F AC U L D A D E D E LE T R A S UNIVERSIDADE DO PORTO Taina Ikola 2º Ciclo de Estudos em Tradução e Serviços Linguísticos Los metadiscursivos conversacionales en la lengua finlandesa, española y portuguesa 2012 Orientador: Rogelio Ponce de León Romeo Coorientadora: Isabel Margarida Duarte Classificação: 17 Ciclo de estudos: 2º Ciclo de Estudos em Tradução e Serviços Linguísticos Dissertação Versão definitiva AGRADECIMIENTOS A todas las personas que me ayudaron a realizar este trabajo: a mis profesores por transmitirme sus conocimientos, a mis amigos (en especial Jorge Sá y Diana Santos) por todo el apoyo, a mi familia y a mi novio que a pesar de la distancia siempre han estado conmigo. Especialmente agradezco al profesor Rogelio Ponce de León y a la profesora Isabel Margarida Duarte por la orientación, la motivación y el apoyo recibido a lo largo de este trabajo. A todos, muchas gracias. i RESUMEN El presenta trabajo se centra en las funciones de los metadiscursivos conversacionales en la lengua finlandesa, española y portuguesa. El objetivo es contrastar estos marcadores para establecer sus correspondencias en un glosario. También se analizan algunos diccionarios bilingües con el fin de determinar si incluyen o no información suficiente para la traducción de los marcadores. Partimos de un marco teórico constituido por la gramática descriptiva del finlandés, del español y del portugués. Para apoyar la teoría usamos el Análisis de la Conversación. El corpus comprende, en total, seis conversaciones que grabamos en 2008 y en 2012 en Finlandia y en Portugal. Los resultados indican que los metadiscursivos conversacionales tienen sólo parcialmente las mismas funciones en las tres lenguas en cuestión. Además, los diccionarios bilingües no contienen información sobre los valores de los metadiscursivos conversacionales en la lengua hablada. Por eso, sería importante prestar atención a las diferencias entre los metadiscursivos conversacionales en la enseñanza de las segundas lenguas para que los estudiantes de traducción, entre otros, aprendan a usar los marcadores correctamente. Palabras clave: metadiscursivos conversacionales, lengua hablada, Análisis de la Conversación ii RESUMO Este trabalho centra-se nas funções dos marcadores de feed back na língua finlandesa, espanhola e portuguesa. O objetivo é contrastar estes marcadores para estabelecer as suas correspondências num glossário. Também se analisam alguns dicionários bilingues a fim de determinar se incluem ou não informação suficiente para a tradução dos marcadores. Partimos de um marco teórico constituído pela gramática descritiva do finlandês, do espanhol e do português. Para apoiar a teoria usamos a Análise da Conversação. O corpus compreende, em total, seis conversas que gravamos em 2008 e 2012 na Finlândia e em Portugal. Os resultados indicam que os marcadores de feed back têm só parcialmente as mesmas funções nas três línguas em questão. Além disso, os dicionários bilingues não contêm informação sobre os valores dos marcadores de feed back na língua falada. Por isso, seria importante prestar atenção às diferenças entre os marcadores de feed back no ensino de línguas estrangeiras para que os estudantes de tradução, entre outros, aprendam a usar os marcadores corretamente. Palavras chave: marcadores de feed back, língua falada, Análise da Conversação iii ABSTRACT The present study concentrates on the functions of feedback markers in Finnish, Spanish and Portuguese. The objective is to compare the functions of these markers in order to make a chart, which describes the differences and similarities between the functions. In addition, bilingual dictionaries are analyzed in order to indicate whether they include enough information for the translation of discourse markers. The points of departure for the analysis are the descriptive grammars of Finnish, Spanish and Portuguese. We use conversational analysis to support the theory. The corpus of the study consists of six conversations recorded in Finland and Portugal in 2008 and in 2012. The results indicate that the feedback markers only function partially in the same way in the three languages in question. In addition, the bilingual dictionaries do not contain information about values of feedback markers in the spoken language. Thus, it would be important to take into consideration the differences between the feedback markers in second language teaching. In this way, students of translation, among others, could learn to use the discourse markers correctly. Key words: feedback markers, spoken language, conversational analysis iv TIIVISTELMÄ Tässä tutkielmassa keskitytään dialogipartikkelien funktioihin suomen, espanjan ja portugalin kielissä. Tavoitteena on vertailla näiden partikkelien funktioita, jotta niiden eroista ja yhtäläisyyksistä voitaisiin tehdä taulukko. Lisäksi analysoidaan kaksikielisiä sanakirjoja, jotta voitaisiin selvittää, kuinka hyvin ne soveltuvat dialogipartikkelien suomentamiseen. Tutkimuksen lähtökohtana toimii suomen, espanjan ja portugalin deskriptiivinen kielioppi. Teorian tukena käytetään keskusteluanalyysiä. Tutkimusaineisto koostuu yhteensä kuudesta keskustelusta, jotka on nauhoitettu vuosina 2008 ja 2012 Suomessa sekä Portugalissa. Tutkimuksen tulosten mukaan dialogipartikkeleilla on vain osittain samat funktiot kyseisissä kolmessa kielessä. Lisäksi kaksikieliset sanakirjat eivät sisällä tietoa dialogipartikkeleiden tehtävistä puhekielessä. Näin ollen olisi tärkeää ottaa huomioon dialogipartikkelien funktioiden erot vieraiden kielten opetuksessa, jotta muun muassa kääntämisen opiskelijat oppisivat käyttämään niitä oikein. Asiasanat: dialogipartikkelit, puhekieli, keskusteluanalyysi v 1. Introducción ................................................................................................................ 3 2. Marcadores del discurso ............................................................................................. 6 2.1 Historia y definiciones .......................................................................................... 6 2.2 Clasificaciones en finés......................................................................................... 8 2.2.1 Partículas del diálogo ................................................................................... 11 2.2.1.1 Joo ......................................................................................................... 12 2.2.1.2 Niin ........................................................................................................ 13 2.2.1.3 Mm ........................................................................................................ 16 2.2.1.4 Ai y jaa .................................................................................................. 16 2.2.1.5 No .......................................................................................................... 17 2.2.1.6 Tä(h) y hä(h) ......................................................................................... 18 2.3 Clasificaciones en español .................................................................................. 18 2.3.1 Metadiscursivos conversacionales ............................................................... 20 2.3.1.1 Sí ........................................................................................................... 21 2.3.1.2 Ya .......................................................................................................... 22 2.3.1.3 Bueno .................................................................................................... 23 2.3.1.4 Bien ....................................................................................................... 24 2.3.1.5 Eh .......................................................................................................... 25 2.4 Clasificaciones en portugués ............................................................................... 25 2.4.1 Marcadores de feed back ............................................................................. 31 2.4.1.1 Sim......................................................................................................... 31 2.4.1.2 É y é verdade ........................................................................................ 31 2.4.1.3 Pois ....................................................................................................... 32 2.4.1.4 Hã, eh y humm ...................................................................................... 32 2.5 Comparaciones de las clasificaciones ................................................................. 33 3. Análisis de los metadiscursivos conversacionales en la conversación ..................... 35 3.1 Metodología: Análisis de la Conversación ......................................................... 35 3.2 Informantes y corpus........................................................................................... 36 1 3.3 Partículas del diálogo en las conversaciones finlandesas ................................... 39 3.3.4 Funciones de joo .......................................................................................... 41 3.3.5 Funciones de niin ......................................................................................... 47 3.3.6 Funciones de otras partículas de Mantenerse a la escucha ......................... 52 3.3.7 Funciones de las partículas Indicación de la información nueva ................ 54 3.4 Metadiscursivos conversacionales en las conversaciones españolas .................. 55 3.4.1 Funciones de sí ............................................................................................. 57 3.4.2 Funciones de bueno...................................................................................... 60 3.4.3 Funciones de eh............................................................................................ 61 3.4.4 Funciones de ya y humh ............................................................................... 63 3.5 Marcadores de Feed back en las conversaciones portuguesas ............................ 65 3.5.1 Funciones de sim .......................................................................................... 67 3.5.2 Funciones de pois ......................................................................................... 71 3.5.3 Funciones de é/é verdade ............................................................................. 73 3.5.4 Funciones de hã/eh/humm............................................................................ 74 3.5.5 Funciones de hum ........................................................................................ 75 3.6 Correspondencias de los metadiscursivos conversacionales .............................. 75 3.6.1 Correspondencias en finlandés y español ................................................... 75 3.6.2 Correspondencias en finlandés y portugués ................................................. 78 3.7 Análisis de los diccionarios fi-es-fi y fi-pt-fi ...................................................... 80 4. Conclusiones ............................................................................................................. 82 Bibliografía ................................................................................................................... 85 Apéndices ...................................................................................................................... 88 2 1. INTRODUCCIÓN M: Eeh quita quita H: ( ( ) )// Bueno pues/ la verdad es que/ se esperaba una cosa muy muy distinta de lo quee- lo que hemos visto porque§ E: §Ah sí H: Aal- al principio decía que claro como es taan eeh// buena E: ¿Y te parece que es buena o no? H: Hombre te deja mucha más participación prácticamente te deja mucho más aa tu propio estilo como que hacerlas tu mismo con tus estudios/ y después pues con la vida Erasmus o seaa el-// o sea es completamente diferente como estás allí porque estás todo el día con la gente noo paras vamos prácticamente para nada/// y es eso/ simplemente cambiar un chip yy no paras hasta quee-/ hasta que ahora nos vamos a volver/ porque ha sido sin- sin stop vamos M: Pues yo me lo esperaba así más o menos como- como lo estamos haciendo E: Ah En las conversaciones cotidianas se usan cada día ciertas palabras de las que, normalmente, no nos damos cuenta. Como se puede ver con el ejemplo de arriba, estas palabras son muy comunes y se usan en diferentes funciones. Este tipo de palabras se llaman, entre otras designaciones, partículas del discurso, marcadores del discurso, muletillas, palabras de relleno, interjecciones y partículas pragmáticas. Normalmente, se usan estas palabras sobre todo en la lengua coloquial y en los contextos informales. Se trata de las palabras que estructuran el discurso e indican diferentes funciones. El presente trabajo se centrará en el uso de los marcadores del discurso y se verá cómo la clasificación de los marcadores del discurso finés difiere de la de los marcadores del discurso español y de la de los marcadores del discurso portugués. Además, se estudian más profundamente los marcadores metadiscursivos conversacionales. Se ha elegido este grupo de marcadores del discurso para el estudio porque son los marcadores que más aparecen en nuestro corpus. También cabe mencionar que el objetivo de nuestra investigación no es estudiar la lengua escrita sino que se centra la atención en el habla de los jóvenes. En cuanto a la justificación del trabajo, se debe mencionar que no se ha encontrado ningún estudio en el que se hayan estudiado los marcadores del discurso entre los jóvenes finlandeses, españoles y portugueses. Existen algunos trabajos semejantes, por ejemplo, se han investigado las diferencias y semejanzas entre los conectores argumentativos españoles y portugueses (Oliveira, 2006)1 y los marcadores en la lengua hablada inglesa y catalana 1 Iranildes Almeida de Oliveira, 2006, Conectores argumentativos españoles y portugueses: diferencias, semejanzas y traducción. 3 (González, 2005)2. También se ha estudiado mucho únicamente los marcadores del discurso (Fraser 1999, Zorraquino 1998, González 2010, Cortés Rodríguez & Camacho Adarve 2005). Además, nos interesa este tema porque normalmente no se da importancia a los marcadores del discurso y por consiguiente, no se han estudiado profundamente. Sin embargo, son importantes para la conversación natural. Cabe mencionar que el tema del presente estudio resulta de nuestro trabajo de fin de licenciatura que realizamos en Finlandia en 2009. Dicho trabajo se centró en el uso del marcador finlandés joo y del marcador español sí en el habla. Nuestra hipótesis es que la clasificación de los marcadores discursivos en finés difiere de la de los marcadores españoles y portugueses porque el finés no pertenece a la misma familia de lenguas del español y del portugués. Por consiguiente, los marcadores fineses no se corresponden con los del español y los del portugués. De ahí la dificultad en la traducción de los marcadores. También se estudiarán los diccionarios bilingües finlandés-español-finlandés y finlandés-portugués-finlandés con el objetivo de determinar si incluyen o no información suficiente sobre los marcadores discursivos. Nuestro objetivo en este trabajo es realizar un análisis de los marcadores del discurso usados en conversaciones auténticas. Queremos saber cómo los marcadores del discurso finés difieren de los del español y de los del portugués. No se intentarán definir las funciones de todos los marcadores del discurso porque sería un tema demasiado amplio para este estudio. Por consiguiente, nos centraremos solamente en los metadiscursivos conversacionales que son las partículas que más aparecen en nuestro corpus. Especialmente nos interesa si estos marcadores tienen correspondencias entre los pares de idioma finés-español y finésportugués. Otro objetivo es hacer un análisis de los diccionarios finlandés-español-finlandés y finlandés-portugués-finlandés para saber si los materiales lexicográficos son útiles en la traducción de los marcadores discursivos. En la primera parte de la investigación se presentarán las definiciones de los marcadores del discurso y las clasificaciones tanto en la lengua finlandesa como en la lengua española y en la lengua portuguesa. El marco teórico se basa fundamentalmente en la gramática descriptiva del finlandés, del español y del portugués. Se ha elegido dicho marco para que se establezcan las correspondencias adecuadas. En la segunda parte del estudio se presenta el Análisis de la Conversación que se usará para analizar nuestro corpus. Este corpus está constituido por dos conversaciones finlandesas, 2 Montserrat González, 2005, Pragmatic markers and discourse coherence relations in English and Catalan oral narrative. 4 dos conversaciones españolas y dos conversaciones portuguesas grabadas en 2008 en Finlandia y en 2012 en Portugal. Por tanto, nuestro trabajo tiene un componente contrastivo. Se ha elegido la entrevista semidirigida para que se pudiera analizar las conversaciones más auténticas. Por último, se analizarán y se contrastarán los metadiscursivos conversacionales en la lengua finlandesa, española y portuguesa, con el objetivo de establecer sus correspondencias en un glosario. También se hará un pequeño análisis sobre los diccionarios bilingües finlandés-español-finlandés y finlandés-portugués-finlandés. 5 2. MARCADORES DEL DISCURSO En este capítulo, en primer lugar, se da una breve historia sobre los marcadores discursivos y se define el concepto de los marcadores del discurso. En segundo lugar, se presenta cómo se clasifican los marcadores del discurso tanto en la lengua finlandesa como en la lengua española y en la lengua portuguesa. Por último, nos centramos en los marcadores metadiscursivos conversacionales. 2.1 HISTORIA Y DEFINICIONES Los marcadores del discurso eran poco conocidos todavía en los años ochenta. Según Vázquez Veiga (2011: 4), los profesores españoles ignoraban la existencia de estos elementos y decían a los estudiantes que hiciesen como si no existiesen. En esa época, se usaba, con un matiz peyorativo, la palabra ‘muletilla’ para referirse a los marcadores discursivos y se pensaba que el uso de los marcadores reflejaba una pobreza idiomática. Por ejemplo, el marcador o sea fue asociado a un cierto grupo social. Solo al final de los años ochenta y al principio de los años noventa varios investigadores comenzaban a estudiar los marcadores del discurso. En el año 1987 Fuentes Rodríguez publicó la primera obra sobre los marcadores españoles. Es la época que Vázquez Veiga denomina “la década prodigiosa” (Vázquez Veiga, 2011: 4-5). El incremento del interés general por los marcadores discursivos se puede notar fácilmente haciendo una búsqueda en la base de datos internacional Linguistics & Language Behavior Abstract (LLBA). Cuando se escribe “discourse markers” en el cuadro de búsqueda y se hace la búsqueda en todos los campos, el resultado es el siguiente: 37 publicaciones entre 1981-1990, 554 publicaciones entre 1991-2000 y 1247 publicaciones entre 2001-2010 (Vázquez Veiga, 2011: 5). Las razones para el incremento rápido de la bibliografía sobre marcadores del discurso son el desarrollo paralelo de las corrientes lingüísticas y la compilación de corpus orales y escritos. La compilación de corpus posibilitó la identificación de las funciones de los marcadores discursivos y también los dio visibilidad (Vázquez Veiga, 2011: 6). Desde el año 1999, los marcadores del discurso aparecen también en una obra gramatical de la lengua española: el capítulo 63 en la Gramática descriptiva de la lengua española, escrito por Portolés Lázaro y Martín Zorraquino. La obra en cuestión ha sido importante porque ha determinado la clasificación de los marcadores del discurso. Desde hace unos años, varios autores usan la clasificación propuesta por Portolés Lázaro y Martín 6 Zorraquino: estructuradores de la información, conectores, reformuladores, operadores argumentativos y marcadores conversacionales (Vázquez Veiga, 2011: 6). Es la obra en que nosotros también basamos fundamentalmente la parte teórica de los marcadores discursivos españoles en nuestro estudio. En 2009, se publicó por primera vez una gramática académica del español que trata de los marcadores discursivos. Nos referimos a la obra Nueva gramática de la lengua española, la gramática de la Real Academia Española. No obstante, aquella gramática no estudia los marcadores discursivos tan profundamente como la obra de Portolés Lázaro y Martín Zorraquino (Vázquez Veiga, 2011: 7). En la nueva gramática se usa la palabra ‘conectores discursivos’ para referirse a los marcadores aunque también se utilizan los sinónimos ‘marcador’ u ‘operador discursivo’ o ‘del discurso’ (Vázquez Veiga, 2011: 7). Según puede observarse, se usan varios términos para los marcadores discursivos y existen diferentes maneras de comprender el concepto “marcador discursivo”. También Vázquez Veiga (2011: 2) reconoce que un problema al que se enfrenta es la fluctuación terminológica. Además, admite que incluso los especialistas tienen dudas sobre qué término usar. Según la autora (2011: 3), los especialistas y lingüistas se han acostumbrado a la multiplicidad terminológica. Sin embargo, admite que sería mejor usar terminología precisa aunque no es fácil, “pues la elección de uno u otro término no responde simplemente a caprichos terminológicos de los autores, sino que esconde diferentes concepciones teóricas de este fenómeno” (2011: 3). Tiittula (1992: 60-61), investigadora finlandesa de la lingüística, está de acuerdo con Vázquez Veiga sobre el hecho de que, también para el finlandés, se usan diferentes términos de los marcadores del discurso. En la lingüística se conocen los marcadores del discurso, por ejemplo, como partículas del discurso (diskurssipartikkelit), interjecciones (interjektiot) y partículas pragmáticas (pragmaattiset partikkelit). Para Tiittula, los marcadores del discurso son “pequeñas palabras, componentes pragmáticos” (1992: 60). Estos componentes señalan diversas funciones en el contexto y son típicos para la lengua hablada. Los marcadores tienen funciones importantes en el habla aunque antes se pensaba que eran palabras vacías. Tiittula afirma que sólo cuando la lingüística se orientó hacia la lengua hablada, se ha comprobado que los marcadores del discurso tienen varias funciones. Estas palabras, por ejemplo, mantienen y dirigen la conversación y ordenan el discurso. Tiittula añade que es difícil clasificar los marcadores del discurso porque pertenecen a diferentes categorías gramaticales y tienen varias funciones. 7 Portolés, un investigador español del tema, define de la misma forma que su colega finlandesa los marcadores: Los marcadores del discurso son unidades lingüísticas invariables, no ejercen una función sintáctica en el marco de la predicación oracional y poseen un cometido coincidente en el discurso: el de guiar, de acuerdo con sus distintas propiedades morfosintácticas, semánticas y pragmáticas, las inferencias que se realizan en la comunicación (Portolés, 1998: 25-26). Esto quiere decir que los marcadores orientan el procesamiento inferencial. Por consiguiente, tanto Tiittula como Portolés piensan que el criterio más importante en la definición de los marcadores del discurso es la pragmática y no la gramática. Es decir, la gramática sólo sirve para limitar la clase de unidades estudiadas (1998: 49). Portolés resume: “los marcadores son un medio de la lengua para facilitar la articulación entre lo dicho y el contexto. A un distinto contexto le corresponderá un diferente uso de estas unidades” (1998: 127). Para Zorraquino, los marcadores son palabras invariables que tienen un valor enunciativo o pragmático. La investigadora constata que los marcadores del discurso no pertenecen solamente a una clase de palabras, pero también piensa que las categorías gramaticales como adverbio, preposición, conjunción e interjección son insuficientes para clasificar los marcadores del discurso. A pesar de ello, no quiere dar nuevas categorías gramaticales ni proponer nuevos términos (1998: 26, 52). Cuando se trata de los marcadores del discurso, es también necesario determinar unos conceptos de las unidades estructurales de la conversación. La unidad mínima de la conversación es el intercambio que está formado por dos intervenciones articuladas por distintos hablantes. Portoles añade que “a la primera se denomina iniciativa y a la segunda reactiva” (1998: 128). 2.2 CLASIFICACIONES EN FINÉS Como ya se ha constatado más arriba, es difícil clasificar los marcadores gramaticalmente porque pertenecen a clases diferentes de la gramática y tienen varias funciones. Por consiguiente, depende del autor y de la lengua de estudio cómo se clasifican los marcadores del discurso (Tiittula, 1992: 60). En este capítulo, se va a presentar la clasificación de los marcadores del discurso finés de Tiittula y de Hakulinen. Se han elegido estas dos personas para representar la clasificación finlandesa porque son investigadoras en lingüística. Tiittula trabaja como profesora en el Departamento de traducción en la universidad de Tampere y Hakulinen ejerce el cargo del catedrático de la lengua finlandesa en la universidad de Helsinki. 8 Tiittula usa el término partículas del discurso (diskurssipartikkelit). Las divide en tres grupos: las partículas pragmáticas (pragmaattiset partikkelit), los apéndices de relleno (täytesanat) y las expresiones de sentimientos3 (palauteilmaukset). Según ella, las partículas pragmáticas tienen varias funciones. Algunas de las partículas indican los límites, es decir, estructuran el discurso. Sin embargo, estas partículas no solamente limitan sino que también unen las partes del discurso. Por ejemplo, al comienzo de un turno de habla las partículas pragmáticas unen la expresión a la intervención antecedente. En finés mutta, niin y no son ejemplos de estas partículas (1992: 61-63). Otra función de las partículas pragmáticas es suavizar la expresión. Esto es muy importante en la conversación cuando se intenta evitar los conflictos. En finés musta tuntuu, niinku son ejemplos de éstas. El segundo grupo que Tiittula distribuye es el de los apéndices de relleno. La diferencia entre las partículas pragmáticas y los apéndices de relleno no es muy clara porque los dos grupos pueden tener la función de rellenar la pausa y los apéndices de relleno pueden tener también otras funciones que solamente rellenar. En finés este tipo de palabras son, entre otros, tota, niinku, öö, mm y tiätsä (Tiittula, 1992: 62, 73). Para Hakulinen (2005: 769), los marcadores del discurso son pequeñas partículas dotadas de significado. Es decir, éstas no son apéndices de relleno insignificantes. Por consiguiente, hay que definir las partículas de un modo diferente que en las gramáticas antiguas. Hakulinen no usa el término ‘partícula del discurso’ en Iso suomen kielioppi porque, según ella, este término no limita solamente un grupo de partículas que tenga una función. En consecuencia, prefiere usar el término ‘partículas’ como el concepto superior y luego dividir las partículas en los conceptos inferiores. Según Hakulinen (2005: 770), los grupos de las partículas son siguientes: 1. partículas del diálogo (dialogipartikkelit: aha, joo, no, niin, etc.) 2. partículas de enunciación (lausumapartikkelit: ai, eli, kato, ni, etc.) 3. partículas de planificación (suunnittelupartikkelit: eiku, niinku, sillee, etc.) 4. partículas de matiz (sävypartikkelit: oikeestaan, vaan, tosiaan, etc.) 5. interjecciones (interjektiot) 6. cursores de atención (huomionkohdistimet) 7. conjunciones (konjuktiot) 8. partículas de modal (modaalipartikkelit) 9. partículas de enfoque (fokuspartikkelit) 3 La traducción de esta y de otras expresiones finlandesas son de la responsabilidad de la autora. 9 10. palabras de intensidad (intensiteettisanat) 11. indicadores de cantidad (likimäärän ilmaisimet) Esta clasificación se ha hecho sobre la base de la gramática de la lengua finlandesa. En esta clasificación los grupos que se refieren especialmente a la lengua hablada son los cuatro primeros grupos: las partículas del diálogo, las partículas de enunciación, las partículas de matiz y las de planificación (Hakulinen, 2005: 770). Como se limita este estudio a la lengua hablada y sobre todo a los metadiscursivos conversacionales, se presentará sólo el primer grupo partículas del diálogo. En la lengua hablada las partículas se pueden clasificar según la función y la posición, es decir, dónde aparece la partícula en un enunciado o en el turno y qué tipo de funciones tiene. También se pueden dividir las partículas en dos grupos: las partículas que pueden formar un turno por sí solas y las partículas que forman siempre parte de un enunciado. Los límites entre diferentes grupos son imprecisos. Por consiguiente, algunas partículas pueden tener varias funciones. Por ejemplo, la partícula finlandesa no pertenece al grupo de las partículas del discurso si aparece aisladamente, pero si aparece al comienzo de un turno pertenece al grupo de las partículas de enunciación (Hakulinen, 2005: 771-772). La división de las partículas según el lugar pueden formar un turno por sí solas aparecen sólo dentro de un turno al principio del turno partículas de enunciación partículas de planificación partículas del diálogo en cualquier lugar partículas de matiz Gráfico 1. Subgrupos de las partículas4. 4 El modelo del gráfico está extraído de la obra Iso suomen kielioppi (Hakulinen et al, 2005: 772) pero está modificado según nuestras necesidades. 10 2.2.1 Partículas del diálogo Las partículas del diálogo son partículas que se usan en las conversaciones. Estas partículas funcionan como una parte de la conversación. Cuando se estudian las partículas del diálogo es importante entender que hay que considerar los turnos, no las frases. En otras palabras, no se puede estudiar las partículas del diálogo sin considerar el turno y el contexto. Según Hakulinen (2005: 773), con la ayuda de las partículas del diálogo se puede dirigir la interacción y mostrar la participación en la conversación. Como se ve en el Gráfico 1, las partículas del diálogo pueden formar un enunciado o un turno de habla por sí solas. Además, las partículas del diálogo aparecen normalmente en medio de un largo turno de palabra del otro hablante. En estos casos la función de las partículas del diálogo es indicar, entre otros, si lo que el interlocutor ha oído es una información nueva o ya conocida de antemano. Hakulinen distribuye las partículas del diálogo en dos grupos: 1.) las que indican que el interlocutor se mantiene atento (mm, joo, niin, just) y 2.) las que reciben el turno de habla antecedente como una información nueva (ai, jaa, ahaa, vai ni(in), jaaha). Por consiguiente, usando estas partículas se puede indicar, entre otros, la participación en la conversación (Hakulinen, 2005: 773). 1. Mantenerse a la escucha aivan, joo, juu, just, juuri, kyllä, mm, niin 2. Indicación de la información nueva ai, aha(a), jaa, jaha, jaaha, jahaa, mhy, vai ni(in), no Gráfico 2. La clasificación de las partículas del diálogo 5. Según Hakulinen, “el turno de habla que contiene solamente una partícula se apoya en el turno antecedente del que se hace una interpretación” (Hakulinen, 2005: 993). En otras palabras, la partícula del diálogo se refiere a lo que ha pasado en la mente del interlocutor al oír el turno de habla antecedente. Hakulinen observa también que este tipo de turnos tienen varias funciones y da cuatro ejemplos de estas: 1.) indicar que lo oído es una información 5 El modelo del gráfico está extraído de la obra Iso suomen kielioppi (Hakulinen et al, 2005: 772) pero está modificado según nuestras necesidades. 11 nueva (ai, jaa), 2.) contestar a una pregunta (joo, niin), 3.) indicar que el interlocutor está de acuerdo (joo, niin) y 4.) mostrar que el interlocutor se mantiene atento a la escucha (mm, mmm, joo, niin). En la conversación las partículas del diálogo tienen varios significados porque las partículas pueden duplicarse y su prosodia es variable. También es posible que unas partículas se unan a otras en cadenas. En efecto, la mayoría de las partículas del diálogo aparecen duplicadas, por ejemplo la partícula finlandesa joo joo y niin niin. En todo caso, Hakulinen destaca que ninguna partícula duplicada significa lo mismo que la partícula que aparece por sí sola (Hakulinen, 2005: 774-775, 993). Presentaremos a continuación en detalle las partículas del diálogo que aparecen en nuestro corpus. 2.2.1.1 Joo Hakulinen (2005: 990) constata que la partícula joo pertenece a las partículas del diálogo. Esta partícula puede aparecer tanto al principio como al final del turno o incluso llenar un turno. Sin embargo, puede situarse al final del turno solamente si el turno es una reacción al turno anterior. Al final del turno la función de joo es marcar que éste ha terminado. Al mismo tiempo la partícula muestra que el hablante está de acuerdo con lo que se ha dicho en el turno anterior (ejemplo A). Ejemplos de las funciones de la partícula joo:6 a. E: Se oli siinä öö: keskustan ja (.) Kortepohjan >eiks se oo< suunnillen siin= Estaba eeh entre el centro y Kortepohja >¿no?< por allí= M1: =niin välis, joo. =sí, allí b. M2: nyt se asuu Helsingissä (0.2) ja oli käymässä tääl ahora vive en Helsinki// y estaba visitando Jyväskylä M1: mjoo humh M2: käytiin vähän ulkona ja hh salimos un poco y hh c. E: Ooksä käyny siel aikasemmin? ¿Has estado allí antes? M2: Joo Sí d. M2: Ota se sama. siihen ma[htu] ainakin 6 Los ejemplos son de nuestro corpus. 12 Vente. todavía quedan plazas M1: [joo] [sí] Ya se ha mostrado en el Gráfico 2. que la partícula joo forma parte del primer grupo. Por lo tanto, su función es también indicar que el interlocutor se mantiene a la escucha o que se identifica con el hablante (ejemplo B). Al principio del turno, la partícula joo o forma un mismo conjunto prosódico o se junta como una parte del turno siguiente (Hakulinen, 2005: 980). Según Sorjonen (2001: 5), la partícula joo forma más a menudo un conjunto prosódico en vez de juntarse con el enunciado siguiente. Además, la partícula tiene dos funciones gramaticales: responder a una pregunta y acceder a una petición (ejemplo C). La partícula joo es también una indicación del asentimiento a un mandato o a una petición (ejemplo D). Otra función es indicar que el receptor ha conseguido obtener la información ya dicha, por ejemplo una parte del número de teléfono. En otras palabras, se trata de información dividida en fragmentos. Sorjonen (2001, 225-226) añade: “Joo receives the prior talk as understood and invites the speaker to continue, thereby orienting to the prior talk as a part of a larger stretch of talk yet to be completed”. Es decir, no se usa la partícula joo solamente para recibir la información dividida en pequeños fragmentos sino que para indicar que el receptor ha entendido que los enunciados emitidos por el hablante forman parte de la conversación más amplia. Al determinar las funciones de las partículas del diálogo, también hay que darse cuenta de la entonación. Se puede pronunciar joo aspirando (hjoo) y la duración varía del joo y joo: a joo bisílabo (joo-o). El significado de estos casos se puede determinar sólo según el contexto (Hakulinen, 2005: 775, 993-994). Si el oyente pronuncia joo con un tono regular, el hablante piensa que es una señal de que puede o debe continuar el habla. Por otra parte, si se pronuncia joo con un tono descendente, eso significa que el oyente ha identificado lo oído como un conjunto (Hakulinen, 2005: 775). 2.2.1.2 Niin Niin es la otra partícula que pertenece al grupo 1. Mantenerse a la escucha. En consecuencia, su función es indicar recepción del mensaje y mostrar que el interlocutor se mantiene atento a la escucha. La partícula niin puede indicar también que el interlocutor está de acuerdo con el hablante y que se identifica con él (Hakulinen, 2005: 773). Sin embargo, niin no tiene funciones tan claras que joo (Hakulinen, 2005: 995). 13 El uso más establecido del niin es la respuesta a la pregunta de revisión (ejemplo A) y la respuesta a la pregunta (ejemplo B) en la que el sufijo -ko/-kö no se une al verbo finito sino a otra palabra (lausekekysymys) (Hakulinen, 2005: 995). Ejemplos de las funciones de la partícula niin:7 a. E: Mut eiks toi sitten se läm- lämmityssysteemi ehi lämmittää vettä. ¿Pero entonces el sis- sistema de calefacción no llega a calentar agua? M: Ei [se varmaan.] [Tal vez no] H: [Ei varmaan] mutta onkohan se sitten sillei että noillakaan ei oo (1.0) [lämmintä] vettä. [Tal vez no] pero será así que ellos tampoco tienen/// [agua] caliente M: [On] (.) sehän sano se [Sí]/ él dijo vuokraisäntä että ei se ikinä (1.0) tai että ei illalla voi käydä enää suihkussa. el dueño que él nunca-/// o que por la tarde ya no se puede tomar un baño H: #Aa# Humh E: Nii että on aina (1.0) kylmää vettä. ¿Entonces siempre hay/// agua fría? M: Nii (2.0) kai se on niin pieni se vesivaraaja et se sen tekee Sí (2’’) a lo mejor el calentador de agua es tan pequeño que es lo que lo causa b. Museokadullako sinä sen sanoit asuvan? – Niin. ¿Dijiste que vive en la calle Museokatu? – Sí. La otra función del niin es mostrar al hablante que él puede continuar su discurso. En este caso la entonación de niin es descendente o regular. Además, cuando la entonación es descendente, niin indica que el hablante ha reconocido el conjunto sintáctico, pero que espera más información sobre el asunto a continuación (Hakulinen, 2005: 995). He aquí un ejemplo ilustrativo8 (línea 4): c. E: Se on tosi halpaa mut mä maksan niinku (.) se pyytää multa kahtasataa Es muy barato pero yo pago como-/ ella me pide doscientos H: [aa] [humh] E: [elikkä] niin niit asuu niinku kaks siinä [entonces] son dos personas que viven allí M: Niin [Ya] E: ja ne maksaa vaa sataviiskymppii yhteensä ja mä maksan 200 y ellas pagan solo ciento cincuenta en total y yo pago 200 7 El ejemplo A es de nuestro corpus y el ejemplo B está extraído de la obra Iso suomen kielioppi (Hakulinen et al., 2005: 995) 8 El ejemplo es de nuestro corpus. 14 H: #Aa# E: että (1.0) mu:t toisaalta ne on niin köyhiä ettei nyt ihan que- /// peero por otro lado ellas son tan pobres que M: Nii (.) ainakin hyvään tarkotukseen Sí / por lo menos va por una buena causa Según Hakulinen (2005: 995), cuando se usa niin para indicar que la conversación puede proseguir, la partícula en cuestión puede tener también otras funciones. Por ejemplo, si el receptor usa niin durante el turno largo del hablante, esta partícula indica que el oyente ha comprendido totalmente o por lo menos parcialmente el asunto o el problema de que se habla (véase el ejemplo C, línea 8). La tercera función del niin es mostrar simpatía. En otras palabras, el oyente reacciona al discurso del hablante mostrando simpatía que se basa, por ejemplo, en una experiencia cultural compartida. En la narración, es común usar la partícula niin por parte del oyente cuando queda claro que se ha puesto en marcha una historia. Sorjonen (2001: 233) explica: “At that point, the story is as its maximum incompleteness: the speaker has presented the setting of the events and projected a telling of the central event to come next”. En el ejemplo siguiente, la mujer E está hablando, o mejor dicho, quejándose sobre sus condiciones de vivienda para sus amigos M y H. La mujer E comparte la casa con la dueña y con la hija de la dueña. d. E: Nii ja sit seki et ku se mun huone siel on viel niitten tavaroita (.) ja se sano että ku sil ei oo tilaa Y también eso que mi cuarto- allí están todavía sus cosas (.) y ella me ha dicho que no tiene espacio M: Ni[in] E: [Ni] sit must on kans vähä et mä maksan kaks enemmän niinku vuokraa ja silti mulla ei oo niinku sitä koko huonetta mun käy[tössä] että También pienso que es un poco- que yo pago dos- más alquiler y aun así no tengo todo el cuarto para mi uso H: [#Aa#] M: Nii on se nyt vähä typerää [kyllä] Pues eso sí es un poco estúpido E: [nii niin on] must tuntuu et välillä mä oon vähä liian k(h)iltti että(h) mä en niinku sano [mitään] [sí es] me parece que a veces yo soy demasiado buena- que no digo [nada] M: [Niin] E: vaikka tavallaan niinku aunque de alguna forma Como la partícula joo, también niin puede aparecer tanto al principio como al final del turno o incluso llenar un turno. Cuando aparece al final del turno, es una reacción al turno anterior. En este caso, niin marca el fin del turno y al mismo tiempo indica que el hablante 15 está parcialmente de acuerdo con lo que se ha dicho en el turno anterior (Hakulinen, 2005: 990). 2.2.1.3 Mm La tercera partícula del grupo Mantenerse a la escucha es mm que tiene parcialmente las mismas funciones que joo y niin. Se puede pronunciar la partícula mm de maneras diferentes: mm regular, mm. descendente, mm? ascendente y mm:: donde la entonación baja y sube. También existe m↑hm (=aha) / ↑mh:m (ai jaa) bisilábico, pero no tiene la función de mantenerse a la escucha sino que pertenece al grupo Indicación de la información nueva (Hakulinen, 2005: 996). Es decir, es una partícula de recepción. La partícula mm no tiene funciones tan claras que niin y joo. Además, no revela los pensamientos del oyente; solamente indica al hablante que no tiene nada que añadir. Se puede interpretar esta partícula sólo considerando el contexto y la prosodia (Hakulinen, 2005: 996). 2.2.1.4 Ai y jaa Las partículas ai, (ai) jaa, ai jaha, aha(a), vai niin son partículas que pertenecen al grupo 2. Indicación de la información nueva. En otras palabras, se usan estas partículas para indicar al hablante que el oyente ha recibido información que no conoce de antemano. Estas partículas pueden aparecer por sí solas o unirse a otras partículas (Hakulinen, 2005: 997). En nuestro ejemplo, los hablantes están conversando sobre un bar (Inferno) donde el hablante M1 estuvo el fin de semana anterior. e. M2: Mut sehän oli se Inferno se on entinen Giglin Pero Inferno es el antiguo Giglin M1: Ai jaa M1 usa la partícula ai jaa y así expresa que la información es nueva para ella. Hakulinen (2005: 998) destaca que la partícula ai y sus variantes pueden funcionar también como una reacción a la respuesta. En otras palabras, el hablante 1 hace una pregunta al hablante 2 y el hablante 1 reacciona a la respuesta del hablante 2 usando la partícula ai. En nuestro ejemplo, la entrevistadora E y el informante M2 están hablando sobre un bar. f. E: Häh? siis onks se puol neljään asti. ¿Qué? ¿está abierto hasta las tres y media?9 9 Según la ley de Finlandia los bares y las discotecas pueden estar abiertos hasta las dos. Sin embargo, es posible solicitar una amplificación del horario a la policía. 16 M2: On nykyään. Hoy en día sí E: Ai se on saanutkin jatkoaikaa tai jotai. Ha tenido una amplificación del horario o algo Otra función de esta partícula es indicar la parte que contiene la información nueva en una pregunta de revisión (ejemplo G). Cuando se trata de la función en cuestión, ai puede aparecer junto con un pronombre interrogativo. Si la partícula del diálogo ai aparece junto con la partícula de enunciación et, esta cadena de partículas muestra que el turno es una deducción del turno anterior (Hakulinen, 2005: 998). g. M2: Oltiin Dynamossa ja tai sit lauantaina oli ensin kahet pikkujoulut mä olin yhen Mikon luona ja sitte Estuvimos en Dynamo y- o luego el sábado había dos fiestas de prenatal yo estaba en casa de Mikko (.) Mirvalla ja Ellillä ja, y luego en casa de Mirva y Elli y M1: joo ya (1.0) M2: mentiin Dynamoon ja, fuimos a Dynamo y M1: Ai sen (.) Alko Mikon ¿aah Mikko de Alko10? La diferencia entre jaa y las otras partículas de recepción es que jaa no adopta una postura muy clara a la nueva información (Hakulinen, 2005: 998). Sin embargo, Hakulinen (2005: 774) subraya que la duplicación de la partícula siempre cambia el significado. La partícula jaa jaa predice normalmente el fin del turno, o sea, su función es indicar al hablante que puede continuar su turno. 2.2.1.5 No La partícula no es un buen ejemplo del hecho de que las fronteras entre los diferentes grupos de partículas no son tajantes. No pertenece tanto a las partículas del diálogo como a las partículas de enunciación y, por tanto, tiene varias funciones (Hakulinen, 2005: 772). Como partícula del diálogo, no normalmente llena el turno por sí solo. Es decir, la diferencia entre la partícula del diálogo no y la partícula de enunciación no es que las partículas de enunciación aparecen normalmente al inicio del turno y no llenan el turno por sí solas (Hakulinen, 2005: 772 y 999). Una de las funciones de la partícula del diálogo no es ser una reacción a la 10 Alko es la tienda que tiene el monopolio de venta de alcohol en Finlandia. 17 pregunta dudosa, al caso vocativo y al turno que predice un pedido o una historia. En otras palabras, se usa no para mostrar al hablante que el oyente está preparado para recibir el tema principal sobre el que se habla. El tema de que se habla puede ser, por ejemplo, una noticia, un chiste, un pedido o una queja. Como las otras partículas del diálogo, también no tiene diferentes variantes prosódicas: no con un vocal corto, no: con un vocal largo y noh con el consonante h (Hakulinen, 2005: 999). 2.2.1.6 Tä(h) y hä(h) Según Hakulinen (2005: 773), tä(h) y hä(h) son partículas interrogativas, o sea, funcionan como preguntas de revisión. La función de täh es revisar qué ha dicho el hablante. Esta partícula no revela si se trata de un problema de escucha o de un problema de entendimiento. Por eso, el hablante repite a menudo todo su turno. 2.3 CLASIFICACIONES EN ESPAÑOL Para José Portolés los marcadores del discurso son “unidades lingüísticas cuyo significado convencionalmente fijado en la lengua condiciona el procesamiento del discurso en relación con el contexto” (1998: 25). Según este autor, estas unidades pueden pertenecer a tres diferentes categorías gramaticales: la conjunción, el adverbio y la interjección. No obstante, Portolés subraya que el concepto de un marcador del discurso es semánticopragmático, no gramatical (1998: 74, 135). Portolés (1998: 126) afirma que se usan los marcadores del discurso tanto en el discurso oral como en el discurso escrito. Sin embargo, algunos marcadores aparecen más bien en el habla que en los textos. Así son las unidades como por ejemplo bueno, claro, hombre y vamos. También Portolés piensa que hay distintas posibilidades de clasificar los marcadores. Afirma que hay dos propuestas que se usan más: actos verbales [“se agrupan las unidades por su utilidad para efectuar unos procesos textuales previamente fijados y es frecuente que una misma unidad aparezca en dos o más grupos” (1998: 135-136)] y buscar un significado unitario para el marcador y darse cuenta de todos sus usos. Zorraquino (1998: 52-53) clasifica los marcadores del discurso en cuatro grupos según la relación con el núcleo oracional al que se refieren. Primero, distingue las entidades que proceden del conjunto de las conjunciones. Segundo, divide las unidades que proceden de preposiciones, de ciertos adverbios y de locuciones adverbiales. El tercero grupo incluye los 18 marcadores que proceden de adverbios y de locuciones adverbiales que afectan a oraciones enteras. El último grupo tiene relación con las interjecciones. En la gramática descriptiva de la lengua española (Portolés & Martín Zorraquino, 1999) se dividen los marcadores del discurso en cinco grupos: 1. estructuradores de la información, 2. conectores, 3. reformuladores, 4. operadores argumentativos y 5. marcadores conversacionales. El primer grupo, los estructuradores de la información, contienen marcadores que no tienen un significado argumentativo sino que sirven para indicar la organización informativa de los discursos. El segundo grupo es el de los conectores que, principalmente, unen un consecuente con su antecedente. Al tercer grupo pertenecen los reformuladores y el cuarto grupo que se distingue es el de los operadores argumentativos. El último, y el grupo más importante desde el punto de vista de este trabajo, es el de los marcadores conversacionales. Este grupo consiste en las partículas discursivas que surgen más frecuentemente en la conversación. Sin embargo, esto no quiere decir que haya una división estricta entre lo conversacional y lo no conversacional. Efectivamente, algunos marcadores conversacionales se usan en los textos escritos, lo mismo que muchos de los marcadores que se han incluido en los grupos precedentes pueden aparecer en la conversación (Portolés & Martín Zorraquino, 1999: 40804081). Este estudio se centrará precisamente en este quinto grupo, es decir, en los marcadores conversacionales. Portolés y Zorraquino (1999: 4143) clasifican estos marcadores aún en cuatro subgrupos. MARCADORES de modalidad epistémica claro, por lo visto, etc. de modalidad deóntica bueno, bien, vale, etc. enfocadores de la alteridad hombre, mira, oye, etc. metadiscursivos conversacionales bueno, eh, sí, ya, etc. CONVERSACIONALES Gráfico 3. La clasificación de los marcadores conversacionales11. 11 El modelo del gráfico está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José Portolés & María Zorraquino, 1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua española 3, Entre la oración y el discurso, pág. 4082 pero está modificado según nuestras necesidades. 19 El cuarto subgrupo, o sea, los metadiscursivos conversacionales constituye el asunto de nuestro estudio. Hemos elegido estudiar los metadiscursivos conversacionales porque son los marcadores que más aparecen en nuestro corpus. Sin embargo, antes de centrarnos en los metadiscursivos, presentamos brevemente las características generales de los marcadores conversacionales. En opinión de Portolés & Zorraquino (1999: 4145), es importante considerar la relación entre los grupos de marcadores conversacionales. A pesar de que los marcadores del discurso tienen funciones claramente delimitadas, la misma partícula puede pertenecer a varios grupos. Esto resulta de dos razones: por una parte algunas “funciones están estrechamente relacionadas entre sí” y por otra, “los propios marcadores son, frecuentemente, polifuncionales” (Portolés & Zorraquino, 1999: 145). Otra característica es la duplicación. Muchas veces los marcadores se presentan duplicados, por ejemplo oye, oye. Finalmente, como Hakulinen también Portolés & Zorraquino proponen que los marcadores del discurso pueden constituir, ellos solos, un enunciado o incluso llenar una intervención (1999: 4145). En cuanto a la conversación, Portolés & Zorraquino (1999: 4143) subrayan su función interactiva. Además de la función informativa, la conversación es siempre orientada hacia el interlocutor. Esta función interactiva propicia, entre otros, el cambio del tema de la comunicación y el uso de las unidades lexicales que indican que el hablante ha recibido el mensaje emitido por otro hablante o, por ejemplo, que quiere mantener el turno de palabra. Son los marcadores del discurso, y sobre todo los metadiscursivos conversacionales, que reflejan estas operaciones. 2.3.1 Metadiscursivos conversacionales Los metadiscursivos “sirven para estructurar la conversación y pueden convertirse, debilitado su papel, en meros soportes o indicadores fáticos” (Portolés & Zorraquino, 1999: 4143-4144). Es decir, su objetivo es regular el contacto entre los hablantes (Portolés & Zorraquino, 1999: 4191). El grupo de los metadiscursivos contiene seis marcadores: ya, sí, bueno, bien, eh y este. Se pueden dividir estos seis marcadores en tres grupos según sus funciones: 1. indicar la recepción del mensaje; indicar la ruptura discursiva (por ejemplo la apertura o el cierre de una intervención, el cambio de tema en una intervención); la acumulación o el procesamiento de la información: bueno y bien 20 2. indicar la recepción del mensaje; indicar el cambio de turno en el uso de la palabra: sí y ya 3. mantener el turno de palabra en la conversación: este…, este… y eh..., eh… En otras palabras, los marcadores bueno y bien son característicos por su polifuncionalidad mientras que los otros marcadores tienen una disponibilidad metadiscursiva más limitada (Portolés & Zorraquino, 1999: 4191). Presentaremos a continuación los metadiscursivos conversacionales que aparecen en nuestro corpus. 2.3.1.1 Sí Como ya se ha constatado más arriba, una de las funciones del marcador sí es indicar la recepción del mensaje por parte del oyente. Sí puede también sugerir una actitud cooperativa con el interlocutor. A pesar de ello, el marcador metadiscursivo sí difiere del otro sí (adverbio afirmativo). El marcador sí no ratifica las palabras del hablante ni las reproduce. Por consiguiente, se puede utilizar el metadiscursivo sí para responder a una pregunta sin indicar precisamente la respuesta (Portolés y Zorraquino, 1999: 4192). A: ¿Cuántos años hace que veraneas en Lecumberri? B: Sí. Vinimos aquí en el 56... A: ¡Un montón de tiempo! B: Pues más de cuarenta años...12 Otra función es marcar el cambio de turno en el uso de palabra en la conversación. Como hemos podido ver anteriormente, una de las características de los marcadores conversacionales es la duplicación. Cuando se repite el marcador sí, la repetición puede indicar la intensificación o señalar un refuerzo del acto de recepción del mensaje. Sin embargo, la función principal del sí es señalar al hablante que sus palabras han sido recogidas y que la conversación puede proseguir (Portolés & Zorraquino, 1999: 4192-4193). Vázquez Veiga (2003: 7) añade que se puede usar el marcador sí para “mostrar atención, comprensión e interés, así como para conseguir que la conversación fluya sin problemas”. En total, Vázquez presenta cinco funciones del sí. En primer lugar, a través de los mensajes breves, el oyente informa al interlocutor de que ha recibido y comprendido su discurso sin problemas. Al mismo tiempo el oyente muestra que no quiere añadir nada al tema que se está desarrollando. Es decir, el oyente simplemente indica que está teniendo en cuenta lo que la otra persona dice. Con frecuencia, se utiliza esta partícula de forma reduplicada (sí, sí). Es también común que aparezca con otras partículas (sí, claro). En estos casos, el oyente 12 El ejemplo tomado de La gramática descriptiva de la lengua española 3 (Portolés & Zorraquino, 1999: 4193). 21 emite el sí sin intención de tomar el turno de palabra (Vázquez Veiga, 2003: 109-113). Para dar una mejor idea de esta función, se presenta un ejemplo tomado de la obra Marcadores discursivos de recepción (Vázquez Veiga, 2003: 110). H: No salimos temprano. Eran las seis cuando salimos de casa= O: Sí, ya ya H: = y no había nadie esperando en la cola. Eso que Juan nos había dicho que si no estábamos allí antes de las cuatro… En segundo lugar, el marcador sí puede funcionar como una breve reafirmación. En otros términos, el oyente reafirma brevemente un pensamiento expresado inmediatamente por el hablante. Ejemplo13: H: Estaban todos sus compañeros. O: Los del equipo, sí. H: Y sin embargo, ni su presencia bastó para que contase de una vez lo que le había pasado. La tercera función es responder a una pregunta o a una petición. Por lo tanto, a diferencia de Portolés y Zorraquino, Vázquez Veiga incluye el adverbio afirmativo sí a los marcadores discursivos. Además, esta partícula puede mostrar el cambio del turno de palabra. Es decir, abrir la intervención en turnos del hablante o mostrar intención de intervenir en turnos del oyente. Por último, el marcador sí funciona como una técnica de mantenimiento de turno para indicar a su interlocutor que, a pesar de que hay una pausa u otro problema, el hablante no desea ceder el turno de palabra. En otras palabras, el hablante utiliza los marcadores discursivos para ganar tiempo para pensar lo que va a decir a continuación (Vázquez Veiga, 2003: 113, 142). También Stenström y Jörgensen (2008: 635-636) proponen que los marcadores discursivos tienen una función social, pues ayudan a mantener la fluidez de la conversación. El propósito de estos marcadores es evitar el silencio y seguir hablando. Además, añaden una función nueva que los demás no han tratado en sus obras: la cortesía. Insisten en que existe una relación entre la cortesía y los marcadores discursivos. Por ejemplo, “cuando alguien cuenta algo, sería descortés no responder de una u otra manera” (Stenström & Jörgensen, 2008: 637). Por eso, se usan los marcadores como ufff, mhms, sí y oh en las conversaciones. 2.3.1.2 Ya En cuanto al significado del marcador ya, es más neutro que el marcador sí. Ya puede indicar, por ejemplo, que el oyente no quiere decir sí. También muestra la recepción del 13 El ejemplo tomado de Marcadores discursivos de recepción (Vázquez Veiga, 2003: 110). 22 mensaje y usando el marcador ya es posible tomar la palabra y continuar la conversación. Sin embargo, ya puede formar también una enunciación o un turno de habla por sí solo (Portolés & Zorraquino, 1999: 4192). 2.3.1.3 Bueno Bueno es un metadiscursivo conversacional que tiene varias funciones. En primer lugar, funciona como marca de recepción del mensaje y, por lo tanto, muestra el cambio de turno. También indica cooperación y cortesía. De esta manera, hace que la conversación progrese, procesando o acumulando lo dicho (Portolés & Zorraquino, 1999: 4194). He aquí un ejemplo del bueno que indica la recepción del mensaje: Pili: […] Y estábamos entonces en Soria. B: Y ¿bajabais a bañaros al Duero? Pili: Algunos días… (Se oye una voz.) Adela: ¡Pili, que las niñas van a merendar! Pili: Bueno, Adela… Íbamos a la parte opuesta a San Saturio, la que queda cerca de los Arcos de San Juan. B: Ya.14 Según Portolés & Zorraquino (1999: 4194), el marcador bueno “es siempre una partícula reactiva pues implica, incluso en el caso en el que sirve para abrir la conversación, la aceptación a hacer uso de la palabra, siendo condicionada su emisión por el contexto extralingüístico (la situación comunicativa o el rol social de los interlocutores)”. No obstante, si un interlocutor quiere usar bueno para abrir la conversación, es necesario que los interlocutores ya conozcan de antemano. Dicho de otra manera, los hablantes tienen que tener algún tipo de relación entre sí. Así, no es frecuente que se utilice bueno para iniciar la conversación con un desconocido (Portolés & Zorraquino, 1999: 4194). En segundo lugar, bueno funciona como marcador de ruptura secuencial. Es decir, abre o pre-comienza la conversación y indica el cambio de tema. Veamos un ejemplo del bueno que marca el cambio de tema: A: Han llegado ya esos paquetes, me parece… B: Bueno. Oye, que se me ha olvidada decirte una cosa: que Paco, que lo llames.15 14 El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José 1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua el discurso, pág. 4194 pero está modificado según nuestras necesidades. 15 El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José 1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua el discurso, pág. 4195. 23 Portolés & María Zorraquino, española 3, Entre la oración y Portolés & María Zorraquino, española 3, Entre la oración y Es común que el marcador bueno aparezca con pero, o para ser más exactos, después de pero. En esta función, pero “orienta contraargumentativamente la conexión de bueno con la situación comunicativa precedente (o con el contexto comunicativo, en general)” (Portolés & Zorraquino, 1999: 4195). Otra función del bueno es orientar el fin de la conversación. Por último, el metadiscursivo bueno sirve para la acumulación de la información y hace que la conversación progrese. El bueno que marca la continuidad temática en la conversación va seguido a menudo de pues. El marcador bueno muestra también procesamiento de la información y tiene el empleo de la rectificación o autocorrección. Conviene mencionar que normalmente no se repite el metadiscursivo bueno (bueno, bueno) (Portolés & Zorraquino, 1999: 4196-4197). 2.3.1.4 Bien Según Portolés y Zorraquino (1999: 4197), el metadiscursivo bien tiene las mismas funciones que el metadiscursivo bueno. Sirve para marcar la recepción del mensaje y por tanto indica indirectamente el cambio de turno. También se utiliza bien para acumular y procesar información. Como bueno, bien sirve para el progreso de la conversación presentando un nuevo tema: - ¿Cómo está vuestra familia, Alteza? - Muy bien, mi general. Gracias. - Bien. Tengo que anunciaros algo. [J.L. de Vilallonga, El Rey, 98] (Portolés & Zorraquino, 1999: 4197) Se usa bien para la autocorrección y rectificación, pero su empleo es más limitado que el de bueno. Ejemplo: Lo hizo… Bien, lo hice.16 Como bueno, también bien es utilizado para indicar el cierre de la conversación. Sin embargo, su empleo es menos frecuente que el de bueno. Normalmente tiene la función del cierre de la conversación en un estilo más formal. He aquí un ejemplo ilustrativo: Bien. Ya hemos terminado.17 Aunque el marcador bien tiene funciones parecidas a las de bueno, estos dos marcadores no son exactamente iguales. Bien es “una unidad menos gramaticalizada que 16 El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José Portolés & María Zorraquino, 1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua española 3, Entre la oración y el discurso, pág. 4198 17 El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José Portolés & María Zorraquino, 1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua española 3, Entre la oración y el discurso, pág.4198 24 bueno, ya que admite la gradación (muy bien) y puede implicar una valoración del segmento del discurso al que afecta (derivada del valor modal del adverbio homónimo)” (Portolés & Zorraquino, 1999: 4197). El marcador bien es también más neutro y menos “amigable” que bueno. Por eso, por ejemplo, los entrevistadores usan más a menudo bien que bueno en las entrevistas para indicar la ruptura secuencial, es decir, para abrir o cerrar la conversación y para mostrar la transición temática. En resumen, el empleo del marcador depende del rol social o de la actitud. El hablante que tiene más autoridad y el hablante que quiere mostrar más distanciamiento utilizan más a menudo el marcador bien (Portolés & Zorraquino, 1999: 4197). 2.3.1.5 Eh Como otros varios marcadores del discurso, eh no pertenece solamente a un grupo. Puede aparecer como interjección, enfocador de la alteridad o marcador metadiscursivo. Como marcador metadiscursivo tiene dos funciones principales: 1. mantener el turno de habla: El hablante usa la partícula eh para mostrar al oyente que está ajustando la expresión y que no quiere perder su turno de habla. 2. acumular información para ir procesándola: Cuando el hablante usa el marcador eh, indica que el oyente debería procesar la información. Es decir, eh procesa la información desde la perspectiva del oyente. Eso es la diferencia entre el marcador eh y los marcadores bueno/bien (procesan la información desde el punto de vista del hablante) (Portolés & Zorraquino, 1999: 4199). Ejemplo: DOCTORA: […] depende del talante que esté eh, si está fuerte y se encuentra bien, bájale un poquito eh, no lo saques ahora, pero … allá a las 6 o a las 7 eh un ratito eh… más que nada para que tome un poco de aire eh. (Blas 1995, La interjección como marcador discursivo: el caso de “eh” [citado en Portolés & Zorraquino, 1999: 4199]) 2.4 CLASIFICACIONES EN PORTUGUÉS Los marcadores discursivos de la lengua portuguesa han sido poco o insuficientemente estudiados. Después de una extensa búsqueda por las gramáticas portuguesas, llegamos a la misma conclusión que Fernandes (1996: 133): no existe ninguna gramática que incluya teoría relevante sobre el uso de los marcadores del discurso en portugués europeo. Sin embargo, encontramos obras cuyos autores dedican unas líneas a los marcadores discursivos, por ejemplo, Cunha y Cintra (1984), Vilela (1995) y Gonçalves (2002). En la Nova Gramática do 25 Português Contemporâneo, Cunha y Cintra (1984: 548-549) presentan las palabras denotativas. Según ellos, son palabras que no se pueden incluir a los adverbios porque no modifican el verbo, adjetivo u otro adverbio. Por eso, deben ser clasificados aparte. Sin embargo, Cunha y Cintra no les saben dar un nombre específico. Solamente mencionan que aquellas palabras son difíciles a clasificar y que en el análisis se puede llamarlas “palavra ou locução denotadora de exclusão, de realce, de rectificação, etc.” (1984: 549). Vilela (1995) dedica cuatro páginas a las partículas y partículas modales en la Gramática da Língua Portuguesa. Según el autor (1995: 198), el concepto de la partícula tiene dos significados. En general, está asociado a las palabras invariables. Por otro lado, tiene un significado más estricto que se refiere a “las palabras coloridas” (Vilela, 1995: 198). Añade que se pueden dividir las partículas en dos grupos: las partículas propias (cierta clase de adverbios) y las partículas modales como por ejemplo bem, mal y assim. Vilela (1995: 199) menciona también las partículas de realce (é que, lá, cá) y las muletillas (pá, não é, na certeza, pois, assim) que son usadas como verbos de llenar. Es decir, una de sus funciones es llenar las pausas en una conversación. Para Gonçalves (2002: 566-568) las partículas de realce son partículas expletivas o enfáticas. Su función es “aumentar ou diminuir a importância que se concede a algum elemento da oração ou à ideia expressa na sua totalidade, mas cuja supressão não modifica o valor lógico da frase”. En la lengua portuguesa existen muchas partículas de realce y están ligadas a la entonación. Gonçalves añade que nacen siempre espontáneamente. Tradicionalmente las partículas modales han sido clasificadas como adverbios en las gramáticas y diccionarios. Sin embargo, también existen gramáticas que clasifican las partículas a las interjecciones o a las expresiones/partículas de realce (Franco, 1990: 175). Según Franco (1990: 196): “Estes procedimentos derivam, por um lado, do facto de os autores, na sequência da tradição Greco-latina, terem adoptado e dado grande peso aos critérios morfológicos na classificação das palavras, mas prendem-se também, por outro lado, com a intuição (que tiveram) de que a classificação originária já não se coaduna com as funções que lhes têm vindo sucessivamente a descobrir”. Como Vilela también Franco (1990: 183-184) propone que se pueden separar sintácticamente las partículas modales de los adverbios. Por ejemplo, al contrario de los adverbios, las partículas modales no pueden ser substituidas por otras unidades. He aquí un ejemplo: - Sempre veio chuva hoje. (partícula modal) Eles vêm sempre visitar-nos. (adverbio) 26 Las partículas modales aparecen normalmente al inicio de la frase. Los adverbios de modo surgen después del verbo y los adverbios de tempo y de lugar antes o después del verbo. Sin embargo, el significado de un adverbio sigue igual a pesar de su posición en la frase (Franco, 1990: 183-184). Otra diferencia entre los adverbios y partículas es que las partículas aparecen siempre antes de la negación. Los adverbios pueden estar antes o después de la negación. Veamos un ejemplo: - Sempre não saímos. Amanhã não vou ao cinema. Não vou amanhã ao cinema. (Franco, 1990: 185) Franco (1990: 188) define las partículas modales de modo siguiente: “As partículas modais são meios de expressão da atitude do falante e das suas intenções, postas em jogo durante a conversação.” La función comunicativa de las partículas modales depende fuertemente del contexto. Esto es, no se pueden analizar las partículas independientemente del contexto. Por eso, es siempre necesario presentar un contexto situacional en los análisis (Franco, 1990: 190). Encontramos dos trabajos de fin de máster en la biblioteca de la FLUP que tratan de los marcadores discursivos portugueses. El primero es el trabajo de Fernandes (1996) que estudia las partículas discursivas y modales del latín al portugués. La segunda tesina es de Martins (1998: 5) en que él parte de la cuestión: ¿por qué se usan en las conversaciones frecuentemente las palabras o expresiones como ‘ora bem’, ‘pois’ y ‘pronto’, entre otros, y por qué las gramáticas no hacen caso a aquellas expresiones? Como Fernandes también Martins (1998: 47-48) afirma que las gramáticas ignoran los marcadores discursivos o les dedican solamente algunas líneas. Añade que en las gramáticas tradicionales los marcadores del discurso son normalmente clasificados a diferentes clases gramaticales, como por ejemplo, a los adverbios, a las conjunciones o a las interjecciones (1998: 51). Fernandes (1996: 7-8), divide los marcadores discursivos de la lengua portuguesa en cinco grupos: 1. partículas modales (não, lá, então, é que), 2. partículas argumentativas (bem, aliás, mas), 3. partículas topográficas (agora, e, pronto), 4. partículas interaccionales (pá, percebes?, não é? / n’é? / é? / não?, olha! / olhe!, estou, sim / claro / ok, não) y 5. marcadores de terminación aproximativa (e não sei quê / e não sei quantos / e tal). 27 No obstante, la clasificación no está hecha totalmente por este investigador, sino que se basa en los trabajos de otros autores ‒ Spengler (1980), Schmidt-Radefeldt (1993), Roulet (1980) y Franco (1990 y 1991) ‒. Para definir las partículas del discurso, Fernandes usa las definiciones elaboradas por los autores ya mencionados. Por lo tanto, las partículas modales son “aqueles elementos linguísticos que exprimem a modalidade emotiva ou a atitude do falante face ao enunciado, às expectativas, às relações sociais e ao saber compartilhado que admite existir entre os parceiros da comunicação” (Franco, 1991: 187). Las partículas argumentativas son aquellas con las que “o falante sublinha o valor semântico do seu discurso ou da sua argumentação” (Schmidt-Radefeldt 1993: 65). Las partículas topográficas muestran cómo el hablante “estrutura textualmente o seu discurso” (Schmidt-Radefeldt, 1993: 65). Las partículas interaccionales son “elementos linguísticos que têm por finalidade sublinhar a relação interaccional/fática entre o falante e o seu interactante e/ou o enunciado” (Fernandes, 1996: 8). Martins (1998: 65-66) propone en su trabajo de fin de máster otra clasificación para los marcadores discursivos. Los divide en ocho grupos: 1. Aditivos (e) 2. Justificativos (depois, então, pois, porque, portanto) 3. Opuestos (agora, até, vá) 4. Reformuladores (aliás, bem, ora bem, quer(-se) dizer, vá) 5. Marcadores responsivos (claro, claro que, não, pois, sim, sim sim (sim sim sim) 6. Modalizadores (claro, claro que, pronto, vá) 7. Organizadores del discurso (então, pronto) a.) iniciativos o de apertura (ora bem) b.) continuativos o de continuidad (depois, e, pois, também) c.) terminativos o de cierre (bem, mais do (de) resto, não é, sabe como é) 8. Marcadores de interactividad (bem, então, hum, não é, ora bem, pois, portanto, pronto, sabe como é) De esta clasificación, se puede concluir que la mayoría de los marcadores tienen varias funciones. No obstante, existen también marcadores que tienen una sola función. Además, casi todos los marcadores tienen la función del organizador del discurso (Martins, 1998: 120). El objetivo de la tesina de Martins (1998: 4) fue hacer un análisis lingüístico de una entrevista usando el análisis conversacional para poder destacar las funciones de los marcadores del 28 discurso. La entrevista tuvo lugar con dos informantes que usaron un registro coloquial de portugués europeo. Como ya hemos mencionado, los marcadores del discurso es un área que no se ha estudiado suficiente en la lengua portuguesa europea. Por consiguiente, faltan obras que incluyan teoría relevante sobre el asunto. Sin embargo, existen varios estudios sobre los marcadores discursivos en la lengua portuguesa de Brasil. Por eso, en cuanto a la lengua portuguesa, la fundamentación teórica de nuestro estudio se basa principalmente en una obra brasileña: Gramática do Português Falado (Moura Neves [org.], 1999) que contiene, entre otros, el artículo de Hudinilson Urbano. El trabajo de Urbano (1999) se basa en un estudio mayor “Marcadores Discursivos: Traços Definidores” hecho en 1996 por Mercedes Sanfelice Risso, Giselle M. O. Silva y Hudinilson Urbano. En aquel estudio se trataron generalmente los marcadores discursivos, dividiéndolos en dos grupos: “seqüenciadores de tópico” y “orientadores da interação”. Urbano sigue el trabajo anterior estudiando más profundamente los marcadores denominados “marcadores básicamente orientadores da interação”. El objetivo de su estudio fue analizar las sub-funciones, las propiedades y los comportamientos interactivos de los marcadores en cuestión (Urbano, 1999: 195). Todos los marcadores básicamente orientadores de la interacción tienen funciones textuales-interactivas. El concepto de interacción se refiere al grado de envolvimiento de los hablantes. El grado varía del mayor envolvimiento del hablante consigo mismo y el menor envolvimiento con el interlocutor (mayor grado de subjetividad) a una situación contraria (mayor grado de intersubjetividad). Para explicar mejor de lo que se trata, Urbano da algunos ejemplos (1999: 198): a.) “já ouviu falar, conhece de nome taxionomia, só de nos, bem...Eh:: essa palavra taxionomia quer, refere-se mais ou manos a uma classificação (...)” b.) L2 “(…) já é alguma coisa que eles fazem porque...” L1“ah ajuda demais né?” En el ejemplo A del grado subjetividad, el hablante hace una pregunta a la que él mismo responde, o sea, el marcador bem comienza la auto-respuesta. En el ejemplo B, el interlocutor L1 interrumpe L2 y usa el marcador ah como toma de turno. Es un ejemplo del grado de envolvimiento interpersonal de los hablantes. El autor (1999: 200-201) divide asimismo los marcadores básicamente orientadores de la interacción en seis subgrupos según sus funciones: 29 BÁSICAMENTE funciones ORIENTADORES DE textual- LA INTERACCIÓN interaccionales fático de naturaleza imperativa y entonación exclamativa olha!, veja! fático de naturaleza o entonación interrogativa después de aserción né?, certo?, entende?, não é? fático de naturaleza y entonación interrogativa después de interrogación hein?, ahn?, é?, né?, não é? feed back uhn, certo inicio de respuestas formales o de comentários ah, pois é, mas inicio de habla citada ah Gráfico 4. Clasificación de los marcadores básicamente orientadores de la interacción Los marcadores del primer grupo, Fático de naturaleza imperativa y entonación exclamativa, son formas que el hablante produce. Sin embargo, están orientadas directa o indirectamente al oyente. Al segundo grupo, Fático de naturaleza o entonación interrogativa después de aserción, pertenecen marcadores que son “formas produzidas pelo falante após uma declaração também produzida por ele” (Urbano, 1999: 200). Estos marcadores son numerosos: não é?, sabe?, né?, certo?, entende?, não?, entre otros. El tercer grupo es, en efecto, una variante del segundo grupo. La única diferencia es que en este caso el marcador aparece después de un enunciado interrogativo. El cuarto grupo es el de los feed back, también conocidos como “fáticos retroalimentadores”. Son formas producidas únicamente por el oyente (Urbano, 1999: 228). El quinto grupo se llama Inicio de respuestas formales o de comentarios. Son marcadores producidos “pelo ouvinte tornado falante seguinte, ao tomar o turno, em respostas, ou como comentário a perguntas ou a comentário do falante anterior” (Urbano, 1999: 200). Al último grupo pertenecen los marcadores que indican el inicio de habla citada (Urbano, 1999: 201). Como los metadiscursivos conversacionales constituyen el asunto de este estudio, presentaremos detallamente sólo el cuarto subgrupo. Es el grupo equivalente a las partículas 30 del diálogo y a los metadiscursivos conversacionales, pues marcan límites en el discurso y relacionan enunciados. 2.4.1 Marcadores de feed back Según Urbano (1999: 208), los marcadores del grupo Feed back son usados para mostrar al hablante que el interlocutor se mantiene a la escucha y entiende el mensaje. Afirma que normalmente se usan estos marcadores en dos situaciones diferentes: “a.) solitariamente, retroalimentando o falante e mantendo-o no seu papel conversacional, b.) no início do turno do ouvinte, possibilitando a este assumir o papel de falante” (1999: 213). Fontes (2010: 7) añade que estos marcadores sirven para mantener la interacción y hace que la conversación prosiga. El grupo de los feed backs contiene, entre otros, los marcadores siguientes: ah, ahn, certo, claro, é, é verdade, exato, pois é, sei, sim y uhn (Urbano, 1999: 228). Para Morais (2011: 434) los marcadores que inician un turno de palabra se llaman Marcadores conversacionais topográficos. El autor incluye a este grupo, ente otros, las unidades ah, bem, bom, prontos, ai y oh pá. Presentaremos a continuación los marcadores de feed back que aparecen en nuestro corpus. 2.4.1.1 Sim Martins (1998: 117) incluye el adverbio afirmativo sim a los marcadores del discurso y afirma que su función es responder a una pregunta. Añade que se puede repetir este marcador (sim sim). Cuando aparece duplicado, puede tener la misma función que sim. Su otra función es “iniciar uma resposta (considerada óbvia pelo falante) a uma pergunta repetida ou reformulada pelo interlocutor” (Martins, 1998: 117). Fernandes (1996: 128) considera que se usa el marcador sim para mostrar al hablante que el interlocutor se mantiene a la escucha y que está de acuerdo con el hablante. 2.4.1.2 É y é verdade Los dos marcadores incluyen el verbo ser y normalmente siempre tienen la misma función: función de feed back (Urbano, 1999: 213). Es decir, cuando aparecen aisladamente su función es mostrar al hablante que el interlocutor está teniendo en cuenta lo que el hablante dice (ejemplo A). En este caso, el interlocutor no tiene la intención de tomar el turno de 31 palabra. Al contrario, cuando é y é verdade aparecen al inicio del turno de oyente (ejemplo B), estos dos marcadores ayudan al oyente a tomar el turno de palabra (Urbano, 1999: 213). a) L1 coitado, cinco anos e já... colocado assim (...) L2 é b) Doc reformaram também os departamentos (nem) aumentaram ou reduziram de forma que Inf é porque eles fizeram exatamente isso (...) (Urbano, 1999: 113-114) 2.4.1.3 Pois Martins (1998: 113) afirma que se usa el marcador pois para iniciar una respuesta. De esta manera, el interlocutor une su enunciado al enunciado precedente, es decir, al enunciado del otro interlocutor y hace que la conversación prosiga. Martins (1998: 113) añade que el marcador pois “é usado pelo falante para assinalar a concordância com o seu interlocutor, manifestando interesse pelas palavras do outro, mostrando-se cooperante na interacção”. Este marcador está utilizado también para enfatizar el acuerdo o el desacuerdo con el hablante. En este caso, aparece a menudo con otros elementos lexicales como por ejemplo pois não, pois claro o con el verbo usado en el enunciado precedente (pois é, pois está). Lopes (2005: 238) denomina el marcador pois ‘partícula de agulhagem discursiva’ y observa lo siguiente: A primeira evidencia da partícula pois é a de uma oscilação, às vezes neutralização, entre a função fática de início de fala, de justificação concludente, ou de insinuação causal, o que se prende com um efeito ilocutório de exortação, empenho, incitação ou justificação, e até de pergunta com um certo grau de expectativa quanto à qualidade de resposta (Lopes, 2005: 238). 2.4.1.4 Hã, eh y humm En cuanto a los marcadores ah, ahn y hã, existen varias maneras de transcribirlos a la lengua portuguesa. El marcador ah corresponde a há y el marcador ahn corresponde a hã y ã (Hurbano, 1999: 206). En este estudio se usa la forma gráfica hã. Otro marcador que aparece en nuestro corpus portugués es eh. Según Hurbano (1999: 211), estos dos marcadores se sitúan entre las frases y su función es llenar las pausas. En este caso, eh y hã pueden aparecer con un alargamiento de las vocales. Martins (1998: 110) añade a los marcadores discursivos el marcador hum. En este estudio usamos de dicho marcador la transcripción humm porque queremos diferenciar los marcadores hum y humm. Según Martins (1998: 110), humm es un marcador de interactividad utilizado como un soporte mientras se encuentra la expresión adecuada. Veamos un ejemplo de nuestro corpus: 32 M: em que ela nos dizia/// hummm que a lei em muitos aspectos era ridícula porque era/ por exemplo tu podes ir a farmácia comprar a pi- a parafarmácia pode vender Otra función del marcador humm es mostrar que el interlocutor ha entendido la pregunta realizada por el otro interlocutor y que se prepara para responder (Martins, 1998: 111). 2.5 COMPARACIONES DE LAS CLASIFICACIONES En cuanto a la clasificación de los marcadores del discurso, llegamos a la misma conclusión que Tiittula (1992: 60): depende del autor de qué manera se clasifican los marcadores. Notamos que incluso dentro de la misma lengua existen diferencias. Por ejemplo, Tiittula (1992) divide los marcadores del discurso en tres grupos y Hakulinen (2005) en once grupos. Sin embargo, de los once grupos solamente cuatro se refieren especialmente a la lengua hablada. En la lengua española existen también diferentes maneras de clasificar los marcadores del discurso. Se pueden clasificar los marcadores, por ejemplo, según sus funciones o según la relación con el núcleo oracional al que los marcadores se refieren. Portolés y Zorraquino (1999) dividen los marcadores del discurso en cinco grupos que, a su vez, son clasificados en subgrupos. Es decir, existen, de hecho, más de cinco grupos. En la lengua portuguesa, Urbano (1999) divide los marcadores del discurso en seis grupos según sus funciones. Martins (1998) los clasifica en ocho grupos y Fernandes (1996) en cinco grupos. En resumen, el número de los grupos depende tanto del autor como de la lengua en cuestión. Aunque el número de los grupos no es lo mismo en las tres lenguas en cuestión, existe un aspecto en común. Tanto en finés como en español y en portugués se clasifican los marcadores del discurso según sus funciones. Hakulinen (2005: 773) divide las partículas del diálogo en dos grupos según la función: 1.) las que indican que el interlocutor se mantiene atento y 2.) las que reciben el turno de habla antecedente como una información nueva. Portolés y Zorraquino (1999: 4191) distribuyen los metadiscursivos conversacionales en tres grupos: 1.) los que indican la recepción del mensaje, la ruptura discursiva (por ejemplo la apertura o el cierre de una intervención, el cambio de tema en una intervención) y la acumulación o el procesamiento de la información, 2.) los que indican la recepción del mensaje y el cambio de turno en el uso de la palabra y 3.) los que mantienen el turno de palabra en la conversación. Urbano (1999: 213) divide los marcadores de feed back en dos grupos según la función: 1.) los que mantienen el turno de palabra en la conversación y 2.) los 33 que ayudan a tomar el turno de palabra. Cabe mencionar que solamente en la lengua finlandesa se considera la diferencia entre los marcadores que indican que la información es nueva para el interlocutor o ya conocida de antemano. No se hace esta diferencia en la clasificación de los marcadores metadiscursivos conversacionales en español ni en portugués. 34 3. ANÁLISIS DE LOS METADISCURSIVOS CONVERSACIONALES EN LA CONVERSACIÓN En este capítulo se presentarán primero brevemente fundamentos sobre el Análisis de la Conversación que es el método de nuestro estudio. Segundo, se explicará quiénes son los informantes de este estudio y cómo se han realizado las entrevistas. Por último, se analizarán y se contrastarán los metadiscursivos conversacionales en el finés, español y portugués, con el objetivo de establecer sus correspondencias en un glosario. También se hará un análisis sobre los materiales lexicográficos. 3.1 METODOLOGÍA: ANÁLISIS DE LA CONVERSACIÓN Como vimos en la Introducción, el objetivo de este trabajo es conocer cómo las clasificaciones de los marcadores del discurso en la lengua finlandesa difieren de las de la lengua española y de las de la lengua portuguesa. Otro objetivo es descubrir los marcadores discursivos más utilizados en las seis conversaciones grabadas y comparar su uso/funciones entre los pares de idioma finlandés-español y finlandés-portugués. Para analizar el corpus, se ha elegido usar el Análisis de la Conversación. Según Hakulinen (1998: 13), el término Análisis de la Conversación fue introducido por Harvey Sacks en los años 60. Lo fundamental para esta tendencia es la idea de que la conversación es una actividad de carácter interactivo organizada. Hakulinen (1998: 14) propone que se puede distinguir tres formas de organización. La primera de ellas es el sistema de toma de turno. Esto quiere decir que los turnos observan ciertas leyes (Cortés Rodríguez & Camacho Adarve, 2003: 96). La segunda forma es la secuencia y la tercera es la secuencia de reparación (Hakulinen, 1998: 16). Jokinen (2002: 43) plantea que el corpus del Análisis de la Conversación consiste en la lengua hablada real en contextos naturales. En otras palabras, el Análisis de la Conversación es un análisis de las situaciones auténticas y lo fundamental es la cooperación. El objetivo del Análisis de la Conversación es indicar qué se puede realizar con las intervenciones, por ejemplo cómo se muestra que lo oído es una información nueva o ya conocida de antemano, si el tema de conversación es difícil, etc. Por consiguiente, el Análisis de la Conversación tiene características de los actos de habla (Hakulinen, 1998: 14-15). Tiittula (1992: 105) añade que el Análisis de la Conversación viene de la sociología y está relacionado con la etnometodología. Sin embargo, lo fundamental para el Análisis de la Conversación es la cooperación, es decir, los significados nacen de la cooperación. No se hace 35 la división entre el orador y el oyente. La conversación está organizada, es decir, tiene secuencias, turnos e interrupciones (Hakulinen, 1998: 16). Se ha elegido este método para nuestro estudio porque el Análisis de la Conversación estudia detalladamente el uso del idioma. Además, Hirsjärvi y Hurme (2008: 158-159) afirman que con la ayuda del Análisis de la Conversación se puede analizar bien el corpus que se ha obtenido realizando las entrevistas. Los autores (2008: 158-159) enfocan que cuando se utiliza este método, hay que tener en cuenta ciertos principios que caracterizan el Análisis de la Conversación: 1. La interacción está siempre organizada y los hablantes la crean juntos. 2. Cada detalle de la conversación es importante. Al contrario del análisis del discurso, el Análisis de la Conversación observa, entre otros, las pausas, los silencios, los solapamientos, la risa y otros sonidos. 3. En el Análisis de la Conversación se centra en el corpus. Normalmente, no se hacen interpretaciones fuera del corpus. En consecuencia, el Análisis de la Conversación es un método que exige mucho tiempo y trabajo. Para poder hacerlo bien, hay que familiarizarse con guías del método. En este estudio, nos hemos basado en la obra Keskusteluanalyysin perusteet (Tainio, 1998) para saber cómo se hacen normalmente las transcripciones en la lengua finlandesa18. En el libro se explican claramente cómo transcribir y qué símbolos de transcripción hay que usar. Sin embargo, no se ha utilizado dicha obra para las transcripciones del corpus español y portugués porque no pertenecen a la misma familia de lenguas con finlandés. Por eso, en vez de la obra finlandesa, hemos elegido usar la obra Corpus de conversaciones coloquiales (Antonio Briz y Grupo Val.Es.Co., 2002). Esta obra contiene un sistema de transcripción en el que se ha tomado en cuenta las características de la lengua española. Conviene mencionar que se han numerado los ejemplos que se usan en este estudio para ilustrar las funciones de los marcadores discursivos. Los números se refieren a las líneas. De esta manera, se pueden referir prácticamente a los ejemplos en la parte empírica. 3.2 INFORMANTES Y CORPUS Nuestro corpus consiste en seis conversaciones que se han grabado usando una grabadora digital de voz, en el modo XHQ (extra high quality). Como uno de nuestros objetivos es comparar los marcadores del discurso en la lengua finlandesa, española y 18 Se ha elegido utilizar esta obra porque una especialista del tema (Marjut Johansson) nos la ha recomendado. 36 portuguesa, se han elegido tanto informantes finlandeses como españoles y portugueses. En la selección de los informantes se han tomado como criterios los siguientes requisitos: hablante nativo, joven (de 17 a los 30 años) y amigo de la entrevistadora. Para recoger el material se ha decidido hacer las entrevistas de a dos, es decir, se han entrevistado a dos personas al mismo tiempo. Como constata Hidalgo Navarro (1997: 91), el número ideal de los informantes para una entrevista es 2-3 personas y el entrevistador. Primero se entrevistó a dos chicas finlandesas de 23 y 24 años en Finlandia en 2008. Ambas chicas vienen de la Finlandia Central. Luego se grabó la conversación de un español de 22 años y de una española de 24 años también en Finlandia en 2008. El chico español viene de Valencia y la chica española es de Murcia pero ya hace tres años que vive en Las Palmas. La segunda conversación en finlandés ha sido grabada en Portugal en 2012 con dos informantes finlandeses: un estudiante de 24 años y una estudiante de 22 años. Ambos estudiantes vienen de Tampere. La segunda conversación en español ha sido grabada en Portugal en 2012. Se trata de una conversación entre la entrevistadora y dos informantes, estudiantes de 22 y de 25 años, de sexo femenino; una viene de Málaga y otra de Alicante. Las dos conversaciones en portugués han sido grabadas en Portugal en 2012. En la primera conversación han participado dos chicas portuguesas: una de 18 años y otra de 17 años. La chica de 18 años es de Lisboa y la otra chica viene de Oporto. La segunda conversación se ha grabado con un portugués de 29 años y con una portuguesa de 26 años. Los dos informantes vienen de Oporto. Para mantener el anonimato de los informantes, se usan códigos en este estudio. En la transcripción, la finlandesa de 23 años está marcada por M1 y la otra por M2 (la M se refiere siempre a una mujer). Del chico español se usa el código H (hombre) y de la chica española el código M (mujer). En la segunda entrevista en español se usa el código M1 de la chica que tiene 22 años y M2 de la chica que tiene 25 años. En la transcripción de la primera conversación en portugués, la portuguesa de 17 años está marcada por M1 y la otra por M2. Del chico portugués se usa el código H y de la chica M en la segunda entrevista en portugués. De la entrevistadora se usa siempre la letra E (entrevistadora). En cuanto a los conocimientos de otras lenguas, todos los informantes saben inglés. Además, los finlandeses saben sueco y M1 sabe también danés. El chico español es bilingüe: habla español y valenciano como lengua materna. La chica portuguesa de 17 años es también bilingüe: habla portugués y español como lengua materna. La chica finlandesa que viene de Tampere habla finlandés y sueco como lengua materna. Se ha elegido a estas seis personas entre los amigos de la 37 entrevistadora. Se ha querido entrevistar a personas que ya se conocen para que la conversación sea fluida y natural. También Hidalgo Navarro (1997: 90) afirma que “puede ser muy positivo que exista algún tipo de relación entre los propios informantes (amistad) ya que con ello se habrá avanzado un paso hacia la espontaneidad”. Se ha elegido usar la conversación semidirigida (teemahaastattelu) porque se adecua mejor a nuestro uso. La entrevista semidirigida no define el número ni la profundidad de las entrevistas. Otra ventaja es que el material se puede tratar usando métodos cuantitativos o cualitativos. Lo más importante es que la entrevista sigue adelante apoyándose en ciertos temas en vez de en cuestiones detalladas. La entrevista semidirigida no es totalmente libre como por ejemplo la entrevista profunda, ni estructurada como los cuestionarios. Sin embargo, está más cerca de la entrevista sin estructura que con estructura (Hirsjärvi & Hurme, 2008: 47-48). Cuando se hace el plan de la entrevista, no se hacen preguntas exactas sino una lista de temas. Los temas funcionan como las notas. Es decir, durante la entrevista el entrevistador basa sus preguntas en estos temas. Los temas que el entrevistador elige deberían ser amplios para que el fenómeno que se estudia sea revelado. Sobre la base de los temas, el entrevistador puede seguir y profundizar la entrevista (Hirsjärvi & Hurme, 2008: 66-67). Para la entrevista se han elegido temas de los que se puede hablar fácilmente. El tema principal de la primera entrevista finlandesa fue el fin de semana anterior y el tema de la segunda conversación finlandesa fue la vida de los estudiantes Erasmus en Oporto. El tema de la primera entrevista española fue también la vida de los estudiantes Erasmus pero esta vez el lugar fue Finlandia. Durante la segunda conversación en español se habló sobre la vida de los estudiantes Erasmus en Oporto y sobre el aprendizaje de una lengua extranjera. En las conversaciones en portugués se habló también sobre temas actuales. Las chicas hablaron sobre el carnaval y su hobby en común (ballet). Los informantes de la segunda entrevista portuguesa hablaron sobre drogas (ambos trabajan o han trabajado en un hospital). Antes de la entrevista se planificó una base de la conversación, es decir, se decidió el tema y unos subtemas de los que conversar. A pesar de ello, no se planificaron preguntas exactas. La primera entrevista finlandesa la realizamos en una dependencia de la biblioteca que sirve para el trabajo en grupo. La segunda entrevista entre los finlandeses la grabamos en la casa de los informantes. Todos los finlandeses, incluido la entrevistadora, ya se conocían de antemano. Por consiguiente, se tuvo una conversación natural y auténtica. Sin embargo, se notó que durante los primeros minutos la conversación no fue con fluidez por motivo de la 38 grabadora. En todo caso, los informantes olvidaron rápido la grabadora y hablaron naturalmente. La primera grabación con los españoles se hizo en la casa de la informante. Es decir, tuvimos un entorno familiar. Los dos españoles y la entrevistadora ya se conocían de antemano. Por consiguiente, conseguimos observar una conversación auténtica y espontánea. La segunda conversación entre las españolas se grabó en la casa de las informantes. También en este caso la relación que une las informantes es la amistad. Las entrevistas en portugués se grabaron en la casa de la entrevistadora en Oporto. En este caso, los informantes y la entrevistadora también ya se conocían de antemano. En lo que se concierne la fiabilidad de las entrevistas, no se contó de antemano a los informantes lo que se investiga en el estudio. 3.3 PARTÍCULAS DEL DIÁLOGO EN LAS CONVERSACIONES FINLANDESAS Grabamos dos conversaciones entre dos informantes (diferentes en cada conversación) y la entrevistadora. La primera conversación duró 10 minutos y 10 segundos y la segunda 18 minutos. Después de las entrevistas, transcribimos las conversaciones usando el sistema de transcripción que mejor se aplica a la lengua finlandesa. Luego contamos cuántas partículas del diálogo aparecieron en las entrevistas. Como se ve en el gráfico 5, la partícula más empleada en la primera entrevista en finlandés fue joo (55%) que pertenece al grupo Mantenerse a la escucha. En los gráficos el porcentaje se refiere siempre al uso de una partícula y sus variantes. Por ejemplo, el porcentaje de la partícula joo contiene todas sus variantes (joo-o, joo joo, mm joo, niin joo, mm niin joo). La segunda partícula más usada fue ai jaa. También hallamos una partícula del diálogo [aa(h)] que no está incluida en la clasificación de Hakulinen en el marco teórico. Sin embargo, esta partícula aparece a menudo en nuestro corpus y parece tener la misma función que otras partículas del grupo Mantenerse a la escucha. 39 Partículas del diálogo FI/1 1% joo mm 6% niin 14% häh 10% 55% 1% aa(h) ai jaa 8% 5% ai aha Gráfico 5. Partículas del diálogo en la primera conversación en finlandés En la segunda entrevista en finlandés la partícula más empleada fue nii(n) (40%). Sin embargo, la partícula joo apareció también muchas veces (24%). En esta segunda conversación, al igual que en la primera, los hablantes usaron también la partícula aa(h) que no aparece en la clasificación de Hakulinen. Partículas del diálogo FI/2 5% 2% 0% joo mm 24% niin 21% 8% aa(h) ai jaa ai 40% jaa jaa Gráfico 6. Partículas del diálogo en la segunda conversación en finlandés En total, entre las dos conversaciones en finlandés hallamos 239 ocurrencias de partículas del diálogo del grupo Mantenerse a la escucha y 31 ocurrencias de partículas del grupo Indicar la información nueva. Es decir, la mayoría de las partículas usadas en las conversaciones fueron las que indican que el interlocutor se mantiene atento. En la siguiente tabla recopilatoria podemos ver la distribución de las partículas del diálogo y su número total en nuestro corpus finlandés: 40 Joo Nii(n) Mm Aa(h) Ai jaa Ai Aha Jaa jaa TOTAL Entrevista FI/1 43 4 6 8 11 5 1 78 Entrevista FI/2 46 77 15 40 9 4 1 192 TOTAL 89 81 21 48 20 9 1 1 270 Tabla 1. Cifras de partículas del diálogo Partículas del diálogo FI/1-2 3% 0% 0% joo niin 8% 33% 18% mm aa(h) ai jaa 8% ai aha 30% jaa jaa Gráfico 7. Partículas del diálogo en las conversaciones en finlandés El gráfico 7 muestra claramente que las dos partículas más empleadas en nuestro corpus son joo y nii(n). El uso de las partículas aha y jaa jaa es tan escaso que no merece un estudio profundo. Uno de los objetivos del presente trabajo es estudiar más profundamente los metadiscursivos conversacionales que tienen la mayor frecuencia en nuestro corpus. En consecuencia, a continuación veremos detalladamente las funciones de las partículas del diálogo joo y nii(n) que aparecen en nuestro corpus. No obstante, dedicaremos también algunas líneas a otras partículas de Mantenerse a la escucha e Indicación de la información nueva. 3.3.4 Funciones de joo En total, hallamos 89 ocurrencias de partículas de joo y sus variaciones. La mayoría de estas (81 partículas joo) apareció al principio del turno. De las partículas joo que aparecieron 41 al principio del turno, 40 ocurrencias de partículas formaron un conjunto prosódico. Por consiguiente, casi la mitad de las partículas joo llenó un turno. Solamente ocho joo aparecieron al final del turno. En cuanto a las funciones de joo, pudimos clasificar casi todas las funciones mencionadas en el marco teórico. Las funciones más comunes eran la respuesta a la pregunta y la indicación de que el interlocutor ha entendido el contenido del mensaje. En la siguiente tabla se puede ver la división de las partículas joo en las conversaciones en finlandés: Forma Joo Joo-o Joo joo Niin joo Mm joo No joo Mm niin joo Total 66 7 2 8 3 2 1 Tabla 2. Distribución de las diferentes formas de la partícula joo Como se distingue en la tabla 2, la forma más empleada fue joo. Ocupó casi el 60 % de los casos. Además de la forma joo, hallamos la partícula joo bisilábica y duplicada. También notamos que joo puede aparecer con las otras partículas del diálogo niin, mm y no. Observamos incluso un ejemplo de tres partículas del diálogo: mm niin joo. En total, encontramos seis funciones para la partícula joo y sus variantes. La partícula joo se comporta de la siguiente manera: 1. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación. 2. Marca que el interlocutor se mantiene a la escucha (no tiene nada que añadir). 3. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. 4. Indica el asentimiento a un mandato o a una petición. 5. Indica el inicio del turno. 6. Marca el inicio del habla citada. En la mayoría de los casos, la función de joo fue la respuesta a la pregunta o la confirmación. En el ejemplo 1, M1 está explicando a su amiga M2 dónde está situada una pizzería en Jyväskylä (una ciudad situada en el centro de Finlandia), pero no recuerda bien cómo se llama la residencia universitaria que está cerca de la pizzería. Le pregunta a M2 (que es de dicha ciudad) y ella le responde usando la partícula joo. 42 Ejemplo 1. (conversación 1) 23 24 M1: Se oli jossain niinku lähel sit kort- onks se kortepohja se ylioppilaskylä. Estaba cerca de Kort- ¿Ylioppilaskylä (residencia universitaria) se llama Kortepohja? M2: Joo Sí En el ejemplo 2, la entrevistadora y los informantes están hablando sobre la vida de los estudiantes Erasmus en Oporto. Los dos informantes responden al mismo tiempo a la pregunta de la entrevistadora usando joo bisilábica. Ejemplo 2. (conversación 2) 45 46 47 E: No ootteks te tykännyt nyt olla täällä. ¿Os gusta vivir aquí ahora? M: [Joo-o] [Sí] H: [Joo-o] [Sí] En el siguiente ejemplo las informantes confirman la información. La informante M2 está hablando sobre un curso intensivo del inglés en el que se ha inscrito, o sea, ha escrito su nombre en la lista que está en la universidad. Ejemplo 3. (conversación 1) 240 241 242 243 244 245 246 247 M2: no sä ehkä näät mis mun nimi on siellä tal vez tú ves dónde mi nombre está escrito allí M1: Joo Sí M2: Mut se oli 23 (.) viiva 27 Pero es del día 23/ al 27 (0.3) M1: Okei= Vale§ M2: =helmikuuta § de febrero M1: kymmenen viiva viistoista desde las 10:00 hasta las 17:00 M2: Joo Sí Primero, en la línea 241 M1 confirma la suposición de M2 usando la partícula joo. Luego, en la línea 246 M1 repite el horario (que M2 le ha dicho antes en la conversación) para verificar si lo recuerda bien. 43 Notamos que los par adyacentes (pregunta-respuesta) son comunes en las conversaciones, y no sólo entre el entrevistador y los informantes, sino que estos últimos hacen preguntas también entre sí y el entrevistador. Cabe añadir que observamos dos casos especiales. En los ejemplos 4 y 5 las informantes preguntan y responden a la pregunta dentro de un turno. Es decir, contestan a su propia pregunta. Los informantes del ejemplo 4 están hablando sobre un curso de sueco. Ejemplo 4. (conversación 1) 229 M1: Onks toi niinku aik- eiku siis kielikeskuksen. ¿Está en la escuela de adul- digo de idiomas? 230 M2: Eiks se oo (.) joo Está ¿no?/ Sí. En el ejemplo siguiente, los informantes que son estudiantes de Erasmus están hablando sobre sus primeros días en Oporto. La informante M acaba de contar a la entrevistadora cómo consiguieron encontrar un piso. Ejemplo 5. (conversación 2) 65 66 E: Ai jaa aika kätsyy (.) Mut etteks te asunut eka just jossain hostellissa. ¡Ah sí! ¡qué práctico!/ ¿pero primero vivieron en un hostal verdad? M: Joo (2.0) siel me oltiin oltiinko me joku viis päivää hostellissa (3.0) Joo. Sí/// estuvimos allí ¿estuvimos más o menos cinco días en el hostal?/// Sí Entre los enunciados de M2 (ejemplo 4) hay una pausa corta que puede indicar que ella no está segura y que está pensando la respuesta. Sin embargo, después de la pausa responde a la vez a la pregunta de M1 y a su propia pregunta. En el ejemplo 5, la entrevistadora hace una pregunta a M a la que ella responde. Después de la respuesta, M hace una pregunta y se responde a sí misma después de una pausa. También en este caso la pausa indica que el interlocutor está pensando la respuesta. Como ya se ha dicho, otra función común fue la indicación de que el interlocutor se mantiene a la escucha. Muchas veces joo apareció entre un turno largo: Ejemplo 6. (conversación 1) 15 16 17 18 19 E: Onks se joku sun vakkaripaikka. ¿Es tu lugar favorito? M2: [hehe] [(RISAS)] M1: [hehe] [(RISAS)] M2: Öö: (.) ei: välil m- (.) me Soilen kanssa käydään siel, se käy siel enemmän ni, Eeeh/ noo a veces l-/ lo visito con Soile ella lo visita más entonces M1: Joo-o, 44 20 21 Sí ya ya M2: sitten (0.3) eksyn sinne välillä. por eso/ yo también estoy allí a veces M1: Joo-o? (.) me käytiin semmoses pitsapaikas ku Mamma miia. Ya/ nosotras visitamos una pizzería que se llama Mamma mia En la línea 19 joo-o indica que M1 se mantiene a la escucha. Como joo está dicho en un tono regular, el hablante entiende que puede continuar su habla. En cambio joo en la línea 21 está dicho en un tono descendente e indica, en este caso, que el receptor (M1) ha entendido que M2 ha terminado su turno. Al mismo tiempo la partícula joo indica el inicio/cambio de turno. En el ejemplo 7, la partícula joo muestra que el receptor ha obtenido la información dicha por la entrevistadora y que espera continuación. Ejemplo 7. (conversación 2.) 402 403 404 405 E: No nyt se asuu sen vanhempien luona ku se tota ne sen vanhemmat asuu (1.0) Karjaan lähellä ja sit siit menee joku tunti Helsinkiin= Pues ahora vive con sus padres porque ellos viven cerca de// Karjaa y desde allí tarda más o menos una hora a Helsinki§ M: =Joo= §Sí§ E: =ja sitte sen äiti on Espoossa töissä ja nyt XX alotti Espoossa opinnot (2.0) niin se pääsee aina sen äidin kyydillä aamulla ja sit päiväl pois ni §y su madre trabaja en Espoo y ahora XX comenzó sus estudios en Espoo/// entonces su madre lo lleva siempre en coche por la mañana y por la tarde Otra de las funciones de joo que determinamos fue la indicación del asentimiento a un mandato o a una petición (ejemplo 8). Ejemplo 8. (conversación 1) 232 233 M2: Ota se sama. siihen ma[htu ]ainakin VENte todavía que[dan] plazas M1: [joo] [sí] Ejemplo 9. (conversación 1) 137 138 139 140 141 142 M2: mm mä toivoin sitä (5.0) on se niin paskaa olla töissä. Sí fue mi deseo/// es una mierda trabajar (3.0) M1: On se myös paskaa olla rahaton hhh. También es una mierda estar sin dinero M2: No joo (.) mut ei mullakaan mä koitan olla nyt ottamatta niitä tukia niin ei mullakaan jää siitä sit paljoo Pues sí/ pero yo tampoco tengo- ahora intento vivir sin subsidio o sea yo tampoco tengo mucho M1: Niin joo. 45 Es verdad En el ejemplo 9, la informante M2 ha dicho que no va a trabajar durante las próximas tres semanas, o sea, tiene las vacaciones largas que deseaba. Añade que no le gusta trabajar. En la línea 139 M1 dice que tampoco le gusta estar sin dinero. En la línea 140, no joo indica que M1 tiene razón. En la misma línea M2 continúa su habla y dice que aunque trabaja no tiene mucho dinero porque no pide el subsidio que el gobierno ofrece a los estudiantes. M1 reacciona ante esta frase usando la partícula niin joo que indica también que M2 tiene razón. En otras palabras, niin joo significa lo mismo que la expresión totta (=es verdad). Es también posible añadir la expresión totta después de la partícula niin joo. He aquí un ejemplo de nuestro corpus: Ejemplo 10. (conversación 1) 212 213 214 215 M2: Koska sehän on kuitenki että (.) pakolliset viestintäopinnot on se 15 opintopistettä ja onhan se pakko näkyä jossain vaiheessa että meillä sisältyy sekin viiteentoista pisteeseen se kurssi Porque es así que/ los estudios obligatorios de comunicación son 15 créditos y es obligatorio ver en algún momento que este curso también está incluido en estos 15 créditos M1: mm niin joo (3.0) totta sí/// es verdad La partícula niin joo puede indicar también que el interlocutor acaba de recordar algo que había olvidado. Por ejemplo, en el ejemplo 11, la entrevistadora usa la partícula ai niin joo para mostrar a la informante que había olvidado que ella no tiene horno en su casa. Ejemplo 11. (conversación 2) 203 204 205 206 207 208 E: No mut (3.0) onhan tää muuten ollu kyllä ihan mun mielestä tai vaikuttaa tosi hyvältä kämpältä vaikka Bueno/// yo pienso que ha sido- o parece ser una casa buena aunque M: niin= ya§ E: =jos ei ota noita örk[kejä] §excepto los bi[chos] M: [niin no] uuni kyl sais olla [pues sí] pero podíamos tener horno E: Ai niin joo Ah es verdad La última función que encontramos para la partícula joo fue la indicación del habla citada. Encontramos dos ejemplos de esta función: 46 Ejemplo 12. (conversación 2) 316 317 318 E: On se silleen vähän epäreiluu että mun poikaystäväkin tai XXkin just sano siitä että (1) et joo aika mielenkiintosesti miten ne niinku laskee noi kulut [että] No es muy justo también mi novio o XX dijo que sí es bastante interesante cómo calculan los gastos [que] M: [Nii] miksei sitä muka puoliks laiteta. [Claro] ¿por qué no se pueden pagar los gastos a medias? Ejemplo 13. (conversación 2) 62 63 64 E: Niin otitteks te sitten niihin vai yhteyttä [siel yliopistolla] Entonces se pusieron en contacto con ellos [en la universidad] M: [Joo, eiku niin] tai ei me soitettu tai se oli sellanen lista just (.) niin me soitettiin (.) tää oli eka niin heti se sano että joo(h) voi(h)daan muuttaa. [Sí] o no llamamos digo había una lista/ entonces llamamos- este fue el primero y él dijo enseguida que sí nos podemos mudar En resumen, conseguimos determinar casi todas las funciones mencionadas en el marco teórico. La única función del marcador joo que no apareció en nuestro corpus fue la indicación de que el receptor ha obtenido la información dividida en fragmentos. Esto puede resultar del hecho de que este tipo de función del marcador joo es más adecuada en las conversaciones telefónicas. Cabe también mencionar que encontramos una función para el marcador joo que no aparece en el marco teórico: la indicación del habla citada. 3.3.5 Funciones de niin La partícula nii(n) apareció, en total, 81 veces en nuestro corpus. Casi siempre ocupó una posición inicial en un enunciado. En cuanto a la posición final, la partícula nii(n) apareció solamente tres veces. La mayoría de las nii(n) formó parte de un enunciado (51 ejemplos). En consecuencia, la partícula nii(n) apareció aisladamente solamente en 30 casos. En la siguiente tabla se puede ver la división de las partículas nii(n) en las conversaciones en finlandés: Forma Nii(n) Nii(n) + verbo Nii(n) no No nii(n) Total 65 6 5 5 Tabla 3. Distribución de las diferentes formas de la partícula niin 47 La tabla 3 muestra claramente que la forma más empleada fue nii(n). Observamos que al inicio del turno nii(n) puede aparecer con la partícula de enunciación no. En este caso, depende del sentido si la partícula no se sitúa antes o después de niin. También hallamos seis casos en los que niin apareció con el verbo finito utilizado primero por el otro interlocutor. La combinación de las partículas niin y joo no ha sido incluida en la tabla porque ya fue analizada con las funciones de la partícula joo. Por lo que se respecta a las funciones, la partícula niin se comporta de la siguiente manera: 1. Indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. 2. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación. 3. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. 4. Anticipa el desacuerdo. El uso más frecuente de la partícula del diálogo niin fue indicar que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. Cuando niin tiene esta función y aparece aisladamente, indica al hablante que el interlocutor está de acuerdo con él y que no tiene nada que añadir. El siguiente ejemplo de nuestro corpus muestra esta función. Los interlocutores están contando a la entrevistadora cómo consiguieron encontrar un piso en Oporto. El hombre ha acabado de decir que habían reservado una habitación en un hostal para una semana, pero encontraron un piso ya el quinto día. La entrevistadora reacciona de la manera siguiente: Ejemplo 1. (conversación 2) 71 72 E: Ai jaa aika kätsyy. ¿Ah sí? ¡Qué práctico! H: Nii. Sí El otro modo de mostrar al hablante de que el interlocutor está de acuerdo con él es utilizar la expresión ‘niin + verbo’. Es decir, el interlocutor comienza su enunciado con niin y después repite el verbo que el hablante usó primero en el turno antecedente. Para ilustrar mejor esta función, veamos dos ejemplos (ejemplo 2 y 3). En el ejemplo 2, la mujer ha contado a su amiga (a la entrevistadora) que el dueño había dejado un saco lleno de naranjas detrás de su porta aunque el día anterior la mujer y su novio habían organizado una fiesta y habían hecho mucho ruido. Ejemplo 2. (conversación 2) 93 94 E: Aah okei (2.0) aika kivoja. Ah vale/// son simpáticos M: Nii on ne kyllä. 48 Sí lo son Ejemplo 3. (conversación 2) 343 M: Nii on se nyt vähä typerää [kyllä] Pues eso sí es un poco [estúpido] 344 E: [nii niin on] must tuntuu et välillä mä oon vähä liian [sí es] me parece que a veces yo soy demasiada 345 k(h)iltti että(h) mä en niinku sano mitään buena- que no digo nada Observamos que se usa la combinación de la partícula no y niin cuando se quiere subrayar el acuerdo. La entrevistadora está contando a su amiga (M) que en su casa de Oporto todo funciona con gas. Está explicando que si ella quiere tomar un baño, tiene que cambiar la bombona de gas. Ejemplo 4. (conversación 2) 242 243 244 245 246 247 E: Että niinku kokkaukseen tää koska tääl on vielä vähän kaasuu että sitte= Entonces esta es para cocinar porque todavía contiene un poco de gas§ H: =ah= §humh§ E: =niinku pystyy kokkailla mut sitten se ei riitä lämmittämään vettä isoo määrää vettä §entonces es posible cocinar pero no llega a calentar el agua- una cuantidad grande de agua H: [#ah#] [humh] M: [no] vähä ärsyttävää [¡qué] irritante! E: no niin ja sitten vaikka se kaasulla ku se lämpii se vesi ni sit siit tulee joko tosi kuumaa tai kylmää se on ihan tosi vaikeet saada (.) sopivaa sí es y aunque gas- cuando el agua se calienta o sale agua fría o caliente es muy difícil obtenerla/ tibia En este ejemplo, la entrevistadora usa la partícula no niin (en la línea 247) para indicar a su amiga que está totalmente de acuerdo con ella y que la situación en su casa le enfada mucho. Como se puede ver en el ejemplo anterior, la partícula niin no aparece siempre aisladamente. De hecho, en la mayoría de los casos niin aparece al inicio del turno y forma parte de un enunciado. En otras palabras, se utiliza la partícula niin para indicar acuerdo y después de niin el interlocutor continúa su habla, por ejemplo, para añadir un nuevo aspecto a la conversación. En el ejemplo siguiente la entrevistadora y la mujer están hablando sobre Oporto. 49 Ejemplo 5. (conversación 2) 48 49 50 51 52 E: Oliks kiva vaihto. ¿Te gustó el intercambio (=los estudios de intercambio)? M: No oli tosi kiva (.) muutenkin ihan hyvä ku tää on silleen (1.0) tai on tää Sí me gustó mucho/ también es muy bueno que esta es de un modo/// o es sillein ihan iso mut kuitenkin kaikkeen pystyy kävellä melkee bastante grande pero es posible caminar casi a todos los lugares E: Nii no keskusta on ainakin aika pieni että tai silleen just lähellä kaikki Bueno el centro es bastante pequeño que- digo todo está cerca M: Nii ni oppii aika nopeesti liikkuu (.) tietää paikat Sí se aprende rápido para moverse por la ciudad/ conocer los lugares En la línea 52 la mujer usa la partícula niin para mostrar a la entrevistadora que está de acuerdo con ella. Luego continúa su habla y añade que así se aprende rápido para moverse por la ciudad y conocer los lugares. El ejemplo muestra también la otra función de la partícula niin que es anticipar el desacuerdo. En la línea 50 la mujer dice que Oporto es una ciudad bastante grande. La entrevistadora no está totalmente de acuerdo con la mujer y, por eso, utiliza la combinación de dos partículas niin no. En este caso, la partícula niin muestra que la entrevistadora está parcialmente de acuerdo con la mujer. La entrevistadora continúa su habla después de la partícula niin no y da una justificación para su opinión: el centro de Oporto es pequeño. He aquí otro ejemplo de la misma función de niin no: Ejemplo 6. (conversación 1) 151 152 M2: No ku ei sil oo mitään kurssei. Es que no tiene cursos M1: Niin no nyt mul on se yks, Bueno ahora tengo uno En el ejemplo de arriba la entrevistadora ha preguntado a M1 cómo es que tiene tiempo para estudiar porque trabaja tanto. M2 responde a la entrevistadora en lugar de M1. Sin embargo, M1 no está de acuerdo con la afirmación de M2 y empieza su enunciado utilizando la partícula niin que precede al desacuerdo. La forma más común para indicar que el interlocutor no está totalmente de acuerdo con el hablante es la partícula niin mut. En este caso, la partícula niin muestra que el interlocutor solo está de acuerdo parcialmente con el hablante. La partícula mut (=pero) empieza el enunciado que expresa el desacuerdo. Veamos un ejemplo: Ejemplo 7. (conversación 2) 314 315 E: Niin (1.0) kyl se on ihan ok (0.5) mulle. Sí/// está bien// para mí M: Niin mut silti vähä epäreiluu. 50 Sí pero de todos modos no es justo En este ejemplo, la entrevistadora ha contado a su amiga (M) que paga más alquiler que la dueña y la hija de la dueña. Sin embargo, le ha dicho que para ella esta situación le parece bien porque la familia con la que vive no tiene mucho dinero. La amiga de la entrevistadora reacciona al turno antecedente usando la partícula niin que predice el desacuerdo. Se utiliza la partícula del diálogo niin para responder a la pregunta de revisión (ejemplo 8) y en general a las preguntas de tipo sí-no que no son interrogativas. Notamos también que a veces niin aparece al inicio de la pregunta de revisión (ejemplo 8). Ejemplo 8. (conversación 2) 13 15 16 17 E: Niin et siel ei ollu valokuvausta vai sitte. O sea allí no se podía estudiar la fotografía H: Niin ja sitten taas XX ei olis tullut sinne (1.0) niin sitten mä: peruinkin sen Sí y XX no habría venido allí/// por eso lo anulé/// y luego vimos si (1.0) ja sitten me katottiin että oisko mitään sellasta niinku yhteistä la universidad de Tampere y la escuela politécnica de Tampere tienen Tampereen yliopistolla ja Tampereen ammattikorkeakoululla minne me algún lugar en común adonde podíamos ir juntos päästäis niinku samaan kaupunkiin a la misma ciudad En el ejemplo anterior el hombre está contando a la entrevistadora la razón por la que ha venido a Oporto para hacer los estudios de intercambio. Dijo que primero quería ir a Lisboa, pero en el último momento se dio cuenta de que la universidad de Lisboa está especializada en escultura y pintura. La entrevistadora sabe que el hombre está interesado en la fotografía y por eso le hace una pregunta de revisión (línea 13). Es decir, quiere verificar si en la universidad de Lisboa no se puede estudiar la fotografía y si esto fue la razón para no estudiar en Lisboa sino en Oporto. Por último, la partícula niin muestra que el interlocutor ha recibido el fragmento de habla emitido por el hablante. Al mismo tiempo, indica que el interlocutor se mantiene a la escucha, o sea, no tiene la intención de tomar la palabra. Además, en los ejemplos siguientes se usa la partícula niin para señalar que el interlocutor ha reconocido el conjunto sintáctico, pero que espera más información sobre el asunto a continuación: Ejemplo 9. (conversación 2) 247 248 249 E: no niin ja sitten vaikka se kaasulla ku se lämpii se vesi ni sit siit tulee joko sí es y aunque gas- cuando el agua se calienta o sale agua fría o caliente tosi kuumaa tai kylmää se on ihan tosi vaikeet saada (.) sopivaa es muy difícil obtenerla/ tibia M: nii 51 250 ya E: ni mä käyn nyt nykyää aina vaan kuntosalilla suihkussa. entonces ahora yo voy siempre al gimnasio para tomar el baño Ejemplo 10. (conversación 2) 359 360 361 M: varsinkin ku sääkin meet takas Suomeen ni tú también vas a volver a Finlandia o sea E: niin ya M: siellähän sitä rahaa tarvii. allí se necesita dinero En suma, además de las funciones mencionadas en el marco teórico, hallamos una función más para el marcador niin. Cuando niin precede a no o aparece con mut tiene el valor del desacuerdo. 3.3.6 Funciones de otras partículas de Mantenerse a la escucha En cuanto a la partícula mm, llegamos a la misma conclusión que Hakulinen. Es decir, esta partícula tiene parcialmente las mismas funciones que las partículas joo y niin. Es una señal de recepción del mensaje y/o acuerdo. Sin embargo, no estamos totalmente de acuerdo con Hakulinen. Según esta autora, la partícula mm no revela los pensamientos del oyente. Cuando se utiliza mm donde la entonación baja y sube (mm::), significa que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. Los dos ejemplos siguientes muestran esta función. En el ejemplo 1, M1 acaba de decir que en Jyväskylä (una ciudad situada en el centro de Finlandia) había mucha nieve en la semana pasada, pero se volvió nieve húmida (loska). M2 da una valoración: Ejemplo 1. (conversación 1) 130 131 M2: Aa (.) eli ei välttämättä enää ens viikolla oo. O sea tal vez ya no la hay la próxima semana M1: mm:: Ejemplo 2. (conversación 1) 136 137 E: Ihanan pitkä loma. ¡Qué bueno, vacaciones tan largas! M2: mm:: mä toivoin sitä (5.0) On se niin paskaa olla töissä. Sí, fue mi deseo/// Es una mierda trabajar 52 En el ejemplo 1, M2 valora la situación y M1 la confirma usando la partícula mm::. En el ejemplo 2, la entrevistadora da su opinión y M2 está de acuerdo con ella usando la partícula mm::. La segunda función de mm es simplemente indicar que el interlocutor se mantiene a la escucha y que no tiene nada que añadir al tópico de la conversación: Ejemplo 3. (conversación 2) 231 232 233 234 E: et sinne ei oo niinku erikseen ku Espanjassa mitä mul on jotain kavereit o sea no tiene dos diferentes como en España- que mis amigos asunu nii niil oli silleen et suihkuun yks kaasupullo ja sitte keittiössä niinku eri que han vivido allí tuvieron una bombona para el baño y otra para la cocina H: Mm Ya E: koska sehän menee tosi nopeesti se kaasu porque el gas se acaba rápido La tercera función que encontramos para mm es mostrar al interlocutor que el hablante está pensando qué decir a continuación o no recuerda algo que quería decir. En el ejemplo siguiente E está contando a su amiga M qué se tiene que hacer para obtener el título de los estudios del máster en Portugal: Ejemplo 4. (conversación 2) 383 384 385 386 E: ja sitte niinku pitää mennä (2.0) mikä mikskä sanotaan suomeks et ku sä meet y después se tiene que ir a-/// ¿qué- cómo se llama en finés cuando vas allí esittelee sen vähä niinku puolustaa sun työtä vai mikä se on että (.) sä meet para presentarlo? un poco como defender tu trabajo ¿o qué es? que tu vas allí niinku esittelee [sen sun gradun ja] para presentar [tu trabajo final y] M: [mm::] ootappa nyt [eeeh] déjame pensar Notamos que otro marcador que señala al interlocutor que el hablante está pensando qué decir a continuación es öö:: (véase el ejemplo 6 en el capítulo 3.3.4). Sin embargo, este marcador no es tan común como mm::. En cuanto a las otras partículas del grupo Mantenerse a la escucha, cabe mencionar que encontramos una partícula que no aparece en la clasificación de Hakulinen. Se trata de la partícula aa(h) que apareció varias veces tanto durante la primera como en la segunda conversación en finlandés. La partícula en cuestión parece tener parcialmente las mismas funciones que joo y niin. Puede indicar que el interlocutor se mantiene a la escucha y que no existe la intención de tomar el turno de palabra (ejemplo 5). La otra función es indicar al hablante que el interlocutor ha entendido el mensaje emitido por el hablante y que el asunto 53 del que se habla le queda claro (ejemplo 6). En este caso, es común que aa(h) preceda a la palabra ‘okei’ (=ok/vale). Ejemplo 5. (conversación 2) 264 265 266 E: ja mun mielestä [niinku] y yo pienso que H: [Aa] E: sit sen niinku just se antaa noille rahaa. que ella les da dinero Ejemplo 6. (conversación 1) 155 M1: minkä sä teit ¿Cuál fue el examen que hiciste? 156 M2: no se erityispedagogiikka el de la pedagogía especial 157 M1: Aah (.) okei no siithän saa aika hyvin pisteitä aah/ vale entonces vas a tener bastante créditos 3.3.7 Funciones de las partículas Indicación de la información nueva La partícula del grupo Indicación de la información nueva más empleada en nuestro corpus fue ai jaa. Se usa esta partícula para indicar al hablante que el oyente ha recibido información que no conoce de antemano. En la mayoría de los casos, ai jaa constituyó un enunciado por sí misma. Ejemplo 1. (conversación 1) 120 121 122 123 124 125 126 124 M1: siel oli (2.0) öö (.) noi bussin penkit. allí estaban/// eeh/ los asientos de autobús M2: Ai jaa. ¿Ah sí? E: Mitäh? ¿Qué? M1: Näitsä= ¿Viste?§ E: =En [missä] §No ¿dónde? M1: [siel] yhes nurkas oli niinku bussinpenkit silleen just niinku (.) [allí] en la esquina estaban los asientos de autobús así/ frente a vastaikkain tai jotenkin frente o algo así E: ai jaa (3.0) aika hassuu ¿ah sí?/// ¡qué raro! 54 3.4 METADISCURSIVOS CONVERSACIONALES EN LAS CONVERSACIONES ESPAÑOLAS En la primera conversación en español participaron un chico español, una chica española y la investigadora. Las participantes de la segunda entrevista en español fueron dos chicas españolas y la investigadora. Como la investigadora no es un hablante nativo del español, no se consideraron sus turnos de habla en este estudio. En total, la primera conversación duró 12 minutos 10 segundos pero para este estudio se usaron solamente 10 minutos para que las conversaciones en diferentes lenguas se correspondan mejor. La segunda conversación duró 24 minutos pero para este estudio se usaron 18 minutos y 46 segundos. Después de las grabaciones transcribimos las conversaciones usando el sistema de transcripción que mejor se aplica a las lenguas romanas. Luego determinamos los metadiscursivos conversacionales más empleados tanto en la primera conversación como en la segunda conversación. Como puede observarse en el gráfico 8, los dos marcadores más empleados en la primera conversación en español fueron sí (49%) y humh (23%). El marcador humh no está incluido en la categoría de Portolés y Zorraquino, pero parece tener las mismas funciones que los otros metadiscursivos conversacionales. Metadiscursivos conversacionales ES/1 sí 23% ya 49% 16% bueno eh 9% humh 3% Gráfico 8. Metadiscursivos conversacionales en la primera conversación en español En la segunda entrevista, como también en la primera, el marcador más usado fue sí (47%). El otro marcador que se usó mucho fue bueno (21%). Esta vez también hallamos el marcador humh que no aparece en la clasificación de Portolés y Zorraquino. 55 Metadiscursivos conversacionales ES/2 2% sí 18% ya 47% 21% bueno eh 12% humh Gráfico 9. Metadiscursivos conversacionales en la segunda conversación en español En las dos conversaciones hallamos totalmente 155 ocurrencias de marcadores metadiscursivos conversacionales. La mayoría de estos pertenecen al grupo cuya función es indicar la recepción del mensaje y el cambio de turno conversacional. En la siguiente tabla recopilatoria se puede ver la distribución de los metadiscursivos conversacionales y su número total en nuestro corpus español: Sí Ya Bueno Eh Humh TOTAL Entrevista ES/1 28 2 5 9 13 57 Entrevista ES/2 46 12 23 18 2 98 TOTAL 74 14 28 27 15 155 Tabla 4. Cifras de metadiscursivos conversacionales Metadiscursivos conversacionales ES/1-2 sí 9% 17% ya 47% bueno 18% eh humh 9% Gráfico 10. Metadiscursivos conversacionales en las conversaciones en español 56 Como se puede ver en el gráfico de arriba, los marcadores más empleados en nuestro corpus fueron sí (47%), bueno (18%) y eh (17%). A continuación, analizamos en detalle estos tres marcadores en las conversaciones en español. Sin embargo, veremos también en breve qué funciones tienen los marcadores ya y humh. 3.4.1 Funciones de sí En total, hallamos 74 casos del marcador sí. De estos 74 marcadores 19 eran duplicados (sí sí/ sí sí sí). También notamos que el marcador sí aparece a veces con otros marcadores conversacionales. En nuestro corpus sí se unió a bueno, ah, claro y humh. En la siguiente tabla se puede ver la división de los marcadores sí en las conversaciones en español: Forma Sí Sí sí (sí) Ah sí Bueno sí Sí claro Humh sí Total 50 19 2 1 1 1 Tabla 5. Distribución de las diferentes formas del marcador sí En la mayoría de los casos el marcador sí formó parte del turno de palabra. Aisladamente apareció en 23 casos. Casi en todos los ejemplos el sí ocupó la posición inicial. Al final del turno de palabra apareció solamente seis veces. Las funciones que encontramos para el marcador sí son las siguientes: 1. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación. 2. Indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. 3. Marca que el interlocutor se mantiene a la escucha. 4. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. 5. Indica el inicio del turno/cambio de turno conversacional. En el ejemplo 1, se usa primero el marcador sí (línea 38) como respuesta a una pregunta y luego como reafirmación (línea 39). Ejemplo 1. (conversación 1) 35 36 E: y en España es posible hacer como-/ no sé/ por ejemplo como esto que yo soy una tutora// de- de Anna/ ¿que eso existe en [España?] 57 37 38 39 40 41 42 43 H: [eeh] / existe per[oo] M: [sí] se llama mentor§ H: §sí mentor M: pero no es- no tiene nada que veer porque lo único que al principio/ si tienes una si tienes un mentor de un estudiante extranjero// le ayudas a encontrar un PIso y sales con él en fiesta pero para nada aquí es mucho más acogedoor/ porque considero que sois mucho más acogedores los finlandeses más hospitalarios Otra función del marcador sí es indicar la recepción del mensaje (ejemplo 3). Al mismo tiempo puede marcar el cambio del turno de palabra: Ejemplo 2. (conversación 1) 232 233 234 235 H: y en el sur hay muchas cosas por visitar en- en el sur de Finlandia hay mucho país que M: sí sí no sé quiero ver que llegue el día de laa// de laa ¿cómo se llama el día de Finlandia? ¿no? Ejemplo 3. (conversación 1) 61 62 63 64 65 M: claro son como agrupaciones separad de- como grupos de amigo(s) comoo-§ H: §sí§ M: §pero no hay ningún grupo que diga vamos a hacer un viaje baRAto/ no no noo/ no es igual Cuando el marcador sí aparece aisladamente, significa que el receptor ha captado el mensaje y que no quiere intervenir. Sin embargo, cuando sí precede al enunciado, muestra tanto la recepción del mensaje como la intención de intervenir. Al principio de la línea 96 (en el ejemplo 4) aparece el marcador sí varias veces, lo que podemos interpretar como un interés especial. El hablante M se entusiasma sobre el tema que están hablando. Como se ha visto en el marco teórico, la duplicación es un fenómeno común. Normalmente la repetición indica intensificación o señala un refuerzo del acto de recepción del mensaje. Ejemplo 4. (conversación 1) 95 96 97 98 H: Letonia no noo/ Estonia/ Suec- Sueci- Estocolmo aah sí Suecia y Rusia M: síi sí síi y vamos/ todavía- y aún quiero visitar- después dee- quiero ir a Riga quiero ir a Dinamarca// porque está en un sitio estratégico Finlandia para Erasmus porque tienes todos los países alrededor muy barato para- y muy cerca coges el ferry te vas a otro país En la línea 95 el marcador sí aparece junto con el marcador ah. El hablante H produce aah sí después del proceso de búsqueda de información. Es decir, H ha olvidado momentáneamente 58 cómo se dice Suecia en español. Por eso, en vez de decir el nombre de dicho país, emite el nombre de la capital de Suecia y solamente después de la señal de la recuperación de información aah sí el hablante pronuncia Suecia. El marcador sí parece tener también la función de indicación de que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. En el ejemplo 5, las interlocutoras están hablando sobre las razones por las que han elegido hacer los estudios de intercambio en Oporto. M1 ha dicho que primero quería hacer el intercambio en Polonia, pero no tenía nota suficiente. M2 ha dicho también que le hubiera gustado hacer los estudios de intercambio en un país nórdico, pero ella tampoco tenía nota suficiente y había pocas plazas. La entrevistadora ha dicho que un país nórdico hubiese sido un poco más exótico. Ejemplo 5. (conversación 2) 33 34 35 36 37 38 39 40 M2: sí/ para nosotros se llama diferente/// y también por el tema dee- por el tema de idioma por el inglé porque también ((mi inicial)) intención era practicar má mi inglé/// pero bueno también tengo amigo(s) de Erasmu(s) que están en sus países y también salen con mucha gente española y le resulta un poco difícil hablar inglé M1: sí M2: así que bueno/ creo que al final nosotra somos afortunada [(RISAS)] M1: [sí/ sí]/// aunque estás ahí ((con)) españoles En la línea 39 M1 repite el marcador sí dos veces. En este caso, parece que ella indica a los otros interlocutores que está de acuerdo con su amiga (M2). Es decir, M1 también piensa que es afortunada aunque no podía hacer los estudios de intercambio en el país que eligió primero. En el ejemplo 6, M1 usa otra vez el marcador sí sí para mostrar que ella está de acuerdo con el hablante: Ejemplo 6. (conversación 2) 45 46 47 48 49 E: =y normalmente siempre// quedan juntos M1: sí sí// sí aquí es muy/// M2: común M1: sí// la gente son españoles y hacen grupo// yy no se abren/ a otras culturas ni otros- otra gente// es difícil En opinión de la entrevistadora, los estudiantes de Erasmus que son españoles quedan normalmente siempre juntos. M1 también piensa así y lo expresa usando el marcador sí sí. Después de dicho marcador, continúa su enunciado y añade que en Oporto es común que los españoles hagan grupo y queden juntos. 59 En suma, hallamos todas las funciones mencionadas en el marco teórico. Además, nos parece que en algunos contextos el marcador sí muestra que el hablante está de acuerdo con el otro hablante. 3.4.2 Funciones de bueno El marcador bueno apareció en nuestro corpus 28 veces. Formó siempre parte de un enunciado y en la mayoría de los casos apareció en medio de una frase (61%). Aunque la forma más empleada fue bueno, en 5 ejemplos encontramos pero + bueno. En total, encontramos cuatro funciones para el metadiscursivo conversacional bueno: 1. Marca el inicio del turno de conversación. 2. Indica el desacuerdo. 3. Indica la autocorrección. 4. Señala un cambio de tema. Notamos que cuando el marcador bueno ocupa una posición inicial en un enunciado, su función es marcar el inicio del turno de palabra (abrir la conversación) o indicar una contraposición. Como marcador de inicio del turno, aparece en dos contextos diferentes: en el inicio de una respuesta (ejemplo 1) o en general en el inicio de un enunciado para obtener el turno de palabra (ejemplo 2). Ejemplo 1. (conversación 2) 01 02 03 04 E: Bueno entonces ¿podían contarme un poco sobree// la vida Erasmus/ por ejemplo porque han elegido/ venir aquí a Por- a Portugal/ a Porto? M1: Bueno elegí venir a Portugal// porque no me ( ( ) ) Polonia (3’’) porque mi objetivo era ir a aprender inglés Ejemplo 2. (conversación 2) 304 305 306 307 M1: bueno supongo también// los de ahora no porque laa-/ la mayoría no hablan/ español creo// pero en el primer cuatrimestre los dos profesores que tenía sabían espa- y me hablaban en español/ y yo como yo tampoco no sabía comunicar muy bien/// pues en español Otra función del bueno en el inicio del turno de palabra es señalar al interlocutor que el hablante no está totalmente de acuerdo con él. Es decir, el hablante usa el marcador bueno para señalar al interlocutor que va a expresar algo contrario y dar su propia opinión sobre el asunto (ejemplo 3, línea 388): Ejemplo 3. (conversación 2) 386 M1: bueno yo// a ver lo que es el centro pues donde está Piolho y todo eso 60 387 388 siempre hay gente M2: bueno depende que día ¿eh? En el ejemplo de arriba, M1 dice que en el centro de Oporto hay siempre gente. Sin embargo, M2 no está totalmente de acuerdo con su amiga M1 y por eso empieza su enunciado con el marcador bueno (en la línea 388). Así ella señala que lo que va a expresar no está totalmente acorde con el enunciado de M1. Cuando bueno apareció en medio de un enunciado, tuvo varias funciones. A menudo fue una señal de la autocorrección. En otras palabras, el hablante usó el marcador bueno para poder modificar su discurso. Ejemplo 4. (conversación 1) 150 151 152 H: bueno hombre al principio del curso/ bueno de semestre// que/ normalmente se nota montón que hay mucha más fiesta/ y la gente no tieneno tiene que hacer nada de trabajo Ejemplo 5. (conversación 2) 83 84 85 86 E: ¿y ya hace cuanto tiempo que están aquí?§ M1: §desde septiembre E: ah M2: yo tam- bueno yo llegué en octubre/// a Porto/// pero bueno también conocemos algunos portugueses/ algunos italianos En el ejemplo 5, M2 está diciendo primero que ella también llegó a Oporto en septiembre, pero luego corrige que llegó en octubre. El marcador bueno es una señal del cambio en el enunciado de M2 y ayuda así a corregir su discurso. El ejemplo 5 muestra también la función del marcador pero bueno. Es un marcador que se usa para introducir un enunciado que no tiene nada que ver con el enunciado precedente sino con la situación comunicativa. La entrevistadora ha preguntado antes si los informantes conocen a estudiantes de otras nacionalidades o si solamente tienen amigos españoles. Utilizando el marcador pero bueno M2 señala a los interlocutores que ella se refiere un tema que ya se había hablado. 3.4.3 Funciones de eh Hallamos 27 casos del marcador eh y observamos que el marcador metadiscursivo eh está siempre pronunciado con la entonación neutra y normalmente la vocal es larga. La función de eh es estructurar el discurso o el pensamiento del hablante y retardar la emisión. Es 61 decir, el hablante usa el marcador eh para tener tiempo suficiente para organizar la información en su mente antes de verbalizarla. En los dos ejemplos siguientes, los interlocutores están hablando sobre la vida de los estudios Erasmus en Finlandia. Ambos interlocutores han pasado un semestre en Finlandia y van a vivir allí también el segundo semestre. En el ejemplo 1, la entrevistadora ha preguntado a los interlocutores si ellos han visitado otras ciudades en Finlandia. La interlocutora M dice que ha visitado más países ese año que en toda su vida. Enumera todos los países que ha visitado durante sus estudios de intercambio: Ejemplo 1. (conversación 1) 94 M: he visitado Rusia/ Estonia/ Suecia// eeh/ cual más/ Letonia no M no recuerda todos los países que ha visitado. Sin embargo, quiere continuar su turno de palabra y por eso usa el marcador eh para ganar tiempo. En el ejemplo 2, la entrevistadora ha preguntado a los interlocutores qué van a hacer el año siguiente. M ha dicho que quiere ir a los fiordos de Noruega. La entrevistadora no entiende la palabra ‘fiordos’ y pregunta a M qué significa. Ejemplo 2. (conversación 1) 214 215 216 M: fiordos eeh ¿cómo se dice en inglés?// eeh H: no lo sé/ no tengo ni idea M: son esos eeh son acantilados que hay en Noruega que/ eeh pasa el mar/ y vas en un barco yy En la línea 214 la interlocutora M no sabe cómo explicar la palabra ‘fiordos’. Para retardar su emisión y pensar qué decir usa el marcador eh. En la línea 216 M usa también dos veces el eh porque necesita más tiempo para pensar qué decir a continuación y cómo verbalizar sus pensamientos. En el siguiente ejemplo, el hablante usa el marcador eh para formar lo que ella quiere decir, o sea, para estructurar su discurso de nuevo. En la línea 247 M comienza una frase que queda incompleta. Después del marcador eh, ella comienza otra frase: Ejemplo 3. (conversación 2) 247 248 249 250 M2: claro// entonce hay también-// eeh eso hace que noo- que no- que no aprenda el portugué portugué entonce claro para estar también rodeada siempre de portugueses/ está siempre escuchando portugué/ la única- mm digamos la única opción que tenemos es las clases/ las aulas con la profesora hablo portugué 62 Notamos que otro marcador que señala al interlocutor que el hablante está pensando qué decir a continuación es mm. No obstante, este marcador no es tan común como eh. El marcador mm apareció en nuestro corpus solamente 7 veces. 3.4.4 Funciones de ya y humh El marcador ya parece tener parcialmente las mismas funciones que sí: indica al hablante que sus palabras han sido recogidas. Sin embargo, al contrario del marcador sí, ya aparece normalmente aisladamente. De esta manera, el interlocutor señala su deseo de que el hablante continúe su enunciado (ejemplo 1 y 2). Ejemplo 1. (conversación 2) 115 116 117 118 119 120 M2: yo te he dicho que comienza aquí a practicar/ inglés porque cuando vaya a Londres§ M1: §ya§ M2: §y los ingleses comienzan a hablarle/ se va a quedar con una cara E: (RISAS) M1: ya M2: de boba (RISAS) En el siguiente ejemplo, la entrevistadora ha dicho que ella piensa que los estudiantes de Erasmus no tienen que trabajar mucho en la universidad y que siempre están en los bares. Ejemplo 2. (conversación 1) 167 168 169 E: pero- porque yo no podría/ porque cada semana tengo TANto trabajo§ M. §ya§ Y: §que tengo que hacer en la universidad y entonces no- no tengo tanto tiempo El marcador ya parece indicar también que el interlocutor ha comprendido el mensaje. En el ejemplo 3 las interlocutoras están hablando sobre la dificultad de pronunciar portugués. Ejemplo 3. (conversación 2) 171 172 173 174 175 176 M1: =nos cuesta mucho más a los españoles que a lo mejor E: a mí también/ en finlandés no existen los sonidos que existen en portugués§ M1: §ya§ E: §los sonidos nasales por ejemplo M1: ya/ ya En la línea 172 la entrevistadora dice que para los finlandeses es también difícil pronunciar portugués porque las dos lenguas en cuestión tienen sonidos diferentes. M1 63 reacciona al enunciado de la entrevistadora usando el marcador ya que indica que ella ha recibido el mensaje y que se mantiene a la escucha. En la línea 174 la entrevistadora continúa su enunciado dando un ejemplo más exacto. M1 recibe este mensaje usando el marcador ya duplicado. En este caso, la duplicación puede marcar intensificación, es decir, M1 subraya que ya ha comprendido el mensaje emitido por la entrevistadora. Aunque en la mayoría de los casos el marcador ya constituyó enunciado por sí mismo, algunas veces precedió al enunciado. En el ejemplo siguiente la entrevistadora está explicando que a veces habla en portugués con su amiga finlandesa porque su amiga quiere aprender portugués. Ejemplo 4. (conversación 2) 145 146 147 148 149 150 E: §que así ella puede aprender [mejor] M1: [ya]// a mí me suena raro/// claro que una española-// si es una conversación grande con más gente/ puedo sabes/ pues a lo mejor sí que puedo hablar en portugués y tal pero si estoy con ella sola/// no// es como/ no puedo cambiar la lengua sabes como// que no puedo hablarte en portugués// Hallamos también un marcador conversacional que no aparece en la clasificación de Portolés y Zorraquino. Se trata del marcador humh que parece tener parcialmente las mismas funciones que ya y sí. En otras palabras, su función es indicar al hablante que se ha recibido su mensaje. No obstante, este marcador es una señal de la recepción pasiva. El marcador humh aparece siempre aisladamente, o sea, usando este marcador el interlocutor indica al hablante simplemente que se mantiene a la escucha y que desea que el hablante continúe el discurso. Veamos algunos ejemplos: Ejemplo 5. (conversación 1) 20 21 22 23 24 25 26 M: sí porque yo pensaría aunque las clases son má(s) suaves porque puedes faltar cuando quieraas y tal§ H: §humh§ M: §pero aquí he aprendido bastante más que por ejemplo de francés que en España// pues aquí me dan francés- me dan- no sé como un total sobre toda la cultura franCEsa y me enseñan bastante de cada cosa// y en Españaa/ para mi nada/ [no eso no pasa nada] Ejemplo 6. (conversación 2) 212 213 214 215 216 E: sí es verdad/ y por ejemplo yo también muchas veces tengo dudas sobre algunas palabras§ M2: §humh§ E: §portuguesas porque no sé si as- a veces no sé si son portuguesas o [españolas] 64 217 M1: [españolas] claro// claro 3.5 MARCADORES DE FEED BACK EN LAS CONVERSACIONES PORTUGUESAS Grabamos dos conversaciones entre los informantes portugueses. En la primera conversación de 11 minutos participaron dos chicas portuguesas y la entrevistadora. Los participantes de la segunda conversación fueron un chico portugués, una chica portuguesa y la entrevistadora. Esta conversación duró 19 minutos y 30 segundos. Nuestro objetivo en este estudio fue usar grabaciones más o menos de misma duración en cada lengua. Por eso, la primera entrevista tanto en finlandés como en español y portugués duró aproximadamente 10 minutos y la segunda 18 minutos. Como la investigadora no es un hablante nativo del portugués, no se consideraron sus turnos de habla en este estudio. Después de las entrevistas, pedimos a nuestros dos amigos portugueses19 que nos ayudasen a transcribir las conversaciones en portugués. Usamos el mismo sistema de transcripción que habíamos usado para las transcripciones de las conversaciones en español. Por último, se determinó cuántos marcadores del grupo Feed back aparecen en las dos conversaciones. El marcador de aparición más frecuente en la primera conversación fue sim (53 %). El otro marcador que se usó muchas veces fue pois (36 %). También en la segunda conversación el marcador más empleado fue sim (41 %). Sin embargo, el segundo lugar fue ocupado por dos marcadores diferentes con porcentajes iguales (22 %), a saber: hã/eh/humm y pois. Cabe destacar que hallamos un marcador que no aparece en la clasificación de Hurbano ni en la clasificación de Martins. Se trata del marcador hum que apareció cuatro veces durante la segunda entrevista. La diferencia entre el marcador humm y hum es la pronunciación, mejor dicho, el alargamiento de la consonante ‘m’. Estos dos marcadores tienen valores diferentes en nuestro corpus. 19 Jorge Sá y Diana Santos 65 Feedbacks PT/1 4% 7% sim pois hã/eh/humm 53% 36% é Gráfico 11. Marcadores de feed back en la primera conversación en portugués Feedbacks PT/2 4% sim 11% pois 41% hã/eh/humm 22% é/é verdade hum 22% Gráfico 12. Marcadores de feed back en la segunda conversación en portugués De las entrevistas realizadas a nuestros informantes portugueses obtuvimos un total de 142 ocurrencias de marcadores del grupo Feed back. En la siguiente tabla recopilatoria podemos ver la distribución de los marcadores de feed back y su número total en nuestro corpus portugués: Sim É/é verdade Pois Hã/eh/humm Hum TOTAL Entrevista PT/1 15 1 10 2 34 Entrevista PT/2 43 12 23 23 4 108 Tabla 6. Cifras de marcadores de feed back 66 TOTAL 58 13 33 25 4 142 En el gráfico abajo podemos ver claramente que los dos marcadores más empleados en nuestro corpus fueron sim y pois. En consecuencia, a continuación analizaremos más profundamente los dos marcadores en cuestión. Sin embargo, dedicaremos también algunas líneas a otros marcadores del grupo Feed back. Feedbacks PT/1-2 3% 10% sim pois 43% 19% hã/eh/humm é/é verdade hum 25% Gráfico 13. Marcadores de feed back en las conversaciones en portugués 3.5.1 Funciones de sim En las dos conversaciones hallamos en total 58 ocurrencias de sim y sus variantes. La mayoría de los marcadores sim aparecieron al principio del turno (54 casos) y 16 de estos llenaron un turno, es decir, aparecieron aisladamente. Solamente cuatro sim aparecieron al final del turno. En la siguiente tabla se puede ver la división de las partículas sim en las conversaciones en portugués: Forma Sim Sim sim (sim) Sim é verdade Sim é Total 48 7 2 1 Tabla 7. Distribución de las diferentes formas del marcador sim La tabla 7 muestra que la forma más empleada fue sim. Ocupó casi el 83 % de los casos. Hallamos también el marcador sim duplicado y notamos que sim puede aparecer con otros marcadores de feed back é y é verdade. En total, encontramos 6 funciones para el marcador sim y sus variantes: 67 1. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación. 2. Indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. 3. Marca que el interlocutor se mantiene a la escucha. 4. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. 5. Indica el inicio del turno/cambio de turno conversacional. 6. Anticipa el desacuerdo. En primer lugar, el marcador sim funciona como una respuesta a una pregunta. En el ejemplo siguiente, los informantes están hablando sobre el carnaval: Ejemplo 1. (conversación 1) 22 23 E: ah/ e foste com os teus amigos ou-? M2: sim// fui com uma amiga/ e com outros amigos dela que não conhecia También se usa sim para indicar confirmación (ejemplos 2 y 3). En el ejemplo 2, los interlocutores están hablando sobre HIV. El hombre (H) ha dicho que los homosexuales empezaron a usar los preservativos más tarde porque no podían quedarse embarazados. Ejemplo 2. (conversación 2) 264 265 266 267 268 M: hoje em dia não é assim/ não é? H: hoje em dia não é assim mas há pouco tempo falei com a médica de infecciosas e ela disse que está outra vez a aumentar humm M: ah é? H: sim a prevalência em em na comunidade homossexual Ejemplo 3. (conversación 1) 50 51 52 53 54 55 M1: das duas às quatro pra toda a gente é o de contemporâneo// é que eu tenho o ensaio com Isabel Barros e marquei com ela a uma da tarde dá tempo se é das// não das duas às quatro M2: com Isabel§ M1: §sim porque ela pediu para ver a mostra tás a ver? pa ver o que é que achava// e eu disse que na quarta-feira podia ser En el ejemplo de arriba, las chicas están hablando sobre su afición común, el ballet. M2 quiere verificar si M1 tiene ensayo con Isabel. M2 confirma esto empezando su enunciado con el marcador sim. En segundo lugar, sim muestra que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. En el ejemplo 4, la entrevistadora ha preguntado a las interlocutoras si el carnaval es una fiesta para los niños o si los adultos también suelen disfrazarse. 68 Ejemplo 4. (conversación 1) 9 10 11 12 13 14 15 16 M2: [não// os adultos também] [mas as crianças é que=] M1: [depende de hora] M2: = se mascaram mais M1: depende de hora/ é assim/ nas escolas normalmente ass- as crianças é que se mascaram e depois vão todas para as festinhas// mas a noite é especialmente para- para os adultos M2: sim Usando el marcador sim, M2 muestra a las otras interlocutoras que está de acuerdo con M1. Es decir, ella también piensa que el carnaval es tanto para los niños como para los adultos, pero los adultos hacen fiesta por la noche. Como este marcador aparece aisladamente, significa que M2 no quiere tomar el turno de palabra. En el ejemplo siguiente, se usa sim también para indicar el acuerdo, pero esta vez el interlocutor toma el turno de palabra: Ejemplo 5. (conversación 2) 213 214 215 216 M: é verdade fazia-se isso aos bebés p’ós pais irem trabalhar não é?§ H: §sim/ e não choravam a noite toda// era bestial/ claro que os meus tios têm todos uma pancada mais ou menos porque/// [desde pequenos que eram bêbedos] En tercer lugar, el marcador sim indica que el interlocutor ha recibido y entendido el fragmento emitido por el hablante. Al mismo tiempo, señala que el interlocutor se mantiene a la escucha, o sea, no tiene la intención de tomar la palabra. Veamos dos ejemplos: Ejemplo 6. (conversación 2) 187 188 189 190 191 192 M: e eu achava/ eu nunca gostei não é? não gostava do vinho mas achava aquilo assim um bocado tipo mas o vinho não é pa gente grande? achava aquilo na minha cabeça da menina pequenina/ hã mas é verdade que é uma questão cultural também H: sim [sim sim] M: [a questão de-] o vinho é muito cultural eu acho eeh aqui até porque somos uma terra de produtores não é?/// mas quer dizer Ejemplo 7. (conversación 2) 204 205 206 207 H: por exemplo a minha avó ela dava/// ela punha pão dentro de um pano// eles não tinham chupetas né? M: [sim] H: [ela punha] pão dentro de um pano e embebia aquilo em bagaço/ bagaço é tipoo La otra función metadiscursiva del marcador sim es indicar un cambio de turno conversacional. Utilizando este marcador, el interlocutor puede suavizar la tomada del turno: 69 Ejemplo 8. (conversación 2) 79 80 81 82 M: acho que é mesmo por economia processual porque no fundo H: sim/ porque a ideia a ideia não é não é liberalizá-las mas é começar/ quer dizer isso demora muitos anos mudar a mentalidade e a educação das pessoas/// porque como álcool como o álcool o álcool é uma droga perfeitamente aceita por toda [a gente=] Ejemplo 9. (conversación 2) 88 89 90 91 M: [eeh] mesmo a nível de violência domestica a nível de/ sei lá// uma data de coisas que são causadas ou pelo menos favorecidas pelo álcool§ H: §sim não sei números mas sei que o número de alcoólicos aqui em Portugal é superior/ às pessoas que usam drogas/ percebes? Por último, notamos que el marcador sim junto con la conjunción adversativa mas (pero) anticipa el desacuerdo. En el ejemplo 10, las interlocutoras están hablando sobre su amiga que también hace ballet: Ejemplo 10. (conversación 1) 142 143 144 145 146 147 M1: mas eu perguntei-lhe se ela pensava fazer isso e ela ah não sei estou trabalhar dois cursos mas as vezes penso nisso e gostava/// clássica não mas contemporânea gostava ela disse-me isto M2: sim mas ela também/// me disse que tomou a decisão dee- no conservatório não seguir/// porque eles lá só pensam ainda assim e não fazem mais nada e ela não queria isso e ela não consegue// tar só a fazer uma coisa M1 cita a su amiga y dice que a ella le gustaría ser bailarina de ballet. Sin embargo, M2 no está de acuerdo con M1 y dice que la amiga en cuestión no quiere seguir en el conservatorio de ballet. En el ejemplo 11, los interlocutores están hablando sobre HIV y sobre el hecho de que todavía hay gente que no tiene información suficiente sobre esta enfermedad: Ejemplo 11. (conservación 2) 237 238 239 240 241 241 242 243 M: [eu conheço pessoas] assim inclusive na minha família/// ainda há muita ignorância de facto porque/ imagina/ não sei se tens HIV ou deixas de ter mas eu posso perfeitamente conviver contigo sem nenhum tipo de problemas/ há muita gente que ainda acha que não e que acha que é obrigatoriamente uma sentença de morte// e e já não é tanto assim não é? H: sim/ ainda um bocadito mas§ M: §sim mas não é como era há 20 anos§ H: §não não é§ En la línea 242 la interlocutora M utiliza el marcador sim mas y muestra así al otro interlocutor que ella está parcialmente de acuerdo con él. Continúa su discurso y justifica su opinión diciendo a H que la situación ya no es como hace 20 años. 70 En resumen, la función principal del marcador sim es mostrar el acuerdo. Sin embargo, al mismo tiempo puede tener otras funciones: marcar que el interlocutor se mantiene a la escucha y mostrar que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. Cuando aparece con mas indica que el interlocutor está parcialmente de acuerdo con el hablante. 3.5.2 Funciones de pois El marcador pois apareció 33 veces en nuestro corpus. Ocupó casi siempre la posición inicial en un enunciado y en un 36 % de los casos formó un turno. Notamos que normalmente el marcador pois no aparece con otros marcadores de feed back. En la siguiente tabla se puede ver la división de los marcadores pois en las conversaciones en portugués: Forma Pois Pois mas Pois + verbo Pois não Total 24 5 3 1 Tabla 8. Distribución de las diferentes formas del marcador pois La tabla 8 muestra claramente que la forma más empleada fue pois. Observamos que al inicio del turno pois puede aparecer con la conjunción adversativa mas. El marcador pois apareció también algunas veces con el verbo utilizado primero por el otro interlocutor. Notamos que el marcador pois tiene parcialmente las mismas funciones que sim: 1. Indica que el interlocutor se mantiene a la escucha. 2. Muestra que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. 3. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. 4. Indica el inicio del turno/cambio de turno conversacional. 5. Anticipa el desacuerdo. En medio de un largo turno de palabra del hablante, el marcador pois indica que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante y que el interlocutor se mantiene a la escucha. Al mismo tiempo indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante: Ejemplo 1. (conversación 2) 10 11 12 13 14 H: §eu não ouvi essa opinião mas quer dizer isso/ depois fala-se de qualquer coisa não é desde que seja M: pois! H: tem tem/// é um bocado isso que acontece nas pessoas/// que tem alguma projeção na comunicação social conseguem conseguem falar de temas que 71 15 16 17 18 19 20 21 depois a maior parte [do pessoal=] M: [pois] H: =e acham que são são super super dotados// mas já se percebeu no passado que que des/ criminalizar alguma coisa não funciona/ não é? M: pois! H: porque as pessoas continuam ter/ eh/ acesso/ se não for de uma maneira legal é de uma maneira ilegal La función principal del marcador pois es mostrar que el interlocutor está de acuerdo con el hablante (ejemplo 2). A veces este marcador aparece junto con el verbo que el otro interlocutor usa primero (ejemplo 3). Ejemplo 2. (conversación 2) 76 77 78 M: [acho que é uma questão] de não/ processual/ não vais condenar uma pessoa ou não vais abrir um processo contra uma pessoa [que tem tão pouco=] H: [pois é isso] Ejemplo 3. (conversación 2) 466 467 468 M: aliás/ se virmos se virmos as pessoas por quem somos governados/ alguns coitadinhos ainda estão em fase de crescimento portanto H: pois tão En el ejemplo anterior, H repite el verbo que M ha usado (estão). De esta manera, el interlocutor H enfatiza que está de acuerdo con M. El marcador pois puede marcar también un cambio de turno conversacional: Ejemplo 4. (conversación 2) 134 135 136 137 138 H: =percebes é isso a linha em que começas a que estar dependente e que e que/// ou não/ és um consumidor esporádico// a sorte é que o tabaco não nos altera o comportamento/ senão M: pois/ hoje saiu uma notícia curiosamente sobre o Paul McCartney que dizia que ia fumar o último charro aos 69 anos/ [hãã] Cuando el marcador pois aparece con la conjunción adversativa mas, significa que el interlocutor no está totalmente de acuerdo con el otro interlocutor. En otras palabras, el interlocutor emite después de la conjunción adversativa mas un argumento que se opone, por lo menos parcialmente, la opinión de su interlocutor. Ejemplo 5. (conversación 1) 131 132 133 134 135 136 M2: tas a perceber? M1: pois porque eles a mim disseram-me duas vezes não era suficiente// que tinha que ser três M2: pois mas ela num quer ser ela já é bale-/ tipo já é boa// ela só quer treinar o corpo e [nunca=] M1: [mas] 72 137 M2: =parar de dançar En el ejemplo de arriba, las interlocutoras están hablando sobre su amiga de la escuela de ballet. M2 ha dicho que su amiga iba siempre dos veces por semana a las clases de ballet. En opinión de M1, la profesora le había dicho que los estudiantes tienen que ir a las clases por lo menos tres veces por semana para poder ser un buen bailarín. M2 no está totalmente de acuerdo con M1 y dice que su amiga ya es bailarina buena y por eso podía ir a las clases solamente dos veces por semana. El ejemplo siguiente ilustra también el uso del marcador pois mas: Ejemplo 6. (conversación 1) 211 212 213 E: NÃO/ por isso te disse que podias procurar um trabalho [ou tentar-] M2: [pois mas o que eu queria] era um trabalho na dança/// mas não me parece que isso vai acontecer Las interlocutoras están hablando sobre sus planos para el próximo año. La entrevistadora sugiere a M2 que podía continuar bailando un año más en Oporto o procurar un trabajo. M2 emite el marcador pois e indica así que está parcialmente de acuerdo con la entrevistadora. Es decir, podía procurar un trabajo. Sin embargo, después del marcador pois M2 emite mas y añade un argumento opuesto: quiere tener un trabajo en el área de baile lo que le resulta imposible. 3.5.3 Funciones de é/é verdade En portugués europeo, los marcadores é y é verdade son utilizados principalmente para mostrar al hablante que el interlocutor está de acuerdo con él. En el ejemplo siguiente los interlocutores están hablando sobre su profesor de ballet. La entrevistadora ha preguntado a M1 si le gusta este profesor: Ejemplo 1. (conversación 1) 68 69 70 71 M1: gosto/ ele é muito exigente só que é difícil acompanhar porque ele// tem exercícios muito complexos que não estou habituada mas pronto// vou-me habituando devagarinho M2: mas é fixe M1: é En la línea 70 M2 dice que el profesor es simpático. M1 está de acuerdo y lo muestra usando el marcador é (línea 71). 73 Cuando el interlocutor usa el marcador é/é verdade, también puede significar que el interlocutor está teniendo en cuenta lo que el hablante dice (ejemplo 1). La otra función es suavizar la tomada del turno de palabra (ejemplo 2). Ejemplo 2. (conversación 2) 405 406 407 H: mesmo entre gerações/// curtas não é? existe esta falta de de de informação incrível! M: é H: essa libertinagem/ de poder Ejemplo 3. (conversación 2) 368 369 370 371 372 373 374 H: meu deus que miséria/ eu ia com a minha família com as minhas tias e por ai fora na camioneta// a Espanha e eu achava que a Espanha era uma gigante fabrica de rebuçados porque sempre que lá iam/ traziam rebuçados M: é verdade/ não havia nada e pelos vistos nós hoje em dia// comemos marmelada ou doces como se fosse uma coisa normal pelos vistos a questão de marmelada e dos doces era terrível// nós somos um país mesmo pequenino mas é tal coisa tamos aqui tão sossegadinhos e ninguém nos chateia no fundo não é? 3.5.4 Funciones de hã/eh/humm Los marcadores hã, eh y humm funcionan como señales de dudas. El interlocutor los produce cuando tiene dificultades en la construcción de la frase o su discurso. De esta manera, gana tiempo para pensar qué decir a continuación y no pierde su turno de palabra. En el ejemplo siguiente la interlocutora utiliza los marcadores eh y hã para estructurar su discurso de nuevo (líneas 143 y 144): Ejemplo 1. (conversación 2) 142 143 144 145 M: é assim a notícia não tem nada de extraordinário é mesmo só isto/ porque ele diz que a filha dele eeh a filha mais nova// quee fez algumas comentários negativos sobre o facto ele usar canNAbis e não sei quê e então ele disse// hã as declarações eram qualquer coisa do género eu já sou velho já não preciso de drogas [(RISAS)] Ejemplo 2. (conversación 1) 44 45 E: aah/ e até que dia vais ficar lá? M2: eeeh terça-feira En el ejemplo anterior la entrevistadora ha preguntado a M2 hasta qué día va a estar en casa de su abuela. M2 duda en la respuesta y por eso usa el marcador eh. De esta manera, ella tiene más tiempo para pensar su respuesta. 74 3.5.5 Funciones de hum El marcador hum no aparece en las clasificaciones que hemos referido en el marco teórico. Sin embargo, parece tener la misma función que otros marcadores de feed back: indica que el interlocutor ha entendido el mensaje emitido por el hablante y muestra que el interlocutor se mantiene a la escucha. Hum aparece siempre aisladamente, o sea, usando este marcador, el interlocutor indica al hablante que puede continuar el discurso. Ejemplo 1. (conversación 2) 114 115 116 117 118 119 120 121 H: oh pá/ a linha não é fácil de definir/ eu trabalhei durante muito tempo trabalhei durante um ano/ durante dois anos trabalhei numa associação que eles têm umas// linhas condutoras com as quais eu não concordava/// do gênero eles têm programas de metadona de baixo limiar/ são são são programas de baixo grau de exigência perante os utilizadores de [drogas=] M: [hum] H: =de heroína/// e eles defendem que a droga no caso destes utentes que é uma opção deles/ eh/ o consumo de droga/ fazem dela uma opção Ejemplo 2. (conversación 2) 229 230 231 232 233 H: =quando falo com os meus ut- tóxicos/ que têm mais ou menos a mesma idade/// e que falo sei lá de hepatite B hepatite C/ falo do HIV M: hum H: ainda noto que há pessoas// que nunca na vida ouviram falar daquilo percebes? e vivem e vivem em 2012 também como nós El marcador hum es neutro porque el interlocutor no ratifica las palabras del hablante, solamente indica que ha entendido el mensaje. 3.6 CORRESPONDENCIAS DE LOS METADISCURSIVOS CONVERSACIONALES En este estudio se han analizado, en total, seis conversaciones y se han distinguido las funciones de los metadiscursivos conversacionales en el finlandés, español y portugués. Durante el análisis, notamos que los marcadores no tienen totalmente las mismas funciones en las tres lenguas en cuestión. A continuación veremos qué son las diferencias de los metadiscursivos conversacionales entre los pares de idioma finlandés-español y finlandésportugués. 3.6.1 Correspondencias en finlandés y español En lo que concierne a las funciones, los marcadores joo y sí se comportan principalmente de la misma manera. Se usan los dos marcadores para: 75 - responder a una pregunta y confirmar la información, - mostrar que el interlocutor se mantiene a la escucha, - indicar que el receptor ha recibido el mensaje emitido por el hablante y - iniciar un turno de palabra. No obstante, en el finlandés se puede responder a una pregunta (respuesta afirmativa) usando el marcador joo solamente en el caso en que el sufijo -ko/-kö se une al verbo finito. Tambien Hakulinen (2005: 995) afirma que si en una pregunta el sufijo -ko/-kö no se une al verbo finito sino a otra palabra (lausekekysymys), el interlocutor no usa la partícula joo en su respuesta sino la partícula niin. Además, se usa la partícula niin para responder a una pregunta de revisión (tarkistuskysymys) y a las preguntas de tipo sí-no que no son interrogativas. Otra diferencia significante es la manera de indicar el acuerdo. Parece que en español se puede usar el marcador sí para mostrar el acuerdo. Sin embargo, en finlandés no se usa normalmente la partícula joo para dicha función. Es más común usar la partícula niin. Otro modo para mostrar el acuerdo es utilizar niin y el verbo que el otro hablante usó en el turno antecedente. Cuando el interlocutor quiere subrayar el acuerdo, emplea la partícula no niin. En finés existe también la partícula mm (mm:: donde la entonación baja y sube) que se puede usar para la indicación del acuerdo. En finlandés se usa la partícula joo para indicar el asentimiento a un mandato o a una petición. En nuestro corpus español no había una situación donde el interlocutor fuese pedido algo entonces no pudimos analizar dicha función. Además, en las conversaciones en finés se usó la partícula joo para el habla citada. Para señalar al hablante que se ha recibido el contenido del mensaje se puede usar la partícula joo, niin o aa(h) en finés. Parece que el uso de las partículas en cuestión depende de las variaciones dialectales. En la primera conversación en finés las chicas usaron más a menudo la partícula joo para recibir el mensaje. Al contrario, en la segunda conversación los informantes usaron más la partícula niin y aa(h) para dicha función. En español se pueden usar los marcadores sí, ya y humh para mostrar que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. No obstante, el marcador humh es una señal de la recepción pasiva y aparece siempre aisladamente. Es decir, usando este marcador el interlocutor indica simplemente al hablante que ha entendido el mensaje y que desea que el hablante continúe el discurso. Se ha de subrayar que en finlandés se hace la diferencia entre los marcadores que indican que la información es nueva para el interlocutor (ai, ai jaa, aha(a)) o ya conocida de antemano (joo, niin, aa(h)). 76 Las partículas que se usan para mostrar al hablante que el interlocutor mantiene a la escucha son en finés joo, mm y aa(h). En la lengua española se usan los marcadores sí y ya. En finés las partículas que se usan para mostrar al interlocutor que el hablante está pensando lo que decir a continuación son mm:: y öö::. En español también se pueden usar dos marcadores para dicha función: eh y mm. Sin embargo, el mm es menos empleado que el eh. Otra función de estos marcadores es mantener el turno y estructurar el discurso. Para indicar el desacuerdo en la conversación se usa el marcador bueno. En la lengua finlandesa se usan las partículas niin no o niin mut. Sin embargo, según nuestro corpus, es más común emplear la partícula niin mut. El marcador bueno tiene también otros valores. Marca el inicio del turno (en inicio de una respuesta o en general en el inicio de un enunciado para obtener el turno de palabra), indica la autocorrección y señala un cambio de tema. El marcador bien no apareció en nuestro corpus aunque tiene los mismos valores que bueno. Esto resulta del hecho de que los interlocutores y la entrevistadora ya se conocían de antemano. Según Portolés & Zorraquino (1999: 4197), el marcador bien es menos “amigable” que el bueno. Por eso, el marcador bueno aparece más a menudo entre los amigos que el marcador bien. Metadiscursivo conversacional en español Función Equivalente en finlandés sí responder a una pregunta o confirmar la información joo En finlandés: respuesta a una pregunta en que el sufijo -ko/-kö se une al verbo finito sí responder a una pregunta o confirmar la información niin En finlandés: respuesta a una pregunta en que el sufijo -ko/-kö no se une al verbo finito sino a otra palabra; respuesta a una pregunta de revisión o a la pregunta de tipo sí-no que no son interrogativas joo, niin, aa(h) En finlandés el uso depende de las variaciones dialectales: En la primera conversación las chicas usaron más a menudo la partícula joo para recibir el mensaje. Al contrario, en la segunda conversación sí, ya mantenerse a la escucha 77 ¡OJO! los informantes usaron más la partícula niin y aa(h) para dicha función. sí, ya, humh sí indicar la recepción del mensaje indicar el acuerdo joo, niin; ai, ai jaa, aha(a) niin, niin + verbo, no niin, mm:: bueno indicar el desacuerdo niin mut, niin no eh, mm estructurar el discurso/pensamiento, retardar la emisión mm::, öö:: humh = señal de la recepción pasiva; ai, ai jaa, aha(a) = indicar la recepción del mensaje que es nueva para el interlocutor no niin = enfatizar el acuerdo en finlandés se usa más a menudo niin mut en español mm es menos empleado que eh y en finés se usa más mm:: que öö:: Glosario 1. Correspondencias de los metadiscursivos conversacionales entre los pares de idioma finlandésespañol 3.6.2 Correspondencias en finlandés y portugués En la lengua portuguesa se pueden usar los marcadores sim, pois, é/é verdade y hum para indicar la recepción del mensaje y para mostrar que el interlocutor se mantiene a la escucha. En finlandés se usan las partículas joo, niin y aa(h) para dicha función. El uso de estas partículas depende de variaciones dialectales. Para responder a una pregunta (respuesta afirmativa) se usa el marcador sim en portugués. Sin embargo, en finés existen dos partículas para esta función. El uso de estas partículas depende del tipo de pregunta (véase el capítulo anterior). La función principal de los marcadores sim, pois y é/é verdade en el portugués europeo es indicar el acuerdo. En finlandés se usan las partículas niin y niin + verbo que el otro hablante usó en el turno antecedente. En portugués se puede usar también el marcador pois + verbo para enfatizar que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. Para mostrar el desacuerdo parcial se usa la partícula niin mut o niin no en finlandés y pois mas o sim mas en portugués. En otras palabras, parece que los marcadores pois y niin funcionan de la misma manera. 78 Para estructurar el discurso y pensamiento y también para mantener el turno de palabra se pueden usar tres marcadores diferentes hã/eh/humm en portugués. En la lengua finlandesa sus equivalentes son las partículas mm:: y öö::. Metadiscursivo conversacional en portugués sim sim sim, é/é verdade, hum sim, pois, hum pois, pois + verbo, sim, é/é verdade pois mas, sim mas Función Equivalente en finlandés ¡OJO! responder a una pregunta o confirmar la información joo En finlandés: respuesta a una pregunta en que el sufijo -ko/-kö se une al verbo finito responder a una pregunta o confirmar la información niin En finlandés: respuesta a una pregunta en que el sufijo -ko/-kö no se une al verbo finito sino a otra palabra; respuesta a una pregunta de revisión o a la pregunta de tipo síno que no son interrogativas joo, niin, aa(h) En finlandés el uso depende de las variaciones dialectales: En la primera conversación las chicas usaron más a menudo la partícula joo para recibir el mensaje. Al contrario, en la segunda conversación los informantes usaron más la partícula niin y aa(h) para dicha función. hum = señal de la recepción pasiva joo, niin; ai, ai jaa, aha(a) ai, ai jaa, aha(a) = indicar la recepción del mensaje que es nueva para el interlocutor mantenerse a la escucha indicar la recepción del mensaje indicar el acuerdo anticipar el desacuerdo niin, niin + verbo, no niin, mm:: niin no, niin mut 79 en finlandés no niin y en portugués pois + verbo = enfatizar el acuerdo en finlandés se usa más a menudo niin mut eh/hã/humm estructurar el discurso/pensamiento, retardar la emisión mm::, öö:: Glosario 2. Correspondencias de los metadiscursivos conversacionales entre los pares de idioma finlandésportugués 3.7 ANÁLISIS DE LOS DICCIONARIOS FI-ES-FI Y FI-PT-FI Como anteriormente dicho, uno de los objetivos de este trabajo es hacer un análisis de los diccionarios bilingües finlandés-español-finlandés y finlandés-portugués-finlandés para saber si los materiales lexicográficos ofrecen información suficiente para la traducción de los marcadores del discurso, o mejor dicho, los metadiscursivos conversacionales. A continuación se analizan dos diccionarios FI-PT-FI y dos diccionarios FI-ES-FI de dos editores diferentes: Werner Söderström osakeyhtiö y Gummerus. Son los diccionarios que encontramos en la biblioteca de Kerava y en la biblioteca de Lohja. El diccionario finés-portugués-finés de WSOY (Pannunzio-Lintinen & Lintinen, 2007) se centra tanto en el portugués europeo como en portugués de Brasil. Las palabras brasileñas están marcadas por el símbolo * en dicho diccionario. Este diccionario da información sobre los marcadores siguientes (2007: 645, 700): Marcador sim pois pois sim! pois bem! pois não! Equivalente en finés kyllä konj.: kun, koska, siis; -han, -hän, -pa, -pä varmasti no niin! olkaa hyvä! mitä saisi olla? Otro diccionario FI-PT-FI de WSOY (Rahinantti & Lintinen, 1975) contiene los mismos marcadores que el diccionario antecedente. Sin embargo, las palabras equivalentes en el finlandés no son exactamente las mismas (1975: 310, 331): Marcador sim pois pois sim! pois bem! pois não! Equivalente en finés adv. kyllä konj.: kun, koska, siis varmasti, kyllä toki no niin, no olkoon eikö niin! eikö totta 80 El diccionario FI-ES-FI de Gummerus (Hammela & Torre Moral, 2000) contiene los marcadores siguientes: Marcador bueno bien ya ¡ya! sí Equivalente en finés hyvä, kiltti, kunnollinen; kunnon, roima hyvin, oikein, kunnolla; no jo vai niin! kyllä; itse Otro diccionario FI-ES-FI da información sobre los marcadores siguientes (Hytönen & Talvitie, 2005: 625, 633, 1055, 1112): Marcador bueno bien ya sí Equivalente en finés hyvä hyvin; kunnolla; oikein; kovin adv. jo; nyt; hyvä on!, selvä! adv. kyllä. pron. itselleen, itseään. m lupa, suostumus, myöntymys Según puede observarse, todos estos diccionarios contienen solamente los sentidos que los marcadores discursivos tienen en la lengua escrita. Es decir, los diccionarios no identifican los diferentes sentidos que los marcadores discursivos tienen en la lengua hablada. Por conseguiente, los diccionarios bilingües no incluyen información que ayude al traductor a traducir los metadiscursivos conversacionales. 81 4. CONCLUSIONES En este trabajo se presentaron algunos marcadores del discurso tanto en la lengua finlandesa como en la lengua española y portuguesa. No se prestó atención a la lengua escrita sino que el objetivo fue estudiar los marcadores discursivos en la lengua hablada de los jóvenes. Se investigó cómo las clasificaciones de los marcadores discursivos difieren en la lengua finlandesa, española y portuguesa. Sin embargo, el objetivo más importante de este estudio fue estudiar las diferentes funciones de los metadiscursivos conversacionales, es decir, las partículas que fueron más empleadas en las entrevistas realizadas. También contrastamos los metadiscursivos conversacionales en el finlandés, español y portugués, con el objetivo de establecer sus correspondencias en un glosario. En otras palabras, el propósito de este estudio fue conocer si los metadiscursivos conversacionales en las tres lenguas en cuestión tienen las mismas funciones. La primera parte de este estudio, el marco teórico, se constituyó de las definiciones de los marcadores del discurso. En resumen, se puede decir que los marcadores del discurso son partículas que estructuran el discurso e indican diferentes funciones. Con la ayuda de los marcadores del discurso el habla es fluida y natural. En la segunda parte del marco teórico se presentaron las clasificaciones de los marcadores del discurso tanto en la lengua finlandesa como en la lengua española y portuguesa. Llegamos a la conclusión de que existen diferentes clasificaciones, incluso dentro de la misma lengua. Se pudo llegar a esta conclusión comparando las clasificaciones de dos investigadoras finlandesas, dos investigadores españoles y varios investigadores portugueses/brasileños. Además, notamos que las denominaciones que se usan para los marcadores del discurso dependen del investigador y de la lengua en cuestión. Al final del marco teórico, se presentaron las funciones de los metadiscursivos conversacionales que aparecieron en nuestro corpus apoyándose en la gramática descriptiva del finlandés, del español y del portugués. Para saber cuáles son los valores de los metadiscursivos conversacionales en ciertas intervenciones, se utilizó el Análisis de la Conversación para apoyar la teoría. Por consiguiente, se empezó la parte empírica presentando el método de este estudio: el Análisis de la Conversación. Posteriormente, analizamos seis conversaciones semidirigidas: dos entre los informantes finlandeses, dos entre los informantes españoles y dos entre los informantes portugueses. Analizando las conversaciones notamos que los metadiscursivos conversacionales no tienen totalmente las mismas funciones en el finlandés, español y portugués. Por ejemplo, para indicar el acuerdo se puede usar el marcador sí en español y sim 82 en portugués, pero en finlandés se suele usar la partícula niin y sus variantes. Igualmente, pudimos ver una diferencia clara entre los marcadores que se usan para responder a una pregunta (respuesta afirmativa). En español se usa sí y en portugués sim, pero en la lengua finlandesa existen dos marcadores equivalentes para dicha función: joo y niin. El uso de estas partículas depende del tipo de pregunta. Cabe destacar que en la lengua finlandesa se considera la diferencia entre los marcadores que indican que la información es nueva para el interlocutor o ya conocida de antemano. Según nuestro corpus, no se hace esta diferencia en español ni en portugués. En cuanto a las hipótesis planteadas al comienzo del trabajo, se cumplieron parcialmente. Primero se esperaba que los metadiscursivos conversacionales en el finlandés no se correspondan con los del español y los del portugués. Al contrario a lo esperado, llegamos a la conclusión de que los metadiscursivos conversacionales tienen algunos valores en común. No obstante, encontramos también diferencias significantes. Por ejemplo, notamos que los marcadores sim, é/é verdade y pois indican sobretodo el acuerdo en el portugués europeo. Sin embargo, los vocablos equivalentes en finlandés y español (joo, niin; sí, ya) tienen otros valores de mayor frecuencia. Además, encontramos partículas que no aparecen en el marco teórico: aa(h) en finlandés, humh en español y hum en portugués. También encontramos funciones que no aparecen en el marco teórico. Notamos que a veces el marcador joo empieza el habla citada y que el marcador niin predice el desacuerdo cuando precede a no o aparece con mut. También notamos que en algunos contextos sí puede indicar el acuerdo en las conversaciones en español. No obstante, cabe destacar que el valor de los metadiscursivos conversacionales depende siempre del contexto y de las variaciones dialectales. Después del análisis de los materiales lexicográficos bilingües finlandés-español y finlandés-portugués notamos que los diccionarios no incluyen información suficiente sobre los marcadores discursivos. De ahí la dificultad en la traducción de los marcadores. En consecuencia, sería importante estudiar más los marcadores del discurso para elaborar diccionarios especializados de partículas discursivas. También sería importante tomar en cuenta las diferencias entre los metadiscursivos conversacionales en la enseñanza de las segundas lenguas. De esta manera, los estudiantes de traducción e interpretación podrían aprender a usar correctamente los marcadores del discurso. Como hoy en día se enfatiza la importancia de la competencia comunicativa en las lenguas extranjeras, hay que aprender a usar bien los marcadores del discurso para que el habla sea fluida y natural. También 83 Zorraquino (1999: 55) reconoce: “si se quiere adquirir una competencia comunicativa plena de la segunda lengua, entonces el estudio de los marcadores es absolutamente necesario”. Se ha de considerar que el presente estudio trató solamente de algunos metadiscursivos conversacionales. Para mejorar la investigación se podría estudiar todos los metadiscursivos conversacionales que aparecieron en el corpus o incluso extender la investigación a los marcadores del discurso en general. También se podría analizar más profundamente los diccionarios bilingües y hacer un análisis sobre los diccionarios monolingües para determinar si incluyen o no información suficiente sobre los marcadores discursivos. Además, sería interesante contrastar los metadiscursivos conversacionales del español y del portugués. Para las futuras investigaciones se propone, por lo tanto, investigar más profundamente las diferencias y las similitudes entre los metadiscursivos conversacionales en finlandés, español y portugués. Por ejemplo, se podría realizar entrevistas más largas y analizar un corpus más amplio. Parece que este campo de estudio no se ha estudiado mucho. En consecuencia, sería interesante estudiar también otras partículas finlandesas, españolas y portuguesas para así compararlas. 84 BIBLIOGRAFÍA Almeida de Oliveira, Iranildes, 2006, «Conectores argumentativos españoles y portugueses: diferencias, semejanzas y traducción» en Interlingüística Nº. 17, 83-92 Briz, Antonio y Grupo Val.Es.Co., 2002, Corpus de conversaciones coloquiales, Madrid, Arco libros. Cortés Rodríguez, Luís y Mª Matilde Camacho Adarve, 2003, ¿Qué es el análisis del discurso?, Barcelona, Octaedro. 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A: Intervención de un interlocutor identificado como A. § Sucesión inmediata, sin pausa apreciable, entre dos emisiones de distintos interlocutores. = Mantenimiento del turno de un participante en un solapamiento. [ Lugar donde se inicia un solapamiento o superposición. ] Final del habla simultánea. - Reinicios y autointerrupciones sin pausa. / Pausa corta, inferior al medio segundo. // Pausa entre medio segundo y un segundo. /// Pausa de un segundo o más. (5’’) Silencio (lapso o intervalo) de 5 segundos; se indica el nº de segundos en las pausas de más de un segundo, cuando sea especialmente significativo. Cou Los nombres propios, apodos, siglas y marcas, excepto las convertidas en “palabras-marca” de uso general, aparecen con la letra inicial en mayúscula. PESADO Pronunciación marcada o enfática (dos o más letras mayúsculas) pe sa do Pronunciación silabeada. (( )) Fragmento indescifrable. ( (siempre) ) Transcripción dudosa. ( (…) ) Interrupciones de la grabación o de la transcripción. (en)tonces Reconstrucción de una unidad léxica que se ha pronunciado incompleta, cuando pueda perturbar la comprensión. °( )º Fragmento pronunciado con una intensidad baja o próxima al susurro. (RISAS, TOSES GRITOS…) Aparecen al margen de los enunciados. En el caso de las risas, si son simultáneas a lo dicho, se transcribe el enunciado y en nota al pie se indica “entre risas”. aa Alargamientos vocálicos. 88 nn Alargamientos consonánticos. ¿! ¡? Interrogaciones exclamativas. ¿? Interrogaciones. También para los apéndices del tipo “¿no?, ¿eh?, ¿sabes?” ¡! Exclamaciones. Letra cursiva Reproducción e imitación de emisiones. Estilo directo, característico de los denominados relatos conversacionales. Nota a pie de página: Anotaciones pragmáticas que ofrecen información sobre las circunstancias de la enunciación. Rasgos complementarios del canal verbal. Añaden informaciones necesarias para la correcta interpretación de determinadas palabras (la correspondencia extranjera de la palabra transcrita en el texto de acuerdo con la pronunciación real, siglas, marcas, etc.), enunciados o secuencias del texto (p.e., los irónicos), de algunas onomatopeyas; del comienzo de las escisiones conversacionales, etc. 89 APÉNDICE 2. Sistema de transcripción en las conversaciones en finlandés Los signos que se han usado en nuestro sistema de transcripción son los siguientes: 1. Símbolos prosódicos Al fin de un conjunto prosódico: . tono descendente , tono regular ? tono ascendente Dentro o al principio de un conjunto prosódico: heti énfasis o subida de la altura de tono 2. Solapamiento y pausas [ solapamiento empieza ] solapamiento termina (.) pausa corta, 0.2 segundos o menos (0.4) pausa mediana o larga, indicando segundos = dos enunciados se unen sin pausa 3. Rapidez del habla y fuerza de la voz >< ritmo acelerado <> ritmo lento e:: alargamiento de un sonido AHA mayor énfasis 4. Respiración .hhh aspiración, un h corresponde a 0.1 segundos hhh espiración .joo palabra dicho aspirando 5. Risa he he risa s(h)ana describe la espiración, normalmente una palabra dicho riendo ££ fragmento pronunciado sonriendo 90 6. Lo demás ## voz crujiente si- corte abrupto (tai) transcripción dudosa (-) palabra indescifrable (- -) fragmento indescifrable (( )) anotaciones pragmáticas que ofrecen información sobre las circunstancias de la enunciación 91 APÉNDICE 3. Fichas técnicas20 Tabla 1. Ficha de grabación: conversación 1 en finlandés Investigadora: Taina Ikola Datos identifadores de la grabación: - Fecha de grabación: el 17 de diciembre de 2008 - Tiempo de grabación: 10 minutos 10 segundos - Lugar de grabación: cuarto en la biblioteca Situación comunicativa: - Tema: el fin de semana anterior, los estudios - Tono: informal - Modo o canal: oral Tipo de discurso: conversación Técnica de grabación: grabación auditiva: grabadora digital Olympus Descripciones de los participantes: - Número de participantes: dos + entrevistadora - Tipo de relación que los une: amistad - Sexo: mujeres - Edad: 23 y 24 - Profesiones: estudiantes Interés para el análisis: el uso de las partículas del diálogo Cantidad de las partículas del diálogo: joo: 43, nii(n): 4, ai jaa: 11, aha: 1, aa(h): 8, ai: 5, häh: 1, mm: 6 20 El modelo de las tablas está extraído de la obra Corpus de conversaciones coloquiales (Briz y grupo Val.Es.Co., 2002: 49) pero está modificado según nuestras necesidades. 92 Tabla 2. Ficha de grabación: conversación 2 en finlandés Investigadora: Taina Ikola Datos identifadores de la grabación: - Fecha de grabación: el 13 de enero de 2012 - Tiempo de grabación: 18 minutos 3 segundos - Lugar de grabación: casa de los informantes Situación comunicativa: - Tema: vida de los estudiantes Erasmus en Portugal - Tono: informal - Modo o canal: oral Tipo de discurso: conversación Técnica de grabación: grabación auditiva: grabadora digital Sony Descripciones de los participantes: - Número de participantes: dos + entrevistadora - Tipo de relación que los une: amistad - Sexo: mujer y varón - Edad: 22 y 24 - Profesiones: estudiantes Interés para el análisis: el uso de las partículas del diálogo Cantidad de las partículas del diálogo: joo: 46, nii(n): 77, ai jaa: 9, aa(h): 40, ai: 4, mm: 15, jaa jaa: 1 93 Tabla 3. Ficha de grabación: conversación 1 en español Investigadora: Taina Ikola Datos identifadores de la grabación: - Fecha de grabación: el 19 de diciembre de 2008 - Tiempo de grabación: 10 minutos - Lugar de grabación: casa particular Situación comunicativa: - Tema: vida de los estudiantes Erasmus en Finlandia - Tono: informal - Modo o canal: oral Tipo de discurso: conversación Técnica de grabación: grabación auditiva: grabadora digital Olympus Descripciones de los participantes: - Número de participantes: dos + entrevistadora - Tipo de relación que los une: amistad - Sexo: mujer y varón - Edad: 24 y 22 - Profesiones: estudiantes Interés para el análisis: el uso de los metadiscursivos conversacionales Cantidad de los metadiscursivos sí: 28, eh: 9, bueno: 5, ya: 2, humh: 13 conversacionales: 94 Tabla 4. Ficha de grabación: conversación 2 en español Investigadora: Taina Ikola Datos identifadores de la grabación: - Fecha de grabación: el 13 de marzo de 2012 - Tiempo de grabación: 18 minutos 46 segundos - Lugar de grabación: casa de las informantes Situación comunicativa: - Tema: vida de los estudiantes Erasmus en Portugal - Tono: informal - Modo o canal: oral Tipo de discurso: conversación Técnica de grabación: grabación auditiva: grabadora digital Sony Descripciones de los participantes: - Número de participantes: dos + entrevistadora - Tipo de relación que los une: amistad - Sexo: mujeres - Edad: 22 y 25 - Profesiones: estudiantes Interés para el análisis: el uso de los metadiscursivos conversacionales Cantidad de los metadiscursivos sí: 46, eh: 18, bueno: 23, ya: 12, humh: 2 conversacionales: 95 Tabla 5. Ficha de grabación: conversación 1 en portugués Investigadora: Taina Ikola Datos identifadores de la grabación: - Fecha de grabación: el 17 de febrero de 2012 - Tiempo de grabación: 11 minutos 8 segundos - Lugar de grabación: casa particular Situación comunicativa: - Tema: carnaval, los estudios - Tono: informal - Modo o canal: oral Tipo de discurso: conversación Técnica de grabación: grabación auditiva: grabadora digital Sony Descripciones de los participantes: - Número de participantes: dos + entrevistadora - Tipo de relación que los une: amistad - Sexo: mujeres - Edad: 18 y 17 - Profesiones: estudiantes Interés para el análisis: el uso de los marcadores de feed back Cantidad de los marcadores de feed sim: 15, é/é verdade: 1, pois: 10, back: hã/eh/humm: 2 96 Tabla 6. Ficha de grabación: conversación 2 en portugués Investigadora: Taina Ikola Datos identifadores de la grabación: - Fecha de grabación: el 17 de febrero de 2012 - Tiempo de grabación: 19 minutos 30 segundos - Lugar de grabación: casa particular Situación comunicativa: - Tema: drogas - Tono: informal - Modo o canal: oral Tipo de discurso: conversación Técnica de grabación: grabación auditiva: grabadora digital Sony Descripciones de los participantes: - Número de participantes: dos + entrevistadora - Tipo de relación que los une: amistad - Sexo: mujer y varón - Edad: 26 y 29 - Profesiones: estudiantes y trabajadores (secretaria; enfermero) Interés para el análisis: el uso de los marcadores de feed back Cantidad de los marcadores de feed sim: 43, é/é verdade: 12, pois: 23, back: hã/eh/humm: 23, hum: 4 97 APÉNDICE 4. Entrevistas transcribidas ENTREVISTA 1 CON LAS INFORMANTES FINLANDESAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 M1: Eiku (.) kumpi se oli se (.) Vakiopaine? M2: Joo (.) Vakkari = M1: = Vakkaris[sa M2: [Joo M1: ja tota (.) #ö:: siel# (.) ni siel oli sellaset ihme (2.0) siel oli sellanen ihme humppabändi (.) humpappaahumpappaa ((laulaen)) M2: Joo-o? E: (--) siel sai myös ilmasia pipareita ja, M1: Ja sit oli häppärit (2.0) m[he he M2: [Hehe £siellä on kyl kaikki hyvin siellä paikassa£ M1: #Joo# E: Ooksä käyny siel aikasemmin. M2: Joo (2.0) E: Onks se joku sun vakkaripaikka. M2: [hehe] M1: [hehe] M2: Öö: (.) ei: välil m- (.) me Soilen kanssa käydään siel, se käy siel enemmän ni, M1: Joo-o M2: sitten (0.3) eksyn sinne välillä. M1: Joo-o? (.) me käytiin semmoses pitsapaikas ku Mamma miia. M2: Missäs se o. M1: Se oli jossain niinku lähel sit kort- onks se kortepohja se ylioppilaskylä. M2: Joo E: Se oli siinä ö: keskustan ja (.) kortepohjan, >eiks se oo< suunnillen siin= M1: =niin välis, joo M2: Okei M1: Very interesting(h)= E: =Mitäs muuta? M1: Mitäs sä teit viikonloppuna. M2: SARI oli täällä. M1: Onks se joku Jyväskylä. M2: Eiku se on (.) se: ootsä varmaan kyllä Sarin joskus nähny, se oli ainakin siel Alkossa töissä ja (.) ja sit mä Lauran kautta oikeestaan sen tunnen ja, M1: Okei ehkä mä oon nähnyt [mut M2: [joo= M1: =en kyl nyt yhtään muista M2: Nyt se asuu Helsingissä (2.0) ja oli käymässä tääl. M1: Mm joo M2: Käytiin vähän ulkona ja hh M1: [Missäs te olitte.] E: [Meinasin just ky]syy et olittekste jossain baarissa. M2: Oltiin Dynamossa ja tai sit lauantaina oli ensin kahet pikkujoulut mä olin yhen Mikon luona ja sitte (.) Mirvalla ja Ellillä ja, M1: joo (1.0) 98 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 M2: mentiin Dynamoon ja, M1: Ai sen (.) Alko Mikon M2: Joo. M1: Joo. M2: Ni sen kautta mä oikeestaan tunnen ton Sarin. M1: joo= E: =Siis kukas se on se. M2: [he he] M1: [he he] E: Tiedänks mä sitä. M2: Etsä varmaan kyllä sitä. E: Aah (.) okei. (3.5) M2: Eiku (.) nii. (3.0) M1: Joo-o E: Oliks siel jotai bändei. M2: Me mentiin sinne tosi myöhään se oli varmaan yli yks ku me päästiin sinne: (2.0) sit me ensin jotenkin luultiin et se menee pu(h)ol kolm(h)elta jo kiin(h)ni ja olti(h)in jo pani(h)ikissa ja sit tajuttiin vast et nii (.) ei se meekään. M1: he he E: Häh? siis onks se puol neljään asti. M2: On nykyään. E: Ai se on saanutkin jatkoaikaa tai jotai. M2: Joo E: Niinku se joskus sillon uudistu tai sitä rempattiin M2: Joo E: Joo joo M2: Ja se oli ihan täynnä. M1: [Ai jaa.] E: [Siis ei siel] mahtunut alakerrassa seisomaan siel missään M1: Oho, olik siel jotain erikoista sitte. M2: En mä tiedä. (.) Ku me mentiin niin myöhään et jos siel on ollu ni sitte on kaikki jo tapahtunut jo. E: Olikse lauantai vai perjantai. M2: Lauantai E: Joo, no ilmankos (2.0) M2: Ihan järkyttävän täynnä. E: Siis maksaakse jotai sisään. Eiks se oo kolme euroo= M2: =Kolme euroo E: Joo (5.0) no mitäs XX teki, muuta ku oli Vakkiopaineessa ja, M1: No (.) meil oli se baarikierros ja (2.0) sitte (2.0) tota sit me oltiin siel Infernossa ja hhh (0.3) sehän oli aika mielenkiintonen paikka (2.0) ja sit mä olin ihan ulapalla ku Nina jutteli poikien ka:nsh (.) sit Taina jutteli yhen pojan kans ja sit mä olin silleen et joo: h ja, E: Ai oliks sul vähän ulkopuolinen olo. M1: No jooh oli kyl vähän jossain vai[heessa.] E: [No] oisit tullu vaan sinne= M1: =No en mä nyt voinut M2: he he 99 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 E: Se oli kyllä aika ihku he he M1: Ja sit mä yritin väkisin jutella yhen sellasen pojan kaa jonka (1.0) [Nina] yritti parittaa meitä. E: [Hei:] (2.0) mä en tiennyt et sä juttelit jonkun pojan kaa. kenen. [olikse joku niistä] M1: [No sen AJ:n] E: AJ:n aah M1: Joo ja (3.0) sil oli kaverit sellasii (2.0) hevareita. M2: Mmm M1: Yks sellanen kauhee hevari puristi mua perseestä. M2: [Ihanaa.] E: [Oikeesti?]= M1: =joo-o M2: Ka(h)i sä lö(h)it? M1: No en! (.) mua jäi harmittaa se tosi paljon. mä katoin sitä vaan silleen murhaavasti. E: Ai jaa. M2: Röyhkeetä [toimintaa] E: [Kävik sä siellä] hevarihevaripuolella. M1: En. M2: Mut sehän oli se Inferno se on entinen Giglin M1: Ai jaa= M2: =Joo ne ei oo oikeestaan varmaan mitään uusinu siel ja (.)lait(h)tanu vaan vähän m(h)ustaa lis(h)ää ja (.) he he ottanu ne jotk(h)ut viherkasvit sie(h)ltä pois ja, M1: Siel oli (2.0) öö (.) noi bussin penkit. M2: Ai jaa. E: Mitäh? M1: Näitsä (.)= E: =en [missä] M1: [siel] yhes nurkas oli niinku bussinpenkit silleen just niinku (.) vastaikkain tai jotenkin E: Ai jaa (3.0) aika hassuu (3.0) ehkä mä en ollut sit niin tiedostavassa tilassa. M2: he he M1: Sit oli ihanaa ku (.) siel oli hirveesti lunta. Tai en mä [tiiä hirvee]sti mut kumminkin M2: [Oikeesti?] M1: Oli. mut sit se muuttu loskaks kyl vähän. M2: Aaa (.) eli ei välttämättä enää ens viikolla oo. M1: Mm-m E: Koska sä oot muuten menossa Jyväskylään. M2: Mä meen vasta tiistaina. E: Aah, mut onks sul töitä sit silleen et kuinka kauan sä aiot olla siel. M2: Eiku sit mulla alkaa vasta (1.0) oisko joku 14 päivä tammikuuta seuraavaks työt. E: Ihanan pitkä loma. M2: Mm-m mä toivoin sitä (5.0) On se niin paskaa olla töissä. (3.0) M1: On se myös paskaa olla rahaton hhh. M2: No joo (.) mut ei mullakaan mä koitan olla nyt ottamatta niitä tukia niin ei mullakaa jää siitä sit niin paljoo. M1: Niin joo. E: Miks. onks sulla ne lop- loppumaisillaan vai. M2: Ei (.) mä haluun säästää ku en mä nyt tota kuitenkaan haluu opiskella ni en mä haluu kuluttaa niitä tohon. 100 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 E: Aah mut ootsä sit ollut niin paljon töissä että sä pystyt maksaa vuokran ja kaikkee.= M2: =Joo E: Oho M2: Siis mä vedän ihan täysiä (.) melkeen viikkoja. E: Ai jaa (.) miten sä ehit sit opiskelee. M1: No ku ei sil oo mitään kurssei. M2: Niin no nyt mul on se yks, M1: paitsi M2: se kirjatentti minkä mä tein ja, M1: Minkä sä teit. M2: No se erityispedagogiikka M1: Aaah (.) okei. No siithän saa aika hyvin pisteitä. M2: Nii ja sit no toi kandi mä kirjotan sen nytte ku mul on se vapaa (2.0) ja sitte keväälle tulee vielä. mul on myös se enkun pakollinen käy[mättä.] M1: [Hei] niin mullaki:. M2: Aah mä kävin ilmottautuu siihen. M1: Mis. M2: Mikä kumpi sul on käymättä. M1: Mul on se suullinen. M2: No mä kävin ilmottautumas tuu samaan M1: Joo = M2: =ryhmään M1: Siis [mä en oo tienny mitään] M2: [Mä teen sellasen intensiivisen] kurssin intensiivikurssin kestää yhen viikon ajan helmikuun lopussa M1: Oho? M2: maanantaista perjantaihin kymmenen viiva viistoista M1: What da fuck? M2: Joo ja sit se on ohi (2.0) ja (2.0) ne listat on siellä kielikeskuksen ilmotustaululla. M1: Ai siellä. ku en mä oo niinku, voiks siitä ottaa siis ihan minkä vaan suullisenkurssin. M2: Joo siis siin on eri vaihtoehtoja M1: Ai jaa M2: Siin on sellasii intensiivikurss[eja ja sitte] M1: [ai vitsi ku mä ] just tänään kävin Juslenialla ja se on niin kaukana en mä jaksa mennä si[nne] M2: [mutt]a ne listat on tullu siis jo kaheksas päivä että M1: Okei M2: ja niihin otetaan ne ketkä ekana kerkee ni, M1: Aa kiva M2: ja sit ni siel on myös niitä jotka kestää sitte koko kevään. E: Siis [mikä] M1: [okei] E: mikä juttu toi on mikä pakollinen. M1: En no siis ei sun tarvii ku sul on kaks kiel- kaks kieltä jo (2.0) ku tarvii vieraan kielen. E: Niin joo mut siis te saatte sit ruotsin niin teidän ei tarvii tehdä ruotsii. M2: Joo ei E: Okei eli me saadaan sit vieras kieli automaattisesti. M1: Mm-m M2: Mites se ruotsi sitte niinku että (2.0) ku me saadaan siitä ne pisteet automaattisesti, M1: Mm-m 101 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 M2: ni tuleeks se vasta sitte siinä kandivaiheessa vai lasketaanko meille sitte ne pisteet niinku mukaan [siihen vai mitä ihmettä.] E: [Eiks se oo sillein] öö: onks se sillein että ku sä oot ottanut perusopintomerkinnät vai pitääks olla myös aineopinnot molemmat et= M1: =Ei en mä usko (2.0) jos on pääaineena ni ei must sitte= E: =Mä luulisin et sit ku sä oot tehny perusopinnot ja sä otat sen merkinnän (.) viet sen jonkun lappusen toimistoon ja sitten sinne tulis ne= M2: =Ei mulla näy M1: Mikä ei näy. M2: Ainakaan opinto[rekisterissä] se ruotsi M1: [ei mullakaan] mutta M2: se [virkamiesruotsi.] E: [Ai jaa] M1: ehkä siel ei sit olleenkaan niinku näy mitään. E: Kai sit sielt pitää käydä kysyy sielt toimistol toimistosta M1: Ai jaa M2: Koska sehän on kuitenki että (.) pakolliset viestintäopinnot on se 15 opintopistettä ja onhan se pakko näkyä jossain vaiheessa että meillä sisältyy sekin viiteentoista pisteeseen se kurssi M1: mmm niin joo (3.0) totta (4.0) Jooh. munkin pitäis se enkku säätää. E: Mun pitäis se ruotsi tehä= M1: =Mä en tajuu ku Sanna puhu että (.) se tekee jotain se niinku se suullista silleen et niil on joku porukka ehkä neljä tyttöö tai jotai (.) ja ne tap- ne niinku (.) siis ne ei niinku käy missään kurssilla vaan ne niinku tekee jotain ihmeen päiväkirjaa ja sit ne aina tapaa ja puhuu enkkuu tai jotain tollast ihan ihmeellist= M2: =No miten toi nyt toimii. M1: No en mä tiiä. E: Siis onks se ihan joku virallinen juttu, M1: Joo E: yliopistolla (4.0) mut onhan esimerkiks ruotsin kurssi se Aktuelt svenska et sä käyt jossain siellä (1.0) kielikeskuksen tunneilla niin siel puhutaan vaan ryhmässä M1: Ai jaa E: siit saa sitten sen suoritusmerkinnän. M1: Onks toi niinku aik- eiku siis kielikeskuksen. M2: Eiks se oo (.) joo M1: Okei. (0.4) siis joku intensiivi mäkin voisin ni sit se ois ohi nopeesti. M2: Ota se sama. siihen ma[htu ]ainakin M1: [joo] M2: viel sillon ku mä ilmottau[duin] M1: [Okei ] (1.5) mä voisin ehkä käydä siel nyt sitte (.) ilmottautumas .hh M2: Mun mielest se oli mmm (4.0) M1: Jos mul ei oo enää niit= M2: =no sä ehkä näät mis mun nimi on siellä M1: Joo M2: Mut se oli 23 (.) viiva 27 (0.3) M1: Okei= M2: =helmikuuta 102 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 M1: kymmenen viiva viistoista M2: Joo (4.0) M1: Okei (2.0) aika intensiivinen paketti E: Kuinka monta päivää se kestää. M2: Viis (1.5) siel on aika monta ilmottautunut. M1: Ai oli?= M2: =Mikäs se ei ei tähän vaan se (.) olikse onks se helatorstai vai mikä siinä jossain vaiheessa katkaisee sen viikon niin se opettaja ei oo varmaan tajun(h)nut että (.) siitä puuttuu yks pä(h)ivä ni kaikki oli laittanut siihen nimen hehe M1: Ai jaa M2: hehe yks päivä vähemmän E: Monta sinne sit mahtuu M2: Mä en (.) pistänyt siihen nyt ollenkaan ku se oli joku joku viikko mikä mulle ei käy M1: Okei pitää nyt sitten E: Hei meillekin mä katoin just ni se ICC-opinnot ni siel on se yks kurssi ni se on kans intensiivi (.) >se kesti kai vain neljä kertaa< M1: Aha? E: Kuulostaa hyvältä M2: Joo mulle ainakin tommonen pakollinen kurssi ni (.) ihan hyvä äkkiä pois tollaset M1: Saaks eihä (.) saaks siit numeron vai onks se niinku hy[väksluettu] M2: [en mä tiiä.] ihan sama M1: Mm jooh. hhh E: Eiköhän 10 minuuttia riittäis. 103 ENTREVISTA 2 CON LOS INFORMANTES FINLANDESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 E: No #mutta:# niin (.) haluaisitteko te kertoa et miks te päädyitte [tulee tänne.] M: [Onks se nyt] päällä. E: Joo, on. [he he] M: [Ai jaa] (3.0) M: Ai miks me tultiin vai. E: Niin tai miks just Porto (1.0) tai niinku itse as- ylipäätänsä Por- Portugali. M:Niin no Tuomaksen piti mennä aluks kyllä Lissaboniin. H: Niin mä: tota mä hain Lissaboniin viime viime vuonna, E: aah H: tai oikeastaan toissa vuonna niin nii sitten mä: huomasin vasta ihan loppumetreillä että se onkin niinku kuvanveistoon ja maalaukseen erikoistunut se koulu (.) että [en mä halukaan.] E: [Niin et siel ei] ollu valokuvausta vai [sitte.] H: [Niin] ja sitten taas XX ei olis tullu sinne (1.0) niin sitten mä: peruinkin sen (1.0) ja sitten me katottiin että oisko mitään sellasta niinku yhteistä Tampereen yliopistolla ja Tampereen ammattikorkeakoululla minne me päästäis niinku samaan kaupunkiin= E: =joo= H: =ja sitten Porto oli yks ja sitten mikä se toinen oli. M: Se oli jossain Liettuassa. H: [Ei ollut] M: [Ei ollut.] H: ku se oli (.) Ljublijana. M: Niin olikin. E: Ljublijana minkä M: Sloveniassa tai Slovakiassa. E: Joo, jompikumpi (.) mä en muista. M: Joo, varmaan jossain E: Aah H: Niin ni sit me päätettiin että Portossa on lämpimämpää. E: hehe Ai niinku sen takia. he he H: [Niin.] M: £[Niin] ja muutenkin.£ H: Niin ja sit ku mä olin (.) viime tai toissakesänä Lissabonissa vähä aikaa enste ja siellä oli mukavaa ja sitte päätettiin että tänne [vois tulla] E: [Aah niin] sä olit käyny jo. H: Ni E: Oliksä käynyt jossain muualla Portugalissa. H: Eiku pelkästään Lissabonissa ja sielläkin vaan alle viikko (1.0) viis päivää. M: Mut eks sä sanonut että sun mielestä Portugalissa oli kaikista kivoimmat ihmiset.= H: =Niin ku mä olin koko kesän reissasin Italiassa ja Espanjassa kaikissa (1.0) niin sitten kaikista kaupungeista koko reissun aikana oli Lissaboni oli kaikkein kiinnostavin [niistä] E: [Aah] H: nii niinku sen takiakin. E: No ootteks te tykännyt nyt olla täällä. M: [Joo-o] H: [Joo-o] E:[Oliks] kiva vaihto. 104 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 M: No oli tosi kiva. (.) muutenkin ihan hyvä ku tää on silleen (1.0) tai on tää sillein ihan iso mut kuitenkin kaikkeen pystyy kävellä melkee E: Nii no keskusta on ainakin aika pieni että tai silleen just lähellä kaikki M: Nii ni oppii aika nopeesti liikkuu (.) tietää paikat E: No mut mites te (.) siis löysitteks te teidän kämpän tosi helposti vai. H: No ei nyt ihan [hirveen] helposti. M: [Nii] eka me soiteltiin kaikille yksityisille (.) mutta ku eihän me osattu sanaakaan portugalia hehe niin oli vähän vaikeet selittää sitte (2.0) muutenkin ne oli jostain netistä niin sit ne oli (1.0) ei ne halunnut vuokrata ikinä tai jos ei ottanut vuoden vuokrasopimusta. E: Aah. M: Mut sitten me katottiin sieltä (3.0) tai mulle tuli sähköpostissa sellanen lista (.) että mitä on ilmotettu niinku yliopistolla (2.0) että mitä on vapaana. E: Niin otitteks te sitten niihin vai yhteyttä [siel yliopistolla.] M: [Joo, eiku niin] tai ei me soitettu tai se oli sellanen lista just (.) niin me soitettiin (.) tää oli eka niin heti se sano että joo(h) voi(h)daan muuttaa. E: Ai jaa aika kätsyy (.) Mut etteks te asunut eka just jossain hostellissa. M: Joo (2.0) siel me oltiin oltiinko me joku viis päivää hostellissa (3.0) Joo. H: Joo mun mielestä meillä oli varattu se viikoks= M: [=niin oli] H: [tai] seittemäks päiväks sit niinku viidentenä päivänä me löydettiin tää M: Joo. E: Ai jaa aika kätsyy. H: Nii. E: Mut pitiks teidän sitte, olitteks te sit viel loppu[viikon siellä.] H: [Ei (.)] me saatiin tehtyä diili sen hostellin omistajan kanssa että ei (.) voidaan lähtee ja eikä tarvii maksaa sitten enää. E: Aah no hyvä. M: Mut mun mielest noi vuokranantajat on muutenkin aina vuokrannut tätä joillekin vaihtareille (1.0) se sano että tässä on ollut joku ruotsalainen pariskunta ja sitte joku italialainen jätkä (2.5) asunu aiemmin. E: Niin ne oli noi teidän vuokraisännät on varmaan sitten tosi tottuneita Erasmusopiskelijoihin. M: Nii varmaankin. H: #Aa# E: Et sen takii (.) eihän ne sanonut mitään niistä bileistä [sitten jälkikäteen.] M: [Ei (.) vaan nauro jotain.] H: [Ei:] (.) seuraavana päivänä toi pussillisen mandariineja M: [Nii] E: [hehe] Näkiks ne (.) olitteks te ehtinyt siivoo vai näkiks ne tääl kauheen, M: Ei ne tääl sisällä oo käyny.= E: =Aah. H: Ne jätti tohon oven taakse. E: Aah okei (2.0) aika kivoja. M: Niin on ne kyllä. E: Äsken muuten XX sano että se yks nainen joka tuli vastaan et se on teidän vuokraemäntä. M: Joo se tuli H: #Aa# E: Niin se näytti aika hienostelevalta (.) sellanen ihan [mieletön turkki] päällä 105 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 H: [Joo-joo se] E: ja hattu päässä. H: #Aa# M: En mä ees ensin tunnistanut ku aurinko paisto just silmiin. E: Joo (1.0) aika mielenkiintonen. H: #Aa# E: Sillon ku mä näin sen miehen ku mä tulin tänne sinne teidän sun läksäreihin= M: =niin joo E: niin sit ku se tuli avaa ku mä soitin ovikelloo en mä tiennyt että se on niinku [niillekin] se ovikello M: [Niin] E: mä vaan ajattelin et se on teille. M: Niinku se on niille pelkästään oikeastaan. E: mut teillä ei sit oo niinku mitään ovikelloo et.= M: =Ei (.) en mä: tiedä oisko voisko tää olla ollu joku varasto joskus että tästä on tehty E: Mm on varmaan tää kyl vaikuttaa just sellaselta. M: Mä luulen niin. H: Mm E: Et tänne on tehty myöhemmin just toi keittiöosuus. M: [Niin] H: [Aa] M: Sen takia se varmaan just onkin tollanen. H: Niin ja sitten ku tossa vessassakin on ne kaikki (.) lämmityssysteemit= E: =Nii H: ja ne kaikki muut [koneet.] M: [Niin vähän] niinku pannuhuone E: Niin totta. M: Mm E: Mut tää on kyl tosi kiva mun mielestä. M: Niin onkin paitsi ne hämähäkit. E: No mut hei arvaas siis nyt tänään ku mä siivosin mun huoneen (.) niin siis mä näin kaks sellasta tän pitusta ötökkää vähän niinku matoja muttei kuitenkaan mut sitte= M: =Ai tuhatjalkasia. E: Ei ei ne ollut mä en oikein tiedä mitä ne (.) oisko ne vähän sen tyylisiä (.) sit ne vaan sillein se on sellanen valkonen ja se menee hirveet vauhtia (.) ne on niin ällöjä. M: [Hyi::] H: [Aa] M: Meilläkin oli täällä tuhatjalkasia sillon se menee tosi kovaa. Hehe ja eilenkin mä kuulin tuolta (.) että ku (.) siellä oli se mies just tekemässä jotain nii sitte kuulu s(h)ellanen huut(h)o ja hirveetä sellasta hakkausta [hehe] E: [hehe] M: että niinku kengällä hakkais silleen vaikka kuinka monesti varmaan joku jotai ötököitä E: Joo se oli niin kyl ällöö. M: Nii tai niin ku se t(h)orakka silloin(h) juoksi tosta. E: Mitä koska se oli? eiku sä kerroit (.) kerroik sä mä en muista. M: Sillon mä olin tossa keittiössä jotain ja sitten mä tunsin niinku että se hipas mun jalkaa ja sitte mä kyl tajusin sellanen hullun kokonen torakka juoksi tosta. E: Ei kyl sä varmaan kerroit (.) mitä tapoiks sä sen vai mitä sä teit.= M: =Joo XX tappo sen. 106 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 H: Mm (.) mutta se jotenkin sillei jätti sen häntäpään kun mä: löin sitä [kengällä] ni sitten se (- -) M: [Nii] E: Liikkukse viel.= M: =[Joo se oli jättäny sen sinne.] H: [niinku häntä jäi sinne vielä] eloon M: [Se] oli niinku tiputtanu sen [muka hämäykses.] E: [Aika] [criipii.21] M: Nii sitte niin XX meni se oli just viemässä sitä ulos ni E: [Joo?] M: [sitte] se vuokraisäntä just tuli ja XX näytti sitä sille. E:Mitä sanok se et onks niit näkyny aikasemmin täällä. M: Se sano et ei se oo koskaan nähny (1.5) se sano et jos niitä viel näkyy ni sit se joutuu jotkut hullut= E: =[myrkyttää] M: [myrkyttää] nii jotain noita putkistoja mitä tässä on tai noita viemäreitä et niille pitää tehä jotain jos niissä (.) siel on torakoita. E: Mut eihän se eiks se ollu vaan nyt se yks ettei ollu [muita näkyny.] M: [Joo] ei me olla [nähty] ainakaan. H: [Mm] E: No onneks. M: Se oli niin hirvee (2.0) se oli menossa vielä XXsen reppuun p(h)erkele he he se tais mennä koulu[reppuun] H: [aa koulureppuun] E: Kiva suprise M: Mieti jos se olis tehny vaikka jotain pentuja sinne ni (2.0) hyi: (1.0) yö:k E: Mut en mä kyl oo nyt mitää hämähäkkejä tääl näkyny (1.0) nähny M: Ei niitä oo näkyny moneen kuukauteen enää. E: Aah [mä] M: [(Me ollaan)] myrkytetty aika paljon. E: Niin ja ehkä jos on tai en mä tiiä jos on kylmempää et kuoleeks ne vai mitä [niille tapahtuu] M: [No nii mutta] ku mä luulen et ne tulis mieluummin tänne [sisälle] E: [Niin sisään] just ulkoota ku [siel on kylmä] H: [#aa#] M: Me ollaan kyllä laitettu tota teippiä tonne. H: Ei se mitään auta (.) [se on vaan sun pään] sisään M: [No ei se kyl hirveesti] E: Niin et sä voit olla silleen trankiila22 et sä niinku mieti ajattele että M: [niin] E: [ei niit] oo enää (1.0) toi auttaa M: Nii mutta kyllä mä näin tossa tossa on pari semmosta reikää mistä mä: ihan näin ku niitä tuli E: Aah M: ni siks mä laitoin niihinki. E: Joo 21 22 Inglés, creapy Portugués, tranquila 107 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 M: Se on kyllä ihan hirveen näkönen se tuli tuolta ihan sitä (1.0) tuolta (0.5) missä on tollasta teippiä niin sieltä oikein tuli silleen et ne jalat tuli ensin sieltä hyi::= E: =yök M: Se oli ihan kamala (.) ne oli niin [isoja] E: [Mut siis] tuleeks sielt myös sit kylmää ilmaakin jos siel niinku on ihan tommonen, M: Nii-i en mä oikeen tiiä (1.5) eipä tuo nyt hirveesti eristä tässä tää teippi.= E: =Nii M: En tiiä. E: Noo mut (3.0) onhan tää muuten ollu kyl ihan mun mielestä tai vaikuttaa tosi hyvältä kämpältä vaikka M: nii= E: =jos ei ota noita örk[kejä] M: [nii no] uuni kyl sais olla E: Ai niin joo M: ja sitä lämmintä vettä illalla(h) hehe mutta nii kyllä= E: =Onks noit noi käy sitte aina illalla suihkussa ni siks ei oo lämmintä [vai miksei oo] M: [Eiku yleensä] ku ne käy aina aamulla ni sitten jos vaikka tiskaa ni siinäkin menee. E: Mut eiks toi sitten se läm- lämmityssysteemi ehi lämmittää vettä. M: Ei [se varmaan.] H: [Ei varmaan] mutta onkohan se sitten sillei että noillakaan ei oo (1.0) [lämmintä] vettä. M: [On] (.) sehän sano se vuokraisäntä että ei se ikinä (1.0) tai että ei illalla voi käydä enää suihkussa. H: #Aa# E: Nii että on aina (1.0) kylmää vettä. M: Nii (2.0) kai se on niin pieni se vesivaraaja et se sen tekee E: Mut toimiiks teillä noi (.) toi on sähköllä eiks toimikki toi H: Joo E: levy ja entäs sitte kaikki noi tai toimiiks teillä kaikki sähköllä vai onks joku kaasulla. M: Ei kaikki on sähköllä. E: Joo ku nyt tuol mihin mä muutin ni (.) siel on toi uuni kaasulla (.) hella kaasulla M: Aah E: ja sit on suihkuki M: [Mitäh?] E: [ja sit] siel on niinku vaan yks se kaasupullo H: #Aa# E: et sinne ei oo niinku erikseen ku Espanjassa mitä mul on jotain kavereit asunu nii niil oli silleen et suihkuun yks kaasupullo ja sitte keittiössä niinku eri H: Mm E: koska sehän menee tosi nopeesti se kaasu H: [#aa#] E: [jos] niinku suihkuvesi ja tollein M: Ni:? E: ja nyt noi tekee sillei ku ne on just portugalilaisii ja sit on työtön ja sit ne on ihan sairaan pihejä ja kaikki pitää säästää ja oli vähän kyllä ärsyttävää (.) m(h)utta nii nyt niil sit se pitää aina vaihtaa se kaasupullo. M: Ai jaa E: Että niinku kokkaukseen tää koska tääl on vielä vähän kaasuu että sitte= H: =aa= 108 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 E: =niinku pystyy kokkailla mut sitten se ei riitä lämmittämään vettä isoo määrää vettä. H: [#Aa#] M: [No] vähä ärsyttävää E: No nii ja sitten vaikka se kaasulla ku se lämpii se vesi ni sit siit tulee joko tosi kuumaa tai kylmää se on ihan tosi vaikeet saada (.) sopivaa M: Nii E: Ni mä käyn nyt nykyää melkein ainavaan kuntosalilla suihkussa. M: Nii no se on se vähä vähä mukavampi (.) mut mitä jos on se nainen työttömänä ni mistä ne saa sitten rahaa (0.5) elämiseen= E: =No en mä oikein tiiä ku mä oon just kysyny että et onks jotain tukia sit ku ei tääl ilmeisesti oo että mut sen tytär saa se saa jotain tukee vähän M: Ai jaa E: et just opiskeluun oisko se joku parisataa kuussa (.) ja sitten se on kyl sanonu et sen äiti (.) sillon kun sen äiti on nyt joku seittemänkymppinen siis ku se on 50 se nainen ja sen 18vuotias tytär ni sit sen niinku tyttären isoäiti siis H: [mm] M: [mm] E: ni se asuu Coimbran lähellä ja (1.0) sillon mun mielest se omistaa jo- jotain vuokratiloja et se saa jotain vuokratuloja M: Ai jaa E: ja mun mielestä [niinku] H: [#Aa#] E: sit sen niinku just se antaa noille rahaa. H: #Aa# M: Oisko vähän ankeeta kuitenki. E: Niin M: ja jos jää työttömäks niin ei mitään. E: Niinpä ei tääl oo niinku aika kurjat oltavat= M: =Nii= E: =jos on työtön et M: Mieti se jos on joku perhekin ni eihän ne voi muuttaa tonne kadulle vaan. E: Nii (.) ja niinku Suomessa on sentään sosiaalituet ja kaikki tollaset M: No niin E: mutta miten täällä sitten. H: #Aa# M: Mutta mites niinku sehän jos se harrastaa jotain balettiakin ei sekää nyt varmaa ihan ilmasta oo E: Joo ei: siis sehän se käy niinku (0.5) se on jossain tanssipainotteisessa lukiossa et se nyt se lopettaa (1.0) kesällä niinku loppuu lukio M: [mm] E: [ja sit] se käy vielä KUUS kertaa viikossa jonkun venäläisen opettajan niinku ihan yksityisel mun miele[stä] H: [#Aa#] E: tanssitunneilla baletin M: Niin varmaa vähä kallista= E: =Nii ja sitten se sil menee kuukaudessa ne balettikengät M: [aah] E: [et sen] joka kuukaus pitää ostaa uudet kengät ja maksaa viiskymppii H: #Aa# E: että 109 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 H: Joo ei oo ihan halpaa E: No ei ja sitte (1.0) mut en mä tiiä sitten sen äiti kyllä tai just niitten isoäiti ni se tuo aina (.) jos se käy ni se tuo sillei isot kaks sellast isoo kärryllistä jotain ruokaa kun niil on M: [Ai jaa] E: [just] semmonen maatila kanssa et ne tuo kaikkee vihanneksia ja (2.0) jotain hedelmiä ja sellasta M: Ai jaa no mut silti on ihan ankeeta kyllä miettiä että E: Mm (1.) no et no nyt mä maksan niille tota [vuokraa=] M: [Niin joo] E: =200 kuussa tai toi on niinku se koko kämppä (.) on 350 ja siihen sisältyy vesi ja sähkö (0.5) ja yks kaasupullo mun mielestä kuussa. H: Mm E: Se on tosi halpaa mut mä maksan niinku (.) se pyytää multa kahtasataa H: [aa] E: [elikkä] niin niit asuu niinku kaks siinä M: Nii E: ja ne maksaa vaa sataviiskymppii yhteensä ja mä maksan 200 H: #Aa# E: että (1.0) mu:t toisaalta ne on niin köyhiä ettei nyt ihan M: Nii (.) ainakin hyvään tarkotukseen E: Niin (1.0) kyl se on ihan ok (0.5) mulle. M: Niin mut silti vähä epäreiluu. E: On se silleen vähän epäreiluu että mun poikaystäväkin tai XXkin just sano siitä että (1.0) et joo aika mielenkiintosesti miten ne niinku laskee noi kulut [että] M: [Nii] miksei sitä muka puoliks laiteta.= E: =Nii (.) et mä maksan niinku vielä enemmän [vaikka niit on kaks.] M: [Miten ne muka kehtaa] sillee. E: Nii mä en mä en sit viittiny sanoo siitä mitään tai mä kysyin että (0.5) niinku vuoden vaihtees ku mä ajattelin et mä voisin muuttaa sinne ni just et mä voisin auttaa niitä ni sit mä kysyin paljo vuokra ois ja sit se sano et ne oli ajatellu sitä kahtasataa (1.0) mis mä sit okei mut sit mä maksan vielä netin kun se on mun netti joka mul oli entises kämpäs M: [Aah] E: [et se] siirrettiin ni se on kaks kymppii ni mä maksan senki et perjaattees mä maksan kakssataakakskymppii [et] H: [mm] M: No käyttääks ne sitä nettii sitte ihan. E: Joo(.) ku se on langaton et kyl neki käyttää. M: No kylhän niitten pitää se sit maksaa. E: No nii kyl mä ajattelin et jos ne (.) no nyt mä en oo kyl maksa- mä oon ostanu jotain ruokii mut se kyl yleensä tekee aina kaikille niinku ruuan [et siit mä en oo silleen] M: [Aah no sitte ehkä] E: Nii (.) mut sitte jos se alkaa pyytää jotain hirveesti summii multa ni sit mä kyl sanon että M: No sä voit kyl sit sanoo et sä maksat enemmän vuokraaki. E: Nii ja sit seki et ku se mun huone siel on viel niitten tavaroita (.) ja se sano että ku sil ei oo tilaa M: Ni[in] E: [Ni] sit must on kans vähä et mä maksan kaks enemmän niinku vuokraa ja silti mulla ei oo niinku sitä koko huonetta mun käy[tössä] että H: [#Aa#] M: Nii on se nyt vähä typerää [kyllä] 110 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 E: [nii niin on] must tuntuu et välillä mä oon vähä liian k(h)iltti että(h) mä en niinku sano [mitään] M: [Niin] E: vaikka tavallaan niinku M: Nii ei sullakaan nyt loppujen lopuks varmaan paljo enempää rahaa [oo] E: [No] ei sen takii mä just muutin halvempaan asuntoon ku, M: Niin ne varmaan aattelee et sä oot jotenkin hullun rikas(h) E: No nii en mä tiedä kyl niitten pitäis tietää: kyl ne nyt on tuntenu mut sen verran että (1.5) on mulla nyt enemmän rahaa verrattuna tommosii köyhempiin työttömiin portugalilaisiin mut ei kuitenkin= M: =No mut silti. E: me ollaan kaikki opiskelijoita ni ei meil nyt [ylimääräst kuitenkaan oo.] M: [Nii: ei nyt paljoa kyl jää rahaa.] E: No niinpä. M: Varsinkin kun sääki meet takas Suomeen ni E: Niin M: siellähän sitä rahaa tarvii. E: No todellakin ja mul ei oo mitään säästötiliikää ni he he M: Ei mullakaan. E: Pitää kyl sit ettii jotain (.) töitä. M: Mm (2.0) mut siis sä: jääksä sitten ihan niinku (1.0) vai meeksä viel takasin E: Öö nyt mä aattelin et mä nyt alan tekee tätä graduu varmaa ens kuussa (2.0) koska= M: =Kauan sä sit teet sitä. E: No emmä tiiä kauan kestää kirjottaa 100 sivuu he he M: [he he] H: [he he] M: Millon sen pitää olla valmis. E: Öö kesäkuun puolivälissä pitää palauttaa ensimmäinen versio ja sitte lopullinen heinäkuu:n jossain alkupuolella (.) jos haluu valmistuu niinku heinäkuussa M: Jaa jaa E: et siks mä kyl yritän siihen (2.5) saada sen sillein tehtyy. M: Joo E: Sit mä aattelin nyt et mä alotan täällä kirjottaa että ku täällä on varmaan paremmin saa (.) portugalin kielistä kirjallisuutta ja tollasta ja sit mä meen Suomeen (1.0) loppuajaks tekee sen niinku ainaki mä oon niin suunnitellu mut M: Mut siis sitteku sä valmistut niin E: Nii sit mun pitää tulla takas tänne joo kesällä vielä= M: =Niin= E: =ja sitte niinku pitää mennä (2.0) mikä mikskä sanotaan suomeks et ku sä meet esittelee sen vähä niinku puolustaa sun työtä vai mikä se on että (.) sä meet niinku esittelee [sen sun gradun ja] M: [mm::] ootappa nyt= E: =ja sitten ne M: Onks se se opponointi. E: Joo varmaan se on suomeks se. M: Että ne [kysyy ne kysymykset] H: [Hmm joo on se se] (.) on se se E: Joo M: Joo on se varmaan se 111 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 E: Joo just sellanen että (.) mun mielestä et mul on ensin 10 minuuttia et mä esittelen sen ja sit ne jotain esittää kysymyksiä ja mä [vastaan] M: [Joo on] se joku varmaan sit se E: sit vissiin pitäis s(h)aada p(h)aperit et on (.) niinku maisteri M: Meinaaks sä sitten muuttaa takas [Suomeen.] E: [Kyl mä] varmaan sit meen takas Suomeen (2.0) koska XXkin on siellä ja sit me varmaan etitään joku kämppä (2.0) niinku yhessä. M: Nii missä se nyt asuu sit. E: No nyt se asuu sen vanhempien luona ku se tota ne sen vanhemmat asuu (1.0) Karjaan lähellä ja sit siit menee joku tunti Helsinkiin=. M: =Joo= E: =ja sitte sen äiti on Espoossa töissä ja nyt XX alotti Espoossa opinnot (2.0) niin se pääsee aina sen äidin kyydillä aamulla ja sit päiväl pois ni H: [#Aa#] M: [Nii joo] E: Nytte se tota ku meiän piti niinku jo nyt muuttaa sillei yhteen mut sitte ku mun piti tulla tänne vielä ni sitte (1.5) sen pitäs maksaa koko vuokra yksin ni M: Ni se varmaa tulee [kalliiks.] H: [Aa aa] E: Sen takii se nyt niinku asuu jonkun aikaa sen vanhempien luona M: No se voi siellä ootella he he E: Joo(h) he he mut sillon hyvä ku se viime vuonna teki Espanjassa noi urheiluhierojaopinnot M: Ai jaa E: Ni se voi tehdä sellasta (1.5) sivubisnestä [että] H: [Nii sellasta] keikkaa E: keikkahommaa ni sit H: [#Aa#] E: saa jotain niinku tuloja siitä nii (3.5) se on ihan hyvä. M: Kauan sillä kestää ne sen opinnot. E: No kolme ja puol(h) vuotta(h). M: Mi- mikä se sitten niinku oli. E: Se on fysio[terapiaa.] M: [fysioterapiaa joo] E: fysioterapeutiks (2.0) et se on niinku ammattikorkeessa just kolme ja puol M: Mut saaks se sitte hyväks luettuu nyt jotain. E: Öö: mä en tiiä mut ainaki se sai niin tota (.) niinku lähtöpisteitä sinne et sen oli helppo päästä sisään (.) siitä= M: =aah= E: =urheiluhierojan koulutuksesta mut (1.5) luulis kyl et vois jotain hyväkslukee H: [Mm-m] M: [Nii luulis] E: [koska] vähän tyhmää niinku uudestaa käydä. M: Niin se olis vähä [(- -)] E: [koska] kyllähän niil on jotain anato[mia] H: [Niin] E: tai jotain tommosii juttuja ollu ainakin mä muistan et Espanjas sen piti lihakset opetella mut ne opetteli latinaks ne (2.0) kaikki. M: Niin joo sen p(h)itää viel s(h)uomeks opet(h)ella E: Nii mä en tiiä nyt että pitääks sen suomeks vielä vai käytetääks niit aina latinan kielisii (.) nimiä 112 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 M: Nii mut hyvä jos ne puhuu sitten jostain= E: =Nii kaise= M: =ei tiiä mitä se tarkottaa. E: Nii onhan sen nyt pakko varmaan niinku asiakkaan kannalta kans et se osaa M: Nii ei se voi aina vaan sanoo latinaks= E: =Nii että tällä tidididii= M: =Sulla on tää ja tää tuolla he he E: Ekstensor fleksor he he M: hehe kai se sit oppii muutenki ehkä E: Mm M: Niinku silleen että E: Se ainaki joskus ku se on hieronu mua sit se jotain käyttää noit ihme latinan kielisii nimii ni mä oon sillee et anteeks mitä (.) mikä M: Aah nii-in E: Sit se on en mä tiiä tätä suomeks. M: hehe joo ehkä sen kannattaa kyllä opetella ne. E: Joo ehkä kyl he he M: Ei vai (.) kauanko aikaa sun pitää vielä nauhottaa. E: No en mä tiiä mä aattelin ehkä et joku (1.5) mitäh? M: Kauan se nyt on ollu. E: Ollaaks me puhuttu jo 18 minsaa. M: En tiiä. E: Ton mukaa joo (.) mä aattelin et niinku joku 10 minsaa ois hyvä he he no ehkä tää riittää M: Sulle tulee hullu työ jos sä: (-) E: Niin joo hei tää riittää nyt kiitos. he he M: Ole hyvä. 113 ENTREVISTA 1 CON LOS INFORMANTES ESPAÑOLES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 E: Entonces/ (RISAS)// cuéntame vuestras experiencias/ dee- de aquí en Finlandia M: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: ¡ooh/// me encanta Finlandia!23 E: pero la verdad no puedes solamente decir que// te encanta§ M: §eeh quita quita H: ( ( ) )// bueno pues/ la verdad es quee/ se esperabaa una cosa muy muy distinta lo quee- lo que hemos visto porque§ E: §aah sí§ H: §aal- al principio decía que claro como es taan eeh// buena E: ¿y te parece que [es buena] o no?24 H: [y] (3’’) hombre te deja mucha más participación prácticamente te deja mucho más aa tu propio estilo como que hacerlas tu mismo con tus estudios/ y después pues con la vida Erasmus o seaa el-// o sea es completamente diferente como estás aLLÍ porque estás todo el día con la gente noo paras vamos prácticamente para nada/// y es eso/ simplemente cambiar un chip yy no paras hasta quee-/ hasta que ahora nos vamos a volver/ porque ha sido sin- sin stop vamos M: pues yo me lo esperaba así más o menos comoo- como lo estamos haciendo E: aah M: sí porque yo pensaría aunque las clases son má(s) suaves porque puedes faltar cuando quieraas y tal§ H: §humh§ M: §pero aquí he aprendido bastante más que por ejemplo de francés que en España// pues aquí me dan francés- me dan- no sé como un total sobre toda la cultura franCEsa y me enseñan bastante de cada cosa// y en Españaa/ para mi nada/ [no eso no pasa nada] H: [yo creo-] yo creo que aquí sobre todo para idiomas que sí que son muy- [mucho mejor porque] M: [para idiomas sí]/ están mucho mejor preparado E: ¿allí en España? H: ( ( ) ) M: no/ aquí en Finlandia H: porque aquí te dejan sobre todo participar mucho máas y no es como allí que allí igual hablas una vez// si es que te pregunta y ya está E: y en España es posible hacer como-/ no sé/ por ejemplo como esto que yo soy una tutora// de- de Anna/ ¿que eso existe en [España?] H: [eeh] / existe per[oo] M: [sí] se llama mentor§ H: § sí mentor M: pero no es- no tiene nada que veer porque lo único que al principio/ si tienes una si tienes un mentor de un estudiante extranjero// le ayudas a encontrar un PIso y sales con él en fiesta pero para nada aquí es mucho más acogedoor/ porque considero que sois mucho más acogedores los finlandeses más hospitalarios H: yo creo que los mentores allí se están más pegados para primer díaa segundo día y ya después más que nada / poca cosa más igual lo de fiesta pero/// yo creo que no es como aquí quee-/ si quieres estar con el tutor y si el tutor está atento yy// normalmente 23 24 Entre risas. Entre risas. 114 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 E: (RISAS) [entonces- entonces tu-=] H: [( ( ) )] E: =tu tutor H: mi tutor la verdad es que no/ [pero=] M: [(RISAS)] H: =pero los de la universidad de Turku sí// son mucho más atentos en comparación de allí/// sí sí M: y tampoco tenemos una asociación como la de/ Esn H: Esn§ M: §Esn E: ¿no existe? M: no H: allá no existe está mucho máss-/ a su bola/ o sea normalmente hay mucho más los ( ( ) ) pero mucho más por su cuenta más que nada§ M: §claro son como agrupaciones separad de- como grupos de amigo(s) comoo-§ H: §sí§ M: §pero no hay ningún grupo que diga vamos a hacer un viaje baRAto/ no no noo/ no es igual H: y mucho menos o sea igual en la- en la universidad/ en cada universidad pero no así-// aquí como en Turku que se ajuntan todo- todos los grupos yy salen juntos y todo/ allí// si hay en la universidad están separados en cada universidad/ o sea si hay tres universidades en la misma ciudad/ va uno por su cuenta E: okei H: humh E: ¿yy ((a ver)) qué más podría preguntar? (RISAS) M: a mí me he gustado bastante [lo de]= H: [humh] M: =tener una asociación para mi es una cosa más importante de-// de§ H: §o sea que te ayuda conocer mucha más gente porque claro no estás en el mismo circuloo/ te mueves un poquillo más M: humh H: te da más facilidad E: y durante vuestraa// ¿cómo se llama laa-?/ el tiempo que habéis vivido- vivido aquí/ ¿yaya habéis visitado otras ciudades? M: ¡buff! H: yo estuvé en Tamperee y bueno/ después de cottage y cosas de esas he estado en Rymättylä yy en Ruissalo25/ pero§ E: §aa H: de ciudades Tampere más que nada// y Estocolmo pero Estocolmo no/ no es Finlandia E: no no M: y he visitado más países este año que en toda mi vida/ [que en todos mis 24 años] H: [(RISAS)] E: [(RISAS)] ¡que guay! M: porque está en-§ H: §cuantos/ bueno M: he visitado Rusia/ Estonia/ Suecia// eeh/ cual más/ Letonia no 25 Barrio en Turku. 115 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 H: Letonia no noo/ Estonia/ Suec- Sueci- Estocolmo aah sí Suecia y Rusia M: síi sí síi y vamos/ todavía- y aún quiero visitar- después dee- quiero ir a Riga quiero ir a Dinamarca// porque está en un sitio estratégico Finlandia para Erasmus porque tienes todos los países alrededor muy barato para- y muy cerca coges el ferry te vas a otro pa[ís=] H: [está-] M: =eso no tiene otro tipo de Erasmus para míi H: humh// sí aquí sobre todo es eso porque la gente eeh se está viendo que viaja muchísimo y encima eso/ está muy cerquita de por ejemplo Dinamarca/ Estocolmo también/ Tallin// Estonia y sí [todo esto] M: [sí] y luego ya toda la Finlandia la Laponia al este/ al sur// Helsinki H: humh M: todo sitio H: y también el cottage26 también/ nos ha gustado M: y la sauna E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: [(RISAS)] E: la sauna/ XX te gusta mucho ¿no? M: síi/ y por fin he probado la sauna [y el hielo] E: [oye-] oye que/ he olvidado preguntar a mis padres si podríamos ir allí a- a nuestrooM: aah [para tu cumpleaños] E: [¿cómo se llama?] H: al cottage E: [sí] M: [claro] a la- a la región de archipiélago de Turku E: sí pero creo que no puedo en enero [porque como=] M: [¿no?] E: =que ahora tengo tanto trabajo con mi tesis§ H: §humh§ E: §y lo tengo que devolver en enero M: ¿y no puedes un dÍA? E: a ver/ pero/ si no en enero entonces een/ febrero ¿no? M: vale vale27 E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: vale pues vamos a hacer otro cumpleaño(s) en otro mes E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: [(RISAS)] H: en enero también tenemos un montón de cumpleaños ¿eh? M: ¡y también el suyo! E: [aah] H: [al treinta] E: ¿qué día? H: al treinta E: yo al diecisiete 26 27 Inglés, cottage. Dicho sonriendo. 116 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 M: veintitrés H: veintisiete/ veinte el de Lucile§ M: §y también de Evelin y Julie/ las franceses tal vez veintidós o veinticuatro H: ¡buff!/ hay como siete u ocho/// no sé si hay más E: toda la semana H: sí sí M: sí demasiado H: bueno hombre al principio del curso/ bueno de semestre// que/ normalmente se nota montón que hay mucha más fiesta/ y la gente no tiene- no tiene que hacer nada de trabajo M: sí sí a ver la gente nueva que viene E: ¿es verdad que- que no tenéis quee hacer tanta-/ hacer tantas cosas para la universidad o-?§ M: §yo porque yo creo que es sobre todo para idiomas H: idi[omas] M: [y sin] embargo una amiga mía Evelin está een/ ¿cómo se llama? H: en económicas M: económicas y ella por ejemplo tiene que trabajar mucho y tiene que entregar muchas papers28 cada día// y se nota diferencia entre yo y ella E: porque a mí me parece que todos los estudiantes de Erasmus/ todo el tiempo están// en Onnela29 oH: (RISAS) M: ¡pero a mí no me gusta Onnela! [(RISAS)] E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] E: pero- porque yo no podría/ porque cada semana tengo TANto trabajo§ M. §ya§ Y: §que tengo que hacer en la universidad y entonces no- no tengo tanto tiempo§ M: §pero me dan mucha facilidad porque yo por ejemplo falté un examen un día porque estaba en un barco/ y después me dijo NO pasa nada/ ya lo harás otro día// sabes [que=] H: [humh] M: =aquí me dan más oportunidad eso mucho más flexible [con=] E: [ah] H: [sí] M: =con los estudiantes extranjero(s)§ H: §y últimamente tampoco es que ni siquiera- porque hay asignaturas que te pidan asistencia yy hay algunos profesores que dan flexibilidad casi total E: aah que bien/ entonces os tratan diferen- diferen[temente=] H: [sí] E: [=que nosotros=]/ H: [sí sí] E: =finlandeses// NO es justo M: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: hay que volver a España de Erasmus [(RISAS)] E: [(RISAS)] 28 29 Inglés, papers. Bar en Turku. 117 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 H: pero igualmente en España hay mucho más horas de teoría en clase/ yo mismo podría estar hasta 25 horas 30 horas y [aquí con mucho=] E: [¡tanto!] H: =aquí con mucho cinco diez// en una semana/ o sea es un cambio muy grande M: humh E: yy- pero a mi parece que ya- ya habéis hecho bastante aquí en Finlandia ya habéis visitado muchas ciuda[des=] H: [humh] E: =y países/ entonces ¿qué vais a hacer el año que viene?/ que todavía-/ que tú también ¿te quedas [aquí?] H: [sí sí]/ un año sí sí E: como/ vale H: sí pues§ E: §ya sabéis que- (RISAS) H: pues eso eeh visitar Estonia igual no sé sii todos visitaremos los mismos sitios§ M: §yo quiero ir a los fiordos de Noruega H: ¿los qué? M: los fiordos de Noruega H: humh E: ¿los que? M: los fiordos E: ¿qué es? M: fiordos eeh ¿cómo se dice en inglés?// eeh H: no lo sé/ no tengo ni idea M: son esos eeh son acantilados que hay en Noruega que/ eeh pasa el mar/ y vas en un barco [yy=] H: [humh] M: =( ( ) ) del púlpito y de los sueños y son como acantilados muy grandes como montañas E: aah M: yy pasas por el medio dell- del mAR y es un paisaje precioso E: aah vale M: pero no sé cómo se llama en inglés peroH: ya// humh M: peroE: creo que lo sé porque yo he visitado§ M: §seguro lo has [visitado] E: [Noruega] dos veces M: sí hay uno que está en el norte cerca de las islas de los pájaro(s) o algo así se llama// y otro está más cerca de la capital de Oslo/// quiero hacer muchas cosas/ yo me siento como me falta aún quiero volver a la sauna/ no sé y conocer a muchos fineses H: y en el sur hay muchas cosas por visitar30 en- en el sur de Finlandia hay mucho país que M: sí sí no sé quiero ver que llegue el día de laa// de laa ¿cómo se llama el día de Finlandia? ¿no? H: vappu/ laa fiesta finlandesa M: sí la fiesta que hay [en mayo] E: [en mayo] sí vappu se llama vappu M: vappu como Vappu31 [(RISAS)] 30 Entre risas. 118 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] E. sí eso sí/ es una fiesta grandísima§ H: §¿y también hay alguna otra fiesta universitaria por estas fechas o algo así? ( ( ) ) E: creo que es ( ( ) )/ a lo mejH: me sonaba me sonaba E: juhannus/// quizas M: San Juan E: es- está een// [junio] M: [24 de] de junio H: ya E: pero no es una fiesta tan [grande=] H: [no pero] E: =que vappu H: no no (5’’) M: y eso de general// genial (RISAS) muy bueno H: en general sí E: y ahora ¿qué vais a hacer cuand- öö/ durante la Navidad? H: pues eso/ mucho máas tranquilidad con [mis padres] E: [con la familia] H: sí M: sí/ porque toda la diferencia que hay es que en España siempre tenemos que estudiar para después de Navidad// porque los exámenes son en enero y febrero§ H: §sí exacto E: ¡que rollo! M: es un rollo toda la Navidad estudiar [y no salir] H: [y hace] y hace mucho tiempo que no no tenemos y encima yo que también que muchas veces tenemos exámenes para septiembre y en verano también estas allí pensando en los exámenes y tampoco paras mucho 31 Vappu escrito con mayúscula refiere a un nombre finlandés de la chica. Todos, la entrevistadora y los informantes, tienen una amiga en común que se llama Vappu. 119 ENTREVISTA 2 CON LOS INFORMANTES ESPAÑOLES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 E: Bueno entonces ¿podían contarme un poco sobree// la vida Erasmus/ por ejemplo porque han elegido/ venir aquí a Por- a Portugal/ a Porto? M1: Bueno elegí venir a Portugal// porque no me ( ( ) ) Polonia (3’’) porque mi objetivo era ir a aprender inglés§ E: §humh§ M1: §pero como no tenía nota suficiente/// elegí también Portugal y al final/// me ((dieron)) Oporto (3’’) así quee/ bueno por lo menos aprendo portugués que nonunca pensé queE: que ibas aprender M1: exacto// no estaba en mis planos E: ¿pero te gusta o-? M1: sí sí sí// sí sí// y como Brasil ahora está en auge pues (3’’) pues puede ser que me vaya a Brasil32 M2: (RISAS) E: vale y tú M2: pue(s) el caso fue exactamente parecido/ porque mi facultad eeh había mucha gente// que quería irse de Erasmus a lo(s) países nórdico(s)// pero hay poca plaza/ entonce(s) eeh// hicieron un examen/ eeh para todo(s) loo(s) Erasmu(s) entonce(s) quien tuviese má(s) nivel en inglés eran las personas que pudieron quedar con esa plaza/ entonce(s) yo me quedé con uun cua- un cinco y me quedé en la lista de espera/ y no pude conseguir plaza para lo(s) países nórdico(s)/// eeh en Portugal había muchaa plaza vagante// y una de ella era Porto die(z) mese(s)/// entonce(s) decidí irme a Porto/ y la verdad quee estoy contenta porque/ mm lo que es ((respecto a)) cultura prefiero un país como Portugal que a lo mejor un país nórdico E: humh M2: por el temaa eeh no sé por el tema de frío/ también por la gente/ por la cualidad de vida/// eeh lo único que a lo mejor/ me hubiese gustado vivir en un país nórdico// eeh sería un poco/ sentir el invierno como tal/// porque aquí por ejemplo/ bueno el invierno parece a nuestro entonces el choque cultural no es muy-§ E: §sí/ [sería un poco más]/ exótico ¿no? M2: [muy fuerte] M1: exacto M2: sí/ para nosotros se llama diferente/// y también por el tema dee- por el tema de idioma por el inglé(s) porque también ((mi inicial)) intención era practicar más mi inglé(s)/// pero bueno también tengo amigo(s) de Erasmu(s) que están en sus países y también salen con mucha gente española y le resulta un poco difícil hablar inglés M1: sí M2: así que bueno/ creo que al final nosotra(s) somos afortunada [(RISAS)] M1: [ sí/ sí]/// aunque estás ahí ((con)) españoles M2: sí/ hay [muchos] E: [yy]/// ya también lo he notado [que hay muchos españoles=] M2: [(RISAS)] M1: [(RISAS)] E: =y normalmente siempre// quedan juntos M1: sí sí// sí aquí es muy/// 32 Entre risas. 120 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 M2: común M1: sí// la gente son españoles y hacen grupo/// yy no se abren/ a otras culturas ni otros- otra gente// es difícil E: ¿pero vosotras ya habían// eeh encontrado otro- otros estudiantes de nacionalidades diferentes o también/ vosotros vosotras solamente tienen amigos amigas españolas? M1: bueno yo// me junto con españoles33 [(RISAS=)] E: [(RISAS)] M2: [(RISAS)] M1: =sí/// pero bueno// no sé// la gente/ la casa al principio sabes había// una romana/ una lituana en realidad no tuvimos mucho re- contacto con ellos [porque=] E: [aah] M1: =eran bastante raras M2: [(RISAS)] E: [(RISAS)] M1: y así/// bueno como vivimos con port- varios portugueses yy con chico eslovaco/// bueno yo medio practico mi inglés y tal pero- pero sí me junto más con españoles E: humh M2: mi objetivo cuando vine aquí en Portugal era NO juntarme con los españoles E: ¿y qué tal?34 M2: (RISAS) muy mal [(RISAS)] E: [(RISAS)] M2: lo tenía muy claro// entonce al princi- bueno los primeros meses de Erasmus yo estuve en Bracança// una ciudad que está en norte/// entonce eeh hicimos un curso de portugué// y en el curso de portugué muy bien/ porque había gente de todos lo(s) países// entonce cuando estuve en Bracança fue unaa- una oportunidad buena para conocer otra cul- cultura para practicar mi inglé/// pero desde cuando vine aquí/// a Porto ya eso fue35 casi imposible// porque (( )) una ciudad// eeh hay mucho(s) Erasmu(s) pero lo(s) Erasmu(s) se relacionan más por grupo/ nacionalidades/ porque en Bracança por ejemplo una ciudad muy pequeña entonce/ aunque tú no quiera/ encontrate otra(s) nacionalidades al final/ te las encuentra y te une/ porque hay a lo mejor tres bares y en los tres bares siempre te encuentras la gente Erasmu(s)// y aquí no entonce por ejemplo mi facultad/// encontré españoles yy- y bueno y no sé/// la gente de otras nacionalidades no sé donde se meten [de verdad=] E: [(RISAS)] M1: [(RISAS)] M2: =yo intento buscarlas pero no las encuentro E: ¿y ya hace cuanto tiempo que están aquí?§ M1: §desde septiembre E: ah M2: yo tam- bueno yo llegué en octubre/// a Porto/// pero bueno también conocemos algunos portugueses/ algunos italianos§ M1: §exacto M2: Taru que- [la finlandesa] E: [sí/ la finlandesa] M2: bueno más o menos intentamos M1: relacionarnos [con=] M2: [sí] 33 Entre risas. Entre risas. 35 Entre risas. 34 121 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 M1: =mucha gente vamos un poco a nuestro ( ( ) ) M2: sí// también lo que pasa que Maria// con el tema del inglés yo a lo mejor [estoy=] M1: [claro] M2: =un poco más desenvuelta con el inglés M1: pero yo no/// mi inglés es bastante/// malo E: ah pero- pero entonces solamente tienes que practicar [y practicar] M1: [sí sí sí]/// sí pero a mí no me da vergüenza hablar inglés porque noo/// pero mi inglés es limitado// porque yo tengo inglés ((del base)) [instituto=] M2: [(RISAS)] M1: =entonces/ claro no hablarlo nunca/// pierdes gramática [y pierdes el vocabulario=] E: [claro] M1: =pierdes pues claro me cuesta el doble mantener una conversación por ejemplo con cinco personas para mi es// yo lo entiendo/ pero hablar me cuesta porque tengo que pensar/ [pensar=] M2: [(RISAS)] M1: =((desde)) la conversación pasa// y sabe§ M2: §y no puedes hablar [(RISAS)] M1: [claro/// claro claro]/// pero bueno/ mi intención es el año que viene/// irme a Londres °(o a algún sitio// para hablar inglés)° M2: yo te he dicho que comienza aquí a practicar/ inglés porque cuando vaya a Londres§ M1: §ya§ M2: §y los ingleses comienzan a hablarle/ se va a quedar con una cara E: (RISAS) M1: ya M2: de boba (RISAS) M1: (( )) E: pero normalmente se aprende rápido/ cuando vivir en un país M1: ya M2: y cuando no te relacionas con españoles§ M1: §ya§ M2: §porque también conozco mucha gente que se ha ido a Inglaterra/// y al final ((esta vez)) también JUNto [con españoles (RISAS)] M1: [con españoles// ya] M2: no lo entiendo M1: somos un ((gueto)) E: (RISAS) M2: no lo entiendo M1: somos un ((gueto)) E: pero podían hablar entre sí en otras li- lenguas// por ejemplo en portugués/ o en inglés M2: yo intento hablar con Maria a veces en portugués pero ella se ríe [(RISAS)] M1: [(RISAS)] E: porque por ejemplo yo también Ta- Taru laa otra finlandesa§ M2: §sí§ E: §ella quería aprender portugués y por eso as veces nos hablamos en portugués§ M1: §aah§ E: §en vez de finlandés§ 122 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 M1: §aah§ E: §que así ella puede aprender [mejor] M1: [ya]// a mí me suena raro/// claro que una española-// si es una conversación grande con más gente/ puedo sabes/ pues a lo mejor sí que puedo hablar en portugués y tal pero si estoy con ella sola/// no// es como/ no puedo cambiar la lengua sabes como// que no puedo hablarte en portugués// M2: (RISAS) M1: entra la risa y no E: (RISAS) M2: poco a poco (RISAS) cuando llegue el final de Erasmus al final Maria y yo hablaremos [en portugués] M1: [en portugués]/// venga va M2: va a ser nuestro siguiente código// lingüístico M1: sí/ sí M2: el portugués (RISAS) E: ¿y habéis aprendido bem// bien digo [(RISAS)=] M2: [(RISAS)] M1: [(RISAS)] E: =portugués/ no portuñol? M1: bueno bien yo// ahora estoy haciendo B1/// de portugués/ y más o menos me defiendo por hablar ((en una conversación)) y faltan muchas palabras y mucha práctica pero-// pero ya pude hablar al principio E: sí normalmente es muy fácil para los españoles M1: sí peroo yo lo entendía/// pero me da vergüenza hablar porque como// la pronunciación es super diferente sabes [nos cuesta=] E: [es] M1: =nos cuesta mucho más a los españoles que a lo mejor E: a mí también/ en finlandés no existen los sonidos que existen en portugués§ M1: §ya§ E: §los sonidos nasales por ejemplo M1: ya/ ya M2: PEro por ejem- eeh la gente piensa/ por ejemplo eeh la gente de los países de las nacionalidades diferentes a la espa- a la española/ piensan que para los españoles es muy fácil hablar portugués M1: sí M2: y no es verdad M1: no M2: yo creo que es más fácil a lo mejor para un eslovaco/ o para un francés/ o para uun no sé// [para un alemán] E: [y para un italiano] M2: no italiano tampoco porque también puede ser parecido/ o para un alemán puede ser más fácil aprender portugués/ que para// a ver por ejemplo lo que es el primer contacto con la lengua para un español es más fácil porque podemos entenderlo/ pero para las nacionalidades que tienen (( ))// mm creo que es más fácil porque como es totalmente diferente§ M1: §claro§ M2: §sabes que una palabra es// completamente diferente a laa [palabra] que tú dices en tu vocabulario E: [sí] 123 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 M2: tu lengua materna/ entonces para nosotros como es tan parecida al final§ M1: §la confundimos§ E: §[sí] M2: [claro] M1: [claro] M2: intentas hablar y como se ve que es tan parecido/ piensas que no estás hablando bien// y después los sonidos/ las vocales/ todo diferente M1: sí// nosotros nos equi- nos equivocamos MÁS M2: sí§ M1: §que la gente que comienza desde el principio porque nosotros al final nos inventamos las palabras/ como son iguales muchas/ es como/ esto se dice así pues/ así [((lo que pasa es que es=))] M2: [(RISAS)] M1: =más fácil comunicarlos con la gente desde el principio porque M2: es muy parecido§ M1: §claro E: sí es verdad/ y por ejemplo yo también muchas veces tengo dudas sobre algunas palabras§ M2: §humh§ E: §portuguesas porque no sé si as- a veces no sé si son portuguesas o [españolas] M1: [españolas] claro// claro E: y muchas veces hablo portuñol [porque=] M1: [(RISAS)] M2: [(RISAS)] E: =porque yo también ya sabía español antes de mudarme aquí// yy pienso que antes hablaba mejor español que ahora/ que ahora es má(s)- más una mistura de [dos lenguas] M1: [(RISAS)] M2: [(RISAS)] M1: claro M2: pues bienvenida a nuestro mundo36 E: [(RISAS)] M1: [sí/// sí/ sí] M2: porque es lo que nos pasa M1: pero bueno poco a poco/// a ver si por lo menos (( )) B1 y sacamos un titulín M2: sí/ que es una intención en mayo/ hacer un examen porque aquí hay muchos españoles que les da igual el portugués§ M1: §sí§ M2: §vienen solamente aa E: divertirse§ M2: §sí/ divertirse y ya está E: aprovechar la vida Erasmus M2: exactamente E: viajar y§ M1: §sí M2: pero nosotras por ejemplo tenemos más intención de aprender idioma/// y parece también que tienes que estar siempre mm con mucho- siempre con mucho portugueses// porque también si tú puedes hablar con gente que son extranjera en portugués no es lo mismo porque noo- es decir M1: claro ellos hablan más o menos como tú/// no hablan el portu[gués correcto] 36 Entre risas. 124 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 E: [sí/ sí] M2: claro// entonces hay también-// eeh eso hace que noo- que no- que no aprenda el portugués portugués entonce claro para estar también rodeada siempre de portugueses/ está siempre escuchando portugué/ la única- mm digamos la única opción que tenemos es las clases/ las aulas con la profesora hablo portugués§ M1: §claro§ M2: §porque después en la calle/ es muy difícil estar con portugueses/ es muy difícil hablar portugués E: es M1: sí/ por eso son muy cerrados/ o sea son muy suyos a lo mejor los españoles también/// peroo// que cuestan-// son/// muy amables y muy atentos pero cuestan entrar en su mundo§ M2: §sí§ M1: §sabes een-§ M2: §en su día a día§ M1: §sí// tener amistad con ellos§ E: §sí/ sí M1: es complica(d)o M2: y también cuando vas a las tiendas/ es una cosa que YO/ NO la soporto/ me pone nerviosa (RISAS) que a lo mejor eeh intentas hablar portugués y ellos fácilmente reconocen que eres española por[que] E: [y comienzan] hablar [een inglés] M1: [en español] M2: [en español] no/ en español E: aah para mí en inglés M1: sí M2: claro porque tú eres [eeh] de otro país E: [sí/ sí claro] M2: pero para nosotros eh los portugueses siempre tienen como muchaa- eeh mucha intención de hablar otra lengua extranjera entonces aprovechan el mínimo/ [para hablar] M1: [para hablarte] M2: claro para hablar en español o en inglés// pero lo que yo digo/ eeh yo he venido aquí aprender portugués no quiero que me hables en español M1: claro M2: porque si no yo me quedo en casa con mi madre y con mi padre [(RISAS)] M1: [(RISAS)] E: [(RISAS)] M2: yy es imposible/ es imposible M1: ya M2: todas las veces que voy a un sitio/ todas las veces/ es la misma historia/ hablo- [intento hab-] E: [¿siempre?] M2: siempre siempre siempre/// estoy cansada// yo creo que la única-§ M1: §a mí no me pasa M2: pues a mí sí M1: tampoco hablaré mucho con los M2: [(RISAS)] E: [(RISAS)] M2: hay muchas personas que hablan portugués conmigo siempre/ pues en la facultad-/ en la facultad por ejemplo cuando hablo con los profesores cuando hablo con los co-orientadores/ ellos siempre me hablan en portugués porque a lo mejor ellos sí tienen un poco// la 125 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 mentalidad de- mm mm son extranjeros que quieren aprender nuestra lengua/ pero en la calle en la tienda M1: a mí me pasa atreves/// en mi fa- mis profesores que saben hablar español/// aunque ellos hablen portugués/ me hablan en español§ M2: §¿ah sí?/// pues no/ yo tengo E: ¡que extraño! M1: sí/ sí M2: (RISAS) (( )) lo contrario M1: bueno supongo también// los de ahora no porque laa-/ la mayoría no hablan/ español creo// pero en el primer cuatrimestre los dos profesores que tenía sabían espa- y me hablaban en español/ y yo como yo tampoco no sabía comunicar muy bien/// pues en español M2: claro// ((y así tiene)) nunca la oportunidad M1: claro M2: porque en principio no sabes expresarte bien entonces claro/ cuando ellos reconocen que no puede/ te hablan en español y entonces tú te ya ves un poco insegura/ entonces tú las hablas en español M1: claro§ M2: §y entonces nunca tienes digamos la oportunidad de/ voy a aprender portugués M1: claro E: ¿y no tienen compañeros de piso con- portu- portugueses/ con quien se podía hablar en-? M1: ¿aquí? E: aquí sí/ en esta casa M1: sí sí tenemos/// dos chicas portuguesas y un chico portugués/// pero es muy diferente porque a nosotros al ser Erasmus// y ellos// ser de aquí// la gente va mucho entre y sale de casa// cuando quieren entonces coincidimos muy poco M2: ellos tienen su vida/ los fines de semana después [se van=] M1: [claro se van] M2: =a su casa M1: claro M2: entonces E: claro como todos los portugueses M1: [(RISAS)] M2: [(RISAS)] M1: claro/ claro entonces si hacemos alguna cena o tal sí pero así en día a día// hay veces- hay días que no los vemos// no coincidimos M2: en el horario/// tú vives con portugueses E: mm sí/ con tres portugueses y unaa mujer de Austria M2: aha E: pero ellos todos trabajan/ entonces normalmente estoy sola en casa37 M1: ¿sí? M2: (RISAS) ¿y no te parece aburrido? E: un poco sí M2: (RISAS) M1: ¿llevas aquí ya dos años? E: sí/ dos años y algunos meses// pero primero yo hizo- hize los estudios de Erasmus o de Coimbra group// en Coimbra M1: aa E: entonces vivía allí/// cinco meses 37 Entre risas. 126 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 M1: humh E: y después M1: viniste a Porto E: sí/ para hacer el mestrado M1: ¿te gusta más Coimbra/ o Porto? E: Porto porque es una ciudad más grande M1: ya/ ya E: y sí/ hay más vida/ y movimiento y todo M1: sí/sí hay movimiento por el centro/ a mi me sorp- una cosa que me sorprende mucho es que aquí a las siete/// cierran las tiendas/// entonces a las ocho een las zonas comerciales/// va desapareciendo la gente// Rua Santa Catarina a las ocho ya de tarde como ¿dónde está la gente? M2: (RISAS) M1: y como en España super diferente las tiendas cierran§ E: §a las diez o nueve M1: sí/ a las nueve/ las tiendas locales así a las nueve/ y a las- centros comerciales a las diez pero aquí como a las siete las tiendas locales E: pero aquí es extraño porque loos centros comerciales// mm están abiertos até las once oo M2: sí/ es verdad M1: sí sí/ bueno sí M2: pero eso es más bien en laa// mm ¿cómo decir? no en el centro/ sino en la periferia un poco E: sí/ en Dragão por ejemplo M1: claro E: o enn// ¿cómo se llama?///Norte Shopping§ M1: §sí/ claro M2: porque lo que pasa que el centro de Porto es más bien/ un centro comercial pero de día/// la gente normalmente vive a las afuera no vive// en el centro centro M1: claro E: sí M2: entonces a lo mejor si te vas a las afuera/// cual- digamos lo que es el exterior del centro/// se puede ser que haya/// bueno tam[poco] M1: [¿tú crees?] M2: no M1: no M2: no es que [la gente] M1: [la gente es] es muy casera aquí M2: sí M1: es muy casera M2: sí M1: bueno yo// a ver lo que es el centro pues donde está Piolho y todo eso siempre hay gente M2: bueno depende que día ¿eh?§ E: §depende de día/// los- los domingos no M1: claro E: Porto está muerta/ los domingos M1: ya/ ya pues sí/// ya pues yo no lo entiendo porque-/ bueno yo que sé a lo mejor cuando venga buen tiempo yy§ M2: §claro o sea más [vida] M1: [hay gente] más porque el invierno M2: hace frio 127 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 E: sí y la gente no quiere salir [por eso] M1: [claro claro]/// peroo- pero no somos °(muy caseros)° M2: en Málaga se sale da igual/ estación del año/// se sale a las diez de la noche M1: estáa M2: siempre hay gente M1: sí M2: a lo mejor eeh el invierno E: o excepto si llueve M2: sí/ es verdad si llueve la gente no sale (RISAS) porque nosotros no estamos acostumbrados a lluvia// entonces nosotros cuando llueve// lo relacionamos con estar en casa con la manta E: (RISAS) M2: y con la estufa M1: claro M2: y también una ciudad Málaga/// que como no suele llover mucho// no está preparada para la lluvia// entonces si llueve y sales a la calle/// tú verás un caos/// porque te mojas los pies/ te mojas los pantalones mm// o sea no está preparada para la lluvia// entonces por eso motivo por el cual la gente se queda en casa M1: ay/ que (( )) de Málaga (RISAS) es que el año pasado también estuve viviendo en Málaga E: ah ¿y te gustó? M1: me encantó E: a mí también M1: [(RISAS)] M2: [(RISAS)] E: quería voltar allí M1: sí E: porque todavía tengo amigos allí M1: sí/ yo también quiero volver M2: ¿españoles/ amigos españoles? E: sí M2: ¿de Málaga? E: sí// y también una amiga finlandesa M1: ¿que está allí? E: sí, sí que [se-] M1: [gustó tanto] que se quedó ¿no? E: sí y también tiene mm novio español// y ahora// tiene también un bebe con él M1: sí M2: ¡oooh!/// los malagueños en el sentido de Erasmus creo que nos relacionamos más con la gente// que en otra-// porque por ejemplo en España/ en Salamanca que es una ciudad pequeña muy universitaria// eeh conozco gente que ha estado allí/// eeh no de Erasmus sino me refiero al intercambio de la universidad española// y gente de Málaga salió a Salamanca y (( )) imposible relacionarse con la gente de Salamanca M1: sí M2: porque son gente muy M1: cerra- muy suya§ M2: §muy suya E: ¿ah sí?/ no lo sabía M1: yo tampoco 128 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 M2: y después también conozco otra eeh chica que es amiga es eslovaca y es amiga de- de la que vive aquí con nosotras// eeh bueno Fili y ella dice que claro ella vino de- se fue a Oviedo está haciendo Erasmus en Oviedo que está en norte/ y se vino con la idea de España alegría la gente riendo M1: (RISAS) M2: y viste que en Oviedo/// la gente E: bueno yo también pienso que el ambiente en Málaga o en Anda[lucía] M1: [Andalucía en general] E: sí/ [es diferente] M2: [es más animado] es más animado que en otros sitios M1: sí que en el resto de España sí/ es verdad 129 ENTREVISTA 1 CON LOS INFORMANTES PORTUGUESAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 E: então podiam contar-me um pouco sobre o carnaval// por exemplo/ o que é que se faz normalmente no carnaval/ como é que se celebra? M1: é assim/ depende de sítios/ hã mas acho que cá por acaso em Ovar/ no Porto que é o sítio mais característico// quer dizer não é no Porto mas na zona de norte Ovar é mais característico// que para onde eu vou todos os anos// as pessoas ma- mascaram-se/ vão para a rUA e andam por aí// a beber/ a rir e a dançar/ a meterem-se com as outras pessoas// depois há um concurso de melhor máscara E: e é uma festa só para as crianças ou vocês também [costumam- ?] M2: [não// os adultos também] [mas as crianças é que=] M1: [depende de hora] M2: = se mascaram mais M1: depende de hora/ é assim/ nas escolas normalmente ass- as crianças é que se mascaram e depois vão todas para as festinhas// mas a noite é especialmente para- para os adultos M2: sim E: e por exemplo no ano passado// fizeram alguma festa ou saíram com os amigos ou M2: eu mascarei-me bailarina// [e fui sair=] M1: [que surpreendente] M2: =e fui a Armazem de chá// na rua José Falcão/// ver os Kumpania Algazarra/// e foi muito giro E: ah/ e foste com os teus amigos ou- ? M2: sim// fui com uma amiga/ e com outros amigos dela que não conhecia M1: foste com quem? M2: com Elsa M1: ah também estava ( ( ) )/ a Elsa também estava de quê? M2: de hippie E: hippie (RISAS) M1: é me(s)mo a cara dela/// eu ano passado fui a Ovar outra vez pa variar e fui vestida dee/// aah de parola/ pronto misturei montes de cores/ montes de coisas diferentes e fui toda colorida da cabeça aos pés// pronto fui com pessoas da minha turma também/ o Andre// foi vestido com um lençol por um lençol e pôs Nesquik no lençol misturou com água quente e aquilo ficou tingido e ele enrolou à volta do corpo e foi assim vestido// tou a falar a sério/ foi assim que ele foi vestido/ o que é que era não faço ideia [(( ))] E: [(RISAS)] M2: um fantasma borrado M1: (RISAS) não sei/ devia ser/ mas depois ele também levava na cabeça tinha muita piada depois nós tiramos fotografias ele assim// tas a ver imagina como se tivesse a fazer tai-chi ou assim teve muita piada// pronto/// este ano não sei se vou algum lado não tou com paciência M2: eu não vou E: não/ não vais? M2: não/ vou para a aldeia da minha avó E: aah/ e até que dia vais ficar lá? M2: eeeh terça-feira E: mhum M2: quarta-feira tenho um ensaio M1: é de uma e meia até as três o ensaio [agora falando nisso]? M2: [ não/ não]/ é das duas às quatro 130 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 M1: das duas às quatro pra toda a gente é o de contemporâneo// é que eu tenho o ensaio com Isabel Barros e marquei com ela a uma da tarde dá tempo se é das// não das duas às quatro M2: com Isabel§ M1: §sim porque ela pediu para ver a mostra tás a ver? pa ver o que é que achava// e eu disse que na quarta-feira podia ser M2: pronto M1: vou marcar pa de manhã E: então tu- tu também danças balé ou- ? M1: eu tento (RISAS) a Maria dança/ eu tento// mas sim M2: até parece M1: és melhor do que eu isto é certo não é? E: e já há quantos anos que danças? M1: é assim/ dançar danço desde os sete mas onde a Maria dança só comecei este ano/// que é mais a sério E: aah/ tu vais também às aulas de Ro- Roman? M1: sim vou vou E: aah (RISAS) e gostas do professor?38 M1: gosto/ ele é muito exigente só que é difícil acompanhar porque ele// tem exercícios muito complexos que não estou habituada mas pronto// vou-me habituando devagarinho M2: mas é fixe M1: é E: e tu também XX gostas dele// do professor? M2: gosto/ é mui-§ E: §apesar de ser// muitoo M1: exigente§ E: §sim M1: sim apesar de ser exigente/// é bom professor M2: mas era preciso ele de ser exigente também porque se não// [o nível=] M1: [é] M2: =que ele quer M1: é boa pessoa tem dias E: e os estudantes lá têm o mesmo nível ou- ? M2: não/// há pessoas que fazem balé há muitos anos/// e há outras começaram mesmo há pouco tempo e as idades também são muito diferentes M1: não são muito M2: são/ Isabel tem 22 [ou 23 anos] M1: [vão de 16] aos 20 M2: não/ aos 14 ou haaa coisa disse que tinha 14 M1: mas ela não faz aulas connosco M2: fazem depende dos dias M1: fazem quando são poucas/// é diferente M2: oh/// não E: então todos os estudantes estão lá ao mesmo tempo e apesar doo/ nível diferente? M2: sim E: e como é que ele consegue dar aulas para- ? M1: também não sei mas ele consegue misturar tudo é engraçado (RISAS)/// o nível de-§ M2: §porque é uma forma das pessoas que ainda não sabem bem ir apanhando/// o que as outras já fazem 38 Entre risas. 131 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 M1: sim/// acho que é que assim as outras pessoas que não sabem tanto têm mais aquela intenção tentar chegar ao nível das outras M2: e os bocadinhos vão [ap-=] M1: [sim] M2: =aprender as coisas e a saber as coisas M1: e depois também acho que ganham eu pelo menos falo por mim eu quando entrei não tinha a capacidade e não tenho ainda neh// só que comecei ganhar mais disponibilidade para decorar exercícios também e acho que esses dão imenso o facto de sermos/// de níveis diferentes porque eu tinha de acompanhà-las e então já puxava mais pela minha cabeça E: e também tens aulas seis vezes por// [semana?] M1: [não]/ só vou três vezes E: aah M1: porque tenho instituto de inglês à segunda-feira e depois tenho uma folga à quinta39/// pa descansar E: então não é o mesma- não é a mesma coisa para todos- todos os [estudantes] M2: [não]/ as [pessoas] E: [se pode] se pode eleger quantas vezes [ir] M2: [podem] podem ir de duas vezes aa/ [cinco vezes] M1: [já não] se pode ir duas vezes agora M2: quem é que te disse? M1: a professora Sara M2: quando? M1: quando eu me inscrevi M2: não mas a Sara ia só duas vezes M1: oh então era uma excepção quando [eu me inscrevi] M2: [pois só que] ela ia duas vezes só que era como se não fosse aluna da escola/// ela andava lá mas eles não corrigiam como se fosse uma aluna que quer ser bailarina M1: pois M2: tas a perceber? M1: pois porque eles a mim disseram-me duas vezes não era suficiente// que tinha que ser três M2: pois mas ela num quer ser ela já é bale-/ tipo já é boa// ela só quer treinar o corpo e [nunca=] M1: [mas] M2: =parar de dançar M1: mas sabes que falei com ela e agora já está com intenções de ser mesmo bailarina M2: quando é que ela disse isso? M1: oh/ ela não me disse olha quero ser bailarina E: (RISAS) M1: mas eu perguntei-lhe se ela pensava fazer isso e ela ah não sei estou trabalhar dois cursos mas as vezes penso nisso e gostava/// clássica não mas contemporânea gostava ela disse-me isto M2: sim mas ela também/// me disse que tomou a decisão dee- no conservatório não seguir/// porque eles lá só pensam ainda assim e não fazem mais nada e ela não queria isso e ela não consegue// tar só a fazer uma coisa 39 Entre risas. 132 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 M1: eu sei ela também já me disse isso mas- mas ela deu-me a entender que gostava tentar pelo menos// fazer dança/// ser bailarina M2: oh// eu acho que se fizer de tipo assim umas coisinhas mas não é agora deixar/// um curso de cinco anos que fez/// para ser bailarina outra vez§ M1: §olha lá logo se vê daqui há uns aninhos quando vai acabar (RISAS) E: e vocês normalmente dançam balé clássico ou contempore- contem[porâneo?] M1: [clássico] E: ou os dois? M2: sim os dois M1: mas é mais clássico M2: ah? M1: ah// sim M2: é mais clássico lá naquela escola§ M1: §pois M2: mas na// na escola E: de Roman? M2: não/ no Balé Teatro E: ah no Balé Teatro M2. é é contemporâneo M1: pois mas ela tava falar de Roman M2: mas ela disse dança não disse só naquela escola E: [(RISAS)] M1: [pronto// okei] E: e tu também queres ser profissional ou tentas ser profissional? M1: não sei porque também estou a estudar teatro// eu no Balé Teatro tou a tirar teatro// não estou a [tirar dança=] E: [aah] M1: =por isso ando assim meio perdida no meio de duas áreas// não sei/ mas provavelmente vou mais para o teatro// do que para a dança E: e este é o último ano para vocês não é? [noo- no secundário] M1: [para mim não]/ estou no segundo ano e ela está no terceiro§ E: §aah/ então ainda tens tempo para pensar [o que queres fazer no futuro] M1: [mais um ano sim ainda tenho] E: e a XX/ tu já sabes o que é que queres fazer/// eeh no próximo ano? M2: não/ quero estudar/// dança/// mas não sei [aonde] E: [onde] M2: nem sei se é no próximo ano M1: devias ir devias ir para fora M2: pois é preciso dinheiro/// e entrar nas audições M1: [há bolsas] E: [mas há] mas há bolsas M2: imensas// há [um site que é o OKestudante] M1: [não é bem assim] M2: já viste esse site? M1: não M2: mas é só para a Inglaterra// eles pagam-te tudo E: tens que procurar informação para ver se há bolsas§ 133 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 M1: §pois mas só- pra só pra ir a fazer uma audição// gasto prái 400 euros E: ai tanto? M1: com o avião/ com o preço de audição/ com o preço de hotel E: aah M2: tens que trabalhar no verão M1: mas a audição/ as audições são todas agora// e na primavera acabam E: então se calhar podias// eeh aindaa dançar um ano mais aqui no Porto// [e depois] M2: [pois foi] o que pensei/// mas não estou a ver se tenho [algum sitio para dançar] E: [ou procurar agora] um trabalho para/// ter dinheiro M1: tens sempre Roman não é?/// mas profissionalmente é diferente M2: sim mas o Roman é duas horas por dia/ não quero passar o resto de dia olhar para as paredes E: NÃO/ por isso te disse que podias procurar um trabalho [ou tentar-] M2: [pois mas o que eu queria] era um trabalho na dança/// mas não me parece que isso vai acontecer M1: podes sempre fazer audições comó Bruno M2: posso// já fiz uma não passei logo no primeiro dia mas M1: também foi a primeira vez E: mas tu ainda és tão jovem que também podias procurar um trabalho qualquer só para ter dinheiro§ M2: §sim eu pensei nisso só que é complicado porque as aulas de balé são das sete as nove// ou seja um part time à noite não dá porque a aula é até as nove e uum inteiro de dia até as seis de tarde não dá// porque a aula começa as sete E: aah/ é verdade M2: por isso tem que ser um trabalho muito especial40 com um horário tipo até as quatro ou até as cinco M1: vais trabalhar para o Balé Teatro/// fazer bilheteira M2: yá e ganhar 10 euros por cada dia de bilheteira E: [(RISAS)] M1: [(RISAS)] M2: devia dar pra muita coisa41 M1: [(RISAS)] E: [(RISAS)] M1: então olha vai trabalhar para contabilidade E: ah já há onze minutos que falamos então acho quee§ M1: §ah é? 40 41 Entre risas. Entre risas. 134 ENTREVISTA 2 CON LOS INFORMANTES PORTUGUESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 M: eu não sei se ainda se chama IDT42 H: já não/ agora [chama-se=]43 M: [pronto] H: =como/// não sei como é que se chama agora mudou de nome§ M: §pronto mas era o antigo [IDT=] H: [sim] M: =em que se falava muito da questão da disponibilização das drogas leves e dos exemplos nórdicos/ também/// hum/ e opinião dele acerca disso/ não sei§ H: §eu não ouvi essa opinião mas quer dizer isso/ depois fala-se de qualquer coisa não é desde que seja M: pois! H: tem tem/// é um bocado isso que acontece nas pessoas/// que tem alguma projeção na comunicação social conseguem conseguem falar de temas que depois a maior parte [do pessoal=] M: [pois] H: =e acham que são são super super dotados// mas já se percebeu no passado que que des/ criminalizar alguma coisa não funciona/ não é? M: pois! H: porque as pessoas continuam ter/ eh/ acesso/ se não for de uma maneira legal é de uma maneira ilegal M: exatamente// e ele ele até falava um bocado da questão do/ do do tabaco e do álcool que/ que ele// ele dizia que também eram drogas não é?// não não são considerados por nós drogas ele disse se acabar por criminalizar/ pouco// entre aspas/ ou criticar pouco a questão do álcool e da da do tabaco quando matava muito mais gente do que as chamadas drogas/ não é? H: sim porque está está perfeitamente aceite [não é?] M: [exatamente] aceita-se imenso que as imensas [pessoas] E: [acho que] vamos fazer uma pausa44 H: ta bem H: humm sabes que a questão das drogas/// tu quando defines drogas defines uma série de estupefacientes que são usados M: pois H: desde medicamentos não é? desde o paracetamol// que se toma// até/ até heroína! M: o engraçado é isso é que normalmente nós só falamos de de heroínas de/ sei lá cannabis ou essas coisas mas se formos ver o paracetamol até mata mais facilmente! H: mata mata M: são oito gramas não é? [de paracetamol/ é isso] H: [seis/ seis/ mata] M: é assim/ nós estamos pens- eu acho que nós estamos pensar muito mal/ sei lá eu nunca H: primeiro acho que devemos integrar na cultura de que estamos falar/ não é?§ M: §sim Instituto da Droga e Toxicodependência Suena el timbre. 44 El fontanero entró en la casa y ahora está haciendo mucho ruido. 135 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 H: porque se se formos para culturas diferentes a definição de droga já já é diferente também não é?/// sei lá/ há países que o álcool é completamente proibido/ né? há países em que o tabaco/ não sei se tabaco é proibido em algum lado mas M: sim45 H: não sei mas E: aqui em Portugal todas as drogas são legais ou? H: não E: ou ilegais?§ H: §não/ a lei mudou/ a lei mudou/ eu tanto quanto sei a lei em Portugal é a das mais permissivas da Europa M: excetuando a Holanda talvez não? H: não [mesmo em relação à Holanda=] M: [mesmo Holanda?] H: sim/// eu não sei detalhes não sei os detalhes da lei/ mas sei que em Portugal por exemplo é permitido tu teres droga contigo até um determinado limite M: penso que serão cinco gramas H: não sei/ depende da droga depende [da droga] M: [acho que] 5 gramas de de// cannabis// acho eu que é isso H: eu devia saber até porque estou a trabalhar com eles/ mas§ M: §acho que [sim]46 H: [mas] não sei depende da heroína/ LSD ( ( ) ) E: mas pode-se usar as drogas mas não podes ter contigo?§ H: §tu podes ter contigo§ M: §podes ter contigo E: aah H: mas é estranho porque é ilegal comprar// mas podes ter contigo E: aah H: percebes? [é uma parte que não percebo] M: [acho que é uma questão] de não/ processual/ não vais condenar uma pessoa ou não vais abrir um processo contra uma pessoa [que tem tão pouco=] H: [pois é isso] M: =acho que é mesmo por economia processual porque no fundo H: sim/ porque a ideia a ideia não é não é liberalizá-las mas é começar/ quer dizer isso demora muitos anos mudar a mentalidade e a educação das pessoas/// porque como álcool como o álcool o álcool é uma droga perfeitamente aceita por toda[ a gente=] M: [é!] H: não é?/ e e as pessoas têm [que se mudar] M: [e causa muitos] problemas sociais não é? se formos a ver§ H: §sim [sim] M: [eeh] mesmo a nível de violência domestica a nível de/ sei lá// uma data de coisas que são causadas ou pelo menos favorecidas pelo álcool§ H: §sim não sei números mas sei que o número de alcoólicos aqui em Portugal é superior/ às pessoas que usam drogas/ percebes? 45 46 Entre risas. Entre risas. 136 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 M: acredito/ [acredito] H: [é muito superior]/ porque tu podes comprar um pacote de um litro do Lidl/ eeh [mais barato=] M: [é verdade] H: = quase quase do que compras água E: hmm M: alguns vinhos são mais baratos§ H: §o vinho de [mesa] M: [mais baratos] do que leite [por exemplo] H: [sim] M: o que ridículo a sério/ o vinho é [mais barato=] H: [é verdade] E: [(RISAS)] M: =do que o leite! H: dois pacotes de litro de de leite de vinho de mesa custam p’rai 40 cêntimos ou 50 cêntimos M: e leite mais barato custa por volta de 60 [penso eu] H: [sim] M: eu acho// é mesmo questão de definir o que é droga e o que ée/// que é que seria abuso de drogas não é? não sei/ há a questão do uso e há a questão [do abuso=] H: [do abuso] M: = acho eu H: oh pá/ a linha não é fácil de definir/ eu trabalhei durante muito tempo trabalhei durante um ano/ durante dois anos trabalhei numa associação que eles têm umas// linhas condutoras com as quais eu não concordava/// do gênero eles têm programas de metadona de baixo limiar/ são são são programas de baixo grau de exigência perante os utilizadores de [drogas=] M: [hum] H: =de heroína/// e eles defendem que a droga no caso destes utentes que é uma opção deles/ eh/ o consumo de droga/ fazem dela uma opção M: no início H: mas depois a desculpa pois/ mas depois o arg- argumento falha um bocado quando estamos a falar de utilizadores droga com com 20 anos estão completamente desestruturados/ perderam a família toda M: exato H: que destruíram todo o dinheiro que tinham// neste momento são sem abrigo e o único objetivo de vida deles é continuar a consumir M: pois H: e já não comem M: perdem um bocado o norte não é? é um bocado disso H: sim [sim=] M: [se calhar deixa] de ser uma escolha H: =percebes é isso a linha em que começas a que estar dependente e que e que/// ou não/ és um consumidor esporádico// a sorte é que o tabaco não nos altera o comportamento/ senão M: pois/ hoje saiu uma notícia curiosamente sobre o Paul McCartney que dizia que ia fumar o último charro aos 69 anos/ [hãã] H: [não vi] M: eh? H: não vi M: é assim a notícia não tem nada de extraordinário é mesmo só isto/ porque ele diz que a filha dele eeh a filha mais nova// quee fez algumas comentários negativos sobre o facto ele 137 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 usar canNAbis e não sei quê e então ele disse// hã as declarações eram qualquer coisa do género eu já sou velho já não preciso de drogas [(RISAS)] E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: o que é assim uma coisa ridícula porque então porque é que// qual é a relação entre a idade e o precisares e porque é que agora/ se nunca conseguiste até agora como é que agora vais deixar// decidir hãã deixar e acabou/ hã é um bocado/ não sei/ como é que defines o vício de uma pessoa que faz só porque lhe apetece e ser uma coisa destrutiva mesmo no nível do do tabaco e do álcool é destrutivo não é?/ em diferentes níveis/// são opções da pessoa neste caso H: eu acredito que que na/// em primeiro lugar temos que falar de pessoa quem é// percebes? que há pessoas que são// são a vida inteira dependentes de alguma coisa não é? e o que acontece muito com os meus utentes há muitos deles que deixam heroína mas passam p’ó álcool! M: pois [é substituição] H: [têm que ter] alguma dependência qualquer ali/// passam de uma para outra/// sei lá por exemplo eu eu/ eu bebo/ eu bebo vinho todos os dias M: hum E: todos os dias?47§ H: §todos os dias bebo mas§ E: §mas com a comida não? H: sim/ sempre [com a comida] M: [a minha avó] também bebe e nunca teve problemas com isso§ H: §não§ M: §bebe aquela dose todos os dias/ agora até aquela história do coração que faz bem ao coração o vinho tinto§ H: §agora descobriram [que faz bem] E: [sim] M: [pronto]// mas eu nunca vi nem a minha avó nem o meu avô passar daquilo nem/ nem ter algum problema com isso mas// há muita gente que tem! H: sim por exemplo eu bebo todos os dias todos os dias/ às duas principais refeições eu bebo álcool mas não bebo fora// a não ser à noite no Piolho M: sim/ mas isso [são questões sociais] H: [e agora menos] porque a cerveja ‘tá mais cara M: (RISAS) H: mas/// mas isso faz parte da minha educação que os meus pais também já os meus pais já me deram eu segui os padrões deles/ não é?/// e eles bebem às refeições e eu simplesmente comecei comecei a imitar o comportamento deles M: eu lembro-me quando eu era miúda// era normal os meus avós/ não os mesmos mas os meus avós mais velhos paternos// dizerem-me// quatro cinco anos olha não queres umas sopinhas de vinho? H: ( ( ) ) M: e eu achava/ eu nunca gostei não é? não gostava do vinho mas achava aquilo assim um bocado tipo mas o vinho não é pa gente grande? achava aquilo na minha cabeça da menina pequenina/ hã mas é verdade que é uma questão cultural também H: sim [sim sim] M: [a questão de-] o vinho é muito cultural eu acho// eeh aqui até porque somos uma terra de produtores não é?/// mas/ quer dizer 47 Entre risas. 138 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 E: e por exemplo na Finlândia os vinhos custam tanto que que não podemos beber cada dia H: sim muito caro E: é muito mais caro lá do que aqui H: vocês não produzem vinho nenhum M: aqui qualquer agricultor pequenino pode produzir uns barrizitos [de vinho=] H: [é] M: =é uma coisa§ H: §é só bebidas destiladas que vocês produzem lá E: cerveja e sidra H: pois E: mas vinho não H: por exemplo a minha avó ela dava/// ela punha pão dentro de um pano// eles não tinham chupetas né? M: [sim]48 H: [ela punha] pão dentro de um pano e embebia aquilo em bagaço/ bagaço é tipoo M: aguardente§ H: §aguardente sabes? E: aah H: e depois dava aos meus tios/// e eles adormeciam// como é óbvio não é? eles ficavam bêbedos M: é verdade fazia-se isso aos bebés p’ós pais irem trabalhar não é?§ H: §sim/ e não choravam a noite toda// era bestial/ claro que os meus tios têm todos uma pancada mais ou menos porque/// [desde pequenos que eram bêbedos] M: [oh mas antigamente era] por ignorância/ alguém fazer isso hoje/ já é mais/// as pessoas têm um bocadinho mais obrigação saber os efeitos dependendo dos meios óbvio/ mas antigamente era normal aquilo fazia-se como se faz hoje em dia dar um biberão de leite não é? H: eu hoje em dia tenho essa perspectiva sabes tenho também na área que trabalho mas humm/// claro que que o essencial ée é a educação e quando compararmos com algumas questões básicas que nós estamos a ver aqui sei lá nos países nórdicos já já discutiram há 50 anos atrás/// do aborto [e não sei como é que é o aborto na na] M: [nos estamos sempre um bocadinho atrasados] H: não sei se é legal ou não mas é é/ na Finlândia mas é tudo uma questão de de educação [porque=] M: [é] H: =quando falo com os meus ut- tóxicos/ que têm mais ou menos a mesma idade/// e que falo sei lá de hepatite B hepatite C/ falo do HIV M: hum H: ainda noto que há pessoas// que nunca na vida ouviram falar daquilo percebes? e vivem e vivem em 2012 também como nós M: eu também conheço ainda gente do que tu falas em HIV e ainda pensam naquilo como uma coisa que nem pode chegar à tua beira H: sim mais ou menos isso/ mais ou [menos isso] M: [eu conheço pessoas] assim inclusive na minha família/// ainda há muita ignorância de facto porque/ imagina/ não sei se tens HIV ou deixas de ter mas eu posso perfeitamente conviver contigo sem nenhum tipo de problemas/ há muita gente que ainda acha que não e que acha que é obrigatoriamente uma sentença de morte// e e já não é tanto assim não é? 48 Entre risas. 139 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 H: sim/ ainda um bocadito mas§ M: §sim mas não é como era há 20 anos§ H: §não não é§ M: §isso é óbvio/ há gente vive aí tantos anos com aquilo e// não não tem problemas nenhuns// depois há pessoas que ainda relacionam muito voltando voltando à questão de drogas ah porque se tens HIV é porque obrigatoriamente andaste metido na droga ou nas prostitutas ou qualquer coisa assim§ H: §a verdade§ M: §são factores de risco mas não obrigatório H: é verdade que durante muito tempo foi assim não é? M: sim// ou então és gay/ também H: [pois] M: [também] há essa questão (RISAS) H: pois/ mas a verdade é que durante muito tempo foi assim não é?/ porque porque porque// quer dizer uma mulher podia engravidar um gay não// portanto o uso de preservativo começou mais tarde M: pois H: por exemplo na na comM: na comunidade§ H: §no meio homossexual claro ( ( ) ) porque eles não engravidavam não é? e é normal M: hoje em dia não é assim/ não é? H: hoje em dia não é assim mas há pouco tempo falei com a médica de infecciosas e ela disse que está outra vez a aumentar humm M: ah é? H: sim a prevalência em em na comunidade homossexual M: eu ouvi também que tava tava aumentar a prevalência em cidadãos mais- a partir de 60 anos acho eu H: por causa do Viagra/ sim M: não sabia mas está/ pelos vistos está a aumentar imenso§ H: §surgiu o Viagra então é um problema porque a malta// quer recuperar o tempo perdido M: pois mas também não sabe o que é que são os preservativos49 não é? H: pois é§ M: §esse tipo de pessoas recusa não é? H: eu acho que os meus pais nunca viram um preservativo à frente/// quer dizer viram a embalagem pelo menos M: sim H: mas não sei se viram o preservativo E: a sério?! H: a sério§ M: §é possível aqui/ sabes que aqui em Portugal para muitos efeitos ainda somos um país um bocadinho atrás no tempo não é? H: eu não sei como sabes Portugal está longe da Europa para o bem e para o mal// não é? M: sim é H: tem coisas boas por tar longe da Europa como está a Europa central não é?// mas também tem coisas más// hã a parte boa é que nós não temos grandes problemas sociais vá não temos guerras/ não temos aqueles conflitos como vimos em Londres no último verão 49 Entre risas. 140 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 M: mas também é um bocado por inércia não é? H: quer dizer é tudo! M: é H: temos bom tempo percebes? a malta vai beber uns copos/ a malta sempre liberta algum stress// por aí/// sei lá por exemplo tu nunca ouviste em Portugal dizer que um gajo ( ( ) ) uma pistola e foi foi para uma escola e matou M: não/ graças a Deus!§ H: §não sei quantos gajos/ percebes? M: é verdade H: mas mas aconteceu na Finlândia/ aconteceu noutros países nórdicos M: e agora [na Noruega] H: [aconteceu na América] E: sim na Noruega também H: aconteceu agora na Noruega? M: foi [o ano passado=] H: [aah aquele gajo] M: =aquele maluco H: mas os gajos malucos vamos sempre apanhando M: sim mas [aqui em Portugal não temos história disso não é?] H: [até para isso nós estamos bem] nós não temos tremores de terra não temos [não temos=] M: [sim/// é verdade] H: =não [temos grandes secas] M: [mas temos outras coisas] não temos cultura não temos50 E: [(RISAS)] M: [é verdade] H: [temos] uma coisa temos uma cultura especifica nós saímos de uma ditadura/// dura não é?/// que tivemos durante muitos anos a ditadura acabou há muito pouco tempo e M: sim é verdade H: e 35 anos à escala de um país não é nada não é? nada não é? [não é nada portanto em 35 anos vão-se três gerações depois] M: [sim/ o nosso país tem 12 séculos] ou lá o que e que é? (13:29) H: sim somos o país nós éramos o país até a entrada agora/// acho que foi/// o Montenegro// não foi Montenegro foi um país qualquer dos recentes [que entrou éramos os mais antigos=] M: [éramos os mais antigos da União Europeia] H: =que tínhamos as fronteiras mais antigas M: é verdade/// sei lá foi D. Sancho não é? que ((fez/ definiu)) as últimas fronteiras assim uma coisa H: é capaz não sei M: é provável acho que sim/// a minha história está um bocadinho desatualizada51 H: e a educar um país a esta escala [claro que=] M: [complicado] H: =demora muitos muitos anos não é? e e esta passividade que nós também temos com a clima e com com tudo M: com o clima e com os/ não sei acho [que nós=] H: [ajuda] 50 Entre risas. 51 Entre risas. 141 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 M: =ficamos ver o mundo passar e deixamos estar quando as coisas chegam cá/ tá bem H: olha olha [o que aconteceu] M: [olha que fixe] olha que fixe/ é mesmo!/// eu eu lembro-me ainda hoje estava a ouvir um programa na rádio/// em que o fulano dizia/ em 87 ouvimos falar da internet// e essa era coisa/ e em muitos países havia princípios não é?§ H: §sim sim aqui sempre chega tarde não é? M: aqui sempre chega tarde e mais caro e mais lento ee tudo isso52 que a gente/// é complicado é complicado H: as questões culturais sempre muito difíceis de de dee M: ultra[passar] H: [ultrapassar]-se é uma é [uma barreira gigante] M: [sobretudo um país] que viveu tanto tempo fechado ao mundo não é? H: não tínhamos coca-cola/ não tínhamos M: pois não/ era proibido/ sabes que era proibido proibido vender coca-cola aqui durante [a ditadura?] E: [nãao] não sabia M: era era eeh a marca de capitalismo H: sim nós não tínhamos nada basicamente não tínhamos McDonalds não havia nada só havia produtos portugueses/// não é? M: produtos portugueses e mesmo assim mal não é? (RISAS) H: sim// mas havia mas havia havia alguma industria que nós tínhamos/ neste momento não temos nada M: pois// havia muita coisa era proibida porque ele ele dizia que era símbolo do capitalismo então não se podia/// não se podia vender nem comprar e quem tinha era um luxo mesmo e iase a Espanha a comprar H: sim rebuçados íamos a Espanha/ íamos comprar os rebuçados M: e bacalhau íamos ia-se a Espanha comprar bacalhau a sério H: meu deus que miséria/ eu ia com a minha família com as minhas tias e por ai fora na camioneta// a Espanha e eu achava que a Espanha era uma gigante fabrica de rebuçados porque sempre que lá iam/ traziam rebuçados M: é verdade/ não havia nada e pelos vistos nós hoje em dia// comemos marmelada ou doces como se fosse uma coisa normal pelos vistos a questão de marmelada e dos doces era terrível// nós somos um país mesmo pequenino53 mas é tal coisa tamos aqui tão sossegadinhos e ninguém nos chateia no fundo não é? H: só só Troika e [e] M: [(RISAS)] mas fomos nós que os chamamos porque senão eles não vinham/ fomos nós que os chamamos mas a verdade é essa ninguém nos chateia H: mas eu acredito acredito que de facto as diferenças culturais// porque são marcantes sabes e algumas são difíceis de mudar ou senão impossíveis M: também temos um população muito envelhecida não é?§ H: §tem[os] M: [passa] muito por aí [também=] H: [temos] 52 53 Entre risas. Entre risas. 142 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 M: =porque a malta não é// deixa/ sei lá eu acho que nos estamos mais abertos à mudança e há vamos experimentar! os velhotes não coitadinhos pensam não não [vamos com calma] H: [sim sim] é sempre mais difícil introduzir uma mudança [claro] M: [é] mais difícil mas é como se diz burro velho não aprende [línguas é um bocado isso=] H: [(RISAS)] M: =hããã/// maas passa mui- passa por muitos factores todas as questões de drogas e de// sei lá tudo isto que nós falamos é muito cultural e muito social H: sim há/ tavas a falar em relação ao uso de drogas e ao HIV e então essa medica disse-me que a prevalência do do HIV esta aumentar em em malta nova/ muito nova§ M: §sim§ H: §que fazem um jogos sexuais muito estranhos estranhos do gênero põem uma garrafa entre eles há um HIV positivo/// põem uma garrafa a rodar// e a garrafa em quem parar ele tem que ter relações com esta pessoa com HIV positivo porque eles acham que// já há terapêutica eficaz// contra contra o HIV eu achei isso assustador mas M: isso é aqui em Portugal? H: sim sim aqui em Portugal [e malta nova] M: [não é possível] H: mesmo entre gerações/// cultas não é? existe esta falta de de de informação incrível! M: é H: essa libertinagem/ de poder E: então não têm aulas na escola de-? H: têm têm aulas na escola só que depois é a desinformação que também existe não é? e mitos que se criam e e M: também a educação sexual que existe hoje em dia nas escolas eu acho que não é muito elucidativa pelo menos a que eu tive não era H: eu não estou a par/ eu não estou a par mas tenho 29 e quando dei a saúde sexual na escola foi estudar a vagina e foi estudar o pénis [e ponto final] M: [pois é pouco mais] do que isso não é? H: e punto final M: não há/ eu dei um bocadinho mais que isso eu tenho 26 mas/ e mesmo agora tenho vários primos/ tenho primos de várias idades e eles não falam// vêm-me perguntar coisas que acho que não deviam perguntar a mim/ deviam ter na escola ou aos pais mas aos pais nem pensar H: já não é mau perguntar [(RISAS)] M: [é verdade] é verdade mas eu fico assim OK// não é não sei se é propriamente o meu papel mas OK respondo/ humm/ mas é complicado porque não há muita informação e depois os miúdos acham que podem fazer tudo não é? H: sim [sim sim sim] M: [que são imunes] a tudo hãã e é engraçado a propósito falarmos de de farmácias e de gente nova e medicamentos e drogas// hã uma vez falei com uma farmacêutica que daquelas farmácias/ dee- onde tens medicamentos de venda livre as parafarmácias H: hum M: em que ela nos dizia/// hmmm que a lei em muitos aspectos era ridícula porque era/ por exemplo tu podes ir a farmácia comprar a pi- a parafarmácia pode vender H: [pílula de dia seguinte] M: [a pílula de dia seguinte] mas não podem vender pílula normal/// ou e não pode por exemplo vender paracetamol de um grama mas pode vender de [500 e tu tomas 2] H: [dois 500] 143 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 M: é igual/ hã e ela dizia a propósito de pílula e dos miúdos/// que ao sábado aquilo era num shopping/ a parafarmácia em questão/ que ao sábado à noite/ eles fechavam à meia-noite a partir das onze e meia começavam fazer filas as miúdas 12 anos 13 anos e ela diz que não tinham mais pelo tamanho e tudo o mais// a comprar pílula do dia seguinte diziam que era para ir para a noite e pa depois tomar/// quer dizer§ H: §mas não engravidavam não é? M: não engravidavam mas comportamento de risco não é? naquela idade a gente lá sabe se elas sabem com quem é que se iam meter/// e depois 12 anos digo eu quee// pra toda a gente é pr- é precoce acho que não sou só eu que digo (RISAS) H: pois eu acho que é precoce/ pelo menos os 12 anos portugueses são precoces M: pois! H: os 12 anos finlandeses não sei como é que são mas mas os 12 portugueses são são precoces M: pois! H: e mesmo [os 16 portugueses são precoces] M: [mesmo nível de aos] 12 anos ainda nem sequer cresceste completamente [nem pouco mais ou menos] H: [não/ um português com 18 anos] um português com 18 anos é capaz de viver sozinho mas os finlandeses já estão a viver sozinhos praí há 7 E: [(RISAS)] H: [(RISAS)] M: [e mesmo a nível de corpo] mesmo a nível de corpo quer dizer/ não sei faz-me muita confusão esse tipo de coisas// se calhar sou eu que estou a ficar velha (RISAS) H: o corpo ainda vá que não vá mas mas a cabeça como é que um rapaz de 18 anos pode pagar as contas?§ M: §aqui neste pais muitas vezes aos 35 o cérebro também ainda não cresceu portanto§ H: §pois isso é que é preocupante M: [(RISAS)] H: [isso é que é preocupante] M: alias/ se virmos se virmos as pessoas por quem somos governados/ alguns coitadinhos ainda estão em fase de crescimento portanto H: pois tão M: não sei H: mas a gente vota neles 144