Silvae III 3: C ONSOLATIO A D C LAUDIUM ETRUSC UM BIBLIOGRAFÍA S o b r e S ilv. I l l 3 y / o b i o g r a f í a d e l p a d r e d e C l a u d i o E t r u s c o : Carradice, «The banishment of the father of Etruscus». Esteve, Trostgedichte 87­94. Lottich, /// 3 (texto y comentario). Lotito, «Liberto funzionario» passim. Mueller, Studia Statiana 3­18. Weaver, «Father of Etruscus». White, "Friends o f Mart. Stat. Plin.» 275­79. Sobre el g é n e r o del epicedio e n E stacio: Baucom, C onsolationes 64­72. Van Dam 63­72. Fern, The latin consolatio 138­56. C. Herschel Moore, «The epicedia o f Statius», e n Anniversary Papers by colleagues and pupils of George Lyman Kittredge, Boston­London: Ginn and C ompany, 1913, 127­ 37. Lolirisch, "Stat. stud, rhetoricis» 27­61. Newmyer, Silv. of Stat. 19­24, 64­74. Sobre motivos funerarios y literatura funeraria e n general: a) Fuentes antiguas: Menandro el Rétor 413.9­414.30, 418.5­422.4 y 434.10­437.4 (con notas de Russell­Wil­ son 325­27, 331­36 y 346­50, respectivamente). P.seudo­Dionisio, en el capítulo ­Methodos Epitaphion» de su Tecbne Rhetoriké (texto griego en H, Usener y L. Radermacher (edd.), Dionysii Halicarnasei Opuscula, 2 voi., Leipzig; Teubner, 1899­1904, pp. 277­283 del voi. 2; traducción inglesa de Russell­Wilson en su edición de Menandro el Rétor, pp. 373­76). Vérilhac, ΠΑΙΔΕΣ ΑΩΡΟΙ (primer volumen de inscripciones; segundo de comenta­ rio). 242 C OMENTARIO b) Estudios m o d e r n o s : Alexiou, Ritual Lament. Burgess, Epideictic Literature 146­57. Courtney 533­7 (introducción a luv. Xlll). Cugusi, Aspetti letterari dei C LE. Esteve, Trostgedichte passim, especialmente 112­61. Fern, The latin consolatio Kas.sel, KonsolationsUteratur. Lattimore, Themes in epitaphs. Lier, «C arm. sepulcral.». Nisbet­Hubbard I 280­81, II 134­7. Ramirez de Verger, 'C onsolatio en Frontón». .Soffel, Regeln Menanders. Sobre el panegírico: Burgess, Epideictic Literature 113­46, 171. Cairns, Generic C omposition 100­12 (sobre Theoc. XVII). Cienfuegos, Panegírico en C laud. 11­60. Curtius, Lit. europea y Edad Μ. latina 254­6. Martin, Antike Rhetorik 177­210. Menandro el Rétor 368.1­377.30, con comentario de Ru.ssell­Wilson 271­81. Previale, «Panegirico bizantino». C O N T E N I D O Y ESTRUC TURA Esta Silva e s un e l a b o r a d o e p i c e d i o o f r e c i d o p o r el p o e t a a su patrón Claudio Etrusco (Etrusco e n a d e l a n t e ) , c o n o c a s i ó n de la muerte del padre d e é.ste (C laudio en adelante). El tema fúnebre predomina e n las dos s e c c i o n e s que e n m a r c a n el p o e m a : el exordium ( 1 ­ 4 2 ) y el e p í l o g o (172­216), mientras que la parte central ( 4 3 ­ 1 7 1 ) consiste e n un e x t e n s o e n c o m i o biográfico ilau­ datio). El arranque del p o e m a ( 1 ­ 2 1 ) .se centra e n la virtud d e la piedad. Estacio invoca a la diosa Pietas para q u e asista al funeral de C laudio, c o m o personi­ ficación alegórica de virtud de su n o m b r e ( 1 ­ 7 ) . Se describe el p i a d o s o d u e l o de Etrusco (8­1 l a , 1 7 b ­ 2 1 ) y Estacio se erige e n sacerdote de la c e r e m o n i a fú­ nebre, c o n v o c a n d o a los h o m b r e s piadosos y r e c h a z a n d o a los impuros (1 I b ­ Ha). El difunto, por su parte, c o m p a r e c e e n el Elisio, d o n d e los espectros lo reciben con consideración ( 2 2 ­ 3 0 ) . C o m o descríptio funeris, Estacio contrasta los muñera funeris imzteú'aies) de Etrusco c o n la ofrenda poética q u e él pro­ porcionará (31­42). SILVA TERCERA 243 Traza Estacio a continuación la biografía del difunto ( 4 3 - 1 7 1 ) , t o c a n d o las secciones del genus (45-58), d o n d e resta importancia a su origen servil, patria (59-62) y a c c i o n e s (63-171). En el capítulo d e a c c i o n e s , primero aborda la vida profesional d e Claudio, d e s d e su manumisión p o r Tiberio (66-69a), pasando por el d e s e m p e ñ o de diferentes puestos b a j o Calígula, Claudio y Nerón ( 6 9 b - 8 4 ) , hasta su n o m b r a m i e n t o p o r Vespasiano c o m o secretario a rationibus, cargo cuyos c o m e t i d o s se describen e n detalle ( 8 5 - 1 0 5 ) . En el apartado de la vida privada ( 1 0 6 - 1 3 7 ) , Estacio recuerda la frugalidad estoica del difunto (106-108a) y su matrimonio al servicio del e s t a d o ( 1 0 8 b - 1 1 0 ) . Al hilo d e esta alusión matrimonial, Estacio se e m b a r c a e n u n a digresión s o b r e la e s p o s a del difunto. Etnisca ( 1 1 1 - 1 3 7 ) , q u e constituye e n realidad u n e p i c e d i o e n minialamentatio (124-50) y tura, c o n las s e c c i o n e s habituales d e laudatio (111-57), descriptio funeris ( 1 3 1 - 3 7 ) ; a su v e z dentro d e la laudatio Estacio elogia la forma ( 1 1 2 b - l 4 ) , genus y propinqui ( 1 1 5 - 2 1 a ) y fecunditas (121-25). Sigo, 91-2. con ligeras variaciones, la estructura propuesta p o r Esteve, Trostgedichte D e regreso a la vida pública de Claudio ( 1 3 8 - 7 1 ) , Estacio recuerda la é p o ca de m á x i m o e n c u m b r a m i e n t o s o c i o - p r o f e s i o n a l d e Claudio, c o n la o b t e n ción del status e c u e s t r e y d e otros privilegios ( 1 3 8 - 5 3 ) , y t a m b i é n d e su m á x i m o descalabro, al ser desterrado p o r D o m i c i a n o , a u n q u e sus hijos consiguieron finalmente la r e v o c a c i ó n ( 1 5 4 - 7 1 ) . fúnebre, A c a b a d o el relato biográfico, el poeta regresa a la lamentatio pintando sus intentos d e c o n s o l a r el dolor del hijo ( 1 7 2 - 8 0 ) . C e d e luego la palabra a éste, q u e pronuncia un l a m e n t o dividido en: a ) queja airada ( 1 8 2 - 1 9 4 ) ; y b ) b ú s q u e d a d e e x p e d i e n t e s d e c o n s u e l o ( 1 9 5 - 2 0 3 ) . C o n c l u y e el p o e m a con el adiós último de Estacio al difunto (208-216). El p o e m a presenta, pues, la siguiente estructura: I. EXORDIUM ( 1 - 4 2 ) A. La «Piedad» e n el funeral, c o m o actitud de Etrusco y c o m o diosa asistente ( 1 - 2 1 ) . 1. Invocación a P2í?íí35 ( 1 - 7 ) Piedad de Etrusco: lamentatio (8-12a) 3. I n v o c a c i ó n a los h o m b r e s p i a d o s o s / e x p u l s i ó n de los impíos ( 1 2 b - 7 a ) . 4. Piedad de Etrusco: lamentatio (17b-21). 2. B. El difunto e n los C a m p o s Elisios ( 2 2 - 3 0 ) ( ^ P r i a m e l : muñera funeris de Etrusco frente a Estacio ( 3 1 - 4 2 ) 1. Muñera materiales d e Etrusco ( 3 1 - 3 2 a ) 2. Muriera p o é t i c o s de Estacio ( 3 2 b - 3 7 a ) 3. Manera materiales d e Etrusco ( 3 7 b - 4 2 ) 244 II. E COM NTARIO LAUDATIO o e n c o m i o biográfico de C laudio ( 4 3 ­ 1 7 1 ) A. Β. C. Genus ( γ έ ν ο ς ) ( 4 3 ­ 5 8 ) Patria ( π α τ ρ ί ς ) ( 5 9 ­ 6 2 ) Facta ( π ρ ά ξ ε ι ς ) ( 6 3 ­ 1 7 1 ) 1. Vida pública­1 ( 6 3 ­ 1 0 5 ) 2. Vida privada ( 1 0 6 ­ 1 3 7 ) a. Excursus: epicedio de Etrusca ( 1 1 1 ­ 1 3 7 ) F. Laudatio illl­llA) A'. P r o e m i o ( l l l ­ 1 2 a ) B'. Forma (lUh­U) C Genus y propinqui (115­21­d) D'. Fecunditas (121b­23) i r . Lamentano (124­30) ΙΙΓ. Descriptio funeris {151­51 : c o n lamentano 3. III. en 135­37) Vida pública­2 ( 1 3 8 ­ 1 7 1 ) EPÌLOGO ( 1 7 2 ­ 2 1 6 ) A. B. C. Lamentano de Estacio ( 1 7 2 ­ 1 8 2 a ) Alocución de E t n i s c o ( 1 8 2 b ­ 2 0 7 ) 1. Lamentano {182b­194) 2. C onsolatio (195­204) Despedida de Estacio ( 2 0 8 ­ 2 1 6 ) D o s a s p e c t o s e n la c o m p o s i c i ó n de esta Silva llaman e s p e c i a l m e n t e la atención: la libertad c o n q u e Estacio d i s p o n e y manipula las s e c c i o n e s tradi­ cionales del g é n e r o del epicedio; y el p r e d o m i n i o del c o m p o n e n t e n o estric­ tamente funerario, sino e n c o m i á s t i c o , más p r o p i o de g é n e r o s c o m o el e n c o m i o imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λόγος. Dos tratadistas antiguos de Retórica epidíctica a b o r d a n la división del g é ­ nero: Menandro el Rétor y P s e u d o ­ D i o n i s i o . A u n q u e a m b o s s o n d e é p o c a tar­ día (fines del S. III d. C o principios del IV), se ha supue.sto q u e su preceptiva es un reflejo de la tradición literaria y de tratados retóricos anteriores h o y per­ didos ( c f Vollmer 26­27, 316­7, Lohrisch, «Stat. stud, rhetoricis» passim, Van f)am 6 4 ) . P . s e u d o D i o n i s i o alude a d o s .secciones temáticas principales del g é n e r o : el elogio ( έ π α ι ν ο ς ) y la sección de c o n s u e l o ( π α ρ α μ υ θ η τ ι κ ό ς λ ό γ ο ς ) . Menan­ dro distingue tres s e c c i o n e s en su Π ε ρ ι ε π ι τ α φ ί ο υ ( 4 1 8 . 5 ­ 4 2 2 . 4 ) : e n c o m i o (έγκοίμιον: 4 1 9 . 1 1 ­ 4 2 1 . 1 0 ) , l a m e n t o ( θ ρ ή ν ο ς : 4 2 1 . 1 0 ­ 1 4 ) y c a p í t u l o de c o n ­ suelo ( κ ε φ α λ ά ι ο ν τό π α ρ α μ υ θ η τ ι κ ό ν : 4 2 1 . 1 4 ­ 2 4 ) . R e s p e c t o a la preceptiva de Menandro, nótese, sin e m b a r g o , q u e este autor trata tres tipos de discursos SILVA T E R C E R A 245 de tema f ú n e b r e : π α ρ α μ υ θ η τ ι κ ό ν ( 4 1 3 5 ­ 4 1 4 . 3 0 ) , ε π ι τ ά φ ι ο ς ( 4 1 8 . 5 ­ 4 2 2 . 4 ) y μ ο ν ω δ ί α ( 4 3 4 . 1 0 ­ 4 3 7 . 4 ) , La distinción entre los tres a v e c e s n o es clara, pero .se entiende que en el primero predomina el c o n t e n i d o de c o n s u e l o , e n el se­ gundo el d e e n c o m i o y en el tercero el de lamento ( c f Russell­Wilson 3 2 5 ) . Los críticos m o d e r n o s h a n distinguido divisiones similares. Seguiré a Esteve Forriol ( Trostgedichte 115­4), q u e r e c o n o c e los apartados de laudatio, lamen­ tatio, descriptiones y consolatio. En esta Silva de E.stacio, las s e c c i o n e s más estrictamente fúnebres de la­ mentatio, consolatio y descriptiones a p a r e c e n dispersas en el exordium y el epíkjgo. La s e c c i ó n central, por su parte, es un e l a b o r a d o e n c o m i o del difun­ to, q u e en la práctica se convierte e n un relato b i o g r á f i c o p o r m e n o r i z a d o , que predomina cuantitativamente en el conjunto ( w , 4 3 ­ 1 7 1 = 129 versos so­ bre 2 l 6 = 60%). Estacio usa la misma técnica en el e p i c e d i o a su padre (V 3) y en el epicedicí a Priscila (V 1), d o n d e dedica una amplia s e c c i ó n central a una laudatio biográfica de, respectivamente, su progenitor y A b a s c a n t o ( e s ­ poso de Priscila). En la laudatio de Etrusco, Estacio a b o r d a tres s u b s e c c i o n e s habituales, γένος, π α τ ρ ί ς y π ρ ά ξ ε ι ς , según la preceptiva d o c u m e n t a d a en Pseudo­Dioni­ sio ( p . 2 7 8 ) y M e n a n d r o el Rétor ( 4 2 0 . 1 1 ­ 1 2 ) . Estas partes s o n propias tam­ bién del e n c o m i o n o fúnebre, c o m o el del panegírico imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λόγος (Men. Rh. 370.8­373.6). Una constante en la c o m p o s i c i ó n d e esta Silva e s la t e n d e n c i a d e Estacio a construir distintas partes mediante estructuras tripartitas, c o n dos s e c c i o n e s extremas q u e se c o r r e s p o n d e n e n forma de c o m p o s i c i ó n anular y una s e c ­ ción central q u e contrasta c o n éstas. Este e s q u e m a se detecta en la estructura global: I, EXORDIUM ( f ú n e b r e ) ; II. LAUDATIO (biográfica); y III EPILOGUS (fúnebre); d o n d e las s e c c i o n e s I y III se retoman. T a m b i é n hay una estructura similar e n la descriptio funeris, en la q u e alternan las d e s c r i p c i o n e s d e los muñera materiales c o n los p o é t i c o s (cf. el e s q u e m a d e los w . 3 1 ­ 4 2 ) ; en la narración de la biografía del difunto (63­105: vida pública; 106­37: vida priva­ da; 138­71: vida pública); y en el epílogo, d o n d e se alternan las e l o c u c i o n e s de Estacio y Etrusco ( 1 7 2 ­ 8 2 a : Estacio; 182b­207: Etrusco; 208­16: Estacio). DESTINATARIOS El p o e m a está c o m p u e s t o para c o n s o l a r a C laudio Etrusco ( c f PIR, C 6 8 0 ; White, ­Friends of Mart. Stat. Plin.» 275­279; R­E. Ill 2719, s.v. C laudius, 143), por la muerte de su padre. Es el h.\]o menor de un hombre que se alzó de la esclavi­ tud al status ecuestre por sus servicios a la C asa Imperial e n distintos cargos ad­ ministrativos, cuya culminación fue el de procurator a rationihus. El hijo aparece en las Silvas c o m o un caballero a c o m o d a d o . Estacio le dedica también Silv. I 5 para celebrar sus termas ( c f Mart. VI 42 s o b r e el m i s m o t e m a ) . 246 E COM NTARIO Para el padre de C laudio Etrusco, cf. Lotito, «Liberto funzionario» 2 7 5 ­ 3 5 0 , Weaver, «Father of Etruscus», R.­E. III 2 6 7 0 (C laudius, 3 1 ) , PIR, C 7 6 3 . D e él se ignora incluso el n o m b r e , a u n q u e se le suele llamar C laudius e n las o b r a s d e referencia. Nació en el año 2 ó 3 d . C , segíin se d e d u c e de dos datos: 1) murió a los 90 a ñ o s (Mart. VII 4 0 , 6 ) ; y 2) los p o e m a s de Estacio y Marcial q u e tratan .su muerte fueron c o m p u e s t o s a principios del 9 3 y finales del 92 respectiva­ mente (véase Datación de esta Silva). Entró al servicio de la C asa Imperial e n su adolescencia, entre el 18 y el 20 d . C , en é p o c a de Tiberio (cf. 6 6 ­ 6 9 n . ) , de­ s e m p e ñ ó diferentes c a r g o s administrativos n o e s p e c i f i c a d o s b a j o C aligula, Claudio y Nerón, hasta ser n o m b r a d o a rationibus p o r V e s p a s i a n o en el 7 0 d.C. ( c f 8 5 ­ 1 0 5 n . ) , cargo en el q u e c o n t i n u ó c o n Tito. L u e g o fue desterrado por D o m i c i a n o durante unos o c h o a ñ o s , d e s d e el 82/83 hasta el 90 d.C . (cf. 154­71 n . ) . DATACIÓN Esta Silva fue escrita p o c o d e s p u é s de e n e r o del 9 3 , fecha en q u e Domi­ ciano regresó de su victoria s o b r e los Sármatas y r e n u n c i ó al triunfo (un dato m e n c i o n a d o en los w . 170­1: cf. nn. ad loe). S o b r e la datación de dicha g u e ­ rra, cf. Gsell, Domitien 227­8. El libro VII de Marcial, p o r su parte, q u e con­ tiene un e p i g r a m a d e d i c a d o a la muerte de Etrusco (VII 4 0 ) , fue p u b l i c a d o para las Saturnales (en d i c i e m b r e ) del 92 d.C . (cf. Friedlaender 5 8 ) . S u p o n i e n ­ do q u e a m b o s e p i c e d i o s fueran escritos n o m u c h o d e s p u é s de la muerte d e Claudio, s e c o n c l u y e q u e ésta a c a e c i ó e n la s e g u n d a mitad del a ñ o 92. C f. Lottich, III3 3, C arradice, «The b a n i s h m e n t o f the father o f Etruscus» 101. INTERPRETACIÓN Quizá se trate de la Silva más compleja de la c o l e c c i ó n , tanto p o r su e x ­ tensión c o m o p o r la a c u m u l a c i ó n de e l e m e n t o s retóricos y la densidad de las referencias literarias. Desde un punto de vista g e n é r i c o , la Silva s e m u e v e e n d o s tradiciones: 1) la literatura fúnebre; y 2 ) el e n c o m i o d e p r o h o m b r e s ( g é n e r o del panegíri­ c o imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λ ό γ ο ς ) , en la medida en q u e incluye un largo e n c o ­ mio de un h o m b r e q u e o c u p a b a una alta posición en la corte. A m b o s g é n e r o s incluyen un e n c o m i o c o m o s e c c i ó n c o m ú n , p u e s , c o m o s e ha a p u n t a d o , el e n c o m i o es un ingrediente presente en m u c h o s g é n e r o s epidíctícos distintos (cf. Nicol. ΠΙ 4 7 8 Rhet. gr. S p . ) . Un discurso f ú n e b r e , e n particular, p u e d e en­ tender.se c o m o el e n c o m i o de un m u e r t o (así T e ó n , Rhet. gr. I I 1 0 9 Sp.) o, m á s técnicamente, c o m o un e n c o m i o al q u e se le h a n añadido d o s s e c c i o n e s adi­ cionales, de lamento y de c o n s u e l o (Burgess, Epideictic literature 130). SILVA TERCERA La literatura 247 fúnebre Toda la literatura funeraria gira e n t o m o a tres constituyentes temáticos, el lamento, el e l o g i o y el c o n s u e l o , cuya importancia relativa varía c o n los g é neros. Por otro lado, c a b e distinguir tres á m b i t o s e n la literatura funeraria: el de la retórica (tanto real c o m o prescriptiva), el de la poesía y el de la filosofía. Los g é n e r o s q u e hay q u e abordar en los tres ámbitos son: Retórica Real: epitafio ateniense, laudatio Prescriptiva. funebris romana. Poesía Epigrama sepulcral, trenos é p i c o , e p i c e d i o . Filosofía Consolatio. D i a c r ò n i c a m e n t e , a b o r d a r e m o s los g é n e r o s c o n el siguiente orden: epigrama sepulcral, trenos é p i c o , epitafio ateniense, laudatio funebris, consolatio filosófica, e p i c e d i o literario y retórica preceptiva. El epigrama sepulcral La manifestación poética más sencilla de literatura funeraria es el epigrama sepulcral, q u e se caracteriza p o r la b r e v e d a d y a b u n d a n c i a de estereotipos, y cuyos ingredientes temáticos son el e l o g i o c o n v e n c i o n a l de las virtudes del difunto y la alusión a la d e s e s p e r a c i ó n d e los d e u d o s . Véase Lattimore, Themes in epitaphs, Lier, «Carm. sepulcral.». La influencia mutua entre los textos inscripcionales y los literarios e s inevitable ( e s fundamental Cugusi, Aspetti letterari dei CLE, q u e trata Estacio e n p p . 1 8 9 - 9 0 ) . E s t a c i o usa diferentes motivos y fórmulas p r o c e d e n t e s de epitafios sepulcrales ( c f 127n., 2 0 8 - 9 a n., 2 1 4 ) , a u n q u e bastantes de ellos s o n simples lugares c o m u n e s . La influencia en sentido contrario t a m b i é n se d o c u m e n t a : un lapicida incorporó un pasaje de esta Silva en una inscripción del siglo IV d.C. e n c o n t r a d a e n Argelia (III 3, 128-30 = a,£ 1 7 8 7 . 2 - 4 ) . 248 COMENTARIO El trenos é p i c o En el origen del desarrollo d e la literatura funeraria está el l a m e n t o ritual é p i c o o trenos (6pìrìvo(;), p r o n u n c i a d o p o r un pariente s o b r e su marido, hijo o familiar recién fallecido en la batalla. Cf. Men. Rh. 4 3 4 . 1 0 - 4 3 7 . 4 ( c o n Rus.sell-Wilson 347 y Soffel, Regeln Menanders 6 2 - 5 , 1 5 5 - 9 5 ) , Alexiou, Ritual Lament, Burgess, Epideictic Literature 146, Reiner, rituelle Totenklage. Homero sirvió de m o d e l o c o n los trenos s o b r e Héctor de Priamo (//. XXII 4 1 6 - 2 8 ) , H e cuba OOai 4 3 1 - 6 , X X I V 7 4 8 - 5 9 ) , A n d r o m a c a (XXII 4 7 7 - 5 1 4 , X X I V 7 2 5 - 4 5 ) y Helena (XXIV 7 6 2 - 7 5 ) . Los e j e m p l o s a b u n d a n e n tragedia (S. El. 137, E. Ips. 757, etc.), en la épica de Apolonio de Rodas (I 2 7 8 - 9 1 ) , e n Virgilio {Aen. I X 4 8 1 - 9 7 ) , Ovidio {met. XIII 4 9 4 - 5 3 2 ) y Estacio {T. III 1 5 1 - 6 8 ) . Rasgos de estos trenos son el lamento de.sgarrado, la exteriorización d e gestos rituales de d u e lo y la proximidad del e m i s o r del l a m e n t o c o n el difunto. Es p o s i b l e detectar algunas coincidencias: el t o n o del l a m e n t o airado de Etrusco p o r la muerte de su padre recuerda los schethllasmoípropios de los trenos ( c f 1 8 2 b - 8 7 n . ) ; Estacio enumera también gestos rituales de d u e l o (cf. 8-lOa n . ) ; a d e m á s , la imagen c o n c r e t a de los a c o m p a ñ a n t e s r e t e n i e n d o al d e u d o superviviente n o s recuerda a un lamento ritual en Virgilio (cf. Stat. 178n. vix famuli comitesque tenent ~ Verg. Aen. IX 5 0 0 - 2 ) . El epitafio ateniense El siguiente estadio p e r t e n e c e al ámbito de la oratoria. Es el discurso fúnebre ateniense (eTttxátptOi;), p r o n u n c i a d o en los siglos V y IV a.C. c o m o h o m e n a j e p ú b l i c o a los c a í d o s e n la guerra. V é a s e M e n . Rh. 4 1 8 . 5 - 4 2 2 . 4 c o n Russell-Wilson 3 3 1 , Burgess, Epideictic Literature 146-57, K e n n e d y , Persuas. Greece 154-66, Martin, Antike Rbetorik 1 7 9 - 8 2 . Los epitafios q u e se han c o n servado o de los q u e t e n e m o s noticia incluyen: dos discursos de Pericles, del 439 y del 4 3 1 a.C. (cf. Plut. Per VIII 6 y 7??. II 35-46, r e s p e c t i v a m e n t e ) ; un discurso de Gorgias (fr. 6 ) , el Menexenus de Platón y los discursos atribuidos a Lisias (Or. 2 ) , D e m ó s t e n e s ( O r 6 0 ) e Hipérides (Or. 6 ) . El g é n e r o , c o n el precedente del Menexenus de Platón, a c a b ó p o r convertirse e n m e r o ejercicio escolar o retórico. T e n e m o s noticia de tres de tales discursos ficticios c o m p u e s t o s por Arístides ( d e l s. II d . C ) , h o y perdidos (noticia e n Men. R h . 4 1 8 . 1 0 ; c f Boulanger, Aelius Aristide ìli). Las caracterísücas del discurso fúnebre q u e c o n v i e n e recordar aquí son: 1) su naturaleza pública, nacional y ritual; 2) su carácter colectivo, frente al individualismo del trenos; 3 ) e s e s e n c i a l el predominio absoluto del c o m p o n e n t e laudatorio s o b r e el consolatorio o d e lamento (Burgess ha calculado q u e hasta cuatro quintos del total de los discursos se dedican al e l o g i o de los guerreros muertos y de Atenas: Epideictic Literature 1 4 8 ) . En dos de estos tres rasgos se p u e d e detectar una coincidencia con este e p i c e d i o de Estacio: el carácter nacional y el p r e d o m i n i o del e l o - SILVA TERCERA 249 gio. Estacio c o m p u s o siete e p i c e d i o s . Seis d e ellos (II 1, II 4, II 6, V 1, V 3, V 5) son estrictamente privados. En c a m b i o , en esta Silva la muerte de Claudio tiene una dimensión pública, c o m o procurator ab rationibus q u e era. D e ahí q u e Estacio enfatice el servicio de Etrusco al Estado ( 8 5 - 1 1 0 ) , sin q u e este dato implique q u e se excluya la dimensión personal de la muerte de Claudio. La laudatio funebris La contrapartida romana del discurso f ú n e b r e a t e n i e n s e es la laudatio funebris. Cf. Kierdorf, Laudatio Funebris, O. C. Crawford, «Laudatio funebris», C7 37 ( 1 9 4 1 - 4 2 ) , 17-27, Durry, Élog. fun. d'une matrone rom. XI-XLIII, Vollmer, Laud, funebrium Romanorum, R.-E. XII 9 9 2 - 4 (F. Vollmer). Su forma más difundida e s la laudatio privata pro contione, q u e consistía en un e l o g i o del difunto, a mayor gloria de su gens, p r o n u n c i a d o p o r un pariente p r ó x i m o delante del p u e b l o reunido en a s a m b l e a ante los rostra del F o r o . El difunto era normalmente un magistrado m i e m b r o de una gens prestigiosa (v.gr. Cecilio Mételo, cuya laudatio fue p r o n u n c i a d a por su nieto e n el 221 a . C , s e g ú n Plin. nat. VII 1 3 9 ) . A partir del s. I a.C. t a m b i é n s o n o b j e t o de laudationes mujeres de grandes familias, c o m o en la laudatio Turiae(CILYl 1527 = D e s sau 8 3 9 3 ; véase la e d i c i ó n c o n c o m e n t a r i o de Durry y la de E. Wistrand, Tbe so-called Laudatio Turiae, Lund, 1 9 7 6 ) , la laudatio Murdiae (CIL VI 1 0 2 3 0 = 8 3 9 4 Dessau) y la d e Matidia escrita p o r su y e r n o Hadriano iCIL XIV 3 5 7 9 ) . La segunda variedad es la laudatio publica pro contione, e n la q u e se elogiaba a un m i e m b r o de la familia imperial o alto dignatario c o n o c a s i ó n de un funeral público ifunus publicum), d e c r e t a d o p o r el S e n a d o y financiado del erario público. El orador era el propio e m p e r a d o r o un magistrado encarg a d o ( c o m o p o r e j e m p l o el e l o g i o de Augusto p r o n u n c i a d o p o r Tiberio: c f Suet. Aug. C 6 ) . Creo q u e n o s e ha d e s t a c a d o suficientemente la influencia d e la modalidad privata pro contione en este e p i c e d i o . Considérense los siguientes puntos de coincidencia: 1) C o m o e n la laudatio privata pro contione, el difunto es un alto dignatario. Ahora bien, c o m o es la familia y n o el Estado el q u e sufraga el funeral (cf. vv. 35-7a n.), este epicedio n o s recuerda a la laudatio privata, n o a la publica. 2 ) Además, c o m o en la laudatio, el e l o g i o muestra gran p r e o c u p a c i ó n por la gens del muerto. Gens e s una forma de hablar para referirse a la familia de un liberto, p e r o de h e c h o Estacio usa e n c o m i á s t i c a m e n t e el término ( 4 3 ) . Estacio ensalza los propinqui de Claudio c o m o su hijo Etrusco (6-7 y passim), su mujer Etrusca ( 1 1 1 - 3 7 ) y su c u ñ a d o T e c i o J u l i a n o ( 1 1 5 - 2 1 a ) . 3) El orador de una laudatio privata pro contione era m u y f r e c u e n t e mente el hijo del muerto: aquí Estacio se erige en portavoz del hijo de Claudio, q u e ha e n c a r g a d o e x p r e s a m e n t e el e p i c e d i o . P u e d e c o m p a r a r s e el dato 250 COMENTARIO de que la laudatio de Serrano ( 5 4 a.C.) fue pronunciada por su padre, p e r o escrita por Cicerón (cf. Cic. ad Q. fr. Ili 6, 5 ) . 4 ) Se e s t a b l e c e a m e n u d o e n la laudatio una división entre el e l o g i o d e la vida píiblica del muerto y sus virtudes privadas y domésticas. Así, e n la laudatio de Cecilio Mételo, primero se relata su cursus, l u e g o su vida privada (cf. Plin. nat. VII 39 y Durry, Élog. fun. d'une matrone rom. XLII). Así p r o c e d e precisamente Estacio (vida píiblica: 6 3 - 1 0 5 , 1 3 8 - 7 1 ; privada: 1 0 6 - 3 7 ) . 5) Merece consideración también la influencia e n E.stacio (y e n otros autores de e p i c e d i o s ) de laudationes de mujeres. En éstas la s e c c i ó n relativa a los h e c h o s del difunto {cursus honorum, gesta, e t c . ) se sustituía p o r otra relativa a virtudes más domésticas y por el e l o g i o de la prole de la difunta. Cobraba importancia la alusión a otros m i e m b r o s v a r o n e s de su gens. Así procede Estacio en su e p i c e d i o en miniatura a Etrusca ( 1 1 1 - 3 6 7 ) , d o n d e trata las s e c c i o n e s de genus y propinqui ( 1 1 5 - 2 1 a ) y fecunditas (121b-23). Ambos motivos ya se d o c u m e n t a n en el c é l e b r e e p i c e d i o de Propercio a Cornelia (IV 11: c f las alusiones a los propinqui varones e n 29-32, 63-66, y a la prole e n fa6 7 - 7 4 ) y n o se olvide q u e Estacio tiene un e p i c e d i o d e d i c a d o a una mater milias (V 1, Epicedion in Priscillam (Ahascanti) uxorerri), e n la tradición d e las laudationes femeninas y de Prop. IV 11. La consolatio filosófica La filosofía, por su parte, tiene c o m o destinatarios los d e u d o s del difunto y, c o m o objeto, proporcionar c o n s u e l o . S o b r e el tema e s fundamental Kassel, KonsolationsUteratur. Es cierto q u e una s e c c i ó n d e c o n s u e l o también a p a r e c e en otros g é n e r o s ( c o m o en el discurso fúnebre ateniense: cf. Men. Rh. 4 2 1 . 1 0 14 y Burgess, Epideictic Literature 156; y el e p i c e d i o p o é t i c o : cf. Esteve, Trostgedichte 1 4 7 - 5 4 ) p e r o e n los tratamientos filosóficos p r e d o m i n a relativam e n t e s o b r e otros t e m a s . El tratado clásico era el Perl pent bous d e Crantor (ca. 300 a . C ) . En Roma se encuentran e j e m p l o s del g é n e r o en Cicerón (epist. V 16, 17, 18), Servio Sulpicio Rufo (Cic. epist. IV 5), S é n e c a (epist. 63, 93, 99, dial. VI [Ad Marciami, XII [ad Polybium] y XI [ad Helviam matremí), Plinio el J o v e n (epist. I 12; III 7; X X I 5), P s e u d o - P l u t a r c o (Consolano ad Apollonium) Y Plutarco (Ad uxorem). Juvenal escribió una consolación paródica (XIII), lo que sugiere q u e el g é n e r o se consideraba establecido. Resulta llamativo c ó m o el ingrediente consolatorio de esta Silva es c o m p a r a t i v a m e n t e esc a s o y n o d e p e n d e de fuentes filosóficas. La filosofía r e c o m e n d a b a una actitud de aguante y re.signación ante la inevitabilidad de la muerte (Kassel, KonsolationsUteratur 63). En c a m b i o , los argumentos de Estacio son peregrinos: Claudio disfruta del Eli.sio ( 2 2 - 3 0 n . ) , un h e r m o s o m a u s o l e o lo inmortaliza ( 1 9 5 - 2 0 2 ) y se comunicará e n s u e ñ o s c o n su hijo ( 2 0 3 - 4 ) . Estos argumentos n o son propios de la filosofía, sino de la literatura. SILVA TERCERA 251 El e p i c e d i o p o é t i c o Sobre el e p i c e d i o e s fundamental Esteve, Trostgedichte (cf. un r e s u m e n en Nisbet-Hubbard 280 ad Hor. carm. I 2 4 ) . Este g é n e r o n a c i ó en la p o e s í a helenística: Erinna, Arato y Euforión l a m e n t a r o n la m u e r t e de familiares y amigos. El g é n e r o fue introducido p r o b a b l e m e n t e e n Roma p o r Partenio, s o bre la muerte de su mujer Arete, e influyó e n el n e o t é r i c o Calvo, q u e c o m p u so una elegía a su mujer Quintilla. Catulo lamenta la muerte de su h e r m a n o en una breve elegía q u e d e b e m u c h o a la inscripción sepulcral (CI) y q u e Estacio tuvo e n cuenta (véanse reminiscencias en 181-82a n., 208-9n.). T e n e m o s también el lamento de Virgilio por Marcelo {Aen. VI 8 6 8 - 8 6 ) , de Propercio por Peto, Marcelo y Cornelia (III 7, III 18, IV 11, respectivamente), de Horacio por Quintilio Varo (carm. I 24) y por el puer delicatus de Valgio Rufo (carm. II 9 ) , de Ovidio por un papagayo (am. II 6 ) y p o r Tibulo (am. III 9 ) . Se conservan también dos epicedios anónimos: las Elegiae in Maecenatem ( é p o c a augústea) y la Consolatio ad Liviam (ejercicio escolar de é p o c a de Nerón, el primero en hexámetros dactilicos). Marcial escribió numerosos epigramas funerarios ( c f J o h n s o n , «The obituary epigrams o f Martial», CJ 49 ( 1 9 5 3 - 5 4 ) , 265-72), incluyendo uno dedicado a la muerte de Etrusco (VII 40). Un e p í g o n o del género es Ausonio, que en el siglo IV d.C. c o m p o n e un Epicedion in patrem, siguiendo las huellas del propio Estacio en el epicedion in patrem suum (V 5 ) . El g é n e r o del e p i c e d i o p o é t i c o es i n d u d a b l e m e n t e el q u e mayor relevancia tiene en las Silvas fúnebres de Estacio. El e p i c e d i o ovidiano al p a p a g a y o (am. II 6 ) le sugirió su propio Psittacus (II 4 ) y n o c a b e duda de q u e Estacio leyó también el epicedio a Tibulo (am. III 9 ) : c f , en esta Silva, los w . 24, 193-94, 214. Los epicedios de Estacio dedicados a muchachos (II 1, II 6, V 5) se inspiran en Hor. carm. II 9; y el dedicado a Priscila ( V I ) puede compararse c o n el de Propercio a Cornelia (IV 11), en la tradición de Partenio y Calvo. En cambio, este epicedio que nos ocupa ahora se dedica a un alto dignatario de corte con quien Estacio tiene una relación indirecta y profesional (es el padre de u n o de sus patrones). El precedente de epicedio poético a un h o m b r e público h e m o s de buscario en la Consolatio ad Liviam y en las Elegiae in Maecenatem. La Retórica La preceptiva retórica tardía s e o c u p ó de teorizar s o b r e el g é n e r o funerario, estableciendo normas y distingos sutiles. Ello T e ó n ( f e c h a incierta, quizá S. I d.C.) h a c e una breve m e n c i ó n del g é n e r o , definiéndolo sin más c o m o enc o m i o de una persona muerta (Rhet. gr. II 109, 23-25 S p . ) . H e m o s de esperar hasta é p o c a tardía para encontrar un tratamiento sistemático: los tratados del siglo III d.C. de M e n a n d r o el Rétor y P s e u d o - D i o n i s i o . La opinión crítica tradicional es q u e estos tratados tardíos se r e m o n t a b a n a tratados anteriores, q u e debían h a t e r influido en los ejemplos literarios clásicos. Hoy se tiende a pensar. 252 C OMENTARIO sin embaído, que hay bastante de lo contrario: estos tratadistas tardíos teorizaron sobre un corpus poético preexistente. Es de sospechar incluso q u e Menandro leyó de hecho las Silvas, pues a veces recomienda detalles que .se documentan en Esta­ cio y en ningún otro lugar anterior, poético o retórico"*'. Si se toman demasiado en .serio estos tratadistas se corre el riesgo de complicar innecesariamente la cuestión. Así por ejemplo, Menandro discute tres géneros funerarios distintos, c o m o señalé arriba. Me inclino a peasar, sin embargo, que Menandro ha pretendido hacer arbi­ trariamente tres géneros de lo q u e simplemente eran tres aspectos temáticos: el elogio, el lamento y el consuelo. Si m e n c i o n o e n mi comentario frecuentemente las coincidencias entre la preceptiva de Menandro y la práctica de Estacio, es en parte para sugerir una hipotética influencia retórica e n Estacio y e n parte para mo.strar la influencia de Estacio e n M e n a n d r o . Nota t e r m i n o l ó g i c a La Silva II 1 es llamada epicedion (II Praef. 8 ) , término q u e a p a r e c e tam­ e n el título bién en los títulos de V 1, V 3 y V 5. E n c a m b i o , ,se usa consolatio de e.sta Silva ( c o n el q u e p u e d e c o m p a r a r s e solacium e n III Praef. 1 5 ) y a propósito d e II 6 ( c f II Praef. 2 0 ) . A pesar de las distinciones d e gramáticos tar­ díos entre e.stos dos términos ( c f Proclo en Phot. Bibl. 321''30), lo cierto es q u e no hay diferencia perceptible en Estacio entre lo q u e llama epicedion y conso­ latio. Lo mejor es s u p o n e r q u e Estacio usa los dos términos c o m o sinónimos intercambiables, u n o latino (consolatto) y el otro griego (epicedion, de (μέλος) επικήδειον, «canto recitado e n un funeral» [κηδος]). Un argumento de p e s o a fa­ vor de esta conclusión es que la misma Silva q u e Estacio califica c o m o epicedion es llamada solacia unas líneas más abajo (cf. II Praef. 8 y 12 respectivamente). carmen (V 3, 1) e n la línea Estacio, además, usa la perífrasis poética lamentabile de la denominación ovidiana carmen exequiale ( O v . met. X I V 4 3 0 ) . En suma: léxica. no hay q u e ver diferencias de g é n e r o e n lo q u e es una mera variatio Para la cuestión, cf. Van D a m 67, Newmyer, Silv. of Stat. 19· FI encomio imperial LIn s e g u n d o g é n e r o cuya influencia se acusa e n este e p i c e d i o es el del panegírico imperial o β α σ ι λ ι κ ό ς λόγος, consistente e n el e n c o m i o d e un per­ Citaré .sólo algunos: 1) el color de que una e.statua ha caído del cielo (Stat. I 1, 2­3 ~ Men. Rh. 44s,19 y Nicolao, Nhet. Gr III 492 Sp,), Hay un paralelo en Mart. VI 13, 1, pero la coincidencia entre Menandro y Kstacio es asombrosa; 2) la alusión a la relaciones que unen al cantor de un epitalamio y los novios (Stat. I 2, 256­65 ­ Men. Rh, 399.23­27); 3) la mención en un propemptikón de divinidades marinas menores como protectores de la navegación (Stat, III 2, 35 ­ Men, Rh, 399,2), E l motivo se doctimenta en otros autores, pero la mención de Proteo es exclusiva de Menandro y E.stacio (cf. 111 2, 35­38n,). SILVA TERCERA 253 sonaje preeminente, rey, e m p e r a d o r o alto dignatario. La historia del g é n e r o se escinde continuamente entre la prosa y la poesía. El g e r m e n son los e n c o mios de Pindaro y Baquílides. Luego el Evagoras de Isócrates ( 3 7 4 a . C ) , e n prosa, fijó sus reglas e s e n c i a l e s y se c o n v i n i ó e n m o d e l o . D e s d e é p o c a alejandrina el panegírico adquirió forma poética, en los e l o g i o s d e P t o l o m e o escritos por Teocrito (XVII) y Calimaco (Jov. 5 5 - 6 7 ) . Y a e n la literatura latina a b u n d a n los e l o g i o s pciéticos de e m p e r a d o r e s , magistrados y p r o h o m b r e s , inaugurados p o r el Panegyricus Messalae. A éste siguieron los e n c o m i o s de Augusto desperdigados por la obra de Virgilio, H o r a c i o y Ovidio, la Laus Pisonis de é p o c a de Nerón, Estacio y Marcial. En prosa, d o s discursos d e Cicerón p u e d e n considerarse representativos del g é n e r o (pro lege Manilla, que constituye un e n c o m i o d e P o m p e y o , y el pro Marcello), así c o m o las LLisiorias de Velleyo Patérculo, el de dementia d e S é n e c a y un corpus de d o c e Panegyrici Latini q u e se abren c o n el f a m o s o Panegírico de Trajano de Plinio el J o v e n (todos de los ss. III-IV d.C. salvo el del Plinio). Los e j e m p l o s tardíos .se multiplican, d e s d e Claudiano (s. IV d . C ) , q u e fue un especialista del g é n e ro ( c f Cienfuegos, Panegírico en Claud) hasta C o r i p o (VI d . C : c f Ramírez de Verger, Coripp.: paneg. de Justino LLy Previale, «Panegírico bizantino»). La tradición del basilikós logos invade las Silvas: la mayoría de los p o e m a s de la colección incluyen algún elemento de elogio del emperador Domiciano o de un patrón (salvo Silvas personales c o m o V 3, V 4 o V 5). Más en concreto, la Silva TV 1 puede considerarse un ejemplo formal de basilikós logos ( c f Coleman 62-5 ad loc.). En esta Silva q u e nos ocupa la influencia del discurso imperial se manifiesta en el predominio del c o m p o n e n t e encomiástico sobre el funerario. La .sección de elogio de Claudio se plantea c o m o una biografía narrada en su secuencia cronológica ( w . 43-171). C o m o se ha apuntado, las relaciones entre biografía y encomio son estrechas (Burgess, Epideictic Literature 117). También destaqué al comentar la estnictura de la Silva q u e las secciones que constituyen el relato biográfico de Claudio (43-58 genus, 59-62 patria y 63-105 facta) son habituales del encomio, funerarie^ o n o , tal c o m o prescriben incluso los rétores teóricos ( c f Men. Rh. 420.10-16 para el e n c o m i o fúnebre y 370.8-373-6 para el basilikós logos). La división entre vida pública y privada q u e c o m e n t é antes también es propia del panegírico. En la Laus Pisonis se aprecia claramente (vida privada: 25-71; transición: 72-86; vida pública: 8 7 - 2 0 8 ) y e n el Panegírico de Plinio (vida pública: 25-80; privada: 81-99; c f Martin, Antike Rhetorik 2 0 6 ) . Otro topos del panegírico imperial es la incapacidad del poeta ante la magnitud de la tarea, c o m o se lee en 97a-8a de e.sta Silva ( c f n. ad loe). Fruto de esa exageración, el panegírico se diferencia de la biografía histórica en q u e n o se cierne estrictamente a los h e c h o s , sino q u e amplifica los positivos y atenúa u oculta los negativos ( c f Nicolao III 4 8 0 , 4 - 1 6 Sp., Burgess, Epideictic literature 95-8 y l l 6 . Men. Rh. 3 6 8 . 3 - 8 , Luciano, Hist. Conscr. VII-VIII c o n c o m e n t a r i o de J . M. Candan Morón, «Luciano y la función de la historia», Habis 1 ( 1 9 7 6 ) , 5 7 - 7 3 , e s p . 6 3 - 6 8 ) . P u e d e c o m pararse el tratamiento de Estacio del origen servil de Claudio ( 4 3 - 5 8 n . ) y del 254 E COM NTARIO destierro q u e sufrió ( l 6 4 n . y 1 8 4 ) . Otro p u n t o de c o i n c i d e n c i a entre esta Silva y el e n c o m i o imperial es la insistencia e n el tema de la fortuna de C laudio (cf. 86, 157 y 183). El motivo de la fortuna es el tema de una sección del pro lege Ma­ nilla de C icerón; Menandro el Rétor prescribe tratar la τ ύ χ η del emperador (376. 24­31). Para el tema, cf. E. Wistrand, Felicitas imperatoria (Acta Universitatis Got­ hoburgensia, Studia Graeca et Latina Gothoburgensia XLVIIl), Gottemburgo, 1987. También es significativo q u e Estacio incluya una digresión sobre la mujer de C laudio y madre de Etrusco (111­37), igual que Teocrito introdujo en su en­ comio de Ptolomeo Filadelfo una digresión sobre su madre Berenice (XVII 34­ 50). Por último, c o n v i e n e tener presente q u e a u n q u e la Silva pretenda primariamente elogiar al difunto y a su hijo, Estacio n o pierde la oportunidad pa­ ra adular de paso al emperador mismo, explotando motivos propios del basilikós logos, c o m o el tópico de la dementia (167­71) y la identificación c o n la divinidad ( c f 183 y saepius: para la asimilación del regente con la divinidad, c f Burgess, Epideictic Literature 130). El e n c o m i o en la preceptiva retórica La preceptiva retórica existente s o b r e el e n c o m i o e s e x t e n s a , incluyendo la Rhetorica ad Alexandrum de A n a x í m e n e s , el Auctor ad LLerennium (III 10­11), C icerón {inv. II 177, de orat. II 3 4 1 ­ 4 9 , part. 7 0 ­ 8 2 ) , Quintiliano Unsi. Ill 7 ) , Alejandro hijo de N u m e n i o , los autores de progymnásmata ( T e ó n , Her­ m ó g e n e s , Aftonio, N i c o l a o ) y, s o b r e t o d o , de P s e u d o ­ D i o n i s i o (al hilo del epitafio) y los tratados de M e n a n d r o el Rétor. P u e d e n leerse amplios resúme­ nes ( n o exhaustivos) en Burgess, Epideictic literature 1 1 4 ­ 1 3 , la introducción de Russell­Wilson a M e n a n d r o el Rétor ( p p . X V I I I ­ X X X I ) y Martin, Antike Rbe­ torik 1 7 7 ­ 2 1 0 . Sin entrar e n una d i s c u s i ó n de detalle de e s t o s tratamientos, conviene señalar q u e bastantes de ellos (así, T e ó n , II 1 0 9 ­ 1 2 Sp.; Nicolao, III 4 7 9 , 2 8 ­ 4 8 2 , 9 Sp.; Aftonio, II 3 5 ­ 3 6 S p . ) o f r e c e n una división del e n c o m i o c o m p a r a b l e a la de M e n a n d r o ( 3 6 8 . 9 ­ 3 6 9 . 1 7 ) , q u e e n u m e r o c o m o paradigma: proemio, origen, nacimiento, e d u c a c i ó n , aptitudes, a c c i o n e s , c o m p a r a c i ó n y epílogo c o n plegaria final. Estacio, c o m o indiqué, distingue e n el e n c o m i o de Claudio las s e c c i o n e s de origen, patria y a c c i o n e s . C oincide c o n las divisiones retóricas en q u e el g é n e r o y la patria o c u p a n una posición inicial, así c o m o en la importancia cuantitativa de la s e c c i ó n de a c c i o n e s , q u e s e r e c o n o c e c o ­ m o capítulo principal ( s e g ú n Doxopater, Rbet. Gr. 11 4 3 2 , 14 Walz; H e r m ó g e ­ nes, Rbet. Gr. II 12, 18­19 Sp.: cf. Burgess, Epideictic literature 1 2 3 ­ 4 ) . Ahora bien, lo importante es el criterio con el q u e se estructura la sección d e acciones. Cicerón (part. 7 5 ) distinguía una triple posibilidad: 1) orden cronologico progre­ sivo; 2) regresivo; o 3) según tipos de virtud. Quintiliano ( msí. III 7, 15) distingue entre orden cronológico y según virtudes. Añonio subdivide las acciones en tres tipos: relativas al espíritu, al c u e φ o y fortuitas. Nicolao critica esa división y pre­ fiere una di.stribución según virtudes cardinales, q u e excluye el relato cronologi­ SILVA TERCERA 255 co. Menandro acepta el criterio de las virtudes cardinales, reservando una (el valor) para la guerra, y las tres restantes (justicia, templanza y sabiduría) para la paz. Encontramos, e n resumen, cuatro posibilidades; 1) criterio cronológico, aunque se aprecia una tendencia a descartado (cf. Teón, II 112, Sp., Nicolao, III 481 Sp.); 2) virtudes cardinales; 3 ) acciones corporales / anímicas / fortuitas; y 4 ) acciones de guerra / paz. Veamos c ó m o p r o c e d e Estado; distribuye las acciones en vida pública y privada, lo q u e no he documentado en la preceptiva retórica, pero sí en ejemplos oratorios {laudatio funebris) y literarios (Laus Pisonis, Panegírico de Plinio) del género encomiástico. A su vez, la narración de la vida pública sigue una secuencia estrictamente cronológica, en contra curiosamente del gusto retórico, pero documentado en ejemplos reales (en seis de los doce Panegyrici Latini las acciones del emperador se narran cronológicamente: II, IV, VI, VIII, X, XII. Nótese el curioso dato de q u e el compilador c o l o c ó en las posiciones pares los panegíricos que cumplían este criterio). Estacio omite toda referencia a las virtudes cardinales c o m o criterio de división: de las cuatro, sólo menciona una, la templanza ( w . 106-8a), al hilo del relato de la vida privada. Por otro lado, un tópico habitual del proemio c o m o la dificultad d e la tarea no aparece en el proemio, según lo habitual (Burgess, Epideictic literature 122), sino en medio de la narración ( 9 7 - 8 ) . En suma: la estructura de esta Silva e s independiente de la preceptiva retórica y se relaciona primordialmente c o n otros ejemplos del género encomiástico. Conviene e s b o z a r ahora la actitud social de Estacio: es la de un cliens q u e está realizando un trabajo e n c a r g a d o por el hijo del difunto ( w . 31-3, 173-7 hic maestipietas meposcit Etrusci..). El objetivo primario es, pues, satisfacer al patrón. La laudatio funebris de Claudio es una excusa para la glorificación de Etrusco y su familia: de ahí el elogio de Etrusca, la e s p o s a de Claudio de d o n d e parte el origen noble de la familia, y, s o b r e t o d o , el énfasis e n la pietas del propio Etrusco. La naturaleza profesionalizada del poema se trasluce en una aaitud distante de Estacio desde el punto de vista emocional, c o m o se manifiesta en la artificiosidad de los argumentos de consuelo. Es sintomático que el largo elogio de Etrusca (111-35 = 25 versos) venga precedido precisamente de la afirmación de Estacio de que él no la conoció. Los w . 111-12 parecen una b r o m a : quis sublime genus formamque insignis Etruscae/ nesciat? baudquamquampropio mihi cognita visa... Como compensación por la frialdad emocional, Estacio se esmera en la brillantez del poema, recurriendo a su acervo retórico y literario. Desde el punto de vista retórico, lo consigue mediante el sobrepujamiento. Según la tendencia a la amplificatio propia de la Edad de Plata, abundan las listas de exempla mitológicos (80-2, 189-94) y de lugares geográficos (89-95). Curiosamente, una de estas listas e s caracterizada por el propio Estacio c o m o convencional y trillada ( c f 1746n.). El ornato convencional se muestra también e n el uso recurrente de tópicos 256 E COM NTARIO funerarios, entre ios q u e c a b e citar el de la mors inmatura (8­12, 136­37), la mención de especias de la pira (33­34, 211­12) y la comparación del difunto c o n una flor tmncada (125­30). T o d o ello revela el conocimiento del oficio de Esta­ cio, pero también su frialdad sentimental ante el tema. Más interesante q u e la acumulación de tópicos retóricos es la explotación de la tradición literaria. La alegoría de la diosa Pietas ( 1 ­ 5 ) p r o c e d e de los relatos poéticos de la Edad de Oro. La descripción del destierro de C laudio recoge, tanto en contenido c o m o fraseología, material procedente de la poesía de exilio de Ovidio ( c f nn. a 154­71 y passim). C o m o argumento de consuelo, Estacio alude a la inmortalidad del difunto c o n la fraseología usada tradícíonalmente para refe­ rirse a la inmortalidad literaria ( 1 9 5 ) . Pero quizá la elaboración literaria más cu­ riosa de la Silva es la inserción de motivos amorosos, procedentes de la poesía augú.stea de tema erótico y especialmente elegiaca, c o n sentido n o erótico. Así, el servitium real d e C laudio c o n respecto al e m p e r a d o r s e pinta c o n exempla propios del servitium amoris elegiaco ( 5 7 ­ 8 ) . La relación de afecto de Etrusco por su padre equivale literariamente al afecto erótico (192­94) y Etrusco pronun­ cia un σ χ ε τ λ ι α σ μ ό ς o queja airada con las características tradicionales del amo­ roso (182­94). Un último aspecto q u e invade el p o e m a e s la alusión a un sLstema filosófico concreto: el estoicismo. Estacio recurre en otras Silvas a la técnica de reiterar las alusiones al si.stema filosófico q u e profesa su destinatario. Así, el p o e m a a la villa de Polio Félix (II 2) tiene un marcado tono epicúreo, de acuerdo con las prefe­ rencias de Polio ( c f Van Dam 191, 209­10, 214 et saepius). Igual ocurre con el Manilio Vopisco de I 3 y Septímio Severo de IV 5 (sobre los cuales puede verse Hardie, Stai. & Silv. 176­82). En este caso, sin embargo, C laudio manifiesta un ca­ rácter estoico (sobre la caracterización ética y filosófica de C laudio, c f Lotito, «Li­ berto funzionario ) . La Silva alude a esta doctrina en los siguientes puntos concretos: la alusión a una ley universal y el panteísmo ( 5 3 ) , el carácter esforza­ do de C laudio ante las penalidades ( 8 3 ­ 4 ) , la metafora de la navegación de la vi­ da ( 8 4 ) , la frugalidad de C laudio ( 1 0 6 ­ 8 ) , la subordinación del gu.sto personal a la razón de estado y consiguiente aceptación de la responsabilidad del matrimo­ nio (108­10) y la creencia e n la c o m u n i c a c i ó n en sueños c o n las almas de los muertos (203­4). El estoicismo es la filosofía q u e el propio Estacio profesó, c o m o se manifiesta repetidas veces en la Tebaida (cf. Legras, Étude sur la Thébaide 157­83). Dada la f r e c u e n c i a de e s t a s r e m i n i s c e n c i a s e s t o i c a s , e s llamativa la paradoja de q u e Estacio n o recurra a la filosofía c o m o e x p e d i e n t e de c o n s u e ­ lo, según e x a m i n é antes. Esta Silva es, en conclusión, un producto profesionalizado de la poesía epi­ díctica. Si el lector o critico espera obtener de su lectura un impacto emocional, siguiendo la tradición de la crítica romántica y subjetivista, queda decepcionado. Si, por el contrario, deja a un lado los sentimientos y el objetivo es aprehender la densidad literaria y formal del texto, la Silva ejemplifica a la perfección los obje­ tivos y métodos de la poesía epidíctica de corte e n épcKa Imperial. SILVA TERCERA 257 I. EXORDIUM ( 1 - 4 2 ) A. La -Piedad- en el funeral (1-21) Estacio introduce la presencia e n la c e r e m o n i a de la diosa Pieias, como alegoría de la devoción filial de Etrusco e n el funeral (pietas: un leit-motiv en la Silva; cf. 7n. pios fletus). Estacio identifica a Pietas c o n Astraea, la última diosa en a b a n d o n a r la tierra c o n el advenimiento de la Edad de B r o n c e (cf. Arat. 9 6 - I 3 6 ) . Sobre la personificación de virtudes abstractas, cf. l - 2 n . Así, la presencia d e Pietas simboliza el regreso d e la Edad d e O r o , lo q u e caracteriza la atmósfera moral del funeral. P r e c e d e n t e s de esta técnica, consistente en m e n c i o n a r la presencia de Astraea c o m o s í m b o l o de moralidad son: a) Catull. LXIV 3 8 4 - 4 0 8 , d o n d e se c o n e c t a la inmoralidad i m p e r a n t e en la é p o c a con el a b a n d o n o de la tierra p o r parte d e los d i o s e s q u e antes convivían c o n los h o m b r e s ; b ) Verg. georg. II 438-74, q u e asimila vida rústica y Edad de O r o y explica esta c o n e x i ó n c o m o un resto de la presencia de la diosa lustitia (variante de Astraea) e n el e n t o r n o rural (v, 4 7 4 ; c f T h o m a s I 2 4 9 ad loe); c ) luv. VI 1-24 presenta a Astraea c o m o Pudicitia (v. 1) y le asigna la función más concreta de garante d e la d e c e n c i a sexual: su au.sencia d e la tierra explica la inmoralidad de su t i e m p o (cf. Courtney 2 6 2 ) ; d ) e n Verg. ecl. VI 6, Calp. ecl. I 42-45 y Bue. Bins. II 22-4 se alude al regreso de la Edad de O r o y de Astrea c o m o s í m b o l o de una nueva etapa política. S o b r e el mito de la E d a d d e O r o , c f L o v e j o y - B o a s , Primitivism 23-102 (función de Astraea en 34-36, 5 3 - 5 5 ) , Cristóbal López, «Edad de Oro», Cristobal López, Virg. y la temática bucólica 4 5 7 - 5 8 y P.A. J o h s t o n , «The metallic myth before Vergil» e n Vergil's agricultural golden age. A study of tbe Georgics, Leiden: E.J. Brill, 1980, 15-40. 1-7: la plegaria a Pietas, para q u e reestablezca la Edad de O r o en el funeral de Claudio, presenta una estructura c o n d e n s a d a de h i m n o clético, c o n su invocación (v. l a ; c f el v o c a d v o Pietas), aretalogía (lh-2; c f la o r a c i ó n de relativo) y súplica (3-7; cf. los imperativos 6 ades, 7 cerne y terge). Para la estructura tripartita del h i m n o , cf. Norden, Agnostos Theos 243-63- S o b r e el himno clético, c f Men. Rh. 3 3 4 . 2 5 - 3 3 6 . 4 y Cairns, Generic Composition 192-7. 1 - 2 : Pietas a p a r e c e alegoría de la virtud d e su n o m b r e , c o m o t a m b i é n en V 2, 9 1 - 3 , V 3, 8 9 - 9 0 y T. XI 4 5 8 ( c f n. de Venini 1 2 2 ) . Astraea a p a r e c e c o n similar función en I 4, l - 3 a . La personificación de Pietas se remonta a Plauto (Cure. 6 3 9 - 4 0 ) y reaparece en S é n e c a (Phaedr. 9 0 3 , Thy. 249, 5 5 9 ) , q u e inspiró p r o b a b l e m e n t e a Estacio. Estos dos versos e v o c a n la Edad d e Oro, é p o c a en la q u e los dioses c o n vivían c o n los h o m b r e s (Arat. 1 0 0 - 7 ) . C u a n d o se introdujo la inmoralidad, los dioses a b a n d o n a r o n la tierra, s i e n d o la última e n h a c e r l o AÍicn ( e n Arato) o lustitia (Virgilio) o Astraea ( O v i d i o ) : c f Arat. 131-6, Catull. LXIV 4 0 7 - 8 , Verg. georg. II 474, Ov. met. I 129-50. La a s o c i a c i ó n de Pietas c o n Astraea tiene su 258 COMENTARIO origen p r o b a b l e m e n t e en Ov. met. I 150-1 vieta iacetpietas, et virgo eaede madentis / ultima caelestum ierras Astraea reliquit. Estacio alude a d e m á s a los siguientes c o n c e p t o s abstractos deificados; dementia (T. XII 4 8 2 ) , Concordia (I 1, 2 4 0 ) , Fides (T. XI 9 8 ) , lustitia (T. II 3 6 0 ) , Natura ( I I I 4 , 76) y Virtus (I 6, 62). Cf. Fortgens 49 ad T. VI 27 y H . L , Axtell, ne deification of abstract ideas in Roman literature and inscriptions, Chicago; Univ. o f Chicago Press, 1907 (Estacio e n p p . 8 1 - 2 ) . 2 r a r a p r o f a n a t a s i n s p e c t a n t n u m i n a t e r r a s : para la estructura de verso de oro, cf. Ill 5, 2n. Para el tema y el l é x i c o , cf. G e r m . 121 rarius invisit maculatas fraudibus urbes, Ov. Pont. I 6, 2 9 - 3 0 haec dea [Spes], cum fugerent sceleratas numina ierra / in dis invisa sola remansit in humo. r a r a : la e s c a s e z de las visitas de Pietas es s í m b o l o de la rareza de la virtud q u e simboliza. Cf. III Praef. 14-16 merebatur et Claudi Etrusci meipietas aliquod... solacium, cum lugeret veris (quod iam rarissimum est) lacrimis senem patrem. 3 : la vestimenta descrita d e cintas y m a n t o b l a n c o s e s propia del culto religioso de m u c h o s dioses, p o r q u e el b l a n c o simboliza pureza ( c f IV 3, 116, Verg. Aen. X 538-39, Tib. I 2, l 6 , Ov. fast. II 6 5 4 , IV 9 0 6 ) . El locus classicus es Cic. Leg. II 4 5 color autem albus praecipue decoras deo est, cum in cetero tum maxime in textili (cf. t a m b i é n Apul. apol. LVI 1 quodpurissimum est rebus divinis velamentum). Cf. M. E. Armstrong, The significance of certain colors in Roman Ritual, Diss. T h e J o h n H o p k i n s University, 1917, 3 6 - 8 . Para el motivo de un dios ataviado c o m o su s a c e r d o t e , cf. III 1, 185n., Hor. carm. I 35, 2 1 - 2 2 albo rara Fides... / velata panno ( c o n n. d e NisbetHubbard I 3 9 6 ) , luv. VI 526 candida... lo [= Lsis]. E.stacio caracteriza el funeral de Claudio c o m o si se tratara de una c e r e m o n i a religiosa (cf. 13 sacris), e n la q u e la «sacerdotisa» Pietas y él m i s m o actúan c o m o oficiantes. n i v e o : afecta apo koinoú a vittata comam (cf. T. III 4 6 6 - 6 7 gemini vates.../niveis ornati tempora vittis). Para el amictus blanco e n un c o n t e x t o religioso, cf. Ov. Fast. Ill 363· 4 - 5 : la huida de Astraea se produjo c o n el a d v e n i m i e n t o del crimen y de la inmoralidad a la tierra^ Nocentes es aquí una d e n o m i n a c i ó n general q u e , e n 1 4 - I 6 n . , d e n o m i n a más c o n c r e t a m e n t e a los h o m b r e s impíos q u e atenían contra sus progenitores (para contrastar c o n la pietas filial de Etrusco). 4 r u d e s p o p u l o s a t q u e a u r e a r e g n a c o l e b a s : hay un z e u g m a en colebas, pues sus dos c o m p l e m e n t o s son dispares s e m á n t i c a m e n t e . Colere significa «frecuentar», «habitar entre» c o n rudes populos (OLD 7b; cf. Catull. LXIV 407, citado a b a j o ) y «habitar en» c o n aurea regna {OLD 1 y 2 ) . Cf. un zeugma comparable en Hor. epist. II 1, 7; ierras bominumque colunt genus. El verso es imitado por Francisco P a c h e c o , Sermo II 4 6 almaque coetus Astraea colebat (insertando coetus de Catull. LXIV 4 0 7 nec talis tur [del] visere coetus). mortales digna- SILVA TERCERA 259 n o c e n t u m / f r a u d e r u d e s : cf. Sen. Med. 3 2 9 - 3 0 Candida nostri saecula paires / videre proculfraude remota. 6-7: triple plegaria a Pietas, distribuida e n un tricolon. Los tres imperativos están artísticamente dispuestos: ades e n el centro del v. 6 y cerne y terge en los e x t r e m o s del 7. La idea d e introducir invitados divinos e n u n a c e r e m o nia humana p u e d e estar inspirada e n Catull. LXIV, d o n d e los dioses asisten a las b o d a s de Tetis y P e l e o ( c o m o e n el epitalamio del propio Estacio: I 2, 123). C f una invitación similar a los dioses para q u e asistan a la c o n m e m o r a ción del nacimiento de Lucano (II 7, 1-23). 6 a d e s : el v e r b o típico de invitación a un dios e n un h i m n o clético, junto con el subjuntivo yusivo adsis o formas de otro v e r b o , c o m o v e n i (= kXQé: cf. III 1, 39n. veni, Verg. georg. I 18 adsis con T h o m a s I 7 1 - 7 2 ) . 7 c e r n e p i o s fletus: un motivo frecuente e n la plegaria a la divinidad es la súplica para q u e c o n t e m p l e a un h u m a n o : c f Catull. LXXVI 19 Me miserum aspicite, Appel, De Roman, precationibus 1 1 8 . En pios fletus la virtud de la pietas se transfiere p o r enálage al llanto de Etrusco, c o m o e n V 1, 32 babentnepios etiamnum haec lamina fletus? La virtud de la pietas es m e n c i o n a d a reiteradamente en e.sta Silva: 31 pio gemito, 3 6 pia nubila, 137, 173, 1 9 1 . l a u d a t a q u e l u m i n a t e r g e : «enjuga sus loados ojos». S e c a r las lágrimas es un acto p r o p i o del q u e recita la consolatio: V 5, 4 4 ( E s t a c i o ) ego manantes oculos... tersi. La acción es t a m b i é n habitual e n el c o n s u e l o de amantes desgraciados: I 2, 9 2 - 9 3 (un Cupido a Estela) blandisque madentia plumis/lumina detersi, Tib. I 9, 3 8 . 8 - 1 2 a : cualquiera q u e viera los signos de d u e l o d e Etrusco ( 8 - l O a ) pensaría q u e el difunto es su hijo o e s p o s a muertos p r e m a t u r a m e n t e ( 1 0 b - 1 2 a ) . 8 - 1 0 a : Estacio recurre e n sus e p i c e d i o s a listas c o n v e n c i o n a l e s d e gestos de duelo, q u e coinciden sustancialmente c o n las tradicionales e n el l a m e n t o ritual griego ( c f Alexiou, Ritual lament 6-8 et saepius), incluyen: a ) planetas o acción de golpearse en el p e c h o : II 1, 2 7 - 2 8 , 171, con n. d e Van D a m 154, III 3, 176-77, III 5, 53n., V 1, 1 7 9 - 8 0 ; b ) rasgado de las vestiduras: II 1, 171, V 1, 20; c ) arrancarse el c a b e l l o : III 3, 133 (cf. Ov. am. II 6, 5 ) ; d ) besar y abrazar el cadaver o la pira: II 1, 23, 172-73, III 3, 18-20, 177, V 1, 194-96, 2 0 2 - 2 , T. II 641 ( c o n n. de Mulder 3 2 6 ) ; e ) la conclamano o i n v o c a c i ó n ritual del difunto: II 6, 5, 82 ( c f Ramírez de Verger 137, n. 82 ad Prop. II 13, 2 8 ) . 8 i n e x p l e t o r u m p e n t e m p e c t o r a q u e s t u : «desgarrándose el p e c h o c o n un llanto desmedido». Nótese la asonancia producida p o r las oclusivas sordas p y / ( q u e e v o c a el s o n i d o de los g o l p e s ) y el q u i a s m o de las c o r r e s p o n d e n cias fonéticas: ínEXpleTO rumPEnTem PEcTora quESTU 260 E COM NTARIO r u m p e n t e m p e c t o r a : iunctura para designar la a c c i ó n del planctus, co­ m o en II 1, 171 pectora rumpls. La e x p r e s i ó n tiene un t o n o hiperbólico, por­ q u e Virgilio la usa c o n el valor de «traspasar el p e c h o (a hierro)»: Aen. I X 432 transadigit costas et candida pectora rumpit. i n e x p l e t o . . . q u e s t u : la idea de q u e el llanto del d e u d o es insaciable es c o n v e n c i o n a l . C f. Hor. carm. I 24, 1­2, c o n Nisbet­Hubbard I 2 7 9 ­ 8 0 . En E.sta­ cio, cf. II 6, 1­2, V 1, 247 immodicos... fletus. 1 0 a s p i c i e n s : el pasaje acusa la influencia de Mart. VII 40 6­8 ( s o b r e el padre de C laudio Etrusco) bic prope ter senas vixit Olympiadas./sed festinatis raptum tibi credidit annis,/aspexit lacrimas quisquís, Etrusce, tuas. 1 0 b ­ 1 2 a : Estacio recurre en otras d o s o c a s i o n e s a la idea de q u e el dolor del d e u d o es variable según la e d a d y relación de p a r e n t e s c o del difunto: cf. V 3, 6 4 ­ 7 4 y II 6, 2­8. Así, se c o n c e d e m á x i m a consideración a la mors inma­ tura de hijos o j ó v e n e s c ó n y u g e s . En c a m b i o , el óbito de un a n c i a n o o de un esclavo causa un dolor m e n o r ; y si a pesar de t o d o lo causa, ello e s d e b i d o a la extraordinaria pietas del d e u d o . La idea se basa en el tópos antiguo de q u e la muerte d e b e respetar un o r d e n natural. En c a s o contrario, el dolor e s par­ ticularmente intenso ( c f Lier, «C arm. sepulcral.» 4 5 6 ­ 7 ) . 1 0 ­ 1 1 p r i m a e v a f u ñ e r a . . . / c o n i u g i s : aquí, y e n la referencia al hijo ( 1 1 ­ 12n.), E.stacio insiste e n el carácter p r e m a t u r o de la muerte, al enfatizar la ju­ ventud d e los difuntos ( 1 0 primaeva, 12 modo pubescentia). La fraseología recuerda a C atull. LXIV 401 primaevi fuñera nati (un pasaje q u e e s muy p o ­ sible q u e Estacio tuviera en cuenta en la c o m p o s i c i ó n d e esta Silva; p e r o n ó ­ tese q u e Estacio transfiere a la e s p o s a el l é x i c o q u e C atulo aplicaba al hijo, mientras q u e la figura del hijo a p a r e c e a c o n t i n u a c i ó n ) . El t ó p i c o de la muerte prematura {Inmatura mors, ά ω ρ ο ς θ ά ν α τ ο ς ) es frecuente en epitafios y e n la literatura de c o n s u e l o (cf. Lier, «C arm. sepulcral.» 4 5 3 ­ 5 4 , Lattimore, Themes in epitaphs 1 8 4 ­ 9 8 , Kassel, KonsolationsUteratur 8 0 ­ 2 ) . C f. la bellísima formulación de un epitafio griego: ο ΰ το θ ά ν ε ΐ ν α λ γ ε ι ­ ν ό ν , ό π ε ρ κ α ι π α σ ι π ρ ό κ ε ι τ α ι , / α λ λ ά πριν η λ ι κ ί α ς κ α ι γ ο ν έ ω ν π ρ ό τ ε ρ ο ν (Kaibel, E.G. 1 9 8 ) . 1 1 ­ 1 2 n a t i . . . m o d o p u b e s c e n t i a . . . / o r a : el m i s m o motivo del d u e l o por la muerte prematura de un hijo se lee en V 5, 18­20. Hay una c o m p i l a c i ó n de epitafios griegos s o b r e m u c h a c h o s muertos prematuramente: Vérilhac, Π Α Ι ­ ΔΕΣ ΑΩΡΟΙ. 1 2 r a p i flammis: cf. Τ. Ill 97, igne rapi. 1 2 b ­ 1 7 a : n ó t e s e la e.structura del pasaje: ( 1 2 b ­ 1 3 a ) I n v o c a c i ó n a los píos: adeste / dique hominesque ( 1 3 b ­ 1 5 ) Expulsión de los impíos: procul ite, nocentes... (17a) Nueva invocación a los píos: insontesque castosque sacris. voco. Estacio .se imagina en el papel de s a c e r d o t e oficiante de la c e r e m o n i a . La idea del poeta c o m o sacerdote de las Musas o d e A p o l o n a c i ó en la poesía ar­ SILVA TERCERA 261 caica griega (cf. N i s b e t - H u b b a r d I 3 4 9 ad Hor. carm. I 3 1 , 2; Fedeli 4 9 ad Prop. Ill 1, 3 ) y es frecuente e n la p o e s í a latina: c f Verg. georg. II 4 7 6 , Hor. carm. III 1, 3, IV 9, 28, Prop. Ill 1, 3, IV 6, 1, O v . am. Ill 9, 1 7 - 1 8 , Pers. Prol. 7 (parodia). A partir de e s e origen, Estacio se asigna la función de s a c e r d o t e de la c e r e m o n i a f ú n e b r e , c o m o e n II 1, 26-28 et nunc bea vittis et frontis honore soluto / infaustas vates versa mea pectora tecum /piango lyra. En c o n ite..). •secuencia, usa léxico propio del ritual (13 procul bine, procul 13 s a c r i s : el funeral c o m o una ceremonia religiosa dirigida por el poeta. Cf. Prop. IV 6, 1 sacra facit vates, Pers. Prol. 7 ad sacra vatum carmen adfero. aXip r o c u l h i n c , p r o c u l ite, n o c e n t e s : cf. Cali. Ap. 2 ZKÌXC, £Kh.c, óoxiq Tpóq, Grati. 4 4 7 - 9 procul bine extorribus ire / edico praesente deo, praesentibus aris, / quis scelus aut manibus sumptum aut in pectore motum est (nótese la coincidencia del tema). Se trata de una fórmula propia del lenguaje litúrgico (Ttpópprioic;), cuyo objeto es la expulsión de los que n o e s t á n cualificados (por .ser i m p u r a s o profanos) para presenciar una ceremonia religiosa. La fórmula es específica de los Misterios de Eleusis ( c f K. Clinton, The sacred Officials of the EleiL^inianMysteries{TAPhSYXÌV, 3 ) , Philadelphia, 1974, 7 8 ) pero se documenta t a m b i é n en otros cultos: c f Verg. Aen. VI 258-9 procul, o procul este, profani, / conclamai vates..., Calp. ecl. II 54-5, Ov. met. II 464, VII 255, X V 581, fast. II 6 2 3 5 procul bine, procul impius esto / frater et in partus mater acerba saos, / cui pater est vivax, qui matris digerii annos, luv. II 89, XTV 44 con n. de Courtney 566-7, Appel, De Roman, precationibus 83. Luego la fórmula se reutiliza poéticamente, c o m o aquí, con un sentido figurado: Tib. I 1, 7 6 , Ov. am. II 1, 3, fl'^I 31 (con n. de Hollis 3 7 ) , met. X 300 (con B o m e r 117), Mart. Ill 68, Priap. VIII 1. La repetición de palabras ( e n anáfora, c o m o aquí, o e n e p a n a l e p s i s ) es uno de los recursos e m o c i o n a l e s m á s frecuentes e n esta Silva: cf. 25 felix, heu nimium felix, 26 longe Furiarum sibila, longe, 2 0 8 - 9 salve supremum.../supremumque vale. La epanalepsis es un rasgo manierista de estilo introducido por los neotéricos. Es muy frecuente, por e j e m p l o , en Catull. LXIV ( c f Fordyc e 64, T h o m a s II 2 0 8 ad Verg. georg. IV 3 3 9 - 4 0 ) . n o c e n t e s : tras procul bine, procul ite este vocativo es un aprosdóketon, p u e s e s p e r a r í a m o s profani, nocentes designa los c o n d e n a d o s del Infierno, c o m o e n II 7, 117 (cf. l 4 - 6 n . ) . l 4 - l 6 a : descripción de h o m b r e s impíos q u e atentan contra sus progenitores y simbolizan, pues, una forma de criminalidad antitética c o n la pietas de Etrusco. Esta alusión recuerda los relatos de criminalidad entre parientes y d e u d o s d e las narraciones del mito de las Edades: Catull. LXIV 3 9 9 - 4 0 4 (donde contrasta c o n la Edad de O r o ) , Ov. met. I 1 4 4 - 4 8 , Sen. Phaedr. 5 5 5 - 5 6 . Cf. también los c o n d e n a d o s del Tártaro catalogados e n Verg. georg. VI 6 0 8 - 1 2 . La enumeración de estos seres criminales e n c o n e x i ó n c o n la fórmula procul este la t o m ó Estacio de Ov. fast. II 6 2 3 - 6 (citado ad 1 3 ) . 1 4 - 1 5 sicui c o r d e nefas taciturn fessique s e n e c t u s / l o n g a patris: para alusiones a hijos atentando contra sus padres ( n o r m a l m e n t e por d e s e o 262 E COM NTARIO de heredar cuanto antes), cf. Ov. met. I 1 4 8 filius ante diem patrios inquirit in annos, fast. II 6 2 5 (citado ad 1 3 ) , luv. X I V 2 4 7 ­ 5 1 . Esta postura inmoral contrasta con la actitud de Etrusco, a q u i e n p a r e c e prematura la muerte de su padre en la ancianidad. s i c u i : = ει τ ι ς p o r ό σ τ ι ς c o n el valor relativo­indefinido de «cualquiera que» (igual e n 15 siquis). n e f a s t a c i t u m : p l e o n a s m o etimológico, ya q u e ne­fas «indecible» e s casi sinónimo de tacitum. J u e g o s etimológicos c o m p a r a b l e s (entre antónimos, n o sinónimos c o m o aquí) p u e d e n verse en Lucan. VI 4 3 0 siquid tacitum sed fas erat, Verg. georg. I 4 7 8 ­ 7 9 pecudesquelocutae /(infandum.t), c o n n. de T h o ­ mas I 148, y Bue. Bins. II 14 die, quae sit Ubi causa tacendi. 15­16 s i q u i s p u l s a t a e c o n s c i u s u m b r a m / m a t r i s : el tema quipatrem pulsaverit, manus ei praecidantur es t ó p i c o d e las d e c l a m a c i o n e s (cf. Sen. contr. IX 4 ) . R e c u é r d e s e t a m b i é n q u e u n o de las clases de c o n d e n a d o s q u e Virgilio sitúa e n el Tártaro son quibus.../pulsatus... parens {Aen. VI 6 0 8 ­ 9 ) . Por otra parte, la caracterización e s apropiada a p e r s o n a j e s históricos o legen­ darios c o m o Orestes (Verg. Aen. IV 4 7 1 ­ 7 3 ) , A l c m e ó n ( O v . met. I X 4 0 9 ­ 1 0 ) o Nerón ( c f II 7, 118­19, citado a b a j o ) . c o n s c i u s : la vox propia para la cualidad del remordimiento: luv. ΧΙΠ 193 diri conscia facti, Lucr. III 1018, Ov. met. VIII 530. Para el motivo del castigo de la c o n c i e n c i a , cf. luv. I 166­7, XIII 192­5 c o n n. de C o u n n e y 557, O v . met. VIII 530­1, Sen. epist. XC VII 14­5. A v e c e s se pinta a los e s p e c t r o s infernales martirizando al criminal q u e se siente culpable, cf. Lucan. VII 7 8 1 ­ 6 . Otras v e ­ ces la persona ultrajada se presenta en s u e ñ o s al criminal: luv. XIII 2 2 1 ­ 2 . s i q u i s : cf. I 4 n . sicui. u m b r a m / m a t r i s : umbram {= «espectro», «fantasma») es la i m p e c a b l e conjetura de Markland para unquam d e M. C f. O v . met. I X 4 1 0 ( s o b r e Alc­ m e ó n ) matrisque agitabitur umbris, E s t a c i o II 7, 1 1 8 ­ 9 pallidumque visa / matris lampade... Neronem, Suet. Ner. X X X I V saepe confessus exagitari se materna specie. Si se mantiene umquam n o se s a b e b i e n q u é u n e et {y. l 6 ) , a n o ser q u e se t o m e el sintagma del v. 15 c o m o una oración nominal. Si se acepta umbram, p o r el contrario, et u n e umbram y Aeacon. Un a r g u m e n t o adicional es q u e el autor del Alcestis Barcinonensis, claro imitador de Estacio, usa la iunctura matris... umbra (ν. 9 9 ) . p u l s a t a e . . . / m a t r i s : apo koinoú con umbram («el e s p e c t r o de su g o l p e a ­ da madre») y c o n conscius («con el r e m o r d i m i e n t o de h a b e r g o l p e a d o a su madre»). En este último caso, pulsatae matris ha de e n t e n d e r s e en construc­ ción ab urbe condita. 1 6 e t i n f e r n a r i g i d u m t i m e t A e a c o n u r n a : É a c o es el p i a d o s o padre de P e l e o . Desde Platón es juez del infierno junto c o n Minos y Radamante (cf. Pl. Ap. 41a, Grg. 524, Verg. Aen. VI 4 3 2 ­ 3 , 566­7; léase Nisbet­Hubbard II 2 1 4 ­ 15 adHoT. carm. II 13, 2 2 ) . La urna es usada e n los juicios del Infierno (Verg. Aen. VI 4 3 2 ) , y e s m e n c i o n a d a precisamente e n c o n e x i ó n c o n É a c o e n II 1, SILVA TERCERA 263 119 immensis urnam quatit Aeacus umbris (cí. t a m b i é n P r o p . IV 1 1 , 19 aut si quis posila iudex sedei Aeacus urna). l i g l d u m . . . A e a c o n : los dioses infernales s o n c o n v e n c i o n a l m e n t e implacables ( c f Nisbet-Hubbard 2 8 7 - 8 8 adHor. carm. I 24, 1 7 ) . En Estacio, c f II 6, 81 durum... Acberonta y, e n esta misma Silva, 187 aspera numina Lelhes y 193n. immilem.. Styga. 1 7 i n s o n t e s c a s t o s q u e v o c o : la estructura sintáctica y el ritmo e v o c a n Hor. carm. III 1, 4 virginibus puerisque cano. El e c o confirma la a s o c i a c i ó n religiosa de nuestro pasaje, ya q u e el c o n t e x t o h o r a c i a n o aplica asimismo léxico ceremonial en los w . 1-3 Odiprofanum vulgus et arceo; /favete linguis. carmina non prius /audita Musarum sacerdos... 1 7 - 2 1 : nuevas manifestaciones d e piedad filial e n Etrusco: abrazos al cadáver y postrer b e s o . C f la fraseología de II 1, 1 7 2 - 3 , de a c u e r d o c o n el gusto de Estacio p o r repetirse a sí m i s m o : dileclosque premis visus et frigida lambis / oscula? (cf. una p o s i b l e imitación en C o r i p o , lob. III 2 9 - 3 0 incubuit lacrimans atque oscula frigida carpsit / divini patris). Para estas a c c i o n e s rituales del funeral, c f n. a 8-10a. 1 8 i m p l i c i t u s : implicilor(M); -oso -us(Itali). ImplícitoscnhñcnTÍa a vultus, con valor pasivo. Es preferible, sin e m b a r g o , implicitus calificando al sujeto de la o r a c i ó n ( d e f e n d i d o p o r Mueller, Studia Statiana 1 3 ) , p o r las siguientes razones: a ) vultus ya lleva el e p í t e t o seniles; y la disposición quiástica seniles leniter I implicitus vultus I es favorita de Estacio; b ) implicitus se usa n o r m a l m e n t e c o n el valor activo de «abrazado a» + dat. (OLD 3 b ) ; cf. T. X 3 1 4 implicitum fratri Tbamyrim; pero t a m b i é n p u e d e usarse c o n valor a b s o l u t o si su c o m p l e m e n t o l ó g i c o ya es c o m p l e m e n t o del v e r b o principal, c o m o aquí. C o m p á r e s e esta o r a c i ó n c o n T. X 7 1 9 colla manusque tenebat implicitus, «sujetaba su c u e l l o y m a n o s , abrazado (a ellos)». 18-19 s a n c t a m q u e p a r e n t i s / c a n i t i e m : el adjetivo sanctus califica e n Estacio t o d o lo q u e es o b j e t o de la virtud de la pietas: a) dioses y sus sacerdotes: T. III 4 6 6 vates... sanctam canentis olivae/fronde comam.... ornati (y T. X 9 0 8 , I 4, 5 9 ) ; b ) el e m p e r a d o r III 3, 87; c ) y, c o m o aquí, los padres: II 1, 82, III 3, 18, T. I 5 3 9 . Aquí, sanctam e s una e n á l a g e c o n c e r t a n d o c o n canitiem en vez de c o n parentis. 19-20 a n i m a e q u e s u p r e m u m / f r i g u s a m a t : alusión a la c r e e n c i a de q u e el b e s o postrero a un agonizante era un m e d i o para h a c e r pasar su alma al d e u d o . Cf. Cic. Verr. II 5, 118, Manil. V 6 2 3 , Verg. Aen. IV 6 8 4 - 5 , Ov. arsWl 754-56, mei. VII 8 6 0 - 1 , Epiced. DrusiUv. 157, CLE 1080, Cumont, Symbolisme funéraire 119-20, S. G a s e l e e , «The soul in the kiss». Criterion 2 ( 1 9 2 4 ) , 3 4 9 - 5 9 . 264 C OMENTARIO En E s t a d o el motivo a p a r e c e c o n u n a f r e c u e n c i a superior a cualquier otro a u ­ t o r II 1, 1 5 0 ­ 5 1 , V 1, 195, Τ. II 6 4 1 ( c o n η . d e M u l d e r 3 2 6 ­ 7 ) , Τ. I X 8 9 8 c o n η . de D e w a r 2 2 1 , XII 3 1 9 . U n a c r e e n c i a paralela e s q u e e l a l m a s e i n f u n d e en el r e c i é n n a c i d o c o n un p r i m e r b e s o : II 1, 1 0 5 (citado a b a j o ) , III 5, 59n, V 5, 71­72. metempsícosis P r o p e r c i o e x p l o t a c o n sentido erótico esta i m a g e n d e la por el b e s o : I 13, 17 ( c o n n. d e Fedeli 3 1 0 ­ 1 1 ) , II 13, 2 9 (citado a b a j o ) , III 13, 22. Se trata también d e un motivo favorito de la poesía epigramática griega: A.P. V 7 8 (Platón), V 1 7 1 , 3­4, V 197, 5­6 ( a m b o s d e M e l e a g r o ) , V 14, 3­4 (Ru­ fino), Herod. III 3­4. Para m á s e j e m p l o s y su influencia e n la literatura euro­ pea, c f C urtius, Lit.europea y Edad M. latina 4 1 0 ­ 1 a m a t : = φιλεΓ, "besa». Un c u r i o s o c a s o d e interferencia léxica. Estacio asigna a un término latino una a c e p c i ó n q u e e s propia de su equivalente lite­ ral griega. Para la m e n c i ó n d e b e s o s e n el c o n t e x t o d e esta imagen, cf. II 1, 172­15 frígida lambls/oscula, Prop. II 13, 29 osculaque in gelidispones su­ prema labellis, B i o n . 4 5 ­ 7 εγρεο τυτθον,'Αδωνι, τ ο δ' ά υ π ύ μ α τ ό ν μ ε φ ί λ η ­ σαν /.../ ά χ ρ ι ς α π ο ψ ύ χ η ς ε ς ε μ ο ν σ τ ό μ α , Α.Ρ. V 7 8 , 1, Epiced. Drusi 95­6. Es muy p r o b a b l e q u e amare tenga asimismo la a c e p c i ó n d e «besar» e n II 1, 105 fletusque infantis amabas. y ψύχος (­ a n i m a e . . . f r i g u s : j u e g o e t i m o l ó g i c o entre ψυχτ| i­anima) frigus). C f. III 2, 51n. frigorepectus. Los estoicos derivaban ψυχτί («alma») d e ψ υ χ ρ ό ς («frío»), c r e y e n d o q u e el alma se formaba al enfriarse el aliento del ni­ ño recién nacido e n c o n t a c t o c o n el aire (así, Crisipo e n J . v o n Arnim ( e d . ) , Stoicorum veterum fragmenta, Stuttgart, 1 9 0 5 ­ 2 4 , II 8 0 4 ­ 8 ) . 2 0 ­ 1 : los d o s versos tratan la misma idea: la paradoja retórica d e q u e , a pesar d e q u e el difunto murió e n la ancianidad, la pietas d e Etrusco le h a c e patris / haud matura .sentir su muerte c o m o inmatura. C f. w . 156­51 fuñera putas, V 3, 253­5 (Estacio a su p a d r e ) . La idea e s p r o b a b l e m e n t e u n calco d e Marcial VII 4 0 , 7 ­ 8 9 sed festinatis raptum tibi credidit annis, / aspexit lacri­ mas quisquís, Etrusce, tuas. 2 1 n i g r a s . . . S ó r o r e s : las Parcas, a las q u e se transfiere p o r e n á l a g e e l c o ­ lor de sus hilos. C f. T. III 2 4 1 ­ 2 nigraeque sororum / ... colus, Hor. carm. II 3 , 15­16 sororum/fila... aira, T. VI 3 7 6 nigrae... Sórores, T. X I 7 5 atra sóror. B. El difunto en los C ampos Elisios (22­30) 2 2 ­ 6 a : Estacio imagina a C laudio felizmente e n l o s C a m p o s Elisios. Me­ nandro el Rétor r e c o m i e n d a esta idea c o m o tópos de la consolatio (414.16­19 con n. d e Russell­Wilson 3 2 6 ; 4 2 1 . 16­17) y e s e n e f e c t o el a r g u m e n t o de c o n ­ suelo m á s usado p o r Estacio: cf. II 1, 194­207, II 6, 9 8 ­ 1 0 2 , V 1, 2 5 3 ­ 5 7 , V 3, 277­87. Para el motivo e n inscripciones sepulcrales, cf. Lattimore, Themes in epitaphs 4 0 ­ 4 2 , 5 1 ­ 5 4 ; para el motivo e n e p i c e d i o s , cf. Esteve, Trostgedichte SILVA TERCERA 265 147­48 § 52. Una variedad particular es el motivo del difunto r e e n c o n t r á n d o s e en el Elisio con familiares, amigos o c o l e g a s ( c f 2 0 5 ­ 7 n . ) . Nótese el tetracolon, c o n tres verbos casi sinónimos: 22 exsultent, 23 gau­ dete, 24 hilarent. 2 2 ­ 4 : Estacio confiere un carácter festivo a la o c a s i ó n d e la llegada d e Claudio al Elisio, p o r q u e los altares eran e n g a l a n a d o s c o n guirnaldas e n los días festivos: c f IV 8, 1 y 9 sertis altaría cingat {con C o l e m a n 2 1 1 ) , P r o p . III 10, 19­20, Hor. carm. IV 11, 6­8. O v . trist. III 3, 15, V 5, 10. C f. el m i s m o m o ­ tivo c o n igual relevancia e n V 3, 2 8 4 ­ 8 5 ite, pii manes.../ inlustrem animam Lethaeis spargite sertis y V 1, 257. 2 2 : la disposición sintáctica de este verso sugiere la c o l o c a c i ó n d e los es­ píritus a a m b a s orillas del Lete (se trata de un c a s o d e «sintaxis icònica o mi­ mètica»; c f Lateiner, «Mimetic Syntax»): placidi Lethaea ad ñumina manes 2 3 d a t e s e r t a p e r a r a s : los m a n e s del Elíseo adoptan una actitud equi­ I 143 semper valente a los deudos sobre la tierra: c f 211 y Eleg. in Maecen. serta tibi dabimus. 2 4 p a l l e n t e s : las dos características físicas del Infierno estaciano ( e n imi­ tación del virgiliano d e Aen. VI) s o n el c o l o r pálido ( a q u í ) y el silencio ( c f 2 8 silentis): c f II 1, 204­5 mutasque volucres/... pallentes... flores {con Van D a m 172), T. II 4 8 pallentes... umbras {con Mulder 6 3 ) . 2 5 ­ 8 a : t o m a n d o c o m o punto de partida la idea del tratamiento discrimi­ n a d o q u e r e c i b e n los m u e r t o s e n el I n f i e r n o s e g ú n su virtud ( s e g ú n Verg. Aen. VI 4 2 6 ss), Estacio recurre e n sus consolationes al argumento de q u e la piedad del difunto le h a c e d e u d o r d e un trato e s p e c i a l : c f II 1, 1 8 3 ­ 8 , II 7, 116­19, V 1, 2 4 9 ­ 5 8 , V 3, 277­87. El pasaje está lleno de clichés q u e Estacio re­ pite e n otros epicedios, a u n q u e evita la repetición literal mediante variationes léxicas (cf. 25b­26n., 26­27n., 2 8 n . ) . 2 5 f e l i x h e u , n i m i u m f e U x : el makarismós e n el c o n t e x t o d e u n p o e m a fúnebre es un tópico d e c o n s u e l o q u e apunta a q u e el difunto está diviniza­ do, o lo q u e es lo mismo, q u e ha a l c a n z a d o la inmortalidad e n el Elisio, p u e s felix (= μ ά κ α ρ ) es un epíteto regular d e dioses y h é r o e s : c f Men. Rh. 4 1 4 . 2 6 (SK¡ θεον α υ τ ό ν μ α κ α ρ ί σ ω μ ε ν , c o n Russell­Wilson 327, Lattimore, Themes in epitaphs 51­54. La epanalepsis felix... felix conlnhuy e a la intensidad e m o c i o n a l d e la ex­ clamación. Para la c o m b i n a c i ó n d e la interjección (aquí, heü) con nimium fe­ lix, c f Verg. georg. II 4 5 8 O fortunati nimium... marito 2 5 b ­ 6 p l o r a t a q u e n a t o / u m b r a v e n i t : c f V 1, 2 5 3 ­ 5 4 laudata / umbra venit. 266 COMENTARIO 26-7 l o n g e F u r i a r u m s i b i l a , l o n g e / t e r g e m i n u s c u s t o s : s e trata del tópico de q u e los seres infernales n o c a u s a n d a ñ o a los espíritus puros. Cf. II 1, 183-207, V 1, 192-52, 2 4 9 - 5 2 , V 3, 2 7 7 - 8 3 . Para la alusión concreta a las Euménides y a Cerbero, cf. V 3, 2 7 8 - 8 0 taedas auferte comasque / Eumenidum; ore, II 1, 1 8 4 - 8 6 illum nec terno latrabit Cerberus nullo sonet asper ianitor hydris / terrebit. La c o m b i n a c i ó n p r o c e d e d e ore, / ... nulla adsurgenttbus Verg. georg. IV 4 8 2 - 8 3 [stupuere] Implexae crinibus anguis / Eumenldes, tenuitque inhians tria Cerberus ora ( p o r a c c i ó n d e O r f e o , u n a figura q u e tiene gran relevancia e n esta Silva: cf. 1 9 3 - 4 ) , y .se d o c u m e n t a t a m b i é n e n Hor. carm. II 13, 33-36. C f también P r o p . IV 5, 3-4, IV 7, 5 1 - 5 4 . 2 8 m a n i b u s e g r e g i i s : los «espíritus ilustres», q u e r e c i b e n un trato d e privilegio e n el Infierno; cf. V 1, 2 5 1 - 5 2 merentes/... manes, V 3, 2 8 5 inlustremII 7, l l 6 tu magna sacer et superbus umbra ( n ó t e n s e la que animam, distintas variationes léxicas para la misma i d e a ) . 2 8 b - 3 0 : Claudio se presenta ante el dios del Infierno y le suplica u n a larga vida para su hijo Etrusco. 28-9 h o r r e n d u m q u e s i l e n t i s /..· d o m i n i : «el rey de p a v o r o s o silencio» = Pintón. Los habitantes del Infierno s o n silentes p o r a n t o n o m a s i a (Verg. Aen. VI 2 6 4 , Sen. Med. 7 4 0 c o n Costa 1 3 7 ) . Sin e m b a r g o , horrendum... silentis es una iunctura audaz, casi una o x í m o r o n , ya q u e esperaríamos q u e el acusativo adverbial horrendum d e p e n d i e r a d e un v e r b o d e ruido, c o m o e n T. VI 7 9 0 horrendum stridens. 2 9 d o m i n i s o l i u m : «el trono del rey» ( = P i n t ó n ) . La referencia sólo s e e n tiende si se p o n e e n relación c o n Verg. Aen. VI 3 9 6 solio regis y su c o n t e x t o . El pasaje virgiliano habla de Hércules c o m p a r e c i e n d o ante el trono d e Pintón para capturar a Cerbero. Aquí s e d e s c r i b e al espíritu d e Claudio e n u n a actitud parecida, c o m p a r e c i e n d o ante Pintón; C e r b e r o a c a b a de ser m e n c i o n a d o en los w . 26-7, c e d i e n d o ante Claudio. La razón de la e c u a c i ó n Hércules ~ Claudio es q u e el primero es un h é r o e c o n s i d e r a d o un ideal p o r la filosofía estoica (cf. Stephens, «Two stoic Héroes» 2 7 4 - 7 9 ) . A Claudio, p o r su parte, se le confieren reiteradamente virtudes estoicas e n esta Silva ( c f . 106-10). 29-30: una .súplica s e m e j a n t e l e e m o s e n V 2, 2 5 8 - 6 0 (la difunta Priscila pidiendo una larga vida pai¡a su e s p o s o A b a s c a n t o ) : ibi supplice dextra /pro te Fata rogai, reges tibí tristi Averni/placai... C. Priamel: muñera funeris de Etrusco frente a Estacio (31-42) Una s e c c i ó n habitual de los e p i c e d i o s es la descriptio de los muñera funeris u ofrendas fúnebres ( c f Esteve, Trostgedichte 1 4 4 ) . Estacio reelabora el motivo aquí, al p o n e r e n contraste las ofrendas materiales de Etrusco c o n sus ofrendas poéticas. La o p o s i c i ó n s e enfatiza m e d i a n t e u n a artística disposición anular: a ) muñera p o é t i c o s d e Estacio ( 3 1 - 2 a ) ; b ) muñera materiales d e SILVA TERCERA 267 Etnisco ( 3 2 b - 7 a ) ; c ) muñera p o é t i c o s de Estacio ( 3 7 b - 4 2 ) . Para el tema, cf. n. ad 37-9, Vollmer 4 9 8 y Ov. am. I 10, 59-62-. est quoque carminibus meritas celebrare puellas dos mea; quam volui, nota fit arte mea. scindentur vestes, gemmae frangenmr et aurum; carmina quam tribuent, fama perennis erit. Es posible incluso detectar una estructura de priamel, manifestada en la oposición formal de p r o n o m b r e s ; 33 tu, 34 tu.../ 37 nos, 39 me, 39 mihiipava esta tecnica, cf. W. A. Race, The Classical Priamel from Homer to Boethius, Leiden 1982, 141-7, Fraenkel, Horace 230-31). Estacio suele asignar a su poesía d e o c a s i ó n una función simbólica. Así, este e p i c e d i o se considera una ofrenda f ú n e b r e ( 3 3 inferías, 37-8 arsura.../ manera; c f V 3, 4 4 - 6 ) y un m o n u m e n t o o s e p u l c r o ( 2 1 6 ; cf. II 7, 72, V 1, 1 5 ) . En este mismo sentido, Estacio considera su anathematikón (III 1) una ofrenda al n u e v o t e m p l o ( c f III 1, l 6 3 - 4 n . ) y caracteriza s i m b ó l i c a m e n t e su propemptikon (III 2 ) c o m o si s e tratara de una víctima propiciatoria por el feliz regreso del viajero (cf. III 2, 1 3 0 - l n . ) . 3 1 m a c t e p i o g e m i t u ! : la e x p r e s i ó n fosilizada macte rige originalmente viriate (= «¡bravo p o r tu valor!»). Posteriormente se introducen otros c o m p l e mentos, p e r o Estacio usa una gama léxica más amplia q u e ningún otro autor: animi/animo/animis {T. II 4 9 5 , T. VII 280, II 2, 9 5 , III 1, l 6 6 , V 1, 37, V 2, 9 7 ) , torisil 2, 2 0 1 ) , bonis animis (J 3, 1 0 6 ) , nitenti / ingenio (\ 5, 6 3 - 6 4 ) . 31-32a: Estacio caracteriza su consolatio c o m o una ofrenda f ú n e b r e . Su p o e m a es descrito mediante diferentes perífrasis: 31 solada digna / ludi bus, 32-33 Aonias.../inferías (cí. 37-38n. non arsura manera). 3 1 - 2 s o l a c i a d i g n a / l u c t i b u s : cf. III Praef. 14 Etrusci mei pietas aliquod ex studiis nostris solacium. digna es preferible: II 1, 3 6 - 3 8 , IV 2, 7-10, V 1, 2 0 8 - 1 0 exsequias.../perlegat?, V 5, 5 0 - 5 1 . Para la fraseología y tica de dignus + ablat., c f I 2, 2 5 1 - 5 2 carmina festis / dignas... tuis conatibus aras. merebatur et Claudi M t i e n e dignis, p e r o Quis carmine digno/ la c o n s t r u c c i ó n sintácdigna toris, III 1, 106 3 2 s a c r a b i m u s : continúa el l é x i c o c e r e m o n i a l (cf. 13n. sacris). 3 3 - 5 : catálogo de especias q u e m a d a s en el funeral. Estacio se c o m p l a c e en esta s e c c i ó n de la descriptio funerís c o n una p r o f u s i ó n superior a cualquier otro autor. Similares descripciones s e leen e n II 1, 158-62, II 6, 8 6 - 8 8 , II 4, 34-37, V 1, 201-4, T. VI 5 9 - 6 1 , 2 0 9 - 1 0 (cf. Van D a m 1 4 8 - 1 5 1 adii 1, 1 5 9 - 6 2 ) . El motivo influye en el Alcestis Barcinonensis ( w . 109-16; cf. nn. de Marcovich 8 8 - 9 0 ) . Es difícil establecer cuál e s su función, a d e m á s del m e r o adorno, pero quizá Estacio p r e t e n d e ponderar la pietas del d e u d o ( c f 3 5 - 3 7 n . ) . Menandro el Rétor aconseja al orador de un epitafio m e n c i o n a r la diligencia de la familia en los preparativos del funeral ( 4 2 1 . 3 2 - 4 2 2 . 1 ) . 268 COMENTARIO 33-4 E o a / g e r m i n a : e n general, «especias orientales» (cf. T. VI 6 0 Eoas... opes). No es necesario e n t e n d e r un p r o d u c t o c o n c r e t o {pace Van D a m 1 4 8 ) , q u e podría ser la mirra (cf. V 1, 214 Cínyreaque germina, c o n n. de Vollmer 507). Es de sospechar, n o obstante, q u e germina sea una corrupción de gramina, que aparece frecuentísimamente en este contexto ( c f II 1, l 6 0 graminis Indi, II 4, 35 Arabum... graminecon n. de Van D a m 3 6 5 , II 6, 8 8 Assyrio... gramine). 34 m e s s e s C i l i c u m q u e A r a b u m q u e : azafrán de Cilicia y mirra de Arabia. Cf., para el azafrán, II 1, l 6 0 Cilicum flores, c o n n. de Van D a m 1 4 8 - 4 9 ; para la mirra, c f II 1, l 6 l Árabes... liquores, c o n n. de Van D a m 149-50. 35 i g n i s : = pyra, c o m o traducción literal de Jtup. El término a p a r e c e e n esta Silva en 40, 133 y 178. C f T. III 194, 35-7: Etru.sco manifiesta su pietas e n sus d e s e o s de consumir toda .su h e rencia en q u e m a r especias e n la pira. Estacio repite la idea e n II 1, 1 6 2 - 6 5 . Cf., en esta misma Silva, la alusión a la diligencia del h e r e d e r o e n organizar los muñera funeris {w. 2 0 9 - 1 4 ) . El motivo de la avaricia del h e r e d e r o es tradícíonalmente o b j e t o de c o n dena moral: cf. Hor. carm. II 3, 20, II 14, 25, III 24, 62, Pers. VI 3 3 - 8 0 . Aquí la figura de Etrusco c o m o h e r e d e r o , n o r e p a r a n d o e n los gastos del funeral, contrasta c o n el tipo satirizado tradícíonalmente, incluso por el p r o p i o Estacio: cf. IV 7, 37-40 órbitas nullo tumulata fletu; /stai domo capta cupidus superstes / imminens leti spoliis et ipsum / computai ignem ( c o n n. de C o l e m a n 2 0 6 ) , Pers. VI 3 3 - 6 (citado ad 2 0 9 - 1 4 ) , Hor. serm. II 5, 104-6. 36 m i s s u r i n i t i d o p i a n u b i l a c a e l o : «alcanzar el cielo» e s una i m a g e n proverbial de regocijo o gloria (cf. IV 1, 6-7, Otto, Sprichw. 6 3 caelum § 2 8 9 ) . Es significativo q u e el motivo se a p l i q u e a v e c e s a la gloria literaria (Hor. carm. I 1, 3 6 ) , p u e s la ofrenda de Etrusco contrapesa la ofrenda literaria de Estacio. 37 s t i p e n t u r c e n s u s : census e s una conjetura para ciñeres (M). census es más congruente q u e ciñeres y retoma opes ( 3 5 ) . Para la idea, cf. II 1, 162-4 cupit omnia ferré /prodigas et tolos Melior succendere census / desertas exosus opes. 37-9: nueva caracterización d e los muñera p o é t i c o s de Estacio. Nos (v. 37) introduce un contraste, q u e recuerda la e.structura de priamel, c o n el tu del v. 34. Esta opo.sición de p r o n o m b r e s apunta al motivo, q u e llega hasta el Soneto LXV de S h a k e s p e a r e , de la o p o s i c i ó n entre el carácter e f í m e r o de las obras materiales y la perdurabilidad de la obra literaria: cf. O v . am. I 10, 6 l - 2 , con n. de M c K e o w n II 3 0 5 . En Estacio, cf. V 1, 1-15. Este pasaje c o m b i n a tres motivos: a) El de la inmortalidad de la obra literaria (para lo cual, cf. Van D a m 3 2 8 ad II 4, 62-63, que cita 30 pasajes desde Homero hasta Marcial). C f «La p o e sía c o m o inmortalización» e n Curtius, Lit. europea y Edad M. latina II 6 9 9 - 7 1 . b ) El de la p o e s í a c o m o muñera o regalos del poeta: cf. Ov. am. I 8, 57, I 10, 59-60. Léase W. Stroh, Die römische Liebeselegie als werbende Dichtung, SILVA TERCERA 269 Amsterdam, 1 9 7 1 , 262, F. Navarro Antolin, Amada codiciosa y Edad de Oro en los elegiacos latinos, Tesis de Licenciatura inédita, Sevilla, 1 9 9 1 , 12-24, N. Zagagy, «Amatory gifts a n d payments: a n o t e o n munus, domum, data in Plautus», Gioita 65 ( 1 9 8 7 ) , 129-32. c) Los dos motivos anteriores se c o m b i n a n para constituir el t ó p i c o de q u e la p o e s í a e s un m e d i o del poeta para conferir inmortalidad a su interlocutor, sea éste su a m a n t e ( c f Prop. Ill 2, 17, O v . am. I 3, 25-6, c o n n. de McKeown II 7 5 ) , o su patrón ( c f T h e o c . XVI, Hor. carm. IV 8, 28 c o n n. de Kiessling-Heinze 4 4 3 , Ov. Pont. I 9, 4 3 - 4 , II 6, 3 3 - 4 c o n n. de Pérez Vega 190, III 2, 35-6). Estacio expresa similar c o n v i c c i ó n e n II 3, 63-4 Haec tibi parva quidem genitali luce paramas / dona, sed ingenti forsan viciara sub aevo y V 1, 1113 nos tibi,.../ longa nec obscurum finem latura coniunx/temptamus dare iusta lyra. 3 7 - 8 n o n a r s u r a . . . / m u ñ e r a : c f Alcestis Barcinonensis ll6 arsuros... odores. Un curioso sintagma q u e c o m b i n a hasta tres ideas diferentes: a) la inmortalidad de la obra literaria, que se e x p r e s a tradicionalmente c o n la imagen de su resi.stencia al fuego ( O v . met. X V 8 7 1 - 7 2 opus exegi, quod... nec ignis/ poterit...abolere, P r o p . Ill 2, 2 3 ) ; b ) non arsura muñera contrasta explícitamente con los muñera d e Etrusco, q u e s o n c o n s u m i d o s p o r el f u e g o de la pira (55 fe ra i ignis opes). Se trata de u n a a p l i c a c i ó n particular del m o t i v o del c o n t r a s t e e n t r e la i n m o r t a l i d a d de la pciesía y la t r a n s i t o r i e d a d de los m o n u m e n t o s h u m a n o s : cf. II 7, 7 2 ( c o n n. de Van D a m 4 8 5 ) ; c ) f i n a l m e n t e , el sintagma s u g i e r e la alta c o n s i d e r a c i ó n q u e E s t a c i o t i e n e d e sU p o e s í a , p u e s el f u e g o e s el d e s t i n o c o n v e n c i o n a l d e la m a l a o b r a ( c f . Catull. X X X V I 7-8, 18, O v . trist. IV 1, 1 0 2 saepe manas.../ misit in arsuros carmina nostra focos, trist. IV 10, 61-62, luv. VII 25, N i s b e t - H u b b a r d I 205 ad Hor. carm. I l6, 3 ) . 3 8 - 9 v e n t u r o s q u e t u u s d u r a b i t i n a n n o s / . . . d o l o r : para la idea, cf. Verg. Aen. I X 4 4 6 - 7 Fortunati ambo! si quid mea carmina possunt, / nulla dies umquam memori vos eximet aevo; cf. también F. X 4 4 6 memores superabais annos, Ov. am. III 15, 20 post mea mansurum fata superstes opus, trist. I 6, 36 carminibus vives tempus in omne meis, Pont. I 9, 4 3 - 4 4 . 3 9 m e m o n s t r a n t e : Estacio c o m o sacerdote oficiante del ritual. Cf. V 3, 59 praecinerem gemitum. 3 9 - 4 2 : actitud compasiva de Estacio. C o m p r e n d e el dolor d e Etrusco porque él mismo sufrió la muerte de su padre (tratada e n V 3 ) . P o n e r s e a sí mismo c o m o e j e m p l o e s un r e c u r s o retórico e m o c i o n a l , c o m o señala NLsbet-Hubbard I 213 adHor. carm. I l 6 , 22: «It is a disarming rhetorical trick to appeal to o n e ' s o w n e x p e r i e n c e to illustrate a point». C f si vis me fiere, dolendum est/ primum ipsi tibi (HOT. ars 1 0 2 - 3 ) . Para la aplicación del principio a casos particulares, c f Catull. LXVIII 13-14; A.P. XII 72, 6 (Meleagro, citado ad 42); Pers. I 85-91 c o n notas de D o l ? 1 0 0 - 1 ; y Stat. II 1, 3 3 - 3 5 . 2 7 0 C OMENTARIO 4 0 s i m i l i s g e m u i p r o i e c t u s a d i g n e m : cf. Π 1, 3 3 cum propios geme­ rem defectus ad ignes (un n u e v o e j e m p l o de la t e n d e n c i a d e Estacio a r e p e ­ tir.se a sí m i s m o ) . 4 1 ­ 2 ille m i h i t u a d a m n a d i e s c o m p e c e r e c a n t u / s u a d e t : n ó t e s e la doble aliteración e n damna dies compecere cantu. damna... compescere­Avi­ de p r o b a b l e m e n t e al silenciamiento de la conclamano: Hor. carm. II 2 0 , 23 compesce clamorem ( c o n Nisbet­Hubbard II 3 4 8 : a los e j e m p l o s citados añá­ da.se luv. XIII 1 1 ) ; e n Estacio, cf. II 6, 1 0 3 p o n e , p r e c o r , questus ( e n a m b o s casos c o n una aliteración c o m p a r a b l e ) y T. XII 3 6 l gemitus compescit. 4 2 i p s e tuli q u o s n u n c tibi c o n f e r o q u e s t u s : para la idea, c f II 1, 3 5 confer gemitus pariterque fleamus, A.P. XII 72, 6 ( M e l e a g r o ) έ λ κ ο ς ε χ ω ν επι σ ο ί ς δ ά κ ρ υ σ ι δακρυχε'ω. Para enfatizar la equivalencia entre el sentimiento de Etrusco y el suyo, Estacio recurre a la figura estilística de la derivatio {tuli ~ conferò), reforzada p o r la adición del p r e v e r b i o con­ {adnominatio). Nó­ tense las líneas de c o r r e s p o n d e n c i a sintáctica y semántica; ipse tuli quos nunc tibi confero questus II. LAtiDATiO; C ARRERA DEL PADRE D E E T R U S C O ( 4 3 ­ 1 7 1 ) A. Origen (genus ) de C laudio y justificación (43­58) El γένος es u n o de los apartados habituales del e n c o m i o del λο'γος ε π ι ­ τ ά φ ι ο ς (Men. Rh. 4 2 0 . 1 1 ) , así c o m o del β α σ ι λ ι κ ό ς λ ό γ ο ς ( M e n . Rh. 3 7 0 . 1 0 s s ) . Pero c o m o aquí se trata de un origen servil, Estacio se esfuerza p o r elaborar una disculpa retórica rebuscada {defensio), al estilo de las e x c u s a s q u e r e c o ­ mienda M e n a n d r o el Rétor en e.ste supuesto: 3 7 0 . 1 0 ­ 3 7 1 . 2 1 . El origen servil de Etrusco ( 4 3 ­ 7 ) se palia c o n una d o b l e disculpa: a ) dis­ culpa co.smológica: t o d o el universo se rige p o r una ley universal de o b e d i e n ­ cia ( 4 8 ­ 5 5 ) ; y b ) disculpa m i t o l ó g i c a : t a m b i é n h u b o dioses q u e sufrieron esclavitud ( 5 6 ­ 8 ) . 4 3 ­ 7 : origen de C laudio. La esclavitud de C laudio ( 4 3 ­ 4 4 a ) está c o m p e n ­ sada por dos factores: la fortuna personal q u e llegó a amasar ( 4 4 b ­ 4 6 a ) y el h e c h o de q u e el e m p e r a d o r fuera su d u e ñ o ( 4 6 b ­ 4 7 ) . 4 3 ­ 4 n o n tibi clara... gentis / linea n e c p r o a v i s d e m i s s u m s t e m m a : un manierismo favorito de Estacio e s la identificación del linaje ilustre c o n la luz y del humilde c o n la oscuridad. Para la imagen del linaje ilustre igual a la SILVA TE RCE RA 271 luz, cf. I 2, 7 0 , II 6, 99, IV 8, 3, V 3, 117. Para la asimilación entre oscuridad y origen humilde, cf. V 3, 116­7. Se lee una interesante c o m b i n a c i ó n de a m b o s opuestos en el v. 120: ohsairumque latus clarescere vidit. l i n e a . . . s t e m m a : hendíadis = línea d e tu árbol genealógico». El stemma es el árbol g e n e a l ó g i c o familiar, representado m e d i a n t e imagines en cera de los ancestros, enlazadas c o n una linea. Se exhibía en el atrium de las casas nobles: c f Plin. nat. X X X V 6 stemmata vero lineis discurrehant ad imagines pietas, luv. VIII 1 c o n n. de C ourtney 3 8 4 ­ 8 5 . p r o a v i s d e m i s s u m : c f Hor. serm. II 5, 62 ah alto demissum genus Ae­ nea, Verg. Aen. I 288, T. II 6 l 3 . E,ste sintagma, al c o m i e n z o de la .sección de­ dicada a la laudatio de C laudio, es reminiscente del arranque de Hor. carm. I 1: Maecenas atavis edite regibus (.imitado a su vez por Prop. Ill 9, 1, c o m o loc.). señala Ramírez de Verger 195 ad 4 4 ­ 5 i n g e n s / s u p p l e v i t f o r t u n a g e n u s : la diosa Fortuna e s citada en tiene el otras tres o c a s i o n e s de esta Silva ( w . 86, 157, 1 8 3 ) , p e r o ­Aquí fortuna sentido más c o n c r e t o de «patrimonio» o «riqueza» (OLD 12). Para la c o n e x i ó n entre linaje y riqueza, c f V 3, 116­8 non tibi.../sine luce genus, quamquam fortuna parentum / artior e.xpensis. 4 5 b c u l p a m q u e p a r e n t u m : se trata de Lina culpa figurada, n o real, p u e s se refiere a la carencia de linaje de los padres de C laudio. La cláusula culpa parentum se d o c u m e n t a c o n sentido literal en Manil. V 540. 4 6 ­ 7 : c f III 4. 3 7 ­ 3 8 nec te plebeia manebunl / iura­. Palatino famulus deberis amori. 4 7 s e d q u i b u s o c c a s u s p a r i t e r f a m u l a n t u r e t o r t u s : para la expresión videi et quod ortus, C alp. ecl. I 7 4 ­ polar, cf. Sen. Herc.f. 8 7 1 et quod occasus 6 y la imitación de C laud, carm. XII 36 (señalada por Pavlovskis, Influence of Stai. 110). Estas polarizaciones geográficas p o n d e r a n la universahdad del p o ­ der emperador: c f C urtius, Lit. europea y Edad M. latina lÒl­ò. 4 8 ­ 5 5 : Estacio desarrolla la idea de la lex parendi c o m o principio ele­ mental que rige el universo. En el c o n t e n i d o , se trata de la adaptación de un principio de la c o s m o l o g í a estoica, en c o n e x i ó n c o n la filosofía q u e profesa Claudio ( c o n reflejos recurrentes en esta Silva). La idea de la o b e d i e n c i a uni­ versal distribuida por estratos a p a r e c e e n un fragmento de la c o m e d i a Θ η β α ί ο ι de Filemón, c o n sorprendentes paralelos c o n e.ste pasaje (citado por Lotito, «Liberto funzionario» 3 0 9 ­ 1 0 ) : έμου <μεν> έστι κΰρνος γαρ άνηρ, τούτων δε και σου μυρίων τ' άλλων νόμος, έτερων τύραννος, των τυραννοΰντων φόβος, <χοι μεν ξεναγοί των σατραπων, οί δε σατραπαι> δοΰλοι βασιλέων εισν'ν, ο βασιλεύς θεων, ο θεός Ανάγκης: π ά ν τ α ά ν σκοπΐΐς, όλως έτερων πε'φυκεν ήττον, ών δέ μείζονα. ^ τούτοις <δ'> ανάγκη ταΰτα δουλεΰειν, αεί". 272 E COM NTARIO CF. también C ic. III 3, citado ad 4 8 ­ 4 9 . Formalmente, tras una formulación general ( 4 8 ­ 5 0 a ) , el pasaje de 5 0 b ­ 5 5 se desarrolla en anadiplosis e n c a d e n a d a {gradatio según la Retórica clásica: cf. Lau.sberg, Retórica literaria II 104­6, ξ§ 6 2 3 ­ 4 ) : terra ( a ) . . . reglhus ( b ) / re­ gum ( b ) ... Roma ( c ) / hanc ( c ) ... ducihus ( d ) / illos (d) ... superis ( e ) / nu­ mina ( e ) ... legem (f). Nóte.se, .sin e m b a r g o , c ó m o la r e p e d c i ó n e n anadiplosis no es estricta, p o r q u e f r e c u e n t e m e n t e se sustituye por p r o n o m b r e s deícticos o sinónimas (Lausberg, Retórica literaria II 106, § 6 2 4 ) . Para una gradatio .se­ mejante q u e expresa la misma noción, c f Hor. carm. III 1, 5­6. Nótese la increíble variatio léxica de los verbos q u e e x p r e s a n sei­vidum­ bre u o b e d i e n c i a , u n o s pasivos sintáctica o .semánticamente ( 4 6 dominos... tulisti, ΑΊ famulantur, 49 parendl, reguntur, 53 hahent... legem, 54 servit, ser­ vil, 55 nec iniussae, 56 iacentia, 57­8 pertulit.../pacta, 58 famulantis), y otros activos ( 5 0 regunt, 51 premit... diademata, 52 frenare). 4 8 n e c p u d o r i s t e tibi: c o n s e j o propio de contextos amorosos. C f Hor. carm.. II 4, 1 ne sit ancillae tibi amor pudori y Ο ν . ars II 215 (citado e n 5 7 ­ 8 n . ) . 4 8 ­ 4 9 q u i d e n i m t e r r i s q u e p o l o q u e / p a r e n d i s i n e l e g e m a n e t ? : alu­ .sión al principio universal q u e rige el c o s m o s . La universalidad de su ámbito .se expresa mediante la e x p r e s i ó n bipolar terrisque poloque isohre una línea vertical; c f la polarización horizontal de 47 occasu... ortus). C f. C leanth. Him­ e s una de las variaciones léxicas para denotar e.s­ no a Zeus 15­6. IJCXparendi ta ley universal (= λόγος, ν ό μ ο ς , θ ε ό ς , φ ΰ σ ι ς , ratio, 53 Imperium, legem). Para la idea estoica de la o b e d i e n c i a universal, cf. también C ic. leg. III 3 nam ei hic [mundusl deoparet et huic oboediunt maria terraeque, et hominum vi­ ta iussis supremae legis obtempérai. Manilio desarrolló p o r m e n o r i z a d a m e n t e el principio en II 6 0 ­ 1 0 4 . 4 9 ­ 5 0 v i c e c u n e t a r e g u n t u r / a l t e r n i s q u e r e g u n t : la lectura de M para regunt es premunt. regunt es una e x c e l e n t e conjetura de Markland, q u e e x ­ plica q u e la derivatio de reguntur / regunt sugiere más efectivamente la pa­ radoja retórica de q u e t o d o s los seres g o b i e r n a n s o b r e otros y son g o b e r n a d o s a su vez. Hay un paralelo fundamental e n a p o y o de la conjetura, que Markland n o cita: Laus Pis. 124­5 amico, / quem regat ex aequo vicibus­ que regatar ab ilio. La corrupción de regunt > premunt surgió por anticipa­ ción de premit del verso siguiente. v i c e . . . / a l t e r n i s : vice alterna y vicibus alternis son sintagmas lexicaliza­ ckxs c o n el .sentido de «alternativamente» {OLD alternas I d ) . Aquí Estacic:) deja en elipsis una de las dos palabras de cada uno. 5 2 h a n c d u c i b u s f r e n a r e d a t u m : ducibus designa a k^s e m p e r a d o r e s romanos ( c f III 1, 62η. magnique ducis, 167 ductor). frenare se aplica al po­ no­ der imperial c o m o metáfora hípica: cf. Verg. Aen. I 522­3 Ό regina ÍDidoj, vam cui condere Luppiter urbem/ iustitiaque dedit gentisfrenare superbas... y Stat. III 2, 105 η. La construcción dare + inf. se aplica tradícíonalmente a po­ deres otorgados por los dio.ses: c f III 2, 105n. SILVA TE RCE RA 273 5 3 h a b e n t et n u m i n a l e g e m : s e g ú n se aclara en los ckxs versos siguien­ tes, para Estacio estos numina s o n los astros. El origen de esta identificación entre dioses y astros p u e d e remontarse a dos factores: a) estos astros­dioses son una alusión a m i e m b r o s de la familia imperial deificados y o b j e t o de l?.a­ iasierismós: cf. IV 2, 59 raia numina miseris astris, con n. de C oleman 100; tuv. XIII 4 7 ­ 8 contentaque sidera paucis / numinihus: b ) esta identificación ,se relaciona c o n la n o c i ó n estoica (panteista) de un dios q u e n o rige el uni­ verso, a diferencia del dios judeo­crlstiano, sino q u e se identifica c o n él (cf. Cic. nat. deor. II 8 0 ) . Para la fraseología, c f Ov. Hat. 1 accepit mandas legem. l e g e m : se trata de la ley universal estoica ( c f 4 8 ­ 4 9 n . ) , identificada por Estacio c o n la sujeción a un ente superior ( c f 49 parendi sine lege). Es muy posible q u e aquí Estacio a s o c i e legem c o n el término griego λ ό γ ο ς una de las d e n o m i n a c i o n e s para e.sta n o c i ó n estoica (cf. C leanth. Himno a Zeus 1 2 ) . 5 4 ­ 4 servit et a s t r o r u m v e l o x c h o r u s et v a g a servit / luna, n e c i n i u s s a e t o t i e n s r e d i t o r b i t a l u c i s : c o m o ilustración del principio de 53 ha­ bent et numina legem, E.stacio m e n c i o n a la «esclavitud» de tres tipos de cuer­ pos celestes, e s c a l o n a d o s por orden inverso de importancia: astros ( 5 4 ) , luna ( 5 5 ) y .sol ( 5 5 ) . Nótese la e l e g a n c i a del verso 5 4 , c o n la e p a n a l e p s i s de seruit enmarcanck:) el h e x á m e t r o . 5 4 a s t r o r u m v e l o x c h o r u s : = ά σ τ ρ ω ν χ ο ρ ό ς (E. El. Αβί). C f Α. I 6 4 3 ri­ sitcborus omnis ab alto astrorum, Tib. II 1, 8 8 , Manil. II 118, Apul. mund. XXIX, OW chorus l b , 3d, Fray Luis de León, Oda Vili {Noche Serena), vv. 5 8 ­ 9 «la m u c h e d u m b r e / del reluciente coro». v a g a . . . l u n a : c f Hor. serm. 1 8 , 2 1 . 5 5 n e c i n i u s s i . . . s o l i s : conjetura necesaria 'de Markland para Μ inius­ sae... lucis. El e s c a l o n a m i e n t o a.stros / luna / sol es tradicional: A.P. IX 24, 1­2, Cic. nat. deor. II 8 0 solem dico et lunam et vagas S tellas. 5 6 m o d o si f a s e s t a c q u a r e i a c e n t i a s u m m i s : E.stacio e s muy d a d o a establecer c o m p a r a c i o n e s entre términos dispares ( c f III 5, 7 6 ­ 7 7 n . ) . Aquí re­ curre a la figura de pedir permiso explícitamente para ello (figura de la licen­ tia o π α ρ ρ η σ ί α : c f Rhet. Her IV 4 8 , Quint, inst. IX 2, 2 7 ­ 2 9 , B o u l a n g e r , Aelius Aristide Alò η. 1; e j e m p l o s en C atull. LXVIII 1 4 1 , Verg. georg. IV 176, Ov. met. V AXb­Xl, trist. I 6, 28, trist. V 3, 27; E.stacio, 1 5, 61­62 fas sit compo­ nere magnis /parva, adaptado de Verg. ecl. I 2 3 ) . C f. t a m b i é n III 2, 15n. La figura de la licentia afecta a los exempla m e n c i o n a d o s en 5 7 ­ 8 , relati­ vos al seriHtium sufrido por Hércules b a j o A d m e t o y d e Apolo b a j o Euri.steo. El problema es: ¿cuales son los términos dispares de la comparación?; esto es: ¿a q u é corresponden iacentia y summis? C a b e n ck)s respuestas: a) los térmi­ nos dispares son Admeto y Euristeo, por un lado, y D o m i c i a n o , p o r otro, para ventaja del .segundo. Esta es la interpretación encomiástica de la alusión ( c f Vollmer 4 1 1 ) ; b ) los t é r m i n o s dispares serían A p o l o y H é r c u l e s e n b l o q u e frente a C laudio, para desventaja del s e g u n d o . E.sta interpretación exige a c e p ­ tar un lapsus de gusto en Estacio, q u e usa iacentia para calificar a C laudio. 274 COMENTARIO Sin e m b a r g o , varios argumentos la apoyan: a ) e s tradicional q u e la figura d e la licentia se aplique a la c o m p a r a c i ó n entre dioses y mortales: c f Ov. trist. V 3, 27 ( O v i d i o se c o m p a r a c o n B a c o ) si fas est exemplis ire deorum, Catull. LXVIII 141; b ) d e h e c h o la fraseología con q u e Estacio caracteriza estos exempla de los dio.ses e s c o m p a r a b l e a la q u e aplica al propic^ Claudio en otros pasajes de e.sta Silva (cf. n. siguiente). 5 7 - 8 : estos c a s o s sii-ven e n la tradición literaria c o m o exempla de servitium amoris. Para H é r c u l e s , cf. P r o p . Ill 1 1 , 1 7 - 2 0 , T i b . II 3, 1 1 - 2 8 , Sen. Phaedr. 3 1 7 - 2 4 y n. d e Mayer 1 2 0 - 1 , Stat. I 2, 3 8 - 3 9 . Para A p o l o , cf. T i b . II 3, 1 1 - 2 8 , Ov. epist. V 1 5 1 - 5 2 , S e n . Phaedr 2 9 6 - 8 y n. d e M a y e r 119- O v i d i o c o m b i n a a m b o s exempla, corno aquí, e n arsii 221-22 (Hércules) y 239-40 (Apolo). 5 7 - 8 a p e r t u l i t e t s a e v i T i r y n t h i u s h ó r r i d a r e g i s / p a c t a : cf. Ov. ars II 221-2 paruit imperio dominae Tirynthius heros: / i nunc et dubita ferré quod ille tulit, Stat. IV 2, 50 Alcides post hórrida iussa reversus. Para otro reflejo d e e.ste pasaje ovidiano en esta Silva, cf. el v. 4 8 nec pudor iste tibi y Ov. ars II 215 nec tibi turpe puta. Para la fra.seología, aplicada al p r o p i o Claudio, cf. 8 3 tu... iuga rite tulisti. 5 8 n e c e r u b u i t f a m u l a n t i s fístula P h o e b i : c f 4 8 ( s o b r e el prcjpio Claudio) nec pudor iste tibi. Nótese la triple aliteración de./-, q u e p a r e c e sugerir el desprecio por la esclavitud. B. Patria (59-62) 59-60: para el contra.ste ñeque solum, CÍ. Ill 5, 8 1 - 8 2 n . barbaricis... ab oris.- /Smyrna tibi gentile 5 9 L a t i o t r a n s m i s s u s : cf. Ill 4, 17 misisti [Ida] Latio... quem... (sobre Flavio Earino, c o m o Claudio un e s c l a v o forastero introducido e n la corte de Roma). 6 0 - l : Estacio recurre aquí a una práctica poética q u e se remonta a H o m e ro (//. II 8 2 5 - 6 ) de identificar a los habitantes de una región p o r el río del q u e b e b e n : cf. T. I 6 8 6 , Pind. O. VI 8 5 , Hor. carm. II 20, 20 ( N i s b e t - H u b b a r d II 3 4 7 ) , IV 15, 2 1 , Sen. Med. 371-4 qua... Indus gelidum potai Araxen ( c o n Costa 107), Oed. 4 2 7 - 8 , OLD bibo 4. 6l-2: B a c o era representado a v e c e s c o m o un toro c o n c u e r n o s q u e simbolizaban su fuerza (Ov. am. Ill 15, 17, arsi 232), y podían .ser dorados (A.P. IX 524, 23, Hor. carm. II 19, 2 9 - 3 0 c o n n. de Nisbet-Hubbard II 3 3 1 ) . Aquí E.stacio .se inventa el aition d e q u e el d o r a d o d e los c u e r n o s proviene del o r o del río Hermo en Lidia, q u e B a c o v a d e ó en su e x p e d i c i ó n a la India ( c f T. IV 389 Hermi de fontibus aureus egli). El H e r m o es u n o d e los ríos q u e en la Antigüedad eran c o n s i d e r a d o s p r o v e r b i a l m e n t e c o m o ricos en o r o , conjuntamente c o n el P a c t ó l o ( a f l u e n t e del H e r m o ) y el Tajo: cf. I 2, 127 Hermum fulvoque Tagum... limo (y Vollmer 2 4 9 ) , Verg. georg. II 137 auro turbidus SILVA TERCERA 275 Hermus (con Mynors 1 1 9 ) , [Tib.l III 3, 29 Lydius aurifer amnisies d u d o s o si la referencia e s al H e r m o o al P a c t ó l o ) , Mart. Vili 7 8 , 5, Otto, Sprichw. 261 s.v. Pactolus § 1320. 6 l L y d i u s : epiteto transpuesto p o r e n á l a g e a B a c o , p u e s s e m á n t i c a m e n t e modifica al rio H e r m o , q u e es el Lydius... amnisen [Tib.l III 3, 29. No obstante, Lydius... Bacchus caracteriza al dios o c u p a d o en sus h a z a ñ a s durante su expedición a la India, en la cjue tuvo q u e atravesar varios ríos (cf. Hor. carril. II 19, c o n Nisbet-Hubbard II 3 2 4 ) . C. Facta de Claudio 1. (acciones) (63-171) Vida p ú b l i c a - ( l ) ( 6 3 - 1 0 5 ) Tras una introducción general ( 6 2 - 6 ) , Fstacio cataloga los e m p e r a d o r e s de la dina.stía Julio-Claudia a los q u e sirvió Claudio: Tiberio ( 6 6 - 6 9 ) , Calígula ( 7 0 - 7 5 ) , Claudio ( 7 6 - 7 8 ) y Nerón ( 7 8 ) . C o n c l u y e esta .sección ima recapitulación general y triple exemplum ( 7 9 - 8 4 ) , q u e sugiere la triple s u c e s i ó n de los emperadores Galba, Otón y Vitello del a ñ o 69. 6 3 - 4 : la presentación general de la trayectoria profesional de Claudio se e x p r e s a m e d i a n t e una larga perífrasis retórica q u e r e c u e r d a l é x i c a m e n t e el sintagma cursus honorum: c f 6 3 series... ex ordine ~ cursus, 6 4 auctus honos ~ honorum ( c f Hor. serm. I 6, 11 amplis et honoribus auctos). En estricto sentido jurídico, el cursus honorum n o está al a l c a n c e de un e s c l a v o o liberto, pero aquí Estacio parafrasea la e x p r e s i ó n para denotar la carrera burocrática de im liberto en el Imperio, d e s d e los e s c a l o n e s m á s bajos (adiutores), pasando por grados intermedios (tabularli) hasta los p u e s t o s superiores (procuratores a rationibus, ab epistulis...). Para dicha s e c u e n c i a , cf. R.P.C. Weaver, Familia Caesaris. A social study of the Emperor's freedman and slaves, Cambridge 1972, 2 2 4 - 8 1 . 6 4 - 6 : t o m a n d o c o m o p u n t o d e partida la c o n s i d e r a c i ó n del e m p e r a d o r c o m o un deus praesens ( 6 4 numina), Estacio caracteriza a Claudio c o m o sacerdote a su ser\'icio, c o m o e n IV 4, 5 7 - 5 8 duels... numina.../quem tibi... colit studium est coluisse (con C o l e m a n 1 4 8 ) , V Praef. 9-10 qui bona fide deos amat et sacerdotes y V 1, 74. El p r e c e d e n t e más claro s e encuentra e n el O v i d i o del exilio, q u e insi.ste en la idea de q u e los m i e m b r o s de la Casa Imperial son dioses, y sacerdotes sus adláteres: Pont. I 9, 3 6 terrarum dóminos... colis ipse deos, II 2, 123 quos colis, ad saperos baecfer mandata sacerdos (con n. de P é r e z Vega 1 5 3 ) , II 2, 41-2, 122-4, II 8, 51-2, IV 5, 25-6. Para la cuestión, c f Helzle 23 n. 17. Estilísticamente, n ó t e s e la anáfora de semper y el tricolon d e infinitivos: ((-)4), coluisse (65), baerere (66). 6 5 - 6 C a e s a r e u m c o l u i s s e latus s a c r i s q u e d e o r u m / a r c a n i s h a e r e r e d a t u m : en los sintagmas coluisse latus y sacris haerere e n c o n t r a m o s una cu- gradi 276 E COM NTARIO liosa variedad de z e u g m a , p o r q u e los v e r b o s se han intercambiado sus c o m ­ p l e m e n t o s naturales. Esperaríamos coluisse sacra (cf. IV 4, 5 7 ­ 8 numina /... coluisse, V 1, 154­55 numina.../ culta deum) y haerere lateri (cí. T. X 101 baerei lateri, V 1, 187­8 sacrumque latus.../ ama, d o n d e amare equivale a haerere: cí. OLD amo 4 b ) . h a e r e r e d a t u m : para la estnictiu­a. favorita de Estacio c o n Lin sentido en­ comiástico, c f 124b­6a en esta Siluay III 3, 104­5n. 6 6 ­ 9 : C laudio entra al servicio de la C asa Imperial de Tiberio en plena ju­ ventud, p o c o d e s p u é s del n a c i m i e n t o de la barba (67 vixdum ora nova mu­ tante inventa). Se p u e d e s o s p e c h a r ciue Estacio se refiere a una edad comprendida entre los 16 y 18 a ñ o s (= 18­20 d . C ) , p o r q u e en II 6, 44­5 m e n ­ ciona q u e Fileto aún no tenía b a r b a c u a n d o murió a los q u i n c e a ñ o s (cf. v. 7 2 ) . La perífrasis relativa al b o z o c o m o indicador de edad es frecuente en E.s­ tacio: r. IV 3.36, T. IX 7 0 3 , II 1, 5 2 ­ 5 3 , II 6, 4 4 ­ 4 5 , III 4, 79, V 2, 6 2 ­ 3 , A. I 163, Laus Pis. 260. 6 7 i u v e n t a : equivale casi a «barba», p o r metonimia, s o b r e Verg. Aen. IX 182 ora puer prima signans intonsa iuventa. C f II 1, 52 spes... iuventae, / at­ que genis optatus honos (con Van D a m 1 0 1 ) , V 2, 62­3 Nondum validae libi signa iiwentae. 6 8 a n n i s m a g n a s u p e r i n d o l e v i c t i s : tmesis = annis supervictis magna indole, «siendo vencida la juventud d e tus a ñ o s poi­ tu gran carácter». Se tnUa del t ó p i c o del puer­senex, del j o v e n q u e e x h i b e una valía personal ( indole) superior a lo e.sperable a su e d a d {annis). C f. Verg. Aen. IX 310­1 et pulcher luliis, / ante annos animumque gerens cm­amque virilem, Laus Pis. 259, Stat. T. VI 756­7, II 1, 40, V 2, 13 angustis animus robustior annis, C urtius, Lit. eu­ ropea y li. Media lat. 149­53. m a g n a : conjetura de Markland para multa de M. Indole cesnu L i n a califi­ cación positiva o negativa, n o un m e r o cuantificador. La iuncttira magna in­ dole se d o c u m e n t a en A. I 2 7 6 ­ 7 7 . La c o n f u s i ó n multtís / magnas e s muy frecuente en manuscritos. 6 8 ­ 9 : manumisión de C laudio sin necesidad de p a g o {oblata). La ley Ae­ lia Sentía (4 d.C ) establecía los 30 años c o m o edatl regular de manumisión. Es posible, sin e m b a r g o , q u e la m a n u m i s i ó n tuviera lugar antes de la edad prescrita, c o m o muestra e s p e c i a l de favor, c o m o sugiere el h e c h o de q u e Claudio n o tuvo t a m p o c o q u e c o m p r a r su libertad c o n su peculio, c o m o era lo habitual (cf. Weaver, «Father o f Etruscu.s» 1 4 5 ­ 4 6 ) . La m a n u m i s i ó n tuvo lu­ gar entre los 18 y 30 a ñ o s de e d a d de C laudio (= 2 0 ­ 3 2 d . C ) . 6 9 ­ 7 5 : C laudio al servicio de C aligula. E.stacio insiste en la crueldad de carácter del e m p e r a d o r ( 6 9 ­ 7 3 ) , confirmada p o r el exemplum del d o m a d o r y del león ( 7 3 ­ 5 ) . Se d o c u m e n t a n similares descripciones del carácter de C ali­ gula e n Suet. C al 50, Sen. dial III [de Ira/20, 8­9, II 33, 3­4, III 18, 3; ΙΠ 10, 5. 7 0 ( n e c ) q u a m q u a m e t F u r i i s a g i t a t u s , a b e g i t : Furiis agitatus denota la locura q u e p r o d u c í a el c o n t a c t o c o n las s e r p i e n t e s de las Furias: luv. VI SILVA TERCERA 277 29 Die, qua Tisiphone, quibus exagitare coluhris? ( c o n n. d e Courtney 265). La caracterización Furiis agitatus recucr&d a la figura de Oreste.s (cf. Verg. Aen. IV 4 7 1 - 7 3 ) . Má.s c o n c r e t a m e n t e , E.stacio asimila aquí Calígula a Nerón, de quien Suetonio dice (Ner. X X X I V ) : saepe confessusexagitari se materna specie verberibus Furiarum ac taedis ardentibus (cf. t a m b i é n [Sen]. Oct. 6 1 9 - 2 1 ) . Esta asimilación p u e d e explicarse c o m o c o n s e c u e n c i a d e una actitud de Estacio de rechazo de la tiranía. Nótese la derivatio entre agitatus y abegit. 7 1 : para el ridículo intento de e x p e d i c i ó n de Calígula contra Bretaña, c f Suet. Cal. 45, 5 1 . En general, la disponibilidad para a c o m p a ñ a r a una p e r s o n a en un viaje por países remotos o peligrosos es un topos q u e sirve c o m o s í m b o l o d e amistad o de amor. Para el t e m a , c f III 2, 90-1 quid.../ non vel ad ignotos ibam comes impiger Indos?, III 5, 18-22n. 7 3 - 5 : la imagen del d o m a d o r y el león, aplicada a las relaciones de Claudio c o n Calígula, es reminiscente de II 5, 5-6, d o n d e t e n e m o s una descripción real, n o un símil, del leo mansuetus. 7 5 p r a e d a : este término introduce un interesante d o b l e e n t e n d e r : en ima primera impresión se refiere a la presa del león (OLD 2 ) , p e r o también sugiere el botín de guerra (cf. OLD l a ) , q u e Calígula n o p u d o llevarse d e su falso triimfo sobre Bretaña. D e ahí nulla vivere praeda. 7 6 - 8 : Claudio al servicio del e m p e r a d o r t o c a y o suyo, de q u i e n o b t u v o un cargo de procurator. 7 6 p r a e c i p u o s . . . i n a c t u s : c a r g o i n d e t e r m i n a d o . Weaver, -Father o f Etru.scus» 147 postula q u e d e b i ó tratarse de un puesto de procurator en el Este, donde Claudio llegó a ser c o n o c i d o p o r Vespasiano y Tito. Claudio alcanzó este cargo en la última parte del p r i n c i p a d o de Claudio e m p e r a d o r , c u a n d o éste ya había a l c a n z a d o el status d e senior ( s o b r e los 4 5 a ñ o s d e edad, esto es, alrededor del 4 8 d . C , c u a n d o el padre de Etrusco c o n t a b a c o n unos 4 3 a ñ o s ) . 7 7 n o n d u m s t e l l i g e r u m s e n i o r d e m i s s u s i n a x e m : cf. T h e o c . X X I V 79-80 (citado ad III 1, 1 8 1 ) . Prop. Ill 18, 33-4 et qua / Caesar, ab humana cessit in astra via. Tema de la apoteosis y katasterismós de un emperador, en el q u e Estacio introduce un t o n o peyorativo ( c f el valor de demissus). Para el tema aplicado a D o m i c i a n o , c f IV 3, 1 5 5 . d e m i s s u s : la mayoría d e los editores s e decantan por la conjetura dimissus, «expulsado», de Grcmovio, para evitar el o x í m o r o n de demissus, «arrojado (i.e., de arriba abajo)» con in axem. Demissus, sin e m b a r g o , es s a n o . El oxímoron demissus in axem sugiere un claro sentido irónico y hostil y tiene im paralelo c e r c a n o en luv. VI 6 2 2 - 2 3 , q u e p r o b a b l e m e n t e imitó este pasaje: Ule (boletas, una seta letal) senis (CVàudìo) tremulumque caput descendere iussit / in caelum. La oración stelligerum... demissus in axem se e n t i e n d e si se tie- 278 COMENTARIO nen en cuenta dos datos: 1) la perífrasis « d e s c e n d e r al Hades» e s t ó p i c a para sugerir la m u e r t e : c f Stygias descendere... ad umbras (Mart. XI 8 4 , 1) y similares; 2 ) axem se e x p l i c a p o r q u e ya Virgilio c o n c e b í a el Hades c o m o un paraje c o n su cielo p r o p i o : cf. Aen. VI 6 4 1 solemque suum, sua sidera norunt. 7 8 d i r o t r a n s n t í s i t h a b e r e n e p o t i : e n Ai s e l e e longo... nepoti, q u e suscita graves dificultades textuales, longo nepoti es interpretado p o r los editores c o m o un uso de singular p o r plural, c o n el valor de «la larga serie de .sus sucesores» (= longae nepotum seriei), lo cual resulta difícil de aceptar. Para mantener la paradosis longo... nepoti habría q u e postular q u e longo d e n e el valor de «distante», «lejano», c o m o alusión a la diferencia de e d a d entre Claudio y Nerón, o bien a la lejanía del p a r e n t e z c o . Markland p r o p o n e su conjetura Neroni para nepoti y s o s p e c h a q u e tras longo se oculte algún epíteto c o m o fero (cf. V 2, 3 3 ) o torvo. Al final acepta longo c o n valor predicativo de t i e m p o (= «durante largo tiempo»). Courtney, «Critic. Silv.» 337 mantiene nepoti y explica q u e es i m p r o b a b l e q u e Estacio n o m b r e a Nerón, al igual q u e en los w . 6 9 - 7 5 n o n o m b r a a Calígula, sino q u e lo describe mediante una perífrasis peyorativa. C o m o Nerón era el nieto de G e r m á n i c o , h e r m a n o d e Claudio, Courtney p r o p o n e su.stituir longo por fratris, sugiriendo q u e / r a í r á d e s a p a r e c i ó p o r homoearcbon ante transmisit, al c o n f u n d i r s e / r a - y ira-. El propio Courtney, sin e m b a r g o , n o se explica c ó m o longo rellenó el h u e c o dejado por fratris. Para resolver el p r o b l e m a parto de dos premisas: a) longo e n c u b r e un epíteto peyorativo de nepoti (según Markland); b ) nepoti es preferible a Neroni, por las r a z o n e s aducidas por Courtney. Para los e p í t e t o s q u e Estacio aplica a Nerón, cf. II 7, 58 ingratus Nero, 100 rabidi... tyranni, V 2, Jifero... Neroni. D e los dos sugeridos p o r Markland, fero se explica mal paleogràficamente; torvo, por su parte, encaja mal s e m á n t i c a m e n t e : n e c e s i t a m o s un adjetivo q u e signifique «cruel», y torvas tiene el sentido en Estacio de «serio», «austero» ( n o n e c e s a r i a m e n t e c o n t o n o peyorativo; cf. II 6, 73, V 3, 6 3 ) . Creo q u e Estacio escribió diro... nepoti. El principal a r g u m e n t o e s q u e dirus neposes una iunctura favorita del poeta. Curiosamente, dims es el ú n i c o adjetivo q u e califica a nepos más de una vez en toda la obra de Estacio: 7! I 298 ferat hic diro mea iussa nepoti, T. II 122 dirlque nepotis, T. III 245 diros sinitis punire nepotes, T. IV 6 0 6 dirumque tuens obliqua nepoiem (nótese que en los dos úkimos paralelos dir- y nepot- a p a r e c e n en la misma posición de hexámetro q u e en este verso). Puesto q u e diro da un sentido i m p e c a b l e , la única dificultad es explicar su sustitución por longo: dirus se c o r r o m p i ó e n diu por homoemeson (cf. Willis, Latin textual criticism 114) y perseveración de Claudius. A contínuación, alguien glosó diu c o n las palabras in longo tempore, o per longutm) temporus. Finalmente, una de las palabras de la glosa suplantó a diu, e s p e c i a l m e n t e si diu había desaparecido por homoeomeson con Claudius. SILVA TE RCE RA 279 Habere tiene aquí un valor final y pasivo, c o m o un g r e c i s m o sintáctico. La construcción regular sería diro transmisit habendum nepoti(c(. Verg. Aen. III 3 2 9 ) . Para este g r e c i s m o , c f Szantyr, Syntax 3 4 5 , T. I 6 l 5 ­ l 6 monstra.../ reddit habere lovi, Pers. II 28, Verg. Aen. I 319, IX 3 6 2 suo... dat habere ne­ port (nótese la cláusula), Mart. XI 7 8 , 8. diro... nepoti es dativo agente de ha­ bere. 7 9 ­ 8 4 : el servicio de C laudio en la C asa Imperial ,se pinta de n u e v o c o m o un sacerdocio, c o m o corolario de la identificación del e m p e r a d o r c o n la divi­ nidad ( c f 6 4 ­ 6 6 n . ) . 7 9 s u p e r o s m e t u e n s : esta frase ha suscitado s o s p e c h a , p o r q u e el régi­ men corriente de metuens es el genitivo (OLD s.v. 1; c f Pers. II 3 3 metuens divum, T. X 8 9 3 c o n Williams 1 3 1 ) . C ourtney la obeliza en su edición. Sin e m ­ bargo, superum metuens significaría «temeroso de los dioses», «supersticioso», c o n .sentido negativo (= δ ε ι σ ι δ α ί μ ω ν ) , .según n o s informa el escolia.sta ad Pers. II 33 metuens divum ( c f Οοίς 1 2 5 ) . Aquí la lectura superos metuens es sana y significa «respetuoso c o n los dioses», «piadoso», c o n s e n t i d o positivo (= ε υ σ ε β ή ς ) . S o b r e la o p o s i c i ó n entre u n o y otro c o n c e p t o , cf. Nisbet­Hub­ bard I 4 0 0 ad Hor. carm. I 35, 37 meta deorum. Markland argumenta q u e superos metuens cuadra mal c o n los exempla de los w . 80­2, referidos a servidores de los dioses. D e ahí q u e conjeture su­ perum famulus I famulans ( s e g u i d o p o r C ourtney e n el a p a r a t o de su edi­ ción). Pero su c o r r e c c i ó n es innecesaria. 7 9 t o t t e m p l a , t o t a r a s : metáfora para la C asa Imperial. C f V Praef. 8­9 divinae domas. 8 0 d a t u r : = dicitur icí. T. VII 3 1 5 ) . 8 0 ­ 2 : los exempla d e esta s e c c i ó n presentan una serie d e servidores d e dio.ses únicos (Mercurio de Júpiter, Iris de J u n o , Tritón de N e p t u n o ) , frente al n ú m e r o de e m p e r a d o r e s a los q u e sirvió C laudio. El c a t á l o g o e s un típico e j e m p l o de amplificatio postclásica. Weaver, «Father o f Etruscus» 148 sugiere q u e el término real del triple exemplum e v o c a a los tres e m p e r a d o r e s Galba, Otón y Vitello (enfrentados a la guerra civil del a ñ o 6 9 ) . 8 0 ­ 1 s u m m i l o v i s a l i g e r A r c a s / n u n t i u s : c f Hor. carm. I 10, 5­6 te... (Mercurio) magni lovis et deorum / nuntium. Un típico e j e m p l o del s o b r e p u ­ jamiento estaciano, pues summi sustituye al magni del m o d e l o . 8 3 ­ 4 tu t o t i e n s m u t a t a d u c u m i u g a r i t e tulisti / i n t e g e r : la multiplici­ dad de los e m p e r a d o r e s a c u y o servicio estuvo C laudio se enfatiza c o n la ali­ teración y a s o n a n c i a del f o n e m a t. El v e r s o recuerda el f a m o s o h e x á m e t r o aliterativo de Ennio: O Tite tute Tati tibi tanta tyranne tulisti! {ann. 109 V ) . Para otro e j e m p l o de aliteración de i­ c o n el valor s i m b ó l i c o de mukiplicidad, c f III 1, 43n. r i t e : continúa c o n la c o n n o t a c i ó n religiosa del v. 7 9 . i u g a . . . tulisti: la iunctura ferré iugum se usa s o b r e t o d o c o m o imagen de sen'itium atnoris en el léxico erótico (cf. C atull. LXVIII 118, c o n c o m e n t a ­ 280 COMENTARIO rio de Sarkissian, Catull. 68 26 y n. 7 8 e n pág. 53, y Piclion, serm. amat. 177 s.v. iugum). Aquí, sin e m b a r g o , c o n n o t a el servitium real de Claudio. Es frecuente en las Silvas la transferencia de una i m a g e n eròtica al à m b i t o s o c i o - p o litico (cf. 48n., 5 7 - 5 8 n . ) . i n t e g e r : mentira piadosa de Estacio al caracterizar la carrera de Claudio, pues éste sufrió destierro por orden de D o m i c i a n o (cf. 1 5 6 - 6 4 ) . El e n c a b a l g a miento del adjetivo p a r e c e t e n e r un valor simbòlico: el e n c a b a l g a m i e n t o de integer en este v e r s o sugiere la supervivencia de Claudio, q u e fue c a p a z de «sustraerse, sin un desliz a las vicisitudes e x p r e s a d a s p o r el verso anterior. 8 4 i n q u e o n m i f e l i x t u a c u m b a p r o f u n d o : la i m a g e n náutica q u e cierra e.sta .sección tiene un triple interés: a) p o r ima parte, cumba e s la vox propia para la barca de Caronte (cf. Fedeli 560 ad Prop. Ill 18, 24, Verg. georg. IV 506, Hor. carm. II 3, 2 8 ) . Esta c o n n o t a c i ó n permite a Estacio c o n e c t a r la laus de Claudio c o n el c o n t e x t o fùnebre de la Silva. El ver.so aludiría subliminalmente al motivo d e q u e un alma ilu.stre goza de preferencia para surcar la laguna e.stigia ( t ò p i c o de c o n s u e l o usado en V 2, 2 5 1 - 5 2 ) . b ) la metàfora de la vida c o m o una n a v e g a c i ó n tiene talante e s t o i c o (cf. Heydenreich, Tadel und Lob der Seefabrt 5 5 - 5 7 ) y c o n e c t a así c o n la filosofía que profesa Claudio. Aquí sirve para caracterizar la inestabilidad del a ñ o de los tres e m p e r a d o r e s , q u e Claudio .supo sortear bien. c ) la metáfora del naufragio del destierro e s un «leit-motiv, en la obra de exilio de Ovidio. Cf. Helzle 8 8 - 9 , Ov. Pont. II 6, 11-2, d o n d e se usa el término cumba (cf. n. de Pérez Vega 1 8 8 ) , II 2, 30 sed non per placidas it mea navis aquas) c o n n. de Pérez Vega 142. Aquí c o n e c t a c o n la peripecia vital de Claudio, q u e sufrió de.stierro. D e s d e e.sta última perspectiva, este verso constituye otra falsedad retórica de E.stacio ( c o m o 147 aevi sine nube tenor). Claudio c o m o .secretario a rationibus (85-105) La s e c c i ó n a b o r d a p o r m e n o r i z a d a m e n t e las f u n c i o n e s de Claudio c o m o procurator a rationibus. Claudio o b t u v o el cargo d e Vespasiano, e n el 7 0 d. C , c u a n d o c o n t a b a c o n u n o s 67 a ñ o s de e d a d ( c f Weaver, «Father o f Etru.scus. 1 4 9 ) . El cargo era el más importante de la Cancillería Imperíal y conllevaba la administración de la H a c i e n d a . La estructura de esta s e c c i ó n s e dispone artísticamente c o m o sigue: SILVA TERCERA I II 1 2 3 4 - (85-8) (89-95a) (89-90a) (90b-l) (92-3) (94-5a) III ( 9 5 b - 9 a ) IV ( 9 9 b - 1 0 5 ) 281 Introducción: c o n c e s i ó n del cargo a rationihus. F u n c i o n e s de administración de ingresos. Recursos minerales ( o r o y plata) Recursos agrícolas de Africa y Egipto. Otros productos (perlas y ganadería) Materiales o r n a m e n t a l e s (cristal, madera de c e d r o y marfil) Transición: diligencia de Claudio. F u n c i o n e s de admini.stración de gastos. La s e c c i ó n dedicada a los ingresos ( 8 9 - 9 5 a ) se distribuye e n cuatro ámbitos e c o n ó m i c o s , cada u n o de los cuales está constituido p o r im par de productos (salvo el último, q u e a b a r c a tres). La parte d e d i c a d a a los ga.stos ( 9 9 b - 1 0 5 ) c o m p r e n d e un catálogo de o r a c i o n e s introducidas por im p r o n o m bre interrogativo ( 9 9 quantum, 100 quantum, quid, quid, 101 quid, 103 quod, 104 quae, 105 quid). A m b o s catálogos constituyen e j e m p l o s e x t e n s o s de amplificatio. 8 5 - 6 : la alegoría de la dio.sa Fortuna e n t r a n d o en la casa de Claudio, para connotar su éxito socio-profesional, tiene las características literarias de una epifanía ( c f la de Venus en I 2, 1 4 5 - 6 0 ) . Catulo recurre a la misma técnica de la epifanía para describir a Lesbia (LXVIII 7 0 - 7 2 quo mea se molli candida diva pede/intulit...; para la interpretación de este pasaje c o m o epifanía y su influencia en Ov. am. I 5, c f S. Hinds, «Generaling a b o u t Ovid», en A.J. B o y l e ( e c l ) , The Imperial Muse, Victoria, Australia: Aureal Publications, 1988, 7 - 1 1 ) . Tales epifanías suelen a c a e c e r a mediodía (cf. 85 lux alta). p r a e c e l s a q u e t u t o / i n t r a v i t F o r t u n a g r a d u : la cualidad de Fortuna se aplica por e n á l a g e a su p a s o ( c f V 1, 75 venitque gradu Fortuna benigno, Hor. carm. I 35, 13, Ov. trist. V 8, 15, trist. V 14, 30 instabile... fugit illa [Fortuna] pede, Pont. IV 3, 3 1 - 3 2 haec dea [7orium].../ quae summum dubio sub pede semper habet. Una p o s i b l e e x p l i c a c i ó n de esta e n á l a g e es la tendencia en la poesía dactilica a concertar cada n o m b r e c o n un epíteto ( c f Van D a m 136); aquí Fortuna ya lleva el adjetivo praecelsa. 8 6 b - 8 : la descripción global de las f u n c i o n e s de Claudio c o m o procurator a rationibus se e x p r e s a mediante un tricolon de m i e m b r o s prácticamente sinónimos. Nótese la variedad léxica para denotar la n o c i ó n de «riqueza»: 87 opum, 8 8 divitiae, impendía. 8 9 - 9 5 a : los productos del Imperio r e s p o n d e n más a tópicos de la tradición literaria ( e s p e c i a l m e n t e en Virgilio, H o r a c i o , S é n e c a y Catulo) q u e a la realidad e c o n ó m i c a de la é p o c a . El pasaje, e n su conjunto, es d e u d o r de Sen. Ihy. 353-57 ( e n u m e r a c i ó n de las riquezas de un r e y ) . 8 9 - 9 0 : productos minerales: o r o de Hispania y de Dalmacia. Sobre el o r o español, c f Catull. X X I X 19, y Sen. Thy. 3 5 4 ( c o n n. de Tarrant 1 4 1 ) . 282 COMENTARIO Los poetas flavios asocian f r e c u e n t e m e n t e a Dalmacia c o n la p r o d u c c i ó n aurífera: cf. I 2, 153 Dalmatico... metallo, IV 7, 14-6 (citado e n nota siguiente), Mart. X 7 8 , 5-8. Una vena de o r o descubierta e n Dalmacia e n é p o c a d e Nerón producía diariamente cincuenta libras del metal (cf. Plin. nat. XXXIIII 6 7 ) . 90 D a l m a t i c o q u o d m o n t e n i t e t : Estacio e x p r e s a la falacia retórica de q u e el metal p r e c i o s o brilla incluso e n la mina (cL nitet), e n contra del aforismo, c o m ú n entre los moralistas, de q u e el metal e s sucio en su e s t a d o natural. C f Hor. carm. II 2, 1-2 Nullus argento color est avaris / abdito terris {con NLsbet-Hubbard II 3 5 ) , Laus Pis. 2 2 5 - 6 . El propio E.stacio alude al motivo e n IV 7, 14-6 Dalmatae montes, ubi Dite viso /pallidus fossor redit erutoque / concolor auro (pace C o l e m a n 2 0 1 , e n t i e n d o pallidas c o m o una referencia a un tono apagado, producido por el p o l v o o p o r la palidez del m i e d o , q u e Estacio equipara al c o l o r desvaído del oro e n b r u t o ) . 90-1: las r e f e r e n c i a s de estos v e r s o s c o i n c i d e n c o n los datos hi.stóricos q u e po.seemos, pues en é p o c a de D o m i c i a n o s a b e m o s q u e el a b a s t e c i m i e n t o de cereal a Roma procedía de Alejandría durante cuatros m e s e s y de Africa durante o c h o Q- BJ. II 3 8 3 y 3 8 6 ) . Por otra parte, la riqueza agrícola de Africa e s proverbial (cf. Otto, Sprichw. 8 s.v. Africa § 3 6 ) . La fraseología de Estacio aquí e s una fusión de Horacio (carm. I 1, 10 quidqutd de Libycis verritur areis; cf. serm. I 1, 4 5 ) y de S é n e c a {Thy. 356-7 quidquld Libycis terit/fervens area messihus: cf. n. d e Tarrant I 4 l ) . 92 q u o d q u e l e g i t m e r s u s p e l a g i s c r u t a t o r E o i : cf. Sen. LLerc. O. 6 6 2 lapis Eoa lee tus in unda. s c r u t a t o r : «pescador» en T. VII 7 2 0 ( p r o b a b l e m e n t e n o un b u z o , c o m o po.stula el OLD s.v. scrutator 1) y en III 1, 8 4 , p e r o aquí designa al b u s c a d o r de perlas. Este término es favorito de Estacio, p e r o muy raro en otros poetas. 93 L a c e d a e m o n i i p e c u a r i a c u l t a G a l a e s i : el G a l e s o e s un río c e r c a n o de Tárenlo, al sur de Italia. Aquí se le llama Lacedaemonii, «espartano», porq u e T á r e n l o era una c o l o n i a fundada p o r el e s p a r t a n o Falanto (cf. II 2, 111 Therapnaei... Galaesi). El dato erudito p r o c e d e de Verg. georg. IV 125-26 Oc^baliae... turribus aréis/qua niger umectatflaventia culta Galaesus (cf. n. de Mynors 2 7 5 ) , de quien d e p e n d e a su vez Hor. carm. II 6, 10-12 ( c f T h o m a s , Ethnographical tradition 59). La región era famosa p o r su g a n a d o lanar (cf. Nisbet-Hubbard II 100-1 ad Hor. carm. II 6, 10). pecuaria es un hapax en E.stacio, al igual q u e en Virgilio (sólo a p a r e c e en georg. Ill 6 4 ) . culta s e entiende mal calificando a pecuaria, pues se aplica preferentemente a términos agrícolas más q u e pecuarios. C a b e sospechar q u e la cláusula culta Galaesi se trata de un c a l c o forzado d e Verg. georg. IV 126, q u e encaja mal c o n pecuaria. 94 p e r s p i c u a s n i v e s : cristal de roca, c o n c e b i d o c o m o p r o d u c t o de la mineralización de la nieve: I 2, 126 longaevis nivibus crystalla gelari; cf. Cinna frag. 6 B u e c h n e r imitata nives luceus legttur crystallus, Isid. orig. I l 6 , 13 SILVA TERCERA 283 Crystallus resplendens et aquosus colore, quia nix sii giade durata per annos. M a s s y l a q u e r o b o r a : madera de c e d r o africana, usada en m u e b l e s de lujo. Cf. I 3, 35 Mauros postes, Petr. CXIX 27 Afris eruta terris / citrea mensa. La c o m b i n a c i ó n de e.sta madera c o n el marfil de los w . 9 4 - 9 5 alude a unas m e sas de moda consistentes en una plancha d e c e d r o sostenida por un pie de marfil tallado (cf. Mart. X 9 8 , 6 citrum vetus Indicosque dénies), c o m o las q u e Estacio describe en el palacio de D o m i c i a n o : IV 2, 3 8 - 9 Indisque innixa columnis/ robora Maurorum ( c f n. de C o l e m a n 9 4 - 9 5 y t a m b i é n luv. XI 122-23 con n. de Courtney 5 0 6 ) . Para el adjetivo Massylus, c o m o s i n é c d o q u e e q u i v a l e n t e a «africano», c f II 5, 8, con n. de Van D a m 3 7 8 . 94-5 I n d i / d e n t i s h o n o s : c f Catull. LXIV 4 8 Indo... dente {vm pasaje q u e Estacio tuvo sin duda en cuenta: véa.se nota a III 2, 1 3 9 ) , Mart. II 4 3 , 9 Indis... dentibus, Mart. X 9 8 , 6 (citado en n. anterior). India es la región e x p o r tadora de marfil por e x c e l e n c i a entre los p o e t a s : c f Verg. georg. I 57 India mittit ebur con Mynors 13, Aen. XII 6 7 - 8 Indum.../... ebur, Hor. carm. I 3 1 , 6. 95-9a: transición. Innumerabilidad de los c o m e t i d o s de Claudio ( 9 5 - 9 8 a ) y diligencia en atenderlos ( 9 8 b - 9 9 a ) . 96-7a: los tres vientos citados e n este verso marcan tres puntos cardinales, para ponderar la extensión geográfica de los c o m e t i d o s de Claudio: norte (Bóreas), este iEurus) y sur (Auster). Cf. V 1, 8 1 - 8 2 videt Ule ( D o m i c i a n o ) ortus obitusque, quid auster, / quid bóreas agat ( c o n m e n c i ó n d e los cuatros puntos cardinales), Calp. ecl. I 7 4 - 7 6 ( N o t o / B ó r e a s / orto ( E s t e ) / o c a s o ( O e s t e ) / parte intermedia). Nótese, sin e m b a r g o , q u e los tres vientos citados tienen ima c o n n o t a c i ó n negativa. Estacio e n otro pasaje s ó l o valora positivamente el viento del O e s t e (precisamente el q u e falta a q u í ) : III 2, 4 5 - 6 artius obiecto Borean Eurumque Notumque / monte premat: soli Zepbyro sit copia caeli. Significativamente, el viento del O e s t e , q u e falta aquí, es el q u e se inv o c a corrientemente en los propemptiká ( c f Nisbet-Hubbard I 47 ad Hor. carm. I 3, 4 ) . La situación c a m b i a en un propemptikon i n v e r s o c o m o Hor. epist. X, donde se m e n c i o n a n los mismos tres vientos q u e aquí, en o r d e n inverso ( 4 Auster, 5 Eurus, 7 Aquilo) y se omite el Céfiro. El epíteto atrox c o n Eurus refuerza la c o n n o t a c i ó n negativa (cf. Verg. georg. II 107 violentior... Eurus). n u b i l u s A u s t e r : la fraseología e s d e Prop. II l 6 , 5 6 ; cf. también T. V 7 0 5 niger imbribus Auster, V 1, 100 imbrifero... Austro, II 4, 2 8 umenti... Austro, Verg. Aen. I 462 umidus Auster. 97a-8a: tópico de lo innumerable. Es proverbial ponderar las dimensiones de un término real mediante la c o m p a r a c i ó n c o n objéteos incontables, c o m o las hojas de los árboles, los granos de arena, las gotas de agua y las estrellas del cielo. C f Fedeli 129-131 ¿z<i Catull. LXI 199-203, Otto, Spricbív. 8 s.v. Africa § 37, 37 s.v. arista § l 6 3 , 1 5 9 s.v. barena § 7 8 6 , M. Citroni, «Funzione comunicativa 284 E COM NTARIO o c c a s i o n a l e e modalità di atteggiamenti espressivi nella p o e s i a di C atullo», SIFC 51 ( 1 9 7 9 ) , 44­45. El tema del follaje de las hojas se d o c u m e n t a e n H o m . //. II 8 0 0 , Pind. P. I X 4 6 , Verg. georg. II 1 0 3 ­ 8 , Aen. VI 3 0 9 ­ 1 0 , O v . met. XI 6 l 5 . La conjunción de olas del mar y hojas a p a r e c e en A.R. IV 214­7. La alusión a la dificultad de la tarea ( 9 7 citius numeraveris imbres...) es un t ó p i c o epidíctico p r o p i o del e n c o m i o imperial: Men. Rh. 3 6 8 . 2 3 ­ 3 6 9 . 1 ώ σ π ε ρ δέ π ε λ ά γ ο υ ς απείρου τ ο ι ς ο φ θ α λ μ ο ΐ ς μ ε τ ρ ο ν ο υ κ έ σ τ ι λ α β ε ί ν , ο ϋ τ ω και βασιλείΰς ε ύ φ η μ ί α ν λ ό γ φ περιλαβεΤν ο ύ ρ ά δ ι ο ν . C f. Burgess, Epideictic Literature 122, 132, C urtius, Lit. europea y Edad Μ. lat. 2 3 1 ­ 5 . Ahora b i e n , c a b e s o s p e c h a r q u e e.sta imagen sugiere s u b l i m i n a l m e n t e , además, el carácter efímero del cargo de C laudio, en c o n e x i ó n c o n el h e c h o de q u e éste c a y ó e n desgracia. El par follaje / lluvia sirve c o m o s í m b o l o d e f e n ó m e n o estacional e inconstante en Hor. carm. II 9, 1­8 non semper imbres hispidos/ manant in agros.../... et foliis viduantur orni. A esto h a y q u e aña­ dir q u e las hojas .son un s í m b o l o proverbial de inconstancia (cL Otto, Sprichw. 140 s.v. folium § 682). 99-105: catálogo de gastos o c a s i o n a d o s p o r las obras imperiales. La lista se aplica a la dina.stía de los Flavios e n general y a D o m i c i a n o e n particular. E.stacio es muy dado a ensalzar la obra imperial s o b r e la Naturaleza, en c o n ­ traste c o n la c o n d e n a moral de la tradición literaria ( e n Hor. carm. I 3, 2 5 ­ 4 0 , por e j e m p l o ; cf. Pavlovskis, Artificial Landscape 2, η . 6 ) . Las obras públicas imperiales tienen una finalidad propagandística (cf. C o l e m a n 102­5 adlV 3), en la q u e poetas de corte c o m o Estacio y Marcial c o l a b o r a n . Para la cuestión, cf. Pavlovskis, Artificial Landscape passim. Cicerón construye una lista c o m p a r a b l e de obras públicas, e n t o n o opti­ mfsta, entre la q u e incluye, c o m o Estacio, la c o n s t r u c c i ó n de a c u e d u c t o s y di­ q u e s : off. II 14 adde ductus aquarum, derivaliones fluminum, agrorum irrigationes, moles oppositas fluctibus, portus manu fados. Es curioso c ó m o E.stacio acumula aquí (amplificatio) una serie de obras imperiales q u e en otros pasajes de las Silvas se describen más detalladamente en diferentes ékfrasis: cf. 100­1 ( a c u e d u c t o s ) y I 5, 2 5 ­ 2 8 ; 102 (calzadas) y IV 3; 103 (palacio de D o m i c i a n o ) y IV 2, 18­39. 98-9 vigil i s t e a n i m i q u e s a g a c i s / e x c i t u s e v o l v i t : cf. V 1, 7 7 ­ 7 9 suc­ cintaquepectora curis/et vigiles sensus et digna evolvere tantas/sobria cor­ da curas. Ideal estoico del ά ν ή ρ π ρ α κ τ ι κ ό ς . a n i m i / e x c i t u s : la lectura d e Λί e s exitus, e v i d e n t e m e n t e corrupta. Ex­ citus e x i g e un c a m b i o p a l e o g r à f i c o m í n i m o . Markland a c e p t a excitus pero conjetura animo... sagaci. .Sin e m b a r g o , animi... sagacis debe m a n t e n e r s e c o ­ m o genitivo de limitación (cf. Szantyr, Syntax 7 5 ) , u n g r e c i s m o sintáctico n o infrecuente en E.stacio: c f , c o n este mi.smo sustantivo, II 6, 97 eximius... ani­ mi (con n. de Van D a m 4 4 5 ­ 4 6 ) . Añadán.se III 2, 6 4 audax ingenii, T. I 41 im­ modicum irae, III 9 9 egregius fail, IV 4 0 3 miseri morum, V 9 0 aevt matura, IX 141 aeger consilii. SILVA TERCERA 285 e v o l v i t : = «administra», «gestiona» (cf. I 1, 4 1 ; V 1, 7 8 ) . 1 0 0 t r i b u s : alusión a los repartos de dinero (congiaria) y de cereal {frumentationes), q u e se realizaban por tribus trihutitn. D o m i c i a n o , e n particular, distribuyó congiaria en los años 84, 8 9 y 9 3 (Mart. VIII 15, 4 ditant Latias ter126-7). iia dona tribus, cf. Gsell, Domitien 1 0 0 t e m p l a : D o m i c i a n o llevó a c a b o una política de reconstrucción d e templos dañados en el i n c e n d i o del a ñ o 80: el templo d e Júpiter Capitolino, de Cá.stor y Pólux, del divino Augusto, de Apolo, Isis y Serapis. Con.struyó asimismo otros nuevos; el d e Vespasiano y Tito, el d e la Paz, y el Atrium Minervae ( c f G.sell, Domitien 9 0 - 1 1 9 ) . Tras Augusto, D o m i c i a n o es el e m p e r a d o r que realizó una labor de edificación más e x t e n s a e n Roma. 1 0 0 - 1 alti / u n d a r u m c u r s u s : Tito prestó particular a t e n c i ó n a la reparación de los acueductos de Roma {Aqua Marcia, Curtia y Caeruled). Domiciano, por su parte, d o t ó a R o m a de n u m e r o s a s canalizaciones de agua, las fistulae aquariae. Finalmente, p u e d e ser relevante recordar q u e Estacio o b t u vo gratis de D o m i c i a n o una c o n c e s i ó n de agua para su finca albana ( c f III 1, 62-63). Undarum cursus e s prácticamente una perífrasis poética para aquaeductus {como I 5, 26-7 frigora ducens /Marcia, III 1, 6 2 - 3 currens / unda, III 5, 111 ductor aquarum). Aitino significa aquí «profundos», sino «altos», refiriénd o s e a la e l e v a c i ó n d e los a c u e d u c t o s : cf. I 5, 27 praecelsis... vaga molihus unda. 1 0 1 - 2 p r o p u g n a c u l a . . . / a e q u o r i s : p r o b a b l e m e n t e una alusión a la fortificación del puerto de Ostia. En Estacio, la imposición d e barreras artificiales sobre el agua n o es objeto de repudia moral, c o m o tradicionalmente (cf. Verg. georg. II 161-64, c o n nn. de T h o m a s 1 8 6 - 8 7 ) . 1 0 2 l o n g e s e r i e s p o r r e c t a v i a r u m : en Italia, D o m i c i a n o construyó la Vía Domiciana ( c f FV 3 ) y reparó la Latina ( c f IV 4, 60). En las prcjvincias, ordenó el trazado o reconstrucción de numerosas calzadas ( c f Gsell, Domitien 151). Porrecta concierta c o n series p o r enálage, p e r o s e m á n t i c a m e n t e califica a viarum. 1 0 4 - 5 : tres usos del o r o ( d e c o r a c i ó n del Palatino, fabricación de estatuas y a c u ñ a c i ó n d e m o n e d a ) , q u e c o n t r a p e s a n las dos p r o c e d e n c i a s del metal enunciadas en los vv. 8 9 - 9 0 . Una c o r r e s p o n d e n c i a léxica e s nitetOO) ~ niteat (103). 1 0 4 : Estacio m e n c i o n a también el a r t e s o n a d o dorado del Palatino e n IV loc.). 2, 31 aurati... laquearia caeli {cí. C o l e m a n 9 3 ad 1 0 5 : el si.stema monetario bajo D o m i c i a n o a l c a n z ó mayor solidez q u e baj o otros emperadores c e r c a n o s en el t i e m p o . Así, el aureus en su é p o c a pesaba más c o m o media que c o n Vespasiano, Tito, Trajano o Adriano (Gsell, Domitien 152, Carradice, «The banishment o f the father of Etruscus»). Este detalle confirma igualmente q u e los elogios de Estacio n o s o n siempre exageraciones retóricas; a veces revelan la realidad histórica. 286 COMENTARIO 2. V i d a p r i v a d a d e C l a u d i o ( 1 0 6 - 1 3 7 ) Una b r e v e c a r a c t e r i z a c i ó n d e la vida privada de C l a u d i o ( 1 0 6 - 1 0 ) sirve para introducir una digresión encomiástica s o b r e su e s p o s a Etrusca ( 1 1 1 - 3 7 ) . 1 0 6 - 1 0 : la vida privada de Claudio se caracteriza p o r sus virtudes estoicas: r e c h a z o del h e d o n i s m o e p i c ú r e o ( 1 0 6 ) , frugalidad ( 1 0 7 - 8 a ) y matrimonio siguiendo razones de estado más q u e el gusto personal ( 1 0 8 b - 1 0 ) . 1 0 6 : la laboriosidad del carácter de Claudio e s una virtud estoica q u e E.stacio o p o n e explícitamente al h e d o n i s m o e p i c ú r e o (cf. animo... exclusa voluptas). 1 0 7 - 8 a : para la virtud de la frugalidad e n la c o m i d a y la b e b i d a , c f la descripción de Abascanto en V 1, 121 Ipsa (su mujer Priscila) dapes módicas et sobria pocula tradii. e x i g u a e . . . d a p e s : «banquetes frugales», casi un o x í m o r o n . Cf. Williams 37 ad T. X 20. 1 0 8 b - 1 0 : tres perífrasis p o é t i c a s e n forma d e tricolon para d e s i g n a r el matrimonio. Sobre estas fórmulas, cf. III 5, 6 9 - 7 1 n . El corolario de este tricolon sobre el matrimonio es naturalmente la alusión a la prole del v. 110b. 1 1 0 b fidos d o m i n o g e n u i s s e c l i e n t e s : Estacio pinta el matrimonio d e Claudio c o m o subordinado a la razón de estado. Los hijos se c o n c i b e n para ser subditos del e m p e r a d o r (la misma idea e n I 2, 2 6 6 - 6 7 ) . P u e d e c o m p a r a r s e esta idea c o n el individualLsmo antimilitarista e x h i b i d o p o r P r o p e r c i o II 7, 1314 unde miti patriis natos praebere trlumpbis? / nullus de nostro sanguine miles erit. En t o d o caso, en este p u n t o la actitud de Etrusco también se o p o n e al ideario epicúreo, q u e repudia el matrimonio y la p r o c r e a c i ó n d e hijos por .ser fuentes d e p r e o c u p a c i ó n (cf. Van D a m 2 8 0 ad II 2, 1 4 3 - 6 ) . d o m i n o : este término n o ha de tomarse en sentido literal, para concluir q u e Claudio se ca.só c u a n d o aún no había sido manumitido (cf. Weaver, «Father of Etruscus» 1 5 1 ) . R e c u é r d e s e q u e D o m i c i a n o s e asignó el título d e dominas et deus (Suet. Dom. XIII 2 ) , Para la d e n o m i n a c i ó n dominus, cf. Sauter, -Kaiserkult bel Mart. Stat.» 3 1 - 4 0 . a. Excursus: e p i c e d i o de Etrusca ( 1 1 1 - 1 3 7 ) Estacio enfatiza el e l e m e n t o f ú n e b r e en esta s e c c i ó n ( 1 2 4 - 1 3 7 ) , para enlazar temáticamente c o n el c o n t e x t o general del p o e m a . La primera parte, en c a m b i o ( 1 1 1 - 2 3 ) , presenta la curiosidad de q u e se desarrolla c o n la apariencia externa del g é n e r o del epitalamio, i n c l u y e n d o s e c c i o n e s c o m o la del genus y forma de la novia y alusión a la prole. Toda esta s e c c i ó n .se estructura así; SILVA TE RCE RA I Laudatio (111­37) A Proemio ( l l l ­ 1 2 a ) B Forma (I12h­14) C Genus Y propinqui 287 (115­21a) D Fecunditas (121h­25) II Lamentatio (124­30) III Descriptio funeris ( 1 3 1 ­ 3 7 : c o n lamentatio en 1 3 5 ­ 3 7 ) No seria d e s c a b e l l a d o t o m a r esta s e c c i ó n c o m o una adaptación literaria del texto de un epigrama sepulcral. Algunos motivos propios de epitafios q u e aparecen aquí son: la alusión a la intervención prematura de las Parcas ( 1 2 5 ­ 7 n . ) , la imagen de florentes... annos ( 1 2 7 ) y el símil floral ( 1 2 8 ­ 3 0 n . ) . D e he­ c h o , una s e c c i ó n de este pasaje, este símil de 128­30, fue reutilizado p o r un lapicida c o m o texto de un epitafio. l l l ­ 1 2 a : esta o r a c i ó n sirve c o m o p r o e m i o e n miniatura, d o n d e Estacio anuncia los temas q u e va a tratar, el genus y la forma. La presentación antici­ pa de forma quiástica el desarrollo consiguiente, p u e s a c o n t i n u a c i ó n s e trata primero la forma ( 1 1 2 b ­ l 4 ) y d e s p u é s el genus ( 1 1 5 ­ 2 1 a ) . 1 1 2 b ­ l 4 : belleza física de Etrusca. Estacio salva la dificultad de q u e no la c o n o c i ó p e r s o n a l m e n t e ( 1 1 2 ) c o n la e x c u s a retórica de q u e el retrato y la apostura de sus hijos reflejan la belleza de la madre ( 1 1 3 ­ 1 4 ) . 1 1 2 : es relevante recordar aquí q u e M e n a n d r o el Rétor r e c o m i e n d a cau­ tela a la hora de describir la belleza de la novia e n un epitalamio, para n o su­ gerir una escandalo.sa intimidad ( 4 0 4 . 11­14, c o n n. d e Russell­Wilson 3 l 6 ) . 1 1 3 ­ 4 : Estacio usa f r e c u e n t e m e n t e el t ó p i c o del p a r e c i d o (físico y de ca­ rácter) de los hijos c o n re.specto a sus padres, c o m o recurso retórico para en­ salzar a u n o s u a otros. C f. I 2, 2 7 1 ­ 3 , IV 4 , 7 5 , IV 7, 4 3 , IV 8, 11 similis contenda reddere vultus, IV 8, 5 7 ­ 5 8 . M e n a n d r o el R é t o r incluye este tema c o m o t ó p i c o del epitalamio ( 4 0 4 . 27 τ έ ξ ε τ ε π ά ΐ δ α ς ύ μ ΐ ν τ ε ό μ ο ι ο υ ς κ α ι έν άρετϊί λ α μ π ρ ο ύ ς ; c f Stat. I 2, 2 7 1 ­ 3 , Hor. carm. IV 5, 2 3 ) . 1 1 5 ­ 8 : Estacio elogia el genus de Etrusca m e d i a n t e una digresión s o b r e su h e r m a n o , l e g a d o militar de D o m i c i a n o al m a n d o d e la 2.­ guerra dácica, del 89 d.C . Se le ha identificado c o n Tettius Lulianus, c ó n s u l e n el a ñ o 8 3 (Gsell, Domitien 219). 1 1 7 p r i m a : de e.ste adjetivo n o h a y q u e inferir q u e Estacio se refiera a la 1.­ guerra d á c i c a (del 8 3 d.C ), q u e llevó D o m i c i a n o p e r s o n a l m e n t e y e n la q u e T e c i o J u l i a n o n o intervino. Ha de e n t e n d e r s e c o n el sentido de «tomando la iniciativa». 1 1 8 m a g n o . . . t r i u m p h o : D o m i c i a n o c e l e b r ó e n 8 9 d.C . un d o b l e triunfo por la segunda guerra contra los dacios, del 8 9 , y p o r la guerra contra los ca­ los del 88­89­ C f Suet. Dom. VI 1, D i o 67. 7. Estacio m e n c i o n a t a m b i é n e.sta guerra en I 1, 7, 7 9 , y en el v. l 6 9 de esta misma Silva. 288 COMENTARIO 1 1 9 - 2 1 a : el linaje m a t e r n o c o m p e n s a la humildad d e origen del p a d r e . Cf. IV 4, 75 stemmate materno felix, virtute paterna. S o b r e la imaginería de la luz para caracterizar el linaje, tan manida en Estacio, cf. 43-44n. 1 2 1 b - 3 : alusión a la prole del matrimonio de Etrusca y Claudio. El d e s e o de prole e s im tópos del epitalamio y nec pignora longe ( 1 2 1 ) podría proceder directamente de uno, si se suple sint en lugar de fuerunt. Cf. I 2, 266 hela age praeclaros Latioproperate nepotes, Catull. LXI 205-8 ( c o n n. de Fedeli 137-38). 1 2 1 p i g n o r a : para su valor c o m o «hijos», cf. Prop. IV 1 1 , 7 3 , Ov. met. V 523, epist. VI 121 pignora Lucina bina favente dedi (cf. 122 Lucina). 1 2 2 L u c i n a : s o b r e esta diosa c o m o c o m a d r o n a , cf. I 2, 2 6 9 ( c o n t e x t o d e epitalamio), IV 8, 22. 1 2 3 l e v i g r á v i d o s : y u x t a p o s i c i ó n (sin c o n c o r d a n c i a gramatical) de d o s términos antitéticos, lo q u e p r o d u c e una interesante e f e c t o retórico. Cf. II 2, 18 dulcís amaro, III 1, 72n. tennis graviore, III 4, 3 0 fulgentibus umbrae. l a b o r e s : «trance del parto». Cf. Verg. georg. IV 3 4 0 Luclnae...labores, T. V 114, OLD 6h. 1 2 4 - 6 a : el lamento p o r la muerte de Etrusca está motivado p o r su carácter prematuro ( t ó p i c o funerario de la mors inmatura). E s t a c i o implica q u e murió c u a n d o su hijo Claudio Etrusco aún n o tenía e d a d para darse cuenta (cf. 135-37). Para enfatizar la juventud de Etrusca c u a n d o le a c a e c i ó la muerte, E.stacio usa fra.seología vegetal ( 1 2 7 florentes... annos) q u e anticipa el símil de las flores de los vv. 1 2 6 b - 3 0 . 1 2 4 b - 6 a si c e r n e r e v u l t u s / n a t o r u m v i r i d e s q u e g e n a s tibi i u s t a d e d i s s e n t / s t a m i n a : para el l é x i c o descriptivo de la belleza de la juventud, cf. T. IV 274 dulce rubens viridlque genas spectabilis aevo, I 2, 276-7 virides sic flore iuventae/... vultus. V é a s e t a m b i é n n. a III 1, l60 dulce decus viridesque... annos. Para la construcción de dat-e + inf. para designar facultades c o n c e d i d a s por instancias divinas, cf. III 3, 104-5n. y, en esta Silva, 66. 127 florentesque m a n u s c i d i t Á t r o p o s a n n o s : para la i m a g e n de la Parca, cf. CIL VIII 8 8 7 0 5-6 qui prope vicenos bis iam supleverat annos, / ni Lachesis brevia rupisset stamina fuso. Este verso fue imitado p o r el humanista D o m i n g o Andrés (Poesías Varias II 3, 2 ) : scidit repente filum Átropos. a n n o s : fórmula propia de epitafios. Cf. CLL V 3 4 0 3 florentes florentes annos mors ipsa eripuit, CE 8 0 3 , 1 florentes annos subito nox abstulit atra. Aquí la imagen vegetal anticipa .sucintamente el e x t e n s o símil de 128-30. Para florensen este c o n t e x t o , cf. Lattimore, Themes in epitaphs 197, n. 1 9 1 , Cugusi, Aspetti letterari dei CLE 179. m a n u : en Estacio suele significar «artificialmente», para designar una obra o acción q u e también p u e d e a c a e c e r p o r causas naturales (cf. III 1, 123n. dextra, IV 3, 54 manu c o n C o l e m a n 118, OLD 21a, b ) . Aquí la muerte d e Etrusca es antinatural porque es prematura, manu p u e d e sugerir una acto de violencia (OLD 8 b ) . En este sentido, la intervención d e la parca Átropos c a u s a n d o SILVA C TOR ERA 289 la muerte de Etrusca tiene las características de un asesinato: cf. V 2, 7 8 leta­ les... mana componer e sulcos, V 1, 178. 1 2 8 ­ 3 0 : comparar la muerte prematura de un difunto c o n una flor segada o truncada es un m a n i d o t ó p i c o de la poe.sía funeraria. C f. H o m . //. VIH 3 0 6 ­ 7 , Catull. XI 22 ( c o n t e x t o n o funerario), Verg. Aen. IX 4 3 5 ­ 7 , Ov. am. III 7, 6 5 ­ 6 6 ( p a r ó d i c o ) , met. X 190­94, Vérilhac, Π Α Ι Δ Ε Σ Ά Ω Ρ Ο Ι , núms. 3 9 ­ 4 1 , Lattimore, Themes in epitaphs 195­8. Estacio desarrolla la imagen e n II 1, 106­9 ( c f Van D a m 1 2 2 ) . E.stacio introduce la i n n o v a c i ó n de q u e trata el motivo c o n m a y o r profusión y n ú m e r o de flores q u e la tradición (técnica retórica d e la amplifi­ catio). Estos versos fueron c o p i a d o s por un lapicida c o m o texto de un epitafio del S. IV d.C . descubierto en Argelia {C LE 1787. 2 ­ 4 ) . Véase C ugusi, Aspetti let­ terari dei C LE 190. 129 r o s a e . . . a u s t r o s : c f II 1, 106­7 expiraturus ad austros /... flos. La c o m b i n a c i ó n de la flor y del frío viento Austro c o m o e l e m e n t o s antagónicos es una forma de adúnaton c o n un posible origen proverbial: c f Verg. ecl. II 58­59 floribus Austrum /... immisi, C laud, carm. min. X X I X 5­6 floribus.../ quos ñeque frigoribus Boreas... urit. 131­7: descriptio funeris de Etrusca. Esta s e c c i ó n r e p r o d u c e en p e q u e ñ a escala algimos motivos q u e E.stacio desarrolla c o n m á s detalle a propósito del funeral de C laudio: uso de perfumes ( 1 3 2 ; c f 3 3 ­ 3 7 ) , planetas y ra.sgado del cabello ( 1 3 3 ; cf. 8 ) , y apilamiento de la pira ( 1 3 4 ; cf. 12, 3 5 et saepius). Estacio p r e t e n d e introducir una atmósfera de d e l i c a d e z a f e m e n i n a c o n la m e n c i ó n del a m o m o ( 1 3 2 ) y la intervención de los Amorcillos ( 1 3 3 ­ 3 4 ) . 132 m a t e r n o . . . a m o m o : la m e n c i ó n del amc^mo aquí tiene u n a d o b l e relevancia: a) es un perfume a s o c i a d o c o n Venus: I 2, 1 1 1 , 1 3, 10 Ldaliis... su­ cis, III 3, 132, III 4, 82, 92; b ) es t a m b i é n un perfume f ú n e b r e habitual: c f II 4, 34, luv. IV 108­9 amomo / quantum vix redolent duo fuñera con C ourtney 2 2 1 , Ov. Pont. I 9, 52, Pers. III 104. El u s o de materno sin m a y o r cualificación para referirse a Venus e v o c a Verg. georg. I 28 materna... myrto y Aen. VI 193 [Aeneas] maternas agnovit avis. 133­4: la intervención de los Amorcillos e s una técnica favorita de Estacio (I 3, 12, I 5, 33, III 4, 8 8 ­ 9 1 n . ) . Estos personajillos alados, c o m o participantes en el duelo fúnebre, recuerdan a los pájaros asi.stentes al funeral del papaga­ yo en Ov. am. II 6, 3­5 piangile pectora pinnis / et rigido teñeras angue no­ tate genas; hórrida pro maestis lanietur pluma capillls. En a m b o s c a s o s s e m e n c i o n a n los signa de duelo de arrancarse el c a b e l l o y g o l p e a r s e el p e c h o . C f E. T h o m a s , «Some r e m i n i s c e n c e s of Ovid in latin literature­, e n ATTL del Convegno internazionale Ovidiano, vol. I, S u l m o n a Maggio 1958, 1 4 5 ­ 1 7 1 . 135­7: Estacio imagina la reacción de Etmsco ante la auténtica mors inma­ tura de su madre, frente a la supuesta mors inmatura de C laudio ( c f 2 0 ­ I n . ) . 290 COMENTARIO 3 . Vida p ú b l i c a - ( 2 ) ( 1 3 8 - 7 1 ) En esta sección, Estacio contrasta un período d e m á x i m o encumhiramiento ( 1 3 8 - 5 3 ) c o n otro de desgracia causada por el destierro ( 1 5 4 - 7 1 ) . 1 3 8 - 5 3 : m á x i m o éxito de Claudio. El e m p e r a d o r Vespasiano le permitió participar e n su triunfo sobre la Guerra J u d í a del 7 0 d.C. ( 1 3 8 - 4 2 ) y le c o n c e dió el status ecuestre en el 7 3 ó 74 ( 1 4 3 - 5 ) . Tales b e n e f i c i o s traen c o m o c o n s e c u e n c i a una situación e c o n ó m i c a d e s a h o g a d a q u e se manifiesta e n la liberal e d u c a c i ó n de Etrusco ( 1 4 6 - 5 3 ) . 1 3 8 i l l u m e t q u i n u t u s u p e r a s n u n c t e m p é r â t a r c e s : de Vespasiano nos cuenta Suetonio la a n é c d o t a de q u e p r o n u n c i ó e n su l e c h o d e muerte la b r o m a Vae puto deus fio {Vesp. X X X I I I 4 ) . En e f e c t o , fue divinizado a su muerte por Tito. Aquí Estacio lo presenta c o n rasgos q u e lo asimilan inequívocamente a Júpiter. Cf. Ov. met. X V 8 5 8 - 5 9 luppiter arces / temperai aetberius, Verg. Aen. I 2 5 4 - 5 5 , Ov. epist. II 2, 6 3 - 6 4 , O v . am. Ill 10, 2 1 , Hor. carm. I 12, 14-16. La idea de un universo e n equilibrio (cf. temperai), dirigido por la divinidad, es un c o n c e p t o estoico. Cf. Nisbet-Hubbard 150-1 I ad Hor. carm. I 12, 16, Manil. II 82 deus et ratio, quae cuneta gubernat... n u t u : el asentimiento de c a b e z a c o m o m e d i o para dar ó r d e n e s es un símbolo de poder y se asocia c o n Júpiter. Cf. T. I X 521 c o n n. de D e w a r 157. 1 3 9 p r o g e n i e m c l a r a m t e r r i s p a r t i t u s e t a s t r i s : la progeniem de Vespasiano s o n sus dos hijos Tito y D o m i c i a n o . El «reparto» de éstos entre tierra y cielo alude a q u e Tito fue deificado a su muerte, mientras q u e D o m i c i a n o se considera un deus praesens en tierra. Para el e m p e r a d o r c o m o deus praesens, c f Sauter, «Kaiserkult bei Mart. Stat.» 4 0 - 7 8 , e s p . 51-4, y Scott, Imperial Cult passim. Para la identificación entre los e m p e r a d o r e s deificados y los astros, c f IV 2, 59 con C o l e m a n 100, Mart. IX 1 0 1 , 21-2 ( s o b r e D o m i c i a n o ) templa deis, mores populls dedit.../ astra suis, cáelos sidera, serta lovis, Sauter, Kaiserkult bei Mart. Stat. 137-53. 1 4 0 : se refiere a la Guerra Judía de los años 66-70 d . C , q u e se inició c o n la revuelta de los judíos del 66 y .se saldó c o n un largo sitio y destrucción de Jerusalén del 70. El general de la c a m p a ñ a fue Tito, hijo de Ve.spasiano. 1 4 1 - 5 : Vespasiano e l e v ó a Claudio al status ecuestre. Esto d e b i ó s u c e d e r durante la censura de Vespasiano d e s e m p e ñ a d a c o n j u n t a m e n t e c o n Tito en el 73/74 d.C. (cf. Weaver, «Father o f Etruscus» 1 5 0 ) . Claudio c o n t a b a , pues, c o n unos 70 años de edad. El lus anulorum aureorum era un signo e x t e r n o de c e n s o , exclusivo de caballeros, senadores y magistrados. El anillo de la p l e b e , e n c a m b i o , era d e hierro. Cf. luv. VII 89, XI 42-3, 129 ( c o n n. de Courtney 5 0 6 - 7 ) , Plin. XXXIII 9-33. 1 4 2 t e n u e s q u e n i h i l m i n u e r e p a r e n t e s : a u n q u e aquí el sentido primario de tenues es naturalmente el de «pobres, humildes» (OLD 10), Estacio jue- SILVA TERCERA 291 ga también c o n la a c e p c i ó n de «pequeños, delgados» {OLD 3 ) , para sugerir un contraste c o n minuere. 1 4 3 i n c u n e o s p o p u l o s e d u x i t e q u e s t r e s : nueva perífrasis para aludir a la o b t e n c i ó n del status ecuestre. Se reservaban e n el teatro catorce filas d e trás de la orquesta para los caballeros cuyo c e n s o n o bajaba de 4 0 0 . 0 0 0 sestercios. La medida fue establecida p o r la Lex Roseta Theatralts ( 6 7 a.C.) y reinstaurada p o r D o m i c i a n o c o m o c e n s o r (Suet. Dom. VITI 3 ) . El libro V de Marcial, publicado en el 89 d . C , alude a ella insistentemente ( c f 8, 14, 23, 25, 3 8 ) . C f también I 6, 35, luv. III 1 5 3 - 5 9 ( c o n n. de Courtney 1 7 6 ) . 1 4 5 e t Celso n a t o r u m a e q u a v i t h o n o r i : los hijos de Claudio habían alcanzado el status ecuestre antes q u e su padre. h o n o r i : corrección segura de Salmasius para honore de M. Aequare, «poner al nivel de» rige dativo e n Estacio: cf. T. III 4 7 8 - 7 9 patrioque aequatus honori / Branch us, T. II 571-72, T. IV 359, III 4, 49. 1 4 6 - 7 d e x t r a bis o c t o n i s fluxerunt s a e c u l a l u s t r i s , / a t q u e a e v i s i n e n u b e t e n o r : la perífrasis de los dieciséis lustros alude a los 8 0 a ñ o s q u e tenía Claudio c u a n d o fue desterrado p o r D o m i c i a n o ( e n el 82 ó 8 3 ) . aevi sine nube tenor: c f Prop. Ill 10, 5 transeat hic sine nube dies. En el Ovidio del exilio es una imagen habitual q u e enlaza c o n la metáfora del destierro c o m o una tormenta: c f Pont. II 1, 5 curarum nube ( c o n Pérez-Vega 125), Pont. II 3, 25-28. 1 4 8 : a Claudio no le importa consumir t o d o su capital ( a b u n d a n t e p o r lo demás, c f 4 4 - 4 5 ingens.../fortuna) en la e d u c a c i ó n de sus hijos. C f la actitud del padre de Horacio en serm. I 6, 7 1 - 8 0 . Nótese q u e e.sta prodigalidad de Claudio c o n su hijo Etrusco tiene su contrapartida e n la de éste en los ritos funerarios de aquél (cf. 35 ferat ignis opes heredis). 1 5 1 - 2 a : e s c e n a de cariño paternal. Cf. la de Estacio c o n su hijo adoptivo en V 5, 83-7 y Catull. LXI 212-16. 1 5 2 b - 3 : el h e r m a n o primogénito de Etrusco c e d e ante éste en d e r e c h o s . C f Ov. met. X V 850-51 (Julio César c e d i e n d o en h o n o r de O c t a v i o ) ; para la fraseología, c f I 4, 70 magno gaudet cessisse nepoti, V 2, 7 5 aequaevo cedere fratri. 1 5 4 - 7 1 : Claudio fue desterrado p o r D o m i c i a n o e n el 82/83 d.C. Estacio elude cortésmente las causas ( 1 5 6 - 5 7 ) , p e r o se ha supuesto q u e una excesiva implicación c o n el anterior e m p e r a d o r (Tito) suscitó d e s c o n f i a n z a e n el re.sentido D o m i c i a n o (Weaver, «Father o f Etruscus» 1 5 0 ) , c o m o era habitual c o n cualquier administrador q u e hubiera g o z a d o del favor de Tito (cf. D.C. LXVII 2). Más concretamente, se ha sugerido q u e Claudio, a c o s t u m b r a d o a una política de devaluación metálica e n la a c u ñ a c i ó n de m o n e d a , se opusiera u o b jetara a la política d e revaluación de D o m i c i a n o (Carradice, «The banishment of the father o f Etmscus»). El destierro se prolongó hasta el 9 0 , p o r q u e Marcial c e l e b r a la revocación en el epigrama 8 3 del libro VI, publicado a m e d i a d o s del 9 0 (cf. la edición de 292 COMENTARIO Friedlander, p. 5 7 ) . El destierro duró, pues, al m e n o s 7 años, p e r o Estacio eniras). cubre retóricamente esta duración ( 1 6 4 nec longa moratus, ISA breves... En el tratamiento literario de este tema, Estacio e l a b o r a material p r o c e dente de la poesía de exilio d e Ovidio: identificación del destierro c o n la (155), la imagen muerte ( 1 5 4 ) , el error como causa de la ofensa al princeps del rayo y el trueno ( 1 5 7 - 6 0 ) , y la caracterización de la dementia del e m p e rador (167-71). D e s d e un punto de vista e.structural, esta .sección presenta una c o m p o s i ción anular. Comienza c o n el agradecimiento de los hijos de Etru.sco p o r haber conseguido la revocación del destierro (154-5); a c o n t i n u a c i ó n , Estacio se remonta en «flash-back» a las causas y términos del m i s m o ( 1 5 6 - 6 4 a ) ; por último, el regreso de Etrusco y la alabanza de la dementia de D o m i c i a n o enlaza c o n el inicio de la s e c c i ó n ( l 6 4 b - 7 1 ) . 1 5 4 - 5 : E.stacio pinta a los hijos de Claudio a g r a d e c i e n d o al «dios» D o m i ciano por haberles c o n c e d i d o una p r o m e s a , la r e v o c a c i ó n del destierro de su padre. La e x p r e s i ó n del m i s m o tema e incluso una respon.sión léxica de detalle (summe ducum) muestran q u e Estacio adapta e n estos v e r s o s a Mart. VI 85, 1-2 Quantum sollicito fortuna parentis Etrusco, / tantum, summe ducum, debet uterque tibi. q u a s tibi d e v o t i i u v e n e s . . . / . . . g r a t e s , a u t q u a e p i a v o t a r e p e n d a n t : nótese el léxico litúrgico y la derivatio devoti ( 1 5 4 ) ~ pia vota ( 1 5 5 ) . Los d o s c o m p l e m e n t o s grates y pia vota c o n s t i t u y e n un z e u g m a c o n rependant: sólo el s e g u n d o e s un c o m p l e m e n t o e s p e r a b l e c o n el v e r b o ; c o m o v e r b o del primero e s p e r a r í a m o s referre. Cf. III 1, 1 7 0 - 7 1 quae tibi nunc meritorum praemia solvam? / quas referam grates? Vara la i n f l u e n c i a d e a m b o s p a s a jes de Estacio e n el humanista F r a n c i s c o P a c h e c o ( 1 5 3 9 - 9 9 ) , v é a s e n. a III 1, 170-la. 1 5 4 p r o p a t r e r e n a t o : si el destierro se equipara a la muerte, la revocación equivale a una resurrección. Según esto, estos w . 154-5 funcionan literariamente c o m o una soteria o c a n t o de júbilo por el r e s t a b l e c i m i e n t o de alguien de una e n f e r m e d a d ( c o m o e s el c a s o de I 4 ) . Para la imagen del destierro c o m o una muerte e n la poesía de exilio d e Ovidio, cf. Helzle 13 n. 41 (31 loci citados) y Nagle, Poetics of Exile 22-27. En Estacio, cf, también I 5, 65 (a Etrusco, antes de la revocación del destierro del padre) tua iam melius discat fortuna renasci. 1 5 6 - 6 4 a : destierro. Se divide así: causa eludida ( 1 5 6 - 5 8 a ) , «rayo» de D o miciano (158b-60a), destino del destierro (l60b-64a). 156 t a r d a s i t u r e b u s q u e e x h a u s t a s e n e c t u s : «vejez torpe p o r el deterioro de la edad y exhausta de recursos». Claudio era o c t o g e n a r i o c u a n d o sufrió destierro, situs tiene prácticamente el sentido de «vejez» en Estacio; cf. I 4, 127 Nestoreique situs. La expresión es reminiscente de Verg. georg. VIII 5 0 8 sed mihi tarda gelu saeclisque effeta senectus. Nótese la equivalencia sintáctica, la posición idén- SILVA TERCERA 293 tica de tarda y senectus en el h e x á m e t r o y la similitud métrica (elisión de -que incluida). 1 5 7 e r r a v i t : recuerda una de las d o s causas del destierro de Ovidio, el famoso erroritrist. II 2 0 7 ) . Se trata de un tema a d a p t a d o p o r el propio Estacio en V 4, 1-2 crimine quo merui.../ quove errore...?, d o n d e el par crimen I errores una curio.sa explotación de la dicotomía ovidiana (trist. III 5, 52 partem nostri criminis error habet). 158b-60a: el edicto de destierro de D o m i c i a n o se presenta c o n la imagen del rayo, c o m o corolario de la idendficación J ú p i t e r - D o m i c i a n o (cf. 1 3 8 n . ) . El motivo del rayo es m e n c i o n a d o f r e c u e n t e m e n t e c o m o metáfora de castigo imperial e implica la asimilación del e m p e r a d o r c o n Júpiter (Sen. nat. II 4 3 - 4 , luv. VIII 92 c o n n. de Courtney 3 9 8 ) . La imagen e s un leit-motiv obsesivo en la poesía de exilio de Ovidio. C f trist. I 3, 11-12, II 179, IV 3, 6 9 , Pont. II 2, 116 qui fulmineo saepe sine igne tonai ( c f Helzle 2 6 n. 7 para todos los e j e m plos). C f también Man. VI 8 3 , 3 tu missa tua revocasti fulmina dextra. l 6 0 b - 4 a : Claudio fue desterrado a Campania, en contraste c o n su colega en el cargo, q u e fue e x p u l s a d o de Italia. El énfasis e n este detalle e s t a m b i é n deudor de Ovidio, q u e , e n contraste, s e queja f r e c u e n t e m e n t e d e la lejanía d e Tomis, su destino de destierro ( c f trist. IV 4, 5 1 - 5 2 ) . 1 6 4 h o s p e s , n o n e x u l , e r a t : Estacio enfatiza la levedad del castigo, siguiendo el e j e m p l o de Ovidio, q u e e n trist. II 1 2 5 - 3 8 distingue q u e fue relégalas y n o exul. Estilísticamente es una correctio retórica, q u e retoma y supera la de Ov. trist. II 137 relegatus, non exul, dicor. l 6 4 b - 7 1 : revocación del destierro ( l 6 4 b - 7 a ) y e l o g i o de la dementia de Domiciano ( l 6 7 b - 7 1 ) . D o m i c i a n o rehabilitó a Claudio y lo devolvió al cargo de a rationibus en el 9 0 d.C. l 6 4 n e c l o n g a m o r a t u s : otra e v i d e n t e falacia retórica, c o m o 184 breiras, pues el destierro duró u n o s 7 a ñ o s . l 6 7 b - 7 1 : la dementia d e D o m i c i a n o manifestada c o n sus e n e m i g o s e s la misma c o n r e s p e c t o a Claudio. El motivo retórico e s o v i d i a n o t a m b i é n : c f trist. V 2, 3 5 - 3 6 , Pont. II 1, 4 7 - 4 8 cur ego posse negem minui mihi numinis iram, / cum videam mitis hostibus esse deos? ( c f Helzle 1 3 2 ) . El motivo de la dementia es un topos del basilikós lògos (cf. Men. Rh. 3 7 4 . 2 7 - 3 7 5 . 4 , c o n n. de Russell-Wilson 2 7 9 ) . ves... 1 6 8 - 7 1 : las c a m p a ñ a s militares d e D o m i c i a n o citadas aquí son: guerra contra los catos, p u e b l o del D a n u b i o , e n el 88/89 d . C , p o r apoyar la revuelta de A. Saturnino (Suet. Dom. VI 1-2); s e g u n d a Guerra D á c i c a , e n el Rin, del año 89, también citada en I 1, 7 y 7: I 20 (cf. Suet. Dom. VI 1, D.C. 6 7 . 7 ) ; y guerra contra los s u e b o s y sármatas del 9 2 - 3 . Un estudio m o n o g r á f i c o s o b r e estas guerras e s K. Strobel, Die Donaukriege Domitians, B o n n : Habeit, 1989. 1 7 0 - 1 v a g o s q u e / S a u r o m a t a s : «nómadas sármatas». C f V 2, 135-36 mutatoresque domorum / Sauromatas. La iunctura vagas Sarmata se documenta en Sen. Phaedr. 7 1 . 294 COMENTARIO 1 7 1 n o n e s t d i g n a t a t r i u m p l i o : D o m i c i a n o r e n u n c i ó al triunfo p o r la guerra suebo-sármata, y se limitó a depositar una c o r o n a d e laurei e n el tempio d e J ú p i t e r Capitolino (Suet. Dom. V I ) . E s t o o c u r r i ó e n e n e r o d e l 9 3 (cf. Gsell, Domitien 2 2 7 - 8 ) . A esta actitud del e m p e r a d o r se alude t a m b i é n e n IV 1 , 3 9 y Mart. VIII 7 8 , 3. III. A. EPÍLOGO (172-216) «Lamentano- de Estacio (172-80) Tras la digresión biográfica, Estacio regresa a una .sección d e carácter funeral, q u e retoma varios detalles d e la s e c c i ó n inicial del p o e m a ( e n forma d e c o m p o s i c i ó n anular, p u e s ) . 1 7 2 - 7 : para indicar la llegada d e la muerte, Estacio recurre al s í m b o l o d e l agotamiento de los hilos de las Parcas. Un paralelo d e pensum.../ deficit es III 5 , 4 0 exhausti... fili (cí. n. ad loe). 1 7 2 i n e x o r a b i l e p e n s u m : pensum e s la l a b o r d e hilanza d e las Parcas. C f T. III 2 0 5 - 6 dura Sororum pensa ( u n c a l c o de Sen. Her f 1 8 1 ) , T. V I I I 5 9 , 3 8 1 . Para el tema d e la implacabilidad de las divinidades infernales, cf. l6n. 1 7 3 h i c m a e s t i p i e t a s m e p o s c i t E t r u s c i : cf. III Praef. 1 4 - 5 merebatur ex studiis solacium. La consolatio es preet Claudi Etrusci meipietas aliguod sentada e x p l í c i t a m e n t e c o m o p o e s í a d e e n c a r g o , c o m o e n III Praef. 1 8 - 2 0 dedicarem. cum petisset ut capillos suos... versibus 1 7 4 - 6 a : tres exempla e s t e r e o t i p a d o s d e c a n t o q u e j u m b r o s o : el c a n t o d e las Sirenas, el c a n t o postrero del cisne y el llanto d e Filomela. Curiosamente, Estacio m e n c i o n a los tres e n V 3 , 8 0 - 5 , e n el c o n t e x t o d e la muerte d e su padre, para rechazarlos, mediante u n a recusatio, p o r manidos: V 3 , 8 5 nota nimis vati. La c o n j u n c i ó n de Sirenas y F i l o m e n a c o m o exemplum de dolor se documenta e n Sen. Herc. O. 1 8 9 - 9 3 a propósito del llanto d e Iole: me vel Slculls addite saxis, / ubi fata gemam Thessala Siren, / vel in Edonas tollite silvas, / qualis natum Daulias ales / solet Ismarta fiere sub umbra. El c a n t o d e las Sirenas n o a p a r e c e fuera de Estacio e n el c o n t e x t o d e un epicedio c o m o exemplum de lamento. E n Estacio, cf. II 1 , 1 0 , V 3 , 8 1 , E.steve, Trostgedichte 1 5 9 § 8 1 . Los comentaristas n o s u e l e n explicar p o r q u é las Sirenas se lamentan. La razón es q u e eran c o m p a ñ e r a s d e Prosérpina y lamentan su rapto, según cuenta Ov. met. V 5 5 1 - 6 3 . Para el c a n t o q u e j u m b r o s o d e las h e r m a n a s P r o c n e y Filomela e n el c o n texto de un epicedio, c f I I 4 , 21 y T: X I I 4 7 8 - 8 0 . 1 7 4 S i c u l a e . . . r u p e s : m e d i a n t e u n a audaz m e t o n i m i a , E s t a c i o d e s i g n a a las Sirenas c o n la a l u s i ó n a los escollos o arrecifes marinos s o b r e los q u e se sientan. Tanto Siculae c o m o rupes sugieren la c o n e x i ó n c o n las Sirenas. Cf.: SILVA TE RCE RA 295 1) Siculae: e x i s t e n d o s tradiciones s o b r e la localización d e las Sirenas: una las sitúa frente al c a b o de Sorrento, otra e n Sicilia, Estrabón r e c o g e a m b a s versiones (I 22) y Estacio sigue tanto una c o m o otra (Sicilia: aquí y e n II 1, 10 Sicula... virgine; Sorrento: II 2, 1; I l 6 ; III 1, 6 4 ; V 3, 8 2 ) . 2) rupes: los escollos o arrecifes s o b r e los q u e s e t i e n d e n o s i e n t a n las Sirenas: cf. Sen. Here. O. 189 rne vel Siculis addite saxis ( v é a s e ad 1 7 4 ­ 6 a para una cita c o m p l e t a del c o n t e x t o ) , Stat. II 2, l l 6 levis e scopulis... Siren, III 1, 145 scopulis umentibus haerent, V 3, 8 1 ­ 2 rupe... atra /Tyrrhenae vo­ lucres. m o d u l a n t u r : conjetura para moderantur (M). Para la iunctura de este verbo c o n carmina, c f Verg. ecl. X 5 1 , O v . met. X I V 3 4 1 . 1 7 5 fati i a m c e r t u s o l o r : c f V 3, 80­1 fati certas sibi morte canora / in­ ferías praemittit olor. La idea de q u e el cisne canta inmediatamente antes d e su muerte está m u y difundida e n la Antigüedad ( c f Van D a m 3 4 8 ad II 4, 10, c o n 24 loci citados). Pero Estacio m e n c i o n a aquí el corolario de q u e el cisne lamenta su propia muerte ( c f II 4, 10 celebrant sua fuñera cygnx). Se trata de un co/or retórico inventado p o r Ovidio en trist. V 1, 11­12. 1 7 6 b ­ 9 : nueva ristra de signa d e d u e l o de Etrusco p o r la m u e r t e d e su padre. En estos w . , Estacio repite ideas de 8­lOa (cf. n . ) , c o n intensificación del sentimiento. 1 7 7 ­ 9 a : alusión a los d e s e o s d e Etrusco d e suicidarse, l a n z á n d o s e a la pi­ ra de C laudio. Estacio repite m a c h a c o n a m e n t e la misma idea e n m u c h o s de sus epicedios: II 1, 24­25 (citado abajo, ad 178; c f n. de Van D a m 8 6 ) , V 3, 67­68, T. VI 2 0 3 . C f Hor. carm. II 17, 5­8, Mart. I 37 ( c o n Howell 1 8 7 ) , VI 18. Para este t ó p i c o e n epitafios léase Lattimore, Themes in epitaphs 204. El motivo del suicidio del d e u d o arrojándose a la pira e s p r o p i o d e e s p o ­ sas. Tal actitud se da en el mito de E v a d n e ( c f Prop. I 15, 21­2 c o n Fedeli 3 4 8 ­ 4 9 ) y Propercio m e n c i o n a la práctica c o m o una c o s t u m b r e institucionalizada de las e s p o s a s indias (Prop. Ill 13, 15­22 c o n F e d e h 4 2 4 ­ 2 8 ) . No e s un obstá­ culo q u e la relación entre C laudio y Etrusco n o sea conyugal, sino de padre e hijo, pues Estacio asimila el a f e c t o filial de Etrusco p o r su padre al conyugal ( c f 10­11 y los exempla de Alcestis y O r f e o en 1 9 2 ­ 9 4 ) . 1 7 8 v i x f a m u l i c o m i t e s q u e t e n e n t : c f Verg. Aen. I X 500­2 (los troya­ n o s sujetan a la m a d r e de Furialo e n l o q u e c i d a ) , Stat. II 1, 2 4 ­ 2 5 ignemque haurire parantem / vix tenui similis comes offendique tenendo, V 3, 6 6 ­ 6 8 , Sen. Here. O. 837 famulans illum retínet errantem manas. 1 7 8 a r d u u s i g n i s : para ignis c o n el valor de «pira», cf. 35n., 4 0 , 133 y 178 c o m o c o n t a m i n a c i ó n entre pyra y π υ ρ . Para la n o c i ó n e x p r e s a d a p o r arduus, c f C atull. LXIV 3 6 3 excelso... aggere bustum. 1 7 9 b ­ 8 0 : exemplum de T e s e o llorando la muerte d e su padre E g e o . E g e o .se suicidó, lanzándose al mar q u e t o m ó su n o m b r e , pues el v e l a m e n n e g r o de la nave de T e s e o le hizo pensar e r r ó n e a m e n t e q u e éste había p e r e c i d o en la e x p e d i c i ó n contra el Minotauro ( c f C atull. LXIV 2 1 2 ­ 5 0 ) . Para una m e n c i ó n COMENTARIO 296 unde vagi easurum in node la leyenda en Estacio, cf. T. XII 625-6 Sunion, mina ponti / Cressia decepit falso ratis Aegea velo. 1 7 9 - 8 0 p e r S u n i a / l i t o r a : Sunla es una e x c e l e n t e conjetura de Polster para periuria de M (aceptada por Courtney e n su e d i c i ó n ) , a la vista de T. XII 6 2 5 - 2 6 , citado e n n. anterior. Sunion e s el c a b o m á s m e r i d i o n a l d e la p e n í n sula ática. La c o r r u p c i ó n a periuria se e x p l i c a p o r r a z o n e s p s i c o l ó g i c a s , ya q u e el t é r m i n o e v o c a un m o t i v o i m p o r t a n t e e n la f u e n t e literaria d e e s t a alusión, Catull. LXIV (cf. v. 135 devota domum periuria portas). Los q u e aceptan periuria, c o m o Vollmer, se ven o b l i g a d o s a corregir litorade Ma litore (corrección ya en los Itali, q u e n o se percataron de la corrupción d e periuria de M). 1 8 0 q u i : Shackleton, «Silvae» 277 p r o p u s o quem, c o m o adjetivo relativo c o n Aegea. Aegea sería c o m p l e m e n t o d e gemuit del v. 1 7 9 . El p r o b l e m a es que gemere es u s a d o siempre por Estacio en construcción intransitiva (cf. 4 0 , 181), a diferencia de fiere o lugere. La con.strucción intransitiva de este v e r b o h a c e descartar también su supuesto c o m p l e m e n t o periuria ( c f n. anterior). B. Alocución de Etrusco (181-207) La a l o c u c i ó n se divide a su vez en dos s e c c i o n e s : una de l a m e n t a c i ó n ( 1 8 2 b - 9 4 ) y otra de con.suelo ( 1 9 5 - 2 0 4 ) , según una s e c u e n c i a habitual e n epicedios literarios. Los a r r a n q u e s de c a d a s e c c i ó n se c o r r e s p o n d e n : 182 cur nos... linquis? 195 non totus rapiere tamen. 181-82a tune i n m a n e g e m e n s foedatusque o r a tepentes / adfatur c i ñ e r e s : inmane es un acusativo adverbial c o n gemens (cf. III 1, 50n. grande sonabit). ora es acusativo de relación c o n foedatus. t e p e n t e s a d f a t u r / c i ñ e r e s : cf. Catull. CI 4 mutam... alloquerer cinerem (para otro reflejo de este p o e m a de Catulo e n esta Silva, cf. 2 0 8 n . ) . tepentes («aún tibias») sugiere la inmediatez de la c r e m a c i ó n , c o m o e n II 1, 77 vivente favilla ( c o n n. de Van D a m 7 7 ) , V 3, 6 5 tepido... aggere, Hor. carm. II 6, 2 2 - 2 3 calentem / ... favillam. Mart. V 3 8 , 14 adhuc recenti tepet Erotion busto, CLE 1149, 4 mater tepido condedit ossa rogo. 1 8 2 b - 9 4 : la lamentación incluye p r o c e d i m i e n t o s retóricos de intenso t o no emocional, c o m o interrogaciones y e x c l a m a c i o n e s retóricas y exempla mitológicos. Se divide así: queja airada o scbetliasmós p o r la muerte ( 1 8 2 b - 8 7 ) ; exempla (188-94) 1 8 2 b - 7 : el scbetliasmós (queja airada) por la muerte del padre r e s p o n d e a una doble tradición. Recuerda a los lamentos a m o r o s o s c o m o el de Ariadna contra T e s e o e n Catull. LXIV 132-42, el de Europa e n M o s c h . 135 ss, Escila e n Ov. met. VIII 108 ss; para el motivo, cf. Gross, Amatory Persuasion 69-123, Lyne 270 ad Ciris 4 0 4 - 5 8 . En g e n e r a l , es u n a práctica habitual de Estacio adaptar motivos amatorios tradicionales a c o n t e x t o s n o eróticos. Más e n c o n creto, en otro pasaje m e n c i o n a el recurso retórico de aplicar un scbetliasmós SILVA TERCERA 297 a m o r o s o a otro c o m e x t o : IV 8, 32-3 sed queror haud fáciles, iuvenum rarissime, questus; / irascor etiam, quantum irascuntur amantes. P o r o t r o lado, esta s e c c i ó n r e c u e r d a al schetliasmós propio de los lamentos fúnebres, c o m o el q u e la m a d r e d e Enríalo p r o n u n c i a p o r su m u e r t e e n Verg. Aen. I X 481-98. Claudio se presenta c o m o víctima d e una d o b l e muerte: la muerte figurada del destierro, de la q u e e s rescatado p o r la solicitud d e sus hijos (184 superum placavimus iras); y la m u e r t e real, a n t e la cual l o s hijos s o n impotentes (186-87 nec.../... placare malae datur aspera numina LethesF). Entre la -divinidad» del princeps y las divinidades i n f e r n a l e s se e s t a b l e c e , pues, un claro paralelismo. Este a r g u m e n t o d e la d o b l e muerte anticipa la histc^ria d e O r f e o q u e l u e g o se m e n c i o n a r á (19-94), ya q u e este m ú s i c o l e g e n d a rio tuvo q u e sufrir igualmente una d o b l e muerte d e Euridice. 1 8 3 F o r t u n a r e d e u n t e : Estacio ha trazado el vaivén d e e.sta diosa durante la carrera de Claudio, su llegada (86 intravit Fortuna), su retirada (157-58 Fortuna regressum / malult) y, finalmente, su regreso e f í m e r o de aquí. 1 8 4 b r e v e s s u p e r u m p l a c a v i m u s i r a s : Estacio continúa adaptando la poesía de exilio de Ovidio, tanto e n el c o n t e n i d o c o m o e n la fra.seología: 1) Para el motivo de la ira del princeps, c f trist. 1 5, 83-4, Pont. II 2, 19, n 7, 55. 2) Para la iunctura brevis ira, cf. Pont. II 5, 11 optastique brevem salvi mihi Caesaris iram. 3) Para superum iras, cí. Pont. II 1, 47 negem minui mihi numinis iram?, Pont. II 8, 76 sit minor ira dei. trist. I 2, 12 irato... deo, Pont. II 2, 109 iratum... numen. Los hijos d e Claudio a s u m e n aquí la función q u e Ovidio suplica a n u m e rosos patrones e n su pcx;sía de exilio: interceder ante e l e m p e r a d o r y aplacar su enfado. C f Pont. II 3, 67-68, II 7, 79-80. 1 8 8 - 9 4 : e.stos exempla se agrupan e n d o s categorías: 1) p e r s o n a j e s d e la leyenda o historia romanas, distinguidos p o r algún e p i s o d i o q u e ha revelado su piedad filial (Eneas, Escipión y Lauso); 2) p e r s o n a j e s d e la mitología griega q u e logran salvar d e la muerte a sus c ó n y u g e s (Alcestis y O r f e o ) . La alusión a las leyendas de Eneas y Lauso s o n un h o m e n a j e a Virgilio; la de Escipión, a Silio Itálico (según po.stula Delarue, -Stat. et contempor.» 538-9)· Un c a t á l o g o c o m p a r a b l e , c o n idéntica función, se d o c u m e n t a e n V 3, 266-73, d o n d e se m e n c i o n a a Eneas, O r f e o , A d m e t o y Protesilao. 188-89 felix cui m a g n a p a t r e m cervice vehenti / sacra Mycenaeae p a t u i t r e v e r e n t i a f l a m m a e : Virgilio describió e n Aen. II 721-34 la e s c e n a d e Eneas cargando c o n su padre Anquises para e s c a p a r d e la toma d e Troya. El motivo se hizo familiar: c f O v . Pont. I 1, 33-34 cum foret Aeneae cervix subiecta parenti / dicitur ipsa viro fiamma dedisse viam. felix cui introduce un makarismós. C f V 3, 266 ( c o n t e x t o d e la muerte del padre d e Estacio) felix Ule [Eneas] patrem vacáis circumdedit ulnis... 298 COMENTARIO 1 9 0 - l a : Publio Cornelio Escipión ( d e s p u é s llamado el Africano) socorrió en la batalla de Ticino (del 2 1 8 a.C.) a su padre herido, s e g ú n cuenta Liv. X X I 46, 7-8, Sil, It. IV 4 5 4 - 7 9 . 191b: Lauso d e f e n d i ó a su padre M e c e n c i o c u a n d o éste fue herido p o r Eneas y pereció él m i s m o a m a n o s de E n e a s (Aen. X 7 8 3 - 8 2 0 ) . Estacio m e n ciona alusivamente e n m e n o s de un verso este e p i s o d i o d e la Eneida. La dicción pietas temeraria quizá pretenda e v o c a r Verg. Aen. X 8 1 1 - 2 ( h a b l a E n e a s a Lauso) 'quo moriture ruis maioraque viribus audes? /fallii te incautum pietas tua. ' L y d i u s : f r e c u e n t e m e n t e e n la Eneida c o n el valor de «etrusco» (VIII 4 7 9 , IX 11, X 1 5 5 ) . 192-93 e r g o e t T h e s a l i c i c o n i u n x p e n s a r e m a r i t i / f u n u s . . . p o t u i t : alusión a la historia de Alcestis, q u e consintió e n morir en lugar de su marido Admeto (historia citada t a m b i é n en V 3, 2 7 2 ) . Este exemplum f o r m a un par con el de O r f e o m e n c i o n a d o a continuación; en a m b o s c a s o s se trata de una devoción conyugal q u e lleva a salvar al c o m p a ñ e r o de la muerte. El tema s e relaciona con el t ó p i c o sepulcral de q u e el d e u d o superviviente odia la vida o desea suicidarse, ya visto en 177-9a ( c f n . ) . p e n s a r e : «rescatar» (OLD 3 b ) . Para este v e r b o c o n el m i s m o sentido m e tafórico, en un epigrama sepulcral, c f CIL X 7 5 6 5 (= CLE 1 5 5 1 C) 4-5 pro culus vita vitam pensare precanti / indulsere del. C f Cugusi, Aspetti letterari dei CLE 190. La idea es la misma en III 5, 5 0 - 5 1 n . vitamque maritis / dedere. T h e s a l i c i . . . m a r i t i : A d m e t o (cf. V 3, 272 Tbessallcis Admetus In oris). 193-4 i m m i t e m p o t u i t S t y g a v i n c e r e s u p p l e x / T h r a c i u s : cf. Sen. Herc. f. 569-71 Lmmites potuit flectere cantibus / umbrarum dóminos et prece supplici / Orpbeus. La casi identidad de los arranques, las r e s p o n s i o n e s léxicas y el e n c a b a l g a m i e n t o de Thracius (Stat.) y Orpheus ( S e n . ) sugieren una imitación directa. El exemplum de O r f e o tiene una relevancia múltiple: en primer lugar, su hazaña de aplacar a las divinidades infernales c o n su c a n t o contrasta c o n la impotencia de Etrusco en la misma tarea, s e g ú n se cuenta en 186-87. Además, la figura de O r f e o se identifica c o n el p r o p i o Estacio, p u e s para el poeta es un paradigma de aptitud para c o n s o l a r e n un e p i c e d i o . Esa función consolatoria es la q u e Estacio s e asigna p r e c i s a m e n t e a sí m i s m o e n 32 y 41-2. El motivo de d e s e a r la c a p a c i d a d persuasiva d e O r f e o e s tradicional (cf. Hor. carm. I 24, 13 c o n n. de Nisbet-Hubbard I 286-87; Men. Rh. 3 6 9 . 1 0 ) , p e ro el color de c o n s i d e r a r a O r f e o un paradigma d e c a p a c i d a d consolatoria precisamente en un e p i c e d i o es exclusivo de Estacio: cf. II 1, 11; II 7, 3 9 - 4 0 ; V 1, 23-25, V 3, 6 0 . Por último, la h a z a ñ a d e O r f e o e s e x p r e s a d a c o n u n a f o r m u l a c i ó n a b s tracta, q u e recuerda u n o de los objetivos de la filosofía estoica (la q u e profesaba C l a u d i o ) : afrontar c o n r e s o l u c i ó n la muerte, immitem potuit Styga vincere e v o c a las palabras de Hércules e n III 1, 172n. duram scio vincere SILVA TERCERA 299 Mortem ( r e c u é r d e s e q u e Hércules es un ideal de h é r o e e s t o i c o : cf. n. ad loe). Similar actitud v e m o s e n Abascanto tras la muerte de su e s p o s a : V 1, 7-8 ingerís / certamen cum Morte gerii. El movimiento de ideas de 194-95 (funus et immilem poluil Styga vincere supplex / Thracius? hoc quanto melius pro paire licerel!) anticipa el de Garcilaso, Soneto XVl-ü ( s o b r e O r f e o ) «si, e n fin, c o n m e n o s c a s o s q u e los m í o s / bajaron a los reinos del espanto...», 12-13 «con más piedad debría ser e s c u c h a da / la voz del q u e se llora p o r perdido...». i m m i t e m . . . S t y g a : para la idea del Infierno (y sus divinidades) implacable, c f l 6 n rigidum... Aeacon. Para immitem, c f 2 0 6 immites... ad umbras, Verg. georg. IV 4 8 9 immili... tyranni (Plutón). 1 9 5 - 2 0 4 : los e x p e d i e n t e s de c o n s u e l o i m a g i n a d o s p o r Etrusco s o n : construcción de un m a u s o l e o ( 1 9 5 - 2 0 2 ) ; ayuda del difunto e n s u e ñ o s ( 2 0 3 - 4 ) . 1 9 5 n o n t o t u s r a p i è r e t a m e n : tamen marca c l a r a m e n t e un contraste entre la s e c c i ó n anterior, de lamento ( 1 8 2 b - 9 4 ) y la s e c c i ó n de c o n s u e l o q u e este verso introduce ( 1 9 5 - 2 0 4 ) . La i d e a c l e ' f e inmortalidad, tal c o m o se e x p r e s a aquí, n a c e e n c o n t e x t o s literarios, para referirse a la inmortalidad granjeada p o r la obra literaria: cf. Hor. carm. III 30, 6 non omnis moriar. C f Ov. am. I 15, 42 ( c o n M c K e o w n II 4 2 1 ) . Para el motivo en c o n t e x t o s funerarios, cf. Mart. I 109, 17-18 Hanc (Issa, una perrita) ne lux rapiat suprema totam /pida Publius exprimil tabella. r a p i è r e : sobre el sentido fúnebre de rapio, c f III 5, 38n. 1 9 5 - 2 0 2 : la descripción de estas obras de arquitectura funeraria tiene una d o b l e f u n c i ó n retórica: p o n d e r a r la p i e d a d de los d e u d o s ( e n este sentido, M e n a n d r o el Rétor r e c o m i e n d a alabar a la familia p o r la diligencia c o n q u e organizan el funeral: 4 1 9 . 3 2 - 4 2 2 . 2 ) ; y servir de c o n s u e l o , p u e s el m a u s o l e o y las estatuas preservan el recuerdo del difunto y, en cierto m o d o , garantizan su inmortalidad (cf. Latdmore, Tbemes in epilapbs 2 4 4 , A.P. VII 6 4 9 , CLE 4 8 0 ) . Para la idea de la inmortalidad q u e un m a u s o l e o c o n f i e r e ( n e g a d a ) , cf. Hor. carm. IV 8, 13-15. El m a u s o l e o de Etrusco incluye un conjunto de estatuas q u e representan al difunto. T a m b i é n e n V 1, 2 2 5 - 3 8 se describe el lujoso mau.soleo construido por Abascanto para su e s p o s a Priscila. Lo m á s p r o b a b l e es q u e la m e n c i ó n de estatuas en a m b o s c a s o s sea m e r a m e n t e un recurso retórico sin b a s e real. Tales estatuas son infrecuentes ( c f el c a s o de A.P. VII 6 4 9 [Anite], c o n G o w - P a ge HE II 9 5 ) y e s significativo q u e , e n V 3, 4 7 - 6 3 , Estacio imagine la construcción de un m a u s o l e o fastuoso en m e m o r i a de su padre, para descartar el proyecto en razón de su indigencia e c o n ó m i c a . El m a u s o l e o s e c o n v i e r t e e n lugar d e c u l t o del g e n i o del difunto, c o n Etrusco c o m o sacerdote oficiante ( 1 9 8 - 2 0 0 ) . El tema a p a r e c e t a m b i é n en V 3, 58-59. Es posible q u e E.stacio e v o q u e Verg. georg. III 13-36, d o n d e Virgilio se imagina alegóricamente c o m o sacerdote del «templo» de su poesía épica (vv. 2 1 - 2 3 ) . Es posible q u e Estacio esté amplificando el uso literario del término 300 E COM NTARIO templum para «sepulcro»: para el cual, cf. IV 4, 54 Maronei.... templi con n. de Coleman 148, Verg. Aen. IV 4 5 7 ­ 5 8 . 1 9 5 ­ 6 n e c f u ñ e r a m i t t a m / l o n g i u s : esta p r o m e s a de Etrusco contrasta con la costumbre habitual de enterrar al cadáver lejos de n ú c l e o s urbanos. C f. Prop. IV 7, 4 ad extremae nuper humata viae. 196 m a n e s : «restos humanos», c o m o e n Prop. II 13, 32, Stat. T. I X 9 6 (cf. n. de D e w a r 7 7 ) . 197 t u c u s t o s d o m i n u s q u e l a r i s : el m a u s o l e o es pintado c o m o un tem­ plo d o n d e se rinde culto al «dios» C laudio. La caracterización de C laudio tiene rasgos divinos: E. Heracl. 7 7 2 δ έ σ π ο ι ν α τ ε κ α ι φ ύ λ α ξ ( d i c h o de A t e n e a ) , Ον. Pont. IV 1, 31 (Atenea t a m b i é n ) aréis... Actaeae... cusios; e n Estacio, cf. II 2, 22 (Hércules en su t e m p l o ) custos... taris, III 1, 9n. c u n e t a t u o r u m : = cuncti tui «todos los tuyos». Para esta construcción de un adjetivo neutro plural calificado p o r un genitivo, cf. Mynors 127 a Verg. georg. Π 197, Szantyr, Syntax 53. 200­2: estatuas de mármol, cera, marfil y b r o n c e adornarán el m a u s o l e o . Leemos parecidos catálogos de estatuas en III 1, 94­5 y IV 6, 20­1 ( n o funera­ rias). En el e p i c e d i o V 1, Abascanto p r o m e t e a su difunta e s p o s a Priscila cua­ tro estatuas r e p r e s e n t á n d o l a c o n la a p a r i e n c i a de C eres, Ariadna, Maya y Venus (vv. 2 3 0 ­ 3 5 ) . 201 t e s i m i l e m . . . r e f e r e t : re/èrré? («representar»: Ov. epist. XIII 152, OLD 19) hace redundante a similem. similis (= ό μ ο ι ο ς , ε ο ι κ ώ ς ) c o n el sentido de «un retrato de», es un m o d i s m o favorito de Estacio: I 1, 100­1 Apelleae cupe­ rent te scribere cerae/... similem, c f Mart. I 109, 19, luv. II 6. 202 e b u r et f u l v u m v u l t u s i m i t a b i t u r a u r u m : l é x i c o p r o p i o de la ék­ frasis. La c o m b i n a c i ó n de marfil y oro e v o c a el término t é c n i c o griego χ ρ υ ­ σ ε λ ε φ ά ν τ ι ν ο ς , q u e designa la c o m b i n a c i ó n de o r o y marfil para d e c o r a r estatuas d e madera ( c o m o la d e Atenea de Fidias e n el P a r t e n ó n ) . El equiva­ lente latino suele ser una vaga alusión a la c o m b i n a c i ó n de las dos materias preciosas: V 1, 2, Hor. carm. II 18, 1, Prop. III 2, 12 ( d o n d e Fedeli 9 9 afirma q u e la c o m b i n a c i ó n es un b l a n c o predilecto de la diatriba satírica), Ov. Pont. IV 1, 31 eburna vel aurea (para el texto, cf. Helzle 5 6 ) . Virgilio usa e n dos o c a s i o n e s elephantus para «marfil», c o n lo q u e muestra m á s claramente el cal­ c o del griego: georg. III 26 ex auro soltdoque elephantoque, Aen. III 4 6 4 . Es significativo q u e la estatua más famosa de la Antigüedad realizada c o n χ ρ υ σ ε λ ε φ ά ν τ ι ν ο ς era la de Zeus del t e m p l o de Olimpia (una de las siete m a ­ ravillas del m u n d o : cf. Prop. III 3, 20 c o n Fedeli 1 0 4 ) . Esta c o n e x i ó n refuerza la caracterización del difunto c o m o un dios q u e habita el t e m p l o de su m a u ­ .soleo. v u l t u s i m i t a b i t u r : en una ékfrasis de una obra de arte el dato principal q u e se elogia es el realismo. C f. III 1, 9 4 n . saxa imitantia vultus. 203­4: alusión a la incubano, forma de adivinación q u e busca provocar la c o m u n i c a c i ó n en s u e ñ o s de un .ser sobrenatural (dios o alma de un huma­ SILVA TERCERA 301 n o ) c o n un mortal. Cf. R. B l o c h , Z' adivination dans l'Antiquité, París: 1984, 19-21. Se trata de una modalidad de adivinación c o n t e m p l a d a e n la filosofía estoica ( c f Cic. div. I, 4 6 y 9 0 , q u e transmite p r e c e p t o s de P o s i d o n i o ) . Según Po.sidonio, la adivinación en s u e ñ o s d e n e un triple origen: el espíritu m i s m o del durmiente, las almas de los muertos o los dioses (Cic. div. I 6 4 ) . Estos versos aluden a la segunda modalidad (para un e j e m p l o e n Estacio de la tercera, c f V 3, 2 9 0 - 3 ) . En sus epicedios, Estacio asigna a diferentes difuntos la c a p a cidad de comunicarse en s u e ñ o s c o n sus d e u d o s ( c o m o recurso para consolar a éstos): II 1, 231-32; V 3, 2 8 8 - 9 3 (Estacio alude a la visita e n s u e ñ o s de su padre, donde la c o n e x i ó n con la incubatio es más clara). En T. II 1-133, Layo se aparece en s u e ñ o s a su hijo Etéocles, así c o m o Anfiarao a T i o m a d a n t e e n T. X 2 0 2 - 1 8 . El tema p u e d e considerarse un r e c u r s o é p i c o : c o m o p r e c e d e n t e s , cf. Enn. ann. 3 5 - 5 1 V., Verg. Aen. II 2 6 8 - 9 7 ( a p a r i c i ó n d e H é c t o r a E n e a s ) , Aen. V 719-45 (Anquises a E n e a s ) , Prop. IV 7, 8 7 - 8 Nec tu sperne piis venientia somnia portis: / cum pia venerunt som.nia, pondus babent (Cintia a Propercio). Para la cuesüón, c f Legras, Étude sur la Wébaide 171-2. 203-4 i n d e v i a m m o r u m l o n g a e q u e e x a m i n a v i t a e / a d f a t u s q u e p i o s m o n i t u r a q u e s o m n i a p o s c a m : para la fraseología, c o n otro sentido, c f Hor. epist. II 3, 317 respicere exemplar vitae morumque iubebo / doctum imitatorem et vivas hinc ducere voces ( c o n s e j o s a un p o e t a ) . 2 0 5 - 7 : E.stacio m e n c i o n a o c a s i o n a l m e n t e el m o t i v o del difunto r e e c o n trándose con sus familiares e n el Elisio. C f II 1, 191-207, II 6, 9 9 - 1 0 0 clarosque illic fortasse parentes / invenit. Otras v e c e s se trata del r e e n c u e n t r o c o n colegas o amigos: c f Hyp. Epit. X X X V (los soldados a t e n i e n s e s se encuentran con héroes de la guerra de Troya), Tib. I 3, 57 (Tibulo a su muerte e s introducido por Venus en la región de los a m a n t e s ) , O v . am. III 9, 6 l (Tibulo se reencuentra con los p o e t a s e l e g i a c o s ) , Stat. V 1, 254-5 (Priscila se r e ú n e c o n la heroínas del Elisio: c f Culex 261-62, Prop. IV 7, 5 9 - 7 0 ) , Stat. V 3, 24-7 (E.stacio padre se reúne c o n H o m e r o y H e s í o d o ) . 206 e t i m m i t e s l e n t e d e s c e n d i t a d u m b r a s : n ó t e s e el p e s a d o ritmo espondaico de los pies 2-4 del h e x á m e t r o , q u e enfatiza la n o c i ó n e x p r e s a d a por lente. Para el tema d e la implacabilidad de los seres infernales (immites... umbras), c f 193n. immitem... Styga. C. Despedida final de Estacio a Claudio (208-16) El epílogo final de Estacio e v o c a la técnica del epigrama sepulcral, tal c o m o se manifiesta, por ejemplo, en Catull. CI. Estacio acumula los recursos reteóricos de expresión, recurriendo a un estilo ritual y s o l e m n e . 208-9 salve s u p r e m u m , s e n i o r mitissime p a t r u m , / s u p r e m u m q u e v a l e : acumulación de figuras retóricas para acentuar el dramatismo y el estilo 302 COMENTARIO ritual. Es d e destacar la triple aliteración (salve supremum, senior; cf. también 2 l 4 n . ) y la epanadiplosis. Estacio e v o c a aquí las palabras rituales q u e p r o n u n c i a b a n l o s d e u d o s inmediatamente antes d e inhumar o incinerar el cadáver. El motivo e s frecuente frater, ave atque vale ( c o n en c o n t e x t o s fúnebres: Catull. CI 10 in perpetuum, Fordyce 3 9 0 ) , Verg. Aen. III 6 7 - 8 animamque sepulcro / condlmus et magna mihi, maxime Palla, / aesupremum voce ciemus, X I 9 7 - 9 8 salve aeternum ternumque vale, O v . met. X 62, VI 5 0 9 , Coripo, loh. III 3 5 - 6 salve, pater inclite, salve!/ aeternum, pater alme, vale!. Para el m o t i v o e n epitafios, cf. Lattimore, Themes in epitaphs 81-82. s u p r e m u m : acusativo adverbial ( = «por última vez»; cf. OLD s.v. supremum, Verg. Aen. Ili 6 8 , (citado e n nota anterior). 2 0 9 b - l 4 : la diligencia d e E t n i s c o e n el funeral, q u e para Estacio e s una manifestación de pietas, e s un t e m a recurrente d e esta Silva ( 3 5 - 3 7 n . ) . Etrusco es un h e r e d e r o ejemplar, q u e contrasta c o n la figura del avaricioso h e r e d e r o heres / nesatirizado tradícíonalmente: cf. Pers. VI 3 3 - 3 6 Sed cenam funeris gleget iratus, quod rem curtaveris; urnae / ossa inodora dabit, seu Spirent cinnama surdum / seu ceraso peccent casiae, nescire paratas. Los h u e s o s c a r b o n i z a d o s y las c e n i z a s del c a d á v e r se a m o n t o n a b a n , se apagaban y p e r f u m a b a n (restinctio cinerum: cf. 2 1 2 - 1 3 a n . ) y se depositaban en una urna ( 2 1 2 ) . C f Tib. I 3, 5-8 c o n Smith 2 3 4 . 2 1 0 ( n u n q u a m ) triste c h a o s m a e s t i q u e situs p a t i e r e s e p u l c h r i : unión de dos términos c o m p l e m e n t a r i o s . E n e l m u n d o d e abajo, la muerte n o p r o p o r c i o n a r á dolor a Claudio, p u e s n o irá al Tártaro (triste chaos), sino al Elisio (cf. 2 2 ) . E n la tierra un s e p u l c r o d e s c u i d a d o n o o f e n d e r á su memoria (véa.se 2 1 1 - 1 2 n . ) . El motivo de q u e el difunto n o visitará el Tártaro (sino el Elisio) e s un tópos consolatorio, a u n q u e a p a r e c e t a m b i é n e n otros c o n t e x t o s : cf. Verg. georg. videbo / Tartara, CE 1109, 19 non ego TarI 3 6 , Stat. V 1, 192-3 nec deteriora táreas penetrabo tristis ad undas. c h a o s : = «Tártaro, Hades»; cf. III 2, 9 2 n . s i t u s p a t i e r e : d o n d e situs e s «olvido». C f II 3 , 7 6 , T. III 9 9 - 1 0 0 tu tamen egregius fati mentisque nec umquam /... passare situm, c o n n. de Snijder 8 3 , Verg. Aen. IX 4 4 7 . 2 1 1 - 2 : la e n u m e r a c i ó n de las ofrendas f ú n e b r e s y la anáfora de semper es reminiscente d e Eleg. in Maecen. I \A5-AA semper serta tibí dabimus, tibi semper odores, / non umquam sitiens, florida semper eris. Para Assyrios... liquores, c f T i b . I 3, 7 sóror Assyrios cineri quae dedat odores , Estacio II 4 , 3 4 - 3 5 Assyrio ciñeres adolentur amomo / et tenues ( e p i c e d i o paródico al psittacus) Arabum respirant gramine plumae. Prop. IV 7, 3 2 . 2 1 2 - 3 a : restinctio cinerum o extinción d e las cenizas d e la pira. Estacio recurre e n sus epicedios a la h i p é r b o l e retórica de q u e la extinción se realiza con lágrimas, e n lugar de c o n vino, agua o l e c h e , c o m o era habitual: II 6, 8 6 - SILVA T E R C E R A 303 9 3 exhausit fiamma.../.../ Assyrío manantes gramine sucos/ et domini fletus; hos tantum hausere favillae, V 2, 32. El motivo e s t ó p i c o de la p o e s í a funeraria: E. Or. 1239, T h e o c . XXIII 38, Verg. Aen. VI 227, Prop. II 1,77, Mart. I 8 8 , 6, Hor. carm. II 6, 23. 213 l a c r i m a s , q u i m a i o s h o n o s : cf. T. VI 72-3 ingens lacrimis honos... /feruntur, CEXll 9 6 5 , 7-8 quid lacrimis opas est... /extincíos ciñeres sollicitare meos?. 2 1 4 m a n i b u s e q u e t u a t u m u l u m telliu-e l e v a b i t : este v e r s o retoma el 208 e n d o s a s p e c t o s : a m b o s c o n t i e n e n una aliteración (salve supremum, senior, tua tumulum tellure) y a m b a s son e x p r e s i o n e s estereotipadas. En tua tumulum tellure levahit hay una e x p l o t a c i ó n literaria d e la fórmula sepulcral SIT TIBI TERRA LEVIS, c o n variación léxica, levahit significa primariamente ••erigir» ac|uí, p e r o c o n un guiño también al adjetivo levis de la fórmula. Por su parte, terra de la fórmula es r e t o m a d o aquí p o r tellure; y tibi, p o r tua. Para esta fórmula y su e x p l o t a c i ó n literaria, c f Cugusi, Aspetti letterari dei CLE 193-4, Lattimore, Themes in epitaphs 70-1, H. Arniini, •Till d e r o m e r s k a gravinkrifternas fraseologi». Éranos 19 ( 1 9 1 9 ) , 4 5 - 5 6 , e s p . 5 5 ) . 2 1 5 - 6 : Estacio cierra la Silva c o n una alusión a su propia poesía, e n forma de sphragís (pard otro sphragís en Estacio, c f III 2, l 4 2 - 3 n . ) . C a b e c o m p a rar el sphragís q u e Virgilio introduce tras el epilio de Niso y Enríalo (Aen. I X 4 4 6 - 9 ) . Continúa también el paralelismo entre la ofrenda f ú n e b r e d e Estacio, consi-stente en su poesía, y los manera materiales de Etrusco (cf. 3 1 - 4 2 ) . 216 h o c e t i a m g a u d e n s c i n e r e m d o n a s s e s e p u l c h r o : ' a l e g r e de ofrendar a tu ceniza también este m o n u m e n t o sepulcral (se. poético)». Para la función simbólica q u e Estacio suele asignar a su poesía, cf. 3 1 - 4 2 n . La fraseología, referida a los muñera p o é t i c o s d e Estacio, e v o c a la q u e e s propia de unos muñera/«nerámateriales: Tib. II 6, 3 1 - 3 2 dona sepulchro/... feram, Ov. am. III 9, 50 in ciñeres ultima dona tulit, Catull. CI 3 ut postremo donarem muñere mortis.