l i r r i t a n t e C a b a l l e r o c a u t i v o , o t r a figura n o m e n o s s i n g u l a r , a l a q u e
C e r v a n t e s t a m b i é n se g u a r d ó de a l u d i r , p e r o q u e n o p u d o m e n o s
q u e suscitar su íntima a p r o b a c i ó n : l a de u n supuesto a u t o r m o r o ,
p r o t e c t o r d e l h é r o e y testigo o c a s i o n a l de sus hazañas — e l n i g r o mante Xartón.
7 4
EL
MORO X A R T Ó N Y EL MORO C I D E
HAMETE
H a c e m u c h o y a q u e l l a m ó l a atención de los c o m e n t a r i s t a s el p a rentesco d e l h u m i l d e X a r t ó n c o n el i l u s t r e C i d e H a m e t e a q u i e n
C e r v a n t e s a t r i b u y e l a p a t e r n i d a d del Quijote. E l c o m ú n o r i g e n árabe
de a m b o s personajes fue sucesivamente señalado p o r C l e m e n c í n
y p o r G a y a n g o s q u e , s i n a h o n d a r d e m a s i a d o , se a p o y a r o n e n esta s e m e j a n z a p a r a p r e s e n t a r a l Caballero de la Cruz c o m o f u e n t e
7 4
L o s p o r m e n o r e s de l a actuación del Uchalí (o U l u y Alí) e n L e p a n t o es-
tán n a r r a d o s e n I , 3 9 , m i e n t r a s e n I , 4 0 , se ofrece, j u n t o c o n s u r e t r a t o y u n
r e s u m e n de s u s i n g u l a r c a r r e r a , u n b e n e v o l e n t e elogio de s u carácter ( " m o r a l m e n t e fue h o m b r e de b i e n , y t r a t a b a c o n m u c h a h u m a n i d a d a s u s e s c l a v o s " ) .
S o b r e l a e x a c t i t u d histórica de estas i n f o r m a c i o n e s c e r v a n t i n a s , véase J . O L Í V E R A S Í N , " L a h i j a de A g i M o r a t o . . . " , p p . 3 1 3 - 3 1 9 , q u e l a s r e l a c i o n a c o n
o t r a s fuentes contemporáneas; éstas añaden datos q u e c o n f i r m a n el l e j a n o p a r e c i d o y , a l a v e z , l a s e n o r m e s d i f e r e n c i a s q u e h a y e n t r e el Uchalí y el p e r s o n a j e de L e p o l e m o : u n a de ellas i n d i c a q u e U l u y n o v a c i l a b a e n v o l v e r periódicamente a C a l a b r i a p a r a visitar a su cristiana familia, y varias aseguran que h a bía c o n s e r v a d o secretamente l a fe católica, a u n q u e n o se a r r i e s g a b a a d e c l a r a r l a
abiertamente.
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA CRUZ
561
p r o b a b l e de l a i n v e n c i ó n c e r v a n t i n a . C o n el t i e m p o esta c o r r e l a c i ó n fue p a r e c i e n d o m e n o s c o n v i n c e n t e y se d e j ó prácticamente
de l a d o , e n t a n t o se le b u s c a b a n y descubrían a C i d e H a m e t e otros
p r e c e d e n t e s , i g u a l m e n t e posibles e i g u a l m e n t e superados p o r l a
c o m p l e j a y a m b i g u a ficción e n q u e C e r v a n t e s supo e n v o l v e r a su
a p ó c r i f o c r o n i s t a . E l caso de X a r t ó n m e r e c e , c o n t o d o , u n ser i o r e e x a m e n , pues su fisonomía y su actuación d e n t r o d e l Lepolemo t i e n e n interés n o s o l a m e n t e e n sí m i s m a s sino t a m b i é n p o r su
p r o x i m i d a d c o n a l g u n o s de los rasgos d i s t i n t i v o s d e l e s c u r r i d i z o
Cide Hamete.
L a p r i m e r a sorpresa q u e el C a b a l l e r o de l a C r u z reserva a su
l e c t o r es ofrecerle, superpuestos e n su p á g i n a i n i c i a l , dos p r ó l o gos p a r a l e l o s , q u e son eco u n o d e l o t r o y q u e c o n c r e t a n gráficam e n t e el a r t i f i c i o s o d e s d o b l a m i e n t o d e l a u t o r de l a o b r a e n dos
7 5
76
7 5
CLEMENCÍN,
nota
14 a Don
Quijote,
I , 6;
y G A Y A N G O S , BAE,
t. 4 0 ,
p.
l i . A l a p o s i b l e conexión d e C i d e H a m e t e c o n X a r t ó n también a l u d e n brevísimamente
M E N É N D E Z P E L A YO,
Orígenes, t. 1, p. 4 3 7 ,
y T H O M A S , Las novelas de
caballerías. . ., p. 1 0 1 .
7 6
E I S E N B E R G , q u e e n Romances
of chivalry. . ., p . 1 2 3 , e v o c a a X a r t ó n e n -
tre otros falsos a u t o r e s típicos de l a l i t e r a t u r a c a b a l l e r e s c a , se a b s t i e n e de r e l a c i o n a r l o d i r e c t a m e n t e c o n C i d e H a m e t e B e n e n g e l i . S a b i d o es q u e a éste se
le h a n a s i g n a d o , c o m o p r e d e c e s o r e s p o s i b l e s , v a r i a s figuras d e m o r o s
ficticios
o r e a l e s , s u r g i d a s e n textos de m u y d i v e r s a índole: u n m o z o e s p e c i e r o q u e a p a r e c e e n el t r a t a d o d e Agricultura general d e G a b r i e l A l o n s o d e H e r r e r a ( 1 5 1 3 )
c o m o t r a d u c t o r d e recetas arábigas (véase l a n o t a d e Rodríguez M a r í n a s u
edición d e l Quijote,
I , 9 ) ; e l s a b i o a l c a i d e Abulcácim Tárif A b e n t a r i q u e , s u -
p u e s t o r e d a c t o r d e l a Verdadera historia del rey don Rodrigo e s c r i t a h a c i a 1589 p o r
M i g u e l d e L u n a . C f . J . G O D O Y A L C Á N T A R A , Historia crítica de los falsos
cronico-
nes, R e a l A c a d e m i a d e l a H i s t o r i a , M a d r i d , 1 8 6 8 , p . 10; B . W A R D R O P P E R ,
" D o n Q u i x o t e : story o r h i s t o r y ? " , MPh, 6 3 ( 1 9 6 5 ) , p . 9; y F . M Á R Q U E Z V I L L A N U E V A , " L a v o l u n t a d de l e y e n d a de M i g u e l de L u n a " , NRFH,
30 ( 1 9 8 1 ) ,
3 5 9 - 3 9 5 ; el g r a n a d i n o A b e n H a m í n , de c u y a crónica p r e t e n d e n ser traducción
las Guerras civiles de Granada p u b l i c a d a s e n 1595 p o r Pérez de H i t a (véase M E N É N D E Z P E L A Y O , Orígenes, t. 2, 1 3 4 - 1 3 5 ) ; y el r e n o m b r a d o marabú argelino C i d
A m e t Alubedí, m e n c i o n a d o p o r H a e d o e n s u Topografía de 1612) cf. G . S T A G G ,
" E l s a b i o C i d e H a m e t e V e n e n g e l i " , BHS, 33 ( 1 9 5 6 ) , p . 2 2 5 . T o d a s estas fig u r a s s o n b a s t a n t e e l e m e n t a l e s y d i s t a n m u c h o de p o d e r c o m p a r a r s e c o n l a
de C i d e H a m e t e : véase a este respecto A . C A S T R O , " E l cómo y el porqué d e
C i d e H a m e t e B e n e n g e l i " , Hacia
Cervantes,
T a u r u s , M a d r i d , 1967, pp. 409-
4 1 9 . L a c o m p l e j a y laberíntica serie d e " a u t o r e s " a q u i e n e s , además de C i d e
H a m e t e , C e r v a n t e s a t r i b u y e l a redacción d e l Quijote, h a sido objeto de m u y
n u m e r o s o s t r a b a j o s : r e m i t o a l m i n u c i o s o l i b r o q u e a este t e m a h a d e d i c a d o
R.
E L S A F F A R , Distance and control in Don
c(
Quijote":
a study in narrative technique,
U n i v e r s i t y o f N o r t h C a r o l i n a , C h a p e l H i l l , 1 9 7 5 , y e n e l q u e se hallará a m p l i a
bibliografía. C a b e señalar también l a interpretación r e c i e n t e y s u g e s t i v a d e
M.
MOLHO,
" I n s t a n c i a s n a r r a d o r a s e n Don Quijote",
MLN,
1989, 273-285.
SYLVIA
562
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
personas d i f e r e n t e s , l a d e l t r a d u c t o r d e l t e x t o a l castellano y l a
del fingido e s c r i t o r m u s u l m á n . E l p r i m e r p r ó l o g o v a d i r i g i d o al
señor c o n d e de Saldaña — I ñ i g o L ó p e z de M e n d o z a , f u t u r o c u a r to d u q u e d e l I n f a n t a d o ; e n él, el p r e s u n t o " i n t é r p r e t e " — q u i z á
ese m i s t e r i o s o A l o n s o de Salazar c o n q u i e n c o l a b o r ó p o s i b l e m e n te, según se h a v i s t o , el a c t i v o b a c h i l l e r J u a n de M o l i n a — e x p l i c a
q u e fue c a u t i v o e n T ú n e z y allí e n c o n t r ó , escrita e n " a q u e l l a b á r b a r a lengua a r á v i g a " , l a historia o r i g i n a l para cuya traducción
p i d e a h o r a el f a v o r y el a m p a r o d e l c o n d e ; añade q u e , si b i e n le
i n t i m i d a l a p e r s p e c t i v a de e n f r e n t a r s e c o n esos " d e t r a t o r e s " q u e
s i e m p r e a n d a n c r i t i c a n d o m a l i c i o s a m e n t e l a l a b o r a j e n a , se h a d e c i d i d o a " s a c a r este l i b r o de l a e s c u r i d a d de l a l e n g u a en q u e est a b a " p a r a sustraerlo a l o l v i d o ; y , p o r fin, r e h u y e l a r e s p o n s a b i l i d a d de las i m p e r f e c c i o n e s q u e éste p u e d a t e n e r , a d v i r t i e n d o q u e
" s i l a h o r d e n del n o está a p l a z e r de t o d o s , echen l a c u l p a a l m o r o
q u e l o h o r d e n ó , pues y o e n m i t r a d u z i r n o he salido de su e s t i l o " .
F u e r a de l a b r e v e m e n c i ó n del c a u t i v e r i o t u n e c i n o de su a u t o r ,
n a d a tiene e n sí de s i n g u l a r esta d e d i c a t o r i a ; su c o n t e n i d o se
a j u s t a a las n o r m a s más c o r r i e n t e s d e l g é n e r o p r o l o g a l , c o m o son
el c a p t a r l a b e n e v o l e n c i a d e l d e s t i n a t a r i o , el a l a b a r i n d i r e c t a m e n te l a l e n g u a española, y el precaverse c o n t r a posibles críticas, c o n fesando c o n a p r e n s i v a m o d e s t i a su i n q u i e t u d e n el m o m e n t o de
e n t r e g a r a l p ú b l i c o u n a o b r a d e f i c i e n t e . T a m p o c o es n u e v a l a
ficción q u e consiste e n presentarse c o m o " t r a s l a d a d o r " de u n v e n e r a b l e m a n u s c r i t o r e d a c t a d o e n algún i d i o m a r e m o t o y poco m e nos q u e i n d e s c i f r a b l e . M o n t a l v o , q u e fue u n o de los p r i m e r o s e n
i n t r o d u c i r l a en l a l i t e r a t u r a de caballerías, a t r i b u y e l a autoría de
las Sergas a l m a e s t r o E l i s a b a t , testigo o c u l a r de las proezas de E s 7 7
78
7 7
D e l c a u t i v e r i o d e l a u t o r e n M a r r u e c o s n o h a y otro i n d i c i o q u e esta aser-
ción d e l prólogo; c o n ocasión d e l a s a n d a n z a s de L e p o l e m o p o r el n o r t e de
África, se m e n c i o n a n , además de T ú n e z , c i u d a d e s c o m o B o n a ( " Y p o n a " , c a p .
2 4 ) Kairuán ( " Q u i r á n " , c a p . 3 8 ) , y E l C a i r o , de c u y a iglesia c r i s t i a n a de " S a n ta A p o l o n i a " s o n feligreses L e p o l e m o y s u a y a (cap.
cos,
6 5 ) ; estos datos geográfi-
m e z c l a d o s s i n e m b a r g o c o n a l u s i o n e s a otros l u g a r e s de m a y o r fantasía
( " L i s s a " , " C l o t " , " L e r a " , " D u r o n " , e t c . ) , le p a r e c i e r o n suficientes a G a y a n gos
p a r a a f i r m a r q u e A l o n s o de S a l a z a r fue de los q u e " p o r a q u e l t i e m p o
gemían e n l a s m a z m o r r a s d e A r g e l y T ú n e z " : véase BAE,
7 8
A.
que
p.
t. 4 0 , p. l i i .
S o b r e l a p r e c e p t i v a y l a temática del prólogo, véase e l útil t r a b a j o de
P O R Q U E R A S M A Y O , El prólogo como género literario, C S I C , M a d r i d , 1 9 5 7 , d e l
están a u s e n t e s los l i b r o s de caballerías, c o n excepción d e l Cavallero
Cifar,
1 5 . Y s o b r e l a p r o g r e s i v a transformación d e l prólogo t r a d i c i o n a l p o r C e r -
v a n t e s , véase J . C A N A V A G G I O ,
(1977),
35-44.
" C e r v a n t e s e n p r i m e r a p e r s o n a " , JHPh,
2
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
563
p l a n d i á n ; y se d e c l a r a su t r a d u c t o r , valiéndose de esta e s t r a t a g e m a p a r a distanciarse hábilmente de su l i b r o , c o m e n t á n d o l o y e v e n t u a l m e n t e criticándolo c o m o si n o fuese s u y o . E l a u t o r d e l Lepolemo n o hace más q u e i m i t a r , c o m o o t r o s m u c h o s n o v e l i s t a s
caballerescos, este a r d i d l i t e r a r i o , q u e e n su t i e m p o todavía e r a
u n ingrediente ocasional del género, pero que en época posterior
se transformaría e n t ó p i c o o b l i g a t o r i o , d a n d o l u g a r a sutiles e i n geniosas a m p l i a c i o n e s .
7 9
L o q u e está f u e r a de l o c o m ú n n o es, p o r l o t a n t o , este p r ó l o go m i s m o , sino su v e c i n d a d c o n el simétrico d i s c u r s o d e l m o r o
X a r t ó n . C o m o e n u n o de esos ejercicios de o r a t o r i a escolar sobre
t e m a p r e f i j a d o , de q u e h a y t a n t o s e j e m p l o s e n los t r a t a d o s de r e tórica a n t i g u a , el p r ó l o g o de éste c o n s t i t u y e u n a m e r a repetición
c o n v a r i a n t e s d e l a n t e r i o r , y se limitaría a ser u n a s i m p l e glosa
si e n estas v a r i a n t e s , q u e parecen m í n i m a s , n o se expresara l a e x ó tica personalidad islámica de su i m a g i n a r i o a u t o r . Después de " a l a b a r a D i o s p o r todas las cosas q u e h a z e " , X a r t ó n se d i r i g e , c o n
zalamería típicamente m u s u l m a n a , a l Soldán Z u l e m a , a q u e l m i s m o príncipe a q u i e n años antes L e p o l e m o s i r v i e r a c o m o paje y
esclavo, y q u e a h o r a h a d a d o o r d e n q u e se e s c r i b a n los altos h e chos de su a n t i g u o c o m p a ñ e r o de i n f a n c i a . A u n q u e dispuesto a
obedecerle, el c r o n i s t a d e c l a r a a su señor q u e , e n u n p r i m e r m o m e n t o , vaciló e n c u m p l i r c o n su c o m e t i d o p o r t e m o r a las c e n s u ras de los " m u r m u r a d o r e s " , p e r o q u e finalmente se resolvió a
c e l e b r a r al b u e n C a b a l l e r o de l a C r u z " p a r a m e m o r i a de los q u e
v e n d r á n después de n o s o t r o s " . A c o n t i n u a c i ó n , el m o r o m a n i fiesta los escrúpulos q u e n o d e j ó de i n s p i r a r l e su m i s i ó n , a l c o n s i derar que
no era cosa conveniente, por ser t u Alteza m o r o y yo también, ponernos a hacer h o n r r a en escrevir loores de ningún cristiano.
P e r o decide c o n t i n u a r c o n su e m p r e s a , y a q u e
7 9
P a r a el p a p e l de E l i s a b a t y d e M o n t a l v o e n las Sergas, consúltese el texto
de éstas e n BAE,
t. 4 0 , p p . 4 0 3 , 427 y 4 9 5 - 5 0 1 . S o b r e l a i n f l u e n c i a e j e r c i d a
e n C e r v a n t e s p o r l a innovación de M o n t a l v o , véase M . R . L I D A D E
"Dos
h u e l l a s d e l Esplandián e n e l Quijote y e n el Persiles",
MALKIEL,
RPh, 9 ( 1 9 5 5 - 1 9 5 6 ) ,
1 5 6 - 1 6 2 . Y s o b r e el f e c u n d o d e s a r r o l l o d e l tópico d e l " a u t o r / t r a d u c t o r " e n l a
producción c a b a l l e r e s c a , E I S E N B E R G , " T h e p s e u d o - h i s t o r i c i t y of the r o m a n c e s
of c h i v a l r y " , QIA, 4 5 / 4 6 ( 1 9 7 4 - 7 5 ) , 2 5 3 - 2 5 9 ( r e p r . e n Romances of chivalry. . .,
pp.
1 1 9 - 1 2 9 ) , q u e también señala a l g u n a s d e s u s r e p e r c u s i o n e s e n el Quijote.
564
SYLVIA
NRFH,
ROUBAUD
XXXVIII
las bien hechas cosas en qualquier que estén las deve el hombre alabar y codiciar. P o r último p i d e d i s c u l p a s p o r las faltas u o m i s i o n e s q u e e m p a ñ a n
su c r ó n i c a , siendo i m p u t a b l e s las p r i m e r a s a su cansada v e j e z , y
las segundas a l a i m p o s i b i l i d a d de a v e r i g u a r los recónditos p o r m e n o r e s de l a c a u d a l o s a biografía de L e p o l e m o — l o c u a l le p e r m i t e g a r a n t i z a r q u e su l i b r o , si es i n s u f i c i e n t e , n o peca p o r e x a geración:
soy cierto que no me juzgarán que escrivo mas délo que hago sino
menos, porque todo no pudo venir a m i n o t i c i a .
80
C o n c l u i d o este n o t a b l e p r ó l o g o , l a intervención de X a r t ó n e n
el resto de l a h i s t o r i a es s u m a m e n t e d i s c r e t a ; sólo v u e l v e a a p a r e cer, realizadas y a las p r i m e r a s proezas de L e p o l e m o , e n u n ú n i c o
capítulo, d o n d e , i m p a c i e n t e p o r conocer al a f a m a d o c a b a l l e r o , v a
a v i s i t a r l e y , después de o b s e q u i a r l o c o n u n b r a z a l e t e m á g i c o dest i n a d o a p r o t e g e r l o de sus e n e m i g o s , le p r o f e t i z a sus t r i u n f o s f u t u r o s y le d a f r u c t u o s a s lecciones de n i g r o m a n c i a ; c o n ocasión de
esta e n t r e v i s t a , el t e x t o l o r e t r a t a c o n simpatía c o m o " h o m b r e de
b u e n a c o n d i c i ó n y c r i a n g a q u e j a m á s c o n su A r t e h i z o e n o j o a
n a d i e " . E n el Leandro el Bel, s i n e m b a r g o , l a actuación de X a r tón es más f r e c u e n t e y d e t a l l a d a : d e j a E l C a i r o p a r a v e n i r a A l e m a n i a , d o n d e se p r e s e n t a en el p a l a c i o i m p e r i a l c o n su v e s t i m e n t a m o r i s c a , p e r o resuelto a r e n e g a r de M a h o m a y a c o n v e r t i r s e
al c r i s t i a n i s m o (cap. 9 ) ; después de su b a u t i s m o , e n el q u e d a g r a cias a D i o s p o r h a b e r a l u m b r a d o su espíritu y p e r m i t i d o que a b a n donase sus falsas creencias, se le r e c o m p e n s a c o n el g o b i e r n o de
u n a isla d o n d e t i e n e l u g a r el g r a n e n c u e n t r o de los dos e m p e r a d o r e s d e l m u n d o c r i s t i a n o , el de O c c i d e n t e y el de O r i e n t e — L e p o l e m o y C o n s t a n t i n o , q u e le h o n r a n c o n su a m i s t a d p o r q u e " d e s p u é s q u e fue c r i s t i a n o j a m a s avía usado de las a r t e s ' ' ( c a p . 8 0 ) .
N o es o r i g i n a l , n i m u c h o m e n o s , e n l a p r o d u c c i ó n caballeresca,
esta figura de c r o n i s t a q u e , a d e m á s de p a r t i c i p a r c o m o personaje
8 1
8 0
D e los silencios i n v o l u n t a r i o s de X a r t ó n es b u e n e j e m p l o este c o m e n -
t a r i o q u e i n t e r r u m p e el relato de u n c o m b a t e : " l a h i s t o r i a n o p o n e aquí esta
b a t a l l a c o m o passó; p u e d e s e r q u e l a d e x a s s e de e s c r e v i r p o r e v i t a r p r o l i x i d a d ,
p o r a v e n t u r a p o r n o ser l a s p e r s o n a s c o n q u i e n se h i z o de m u c h a q u e n t a ; p o r
q u a l q u i e r a c o s a q u e s e a n o p o n e s i n o q u e [. . . ] el u n o fue m u e r t o y los dos
se d i e r o n p o r v e n c i d o s " : Lepolemo,
8 1
Ibid.,
c a p . 4 4 , fol. X X X V I
c a p . 4 1 , fol. X X X I I I
r°.
r°.
NRFH,
XXXVIII
C E R V A N T E S Y E L CABALLERO
DE LA
CRUZ
565
en l a h i s t o r i a d e l h é r o e , se e n c a r g a de e s c r i b i r l a . S e m e j a n t e p r o c e d i m i e n t o , d e s t i n a d o a c r e a r u n a impresión de h i s t o r i c i d a d a l a
vez q u e a p r o d u c i r sutiles efectos de e s p e j i s m o , y a había sido a m p l i a m e n t e a p r o v e c h a d a p o r los a n t i g u o s novelistas a r t ú r i c o s .
M o n t a l v o , a l a t r i b u i r l a r e d a c c i ó n de las Sergas al m a e s t r o E l i s a bat, l a reutilizó c o n e s t r i c t a fidelidad. Y s i g u i e n d o c o m o s i e m p r e
su e j e m p l o , los autores posteriores t a m b i é n h i c i e r o n de este a r t i ficio uno de los tópicos de sus
ficciones.
82
E n d e f i n i t i v a , l a i n n o v a c i ó n m á s saliente del Caballero de la Cruz
es ese p r ó l o g o d o b l e , e n q u e el e s c r i t o r se p r o y e c t a e n u n r e t i c e n te i n t e r m e d i a r i o de religión o p u e s t a a l a s u y a y q u e , al r e f o r z a r
el c o n t r a s t e e n t r e a u t o r fingido y supuesto t r a d u c t o r , a c r e c i e n t a
la c o n s i s t e n c i a l i t e r a r i a d e l s e g u n d o . F e l i c i a n o de S i l v a a d o p t ó este s i s t e m a e n su Amadis de Grecia, p e r o se limitó a c o p i a r l o t o r p e m e n t e , e n d e r e z a n d o su p r o p i a d e d i c a t o r i a c o m o " c o r r e c t o r " d e l
l i b r o a D i e g o H u r t a d o de M e n d o z a , y a t r i b u y e n d o a u n insípido
sabio g r i e g o , el e n c a n t a d o r A l q u i f e , u n p r ó l o g o d i r i g i d o a A m a dis de G a u l a , p r e s t i g i o s o antecesor de su p r o t a g o n i s t a .
8 3
C o n maestría h a r t o s u p e r i o r y c o n c e r t e r a intuición l i t e r a r i a ,
C e r v a n t e s fue a l o esencial: a l a f e c u n d a fórmula novelística q u e
se e n c e r r a b a e n este p a r a d ó j i c o a u t o r m o r o , e n q u i e n l a h o s t i l i dad r e l i g i o s a n o l o g r a c o n t r a r r e s t a r l a p u n t u a l i d a d histórica, pero q u e , a m e d i o c a m i n o e n t r e el a n t a g o n i s m o y l a a d m i r a c i ó n ,
p r e f i e r e c a l l a r p a r t e de las hazañas de su h é r o e p a r a n o excederse
en sus loores. A l g o e n l a sigilosa a c t i t u d de X a r t ó n parece j u s t i f i car el suspicaz c o m e n t a r i o q u e a c o m p a ñ a l a aparición de C i d e
H a m e t e e n el capítulo 9 de l a P r i m e r a p a r t e d e l Quijote, allí d o n d e
se e x a m i n a l a p o s i b i l i d a d de q u e éste, al n a r r a r las a v e n t u r a s d e l
I n g e n i o s o H i d a l g o , h a y a pecado más p o r o m i s i ó n q u e p o r exceso:
8 2
P a r a u n e j e m p l o , e n l a s n o v e l a s artúricas, de l a redacción de l a h i s t o -
r i a p o r p e r s o n a j e s d e l a h i s t o r i a m i s m a , r e m i t o a l Lanzarote e n p r o s a f r a n c e s a
del
siglo X I I I , d o n d e se d e s c r i b e n c i n c o sesiones s u c e s i v a s e n l a s q u e los hé-
roes d i c t a n e l r e l a t o d e sus a v e n t u r a s a los e s c r i b a n o s d e l r e y Artús: véase The
Vulgate version of the Arthurian
romances, e d . H . O . S o m m e r , T h e C a r n e g i e I n s t i -
t u t i o n , W a s h i n g t o n , 1 9 0 8 - 1 9 1 6 ( r e i m p r e s o , A M S P r e s s , N e w Y o r k , 1 9 6 9 ) , t. 3 ,
p.
429;
t. 4 , p p . 2 2 7 y 2 9 6 ;
y t. 5 , p p . 1 9 0 y 3 3 2 ;
y el c o m e n t a r i o de F . L O T ,
Etude sur le Lancelot en prose, B i b l . de l ' E c o l e des H a u t e s E t u d e s , P a r i s , 1 9 1 8
(reed. en
8 3
1954),
pp.
15-16.
E l Amadis de Grecia salió a l u z e n 1 5 3 0 ,
sólo n u e v e años después d e l Le-
polemo, lo c u a l d e m u e s t r a l a r e l a t i v a r a p i d e z c o n q u e el i n f o r m a d o F e l i c i a n o
sacó p a r t i d o d e l a invención de s u p r e d e c e s o r ; d e l doble prólogo d e l Amadís
de Grecia d a c u e n t a E I S E N B E R G ,
Romances of chivalry, p p . 8 1 - 8 2
y 124.
SYLVIA
566
ROUBAUD
NRFH,
XXXVIII
[.. . . ] cuando pudiera y debiera extender la p l u m a en las alabanzas
de tan buen caballero, parece que de industria las pasa en silencio:
cosa m a l hecha y peor pensada, habiendo y debiendo ser los historiadores puntuales, verdaderos y no nada apasionados, y que n i el
interés n i el miedo, el rancor n i la afición, no les hagan torcer del
camino de la verdad.
Y algo d e l e n t u s i a s m o de X a r t ó n p o r las v i r t u d e s c r i s t i a n a s de
L e p o l e m o h a dejado su h u e l l a en l a c o m p r e n s i v a simpatía c o n q u e
C i d e H a m e t e h a b l a de l a estoica p o b r e z a de D o n Q u i j o t e :
Y o , aunque m o r o , bien sé, por la comunicación que he tenido con
cristianos, que la santidad consiste en la caridad, humildad, fee, obediencia y pobreza .
84
G r a c i a s a su s i n g u l a r a u t o r m o r o , el Caballero de la Cruz puede e n o r gullecerse d e l p r i v i l e g i o de estar i n s c r i t o , a pesar de l a t e r m i n a n t e
c o n d e n a d e l C u r a , e n " l a t e l a de hermosos lizos t e j i d a " q u e u r d i ó l a fantasía c e r v a n t i n a .
SYLVIA ROUBAUD
Université de P a r i s - S o r b o n n e
Don Quijote,
I I , 44.