Estacio_SilvasIII_Comentario_filologico_Silva_tercera.pdf

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Silvae III 3: C ONSOLATIO A D C LAUDIUM ETRUSC UM
BIBLIOGRAFÍA
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Weaver, «Father of Etruscus».
White, "Friends o f Mart. Stat. Plin.» 275­79.
Sobre el g é n e r o del epicedio e n E stacio:
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a)
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Vérilhac, ΠΑΙΔΕΣ ΑΩΡΟΙ (primer volumen de inscripciones; segundo de comenta­
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242
C OMENTARIO
b)
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Alexiou, Ritual Lament.
Burgess, Epideictic Literature 146­57.
Courtney 533­7 (introducción a luv. Xlll).
Cugusi, Aspetti letterari dei C LE.
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Fern, The latin
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Kas.sel,
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Lattimore, Themes in epitaphs.
Lier, «C arm. sepulcral.».
Nisbet­Hubbard I 280­81, II 134­7.
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Menanders.
Sobre el panegírico:
Burgess, Epideictic Literature 113­46, 171.
Cairns, Generic C omposition 100­12 (sobre Theoc. XVII).
Cienfuegos, Panegírico en C laud. 11­60.
Curtius, Lit. europea y Edad Μ. latina 254­6.
Martin, Antike Rhetorik 177­210.
Menandro el Rétor 368.1­377.30, con comentario de Ru.ssell­Wilson 271­81.
Previale, «Panegirico bizantino».
C O N T E N I D O Y ESTRUC TURA
Esta Silva e s un e l a b o r a d o e p i c e d i o o f r e c i d o p o r el p o e t a a su patrón
Claudio Etrusco (Etrusco e n a d e l a n t e ) , c o n o c a s i ó n de la muerte del padre d e
é.ste (C laudio en adelante). El tema fúnebre predomina e n las dos s e c c i o n e s
que e n m a r c a n el p o e m a : el exordium
( 1 ­ 4 2 ) y el e p í l o g o (172­216), mientras
que la parte central ( 4 3 ­ 1 7 1 ) consiste e n un e x t e n s o e n c o m i o biográfico ilau­
datio).
El arranque del p o e m a ( 1 ­ 2 1 ) .se centra e n la virtud d e la piedad. Estacio
invoca a la diosa Pietas para q u e asista al funeral de C laudio, c o m o personi­
ficación alegórica de virtud de su n o m b r e ( 1 ­ 7 ) . Se describe el p i a d o s o d u e l o
de Etrusco (8­1 l a , 1 7 b ­ 2 1 ) y Estacio se erige e n sacerdote de la c e r e m o n i a fú­
nebre, c o n v o c a n d o a los h o m b r e s piadosos y r e c h a z a n d o a los impuros (1 I b ­
Ha).
El difunto, por su parte, c o m p a r e c e e n el Elisio, d o n d e los espectros lo
reciben con consideración ( 2 2 ­ 3 0 ) . C o m o descríptio funeris,
Estacio contrasta
los muñera funeris imzteú'aies)
de Etrusco c o n la ofrenda poética q u e él pro­
porcionará (31­42).
SILVA TERCERA
243
Traza Estacio a continuación la biografía del difunto ( 4 3 - 1 7 1 ) , t o c a n d o las
secciones del genus (45-58), d o n d e resta importancia a su origen servil, patria
(59-62) y a c c i o n e s (63-171). En el capítulo d e a c c i o n e s , primero aborda la vida profesional d e Claudio, d e s d e su manumisión p o r Tiberio (66-69a), pasando por el d e s e m p e ñ o de diferentes puestos b a j o Calígula, Claudio y Nerón
( 6 9 b - 8 4 ) , hasta su n o m b r a m i e n t o p o r Vespasiano c o m o secretario a
rationibus, cargo cuyos c o m e t i d o s se describen e n detalle ( 8 5 - 1 0 5 ) . En el apartado
de la vida privada ( 1 0 6 - 1 3 7 ) , Estacio recuerda la frugalidad estoica del difunto
(106-108a) y su matrimonio al servicio del e s t a d o ( 1 0 8 b - 1 1 0 ) . Al hilo d e esta
alusión matrimonial, Estacio se e m b a r c a e n u n a digresión s o b r e la e s p o s a del
difunto. Etnisca ( 1 1 1 - 1 3 7 ) , q u e constituye e n realidad u n e p i c e d i o e n minialamentatio
(124-50) y
tura, c o n las s e c c i o n e s habituales d e laudatio (111-57),
descriptio funeris
( 1 3 1 - 3 7 ) ; a su v e z dentro d e la laudatio
Estacio elogia la
forma
( 1 1 2 b - l 4 ) , genus y propinqui
( 1 1 5 - 2 1 a ) y fecunditas
(121-25).
Sigo,
91-2.
con ligeras variaciones, la estructura propuesta p o r Esteve, Trostgedichte
D e regreso a la vida pública de Claudio ( 1 3 8 - 7 1 ) , Estacio recuerda la é p o ca de m á x i m o e n c u m b r a m i e n t o s o c i o - p r o f e s i o n a l d e Claudio, c o n la o b t e n ción del status e c u e s t r e y d e otros privilegios ( 1 3 8 - 5 3 ) , y t a m b i é n d e su
m á x i m o descalabro, al ser desterrado p o r D o m i c i a n o , a u n q u e sus hijos consiguieron finalmente la r e v o c a c i ó n ( 1 5 4 - 7 1 ) .
fúnebre,
A c a b a d o el relato biográfico, el poeta regresa a la lamentatio
pintando sus intentos d e c o n s o l a r el dolor del hijo ( 1 7 2 - 8 0 ) . C e d e luego la palabra a éste, q u e pronuncia un l a m e n t o dividido en: a ) queja airada ( 1 8 2 - 1 9 4 ) ;
y b ) b ú s q u e d a d e e x p e d i e n t e s d e c o n s u e l o ( 1 9 5 - 2 0 3 ) . C o n c l u y e el p o e m a
con el adiós último de Estacio al difunto (208-216).
El p o e m a presenta, pues, la siguiente estructura:
I.
EXORDIUM ( 1 - 4 2 )
A.
La «Piedad» e n el funeral, c o m o actitud de Etrusco y c o m o
diosa asistente ( 1 - 2 1 ) .
1. Invocación a P2í?íí35 ( 1 - 7 )
Piedad de Etrusco: lamentatio
(8-12a)
3. I n v o c a c i ó n a los h o m b r e s p i a d o s o s / e x p u l s i ó n de los
impíos ( 1 2 b - 7 a ) .
4. Piedad de Etrusco: lamentatio
(17b-21).
2.
B. El difunto e n los C a m p o s Elisios ( 2 2 - 3 0 )
( ^ P r i a m e l : muñera funeris
de Etrusco frente a Estacio ( 3 1 - 4 2 )
1. Muñera materiales d e Etrusco ( 3 1 - 3 2 a )
2. Muriera p o é t i c o s de Estacio ( 3 2 b - 3 7 a )
3. Manera
materiales d e Etrusco ( 3 7 b - 4 2 )
244
II.
E
COM NTARIO
LAUDATIO o e n c o m i o biográfico de C laudio ( 4 3 ­ 1 7 1 )
A.
Β.
C.
Genus ( γ έ ν ο ς ) ( 4 3 ­ 5 8 )
Patria ( π α τ ρ ί ς ) ( 5 9 ­ 6 2 )
Facta ( π ρ ά ξ ε ι ς ) ( 6 3 ­ 1 7 1 )
1. Vida pública­1 ( 6 3 ­ 1 0 5 )
2. Vida privada ( 1 0 6 ­ 1 3 7 )
a. Excursus:
epicedio
de Etrusca ( 1 1 1 ­ 1 3 7 )
F. Laudatio
illl­llA)
A'. P r o e m i o ( l l l ­ 1 2 a )
B'. Forma
(lUh­U)
C
Genus y propinqui
(115­21­d)
D'. Fecunditas
(121b­23)
i r . Lamentano
(124­30)
ΙΙΓ. Descriptio funeris {151­51 : c o n lamentano
3.
III.
en 135­37)
Vida pública­2 ( 1 3 8 ­ 1 7 1 )
EPÌLOGO ( 1 7 2 ­ 2 1 6 )
A.
B.
C.
Lamentano
de Estacio ( 1 7 2 ­ 1 8 2 a )
Alocución de E t n i s c o ( 1 8 2 b ­ 2 0 7 )
1. Lamentano
{182b­194)
2. C onsolatio
(195­204)
Despedida de Estacio ( 2 0 8 ­ 2 1 6 )
D o s a s p e c t o s e n la c o m p o s i c i ó n de esta Silva llaman e s p e c i a l m e n t e la
atención: la libertad c o n q u e Estacio d i s p o n e y manipula las s e c c i o n e s tradi­
cionales del g é n e r o del epicedio; y el p r e d o m i n i o del c o m p o n e n t e n o estric­
tamente funerario, sino e n c o m i á s t i c o , más p r o p i o de g é n e r o s c o m o el
e n c o m i o imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λόγος.
Dos tratadistas antiguos de Retórica epidíctica a b o r d a n la división del g é ­
nero: Menandro el Rétor y P s e u d o ­ D i o n i s i o . A u n q u e a m b o s s o n d e é p o c a tar­
día (fines del S. III d. C o principios del IV), se ha supue.sto q u e su preceptiva
es un reflejo de la tradición literaria y de tratados retóricos anteriores h o y per­
didos ( c f Vollmer 26­27, 316­7, Lohrisch, «Stat. stud, rhetoricis» passim,
Van
f)am 6 4 ) .
P . s e u d o D i o n i s i o alude a d o s .secciones temáticas principales del g é n e r o :
el elogio ( έ π α ι ν ο ς ) y la sección de c o n s u e l o ( π α ρ α μ υ θ η τ ι κ ό ς λ ό γ ο ς ) . Menan­
dro distingue tres s e c c i o n e s en su Π ε ρ ι ε π ι τ α φ ί ο υ ( 4 1 8 . 5 ­ 4 2 2 . 4 ) : e n c o m i o
(έγκοίμιον: 4 1 9 . 1 1 ­ 4 2 1 . 1 0 ) , l a m e n t o ( θ ρ ή ν ο ς : 4 2 1 . 1 0 ­ 1 4 ) y c a p í t u l o de c o n ­
suelo ( κ ε φ α λ ά ι ο ν τό π α ρ α μ υ θ η τ ι κ ό ν : 4 2 1 . 1 4 ­ 2 4 ) . R e s p e c t o a la preceptiva
de Menandro, nótese, sin e m b a r g o , q u e este autor trata tres tipos de discursos
SILVA T E R C E R A
245
de tema f ú n e b r e : π α ρ α μ υ θ η τ ι κ ό ν ( 4 1 3 5 ­ 4 1 4 . 3 0 ) , ε π ι τ ά φ ι ο ς ( 4 1 8 . 5 ­ 4 2 2 . 4 ) y
μ ο ν ω δ ί α ( 4 3 4 . 1 0 ­ 4 3 7 . 4 ) , La distinción entre los tres a v e c e s n o es clara, pero
.se entiende que en el primero predomina el c o n t e n i d o de c o n s u e l o , e n el se­
gundo el d e e n c o m i o y en el tercero el de lamento ( c f Russell­Wilson 3 2 5 ) .
Los críticos m o d e r n o s h a n distinguido divisiones similares. Seguiré a Esteve
Forriol ( Trostgedichte
115­4), q u e r e c o n o c e los apartados de laudatio,
lamen­
tatio, descriptiones
y
consolatio.
En esta Silva de E.stacio, las s e c c i o n e s más estrictamente fúnebres de la­
mentatio,
consolatio
y descriptiones
a p a r e c e n dispersas en el exordium
y el
epíkjgo. La s e c c i ó n central, por su parte, es un e l a b o r a d o e n c o m i o del difun­
to, q u e en la práctica se convierte e n un relato b i o g r á f i c o p o r m e n o r i z a d o ,
que predomina cuantitativamente en el conjunto ( w , 4 3 ­ 1 7 1 = 129 versos so­
bre 2 l 6 = 60%). Estacio usa la misma técnica en el e p i c e d i o a su padre (V 3)
y en el epicedicí a Priscila (V 1), d o n d e dedica una amplia s e c c i ó n central a
una laudatio
biográfica de, respectivamente, su progenitor y A b a s c a n t o ( e s ­
poso de Priscila).
En la laudatio
de Etrusco, Estacio a b o r d a tres s u b s e c c i o n e s habituales,
γένος, π α τ ρ ί ς y π ρ ά ξ ε ι ς , según la preceptiva d o c u m e n t a d a en Pseudo­Dioni­
sio ( p . 2 7 8 ) y M e n a n d r o el Rétor ( 4 2 0 . 1 1 ­ 1 2 ) . Estas partes s o n propias tam­
bién del e n c o m i o n o fúnebre, c o m o el del panegírico imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς
λόγος (Men. Rh. 370.8­373.6).
Una constante en la c o m p o s i c i ó n d e esta Silva e s la t e n d e n c i a d e Estacio
a construir distintas partes mediante estructuras tripartitas, c o n dos s e c c i o n e s
extremas q u e se c o r r e s p o n d e n e n forma de c o m p o s i c i ó n anular y una s e c ­
ción central q u e contrasta c o n éstas. Este e s q u e m a se detecta en la estructura
global: I, EXORDIUM ( f ú n e b r e ) ; II. LAUDATIO (biográfica); y III EPILOGUS
(fúnebre); d o n d e las s e c c i o n e s I y III se retoman. T a m b i é n hay una estructura
similar e n la descriptio
funeris,
en la q u e alternan las d e s c r i p c i o n e s d e los
muñera materiales c o n los p o é t i c o s (cf. el e s q u e m a d e los w . 3 1 ­ 4 2 ) ; en la
narración de la biografía del difunto (63­105: vida pública; 106­37: vida priva­
da; 138­71: vida pública); y en el epílogo, d o n d e se alternan las e l o c u c i o n e s
de Estacio y Etrusco ( 1 7 2 ­ 8 2 a : Estacio; 182b­207: Etrusco; 208­16: Estacio).
DESTINATARIOS
El p o e m a está c o m p u e s t o para c o n s o l a r a C laudio Etrusco ( c f PIR, C 6 8 0 ;
White, ­Friends of Mart. Stat. Plin.» 275­279; R­E. Ill 2719, s.v. C laudius, 143), por
la muerte de su padre. Es el h.\]o menor de un hombre que se alzó de la esclavi­
tud al status ecuestre por sus servicios a la C asa Imperial e n distintos cargos ad­
ministrativos, cuya culminación fue el de procurator
a rationihus.
El hijo aparece
en las Silvas c o m o un caballero a c o m o d a d o . Estacio le dedica también Silv. I
5 para celebrar sus termas ( c f Mart. VI 42 s o b r e el m i s m o t e m a ) .
246
E
COM NTARIO
Para el padre de C laudio Etrusco, cf. Lotito, «Liberto funzionario» 2 7 5 ­ 3 5 0 ,
Weaver, «Father of Etruscus», R.­E. III 2 6 7 0 (C laudius, 3 1 ) , PIR, C 7 6 3 . D e él se
ignora incluso el n o m b r e , a u n q u e se le suele llamar C laudius
e n las o b r a s d e
referencia. Nació en el año 2 ó 3 d . C , segíin se d e d u c e de dos datos: 1) murió
a los 90 a ñ o s (Mart. VII 4 0 , 6 ) ; y 2) los p o e m a s de Estacio y Marcial q u e tratan
.su muerte fueron c o m p u e s t o s a principios del 9 3 y finales del 92 respectiva­
mente (véase Datación
de esta Silva). Entró al servicio de la C asa Imperial e n
su adolescencia, entre el 18 y el 20 d . C , en é p o c a de Tiberio (cf. 6 6 ­ 6 9 n . ) , de­
s e m p e ñ ó diferentes c a r g o s administrativos n o e s p e c i f i c a d o s b a j o C aligula,
Claudio y Nerón, hasta ser n o m b r a d o a rationibus
p o r V e s p a s i a n o en el 7 0
d.C. ( c f 8 5 ­ 1 0 5 n . ) , cargo en el q u e c o n t i n u ó c o n Tito. L u e g o fue desterrado
por D o m i c i a n o durante unos o c h o a ñ o s , d e s d e el 82/83 hasta el 90 d.C . (cf.
154­71 n . ) .
DATACIÓN
Esta Silva fue escrita p o c o d e s p u é s de e n e r o del 9 3 , fecha en q u e Domi­
ciano regresó de su victoria s o b r e los Sármatas y r e n u n c i ó al triunfo (un dato
m e n c i o n a d o en los w . 170­1: cf. nn. ad loe). S o b r e la datación de dicha g u e ­
rra, cf. Gsell, Domitien
227­8. El libro VII de Marcial, p o r su parte, q u e con­
tiene un e p i g r a m a d e d i c a d o a la muerte de Etrusco (VII 4 0 ) , fue p u b l i c a d o
para las Saturnales (en d i c i e m b r e ) del 92 d.C . (cf. Friedlaender 5 8 ) . S u p o n i e n ­
do q u e a m b o s e p i c e d i o s fueran escritos n o m u c h o d e s p u é s de la muerte d e
Claudio, s e c o n c l u y e q u e ésta a c a e c i ó e n la s e g u n d a mitad del a ñ o 92. C f.
Lottich, III3 3, C arradice, «The b a n i s h m e n t o f the father o f Etruscus» 101.
INTERPRETACIÓN
Quizá se trate de la Silva más compleja de la c o l e c c i ó n , tanto p o r su e x ­
tensión c o m o p o r la a c u m u l a c i ó n de e l e m e n t o s retóricos y la densidad de las
referencias literarias.
Desde un punto de vista g e n é r i c o , la Silva s e m u e v e e n d o s tradiciones:
1) la literatura fúnebre; y 2 ) el e n c o m i o d e p r o h o m b r e s ( g é n e r o del panegíri­
c o imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λ ό γ ο ς ) , en la medida en q u e incluye un largo e n c o ­
mio de un h o m b r e q u e o c u p a b a una alta posición en la corte. A m b o s g é n e r o s
incluyen un e n c o m i o c o m o s e c c i ó n c o m ú n , p u e s , c o m o s e ha a p u n t a d o , el
e n c o m i o es un ingrediente presente en m u c h o s g é n e r o s epidíctícos distintos
(cf. Nicol. ΠΙ 4 7 8 Rhet. gr. S p . ) . Un discurso f ú n e b r e , e n particular, p u e d e en­
tender.se c o m o el e n c o m i o de un m u e r t o (así T e ó n , Rhet. gr. I I 1 0 9 Sp.) o, m á s
técnicamente, c o m o un e n c o m i o al q u e se le h a n añadido d o s s e c c i o n e s adi­
cionales, de lamento y de c o n s u e l o (Burgess, Epideictic
literature
130).
SILVA TERCERA
La literatura
247
fúnebre
Toda la literatura funeraria gira e n t o m o a tres constituyentes temáticos,
el lamento, el e l o g i o y el c o n s u e l o , cuya importancia relativa varía c o n los g é neros. Por otro lado, c a b e distinguir tres á m b i t o s e n la literatura funeraria: el
de la retórica (tanto real c o m o prescriptiva), el de la poesía y el de la filosofía.
Los g é n e r o s q u e hay q u e abordar en los tres ámbitos son:
Retórica
Real: epitafio ateniense, laudatio
Prescriptiva.
funebris
romana.
Poesía
Epigrama sepulcral, trenos é p i c o , e p i c e d i o .
Filosofía
Consolatio.
D i a c r ò n i c a m e n t e , a b o r d a r e m o s los g é n e r o s c o n el siguiente orden: epigrama sepulcral, trenos é p i c o , epitafio ateniense, laudatio funebris,
consolatio filosófica, e p i c e d i o literario y retórica preceptiva.
El epigrama sepulcral
La manifestación poética más sencilla de literatura funeraria es el epigrama sepulcral, q u e se caracteriza p o r la b r e v e d a d y a b u n d a n c i a de estereotipos, y cuyos ingredientes temáticos son el e l o g i o c o n v e n c i o n a l de las virtudes
del difunto y la alusión a la d e s e s p e r a c i ó n d e los d e u d o s . Véase Lattimore,
Themes in epitaphs, Lier, «Carm. sepulcral.». La influencia mutua entre los textos inscripcionales y los literarios e s inevitable ( e s fundamental Cugusi, Aspetti letterari
dei CLE, q u e trata Estacio e n p p . 1 8 9 - 9 0 ) . E s t a c i o usa diferentes
motivos y fórmulas p r o c e d e n t e s de epitafios sepulcrales ( c f 127n., 2 0 8 - 9 a n.,
2 1 4 ) , a u n q u e bastantes de ellos s o n simples lugares c o m u n e s . La influencia
en sentido contrario t a m b i é n se d o c u m e n t a : un lapicida incorporó un pasaje
de esta Silva en una inscripción del siglo IV d.C. e n c o n t r a d a e n Argelia (III 3,
128-30 = a,£ 1 7 8 7 . 2 - 4 ) .
248
COMENTARIO
El trenos é p i c o
En el origen del desarrollo d e la literatura funeraria está el l a m e n t o ritual
é p i c o o trenos (6pìrìvo(;), p r o n u n c i a d o p o r un pariente s o b r e su marido, hijo
o familiar recién fallecido en la batalla. Cf. Men. Rh. 4 3 4 . 1 0 - 4 3 7 . 4 ( c o n Rus.sell-Wilson 347 y Soffel, Regeln Menanders
6 2 - 5 , 1 5 5 - 9 5 ) , Alexiou, Ritual
Lament, Burgess, Epideictic
Literature
146, Reiner, rituelle Totenklage.
Homero
sirvió de m o d e l o c o n los trenos s o b r e Héctor de Priamo (//. XXII 4 1 6 - 2 8 ) , H e cuba OOai 4 3 1 - 6 , X X I V 7 4 8 - 5 9 ) , A n d r o m a c a (XXII 4 7 7 - 5 1 4 , X X I V 7 2 5 - 4 5 ) y
Helena (XXIV 7 6 2 - 7 5 ) . Los e j e m p l o s a b u n d a n e n tragedia (S. El. 137, E. Ips.
757, etc.), en la épica de Apolonio de Rodas (I 2 7 8 - 9 1 ) , e n Virgilio {Aen. I X
4 8 1 - 9 7 ) , Ovidio {met. XIII 4 9 4 - 5 3 2 ) y Estacio {T. III 1 5 1 - 6 8 ) . Rasgos de estos
trenos son el lamento de.sgarrado, la exteriorización d e gestos rituales de d u e lo y la proximidad del e m i s o r del l a m e n t o c o n el difunto. Es p o s i b l e detectar
algunas coincidencias: el t o n o del l a m e n t o airado de Etrusco p o r la muerte de
su padre recuerda los schethllasmoípropios
de los trenos ( c f 1 8 2 b - 8 7 n . ) ; Estacio enumera también gestos rituales de d u e l o (cf. 8-lOa n . ) ; a d e m á s , la imagen c o n c r e t a de los a c o m p a ñ a n t e s r e t e n i e n d o al d e u d o superviviente n o s
recuerda a un lamento ritual en Virgilio (cf. Stat. 178n. vix famuli
comitesque
tenent ~ Verg. Aen. IX 5 0 0 - 2 ) .
El epitafio ateniense
El siguiente estadio p e r t e n e c e al ámbito de la oratoria. Es el discurso fúnebre ateniense (eTttxátptOi;), p r o n u n c i a d o en los siglos V y IV a.C. c o m o h o m e n a j e p ú b l i c o a los c a í d o s e n la guerra. V é a s e M e n . Rh. 4 1 8 . 5 - 4 2 2 . 4 c o n
Russell-Wilson 3 3 1 , Burgess, Epideictic
Literature
146-57, K e n n e d y ,
Persuas.
Greece 154-66, Martin, Antike Rbetorik
1 7 9 - 8 2 . Los epitafios q u e se han c o n servado o de los q u e t e n e m o s noticia incluyen: dos discursos de Pericles, del
439 y del 4 3 1 a.C. (cf. Plut. Per VIII 6 y 7??. II 35-46, r e s p e c t i v a m e n t e ) ; un discurso de Gorgias (fr. 6 ) , el Menexenus
de Platón y los discursos atribuidos a
Lisias (Or. 2 ) , D e m ó s t e n e s ( O r 6 0 ) e Hipérides (Or. 6 ) . El g é n e r o , c o n el precedente del Menexenus
de Platón, a c a b ó p o r convertirse e n m e r o ejercicio escolar o retórico. T e n e m o s noticia de tres de tales discursos ficticios
c o m p u e s t o s por Arístides ( d e l s. II d . C ) , h o y perdidos (noticia e n Men. R h .
4 1 8 . 1 0 ; c f Boulanger, Aelius Aristide ìli).
Las caracterísücas del discurso fúnebre q u e c o n v i e n e recordar aquí son: 1) su naturaleza pública, nacional y ritual; 2) su carácter colectivo, frente al individualismo del trenos; 3 ) e s e s e n c i a l
el predominio absoluto del c o m p o n e n t e laudatorio s o b r e el consolatorio o d e
lamento (Burgess ha calculado q u e hasta cuatro quintos del total de los discursos se dedican al e l o g i o de los guerreros muertos y de Atenas:
Epideictic
Literature
1 4 8 ) . En dos de estos tres rasgos se p u e d e detectar una coincidencia con este e p i c e d i o de Estacio: el carácter nacional y el p r e d o m i n i o del e l o -
SILVA TERCERA
249
gio. Estacio c o m p u s o siete e p i c e d i o s . Seis d e ellos (II 1, II 4, II 6, V 1, V 3, V
5) son estrictamente privados. En c a m b i o , en esta Silva la muerte de Claudio
tiene una dimensión pública, c o m o procurator
ab rationibus
q u e era. D e ahí
q u e Estacio enfatice el servicio de Etrusco al Estado ( 8 5 - 1 1 0 ) , sin q u e este dato implique q u e se excluya la dimensión personal de la muerte de Claudio.
La laudatio
funebris
La contrapartida romana del discurso f ú n e b r e a t e n i e n s e es la laudatio
funebris. Cf. Kierdorf, Laudatio
Funebris,
O. C. Crawford, «Laudatio funebris»,
C7 37 ( 1 9 4 1 - 4 2 ) , 17-27, Durry, Élog. fun. d'une matrone
rom. XI-XLIII, Vollmer, Laud, funebrium
Romanorum,
R.-E. XII 9 9 2 - 4 (F. Vollmer). Su forma
más difundida e s la laudatio
privata pro contione,
q u e consistía en un e l o g i o
del difunto, a mayor gloria de su gens, p r o n u n c i a d o p o r un pariente p r ó x i m o
delante del p u e b l o reunido en a s a m b l e a ante los rostra del F o r o . El difunto
era normalmente un magistrado m i e m b r o de una gens prestigiosa (v.gr. Cecilio Mételo, cuya laudatio
fue p r o n u n c i a d a por su nieto e n el 221 a . C , s e g ú n
Plin. nat. VII 1 3 9 ) . A partir del s. I a.C. t a m b i é n s o n o b j e t o de
laudationes
mujeres de grandes familias, c o m o en la laudatio
Turiae(CILYl
1527 = D e s sau 8 3 9 3 ; véase la e d i c i ó n c o n c o m e n t a r i o de Durry y la de E. Wistrand, Tbe
so-called
Laudatio
Turiae, Lund, 1 9 7 6 ) , la laudatio
Murdiae
(CIL VI 1 0 2 3 0 =
8 3 9 4 Dessau) y la d e Matidia escrita p o r su y e r n o Hadriano iCIL XIV 3 5 7 9 ) .
La segunda variedad es la laudatio
publica
pro contione,
e n la q u e se
elogiaba a un m i e m b r o de la familia imperial o alto dignatario c o n o c a s i ó n de
un funeral público ifunus publicum),
d e c r e t a d o p o r el S e n a d o y financiado
del erario público. El orador era el propio e m p e r a d o r o un magistrado encarg a d o ( c o m o p o r e j e m p l o el e l o g i o de Augusto p r o n u n c i a d o p o r Tiberio: c f
Suet. Aug. C 6 ) . Creo q u e n o s e ha d e s t a c a d o suficientemente la influencia d e
la modalidad privata pro contione
en este e p i c e d i o . Considérense los siguientes puntos de coincidencia:
1) C o m o e n la laudatio
privata pro contione,
el difunto es un alto dignatario. Ahora bien, c o m o es la familia y n o el Estado el q u e sufraga el funeral (cf. vv. 35-7a n.), este epicedio
n o s recuerda a la laudatio
privata,
n o a la
publica.
2 ) Además, c o m o en la laudatio,
el e l o g i o muestra gran p r e o c u p a c i ó n
por la gens del muerto. Gens e s una forma de hablar para referirse a la familia
de un liberto, p e r o de h e c h o Estacio usa e n c o m i á s t i c a m e n t e el término ( 4 3 ) .
Estacio ensalza los propinqui
de Claudio c o m o su hijo Etrusco (6-7 y
passim),
su mujer Etrusca ( 1 1 1 - 3 7 ) y su c u ñ a d o T e c i o J u l i a n o ( 1 1 5 - 2 1 a ) .
3) El orador de una laudatio
privata
pro contione
era m u y f r e c u e n t e mente el hijo del muerto: aquí Estacio se erige en portavoz del hijo de Claudio, q u e ha e n c a r g a d o e x p r e s a m e n t e el e p i c e d i o . P u e d e c o m p a r a r s e el dato
250
COMENTARIO
de que la laudatio
de Serrano ( 5 4 a.C.) fue pronunciada por su padre, p e r o
escrita por Cicerón (cf. Cic. ad Q. fr. Ili 6, 5 ) .
4 ) Se e s t a b l e c e a m e n u d o e n la laudatio
una división entre el e l o g i o d e
la vida píiblica del muerto y sus virtudes privadas y domésticas. Así, e n la laudatio de Cecilio Mételo, primero se relata su cursus, l u e g o su vida privada (cf.
Plin. nat. VII 39 y Durry, Élog. fun. d'une matrone
rom. XLII). Así p r o c e d e
precisamente Estacio (vida píiblica: 6 3 - 1 0 5 , 1 3 8 - 7 1 ; privada: 1 0 6 - 3 7 ) .
5) Merece consideración también la influencia e n E.stacio (y e n otros autores de e p i c e d i o s ) de laudationes
de mujeres. En éstas la s e c c i ó n relativa a
los h e c h o s del difunto {cursus honorum,
gesta, e t c . ) se sustituía p o r otra relativa a virtudes más domésticas y por el e l o g i o de la prole de la difunta. Cobraba importancia la alusión a otros m i e m b r o s v a r o n e s de su gens. Así
procede Estacio en su e p i c e d i o en miniatura a Etrusca ( 1 1 1 - 3 6 7 ) , d o n d e trata
las s e c c i o n e s de genus y propinqui
( 1 1 5 - 2 1 a ) y fecunditas
(121b-23). Ambos
motivos ya se d o c u m e n t a n en el c é l e b r e e p i c e d i o de Propercio a Cornelia (IV
11: c f las alusiones a los propinqui
varones
e n 29-32, 63-66, y a la prole e n
fa6 7 - 7 4 ) y n o se olvide q u e Estacio tiene un e p i c e d i o d e d i c a d o a una mater
milias (V 1, Epicedion
in Priscillam
(Ahascanti)
uxorerri), e n la tradición d e
las laudationes
femeninas y de Prop. IV 11.
La consolatio
filosófica
La filosofía, por su parte, tiene c o m o destinatarios los d e u d o s del difunto
y, c o m o objeto, proporcionar c o n s u e l o . S o b r e el tema e s fundamental Kassel,
KonsolationsUteratur.
Es cierto q u e una s e c c i ó n d e c o n s u e l o también a p a r e c e
en otros g é n e r o s ( c o m o en el discurso fúnebre ateniense: cf. Men. Rh. 4 2 1 . 1 0 14 y Burgess, Epideictic
Literature
156; y el e p i c e d i o p o é t i c o : cf. Esteve,
Trostgedichte
1 4 7 - 5 4 ) p e r o e n los tratamientos filosóficos p r e d o m i n a relativam e n t e s o b r e otros t e m a s . El tratado clásico era el Perl pent bous d e Crantor
(ca. 300 a . C ) . En Roma se encuentran e j e m p l o s del g é n e r o en Cicerón (epist.
V 16, 17, 18), Servio Sulpicio Rufo (Cic. epist. IV 5), S é n e c a (epist. 63, 93, 99,
dial. VI [Ad Marciami,
XII [ad Polybium]
y XI [ad Helviam
matremí),
Plinio
el J o v e n (epist. I 12; III 7; X X I 5), P s e u d o - P l u t a r c o (Consolano
ad
Apollonium) Y Plutarco (Ad uxorem).
Juvenal escribió una consolación paródica
(XIII), lo que sugiere q u e el g é n e r o se consideraba establecido. Resulta llamativo c ó m o el ingrediente consolatorio de esta Silva es c o m p a r a t i v a m e n t e esc a s o y n o d e p e n d e de fuentes filosóficas. La filosofía r e c o m e n d a b a una
actitud de aguante y re.signación ante la inevitabilidad de la muerte (Kassel,
KonsolationsUteratur
63). En c a m b i o , los argumentos de Estacio son peregrinos: Claudio disfruta del Eli.sio ( 2 2 - 3 0 n . ) , un h e r m o s o m a u s o l e o lo inmortaliza ( 1 9 5 - 2 0 2 ) y se comunicará e n s u e ñ o s c o n su hijo ( 2 0 3 - 4 ) . Estos argumentos
n o son propios de la filosofía, sino de la literatura.
SILVA TERCERA
251
El e p i c e d i o p o é t i c o
Sobre el e p i c e d i o e s fundamental Esteve, Trostgedichte
(cf. un r e s u m e n
en Nisbet-Hubbard 280 ad Hor. carm. I 2 4 ) . Este g é n e r o n a c i ó en la p o e s í a
helenística: Erinna, Arato y Euforión l a m e n t a r o n la m u e r t e de familiares y
amigos. El g é n e r o fue introducido p r o b a b l e m e n t e e n Roma p o r Partenio, s o bre la muerte de su mujer Arete, e influyó e n el n e o t é r i c o Calvo, q u e c o m p u so una elegía a su mujer Quintilla. Catulo lamenta la muerte de su h e r m a n o
en una breve elegía q u e d e b e m u c h o a la inscripción sepulcral (CI) y q u e Estacio tuvo e n cuenta (véanse reminiscencias en 181-82a n., 208-9n.). T e n e m o s
también el lamento de Virgilio por Marcelo {Aen. VI 8 6 8 - 8 6 ) , de Propercio por
Peto, Marcelo y Cornelia (III 7, III 18, IV 11, respectivamente), de Horacio por
Quintilio Varo (carm. I 24) y por el puer delicatus de Valgio Rufo (carm. II 9 ) , de
Ovidio por un papagayo (am. II 6 ) y p o r Tibulo (am. III 9 ) . Se conservan también dos epicedios anónimos: las Elegiae in Maecenatem
( é p o c a augústea) y la
Consolatio
ad Liviam (ejercicio escolar de é p o c a de Nerón, el primero en hexámetros dactilicos). Marcial escribió numerosos epigramas funerarios ( c f J o h n s o n ,
«The obituary epigrams o f Martial», CJ 49 ( 1 9 5 3 - 5 4 ) , 265-72), incluyendo uno dedicado a la muerte de Etrusco (VII 40). Un e p í g o n o del género es Ausonio, que
en el siglo IV d.C. c o m p o n e un Epicedion
in patrem,
siguiendo las huellas del
propio Estacio en el epicedion
in patrem
suum (V 5 ) .
El g é n e r o del e p i c e d i o p o é t i c o es i n d u d a b l e m e n t e el q u e mayor relevancia tiene en las Silvas fúnebres de Estacio. El e p i c e d i o ovidiano al p a p a g a y o
(am. II 6 ) le sugirió su propio Psittacus (II 4 ) y n o c a b e duda de q u e Estacio leyó también el epicedio a Tibulo (am. III 9 ) : c f , en esta Silva, los w . 24, 193-94,
214. Los epicedios de Estacio dedicados a muchachos (II 1, II 6, V 5) se inspiran
en Hor. carm. II 9; y el dedicado a Priscila ( V I ) puede compararse c o n el de
Propercio a Cornelia (IV 11), en la tradición de Partenio y Calvo. En cambio, este
epicedio que nos ocupa ahora se dedica a un alto dignatario de corte con quien
Estacio tiene una relación indirecta y profesional (es el padre de u n o de sus patrones). El precedente de epicedio poético a un h o m b r e público h e m o s de buscario en la Consolatio
ad Liviam y en las Elegiae in
Maecenatem.
La Retórica
La preceptiva retórica tardía s e o c u p ó de teorizar s o b r e el g é n e r o funerario, estableciendo normas y distingos sutiles. Ello T e ó n ( f e c h a incierta, quizá
S. I d.C.) h a c e una breve m e n c i ó n del g é n e r o , definiéndolo sin más c o m o enc o m i o de una persona muerta (Rhet. gr. II 109, 23-25 S p . ) . H e m o s de esperar
hasta é p o c a tardía para encontrar un tratamiento sistemático: los tratados del
siglo III d.C. de M e n a n d r o el Rétor y P s e u d o - D i o n i s i o . La opinión crítica tradicional es q u e estos tratados tardíos se r e m o n t a b a n a tratados anteriores, q u e
debían h a t e r influido en los ejemplos literarios clásicos. Hoy se tiende a pensar.
252 C OMENTARIO
sin embaído, que hay bastante de lo contrario: estos tratadistas tardíos teorizaron
sobre un corpus poético preexistente. Es de sospechar incluso q u e Menandro leyó
de hecho las Silvas, pues a veces recomienda detalles que .se documentan en Esta­
cio y en ningún otro lugar anterior, poético o retórico"*'. Si se toman demasiado en
.serio estos tratadistas se corre el riesgo de complicar innecesariamente la cuestión.
Así por ejemplo, Menandro discute tres géneros funerarios distintos, c o m o señalé
arriba. Me inclino a peasar, sin embargo, que Menandro ha pretendido hacer arbi­
trariamente tres géneros de lo q u e simplemente eran tres aspectos temáticos: el
elogio, el lamento y el consuelo. Si m e n c i o n o e n mi comentario frecuentemente
las coincidencias entre la preceptiva de Menandro y la práctica de Estacio, es en
parte para sugerir una hipotética influencia retórica e n Estacio y e n parte para
mo.strar la influencia de Estacio e n M e n a n d r o .
Nota t e r m i n o l ó g i c a
La Silva II 1 es llamada epicedion
(II Praef. 8 ) , término q u e a p a r e c e tam­
e n el título
bién en los títulos de V 1, V 3 y V 5. E n c a m b i o , ,se usa consolatio
de e.sta Silva ( c o n el q u e p u e d e c o m p a r a r s e solacium
e n III Praef. 1 5 ) y a
propósito d e II 6 ( c f II Praef. 2 0 ) . A pesar de las distinciones d e gramáticos tar­
díos entre e.stos dos términos ( c f Proclo en Phot. Bibl. 321''30), lo cierto es q u e
no hay diferencia perceptible en Estacio entre lo q u e llama epicedion
y conso­
latio. Lo mejor es s u p o n e r q u e Estacio usa los dos términos c o m o sinónimos
intercambiables, u n o latino (consolatto)
y el otro griego (epicedion,
de (μέλος)
επικήδειον, «canto recitado e n un funeral» [κηδος]). Un argumento de p e s o a fa­
vor de esta conclusión es que la misma Silva q u e Estacio califica c o m o
epicedion
es llamada solacia unas líneas más abajo (cf. II Praef. 8 y 12 respectivamente).
carmen (V 3, 1) e n la línea
Estacio, además, usa la perífrasis poética lamentabile
de la denominación ovidiana carmen
exequiale
( O v . met. X I V 4 3 0 ) . En suma:
léxica.
no hay q u e ver diferencias de g é n e r o e n lo q u e es una mera variatio
Para la cuestión, cf. Van D a m 67, Newmyer, Silv. of Stat. 19·
FI encomio
imperial
LIn s e g u n d o g é n e r o cuya influencia se acusa e n este e p i c e d i o es el del
panegírico imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λόγος, consistente e n el e n c o m i o d e un per­
Citaré .sólo algunos: 1) el color de que una e.statua ha caído del cielo (Stat. I 1, 2­3 ~ Men.
Rh. 44s,19 y Nicolao, Nhet. Gr III 492 Sp,), Hay un paralelo en Mart. VI 13, 1, pero la coincidencia
entre Menandro y Kstacio es asombrosa; 2) la alusión a la relaciones que unen al cantor de un
epitalamio y los novios (Stat. I 2, 256­65 ­ Men. Rh, 399.23­27); 3) la mención en un propemptikón
de divinidades marinas menores como protectores de la navegación (Stat, III 2, 35 ­ Men, Rh,
399,2), E l motivo se doctimenta en otros autores, pero la mención de Proteo es exclusiva de
Menandro y E.stacio (cf. 111 2, 35­38n,).
SILVA TERCERA
253
sonaje preeminente, rey, e m p e r a d o r o alto dignatario. La historia del g é n e r o
se escinde continuamente entre la prosa y la poesía. El g e r m e n son los e n c o mios de Pindaro y Baquílides. Luego el Evagoras
de Isócrates ( 3 7 4 a . C ) , e n
prosa, fijó sus reglas e s e n c i a l e s y se c o n v i n i ó e n m o d e l o . D e s d e é p o c a alejandrina el panegírico adquirió forma poética, en los e l o g i o s d e P t o l o m e o escritos por Teocrito (XVII) y Calimaco (Jov. 5 5 - 6 7 ) . Y a e n la literatura latina
a b u n d a n los e l o g i o s pciéticos de e m p e r a d o r e s , magistrados y p r o h o m b r e s ,
inaugurados p o r el Panegyricus
Messalae.
A éste siguieron los e n c o m i o s de
Augusto desperdigados por la obra de Virgilio, H o r a c i o y Ovidio, la Laus Pisonis de é p o c a de Nerón, Estacio y Marcial. En prosa, d o s discursos d e Cicerón p u e d e n considerarse representativos del g é n e r o (pro lege Manilla,
que
constituye un e n c o m i o d e P o m p e y o , y el pro Marcello),
así c o m o las LLisiorias de Velleyo Patérculo, el de dementia
d e S é n e c a y un corpus de d o c e Panegyrici Latini q u e se abren c o n el f a m o s o Panegírico
de Trajano
de Plinio
el J o v e n (todos de los ss. III-IV d.C. salvo el del Plinio). Los e j e m p l o s tardíos
.se multiplican, d e s d e Claudiano (s. IV d . C ) , q u e fue un especialista del g é n e ro ( c f Cienfuegos, Panegírico
en Claud)
hasta C o r i p o (VI d . C : c f Ramírez
de Verger, Coripp.: paneg.
de Justino LLy Previale, «Panegírico bizantino»).
La tradición del basilikós logos invade las Silvas: la mayoría de los p o e m a s de
la colección incluyen algún elemento de elogio del emperador Domiciano o de
un patrón (salvo Silvas personales c o m o V 3, V 4 o V 5). Más en concreto, la Silva
TV 1 puede considerarse un ejemplo formal de basilikós logos ( c f Coleman 62-5
ad loc.). En esta Silva q u e nos ocupa la influencia del discurso imperial se manifiesta en el predominio del c o m p o n e n t e encomiástico sobre el funerario. La .sección de elogio de Claudio se plantea c o m o una biografía narrada en su secuencia
cronológica ( w . 43-171). C o m o se ha apuntado, las relaciones entre biografía y
encomio son estrechas (Burgess, Epideictic Literature 117). También destaqué al
comentar la estnictura de la Silva q u e las secciones que constituyen el relato biográfico de Claudio (43-58 genus, 59-62 patria y 63-105 facta) son habituales del
encomio, funerarie^ o n o , tal c o m o prescriben incluso los rétores teóricos ( c f
Men. Rh. 420.10-16 para el e n c o m i o fúnebre y 370.8-373-6 para el basilikós
logos). La división entre vida pública y privada q u e c o m e n t é antes también es propia del panegírico. En la Laus Pisonis se aprecia claramente (vida privada: 25-71;
transición: 72-86; vida pública: 8 7 - 2 0 8 ) y e n el Panegírico
de Plinio (vida pública:
25-80; privada: 81-99; c f Martin, Antike Rhetorik 2 0 6 ) . Otro topos del panegírico
imperial es la incapacidad del poeta ante la magnitud de la tarea, c o m o se lee en
97a-8a de e.sta Silva ( c f n. ad loe). Fruto de esa exageración, el panegírico se diferencia de la biografía histórica en q u e n o se cierne estrictamente a los h e c h o s ,
sino q u e amplifica los positivos y atenúa u oculta los negativos ( c f Nicolao
III 4 8 0 , 4 - 1 6 Sp., Burgess, Epideictic
literature
95-8 y l l 6 . Men. Rh. 3 6 8 . 3 - 8 ,
Luciano, Hist. Conscr. VII-VIII c o n c o m e n t a r i o de J . M. Candan Morón, «Luciano y la función de la historia», Habis 1 ( 1 9 7 6 ) , 5 7 - 7 3 , e s p . 6 3 - 6 8 ) . P u e d e c o m pararse el tratamiento de Estacio del origen servil de Claudio ( 4 3 - 5 8 n . ) y del
254
E
COM NTARIO
destierro q u e sufrió ( l 6 4 n . y 1 8 4 ) . Otro p u n t o de c o i n c i d e n c i a entre esta Silva
y el e n c o m i o imperial es la insistencia e n el tema de la fortuna
de C laudio (cf.
86, 157 y 183). El motivo de la fortuna es el tema de una sección del pro lege Ma­
nilla de C icerón; Menandro el Rétor prescribe tratar la τ ύ χ η del emperador (376.
24­31). Para el tema, cf. E. Wistrand, Felicitas imperatoria
(Acta Universitatis Got­
hoburgensia, Studia Graeca et Latina Gothoburgensia XLVIIl), Gottemburgo,
1987. También es significativo q u e Estacio incluya una digresión sobre la mujer
de C laudio y madre de Etrusco (111­37), igual que Teocrito introdujo en su en­
comio de Ptolomeo Filadelfo una digresión sobre su madre Berenice (XVII 34­
50). Por último, c o n v i e n e tener presente q u e a u n q u e la Silva pretenda
primariamente elogiar al difunto y a su hijo, Estacio n o pierde la oportunidad pa­
ra adular de paso al emperador mismo, explotando motivos propios del
basilikós
logos, c o m o el tópico de la dementia
(167­71) y la identificación c o n la divinidad
( c f 183 y saepius: para la asimilación del regente con la divinidad, c f Burgess,
Epideictic Literature 130).
El e n c o m i o en la preceptiva retórica
La preceptiva retórica existente s o b r e el e n c o m i o e s e x t e n s a , incluyendo
la Rhetorica
ad Alexandrum
de A n a x í m e n e s , el Auctor ad LLerennium
(III
10­11), C icerón {inv. II 177, de orat. II 3 4 1 ­ 4 9 , part. 7 0 ­ 8 2 ) , Quintiliano Unsi.
Ill 7 ) , Alejandro hijo de N u m e n i o , los autores de progymnásmata
( T e ó n , Her­
m ó g e n e s , Aftonio, N i c o l a o ) y, s o b r e t o d o , de P s e u d o ­ D i o n i s i o (al hilo del
epitafio) y los tratados de M e n a n d r o el Rétor. P u e d e n leerse amplios resúme­
nes ( n o exhaustivos) en Burgess, Epideictic
literature
1 1 4 ­ 1 3 , la introducción
de Russell­Wilson a M e n a n d r o el Rétor ( p p . X V I I I ­ X X X I ) y Martin, Antike
Rbe­
torik 1 7 7 ­ 2 1 0 . Sin entrar e n una d i s c u s i ó n de detalle de e s t o s tratamientos,
conviene señalar q u e bastantes de ellos (así, T e ó n , II 1 0 9 ­ 1 2 Sp.; Nicolao, III
4 7 9 , 2 8 ­ 4 8 2 , 9 Sp.; Aftonio, II 3 5 ­ 3 6 S p . ) o f r e c e n una división del e n c o m i o
c o m p a r a b l e a la de M e n a n d r o ( 3 6 8 . 9 ­ 3 6 9 . 1 7 ) , q u e e n u m e r o c o m o paradigma:
proemio, origen, nacimiento, e d u c a c i ó n , aptitudes, a c c i o n e s , c o m p a r a c i ó n y
epílogo c o n plegaria final. Estacio, c o m o indiqué, distingue e n el e n c o m i o de
Claudio las s e c c i o n e s de origen, patria y a c c i o n e s . C oincide c o n las divisiones
retóricas en q u e el g é n e r o y la patria o c u p a n una posición inicial, así c o m o
en la importancia cuantitativa de la s e c c i ó n de a c c i o n e s , q u e s e r e c o n o c e c o ­
m o capítulo principal ( s e g ú n Doxopater, Rbet. Gr. 11 4 3 2 , 14 Walz; H e r m ó g e ­
nes, Rbet. Gr. II 12, 18­19 Sp.: cf. Burgess, Epideictic
literature
1 2 3 ­ 4 ) . Ahora
bien, lo importante es el criterio con el q u e se estructura la sección d e acciones.
Cicerón (part. 7 5 ) distinguía una triple posibilidad: 1) orden cronologico progre­
sivo; 2) regresivo; o 3) según tipos de virtud. Quintiliano ( msí. III 7, 15) distingue
entre orden cronológico y según virtudes. Añonio subdivide las acciones en tres
tipos: relativas al espíritu, al c u e φ o y fortuitas. Nicolao critica esa división y pre­
fiere una di.stribución según virtudes cardinales, q u e excluye el relato cronologi­
SILVA TERCERA
255
co. Menandro acepta el criterio de las virtudes cardinales, reservando una (el
valor) para la guerra, y las tres restantes (justicia, templanza y sabiduría) para
la paz. Encontramos, e n resumen, cuatro posibilidades; 1) criterio cronológico, aunque se aprecia una tendencia a descartado (cf. Teón, II 112, Sp., Nicolao, III 481 Sp.); 2) virtudes cardinales; 3 ) acciones corporales / anímicas /
fortuitas; y 4 ) acciones de guerra / paz. Veamos c ó m o p r o c e d e Estado; distribuye
las acciones en vida pública y privada, lo q u e no he documentado en la preceptiva retórica, pero sí en ejemplos oratorios {laudatio
funebris)
y literarios (Laus
Pisonis, Panegírico
de Plinio) del género encomiástico. A su vez, la narración de
la vida pública sigue una secuencia estrictamente cronológica, en contra curiosamente del gusto retórico, pero documentado en ejemplos reales (en seis de los
doce Panegyrici
Latini las acciones del emperador se narran cronológicamente:
II, IV, VI, VIII, X, XII. Nótese el curioso dato de q u e el compilador c o l o c ó en las
posiciones pares los panegíricos que cumplían este criterio). Estacio omite toda
referencia a las virtudes cardinales c o m o criterio de división: de las cuatro, sólo
menciona una, la templanza ( w . 106-8a), al hilo del relato de la vida privada. Por
otro lado, un tópico habitual del proemio c o m o la dificultad d e la tarea no aparece en el proemio, según lo habitual (Burgess, Epideictic
literature 122), sino en
medio de la narración ( 9 7 - 8 ) . En suma: la estructura de esta Silva e s independiente de la preceptiva retórica y se relaciona primordialmente c o n otros ejemplos del género encomiástico.
Conviene e s b o z a r ahora la actitud social de Estacio: es la de un cliens q u e
está realizando un trabajo e n c a r g a d o por el hijo del difunto ( w . 31-3, 173-7 hic
maestipietas
meposcit Etrusci..). El objetivo primario es, pues, satisfacer al patrón.
La laudatio funebris de Claudio es una excusa para la glorificación de Etrusco y su
familia: de ahí el elogio de Etrusca, la e s p o s a de Claudio de d o n d e parte el origen noble de la familia, y, s o b r e t o d o , el énfasis e n la pietas del propio Etrusco. La naturaleza profesionalizada del poema se trasluce en una aaitud distante de
Estacio desde el punto de vista emocional, c o m o se manifiesta en la artificiosidad de
los argumentos de consuelo. Es sintomático que el largo elogio de Etrusca (111-35 =
25 versos) venga precedido precisamente de la afirmación de Estacio de que él no
la conoció. Los w . 111-12 parecen una b r o m a : quis sublime genus
formamque
insignis Etruscae/
nesciat? baudquamquampropio
mihi cognita
visa...
Como compensación por la frialdad emocional, Estacio se esmera en la brillantez del poema, recurriendo a su acervo retórico y literario. Desde el punto de
vista retórico, lo consigue mediante el sobrepujamiento. Según la tendencia a la
amplificatio
propia de la Edad de Plata, abundan las listas de exempla
mitológicos (80-2, 189-94) y de lugares geográficos (89-95). Curiosamente, una de estas
listas e s caracterizada por el propio Estacio c o m o convencional y trillada ( c f 1746n.). El ornato convencional se muestra también e n el uso recurrente de tópicos
256
E
COM NTARIO
funerarios, entre ios q u e c a b e citar el de la mors inmatura
(8­12, 136­37), la
mención de especias de la pira (33­34, 211­12) y la comparación del difunto c o n
una flor tmncada (125­30). T o d o ello revela el conocimiento del oficio de Esta­
cio, pero también su frialdad sentimental ante el tema.
Más interesante q u e la acumulación de tópicos retóricos es la explotación de
la tradición literaria. La alegoría de la diosa Pietas ( 1 ­ 5 ) p r o c e d e de los relatos
poéticos de la Edad de Oro. La descripción del destierro de C laudio recoge, tanto
en contenido c o m o fraseología, material procedente de la poesía de exilio de
Ovidio ( c f nn. a 154­71 y passim). C o m o argumento de consuelo, Estacio alude
a la inmortalidad del difunto c o n la fraseología usada tradícíonalmente para refe­
rirse a la inmortalidad literaria ( 1 9 5 ) . Pero quizá la elaboración literaria más cu­
riosa de la Silva es la inserción de motivos amorosos, procedentes de la poesía
augú.stea de tema erótico y especialmente elegiaca, c o n sentido n o erótico. Así,
el servitium real d e C laudio c o n respecto al e m p e r a d o r s e pinta c o n
exempla
propios del servitium amoris elegiaco ( 5 7 ­ 8 ) . La relación de afecto de Etrusco
por su padre equivale literariamente al afecto erótico (192­94) y Etrusco pronun­
cia un σ χ ε τ λ ι α σ μ ό ς o queja airada con las características tradicionales del amo­
roso (182­94).
Un último aspecto q u e invade el p o e m a e s la alusión a un sLstema filosófico
concreto: el estoicismo. Estacio recurre en otras Silvas a la técnica de reiterar las
alusiones al si.stema filosófico q u e profesa su destinatario. Así, el p o e m a a la villa
de Polio Félix (II 2) tiene un marcado tono epicúreo, de acuerdo con las prefe­
rencias de Polio ( c f Van Dam 191, 209­10, 214 et saepius).
Igual ocurre con el
Manilio Vopisco de I 3 y Septímio Severo de IV 5 (sobre los cuales puede verse
Hardie, Stai. & Silv. 176­82). En este caso, sin embargo, C laudio manifiesta un ca­
rácter estoico (sobre la caracterización ética y filosófica de C laudio, c f Lotito, «Li­
berto funzionario ) . La Silva alude a esta doctrina en los siguientes puntos
concretos: la alusión a una ley universal y el panteísmo ( 5 3 ) , el carácter esforza­
do de C laudio ante las penalidades ( 8 3 ­ 4 ) , la metafora de la navegación de la vi­
da ( 8 4 ) , la frugalidad de C laudio ( 1 0 6 ­ 8 ) , la subordinación del gu.sto personal a
la razón de estado y consiguiente aceptación de la responsabilidad del matrimo­
nio (108­10) y la creencia e n la c o m u n i c a c i ó n en sueños c o n las almas de los
muertos (203­4). El estoicismo es la filosofía q u e el propio Estacio profesó, c o m o
se manifiesta repetidas veces en la Tebaida (cf. Legras, Étude sur la
Thébaide
157­83). Dada la f r e c u e n c i a de e s t a s r e m i n i s c e n c i a s e s t o i c a s , e s llamativa la
paradoja de q u e Estacio n o recurra a la filosofía c o m o e x p e d i e n t e de c o n s u e ­
lo, según e x a m i n é antes.
Esta Silva es, en conclusión, un producto profesionalizado de la poesía epi­
díctica. Si el lector o critico espera obtener de su lectura un impacto emocional,
siguiendo la tradición de la crítica romántica y subjetivista, queda decepcionado.
Si, por el contrario, deja a un lado los sentimientos y el objetivo es aprehender la
densidad literaria y formal del texto, la Silva ejemplifica a la perfección los obje­
tivos y métodos de la poesía epidíctica de corte e n épcKa Imperial.
SILVA TERCERA
257
I. EXORDIUM ( 1 - 4 2 )
A.
La -Piedad-
en el funeral
(1-21)
Estacio introduce la presencia e n la c e r e m o n i a de la diosa Pieias,
como
alegoría de la devoción filial de Etrusco e n el funeral (pietas: un leit-motiv
en
la Silva; cf. 7n. pios fletus). Estacio identifica a Pietas c o n Astraea,
la última
diosa en a b a n d o n a r la tierra c o n el advenimiento de la Edad de B r o n c e (cf.
Arat. 9 6 - I 3 6 ) . Sobre la personificación de virtudes abstractas, cf. l - 2 n .
Así, la presencia d e Pietas simboliza el regreso d e la Edad d e O r o , lo q u e
caracteriza la atmósfera moral del funeral. P r e c e d e n t e s de esta técnica, consistente en m e n c i o n a r la presencia de Astraea c o m o s í m b o l o de moralidad son:
a) Catull. LXIV 3 8 4 - 4 0 8 , d o n d e se c o n e c t a la inmoralidad i m p e r a n t e en la
é p o c a con el a b a n d o n o de la tierra p o r parte d e los d i o s e s q u e antes convivían c o n los h o m b r e s ; b ) Verg. georg. II 438-74, q u e asimila vida rústica y
Edad de O r o y explica esta c o n e x i ó n c o m o un resto de la presencia de la diosa lustitia (variante de Astraea)
e n el e n t o r n o rural (v, 4 7 4 ; c f T h o m a s I 2 4 9
ad loe); c ) luv. VI 1-24 presenta a Astraea c o m o Pudicitia
(v. 1) y le asigna
la función más concreta de garante d e la d e c e n c i a sexual: su au.sencia d e la
tierra explica la inmoralidad de su t i e m p o (cf. Courtney 2 6 2 ) ; d ) e n Verg. ecl.
VI 6, Calp. ecl. I 42-45 y Bue. Bins. II 22-4 se alude al regreso de la Edad de
O r o y de Astrea c o m o s í m b o l o de una nueva etapa política.
S o b r e el mito de la E d a d d e O r o , c f L o v e j o y - B o a s , Primitivism
23-102
(función de Astraea en 34-36, 5 3 - 5 5 ) , Cristóbal López, «Edad de Oro», Cristobal López, Virg. y la temática
bucólica
4 5 7 - 5 8 y P.A. J o h s t o n , «The metallic
myth before Vergil» e n Vergil's agricultural
golden
age. A study of tbe
Georgics, Leiden: E.J. Brill, 1980, 15-40.
1-7: la plegaria a Pietas, para q u e reestablezca la Edad de O r o en el funeral de Claudio, presenta una estructura c o n d e n s a d a de h i m n o clético, c o n
su invocación
(v. l a ; c f el v o c a d v o Pietas), aretalogía
(lh-2; c f la o r a c i ó n de
relativo) y súplica (3-7; cf. los imperativos 6 ades, 7 cerne y terge). Para la estructura tripartita del h i m n o , cf. Norden, Agnostos
Theos 243-63- S o b r e el himno clético, c f Men. Rh. 3 3 4 . 2 5 - 3 3 6 . 4 y Cairns, Generic
Composition
192-7.
1 - 2 : Pietas a p a r e c e alegoría de la virtud d e su n o m b r e , c o m o t a m b i é n en
V 2, 9 1 - 3 , V 3, 8 9 - 9 0 y T. XI 4 5 8 ( c f n. de Venini 1 2 2 ) . Astraea a p a r e c e c o n
similar función en I 4, l - 3 a . La personificación de Pietas se remonta a Plauto
(Cure. 6 3 9 - 4 0 ) y reaparece en S é n e c a (Phaedr.
9 0 3 , Thy. 249, 5 5 9 ) , q u e inspiró p r o b a b l e m e n t e a Estacio.
Estos dos versos e v o c a n la Edad d e Oro, é p o c a en la q u e los dioses c o n vivían c o n los h o m b r e s (Arat. 1 0 0 - 7 ) . C u a n d o se introdujo la inmoralidad, los
dioses a b a n d o n a r o n la tierra, s i e n d o la última e n h a c e r l o AÍicn ( e n Arato) o
lustitia (Virgilio) o Astraea ( O v i d i o ) : c f Arat. 131-6, Catull. LXIV 4 0 7 - 8 , Verg.
georg. II 474, Ov. met. I 129-50. La a s o c i a c i ó n de Pietas c o n Astraea tiene su
258
COMENTARIO
origen p r o b a b l e m e n t e en Ov. met. I 150-1 vieta iacetpietas,
et virgo
eaede
madentis
/ ultima caelestum
ierras Astraea
reliquit.
Estacio alude a d e m á s a los siguientes c o n c e p t o s abstractos deificados;
dementia
(T. XII 4 8 2 ) , Concordia
(I 1, 2 4 0 ) , Fides (T. XI 9 8 ) , lustitia (T. II
3 6 0 ) , Natura ( I I I 4 , 76) y Virtus (I 6, 62). Cf. Fortgens 49 ad T. VI 27 y H . L ,
Axtell, ne deification
of abstract
ideas in Roman literature
and
inscriptions,
Chicago; Univ. o f Chicago Press, 1907 (Estacio e n p p . 8 1 - 2 ) .
2 r a r a p r o f a n a t a s i n s p e c t a n t n u m i n a t e r r a s : para la estructura de
verso de oro, cf. Ill 5, 2n. Para el tema y el l é x i c o , cf. G e r m . 121 rarius
invisit
maculatas
fraudibus
urbes, Ov. Pont. I 6, 2 9 - 3 0 haec dea [Spes], cum
fugerent sceleratas
numina
ierra / in dis invisa sola remansit
in
humo.
r a r a : la e s c a s e z de las visitas de Pietas es s í m b o l o de la rareza de la virtud q u e simboliza. Cf. III Praef. 14-16 merebatur
et Claudi Etrusci
meipietas
aliquod...
solacium,
cum lugeret veris (quod iam rarissimum
est)
lacrimis
senem
patrem.
3 : la vestimenta descrita d e cintas y m a n t o b l a n c o s e s propia del culto religioso de m u c h o s dioses, p o r q u e el b l a n c o simboliza pureza ( c f IV 3, 116,
Verg. Aen. X 538-39, Tib. I 2, l 6 , Ov. fast. II 6 5 4 , IV 9 0 6 ) . El locus classicus
es
Cic. Leg. II 4 5 color autem albus praecipue
decoras
deo est, cum in
cetero
tum maxime
in textili (cf. t a m b i é n Apul. apol. LVI 1 quodpurissimum
est rebus divinis velamentum).
Cf. M. E. Armstrong, The significance
of certain
colors in Roman Ritual, Diss. T h e J o h n H o p k i n s University, 1917, 3 6 - 8 .
Para el motivo de un dios ataviado c o m o su s a c e r d o t e , cf. III 1, 185n.,
Hor. carm. I 35, 2 1 - 2 2 albo rara Fides... / velata panno
( c o n n. d e NisbetHubbard I 3 9 6 ) , luv. VI 526 candida...
lo [= Lsis]. E.stacio caracteriza el funeral
de Claudio c o m o si se tratara de una c e r e m o n i a religiosa (cf. 13 sacris), e n la
q u e la «sacerdotisa» Pietas y él m i s m o actúan c o m o oficiantes.
n i v e o : afecta apo koinoú
a vittata comam
(cf. T. III 4 6 6 - 6 7 gemini
vates.../niveis
ornati
tempora
vittis). Para el amictus
blanco
e n un c o n t e x t o
religioso, cf. Ov. Fast. Ill 363·
4 - 5 : la huida de Astraea se produjo c o n el a d v e n i m i e n t o del crimen y de
la inmoralidad a la tierra^ Nocentes es aquí una d e n o m i n a c i ó n general q u e , e n
1 4 - I 6 n . , d e n o m i n a más c o n c r e t a m e n t e a los h o m b r e s impíos q u e atenían
contra sus progenitores (para contrastar c o n la pietas filial de Etrusco).
4 r u d e s p o p u l o s a t q u e a u r e a r e g n a c o l e b a s : hay un z e u g m a en colebas, pues sus dos c o m p l e m e n t o s son dispares s e m á n t i c a m e n t e . Colere significa «frecuentar», «habitar entre» c o n rudes populos
(OLD 7b; cf. Catull. LXIV
407, citado a b a j o ) y «habitar en» c o n aurea
regna {OLD 1 y 2 ) . Cf. un zeugma
comparable en Hor. epist. II 1, 7; ierras bominumque
colunt
genus.
El verso es imitado por Francisco P a c h e c o , Sermo II 4 6 almaque
coetus Astraea colebat (insertando coetus de Catull. LXIV 4 0 7 nec talis
tur [del] visere
coetus).
mortales
digna-
SILVA TERCERA
259
n o c e n t u m / f r a u d e r u d e s : cf. Sen. Med. 3 2 9 - 3 0 Candida
nostri
saecula
paires / videre proculfraude
remota.
6-7: triple plegaria a Pietas, distribuida e n un tricolon.
Los tres imperativos están artísticamente dispuestos: ades e n el centro del v. 6 y cerne y terge
en los e x t r e m o s del 7. La idea d e introducir invitados divinos e n u n a c e r e m o nia humana p u e d e estar inspirada e n Catull. LXIV, d o n d e los dioses asisten a
las b o d a s de Tetis y P e l e o ( c o m o e n el epitalamio del propio Estacio: I 2, 123). C f una invitación similar a los dioses para q u e asistan a la c o n m e m o r a ción del nacimiento de Lucano (II 7, 1-23).
6 a d e s : el v e r b o típico de invitación a un dios e n un h i m n o clético, junto
con el subjuntivo yusivo adsis o formas de otro v e r b o , c o m o v e n i (= kXQé: cf.
III 1, 39n. veni, Verg. georg. I 18 adsis con T h o m a s I 7 1 - 7 2 ) .
7 c e r n e p i o s fletus: un motivo frecuente e n la plegaria a la divinidad es
la súplica para q u e c o n t e m p l e a un h u m a n o : c f Catull. LXXVI 19 Me
miserum
aspicite, Appel, De Roman, precationibus
1 1 8 . En pios fletus la virtud de la
pietas se transfiere p o r enálage al llanto de Etrusco, c o m o e n V 1, 32
babentnepios
etiamnum
haec lamina fletus?
La virtud de la pietas es m e n c i o n a d a
reiteradamente en e.sta Silva: 31 pio gemito, 3 6 pia nubila,
137, 173, 1 9 1 .
l a u d a t a q u e l u m i n a t e r g e : «enjuga sus loados ojos». S e c a r las lágrimas es
un acto p r o p i o del q u e recita la consolatio:
V 5, 4 4 ( E s t a c i o ) ego
manantes
oculos...
tersi. La acción es t a m b i é n habitual e n el c o n s u e l o de amantes desgraciados: I 2, 9 2 - 9 3 (un Cupido a Estela) blandisque
madentia
plumis/lumina detersi,
Tib. I 9, 3 8 .
8 - 1 2 a : cualquiera q u e viera los signos de d u e l o d e Etrusco ( 8 - l O a ) pensaría q u e el difunto es su hijo o e s p o s a muertos p r e m a t u r a m e n t e ( 1 0 b - 1 2 a ) .
8 - 1 0 a : Estacio recurre e n sus e p i c e d i o s a listas c o n v e n c i o n a l e s d e gestos
de duelo, q u e coinciden sustancialmente c o n las tradicionales e n el l a m e n t o
ritual griego ( c f Alexiou, Ritual lament 6-8 et saepius),
incluyen: a )
planetas
o acción de golpearse en el p e c h o : II 1, 2 7 - 2 8 , 171, con n. d e Van D a m 154,
III 3, 176-77, III 5, 53n., V 1, 1 7 9 - 8 0 ; b ) rasgado de las vestiduras: II 1, 171, V
1, 20; c ) arrancarse el c a b e l l o : III 3, 133 (cf. Ov. am. II 6, 5 ) ; d ) besar y abrazar el cadaver o la pira: II 1, 23, 172-73, III 3, 18-20, 177, V 1, 194-96, 2 0 2 - 2 ,
T. II 641 ( c o n n. de Mulder 3 2 6 ) ; e ) la conclamano
o i n v o c a c i ó n ritual del difunto: II 6, 5, 82 ( c f Ramírez de Verger 137, n. 82 ad Prop. II 13, 2 8 ) .
8 i n e x p l e t o r u m p e n t e m p e c t o r a q u e s t u : «desgarrándose el p e c h o c o n
un llanto desmedido». Nótese la asonancia producida p o r las oclusivas sordas
p y / ( q u e e v o c a el s o n i d o de los g o l p e s ) y el q u i a s m o de las c o r r e s p o n d e n cias fonéticas:
ínEXpleTO
rumPEnTem
PEcTora
quESTU
260
E
COM NTARIO
r u m p e n t e m p e c t o r a : iunctura
para designar la a c c i ó n del planctus,
co­
m o en II 1, 171 pectora
rumpls. La e x p r e s i ó n tiene un t o n o hiperbólico, por­
q u e Virgilio la usa c o n el valor de «traspasar el p e c h o (a hierro)»: Aen. I X 432
transadigit
costas et candida
pectora
rumpit.
i n e x p l e t o . . . q u e s t u : la idea de q u e el llanto del d e u d o es insaciable es
c o n v e n c i o n a l . C f. Hor. carm. I 24, 1­2, c o n Nisbet­Hubbard I 2 7 9 ­ 8 0 . En E.sta­
cio, cf. II 6, 1­2, V 1, 247 immodicos...
fletus.
1 0 a s p i c i e n s : el pasaje acusa la influencia de Mart. VII 40 6­8 ( s o b r e el
padre de C laudio Etrusco) bic prope ter senas vixit Olympiadas./sed
festinatis
raptum tibi credidit
annis,/aspexit
lacrimas
quisquís,
Etrusce,
tuas.
1 0 b ­ 1 2 a : Estacio recurre en otras d o s o c a s i o n e s a la idea de q u e el dolor
del d e u d o es variable según la e d a d y relación de p a r e n t e s c o del difunto: cf.
V 3, 6 4 ­ 7 4 y II 6, 2­8. Así, se c o n c e d e m á x i m a consideración a la mors
inma­
tura de hijos o j ó v e n e s c ó n y u g e s . En c a m b i o , el óbito de un a n c i a n o o de un
esclavo causa un dolor m e n o r ; y si a pesar de t o d o lo causa, ello e s d e b i d o a
la extraordinaria pietas del d e u d o . La idea se basa en el tópos antiguo de q u e
la muerte d e b e respetar un o r d e n natural. En c a s o contrario, el dolor e s par­
ticularmente intenso ( c f Lier, «C arm. sepulcral.» 4 5 6 ­ 7 ) .
1 0 ­ 1 1 p r i m a e v a f u ñ e r a . . . / c o n i u g i s : aquí, y e n la referencia al hijo ( 1 1 ­
12n.), E.stacio insiste e n el carácter p r e m a t u r o de la muerte, al enfatizar la ju­
ventud d e los difuntos ( 1 0 primaeva,
12 modo pubescentia).
La fraseología
recuerda a C atull. LXIV 401 primaevi
fuñera
nati (un pasaje q u e e s muy p o ­
sible q u e Estacio tuviera en cuenta en la c o m p o s i c i ó n d e esta Silva; p e r o n ó ­
tese q u e Estacio transfiere a la e s p o s a el l é x i c o q u e C atulo aplicaba al hijo,
mientras q u e la figura del hijo a p a r e c e a c o n t i n u a c i ó n ) .
El t ó p i c o de la muerte prematura {Inmatura
mors, ά ω ρ ο ς θ ά ν α τ ο ς ) es
frecuente en epitafios y e n la literatura de c o n s u e l o (cf. Lier, «C arm. sepulcral.»
4 5 3 ­ 5 4 , Lattimore, Themes
in epitaphs
1 8 4 ­ 9 8 , Kassel,
KonsolationsUteratur
8 0 ­ 2 ) . C f. la bellísima formulación de un epitafio griego: ο ΰ το θ ά ν ε ΐ ν α λ γ ε ι ­
ν ό ν , ό π ε ρ κ α ι π α σ ι π ρ ό κ ε ι τ α ι , / α λ λ ά πριν η λ ι κ ί α ς κ α ι γ ο ν έ ω ν π ρ ό τ ε ρ ο ν
(Kaibel, E.G. 1 9 8 ) .
1 1 ­ 1 2 n a t i . . . m o d o p u b e s c e n t i a . . . / o r a : el m i s m o motivo del d u e l o por
la muerte prematura de un hijo se lee en V 5, 18­20. Hay una c o m p i l a c i ó n de
epitafios griegos s o b r e m u c h a c h o s muertos prematuramente: Vérilhac, Π Α Ι ­
ΔΕΣ ΑΩΡΟΙ.
1 2 r a p i flammis: cf. Τ. Ill 97, igne
rapi.
1 2 b ­ 1 7 a : n ó t e s e la e.structura del pasaje:
( 1 2 b ­ 1 3 a ) I n v o c a c i ó n a los píos: adeste / dique hominesque
( 1 3 b ­ 1 5 ) Expulsión de los impíos: procul
ite,
nocentes...
(17a)
Nueva invocación a los píos: insontesque
castosque
sacris.
voco.
Estacio .se imagina en el papel de s a c e r d o t e oficiante de la c e r e m o n i a . La
idea del poeta c o m o sacerdote de las Musas o d e A p o l o n a c i ó en la poesía ar­
SILVA TERCERA
261
caica griega (cf. N i s b e t - H u b b a r d I 3 4 9 ad Hor. carm. I 3 1 , 2; Fedeli 4 9 ad
Prop. Ill 1, 3 ) y es frecuente e n la p o e s í a latina: c f Verg. georg. II 4 7 6 , Hor.
carm. III 1, 3, IV 9, 28, Prop. Ill 1, 3, IV 6, 1, O v . am. Ill 9, 1 7 - 1 8 , Pers. Prol.
7 (parodia). A partir de e s e origen, Estacio se asigna la función de s a c e r d o t e
de la c e r e m o n i a f ú n e b r e , c o m o e n II 1, 26-28 et nunc bea vittis et frontis
honore soluto / infaustas
vates versa mea pectora
tecum /piango
lyra. En c o n ite..).
•secuencia, usa léxico propio del ritual (13 procul
bine, procul
13 s a c r i s : el funeral c o m o una ceremonia religiosa dirigida por el poeta. Cf.
Prop. IV 6, 1 sacra facit vates, Pers. Prol. 7 ad sacra vatum carmen
adfero.
aXip r o c u l h i n c , p r o c u l ite, n o c e n t e s : cf. Cali. Ap. 2 ZKÌXC, £Kh.c, óoxiq
Tpóq, Grati. 4 4 7 - 9 procul bine extorribus
ire / edico praesente
deo,
praesentibus aris, / quis scelus aut manibus
sumptum
aut in pectore
motum est (nótese
la coincidencia del tema). Se trata de una fórmula propia del lenguaje litúrgico
(Ttpópprioic;), cuyo objeto es la expulsión de los que n o e s t á n cualificados (por
.ser i m p u r a s o profanos) para presenciar una ceremonia religiosa. La fórmula es
específica de los Misterios de Eleusis ( c f K. Clinton, The sacred Officials of the
EleiL^inianMysteries{TAPhSYXÌV,
3 ) , Philadelphia, 1974, 7 8 ) pero se documenta
t a m b i é n en otros cultos: c f Verg. Aen. VI 258-9 procul,
o procul este, profani,
/
conclamai
vates..., Calp. ecl. II 54-5, Ov. met. II 464, VII 255, X V 581, fast. II 6 2 3 5 procul bine, procul impius esto / frater et in partus mater acerba
saos, / cui
pater est vivax, qui matris digerii annos, luv. II 89, XTV 44 con n. de Courtney
566-7, Appel, De Roman, precationibus
83. Luego la fórmula se reutiliza poéticamente, c o m o aquí, con un sentido figurado: Tib. I 1, 7 6 , Ov. am. II 1, 3, fl'^I 31
(con n. de Hollis 3 7 ) , met. X 300 (con B o m e r 117), Mart. Ill 68, Priap. VIII 1.
La repetición de palabras ( e n anáfora, c o m o aquí, o e n e p a n a l e p s i s ) es
uno de los recursos e m o c i o n a l e s m á s frecuentes e n esta Silva: cf. 25 felix,
heu
nimium felix, 26 longe Furiarum
sibila, longe, 2 0 8 - 9 salve
supremum.../supremumque
vale. La epanalepsis es un rasgo manierista de estilo introducido
por los neotéricos. Es muy frecuente, por e j e m p l o , en Catull. LXIV ( c f Fordyc e 64, T h o m a s II 2 0 8 ad Verg. georg. IV 3 3 9 - 4 0 ) .
n o c e n t e s : tras procul
bine, procul
ite este vocativo es un
aprosdóketon,
p u e s e s p e r a r í a m o s profani,
nocentes
designa los c o n d e n a d o s del Infierno,
c o m o e n II 7, 117 (cf. l 4 - 6 n . ) .
l 4 - l 6 a : descripción de h o m b r e s impíos q u e atentan contra sus progenitores y simbolizan, pues, una forma de criminalidad antitética c o n la pietas de
Etrusco. Esta alusión recuerda los relatos de criminalidad entre parientes y
d e u d o s d e las narraciones del mito de las Edades: Catull. LXIV 3 9 9 - 4 0 4 (donde contrasta c o n la Edad de O r o ) , Ov. met. I 1 4 4 - 4 8 , Sen. Phaedr.
5 5 5 - 5 6 . Cf.
también los c o n d e n a d o s del Tártaro catalogados e n Verg. georg. VI 6 0 8 - 1 2 . La
enumeración de estos seres criminales e n c o n e x i ó n c o n la fórmula procul
este
la t o m ó Estacio de Ov. fast. II 6 2 3 - 6 (citado ad 1 3 ) .
1 4 - 1 5 sicui c o r d e nefas taciturn fessique s e n e c t u s / l o n g a patris:
para alusiones a hijos atentando contra sus padres ( n o r m a l m e n t e por d e s e o
262
E
COM NTARIO
de heredar cuanto antes), cf. Ov. met. I 1 4 8 filius ante diem patrios
inquirit
in annos, fast. II 6 2 5 (citado ad 1 3 ) , luv. X I V 2 4 7 ­ 5 1 . Esta postura inmoral
contrasta con la actitud de Etrusco, a q u i e n p a r e c e prematura la muerte de su
padre en la ancianidad.
s i c u i : = ει τ ι ς p o r ό σ τ ι ς c o n el valor relativo­indefinido de «cualquiera
que» (igual e n 15 siquis).
n e f a s t a c i t u m : p l e o n a s m o etimológico, ya q u e ne­fas «indecible» e s casi
sinónimo de tacitum. J u e g o s etimológicos c o m p a r a b l e s (entre antónimos, n o
sinónimos c o m o aquí) p u e d e n verse en Lucan. VI 4 3 0 siquid tacitum sed fas
erat, Verg. georg. I 4 7 8 ­ 7 9 pecudesquelocutae
/(infandum.t),
c o n n. de T h o ­
mas I 148, y Bue. Bins. II 14 die, quae sit Ubi causa
tacendi.
15­16 s i q u i s p u l s a t a e c o n s c i u s u m b r a m / m a t r i s : el tema
quipatrem
pulsaverit,
manus ei praecidantur
es t ó p i c o d e las d e c l a m a c i o n e s (cf. Sen.
contr. IX 4 ) . R e c u é r d e s e t a m b i é n q u e u n o de las clases de c o n d e n a d o s q u e
Virgilio sitúa e n el Tártaro son quibus.../pulsatus...
parens
{Aen. VI 6 0 8 ­ 9 ) .
Por otra parte, la caracterización e s apropiada a p e r s o n a j e s históricos o legen­
darios c o m o Orestes (Verg. Aen. IV 4 7 1 ­ 7 3 ) , A l c m e ó n ( O v . met. I X 4 0 9 ­ 1 0 ) o
Nerón ( c f II 7, 118­19, citado a b a j o ) .
c o n s c i u s : la vox propia para la cualidad del remordimiento: luv. ΧΙΠ 193
diri conscia facti, Lucr. III 1018, Ov. met. VIII 530. Para el motivo del castigo
de la c o n c i e n c i a , cf. luv. I 166­7, XIII 192­5 c o n n. de C o u n n e y 557, O v . met.
VIII 530­1, Sen. epist. XC VII 14­5. A v e c e s se pinta a los e s p e c t r o s infernales
martirizando al criminal q u e se siente culpable, cf. Lucan. VII 7 8 1 ­ 6 . Otras v e ­
ces la persona ultrajada se presenta en s u e ñ o s al criminal: luv. XIII 2 2 1 ­ 2 .
s i q u i s : cf. I 4 n . sicui.
u m b r a m / m a t r i s : umbram
{= «espectro», «fantasma») es la i m p e c a b l e
conjetura de Markland para unquam
d e M. C f. O v . met. I X 4 1 0 ( s o b r e Alc­
m e ó n ) matrisque
agitabitur
umbris,
E s t a c i o II 7, 1 1 8 ­ 9 pallidumque
visa /
matris lampade...
Neronem,
Suet. Ner. X X X I V saepe confessus
exagitari
se
materna
specie.
Si se mantiene umquam
n o se s a b e b i e n q u é u n e et {y. l 6 ) ,
a n o ser q u e se t o m e el sintagma del v. 15 c o m o una oración nominal. Si se
acepta umbram,
p o r el contrario, et u n e umbram
y Aeacon.
Un a r g u m e n t o
adicional es q u e el autor del Alcestis Barcinonensis,
claro imitador de Estacio,
usa la iunctura
matris...
umbra (ν. 9 9 ) .
p u l s a t a e . . . / m a t r i s : apo koinoú con umbram
(«el e s p e c t r o de su g o l p e a ­
da madre») y c o n conscius
(«con el r e m o r d i m i e n t o de h a b e r g o l p e a d o a su
madre»). En este último caso, pulsatae
matris ha de e n t e n d e r s e en construc­
ción ab urbe
condita.
1 6 e t i n f e r n a r i g i d u m t i m e t A e a c o n u r n a : É a c o es el p i a d o s o padre
de P e l e o . Desde Platón es juez del infierno junto c o n Minos y Radamante (cf.
Pl. Ap. 41a, Grg. 524, Verg. Aen. VI 4 3 2 ­ 3 , 566­7; léase Nisbet­Hubbard II 2 1 4 ­
15 adHoT. carm. II 13, 2 2 ) . La urna es usada e n los juicios del Infierno (Verg.
Aen. VI 4 3 2 ) , y e s m e n c i o n a d a precisamente e n c o n e x i ó n c o n É a c o e n II 1,
SILVA TERCERA
263
119 immensis
urnam
quatit Aeacus
umbris (cí. t a m b i é n P r o p . IV 1 1 , 19 aut
si quis posila
iudex sedei Aeacus
urna).
l i g l d u m . . . A e a c o n : los dioses infernales s o n c o n v e n c i o n a l m e n t e implacables ( c f Nisbet-Hubbard 2 8 7 - 8 8 adHor.
carm. I 24, 1 7 ) . En Estacio, c f II 6,
81 durum...
Acberonta
y, e n esta misma Silva, 187 aspera
numina
Lelhes y
193n. immilem..
Styga.
1 7 i n s o n t e s c a s t o s q u e v o c o : la estructura sintáctica y el ritmo e v o c a n
Hor. carm. III 1, 4 virginibus
puerisque
cano. El e c o confirma la a s o c i a c i ó n
religiosa de nuestro pasaje, ya q u e el c o n t e x t o h o r a c i a n o aplica asimismo léxico ceremonial en los w . 1-3 Odiprofanum
vulgus et arceo; /favete
linguis.
carmina
non prius /audita
Musarum
sacerdos...
1 7 - 2 1 : nuevas manifestaciones d e piedad filial e n Etrusco: abrazos al cadáver y postrer b e s o . C f la fraseología de II 1, 1 7 2 - 3 , de a c u e r d o c o n el gusto
de Estacio p o r repetirse a sí m i s m o : dileclosque
premis
visus et frigida
lambis
/ oscula? (cf. una p o s i b l e imitación en C o r i p o , lob. III 2 9 - 3 0 incubuit
lacrimans atque oscula frigida
carpsit / divini patris). Para estas a c c i o n e s rituales
del funeral, c f n. a 8-10a.
1 8 i m p l i c i t u s : implicilor(M);
-oso -us(Itali).
ImplícitoscnhñcnTÍa
a vultus, con valor pasivo. Es preferible, sin e m b a r g o , implicitus
calificando al sujeto de la o r a c i ó n ( d e f e n d i d o p o r Mueller, Studia
Statiana
1 3 ) , p o r las
siguientes razones: a ) vultus ya lleva el e p í t e t o seniles; y la disposición quiástica
seniles
leniter
I
implicitus
vultus
I
es favorita de Estacio; b ) implicitus se usa n o r m a l m e n t e c o n el valor activo de
«abrazado a» + dat. (OLD 3 b ) ; cf. T. X 3 1 4 implicitum
fratri
Tbamyrim;
pero
t a m b i é n p u e d e usarse c o n valor a b s o l u t o si su c o m p l e m e n t o l ó g i c o ya es
c o m p l e m e n t o del v e r b o principal, c o m o aquí. C o m p á r e s e esta o r a c i ó n c o n T.
X 7 1 9 colla manusque
tenebat
implicitus,
«sujetaba su c u e l l o y m a n o s , abrazado (a ellos)».
18-19 s a n c t a m q u e p a r e n t i s / c a n i t i e m : el adjetivo sanctus califica e n
Estacio t o d o lo q u e es o b j e t o de la virtud de la pietas: a) dioses y sus sacerdotes: T. III 4 6 6 vates... sanctam
canentis
olivae/fronde
comam....
ornati (y
T. X 9 0 8 , I 4, 5 9 ) ; b ) el e m p e r a d o r III 3, 87; c ) y, c o m o aquí, los padres: II 1,
82, III 3, 18, T. I 5 3 9 . Aquí, sanctam
e s una e n á l a g e c o n c e r t a n d o c o n
canitiem en vez de c o n
parentis.
19-20 a n i m a e q u e s u p r e m u m / f r i g u s a m a t : alusión a la c r e e n c i a de
q u e el b e s o postrero a un agonizante era un m e d i o para h a c e r pasar su alma
al d e u d o . Cf. Cic. Verr. II 5, 118, Manil. V 6 2 3 , Verg. Aen. IV 6 8 4 - 5 , Ov. arsWl
754-56, mei. VII 8 6 0 - 1 , Epiced. DrusiUv.
157, CLE 1080, Cumont,
Symbolisme
funéraire
119-20, S. G a s e l e e , «The soul in the kiss». Criterion 2 ( 1 9 2 4 ) , 3 4 9 - 5 9 .
264 C OMENTARIO
En E s t a d o el motivo a p a r e c e c o n u n a f r e c u e n c i a superior a cualquier otro a u ­
t o r II 1, 1 5 0 ­ 5 1 , V 1, 195, Τ. II 6 4 1 ( c o n η . d e M u l d e r 3 2 6 ­ 7 ) , Τ. I X 8 9 8 c o n
η . de D e w a r 2 2 1 , XII 3 1 9 . U n a c r e e n c i a paralela e s q u e e l a l m a s e i n f u n d e
en el r e c i é n n a c i d o c o n un p r i m e r b e s o : II 1, 1 0 5 (citado a b a j o ) , III 5, 59n,
V 5, 71­72.
metempsícosis
P r o p e r c i o e x p l o t a c o n sentido erótico esta i m a g e n d e la
por el b e s o : I 13, 17 ( c o n n. d e Fedeli 3 1 0 ­ 1 1 ) , II 13, 2 9 (citado a b a j o ) , III 13,
22. Se trata también d e un motivo favorito de la poesía epigramática griega:
A.P. V 7 8 (Platón), V 1 7 1 , 3­4, V 197, 5­6 ( a m b o s d e M e l e a g r o ) , V 14, 3­4 (Ru­
fino), Herod. III 3­4. Para m á s e j e m p l o s y su influencia e n la literatura euro­
pea, c f C urtius, Lit.europea
y Edad M. latina 4 1 0 ­ 1
a m a t : = φιλεΓ, "besa». Un c u r i o s o c a s o d e interferencia léxica. Estacio
asigna a un término latino una a c e p c i ó n q u e e s propia de su equivalente lite­
ral griega. Para la m e n c i ó n d e b e s o s e n el c o n t e x t o d e esta imagen, cf. II 1,
172­15 frígida
lambls/oscula,
Prop. II 13, 29 osculaque
in gelidispones
su­
prema labellis,
B i o n . 4 5 ­ 7 εγρεο τυτθον,'Αδωνι, τ ο δ' ά υ π ύ μ α τ ό ν μ ε φ ί λ η ­
σαν /.../ ά χ ρ ι ς α π ο ψ ύ χ η ς ε ς ε μ ο ν σ τ ό μ α , Α.Ρ. V 7 8 , 1, Epiced. Drusi 95­6. Es
muy p r o b a b l e q u e amare tenga asimismo la a c e p c i ó n d e «besar» e n II 1, 105
fletusque
infantis
amabas.
y ψύχος (­
a n i m a e . . . f r i g u s : j u e g o e t i m o l ó g i c o entre ψυχτ| i­anima)
frigus). C f. III 2, 51n. frigorepectus.
Los estoicos derivaban ψυχτί («alma») d e
ψ υ χ ρ ό ς («frío»), c r e y e n d o q u e el alma se formaba al enfriarse el aliento del ni­
ño recién nacido e n c o n t a c t o c o n el aire (así, Crisipo e n J . v o n Arnim ( e d . ) ,
Stoicorum
veterum fragmenta,
Stuttgart, 1 9 0 5 ­ 2 4 , II 8 0 4 ­ 8 ) .
2 0 ­ 1 : los d o s versos tratan la misma idea: la paradoja retórica d e q u e , a
pesar d e q u e el difunto murió e n la ancianidad, la pietas d e Etrusco le h a c e
patris / haud
matura
.sentir su muerte c o m o inmatura. C f. w . 156­51 fuñera
putas, V 3, 253­5 (Estacio a su p a d r e ) . La idea e s p r o b a b l e m e n t e u n calco d e
Marcial VII 4 0 , 7 ­ 8 9 sed festinatis
raptum
tibi credidit
annis, / aspexit
lacri­
mas quisquís,
Etrusce,
tuas.
2 1 n i g r a s . . . S ó r o r e s : las Parcas, a las q u e se transfiere p o r e n á l a g e e l c o ­
lor de sus hilos. C f. T. III 2 4 1 ­ 2 nigraeque
sororum / ... colus, Hor. carm. II 3 ,
15­16 sororum/fila...
aira, T. VI 3 7 6 nigrae...
Sórores,
T. X I 7 5 atra
sóror.
B.
El difunto
en los C ampos
Elisios
(22­30)
2 2 ­ 6 a : Estacio imagina a C laudio felizmente e n l o s C a m p o s Elisios. Me­
nandro el Rétor r e c o m i e n d a esta idea c o m o tópos de la consolatio
(414.16­19
con n. d e Russell­Wilson 3 2 6 ; 4 2 1 . 16­17) y e s e n e f e c t o el a r g u m e n t o de c o n ­
suelo m á s usado p o r Estacio: cf. II 1, 194­207, II 6, 9 8 ­ 1 0 2 , V 1, 2 5 3 ­ 5 7 , V 3,
277­87. Para el motivo e n inscripciones sepulcrales, cf. Lattimore, Themes
in
epitaphs 4 0 ­ 4 2 , 5 1 ­ 5 4 ; para el motivo e n e p i c e d i o s , cf. Esteve,
Trostgedichte
SILVA TERCERA
265
147­48 § 52. Una variedad particular es el motivo del difunto r e e n c o n t r á n d o s e
en el Elisio con familiares, amigos o c o l e g a s ( c f 2 0 5 ­ 7 n . ) .
Nótese el tetracolon,
c o n tres verbos casi sinónimos: 22 exsultent, 23 gau­
dete, 24
hilarent.
2 2 ­ 4 : Estacio confiere un carácter festivo a la o c a s i ó n d e la llegada d e
Claudio al Elisio, p o r q u e los altares eran e n g a l a n a d o s c o n guirnaldas e n los
días festivos: c f IV 8, 1 y 9 sertis altaría
cingat {con C o l e m a n 2 1 1 ) , P r o p . III
10, 19­20, Hor. carm. IV 11, 6­8. O v . trist. III 3, 15, V 5, 10. C f. el m i s m o m o ­
tivo c o n igual relevancia e n V 3, 2 8 4 ­ 8 5 ite, pii manes.../
inlustrem
animam
Lethaeis spargite sertis y V 1, 257.
2 2 : la disposición sintáctica de este verso sugiere la c o l o c a c i ó n d e los es­
píritus a a m b a s orillas del Lete (se trata de un c a s o d e «sintaxis icònica o mi­
mètica»; c f Lateiner, «Mimetic Syntax»):
placidi
Lethaea
ad ñumina
manes
2 3 d a t e s e r t a p e r a r a s : los m a n e s del Elíseo adoptan una actitud equi­
I 143
semper
valente a los deudos sobre la tierra: c f 211 y Eleg. in Maecen.
serta tibi
dabimus.
2 4 p a l l e n t e s : las dos características físicas del Infierno estaciano ( e n imi­
tación del virgiliano d e Aen. VI) s o n el c o l o r pálido ( a q u í ) y el silencio ( c f 2 8
silentis): c f II 1, 204­5 mutasque
volucres/...
pallentes...
flores
{con Van D a m
172), T. II 4 8 pallentes...
umbras {con Mulder 6 3 ) .
2 5 ­ 8 a : t o m a n d o c o m o punto de partida la idea del tratamiento discrimi­
n a d o q u e r e c i b e n los m u e r t o s e n el I n f i e r n o s e g ú n su virtud ( s e g ú n Verg.
Aen. VI 4 2 6 ss), Estacio recurre e n sus consolationes
al argumento de q u e la
piedad del difunto le h a c e d e u d o r d e un trato e s p e c i a l : c f II 1, 1 8 3 ­ 8 , II 7,
116­19, V 1, 2 4 9 ­ 5 8 , V 3, 277­87. El pasaje está lleno de clichés q u e Estacio re­
pite e n otros epicedios, a u n q u e evita la repetición literal mediante
variationes
léxicas (cf. 25b­26n., 26­27n., 2 8 n . ) .
2 5 f e l i x h e u , n i m i u m f e U x : el makarismós
e n el c o n t e x t o d e u n p o e m a
fúnebre es un tópico d e c o n s u e l o q u e apunta a q u e el difunto está diviniza­
do, o lo q u e es lo mismo, q u e ha a l c a n z a d o la inmortalidad e n el Elisio, p u e s
felix (= μ ά κ α ρ ) es un epíteto regular d e dioses y h é r o e s : c f Men. Rh. 4 1 4 . 2 6
(SK¡ θεον α υ τ ό ν μ α κ α ρ ί σ ω μ ε ν , c o n Russell­Wilson 327, Lattimore, Themes
in
epitaphs 51­54.
La epanalepsis felix... felix conlnhuy e a la intensidad e m o c i o n a l d e la ex­
clamación. Para la c o m b i n a c i ó n d e la interjección (aquí, heü) con nimium
fe­
lix, c f Verg. georg. II 4 5 8 O fortunati
nimium...
marito
2 5 b ­ 6 p l o r a t a q u e n a t o / u m b r a v e n i t : c f V 1, 2 5 3 ­ 5 4 laudata
/ umbra
venit.
266
COMENTARIO
26-7 l o n g e F u r i a r u m s i b i l a , l o n g e / t e r g e m i n u s c u s t o s : s e trata del
tópico de q u e los seres infernales n o c a u s a n d a ñ o a los espíritus puros. Cf. II
1, 183-207, V 1, 192-52, 2 4 9 - 5 2 , V 3, 2 7 7 - 8 3 . Para la alusión concreta a las Euménides y a Cerbero, cf. V 3, 2 7 8 - 8 0 taedas auferte comasque
/
Eumenidum;
ore, II 1, 1 8 4 - 8 6 illum nec terno latrabit
Cerberus
nullo sonet asper ianitor
hydris / terrebit. La c o m b i n a c i ó n p r o c e d e d e
ore, / ... nulla adsurgenttbus
Verg. georg. IV 4 8 2 - 8 3 [stupuere]
Implexae
crinibus
anguis / Eumenldes,
tenuitque inhians
tria Cerberus
ora ( p o r a c c i ó n d e O r f e o , u n a figura q u e tiene
gran relevancia e n esta Silva: cf. 1 9 3 - 4 ) , y .se d o c u m e n t a t a m b i é n e n Hor.
carm. II 13, 33-36. C f también P r o p . IV 5, 3-4, IV 7, 5 1 - 5 4 .
2 8 m a n i b u s e g r e g i i s : los «espíritus ilustres», q u e r e c i b e n un trato d e privilegio e n el Infierno; cf. V 1, 2 5 1 - 5 2 merentes/...
manes, V 3, 2 8 5
inlustremII 7, l l 6 tu magna
sacer
et superbus
umbra
( n ó t e n s e la
que animam,
distintas variationes
léxicas para la misma i d e a ) .
2 8 b - 3 0 : Claudio se presenta ante el dios del Infierno y le suplica u n a larga vida para su hijo Etrusco.
28-9 h o r r e n d u m q u e s i l e n t i s /..· d o m i n i : «el rey de p a v o r o s o silencio»
= Pintón. Los habitantes del Infierno s o n silentes p o r a n t o n o m a s i a (Verg. Aen.
VI 2 6 4 , Sen. Med. 7 4 0 c o n Costa 1 3 7 ) . Sin e m b a r g o , horrendum...
silentis
es
una iunctura
audaz, casi una o x í m o r o n , ya q u e esperaríamos q u e el acusativo adverbial horrendum
d e p e n d i e r a d e un v e r b o d e ruido, c o m o e n T. VI 7 9 0
horrendum
stridens.
2 9 d o m i n i s o l i u m : «el trono del rey» ( = P i n t ó n ) . La referencia sólo s e e n tiende si se p o n e e n relación c o n Verg. Aen. VI 3 9 6 solio regis y su c o n t e x t o .
El pasaje virgiliano habla de Hércules c o m p a r e c i e n d o ante el trono d e Pintón
para capturar a Cerbero. Aquí s e d e s c r i b e al espíritu d e Claudio e n u n a actitud parecida, c o m p a r e c i e n d o ante Pintón; C e r b e r o a c a b a de ser m e n c i o n a d o
en los w . 26-7, c e d i e n d o ante Claudio. La razón de la e c u a c i ó n Hércules ~
Claudio es q u e el primero es un h é r o e c o n s i d e r a d o un ideal p o r la filosofía
estoica (cf. Stephens, «Two stoic Héroes» 2 7 4 - 7 9 ) . A Claudio, p o r su parte, se
le confieren reiteradamente virtudes estoicas e n esta Silva ( c f . 106-10).
29-30: una .súplica s e m e j a n t e l e e m o s e n V 2, 2 5 8 - 6 0 (la difunta Priscila
pidiendo una larga vida pai¡a su e s p o s o A b a s c a n t o ) : ibi supplice
dextra
/pro
te Fata rogai, reges tibí tristi
Averni/placai...
C.
Priamel:
muñera funeris de Etrusco
frente
a Estacio
(31-42)
Una s e c c i ó n habitual de los e p i c e d i o s es la descriptio
de los muñera
funeris u ofrendas fúnebres ( c f Esteve, Trostgedichte
1 4 4 ) . Estacio reelabora el
motivo aquí, al p o n e r e n contraste las ofrendas materiales de Etrusco c o n sus
ofrendas poéticas. La o p o s i c i ó n s e enfatiza m e d i a n t e u n a artística disposición
anular: a ) muñera
p o é t i c o s d e Estacio ( 3 1 - 2 a ) ; b ) muñera
materiales d e
SILVA TERCERA
267
Etnisco ( 3 2 b - 7 a ) ; c ) muñera
p o é t i c o s de Estacio ( 3 7 b - 4 2 ) . Para el tema, cf. n.
ad 37-9, Vollmer 4 9 8 y Ov. am. I 10, 59-62-.
est quoque carminibus meritas celebrare puellas
dos mea; quam volui, nota fit arte mea.
scindentur vestes, gemmae frangenmr et aurum;
carmina quam tribuent, fama perennis erit.
Es posible incluso detectar una estructura de priamel,
manifestada en la
oposición formal de p r o n o m b r e s ; 33 tu, 34 tu.../ 37 nos, 39 me, 39
mihiipava
esta tecnica, cf. W. A. Race, The Classical
Priamel from Homer to
Boethius,
Leiden 1982, 141-7, Fraenkel, Horace
230-31).
Estacio suele asignar a su poesía d e o c a s i ó n una función simbólica. Así,
este e p i c e d i o se considera una ofrenda f ú n e b r e ( 3 3 inferías,
37-8
arsura.../
manera;
c f V 3, 4 4 - 6 ) y un m o n u m e n t o o s e p u l c r o ( 2 1 6 ; cf. II 7, 72, V 1, 1 5 ) .
En este mismo sentido, Estacio considera su anathematikón
(III 1) una ofrenda al n u e v o t e m p l o ( c f III 1, l 6 3 - 4 n . ) y caracteriza s i m b ó l i c a m e n t e su propemptikon
(III 2 ) c o m o si s e tratara de una víctima propiciatoria por el feliz
regreso del viajero (cf. III 2, 1 3 0 - l n . ) .
3 1 m a c t e p i o g e m i t u ! : la e x p r e s i ó n fosilizada macte rige originalmente
viriate (= «¡bravo p o r tu valor!»). Posteriormente se introducen otros c o m p l e mentos, p e r o Estacio usa una gama léxica más amplia q u e ningún otro autor:
animi/animo/animis
{T. II 4 9 5 , T. VII 280, II 2, 9 5 , III 1, l 6 6 , V 1, 37, V 2,
9 7 ) , torisil
2, 2 0 1 ) , bonis animis (J 3, 1 0 6 ) , nitenti / ingenio (\ 5, 6 3 - 6 4 ) .
31-32a: Estacio caracteriza su consolatio
c o m o una ofrenda f ú n e b r e . Su
p o e m a es descrito mediante diferentes perífrasis: 31 solada
digna / ludi bus,
32-33 Aonias.../inferías
(cí. 37-38n. non arsura
manera).
3 1 - 2 s o l a c i a d i g n a / l u c t i b u s : cf. III Praef. 14
Etrusci mei pietas aliquod
ex studiis nostris solacium.
digna es preferible: II 1, 3 6 - 3 8 , IV 2, 7-10, V 1, 2 0 8 - 1 0
exsequias.../perlegat?,
V 5, 5 0 - 5 1 . Para la fraseología y
tica de dignus + ablat., c f I 2, 2 5 1 - 5 2 carmina
festis /
dignas...
tuis conatibus
aras.
merebatur
et
Claudi
M t i e n e dignis, p e r o
Quis carmine
digno/
la c o n s t r u c c i ó n sintácdigna toris, III 1, 106
3 2 s a c r a b i m u s : continúa el l é x i c o c e r e m o n i a l (cf. 13n.
sacris).
3 3 - 5 : catálogo de especias q u e m a d a s en el funeral. Estacio se c o m p l a c e
en esta s e c c i ó n de la descriptio
funerís
c o n una p r o f u s i ó n superior a cualquier otro autor. Similares descripciones s e leen e n II 1, 158-62, II 6, 8 6 - 8 8 , II
4, 34-37, V 1, 201-4, T. VI 5 9 - 6 1 , 2 0 9 - 1 0 (cf. Van D a m 1 4 8 - 1 5 1 adii 1, 1 5 9 - 6 2 ) .
El motivo influye en el Alcestis Barcinonensis
( w . 109-16; cf. nn. de Marcovich 8 8 - 9 0 ) . Es difícil establecer cuál e s su función, a d e m á s del m e r o adorno,
pero quizá Estacio p r e t e n d e ponderar la pietas del d e u d o ( c f 3 5 - 3 7 n . ) . Menandro el Rétor aconseja al orador de un epitafio m e n c i o n a r la diligencia de
la familia en los preparativos del funeral ( 4 2 1 . 3 2 - 4 2 2 . 1 ) .
268
COMENTARIO
33-4 E o a / g e r m i n a : e n general, «especias orientales» (cf. T. VI 6 0 Eoas...
opes). No es necesario e n t e n d e r un p r o d u c t o c o n c r e t o {pace Van D a m 1 4 8 ) ,
q u e podría ser la mirra (cf. V 1, 214 Cínyreaque
germina,
c o n n. de Vollmer
507). Es de sospechar, n o obstante, q u e germina
sea una corrupción de gramina, que aparece frecuentísimamente en este contexto ( c f II 1, l 6 0 graminis
Indi,
II 4, 35 Arabum...
graminecon
n. de Van D a m 3 6 5 , II 6, 8 8 Assyrio...
gramine).
34 m e s s e s C i l i c u m q u e A r a b u m q u e : azafrán de Cilicia y mirra de Arabia. Cf., para el azafrán, II 1, l 6 0 Cilicum flores, c o n n. de Van D a m 1 4 8 - 4 9 ;
para la mirra, c f II 1, l 6 l Árabes...
liquores,
c o n n. de Van D a m 149-50.
35 i g n i s : = pyra, c o m o traducción literal de Jtup. El término a p a r e c e e n
esta Silva en 40, 133 y 178. C f T. III 194,
35-7: Etru.sco manifiesta su pietas e n sus d e s e o s de consumir toda .su h e rencia en q u e m a r especias e n la pira. Estacio repite la idea e n II 1, 1 6 2 - 6 5 . Cf.,
en esta misma Silva, la alusión a la diligencia del h e r e d e r o e n organizar los
muñera funeris
{w. 2 0 9 - 1 4 ) .
El motivo de la avaricia del h e r e d e r o es tradícíonalmente o b j e t o de c o n dena moral: cf. Hor. carm. II 3, 20, II 14, 25, III 24, 62, Pers. VI 3 3 - 8 0 . Aquí la
figura de Etrusco c o m o h e r e d e r o , n o r e p a r a n d o e n los gastos del funeral,
contrasta c o n el tipo satirizado tradícíonalmente, incluso por el p r o p i o Estacio: cf. IV 7, 37-40 órbitas nullo tumulata fletu; /stai domo capta cupidus
superstes / imminens
leti spoliis et ipsum / computai
ignem ( c o n n. de C o l e m a n
2 0 6 ) , Pers. VI 3 3 - 6 (citado ad 2 0 9 - 1 4 ) , Hor. serm. II 5, 104-6.
36 m i s s u r i n i t i d o p i a n u b i l a c a e l o : «alcanzar el cielo» e s una i m a g e n
proverbial de regocijo o gloria (cf. IV 1, 6-7, Otto, Sprichw. 6 3 caelum § 2 8 9 ) .
Es significativo q u e el motivo se a p l i q u e a v e c e s a la gloria literaria (Hor.
carm. I 1, 3 6 ) , p u e s la ofrenda de Etrusco contrapesa la ofrenda literaria de
Estacio.
37 s t i p e n t u r c e n s u s : census e s una conjetura para ciñeres (M).
census
es más congruente q u e ciñeres y retoma opes ( 3 5 ) . Para la idea, cf. II 1, 162-4
cupit omnia ferré /prodigas
et tolos Melior succendere
census
/ desertas
exosus
opes.
37-9: nueva caracterización d e los muñera
p o é t i c o s de Estacio. Nos (v.
37) introduce un contraste, q u e recuerda la e.structura de priamel,
c o n el tu
del v. 34. Esta opo.sición de p r o n o m b r e s apunta al motivo, q u e llega hasta el
Soneto LXV de S h a k e s p e a r e , de la o p o s i c i ó n entre el carácter e f í m e r o de las
obras materiales y la perdurabilidad de la obra literaria: cf. O v . am. I 10, 6 l - 2 ,
con n. de M c K e o w n II 3 0 5 . En Estacio, cf. V 1, 1-15.
Este pasaje c o m b i n a tres motivos:
a) El de la inmortalidad de la obra literaria (para lo cual, cf. Van D a m
3 2 8 ad II 4, 62-63, que cita 30 pasajes desde Homero hasta Marcial). C f «La p o e sía c o m o inmortalización» e n Curtius, Lit. europea y Edad M. latina II 6 9 9 - 7 1 .
b ) El de la p o e s í a c o m o muñera
o regalos del poeta: cf. Ov. am. I 8, 57,
I 10, 59-60. Léase W. Stroh, Die römische
Liebeselegie
als werbende
Dichtung,
SILVA TERCERA
269
Amsterdam, 1 9 7 1 , 262, F. Navarro Antolin, Amada
codiciosa
y Edad de Oro
en los elegiacos
latinos, Tesis de Licenciatura inédita, Sevilla, 1 9 9 1 , 12-24, N.
Zagagy, «Amatory gifts a n d payments: a n o t e o n munus,
domum,
data in
Plautus», Gioita 65 ( 1 9 8 7 ) , 129-32.
c) Los dos motivos anteriores se c o m b i n a n para constituir el t ó p i c o de
q u e la p o e s í a e s un m e d i o del poeta para conferir inmortalidad a su interlocutor, sea éste su a m a n t e ( c f Prop. Ill 2, 17, O v . am. I 3, 25-6, c o n n. de
McKeown II 7 5 ) , o su patrón ( c f T h e o c . XVI, Hor. carm. IV 8, 28 c o n n. de
Kiessling-Heinze 4 4 3 , Ov. Pont. I 9, 4 3 - 4 , II 6, 3 3 - 4 c o n n. de Pérez Vega 190,
III 2, 35-6).
Estacio expresa similar c o n v i c c i ó n e n II 3, 63-4 Haec tibi parva
quidem
genitali luce paramas
/ dona, sed ingenti forsan
viciara sub aevo y V 1, 1113 nos tibi,.../ longa nec obscurum
finem
latura coniunx/temptamus
dare
iusta lyra.
3 7 - 8 n o n a r s u r a . . . / m u ñ e r a : c f Alcestis Barcinonensis
ll6
arsuros...
odores. Un curioso sintagma q u e c o m b i n a hasta tres ideas diferentes: a) la inmortalidad de la obra literaria, que se e x p r e s a tradicionalmente c o n la imagen
de su resi.stencia al fuego ( O v . met. X V 8 7 1 - 7 2 opus exegi, quod...
nec
ignis/
poterit...abolere,
P r o p . Ill 2, 2 3 ) ; b ) non arsura
muñera
contrasta explícitamente con los muñera
d e Etrusco, q u e s o n c o n s u m i d o s p o r el f u e g o de la
pira (55 fe ra i ignis opes). Se trata de u n a a p l i c a c i ó n particular del m o t i v o
del c o n t r a s t e e n t r e la i n m o r t a l i d a d de la pciesía y la t r a n s i t o r i e d a d de los
m o n u m e n t o s h u m a n o s : cf. II 7, 7 2 ( c o n n. de Van D a m 4 8 5 ) ; c ) f i n a l m e n t e ,
el sintagma s u g i e r e la alta c o n s i d e r a c i ó n q u e E s t a c i o t i e n e d e sU p o e s í a ,
p u e s el f u e g o e s el d e s t i n o c o n v e n c i o n a l d e la m a l a o b r a ( c f . Catull.
X X X V I 7-8, 18, O v . trist. IV 1, 1 0 2 saepe manas.../
misit in arsuros
carmina nostra focos,
trist. IV 10, 61-62, luv. VII 25, N i s b e t - H u b b a r d I 205 ad
Hor. carm. I l6, 3 ) .
3 8 - 9 v e n t u r o s q u e t u u s d u r a b i t i n a n n o s / . . . d o l o r : para la idea, cf.
Verg. Aen. I X 4 4 6 - 7 Fortunati
ambo! si quid mea carmina
possunt,
/ nulla
dies umquam
memori vos eximet aevo; cf. también F. X 4 4 6 memores
superabais annos, Ov. am. III 15, 20 post mea mansurum
fata superstes opus, trist.
I 6, 36 carminibus
vives tempus in omne meis, Pont. I 9, 4 3 - 4 4 .
3 9 m e m o n s t r a n t e : Estacio c o m o sacerdote oficiante del ritual. Cf. V 3,
59 praecinerem
gemitum.
3 9 - 4 2 : actitud compasiva de Estacio. C o m p r e n d e el dolor d e Etrusco porque él mismo sufrió la muerte de su padre (tratada e n V 3 ) . P o n e r s e a sí mismo c o m o e j e m p l o e s un r e c u r s o retórico e m o c i o n a l , c o m o señala
NLsbet-Hubbard I 213 adHor.
carm. I l 6 , 22: «It is a disarming rhetorical trick
to appeal to o n e ' s o w n e x p e r i e n c e to illustrate a point». C f si vis me fiere,
dolendum est/ primum
ipsi tibi (HOT. ars 1 0 2 - 3 ) . Para la aplicación del principio
a casos particulares, c f Catull. LXVIII 13-14; A.P. XII 72, 6 (Meleagro, citado
ad 42); Pers. I 85-91 c o n notas de D o l ? 1 0 0 - 1 ; y Stat. II 1, 3 3 - 3 5 .
2 7 0 C OMENTARIO
4 0 s i m i l i s g e m u i p r o i e c t u s a d i g n e m : cf. Π 1, 3 3 cum propios
geme­
rem defectus
ad ignes (un n u e v o e j e m p l o de la t e n d e n c i a d e Estacio a r e p e ­
tir.se a sí m i s m o ) .
4 1 ­ 2 ille m i h i t u a d a m n a d i e s c o m p e c e r e c a n t u / s u a d e t : n ó t e s e la
doble aliteración e n damna
dies compecere
cantu. damna...
compescere­Avi­
de p r o b a b l e m e n t e al silenciamiento de la conclamano:
Hor. carm. II 2 0 , 23
compesce
clamorem
( c o n Nisbet­Hubbard II 3 4 8 : a los e j e m p l o s citados añá­
da.se luv. XIII 1 1 ) ; e n Estacio, cf. II 6, 1 0 3 p o n e , p r e c o r , questus ( e n a m b o s
casos c o n una aliteración c o m p a r a b l e ) y T. XII 3 6 l gemitus
compescit.
4 2 i p s e tuli q u o s n u n c tibi c o n f e r o q u e s t u s : para la idea, c f II 1, 3 5
confer gemitus pariterque
fleamus,
A.P. XII 72, 6 ( M e l e a g r o ) έ λ κ ο ς ε χ ω ν επι
σ ο ί ς δ ά κ ρ υ σ ι δακρυχε'ω. Para enfatizar la equivalencia entre el sentimiento
de Etrusco y el suyo, Estacio recurre a la figura estilística de la derivatio
{tuli
~ conferò),
reforzada p o r la adición del p r e v e r b i o con­ {adnominatio).
Nó­
tense las líneas de c o r r e s p o n d e n c i a sintáctica y semántica;
ipse
tuli
quos
nunc
tibi
confero
questus
II.
LAtiDATiO; C ARRERA DEL PADRE D E E T R U S C O ( 4 3 ­ 1 7 1 )
A.
Origen
(genus
) de C laudio
y justificación
(43­58)
El γένος es u n o de los apartados habituales del e n c o m i o del λο'γος ε π ι ­
τ ά φ ι ο ς (Men. Rh. 4 2 0 . 1 1 ) , así c o m o del β α σ ι λ ι κ ό ς λ ό γ ο ς ( M e n . Rh. 3 7 0 . 1 0 s s ) .
Pero c o m o aquí se trata de un origen servil, Estacio se esfuerza p o r elaborar
una disculpa retórica rebuscada {defensio),
al estilo de las e x c u s a s q u e r e c o ­
mienda M e n a n d r o el Rétor en e.ste supuesto: 3 7 0 . 1 0 ­ 3 7 1 . 2 1 .
El origen servil de Etrusco ( 4 3 ­ 7 ) se palia c o n una d o b l e disculpa: a ) dis­
culpa co.smológica: t o d o el universo se rige p o r una ley universal de o b e d i e n ­
cia ( 4 8 ­ 5 5 ) ; y b ) disculpa m i t o l ó g i c a : t a m b i é n h u b o dioses q u e sufrieron
esclavitud ( 5 6 ­ 8 ) .
4 3 ­ 7 : origen de C laudio. La esclavitud de C laudio ( 4 3 ­ 4 4 a ) está c o m p e n ­
sada por dos factores: la fortuna personal q u e llegó a amasar ( 4 4 b ­ 4 6 a ) y el
h e c h o de q u e el e m p e r a d o r fuera su d u e ñ o ( 4 6 b ­ 4 7 ) .
4 3 ­ 4 n o n tibi clara... gentis / linea n e c p r o a v i s d e m i s s u m s t e m m a :
un manierismo favorito de Estacio e s la identificación del linaje ilustre c o n la
luz y del humilde c o n la oscuridad. Para la imagen del linaje ilustre igual a la
SILVA TE RCE RA
271
luz, cf. I 2, 7 0 , II 6, 99, IV 8, 3, V 3, 117. Para la asimilación entre oscuridad y
origen humilde, cf. V 3, 116­7. Se lee una interesante c o m b i n a c i ó n de a m b o s
opuestos en el v. 120: ohsairumque
latus clarescere
vidit.
l i n e a . . . s t e m m a : hendíadis = línea d e tu árbol genealógico». El
stemma
es el árbol g e n e a l ó g i c o familiar, representado m e d i a n t e imagines
en cera de
los ancestros, enlazadas c o n una linea. Se exhibía en el atrium de las casas
nobles: c f Plin. nat. X X X V 6 stemmata
vero lineis discurrehant
ad
imagines
pietas, luv. VIII 1 c o n n. de C ourtney 3 8 4 ­ 8 5 .
p r o a v i s d e m i s s u m : c f Hor. serm. II 5, 62 ah alto demissum
genus
Ae­
nea, Verg. Aen. I 288, T. II 6 l 3 . E,ste sintagma, al c o m i e n z o de la .sección de­
dicada a la laudatio
de C laudio, es reminiscente del arranque de Hor.
carm.
I 1: Maecenas
atavis edite regibus (.imitado a su vez por Prop. Ill 9, 1, c o m o
loc.).
señala Ramírez de Verger 195 ad
4 4 ­ 5 i n g e n s / s u p p l e v i t f o r t u n a g e n u s : la diosa Fortuna
e s citada en
tiene el
otras tres o c a s i o n e s de esta Silva ( w . 86, 157, 1 8 3 ) , p e r o ­Aquí fortuna
sentido más c o n c r e t o de «patrimonio» o «riqueza» (OLD 12). Para la c o n e x i ó n
entre linaje y riqueza, c f V 3, 116­8 non tibi.../sine
luce genus,
quamquam
fortuna
parentum
/ artior
e.xpensis.
4 5 b c u l p a m q u e p a r e n t u m : se trata de Lina culpa figurada, n o real, p u e s
se refiere a la carencia de linaje de los padres de C laudio. La cláusula culpa
parentum
se d o c u m e n t a c o n sentido literal en Manil. V 540.
4 6 ­ 7 : c f III 4. 3 7 ­ 3 8 nec te plebeia
manebunl
/ iura­. Palatino
famulus
deberis
amori.
4 7 s e d q u i b u s o c c a s u s p a r i t e r f a m u l a n t u r e t o r t u s : para la expresión
videi et quod ortus, C alp. ecl. I 7 4 ­
polar, cf. Sen. Herc.f. 8 7 1 et quod occasus
6 y la imitación de C laud, carm. XII 36 (señalada por Pavlovskis, Influence
of
Stai. 110). Estas polarizaciones geográficas p o n d e r a n la universahdad del p o ­
der emperador: c f C urtius, Lit. europea
y Edad M. latina
lÒl­ò.
4 8 ­ 5 5 : Estacio desarrolla la idea de la lex parendi
c o m o principio ele­
mental que rige el universo. En el c o n t e n i d o , se trata de la adaptación de un
principio de la c o s m o l o g í a estoica, en c o n e x i ó n c o n la filosofía q u e profesa
Claudio ( c o n reflejos recurrentes en esta Silva). La idea de la o b e d i e n c i a uni­
versal distribuida por estratos a p a r e c e e n un fragmento de la c o m e d i a
Θ η β α ί ο ι de Filemón, c o n sorprendentes paralelos c o n e.ste pasaje (citado por
Lotito, «Liberto funzionario» 3 0 9 ­ 1 0 ) :
έμου <μεν> έστι κΰρνος γαρ
άνηρ,
τούτων δε και σου μυρίων τ' άλλων νόμος,
έτερων τύραννος, των τυραννοΰντων φόβος,
<χοι μεν ξεναγοί των σατραπων, οί δε σατραπαι>
δοΰλοι βασιλέων εισν'ν, ο βασιλεύς θεων,
ο θεός Ανάγκης: π ά ν τ α ά ν σκοπΐΐς, όλως
έτερων πε'φυκεν ήττον, ών δέ μείζονα. ^
τούτοις <δ'> ανάγκη ταΰτα δουλεΰειν, αεί".
272
E
COM NTARIO
CF. también C ic.
III 3, citado ad 4 8 ­ 4 9 .
Formalmente, tras una formulación general ( 4 8 ­ 5 0 a ) , el pasaje de 5 0 b ­ 5 5
se desarrolla en anadiplosis e n c a d e n a d a {gradatio
según la Retórica clásica:
cf. Lau.sberg, Retórica
literaria II 104­6, ξ§ 6 2 3 ­ 4 ) : terra ( a ) . . . reglhus ( b ) / re­
gum ( b ) ... Roma ( c ) / hanc ( c ) ... ducihus ( d ) / illos (d) ... superis ( e ) / nu­
mina ( e ) ... legem (f). Nóte.se, .sin e m b a r g o , c ó m o la r e p e d c i ó n e n anadiplosis
no es estricta, p o r q u e f r e c u e n t e m e n t e se sustituye por p r o n o m b r e s deícticos
o sinónimas (Lausberg, Retórica literaria II 106, § 6 2 4 ) . Para una gradatio
.se­
mejante q u e expresa la misma noción, c f Hor. carm. III 1, 5­6.
Nótese la increíble variatio léxica de los verbos q u e e x p r e s a n sei­vidum­
bre u o b e d i e n c i a , u n o s pasivos sintáctica o .semánticamente ( 4 6
dominos...
tulisti, ΑΊ famulantur,
49 parendl,
reguntur, 53 hahent...
legem, 54 servit, ser­
vil, 55 nec iniussae, 56 iacentia,
57­8 pertulit.../pacta,
58 famulantis),
y otros
activos ( 5 0 regunt, 51 premit...
diademata,
52
frenare).
4 8 n e c p u d o r i s t e tibi: c o n s e j o propio de contextos amorosos. C f Hor.
carm.. II 4, 1 ne sit ancillae tibi amor pudori y Ο ν . ars II 215 (citado e n 5 7 ­ 8 n . ) .
4 8 ­ 4 9 q u i d e n i m t e r r i s q u e p o l o q u e / p a r e n d i s i n e l e g e m a n e t ? : alu­
.sión al principio universal q u e rige el c o s m o s . La universalidad de su ámbito
.se expresa mediante la e x p r e s i ó n bipolar terrisque poloque
isohre
una línea
vertical; c f la polarización horizontal de 47 occasu...
ortus). C f. C leanth. Him­
e s una de las variaciones léxicas para denotar e.s­
no a Zeus 15­6. IJCXparendi
ta ley universal (= λόγος, ν ό μ ο ς , θ ε ό ς , φ ΰ σ ι ς , ratio, 53 Imperium,
legem).
Para la idea estoica de la o b e d i e n c i a universal, cf. también C ic. leg. III 3 nam
ei hic [mundusl deoparet
et huic oboediunt
maria terraeque,
et hominum
vi­
ta iussis supremae
legis obtempérai.
Manilio desarrolló p o r m e n o r i z a d a m e n t e
el principio en II 6 0 ­ 1 0 4 .
4 9 ­ 5 0 v i c e c u n e t a r e g u n t u r / a l t e r n i s q u e r e g u n t : la lectura de M para
regunt es premunt.
regunt es una e x c e l e n t e conjetura de Markland, q u e e x ­
plica q u e la derivatio
de reguntur / regunt sugiere más efectivamente la pa­
radoja retórica de q u e t o d o s los seres g o b i e r n a n s o b r e otros y son
g o b e r n a d o s a su vez. Hay un paralelo fundamental e n a p o y o de la conjetura,
que Markland n o cita: Laus Pis. 124­5 amico, / quem regat ex aequo
vicibus­
que regatar
ab ilio. La corrupción de regunt > premunt
surgió por anticipa­
ción de premit del verso siguiente.
v i c e . . . / a l t e r n i s : vice alterna y vicibus alternis son sintagmas lexicaliza­
ckxs c o n el .sentido de «alternativamente» {OLD alternas
I d ) . Aquí Estacic:) deja
en elipsis una de las dos palabras de cada uno.
5 2 h a n c d u c i b u s f r e n a r e d a t u m : ducibus
designa a k^s e m p e r a d o r e s
romanos ( c f III 1, 62η. magnique
ducis, 167 ductor). frenare
se aplica al po­
no­
der imperial c o m o metáfora hípica: cf. Verg. Aen. I 522­3 Ό regina ÍDidoj,
vam cui condere
Luppiter urbem/
iustitiaque
dedit gentisfrenare
superbas...
y Stat. III 2, 105 η. La construcción dare + inf. se aplica tradícíonalmente a po­
deres otorgados por los dio.ses: c f III 2, 105n.
SILVA TE RCE RA
273
5 3 h a b e n t et n u m i n a l e g e m : s e g ú n se aclara en los ckxs versos siguien­
tes, para Estacio estos numina
s o n los astros. El origen de esta identificación
entre dioses y astros p u e d e remontarse a dos factores: a) estos astros­dioses
son una alusión a m i e m b r o s de la familia imperial deificados y o b j e t o de l?.a­
iasierismós:
cf. IV 2, 59 raia numina
miseris astris, con n. de C oleman 100;
tuv. XIII 4 7 ­ 8 contentaque
sidera paucis / numinihus:
b ) esta identificación
,se relaciona c o n la n o c i ó n estoica (panteista) de un dios q u e n o rige el uni­
verso, a diferencia del dios judeo­crlstiano, sino q u e se identifica c o n él (cf.
Cic. nat. deor. II 8 0 ) . Para la fraseología, c f Ov. Hat. 1 accepit mandas
legem.
l e g e m : se trata de la ley universal estoica ( c f 4 8 ­ 4 9 n . ) , identificada por
Estacio c o n la sujeción a un ente superior ( c f 49 parendi
sine lege). Es muy
posible q u e aquí Estacio a s o c i e legem c o n el término griego λ ό γ ο ς una de las
d e n o m i n a c i o n e s para e.sta n o c i ó n estoica (cf. C leanth. Himno a Zeus 1 2 ) .
5 4 ­ 4 servit et a s t r o r u m v e l o x c h o r u s et v a g a servit / luna, n e c
i n i u s s a e t o t i e n s r e d i t o r b i t a l u c i s : c o m o ilustración del principio de 53 ha­
bent et numina
legem, E.stacio m e n c i o n a la «esclavitud» de tres tipos de cuer­
pos celestes, e s c a l o n a d o s por orden inverso de importancia: astros ( 5 4 ) , luna
( 5 5 ) y .sol ( 5 5 ) . Nótese la e l e g a n c i a del verso 5 4 , c o n la e p a n a l e p s i s de seruit
enmarcanck:) el h e x á m e t r o .
5 4 a s t r o r u m v e l o x c h o r u s : = ά σ τ ρ ω ν χ ο ρ ό ς (E. El. Αβί). C f Α. I 6 4 3 ri­
sitcborus
omnis ab alto astrorum,
Tib. II 1, 8 8 , Manil. II 118, Apul.
mund.
XXIX, OW chorus l b , 3d, Fray Luis de León, Oda Vili {Noche Serena),
vv. 5 8 ­
9 «la m u c h e d u m b r e / del reluciente coro».
v a g a . . . l u n a : c f Hor. serm. 1 8 , 2 1 .
5 5 n e c i n i u s s i . . . s o l i s : conjetura necesaria 'de Markland para Μ inius­
sae... lucis. El e s c a l o n a m i e n t o a.stros / luna / sol es tradicional: A.P. IX 24, 1­2,
Cic. nat. deor. II 8 0 solem dico et lunam et vagas S tellas.
5 6 m o d o si f a s e s t a c q u a r e i a c e n t i a s u m m i s : E.stacio e s muy d a d o a
establecer c o m p a r a c i o n e s entre términos dispares ( c f III 5, 7 6 ­ 7 7 n . ) . Aquí re­
curre a la figura de pedir permiso explícitamente para ello (figura de la licen­
tia o π α ρ ρ η σ ί α : c f Rhet. Her IV 4 8 , Quint, inst. IX 2, 2 7 ­ 2 9 , B o u l a n g e r ,
Aelius Aristide Alò η. 1; e j e m p l o s en C atull. LXVIII 1 4 1 , Verg. georg. IV 176,
Ov. met. V AXb­Xl, trist. I 6, 28, trist. V 3, 27; E.stacio, 1 5, 61­62 fas sit
compo­
nere magnis /parva,
adaptado de Verg. ecl. I 2 3 ) . C f. t a m b i é n III 2, 15n.
La figura de la licentia afecta a los exempla
m e n c i o n a d o s en 5 7 ­ 8 , relati­
vos al seriHtium sufrido por Hércules b a j o A d m e t o y d e Apolo b a j o Euri.steo.
El problema es: ¿cuales son los términos dispares de la comparación?; esto es:
¿a q u é corresponden iacentia
y summis? C a b e n ck)s respuestas: a) los térmi­
nos dispares son Admeto y Euristeo, por un lado, y D o m i c i a n o , p o r otro, para
ventaja del .segundo. Esta es la interpretación encomiástica de la alusión ( c f
Vollmer 4 1 1 ) ; b ) los t é r m i n o s dispares serían A p o l o y H é r c u l e s e n b l o q u e
frente a C laudio, para desventaja del s e g u n d o . E.sta interpretación exige a c e p ­
tar un lapsus de gusto en Estacio, q u e usa iacentia
para calificar a C laudio.
274
COMENTARIO
Sin e m b a r g o , varios argumentos la apoyan: a ) e s tradicional q u e la figura d e
la licentia se aplique a la c o m p a r a c i ó n entre dioses y mortales: c f Ov. trist. V
3, 27 ( O v i d i o se c o m p a r a c o n B a c o ) si fas est exemplis
ire deorum,
Catull.
LXVIII 141; b ) d e h e c h o la fraseología con q u e Estacio caracteriza estos exempla de los dio.ses e s c o m p a r a b l e a la q u e aplica al propic^ Claudio en otros pasajes de e.sta Silva (cf. n. siguiente).
5 7 - 8 : estos c a s o s sii-ven e n la tradición literaria c o m o exempla
de servitium amoris.
Para H é r c u l e s , cf. P r o p . Ill 1 1 , 1 7 - 2 0 , T i b . II 3, 1 1 - 2 8 , Sen.
Phaedr. 3 1 7 - 2 4 y n. d e Mayer 1 2 0 - 1 , Stat. I 2, 3 8 - 3 9 . Para A p o l o , cf. T i b . II
3, 1 1 - 2 8 , Ov. epist. V 1 5 1 - 5 2 , S e n . Phaedr
2 9 6 - 8 y n. d e M a y e r 119- O v i d i o
c o m b i n a a m b o s exempla,
corno aquí, e n arsii
221-22 (Hércules) y 239-40
(Apolo).
5 7 - 8 a p e r t u l i t e t s a e v i T i r y n t h i u s h ó r r i d a r e g i s / p a c t a : cf. Ov. ars II
221-2 paruit imperio dominae
Tirynthius
heros: / i nunc et dubita ferré
quod
ille tulit, Stat. IV 2, 50 Alcides post hórrida
iussa reversus. Para otro reflejo d e
e.ste pasaje ovidiano en esta Silva, cf. el v. 4 8 nec pudor
iste tibi y Ov. ars II
215 nec tibi turpe puta. Para la fra.seología, aplicada al p r o p i o Claudio, cf. 8 3
tu... iuga rite tulisti.
5 8 n e c e r u b u i t f a m u l a n t i s fístula P h o e b i : c f 4 8 ( s o b r e el prcjpio Claudio) nec pudor
iste tibi. Nótese la triple aliteración de./-, q u e p a r e c e sugerir
el desprecio por la esclavitud.
B.
Patria
(59-62)
59-60: para el contra.ste ñeque
solum, CÍ. Ill 5, 8 1 - 8 2 n .
barbaricis...
ab oris.- /Smyrna
tibi
gentile
5 9 L a t i o t r a n s m i s s u s : cf. Ill 4, 17 misisti [Ida] Latio...
quem...
(sobre
Flavio Earino, c o m o Claudio un e s c l a v o forastero introducido e n la corte de
Roma).
6 0 - l : Estacio recurre aquí a una práctica poética q u e se remonta a H o m e ro (//. II 8 2 5 - 6 ) de identificar a los habitantes de una región p o r el río del q u e
b e b e n : cf. T. I 6 8 6 , Pind. O. VI 8 5 , Hor. carm. II 20, 20 ( N i s b e t - H u b b a r d II
3 4 7 ) , IV 15, 2 1 , Sen. Med. 371-4 qua... Indus gelidum potai Araxen ( c o n Costa 107), Oed. 4 2 7 - 8 , OLD bibo 4.
6l-2: B a c o era representado a v e c e s c o m o un toro c o n c u e r n o s q u e simbolizaban su fuerza (Ov. am. Ill 15, 17, arsi 232), y podían .ser dorados (A.P.
IX 524, 23, Hor. carm. II 19, 2 9 - 3 0 c o n n. de Nisbet-Hubbard II 3 3 1 ) . Aquí E.stacio .se inventa el aition d e q u e el d o r a d o d e los c u e r n o s proviene del o r o
del río Hermo en Lidia, q u e B a c o v a d e ó en su e x p e d i c i ó n a la India ( c f T. IV
389 Hermi de fontibus
aureus egli). El H e r m o es u n o d e los ríos q u e en la Antigüedad eran c o n s i d e r a d o s p r o v e r b i a l m e n t e c o m o ricos en o r o , conjuntamente c o n el P a c t ó l o ( a f l u e n t e del H e r m o ) y el Tajo: cf. I 2, 127
Hermum
fulvoque
Tagum...
limo (y Vollmer 2 4 9 ) , Verg. georg. II 137 auro
turbidus
SILVA TERCERA
275
Hermus (con Mynors 1 1 9 ) , [Tib.l III 3, 29 Lydius aurifer
amnisies
d u d o s o si
la referencia e s al H e r m o o al P a c t ó l o ) , Mart. Vili 7 8 , 5, Otto, Sprichw. 261 s.v.
Pactolus § 1320.
6 l L y d i u s : epiteto transpuesto p o r e n á l a g e a B a c o , p u e s s e m á n t i c a m e n t e
modifica al rio H e r m o , q u e es el Lydius... amnisen
[Tib.l III 3, 29. No obstante, Lydius... Bacchus
caracteriza al dios o c u p a d o en sus h a z a ñ a s durante su
expedición a la India, en la cjue tuvo q u e atravesar varios ríos (cf. Hor. carril.
II 19, c o n Nisbet-Hubbard II 3 2 4 ) .
C.
Facta de Claudio
1.
(acciones)
(63-171)
Vida p ú b l i c a - ( l ) ( 6 3 - 1 0 5 )
Tras una introducción general ( 6 2 - 6 ) , Fstacio cataloga los e m p e r a d o r e s
de la dina.stía Julio-Claudia a los q u e sirvió Claudio: Tiberio ( 6 6 - 6 9 ) , Calígula
( 7 0 - 7 5 ) , Claudio ( 7 6 - 7 8 ) y Nerón ( 7 8 ) . C o n c l u y e esta .sección ima recapitulación general y triple exemplum
( 7 9 - 8 4 ) , q u e sugiere la triple s u c e s i ó n de los
emperadores Galba, Otón y Vitello del a ñ o 69.
6 3 - 4 : la presentación general de la trayectoria profesional de Claudio se
e x p r e s a m e d i a n t e una larga perífrasis retórica q u e r e c u e r d a l é x i c a m e n t e el
sintagma cursus honorum:
c f 6 3 series... ex ordine ~ cursus, 6 4 auctus
honos
~ honorum
( c f Hor. serm. I 6, 11 amplis et honoribus
auctos). En estricto sentido jurídico, el cursus honorum
n o está al a l c a n c e de un e s c l a v o o liberto,
pero aquí Estacio parafrasea la e x p r e s i ó n para denotar la carrera burocrática
de im liberto en el Imperio, d e s d e los e s c a l o n e s m á s bajos (adiutores),
pasando por grados intermedios (tabularli)
hasta los p u e s t o s superiores
(procuratores a rationibus,
ab epistulis...).
Para dicha s e c u e n c i a , cf. R.P.C. Weaver,
Familia
Caesaris.
A social study of the Emperor's freedman
and slaves, Cambridge 1972, 2 2 4 - 8 1 .
6 4 - 6 : t o m a n d o c o m o p u n t o d e partida la c o n s i d e r a c i ó n del e m p e r a d o r
c o m o un deus praesens
( 6 4 numina),
Estacio caracteriza a Claudio c o m o
sacerdote a su ser\'icio, c o m o e n IV 4, 5 7 - 5 8 duels...
numina.../quem
tibi...
colit
studium est coluisse (con C o l e m a n 1 4 8 ) , V Praef. 9-10 qui bona fide deos
amat et sacerdotes
y V 1, 74.
El p r e c e d e n t e más claro s e encuentra e n el O v i d i o del exilio, q u e insi.ste
en la idea de q u e los m i e m b r o s de la Casa Imperial son dioses, y sacerdotes
sus adláteres: Pont. I 9, 3 6 terrarum
dóminos...
colis ipse deos, II 2, 123 quos
colis, ad saperos baecfer
mandata
sacerdos
(con n. de P é r e z Vega 1 5 3 ) , II 2,
41-2, 122-4, II 8, 51-2, IV 5, 25-6. Para la cuestión, c f Helzle 23 n. 17.
Estilísticamente, n ó t e s e la anáfora de semper y el tricolon d e infinitivos:
((-)4), coluisse (65), baerere (66).
6 5 - 6 C a e s a r e u m c o l u i s s e latus s a c r i s q u e d e o r u m / a r c a n i s h a e r e r e
d a t u m : en los sintagmas coluisse latus y sacris haerere
e n c o n t r a m o s una cu-
gradi
276
E
COM NTARIO
liosa variedad de z e u g m a , p o r q u e los v e r b o s se han intercambiado sus c o m ­
p l e m e n t o s naturales. Esperaríamos coluisse sacra (cf. IV 4, 5 7 ­ 8 numina
/...
coluisse, V 1, 154­55 numina.../
culta deum)
y haerere
lateri (cí. T. X 101
baerei
lateri, V 1, 187­8 sacrumque
latus.../
ama, d o n d e amare
equivale
a
haerere:
cí. OLD amo 4 b ) .
h a e r e r e d a t u m : para la estnictiu­a. favorita de Estacio c o n Lin sentido en­
comiástico, c f 124b­6a en esta Siluay III 3, 104­5n.
6 6 ­ 9 : C laudio entra al servicio de la C asa Imperial de Tiberio en plena ju­
ventud, p o c o d e s p u é s del n a c i m i e n t o de la barba (67 vixdum ora nova
mu­
tante inventa).
Se p u e d e s o s p e c h a r ciue Estacio se refiere a una edad
comprendida entre los 16 y 18 a ñ o s (= 18­20 d . C ) , p o r q u e en II 6, 44­5 m e n ­
ciona q u e Fileto aún no tenía b a r b a c u a n d o murió a los q u i n c e a ñ o s (cf. v.
7 2 ) . La perífrasis relativa al b o z o c o m o indicador de edad es frecuente en E.s­
tacio: r. IV 3.36, T. IX 7 0 3 , II 1, 5 2 ­ 5 3 , II 6, 4 4 ­ 4 5 , III 4, 79, V 2, 6 2 ­ 3 , A. I 163,
Laus Pis. 260.
6 7 i u v e n t a : equivale casi a «barba», p o r metonimia, s o b r e Verg. Aen. IX
182 ora puer prima signans
intonsa iuventa. C f II 1, 52 spes... iuventae,
/ at­
que genis optatus honos (con Van D a m 1 0 1 ) , V 2, 62­3 Nondum
validae
libi
signa
iiwentae.
6 8 a n n i s m a g n a s u p e r i n d o l e v i c t i s : tmesis = annis supervictis
magna
indole, «siendo vencida la juventud d e tus a ñ o s poi­ tu gran carácter». Se tnUa
del t ó p i c o del puer­senex,
del j o v e n q u e e x h i b e una valía personal ( indole)
superior a lo e.sperable a su e d a d {annis). C f. Verg. Aen. IX 310­1 et
pulcher
luliis, / ante annos animumque
gerens cm­amque
virilem, Laus Pis. 259, Stat.
T. VI 756­7, II 1, 40, V 2, 13 angustis animus
robustior
annis, C urtius, Lit. eu­
ropea y li. Media lat. 149­53.
m a g n a : conjetura de Markland para multa de M. Indole cesnu L i n a califi­
cación positiva o negativa, n o un m e r o cuantificador. La iuncttira
magna
in­
dole se d o c u m e n t a en A. I 2 7 6 ­ 7 7 . La c o n f u s i ó n multtís / magnas
e s muy
frecuente en manuscritos.
6 8 ­ 9 : manumisión de C laudio sin necesidad de p a g o {oblata).
La ley Ae­
lia Sentía (4 d.C ) establecía los 30 años c o m o edatl regular de manumisión.
Es posible, sin e m b a r g o , q u e la m a n u m i s i ó n tuviera lugar antes de la edad
prescrita, c o m o muestra e s p e c i a l de favor, c o m o sugiere el h e c h o de q u e
Claudio n o tuvo t a m p o c o q u e c o m p r a r su libertad c o n su peculio, c o m o era
lo habitual (cf. Weaver, «Father o f Etruscu.s» 1 4 5 ­ 4 6 ) . La m a n u m i s i ó n tuvo lu­
gar entre los 18 y 30 a ñ o s de e d a d de C laudio (= 2 0 ­ 3 2 d . C ) .
6 9 ­ 7 5 : C laudio al servicio de C aligula. E.stacio insiste en la crueldad de
carácter del e m p e r a d o r ( 6 9 ­ 7 3 ) , confirmada p o r el exemplum
del d o m a d o r y
del león ( 7 3 ­ 5 ) . Se d o c u m e n t a n similares descripciones del carácter de C ali­
gula e n Suet. C al 50, Sen. dial III [de Ira/20, 8­9, II 33, 3­4, III 18, 3; ΙΠ 10, 5.
7 0 ( n e c ) q u a m q u a m e t F u r i i s a g i t a t u s , a b e g i t : Furiis agitatus
denota
la locura q u e p r o d u c í a el c o n t a c t o c o n las s e r p i e n t e s de las Furias: luv. VI
SILVA TERCERA
277
29 Die, qua Tisiphone,
quibus
exagitare
coluhris?
( c o n n. d e Courtney
265).
La caracterización Furiis agitatus recucr&d a la figura de Oreste.s (cf. Verg.
Aen. IV 4 7 1 - 7 3 ) . Má.s c o n c r e t a m e n t e , E.stacio asimila aquí Calígula a Nerón, de
quien Suetonio dice (Ner. X X X I V ) : saepe confessusexagitari
se materna
specie verberibus
Furiarum
ac taedis ardentibus
(cf. t a m b i é n [Sen]. Oct. 6 1 9 - 2 1 ) .
Esta asimilación p u e d e explicarse c o m o c o n s e c u e n c i a d e una actitud de Estacio de rechazo de la tiranía.
Nótese la derivatio
entre agitatus y
abegit.
7 1 : para el ridículo intento de e x p e d i c i ó n de Calígula contra Bretaña, c f
Suet. Cal. 45, 5 1 .
En general, la disponibilidad para a c o m p a ñ a r a una p e r s o n a en un viaje
por países remotos o peligrosos es un topos q u e sirve c o m o s í m b o l o d e amistad o de amor. Para el t e m a , c f III 2, 90-1 quid.../
non vel ad ignotos
ibam
comes impiger Indos?, III 5, 18-22n.
7 3 - 5 : la imagen del d o m a d o r y el león, aplicada a las relaciones de Claudio c o n Calígula, es reminiscente de II 5, 5-6, d o n d e t e n e m o s una descripción
real, n o un símil, del leo
mansuetus.
7 5 p r a e d a : este término introduce un interesante d o b l e e n t e n d e r : en ima
primera impresión se refiere a la presa del león (OLD 2 ) , p e r o también sugiere el botín de guerra (cf. OLD l a ) , q u e Calígula n o p u d o llevarse d e su falso
triimfo sobre Bretaña. D e ahí nulla vivere
praeda.
7 6 - 8 : Claudio al servicio del e m p e r a d o r t o c a y o suyo, de q u i e n o b t u v o un
cargo de
procurator.
7 6 p r a e c i p u o s . . . i n a c t u s : c a r g o i n d e t e r m i n a d o . Weaver, -Father o f
Etru.scus» 147 postula q u e d e b i ó tratarse de un puesto de procurator
en el Este, donde Claudio llegó a ser c o n o c i d o p o r Vespasiano y Tito. Claudio alcanzó este cargo en la última parte del p r i n c i p a d o de Claudio e m p e r a d o r ,
c u a n d o éste ya había a l c a n z a d o el status d e senior ( s o b r e los 4 5 a ñ o s d e
edad, esto es, alrededor del 4 8 d . C , c u a n d o el padre de Etrusco c o n t a b a c o n
unos 4 3 a ñ o s ) .
7 7 n o n d u m s t e l l i g e r u m s e n i o r d e m i s s u s i n a x e m : cf. T h e o c . X X I V
79-80 (citado ad III 1, 1 8 1 ) . Prop. Ill 18, 33-4 et qua / Caesar, ab humana
cessit in astra via. Tema de la apoteosis y katasterismós
de un emperador, en el
q u e Estacio introduce un t o n o peyorativo ( c f el valor de demissus).
Para el
tema aplicado a D o m i c i a n o , c f IV 3, 1 5 5 .
d e m i s s u s : la mayoría d e los editores s e decantan por la conjetura
dimissus, «expulsado», de Grcmovio, para evitar el o x í m o r o n de demissus,
«arrojado
(i.e., de arriba abajo)» con in axem. Demissus,
sin e m b a r g o , es s a n o . El oxímoron demissus
in axem sugiere un claro sentido irónico y hostil y tiene im
paralelo c e r c a n o en luv. VI 6 2 2 - 2 3 , q u e p r o b a b l e m e n t e imitó este pasaje: Ule
(boletas,
una seta letal) senis (CVàudìo) tremulumque
caput descendere
iussit
/ in caelum.
La oración stelligerum...
demissus
in axem se e n t i e n d e si se tie-
278
COMENTARIO
nen en cuenta dos datos: 1) la perífrasis « d e s c e n d e r al Hades» e s t ó p i c a para
sugerir la m u e r t e : c f Stygias descendere...
ad umbras
(Mart. XI 8 4 , 1) y similares; 2 ) axem se e x p l i c a p o r q u e ya Virgilio c o n c e b í a el Hades c o m o un
paraje c o n su cielo p r o p i o : cf. Aen. VI 6 4 1 solemque
suum, sua sidera
norunt.
7 8 d i r o t r a n s n t í s i t h a b e r e n e p o t i : e n Ai s e l e e longo... nepoti, q u e suscita graves dificultades textuales, longo nepoti es interpretado p o r los editores
c o m o un uso de singular p o r plural, c o n el valor de «la larga serie de .sus sucesores» (= longae
nepotum
seriei),
lo cual resulta difícil de aceptar. Para
mantener la paradosis longo...
nepoti habría q u e postular q u e longo d e n e el
valor de «distante», «lejano», c o m o alusión a la diferencia de e d a d entre Claudio y Nerón, o bien a la lejanía del p a r e n t e z c o .
Markland p r o p o n e su conjetura Neroni para nepoti y s o s p e c h a q u e tras
longo se oculte algún epíteto c o m o fero (cf. V 2, 3 3 ) o torvo. Al final acepta
longo c o n valor predicativo de t i e m p o (= «durante largo tiempo»).
Courtney, «Critic. Silv.» 337 mantiene nepoti y explica q u e es i m p r o b a b l e
q u e Estacio n o m b r e a Nerón, al igual q u e en los w . 6 9 - 7 5 n o n o m b r a a Calígula, sino q u e lo describe mediante una perífrasis peyorativa. C o m o Nerón
era el nieto de G e r m á n i c o , h e r m a n o d e Claudio, Courtney p r o p o n e su.stituir
longo por fratris, sugiriendo q u e / r a í r á d e s a p a r e c i ó p o r homoearcbon
ante
transmisit,
al c o n f u n d i r s e / r a - y ira-. El propio Courtney, sin e m b a r g o , n o se
explica c ó m o longo rellenó el h u e c o dejado por
fratris.
Para resolver el p r o b l e m a parto de dos premisas: a) longo e n c u b r e un
epíteto peyorativo de nepoti (según Markland); b ) nepoti es preferible a Neroni, por las r a z o n e s aducidas por Courtney. Para los e p í t e t o s q u e Estacio
aplica a Nerón, cf. II 7, 58 ingratus Nero, 100 rabidi...
tyranni, V 2,
Jifero...
Neroni. D e los dos sugeridos p o r Markland, fero se explica mal paleogràficamente; torvo, por su parte, encaja mal s e m á n t i c a m e n t e : n e c e s i t a m o s un adjetivo q u e signifique «cruel», y torvas tiene el sentido en Estacio de «serio»,
«austero» ( n o n e c e s a r i a m e n t e c o n t o n o peyorativo; cf. II 6, 73, V 3, 6 3 ) .
Creo q u e Estacio escribió diro... nepoti. El principal a r g u m e n t o e s q u e dirus neposes
una iunctura
favorita del poeta. Curiosamente, dims es el ú n i c o
adjetivo q u e califica a nepos más de una vez en toda la obra de Estacio: 7! I
298 ferat hic diro mea iussa nepoti, T. II 122 dirlque
nepotis,
T. III 245 diros
sinitis punire
nepotes,
T. IV 6 0 6 dirumque
tuens obliqua
nepoiem
(nótese
que en los dos úkimos paralelos dir- y nepot- a p a r e c e n en la misma posición
de hexámetro q u e en este verso).
Puesto q u e diro da un sentido i m p e c a b l e , la única dificultad es explicar
su sustitución por longo: dirus se c o r r o m p i ó e n diu por homoemeson
(cf. Willis, Latin textual criticism
114) y perseveración de Claudius.
A contínuación,
alguien glosó diu c o n las palabras in longo tempore,
o per longutm)
temporus. Finalmente, una de las palabras de la glosa suplantó a diu, e s p e c i a l m e n t e
si diu había desaparecido por homoeomeson
con
Claudius.
SILVA TE RCE RA
279
Habere tiene aquí un valor final y pasivo, c o m o un g r e c i s m o sintáctico.
La construcción regular sería diro transmisit
habendum
nepoti(c(.
Verg. Aen.
III 3 2 9 ) . Para este g r e c i s m o , c f Szantyr, Syntax 3 4 5 , T. I 6 l 5 ­ l 6
monstra.../
reddit habere
lovi, Pers. II 28, Verg. Aen. I 319, IX 3 6 2 suo... dat habere
ne­
port (nótese la cláusula), Mart. XI 7 8 , 8. diro... nepoti es dativo agente de ha­
bere.
7 9 ­ 8 4 : el servicio de C laudio en la C asa Imperial ,se pinta de n u e v o c o m o
un sacerdocio, c o m o corolario de la identificación del e m p e r a d o r c o n la divi­
nidad ( c f 6 4 ­ 6 6 n . ) .
7 9 s u p e r o s m e t u e n s : esta frase ha suscitado s o s p e c h a , p o r q u e el régi­
men corriente de metuens es el genitivo (OLD s.v. 1; c f Pers. II 3 3
metuens
divum, T. X 8 9 3 c o n Williams 1 3 1 ) . C ourtney la obeliza en su edición. Sin e m ­
bargo, superum
metuens significaría «temeroso de los dioses», «supersticioso»,
c o n .sentido negativo (= δ ε ι σ ι δ α ί μ ω ν ) , .según n o s informa el escolia.sta ad
Pers. II 33 metuens
divum ( c f Οοίς 1 2 5 ) . Aquí la lectura superos
metuens
es
sana y significa «respetuoso c o n los dioses», «piadoso», c o n s e n t i d o positivo
(= ε υ σ ε β ή ς ) . S o b r e la o p o s i c i ó n entre u n o y otro c o n c e p t o , cf. Nisbet­Hub­
bard I 4 0 0 ad Hor. carm. I 35, 37 meta
deorum.
Markland argumenta q u e superos
metuens
cuadra mal c o n los
exempla
de los w . 80­2, referidos a servidores de los dioses. D e ahí q u e conjeture su­
perum famulus
I famulans
( s e g u i d o p o r C ourtney e n el a p a r a t o de su edi­
ción). Pero su c o r r e c c i ó n es innecesaria.
7 9 t o t t e m p l a , t o t a r a s : metáfora para la C asa Imperial. C f V Praef. 8­9
divinae
domas.
8 0 d a t u r : = dicitur icí. T. VII 3 1 5 ) .
8 0 ­ 2 : los exempla
d e esta s e c c i ó n presentan una serie d e servidores d e
dio.ses únicos (Mercurio de Júpiter, Iris de J u n o , Tritón de N e p t u n o ) , frente al
n ú m e r o de e m p e r a d o r e s a los q u e sirvió C laudio. El c a t á l o g o e s un típico
e j e m p l o de amplificatio
postclásica. Weaver, «Father o f Etruscus» 148 sugiere
q u e el término real del triple exemplum
e v o c a a los tres e m p e r a d o r e s Galba,
Otón y Vitello (enfrentados a la guerra civil del a ñ o 6 9 ) .
8 0 ­ 1 s u m m i l o v i s a l i g e r A r c a s / n u n t i u s : c f Hor. carm. I 10, 5­6 te...
(Mercurio) magni lovis et deorum / nuntium.
Un típico e j e m p l o del s o b r e p u ­
jamiento estaciano, pues summi sustituye al magni del m o d e l o .
8 3 ­ 4 tu t o t i e n s m u t a t a d u c u m i u g a r i t e tulisti / i n t e g e r : la multiplici­
dad de los e m p e r a d o r e s a c u y o servicio estuvo C laudio se enfatiza c o n la ali­
teración y a s o n a n c i a del f o n e m a t. El v e r s o recuerda el f a m o s o h e x á m e t r o
aliterativo de Ennio: O Tite tute Tati tibi tanta tyranne
tulisti! {ann. 109 V ) .
Para otro e j e m p l o de aliteración de i­ c o n el valor s i m b ó l i c o de mukiplicidad,
c f III 1, 43n.
r i t e : continúa c o n la c o n n o t a c i ó n religiosa del v. 7 9 .
i u g a . . . tulisti: la iunctura ferré iugum se usa s o b r e t o d o c o m o imagen
de sen'itium
atnoris en el léxico erótico (cf. C atull. LXVIII 118, c o n c o m e n t a ­
280
COMENTARIO
rio de Sarkissian, Catull. 68 26 y n. 7 8 e n pág. 53, y Piclion, serm. amat.
177
s.v. iugum). Aquí, sin e m b a r g o , c o n n o t a el servitium
real de Claudio. Es frecuente en las Silvas la transferencia de una i m a g e n eròtica al à m b i t o s o c i o - p o litico (cf. 48n., 5 7 - 5 8 n . ) .
i n t e g e r : mentira piadosa de Estacio al caracterizar la carrera de Claudio,
pues éste sufrió destierro por orden de D o m i c i a n o (cf. 1 5 6 - 6 4 ) . El e n c a b a l g a miento del adjetivo p a r e c e t e n e r un valor simbòlico: el e n c a b a l g a m i e n t o de
integer en este v e r s o sugiere la supervivencia de Claudio, q u e fue c a p a z de
«sustraerse, sin un desliz a las vicisitudes e x p r e s a d a s p o r el verso anterior.
8 4 i n q u e o n m i f e l i x t u a c u m b a p r o f u n d o : la i m a g e n náutica q u e cierra e.sta .sección tiene un triple interés:
a) p o r ima parte, cumba
e s la vox propia
para la barca de Caronte (cf.
Fedeli 560 ad Prop. Ill 18, 24, Verg. georg. IV 506, Hor. carm. II 3, 2 8 ) . Esta
c o n n o t a c i ó n permite a Estacio c o n e c t a r la laus de Claudio c o n el c o n t e x t o fùnebre de la Silva. El ver.so aludiría subliminalmente al motivo d e q u e un alma
ilu.stre goza de preferencia para surcar la laguna e.stigia ( t ò p i c o de c o n s u e l o
usado en V 2, 2 5 1 - 5 2 ) .
b ) la metàfora de la vida c o m o una n a v e g a c i ó n tiene talante e s t o i c o (cf.
Heydenreich, Tadel und Lob der Seefabrt
5 5 - 5 7 ) y c o n e c t a así c o n la filosofía
que profesa Claudio. Aquí sirve para caracterizar la inestabilidad del a ñ o de
los tres e m p e r a d o r e s , q u e Claudio .supo sortear bien.
c ) la metáfora del naufragio del destierro e s un «leit-motiv, en la obra de
exilio de Ovidio. Cf. Helzle 8 8 - 9 , Ov. Pont. II 6, 11-2, d o n d e se usa el término
cumba (cf. n. de Pérez Vega 1 8 8 ) , II 2, 30 sed non per placidas
it mea
navis
aquas) c o n n. de Pérez Vega 142. Aquí c o n e c t a c o n la peripecia vital de Claudio, q u e sufrió de.stierro. D e s d e e.sta última perspectiva, este verso constituye
otra falsedad retórica de E.stacio ( c o m o 147 aevi sine nube
tenor).
Claudio c o m o .secretario a rationibus
(85-105)
La s e c c i ó n a b o r d a p o r m e n o r i z a d a m e n t e las f u n c i o n e s de Claudio c o m o
procurator
a rationibus.
Claudio o b t u v o el cargo d e Vespasiano, e n el 7 0 d.
C , c u a n d o c o n t a b a c o n u n o s 67 a ñ o s de e d a d ( c f Weaver, «Father o f Etru.scus. 1 4 9 ) . El cargo era el más importante de la Cancillería Imperíal y conllevaba la administración de la H a c i e n d a . La estructura de esta s e c c i ó n s e
dispone artísticamente c o m o sigue:
SILVA TERCERA
I
II
1
2
3
4
-
(85-8)
(89-95a)
(89-90a)
(90b-l)
(92-3)
(94-5a)
III ( 9 5 b - 9 a )
IV ( 9 9 b - 1 0 5 )
281
Introducción: c o n c e s i ó n del cargo a
rationihus.
F u n c i o n e s de administración de ingresos.
Recursos minerales ( o r o y plata)
Recursos agrícolas de Africa y Egipto.
Otros productos (perlas y ganadería)
Materiales o r n a m e n t a l e s (cristal, madera de c e d r o
y marfil)
Transición: diligencia de Claudio.
F u n c i o n e s de admini.stración de gastos.
La s e c c i ó n dedicada a los ingresos ( 8 9 - 9 5 a ) se distribuye e n cuatro ámbitos e c o n ó m i c o s , cada u n o de los cuales está constituido p o r im par de productos (salvo el último, q u e a b a r c a tres). La parte d e d i c a d a a los ga.stos
( 9 9 b - 1 0 5 ) c o m p r e n d e un catálogo de o r a c i o n e s introducidas por im p r o n o m bre interrogativo ( 9 9 quantum,
100 quantum,
quid, quid,
101 quid,
103
quod, 104 quae, 105 quid). A m b o s catálogos constituyen e j e m p l o s e x t e n s o s
de
amplificatio.
8 5 - 6 : la alegoría de la dio.sa Fortuna e n t r a n d o en la casa de Claudio, para
connotar su éxito socio-profesional, tiene las características literarias de una
epifanía ( c f la de Venus en I 2, 1 4 5 - 6 0 ) . Catulo recurre a la misma técnica de
la epifanía para describir a Lesbia (LXVIII 7 0 - 7 2 quo mea se molli candida
diva pede/intulit...;
para la interpretación de este pasaje c o m o epifanía y su influencia en Ov. am. I 5, c f S. Hinds, «Generaling a b o u t Ovid», en A.J. B o y l e
( e c l ) , The Imperial
Muse, Victoria, Australia: Aureal Publications, 1988, 7 - 1 1 ) .
Tales epifanías suelen a c a e c e r a mediodía (cf. 85 lux
alta).
p r a e c e l s a q u e t u t o / i n t r a v i t F o r t u n a g r a d u : la cualidad de Fortuna se
aplica por e n á l a g e a su p a s o ( c f V 1, 75 venitque
gradu
Fortuna
benigno,
Hor. carm. I 35, 13, Ov. trist. V 8, 15, trist. V 14, 30 instabile...
fugit illa [Fortuna] pede, Pont. IV 3, 3 1 - 3 2 haec dea [7orium].../
quae summum
dubio
sub
pede semper habet. Una p o s i b l e e x p l i c a c i ó n de esta e n á l a g e es la tendencia
en la poesía dactilica a concertar cada n o m b r e c o n un epíteto ( c f Van D a m
136); aquí Fortuna ya lleva el adjetivo
praecelsa.
8 6 b - 8 : la descripción global de las f u n c i o n e s de Claudio c o m o
procurator a rationibus
se e x p r e s a mediante un tricolon de m i e m b r o s prácticamente
sinónimos. Nótese la variedad léxica para denotar la n o c i ó n de «riqueza»: 87
opum, 8 8 divitiae,
impendía.
8 9 - 9 5 a : los productos del Imperio r e s p o n d e n más a tópicos de la tradición literaria ( e s p e c i a l m e n t e en Virgilio, H o r a c i o , S é n e c a y Catulo) q u e a la
realidad e c o n ó m i c a de la é p o c a . El pasaje, e n su conjunto, es d e u d o r de Sen.
Ihy. 353-57 ( e n u m e r a c i ó n de las riquezas de un r e y ) .
8 9 - 9 0 : productos minerales: o r o de Hispania y de Dalmacia. Sobre el o r o
español, c f Catull. X X I X 19, y Sen. Thy. 3 5 4 ( c o n n. de Tarrant 1 4 1 ) .
282
COMENTARIO
Los poetas flavios asocian f r e c u e n t e m e n t e a Dalmacia c o n la p r o d u c c i ó n
aurífera: cf. I 2, 153 Dalmatico...
metallo, IV 7, 14-6 (citado e n nota siguiente),
Mart. X 7 8 , 5-8. Una vena de o r o descubierta e n Dalmacia e n é p o c a d e Nerón
producía diariamente cincuenta libras del metal (cf. Plin. nat. XXXIIII 6 7 ) .
90 D a l m a t i c o q u o d m o n t e n i t e t : Estacio e x p r e s a la falacia retórica de
q u e el metal p r e c i o s o brilla incluso e n la mina (cL nitet), e n contra del aforismo, c o m ú n entre los moralistas, de q u e el metal e s sucio en su e s t a d o natural.
C f Hor. carm. II 2, 1-2 Nullus argento
color est avaris / abdito terris {con NLsbet-Hubbard II 3 5 ) , Laus Pis. 2 2 5 - 6 . El propio E.stacio alude al motivo e n IV
7, 14-6 Dalmatae
montes, ubi Dite viso /pallidus
fossor redit erutoque
/ concolor auro (pace C o l e m a n 2 0 1 , e n t i e n d o pallidas
c o m o una referencia a un
tono apagado, producido por el p o l v o o p o r la palidez del m i e d o , q u e Estacio
equipara al c o l o r desvaído del oro e n b r u t o ) .
90-1: las r e f e r e n c i a s de estos v e r s o s c o i n c i d e n c o n los datos hi.stóricos
q u e po.seemos, pues en é p o c a de D o m i c i a n o s a b e m o s q u e el a b a s t e c i m i e n t o
de cereal a Roma procedía de Alejandría durante cuatros m e s e s y de Africa
durante o c h o Q- BJ. II 3 8 3 y 3 8 6 ) .
Por otra parte, la riqueza agrícola de Africa e s proverbial (cf. Otto,
Sprichw. 8 s.v. Africa § 3 6 ) . La fraseología de Estacio aquí e s una fusión de
Horacio (carm.
I 1, 10 quidqutd
de Libycis verritur areis; cf. serm. I 1, 4 5 ) y
de S é n e c a {Thy. 356-7 quidquld
Libycis terit/fervens
area messihus: cf. n. d e
Tarrant I 4 l ) .
92 q u o d q u e l e g i t m e r s u s p e l a g i s c r u t a t o r E o i : cf. Sen. LLerc. O. 6 6 2
lapis Eoa lee tus in
unda.
s c r u t a t o r : «pescador» en T. VII 7 2 0 ( p r o b a b l e m e n t e n o un b u z o , c o m o
po.stula el OLD s.v. scrutator
1) y en III 1, 8 4 , p e r o aquí designa al b u s c a d o r
de perlas. Este término es favorito de Estacio, p e r o muy raro en otros poetas.
93 L a c e d a e m o n i i p e c u a r i a c u l t a G a l a e s i : el G a l e s o e s un río c e r c a n o
de Tárenlo, al sur de Italia. Aquí se le llama Lacedaemonii,
«espartano», porq u e T á r e n l o era una c o l o n i a fundada p o r el e s p a r t a n o Falanto (cf. II 2, 111
Therapnaei...
Galaesi).
El dato erudito p r o c e d e de Verg. georg. IV 125-26 Oc^baliae...
turribus aréis/qua
niger umectatflaventia
culta Galaesus
(cf. n. de
Mynors 2 7 5 ) , de quien d e p e n d e a su vez Hor. carm. II 6, 10-12 ( c f T h o m a s ,
Ethnographical
tradition
59).
La región era famosa p o r su g a n a d o lanar (cf. Nisbet-Hubbard II 100-1 ad
Hor. carm. II 6, 10). pecuaria
es un hapax en E.stacio, al igual q u e en Virgilio
(sólo a p a r e c e en georg. Ill 6 4 ) . culta s e entiende mal calificando a
pecuaria,
pues se aplica preferentemente a términos agrícolas más q u e pecuarios. C a b e
sospechar q u e la cláusula culta Galaesi se trata de un c a l c o forzado d e Verg.
georg. IV 126, q u e encaja mal c o n
pecuaria.
94 p e r s p i c u a s n i v e s : cristal de roca, c o n c e b i d o c o m o p r o d u c t o de la
mineralización de la nieve: I 2, 126 longaevis
nivibus crystalla gelari; cf. Cinna frag. 6 B u e c h n e r imitata
nives luceus legttur crystallus,
Isid. orig. I l 6 , 13
SILVA TERCERA
283
Crystallus
resplendens
et aquosus
colore,
quia nix sii giade
durata per
annos.
M a s s y l a q u e r o b o r a : madera de c e d r o africana, usada en m u e b l e s de lujo. Cf. I 3, 35 Mauros postes, Petr. CXIX 27 Afris eruta terris / citrea mensa. La
c o m b i n a c i ó n de e.sta madera c o n el marfil de los w . 9 4 - 9 5 alude a unas m e sas de moda consistentes en una plancha d e c e d r o sostenida por un pie de
marfil tallado (cf. Mart. X 9 8 , 6 citrum vetus Indicosque
dénies), c o m o las q u e
Estacio describe en el palacio de D o m i c i a n o : IV 2, 3 8 - 9 Indisque
innixa
columnis/
robora Maurorum
( c f n. de C o l e m a n 9 4 - 9 5 y t a m b i é n luv. XI 122-23
con n. de Courtney 5 0 6 ) .
Para el adjetivo Massylus, c o m o s i n é c d o q u e e q u i v a l e n t e a «africano», c f II
5, 8, con n. de Van D a m 3 7 8 .
94-5 I n d i / d e n t i s h o n o s : c f Catull. LXIV 4 8 Indo...
dente {vm pasaje
q u e Estacio tuvo sin duda en cuenta: véa.se nota a III 2, 1 3 9 ) , Mart. II 4 3 , 9 Indis... dentibus,
Mart. X 9 8 , 6 (citado en n. anterior). India es la región e x p o r tadora de marfil por e x c e l e n c i a entre los p o e t a s : c f Verg. georg. I 57
India
mittit ebur con Mynors 13, Aen. XII 6 7 - 8 Indum.../...
ebur, Hor. carm. I 3 1 , 6.
95-9a: transición. Innumerabilidad de los c o m e t i d o s de Claudio ( 9 5 - 9 8 a )
y diligencia en atenderlos ( 9 8 b - 9 9 a ) .
96-7a: los tres vientos citados e n este verso marcan tres puntos cardinales, para ponderar la extensión geográfica de los c o m e t i d o s de Claudio: norte
(Bóreas),
este iEurus) y sur (Auster). Cf. V 1, 8 1 - 8 2 videt Ule ( D o m i c i a n o ) ortus obitusque,
quid auster, / quid bóreas agat ( c o n m e n c i ó n d e los cuatros
puntos cardinales), Calp. ecl. I 7 4 - 7 6 ( N o t o / B ó r e a s / orto ( E s t e ) / o c a s o
( O e s t e ) / parte intermedia). Nótese, sin e m b a r g o , q u e los tres vientos citados
tienen ima c o n n o t a c i ó n negativa. Estacio e n otro pasaje s ó l o valora positivamente el viento del O e s t e (precisamente el q u e falta a q u í ) : III 2, 4 5 - 6 artius
obiecto Borean
Eurumque
Notumque
/ monte premat:
soli Zepbyro
sit
copia
caeli. Significativamente, el viento del O e s t e , q u e falta aquí, es el q u e se inv o c a corrientemente en los propemptiká
( c f Nisbet-Hubbard I 47 ad Hor.
carm. I 3, 4 ) . La situación c a m b i a en un propemptikon
i n v e r s o c o m o Hor.
epist. X, donde se m e n c i o n a n los mismos tres vientos q u e aquí, en o r d e n inverso ( 4 Auster, 5 Eurus, 7 Aquilo) y se omite el Céfiro.
El epíteto atrox c o n Eurus refuerza la c o n n o t a c i ó n negativa (cf. Verg.
georg. II 107 violentior...
Eurus).
n u b i l u s A u s t e r : la fraseología e s d e Prop. II l 6 , 5 6 ; cf. también T. V 7 0 5
niger imbribus
Auster, V 1, 100 imbrifero...
Austro, II 4, 2 8 umenti...
Austro,
Verg. Aen. I 462 umidus
Auster.
97a-8a: tópico de lo innumerable. Es proverbial ponderar las dimensiones de un término real mediante la c o m p a r a c i ó n c o n objéteos incontables, c o m o las hojas de los árboles, los granos de arena, las gotas de agua y las estrellas
del cielo. C f Fedeli 129-131 ¿z<i Catull. LXI 199-203, Otto, Spricbív. 8 s.v. Africa §
37, 37 s.v. arista § l 6 3 , 1 5 9 s.v. barena § 7 8 6 , M. Citroni, «Funzione comunicativa
284
E
COM NTARIO
o c c a s i o n a l e e modalità di atteggiamenti espressivi nella p o e s i a di C atullo»,
SIFC 51 ( 1 9 7 9 ) , 44­45. El tema del follaje de las hojas se d o c u m e n t a e n H o m .
//. II 8 0 0 , Pind. P. I X 4 6 , Verg. georg. II 1 0 3 ­ 8 , Aen. VI 3 0 9 ­ 1 0 , O v . met. XI 6 l 5 .
La conjunción de olas del mar y hojas a p a r e c e en A.R. IV 214­7.
La alusión a la dificultad de la tarea ( 9 7 citius numeraveris
imbres...)
es
un t ó p i c o epidíctico p r o p i o del e n c o m i o imperial: Men. Rh. 3 6 8 . 2 3 ­ 3 6 9 . 1
ώ σ π ε ρ δέ π ε λ ά γ ο υ ς απείρου τ ο ι ς ο φ θ α λ μ ο ΐ ς μ ε τ ρ ο ν ο υ κ έ σ τ ι λ α β ε ί ν , ο ϋ τ ω
και βασιλείΰς ε ύ φ η μ ί α ν λ ό γ φ περιλαβεΤν ο ύ ρ ά δ ι ο ν . C f. Burgess,
Epideictic
Literature
122, 132, C urtius, Lit. europea
y Edad Μ. lat. 2 3 1 ­ 5 .
Ahora b i e n , c a b e s o s p e c h a r q u e e.sta imagen sugiere s u b l i m i n a l m e n t e ,
además, el carácter efímero del cargo de C laudio, en c o n e x i ó n c o n el h e c h o
de q u e éste c a y ó e n desgracia. El par follaje / lluvia sirve c o m o s í m b o l o d e
f e n ó m e n o estacional e inconstante en Hor. carm. II 9, 1­8 non semper
imbres
hispidos/
manant
in agros.../...
et foliis viduantur
orni. A esto h a y q u e aña­
dir q u e las hojas .son un s í m b o l o proverbial de inconstancia (cL Otto,
Sprichw. 140 s.v. folium
§ 682).
99-105: catálogo de gastos o c a s i o n a d o s p o r las obras imperiales. La lista
se aplica a la dina.stía de los Flavios e n general y a D o m i c i a n o e n particular.
E.stacio es muy dado a ensalzar la obra imperial s o b r e la Naturaleza, en c o n ­
traste c o n la c o n d e n a moral de la tradición literaria ( e n Hor. carm. I 3, 2 5 ­ 4 0 ,
por e j e m p l o ; cf. Pavlovskis, Artificial
Landscape
2, η . 6 ) . Las obras públicas
imperiales tienen una finalidad propagandística (cf. C o l e m a n 102­5 adlV
3),
en la q u e poetas de corte c o m o Estacio y Marcial c o l a b o r a n . Para la cuestión,
cf. Pavlovskis, Artificial
Landscape
passim.
Cicerón construye una lista c o m p a r a b l e de obras públicas, e n t o n o opti­
mfsta, entre la q u e incluye, c o m o Estacio, la c o n s t r u c c i ó n de a c u e d u c t o s y di­
q u e s : off. II 14 adde
ductus
aquarum,
derivaliones
fluminum,
agrorum
irrigationes,
moles oppositas
fluctibus,
portus manu
fados.
Es curioso c ó m o E.stacio acumula aquí (amplificatio)
una serie de obras
imperiales q u e en otros pasajes de las Silvas se describen más detalladamente
en diferentes ékfrasis: cf. 100­1 ( a c u e d u c t o s ) y I 5, 2 5 ­ 2 8 ; 102 (calzadas) y IV
3; 103 (palacio de D o m i c i a n o ) y IV 2, 18­39.
98-9 vigil i s t e a n i m i q u e s a g a c i s / e x c i t u s e v o l v i t : cf. V 1, 7 7 ­ 7 9 suc­
cintaquepectora
curis/et
vigiles sensus et digna evolvere tantas/sobria
cor­
da curas. Ideal estoico del ά ν ή ρ π ρ α κ τ ι κ ό ς .
a n i m i / e x c i t u s : la lectura d e Λί e s exitus, e v i d e n t e m e n t e corrupta. Ex­
citus e x i g e un c a m b i o p a l e o g r à f i c o m í n i m o . Markland a c e p t a excitus
pero
conjetura animo...
sagaci. .Sin e m b a r g o , animi...
sagacis debe m a n t e n e r s e c o ­
m o genitivo de limitación (cf. Szantyr, Syntax 7 5 ) , u n g r e c i s m o sintáctico n o
infrecuente en E.stacio: c f , c o n este mi.smo sustantivo, II 6, 97 eximius...
ani­
mi (con n. de Van D a m 4 4 5 ­ 4 6 ) . Añadán.se III 2, 6 4 audax
ingenii,
T. I 41 im­
modicum
irae, III 9 9 egregius fail, IV 4 0 3 miseri morum, V 9 0 aevt
matura,
IX 141 aeger
consilii.
SILVA TERCERA
285
e v o l v i t : = «administra», «gestiona» (cf. I 1, 4 1 ; V 1, 7 8 ) .
1 0 0 t r i b u s : alusión a los repartos de dinero (congiaria)
y de cereal {frumentationes),
q u e se realizaban por tribus trihutitn. D o m i c i a n o , e n particular,
distribuyó congiaria
en los años 84, 8 9 y 9 3 (Mart. VIII 15, 4 ditant Latias
ter126-7).
iia dona tribus, cf. Gsell, Domitien
1 0 0 t e m p l a : D o m i c i a n o llevó a c a b o una política de reconstrucción d e
templos dañados en el i n c e n d i o del a ñ o 80: el templo d e Júpiter Capitolino,
de Cá.stor y Pólux, del divino Augusto, de Apolo, Isis y Serapis. Con.struyó asimismo otros nuevos; el d e Vespasiano y Tito, el d e la Paz, y el Atrium
Minervae ( c f G.sell, Domitien
9 0 - 1 1 9 ) . Tras Augusto, D o m i c i a n o es el e m p e r a d o r
que realizó una labor de edificación más e x t e n s a e n Roma.
1 0 0 - 1 alti / u n d a r u m c u r s u s : Tito prestó particular a t e n c i ó n a la reparación de los acueductos de Roma {Aqua Marcia,
Curtia y Caeruled).
Domiciano, por su parte, d o t ó a R o m a de n u m e r o s a s canalizaciones de agua, las
fistulae aquariae.
Finalmente, p u e d e ser relevante recordar q u e Estacio o b t u vo gratis de D o m i c i a n o una c o n c e s i ó n de agua para su finca albana ( c f III 1,
62-63).
Undarum
cursus e s prácticamente una perífrasis poética para
aquaeductus {como I 5, 26-7 frigora
ducens /Marcia,
III 1, 6 2 - 3 currens / unda, III 5,
111 ductor aquarum).
Aitino significa aquí «profundos», sino «altos», refiriénd o s e a la e l e v a c i ó n d e los a c u e d u c t o s : cf. I 5, 27 praecelsis...
vaga
molihus
unda.
1 0 1 - 2 p r o p u g n a c u l a . . . / a e q u o r i s : p r o b a b l e m e n t e una alusión a la fortificación del puerto de Ostia. En Estacio, la imposición d e barreras artificiales
sobre el agua n o es objeto de repudia moral, c o m o tradicionalmente (cf. Verg.
georg. II 161-64, c o n nn. de T h o m a s 1 8 6 - 8 7 ) .
1 0 2 l o n g e s e r i e s p o r r e c t a v i a r u m : en Italia, D o m i c i a n o construyó la
Vía Domiciana ( c f FV 3 ) y reparó la Latina ( c f IV 4, 60). En las prcjvincias, ordenó el trazado o reconstrucción de numerosas calzadas ( c f Gsell, Domitien 151).
Porrecta concierta c o n series p o r enálage, p e r o s e m á n t i c a m e n t e califica a
viarum.
1 0 4 - 5 : tres usos del o r o ( d e c o r a c i ó n del Palatino, fabricación de estatuas
y a c u ñ a c i ó n d e m o n e d a ) , q u e c o n t r a p e s a n las dos p r o c e d e n c i a s del metal
enunciadas en los vv. 8 9 - 9 0 . Una c o r r e s p o n d e n c i a léxica e s nitetOO) ~ niteat
(103).
1 0 4 : Estacio m e n c i o n a también el a r t e s o n a d o dorado del Palatino e n IV
loc.).
2, 31 aurati...
laquearia
caeli {cí. C o l e m a n 9 3 ad
1 0 5 : el si.stema monetario bajo D o m i c i a n o a l c a n z ó mayor solidez q u e baj o otros emperadores c e r c a n o s en el t i e m p o . Así, el aureus en su é p o c a pesaba más c o m o media que c o n Vespasiano, Tito, Trajano o Adriano (Gsell,
Domitien
152, Carradice, «The banishment o f the father of Etruscus»). Este detalle confirma igualmente q u e los elogios de Estacio n o s o n siempre exageraciones retóricas; a veces revelan la realidad histórica.
286
COMENTARIO
2. V i d a p r i v a d a d e C l a u d i o ( 1 0 6 - 1 3 7 )
Una b r e v e c a r a c t e r i z a c i ó n d e la vida privada de C l a u d i o ( 1 0 6 - 1 0 ) sirve
para introducir una digresión encomiástica s o b r e su e s p o s a Etrusca ( 1 1 1 - 3 7 ) .
1 0 6 - 1 0 : la vida privada de Claudio se caracteriza p o r sus virtudes estoicas: r e c h a z o del h e d o n i s m o e p i c ú r e o ( 1 0 6 ) , frugalidad ( 1 0 7 - 8 a ) y matrimonio
siguiendo razones de estado más q u e el gusto personal ( 1 0 8 b - 1 0 ) .
1 0 6 : la laboriosidad del carácter de Claudio e s una virtud estoica q u e E.stacio o p o n e explícitamente al h e d o n i s m o e p i c ú r e o (cf. animo...
exclusa
voluptas).
1 0 7 - 8 a : para la virtud de la frugalidad e n la c o m i d a y la b e b i d a , c f la
descripción de Abascanto en V 1, 121 Ipsa (su mujer Priscila) dapes
módicas
et sobria pocula
tradii.
e x i g u a e . . . d a p e s : «banquetes frugales», casi un o x í m o r o n . Cf. Williams 37
ad T. X 20.
1 0 8 b - 1 0 : tres perífrasis p o é t i c a s e n forma d e tricolon para d e s i g n a r el
matrimonio. Sobre estas fórmulas, cf. III 5, 6 9 - 7 1 n . El corolario de este tricolon sobre el matrimonio es naturalmente la alusión a la prole del v. 110b.
1 1 0 b fidos d o m i n o g e n u i s s e c l i e n t e s : Estacio pinta el matrimonio d e
Claudio c o m o subordinado a la razón de estado. Los hijos se c o n c i b e n para
ser subditos del e m p e r a d o r (la misma idea e n I 2, 2 6 6 - 6 7 ) . P u e d e c o m p a r a r s e
esta idea c o n el individualLsmo antimilitarista e x h i b i d o p o r P r o p e r c i o II 7, 1314 unde miti patriis natos praebere
trlumpbis?
/ nullus de nostro
sanguine
miles erit. En t o d o caso, en este p u n t o la actitud de Etrusco también se o p o n e
al ideario epicúreo, q u e repudia el matrimonio y la p r o c r e a c i ó n d e hijos por
.ser fuentes d e p r e o c u p a c i ó n (cf. Van D a m 2 8 0 ad II 2, 1 4 3 - 6 ) .
d o m i n o : este término n o ha de tomarse en sentido literal, para concluir
q u e Claudio se ca.só c u a n d o aún no había sido manumitido (cf. Weaver, «Father of Etruscus» 1 5 1 ) . R e c u é r d e s e q u e D o m i c i a n o s e asignó el título d e dominas et deus (Suet. Dom. XIII 2 ) , Para la d e n o m i n a c i ó n dominus,
cf. Sauter,
-Kaiserkult bel Mart. Stat.» 3 1 - 4 0 .
a.
Excursus:
e p i c e d i o de Etrusca ( 1 1 1 - 1 3 7 )
Estacio enfatiza el e l e m e n t o f ú n e b r e en esta s e c c i ó n ( 1 2 4 - 1 3 7 ) , para enlazar temáticamente c o n el c o n t e x t o general del p o e m a . La primera parte, en
c a m b i o ( 1 1 1 - 2 3 ) , presenta la curiosidad de q u e se desarrolla c o n la apariencia
externa del g é n e r o del epitalamio, i n c l u y e n d o s e c c i o n e s c o m o la del genus y
forma
de la novia y alusión a la prole.
Toda esta s e c c i ó n .se estructura así;
SILVA TE RCE RA
I
Laudatio
(111­37)
A Proemio ( l l l ­ 1 2 a )
B Forma
(I12h­14)
C Genus Y propinqui
287
(115­21a)
D Fecunditas
(121h­25)
II Lamentatio
(124­30)
III Descriptio funeris
( 1 3 1 ­ 3 7 : c o n lamentatio
en 1 3 5 ­ 3 7 )
No seria d e s c a b e l l a d o t o m a r esta s e c c i ó n c o m o una adaptación literaria
del texto de un epigrama sepulcral. Algunos motivos propios de epitafios q u e
aparecen aquí son: la alusión a la intervención prematura de las Parcas ( 1 2 5 ­
7 n . ) , la imagen de florentes... annos ( 1 2 7 ) y el símil floral ( 1 2 8 ­ 3 0 n . ) . D e he­
c h o , una s e c c i ó n de este pasaje, este símil de 128­30, fue reutilizado p o r un
lapicida c o m o texto de un epitafio.
l l l ­ 1 2 a : esta o r a c i ó n sirve c o m o p r o e m i o e n miniatura, d o n d e Estacio
anuncia los temas q u e va a tratar, el genus y la forma.
La presentación antici­
pa de forma quiástica el desarrollo consiguiente, p u e s a c o n t i n u a c i ó n s e trata
primero la forma
( 1 1 2 b ­ l 4 ) y d e s p u é s el genus ( 1 1 5 ­ 2 1 a ) .
1 1 2 b ­ l 4 : belleza física de Etrusca. Estacio salva la dificultad de q u e no la
c o n o c i ó p e r s o n a l m e n t e ( 1 1 2 ) c o n la e x c u s a retórica de q u e el retrato y la
apostura de sus hijos reflejan la belleza de la madre ( 1 1 3 ­ 1 4 ) .
1 1 2 : es relevante recordar aquí q u e M e n a n d r o el Rétor r e c o m i e n d a cau­
tela a la hora de describir la belleza de la novia e n un epitalamio, para n o su­
gerir una escandalo.sa intimidad ( 4 0 4 . 11­14, c o n n. d e Russell­Wilson 3 l 6 ) .
1 1 3 ­ 4 : Estacio usa f r e c u e n t e m e n t e el t ó p i c o del p a r e c i d o (físico y de ca­
rácter) de los hijos c o n re.specto a sus padres, c o m o recurso retórico para en­
salzar a u n o s u a otros. C f. I 2, 2 7 1 ­ 3 , IV 4 , 7 5 , IV 7, 4 3 , IV 8, 11
similis
contenda
reddere
vultus, IV 8, 5 7 ­ 5 8 . M e n a n d r o el R é t o r incluye este tema
c o m o t ó p i c o del epitalamio ( 4 0 4 . 27 τ έ ξ ε τ ε π ά ΐ δ α ς ύ μ ΐ ν τ ε ό μ ο ι ο υ ς κ α ι έν
άρετϊί λ α μ π ρ ο ύ ς ; c f Stat. I 2, 2 7 1 ­ 3 , Hor. carm. IV 5, 2 3 ) .
1 1 5 ­ 8 : Estacio elogia el genus de Etrusca m e d i a n t e una digresión s o b r e
su h e r m a n o , l e g a d o militar de D o m i c i a n o al m a n d o d e la 2.­ guerra dácica,
del 89 d.C . Se le ha identificado c o n Tettius Lulianus,
c ó n s u l e n el a ñ o 8 3
(Gsell, Domitien
219).
1 1 7 p r i m a : de e.ste adjetivo n o h a y q u e inferir q u e Estacio se refiera a la
1.­ guerra d á c i c a (del 8 3 d.C ), q u e llevó D o m i c i a n o p e r s o n a l m e n t e y e n la
q u e T e c i o J u l i a n o n o intervino. Ha de e n t e n d e r s e c o n el sentido de «tomando
la iniciativa».
1 1 8 m a g n o . . . t r i u m p h o : D o m i c i a n o c e l e b r ó e n 8 9 d.C . un d o b l e triunfo
por la segunda guerra contra los dacios, del 8 9 , y p o r la guerra contra los ca­
los del 88­89­ C f Suet. Dom. VI 1, D i o 67. 7. Estacio m e n c i o n a t a m b i é n e.sta
guerra en I 1, 7, 7 9 , y en el v. l 6 9 de esta misma Silva.
288
COMENTARIO
1 1 9 - 2 1 a : el linaje m a t e r n o c o m p e n s a la humildad d e origen del p a d r e .
Cf. IV 4, 75 stemmate
materno felix, virtute paterna.
S o b r e la imaginería de
la luz para caracterizar el linaje, tan manida en Estacio, cf. 43-44n.
1 2 1 b - 3 : alusión a la prole del matrimonio de Etrusca y Claudio. El d e s e o
de prole e s im tópos del epitalamio y nec pignora
longe ( 1 2 1 ) podría proceder
directamente de uno, si se suple sint en lugar de fuerunt.
Cf. I 2, 266 hela
age
praeclaros
Latioproperate
nepotes, Catull. LXI 205-8 ( c o n n. de Fedeli 137-38).
1 2 1 p i g n o r a : para su valor c o m o «hijos», cf. Prop. IV 1 1 , 7 3 , Ov. met. V
523, epist. VI 121 pignora
Lucina bina favente
dedi (cf. 122
Lucina).
1 2 2 L u c i n a : s o b r e esta diosa c o m o c o m a d r o n a , cf. I 2, 2 6 9 ( c o n t e x t o d e
epitalamio), IV 8, 22.
1 2 3 l e v i g r á v i d o s : y u x t a p o s i c i ó n (sin c o n c o r d a n c i a gramatical) de d o s
términos antitéticos, lo q u e p r o d u c e una interesante e f e c t o retórico. Cf. II 2,
18 dulcís amaro,
III 1, 72n. tennis graviore,
III 4, 3 0 fulgentibus
umbrae.
l a b o r e s : «trance del parto». Cf. Verg. georg. IV 3 4 0 Luclnae...labores,
T. V
114, OLD 6h.
1 2 4 - 6 a : el lamento p o r la muerte de Etrusca está motivado p o r su carácter prematuro ( t ó p i c o funerario de la mors inmatura).
E s t a c i o implica q u e
murió c u a n d o su hijo Claudio Etrusco aún n o tenía e d a d para darse cuenta
(cf. 135-37). Para enfatizar la juventud de Etrusca c u a n d o le a c a e c i ó la muerte, E.stacio usa fra.seología vegetal ( 1 2 7 florentes... annos) q u e anticipa el símil
de las flores de los vv. 1 2 6 b - 3 0 .
1 2 4 b - 6 a si c e r n e r e v u l t u s / n a t o r u m v i r i d e s q u e g e n a s tibi i u s t a d e d i s s e n t / s t a m i n a : para el l é x i c o descriptivo de la belleza de la juventud, cf.
T. IV 274 dulce rubens viridlque
genas spectabilis
aevo, I 2, 276-7 virides
sic
flore iuventae/...
vultus. V é a s e t a m b i é n n. a III 1, l60 dulce decus
viridesque...
annos.
Para la construcción de dat-e + inf. para designar facultades c o n c e d i d a s
por instancias divinas, cf. III 3, 104-5n. y, en esta Silva, 66.
127
florentesque
m a n u s c i d i t Á t r o p o s a n n o s : para la i m a g e n de la
Parca, cf. CIL VIII 8 8 7 0 5-6 qui prope vicenos bis iam supleverat
annos, / ni
Lachesis brevia rupisset stamina fuso. Este verso fue imitado p o r el humanista
D o m i n g o Andrés (Poesías
Varias II 3, 2 ) : scidit repente filum
Átropos.
a n n o s : fórmula propia de epitafios. Cf. CLL V 3 4 0 3
florentes
florentes
annos mors ipsa eripuit, CE 8 0 3 , 1 florentes annos subito nox abstulit
atra.
Aquí la imagen vegetal anticipa .sucintamente el e x t e n s o símil de 128-30. Para
florensen
este c o n t e x t o , cf. Lattimore, Themes in epitaphs
197, n. 1 9 1 , Cugusi,
Aspetti letterari dei CLE 179.
m a n u : en Estacio suele significar «artificialmente», para designar una obra
o acción q u e también p u e d e a c a e c e r p o r causas naturales (cf. III 1, 123n. dextra, IV 3, 54 manu c o n C o l e m a n 118, OLD 21a, b ) . Aquí la muerte d e Etrusca
es antinatural porque es prematura, manu p u e d e sugerir una acto de violencia (OLD 8 b ) . En este sentido, la intervención d e la parca Átropos c a u s a n d o
SILVA
C
TOR ERA
289
la muerte de Etrusca tiene las características de un asesinato: cf. V 2, 7 8 leta­
les... mana componer e sulcos, V 1, 178.
1 2 8 ­ 3 0 : comparar la muerte prematura de un difunto c o n una flor segada
o truncada es un m a n i d o t ó p i c o de la poe.sía funeraria. C f. H o m . //. VIH 3 0 6 ­ 7 ,
Catull. XI 22 ( c o n t e x t o n o funerario), Verg. Aen. IX 4 3 5 ­ 7 , Ov. am. III 7, 6 5 ­ 6 6
( p a r ó d i c o ) , met. X 190­94, Vérilhac, Π Α Ι Δ Ε Σ Ά Ω Ρ Ο Ι , núms. 3 9 ­ 4 1 , Lattimore,
Themes in epitaphs
195­8. Estacio desarrolla la imagen e n II 1, 106­9 ( c f Van
D a m 1 2 2 ) . E.stacio introduce la i n n o v a c i ó n de q u e trata el motivo c o n m a y o r
profusión y n ú m e r o de flores q u e la tradición (técnica retórica d e la
amplifi­
catio).
Estos versos fueron c o p i a d o s por un lapicida c o m o texto de un epitafio
del S. IV d.C . descubierto en Argelia {C LE 1787. 2 ­ 4 ) . Véase C ugusi, Aspetti let­
terari dei C LE 190.
129 r o s a e . . . a u s t r o s : c f II 1, 106­7 expiraturus
ad austros /... flos. La
c o m b i n a c i ó n de la flor y del frío viento Austro c o m o e l e m e n t o s antagónicos
es una forma de adúnaton
c o n un posible origen proverbial: c f Verg. ecl. II
58­59 floribus Austrum /... immisi, C laud, carm.
min. X X I X 5­6
floribus.../
quos ñeque frigoribus
Boreas...
urit.
131­7: descriptio funeris de Etrusca. Esta s e c c i ó n r e p r o d u c e en p e q u e ñ a
escala algimos motivos q u e E.stacio desarrolla c o n m á s detalle a propósito del
funeral de C laudio: uso de perfumes ( 1 3 2 ; c f 3 3 ­ 3 7 ) , planetas
y ra.sgado del
cabello ( 1 3 3 ; cf. 8 ) , y apilamiento de la pira ( 1 3 4 ; cf. 12, 3 5 et saepius).
Estacio
p r e t e n d e introducir una atmósfera de d e l i c a d e z a f e m e n i n a c o n la m e n c i ó n
del a m o m o ( 1 3 2 ) y la intervención de los Amorcillos ( 1 3 3 ­ 3 4 ) .
132 m a t e r n o . . . a m o m o : la m e n c i ó n del amc^mo aquí tiene u n a d o b l e
relevancia: a) es un perfume a s o c i a d o c o n Venus: I 2, 1 1 1 , 1 3, 10 Ldaliis...
su­
cis, III 3, 132, III 4, 82, 92; b ) es t a m b i é n un perfume f ú n e b r e habitual: c f II
4, 34, luv. IV 108­9 amomo / quantum
vix redolent
duo fuñera
con C ourtney
2 2 1 , Ov. Pont. I 9, 52, Pers. III 104.
El u s o de materno
sin m a y o r cualificación para referirse a Venus e v o c a
Verg. georg. I 28 materna...
myrto y Aen. VI 193 [Aeneas]
maternas
agnovit
avis.
133­4: la intervención de los Amorcillos e s una técnica favorita de Estacio
(I 3, 12, I 5, 33, III 4, 8 8 ­ 9 1 n . ) . Estos personajillos alados, c o m o participantes
en el duelo fúnebre, recuerdan a los pájaros asi.stentes al funeral del papaga­
yo en Ov. am. II 6, 3­5 piangile
pectora
pinnis / et rigido teñeras
angue
no­
tate genas;
hórrida
pro maestis lanietur pluma
capillls.
En a m b o s c a s o s s e
m e n c i o n a n los signa de duelo de arrancarse el c a b e l l o y g o l p e a r s e el p e c h o .
C f E. T h o m a s , «Some r e m i n i s c e n c e s of Ovid in latin literature­, e n ATTL del
Convegno
internazionale
Ovidiano,
vol. I, S u l m o n a Maggio 1958, 1 4 5 ­ 1 7 1 .
135­7: Estacio imagina la reacción de Etmsco ante la auténtica mors inma­
tura de su madre, frente a la supuesta mors inmatura
de C laudio ( c f 2 0 ­ I n . ) .
290
COMENTARIO
3 . Vida p ú b l i c a - ( 2 ) ( 1 3 8 - 7 1 )
En esta sección, Estacio contrasta un período d e m á x i m o encumhiramiento ( 1 3 8 - 5 3 ) c o n otro de desgracia causada por el destierro ( 1 5 4 - 7 1 ) .
1 3 8 - 5 3 : m á x i m o éxito de Claudio. El e m p e r a d o r Vespasiano le permitió
participar e n su triunfo sobre la Guerra J u d í a del 7 0 d.C. ( 1 3 8 - 4 2 ) y le c o n c e dió el status ecuestre en el 7 3 ó 74 ( 1 4 3 - 5 ) . Tales b e n e f i c i o s traen c o m o c o n s e c u e n c i a una situación e c o n ó m i c a d e s a h o g a d a q u e se manifiesta e n la
liberal e d u c a c i ó n de Etrusco ( 1 4 6 - 5 3 ) .
1 3 8 i l l u m e t q u i n u t u s u p e r a s n u n c t e m p é r â t a r c e s : de Vespasiano
nos cuenta Suetonio la a n é c d o t a de q u e p r o n u n c i ó e n su l e c h o d e muerte la
b r o m a Vae puto deus fio {Vesp. X X X I I I 4 ) . En e f e c t o , fue divinizado a su
muerte por Tito. Aquí Estacio lo presenta c o n rasgos q u e lo asimilan inequívocamente a Júpiter. Cf. Ov. met. X V 8 5 8 - 5 9 luppiter arces / temperai
aetberius, Verg. Aen. I 2 5 4 - 5 5 , Ov. epist. II 2, 6 3 - 6 4 , O v . am. Ill 10, 2 1 , Hor. carm.
I 12, 14-16. La idea de un universo e n equilibrio (cf. temperai),
dirigido por la
divinidad, es un c o n c e p t o estoico. Cf. Nisbet-Hubbard 150-1 I ad Hor.
carm.
I 12, 16, Manil. II 82 deus et ratio, quae cuneta
gubernat...
n u t u : el asentimiento de c a b e z a c o m o m e d i o para dar ó r d e n e s es un símbolo de poder y se asocia c o n Júpiter. Cf. T. I X 521 c o n n. de D e w a r 157.
1 3 9 p r o g e n i e m c l a r a m t e r r i s p a r t i t u s e t a s t r i s : la progeniem
de Vespasiano s o n sus dos hijos Tito y D o m i c i a n o . El «reparto» de éstos entre tierra
y cielo alude a q u e Tito fue deificado a su muerte, mientras q u e D o m i c i a n o
se considera un deus praesens
en tierra. Para el e m p e r a d o r c o m o deus
praesens, c f Sauter, «Kaiserkult bei Mart. Stat.» 4 0 - 7 8 , e s p . 51-4, y Scott,
Imperial
Cult passim. Para la identificación entre los e m p e r a d o r e s deificados y los astros, c f IV 2, 59 con C o l e m a n 100, Mart. IX 1 0 1 , 21-2 ( s o b r e D o m i c i a n o ) templa deis, mores populls
dedit.../
astra suis, cáelos sidera, serta lovis, Sauter,
Kaiserkult
bei Mart. Stat. 137-53.
1 4 0 : se refiere a la Guerra Judía de los años 66-70 d . C , q u e se inició c o n
la revuelta de los judíos del 66 y .se saldó c o n un largo sitio y destrucción de
Jerusalén del 70. El general de la c a m p a ñ a fue Tito, hijo de Ve.spasiano.
1 4 1 - 5 : Vespasiano e l e v ó a Claudio al status ecuestre. Esto d e b i ó s u c e d e r
durante la censura de Vespasiano d e s e m p e ñ a d a c o n j u n t a m e n t e c o n Tito en el
73/74 d.C. (cf. Weaver, «Father o f Etruscus» 1 5 0 ) . Claudio c o n t a b a , pues, c o n
unos 70 años de edad.
El lus anulorum
aureorum
era un signo e x t e r n o de c e n s o , exclusivo de
caballeros, senadores y magistrados. El anillo de la p l e b e , e n c a m b i o , era d e
hierro. Cf. luv. VII 89, XI 42-3, 129 ( c o n n. de Courtney 5 0 6 - 7 ) , Plin. XXXIII
9-33.
1 4 2 t e n u e s q u e n i h i l m i n u e r e p a r e n t e s : a u n q u e aquí el sentido primario de tenues es naturalmente el de «pobres, humildes» (OLD 10), Estacio jue-
SILVA TERCERA
291
ga también c o n la a c e p c i ó n de «pequeños, delgados» {OLD 3 ) , para sugerir un
contraste c o n
minuere.
1 4 3 i n c u n e o s p o p u l o s e d u x i t e q u e s t r e s : nueva perífrasis para aludir
a la o b t e n c i ó n del status ecuestre. Se reservaban e n el teatro catorce filas d e trás de la orquesta para los caballeros cuyo c e n s o n o bajaba de 4 0 0 . 0 0 0 sestercios. La medida fue establecida p o r la Lex Roseta
Theatralts
( 6 7 a.C.) y
reinstaurada p o r D o m i c i a n o c o m o c e n s o r (Suet. Dom. VITI 3 ) . El libro V de
Marcial, publicado en el 89 d . C , alude a ella insistentemente ( c f 8, 14, 23, 25,
3 8 ) . C f también I 6, 35, luv. III 1 5 3 - 5 9 ( c o n n. de Courtney 1 7 6 ) .
1 4 5 e t Celso n a t o r u m a e q u a v i t h o n o r i : los hijos de Claudio habían alcanzado el status ecuestre antes q u e su padre.
h o n o r i : corrección segura de Salmasius para honore de M. Aequare,
«poner al nivel de» rige dativo e n Estacio: cf. T. III 4 7 8 - 7 9 patrioque
aequatus
honori / Branch us, T. II 571-72, T. IV 359, III 4, 49.
1 4 6 - 7 d e x t r a bis o c t o n i s fluxerunt s a e c u l a l u s t r i s , / a t q u e a e v i s i n e
n u b e t e n o r : la perífrasis de los dieciséis lustros alude a los 8 0 a ñ o s q u e tenía
Claudio c u a n d o fue desterrado p o r D o m i c i a n o ( e n el 82 ó 8 3 ) .
aevi sine nube tenor: c f Prop. Ill 10, 5 transeat
hic sine nube dies. En el
Ovidio del exilio es una imagen habitual q u e enlaza c o n la metáfora del destierro c o m o una tormenta: c f Pont. II 1, 5 curarum
nube ( c o n Pérez-Vega
125), Pont. II 3, 25-28.
1 4 8 : a Claudio no le importa consumir t o d o su capital ( a b u n d a n t e p o r lo
demás, c f 4 4 - 4 5 ingens.../fortuna)
en la e d u c a c i ó n de sus hijos. C f la actitud
del padre de Horacio en serm. I 6, 7 1 - 8 0 . Nótese q u e e.sta prodigalidad de
Claudio c o n su hijo Etrusco tiene su contrapartida e n la de éste en los ritos funerarios de aquél (cf. 35 ferat ignis opes
heredis).
1 5 1 - 2 a : e s c e n a de cariño paternal. Cf. la de Estacio c o n su hijo adoptivo
en V 5, 83-7 y Catull. LXI 212-16.
1 5 2 b - 3 : el h e r m a n o primogénito de Etrusco c e d e ante éste en d e r e c h o s .
C f Ov. met. X V 850-51 (Julio César c e d i e n d o en h o n o r de O c t a v i o ) ; para la
fraseología, c f I 4, 70 magno gaudet cessisse nepoti, V 2, 7 5 aequaevo
cedere
fratri.
1 5 4 - 7 1 : Claudio fue desterrado p o r D o m i c i a n o e n el 82/83 d.C. Estacio
elude cortésmente las causas ( 1 5 6 - 5 7 ) , p e r o se ha supuesto q u e una excesiva
implicación c o n el anterior e m p e r a d o r (Tito) suscitó d e s c o n f i a n z a e n el re.sentido D o m i c i a n o (Weaver, «Father o f Etruscus» 1 5 0 ) , c o m o era habitual c o n
cualquier administrador q u e hubiera g o z a d o del favor de Tito (cf. D.C. LXVII
2). Más concretamente, se ha sugerido q u e Claudio, a c o s t u m b r a d o a una política de devaluación metálica e n la a c u ñ a c i ó n de m o n e d a , se opusiera u o b jetara a la política d e revaluación de D o m i c i a n o (Carradice, «The banishment
of the father o f Etmscus»).
El destierro se prolongó hasta el 9 0 , p o r q u e Marcial c e l e b r a la revocación
en el epigrama 8 3 del libro VI, publicado a m e d i a d o s del 9 0 (cf. la edición de
292
COMENTARIO
Friedlander, p. 5 7 ) . El destierro duró, pues, al m e n o s 7 años, p e r o Estacio eniras).
cubre retóricamente esta duración ( 1 6 4 nec longa moratus,
ISA breves...
En el tratamiento literario de este tema, Estacio e l a b o r a material p r o c e dente de la poesía de exilio d e Ovidio: identificación del destierro c o n la
(155), la imagen
muerte ( 1 5 4 ) , el error como causa de la ofensa al princeps
del rayo y el trueno ( 1 5 7 - 6 0 ) , y la caracterización de la dementia
del e m p e rador (167-71).
D e s d e un punto de vista e.structural, esta .sección presenta una c o m p o s i ción anular. Comienza c o n el agradecimiento de los hijos de Etru.sco p o r haber conseguido la revocación del destierro (154-5); a c o n t i n u a c i ó n , Estacio se
remonta en «flash-back» a las causas y términos del m i s m o ( 1 5 6 - 6 4 a ) ; por último, el regreso de Etrusco y la alabanza de la dementia
de D o m i c i a n o enlaza c o n el inicio de la s e c c i ó n ( l 6 4 b - 7 1 ) .
1 5 4 - 5 : E.stacio pinta a los hijos de Claudio a g r a d e c i e n d o al «dios» D o m i ciano por haberles c o n c e d i d o una p r o m e s a , la r e v o c a c i ó n del destierro de su
padre. La e x p r e s i ó n del m i s m o tema e incluso una respon.sión léxica de detalle (summe
ducum)
muestran q u e Estacio adapta e n estos v e r s o s a Mart. VI
85, 1-2 Quantum
sollicito fortuna
parentis
Etrusco, / tantum, summe
ducum,
debet uterque
tibi.
q u a s tibi d e v o t i i u v e n e s . . . / . . . g r a t e s , a u t q u a e p i a v o t a r e p e n d a n t :
nótese el léxico litúrgico y la derivatio
devoti ( 1 5 4 ) ~ pia vota ( 1 5 5 ) . Los d o s
c o m p l e m e n t o s grates y pia vota c o n s t i t u y e n un z e u g m a c o n rependant:
sólo el s e g u n d o e s un c o m p l e m e n t o e s p e r a b l e c o n el v e r b o ; c o m o v e r b o del
primero e s p e r a r í a m o s referre.
Cf. III 1, 1 7 0 - 7 1 quae tibi nunc
meritorum
praemia
solvam? / quas referam
grates? Vara la i n f l u e n c i a d e a m b o s p a s a jes de Estacio e n el humanista F r a n c i s c o P a c h e c o ( 1 5 3 9 - 9 9 ) , v é a s e n. a III 1,
170-la.
1 5 4 p r o p a t r e r e n a t o : si el destierro se equipara a la muerte, la revocación equivale a una resurrección. Según esto, estos w . 154-5 funcionan literariamente c o m o una soteria o c a n t o de júbilo por el r e s t a b l e c i m i e n t o de
alguien de una e n f e r m e d a d ( c o m o e s el c a s o de I 4 ) .
Para la imagen del destierro c o m o una muerte e n la poesía de exilio d e
Ovidio, cf. Helzle 13 n. 41 (31 loci citados) y Nagle, Poetics of Exile 22-27. En
Estacio, cf, también I 5, 65 (a Etrusco, antes de la revocación del destierro del
padre) tua iam melius discat fortuna
renasci.
1 5 6 - 6 4 a : destierro. Se divide así: causa eludida ( 1 5 6 - 5 8 a ) , «rayo» de D o miciano (158b-60a), destino del destierro (l60b-64a).
156 t a r d a s i t u r e b u s q u e e x h a u s t a s e n e c t u s : «vejez torpe p o r el deterioro de la edad y exhausta de recursos». Claudio era o c t o g e n a r i o c u a n d o sufrió destierro, situs tiene prácticamente el sentido de «vejez» en Estacio; cf. I 4,
127 Nestoreique
situs.
La expresión es reminiscente de Verg. georg. VIII 5 0 8 sed mihi tarda
gelu
saeclisque
effeta senectus.
Nótese la equivalencia sintáctica, la posición idén-
SILVA TERCERA
293
tica de tarda y senectus en el h e x á m e t r o y la similitud métrica (elisión de -que
incluida).
1 5 7 e r r a v i t : recuerda una de las d o s causas del destierro de Ovidio, el
famoso erroritrist.
II 2 0 7 ) . Se trata de un tema a d a p t a d o p o r el propio Estacio
en V 4, 1-2 crimine
quo merui.../
quove errore...?,
d o n d e el par crimen
I
errores
una curio.sa explotación de la dicotomía ovidiana (trist. III 5, 52 partem nostri criminis error
habet).
158b-60a: el edicto de destierro de D o m i c i a n o se presenta c o n la imagen
del rayo, c o m o corolario de la idendficación J ú p i t e r - D o m i c i a n o (cf. 1 3 8 n . ) . El
motivo del rayo es m e n c i o n a d o f r e c u e n t e m e n t e c o m o metáfora de castigo
imperial e implica la asimilación del e m p e r a d o r c o n Júpiter (Sen. nat. II 4 3 - 4 ,
luv. VIII 92 c o n n. de Courtney 3 9 8 ) . La imagen e s un leit-motiv
obsesivo en
la poesía de exilio de Ovidio. C f trist. I 3, 11-12, II 179, IV 3, 6 9 , Pont. II 2,
116 qui fulmineo
saepe sine igne tonai ( c f Helzle 2 6 n. 7 para todos los e j e m plos). C f también Man. VI 8 3 , 3 tu missa tua revocasti fulmina
dextra.
l 6 0 b - 4 a : Claudio fue desterrado a Campania, en contraste c o n su colega
en el cargo, q u e fue e x p u l s a d o de Italia. El énfasis e n este detalle e s t a m b i é n
deudor de Ovidio, q u e , e n contraste, s e queja f r e c u e n t e m e n t e d e la lejanía d e
Tomis, su destino de destierro ( c f trist. IV 4, 5 1 - 5 2 ) .
1 6 4 h o s p e s , n o n e x u l , e r a t : Estacio enfatiza la levedad del castigo, siguiendo el e j e m p l o de Ovidio, q u e e n trist. II 1 2 5 - 3 8 distingue q u e fue relégalas y n o exul. Estilísticamente es una correctio
retórica, q u e retoma y
supera la de Ov. trist. II 137 relegatus,
non exul,
dicor.
l 6 4 b - 7 1 : revocación del destierro ( l 6 4 b - 7 a ) y e l o g i o de la dementia
de
Domiciano ( l 6 7 b - 7 1 ) . D o m i c i a n o rehabilitó a Claudio y lo devolvió al cargo
de a rationibus
en el 9 0 d.C.
l 6 4 n e c l o n g a m o r a t u s : otra e v i d e n t e falacia retórica, c o m o 184 breiras, pues el destierro duró u n o s 7 a ñ o s .
l 6 7 b - 7 1 : la dementia
d e D o m i c i a n o manifestada c o n sus e n e m i g o s e s la
misma c o n r e s p e c t o a Claudio. El motivo retórico e s o v i d i a n o t a m b i é n : c f
trist. V 2, 3 5 - 3 6 , Pont. II 1, 4 7 - 4 8 cur ego posse negem minui mihi
numinis
iram, / cum videam mitis hostibus esse deos? ( c f Helzle 1 3 2 ) . El motivo de la
dementia
es un topos del basilikós
lògos (cf. Men. Rh. 3 7 4 . 2 7 - 3 7 5 . 4 , c o n n. de
Russell-Wilson 2 7 9 ) .
ves...
1 6 8 - 7 1 : las c a m p a ñ a s militares d e D o m i c i a n o citadas aquí son: guerra
contra los catos, p u e b l o del D a n u b i o , e n el 88/89 d . C , p o r apoyar la revuelta
de A. Saturnino (Suet. Dom. VI 1-2); s e g u n d a Guerra D á c i c a , e n el Rin, del
año 89, también citada en I 1, 7 y 7: I 20 (cf. Suet. Dom. VI 1, D.C. 6 7 . 7 ) ; y
guerra contra los s u e b o s y sármatas del 9 2 - 3 . Un estudio m o n o g r á f i c o s o b r e
estas guerras e s K. Strobel, Die Donaukriege
Domitians,
B o n n : Habeit, 1989.
1 7 0 - 1 v a g o s q u e / S a u r o m a t a s : «nómadas sármatas». C f V 2, 135-36 mutatoresque
domorum
/ Sauromatas.
La iunctura
vagas Sarmata
se documenta en Sen. Phaedr. 7 1 .
294
COMENTARIO
1 7 1 n o n e s t d i g n a t a t r i u m p l i o : D o m i c i a n o r e n u n c i ó al triunfo p o r la
guerra suebo-sármata, y se limitó a depositar una c o r o n a d e laurei e n el tempio d e J ú p i t e r Capitolino (Suet. Dom. V I ) . E s t o o c u r r i ó e n e n e r o d e l 9 3 (cf.
Gsell, Domitien
2 2 7 - 8 ) . A esta actitud del e m p e r a d o r se alude t a m b i é n e n IV
1 , 3 9 y Mart. VIII 7 8 , 3.
III.
A.
EPÍLOGO (172-216)
«Lamentano-
de Estacio
(172-80)
Tras la digresión biográfica, Estacio regresa a una .sección d e carácter funeral, q u e retoma varios detalles d e la s e c c i ó n inicial del p o e m a ( e n forma d e
c o m p o s i c i ó n anular, p u e s ) .
1 7 2 - 7 : para indicar la llegada d e la muerte, Estacio recurre al s í m b o l o d e l
agotamiento de los hilos de las Parcas. Un paralelo d e pensum.../
deficit es III
5 , 4 0 exhausti...
fili (cí. n. ad
loe).
1 7 2 i n e x o r a b i l e p e n s u m : pensum
e s la l a b o r d e hilanza d e las Parcas.
C f T. III 2 0 5 - 6 dura Sororum pensa ( u n c a l c o de Sen. Her f 1 8 1 ) , T. V I I I 5 9 ,
3 8 1 . Para el tema d e la implacabilidad de las divinidades infernales, cf. l6n.
1 7 3 h i c m a e s t i p i e t a s m e p o s c i t E t r u s c i : cf. III Praef. 1 4 - 5
merebatur
ex studiis solacium.
La consolatio
es preet Claudi Etrusci meipietas
aliguod
sentada e x p l í c i t a m e n t e c o m o p o e s í a d e e n c a r g o , c o m o e n III Praef. 1 8 - 2 0
dedicarem.
cum petisset ut capillos suos... versibus
1 7 4 - 6 a : tres exempla
e s t e r e o t i p a d o s d e c a n t o q u e j u m b r o s o : el c a n t o d e
las Sirenas, el c a n t o postrero del cisne y el llanto d e Filomela. Curiosamente,
Estacio m e n c i o n a los tres e n V 3 , 8 0 - 5 , e n el c o n t e x t o d e la muerte d e su padre, para rechazarlos, mediante u n a recusatio,
p o r manidos: V 3 , 8 5 nota nimis vati. La c o n j u n c i ó n de Sirenas y F i l o m e n a c o m o exemplum
de dolor se
documenta e n Sen. Herc. O. 1 8 9 - 9 3 a propósito del llanto d e Iole: me vel Slculls addite saxis, / ubi fata gemam
Thessala
Siren, / vel in Edonas
tollite silvas, / qualis natum Daulias
ales / solet Ismarta fiere sub
umbra.
El c a n t o d e las Sirenas n o a p a r e c e fuera de Estacio e n el c o n t e x t o d e un
epicedio c o m o exemplum
de lamento. E n Estacio, cf. II 1 , 1 0 , V 3 , 8 1 , E.steve,
Trostgedichte
1 5 9 § 8 1 . Los comentaristas n o s u e l e n explicar p o r q u é las Sirenas se lamentan. La razón es q u e eran c o m p a ñ e r a s d e Prosérpina y lamentan
su rapto, según cuenta Ov. met. V 5 5 1 - 6 3 .
Para el c a n t o q u e j u m b r o s o d e las h e r m a n a s P r o c n e y Filomela e n el c o n texto de un epicedio, c f I I 4 , 21 y T: X I I 4 7 8 - 8 0 .
1 7 4 S i c u l a e . . . r u p e s : m e d i a n t e u n a audaz m e t o n i m i a , E s t a c i o d e s i g n a
a las Sirenas c o n la a l u s i ó n a los escollos o arrecifes marinos s o b r e los q u e
se sientan. Tanto Siculae c o m o rupes sugieren la c o n e x i ó n c o n las Sirenas. Cf.:
SILVA TE RCE RA
295
1) Siculae: e x i s t e n d o s tradiciones s o b r e la localización d e las Sirenas:
una las sitúa frente al c a b o de Sorrento, otra e n Sicilia, Estrabón r e c o g e a m b a s
versiones (I 22) y Estacio sigue tanto una c o m o otra (Sicilia: aquí y e n II 1, 10
Sicula...
virgine; Sorrento: II 2, 1; I l 6 ; III 1, 6 4 ; V 3, 8 2 ) .
2) rupes: los escollos o arrecifes s o b r e los q u e s e t i e n d e n o s i e n t a n las
Sirenas: cf. Sen. Here. O. 189 rne vel Siculis addite
saxis ( v é a s e ad 1 7 4 ­ 6 a
para una cita c o m p l e t a del c o n t e x t o ) , Stat. II 2, l l 6 levis e scopulis...
Siren,
III 1, 145 scopulis
umentibus
haerent,
V 3, 8 1 ­ 2 rupe... atra /Tyrrhenae
vo­
lucres.
m o d u l a n t u r : conjetura para moderantur
(M). Para la iunctura
de este
verbo c o n carmina,
c f Verg. ecl. X 5 1 , O v . met. X I V 3 4 1 .
1 7 5 fati i a m c e r t u s o l o r : c f V 3, 80­1 fati certas sibi morte canora
/ in­
ferías praemittit
olor. La idea de q u e el cisne canta inmediatamente antes d e
su muerte está m u y difundida e n la Antigüedad ( c f Van D a m 3 4 8 ad II 4, 10,
c o n 24 loci citados). Pero Estacio m e n c i o n a aquí el corolario de q u e el cisne
lamenta su propia muerte ( c f II 4, 10 celebrant
sua fuñera
cygnx). Se trata de
un co/or retórico inventado p o r Ovidio en trist. V 1, 11­12.
1 7 6 b ­ 9 : nueva ristra de signa d e d u e l o de Etrusco p o r la m u e r t e d e su
padre. En estos w . , Estacio repite ideas de 8­lOa (cf. n . ) , c o n intensificación
del sentimiento.
1 7 7 ­ 9 a : alusión a los d e s e o s d e Etrusco d e suicidarse, l a n z á n d o s e a la pi­
ra de C laudio. Estacio repite m a c h a c o n a m e n t e la misma idea e n m u c h o s de
sus epicedios: II 1, 24­25 (citado abajo, ad 178; c f n. de Van D a m 8 6 ) , V 3,
67­68, T. VI 2 0 3 . C f Hor. carm. II 17, 5­8, Mart. I 37 ( c o n Howell 1 8 7 ) , VI 18.
Para este t ó p i c o e n epitafios léase Lattimore, Themes in epitaphs
204.
El motivo del suicidio del d e u d o arrojándose a la pira e s p r o p i o d e e s p o ­
sas. Tal actitud se da en el mito de E v a d n e ( c f Prop. I 15, 21­2 c o n Fedeli 3 4 8 ­
4 9 ) y Propercio m e n c i o n a la práctica c o m o una c o s t u m b r e institucionalizada
de las e s p o s a s indias (Prop. Ill 13, 15­22 c o n F e d e h 4 2 4 ­ 2 8 ) . No e s un obstá­
culo q u e la relación entre C laudio y Etrusco n o sea conyugal, sino de padre
e hijo, pues Estacio asimila el a f e c t o filial de Etrusco p o r su padre al conyugal
( c f 10­11 y los exempla
de Alcestis y O r f e o en 1 9 2 ­ 9 4 ) .
1 7 8 v i x f a m u l i c o m i t e s q u e t e n e n t : c f Verg. Aen. I X 500­2 (los troya­
n o s sujetan a la m a d r e de Furialo e n l o q u e c i d a ) , Stat. II 1, 2 4 ­ 2 5
ignemque
haurire parantem
/ vix tenui similis comes offendique
tenendo,
V 3, 6 6 ­ 6 8 ,
Sen. Here. O. 837 famulans
illum retínet errantem
manas.
1 7 8 a r d u u s i g n i s : para ignis c o n el valor de «pira», cf. 35n., 4 0 , 133 y 178
c o m o c o n t a m i n a c i ó n entre pyra y π υ ρ . Para la n o c i ó n e x p r e s a d a p o r
arduus,
c f C atull. LXIV 3 6 3 excelso...
aggere
bustum.
1 7 9 b ­ 8 0 : exemplum
de T e s e o llorando la muerte d e su padre E g e o . E g e o
.se suicidó, lanzándose al mar q u e t o m ó su n o m b r e , pues el v e l a m e n n e g r o de
la nave de T e s e o le hizo pensar e r r ó n e a m e n t e q u e éste había p e r e c i d o en la
e x p e d i c i ó n contra el Minotauro ( c f C atull. LXIV 2 1 2 ­ 5 0 ) . Para una m e n c i ó n
COMENTARIO
296
unde vagi easurum
in node la leyenda en Estacio, cf. T. XII 625-6 Sunion,
mina ponti / Cressia decepit falso ratis Aegea
velo.
1 7 9 - 8 0 p e r S u n i a / l i t o r a : Sunla es una e x c e l e n t e conjetura de Polster
para periuria
de M (aceptada por Courtney e n su e d i c i ó n ) , a la vista de T. XII
6 2 5 - 2 6 , citado e n n. anterior. Sunion e s el c a b o m á s m e r i d i o n a l d e la p e n í n sula ática. La c o r r u p c i ó n a periuria
se e x p l i c a p o r r a z o n e s p s i c o l ó g i c a s , ya
q u e el t é r m i n o e v o c a un m o t i v o i m p o r t a n t e e n la f u e n t e literaria d e e s t a
alusión, Catull. LXIV (cf. v. 135 devota
domum
periuria
portas).
Los q u e
aceptan periuria,
c o m o Vollmer, se ven o b l i g a d o s a corregir litorade
Ma litore (corrección ya en los Itali, q u e n o se percataron de la corrupción d e periuria de M).
1 8 0 q u i : Shackleton, «Silvae» 277 p r o p u s o quem, c o m o adjetivo relativo
c o n Aegea. Aegea sería c o m p l e m e n t o d e gemuit del v. 1 7 9 . El p r o b l e m a es
que gemere es u s a d o siempre por Estacio en construcción intransitiva (cf. 4 0 ,
181), a diferencia de fiere o lugere. La con.strucción intransitiva de este v e r b o
h a c e descartar también su supuesto c o m p l e m e n t o periuria
( c f n. anterior).
B.
Alocución
de Etrusco
(181-207)
La a l o c u c i ó n se divide a su vez en dos s e c c i o n e s : una de l a m e n t a c i ó n
( 1 8 2 b - 9 4 ) y otra de con.suelo ( 1 9 5 - 2 0 4 ) , según una s e c u e n c i a habitual e n epicedios literarios. Los a r r a n q u e s de c a d a s e c c i ó n se c o r r e s p o n d e n : 182 cur
nos... linquis?
195 non totus rapiere
tamen.
181-82a tune i n m a n e g e m e n s foedatusque o r a tepentes / adfatur
c i ñ e r e s : inmane es un acusativo adverbial c o n gemens (cf. III 1, 50n.
grande
sonabit).
ora es acusativo de relación c o n
foedatus.
t e p e n t e s a d f a t u r / c i ñ e r e s : cf. Catull. CI 4 mutam...
alloquerer
cinerem
(para otro reflejo de este p o e m a de Catulo e n esta Silva, cf. 2 0 8 n . ) .
tepentes
(«aún tibias») sugiere la inmediatez de la c r e m a c i ó n , c o m o e n II 1, 77 vivente
favilla ( c o n n. de Van D a m 7 7 ) , V 3, 6 5 tepido... aggere, Hor. carm. II 6, 2 2 - 2 3
calentem
/ ... favillam.
Mart. V 3 8 , 14 adhuc recenti tepet Erotion busto, CLE
1149, 4 mater tepido condedit
ossa
rogo.
1 8 2 b - 9 4 : la lamentación incluye p r o c e d i m i e n t o s retóricos de intenso t o no emocional, c o m o interrogaciones y e x c l a m a c i o n e s retóricas y exempla
mitológicos. Se divide así: queja airada o scbetliasmós
p o r la muerte ( 1 8 2 b - 8 7 ) ;
exempla
(188-94)
1 8 2 b - 7 : el scbetliasmós
(queja airada) por la muerte del padre r e s p o n d e
a una doble tradición. Recuerda a los lamentos a m o r o s o s c o m o el de Ariadna
contra T e s e o e n Catull. LXIV 132-42, el de Europa e n M o s c h . 135 ss, Escila e n
Ov. met. VIII 108 ss; para el motivo, cf. Gross, Amatory
Persuasion
69-123,
Lyne 270 ad Ciris 4 0 4 - 5 8 . En g e n e r a l , es u n a práctica habitual de Estacio
adaptar motivos amatorios tradicionales a c o n t e x t o s n o eróticos. Más e n c o n creto, en otro pasaje m e n c i o n a el recurso retórico de aplicar un
scbetliasmós
SILVA TERCERA
297
a m o r o s o a otro c o m e x t o : IV 8, 32-3 sed queror
haud fáciles,
iuvenum
rarissime, questus;
/ irascor
etiam,
quantum
irascuntur
amantes.
P o r o t r o lado, esta s e c c i ó n r e c u e r d a al schetliasmós
propio de los lamentos fúnebres,
c o m o el q u e la m a d r e d e Enríalo p r o n u n c i a p o r su m u e r t e e n Verg. Aen. I X
481-98.
Claudio se presenta c o m o víctima d e una d o b l e muerte: la muerte figurada del destierro, de la q u e e s rescatado p o r la solicitud d e sus hijos (184 superum
placavimus
iras); y la m u e r t e real, a n t e la cual l o s hijos s o n
impotentes (186-87 nec.../...
placare
malae
datur aspera
numina
LethesF).
Entre la -divinidad» del princeps
y las divinidades i n f e r n a l e s se e s t a b l e c e ,
pues, un claro paralelismo. Este a r g u m e n t o d e la d o b l e muerte anticipa la histc^ria d e O r f e o q u e l u e g o se m e n c i o n a r á (19-94), ya q u e este m ú s i c o l e g e n d a rio tuvo q u e sufrir igualmente una d o b l e muerte d e Euridice.
1 8 3 F o r t u n a r e d e u n t e : Estacio ha trazado el vaivén d e e.sta diosa durante la carrera de Claudio, su llegada (86 intravit Fortuna),
su retirada (157-58
Fortuna
regressum
/ malult) y, finalmente, su regreso e f í m e r o de aquí.
1 8 4 b r e v e s s u p e r u m p l a c a v i m u s i r a s : Estacio continúa adaptando la
poesía de exilio de Ovidio, tanto e n el c o n t e n i d o c o m o e n la fra.seología:
1) Para el motivo de la ira del princeps,
c f trist. 1 5, 83-4, Pont. II 2, 19,
n 7, 55.
2) Para la iunctura
brevis ira, cf. Pont. II 5, 11 optastique
brevem
salvi
mihi Caesaris
iram.
3) Para superum
iras, cí. Pont. II 1, 47 negem
minui
mihi
numinis
iram?, Pont. II 8, 76 sit minor ira dei. trist. I 2, 12 irato... deo, Pont. II 2, 109
iratum...
numen.
Los hijos d e Claudio a s u m e n aquí la función q u e Ovidio suplica a n u m e rosos patrones e n su pcx;sía de exilio: interceder ante e l e m p e r a d o r y aplacar
su enfado. C f Pont. II 3, 67-68, II 7, 79-80.
1 8 8 - 9 4 : e.stos exempla
se agrupan e n d o s categorías: 1) p e r s o n a j e s d e la
leyenda o historia romanas, distinguidos p o r algún e p i s o d i o q u e ha revelado
su piedad filial (Eneas, Escipión y Lauso); 2) p e r s o n a j e s d e la mitología griega
q u e logran salvar d e la muerte a sus c ó n y u g e s (Alcestis y O r f e o ) . La alusión a
las leyendas de Eneas y Lauso s o n un h o m e n a j e a Virgilio; la de Escipión, a
Silio Itálico (según po.stula Delarue, -Stat. et contempor.» 538-9)·
Un c a t á l o g o c o m p a r a b l e , c o n idéntica función, se d o c u m e n t a e n V 3,
266-73, d o n d e se m e n c i o n a a Eneas, O r f e o , A d m e t o y Protesilao.
188-89 felix cui m a g n a p a t r e m cervice vehenti / sacra Mycenaeae
p a t u i t r e v e r e n t i a f l a m m a e : Virgilio describió e n Aen. II 721-34 la e s c e n a d e
Eneas cargando c o n su padre Anquises para e s c a p a r d e la toma d e Troya. El
motivo se hizo familiar: c f O v . Pont. I 1, 33-34 cum foret Aeneae
cervix subiecta parenti
/ dicitur ipsa viro fiamma
dedisse viam. felix cui introduce un
makarismós.
C f V 3, 266 ( c o n t e x t o d e la muerte del padre d e Estacio) felix
Ule [Eneas] patrem
vacáis circumdedit
ulnis...
298
COMENTARIO
1 9 0 - l a : Publio Cornelio Escipión ( d e s p u é s llamado el Africano) socorrió
en la batalla de Ticino (del 2 1 8 a.C.) a su padre herido, s e g ú n cuenta Liv. X X I
46, 7-8, Sil, It. IV 4 5 4 - 7 9 .
191b: Lauso d e f e n d i ó a su padre M e c e n c i o c u a n d o éste fue herido p o r
Eneas y pereció él m i s m o a m a n o s de E n e a s (Aen. X 7 8 3 - 8 2 0 ) . Estacio m e n ciona alusivamente e n m e n o s de un verso este e p i s o d i o d e la Eneida.
La dicción pietas temeraria
quizá pretenda e v o c a r Verg. Aen. X 8 1 1 - 2 ( h a b l a E n e a s
a Lauso) 'quo moriture
ruis maioraque
viribus audes? /fallii
te
incautum
pietas tua. '
L y d i u s : f r e c u e n t e m e n t e e n la Eneida c o n el valor de «etrusco» (VIII 4 7 9 ,
IX 11, X 1 5 5 ) .
192-93 e r g o e t T h e s a l i c i c o n i u n x p e n s a r e m a r i t i / f u n u s . . . p o t u i t :
alusión a la historia de Alcestis, q u e consintió e n morir en lugar de su marido
Admeto (historia citada t a m b i é n en V 3, 2 7 2 ) . Este exemplum
f o r m a un par
con el de O r f e o m e n c i o n a d o a continuación; en a m b o s c a s o s se trata de una
devoción conyugal q u e lleva a salvar al c o m p a ñ e r o de la muerte. El tema s e
relaciona con el t ó p i c o sepulcral de q u e el d e u d o superviviente odia la vida
o desea suicidarse, ya visto en 177-9a ( c f n . ) .
p e n s a r e : «rescatar» (OLD 3 b ) . Para este v e r b o c o n el m i s m o sentido m e tafórico, en un epigrama sepulcral, c f CIL X 7 5 6 5 (= CLE 1 5 5 1 C) 4-5 pro
culus vita vitam pensare
precanti
/ indulsere
del. C f Cugusi, Aspetti
letterari
dei CLE 190. La idea es la misma en III 5, 5 0 - 5 1 n . vitamque
maritis /
dedere.
T h e s a l i c i . . . m a r i t i : A d m e t o (cf. V 3, 272 Tbessallcis
Admetus
In oris).
193-4 i m m i t e m p o t u i t S t y g a v i n c e r e s u p p l e x / T h r a c i u s : cf. Sen.
Herc. f. 569-71 Lmmites potuit flectere
cantibus
/ umbrarum
dóminos
et prece
supplici / Orpbeus. La casi identidad de los arranques, las r e s p o n s i o n e s léxicas y el e n c a b a l g a m i e n t o de Thracius
(Stat.) y Orpheus ( S e n . ) sugieren una
imitación directa.
El exemplum
de O r f e o tiene una relevancia múltiple: en primer lugar, su
hazaña de aplacar a las divinidades infernales c o n su c a n t o contrasta c o n la
impotencia de Etrusco en la misma tarea, s e g ú n se cuenta en 186-87.
Además, la figura de O r f e o se identifica c o n el p r o p i o Estacio, p u e s para
el poeta es un paradigma de aptitud para c o n s o l a r e n un e p i c e d i o . Esa función consolatoria es la q u e Estacio s e asigna p r e c i s a m e n t e a sí m i s m o e n 32 y
41-2. El motivo de d e s e a r la c a p a c i d a d persuasiva d e O r f e o e s tradicional (cf.
Hor. carm. I 24, 13 c o n n. de Nisbet-Hubbard I 286-87; Men. Rh. 3 6 9 . 1 0 ) , p e ro el color de c o n s i d e r a r a O r f e o un paradigma d e c a p a c i d a d consolatoria
precisamente en un e p i c e d i o es exclusivo de Estacio: cf. II 1, 11; II 7, 3 9 - 4 0 ;
V 1, 23-25, V 3, 6 0 .
Por último, la h a z a ñ a d e O r f e o e s e x p r e s a d a c o n u n a f o r m u l a c i ó n a b s tracta, q u e recuerda u n o de los objetivos de la filosofía estoica (la q u e profesaba C l a u d i o ) : afrontar c o n r e s o l u c i ó n la muerte, immitem
potuit
Styga
vincere e v o c a las palabras de Hércules e n III 1, 172n. duram
scio
vincere
SILVA TERCERA
299
Mortem ( r e c u é r d e s e q u e Hércules es un ideal de h é r o e e s t o i c o : cf. n. ad
loe).
Similar actitud v e m o s e n Abascanto tras la muerte de su e s p o s a : V 1, 7-8 ingerís / certamen
cum Morte
gerii.
El movimiento de ideas de 194-95 (funus et immilem poluil Styga
vincere
supplex / Thracius? hoc quanto
melius pro paire licerel!) anticipa el de Garcilaso, Soneto XVl-ü ( s o b r e O r f e o ) «si, e n fin, c o n m e n o s c a s o s q u e los m í o s /
bajaron a los reinos del espanto...», 12-13 «con más piedad debría ser e s c u c h a da / la voz del q u e se llora p o r perdido...».
i m m i t e m . . . S t y g a : para la idea del Infierno (y sus divinidades) implacable, c f l 6 n rigidum... Aeacon.
Para immitem,
c f 2 0 6 immites...
ad
umbras,
Verg. georg. IV 4 8 9 immili...
tyranni
(Plutón).
1 9 5 - 2 0 4 : los e x p e d i e n t e s de c o n s u e l o i m a g i n a d o s p o r Etrusco s o n :
construcción de un m a u s o l e o ( 1 9 5 - 2 0 2 ) ; ayuda del difunto e n s u e ñ o s ( 2 0 3 - 4 ) .
1 9 5 n o n t o t u s r a p i è r e t a m e n : tamen marca c l a r a m e n t e un contraste
entre la s e c c i ó n anterior, de lamento ( 1 8 2 b - 9 4 ) y la s e c c i ó n de c o n s u e l o q u e
este verso introduce ( 1 9 5 - 2 0 4 ) .
La i d e a c l e ' f e inmortalidad, tal c o m o se e x p r e s a aquí, n a c e e n c o n t e x t o s
literarios, para referirse a la inmortalidad granjeada p o r la obra literaria: cf.
Hor. carm. III 30, 6 non omnis moriar. C f Ov. am. I 15, 42 ( c o n M c K e o w n II
4 2 1 ) . Para el motivo en c o n t e x t o s funerarios, cf. Mart. I 109, 17-18 Hanc
(Issa,
una perrita) ne lux rapiat suprema
totam /pida
Publius exprimil
tabella.
r a p i è r e : sobre el sentido fúnebre de rapio, c f III 5, 38n.
1 9 5 - 2 0 2 : la descripción de estas obras de arquitectura funeraria tiene una
d o b l e f u n c i ó n retórica: p o n d e r a r la p i e d a d de los d e u d o s ( e n este sentido,
M e n a n d r o el Rétor r e c o m i e n d a alabar a la familia p o r la diligencia c o n q u e
organizan el funeral: 4 1 9 . 3 2 - 4 2 2 . 2 ) ; y servir de c o n s u e l o , p u e s el m a u s o l e o y
las estatuas preservan el recuerdo del difunto y, en cierto m o d o , garantizan su
inmortalidad (cf. Latdmore, Tbemes in epilapbs
2 4 4 , A.P. VII 6 4 9 , CLE 4 8 0 ) .
Para la idea de la inmortalidad q u e un m a u s o l e o c o n f i e r e ( n e g a d a ) , cf. Hor.
carm. IV 8, 13-15.
El m a u s o l e o de Etrusco incluye un conjunto de estatuas q u e representan
al difunto. T a m b i é n e n V 1, 2 2 5 - 3 8 se describe el lujoso mau.soleo construido
por Abascanto para su e s p o s a Priscila. Lo m á s p r o b a b l e es q u e la m e n c i ó n de
estatuas en a m b o s c a s o s sea m e r a m e n t e un recurso retórico sin b a s e real. Tales estatuas son infrecuentes ( c f el c a s o de A.P. VII 6 4 9 [Anite], c o n G o w - P a ge HE II 9 5 ) y e s significativo q u e , e n V 3, 4 7 - 6 3 , Estacio imagine la
construcción de un m a u s o l e o fastuoso en m e m o r i a de su padre, para descartar el proyecto en razón de su indigencia e c o n ó m i c a .
El m a u s o l e o s e c o n v i e r t e e n lugar d e c u l t o del g e n i o del difunto, c o n
Etrusco c o m o sacerdote oficiante ( 1 9 8 - 2 0 0 ) . El tema a p a r e c e t a m b i é n en V 3,
58-59. Es posible q u e E.stacio e v o q u e Verg. georg. III 13-36, d o n d e Virgilio se
imagina alegóricamente c o m o sacerdote del «templo» de su poesía épica (vv.
2 1 - 2 3 ) . Es posible q u e Estacio esté amplificando el uso literario del término
300
E
COM NTARIO
templum para «sepulcro»: para el cual, cf. IV 4, 54 Maronei....
templi con n. de
Coleman 148, Verg. Aen. IV 4 5 7 ­ 5 8 .
1 9 5 ­ 6 n e c f u ñ e r a m i t t a m / l o n g i u s : esta p r o m e s a de Etrusco contrasta
con la costumbre habitual de enterrar al cadáver lejos de n ú c l e o s urbanos. C f.
Prop. IV 7, 4 ad extremae
nuper humata
viae.
196 m a n e s : «restos humanos», c o m o e n Prop. II 13, 32, Stat. T. I X 9 6 (cf.
n. de D e w a r 7 7 ) .
197 t u c u s t o s d o m i n u s q u e l a r i s : el m a u s o l e o es pintado c o m o un tem­
plo d o n d e se rinde culto al «dios» C laudio. La caracterización de C laudio tiene
rasgos divinos: E. Heracl. 7 7 2 δ έ σ π ο ι ν α τ ε κ α ι φ ύ λ α ξ ( d i c h o de A t e n e a ) , Ον.
Pont. IV 1, 31 (Atenea t a m b i é n ) aréis... Actaeae...
cusios; e n Estacio, cf. II 2,
22 (Hércules en su t e m p l o ) custos... taris, III 1, 9n.
c u n e t a t u o r u m : = cuncti tui «todos los tuyos». Para esta construcción de
un adjetivo neutro plural calificado p o r un genitivo, cf. Mynors 127 a Verg.
georg. Π 197, Szantyr, Syntax 53.
200­2: estatuas de mármol, cera, marfil y b r o n c e adornarán el m a u s o l e o .
Leemos parecidos catálogos de estatuas en III 1, 94­5 y IV 6, 20­1 ( n o funera­
rias). En el e p i c e d i o V 1, Abascanto p r o m e t e a su difunta e s p o s a Priscila cua­
tro estatuas r e p r e s e n t á n d o l a c o n la a p a r i e n c i a de C eres, Ariadna, Maya y
Venus (vv. 2 3 0 ­ 3 5 ) .
201 t e s i m i l e m . . . r e f e r e t : re/èrré? («representar»: Ov. epist. XIII 152, OLD
19) hace redundante a similem.
similis (= ό μ ο ι ο ς , ε ο ι κ ώ ς ) c o n el sentido de
«un retrato de», es un m o d i s m o favorito de Estacio: I 1, 100­1 Apelleae
cupe­
rent te scribere
cerae/...
similem,
c f Mart. I 109, 19, luv. II 6.
202 e b u r et f u l v u m v u l t u s i m i t a b i t u r a u r u m : l é x i c o p r o p i o de la ék­
frasis. La c o m b i n a c i ó n de marfil y oro e v o c a el término t é c n i c o griego χ ρ υ ­
σ ε λ ε φ ά ν τ ι ν ο ς , q u e designa la c o m b i n a c i ó n de o r o y marfil para d e c o r a r
estatuas d e madera ( c o m o la d e Atenea de Fidias e n el P a r t e n ó n ) . El equiva­
lente latino suele ser una vaga alusión a la c o m b i n a c i ó n de las dos materias
preciosas: V 1, 2, Hor. carm. II 18, 1, Prop. III 2, 12 ( d o n d e Fedeli 9 9 afirma
q u e la c o m b i n a c i ó n es un b l a n c o predilecto de la diatriba satírica), Ov. Pont.
IV 1, 31 eburna
vel aurea (para el texto, cf. Helzle 5 6 ) . Virgilio usa e n dos
o c a s i o n e s elephantus
para «marfil», c o n lo q u e muestra m á s claramente el cal­
c o del griego: georg. III 26 ex auro soltdoque
elephantoque,
Aen. III 4 6 4 .
Es significativo q u e la estatua más famosa de la Antigüedad realizada c o n
χ ρ υ σ ε λ ε φ ά ν τ ι ν ο ς era la de Zeus del t e m p l o de Olimpia (una de las siete m a ­
ravillas del m u n d o : cf. Prop. III 3, 20 c o n Fedeli 1 0 4 ) . Esta c o n e x i ó n refuerza
la caracterización del difunto c o m o un dios q u e habita el t e m p l o de su m a u ­
.soleo.
v u l t u s i m i t a b i t u r : en una ékfrasis de una obra de arte el dato principal
q u e se elogia es el realismo. C f. III 1, 9 4 n . saxa imitantia
vultus.
203­4: alusión a la incubano,
forma de adivinación q u e busca provocar
la c o m u n i c a c i ó n en s u e ñ o s de un .ser sobrenatural (dios o alma de un huma­
SILVA TERCERA
301
n o ) c o n un mortal. Cf. R. B l o c h , Z' adivination
dans l'Antiquité,
París: 1984,
19-21. Se trata de una modalidad de adivinación c o n t e m p l a d a e n la filosofía
estoica ( c f Cic. div. I, 4 6 y 9 0 , q u e transmite p r e c e p t o s de P o s i d o n i o ) . Según
Po.sidonio, la adivinación en s u e ñ o s d e n e un triple origen: el espíritu m i s m o
del durmiente, las almas de los muertos o los dioses (Cic. div. I 6 4 ) . Estos versos aluden a la segunda modalidad (para un e j e m p l o e n Estacio de la tercera,
c f V 3, 2 9 0 - 3 ) . En sus epicedios, Estacio asigna a diferentes difuntos la c a p a cidad de comunicarse en s u e ñ o s c o n sus d e u d o s ( c o m o recurso para consolar
a éstos): II 1, 231-32; V 3, 2 8 8 - 9 3 (Estacio alude a la visita e n s u e ñ o s de su padre, donde la c o n e x i ó n con la incubatio
es más clara). En T. II 1-133, Layo se
aparece en s u e ñ o s a su hijo Etéocles, así c o m o Anfiarao a T i o m a d a n t e e n T.
X 2 0 2 - 1 8 . El tema p u e d e considerarse un r e c u r s o é p i c o : c o m o p r e c e d e n t e s ,
cf. Enn. ann. 3 5 - 5 1 V., Verg. Aen. II 2 6 8 - 9 7 ( a p a r i c i ó n d e H é c t o r a E n e a s ) ,
Aen. V 719-45 (Anquises a E n e a s ) , Prop. IV 7, 8 7 - 8 Nec tu sperne piis
venientia somnia portis: / cum pia venerunt
som.nia, pondus
babent (Cintia a Propercio). Para la cuesüón, c f Legras, Étude sur la Wébaide
171-2.
203-4 i n d e v i a m m o r u m l o n g a e q u e e x a m i n a v i t a e / a d f a t u s q u e
p i o s m o n i t u r a q u e s o m n i a p o s c a m : para la fraseología, c o n otro sentido,
c f Hor. epist. II 3, 317 respicere
exemplar
vitae morumque
iubebo /
doctum
imitatorem
et vivas hinc ducere voces ( c o n s e j o s a un p o e t a ) .
2 0 5 - 7 : E.stacio m e n c i o n a o c a s i o n a l m e n t e el m o t i v o del difunto r e e c o n trándose con sus familiares e n el Elisio. C f II 1, 191-207, II 6, 9 9 - 1 0 0
clarosque illic fortasse parentes
/ invenit. Otras v e c e s se trata del r e e n c u e n t r o c o n
colegas o amigos: c f Hyp. Epit. X X X V (los soldados a t e n i e n s e s se encuentran
con héroes de la guerra de Troya), Tib. I 3, 57 (Tibulo a su muerte e s introducido por Venus en la región de los a m a n t e s ) , O v . am. III 9, 6 l (Tibulo se
reencuentra con los p o e t a s e l e g i a c o s ) , Stat. V 1, 254-5 (Priscila se r e ú n e c o n
la heroínas del Elisio: c f Culex 261-62, Prop. IV 7, 5 9 - 7 0 ) , Stat. V 3, 24-7 (E.stacio padre se reúne c o n H o m e r o y H e s í o d o ) .
206 e t i m m i t e s l e n t e d e s c e n d i t a d u m b r a s : n ó t e s e el p e s a d o ritmo espondaico de los pies 2-4 del h e x á m e t r o , q u e enfatiza la n o c i ó n e x p r e s a d a por
lente. Para el tema d e la implacabilidad de los seres infernales (immites...
umbras), c f 193n. immitem...
Styga.
C.
Despedida
final
de Estacio
a Claudio
(208-16)
El epílogo final de Estacio e v o c a la técnica del epigrama sepulcral, tal c o m o se manifiesta, por ejemplo, en Catull. CI. Estacio acumula los recursos reteóricos de expresión, recurriendo a un estilo ritual y s o l e m n e .
208-9 salve s u p r e m u m , s e n i o r mitissime p a t r u m , / s u p r e m u m q u e
v a l e : acumulación de figuras retóricas para acentuar el dramatismo y el estilo
302
COMENTARIO
ritual. Es d e destacar la triple aliteración (salve supremum, senior; cf. también
2 l 4 n . ) y la epanadiplosis.
Estacio e v o c a aquí las palabras rituales q u e p r o n u n c i a b a n l o s d e u d o s inmediatamente antes d e inhumar o incinerar el cadáver. El motivo e s frecuente
frater, ave atque vale ( c o n
en c o n t e x t o s fúnebres: Catull. CI 10 in perpetuum,
Fordyce 3 9 0 ) , Verg. Aen. III 6 7 - 8 animamque
sepulcro
/ condlmus
et
magna
mihi, maxime
Palla, / aesupremum
voce ciemus, X I 9 7 - 9 8 salve aeternum
ternumque
vale, O v . met. X 62, VI 5 0 9 , Coripo, loh. III 3 5 - 6 salve, pater
inclite, salve!/
aeternum,
pater
alme,
vale!. Para el m o t i v o e n epitafios, cf.
Lattimore, Themes in epitaphs
81-82.
s u p r e m u m : acusativo adverbial ( = «por última vez»; cf. OLD s.v.
supremum, Verg. Aen. Ili 6 8 , (citado e n nota anterior).
2 0 9 b - l 4 : la diligencia d e E t n i s c o e n el funeral, q u e para Estacio e s una
manifestación de pietas, e s un t e m a recurrente d e esta Silva ( 3 5 - 3 7 n . ) . Etrusco
es un h e r e d e r o ejemplar, q u e contrasta c o n la figura del avaricioso h e r e d e r o
heres / nesatirizado tradícíonalmente: cf. Pers. VI 3 3 - 3 6 Sed cenam funeris
gleget iratus, quod rem curtaveris;
urnae / ossa inodora dabit, seu Spirent
cinnama
surdum / seu ceraso peccent
casiae,
nescire
paratas.
Los h u e s o s c a r b o n i z a d o s y las c e n i z a s del c a d á v e r se a m o n t o n a b a n , se
apagaban y p e r f u m a b a n (restinctio cinerum: cf. 2 1 2 - 1 3 a n . ) y se depositaban
en una urna ( 2 1 2 ) . C f Tib. I 3, 5-8 c o n Smith 2 3 4 .
2 1 0 ( n u n q u a m ) triste c h a o s m a e s t i q u e situs p a t i e r e s e p u l c h r i :
unión de dos términos c o m p l e m e n t a r i o s . E n e l m u n d o d e abajo, la muerte n o
p r o p o r c i o n a r á dolor a Claudio, p u e s n o irá al Tártaro (triste chaos),
sino al
Elisio (cf. 2 2 ) . E n la tierra un s e p u l c r o d e s c u i d a d o n o o f e n d e r á su memoria
(véa.se 2 1 1 - 1 2 n . ) .
El motivo de q u e el difunto n o visitará el Tártaro (sino el Elisio) e s un tópos consolatorio, a u n q u e a p a r e c e t a m b i é n e n otros c o n t e x t o s : cf. Verg. georg.
videbo / Tartara,
CE 1109, 19 non ego TarI 3 6 , Stat. V 1, 192-3 nec deteriora
táreas penetrabo
tristis ad
undas.
c h a o s : = «Tártaro, Hades»; cf. III 2, 9 2 n .
s i t u s p a t i e r e : d o n d e situs e s «olvido». C f II 3 , 7 6 , T. III 9 9 - 1 0 0 tu tamen
egregius fati mentisque
nec umquam
/... passare
situm, c o n n. de Snijder 8 3 ,
Verg. Aen. IX 4 4 7 .
2 1 1 - 2 : la e n u m e r a c i ó n de las ofrendas f ú n e b r e s y la anáfora de semper
es
reminiscente d e Eleg. in Maecen.
I \A5-AA semper serta tibí dabimus,
tibi semper odores, / non umquam
sitiens, florida
semper eris. Para Assyrios...
liquores, c f T i b . I 3, 7 sóror Assyrios cineri quae dedat odores , Estacio II 4 , 3 4 - 3 5
Assyrio ciñeres adolentur
amomo
/ et tenues
( e p i c e d i o paródico al psittacus)
Arabum
respirant gramine
plumae.
Prop. IV 7, 3 2 .
2 1 2 - 3 a : restinctio
cinerum
o extinción d e las cenizas d e la pira. Estacio
recurre e n sus epicedios a la h i p é r b o l e retórica de q u e la extinción se realiza
con lágrimas, e n lugar de c o n vino, agua o l e c h e , c o m o era habitual: II 6, 8 6 -
SILVA T E R C E R A
303
9 3 exhausit fiamma.../.../
Assyrío manantes
gramine
sucos/
et domini
fletus;
hos tantum hausere favillae,
V 2, 32. El motivo e s t ó p i c o de la p o e s í a funeraria: E. Or. 1239, T h e o c . XXIII 38, Verg. Aen. VI 227, Prop. II 1,77, Mart. I 8 8 ,
6, Hor. carm. II 6, 23.
213 l a c r i m a s , q u i m a i o s h o n o s : cf. T. VI 72-3 ingens lacrimis
honos...
/feruntur,
CEXll 9 6 5 , 7-8 quid lacrimis
opas est... /extincíos
ciñeres
sollicitare meos?.
2 1 4 m a n i b u s e q u e t u a t u m u l u m telliu-e l e v a b i t : este v e r s o retoma el
208 e n d o s a s p e c t o s : a m b o s c o n t i e n e n una aliteración (salve supremum,
senior, tua tumulum
tellure) y a m b a s son e x p r e s i o n e s estereotipadas. En tua
tumulum
tellure levahit hay una e x p l o t a c i ó n literaria d e la fórmula sepulcral
SIT TIBI TERRA LEVIS, c o n variación léxica, levahit significa primariamente
••erigir» ac|uí, p e r o c o n un guiño también al adjetivo levis de la fórmula. Por su
parte, terra de la fórmula es r e t o m a d o aquí p o r tellure; y tibi, p o r tua. Para
esta fórmula y su e x p l o t a c i ó n literaria, c f Cugusi, Aspetti letterari
dei CLE
193-4, Lattimore, Themes in epitaphs
70-1, H. Arniini, •Till d e r o m e r s k a gravinkrifternas fraseologi». Éranos 19 ( 1 9 1 9 ) , 4 5 - 5 6 , e s p . 5 5 ) .
2 1 5 - 6 : Estacio cierra la Silva c o n una alusión a su propia poesía, e n forma de sphragís (pard otro sphragís en Estacio, c f III 2, l 4 2 - 3 n . ) . C a b e c o m p a rar el sphragís q u e Virgilio introduce tras el epilio de Niso y Enríalo (Aen. I X
4 4 6 - 9 ) . Continúa también el paralelismo entre la ofrenda f ú n e b r e d e Estacio,
consi-stente en su poesía, y los manera
materiales de Etrusco (cf. 3 1 - 4 2 ) .
216 h o c e t i a m g a u d e n s c i n e r e m d o n a s s e s e p u l c h r o : ' a l e g r e de
ofrendar a tu ceniza también este m o n u m e n t o sepulcral (se. poético)». Para la
función simbólica q u e Estacio suele asignar a su poesía, cf. 3 1 - 4 2 n .
La fraseología, referida a los muñera
p o é t i c o s d e Estacio, e v o c a la q u e e s
propia de unos muñera/«nerámateriales:
Tib. II 6, 3 1 - 3 2 dona
sepulchro/...
feram,
Ov. am. III 9, 50 in ciñeres ultima dona tulit, Catull. CI 3 ut
postremo
donarem
muñere
mortis.
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