3. Análisis de los metadiscursivos conversacionales en la

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F AC U L D A D E D E LE T R A S
UNIVERSIDADE DO PORTO
Taina Ikola
2º Ciclo de Estudos em Tradução e Serviços Linguísticos
Los metadiscursivos conversacionales en la lengua finlandesa, española y portuguesa
2012
Orientador: Rogelio Ponce de León Romeo
Coorientadora: Isabel Margarida Duarte
Classificação: 17
Ciclo de estudos: 2º Ciclo de Estudos em Tradução e Serviços Linguísticos
Dissertação
Versão definitiva
AGRADECIMIENTOS
A todas las personas que me ayudaron a realizar este trabajo: a mis profesores por
transmitirme sus conocimientos, a mis amigos (en especial Jorge Sá y Diana Santos) por todo
el apoyo, a mi familia y a mi novio que a pesar de la distancia siempre han estado conmigo.
Especialmente agradezco al profesor Rogelio Ponce de León y a la profesora Isabel Margarida
Duarte por la orientación, la motivación y el apoyo recibido a lo largo de este trabajo.
A todos, muchas gracias.
i
RESUMEN
El presenta trabajo se centra en las funciones de los metadiscursivos conversacionales en la
lengua finlandesa, española y portuguesa. El objetivo es contrastar estos marcadores para
establecer sus correspondencias en un glosario. También se analizan algunos diccionarios
bilingües con el fin de determinar si incluyen o no información suficiente para la traducción
de los marcadores. Partimos de un marco teórico constituido por la gramática descriptiva del
finlandés, del español y del portugués. Para apoyar la teoría usamos el Análisis de la
Conversación. El corpus comprende, en total, seis conversaciones que grabamos en 2008 y en
2012 en Finlandia y en Portugal. Los resultados indican que los metadiscursivos
conversacionales tienen sólo parcialmente las mismas funciones en las tres lenguas en
cuestión. Además, los diccionarios bilingües no contienen información sobre los valores de
los metadiscursivos conversacionales en la lengua hablada. Por eso, sería importante prestar
atención a las diferencias entre los metadiscursivos conversacionales en la enseñanza de las
segundas lenguas para que los estudiantes de traducción, entre otros, aprendan a usar los
marcadores correctamente.
Palabras clave: metadiscursivos conversacionales, lengua hablada, Análisis de la
Conversación
ii
RESUMO
Este trabalho centra-se nas funções dos marcadores de feed back na língua finlandesa,
espanhola e portuguesa. O objetivo é contrastar estes marcadores para estabelecer as suas
correspondências num glossário. Também se analisam alguns dicionários bilingues a fim de
determinar se incluem ou não informação suficiente para a tradução dos marcadores. Partimos
de um marco teórico constituído pela gramática descritiva do finlandês, do espanhol e do
português. Para apoiar a teoria usamos a Análise da Conversação. O corpus compreende, em
total, seis conversas que gravamos em 2008 e 2012 na Finlândia e em Portugal. Os resultados
indicam que os marcadores de feed back têm só parcialmente as mesmas funções nas três
línguas em questão. Além disso, os dicionários bilingues não contêm informação sobre os
valores dos marcadores de feed back na língua falada. Por isso, seria importante prestar
atenção às diferenças entre os marcadores de feed back no ensino de línguas estrangeiras para
que os estudantes de tradução, entre outros, aprendam a usar os marcadores corretamente.
Palavras chave: marcadores de feed back, língua falada, Análise da Conversação
iii
ABSTRACT
The present study concentrates on the functions of feedback markers in Finnish, Spanish and
Portuguese. The objective is to compare the functions of these markers in order to make a
chart, which describes the differences and similarities between the functions. In addition,
bilingual dictionaries are analyzed in order to indicate whether they include enough
information for the translation of discourse markers. The points of departure for the analysis
are the descriptive grammars of Finnish, Spanish and Portuguese. We use conversational
analysis to support the theory. The corpus of the study consists of six conversations recorded
in Finland and Portugal in 2008 and in 2012. The results indicate that the feedback markers
only function partially in the same way in the three languages in question. In addition, the
bilingual dictionaries do not contain information about values of feedback markers in the
spoken language. Thus, it would be important to take into consideration the differences
between the feedback markers in second language teaching. In this way, students of
translation, among others, could learn to use the discourse markers correctly.
Key words: feedback markers, spoken language, conversational analysis
iv
TIIVISTELMÄ
Tässä tutkielmassa keskitytään dialogipartikkelien funktioihin suomen, espanjan ja portugalin
kielissä. Tavoitteena on vertailla näiden partikkelien funktioita, jotta niiden eroista ja
yhtäläisyyksistä voitaisiin tehdä taulukko. Lisäksi analysoidaan kaksikielisiä sanakirjoja, jotta
voitaisiin selvittää, kuinka hyvin ne soveltuvat dialogipartikkelien suomentamiseen.
Tutkimuksen lähtökohtana toimii suomen, espanjan ja portugalin deskriptiivinen kielioppi.
Teorian tukena käytetään keskusteluanalyysiä. Tutkimusaineisto koostuu yhteensä kuudesta
keskustelusta, jotka on nauhoitettu vuosina 2008 ja 2012 Suomessa sekä Portugalissa.
Tutkimuksen tulosten mukaan dialogipartikkeleilla on vain osittain samat funktiot kyseisissä
kolmessa kielessä. Lisäksi kaksikieliset sanakirjat eivät sisällä tietoa dialogipartikkeleiden
tehtävistä puhekielessä. Näin ollen olisi tärkeää ottaa huomioon dialogipartikkelien
funktioiden erot vieraiden kielten opetuksessa, jotta muun muassa kääntämisen opiskelijat
oppisivat käyttämään niitä oikein.
Asiasanat: dialogipartikkelit, puhekieli, keskusteluanalyysi
v
1. Introducción ................................................................................................................ 3
2. Marcadores del discurso ............................................................................................. 6
2.1 Historia y definiciones .......................................................................................... 6
2.2 Clasificaciones en finés......................................................................................... 8
2.2.1 Partículas del diálogo ................................................................................... 11
2.2.1.1 Joo ......................................................................................................... 12
2.2.1.2 Niin ........................................................................................................ 13
2.2.1.3 Mm ........................................................................................................ 16
2.2.1.4 Ai y jaa .................................................................................................. 16
2.2.1.5 No .......................................................................................................... 17
2.2.1.6 Tä(h) y hä(h) ......................................................................................... 18
2.3 Clasificaciones en español .................................................................................. 18
2.3.1 Metadiscursivos conversacionales ............................................................... 20
2.3.1.1 Sí ........................................................................................................... 21
2.3.1.2 Ya .......................................................................................................... 22
2.3.1.3 Bueno .................................................................................................... 23
2.3.1.4 Bien ....................................................................................................... 24
2.3.1.5 Eh .......................................................................................................... 25
2.4 Clasificaciones en portugués ............................................................................... 25
2.4.1 Marcadores de feed back ............................................................................. 31
2.4.1.1 Sim......................................................................................................... 31
2.4.1.2 É y é verdade ........................................................................................ 31
2.4.1.3 Pois ....................................................................................................... 32
2.4.1.4 Hã, eh y humm ...................................................................................... 32
2.5 Comparaciones de las clasificaciones ................................................................. 33
3. Análisis de los metadiscursivos conversacionales en la conversación ..................... 35
3.1 Metodología: Análisis de la Conversación ......................................................... 35
3.2 Informantes y corpus........................................................................................... 36
1
3.3 Partículas del diálogo en las conversaciones finlandesas ................................... 39
3.3.4 Funciones de joo .......................................................................................... 41
3.3.5 Funciones de niin ......................................................................................... 47
3.3.6 Funciones de otras partículas de Mantenerse a la escucha ......................... 52
3.3.7 Funciones de las partículas Indicación de la información nueva ................ 54
3.4 Metadiscursivos conversacionales en las conversaciones españolas .................. 55
3.4.1 Funciones de sí ............................................................................................. 57
3.4.2 Funciones de bueno...................................................................................... 60
3.4.3 Funciones de eh............................................................................................ 61
3.4.4 Funciones de ya y humh ............................................................................... 63
3.5 Marcadores de Feed back en las conversaciones portuguesas ............................ 65
3.5.1 Funciones de sim .......................................................................................... 67
3.5.2 Funciones de pois ......................................................................................... 71
3.5.3 Funciones de é/é verdade ............................................................................. 73
3.5.4 Funciones de hã/eh/humm............................................................................ 74
3.5.5 Funciones de hum ........................................................................................ 75
3.6 Correspondencias de los metadiscursivos conversacionales .............................. 75
3.6.1 Correspondencias en finlandés y español ................................................... 75
3.6.2 Correspondencias en finlandés y portugués ................................................. 78
3.7 Análisis de los diccionarios fi-es-fi y fi-pt-fi ...................................................... 80
4. Conclusiones ............................................................................................................. 82
Bibliografía ................................................................................................................... 85
Apéndices ...................................................................................................................... 88
2
1. INTRODUCCIÓN
M: Eeh quita quita
H: ( ( ) )// Bueno pues/ la verdad es que/ se esperaba una cosa muy muy distinta de lo quee- lo
que hemos visto porque§
E:
§Ah sí
H: Aal- al principio decía que claro como es taan eeh// buena
E: ¿Y te parece que es buena o no?
H: Hombre te deja mucha más participación prácticamente te deja mucho más aa tu propio
estilo como que hacerlas tu mismo con tus estudios/ y después pues con la vida Erasmus o
seaa el-// o sea es completamente diferente como estás allí porque estás todo el día con la
gente noo paras vamos prácticamente para nada/// y es eso/ simplemente cambiar un chip yy
no paras hasta quee-/ hasta que ahora nos vamos a volver/ porque ha sido sin- sin stop vamos
M: Pues yo me lo esperaba así más o menos como- como lo estamos haciendo
E: Ah
En las conversaciones cotidianas se usan cada día ciertas palabras de las que,
normalmente, no nos damos cuenta. Como se puede ver con el ejemplo de arriba, estas
palabras son muy comunes y se usan en diferentes funciones. Este tipo de palabras se llaman,
entre otras designaciones, partículas del discurso, marcadores del discurso, muletillas,
palabras de relleno, interjecciones y partículas pragmáticas. Normalmente, se usan estas
palabras sobre todo en la lengua coloquial y en los contextos informales. Se trata de las
palabras que estructuran el discurso e indican diferentes funciones. El presente trabajo se
centrará en el uso de los marcadores del discurso y se verá cómo la clasificación de los
marcadores del discurso finés difiere de la de los marcadores del discurso español y de la de
los marcadores del discurso portugués. Además, se estudian más profundamente los
marcadores metadiscursivos conversacionales. Se ha elegido este grupo de marcadores del
discurso para el estudio porque son los marcadores que más aparecen en nuestro corpus.
También cabe mencionar que el objetivo de nuestra investigación no es estudiar la lengua
escrita sino que se centra la atención en el habla de los jóvenes.
En cuanto a la justificación del trabajo, se debe mencionar que no se ha encontrado
ningún estudio en el que se hayan estudiado los marcadores del discurso entre los jóvenes
finlandeses, españoles y portugueses. Existen algunos trabajos semejantes, por ejemplo, se
han investigado las diferencias y semejanzas entre los conectores argumentativos españoles y
portugueses (Oliveira, 2006)1 y los marcadores en la lengua hablada inglesa y catalana
1
Iranildes Almeida de Oliveira, 2006, Conectores argumentativos españoles y portugueses: diferencias,
semejanzas y traducción.
3
(González, 2005)2. También se ha estudiado mucho únicamente los marcadores del discurso
(Fraser 1999, Zorraquino 1998, González 2010, Cortés Rodríguez & Camacho Adarve 2005).
Además, nos interesa este tema porque normalmente no se da importancia a los marcadores
del discurso y por consiguiente, no se han estudiado profundamente. Sin embargo, son
importantes para la conversación natural. Cabe mencionar que el tema del presente estudio
resulta de nuestro trabajo de fin de licenciatura que realizamos en Finlandia en 2009. Dicho
trabajo se centró en el uso del marcador finlandés joo y del marcador español sí en el habla.
Nuestra hipótesis es que la clasificación de los marcadores discursivos en finés difiere
de la de los marcadores españoles y portugueses porque el finés no pertenece a la misma
familia de lenguas del español y del portugués. Por consiguiente, los marcadores fineses no se
corresponden con los del español y los del portugués. De ahí la dificultad en la traducción de
los marcadores. También se estudiarán los diccionarios bilingües finlandés-español-finlandés
y finlandés-portugués-finlandés con el objetivo de determinar si incluyen o no información
suficiente sobre los marcadores discursivos.
Nuestro objetivo en este trabajo es realizar un análisis de los marcadores del discurso
usados en conversaciones auténticas. Queremos saber cómo los marcadores del discurso finés
difieren de los del español y de los del portugués. No se intentarán definir las funciones de
todos los marcadores del discurso porque sería un tema demasiado amplio para este estudio.
Por consiguiente, nos centraremos solamente en los metadiscursivos conversacionales que son
las partículas que más aparecen en nuestro corpus. Especialmente nos interesa si estos
marcadores tienen correspondencias entre los pares de idioma finés-español y finésportugués. Otro objetivo es hacer un análisis de los diccionarios finlandés-español-finlandés y
finlandés-portugués-finlandés para saber si los materiales lexicográficos son útiles en la
traducción de los marcadores discursivos.
En la primera parte de la investigación se presentarán las definiciones de los
marcadores del discurso y las clasificaciones tanto en la lengua finlandesa como en la lengua
española y en la lengua portuguesa. El marco teórico se basa fundamentalmente en la
gramática descriptiva del finlandés, del español y del portugués. Se ha elegido dicho marco
para que se establezcan las correspondencias adecuadas.
En la segunda parte del estudio se presenta el Análisis de la Conversación que se usará
para analizar nuestro corpus. Este corpus está constituido por dos conversaciones finlandesas,
2
Montserrat González, 2005, Pragmatic markers and discourse coherence relations in English and Catalan oral
narrative.
4
dos conversaciones españolas y dos conversaciones portuguesas grabadas en 2008 en
Finlandia y en 2012 en Portugal. Por tanto, nuestro trabajo tiene un componente contrastivo.
Se ha elegido la entrevista semidirigida para que se pudiera analizar las conversaciones más
auténticas.
Por último, se analizarán y se contrastarán los metadiscursivos conversacionales en la
lengua finlandesa, española y portuguesa, con el objetivo de establecer sus correspondencias
en un glosario. También se hará un pequeño análisis sobre los diccionarios bilingües
finlandés-español-finlandés y finlandés-portugués-finlandés.
5
2. MARCADORES DEL DISCURSO
En este capítulo, en primer lugar, se da una breve historia sobre los marcadores
discursivos y se define el concepto de los marcadores del discurso. En segundo lugar, se
presenta cómo se clasifican los marcadores del discurso tanto en la lengua finlandesa como en
la lengua española y en la lengua portuguesa. Por último, nos centramos en los marcadores
metadiscursivos conversacionales.
2.1 HISTORIA Y DEFINICIONES
Los marcadores del discurso eran poco conocidos todavía en los años ochenta. Según
Vázquez Veiga (2011: 4), los profesores españoles ignoraban la existencia de estos elementos
y decían a los estudiantes que hiciesen como si no existiesen. En esa época, se usaba, con un
matiz peyorativo, la palabra ‘muletilla’ para referirse a los marcadores discursivos y se
pensaba que el uso de los marcadores reflejaba una pobreza idiomática. Por ejemplo, el
marcador o sea fue asociado a un cierto grupo social. Solo al final de los años ochenta y al
principio de los años noventa varios investigadores comenzaban a estudiar los marcadores del
discurso. En el año 1987 Fuentes Rodríguez publicó la primera obra sobre los marcadores
españoles. Es la época que Vázquez Veiga denomina “la década prodigiosa” (Vázquez Veiga,
2011: 4-5).
El incremento del interés general por los marcadores discursivos se puede notar
fácilmente haciendo una búsqueda en la base de datos internacional Linguistics & Language
Behavior Abstract (LLBA). Cuando se escribe “discourse markers” en el cuadro de búsqueda
y se hace la búsqueda en todos los campos, el resultado es el siguiente: 37 publicaciones entre
1981-1990, 554 publicaciones entre 1991-2000 y
1247 publicaciones entre 2001-2010
(Vázquez Veiga, 2011: 5). Las razones para el incremento rápido de la bibliografía sobre
marcadores del discurso son el desarrollo paralelo de las corrientes lingüísticas y la
compilación de corpus orales y escritos. La compilación de corpus posibilitó la identificación
de las funciones de los marcadores discursivos y también los dio visibilidad (Vázquez Veiga,
2011: 6).
Desde el año 1999, los marcadores del discurso aparecen también en una obra
gramatical de la lengua española: el capítulo 63 en la Gramática descriptiva de la lengua
española, escrito por Portolés Lázaro y Martín Zorraquino. La obra en cuestión ha sido
importante porque ha determinado la clasificación de los marcadores del discurso. Desde hace
unos años, varios autores usan la clasificación propuesta por Portolés Lázaro y Martín
6
Zorraquino: estructuradores de la información, conectores, reformuladores, operadores
argumentativos y marcadores conversacionales (Vázquez Veiga, 2011: 6). Es la obra en que
nosotros también basamos fundamentalmente la parte teórica de los marcadores discursivos
españoles en nuestro estudio.
En 2009, se publicó por primera vez una gramática académica del español que trata de
los marcadores discursivos. Nos referimos a la obra Nueva gramática de la lengua española,
la gramática de la Real Academia Española. No obstante, aquella gramática no estudia los
marcadores discursivos tan profundamente como la obra de Portolés Lázaro y Martín
Zorraquino (Vázquez Veiga, 2011: 7). En la nueva gramática se usa la palabra ‘conectores
discursivos’ para referirse a los marcadores aunque también se utilizan los sinónimos
‘marcador’ u ‘operador discursivo’ o ‘del discurso’ (Vázquez Veiga, 2011: 7). Según puede
observarse, se usan varios términos para los marcadores discursivos y existen diferentes
maneras de comprender el concepto “marcador discursivo”. También Vázquez Veiga (2011:
2) reconoce que un problema al que se enfrenta es la fluctuación terminológica. Además,
admite que incluso los especialistas tienen dudas sobre qué término usar. Según la autora
(2011: 3), los especialistas y lingüistas se han acostumbrado a la multiplicidad terminológica.
Sin embargo, admite que sería mejor usar terminología precisa aunque no es fácil, “pues la
elección de uno u otro término no responde simplemente a caprichos terminológicos de los
autores, sino que esconde diferentes concepciones teóricas de este fenómeno” (2011: 3).
Tiittula (1992: 60-61), investigadora finlandesa de la lingüística, está de acuerdo con
Vázquez Veiga sobre el hecho de que, también para el finlandés, se usan diferentes términos
de los marcadores del discurso. En la lingüística se conocen los marcadores del discurso, por
ejemplo, como partículas del discurso (diskurssipartikkelit), interjecciones (interjektiot) y
partículas pragmáticas (pragmaattiset partikkelit). Para Tiittula, los marcadores del discurso
son “pequeñas palabras, componentes pragmáticos” (1992: 60). Estos componentes señalan
diversas funciones en el contexto y son típicos para la lengua hablada. Los marcadores tienen
funciones importantes en el habla aunque antes se pensaba que eran palabras vacías. Tiittula
afirma que sólo cuando la lingüística se orientó hacia la lengua hablada, se ha comprobado
que los marcadores del discurso tienen varias funciones. Estas palabras, por ejemplo,
mantienen y dirigen la conversación y ordenan el discurso. Tiittula añade que es difícil
clasificar los marcadores del discurso porque pertenecen a diferentes categorías gramaticales
y tienen varias funciones.
7
Portolés, un investigador español del tema, define de la misma forma que su colega
finlandesa los marcadores:
Los marcadores del discurso son unidades lingüísticas invariables, no ejercen una función
sintáctica en el marco de la predicación oracional y poseen un cometido coincidente en el discurso: el de
guiar, de acuerdo con sus distintas propiedades morfosintácticas, semánticas y pragmáticas, las
inferencias que se realizan en la comunicación (Portolés, 1998: 25-26).
Esto quiere decir que los marcadores orientan el procesamiento inferencial. Por consiguiente,
tanto Tiittula como Portolés piensan que el criterio más importante en la definición de los
marcadores del discurso es la pragmática y no la gramática. Es decir, la gramática sólo sirve
para limitar la clase de unidades estudiadas (1998: 49). Portolés resume: “los marcadores son
un medio de la lengua para facilitar la articulación entre lo dicho y el contexto. A un distinto
contexto le corresponderá un diferente uso de estas unidades” (1998: 127).
Para Zorraquino, los marcadores son palabras invariables que tienen un valor
enunciativo o pragmático. La investigadora constata que los marcadores del discurso no
pertenecen solamente a una clase de palabras, pero también piensa que las categorías
gramaticales como adverbio, preposición, conjunción e interjección son insuficientes para
clasificar los marcadores del discurso. A pesar de ello, no quiere dar nuevas categorías
gramaticales ni proponer nuevos términos (1998: 26, 52).
Cuando se trata de los marcadores del discurso, es también necesario determinar unos
conceptos de las unidades estructurales de la conversación. La unidad mínima de la
conversación es el intercambio que está formado por dos intervenciones articuladas por
distintos hablantes. Portoles añade que “a la primera se denomina iniciativa y a la segunda
reactiva” (1998: 128).
2.2 CLASIFICACIONES EN FINÉS
Como ya se ha constatado más arriba, es difícil clasificar los marcadores
gramaticalmente porque pertenecen a clases diferentes de la gramática y tienen varias
funciones. Por consiguiente, depende del autor y de la lengua de estudio cómo se clasifican
los marcadores del discurso (Tiittula, 1992: 60). En este capítulo, se va a presentar la
clasificación de los marcadores del discurso finés de Tiittula y de Hakulinen. Se han elegido
estas dos personas para representar la clasificación finlandesa porque son investigadoras en
lingüística. Tiittula trabaja como profesora en el Departamento de traducción en la
universidad de Tampere y Hakulinen ejerce el cargo del catedrático de la lengua finlandesa en
la universidad de Helsinki.
8
Tiittula usa el término partículas del discurso (diskurssipartikkelit). Las divide en tres
grupos: las partículas pragmáticas (pragmaattiset partikkelit), los apéndices de relleno
(täytesanat) y las expresiones de sentimientos3 (palauteilmaukset). Según ella, las partículas
pragmáticas tienen varias funciones. Algunas de las partículas indican los límites, es decir,
estructuran el discurso. Sin embargo, estas partículas no solamente limitan sino que también
unen las partes del discurso. Por ejemplo, al comienzo de un turno de habla las partículas
pragmáticas unen la expresión a la intervención antecedente. En finés mutta, niin y no son
ejemplos de estas partículas (1992: 61-63).
Otra función de las partículas pragmáticas es suavizar la expresión. Esto es muy
importante en la conversación cuando se intenta evitar los conflictos. En finés musta tuntuu,
niinku son ejemplos de éstas. El segundo grupo que Tiittula distribuye es el de los apéndices
de relleno. La diferencia entre las partículas pragmáticas y los apéndices de relleno no es muy
clara porque los dos grupos pueden tener la función de rellenar la pausa y los apéndices de
relleno pueden tener también otras funciones que solamente rellenar. En finés este tipo de
palabras son, entre otros, tota, niinku, öö, mm y tiätsä (Tiittula, 1992: 62, 73).
Para Hakulinen (2005: 769), los marcadores del discurso son pequeñas partículas
dotadas de significado. Es decir, éstas no son apéndices de relleno insignificantes. Por
consiguiente, hay que definir las partículas de un modo diferente que en las gramáticas
antiguas. Hakulinen no usa el término ‘partícula del discurso’ en Iso suomen kielioppi porque,
según ella, este término no limita solamente un grupo de partículas que tenga una función. En
consecuencia, prefiere usar el término ‘partículas’ como el concepto superior y luego dividir
las partículas en los conceptos inferiores. Según Hakulinen (2005: 770), los grupos de las
partículas son siguientes:
1. partículas del diálogo (dialogipartikkelit: aha, joo, no, niin, etc.)
2. partículas de enunciación (lausumapartikkelit: ai, eli, kato, ni, etc.)
3. partículas de planificación (suunnittelupartikkelit: eiku, niinku, sillee, etc.)
4. partículas de matiz (sävypartikkelit: oikeestaan, vaan, tosiaan, etc.)
5. interjecciones (interjektiot)
6. cursores de atención (huomionkohdistimet)
7. conjunciones (konjuktiot)
8. partículas de modal (modaalipartikkelit)
9. partículas de enfoque (fokuspartikkelit)
3
La traducción de esta y de otras expresiones finlandesas son de la responsabilidad de la autora.
9
10. palabras de intensidad (intensiteettisanat)
11. indicadores de cantidad (likimäärän ilmaisimet)
Esta clasificación se ha hecho sobre la base de la gramática de la lengua finlandesa. En
esta clasificación los grupos que se refieren especialmente a la lengua hablada son los cuatro
primeros grupos: las partículas del diálogo, las partículas de enunciación, las partículas de
matiz y las de planificación (Hakulinen, 2005: 770). Como se limita este estudio a la lengua
hablada y sobre todo a los metadiscursivos conversacionales, se presentará sólo el primer
grupo partículas del diálogo.
En la lengua hablada las partículas se pueden clasificar según la función y la posición,
es decir, dónde aparece la partícula en un enunciado o en el turno y qué tipo de funciones
tiene. También se pueden dividir las partículas en dos grupos: las partículas que pueden
formar un turno por sí solas y las partículas que forman siempre parte de un enunciado. Los
límites entre diferentes grupos son imprecisos. Por consiguiente, algunas partículas pueden
tener varias funciones. Por ejemplo, la partícula finlandesa no pertenece al grupo de las
partículas del discurso si aparece aisladamente, pero si aparece al comienzo de un turno
pertenece al grupo de las partículas de enunciación (Hakulinen, 2005: 771-772).
La división de las partículas según el lugar
pueden formar un turno por sí solas
aparecen sólo dentro de un turno
al principio del turno
partículas de enunciación
partículas de planificación
partículas del diálogo
en cualquier lugar
partículas de matiz
Gráfico 1. Subgrupos de las partículas4.
4
El modelo del gráfico está extraído de la obra Iso suomen kielioppi (Hakulinen et al, 2005: 772) pero está
modificado según nuestras necesidades.
10
2.2.1 Partículas del diálogo
Las partículas del diálogo son partículas que se usan en las conversaciones. Estas
partículas funcionan como una parte de la conversación. Cuando se estudian las partículas del
diálogo es importante entender que hay que considerar los turnos, no las frases. En otras
palabras, no se puede estudiar las partículas del diálogo sin considerar el turno y el contexto.
Según Hakulinen (2005: 773), con la ayuda de las partículas del diálogo se puede dirigir la
interacción y mostrar la participación en la conversación. Como se ve en el Gráfico 1, las
partículas del diálogo pueden formar un enunciado o un turno de habla por sí solas. Además,
las partículas del diálogo aparecen normalmente en medio de un largo turno de palabra del
otro hablante. En estos casos la función de las partículas del diálogo es indicar, entre otros, si
lo que el interlocutor ha oído es una información nueva o ya conocida de antemano.
Hakulinen distribuye las partículas del diálogo en dos grupos: 1.) las que indican que el
interlocutor se mantiene atento (mm, joo, niin, just) y 2.) las que reciben el turno de habla
antecedente como una información nueva (ai, jaa, ahaa, vai ni(in), jaaha). Por consiguiente,
usando estas partículas se puede indicar, entre otros, la participación en la conversación
(Hakulinen, 2005: 773).
1. Mantenerse a la escucha
aivan, joo, juu, just, juuri, kyllä, mm, niin
2. Indicación de la información nueva
ai, aha(a), jaa, jaha, jaaha, jahaa, mhy, vai ni(in),
no
Gráfico 2. La clasificación de las partículas del diálogo 5.
Según Hakulinen, “el turno de habla que contiene solamente una partícula se apoya en
el turno antecedente del que se hace una interpretación” (Hakulinen, 2005: 993). En otras
palabras, la partícula del diálogo se refiere a lo que ha pasado en la mente del interlocutor al
oír el turno de habla antecedente. Hakulinen observa también que este tipo de turnos tienen
varias funciones y da cuatro ejemplos de estas: 1.) indicar que lo oído es una información
5
El modelo del gráfico está extraído de la obra Iso suomen kielioppi (Hakulinen et al, 2005: 772) pero está
modificado según nuestras necesidades.
11
nueva (ai, jaa), 2.) contestar a una pregunta (joo, niin), 3.) indicar que el interlocutor está de
acuerdo (joo, niin) y 4.) mostrar que el interlocutor se mantiene atento a la escucha (mm, mmm, joo, niin). En la conversación las partículas del diálogo tienen varios significados porque
las partículas pueden duplicarse y su prosodia es variable. También es posible que unas
partículas se unan a otras en cadenas. En efecto, la mayoría de las partículas del diálogo
aparecen duplicadas, por ejemplo la partícula finlandesa joo joo y niin niin. En todo caso,
Hakulinen destaca que ninguna partícula duplicada significa lo mismo que la partícula que
aparece por sí sola (Hakulinen, 2005: 774-775, 993). Presentaremos a continuación en detalle
las partículas del diálogo que aparecen en nuestro corpus.
2.2.1.1 Joo
Hakulinen (2005: 990) constata que la partícula joo pertenece a las partículas del
diálogo. Esta partícula puede aparecer tanto al principio como al final del turno o incluso
llenar un turno. Sin embargo, puede situarse al final del turno solamente si el turno es una
reacción al turno anterior. Al final del turno la función de joo es marcar que éste ha
terminado. Al mismo tiempo la partícula muestra que el hablante está de acuerdo con lo que
se ha dicho en el turno anterior (ejemplo A).
Ejemplos de las funciones de la partícula joo:6
a. E: Se oli siinä öö: keskustan ja (.) Kortepohjan >eiks se oo< suunnillen siin=
Estaba eeh entre el centro y Kortepohja >¿no?< por allí=
M1: =niin välis, joo.
=sí, allí
b. M2: nyt se asuu Helsingissä (0.2) ja oli käymässä tääl
ahora vive en Helsinki// y estaba visitando Jyväskylä
M1: mjoo
humh
M2: käytiin vähän ulkona ja hh
salimos un poco y hh
c. E: Ooksä käyny siel aikasemmin?
¿Has estado allí antes?
M2: Joo
Sí
d. M2: Ota se sama. siihen ma[htu] ainakin
6
Los ejemplos son de nuestro corpus.
12
Vente. todavía quedan plazas
M1:
[joo]
[sí]
Ya se ha mostrado en el Gráfico 2. que la partícula joo forma parte del primer grupo.
Por lo tanto, su función es también indicar que el interlocutor se mantiene a la escucha o que
se identifica con el hablante (ejemplo B). Al principio del turno, la partícula joo o forma un
mismo conjunto prosódico o se junta como una parte del turno siguiente (Hakulinen, 2005:
980). Según Sorjonen (2001: 5), la partícula joo forma más a menudo un conjunto prosódico
en vez de juntarse con el enunciado siguiente. Además, la partícula tiene dos funciones
gramaticales: responder a una pregunta y acceder a una petición (ejemplo C). La partícula joo
es también una indicación del asentimiento a un mandato o a una petición (ejemplo D). Otra
función es indicar que el receptor ha conseguido obtener la información ya dicha, por ejemplo
una parte del número de teléfono. En otras palabras, se trata de información dividida en
fragmentos. Sorjonen (2001, 225-226) añade: “Joo receives the prior talk as understood and
invites the speaker to continue, thereby orienting to the prior talk as a part of a larger stretch
of talk yet to be completed”. Es decir, no se usa la partícula joo solamente para recibir la
información dividida en pequeños fragmentos sino que para indicar que el receptor ha
entendido que los enunciados emitidos por el hablante forman parte de la conversación más
amplia.
Al determinar las funciones de las partículas del diálogo, también hay que darse cuenta
de la entonación. Se puede pronunciar joo aspirando (hjoo) y la duración varía del joo y joo: a
joo bisílabo (joo-o). El significado de estos casos se puede determinar sólo según el contexto
(Hakulinen, 2005: 775, 993-994). Si el oyente pronuncia joo con un tono regular, el hablante
piensa que es una señal de que puede o debe continuar el habla. Por otra parte, si se pronuncia
joo con un tono descendente, eso significa que el oyente ha identificado lo oído como un
conjunto (Hakulinen, 2005: 775).
2.2.1.2 Niin
Niin es la otra partícula que pertenece al grupo 1. Mantenerse a la escucha. En
consecuencia, su función es indicar recepción del mensaje y mostrar que el interlocutor se
mantiene atento a la escucha. La partícula niin puede indicar también que el interlocutor está
de acuerdo con el hablante y que se identifica con él (Hakulinen, 2005: 773). Sin embargo,
niin no tiene funciones tan claras que joo (Hakulinen, 2005: 995).
13
El uso más establecido del niin es la respuesta a la pregunta de revisión (ejemplo A) y
la respuesta a la pregunta (ejemplo B) en la que el sufijo -ko/-kö no se une al verbo finito sino
a otra palabra (lausekekysymys) (Hakulinen, 2005: 995).
Ejemplos de las funciones de la partícula niin:7
a. E: Mut eiks toi sitten se läm- lämmityssysteemi ehi lämmittää vettä.
¿Pero entonces el sis- sistema de calefacción no llega a calentar agua?
M: Ei [se varmaan.]
[Tal vez no]
H: [Ei varmaan] mutta onkohan se sitten sillei että noillakaan ei oo (1.0)
[lämmintä] vettä.
[Tal vez no] pero será así que ellos tampoco tienen/// [agua] caliente
M:
[On] (.) sehän sano se
[Sí]/ él dijo
vuokraisäntä että ei se ikinä (1.0) tai että ei illalla voi käydä enää suihkussa.
el dueño que él nunca-/// o que por la tarde ya no se puede tomar un baño
H: #Aa#
Humh
E: Nii että on aina (1.0) kylmää vettä.
¿Entonces siempre hay/// agua fría?
M: Nii (2.0) kai se on niin pieni se vesivaraaja et se sen tekee
Sí (2’’) a lo mejor el calentador de agua es tan pequeño que es lo que lo causa
b. Museokadullako sinä sen sanoit asuvan? – Niin.
¿Dijiste que vive en la calle Museokatu? – Sí.
La otra función del niin es mostrar al hablante que él puede continuar su discurso. En este
caso la entonación de niin es descendente o regular. Además, cuando la entonación es
descendente, niin indica que el hablante ha reconocido el conjunto sintáctico, pero que espera
más información sobre el asunto a continuación (Hakulinen, 2005: 995). He aquí un ejemplo
ilustrativo8 (línea 4):
c. E: Se on tosi halpaa mut mä maksan niinku (.) se pyytää multa kahtasataa
Es muy barato pero yo pago como-/ ella me pide doscientos
H: [aa]
[humh]
E: [elikkä] niin niit asuu niinku kaks siinä
[entonces] son dos personas que viven allí
M: Niin
[Ya]
E: ja ne maksaa vaa sataviiskymppii yhteensä ja mä maksan 200
y ellas pagan solo ciento cincuenta en total y yo pago 200
7
El ejemplo A es de nuestro corpus y el ejemplo B está extraído de la obra Iso suomen kielioppi (Hakulinen et
al., 2005: 995)
8
El ejemplo es de nuestro corpus.
14
H: #Aa#
E: että (1.0) mu:t toisaalta ne on niin köyhiä ettei nyt ihan
que- /// peero por otro lado ellas son tan pobres que
M: Nii (.) ainakin hyvään tarkotukseen
Sí / por lo menos va por una buena causa
Según Hakulinen (2005: 995), cuando se usa niin para indicar que la conversación
puede proseguir, la partícula en cuestión puede tener también otras funciones. Por ejemplo, si
el receptor usa niin durante el turno largo del hablante, esta partícula indica que el oyente ha
comprendido totalmente o por lo menos parcialmente el asunto o el problema de que se habla
(véase el ejemplo C, línea 8). La tercera función del niin es mostrar simpatía. En otras
palabras, el oyente reacciona al discurso del hablante mostrando simpatía que se basa, por
ejemplo, en una experiencia cultural compartida.
En la narración, es común usar la partícula niin por parte del oyente cuando queda
claro que se ha puesto en marcha una historia. Sorjonen (2001: 233) explica: “At that point,
the story is as its maximum incompleteness: the speaker has presented the setting of the
events and projected a telling of the central event to come next”. En el ejemplo siguiente, la
mujer E está hablando, o mejor dicho, quejándose sobre sus condiciones de vivienda para sus
amigos M y H. La mujer E comparte la casa con la dueña y con la hija de la dueña.
d. E: Nii ja sit seki et ku se mun huone siel on viel niitten tavaroita (.) ja se sano että ku
sil ei oo tilaa
Y también eso que mi cuarto- allí están todavía sus cosas (.) y ella me ha dicho que no
tiene espacio
M: Ni[in]
E:
[Ni] sit must on kans vähä et mä maksan kaks enemmän niinku vuokraa ja silti
mulla ei oo niinku sitä koko huonetta mun käy[tössä] että
También pienso que es un poco- que yo pago dos- más alquiler y aun así no tengo
todo el cuarto para mi uso
H:
[#Aa#]
M: Nii on se nyt vähä typerää [kyllä]
Pues eso sí es un poco estúpido
E:
[nii niin on] must tuntuu et välillä mä oon vähä liian k(h)iltti
että(h) mä en niinku sano [mitään]
[sí es] me parece que a veces yo soy demasiado buena- que no digo [nada]
M:
[Niin]
E: vaikka tavallaan niinku
aunque de alguna forma
Como la partícula joo, también niin puede aparecer tanto al principio como al final del
turno o incluso llenar un turno. Cuando aparece al final del turno, es una reacción al turno
anterior. En este caso, niin marca el fin del turno y al mismo tiempo indica que el hablante
15
está parcialmente de acuerdo con lo que se ha dicho en el turno anterior (Hakulinen, 2005:
990).
2.2.1.3 Mm
La tercera partícula del grupo Mantenerse a la escucha es mm que tiene parcialmente
las mismas funciones que joo y niin. Se puede pronunciar la partícula mm de maneras
diferentes: mm regular, mm. descendente, mm? ascendente y mm:: donde la entonación baja y
sube. También existe m↑hm (=aha) / ↑mh:m (ai jaa) bisilábico, pero no tiene la función de
mantenerse a la escucha sino que pertenece al grupo Indicación de la información nueva
(Hakulinen, 2005: 996). Es decir, es una partícula de recepción.
La partícula mm no tiene funciones tan claras que niin y joo. Además, no revela los
pensamientos del oyente; solamente indica al hablante que no tiene nada que añadir. Se puede
interpretar esta partícula sólo considerando el contexto y la prosodia (Hakulinen, 2005: 996).
2.2.1.4 Ai y jaa
Las partículas ai, (ai) jaa, ai jaha, aha(a), vai niin son partículas que pertenecen al
grupo 2. Indicación de la información nueva. En otras palabras, se usan estas partículas para
indicar al hablante que el oyente ha recibido información que no conoce de antemano. Estas
partículas pueden aparecer por sí solas o unirse a otras partículas (Hakulinen, 2005: 997). En
nuestro ejemplo, los hablantes están conversando sobre un bar (Inferno) donde el hablante M1
estuvo el fin de semana anterior.
e. M2: Mut sehän oli se Inferno se on entinen Giglin
Pero Inferno es el antiguo Giglin
M1: Ai jaa
M1 usa la partícula ai jaa y así expresa que la información es nueva para ella.
Hakulinen (2005: 998) destaca que la partícula ai y sus variantes pueden funcionar
también como una reacción a la respuesta. En otras palabras, el hablante 1 hace una pregunta
al hablante 2 y el hablante 1 reacciona a la respuesta del hablante 2 usando la partícula ai. En
nuestro ejemplo, la entrevistadora E y el informante M2 están hablando sobre un bar.
f. E: Häh? siis onks se puol neljään asti.
¿Qué? ¿está abierto hasta las tres y media?9
9
Según la ley de Finlandia los bares y las discotecas pueden estar abiertos hasta las dos. Sin embargo, es posible
solicitar una amplificación del horario a la policía.
16
M2: On nykyään.
Hoy en día sí
E: Ai se on saanutkin jatkoaikaa tai jotai.
Ha tenido una amplificación del horario o algo
Otra función de esta partícula es indicar la parte que contiene la información nueva en
una pregunta de revisión (ejemplo G). Cuando se trata de la función en cuestión, ai puede
aparecer junto con un pronombre interrogativo. Si la partícula del diálogo ai aparece junto
con la partícula de enunciación et, esta cadena de partículas muestra que el turno es una
deducción del turno anterior (Hakulinen, 2005: 998).
g. M2: Oltiin Dynamossa ja tai sit lauantaina oli ensin kahet pikkujoulut mä olin yhen
Mikon luona ja sitte
Estuvimos en Dynamo y- o luego el sábado había dos fiestas de prenatal yo estaba en
casa de Mikko (.)
Mirvalla ja Ellillä ja,
y luego en casa de Mirva y Elli y
M1: joo
ya
(1.0)
M2: mentiin Dynamoon ja,
fuimos a Dynamo y
M1: Ai sen (.) Alko Mikon
¿aah Mikko de Alko10?
La diferencia entre jaa y las otras partículas de recepción es que jaa no adopta una
postura muy clara a la nueva información (Hakulinen, 2005: 998). Sin embargo, Hakulinen
(2005: 774) subraya que la duplicación de la partícula siempre cambia el significado. La
partícula jaa jaa predice normalmente el fin del turno, o sea, su función es indicar al hablante
que puede continuar su turno.
2.2.1.5 No
La partícula no es un buen ejemplo del hecho de que las fronteras entre los diferentes
grupos de partículas no son tajantes. No pertenece tanto a las partículas del diálogo como a las
partículas de enunciación y, por tanto, tiene varias funciones (Hakulinen, 2005: 772). Como
partícula del diálogo, no normalmente llena el turno por sí solo. Es decir, la diferencia entre la
partícula del diálogo no y la partícula de enunciación no es que las partículas de enunciación
aparecen normalmente al inicio del turno y no llenan el turno por sí solas (Hakulinen, 2005:
772 y 999). Una de las funciones de la partícula del diálogo no es ser una reacción a la
10
Alko es la tienda que tiene el monopolio de venta de alcohol en Finlandia.
17
pregunta dudosa, al caso vocativo y al turno que predice un pedido o una historia. En otras
palabras, se usa no para mostrar al hablante que el oyente está preparado para recibir el tema
principal sobre el que se habla. El tema de que se habla puede ser, por ejemplo, una noticia,
un chiste, un pedido o una queja. Como las otras partículas del diálogo, también no tiene
diferentes variantes prosódicas: no con un vocal corto, no: con un vocal largo y noh con el
consonante h (Hakulinen, 2005: 999).
2.2.1.6 Tä(h) y hä(h)
Según Hakulinen (2005: 773), tä(h) y hä(h) son partículas interrogativas, o sea,
funcionan como preguntas de revisión. La función de täh es revisar qué ha dicho el hablante.
Esta partícula no revela si se trata de un problema de escucha o de un problema de
entendimiento. Por eso, el hablante repite a menudo todo su turno.
2.3 CLASIFICACIONES EN ESPAÑOL
Para José Portolés los marcadores del discurso son “unidades lingüísticas cuyo
significado convencionalmente fijado en la lengua condiciona el procesamiento del discurso
en relación con el contexto” (1998: 25). Según este autor, estas unidades pueden pertenecer a
tres diferentes categorías gramaticales: la conjunción, el adverbio y la interjección. No
obstante, Portolés subraya que el concepto de un marcador del discurso es semánticopragmático, no gramatical (1998: 74, 135).
Portolés (1998: 126) afirma que se usan los marcadores del discurso tanto en el
discurso oral como en el discurso escrito. Sin embargo, algunos marcadores aparecen más
bien en el habla que en los textos. Así son las unidades como por ejemplo bueno, claro,
hombre y vamos. También Portolés piensa que hay distintas posibilidades de clasificar los
marcadores. Afirma que hay dos propuestas que se usan más: actos verbales [“se agrupan las
unidades por su utilidad para efectuar unos procesos textuales previamente fijados y es
frecuente que una misma unidad aparezca en dos o más grupos” (1998: 135-136)] y buscar un
significado unitario para el marcador y darse cuenta de todos sus usos.
Zorraquino (1998: 52-53) clasifica los marcadores del discurso en cuatro grupos según
la relación con el núcleo oracional al que se refieren. Primero, distingue las entidades que
proceden del conjunto de las conjunciones. Segundo, divide las unidades que proceden de
preposiciones, de ciertos adverbios y de locuciones adverbiales. El tercero grupo incluye los
18
marcadores que proceden de adverbios y de locuciones adverbiales que afectan a oraciones
enteras. El último grupo tiene relación con las interjecciones.
En la gramática descriptiva de la lengua española (Portolés & Martín Zorraquino,
1999) se dividen los marcadores del discurso en cinco grupos:
1. estructuradores de la información,
2. conectores,
3. reformuladores,
4. operadores argumentativos y
5. marcadores conversacionales.
El primer grupo, los estructuradores de la información, contienen marcadores que no tienen
un significado argumentativo sino que sirven para indicar la organización informativa de los
discursos. El segundo grupo es el de los conectores que, principalmente, unen un consecuente
con su antecedente. Al tercer grupo pertenecen los reformuladores y el cuarto grupo que se
distingue es el de los operadores argumentativos. El último, y el grupo más importante desde
el punto de vista de este trabajo, es el de los marcadores conversacionales. Este grupo
consiste en las partículas discursivas que surgen más frecuentemente en la conversación. Sin
embargo, esto no quiere decir que haya una división estricta entre lo conversacional y lo no
conversacional. Efectivamente, algunos marcadores conversacionales se usan en los textos
escritos, lo mismo que muchos de los marcadores que se han incluido en los grupos
precedentes pueden aparecer en la conversación (Portolés & Martín Zorraquino, 1999: 40804081).
Este estudio se centrará precisamente en este quinto grupo, es decir, en los marcadores
conversacionales. Portolés y Zorraquino (1999: 4143) clasifican estos marcadores aún en
cuatro subgrupos.
MARCADORES
de modalidad epistémica
claro, por lo visto, etc.
de modalidad deóntica
bueno, bien, vale, etc.
enfocadores de la alteridad
hombre, mira, oye, etc.
metadiscursivos conversacionales
bueno, eh, sí, ya, etc.
CONVERSACIONALES
Gráfico 3. La clasificación de los marcadores conversacionales11.
11
El modelo del gráfico está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José Portolés & María
Zorraquino, 1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua española 3, Entre la
oración y el discurso, pág. 4082 pero está modificado según nuestras necesidades.
19
El cuarto subgrupo, o sea, los metadiscursivos conversacionales constituye el asunto de
nuestro estudio. Hemos elegido estudiar los metadiscursivos conversacionales porque son los
marcadores que más aparecen en nuestro corpus. Sin embargo, antes de centrarnos en los
metadiscursivos, presentamos brevemente las características generales de los marcadores
conversacionales.
En opinión de Portolés & Zorraquino (1999: 4145), es importante considerar la
relación entre los grupos de marcadores conversacionales. A pesar de que los marcadores del
discurso tienen funciones claramente delimitadas, la misma partícula puede pertenecer a
varios grupos. Esto resulta de dos razones: por una parte algunas “funciones están
estrechamente relacionadas entre sí” y por otra, “los propios marcadores son, frecuentemente,
polifuncionales” (Portolés & Zorraquino, 1999: 145). Otra característica es la duplicación.
Muchas veces los marcadores se presentan duplicados, por ejemplo oye, oye. Finalmente,
como Hakulinen también Portolés & Zorraquino proponen que los marcadores del discurso
pueden constituir, ellos solos, un enunciado o incluso llenar una intervención (1999: 4145).
En cuanto a la conversación, Portolés & Zorraquino (1999: 4143) subrayan su función
interactiva. Además de la función informativa, la conversación es siempre orientada hacia el
interlocutor. Esta función interactiva propicia, entre otros, el cambio del tema de la
comunicación y el uso de las unidades lexicales que indican que el hablante ha recibido el
mensaje emitido por otro hablante o, por ejemplo, que quiere mantener el turno de palabra.
Son los marcadores del discurso, y sobre todo los metadiscursivos conversacionales, que
reflejan estas operaciones.
2.3.1 Metadiscursivos conversacionales
Los metadiscursivos “sirven para estructurar la conversación y pueden convertirse,
debilitado su papel, en meros soportes o indicadores fáticos” (Portolés & Zorraquino, 1999:
4143-4144). Es decir, su objetivo es regular el contacto entre los hablantes (Portolés &
Zorraquino, 1999: 4191). El grupo de los metadiscursivos contiene seis marcadores: ya, sí,
bueno, bien, eh y este. Se pueden dividir estos seis marcadores en tres grupos según sus
funciones:
1. indicar la recepción del mensaje; indicar la ruptura discursiva (por ejemplo la
apertura o el cierre de una intervención, el cambio de tema en una intervención); la
acumulación o el procesamiento de la información: bueno y bien
20
2. indicar la recepción del mensaje; indicar el cambio de turno en el uso de la
palabra: sí y ya
3. mantener el turno de palabra en la conversación: este…, este… y eh..., eh…
En otras palabras, los marcadores bueno y bien son característicos por su polifuncionalidad
mientras que los otros marcadores tienen una disponibilidad metadiscursiva más limitada
(Portolés & Zorraquino, 1999: 4191). Presentaremos a continuación los metadiscursivos
conversacionales que aparecen en nuestro corpus.
2.3.1.1 Sí
Como ya se ha constatado más arriba, una de las funciones del marcador sí es indicar
la recepción del mensaje por parte del oyente. Sí puede también sugerir una actitud
cooperativa con el interlocutor. A pesar de ello, el marcador metadiscursivo sí difiere del otro
sí (adverbio afirmativo). El marcador sí no ratifica las palabras del hablante ni las reproduce.
Por consiguiente, se puede utilizar el metadiscursivo sí para responder a una pregunta sin
indicar precisamente la respuesta (Portolés y Zorraquino, 1999: 4192).
A: ¿Cuántos años hace que veraneas en Lecumberri?
B: Sí. Vinimos aquí en el 56...
A: ¡Un montón de tiempo!
B: Pues más de cuarenta años...12
Otra función es marcar el cambio de turno en el uso de palabra en la conversación.
Como hemos podido ver anteriormente, una de las características de los marcadores
conversacionales es la duplicación. Cuando se repite el marcador sí, la repetición puede
indicar la intensificación o señalar un refuerzo del acto de recepción del mensaje. Sin
embargo, la función principal del sí es señalar al hablante que sus palabras han sido recogidas
y que la conversación puede proseguir (Portolés & Zorraquino, 1999: 4192-4193).
Vázquez Veiga (2003: 7) añade que se puede usar el marcador sí para “mostrar
atención, comprensión e interés, así como para conseguir que la conversación fluya sin
problemas”. En total, Vázquez presenta cinco funciones del sí. En primer lugar, a través de
los mensajes breves, el oyente informa al interlocutor de que ha recibido y comprendido su
discurso sin problemas. Al mismo tiempo el oyente muestra que no quiere añadir nada al tema
que se está desarrollando. Es decir, el oyente simplemente indica que está teniendo en cuenta
lo que la otra persona dice. Con frecuencia, se utiliza esta partícula de forma reduplicada (sí,
sí). Es también común que aparezca con otras partículas (sí, claro). En estos casos, el oyente
12
El ejemplo tomado de La gramática descriptiva de la lengua española 3 (Portolés & Zorraquino, 1999: 4193).
21
emite el sí sin intención de tomar el turno de palabra (Vázquez Veiga, 2003: 109-113). Para
dar una mejor idea de esta función, se presenta un ejemplo tomado de la obra Marcadores
discursivos de recepción (Vázquez Veiga, 2003: 110).
H: No salimos temprano. Eran las seis cuando salimos de casa=
O: Sí, ya ya
H: = y no había nadie esperando en la cola. Eso que Juan nos había dicho que si no estábamos allí antes
de las cuatro…
En segundo lugar, el marcador sí puede funcionar como una breve reafirmación. En
otros términos, el oyente reafirma brevemente un pensamiento expresado inmediatamente por
el hablante. Ejemplo13:
H: Estaban todos sus compañeros.
O: Los del equipo, sí.
H: Y sin embargo, ni su presencia bastó para que contase de una vez lo que le había pasado.
La tercera función es responder a una pregunta o a una petición. Por lo tanto, a diferencia de
Portolés y Zorraquino, Vázquez Veiga incluye el adverbio afirmativo sí a los marcadores
discursivos. Además, esta partícula puede mostrar el cambio del turno de palabra. Es decir,
abrir la intervención en turnos del hablante o mostrar intención de intervenir en turnos del
oyente. Por último, el marcador sí funciona como una técnica de mantenimiento de turno para
indicar a su interlocutor que, a pesar de que hay una pausa u otro problema, el hablante no
desea ceder el turno de palabra. En otras palabras, el hablante utiliza los marcadores
discursivos para ganar tiempo para pensar lo que va a decir a continuación (Vázquez Veiga,
2003: 113, 142).
También Stenström y Jörgensen (2008: 635-636) proponen que los marcadores
discursivos tienen una función social, pues ayudan a mantener la fluidez de la conversación.
El propósito de estos marcadores es evitar el silencio y seguir hablando. Además, añaden una
función nueva que los demás no han tratado en sus obras: la cortesía. Insisten en que existe
una relación entre la cortesía y los marcadores discursivos. Por ejemplo, “cuando alguien
cuenta algo, sería descortés no responder de una u otra manera” (Stenström & Jörgensen,
2008: 637). Por eso, se usan los marcadores como ufff, mhms, sí y oh en las conversaciones.
2.3.1.2 Ya
En cuanto al significado del marcador ya, es más neutro que el marcador sí. Ya puede
indicar, por ejemplo, que el oyente no quiere decir sí. También muestra la recepción del
13
El ejemplo tomado de Marcadores discursivos de recepción (Vázquez Veiga, 2003: 110).
22
mensaje y usando el marcador ya es posible tomar la palabra y continuar la conversación. Sin
embargo, ya puede formar también una enunciación o un turno de habla por sí solo (Portolés
& Zorraquino, 1999: 4192).
2.3.1.3 Bueno
Bueno es un metadiscursivo conversacional que tiene varias funciones. En primer
lugar, funciona como marca de recepción del mensaje y, por lo tanto, muestra el cambio de
turno. También indica cooperación y cortesía. De esta manera, hace que la conversación
progrese, procesando o acumulando lo dicho (Portolés & Zorraquino, 1999: 4194). He aquí
un ejemplo del bueno que indica la recepción del mensaje:
Pili: […] Y estábamos entonces en Soria.
B: Y ¿bajabais a bañaros al Duero?
Pili: Algunos días… (Se oye una voz.)
Adela: ¡Pili, que las niñas van a merendar!
Pili: Bueno, Adela… Íbamos a la parte opuesta a San Saturio, la que queda cerca
de los Arcos de San Juan.
B: Ya.14
Según Portolés & Zorraquino (1999: 4194), el marcador bueno “es siempre una partícula
reactiva pues implica, incluso en el caso en el que sirve para abrir la conversación, la
aceptación a hacer uso de la palabra, siendo condicionada su emisión por el contexto
extralingüístico (la situación comunicativa o el rol social de los interlocutores)”. No obstante,
si un interlocutor quiere usar bueno para abrir la conversación, es necesario que los
interlocutores ya conozcan de antemano. Dicho de otra manera, los hablantes tienen que tener
algún tipo de relación entre sí. Así, no es frecuente que se utilice bueno para iniciar la
conversación con un desconocido (Portolés & Zorraquino, 1999: 4194).
En segundo lugar, bueno funciona como marcador de ruptura secuencial. Es decir, abre
o pre-comienza la conversación y indica el cambio de tema. Veamos un ejemplo del bueno
que marca el cambio de tema:
A: Han llegado ya esos paquetes, me parece…
B: Bueno. Oye, que se me ha olvidada decirte una cosa: que Paco, que lo
llames.15
14
El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José
1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua
el discurso, pág. 4194 pero está modificado según nuestras necesidades.
15
El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José
1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua
el discurso, pág. 4195.
23
Portolés & María Zorraquino,
española 3, Entre la oración y
Portolés & María Zorraquino,
española 3, Entre la oración y
Es común que el marcador bueno aparezca con pero, o para ser más exactos, después de pero.
En esta función, pero “orienta contraargumentativamente la conexión de bueno con la
situación comunicativa precedente (o con el contexto comunicativo, en general)” (Portolés &
Zorraquino, 1999: 4195). Otra función del bueno es orientar el fin de la conversación.
Por último, el metadiscursivo bueno sirve para la acumulación de la información y
hace que la conversación progrese. El bueno que marca la continuidad temática en la
conversación va seguido a menudo de pues. El marcador bueno muestra también
procesamiento de la información y tiene el empleo de la rectificación o autocorrección.
Conviene mencionar que normalmente no se repite el metadiscursivo bueno (bueno, bueno)
(Portolés & Zorraquino, 1999: 4196-4197).
2.3.1.4 Bien
Según Portolés y Zorraquino (1999: 4197), el metadiscursivo bien tiene las mismas
funciones que el metadiscursivo bueno. Sirve para marcar la recepción del mensaje y por
tanto indica indirectamente el cambio de turno. También se utiliza bien para acumular y
procesar información. Como bueno, bien sirve para el progreso de la conversación
presentando un nuevo tema:
- ¿Cómo está vuestra familia, Alteza?
- Muy bien, mi general. Gracias.
- Bien. Tengo que anunciaros algo. [J.L. de Vilallonga, El Rey, 98] (Portolés &
Zorraquino, 1999: 4197)
Se usa bien para la autocorrección y rectificación, pero su empleo es más limitado que el de
bueno. Ejemplo:
Lo hizo… Bien, lo hice.16
Como bueno, también bien es utilizado para indicar el cierre de la conversación. Sin embargo,
su empleo es menos frecuente que el de bueno. Normalmente tiene la función del cierre de la
conversación en un estilo más formal. He aquí un ejemplo ilustrativo:
Bien. Ya hemos terminado.17
Aunque el marcador bien tiene funciones parecidas a las de bueno, estos dos
marcadores no son exactamente iguales. Bien es “una unidad menos gramaticalizada que
16
El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José Portolés & María Zorraquino,
1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua española 3, Entre la oración y
el discurso, pág. 4198
17
El ejemplo está extraído del artículo « Los marcadores del discurso », José Portolés & María Zorraquino,
1999, en I. Bosque y V. Demonte (coords.), Gramática descriptiva de la lengua española 3, Entre la oración y
el discurso, pág.4198
24
bueno, ya que admite la gradación (muy bien) y puede implicar una valoración del segmento
del discurso al que afecta (derivada del valor modal del adverbio homónimo)” (Portolés &
Zorraquino, 1999: 4197). El marcador bien es también más neutro y menos “amigable” que
bueno. Por eso, por ejemplo, los entrevistadores usan más a menudo bien que bueno en las
entrevistas para indicar la ruptura secuencial, es decir, para abrir o cerrar la conversación y
para mostrar la transición temática. En resumen, el empleo del marcador depende del rol
social o de la actitud. El hablante que tiene más autoridad y el hablante que quiere mostrar
más distanciamiento utilizan más a menudo el marcador bien (Portolés & Zorraquino, 1999:
4197).
2.3.1.5 Eh
Como otros varios marcadores del discurso, eh no pertenece solamente a un grupo.
Puede aparecer como interjección, enfocador de la alteridad o marcador metadiscursivo.
Como marcador metadiscursivo tiene dos funciones principales:
1. mantener el turno de habla: El hablante usa la partícula eh para mostrar al oyente que está
ajustando la expresión y que no quiere perder su turno de habla.
2. acumular información para ir procesándola: Cuando el hablante usa el marcador eh, indica
que el oyente debería procesar la información. Es decir, eh procesa la información desde la
perspectiva del oyente. Eso es la diferencia entre el marcador eh y los marcadores bueno/bien
(procesan la información desde el punto de vista del hablante) (Portolés & Zorraquino, 1999:
4199). Ejemplo:
DOCTORA: […] depende del talante que esté eh, si está fuerte y se encuentra
bien, bájale un poquito eh, no lo saques ahora, pero … allá a las 6 o a las 7 eh un
ratito eh… más que nada para que tome un poco de aire eh. (Blas 1995, La
interjección como marcador discursivo: el caso de “eh” [citado en Portolés &
Zorraquino, 1999: 4199])
2.4 CLASIFICACIONES EN PORTUGUÉS
Los marcadores discursivos de la lengua portuguesa han sido poco o insuficientemente
estudiados. Después de una extensa búsqueda por las gramáticas portuguesas, llegamos a la
misma conclusión que Fernandes (1996: 133): no existe ninguna gramática que incluya teoría
relevante sobre el uso de los marcadores del discurso en portugués europeo. Sin embargo,
encontramos obras cuyos autores dedican unas líneas a los marcadores discursivos, por
ejemplo, Cunha y Cintra (1984), Vilela (1995) y Gonçalves (2002). En la Nova Gramática do
25
Português Contemporâneo, Cunha y Cintra (1984: 548-549) presentan las palabras
denotativas. Según ellos, son palabras que no se pueden incluir a los adverbios porque no
modifican el verbo, adjetivo u otro adverbio. Por eso, deben ser clasificados aparte. Sin
embargo, Cunha y Cintra no les saben dar un nombre específico. Solamente mencionan que
aquellas palabras son difíciles a clasificar y que en el análisis se puede llamarlas “palavra ou
locução denotadora de exclusão, de realce, de rectificação, etc.” (1984: 549).
Vilela (1995) dedica cuatro páginas a las partículas y partículas modales en la
Gramática da Língua Portuguesa. Según el autor (1995: 198), el concepto de la partícula
tiene dos significados. En general, está asociado a las palabras invariables. Por otro lado, tiene
un significado más estricto que se refiere a “las palabras coloridas” (Vilela, 1995: 198).
Añade que se pueden dividir las partículas en dos grupos: las partículas propias (cierta clase
de adverbios) y las partículas modales como por ejemplo bem, mal y assim. Vilela (1995:
199) menciona también las partículas de realce (é que, lá, cá) y las muletillas (pá, não é, na
certeza, pois, assim) que son usadas como verbos de llenar. Es decir, una de sus funciones es
llenar las pausas en una conversación. Para Gonçalves (2002: 566-568) las partículas de
realce son partículas expletivas o enfáticas. Su función es “aumentar ou diminuir a
importância que se concede a algum elemento da oração ou à ideia expressa na sua totalidade,
mas cuja supressão não modifica o valor lógico da frase”. En la lengua portuguesa existen
muchas partículas de realce y están ligadas a la entonación. Gonçalves añade que nacen
siempre espontáneamente.
Tradicionalmente las partículas modales han sido clasificadas como adverbios en las
gramáticas y diccionarios. Sin embargo, también existen gramáticas que clasifican las
partículas a las interjecciones o a las expresiones/partículas de realce (Franco, 1990: 175).
Según Franco (1990: 196): “Estes procedimentos derivam, por um lado, do facto de os
autores, na sequência da tradição Greco-latina, terem adoptado e dado grande peso aos
critérios morfológicos na classificação das palavras, mas prendem-se também, por outro lado,
com a intuição (que tiveram) de que a classificação originária já não se coaduna com as
funções que lhes têm vindo sucessivamente a descobrir”.
Como Vilela también Franco (1990: 183-184)
propone que se pueden separar
sintácticamente las partículas modales de los adverbios. Por ejemplo, al contrario de los
adverbios, las partículas modales no pueden ser substituidas por otras unidades. He aquí un
ejemplo:
-
Sempre veio chuva hoje. (partícula modal)
Eles vêm sempre visitar-nos. (adverbio)
26
Las partículas modales aparecen normalmente al inicio de la frase. Los adverbios de
modo surgen después del verbo y los adverbios de tempo y de lugar antes o después del
verbo. Sin embargo, el significado de un adverbio sigue igual a pesar de su posición en la
frase (Franco, 1990: 183-184). Otra diferencia entre los adverbios y partículas es que las
partículas aparecen siempre antes de la negación. Los adverbios pueden estar antes o después
de la negación. Veamos un ejemplo:
-
Sempre não saímos.
Amanhã não vou ao cinema.
Não vou amanhã ao cinema. (Franco, 1990: 185)
Franco (1990: 188) define las partículas modales de modo siguiente: “As partículas
modais são meios de expressão da atitude do falante e das suas intenções, postas em jogo
durante a conversação.” La función comunicativa de las partículas modales depende
fuertemente del contexto. Esto es, no se pueden analizar las partículas independientemente del
contexto. Por eso, es siempre necesario presentar un contexto situacional en los análisis
(Franco, 1990: 190).
Encontramos dos trabajos de fin de máster en la biblioteca de la FLUP que tratan de
los marcadores discursivos portugueses. El primero es el trabajo de Fernandes (1996) que
estudia las partículas discursivas y modales del latín al portugués. La segunda tesina es de
Martins (1998: 5) en que él parte de la cuestión: ¿por qué se usan en las conversaciones
frecuentemente las palabras o expresiones como ‘ora bem’, ‘pois’ y ‘pronto’, entre otros, y
por qué las gramáticas no hacen caso a aquellas expresiones? Como Fernandes también
Martins (1998: 47-48) afirma que las gramáticas ignoran los marcadores discursivos o les
dedican solamente algunas líneas. Añade que en las gramáticas tradicionales los marcadores
del discurso son normalmente clasificados a diferentes clases gramaticales, como por
ejemplo, a los adverbios, a las conjunciones o a las interjecciones (1998: 51).
Fernandes (1996: 7-8), divide los marcadores discursivos de la lengua portuguesa en
cinco grupos:
1. partículas modales (não, lá, então, é que),
2. partículas argumentativas (bem, aliás, mas),
3. partículas topográficas (agora, e, pronto),
4. partículas interaccionales (pá, percebes?, não é? / n’é? / é? / não?, olha! / olhe!,
estou, sim / claro / ok, não) y
5. marcadores de terminación aproximativa (e não sei quê / e não sei quantos / e tal).
27
No obstante, la clasificación no está hecha totalmente por este investigador, sino que se basa
en los trabajos de otros autores ‒ Spengler (1980), Schmidt-Radefeldt (1993), Roulet (1980) y
Franco (1990 y 1991) ‒. Para definir las partículas del discurso, Fernandes usa las
definiciones elaboradas por los autores ya mencionados. Por lo tanto, las partículas modales
son “aqueles elementos linguísticos que exprimem a modalidade emotiva ou a atitude do
falante face ao enunciado, às expectativas, às relações sociais e ao saber compartilhado que
admite existir entre os parceiros da comunicação” (Franco, 1991: 187). Las partículas
argumentativas son aquellas con las que “o falante sublinha o valor semântico do seu discurso
ou da sua argumentação” (Schmidt-Radefeldt 1993: 65). Las partículas topográficas muestran
cómo el hablante “estrutura textualmente o seu discurso” (Schmidt-Radefeldt, 1993: 65). Las
partículas interaccionales son “elementos linguísticos que têm por finalidade sublinhar a
relação interaccional/fática entre o falante e o seu interactante e/ou o enunciado” (Fernandes,
1996: 8).
Martins (1998: 65-66) propone en su trabajo de fin de máster otra clasificación para los
marcadores discursivos. Los divide en ocho grupos:
1. Aditivos (e)
2. Justificativos (depois, então, pois, porque, portanto)
3. Opuestos (agora, até, vá)
4. Reformuladores (aliás, bem, ora bem, quer(-se) dizer, vá)
5. Marcadores responsivos (claro, claro que, não, pois, sim, sim sim (sim sim sim)
6. Modalizadores (claro, claro que, pronto, vá)
7. Organizadores del discurso (então, pronto)
a.) iniciativos o de apertura (ora bem)
b.) continuativos o de continuidad (depois, e, pois, também)
c.) terminativos o de cierre (bem, mais do (de) resto, não é, sabe como é)
8. Marcadores de interactividad (bem, então, hum, não é, ora bem, pois, portanto, pronto,
sabe como é)
De esta clasificación, se puede concluir que la mayoría de los marcadores tienen varias
funciones. No obstante, existen también marcadores que tienen una sola función. Además,
casi todos los marcadores tienen la función del organizador del discurso (Martins, 1998: 120).
El objetivo de la tesina de Martins (1998: 4) fue hacer un análisis lingüístico de una entrevista
usando el análisis conversacional para poder destacar las funciones de los marcadores del
28
discurso. La entrevista tuvo lugar con dos informantes que usaron un registro coloquial de
portugués europeo.
Como ya hemos mencionado, los marcadores del discurso es un área que no se ha
estudiado suficiente en la lengua portuguesa europea. Por consiguiente, faltan obras que
incluyan teoría relevante sobre el asunto. Sin embargo, existen varios estudios sobre los
marcadores discursivos en la lengua portuguesa de Brasil. Por eso, en cuanto a la lengua
portuguesa, la fundamentación teórica de nuestro estudio se basa principalmente en una obra
brasileña: Gramática do Português Falado (Moura Neves [org.], 1999) que contiene, entre
otros, el artículo de Hudinilson Urbano.
El trabajo de Urbano (1999) se basa en un estudio mayor “Marcadores Discursivos:
Traços Definidores” hecho en 1996 por Mercedes Sanfelice Risso, Giselle M. O. Silva y
Hudinilson Urbano. En aquel estudio se trataron generalmente los marcadores discursivos,
dividiéndolos en dos grupos: “seqüenciadores de tópico” y “orientadores da interação”.
Urbano sigue el trabajo anterior estudiando más profundamente los marcadores denominados
“marcadores básicamente orientadores da interação”. El objetivo de su estudio fue analizar las
sub-funciones, las propiedades y los comportamientos interactivos de los marcadores en
cuestión (Urbano, 1999: 195). Todos los marcadores básicamente orientadores de la
interacción tienen funciones textuales-interactivas. El concepto de interacción se refiere al
grado de envolvimiento de los hablantes. El grado varía del mayor envolvimiento del hablante
consigo mismo y el menor envolvimiento con el interlocutor (mayor grado de subjetividad) a
una situación contraria (mayor grado de intersubjetividad). Para explicar mejor de lo que se
trata, Urbano da algunos ejemplos (1999: 198):
a.) “já ouviu falar, conhece de nome taxionomia, só de nos, bem...Eh:: essa palavra
taxionomia quer, refere-se mais ou manos a uma classificação (...)”
b.) L2 “(…) já é alguma coisa que eles fazem porque...”
L1“ah ajuda demais né?”
En el ejemplo A del grado subjetividad, el hablante hace una pregunta a la que él mismo
responde, o sea, el marcador bem comienza la auto-respuesta. En el ejemplo B, el interlocutor
L1 interrumpe L2 y usa el marcador ah como toma de turno. Es un ejemplo del grado de
envolvimiento interpersonal de los hablantes.
El autor (1999: 200-201) divide asimismo los marcadores básicamente orientadores de
la interacción en seis subgrupos según sus funciones:
29
BÁSICAMENTE
funciones
ORIENTADORES DE
textual-
LA INTERACCIÓN
interaccionales
fático de naturaleza
imperativa y entonación
exclamativa
olha!, veja!
fático de naturaleza o
entonación interrogativa
después de aserción
né?, certo?,
entende?,
não é?
fático de naturaleza y
entonación interrogativa
después de interrogación
hein?, ahn?,
é?, né?, não
é?
feed back
uhn, certo
inicio de respuestas
formales o de comentários
ah, pois é,
mas
inicio de habla citada
ah
Gráfico 4. Clasificación de los marcadores básicamente orientadores de la interacción
Los marcadores del primer grupo, Fático de naturaleza imperativa y entonación
exclamativa, son formas que el hablante produce. Sin embargo, están orientadas directa o
indirectamente al oyente. Al segundo grupo, Fático de naturaleza o entonación interrogativa
después de aserción, pertenecen marcadores que son “formas produzidas pelo falante após
uma declaração também produzida por ele” (Urbano, 1999: 200). Estos marcadores son
numerosos: não é?, sabe?, né?, certo?, entende?, não?, entre otros. El tercer grupo es, en
efecto, una variante del segundo grupo. La única diferencia es que en este caso el marcador
aparece después de un enunciado interrogativo. El cuarto grupo es el de los feed back,
también conocidos como “fáticos retroalimentadores”. Son formas producidas únicamente
por el oyente (Urbano, 1999: 228). El quinto grupo se llama Inicio de respuestas formales o
de comentarios. Son marcadores producidos “pelo ouvinte tornado falante seguinte, ao tomar
o turno, em respostas, ou como comentário a perguntas ou a comentário do falante anterior”
(Urbano, 1999: 200). Al último grupo pertenecen los marcadores que indican el inicio de
habla citada (Urbano, 1999: 201).
Como los metadiscursivos conversacionales constituyen el asunto de este estudio,
presentaremos detallamente sólo el cuarto subgrupo. Es el grupo equivalente a las partículas
30
del diálogo y a los metadiscursivos conversacionales, pues marcan límites en el discurso y
relacionan enunciados.
2.4.1 Marcadores de feed back
Según Urbano (1999: 208), los marcadores del grupo Feed back son usados para
mostrar al hablante que el interlocutor se mantiene a la escucha y entiende el mensaje. Afirma
que normalmente se usan estos marcadores en dos situaciones diferentes: “a.) solitariamente,
retroalimentando o falante e mantendo-o no seu papel conversacional, b.) no início do turno
do ouvinte, possibilitando a este assumir o papel de falante” (1999: 213). Fontes (2010: 7)
añade que estos marcadores sirven para mantener la interacción y hace que la conversación
prosiga. El grupo de los feed backs contiene, entre otros, los marcadores siguientes: ah, ahn,
certo, claro, é, é verdade, exato, pois é, sei, sim y uhn (Urbano, 1999: 228). Para Morais
(2011: 434) los marcadores que inician un turno de palabra se llaman Marcadores
conversacionais topográficos. El autor incluye a este grupo, ente otros, las unidades ah, bem,
bom, prontos, ai y oh pá. Presentaremos a continuación los marcadores de feed back que
aparecen en nuestro corpus.
2.4.1.1 Sim
Martins (1998: 117) incluye el adverbio afirmativo sim a los marcadores del discurso y
afirma que su función es responder a una pregunta. Añade que se puede repetir este marcador
(sim sim). Cuando aparece duplicado, puede tener la misma función que sim. Su otra función
es “iniciar uma resposta (considerada óbvia pelo falante) a uma pergunta repetida ou
reformulada pelo interlocutor” (Martins, 1998: 117). Fernandes (1996: 128) considera que se
usa el marcador sim para mostrar al hablante que el interlocutor se mantiene a la escucha y
que está de acuerdo con el hablante.
2.4.1.2 É y é verdade
Los dos marcadores incluyen el verbo ser y normalmente siempre tienen la misma
función: función de feed back (Urbano, 1999: 213). Es decir, cuando aparecen aisladamente
su función es mostrar al hablante que el interlocutor está teniendo en cuenta lo que el hablante
dice (ejemplo A). En este caso, el interlocutor no tiene la intención de tomar el turno de
31
palabra. Al contrario, cuando é y é verdade aparecen al inicio del turno de oyente (ejemplo
B), estos dos marcadores ayudan al oyente a tomar el turno de palabra (Urbano, 1999: 213).
a) L1 coitado, cinco anos e já... colocado assim (...)
L2 é
b) Doc reformaram também os departamentos (nem) aumentaram ou reduziram
de forma que
Inf é porque eles fizeram exatamente isso (...) (Urbano, 1999: 113-114)
2.4.1.3 Pois
Martins (1998: 113) afirma que se usa el marcador pois para iniciar una respuesta. De
esta manera, el interlocutor une su enunciado al enunciado precedente, es decir, al enunciado
del otro interlocutor y hace que la conversación prosiga. Martins (1998: 113) añade que el
marcador pois “é usado pelo falante para assinalar a concordância com o seu interlocutor,
manifestando interesse pelas palavras do outro, mostrando-se cooperante na interacção”. Este
marcador está utilizado también para enfatizar el acuerdo o el desacuerdo con el hablante. En
este caso, aparece a menudo con otros elementos lexicales como por ejemplo pois não, pois
claro o con el verbo usado en el enunciado precedente (pois é, pois está). Lopes (2005: 238)
denomina el marcador pois ‘partícula de agulhagem discursiva’ y observa lo siguiente:
A primeira evidencia da partícula pois é a de uma oscilação, às vezes neutralização, entre a
função fática de início de fala, de justificação concludente, ou de insinuação causal, o que se prende com
um efeito ilocutório de exortação, empenho, incitação ou justificação, e até de pergunta com um certo
grau de expectativa quanto à qualidade de resposta (Lopes, 2005: 238).
2.4.1.4 Hã, eh y humm
En cuanto a los marcadores ah, ahn y hã, existen varias maneras de transcribirlos a la
lengua portuguesa. El marcador ah corresponde a há y el marcador ahn corresponde a hã y ã
(Hurbano, 1999: 206). En este estudio se usa la forma gráfica hã. Otro marcador que aparece
en nuestro corpus portugués es eh. Según Hurbano (1999: 211), estos dos marcadores se
sitúan entre las frases y su función es llenar las pausas. En este caso, eh y hã pueden aparecer
con un alargamiento de las vocales.
Martins (1998: 110) añade a los marcadores discursivos el marcador hum. En este
estudio usamos de dicho marcador la transcripción humm porque queremos diferenciar los
marcadores hum y humm. Según Martins (1998: 110), humm es un marcador de interactividad
utilizado como un soporte mientras se encuentra la expresión adecuada. Veamos un ejemplo
de nuestro corpus:
32
M: em que ela nos dizia/// hummm que a lei em muitos aspectos era ridícula
porque era/ por exemplo tu podes ir a farmácia comprar a pi- a parafarmácia
pode vender
Otra función del marcador humm es mostrar que el interlocutor ha entendido la pregunta
realizada por el otro interlocutor y que se prepara para responder (Martins, 1998: 111).
2.5 COMPARACIONES DE LAS CLASIFICACIONES
En cuanto a la clasificación de los marcadores del discurso, llegamos a la misma
conclusión que Tiittula (1992: 60): depende del autor de qué manera se clasifican los
marcadores. Notamos que incluso dentro de la misma lengua existen diferencias. Por ejemplo,
Tiittula (1992) divide los marcadores del discurso en tres grupos y Hakulinen (2005) en once
grupos. Sin embargo, de los once grupos solamente cuatro se refieren especialmente a la
lengua hablada. En la lengua española existen también diferentes maneras de clasificar los
marcadores del discurso. Se pueden clasificar los marcadores, por ejemplo, según sus
funciones o según la relación con el núcleo oracional al que los marcadores se refieren.
Portolés y Zorraquino (1999) dividen los marcadores del discurso en cinco grupos que, a su
vez, son clasificados en subgrupos. Es decir, existen, de hecho, más de cinco grupos. En la
lengua portuguesa, Urbano (1999) divide los marcadores del discurso en seis grupos según
sus funciones. Martins (1998) los clasifica en ocho grupos y Fernandes (1996) en cinco
grupos. En resumen, el número de los grupos depende tanto del autor como de la lengua en
cuestión.
Aunque el número de los grupos no es lo mismo en las tres lenguas en cuestión, existe
un aspecto en común. Tanto en finés como en español y en portugués se clasifican los
marcadores del discurso según sus funciones. Hakulinen (2005: 773) divide las partículas del
diálogo en dos grupos según la función: 1.) las que indican que el interlocutor se mantiene
atento y 2.) las que reciben el turno de habla antecedente como una información nueva.
Portolés y Zorraquino (1999: 4191) distribuyen los metadiscursivos conversacionales en tres
grupos: 1.) los que indican la recepción del mensaje, la ruptura discursiva (por ejemplo la
apertura o el cierre de una intervención, el cambio de tema en una intervención) y la
acumulación o el procesamiento de la información, 2.) los que indican la recepción del
mensaje y el cambio de turno en el uso de la palabra y 3.) los que mantienen el turno de
palabra en la conversación. Urbano (1999: 213) divide los marcadores de feed back en dos
grupos según la función: 1.) los que mantienen el turno de palabra en la conversación y 2.) los
33
que ayudan a tomar el turno de palabra. Cabe mencionar que solamente en la lengua
finlandesa se considera la diferencia entre los marcadores que indican que la información es
nueva para el interlocutor o ya conocida de antemano. No se hace esta diferencia en la
clasificación de los marcadores metadiscursivos conversacionales en español ni en portugués.
34
3. ANÁLISIS DE LOS METADISCURSIVOS CONVERSACIONALES EN LA
CONVERSACIÓN
En este capítulo se presentarán primero brevemente fundamentos sobre el Análisis de
la Conversación que es el método de nuestro estudio. Segundo, se explicará quiénes son los
informantes de este estudio y cómo se han realizado las entrevistas. Por último, se analizarán
y se contrastarán los metadiscursivos conversacionales en el finés, español y portugués, con el
objetivo de establecer sus correspondencias en un glosario. También se hará un análisis sobre
los materiales lexicográficos.
3.1 METODOLOGÍA: ANÁLISIS DE LA CONVERSACIÓN
Como vimos en la Introducción, el objetivo de este trabajo es conocer cómo las
clasificaciones de los marcadores del discurso en la lengua finlandesa difieren de las de la
lengua española y de las de la lengua portuguesa. Otro objetivo es descubrir los marcadores
discursivos más utilizados en las seis conversaciones grabadas y comparar su uso/funciones
entre los pares de idioma finlandés-español y finlandés-portugués. Para analizar el corpus, se
ha elegido usar el Análisis de la Conversación.
Según Hakulinen (1998: 13), el término Análisis de la Conversación fue introducido
por Harvey Sacks en los años 60. Lo fundamental para esta tendencia es la idea de que la
conversación es una actividad de carácter interactivo organizada. Hakulinen (1998: 14)
propone que se puede distinguir tres formas de organización. La primera de ellas es el sistema
de toma de turno. Esto quiere decir que los turnos observan ciertas leyes (Cortés Rodríguez &
Camacho Adarve, 2003: 96). La segunda forma es la secuencia y la tercera es la secuencia de
reparación (Hakulinen, 1998: 16). Jokinen (2002: 43) plantea que el corpus del Análisis de la
Conversación consiste en la lengua hablada real en contextos naturales. En otras palabras, el
Análisis de la Conversación es un análisis de las situaciones auténticas y lo fundamental es la
cooperación. El objetivo del Análisis de la Conversación es indicar qué se puede realizar con
las intervenciones, por ejemplo cómo se muestra que lo oído es una información nueva o ya
conocida de antemano, si el tema de conversación es difícil, etc. Por consiguiente, el Análisis
de la Conversación tiene características de los actos de habla (Hakulinen, 1998: 14-15).
Tiittula (1992: 105) añade que el Análisis de la Conversación viene de la sociología y está
relacionado con la etnometodología. Sin embargo, lo fundamental para el Análisis de la
Conversación es la cooperación, es decir, los significados nacen de la cooperación. No se hace
35
la división entre el orador y el oyente. La conversación está organizada, es decir, tiene
secuencias, turnos e interrupciones (Hakulinen, 1998: 16).
Se ha elegido este método para nuestro estudio porque el Análisis de la Conversación
estudia detalladamente el uso del idioma. Además, Hirsjärvi y Hurme (2008: 158-159)
afirman que con la ayuda del Análisis de la Conversación se puede analizar bien el corpus que
se ha obtenido realizando las entrevistas. Los autores (2008: 158-159) enfocan que cuando se
utiliza este método, hay que tener en cuenta ciertos principios que caracterizan el Análisis de
la Conversación:
1. La interacción está siempre organizada y los hablantes la crean juntos.
2. Cada detalle de la conversación es importante. Al contrario del análisis del
discurso, el Análisis de la Conversación observa, entre otros, las pausas, los
silencios, los solapamientos, la risa y otros sonidos.
3. En el Análisis de la Conversación se centra en el corpus. Normalmente, no se
hacen interpretaciones fuera del corpus.
En consecuencia, el Análisis de la Conversación es un método que exige mucho tiempo y
trabajo. Para poder hacerlo bien, hay que familiarizarse con guías del método.
En este estudio, nos hemos basado en la obra Keskusteluanalyysin perusteet (Tainio,
1998) para saber cómo se hacen normalmente las transcripciones en la lengua finlandesa18. En
el libro se explican claramente cómo transcribir y qué símbolos de transcripción hay que usar.
Sin embargo, no se ha utilizado dicha obra para las transcripciones del corpus español y
portugués porque no pertenecen a la misma familia de lenguas con finlandés. Por eso, en vez
de la obra finlandesa, hemos elegido usar la obra Corpus de conversaciones coloquiales
(Antonio Briz y Grupo Val.Es.Co., 2002). Esta obra contiene un sistema de transcripción en
el que se ha tomado en cuenta las características de la lengua española. Conviene mencionar
que se han numerado los ejemplos que se usan en este estudio para ilustrar las funciones de
los marcadores discursivos. Los números se refieren a las líneas. De esta manera, se pueden
referir prácticamente a los ejemplos en la parte empírica.
3.2 INFORMANTES Y CORPUS
Nuestro corpus consiste en seis conversaciones que se han grabado usando una
grabadora digital de voz, en el modo XHQ (extra high quality). Como uno de nuestros
objetivos es comparar los marcadores del discurso en la lengua finlandesa, española y
18
Se ha elegido utilizar esta obra porque una especialista del tema (Marjut Johansson) nos la ha recomendado.
36
portuguesa, se han elegido tanto informantes finlandeses como españoles y portugueses. En la
selección de los informantes se han tomado como criterios los siguientes requisitos: hablante
nativo, joven (de 17 a los 30 años) y amigo de la entrevistadora. Para recoger el material se ha
decidido hacer las entrevistas de a dos, es decir, se han entrevistado a dos personas al mismo
tiempo. Como constata Hidalgo Navarro (1997: 91), el número ideal de los informantes para
una entrevista es 2-3 personas y el entrevistador.
Primero se entrevistó a dos chicas finlandesas de 23 y 24 años en Finlandia en 2008.
Ambas chicas vienen de la Finlandia Central. Luego se grabó la conversación de un español
de 22 años y de una española de 24 años también en Finlandia en 2008. El chico español
viene de Valencia y la chica española es de Murcia pero ya hace tres años que vive en Las
Palmas. La segunda conversación en finlandés ha sido grabada en Portugal en 2012 con dos
informantes finlandeses: un estudiante de 24 años y una estudiante de 22 años. Ambos
estudiantes vienen de Tampere. La segunda conversación en español ha sido grabada en
Portugal en 2012. Se trata de una conversación entre la entrevistadora y dos informantes,
estudiantes de 22 y de 25 años, de sexo femenino; una viene de Málaga y otra de Alicante.
Las dos conversaciones en portugués han sido grabadas en Portugal en 2012. En la primera
conversación han participado dos chicas portuguesas: una de 18 años y otra de 17 años. La
chica de 18 años es de Lisboa y la otra chica viene de Oporto. La segunda conversación se ha
grabado con un portugués de 29 años y con una portuguesa de 26 años. Los dos informantes
vienen de Oporto.
Para mantener el anonimato de los informantes, se usan códigos en este estudio. En la
transcripción, la finlandesa de 23 años está marcada por M1 y la otra por M2 (la M se refiere
siempre a una mujer). Del chico español se usa el código H (hombre) y de la chica española el
código M (mujer). En la segunda entrevista en español se usa el código M1 de la chica que
tiene 22 años y M2 de la chica que tiene 25 años. En la transcripción de la primera
conversación en portugués, la portuguesa de 17 años está marcada por M1 y la otra por M2.
Del chico portugués se usa el código H y de la chica M en la segunda entrevista en portugués.
De la entrevistadora se usa siempre la letra E (entrevistadora). En cuanto a los conocimientos
de otras lenguas, todos los informantes saben inglés. Además, los finlandeses saben sueco y
M1 sabe también danés. El chico español es bilingüe: habla español y valenciano como
lengua materna. La chica portuguesa de 17 años es también bilingüe: habla portugués y
español como lengua materna. La chica finlandesa que viene de Tampere habla finlandés y
sueco como lengua materna. Se ha elegido a estas seis personas entre los amigos de la
37
entrevistadora. Se ha querido entrevistar a personas que ya se conocen para que la
conversación sea fluida y natural. También Hidalgo Navarro (1997: 90) afirma que “puede
ser muy positivo que exista algún tipo de relación entre los propios informantes (amistad) ya
que con ello se habrá avanzado un paso hacia la espontaneidad”.
Se ha elegido usar la conversación semidirigida (teemahaastattelu) porque se adecua
mejor a nuestro uso. La entrevista semidirigida no define el número ni la profundidad de las
entrevistas. Otra ventaja es que el material se puede tratar usando métodos cuantitativos o
cualitativos. Lo más importante es que la entrevista sigue adelante apoyándose en ciertos
temas en vez de en cuestiones detalladas. La entrevista semidirigida no es totalmente libre
como por ejemplo la entrevista profunda, ni estructurada como los cuestionarios. Sin
embargo, está más cerca de la entrevista sin estructura que con estructura (Hirsjärvi & Hurme,
2008: 47-48).
Cuando se hace el plan de la entrevista, no se hacen preguntas exactas sino una lista de
temas. Los temas funcionan como las notas. Es decir, durante la entrevista el entrevistador
basa sus preguntas en estos temas. Los temas que el entrevistador elige deberían ser amplios
para que el fenómeno que se estudia sea revelado. Sobre la base de los temas, el entrevistador
puede seguir y profundizar la entrevista (Hirsjärvi & Hurme, 2008: 66-67).
Para la entrevista se han elegido temas de los que se puede hablar fácilmente. El tema
principal de la primera entrevista finlandesa fue el fin de semana anterior y el tema de la
segunda conversación finlandesa fue la vida de los estudiantes Erasmus en Oporto. El tema de
la primera entrevista española fue también la vida de los estudiantes Erasmus pero esta vez el
lugar fue Finlandia. Durante la segunda conversación en español se habló sobre la vida de los
estudiantes Erasmus en Oporto y sobre el aprendizaje de una lengua extranjera. En las
conversaciones en portugués se habló también sobre temas actuales. Las chicas hablaron
sobre el carnaval y su hobby en común (ballet). Los informantes de la segunda entrevista
portuguesa hablaron sobre drogas (ambos trabajan o han trabajado en un hospital).
Antes de la entrevista se planificó una base de la conversación, es decir, se decidió el
tema y unos subtemas de los que conversar. A pesar de ello, no se planificaron preguntas
exactas. La primera entrevista finlandesa la realizamos en una dependencia de la biblioteca
que sirve para el trabajo en grupo. La segunda entrevista entre los finlandeses la grabamos en
la casa de los informantes. Todos los finlandeses, incluido la entrevistadora, ya se conocían de
antemano. Por consiguiente, se tuvo una conversación natural y auténtica. Sin embargo, se
notó que durante los primeros minutos la conversación no fue con fluidez por motivo de la
38
grabadora. En todo caso, los informantes olvidaron rápido la grabadora y hablaron
naturalmente.
La primera grabación con los españoles se hizo en la casa de la informante. Es decir,
tuvimos un entorno familiar. Los dos españoles y la entrevistadora ya se conocían de
antemano. Por consiguiente, conseguimos observar una conversación auténtica y espontánea.
La segunda conversación entre las españolas se grabó en la casa de las informantes. También
en este caso la relación que une las informantes es la amistad. Las entrevistas en portugués se
grabaron en la casa de la entrevistadora en Oporto. En este caso, los informantes y la
entrevistadora también ya se conocían de antemano. En lo que se concierne la fiabilidad de las
entrevistas, no se contó de antemano a los informantes lo que se investiga en el estudio.
3.3 PARTÍCULAS DEL DIÁLOGO EN LAS CONVERSACIONES FINLANDESAS
Grabamos dos conversaciones entre dos informantes (diferentes en cada conversación)
y la entrevistadora. La primera conversación duró 10 minutos y 10 segundos y la segunda 18
minutos. Después de las entrevistas, transcribimos las conversaciones usando el sistema de
transcripción que mejor se aplica a la lengua finlandesa. Luego contamos cuántas partículas
del diálogo aparecieron en las entrevistas.
Como se ve en el gráfico 5, la partícula más empleada en la primera entrevista en
finlandés fue joo (55%) que pertenece al grupo Mantenerse a la escucha. En los gráficos el
porcentaje se refiere siempre al uso de una partícula y sus variantes. Por ejemplo, el
porcentaje de la partícula joo contiene todas sus variantes (joo-o, joo joo, mm joo, niin joo,
mm niin joo). La segunda partícula más usada fue ai jaa. También hallamos una partícula del
diálogo [aa(h)] que no está incluida en la clasificación de Hakulinen en el marco teórico. Sin
embargo, esta partícula aparece a menudo en nuestro corpus y parece tener la misma función
que otras partículas del grupo Mantenerse a la escucha.
39
Partículas del diálogo FI/1
1%
joo
mm
6%
niin
14%
häh
10%
55%
1%
aa(h)
ai jaa
8%
5%
ai
aha
Gráfico 5. Partículas del diálogo en la primera conversación en finlandés
En la segunda entrevista en finlandés la partícula más empleada fue nii(n) (40%). Sin
embargo, la partícula joo apareció también muchas veces (24%). En esta segunda
conversación, al igual que en la primera, los hablantes usaron también la partícula aa(h) que
no aparece en la clasificación de Hakulinen.
Partículas del diálogo FI/2
5%
2%
0%
joo
mm
24%
niin
21%
8%
aa(h)
ai jaa
ai
40%
jaa jaa
Gráfico 6. Partículas del diálogo en la segunda conversación en finlandés
En total, entre las dos conversaciones en finlandés hallamos 239 ocurrencias de
partículas del diálogo del grupo Mantenerse a la escucha y 31 ocurrencias de partículas del
grupo Indicar la información nueva. Es decir, la mayoría de las partículas usadas en las
conversaciones fueron las que indican que el interlocutor se mantiene atento. En la siguiente
tabla recopilatoria podemos ver la distribución de las partículas del diálogo y su número total
en nuestro corpus finlandés:
40
Joo
Nii(n)
Mm
Aa(h)
Ai jaa
Ai
Aha
Jaa jaa
TOTAL
Entrevista FI/1
43
4
6
8
11
5
1
78
Entrevista FI/2
46
77
15
40
9
4
1
192
TOTAL
89
81
21
48
20
9
1
1
270
Tabla 1. Cifras de partículas del diálogo
Partículas del diálogo FI/1-2
3%
0%
0%
joo
niin
8%
33%
18%
mm
aa(h)
ai jaa
8%
ai
aha
30%
jaa jaa
Gráfico 7. Partículas del diálogo en las conversaciones en finlandés
El gráfico 7 muestra claramente que las dos partículas más empleadas en nuestro
corpus son joo y nii(n). El uso de las partículas aha y jaa jaa es tan escaso que no merece un
estudio profundo. Uno de los objetivos del presente trabajo es estudiar más profundamente los
metadiscursivos conversacionales que tienen la mayor frecuencia en nuestro corpus. En
consecuencia, a continuación veremos detalladamente las funciones de las partículas del
diálogo joo y nii(n) que aparecen en nuestro corpus. No obstante, dedicaremos también
algunas líneas a otras partículas de Mantenerse a la escucha e Indicación de la información
nueva.
3.3.4 Funciones de joo
En total, hallamos 89 ocurrencias de partículas de joo y sus variaciones. La mayoría de
estas (81 partículas joo) apareció al principio del turno. De las partículas joo que aparecieron
41
al principio del turno, 40 ocurrencias de partículas formaron un conjunto prosódico. Por
consiguiente, casi la mitad de las partículas joo llenó un turno. Solamente ocho joo
aparecieron al final del turno. En cuanto a las funciones de joo, pudimos clasificar casi todas
las funciones mencionadas en el marco teórico. Las funciones más comunes eran la respuesta
a la pregunta y la indicación de que el interlocutor ha entendido el contenido del mensaje. En
la siguiente tabla se puede ver la división de las partículas joo en las conversaciones en
finlandés:
Forma
Joo
Joo-o
Joo joo
Niin joo
Mm joo
No joo
Mm niin joo
Total
66
7
2
8
3
2
1
Tabla 2. Distribución de las diferentes formas de la partícula joo
Como se distingue en la tabla 2, la forma más empleada fue joo. Ocupó casi el 60 % de los
casos. Además de la forma joo, hallamos la partícula joo bisilábica y duplicada. También
notamos que joo puede aparecer con las otras partículas del diálogo niin, mm y no.
Observamos incluso un ejemplo de tres partículas del diálogo: mm niin joo.
En total, encontramos seis funciones para la partícula joo y sus variantes. La partícula
joo se comporta de la siguiente manera:
1. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación.
2. Marca que el interlocutor se mantiene a la escucha (no tiene nada que añadir).
3. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante.
4. Indica el asentimiento a un mandato o a una petición.
5. Indica el inicio del turno.
6. Marca el inicio del habla citada.
En la mayoría de los casos, la función de joo fue la respuesta a la pregunta o la confirmación.
En el ejemplo 1, M1 está explicando a su amiga M2 dónde está situada una pizzería en
Jyväskylä (una ciudad situada en el centro de Finlandia), pero no recuerda bien cómo se llama
la residencia universitaria que está cerca de la pizzería. Le pregunta a M2 (que es de dicha
ciudad) y ella le responde usando la partícula joo.
42
Ejemplo 1. (conversación 1)
23
24
M1: Se oli jossain niinku lähel sit kort- onks se kortepohja se ylioppilaskylä.
Estaba cerca de Kort- ¿Ylioppilaskylä (residencia universitaria) se llama
Kortepohja?
M2: Joo
Sí
En el ejemplo 2, la entrevistadora y los informantes están hablando sobre la vida de los
estudiantes Erasmus en Oporto. Los dos informantes responden al mismo tiempo a la
pregunta de la entrevistadora usando joo bisilábica.
Ejemplo 2. (conversación 2)
45
46
47
E: No ootteks te tykännyt nyt olla täällä.
¿Os gusta vivir aquí ahora?
M: [Joo-o]
[Sí]
H: [Joo-o]
[Sí]
En el siguiente ejemplo las informantes confirman la información. La informante M2 está
hablando sobre un curso intensivo del inglés en el que se ha inscrito, o sea, ha escrito su
nombre en la lista que está en la universidad.
Ejemplo 3. (conversación 1)
240
241
242
243
244
245
246
247
M2: no sä ehkä näät mis mun nimi on siellä
tal vez tú ves dónde mi nombre está escrito allí
M1: Joo
Sí
M2: Mut se oli 23 (.) viiva 27
Pero es del día 23/ al 27
(0.3)
M1: Okei=
Vale§
M2: =helmikuuta
§ de febrero
M1: kymmenen viiva viistoista
desde las 10:00 hasta las 17:00
M2: Joo
Sí
Primero, en la línea 241 M1 confirma la suposición de M2 usando la partícula joo. Luego, en
la línea 246 M1 repite el horario (que M2 le ha dicho antes en la conversación) para verificar
si lo recuerda bien.
43
Notamos que los par adyacentes (pregunta-respuesta) son comunes en las
conversaciones, y no sólo entre el entrevistador y los informantes, sino que estos últimos
hacen preguntas también entre sí y el entrevistador. Cabe añadir que observamos dos casos
especiales. En los ejemplos 4 y 5 las informantes preguntan y responden a la pregunta dentro
de un turno. Es decir, contestan a su propia pregunta. Los informantes del ejemplo 4 están
hablando sobre un curso de sueco.
Ejemplo 4. (conversación 1)
229
M1: Onks toi niinku aik- eiku siis kielikeskuksen.
¿Está en la escuela de adul- digo de idiomas?
230 M2: Eiks se oo (.) joo
Está ¿no?/ Sí.
En el ejemplo siguiente, los informantes que son estudiantes de Erasmus están hablando sobre
sus primeros días en Oporto. La informante M acaba de contar a la entrevistadora cómo
consiguieron encontrar un piso.
Ejemplo 5. (conversación 2)
65
66
E: Ai jaa aika kätsyy (.) Mut etteks te asunut eka just jossain hostellissa.
¡Ah sí! ¡qué práctico!/ ¿pero primero vivieron en un hostal verdad?
M: Joo (2.0) siel me oltiin oltiinko me joku viis päivää hostellissa (3.0) Joo.
Sí/// estuvimos allí ¿estuvimos más o menos cinco días en el hostal?/// Sí
Entre los enunciados de M2 (ejemplo 4) hay una pausa corta que puede indicar que ella no
está segura y que está pensando la respuesta. Sin embargo, después de la pausa responde a la
vez a la pregunta de M1 y a su propia pregunta. En el ejemplo 5, la entrevistadora hace una
pregunta a M a la que ella responde. Después de la respuesta, M hace una pregunta y se
responde a sí misma después de una pausa. También en este caso la pausa indica que el
interlocutor está pensando la respuesta.
Como ya se ha dicho, otra función común fue la indicación de que el interlocutor se
mantiene a la escucha. Muchas veces joo apareció entre un turno largo:
Ejemplo 6. (conversación 1)
15
16
17
18
19
E: Onks se joku sun vakkaripaikka.
¿Es tu lugar favorito?
M2: [hehe]
[(RISAS)]
M1: [hehe]
[(RISAS)]
M2: Öö: (.) ei: välil m- (.) me Soilen kanssa käydään siel, se käy siel enemmän
ni,
Eeeh/ noo a veces l-/ lo visito con Soile ella lo visita más entonces
M1: Joo-o,
44
20
21
Sí ya ya
M2: sitten (0.3) eksyn sinne välillä.
por eso/ yo también estoy allí a veces
M1: Joo-o? (.) me käytiin semmoses pitsapaikas ku Mamma miia.
Ya/ nosotras visitamos una pizzería que se llama Mamma mia
En la línea 19 joo-o indica que M1 se mantiene a la escucha. Como joo está dicho en un tono
regular, el hablante entiende que puede continuar su habla. En cambio joo en la línea 21 está
dicho en un tono descendente e indica, en este caso, que el receptor (M1) ha entendido que
M2 ha terminado su turno. Al mismo tiempo la partícula joo indica el inicio/cambio de turno.
En el ejemplo 7, la partícula joo muestra que el receptor ha obtenido la información dicha por
la entrevistadora y que espera continuación.
Ejemplo 7. (conversación 2.)
402
403
404
405
E: No nyt se asuu sen vanhempien luona ku se tota ne sen vanhemmat asuu (1.0)
Karjaan lähellä ja sit siit menee joku tunti Helsinkiin=
Pues ahora vive con sus padres porque ellos viven cerca de// Karjaa y desde allí
tarda más o menos una hora a Helsinki§
M: =Joo=
§Sí§
E: =ja sitte sen äiti on Espoossa töissä ja nyt XX alotti Espoossa opinnot (2.0)
niin se pääsee aina sen äidin kyydillä aamulla ja sit päiväl pois ni
§y su madre trabaja en Espoo y ahora XX comenzó sus estudios en Espoo///
entonces su madre lo lleva siempre en coche por la mañana y por la tarde
Otra de las funciones de joo que determinamos fue la indicación del asentimiento a un
mandato o a una petición (ejemplo 8).
Ejemplo 8. (conversación 1)
232
233
M2: Ota se sama. siihen ma[htu ]ainakin
VENte todavía que[dan] plazas
M1:
[joo]
[sí]
Ejemplo 9. (conversación 1)
137
138
139
140
141
142
M2: mm mä toivoin sitä (5.0) on se niin paskaa olla töissä.
Sí fue mi deseo/// es una mierda trabajar
(3.0)
M1: On se myös paskaa olla rahaton hhh.
También es una mierda estar sin dinero
M2: No joo (.) mut ei mullakaan mä koitan olla nyt ottamatta niitä tukia niin ei
mullakaan jää siitä sit paljoo
Pues sí/ pero yo tampoco tengo- ahora intento vivir sin subsidio o sea yo
tampoco tengo mucho
M1: Niin joo.
45
Es verdad
En el ejemplo 9, la informante M2 ha dicho que no va a trabajar durante las próximas tres
semanas, o sea, tiene las vacaciones largas que deseaba. Añade que no le gusta trabajar. En la
línea 139 M1 dice que tampoco le gusta estar sin dinero. En la línea 140, no joo indica que
M1 tiene razón. En la misma línea M2 continúa su habla y dice que aunque trabaja no tiene
mucho dinero porque no pide el subsidio que el gobierno ofrece a los estudiantes. M1
reacciona ante esta frase usando la partícula niin joo que indica también que M2 tiene razón.
En otras palabras, niin joo significa lo mismo que la expresión totta (=es verdad). Es también
posible añadir la expresión totta después de la partícula niin joo. He aquí un ejemplo de
nuestro corpus:
Ejemplo 10. (conversación 1)
212
213
214
215
M2: Koska sehän on kuitenki että (.) pakolliset viestintäopinnot on se 15
opintopistettä ja onhan se pakko näkyä jossain vaiheessa että meillä sisältyy
sekin viiteentoista pisteeseen se kurssi
Porque es así que/ los estudios obligatorios de comunicación son 15 créditos
y es obligatorio ver en algún momento que este curso también está incluido
en estos 15 créditos
M1: mm niin joo (3.0) totta
sí/// es verdad
La partícula niin joo puede indicar también que el interlocutor acaba de recordar algo que
había olvidado. Por ejemplo, en el ejemplo 11, la entrevistadora usa la partícula ai niin joo
para mostrar a la informante que había olvidado que ella no tiene horno en su casa.
Ejemplo 11. (conversación 2)
203
204
205
206
207
208
E: No mut (3.0) onhan tää muuten ollu kyllä ihan mun mielestä tai vaikuttaa tosi
hyvältä kämpältä vaikka
Bueno/// yo pienso que ha sido- o parece ser una casa buena aunque
M: niin=
ya§
E: =jos ei ota noita örk[kejä]
§excepto los bi[chos]
M:
[niin no] uuni kyl sais olla
[pues sí] pero podíamos tener horno
E: Ai niin joo
Ah es verdad
La última función que encontramos para la partícula joo fue la indicación del habla
citada. Encontramos dos ejemplos de esta función:
46
Ejemplo 12. (conversación 2)
316
317
318
E: On se silleen vähän epäreiluu että mun poikaystäväkin tai XXkin just sano
siitä että (1) et joo aika mielenkiintosesti miten ne niinku laskee noi kulut [että]
No es muy justo también mi novio o XX dijo que sí es bastante interesante
cómo calculan los gastos [que]
M:
[Nii]
miksei sitä muka puoliks laiteta.
[Claro]
¿por qué no se pueden pagar los gastos a medias?
Ejemplo 13. (conversación 2)
62
63
64
E: Niin otitteks te sitten niihin vai yhteyttä [siel yliopistolla]
Entonces se pusieron en contacto con ellos [en la universidad]
M: [Joo, eiku niin] tai ei me soitettu tai se oli sellanen lista just (.) niin me
soitettiin (.) tää oli eka niin heti se sano että joo(h) voi(h)daan muuttaa.
[Sí] o no llamamos digo había una lista/ entonces llamamos- este fue el
primero y él dijo enseguida que sí nos podemos mudar
En resumen, conseguimos determinar casi todas las funciones mencionadas en el
marco teórico. La única función del marcador joo que no apareció en nuestro corpus fue la
indicación de que el receptor ha obtenido la información dividida en fragmentos. Esto puede
resultar del hecho de que este tipo de función del marcador joo es más adecuada en las
conversaciones telefónicas. Cabe también mencionar que encontramos una función para el
marcador joo que no aparece en el marco teórico: la indicación del habla citada.
3.3.5 Funciones de niin
La partícula nii(n) apareció, en total, 81 veces en nuestro corpus. Casi siempre ocupó
una posición inicial en un enunciado. En cuanto a la posición final, la partícula nii(n) apareció
solamente tres veces. La mayoría de las nii(n) formó parte de un enunciado (51 ejemplos). En
consecuencia, la partícula nii(n) apareció aisladamente solamente en 30 casos. En la siguiente
tabla se puede ver la división de las partículas nii(n) en las conversaciones en finlandés:
Forma
Nii(n)
Nii(n) + verbo
Nii(n) no
No nii(n)
Total
65
6
5
5
Tabla 3. Distribución de las diferentes formas de la partícula niin
47
La tabla 3 muestra claramente que la forma más empleada fue nii(n). Observamos que al
inicio del turno nii(n) puede aparecer con la partícula de enunciación no. En este caso,
depende del sentido si la partícula no se sitúa antes o después de niin. También hallamos seis
casos en los que niin apareció con el verbo finito utilizado primero por el otro interlocutor. La
combinación de las partículas niin y joo no ha sido incluida en la tabla porque ya fue
analizada con las funciones de la partícula joo.
Por lo que se respecta a las funciones, la partícula niin se comporta de la siguiente
manera:
1. Indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante.
2. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación.
3. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante.
4. Anticipa el desacuerdo.
El uso más frecuente de la partícula del diálogo niin fue indicar que el interlocutor está de
acuerdo con el hablante. Cuando niin tiene esta función y aparece aisladamente, indica al
hablante que el interlocutor está de acuerdo con él y que no tiene nada que añadir. El siguiente
ejemplo de nuestro corpus muestra esta función. Los interlocutores están contando a la
entrevistadora cómo consiguieron encontrar un piso en Oporto. El hombre ha acabado de
decir que habían reservado una habitación en un hostal para una semana, pero encontraron un
piso ya el quinto día. La entrevistadora reacciona de la manera siguiente:
Ejemplo 1. (conversación 2)
71
72
E: Ai jaa aika kätsyy.
¿Ah sí? ¡Qué práctico!
H: Nii.
Sí
El otro modo de mostrar al hablante de que el interlocutor está de acuerdo con él es
utilizar la expresión ‘niin + verbo’. Es decir, el interlocutor comienza su enunciado con niin y
después repite el verbo que el hablante usó primero en el turno antecedente. Para ilustrar
mejor esta función, veamos dos ejemplos (ejemplo 2 y 3). En el ejemplo 2, la mujer ha
contado a su amiga (a la entrevistadora) que el dueño había dejado un saco lleno de naranjas
detrás de su porta aunque el día anterior la mujer y su novio habían organizado una fiesta y
habían hecho mucho ruido.
Ejemplo 2. (conversación 2)
93
94
E: Aah okei (2.0) aika kivoja.
Ah vale/// son simpáticos
M: Nii on ne kyllä.
48
Sí lo son
Ejemplo 3. (conversación 2)
343 M: Nii on se nyt vähä typerää [kyllä]
Pues eso sí es un poco [estúpido]
344 E:
[nii niin on] must tuntuu et välillä mä oon vähä liian
[sí es] me parece que a veces yo soy demasiada
345 k(h)iltti että(h) mä en niinku sano mitään
buena- que no digo nada
Observamos que se usa la combinación de la partícula no y niin cuando se quiere
subrayar el acuerdo. La entrevistadora está contando a su amiga (M) que en su casa de Oporto
todo funciona con gas. Está explicando que si ella quiere tomar un baño, tiene que cambiar la
bombona de gas.
Ejemplo 4. (conversación 2)
242
243
244
245
246
247
E: Että niinku kokkaukseen tää koska tääl on vielä vähän kaasuu että sitte=
Entonces esta es para cocinar porque todavía contiene un poco de gas§
H: =ah=
§humh§
E: =niinku pystyy kokkailla mut sitten se ei riitä lämmittämään vettä
isoo määrää vettä
§entonces es posible cocinar pero no llega a calentar el agua- una cuantidad
grande de agua
H: [#ah#]
[humh]
M: [no] vähä ärsyttävää
[¡qué] irritante!
E: no niin ja sitten vaikka se kaasulla ku se lämpii se vesi ni sit siit tulee joko
tosi kuumaa tai kylmää se on ihan tosi vaikeet saada (.) sopivaa
sí es y aunque gas- cuando el agua se calienta o sale agua fría o caliente es
muy difícil obtenerla/ tibia
En este ejemplo, la entrevistadora usa la partícula no niin (en la línea 247) para indicar a su
amiga que está totalmente de acuerdo con ella y que la situación en su casa le enfada mucho.
Como se puede ver en el ejemplo anterior, la partícula niin no aparece siempre
aisladamente. De hecho, en la mayoría de los casos niin aparece al inicio del turno y forma
parte de un enunciado. En otras palabras, se utiliza la partícula niin para indicar acuerdo y
después de niin el interlocutor continúa su habla, por ejemplo, para añadir un nuevo aspecto a
la conversación. En el ejemplo siguiente la entrevistadora y la mujer están hablando sobre
Oporto.
49
Ejemplo 5. (conversación 2)
48
49
50
51
52
E: Oliks kiva vaihto.
¿Te gustó el intercambio (=los estudios de intercambio)?
M: No oli tosi kiva (.) muutenkin ihan hyvä ku tää on silleen (1.0) tai on tää
Sí me gustó mucho/ también es muy bueno que esta es de un modo/// o es
sillein ihan iso mut kuitenkin kaikkeen pystyy kävellä melkee
bastante grande pero es posible caminar casi a todos los lugares
E: Nii no keskusta on ainakin aika pieni että tai silleen just lähellä kaikki
Bueno el centro es bastante pequeño que- digo todo está cerca
M: Nii ni oppii aika nopeesti liikkuu (.) tietää paikat
Sí se aprende rápido para moverse por la ciudad/ conocer los lugares
En la línea 52 la mujer usa la partícula niin para mostrar a la entrevistadora que está de
acuerdo con ella. Luego continúa su habla y añade que así se aprende rápido para moverse por
la ciudad y conocer los lugares. El ejemplo muestra también la otra función de la partícula
niin que es anticipar el desacuerdo. En la línea 50 la mujer dice que Oporto es una ciudad
bastante grande. La entrevistadora no está totalmente de acuerdo con la mujer y, por eso,
utiliza la combinación de dos partículas niin no. En este caso, la partícula niin muestra que la
entrevistadora está parcialmente de acuerdo con la mujer. La entrevistadora continúa su habla
después de la partícula niin no y da una justificación para su opinión: el centro de Oporto es
pequeño. He aquí otro ejemplo de la misma función de niin no:
Ejemplo 6. (conversación 1)
151
152
M2: No ku ei sil oo mitään kurssei.
Es que no tiene cursos
M1: Niin no nyt mul on se yks,
Bueno ahora tengo uno
En el ejemplo de arriba la entrevistadora ha preguntado a M1 cómo es que tiene tiempo para
estudiar porque trabaja tanto. M2 responde a la entrevistadora en lugar de M1. Sin embargo,
M1 no está de acuerdo con la afirmación de M2 y empieza su enunciado utilizando la
partícula niin que precede al desacuerdo.
La forma más común para indicar que el interlocutor no está totalmente de acuerdo con
el hablante es la partícula niin mut. En este caso, la partícula niin muestra que el interlocutor
solo está de acuerdo parcialmente con el hablante. La partícula mut (=pero) empieza el
enunciado que expresa el desacuerdo. Veamos un ejemplo:
Ejemplo 7. (conversación 2)
314
315
E: Niin (1.0) kyl se on ihan ok (0.5) mulle.
Sí/// está bien// para mí
M: Niin mut silti vähä epäreiluu.
50
Sí pero de todos modos no es justo
En este ejemplo, la entrevistadora ha contado a su amiga (M) que paga más alquiler que la
dueña y la hija de la dueña. Sin embargo, le ha dicho que para ella esta situación le parece
bien porque la familia con la que vive no tiene mucho dinero. La amiga de la entrevistadora
reacciona al turno antecedente usando la partícula niin que predice el desacuerdo.
Se utiliza la partícula del diálogo niin para responder a la pregunta de revisión
(ejemplo 8) y en general a las preguntas de tipo sí-no que no son interrogativas. Notamos
también que a veces niin aparece al inicio de la pregunta de revisión (ejemplo 8).
Ejemplo 8. (conversación 2)
13
15
16
17
E: Niin et siel ei ollu valokuvausta vai sitte.
O sea allí no se podía estudiar la fotografía
H: Niin ja sitten taas XX ei olis tullut sinne (1.0) niin sitten mä: peruinkin sen
Sí y XX no habría venido allí/// por eso lo anulé/// y luego vimos si
(1.0) ja sitten me katottiin että oisko mitään sellasta niinku yhteistä
la universidad de Tampere y la escuela politécnica de Tampere tienen
Tampereen yliopistolla ja Tampereen ammattikorkeakoululla minne me
algún lugar en común adonde podíamos ir juntos
päästäis niinku samaan kaupunkiin
a la misma ciudad
En el ejemplo anterior el hombre está contando a la entrevistadora la razón por la que ha
venido a Oporto para hacer los estudios de intercambio. Dijo que primero quería ir a Lisboa,
pero en el último momento se dio cuenta de que la universidad de Lisboa está especializada
en escultura y pintura. La entrevistadora sabe que el hombre está interesado en la fotografía y
por eso le hace una pregunta de revisión (línea 13). Es decir, quiere verificar si en la
universidad de Lisboa no se puede estudiar la fotografía y si esto fue la razón para no estudiar
en Lisboa sino en Oporto.
Por último, la partícula niin muestra que el interlocutor ha recibido el fragmento de
habla emitido por el hablante. Al mismo tiempo, indica que el interlocutor se mantiene a la
escucha, o sea, no tiene la intención de tomar la palabra. Además, en los ejemplos siguientes
se usa la partícula niin para señalar que el interlocutor ha reconocido el conjunto sintáctico,
pero que espera más información sobre el asunto a continuación:
Ejemplo 9. (conversación 2)
247
248
249
E: no niin ja sitten vaikka se kaasulla ku se lämpii se vesi ni sit siit tulee joko
sí es y aunque gas- cuando el agua se calienta o sale agua fría o caliente
tosi kuumaa tai kylmää se on ihan tosi vaikeet saada (.) sopivaa
es muy difícil obtenerla/ tibia
M: nii
51
250
ya
E: ni mä käyn nyt nykyää aina vaan kuntosalilla suihkussa.
entonces ahora yo voy siempre al gimnasio para tomar el baño
Ejemplo 10. (conversación 2)
359
360
361
M: varsinkin ku sääkin meet takas Suomeen ni
tú también vas a volver a Finlandia o sea
E: niin
ya
M: siellähän sitä rahaa tarvii.
allí se necesita dinero
En suma, además de las funciones mencionadas en el marco teórico, hallamos una
función más para el marcador niin. Cuando niin precede a no o aparece con mut tiene el valor
del desacuerdo.
3.3.6 Funciones de otras partículas de Mantenerse a la escucha
En cuanto a la partícula mm, llegamos a la misma conclusión que Hakulinen. Es decir,
esta partícula tiene parcialmente las mismas funciones que las partículas joo y niin. Es una
señal de recepción del mensaje y/o acuerdo. Sin embargo, no estamos totalmente de acuerdo
con Hakulinen. Según esta autora, la partícula mm no revela los pensamientos del oyente.
Cuando se utiliza mm donde la entonación baja y sube (mm::), significa que el
interlocutor está de acuerdo con el hablante. Los dos ejemplos siguientes muestran esta
función. En el ejemplo 1, M1 acaba de decir que en Jyväskylä (una ciudad situada en el centro
de Finlandia) había mucha nieve en la semana pasada, pero se volvió nieve húmida (loska).
M2 da una valoración:
Ejemplo 1. (conversación 1)
130
131
M2: Aa (.) eli ei välttämättä enää ens viikolla oo.
O sea tal vez ya no la hay la próxima semana
M1: mm::
Ejemplo 2. (conversación 1)
136
137
E: Ihanan pitkä loma.
¡Qué bueno, vacaciones tan largas!
M2: mm:: mä toivoin sitä (5.0) On se niin paskaa olla töissä.
Sí, fue mi deseo/// Es una mierda trabajar
52
En el ejemplo 1, M2 valora la situación y M1 la confirma usando la partícula mm::. En el
ejemplo 2, la entrevistadora da su opinión y M2 está de acuerdo con ella usando la partícula
mm::.
La segunda función de mm es simplemente indicar que el interlocutor se mantiene a la
escucha y que no tiene nada que añadir al tópico de la conversación:
Ejemplo 3. (conversación 2)
231
232
233
234
E: et sinne ei oo niinku erikseen ku Espanjassa mitä mul on jotain kavereit
o sea no tiene dos diferentes como en España- que mis amigos
asunu nii niil oli silleen et suihkuun yks kaasupullo ja sitte keittiössä niinku eri
que han vivido allí tuvieron una bombona para el baño y otra para la cocina
H: Mm
Ya
E: koska sehän menee tosi nopeesti se kaasu
porque el gas se acaba rápido
La tercera función que encontramos para mm es mostrar al interlocutor que el hablante
está pensando qué decir a continuación o no recuerda algo que quería decir. En el ejemplo
siguiente E está contando a su amiga M qué se tiene que hacer para obtener el título de los
estudios del máster en Portugal:
Ejemplo 4. (conversación 2)
383
384
385
386
E: ja sitte niinku pitää mennä (2.0) mikä mikskä sanotaan suomeks et ku sä meet
y después se tiene que ir a-/// ¿qué- cómo se llama en finés cuando vas allí
esittelee sen vähä niinku puolustaa sun työtä vai mikä se on että (.) sä meet
para presentarlo? un poco como defender tu trabajo ¿o qué es? que tu vas allí
niinku esittelee [sen sun gradun ja]
para presentar [tu trabajo final y]
M:
[mm::] ootappa nyt
[eeeh] déjame pensar
Notamos que otro marcador que señala al interlocutor que el hablante está pensando qué decir
a continuación es öö:: (véase el ejemplo 6 en el capítulo 3.3.4). Sin embargo, este marcador
no es tan común como mm::.
En cuanto a las otras partículas del grupo Mantenerse a la escucha, cabe mencionar
que encontramos una partícula que no aparece en la clasificación de Hakulinen. Se trata de la
partícula aa(h) que apareció varias veces tanto durante la primera como en la segunda
conversación en finlandés. La partícula en cuestión parece tener parcialmente las mismas
funciones que joo y niin. Puede indicar que el interlocutor se mantiene a la escucha y que no
existe la intención de tomar el turno de palabra (ejemplo 5). La otra función es indicar al
hablante que el interlocutor ha entendido el mensaje emitido por el hablante y que el asunto
53
del que se habla le queda claro (ejemplo 6). En este caso, es común que aa(h) preceda a la
palabra ‘okei’ (=ok/vale).
Ejemplo 5. (conversación 2)
264
265
266
E: ja mun mielestä [niinku]
y yo pienso que
H: [Aa]
E: sit sen niinku just se antaa noille rahaa.
que ella les da dinero
Ejemplo 6. (conversación 1)
155 M1: minkä sä teit
¿Cuál fue el examen que hiciste?
156 M2: no se erityispedagogiikka
el de la pedagogía especial
157 M1: Aah (.) okei no siithän saa aika hyvin pisteitä
aah/ vale entonces vas a tener bastante créditos
3.3.7 Funciones de las partículas Indicación de la información nueva
La partícula del grupo Indicación de la información nueva más empleada en nuestro
corpus fue ai jaa. Se usa esta partícula para indicar al hablante que el oyente ha recibido
información que no conoce de antemano. En la mayoría de los casos, ai jaa constituyó un
enunciado por sí misma.
Ejemplo 1. (conversación 1)
120
121
122
123
124
125
126
124
M1: siel oli (2.0) öö (.) noi bussin penkit.
allí estaban/// eeh/ los asientos de autobús
M2: Ai jaa.
¿Ah sí?
E: Mitäh?
¿Qué?
M1: Näitsä=
¿Viste?§
E: =En [missä]
§No ¿dónde?
M1:
[siel] yhes nurkas oli niinku bussinpenkit silleen just niinku (.)
[allí] en la esquina estaban los asientos de autobús así/ frente a
vastaikkain tai jotenkin
frente o algo así
E: ai jaa (3.0) aika hassuu
¿ah sí?/// ¡qué raro!
54
3.4 METADISCURSIVOS CONVERSACIONALES EN LAS CONVERSACIONES ESPAÑOLAS
En la primera conversación en español participaron un chico español, una chica
española y la investigadora. Las participantes de la segunda entrevista en español fueron dos
chicas españolas y la investigadora. Como la investigadora no es un hablante nativo del
español, no se consideraron sus turnos de habla en este estudio. En total, la primera
conversación duró 12 minutos 10 segundos pero para este estudio se usaron solamente 10
minutos para que las conversaciones en diferentes lenguas se correspondan mejor. La segunda
conversación duró 24 minutos pero para este estudio se usaron 18 minutos y 46 segundos.
Después de las grabaciones transcribimos las conversaciones usando el sistema de
transcripción que mejor se aplica a las lenguas romanas. Luego determinamos los
metadiscursivos conversacionales más empleados tanto en la primera conversación como en
la segunda conversación.
Como puede observarse en el gráfico 8, los dos marcadores más empleados en la
primera conversación en español fueron sí (49%) y humh (23%). El marcador humh no está
incluido en la categoría de Portolés y Zorraquino, pero parece tener las mismas funciones que
los otros metadiscursivos conversacionales.
Metadiscursivos
conversacionales ES/1
sí
23%
ya
49%
16%
bueno
eh
9%
humh
3%
Gráfico 8. Metadiscursivos conversacionales en la primera conversación en español
En la segunda entrevista, como también en la primera, el marcador más usado fue sí
(47%). El otro marcador que se usó mucho fue bueno (21%). Esta vez también hallamos el
marcador humh que no aparece en la clasificación de Portolés y Zorraquino.
55
Metadiscursivos
conversacionales ES/2
2%
sí
18%
ya
47%
21%
bueno
eh
12%
humh
Gráfico 9. Metadiscursivos conversacionales en la segunda conversación en español
En las dos conversaciones hallamos totalmente 155 ocurrencias de marcadores
metadiscursivos conversacionales. La mayoría de estos pertenecen al grupo cuya función es
indicar la recepción del mensaje y el cambio de turno conversacional. En la siguiente tabla
recopilatoria se puede ver la distribución de los metadiscursivos conversacionales y su
número total en nuestro corpus español:
Sí
Ya
Bueno
Eh
Humh
TOTAL
Entrevista ES/1
28
2
5
9
13
57
Entrevista ES/2
46
12
23
18
2
98
TOTAL
74
14
28
27
15
155
Tabla 4. Cifras de metadiscursivos conversacionales
Metadiscursivos
conversacionales ES/1-2
sí
9%
17%
ya
47%
bueno
18%
eh
humh
9%
Gráfico 10. Metadiscursivos conversacionales en las conversaciones en español
56
Como se puede ver en el gráfico de arriba, los marcadores más empleados en nuestro
corpus fueron sí (47%), bueno (18%) y eh (17%). A continuación, analizamos en detalle estos
tres marcadores en las conversaciones en español. Sin embargo, veremos también en breve
qué funciones tienen los marcadores ya y humh.
3.4.1 Funciones de sí
En total, hallamos 74 casos del marcador sí. De estos 74 marcadores 19 eran
duplicados (sí sí/ sí sí sí). También notamos que el marcador sí aparece a veces con otros
marcadores conversacionales. En nuestro corpus sí se unió a bueno, ah, claro y humh. En la
siguiente tabla se puede ver la división de los marcadores sí en las conversaciones en español:
Forma
Sí
Sí sí (sí)
Ah sí
Bueno sí
Sí claro
Humh sí
Total
50
19
2
1
1
1
Tabla 5. Distribución de las diferentes formas del marcador sí
En la mayoría de los casos el marcador sí formó parte del turno de palabra. Aisladamente
apareció en 23 casos. Casi en todos los ejemplos el sí ocupó la posición inicial. Al final del
turno de palabra apareció solamente seis veces.
Las funciones que encontramos para el marcador sí son las siguientes:
1. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación.
2. Indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante.
3. Marca que el interlocutor se mantiene a la escucha.
4. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante.
5. Indica el inicio del turno/cambio de turno conversacional.
En el ejemplo 1, se usa primero el marcador sí (línea 38) como respuesta a una
pregunta y luego como reafirmación (línea 39).
Ejemplo 1. (conversación 1)
35
36
E: y en España es posible hacer como-/ no sé/ por ejemplo como esto que yo soy
una tutora// de- de Anna/ ¿que eso existe en [España?]
57
37
38
39
40
41
42
43
H:
[eeh] / existe per[oo]
M:
[sí] se llama mentor§
H:
§sí mentor
M: pero no es- no tiene nada que veer porque lo único que al principio/ si tienes
una si tienes un mentor de un estudiante extranjero// le ayudas a encontrar
un PIso y sales con él en fiesta pero para nada aquí es mucho más acogedoor/
porque considero que sois mucho más acogedores los finlandeses más
hospitalarios
Otra función del marcador sí es indicar la recepción del mensaje (ejemplo 3). Al
mismo tiempo puede marcar el cambio del turno de palabra:
Ejemplo 2. (conversación 1)
232
233
234
235
H: y en el sur hay muchas cosas por visitar en- en el sur de Finlandia hay
mucho país que
M: sí sí no sé quiero ver que llegue el día de laa// de laa ¿cómo se llama
el día de Finlandia? ¿no?
Ejemplo 3. (conversación 1)
61
62
63
64
65
M: claro son como agrupaciones separad de- como grupos de amigo(s)
comoo-§
H:
§sí§
M:
§pero no hay ningún grupo que diga vamos a hacer un viaje baRAto/
no no noo/ no es igual
Cuando el marcador sí aparece aisladamente, significa que el receptor ha captado el mensaje y
que no quiere intervenir. Sin embargo, cuando sí precede al enunciado, muestra tanto la
recepción del mensaje como la intención de intervenir.
Al principio de la línea 96 (en el ejemplo 4) aparece el marcador sí varias veces, lo que
podemos interpretar como un interés especial. El hablante M se entusiasma sobre el tema que
están hablando. Como se ha visto en el marco teórico, la duplicación es un fenómeno común.
Normalmente la repetición indica intensificación o señala un refuerzo del acto de recepción
del mensaje.
Ejemplo 4. (conversación 1)
95
96
97
98
H: Letonia no noo/ Estonia/ Suec- Sueci- Estocolmo aah sí Suecia y Rusia
M: síi sí síi y vamos/ todavía- y aún quiero visitar- después dee- quiero ir a Riga
quiero ir a Dinamarca// porque está en un sitio estratégico Finlandia para
Erasmus porque tienes todos los países alrededor muy barato para- y muy cerca
coges el ferry te vas a otro país
En la línea 95 el marcador sí aparece junto con el marcador ah. El hablante H produce aah sí
después del proceso de búsqueda de información. Es decir, H ha olvidado momentáneamente
58
cómo se dice Suecia en español. Por eso, en vez de decir el nombre de dicho país, emite el
nombre de la capital de Suecia y solamente después de la señal de la recuperación de
información aah sí el hablante pronuncia Suecia.
El marcador sí parece tener también la función de indicación de que el interlocutor está
de acuerdo con el hablante. En el ejemplo 5, las interlocutoras están hablando sobre las
razones por las que han elegido hacer los estudios de intercambio en Oporto. M1 ha dicho que
primero quería hacer el intercambio en Polonia, pero no tenía nota suficiente. M2 ha dicho
también que le hubiera gustado hacer los estudios de intercambio en un país nórdico, pero ella
tampoco tenía nota suficiente y había pocas plazas. La entrevistadora ha dicho que un país
nórdico hubiese sido un poco más exótico.
Ejemplo 5. (conversación 2)
33
34
35
36
37
38
39
40
M2: sí/ para nosotros se llama diferente/// y también por el tema dee- por el tema
de idioma por el inglé porque también ((mi inicial)) intención era practicar má
mi inglé/// pero bueno también tengo amigo(s) de Erasmu(s) que están en sus
países y también salen con mucha gente española y le resulta un poco difícil
hablar inglé
M1: sí
M2: así que bueno/ creo que al final nosotra somos afortunada [(RISAS)]
M1:
[sí/ sí]/// aunque
estás ahí ((con)) españoles
En la línea 39 M1 repite el marcador sí dos veces. En este caso, parece que ella indica a los
otros interlocutores que está de acuerdo con su amiga (M2). Es decir, M1 también piensa que
es afortunada aunque no podía hacer los estudios de intercambio en el país que eligió primero.
En el ejemplo 6, M1 usa otra vez el marcador sí sí para mostrar que ella está de acuerdo con el
hablante:
Ejemplo 6. (conversación 2)
45
46
47
48
49
E: =y normalmente siempre// quedan juntos
M1: sí sí// sí aquí es muy///
M2: común
M1: sí// la gente son españoles y hacen grupo// yy no se abren/ a otras culturas
ni otros- otra gente// es difícil
En opinión de la entrevistadora, los estudiantes de Erasmus que son españoles quedan
normalmente siempre juntos. M1 también piensa así y lo expresa usando el marcador sí sí.
Después de dicho marcador, continúa su enunciado y añade que en Oporto es común que los
españoles hagan grupo y queden juntos.
59
En suma, hallamos todas las funciones mencionadas en el marco teórico. Además, nos
parece que en algunos contextos el marcador sí muestra que el hablante está de acuerdo con el
otro hablante.
3.4.2 Funciones de bueno
El marcador bueno apareció en nuestro corpus 28 veces. Formó siempre parte de un
enunciado y en la mayoría de los casos apareció en medio de una frase (61%). Aunque la
forma más empleada fue bueno, en 5 ejemplos encontramos pero + bueno. En total,
encontramos cuatro funciones para el metadiscursivo conversacional bueno:
1. Marca el inicio del turno de conversación.
2. Indica el desacuerdo.
3. Indica la autocorrección.
4. Señala un cambio de tema.
Notamos que cuando el marcador bueno ocupa una posición inicial en un enunciado,
su función es marcar el inicio del turno de palabra (abrir la conversación) o indicar una
contraposición. Como marcador de inicio del turno, aparece en dos contextos diferentes: en el
inicio de una respuesta (ejemplo 1) o en general en el inicio de un enunciado para obtener el
turno de palabra (ejemplo 2).
Ejemplo 1. (conversación 2)
01
02
03
04
E: Bueno entonces ¿podían contarme un poco sobree// la vida Erasmus/ por
ejemplo porque han elegido/ venir aquí a Por- a Portugal/ a Porto?
M1: Bueno elegí venir a Portugal// porque no me ( ( ) ) Polonia (3’’) porque mi
objetivo era ir a aprender inglés
Ejemplo 2. (conversación 2)
304
305
306
307
M1: bueno supongo también// los de ahora no porque laa-/ la mayoría no
hablan/ español creo// pero en el primer cuatrimestre los dos profesores que
tenía sabían espa- y me hablaban en español/ y yo como yo tampoco
no sabía comunicar muy bien/// pues en español
Otra función del bueno en el inicio del turno de palabra es señalar al interlocutor que el
hablante no está totalmente de acuerdo con él. Es decir, el hablante usa el marcador bueno
para señalar al interlocutor que va a expresar algo contrario y dar su propia opinión sobre el
asunto (ejemplo 3, línea 388):
Ejemplo 3. (conversación 2)
386
M1: bueno yo// a ver lo que es el centro pues donde está Piolho y todo eso
60
387
388
siempre hay gente
M2: bueno depende que día ¿eh?
En el ejemplo de arriba, M1 dice que en el centro de Oporto hay siempre gente. Sin embargo,
M2 no está totalmente de acuerdo con su amiga M1 y por eso empieza su enunciado con el
marcador bueno (en la línea 388). Así ella señala que lo que va a expresar no está totalmente
acorde con el enunciado de M1.
Cuando bueno apareció en medio de un enunciado, tuvo varias funciones. A menudo
fue una señal de la autocorrección. En otras palabras, el hablante usó el marcador bueno para
poder modificar su discurso.
Ejemplo 4. (conversación 1)
150
151
152
H: bueno hombre al principio del curso/ bueno de semestre// que/ normalmente
se nota montón que hay mucha más fiesta/ y la gente no tieneno tiene que hacer nada de trabajo
Ejemplo 5. (conversación 2)
83
84
85
86
E: ¿y ya hace cuanto tiempo que están aquí?§
M1:
§desde septiembre
E: ah
M2: yo tam- bueno yo llegué en octubre/// a Porto/// pero bueno también
conocemos algunos portugueses/ algunos italianos
En el ejemplo 5, M2 está diciendo primero que ella también llegó a Oporto en
septiembre, pero luego corrige que llegó en octubre. El marcador bueno es una señal del
cambio en el enunciado de M2 y ayuda así a corregir su discurso. El ejemplo 5 muestra
también la función del marcador pero bueno. Es un marcador que se usa para introducir un
enunciado que no tiene nada que ver con el enunciado precedente sino con la situación
comunicativa. La entrevistadora ha preguntado antes si los informantes conocen a estudiantes
de otras nacionalidades o si solamente tienen amigos españoles. Utilizando el marcador pero
bueno M2 señala a los interlocutores que ella se refiere un tema que ya se había hablado.
3.4.3 Funciones de eh
Hallamos 27 casos del marcador eh y observamos que el marcador metadiscursivo eh
está siempre pronunciado con la entonación neutra y normalmente la vocal es larga. La
función de eh es estructurar el discurso o el pensamiento del hablante y retardar la emisión. Es
61
decir, el hablante usa el marcador eh para tener tiempo suficiente para organizar la
información en su mente antes de verbalizarla.
En los dos ejemplos siguientes, los interlocutores están hablando sobre la vida de los
estudios Erasmus en Finlandia. Ambos interlocutores han pasado un semestre en Finlandia y
van a vivir allí también el segundo semestre. En el ejemplo 1, la entrevistadora ha preguntado
a los interlocutores si ellos han visitado otras ciudades en Finlandia. La interlocutora M dice
que ha visitado más países ese año que en toda su vida. Enumera todos los países que ha
visitado durante sus estudios de intercambio:
Ejemplo 1. (conversación 1)
94
M: he visitado Rusia/ Estonia/ Suecia// eeh/ cual más/ Letonia no
M no recuerda todos los países que ha visitado. Sin embargo, quiere continuar su turno de
palabra y por eso usa el marcador eh para ganar tiempo.
En el ejemplo 2, la entrevistadora ha preguntado a los interlocutores qué van a hacer el
año siguiente. M ha dicho que quiere ir a los fiordos de Noruega. La entrevistadora no
entiende la palabra ‘fiordos’ y pregunta a M qué significa.
Ejemplo 2. (conversación 1)
214
215
216
M: fiordos eeh ¿cómo se dice en inglés?// eeh
H: no lo sé/ no tengo ni idea
M: son esos eeh son acantilados que hay en Noruega que/ eeh pasa el mar/ y vas
en un barco yy
En la línea 214 la interlocutora M no sabe cómo explicar la palabra ‘fiordos’. Para retardar su
emisión y pensar qué decir usa el marcador eh. En la línea 216 M usa también dos veces el eh
porque necesita más tiempo para pensar qué decir a continuación y cómo verbalizar sus
pensamientos.
En el siguiente ejemplo, el hablante usa el marcador eh para formar lo que ella quiere
decir, o sea, para estructurar su discurso de nuevo. En la línea 247 M comienza una frase que
queda incompleta. Después del marcador eh, ella comienza otra frase:
Ejemplo 3. (conversación 2)
247
248
249
250
M2: claro// entonce hay también-// eeh eso hace que noo- que no- que no
aprenda el portugué portugué entonce claro para estar también rodeada
siempre de portugueses/ está siempre escuchando portugué/ la única- mm
digamos la única opción que tenemos es las clases/ las aulas con la profesora
hablo portugué
62
Notamos que otro marcador que señala al interlocutor que el hablante está pensando
qué decir a continuación es mm. No obstante, este marcador no es tan común como eh. El
marcador mm apareció en nuestro corpus solamente 7 veces.
3.4.4 Funciones de ya y humh
El marcador ya parece tener parcialmente las mismas funciones que sí: indica al
hablante que sus palabras han sido recogidas. Sin embargo, al contrario del marcador sí, ya
aparece normalmente aisladamente. De esta manera, el interlocutor señala su deseo de que el
hablante continúe su enunciado (ejemplo 1 y 2).
Ejemplo 1. (conversación 2)
115
116
117
118
119
120
M2: yo te he dicho que comienza aquí a practicar/ inglés porque cuando vaya a
Londres§
M1:
§ya§
M2:
§y los ingleses comienzan a hablarle/ se va a quedar con una cara
E: (RISAS)
M1: ya
M2: de boba (RISAS)
En el siguiente ejemplo, la entrevistadora ha dicho que ella piensa que los estudiantes de
Erasmus no tienen que trabajar mucho en la universidad y que siempre están en los bares.
Ejemplo 2. (conversación 1)
167
168
169
E: pero- porque yo no podría/ porque cada semana tengo TANto trabajo§
M.
§ya§
Y:
§que
tengo que hacer en la universidad y entonces no- no tengo tanto tiempo
El marcador ya parece indicar también que el interlocutor ha comprendido el mensaje.
En el ejemplo 3 las interlocutoras están hablando sobre la dificultad de pronunciar portugués.
Ejemplo 3. (conversación 2)
171
172
173
174
175
176
M1: =nos cuesta mucho más a los españoles que a lo mejor
E: a mí también/ en finlandés no existen los sonidos que existen en portugués§
M1:
§ya§
E:
§los
sonidos nasales por ejemplo
M1: ya/ ya
En la línea 172 la entrevistadora dice que para los finlandeses es también difícil
pronunciar portugués porque las dos lenguas en cuestión tienen sonidos diferentes. M1
63
reacciona al enunciado de la entrevistadora usando el marcador ya que indica que ella ha
recibido el mensaje y que se mantiene a la escucha. En la línea 174 la entrevistadora continúa
su enunciado dando un ejemplo más exacto. M1 recibe este mensaje usando el marcador ya
duplicado. En este caso, la duplicación puede marcar intensificación, es decir, M1 subraya
que ya ha comprendido el mensaje emitido por la entrevistadora.
Aunque en la mayoría de los casos el marcador ya constituyó enunciado por sí mismo,
algunas veces precedió al enunciado. En el ejemplo siguiente la entrevistadora está explicando
que a veces habla en portugués con su amiga finlandesa porque su amiga quiere aprender
portugués.
Ejemplo 4. (conversación 2)
145
146
147
148
149
150
E:
§que así ella puede
aprender [mejor]
M1:
[ya]// a mí me suena raro/// claro que una española-// si es una
conversación grande con más gente/ puedo sabes/ pues a lo mejor sí que puedo
hablar en portugués y tal pero si estoy con ella sola/// no// es como/ no puedo
cambiar la lengua sabes como// que no puedo hablarte en portugués//
Hallamos también un marcador conversacional que no aparece en la clasificación de
Portolés y Zorraquino. Se trata del marcador humh que parece tener parcialmente las mismas
funciones que ya y sí. En otras palabras, su función es indicar al hablante que se ha recibido
su mensaje. No obstante, este marcador es una señal de la recepción pasiva. El marcador
humh aparece siempre aisladamente, o sea, usando este marcador el interlocutor indica al
hablante simplemente que se mantiene a la escucha y que desea que el hablante continúe el
discurso. Veamos algunos ejemplos:
Ejemplo 5. (conversación 1)
20
21
22
23
24
25
26
M: sí porque yo pensaría aunque las clases son má(s) suaves porque puedes
faltar cuando quieraas y tal§
H:
§humh§
M:
§pero aquí he aprendido bastante más que por
ejemplo de francés que en España// pues aquí me dan francés- me dan- no sé
como un total sobre toda la cultura franCEsa y me enseñan bastante de cada
cosa// y en Españaa/ para mi nada/ [no eso no pasa nada]
Ejemplo 6. (conversación 2)
212
213
214
215
216
E: sí es verdad/ y por ejemplo yo también muchas veces tengo dudas sobre
algunas palabras§
M2:
§humh§
E:
§portuguesas porque no sé si as- a veces no sé si son
portuguesas o [españolas]
64
217
M1:
[españolas] claro// claro
3.5 MARCADORES DE FEED BACK EN LAS CONVERSACIONES PORTUGUESAS
Grabamos dos conversaciones entre los informantes portugueses. En la primera
conversación de 11 minutos participaron dos chicas portuguesas y la entrevistadora. Los
participantes de la segunda conversación fueron un chico portugués, una chica portuguesa y la
entrevistadora. Esta conversación duró 19 minutos y 30 segundos. Nuestro objetivo en este
estudio fue usar grabaciones más o menos de misma duración en cada lengua. Por eso, la
primera entrevista tanto en finlandés como en español y portugués duró aproximadamente 10
minutos y la segunda 18 minutos. Como la investigadora no es un hablante nativo del
portugués, no se consideraron sus turnos de habla en este estudio.
Después de las entrevistas, pedimos a nuestros dos amigos portugueses19 que nos
ayudasen a transcribir las conversaciones en portugués. Usamos el mismo sistema de
transcripción que habíamos usado para las transcripciones de las conversaciones en español.
Por último, se determinó cuántos marcadores del grupo Feed back aparecen en las dos
conversaciones.
El marcador de aparición más frecuente en la primera conversación fue sim (53 %). El
otro marcador que se usó muchas veces fue pois (36 %). También en la segunda conversación
el marcador más empleado fue sim (41 %). Sin embargo, el segundo lugar fue ocupado por
dos marcadores diferentes con porcentajes iguales (22 %), a saber: hã/eh/humm y pois. Cabe
destacar que hallamos un marcador que no aparece en la clasificación de Hurbano ni en la
clasificación de Martins. Se trata del marcador hum que apareció cuatro veces durante la
segunda entrevista. La diferencia entre el marcador humm y hum es la pronunciación, mejor
dicho, el alargamiento de la consonante ‘m’. Estos dos marcadores tienen valores diferentes
en nuestro corpus.
19
Jorge Sá y Diana Santos
65
Feedbacks PT/1
4%
7%
sim
pois
hã/eh/humm
53%
36%
é
Gráfico 11. Marcadores de feed back en la primera conversación en portugués
Feedbacks PT/2
4%
sim
11%
pois
41%
hã/eh/humm
22%
é/é verdade
hum
22%
Gráfico 12. Marcadores de feed back en la segunda conversación en portugués
De las entrevistas realizadas a nuestros informantes portugueses obtuvimos un total de
142 ocurrencias de marcadores del grupo Feed back. En la siguiente tabla recopilatoria
podemos ver la distribución de los marcadores de feed back y su número total en nuestro
corpus portugués:
Sim
É/é verdade
Pois
Hã/eh/humm
Hum
TOTAL
Entrevista PT/1
15
1
10
2
34
Entrevista PT/2
43
12
23
23
4
108
Tabla 6. Cifras de marcadores de feed back
66
TOTAL
58
13
33
25
4
142
En el gráfico abajo podemos ver claramente que los dos marcadores más empleados en
nuestro corpus fueron sim y pois. En consecuencia, a continuación analizaremos más
profundamente los dos marcadores en cuestión. Sin embargo, dedicaremos también algunas
líneas a otros marcadores del grupo Feed back.
Feedbacks PT/1-2
3%
10%
sim
pois
43%
19%
hã/eh/humm
é/é verdade
hum
25%
Gráfico 13. Marcadores de feed back en las conversaciones en portugués
3.5.1 Funciones de sim
En las dos conversaciones hallamos en total 58 ocurrencias de sim y sus variantes. La
mayoría de los marcadores sim aparecieron al principio del turno (54 casos) y 16 de estos
llenaron un turno, es decir, aparecieron aisladamente. Solamente cuatro sim aparecieron al
final del turno. En la siguiente tabla se puede ver la división de las partículas sim en las
conversaciones en portugués:
Forma
Sim
Sim sim (sim)
Sim é verdade
Sim é
Total
48
7
2
1
Tabla 7. Distribución de las diferentes formas del marcador sim
La tabla 7 muestra que la forma más empleada fue sim. Ocupó casi el 83 % de los
casos. Hallamos también el marcador sim duplicado y notamos que sim puede aparecer con
otros marcadores de feed back é y é verdade. En total, encontramos 6 funciones para el
marcador sim y sus variantes:
67
1. Funciona como una respuesta a una pregunta o como una confirmación.
2. Indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante.
3. Marca que el interlocutor se mantiene a la escucha.
4. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante.
5. Indica el inicio del turno/cambio de turno conversacional.
6. Anticipa el desacuerdo.
En primer lugar, el marcador sim funciona como una respuesta a una pregunta. En el
ejemplo siguiente, los informantes están hablando sobre el carnaval:
Ejemplo 1. (conversación 1)
22
23
E: ah/ e foste com os teus amigos ou-?
M2: sim// fui com uma amiga/ e com outros amigos dela que não conhecia
También se usa sim para indicar confirmación (ejemplos 2 y 3). En el ejemplo 2, los
interlocutores están hablando sobre HIV. El hombre (H) ha dicho que los homosexuales
empezaron a usar los preservativos más tarde porque no podían quedarse embarazados.
Ejemplo 2. (conversación 2)
264
265
266
267
268
M: hoje em dia não é assim/ não é?
H: hoje em dia não é assim mas há pouco tempo falei com a médica de
infecciosas e ela disse que está outra vez a aumentar humm
M: ah é?
H: sim a prevalência em em na comunidade homossexual
Ejemplo 3. (conversación 1)
50
51
52
53
54
55
M1: das duas às quatro pra toda a gente é o de contemporâneo// é que eu tenho
o ensaio com Isabel Barros e marquei com ela a uma da tarde dá tempo se é
das// não das duas às quatro
M2: com Isabel§
M1:
§sim porque ela pediu para ver a mostra tás a ver? pa ver o que
é que achava// e eu disse que na quarta-feira podia ser
En el ejemplo de arriba, las chicas están hablando sobre su afición común, el ballet. M2
quiere verificar si M1 tiene ensayo con Isabel. M2 confirma esto empezando su enunciado
con el marcador sim.
En segundo lugar, sim muestra que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. En
el ejemplo 4, la entrevistadora ha preguntado a las interlocutoras si el carnaval es una fiesta
para los niños o si los adultos también suelen disfrazarse.
68
Ejemplo 4. (conversación 1)
9
10
11
12
13
14
15
16
M2:
[não// os adultos também] [mas as
crianças é que=]
M1: [depende de hora]
M2: = se mascaram mais
M1: depende de hora/ é assim/ nas escolas normalmente ass- as crianças
é que se mascaram e depois vão todas para as festinhas// mas a noite é
especialmente para- para os adultos
M2: sim
Usando el marcador sim, M2 muestra a las otras interlocutoras que está de acuerdo con
M1. Es decir, ella también piensa que el carnaval es tanto para los niños como para los
adultos, pero los adultos hacen fiesta por la noche. Como este marcador aparece aisladamente,
significa que M2 no quiere tomar el turno de palabra. En el ejemplo siguiente, se usa sim
también para indicar el acuerdo, pero esta vez el interlocutor toma el turno de palabra:
Ejemplo 5. (conversación 2)
213
214
215
216
M: é verdade fazia-se isso aos bebés p’ós pais irem trabalhar não é?§
H:
§sim/ e não
choravam a noite toda// era bestial/ claro que os meus tios têm todos
uma pancada mais ou menos porque/// [desde pequenos que eram bêbedos]
En tercer lugar, el marcador sim indica que el interlocutor ha recibido y entendido el
fragmento emitido por el hablante. Al mismo tiempo, señala que el interlocutor se mantiene a
la escucha, o sea, no tiene la intención de tomar la palabra. Veamos dos ejemplos:
Ejemplo 6. (conversación 2)
187
188
189
190
191
192
M: e eu achava/ eu nunca gostei não é? não gostava do vinho mas achava aquilo
assim um bocado tipo mas o vinho não é pa gente grande? achava aquilo na
minha cabeça da menina pequenina/ hã mas é verdade que é uma
questão cultural também
H: sim [sim sim]
M:
[a questão de-] o vinho é muito cultural eu acho eeh aqui até porque
somos uma terra de produtores não é?/// mas quer dizer
Ejemplo 7. (conversación 2)
204
205
206
207
H: por exemplo a minha avó ela dava/// ela punha pão dentro de um pano//
eles não tinham chupetas né?
M: [sim]
H: [ela punha] pão dentro de um pano e embebia aquilo em bagaço/ bagaço é
tipoo
La otra función metadiscursiva del marcador sim es indicar un cambio de turno
conversacional. Utilizando este marcador, el interlocutor puede suavizar la tomada del turno:
69
Ejemplo 8. (conversación 2)
79
80
81
82
M: acho que é mesmo por economia processual porque no fundo
H: sim/ porque a ideia a ideia não é não é liberalizá-las mas é começar/ quer
dizer isso demora muitos anos mudar a mentalidade e a educação das pessoas///
porque como álcool como o álcool o álcool é uma droga perfeitamente aceita
por toda [a gente=]
Ejemplo 9. (conversación 2)
88
89
90
91
M: [eeh] mesmo a nível de violência domestica a nível de/ sei lá// uma data
de coisas que são causadas ou pelo menos favorecidas pelo álcool§
H:
§sim não sei
números mas sei que o número de alcoólicos aqui em Portugal é superior/ às
pessoas que usam drogas/ percebes?
Por último, notamos que el marcador sim junto con la conjunción adversativa mas
(pero) anticipa el desacuerdo. En el ejemplo 10, las interlocutoras están hablando sobre su
amiga que también hace ballet:
Ejemplo 10. (conversación 1)
142
143
144
145
146
147
M1: mas eu perguntei-lhe se ela pensava fazer isso e ela ah não sei
estou trabalhar dois cursos mas as vezes penso nisso e gostava/// clássica não
mas contemporânea gostava ela disse-me isto
M2: sim mas ela também/// me disse que tomou a decisão dee- no conservatório
não seguir/// porque eles lá só pensam ainda assim e não fazem mais nada e ela
não queria isso e ela não consegue// tar só a fazer uma coisa
M1 cita a su amiga y dice que a ella le gustaría ser bailarina de ballet. Sin embargo, M2 no
está de acuerdo con M1 y dice que la amiga en cuestión no quiere seguir en el conservatorio
de ballet. En el ejemplo 11, los interlocutores están hablando sobre HIV y sobre el hecho de
que todavía hay gente que no tiene información suficiente sobre esta enfermedad:
Ejemplo 11. (conservación 2)
237
238
239
240
241
241
242
243
M: [eu conheço pessoas] assim inclusive na minha família/// ainda há muita
ignorância de facto porque/ imagina/ não sei se tens HIV ou deixas de ter mas
eu posso perfeitamente conviver contigo sem nenhum tipo de problemas/ há
muita gente que ainda acha que não e que acha que é obrigatoriamente
uma sentença de morte// e e já não é tanto assim não é?
H: sim/ ainda um bocadito mas§
M:
§sim mas não é como era há 20 anos§
H:
§não não é§
En la línea 242 la interlocutora M utiliza el marcador sim mas y muestra así al otro
interlocutor que ella está parcialmente de acuerdo con él. Continúa su discurso y justifica su
opinión diciendo a H que la situación ya no es como hace 20 años.
70
En resumen, la función principal del marcador sim es mostrar el acuerdo. Sin embargo,
al mismo tiempo puede tener otras funciones: marcar que el interlocutor se mantiene a la
escucha y mostrar que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante. Cuando
aparece con mas indica que el interlocutor está parcialmente de acuerdo con el hablante.
3.5.2 Funciones de pois
El marcador pois apareció 33 veces en nuestro corpus. Ocupó casi siempre la posición
inicial en un enunciado y en un 36 % de los casos formó un turno. Notamos que normalmente
el marcador pois no aparece con otros marcadores de feed back. En la siguiente tabla se puede
ver la división de los marcadores pois en las conversaciones en portugués:
Forma
Pois
Pois mas
Pois + verbo
Pois não
Total
24
5
3
1
Tabla 8. Distribución de las diferentes formas del marcador pois
La tabla 8 muestra claramente que la forma más empleada fue pois. Observamos que al inicio
del turno pois puede aparecer con la conjunción adversativa mas. El marcador pois apareció
también algunas veces con el verbo utilizado primero por el otro interlocutor.
Notamos que el marcador pois tiene parcialmente las mismas funciones que sim:
1. Indica que el interlocutor se mantiene a la escucha.
2. Muestra que el interlocutor está de acuerdo con el hablante.
3. Muestra que el interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante.
4. Indica el inicio del turno/cambio de turno conversacional.
5. Anticipa el desacuerdo.
En medio de un largo turno de palabra del hablante, el marcador pois indica que el
interlocutor ha recibido el mensaje emitido por el hablante y que el interlocutor se mantiene a
la escucha. Al mismo tiempo indica que el interlocutor está de acuerdo con el hablante:
Ejemplo 1. (conversación 2)
10
11
12
13
14
H: §eu não ouvi essa opinião mas quer dizer isso/ depois fala-se de qualquer
coisa não é desde que seja
M: pois!
H: tem tem/// é um bocado isso que acontece nas pessoas/// que tem alguma
projeção na comunicação social conseguem conseguem falar de temas que
71
15
16
17
18
19
20
21
depois a maior parte [do pessoal=]
M:
[pois]
H: =e acham que são são super super dotados// mas já se percebeu no passado
que que des/ criminalizar alguma coisa não funciona/ não é?
M: pois!
H: porque as pessoas continuam ter/ eh/ acesso/ se não for de uma maneira legal
é de uma maneira ilegal
La función principal del marcador pois es mostrar que el interlocutor está de acuerdo
con el hablante (ejemplo 2). A veces este marcador aparece junto con el verbo que el otro
interlocutor usa primero (ejemplo 3).
Ejemplo 2. (conversación 2)
76
77
78
M: [acho que é uma questão] de não/ processual/ não vais condenar uma pessoa
ou não vais abrir um processo contra uma pessoa [que tem tão pouco=]
H:
[pois é isso]
Ejemplo 3. (conversación 2)
466
467
468
M: aliás/ se virmos se virmos as pessoas por quem somos governados/ alguns
coitadinhos ainda estão em fase de crescimento portanto
H: pois tão
En el ejemplo anterior, H repite el verbo que M ha usado (estão). De esta manera, el
interlocutor H enfatiza que está de acuerdo con M.
El marcador pois puede marcar también un cambio de turno conversacional:
Ejemplo 4. (conversación 2)
134
135
136
137
138
H: =percebes é isso a linha em que começas a que estar dependente e que e
que/// ou não/ és um consumidor esporádico// a sorte é que o tabaco não nos
altera o comportamento/ senão
M: pois/ hoje saiu uma notícia curiosamente sobre o Paul McCartney que dizia
que ia fumar o último charro aos 69 anos/ [hãã]
Cuando el marcador pois aparece con la conjunción adversativa mas, significa que el
interlocutor no está totalmente de acuerdo con el otro interlocutor. En otras palabras, el
interlocutor emite después de la conjunción adversativa mas un argumento que se opone, por
lo menos parcialmente, la opinión de su interlocutor.
Ejemplo 5. (conversación 1)
131
132
133
134
135
136
M2: tas a perceber?
M1: pois porque eles a mim disseram-me duas vezes não era suficiente// que
tinha que ser três
M2: pois mas ela num quer ser ela já é bale-/ tipo já é boa// ela só quer treinar o
corpo e [nunca=]
M1: [mas]
72
137
M2: =parar de dançar
En el ejemplo de arriba, las interlocutoras están hablando sobre su amiga de la escuela
de ballet. M2 ha dicho que su amiga iba siempre dos veces por semana a las clases de ballet.
En opinión de M1, la profesora le había dicho que los estudiantes tienen que ir a las clases
por lo menos tres veces por semana para poder ser un buen bailarín. M2 no está totalmente de
acuerdo con M1 y dice que su amiga ya es bailarina buena y por eso podía ir a las clases
solamente dos veces por semana. El ejemplo siguiente ilustra también el uso del marcador
pois mas:
Ejemplo 6. (conversación 1)
211
212
213
E: NÃO/ por isso te disse que podias procurar um trabalho [ou tentar-]
M2:
[pois mas o que eu
queria] era um trabalho na dança/// mas não me parece que isso vai acontecer
Las interlocutoras están hablando sobre sus planos para el próximo año. La entrevistadora
sugiere a M2 que podía continuar bailando un año más en Oporto o procurar un trabajo. M2
emite el marcador pois e indica así que está parcialmente de acuerdo con la entrevistadora. Es
decir, podía procurar un trabajo. Sin embargo, después del marcador pois M2 emite mas y
añade un argumento opuesto: quiere tener un trabajo en el área de baile lo que le resulta
imposible.
3.5.3 Funciones de é/é verdade
En portugués europeo, los marcadores é y é verdade son utilizados principalmente para
mostrar al hablante que el interlocutor está de acuerdo con él. En el ejemplo siguiente los
interlocutores están hablando sobre su profesor de ballet. La entrevistadora ha preguntado a
M1 si le gusta este profesor:
Ejemplo 1. (conversación 1)
68
69
70
71
M1: gosto/ ele é muito exigente só que é difícil acompanhar porque ele// tem
exercícios muito complexos que não estou habituada mas pronto// vou-me
habituando devagarinho
M2: mas é fixe
M1: é
En la línea 70 M2 dice que el profesor es simpático. M1 está de acuerdo y lo muestra usando
el marcador é (línea 71).
73
Cuando el interlocutor usa el marcador é/é verdade, también puede significar que el
interlocutor está teniendo en cuenta lo que el hablante dice (ejemplo 1). La otra función es
suavizar la tomada del turno de palabra (ejemplo 2).
Ejemplo 2. (conversación 2)
405
406
407
H: mesmo entre gerações/// curtas não é? existe esta falta de de de informação
incrível!
M: é
H: essa libertinagem/ de poder
Ejemplo 3. (conversación 2)
368
369
370
371
372
373
374
H: meu deus que miséria/ eu ia com a minha família com as minhas tias e por ai
fora na camioneta// a Espanha e eu achava que a Espanha era uma gigante
fabrica de rebuçados porque sempre que lá iam/ traziam rebuçados
M: é verdade/ não havia nada e pelos vistos nós hoje em dia// comemos
marmelada ou doces como se fosse uma coisa normal pelos vistos a questão de
marmelada e dos doces era terrível// nós somos um país mesmo pequenino mas
é tal coisa tamos aqui tão sossegadinhos e ninguém nos chateia no fundo não é?
3.5.4 Funciones de hã/eh/humm
Los marcadores hã, eh y humm funcionan como señales de dudas. El interlocutor los
produce cuando tiene dificultades en la construcción de la frase o su discurso. De esta manera,
gana tiempo para pensar qué decir a continuación y no pierde su turno de palabra. En el
ejemplo siguiente la interlocutora utiliza los marcadores eh y hã para estructurar su discurso
de nuevo (líneas 143 y 144):
Ejemplo 1. (conversación 2)
142
143
144
145
M: é assim a notícia não tem nada de extraordinário é mesmo só isto/ porque ele
diz que a filha dele eeh a filha mais nova// quee fez algumas comentários
negativos sobre o facto ele usar canNAbis e não sei quê e então ele disse// hã as
declarações eram qualquer coisa do género eu já sou velho já não preciso de
drogas [(RISAS)]
Ejemplo 2. (conversación 1)
44
45
E: aah/ e até que dia vais ficar lá?
M2: eeeh terça-feira
En el ejemplo anterior la entrevistadora ha preguntado a M2 hasta qué día va a estar en
casa de su abuela. M2 duda en la respuesta y por eso usa el marcador eh. De esta manera, ella
tiene más tiempo para pensar su respuesta.
74
3.5.5 Funciones de hum
El marcador hum no aparece en las clasificaciones que hemos referido en el marco
teórico. Sin embargo, parece tener la misma función que otros marcadores de feed back:
indica que el interlocutor ha entendido el mensaje emitido por el hablante y muestra que el
interlocutor se mantiene a la escucha. Hum aparece siempre aisladamente, o sea, usando este
marcador, el interlocutor indica al hablante que puede continuar el discurso.
Ejemplo 1. (conversación 2)
114
115
116
117
118
119
120
121
H: oh pá/ a linha não é fácil de definir/ eu trabalhei durante muito tempo
trabalhei durante um ano/ durante dois anos trabalhei numa associação que eles
têm umas// linhas condutoras com as quais eu não concordava/// do gênero eles
têm programas de metadona de baixo limiar/ são são são programas de baixo
grau de exigência perante os utilizadores de [drogas=]
M:
[hum]
H: =de heroína/// e eles defendem que a droga no caso destes utentes que é uma
opção deles/ eh/ o consumo de droga/ fazem dela uma opção
Ejemplo 2. (conversación 2)
229
230
231
232
233
H: =quando falo com os meus ut- tóxicos/ que têm mais ou menos a mesma
idade/// e que falo sei lá de hepatite B hepatite C/ falo do HIV
M: hum
H: ainda noto que há pessoas// que nunca na vida ouviram falar daquilo
percebes? e vivem e vivem em 2012 também como nós
El marcador hum es neutro porque el interlocutor no ratifica las palabras del hablante,
solamente indica que ha entendido el mensaje.
3.6 CORRESPONDENCIAS DE LOS METADISCURSIVOS CONVERSACIONALES
En este estudio se han analizado, en total, seis conversaciones y se han distinguido las
funciones de los metadiscursivos conversacionales en el finlandés, español y portugués.
Durante el análisis, notamos que los marcadores no tienen totalmente las mismas funciones en
las tres lenguas en cuestión. A continuación veremos qué son las diferencias de los
metadiscursivos conversacionales entre los pares de idioma finlandés-español y finlandésportugués.
3.6.1 Correspondencias en finlandés y español
En lo que concierne a las funciones, los marcadores joo y sí se comportan
principalmente de la misma manera. Se usan los dos marcadores para:
75
-
responder a una pregunta y confirmar la información,
-
mostrar que el interlocutor se mantiene a la escucha,
-
indicar que el receptor ha recibido el mensaje emitido por el hablante y
-
iniciar un turno de palabra.
No obstante, en el finlandés se puede responder a una pregunta (respuesta afirmativa) usando
el marcador joo solamente en el caso en que el sufijo -ko/-kö se une al verbo finito. Tambien
Hakulinen (2005: 995) afirma que si en una pregunta el sufijo -ko/-kö no se une al verbo finito
sino a otra palabra (lausekekysymys), el interlocutor no usa la partícula joo en su respuesta
sino la partícula niin. Además, se usa la partícula niin para responder a una pregunta de
revisión (tarkistuskysymys) y a las preguntas de tipo sí-no que no son interrogativas.
Otra diferencia significante es la manera de indicar el acuerdo. Parece que en español
se puede usar el marcador sí para mostrar el acuerdo. Sin embargo, en finlandés no se usa
normalmente la partícula joo para dicha función. Es más común usar la partícula niin. Otro
modo para mostrar el acuerdo es utilizar niin y el verbo que el otro hablante usó en el turno
antecedente. Cuando el interlocutor quiere subrayar el acuerdo, emplea la partícula no niin.
En finés existe también la partícula mm (mm:: donde la entonación baja y sube) que se puede
usar para la indicación del acuerdo.
En finlandés se usa la partícula joo para indicar el asentimiento a un mandato o a una
petición. En nuestro corpus español no había una situación donde el interlocutor fuese pedido
algo entonces no pudimos analizar dicha función. Además, en las conversaciones en finés se
usó la partícula joo para el habla citada.
Para señalar al hablante que se ha recibido el contenido del mensaje se puede usar la
partícula joo, niin o aa(h) en finés. Parece que el uso de las partículas en cuestión depende de
las variaciones dialectales. En la primera conversación en finés las chicas usaron más a
menudo la partícula joo para recibir el mensaje. Al contrario, en la segunda conversación los
informantes usaron más la partícula niin y aa(h) para dicha función. En español se pueden
usar los marcadores sí, ya y humh para mostrar que el interlocutor ha recibido el mensaje
emitido por el hablante. No obstante, el marcador humh es una señal de la recepción pasiva y
aparece siempre aisladamente. Es decir, usando este marcador el interlocutor indica
simplemente al hablante que ha entendido el mensaje y que desea que el hablante continúe el
discurso. Se ha de subrayar que en finlandés se hace la diferencia entre los marcadores que
indican que la información es nueva para el interlocutor (ai, ai jaa, aha(a)) o ya conocida de
antemano (joo, niin, aa(h)).
76
Las partículas que se usan para mostrar al hablante que el interlocutor mantiene a la
escucha son en finés joo, mm y aa(h). En la lengua española se usan los marcadores sí y ya.
En finés las partículas que se usan para mostrar al interlocutor que el hablante está pensando
lo que decir a continuación son mm:: y öö::. En español también se pueden usar dos
marcadores para dicha función: eh y mm. Sin embargo, el mm es menos empleado que el eh.
Otra función de estos marcadores es mantener el turno y estructurar el discurso.
Para indicar el desacuerdo en la conversación se usa el marcador bueno. En la lengua
finlandesa se usan las partículas niin no o niin mut. Sin embargo, según nuestro corpus, es
más común emplear la partícula niin mut. El marcador bueno tiene también otros valores.
Marca el inicio del turno (en inicio de una respuesta o en general en el inicio de un enunciado
para obtener el turno de palabra), indica la autocorrección y señala un cambio de tema. El
marcador bien no apareció en nuestro corpus aunque tiene los mismos valores que bueno.
Esto resulta del hecho de que los interlocutores y la entrevistadora ya se conocían de
antemano. Según Portolés & Zorraquino (1999: 4197), el marcador bien es menos “amigable”
que el bueno. Por eso, el marcador bueno aparece más a menudo entre los amigos que el
marcador bien.
Metadiscursivo
conversacional en
español
Función
Equivalente en
finlandés
sí
responder a una
pregunta o confirmar la
información
joo
En finlandés: respuesta a
una pregunta en que el
sufijo -ko/-kö se une al
verbo finito
sí
responder a una
pregunta o confirmar la
información
niin
En finlandés: respuesta a
una pregunta en que el
sufijo -ko/-kö no se une al
verbo finito sino a otra
palabra; respuesta a una
pregunta de revisión o a la
pregunta de tipo sí-no que
no son interrogativas
joo, niin, aa(h)
En finlandés el uso
depende de las variaciones
dialectales: En la primera
conversación las chicas
usaron más a menudo la
partícula joo para recibir el
mensaje. Al contrario, en
la segunda conversación
sí, ya
mantenerse a la
escucha
77
¡OJO!
los informantes usaron más
la partícula niin y aa(h)
para dicha función.
sí, ya, humh
sí
indicar la recepción del
mensaje
indicar el acuerdo
joo, niin; ai, ai jaa,
aha(a)
niin, niin + verbo, no
niin, mm::
bueno
indicar el desacuerdo
niin mut, niin no
eh, mm
estructurar el
discurso/pensamiento,
retardar la emisión
mm::, öö::
humh = señal de la
recepción pasiva; ai, ai
jaa, aha(a) = indicar la
recepción del mensaje que
es nueva para el
interlocutor
no niin = enfatizar el
acuerdo
en finlandés se usa más a
menudo niin mut
en español mm es menos
empleado que eh y en finés
se usa más mm:: que öö::
Glosario 1. Correspondencias de los metadiscursivos conversacionales entre los pares de idioma finlandésespañol
3.6.2 Correspondencias en finlandés y portugués
En la lengua portuguesa se pueden usar los marcadores sim, pois, é/é verdade y hum
para indicar la recepción del mensaje y para mostrar que el interlocutor se mantiene a la
escucha. En finlandés se usan las partículas joo, niin y aa(h) para dicha función. El uso de
estas partículas depende de variaciones dialectales. Para responder a una pregunta (respuesta
afirmativa) se usa el marcador sim en portugués. Sin embargo, en finés existen dos partículas
para esta función. El uso de estas partículas depende del tipo de pregunta (véase el capítulo
anterior).
La función principal de los marcadores sim, pois y é/é verdade en el portugués
europeo es indicar el acuerdo. En finlandés se usan las partículas niin y niin + verbo que el
otro hablante usó en el turno antecedente. En portugués se puede usar también el marcador
pois + verbo para enfatizar que el interlocutor está de acuerdo con el hablante. Para mostrar el
desacuerdo parcial se usa la partícula niin mut o niin no en finlandés y pois mas o sim mas en
portugués. En otras palabras, parece que los marcadores pois y niin funcionan de la misma
manera.
78
Para estructurar el discurso y pensamiento y también para mantener el turno de palabra
se pueden usar tres marcadores diferentes hã/eh/humm en portugués. En la lengua finlandesa
sus equivalentes son las partículas mm:: y öö::.
Metadiscursivo
conversacional en
portugués
sim
sim
sim, é/é verdade, hum
sim, pois, hum
pois, pois + verbo, sim,
é/é verdade
pois mas, sim mas
Función
Equivalente en
finlandés
¡OJO!
responder a una
pregunta o confirmar la
información
joo
En finlandés: respuesta
a una pregunta en que
el sufijo -ko/-kö se une
al verbo finito
responder a una
pregunta o confirmar la
información
niin
En finlandés: respuesta
a una pregunta en que
el sufijo -ko/-kö no se
une al verbo finito sino
a otra palabra;
respuesta a una
pregunta de revisión o
a la pregunta de tipo síno que no son
interrogativas
joo, niin, aa(h)
En finlandés el uso
depende de las
variaciones dialectales:
En la primera
conversación las
chicas usaron más a
menudo la partícula joo
para recibir el mensaje.
Al contrario, en la
segunda conversación
los informantes usaron
más la partícula niin y
aa(h) para dicha
función.
hum = señal de la
recepción pasiva
joo, niin; ai, ai jaa,
aha(a)
ai, ai jaa, aha(a) =
indicar la recepción del
mensaje que es nueva
para el interlocutor
mantenerse a la
escucha
indicar la recepción del
mensaje
indicar el acuerdo
anticipar el desacuerdo
niin, niin + verbo, no
niin, mm::
niin no, niin mut
79
en finlandés no niin y
en portugués pois +
verbo = enfatizar el
acuerdo
en finlandés se usa más
a menudo niin mut
eh/hã/humm
estructurar el
discurso/pensamiento,
retardar la emisión
mm::, öö::
Glosario 2. Correspondencias de los metadiscursivos conversacionales entre los pares de idioma finlandésportugués
3.7 ANÁLISIS DE LOS DICCIONARIOS FI-ES-FI Y FI-PT-FI
Como anteriormente dicho, uno de los objetivos de este trabajo es hacer un análisis de
los diccionarios bilingües finlandés-español-finlandés y finlandés-portugués-finlandés para
saber si los materiales lexicográficos ofrecen información suficiente para la traducción de los
marcadores del discurso, o mejor dicho, los metadiscursivos conversacionales. A
continuación se analizan dos diccionarios FI-PT-FI y dos diccionarios FI-ES-FI de dos
editores diferentes: Werner Söderström osakeyhtiö y Gummerus. Son los diccionarios que
encontramos en la biblioteca de Kerava y en la biblioteca de Lohja.
El diccionario finés-portugués-finés de WSOY (Pannunzio-Lintinen & Lintinen, 2007)
se centra tanto en el portugués europeo como en portugués de Brasil. Las palabras brasileñas
están marcadas por el símbolo * en dicho diccionario. Este diccionario da información sobre
los marcadores siguientes (2007: 645, 700):
Marcador
sim
pois
pois sim!
pois bem!
pois não!
Equivalente en finés
kyllä
konj.: kun, koska, siis;
-han, -hän, -pa, -pä
varmasti
no niin!
olkaa hyvä! mitä saisi olla?
Otro diccionario FI-PT-FI de WSOY (Rahinantti & Lintinen, 1975) contiene los
mismos marcadores que el diccionario antecedente. Sin embargo, las palabras equivalentes en
el finlandés no son exactamente las mismas (1975: 310, 331):
Marcador
sim
pois
pois sim!
pois bem!
pois não!
Equivalente en finés
adv. kyllä
konj.: kun, koska, siis
varmasti, kyllä toki
no niin, no olkoon
eikö niin! eikö totta
80
El diccionario FI-ES-FI de Gummerus (Hammela & Torre Moral, 2000) contiene los
marcadores siguientes:
Marcador
bueno
bien
ya
¡ya!
sí
Equivalente en finés
hyvä, kiltti, kunnollinen; kunnon, roima
hyvin, oikein, kunnolla; no
jo
vai niin!
kyllä; itse
Otro diccionario FI-ES-FI da información sobre los marcadores siguientes (Hytönen &
Talvitie, 2005: 625, 633, 1055, 1112):
Marcador
bueno
bien
ya
sí
Equivalente en finés
hyvä
hyvin; kunnolla; oikein; kovin
adv. jo; nyt; hyvä on!, selvä!
adv. kyllä. pron. itselleen, itseään. m lupa, suostumus,
myöntymys
Según puede observarse, todos estos diccionarios contienen solamente los sentidos que
los marcadores discursivos tienen en la lengua escrita. Es decir, los diccionarios no identifican
los diferentes sentidos que los marcadores discursivos tienen en la lengua hablada. Por
conseguiente, los diccionarios bilingües no incluyen información que ayude al traductor a
traducir los metadiscursivos conversacionales.
81
4. CONCLUSIONES
En este trabajo se presentaron algunos marcadores del discurso tanto en la lengua
finlandesa como en la lengua española y portuguesa. No se prestó atención a la lengua escrita
sino que el objetivo fue estudiar los marcadores discursivos en la lengua hablada de los
jóvenes. Se investigó cómo las clasificaciones de los marcadores discursivos difieren en la
lengua finlandesa, española y portuguesa. Sin embargo, el objetivo más importante de este
estudio fue estudiar las diferentes funciones de los metadiscursivos conversacionales, es decir,
las partículas que fueron más empleadas en las entrevistas realizadas. También contrastamos
los metadiscursivos conversacionales en el finlandés, español y portugués, con el objetivo de
establecer sus correspondencias en un glosario. En otras palabras, el propósito de este estudio
fue conocer si los metadiscursivos conversacionales en las tres lenguas en cuestión tienen las
mismas funciones.
La primera parte de este estudio, el marco teórico, se constituyó de las definiciones de
los marcadores del discurso. En resumen, se puede decir que los marcadores del discurso son
partículas que estructuran el discurso e indican diferentes funciones. Con la ayuda de los
marcadores del discurso el habla es fluida y natural. En la segunda parte del marco teórico se
presentaron las clasificaciones de los marcadores del discurso tanto en la lengua finlandesa
como en la lengua española y portuguesa. Llegamos a la conclusión de que existen diferentes
clasificaciones, incluso dentro de la misma lengua. Se pudo llegar a esta conclusión
comparando las clasificaciones de dos investigadoras finlandesas, dos investigadores
españoles y varios investigadores portugueses/brasileños. Además, notamos que las
denominaciones que se usan para los marcadores del discurso dependen del investigador y de
la lengua en cuestión. Al final del marco teórico, se presentaron las funciones de los
metadiscursivos conversacionales que aparecieron en nuestro corpus apoyándose en la
gramática descriptiva del finlandés, del español y del portugués.
Para saber cuáles son los valores de los metadiscursivos conversacionales en ciertas
intervenciones, se utilizó el Análisis de la Conversación para apoyar la teoría. Por
consiguiente, se empezó la parte empírica presentando el método de este estudio: el Análisis
de la Conversación. Posteriormente, analizamos seis conversaciones semidirigidas: dos entre
los informantes finlandeses, dos entre los informantes españoles y dos entre los informantes
portugueses.
Analizando
las
conversaciones
notamos
que
los
metadiscursivos
conversacionales no tienen totalmente las mismas funciones en el finlandés, español y
portugués. Por ejemplo, para indicar el acuerdo se puede usar el marcador sí en español y sim
82
en portugués, pero en finlandés se suele usar la partícula niin y sus variantes. Igualmente,
pudimos ver una diferencia clara entre los marcadores que se usan para responder a una
pregunta (respuesta afirmativa). En español se usa sí y en portugués sim, pero en la lengua
finlandesa existen dos marcadores equivalentes para dicha función: joo y niin. El uso de estas
partículas depende del tipo de pregunta. Cabe destacar que en la lengua finlandesa se
considera la diferencia entre los marcadores que indican que la información es nueva para el
interlocutor o ya conocida de antemano. Según nuestro corpus, no se hace esta diferencia en
español ni en portugués.
En cuanto a las hipótesis planteadas al comienzo del trabajo, se cumplieron
parcialmente. Primero se esperaba que los metadiscursivos conversacionales en el finlandés
no se correspondan con los del español y los del portugués. Al contrario a lo esperado,
llegamos a la conclusión de que los metadiscursivos conversacionales tienen algunos valores
en común. No obstante, encontramos también diferencias significantes. Por ejemplo, notamos
que los marcadores sim, é/é verdade y pois indican sobretodo el acuerdo en el portugués
europeo. Sin embargo, los vocablos equivalentes en finlandés y español (joo, niin; sí, ya)
tienen otros valores de mayor frecuencia. Además, encontramos partículas que no aparecen en
el marco teórico: aa(h) en finlandés, humh en español y hum en portugués. También
encontramos funciones que no aparecen en el marco teórico. Notamos que a veces el
marcador joo empieza el habla citada y que el marcador niin predice el desacuerdo cuando
precede a no o aparece con mut. También notamos que en algunos contextos sí puede indicar
el acuerdo en las conversaciones en español. No obstante, cabe destacar que el valor de los
metadiscursivos conversacionales depende siempre del contexto y de las variaciones
dialectales.
Después del análisis de los materiales lexicográficos bilingües finlandés-español y
finlandés-portugués notamos que los diccionarios no incluyen información suficiente sobre
los marcadores discursivos. De ahí la dificultad en la traducción de los marcadores. En
consecuencia, sería importante estudiar más los marcadores del discurso para elaborar
diccionarios especializados de partículas discursivas. También sería importante tomar en
cuenta las diferencias entre los metadiscursivos conversacionales en la enseñanza de las
segundas lenguas. De esta manera, los estudiantes de traducción e interpretación podrían
aprender a usar correctamente los marcadores del discurso. Como hoy en día se enfatiza la
importancia de la competencia comunicativa en las lenguas extranjeras, hay que aprender a
usar bien los marcadores del discurso para que el habla sea fluida y natural. También
83
Zorraquino (1999: 55) reconoce: “si se quiere adquirir una competencia comunicativa plena
de la segunda lengua, entonces el estudio de los marcadores es absolutamente necesario”.
Se ha de considerar que el presente estudio trató solamente de algunos metadiscursivos
conversacionales. Para mejorar la investigación se podría estudiar todos los metadiscursivos
conversacionales que aparecieron en el corpus o incluso extender la investigación a los
marcadores del discurso en general. También se podría analizar más profundamente los
diccionarios bilingües y hacer un análisis sobre los diccionarios monolingües para determinar
si incluyen o no información suficiente sobre los marcadores discursivos. Además, sería
interesante contrastar los metadiscursivos conversacionales del español y del portugués.
Para las futuras investigaciones se propone, por lo tanto, investigar más
profundamente las diferencias y las similitudes entre los metadiscursivos conversacionales en
finlandés, español y portugués. Por ejemplo, se podría realizar entrevistas más largas y
analizar un corpus más amplio. Parece que este campo de estudio no se ha estudiado mucho.
En consecuencia, sería interesante estudiar también otras partículas finlandesas, españolas y
portuguesas para así compararlas.
84
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87
APÉNDICES
APÉNDICE 1. Sistema de transcripción en las conversaciones en español y en portugués
Los signos que se han usado en nuestro sistema de transcripción son los siguientes:
:
Cambio de voz.
A:
Intervención de un interlocutor identificado como A.
§
Sucesión inmediata, sin pausa apreciable, entre dos emisiones de distintos
interlocutores.
=
Mantenimiento del turno de un participante en un solapamiento.
[
Lugar donde se inicia un solapamiento o superposición.
]
Final del habla simultánea.
-
Reinicios y autointerrupciones sin pausa.
/
Pausa corta, inferior al medio segundo.
//
Pausa entre medio segundo y un segundo.
///
Pausa de un segundo o más.
(5’’)
Silencio (lapso o intervalo) de 5 segundos; se indica el nº de segundos en las
pausas de más de un segundo, cuando sea especialmente significativo.
Cou
Los nombres propios, apodos, siglas y marcas, excepto las convertidas en
“palabras-marca” de uso general, aparecen con la letra inicial en mayúscula.
PESADO
Pronunciación marcada o enfática (dos o más letras mayúsculas)
pe sa do
Pronunciación silabeada.
(( ))
Fragmento indescifrable.
( (siempre) ) Transcripción dudosa.
( (…) )
Interrupciones de la grabación o de la transcripción.
(en)tonces
Reconstrucción de una unidad léxica que se ha pronunciado incompleta, cuando
pueda perturbar la comprensión.
°( )º
Fragmento pronunciado con una intensidad baja o próxima al susurro.
(RISAS, TOSES
GRITOS…) Aparecen al margen de los enunciados. En el caso de las risas, si son
simultáneas a lo dicho, se transcribe el enunciado y en nota al pie se indica
“entre risas”.
aa
Alargamientos vocálicos.
88
nn
Alargamientos consonánticos.
¿! ¡?
Interrogaciones exclamativas.
¿?
Interrogaciones. También para los apéndices del tipo “¿no?, ¿eh?, ¿sabes?”
¡!
Exclamaciones.
Letra cursiva Reproducción e imitación de emisiones. Estilo directo, característico de los
denominados relatos conversacionales.
Nota a pie de página: Anotaciones pragmáticas que ofrecen información sobre las
circunstancias de la enunciación. Rasgos complementarios del canal verbal.
Añaden informaciones necesarias para la correcta interpretación de
determinadas palabras (la correspondencia extranjera de la palabra transcrita en
el texto de acuerdo con la pronunciación real, siglas, marcas, etc.), enunciados o
secuencias del texto (p.e., los irónicos), de algunas onomatopeyas; del comienzo
de las escisiones conversacionales, etc.
89
APÉNDICE 2. Sistema de transcripción en las conversaciones en finlandés
Los signos que se han usado en nuestro sistema de transcripción son los siguientes:
1. Símbolos prosódicos
Al fin de un conjunto prosódico:
.
tono descendente
,
tono regular
?
tono ascendente
Dentro o al principio de un conjunto prosódico:
heti
énfasis o subida de la altura de tono
2. Solapamiento y pausas
[
solapamiento empieza
]
solapamiento termina
(.)
pausa corta, 0.2 segundos o menos
(0.4)
pausa mediana o larga, indicando segundos
=
dos enunciados se unen sin pausa
3. Rapidez del habla y fuerza de la voz
><
ritmo acelerado
<>
ritmo lento
e::
alargamiento de un sonido
AHA
mayor énfasis
4. Respiración
.hhh
aspiración, un h corresponde a 0.1 segundos
hhh
espiración
.joo
palabra dicho aspirando
5. Risa
he he
risa
s(h)ana
describe la espiración, normalmente una palabra dicho riendo
££
fragmento pronunciado sonriendo
90
6. Lo demás
##
voz crujiente
si-
corte abrupto
(tai)
transcripción dudosa
(-)
palabra indescifrable
(- -)
fragmento indescifrable
(( ))
anotaciones pragmáticas que ofrecen información sobre las circunstancias de la
enunciación
91
APÉNDICE 3. Fichas técnicas20
Tabla 1. Ficha de grabación: conversación 1 en finlandés
Investigadora:
Taina Ikola
Datos identifadores de la grabación:
-
Fecha de grabación:
el 17 de diciembre de 2008
-
Tiempo de grabación:
10 minutos 10 segundos
-
Lugar de grabación:
cuarto en la biblioteca
Situación comunicativa:
-
Tema:
el fin de semana anterior, los estudios
-
Tono:
informal
-
Modo o canal:
oral
Tipo de discurso:
conversación
Técnica de grabación:
grabación auditiva: grabadora digital
Olympus
Descripciones de los participantes:
-
Número de participantes:
dos + entrevistadora
-
Tipo de relación que los une:
amistad
-
Sexo:
mujeres
-
Edad:
23 y 24
-
Profesiones:
estudiantes
Interés para el análisis:
el uso de las partículas del diálogo
Cantidad de las partículas del diálogo:
joo: 43, nii(n): 4, ai jaa: 11, aha: 1, aa(h): 8,
ai: 5, häh: 1, mm: 6
20
El modelo de las tablas está extraído de la obra Corpus de conversaciones coloquiales (Briz y grupo
Val.Es.Co., 2002: 49) pero está modificado según nuestras necesidades.
92
Tabla 2. Ficha de grabación: conversación 2 en finlandés
Investigadora:
Taina Ikola
Datos identifadores de la grabación:
-
Fecha de grabación:
el 13 de enero de 2012
-
Tiempo de grabación:
18 minutos 3 segundos
-
Lugar de grabación:
casa de los informantes
Situación comunicativa:
-
Tema:
vida de los estudiantes Erasmus en Portugal
-
Tono:
informal
-
Modo o canal:
oral
Tipo de discurso:
conversación
Técnica de grabación:
grabación auditiva: grabadora digital Sony
Descripciones de los participantes:
-
Número de participantes:
dos + entrevistadora
-
Tipo de relación que los une:
amistad
-
Sexo:
mujer y varón
-
Edad:
22 y 24
-
Profesiones:
estudiantes
Interés para el análisis:
el uso de las partículas del diálogo
Cantidad de las partículas del diálogo:
joo: 46, nii(n): 77, ai jaa: 9, aa(h): 40, ai: 4,
mm: 15, jaa jaa: 1
93
Tabla 3. Ficha de grabación: conversación 1 en español
Investigadora:
Taina Ikola
Datos identifadores de la grabación:
-
Fecha de grabación:
el 19 de diciembre de 2008
-
Tiempo de grabación:
10 minutos
-
Lugar de grabación:
casa particular
Situación comunicativa:
-
Tema:
vida de los estudiantes Erasmus en Finlandia
-
Tono:
informal
-
Modo o canal:
oral
Tipo de discurso:
conversación
Técnica de grabación:
grabación auditiva: grabadora digital
Olympus
Descripciones de los participantes:
-
Número de participantes:
dos + entrevistadora
-
Tipo de relación que los une:
amistad
-
Sexo:
mujer y varón
-
Edad:
24 y 22
-
Profesiones:
estudiantes
Interés para el análisis:
el uso de los metadiscursivos
conversacionales
Cantidad de los metadiscursivos
sí: 28, eh: 9, bueno: 5, ya: 2, humh: 13
conversacionales:
94
Tabla 4. Ficha de grabación: conversación 2 en español
Investigadora:
Taina Ikola
Datos identifadores de la grabación:
-
Fecha de grabación:
el 13 de marzo de 2012
-
Tiempo de grabación:
18 minutos 46 segundos
-
Lugar de grabación:
casa de las informantes
Situación comunicativa:
-
Tema:
vida de los estudiantes Erasmus en Portugal
-
Tono:
informal
-
Modo o canal:
oral
Tipo de discurso:
conversación
Técnica de grabación:
grabación auditiva: grabadora digital Sony
Descripciones de los participantes:
-
Número de participantes:
dos + entrevistadora
-
Tipo de relación que los une:
amistad
-
Sexo:
mujeres
-
Edad:
22 y 25
-
Profesiones:
estudiantes
Interés para el análisis:
el uso de los metadiscursivos
conversacionales
Cantidad de los metadiscursivos
sí: 46, eh: 18, bueno: 23, ya: 12, humh: 2
conversacionales:
95
Tabla 5. Ficha de grabación: conversación 1 en portugués
Investigadora:
Taina Ikola
Datos identifadores de la grabación:
-
Fecha de grabación:
el 17 de febrero de 2012
-
Tiempo de grabación:
11 minutos 8 segundos
-
Lugar de grabación:
casa particular
Situación comunicativa:
-
Tema:
carnaval, los estudios
-
Tono:
informal
-
Modo o canal:
oral
Tipo de discurso:
conversación
Técnica de grabación:
grabación auditiva: grabadora digital Sony
Descripciones de los participantes:
-
Número de participantes:
dos + entrevistadora
-
Tipo de relación que los une:
amistad
-
Sexo:
mujeres
-
Edad:
18 y 17
-
Profesiones:
estudiantes
Interés para el análisis:
el uso de los marcadores de feed back
Cantidad de los marcadores de feed
sim: 15, é/é verdade: 1, pois: 10,
back:
hã/eh/humm: 2
96
Tabla 6. Ficha de grabación: conversación 2 en portugués
Investigadora:
Taina Ikola
Datos identifadores de la grabación:
-
Fecha de grabación:
el 17 de febrero de 2012
-
Tiempo de grabación:
19 minutos 30 segundos
-
Lugar de grabación:
casa particular
Situación comunicativa:
-
Tema:
drogas
-
Tono:
informal
-
Modo o canal:
oral
Tipo de discurso:
conversación
Técnica de grabación:
grabación auditiva: grabadora digital Sony
Descripciones de los participantes:
-
Número de participantes:
dos + entrevistadora
-
Tipo de relación que los une:
amistad
-
Sexo:
mujer y varón
-
Edad:
26 y 29
-
Profesiones:
estudiantes y trabajadores (secretaria;
enfermero)
Interés para el análisis:
el uso de los marcadores de feed back
Cantidad de los marcadores de feed
sim: 43, é/é verdade: 12, pois: 23,
back:
hã/eh/humm: 23, hum: 4
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APÉNDICE 4. Entrevistas transcribidas
ENTREVISTA 1 CON LAS INFORMANTES FINLANDESAS
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M1: Eiku (.) kumpi se oli se (.) Vakiopaine?
M2: Joo (.) Vakkari =
M1: = Vakkaris[sa
M2:
[Joo
M1: ja tota (.) #ö:: siel# (.) ni siel oli sellaset ihme (2.0) siel oli sellanen ihme
humppabändi (.) humpappaahumpappaa ((laulaen))
M2: Joo-o?
E: (--) siel sai myös ilmasia pipareita ja,
M1: Ja sit oli häppärit (2.0) m[he he
M2:
[Hehe £siellä on kyl kaikki hyvin siellä paikassa£
M1: #Joo#
E: Ooksä käyny siel aikasemmin.
M2: Joo
(2.0)
E: Onks se joku sun vakkaripaikka.
M2: [hehe]
M1: [hehe]
M2: Öö: (.) ei: välil m- (.) me Soilen kanssa käydään siel, se käy siel enemmän ni,
M1: Joo-o
M2: sitten (0.3) eksyn sinne välillä.
M1: Joo-o? (.) me käytiin semmoses pitsapaikas ku Mamma miia.
M2: Missäs se o.
M1: Se oli jossain niinku lähel sit kort- onks se kortepohja se ylioppilaskylä.
M2: Joo
E: Se oli siinä ö: keskustan ja (.) kortepohjan, >eiks se oo< suunnillen siin=
M1: =niin välis, joo
M2: Okei
M1: Very interesting(h)=
E: =Mitäs muuta?
M1: Mitäs sä teit viikonloppuna.
M2: SARI oli täällä.
M1: Onks se joku Jyväskylä.
M2: Eiku se on (.) se: ootsä varmaan kyllä Sarin joskus nähny, se oli ainakin siel Alkossa
töissä ja (.) ja sit mä Lauran kautta oikeestaan sen tunnen ja,
M1: Okei ehkä mä oon nähnyt [mut
M2:
[joo=
M1: =en kyl nyt yhtään muista
M2: Nyt se asuu Helsingissä (2.0) ja oli käymässä tääl.
M1: Mm joo
M2: Käytiin vähän ulkona ja hh
M1: [Missäs te olitte.]
E: [Meinasin just ky]syy et olittekste jossain baarissa.
M2: Oltiin Dynamossa ja tai sit lauantaina oli ensin kahet pikkujoulut mä olin yhen Mikon
luona ja sitte (.) Mirvalla ja Ellillä ja,
M1: joo
(1.0)
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M2: mentiin Dynamoon ja,
M1: Ai sen (.) Alko Mikon
M2: Joo.
M1: Joo.
M2: Ni sen kautta mä oikeestaan tunnen ton Sarin.
M1: joo=
E: =Siis kukas se on se.
M2: [he he]
M1: [he he]
E: Tiedänks mä sitä.
M2: Etsä varmaan kyllä sitä.
E: Aah (.) okei.
(3.5)
M2: Eiku (.) nii.
(3.0)
M1: Joo-o
E: Oliks siel jotai bändei.
M2: Me mentiin sinne tosi myöhään se oli varmaan yli yks ku me päästiin sinne: (2.0) sit me
ensin jotenkin luultiin et se menee pu(h)ol kolm(h)elta jo kiin(h)ni ja olti(h)in jo pani(h)ikissa
ja sit tajuttiin vast et nii (.) ei se meekään.
M1: he he
E: Häh? siis onks se puol neljään asti.
M2: On nykyään.
E: Ai se on saanutkin jatkoaikaa tai jotai.
M2: Joo
E: Niinku se joskus sillon uudistu tai sitä rempattiin
M2: Joo
E: Joo joo
M2: Ja se oli ihan täynnä.
M1: [Ai jaa.]
E: [Siis ei siel] mahtunut alakerrassa seisomaan siel missään
M1: Oho, olik siel jotain erikoista sitte.
M2: En mä tiedä. (.) Ku me mentiin niin myöhään et jos siel on ollu ni sitte on kaikki jo
tapahtunut jo.
E: Olikse lauantai vai perjantai.
M2: Lauantai
E: Joo, no ilmankos
(2.0)
M2: Ihan järkyttävän täynnä.
E: Siis maksaakse jotai sisään. Eiks se oo kolme euroo=
M2: =Kolme euroo
E: Joo (5.0) no mitäs XX teki, muuta ku oli Vakkiopaineessa ja,
M1: No (.) meil oli se baarikierros ja (2.0) sitte (2.0) tota sit me oltiin siel Infernossa ja hhh
(0.3) sehän oli aika mielenkiintonen paikka (2.0) ja sit mä olin ihan ulapalla ku Nina jutteli
poikien ka:nsh (.) sit Taina jutteli yhen pojan kans ja sit mä olin silleen et joo: h ja,
E: Ai oliks sul vähän ulkopuolinen olo.
M1: No jooh oli kyl vähän jossain vai[heessa.]
E:
[No] oisit tullu vaan sinne=
M1: =No en mä nyt voinut
M2: he he
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E: Se oli kyllä aika ihku he he
M1: Ja sit mä yritin väkisin jutella yhen sellasen pojan kaa jonka (1.0) [Nina] yritti parittaa
meitä.
E:
[Hei:] (2.0) mä en
tiennyt et sä juttelit jonkun pojan kaa. kenen. [olikse joku niistä]
M1:
[No sen AJ:n]
E: AJ:n aah
M1: Joo ja (3.0) sil oli kaverit sellasii (2.0) hevareita.
M2: Mmm
M1: Yks sellanen kauhee hevari puristi mua perseestä.
M2: [Ihanaa.]
E: [Oikeesti?]=
M1: =joo-o
M2: Ka(h)i sä lö(h)it?
M1: No en! (.) mua jäi harmittaa se tosi paljon. mä katoin sitä vaan silleen murhaavasti.
E: Ai jaa.
M2: Röyhkeetä [toimintaa]
E:
[Kävik sä siellä] hevarihevaripuolella.
M1: En.
M2: Mut sehän oli se Inferno se on entinen Giglin
M1: Ai jaa=
M2: =Joo ne ei oo oikeestaan varmaan mitään uusinu siel ja (.)lait(h)tanu vaan vähän
m(h)ustaa lis(h)ää ja (.) he he ottanu ne jotk(h)ut viherkasvit sie(h)ltä pois ja,
M1: Siel oli (2.0) öö (.) noi bussin penkit.
M2: Ai jaa.
E: Mitäh?
M1: Näitsä (.)=
E: =en [missä]
M1: [siel] yhes nurkas oli niinku bussinpenkit silleen just niinku (.) vastaikkain tai jotenkin
E: Ai jaa (3.0) aika hassuu (3.0) ehkä mä en ollut sit niin tiedostavassa tilassa.
M2: he he
M1: Sit oli ihanaa ku (.) siel oli hirveesti lunta. Tai en mä [tiiä hirvee]sti mut kumminkin
M2:
[Oikeesti?]
M1: Oli. mut sit se muuttu loskaks kyl vähän.
M2: Aaa (.) eli ei välttämättä enää ens viikolla oo.
M1: Mm-m
E: Koska sä oot muuten menossa Jyväskylään.
M2: Mä meen vasta tiistaina.
E: Aah, mut onks sul töitä sit silleen et kuinka kauan sä aiot olla siel.
M2: Eiku sit mulla alkaa vasta (1.0) oisko joku 14 päivä tammikuuta seuraavaks työt.
E: Ihanan pitkä loma.
M2: Mm-m mä toivoin sitä (5.0) On se niin paskaa olla töissä.
(3.0)
M1: On se myös paskaa olla rahaton hhh.
M2: No joo (.) mut ei mullakaan mä koitan olla nyt ottamatta niitä tukia niin ei mullakaa jää
siitä sit niin paljoo.
M1: Niin joo.
E: Miks. onks sulla ne lop- loppumaisillaan vai.
M2: Ei (.) mä haluun säästää ku en mä nyt tota kuitenkaan haluu opiskella ni en mä haluu
kuluttaa niitä tohon.
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E: Aah mut ootsä sit ollut niin paljon töissä että sä pystyt maksaa vuokran ja kaikkee.=
M2: =Joo
E: Oho
M2: Siis mä vedän ihan täysiä (.) melkeen viikkoja.
E: Ai jaa (.) miten sä ehit sit opiskelee.
M1: No ku ei sil oo mitään kurssei.
M2: Niin no nyt mul on se yks,
M1: paitsi
M2: se kirjatentti minkä mä tein ja,
M1: Minkä sä teit.
M2: No se erityispedagogiikka
M1: Aaah (.) okei. No siithän saa aika hyvin pisteitä.
M2: Nii ja sit no toi kandi mä kirjotan sen nytte ku mul on se vapaa (2.0) ja sitte keväälle
tulee vielä. mul on myös se enkun pakollinen käy[mättä.]
M1:
[Hei] niin mullaki:.
M2: Aah mä kävin ilmottautuu siihen.
M1: Mis.
M2: Mikä kumpi sul on käymättä.
M1: Mul on se suullinen.
M2: No mä kävin ilmottautumas tuu samaan
M1: Joo =
M2: =ryhmään
M1: Siis [mä en oo tienny mitään]
M2:
[Mä teen sellasen intensiivisen] kurssin intensiivikurssin kestää yhen viikon ajan
helmikuun lopussa
M1: Oho?
M2: maanantaista perjantaihin kymmenen viiva viistoista
M1: What da fuck?
M2: Joo ja sit se on ohi (2.0) ja (2.0) ne listat on siellä kielikeskuksen ilmotustaululla.
M1: Ai siellä. ku en mä oo niinku, voiks siitä ottaa siis ihan minkä vaan suullisenkurssin.
M2: Joo siis siin on eri vaihtoehtoja
M1: Ai jaa
M2: Siin on sellasii intensiivikurss[eja ja sitte]
M1:
[ai vitsi ku mä ] just tänään kävin Juslenialla ja se on niin
kaukana en mä jaksa mennä si[nne]
M2:
[mutt]a ne listat on tullu siis jo kaheksas päivä että
M1: Okei
M2: ja niihin otetaan ne ketkä ekana kerkee ni,
M1: Aa kiva
M2: ja sit ni siel on myös niitä jotka kestää sitte koko kevään.
E: Siis [mikä]
M1: [okei]
E: mikä juttu toi on mikä pakollinen.
M1: En no siis ei sun tarvii ku sul on kaks kiel- kaks kieltä jo (2.0) ku tarvii vieraan kielen.
E: Niin joo mut siis te saatte sit ruotsin niin teidän ei tarvii tehdä ruotsii.
M2: Joo ei
E: Okei eli me saadaan sit vieras kieli automaattisesti.
M1: Mm-m
M2: Mites se ruotsi sitte niinku että (2.0) ku me saadaan siitä ne pisteet automaattisesti,
M1: Mm-m
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M2: ni tuleeks se vasta sitte siinä kandivaiheessa vai lasketaanko meille sitte ne pisteet niinku
mukaan [siihen vai mitä ihmettä.]
E:
[Eiks se oo sillein] öö: onks se sillein että ku sä oot ottanut perusopintomerkinnät vai
pitääks olla myös aineopinnot molemmat et=
M1: =Ei en mä usko (2.0) jos on pääaineena ni ei must sitte=
E: =Mä luulisin et sit ku sä oot tehny perusopinnot ja sä otat sen merkinnän (.) viet sen jonkun
lappusen toimistoon ja sitten sinne tulis ne=
M2: =Ei mulla näy
M1: Mikä ei näy.
M2: Ainakaan opinto[rekisterissä] se ruotsi
M1:
[ei mullakaan] mutta
M2: se [virkamiesruotsi.]
E:
[Ai jaa]
M1: ehkä siel ei sit olleenkaan niinku näy mitään.
E: Kai sit sielt pitää käydä kysyy sielt toimistol toimistosta
M1: Ai jaa
M2: Koska sehän on kuitenki että (.) pakolliset viestintäopinnot on se 15 opintopistettä ja
onhan se pakko näkyä jossain vaiheessa että meillä sisältyy sekin viiteentoista pisteeseen se
kurssi
M1: mmm niin joo (3.0) totta (4.0) Jooh. munkin pitäis se enkku säätää.
E: Mun pitäis se ruotsi tehä=
M1: =Mä en tajuu ku Sanna puhu että (.) se tekee jotain se niinku se suullista silleen et niil on
joku porukka ehkä neljä tyttöö tai jotai (.) ja ne tap- ne niinku (.) siis ne ei niinku käy missään
kurssilla vaan ne niinku tekee jotain ihmeen päiväkirjaa ja sit ne aina tapaa ja puhuu enkkuu
tai jotain tollast ihan ihmeellist=
M2: =No miten toi nyt toimii.
M1: No en mä tiiä.
E: Siis onks se ihan joku virallinen juttu,
M1: Joo
E: yliopistolla (4.0) mut onhan esimerkiks ruotsin kurssi se Aktuelt svenska et sä käyt jossain
siellä (1.0) kielikeskuksen tunneilla niin siel puhutaan vaan ryhmässä
M1: Ai jaa
E: siit saa sitten sen suoritusmerkinnän.
M1: Onks toi niinku aik- eiku siis kielikeskuksen.
M2: Eiks se oo (.) joo
M1: Okei. (0.4) siis joku intensiivi mäkin voisin ni sit se ois ohi nopeesti.
M2: Ota se sama. siihen ma[htu ]ainakin
M1:
[joo]
M2: viel sillon ku mä ilmottau[duin]
M1:
[Okei ] (1.5) mä voisin ehkä käydä siel nyt sitte (.)
ilmottautumas .hh
M2: Mun mielest se oli mmm
(4.0)
M1: Jos mul ei oo enää niit=
M2: =no sä ehkä näät mis mun nimi on siellä
M1: Joo
M2: Mut se oli 23 (.) viiva 27
(0.3)
M1: Okei=
M2: =helmikuuta
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M1: kymmenen viiva viistoista
M2: Joo
(4.0)
M1: Okei (2.0) aika intensiivinen paketti
E: Kuinka monta päivää se kestää.
M2: Viis (1.5) siel on aika monta ilmottautunut.
M1: Ai oli?=
M2: =Mikäs se ei ei tähän vaan se (.) olikse onks se helatorstai vai mikä siinä jossain
vaiheessa katkaisee sen viikon niin se opettaja ei oo varmaan tajun(h)nut että (.) siitä puuttuu
yks pä(h)ivä ni kaikki oli laittanut siihen nimen hehe
M1: Ai jaa
M2: hehe yks päivä vähemmän
E: Monta sinne sit mahtuu
M2: Mä en (.) pistänyt siihen nyt ollenkaan ku se oli joku joku viikko mikä mulle ei käy
M1: Okei pitää nyt sitten
E: Hei meillekin mä katoin just ni se ICC-opinnot ni siel on se yks kurssi ni se on kans
intensiivi (.) >se kesti kai vain neljä kertaa<
M1: Aha?
E: Kuulostaa hyvältä
M2: Joo mulle ainakin tommonen pakollinen kurssi ni (.) ihan hyvä äkkiä pois tollaset
M1: Saaks eihä (.) saaks siit numeron vai onks se niinku hy[väksluettu]
M2:
[en mä tiiä.] ihan sama
M1: Mm jooh. hhh
E: Eiköhän 10 minuuttia riittäis.
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ENTREVISTA 2 CON LOS INFORMANTES FINLANDESES
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E: No #mutta:# niin (.) haluaisitteko te kertoa et miks te päädyitte [tulee tänne.]
M:
[Onks se nyt] päällä.
E: Joo, on. [he he]
M: [Ai jaa]
(3.0)
M: Ai miks me tultiin vai.
E: Niin tai miks just Porto (1.0) tai niinku itse as- ylipäätänsä Por- Portugali.
M:Niin no Tuomaksen piti mennä aluks kyllä Lissaboniin.
H: Niin mä: tota mä hain Lissaboniin viime viime vuonna,
E: aah
H: tai oikeastaan toissa vuonna niin nii sitten mä: huomasin vasta ihan loppumetreillä että se
onkin niinku kuvanveistoon ja maalaukseen erikoistunut se koulu (.) että [en mä halukaan.]
E:
[Niin et siel ei] ollu
valokuvausta vai [sitte.]
H: [Niin] ja sitten taas XX ei olis tullu sinne (1.0) niin sitten mä: peruinkin sen (1.0) ja sitten
me katottiin että oisko mitään sellasta niinku yhteistä Tampereen yliopistolla ja Tampereen
ammattikorkeakoululla minne me päästäis niinku samaan kaupunkiin=
E: =joo=
H: =ja sitten Porto oli yks ja sitten mikä se toinen oli.
M: Se oli jossain Liettuassa.
H: [Ei ollut]
M: [Ei ollut.]
H: ku se oli (.) Ljublijana.
M: Niin olikin.
E: Ljublijana minkä
M: Sloveniassa tai Slovakiassa.
E: Joo, jompikumpi (.) mä en muista.
M: Joo, varmaan jossain
E: Aah
H: Niin ni sit me päätettiin että Portossa on lämpimämpää.
E: hehe Ai niinku sen takia. he he
H: [Niin.]
M: £[Niin] ja muutenkin.£
H: Niin ja sit ku mä olin (.) viime tai toissakesänä Lissabonissa vähä aikaa enste ja siellä oli
mukavaa ja sitte päätettiin että tänne [vois tulla]
E:
[Aah niin] sä olit käyny jo.
H: Ni
E: Oliksä käynyt jossain muualla Portugalissa.
H: Eiku pelkästään Lissabonissa ja sielläkin vaan alle viikko (1.0) viis päivää.
M: Mut eks sä sanonut että sun mielestä Portugalissa oli kaikista kivoimmat ihmiset.=
H: =Niin ku mä olin koko kesän reissasin Italiassa ja Espanjassa kaikissa (1.0) niin sitten
kaikista kaupungeista koko reissun aikana oli Lissaboni oli kaikkein kiinnostavin [niistä]
E:
[Aah]
H: nii niinku sen takiakin.
E: No ootteks te tykännyt nyt olla täällä.
M: [Joo-o]
H: [Joo-o]
E:[Oliks] kiva vaihto.
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M: No oli tosi kiva. (.) muutenkin ihan hyvä ku tää on silleen (1.0) tai on tää sillein ihan iso
mut kuitenkin kaikkeen pystyy kävellä melkee
E: Nii no keskusta on ainakin aika pieni että tai silleen just lähellä kaikki
M: Nii ni oppii aika nopeesti liikkuu (.) tietää paikat
E: No mut mites te (.) siis löysitteks te teidän kämpän tosi helposti vai.
H: No ei nyt ihan [hirveen] helposti.
M:
[Nii] eka me soiteltiin kaikille yksityisille (.) mutta ku eihän me osattu
sanaakaan portugalia hehe niin oli vähän vaikeet selittää sitte (2.0) muutenkin ne oli jostain
netistä niin sit ne oli (1.0) ei ne halunnut vuokrata ikinä tai jos ei ottanut vuoden
vuokrasopimusta.
E: Aah.
M: Mut sitten me katottiin sieltä (3.0) tai mulle tuli sähköpostissa sellanen lista (.) että mitä on
ilmotettu niinku yliopistolla (2.0) että mitä on vapaana.
E: Niin otitteks te sitten niihin vai yhteyttä [siel yliopistolla.]
M:
[Joo, eiku niin] tai ei me soitettu tai se oli sellanen
lista just (.) niin me soitettiin (.) tää oli eka niin heti se sano että joo(h) voi(h)daan muuttaa.
E: Ai jaa aika kätsyy (.) Mut etteks te asunut eka just jossain hostellissa.
M: Joo (2.0) siel me oltiin oltiinko me joku viis päivää hostellissa (3.0) Joo.
H: Joo mun mielestä meillä oli varattu se viikoks=
M: [=niin oli]
H: [tai] seittemäks päiväks sit niinku viidentenä päivänä me löydettiin tää
M: Joo.
E: Ai jaa aika kätsyy.
H: Nii.
E: Mut pitiks teidän sitte, olitteks te sit viel loppu[viikon siellä.]
H:
[Ei (.)] me saatiin tehtyä diili sen hostellin
omistajan kanssa että ei (.) voidaan lähtee ja eikä tarvii maksaa sitten enää.
E: Aah no hyvä.
M: Mut mun mielest noi vuokranantajat on muutenkin aina vuokrannut tätä joillekin
vaihtareille (1.0) se sano että tässä on ollut joku ruotsalainen pariskunta ja sitte joku
italialainen jätkä (2.5) asunu aiemmin.
E: Niin ne oli noi teidän vuokraisännät on varmaan sitten tosi tottuneita Erasmusopiskelijoihin.
M: Nii varmaankin.
H: #Aa#
E: Et sen takii (.) eihän ne sanonut mitään niistä bileistä [sitten jälkikäteen.]
M:
[Ei (.) vaan nauro jotain.]
H:
[Ei:] (.) seuraavana
päivänä toi pussillisen mandariineja
M: [Nii]
E: [hehe] Näkiks ne (.) olitteks te ehtinyt siivoo vai näkiks ne tääl kauheen,
M: Ei ne tääl sisällä oo käyny.=
E: =Aah.
H: Ne jätti tohon oven taakse.
E: Aah okei (2.0) aika kivoja.
M: Niin on ne kyllä.
E: Äsken muuten XX sano että se yks nainen joka tuli vastaan et se on teidän vuokraemäntä.
M: Joo se tuli
H: #Aa#
E: Niin se näytti aika hienostelevalta (.) sellanen ihan [mieletön turkki] päällä
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H:
[Joo-joo se]
E: ja hattu päässä.
H: #Aa#
M: En mä ees ensin tunnistanut ku aurinko paisto just silmiin.
E: Joo (1.0) aika mielenkiintonen.
H: #Aa#
E: Sillon ku mä näin sen miehen ku mä tulin tänne sinne teidän sun läksäreihin=
M: =niin joo
E: niin sit ku se tuli avaa ku mä soitin ovikelloo en mä tiennyt että se on niinku [niillekin] se
ovikello
M:
[Niin]
E: mä vaan ajattelin et se on teille.
M: Niinku se on niille pelkästään oikeastaan.
E: mut teillä ei sit oo niinku mitään ovikelloo et.=
M: =Ei (.) en mä: tiedä oisko voisko tää olla ollu joku varasto joskus että tästä on tehty
E: Mm on varmaan tää kyl vaikuttaa just sellaselta.
M: Mä luulen niin.
H: Mm
E: Et tänne on tehty myöhemmin just toi keittiöosuus.
M: [Niin]
H: [Aa]
M: Sen takia se varmaan just onkin tollanen.
H: Niin ja sitten ku tossa vessassakin on ne kaikki (.) lämmityssysteemit=
E: =Nii
H: ja ne kaikki muut [koneet.]
M:
[Niin vähän] niinku pannuhuone
E: Niin totta.
M: Mm
E: Mut tää on kyl tosi kiva mun mielestä.
M: Niin onkin paitsi ne hämähäkit.
E: No mut hei arvaas siis nyt tänään ku mä siivosin mun huoneen (.) niin siis mä näin kaks
sellasta tän pitusta ötökkää vähän niinku matoja muttei kuitenkaan mut sitte=
M: =Ai tuhatjalkasia.
E: Ei ei ne ollut mä en oikein tiedä mitä ne (.) oisko ne vähän sen tyylisiä (.) sit ne vaan sillein
se on sellanen valkonen ja se menee hirveet vauhtia (.) ne on niin ällöjä.
M: [Hyi::]
H: [Aa]
M: Meilläkin oli täällä tuhatjalkasia sillon se menee tosi kovaa. Hehe ja eilenkin mä kuulin
tuolta (.) että ku (.) siellä oli se mies just tekemässä jotain nii sitte kuulu s(h)ellanen huut(h)o
ja hirveetä sellasta hakkausta [hehe]
E:
[hehe]
M: että niinku kengällä hakkais silleen vaikka kuinka monesti varmaan joku jotai ötököitä
E: Joo se oli niin kyl ällöö.
M: Nii tai niin ku se t(h)orakka silloin(h) juoksi tosta.
E: Mitä koska se oli? eiku sä kerroit (.) kerroik sä mä en muista.
M: Sillon mä olin tossa keittiössä jotain ja sitten mä tunsin niinku että se hipas mun jalkaa ja
sitte mä kyl tajusin sellanen hullun kokonen torakka juoksi tosta.
E: Ei kyl sä varmaan kerroit (.) mitä tapoiks sä sen vai mitä sä teit.=
M: =Joo XX tappo sen.
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H: Mm (.) mutta se jotenkin sillei jätti sen häntäpään kun mä: löin sitä [kengällä] ni sitten se
(- -)
M:
[Nii]
E: Liikkukse viel.=
M: =[Joo se oli jättäny sen sinne.]
H: [niinku häntä jäi sinne vielä] eloon
M: [Se] oli niinku tiputtanu sen [muka hämäykses.]
E: [Aika]
[criipii.21]
M: Nii sitte niin XX meni se oli just viemässä sitä ulos ni
E: [Joo?]
M: [sitte] se vuokraisäntä just tuli ja XX näytti sitä sille.
E:Mitä sanok se et onks niit näkyny aikasemmin täällä.
M: Se sano et ei se oo koskaan nähny (1.5) se sano et jos niitä viel näkyy ni sit se joutuu
jotkut hullut=
E: =[myrkyttää]
M: [myrkyttää] nii jotain noita putkistoja mitä tässä on tai noita viemäreitä et niille pitää tehä
jotain jos niissä (.) siel on torakoita.
E: Mut eihän se eiks se ollu vaan nyt se yks ettei ollu [muita näkyny.]
M:
[Joo] ei me olla [nähty] ainakaan.
H:
[Mm]
E: No onneks.
M: Se oli niin hirvee (2.0) se oli menossa vielä XXsen reppuun p(h)erkele he he se tais mennä
koulu[reppuun]
H: [aa koulureppuun]
E: Kiva suprise
M: Mieti jos se olis tehny vaikka jotain pentuja sinne ni (2.0) hyi: (1.0) yö:k
E: Mut en mä kyl oo nyt mitää hämähäkkejä tääl näkyny (1.0) nähny
M: Ei niitä oo näkyny moneen kuukauteen enää.
E: Aah [mä]
M:
[(Me ollaan)] myrkytetty aika paljon.
E: Niin ja ehkä jos on tai en mä tiiä jos on kylmempää et kuoleeks ne vai mitä [niille
tapahtuu]
M: [No nii mutta] ku mä luulen et ne tulis mieluummin tänne [sisälle]
E: [Niin sisään] just ulkoota ku [siel on kylmä]
H:
[#aa#]
M: Me ollaan kyllä laitettu tota teippiä tonne.
H: Ei se mitään auta (.) [se on vaan sun pään] sisään
M:
[No ei se kyl hirveesti]
E: Niin et sä voit olla silleen trankiila22 et sä niinku mieti ajattele että
M: [niin]
E: [ei niit] oo enää (1.0) toi auttaa
M: Nii mutta kyllä mä näin tossa tossa on pari semmosta reikää mistä mä: ihan näin ku niitä
tuli
E: Aah
M: ni siks mä laitoin niihinki.
E: Joo
21
22
Inglés, creapy
Portugués, tranquila
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M: Se on kyllä ihan hirveen näkönen se tuli tuolta ihan sitä (1.0) tuolta (0.5) missä on tollasta
teippiä niin sieltä oikein tuli silleen et ne jalat tuli ensin sieltä hyi::=
E: =yök
M: Se oli ihan kamala (.) ne oli niin [isoja]
E:
[Mut siis] tuleeks sielt myös sit kylmää ilmaakin jos siel
niinku on ihan tommonen,
M: Nii-i en mä oikeen tiiä (1.5) eipä tuo nyt hirveesti eristä tässä tää teippi.=
E: =Nii
M: En tiiä.
E: Noo mut (3.0) onhan tää muuten ollu kyl ihan mun mielestä tai vaikuttaa tosi hyvältä
kämpältä vaikka
M: nii=
E: =jos ei ota noita örk[kejä]
M:
[nii no] uuni kyl sais olla
E: Ai niin joo
M: ja sitä lämmintä vettä illalla(h) hehe mutta nii kyllä=
E: =Onks noit noi käy sitte aina illalla suihkussa ni siks ei oo lämmintä [vai miksei oo]
M:
[Eiku yleensä] ku ne
käy aina aamulla ni sitten jos vaikka tiskaa ni siinäkin menee.
E: Mut eiks toi sitten se läm- lämmityssysteemi ehi lämmittää vettä.
M: Ei [se varmaan.]
H:
[Ei varmaan] mutta onkohan se sitten sillei että noillakaan ei oo (1.0) [lämmintä] vettä.
M:
[On] (.) sehän
sano se vuokraisäntä että ei se ikinä (1.0) tai että ei illalla voi käydä enää suihkussa.
H: #Aa#
E: Nii että on aina (1.0) kylmää vettä.
M: Nii (2.0) kai se on niin pieni se vesivaraaja et se sen tekee
E: Mut toimiiks teillä noi (.) toi on sähköllä eiks toimikki toi
H: Joo
E: levy ja entäs sitte kaikki noi tai toimiiks teillä kaikki sähköllä vai onks joku kaasulla.
M: Ei kaikki on sähköllä.
E: Joo ku nyt tuol mihin mä muutin ni (.) siel on toi uuni kaasulla (.) hella kaasulla
M: Aah
E: ja sit on suihkuki
M: [Mitäh?]
E: [ja sit] siel on niinku vaan yks se kaasupullo
H: #Aa#
E: et sinne ei oo niinku erikseen ku Espanjassa mitä mul on jotain kavereit asunu nii niil oli
silleen et suihkuun yks kaasupullo ja sitte keittiössä niinku eri
H: Mm
E: koska sehän menee tosi nopeesti se kaasu
H: [#aa#]
E: [jos] niinku suihkuvesi ja tollein
M: Ni:?
E: ja nyt noi tekee sillei ku ne on just portugalilaisii ja sit on työtön ja sit ne on ihan sairaan
pihejä ja kaikki pitää säästää ja oli vähän kyllä ärsyttävää (.) m(h)utta nii nyt niil sit se pitää
aina vaihtaa se kaasupullo.
M: Ai jaa
E: Että niinku kokkaukseen tää koska tääl on vielä vähän kaasuu että sitte=
H: =aa=
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E: =niinku pystyy kokkailla mut sitten se ei riitä lämmittämään vettä isoo määrää vettä.
H: [#Aa#]
M: [No] vähä ärsyttävää
E: No nii ja sitten vaikka se kaasulla ku se lämpii se vesi ni sit siit tulee joko tosi kuumaa tai
kylmää se on ihan tosi vaikeet saada (.) sopivaa
M: Nii
E: Ni mä käyn nyt nykyää melkein ainavaan kuntosalilla suihkussa.
M: Nii no se on se vähä vähä mukavampi (.) mut mitä jos on se nainen työttömänä ni mistä ne
saa sitten rahaa (0.5) elämiseen=
E: =No en mä oikein tiiä ku mä oon just kysyny että et onks jotain tukia sit ku ei tääl
ilmeisesti oo että mut sen tytär saa se saa jotain tukee vähän
M: Ai jaa
E: et just opiskeluun oisko se joku parisataa kuussa (.) ja sitten se on kyl sanonu et sen äiti (.)
sillon kun sen äiti on nyt joku seittemänkymppinen siis ku se on 50 se nainen ja sen 18vuotias tytär ni sit sen niinku tyttären isoäiti siis
H: [mm]
M: [mm]
E: ni se asuu Coimbran lähellä ja (1.0) sillon mun mielest se omistaa jo- jotain vuokratiloja et
se saa jotain vuokratuloja
M: Ai jaa
E: ja mun mielestä [niinku]
H:
[#Aa#]
E: sit sen niinku just se antaa noille rahaa.
H: #Aa#
M: Oisko vähän ankeeta kuitenki.
E: Niin
M: ja jos jää työttömäks niin ei mitään.
E: Niinpä ei tääl oo niinku aika kurjat oltavat=
M: =Nii=
E: =jos on työtön et
M: Mieti se jos on joku perhekin ni eihän ne voi muuttaa tonne kadulle vaan.
E: Nii (.) ja niinku Suomessa on sentään sosiaalituet ja kaikki tollaset
M: No niin
E: mutta miten täällä sitten.
H: #Aa#
M: Mutta mites niinku sehän jos se harrastaa jotain balettiakin ei sekää nyt varmaa ihan
ilmasta oo
E: Joo ei: siis sehän se käy niinku (0.5) se on jossain tanssipainotteisessa lukiossa et se nyt se
lopettaa (1.0) kesällä niinku loppuu lukio
M: [mm]
E: [ja sit] se käy vielä KUUS kertaa viikossa jonkun venäläisen opettajan niinku ihan
yksityisel mun miele[stä]
H:
[#Aa#]
E: tanssitunneilla baletin
M: Niin varmaa vähä kallista=
E: =Nii ja sitten se sil menee kuukaudessa ne balettikengät
M: [aah]
E: [et sen] joka kuukaus pitää ostaa uudet kengät ja maksaa viiskymppii
H: #Aa#
E: että
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H: Joo ei oo ihan halpaa
E: No ei ja sitte (1.0) mut en mä tiiä sitten sen äiti kyllä tai just niitten isoäiti ni se tuo aina (.)
jos se käy ni se tuo sillei isot kaks sellast isoo kärryllistä jotain ruokaa kun niil on
M: [Ai jaa]
E: [just] semmonen maatila kanssa et ne tuo kaikkee vihanneksia ja (2.0) jotain hedelmiä ja
sellasta
M: Ai jaa no mut silti on ihan ankeeta kyllä miettiä että
E: Mm (1.) no et no nyt mä maksan niille tota [vuokraa=]
M:
[Niin joo]
E: =200 kuussa tai toi on niinku se koko kämppä (.) on 350 ja siihen sisältyy vesi ja sähkö
(0.5) ja yks kaasupullo mun mielestä kuussa.
H: Mm
E: Se on tosi halpaa mut mä maksan niinku (.) se pyytää multa kahtasataa
H: [aa]
E: [elikkä] niin niit asuu niinku kaks siinä
M: Nii
E: ja ne maksaa vaa sataviiskymppii yhteensä ja mä maksan 200
H: #Aa#
E: että (1.0) mu:t toisaalta ne on niin köyhiä ettei nyt ihan
M: Nii (.) ainakin hyvään tarkotukseen
E: Niin (1.0) kyl se on ihan ok (0.5) mulle.
M: Niin mut silti vähä epäreiluu.
E: On se silleen vähän epäreiluu että mun poikaystäväkin tai XXkin just sano siitä että (1.0) et
joo aika mielenkiintosesti miten ne niinku laskee noi kulut [että]
M:
[Nii] miksei sitä muka puoliks laiteta.=
E: =Nii (.) et mä maksan niinku vielä enemmän [vaikka niit on kaks.]
M:
[Miten ne muka kehtaa] sillee.
E: Nii mä en mä en sit viittiny sanoo siitä mitään tai mä kysyin että (0.5) niinku vuoden
vaihtees ku mä ajattelin et mä voisin muuttaa sinne ni just et mä voisin auttaa niitä ni sit mä
kysyin paljo vuokra ois ja sit se sano et ne oli ajatellu sitä kahtasataa (1.0) mis mä sit okei mut
sit mä maksan vielä netin kun se on mun netti joka mul oli entises kämpäs
M: [Aah]
E: [et se] siirrettiin ni se on kaks kymppii ni mä maksan senki et perjaattees mä maksan
kakssataakakskymppii [et]
H:
[mm]
M: No käyttääks ne sitä nettii sitte ihan.
E: Joo(.) ku se on langaton et kyl neki käyttää.
M: No kylhän niitten pitää se sit maksaa.
E: No nii kyl mä ajattelin et jos ne (.) no nyt mä en oo kyl maksa- mä oon ostanu jotain ruokii
mut se kyl yleensä tekee aina kaikille niinku ruuan [et siit mä en oo silleen]
M:
[Aah no sitte ehkä]
E: Nii (.) mut sitte jos se alkaa pyytää jotain hirveesti summii multa ni sit mä kyl sanon että
M: No sä voit kyl sit sanoo et sä maksat enemmän vuokraaki.
E: Nii ja sit seki et ku se mun huone siel on viel niitten tavaroita (.) ja se sano että ku sil ei oo
tilaa
M: Ni[in]
E:
[Ni] sit must on kans vähä et mä maksan kaks enemmän niinku vuokraa ja silti mulla ei
oo niinku sitä koko huonetta mun käy[tössä] että
H:
[#Aa#]
M: Nii on se nyt vähä typerää [kyllä]
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E:
[nii niin on] must tuntuu et välillä mä oon vähä liian k(h)iltti
että(h) mä en niinku sano [mitään]
M:
[Niin]
E: vaikka tavallaan niinku
M: Nii ei sullakaan nyt loppujen lopuks varmaan paljo enempää rahaa [oo]
E:
[No] ei sen takii mä
just muutin halvempaan asuntoon ku,
M: Niin ne varmaan aattelee et sä oot jotenkin hullun rikas(h)
E: No nii en mä tiedä kyl niitten pitäis tietää: kyl ne nyt on tuntenu mut sen verran että (1.5)
on mulla nyt enemmän rahaa verrattuna tommosii köyhempiin työttömiin portugalilaisiin mut
ei kuitenkin=
M: =No mut silti.
E: me ollaan kaikki opiskelijoita ni ei meil nyt [ylimääräst kuitenkaan oo.]
M:
[Nii: ei nyt paljoa kyl jää rahaa.]
E: No niinpä.
M: Varsinkin kun sääki meet takas Suomeen ni
E: Niin
M: siellähän sitä rahaa tarvii.
E: No todellakin ja mul ei oo mitään säästötiliikää ni he he
M: Ei mullakaan.
E: Pitää kyl sit ettii jotain (.) töitä.
M: Mm (2.0) mut siis sä: jääksä sitten ihan niinku (1.0) vai meeksä viel takasin
E: Öö nyt mä aattelin et mä nyt alan tekee tätä graduu varmaa ens kuussa (2.0) koska=
M: =Kauan sä sit teet sitä.
E: No emmä tiiä kauan kestää kirjottaa 100 sivuu he he
M: [he he]
H: [he he]
M: Millon sen pitää olla valmis.
E: Öö kesäkuun puolivälissä pitää palauttaa ensimmäinen versio ja sitte lopullinen heinäkuu:n
jossain alkupuolella (.) jos haluu valmistuu niinku heinäkuussa
M: Jaa jaa
E: et siks mä kyl yritän siihen (2.5) saada sen sillein tehtyy.
M: Joo
E: Sit mä aattelin nyt et mä alotan täällä kirjottaa että ku täällä on varmaan paremmin saa (.)
portugalin kielistä kirjallisuutta ja tollasta ja sit mä meen Suomeen (1.0) loppuajaks tekee sen
niinku ainaki mä oon niin suunnitellu mut
M: Mut siis sitteku sä valmistut niin
E: Nii sit mun pitää tulla takas tänne joo kesällä vielä=
M: =Niin=
E: =ja sitte niinku pitää mennä (2.0) mikä mikskä sanotaan suomeks et ku sä meet esittelee
sen vähä niinku puolustaa sun työtä vai mikä se on että (.) sä meet niinku esittelee [sen sun
gradun ja]
M: [mm::] ootappa nyt=
E: =ja sitten ne
M: Onks se se opponointi.
E: Joo varmaan se on suomeks se.
M: Että ne [kysyy ne kysymykset]
H:
[Hmm joo on se se] (.) on se se
E: Joo
M: Joo on se varmaan se
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E: Joo just sellanen että (.) mun mielestä et mul on ensin 10 minuuttia et mä esittelen sen ja sit
ne jotain esittää kysymyksiä ja mä [vastaan]
M:
[Joo on] se joku varmaan sit se
E: sit vissiin pitäis s(h)aada p(h)aperit et on (.) niinku maisteri
M: Meinaaks sä sitten muuttaa takas [Suomeen.]
E:
[Kyl mä] varmaan sit meen takas Suomeen (2.0) koska
XXkin on siellä ja sit me varmaan etitään joku kämppä (2.0) niinku yhessä.
M: Nii missä se nyt asuu sit.
E: No nyt se asuu sen vanhempien luona ku se tota ne sen vanhemmat asuu (1.0) Karjaan
lähellä ja sit siit menee joku tunti Helsinkiin=.
M: =Joo=
E: =ja sitte sen äiti on Espoossa töissä ja nyt XX alotti Espoossa opinnot (2.0) niin se pääsee
aina sen äidin kyydillä aamulla ja sit päiväl pois ni
H: [#Aa#]
M: [Nii joo]
E: Nytte se tota ku meiän piti niinku jo nyt muuttaa sillei yhteen mut sitte ku mun piti tulla
tänne vielä ni sitte (1.5) sen pitäs maksaa koko vuokra yksin ni
M: Ni se varmaa tulee [kalliiks.]
H:
[Aa aa]
E: Sen takii se nyt niinku asuu jonkun aikaa sen vanhempien luona
M: No se voi siellä ootella he he
E: Joo(h) he he mut sillon hyvä ku se viime vuonna teki Espanjassa noi urheiluhierojaopinnot
M: Ai jaa
E: Ni se voi tehdä sellasta (1.5) sivubisnestä [että]
H:
[Nii sellasta] keikkaa
E: keikkahommaa ni sit
H: [#Aa#]
E: saa jotain niinku tuloja siitä nii (3.5) se on ihan hyvä.
M: Kauan sillä kestää ne sen opinnot.
E: No kolme ja puol(h) vuotta(h).
M: Mi- mikä se sitten niinku oli.
E: Se on fysio[terapiaa.]
M:
[fysioterapiaa joo]
E: fysioterapeutiks (2.0) et se on niinku ammattikorkeessa just kolme ja puol
M: Mut saaks se sitte hyväks luettuu nyt jotain.
E: Öö: mä en tiiä mut ainaki se sai niin tota (.) niinku lähtöpisteitä sinne et sen oli helppo
päästä sisään (.) siitä=
M: =aah=
E: =urheiluhierojan koulutuksesta mut (1.5) luulis kyl et vois jotain hyväkslukee
H: [Mm-m]
M: [Nii luulis]
E:
[koska] vähän tyhmää niinku uudestaa käydä.
M: Niin se olis vähä [(- -)]
E:
[koska] kyllähän niil on jotain anato[mia]
H:
[Niin]
E: tai jotain tommosii juttuja ollu ainakin mä muistan et Espanjas sen piti lihakset opetella
mut ne opetteli latinaks ne (2.0) kaikki.
M: Niin joo sen p(h)itää viel s(h)uomeks opet(h)ella
E: Nii mä en tiiä nyt että pitääks sen suomeks vielä vai käytetääks niit aina latinan kielisii (.)
nimiä
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M: Nii mut hyvä jos ne puhuu sitten jostain=
E: =Nii kaise=
M: =ei tiiä mitä se tarkottaa.
E: Nii onhan sen nyt pakko varmaan niinku asiakkaan kannalta kans et se osaa
M: Nii ei se voi aina vaan sanoo latinaks=
E: =Nii että tällä tidididii=
M: =Sulla on tää ja tää tuolla he he
E: Ekstensor fleksor he he
M: hehe kai se sit oppii muutenki ehkä
E: Mm
M: Niinku silleen että
E: Se ainaki joskus ku se on hieronu mua sit se jotain käyttää noit ihme latinan kielisii nimii
ni mä oon sillee et anteeks mitä (.) mikä
M: Aah nii-in
E: Sit se on en mä tiiä tätä suomeks.
M: hehe joo ehkä sen kannattaa kyllä opetella ne.
E: Joo ehkä kyl he he
M: Ei vai (.) kauanko aikaa sun pitää vielä nauhottaa.
E: No en mä tiiä mä aattelin ehkä et joku (1.5) mitäh?
M: Kauan se nyt on ollu.
E: Ollaaks me puhuttu jo 18 minsaa.
M: En tiiä.
E: Ton mukaa joo (.) mä aattelin et niinku joku 10 minsaa ois hyvä he he no ehkä tää riittää
M: Sulle tulee hullu työ jos sä: (-)
E: Niin joo hei tää riittää nyt kiitos. he he
M: Ole hyvä.
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ENTREVISTA 1 CON LOS INFORMANTES ESPAÑOLES
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E: Entonces/ (RISAS)// cuéntame vuestras experiencias/ dee- de aquí en Finlandia
M: [(RISAS)]
H: [(RISAS)]
M: ¡ooh/// me encanta Finlandia!23
E: pero la verdad no puedes solamente decir que// te encanta§
M:
§eeh quita quita
H: ( ( ) )// bueno pues/ la verdad es quee/ se esperabaa una cosa muy muy distinta lo quee- lo
que hemos visto porque§
E:
§aah sí§
H:
§aal- al principio decía que claro como es taan eeh// buena
E: ¿y te parece que [es buena] o no?24
H:
[y] (3’’) hombre te deja mucha más participación prácticamente te deja
mucho más aa tu propio estilo como que hacerlas tu mismo con tus estudios/ y después pues
con la vida Erasmus o seaa el-// o sea es completamente diferente como estás aLLÍ porque
estás todo el día con la gente noo paras vamos prácticamente para nada/// y es eso/
simplemente cambiar un chip yy no paras hasta quee-/ hasta que ahora nos vamos a volver/
porque ha sido sin- sin stop vamos
M: pues yo me lo esperaba así más o menos comoo- como lo estamos haciendo
E: aah
M: sí porque yo pensaría aunque las clases son má(s) suaves porque puedes faltar cuando
quieraas y tal§
H: §humh§
M:
§pero aquí he aprendido bastante más que por ejemplo de francés que en España//
pues aquí me dan francés- me dan- no sé como un total sobre toda la cultura franCEsa y me
enseñan bastante de cada cosa// y en Españaa/ para mi nada/ [no eso no pasa nada]
H:
[yo creo-] yo creo que aquí
sobre todo para idiomas que sí que son muy- [mucho mejor porque]
M:
[para idiomas sí]/ están mucho mejor preparado
E: ¿allí en España?
H: ( ( ) )
M: no/ aquí en Finlandia
H: porque aquí te dejan sobre todo participar mucho máas y no es como allí que allí igual
hablas una vez// si es que te pregunta y ya está
E: y en España es posible hacer como-/ no sé/ por ejemplo como esto que yo soy una tutora//
de- de Anna/ ¿que eso existe en [España?]
H:
[eeh] / existe per[oo]
M:
[sí] se llama mentor§
H:
§ sí mentor
M: pero no es- no tiene nada que veer porque lo único que al principio/ si tienes una si tienes
un mentor de un estudiante extranjero// le ayudas a encontrar un PIso y sales con él en fiesta
pero para nada aquí es mucho más acogedoor/ porque considero que sois mucho más
acogedores los finlandeses más hospitalarios
H: yo creo que los mentores allí se están más pegados para primer díaa segundo día y ya
después más que nada / poca cosa más igual lo de fiesta pero/// yo creo que no es como aquí
quee-/ si quieres estar con el tutor y si el tutor está atento yy// normalmente
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Entre risas.
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E: (RISAS) [entonces- entonces tu-=]
H:
[( ( ) )]
E: =tu tutor
H: mi tutor la verdad es que no/ [pero=]
M:
[(RISAS)]
H: =pero los de la universidad de Turku sí// son mucho más atentos en comparación de allí///
sí sí
M: y tampoco tenemos una asociación como la de/ Esn
H: Esn§
M:
§Esn
E: ¿no existe?
M: no
H: allá no existe está mucho máss-/ a su bola/ o sea normalmente hay mucho más los ( ( ) )
pero mucho más por su cuenta más que nada§
M:
§claro son como agrupaciones separad de- como
grupos de amigo(s) comoo-§
H:
§sí§
M:
§pero no hay ningún grupo que diga vamos a hacer un
viaje baRAto/ no no noo/ no es igual
H: y mucho menos o sea igual en la- en la universidad/ en cada universidad pero no así-// aquí
como en Turku que se ajuntan todo- todos los grupos yy salen juntos y todo/ allí// si hay en la
universidad están separados en cada universidad/ o sea si hay tres universidades en la misma
ciudad/ va uno por su cuenta
E: okei
H: humh
E: ¿yy ((a ver)) qué más podría preguntar? (RISAS)
M: a mí me he gustado bastante [lo de]=
H:
[humh]
M: =tener una asociación para mi es una cosa más importante de-// de§
H:
§o sea que te ayuda
conocer mucha más gente porque claro no estás en el mismo circuloo/ te mueves un poquillo
más
M: humh
H: te da más facilidad
E: y durante vuestraa// ¿cómo se llama laa-?/ el tiempo que habéis vivido- vivido aquí/ ¿yaya habéis visitado otras ciudades?
M: ¡buff!
H: yo estuvé en Tamperee y bueno/ después de cottage y cosas de esas he estado en
Rymättylä yy en Ruissalo25/ pero§
E:
§aa
H: de ciudades Tampere más que nada// y Estocolmo pero Estocolmo no/ no es Finlandia
E: no no
M: y he visitado más países este año que en toda mi vida/ [que en todos mis 24 años]
H:
[(RISAS)]
E:
[(RISAS)] ¡que guay!
M: porque está en-§
H:
§cuantos/ bueno
M: he visitado Rusia/ Estonia/ Suecia// eeh/ cual más/ Letonia no
25
Barrio en Turku.
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H: Letonia no noo/ Estonia/ Suec- Sueci- Estocolmo aah sí Suecia y Rusia
M: síi sí síi y vamos/ todavía- y aún quiero visitar- después dee- quiero ir a Riga quiero ir a
Dinamarca// porque está en un sitio estratégico Finlandia para Erasmus porque tienes todos
los países alrededor muy barato para- y muy cerca coges el ferry te vas a otro pa[ís=]
H:
[está-]
M: =eso no tiene otro tipo de Erasmus para míi
H: humh// sí aquí sobre todo es eso porque la gente eeh se está viendo que viaja muchísimo y
encima eso/ está muy cerquita de por ejemplo Dinamarca/ Estocolmo también/ Tallin//
Estonia y sí [todo esto]
M:
[sí] y luego ya toda la Finlandia la Laponia al este/ al sur// Helsinki
H: humh
M: todo sitio
H: y también el cottage26 también/ nos ha gustado
M: y la sauna
E: [(RISAS)]
H: [(RISAS)]
M: [(RISAS)]
E: la sauna/ XX te gusta mucho ¿no?
M: síi/ y por fin he probado la sauna [y el hielo]
E:
[oye-] oye que/ he olvidado preguntar a mis padres si
podríamos ir allí a- a nuestrooM: aah [para tu cumpleaños]
E:
[¿cómo se llama?]
H: al cottage
E: [sí]
M: [claro] a la- a la región de archipiélago de Turku
E: sí pero creo que no puedo en enero [porque como=]
M:
[¿no?]
E: =que ahora tengo tanto trabajo con mi tesis§
H:
§humh§
E:
§y lo tengo que devolver en enero
M: ¿y no puedes un dÍA?
E: a ver/ pero/ si no en enero entonces een/ febrero ¿no?
M: vale vale27
E: [(RISAS)]
H: [(RISAS)]
M: vale pues vamos a hacer otro cumpleaño(s) en otro mes
E: [(RISAS)]
H: [(RISAS)]
M: [(RISAS)]
H: en enero también tenemos un montón de cumpleaños ¿eh?
M: ¡y también el suyo!
E: [aah]
H: [al treinta]
E: ¿qué día?
H: al treinta
E: yo al diecisiete
26
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Inglés, cottage.
Dicho sonriendo.
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M: veintitrés
H: veintisiete/ veinte el de Lucile§
M:
§y también de Evelin y Julie/ las franceses tal vez veintidós o
veinticuatro
H: ¡buff!/ hay como siete u ocho/// no sé si hay más
E: toda la semana
H: sí sí
M: sí demasiado
H: bueno hombre al principio del curso/ bueno de semestre// que/ normalmente se nota
montón que hay mucha más fiesta/ y la gente no tiene- no tiene que hacer nada de trabajo
M: sí sí a ver la gente nueva que viene
E: ¿es verdad que- que no tenéis quee hacer tanta-/ hacer tantas cosas para la universidad o-?§
M: §yo porque yo creo que es sobre todo para idiomas
H: idi[omas]
M: [y sin] embargo una amiga mía Evelin está een/ ¿cómo se llama?
H: en económicas
M: económicas y ella por ejemplo tiene que trabajar mucho y tiene que entregar muchas
papers28 cada día// y se nota diferencia entre yo y ella
E: porque a mí me parece que todos los estudiantes de Erasmus/ todo el tiempo están// en
Onnela29 oH: (RISAS)
M: ¡pero a mí no me gusta Onnela! [(RISAS)]
E:
[(RISAS)]
H:
[(RISAS)]
E: pero- porque yo no podría/ porque cada semana tengo TANto trabajo§
M.
§ya§
Y:
§que tengo que
hacer en la universidad y entonces no- no tengo tanto tiempo§
M:
§pero me dan mucha facilidad
porque yo por ejemplo falté un examen un día porque estaba en un barco/ y después me dijo
NO pasa nada/ ya lo harás otro día// sabes [que=]
H:
[humh]
M: =aquí me dan más oportunidad eso mucho más flexible [con=]
E:
[ah]
H:
[sí]
M: =con los estudiantes extranjero(s)§
H:
§y últimamente tampoco es que ni siquiera- porque hay
asignaturas que te pidan asistencia yy hay algunos profesores que dan flexibilidad casi total
E: aah que bien/ entonces os tratan diferen- diferen[temente=]
H:
[sí]
E: [=que nosotros=]/
H: [sí sí]
E: =finlandeses// NO es justo
M: [(RISAS)]
H: [(RISAS)]
M: hay que volver a España de Erasmus [(RISAS)]
E:
[(RISAS)]
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Inglés, papers.
Bar en Turku.
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H: pero igualmente en España hay mucho más horas de teoría en clase/ yo mismo podría estar
hasta 25 horas 30 horas y [aquí con mucho=]
E:
[¡tanto!]
H: =aquí con mucho cinco diez// en una semana/ o sea es un cambio muy grande
M: humh
E: yy- pero a mi parece que ya- ya habéis hecho bastante aquí en Finlandia ya habéis visitado
muchas ciuda[des=]
H:
[humh]
E: =y países/ entonces ¿qué vais a hacer el año que viene?/ que todavía-/ que tú también ¿te
quedas [aquí?]
H:
[sí sí]/ un año sí sí
E: como/ vale
H: sí pues§
E:
§ya sabéis que- (RISAS)
H: pues eso eeh visitar Estonia igual no sé sii todos visitaremos los mismos sitios§
M:
§yo quiero ir
a los fiordos de Noruega
H: ¿los qué?
M: los fiordos de Noruega
H: humh
E: ¿los que?
M: los fiordos
E: ¿qué es?
M: fiordos eeh ¿cómo se dice en inglés?// eeh
H: no lo sé/ no tengo ni idea
M: son esos eeh son acantilados que hay en Noruega que/ eeh pasa el mar/ y vas en un barco
[yy=]
H:
[humh]
M: =( ( ) ) del púlpito y de los sueños y son como acantilados muy grandes como montañas
E: aah
M: yy pasas por el medio dell- del mAR y es un paisaje precioso
E: aah vale
M: pero no sé cómo se llama en inglés peroH: ya// humh
M: peroE: creo que lo sé porque yo he visitado§
M:
§seguro lo has [visitado]
E:
[Noruega] dos veces
M: sí hay uno que está en el norte cerca de las islas de los pájaro(s) o algo así se llama// y
otro está más cerca de la capital de Oslo/// quiero hacer muchas cosas/ yo me siento como me
falta aún quiero volver a la sauna/ no sé y conocer a muchos fineses
H: y en el sur hay muchas cosas por visitar30 en- en el sur de Finlandia hay mucho país que
M: sí sí no sé quiero ver que llegue el día de laa// de laa ¿cómo se llama el día de Finlandia?
¿no?
H: vappu/ laa fiesta finlandesa
M: sí la fiesta que hay [en mayo]
E:
[en mayo] sí vappu se llama vappu
M: vappu como Vappu31 [(RISAS)]
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Entre risas.
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E:
[(RISAS)]
H:
[(RISAS)]
E. sí eso sí/ es una fiesta grandísima§
H:
§¿y también hay alguna otra fiesta universitaria por estas
fechas o algo así? ( ( ) )
E: creo que es ( ( ) )/ a lo mejH: me sonaba me sonaba
E: juhannus/// quizas
M: San Juan
E: es- está een// [junio]
M:
[24 de] de junio
H: ya
E: pero no es una fiesta tan [grande=]
H:
[no pero]
E: =que vappu
H: no no
(5’’)
M: y eso de general// genial (RISAS) muy bueno
H: en general sí
E: y ahora ¿qué vais a hacer cuand- öö/ durante la Navidad?
H: pues eso/ mucho máas tranquilidad con [mis padres]
E:
[con la familia]
H: sí
M: sí/ porque toda la diferencia que hay es que en España siempre tenemos que estudiar para
después de Navidad// porque los exámenes son en enero y febrero§
H:
§sí exacto
E: ¡que rollo!
M: es un rollo toda la Navidad estudiar [y no salir]
H:
[y hace] y hace mucho tiempo que no no tenemos y
encima yo que también que muchas veces tenemos exámenes para septiembre y en verano
también estas allí pensando en los exámenes y tampoco paras mucho
31
Vappu escrito con mayúscula refiere a un nombre finlandés de la chica. Todos, la entrevistadora y los
informantes, tienen una amiga en común que se llama Vappu.
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ENTREVISTA 2 CON LOS INFORMANTES ESPAÑOLES
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E: Bueno entonces ¿podían contarme un poco sobree// la vida Erasmus/ por ejemplo porque
han elegido/ venir aquí a Por- a Portugal/ a Porto?
M1: Bueno elegí venir a Portugal// porque no me ( ( ) ) Polonia (3’’) porque mi objetivo era
ir a aprender inglés§
E:
§humh§
M1:
§pero como no tenía nota suficiente/// elegí también Portugal y al
final/// me ((dieron)) Oporto (3’’) así quee/ bueno por lo menos aprendo portugués que nonunca pensé queE: que ibas aprender
M1: exacto// no estaba en mis planos
E: ¿pero te gusta o-?
M1: sí sí sí// sí sí// y como Brasil ahora está en auge pues (3’’) pues puede ser que me vaya a
Brasil32
M2: (RISAS)
E: vale y tú
M2: pue(s) el caso fue exactamente parecido/ porque mi facultad eeh había mucha gente// que
quería irse de Erasmus a lo(s) países nórdico(s)// pero hay poca plaza/ entonce(s) eeh//
hicieron un examen/ eeh para todo(s) loo(s) Erasmu(s) entonce(s) quien tuviese má(s) nivel en
inglés eran las personas que pudieron quedar con esa plaza/ entonce(s) yo me quedé con uun
cua- un cinco y me quedé en la lista de espera/ y no pude conseguir plaza para lo(s) países
nórdico(s)/// eeh en Portugal había muchaa plaza vagante// y una de ella era Porto die(z)
mese(s)/// entonce(s) decidí irme a Porto/ y la verdad quee estoy contenta porque/ mm lo que
es ((respecto a)) cultura prefiero un país como Portugal que a lo mejor un país nórdico
E: humh
M2: por el temaa eeh no sé por el tema de frío/ también por la gente/ por la cualidad de vida///
eeh lo único que a lo mejor/ me hubiese gustado vivir en un país nórdico// eeh sería un poco/
sentir el invierno como tal/// porque aquí por ejemplo/ bueno el invierno parece a nuestro
entonces el choque cultural no es muy-§
E:
§sí/ [sería un poco más]/ exótico ¿no?
M2:
[muy fuerte]
M1: exacto
M2: sí/ para nosotros se llama diferente/// y también por el tema dee- por el tema de idioma
por el inglé(s) porque también ((mi inicial)) intención era practicar más mi inglé(s)/// pero
bueno también tengo amigo(s) de Erasmu(s) que están en sus países y también salen con
mucha gente española y le resulta un poco difícil hablar inglés
M1: sí
M2: así que bueno/ creo que al final nosotra(s) somos afortunada [(RISAS)]
M1:
[ sí/ sí]/// aunque estás ahí
((con)) españoles
M2: sí/ hay [muchos]
E:
[yy]/// ya también lo he notado [que hay muchos españoles=]
M2:
[(RISAS)]
M1:
[(RISAS)]
E: =y normalmente siempre// quedan juntos
M1: sí sí// sí aquí es muy///
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91
M2: común
M1: sí// la gente son españoles y hacen grupo/// yy no se abren/ a otras culturas ni otros- otra
gente// es difícil
E: ¿pero vosotras ya habían// eeh encontrado otro- otros estudiantes de nacionalidades
diferentes o también/ vosotros vosotras solamente tienen amigos amigas españolas?
M1: bueno yo// me junto con españoles33 [(RISAS=)]
E:
[(RISAS)]
M2:
[(RISAS)]
M1: =sí/// pero bueno// no sé// la gente/ la casa al principio sabes había// una romana/ una
lituana en realidad no tuvimos mucho re- contacto con ellos [porque=]
E:
[aah]
M1: =eran bastante raras
M2: [(RISAS)]
E: [(RISAS)]
M1: y así/// bueno como vivimos con port- varios portugueses yy con chico eslovaco/// bueno
yo medio practico mi inglés y tal pero- pero sí me junto más con españoles
E: humh
M2: mi objetivo cuando vine aquí en Portugal era NO juntarme con los españoles
E: ¿y qué tal?34
M2: (RISAS) muy mal [(RISAS)]
E:
[(RISAS)]
M2: lo tenía muy claro// entonce al princi- bueno los primeros meses de Erasmus yo estuve en
Bracança// una ciudad que está en norte/// entonce eeh hicimos un curso de portugué// y en el
curso de portugué muy bien/ porque había gente de todos lo(s) países// entonce cuando estuve
en Bracança fue unaa- una oportunidad buena para conocer otra cul- cultura para practicar mi
inglé/// pero desde cuando vine aquí/// a Porto ya eso fue35 casi imposible// porque (( )) una
ciudad// eeh hay mucho(s) Erasmu(s) pero lo(s) Erasmu(s) se relacionan más por grupo/
nacionalidades/ porque en Bracança por ejemplo una ciudad muy pequeña entonce/ aunque tú
no quiera/ encontrate otra(s) nacionalidades al final/ te las encuentra y te une/ porque hay a lo
mejor tres bares y en los tres bares siempre te encuentras la gente Erasmu(s)// y aquí no
entonce por ejemplo mi facultad/// encontré españoles yy- y bueno y no sé/// la gente de otras
nacionalidades no sé donde se meten [de verdad=]
E: [(RISAS)]
M1: [(RISAS)]
M2: =yo intento buscarlas pero no las encuentro
E: ¿y ya hace cuanto tiempo que están aquí?§
M1:
§desde septiembre
E: ah
M2: yo tam- bueno yo llegué en octubre/// a Porto/// pero bueno también conocemos algunos
portugueses/ algunos italianos§
M1:
§exacto
M2: Taru que- [la finlandesa]
E:
[sí/ la finlandesa]
M2: bueno más o menos intentamos
M1: relacionarnos [con=]
M2:
[sí]
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Entre risas.
Entre risas.
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M1: =mucha gente vamos un poco a nuestro ( ( ) )
M2: sí// también lo que pasa que Maria// con el tema del inglés yo a lo mejor [estoy=]
M1:
[claro]
M2: =un poco más desenvuelta con el inglés
M1: pero yo no/// mi inglés es bastante/// malo
E: ah pero- pero entonces solamente tienes que practicar [y practicar]
M1:
[sí sí sí]/// sí pero a mí no me da
vergüenza hablar inglés porque noo/// pero mi inglés es limitado// porque yo tengo inglés
((del base)) [instituto=]
M2:
[(RISAS)]
M1: =entonces/ claro no hablarlo nunca/// pierdes gramática [y pierdes el vocabulario=]
E:
[claro]
M1: =pierdes pues claro me cuesta el doble mantener una conversación por ejemplo con cinco
personas para mi es// yo lo entiendo/ pero hablar me cuesta porque tengo que pensar/
[pensar=]
M2: [(RISAS)]
M1: =((desde)) la conversación pasa// y sabe§
M2:
§y no puedes hablar [(RISAS)]
M1:
[claro/// claro claro]/// pero
bueno/ mi intención es el año que viene/// irme a Londres °(o a algún sitio// para hablar
inglés)°
M2: yo te he dicho que comienza aquí a practicar/ inglés porque cuando vaya a Londres§
M1:
§ya§
M2:
§y
los ingleses comienzan a hablarle/ se va a quedar con una cara
E: (RISAS)
M1: ya
M2: de boba (RISAS)
M1: (( ))
E: pero normalmente se aprende rápido/ cuando vivir en un país
M1: ya
M2: y cuando no te relacionas con españoles§
M1:
§ya§
M2:
§porque también conozco mucha gente que se
ha ido a Inglaterra/// y al final ((esta vez)) también JUNto [con españoles (RISAS)]
M1:
[con españoles// ya]
M2: no lo entiendo
M1: somos un ((gueto))
E: (RISAS)
M2: no lo entiendo
M1: somos un ((gueto))
E: pero podían hablar entre sí en otras li- lenguas// por ejemplo en portugués/ o en inglés
M2: yo intento hablar con Maria a veces en portugués pero ella se ríe [(RISAS)]
M1:
[(RISAS)]
E: porque por ejemplo yo también Ta- Taru laa otra finlandesa§
M2:
§sí§
E:
§ella quería aprender
portugués y por eso as veces nos hablamos en portugués§
M1:
§aah§
E:
§en vez de finlandés§
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M1:
§aah§
E:
§que así ella
puede aprender [mejor]
M1:
[ya]// a mí me suena raro/// claro que una española-// si es una conversación
grande con más gente/ puedo sabes/ pues a lo mejor sí que puedo hablar en portugués y tal
pero si estoy con ella sola/// no// es como/ no puedo cambiar la lengua sabes como// que no
puedo hablarte en portugués//
M2: (RISAS)
M1: entra la risa y no
E: (RISAS)
M2: poco a poco (RISAS) cuando llegue el final de Erasmus al final Maria y yo hablaremos
[en portugués]
M1:
[en portugués]/// venga va
M2: va a ser nuestro siguiente código// lingüístico
M1: sí/ sí
M2: el portugués (RISAS)
E: ¿y habéis aprendido bem// bien digo [(RISAS)=]
M2:
[(RISAS)]
M1:
[(RISAS)]
E: =portugués/ no portuñol?
M1: bueno bien yo// ahora estoy haciendo B1/// de portugués/ y más o menos me defiendo por
hablar ((en una conversación)) y faltan muchas palabras y mucha práctica pero-// pero ya
pude hablar al principio
E: sí normalmente es muy fácil para los españoles
M1: sí peroo yo lo entendía/// pero me da vergüenza hablar porque como// la pronunciación es
super diferente sabes [nos cuesta=]
E:
[es]
M1: =nos cuesta mucho más a los españoles que a lo mejor
E: a mí también/ en finlandés no existen los sonidos que existen en portugués§
M1:
§ya§
E:
§los sonidos
nasales por ejemplo
M1: ya/ ya
M2: PEro por ejem- eeh la gente piensa/ por ejemplo eeh la gente de los países de las
nacionalidades diferentes a la espa- a la española/ piensan que para los españoles es muy fácil
hablar portugués
M1: sí
M2: y no es verdad
M1: no
M2: yo creo que es más fácil a lo mejor para un eslovaco/ o para un francés/ o para uun no
sé// [para un alemán]
E: [y para un italiano]
M2: no italiano tampoco porque también puede ser parecido/ o para un alemán puede ser más
fácil aprender portugués/ que para// a ver por ejemplo lo que es el primer contacto con la
lengua para un español es más fácil porque podemos entenderlo/ pero para las nacionalidades
que tienen (( ))// mm creo que es más fácil porque como es totalmente diferente§
M1:
§claro§
M2:
§sabes que una palabra es// completamente diferente a laa [palabra] que tú
dices en tu vocabulario
E: [sí]
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M2: tu lengua materna/ entonces para nosotros como es tan parecida al final§
M1:
§la confundimos§
E:
§[sí]
M2:
[claro]
M1:
[claro]
M2: intentas hablar y como se ve que es tan parecido/ piensas que no estás hablando bien// y
después los sonidos/ las vocales/ todo diferente
M1: sí// nosotros nos equi- nos equivocamos MÁS
M2: sí§
M1: §que la gente que comienza desde el principio porque nosotros al final nos inventamos
las palabras/ como son iguales muchas/ es como/ esto se dice así pues/ así [((lo que pasa es
que es=))]
M2: [(RISAS)]
M1: =más fácil comunicarlos con la gente desde el principio porque
M2: es muy parecido§
M1:
§claro
E: sí es verdad/ y por ejemplo yo también muchas veces tengo dudas sobre algunas palabras§
M2:
§humh§
E:
§portuguesas porque no sé si as- a veces no sé si son portuguesas o [españolas]
M1: [españolas] claro// claro
E: y muchas veces hablo portuñol [porque=]
M1:
[(RISAS)]
M2:
[(RISAS)]
E: =porque yo también ya sabía español antes de mudarme aquí// yy pienso que antes hablaba
mejor español que ahora/ que ahora es má(s)- más una mistura de [dos lenguas]
M1:
[(RISAS)]
M2:
[(RISAS)]
M1: claro
M2: pues bienvenida a nuestro mundo36
E: [(RISAS)]
M1: [sí/// sí/ sí]
M2: porque es lo que nos pasa
M1: pero bueno poco a poco/// a ver si por lo menos (( )) B1 y sacamos un titulín
M2: sí/ que es una intención en mayo/ hacer un examen porque aquí hay muchos españoles
que les da igual el portugués§
M1:
§sí§
M2:
§vienen solamente aa
E: divertirse§
M2:
§sí/ divertirse y ya está
E: aprovechar la vida Erasmus
M2: exactamente
E: viajar y§
M1:
§sí
M2: pero nosotras por ejemplo tenemos más intención de aprender idioma/// y parece también
que tienes que estar siempre mm con mucho- siempre con mucho portugueses// porque
también si tú puedes hablar con gente que son extranjera en portugués no es lo mismo porque
noo- es decir
M1: claro ellos hablan más o menos como tú/// no hablan el portu[gués correcto]
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E:
[sí/ sí]
M2: claro// entonces hay también-// eeh eso hace que noo- que no- que no aprenda el
portugués portugués entonce claro para estar también rodeada siempre de portugueses/ está
siempre escuchando portugué/ la única- mm digamos la única opción que tenemos es las
clases/ las aulas con la profesora hablo portugués§
M1:
§claro§
M2:
§porque después en la calle/ es muy
difícil estar con portugueses/ es muy difícil hablar portugués
E: es
M1: sí/ por eso son muy cerrados/ o sea son muy suyos a lo mejor los españoles también///
peroo// que cuestan-// son/// muy amables y muy atentos pero cuestan entrar en su mundo§
M2: §sí§
M1: §sabes een-§
M2:
§en su día a día§
M1:
§sí// tener amistad con ellos§
E:
§sí/ sí
M1: es complica(d)o
M2: y también cuando vas a las tiendas/ es una cosa que YO/ NO la soporto/ me pone
nerviosa (RISAS) que a lo mejor eeh intentas hablar portugués y ellos fácilmente reconocen
que eres española por[que]
E:
[y comienzan] hablar [een inglés]
M1:
[en español]
M2:
[en español] no/ en español
E: aah para mí en inglés
M1: sí
M2: claro porque tú eres [eeh] de otro país
E:
[sí/ sí claro]
M2: pero para nosotros eh los portugueses siempre tienen como muchaa- eeh mucha intención
de hablar otra lengua extranjera entonces aprovechan el mínimo/ [para hablar]
M1:
[para hablarte]
M2: claro para hablar en español o en inglés// pero lo que yo digo/ eeh yo he venido aquí
aprender portugués no quiero que me hables en español
M1: claro
M2: porque si no yo me quedo en casa con mi madre y con mi padre [(RISAS)]
M1:
[(RISAS)]
E:
[(RISAS)]
M2: yy es imposible/ es imposible
M1: ya
M2: todas las veces que voy a un sitio/ todas las veces/ es la misma historia/ hablo- [intento
hab-]
E: [¿siempre?]
M2: siempre siempre siempre/// estoy cansada// yo creo que la única-§
M1:
§a mí no me pasa
M2: pues a mí sí
M1: tampoco hablaré mucho con los
M2: [(RISAS)]
E: [(RISAS)]
M2: hay muchas personas que hablan portugués conmigo siempre/ pues en la facultad-/ en la
facultad por ejemplo cuando hablo con los profesores cuando hablo con los co-orientadores/
ellos siempre me hablan en portugués porque a lo mejor ellos sí tienen un poco// la
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mentalidad de- mm mm son extranjeros que quieren aprender nuestra lengua/ pero en la calle
en la tienda
M1: a mí me pasa atreves/// en mi fa- mis profesores que saben hablar español/// aunque ellos
hablen portugués/ me hablan en español§
M2:
§¿ah sí?/// pues no/ yo tengo
E: ¡que extraño!
M1: sí/ sí
M2: (RISAS) (( )) lo contrario
M1: bueno supongo también// los de ahora no porque laa-/ la mayoría no hablan/ español
creo// pero en el primer cuatrimestre los dos profesores que tenía sabían espa- y me hablaban
en español/ y yo como yo tampoco no sabía comunicar muy bien/// pues en español
M2: claro// ((y así tiene)) nunca la oportunidad
M1: claro
M2: porque en principio no sabes expresarte bien entonces claro/ cuando ellos reconocen que
no puede/ te hablan en español y entonces tú te ya ves un poco insegura/ entonces tú las
hablas en español
M1: claro§
M2:
§y entonces nunca tienes digamos la oportunidad de/ voy a aprender portugués
M1: claro
E: ¿y no tienen compañeros de piso con- portu- portugueses/ con quien se podía hablar en-?
M1: ¿aquí?
E: aquí sí/ en esta casa
M1: sí sí tenemos/// dos chicas portuguesas y un chico portugués/// pero es muy diferente
porque a nosotros al ser Erasmus// y ellos// ser de aquí// la gente va mucho entre y sale de
casa// cuando quieren entonces coincidimos muy poco
M2: ellos tienen su vida/ los fines de semana después [se van=]
M1:
[claro se van]
M2: =a su casa
M1: claro
M2: entonces
E: claro como todos los portugueses
M1: [(RISAS)]
M2: [(RISAS)]
M1: claro/ claro entonces si hacemos alguna cena o tal sí pero así en día a día// hay veces- hay
días que no los vemos// no coincidimos
M2: en el horario/// tú vives con portugueses
E: mm sí/ con tres portugueses y unaa mujer de Austria
M2: aha
E: pero ellos todos trabajan/ entonces normalmente estoy sola en casa37
M1: ¿sí?
M2: (RISAS) ¿y no te parece aburrido?
E: un poco sí
M2: (RISAS)
M1: ¿llevas aquí ya dos años?
E: sí/ dos años y algunos meses// pero primero yo hizo- hize los estudios de Erasmus o de
Coimbra group// en Coimbra
M1: aa
E: entonces vivía allí/// cinco meses
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M1: humh
E: y después
M1: viniste a Porto
E: sí/ para hacer el mestrado
M1: ¿te gusta más Coimbra/ o Porto?
E: Porto porque es una ciudad más grande
M1: ya/ ya
E: y sí/ hay más vida/ y movimiento y todo
M1: sí/sí hay movimiento por el centro/ a mi me sorp- una cosa que me sorprende mucho es
que aquí a las siete/// cierran las tiendas/// entonces a las ocho een las zonas comerciales/// va
desapareciendo la gente// Rua Santa Catarina a las ocho ya de tarde como ¿dónde está la
gente?
M2: (RISAS)
M1: y como en España super diferente las tiendas cierran§
E:
§a las diez o nueve
M1: sí/ a las nueve/ las tiendas locales así a las nueve/ y a las- centros comerciales a las diez
pero aquí como a las siete las tiendas locales
E: pero aquí es extraño porque loos centros comerciales// mm están abiertos até las once oo
M2: sí/ es verdad
M1: sí sí/ bueno sí
M2: pero eso es más bien en laa// mm ¿cómo decir? no en el centro/ sino en la periferia un
poco
E: sí/ en Dragão por ejemplo
M1: claro
E: o enn// ¿cómo se llama?///Norte Shopping§
M1:
§sí/ claro
M2: porque lo que pasa que el centro de Porto es más bien/ un centro comercial pero de día///
la gente normalmente vive a las afuera no vive// en el centro centro
M1: claro
E: sí
M2: entonces a lo mejor si te vas a las afuera/// cual- digamos lo que es el exterior del
centro/// se puede ser que haya/// bueno tam[poco]
M1:
[¿tú crees?]
M2: no
M1: no
M2: no es que [la gente]
M1:
[la gente es] es muy casera aquí
M2: sí
M1: es muy casera
M2: sí
M1: bueno yo// a ver lo que es el centro pues donde está Piolho y todo eso siempre hay gente
M2: bueno depende que día ¿eh?§
E:
§depende de día/// los- los domingos no
M1: claro
E: Porto está muerta/ los domingos
M1: ya/ ya pues sí/// ya pues yo no lo entiendo porque-/ bueno yo que sé a lo mejor cuando
venga buen tiempo yy§
M2:
§claro o sea más [vida]
M1:
[hay gente] más porque el invierno
M2: hace frio
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E: sí y la gente no quiere salir [por eso]
M1:
[claro claro]/// peroo- pero no somos °(muy caseros)°
M2: en Málaga se sale da igual/ estación del año/// se sale a las diez de la noche
M1: estáa
M2: siempre hay gente
M1: sí
M2: a lo mejor eeh el invierno
E: o excepto si llueve
M2: sí/ es verdad si llueve la gente no sale (RISAS) porque nosotros no estamos
acostumbrados a lluvia// entonces nosotros cuando llueve// lo relacionamos con estar en casa
con la manta
E: (RISAS)
M2: y con la estufa
M1: claro
M2: y también una ciudad Málaga/// que como no suele llover mucho// no está preparada para
la lluvia// entonces si llueve y sales a la calle/// tú verás un caos/// porque te mojas los pies/ te
mojas los pantalones mm// o sea no está preparada para la lluvia// entonces por eso motivo
por el cual la gente se queda en casa
M1: ay/ que (( )) de Málaga (RISAS) es que el año pasado también estuve viviendo en
Málaga
E: ah ¿y te gustó?
M1: me encantó
E: a mí también
M1: [(RISAS)]
M2: [(RISAS)]
E: quería voltar allí
M1: sí
E: porque todavía tengo amigos allí
M1: sí/ yo también quiero volver
M2: ¿españoles/ amigos españoles?
E: sí
M2: ¿de Málaga?
E: sí// y también una amiga finlandesa
M1: ¿que está allí?
E: sí, sí que [se-]
M1:
[gustó tanto] que se quedó ¿no?
E: sí y también tiene mm novio español// y ahora// tiene también un bebe con él
M1: sí
M2: ¡oooh!/// los malagueños en el sentido de Erasmus creo que nos relacionamos más con la
gente// que en otra-// porque por ejemplo en España/ en Salamanca que es una ciudad pequeña
muy universitaria// eeh conozco gente que ha estado allí/// eeh no de Erasmus sino me refiero
al intercambio de la universidad española// y gente de Málaga salió a Salamanca y (( ))
imposible relacionarse con la gente de Salamanca
M1: sí
M2: porque son gente muy
M1: cerra- muy suya§
M2:
§muy suya
E: ¿ah sí?/ no lo sabía
M1: yo tampoco
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M2: y después también conozco otra eeh chica que es amiga es eslovaca y es amiga de- de la
que vive aquí con nosotras// eeh bueno Fili y ella dice que claro ella vino de- se fue a Oviedo
está haciendo Erasmus en Oviedo que está en norte/ y se vino con la idea de España alegría la
gente riendo
M1: (RISAS)
M2: y viste que en Oviedo/// la gente
E: bueno yo también pienso que el ambiente en Málaga o en Anda[lucía]
M1:
[Andalucía en general]
E: sí/ [es diferente]
M2: [es más animado] es más animado que en otros sitios
M1: sí que en el resto de España sí/ es verdad
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ENTREVISTA 1 CON LOS INFORMANTES PORTUGUESAS
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E: então podiam contar-me um pouco sobre o carnaval// por exemplo/ o que é que se faz
normalmente no carnaval/ como é que se celebra?
M1: é assim/ depende de sítios/ hã mas acho que cá por acaso em Ovar/ no Porto que é o sítio
mais característico// quer dizer não é no Porto mas na zona de norte Ovar é mais
característico// que para onde eu vou todos os anos// as pessoas ma- mascaram-se/ vão para a
rUA e andam por aí// a beber/ a rir e a dançar/ a meterem-se com as outras pessoas// depois há
um concurso de melhor máscara
E: e é uma festa só para as crianças ou vocês também [costumam- ?]
M2:
[não// os adultos também] [mas as
crianças é que=]
M1: [depende de hora]
M2: = se mascaram mais
M1: depende de hora/ é assim/ nas escolas normalmente ass- as crianças é que se mascaram e
depois vão todas para as festinhas// mas a noite é especialmente para- para os adultos
M2: sim
E: e por exemplo no ano passado// fizeram alguma festa ou saíram com os amigos ou
M2: eu mascarei-me bailarina// [e fui sair=]
M1:
[que surpreendente]
M2: =e fui a Armazem de chá// na rua José Falcão/// ver os Kumpania Algazarra/// e foi muito
giro
E: ah/ e foste com os teus amigos ou- ?
M2: sim// fui com uma amiga/ e com outros amigos dela que não conhecia
M1: foste com quem?
M2: com Elsa
M1: ah também estava ( ( ) )/ a Elsa também estava de quê?
M2: de hippie
E: hippie (RISAS)
M1: é me(s)mo a cara dela/// eu ano passado fui a Ovar outra vez pa variar e fui vestida dee///
aah de parola/ pronto misturei montes de cores/ montes de coisas diferentes e fui toda colorida
da cabeça aos pés// pronto fui com pessoas da minha turma também/ o Andre// foi vestido
com um lençol por um lençol e pôs Nesquik no lençol misturou com água quente e aquilo
ficou tingido e ele enrolou à volta do corpo e foi assim vestido// tou a falar a sério/ foi assim
que ele foi vestido/ o que é que era não faço ideia [(( ))]
E:
[(RISAS)]
M2: um fantasma borrado
M1: (RISAS) não sei/ devia ser/ mas depois ele também levava na cabeça tinha muita piada
depois nós tiramos fotografias ele assim// tas a ver imagina como se tivesse a fazer tai-chi ou
assim teve muita piada// pronto/// este ano não sei se vou algum lado não tou com paciência
M2: eu não vou
E: não/ não vais?
M2: não/ vou para a aldeia da minha avó
E: aah/ e até que dia vais ficar lá?
M2: eeeh terça-feira
E: mhum
M2: quarta-feira tenho um ensaio
M1: é de uma e meia até as três o ensaio [agora falando nisso]?
M2:
[ não/ não]/ é das duas às quatro
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M1: das duas às quatro pra toda a gente é o de contemporâneo// é que eu tenho o ensaio com
Isabel Barros e marquei com ela a uma da tarde dá tempo se é das// não das duas às quatro
M2: com Isabel§
M1:
§sim porque ela pediu para ver a mostra tás a ver? pa ver o que é que achava//
e eu disse que na quarta-feira podia ser
M2: pronto
M1: vou marcar pa de manhã
E: então tu- tu também danças balé ou- ?
M1: eu tento (RISAS) a Maria dança/ eu tento// mas sim
M2: até parece
M1: és melhor do que eu isto é certo não é?
E: e já há quantos anos que danças?
M1: é assim/ dançar danço desde os sete mas onde a Maria dança só comecei este ano/// que é
mais a sério
E: aah/ tu vais também às aulas de Ro- Roman?
M1: sim vou vou
E: aah (RISAS) e gostas do professor?38
M1: gosto/ ele é muito exigente só que é difícil acompanhar porque ele// tem exercícios muito
complexos que não estou habituada mas pronto// vou-me habituando devagarinho
M2: mas é fixe
M1: é
E: e tu também XX gostas dele// do professor?
M2: gosto/ é mui-§
E:
§apesar de ser// muitoo
M1: exigente§
E:
§sim
M1: sim apesar de ser exigente/// é bom professor
M2: mas era preciso ele de ser exigente também porque se não// [o nível=]
M1:
[é]
M2: =que ele quer
M1: é boa pessoa tem dias
E: e os estudantes lá têm o mesmo nível ou- ?
M2: não/// há pessoas que fazem balé há muitos anos/// e há outras começaram mesmo há
pouco tempo e as idades também são muito diferentes
M1: não são muito
M2: são/ Isabel tem 22 [ou 23 anos]
M1:
[vão de 16] aos 20
M2: não/ aos 14 ou haaa coisa disse que tinha 14
M1: mas ela não faz aulas connosco
M2: fazem depende dos dias
M1: fazem quando são poucas/// é diferente
M2: oh/// não
E: então todos os estudantes estão lá ao mesmo tempo e apesar doo/ nível diferente?
M2: sim
E: e como é que ele consegue dar aulas para- ?
M1: também não sei mas ele consegue misturar tudo é engraçado (RISAS)/// o nível de-§
M2:
§porque é
uma forma das pessoas que ainda não sabem bem ir apanhando/// o que as outras já fazem
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M1: sim/// acho que é que assim as outras pessoas que não sabem tanto têm mais aquela
intenção tentar chegar ao nível das outras
M2: e os bocadinhos vão [ap-=]
M1:
[sim]
M2: =aprender as coisas e a saber as coisas
M1: e depois também acho que ganham eu pelo menos falo por mim eu quando entrei não
tinha a capacidade e não tenho ainda neh// só que comecei ganhar mais disponibilidade para
decorar exercícios também e acho que esses dão imenso o facto de sermos/// de níveis
diferentes porque eu tinha de acompanhà-las e então já puxava mais pela minha cabeça
E: e também tens aulas seis vezes por// [semana?]
M1:
[não]/ só vou três vezes
E: aah
M1: porque tenho instituto de inglês à segunda-feira e depois tenho uma folga à quinta39/// pa
descansar
E: então não é o mesma- não é a mesma coisa para todos- todos os [estudantes]
M2:
[não]/ as [pessoas]
E:
[se pode] se pode
eleger quantas vezes [ir]
M2:
[podem] podem ir de duas vezes aa/ [cinco vezes]
M1:
[já não] se pode ir duas
vezes agora
M2: quem é que te disse?
M1: a professora Sara
M2: quando?
M1: quando eu me inscrevi
M2: não mas a Sara ia só duas vezes
M1: oh então era uma excepção quando [eu me inscrevi]
M2:
[pois só que] ela ia duas vezes só que era como se
não fosse aluna da escola/// ela andava lá mas eles não corrigiam como se fosse uma aluna
que quer ser bailarina
M1: pois
M2: tas a perceber?
M1: pois porque eles a mim disseram-me duas vezes não era suficiente// que tinha que ser três
M2: pois mas ela num quer ser ela já é bale-/ tipo já é boa// ela só quer treinar o corpo e
[nunca=]
M1: [mas]
M2: =parar de dançar
M1: mas sabes que falei com ela e agora já está com intenções de ser mesmo bailarina
M2: quando é que ela disse isso?
M1: oh/ ela não me disse olha quero ser bailarina
E: (RISAS)
M1: mas eu perguntei-lhe se ela pensava fazer isso e ela ah não sei estou trabalhar dois
cursos mas as vezes penso nisso e gostava/// clássica não mas contemporânea gostava ela
disse-me isto
M2: sim mas ela também/// me disse que tomou a decisão dee- no conservatório não seguir///
porque eles lá só pensam ainda assim e não fazem mais nada e ela não queria isso e ela não
consegue// tar só a fazer uma coisa
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Entre risas.
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M1: eu sei ela também já me disse isso mas- mas ela deu-me a entender que gostava tentar
pelo menos// fazer dança/// ser bailarina
M2: oh// eu acho que se fizer de tipo assim umas coisinhas mas não é agora deixar/// um curso
de cinco anos que fez/// para ser bailarina outra vez§
M1:
§olha lá logo se vê daqui há uns
aninhos quando vai acabar (RISAS)
E: e vocês normalmente dançam balé clássico ou contempore- contem[porâneo?]
M1:
[clássico]
E: ou os dois?
M2: sim os dois
M1: mas é mais clássico
M2: ah?
M1: ah// sim
M2: é mais clássico lá naquela escola§
M1:
§pois
M2: mas na// na escola
E: de Roman?
M2: não/ no Balé Teatro
E: ah no Balé Teatro
M2. é é contemporâneo
M1: pois mas ela tava falar de Roman
M2: mas ela disse dança não disse só naquela escola
E: [(RISAS)]
M1: [pronto// okei]
E: e tu também queres ser profissional ou tentas ser profissional?
M1: não sei porque também estou a estudar teatro// eu no Balé Teatro tou a tirar teatro// não
estou a [tirar dança=]
E:
[aah]
M1: =por isso ando assim meio perdida no meio de duas áreas// não sei/ mas provavelmente
vou mais para o teatro// do que para a dança
E: e este é o último ano para vocês não é? [noo- no secundário]
M1:
[para mim não]/ estou no segundo ano e ela está no
terceiro§
E:
§aah/ então ainda tens tempo para pensar [o que queres fazer no futuro]
M1:
[mais um ano sim ainda tenho]
E: e a XX/ tu já sabes o que é que queres fazer/// eeh no próximo ano?
M2: não/ quero estudar/// dança/// mas não sei [aonde]
E:
[onde]
M2: nem sei se é no próximo ano
M1: devias ir devias ir para fora
M2: pois é preciso dinheiro/// e entrar nas audições
M1: [há bolsas]
E: [mas há] mas há bolsas
M2: imensas// há [um site que é o OKestudante]
M1:
[não é bem assim]
M2: já viste esse site?
M1: não
M2: mas é só para a Inglaterra// eles pagam-te tudo
E: tens que procurar informação para ver se há bolsas§
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M1:
§pois mas só- pra só pra ir a fazer uma
audição// gasto prái 400 euros
E: ai tanto?
M1: com o avião/ com o preço de audição/ com o preço de hotel
E: aah
M2: tens que trabalhar no verão
M1: mas a audição/ as audições são todas agora// e na primavera acabam
E: então se calhar podias// eeh aindaa dançar um ano mais aqui no Porto// [e depois]
M2:
[pois foi] o que
pensei/// mas não estou a ver se tenho [algum sitio para dançar]
E:
[ou procurar agora] um trabalho para/// ter dinheiro
M1: tens sempre Roman não é?/// mas profissionalmente é diferente
M2: sim mas o Roman é duas horas por dia/ não quero passar o resto de dia olhar para as
paredes
E: NÃO/ por isso te disse que podias procurar um trabalho [ou tentar-]
M2:
[pois mas o que eu queria] era um
trabalho na dança/// mas não me parece que isso vai acontecer
M1: podes sempre fazer audições comó Bruno
M2: posso// já fiz uma não passei logo no primeiro dia mas
M1: também foi a primeira vez
E: mas tu ainda és tão jovem que também podias procurar um trabalho qualquer só para ter
dinheiro§
M2: §sim eu pensei nisso só que é complicado porque as aulas de balé são das sete as nove//
ou seja um part time à noite não dá porque a aula é até as nove e uum inteiro de dia até as seis
de tarde não dá// porque a aula começa as sete
E: aah/ é verdade
M2: por isso tem que ser um trabalho muito especial40 com um horário tipo até as quatro ou
até as cinco
M1: vais trabalhar para o Balé Teatro/// fazer bilheteira
M2: yá e ganhar 10 euros por cada dia de bilheteira
E: [(RISAS)]
M1: [(RISAS)]
M2: devia dar pra muita coisa41
M1: [(RISAS)]
E: [(RISAS)]
M1: então olha vai trabalhar para contabilidade
E: ah já há onze minutos que falamos então acho quee§
M1:
§ah é?
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Entre risas.
Entre risas.
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ENTREVISTA 2 CON LOS INFORMANTES PORTUGUESES
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M: eu não sei se ainda se chama IDT42
H: já não/ agora [chama-se=]43
M:
[pronto]
H: =como/// não sei como é que se chama agora mudou de nome§
M:
§pronto mas era o antigo
[IDT=]
H: [sim]
M: =em que se falava muito da questão da disponibilização das drogas leves e dos exemplos
nórdicos/ também/// hum/ e opinião dele acerca disso/ não sei§
H:
§eu não ouvi essa
opinião mas quer dizer isso/ depois fala-se de qualquer coisa não é desde que seja
M: pois!
H: tem tem/// é um bocado isso que acontece nas pessoas/// que tem alguma projeção na
comunicação social conseguem conseguem falar de temas que depois a maior parte [do
pessoal=]
M: [pois]
H: =e acham que são são super super dotados// mas já se percebeu no passado que que des/
criminalizar alguma coisa não funciona/ não é?
M: pois!
H: porque as pessoas continuam ter/ eh/ acesso/ se não for de uma maneira legal é de uma
maneira ilegal
M: exatamente// e ele ele até falava um bocado da questão do/ do do tabaco e do álcool que/
que ele// ele dizia que também eram drogas não é?// não não são considerados por nós drogas
ele disse se acabar por criminalizar/ pouco// entre aspas/ ou criticar pouco a questão do álcool
e da da do tabaco quando matava muito mais gente do que as chamadas drogas/ não é?
H: sim porque está está perfeitamente aceite [não é?]
M:
[exatamente] aceita-se imenso que as imensas
[pessoas]
E: [acho que] vamos fazer uma pausa44
H: ta bem
H: humm sabes que a questão das drogas/// tu quando defines drogas defines uma série de
estupefacientes que são usados
M: pois
H: desde medicamentos não é? desde o paracetamol// que se toma// até/ até heroína!
M: o engraçado é isso é que normalmente nós só falamos de de heroínas de/ sei lá cannabis ou
essas coisas mas se formos ver o paracetamol até mata mais facilmente!
H: mata mata
M: são oito gramas não é? [de paracetamol/ é isso]
H:
[seis/ seis/ mata]
M: é assim/ nós estamos pens- eu acho que nós estamos pensar muito mal/ sei lá eu nunca
H: primeiro acho que devemos integrar na cultura de que estamos falar/ não é?§
M:
§sim
Instituto da Droga e Toxicodependência
Suena el timbre.
44
El fontanero entró en la casa y ahora está haciendo mucho ruido.
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H: porque se se formos para culturas diferentes a definição de droga já já é diferente também
não é?/// sei lá/ há países que o álcool é completamente proibido/ né? há países em que o
tabaco/ não sei se tabaco é proibido em algum lado mas
M: sim45
H: não sei mas
E: aqui em Portugal todas as drogas são legais ou?
H: não
E: ou ilegais?§
H:
§não/ a lei mudou/ a lei mudou/ eu tanto quanto sei a lei em Portugal é a das
mais permissivas da Europa
M: excetuando a Holanda talvez não?
H: não [mesmo em relação à Holanda=]
M:
[mesmo Holanda?]
H: sim/// eu não sei detalhes não sei os detalhes da lei/ mas sei que em Portugal por exemplo é
permitido tu teres droga contigo até um determinado limite
M: penso que serão cinco gramas
H: não sei/ depende da droga depende [da droga]
M:
[acho que] 5 gramas de de// cannabis// acho eu que é
isso
H: eu devia saber até porque estou a trabalhar com eles/ mas§
M:
§acho que [sim]46
H:
[mas] não sei depende
da heroína/ LSD ( ( ) )
E: mas pode-se usar as drogas mas não podes ter contigo?§
H:
§tu podes ter contigo§
M:
§podes ter
contigo
E: aah
H: mas é estranho porque é ilegal comprar// mas podes ter contigo
E: aah
H: percebes? [é uma parte que não percebo]
M:
[acho que é uma questão] de não/ processual/ não vais condenar uma pessoa ou
não vais abrir um processo contra uma pessoa [que tem tão pouco=]
H:
[pois é isso]
M: =acho que é mesmo por economia processual porque no fundo
H: sim/ porque a ideia a ideia não é não é liberalizá-las mas é começar/ quer dizer isso demora
muitos anos mudar a mentalidade e a educação das pessoas/// porque como álcool como o
álcool o álcool é uma droga perfeitamente aceita por toda[ a gente=]
M:
[é!]
H: não é?/ e e as pessoas têm [que se mudar]
M:
[e causa muitos] problemas sociais não é? se formos a ver§
H:
§sim
[sim]
M: [eeh] mesmo a nível de violência domestica a nível de/ sei lá// uma data de coisas que são
causadas ou pelo menos favorecidas pelo álcool§
H:
§sim não sei números mas sei que o
número de alcoólicos aqui em Portugal é superior/ às pessoas que usam drogas/ percebes?
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M: acredito/ [acredito]
H:
[é muito superior]/ porque tu podes comprar um pacote de um litro do Lidl/ eeh
[mais barato=]
M: [é verdade]
H: = quase quase do que compras água
E: hmm
M: alguns vinhos são mais baratos§
H:
§o vinho de [mesa]
M:
[mais baratos] do que leite [por exemplo]
H:
[sim]
M: o que ridículo a sério/ o vinho é [mais barato=]
H:
[é verdade]
E:
[(RISAS)]
M: =do que o leite!
H: dois pacotes de litro de de leite de vinho de mesa custam p’rai 40 cêntimos ou 50 cêntimos
M: e leite mais barato custa por volta de 60 [penso eu]
H:
[sim]
M: eu acho// é mesmo questão de definir o que é droga e o que ée/// que é que seria abuso de
drogas não é? não sei/ há a questão do uso e há a questão [do abuso=]
H:
[do abuso]
M: = acho eu
H: oh pá/ a linha não é fácil de definir/ eu trabalhei durante muito tempo trabalhei durante um
ano/ durante dois anos trabalhei numa associação que eles têm umas// linhas condutoras com
as quais eu não concordava/// do gênero eles têm programas de metadona de baixo limiar/ são
são são programas de baixo grau de exigência perante os utilizadores de [drogas=]
M: [hum]
H: =de heroína/// e eles defendem que a droga no caso destes utentes que é uma opção deles/
eh/ o consumo de droga/ fazem dela uma opção
M: no início
H: mas depois a desculpa pois/ mas depois o arg- argumento falha um bocado quando
estamos a falar de utilizadores droga com com 20 anos estão completamente desestruturados/
perderam a família toda
M: exato
H: que destruíram todo o dinheiro que tinham// neste momento são sem abrigo e o único
objetivo de vida deles é continuar a consumir
M: pois
H: e já não comem
M: perdem um bocado o norte não é? é um bocado disso
H: sim [sim=]
M: [se calhar deixa] de ser uma escolha
H: =percebes é isso a linha em que começas a que estar dependente e que e que/// ou não/ és
um consumidor esporádico// a sorte é que o tabaco não nos altera o comportamento/ senão
M: pois/ hoje saiu uma notícia curiosamente sobre o Paul McCartney que dizia que ia fumar o
último charro aos 69 anos/ [hãã]
H:
[não vi]
M: eh?
H: não vi
M: é assim a notícia não tem nada de extraordinário é mesmo só isto/ porque ele diz que a
filha dele eeh a filha mais nova// quee fez algumas comentários negativos sobre o facto ele
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usar canNAbis e não sei quê e então ele disse// hã as declarações eram qualquer coisa do
género eu já sou velho já não preciso de drogas [(RISAS)]
E:
[(RISAS)]
H:
[(RISAS)]
M: o que é assim uma coisa ridícula porque então porque é que// qual é a relação entre a idade
e o precisares e porque é que agora/ se nunca conseguiste até agora como é que agora vais
deixar// decidir hãã deixar e acabou/ hã é um bocado/ não sei/ como é que defines o vício de
uma pessoa que faz só porque lhe apetece e ser uma coisa destrutiva mesmo no nível do do
tabaco e do álcool é destrutivo não é?/ em diferentes níveis/// são opções da pessoa neste caso
H: eu acredito que que na/// em primeiro lugar temos que falar de pessoa quem é// percebes?
que há pessoas que são// são a vida inteira dependentes de alguma coisa não é? e o que
acontece muito com os meus utentes há muitos deles que deixam heroína mas passam p’ó
álcool!
M: pois [é substituição]
H:
[têm que ter] alguma dependência qualquer ali/// passam de uma para outra/// sei lá por
exemplo eu eu/ eu bebo/ eu bebo vinho todos os dias
M: hum
E: todos os dias?47§
H:
§todos os dias bebo mas§
E:
§mas com a comida não?
H: sim/ sempre [com a comida]
M:
[a minha avó] também bebe e nunca teve problemas com isso§
H:
§não§
M:
§bebe
aquela dose todos os dias/ agora até aquela história do coração que faz bem ao coração o
vinho tinto§
H:
§agora descobriram [que faz bem]
E:
[sim]
M:
[pronto]// mas eu nunca vi nem a minha avó nem o meu avô
passar daquilo nem/ nem ter algum problema com isso mas// há muita gente que tem!
H: sim por exemplo eu bebo todos os dias todos os dias/ às duas principais refeições eu bebo
álcool mas não bebo fora// a não ser à noite no Piolho
M: sim/ mas isso [são questões sociais]
H:
[e agora menos] porque a cerveja ‘tá mais cara
M: (RISAS)
H: mas/// mas isso faz parte da minha educação que os meus pais também já os meus pais já
me deram eu segui os padrões deles/ não é?/// e eles bebem às refeições e eu simplesmente
comecei comecei a imitar o comportamento deles
M: eu lembro-me quando eu era miúda// era normal os meus avós/ não os mesmos mas os
meus avós mais velhos paternos// dizerem-me// quatro cinco anos olha não queres umas
sopinhas de vinho?
H: ( ( ) )
M: e eu achava/ eu nunca gostei não é? não gostava do vinho mas achava aquilo assim um
bocado tipo mas o vinho não é pa gente grande? achava aquilo na minha cabeça da menina
pequenina/ hã mas é verdade que é uma questão cultural também
H: sim [sim sim]
M: [a questão de-] o vinho é muito cultural eu acho// eeh aqui até porque somos uma terra
de produtores não é?/// mas/ quer dizer
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E: e por exemplo na Finlândia os vinhos custam tanto que que não podemos beber cada dia
H: sim muito caro
E: é muito mais caro lá do que aqui
H: vocês não produzem vinho nenhum
M: aqui qualquer agricultor pequenino pode produzir uns barrizitos [de vinho=]
H:
[é]
M: =é uma coisa§
H:
§é só bebidas destiladas que vocês produzem lá
E: cerveja e sidra
H: pois
E: mas vinho não
H: por exemplo a minha avó ela dava/// ela punha pão dentro de um pano// eles não tinham
chupetas né?
M: [sim]48
H: [ela punha] pão dentro de um pano e embebia aquilo em bagaço/ bagaço é tipoo
M: aguardente§
H:
§aguardente sabes?
E: aah
H: e depois dava aos meus tios/// e eles adormeciam// como é óbvio não é? eles ficavam
bêbedos
M: é verdade fazia-se isso aos bebés p’ós pais irem trabalhar não é?§
H:
§sim/ e não choravam a
noite toda// era bestial/ claro que os meus tios têm todos uma pancada mais ou menos
porque/// [desde pequenos que eram bêbedos]
M:
[oh mas antigamente era] por ignorância/ alguém fazer isso hoje/ já é mais/// as pessoas
têm um bocadinho mais obrigação saber os efeitos dependendo dos meios óbvio/ mas
antigamente era normal aquilo fazia-se como se faz hoje em dia dar um biberão de leite não é?
H: eu hoje em dia tenho essa perspectiva sabes tenho também na área que trabalho mas
humm/// claro que que o essencial ée é a educação e quando compararmos com algumas
questões básicas que nós estamos a ver aqui sei lá nos países nórdicos já já discutiram há 50
anos atrás/// do aborto [e não sei como é que é o aborto na na]
M:
[nos estamos sempre um bocadinho atrasados]
H: não sei se é legal ou não mas é é/ na Finlândia mas é tudo uma questão de de educação
[porque=]
M: [é]
H: =quando falo com os meus ut- tóxicos/ que têm mais ou menos a mesma idade/// e que falo
sei lá de hepatite B hepatite C/ falo do HIV
M: hum
H: ainda noto que há pessoas// que nunca na vida ouviram falar daquilo percebes? e vivem e
vivem em 2012 também como nós
M: eu também conheço ainda gente do que tu falas em HIV e ainda pensam naquilo como
uma coisa que nem pode chegar à tua beira
H: sim mais ou menos isso/ mais ou [menos isso]
M:
[eu conheço pessoas] assim inclusive na minha família///
ainda há muita ignorância de facto porque/ imagina/ não sei se tens HIV ou deixas de ter mas
eu posso perfeitamente conviver contigo sem nenhum tipo de problemas/ há muita gente que
ainda acha que não e que acha que é obrigatoriamente uma sentença de morte// e e já não é
tanto assim não é?
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H: sim/ ainda um bocadito mas§
M:
§sim mas não é como era há 20 anos§
H:
§não não é§
M:
§isso é óbvio/ há
gente vive aí tantos anos com aquilo e// não não tem problemas nenhuns// depois há pessoas
que ainda relacionam muito voltando voltando à questão de drogas ah porque se tens HIV é
porque obrigatoriamente andaste metido na droga ou nas prostitutas ou qualquer coisa assim§
H:
§a verdade§
M:
§são factores de risco mas não obrigatório
H: é verdade que durante muito tempo foi assim não é?
M: sim// ou então és gay/ também
H: [pois]
M: [também] há essa questão (RISAS)
H: pois/ mas a verdade é que durante muito tempo foi assim não é?/ porque porque porque//
quer dizer uma mulher podia engravidar um gay não// portanto o uso de preservativo começou
mais tarde
M: pois
H: por exemplo na na comM: na comunidade§
H:
§no meio homossexual claro ( ( ) ) porque eles não engravidavam não é? e
é normal
M: hoje em dia não é assim/ não é?
H: hoje em dia não é assim mas há pouco tempo falei com a médica de infecciosas e ela disse
que está outra vez a aumentar humm
M: ah é?
H: sim a prevalência em em na comunidade homossexual
M: eu ouvi também que tava tava aumentar a prevalência em cidadãos mais- a partir de 60
anos acho eu
H: por causa do Viagra/ sim
M: não sabia mas está/ pelos vistos está a aumentar imenso§
H:
§surgiu o Viagra então é um
problema porque a malta// quer recuperar o tempo perdido
M: pois mas também não sabe o que é que são os preservativos49 não é?
H: pois é§
M:
§esse tipo de pessoas recusa não é?
H: eu acho que os meus pais nunca viram um preservativo à frente/// quer dizer viram a
embalagem pelo menos
M: sim
H: mas não sei se viram o preservativo
E: a sério?!
H: a sério§
M:
§é possível aqui/ sabes que aqui em Portugal para muitos efeitos ainda somos um país
um bocadinho atrás no tempo não é?
H: eu não sei como sabes Portugal está longe da Europa para o bem e para o mal// não é?
M: sim é
H: tem coisas boas por tar longe da Europa como está a Europa central não é?// mas também
tem coisas más// hã a parte boa é que nós não temos grandes problemas sociais vá não temos
guerras/ não temos aqueles conflitos como vimos em Londres no último verão
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M: mas também é um bocado por inércia não é?
H: quer dizer é tudo!
M: é
H: temos bom tempo percebes? a malta vai beber uns copos/ a malta sempre liberta algum
stress// por aí/// sei lá por exemplo tu nunca ouviste em Portugal dizer que um gajo ( ( ) ) uma
pistola e foi foi para uma escola e matou
M: não/ graças a Deus!§
H:
§não sei quantos gajos/ percebes?
M: é verdade
H: mas mas aconteceu na Finlândia/ aconteceu noutros países nórdicos
M: e agora [na Noruega]
H:
[aconteceu na América]
E: sim na Noruega também
H: aconteceu agora na Noruega?
M: foi [o ano passado=]
H:
[aah aquele gajo]
M: =aquele maluco
H: mas os gajos malucos vamos sempre apanhando
M: sim mas [aqui em Portugal não temos história disso não é?]
H:
[até para isso nós estamos bem] nós não temos tremores de terra não temos [não
temos=]
M: [sim/// é verdade]
H: =não [temos grandes secas]
M:
[mas temos outras coisas] não temos cultura não temos50
E: [(RISAS)]
M: [é verdade]
H: [temos] uma coisa temos uma cultura especifica nós saímos de uma ditadura/// dura não
é?/// que tivemos durante muitos anos a ditadura acabou há muito pouco tempo e
M: sim é verdade
H: e 35 anos à escala de um país não é nada não é? nada não é? [não é nada portanto em 35
anos vão-se três gerações depois]
M: [sim/ o nosso país tem 12 séculos] ou lá o que e que é? (13:29)
H: sim somos o país nós éramos o país até a entrada agora/// acho que foi/// o Montenegro//
não foi Montenegro foi um país qualquer dos recentes [que entrou éramos os mais antigos=]
M: [éramos os mais antigos da União Europeia]
H: =que tínhamos as fronteiras mais antigas
M: é verdade/// sei lá foi D. Sancho não é? que ((fez/ definiu)) as últimas fronteiras assim
uma coisa
H: é capaz não sei
M: é provável acho que sim/// a minha história está um bocadinho desatualizada51
H: e a educar um país a esta escala [claro que=]
M:
[complicado]
H: =demora muitos muitos anos não é? e e esta passividade que nós também temos com a
clima e com com tudo
M: com o clima e com os/ não sei acho [que nós=]
H:
[ajuda]
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M: =ficamos ver o mundo passar e deixamos estar quando as coisas chegam cá/ tá bem
H: olha olha [o que aconteceu]
M:
[olha que fixe] olha que fixe/ é mesmo!/// eu eu lembro-me ainda hoje estava a
ouvir um programa na rádio/// em que o fulano dizia/ em 87 ouvimos falar da internet// e essa
era coisa/ e em muitos países havia princípios não é?§
H:
§sim sim aqui sempre chega tarde
não é?
M: aqui sempre chega tarde e mais caro e mais lento ee tudo isso52 que a gente/// é
complicado é complicado
H: as questões culturais sempre muito difíceis de de dee
M: ultra[passar]
H:
[ultrapassar]-se é uma é [uma barreira gigante]
M:
[sobretudo um país] que viveu tanto tempo fechado ao mundo
não é?
H: não tínhamos coca-cola/ não tínhamos
M: pois não/ era proibido/ sabes que era proibido proibido vender coca-cola aqui durante [a
ditadura?]
E: [nãao] não sabia
M: era era eeh a marca de capitalismo
H: sim nós não tínhamos nada basicamente não tínhamos McDonalds não havia nada só havia
produtos portugueses/// não é?
M: produtos portugueses e mesmo assim mal não é? (RISAS)
H: sim// mas havia mas havia havia alguma industria que nós tínhamos/ neste momento não
temos nada
M: pois// havia muita coisa era proibida porque ele ele dizia que era símbolo do capitalismo
então não se podia/// não se podia vender nem comprar e quem tinha era um luxo mesmo e iase a Espanha a comprar
H: sim rebuçados íamos a Espanha/ íamos comprar os rebuçados
M: e bacalhau íamos ia-se a Espanha comprar bacalhau a sério
H: meu deus que miséria/ eu ia com a minha família com as minhas tias e por ai fora na
camioneta// a Espanha e eu achava que a Espanha era uma gigante fabrica de rebuçados
porque sempre que lá iam/ traziam rebuçados
M: é verdade/ não havia nada e pelos vistos nós hoje em dia// comemos marmelada ou doces
como se fosse uma coisa normal pelos vistos a questão de marmelada e dos doces era
terrível// nós somos um país mesmo pequenino53 mas é tal coisa tamos aqui tão sossegadinhos
e ninguém nos chateia no fundo não é?
H: só só Troika e [e]
M:
[(RISAS)] mas fomos nós que os chamamos porque senão eles não vinham/
fomos nós que os chamamos mas a verdade é essa ninguém nos chateia
H: mas eu acredito acredito que de facto as diferenças culturais// porque são marcantes sabes
e algumas são difíceis de mudar ou senão impossíveis
M: também temos um população muito envelhecida não é?§
H:
§tem[os]
M:
[passa] muito por aí
[também=]
H: [temos]
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M: =porque a malta não é// deixa/ sei lá eu acho que nos estamos mais abertos à mudança e há
vamos experimentar! os velhotes não coitadinhos pensam não não [vamos com calma]
H:
[sim sim] é sempre
mais difícil introduzir uma mudança [claro]
M:
[é] mais difícil mas é como se diz burro velho não
aprende [línguas é um bocado isso=]
H: [(RISAS)]
M: =hããã/// maas passa mui- passa por muitos factores todas as questões de drogas e de// sei
lá tudo isto que nós falamos é muito cultural e muito social
H: sim há/ tavas a falar em relação ao uso de drogas e ao HIV e então essa medica disse-me
que a prevalência do do HIV esta aumentar em em malta nova/ muito nova§
M:
§sim§
H:
§que fazem
um jogos sexuais muito estranhos estranhos do gênero põem uma garrafa entre eles há um
HIV positivo/// põem uma garrafa a rodar// e a garrafa em quem parar ele tem que ter relações
com esta pessoa com HIV positivo porque eles acham que// já há terapêutica eficaz// contra
contra o HIV eu achei isso assustador mas
M: isso é aqui em Portugal?
H: sim sim aqui em Portugal [e malta nova]
M:
[não é possível]
H: mesmo entre gerações/// cultas não é? existe esta falta de de de informação incrível!
M: é
H: essa libertinagem/ de poder
E: então não têm aulas na escola de-?
H: têm têm aulas na escola só que depois é a desinformação que também existe não é? e mitos
que se criam e e
M: também a educação sexual que existe hoje em dia nas escolas eu acho que não é muito
elucidativa pelo menos a que eu tive não era
H: eu não estou a par/ eu não estou a par mas tenho 29 e quando dei a saúde sexual na escola
foi estudar a vagina e foi estudar o pénis [e ponto final]
M:
[pois é pouco mais] do que isso não é?
H: e punto final
M: não há/ eu dei um bocadinho mais que isso eu tenho 26 mas/ e mesmo agora tenho vários
primos/ tenho primos de várias idades e eles não falam// vêm-me perguntar coisas que acho
que não deviam perguntar a mim/ deviam ter na escola ou aos pais mas aos pais nem pensar
H: já não é mau perguntar [(RISAS)]
M:
[é verdade] é verdade mas eu fico assim OK// não é não sei se é
propriamente o meu papel mas OK respondo/ humm/ mas é complicado porque não há muita
informação e depois os miúdos acham que podem fazer tudo não é?
H: sim [sim sim sim]
M: [que são imunes] a tudo hãã e é engraçado a propósito falarmos de de farmácias e de
gente nova e medicamentos e drogas// hã uma vez falei com uma farmacêutica que daquelas
farmácias/ dee- onde tens medicamentos de venda livre as parafarmácias
H: hum
M: em que ela nos dizia/// hmmm que a lei em muitos aspectos era ridícula porque era/ por
exemplo tu podes ir a farmácia comprar a pi- a parafarmácia pode vender
H: [pílula de dia seguinte]
M: [a pílula de dia seguinte] mas não podem vender pílula normal/// ou e não pode por
exemplo vender paracetamol de um grama mas pode vender de [500 e tu tomas 2]
H:
[dois 500]
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M: é igual/ hã e ela dizia a propósito de pílula e dos miúdos/// que ao sábado aquilo era num
shopping/ a parafarmácia em questão/ que ao sábado à noite/ eles fechavam à meia-noite a
partir das onze e meia começavam fazer filas as miúdas 12 anos 13 anos e ela diz que não
tinham mais pelo tamanho e tudo o mais// a comprar pílula do dia seguinte diziam que era
para ir para a noite e pa depois tomar/// quer dizer§
H:
§mas não engravidavam não é?
M: não engravidavam mas comportamento de risco não é? naquela idade a gente lá sabe se
elas sabem com quem é que se iam meter/// e depois 12 anos digo eu quee// pra toda a gente é
pr- é precoce acho que não sou só eu que digo (RISAS)
H: pois eu acho que é precoce/ pelo menos os 12 anos portugueses são precoces
M: pois!
H: os 12 anos finlandeses não sei como é que são mas mas os 12 portugueses são são precoces
M: pois!
H: e mesmo [os 16 portugueses são precoces]
M:
[mesmo nível de aos] 12 anos ainda nem sequer cresceste completamente [nem
pouco mais ou menos]
H: [não/ um português com 18 anos] um português com 18 anos é capaz de viver sozinho mas
os finlandeses já estão a viver sozinhos praí há 7
E: [(RISAS)]
H: [(RISAS)]
M: [e mesmo a nível de corpo] mesmo a nível de corpo quer dizer/ não sei faz-me muita
confusão esse tipo de coisas// se calhar sou eu que estou a ficar velha (RISAS)
H: o corpo ainda vá que não vá mas mas a cabeça como é que um rapaz de 18 anos pode
pagar as contas?§
M:
§aqui neste pais muitas vezes aos 35 o cérebro também ainda não cresceu
portanto§
H:
§pois isso é que é preocupante
M: [(RISAS)]
H: [isso é que é preocupante]
M: alias/ se virmos se virmos as pessoas por quem somos governados/ alguns coitadinhos
ainda estão em fase de crescimento portanto
H: pois tão
M: não sei
H: mas a gente vota neles
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