Fichero PDF - Biblioteca Digital de la Comunidad de Madrid

Anuncio
BOLETIN
DE LA
SOCIEDAD ESPAÑOLA DE EXCURSIONES
ANO X
Madpíd, Pebpepo de ±©OS.
NUM.
108
OTOTIPIA @
BRONCE PRAXITELIANO EN E L MUSEO DEL PRADO
Se le estudia en el trabajo de D N a r c i s o Sentenach.
WANDER WEYDEN.— LA CRUCIFIXIÓN
Pertenece este cuadro á l a c o l e c c i ó n de D . P a b l o B o s c h , y es notable por
las relaciones que presenta con el t r í p t i c o del mismo autor, que se g u a r d a en
V i e n a , L a s figuras de los donadores, representadas en a q u é l , se h a n convertido a q u í en dos de las tres M a r í a s , y á é s t a s se h a unido t a m b i é n l a V e r ó n i c a ,
colocada en l a hoja derecha de l a o b r a que se custodia en l a c a p i t a l de A u s tria H u n g r í a .
RUBENS.—DIBUJO
DE UNA CABEZA DE ESTUDIO
E s uno de los numerosos dibujos de autores notables que f o r m a n parte de
la colección del S r . M a r q u é s de C e r r a l b o , que le tiene colocado en l u g a r prefe
rente, e s t i m á n d o l e de los mejores que posee en u n i ó n de l a cabeza de R i b e r a ,
que fué p u b l i c a d a en l a excelente R e v i s t a Historia y Arte.
BURGOS.—RETABLO DE LA BUENA MAÑANA EN LA PARROQUIA DE SAN GIL
Se le d e s c r i b i ó analizando sus v a r i a d o s elementos en el trabajo "Retablos
e s p a ñ o l e s ojivales, y de l a t r a n s i c i ó n a l Renacimiento,,, insertado en v a r i o s
n ú m e r o s del tomo I X .
SECCIÓN D E B E L L A S
BRONCE PRAXITELIANO
E n t r e los ejemplares e s c u l t ó r i c o s
que guarda nuestro Museo, merece es
pecial a t e n c i ó n una g r a n cabeza de
bronce, que podemos c a l i f i c a r , desde
luego, como o b r a maestra en su gene
ro y d é l a s mejores existentes entre las
escasas de tal m a t e r i a , debidas a l arte
ARTES
í EL MUSEO DEL PRADO
h e l é n i c o , que h a n l l e g a d o hasta nosotros.
L a e x c e l e n c i a del m e t a l en que se
v a c i a r o n h a sido l a causa de su completa d e s a p a r i c i ó n , pues s u m a y o r
n ú m e r o se han fundido en tiempos posteriores p a r a otros usos; pero p o r las
26
BOLETIN
N o m á s que lo expuesto sabemos de
que se h a n salvado puede c o m p r e n derse á q u é g r a d o de adelanto l l e v a - su p r o c e d e n c i a , pero n a d a de e x t r a ñ o
tiene que h u b i e r a a p a r e c i d o en el suelo
r o n los g r i e g o s l a f u n d i c i ó n en b r o n c e
de I t a l i a , pues frecuentes e r a n los v i a de sus mejores modelos, pues n a d a
mejor se h a hecho d e s p u é s , n i en i n s - jes de las estatuas, y prueba de ello e l
reciente h a l l a z g o , en el fondo del m a r
p i r a c i ó n n i en p r o c e d i m i e n t o s .
de l a a n t i g u a i E g i l i a , de aquel soberL a cabeza en c u e s t i ó n es de u n m é bio c a r g a m e n t o de bronces g r i e g o s ,
r i t o e x t r a o r d i n a r i o , y a s í fué recono
que l a c a s u a l i d a d h a puesto á l a v i s t a ,
cido desde los p r i m e r o s momentos.
y c o n c u y o s a d m i r a b l e s ejemplares p o S e g ú n nota de H ü b n e r en su Die Audemos e q u i p a r a r e l nuestro.
tiken Bildwerke
in Madrid
(Esculturas A n t i g u a s en M a d r i d ) , p á g . 94, fué
#**
a d q u i r i d a p o r l a R e i n a Isabel F a r n e
sio, en P a r m a , p o r l a respetable c a n t i L a estatuaria g r i e g a , c o m o el arte
dad de 50.000 escudos, habiendo figuque r e a l i z ó m á s l ó g i c a y completarado en l a g a l e r í a de S a n Ildefonso,
mente su c i c l o , p r o c e d i ó p o r evolucon el n ú m . 13.196 de los objetos que
c i ó n de estilos, h o y completamente de
c o n t e n í a el P a l a c i o . W i n k e l m a m (1) da
t e r m i n a d o s y f a m i l i a r e s á los que á
t a m b i é n cuenta de ella, lo que i n d i c a
ella d e d i c a n sus estudios.
el g r a d o de a p r e c i o en que, en todo
Pasados los grandes modelos d e l s i tiempo se, h a t e n i d o tan n o t a b l e glo V antes de J e s u c r i s t o , de los que
b r o n c e (2).
F i d i a s fué p r i n c i p a l m e n t e el maestro
S u estado de c o n s e r v a c i ó n deja basi n s u p e r a b l e , v i n i e r o n otros eminentes
tante que desear; p a r t i d a en toda su artistas que, s i n ser tan compendiosos,
l o n g i t u d y falta del cuello por l a p a r - e x t r e m a r o n las distintas perfecciones
te p o s t e r i o r , se encuentra h o y i m p e r - que de f ó r m u l a tan s i n t é t i c a se po
fectamente u n i d a y rellena de una pasd í a n d e d u c i r , determinando p o r ellos
ta, que aparece por v a r i o s puntos; pero estilos y tendencias que c a r a c t e r i z a n
a u n a s í , basta fijar l a v i s t a en l a foto- sus obras, s i n que por esto l l e g u e n a ú n
t i p i a que i l u s t r a este a p u n t e , p a r a al a m a n e r a m i e n t o ó p l a g i o , de los pec o m p r e n d e r l a g r a n d i o s i d a d de su es- r í o d o s de d e c a d e n c i a . E l estilo de Seo
tilo y l a s i g n i f i c a c i ó n que en el des- pas, de P r a x i t e l e s y de L i s i p o p r i n c i a r r o l l o del arte tiene, por e l momento palmente, quedan h o y y a d e t e r m i n a feliz que r e p r e s e n t a , considerando dos, p u d i é n d o s e o b s e r v a r l a medida de
a d e m á s c u a n h e r m o s a s e r í a l a figura las p r o p o r c i o n e s y e l c a r á c t e r fisonó»
á t a l cabeza perteneciente.
m i c o de los tipos, concretado m á s por
E s bastante colosal, pues mide 0,45 los rasgos propios del modo de modec e n t í m e t r o s de a l t u r a , s i n l a basa; co- lar de c a d a uno de estos maestros.
rresponde, s i n duda, á u n a g r a n estaE l t i p o de l a cabeza de b r o n c e de
t u a , de las llamadas a t l é t i c a s o l í m p i nuestro Museo, corresponde perfectacas, e r i g i d a s en h o n o r de a l g ú n v e n mente a l a d m i t i d o por l a escuela á t i c a
cedor de los juegos, ostentando por eso
p a r a s u s estatuasheroicas, pero porsus
en su tipo los caracteres, u n tanto c o n acentos especiales se le ve d e r i b a r d i vencionales y establecidos, p a r a l a rerectamente de l a del H e r m e s de P r a x i p r e s e n t a c i ó n de estas figuras, m á s heteles, á l a que a l punto r e c u e r d a , tanr o i c a s que puramente personales.
to p o r su r o s t r o como p o r el cuello y
cabellera.
(1) Obras, V , 551.
(2) Hoy con el núm. 735 del inventario de las esculturas del Museo def Prado.
A l tipo m á s c l á s i c o e n el A t i c a
" P r a x i t e l e s le i m p r i m e u n c a r á c t e r
D E L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
u y personal,,, o b s e r v a C o l l i g n o n (1),
a c e n t u á n d o l e las p r o m i n e n c i a s superc i l i a r e s , p r o f u n d i z a n d o a s í los l a g r i males, lo que da á los ojos u n a ex
p r e s i ó n m á s intensa, y m a y o r r e c t i tud á la n a r i z , reduciendo l a m a n d í b u la i n f e r i o r , p a r a hacer m á s a g u d a y
cuadrada l a b a r b a . C o r o n a tan hermoso rostro r i z a d a c a b e l l e r a de artísticos y g r a c i o s o s m e c h o n e s , n u n c a
antes tan bella n i v a r i a d a m e n t e m o v i dos, d i f e r e n c i á n d o s e a s í el tipo p r a x i teliano de todos las d e m á s a n t e r i o r e s y
posteriores.
m
A s í como á Scopas c o r r e s p o n d e el
m á s correcto ó v a l o de l a faz h u m a n a ,
representado, lo m á s probablemente,
por l a cabeza de M e l e a g r o , de l a v i l l a
Médicis (fig. 127 del Colignon, II), y
á L i s i p o le vemos acusar c i e r t a cuadratura, que le a c e r c a a l g e n u i n o d ó rico, á c u y a r a z a pertenece; á P r a x i teles corresponde l a e j e c u c i ó n d e l tipo
m á s e x p r e s i v o y seductor de l a estatuaria g r i e g a , y que p o r u n a r a z ó n est é t i c a h a b í a n de p r e f e r i r p a r a el de
A d o n i s los g r a n d o s p i n t o r e s del R e n a cimiento i t a l i a n o (2).
N o es esto d e c i r que sea del p r o p i o
P r a x i t e l e s el b r o n c e d e l P r a d o , pues,
al c o m p a r a r l o c o n otras obras que del
g r a n escultor g r i e g o nos quedan, pudiera pedirse m a y o r efecto de c l a r o
obscuro y m á s a p u r a d a e j e c u c i ó n en
sus facciones, sobre todo en l a b o c a ;
pero no llegando á tanto su m é r i t o , l a
influencia y l a s u m i s i ó n p o r parte de
su autor a l estilo de P r a x i t e l e s es e v i dente, mostrando a ú n fresca y l o z a n a
esta influencia, hasta e l e x t r e m o que,
en ocasiones, l l e g a á r a y a r á l a a l t u r a
del maestro; el p e l o , l a oreja y parte
de los c a r r i l l o s son de u n a e j e c u c i ó n
tan v a l i e n t e c o m o a c a b a d a .
E l estado de d e t e r i o r o en que
se
(1) L'esculture grecque, tomo II, pág. 294.
(2/ Sugiéreme esta comparación el tipo del Adonis, que se desprende de los brazos de Venus, en el
magnífico lienzo de Tiziano, núm. 155 del Museo del
Prado.
27
h a l l a h a deformado algo l a p r o p o r c i ó n
y a r m ó n i c o encaje de las facciones,
pero a u n a s í , se g o z a bastante de su est i l o y g e n e r a l aspecto (1).
***
D e s p u é s de S c o p a s y P r a x i t e l e s ,
grandes maestros los m á s i n m e d i a t o s á
los del s i g l o V antes de J e s u c r i s t o ,
ocupa l a escena p o r completo el l o n g e v o L i s i p o , que a l c a n z a á A l e j a n d r o
M a g n o y que a b a r c a el final d e l s i g l o I V p a r a a b r i r t a m b i é n e l III.
E l estilo y tendencias de este autor
nos son conocidos dada su p r e d i l e c c i ó n
por las formas h e r c ú l e a s y colosales
c o n que e l genio d ó r i c o d e l Peloponeso quiso subplantar a l arte e x q u i s i t o
del Á t i c a , su constante r i v a l . L a escuel a o r g i v o - s i c i o n a o c ú p a l a escena a r t í s t i c a d e s p u é s de l a c a í d a de A t e n a s ; el
t a m a ñ o de sus obras a y ú d a l e s á ser
m á s imponentes, pero f á l t a l e s a q u e l
acento e s p e c i a l í s i m o , que s ó l o e l Á t i c a
l o g r ó i m p r i m i r l e s , a u n cuando t a m b i é n l l e g a r a á d a r colosales p r o p o r c i o nes á sus trabajos.
P o r esto no nos parece, n i puede p a r e c e r á n i n g u n o que atentamente estudie e l arte g r i e g o , d e l t i e m p o de L i sipo nuestro b r o n c e , pues su c a r á c t e r
á t i c o es tan m a r c a d o que n o admite
duda su reconocimiento. E l t a m a ñ o
c o l o s a l , c a s i u n doble d e l n a t u r a l , no
debe, pues, i m p o r t a r n o s n a d a p a r a su
c l a s i f i c a c i ó n de escuela, s ó l o , s í , nos
induce á creer q u e corresponde á
una é p o c a en que e l a r t e g r i e g o com e n z ó á a m p l i a r el t a m a ñ o de sus fund i c i o n e s , hasta l l e g a r á los enormes
colosos, de los que e l de R o d a s fué
(1) Collignon, L'esculture grecque, tomo II, páginas 357-58, señala como tipo praxitcliano muy notable
la estatua de Ú V O Q (el Sueño), que existe también en
el Museo del Prado, de ella dice "que jamás el arte
encontró para esta idea forma más noble ni saliente,,,
tomándola después como tipo de comparación con
otras obras de mérito extraordinario.
Mucho nos complace poseer tan excelente obra en
nuestro Museo, de la que daremos también nota ilustrada.
BOLETIN
28
el m á s g i g a n t e s c o . F i j á n d o l e , pues,
fecha, se le puede c o n s i d e r a r , s i n pe­
l i g r o de g r a n e r r o r , como ejecutado á
p r i n c i p i o s del s i g l o I V antes de Jesu­
cristo.
dado l u g a r á m i l d i s q u i s i c i o n e s y se h a
q u e r i d o a t r i b u i r á L i s i p o , el p r i m e r
b r o n c i s t a del s i g l o I V , R e i n a c h no se
m u e s t r a conforme c o n esta o p i n i ó n ,
i n c l i n á n d o s e m á s b i e n á reconocer en
ella l a influencia p r a x i t e l i a n a ; en i g u a l
caso e s t á nuestro b r o n c e del P r a d o .
C o m p a r a n d o a h o r a nuestro b r o n c e
con los que se h a n e x t r a í d o del fondo
del m a r en el cabo M a l e o , presenta
g r a n semejanza con el que se ha dado
en l l a m a r l a p e r l a de l a c o l e c c i ó n , y
t a m b i é n el efebo de Cerigotto, sobre el
que T h e o d o r o R e i n a c h (1) l l e g a á de­
c i r "que e l Á t i c a no tiene m á s bella
j o y a en su tesoro,,.
A u n q u e esta b e l l í s i m a estatua h a
S i n a p u r a r demasiado l a a t r i b u c i ó n ,
terreno difícil y r e s b a l a d i z o , y m á s no
contando c o n l a t o t a l i d a d de l a esta­
tua, es l o c i e r t o que poseemos u n b r o n ­
ce de p r i m e r o r d e n , que p o r sus c a ­
r a c t e r e s r e c u e r d a á uno de los m á s i n ­
signes maestros h e l é n i c o s , y que, p o r
su i m p o r t a n c i a , es d i g n o de figurar a l
lado de los mejores c o n que se enor­
g u l l e c e n los Museos extranjeros.
NARCISO
(1) Gasette des Beaux-Artes, 1901, tomo I, pági­
na 297.
SENTENACH.
Madrid, Enero, 1902.
La primitiva Basílica de Santianes de Pravia (Oviedo)
Y SU PANTEÓN
REGIO
(Continuación.)
C o m o el a r c o que daba i n g r e s o a l
c r u c e r o e r a bajo, quedaba entre l a
c l a v e y l a c u m b r e del tejado u n espa-
c i ó g r a n d e , donde campeaba l a célebre i n s c r i p c i ó n : Silo Princeps
fecit,
e s c r i t a en esta l a b e r í n t i c a f o r m a :
T I C E F S P E C N C E P S F E C I T
I C E F S P E C N I N C E P S F E C I
C E F S P E C N I R I N C E P S F E C
E F S P E C N
F S P E C
I R P R
I N C E P S F E
N I R P O P R I N C E P S F
S P E C N I R P O L O P R I
N C E P S
P E C N I R P O L I L O P R I N C E P
E C N I R P O L l g i L O P R I N C E
P E C N I R P O L I L O P R I N C E P
S P E C N I R P O L O P R I N C E P S
F S P E C
N I R P O P R I N C E P S F
E F S P E C N I R P R I N C E P S F E
C E F S P E C N I R I N C E P S F E C
I C E F
S P E C N
I N C E P S F E C
T I C E F S P E C N C E P S F E C I T
I
o
o
o
Q
<
CE
Q_
_J
1Ü
Q
O
LU
C/)
3
_l
ÜJ
Q
<
Z
<
_J
ÜJ
H
i»
-»
o
i—i
02
tí
¡=>
ü
X
a
te
o
o
co
«d
R
Q
X
<
a:
o.
ÜJ
ü
z
o
DE
L A SOCIEDAD
ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
Esta c o m p l i c a d a c o m b i n a c i ó n de letras, que permite leer l a i n s c r i p c i ó n
un n ú m e r o casi infinito de veces, estaba muy en uso en aquel tiempo, y
de i g u a l f o r m a e r a l a que t e n í a u n
santoral que v i o A m b r o s i o de M o r a les en l a biblioteca del S a l v a d o r de
Oviedo, dedicado a l R e y F r o i l a , en
760, pocos a ñ o s antes de l a e r e c c i ó n
de esta B a s í l i c a . V a ^ e o fué el p r i m e r o
que l a dio á l u z , r e p r o d u c i é n d o l a des
pues en sus c r ó n i c a s , nuestros historiadores de los siglos X V I y X . V I I .
M a n t ú v o s e intacta l a i n s c r i p c i ó n hasta el a ñ o de 1 6 6 2 , en que un D . F e r nando de Salas, d u e ñ o del inmediato
palacio, autor de l a v a n d á l i c a dest r u c c i ó n de los á b s i d e s , sostuvo u n
largo litigio con los v e c i n o s de S a n tianes, pretendiendo ejercer derechos
señoriales en l a i g l e s i a , y como esta
i n s c r i p c i ó n demostraba que su fundación era R e a l , l a a r r a n c ó de su sitio y
la hizo pedazos, uno de los cuales,
precisamente donde estaba l a S i n i cial de l a leyenda, fué hallado cuando
se hizo l a r e s t a u r a c i ó n del c r u c e r o .
E n 1 8 5 2 , el h i s t o r i a d o r D . Modesto
Lafuente hizo u n viaje á Santianes y
se llevó este fragmento, desaparecien
do toda huella de l a c é l e b r e inscripción.
C R U C E R O . — T e n í a esta parte del
templo una d i s p o s i c i ó n p a r t i c u l a r diferente de la que se observa en las B a sílicas latinas y a u n en las levantadas
en A s t u r i a s en el s i g l o I X . E n S a n
J u l i á n de los P r a d o s , prototipo de una
iglesia asturiana de l a é p o c a del R e y
Casto, el crucero es a m p l i o y d i á f a n o ,
como que ocupa el espacio de las tres
naves; pero a q u í e l á r e a estaba interrumpida p o r p i l a r e s y arcos alzados
en el eje de los que separan l a nave
central de las laterales, formando en
el medio u n a c á m a r a c u a d r a d a , con
sus cuatro vanos de i g u a l a l t u r a , sobre los que c a r g a n m u r o s m á s elevados que los de las naves, brazos y
29
á b s i d e s , v i n i e n d o á ser u n v e s t í b u l o
del santuario. E n F r a n c i a , en las é p o cas m e r o v i n g i a y C a r l o v i n g i a , estaba en uso esta e x t r a ñ a d i s p o s i c i ó n del
crucero, que se eleva á g r a n a l t u r a , á
manera de t o r r e , c u b i e r t a i n t e r i o r mente de b ó v e d a y terminada a l exter i o r con una flecha p i r a m i d a l ú ochavada de tres c u e r p o s , y de a h í su
nombre de Tristeza,
A c a s o los v i s i godos lo t o m a r o n de los francos durante su d o m i n a c i ó n en l a G a l i a g ó t i ca, y á eso se debe, probablemente,
su presencia en l a B a s í l i c a de Santianes. C o m o esta parte del c r u c e r o ten í a m á s e l e v a c i ó n que e l resto del
templo h a b í a bastante espacio p a r a
a b r i r ventanas en los m u r o s laterales
que a l u m b r a b a n esta parte del templo,
semejante por su c u a d r a d a planta, por
las a r q u e r í a s que le s o s t e n í a n y por
sus luces altas á las k o b b a ó v e s t í b u los de los m i r a b s de las mezquitas
á r a b e s e s p a ñ o l a s , t r a í d o s m á s tarde,
en el siglo X , á los estados cristianos
de E s p a ñ a por los monjes cordobeses,
cuyo ejemplo nos ofrece l a iglesia de
P e ñ a l b a en el V i e r z o ( 1 ) . E s t a disposición del c r u c e r o p o d í a tener r a z ó n
de ser en las B a s í l i c a s francesas cont e m p o r á n e a s , porque el altar, como en
las italianas, estaba situado en el centro de él, a l z á n d o s e l a flecha del bald a q u í n bajo l a elevada b ó v e d a del
c i m b o r r i o ; pero no en los templos
hispano godos y asturianos, donde l a
sagrada mesa ocupaba el á b s i d e , l u g a r antes destinado a l O b i s p o y los
presbíteros.
Sobre el arco t o r a l , que daba i n g r e so a l á b s i d e c e n t r a l , e x i s t í a u n a insc r i p c i ó n , c i t a d a por los cronistas del
(1) Precisamente cuando se construía la Basílica
de Santianes, levantaba Aderramán I la mezquita
de Córdoba; pero entonces carecían los árabes de
arquitectura y no podían ejercer influencia sobre la
nuestra. E l arquitecto visigodo que debió construir
la aljama, cuyos elementos constructivos y ornamentales pertenecían á los templos cristianos, reprodujo
delante del primitivo Mirab, que hoy no existe, e\
elevado vestíbulo de las iglesias francesas.
30
BOLETIN
s i g l o X V I , que desgraciadamente no
h a sido c o p i a d a , y es de s e n t i r , porque en e l l a d e b í a c o n s t a r l a E r a de l a
e r e c c i ó n de l a B a s í l i c a , los nombres
de los O b i s p o s consagrantes y las rel i q u i a s g u a r d a d a s bajo e l a r a (1).
C u a n d o se d e r r i b ó esta parte del templo c o r r i ó i g u a l suerte que l a de Silo
princeps fecit, y acaso le pertenecer í a u n i m p o r t a n t e fragmento que h o y
se c o n s e r v a i n c r u s t a d o en l a p a r e d de
l a n a v e del l a d o d e l E v a n g e l i o . L a
l á p i d a , que es de m á r m o l a m a r i l l a ,
e s t á r o t a v e r t i c a l m e n t e , de modo que
los r e n g l o n e s de este trozo e s t á n t r u n
cados, no pudiendo sacarse sentido de
su c o n t e x t o , p o r m á s que los caracteres a p a r e c e n bellamente trazados y
las p a l a b r a s son l e g i b l e s (2).
E n toda B a s í l i c a a s t u r i a n a de a q u e l
t i e m p o v e í a s e sobre l a c l a v e del a r c o
del á b s i d e c e n t r a l , pintado ó de bulto, l a i m a g e n de C r i s t o en l a C r u z ,
flanqueado c a s i s i e m p r e de dos A p ó s toles ó las M a r í a s , c o m o s u c e d í a en
las c a p i l l a s d e l R e y C a s t o y C á m a r a
santa de O v i e d o , donde a ú n se c o n s e r v a n las relevadas cabezas i n c r u s tadas en los m u r o s . A q u í , c o m o el
a r c o t o r a l del s a n t u a r i o e r a bajo, de
i g u a l a l t u r a que otros tres que l i m i t a b a n el c r u c e r o , quedaba entre su c i m a
y l a c u m b r e del tejado u n g r a n l i e n z o
de m u r o , en el que c a m p e a b a u n enorme C r u c i f i j o , l l e v a d o cuando l a dest r u c c i ó n de esta p a r t e del t e m p l o , á
u n a de l a s naves p e q u e ñ a s , y expuesto h o y á l a a d o r a c i ó n de los fieles en
el a l t a r d e l lado del E v a n g e l i o . E s t á
t a l l a d o en m a d e r a , toscamente ejecutado, de t a m a ñ o a l g o m á s que natur a l , secos y estirados los m i e m b r o s , el
pecho e s t r e c h í s i m o , m a r c á n d o s e las
(1) Consta su fundación y dotación en una piedra
que está sobre el arco, por donde se entra á la capi_
lia mayor, que se puede le«r mal por un Crucifijo*
que está sobre el mismo arco, por haberse dado de
negro por aquel lado de la pared donde está la piedra. -(.Carballo, Memorias históricas del Principado de Astuturias.)
(2) Apéndice II.
costillas, c u a l las de u n esqueleto, term i n a d a l a cabeza en p u n t i a g u d a barba y los pies en postura o b l i c u a y forzada. P o r su forma a r c a i c a pudiera
creerse que esta e s c u l t u r a e r a c o n t e m p o r á n e a del R e y S i l o ; pero h a y u n
hecho que a c u s a h a b e r sido l a b r a d a
c o n p o s t e r i o r i d a d a l m i l e n a r i o , que
los pies e s t á n fijados á l a C r u z c o n u n
solo c l a v o , m i e n t r a s que los anteriores á a q u e l l a é p o c a e s t á n s i e m p r e u n i dos c o n dos a l s a g r a d o m a d e r o . P r o bablemente e l C r i s t o de l a p r i m i t i v a
B a s í l i c a se c o n s u m i r í a c o n e l t i e m p o ,
siendo sustituido c o n el a c t u a l , que
c i t a C a r b a l l o en s u Historia
de
Astu-
rias.
A B S I D E S . — C o r r e s p o n d í a n á las tres
naves otros tantos á b s i d e s de l a m i s m a a n c h u r a que a q u é l l o s , donde se a l z a b a n los altares; e l c e n t r a l dedicado
al Apóstol y Evangelista San Juan, tit u l a r de l a B a s í l i c a ; el d e l lado de l a
Epístola al p r o t o m á r t i r San Esteban,
y el opuesto á l a V i r g e n
emeritense
Eulalia,
por
donde
yacieron
algún
t i e m p o sus cenizas. L o s bellos restos
o r n a m e n t a l e s , poco h a
descubiertos,
m u e s t r a n que estos á b s i d e s , especialmente el del m e d i o , debieron estar r i camente decorados los paramentos i n t e r i o r e s de a r q u e r í a s ciegas ó s i m u l a das, c o m o estaba en uso entonces, seg ú n v e m o s en las i g l e s i a s de S a n t u l l a no y S a n S a l v a d o r de P r i e s c a (1).
A l u m b r a b a n los santuarios
ventanas
abiertas en el m u r o del testero, siendo
m a y o r l a del c e n t r a l y en f o r m a de ajimez , c o n dos ó tres a r q u i t o s , c i r c u i dos a l e x t e r i o r p o r u n a faja r e c t a n g u l a r , que los á r a b e s t o m a r o n de los v i s i g o d o s , y le l l a m a r o n arrobad.
En
esta v e n t a n a d e b i ó estar l a i n s c r i p c i ó n
que el c a n ó n i g o T i r s o de A v i l e s c o p i ó
(i; Careciendo de datos precisos acerca de la existencia de tales arquerías, no las hemos puesto en el
alzado longitudinal del plano, trazando solamente
una imposta compuesta de las molduras que coronan
las pilastras de las naves, sobre la cual arranea la
bóveda del ábside.
D E L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
á mediados del siglo X V I , que d e c í a
31
L o s arcos torales que daban paso á
los á b s i d e s estaban sostenidos por co •
lumnas exentas de acentuada é n t a s i s ,
de cuyos fustes se c o n s e r v a n trozos
sirviendo actualmente de soportes á las
gerada é n t a s i s , pero m á s delgado que
los otros, por lo que es de creer h a y a
pertenecido á uno de los á b s i d e s pe q u e ñ o s . N o se encuentran capiteles, y
aunque hay quien supone haberlo sido
una de las citadas p i l a s p o r tener a l
guna semejanza c o n los de aquella é p o ca, desde luego se ve que es u n a tosca
i m i t a c i ó n , obra de un m a l labrante del
pasado siglo, de i d é n t i c a forma y talla
pilas de agua bendita. U n o de é s t o s
está unido á l a basa ú n i c a que se conserva, notable por l a c o m b i n a c i ó n de
las molduras, compuestas de u n a escocia poco profunda entre dos filetes,
que ocupa el sitio del toro, y de u n
plinto c i r c u l a r que descansa sobre u n
cuadrado pedestal. E x i s t e fuera de l a
Basílica, escondido entre escombros y
maleza, un fuste monolito de 1 metro
26 c e n t í m e t r o s de l a r g o , mutilado por
uno de sus extremos, t a m b i é n de exa-
que otros muchos que se v e n en las
iglesias asturianas modernas. L a s bó
vedas que c u b r í a n los á b s i d e s e r a n de
medio c a ñ ó n , como todas las a q u í l e vantadas en aquel tiempo, pues era tal
el atraso en el arte de edificar durante los siglos V I I I y I X que hasta se i g noraba el trazado de las de a r i s t a , no
usadas j a m á s en los monumentos de
A s t u r i a s ; por eso se observa siempre
que los arranques de las b ó v e d a s e s t á n
cerca del suelo con el fin de contra-
así:
IN HONORE S A N C T I IONNES
APOSTOLI E T E V A N G E L I S T E
HEC D O M V S C O N S T I T I T
BOLETÍN
32
r r e s t a r s u empuje c o n menos esfuerzo.
s i n que n a d i e t u v i e r a n o t i c i a de s u
E l p a v i m e n t o de estos á b s i d e s estaba
e x i s t e n c i a . E s t e respetable m o n u m e n -
e l e v a d o s o b r e e l de l a i g l e s i a l a a l t u r a
to, e l m á s a n t i g u o en su g é n e r o que se
de u n e s c a l ó n , > c o m o el d e l c r u c e r o
c o n s e r v a de l o s p r i m e r o s a ñ o s de l a
y n a v e s e r a de u n f o r t í s i m o h o r m i -
R e s t a u r a c i ó n , e r i g i d o setenta a ñ o s an-
g ó n , c o m p u e s t o de menudos f r a g m e n -
tes que el de S a n t a M a r í a de N a r a n c o ,
tos de c a l i z a y l a d r i l l o u n i d o s p o r d u r o
tiene subido v a l o r h i s t ó r i c o , y a u n a r -
c e m e n t o , d e l que se v e n a l g u n o s res
q u e o l ó g i c o , p o r q u e ante él se p o s t r a -
tos en el p a n t e ó n . E s t e p a v i m e n t o des-
r o n i l u s t r e s M o n a r c a s y nos d a
a p a r e c i ó e n e l s i g l o X I I I , en que co-
i d e a de c ó m o e r a n los altares en aque
menzaron á hacerse
l i a r e m o t a edad; p e r o c a r e c e de i m -
en A s t u r i a s las
una
i n h u m a c i o n e s d e n t r o de l o s t e m p l o s .
p o r t a n c i a a r t í s t i c a , p o r no h a b e r en
A L T A R . — E n medio del á b s i d e cen-
sus superficies d e c o r a c i ó n a l g u n a , n i
t r a l estaba e l a l t a r m a y o r , que e l c r o -
inscripciones, n i el m á s insignificante
n i s t a C a r b a l l o d e s c r i b e en s u
g r a f i t o , t a n t o m á s de e x t r a ñ a r cuanto
ria de Asturias,
Histo
venerable monumen
to f e l i z m e n t e d e s c u b i e r t o en nuestros
que l a p i e d r a , p o r s u b l a n d u r a ,
se
presta f á c i l m e n t e á l a talla.
d í a s (1). M a n t ú v o s e en este s i t i o has-
E l a l t a r e s t á sostenido p o r u n enor-
ta e l a ñ o de 1638, en que, c o m o he-
me pedestal, achaflanados los á n g u l o s ,
m o s d i c h o , f u é d e r r i b a d o el s a n t u a r i o
excepto por el extremo
p a r a r e e d i f i c a r l e en las m a y o r e s pro-
tiene u n m e t r o 50 c e n t í m e t r o s de l a r -
p o r c i o n e s que h o y tiene.
g o , c u y a m i t a d ó a l g o m á s estaba h i n -
Hízose
la
superior, y
t r a s l a c i ó n á u n a de l a s n a v e s c o n g r a n
cado en l a t i e r r a p a r a m a n t e n e r s e es-
solemnidad, levantándose
ante
t a b l e . E n l a c a r a h o r i z o n t a l sobre que
n o t a r i o y t e s t i g o s , que l o f u e r o n l o s
d e s c a n s a l a m e s a se v e u n hueco c u a -
s e ñ o r e s m á s notables d e l C o n c e j o de
d r a d o m u y p r o f u n d o , en donde e x i s t í a
P r a v i a , entre ellos el A d e l a n t a d o de l a
u n a caja de m a d e r a , y d e n t r o de e l l a ,
F l o r i d a , D . M a r t í n M e n é n d e z de A v i -
u n a a r q u e t a p e q u e ñ a de p l a t a , de for-
acta
les. S i g u i e n d o l a (2) c o s t u m b r e , se a l z ó
m a rectangular, cerrada l a tapa con
en l a nueva c a p i l l a u n armatoste
de
u n p a s a d o r pendiente de u n a c a d e n i -
m a d e r a , en f o r m a de r e t a b l o , adosado
t a , s i n o r n a t o s n i i n s c r i p c i o n e s en sus
a l m u r o d e l testero, e l c u a l f u é s u s t i -
frentes, en l a c u a l y a c í a n escondidas
t u i d o en 1894 p o r otro m á s suntuoso,
l a s r e l i q u i a s de los santos. C o n s é r v a s e
d e b i d o á l a p i e d a d de u n d e v o t o ; y a l
á d i c h a esta a r q u e t a , p e r o no l a s r e l i -
d e s h a c e r l e , a p a r e c i ó el p r i m i t i v o a l t a r
quias,
y otros i m p o r t a n t e s restos o r n a m e n t a -
g l o X V I I , c u a n d o se l e v a n t ó e l viejo
l e s , o c u l t o s a l l í c e r c a de tres s i g l o s ,
r e t a b l o ; s ó l o se sabe que estaban en-
que
desaparecieron
en el s i -
v u e l t a s en r i c o s cendales de seda b l a n c a c o n l e t r e r o s de menudos
(1) «Permanece esta iglesia, hasta nuestros tiem.
pos, con la misma traza y manera y figura que en.
tonces le dieron, y, aunque toda es muy pequeña,
tiene capilla mayor, dos colaterales, crucero y tres
naves, todo de arcos y sobre pilares de sillería, y
muestra mucha proporción y correspondencia Existe asimismo otra antigualla en esta iglesia, y es que
tiene el altar mayor en medio de la capilla, de modo
que se puede andar alrededor de él por todas partes,
que todos por aquellos tiempos se hacían de esta manera; y en la capilla del Rey Casto hay otro de esta
forma en una de las capillas colaterales, y el otro en
la iglesia de Santullauo, junto á la ciudad de Oviedo,
y en otras iglesias de Asturias.»
(2) Apéndice III.
caracte-
res, i l e g i b l e s p a r a l a i n e x p e r t a person a que n o t ó el a c t a , p u d i e n d o l e e r t a n
sólo: S T I L A V R E N T I y D E L I G N O
C R V C I S . L a s a g r a d a mesa se c o m p o ne de u n a g r a n l o s a c u a d r i l o n g a de u n
m e t r o 50 c e n t í m e t r o s p o r u n o de a n c h o , m á s g r u e s a p o r s u u n i ó n c o n el
pedestal que p o r los e x t r e m o s ; y en l a
c a r a s u p e r i o r se v e u n h u e c o de pie en
c u a d r o y u n a p u l g a d a de h o n d o , a l
DE L A SOCIEDAD ESPAÑOLA DE EXCURSIONES
33
que se adaptaba la pequeña piedra
del ara
Cerraba el santuario, separándole del crucero, un antepecho de piedra, semejante á las transeuna
de las
primitivas Basílicas cristianas, sitúa do bajo el arco toral, delante y á poca
distancia del altar, quedando entre él
y las columnas adosadas á las pilas-
se conservan de las épocas visigoda y
de la Monarquía asturiana. Su altura
es la de apoyo (95 centímetros) y su
anchura próximamente la misma, y
unos 15 centímetros de grueso, teniendo un largo tizón en la parte in ferior para asegurarse en el suelo, que
ha sido destruido, acaso al arrancarlo
de la tierra. Está formado de dos lo
tras, dos entradas cual las que se ven
en el ingreso del ábside de la iglesia
de Santa Cristina de Lena. Contrasta
la pobreza decorativa del altar con la
riqueza que exhibe este antepecho, cu
bierto de ornatos tan bellos y de una
ejecución tan delicada, que se puede
afirmar, no se encuentra nada mejor
en los monumentos de este género que
sas de igual tamaño, que se juntan en
el centro, y en ambas campea la misma ornamentación. La composición
está distribuida en dos zonas iguales,
de c í r c u l o s entrelazados colocados
verticalmente, formando las intersecciones bellas rosas exornadas de filetes y de graciosas folias geométricas
que llenan los espacios que dejan en5
BOLETIN
34
cuerdan los galones y cintas de l a i n dumentaria b i z a n t i n a .
tre sí los c í r c u l o s , á los cuales decoran
platabandas entre junquillos que re-
FORTUNATO D E SELGAS.
(Continuará.)
• —
^
^
CONFERENCIA
-
-
^
-
^
D E L A SOCIEDAD
MONOGRAFÍA DE LA CATEDRAL DE COMPOSTELA
C A P I T U L O III
CONSTRUCCIÓN
A. —
Estructuras.
L a c o n s t r u c c i ó n de l a iglesia de Santiago es de f á b r i c a h o m o g é n e a de siller í a g r a n í t i c a , y aunque ofrece bastante variedad en las alturas de hiladas, puede, sin embargo, considerarse como perteneciente al llamado aparejo medio.
L o s despiezos se subordinan á los preceptos generalmente seguidos en l a E d a d
M e d i a , correspondiendo las hiladas á los diversos elementos constructivos en
que se dividen las masas. L o s arcos y b ó v e d a s aparecen trasdosados de igual
espesor y d i r i g i d a s sus juntas á los centros de c u r v a t u r a .
L a iglesia de San Saturnino es de f á b r i c a s mixtas de c a n t e r í a y ladrillo, habiendo destinado l a p r i m e r a á las partes m á s resistentes y expuestas á degradaciones, como las pilas, columnas, á n g u l o s , encuadramientos de ventanajes,
contrafuertes y cornisas y utilizando el ladrillo en los e n t r e p a ñ o s y rellenos. L o s
sistemas de despiezos siguen asimismo las leyes de l a é p o c a á que el monumento pertenece.
B . — Variedades
resultantes.
Vemos, pues, que las diferencias que acabamos de notar en lo que se refiere
á l a c o n s t r u c c i ó n material de ambos edificios corresponden , por lo general,
solamente á l a diversidad de materiales en ellos empleados, y no deben, por lo
tanto, ser tenidas en cuenta en el estudio comparativo que nos o c u p a , pues las
cubiertas que cuenta hoy el monumento f r a n c é s son de é p o c a posterior.
CAPÍTULO IV
PROPORCIONES
A . — Base de
comparación.
A l efectuar el examen comparativo de las plantas de ambos edificios, acabamos de observar l a g r a n diferencia que ofrecen, así en las proporciones generales, como en las particulares de algunos de sus elementos constitutivos.
Respecto á las secciones verticales aunque parecen, á p r i m e r a vista, igualmente gallardas las proporciones de estos templos, es, s i n embargo, interesante
efectuar un detenido examen comparativo de ambos en sus relaciones pura-
DE L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
35
mente g e o m é t r i c a s , y a que un arquitecto tan eminente como Violet-le-Duc
dando g r a n importancia á este linaje de disquisiciones, estudia en tal concepto
el monumento f r a n c é s que nos ocupa y le presenta precisamente como el tino
de las m á s perfectas proporciones.
Claro es que este estudio exige planos exactos para que el a n á l i s i s g e o m é
trico comparativo pueda aceptarse con confianza. L a s secciones de l a iglesia
francesa las he calcado de los d i s e ñ o s dados por el mismo Violet-le-Duc (1) v
correspondiendo precisamente a l monumento que cita como tipo de perfectas
proporciones, y cuyo proyecto de r e s t a u r a c i ó n constituye uno de sus timbres
de gloria, claro es que dichos trabajos son completamente dignos de fe E n
cuanto al monumento e s p a ñ o l estos planos han sido copiados por m í mismo del
natural, efectuando a l efecto las mediciones en dos tramos de los pies del temp
pío, á fin de poder comprobar s i las proporciones de los diversos elementos
constitutivos de ambos monumentos r e s p o n d í a n á un mismo pensamiento, á
un solo ideal.
Esto supuesto, es indudable que para poder examinar en condiciones a n á logas la proporcionalidad g e o m é t r i c a de las f á b r i c a s de los dos templos, es ne
cesario tener en cuenta que mientras l a iglesia tolosana cuenta cinco naves, l a
española no tiene m á s que tres y estudiar por consiguiente las relaciones respectivas de vanos con macizos, tanto en los apoyos como en el organismo
general.
0)
Dictionaüe
raisonne de l'architecture, tomo VII, pág. 540 y 542.
26
BOLETÍN
B. —
Apoyos.
D i v i d i d a p o r V i o l e t - l e - D u c en 20 partes i g u a l e s l a s e m i l a t i t u d d e l templo
f r a n c é s , ó l o que es l o m i s m o p a r a n u e s t r o objeto, e n 40 l a l a t i t u d t o t a l , r e s u l t a n : 10 p a r a las luces de l a n a v e m a y o r ; dos p a r a los p i l a r e s , tanto de a l t a n a v e
c o m o de d i v i s i ó n de las colaterales; c u a t r o p a r a las segundas y tres p a r a c a d a
m a c i z o e x t e r i o r , i n c l u s o s los contrafuertes.
E n l a C a t e d r a l e s p a ñ o l a sólo he p o d i d o y o e n c o n t r a r l a c o m e n s u r a b i l i d a d
de las partes c o n e l todo, d i v i d i e n d o en 35 p a r t e s i g u a l e s l a l a t i t u d t o t a l , r e s u l tando: once p a r a l a n a v e m a y o r ; dos p a r a c a d a p i l a r ; seis p a r a c a d a n a v e c o l a t e r a l y c u a t r o p a r a c a d a m a c i z o e x t e r i o r , i n c l u s o s los contrafuertes.
Se ve, pues, que m i e n t r a s en l a i g l e s i a f r a n c e s a l a c a ñ a de los p i l a r e s tiene
el q u i n t o de l a l a t i t u d de l a n a v e m a y o r , e n l a e s p a ñ o l a s ó l o a l c a n z a l o s dos
o n c e a v o s y que siendo los m a c i z o s e x t e r i o r e s de l a p r i m e r a de tres c u a r e n t a ,
avos, en l a s e g u n d a se e l e v a n á c u a t r o t r e i n t a y c i n c o a v o s . Se h a d a d o , pues,
m á s l i g e r e z a a l o r g a n i s m o i n t e r i o r , a s í c o m o t a m b i é n á los m u r o s de r e c i n t o del
m o n u m e n t o e s p a ñ o l , h a c i e n d o , en c a m b i o , m á s resaltados los c o n t r a f u e r t e s .
Y c o m o á m á s de r e d u c i r l a s e c c i ó n de l o s p i l a r e s d e l t e m p l o h i s p a n o , se h a
elevado en u n o n c e a v o l a a l t u r a d e l p l a n o de a r r a n q u e de sus a r c a d a s , r e s pecto á las d e l m o n u m e n t o f r a n c é s , r e s u l t a n l a s d e l p r i m e r o de m u y s u p e r i o r
esbeltez y g a l l a r d í a .
DE L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
C . — Organismo
37
general.
A l comparar las secciones l o n g i t u d i n a l y transversal de ambos monumentos se ve que las luces de altas naves son aproximadamente iguales; pero siendo
la española de m a y o r altura que su s i m i l a r resulta en l a p r o p o r c i ó n de cinco y
un tercio veces l a semiluz, mientras en San Saturnino sólo alcanza cinco y
séptimo.
L a altura en luces de los arcos transversales de l a ú n i c a nave colateral de
la iglesia compostelana es de cinco veces l a s e m i l u z , mientras que en l a p r i mera de Tolosa es c a s i seis.
Pasando a h o r a al trazado e s q u e m á t i c o del buque i n t e r i o r , mientras que en
la iglesia de S a n S a t u r n i n o el sistema de proporciones se d e r i v a á l a v e z de
los t r i á n g u l o s e q u i l á t e r o s é i s ó s c e l e s r e c t á n g u l o s , s e g ú n el estudio de V i o l e t le D u c , en l a de Santiago tuve yo la s a t i s f a c c i ó n de encontrar que toda l a r e d
fundamental es e q u i l á t e r a y toma como base inferior el e n r á s de las basas de
apoyos de los muros, que son mucho m á s altas que las de d i v i s i ó n de naves de
las que se diferencian por su elevado plinto, mientras que en S a n Saturnino
todas son bajas y de i g u a l a l t u r a .
Los centros de todos los arcos de formeros bajos y de triforio se h a l l a n en
la sección l o n g i t u d i n a l de l a nave de Santiago perfectamente combinados entre
sí por una red t r i a n g u l a r , formando una c o m p o s i c i ó n m u y ingeniosa, c u a l i d a d
que no ofrece el esquema g e o m é t r i c o de l a de S a n S a t u r n i n o .
Se ve, que á m á s de seguir distinto c r i t e r i o en l a f o r m a c i ó n del esquema
g e o m é t r i c o de ambas iglesias, l a c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a de l a e s p a ñ o l a es
de mayor esbeltez que l a de l a francesa por efecto de l a diferente r e l a c i ó n que
existe entre los vanos y macizos de cada una de ellas y que en l a p r i m e r nave
colateral de l a francesa, en donde se verifica precisamente lo c o n t r a r i o , resulta
ésta muy angosta respecto á su altura comparativamente á las proporciones
que ofrece l a nave m a y o r .
Resulta, pues, l a s e c c i ó n transversal de l a C a t e d r a l e s p a ñ o l a m á s a r m ó n i c a
que la del templo f r a n c é s .
CAPITULO V
DECORACIÓN
A . — Efecto
interior.
Conjunto. — L a s airosas proporciones y l a sencilla y l ó g i c a estructura de
ambos templos se halla realzada por l a m u l t i t u d de arcadas inferiores, destinadas á d i v i d i r las naves; por los elegantes arcos ajimezados de su triforio ó
g a l e r í a alta, por los de ventanajes de los muros de costado y por sus variados
embovedamientos. M a s si en l a p r o p o r c i ó n d e s ú s secciones verticales ofrecen
ambos templos bastante a n a l o g í a , aunque obedeciendo á diferente trazado
g e o m é t r i c o , se nota, s i n e m b a r g o , á p r i m e r a v i s t a , c u a n distinto c a r á c t e r i m prime á sus interiores la d i v e r s a manera de tratar sus arcadas. L a s del monumento e s p a ñ o l , de m a y o r peralte, c a r g a n a d e m á s sobre l a salida de los c a p i teles que las sustentan, lo que permite r e d u c i r ostensiblemente l a s e c c i ó n de
sus apoyos, mientras que en el templo f r a n c é s los centros de los formeros bajos apenas se elevan sobre las sencillas impostas que los r e c i b e n , y sus a r r a n ques caen á plomo de los v i v o s de las pilastras en que descansan. C o n t r i b u -
38
BOLETIN
yen, por ú l t i m o , á r e a l z a r las arcadas del monumento e s p a ñ o l , respecto á su
s i m i l a r , l a a l t e r n a c i ó n de formas de los pilares y las m u l t i p l i c a d a s columnas
que los enriquecen.
Escultura de ornato.—La
g r a n profusión de capiteles que e x o r n a n el monumento e s p a ñ o l contrasta en alto grado con la excesiva sobriedad que se han
empleado en el f r a n c é s , como consecuencia de la sencilla estructura que ofrecen sus apoyos,
L a manera de tratar tan c a r a c t e r í s t i c o elemento decorativo difiere t a m b i é n ,
no poco, en ambos templos. E n el f r a n c é s aparecen en el santuario algunos
que son copias bastante fieles de los capiteles romanos. E x i s t e n en cambio
otros, como el que represento, calcado del dibujo debido á V i o l e t - l e D u c (1), en
el que en vez de agruparse en sentido ascendente los ó r d e n e s de hojas de resaltados penachos que rodean el tambor, se cubre é s t e , por el contrario, de
una r e d de tallos serpeantes, a r r o l l a d o s y terminados en encorvadas hojas p i cadas que, s i b i e n finamente ejecutados, resulta, sin embargo, el dibujo u n i forme, produciendo el efecto de u n damasquinado ó grabado p r o p i o solamente
p a r a ser visto de c e r c a .
E n cambio en el monumento gallego, d e s p u é s de las rudas imitaciones del
antiguo c a p i t e l c l á s i c o que aparecen en l a g i r ó l a , se encuentran y a en l a nave
hermosos capiteles de g r a n i t o r i c a y primorosamente exornados de flora, v i gorosamente tratada como el que el presento, copiado p o r m í de u n a de las
arcadas de l a g a l e r í a alta. L a flora de estos capiteles, s i bien recuerda todav í a las formas generales del capitel c l á s i c o , ofrece, s i n e m b a r g o , v a r i e d a d de
agrupaciones; es robusta, carnosa y de fuertes efectos de claro-obscuro, resultando a s í u n a c o m p o s i c i ó n m á s p r o p i a p a r a ser v i s t a á d i s t a n c i a que l a que
ofrecen los capiteles de S a n S a t u r n i n o .
Debe t a m b i é n advertirse que, mientras en el monumento tolosano y en
otros del M e d i o d í a de F r a n c i a , erigidos en l a d u o d é c i m a c e n t u r i a , los c a p i t e les del i n t e r i o r solamente e s t á n , por lo g e n e r a l , exornados de follaje, reser(1) Diccionario citado, to mo II, pág. 500.
D E L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
39
vando para las portadas exteriores l a r e p r e s e n t a c i ó n de figuras legendarias v
simbólicas y de animales f a n t á s t i c o s ; en cambio en el interior del monumento
gallego se ve empleada t a m b i é n l a fauna en l a e x o r n a c i ó n de algunos capite
les, p r e s e n t á n d o s e en tal caso pareados sobre el vaso, y a aves ó c u a d r ú p e d o s
E l estudio c o m p a r a t i v o que acabo de efectuar del i n t e r i o r de los dos monumentos, demuestran palmariamente que, s i bien las l í n e a s generales de ambos edificios ofrecen marcadas a n a l o g í a s , sin embargo, l a mayor delicadeza de
proporciones y l a g r a n esbeltez y riqueza de las arcadas del e s p a ñ o l i m p r i m e n
á su conjunto m a y o r atractivo y elegancia, como se ve en las adjuntas secciones, dibujadas á m a y o r escala que las anteriores, p a r a que puedan apreciarse
los detalles.
B.—Efecto exterior.
Imafronte.—L'd p r i m i t i v a fachada occidental de l a C a t e d r a l compostelana
era l a m á s sorprendente y admirable de todas las del templo, s e g ú n l a descripción que de ella se hace en el referido Códice C a l i x t i n o ,
40
BOLETIN
Este hermoso c e r r a m i e n t o f u é , s i n e m b a r g o , d e m o l i d o poco d e s p u é s
c o n s t r u i r en su l u g a r el famoso Pórtico
de la Gloria,
para
que el erudito a r q u i t e c t o
i n g l é s Street reconoce que es u n a de las m a y o r e s g l o r i a s del arte
cris-
tiano (1).
A n t e t a n n o t a b i l í s i m o p ó r t i c o , en c u y a d e s c r i p c i ó n no entro p o r no corresponder á l a t r a z a p r i m i t i v a , se h a construido en l a c e n t u r i a XVIII l a ostentosa
fachada existente, p o r lo c u a l sólo restan h o y del p r i m i t i v o c e r r a m i e n t o o c c i dental del templo e s p a ñ o l los cuerpos i n f e r i o r e s de las t o r r e s de costado, y no
es dable, p o r lo tanto, establecer l a c o m p a r a c i ó n entre el p r i m i t i v o f r o n t i s p i c i o y su s i m i l a r tolesano, que t a m p o c o se c o n s e r v a .
A pesar del c a r á c t e r b a r r o c o de esta f a c h a d a , t a n distinto del que o f r e c e d
monumento á que s i r v e de i n g r e s o , no puede negarse que sus colosales p r o porciones y su r i c a o r n a m e n t a c i ó n c o n t r i b u y e n poderosamente á l a cautivador a i m p r e s i ó n que produce l a g r a n d i o s a p l a z a antes l l a m a d a d e l H o s p i t a l , y
(1; Some account of gothic architecture in Spani, pág. 153.
D E L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
41
hoy de A l f o n s o X I I , á que d a v i s t a d i c h o frontisoicio A n«e A
sión, h á l l a s e l i m i t a d a esta p l a z a p o r u n solo edifiHn
f § U ffran e x t e n <
tes es, a saber: a l E s t e el suntuoso
froattepidi
•?
*°
"
Oeste, l a monumental C a s a A y u n t a m i e n t o - a l Nortea R * * *
5 al
cuela N o r m a l ; es d e c i r , que l i m i t a n esta p l a z a los n r L H I
'
sociedades; es, a saber: l a sacrosanta ensefla d e "
municipal, v i v a e n c a r n a c i ó n y r e p r e s e n t a c i ó n del pueblo- i I - ?
los m á s hermosos atributos de l a fraternidad u n i v e r s a l v i
U C C 1 Ó n
esencial del mejoramiento m o r a l y progreso de los p u e b l o , «T**
' baSe
cipal ingreso á l a C a t e d r a l composrelana no r e s o i r a h l ! i
'
"
que sólo p o d r í a n i m p r i m i r l e las f á b r i c a s p H m S
otros caracteres bien dignos, p o r cierto, de respeto'y a d m L ó n °
U
S
U
Y
U
S
f r e n
B a s í l i c a
A L S
U
R L A
E
S
IZlT IT^ ** ^
l
m
S
t
r
a
C
Í
Ó
d
P U G S
e
l
P
e
n
e
P r i n
^T"^^^
m
c
n
S
a
C
Í
Ó
i
Fachadas de costado.—Aunque
e l cuerpo de i g l e s i a d e l monumento g a l l e g o
se halla en g e n e r a l oculto p o r las construcciones, e n m a l h o r a adosadas posteriormente a l edificio p r i m i t i v o , puede, s i n e m b a r g o , a p r e c i a r s e s u p r i m i tiva estructura e x t e r i o r en u n a parte d e l costado N o r t e , y g r a c i a s á esta c i r cunstancia me es dable presentar e l alzado e x t e r i o r de dos tramos de esta
fachada, dibujados p o r m í á i g u a l escala que e l d e l templo f r a n c é s , que he
calcado del dibujo dado p o r V i o l e t - l e - D u c (1).
L a s dos fachadas, como fiel reflejo del o r g a n i s m o i n t e r i o r de ambos templos,
acusan perfectamente, e n s u aspecto e x t e r i o r , las a n a l o g í a s y diferencias que
resultan de su d i s p o s i c i ó n y d i s t r i b u c i ó n , y d e l distinto c r i t e r i o que h a n adop
tado los maestros respectivos e n e l sistema de contrarrestos. A s í yernos que
ofrecen de c o m ú n los dos ó r d e n e s de ventanajes destinados á i l u m i n a r las n a (1) Dictionaire, tomo VII, p¡ig. 542,
n
42
BOLETIN
ves colaterales y las g a l e r í a s superiores; pero mientras en el templo e s p a ñ o l
estos huecos perforan en cada costado un muro ú n i c o i n t e r r u m p i d o tan sólo por
contrafuertes de paramento s e g u i d o , coronados por robustos arcos destinados á sustentar una c o r n i s a c o n t i n u a , en el templo f r a n c é s , á m á s de destacarse a l exterior l a segunda nave colateral, que no existe en a q u é l , se ven
t a m b i é n los contrafuertes de d i v i s i ó n de naves escalonados y s i n m á s enlace
entre sí que las dos series de p e q u e ñ a s arcaturas que coronan los muros, cuyas
circunstancias diversifican notablemente ambos alzados.
Hastiales de la nave del crucero.—De é s t o s sólo resta en e l templo e s p a ñ o l
el p r i m i t i v o , correspondiente a l costado S u r , llamado de las P l a t e r í a ? , y aun
é s t e completamente transformado en su r e g i ó n superior y desprovisto a d e m á s
de las dos torres que en su d í a lo flanquearon, y que eran p o r - s í solas suficientes para diferenciar en alto grado estas fachadas de las homologas de la iglesia tolosana.
Cabeceras.—No
h a b i é n d o s e publicado hasta el d í a los m a g n í f i c o s planos de
la i g l e s i a tolosana hechos por V i o l e t le D u c , quien tampoco da en su Diccionario el d i s e ñ o del á b s i d e de este templo, he tenido que dibujarlo v a l i é n d o m e de
la planta dada por V i o l e t , y a referida, de l a fachada de costado, publicada por
M . M a n a u t , en su M o n o g r a f í a , t a m b i é n citada, y de una hermosa fotografía,
tomada directamente del á b s i d e en c u e s t i ó n .
Respecto a l templo e s p a ñ o l , como no tuve tiempo en m i v i s i t a á l a Cated r a l p a r a c o p i a r l o y medirlo por mí mismo, he suplido esta deficiencia componiendo dicho á b s i d e con f o t o g r a f í a s y algunas medidas que tuvo l a bondad
de p r o p o r c i o n a r m e nuestro consocio S r . V i l l a - a m i l y C a s t r o .
Resulta, pues, que s i bien no ofrecen estos d i s e ñ o s exactitud suficiente para
poder estudiar sus respectivas proporciones g e o m é t r i c a s , dan, s i n embargo,
una idea bastante c l a r a de su c o m p o s i c i ó n y formas respectivas, que acusan
marcadas diferencias. A u n los cuerpos inferiores, cuyas plantas ofrecen g r a n
a n a l o g í a , resultan, s i n embargo, bien distintas en sus efectos exteriores por el
D E L A S O C I E D A D ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
43
diferente desarrollo de sus ventanajes y l a d i v e r s a c o m p o s i c i ó n de sus columnas ornamentales. E n el templo f r a n c é s son de iguales dimensiones los que
iluminan los p e q u e ñ o s á b s i d e s secundarios y la g i r ó l a . E n el e s p a ñ o l , por el
contrario, se ha procurado compensar el g r a n espaciamiento de los ventanajes de la j i r o l a , h a c i é n d o l o s mayores que los de los p e q u e ñ o s á b s i d e s , proporcionando así los diversos ventanajes á l a capacidad de los espacios que deben
iluminar.
Las columnas ornamentales exteriores de estos p e q u e ñ o s á b s i d e s abarcan
en el templo e s p a ñ o l toda l a altura del cuerpo á que se aplican, mientras que
en el f r a n c é s se subdividen en u n elevado plinto, un fuste c i l i n d r i c o , coronado
de una imposta, y sobre él otro m á s reducido, coronado de alto capitel. R e s p i r a ,
pues, esta parte del monumento gallego m a y o r sobriedad y racionalismo.
Pero la mayor diferencia exterior entre las cabeceras de ambos monumentos procede de la falta en el edificio f r a n c é s de l a g a l e r í a alta, que en el español corre s i n i n t e r r u p c i ó n por todo el p e r í m e t r o , l o que, unido á l a c a r a c t e r í s tica iluminación de esta g a l e r í a por ventanajes aislados y las dobles arcaturas de menor desarrollo que exornan los espacios intermedios, contribuyen á
dar á esta cabecera una e x p r e s i ó n completamente distinta de la de San S a turnino.
D i s t í n g u e n s e á m á s grandemente las coronaciones de las dos cabeceras,
porque mientras el á b s i d e del templo f r a n c é s , de forma c i l i n d r i c a , se halla
iluminado con arcadas de medio punto separadas exteriormente por columnas
de lisos fustes, en cambio el á b s i d e español, de forma p r i s m á t i c a , aparece contorneado por columnas s a l o m ó n i c a s , perforando el centro de cada lienzo v e n tanajes de arco trilobado, destinados á iluminar la parte m á s importante de l a
Catedral.
L a composición exterior de las cabeceras de ambos templos ofrece, pues,
notoria disparidad,
CAPITULO VI
RESUMEN
k
A . — E s c u e l a artística
TÉCNICO
á que
corresponden.
Los dos templos que analizamos ofrecen como caracteres similares: l a planta
en cruz latina, cabecera de planta c i r c u l a r con g i r ó l a orlada de capillas, a s í
como el costado levantino de los brazos del crucero, c r i p t a , altas naves, desprovistas de luces directas y cubiertas de b ó v e d a s en c a ñ ó n seguido con cúpula sobre trompas en el centro del crucero, y por fin naves colaterales de dos
plantas superpuestas, de las que l a inferior se halla cubierta con b ó v e d a s por
arista, y l a superior con c a ñ ó n seguido de d i r e c t r i z en cuadrante de c i r c u l o ,
destinada á transmitir el empuje de los embovedamientos altos y de las b ó v e das de colaterales á los contrafuertes exteriores.
Estos singulares caracteres corresponden de lleno, como es sabido, á l a escuela r o m á n i c a auverniense, que ofrece algunas a n a l o g í a s con el estilo l o m bardo y grandes con las escudas del Poitou y de las Carentas, y que cuenta
como principales ejemplares: en P u y de-Dome, Nuestra S e ñ o r a del Puerto en
ermont y las iglesias de O r c i v a l y de Issoire, que pueden considerarse como
el m á s acabado tipo.
Esta escuela i r r a d i a en varias direcciones, y l a d i r i g i d a a l S u r se establece
44
BOLETIN
en Conques, perteneciente a l A v e y r ó n , y en T o l o s a á las m á r g e n e s d e l alto
G e r o n a , y atravesando los P i r i n e o s , despide sus hermosos destellos en S a n t i a go y de a q u í se extiende hasta A v i l a , en c u y a s i g l e s i a s de S a n V i c e n t e , tan
acertadamente clasificadas por nuestro consocio S r . L a m p é r e z ( l ) , a s í como
t a m b i é n l a de S a n P e d r o , de l a m i s m a c i u d a d , que se c o n s e r v a m á s p u r a que
l a de S a n V i c e n t e , y que he tenido y o o c a s i ó n de r e c o n o c e r en su o r g a n i s m o
i n t e r n o y sistema de contrarrestos, es donde he l o g r a d o hasta a h o r a v e r las
ú l t i m a s i r r a d i a c i o n e s de la h e r m o s a escuela a u v e r n i e n s e .
B.—Caracteres sintéticos
distintivos.
Resumiendo el estudio t é c n i c o que acabo de presentar de ambos templos,
resulta:
1. ° Que á m á s de los caracteres generales inherentes á l a escuela á que
pertenecen, sólo c o i n c i d e el templo g a l l e g o c o n el tolosano y t a m b i é n con el
de C o n q u e s en c o n t a r c o n u n a n a v e s e c u n d a r i a rodeando l a del c r u c e r o .
2. ° Que los rasgos diferenciales de ambos monumentos consisten:
A.
E n el concepto fundamental de d i s p o s i c i ó n y d i s t r i b u c i ó n , el monumento
l a n g u e d o c i a n o consta de c i n c o naves, m i e n t r a s el g a l l e g o s ó l o cuenta tres, y
a d e m á s se h a ensanchado l a ú n i c a n a v e s e c u n d a r i a del m o n u m e n t o e s p a ñ o l ,
t r a z a n d o a l efecto sus tramos de p l a n t a r e c t a n g u l a r a l a r g a d a en sentido transv e r s a l , m i e n t r a s que tanto en el templo de S a n S a t u r n i n o , como en los de C o n ques y de Issoire, los t r a m o s de las naves s e c u n d a r i a s del cuerpo de l a i g l e s i a
son de p l a n t a c u a d r a d a . E s t e c a r á c t e r s i n g u l a r del templo e s p a ñ o l respecto á
sus c o n g é n e r e s , prueba que su p r i m i t i v o t r a z a d o fué de tres n a v e s , pues de
suponer que se pensara p r i m e r a m e n t e a s i g n a r l e c i n c o , como a l tolosano, h u b i e r a
resultado u n a l a t i t u d total desmesurada, y no es dable a d m i t i r t a l d e s p r o p o r c i ó n
en u n monumento que hemos tenido o c a s i ó n de v e r c u a n m a g i s t r a l trazado
ofrece.
A d e m á s , no sólo v a r í a notablemente l a d i s p o s i c i ó n de las torres subsistentes en uno y otro templo, sino que n i el monumento t o l o s a n o , n i el a v e y r o n é s ,
ni tampoco los a u v e n i i e n s e s o r i g i n a r i o s c o n t a r o n n u n c a con nueve torres, lo
que bastaba por sí sólo p a r a d a r á nuestro t e m p l o , á m á s del v a l o r de l a prior i d a d , una magnificencia de que d i s t a n g r a n d e m e n t e los templos franceses m á s
ó menos s i m i l a r e s .
B.
A l c o n s i d e r a r el o r g a n i s m o i n t e r i o r de ambos t e m p l o s , salta á l a v i s t a
el notable perfeccionamiento i n t r o d u c i d o en el e s p a ñ o l p r o l o n g a n d o el triforio
ó g a l e r í a alta en derredor del transepto y de l a c a b e c e r a , lo que da a l conjunto
un c a r á c t e r de u n i d a d y u n aspecto o r i g i n a l i n t e r i o r y e x t e r i o r de que dista
m u c h o el f r a n c é s .
C. L a c o m p o s i c i ó n de elementos y d i s t r i b u c i ó n de c o n t r a r r e s t o s difiere notablemente en ambos templos, pues en el monumento e s p a ñ o l se a l i g e r a l a gen e r a l i d a d de las masas a c u m u l a n d o é s t a s solamente en los contrafuertes correspondientes á los empujes concentrados de las b ó v e d a s p o r a r i s t a de las naves
colaterales. A d e m á s l a u n i ó n de estos contrafuertes p o r medio de arcos en el monumento g a l l e g o y en otros auvernienses tiene p o r objeto establecer u n a masa
resistente c o n t i n u a en l a parte s u p e r i o r , á fin de r e c i b i r el empuje, t a m b i é n con
(1)
B O L E T Í N D E L A SOCIEDAD E S P A Ñ O L A D E EXCURSIONES, 1901, núm.
95.
DE L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E E X C U R S I O N E S
45
tinuo, transmitido por los cuartos de c a ñ ó n que cubren l a g a l e r í a alta, r a c i o n a l
disposición que no existe en l a iglesia de San Saturnino. Resulta, pues que el
arquitecto compostelano c o m p r e n d í a mejor que el de Tolosa l a inteligente y
económica d i s t r i b u c i ó n de masas en a r m o n í a con los esfuerzos que d e b í a n soportar.
C. L a s arcadas de medio punto del templo tolosano c a r g a n d o sobre apoyos
pilastriformes de i g u a l l u z , son de c a r á c t e r esencialmente romano, mientras que
las peraltadas del monumento compostelano, recibidas por empotradas columnas, resultan mucho m á s r i c a s y esbeltas y de e x p r e s i ó n esencialmente b i zantina.
D. Respecto á proporciones se apercibe desde luego l a g r a n d i s p a r i d a d que
ofrecen las plantas de ambos monumentos y si bien las elevaciones presentan
á primera vista proporciones a n á l o g a s , hemos v i s t o , s i n embargo, que el templo hispano se distingue no sólo por la m a y o r l i g e r e z a y esbeltez de las f á b r i cas, sino t a m b i é n por el esquema g e o m é t r i c o , m á s r a c i o n a l y sencillo, á que se
subordinan las trazas de las diversas masas del monumento e s p a ñ o l respecto
de las del f r a n c é s .
E. Finalmente, l a forma t r i l o b a d a de las arcadas del á b s i d e r e v e l a c l a r a mente las influencias hispano sarracenas que se encuentran en otras interesantes f á b r i c a s del mismo G a l i c i a , de A v i l a y de otros puntos y que c o n t r i b u y e n
á i m p r i m i r tan s i n g u l a r e x p r e s i ó n á muchos de nuestros monumentos.
Del resumen técnico que acabo de efectuar, se deduce, finalmente, que las
diferencias que el monumento s a n t i a g u é s acusa respecto del tolosano pueden
sintelizarse: P r i m e r o , en el terreno m e c á n i c o , m á s h á b i l d i s t r i b u c i ó n de masas; segundo, en el concepto a r t í s t i c o , m á s delicadas y a r m ó n i c a s proporciones
y distinta i n t e r p r e t a c i ó n de u n m i s m o estilo o r i g i n a r i o .
C.—Concepto artístico
resultante.
Las proporciones constituyen en arquitectura uno de los fundamentos m á s
esenciales de l a manera de concebir l a belleza, puesto que l a r e l a c i ó n entre l a
dimensiones de u n objeto influye tan poderosamente en l a i m p r e s i ó n e s t é t i c a
que produce, y por eso pueblos tan eminentemente artistas como el g r i e g o , h a n
concedido tal i m p o r t a n c i a á l a delicadeza de proporciones y de perfiles de
cada elemento.
s
E s indudable que cada é p o c a , y aun cada pueblo, admiten un tipo medio de
proporciones que, dentro siempre de las leyes generales de l a estabilidad, tienen un sello especial que r e v e l a los sentimientos y e s p í r i t u del pueblo que las
acoge; pero que no e s t á n encerradas en f ó r m u l a s exactas é inflexibles, sino
que, fundadas en conveniencias puramente morales, dejan c i e r t a elasticidad a l
artista para que, dentro de l a a t m ó s f e r a a r t í s t i c a que r e s p i r a , pueda, s i n embargo, i m p r i m i r á s u o b r a l a e n c a r n a c i ó n de su pensamiento, e l c a r á c t e r correspondiente a l ideal que se forja en su mente, en a r m o n í a c o n sus especiales
condiciones fisiológicas y que dan á cada obra el sello i n d i v i d u a l que l a distingue de sus c o n g é n e r e s , cual se verifica en los dos monumentos que analizamos.
Respecto al estilo considerado en sus tres aspectos: de é p o c a , de arte y de
artista, si bien en el p r i m e r o es esencialmente el mismo en los dos templos y
en cuanto a l arte a r q u i t e c t ó n i c o resplandece t a m b i é n en ambos el estilo auverniense, resulta é s t e , s i n embargo, en el monumento e s p a ñ o l , v i s t o p o r el p r i s m a
BOLETIN
46
bizantino, c o n reminiscencias hispano-sarracenas y en el f r a n c é s por el latino.
E n cambio, en l a escultura de capiteles sucede precisamente lo c o n t r a r i o ; puesto
que el tipo presentado por V i o l e t - l e D u c muestra u n v i v o reflejo del de San V i tal de R á v e n a en l a manera de a g r u p a r los tallos y las hojas del vaso, mientras
que en el e s p a ñ o l subsiste l a libre i n t e r p r e t a c i ó n del antiguo capitel c l á s i c o .
D.—Epocas de
erección.
Iglesia de San Saturnino .—En el Congreso de Sociedades Científicas abierto en T o l o s a el 4 de A b r i l de 1899 (1) se dieron como definitivamente fijadas
las fechas de c o n s t r u c c i ó n de l a i g l e s i a de S a n Saturnino, de acuerdo c o n el
concienzudo estudio de tan interesante c u e s t i ó n , presentado por el sabio a r q u e ó logo f r a n c é s M . A n t h y m e Saint P a u l . S e g ú n dicho escritor, el coro debió ser
comenzado h a c i a 1080 y completamente terminado en l a c o n s a g r a c i ó n de 1096,
siendo probable que en esta fecha R a i m u n d o G a y r a r d fuese y a el director de
los trabajos, que c o n s e r v ó hasta su muerte, acaecida en 1118, en c u y a é p o c a
debieron quedar concluidos los muros de recinto hasta las p r i m e r a s cornisas y
casi terminados los brazos del c r u c e r o . Desde esta fecha hasta 1135 ó 1140 se
emprendieron las partes altas de l a nave, tramo á tramo, y se r e c o n s t r u y ó l a
parte superior del á b s i d e , continuando d e s p u é s c o n penosa lentitud l a const r u c c i ó n de l a nave y l a d e s t r u c c i ó n de l a fachada, y a comenzada, para elevar
otra que q u e d ó a l fin incompleta.
Iglesia de Santiago.—El
docto a r q u e ó l o g o y c a n ó n i g o de l a iglesia compostelana S r . L ó p e z F e r r e i r o , esclarece con g r a n m i n u c i o s i d a d de datos (2),
que resumo á c o n t i n u a c i ó n , l a é p o c a m u y probable de l a c o n s t r u c c i ó n del templo gallego.
E n l a i n s c r i p c i ó n existente en una de las jambas de las puertas de las Platerías se dice que esta obra se hizo en l a E r a de M C X V I , ó sea el a ñ o 1078,
surgiendo l a duda de s i fué este a ñ o el de p r i n c i p i o ó c o n c l u s i ó n de d i c h a
fachada.
E l l i b r o V del C ó d i c e C a l i x t i n o fija el p r i n c i p i o de l a citada o b r a en d i c h a
E r a de M C X V I , pero a l mismo tiempo p r e c i s a los lapsos de tiempo t r a n s c u r r i dos desde el comienzo de las obras hasta l a muerte de A l f o n s o I de A r a g ó n ,
que fué de cincuenta y nueve a ñ o s ; hasta l a de E n r i q u e I de I n g l a t e r r a , de
sesenta y dos, y hasta l a de L u i s V I de F r a n c i a , de sesenta y tres, y dadas las
fechas en que, s e g ú n l a H i s t o r i a , fallecieron estos Soberanos, resulta que debieron comenzarse dichas f á b r i c a s h a c i a 1074 ó 1075. Estas ú l t i m a s fechas
concuerdan con l a e s c r i t u r a de concordia del Obispo compostelano con el abad
San F a g i l d o , de 17 de A g o s t o de 1077, en que se da á entender que y a se hallaba comenzada por entonces l a obra del templo, el que d e b i ó á lo sumo quedar
casi p o r completo terminado en el a ñ o 1128, s e g ú n l a v e r s i ó n de l a H i s t o r i a
compostelana.
Comparación.—Dos
irrefutables textos que acabo de a d m i t i r demuestran,
pues, palmariamente que l a C a t e d r a l de Santiago se e m p e z ó á e r i g i r con alguna p e q u e ñ a a n t e r i o r i d a d á l a de S a n Saturnino y se t e r m i n ó mucho antes que
esta ú l t i m a .
ADOLFO FERNÁNDEZ CASANOVA.
A M L
% 2 S ' £ , ' ; ¿ %- -
d e S a n t i a £ 0
'
t o m o
n i
'
p á g i n a s 4 0
y
8 i g u i e n t e s
-
DE L A SOCIEDAD ESPAÑOLA D E EXCURSIONES
BIBLIOGRAFÍA
M e d a l l a s de los G o b e r n a d o r e s de los P a í e s B a j o s e n e l r e i n a d o de F e l i p e II.—
0
Discursos leídos ante l a Real Academia de l a
Historia en l a recepción pública del señor
D. Adolfo Herrera y Chiesañova.
Amenidad literaria en las descripciones
y espíritu de severo análisis en la investigación de los hechos son las dos p r i m e ras cualidades que avaloran el trabajo
concienzudo leído por nuestro-consocio
D . Adolfo H e r r e r a y C h i e s a ñ o v a ante la
Real A c a d e m i a de la H i s t o r i a .
Si las cabezas expresivas de los Gobernadores de los -Países Bajos han sido
transmitidas á la posteridad por hábiles
grabadores, sus figuras morales s u r g í a n ,
llenas de vida y colorido, en l a mente de
los oyentes mediante las sobrias notas
47
ter, y a laudatorio, y a amenazador ó y a
s a t í r i c o , siendo de notar el excepcional
i n t e r é s que dan á las notas que las dedica las observaciones a t i n a d í s i m a s y el
enlace de todas en una n a r r a c i ó n que es,
en el fondo, la verdadera historia de aquel
re vuelto y d r a m á t i c o p e r í o d o , prolongada
hasta el mando de D . Juan de A u s t r i a .
E n nombre de la A c a d e m i a le c o n t e s t ó
D . Cesáreo Fernández Duro, también
consocio nuestro, con un discurso en que
presenta, tal como ella es, l a figura del
S r . H e r r e r a , investigador de los problemas históricos desde su edad juvenil en
Cartagena; publicista fecundo, que ha
puesto su nombre en obras de excepcional importancia é incansable propagandista de l a ciencia y l a cultura patria en
las sociedades doctas, el periódico y el
libro.
que destinó á trazarlas el autor del tra-
E s t a primera parte de su brillante tra-
bajo, reuniendo así, en las mismas obras,
bajo se completa con una segunda, con-
dos elementos a n t i t é t i c o s al parecer.
sagrada a l estudio de las medallas y per-
D e s p u é s de dedicar un sentidísimo re-
sonalidad de Alejandro Farnesio, traza-
cuerdo á l a memoria del ilustre hombre
da de mano maestra en unos cuantos ras-
público é inspiradísimo poeta D . V í c t o r
gos, con esa frescura, esa seguridad y
Balaguer, señala, en brillantes p á r r a f o s ,
ese penetrante espíritu de o b s e r v a c i ó n
la significación de l a n u m i s m á t i c a en ge-
que caracteriza todas las producciones
neral, y l a que tuvo en la segunda mitad
del sabio historiador de l a M a r i n a espa-
del siglo X V I , en que "...las medallas
ñola.
desempeñaban un papel de trascendental
Pocas veces se h a b r á n aplaudido dos
importancia: s e r v í a n para conmemorar
lecturas con mayor entusiasmo y m á s
los acontecimientos y como medio de pro-
justicia.
paganda para altos fines políticos. V e nían á cumplir, en cierto modo, l a misión de nuestros actuales periódicos, cir-
La Sociedad de Excursiones en acción.
culando por todas partes, unas veces sirviendo á la par de monedas, otras como
distintivo, y siempre como recuerdo per-
El
domingo 19 del pasado, se verificó
la anunciada visita á l a hermosa colec-
manente, estimado por el arte y el inge-
ción a r t í s t i c a que posee nuestro consocio
nio que presidían á su formación,,.
D . J o s é de L á z a r o Galdiano, asistiendo
Describe luego sucesivamente las de
a
D . M a r í a de A u s t r i a y D .
i l
los Sres. A l v a r e z ( D . A n í b a l ) , D r . D e l
M a r g a r i t a de
A m o , Cabrera, C á c e r e s P l á , Condes de
Parma; la a c u ñ a d a en 1566, en que figu-
Cedillo, de Montefuerte, de la O l i v a , de
ran la Gobernadora, el Cardenal G r a n -
G a i t á n , de Polentinos, Cervino <D. M a r -
vela y un soldado español; las que sirvie-
celo), C i r i a , Cutre, Fuentes, Garnelo,
ron de distintivo á los caballeros católi-
González A l v a r e z , González A r n a o , H e r -
cos, publicadas por Van Loon; las del D u -
nández Delgado, H e r r e r a ( D . Adolfo),
que de A l b a y otras muchas, de c a r á c -
Igual, J a r a , Mesonero Romanos, P é r e z
48
BOLETIN
Linares, Rotondo, Serrano Fatigati y
Serrano Jover.
Los excursionistas admiraron una vez
más el encantador Leonardo de Vmci; el
tríptico de Juan Hispalense, que merecería por sí solo un estudio especial; el autorretrato de Pedro Berruguete; el banco primorosamente tallado del siglo X V I ;
los numerosos y delicados marfiles y cien
cuadros y objetos arqueológicos y maravillas diversas, apreciando la importancia de las nuevas adquisiciones realizadas desde que pasearon por los mismos
salones hace poco más de un año.
Con no ser pequeño el espacio destinado á la colección, se veían ya muchos
cuadros adosados á las sillas y diversas
joyas no colocadas en los muros, que obligan á su dueño á trasladarse á local más
amplio para desplegar en él convenientemente el que puede ya, con justicia, calificarse de Museo.
El Sr. Lázaro atendió á sus consocios
y les obsequió delicadamente, cumpliendo las leyes de la hospitalidad como persona que vive siempre en medio de las
primeras clases directoras.
Algunos de nuestros consocios se reunieron luego en el Hotel Inglés, donde los
Sres. Ibarra y Aguado se esmeraron en
servir un almuerzo espléndido, digno de
las mejores fondas extranjeras.
SECCIÓN OFICIAL
FEBRERO
Excursión á Pastrana y lugares próximos.
Estación de Atocha.
h
Salida de Madrid: Jueves 13, á las 4 ,3o' de
la tarde.
Llegada á Guadalajara: 6 ,5</.
Salida de Guadalajara: Viernes 14, á las 7
de la mañana.
Llegada á Pastrana: 2 tarde.
Vuelta á Madrid: Domingo 16, 8 ,4o' noche.
Monumentos.—Se visitarán los subsistentes
en Pastrana y, si es posible, Almonacid de
Zorita y Zorita de los Ganes.
Cuota.—60 pesetas con billete de ida y vuelta á Guadalajara en segunda, coche particular para Pastrana, habitación y comida durante todo el tiempo de la expedición, gratificaciones y gastos diversos.
Las adhesiones, hasta el mismo día i3, á las
i2 , al Sr. D. Joaquín de Giria y Vinent, plaza del Cordón, 2, segundo.
h
11
h
h
h
A D V E R T E N C I A
E n e l n ú m e r o a n t e r i o r deben ser c o r r e g i d a s las
siguientes e r r a t a s :
a
P á g . 1. —Dice: a ñ o I X ; debe decir: a ñ o X .
P á g . 3. —Dice: V i s t a h e r m o s a ; debe d e c i r : V i l l a h e r mosa.
P á g . 24.—Dice: Granvelle;
debe decir:
Granycla.
a
D i r e c t o r del BOLETÍN, D. Enrique
Serrano
Fatigati, P r e s i d e n t e de l a Sociedad, Pozas, 17.
A d m i n i s t r a d o r e s , Sres. Hauser y Menet, Ballesta, 30.
B O L . D K hA
Soc.
ESP. D E EXCURSIONES
TOMO
X
Fototipii cte Hauser y M»nst.-Madrid
ANTONIO
RAFAEL
M E N G S . — R E T R A T O
4
30X42. "
COLECCIÓN
D E L SK.
MARQUÉS
DE
C E R R A L B O
B()l„ D E L A SOC. ESP. D E EXCURSIONES
CABEZA
TOMO
DE
ESTUDIO
2 0 X 3 2 . "
C O L E C C I Ó N
D E
D.
J O S É
DK
L Á Z A R O
G A L D I A N O
X
>
DEL SR.
MARQUÉS
DE
CERRALBO
UNAS EXCAVACIONES DE SAN
COLECCIÓN
BRONCE ENCONTRADO EN
i g
BOL. DJS LA SOC. ESP. DE EXCURSIONES
FERNANDO
(CADIZ)
Putolipit de Hauier y M«n«t. • Madrid
TOMO X
BOL. DE LA S o c . ESP,
DE EXCURSIONES
TOMO
BURGOS
R E T A B L O
D E
L A
C A P I L L A
D E
S A N T A
A N A ,
E N
L A
C A T E D R A L
X
Descargar