roi.i-mú.v -APOLO» I I`L PATIO I)K LOS ARRAY \M

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IXSKt'NO
I.AS I N O l I K i r t K N I •(•: l . \
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lURKTKAT»)
Por la espaciosa fronte pálida y pensativa,
d e s c á n d e la melena en dos ri/..s iguales.
N e b r o s f>jns mi.'prs, g r u e s a nariz lasciva,
la faz oval y fina, los labios sensuales.
S o b r e el flexible cuerpo, p e r t u r b a n la n e g r u r a
del enlutadu t r a j e que su dolor r e t r a t a ,
el d a n n u n z i a n o cuello con su ni v í a blancura
y con manchas s a n g r i e n t a s la flotante corbata,
A p u r a un cigarrillo Kedive, reclinado
en un diván o W u r » . \ e n t r e el humo azulado
del t.abac o. -us • <|< >s contemplan ron amor
el azul do las venas sobre las mano- jiñas
dignas de r a s c a r velos de princesas latinas
v ceñir el anillo d<-l S a n t o lYscador.
OAKIS H » .
FAR A I T LIO M
ilsTKRO
I In j-» « I liinebre casco de tu pelo
hay » n tu rostro una avidez malsana,
y n i tu i.'inii' morena J e gitana
un acre aroma J e pantera en celo.
1 lecha para el amor y tos placeres,
tiene-» la eternidad de un bronce griego..
I'u cuer po es llama viva, tu alma fuego..
¡Cíe -patra debió ser Como iu eres!
T u s finas manos de marfil imprimen
e n la c a r n e nerviosa sacudida...
Son tus ojos dos vértigos de c r i m e n .
Y esbelta y ágil, insaciable y f u e r t e
la adelfa de tus labios d á á la V i d a
la palidez s a g r a d a de la M u e r t e .
— iS
II
Ha jo la protección do tus pupilas
regrosaba o! rebaño á los rediles,
e n t r e un temblor metálico de esquila
y un d e s g r a n a r de flautas pastoriles.
Y un mastín de pupilas encendidas,
hirsuta piel y corpulencia brava,
e n t r e las altas hierbas
florecidas
las huellas de tu paso rastreaba.
C e ñ í tu talle, al expirar el día,
bajo el v e r d e nogal que protegía
la clara fuente de sonoros caños...
A l l í nuestros corderos se mezclaron,
v desde aquella tarde, pernoctaron
en un mismo redil nuestros rebaños.
Ill
A t r a v é s di- la túnica, la nievo
v el rubor de tus rosas se revela...
T u espíritu es más áyil v más leve
que el tino tul que tus encantos vela.
Al tálamo nupcial desnuda vienes
de espíritu v de carne. Tiemblan todas
las purezas en tí, mientras detienes
tu planta en el umbral de nuestras bodas.
Do t e r n u r a v de amor tu cuerpo ungiste
v de piedad las manos. L a P u r e z a
es
único v r l o que te viste...
¡A :i'i lecho nupcial sé bienvenida!
;l.a intn«»rtal juventud de tu belleza
e t e r n a juventud dará á mi vida!
IV
Lo presentido de tu c a r n e llega
bajo los oros de la tarde clara,
con la a l e g r í a de u n a virgen g r i e g a
que va á o f r e n d a r sus velos en el a r a .
Y se enciende al ardor de mi deseo
— pupila extática, boca lasciva —
tu correcto perfil de camafeo
como tallado en una llama viva.
—
23
—
Tiembla tu intacta lámpara. Presiente
el tibio soplo d e mi labio ardiente,
viendo en el blanco muro, estremecida
pasar la sombra de tu mano única ,
desatando los broches de la túnica
para el supremo triunfo de la Vida.
V
AI horde de la túnica blanquea
la maravilla de tu pie desnudo...
¡Para ser otra P a l a s At henea
sulo te falta el casco v el escudo!
L a s palomas de Kros. sorprendidas,
al verte, huyeron del indócil niñ-.»,
á a r r u l l a r sus amores, escondidas
bajo la gasa azul de tu cor piño.
Kn tus gestos «o esculpe la suprema
euritmia de una estátua ó de un poema,
lis música tu voz, y cuando cantas
las aves en los cielos se detienen,
y los leones, silenciosos, vienen
a lamer la blancura de tus plantas.
VI
l*n p e r f u m o de m u e r t a s p r i m a v e r a s
resucita e n el a i r e , c u a n d o e m p a ñ a s
la tentación azul d e las o j e r a s
con la sombra f u g a z d e t u s pestañas.
1.a a j a d a palidez de tus m e j i l l a s
evoca al p e n s a m i e n t o g r i s v triste,
lo f r á g i l d e las rosas a m a r i l l a s
q u e en último otoño me ofreciste.
Con los ojos cerrados, pensativa,
tan inmóvil y pálida, pareces
una muerta soñando que está viva.
\ r s tu mano tan blanca, que hoy. a p e n a s
bajo la nieve de sus palideces
azulea el relieve de las venas.
VII
Ella desnuda y tímida r e í a
a] ver en los cristales de la f u e n t e
su imagen que en la linfa t r a n s p a r e n t e
sus íntimos secretos descubría.
HI a g u a de placer se e s t r e m e c í a
«al copiarla en su seno. Y sonriente,
con gestos de pudor, en la corriente
la punta de los pies humedecía.
Miró brillar, do pronto, llameantes
mis ojos, en la v e r d e P r i m a v e r a
de las frondas. Los senos palpitantes
se cubrió con las manos temblorosas,
v bajo el oro de su cabellera
fué su cuerpo un reí «impago de rosas.
VII!
HI airo e r a mortal como un veneno,
y e n el febril p e r f u m e d e la siesta
se hinchaba, bajo el sol, igual q u e un seno
el v e r d e corazón de la
floresta.
S o r p r e n d í tu b l a n c u r a e n el descanso
del baño, b a j o el palio d e la u m b r í a . . .
HI a g u a t r a n s p a r e n t e del r e m a n s o
e r a el solo cendal q u e te e n v o l v í a .
— 31 —
H u b o un h e r v o r d e e s p u m a s e n las ondas,
al s e n t i r mí contacto, diste un grito:
y t r é m u l a s do a m o r vieron las f r o n d a s
en las a g u a s a z u l e s y s e r e n a s ,
e n t r e mis brazos, r e n o v a r s e el mito
d e los T r i t o n e s y d e las S i r e n a s .
IX
D e l r í o en los r e m a n s o s c r i s t a l i n o s
d e s h o j a b a el c r e p ú s c u l o s u s
flores,
y t u r b a b a la paz d e los c a m i n o s
el ¡evohé! d e K»s v e n d i m i a d o r e s .
C r u z ó un t e m b l o r d e flautas e n el v i e n t o .
I-as f r o n d a s e r a n al a m o r propicias.
S e i n s i n u a b a n besos e n tu a c e n t o
V en mis m a n o s t e m b l a b a n las c a r i c i a s .
Sobre las hierbas verdes y tranquilas,
s e n t í e n mortal a b r a z o e s t r e m e c e r s e
tu c u e r p o , ya r e n d i d o á mi q u e r e l l a .
Y c o n t e m p l é e n el m a r d e t u s p u p i l a s
a p a g a r s e la t a r d e , y e n c e n d e r s e
el f a r o azul d e la p r i m e r a e s t r e l l a .
X
lia jo el alio laurel, en el boscaje
V e n u s nos f u é propicia a q u e l l a h o r a .
R a s g a b a n las v e r d u r a s del paisaje
el velo azul v rosa de la A u r o r a .
\ ' { mis ojos t e m b l a r en tus zafiros
á mi tacto tu piel se hizo de seda,
y para oír la voz de tus suspiros
se d e t u v o la brisa en la a r b o l e d a .
HI sol, tu palidez agonizante
besó, á t r a v é s de la gloriosa r a m a ,
v entre los oros de su luz t r i u n f a n t e
quedó temblando en el campestre lecho,
como gotas de sangre e n t r e la g r a m a ,
algún rubí de tu collar deshecho.
XI
L a s brisas del crepúsculo venían
cargadas del olor de las montañas,
y suaves al pasar estremecían
con su cálido aliento tus pestañas.
Kn la muerta humedad de tus pupilas
sentí desfallecer la primavera,
mientras tintineaban las esquilas
en el silencio azul de la pradera.
A l %•< rte agonizante e n t r e mis brazos
sentí la tentación de a h o g a r t e en ellos..
I.a l a r d e e n s a n g r e n t a b a los ribazos.
\ á !->s reflejos de su luz postrera
:ird:i ron fugitivos tus cabellos
«.>:n.i un á u r e o vellón en una h o g u e r a .
XII
Kra la t a r d o como un rojo velo
quo p a l p i t a n t e en el P o n i e n t e a r d í a ,
m i e n t r a s en el rosal azul del cielo
el n a c a r d e la luna florecía.
H u b o on tu labio un r u e g o y h u b o un v a g o
temor en tu pupila incitadora...
L a f u g a del c r e p ú s c u l o en el l a g o
d a b a á tu tez un r e s p l a n d o r d e «aurora.
—
39
~
C r u z ó un p l a ñ i r d e b r o n c e s por los llanos.
B e s é t u s labios y a c a l l é tu r u e g o , .
S e n t í en la nuca el peso de t u s manos.
m i r a n d o en t u s pupilas d i l a t a d a s
d e s h a c e r s e en r e l á m p a g o s de f u e g o
la n e g r a t e m p e s t a d de t u s miradas.
XIII
S u r g i ó , de pronto, tu silueta impresa
e n t r e las sombras y á mi e n c u e n t r o vino
con un e n c o r v a m i e n t o de felino
que se dispone á d e v o r a r su presa.
T e sentí palpitar e n t r e mis brazos,
tu cálido contacto m e e n c e n d í a ,
m i e n t r a s mi débil c u e r p o hecho pedazos
en tus g a r r a s de esfinge sucumbía.
—
4
l
—
Y la fiera dormida despertóse
en mi carne, y, rugiendo abalanzóse
sobre tu cuerpo, con la fauce abierta.
ávida de morder... Y cuando el d í a
m>s alumbró, sobre tu íaz corría
una azulosa palidez de m u e r t a .
XIV
¡Oh. el d e s p e r t a r en el f r a g a n t e prado!
S o b r e mi brazo el peso de tu cuello,
y tu mano en mi hombro, y el callado
p e r f u m o d e tu a l i e n t o y tu cabello!
I.a sonora f r e s c u r a de las fuentes,
de las a l o n d r a s el p r i m e r g o r g e o ,
y ti:.s t í m i d a s f r a s e s balbucientes
e n t r e a l g ú n perezoso p a r p a d e o . . .
—
4 3
—
HI sueño que los músculos e n e r v a
se borra a n t e los trémulos destellos
del sol q u e tiembla en el cristal del río.
V luego, sacudir sobre la hierba
húmeda, al abrazarnos, los cabellos
r u t i l a n t e s de gotas de rocío!
— 41 —
T ú fuiste p a r a el p o b r e p e r e g r i n o
en l a s f a t i g a s d e la t a r d e r o j a ,
una flor q u e se cojo en el c a m i n o ,
se a s p i r a su p e r f u m e y se deshoja.
Majo el Cándido lino de tu t i e n d a
á mis n ó m a d a s p e n a s s o n r e i s t e . . .
A m a n e c i ó . Y m e p e r d í e n la s e n d a
mucho m á s solo, p e r o m e n o s triste.
— 45
Disipóse e n la blanca polvareda
tu silueta, á lo lejos... Hoy no qut J a
m á s que una frágil sombra q u e indeci
a t r a v i e s a mis sueños balbuciente •
Sólo r e c u e r d o el blanco de tus dientes
e n t r e el rojo clavel de tu sonrisa.
ROMANCES
P A R A MANUEL S. IMC H ARDO
ROMANCE AMOROSO.
— ¡ P a j e mío, p a j e mío,
dime, ;por qué e s t á s tan pálido?
Son dos lises tus mejillas,
dos a z u c e n a s t u s manos...
L a s o j e r a s de t u s ojos
como los lirios morados.
--Pasé la noche, á la luna
por t u s jardines vagando;
y el p e r f u m e de t u s rosas
m e puso el rostro t a n pálido.
~
4S.» —
4
—Si ol p e r f u m o d e mis rosas
la color te ha cambiado,
e n t r a esta noche, á la una,
por la v e n t a n a , e n mi c u a r t o
; T e h a r é volver los colores
con las rosas de mis labios!
K1 p a j e al sonar la u n a ,
c r u z a el salón del palacio.
C a l z a s a n d a l i a s de seda
p a r a a n d a r sin ser notado,
y en el c u a r t o de la i n f a n t a
por la v e n t a n a se ha e n t r a d o .
E l sol d o r a b a el O r i e n t e ;
c u a t r o veces cantó el g a l l o
y e n t r e los a l t o s r o s a l e s
el p a j e t o r n a callado,
como u n a sombra sin vida,
igual q u e un m u e r t o de pálido.
]Doblaban l e n t a s v tristes
las c a m p a n a s J e palacio!
Y e n el rincón más obscuro
del ruinoso camposanto,
por orden del R e y , dos hombres
una fosa están cavando!
KOMANCK MORISCO.
U n a horca están poniendo
e n las torres del A l h a m b r a
p a r a colgar, á la a u r o r a ,
á Moraima, la S u l t a n a .
E n un potro jerezano,
a r m a d o de todas a r m a s ,
por el camino de A t a r l e
el bravo A l i a t a r cabalga
—
53
~
A n t e sus ojos, cual nubes
álamos y olivos pasan,
v <*s tan densíi y tan obscura
la polvareda q u e alza,
que las g e n t e s del camino
no l o g r a n verle la c a r a .
C r u z a n d o va P u e r t a E l v i r a ,
y es su c a r r e r a tan r á p i d a
q u e cuando la oye el oido
ya no le vé la m i r a d a .
Ha jo los cascos del potro
de B i b a r a m b l a en la plaza
l a n z a n d o chispas de f u e g o
las piedras r o t a s s a l t a b a n .
; A q u é vienes, A3 ¡atar?
el R e y colérico e s c l a m a .
— V e n g o A s a l v a r con tu m u e r t e
la vida de la Sultana...—
—
54 —
Y desenvainando el corvo
hierro de sa cimitarra,
de un tajo le segó el cuello
al Rey moro de G r a n a d a .
Y la cabeza del Rey
en la punta de una lanza,
goteaba sangre, A la aurora,
en las torres del A l h a m b r a .
C A N C I O N ICS D E XI Sí OS.
PARA
JOSÉ
SANTOS
CHOCANO
í
LA PRIN'CKSA KNC'ANTAI >A.
I.a mano de un ensueño me condujo
á l a A l h a m b r a de mármol y crista!,
donde encantada yaces b a j o el lujo
de un verde y l l a m e a n t e n a r a n j a l .
I'alomita sultana! Kn tu cabeza
al peinarte, clavó l a r g o alfiler
la m a g a que envidiaba tu belleza,
y se trocó en paloma la m u j e r .
Yo venceré dragónos y gigantes
para llegar donde tu vida espera.
Tu áureo alfiler arrancará mi amor.
V surgirás... Kl peine de diamantes
peinando el oro de tu cabellera
en la penumbra de un naranjo en Hor.
II
L A S T R E S TORONJAS.
H a y tres toronjas cerca de un lagu;
áureos esmaltes e n t r e el verdor.
Son t r e s princesas que encantó un mago
porque n i n g u n a quiso su amor.
' na es muy rubia, su porte es g r a v e .
L a otra morena, rosa carnal...
D e la pequeña sólo se sabe
que no ha existido ni existirá.
—
C>
i —
Para robarlas treparé un día
los e n c a n t a d o s m u r o s espesos...
A n t e mis p l a n t a s c a e r á el d r a g ó n . . .
D a r é á la r u b i a mi p o e s í a ,
á la m o r e n a d a r é mis besos,
y á la p e q u e ñ a mi corazón.
—
62
—
Ill
C A P K K I K I T A.
— C a p e r u c i t a . la m á s p e q u e ñ a
de mis a m i g a s . «en d ó n d e está)
— AI viejo bosque se fué por l e ñ a ,
por l e ñ a seca p a r a a m a s a r .
- C a p e r u c i t a . di, ; n o ha venido?
{£ómo t a n t a r d e no regresó?
— T r a s e l l a todos al bosque han ido,
p e r o n i n g u n o se la e n c o n t r ó .
-
63
-
— D e c i d m e , n i ñ o s , ; q u é e s lo q u e p a s a ?
• Q u é m a l a n u e v a l l e g ó á la casa?
.Por qué esos llantos? ; P o r q u é esos gritos?
Caperucíta no regresó?
-Solo trajeron sus zapatitos...
D i c e n q u e u n lobo s e la c o m i ó !
F.L
PRÍXCIPE,
— D e c i d m e {visteis aquel q u e adoro?
P o r t a en sedosa bolsa escarlata
p a r a mis dedos cintos de oro,
para mis sienes velos de plata.
H o r d a d o e n g e m a s f u l g e su sayo:
sus a r m a s lanzan á u r e o s fulgores...
Fia jo l o s c a s c o s d e s u c a b a l l o
hasta en la a r e n a brotan las flores—•
C a n t a la v i r g e n . . . P o r los s e n d e r o s
e n flor, s e e s f u m a l a p r i m a v e r a . . .
"Pórtanlo herido c u a t r o escuderos;
y desolada la niña a d v i e r t e
q u e b a j o el o r o d e la v i s e r a
s u rostro e s pálido como la m u e r t e .
—
00
—
V
KL A N I L L O D E LA
RKINA.
E s t á la R e i n a l l o r a n d o á solas,
p o r q u e el a n i l l o q u e el R e y la dió
cuando casaron, cayó en las olas
y u n pez m u y r o j o se lo t r a g ó .
— D e la s o r t i j a n u p c i a l , {qué h a s hecho?
—No la h e perdido!.. C a y ó s e al m a r . . .
Y el R e y celoso, e n su d e s p e c h o
á la Princesa mandó matar.
-
O7
-
Solo á su estancia se f u é á c o m e r . . .
U n pez sirvieron s o b r e l a m e s a .
S e vi ó al m o n a r c a p a l i d e c e r ,
p o r q u e al p a r t i r l o , e n él s e h a l l ó
el á u r e o a n i l l o q u e á la P r i n c e s a
al d e s p o s a r s e le r e g a l ó .
— r,N —
HALADAS.
l'ARA AI.I KKDO Í.ÍVMFZ JAIMJ
I
H i l á b a m o s .aquel d í a
á la s o m b r a d e los tilos;
« i r a b a el huso en sil< ncio
c u a n d o pasó el p e r e g r i n o .
— ¡Oh, j ó v e n e s h i l a n d e r a s
—con t r é m u l a voz nos dijod e la ciudad del e n s u e ñ o
es e s t e , acaso, el camino?
A l e s c u c h a r sus p a l a b r a s
de rubor enrojecimos,
y de nuestras manos trémulas
cayóse el huso y el lino.
I . e indicamos el s e n d e r o ,
y s e perdió el p e r e g r i n o . . .
— H e r m a n a , {por q u é s u s p i r a s
s u s p i r a n d o nos dijimos...
Y proseguimos hilando
á la s o m b r a d e los tilos
I!
Kn la quietud de la noche
su mam» llamó á mi p u e r t a . . .
L a l á m p a r a se ha a p a g a d o . .
¡ E s p é r a t e q u e la e n c i e n d a !
Kn el n o c t u r n o silencio
volvió á l l a m a r con más f u e r z a .
¡Cuando a c a b e de vestirme
b a j a r é á a b r i r t e la p u e r t a l
— 73 —
L a vieja llave d e oro
deseché con m a n o t r é m u l a . .
KI viento a p a g ó la l á m p a r a ;
y e x c l a m é tímida:
Kntra.
Y temerosa, apoyada
e n el dintel de la puerta,
sentí el eco d e sus pasos
a p a g a r s e en las tinieblas.
Ill
— H e r m a n a , junto á la f u e n t e
se acercó á pedirnos a g u a .
¡La sed que sació su boca
ha quedado en n u e s t r a s a l m a s
S u mano tocó este barro,
su labio besó este á n f o r a ,
y desde entonces p a r e c e
que al c a e r e n ella el a g u a
a l g u n a cosa despierta...
y que es su voz quien nos habla.
-- H e r m a n a , tus m a n o s t í m i d a s
d e s a t a r o n las sandalias,
y e n j u g a r o n t u s cabellos
las heridas de sus plantas...
Por eso. si me acaricias,
mi faz se pone lan pálida,
q u e se m e escapa la s a n g r e ,
y se c i e r r a n mis pestañas.
D e j ó en tus rubios cabellos
un p e r f u m e q u e e m b r i a g a
mi corazón de t e r n u r a
y de c a r i ñ o mi a l m a . . .
— Hermana, entre aquellos álamos
q u e á la luna son de p l a t a ,
vimos b o r r a r s e su sombra...
• Y desde entonces, hermana,
v e n i m o s j u n t o á la f u e n t e ,
á h e n c h i r de a m a r g u r a el á n f o r a
d o n d e él a p o y ó s u s labios,
con ia niel Uc
,.
IV
—Vísteme, vísteme, hermana,
con su t r a j e y con sus joyas:
corOname d e a z a h a r e s ,
pon m e su a n i l l o d e bodas.
q u e q u i e r o , si á v e r m e l l e g a
a n t e s q u e b a j e á la fosa,
q u e m u e r t a y todo, m e e n c u e n t r e
vestida e n t r a j e d e n o v i a .
—
79
—
D e l a m a d e r a do t á l a m o
q u e h a g a n el f é r e t r o a h o r a ,
v a d ó r n a l o con l a s s á b a n a s
q u e b o r d é p a r a mis bodas.
Y si él se m u o r e d e p o n a
al v e r m e m u e r t a , coloca
su c u e r p o al lado del m í o
b a j o u n a c a r g a d e rosas.
Y si n o v i e n e , q u e s e p a
q u e e n el f o n d o d e l a fosa,
c o m o e n u n lecho, l e e s p e r o
vestida en t r a j e de novia.
— 8o —
L a c l a r a luz d e la l á m p a r a
a l u m b r a tu r o s t r o pálido,
m i e n t r a s el huso d e p l a t a
g i r a r á p i d o en t u s m a n o s ,
con el lino del e n s u e ñ o
tu v e l o nupcial hilando.
L a lámpara arde... Parece
que quiere decirte algo...
- N o c i e r r e s A la e s p e r a n z a
t u b a l c ó n . V e n d r á el a m a d o
u n a noche, vacilante
como un ebrio, sujetando
los l a t i d o s i m p a c i e n t e s
d e su pecho, con l a s m a n o s » .
L a última perla de ensueño
e n l a c l e p s y d r a ha t e m b l a d o
S e estremecen las cortinas..
L a lámpara está esperando
q u e su l u z t r é m u l a a p a g u e n
u n o s t e m b l o r o s o s labios.
VI
—{A d ó n d e vas p e r e g r i n e ,
silencioso v empolvado,
las b a r b a s e n m a r a ñ a d a s ,
rotos el sayal y el báculo,
con los cabellos al viento
sobre los hombros
flotando?
— h l viento a r r a s ó mi casa.
Sal s e m b r a r o n en mis c a m p o s
¡He visto á c u a n t o s a m a b a
morir d e a m o r en mis brazos!
—¿Qué buscas, q u é esperas?
-Nada.
—;A d ó n d e vas?
— A l acaso,
como las h o j a s q u e el viento
a r r e m o l i n a á mi paso.
— D e t e n t e por Dios, viajero!
H a y un lecho en mi palacio
donde j a m á s el A m o r
al pudor ha d e s n u d a d o .
V e n t e , y d e j a r é mí vida
como un p e r f u m e en t u s labios! —
Y a l e j ó s e el p e r e g r i n o
silencioso v empolvado,
con los cabellos al viento
sobre los hombros
flotando.
las oarbas e n m a r a ñ a d a s ,
rotos el saya! y e! báculo.
L l o r a n d o quedo la virgen,
y él también se fué llorando.
VII
L l a m a r o n quedo, muy q u e d o
A las puertas de la casa.
- {Será a l g ú n sueño
le dije —
que viene A a l e g r a r tu alma?
—¡Quizás! contestó r i e n d o . *
S u risa y su voz soñaban.
Vol vieron á l l a m a r quedo
á las puertas de la casa...
— 87 —
—Será el amor?
gritó, pálido
llenos los ojos de lágrimas...
—Acaso
dijo m i r á n d o m e . . .
S u voz de pasión t e m b l a b a . . .
Llamaron quedo, muy quedo
á las puertas de la casa.
—¿Será la Muerte? - l e dije..
Ella no me dijo nada...
V se q u e d ó inmóvil, r í g i d a ,
sobre la bftinca a l m o h a d a ,
las manos como la c e r a
y las m e j i l l a s m u y pálida».
VOCES PERDIDAS
P A R A LUIS LÓPKZ
RALLKSTRROS
I
I
EL MADRIGAL DE LAS VIOLETAS.
E n t r e la g r a m a d e la orilla a b i e r t a s ,
v i e n d o las a g u a s r e s b a l a r t r a n q u i l a s ,
nos r e c u e r d a n á veces las pupilas
y las o j e r a s d e las novias m u e r t a s .
¡Oh, mi p r i m e r amor!... M e l a n c o l í a s
f u t u r a s q u e t u s ojos m e a u g u r a r o n . . .
¡Cogiendo una violeta se e n c o n t r a r o n
t u s m a n o s t e m b l o r o s a s con las mias!
¿N'o te evoca, poeta, su f r a g a n c i a ,
á
p r i m e r a novia do tu infancia,
c u y a s c a r t a s conservas bajo Haves
con e! p r i m e r soneto e n tus g a v e t a s ,
y de la q u e ahora sólo sabes
q u e e r a n sus ojos como dos violetas?
II
OKI. LIBRO D E L DOLOR.
L a sed q u e la fiebre aviva
en l a l l a n u r a desierta:
¡postración del a l m a m u e r t a
d e n t r o de la c a r n e viva!
Y un a f á n , sólo un a f á n
de paz y r e n u n c i a m i e n t o . . .
— ¡Canciones q u e t r a j o el viento
y q u e en el v i e n t o se van!
— 93 —
—; Y los brazos enlazados
al cuello, e n la despedida?
— ¡Pobres brazos de la vida
b a j o la t i e r r a olvidados!
S i e m p r e lo desconocido,
la sombra q u e te a c o m p a ñ a ,
y el filo de una g u a d a ñ a
sobre el cuello suspendido.
Y la inquietud de morir
y el espanto de n a c e r . . .
¡ D e n u e v o volver A s e r
p a r a volver á s u f r i r !
—
04
—
Ill
I H O R A
ROMANTICA.
L a sombra do D o n j u á n , con paso lento
s e p r o y e c t a e n la c a l l e r e t o r c i d a ,
e s p a d a al c i n t o , c a p a d e s c e ñ i d a ,
y l a a n c h a p l u m a d e l c h a m b e r g o al v i e n t o .
T r a s las e s p e s a s r e j a s del c o n v e n t o
Inés a g u a r d a t r é m u l a . L a vida
se escapa por sus venas k medida
q u e s e a p r o x i m a el p a s o s o m n o l i e n t o .
—
95
~
B r i l l a l l e n a d e luz u n a v e n t a n a . . .
R e z a n las monjas... Y doblar se siente
al a g i t a r l a el viento, u n a c a m p a n a .
— ; P o r q u i é n son, D o ñ a I n é s , esos c l a m o r e s ?
Y ella, responde silenciosamente:
— ¡ U n a novicia q u e m u r i ó de a m o r e s !
-
rjG
-
IV
EN L A VI TELA t*K U N A B A N I C O
L a lluvia, con s e s g a d a s
l i n e a s grises, esíurna
los campos silenciosos.
Las ramas deshojadas
a g i t a n en la b r u m a
sus b r a / o s temblorosos.
Ni un g o r g e o ni un eco t u r b a n la a d u s t a c a l m a
d e ! p a i s a j e sin
flores...
—
9 7
—
L a humedad del crepúsculo se nos m e t e en el a l m a . . .
S e borran en las nieblas las vidas sin amores.
E r r a n t e s peregrinos.
los húmedos cabellos á l«»s vientos flotantes,
contemplan taciturnos sus pálidos s e m b l a n t e s
t e m b l a r sobre las charcas de los largos caminos.
l ' o r los parduscos muros se desliza la lluvia
con lentitud de lágrimas, y t r a s la vidriera
se inclina melancólica una cabeza rubia:
el rostro todo ojos v los ojos ojeras.
Y escondida en el cesped. sobre el húmedo suelo,
yace una blanca y lívida cabeza e n s a n g r e n t a d a :
de sus ojos vidriosos en la débil m i r a d a
se refleja la obscura pesadumbre del cielo.
L a clara voz del A n g e l u s esparce una d u l z u r a
de paz sobre el paisaje. Hay temblor, hay t e r n u r a
— <>S —
do verdes hojas bajo los a p a g a d o s grises
q u e m a n c h a n los movibles lienzos del a g u a c e r o . . .
T a l e s son ¡oh, mi a m a d a otoñal, los países
q u e copiar en las sedas de tu abanico quiero!
KN KL Y E R M O .
Ni con rozos ni a y u n o s c o n s e g u í a
b o r r a r de su memoria el p e n i t e n t e
a q u e l l a blanca e s t a t u a s o n r i e n t e
q u e a u n e n sueños los brazos le t e n d í a .
Kl cilicio su c a r n e e n r o j e c í a ,
dobló hasta el polvo la a b a t i d a fren*.*,
y cual herida y lúbrica s e r p i e n t e
su c u e r p o e n espiral se r e t o r c í a .
S e alzó, p r e s a d e impúdicos a r d o r e s . . .
U n g r i t o de pasión c i e g a y r a b i o s a
d e s p e r t ó á los c h a c a l e s del d e s i e r t o ;
y A la luz d e la l u n a , u n o s p a s t o r e s
e n los m a r m o r e o s b r a z o s d e la D i o s a
al s a n t o cenobita h a l l a r o n m u e r t o .
—
102
—
RIMAS I>EI. AM(iR Y D E E A S O L E D A D
PARA
Jl'LIO
FLÚRKZ
I
¿Qué te dijo la música perdida
en las f r a g a n t e s r á f a g a s del viento,
al e x t e n d e r los p l i e g u e s de la túnica
v a b i t a r la ilusión de t u s cabellos?
;Quv labio a r d i e n t e te a p a g ó la l á m p a r a ,
y en la ansiedad s u p r e m a del silencio
rasgó la irágil seda del cor piño
para a s p i r a r las rosas de tu seno?
-
!»5 —
Y las sedosas m a n o s d e q u é sombra,
resbalando e n t r e e n c a j e s y e n t r e velos,
se q u e d a r o n de amor e s t e n u a d a s
al cálido contacto de tu cuerpo-
P á l i d a s y sin s a n g r e las mejillas,
yaces como una m u e r t a sobre el lecho.
Y m i e n t r a s canta el ruiseñor, v tiembla
en el balcón la escala de Romeo,
la blanca luna, a t r a v e s a n d o e n c a j e s
empolva con su plata tus cabellos.
-
11 y i
II
L a noche m e envolví'"» como un p e r f u m e
v en e! silencio t u s pisadas e r a n
un lento r e s b a l a r de terciopelos
sobre una f r á g i l ilusión de sed:1..
T e m b l ó tu corazón b a j o mi man-»
con timideces de p a l o m a p r e s a ,
v aspiré en el a l i e n t o de tu hoc;»
todo e l p e r f u m e de la p r i m a v e r a .
T u s rizos m e envolvieron! V e n t r e el v
o l o r á m u s g o d e tu c a b e l l e r a ,
s u s p i r a n t e a b s o r v í r o m o un v e n e n o
el a c r e a r o m a d e tu c a r n e e n f e r m a .
—
toN —
ill
T e m b l a b a s d e i m | « i e t u d : N o c t u r n a s brisa
a g i t a n d o los leves cortinajes,
e n t r e a r o m a s camp< sit e s , n o s t r a j e r o n
e c o s d«» m e l a n c ó l i c a s c a n t a r e s .
L a f r á g i l flor d o l u z d e n u e s t r a l á m p a r a
d e s h o j ó s u s f u l g e n c ¡ a s e n el a i r e ,
y la n o c h e p l e g ó s e o r n o u n v u e l o
á las vivas t u r g e n c i a s de tu c a r n e .
K*i
Bajo el tul invisible de la sombra
tuvo tu cuerpo tibias suavidades
de musgo bajo el sol. y hasta el salobre
-.a^or de las espumas de los mares.
—
Mu
—
IV
Música de claros surtidores
- q u é dices á his verdes a r r a y a n e s
que tiemblan al oirte y palidecen
cual si lucran de pronto á d e s m a y a r s e
Música de los claros surtidores
-;qut' caricias d e r r a m a en el a i r e
qui- :tl sonoro llover de tus est relia*
se rsjr,-mecen las r a m a s de Jos árNole
v e l ruiseñor se calla, v l e n t a m e n t e
deshojan su p e r f u m e 1 « r o s a l e s ?
; 0 h . mi tímido amor sin e s p e r a n / a .
qu< ni de dichas ni de besos sabes
porque los labios que b e s a r soñabas
va jamás se han de abrir para b e f a r t e .
Son mis versos como esos suriidore-»
que en el silencio de la noche a b r e n
en la paz del jardin, bajo la luna,
sus claros abanicos de d i a m a n t e s '
V
A l m a vigila tu secreto. Espera
el paso fugitivo de esa sombra
q u e h a r á e n tus viejos parques otoñales
r e s u c i t a r las a g o s t a d a s rosas.
Kspera el oro de esas frescas voces
q u e h a r á n a b r i r s e y florecer la losas,
m i e n t r a s t r i u n f a l e s las c a m p a n a s viejas
d e tu l'asión r e p i c a r á n á ('.loria...
11 ;
¡ M i l a g r o s d e un a m o r e t e r n o y s a n t o
t r a s las m i s e r i a s d e esta vida sórdida!
Mesón d o n d e el perdido c a m i n a n t e
c a n s a d o del c a m i n o y d e la t o r v a
p e s a d u m b r e infinita d e los d í a s ,
c i e r r a los ojos tristes, y r e p o s a
s o ñ a n d o e t e r n a s dichas, e n los brazos
d e silencio y de paz d e a l g u n a s o m b r a .
*
1 ) 4 -
VI
L a s l á g r i m a s sonoras do u n a copla
con ol p e r f u m e de la noche, e n t r a n
p o r mi balcón, y todo c u a n t o d u e r m o
en mi callado corazón d e s p i e r t a
«¡Amor! ¡amor! ¡amor! S a n g r e do orlos»
g i m e la t r i s t e copla c a l l e j e r a :
b l a n c a paloma herida q u e s a n g r a n d o
á r e f u g i a r s e á mis r e c u e r d o s l l e g a .
; Y a no r e c u e r d a s a q u e l r o s t r o pálido,
l a s pupilas t a n g r a n d e s y t a n n e g r a s
q u e te hicieron odiar al a m o r inismo
v m a l d e c i r la vida y la b e l l e z a ,
y a n m r al c r i m e n y g u s t a r la s a n g r e
q u e tibia m a n a de la h e r i d a fresca?
D u e r m e va, corazón... Sí* va la música
a u l l a n d o de pasión por la c a l l e j a .
Y e n la paz d e la noche solo l a t e
el t i e m p o e n el reí ó q u e , lento, c u e n t a
las v e n t u r a s p e r d i d a s p a r a s i e m p r e
v los dolores q u e s u f r i r t e q u e d a n .
«¡Amor, a m o r , a m o r ! - ¡Que n a d i e bese
lo q u e ni e n s u e ñ o s mi e s p e r a n z a besa!
¡ A n t e s q u e e n brazos d e o t r o a m o r prefiero
e n t r e mis brazos c o n t e m p l a r t e m u e r t a !
- II'» —
Vil
L a levo sombra d»- un m uerdo a v a n z a
sin r o m p e r los cristales de l silencio,
v se inclina á mi oído y en él vierte
a l g o que es solamente como un i co
de p a l a b r a s a h o g a d a s en la brisa
v músicas perdidas en el viento.
Y á su tacto, de súbito, se r a s g a n
las t e l a r a ñ a s de la sombra, y siento
su c a r n e palpitar e n t r e mis brazos
y colgarse sus manos de mi cuello.
••Quién eres? - Dónde estás? Kn mis pupilas
sólo la vaga sensación conservo
de unos labios muy rojos y m u y tibios,
y unos ojos muy g r a n d e s y m u y n e g r o s
que brillan e n un rostro e x a n g ü e y pálido
bajo la tempestad de los cabellos...
A b r o los ojos á la luz, y miro
a l g o como la sombra de un aliento
q u e h u m e a en el a m b i e n t e , y se disipa
e m p a ñ a n d o el cristal de los e s p e j o s '
—
118
—
0
VIII
A b r í las m a n o s sobro t i surco estéril
y el t r i g o cayó en él. S e hizo el m i l a g r o ;
s u r g i e r o n y g r a n a r o n las espigas,
y las h a m b r e s üe todos se saciaron
D e la roca brotó la c l a r a f u e n t e
al g o l p e d e mi v a r a ,
y los labios d e todos los sedientos
su sed c a l m a r o n en las f r e s c a s a g u a s .
— i ly —
jOh, mi ¡ns.iciada e t e r n a ! O h . t ú . la U n i c a !
¿p«r q u é t a n t a r d e h mis r i b e r a s v i m o s ?
Mi corazón es un estéril p á r a m o . .
Mi pobre a l m a es una seca f u e n t e !
—
120
—
IX
U n a p r o f u n d a indecisión a g i t a
la túnica s a n g r i e n t a de mi a l m a .
H e perdido el camino de la vida.
IC1 Bien y el Mal me c a n s a n ,
y solo sigo el ritmo q u e en mis v e n a s
l a s t u r b u l e n c i a s de la s a n g r e m a r c a n .
N o m e esclaviza ni el poder ni el oro.
p o r q u e ni glorias ni r i q u e z a s sacian
este a r d o r insaciable d e mi c u e r d o
y esta sed infinita de mi a l m a .
¡Amor! Hubo un i n s t a n t e en que á la s o m b r a
d e las verdes p a l m e r a s de S a m a r i a ,
mis labios melancólicos saciaron
su a r d o r e n la f r e s c u r a de t u s a g u a s .
Mas la sed de mi espíritu no ha hallado
en la a r d i e n t e aridez de su jornada,
bajo la sombra de las t r e s p a l m e r a s ,
el Anfora de la S a m a r i t a n a . . .
Sed d e inmortalidad, sed de infinito
;cn q u é labios en flor podré a p a g a r l a
si de a m a r s e las a l m a s se f a t i g a n
y hasta los labios de b e s a r se cansan?
Por eso voy v a g a n d o por la vida,
f u g a z como la sombra de un f a n t a s m a ,
sin p e n s a r en q u é f u e n t e ni en q u é árbol
f r e s c u r a y paz e n c o n t r a r é m a ñ a n a .
X
¿Qué fuistes e n su vida sino un viejo
y e n f e r m o p e r e g r i n o , q u e , por l á s t i m a
á su e d a d y á lo l a r g o del c a m i n o ,
por u n a n o c h e te o f r e c i ó posada?
; \ o n o t a s q u e la s o m b r a de t u s p e n a s
se p r o y e c t a en la vida d e la c a s a ,
q u e los niños no j u e g a n , ni la a b u e l a
hila su cofia, ni el c a n a r i o c a n t a ,
—
I 2 i
—
y los p e r r o s a u l l a n c u a n d o e n t r a s
como al paso invisible de un f a n t a s m a
MI la d e j ó de hilar su blanco velo,
t e m i e n d o q u e á la luz de tu m i r a d a
el símbolo m á s p u r o d e sus nupcias
s i r v i e r a á sus e n s u e ñ o s de m o r t a j a .
S i g u e tu e t e r n a r u l a , p e r e g r i n o
Mmpuña tu bordón y dá las g r a c i a s . . .
T u a m o r s e r á como esas c a m p a n i l l a s
a z u l e s q u e festonan su v e n t a n a ..
V i v i r á e n la p e n u m b r a de una noche
p a r a morir al sol d e la m a ñ a n a .
XI
M e inclinó e n el silencio de la noche
con el oído en t i e r r a , por si o í a
sobre la p a z obscura del c a m i n o
los pasos fugitivos de la V ida.
l i r a n los cielos cual b r i l l a n t e e s m a l t e
d e a z u l , lleno d e e s t r e l l a s esculpidas,
y en la p é t r e a e x t e n s i ó n de la e s p e s u r a
la p l a t a d e las a g u a s no c o r r í a .
L a m a n o coloqué sobre mi pecho,
y ni mi propio corazón l a t í a . . .
Quise g r i t a r y no e n c o n t r é p a l a b r a s ;
i n t e n t é huir, pero la p l a n t a asida
p e r m a n e c i ó e n el suelo, y sentí e n t o n c e s
lo q u e d e b e s e n t i r la e s t a t u a viva
q u e e n un g e s t o d e mármol alza al cielo
la e t e r n a c e g u e d a d de sus pupilas.
— !2 f> —
RECORDANDO...
PARA
R A F AHI, CANSINOS ASSENS
r
NOSTALGIA
!>K B R U M A S .
I Ja jo los c e g a d o r e s c i e l o s d e A n d a l u c í a
turba sus claros ojos una tristeza gris:
n o s t a l g i a s y s a u d a d e s d e la m e l a n c o l í a
b r u m o s a y a p a g a d a del c i e l o d e P a r í s .
P r o b ó la e m b r i a g u e z l ú b r i c a d e los v i n o s d e o r o ,
e n l o q u e c i ó d e a m o r e s e n la florida r e j a ,
y e n tiestas d e o r o y s a n g r e vió r e v o l v e r s e al t o r o
o b s c u r o e n t r e los p l i e g u e s d e la c a p a b e r m e j a .
—
—
Y entre senos de bronce y brazos asfixiantes,
s o b r e ojos q u e b r i l l a b a n c o m o n e g r o s d i a m a n t e s .
e v o c ó d e o t r o s o j o s la c e l e s t e i l u s i ó n .
Y m i r a n d o del Betis la c o r r i e n t e s e r e n a ,
r e c o r d ó con t r i s t e z a la t u r b i a a g u a d e l S e n a
d o n d e flotó el c a d á v e r d e l a r u b i a M í g n o n .
—
i ,50 —
Ií
PARAFRASIS.
D o codos en la mesa, la mejilla
a p o y a d a en el dorso do la mano,
v u e l v o á s e n t i r como una pesadilla
la c a l e n t u r a de tu a m o r lejam*.
Mis ojos no te ven, p e r o te si en tu
a v i v a r el sopor en q u e m e postru.
y e s t á s tan c e r c a q u e m e a b r a s a <<1 r o s t r
el cálido p e r f u m e d e tu a l i e n t o .
«¡La boca mi bacío tut t a tremante!»
S o b r e las vivas p á g i n a s del D a n t e ,
ciegos á n u e s t r o instinto, nos besamos.
Vimos una m i r a d a de a g o n í a . . .
Kl libro, melancólicos c e r r a m o s . . .
¡V no leímos más desde a q u e l d í a !
II!
LLYKNI)()
Jin el reposo do osta a l o iba, on esta
paz de damascos v d e bronces viejos,
el hálito calino de la fiesta
a ú n e m p a ñ a el cristal d e los espejos.
S o b r e el lecho, la piel de una p a n t e r a
p a r e c e r e v i v i r á la luz c r u d a ,
cual si t e m b l a r sobre su piel sintiera
la calidez de una m u j e r d e s n u d a .
— 133 —
ROLLA.
Con temblores de sedas femeninas
p a l p i t a n e n el a i r e l a s c o r t i n a s ,
m i e n t r a s e n el balcón «aspira R o l l a
el último rosal d e la
floresta...
S i e m p r e e n los t r i u n f o s d e la c a r n e e n f i e s t a ,
¡alma, con tu dolor te q u e d a s sola!
IV
MIENTRAS C A E LA
LLUVIA.
Del a l m a so a p o d e r a y la e n s o m b r e c e
esfe g r i s d e la lluvia vespertina.
S e es turnan los contornos, y p a r e c e
q u e hasta la c a r n e es hecha d e n e b l i n a .
Deshilacliado flota el p e n s a m i e n t o
El labio a p e n a s si un r e c u e r d o n o m b r a ,
y c u e r p o v a l m a disolverse s i e n t o
e n la humedad s a l o b r e d e la sombra.
N o s é ni r e s p i r a r . Kn t o r n o m í o
g i r a la t o r v a a n g u s t i a del vacío.
A b r o los ojos, v u n a luz c e l e s t e
- la d e t u s ojos
el j a r d í n r e v i s t e . . .
SÍ ei d u r o s u e ñ o de la m u e r t e e x i s t o
d e b e s e r un e n s u e ñ o como e s t e !
— 156
-
1 X I I. IIARKM.
I'AKA KI-XIPK SASSOXK
EN E L IIARHM.
Soy un sultán poeta. D e todas las cautivas
de mi h a r é m . u n a s o l a c o n su esplendor m e c i e r a :
belleza luminosa de noble estirpe g r i e g a
y manos á los juegos de amor jamás esquivas
Sin mas velo q u e el oro de sus tronzas lasci v as
á mis trémulos brazos, loca de pasión, lleg;i.
y á los labios sedientos de caricias e n t r e g a
de sus mórbidos senos las rujas rosas vivas.
—
130
—
A r d e en los pebeteros la m i r r a lentamente.
Tiembla de amor el hilo de plata de la fuente
perturbando la calma del paisaje dormid»'
Los labios á los labios besan voluptuoso*,
mientras t r a s los móvibles tapices, envidiosos,
los pálidos eunucos m u r m u r a n al of do.
FIN
INDIO:
Í N D I C E
Dedicatoria.
Autorretrato.
O a r i st os.
i.
ii.
ni.
IV.
V.
VI.
VII.
VIII.
IX.
X.
XI.
XII.
XIII.
XIV.
XV.
PAk-
R i j o <1 f ú n e b r e c a - c o -le t u ptlo.
Ha)" la ptoioeci-'n ile t u s pupilai r a v»1» Ji- l.i iúiilt-:i la nieve.
I..i proven- ¡«In
tu e.itni' llei;a.
• Al b o r J e 1.1 u'mica Manguea
. ...
I'n perfume
muerta^ p r í m a v . ra>
HI l.i. ik-Mlu.la y tiinMa. i eia
l i I a i r e i-i a m - t tal <-.>iiv> tin v e n e n o
Del r i " m l<., reman-u-cri-talin-»..
H a j " <•! ;<i:" l iuri I. m <1 ho-caie.
L a * b r i s a - «leí irepu-Citlu w n i a n . .
l i r a la t a r Jo eomo un rojn velo.
•SurtflA J r p p . m o (ii -Huela i m p r e - a . .
;Oh. « I . i o - p e i : a r en el Í r a s a n t e pt a.).
Tú f u i - t e pai.i el pobre pe.re¡;rino.
Romances.
I. Romanee am'.(•!•-••
II Romaneo motile
Canciones de niños.
1 L a prince* , e n c a r n a b a
II. L a - i n > !"! • n j a III. C a p e i u c i i a
IV. • HI Principo
V. - E l anillo de la Keina
—
U3
—
Baladas.
1 . - H i l á b a m o s aquel dia
II.- !\n la quietud J e la noche
III. H e r m a n a ; junto á la fuente
| V . Vióleme, viMcmc. h e r m a n a . . A
V. —La c l a r a luz tie la him p a r a . . . ,
V I . . A dónJe v a s , p e r e g r i n o
V I I . L l a m a r o n quedo, muy quedo
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M
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V o c e s perdidas.
I. HI Madrigal de la* viólelas
II. Del libro del d.»|.>r
i l l . L a hora romántica
I V . l-.n la vitela Je un abanico
V . - K n el y e r m o
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R i m a s del a m o r y de la soledad.
I.- ;Qui n- J i j o la música perdida
21. L a noche me envolvió ci-mu un p e r f u m e . .
I I I . - - T e m b l a b a s J e inquietud' N o c t u r n a s brisan
I V . M ú s i c a de c l a r o s surtidores
V.- Alma vigila tu secreto. Kspera
VI. L a s l á g r i m a s Minoras J e tina copla
VII. — L a leve s o m b r a de un recuerdo a v a n z a . . .
V I I I . " Abrí las man«>s sobre el surco estéril
IX. — Una p r o f u n d a indecisión a g i t a
X, —;Qué fuístes en su vi J a s|n<> un viejo
X I . - Me incliné en el silencio de la noche
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Recordando...
I.—Nostalgia de b r u m a s
1!N
II. I'arafrasls
131
II!. —Leyendo kolla
I V , - M i e n t r a s cae la lluvia
E n el H a r é m
—
144
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