teatro cortesano - Dadun

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TEATRO
CORTESANO
en la España de los Austrias
CUADERNOS
DE
TEATRO
CLASICO
IO
TEATRO
•
MADRID,
1998
•
TEATRO CORTESANO
en la España de los Austrias
CUADERNOS
DE TEATRO
CLÁSICO
10
Dirigido por:
José María DÍEZ BORQUE
TEATRO
• MADRID,
I998 •
Cuaderna
de Teatro Clásico
ES UNA REVISTA DEDICADA AL TEATRO CLÁSICO ESPAÑOL PUBLICADA POR LA
C O M P A Ñ Í A N A C I O N A L DE T E A T R O C L Á S I C O
© DE LA PRESENTE EDICIÓN: C O M P A Ñ Í A N A C I O N A L D E T E A T R O C L Á S I C O . C / Principe, 1 4 . 2 8 0 1 2 Madrid, 1 9 9 8
DISEÑO G R Á F I C O : EMILIO T O R N É
I.S.S.N.: 0 2 1 4 - 1 3 8 8 . ÑIPO: 1 8 4 - 9 8 - 0 0 9 - 2
DEPÓSITO LEGAL: M - 9 . 0 8 1 - 1 9 8 8
IMPRIME: A R T E S G R Á F I C A S L U I S P É R E Z , S . A . CJ ALGORTA, 3 3 . 2 8 0 1 9 M A D R I D
ÍNDICE
T E A T R O C O R T E S A N O E N LA E S P A Ñ A D E L O S A U S T R I A S
Dirigido por:
J o s é M a r í a DÍEZ BORQUE
(Universidad Complutense. Madrid)
Presentación
9
José M a r í a D Í E Z B O R Q U E
I. ÓRBITA PREVIA DEL TEATRO CORTESANO EN EL SIGLO X V I
J o a n OLEZA
La comedia a fantasía
y los orígenes de la práctica escénica cortesana....
13
Agustín D E LA GRANJA
Felipe II y el teatro cortesano
en la Península
Ibérica
31
II. PANORAMA GENERAL DEL TEATRO CORTESANO DEL SIGLO X V I I
Ignacio ARELLANO
El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
Felipe B. PEDRAZA J I M É N E Z
El teatro cortesano en el reinado de Felipe IV
K a z i m i e r z SABIK
El teatro cortesano en el reinado de Carlos II
55
75
105
III. ESCENA Y TEMAS DEL TEATRO CORTESANO DEL SIGLO X V I I
José M a r í a D Í E Z B O R Q U E
Espacios del teatro cortesano
119
J o s é M a r í a R U A N O D E LA HAZA
La escenografía del teatro cortesano
137
L o u i s e K. S T E I N
«Al seducir el oído». Delicias y convenciones
Rafael M A E S T R E
El actor cortesano en el escenario
Teresa F E R R E R VALLS
Lope de Vega y la dramatización
del teatro musical cortesano
de los Austrias,
1492-1622
de la materia genealógica
(I)
Sebastian NEUMEISTER
La mitología
169
191
215
233
Alfredo H E R M E N E G I L D O
Uso y manipulación
de la historia: experiencia barroca y teatro cortesano
245
J a v i e r H U E R T A CALVO
Reyes de Carnaval (sobre el personaje del rey en la comedia burlesca)
269
Relación de ilustraciones
297
EL TEATRO CORTESANO EN EL REINADO
DE FELIPE III
I g n a c i o ARELLANO
(Universidad de Navarra)
I. GENERALIDADES
U
NA visión p a n o r á m i c a , general, del t e a t r o c o r t e s a n o e s p a ñ o l h a d e
t e n e r e n c u e n t a s u s m a n i f e s t a c i o n e s e n la é p o c a d e Felipe III, p r e vias al g r a n d e s a r r o l l o d e los t i e m p o s d e Felipe IV, y h a s t a h a c e
p o c o m u y l e v e m e n t e a t e n d i d a s p o r los e s t u d i o s o s ( a t r a í d o s s o b r e t o d o p o r
la e t a p a q u e a r r a n c a e n 1622), s i t u a c i ó n d e p r e c a r i e d a d q u e h a n e m p e z a do a m e j o r a r s u s t a n c i a l m e n t e los trabajos d e Oleza y F e r r e r , e n p a r t i c u lar el libro d e esta ú l t i m a i n v e s t i g a d o r a La práctica escénica cortesana, de
la época del Emperador a la de Felipe III, al q u e e n v i a r é a m e n u d o e n e s t a s
reflexiones.
E n o t r a s a p o r t a c i o n e s d e este m i s m o v o l u m e n d e Cuadernos de teatro
clásico se e s t u d i a la g r a n explosión del t e a t r o c o r t e s a n o del r e i n a d o d e
Felipe IV, y t a m b i é n los a s p e c t o s e s c é n i c o s d e esta o t r a fase d e i n v e n c i o nes p r e c e d e n t e s , a b u n d a n t e s y d e n o t a b l e relevancia. Mi objetivo, c o m p l e m e n t a r i o , será, p u e s , t r a z a r d e m a n e r a s i n t é t i c a los p r i n c i p a l e s r a s g o s
q u e c a r a c t e r i z a n , d e s d e u n p u n t o d e vista a t e n t o s o b r e t o d o a la definición
literaria del g é n e r o , al t e a t r o d e c o r t e s i t u a d o e n t r e 1598 y 1621, c o n el fin
d e c o m p l e t a r la r e v i s i ó n d e c o n j u n t o p l a n t e a d a p o r el d i r e c t o r d e este
v o l u m e n . S i e n d o el teatro ( n o las p r á c t i c a s e s c é n i c a s , p r e s e n t e s e n
m u c h a s o t r a s m o d a l i d a d e s d e fasto y e s p e c t á c u l o ) m i c e n t r o d e i n t e r é s ,
solo h a r é m e n c i o n e s d e p a s o a o t r o s m o d e l o s d e e x h i b i c i ó n p a r a t e a t r a l ,
r e m i t i e n d o p a r a estos p u n t o s a la d o c u m e n t a d a bibliografía m e n c i o n a d a .
Del m i s m o m o d o n o m e p r e o c u p a r é d e r e c o g e r e x h a u s t i v a m e n t e los d a t o s
1
' Ver entre otros, de J. Oleza, «Hipótesis sobre la génesis de la comedia barroca», Cuadernos
de Filología, III, 1-2, 1981, pp. 9-44 (también en Teatros y prácticas escénicas. I, Valencia, Institución Alfonso el Magnánimo, 1984, pp. 9-42), y de T. Ferrer, La práctica escénica cortesana, de la época del Emperador a la de Felipe III, Londres, Tamesis, 1991, y Nobleza y espectáculo teatral (1535-1622), Valencia, Universidad de Valencia-Universidad de Sevilla-UNED,
1993. Remito a sus estudios para los aspectos que ahora no trataré.
Ignacio ARELLANO
56
a t a ñ e d e r o s a e s t a s p r á c t i c a s e s c é n i c a s , s i n o solo u n a s m u e s t r a s s i n t o m á ticas q u e s i r v a n p a r a e n m a r c a r m i s o b s e r v a c i o n e s .
L a p r i m e r a a p r o x i m a c i ó n d e fuste a e s t a t a r e a es, s i n d u d a , la q u e realizó S h e r g o l d e n s u b e n e m é r i t a History of Spanish Stage, e n c u y o c a p í t u l o
9 s e o c u p a d e « C o u r t Plays a n d P a g e a n t r y t o 1621» , e x a m i n a n d o n u m e r o s a s m a n i f e s t a c i o n e s t e a t r a l e s y p a r a t e a t r a l e s (fiestas, e n t r a d a s , s a r a o s ,
torneos...) c o n r e f e r e n c i a s a d i v e r s a s escenificaciones claves, c o m o las d e
El premio de la hermosura d e L o p e o El caballero del Sol, d e Vélez d e Guev a r a . El c o n j u n t o d e d a t o s e i n t e r p r e t a c i o n e s a d u c i d o s p o r S h e r g o l d , le
c o n d u c e a u n j u i c i o g l o b a l q u e p u e d e c o n s t i t u i r u n a b u e n a p i s t a p a r a el
examen que intentaré a continuación:
2
The court theatre in the reign of Philiph III is seen to manifest itself in two markedly contrasting ways: the big spectacle play, acted by courtiers, and having
considerable affinities with the pageantry of festivities; and the particulares by
professional companies, hired to perform plays from their repertoire for the prívate amusement of the King, the court, and, when the occasion demanded it,
their guests
La i m p o r t a n c i a d e e s t o s c a m i n o s , s o b r e t o d o el p r i m e r o , m i n u s v a l o r a d a p o r e s t u d i o s o s a n t e r i o r e s , i n c l u i d o el p r o p i o S h e r g o l d , h a sido p u e s t a
d e relieve p o r Teresa Ferrer, q u e h a e x a m i n a d o c o n d e t e n i m i e n t o las p r á c t i c a s e s c é n i c a s , a m p l i a n d o , c o n b u e n a c u e r d o , s u m i r a d a d e s d e el c o r p u s
t e x t u a l c o n s e r v a d o , a la t r a d i c i ó n del fasto c o r t e s a n o , q u e se r e m o n t a a la
E d a d M e d i a . A u n q u e , p o r las r a z o n e s p r á c t i c a s a n t e d i c h a s , m i revisión
a f e c t a r á s o b r e t o d o a ese c o r p u s textual, c o n v i e n e r e c o r d a r a l g u n o s detalles q u e e n m a r c a n este t e a t r o c o r t e s a n o d e las d o s p r i m e r a s d é c a d a s del
XVII e n el c o m p l e j o d e a c t i v i d a d e s festivas y c e l e b r a c i o n e s c o n e l e m e n t o s
e s c é n i c o s q u e a c o g e n a las r e p r e s e n t a c i o n e s p r o p i a m e n t e d r a m á t i c a s ,
i n s e r t á n d o l a s e n la fiesta e s p e c t a c u l a r d e la c o r t e , d o n d e ya h a n llegado
d i v e r s a s i n f l u e n c i a s i t a l i a n a s , y d o n d e se s i g u e n d e s a r r o l l a n d o m o d e l o s
c a b a l l e r e s c o s y p a s t o r i l e s c u y a t r a d i c i ó n e s t á b i e n c i m e n t a d a en el XVI.
F a s t o s y r e p r e s e n t a c i o n e s s o n m u y a b u n d a n t e s e n t i e m p o s d e Felipe
III, t a n t o e n el p a l a c i o real, c o m o e n c a s a s y p a l a c i o s d e la nobleza, o en
las c o r t e s v i r r e i n a l e s .
P a r a S h e r g o l d , las fiestas d e V a l e n c i a e n 1599 e n c e l e b r a c i ó n d e las
b o d a s d e Felipe III (en ellas desfiló L o p e d e Vega c o n traje d e b o t a r g a ) , con
s u s a r q u i t e c t u r a s efímeras, t r a m o y a s s e m e j a n t e s a las d e los t e a t r o s (un
g r a n g l o b o del q u e sale u n ángel y S a n Vicente Ferrer, etc.), fuegos artificiales, c a r r o s triunfales, t o r n e o s y disfraces, personajes alegóricos y d a n z a s
d e m á s c a r a s , c o n s t i t u y e n u n p u n t o crítico e n la vía h a c i a u n m a y o r desarrollo d e los e s p e c t á c u l o s c o r t e s a n o s : e n el c o m p l e j o festivo s e i n t e g r a r o n
3
4
N. D. Shergold, A History of the Spanish Stage from Medieval Times until the En of the Seventeenth Century, Oxford, Clarendon Press, 1967, pp. 236-64; la cita que sigue está en p. 261.
Adapto sintéticamente detalles que Ferrer analiza con más demora en el cap. III de La práctica escénica, pp. 105-142.
Materiales pertinentes de noticias y relaciones en Ferrer, Nobleza y espectáculo teatral,
pp. 207-221.
2
3
4
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El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
varias r e p r e s e n t a c i o n e s teatrales, q u e sin c o n s t i t u i r t o d a v í a piezas cortes a n a s m a r c a n «the b e g i n n i n g of a n e w royal i n t e r e s t in t h e d r a m a w h i c h
enabled t h e c o u r t t h e a t r e of t h e s e v e n t e e n t h c e n t u r y t o b e c r e a t e d » .
Las r e p r e s e n t a c i o n e s p r i v a d a s e n Valencia p a r e c e n h a b e r s i d o frec u e n t e s , y h a y a b u n d a n t e s i n f o r m a c i o n e s s o b r e o t r a s e n d i s t i n t o s lugares. Así, p o r e j e m p l o , d e los festejos d e 1603 e n Villaviciosa, p o r la b o d a
del d u q u e d e B r a g a n z a c o n d o ñ a A n a d e Velasco, c o n r e p r e s e n t a c i o n e s a
c a r g o d e la c o m p a ñ í a d e G a n a s s a , c a r r o s triunfales, d a n z a s y t o r n e o s , q u e
a l c a n z a n d i m e n s i o n e s c e r c a n a s a lo t e a t r a l , c o n c i e r t o e l a b o r a d o argum e n t o , d i á l o g o s , etc. E n 1606 s a b e m o s d e o t r a fiesta e n Sevilla, e n c a s a
del V e i n t i c u a t r o d o n Diego C o l i n d r e s , c o n c e r t a m e n p o é t i c o , t o r n e o c ó m i co, y, lo q u e m á s m e i n t e r e s a subrayar, u n a c o m e d i a d e r e p e n t e c o n t e m a
mitológico y e n f o q u e e v i d e n t e m e n t e b u r l e s c o ( c o m o d e r e p e n t e q u e es), la
Farsa de Perseo y Andrómeda,
representada por algunos participantes.
5
6
P e r o n o h a c e al c a s o c o m e n t a r a h o r a t o d a s las fiestas d e las q u e t e n e m o s noticia, y q u e y a h a n s i d o b i e n a n a l i z a d a s p o r S h e r g o l d y Ferrer, q u e
recogen m u c h o s m á s d a t o s d e los q u e a h o r a p r e t e n d o c o n s i g n a r a q u í . Volveré luego s o b r e a l g u n a d e e s t a s c e l e b r a c i o n e s , d e las q u e e n p r i n c i p i o , m e
i n t e r e s a r e s a l t a r el c o m p o n e n t e d r a m á t i c o .
Si n o s fijamos e n el c a m p o e s t r i c t o del t e a t r o , r e s u l t a n i g u a l m e n t e ilustrativos los detalles a p o r t a d o s p o r S h e r g o l d y Varey : d e s d e 1603 a 1622
se r e c o g e n e n d i s t i n t o s d o c u m e n t o s r e f e r e n c i a s a las r e p r e s e n t a c i o n e s
palaciegas e n s a l o n e s r e a l e s . El 30 d e e n e r o d e 1603 la r e i n a o r d e n a se
p a g u e a N i c o l á s d e los Ríos p o r «cinco c o m e d i a s q u e r e p r e s e n t ó e n mi
p r e s e n c i a este p r e s e n t e m e s d e e n e r o » ; el 14 d e j u l i o d e ese a ñ o se o r d e n a
u n p a g o s e m e j a n t e al m i s m o a u t o r p o r d o s c o m e d i a s ; el 25 d e a g o s t o J u a n
de M o r a l e s c o b r a p o r d o s c o m e d i a s r e p r e s e n t a d a s ese m e s a n t e la reina;
p a s a m o s a 1604, d o n d e c o n s t a n ó r d e n e s d e p a g o a A n t o n i o d e Villegas p o r
c u a t r o c o m e d i a s e n el m e s d e s e p t i e m b r e ; a G a s p a r d e P o r r e s u n a b o n o
en o c t u b r e a c u e n t a «de lo q u e m o n t a r e n las c o m e d i a s q u e h a r e p r e s e n t a d o y h e c h o é n m i p r e s e n c i a este p r e s e n t e a ñ o d e 1604»... S h e r g o l d y
Varey n o c o n s i g n a n m á s r e p r e s e n t a c i o n e s h a s t a 1622. Teresa F e r r e r ,
m a n e j a n d o o t r o s d o c u m e n t o s d e Díaz E s c o v a r a ñ a d e a l g u n a s referencias
a c o m e d i a s en 1616, 1617, 1618 y 1619... ( e n t r e ellas u n a c o m e d i a d e Las
burlas de don Blas).
De estos d a t o s p o d e m o s s a c a r a l g u n a s c o n c l u s i o n e s g e n e r a l e s q u e m e
p a r e c e n significativas d e la s i t u a c i ó n del t e a t r o e n el á m b i t o c o r t e s a n o del
m o m e n t o y q u e p e r m i t i r á n e s t a b l e c e r a l g u n a s d i s c r i m i n a c i o n e s q u e inter e s a n p a r a definir c o n m a y o r p r e c i s i ó n el g é n e r o del « t e a t r o c o r t e s a n o » .
7
8
J4 History of the Spanish Stage, p. 245.
Para la situación de Valencia, muy importante, ver los excelentes trabajos de J. Oleza, «La
Valencia virreinal del Quinientos: una cultura señorial», en Teatro y prácticas escénicas. I,
Valencia, Institución Alfonso el Magnánimo, 1984, pp. 61-75, «La tradición pastoril y la
práctica escénica cortesana en Valencia (I): el universo de la égloga», ibídem, pp. 189-218, y
«La tradición pastoril y la práctica escénica cortesana en Valencia (II): coloquios y señores»,
ibídem, pp. 243-57.
Representaciones palaciegas: 1603-1699, Londres, Tamesis, 1982, pp. 43-46.
La práctica escénica, p. 121.
5
6
7
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Ignacio ARELLANO
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E n p r i m e r l u g a r r e s u l t a l l a m a t i v a la e s c a s e z d e títulos d e piezas recog i d o s e n la d o c u m e n t a c i ó n . E n p o c a s o c a s i o n e s se h a c e c o n s t a r el título
d e la c o m e d i a : d e las r e p r e s e n t a c i o n e s en s a l o n e s p r i v a d o s de la reina, p o r
e j e m p l o , n o s a b e m o s n i n g ú n título. M u y p o c o s se r e c o g e n en relaciones
d e fiestas c o m o las d e L e r m a d e 1 6 1 4 y 1617 ( s o b r e las piezas d e Lope y
Vélez r e p r e s e n t a d a s en esas o c a s i o n e s h a b l a r é l u e g o ) . E s t a s piezas se conc i b e n , e v i d e n t e m e n t e , c o m o p a r t e d e u n a c e l e b r a c i ó n d e c o n j u n t o , e n la
q u e se i n t e g r a n u n a s veces s e g ú n e n c a r g o s específicos d e los o r g a n i z a d o res, y o t r a s d e m a n e r a m á s o m e n o s i m p e n s a d a , a p r o v e c h a n d o piezas de
c o r r a l m a n t e n i d a s e n los r e p e r t o r i o s d e las c o m p a ñ í a s a c t u a n t e s . Los
a c t o r e s q u e las r e p r e s e n t a n s o n e n o c a s i o n e s n o b l e s y pajes, personajes
del m u n d o d e la c o r t e , aficionados; y e n o t r a s a c t o r e s d e c o m p a ñ í a s profesionales.
S e p e r c i b e i g u a l m e n t e c i e r t a t e n d e n c i a al e n f o q u e j o c o s o e improvisad o e n las c o m e d i a s d e r e p e n t e , q u e sin d u d a f o r m a b a n p a r t e h a b i t u a l de
e s t o s festejos. H e m e n c i o n a d o ya u n c a s o , y m e o c u p a r é d e s p u é s d e otra
c o m e d i a d e r e p e n t e e n la c o r t e l i t e r a r i a del c o n d e d e L e m o s , virrey de
Ñ a p ó l e s . H a y q u e r e l a c i o n a r l a s c o n las f o r m a s c a r n a v a l e s c a s de la c o m e dia de disparates o comedia burlesca que será después otro género muy
peculiar de «teatro cortesano» .
A m e n u d o el a p a r a t o e s p e c t a c u l a r es m á s a b u n d a n t e en las formas
p a r a t e a t r a l e s , c o m o los t o r n e o s y las m á s c a r a s , q u e e n las p r o p i a s c o m e d i a s r e p r e s e n t a d a s . Y esto s u c e d e , p o r q u e , c o m o a p u n t a S h e r g o l d e n las
f r e c u e n t e s r e p r e s e n t a c i o n e s p a r t i c u l a r e s ( p e r o n o solo en ellas) «the
a c t o r s p r o b a b l y p r e s e n t e d plays from t h e i r o w n r e p e r t o i r e r a t h e r t h a n pieees specially w r i t t e n for t h e o c c a s i o n » y «It is d o u b t f u l w h e t h e r s u c h part i c u l a r e s r e q u i r e d a n y very e l a b ó r a t e s t a g i n g » .
Q u i e r e decirse, p o r t a n t o , q u e e n esta é p o c a p r e d o m i n a n los g é n e r o s
de corral, por m á s que formen parte de espectáculos cortesanos, y por
m á s q u e e m p i e c e n a a p u n t a r las r e p r e s e n t a c i o n e s d e g r a n a p a r a t o .
F e r r e r " , q u e s u b r a y a , c o m o exige el c o n t e x t o d e s u e s t u d i o , la i m p o r t a n cia d e las r e p r e s e n t a c i o n e s d e a p a r a t o , s e ñ a l a , sin e m b a r g o , c o n t o d a nitidez este rasgo:
9
10
la actividad en lo que se refiere a fastos y representaciones teatrales fue intensísima a lo largo de todo el reinado de Felipe III, hasta enlazar con las grandes fiestas que se organizarían durante el de Felipe IV. En palacio o en los jardines y
huertas de Madrid, Valladolid, Lerma, Ventosilla, los comediantes hicieron para
los cortesanos representaciones como las que hacían en los corrales. Ello es evidente hasta el punto de que el duque de Lerma captó al vuelo la conveniencia de
construir en las Casas del Tesoro un teatro que emulase al de los corrales. Pero
también es cierto que junto a estas comedias de corral, también se representaron comedias de gran aparato
De hecho, según lo que conocemos, las comedias burlescas (pertenecientes casi totalmente al reinado de Felipe IV) se solían representar en palacio durante las fiestas de carnaval.
Ver F. Serralta, «La comedia burlesca: datos y orientaciones», en Risa y sociedad en el teatro
español del Siglo de Oro, Toulouse, Universidad, 1980, pp. 99-114.
A History oif Spanish Stage, p. 236.
"La práctica escénica, pp. 126-27.
9
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El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
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N ó t e s e q u e c u a n d o se p l a n t e a la c o n s t r u c c i ó n d e u n e s p a c i o t e a t r a l
p a r a la c o r t e se p i e n s a e n la f o r m a del c o r r a l . E s c i e r t o q u e se p l a n t e a n
o t r o tipo d e c o n s t r u c c i o n e s , c o m o la s a l a d e s a r a o s del p a l a c i o d e Valladolid, c o n c e b i d a c o m o e s p a c i o d e fasto c o r t e s a n o c a p a z d e a l b e r g a r m a n i festaciones ricas en e l a b o r a c i ó n m u s i c a l , t e x t u a l y escénica: p e r o e n cualq u i e r c a s o n o es la r e p r e s e n t a c i ó n t e a t r a l la q u e dirige e s p e c í f i c a m e n t e
esta c o n s t r u c c i ó n espacial, s i n o el s a r a o , m o d a l i d a d d e d i v e r s i ó n cortesan a d i s t i n t a d e la c o m e d i a . E s u n s a l ó n d e baile, n o u n e s c e n a r i o p a r a la
c o m e d i a de g r a n a p a r a t o , q u e h a b r á d e e s p e r a r al Coliseo del B u e n Retiro, d o n d e h a y y a u n p r o g r a m a c o n s c i e n t e , e s p e c í f i c a m e n t e t e a t r a l .
La r e p r e s e n t a c i ó n d e El caballero de Illescas d e L o p e e n la H u e r t a del
D u q u e d e L e r m a (en 1605, V a l l a d o l i d ) es a r q u e t í p i c a d e e s t e m e c a n i s m o . E n c e l e b r a c i ó n d e la visita del A l m i r a n t e d e I n g l a t e r r a se o r g a n i z a
u n a fiesta c o n m á s c a r a s y s a r a o s , e n la q u e se i n t e g r a u n a c o m e d i a sin
m a y o r e s p r e v i s i o n e s , h a s t a el p u n t o d e q u e s e g ú n a n é c d o t a r e c o g i d a p o r
P i n h e i r o d a Veiga e n s u Fastiginia,
el D u q u e s e ñ a l ó a N i c o l á s d e los
Ríos, el autor, q u e n o c o n v e n í a n c i e r t o s t e m a s r e l i g i o s o s i n c ó m o d o s
p a r a el h u é s p e d inglés, y q u e d e b í a c e ñ i r s e a t e m a s d e a m o r e s y g u e r r a s :
en s u m a , q u e el D u q u e n o t e n í a p r e v i s t a u n a c o m e d i a e n c o n c r e t o p a r a
estas fiestas, y la tal c o m e d i a la s a c a R í o s d e s u r e p e r t o r i o h a b i t u a l p a r a
los c o r r a l e s .
Oleza t r a z a lo q u e m e p a r e c e u n p r o c e s o m u y verosímil e n este desarrollo escénico: s e g ú n su h i p ó t e s i s la t e a t r a l i d a d c o r t e s a n a d e la p r i m e ra m i t a d del XVI se despliega a t r a v é s del fasto t e a t r a l y d e u n a t r a d i c i ó n
d r a m á t i c a q u e a b a r c a d e s d e la égloga p a s t o r i l h a s t a las piezas c o s t u m bristas de Gil Vicente. M i e n t r a s el fasto c o n t i n ú a a lo l a r g o d e la s e g u n d a
m i t a d del siglo h a s t a e n l a z a r c o n los g r a n d e s e s p e c t á c u l o s d e la c o r t e d e
Felipe III y Felipe IV, el d r a m a c o r t e s a n o se i n t e r r u m p e , c e d i e n d o al
e m p u j e d e la n u e v a p r á c t i c a e s c é n i c a p o p u l i s t a , d e c o r r a l , d e s e m p e ñ a d a
por actores profesionales.
La redefinición del t e a t r o c o r t e s a n o p r o p i a m e n t e d i c h o llegará e n la
c o r t e de Felipe IV, a u n q u e e l e m e n t o s c o r t e s a n o s pervivan e n m u c h a s
c o m e d i a s ( s o b r e t o d o e n las p r á c t i c a s del g r u p o v a l e n c i a n o , e n el q u e dest a c a e n este s e n t i d o la c o m e d i a del c a n ó n i g o T á r r e g a ) .
A h o r a bien, a efectos del r e s u m e n q u e a h o r a m e c o m p e t e , c e n t r a r s e en
el t e a t r o p r o p i a m e n t e c o r t e s a n o r e q u e r i r á dejar a u n l a d o t a n t o los elem e n t o s d e p r á c t i c a s c o r t e s a n a s n o p r o p i a m e n t e t e a t r a l e s , c o m o los elem e n t o s t e a t r a l e s ( c o m e d i a s d e c o r r a l ) n o p r o p i a m e n t e c o r t e s a n o s e n su
c o n c e p c i ó n ni r a s g o s e s t r u c t u r a l e s ( a u n q u e c i r c u n s t a n c i a l m e n t e se r e p r e senten integrados en conjuntos de celebraciones cortesanas).
A m o d o d e c o n c l u s i ó n d e lo d i c h o , m e i n t e r e s a s e n t a r lo siguiente:
a) Los e l e m e n t o s e s c é n i c o s s o n m u y a b u n d a n t e s e n las p r á c t i c a s espect a c u l a r e s (fastos, c e l e b r a c i o n e s , fiestas d e t o d o tipo) del á m b i t o cortesano. E s t o s e l e m e n t o s t i e n e n r e l a c i ó n m u y e s t r e c h a c o n las f ó r m u l a s teatrales, p e r o n o c o n s t i t u y e n e s p e c í f i c a m e n t e « p i e z a s d e t e a t r o » ; se
12
12
«Hipótesis sobre la génesis de la comedia barroca», pp. 24-41.
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Ignacio ARELLANO
c o l o c a r í a n e n los t e r r i t o r i o s q u e h a l l a m a d o Diez B o r q u e «órbitas d e teat r a l i d a d » . N o m e o c u p a r é d e ellos a q u í .
b) E n el á r e a p r o p i a m e n t e t e a t r a l h a b r í a q u e d i s t i n g u i r las r e p r e s e n t a c i o n e s d e c o m e d i a s d e c o r r a l e n e s p a c i o s d e c o r t e (caso d e El caballero de
Illescas y o t r o s m u c h o s ) , d e las c o m e d i a s p r o p i a m e n t e d e a p a r a t o concebidas para u n público y escenario cortesano.
c) L a s c o m e d i a s q u e m e i n t e r e s a n , e n el c o n t e x t o del p r e s e n t e trabajo,
s o n ú n i c a m e n t e las a l u d i d a s e n ú l t i m o lugar, c u y a n ó m i n a es b a s t a n t e
r e d u c i d a , a u n q u e n o p u e d a e s t a b l e c e r s e c o n p r e c i s i ó n ; se da, efectivam e n t e , el c a s o d e c o m e d i a s d e L o p e , s o b r e t o d o , q u e h a n d e b i d o d e nacer,
si n o c o m o c o m e d i a s d e c o r t e , c o m o a d a p t a c i o n e s del g é n e r o c o r t e s a n o :
c o n s e r v a n , p o r lo m i s m o , ciertos e l e m e n t o s c a r a c t e r í s t i c o s , p e r o la fómula g l o b a l se h a d i f u m i n a d o . E n e s e n c i a , los títulos c u y o texto c o n o c e m o s ,
s i t u a d o s e n el c o r t e c r o n o l ó g i c o del r e i n a d o d e Felipe I I I , q u e en el géner o e s t r i c t a m e n t e c o r t e s a n o m e n c i o n a n t o d o s los e s t u d i o s o s , se r e d u c e n a
c u a t r o : t r e s d e Lope, Adonis y Venus, La fábula de Perseo (mitológicas), y
El premio de la hermosura ( c a b a l l e r e s c a ) , y u n a d e Vélez d e G u e v a r a , t a m b i é n c a b a l l e r e s c a , El caballero del Sol.
E s t a s c u a t r o s e r á n f u n d a m e n t a l m e n t e las q u e o b s e r v a r é , a u n q u e quier o r a s t r e a r a n t e s a l g ú n o t r o r e s t o e n las c e l e b r a c i o n e s q u e v e n g o m e n c i o n a n d o , p a r a c o m p l e t a r el m a r c o e n q u e la c o m e d i a s c o r t e s a n a s se s i t ú a n .
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I I E L TELÓN DE FONDO: CELEBRACIONES CORTESANAS CON ELEMENTOS PARATEATRALES
Ya m e h e r e f e r i d o a este t i p o d e a c t i v i d a d e s , p a r a c u y o c o n o c i m i e n t o
es i m p r e s c i n d i b l e el libro r e p e t i d a m e n t e c i t a d o d e Ferrer, q u e m e exime,
en s u c o m p l e t o r e p a s o , d e insistir e n ellas.
N o voy a revisar, p u e s , la t r a y e c t o r i a d e e s t a s m o d a l i d a d e s s i n o recordar simplemente u n par de celebraciones arquetípicas y comentar un
m o d a l i d a d t e a t r a l r u d i m e n t a r i a (la c o m e d i a d e r e p e n t e ) q u e a s o m a c o m o
p a r t e i n t e g r a n t e , s e g u r a m e n t e c o n g r a n frecuencia, a u n q u e n o t e n g a m o s
demasiados datos.
E n t r e n u m e r o s a s c e l e b r a c i o n e s , las fiestas d e L e r m a d e 1614 y 1617,
e n las q u e s e r e p r e s e n t a r o n El premio de la hermosura (Lope) y El caballero del Sol (Vélez), s o n p e r f e c t a m e n t e ilustrativas, y a b u n d a n t e m e n t e d o c u mentadas.
F r a n c i s c o F e r n á n d e z Caso, p o r e j e m p l o , n o s ofrece p a r a las d e 1617 u n
d e t a l l a d o Discurso en que se refieren las solenidades y fiestas con que el
Ver «Órbitas de teatralidad y géneros fronterizos en la dramaturgia del XVII», Criticón, 42,
1988, pp. 103-124.
Remito al capítulo IV.3 de Ferrer, La práctica escénica, pp. 167-178, donde examina cuatro
comedias mitológicas de Lope adaptadas al corral, que «no son obras pensadas -o al menos
no hay noticia de ello- para la representación en ambientes cortesanos», pero que revelan
aspectos muy significativos en esta misma adaptación de una fórmula como la del teatro
mitológico muy particularmente cercana al ámbito cortesano. Las comedias son Las mujeres sin hombres, El laberinto de Creta, La bella Aurora y El marido más firme.
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El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
61
excelentísimo
duque celebró en su villa de herma la dedicación de la Iglesia
Colegial . La escenografía p a r a los a c t o s festivos se a p o y a en los e l e m e n tos n a t u r a l e s del río y r i b e r a s a m e n a s . Cuevas, m u e l l e s p a r a la n a v e g a c i ó n
d e naves, c o n m u c h o s detalles i n s p i r a d o s e n los libros d e c a b a l l e r í a s , a c o gen c a r r o s , galeras y castillos, c o n fuegos artificiales, alegorías mitológicas, n u b e s de t r a m o y a , d a n z a s y m á s c a r a s . . .
E n las fiestas se r e p r e s e n t ó u n a c o m e d i a del c o n d e d e L e m o s , La casa
confusa, al p a r e c e r d e la clase d e i n g e n i o o c a p a y e s p a d a , d a n z a s d e
m o r i s c o s y c o m p l e j a s r e p r e s e n t a c i o n e s f a b u l o s a s (la fiesta d e la n o c h e ,
s u e ñ o s y A u r o r a ) , g u e r r a e n t r e los e n a n o s y las grullas, etc.
P e d r o d e H e r r e r a c o m p l e t a e n o t r a r e l a c i ó n los detalles. P a r t e del festejo consistió e n o t r a c o m e d i a del c o n d e d e S a l d a ñ a , y e n la d e Vélez, El
caballero del Sol, « i m i t a n d o a c c i ó n d e l i b r o d e caballerías», a c o m p a ñ a d a d e
u n e n t r e m é s d e d o n A n t o n i o d e M e n d o z a (quizá el d e El Examinador
Miser
Palomo). N u m e r o s o s e p i s o d i o s d a n z a d o s y r e p r e s e n t a d o s se s u c e d e n . De
todos ellos r e t e n g a m o s u n a m o j i g a n g a d e u n a c o m e d i a ridicula, la del
Adulterio de Marte y Venus: e n r e a l i d a d n o se r e p r e s e n t a la c o m e d i a , s i n o
q u e se lleva a e s c e n a d e m o d o b u r l e s c o u n s u p u e s t o e n s a y o d e la c o m e d i a ,
escrita p o r el c u r a : se t r a t a d e u n e s p e c t á c u l o d e d i s p a r a t e s e n el q u e se
s u c e d e n bailes c o m o la c a r r e t e r í a , r a s t r o , p i p i r o n d a y el m u y f a m o s o escar r a m á n . S e m e j a n t e m o j i g a n g a , u n i d a a la c a l i d a d g r o t e s c a d e m u c h a s d e
las d a n z a s y m á s c a r a s q u e c o m p u s i e r o n la fiesta insiste e n estas v e r t i e n t e s
carnavalescas y j o c o s a s d e b u e n a p a r t e d e las r e p r e s e n t a c i o n e s c o r t e s a n a s .
Típica en este s e n t i d o es o t r a d i v e r s i ó n r e c o r d a d a p o r S h e r g o l d y
Ferrer, e n la c o r t e virreinal del c o n d e d e L e m o s e n Ñ a p ó l e s , e n t r e 1614 y
1615, d e la q u e d a n o t i c i a s Diego D u q u e d e E s t r a d a e n los Comentarios
del
desengañado de sí mismo .
E n u n a s e s i ó n d e la a c a d e m i a d e los O c i o s o s ,
se r e p r e s e n t ó u n a c o m e d i a d e r e p e n t e , c o n el t e m a del « h u n d i m i e n t o d e
E u r í d i c e c u a n d o Orfeo, s u m a r i d o , p r í n c i p e d e la m ú s i c a q u e b r a n t ó las
p u e r t a s del infierno». I n v e r s i o n e s d e p a p e l e s , disfraces g r o t e s c o s , d i s p a rates... t o d o a p u n t a a lo q u e s e r á la c o m e d i a b u r l e s c a e n la é p o c a d e Felipe IV. El p a p e l d e E u r í d i c e lo i n t e r p r e t ó u n c a p i t á n E s p e j o «cuyos b i g o t e s
n o solo lo e r a n , p e r o b i g o t e r a s , p u e s los l i g a b a a las orejas», y el d e P r o s e r p i n a lo h i z o L u p e r c i o L e o n a r d o d e Argensola, « h o m b r e g r a c i o s í s i m o » ,
s e g ú n D u q u e d e E s t r a d a . Ante el Virrey y la V i r r e i n a se desenvolvió el disp a r a t e c o n t i n u o d e la c o m e d i a , e n la q u e i n c l u s o se d i s c u l p a b a n a l g u n a s
p a l a b r a s sucias y n o m u y h o n e s t a s «si lo h a b í a m e n e s t e r el c o n s o n a n t e del
verso». La c o m e d i a a c a b ó m a l , p o r q u e P l u t ó n (el s e c r e t a r i o A n t o n i o d e
Laredo), que estaba subido en u n a r m a r i o a m a n e r a de trono, se cayó
h a c i e n d o pie falso, y l a s t i m ó a los o t r o s a c t o r e s .
15
lb
Se ve q u e e n estas c e l e b r a c i o n e s s e i n t e g r a n e l e m e n t o s diversos, h e t e r o g é n e o s , y q u e la c o m e d i a f o r m a p a r t e d e u n a e s t r u c t u r a m á s a m p l i a e n
la q u e a m e n u d o r e s u l t a u n c o m p o n e n t e m á s , d e r a n g o n o e s p e c i a l m e n t e
elevado.
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16
Ver el Discurso en Nobleza y espectáculo teatral, pp. 257-282.
Cito por la edición de H. Ettinghausen, Madrid, Castalia, 1982, pp. 195 y ss.
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Ignacio ARELLANO
E n a l g u n o s c a s o s la c o m e d i a c o r t e s a n a t o m a , sin e m b a r g o , c a r a c t e r í s ticas p r o p i a s , y su p r o t a g o n i s m o , c o m o g é n e r o d r a m á t i c o , a l c a n z a m a y o r
relevancia. Así s u c e d e c o n las q u e c o m e n t a r é a c o n t i n u a c i ó n .
III LA COMEDIA CORTESANA EN LA ÉPOCA DE FELIPE III
Si d e j a m o s a p a r t e las r e f e r e n c i a s v a r i a s a c o m e d i a s d e las q u e n o nos
c o n s t a n títulos o c u y o t e x t o se h a p e r d i d o , el n ú c l e o f u n d a m e n t a l d e lo
q u e c o n o c e m o s del t e a t r o c o r t e s a n o e n la é p o c a d e Felipe III se p o d r í a
r e d u c i r e s e n c i a l m e n t e a las c u a t r o c o m e d i a s q u e h e c i t a d o a n t e s . Todas
ellas se o r i e n t a n e n d o s c a m p o s c e n t r a l e s p a r a el g é n e r o : el d e la mitología y el c a b a l l e r e s c o . O t r o c o m p o n e n t e , el pastoril, t a m b i é n a s o m a a
m e n u d o en escenas varias o en otras comedias seguramente relacionadas
c o n el m u n d o c o r t e s a n o , c o m o las d e L o p e La pastoral de Jacinto, o El verdadero amante, c u y a s v i c i s i t u d e s d e r e e s c r i t u r a n o c o n o c e m o s b i e n .
La d e Adonis y Venus, d e L o p e , s e p u b l i c a e n la P a r t e XVI (1621), p e r o
se cita e n la p r i m e r a lista d e El peregrino en su patria (1604) y h a b r í a sido
e s c r i t a s e g ú n M o r l e y y B r u e r t o n e n t r e 1597 y 1603.
Va d e d i c a d a al d u q u e d e P a s t r a n a , d o n R o d r i g o d e Silva, y en esa dedic a t o r i a se s i t ú a a Adonis y Venus e n la m i s m a c a t e g o r í a («tuvo e n o t r a ocas i ó n las m i s m a s c a l i d a d e s » ) q u e El premio de la hermosura,
que gustó
m u c h o al d u q u e . S e t r a t a , p u e s , sin n i n g u n a d u d a , d e u n a c o m e d i a pens a d a p a r a s u r e p r e s e n t a c i ó n e n p a l a c i o p o r a c t o r e s d e la familia real («con
t a n t a g r a c i a y gentileza la r e p r e s e n t a r o n » , s e ñ a l a L o p e e n la d e d i c a t o r i a ) .
E n u n a esfera p a s t o r i l s e r e p r e s e n t a n t r e s e p i s o d i o s p o c o r e l a c i o n a d o s :
el a m o r o s o d e los p a s t o r e s , el d e H i p ó m e n e s y A t a l a n t a y el d e los enfrent a m i e n t o s d e Venus y C u p i d o , c o n los a m o r e s d e Venus y Adonis y la
m u e r t e d e este.
J u a n Oleza h a d e d i c a d o u n d e m o r a d o análisis a esta c o m e d i a , p u n t u a l i z a n d o a l g u n o s r a s g o s i m p o r t a n t e s , q u e p u e d e n aplicarse a las rest a n t e s del g é n e r o . S u b r a y a así la i n o r g a n i c i d a d , la c a n t i d a d de personajes,
q u e m u e s t r a e n s u a b u n d a n c i a u n a e s t r u c t u r a m u y d i s t i n t a a las c o m p a ñ í a s p r o f e s i o n a l e s , la d i s p o s i c i ó n e n c u a d r o s a u t ó n o m o s , la p r e o c u p a c i ó n
p o r los a p a r a t o s o s efectos e s c e n o g r á f i c o s ( a l t a r d e Apolo, c a r r o s e n n u b e s
c o n m ú s i c a s , b a n d a d a s d e pajarillos q u e se s u e l t a n , a l c á z a r infernal de
d o n d e sale la furia Tesifonte, d e s a p a r i c i o n e s y m e t a m o r f o s i s : Adonis en
u n a r a m a llena d e flores...). L a d e n s i d a d verbal y u n alto g r a d o d e elabor a c i ó n poética, c o n m a t e r i a l e s literarios d e la t r a d i c i ó n cortés, c o m p l e t a 17
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Por ejemplo Hero y Leandro, Los amores de Narciso, Psique y Cupido o La Torre de Hércules, que cita Lope en la primera lista de El peregrino en su patria (1604).
Complétese lo dicho aquí con el estudio que les dedica Ferrer en La práctica cortesana, cap.
IV. Allí se examinan aspectos que ahora no toco, como la estructura en cuadros, o detalles
precisos de la escenificación, actores, etc.
Cronología de las comedias de Lope de Vega, Madrid, Gredos, 1968.
«.Adonis y Venus. Una comedia cortesana del primer Lope de Vega», en Cuadernos de filología, III.3, 1983, pp. 145-67. También en Teatro y prácticas escénicas. IT. La Comedia, Londres, Tamesis, 1986, pp. 309-24.
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El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
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rían la c a r a c t e r i z a c i ó n b á s i c a d e u n a p r o p u e s t a t e a t r a l p u r a m e n t e cortes a n a , d e la q u e Adonis y Venus s e r í a u n e x c e l e n t e e j e m p l o .
Todos estos r a s g o s vuelven a a d v e r t i r s e e n la Fábula de Perseo, algo
m á s c o m p l e j a y significativa, y q u e m e r e c e a l g u n a s p a l a b r a s m á s .
La Fábula de Perseo p u d o s e r la c o m e d i a r e p r e s e n t a d a e n la Ventosilla
en 1613, escrita p o r e n c a r g o del d u q u e d e L e r m a . C o m e d i a c o r t e s a n a d e
t e m a mitológico, p u d o i n s p i r a r s e e n fuentes b i e n c o n o c i d a s e n la é p o c a
c o m o las Metamorfosis
d e Ovidio, la Filosofía secreta d e P é r e z d e M o y a , el
Teatro de los dioses de la gentilidad, del P. Vitoria, o, i n c l u s o , c o m o s e ñ a l a
M c G a h a , u n f a m o s o c u a d r o d e T i z i a n o s o b r e el t e m a .
La crítica (Ferrer, M c G a h a ) h a p u e s t o d e relieve la i n o r g a n i c i d a d y
h a s t a la i n c o h e r e n c i a d e s u t r a m a , si b i e n F e r r e r b u s c a la t r a b a z ó n e n el
objetivo d e m o s t r a r el c a r á c t e r h e r o i c o del p r o t a g o n i s t a , y e n la r e a p a r i ción d e a l g u n o s p e r s o n a j e s e n los d i s t i n t o s e p i s o d i o s .
La o b r a r e p r e s e n t a e n el p r i m e r a c t o la p r e h i s t o r i a d e P e r s e o , e s t o es,
la s e d u c c i ó n d e D á n a e p o r J ú p i t e r e n f o r m a d e lluvia d e o r o (lluvia d o r a d a q u e es u n o d e los efectos e s c é n i c o s p r i n c i p a l e s d e este a c t o ) . N a c i d o
Perseo, su a b u e l o Acrisio a b a n d o n a a D á n a e y P e r s e o e n u n b a r c o q u e los
llevará a las costas d e Acaya, d o n d e los r e c o g e el rey P o l i d e t e s . E n el a c t o
II Perseo, e n v i a d o p o r el rey ( t e m e r o s o d e p e r d e r el t r o n o a m a n o s d e Perseo) lleva a c a b o la m i s i ó n d e m a t a r a M e d u s a . E n el a c t o III libera, e n u n a
nueva hazaña, a Andrómeda.
La escenografía y los efectos d e la t r a m o y a i n c l u y e n a p a r i e n c i a s d e
t e m p l o s magníficos, salvajes, c a b a l l o s a l a d o s (Pegaso), el m o n s t r u o m a r i n o c o n fuego, o m e t a m o r f o s i s d e h o m b r e s en m o n t e s . E s p u e s , c o m e d i a
de espectáculo, c a r a c t e r í s t i c a m e n t e c o r t e s a n a .
Me interesa e x a m i n a r u n m o m e n t o la e s t r u c t u r a i n c o n e x a q u e h a n
advertido los críticos. Alberto L i s t a , p o r ejemplo, escribió q u e «en ella se
ve lo q u e e n todas las c o m e d i a s d e L o p e d e Vega: la falta d e u n i d a d y lazo»,
y a p u n t a q u e h a y personajes q u e a c t ú a n u n i n s t a n t e y n o vuelven a salir,
q u e A n d r ó m e d a «que debía s e r el p e r s o n a j e m á s i m p o r t a n t e , n o a p a r e c e
h a s t a el tercer acto», q u e el a m o r d e F i n e o « q u e se vuelve loco, es u n a m o r
episódico e insufrible», etc. M c G a h a , p o r s u p a r t e , a u n q u e r a z o n a a l g u n o s
elementos, n o a l c a n z a t a m p o c o a explicarse la p r e s e n c i a d e o t r o s , c o m o la
alegoría d e los caballeros a r m a d o s q u e s i m b o l i z a n ciertos vicios, o la pres e n t a c i ó n de P e r s e o c o m o e n c a r n a c i ó n d e la v i r t u d y M e d u s a del vicio: «el
m a n e j o d e la alegoría p o r L o p e e n el Perseo es m u y t o r p e » , concluye.
Pero, q u i z á el e n f o q u e d e e s t a c o m e d i a exija t e n e r e n c u e n t a c o m o prim e r requisito q u e es u n a c o m e d i a c o r t e s a n a . La s u c e s i ó n d e s u s c o m p o n e n t e s n o halla v e r d a d e r a e x p l i c a c i ó n , a m i j u i c i o , e n la b ú s q u e d a d e lazos
e s t r u c t u r a l e s , ni t a m p o c o e n u n a z a r a r b i t r a r i o . Los e p i s o d i o s y m o t i v o s ,
las e s t r u c t u r a s y r e c u r s o s l i t e r a r i o s y t e a t r a l e s se d i r i g e n al p ú b l i c o c o r t e s a n o , y en esa c o n d i c i ó n del r e c e p t o r se e n c u e n t r a el e l e m e n t o unificador.
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Para los argumentos sobre estas circunstancias ver la edición de M. McGaha, en Kassel,
Reichenberger, 1985.
Citado por McGaha, p. 17.
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Ignacio ARELLANO
V e a m o s , s o m e r a m e n t e , a l g u n o s m o t i v o s p r i n c i p a l e s d e la c o m e d i a ,
q u e r e v e l a r á n , e s p e r o , s u p e r t i n e n c i a e n ese m a r c o del t e a t r o c o r t e s a n o .
N o h a y q u e i n s i s t i r e n la d e n s i d a d d e los m o t i v o s m i t o l ó g i c o s , c o m ú n
a b u e n a p a r t e d e la c o m e d i a c o r t e s a n a (al l a d o d e los caballerescos y past o r i l e s ) . El o r á c u l o inicial ( w . 47 y ss.) es d e esta m i s m a categoría. La
a p a r i c i ó n del T i e m p o c o n s u reloj y s u s alas n o s i n t r o d u c e e n u n m u n d o
r e i t e r a d o e n los m o d o s d e e x p r e s i ó n d e la c o m e d i a c o r t e s a n a , el d e los
e m b l e m a s . E n la Fábula de Perseo se localizan, a d e m á s d e esta figura
e m b l e m á t i c a del T i e m p o , la del p e l í c a n o ( w . 637-40) p e r t e n e c i e n t e al best i a r i o s i m b ó l i c o , el e m b l e m a d e la O c a s i ó n ( w . 752-55), la h i e d r a u n i d a al
m u r o ( w . 1286-87), el espejo e n el e s c u d o d e Palas (p. 110 ed. M c G a h a ) ,
el c i p r é s , s í m b o l o f u n e r a l ( w . 520, 2517), o la c o n t r a p o s i c i ó n d e E r o s y
A n t e r o s ( w . 1985-2010), m u y f a t i g a d a e n los t r a t a d o s a m o r o s o s y e n los
r e p e r t o r i o s e m b l e m á t i c o s (varias veces e n Alciato o e n Amorum
emblemata d e V a e n i u s , p o r e j e m p l o ) . El e m b l e m a , m u y r e l a c i o n a d o c o n la
h e r á l d i c a , es g é n e r o f u n d a m e n t a l e n el m o d o d e e x p r e s i ó n del t e a t r o cort e s a n o , y El caballero del Sol, d e Vélez, es e n b u e n a p a r t e , c o m o se verá
d e s p u é s , u n m u e s t r a r i o e m b l e m á t i c o , a s p e c t o m u y r e l e v a n t e t a m b i é n en
los c a r r o s y n a v e s d e las c e l e b r a c i o n e s d e fasto c o r t e s a n o a las q u e a n t e s
m e he referido.
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La e l a b o r a c i ó n verbal e n t r a e n vías d e sofisticación poética, m a r c a d a s
p o r e l e m e n t o s t a n significativos c o m o los motivos y f ó r m u l a s expresivas
del a m o r c o r t é s ( c o n s u c o n c e p t i s m o típico d e los c a n c i o n e r o s del XV) y la
a b u n d a n c i a del v e r s o e s d r ú j u l o . U n e j e m p l o d e lo p r i m e r o lo t e n e m o s en
los w . 2 0 5 5 y ss., e n el p a r l a m e n t o p a r a d ó j i c o , antitético y a d e m e n c i a d o de
F i n e o , q u e m u e s t r a los r e t r u é c a n o s , derivaciones y polípotes u s u a l e s :
Yo tengo, Andrómeda, aquí
lo que aborrezco y adoro;
de un desprecio me enamoro.
¡Que un desdén me trate así!
Sigo a quien huye de mí,
y huyo de quien me sigue,
y aunque la razón me obligue,
tanto un desdén me lastima,
que persigo a quien me estima
y estimo a quien me persigue.
En este sentido los episodios pastoriles que para Lista no tenían nada que ver con Perseo,
tienen que ver con el horizonte de expectativas del público cortesano: no hay que buscar la
coherencia «lógica» de la trama teatral según un modelo ideal dramático absoluto, sino la
coherencia de su mecanismo en tanto va dirigido a determinados receptores.
Estos motivos emblemáticos se recogen en numerosos repertorios, desde el famoso de
Alciato, Emblemata. No es el momento de documentarlos todos. Envío solamente al cómodo libro de A. Henkel y A. Schöne, Emblemata, Stuttgart, 1976. En Venus y Adonis se localizan los motivos emblemáticos de la vid y el olmo símbolo de amor, el basilisco que mata con
la mirada, la mariposa que se quema en el fuego (símbolo amoroso también), la lucha de
Amor e interés, el almendro enfrentado al moral (símbolos de imprudencia y prudencia respectivamente, tal como aparecen en Alciato), la peña contrastada por la tormenta del mar
(media docena de veces aparece este conocidísimo motivo en las Empresas morales de Juan
de Borja), etc.
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El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
Aquí están mi mal y bien
en línea tan desigual,
que de mi bien a mi mal,
no hay proporción que le den
[..-]
Y de lo s e g u n d o e n la c a n c i ó n d e los w . 476 y ss.:
Parad las cajas bélicas
pues ya el vistoso ejército
mira de la ciudad los muros fénices,
vencido el fiero bárbaro,
que con el suyo indómito
pensó poner en nuestros cuellos débiles
sus duros yugos ásperos.
[...]
r e c u r s o este d e los e s d r ú j u l o s al q u e el p r i m e r L o p e se m u e s t r a s u m a m e n t e afecto, c o n g r a n d e s t i r a d a s d e versos e n c o m e d i a s c o m o Los celos
de Rodamonte,
La pastoral de Jacinto, o la d e Adonis y Venus c o m e n t a d a .
Motivos c o r t e s a n o s e v i d e n t e s s o n a q u e l l o s q u e r e m i t e n a a c t i v i d a d e s
nobiliarias, c o m o la c a z a . Así se e x p l i c a n las frecuentes e s c e n a s v e n a t o r i a s
en estas c o m e d i a s (las c o n o c e i g u a l m e n t e Venus y Adonis). E n Perseo, apar e c e n Polidetes y c a z a d o r e s , y e n las o c t a v a s d e w . 875 y ss. s e d e s c r i b e el
ejercicio n o b i l i a r i o d e la caza; al c o m i e n z o del a c t o II sale « P e r s e o , m u y
galán, d e caza», etc. M c G a h a , q u e se p e r c a t a d e q u e «la p r e s e n t a c i ó n d e
Perseo c o m o c a z a d o r [es] o r i g i n a l d e L o p e » lo p o n e e n c o n t a c t o c o n la
p r e s e n c i a de D i a n a , d i o s a d e la selva y d e la c a z a , en la c o m e d i a , p e r o c o n
lo q u e r e a l m e n t e se c o n e c t a esta p r e s e n c i a del m o t i v o es c o n el á m b i t o
aristocrático cortesano.
Lo m i s m o s u c e d e c o n los c a b a l l e r o s a r m a d o s q u e r e s u l t a n s e r alegorías d e la Lisonja, la E n v i d i a , la I n g r a t i t u d y los Celos. M c G a h a s e p r e g u n t a p o r su p e r t i n e n c i a : «¿por q u é estos vicios y n o o t r o s ? P a r e c e n escogidos al a z a r y n o t i e n e n n a d a q u e v e r c o n la t r a m a ni c o n los personajes»
(ed. cit. p . 27). Y así es, e n efecto: c o n lo q u e t i e n e n q u e v e r es c o n el
m a r c o g e n é r i c o d e r e c e p c i ó n : s o n vicios v i n c u l a d o s a los t ó p i c o s d e la
c o r t e . Los lisonjeros y los e n v i d i o s o s , verbi gratia, solo h a l l a n c a b i d a e n los
t e m a s d e crítica m o r a l s i t u a d a e n el m u n d o c o r t e s a n o . S e t r a t a d e m o t i vos e s t r i c t a m e n t e d e esta índole, y, c o m o i n t u y e M c G a h a c e r t e r a m e n t e ,
vicios q u e a c e c h a n p a r t i c u l a r m e n t e a los n o b l e s q u e r o d e a n al m o n a r c a .
El elogio d e n o b l e s , la p e t i c i ó n d e m e c e n a z g o o a p o y o p a r a la a s c e n sión profesional, e c o n ó m i c a o social, c a r a c t e r i z a n i g u a l m e n t e a los géne25
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27
Ver para esta clase de versos Andrés Sánchez Robayna, Poetas canarios de los Siglos de Oro,
La Laguna, Universidad, 1990, pp. 13-15, y J. M. Mico, La fragua de las Soledades, Barcelona, Sirmio, 1990.
Ver para esto también J. M. Diez Borque, «Fiesta y teatro en la corte de los Austrias», en Barroco españoly austríaco, Madrid, Embajada de Austria, 1994, pp. 15-31, en especial p. 19, donde
recuerda «la importancia del elogio y alabanza de la realeza, los motivos vinculados a la guerra,
la caza, la conquista, el mundo sobrenatural de magia, profecías, acciones maravillosas...».
Edición citada, p. 23.
25
26
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Ignacio ARELLANO
r o s c o r t e s a n o s : la f u n c i ó n d e los p o e t a s es c a n t a r a l a b a n z a s a los g r a n d e s ,
s e g ú n e x p r e s a Virgilio e n la alegoría d e la fuente Castalia p r o d u c i d a p o r
P e g a s o ( p p . 122-23 d e la ed. cit.), y d e a h í se desliza el elogio a Felipe III
y a Lerma:
Virgilio soy, que quisiera
no haber nacido en Italia,
por loar, siendo español
los claros reyes de España;
al soberano Filipo,
a quien los siglos aguardan
para corona del mundo
y sol de la esfera de Austria;
a sus prendas, que han de ser
gloria de España y de Francia,
porque coman sus leones
flores de lises doradas.
De la casa Sandoval
dijera grandezas tantas
que más que la dulce Eneida
me dieran gloriosa fama.
E n El premio de la hermosura, L o p e solicitará, p o r m e d i o d e u n o de los
p e r s o n a j e s (el j a r d i n e r o F a b i o ) , el n o m b r a m i e n t o d e c r o n i s t a real, q u e
nunca conseguirá.
Y e n o t r a vía, la e p i s ó d i c a ( c o m o la califica Lista) l o c u r a d e a m o r de
F i n e o , q u e r e e s c r i b e b u r l e s c a m e n t e la l o c u r a d e O r l a n d o furioso r e m i t e
t a n t o a fuentes c a b a l l e r e s c a s p r o p i a s del g é n e r o (Ariosto), c o m o a los
m o d e l o s j o c o s o s d e las c o m e d i a s d e d i s p a r a t e s d e la fiesta c o r t e s a n a : su
c a b a l l o d e c a ñ a , las a r m a s r i d i c u l a s , s u i n t e n t o g r o t e s c o de m a t a r al
m o n s t r u o q u e a m e n a z a a A n d r ó m e d a c o n z a r a z a s p a r a p e r r o s , etc. se
ligan al m u n d o del c a r n a v a l q u e h e m o s visto i n t e g r a d o e n los fastos cortesanos.
E n r e s u m i d a s c u e n t a s , los e l e m e n t o s del Perseo, s o n c i e r t a m e n t e heter o g é n e o s , y d i f í c i l m e n t e se les p u e d e h a l l a r u n a c o h e r e n c i a d r a m á t i c a si
p r e t e n d e m o s j u z g a r la c o m e d i a fuera d e s u á m b i t o : d e s d e la perspectiva
del g é n e r o c o r t e s a n o , e n c a m b i o , c a d a u n o d e s u s e l e m e n t o s se revela pert i n e n t e e n d i s t i n t o g r a d o y s e g ú n objetivos d i s t i n t o s , p e r o t o d o s ellos perf e c t a m e n t e explicables e n s u m a r c o .
E n la v a r i e d a d caballeresca, n o mitológica, p o d e m o s c o n t i n u a r el análisis c o n El premio de la hermosura,
r e p r e s e n t a d a e n las fiestas d e L e r m a
d e 1614, y p u b l i c a d a en la P a r t e XVI (1621). E n la d e d i c a t o r i a a Olivares
r e c u e r d a L o p e las c i r c u n s t a n c i a s d e e s c r i t u r a d e la pieza, e n c a r g a d a p o r la
r e i n a p a r a s e r r e p r e s e n t a d a p o r p e r s o n a s d e la familia real y d a m a s d e la
c o r t e . S e p u e d e fechar, p o r t a n t o , a n t e s d e 1611 ( m u e r t e d e la r e i n a Marg a r i t a ) , y s e g ú n M o r l e y y B r u e r t o n , e n t r e 1605 y 1611. U n a relación a n ó n i m a p r o p o r c i o n a detalles i m p o r t a n t e s s o b r e la a d m i r a b l e escenificación
e n q u e «no se h a c í a n i m p o s i b l e s los castillos e n c a n t a d o s , los palacios g r a n 2 8
Puede leerse en la edición de la BAE, tomo 186, pp. 405-13 y en Ferrer, Nobleza y espectáculo, pp. 245-56.
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diosos, los e s p a c i o s í s i m o s salones, y los t r o n o s m á s e n c a r e c i d o s y a l a b a d o s
en los i m a g i n a r i o s libros d e c a b a l l e r í a s , a n t e s p a r e c í a q u e c u a n t o en ellos
se h a fingido h i c i e r o n a q u í la n a t u r a l e z a y el a r t e t a n p r o p i a m e n t e q u e q u e d a r o n cortos los c o r o n i s t a s d e a q u e l l a s h a z a ñ a s fabulosas».
S e g ú n r e s u m e F e r r e r «la i n t r i g a e n El premio de la hermosura es p r á c t i c a m e n t e n u l a y la a c c i ó n i n o r g á n i c a , c o m o es c o m ú n e n las piezas cortesnas p u r a s . Dos h i s t o r i a s c o r r e n p a r a l e l a s y a l t e r n á n d o s e a lo l a r g o d e
t o d a la o b r a . Tres p r í n c i p e s , L i r i o d o r o , L e u r i d e m o y R o l a n d o , a c u d e n a
c o n t e m p l a r la c e l e b r a c i ó n d e u n c o n c u r s o e n el q u e C u p i d o h a d e d e c i d i r
cuál d e las p r i n c e s a s a s i s t e n t e s es la m á s bella y m e r e c e ser h e r e d e r a del
t r o n o del i m p e r i o d e O r i e n t e [...] se p l a n t e a n d o s h i s t o r i a s p a r a l e l a s : Laur i d e m o y R o l a n d o se q u e d a n e n la c o r t e d e A u r o r a p a r a a d o r a r a L i n d a bella, Mitilene se q u e d a t a m b i é n , p e r o p a r a a d o r a r a L e u r i d e m o , m i e n t r a s
q u e Roselida y Tisbe p a r t e n e n u n a n a v e a c o m p a ñ a d a s d e L i r i o d o r o , enam o r a d o d e Tisbe». S u c e d e n d i v e r s a s p e r i p e c i a s , r a p t o s , n a u f r a g i o s e n
islas d e salvajes, h a s t a q u e L i r i o d o r o es s a c r i f i c a d o p o r los salvajes e n el
a l t a r de D i a n a y Tisbe se s u i c i d a s o b r e s u cadáver. La m a g a Cirsea a c a b a
la a c c i ó n e n c a n t a n d o al r e s t o d e p e r s o n a j e s q u e h a ido a p a r a r la isla.
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C o m o i n f o r m a la relación, se c o n t r u y e r o n e n el p a r q u e d e L e r m a m o n t a ñ a s a d o r n a d a s c o n riscos y s e n d a s r ú s t i c a s , c u e v a s p a v o r o s a s , t e m p l o d e
Diana con movilidad del c o n j u n t o , p a l a c i o d e la e m p e r a t r i z Aurora, c o n
j a r d i n e s y fuentes, el castillo e n c a n t a d o del s a b i o A r d a n o y o t r a s m u c h a s
maravillas. Algunos p a s o s d e la c o m e d i a t u v i e r o n p o r e s c e n a r i o al m i s m o
río Arlanza, n a v e g a d o p o r « u n a n a v e c o n t o d a s s u s j a r c i a s y d e m á s a p a r e jos p a r a navegar, llevando t r e i n t a p e r s o n a s » . E s i n t e r e s a n t e q u e la r e l a c i ó n
consigne c o n g r a n m o r o s i d a d los detalles del v e s t u a r i o , q u e se o m i t e n sist e m á t i c a m e n t e en las a c o t a c i o n e s d e estas c o m e d i a s . El d r a m a t u r g o deja,
e v i d e n t e m e n t e , al g u s t o d e los regios a c t o r e s , la elección del vestuario, q u e
en la r e p r e s e n t a c i ó n se configura c o m o u n o d e los efectos m á s llamativos
y ostentosos: así, p o r ejemplo, se p r e c i s a q u e «el Príncipe, n u e s t r o señor,
salió a e c h a r la l o a c o n b a q u e r o , c a l z o n e s y ferreruelo francés d e t a b í de
o r o azul, g u a r n i c i ó n d e plata, cuello y p u ñ o s b l a n c o s c o n p u n t a s p e q u e ñ a s ,
s o m b r e r o n e g r o d e fieltro, falda larga, t e r c i a d a , b o r d a d a , y la toquilla c o n
m u c h a s p l u m a s , b o t a s blancas», o q u e R o l a n d o iba «con b a q u e r o d e t a b í
e n c a r n a d o , b o r d a d o t o d o d e lentejuelas d e plata, la b a s q u i n a d e la m e s m a
tela b o r d a d a d e l a b o r e s g r a n d e s d e relieve d e c a n u t i l l o s y hojuela d e plata,
s o m b r e r o de falda corta, trencilla d e d i a m a n t e s y u n a p u n t i l l a d e p l u m a
b l a n c a con sus rizos», etc. B a s t a ver la m i n u c i o s i d a d d e tales d e s c r i p c i o n e s
(reiteradas en o t r a s relaciones a p r o p ó s i t o d e o t r a s c o m e d i a s ) p a r a d a r s e
c u e n t a de la función e s p e c t a c u l a r del v e s t u a r i o .
30
Un r a s t r e o s o m e r o ofrece r a s g o s d e f i n i t o r i o s del g é n e r o , c o m o el a c o s t u m b r a d o e s p e s o r verbal, q u e a c u d e , c o m o h e s e ñ a l a d o ya, al d i s c u r s o
poético d e c a n c i o n e r o : veáse el p a r l a m e n t o d e R o l a n d o (p. 3 8 8 ) :
31
La práctica escénica, p. 181. Ver pp. 178-96 para esta comedia.
Esta loa se suprime en la publicación de la Parte XVI, que ofrece ya una versión modificada de la original.
Cito por la edición de BAE, tomo 234.
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68
Ignacio ARELLANO
Con ser mis males mortales
voy con ellos tan igual
que solo tengo por mal
ver que se acaben mis males.
Y mis penas, que aun apenas
tengo las que voy buscando
las voy despacio penando
porque no me falten penas.
O e s t e o t r o p a s a j e d e L i r i o d o r o (p. 297):
que después que un bien perdí
estoy tan mal con mi bien
que no habrá mal que me den
que no sea bien para mí.
N o f a l t a n r i t u a l e s g a l a n t e s , c o m o el l e n g u a j e cifrado d e las flores e n el
r a m i l l e t e p a r l a n t e q u e h a c e L i n d a b e l l a , s e g ú n d e s c r i b e , celoso, R o l a n d o
(p. 3 8 9 ) :
Mostraba
cuando el lirio azul echaba
los celos que de él tenía;
cuando la violeta amor,
el mirto cuando esperanza,
que dicen que sin mudanza
conserva eterno verdor,
con maravillas, en fin,
desesperación cruel,
congojas con el clavel,
castidad con el jazmín.
Finalmente, desta suerte
escribió un papel allí,
donde desde lejos vi
la sentencia de mi muerte.
Después, hecho un ramillete,
Leuridemo le leyó,
que le vi en sus manos yo.
Ni t a m p o c o falta el m o t i v o d e los e l o g i o s r e a l e s , d i r i g i d o a q u í sin disim u l o a la s o l i c i t u d d e n o m b r a m i e n t o d e c r o n i s t a ( p p . 393-94), p u e s t o e n
b o c a del j a r d i n e r o F a b i o , q u i e n p i d e a L e u r i d e m o ( c o n t r a f i g u r a d e L e r m a
- o d e O l i v a r e s , si e s t a p a r t e h a s i d o a d a p t a d a - ) q u e le r e c o m i e n d e a n t e el
e m p e r a d o r ( F e l i p e III o F e l i p e IV, s e g ú n h a y a s i d o la v e r s i ó n o r i g i n a l o las
m o d i f i c a c i o n e s del p a s a j e ) :
digáis al emperador
que mi talento, señor,
ocupe en cosas mayores;
que aunque como labrador
y desta huerta hortelano,
gasto mi música en vano
solo en canciones de amor,
también sabría cantar
las grandezas de sus glorias
en elegantes historias.
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El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
[...]
Canté desde que nací
del Júpiter español
las grandezas, y hasta el sol
mi humilde plectro subí,
y no he merecido ser
su coronista siquiera,
y de la tierra extranjera
otros me vienen a ver.
El caballero del Sol, d e Vélez d e G u e v a r a , es la o t r a c o m e d i a p u r a m e n te c o r t e s a n a q u e c o n s e r v a m o s , c u y o t e x t o c r e y ó p e r d i d o S h e r g o l d , e r r ó neamente .
Se r e p r e s e n t ó el 10 d e o c t u b r e d e 1617 e n las fiestas d e L e r m a d e ese
a ñ o c o n m o t i v o d e la t r a s l a c i ó n del S a n t í s i m o S a c r a m e n t o a la Iglesia
Colegial d e S a n P e d r o d e L e r m a . La e n c a r g ó a Vélez d o n Diego G ó m e z d e
S a n d o v a l , c o n d e d e S a l d a ñ a , s e g u n d o hijo del d u q u e d e L e r m a . Las relac i o n e s d e la fiesta p o n d e r a n s u escenificación, c o n «perspectivas d e c u e vas, b o s q u e s y p e ñ a s c o s v a r i a d o s c o n d i v e r s o s c o l o r e s y a p a r i e n c i a s , t o d o
t o r n á t i l , c u y a vuelta r e p r e s e n t a b a u n a c i u d a d c o n s u h u m a n a policía, q u e
h a s t a el m i s m o t e a t r o e n t r a b a a m u d a r s e el v e s t u a r i o . L l e g a b a a la m i t a d
del río, sirviéndole d e m u e l l e p a r a u n a nave» ( F e r n á n d e z C a s o ) , n a v e
q u e d e s c r i b e c o n m i n u c i o s i d a d la r e l a c i ó n d e P e d r o d e H e r r e r a :
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se descubrió la nave, que a velas tendidas, sesga, cortaba el agua hacia el tablado, tremolando gallardetes y flámulas, azotando el aire con velas, cuerdas y
estandartes. Traía gente de mar, oficiales, grumetes y pilotos, disparando diferentes piezas que, acompañadas de chirimías y clarines hacían salvas, respondiendo a otras que se oían del puerto. Fue vista de apacible alborozo. Sentado en
la popa el caballero del Sol mostrábase imaginativo y lastimado con acciones de
afectos penosos, vestido de terciopelo negro a la inglesa, largueado de pasamanos de oro
El t e m a d e libro d e c a b a l l e r í a s es obvio. La a c c i ó n es m u y s i m p l e , y se
r e d u c e p r á c t i c a m e n t e a la p e r e g r i n a c i ó n d e F e b o , c a b a l l e r o inglés q u e
g u a r d a fidelidad e t e r n a a s u a m a d a Sol, q u e h a m u e r t o . Llega a Ñ a p ó l e s ,
d o n d e se e n a m o r a d e él la p r i n c e s a D i a n a , q u e h a s t a e n t o n c e s se h a m o s t r a d o esquiva c o n t o d o s s u s p r e t e n d i e n t e s . Los p r í n c i p e s q u e solicitan el
a m o r d e D i a n a la s e c u e s t r a n y F e b o se d e s c u b r e c e l o s o y al p a r e c e r enam o r a d o d e ella. E n u n a playa d o n d e los p r í n c i p e s h a n d e c i d i d o l u c h a r p o r
D i a n a , a p a r e c e F e b o e n s u s e g u i m i e n t o . Allí s e le p r e s e n t a e n visión fantástica, c o n p e r m i s o del cielo, s u a m a d a Sol, q u e a c o n s e j a a F e b o a m a r a
D i a n a . E n viajes s ú b i t o s y m a r a v i l l o s o s r e g r e s a n t o d o s a I n g l a t e r r a ,
d o n d e F e b o d e s p o s a a D i a n a y p e r d o n a a los o t r o s p r í n c i p e s .
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Cito por una suelta de Sevilla, Leefdael, s.a de la Biblioteca Nacional de Madrid, enmendando las erratas que advierto, que son bastantes. Agradezco a mi amigo y colega Abraham
Madroñal el envío de una copia de esta pieza.
Relación de Fernández Caso, en Ferrer, Práctica escénica, p. 189, y entera en Nobleza y espectáculo teatral, pp. 257-63; otra relación de Pedro de Herrera en pp. 263-82 (la cita es de p. 267).
Aquí funciona el cambio global del escenario tornátil del que habla la relación de Fernández Caso: del bosque pasamos a la ciudad de Londres, donde aparecen Febo y los demás.
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Ignacio ARELLANO
La c o n c e n t r a c i ó n d e los r a s g o s e s t r u c t u r a n t e s d e la c o m e d i a c o r t e s a n a
es m u y alta: d e s t a c a e n el a s p e c t o e s c é n i c o el g r a n a p a r a t o , q u i z á el m á s
e l a b o r a d o d e t o d a s las c o m e d i a s q u e v e n g o o b s e r v a n d o . O t r o s e l e m e n t o s ,
r e s e ñ a d o s p o r F e r r e r s o n «la i n o r g a n i c i d a d d e la acción, a p o y o en los
c u a d r o s c o m o u n i d a d o r g a n i z a t i v a , e s t a t i s m o y exceso r e t ó r i c o , indicación m i n u c i o s a d e la g e s t u a l i d a d , explicable p o r t r a t a r s e a c t o r e s amateurs
[...] t e m a c a b a l l e r e s c o [...] salvajes, h e c h i c e r a s y m a g o s » , etc.
A ñ a d a m o s a l g u n o s o t r o s detalles. Q u i z á el m o d e l o m á s l l a m a t i v o en
esta c o m e d i a sea, o t r a vez, el d e los e m b l e m a s . T e n i e n d o e n c u e n t a la leved a d d e la a c c i ó n y la i m p o r t a n c i a d e las a p a r i e n c i a s visuales ( s o b r e t o d o
la n a v e d e F e b o ) n o es d e e x t r a ñ a r q u e u n a b u e n a p a r t e d e la c o m e d i a consista e n la e x h i b i c i ó n e s t á t i c a d e e m b l e m a s , en u n m e c a n i s m o exactam e n t e p a r a l e l o al d e los c a r r o s d e festejos c o r t e s a n o s o d e las a r q u i t e c t u r a s e f í m e r a s e n las e n t r a d a s r e a l e s y o t r a s o c a s i o n e s . R e c u é r d e s e , p o r o t r a
p a r t e , q u e la f o r m a h a b i t u a l d e estos c a r r o s e r a la d e n a v e . E n t o d o s
estos c a s o s la i l u s t r a c i ó n e m b l e m á t i c a e r a f u n d a m e n t a l .
B a s t e a p u n t a r , p a r a la c o m e d i a , la descripción de la nave d e Febo, o,
a n t e s , los m o t i v o s d e los r e m o s d e los príncipes q u e solicitan a D i a n a (p. 3):
París lleva p i n t a d o s e n su r e m o a Dafne y Apolo, e m p r e s a cuyo c u e r p o gráfico se a c o m p a ñ a d e u n m o t e q u e dice «Más se ofende quien m á s a m a /
c u a n d o es i n g r a t a la d a m a » ; m o t e y e m p r e s a , se dice, q u e e s t á n a c o r d e s con
el m o d o y c o n d i c i ó n d e la a r i s c a princesa. Adonis lleva «pintada / u n a siren a del m a r / y a s u s pies u n a fortuna», c o n el m o t e « N i n g u n a / a vencella h a
d e b a s t a r » ; P í r a m o a Ifis c o l g a d o d e u n a reja y Anajárete volviéndose en piedra, c o n u n a letra q u e dice «Diana, / a u n q u e con m á s h e r m o s u r a / nació
d e s t a p i e d r a dura»... La c o n f o r m a c i ó n d e estos motivos, y el u s o d e terminología t é c n i c a d e los e m b l e m a s evidencian la n u c l e a r i m p o r t a n c i a de este
m o d o expresivo, q u e s u s t i t u y e a q u í a la acción p r o p i a m e n t e d r a m á t i c a .
El n a v i o d e F e b o es o t r o e j e m p l o e x t r a o r d i n a r i o : u n a larga s e c u e n c i a
se d e d i c a a d e s c r i b i r y c o m e n t a r los a d o r n o s d e la o b r a m u e r t a d e la nave,
t o d o s c o n v a l o r e s e m b l e m á t i c o s q u e r e m i t e n a los trágicos a m o r e s del
c a b a l l e r o del Sol ( p p . 5-6):
3 5
36
Puse de medio relieve
que las obras muertas oyen,
toda la historia, Diana,
de mis trágicos amores.
Lleno de más ojos que Argos
Cupido al cielo se opone,
trocando con el sol rayos
a dorados pasadores.
La práctica escénica, pp. 192-93. Para otros aspectos de esta comedia ver Á. Valbuena Briones, «Una incursión en las comedias novelescas de Vélez de Guevara y su relación con Calderón», en Antigüedad y actualidad de Vélez de Guevara, ed. de G. Peale, Amsterdam/Philadelphia, John Benjamins, 1983, pp. 39-51, y R. Lundelius «Vélez de Guevara's El caballero
del Sol and Calderón de la Barcas El castillo de Lindabridis», ibídem, pp. 52-57.
Ver A. Bonet Correa, «Arquitecturas efímeras, ornatos y máscaras. El lugar y la teatralidad
de la fiesta barroca», en J. M. Diez Borque, ed., Teatro y fiesta en el barroco, Barcelona, Ediciones del Serbal, pp. 41-70, y C Oliva, «La práctica escénica en fiestas teatrales previas al
Barroco. Algunas referencias a muestras hechas en la región de Murcia», ibídem, pp. 97-114.
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El teatro cortesano en él reinado de Felipe III
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Más adelante está el Tiempo
y la Fortuna conformes,
dadas las manos, y luego
tremolando en dos guiones
en las siniestras al aire
que su imperio reconoce,
las rosas de Ingalaterra
y de España los leones.
Llena de sierpes la Envidia
que su corazón se come
[...]
etc.
Argos c o n s u s m ú l t i p l e s ojos, C u p i d o c o n s u s flechas, el T i e m p o y la
F o r t u n a d á n d o s e las m a n o s (gesto e m b l e m á t i c o q u e t r a e Alciato c o m o
s í m b o l o d e la C o n c o r d i a ) , o la E n v i d i a m o r d i e n d o s u c o r a z ó n y llena d e
sierpes, son, c o m o el r e s t o d e los m o t i v o s d e este pasaje q u e a h o r a a b r e vio, b i e n c o n o c i d o s e n los r e p e r t o r i o s d e e m b l e m a s . B u e n a m u e s t r a d e la
precisión d e Vélez d e G u e v a r a es, p o r e j e m p l o , la E n v i d i a , q u e se r e p r e s e n t a h a b i t u a l m e n t e c o m o u n a vieja q u e m u e r d e s u p r o p i o c o r a z ó n y se
a l i m e n t a d e v í b o r a s : t r a d u c e D a z a P i n c i a n o a A l c i a t o : « P o r d e c l a r a r la
invidia y sus enojos / p i n t a r o n u n a vieja q u e c o m í a / v í b o r a s , y c o n m a l
c o n t i n o d e ojos. / S u p r o p i o c o r a z ó n m u e r d e a porfía». C. R i p a c o m e n t a
varias r e p r e s e n t a c i o n e s : «Mujer d e l g a d a , vieja, fea y d e lívido color. H a d e
t e n e r d e s n u d o el p e c h o i z q u i e r d o , m o r d i é n d o l o u n a s i e r p e [...] la s e r p i e n te [...] s i m b o l i z a el r e m o r d i m i e n t o q u e p e r m a n e n t e m e n t e d e s g a r r a el
c o r a z ó n del envidioso»; y y a h e m o s visto la c o r r e s p o n d e n c i a d e este vicio
c o n el á m b i t o c o r t e s a n o .
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Los m o t i v o s e m b l e m á t i c o s r e a p a r e c e n en o t r a s o c a s i o n e s , c o n s t i t u y e n d o q u i z á el r a s g o m á s c a r a c t e r í s t i c o del estilo d e El caballero del Sol.
E m b l e m á t i c a es la p i n t u r a d e la c a s a d e los celos q u e s e ofrece e n la acad e m i a p o é t i c a ( p p . 14-15): escollos e n el mar, l a b e r i n t o , c u l e b r a s , alegorías d e la Envidia, la S o s p e c h a , y el Deseo, c a m a l e o n e s , t o p o s , e t c .
N ó t e s e q u e d e s d e el p u n t o d e vista d r a m á t i c o t o d a s e s t a s s e c u e n c i a s
s u s t i t u y e n a la a c c i ó n p o r f r a g m e n t o s d e s c r i p t i v o s d e s e n t i d o s i m b ó l i c o .
La visualidad d e la c o m e d i a c o r t e s a n a d e e s t a é p o c a es u n a v i s u a l i d a d
m á s b i e n estática.
De a c u e r d o c o n el t e m a h a y q u e s u b r a y a r los m o t i v o s del desafío c a b a lleresco, carteles, p r o c l a m a s , t o r n e o s , o el m i s m o p e r e g r i n a j e del p r o t a gonista.
Al a m b i e n t e c o r t e s a n o p e r t e n e c e i g u a l m e n t e la a c a d e m i a p o é t i c a , o las
e s c e n a s c e r e m o n i a l e s c o n e x h i b i c i ó n d e v e s t u a r i o c o m o el c o m i e n z o d e la
j o r n a d a II en q u e «Van s a l i e n d o c o n c a p a s y g o r r a s P a r i s , A d o n i s , P í r a m o ,
y Florisel, y el c a b a l l e r o del Sol d e la m i s m a s u e r t e , y luego N a r c i s a y Nise,
y t o d a s las m á s q u e p u d i e r e n salir, y la p r i n c e s a D i a n a , y p ó n e n s e los h o m bres a u n a p a r t e y las m u j e r e s a otra» (p. 12). La a c o t a c i ó n n o d e t a l l a el
Ver Alciato, A., Emblemas, traducción de B. Daza Pinciano, al cuidado de Mario Soria,
Madrid, Editora Nacional, 1975, p. 254, y para Ripa, Iconología, Madrid, Akal, 1987, 2 vols.,
cita en I, pp. 341-44.
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Ignacio ARELLANO
v e s t u a r i o q u e sin d u d a es r i c o ( « B i z a r r a t a p i c e r í a / d e b u e n o s talles» dice
el texto), c o m o c o n f i r m a n las r e l a c i o n e s .
N o falta la m ú s i c a , e l e m e n t o d e i m p o r t a n c i a c a d a vez m a y o r en el
g é n e r o c o r t e s a n o , n i el i n g r e d i e n t e b u r l e s c o , q u e y a h e m o s visto reiterarse e n estos festejos. Vélez i n t r o d u c e e n El caballero del Sol a u n d o n
R o q u e , h i d a l g o e s p a ñ o l p o b r e y r i d í c u l o , especie d e figurón, o figura grot e s c a q u e r e c u e r d a a d o n Quijote. El d i s c u r s o d e d o n R o q u e r e s p o n d e en
a l g ú n m o m e n t o a la t é c n i c a del d i s p a r a t e d e las c o m e d i a s b u r l e s c a s ,
m u n d o al q u e r e a l m e n t e p e r t e n e c e el personaje:
Roque.-
Merlín.Roque.-
[a su criado Merlín]
Picaro, plebeyonazo,
por la fe de caballero,
que os tire este candelera.
¿Por qué me tiráis del brazo?
¿No mira vueseñoría
que no hay candelera aquí?
Divertíme... (p. 8)
El e p i s o d i o e n q u e le d a n d e p a l o s (p. 27) y q u e d a t e n d i d o i n c r e p a n d o
al j a y á n y g i g a n t e q u e le h a m a l t r a t a d o , c o n el diálogo s i g u i e n t e c o n Merlín, q u e califica a s u a m o d e «Valdovinos nuevo» y « d e r r e n g a d o D u r a n darte» evoca c e r c a n a m e n t e los a p a l e a m i e n t o s d e d o n Quijote, e n t r e ellos
el q u e c u l m i n a la s a l i d a p r i m e r a c o n s u a d a p t a c i ó n del e n t r e m é s d e los
romances.
IV CONCLUSIÓN
El p a n o r a m a d e la c o m e d i a c o r t e s a n a e n la é p o c a d e Felipe III q u e d a
definido, p u e s , p o r c i e r t o s r a s g o s claves, q u e p o d e m o s sintetizar.
- C o n s e r v a c i ó n d e p o c o s d a t o s c o n c r e t o s s o b r e las c o m e d i a s estrictam e n t e c o r t e s a n a s : la c o m e d i a se i n t e g r a e n c o m p l e j o s e s p e c t a c u l a r e s q u e
e n m u c h a s o c a s i o n e s se l i m i t a n a i n t e g r a r u n a c o m e d i a d e r e p e r t o r i o de
corral, sin e s p e c i f i c i d a d c o r t e s a n a . E n a l g u n a o c a s i ó n se r e p r e s e n t a n
c o m e d i a s d e e n c a r g o c o n c e b i d a s p a r a estos e s p e c t á c u l o s d e c o r t e (espect á c u l o s q u e e x p l o t a n e n s u c o n j u n t o fastuoso n u m e r o s o s m e d i o s escénicos e n a c t i v i d a d e s p a r a t e a t r a l e s m u y n o t a b l e s c o m o m á s c a r a s , t o r n e o s ,
etc.). El r e p e r t o r i o b á s i c o d e e s t a c a t e g o r í a e s t á f o r m a d o p o r las c o m e d i a s
m i t o l ó g i c a s y c a b a l l e r e s c a s d e L o p e y Vélez q u e h e c o m e n t a d o a r r i b a .
O t r a s q u e p u e d e n i l u s t r a r p a r c i a l m e n t e a s p e c t o s «cortesanos» s e r í a n piezas c o m o Los celos de Rodamonte,
La pastoral de Jacinto, o El ganso de oro,
d e L o p e d e Vega; p e r o n a d a a ñ a d i r í a n d e esencial a la c o n f o r m a c i ó n del
género.
- La c o m e d i a c o r t e s a n a p r o p i a m e n t e d i c h a se c a r a c t e r i z a p o r la inorg a n i c i d a d d e s u t r a m a , c a n t i d a d g r a n d e d e p e r s o n a j e s ( n o e s t á sujeta a la
e c o n o m í a d e las c o m p a ñ í a s p r o f e s i o n a l e s ) , d i s p o s i c i ó n e n c u a d r o s a u t ó n o m o s , p r e o c u p a c i ó n p o r los efectos d e g r a n a p a r a t o , d e v i s u a l i d a d m a r a villosa y e s t á t i c a ( r e s p e c t o a la a c c i ó n d r a m á t i c a i m p l i c a d a , m u y leve), y
alto g r a d o d e e l a b o r a c i ó n p o é t i c a ( d e s t a c a n los m o d e l o s d e c a n c i o n e r o
El teatro cortesano en el reinado de Felipe III
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cortés, y los m a t e r i a l e s e m b l e m á t i c o s , y e n L o p e la afición a los versos
esdrújulos).
- Selección d e t e m a s y m o t i v o s d e a c u e r d o c o n el h o r i z o n t e d e expectativas del p ú b l i c o , n o d e a c u e r d o c o n u n a « c o h e r e n c i a » d r a m á t i c a a b s o luta: t e m a s m i t o l ó g i c o s y c a b a l l e r e s c o s , elogio d e la r e a l e z a y la n o b l e z a ,
e s c e n a s d e c a z a , alegorías, e l e m e n t o s pastoriles...
- F u e r t e p r e s e n c i a d e i n g r e d i e n t e s b u r l e s c o s , c e r c a n o s a la c o m e d i a de
d i s p a r a t e s y a los m o d e l o s d e c a r n a v a l , q u e se i n t e g r a n , b i e n e n el c o m plejo del e s p e c t á c u l o c o r t e s a n o , b i e n e n la m i s m a c o m e d i a (casos del
L i s a r d o d e La fábula de Perseo d e L o p e y del d o n R o q u e d e El caballero del
Sol d e Vélez).
C i e r t a m e n t e , el r e i n a d o d e Felipe III asiste a u n a r e c u p e r a c i ó n d e elem e n t o s e s c é n i c o s del fasto q u e e n o c a s i o n e s se v i e r t e n e n la c o m e d i a , p e r o
n o h a y q u e o l v i d a r t a m p o c o q u e la m i s m a a u s e n c i a d e u n e s p a c i o específicamente t e a t r a l , c o m o s e r á el Coliseo, i m p i d e u n d e s a r r o l l o s i s t e m á t i c o
d e este t i p o d e o b r a s , q u e sólo s e r á factible e n el XVII. P a r a la e x h i b i c i ó n
d e m a r a v i l l a s e s c é n i c a s ( b a r c a s , castillos, e s p a c i o s a m p l i o s , fuegos artificiales, b o s q u e s y volcanes)... se m a n i p u l a n e s c e n a r i o s n a t u r a l e s q u e sólo
d e m a n e r a e x c e p c i o n a l ( g r a n d e s o c a s i o n e s c o m o las fiestas d e L e r m a de
1617) p e r m i t e n tales c o n s t r u c c i o n e s . Un p e n s a m i e n t o e s p e c í f i c a m e n t e
teatral c o n u n p r o g r a m a d e d e s a r r o l l o s i s t e m á t i c o , q u e p e r m i t i r á la configuración definitiva del t e a t r o c o r t e s a n o , o c u r r i r á , e f e c t i v a m e n t e , c o n la
s e g u n d a e t a p a d e los i n g e n i e r o s i t a l i a n o s (la d e F o n t a n a , L o t t i o B a c c i o )
y c o n d o n P e d r o C a l d e r ó n d e la B a r c a .
P e r o esto es o t r a h i s t o r i a q u e c o n t i n ú a e n d i f e r e n t e s p á g i n a s d e este
volumen.
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