IV Congreso Latinoamericano de Filosofía Antigua 10, 11 y 12 de septiembre de 2014 LIBRO DE RESÚMENES -1 Facultad de Humanidades y Ciencias Universidad Nacional del Litoral DIRCOM FHUC 2014 CONFERENCIAS -2 1- Boeri, Marcelo D. (UAH): Lo de uno mismo y uno mismo. Una teoría platónica del yo y el punto de vista de la primera persona Según Platón hay que distinguir entre (i) el cuidado de lo que es de uno, y (ii) el cuidado de sí o de uno mismo, siendo el alma el “sí mismo” y el cuerpo “lo de uno mismo“ (Alcibíades I 128a5-d7; 129e-130c; 130e-132a). Éste es un pasaje decisivo en el Corpus Platonicum no sólo porque inaugura el así llamado “dualismo platónico“, sino también porque provee algunas claves importantes para una teoría del yo y, en general, de la personalidad. En esta presentación me propongo argumentar que, a pesar de la relevancia que el dualismo cuerpo-alma -presentado en uno de los argumentos centrales del Alcibíades I- tiene en el desarrollo de la psicología y epistemología platónicas, la contribución platónica decisiva en éste y otros diálogos de Platón (como Teeteto y Filebo) es el examen del punto de vista de la primera persona. La epistemología de la primera persona sostiene que cada uno posee una autoridad privilegiada respecto de lo que cree, quiere, siente o se propone hacer. Pero cuando de lo que se trata es de extender dicha autoridad a la consideración del mundo externo o de otros ‘yoes’ parece cobrar relevancia el punto de vista de la tercera persona. Si estas distinciones pueden aplicarse a lo que sugiere Platón, parece que éste pudo haber adelantado algunos enfoques epistemológicos contemporáneos. 2- Salles, Ricardo (UNAM): La teoría estoica de la conflagración y sus antecedentes en Anaxímenes En este trabajo intento ofrecer una reconstrucción de la teoría estoica de la conflagración y de indicar el origen de uno de sus conceptos fundamentales en el presocrático Anaxímenes. Según los estoicos, la causa de la conflagración es que (1) los cuerpos celestes resecan gradualmente el cosmos sublunar hasta deshidratarlo por completo, de modo que (1a) una vez que ha sido privado de toda el agua que contiene, el fuego de los cuerpos celestes se propaga en el cosmos sublunar y lo incendia. La razón en que se fundamente la tesis (1) - por qué los cuerpos celestes resecan gradualmente el cosmos sublunar es que (2) estos cuerpos están hecho de fuego y éste se alimenta de agua. Además de sostener estas tres tesis, los estoicos proponen una explicación de cómo el agua que se halla en la superficie de la tierra llega hasta los astros para nutrirlos, a saber, (3) el agua asciende hasta alcanzar los astros bajo la forma de una exhalación (anathumíasis) y ésta es la que, propiamente hablando, nutre al fuego celeste. Una reconstrucción de la teoría estoica de la conflagración nos conduce, por lo tanto, a una exploración de algunos conceptos fundamentales de la física antigua. Uno de ellos es el concepto de combustión que está implícito en la idea de que el fuego celeste ‘se nutre’ de exhalaciones. ¿De qué están hechas estas exhalaciones que provienen del agua terrestre? ¿En qué consiste el proceso mediante el cual el fuego celeste las consume? Según intentaré mostrar, existen diferencias importantes entre las respuestas que diferentes estoicos dieron a estas preguntas. Entre ellas destaca la de Crisipo, quien explica el proceso de combustión en términos de una teoría de elementos que tiene claramente su origen en Anaxímenes. 3- Zingano, Marco (USP): Unidade do gênero e outras unidades em Aristóteles: significação focal, relação de consecução, semelhança, analogia (i) Aristóteles concebeu diferentes modos de unificar conceitualmente um certo domínio. A unidade conceitual mais conhecida é a unidade genérica, na qual tipicamente um termo universal é definido em termos de uma relação de univocidade segundo a fórmula do gênero e da diferença específica. Porém, há outros meios para se constituir uma unidade conceitual sem que se faça apelo a uma relação de univocidade. Entre estas últimas, a mais célebre é a unidade obtida por meio da significação focal, aplicada ao ser, que domestica por assim dizer a dispersão do ser em suas diversas categorias ou gêneros supremos. Uma outra relação é a de consecução, aplicada às figuras geométricas e à alma. Ainda, Aristóteles propôs um modo de unificação conceitual por meio da analogia. Igualmente, encontramos em suas obras relações de semelhança que constituem -3 unidades conceituais genuínas. Neste texto, pretendo examinar, sem pretensão a ser exaustivo, estas formas de unidade conceitual que fogem do padrão da univocidade genérica. (ii) Diante da omnipresença da noção de conceito a título de uma descrição de uma classe inteira por meio de características que, tomadas separadamente, são necessárias e, coletivamente, suficientes para determinar o pertencimento de um item à referida classe, Edward Smith e Douglas Medin cunharam a expressão “a visão clássica“ (the classical view) para a denominar e a fizeram remontar a Aristóteles. As características em questão são o que podemos chamar de traços definidores de um objeto, de modo que o conhecimento por conceitos consiste em larga medida, segundo esta perspectiva, em um domínio das definições dos objetos. Esta abordagem, com efeito, apreende uma parte importante da tese aristotélica sobre o conhecimento humano. Esta perspectiva, bastante difundida atualmente, é injusta com Aristóteles, e isso sob diferentes ângulos, ainda que se deva conceder que a busca de definições constitui o âmago da operação aristotélica na obtenção do conhecimento e que a visão definicional do conceito passou a encontrar uma série de dificuldades teóricas de peso que lhe foram endereçadas nestas últimas décadas, inclusive pelas abordagens empírico-cognitivistas. Não é minha intenção, contudo, salvar, preservar ou acomodar a visão clássica a estas críticas. Meu intuito é bem mais modesto: gostaria de examinar se, e quanto, Aristóteles estaria comprometido com a assim dita “visão clássica“. Que ele esteja comprometido com esta visão é patente; afinal, Aristóteles privilegia em suas investigações científicas o esquema segundo o qual o gênero se predica de modo sinônimo de suas espécies, assim como as espécies se predicam de modo sinônimo dos indivíduos a que elas remetem, em perfeita consonância com a unidade conceitual preconizada pela visão clássica. Esta relação de significação tem certamente um enorme papel na epistemologia aristotélica, visto que ela se aplica a um grande número de conceitos. Casos exemplares são os conceitos de tipos naturais, comohomem ou guapuruvu. Tratase, com efeito, da relação de significação unívoca ou sinônima, que encontramos passim em toda a obra do Estagirita: os itens possuem o mesmo nome porque compartilham integralmente a mesma definição, no que Aristóteles caracterizou como o modo de significação unitária ou kath’ hén em sua terminologia. Nestes casos, as características da visão clássica se aplicam perfeitamente bem: com efeito, há um grupo preciso de propriedades ou notas características, perfeitamente delimitadas, em que cada uma é, tomada singularmente, necessária e, quando tomadas coletivamente, são suficientes para determinar o pertencimento de um item a uma dada classe referida pelo conceito. A relação que se estabelece é por excelência unívoca: do conceito aos indivíduos que o instanciam, do conceito às classes em que se insere como subconjunto, em que as notas da classe superior se reencontram nos conceitos inferiores, segundo uma relação de perfeita transitividade. Igualmente, o conceito se aplica integralmente a cada membro: não há falhas ou dobras em sua aplicação a cada item que o instancia. Na verdade, este esquema, extremamente operativo na obra de Aristóteles, não deixa de ser ele próprio problemático, na medida em que a seu caso paradigmático, a espécie, corresponde um item de valor ontológico, a forma, que, como tal, impõe restrições de origem metafísica à sua formulação. A fórmula que por excelência exibe tal esquema de definição é o clássico gênero + diferença específica. Aristóteles escreve, no sexto livro dos Tópicos, por exemplo, que a boa definição deve ser expressa em termos de gênero e diferença específica (VI 4 141b2526). Como toda fórmula (lógos) ela tem partes; no caso, (pelo menos) duas partes. No entanto, aquilo que ela exibe, a qüididade de algo, tem de ser metafisicamente uma unidade indivisível. Na medida em que o esquema de definição por gênero e diferença é apresentado em diapasão com as estratégias de divisão, como ocorre, por exemplo, nos Segundos Analíticos II 13, esta exigência metafísica de unidade irreprochável parece poder ser alcançada, pois as partes da fórmula dividem a forma somente linguisticamente, visto que a diferença específica contém, em si, todas as divisões procedentes e, de certo modo, inclusive o gênero, pois precisa supô-lo como sujeito próprio das divisões. Pelo menos, são estas as expectativas de uma unidade metafísica assegurada por trás das partes da fórmula que evidencia a forma, apresentadas de modo canônico em Z 12 da Metafísica. Não quero, porém, examinar as dificuldades e impasses que se apresentam no interior da visão clássica segundo sua fórmula paradigmática de gênero e diferença. Meu interesse consiste, aqui, ao contrário, em investigar outras possibilidades que Aristóteles igualmente considerou para que um conceito se aplique aos membros da classe que ele assim delimita, para além da unidade genérica e da metafísica da unidade rígida que esta carrega. Estará sempre em questão aqui algum tipo de unidade afinal, significar algo implica, em última instância, significar algo uno.Contudo, o conceito -4 pode designar uma unidade de um modo não unívoco, fora do padrão da unidade genérica, sem por isso cair na simples homonímia ou pura equivocidade. Sem a pretensão de ser exaustivo, gostaria de listar algumas destas outras possibilidades de significação conceitual que Aristóteles efetivamente empregou em suas análises filosóficas, de modo a vê-lo bem menos preso ao que veio a ser chamado de visão clássica do conceito, e sim propriamente interessado em constituir diferentes campos de significação segundo regras de unificação conceitual que podem diferir significativamente do padrão da universalidade genérica e de sua aplicação unívoca às espécies e, por meio destas, aos indivíduos que instanciam estas últimas, mediante o clássioco esquema do gênero mais diferença específica. Formulado de outro modo, passo a investigar aqui não mais se Aristóteles está comprometido com a “visão clássica“ - como vimos, ele está comprometido, segundo uma versão, aliás, rígida, pois expurga tododefiniens de qualquer conectivo -, mas o quanto ele está comprometido com esta visão. Como veremos, Aristóteles levou em consideração um bom número de unidades conceituais outras do que a unidade genérica, de modo que seu comprometimento com a dita visão clássica é somente parcial. Sem pretender ser exaustivo, as unidades examinadas aqui são: significação focal, relação de consecução, semelhança e analogia. -5 DIRCOM FHUC 2014 MESAS TEMÁTICAS -6 MESA TEMÁTICA 1: Aristóteles, Metafísica: Sustancia, Forma, Materia y Movimiento. 1.1. Berrón, Manuel (UNL - CONICET): De la eternidad del universo en Acerca del cielo I 12 y su conexión con la no generación de la forma y la materia en Metafísica VII 7-9 de Aristóteles Se pretende aumentar la evidencia textual en favor de la tesis de la concordancia entre las prescripciones metodológicas de los Analíticos y la práctica científica de Aristóteles en Acerca del cielo. Uno de los aspectos sugeridos en Analíticos toca la relación existente entre disciplinas de distinta jerarquía: las ciencias más generales deben poder brindar apoyo teórico a las ciencias subordinadas. Entendemos que la astronomía se subordina a la filosofía primera y por ello, puede establecerse la conexión entre DC I 12 y Met. VII 7-9. De este modo, ofrecemos (1) una reconstrucción silogística de las demostraciones desarrolladas en De Caelo I 12 que prueban que el universo es ingenerado (agénetos) e incorruptible (aphthartós), i. e., eterno. Además, (2) mostramos la conexión, también silogística, con los desarrollos teóricos presentados en Met. VII 7-9 que suponen la no generación de la materia y la forma. De esta manera, observamos que las reflexiones de Met. VII constituyen un soporte teórico que puede volver más inteligible la tesis de que el universo es ingenerado e incorruptible. 1.2. Mié, Fabián (CONICET - UNL): Restricciones para la definición de una forma material: partes materiales primeras y el hilemorfismo en Aristóteles, Metafísica Z 10-11 En Metafísica Z 10-11, Aristóteles se propone aclarar cuáles partes entran en la definición de la sustancia. Dado que él sostiene que sólo la forma y el universal son definibles (1035b34-1036a1, 1036a28-29), y además distingue la forma pura y la forma material (i.e. la estructura que configura un compuesto hilemórfico), y si además la materia es, por sí misma, indefinida, entonces la definición de la forma de ‘humano’ sólo debe incluir las partes de la forma. Pero Aristóteles también acepta que la forma del compuesto hilemórfico es definible y que incluye ciertas partes materiales. Me propongo presentar una discusión de este problema y ofrecer una solución mediante lo que llamaré un ‘hilemorfismo fuerte’, una tesis que atribuiré a Aristóteles y que, centralmente, sostiene que (i) la forma material se realiza en una materia primera, y que (ii) la definición de la forma del compuesto incluye necesariamente ciertas partes materiales. 1.3. Mittelmann, Jorge (UANDES): Kínesis y enérgeia en Metafísica IX 6. Un status quaestionis Una distinción básica presupuesta en la teoría aristotélica de la acción es aquella que separa las actividades de los movimientos: mientras las primeras carecen de límite y se hallan completas durante todo el curso de su ejecución, los movimientos no pueden continuar una vez alcanzado “aquello en vistas de lo cual“ se desarrollan. Esta diferencia en el modo de su despliegue configuraría dos conjuntos mutuamente excluyentes y sin intersecciones, de modo tal que una kínesis nunca podría ser categorizada como enérgeia, ni a la inversa. Tal visión disyuntiva comparece únicamente en Metafísica IX 6 (1048b18-35): los estudiosos han observado que, incluso en el parágrafo anterior, Aristóteles parece dispuesto a contar entre los movimientos operaciones (como ver y entender) que nuestro texto incluye entre las actividades y que excluye expresamente del ámbito del movimiento. Esta anomalía proporciona el explanandum de la presente exposición. 1.4. Mombello, Eduardo H. (UNComa – CONICET): Aristóteles, sobre la sustancia y los límites (matemáticos) de los cuerpos (Metaph. Z2 1028b16-18): γιγαντομαχία τις Entre los especialistas, hay acuerdo en que el parecer registrado en Metaph. Z2 1028b16-18, según el cual los límites matemáticos de los cuerpos son sustancias incluso en mayor grado que los -7 cuerpos, fue anticipado por Aristóteles en B5 1002a4. En relación con ambos pasajes, sin embargo, no está bien establecido cuál es el problema de fondo que, mediante el registro de aquel parecer, él pretende tener en la mira de su estudio. En la presente comunicación, procuraré mostrar que con aquella noción de Z2 Aristóteles retoma una preocupación de Platón (Sph. 245e8 ss) acerca de la dificultad decisiva sobre cuál es la ousía genuina. En razón de algunos paralelos entre las formas y los contenidos de las presentaciones de ambas obras, sugeriré que Aristóteles formula la doctrina de los límites matemáticos sustanciales con el fin principal de tratar una de las dificultades que podría conducir a establecer -adversus academicos- que la noción prevaleciente de ousía descansa en la independencia ontológica (separación) de ciertas formas incorpóreas respecto de los cuerpos sensoperceptuales. MESA TEMÁTICA 2: Cómo decir lo que otros dicen. Estrategias para expresar opiniones ajenas en Parménides y Aristóteles. 2.1. Díaz, María Elena (UBA): El camino de la percepción: paralelismos entre las críticas aristotélicas a la dóxa parmenídea y la phantasía platónica Este trabajo se propone dar cuenta de las razones de la trasposición conceptual que Aristóteles realiza a la hora de dar cuenta de la vía de la dóxa parmenídea en términos de vía katà tèn aísthesin. La llave de la comprensión de este deslizamiento radicaría en el concepto aristotélico de phantasía, ausente en el planteo parmenídeo, pero característico de la psicología aristotélica. Sin esta mediación la percepción quedaría aislada, librada a sus propios recursos, y el pensamiento no tendría anclaje en la realidad. En el modo en el cual Aristóteles critica esta vía se revela además una proximidad significativa con la crítica a la noción platónica de phantasía. En ambos casos, sostenemos, Aristóteles encuentra una adhesión acrítica del pensamiento al contenido perceptual que no respetaría la función y los límites propios de la percepción. 2.2. Macías, Julián (UBA): Niveles discursivos en Parménides. Consideraciones en torno a los verbos de “decir” (légein, phatizein, phánai, phrázein y onomázein) en el Poema Al hacer referencia al acto de hablar, Parménides utiliza cinco términos diferentes (légein, phatizein, phánai, phrázein y onomázein) cada cual con su significado y matiz particular. En este trabajo, exploraremos la utilización parmenídea de esos verbos, bajo la hipótesis de que atendiendo al objeto o contenido lingüístico que Parménides le reserva para cada uno es posible distinguir diferentes niveles de enunciación. Nuestra intención es mostrar que, en relación a las opiniones de los mortales, habría que diferenciar dos niveles de discurso diferentes: uno referido a lo que los mortales dicen, y otro a lo dicho por la Diosa al reflexionar sobre lo que los mortales dicen. Asimismo, en cuanto al discurso que la Diosa proclama, sería posible distinguir entre el discurso verdadero (B. 2-4; B. 8. 1-49) y aquel verosímil (eikós) que la Diosa enuncia para que ningún mortal lo aventaje (B. 8. 60 ss.). 2.3. Seggiaro, Claudia Marisa (UBA -CONICET): La filosofía como diálogo con la tradición En el presente trabajo intentaremos indagar en torno a la concepción aristotélica de la filosofía, poniendo énfasis en el uso que hace Aristóteles de la opinión de sus predecesores. Para ellos, analizaremos de qué manera Aristóteles cita a sus predecesores, de modo tal de establecer cómo se inserta en la tradición filosófica, no para hacer una mera síntesis de ella o una simple crítica, sino para investigar conjuntamente sobre la naturaleza de la verdad. Mostraremos cómo, en el tratamiento de los eleatas en Metafísica I, hay una diferencia significativa entre lo que en otros pasajes sostiene -8 respecto del recurso a los predecesores, y lo que efectivamente puede ser rastreados en los textos. MESA TEMÁTICA 3: Contrapuntos entre filosofía, poesía y retórica en el Banquete de Platón. 3.1. Arbe, Rodolfo (UBA): Anonimato y enunciación. Un análisis sobre las referencias a los dichos de anónimos en el Banquete En este trabajo nos ocuparemos de las referencias entre los interlocutores a los dichos o hechos de una persona sin utilizar su nombre. En la medida que existen dos modalidades claramente identificables para reportar los dichos o pensamientos de anónimos en el diálogo, dividiremos el trabajo en dos partes. En un primer momento, analizaremos brevemente el estilo indirecto (reported speech) a través de un ejemplo tomado del discurso de Aristófanes, que nos dará herramientas para comprender la problemática en torno a la funcionalidad del recurso del anónimo en la argumentación. Luego de esa introducción, nos abocaremos a estudiar ese caso particular en el cual, por medio de un discurso directo (direct speech), el interlocutor anónimo toma la palabra. En la medida que la participación activa del anónimo en cuestión se reduce al discurso de SócratesDiotima, dedicaremos nuestra mayor atención al estudio de esa modalidad, dejando para el final las conclusiones generales. 3.2. López de Dardón, Lucía (UBA): El Éros retórico-persuasivo de Pausanias en el Banquete de Platón En el Banquete de Platón se encuentran vinculadas la erótica, la retórica y la filosofía. A partir de un enfoque perspectivista es posible realizar una lectura que permita dar cuenta de estos elementos en varios pasajes del diálogo. Nos centraremos aquí puntualmente en la figura de Pausanias, en cuyo discurso, que ensalza al amor que argumenta y persuade, varios tópicos propios de la retórica y la sofistica, como, entre otros, la relatividad de los valores, el poder persuasivo de la palabra, la apelación a la costumbre y a la improvisación como capacidad del orador, remitiendo implícitamente a lo largo de toda su intervención a Protágoras, Pródico, Lisias y Alcidamante. Nuestra hipótesis es que Pausanias representa una figura especular a Sócrates, en la que filosofía y sofística intentan sintetizarse en un modelo político-educativo. Nos proponemos, por tanto, dar cuenta de los efectos retóricos y de las derivas filosóficas de este discurso, para finalmente ofrecer una interpretación del episodio del hipo de Aristófanes -inmediatamente posterior a la intervención del “observador de sociedades“- en consonancia con la hipótesis de nuestro trabajo. 3.3. Soares, Lucas (UBA – CONICET): La relectura positiva de la tradición poética griega en el Banquete y el Fedro de Platón y su contraste con la valoración negativa de República En Fedro -aunque en parte ya antes en Banquete, donde las nociones de éros, poíesis e inmortalidad aparecían estrechamente vinculadas- la poesía es pensada en función de la siguiente serie conceptual: manía divina, belleza e inmortalidad. El discurso poético que, a la luz de algunos diálogos tempranos y de transición como Apología, Ion y Menón, se explicaba a partir del tópico de la inspiración divina se relaciona más tarde en Fedro con ese tercer estado de posesión procedente de las Musas, manía poética de cuya posesión se desprende un tipo de poeta eminente que produce (poíesis) obras bellas e inmortales. Pero esta concepción de la poesía que puede leerse en Fedro no implica en términos estrictos una novedad dentro del corpus platónico, sino más bien una sistematización y complementación de un conjunto de ideas acerca del origen y función de la poesía que ya aparecían diseminadas en algunos diálogos previos de juventud, transición y madurez. De ese amplio conjunto, en este trabajo me interesa concentrarme en una serie de pasajes tomados del Banquete, a fin de relevar en este diálogo paradigmático de madurez dos líneas de análisis que, si mi lectura es correcta, configuran un claro antecedente respecto de la concepción positiva -9 que Platón asumirá sobre la poesía tradicional en Fedro. En primer lugar, la aparición de una línea vinculada al tópico de la inspiración divina como origen del discurso poético; en segundo lugar -y en estrecha relación con lo anterior- una línea de consideración elogiosa sobre las obras de los poetas tradicionales. MESA TEMÁTICA 4: Cuestiones de método. Aspectos del enfoque por Zonas de tensión dialógica. 4.1. Illarraga, Rodrigo (UBA): “Uno para todos y todos para uno”. Convergencias en el pensamiento político dentro del grupo socrático En el presente trabajo expondremos una propuesta de reconstrucción de los denominadores comunes que atraviesan al grupo socrático en lo que respecta a la política. Bajo el marco metodológico de zonas de tensión dialógica, que pone de relieve los contactos intelectuales y los modos en que ellos organizan un área de problemas y discusiones, sostendremos que la revisión general del pensamiento ético-político dentro del círculo de Sócrates aporta elementos ricos para el estudio de las estructuras teóricas de cada autor en particular. Para realizar esta aproximación, nos acercaremos a un corpus textual acotado de Platón (República), Jenofonte (La constitución de los lacedenomios), Antístenes y Aristipo (testimonios y fragmentos). Sostendremos que en estas fuentes, más allá de los distintos diseños metafísicos, existen coincidencias en determinados momentos argumentativos: enkráteia, especialización y paideía son, más allá de toda divergencia, componentes sostenidos grupalmente que forman parte de un núcleo teórico compartido. 4.2. Mársico, Claudia (UBA - UNSAM - CONICET) y Chame, Santiago (UBA): Zonas de tensión dialógica y diálogos interepocales en el caso de Heidegger y la ontología de las filosofías socráticas El enfoque por zonas de tensión dialógica apunta al estudio integral de elementos teóricos que conforman las posiciones teóricas que se despliegan en el escenario teórico de una época. Por el papel central que les cabe en la historiografía a la época clásica griega, ha sido una prioridad del enfoque la recuperación y análisis de las filosofías socráticas, habitualmente invisibilizadas bajo las figuras de Platón y Jenofonte. En el presente trabajo se estudian los rasgos comunes de los modelos de ontología negativa desarrollados en las filosofías megárica, antisténica y cirenaica, a los efectos de examinar, sobre esa base, la deriva de diálogo interepocal que se abre al contemplar las lecturas heideggerianas sobre la conformación de la filosofía griega y sus presupuestos. A través del enfoque por ZTD y sus dimensiones de análisis sincrónico y diacrónico se profundiza la comprensión del pasado a la vez que sus vínculos con la producción filosófica de períodos posteriores. 4.3. Martín, Carlos (UBA): Procedimientos matemáticos y modelos de justicia: el aporte de Arquitas. El presente trabajo contribuye con una descripción de la zona de tensión dialógica establecida por dos tradiciones matemáticas divergentes: geométrica y aritmética. En este sentido, el trabajo recorre someramente y en términos históricos la tradición geométrica introducida por Tales a la filosofía griega y algunos conceptos matemáticos implementados para dar respuesta a los conflictos sociales mediante una resolución racional de las disputas. Este recorrido general pretende establecer el marco de una concepción matemática de la justicia y los términos del diálogo entre tradiciones. Asimismo, el trabajo aborda específicamente y en términos filosóficos la teoría de las medias enunciada por Arquitas y su aplicación al ámbito político. El carácter fragmentario de la transmisión de su pensamiento encuentra sus enmiendas en las tensiones dialógicas entre tradiciones. Por este motivo, el trabajo concluye sus descripciones con las tensiones dialógicas entre el modelo -10 geométrico de la justicia y sus críticas desde la tradición aritmética. 4.4. Sonna, Valeria (UBA – CIF): Phantasme y phántasma. La distinción entre imágenes en el Sofista Tomando el marco metodológico de zonas de tensión dialógica (ZTD) en su dimensión diacrónica nos proponemos abordar un estudio comparado entre la noción platónica de phántasma y el concepto de phantasme el la obra de Gilles Deleuze a partir de su apropiación del concepto tal como aparece en el Sofista. El problema de la apariencia es clave en este diálogo ya que la relación entre tà ónta y tà mè ónta que constituye el núcleo temático del diálogo, ya sea que se lo considere desde un punto de vista lógico-lingüístico u ontológico, está articulado en torno a dicha problemática. Este problema se remite en el diálogo al problema de la imagen (eídolon). En vistas a poner de relieve el peso interpretativo del uso deleuziano del término partiremos de la hipótesis de Lidia Palumbo (1994:21) de que la cuestión técnica en torno a la cuál gira la obra es la distinción entre original e imagen para ponerla en discusión con la hipótesis de Deleuze (1969: 292) de que la distinción principal del diálogo es la distinción, en el mismo plano de las imágenes, entre íconos y simulacros (Sof. 236b – 241e). MESA TEMÁTICA 5: Diógenes Laercio. 5.1. Correa Motta, Alfonso (UNCol – PEIRAS): La sección dialéctica de la Vida de Pirrón de Diógenes Laercio Los parágrafos finales de la Vida de Pirrón (§§ 102-108) representan, desde múltiples puntos de vista, un desafío interpretativo. El tono general es dialéctico, en el sentido en que en ellos se presenta una discusión entre los pirrónicos y sus supuestos adversarios dogmáticos, una discusión que gira entorno a la posibilidad de vivir de manera escéptica. Pero no siempre es claro dónde termina el planteamiento de las objeciones y dónde comienza la respuesta escéptica. No es claro tampoco cuántas son las objeciones que se plantean, ni cuál es la relación entre ellas. No es claro, por consiguiente, qué tan buenas y pertinentes son las respuestas que se les dan. El pasaje, además (como en general toda la Vida de Pirrón) mezcla distintos estratos, histórica y doctrinalmente diferenciables, del pirronismo, estratos que a menudo suponen fricciones internas importantes. Mi presentación estará destinada a afrontar, en la medida de lo posible, estos desafíos interpretativos. 5.2. Lozano-Vásquez, Andrea (Uniandes, Col. – PEIRAS): Simbiosis entre vida y doctrina en las Vidas y opiniones de los filósofos ilustres de Diógenes Laercio: escépticos En esta ponencia se explorará el mecanismo de presentación de las sectas y filósofos adoptado por Diógenes Laercio en el que el conjunto de anécdotas, muchas de ellas seguramente ficcionales, desempeña un papel central en el apuntalamiento de las doctrinas. Se estudiará el caso del escepticismo en la medida en la que éste representa un ejemplo paradigmático en el que la vida es más determinante e incluso sustituye a la doctrina. Para ello se examinarán algunas de las anécdotas atribuidas a Pirrón y el uso del discurso particular de los escépticos. Se preguntará si el procedimiento de Diógenes no acerca demasiado a los escépticos de sus adversarios dogmáticos haciendo de esa presentación de su conducta y de ellos como una haíresis, un argumento contra ellos mismos que demuestra performativamente la imposibilidad de una vida sin compromisos y sin opinión. -11 5.3. Sánchez Castro, Liliana Carolina (UNCol – Uniandes, Col. – PEIRAS): Diógenes Laercio y los “escépticos”: una hipótesis de lectura sobre la estructura temática del libro IX El libro IX de las Vidas de Diógenes Laercio es una fuente importante para el estudio del escepticismo: las vidas de Pirrón y Timón son documentos preciosos sobre la actitud filosófica tanto del pirronismo original, como del neo-pirronismo. Sin embargo, el libro IX agrupa una diversidad de personalidades que si bien no han sido tenidos por escépticos por la tradición filosófica, sí presentan varios rasgos escépticos (entre otros, la desconfianza hacia el conocimiento y la presencia de actitudes vitales y aspiraciones compatibles con el pirronismo). Los problemas que surgen de esa reunión bastante heterogénea de autores que es el libro IX resultan sensibles a la hora de comprender su estructura lógico-argumentativa: por un lado, es preciso resolver las implicaciones de una sucesión de filósofos tal en la lógica del libro en cuestión y de la obra entera. Por otro lado, es menester proporcionar una explicación sobre la articulación que hay entre este trabajo doxográfico de Diógenes y sus intenciones filosóficas. Proporcionaré, pues, una hipótesis de lectura que permita elucidar el objetivo filosófico de Diógenes Laercio en dicho libro. 5.4. Meléndez Acuña, Germán Arturo (UNCol – PEIRAS): Nietzsche y Diógenes Laercio sobre vida y doctrina de los filósofos “Toda gran filosofía ha sido hasta ahora la auto-confesión de su autor”. Esta concepción de la filosofía que Nietzsche describe y suscribe como “reducción de los sistemas filosóficos a actas personales de su autor” se encontraba, según él, ya presente en su pensamiento juvenil, específicamente, en la narración de la historia de la filosofía griega que entonces emprende, tanto en su escrito inédito La filosofía en la época trágica de los griegos, como en sus lecciones igualmente inéditas sobre Los filósofos preplatónicos. El conocido estudioso del pensamiento antiguo, Jonathan Barnes, sostiene que no sería extravagante suponer que la obra de Diógenes Laercio, Vidas de los filósofos, contribuyó a configurar la particular manera en que el joven filólogo alemán escribe la historia del pensamiento griego. El propósito de la conferencia es explorar hasta qué punto dicha apreciación es sustentable. MESA TEMÁTICA 6.: Estrategias refutativas y configuración de la propia filosofía en los diálogos de Platón. 6.1. Álvarez, Lucas M. (UBA): La presentación del filósofo como skopós y la figura del sofista como parádeigma dialéctico. Una posible lectura del diálogo Sofista. Contra la interpretación corriente que cree ver en la definición del sofista el objetivo central del diálogo homónimo, nuestra intención es probar que, muy por el contrario, el diálogo apunta a la presentación del filósofo a través de su particular práctica, la dialéctica. Así, la definición del sofista intentaría exhibir una especie de parádeigma dialéctico, el cual denota un ejercicio de carácter preparatorio sobre un objeto menor que se realiza con vistas a la investigación consagrada al objeto principal. Y ese ejercicio supone no solo habituar al inexperto en el método, sino también, y al mismo tiempo, ofrecer similitudes entre los objetos menores y principales. Sobre esta base, nuestra intención es demostrar que si el pescador con caña representa el parádeigma del sofista, el mismo sofista representa una especie de parádeigma del no ser. -12 6.2. Forciniti, Martín (UBA - CONICET): La gran bestia, sus imitadores y su tábano. Acerca de la construcción del filósofo, el sofista y el orador a partir de la caracterización del pueblo en los diálogos platónicos A lo largo de este trabajo, defenderemos la tesis de que uno de los ejes fundamentales del que Platón se vale para componer a sus personajes individuales es la relación que éstos mantienen con el personaje colectivo del pueblo ateniense. Exploraremos la forma particular en que Sócrates, por un lado, y los sofistas y oradores, por el otro, construyen al pueblo mediante sus dichos y acciones, lo cual los individualiza a ellos mismos de manera distintiva. Veremos que tanto el filósofo como sus paradigmáticos adversarios le asignan características similares, si bien con valoraciones antitéticas. Concluiremos que la particularidad del personaje de Sócrates radica en su permanente negativa a participar de la imitación del pueblo, mientras que los sofistas y oradores se definen por la paradójica aspiración de participar en las prácticas miméticas populares, sin perder su individualidad en el anonimato. 6.3. Marcos, Graciela E. (UBA – CONICET): Ingredientes “socráticos” del Teeteto. Elenchos e hipótesis en la argumentación contra el movilista radical En los diálogos platónicos tempranos, es frecuente que Sócrates fuerce a su interlocutor a decir lo que piensa, para derivar de sus afirmaciones inconsistencias y/o conclusiones que el interlocutor no está en principio dispuesto a admitir. En Menón, merced a la aplicación del método ex hypothéseos, ese procedimiento de refutación (élenchos) se torna más complejo. Aspiramos a mostrar que sendas estrategias argumentativas, las dos al servicio de refutar o establecer una tesis de manera indirecta y en contextos en los que la teoría de las formas está ausente, vuelven a tener preponderancia en Teeteto, diálogo tardío rico en ingredientes “socráticos” típicos de los escritos tempranos. Para establecer nuestra interpretación nos concentraremos en la refutación del movilista extremo, un adversario cuya construcción y ulterior refutación posibilitarían a Platón, antes que derrotar un punto de vista ajeno, establecer tesis caras a su propia filosofía. 6.4. Spangenberg, Pilar (UBA – UNR – CONICET): Antecedentes de algunos lineamientos de la estrategia de Aristóteles frente al negador del principio de no contradicción en los diálogos platónicos tardíos El trabajo se dirige a extender la perspectiva asumida respecto de ciertos argumentos aristotélicos frente al adversario radical, en especial frente al negador del principio de no contradicción, a ciertos argumentos esgrimidos por el Platón tardío frente al mismo tipo de adversario. Aspira, entonces, a prolongar el análisis de estas estrategias argumentativas que suponen un recurso a las condiciones de posibilidad del lenguaje a algunas argumentaciones de Platón en diálogos como Teeteto y Sofista, en que combate a adversarios como el heraclíteo, el eleático o el sofista. Con tal propósito exploramos un tipo de argumentación en la que Platón apela al factum del lenguaje y se dirige a mostrar que el adversario se refuta a sí mismo tan pronto enuncia su propia tesis. MESA TEMÁTICA 7: Filosofía Práctica. 7.1. Galindo Cruz, Fernando (UP): Lo loable, la virtud y lo bello en la filosofía práctica de Aristóteles En Rhet I 9 1366a 23-25 Aristóteles coloca la alabanza y la reprobación en una red conceptual junto con cuatro conceptos: La virtud (arete), la maldad (kakia), lo bello (to kalon) y lo vergonzoso (to aisxron). Para entender el funcionamiento de la alabanza y la reprobación en el pensamiento aristotélico hace falta por tanto entender estos conceptos. Sin embargo, en el vocabulario ético común del castellano (al igual que de las otras lenguas del occidente de Europa) no existen -13 equivalentes para estas palabras. 7.2. García Peláez Cruz, María Elena (UP): La pertinencia de una lectura biológica de la filosofía práctica de Aristóteles El objetivo del artículo es mostrar la pertinencia de una lectura de las obras biológicas aristotélicas como marco de referencia y base fundamental para ahondar en algunos problemas éticos y políticos del Estagirita. La primera dificultad para lograrlo es que el propio Aristóteles suele distinguir con mucha claridad ambos estudios. Por ello, se ofrecerán los argumentos que dificultan dicha postura, especialmente la explícita exclusión del estudio del alma racional de la biología. Posteriormente se argumentará a favor de una lectura biológica de ciertos comportamientos humanos al abordar factores fisiológicos que impactan intelectualmente (el corazón, la composición de la sangre, la sexualidad). Esto conducirá a mostrar cómo, pese a las dificultades, es válido considerar la biología como una fundamentación de la naturaleza humana y, por lo tanto, como base legítima para el estudio práctico del Estagirita. 7.3. López-Farjeat, Luis Xavier (UP): El papel político de la religión en Las Leyes de Platón y su impacto en la filosofía política de al-Fārābī El papel de la religión en Las Leyes de Platón resulta esencial no sólo en la educación sino en la organización general de la ciudad. La piedad es una virtud práctica fundamental en la organización de la ciudad: servir y respetar a los dioses y considerarlos como el origen y modelo de otras virtudes y formas de comportamiento necesarias para el buen funcionamiento de la sociedad y del ejercicio político, es algo en lo que Platón insistirá recurrentemente. Uno de los contextos en los que estas ideas impactaron notoriamente fue en el árabe-islámico, especialmente en uno de los filósofos más destacados: al-Fārābī, el fundador, según algunos de sus intérpretes, de la filosofía política islámica. En este trabajo mostraré que su modelo político se apega más a Las Leyes que a cualquier otro diálogo platónico e ilustraré el impacto de Las Leyes y su transformación en el entorno árabeislámico. 7.4. Rivadeneyra, Roberto Alfonso (UP): El dolor como herramienta para la justicia en Platón Uno de los temas más importantes en la filosofía de Platón es el de la justicia. En el Gorgias hallamos una de las discusiones más interesantes alrededor de este tema. A pesar de lo contraintuitivo que pueda resultar la idea de que es peor cometer injusticia antes que sufrirla y que de cometerla es mejor recibir castigo por ello que no recibirlo (cf. 474b) vale la pena detenernos a revisar en qué radica este planteamiento. Tras revisar la filosofía platónica, y concretamente este diálogo, considero que es necesario estudiar el tema del dolor para hallar una respuesta satisfactoria a cómo debe ser el hombre justo. 7.5. Ross Hernández, José Alberto (UP): Placer, perfección y actividad en EN X 4 El propósito de esta comunicación es ofrecer un examen de la definición aristotélica de placer (hedoné) que aparece en Ética Nicomaquea X 4. En dicho texto, Aristóteles ofrece varios argumentos para mostrar que el placer no es un movimiento (kínesis), sino algo que completa, perfecciona y sobreviene a una actividad (enérgeiaEl itinerario de Aristóteles para llegar a ella implica el examen de la relación del placer con nociones como la de tiempo, movimiento, faculta y, principalmente, la de actividad. El resultado de este análisis desemboca en una especie de definición que pretende expresar la naturaleza del placer en categorías cuyo tratamiento más extenso se encuentra en otras -14 obras -como el libro IX de la Metafísica y el III de la Física-, pero que sirven para su propósito principal y para la crítica de otras definiciones ofrecidas por sus antecesores. MESA TEMÁTICA 8: La fecundidad hermenéutica del Fedro de Platón: problemas, intertextualidad e influencias. 8.1. De Angelis, Romina (UNComa – UNR): Un paseo fuera de las murallas. El Fedro como guía de retorno de las almas perdidas por la sofística. Fedro, junto a Gorgias, se postula como uno de los diálogos en los que Platón trata explicita y detalladamente la cuestión de la retórica, expresando su diagnóstico y prescribiendo lo que la retórica debe hacer para ser admitida como actividad filosófica. A diferencia de Gorgias, donde prevalece la crítica, Fedro, enfocado en la perspectiva pedagógica, se indica sin rodeos qué requisitos debe cumplir la retórica para ser tenida en consideración. Esta situación es preparada por un proemio intenso, vago, extraño, que ha sido difícil de conjurar por las lecturas tradicionales. En esta ponencia postulo al proemio de Fedro (227a-230e) como clave interpretativa de la propuesta retórica platónica (259e-272b). 8.2. Fierro, María Angélica (CONICET- UBA): Sobre la concepción de philosophía en el Fedro En primer término mostraré aquí que la concepción de philosophía del Fedro surge como una reformulación del sentido corriente del término philosophía a través de una oposición a la concepción de sophía de la época y al sentido platónico de “sabiduría” como estado epistémico propio de los dioses. En segundo lugar argumentaré que se proponen aquí tres sentidos distintos de philosophía, complementarios entre sí. De acuerdo a la segunda parte del Fedro la philosophía consistiría en el desarrollo de la razón humana en su modalidad discursiva como “dialéctica”. Pero, además, de acuerdo al segundo discurso de Sócrates de la primera parte, esta modalidad de la razón debe complementarse con la captación intuitiva de las Formas. Por otra parte, la philosophía incluye también el autoconocimiento, además del conocimiento y conducción de las almas de los otros -la psychagogía-, es decir una dimensión ética y pedagógica. Se concluirá entonces que el Fedro nos ofrece una noción compleja pero articulada de qué es la philosophía. 8.3. Madrazo, Álvaro (CONICET): ¿Cómo escribir el habla? La relación entre la palinodia y su contexto dramático en el Fedro de Platón Es famosa la crítica a la escritura en la segunda parte del Fedro. Allí se menciona que los textos escritos no son capaces de defenderse por sí mismos (276e-277a) y que su naturaleza no se adapta al alma de su interlocutor (277c). Estas críticas, sin embargo, podrían dirigirse contra el propio Fedro. El propósito de este trabajo es mostrar que el segundo discurso de Sócrates sale indemne de esta crítica. Argumentaré que en la palinodia, cuando se narran los efectos del amor (251c-d), se entretejen metáforas relativas a los líquidos, el calor, la vegetación y la medicina. Dichos elementos ya aparecen en la conversación inicial entre Sócrates y Fedro donde se describe su entorno bucólico: el transparente Iliso, el calor del mediodía, la sombra de los árboles y blandura de la hierba (230bc); así como las recomendaciones médicas (227a5, 227d). Este discurso, entonces, se encuentra inescindiblemente atado a su contexto dramático y a la idiosincrasia de Fedro, por lo que representa una manera de superar los límites de la escritura. -15 8.4. Nieva, José María (UNT): Variaciones neoplatónicas sobre el Fedro Una de las tesis más conocidas de Plotino sostiene que el alma no ha descendido totalmente del ámbito inteligible, es decir, una parte de ella permanece allí. Tesis altamente heterodoxa para pensadores del neoplatonismo posterior, como Jámblico y Proclo. El propósito del presente trabajo se centra en la comprensión que tuvieron estos autores neoplatónicos del mito del carruaje alado, particularmente la de Proclo, la cual se considera del mismo tenor que la de Jámblico, al afirmar que el alma ha descendido totalmente del ámbito inteligible por oposición a Plotino. Sin embargo, los argumentos que ofrecen Jámblico y Proclo, no parecen tan unánimes como comúnmente se consideran, en cuanto este último sostiene que el cochero, que representa lo que hay de más elevado en el alma, deviene malvado, mientras aquél sostendría cierta pureza del alma incluso en su descenso al distinguir entre el cochero y el piloto del alma. 8.5. Gardella, Mariana (UBA – CONICET): El Palamedes de la filosofía: la interpretación de Platón sobre Zenón de Elea en el Fedro En el marco de sus críticas a la tékhne retoriké, Platón se refiere en el Fedro a Zenón de Elea por su habilidad para infundir en la audiencia opiniones contrarias sobre un mismo tema (Phdr. 261d6-8 = DK 29A13). La hipótesis que intentaré demostrar es que la interpretación platónica es valiosa para el conocimiento de la filosofía de Zenón por dos razones. En primer lugar, aporta elementos para discutir la interpretación tradicional que hace de Zenón un defensor de la tesis de la unidad del ser, en consonancia con las exégesis de Eudemo y Alejandro de Afrodisia, discutidas por Simplicio (in Ph. 97.12-16 et passim = DK 29A16, 21). En segundo lugar, permite conocer algunos aspectos del método argumentativo empleado por Zenón, caracterizado por la refutación conjunta de una tesis y su antítesis, que convierten a la dialéctica zenoniana en una estrategia heurística que revoluciona la tradición filosófica precedente. MESA TEMÁTICA 9: La República entre apariencias, verdades y problemas. 9.1. Cordero, Néstor L. (UR1-MCI): ¿Por qué no hay una Forma de dedo en República 523d? La gran mayoría de las Formas platónicas se refieren a propiedades, cualidades, o a sustantivos abstractos que, en una frase del tipo S es P, corresponden a predicados: justicia, belleza, igualdad, grandeza, pequeñez, paridad, coraje, etc. Pero para poder afirmar de un sujeto estos predicados hay que hacer una búsqueda, pues puede ocurrir lo contrario. En cambio, todo aquello que no puede suscitar una percepción contraria, no necesita el respaldo de una Forma. Es el caso del dedo. No hay nada contrario a un dedo, y, entonces, basta verlo para saber qué es. Ello no impide que Platón haya presentado en otros diálogos ejemplos Formas sustanciales (la cama y la silla en la República, la lanzadera en el Crátilo, de la abeja en el Menón). En el Parménides (130c), lúcidamente, confiesa que no tiene resulta aún la cuestión. La solución llegará recién en el Sofista. 9.2. Fallas, Luis (UCR): El anillo de Giges, una ficción para representar la más oculta verdad El anillo de Giges es un poderoso “experimento mental” que delata cómo en la clandestinidad el ser humano tiende a la injusticia. Esto parece describir no las circunstancias del típico vicioso que se deja caer en las tentaciones más bajas, sino la tendencia usual de cada persona de aprovechar lo oculto para favorecerse. En la República, a la luz de este constructo, Platón nos exige volver la mirada sobre la formación de lo anímico, que será la clave para la sustentación de la justicia y del propio Estado, aunque no dejará de advertir, en correspondencia con lo señalado, que incluso los mejores terminan en algún momento por declinar en su bondad, pese a que la filosofía siempre apueste por lo mejor como meta. La ficción que propone Glaucón, de una manera u otra, permite -16 justificar un modelo político sin fisuras, libertades y clandestinidades que vengan a derruir lo mejor que tenemos. 9.3. Gazolla, Rachel (PUCSP): La tiranía como pérdida del ser La reflexión de Platón sobre la tiranía, en el libro IX de la República, expone una psicología específica que se basa en la destrucción del logistikón como poder activo. En el caso del alma tiránica, esta destrucción es extrema. Se trata, intentaremos mostrar, de una especie de pérdida del ser que lleva al mayor desorden. Esta lectura permite tender un puente entre el planteo de República IX y los que ofrecen otros dos diálogos platónicos: la introducción de la Necesidad (Ananké) en el Timeo y a la exposición del Filebo sobre el género de lo indeterminado, el ápeiron, como puro tránsito “sin ser” (25a). 9.4. Marcos, Graciela E. (UBA - CONICET): Filosofía vs. mímesis en República La noción de distanciamiento a la que recurre Platón en República X, en ocasión de su crítica a la imitación, resulta clave no solo para comprender el alcance de dicha crítica, sino también para echar luz sobre pasajes centrales del diálogo cuyo nexo con la imitación no es inmediatamente evidente. Es el caso de la alegoría de la caverna expuesta en el libro VII, a cuya geografía haría referencia la metáfora espacial del libro X que sitúa la imitación lejos de la verdad. Proponemos interpretar la célebre alegoría a la luz de distintos elementos que intervienen en la discusión sobre la mímesis en el libro X, sin omitir una referencia al libro VI a la eikasía, mentalidad signada por su sujeción a las imágenes. MESA TEMÁTICA 10: Nuances da filosofia em Platão: Investigar, Refletir, Conhecer o Bem, Governar. 10.1. Braga da Silva, André Luiz (USP): Ideia de Bem e participação entre Ideias: “di’eikónon légein […] mála geloíos”? (Rep. VI 487e; 509c) Na presente comunicação será feita uma interpretação da conhecida reação jocosa do personagem Glauco no Livro VI da República de Platão (509c1-2), reação essa a qual põe fim à exposição que se desenrolava, da parte do personagem Sócrates, do famoso símile ou imagem do Sol (507d8-509b10). Tal interpretação será realizada a partir de quatro fios condutores: o rico cenário dramático criado pelo autor em torno a esta exposição; a identificação de relações de “comunidade” ou “participação” entre Ideias nessa exposição socrática; a identificação de características da “participação” entre Ideia e ente sensível das quais Glauco parece “apropriar-se” para avaliar essa exposição como cômica; as pistas dentro e fora do texto da República de que estas “apropriação” e avaliação – e, em última instância, também o riso de Glauco – são legítimas. 10.2. Quinalia Filho, Rineu (UFSCar): As duas vias do Elénkhos: um estudo sobre a aplicação platônica da prática investigativa socrática A filosofia de Platão propõe uma série de caminhos para se alcançar a verdade. A prática socrática de indagar é indubitavelmente um dos principais, além de representar, sobretudo nos assim chamados “Primeiros Diálogos”, a própria prática filosófica. Platão apresenta o élenkhos prioridade de definição (PD), como o procedimento filosófico padrão de Sócrates. O presente estudo pretende sugerir e analisar duas variações ligadas à aplicabilidade dessa primeira padronização da investigação filosófica. A partir da análise dos diálogos Laques e Cármides, buscaremos demonstrar como Platão -17 pretende destacar o que chamamos de duas variações do tradicional socrático élenkhos prioridade de definição (PD), a saber: a denunciativa e a pedagógica, teríamos assim uma nova configuração do élenkhos (PD) a saber; o élenkhos denunciativo (D), e o élenkhos pedagógico (P). Com isso, empenhar-nos-emos em avaliar a possibilidade de conceber se o “dialogar” (dialégesthai) socrático foi usado organicamente por Platão e inserido como instrumento político-pedagógico no núcleo dos Primeiros Escritos. 10.3. Walmsley Nery, Louise (USP): “A metáfora dos zangões e as formas viciosas de governo” O livro VIII da República inicia-se após a longa elaboração racional da cidade excelente. Sócrates e as demais personagens retomam o tema que havia sido interrompido no final do livro IV. Tratase das formas viciosas de governo. A aristocracia, considerada a melhor e paradigmática forma de governo, perderá progressivamente suas qualidades e, por fim, atingirá a pior forma que um governo pode assumir: a tirania. Os desejos (epithumiai) desempenham um papel primordial na subversão da hierarquia fundamental da cidade paradigmática. A figura do zangão (kephén) aparece associada aos desejos desde a degeneração da oligarquia até a tirania. A metáfora dos zangões parece-nos uma importante chave para a compreensão deste processo degenerativo. O objetivo de nosso trabalho é analisar a passagem 552C – 573B, de modo a mostrar que os zangões representam a classe de homens que subverte a hierarquia fundamental da kallípolis e levam os regimes a este inexorável processo de degeneração. MESA TEMÁTICA 11: Platão e o Conhecimento. 11.1. Cornelli, Gabriele (UnB): A alma-camaleão e sua plasticidade: dualismos platônicos no Fédon O presente paper deseja enfrentar o problema dos graus de separação do corpo e da alma no Fédon de Platão, em busca tanto de seus pressupostos ontológicos como de suas consequências epistemológicas. É possível reconhecer no diálogo dois sentidos fundamentais para esta separação. O primeiro indicaria uma separação intencional, isto é relativa ao que o filósofo pensa ou com aquilo do qual o filósofo se cura (a alma, não o corpo). O segundo indicaria uma separação ontológica, isto é de uma alma a tal ponto independente do corpo que pode sobreviver após a morte deste. A ambiguidade resultante deste duplo marco teórico tem sido resolvida em geral considerando primeira como uma metáfora da segunda. Isto é, o dualismo intencional seria simplesmente um homicídio antecipado do corpo, que permitiria o pleno exercício da filosofia, possível somente após esta morte forçada. O que se propõe aqui é uma diferente solução desta ambiguidade, que parta da consideração ontológica dos graus de plasticidade da alma, de seus traços camaleônicos (Bostock 1986, 79c), que lhe permitem assumir traços corpóreos para conhecer a realidade sensível. Exatamente pela possibilidade desta incorporação da alma significar certa perversão da alma, a mesma pode sugerir um inédito sentido para o dualismo: a separação entre corpo e alma, antes do que pressuposto ontológico, seria uma conquista do indivíduo. De certa maneira, portanto, a ontologia do individuo parece precisar da contribuição de sua contínua intencionalidade epistemológica e ética. 11.2. Oliveira, Loraine (UnB): Sombras projetadas: a pintura e a poesia no livro X da República No livro X a pintura aparece como metáfora para a poesia, em contraste com o livro VI, onde era metáfora para a filosofia. A maleabilidade da linguagem da pintura possivelmente dá margem para o uso variado da pintura como metáfora, em Platão. Para compreender a metáfora da pintura aplicada à poesia, no livro X, é mister observar algumas relações próprias à produção da mimese -18 e à sua recepção. Ademais, é preciso considerar que a poesia mimética destrói a inteligência dos ouvintes que não têm como antídoto o conhecimento da sua verdadeira natureza. Então é preciso explicar precisamente o que é a mimese, esta característica tão nociva da poesia. Para tanto, é feito um desvio: a pintura ocupa o lugar da poesia para explicar a mimese. Deste modo, cabe notar que no livro X, o termo mimese terá uma importância fundamental para a compreensão da pintura como metáfora para a poesia. 11.3. Pitteloud, Luca (UnB): A Forma da Cama na República de Platão Nesta apresentação, o argumento que desenvolverei será focado unicamente na introdução da Forma da Cama, no contexto da República. Se a ocorrência das Formas de objetos artificiais não se restringe somente ao décimo livro da República, então parece que, pelo menos no contexto desse diálogo, a introdução das Formas da Cama e da Mesa apresentou muitas dificuldades aos leitores, na medida em que, no mesmo diálogo, a hipótese das Formas já foi introduzida no contexto da argumentação sobre a co-presença dos opostos e a imperfeição do sensível. A República representando, assim, um diálogo em que a hipótese das Formas é introduzido como padrão clássico, é a introdução das Formas da Cama e da Mesa neste diálogo, que posa com a maior intensidade o problema das Formas dos objetos artificiais. A principal tese que eu pretendo defender aqui é a de que, ao integrar a Forma da Cama no contexto da República, não só sua introdução faz totalmente sentido, como também, mesmo que seja explicitamente mencionada como uma Forma inteligível, não é intenção de Platão defender a introdução das Formas de objetos artificiais em sua hipótese metafísica. A consideração do contexto permite entender por que a Forma da cama é necessária para a argumentação do livro X, apesar de, como tal, não deve assumir-se como parte da família das Formas. Em vez disso, eu sugiro que a crítica das artes imitativas no livro X, em última análise, depende da existência do inteligível como tal e não de certas Formas específicas. 11.4. Riegel, Nicholas (UnB): Plato’s Argument for the Forms in Parmenides It has been said that Plato does not so much argue for the existence of the Forms as assume it. But I would agree with those who argue that the outlines of an argument for the Forms can found at the beginning of Parmenides (127d-130a). Though this will not be an attempt at an interpretation of the Parmenides as a whole, this paper will investigate three questions relating to that argument. First, just what is at stake in Zeno’s argument against multiplicity? Second, why would anyone take it seriously? And finally, why did Plato think that an appeal to the Forms was the only way to resolve the problem? -19 DIRCOM FHUC 2014 PONENCIAS INDIVIDUALES -20 1- Amaral dos Santos, Gisele (UFRN): “Sexto Empírico contra a precipitação” Esta comunicação tem o propósito de examinar a noção de propeteia - precipitação - utilizada por Sexto Empírico (160-210 d.C.) especialmente no texto das suas Hipotiposes pirrônicas. No último capítulo desta obra, Sexto descreve o cético como um filantropo que pretende curar o dogmático da presunção e da precipitação características de sua patologia. A exploração da filosofia como recurso terapêutico parece fortemente vinculada à pretensão cética de Sexto Empírico de alcançar a tranquilidade (ataraxia) em matéria de opiniões e a moderação das afecções (metripatheia) oriundas de tudo aquilo que não pode ser evitado. Visamos, aqui, explicar porque a crença é um elemento perturbador da tranquilidade da alma e de que modo essa perturbação se expressa como precipitação ou, mais precisamente, se dá como ação apressada. Alguns antecedentes da teoria da ação estoica serão aqui considerados com o objetivo de expor os elementos que dela se distinguem no âmbito da filosofia sextiana. 2- Araújo, Carolina (UFRJ): Um regime para si mesmo: problemas da analogia entre cidade e alma nos livros VIII e IX da República de Platão A hipótese deste trabalho é de que relação entre cidade e alma se estabelece nos livros VIII e IX da República de Platão tanto de modo analógico, quanto de modo causal, sem confusão entre eles. Se há uma metodologia estritamente analógica quando se vai tratar da formação do caráter a partir da educação privada, essa desaparece quando se descreve que é o caráter dos governantes o responsável pela sedição e mudança do regime (545d1-2) exatamente porque ele não corresponde ao modelo da cidade (548a5-6, 553c5, 558c2-3, 579d1). Pretendese mostrar que o conflito alma/ cidade é fundamental para a estratégia argumentativa, não sópela oposição entre motivação interna e externa, mas também pela diferença de poder entre as partes conflituosas. Nesse cenário, a analogia funciona segundo a fórmula do “regime para si mesmo” como um recurso a modelos irredutíveis às partes em conflito, capaz de promover acordo e estabilidade. 3- Ariza, Sergio (Uniandes, Col.): Los objetos del conocimiento en el Gorgias de Platón En el Gorgias Sócrates sugiere que empeiria y technê se distinguen no sólo por su carácter explicativo sino también por sus objetos. Así la retórica (una empeiria) es vista como una actividad sin carácter explicativo y que se ocupa del placer mientras la política (una technê) apela a explicaciones y se ocupa del bien. Esto parece implicar que no hay una technê del placer sino empeiria ni empeiria del bien sino technê. Tal forma de distinguir es contraintuitiva y parece prefigurar la muy discutida teoría de los dos mundos según la cual las ideas son objeto de la episteme pero no de la doxa y sus copias sensibles son objeto de la doxa pero no de la epistemê. Mi objetivo es mostrar las razones que llevan a Platón a realizar tal distinción y así hacerla más aceptable. Argumentaré que no se puede concebir el placer y el bien como meros objetos de los que se ocupan la empeiria y la technê respectivamente sino que son ellos mismos formas de explicación. Ocuparse del placer implica, por ejemplo, optar por una forma de explicación que no la califica como technê sino como empeiria. El objeto de un conocimiento se convierte, por tanto, en su forma de conocimiento. 4- Bieda, Esteban (UBA - CONICET): El alma tiránica de Alcibíades en el Banquete Los hechos dramáticos narrados en el Banq. de Platón tienen lugar en el año 416 a.C. (triunfo de Agatón en las Leneas). Situado en el año siguiente, 415 a.C., Tucídides destaca un aspecto puntual de la personalidad del Alcibíades histórico: sus aspiraciones tiránicas. Las causas de esta sospecha giraron en torno a las conductas privadas de Alcibíades: su afición por la satisfacción de placeres corporales por fuera de toda norma (katà tò heautoû sôma paranomía, VI.15.4.1) fue lo que hizo que sus conciudadanos se volvieran enemigos suyos en la idea de que apetecía la tiranía (tyrannídos -21 epithymiôn, VI.15.4.4). ¿Existe alguna manera de vincular al amante enloquecido del Banq. con el proto tirano de Tucídides? En el presente trabajo propondré que la clave para explicar la complejidad del personaje de Alcibíades en Banq. radica en la descripción del alma del hombre-tiránico de Rep. VIII-IX, bajo el supuesto de la proximidad cronológica y conceptual de ambos diálogos. Esto me permitirá mostrar que la conducta del Alcibíades del Banq. puede ser comprendida a la luz del alma del hombre-tiránico, en coincidencia con la pintura tucididea de un Alcibíades aspirante a la tiranía. 5- Braicovich, Rodrigo Sebastián (UNR - CONICET): Akrasia y persuasión en el estoicismo romano El modelo sobre el que mayoritariamente se articula la discusión acerca del fenómeno de la akrasia en el estoicismo antiguo es el de un agente que sabe que C es el mejor curso de acción y, a pesar de ello sigue ~C. Los momentos en los que el estoicismo romano aborda el problema específico de la akrasia evidencian un desplazamiento sustantivo: el modelo sobre el que se construye la discusión ya no es el del agente que sabe que C es el mejor curso de acción, sino el del agente que cree saberlo y, a pesar de ello, sigue ~C. Sugeriré que este desplazamiento es sumamente interesante por dos razones: en primer lugar, porque suprime -aunque más no sea parcialmente- el carácter contra-intuitivo de la concepción intelectualista de la acción defendida por el estoicismo a lo largo de toda su historia; en segundo lugar, porque reconduce el proyecto pedagógico estoico hacia la problemática del convencimiento y la dinámica de la persuasión. 6- Bustos, Natacha (UNR): Contradicciones en torno al valor instrumental del progreso en el estoicismo antiguo Los estoicos ubican el progreso (prokopé) entre los indiferentes preferidos del alma; esto es, el progreso portaría cierto valor instrumental con referencia al alcance de una vida virtuosa. Sin embargo, la Estoa no admite la existencia de una disposición intermedia entre vicio y virtud, negando, de este modo, que la categoría de prokóptontes o proficiente cuente con un valor moral en sí. En efecto, resulta un tanto contradictorio afirmar, por un lado, que quienes progresan son, en tanto nosabios, categóricamente necios, y, por otro, que el progreso podría ser útil para el fin del proficiente. Partiendo de esta dificultad, y con el objetivo de matizar tal contradicción, nos proponemos: i) poner de relieve las valoraciones ético-gnoseológicas que caracterizan la disposición psíquica del proficiente, a fin de ii) evaluar en qué sentido el progreso posibilitaría algún avance, en términos de una serie de (posibles) modificaciones psicológicas, respecto de la conquista de la virtud. 7- Cano Cuenca, Jorge (UAB): “Política, dieta y salud: el analogon médico en Leyes y la Carta VII” Tanto en las Leyes de Platón como en la Carta VII, la figura del mejor tipo de político y legislador, el filósofo, están ligadas, por una parte, con una transfiguración del propio sujeto -a saber, este ha de llegar a un estado propio de salud, a una diaita y a una vida metrios que le permita el control de excesos o ambiciones; por otra, con una labor terapéutica sobre el cuerpo general de la polis dirigida a la anulación de la stasis entre las diversas facciones de la ciudad -entendidas dentro de unos parámetros casi humorales- y la restitución de la salubridad en el cuerpo social a través de unas medidas políticas precisas. Por ello, mediante un análisis léxico y hermenéutico, se defiende aquí la idea de que, en ambos textos, el modelo de consejo político y actividad legislativa surgen de un analogon con la teoría y práctica médicas que difiere del modo en que aparecen en el Gorgias o la República. -22 8- Castañeda, Miguel Alejandro (UNdeC - UCSE): Aristóteles: dialéctica y empirismo en la investigación acerca de la incontinencia (Ética Nicomáquea VII) El objetivo de la presente ponencia es mostrar que no solamente hay elementos característicos del método dialéctico en la reflexión ética de Aristóteles, sino también dispositivos materiales y procedimentales propios del método empírico. A partir del análisis de la cuestión de la incontinencia que Aristóteles aborda en Ética Nicomáquea VII intentaré demostrar que la dialéctica es necesaria pero insuficiente por sí misma para el descubrimiento y justificación en ciencia fundamentalmente porque la posición empirista en materia de metodología y epistemología sigue siendo prioritaria dentro de la filosofía aristotélica, incluyendo, naturalmente, a disciplinas como la ética. 9- Castillo Merlo, Mariana C. (UNComa – CONICET): Una propuesta para conciliar los criterios internos en la Poética de Aristóteles: acerca de la noción de tò anagkaîon. En Poética, Aristóteles introduce lo verosímil (katà tò eikós) y lo necesario (tò anagkaîon) como elementos fundamentales para la construcción del mûthos. Dicha introducción da cuenta del gran espectro de acciones particulares que el artista podrá tomar para su tarea y aporta, al mismo tiempo, principios que le permitan regular su conexión. Sin embargo, el tratamiento, en ocasiones muy breve, no resulta suficiente para eludir algunos de los problemas que surgen en torno a ellos. Hablar de necesidad en un producto como el mîmema, que en su propia constitución se revela contingente, resulta, a primera vista, paradójico. El objetivo de este trabajo será señalar, en un primero momento, los problemas que supone la inclusión de tò anagkaîon en el marco de la Poética, a la luz de los distintos sentidos que puede adquirir dicha expresión. A partir de este análisis, me interesa subrayar que, en uno de esos sentidos, la inclusión de lo necesario deja de ser problemática y permite una conciliación entre el criterio lógico impuesto por Aristóteles y la naturaleza del mîmema trágico. 10- Coitinho Silveira, Denis (UNISINOS - CNPq): Formação do caráter e responsabilidade moral em Aristóteles O objetivo desse trabalho é procurar responder a um argumento determinista sobre a responsabilidade moral, especificamente a posição defendida por Galen Strawson (1994) ao postular a impossibilidade da responsabilidade moral das ações dos agentes em razão da impossibilidade da autodeterminação mental (desejos emoções, caráter), fazendo uso da concepção aristotélica de responsabilidade pelo caráter que pode ser encontrada na EN III, 5, de forma que o nosso caráter recairá sobre nosso controle voluntário e nossa capacidade deliberativa, uma vez que o agente será responsável pelo exercício de atividades sobre os objetos específicos que formam as disposições de caráter, significando que nós sempre somos responsáveis por nos tornarmos o tipo de pessoas que somos (EN III, 5, 1114 a 4-31). Também, a tese da precedência e prevalência da ação sobre a disposição (EN II, 1-2) será usada para apoiar a tese da responsabilidade sobre o caráter. 11- Colombani, María Cecilia (UMO – UNMP – UBACyT): Relaciones entre mito y lógos. La arquitectura hesiódica. Las marcas de la novedad “Ha llegado el momento entonces de decir dos palabras sobre el autor más antiguo que aplicó los nuevos esquemas, caracterizados por el “razonamiento”, a la narración mítica: Hesíodo” (Cordero, N. (2008), p. 30 y ss.) El proyecto de la presente comunicación consiste en abordar las relaciones entre mito y lógos pensando la figura de Hesíodo como una bisagra que da cuenta del vínculo, al tiempo que representa una novedad en relación al dispositivo mítico. La cantidad de tópicos, perspectivas, dimensiones, puntos de instalación, atajos interpretativos que su obra presenta genera una geografía -23 peculiar e intrincada. Obedeciendo la convocatoria de Néstor Cordero en la cita que inaugura nuestras conclusiones, intentaremos algo más de dos palabras, ya que ha llegado el momento de despedirnos de nuestro autor y del extenso y complejo territorio que nos ha ofrecido. Queremos cifrar nuestra reflexión en una elección deliberada de ciertos núcleos problemáticos. En primer lugar, quisiéramos relevar ciertos aspectos de la arquitectura que presentan los poemas de Hesíodo para pensar dicho andamiaje como la novedad que Hesíodo aporta a las relaciones entre mito y lógos. 12- Contreras Quijandría, Andrés Renzo (PUCP): Una imagen de la virtud: El mito de la Atlántida El trabajo busca sostener que el discurso que Critias compone en el “Timeo-Critias”, el relato sobre la Atlántida, debe ser entendido como un mito en un sentido platónico, es decir, como un encomio a los actos de hombres buenos educados en la virtud. Con ese fin se analizarán, en principio, los elementos que componen la demanda socrática, la cual será cumplida por Critias, de ver a los ciudadanos del discurso que elaboró un día anterior en movimiento, esto es, tanto en acción como en palabra. En segundo lugar, atenderemos a las descripciones que se hacen de cada uno de los interlocutores y en especial al énfasis que se hace de su conocimiento y educación. En efecto, de ellos se afirmará que tiene suficiente experiencia tanto en política como en filosofía, condición para ser capaz de componer el tipo de encomio solicitado por Sócrates. Por último, recurriremos a algunos pasajes de la “República” que nos permitirán notar el vínculo entre la virtud y la composición de mitos de modo que concibamos el relato de Critias sobre la Atlántida como una imagen de la virtud. 13- Cordero, Néstor L. (UR1 – MCI): Platón, atrapado bajo el peso de la negación absoluta de Parménides Parménides presenta las dos vías que, a priori, pueden encaminar el pensamiento, según una oposición contradictoria. No se trata de A o B, sino de A o No-A. Este esquema, que el otros casos permite elegir uno de los miembros (por ejemplo, lo blanco o lo no-blanco), en el caso del hecho de ser elimina la negación de la afirmación (o sea, No-A), ya que no es posible no ser. Automáticamente, la segunda posibilidad se anula a sí misma como auto-contradictoria. En el Sofista Platón refuta la negación contradictoria de Parménides con su asimilación de la negación a la alteridad. Pero su descubrimiento del no-ser como alteridad queda reducido al ámbito de la predicación. El peso de la negación parmenídea se impone: no existe un no-ser absoluto, que sería la No-Existencia o la Nada, que, según su descubrimiento, tendría que ser lo Otro del Ser, y que él no puede postular. 14- Costa, Ivana Eva (UBA): Llamar a las cosas por su nombre: Platón y Aristóteles sobre los procesos de generación, alteración y corrupción En Acerca de la generación y la corrupción 329a14-24 Aristóteles ofrece al menos cuatro objeciones al modo en que Platón concibe la “materia primera” –esto es: el receptáculo del Timeo (especialmente 49a-53c)—y la generación en ella de los sólidos. Se analizan aquí: (1) la afinidad que existe en el planteo originario de ambas concepciones, la de la hýle aristotélica y la de la hypodochéplatónica; (2) la distinción que traza Aristóteles entre generación y alteración, examinando a la vez cuál de las dos está en juego en el pasaje de Timeo 50a-b explícitamente aludido; (3) la motivación platónica para la “analogía del oro” desatendida por el Estagirita; y por último (4) las divergencias entre el modelo explicativo aristotélico y el platónico relativo a la “materia primera”. -24 15- Cunha Neto, Osvaldo (UEC): Platão: modelo retórico da Segunda Sofística É impossível entender o que vem a ser Segunda Sofística ignorando a forte influência de Platão em quase todos os autores deste movimento intelectual que floresce no período imperial de Roma. A principal causa disso é o fato de Platão ser também fundamental para que se possa conhecer a própria História da Retórica em sentido mais amplo, Platão é aquele que “cunhou a Retórica” (parodio aqui Schiappa e seu proverbial artigo do inverno de 1990), por isso mesmo que ele é considerado o patrono da Segunda Sofística (“pai e professor dos retores” segundo Élio Aristides Or. 2, 465) o autor mais importante e estudado em um momento privilegiado da retórica, momento de grande status social para aquele que é capaz de usar a palavra na expansão e manutenção do imperium. 16- Curbani, Weriquison Simer (UFES): A Relação entre αϊσθησις e ψυχή no Diálogo Teeteto: considerações sobre a tese protagorica do “homem medida” Este estudo visa realizar uma análise da primeira parte do Teeteto de Platão com o objetivo de tratar, especificamente, do problema da αϊσθησις na ocasião do Diálogo. Para tanto, diante do debate veiculado por Sócrates acerca do que seja o saber, nossa investida segue na direção de mostrar o quanto a percepção se faz relevante para a epistemologia platônica, pois nota-se que só se alcança o saber extraindo, primeiro, os dados dos sentidos. No contexto da obra, veremos que a primeira hipótese coerente para definir o que seja o saber estabelece que este não é outra coisa a não ser percepção, a partir dessa assertiva a discussão evolui para o problema protagórico do “homem medida”, apoiada na teoria fluxista do perpetuo movimento. Apos esta perspectiva relativista que tenta validar a percepção de cada homem como sendo certa, veremos, por fim, a estreita relação entre αϊσθησις (percepção) e ψυχή (alma), mas agora sob uma perspectiva socrática-parmenídica. 17- Dávila Morey, Dante (UNMSM - PUCP): La unidad de la Metafísica de Aristóteles Uno de los problemas que con respecto a la obra de Aristóteles se ha discutido en los últimos tiempos es el referido a la unidad de la metafísica. Más precisamente, se trata del problema de la unidad de su concepción metafísica tal como aparece contenida en la obra que la tradición nos ha legado bajo el título de Metafísica. Para explicar este tema, en lo que sigue dividiré mi exposición en tres partes: primero, explicaré en qué consiste estrictamente el problema de la unidad de la metafísica; segundo, postularé una respuesta, tomando como núcleo especulativo el infinitivo del verbo ser; y tercero, postularé una einología como horizonte desde el cual puede ser tratado el problema. 18- De Castilho Moreira, Vivianne (UFPa): Significar para si e Significar para outro em Metafísica IV 4 Neste trabalho revisito a debatida prova do Princípio de Não-Contradição exposta em Metafísica IV 4. Concentro-me nos primeiros desdobramentos do ponto de partida dessa prova, consistente no compromisso de dizer algo, a ser firmado por aquele que demanda tal prova. Inicio investigando a acepção do verbo significar <σημαίνειν> em Aristóteles e, a partir daí, examino as duas condições nas quais se desdobra o compromisso supramencionado, quais sejam, de significar para si mesmo e de significar para outro. Viso assim precisar o papel que cada qual daquelas condições desempenha na prova. Com base nos resultados obtidos, procedo à análise do trecho compreendido entre 1006a18 e 1006b34, onde Aristóteles explora o primeiro desdobramento do compromisso previamente assumido, desdobramento que consiste no reconhecimento da necessidade que os nomes tenham significado delimitado. -25 19- Dezzutto, Flavia (UNC): Infinito, potencia y actividad en Aristóteles y Plotino Nos proponemos examinar las formulaciones desarrolladas por Aristóteles y Plotino acerca de la noción de infinito, ápeiron, en su relación con el concepto actividad, enérgeia, puntualizando además su vínculo con la cuestión de la dýnamis, potencia. Hemos de destacar, en primera instancia, que la concepción aristotélica de infinito, en su relación con la dýnamis posee un contenido negativo, dado que lo que es en potencia infinitamente, indefinidamente, permanecería en la irrealidad o el inacabamiento. De allí que lo que es en potencia tienda a su actualización, y esto comporta actividad -enérgeia-. En Plotino la vinculación entre potencia e infinitud cambia de signo, pues lo Uno en tanto dýnamis pánton, o potencia productora de todo, es una potencia infinita por cuanto es indeterminada. Tal infinitud señala a la potencia como acabada, y lejos de considerarla incompleta subraya su plenitud, conjugando así la indeterminación y la actualidad. Por ello relevaremos algunos pasajes centrales de Física y Metafísica que nos permitirán ingresar en la comprensión de los sentidos que Aristóteles establece para la noción de infinito, para pasar luego a la consideración de la relación entre potencia, actividad y actualidad. Es innegable, como afirman múltiples autores que se han dedicado a analizar el tema del infinito en Aristóteles y a polemizar sobre interpretaciones posibles de ciertos puntos cruciales, como Hintikka (1966), Lear (1979) y Bowin (2007), que la noción de ápeiron ha tenido enorme gravitación en la filosofía anterior al Estagirita, y es central en la investigación de la naturaleza. La infinitud en tanto asociada a la potencia señala la situación de indeterminación propia de la potencialidad determinada en el paso de la potencia al acto, pues en la dialéctica infinito-finito la determinación de lo potencial instala la diferencia, la distinción, según las diversas determinaciones. En el caso de Plotino el problema que nos ocupa concierne a lo que Gwenaelle Aubry (2000 y 2006) ha llamado “el dilema del principio”, sea para la discutir la posibilidad de que efectivamente el infinito sea un principio tal como lo querían los primeros filósofos, sea para establecer su existencia potencial y para negar la posibilidad de un infinito actual, subrayando así la situación de incompletud en la que se halla lo infinito en la ontología de la potencia y el acto. Si el concepto de infinito en Aristóteles involucra la prioridad de la actividad -enérgeia– respecto de la dýnamis -como potencia–, la referencia plotiniana a lo Uno como infinito caracteriza tal condición en su relación con lo Uno como dýnamis ton pánton, causa productora de todas las cosas, producción excesiva, infinito pasivito. De este diverso entendimiento de la potencia y del infinito se siguen resoluciones ontológicas diferentes, por cuanto el principio a partir del cual se despliega la actividad causal en Plotino pone en entredicho el primado aristotélico de lo que está “en acto” a favor de una potencia productora, ubicando a la noción de infinito en otro plano ontológico. Por esta razón, la dýnamis plotiniana no ha de entenderse en términos de la oposición aristotélica acto-potencia, –como lo “en potencia” que ha de ser actualizado–, sino como potencia productora, que, más allá del ser, causa por sobreabundancia de su perfección. 20- Divenosa, Marisa (UBA): Discurso Sobre el no-Ser: ¿Gorgias o Sexto Empírico? En este trabajo nos proponemos analizar algunos aspectos del discurso de Gorgias Sobre el no-ser, tendientes a concluir sobre el valor de las fuentes que lo transmitieron y de la continuidad filosófica, léxica y estilística que este texto tiene respecto de otros discursos del sofista. Para esto, en un primer momento nos ocuparemos de verificar las diferencias principales entre -26 las dos fuentes del discurso: Sexto Empírico, Adversus Mathematicos (VII 65-87), y el tratado falsamente atribuido a Aristóteles, De Melisso Xenophanes Gorgias (979a12 - 980b21ss.). En un segundo momento, ya centrados en la versión de Sexto que H. Diels y W. Kranz han hecho canónica, observaremos, en la perspectiva del pasaje de los Esbozos Pirrónicos (II 48-69) del mismo Sexto, hasta qué punto es esta misma posición escéptica la que encontramos en el discurso de Gorgias. Por último, veremos, a la luz de otros discursos del sofista, los elementos que indudablemente no le han sido legados por Sexto en su transmisión. 21- Erro, María Guadalupe (UNC - IFD del IESS): Indefinición y Cambio de Perspectiva en la interpretación del aoristo gnómico Entre los usos “especiales“ de los tiempos verbales griegos, el aoristo provee algunos de los más significativos cuando se emplea con un sentido general o atemporal que parece entrar en conflicto con el valor fundamental atribuido al tema. La designación de “aoristo gnómico“ no deja de ser un tanto estrecha, e incluso da la impresión de ser una etiqueta que permite eludir el problema. Numerosos estudios han intentado esclarecer la naturaleza de estos usos conflictivos. En el centro de la discusión podríamos ubicar los siguientes interrogantes: si el aoristo es realmente un pasado, si tiene o no un valor temporal, si su carácter de pasado pleno es algo dado sin más y desde siempre. Proponemos aquí una explicación que atiende al lugar que le cabe al aoristo en el sistema si se tiene en cuenta la diferencia entre la perspectiva de los gramáticos y la de los estoicos al respecto. 22- Escobar Moncada, Jairo (UA): Mímesis y conocimiento en Platón Mimesis es un concepto muy discutido en la crítica de Platón a los poetas, y este concepto no sale bien parado, pero se ha menospreciado el papel que juega en su teoría del conocimiento. Mi ponencia se propone discutir la relación entre mimesis y conocimiento de la mano de dos diálogos, el Cratilo y el Sofista. Con el Cratilo trataré de ganar una comprensión del lenguaje como mímesis, como imagen mimética de las cosas a las cuales se refieren las palabras y las proposiciones. Luego trataré de mostrar que la discusión de la imagen y la dialéctica que se realiza en el Sofista están íntimamente vinculados en el sentido de que la dialéctica, como esfuerzo por pensar libre de toda imagen, no puede prescindir de un mínimo de ella. Mi intención es tratar de dar una respuesta a la pregunta: ¿Qué se quiere decir con la expresión de que las cosas son imitaciones o representaciones (mimêmata) de la idea? 23- Ferreira, Paulo Fernando Tadeu (UNIFESP): Nota sobre a tese de que a bivalência implica o determinismo, do estoicismo ao aristotelismo Segundo Cícero (Fat. 20-1), Crisipo argumentava que, se o determinismo não fosse o caso, nem toda proposição seria verdadeira ou falsa; porém, toda proposição é verdadeira ou falsa; logo, o determinismo é o caso. Julgamos que o argumento embute como pressupostos não só a tese de que o truth-maker de proposições sobre o futuro é a situação presente, mas também certa concepção de proposição e a tese de que somente esse tipo de entidade lógica pode atuar como truth-bearer. Segundo Cícero (Fat. 26-8), pode-se responder ao argumento negando o pressuposto de que o truth-maker de proposições sobre o futuro é a situação presente e assumir, em vez disso, que é o próprio evento descrito. Amônio e Boécio vislumbram essencialmente a mesma lição em Aristóteles (Int. 9); estariam, porém, os comentadores justificados ao assumir que Aristóteles tem ali a mesma concepção de proposição assumida por Crisipo? -27 24- Fita, Tristán (CONICET - UNC): “Lo decimos sin dogmatismos”. Escepticismo y lenguaje desde la obra de Sexto Empírico El propósito de nuestro trabajo consiste en profundizar los pasajes dedicados a las “expresiones del escéptico” de las Hipotiposis pirrónicas de Sexto Empírico y combinar éstos con la lectura de Adversus mathematicos I y II, libros en donde el escritor escéptico ataca las concepciones de su época en torno a la gramática y a la retórica, “artes liberales” para Sexto. En esta crítica, en su desarrollo gradual, el autor nos deja pistas acerca de qué concepción de lenguaje tiene y qué modo de expresarse le parece propio del filosofar pirrónico. De tal modo, aun cuando no se pudiera vislumbrar directamente una teoría del lenguaje per se, toda crítica -cuando consistente- deja entrever cierta posición clara. La coherencia y consistencia de la propuesta escéptica (“άγωγή”), que no es un sistema filosófico basado en dogmas o axiomas “autoevidentes” (i.e. “αϊρεσις”), se tornará aún más sólida y sólo demostrará la armonía de pensamiento entre ambas obras sextianas. 25- Flórez, Jorge Alejandro (UC): Epagōgē se dice de múltiples maneras: un estudio sobre los tipos de inducción en Aristóteles. El concepto de epagōgē -inducción- es mencionado por Aristóteles en varios pasajes de forma oscura e incluso contradictoria. Por ejemplo, en Tópicos y Retórica ofrece ejemplos de inducciones dialécticas o simples generalizaciones que pueden ser fácilmente refutables; mientras que en los Analíticos Posteriores II 19 habla de la inducción como una intuición más exacta y verdadera que la propia episteme. Esta y otras contradicciones han llevado a varios intérpretes a concluir que Aristóteles no tuvo un concepto claro y unívoco de la inducción. David Ross, por ejemplo, dice que la explicación de la inducción en los Analíticos primeros II, 24 es completamente diferente a la de los Analíticos Segundos II, 19. Sin embargo, yo trato de defender que las diferentes explicaciones que Aristóteles brinda del concepto de epagōgē no son contradictorias, sino que las diferentes características que este le atribuye a laepagōgē en diferentes obras indican la riqueza y diversidad de las inferencias inductivas. De hecho, defiendo que la epagōgē, como lo es el Ser, es un concepto análogo que se dice de múltiples maneras, más exactamente de seis maneras diferentes. Para llegar a tal conclusión, encontré que hay tres distinciones básicas que Aristóteles hace de las inferencias inductivas; en primer lugar, ellas pueden ser inducciones dialécticas o inducciones necesarias; en segundo lugar, ellas pueden ser inducciones de conceptos e inducciones de proposiciones; y en tercer lugar, ellas pueden ser inducciones argumentativas o inducciones intuitivas. Al combinar estas distinciones es que encuentro los seis diferentes conceptos de epagōgē, a saber: 1. Intuición conceptual necesaria, 2. Argumento proposicional necesario, 3. Intuición proposicional necesaria; 4. Intuición conceptual contingente; 5. Argumento Proposicional contingente; 6. Intuición proposicional contingente. 26- Gazoni, Fernando (UNIFESP): Ética Eudêmia, VIII.1 - antecedentes e consequências A comunicação que ora se apresenta propõe uma análise do trecho inicial do capítulo 1 do livro VIII da Ética Eudêmia (1146 a26 - b4), em que Aristóteles analisa e rejeita a tese de que as virtudes éticas podem ser consideradas formas de conhecimento (episteme). O trecho será analisado em duas frentes: em primeiro lugar, como uma retomada do argumento do Hípias Menor, de Platão, que, entretanto, contrariamente ao texto aristotélico, termina em aporia. Em segundo lugar, devese notar que, na Ética Nicomaqueia, Aristóteles abandona o tipo de argumento apresentado no início de EE VIII.1 e determina de outra forma que as virtudes são disposições. Ora, se o trecho inicial de EE VIII.1 marca uma aquisição conceitual que será aproveitada na ética aristotélica, aquisição obtida contra seus mestres, a pergunta que se faz é: por que Aristóteles abandona a argumentação apresentada no trecho inicial de EE VIII.1? -28 27- Gerena Carrillo, Luis Alonso (UAEM): Calicles, el cuidado de sí y la amistad En este trabajo me interesa mostrar cuáles son las razones que llevan a Platón a asumir una posición crítica con respecto a la amistad individual, que lo conducen justamente a construir una amistad desde el punto de vista de la polis. Sostendré que para Platón la concepción de amistad que tradicionalmente fue la base de la moral griega, se convierte, a finales del siglo V, en un tipo de relación meramente instrumental, puesto que no hay un cuidado de sí, sino que lo que se persigue es la satisfacción plena de los deseos, siendo el amigo solo un medio para dicha satisfacción. Para mostrar este punto, me centraré en la discusión que Sócrates tiene con Calicles en el diálogo Gorgias. Complementaré este análisis con algunos pasajes del Banquete y los primeros libros de la República, sugiriendo a modo de conclusión cuál es la concepción de amistad que Platón propone para la construcción de la polis. 28- Gianneschi, Horacio Alberto (UNGSM - UNIPE): La cuestión del carácter limitado o ilimitado del número de las categorías aristotélicas - Ontología y dialéctica en juego. Este trabajo discute las principales razones esgrimidas por Aubenque para sustentar su tesis de que las categorías aristotélicas no eran numéricamente limitadas. Por un lado, cuestiona que la no aplicación por parte de Aristóteles de la regla de supresión de la homonimia (Metafísica 1006a34-b2) al caso del ser se debería al carácter numéricamente ilimitado de las significaciones categoriales del ser; tipos de homonimias como la del ser son, en verdad, insuprimibles, sin más, si se pretende caminar hacia su comprensión. Por otro lado, se rebate la interpretación de Refutaciones sofísticas 170 b 7 y Metafísica 1028 b 2 en el sentido de que establecerían el carácter indefinido, ilimitado, de las tareas de la dialéctica y de la ontología emprendidas por Aristóteles, evidenciando así, siempre según el intérprete francés, el carácter numéricamente indefinido, ilimitado, de la lista aristotélica de categorías. Se notará que Aristóteles explicita la limitación numérica de las categorías. 29- Gómez Espíndola, Laura Liliana (UDV): De la posibilidad a la necesidad en el ámbito de la acción. Sopesando las lecturas determinista e indeterminista de Aristóteles En el texto se examinan algunos pasajes de la obra de Aristóteles con el objeto de precisar cómo se vinculan los conceptos de necesidad y de posibilidad con los diferentes tramos de la secuencia mediante la cual se produce la acción humana. Tras el análisis de ellos se propone el siguiente modelo: Dadas las potencias racionales que poseen los seres humanos, se puede decir que el proceso inicia con la tenencia de posibilidades alternativas de acción. El agente, como principio controlador de sus acciones, determina cuál será el deseo dominante que activará sus potencias en una u otra dirección. Una vez este deseo esté establecido la acción se producirá de un modo necesario. 30- González Varela, José Edgar (UNAM): La doctrina platónica de las Formas y la Navaja de Aristóteles En este trabajo discuto la primera objeción de Aristóteles a la doctrina platónica de las Formas de Platón en Metafísica A.9, un argumento que aplica un principio metodológico de parsimonia ontológica que puede considerarse como un precursor del principio conocido posteriormente como “la Navaja de Ockham”. De ahí que el argumento se haya denominado, apropiadamente, como “la Navaja de Aristóteles”. De acuerdo con este argumento, las Formas duplican innecesariamente “estas cosas de aquí”. Hay dos interpretaciones de este argumento: (a) la interpretación de Individuos, según la cual Aristóteles critica la postulación de las Formas como una innecesaria duplicación de individuos particulares como Sócrates y la luna (Ross 1924, Cherniss 1944, Frede 2012); y (b) la interpretación de Tipos, según la cual la duplicación de entidades ocurre porque las Formas duplican -29 tipos o clases de individuos, no individuos (Alejandro de Afrodisia, Annas 1976). Aquí defiendo una nueva versión de la interpretación de Tipos, la cual concuerda mejor con el texto, con el punto de vista de Platón, y hace al argumento mucho más interesante de lo que ha sido reconocido. 31- González, Francisco (UO): La vida de Dios y la divinidad de la vida en Aristóteles Atribuyendo vida a un dios que es inmóvil y que existe sin la más mínima potencialidad, Aristóteles no está hablando en metáforas, como han sugerido mucho comentaristas, ni usando la palabra vida en un sentido especial y raro. Entendemos que la atribución es no sólo literal sino paradigmático si vemos que para Aristóteles la vida en sí y aun en sus formas más básicas es actividad (energeia) y no movimiento (kinêsis). Para ver esto tenemos que defender la importancia de la distinción entre energeia y kinêsis en Metafísica 1048b18-36 donde la vida se haya del lado de la energeia. También tenemos que ver que la critica de la definición del alma como movimiento en De Anima I condiciona todo el argumento que sigue. 32- Gutiérrez, Raúl (PUCP): La oposición/contradicción como invitación a la intelección Con ocasión de la introducción del curriculum matemático del filósofo, Sócrates plantea la distinción entre dos tipos de objetos: a) los que producen sensaciones simultáneamente opuestas y, por eso mismo, invitan al intelecto a examinarlas y b) las que no lo invitan puesto que aparentemente son suficientemente claras. Las sensaciones que no indican que su objeto sea esto más bien que su contrario, requieren que el intelecto separe los opuestos que la sensación confunde. Lo que inicialmente parece restringirse a las sensaciones, termina replicándose en niveles superiores, en el de las matemáticas y podría pensarse que también en el ámbito inteligible (R. 523b ss.). La separación de los opuestos podría entenderse como un proceso necesario en el ascenso hacia lo inteligible. Eso mismo se ve reflejado desde un inicio en la República. Así en R. I se pone de manifiesto que las definiciones ahí presentadas son a la vez justas e injustas, y, por eso, en R. II exige Glaucón la separación del justo y del injusto (360e). Ahora bien, si tenemos en cuenta que los diálogos se leían en la Academia, podríamos pensar que ellos ofrecían la ocasión para realizar este ejercicio. Así pues, en la misma República podemos encontrar cuando menos tres casos que requerirían de esa intervención del intelecto para resolver las contradicciones que presentan: 1) la división de la línea según la misma proporción y según el criterio de la claridad; 2) la afirmación de que lo bueno no es causa del mal (379b) y la asunción de ideas de propiedades negativas (476a) y, finalmente, las afirmaciones contrarias sobre el estatuto ontológico de la Idea del Bien (509b9 y 518c9, 526e3, 532c6). Visto así, estaríamos asumiendo que semejantes contradicciones son intencionales e invitan a su solución mediante la intervención del intelecto del lector. Las dos primeras contradicciones han sido ya examinadas (Foley 2008; Gutiérrez 2011), deteniéndonos en la tercera examinaremos de qué manera dos de las interpretaciones de la Idea del Bien (como Uno y como Idea de las Ideas) pueden ofrecer una solución. 33- Helmer, Etienne (UPR): Para una filosofía antigua de la economía: elementos de definición En los últimos veinte años la reevaluación crítica de los trabajos del historiador M.I. Finley dio lugar a un retrato más verosímil de la economía antigua en sus aspectos materiales einstitucionales. Parece que esa economía no fue tan sencilla ni tan espectral o débil como Finley pensaba. Sin embargo, no ocurrió un cambio similar de perspectiva a propósito del pensamiento económico antiguo; sigue siendo vigente la idea de Schumpeter según la cual, de no tener un pensamiento científico de l economía, los griegos no tenían ninguno. En contra de ese juicio, es mi propósito evidenciar que la forma antigua de entender estos fenómenos es filosófica, y proponer una definición de esa filosofía antigua de la economía, tal como aparece en los tratados Peri oikonomias o Oikonomikè, y en algunas paginas de obras de filosofía política como la República y las Leyes de Platón o la Política -30 de Aristóteles. 34- Hobuss, João (UFPe - CNPq): Caráter, responsabilidade moral e determinismo em Aristóteles No livro dois da Ética Nicomaqueia, Aristóteles afirma com clareza que a prática reiterada de ações virtuosas leva à constituição de uma determinada disposição de caráter, ou seja, o hábito funcionaria como uma segunda natureza, em função da fixidez e estabilidade da disposição por ele constituída, o que aparentemente impediria qualquer modificação no que concerne ao caráter. O problema é que várias passagens do Corpus Aristotelicum parecem contradizer esta asserção, permitindo uma leitura diferente daquela que sugeriria a ideia do hábito como algo que operasse de modo similar à natureza. Este texto propõe-se investigar se é possível uma leitura que permita, nas Éticas, bem como em outras obras do Corpus Aristotelicum, a possibilidade da mudança de caráter, da decadência ou da reforma moral, bem como sua implicação na investigação sobre o problema do determinismo e da responsabilidade moral. Duas passagens indicam a primeira leitura, qual seja, a da impossibilidade de agir diferentemente de sua hexis de caráter: (i) na EN 1114a9-21, Aristóteles ressalta que uma vez adquirida uma dada qualidade de caráter não será mais possível perdê-la: ao injusto e intemperante era possível, no início, não se tornar injusto ou intemperante, “porém, aos que se tornaram injustos ou intemperantes, não lhes é mais possível não o serem”; (ii) na EN V 1129a11-15, Aristóteles afirma a existência de uma distinção entre as disposições de caráter, as ciências e as potencialidades, na medida em que há uma única potência, bem como uma única ciência, para os contrários, o que não é o caso para as disposições concernentes ao caráter, pois essas últimas, ao produzirem um determinado efeito, não poderão produzir um efeito contrário. O problema é que Aristóteles parece sustentar uma concepção contrária nas passagens que seguem: (iii) na EN 1152a28-30, Aristóteles afirma que “os incontinentes por natureza são mais difíceis de endireitar do que os incontinentes por hábito”. Ora, isto sugere, ao menos em um primeiro olhar, a ideia de uma conversão ou reforma moral; temos, também, (iv) 1165b13-14, onde Aristóteles indaga, ao tratar da amizade, se alguém que aceita um amigo porque ele é bom (agathon), mas que se torna perverso (mokhthêros), deve ainda permanecer amigo deste último. Esta duas últimas passagens parecer ser corroboradas por (v): “Presumivelmente, contudo, não é suficiente que eles tenham a educação correta e a atenção quando são jovens; na realidade, eles devem continuar com as mesmas práticas e estar habituados com estas quando tornarem-se homens” (EN 1180ª 1-3). Esta passagem supõe que uma disposição nunca é definitiva, na medida em que devemos sempre perseverar nos bons hábitos, pois, na EN 1114b30-11151a3, temos a afirmação clara de que “somos senhores de nossas ações do início ao fim, desde que conhecedores das circunstâncias; de outro, somos senhores do início das disposições, mas o acréscimo caso a caso não é distinguível, assim como ocorre nas doenças”. Deste modo este texto buscará investigar sobre a realidade da força inexorável da disposição de caráter, e as implicações que a fixidez da mesma teria sobre a concepção aristotélica acerca da responsabilidade moral, e suas implicações no que concerne ao determinismo. 35- Maronna, Helena Andrade (USP): A sociedade dialógica no Lísis de Platão A sociedade dialógica - o agrupamento dos interlocutores ou personagens – determina a postura socrática e constitui-se como uma chave de interpretação fundamental do diálogo Lísis. A estrutura argumentativa do diálogo é construída tendo em vista o fator determinante que é a juventude dos interlocutores. A escolha por determinado procedimento ou argumento está condicionada pelo tipo de interlocutor e percebemos isso claramente já que, apesar de amigos e coêtaneos, Lísis e Menêxeno têm posturas diferentes. O discurso filosófico estava em plena constituição, era um fenômeno novo, por conseguinte, Sócrates precisava respaldar-se em manifestações culturais que estavam em voga e que eram tidas como respeitáveis, ainda que fosse para contrapô-las, como forma de consolidar a sua superioridade metodológica. Dessa forma, o Lísis é um diálogo emblemático para compreendermos como Platão entrelaça, de forma bastante hábil, as personagens com as -31 quais Sócrates dialoga e o tipo de discurso utilizado na sua argumentação. 36- Martino, Gabriel (UBA): Mística, subjetividad y tradición en las Enéadas El pensamiento de Plotino constituye, posiblemente, el legado filosófico más significativo que nos ha dejado de la Antigüedad tardía. Tres de los ejes centrales de este legado son, a nuestro entender, la reflexión plotiniana acerca del sí mismo, el aspecto místico de la literatura eneádica y el modo en que el autor entabla su relación con la tradición en la que se enrola. Ahora bien, la mística, la subjetividad y la tradición no suelen ser tomadas conjuntamente por los especialistas en un análisis que las conjugue fructíferamente. La mística, de hecho, suele ser reducida a una experiencia inefable, la concepción del sí mismo, a su vez, a una doctrina, y la relación de Plotino con la tradición ha sido caracterizada, por ejemplo, como un rebarajamiento de los conceptos que el filósofo hereda. Creemos, por nuestra parte, que los tres elementos mencionados deben ser reunidos en una concepción unitaria que las articule. Así, pues, nos proponemos desarrollar en el presente trabajo una concepción de la mística que lejos de acotarse a una experiencia inefable, constituye el punto de articulación entre la concepción plotiniana del sí mismo y la tradición. Creemos, pues, que la mística eneádica constituye la interiorización de la tradición metafísica, es decir, el mapeo de la interioridad mediante los conceptos metafísicos que Plotino toma de modo crítico e innovador de la tradición filosófica, dando lugar a una subjetividad compartida y participativa. Tal ajuste del sí mismo a la tradición constituye el “cambio de mirada” al que Plotino exhorta a sus lectores y que, a nuestro entender, constituye el núcleo de la mística eneádica. 37- Mathov, Nicolás (CONICET): “Zoopolítica y antropotecnia: Sloterdijk lector de Platón” Este trabajo intenta analizar el pensamiento platónico en los diálogos Leyes y República desde una perspectiva “biopolítica” (Foucault, Agamben), “zoopolítica” (Sloterdijk) o “antropoplástica” (Jaeger). Mientras que Foucault ha sostenido que la “biopolítica” sería un fenómeno propiamente de la Modernidad, Agamben, corrigiendo de alguna manera a Foucault, ha señalado que la política occidental es “biopolítica” ya desde su origen. En ese mismo sentido, la noción de Sloterdijk de “zoopolítica” permite rastrear la dimensión “biopolítica“ de la política también ya desde la Antigüedad. A su vez, partiendo de aquel “marco teórico“, es posible analizar la propia Paideía de Jaeger en una línea análoga a la de aquellos autores, a través de un término que este autor emplea al comienzo de su monumental trabajo, cuando señala que el pueblo griego es “antropoplástico“. Es a través de aquellos conceptos (“biopolítica“, “zoopolítica“ y “antropolástica“, reunidos por la omniabarcante noción de paideía) que resulta posible entender que el objeto de la políticapaideía es siempre la “biología“ o el “sistema nervioso” de un animal que deberá convertirse en un ciudadano virtuoso. 38- Mesquita, António Pedro (UL): Acidentes per se em Aristóteles É uma tese profusamente repetida por Aristóteles que “por si mesmo“ e “por acidente“ são noções mutuamente exclusivas. Todavia, em diversos locais do primeiro livro dos Segundos Analíticos, o filósofo fala, explícita ou implicitamente, em acidentes que são “por si mesmos” (sumbebhkovta kaq’ auJtav). Mais, na primeira passagem em que se lhes refere nesse tratado, parece remeter para um local anterior em que a noção de acidentes per se teria sido introduzida, ou assumida e, portanto, a distinção entre os dois tipos de acidente de algum modo feita. Como compreender este novo vocabulário, aparentemente tão contraditório, de acidentes por si mesmos e em que passagem anterior se fundamenta? Ross, na sua edição do tratado, e com ele a maior parte dos comentadores, viu no texto uma referência implícita ao segundo sentido de “por si mesmo“ previsto -32 na classificação de APo. I 4, 73a34-b16. É nosso objectivo, na presente comunicação, mostrar que, e porque é que, esta interpretação não está correcta e qual, em alternativa, o sentido de “por si mesmo“ que rege a distinção proposta por Aristóteles nos Segundos Analíticos (e também na Metafísica, D 30, 1025a30-34) entre acidentes por si mesmos e acidentes “simples”. 39- Mira Bohórquez, Paula Cristina (UA): Aristóteles: el conocimiento de ser feliz El texto trabajará la pregunta por la diferencia entre el conocimiento de la ética como disciplina filosófica y el conocimiento que lleva a la vida virtuosa. Se concentrará en este último punto en el problema de ¿qué tipo de conocimiento es aquel que conduce a ser una persona virtuosa? ¿qué parte del alma es la que debe conocer en este caso? ¿cómo puede significar Phrónesis sabiduría práctica, si el actuar humano está determinado por la parte oréctica del alma y no por la racional? 40- Montoya Heranval, María del Pilar (UParis I): Las paradojas de la metáfora animal en la República platónica La metáfora animal juega un rol esencial en relación con la legitimación de las normas llamadas a asegurar una sexualidad conforme a los imperativos políticos de Callipoilis. A través de la aplicación de dichas normas Sócrates aspira a reproducir en la ciudad un orden natural, cuyo cumplimiento supone un proceso de deshumanización del genos destinado al gobierno. Legitimados en nombre de la naturaleza, los métodos que intervienen en este proceso son paradójicamente reivindicados por analogía con las técnicas empleadas para el mejoramiento del patrimonio genético de los animales en cautiverio. Resulta igualmente paradójico que las leyes que imperan en la naturaleza y que dirigen el comportamiento de las bestias sean ilustradas a la luz del ejemplo del comportamiento de ciertos animales domésticos como el perro, y que la conducta del can sea considerada como la conducta ejemplar de un hombre digno del gobierno de la ciudad ideal. 41- Nogueira Prado, Germano (UFRJ): A ideia de bem entre totalidade e unidade A comunicação pretende abordar dois dos aspectos que delimitam o lugar da ideia de bem na República de Platão. O primeiro é a relação entre essa ideia e a completude ou totalidade do argumento da obra em questão. O segundo dos aspectos é a relação entre a ideia de bem e a noção de unidade. A hipótese a ser testada é: esses dois aspectos da ideia de bem podem ser interpretados em conjunto se reconduzidos ao contexto dialógico no qual surgem. Como bom limite, ela está dentro e fora do todo; é um elemento do todo (uma ideia entre outras) e o um que, fazendo do todo um todo, foge a este. É por isso que a “lógica do todo” precisa ser completada por uma “lógica do não todo”, presente nas hesitações e impossibilidades que, na cena dramática, Sócrates põe ao lado de suas exigências de completude argumentativa. 42- Ornelas, Jorge (UAMI): Forasteros intelectuales: una interpretación del problema del valor del conocimiento y de la agencia racional desde la perspectiva escéptica pirrónica Analizo la respuesta proveniente de la tradición pirrónica a dos de los principales problemas de la antigüedad, a saber, el denominado problema del valor del conocimiento y el problema de la agencia racional. Con dichas respuestas a la vista, y una vez establecida la relación de interdependencia entre ambas, argumento que la explicación pirrónica de la acción humana es un punto de ruptura con la predominancia del ideal socrático en la filosofía antigua. Para ello muestro un par de opciones exegéticas (una naturalista y otra convencionalista) para dicha explicación pirrónica, las cuales tienen en común el rechazo al racionalismo de raigambre socrática. Con esto pretendo establecer el -33 carácter excepcional del pirronismo dentro de la filosofía antigua. 43- Ortegosa Aggio, Juliana (UFB): Os tipos de desejo segundo Aristóteles Aristóteles é claro ao dizer em diversas passagens de suas Éticas e do De Anima que o desejo (orexis) é um gênero que subsumi três espécies: o querer (boulêsis), o impulso (thumos) e o apetite (epithumia). O que o filósofo não deixa claro e que pretendemos investigar neste texto é a diferença específica entre os três tipos de desejo. A evidência maior se encontra na diferença entre os objetos sobre os quais incide cada tipo. O filósofo deixa explícito que o bem é o objeto do querer, seja ele verdadeiro ou meramente aparente. O objeto do apetite é o prazer, seja ele verdadeiro ou meramente aparente. Quanto ao impulso, porém, o seu objeto é de maior amplitude e menos evidente. Se o apetite é claramente o desejo pelo prazeroso e o querer o desejo pelo bem, o impulso parece se referir, sobretudo, à dor. Ele está certamente associado à cólera (orgê) e ao encolerizar-se (orgizesthai). Neste sentido, delimitar o objeto de cada tipo de desejo será nossa primeira tarefa. Em um segundo momento, pretendemos verificar se outro critério de distinção, além do tipo de objeto, seria válido, a saber: cada tipo de desejo é, por natureza, mais ou menos obediente à razão. Sabemos que, dos três tipos, o querer é o desejo mais capaz de ouvir a razão, enquanto o impulso é capaz de ouvi-la em parte e o apetite é o desejo menos capaz de ouvi-la. Esta distinção tornarse-á evidente ao compararmos o apetite excessivo com o impulso desregrado no fenômeno da acrasia. Desse modo, pretendemos investigar se existem dois critérios para estabelecer a diferença específica entre os três tipos de desejo: o critério pelo objeto, no sentido em que cada tipo seria distinto por ter um objeto próprio, e o critério pela natureza, visto que cada tipo seria, por natureza, mais ou menos obediente à razão. 44- Padilla Longoria, María Teresa (UNAM): ¿Acaso se difumina la dialéctica socrático-platónica en la Edad Media y hay un predominio de la aristotélica? La dialéctica es, en el contexto de la obra socrático-platónica, sinónimo de filosofía, de ciencia más elevada, de método por excelencia (ή διαλεκτική τέχνη) y de conversación filosófica (διαλεγέσθαι) y, en Aristóteles, la dialéctica sufre una especie de degradación, puesto que adquiere un papel instrumental como procedimiento para establecer los principios generales para todas las ciencias; entonces, la pregunta e hipótesis directriz de esta ponencia es: ¿por qué, con base en lo antedicho, la dialéctica aristotélica -y también la estoica- ejerció una influencia mucho más determinante que la platónica durante el medievo? La dialéctica es, para los escolásticos, el instrumento por antonomasia con el cual toda la argumentación filosófica trabaja. La Edad Media está fuertemente influenciada por las ideas de la dialéctica aristotélica y estoica. La dialéctica tiene en el medievo un sentido muy aristotélico: como un razonamiento tentativo o probable, y un tinte muy estoico: como lógica formal. 45- Pájaro M., Carlos Julio, (UN): El “deseo racional” en Banquete, 201d-212b. El ascenso contemplativo indicado por Diótima comienza con vigorosa presencia del pathos y de lo corpóreo, así como de concesiones a la sensualidad. Pero las cualidades de la Belleza (fin del ascenso) revelan algo no mortal y, por tanto, requiere del auxilio de un agente semejante a la realidad aludida. Érōs es el agente que une lo mortal con lo divino, y debido a la fuerza que insufla al filósofo, el conocimiento de la Belleza no resulta de procedimientos estrictamente racionales. Este puente erótico entre dioses y mortales denota que la sabiduría no siempre puede producirla la razón sin intervención de elementos irracionales. El encuentro con la Belleza satisface el deseo del bien constituido en “deseo racional”, puesto que Platón no lo diferencia de la racionalidad como tal y, por alcanzar tal profundidad en el alma humana, es identificado en Banquete con Érōs. -34 46- Peláez Pérez, Carlos Eduardo (UTP): El amor a sí mismo un fundamento para los juicios éticos. A la philautía, nombre equivalente a tò phílauton E.N.1168b14 de Aristóteles, se intentará darle una interpretación a partir de revisar las interpretaciones que V. Yankélévicht y G. Gadamer le han dado a dicho sustantivo. El primero de los autores lleva el sentido de la noción hasta un absurdo lógico y moral; el segundo, relaciona la noción con la solidaridad humana, aclarando un espacio lingüístico que nos conduce a la inteligencia de la verdad práctica. Pero ambas interpretaciones no nos conduce al centro mismo del problema. Para abordar dicha aporía nos apoyaremos en el concepto de Initium establecido por Hannah Arendt en su libro “La condición humana”, posibilitando la interpretación de la noción a partir del concepto de praxis, esto es, los actos que realiza un individuo que juzga lo bueno, lo malo, lo justo y lo injusto, frente a los juicios y acciones de otro que realiza la misma actividad. Esta igualdad de actividad nos podrá señalar el inicio del concepto de igualdad, tan caro al proyecto de la modernidad; además nos podrá proporcionar elementos para establecer una interpretación del verbo (hyperapothnéskein) traducido por sacrificar, conectado directamente con el sentido de amor a sí mismo (philautía). Con ello podemos establecer que la relación inmediata de la lección del libro IX capítulo 8 es con el capítulo 7 y no con el 4 y 6 que ha sido la interpretación más corriente. 47- Pontelli, María Elena (UNR - CONICET): Ejercicios espirituales en el epicureísmo La psicología epicúrea se construye sobre la premisa de que todo está compuesto por átomos que fluyen en el vacío: ni el hombre ni el alma están exentos de la interpretación materialista. El propósito de este trabajo es analizar de qué manera pueden coexistir una psicología humana en un marco determinista y cómo opera una filosofía terapéutica cuya función es enteramente práctica: liberar a los hombres del miedo a la muerte y a los dioses. Si bien la educación puede producir ciertas modificaciones, cada hombre tiene una naturaleza propia que lo diferencia de los demás. No obstante, los restos del carácter que la educación no llega a pulir, no constituyen un obstáculo a la hora de alcanzar la felicidad. Para lograr la curación del alma y una buena vida es necesario llevar a cabo ciertos ejercicios espirituales de forma continua: el cuádruple remedio está destinado a asegurar la salud del alma. 48- Rossi, Gabriela (CONICET – UBA): El argumento de Física I 8 El trabajo propone una interpretación general de la línea argumentativa de Aristóteles en Física I 8. En él, Aristóteles se dispone a resolver la dificultad o aporia sobre la imposibilidad del cambio, que se apoya, según entiende el estagirita, del modo parmenídeo de entender tanto el ser como el no-ser. Mi lectura tomará como punto de partida e hilo conductor la primera resolución (lúsis) mencionada y desarrollada por Aristóteles a esta aporía, que opera introduciendo la distinción entre lo que se dice en sentido absoluto y lo que se dice bajo algún aspecto o de modo cualificado, aplicándola, en este caso, al ser y al no-ser. En este marco, intentaré mostrar que buena parte del capítulo estaría destinada a clarificar la noción misma de cualificación, y en función de ello procuraré hacer sentido de algunos pasajes textualmente problemáticos del capítulo. 49- Sánchez Castro, Liliana Carolina (UNCol – Uniandes, Col. – PEIRAS): Critias en el De Anima. Consideraciones críticas sobre la atribución a Critias de la doctrina del alma sangre en el libro primero del De Anima El procedimiento dialéctico del libro primero del De Anima recopila un número importante de opiniones antiguas que resultan relevantes para llegar un conocimiento de la naturaleza del alma. En ese contexto, Aristóteles recurre a una opinión atribuida a un Critias que sostenía que el alma -35 era sangre. El endoxon atribuido a Critias se inscribe en una tradición interpretativa particular sobre las opiniones antiguas. Este hecho particular explica, de alguna manera, por qué razón este testimonio es difícil de contextualizar dentro del corpus que se conserva de fragmentos doxográficos y de la obra de Critias. La propuesta de este trabajo es una reconstrucción de las necesidades exegéticas y argumentativas que hacen posible la aparición de esta opinión a la manera como se ha recibido. 50- Santa Cruz, María Isabel (UBA – CONICET): “Cuidar de sí, cuidar de otros: Alcibíades I, Apología, Gorgias, Leyes” Expresado con variantes de vocabulario, el “cuidado de sí” como modo de orientar la propia vida, ligado al tema del autoconocimiento, es objeto de reflexión filosófica por parte de Platón. El tema se aborda explícitamente en el Alcibíades I (de cuya autenticidad no hubo dudas en la Antigüedad), único de los diálogos considerados tempranos que identifica con toda claridad el verdadero ser humano con el alma. Sócrates insiste ante el joven Alcibíades en que es preciso conocerse a sí mismo, pero ese autoconocimiento no es en realidad un fin en sí mismo sino una etapa imprescindible para poder cuidar de sí, que consiste en cuidar del verdadero sí mismo que es el alma (132c1-2) o, mejor, de su parte más alta, la intelectiva. Sin embargo, no es la única condición, sino que se requiere, además, tener conciencia de la diferencia entre el “nosotros” (el alma) y lo que es “de nosotros” (cuerpo y bienes), y conocer lo que nos conviene, para que realmente podamos cuidar de nosotros mismos. Tras hacer algunas precisiones sobre el significado del cuidado de sí en el Alcibíades I, nos interesa enfocar el tema en otros diálogos que han merecido mucha menor atención por parte de los estudiosos. En este trabajo nos limitaremos a la Apología, el Critón y el Gorgias. En la Apología Sócrates insiste en la necesidad de cuidar de que las almas se tornen mejores y preocuparse por ello por medio de la virtud (29d-30a; 31b; cfr. Banquete 185c: el cuidado es en vista de la excelencia o la virtud). También en el Critón el deber en toda la vida es cuidar de la virtud (45d) y de aquello de nosotros que es más valioso que el cuerpo, aquello con lo que tienen que ver justicia e injusticia (47e). En el Gorgias, se exhorta a cuidar de sí mismo o auxiliarse a sí mismo; el mayor auxilio a sí mismo, el que nos aparta de los mayores males (509b-c), consiste en no poder reprocharse falta alguna, ni en palabras ni en hechos ni contra los dioses ni contra los hombres. Este auxilio es el mejor de todos los que podemos procurarnos (522c-d). Pretendemos poner de relieve que en diferentes contextos el cuidado de sí aparece presentado como condición de posibilidad del cuidado de otros, en especial del cuidado de otros en el ámbito de la pólis. Por otra parte, nos interesa dejar al menos esbozado cómo al tratar la noción de “cuidado” Platón desplaza el acento desde el cuidado de sí al cuidado de otros en los diálogos destinados al examen de modelos ideales de organización política. En las Leyes, por ejemplo, aunque no está del todo ausente el motivo del cuidado del alma (cf., por ej. 743a-e), se insiste en el cuidado del otro (cf., por ej., 923a, 927b, 729e, 698e, 767c, 878c, 891a, 959a, 881b, 880d, etc.). 51- Suñol, Viviana (CONICET - IdIHCS - UNLP): El ideal aristotélico de vida: la compleja relación entre filosofía y política La reflexión sobre las formas de vida aparece atestiguada en toda la obra ético política de Aristóteles y está estrechamente vinculada al debate iniciado en el siglo V. A pesar del innegable elogio que en Ética a Nicómaco (EN) X 7-8 hace a la contemplación (theoría), en la primera parte del trabajo destaco el carácter inevitablemente práctico que incluso en esos pasajes el estagirita reconoce como propio de esa actividad. Asimismo, intento mostrar que tras la aparente oposición que, en principio, parecería haber entre el ideal del bíos theoretikós en EN X 7-8 y el del bíos praktikós en Política VII 3, existe una correspondencia entre la jerarquía de la eudaimonía y la de la práxis que propone en cada una de las obras, respectivamente. Aunque hay quienes sostienen que en el -36 diseño del mejor régimen político Aristóteles promueve un ideal cultural no filosófico de vida, en la segunda parte procuro demostrar que no es posible eliminar a la filosofía en sentido estricto, atreviéndome incluso a vislumbrar la función que los filósofos cumplen en dicho régimen y en la organización política en general. 52- Tonelli, Malena (UBA - UNLP - CONICET): La controversia acerca de la noción plotiniana de materia. A partir de su caracterización de la materia, como el último grado del proceso causal descendente y como necesariamente mala, Plotino parece mostrar un rasgo paradojal de su pensamiento: si la materia es la derivación última del Uno-Bien, cómo es posible que se constituya como fuente del mal. Si fuera concebida como un principio independiente, habría que sostener que Plotino formuló un sistema dualista en el que dos principios estructuran la realidad. En el presente trabajo intentaré establecer si es posible sostener que la noción plotiniana de materia no compromete su concepción monista de la realidad ni la absoluta bondad del primer principio. Con vistas a tal fin, ofreceré un análisis de algunos pasajes de las Enéadas, fundamentalmente de los tratados II4 (12) y I8 (51), y las diferentes interpretaciones que estos pasajes suscitaron entre los estudiosos modernos. 53- Val, Vivian (UFB) Aristóteles e os objetos miméticos O intuito da comunicação é investigar a noção de mímese em Aristóteles, evidenciando a relação entre mímese e objeto sensível. Embora o âmbito poético da mímese seja o mais explorado pelo filósofo, ele menciona que essa capacidade natural de produzir mímeses, e aprender com elas, é algo que não somente os seres humanos possuem como também os animais. Assim, pretendemos mostrar, no primeiro momento deste trabalho, que o mimetizar é mais amplo do que o seu viés mais conhecido: o poético. Para tanto, identificaremos a mímese enquanto um objeto e enquanto um tipo de ação. Em seguida, analisaremos os meios pelos quais a mímese se faz perceptível, a saber: a voz, a palavra, o ritmo, a harmonia, e a imagem, i.e, a junção de cores e contorno. Reconhecer os objetos que podem ser ditos miméticos para esclarecer o conceito de mímese na concepção aristotélica é o objetivo desta investigação. 54- Vargas Vargas, Karla (UCR): Un soldado “caído” en batalla. El suicidio en el pensamiento senequiano En las obras de Lucio Anneo Séneca, el joven, se presentan posiciones a favor y en contra del suicidio que permiten problematizar, desde la ética y desde la política, esta opción de muerte. Se estudia el fenómeno del suicidio partiendo del fundamento senequiano de un sujeto gestor de su propia vida y, en consecuencia, de su propia muerte. Además, se examina cómo, aun desde este supuesto de autonomía, de autogobierno, se presentan condiciones personales y sociopolíticas que evidencian el dilema ético al que se enfrenta una persona que desee acabar con su vida, dado que desde la óptica del cordobés, el ser humano busca su conservación y ser virtuoso. 55- Vásquez Gómez, Victor Hugo (UDV): Parrhesia y Anaideia en Diógenes de Sínope En el libro VI de Vidas y sentencias de los filósofos más ilustres Diógenes el cínico se muestra asumiendo posturas y réplicas de palabra en las que el sentimiento de vergüenza (αίδώς) y la moderación no resultan propios de una actitud filosófica. No obstante, se advierte el predominio de la desvergüenza (άναίδεα) y en esa medida de una desmesura ético-filosófica. Ello impulsó a considerarles una escuela de poco valor en la que no prospera la razón, que privilegia aspectos -37 como la negación de la teoría, la animalidad y el rechazo de las convenciones civilizadas. Así pues, este texto responde a dos interrogantes: ¿Por qué el aidós no es un valor central en el cinismo y se opta por su contrario, anaideia? ¿Cómo valorar de manera positiva el cinismo de Diógenes y vincularlo a toda la tradición griega que privilegia la razón y la virtud? La respuesta que se propone es parrhesia (παρρησία), libertad de palabra, franqueza, decirlo todo. 56. Veneciano, Gustavo (UNC): Las Tetralogías de Antifonte: discusión acerca de la venganza privada en el derecho ateniense Nadie duda de que las Tetralogías de Antifonte no fueron compuestas para ser pronunciadas en procesos judiciales atenienses concretos y se ha vuelto tradicional pensar que fueron concebidas para ser leídas como modelos o ejercicios de retórica forense. Suele considerarse, además, que las Tetralogías de Antifonte son cercanas a los dramas áticos de época clásica en lo que respecta al tratamiento del asesinato y la mancha que produce el derramamiento de sangre. En mi trabajo presento argumentos que permiten pensar que las Tetralogías fueron diseñadas, precisamente al mismo nivel que los dramas áticos y textos de la primera sofística, como textos de discusión teórica sobre las obligaciones y las responsabilidades que tienen los integrantes de las familias en los casos de asesinato y sobre la tensión que se produce entre las necesidades de venganza privada y el control que de esa venganza impone la institución judicial ateniense. 57- Zamora Calvo, José María (UAMa): El primer principio, ‘potencia de todas las cosas’, en Plotino ̃ Plotino denomina al Uno-Bien potencia de todo (δύναμις πάντων), o potencia total (δναμις πασιν). Asimismo, el primer principio es designado como más allá del ser, anterior o superior a todas las cosas, pero nunca dice que sea anterior o superior a la potencia. El Uno no es ninguna de todas las ̃ πάντων), es decir, es “diferente de todas las cosas” (III 8 [30] 9, 48-49; V 3 [49] 11, cosas (ούδεν των 18), porque es “anterior a todas ellas” (III 8 [30] 9, 54) y está “más allá de todas las cosas” (V 3 [49] 13, 2; V 4 [7] 2, 39-40), porque es "principio de todas las cosas" (V 3 [49] 15, 27; V 4 [7] 1, 23), "causa de todas las cosas" (V 5 [32] 13, 35-36; VI 9 [9] 6 55) o también "potencia de todas las cosas" ( III 8 [30] 10, 1; V 1 [10] 7, 9-10), pero potencia activa, y no pasiva como la materia (V 3 [49] 15, 32-35). ̃ ούσίας de la República La potencia está vinculada con la transcendencia. La fórmula έπέκεινα της (509b 9-10) equivale en Plotino a la fórmula δύναμις πάντων. Pero además el primer principio ˝ es designado como “potencia infinita” (δύναμις απειρον) (VI 9 [9] 6, 10-11; II 4 [12] 15, 19; IV 3 [27] 8, 36), para afirmar la ausencia de determinación del Uno-Bien en conexión con su exceso de potencia. El principio es la potencia productiva de la que provienen la vida y la Inteligencia, porque es también la potencia de la esencia del ser, y porque es uno (V 5 [32] 10, 11-13). El Uno-Bien es potencia de todo, es anterior y superior a sus efectos, es decir, estos no son el todo de su potencia. Pero, asimismo, su potencia infinita revela su inconmensurabilidad con respecto a sus efectos. 58- Zanuzzi, Inara (UFRS): Investigação prática e teórica na Ética Eudêmia, livro I Na Ética Eudêmia (EE) I, 1, 1214a9-15, Aristóteles traça uma distinção entre questões de investigações (theoremata) que contribuem somente para o conhecimento e questões que contribuem para a prática e a aquisição do objeto. O primeiro objetivo deste estudo é refletir sobre os critérios desta distinção e sua similaridade com aqueles estabelecidos no Livro VI da Ética Nicomaqueia (EN) - um livro, aliás, transmitido também como o quinto da Ética Eudêmia. A seguir pretende-se discutir a hipótese - avançada por C.J. Rowe, no capítulo “The Meaning of the Phronesis in EE” de seu livro sobre a Ética Eudêmia - segundo a qual há uma diferença crucial na posição da EE e da EN acerca dessa distinção, uma diferença tal que permite a Aristóteles sustentar na EE que a mesma -38 capacidade, a phronesis, é responsável pela investigação tanto prática quanto teórica. 59- Zillig, Raphael (UFRS): O caráter explicativo do maior dos bens em Ética Eudêmia I O capítulo I 8 da Ética Eudêmia (EE) de Aristóteles encerra-se com uma caracterização do maior dos bens humanos como “o fim do que é realizável pelo homem” (1218b11-12). Esta caracterização é usualmente tomada como resultado de um argumento por eliminação desenvolvido na parte final do capítulo. Neste trabalho, divergimos dessa interpretação tradicional e procuramos mostrar que, no contexto em questão, Aristóteles não pretende estabelecer que essa corresponde à boa caracterização do bem humano. Para tanto, em primeiro lugar, procuramos mostrar que a argumentação que, segundo a interpretação tradicional, deveria estabelecer tal resultado, não pode fazê-lo porque depende da ideia de fim. Em segundo lugar, buscamos mostrar com base nos capítulos I 2 e I 7 que, em EE I, a referida caracterização do bem humano é tomada como endoxon e não está em questão. Para além desse resultado negativo, procuramos mostrar que o objetivo dos trechos pertinentes de EE I 8 é identificar a compreensão apropriada da relação explicativa que se estabelece entre o maior dos bens e os demais bens. Siglas utilizadas SIGLA CIF CNPq CONICET FUAC IdIHCS IFD del IESS MCI PEIRAS PUCP PUCSP UA UAB UAEM UAH UAMa UAMI UANDES UBA UC UCR -39 INSTITUCIÓN Centro de Investigación Filosófica Conselho Nacional de Desenvolvimiento Científico e Tecnológico Consejo Nacional de Investigación Científica y Técnicas Fundación Universidad Autónoma de Colombia Instituto de Investigaciones en Humanidades y Cs. Sociales Instituto Superior de Formación Docente (Instituto de Enseñanza Secundaria y Superior) Ministerio de Ciencia e Innovación Grupo PEIRAS Pontificia Universidad Católica del Perú Pontificia Universidad Católica de São Paulo Universidad de Antioquía Universitar Autónoma de Barcelona Universidad Autónoma del Estado de Morelos Universidad Alberto Hurtado Universidad Autónoma de Madrid Universidad Autónoma Metropolitana - Iztapalapa Universidad de los Andes Universidad de Buenos Aires Universidad de Caldas Universidad de Costa Rica PAÍS Argentina Brasil Argentina Colombia Argentina Argentina España Colombia Perú Brasil Colombia España México Chile España México Chile Argentina Colombia Costa Rica SIGLA UCSE UDV UEC UFB UFES UFPa UFPe UFRJ UFRN UFRS UFSCar UL UMO UN UNAM UnB UNC UNCol UNComa UNdeC UNGSM Uniandes, Col. UniCamp UNIFESP UNIPE UNISINOS UNL UNLP UNMP UNMSM UNR UNSAM UNT UO UP UParis I UPR UR1 USP UTP -40 INSTITUCIÓN Universidad Católica de Santiago del Estero Universidad del Valle Universidade Estadual de Campinas Universidade Federal do Bahia Universidade Federal do Esp´rito Santo Universidade Federal do Paraná Universidade Federal do Pelotas Universidade Federal do Río de Janeirp Universidade Federal do Río Grande do Norte Universidade Federal do Río Grande do Sul Universidade Federal de São Carlos Univerdidad de Lisboa Universidad de Morón Universidad del Norte Universidad Nacional Autónoma del México Universidade de Brasilia Universidad Nacional de Córdoba Universidad Nacional de Colombia Universidad Nacional de Comahue Universidad Nacional de Chilecito Universidad Nacional de General San Martín Universidad de los Andes Universidade do Campinhas Universidade Federal de São Paulo Universidad Pedagógica de la Provincia de Buenos Aires Universidad de Vale do Rio dos Sinos Universidad Nacional del Litoral Universidad Nacional de La Plata Universudad Nacional de Mar del Plata Universidad Nacional Mayor de San Marcos Universidad Nacional de Rosario Unidades Nacional de San Martín Universidad Nacional de Tucumán University of Ottawa Universidad Panamericana Universidad de París I Universidad de Puerto Rico Universidad de Rennes 1 Universidade de São Paulo Universidad Tecnológica de Pereira PAÍS Argentina Colombia Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Portugal Argenitna Colombia México Brasil Argentina Colombia Argentina Argentina Argentina Colombia Brasil Brasil Argentina Brasil Argentina Argentina Argentina Perú Argentina Argentina Argentina Canadá México Francia Puerto Rico Francia Brasil Colombia AUTORIDADES FACULTAD DE HUMANIDADES Y CIENCIAS - UNL Decano Claudio H. Lizárraga Vicedecana Ana María Mántica Directora del Departamento de Filosofía Adriana Gonzalo Junta Departamental Fernando Bahr - Fabián Mie – María Inés Prono IV CONGRESO DE ALFA - Santa Fe, septiembre de 2014 Comité Organizador Responsable de la organización - Fabián Mié Secretarios - Manuel Berrón (UNL-CONICET) - Romina De Angelis (UNCO, UNR) - María Sol Yuán (UNL-CONICET) Coordinadoras - Ivana Budniewski (UNL) - Luz Omar (UNL) Colaboración en diagramación - Matías Visentín (UNL) DIRCOM FHUC 2014 Comité Académico - Raúl Gutiérrez (Presidente - Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima) - Fabián Mié (Vicepresidente y responsable principal de la organización del IV Congreso UNL) - Andrea Lozano Vásquez (Secretaria - Universidad de Los Andes, Bogotá, Colombia) - Carolina Araújo (Tesorera - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil) - Carmen Trueba Atienza (Vocal - Universidad Autónoma Metropolitana, Iztapalapa, México D.F.) - Deyvis Deniz (Vocal - Universidad Simón Bolívar, Caracas, Venezuela) -41